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www.datacenterdynamics.com.br Julho / Setembro 2018

O Brasil vive a era da Agricultura Digital. A IoT entrou no campo e o país já colhe frutos

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Inteligência Artificial é a nova aposta para otimizar o data center

DCIM ou BMS? Qual deles você precisa?

Edge Computing propõe data centers menores e ganha mais espaço


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DISTRIBUIÇÃO Daniel Martín

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Sumário Julho 2018

Para ler as reportagens, clique na foto ou vá para a coluna da direita

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O Brasil vive a era da Agricultura Digital. A IoT entrou no campo e o país já colhe frutos

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Core + Edge

E G

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Inteligência Artificial é a nova aposta para otimizar o data center

DCIM ou BMS? Qual deles você precisa?

TEMA DE CAPA 08 IoT no Agronegôcio: aplicações, desafios e resultados

ED

REPORTAGENS

Edge Computing propõe data centers menores e ganha mais espaço

16 Número 2 • Julho 2018

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12 Inteligência Artificial: Estamos diante de uma revolução? 16 Hugo Zanon revela pontos cruciais do Edge Data Center 22 Resolução 4658, nova política de Segurança Cibernética

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26 Governo reforça exigência para dados de órgãos públicos 30 Transformação digital vs mentalidade digital no Brasil 34 DCIM ou BMS? 39 ATUALIDADE

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Editorial A

E-Magazine abre esta edição colocando em pauta um tema atual, que trata de tendências na agricultura, pecuária e abastecimento: a Agro 4.0. A Internet das Coisas já chegou ao ambiente rural brasileiro e vem melhorando a produtividade, diminuindo o uso de insumos por hectare e reduzindo o desperdício de alimentos. milhões: foi o que Em entrevista exclusiva, a investiu chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia a Oi no Piauí Massruhá, afirma que Agriculem 2017 tura Digital já é uma realidade no Brasil e que a cada dia mais ‘coisas’ (máquinas, cidades, elementos de infraestrutura, veículos e residências) se conectam à internet. Outros temas abordados nesta edição são: Inteligência Artificial e a Disponibilidade do Data Center, Resolução nº 4.658 e a nova política para Segurança Cibernética, DCIM vs BMS; a nova regra do governo para armazenamento de dados públicos; também uma entrevista com Ivan Abreu, diretor da Consultoria de Transformação de TI, Cio Now, que fala sobre Transformação Digital no Brasil.

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Confira tudo em detalhes virando a página. Boa leitura! Tatiane Aquim

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Tema de capa

é a bola da vez no Brasil

IoT no Agronegócio: aplicações, desafios e resultados. Por Tatiane Aquim 8  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br


P

ara enfrentar o desafio de produzir mais alimentos, de maneira sustentável e com custos menores, o trabalho na agricultura deve ser equipado com ferramentas e técnicas inovadoras, particularmente as tecnologias digitais, é o que afirma a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que define a Internet das Coisas como uma revolução tecnológica, destacando que a plataforma de IoT é um dos pilares para a chamada quarta revolução industrial, que irá se refletir em uma Agricultura 4.0 cada vez mais conectada e remota, passando a contar com comando e controle de desempenho, localização de máquinas, equipamentos, sensores e com a geração e análise de dados de campo em tempo real. Para a Embrapa, todos esses conceitos convergem no sentido de se ter uma Agricultura Digital ou “Smart Farming”. Agricultura Digital no Brasil Segundo a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, a Agricultura Digital já em uma realidade no Brasil, mas devido à extensão do território brasileiro e à diversidade de produtos e de condições, cada região do país vive uma realidade, em relação ao avanço da Agricultura Digital, que engloba tecnologias já disseminadas, como: agricultura e pecuária de precisão, automação e robótica agrícola, além de técnicas de Big Data e Internet das Coisas. “A cada dia mais ‘coisas’ (máquinas, cidades, elementos de infraes-

Servers + Storage trutura, veículos e residências) se conectam à internet para informar sua situação, receber instruções e até mesmo praticar ações com base nas informações recebidas. A possibilidade de ligar o mundo físico à internet e a outras redes de dados tem profundas implicações para a sociedade e a economia”, comenta a chefe-geral da Embrapa. Vantagens para o homem do campo No ambiente rural, a Internet das Coisas pode levar a maiores rendimentos agrícolas, menor utilização de insumos por hectare e menor desperdício de alimentos ao longo da cadeia de suprimentos. Um exemplo pode ser, a melhoria da produtividade em relação à aplicação de fertilizante, que pode girar em torno de 10 a 15%. “Se estas tecnologias forem aplicadas em grande escala, pode ajudar a manter o abastecimento agrícola global e manter os preços baixos por um longo período de tempo”, avalia. Para a Embrapa, a Internet das Coisas será capaz de conectar informações e dados de modo a maximizar os benefícios de todas as outras tecnologias já existentes, e as que estão por vir, o que fortalece a Agricultura Digital. Tendências Tendências apontam que o setor agropecuário demandará novas Tecnologia da Informação e Comunicação para gestão de dados, informações e conhecimentos em todas as etapas da cadeia produtiva (pré-produção, produção e pós-produção) em uma nova infraNúmero 2 • Julho 2018  9


Tema de capa

Barreiras para Agricultura 4.0 no Brasil Um dos obstáculos enfrentados pela Agricultura 4.0 no Brasil é a comunicação: o sinal de celular no campo. A Embrapa aponta que muitas empresas, multinacionais e startups, têm lançado ou testado suas tecnologias nas regiões Sul e Sudeste, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, onde a cobertura de celular na zona rural está entre regular e boa. As empresas têm avançado para outros estados como Goiás e Mato Grosso, mas a tecnologia esbarra na questão da conectividade. “Além banda larga, as redes de baixa frequência no campo são outro desafio. Também existem várias soluções no mercado que estão sendo testadas no campo”, acrescenta.

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estrutura, onde o mundo físico e digital estão totalmente interconectados. “O setor agropecuário é um campo fértil para testes e adoção de tendências tecnológicas, serviços de TIC, software e hardware (sensores, drones, satélites), principalmente o conceito de Big Data e Analytics e ferramentas de gerenciamento das propriedades rurais”, ressalta a diretora, acrescentando que tecnologias como a Internet das Coisas, permitem monitorar o uso eficiente de recursos naturais (água, solo, clima), também monitorar pragas e doenças; estimar a produtividade automaticamente, controlar o bem-estar e a saúde animal, equipamentos agrícolas em toda cadeia de suprimentos (máquinas, armazéns e logística) e permitir o uso mais eficiente da mão de obra, visando aumentar a qualidade, produtividade e o rendimento agrícola. Crescimento da Produção do Brasil A estimativa é que 95% do aumento da produção mundial de alimentos daqui em diant diante venha de ganhos de produtividade; e tecnologias que auxiliam o agricultor a fazer mais com menos, de modo mais eficiente e com menos custos; tecnologias estas que serão cada vez mais necessárias. Sendo assim, a expectativa é de que, com sistemas avançados de monitoramento, rastreabilidade e controle, seja possível mensurar esse ganho de produtividade e outros indicadores agronômicos e ambientais que garantam a segurança e a sustentabilidade dos alimentos.


Servers + Storage

Projetos Silvia Massruhá conta que hoje, os avanços em pesquisa agropecuária no Brasil incluem projetos multidisciplinares, que envolvem pesquisas na área de Nanotecnologia, Biotecnologia, Tecnologia da Informação e Computação Cognitiva. Neste contexto, existem várias iniciativas no uso do sistema de Internet das Coisas em marcha. “Atualmente, a Embrapa está a frente de projetos que usam drones para monitoramento de pragas, sensores para análise de condição de solo, permitindo o plantio inteligente de sementes e aplicação otimizada de insumos e defensivos agrícolas, sensores para medição dos níveis de água no solo para irrigação inteligente, também projetos para monitoramento de saúde e bem-estar animal”, revela a chefe-geral da Embrapa, pontuando que novos projetos de pesquisa são necessários

IoT no campo pode garantir maior rendi­mento, menor utilização de insumos por hectare e reduzir desperdício de alimentos para medir o quanto estas tecnologias podem melhorar a eficiência dos sistemas de produção animal e vegetal. Para a Embrapa, a busca pela otimização no uso dos recursos naturais e insumos fará com que a fazenda do futuro seja massivamente monitorada e automatizada. Sensores dispersos por toda a propriedade e interligados à internet gerarão dados em grande volume (Big Data) que necessitarão ser filtrados, armazenados (computação em nuvem) e analisados. Número 2 • Julho 2018  11


Reportagem

Inteligência Artificial:

Estamos diante de uma revolução? A Inteligência Artificial surge com a proposta de simplificar o gerenciamento. Por Tatiane Aquim 12  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br


Software Defined

É

fato que o mercado dá sinais de que chegamos em um tempo em que uma abordagem tradicional para gerenciar o data center já não é mais eficaz. Hoje, para que um data center seja competitivo e sua infraestrutura seja utilizada ao máximo, os gerentes de data centers têm que transpor o desafio de tornar a operação cada vez mais eficiente, não somente na questão de economia de energia, mas também na maximização da sua capacidade de processamento, o que somente é possível por meio de uma tecnologia de ponta para coleta, processamento e análise de dados. Dentro desse contexto, surge a Inteligência Artificial com a proposta de simplificar o gerenciamento, apresentando os seguintes ganhos: Eficiência Energética e Operacional, Maximização da Infraestrutura e da Capacidade de Processamento, Mitigação de Riscos e Capacidade de Análises Preditivas. Segundo a Schneider Electric, Inteligência Artificial é sim uma tendência, que vem se consolidando no mercado. Tendência essa, impulsionada pelos dispositivos

conectados ao data center pela Internet das Coisas, já que cada dispositivo conectado gera dados, que quando concentrados e processados, se transformam em informações relevantes para melhorias e maximização da operação do data center. Disponibilidade Renato Pacheco, diretor-presidente da AIMIRIM, define Inteligência Artificial como um método numérico, que tem a capacidade de se adaptar a variações do processo. Segundo o fundador da AIMIRIM, a Inteligência Artificial por si só não garante nenhuma disponibilidade a mais para o data center. Mas a partir do momento em que ela é aplicada, os processos de engenharia (e no caso do data center, o processo de refrigeração) tendem a ficar mais estáveis e otimizados. “Se um processo está mais estável e otimizado, entende-se que o fim desse processo, que é garantir a temperatura ideal nos racks do data center, fica melhor comportado”, explica ele, ressaltando, que com esse processo melhor comportado, os riscos de queda por variação de temperatura diminuem e sob essa ótica, os data centers passam então a ter uma disponibilidade/confiabilidade maior do que a convencional. Número 2 • Julho 2018  13


Reportagem Machine Learning Dentro do data center, o Machine Learning surge com o papel de buscar entender, por meio de testes e simulações, o comportamento do data center, e quais ações são necessárias para que a operação se torne mais eficiente em todas as suas faculdades. Para Alan Satudi, gerente de Marketing de Produtos de ITD na Schneider Electric Brasil, a adoção do Machine Learning é importante, já que constitui-se como a base para aplicação e tomada de decisões da Inteligência Artificial. Por exemplo, o módulo Cooling Optimize do EcoStruxure para Data Center da Schneider Electric possui sensores de temperatura e umidade wireless, que coletam os dados dentro do data center. Esses dados são processados em um Edge Control, gerando informações relevantes sobre quais unidades de ar-condicionado de precisão devem aumentar seu fluxo de ar ou diminuir. Com isso, o Edge Control envia a informação para as unidades de ar-condicionado de precisão, que realizam o aumento ou diminuição do fluxo. Os sensores medem novamente a tempera-

tura e umidade, retornando os dados novamente para o Edge Control em um ciclo contínuo. Assim, o Edge Control “aprende” em quais zonas do data center cada unidade de ar-condicionado de precisão influencia e comanda cada uma delas conforme a demanda e necessidade, com a máxima eficiência possível. Desafios De acordo com a AIMIRIM, o maior desafio para a popularização da Inteligência Artificial em data centers, é que as máquinas de refrigeração são feitas por fabricantes, que por conta de seus modelos de negócio e até por questão de confiabilidade, dificultam a atuação de sistemas de terceiros acoplados aos seus equipamentos. “De certa forma, o que fazemos é acessar a tecnologia do fabricante e mudar seu ponto de operação. A aceitabilidade disso é relativa e invariavelmente encontramos resistência”, conta. Para a Schneider Electric a principal barreira imposta é demonstrar a viabilidade da aplicação da Inteligência Artificial em data centers de médio e grande porte, também em ambientes com diversas marcas de produtos e software.

IA e DCIM A Schneider Electric garante que o DCIM possui um papel importante dentro da arquitetura da Inteligência Artificial e que é exatamente por meio do DCIM, que a coleta e processamento de dados é possível para a camada superior de análise e tomada de decisão de Inteligência Artificial. Alan Satudi conta que a Schneider Electric vem aplicando Inteligência Artificial em suas soluções e que esta é parte importante do EcoStruxure para Data Center da Schneider Electric. eMagazine••datacenterdynamics.com.br www.datacenterdynamics.com.br 14  DCD www.dcd.media


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Entrevista

A Edge Computing está pronta para

decolar?

Hugo Zanon, diretor da HZJ Consulting, revela pontos cruciais da infraestrutura conhecida como Edge Data Center ou Data Center de Borda Virginia Toledo Redatora chefe

O

aumento exponencial de dispositivos conectados e conteúdos audiovisuais acessíveis sob demanda; também a proliferação da Internet das Coisas, exigem cada vez mais uma infraestrutura de data center distribuída, formada por nós da Edge Computing, tecnologia que permite o processamento mais perto da

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origem dos dados e, portanto, oferece uma melhor conectividade e menor latência. Tudo isso faz com que a Edge Computing se perfile como uma tendência imparável e promissora; embora esteja em fase inicial com muitas questões a serem resolvidas. Para respondê-las, a DCD organizou um webinar, que contou com vários especialistas, entre eles, Hugo Zanon, com quem conduzimos esta entrevista.


Core + Edge

E G

D E

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Entrevista DatacenterDynamics: As soluções de Edge Data Center irão passar por otimizações ainda em 2018? Hugo Zanon: Os Edge Data Centers são lugares onde se deve instalar recursos de processamento e de memória para atender à necessidade de empresas de TI ou fornecer conteúdo e/ou serviços de nuvem, no caso de provedores de serviços. Se considerarmos que existem diferentes camadas para que Edge Data Centers decolem (metropolitano e sem fio), podemos dizer que os primeiros já estão em operação, seja por corporações (on-premise) ou por empresas como a EdgeconneX, Flexential (ex Peak 10), Cologix e a 365DataCenters, que têm seus sites instalados em cidades pequenas, o que ajuda a reduzir as latências de aplicativos específicos. Já empresas como a Digital Bridge, EdgeMicro e a Towers Co. (por

exemplo, Crown Castle) estão iniciando seus testes para a Edge Wireless e realizar uma futura interconexão com redes 5G, em pontos com alta densidade populacional. DCD: A Edge Computing, intimamente relacionada à IoT ou à alta demanda atual por vídeo em dispositivos móveis, permite o processamento mais próximo da origem da fonte de dados. Sendo assim, fica a pergunta: os operadores de telecomunicações estão preparados para esse salto de conectividade? H. Z.: Correto. O data center em proximidade marca a convergência física e lógica entre as telecomunicações (operadoras fixas e móveis) e a TI (plataformas de nuvem e provedores de conteúdo). Os gateways IoT devem ser instalados nos Edge Data Centers, capturando as informações dos sensores,

Micro Data Centers De fato, as novas aplicações com baixa latência de rede precisam de uma infraestrutura descentralizada de data centers menores, instalados próximos aos clientes (fábricas, hospitais, clínicas, gamers, etc.) ou coisas (sensores em carros, semáforos, oleodutos, etc.). Iniciativa essa, que não implica no abandono de grandes data centers (hiper data centers), que continuarão a existir; a tendência é que haja a necessidade de construir (ou renovar) uma miríade de novos sites em cidades Tier 1 e Tier 2, estes serão chamados Metropolitan o Regional Edge Data Centers. Também, uma grande quantidade de micro data centers nas bases das torres, os conhecidos Data Centers Edge Wireless, em locais chamados de C-RAN (Radio Access Network centralizado).

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DCD: A tecnologia 5G exigirá a criação de mais data centers ao lado de torres 5G? Qual será o papel dessas instalações? H. Z.: Não é a tecnologia 5G que exigirá o aumento da implantação de Micro Data Centers, mas sim os aplicativos que só fun-

DCD> Debates Tudo o que você precisa saber sobre Edge Computing é um webinar da DCD, que você pode assistir clicando neste link. Além de Hugo Zanon, o webinar conta com a presença de Héctor Martínez, diretor de desenvolvimento de negócios de soluções de infraestrutura para a Latam; Santiago Suinaga, CEO da KIO Data Center Business; Jorge Calbó, gerente de Big Data e Analytics da Produban.

EC D EN G TE E R DA TA

processando localmente, enviando apenas os logs para os data centers centralizados. Para vídeos, a intenção é trazer conteúdo, como YouTube e Netflix para EDC, seja metropolitano ou sem fio, para oferecer aos clientes móveis a melhor experiência possível (menor latência para esses arquivos e definição da mais alta qualidade possível). Observe que ao armazenar o conteúdo, haverá uma redução no custo de transmissão devido ao uso dos backbones.

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Core + Edge

cionam com processamento local, garantindo latências de um ou alguns milissegundos. DCD: As operadoras já vêm implantando torres 5G? H. Z.: Na América Latina ainda não. A Verizon, nos EUA, por exemplo, começou a testar no ano passado e, este ano, aproveitou o patrocínio do SuperBowl para realizar outro teste importante, com previsão de lançamento do serviço 5G até o final deste ano. O interesse é grande; há uma corrida para ver o que acontece, porque as velocidades são muito mais altas e a qualidade muito maior. DCD: Quais serão os operadores do Edge Data Center? Quem pagará a conta por essa nova infraestrutura?

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Entrevista

Sobre entrevistado Engenheiro eletricista, especializado em telecomunicações e com ampla experiência internacional, Hugo Zanon trabalha na indústria de data center desde 2000. Com o crescimento da Edge Computing, Zanon vem atuando neste campo desde 2017 como consultor de estratégia, desenvolvimento de negócios e vendas para a implantação de Edge Data Centers na América Latina. Em sua longa carreira, Zanon ocupou posições de comando em empresas como a NEC Corporation, Impsat, Global Crossing, Terremark e Verizon.

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H. Z.: Perguntas muito boas. Vamos começar pelas corporações: elas devem operar seus Micro Data Centers on-premise na maioria das vezes (um ou alguns gabinetes) e, de acordo com a necessidade de seus aplicativos, também podem contratar serviços de Colocation, Nuvem Pública e/ou CDN junto a provedores de serviços. A chave está na localização dessas plataformas, que dependerão dos requisitos de latência. Aqui entram os provedores de Edge Data Centers para baixas latências, com seus sites em cidades secundárias e nas bases das torres. Os primeiros devem ser empresas com experiência em data centers, mas com um modelo de negócio diferente do tradicional (sites menores e geograficamente dispersos). No caso dos Edge Wireless, espera-se que eles sejam gerenciados pelas empresas que controlam o terreno onde as torres estão localizadas, conhecidas como Tower Co’s. Essas empresas não têm experiência em comercializar serviços de co-localização e precisarão se associar a especialistas desta área. Tudo isso ainda está sendo consolidado e não há uma resposta definitiva. Essa infraestrutura será paga pelos usuários dos novos aplicativos, mas as operadoras móveis e provedores de serviços (nuvem, conteúdo e colocation) devem fazer seus estudos para que suas taxas não acabem tornando o ecossistema inatingível como um todo.



Reportagem

Resolução

4.658

nova política de Segurança Cibernética Documento aponta regras para contratação de serviços de Computação em Nuvem Tatiane Aquim Redatora

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D

ivulgada recentemente pelo Banco Central do Brasil (Bacen), a nova norma, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), surge com o propósito de garantir mais segurança às operações das instituições financeiras no país. Com a Resolução 4.658 as instituições devem a partir de agora, implementar uma política específica de segurança cibernética e também, um plano de ação e de resposta a incidentes relacionados ao ambiente cibernético. A nova norma define o conteúdo mínimo, que deve prever os procedimentos e os controles adotados pela instituição financeira na prevenção e na resposta a incidentes. O documento estabelece também requisitos para a contratação de serviços relevantes de processamento e armazenamento de dados e de Computação em Nuvem, com procedimentos prévios às contratações e cláusulas contratuais mínimas a serem estabelecidas entre as instituições financeiras e os prestadores desses serviços. Sendo assim, as instituições devem, também, desenvolver iniciativas para o compartilhamento de informações sobre incidentes relevantes. Dessa forma, a partir do novo marco normativo, as instituições financeiras devem tratar a segurança cibernética de forma específica, com ajustes em suas políticas

Security + Risk e procedimentos, com o objetivo de assegurar a confidencialidade, integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de informação utilizados. A Resolução, que entrou em vigor no final de abril, é a tentativa de preencher lacunas abertas no mundo cibernético. Até a edição do novo documento, questões relacionadas à segurança cibernética eram tratadas no arcabouço da regulação prudencial, inclusive com requerimento de capital no bojo dos riscos operacionais. Com a crescente utilização de meios eletrônicos e de inovações tecnológicas no setor financeiro, o que requer que as instituições tenham controles e sistemas cada vez mais robustos, o Banco Central avaliou a necessidade de aprimoramento da regulação, com o objetivo de aumentar a resiliência cibernética do sistema financeiro. Certificações De acordo com o Bacen, a Resolução nº 4.658/2018 não exige a aderência da instituição financeira a certificações específicas. Em relação à contratação de serviços relevantes de processamento e armazenamento de dados e de Computação em Nuvem, a norma prevê que as instituições reguladas adotem procedimentos que contemplem a verificação da capacidade do potencial prestador de serviço de assegurar sua aderência a certificações exigidas pela instiNúmero 2 • Julho 2018  23


Reportagem

Mudanças A nova norma exige que as instituições financeiras nomeiem um diretor responsável pela política de segurança cibernética e pela execução do plano de ação e de resposta a incidentes. Tal diretor pode desempenhar outras funções na instituição, desde que não haja conflito de interesses. Segundo o Bacen, ao longo dos anos o segmento financeiro vem mantendo elevados investimentos em segurança da informação. Dessa forma, não é esperado que a nova regulamentação provoque grandes mudanças para as instituições. A expectativa é que os procedimentos e os controles voltados à prevenção e ao tratamento dos incidentes, relacionados ao ambiente cibernético sejam aperfeiçoados e também, sejam adotadas salvaguardas, que mitiguem os riscos envolvidos na contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de Computação em Nuvem.

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tuição para a prestação do serviço. Portanto, caberá à instituição financeira contratante do serviço definir quais certificações serão exigidas da empresa a ser contratada, de acordo com as definições de sua política de segurança cibernética. A norma exige, ainda, que seja assegurado o acesso da instituição contratante aos relatórios elaborados por empresa de auditoria especializada, independente, contratada pelo prestador de serviço, relativos aos procedimentos e aos controles utilizados na prestação dos serviços contratados. Integração de regulamentações O Bacen destaca que não tem o objetivo de integrar outras regulamentações com a nova norma. Trata-se de uma regulamentação complementar à existente, com foco no gerenciamento de riscos, notadamente no risco operacional. A edição da nova norma visa tratar o tema da segurança cibernética com a exigência de políticas e procedimentos que asseguram a confidencialidade, integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de informação utilizados. Até a edição da Resolução não havia regulamentação por parte do Conselho Monetário Nacional ou do Banco Central, disciplinando a questão no Brasil. Com as novas regras, na contratação dos serviços de armazenamento de dados, as instituições financeiras devem adotar práticas de governança corporativa e de gestão proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a que estejam expostas. As


Security + Risk

instituições devem possuir recursos de gestão adequados ao monitoramento dos serviços prestados. Além disso, devem assegurar a qualidade dos controles de acesso, adotados pela empresa contratada, voltados à proteção dos dados e informações dos clientes da instituição financeira contratante. O contrato deve ter cláusula garantindo o acesso da instituição financeira às informações e do Banco Central aos contratos, aos dados e às informações sobre seu processamento, inclusive no caso de decretação de regime de resolução. Guarda de Dados De acordo com a nova norma, os bancos poderão guardar dados de correntistas no exterior. O Bacen esclarece que as instituições financeiras são responsáveis pelo sigilo de suas operações ativas e passivas e dos serviços prestados, por força da Lei Complementar nº 105, de 2001, que coloca nas mãos das instituições financeiras o dever de manter resguardados os dados de seus clientes, e que a eventual quebra desse sigilo só pode ocorrer median-

Com as novas regras, governo busca garantir solidez e eficiência ao Sistema Financeiro Nacional te autorização judicial, nos casos onde houver suspeita de movimentação ilegal dos recursos. Sendo assim, o pedido de quebra do sigilo bancário deve partir de autoridades competentes, como o Ministério Público, Polícia Federal ou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Especificamente, a Resolução n° 4.658/2018, estabelece princípios para a implementação de uma política de segurança cibernética e para a contratação de terceiros para serviços de processamento e armazenamento de dados e de Computação em Nuvem, de forma a assegurar a solidez e a eficiência ao Sistema Financeiro Nacional. A nova regulamentação, ao estabelecer requisitos específicos, visa trazer mais segurança à essas contratações. Número 2 • Julho 2018  25


Entrevista

Governo reforça exigência para dados de órgãos públicos Intenção é contribuir para elevar o nível de segurança da informação de todos os órgãos públicos do país 26  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br

C

riado com a finalidade de planejar, orientar, coordenar e desenvolver políticas e ações de Segurança da Informação, no âmbito da Administração Pública Federal (APF), o Departamento de Segurança da Informação e Comunicação (DSIC), formalizou, no último mês de março,


Security + Risk

Em 2016, dos 25 órgãos públicos com serviços de Computação em Nuvem, somente 11 exigiam que os dados estivessem no Brasil com esta iniciativa, é contribuir decisivamente para elevar o nível de segurança da informação de todos os órgãos públicos do país. Leia, a seguir, a entrevista.

a nova redação da Norma Complementar 14. A revisão normativa exige que dados produzidos ou armazenados por órgãos públicos sejam obrigatoriamente mantidos em território nacional para contratos de Computação em Nuvem. Em conversa com a DCD, o coronel Arthur Sabbat, militar que responde pelo DSIC, afirma que a intenção,

DatacenterDynamics: O que levou o governo a formalizar a exigência para data center nacional para dados de órgãos públicos? Arthur Sabbat: Na verdade a Norma não traz a exigência específica de “data center nacional” para os “dados de governo”, mas sim preconiza que os dados, metadados, informações e conhecimento produzidos ou custodiados por órgão ou entidade da Administração Pública Federal (APF) residam em território brasileiro, independente da forma ou tecnologia utilizada para esse fim. Sem dúvida que a utilização de “data center” seria uma opção apropriada e adequada à atualidade. Essa decisão foi tomada para atender a um dos princípios da Segurança da Informação, que é a Disponibilidade. Isso significa que, independente da tecnologia utilizada para gerar, armazenar, tramitar, analisar, processar ou descartar os dados da APF, eles têm de permanecer disponíveis a quem Número 2 • Julho 2018  27


Entrevista

Nova redação diz que informação sem restrição de acesso pode ir para a nuvem. Mas a mesma deve ser evitada no caso das informações classificadas de acordo com a LAI de direito, sempre que necessário. Caso contrário, há o risco de colocar dados de Estado em nuvem e, por algum problema, se o provedor impedir o acesso ao serviço, os dados se tornarem indisponíveis ao Estado, constituindo um risco que não se pode aceitar. DCD: Por que a Norma Complementar 14 do Departamento de Segurança da Informação e Comunicação foi revisada, se esta já exigia armazenamento local? A.S.: O principal motivo da revisão foi abordar o tratamento da informação classificada ou não em relação ao ambiente de Computação

em Nuvem, tornar mais detalhada a questão da permanência dos dados de órgãos da APF em território nacional, bem como outorgar maior atenção à gestão de riscos no tratamento da informação, com o fim de prestar, a esses órgãos, maiores orientações sobre o tema. DCD: Em termos de proteção de dados o Marco Civil não é suficiente? Por que mesmo com o Marco Civil foi preciso realizar essa formalização? A.S.: Primeiramente, cabe esclarecer sobre os instrumentos normativos da legislação brasileira e como estão interrelacionados. À Lei cabe a incumbência de legislar para toda a nação, é criada para estabelecer regras que devem ser seguidas por todos. Já a Instrução Normativa, como é o caso da Norma de Computação citada, é ato administrativo expresso por ordem escrita expedida pelo Chefe de Serviço ou Ministro de Estado na sua esfera de competência, dispondo normas que deverão ser adotadas no funcionamento

Na prática o que muda? Na prática os órgãos da APF passam a dispor de informações mais claras e detalhadas sobre o tratamento de suas informações em ambiente de Computação em Nuvem, inclusive porque alguns deles estavam planejando processos licitatórios visando à contratação de serviços de Computação em Nuvem, e necessitavam de uma orientação mais atual. A Norma auxiliará os órgãos da APF na elaboração desses processos, sanando dúvidas que antes surgiam sobre os procedimentos relativos à informação classificada, à territorialidade e à gestão de riscos nessa abordagem.

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Security + Risk da Administração Pública Federal (APF). A Instrução Normativa pode ser definida como um ato puramente administrativo, visando completar o que está em instrumentos normativos de grau hierárquico superior. Sendo assim, a função da instrução normativa é estabelecer procedimentos que devem ser utilizados em determinada situação e detalhar operacionalmente algum assunto previsto em lei ou ato normativo, que necessite ser melhor esclarecido. Esse foi o caso da elaboração inicial da Norma de Computação em nuvem. Tendo em vista a necessidade de atualizar as diretrizes para o tratamento da informação em ambiente de Computação em Nuvem, nos aspectos relacionados à Segurança da Informação e Comunicações para os órgãos e entidades da APF, em 27 de setembro de 2017, foi instituído Grupo de Trabalho por meio da Portaria nº 106, reunindo diversos órgãos da APF, coordenado pelo Gabinete da Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR). Ressalta-se que é competência do GSI, estabelecida pela Lei nº 13.502 de 1º de novembro de 2017 e pelos Decretos nº 3.505 e nº 9.031, de 12 de abril de 2017, estabelecer o que os agentes públicos federais devem seguir, executar, fazer ou respeitar, bem como as atribuições e parâmetros específicos sobre Segurança da Informação que devem ser seguidos por eles no intuito de interpretação da lei. Dessa forma, consigna-se que o Marco Civil da Internet trata, nos

termos da amplitude de atuação de lei, sobre proteção de dados de forma completa, sendo a formalização da Norma de Computação em Nuvem a complementação operacional para nortear a atuação dos órgãos da Administração Pública Federal. DCD: Gostaria que explicasse a LAI e qual a sua importância? A.S.: A LAI é a Lei de Acesso às Informações (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011), e tem por objetivo regular o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. A importância da LAI reside basicamente em duas vertentes: primeiro, no fato de trazer dispositivos que buscam facilitar o acesso às informações públicas; e segundo, por determinar que as instituições públicas utilizem a tecnologia da informação e comunicação para oferecer ao usuário acesso aos dados e informações públicas de forma célere e transparente. Número 2 • Julho 2018  29


Entrevista

Trasformação digital vs mentalidade digital Para o especialista, Ivan Abreu, é necessário que as empresas brasileiras empreendam mudanças para incorporar a cultura de Transformação Digital

D

e maneira objetiva, Transformação Digital significa o impacto que as tecnologias digitais têm sobre os modelos de negócios, gestão, relacionamentos, consumo dos produtos e serviços, na liderança de talentos e sobre o perfil profissional na Era Digital. Segundo Ivan Abreu, diretor da Consultoria de Transformação de TI, Cio Now, a Transformação Digital é uma prioridade e uma urgência. “É um imperativo do momento

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em que vivemos neste mercado globalizado e com tecnologias à disposição de todos, em todos os lugares.” Para o especialista, a Transformação Digital começa na alta direção. Se ela não permear a organização a partir dos seus dirigentes, haverá Transformação Digital por parte de alguns talentos, que estão atentos a oportunidades de mobilizar conhecimento e tecnologia para transformar os modelos de consumo. “A partir da alta direção há direcionamentos e mensagens de que


Design + Build a organização é um celeiro para inovadores e mudanças”, destaca o especialista. Leia, a entrevista, a seguir. DCD: Qual é ou quais são os caminhos para a Transformação Digital no Brasil? I.A.: A palavra ‘Transformação’ pode ser usada em seu conceito mais básico para demonstrar os caminhos para esta mudança. ‘Transformação’ deriva da palavra grega ‘Metamorfose’, que significa mudança de natureza ou de tipo; então, podemos entender que os caminhos também falam da imensa dificuldade que as organizações têm enfrentado para ‘realizar’ a Transformação Digital. O caminho para a Transformação Digital é a mudança de Mindset de seus executivos, alimentando suas mentes, a de seus empregados e a de seus fornecedores e parceiros com informações das transformações digitais em andamento. DCD: Qual é a receita para realizar uma Transformação Digital de sucesso? I.A.: Em primeiro lugar, buscar a mudança de Mindset a partir dos executivos, de preferência do CEO da organização. DCD: Quais os principais desafios enfrentados pelas empresas do Brasil em relação à Transformação Digital?

I.A.: Ouvi de executivos, de integradores de tecnologia, as frases “Isto é mais uma fumaça de consultoria...”, “Este movimento não vai nos alcançar...”, “Dá para esperar as mudanças se consolidarem”. De fato, falta capital intelectual para organizar uma Jornada de Transformação Digital em uma organização, aplicando para o seu modelo de negócio. E o que falar dos líderes; já difíceis de serem encontrados em ambientes tradicionais, pressionados pelos orçamentos reduzidos continuamente e equipes cada vez mais pressionadas por resultados, com parcos recursos. Muitas Áreas de TI serão encontradas operando com eficiência financeira e “enxutas”, mas sem capital intelectual para promoverem a Transformação Digital em suas organizações, vítimas do seu próprio sucesso em perseguir a eficiência. Mas, um dos maiores empecilhos é o Mindset que insiste em resistir a novas iniciativas, que pune os testes mal sucedidos e querem resultados rápidos e sem incidentes. DCD: Quais são os principais desafios para os empresários se adequarem à Transformação Digital? I.A.: O principal desafio é organizar a Jornada de Transformação Digital em suas empresas. A incapacidade de criar um Roadmap de iniciativas e colocar em prática, monitorando Número 2 • Julho 2018  31


Entrevista os resultados, administrando os erros e acertos é um dos desafios que tem frustrado muitos executivos.

Que vantagens a Transformação Digital apresenta? A Transformação Digital vai além de resultados tradicionais, redefine o conceito de ‘Continuidade do Negócio’. Outrora a ‘Continuidade do Negócio’ tratava dos eventos que poderiam causar a interrupção total ou parcial das operações de negócio e trazer danos financeiros, na marca, à vida; a Transformação Digital impacta a capacidade da continuidade do negócio, “no negócio”. Abre as portas globais da organização para novos mercados e aumenta de maneira exponencial suas receitas. A marca pode ser projetada a ponto de valor centenas de vezes a mais que empresas tradicionais que outrora dominaram o mercado com serviços e produtos tradicionais, agora obsoletos. Empresas que estão muito abaixo no ranking de seus produtos e serviços podem quebrar paradigmas de serviços e produtos tradicionais e inovar com serviços digitais, saltando para as primeiras posições ou até a liderança nos seus mercados. A Transformação Digital permite que empresas sem ativos físicos ou financeiros possam promover inovações, pois as novas tecnologias digitais estão disponíveis e acessíveis em qualquer lugar do planeta, em seu navegador de internet a preços acessíveis na forma de licenças.

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DCD: A Transformação Digital está causando uma verdadeira ruptura nas corporações? I.A.: Sim, a Transformação Digital está causando uma verdadeira ruptura nas corporações, demonstrando que o perfil profissional tradicional e suas competências limitadas a funções não vão sobreviver no cenário futuro que exige engajamento, relacionamento, uso de tecnologias digitais, conhecimento diversificado e capacidade de transformar recursos em produtos e serviços. Novos entrantes vindos de outros mercados têm se mostrado eficazes em mobilizar conhecimento e inovar modelos de negócios tradicionais. Capacidades trazidas pela IoT têm dado ganho de escala na coleta de dados e aplicações, que fazem uso de algoritmos de Inteligência Artificial, criam capacidades exponenciais para organizações com recursos limitados, reduzindo custos e automatizando processos outrora inviáveis para humanos. DCD: É a Transformação Digital que traz as mudanças ou as empresas é que precisam mudar para que ela aconteça? I.A.: São as empresas que devem empreender mudanças para incorporar a cultura de Transformação Digital e permear toda a organização.Por si só, as tecnologias não trarão transformação, mas automação de processos; as tecnologias são habilitadores desta transformação.


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Reportagem

DCIM BMS? OU

Maurício Barros, gerente de Automação na Aceco TI, diz qual é a ferramenta mais adequada a cada necessidade

P

ara determinar a ferramenta mais adequada a cada necessidade é preciso, antes de tudo, conhecer e entender as principais diferenças das soluções para seu projeto Na hora de optar por um sistema de gestão do data center, muitas

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dúvidas pairam entre executivos e profissionais da área de TI. E a principal delas é sobre qual solução escolher. Hoje existem várias ferramentas no mercado para monitoramento e gerenciamento, sendo o BMS e o DCIM as mais completas. Mas, para determinar a ferramenta mais adequada a cada necessidade


Software Defined é preciso, antes de tudo, conhecer e entender as principais diferenças das soluções para seu projeto. O BMS (Building Management System) é um sistema predial (Facilities) baseado em uma ferramenta computadorizada, capaz de monitorar e controlar equipamentos. As integrações podem chegar ao nível de energia, monitoramento ambiental, ar condicionado, ventilação, aquecimento, iluminação, circuito fechado de televisão (CFTV), controle de acesso, elevadores, detecção de alarmes contra incêndio, entre outros subsistemas. Já o DCIM (Data Center Infrastructure Management) é um sistema focado na Gestão do data center. Conta com ferramenta para ambiente de missão crítica e permite um olhar completo e a tomada de decisões para uma operação assertiva. O DCIM fornece informações detalhadas da infraestrutura e realiza o monitoramento dos parâmetros físicos e lógicos. Dentre os itens observados, estão: acompanhamento e avaliação de recursos (equipamentos), gestão de ativos de TI, consumo de energia, planejamento de capacidade, mapa térmico, gerenciamento do cabeamento lógico e monitoramento de eficiência energética do data center, podendo ter inúmeros recursos em função do fabricante da solução. Assim, se a sua necessidade com relação ao data center se restringe ao monitoramento em nível predial de ar condicionado, ventilação, aquecimento, iluminação, circuito fechado de televisão (CFTV) e controle de acesso, por exemplo, a solução mais indicada é o BMS.

Antes de tudo, é preciso conhecer e entender as principais diferenças das soluções do projeto para aí sim, determinar a ferramenta mais adequada

Por outro lado, o monitoramento de recursos de disponibilidade e gestão de TI pede o DCIM. Vale destacar que o Data Center Infrastructure Management pode aproveitar as informações do BMS existente e, por meio de protocolo aberto de comunicação, ser integrado a ele, reduzindo custos para implementação, com a utilização da base instalada. E lembre-se: para entender melhor as diferenças entre as soluções e optar pela que mais atenda às suas necessidades, é fundamental contar com uma empresa especializada, tanto em TI quanto em infraestrutura física. Número 2 • Julho 2018  35


Reportagem

> Portugal | Lisboa

Debate presente e futuro em Lisboa A segunda edição do DCD> Portugal, congresso de data center e infraestrutura de nuvem, superou as expectativas da organização e reuniu mais de 180 profissionais em Lisboa, no último dia 11 de abril. Destes participantes, 30% são do nível C.

O

evento contou com 15 patrocinadores teve mais de 25 palestrantes. Marcus Queiroz, diretor de marketing da DCD para Portugal, Espanha e Latam, avalia que o saldo positivo do evento é uma evidência de que a estabilidade econômica voltou a Portugal e irá permitir um aumento substancial nos investimentos em data center e cloud. Um dos palestrantes do evento, Garcerán Rojas, presidente da PQC,

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empresa responsável por supervisionar a concepção e recente construção do data center da REN (Redes Energéticas Nacionais) em Riba de Ave; a fim de garantir a futura certificação do Uptime Institute e o processo de comissionamento nos estágios 4 e 5. O data center da REN ocupa uma área de cerca de 5.000 m² com 1.200 m² de salas técnicas, destinadas a abrigar equipamentos onde estarão instalados os mais diversos e importantes sistemas de informação e telecomunicações de Portugal. Na área de redes, os participantes puderam ver as soluções oferecidas pela Maxiglobal. Os produtos ModSecur, desenvolvidos e fabricados em Portugal, são referência em países como Espanha, França, Alemanha, Cabo Verde, Angola e Moçambique. A empresa fabrica três tipos de Data Center Modular, o mais vendido em Portugal é a IT Room, uma sala on-premise de grande eficiência, segurança e resiliência; o interesse na solução modular vem crescendo por parte dos clientes.


Evento

DCD> Portugal Lisboa | 11 Abril Apresentações e imagens do evento já estão disponíveis na web da DCD. Número 2 • Julho 2018  37


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Atualidade

Conteúdo Algar Telecom inicia sua operação no Nordeste

Brasil fica em 44º lugar em em conectividade De acordo com o estudo Global Connectivity Index (CGI) 2018, divulgado pela Huawei, o Brasil tem melhorado em termos de adoção do 4G – mas a ampliação de infraestrutura de telecomunicações permanece o principal desafio. O país está na 44ª posição, quando se trata de conectividade e preparo para a economia digital, na frente de outros países da América Latina como Argentina (55ª) e Colômbia (54ª), mas atrás do Chile, que ocupa o 33º lugar. Segundo o estudo, o Brasil tem melhorado constantemente nos últimos dois anos em termos de adoção do 4G, além de investir cada vez mais em tecnologias como Big Data

e Computação na Nuvem. Em uma análise sobre as oportunidades de investimento do país, o estudo cita a falta de infraestrutura nacional para telecomunicações como o principal desafio para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. No entanto, o GCI aponta o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) como uma iniciativa que pode ajudar em sua ampliação e a tornar o país mais conectado. O GCI é um levantamento anual que avalia a performance em economia digital de diversas nações e oferece recomendações sobre como se desenvolver nesse sentido. Continuar lendo

Sonda conquista selo ISO/IEC 27.001 Embratel DC Lapa atinge nível silver Equinix e AWS expandem colaboração Acom sistemas melhora desempenho Lenovo anuncia novo comando para área de data center no Brasil Mctic, Fapesp e CGI.BR avaliam modelos em nuvem para ciência Fundação Aperipê implanta fibra ótica Padtec ilumina rede no Paraná Oi investe no Piauí Número 2 • Julho 2018  39


Atualidade

Algar Telecom inicia operação no Nordeste A Algar Telecom, empresa de telecomunicações do grupo Algar, acaba de anunciar sua chegada ao Nordeste. A companhia inicia a partir deste mês sua operação no escritório da cidade de Fortaleza (CE). A chegada ao estado tem relação com a ativação do cabo submarino Monet, que aconteceu no início do ano. “O Nordeste sempre foi uma fronteira que a Algar Telecom teve em seu radar. Após a ativação do cabo Monet, em par-

ceria com o Google, Antel e Angola Cables, conseguimos construir uma rede com mais de 1.100 km para entregar nossos serviços na região. O primeiro passo é For-

taleza, mas a intenção é chegarmos em 7 estados ainda este ano”, afirmou o presidente da Algar Telecom, Jean Borges. Nesta nova operação, a empresa irá atender clientes corporativos, incluindo empresas de micro até grande porte. A estrutura contará com atendimento por meio de equipes comerciais e marketing, para clientes corporativos, governo e atacado. ços de TIC. Continuar lendo

Sonda conquista selo ISO/IEC 27.001 O Data Center Belo Horizonte da SONDA, acaba de receber a certificação ISO/IEC 27.001, norma internacional que define os requisitos para a gestão de segurança da informação. “Obter a ISO 27.001 na unidade de Belo Horizonte evidencia nosso com-

promisso com as boas práticas de governança e com a promoção da melhoria contínua para suportar sistemas de missão crítica, além de complementar o padrão de qualidade

DCD eMagazine eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br • www.dcd.media 40  DCD

que já fazia parte da unidade de São Paulo, onde a certificação foi conquistada em 2017”, comenta Luiz Caloi, diretor de Data Center e Cloud Computing da SONDA. Continuar lendo


Atualidade

Embratel DC Lapa atinge CEEDA Silver Após receber, em 2016, a certificação CEEDA in Progress (Certified Energy Efficiency in Data Centres Award), de Eficiência Energética para o Data Center Lapa - São Paulo, a Embratel, uma das mais inovadoras empresas do Brasil, acaba de atingir o nível SILVER. A certificação foi concedida após a avaliação de um conjunto de critérios diferenciados com base nas melhores práticas, especificações e métricas da ASHRAE,

Energy Star, ETSI, EUCoC e The Green Grid. As análises individuais e coletivas desses critérios fornecem a base para determinar o nível de certificação concedido. Continuar lendo

Equinix e AWS expandem colaboração Os clientes da Equinix nas áreas metropolitanas de São Paulo e de Miami podem, a partir de agora, acessar diretamente o AWS Direct Connect por meio de cross connect, também disponível nos data centers da Equinix em outros 22 mercados globalmente. Com a adição de São Paulo e Miami, o AWS Direct Connect está disponível para clientes em data centers Equinix IBX em 24 mercados estratégicos. Dentro da área metropolitana de São Paulo, os data centers Equinix IBX servem como um polo financeiro, corporativo e comercial essencial para empresas no Brasil e em toda a América do Sul. Continuar lendo

Acom sistemas melhora desempenho

Com foco na satisfação dos clientes, a ACOM Sistemas passou a disponibilizar o EVEREST Gestão Empresarial em uma infraestrutura hiperconvergente de Data Center Virtual, fornecida pela Winov. O novo ambiente, resiliente, não fica off-line e garante processamento cinco vezes mais rápido que uma solução de cloud comum. Isso possibilita extração de relatórios, integração contábil e conciliação financeira que, geralmente, envolvem milhares de informações, de maneira muito mais eficiente. O desempenho superior permite que a ACOM Sistemas entregue mais qualidade. Continuar lendo

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Atualidade

Lenovo anuncia novo comando para área de data center no Brasil Após registrar o crescimento da operação no último ano fiscal, encerrado em abril, a vertical de data center da Lenovo passa a atuar de forma independente da área de PCs e dispositivos inteligentes no país.De acordo com os últimos relatórios de mercado da consultoria IDC, referentes a servidores baseados em processadores x86 no Brasil, a participação da Lenovo Data Center apresentou

um crescimento próximo de 100%, passando de 6% para 12% no primeiro trimestre de 2018.

Com a nova configuração do cenário, o executivo José Luis Fernandez assume a presidência do Data Center Group (DCG) para América Latina. Além de Fernandez, a nova configuração da empresa na América Latina terá Nelson Pesce como novo diretor da área de produtos e estratégia para data center. Continuar lendo

MCTIC, Fapesp e CGI.BR avaliam modelos em nuvem para ciência Cofinanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI. br), o projeto “Mercurius” está estudan-

do modelos de negócios para a federação de serviços em nuvem que deem suporte a atividades de eCiência. A iniciativa que teve início em fevereiro, é uma proposta das universidades federais de Campina Grande (UFCG) e de São Carlos (UFSCar), com a participação da RNP, da Empresa Brasileira de Pesquisa

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Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). Três estudos de caso serão implementados na primeira etapa do projeto, que terá duração de cinco anos. O primeiro é a federação em nuvens de infraestrutura como um serviço (Infraestructure as a Service – IaaS). Continuar lendo


Atualidade

Fundação Aperipê implanta fibra ótica

Economia e modernidade são alguns dos benefícios trazidos pela recente implantação do sistema de fibra ótica na Fundação Aperipê (Fundap). A inovação tecnológica que proporcionou um alto desempenho para conexões

de internet, garante mais qualidade nas transmissões da TV e das Rádios Aperipê, além de uma economia financeira para a instituição, que passa a não mais ter custos com a empresa fornecedora de internet. Esta modernização foi possível através de uma parceria da Fundap com a Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis) do Governo do Estado. Continuar lendo

Oi investe no piauí Cerca de 140 municípios piauienses serão contemplados com investimentos em telefonia móvel e internet através de tecnologias como fibra ótica e satélite. A Oi investiu mais de R$ 38,8 milhões no Piauí em 2017, o que representa um aumento de 13% em relação a igual período de 2016. No país, o investimento total foi de R$ 5,6 bilhões, registrando aumento de 18,3% em relação ao ano anterior, sendo a maior parte dos recursos aplicada na modernização da infraestrutura e expansão da capacidade de rede, na expansão do 4G e dos serviços de TI. Continuar lendo

Padtec ilumina rede no Paraná

A Ampernet Telecom, provedora paranaense de serviços de internet, está investindo na construção de redes DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) em cidades do sudoeste do Paraná, com o objetivo de agregar mais capacidade de transmissão ao seu backbone óptico e ampliar sua oferta de serviços na região. A provedora escolheu a tecnologia da Padtec para iluminar um novo trecho de sua rede óptica, com 370 quilômetros de extensão e terminações nos municípios de Foz do Iguaçu e Pato Branco. A tecnologia será empregada pela provedora em cinco das 30 cidades atendidas no estado. Continuar lendo

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Estudios de mercado regionales sobre el sector del data center

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Um programa completo de cursos para obter elevado nível teórico e prático

Todos os anos se recompensa o esforço da indústria em inovação

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