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www.datacenterdynamics.com.br Janeiro / Março 2018

Inclusão de novas rotas fortalecem o mercado de cabos submarinos do Brasil. Equinix, Seaborn Networks e Padtec vêm comemorando a alta do setor

Otavo data center da Ascenty é carioca e contempla a alta temperatura do Rio

Maior supercomputador da América Latina, o Santos Dumont

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Sumário Abril 2018

Para ler as reportagens, clique na foto ou vá para a coluna da direita

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TEMA DE CAPA 08 Cabos Submarinos: novas rotas dobrarão as conexões do Brasil

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REPORTAGENS 16 Ascenty abre data center no Brasil 22 Supercomputador Santos Dumont espera propostas de uso das empresas

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26 Google Cloud Platform chega ao Brasil 30 CEEDA: Embratel alcança nível Silver em Eficiência Energética 34 Portugal se prepara para uma explosão de dados 39 ATUALIDADE

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Editorial O

Brasil ganhará mais cabos submarinos. Esta edição da Focus Magazine aborda os impactos que as novas rotas vêm causando no mercado de TI e Teleco­ municações. Equinix, Seaborn Networks e Padtec falam sobre como vêm aproveitando a alta do mercado de cabos submarinos no Brasil. No segmento de Computação em Nuvem, a Google Cloud Platform (GCP) aterrissou na América do Sul, com a proposta de oferecer em redução de consumo uma nuvem mais veloz, segura e com preço cobrado em reais. Esta edição te explica as trouxeram iniciativas razões de São Paulo ter sido o estado escolhi­ em prol da eficiência do pelo gigante de buscas da internet. energética É destaque também nesta edição, o mercado de data center de Portugal, que após recuperação econômica voltou a crescer e nas últimas semanas, vem anunciando a inauguração e ampliação de grandes projetos de data center, como a Altice Portugal, que investiu € 4 milhões na expansão de seu data center na Covil­ hã. Também nesta edição, está a Embra­ tel, que acaba de atingir o nível Silver da certificação CEEDA (Certified Ener­ gy Efficiency in Data Centres Award). Em entrevista exclusiva, Mário Ra­ chid, Dire­tor Executivo de Soluções Digitais da Embratel, conta como a empresa vem vivendo este mo­ mento de pioneirismo. Vire a página e confira na íntegra a iniciativa, que já vem rendendo resultados positivos.

40%

Boa leitura! Tatiane Aquim

Número 1 • Abril 2018  7


Tema de capa

Cabos submarinos do Brasil Inclusão de novas rotas fortalecem o mercado de cabos submarinos do Brasil. Equinix, Seaborn Networks e Padtec vêm comemorando a alta do setor 8  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br


Core + Edge

O

mercado de cabos submarinos do Brasil nunca esteve tão aquecido. A expectativa é que até o término de 2019, o Brasil tenha 16 cabos em operação, dobrando a capacidade de tráfego existente hoje. Atualmente, em operação no Brasil estão: os cabos Sam-1, South American Crossing (SAC), Globenet, AMX, Seabras-1, Monet, Junior, Tannat, Americas-2, Atlantis-2 e um cabo próprio da Embratel, que conecta a costa brasileira (BrazilianFestoon). No mundo hoje, mais de 90% do tráfego de internet circula, por meio de cabos submarinos. As novas aplicações, como transmissão de vídeos em altíssima definição, realidade aumentada e o 5G apontam para um aumento de tráfego e de demanda por banda cada vez maior. Ou seja, se não existissem cabos submarinos, não seria possível conversar, trocar imagens, vídeos e etc. Neste sentido, a construção de data centers em metropóles (como São Paulo e Rio de Janeiro) para dar conta dessa demanda, que só tende a aumentar, impactam diretamente na necessidade de redes com uma

capacidade de tráfego cada vez maior. Atenta à efervescência do setor, Equinix, Seaborn Networks e Padtec saíram na frente e listam os impactos das novas rotas submarinas para o mercado brasileiro. Monet “A Equinix entende este momento como uma oportunidade para o mercado brasileiro experimentar uma redução dos preços de telecom e da internet, de maneira geral”, avalia o gerente de desenvolvimento corporativo e estratégia da Equinix Latam, Tito Costa, observando que alguns estudos já apontam para um declínio no preço, por conta dos novos cabos, que começaram a operar no final de 2017. “Um link de 10 GB entre São Paulo e Miami, benchmark, usado para falar da América Latina, custava cerca de R$ 120 mil, em 2010. Hoje, esse mesmo link custa cerca de R$ 60 mil e já existem empresas praticando preços até menores.” Eleita pela Angola Cables para receber os equipamentos do Cabo Monet, que ligará Estados Unidos e Brasil, a Equinix conectará o cabo aos data centers IBX + SP3 no Brasil e aos IBXs + MI1 e MI3 na Equinix EUA. Número 1 • Abril 2018  9


Tema de capa

Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil.

A fibra chegará por Fortaleza (CE) e será ligada à Praia Grande e, de lá até, Santana do Parnaíba (SP), onde ocorrerá a distribuição do tráfego pela América do Sul. O Cabo Monet tem a empresa angolana como uma das investidoras, contando ainda com o Google, a Antel (Uruguai) e a Algar Telecom (Brasil). Sua rota será de mais de 10 mil quilômetros e capacidade de comunicação de pelo menos 60 Tbps, em seis pares de fibra, sendo dois da Angola Cables. A construção, financiada pelas quatro empresas que formam o consórcio, ficou a cargo da TE Subcom (divisão de cabos submarinos da TycoElectronics).

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“Um dos fatores que atribuo à escolha da Equinix é uma mudança de cunho técnico. Antigamente, os cabos chegavam nas costas dos países e eram instalados em ‘CableLandingStations’ (CLS). Agora, as empresas estão começando a perceber a vantagem em não mais instalar esses equipamentos nesses locais, mas em movê-los para data centers altamente conectados e seguros. Além da questão da neutralidade, existe um apelo técnico que envolve a transferência de equipamentos para o data center, facilitando a operação desse cabo no dia a dia”, conta o presidente da Equinix.


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Tema de capa Com o processo do Monet lidea Seaborn tem uma ‘branchunit’ rado pela Angola Cables, a Equinix apontando para a cidade e pode vem comemorando o primeiro construir este acesso a qualquer “deployment” de um cabo momento”, conta o CEO submarino que não da Seaborn Networks, chega por meio de Larry Schwartz, uma CLS, mas pontuando que direto dentro do até o momento data center, o a empresa não que já acontece possui demanem Boca Raton da suficiente quilômetros de extensão (próximo à para justificar e múltiplas unidades de Miami). “Infeuma abordaderivação fazem do lizmente isso gem mais efetiSeabras-1 o cabo não foi possível va em Fortaleza, no Brasil, pois devido ao recente mais longo já o cabo chega em excesso de oferta implantado Praia Grande e nosde capacidade na cisos data centers estão dade. “Para nós, São Pauconcentrados na região da lo ainda é o principal ponto capital. Mas isso não impediu que de origem e destino de capacidade a Angola Cables, um dos maiores e IP do país. O Seabras-1 é o único parceiros, também se tornasse nos- sistema direto POP a POP que liga so cliente em São Paulo”, informa o centro comercial do Brasil (São Eduardo Carvalho. Paulo) ao centro comercial dos EUA (Nova Iorque)”, completa o CEO da Seaborn Networks, que também escolheu os data centers IBX. A Cabo Monet possui mais Equinix será o centro de conexão de 10 mil quilômetros e do Seabras-1. Com a nova ligação, a Seaborn capacidade de comunicação passa a oferecer o SeaSpeed, sua de pelo menos 60 Tbps, em rota proprietária de menor latência, entre esses importantes seis pares de fibra centros financeiros globais. Outro diferencial é a oferta de forma Seabras rápida de conectividade em nuPara a Seaborn Networks, o auvem, por meio de serviços como o mento do número de sistemas de SeaCloud. cabos ópticos que chegam ao país Com 10.600 quilômetros de exé uma indicação de que a indústria tensão e múltiplas unidades de deglobal de telecomunicações vê o rivação, o Seabras-1 é o cabo mais Brasil como um centro crítico para longo implantado, foi projetado as comunicações internacionais. para fornecer diversidade de ro“No que diz respeito a Fortaleza, tas adicionais para Virginia Beach,

10.600

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Core + Edge

Repetidor Submarino da Padtec sendo preparado para lançamento

Miami, St. Croix, Fortaleza, Rio de Janeiro, Sul do Brasil e Cape Town. O Seabras-1 está conectado a todos os data centers da Equinix, em São Paulo. No total, a Equinix conta com aproximadamente 1000 organizações alocadas nos seus data centers em todo Estado de São Paulo. Projetado para evitar áreas propensas a furacões do sul da Flórida e do Caribe, o Seabras-1 é o único cabo com rede totalmente subterrânea, de uma ‘CableStation’ , na Praia Grande, até a área metropolitana de São Paulo. Somado a esses pontos, a Seaborn Networks é o único desenvolvedor-proprietário-operador; não compete dentro do Brasil contra seus próprios clientes e garante oferecer a ativação mais rápida de circuitos do mercado. “Por todas estas razões, comprar serviços do Seabras-1 propicia um conjunto de fatores únicos

que nos diferenciam de outras alternativas”, garante o CEO da Seaborn Networks, Larry Schwartz. Cabo Junior Escolhida pelo Google como “prime contractor” para gerenciar e executar a implantação da rede submarina de alta velocidade, que interliga a Praia da Macumba, no Rio de Janeiro (RJ), à Praia Grande, na Baixada Santista (SP), a brasileira Padtec forneceu a solução turnkey que tem, aproximadamente, 400 quilômetros de extensão e oito pares de fibra. O Cabo Junior se

Cabo Junior, que tem 390 quilômetros, liga o Rio a São Paulo, e se interliga com outros operados pelo Google, possui três repetidores submarinos desenvolvidos pela Padtec Número 1 • Abril 2018  13


Tema de capa

Seabras-1 recebendo os ajustes finais, pouco antes de ser lançado ao mar

interconecta com outros operados pelo Google, o que amplia a infraestrutura de transmissão de dados na América Latina. O sistema do cabo submarino, chamado de Júnior (em homenagem ao pintor e desenhista brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior), conta com os equipamentos da Plataforma LightPadSubmarine da Padtec, baseada na tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing). A solução completa (turnkey) da empresa para sistemas submarinos, desenvolvida para atender aplicações regionais e sistemas de ultralonga distância, inclui os equipamentos externos de alimentação de energia para os amplificadores ópticos e osistema de supervisão (responsável pelo monitoramento contínuo do estado do cabo e dos repetidores ópticos). Também fazem parte dessa

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solução a conexão com a planta terrestre (SLTE – SubmarineLine Terminal Equipment), o gerenciamento da obra de implantação e os serviços de manutenção da planta submarina, que requerem equipes altamente especializadas, capazes de atuar de forma rápida e precisa. Além disso, faz parte dessa solução, o repetidor óptico submarino da Padtec, um dos elementos mais importantes e críticos do projeto, resultado de um esforço da fornecedora brasileira em pesquisa e desenvolvimento ao longo dos últimos anos. “A Padtec é a única empresa sul americana a fornecer uma solução completa (turnkey) nessa área, por isso, o aquecimento dos investimentos em redes submarinas no Brasil representa também mais oportunidades de atuação nesse mercado para a Padtec”, destaca o CEO, Manuel Andrade.


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DatacenterDynamics Brasil

DatacenterDynamics (LATAM)


Entrevista

8

º

data center da Ascenty é carioca

Primeira unidade na capital fluminense contempla a alta temperatura do Rio

A

Ascenty começa fundada em 2010, é hoje uma das 2018 comemorando maiores provedoras de data centers a inauguração de seu do Brasil, com oito data centers em primeiro data operação e outros cinco em center no obra. Rio de A empresa tem se Janeiro, que entrou concentrado na consem operação em trução e operação dezembro de 2017. de data centers de Sob o comando classe mundial. Para milhões de Chris Torto, cicolocar as metas em Data center teve dadão norte-ameriprática, a Ascenty investi­mento cano com residência aumentou, recenteinicial permanente no Brasil mente seu financiadesde 1989, a Ascenty, mento de $190 milhões

$100

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Design + Build

Chris T orto, CEO e fundad or da Asc enty Número 1 • Abril 2018  17


Entrevista

DCD> Awards 2018 Latin America A Ascenty ainda foi contemplada com o prêmio Datacenter Dynamics Awards Brazil 2016 por conta da contribuição excepcional para a indústria de data center. “A Ascenty oferece serviços de colocation, hosting, cloud computing, serviços gerenciados e telecomunicações, sempre com foco na agilidade em atender nossos clientes, por isso, nos sentimos orgulhosos em receber esse prêmio de uma instituição tão renomada e que é referência no mercado”, afirma Chris Torto, CEO da companhia. de dólares para $350 milhões de dólares, liderado pelos bancos Itaú e ING. Além destas, outras instituições financeiras, como Banco do Brasil, Natixis, Credit Agricole, Santander, Citi e outras, participaram do novo financiamento. O aporte apoia o plano de expansão da empresa, que terá 13 data centers até 2019. O início das operações na unidade do Rio de Janeiro marca um passo importante na disponibilização de serviços de alto desempenho de data center e telecomunicação da Ascenty. Além disso, faz parte do planejamento da empresa de expandir sua atuação no Brasil e América Latina nos próximos anos,

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por conta da crescente demanda do mercado por infraestrutura e conectividade. DatacenterDynamics: Quanto foi investido no data center do Rio? Chris Torto: A unidade teve investimento inicial de R$100 milhões. DCD: O data center carioca já possui uma forte demanda? C.T.: Dentro dos planos de expansão da Ascenty, o mercado do Rio de Janeiro é extremamente estratégico, pois grandes companhias atuam na região e algumas já são nossas parceiras em outras unidades. Estamos na fase inicial da operação e uma parte significativa da infraestrutura já foi comercializada, o que indica que estamos no caminho certo. DCD: Qual é a estrutura do data center? C.T.: O site foi planejado para uma potência total de energia de 15 MVA, com redundância Tri-bus (três linhas de energia estáveis atendendo cada módulo). Possui sistema de geração a diesel, que permite uma autonomia de 48 horas sem reabastecimento. Para garantir a refrigeração, opera com sistema de água gelada, com chillers a ar de alto desempenho, sempre com redundância N+2. O data center é monitorado por câmeras CFTV 24x7, que detectam movimento em alta definição e armazenam as imagens por mais de 90 dias. Possui controle de acesso por dupla autenticação, sendo biometria e cartão magnético, além


Entrevista Design + Build

de contar com o profissionalismo de uma equipe própria de segurança 24x7. No quesito conectividade, o data center possui duas salas de telecom, com entrada redundante subterrânea de fibra ótica, que possuem conectividade com as principais operadoras de telecom. DCD: Quantos metros quadrados possui o data center? C.T.: O data center possui 6.000 m² de área construída, dos quais 2.180 m² de área dedicada para TI.

DCD: Com relação ao cabeamento, o data center possui um anel de fibra ótica? C.T.: O cabeamento interno do data center é composto por 6 racks estrategicamente distribuídos, interligados por um anel de fibra óptica monomodo. Esses racks e o anel de fibra óptica são responsáveis pelo tráfego de dados dos sistemas de CFTV, Controle de Acesso, BMS e Network da Operação, trazendo maior flexibilidade ao Facilities. Além disso, a Ascenty está construindo uma rede de fibra ópti-

Onde estão localizados os data centers da Ascenty em operação no Brasil? A nova infraestrutura está localizada na região industrial do município do Rio de Janeiro (Pavuna). O espaço foi escolhido por atender todos os requisitos técnicos e de segurança que um data center TR3 precisa e por ter fácil acesso às redes de telecomunicações. A Ascenty possui oito data centers em operação no Brasil, localizados em: Campinas, Jundiaí, Hortolândia, Sumaré, região metropolitana de Fortaleza, São Paulo (SP1 e SP2) e o recém-inaugurado no Rio de Janeiro. Além desses, a empresa está construindo mais cinco data centers, que devem estar prontos até o início de 2019. Número Número 11 •• Abril Abril 2018  2018  19 19


Entrevista

ca própria de aproximadamente 150 km para atender as principais demandas por conectividade dos clientes hospedados nessa unidade. O data center do Rio de Janeiro é um carrier neutral, que significa que pode ser abordado por diferentes operadoras para garantir melhor conectividade aos clientes. DCD: O data center está preparado para alta densidade e para cloud computing? C.T.: Todos os data centers da Ascenty foram projetados para alta densidade elétrica e mecânica, o que permite que provedores de cloud computing fiquem altamente confortáveis com a solução Ascenty.

O data center do Rio já recebeu a certificação TR3 da TÜV Rheinland, atestando que a uni­dade apresenta as especificações do projeto. 20  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br

DCD: A Ascenty vem usando alguma estratégia para combater a alta temperatura do Rio? C.T.: O projeto contemplou as condições climáticas do município para garantir a refrigeração adequada à infraestrutura, com base em normas nacionais e internacionais de certificação. Como a cidade do Rio de Janeiro possui uma temperatura ambiente muito elevada, não adotamos a solução em free cooling. Para garantir a refrigeração com um sistema de alto rendimento e economia de energia, o data center opera com sistema de água gelada com chillers a ar de alto desempenho, com tecnologia inverter e sistema RapidRestore, sistema de resfriamento interno operando nos corredores técnicos laterais, ambos com redundância N+2, insuflamento por piso elevado de 1m e capacidade de refrigeração de 2.450 TR. DCD: Foram seguidas recomendações da ASHRAE de subir a temperatura para 27º para conseguir o PUE inferior a 1,5?


Entrevista Design + Build

C.T.: O PUE pode atingir 1.5 se os clientes permitirem que a temperatura suba para 27 graus, com a utilização de espaço e energia superior a 50%. DCD: Critérios ambientais foram levados em consideração? C.T.: A Ascenty está compromissada com o meio ambiente e promove entre seus colaboradores o exercício de suas atividades de forma sustentável, respeitando as políticas ambientais, os recursos naturais, por meio da prática de reciclagem e de seu uso de forma eficiente. Estamos focados em reduzir a geração de resíduos e prevenir a ocorrência de danos ambientais, utilizando procedimentos e tecnologias ambientalmente adequadas no gerenciamento dos produtos e serviços, visando a melhoria contínua do desempenho ambiental. Somos a primeira empresa de data center a obter a certificação ISO 14001, que garan-

Unidade carioca está instalada em uma área estratégica da cidade, com acesso rápido às principais rodovias e aeroportos. te que estamos de acordo com as boas práticas ambientais. DCD: Quais certificações a Ascenty pretende solicitar para o data center? C.T.: O data center do Rio Janeiro já recebeu a certificação TR3 da TÜV Rheinland, que garante que a unidade apresenta as especificações estabelecidas ainda no projeto. Além disso, a unidade receberá outras importantes certificações já disponíveis nos demais data centers da empresa, como ISO 27001, ISAE 3402, SSAE 16, dentre outras.

Chris Torto é administrador de empresas, formado pela University of Maine e possui MBA pela Harvard University, ambas as universidades nos Estados Unidos. Foi o fundador e CEO da Vivax, a segunda maior operadora de TV a cabo no Brasil, que iniciou suas atividades em 1995. Em 2006, conduziu a abertura de capital da Vivax, que posteriormente foi adquirida pela NET Serviços em 2007. Chris também foi CEO da Voyager Inc., uma empresa de internet, em que conduziu a abertura de capital em 1999 (a empresa foi adquirida por um grupo de telecomunicações norte-americano em 2000). Número Número 11 •• Abril Abril 2018  2018  21 21


Entrevista

M

aior supercomputador da América Latina, o Santos Dumont, tem ajudado o Brasil em pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer. A máquina que conta com inigualável capacidade de processamento, armazenamento e transferência de dados, agora está também à disposição de empresas privadas, que tenham interesse na utilização de sua capacidade petaflópica para o desenvolvimento do seu modelo de pesquisa. Adquirido junto a empresa francesa ATOS/BULL, o Santos Dumont, que entrou em operação em 2015, integra o mais recente ranking da TOP 500, que lista os supercomputadores mais potentes do mundo; está localizado na sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Maior supercomputador

da América Latina Infraestrutura de computação de alto desempenho está disponível para companhias brasileiras 22  DCD eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br


Servers + Storage

O LNCC é o instituto de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), foi criado em 1980, com o intuito de desenvolver modelos matemáticos para auxiliar o desenvolvimento científico do país e atuar como um centro de apoio disponibilizando sua infraestrutura computacional para outros centros de pesquisa, que na época não tinham uma infraestrutura satisfatória de processamento computacional. De acordo com Wagner Vieira, coordenador do LNCC, ao longo dos anos o laboratório foi progredindo, saiu de um prédio de 400 m² no Rio de Janeiro e hoje funciona em um prédio de 11 mil m² em Petrópolis (RJ). Possui um curso de pós-graduação, mestrado e doutorado em modelagem computacional, além de uma grande quantidade de acordo com centros de estudos para desenvolvimento conjunto de pesquisa. DCD: Qual foi a razão principal que levou à aquisição do supercomputador? W. V.: Foi percebido que havia uma demanda reprimida para o uso de supercomputador no país e algumas pesquisas que vinham sendo desenvolvidas utilizavam equipamentos dos Estados Unidos ou da Europa, já que a infraestrutura do país não supria essa necessidade. Então o Governo Federal atendeu a um pleito nosso para aquisição de um supercomputador. DCD: Qual foi o valor investido no supercomputador? Número 1 • Abril 2018  23


Entrevista W. V.: O supercomputador custou R$ 45 milhões e o LNCC gastou mais R$ 14 milhões com infraestrutura. Esse foi o investimento total para colocar o Santos Dumont no ar.

Com a aquisição do supercomputador o Brasil sai na frente na América Latina A aquisição desse supercomputador colocou o Brasil em um patamar que outros países da América Latina não estão. Nós hoje temos uma capacidade petaflópica de processamento, temos acordo com outras entidades de supercomputação fora do país, como universidades norte-americanas e centros de pesquisa da Europa. O Brasil está num patamar, onde estão os 500 computadores do mundo. Isso coloca o país num viés de crescimento muito grande. Acredito que cada vez mais investimento em computação de alto desempenho vai fazer com que a educação melhore, a pesquisa melhore. Inovações venham. Tudo isso capitaneado por uma computação de alto desempenho.

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DCD: Há dois anos, foi informado que estava prevista a instalação de um centro de pesquisas em computação de alto desempenho em parceria com a Atos. Isso foi feito? Em que estágio está o projeto? W. V.: O centro de pesquisa da Atos está instalado em Petrópolis (RJ) e trabalha em conjunto com os pesquisadores do LNCC em novas metodologias computacionais para computação de alto desempenho, atua com novos parceiros, como a Coppe (UFRJ). O centro já está em pleno funcionamento. DCD: A aquisição foi realizada há dois anos. Quais foram os ganhos? W. V.: O supercomputador está em uso há um 1 e 6 meses e por isso, os ganhos ainda estão sendo avaliados. Os resultados dos primeiros projetos estão sendo publicados pouco a pouco. Mas acredito que os ganhos vão ser enormes, não só da parte de pesquisa e desenvolvimento dos institutos de pesquisa como para a iniciativa privada também. DCD: Qual é o passo a passo para utilizar a capacidade do supercomputador? W. V.: Para a utilização do supercomputador é necessário a apresentação de um projeto de pesquisa para um comitê, que julga se o


Servers + Storage projeto de pesquisa precisa mesmo de uma capacidade computacional elevada.

que se tenha recurso para dotar alguns centros com máquina de capacidade elevada para que possamos DCD: Quantas empegar as demandas presas vêm utidos pesquisadores que lizando o supernão têm necessidade do computador? Santos Dumont. É necesW. V.: No momento sário ter outras máquinas temos apenas uma disponíveis com menos caúnica empresa utilizanpacidade, mas com nível do o supercomputador. suficiente para alavanAcabamos de fechar car o uso até chegar um acordo de uso ao Santos Dumont. com a Petrobras. Ela Nossa intenção é é a primeira emprefazer um sistema milhoes R$ sa privada a utilizar o em camada ¨tiers¨, custou quase o supercomputador para em que o Santos equipamento da desenvolvimento do Dumont será o tier Atos/Bull seu modelo de pesquisa. 0 e teremos outras Existe uma demanda de máquinas como outros empresas privadas no Brasil tiers, como por exemplo para a utilização de computador de o supercomputador Lobo Carneiro alto desempenho. O supercompuda Coppe (UFRJ), que é uma mátador está à disposição da iniciativa quina nova com grande capacidade privada para uso de seus sistemas. de processamento. A idéia é adotar Será um prazer receber propostas do alguns centros com máquinas de setor privado. grandes capacidades, com acesso fácil a esses equipamentos para que DCD: O supercomputador é hoje possa ser feito o desenvolvimento o “nó principal” do Sistema Nade pesquisas. cional de Processamento de Alto *O supercomputador está instalaDesempenho? do em dois contêineres unificados, W. V.: O supercomputador do Sisob uma cobertura que representa o napad atua como nó principal da chapéu de Santos Dumont. No interede por ser a máquina mais poderior da instalação, escrito sobre uma rosa a disposição. Os centros de suparede, pode ser lida a famosa frase percomputação do país que formam do aviador brasileiro: “o homem há o Sinapad estão com equipamentos de voar”. Por ser petaflópico, ou seja, ultrapassados, por falta de investipor atingir a velocidade de até 1015 mento, falta de recursos para a com- operações de ponto flutuante por pra de novos computadores. Hoje segundo, equivalente a operações de está sendo feito um esforço dos somas e subtrações, simbolicamente centros com o Governo Federal para o supercomputador “voa”.

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Entrevista

Google Cloud Platform São Paulo:

Menor latência e pagamentos em reais Pela primeira vez o Google oferece opção de pagamento em moeda local nos mercados em que oferece a GCP

A

Google Cloud Platform (GCP) aterrissou na América do Sul. Com a proposta de oferecer uma nuvem mais veloz, segura e preço cobrado em reais, o gigante da buscas da internet escolheu a grande São Paulo para impulsionar a inovação, agilidade e as vantagens competitivas da nuvem. Identificada como southamerica-east1, a nova região possui três zonas e oferece serviços corporativos de Computação (App Engine, Compute Engine e Container Engine); Big Data (Cloud Dataflow, Cloud Dataproc, Cloud Datalab); Storage (Cloud DataStore, Cloud Storage, Cloud SQL, Persistent Disk) e Ne-

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tworking (Autoscaler, Cloud DNS, Cloud Load Balancer, Cloud Virtual Network, Cloud VPN e Cloud Virtual Router). Com a inauguração em São Paulo, a Google Cloud Platform agora soma 12 regiões, 36 zonas, mais de 100 pontos de presença e uma rede global com 100.000 quilômetros de cabos de fibra óptica. De acordo com o diretor de vendas para a América Latina do Google, João Bolonha, o Brasil foi o país escolhido pelo fato de estar se tornando um indispensável ponto de transferência de dados na América do Sul, com a presença de novos cabos submarinos, que vêm aumentando a capacidade de tráfego do país com o resto do mundo, entre outros fatores.


Colo + Cloud

João B olonha , diretor de ven das para a Améric a Número 1 • Abril 2018  27


Entrevista

DatacenterDynamics: Que itens a Google Cloud Platform tem como prioridade? João Bolonha: A implementação leva em consideração fatores como capacidade de tolerância a falha, conectividade, centralização, automação de processos como energia, estrutura, segurança entre vários outros. Neste centro de computação em nuvem, trouxemos os principais serviços disponíveis da Google Cloud. A nova plataforma, inaugurada em setembro, traz o benefício

de atender e acelerar uma demanda que existe na América do Sul, tais como menor latência de serviço, pagamento em moeda local, entre outros. A região escolhida foi São Paulo, mas por motivos de segurança não podemos informar o endereço. A escolha feita permite expansão conforme a necessidade de crescimento, levando em consideração uma completa rede privada de dados que o Google tem investido na América Latina com a passagem dos cabos Monet,

O que foi feito em termos de eficiência energética? Operação: com o crescimento do grid de computação do Google, foi desenvolvido um modelo de aprendizado de máquina (Machine Learning) que permite entender o funcionamento de uma data center e adequar a melhor operação para um impacto ambiental positivo, trazendo grandes benefícios, em torno de 40% de redução de consumo. Contratos de Aquisição de Energia Renovável (CaE): permite não apenas o Google adquirir energia renovável, como também retornar parte desta energia ao grid, beneficiando o sistema como um todo. Evolução do Uso de Energias Limpa: em 2007, fomos pioneiros ao nos tornarmos 100% neutros em Carbono. Hoje temos nossos data centers/ regiões com 100% energia limpa. Isto exige investimento e foco na integração com o meio ambiente.

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Entrevista Security + Risk

Tanna e Junior, além do anúncio recente do Curie. DCD: Qual foi o valor investido no novo centro? J.B.: Nos últimos três anos o valor acumulado de investimento em Cloud do Google foi de $30B, tanto em centros de computação quanto em infraestrutura para os mesmos. DCD: Critérios ambientais foram levados em consideração? J.B.: Levamos muito a sério os critérios ambientais e desde 2007 o Google atingiu a meta de ser 100% neutro em emissões de Carbono e em breve alcançaremos a marca de 100% de uso de energia renovável, seguindo nosso objetivo de cada vez mais implantar o uso de energia renovável. DCD: Com relação ao cabeamento, o novo centro possui um anel de fibra ótica? J.B.: Sempre que definimos um novo centro de computação, planejamentos não apenas sua infraestrutura de local e segurança, mas também sua conectividade. Nossas regiões usam 100% de conexões do Google, garantindo assim uma maior performance, menor latência, maior segurança, entre outros benefícios. DCD: Em quanto a Google Cloud Platform reduz os custos para as empresas? J.B.: A inauguração do centro trouxe também o faturamento em reais, o que simplificou e reduziu a tributação. Isso aliado aos bene-

fícios de escala traz reduções de custo que variam de acordo com o tipo de serviço a ser utilizado, de 30% a 90%. DCD: De que segmento vem a maior demanda? J.B.: O mercado hoje de Nuvem Pública atual tem um grande número de organizações com consumo de diferentes tipos de serviço, uma representação clássica do modelo de cauda longa. As empresas digitais que nasceram graças ao ambiente

Essa é a primeira vez que o Google oferece a opção de pagamento em moeda local nos mercados em que oferece a GCP de nuvem, naturalmente foram as primeiras a adotarem, pois o modelo de negócio da organização só seria viável dessa forma. Hoje observamos empresas tidas como tradicionais e de setores regulados em franca ascensão, com uma demanda qualificada, não mais uma curiosidade e sim com um plano de adoção definido. 9. Poderia citar alguns clientes da Google Cloud Platform? SulAmérica, Vimeo, Evernote, Ubisoft, Contabilizei, Movile e Dotz Número Número 11 •• Abril Abril 2018  2018  29 29


Reportagem

Embratel: Data Center Lapa atinge nível Silver em Eficiência Energética Empresa tem hoje um dos melhores PUE em seus data centers

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Design + Build

A

pós receber, em 2016, a certificação CEEDA in Progress (Certified Energy Efficiency in Data Centres Award), de Eficiência Energética para o Data Center Lapa - São Paulo, a Embratel, uma das mais inovadoras empresas do Brasil, acaba de atingir o nível SILVER. A certificação, que será entregue em mãos em breve, foi concedida após a avaliação de um conjunto de critérios diferenciados, com base nas melhores práticas, especificações e métricas da ASHRAE, Energy Star, ETSI, EUCoC e The Green Grid. As análises individuais e coletivas desses critérios fornecem a base para determinar o nível de certificação concedido. O objetivo da certificação é fornecer uma análise da implementação das melhores práticas de Eficiência Energética auditada e certificada dentro de um data center. O processo é realizado através de um plano de ação operacional de desempenho, e permite que as organizações comparem suas instalações em matéria de Eficiência Energética. Funciona da seguinte maneira: O processo de certificação tem duração de dois anos e é composto por uma primeira avaliação abrangente e uma segunda avaliação, um ano depois de iniciado o processo. A avaliação inicial fornece uma análise detalhada da implementa-

ção de um conjunto de melhores práticas em Eficiência Energética em instalações mecânicas e elétricas, TI e gestão operacional. A segunda avaliação permite estimar os impactos do plano de Eficiência Energética, nova implantação em infraestrutura e serviços prestados. Também permite que o conhecimento prático sobre os mais recentes avanços em Eficiência Energética seja transferido para o cliente. Representada globalmente pela DatacenterDynamics, a certificação CEEDA, criada pela instituição inglesa de standards de TI BSC, chegou ao Brasil em maio de 2016, e reconhece a implantação das melhores práticas de Eficiência Energética no data center. O Data Center Lapa da Embratel ocupa uma área total de 7 mil m², sendo 2 mil m² de piso de TI; possui tecnologia de ponta em toda a infraestrutura, com usina de energia própria e flexibilidade para atender ambientes com alta densidade. Localizado na cidade de São Paulo, possui capacidade para atender médias e grandes empresas de todas as regiões do país. Em entrevista exclusiva, Mário Rachid, Diretor Executivo de Soluções Digitais da Embratel, conta como a empresa vem vivendo este momento de pioneirismo no Brasil. DatacenterDynamics: Por que o selo CEEDA e não outro? Mario Rachid: A certificação CEEDA chamou atenção da Embratel

Número 1 • Abril 2018  51


Reportagem

por se tratar de uma avaliação auditada, queatesta que a empresa implementou as melhores práticas em Eficiência Energética dentro do data center.

Simplicidade no Processo de Avaliação: Após discutir o perfil da unidade a ser avaliada e os objetivos que o cliente pretende atingir, um auditor reúne remotamente evidências da execução e o método de medição de um conjunto de até 90 melhores práticas e métricas. Uma vez completo, o auditor visita as instalações, a fim de verificar as evidências recolhidas, elabora um relatório com base nos resultados da avaliação e recomenda um nível de certificação (Bronze, Silver ou Gold). Este relatório é então analisado e o auditor é entrevistado antes da confirmação do nível de certificação alcançado, onde é entregue o relatório de avaliação. O objetivo do selo do CEEDA é garantir o cumprimento de normas e regulamentos, gestão eficiente das instalações e equipamentos de TI por parte da equipe, competitividade do negócio de TI, e o compromisso com as políticas ambientais e de responsabilidade social corporativa, além de uma redução de gastos significativa.

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DCD: Que melhorias a Embratel espera obter em relação ao consumo de energia e otimização das instalações, depois de colocar em prática as recomendações do selo CEEDA? M.R.: Todo processo de certificação e, principalmente, da manutenção de selos e certificações, traz por si só um grande controle, gestão e melhoria contínua dos processos associados. No caso do selo CEEDA, o que buscamos é o uso consciente e otimizado de energia e um alinhamento com as melhores práticas para o consumo consciente e responsável de energia. DCD: Em quanto o consumo de energia foi reduzido? M.R.: A Embratel tem hoje um dos melhores PUE em seus data centers. Todo o trabalho que envolveu a certificação nos permitiu realizar ajustes finos e melhorias que passaram a ser contínuas. Desde o lançamento do nosso maior site, o Data Center Lapa, temos trabalhado na questão de Eficiência Energética, reduções e economias. Essas ações trouxeram reduções de consumo, que chegam a mais de 40%, em relação à situação de inicial.


Design + Build DCD: A Embratel já havia implantado medidas de Eficiência Energética antes de obter a certificação? M.R.: Várias tecnologias foram implementadas nos nossos data centers desde a sua concepção e construção como, por exemplo, monitoração e análise dos circuitos elétricos, umidade e temperatura de ambientes, automação e monitoração inteligente sobre dispositivos de TI. Também implementamos todo um automatismo no acionamento de sistemas de resfriamento para nossas áreas de alta densidade. DCD: Quanto tempo levou para obter a certificação Silver? M.R.: O processo completo para a obtenção do selo levou um ano e três meses. No primeiro ano, a Embratel concluiu os ajustes e adequações sinalizados no plano de ações. Depois, foram necessários mais três meses para obter a certificação. DCD: Quais foram os principais desafios enfrentados pela Embratel para obter o selo? M.R.: Sabemos que o processo para obtenção da certificação CEEDA demanda diversos tipos de investimentos, além do financeiro. O projeto para concepção e construção do Data Center Lapa priorizou o uso consciente de energia. Sendo assim, foi necessário realizar alguns ajustes e adequações recomendados para obtenção do selo. Investimos também na capacitação de profissionais, com mudança de cultura.

DCD: Para a Embratel, os clientes valorizam a empresa que possui este tipo de certificação? M.R.: As certificações são valorizadas pelos clientes porque uma boa gestão sobre a infraestrutura e sobre os insumos de data center refletem na qualidade de serviço em relação aos demais provedores. É uma segurança que tranquiliza os clientes. Por meio da certificação CEEDA, a Embratel pode demonstrar ao mercado sua liderança em Eficiência Energética do data center.

DCD> CEEDA Selo CEEDA garante transferência de conhecimentos práticos sobre os últimos avanços em Eficiência Energética no mundo, também uma avaliação do efeito das mudanças na infraestrutura das instalações, serviços e gestão que se produzem na metade do ciclo de certificação.

DCD: A Embratel certificará outros data centers? M.R.: Sim. Estamos trabalhando no planejamento das certificações dos demais data centers. O centro de dados do Rio de Janeiro deve ser o próximo. Todos os data centers futuros trarão, desde a sua concepção, aspectos que permitam obter e manter os selos de Eficiência Energética. Número 1 • Abril 2018  33


Reportagem

Portugal se prepara para uma

explosão de dados Virginia Toledo Redatora chefe

Rotas internacionais de cabos submarinos, que em breve, desembarcarão na Península Ibérica colocam o país como destino de data centers

U

ma realidade inegável nos últimos anos é que a digitalização tem permeado os negócios sem distinguir regiões, indústrias ou tamanho de empresas. Neste momento, tornou-se natural assistir vídeos e filmes pela internet, conectar e operar serviços bancários on-line, caminhar até o restaurante com o celular na mão, conectado ao Google Maps e solicitar táxis através de aplicativos. Isso, não apenas em mercados tradicionais como dos Estados Unidos e o norte da Europa, mas também no sul do continente europeu.

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De acordo com estimativas do mercado, em 2020, o mundo terá 50.000 milhões de dispositivos conectados; em 2025, serão gerados 180 zettabytes de informação, em comparação com 10 zettabytes gerados em 2015. Um dos principais efeitos dessa tendência reflete-se no crescimento do tráfego global da internet e no surgimento de novos hubs de interconexão, evitando a latência decorrente do afastamento do usuário. Os principais provedores de serviços do mundo vieram para o resgate desta rede de sedentos usuários (A previsão é que em 2025 o número de conexões globais seja


Core + Edge

de 100,000 milhões), deslocando cabos submarinos e data centers para colocation no sul da Europa. Marselha (França), é uma das cidades que mais vem crescendo, aproveitando sua localização geográfica e estabilidade política para se conectar com a África, Oriente Médio e Ásia. Seguindo esta lógica, a Península Ibérica, e dentro dela, Portugal, pode se tornar um ponto global de interconexão, beneficiado por seu posicionamento estratégico, ligando as comunicações entre a Europa, América e a Costa Oeste da África. Isto vem se confirman-

do pelos fornecedores Altice Portugal (anteriormente Portugal Telecom) e Equinix em declarações à DCD. “Se os operadores peninsulares souberem criar condições de concorrência no fornecimento global da região poderemos assistir a um crescimento significativo da demanda na Península Ibérica”, prevê Luis Alveirinho, CTO e Wholesale da Altice Portugal. Impacto nos Data Centers Para Carlos Serafim Paulino, diretor da Equinix Itconic Portugal, o país está pronto para receber projetos de Número 1 • Abril 2018  35


Reportagem cabo submarino. “O mercado local de data center português conta com capacidade de colocation para satisfazer o tráfego de dados que a Península Ibérica receberá da América Latina, América do Norte e África”. O data center da Equinix/ Itconic em Lisboa, foi projetado para o aumento do volume de demanda, que vem recebendo, de diferentes partes do mundo; “sempre apostamos na inovação, efetuamos melhorias periódicas na nossa infraestrutura.” Durante o mês de fevereiro, o mercado português foi palco de vários anúncios de ampliações e inaugurações de data centers. A Altice Portugal, por exemplo, investiu quatro milhões de euros na expansão de seu data center na Covilhã. A ampliação permitirá migrar a infraestrutura do Sapo, portal na internet da Altice, que atualmente inclui 671 servidores e um petabyte de armazenamento. Portanto, o novo espaço vai abrigar equipamentos de TI para esta web. De seus cinco data centers no país, o da Covilhã é o mais recente. A construção responde a uma arquitetura modular, que permite crescer de acordo com as necessidades do negócio. Como um certificado Tier III, seu design sustentável se destaca. Outro projeto relevante é o

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da operadora NOS, que investiu 1,5 milhão de euros em seu novo Data Center Imópolis II, em Carnaxide. A instalação faz parte da estratégia da empresa de aumentar capacidade instalada em armazenamento de dados e serviços em nuvem em 50%. Por último, o data center da Redes Energéticas Nacionais (REN), que está localizado em Riba de Ave. A instalação possui 1.200 m² de salas técnicas, que serão utilizadas não só pela REN, mas também por grupos clientes da RENTELECOM, operador de rede de telecomunicações do grupo de energia. O projeto contou com o apoio da Engenharia PQC, que realizou a supervisão e construção da instalação, a fim de garantir a futura certificação do Uptime Institute, bem como para realizar o processo de comissionamento nas fases 4 e 5. Outra empresa de engenharia muito atuante no mercado Português é a Quark, que tem hoje três grandes contratos; dois de consultoria e de design ou remodelação de data center para duas importantes instituições financeiras do país e outro para a expansão das instalações de um operador de colocation. Ricardo Abad, diretor geral da empresa, descreve a indústria portuguesa como um pequeno mercado que, seguindo o fluxo da deman-


Core + Edge

DCD> Portugal Lisboa | 11 Abril A recuperação econômica do país e o momento tecnológico que Portugal vive foram decisivos para o retorno do evento, que é referência para profissionais de infraestrutura de data centers e de nuvem. No Hotel Tivoli Oriente, estavam reunidos palestrantes de grandes empresas do setor, como a RENTELECOM, que estava presente no dia 11 de abril para falar sobre seu novo data center Tier III. Empresas como ABB, Rittal, Eaton e Maxiglobal já confirmou presença como patrocinadoras do evento.

da de serviços em nuvem, terá que criar infraestruturas para prestar serviços a cloudervices. “Acredito que com a construção de três data centers, nos próximos anos, em Lisboa, essa demanda será coberta. Isto significa praticamente dobrar a superfície construída na capital”, enfatiza. Porta de entrada para o Atlântico Como Penny Jones, analista da 451 Research, escreveu para a DCD em 2017, poucos sites na Europa têm mais de um ou, neste caso, três novos cabos prestes a entrar em operação. Isso faz com que a Península Ibérica, onde os cabos vão chegar (Bilbao, Valência - Espanha, e Sines – Portugal), se torne um importan-

te local para a implantação de data centers. diretor da Equinix Itconic Portugal, “a Península Ibérica não representa mais um mercado de TI no qual apenas os clientes nacionais eram atendidos, está se tornando um novo ponto de referência global.” A principal razão para essa transformação está relacionada à sua situação geográfica privilegiada. “A Ibéria se tornará uma porta de entrada digital para o Atlântico”, aponta ele. “Sua localização é perfeita para conectar a Europa com a América do Norte, ventilando os caminhos de dados entre os Estados Unidos e o norte da Europa, América Latina e África; dois continentes que com certeza desempenharão um papel essencial na economia digital global, e que compartilham vínculos culturais e, em ocasiões linguísticos, muito fortes, como é o caso de Espanha e Portugal.” Até poucos anos atrás, a Península Ibérica mal aparecia nos mapas de conectividade global, com o planejamento de novos projetos de cabos submarinos, a Ibéria vem se posicionando como um dos melhores pontos de interconexão. Portugal, juntamente com a Espanha, está vivendo uma oportunidade única de se tornar um importante centro internacional de conectividade, atraindo mais investimentos e se consolidando no mercado de TI. “Portugal, como parte do hub ibérico, será a próxima Marselha”, conclui. Interconexão Atualmente, inúmeros projetos de cabos submarinos públicos e priNúmero 1 • Abril 2018  37


Reportagem ros através do plano BuildingEurope Link para LatinAmerica (BELLA). O cabo de 9.400 km entre a Praia Grande (Brasil) e Sines (Portugal) possui capacidade de 48 Tb / s (4 pares de fibra para 120 canais multiplexados por 100 Gb / s por canal). Outro projeto interessante é o BREXIT-1, uma nova rota transatlântica e alternativa para o Reino Unido, que vados estão pousando pretende unir os mil milhões de nas costas ibéricas Estados Unidos à conexões em nível para atender o enorme Europa através de global até 2025 volume de dados, forSesimbra, sub-região necer transferência com de área metropolitana baixa latência e diminuir o de Lisboa. Na mesma custo de envio e recebimento cidade, há também um nó de informações, em nível mundial. SeaMeWe-3, o submarino de teSe nos concentrarmos apenas nos lecomunicações de cabo óptico projetos que envolvem Portugal, mais longo do mundo, com 39.000 podemos destacar várias operaquilômetros de extensão ligando ções. o sudeste da Ásia, Oriente Médio e O mais relevante hoje, segundo Europa Ocidental. o diretor da Equinix Itconic PortuA conectividade com a Áfrigal, é o EllaLink, um projeto criado ca também tem Portugal como pelos governos do Brasil, Portugal um dos seus maiores aliados. Por e Espanha, que visa estabelecer a exemplo, o Projeto MainOne, que comunicação de cidades brasileiras liga Portugal à África do Sul através com Madeira, Ilhas Canárias, Cabo de várias ligações em diferentes Verde e a Península Ibérica. A prinpaíses africanos. Além disso, o cabo cípio, o cabo começará a operar a de comunicação submarino ACE partir de 2018-2019 como alterna(AfricanCoast to Europe), que liga a tiva para as rotas de dados com os França e a África do Sul através da Estados Unidos. A maior parte do costa oeste africana, também tem investimento vem do provedor bra- um nó em Carcavelos (Lisboa). Em sileiro de telecomunicações TeleSesimbra existe uma conexão com bras, a empresa espanhola IslaLink, o WACS (Sistema de Cabo da África e a Comissão Europeia (CE), que irá Ocidental), que liga África do Sul e investir cerca de 25 milhões de euReino Unido.

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Atualidade

Clique na coluna da direta e vá direto para a notícia

Vivo: R$ 125 milhões em data center Conteúdo A Vivo Empresas, segmento B2B da Telefônica Brasil, acaba de expandir seu principal data center e reforçar o portfólio de serviços digitais para o mercado empresarial. Com investimentos de aproximadamente R$ 125 milhões, a empresa ampliou o Data Center Tamboré I em 2,3 mil metros quadrados, com capacidade para instalar até 900 racks. A construção, assim como foi na inauguração do complexo, em 2012 atende a rigorosos padrões nacionais e internacionais, já que sua infraestrutura exige alta segurança física, para todo o ambiente onde os sistemas estão instalados, suportados por

mecanismos de proteção, controle e gerenciamento baseados em software. O Data Center Tamboré I é um dos maiores da América Latina com certificações Tier III - Design, Facility e Operations -, concedida pelo Uptime Institute. A ampliação suportará o crescimento das operações nos segmentos Fixo, Móvel e Serviços Digitais e dobrará sua capacidade atual de atendimento. O nível de excelência exigido para a construção e expansão do Data Center Tamboré I, garante suporte a ambientes críticos, que exigem altos níveis de disponibilidade de serviços. Continuar lendo

Dataprev: Data Center Rio De Janeiro Recebe Certificação Operational Sustentability Detran do maranhão ganha novo data center Governo de Alagoas economiza R$ 10 mil por mês, após manutenção em data center Proderj e Seseg assinam termo para uso de sala-cofre Número 1 • Abril 2018  39


Atualidade

Dataprev: Data Center Rio De Janeiro Recebe Certificação Processo de certificação garante que as operações estão alinhadas com os objetivos de negócios e com as expectativas de disponibilidade dos ambientes O Data Center Rio de Janeiro, da Dataprev, conquistou a certificação Operational Sustentability no nível ouro em dezembro. Esta é a mais alta certificação do sistema de classificação Tier III. A Dataprev é a primeira empresa pública do país a receber o selo Operational Sustentability e completar o ciclo Tier III. Em novembro, o Data Center São Paulo já havia recebido o reconhecimento da organização internacional Uptime Institute, entidade máxima em certificação de data center e a única que pode emitir o certificado usando o padrão Tier. “Fechamos o ciclo Tier III para os ambientes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Esta era uma das nossas metas mais importantes para 2017, conquistada graças ao comprometimento dos nossos empregados. Em 2018, nosso foco é manter os altos padrões exigidos pelo Uptime Institute e avançar na questão das certificações para o Data

Center Distrito Federal”, ressaltou o presidente André Leandro Magalhães. O sistema Tier Classification é um padrão global reconhecido pela confiabilidade e o desempenho de data centers. O processo de certificação garante que as operações estão alinhadas com os objetivos de negócios e com as expectativas de disponibilidade dos ambientes.

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Juntos, os data centers do RJ, SP e Brasília sustentam os serviços prestados pela Dataprev para clientes como o INSS, Receita Federal e o Ministério do Trabalho. Conectados por circuitos de alta velocidade, eles funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e contam com parque tecnológico atualizado e salas-cofres certificadas e blindadas. Continuar lendo


Atualidade

Detran do maranhão ganha novo data center Instalação possui Sistema de Reconhecimento Ótico de Caracteres, que permite a identificação, através das placas, de veículos com pendências A construção do novo data center faz parte de um conjunto de obras que visa modernizar o Detran-MA. Em 2017, quatro Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) passaram por reformas e ampliação, e até março de 2018, mais seis sede de circunscrições serão entregues, pelo Governo do Estado, com uma nova estrutura. Inaugurado na última quinta-feira (4), o novo data

center abriga uma área de vídeo monitoramento voltado para o serviço de fiscalização de trânsito. O setor, também, está pronto para dar apoio às operações do Batalhão da Polícia Rodoviário Militar (BPRV), com o uso da tecnologia de identificação de placas e cruzamento de dados com o Sistema de Informática, auxiliando no combate às infrações e crimes de trânsito.

A diretora geral do órgão, Larissa Abdalla Britto, contou que o data center possui Sistema de Reconhecimento Ótico de Caracteres, que permite a identificação, através das placas, de veículos com pendências. Larissa Abdalla afirmou que o novo Centro garantirá mais estabilidade ao sistema e irá melhorar a prestação de serviço. Continuar lendo Número 1 • Abril 2018  41


Atualidade

Governo de alagoas economiza R$ 10 mil por mês Uma das medidas recomendadas para quem deseja economizar na conta de luz é tirar da tomada equipamentos eletrônicos em stand-by, ou seja, que estão sem atividade, mas que continuam ligados a uma fonte de energia, energizados. Agora, imagine que esses equipamentos sejam de grande porte e em um número maior. A economia de energia também cresce proporcionalmente. Foi o que aconteceu após o desligamento de vários quadros elétricos, de comando e nobreaks

que faziam parte do maquinário do data center do Estado de Alagoas, instalado no Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec) e que passaram por desativamento e substituição

no final do ano passado. No entanto, as benesses só puderam ser comprovadas agora: R$ 10 mil de economia em energia elétrica para os cofres estaduais. “Fizemos durante a manutenção um levantamento dos equipamentos mais antigos, que já foram vitais e de pleno uso para o estado, mas que hoje ficaram obsoletos. A maioria estava energizada e aguardamos trinta dias para o desligamento gradual destes. Continuar lendo

Proderj e Seseg assinam termo para uso de sala-cofre Com objetivo de modernizar o Data Center do Governo do Estado e melhorar a prestação de serviços à população, com uso da tecnologia, o Centro de Tecnologia da Informa-

ção e Comunicação do Rio de Janeiro (Proderj) e a Secretaria de Estado de Segurança, assinaram o termo de cessão, que permitirá o uso da sala-cofre, localizada no Centro Integrado de Co-

DCD eMagazine eMagazine • www.datacenterdynamics.com.br • www.dcd.media 42  DCD

mando e Controle (CICC). O espaço não se limita somente a possibilitar o processamento e armazenamento de informações cruciais do Governo, mas também permitirá o funcionamento adequado do data center. Continuar lendo


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