ÁGUAS URBANAS. sistema de espaços livres em ribeirão preto

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ÁGUAS URBANAS

sistema de espaços livres em ribeirão preto




instituto de arquitetura e urbanismo universidade de s達o paulo cap | comiss達o de acompanhamento permanente

david moreno sperling francisco sales t. filho lucia zanin shimbo luciana bongiovanni m. schenk coordenadora do grupo de trabalho

simone helena t. vizioli


ÁGUAS URBANAS sistema de espaços livres em ribeirão preto

trabalho de graduação integrado | tgi

debora c. dalbó do nascimento

são carlos | 2015


Este caderno é parte do processo de projeto de um sistema de espaços livres drenantes na cidade de Ribeirão Preto - SP, desenvolvido para a conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo | IAU USP.


RESUMO Eles que foram fundamentais na escolha do território a ser ocupado, hoje são apenas obstáculos a serem vencidos. Pouca gente se dá conta que o rio está tão próximo; isso só acontece quando chove e ele transborda. Apesar de terem sido fundamentais no início da ocupação de muitas cidades brasileiras, os rios permanecem como parte obscura na paisagem urbana. As águas poluídas e o distanciamento que se cria desses corpos d’água são as causas principais do desinteresse e esquecimento. Enclausurados entre avenidas de circulação rápida ou tamponados abaixo das ruas, na maioria das vezes, os rios somem da vista e do debate acerca das cidades. A fim de solucionar o problema das constantes enchentes na cidade, o primeiro passo foi compreender que nenhuma intervenção pontual seria capaz de pôr fim a estes eventos. A ideia, portanto, é distribuir pontos de captação de águas pluviais por toda a cidade e associar a essa necessidade infraestrutural a possibilidade de utilizar desse momento de planejamento para pensar nesses espaços como pontos onde se combine a função ambiental com a função social, fazendo deles espaços públicos de qualidade, outra carência das cidades contemporâneas. Combinado às intervenções distribuídas pela malha urbana, existe a necessidade de intervir também junto ao próprio corpo d’água. Se a sua inundação é inevitável, até certo ponto, por sua própria natureza, que essas inundações sejam bem administradas e aceitas como parte do cenário urbano. Mais uma vez, essa necessidade combinada com um bom planejamento pode resultar em espaços com grandes qualidades urbanísticas. palavras-chave: planejamento urbano, sistema de espaços livres, drenagem.


AGRADECIMENTO À minha família pelo constante apoio e carinho sem os quais nada disso seria possível; em especial a meus pais, Hamilton e Luiza, por nunca me deixarem desistir. Aos amigos e todos os companheiros de turma por dividirem experiências e momentos dos quais sempre me lembrarei. Obrigada por tornarem essa jornada ainda mais especial. A todos os funcionários e professores do IAU, fundamentais em toda a graduação, em especial a Simone e Luciana pela orientação generosa e inspiradora.


“[...] de todas as obras de arte da humanidade, a cidade é a principal delas e, felizmente, é uma obra de arte aberta e inconclusa.” (Alexandre Delijaicov, 2009)



SUMÁRIO

inquietações os rios e as cidades inspirações o lugar estratégias proposta

12 18 22 26 44 48

referências referências das imagens

88 90


inquietações


inquietações

Este trabalho surgiu da reflexão a partir das questões que circundam a conjuntura das cidades contemporâneas, com enfoque na realidade das cidades brasileiras, principalmente no que diz respeito ao uso e constituição dos espaços públicos como espaços de sociabilidade. De início, a ideia era questionar o atual modelo de crescimento das cidades, que tem por marcas de caracterização o espraiamento, a fragmentação e a segregação, seja ela induzida ou do tipo autossegregação. A ideia de segregação induzida vem dos processos de gentrificação causados pela especulação imobiliária, que, ainda que superficialmente, explicam as constantes migrações da parcela mais carente da população para periferias, áreas cada vez mais distantes do núcleo/centro urbano e carentes de infraestrutura. O processo de autossegregação, ao contrário, como a própria denominação indica, acontece por opção e envolve a migração de classes mais abastadas para lugares que são alegadamente mais seguros. Dentre esses espaços, estão os já famosos condomínios fechados e shopping centers. É fato que, através do processo de crescimento descontrolado que leva a processos de migração urbana que fragmentam a cidade e segregam a população, o que se pode observar é a descaracterização da cidade, e principalmente dos espaços públicos, como lugar de vivência e confraternização da população. O “desencontro cidadão metrópole” (CARLOS, 2003, p.88) é consequência do modelo de produção do espaço que leva ao esvaziamento dos espaços públicos, limitando a percepção de identidade do cidadão, agora entre os limites do sistema de mercadorias e da sociedade de ‘consumo de espaço’ (LEFEBVRE cf. CARLOS, 2003, p.87), impondo transformações no uso e condições de acesso a lugares por intermédio do mercado, alterando o sentido nas relações espaciais e sociais. (ROSA, 2011)

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inquietações

qual é a cidade em que vivemos? quem são os seus usuários? o que falta para que as pessoas sejam atraídas a não só passar por ela, mas também vive-la?

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tgi | águas urbanas

Dentro dessa lógica da cidade fragmentada e com crescimento espraiado surge um maior interesse por aqueles espaços que, ainda que submetidos ao mesmo cenário do restante do ambiente urbano, não participam desse processo da mesma forma e acabam ficando à margem da dinâmica citadina; os chamados vazios urbanos. Meneguello (2009, p.127) afirma que “[...] o vazio urbano não é o oposto, nem o outro, do espaço urbano. Espaço e vazio são contínuos, indissociáveis e incompreensíveis um sem o outro.” De fato, a complexidade da cidade contemporânea foge da relação entre o que é e o que não é ocupado. Os vazios urbanos podem ter ainda duas naturezas distintas: o vazio que vem da ausência, o desocupado; ou pode ser o vazio programado, o respiro, a pausa na narrativa urbana. Em ambas, porém, o vazio compõe a paisagem tanto quanto o construído. A reflexão desenvolvida nesse trabalho tem a pretensão de dialogar com os dois tipos. Dificilmente as lógicas das economias e dos usos deixa espaço para as dimensões da memória e da rememoração. Mais ainda: dificilmente essas lógicas do espaço ‘positivado’ podem aceitar a necessidade do vazio, a necessidade do indefinido, da fratura e do desconfortável dentro da cidade. (MENEGUELLO, 2009, p.131)

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inquietações

Apesar de terem sido peça fundamental e decisiva no início da ocupação de muitas cidades brasileiras, os rios permanecem como parte obscura na paisagem urbana e só recebem destaque quando transbordam e marcam sua presença, podendo ser apontados, dessa forma, como exemplos de vazios urbanos. Ao mesmo tempo que historicamente assumem a posição de vazios na perspectiva de espaços residuais, obstáculos na conformação urbana, os rios têm um papel fundamental na paisagem das cidades, pois são partes formantes da sua história além de sua importância ambiental. Nesse sentido, a intenção é resgatar a importância dos corpos d’água na cidade e transformálos num espaço de qualidade ambiental e social, além de compor sua requalificação com um sistema de espaços livres que, distribuídos pelas áreas adjacentes aos rios e córregos façam, em conjunto com eles, a função de drenagem das águas urbanas. Visando resolver os problemas de enchentes que assolam nossas cidades, o olhar se volta não só para os próprios rios, mas também para as contribuições de uma cidade cada vez mais impermeabilizada que deixa escorrer grandes volumes de água que deveriam ser captados antes de retornarem aos cursos d’água. Além disso é fundamental compreender que os nossos rios passam, naturalmente, por um processo de cheias e que lidar com isso é o meio mais eficiente de buscar um equilíbrio entre sua natureza e o local que ele ocupa em nossas cidades. Portanto, o objetivo é encontrar uma forma de propor um projeto com qualidades urbanísticas que também atenda necessidades infraestruturais e socioambientais. Contudo, ainda permanece a preocupação com os processos que podem surgir da proposta de planos de requalificação em áreas degradadas, tais como os já citados processos de segregação e fragmentação da cidade, e as melhores formas de amenizar esses processos.

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os rios e as cidades


os rios e as cidades

As cidades, quase sempre, têm sua origem junto a cursos d’água. Quando a relação entre cidade e água passa a ser conflituosa? “Existem três momentos fundamentais na história das cidades, nesse sentido. Durante o período medieval, os centros urbanos atingem uma densidade demográfica que leva a um descontrole no saneamento e na saúde pública. Os rios começam a ter problemas seriíssimos de contaminação, tornando-se lugares a serem evitados. Depois, com a ideia do urbanismo sanitarista, que começa a se configurar no século 18 e toma força no século 19, o rio passa a ser visto como elemento estruturador das cidades e a receber melhorias, no sentido de um embelezamento: parques, bulevares e passeios públicos são criados nas orlas fluviais e marítimas. Mas, ao mesmo tempo, acontece um aumento aceleradíssimo da industrialização. É nessa época que surgem as ferrovias, implantadas ao longo dos leitos dos rios, criando uma barreira entre eles e as cidades. As indústrias também se instalam no fundo dos vales, dando origem a diversos problemas, como a poluição das águas. Mas a coisa piora muito no começo do século 20, especialmente a partir dos anos de 1920, quando aparece o veículo autônomo - aquele que não corre sobre trilhos. O automóvel sacramentou o problema dos rios, quando rodovias urbanas foram instaladas, mais uma vez, ao longo de suas margens. O mais grave de todos os problemas, quando falamos da relação entre cidades e rios, é a visão mercantilista do solo urbano. No Brasil, o começo do fim foi a promulgação da Lei de Terras, em 1850, que acabou com o regime de concessão e transformou o solo em mercadoria. Com isso, os leitos maiores de todos os rios hoje urbanos foram invadidos, loteados e vendidos. Esse urbanismo mercantilista, voraz e inconsequente foi mais tarde reforçado por um urbanismo extremamente rodoviarista, gerando cidades desenhadas para os automóveis e não para as pessoas, os pedestres.” (DELIJAICOV, 2013)

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Eles que foram fundamentais na escolha do território a ser ocupado, hoje são apenas obstáculos a serem vencidos. Pouca gente se dá conta que o rio está tão próximo. Isso só acontece quando chove e ele transborda. O homem moldou o rio a seu modo, colocou-o dentro de um cano e escondeu debaixo da terra para não se ver em meio a sujeira, mas isso não mudou a natureza do rio. Quando a chuva cai é pra lá que a água vai e se não tiver espaço, ela toma o que for necessário. (FERRAZ in ENTRE RIOS, 2009)

O rio ainda é visto por muitos apenas como canal de escoamento de água e esgoto. As águas poluídas e o distanciamento que se cria desses corpos d’água são as causas principais do desinteresse e esquecimento da população para com eles. Enclausurados entre avenidas de circulação rápida ou tamponados abaixo das ruas, na maioria das vezes, os rios somem da vista e do debate acerca das cidades. A pauta de discussão muitas vezes gira em torno de como resolver o problema das enchentes e o rio se resume a isso. Como resolver o problema do rio que transborda e invade a vizinhança? O que falta perceber é que não é o rio que toma área da cidade, mas a cidade que tomou área do rio. A urbanização acelerada da área urbana é que conformou uma ocupação irregular do solo. Como disse Seabra (in ENTRE RIOS, 2009, grifo nosso) “a enchente é produto da urbanização”. Faz parte da natureza dos rios passar por momentos de cheias e outros de seca e essa mudança na sua vazão é amortecida no chamado leito maior ou várzea de inundação periódica dos rios. Quando essas áreas passaram a ser ocupadas, muitas vezes com avenidas, e a impermeabilização das regiões adjacentes aumentaram, o rio continuou o mesmo, mas sem espaço. “O espaço das águas se transformou no espaço dos carros” (FERRAZ in ENTRE RIOS, 2009) A resistência em torno das intervenções junto aos corpos d’água ainda representam um desafio no debate das cidades contemporâneas, pois essa discussão está diretamente relacionada ao problema de mobilidade, que é tratado ainda hoje com a predominância da lógica de expansão das vias de circulação como solução para esse problema. Hoje, do jeito que está, se você deixar a administração pública, na situação crônica que ela está, de dívidas e refém dos empreiteiros e desse urbanismo rodoviarista, nós vamos cada vez mais pela lógica, que é a lógica mais ultrapassada que pode existir, de abrir mais estradas, mais avenidas. (DELIJAICOV in ENTRE RIOS, 2009)

Ao invés de investir em transportes coletivos, como metrô e ônibus, ou mesmo em transportes individuais sustentáveis, como a bicicleta, os investimentos sempre são direcionados à infraestrutura para o transporte individual; segundo Marco Antônio Sávio (in ENTRE RIOS, 2009) “a fragilidade institucional do Brasil leva à uma proeminência do privado sobre o público. Existe uma área pública? Entrega-se a área pública para o privado [...]”

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“O tráfego é como água, vai onde é possível ir. E quando não pode ir a lugar algum, para.” (Jan Gehl, 2015, tradução nossa)


inspirações


inspirações

VAZIOS DE ÁGUA. são paulo

imagem 1. diagrama: o correto caminho para as águas e o adequado espaço para as casas.

imagem 2. colagem realizada pelo escritório MMBB com fotos de Nelson Kon. Reservatórios de retenção de águas pluviais, os piscinões, na cidade de São Paulo.

imagem 3

“[...] porque não transformar grandes investimentos, de uma infraestrutura necessária, em uma oportunidade de desenhar urbanidade?” (Marta Moreira, 2012) 23


tgi | águas urbanas

WATER SQUARES. rotterdam

imagem 4

imagens 5 a 7. condição regular; condição em aproximadamente 30 vezes ao ano; condição em, no máximo, uma vez ao ano.

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inspirações

imagens 8 a 10

CHEONGGYECHEON. seoul

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o lugar ribeir達o preto | s達o paulo



enchente em 1929


o lugar

Banhada por vários córregos e ribeirões, a cidade de Ribeirão Preto é uma entre tantas cidades brasileiras que sofrem com as constantes inundações de seus cursos d’água. A cidade convive com essa realidade desde o início do século XX, com sua primeira enchente em 1929. Falta de planejamento e controle na ocupação do solo em áreas mais críticas e, consequentemente, mais suscetíveis a sofrer os efeitos da degradação ambiental, são grandes problemas também nessa cidade no interior paulista. Depois de sua ocupação já concretizada, os processos e projetos de recuperação dessas áreas se tornam ainda mais difíceis.

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enchentes em 2014 e 2015


o lugar Segundo dados do IBGE de 2011, Ribeirão Preto possui 612.339 habitantes. A maior parte dessas pessoas sofre direta ou indiretamente com as enchentes constantes na cidade. Enquanto o poder público exalta obras em que altas quantias foram investidas para tentar resolver o problema, os eventos de inundações permanecem. O desafio maior se constitui em aproximar a população dos corpos d’água para que as pessoas despertem interesse pelas discussões em torno das questões em debate e sejam capazes de se conscientizarem de que medidas paliativas não serão suficientes para resolver o problema das enchentes na cidade. A abordagem da questão ambiental nas grandes cidades ainda é incipiente, embora ela venha merecendo um maior grau de preocupação por parte da sociedade. Os problemas ambientais continuam sendo tratados de modo estanque e fragmentado e as cidades continuam crescendo à revelia dos interesses da sociedade na construção de um ambiente saudável para se viver. Interesses econômicos particulares, ausência de planejamento e desconhecimento das potencialidades e limitações que operam a relação entre cidade e meio ambiente favorecem a degradação ambiental, como também a introdução de soluções simplistas que, atuando em varejo, efetivamente pouco colaboram na recuperação ou preservação de espaços satisfatórios para um equilíbrio duradouro entre urbanização e meio ambiente. (SCHUTZER, 2012, p.13)

As questões de preservação e preocupação ambiental estão presentes já no Plano Diretor elaborado pelo engenheiro José de Oliveira Reis em 1945 para a cidade, cujo título original é “Observações e Notas Explicativas do Plano Diretor de Ribeirão Preto”.

No estudo apresentado pelo Plano, o tema da “Cintura Verde e espaço livre”, tem uma conotação fundamental. Pela visão de Oliveira Reis, toda a estruturação urbana, através de um planejamento ordenado, em que o zoneamento e o sistema viário são os mecanismos dessa ação sobre o espaço urbano, deve apresentar sua complementaridade através dos espaços livres e áreas de vegetação. [...] Continuando a análise das propostas sobre as áreas verdes, duas são de grande importância, sobretudo para a qualidade ambiental da cidade: uma delas, a criação de Parkways, implantadas ao longo dos Rios Retiro, Ribeirão Preto, Tanquinho e República. Pela proposta do plano, a função das Parkways estão ligadas, não só à questão da circulação viária, mas também, para o estabelecimento de centros esportivos e de recreação. A outra diz respeito a ampliação do Bosque Municipal, que atualmente se encontra com a metade do que foi proposto pelo Plano Diretor de 1945, fruto do processo de especulação do capital imobiliário. [...] As propostas de Oliveira Reis para Ribeirão Preto, se colocadas em prática pelo Poder Público Municipal, promoveriam uma transformação profunda na cidade, em relação, sobretudo ao sistema viário através da ocupação de fundos de vale, atualmente degradados por uma ocupação intensa que se originou ainda no início do século XX. Várias áreas de fundo de vale sem um devido tratamento paisagístico, total impermeabilização do solo, entre tantas outras complicações que contribuem com problemas, por exemplo, de enchentes na cidade. (FARIA)

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mapa de hierarquia de vias da cidade.

mapa de demarcação das áreas verdes.


hidrografia.

hidrografia e topografia. primeira aproximação com as linhas naturais de drenagem do terreno.


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imagens 11 e 12. posição geográfica da bacia do rio pardo no aquífero guarani; posição geográfica do município de ribeirão preto na UGRHI 4 - unidade de gerenciamento de recursos hídricos.

imagens 13 a 14. bacias higrográficas e sub-bacias do município de ribeirão preto.

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o lugar

imagens 15 e 16. mapa das classes de cobertura arb贸reas e mapa de macrozoneamento da cidade de Ribeir茫o Preto.

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tgi | รกguas urbanas

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imagens da maquete de estudo. estudo das linhas de escoamento de รกgua favorecidas pelo relevo.


o lugar

trecho II

Dentre todos os corpos d’água presentes na cidade, a escolha por voltar maior atenção ao Ribeirão Preto e ao Córrego do Retiro Saudoso vem de diversos fatores, mas principalmente por seu significado na cidade de Ribeirão Preto. Além de sua importância histórica, pois foi às suas margens que nasceu a cidade, e hoje eles tem sua presença relacionada a eixos muito importantes no cenário citadino, estes são dois constantes reincidentes nos casos sobre enchentes. Além da própria conformação do terreno que favorece o direcionamento do grande volume de água que escorre para o leito dos corpos d’água nessa região, esses pontos de alagamento se formam também por se encontrarem na área central da cidade, que é bastante ocupada (taxa de impermeabilização do solo alta) e possui poucos espaços livres verdejados que possam contribuir para a captação da água em eventos chuvosos. A fim de visualizar qual a situação em que estes corpos d’água se encontram, a busca por um levantamento fotográfico e também de usos e ocupação para cada um dos trechos escolhidos foi de grande importância para compreender a dinâmica que envolve a água e a cidade.

trecho I trecho III

divisão dos trechos de análise. 37


tgi | águas urbanas

trecho I.

av. álvaro de lima av. jerônimo gonçalves av. fábio barreto 38

levantamento fotográfico.


habitação comércio e serviços instituição indústria áreas verdes

levantamento de usos do solo.

levantamento de hierarquia de vias.


levantamento fotogrĂĄfico.

tgi | ĂĄguas urbanas

trecho II.

via francisco maggioni via expressa norte | av. eduardo andrĂŠia matarazzo 40


habitação comércio e serviços instituição indústria áreas verdes

levantamento de usos do solo.

levantamento de hierarquia de vias.


tgi | águas urbanas

trecho III.

av. dr. célso charuri av. maurílio biagi av. dr. francisco junqueira 42

levantamento fotográfico.


habitação comércio e serviços instituição indústria áreas verdes levantamento de usos do solo.

levantamento de hierarquia de vias.


estratĂŠgias



tgi | águas urbanas

A fim de solucionar o problema das constantes enchentes na cidade, o primeiro passo foi compreender que nenhuma intervenção pontual seria capaz de pôr fim a estes eventos. A complexidade das dinâmicas ambientais envolve toda a área da cidade, principalmente no que diz respeito aos rios, pois os seus pontos de alagamentos não são definidos apenas pela contribuição local/microrregional, mas dependem das contribuições que este corpo d’água recebeu ao longo de todo seu percurso, além do seu próprio volume a que se somam essas contribuições. A ideia, portanto, é distribuir pontos de captação de águas pluviais por toda a cidade, para que o volume que contribui diretamente no corpo d’água seja menor e chegue a ele com velocidade reduzida, reduzindo sua capacidade de erosão superficial, que poderia contribuir para a diminuição dos conhecidos processos de assoreamento dos próprios corpos d’água. À essa necessidade infraestrutural, soma-se a possibilidade de utilizar desse momento de planejamento para pensar nesses espaços como pontos onde se combine a função ambiental com a função social, fazendo deles espaços públicos de qualidade, outra carência das cidades contemporâneas. Do ponto de vista técnico é importante que estes pontos de coleta de águas pluviais sejam pensados de forma que seja possível tratar essa água antes de reinseri-la no ciclo hidrológico. A primeira porção de chuva, conhecida como first flush, é a parte com mais contaminantes no volume pluvial, pois é ela que carrega a camada superficial de poluentes depositados sobre o solo, sendo a parte que merece especial atenção.

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estratégias

Combinado às intervenções distribuídas pela malha urbana, existe a necessidade de intervir também junto ao próprio corpo d’água. Se a sua inundação é inevitável, até certo ponto, por sua própria natureza, que essas inundações sejam bem administradas e aceitas como parte do cenário urbano. Mais uma vez, essa necessidade combinada com um bom planejamento, pode resultar em espaços com grandes qualidades urbanísticas. Propor a despoluição dos corpos d’água e a preservação máxima da vegetação existente próxima às nascentes, incluindo áreas maiores que as regulamentadas, são duas diretrizes de grande importância também, uma vez que o máximo esforço objetiva a preservação dessas águas ao mesmo tempo em que busca aproximar a população delas. Para pensar nessas ações é necessário conquistar espaço físico para que elas sejam possíveis. Nesse contexto, ressurge a discussão acerca da mobilidade urbana e até que ponto o deslocamento está necessariamente relacionado ao transporte individual. Portanto, desenvolver propostas como estas necessita do estabelecimento de diretrizes para além do próprio projeto, como o incentivo ao transporte coletivo público. É necessário também que a população se sinta convidada a participar desse processo de revitalização dos rios e passe a utilizar esses espaços, pois é apenas com a frequência de usuários que um espaço se torna atrativo à população; a sensação de segurança vem da presença de outras pessoas. Nesse sentido, a importância de se favorecer os pedestres e ciclistas em tais locais é fundamental. É interessante ter em mente também que as pessoas já frequentam estas regiões, de uma forma ou de outra, por alguns atrativos que estes lugares apresentam. Dessa forma, uma possibilidade é utilizar-se dessas relações já estabelecidas com o espaço para criar aproximações com estes potenciais usuários. Manter equipamentos de saúde e escolas, por exemplo, garantem a manutenção de uma relação já estabelecida entre os usuários e o espaço e ao mesmo tempo permite o estímulo e interesse em relação a sua nova configuração e proposta. Por fim, é importante que a legislação da cidade seja firme com relação às ocupações em áreas de risco e mais vulneráveis e também indique o adensamento, porque quanto menor o número de áreas impermeabilizadas, melhor para a saúde dos rios e da cidade também.

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proposta


proposta

A princípio, o embasamento para o projeto veio do trabalho ”Infra-Estrutura Verde: Uma estratégia paisagística para a água urbana.” que apresenta tipologias de espaços tratados paisagisticamente que estão sendo aplicadas como parte da infra-estrutura verde em algumas cidades americanas. Com o desenvolver do projeto essas tipologias se mesclam e dissolvem no desenho.

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tgi | รกguas urbanas

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imagens 19 e 20.

imagens 17 e 18.

tipologias | biovaleta e canteiro pluvial


proposta

imagens 23 e 24.

imagens 21 e 22.

tipologias | jardim de chuva e lagoa pluvial

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tgi | águas urbanas

A partir da análise e planejamento de um dos trechos analisados, o objetivo é estabelecer um parâmetro de atuação a ser reproduzido em todo a área urbana. Seguindo as diretrizes indicadas, a ideia é multiplicar espaços públicos de qualidade que combinem além de sua função social, as funções infraestrutural e ambiental. O trecho III foi escolhido para receber o primeiro plano de projeto, pois, diante dos demais, é o mais complexo e múltiplo. No sentido periferia-centro, o trecho começa em uma área limítrofe entre o urbano e o rural, passa por condomínios, bairro residencial, área de comércio especializado e termina no centro da cidade, onde prevalece o comércio efervescente e também é o ponto do deságue do Córrego do Retiro Saudoso no Ribeirão Preto. Através do estudo das linhas de escoamento naturalmente favorecidas pelo relevo e o mapeamento das áreas verdes já existentes foi possível estabelecer 3 classes de áreas verdes: as já existentes a serem mantidas, as propostas e as áreas a serem mantidas, porém recebendo modificações/redesenho para atender ao planejamento estratégico. A partir dessas determinações foi possível estabelecer qual seria a função predominante em cada uma dessas áreas verdes, estabelecendo ainda uma categorização de algumas delas: áreas que compõem um parque linear, áreas de “alagamento planejado” (bacia de retenção de volumes pluviais) e praças drenantes (tratamento do first flush). Posicionados estrategicamente em pontos de escoamento de maiores volumes de água em eventos chuvosos, esses espaços compõem a rede de mitigação das enchentes. A essas categorias foram associadas algumas imagens de projetos de referência que trazem consigo aspectos a serem trabalhados em cada especificidade. O intuito é compor uma base de ferramentas que possam combinar-se de maneiras diversas para qualificar não apenas estes espaços, mas também replicar-se por todo o sistema.

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mapa do trecho III. รกreas livres e estudo das linhas de drenagem naturais favorecidas pela topografia.


plano geral da intervenção.



tgi | รกguas urbanas

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imagens 25 a 29.


tgi | รกguas urbanas

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imagens 30 a 32


tgi | รกguas urbanas

60


imagens 33 a 39.


tgi | águas urbanas

Aliada à sua função predominantemente infraestrutural, há também uma reflexão a respeito de quais aspectos de sociabilidade esses lugares deveriam proporcionar a seus usuários. Um novo mapeamento surge então com a proposição, para além das áreas de drenagem que se mesclam às demais, de áreas com vegetação adensada - para preservação, áreas de contemplação - para estar, áreas de lazer - para recreação, áreas culturais - para atividades educativas e de pesquisa, e também áreas para passeio.

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drenagem lazer contemplação passeio / percurso áreas verdes espaços culturais


A ideia, a partir de então, é de estabelecer pontos de aproximação através dos quais seja possível compreender melhor o espaço e suas características, sem perder de vista a versatilidade da proposta, que poderia se adequar em outros pontos, e também as predefinições estabelecidas no sistema, ao mesmo tempo em que se começar a restringir aspectos de projeto a este local. O primeiro recorte estabelecido nesse trecho vai abarcar toda a parte do parque linear que se coloca na área mais central da cidade. Com um trecho de intervenção em uma área de grande complexidade, uma vez que é uma região muito consolidada, mas também uma área significativamente atingida por eventos de alagamento constantes, o desafio nesse espaço é consolidar a intervenção com um desenho que justifique as propostas para essa área. O desenho para esse trecho carrega consigo determinações que partem do sistema, como o posicionamento de alguns pontos de drenagem, mas guarda novas determinações importantes, como acessos ao parque e transposições, além de adicionar informações aos atributos já estabelecidos.


TOTAL = aproxim. 790.000m² áreas desapropriadas com proposta de nova ocupação áreas com intervenção, porém mantendo edifícios existentes áreas desapropriadas para implantação do parque linear

áreas com proposta áreas existentes / mantidas


espaços culturais lazer proposto instituições existentes áreas de drenagem propostas

lazer existente contemplação proposta contemplação existente


tgi | águas urbanas

principais acessos transposições

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corpos d’água ciclovia proposta de deslocamento / redesenho da avenida marginal vias de circulação calçadão






proposta

corte esquemático da intervenção

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tgi | águas urbanas

Por fim, um segundo recorte é estabelecido na região das quadras onde se encontram o atual SESC de Ribeirão Preto e a Escola Estadual Cônego Barros. Apesar de propor uma grande desapropriação na região, para a implementação do parque, essas duas instituições mantem-se e compõem, juntamente com outros edifícios propostos, o cenário nesse trecho do parque. O programa proposto para essa área inclui, além dos edifícios já existentes, uma midiateca/ centro de estudos, uma marquise, um edifício com a confluência dos programas de pesquisa, educação ambiental, apoio (vestiários, banheiros...) e também administração do parque, além de áreas de esportes (quadras e ralph de skate) e área de recreação infantil. Cria-se assim duas linhas de interação com a população, uma voltada à população mais próxima ao parque e ativa no espaço e uma segunda que atende ao interesse da população de toda a cidade, como os núcleos culturais, centros de educação ambiental e etc. As diferentes escalas de interação também acontecem no aspecto da drenagem, pois além de compor o sistema de drenagem da cidade como um todo, tem atuação na drenagem da escala local.

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Av ,F


tgi | รกguas urbanas

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proposta

corte esquemåtico comparativo; antes e depois da intervenção

75


tgi | águas urbanas

3.00

3.50

3.50

3.00

situação atual

1.50

2.50

2.50

3.50

3.00

proposta

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corte esquemático das ruas Barão do Amazonas e Cerqueira Cesar. situação atual e proposta de via com circulção exclusiva de transporte coletivo e uso compartilhado.


proposta

corte esquemático da rua Álvares Cabral. proposta de via com uso exclusivo de pedestres e ciclistas, possibilitando a integração do calçadão com a área de projeto.

1.50

2.50

9.00

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tgi | águas urbanas

implantação geral. 50

78

100

200m


proposta

6 7

5 A 4 1

2 8

B

3

A. SESC B. Escola Estadual Cônego Barros 1. Marquise 2. Midiateca e Centro de Estudos. 3. Centro de Pesquisa; Educação Ambiental; Administração do Parque e apoios 4. Recreação Infantil 5. Quadras 6. Pista de Skate 7. Passarela 8. Bacia de Contenção de Águas Pluviais 9. Jardins de Chuva

8

7

9

50

100

200m

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tgi | águas urbanas

condições variadas de acordo com o volume de água do corpo d’água. situação regular; situação em eventos chuvosos; situação em momentos com volume de precipitação exacerbado. 50

80

100

200m


proposta

50

100

200m

50

100

200m

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tgi | รกguas urbanas

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proposta

10

50

100m

corte esquemático dos níveis de inundação.

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tgi | águas urbanas

vista aérea do trecho de intervenção.

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proposta

Uma visão tecnicista e imediatista diria que a integração entre vários pontos de uma cidade se faz através de uma via expressa. Ao propormos o Parque ao longo do rio Tietê, possibilitamos que a integração urbana, numa extensão superior a 100 km, se faça pelas atividades de lazer, de cultura e esportivas, que serão desenvolvidas ao longo dele, com pessoas a caminhar pelos bosques e a andar de bicicletas. Essa a integração que desejamos: pelas atividades humanas, ligadas por verde e lagos e canais. (Projeto de criação do Parque Ecológico do Tietê – Ruy Ohtake)

Por fim, a ideia é justamente como descrita no trecho acima, integrar a cidade através das atividades humanas. Para além de resolver problemas infraestruturais, busca-se recuperar um aspecto de sociabilidade que tem se perdido nas cidades contemporâneas.

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tgi | รกguas urbanas

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proposta

O próprio conceito de “urbano” ganhou novos sentidos em resultado da transformação da natureza da cidade industrial com origem nas lutas sociais e operário-sindicais em torno do “direito à cidade” (Lefebvre, 2009). Esta transbordante “re-invenção do urbano” converteu o direito à cidade numa expressão política mais abrangente de direito à vida e à cultura urbana, incluindo também o direito à equidade e à diferença, numa cidade tendencialmente homogeneizadora (idem). O direito à cidade não é mais apenas o direito a aceder e instalar-se nela, mas a garantia de poder usufruir dos equipamentos, serviços e direitos que a cidade oferece, designadamente a condição de cidadania política e cultural. (FORTUNA, 2009, p.86)

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CORMIER, Nathaniel S.; PELLEGRINO, Paulo Renato Mesquita. Infra-Estrutura Verde: Uma estratégia paisagística para a água urbana. Paisagem Ambiente: ensaios, São Paulo, nº25, p.125-142, 2008. DELIJAICOV, Alexandre. Alexandre Delijaicov conta como seria uma cidade estruturada pelos cursos d’água, set 2013. Entrevista concedida à revista AU. Disponível em: < http://au.pini.com.br/arquiteturaurbanismo/234/infraestrutura-das-mentalidades-a-historia-da-relacao-entre-as-296121-1.aspx>. ENTRE RIOS. Direção: Caio Silva Ferraz. Produção: Joana Scarpelini. 2009. Documentário, 25’16’’. Disponível em: < https://vimeo.com/14770270>. ENTRE PAREDES DE CONCRETO. Documentário, 9’55’’. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l9GF0qpOhOY>. ECOURBS. Projeto de criação do Parque Ecológico do Tietê – Ruy Ohtake. Disponível em: <http://ecotiete. org.br/historico/projeto_oficial.htm>. FARIA, Rodrigo Santos. Desenhando uma nova cidade: Parkways, Neighborhood Unit e Zoning no Plano Urbanístico de Ribeirão Preto do Engenheiro José de Oliveira Reis (1945-1955). Disponível em: <http://www.docomomo.org.br/seminario%205%20pdfs/140R.pdf>. FIORAVANTI, Carlos. Entre Paredes de Concreto, dez. 2013. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/12/18/entre-paredes-de-concreto/>.

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REFERÊNCIAS DAS IMAGENS

1 a 3. FRANCO, Fernando de Mello; MOREIRA, Marta; BRAGA, Milton. Vazios de Água. Ensaio Publicado na Revista Eletrônica de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu. Disponível em: <http://www.mmbb.com.br/public/uploads/files/files/1296571790.pdf>; 4 a 7. Disponíveis em: <http://www.urbanisten.nl/wp/?portfolio=waterpleinen>; 8 a 10. Disponíveis em: <http://espeschit.blog.uol.com.br/arch2007-05-27_2007-06-02.html> e <http:// www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1410252&page=5>; 11 e 12. Imagens de localização da cidade de Ribeirão Preto na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e a localização desta no Aquífero Guarani. Disponíveis em: <http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhpardo/apresentacao> ; <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222010000200008> ; 13 e 14. Imagens das bacias e sub-bacias da cidade de Ribeirão Preto. Disponíveis em: <https://www. baraodemaua.br/comunicacao/publicacoes/dialogus/2006/pdf/bacia_hidrografica_como_unidade_ territorial_2006.pdf>; 15 e 16. Mapas de Arborização e Macrozoneamento, correspondentemente, da cidade de Ribeirão Preto. Disponíveis em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principal.php>; 17, 19, 21 e 23. CORMIER, Nathaniel S.; PELLEGRINO, Paulo Renato Mesquita. Infra-Estrutura Verde: Uma estratégia paisagística para a água urbana. Paisagem Ambiente: ensaios, São Paulo, nº25, p.125142, 2008.

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18, 20, 22 e 24. Imagens ilustrativas das tipologias: biovaleta, canteiro pluvial, jardim de chuva e lagoa pluvial. Disponíveis em: <http://www.spur.org/blog/2013-05-23/restoring-san-francisco-s-urban-watersheds>; <https://twitter.com/slowottawa/status/579397449384513536>; <http://www.reformafacil.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Jardim-de-chuva-da-biblioteca-MapleValley-Washington-EUA.-Foto-Nathaniel-S.-Cormier.jpg>; <https://vimeo.com/55777334>; 25 a 27. Projeto: Velenje City Center Pedestrian Zone Promenada (open competition, first prize 2012). ENOTA. Local: Velenje, Slovenia. 2014. Disponíveis em: <http://www.landezine.com/index.php/2015/06/ velenje-city-center-pedestrian-zone-promenada-by-enota/>; 28. Projeto: Terrace of Ukmerge (Landscape design competition for the mound park, second prize). PUPA (Public Urbanism Personal Architecture). Local: Ukmerge, Lithuania. 2010. Disponível em: <http://pu-pa. eu/mound-park-in-ukmerge/>; 29. Projeto: Waller Creek. Michael Van Valkenburgh Associates. Local: Austin, TX. 2012 Disponível em: <http://www.mvvainc.com/project.php?id=99&c=urban_design> 30. Projeto: Singapore Watershed. Atelier Dreiseitl. Disponível em: <https://vimeo.com/55777334>; 31. Projeto: Wetland el Burro (Student Project). Natalia Vergara Forero. Local: Bogota – Colombia. 2013. Disponível em: <http://worldlandscapearchitect.com/student-project-wetland-el-burro-natalia-vergaraforero/>;

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32. Projeto: Let it Flood/ Let it Grow. Disponível em: <http://www.asla.org/2013studentawards/images/ largescale/128_13.jpg>; 33. Projeto: Watersquare Benthemplein. DE URBANISTEN. Local: Rotterdam. 2013. Disponível em: < http://www.urbanisten.nl/wp/?portfolio=waterplein-benthemplein >; 34. Projeto: Water squares. DE URBANISTEN. Local: Rotterdam. 2010. Disponível em: <http://www. urbanisten.nl/wp/?portfolio=waterpleinen>; 35. Projeto: Open air theater and rain water collector. Paisajes Emergentes estudio de arquitectura y paisaje. Disponível em: <http://thomortiz.tumblr.com/post/16464679470/nastassiaxv-open-air-theaterand-rain-water>; 36. Projeto: Diana, Princess of Wales Memorial Fountain. Gustafson Porter. Local: Hyde Park, London, UK. 2004. Disponível em: <http://www.landezine.com/index.php/2014/11/diana-princess-of-wales-memorialfountain-by-gustafson-porter-landscape-architecture/> ; 37. Projeto: Asnières Residential Park. Espace Libre Paysage et urbanisme. Local: Asnières-sur-Seine, Paris, France. 2012. Disponível em: <http://landarchs.com/ansieres-residential-park-reinforcing-a-socialbond-through-landscape-architecture/>; 38. Projeto: Simons Center for Geometry and Physics. David Kamp, FASLA, LF, NA. Local: Stony Brook, New York. 2010. Disponível em: <http://www.landezine.com/index.php/2015/04/geometrical-designedcorporate-park-roof-garden-landscape-architecture/>; 39. Disponível em: <http://www.fotothing.com

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