CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER- DEBORA BOHRER

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CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER: Um espaço de convivência e acolhimento no Oeste Catarinense Trabalho de Conclusão de Curso | 2015.2 Universidade Federal de Santa Catarina Acadêmica: Débora Renita Graeff Bohrer Orientador: Almir Fransciso Reis

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


INTRODUÇÃO:

Por um bem-estar integral... De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e, não meramente a ausência de doenças ou enfermidades. Atualmente já é comprovado que a recuperação dos pacientes está ligada a diversos outros fatores além do tratamento clínico propriamente dito, que vão desde a qualidade do ambiente que estão instaladas até a interação social com outras pessoas. O câncer no Brasil ganha cada vez mais relevância, visto que atualmente é a segunda maior causa de morte da população adulta nos país. As previsões são que novos casos só aumentem e, devido a esta problemática, o tema vem conquistando espaço no planejamento do governo, que percebeu que é primordial a intervenção para a prevenção e cuidados desta doença. Com os avanços da tecnologia e estudos, os tratamentos vêm se tornando cada vez mais eficazes e o índice de cura vem progressivamente aumentando. Porém, um quesito que ainda deixa a desejar é o auxílio para o bem-estar completo das pessoas que estão em tratamento e suas famílias, pois a atenção é dada em primeiro plano para a recuperação física. O contato social com outras pessoas, o desenvolvimento de atividades ocupacionais, o acesso facilitado à informações e a qualidade do ambientes em que os pacientes são acolhidos são fatores relevantes que devem ser levados em consideração para uma recuperação mais eficaz e saudável. Deste modo, o presente trabalho de conclusão de curso será dedicado a elaboração do projeto arquitetônico para acolher um Centro de Apoio ao Paciente com Câncer na cidade de Chapecó que disponibilize suporte físico, emocional e social de forma gratuita para esses usuários.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

INTRODUÇÃO Justificativa da Temática Definições do Trabalho

DIAGNÓSTICO Área de atuação Realidade Atual Público Alvo Leitura do Entorno Terreno de Intervenção

PROPOSTA Setores Lançamento Fluxos Patamares de Apropriação Percursos Implantação O bloco 01 O bloco 02 Plantas Baixas Elevações Cortes Detalhes

PESQUISAS E REFERÊNCIAS Pesquisa Téoricas Estudos de Caso Referências


JUSTIFICATIVA DA TEMÁTICA: CENTRALIDADE DE ATENDIMENTOS Chapecó é praticamente a única cidade do Oeste Catarinense a possuir uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (ver Mapa ao lado). Isso ocorre porque o restante dos municípios dessa região são de pequeno porte e suas realidades não condizem com a instalação de infraestruturas para atendimentos oncológicos. Assim, Chapecó é referência para todo o oeste catarinense no tratamento do Câncer, atendendo inclusive a região oeste dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Este cenário gera um fluxo relativamente alto de pacientes realizando Tratamentos Fora de Domicílio (TDF), que passam grande parte de sua recuperação em Chapecó sem receber o acolhimento necessário durante a estadia na cidade. Além desta situação, o número de ocorrências dessa doença na própria população da cidade é alto, resultando em um número considerável de atendimentos oncológicos todos os dias.

PORTADORES DE CÂNCER DE TODO O OESTE CATARINENSE

BUSCA DE TRATAMENTOS DENTRO DO SUS

HOSPITAL REGIONAL DO OESTE

A ARQUITETURA E O BEM-ESTAR

A concepção da temática surgiu diante do meu contato com pessoas que estavam enfrentando o câncer e toda a rotina que pode se tornar um tanto desgastante, desmotivadora e solitária. Quando se desenvolve uma doença crônica, como o câncer, uma série de sentimentos conflitantes e dúvidas surgem, de modo que as pessoas precisam ter atividades complementares para afastar a mente de pensamentos ruins e encontrar apoio e motivação para vencer toda esta batalha contra a doença. Como estudante de Arquitetura e Urbanismo, sempre acreditei que o espaço que nos permeia pode ser capaz de influenciar positivamente no nosso bem-estar. “Unindo meu interesse de estudar a respeito da influência do ambiente construído no ser humano juntamente com minha sensibilização a respeito do tema, decidi dedicar meu trabalho de conclusão de curso a um Centro de Apoio ao Paciente com Câncer.

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Mapa da Distribuição de Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia Fonte: http://mapainterativo.ciasc.gov.br adaptado pela autora.


DEFINIÇÕES DO TRABALHO: OBJETIVOS

METODOLOGIA

A proposta consiste em projetar uma edificação para abrigar um Centro de Apoio ao Paciente com Câncer na cidade de Chapecó. Assim, pretende-se utilizar a arquitetura como intermediadora do acolhimento aos portadores de câncer e pessoas de seu convívio, oferecendo atendimento multiprofissional, estadia e atividades integrativas em um ambiente que estimule o contato com a natureza e as conexões humanas.

integração com o bairro

Estabelecer uma comunicação amistosa entre a edificação e o entorno próximo, criando áreas públicas de lazer e estar. Nas visitas ao local, percebeu-se que todo o bairro carece destes espaços de apoio, prejudicando tanto da comunidade local quanto dos usuários do Hospital Regional do Oeste. A abertura do terreno para este tipo de uso, tratá uma importante vitalidade para a área e uma maior diversidade de usuários.

integração interior x exterior

Promover a integração interior x exterior, explorando os estímulos positivos que o contato com o ambiente externo pode trazer aos usuários. Esta relação também contribui para a orientabilidade e legibilidade dos espaços, fazendo com que estes se modifiquem de acordo com o clima e as diferentes horas do dia.

controle do ambiente/opções

Proporcionar a escolha dos usuários, disponibilizando certo controle do ambiente a eles.Os espaços também devem ser flexíveis, possibilitando tanto áreas de socialização quanto de reclusão, de modo que todos se sintam confortáveis e se apropriem do espaço conforme desejarem.

conforto ambiental

Buscar o conforto ambiental na edificação, tentando adequar o projeto as condições favoráveis de conforto térmico, lumínico e acústico.

distrações positivas

Criar um ambiente dinâmico, que possibilite diferentes tipos de interações e percepções. Estimular tanto o contato com o exterior como também entre os diferentes espaços da edificação.

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A metodologia do trabalho dividese em grupos de atividades que foram realizadas até o produto final, sendo elas: PESQUISAS PRÁTICAS envolve o conhecimento do local do projeto e a aproximação com a temática através de visitas a locais de uso análogo e a área de atuação, levantamentos fotográficos, entrevistas com profissionais de outras áreas e com público-alvo. PESQUISAS TEÓRICAS envolve leituras de artigos, dissertações e livros a respeito da temática em geral, da área de atuação e também de referências arquitetônicas. Diante dessa pesquisa foi possível ter uma compreensão mais abrangente e multidisciplinar que será levada em consideração na hora do lançamento do projeto. INTERPRETAÇÃO DOS LEVANTAMENTOS envolve a elaboração de mapas, gráficos, textos e conteúdos extras que auxiliem na relação das pesquisas realizadas com o projeto. LANÇAMENTO DA PROPOSTA unir os conhecimentos obtidos através das vivências e pesquisas para a elaboração do projeto arquitetônico.


ÁREA DE ATUAÇÃO: BR480

BRASIL

A CIDADE

Chapecó é um município que encontrase na Região Sul do Brasil, na Mesorregião do Oeste de Santa Catarina, possuindo atualmente cerca de 200.000 habitantes.A distância da cidade até os principais municípios do sul do Brasil é relativamente longa, distando 630 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Pelo fato da região oeste estar tão afastada da capital do estado e de toda sua infraestrutura, Chapecó representa para as cidades vizinhas um importante suporte em vários setores. Por ser uma das únicas cidades da região que contém uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia(Unacon), o Hospital Regional do Oeste realiza um número considerável de atendimentos oncológicos, atendendo tanto a população municipal quanto usuários de toda a região oeste de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

SANTA CATARINA

CHAPECÓ

O BAIRRO

A proximidade do equipamento proposto com o local do tratamento clínico oncolófico é de suma importância pois, deste modo, o acesso à edificação será facilitado para o principal público-alvo, que poderá frequentar o Centro antes ou após suas idas ao Hospital. Deste modo, a área de atuação para o projeto do Centro de Apoio ao Paciente com Câncer será no Bairro Santa Maria pelo fato de nele estar locado o Hospital Regional do Oeste. O bairro está localizado na porção sudeste do município, tendo o Hospital Regional do Oeste como principal equipamento urbano, e consequentemente o principal gerador de fluxos do local. Caracteriza-se por ser uma área de terreno acidentado, com ocupações predominantemente residenciais de baixos gabaritos. Sua localização é considerada estratégica, pois ao mesmo tempo em que possui facilidade de acesso para a região central da cidade, também é atravessado pela rodovia SC 283, que liga Chapecó a vários municípios vizinhos.

SC484

SANTA MARIA

SC283

BAIRRO SANTA MARIA

SC157

BR480 Figura 15- Principais equipamentos urbanos próximos ao Bairro Santa Maria Fonte:Adaptado pela autora com base em http://www.google.maps.com.br

Figura 2- Feiras e trabalho voluntário

Fonte: http://www.redefemininachapeco.org.br/

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CENTRO

1- Praça Coronel Bertazo 2- Catedral Santo Ântonio 3- Terminal de Transporte Urbano 4-Arena Condá 5- Centro de Cultura e Eventos 6- Colégio Marista 7- Cemitério João Paulo I 8-Colégio Bom Pastor 9- Prefeitura de Chapecó 10- UCEFF Faculdades 11-Escola Luiz Santin 12-Pousadas 13-Restaurantes e Lanchonetes 14- Hotel LH Plaza 15-Mercado Garoto 16- Hospital Regional do Oeste - SC-283


A REALIDADE ATUAL: HOSPITAL REGIONAL DO OESTE O Hospital Regional Senador Lenoir Vargas Ferreira, ou mais conhecido como Hospital Regional do Oeste, está localizado no município de Chapecó no bairro Santa Maria. Este hospital possui uma área de abrangência que se estende muito além dos seus limites territoriais devido ao fato de concentrar especialidades médicas que não se fazem justificáveis em municípios de menor porte, tornando-se assim um importante apoio para os municípios vizinhos. A construção do Hospital Regional iniciou em 1982 e deste então, a importância deste equipamento somente aumentou. No decorrer dos anos, o hospital foi expandindo suas especialidades e infraestruturas, tornando-se cada vez mais influente e abraçando novas responsabilidades. No ano de 2014 iniciou-se uma importante ampliação em sua edificação, que passará a contar com um novo bloco, ampliando seu capacidade de atendimento para 475 leitos. Atualmente, o hospital já é referência em atendimentos oncológicos para a região, porém com esta ampliação serão trazidas novas especialidades e o número de atendimentos será ainda maior. Como podemos observar na tabela de controle de atendimentos do hospital, no ano de 2012 já se possuia uma média de aproximadamente 2260 atendimentos quimioterápicos por mês, e a partir da nova estrutura, estes números serão consideravelmente ampliados.

UM OLHAR MAIS PRÓXIMO...

Hospital Regional do Oeste

Fonte: Acervo próprio, Maio 2015.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Para uma aproximação maior com os usuários e também com a realidade atual, foram realizadas visitas ao Hospital Regional do Oeste, conversas com o público-alvo, assistentes sociais e diretoras de ONGs. Nestas vivências foi possível perceber a falta de estrutura de acolhimento nos arredores do Hospital Regional do Oeste. As principais críticas foram quanto a falta de áreas de descanso, estares e também comércios de apoio.

Hospital Regional do Oeste

Fonte: Acervo próprio, Maio 2015.


O PÚBLICO-ALVO: PACIENTES EM TRATAMENTO

REALIDADE Sabe-se que ao receber um diagnóstico positivo, todos os pacientes se deparam com sentimentos conflitantes e podem precisar de suporte emocional, social e psicológico para enfrentar esta circunstância tão delicada. O tratamento a que se submete o paciente oncológico geralmente é longo e exige cuidados intensos. Por isso, muitos pacientes necessitam sair de seus municípios durante o tratamento, o que pode agravar ainda mais o enfrentamento da doença, além do desgaste físico, emocional e muitas vezes financeiro. A realidade que encontramos hoje em Chapecó, é um centro de atendimentos clínicos bem desenvolvido, porém a falta de infraestrutura de acolhimento nestes outros quesitos que complementam o bem-estar dos pacientes na cidade. INTENSÕES Acolhe-los conforme a necessidade de cada caso para que o período de tratamento seja o menos traumático possível. Ter o apoio e conviver com pessoas que compreendem a situação, encontrar o suporte necessário para estadia na cidade, praticar atividades que auxiliem no bem-estar integral e encontrar o apoio profissional para encarar toda esta batalha são as principais estratégias para isto.

PESSOAS DO CONVÍVIO

PACIENTES PÓS-CURA

POPULAÇÃO EM GERAL

REALIDADE

REALIDADE

REALIDADE

A doença afeta também diretamente todas as pessoas próximas do enfermo, e principalmente seus acompanhantes, que tem uma grande alteração em sua rotina e vivenciam mais de perto toda a situação. Estes usuários muitas vezes passam por um impacto emocional tão grande quanto o próprio portador de câncer e ainda levam para si toda a responsabilidade de acompanhamento, cuidado e tomada de decisões. Este é um momento que todas as atenções estão voltadas para o paciente, esquecendo muitas vezes, de toda a sobrecarga emocional a que estas pessoas ficam sujeitas. INTENSÕES Dar apoio psicológico e jurídico juntamente com acompanhamento terapêutico e atividades complementares para proporcionar maior segurança e autonomia ao acompanhante perante a situação. Proporcionar abrigo na cidade para aqueles que necessitam acompanhar seu familiar que está doente. Integrar o acompanhante a outras pessoas que estejam na mesma situação, de maneira que possam compartilhar dores e angústias, desenvolvendo um sentimento de ajuda-mútua.

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Os efeitos fisiológicos de alguns tratamentos de câncer, tais como comprometimento da fertilidade,disfunção sexual, perda de cabelo, masectomia e ganho de peso, também podem resultar em estigma e discriminação, fazendo com que o paciente tenha dificuldades de retornar a sua antiga vida profissional e social. Os pacientes pós-cura, em alguns casos, criam barreiras emocionais em relação a sua antiga rotina e precisam de auxílio para que, mesmo curados do câncer, encontrem seu bem-estar e retornem a uma rotina ativa e saudável. INTESÕES Auxílio na reinserção social, profissional e emocional depois de superada a doença. Muitas vezes, mesmo após vencer todas as limitações físicas, o lado emocional do indivíduo permanece comprometido e ele não se sente preparado para retornar ao seu ambiente social ou profissional. Para isso, o centro disponibilizará oficinas diversas, locais para interação e grupos de apoio, fazendo com que os usuários encontrem no centro o início de uma reinserção a uma vida saudável e com menos limitações.

Como câncer é a atualmente a segunda principal causa de morte da população adulta brasileira, cada vez mais a população como um todo está sendo obrigada a lidar mais de perto com a doença. A conscietização a respeito da prevenção, bem como a solidariedade em prol da causa são aspectos que necessitam tomar maiores abrengencias. A população não pode ficar alheia do que está acontecendo ao seu redor, e é necessário que as informações sobre a doença e sua prevenção sejam repassados para o maior público possível. INTENSÕES Abrir as portas da instituição para trabalhos voluntários, auxiliando tanto na oficinas como em eventos beneficientes, exposições e feiras. Promover palestras informativas a respeito de hábitos saudáveis e instruções sobre a prevenção. Incentivar o contato da população em geral com os portadores de câncer dentro do centro, trazendo novas experiências e conhecimentos para ambos.


LEITURA DO ENTORNO: Após compreender a problemática atual, procurouse estudar mais a fundo o entorno próximo para melhor compreender sua dinâmica de funcionamento. Para isso, foi realizado um recorte para análise mais profunda, obtido através da identificação de eixos estruturadores do bairro e dos principais equipamentos nele presentes. Este recorte espacial inclui o Hospital Regional do Oeste, que é o principal equipamento do bairro, a Rodovia SC-283, a rota do transporte público e os principais comércios e serviços. Localização do Bairro Santa Maria.

Delimitação do Recorte Estudado.

Fonte:Adaptado pela autora com base em http://www.chapeco.sc.gov.br

Fonte:Adaptado pela autora com base em http://www.google.maps.com.br

Hospital Regional do Oeste.

Fonte:Acervo próprio, Maio 2015.

HOSPITAL

Vista do Bairro Santa Maria. Fonte: Google Maps, 2015.

Recorte Estudado e terreno de intervenção. Fonte:Adaptado pela autora com base em http://www.google.maps.com.br

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CHEIOS E VAZIOS

Apesar de estar localizado a uma curta distância do centro da cidade e de possuir um equipamento influente para a região do oeste catarinense, o bairro Santa Maria ainda não tem sua urbanização fortemente consolidada, sendo um bairro com baixa densidade de ocupação. No mapa de cheios e vazios pode-se perceber que ainda existem vários terrenos sem utilização, principalmente nas proximidades da rodovia SC-283. No entorno do Hospital Regional do Oeste notase uma quantidade significativa de lotes livres, porém muitos deles estão em construção no momento, demonstrando que a área está em pleno crescimento.

Mapa de Cheios e Vazios.

Fonte:Adaptado pela autora com base nos arquivos disponíveis em http://www.chapeco.sc.gov.br

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Novas obras no Bairro Santa Maria. Fonte:Acervo próprio, Maio 2015.

MAPADE DECHEIOS CHEIOSEEVAZIOS VAZIOS MAPA MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações Vazios Urbanos Edificações Edificações Terreno de Intervenção Edificações VaziosUrbanos Urbanos Vazios Vazios Urbanos Terreno deIntervenção Intervenção Terreno de Terreno de Intervenção

Rodovia SC 283.

Fonte:Acervo próprio, Maio 2015.

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações Vazios Urbanos Terreno de Intervenção

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MAPA DE CHEIOS E VAZ


USO DO SOLO

O mapa de uso do solo da região se caracteriza por ser ocupado predominantemente com uso residencial, possuindo duas regiões que se destacam pelas atividades de comércios e serviços, sendo elas os arredores do Hospital e da rodovia SC-283. O Hospital Regional do Oeste atrai um número elevado de usuários todos os dias, deste modo, em suas imediações nota-se a instalação de pequenos comércios e serviços que dão apoio para estas pessoas.Porém, estes comércios ainda são raros e não conseguem suprir as reais necessidades dos usuários. Na rodovia SC-283 também se percebe a presença de atividades comerciais, aonde encontram-se edificações que tem o caráter misto –-base comercial e topo residencial- e também comércios de maior porte.

Mapa de Uso do Solo.

Fonte:Adaptado pela autora com base nos arquivos disponíveis em http://www.chapeco.sc.gov.br

MAPA DE USOS DO SOLO Residencial Misto Comercial

Comércio próximo ao Hospital Regional do Oeste. Fonte:Acervo próprio, Maio 2015.

Institucional Vazios Terreno de Intervenção

Comércio Próximo ao Hospital Regional do Oeste. Fonte:Acervo próprio, Maio 2015.

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações Vazios Urbanos

MAPA DE USOS DO SOLO

Terreno de Intervenção

Residencial

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Misto Comercial Institucional


TOPOGRAFIA

A topografia na área centro sul do município de Chapecó tem grandes desníveis, possuindo aproximadamente 100 metros de diferença de altitude de uma extremidade a outra. O bairro Santa Maria é o que possui a topografia mais acidentada dentro desta região, tendo majoritariamente áreas com alta declividade. As altitudes do bairro variam entre 700 e 800 metros, estando o Hospital Regional nas porções mais elevadas do bairro. Uma das grandes problemáticas deste local surge devido ao terreno acidentado do mesmo, comprometendo acessibilidade em alguns trechos por possuirem declividades muito elevadas. Porém, é devido a este desnível topográfico que o bairro possui uma das melhores vistas da cidade, sendo ainda enfatizada pelo baixo gabarito predominante na região.

Mapa da Topografia

Fonte:Adaptado pela autora com base nos arquivos disponíveis em http://www.chapeco.sc.gov.br

Bairro Santa Maria

Fonte: Google Maps, 2015.

Visual do Bairro Santa Maria. Fonte:Google Maps, 2015.

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações Vazios Urbanos Terreno de Intervenção

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


MOBILIDADE O bairro Santa Maria tem seu trajeto de transporte público definido pelos principais eixos e fluxos do bairro. Passando pela SC-283, importante eixo da cidade e da região, este trajeto auxilia na integração com os municípios vizinhos e também com a área central da cidade. Adentrando o bairro, o transporte coletivo tem seu trajeto definido principalmente pela Rua Israel, que é uma das vias estruturadoras desta porção da cidade. O itinerário do ônibus também percorre a quadra do Hospital Regional do Oeste, visto que este equipamento é o principal gerador de fluxos do bairro e atrai um grande número de usuários todos os dias. Percebe-se também que o percurso feito pelo transporte público influencia na caracterização das edificações adjacentes ao mesmo, tendo uma tendência do aparecimento de comércios e serviços e de edificações com gabaritos mais elevados.

Mapa de Mobilidade

Fonte:Adaptado pela autora com base nos arquivos disponíveis em http://www.chapeco.sc.gov.br

Rua Florianópolis, Santa Maria, Chapecó. Fonte:Google Street View, 2015.

Rua Israel, Santa Maria, Chapecó. Fonte:Google Street View, 2015.

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações Vazios Urbanos Terreno de Intervenção

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TERRENO DE ATUAÇÃO: 40 metros

O terreno de atuação localiza-se nas imediações de três ruas: a Rua Israel, que é o eixo estruturador do bairro, a Rua São Francisco, que tem ligação direta com o acesso ao Bloco Oncológico do Hospital Regional do Oeste e a Rua Lauro Muller, uma rua de acesso local. O lote se encontra em uma posição estratégica, pois tem fácil acesso tanto para o Hospital quanto para os principais comércios e serviços do bairro. Possui uma área de cerca de 3300 metros quadrados e um desnível de aproximadamente 6 metros em sua extensão, sendo a frente voltada para a Rua Israel a que possui a menor altitude e a frente voltada para Rua São Francisco a cota mais elevada. As fachadas mais extensas são voltadas para o noroeste e sudeste, possuindo aproximadamente 80 metros de extensão, e as fachadas sudoeste e nordeste com aproximadamente 40 metros. Devido ao fato de estar situado em uma das áreas com maior altitude da cidade, a vista do terreno é privilegiada.

VISTA 01- FACHADA VOLTADA PARA A RUA ISRAEL 80 metros

2 3 1

4 vento predominante

VISTA 02- FACHADA VOLTADA PARA A RUA LAURO MULLER

HOSPITAL

RECORTE DO ENTORNO- RELAÇÃO TERRENO DE ATUAÇÃO X HOSPITAL CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

VISTA 03- CONEXÃO COM HOSPITAL- RUA SÃO FRANSCISCO VISTA 04- RUA SÃO FRANCISCO/ VISTA DA CIDADE

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Edificações


O PROJETO DO CENTRO DE APOIO:

Concepção, diretrizes e proposta arquitetônica.

"[...] “O estresse e a pressa são dois elementos que caracterizam o nosso diaa-dia e as nossas cidades transformaramse em lugares onde dificilmente conseguimos encontrar espaços e momentos para cuidar o nosso corpo e do nosso espírito, estando condicionados pelo tráfego, pelos ruídos metropolitanos, pela confusão generalizada que nos persegue diariamente. No desenrolar terreno das nossas vidas, rápido e distraído, tantos são os momentos da vida que não avaliamos corretamente, que perdemos irremediavelmente porque os consideramos pouco importante. As nossas sociedades iniciaram um caminho ao longo do qual se alterou e progressivamente se reduziu a utilização dos cinco sentidos. O homem começou inconscientemente a sacrificá-los, a reduzir as áreas de sua consciência, a endurecer a sua sensibilidade natural para enfrentar o estresse e o mal-estar generalizado que o acompanha diariamente. " ” Simoni Michele

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SETORES: CENTRO-DIA: Denominou-se Centro-Dia o espaço destinado a atividades de oficinas terapêuticas, grupos de apoio, áreas de integração e também aconselhamento profissional. Este será um local para realmente sentir e experimentar, de modo que existirão atividades de apoio que o usuário poderá optar por participar ou não. A ideia é que este local represente um espaço de refúgio, que auxilie os usuários a terem uma rotina mais motivadora e saudável em meio aos tratamentos e ajude a normalizar as dificuldades encontradas por todos no dia a dia. A demanda aproximada para este setor é de 80 pessoas por dia, incluindo nesse número os pacientes em tratamento, tanto de Chapecó como de outras regiões, as pessoas de seu convívio e também os pacientes pós-cura. Este espaço também funcionará através de apoio voluntário, sendo este um modo de aproximar a comunidade local e a população em geral do Centro de Apoio ao Paciente com Câncer. CASA DE ACOLHIMENTO: A Casa de acolhimento será o local que abrigará de maneira integral os pacientes que estão realizando tratamento fora de domicílio e seus acompanhantes que necessitam de local para estadia na cidade de Chapecó. A ideia é que este ambiente funcione como um lar para estas pessoas, que poderão encontrar aconchego e apoio durante o tratamento. Este espaço conterá área de dormitórios, cozinha, estar, lavanderia e áreas de integração e lazer, funcionando basicamente como uma grande casa. A demanda para este setor é de aproximadamente 40 pessoas por noite, sendo este número baseado nas informações repassadas pelo Hospital Regional do Oeste. Dentro deste espaço, cada usuário terá liberdade para desenvolver suas próprias atividades, mas haverá uma plantonista responsável que prestará apoio quando necessário. AREA PÚBLICAS: Trazem uma nova dinâmica para o espaço, convidando uma maior diversidade de público e proporcionando apoio para a comunidade local, que possui pouca infraestrutura de lazer e estar. Estes espaços se encontram tanto na parte exterior a edificação(áreas de praça e estares), mas também em alguns ambientes internos (cafeteria e a sala multiuso).

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casa de acolhimento

centro-dia

áreas públicas

centro de apoio ao paciente com câncer

relações humanas

natureza

arquitetura

bem-estar integral

centro-dia

Oficinas Terapêuticas Oficinas Físicas Oficinas de Jardinagem Cozinha ComunItária Biblioteca Brinquedoteca Sala de Assistência Social Sala de Terapia Individual Sala de Terapia em Grupo Enfermaria Apoio aos serviços Administração da ONG DiretoriA da ONG Espaço para funcionários

casa de acolhimento

Recepção e Cadastramento Dormitórios Dormitório Plantonista Cozinha Comunitária Áreas de Estar Lavanderia Comunitária Área de Estudos e Trabalho Ambientes de Integração Terraço Comum

áreas públicas

Sala Multiuso Jardim Central Cafeteria Praça


LANÇAMENTO: 8-

1-

Relação interior x exterior: Apropriação dos terraços e utilização de painéis de madeira perfurados como um filtro entre o interior e o exterior.

Terreno em suas atuais condições, fazendo frente para três diferentes ruas e suas ambiências.

7-

2-

Ligações entre os blocos e conexão entre os andares. A recepção, a passarela de ligação e o jardim interno.

Implantação em 3 patamares para melhor apropriação do desnível existente no terreno e integração com as ruas do entorno.

6-

3-

Verticalização pensada de acordo com as condições de iluminação e ventilação e também com os indicativos do entorno.

Apropriação do patamar plano no nível intermediário para abrigar o acesso principal.

4-

Considerar os percursos da Rua Israel e da Rua São Franscisco até o acesso. Criação de uma pequena praça no patamar superior e de um bloco semienterrado no patamar inferior, abrigando a garagem da edificação e uma cafeteria que se abre para a esquina.

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5-

Implantação da edificação em dois blocos, voltados para um jardim central que funciona como organizador do conjunto. Assim, permite-se que os diferentes espaços tenham maior contato com o ambiente externo e seus estímulos.


FLUXOS: ACESSO

A Rua São Francisco está situada na cota mais elevada e faz ligação direta entre o terreno de atuação e o Hospital Regional do Oeste, sendo um importante percurso que será constantemente realizado pelos usuários. Deste modo, pensou-se em locar o acesso principal no intermédio entre estes dois importantes fluxos e criar áreas de estar e lazer nas bordas do terreno, fazendo com que o acolhimento proposto para a edificação se estenda também ao entorno e ao público em geral.

O terreno de atuação possui aproximadamente 3300 metros quadrados e está localIzado a cerca de 150 metros do Hospital Regional do Oeste, fazendo frente para três ruas do entorno. A Rua Israel está situada no nível mais baixo do terreno, sendo uma das ruas mais movimentadas do bairro, pois é considerada um eixo estruturador aonde estão locados os principais comércios e serviços e também por onde passa o transporte público , caracterizando-se por ser uma via com um grande movimento de pedestres e veículos.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Portanto, o acesso principal ao Centro de Apoio ao Paciente com Câncer estará locado

hospital regional do oeste

na Rua Lauro Muller, facilitando a chegada dos dois principais fluxos e ainda proporcionando certa privacidade e tranquilidade para o centro por se voltar para uma rua de caráter mais local. Com isso, criam-se dois importantes percursos de acesso para a edificação, que contarão com áreas de transição e acolhimento a serem percorridas e vivenciadas pelos usuários, mesmo que estes optem por não adentrar a edificação.


PERCURSOS: praça pública. bolsões de estar

terraço público

cafeteria CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


PATAMARES DE APROPRIAÇÃO: De modo geral , a implantação se dá em três patamares de apropriação para que se possa manter um contato direto com as ambas as ruas nos diferentes níveis e assim apropriar-se melhor da topografia do terreno.

patamar superior

Para isso, no , voltado para a Rua São Francisco, foi aberto parte do terreno para abrigar uma pequena praça com áreas de descanso e lazer, que proporciona um importante apoio para os usuários do Hospital Regional do Oeste e também para a comunidade local.

segundo

patamar

No , será o locado o pavimento térreo da edificação, organizado a partir de um amplo jardim central. Para melhor aproveitamento do terreno do modo como se encontra hoje, o pavimento térreo foi locado no patamar que já está aplanado, evitando maiores movimentos de terra e centrando o acesso principal na cota intermediária entre os dois principais fluxos.

patamar mais baixo

No , voltado para a Rua Israel, que é uma rua que possui hoje maior fluxo de pedestres e veículos, criou-se um pavimento semienterrado que abriga a garagem do prédio e também uma cafeteria voltada para a esquina.

PATAMAR 01

PATAMAR 02

PATAMAR 03

JARDIM CENTRAL

RUA SÃO FRANCISCO

ADMINISTRATIVO ACONSELHAMENTO OFICINAS

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

COMUM QUARTOS QUARTOS QUARTOS MULTIUSO CAFETERIA +GARAGEM

CENTRO-DIA CASA DE ACOLHIMENTO ÁREAS PÚBLICAS

RUA ISRAEL


O CENTRO DE APOIO A implantação do projeto ficou dividida em dois blocos que abrigam

as diferentes atividades, mas que se relacionam a partir de áreas comuns. Esta estratégia de dividir o centro em duas edificações também foi pensada para que se possa melhor disfrutar da iluminação e ventilação natural, pois haverá um maior contato com o exterior nos ambientes. Um amplo jardim foi locado no centro dos dois blocos, funcionando como elemento organizador do conjunto e como uma grande área de encontro. A recepção está locada logo a frente deste jardim, tendo uma relação direta com o mesmo e funcionando como um convite para esta área. Outra importante ligação é feita através de uma passarela que une os blocos no nível do segundo pavimento. Com isso, permite-se uma ligação direta entre a área de Aconselhamento Profissional com o setor da Casa de Acolhimento, criando um percurso com diferentes percepções e contato com o exterior.

RUA SÃO FRANCISCO

BLOCO 01

HOSPITAL

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Croqui esquemático

JARDIM CENTRAL

BLOCO 02

RUA ISRAEL


BLOCO 01:

O primeiro dos blocos abrigará as atividades do Centro Dia e terá menos pavimentos, respeitando o entorno da Rua São Francisco, que é formado principalmente por residências unifamiliares com baixo gabarito. Desta maneira, o público que acessa a edificação a partir dessa rua percebe todo conjunto com uma escala mais familiar, tornando o acesso mais convidativo. O Centro Dia está dividido em três pavimentos, sendo que o térreo abriga as atividades terapia ocupacional, convivência e integração, o segundo pavimento as atividades de aconselhamento profissional e no último a área da administração da ONG e de apoio aos funcionários e voluntários. A distribuição dos ambientes foi feita desta maneira para que todos possam percorrer as áreas integração e convivência, encontrando-se uns com os outros e sendo convidados a participar das atividades que estão ocorrendo. A topografia atual do terreno possui um talude entre o patamar do térreo e o patamar da Rua São Francisco, fazendo com que parte do Centro Dia ficasse enterrado. Para melhor insolação e ventilação dessa edificação, duas estratégias foram utilizadas. A primeira delas é a inserção de um jardim interno coberto, que integra o pavimento térreo ao segundo pavimento. Este jardim permite que a luminosidade do segundo pavimento adentre também para o térreo, além de possibilitar a ventilação cruzada no ambiente. O rasgo entre os pavimentos, proporcionado pelo jardim interno, permite uma maior integração entre os espaços e uma conexão positiva entre os usuários, melhorando a orientabilidade e legibilidade do ambiente. A segunda estratégia foi tratar o desnível já existente com uma transição de espelhos d'água, um servindo de apoio para a praça voltada para a Rua São Francisco e outro possibilitando um afastamento entre o muro de arrimo e a edificação. Deste modo, permite-se a chegada da iluminação e ventilação no pavimento inferior do bloco 01, além de uma conexão direta com o exterior e água.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Croqui esquemático


BLOCO 02:

O segundo bloco está voltado para a rua Israel e Lauro Muller , e abrigará a Casa de Acolhimento e também algumas áreas abertas ao público. Por estar voltado para a rua Israel, que já possui um entorno com maior verticalidade, o segundo bloco possui 5 pavimentos, sendo possível abrigar a Casa de Acolhimento para a demanda desejada (40 pessoas). Pensando em criar uma relação harmoniosa com a Rua Israel, apenas o pavimento no nível da rua possui um recuo relativamente pequeno, criando uma escala mais aconchegante para o passeio. Este pavimento abriga uma cafeteria, que se abre para a esquina, promovendo uma maior diversidade de usos e um pequeno equipamento de apoio para o entorno próximo. Neste mesmo nível é feito o acesso de veículos e serviços do prédio, tendo seu fechamento em cobogó para melhor iluminação e ventilação. No térreo do bloco 2 encontramos a sala multiuso e o acesso a Casa de Acolhimento, ambos se abrindo e se relacionando com o jardim central. Nos demais andares estão as acomodações da Casa de Acolhimento, sendo organizadas com os quartos voltados para o jardim central e para o sol da manhã e uma ampla varanda comum voltada para o sol da tarde e para o movimento da rua. As áreas de estar e apoio da Casa de Acolhimento foram pensadas de modo a proporcionar diferentes graus de privacidade, possuindo tanto estares menores em cada um dos pavimentos como uma grande área de integração no terraço, que representará o encontro de todos os usuários deste setor.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


INTEGRAÇÃO E CONEXÃO: As interações entre os diferentes espaços foram pensadas de modo a explorar as conexões humanas e também o contato com o ambiente externo, pois deste modo os usuários poderão perceber o espaço como um todo e sentirem-se convidados a explorá-lo da sua própria maneira.

““Achamos muito importante criar um certo "vaguear

livre" , não conduzir, mas seduzir. Por exemplo, um corredor de um hospital: condução. Mas também existe a sedução, o deixar andar, o vaguear(...). " ”

Peter Zumthor

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


PAVIMENTO TÉRREO:

O jardim central é um importante espaço para o conjunto, pois ele representa a integração e o encontro entre os diferentes setores. Sua organização se divide em dois espaços, sendo um deles um destinado para a oficina de jardinagem e outro como uma área verde livre com espaços de estar.

CENTRO DIA

O pavimento térreo representa o grande encontro entre todos os usuários do Centro de Apoio ao Paciente com Câncer. Nele estão locados o acesso ao Centro Dia, o acesso a Casa de Acolhimento e a Sala Multiuso, todos voltados para o Jardim Central.

JARDIM CENTRAL

CASA DE ACOLHIMENTO

ÁREAS COMUNS

Fazendo relação com o espelho d'água, uma arquibancada possibilita diferentes tipos de apropriação do ambiente interno e também o contato direto com o exterior e a água.

Painéis de madeira com abertura em camarão funcionam como um filtro entre o ambiente externo e interno, possibilitando aos usuários modificarem 0. a relação entre a edificação e a rua. Deste modo, foi possível fazer uma edificação com grandes áreas envidraçadas sem abrir mão da privacidade dos usuários.

Ao adentrar o Centro Dia, os O acesso principal faz conexão direta esquema térreo 1:500 usuários são recebido diretamente com o jardim, convidando todos usuários pelo ambiente da Copa. O chimarrão é uma bebida que se faz muito presente no cotidiano das pessoas do oeste catarinense, sendo este espaço também pensado para dar apoio a esta atividade.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

a desfrutar deste espaço e assim criar uma grande área de convívio. Para abrigar este local de boas-vindas foi feita uma ligação entre o bloco 01 e o bloco 02.

O acesso a Casa de Acolhimento encontra-se neste pavimento, criando um percurso aonde os hospedados possam interagir com os demais usuários e também se sentirem estimulados a participar das atividades que ali estejam ocorrendo.

A sala multiuso tem este nome pois poderá funcionar como um espaço para oficinas do Centro Dia (como sala de vídeo e oficinas de expressão) mas também para acolher atividades voltadas para o público em geral, como palestras, exposições e encontros. Por ser utilizada por um público mais abrangente, pensou-se em locá-la mais próximo do acesso principal, e fazer um percurso diferenciado até sua entrada, aonde se tem contato com a cafeteria do subsolo e também com uma galeria de exposições.


B

C

D

LOTE VIZINHO

PAVIMENTO TÉRREO A 8

B

3,55

BLOCO 01

QUARTOS

1

QUARTOS

D

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

J

6,00

11

+3,15

22 20 BRINQUEDOTECA

+3,20

+3,20

projeção cobertura

17 O F I C I N A S

+3,10

6,00

A

24 OFICINA DE JARDINAGEM

1,50

1

E

CASA DE ACOLHIMENTO

6,00

14

SALA MULTIUSO

+2,80

15DEGRUPOS APOIO

9

S T A R E S

1 RECEPÇÃO

COPA COMUNITÁRIA

+3,15

5E

0,00

3 2 EXPOSIÇÕES

rasgo entre térreo e subsolo

espelho d'água cobertura do subsolo

5

proteção em cobogó/ marcação do acesso brise móvel abertura camarão

+3,15

TERRAÇO PÚBLICO

4

TERRAÇO PÚBLICO

banco+ canteiro com chás

banco+ canteiro com chás

orp

ACESSO

gua rda -c

vegetação baixamovimento com o vento distrações positivas

F

E

G

H

I

J

vegetação baixamovimento com o vento distrações positivas guarda-corpo em concreto (h=110cm)

+2,80

+0,00

5

4

3

embarque/ desembarque 01

2

embarque/ desembarque 02

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

1

B

desnível existente no terreno continuação da Rua Lauro Muller acima

C

6

D

LIMITE DO TERRENO

RUA LAURO MULLER

GSEducationalVersion GSPublisherEngine 622.19.24.100

guarda-corpo (h=70 e 92 cm)

D

e9

C

=70

B

o (h

A

2c

m)

projeção cobertura

14-COPA COMUNITARIA/ AULAS DE CULINÁRIA 15- GRUPOS DE APOIO 16- BIBLIOTECA 17- OFICINAS (MESAS E ARQUIBANCADA) 18- JARDIM COBERTO 19- ESTAR - CONEXÃO COM O JARDIM CENTRAL 20-BRINQUEDOTECA 21- APOIO OFICINAS 22- BANHEIROS 23- ACESSO A CISTERNA 24- OFICINAS E JARDINAGEM 25-JARDIM CENTRAL

0 4

+3,20

espelho d'água nível 1

3

A

+3,20

CAFETERIA

CENTRO DIA

espelho d'água nível 2

8

7

2

6 SALA MULTIUSO

25 JARDIM CENTRAL

+3,20

16 BIBLIOTECA

espelho d'água cobertura do subsolo

13

+3,20

E S T A R E S

Banco = 45cm

4

12

10 PLANTONISTA

19

18 JARDIM COBERTO

arquibancada/ livre apropriação

3

5

6,00

projeção passarela entre blocos

Banco = 45cm

6,00

RUA SÃO FRANCISCO

I

parede para artes/ pinturas

9

7

6,00

E

23 21

LIMITE DO TERRENO

10- REGISTRO CASA DE ACOLHIMENTO 11- ESCADARIA DE SERVIÇO, SUBSOLO 12-BANHEIRO 13- QUARTO PLANTONISTA

H

+0,00

2

8

6,00

projeção vigas metálicas cobertura jardim

N 1- RECEPÇÃO 2- EXPOSIÇÃO DE CONFECÇÕES 3- CONEXÃO COM A CAFETERIA 4- TERRAÇO PÚBLICO 5- FOYER E ESTARES/ CONEXÃO COM JARDIM CENTRAL 6- SALA MULTIUSO 7- DEPÓSITO APOIO 8- BANHEIROS 9-ARQUIBANCADA EXTERNA SALA MULTIUSO

G

shaft

GARAGEM

AMBIENTES

F

E

guarda-corpo concretro h=110 cm exclusivo manutenção

QUARTOS

JARDIM CENTRAL

RUA SÃO FRANCISCO

C

9 10

0

RUA ISRAEL

7

6,00

6

6,00

5

6,00

4

6,00

3

LIMITE DO TERRENO

2

guarda-corpo em concreto (h=110cm) + floreira

PRAÇA PÚBLICA

1

projeção cobertura

0

BLOCO 02


B

C D

SUBSOLO

G

H

6,00

I

6,00

J

6,00

L

6,00

1

BLOCO 02

PRAÇA PÚBLICA

0

BLOCO 01

1

2

3

4

5

6

7

8

9 10

53

GLP

+0,60

52

QUARTOS

QUARTOS

ACESSO VEÍCULOS E SERVIÇO

carga/ descarga

±0,00

JARDIM CENTRAL

QUARTOS

1

GARAGEM

55

lixeiras

fechamento em cobogó

50 GARAGEM muro de arrimo 40cm

±0,00

3

A 4

4

46 COPA 47

6,00

A cafeteria é um importante espaço de todo o conjunto, pois cria uma conexão com um maior número de usuários e faz ligação com a Rua Israel. Este ambiente foi pensando de modo que se pudesse ter um apoio interno, como a área de copa, banheiros e algumas mesa internas, mas principalmente que estendesse seu uso para a área externa, criando um ambiente com mais vitalidade e maior interação com a rua.

48 45

conexão com recepção

5 6,00

±0,00

49

6

ACESSO CAFETERIA

MESAS EXTERNAS

desnível existente no terreno

5

6

4

3

2

G

H

1 +1,00

RUA LAURO MULLER

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

I

B

5

C

-0,05

D

6

3

J

0

L -0,05

RUA ISRAEL

2

cisterna para armazenamento de água da chuva

6,00

LIMITE DO TERRENO

RUA SÃO FRANCISCO

ACESSO CONTROLADO

6,00

O Subsolo faz frente para a Rua Israel, mantendo uma relação direta com o passeio. Neste pavimento está locado o acesso de serviço e veículos da edificação. Todo fechamento da área da garagem é feito em cobogó de modo a permitir uma melhor ventilação deste pavimento semienterrado. A garagem possui vagas para 10 veículos, sendo uma delas acessível e outra destinada a carga e descarga. A Junto ao acesso de serviço estão locadas áreas de apoio, como depósito de doações e despensa.

9

7

GSEducationalVersion GSPublisherEngine 621.19.24.100

+0,50

E

6,00

N 2

8

i=8%

51

54

56

AMBIENTES 45- BALCÃO DE ATENDIMENTO 46- COPA 47- DEPÓSITO 48- BANHEIROS 49- ÁREA EXTERNA PARA MESAS 50- GARAGEM 51- ACESSO PEDESTRESFUNCIONÁRIOS) 52- ACESSO VEICULOS 53- CARGA E DESCARGA 54- ARMAZENAMENTO DE DOAÇÕES 55- DEPÓSTIO 56- CISTERNA DE RECOLHIMENTO ÁGUA DA CHUVA

1

shaft

fechamento em vidro

RUA SÃO FRANCISCO


SEGUNDO PAVIMENTO: O jardim interno coberto organiza o espaço, tornando possível o contato com as atividades que estão ocorrendo no pavimento abaixo e também maior conexão com o exterior através da cobertura translúcida.

CENTRO DIA

No segundo pavimento estão locadas as áreas de Aconselhamento Profissional do Centro Dia e também o início das hospedagens da Casa de Acolhimento.

CASA DE ACOLHIMENTO

ÁREAS COMUNS

Amplos corredores estão presentes em todo o projeto, facilitando a legibilidade do espaço e torno-o mais fac

Os usuários são recebidos pela enfermaria e por uma ampla área de espera, que se volta tanto para o muro verde junto aos espelhos d'água quanto para o jardim interno, conformando um espaço aconchegante com distrações positivas.

1.

A sala de assistência social foi planejada para também abrigar o banco de perucas. Este espaço contempla uma coleção de acessórios de beleza, para homens e mulheres, que poderão ser emprestados para todos.

esquema segundo O terraço possibilita que as terapias em grupo se abram para o ambiente externo, sendo possível realizá-las ao ar livre com mais privacidade por estar localizado em um nível superior.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

1:500 Da mesma maneira que no pavimento abaixo, painéis móveis de madeira perfurada permitem que estes espaços possam se abrir ou se fechar para o ambiente externo.

Uma passarela faz ligação entre os dois blocos, permitindo que a Casa de Acolhimento esteja amparada pela estrutura da enfermaria. Esta passarela conforma um caminho agradável por entre as árvores com vista para o jardim central, tendo o objetivo funcional de ligação entre os blocos mas também criando um percurso diferenciado com uma percepção singular deste espaço.

A casa de acolhimento se distribuirá em quatro pavimentos, sendo três deles destinados a parte de acomodações e o último funcionando como um grande andar de integração. No segundo pavimento, encontramos o primeiro dos andares das acomodações, acolhendo aproximadamente 12 pessoas. Pensou-se em uma distribuição em diferentes andares para que se pudesse ter uma escala mais familiar em cada deles, representando um lar para todos.


B

C

D

2° PAVIMENTO

LOTE VIZINHO BLOCO 02

A PRAÇA PÚBLICA

B

C

D

E

F

G

H

BLOCO 01

0

1

2

3

4

5

6

7

8

6,00

9 10

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

J

6,00

6,00

6,00

QUARTOS

JARDIM CENTRAL QUARTOS

+0,00

QUARTOS

arvores frutíferas

shaft

1

29

27

E S P E R A

6,00 8,20

A 4 6,00

8

37- PASSARELA DE CONEXÃO ENTRE OS BLOCOS

+3,10

40 COZINHA

39 INTEGRAÇÃO

41

42 QUARTO DUPLO 1

T E R R A Ç O

+2,80

+6,55

+6,55

3

42 QUARTO DUPLO 1 42QUARTO DUPLO 2

A 4

43 QUARTO COLETIVO

cobertura verde i= 2%

arvores frutíferas

34

35

34

5 brises móveis abertura tipo camarão

brises móveis abertura tipo camarão

7 B

C

D

6,00

6,00

E 6,00

brises de correr + guarda corpo metálico aramado (h=110 cm)

44

TERAPIA INDIVIDUAL TERAPIA INDIVIDUAL TERAPIA EM GRUPO

6,00

F 6,00

G 6,00

+3,15

H

J

6,00

12,00

1,50

bolsões de estar (local de encontro para início das atividades externas)

+0,00

4

3

RUA LAURO MULLER

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER GSEducationalVersion GSPublisherEngine 622.19.24.100

2

1

B

5

C

descanso e estar

D

+2,80

6

+3,15

+3,20

33

A

RUA ISRAEL

2 6,00

36

ASSISTÊNCIA SOCIAL

5

38- DESPENSA 39- ESTAR COMUM 40- COZINHA COMUM 41- CIRCULAÇÃO 42- QUARTOS LONGA PERMANÊNCIA 43- QUARTOS CURTA PERMANENCIA 44- SACADAS COMUNS

6,00

32

+6,60

6,00

3

1

E

+6,60

guarda-corpo metálico aramado h=110 cm

brises móveis abertura tipo camarão

mesas de apoio

projeção vigas metálicas cobertura jardim

parque infantil

37 37 PASSARELA

+6,60 guarda-corpo metálico aramado h=110 cm

E N F E R M A R I A

projeção cobertura

9

2

38

+3,15

+6,60

26 6,00

utilização com banco (h=40cm)

parque infantil

RUA SÃO FRANCISCO

26- ENFERMARIA 27- APOIO ARQUIVOS 28- SALA DE ATENDIMENTOS INICIAIS 29- DEPÓSITO DE MACAS E CADEIRAS DE RODAs 30- DEPÓSITO LIMPEZA 31- BANHEIROS 32- AREA DE ESPERA 33- SALA DE ASSISTENCIA SOCIAL 34-SALA DE TERAPIA INDIVIDUAL 35- SALA DE TERAPIA COLETIVA 36- TERRAÇO EXTERNO TERAPIA AO AR LIVRE

28

6,00

N AMBIENTES

30 31

E

fechamento em vidro

GARAGEM

6,00

RUA SÃO FRANCISCO

0


No terceiro pavimento estão locadas a área administrativa e de apoio a funcionários no Centro Dia e outro andar de acomodações da“Casa de Acolhimento. O quarto pavimento abriga o último dos andares de acomodação da Casa de Acolhimento, tendo o mesmo layout do pavimento inferior.

TERCEIRO E QUARTO PAVIMENTOS: CENTRO DIA Como a maior parte das atividades de uma ONG está relacionada com trabalhos voluntários, é necessário criar espaços para que estas pessoas estejam confortáveis no seu dia a dia para que possam realmente desenvolver um atendimento humanizado e integral. O terceiro pavimento do bloco 01 é responsável por isto, abrigando a administração, a diretoria da ONG, um ambiente para reuniões, uma copa com estares e um amplo terraço com áreas de convívio e descanso.

2.

CASA DE ACOLHIMENTO

TERRAÇO

De modo geral, a organização deste espaço se dá em três importantes áreas: a área de serviços, a área comum e a área dos quartos. A área se serviços está voltada para a extremidade sudeste do bloco, centrando as circulações verticais e também uma área de despensa. Logo na chegada, encontrase um espaço comum, que será a área de integração existente em cada um dos andares. Esta área contém uma cozinha e uma área de estar e descanso, que poderão ser utilizadas por todos os usuários, incentivando a integração entre eles.

esquema terceiro

A área das acomodações é divida em quartos para longa e curta permanência, dependendo da necessidade de cada caso. Os quartos de curta permanência são mais amplos e abrigam 6 pessoas, entre pacientes e acompanhantes. Os quartos de longa permanência abrigam apenas o paciente e seus acompanhantes. De maneira geral, a ideia destes pavimentos é que realmente exista o contato entre as pessoas e o apoio mútuo entre todos. Deste modo, os dormitórios são reduzidos, permitindo que exista esta área de maior privacidade mas também se incentive que os usuários usufruam das ´áreas comuns dos diversos pavimentos.

1:500

Na mesma linguagem do restante da edificação, nos quartos estão instalados painéis de madeira perfurada com abertura em camarão. Deste modo, os usuários poderão optar por ter um contato direto com o exterior ou um ambiente mais privativo. Estes painéis, mesmo quando fechados, não impedem a conexão com os estímulos externos, pois permitem a passagem da ventilação e também um jogo de luz e sombras no ambiente.

GSEducationalVersion GSPublisherEngine 618.19.24.100

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Voltada para o sudoeste e também para a Rua Israel, uma ampla varanda comum se estende por quase todo o pavimento, criando uma importante área de integração e de contato com o exterior. Nela estão locados painéis de correr de madeira perfuradas, de modo que é possivel controlar a incidência solar direta através da movimentação dos mesmos. Estes painéis também conferem certo dinamismo a fachada, fazendo com que os próprios usuários interfiram na maneira como o prédio se relaciona com a rua.


LOTE VIZINHO A

BLOCO 02

PRAÇA PÚBLICA

B

C D

3° PAVIMENTO 0

BLOCO 01

1

2

3

4

5

6

7

8

B

C

D

E

F

G

H

J

9 10 6,00

6,00

6,00

6,00

18,00

12,00

1,50

QUARTOS

JARDIM CENTRAL

+0,00

QUARTOS

QUARTOS

RUA SÃO FRANCISCO

shaft

1

1

GARAGEM

60

E

38

E

N

6,00

6,00

+3,15

cobertura verde

59

AMBIENTES

+10,00

57

+10,00

58

i= 2%

2

9

2

3 +2,80 +6,55

42 QUARTO DUPLO 1 42QUARTO DUPLO 2

+3,20

6,00

+3,10

6,00 8,20

A

+9,95

i= 2%

6,00

3

42 QUARTO DUPLO 1

A

+3,20

62COPA 4

8

4

+9,95

63 TERRAÇO VERDE

6,00

6,00

projeção estrutura

43 QUARTO COLETIVO

cobertura verde

i= 2%

44

banco com floreira ao fundo

5

5

7

+3,15

guarda-corpo concretro h=110 cm

A

B 6,00

C

D

6,00

6,00

guarda-corpo metálico aramado h=110 cm

E

F

6,00

6,00

G 6,00

H

J

6,00

12,00

1,50

+0,00

4

3

RUA LAURO MULLER

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER GSEducationalVersion GSPublisherEngine 622.19.24.100

2

1

B

5

C

6

D

+2,80

0

RUA ISRAEL

cobertura em policarbonato alveolar com sistema viga-calha sustentada por vigas metálicas

R E U N I Õ E S

6,00

61

0,75

38- DESPENSA 39- ESTAR COMUM 40- COZINHA COMUM 41- CIRCULAÇÃO 42- QUARTOS LONGA PERMANÊNCIA 43- QUARTOS CURTA PERMANENCIA 44- SACADAS COMUNS

RUA SÃO FRANCISCO

57- ESPERA 58- ADMINISTRAÇÃO ONG 59- DIRETORIA ONG 60- BANHEIROS 61- REUNIÕES 62- COPA FUNCIÁRIOS 63- TERRAÇO FUNCIONÁRIOS E VOLUNTÁRIOS

40 COZINHA

39 INTEGRAÇÃO


B LOTE VIZINHO

A

BLOCO 02

PRAÇA PÚBLICA

C

D

4° PAVIMENTO 0

BLOCO 01

1

2

3

4

5

6

7

8

9 10

B 6,00

C

D

6,00

E

6,00

F

6,00

G

H

J

18,00

12,00

1,50

QUARTOS

JARDIM CENTRAL QUARTOS

+0,00

QUARTOS

shaft

1 +13,40

N

6,00

E

15,30

AMBIENTES

E +13,40

i= 2%

40 COZINHA

39 INTEGRAÇÃO

cobertura verde

2

2

41

42 QUARTO DUPLO 1

i= 2%

6,00 +6,55

3

3 +2,80 +6,55

6,00

42 QUARTO DUPLO 1 42QUARTO DUPLO 2

8,20

A

+3,20

6,00

+3,10

A

+3,20

6,00

4 6,00

4

8

43 QUARTO COLETIVO

cobertura verde

i= 2%

44 5 0,70

5 +3,15

7 A

B 6,00

C

D

6,00

6,00

E

F

G

H

guarda-corpo metálico aramado h=110 cm

J

6,00

12,00

1,50

+0,00

4

3

RUA LAURO MULLER

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER GSEducationalVersion GSPublisherEngine 622.19.24.100

2

1

B

5

C

6

D

+2,80

0

RUA ISRAEL

i= 2%

6,00

9 RUA SÃO FRANCISCO

38- DESPENSA 39- ESTAR COMUM 40- COZINHA COMUM 41- CIRCULAÇÃO 42- QUARTOS LONGA PERMANÊNCIA 43- QUARTOS CURTA PERMANÊNCIA 44- SACADAS COMUNS

38

+3,15

1 6,00

GARAGEM

i= 2%

RUA SÃO FRANCISCO


B LOTE VIZINHO

A

BLOCO 02

PRAÇA PÚBLICA

C

D

TERRAÇO 0

BLOCO 01

1

2

3

4

5

6

7

8

B

C

D

E

F

G

H

I

J

9 10

QUARTOS

JARDIM CENTRAL

+0,00

QUARTOS

QUARTOS

RUA SÃO FRANCISCO

shaft

1

1

GARAGEM

+16,80

i= 2%

67

+16,75

3

3

projeção estrutura

+2,80 +6,55 6,00

+3,20

8,20

A

+3,20

A

4

8

4

6,70

68 telhado verde

i= 2%

banco com floreira

5

5 +3,15

7 A

B

C

D

E

F

G

H

I 6,70

J 6,00

1,50

+0,00

5

4

3

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

2

1

B

6

C

+2,80

0

RUA ISRAEL

i= 2%

D

RUA SÃO FRANCISCO

6,00

9

2

65

RUA LAURO MULLER

GSEducationalVersion GSPublisherEngine 621.19.24.100

66 LAVANDERIA

i= 2%

2

Quinto e último pavimento ocupado do conjunto. Este andar é o grande encontro entre todos os acomodados na casa de acolhimento. Neste espaço, pensou-se em situar uma ampla lavanderia comum, aonde todos os usuários poderiam se encontrar no desenvolvimento das atividades diárias, funcionando com uma área de socialização. Além disso, nesse espaço também está locado um ambiente para estudos junto a uma área de com lareira, aproximando a todos. Na parte externa, um amplo terraço com áreas cobertas e descobertas cria diferentes ambiêcias e áreas de convívio.

6,00

N

i= 2%

AMBIENTES 64- AREA DE ESTUDOS 65- ESTAR COM LAREIRA 66- LAVANDERIA COMUNITÁRIA 67- APOIO PARA CONFRATERNIZAÇÕES 68- TERRAÇO COMUM

64

i= 2%

+3,15


ELEVAÇÃO NOROESTE: A fachada noroeste abriga a entrada principal do prédio. Ela faz frente para a Rua Lauro Muller e está situada entre as ruas São Francisco e Israel, que possuem importantes fluxos a serem considerados no projeto. Deste modo, o acesso é feito em um nível intermediário, bem em frente ao Jardim Central, para que o usuário possa ter maior legibilidade do espaço, compreendendo que o conjunto é dividido em dois blocos que são interligados por este espaço de encontro. Acesso Principal através do Percurso 01

A

B

C

D

Painéis de madeira perfurada em abertura camarão

E

F

G

H

I

J

BLOCO 02 Extensão da estrutura + ripado com trepadeiras

PRAÇA PÚBLICA

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

BLOCO 01

Extensão da estrutura + ripado com trepadeiras

Painéis móveis de madeira perfurados (abertura camarão)

Painéis móveis de madeira perfurados (correr) EDIFICAÇÃO COMERCIAL

JARDIM CENTRAL Varandas Casa de Acolhimento Conexão cidade x rua x pôr-dosol RUA SÃO FRANCISCO

CAPC

conexão hospital 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Muro de arrimo com espelhos d'água

Painéis móveis de madeira perfurados (abertura camarão) Acesso Principal

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

CobogóMarcação do acesso

Terraço de acesso público

RUA ISRAEL Cafeteria que se abre para a esquina

eixo estruturador


CORTE AA:

Este corte demonstra a organização do prédio em três patamares, sendo eles: 1- Rua São Francisco com áreas de estar e lazer abertas a toda comunidade 2- Térreo e jardim Central, representando o encontro de todo o conjunto 3- Cafeteria e Garagem, voltadas para a Rua Israel que possui maior fluxo de pessoas.

Passarela de conexão entre os blocos

Praça Pública em frente a Rua Israel

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

+24,60 BLOCO 02 TERRAÇO CASA DE ACOLHIMENTO

+19,90

+18,20 PRAÇA PÚBLICA

+15,30

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

+16,80

BLOCO 01

+13,40

QUARTOS

+13,40

QUARTOS

+10,00

QUARTOS C.V. SALA MULTIUSO

+6,60

ADM.

+10,00

COBERTURA LEVE TRANSLÚCIDA C.V.

+6,60 RUA SÃO FRANCISCO conexão hospital

C.V.

OFICINAS

JARDIM CENTRAL

LOTE DESOCUPADO

+3,20

+3,20 GARAGEM

+0,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6,00

6,00

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

6,00

RUA ISRAEL


ELEVAÇÃO SUDOESTE:

Voltada para a avenida mais movimentada do bairro e também para a vista da cidade, a fachada sudoeste foi pensada de modo a fazer uma relação amigável com o pedestre e também com o entorno. Para isso, apenas o pavimento no nível da rua possui um recuo relativamente pequeno, criando um escala mais aconchegante para o passeio. Este pavimento mais baixo abriga uma cafeteria, que se abre para a esquina, promovendo uma maior diversidade de usos e um pequeno equipamento de apoio para o entorno próximo. Neste mesmo nível é feito o acesso de veículos e serviços do prédio, tendo seu fechamento em cobogó para melhor iluminação e ventilação.

Conexão com a Rua Israel

Esquina entre a Rua Israel e a Rua Lauro Muller 5

4

3

Extensão da estrutura + ripado com trepadeiras

2

1

BLOCO 02

Painéis de madeira perfurados móveis (de correr)

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

LOTE VIZINHO (DESOCUPADO)

RUA LAURO MULLER

Abertura para o passeiomesas

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

RUA ISRAEL 6,00

Cafeteria Terraço Público

Fechamento em cobogó6,00 Garagem6,00 Extensão Sala Multiuso

6,00

Acesso Veículos


CORTE BB:

Este Corte demonstra a organização geral do Bloco 02. No Subsolo encontramos o nível da Garagem e da Cafeteria, que se voltam para a Rua Israel e tem conexão direta com o Térreo. No térreo estão locadas a Sala Multiuso e a Recepção, voltadas para o Jardim Central e o Terraço Público, fazendo conexão com a Rua Lauro Muller. No pavimentos superiores temos a organização do Setor da Casa de Acolhimento, sendo formado por quatro andares, dos quais três são destinados para a acomodação do hospedados e o último deles conforma um grande terraço de integração. Terraço da Casa de Acolhimento

5

4

3

2

1

+24,60 +21,8 +19,90

20000 L TERRAÇO CASA DE ACOLHIMENTO LAVANDERIA

+16,80 VARANDA

VARANDA

CIRCULAÇÃO

ÁREA COMUM

+13,40

CIRCULAÇÃO

+10,00 EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

VARANDA

RECEPÇÃO

CIRCULAÇÃO

ÁREA COMUM

+6,60

SALA MULTIUSO CARGA/ DESCARGA

+3,20 LOTE VIZINHO (DESOCUPADO)

CAFETERIA ACESSO SERVIÇO FUNCIONÁRIOS

RUA LAURO MULLER Extensão Cafeteria 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Terraço Público

Ligação Cafeteria/ Recepção

Carga/ Descarga

+0,00


CORTE CC:

Corte demonstrando a relação do Jardim Central com os diferentes espaços. No acesso principal, a recepção se volta diretamente para este ambiente, convidando os usuários a adentrá-lo. No térreo, portas em abertura camarão proporcionam uma forte conexão com este espaço.A passarela representa um diferente percurso, interligando os blocos e se abrindo para o jardim. Os painéis vazados de madeira estão locados nas aberturas dos quartos, que se voltam também para este espaço central e possibilitam opções aos usuários, além de dinâmica para fachada.

1

2

Jardim Central

3

4

5

+24,60 +21,8 Extensão da estrutura + ripado com trepadeiras

+19,90 +16,80

Painéis de madeira perfurados móveis (abertura camarão)

+13,40

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

+10,00 Cobogó

PASSARELA

+6,60 JARDIM CENTRAL

ACESSO AO CENTRO

+3,20 LOTE VIZINHO DESOCUPADO 6,00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Rampa acesso Jardim (-0,40) 6,00

Conexão com Cafeteria 6,00 24,00

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

6,00

EMBARQUE/ DESEMBARQUE

RUA LAURO MULLER


CORTE DD:

Este corte demonstra a organização geral do Bloco 01. No térreo, encontramos a parte de oficinas, integração e convivência, organizadas a partir de um jardim interno coberto. No Segundo Pavimento, estão locadas as salas de atendimento profissional, permitindo um ambiente com maior privacidade, e ainda conectado com o ambiente externo e com o térreo. A administração e apoio aos funcionários está locada no terceiro pavimento, possuindo um terraço para integração e descanso.

Organização Interna Centro Dia

5

4

3

2

1

+18,20 +15,30 +13,40 EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

8000 L cada

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL CIRC.

TERRAÇO

+10,00 +6,60

COBERTURA LEVE-VIGAS VAGÃO TERAPIA INDIVIDUAL

CIRC.

CIRC.

JARDIM INTERNO

COPA

CIRC.

+3,20 RUA LAURO MULLER 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

6,00

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

6,00

6,00 24,00

6,00


DETALHE 01:

DETALHE 02:

escala 1:25

escala 1:25

Nos terraços, a estrutura de concreto armado se estende para a área aberta, criando uma transição entre o ambiente interno e o externo. Todas as bordas desses espaço são conformadas por floreiras, que funcionam tanto como guarda corpo como mobiliário de apoio. Nestas floreiras serão plantadas trepadeiras para que elas se estendam até o ripado de madeira existente na cobertura, criando uma espécie de "teto verde".

Painéis de madeira perfurada com abertura em camarão instalados nas aberturas dos quartos.

Viga de bordo da laje superior

Viga em corte aonde serão fixados os ripados de

Painel

madeira para sustentação

de

madeira

perfurado com abertura em

da trepadeira Ripado de madeira que

receberá

área externa

área interna quarto

camarãp

a

vegetação Pilar

em

vista

-

arremate do brise

Pilar em vista que receberá os

Conexão com o exterior de acordo com o desejo

suportes para fixação da trepadeira

do usuário. Ampla abetura recuada em relação a fachada

Vegetação trepadeira que se extende até a cobertura

Banco em concreto armado com floreira ao fundo

Terra

Manta de Impermeabilização

Filtro

Viga de Bordo com acabamento

para

suporte da esquadria

Cascalho

Alvenaria de conteção

recuada

em concreto armado Camada de regularização Móvel de Apoio para os

1% de caimento. Manta de Impermeabilização

quartos- armazenamento de bagagens

Laje nervurada

Manta de Impermeabilização

D-02 CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

DET.

1:25

GSEducationalVersion GSPublisherEngine 622.19.24.100

*O mobiliário dos quartos também foi pensado para que pudesse ser o mais flexível possível. A intensão é que as DET. (2) 1:25ser utilizados camas funcionem como módulos, que podem como beliches, ou desmembrados como duas camas.


DETALHE 03:

DETALHE 04:

escala 1:25

escala 1:25

Painéis de madeira perfurada de correr junto a varanda comum da Casa de Acolhimento.

No bloco 01, um espelho d'água permite o afastamento do muro de arrimo para auxiliar na iluminação e ventilação natural deste ambiente.

Ventilação Cruzada e Iluminação Natural no Pavimento semienterrado

Trilho superior

Fachada Sudoeste

Conexão direta com o exterior e a água

Pilar em vista

Muro de Arrimo em vista Peitoril em pedra Painel de madeira perfurado móvel (de correr)

Espelho d'água

Manta de Impermeabilização Guarda-corpo h=110cm Metálico aramado. Sacada

Camada de Regularização Estrutura de concreto armado

comum

Trilho inferior Laje em concreto armado + viga de borda

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

1,50

Revestimento Cerâmico Camada de proteção mecânica

Arquibancada em Pallet


CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


PESQUISAS TÉORICAS: HUMANIZAÇÃO

Nos últimos anos, a arquitetura de ambientes voltados para a saúde tem passado por um processo de transformação em função da preocupação com o bemestar dos pacientes e demais usuários. Esta nova visão está ligada ao conceito de humanização, que considera de fundamental importância o bem-estar físico, psicológico e social de todos os usufruidores deste espaço. A superespecialização da medicina e a absorção cada vez maior de tecnologias estão levando o sistema de saúde a executar um trabalho cada vez mais especializado e pontual, muitas vezes esquecendo da individualidade de cada paciente. Segundo pesquisas desenvolvidas em universidades e hospitais americanos, citadas por LINTON (1992, p.126), já é comprovado que a qualidade dos estabelecimentos de saúde pode acelerar o processo de cura, reduzindo o tempo de tratamento e tornando o sistema de saúde mais eficaz e abrangente.

Porém, para que se consiga ter um ambiente humanizado é preciso ter conciência de que as pessoas que utilizam o espaço são peça fundamentais para o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos. Deste modo, somente conhecendo as reais necessidades e expectativas dos usuários em relação ao espaço, será possivel propor um local condizente com as mesmas. Segundo VASCONCELOS (2004, p.47) a relação entre o ambiente e o ser humano ocorre porque os elementos deste ambiente provocam estímulos sensoriais nas pessoas, e que podem vir a evocar respostas fisiológicas e refletir nos seus comportamentos e nas suas atitudes. Portanto, o trabalho do profissional de arquitetura influencia não só na funcionalidade e na plástica das edificações, mas também nas mensagens psicológicas que este ambiente provoca em seus usufruidores.

PROCESSO DE CURA ACELERADO

ser humano

arquitetura

HOMEM COMO FOCO PRINCIPAL DO PROJETO

bem-estar

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

MAIS EFICIÊNCIA NO SISTEMA DE SAÚDE

Assim, para se compreender a humanização dos ambientes, precisa-se também compreender quais são os principais elementos que caracterizam o espaço, a maneira como o ser humano percebe estes elementos e como isto vem a influenciar nas percepções e atitudes humanas. “O desgaste fisiológico e emocional pelo qual passa a maioria dos pacientes, refletindo-se também sobrefamiliares e visitantes, bem como a exaustiva rotina do corpo médico e de enfermagem devem ser considerados no desenvolvimento de projetos. O espaço físico não poderá eliminar o sofrimento do paciente, mas pode contribuir para melhorar o seu bem-estar e o dos funcionários através da criação de um ambiente mais humanizado e adequado às suas expectativas e necessidades.” (CAVALCANTI, 2007.)


PESQUISAS TÉORICAS: QUAIS SÃO OS ELEMENTOS QUE COMPÕE O ESPAÇO?

COMO O SER HUMANO PERCEBE O ESPAÇO? Segundo PALLASMA (2011) a arquitetura contemporânea é comumente baseada na exploração da percepção visual da edificação por parte dos usuários, dando uma supremacia para a visão e negligenciando os outros sentidos. Como consequência deste tipo de projeto, encontram-se hoje diversos ambientes construídos muito aquém das necessidades humanas, pois não se levou em consideração a real essência da arquitetura, que deveria ser um local feito para ser vivenciado integralmente. No Livro “Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos”, o arquiteto e teórico finlandês Juhani Pallasma traz a discussão sobre a relação entre a arquitetura e os sentidos do corpo. Segundo o autor:

ser tratados e considerados na hora de projetar, não existindo algum que possui supremacia quanto ao outro. Portanto, o arquiteto deve conhecer as formas de percepção do espaço pelo homem e se apropriar delas na hora de projetar, cabendo ao profissional imaginar o tipo de espaço que será proposto e qual será o impacto dele nos usuários. Para Pallasmaa, os arquitetos que conseguem basear seu trabalho no sentimento das pessoas que irão vivenciar o lugar estarão mais propensos a fazer uma arquitetura de qualidade.

“"Uma obra de arquitetura não é experimentada como uma série de imagens isoladas na retina, e sim em sua essência material, corpórea e espiritual totalmente integrada. Ela oferece formas e superfícies agradáveis e configuradas para o toque dos olhos e dos demais sentidos, mas também incorpora e integra as estruturas físicas e mentais, dando maior coerência e significado à nossa experiência existencial.”" (PALLASMAA, Juhani, Os Olhos da Pele. p. 11)

ESPAÇO ESPAÇO

COR LUZ SOM AROMA

Pallasma também afirma que a arquitetura é aquilo que projeta e estimula sensações, que cria e prova significações e que não cria objetos meramente atrativos, mas que passa a compor algo mais profundo, influenciando a própria experiência existencial de cada ser humano. Deste modo, a nossa principal forma de percepção do espaço são os nossos próprios sentidos, sendo eles: audição, visão, tato, paladar e olfato. Todos devem

TEXTURA FORMA

HOMEM

HOMEM

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Os estudos de Millicent Gappell (1995), centrados na área da psiconeuroimunologia, demonstram a influência do ambiente construído na mente, no corpo e no sistema nervoso das pessoas, chegando a seis fatores determinantes para estas percepções. Segundo Gappell o bem-estar físico do homem é influenciado por seis fatores, sendo eles: tanto a natural quanto a artificial, trazendo benefícios para a saúde e conforto. COR: influencia nos estímulos sensorias como na percepção diferenciada de objetos e espaços SOM: A permanência em ambientes com ruído constante é um perigo para saúde de qualquer pessoa. Os sons podem ser utilizados como efeitos relaxantes e calmantes, além de diminuirem a intensidade de outros sons indesejáveis. AROMA: O cheiro é o mais evocativo de todos os sentidos, tem uma relação muito intima com o lado emocional e com o resgate de memórias. Ele pode ser tanto positivo, quanto negativo, devendo ser cuidadosamente escolhido ou amenizado. TEXTURA: A pele é o maior dos sentidos, sendo as sensações de conforto, percebidas por ela. A qualidade tátil do espaço pode ser adquirida pelo uso de texturas diferenciadas, estimulando diferentes percepções e sensações. A natureza é rica em texturas, por isso contato com a mesma deve ser estimulado. FORMA: O Desenho do ambiente pode influenciar na maneira como a pessoas consegue se deslocar e perceber os espaços. Os ambientes devem possui uma clareza formal, de modo a facilitar a legibilidade e orietabilidade, porém sem criar espaços monótonos e sem estímulos sensoriais. LUZ:


PESQUISAS TÉORICAS: QUAL A INFLUÊNCIA DESSES ELEMENTOS NO SER HUMANO? Muitas das teorias atuais sobre a relação entre humanização e arquitetura são baseadas em pesquisas feitas pelo teórico Roger S. Ulrich. Seu trabalho descreve como os princípios de projeto tradicional podem influenciar negativamente nas pessoas, relacionando as escolhas de projeto com os níveis de estresse gerados. Nos ambientes voltados para a saúde, o estresse é um problema para pacientes, familiares, visitantes e inclusive para a equipe médica. Seus estudos concluem que, se alterarmos o espaço hospitalar através da redução do estresse ambiental, pode-se melhorar o processo de cuidados com a saúde e ainda reduzir os custos de tratamento. Segundo Ulrich existem alguns fatores que estão relacionados diretamente com a redução do estresse e promoção do bem-estar. Estes são chamados de atributos da humanização do ambiente, sendo eles: o controle do ambiente, as distrações positivas e o suporte social. O CONTROLE DO AMBIENTE está relacionado com a sensação de liberdade com o ambiente que as cerca, a sensação de controle. Através deste atributo o usuário se sente confortável para modificar o ambiente segundo suas prórias necessidade e vontades. O segundo deles seria o SUPORTE SOCIAL, que está ligado ao contato frequente ou prolongado com familiares, amigos ou até mesmo quando faz parte de um sistema que lhes proporcione suporte social. Vários estudos no campo da medicina e da psicologia demonstram que pacientes tem sensações de bem-estar mais frequentes quando estão com os familiares ou entes queridos próximos. O ambiente também pode colaborar com o suporte social, criando ambientes que aproximem

as pessoas e estimulem as relações humanas, porém sem forçar a interação social a ponto de negar a privacidade. O terceiro deles seriam as DISTRAÇÕES POSITIVAS, que são estímulos positivos que entreteem os usuários. Uma quantidade de estímulos sensoriais é necessária para que se evite a plena monotonia, fazendo com que o paciente distancie a mente de pensamentos angustiantes.

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

ESPAÇO

CONTROLE DO AMBIENTE SUPORTE SOCIAL

DISTRAÇÕES POSITIVAS

HOMEM


ESTUDOS DE CASO: CASA DE PASSAGEM JOÃO PILTZ- CHAPECÓ

Cas de Passagem João Piltz- Área externa

Fonte: http://www.alberguechapecosc.blogspot.com

Casa de Passagem João Piltz Quartos para pacientes oncológicos Fonte: Acervo próprio

A Casa de Passagem João Piltz é uma instituição filantrópica mantida com auxílio de Prefeitura de Chapecó, que tem como principal missão acolher moradores de rua, imigrantes e, em menor número, pacientes oncológicos. A casa possui cerca de 15 funcionários, tendo assistência em enfermaria, psicologia e serciço social. O espaço contém quartos, banheiros coletivos, áreas de estar, refeitório, capela e uma ampla área externa, além de parte de atendimentos e administrativa. Apesar da instalação não ter dimensão tão reduzidas, os portadores de câncer não se sentem completamente a vontade neste ambiente, visto que dividem espaço com pessoas que, muitas vezes, não compreendem a sua situação. Analisando este abrigo para os pacientes oncológicos, constatou-se que a distância entre a edificação e o Hospital Regional do Oeste torna a rotina dos hospedados mais cansativa devido ao tempo de locamoção e espera do transporte. Outro fator que deve ser considerado, é que, em alguns casos, os pacientes acabam ficando hospedados sem o acompanhante, devido ao número limitado de vagas.

Sede RFCC em Chapecó

Fonte: http://www.redefemininachapeco.org.br/

Feiras e trabalho voluntário RFCC

Fonte: http://www.redefemininachapeco.org.br/

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER-CHAPECÓ A Rede Feminina de Combate ao Câncer, é uma entidade filantrópica fundada em 28 de agosto de 1982. Em Chapecó, ela funciona em sede própria, construída com recursos advindos de doações de entidades empresariais e da comunidade chapecoense, oferecendo ao público um amplo e bem equipado ambulatório, laboratório, salas de palestras e recreação além de dependências de apoio. O principal trabalho desenvolvido pela Rede Feminina destina-se a realizar exames ginecológicos de diagnóstico do câncer do colo uterino e da mama e também a orientar as mulheres de modo geral sobre os cuidados que devem ter com sua saúde. A instituição organiza diversos eventos para arrecadar fundos (como feiras e bazares) e possui um grande grupo voluntários, que auxiliam tanto na parte administração como em atendimentos médicos e atividades extras, como confecção de perucos e oficinas de artesanato. O Grupo PROVIM (Programa Viver Melhor), também utiliza o espaço para reuniões do grupo de apoio a mulheres mastectomizadas, desenvolvendo encontros, atendimentos com profissionais de apoio, palestras educativas, oficinas e terapias. Este grupo é constituído de mulheres mastectomizadas e tem o objetivo de esclarecer e orientar as mulheres com câncer de mama, mas, principalmente para proporcionar às mesmas apoio psicológico, mesma após vencida a doença. Atualmente fazem parte do grupo em torno de 40 mulheres que se encontram semanalmente, as quintasfeiras, onde são desenvolvidas atividades como: ioga, palestras, atividades com estagiários da Unochapeco, acompanhamento psicológico, encaminhamento para fisioterapia e drenagem linfática, além de chás, rodas de chimarrão e passeios.


ESTUDOS DE CASO: CASA DE APOIO HOSPITAL DAS CLÍNICAS- PORTO ALEGRE

CASA DE APOIO NOSSO LAR CHAPECÓ A instituição Nosso Lar possui uma casa alugada nas imediações do Hospital Regional do Oeste destinada ao acolhimento de pacientes oncológicos de outros municípios. Sua infraestrutura está dividida em três espaços, sendo eles: ala feminina, ala masculina e espaços comuns. Apesar de prestar grande ajuda a estas pessoas, a infraestrutura da casa não condiz com as necessidades existentes. Deste modo, a Casa de Apoio acaba não conseguindo comportar os acompanhantes dos pacientes em tratamento, e por vezes, nem toda a demanda de pacientes. Desconsiderando estas limitações, pode-se perceber no ambiente um sentimento de cumplicidade, amizade e ajuda-mútua entre os abrigados, que relataram que haviam ganho uma segunda família através desta infraestrutura.

Casa de Nosso Lar Figura 2-Apoio Área externa

Fonte: http://www.alberguechapecosc.blogspot.com Acervo Próprio, Maio 2015. Fonte:

Figura 2-Quartos para pacientes oncológicos Fonte: Acervo próprio

Casa de Apoio Vovó Gertrudes Funcionárias e crianças acolhidas Fonte: http://www.avos.org.br

Casa Vovó Gertrudes

Fonte: http://www.avos.org.br

Figura 2- Sede RFCC em Chapecó

Fonte: http://www.redefemininachapeco.org.br/

CASA DE APOIO VOVÓ GERTRUDES- FLORIANÓPOLIS Construída e admistrada pela AVOS Associação de Voluntários de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão, a Casa de Apoio Vovó Gertrudes, atende crianças em tratamento oncológico do Hospital Infantil, em Florianópolis. O espaço acolhe tanto o paciente em tratamento, no caso crianças e adolescentes, quanto seus acompanhantes. A casa conta com 20 apartamentos, auditório, brinquedoteca, área de lazer, cozinha, espaço para alimentação, sala de informática e capela ecumênica. Tudo pensando para garantir o acesso aos atendimentos públicos que estas crianças necessitam, mas sem abrir mão de estarem alojadas em um ambiente que transmita carinho, atenção e cuidados.

Casa de Apoio Hospital das Clínica- Porto Alegre Fonte: Acervo próprio

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

A Casa de Apoio do Hospital de Clínicas é resultado de uma parceria entre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e o Instituto do Câncer Infantil (ICI). Fundada em 1996, se caracteriza como um espaço para acolher e alojar crianças e adolescentes em situação de doença, bem como a pessoa responsável pelo acompanhamento do tratamento hospitalar, com a concepção de “casa longe de casa”, derrubando fronteiras no acesso à saúde e contribuindo para a Política de Humanização adotada pela instituição. A Casa de Apoio conta com 54 leitos que atendem às crianças e aos adolescentes provenientes de famílias carentes que não possuem condições financeiras de pagar hospedagem durante o tratamento. Localizada junto ao complexo do HCPA, o local tornou-se o segundo lar para estas famílias, oferecendo além dos leitos também espaços para alimentação, recreação, atividades pedagógicas e oficinas de artesanato para as mães. A edificação tem dois pavimentos e uma ampla área externa. No primeiro pavimento encontram-se lavanderia, cozinha, sala de lanche, despensas, refeitório junto a sala de estar, sala de recreação, área para as oficinas, fraldário, banheiro e suítes (para pacientes transplantados ou com necessidades especiais). No segundo estão os alojamentos, com 12 quartos com capacidade para 48 vagas, além de banheiros, sala de atendimento e área para o apoio pedagógico. Em seu cotidiano, procura proporcionar aos seus usuários um lugar de convivência semelhante ao do ambiente familiar, buscando amenizar o sofrimento decorrente da situação de doença e estimular o fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e comunitários. Conversando com algumas mães que estavam presentes, elas não conseguiam expressar todo o carinho que sentiam pelo local, e relataram que, se não fosse este abrigo, elas provavelmente não teriam condições de dar continuidade ao tratamento de seus filhos.


ESTUDOS DE CASO: CENTRO MAGGIE Centros Maggie são o legado de Margaret Keswick Jencks, uma mulher em estado terminal que tinha a noção de que os ambientes de tratamento contra o câncer - e os resultados do processo - poderiam ser drasticamente melhorados através de um bom projeto. Estes centros de apoio são construídos próximos dos hospitais de câncer, e tem como missão proporcionar atenção gratuita e global para pacientes, familiares e amigos através de uma boa arquitetura. Os Centros Maggies são projetados de forma a aumentar o senso de conexão entre as pessoas para que se reforce a ideia de eles não estão sozinhas nesta situação e podem encontrar uma maneira mais saudável e positiva de encarar a vida e os tratamentos. Os arquitetos são levados a projetar considerando os relacionamentos e conexões humanas e deste modo desenvolver uma arquitetura que complemente o suporte profissional destas instituições. Nestes centros podem-se encontrar conselhos práticos sobre uma vida saudável, sobre comer bem, que proporcionem suporte emocional, lugares onde podemos conhecer outras pessoas ou mesmo locais onde você pode apenas sentar calmamente e tomar uma xícara de chá. As pessoas podem optar por fazer qualquer uma desta atividades ou nada disso, ficando apenas em um ambiente aconchegante onde elas sabem que poderão encontrar pessoas para compartilharem as dúvidas, dores e angustias, porém, é importante ressaltar que nenhuma destas atividades complementares irá substituir o tratamento clínicos oferecidos pelos hospitais e será um meio de ter um tratamento mais completo e humanizado.

“Construído ao lado do hospital, nossos Centros são locais preparados com equipe de profissionais à disposição para oferecer o apoio que as pessoas precisam: conselhos práticos sobre os direitos de sua condição, sobre se alimentar bem; apoio emocional de profissionais qualificados; um lugar amigável para conhecer outras pessoas; um espaço tranquilo simplesmente para sentar-se calmamente com uma xícara de chá.” Maggies Centres

Centro Maggie Fife / Zaha Hadid

Fonte: http://www.maggiescentres.org

Fonte: http://www.maggiescentres.org

Centro Maggies Lanarkshire

Fonte:http://www.archdaily.com.br/

Centro Maggie Dundee/F. Gehry

Fonte: http://www.edinburgharchitecture.co.uk

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Centro Maggie Abberdeen


REFERÊNCIAS: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

CARPMAN, Janet e GRANT, Myron. Design that cares: Planning Health Facilities for Patients and Visitors. 2 edição. USA. American Hospital Publishing. Inc. 1993

JOÃO FILGUEIRAS LIMA E A REDE SARAH KUBISTCHEK

REDMAN, Melanie; BAJAJ, Ritu; HANDLER, Deborah e KELLY, Caroline. Environments for Cancer Care. A point of view. Estados Unidos da America. Nurture, 2006.

Referência no modo de aliar o projeto voltado para a área da saúde com estratégias de conforto e criação de ambientes inovadores, aconchegantes e acolhedores aos usuários.

JENCKS, Charles e HEATHCOTE, Edwim. The Architecture of Hope. Editora Frances Lincoln Ltd, 1ª edição, 2010.

A REDE MAGGIE’S CENTERS Referência da arquitetura do acolhimento dos pacientes com câncer, criando ambientes convidativos que mesclam espaços de introspecção e integração, tendo forte interação com a natureza.

KESWICK, Maggie. A view from the front line. 1ª edição, 1995. ZUMTHOR, Peter. Pensar Arquitetura. 2 edição ampliada. Barcelona, Espanha. Editorial Gustavo Gilli. 2006 ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. 1 edição. Barcelona, Espanha. Editorial Gustavo Gilli Peter 2009 LELÉ, João Filgueiras Lima. Arquitetura. Uma experiência na área de saúde. São Paulo, Romano Guerra, 2012. GOES, Ronald. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. 1 edição. São Paulo, Brasil. Editora Edgard Blucger LTDA. 20041997

Hospiral Sarah Fortaleza. Fonte:http://www.sarah.br/

Centro Maggie

Fonte: http://oma.eu/

PALLASMAA, Juhani - Os Olhos da Pele, Porto-Alegre: Bookman, 2005 VASCONCELOS, Renata. Humanização de ambientes Hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/ exterior. Florianópolis, 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA http://www.ibge.gov.br/ LEGISLAÇÕES VIGENTES EM CHAPECÓ E MAPAS DO MUNICÍPIO disponível em http://www.chapeco.sc.gov.br/ INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). disponível em http://www2.inca.gov.br/ HOSPITAL REGIONAL DO OESTE disponível em http://www.hro.com.br/ MAGGIE’S CANCER CARING CENTRES disponível em http://www.maggiescentres. org/

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER

Hospital Sarah Salvador

Fonte:http://www.archdaily.com.br/

Centro Maggies Lanarkshire

Fonte:http://www.archdaily.com.br/


“A arquitetura deve “intensificar a vida” deve provocar todos os sentidos simultaneamente e fundir nossa imagem de indivíduos com a nossa experiência de mundo. A tarefa mental essencial da arquitetura é acomodar e integrar, articulando a experiência de se fazer parte do mundo e reforçando nossa sensação de realidade e identidade pessoal. “Em vez de criar meros objetos de sedução visual, a arquitetura relaciona, media e projeta significados. O significado final de qualquer edificação ultrapassa a arquitetura; ele redireciona a nossa consciência para o mundo e a nossa própria sensação de termos uma identidade e de estarmos vivos. A arquitetura significativa faz com que nos sintamos seres corpóreos e espiritualizados. Na verdade essa é a grande missão de qualquer arte significativa. ” Simoni Michele

CENTRO DE APOIO AO PACIENTE COM CÂNCER


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