Projeto de Diplomação em Arquitetura - Nova Onda

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Nova Onda



CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA Débora Amaral Orientadora: Ana Carolina Drumond Arquitetura e Urbanismo Projeto de Diplomação II



Esquina do mundo Brasília não tem esquina E por isso se destina A prosseguir... não parar. Para alcançar o futuro, Na travessia do escuro, É preciso navegar. A esquina ficou pequena, Na trajetória serena Da capital do milênio. Parece que é sua sina, Ser, talvez, a grande esquina, Ser ribalta, ser proscênio Do futuro que chegou. Das coisas velhas, perdidas, Lá no passado, esquecidas, Nas esquinas da saudade. Aqui, tudo é diferente... O caminhar para frente Tem sabor de eternidade. A nau aqui se ancorou... Dela desceu a esperança. Desceu trazendo o porvir Que, altaneiro, há de luzir Despojado da lembrança. O céu imenso... o horizonte, Da inovação sendo a fonte Para o poder de criar... Sol que a todos ilumina, Brasília vai ser a esquina, Para o mundo se encontrar.

Newton Rossi, poeta mineiro. Poema transcrito do livro “Brasília Secreta”, de Iara Kern e Ernani Pimentel


Agradecimentos

Esta publicação só foi possível graças ao apoio de minha família e amigos, à compreensão e companheirismo de meu namorado, à orientação sábia de minha orientadora, ao total suporte de minha mãe, aos ensinamentos de meus mestres professores e a todas as pessoas que contribuíram, de alguma maneira, para que eu levasse o meu projeto adiante, aos que responderam e divulgaram o questionário, aos meus colegas de trabalho e, enfim, principalmente à Deus, que me abraçava quando o desespero me possuía e eu me agarrava à fé de que um lindo trabalho estava prestes a ser finalizado. Ratifico que esta obra dispõe de fins unicamente acadêmicos e que a procedência de todas as fontes encontram-se catalogadas ao final deste exemplar. Meu Muito Obrigada:

Ailton Cabral, Aline Ribeiro, Alexandre Silva, Anderson (Copygraf) Ana Carolina Drumond, Ana Maria Mota, André Ferreira, André Ramos, Celestino Carlos Neto, Cristiane Amaral Machado, Fernanda Zillig, Flavio Klein, Francisco Leitão,

Giulianna Calegari, Igor Campos, Ítalo Ferreira, Jessyca Feitoza, João Bosco Machado, João Pantoja, Jocinez Lima, Junia Caldeira, Lucas Henrique, Luciene Lopes, Maíra Bezerra, Marie Kronemberger, Maria Célia Amaral,

Mariana Reis, Marina Frechiani, Micaela Tubaki, Nathaly Narváez, Plínio Magalhães, Rafael Almeida, Rebeca Chaul, Ricardo Machado, Rogério Wellington, Tatiana Moulin, Thiago Breder, Victória Veiga, Viridiana Gomes


Sumário 01|tema 06

02|justificativa

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03|análise do contexto 10 3.1 histórico | social 10 3.2 técnico | administrativo 14 3.2.1 parâmetros legais 14 3.2.2 parcerias público - privadas 18 3.3 espacial 20 04|referências projetuais 28 4.1 high line park 28 4.2 pavilhão de barcelona 30 4.3 termas de vals 32 4.4 parque superkillen 34 4.5 water gardens 36 4.6 the beach 39 4.7 intervenção madison park 40 05|pesquisa 42 06|nova onda 44 6.1 programa 44 6.2 projeto 48


01| Tema Desenvolvimento paisagístico para a área da extinta piscina com ondas do Parque Dona Sarah Kubistchek. A proposta visa repensar criticamente o espaço e o panorama desse local, considerando a complexidade das questões sociais, ecológicas, urbanísticas, artísticas e históricas. A imagem – muito bucólica e triste – dos destroços do que restou da piscina atualmente fechada, felizmente não substitui àquela que permanece no imaginário de todos aqueles que, de alguma forma, conheceram ou vivenciaram aquele lugar. Com o encerramento das atividades da piscina, em 1994, o cenário encontra-se completamente modificado: trata-se hoje de um descampado com pavimentação velha e uma edificação em desuso. Os vários projetos desenvolvidos para o local ainda não tem um vencedor aprovado nem tampouco divulgado, dando margem para novos estudos e planejamentos. A partir do entendimento do panorama em que este recorte territorial está inserido, propõe-se a revitalização e pequena requalificação da área. Um espaço que tenha características essenciais para se incorporar ao Parque e que busque aproveitamento de lazer, serviços, áreas de apoio administrativo, áreas verdes de convivência e um complexo aquático. Pretende-se, assim, criar um espaço que não esconda a tipologia tombada do parque da cidade e que também não encoberte seu passado.

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02| Justificativa A escolha do tema justifica-se a partir de uma

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indagação que surgiu junto com o aniversário de 15 anos do fechamento da piscina: Qual seria o destino reservado para esse espaço, em um projeto de reforma? Diante da realidade precária de opções de lazer na qual se encontra a comunidade do Plano Piloto, da situação administrativa do parque da Cidade - hoje com nova gestão da secretaria de Turismo (SETUR)- e diante da poluição e possíveis proliferações de doenças provenientes da água suja da chuva que se acumula no entresseio da antiga piscina, faz-se conveniente a elaboração de uma solução para o cenário. Apesar da simplicidade, a piscina com ondas abandonada não foi somente o ponto de partida para o surgimento e o desenvolvimento do projeto, mas também funcionou como ideal de polo gerador de lazer para o parque. Tal território é reconhecido pelos moradores como parte de sua história e seu ambiente e como espaço de reunião da família e de vínculo comunitário. Tendo em vista o aumento populacional e a realidade administrativa, não parece ser razoável inserir ali um protótipo da antiga piscina, uma vez que tais formas preexistentes tendem a oferecer soluções que, tanto visualmente quanto em termos funcionais, nada refletem a diversidade do local onde se estabelecem. A proposta do NOVA ONDA visa expandir interesses alternativos dentro do parque, proporcionando uma constante interação entre os moradores de Brasília e os visitantes do parque, servindo como um condensador social. Sua apropriação tem vínculo imediato com as necessidades e demandas do parque, convidando o público a participar das atividades. Tal interatividade é possível graças a infraestrutura formulada que prevê uma constante sobreposição e renovação das atividades exercidas. Essa constante mudança é o principal motor de vitalidade do projeto.


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03|Análise do contexto 3.1 | Histórico |Social Inaugurada em abril de 1978, a piscina com ondas do Parque da Cidade está desativada há mais de quinze anos. Durante esse tempo, alguns projetos para reativar o local foram apresentados, mas nenhum saiu do papel. A estrutura, de quase três mil metros quadrados, está abandonada: pichações, rachaduras, infiltrações e instalações depredadas são facilmente encontradas onde ficavam os antigos vestiários, banheiros, lanchonetes, guarda-volumes e áreas de lazer. O tanque onde ficava a piscina, atualmente abriga uma enorme poça. A administração do parque diz que a água parada é consequência da chuva e que já tentou solucionar o problema colocando peixes para que o lugar não se torne um criadouro do mosquito da dengue.

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Porém, a solução não durou muito e a administração tem gastos significativos até hoje para drenar a água acumulada no local. A decadência começou quando o casal responsável pelo espaço faleceu. A família tentou manter a piscina em funcionamento. Porém, dívidas como taxa de ocupação, salário de funcionários e contas de água e energia, que, segundo o GDF, chegaram a R$800 mil, causaram sua falência. A piscina funcionava da seguinte maneira: a cada 45 minutos, uma sirene anunciava o início das ondas que duravam de 5 a 10 minutos. As ondas iam ficando mais fortes ao longo do percurso de 58 metros de extensão do tanque e chegavam a atingir 1 metro de altura. No auge de seu funcionamento (nas décadas de 80 e 90), a atração recebia mais de mil pessoas por semana. Durante os finais de semana, esse número chegava a 9 mil visitantes. Nas áreas de estar, os frequentadores podiam estender toalhas no

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chão e utilizar mesas e cadeiras. No lado mais raso da piscina, os banhistas eram surpreendidos com jatos de água ativados aleatoriamente. Para o Sargento do Exército e frequentador do parque, Edvaldo Gomes, de 35 anos, só restaram as lembranças. Ele conta que, na época, o movimento era tão grande que quem não chegasse cedo, não conseguiria nadar. “Era muito concorrido, principalmente por ser em um local de fácil acesso. A molecada adorava quando ouvia o assovio e, logo em seguida, via aquela onda subindo”, relembra.

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3.2| Técnico |Administrativo

3.2.1 | Parâmetros Legais

O Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB) é uma lei que deverá orientar a população e o poder público com diretrizes de uso e ocupação e ações para o resguardo dos princípios fundamentais do plano urbanístico de Brasília, cuja poligonal tombada compreende as regiões administrativas Plano Piloto, Candangolândia, Cruzeiro e Sudoeste/Áreas Octogonais. A preocupação com a conservação da Capital vem desde a implantação da cidade, em 1960, e consta da Lei Santiago Dantas que estabeleceu a organização administrativa do Distrito Federal (Art. 38 da Lei n° 3.751/60). Brasília foi reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO em 1987, tombada como patrimônio histórico federal em 1990 e pelo Governo do Distrito Federal em 1991.

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O decreto 10.829/87 e a portaria 314/92 do Iphan — tendo como base as Cartas Patrimoniais do órgão federal de patrimônio histórico — definem os critérios de proteção do conjunto urbano construído

em decorrência do Plano Piloto vencedor do concurso nacional para a nova capital do Brasil, de autoria do arquiteto Lucio Costa. O Plano de Preservação (PPCUB) consolidará essa legislação, além de sistematizar e rever a legislação urbanística e de apresentar propostas para o desenvolvimento sustentável do sítio urbano tombado. O Plano atenderá, concomitantemente, à Lei Orgânica do Distrito Federal, ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT (LC n° 803/2009) e às determinações expressas na legislação do órgão federal que estabelece a obrigatoriedade de elaboração de Plano de Preservação de Sítio Histórico - PPSH (Portaria n° 299/2004 –Iphan).

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O decreto 10.829/87 e a portaria 314/92 do Iphan – tendo como base as Cartas Patrimoniais do órgão federal de patrimônio histórico – definem os critérios de proteção do conjunto urbano construído em decorrência do Plano Piloto vencedor do concurso nacional para a nova capital do Brasil, de autoria do arquiteto Lucio Costa. O Plano de Preservação (PPCUB) consolidará essa legislação, além de sistematizar e rever a legislação urbanística e de apresentar propostas para o desenvolvimento sustentável do sítio urbano tombado. O Plano atenderá, concomitantemente, à Lei Orgânica do Distrito Federal, ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT (LC n° 803/2009) e às determinações expressas na legislação do órgão federal que estabelece a obrigatoriedade de elaboração de Plano de Preservação de Sítio Histórico - PPSH (Portaria n° 299/2004 –Iphan).

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3.2.2 | Parcerias Público - Privadas Segundo o ex-assessor da Administração Regional de Brasília, Sérgio Oliveira, o local sempre foi administrado por empresas privadas, pois o governo não tem condições de assumir a gestão da piscina. “O GDF não pode construir com dinheiro público e depois cobrar para esse mesmo público entrar no local. O que o governo pode fazer é facilitar e licitar a área”, explica. No entanto, para que a licitação seja aberta é necessário que o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) seja aprovado pela Câmara Legislativa. O projeto de lei é o instrumento que deve deixar mais claras as regras de uso e ocupação do solo no conjunto urbano tombado da capital da república. Também deve determinar que o parque volte ao projeto original desenvolvido pelo paisagista Burle Marx. O PPCUB tem sido discutido pela sociedade, na esperança de que a gestão do solo do DF e da área tombada continue norteada pelo bom senso e ocorra de forma técnica, democrática, transparente e responsável. A Parceria Público-Privada (PPP) é um contrato de prestação de obras ou serviços não inferior a R$ 20 milhões, com duração mínima de 5 e no máximo 35 anos, firmado entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal. Difere da lei de concessão comum pela forma de remuneração do parceiro privado.

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A Prefeitura de São Paulo inaugurou a Praça Victor Civita - Espaço Aberto da Sustentabilidade, viabilizada por meio de Parceria Público-Privada com o Instituto Abril. Instalada no terreno onde funcionava o antigo incinerador de Pinheiros, a Praça é um presente à cidade que ganha não apenas uma nova área de lazer, mas também a recuperação de um espaço degradado por anos de acúmulo de resíduos tóxicos. O projeto teve início em 2006, quando a Prefeitura de São Paulo e o Instituto Abril, assessorados por Levisky Arquitetos, firmaram parceria para recuperar o antigo incinerador. Como tantas outras propriedades industriais, o terreno encontrava-se em profundo estado de degradação, exemplo do grande desafio urbanístico que as grandes metrópoles enfrentam. Com base nessa questão, Adriana Levisky e Anna Dietzsch criaram um projeto com soluções que se apropriam da temática da degradação de modo positivo, focando o problema e ao mesmo tempo mostrando como superá-lo. As arquitetas buscaram utilizar, tanto quanto possível, alternativas ecológicas e sustentáveis para a Praça Victor Civita.

Através de parceria públicoprivada, a gestão privada viabiliza a transformação e reabilitação do espaço para uso público. Usos públicos, como espetáculos, exposições e cursos, tornam o empreendimento auto-sustentável. A gestão da praça é feita com a participação de parceiros “Amigos da Praça”. 21


3.3 | Espacial O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, mais conhecido apenas por Parque da Cidade é um parque multiuso localizado na porção Sul de Brasília, no coração do Plano Piloto. Fundado em 11 de outubro 1978, possui 4,2 km². Trata-se de um dos principais e mais extensos centros de lazer ao ar livre da cidade, concentrando quadras de esportes, lagos artificiais, parque de diversões, centro hípico e pistas de caminhada, patinação e ciclismo, além de pista de kart. O parque é considerado patrimônio de Brasília e localiza-se entre o Sudoeste e a Asa Sul, sendo circundado por alguns pontos turísticos da cidade como a torre de rádio e tv, o Ginásio Nilson Nelson, o estádio Mané Garrincha e o Centro de Convenções Ulisses Guimarães.

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A pista para pedestres e ciclistas asfaltada e recentemente duplicada possui, aproximadamente, 10km de extensão. O percurso pode ser feito de acordo com as possibilidades oferecidas pelas pontes e trajetos de ligação. A via interna acompanha a grade limítrofe do parque por toda a extensão. Os acessos viários são estabelecidos ao longo da asa sul, eixo monumental e sudoeste. Os acessos de pedestres são feitos por aberturas na grade que margeia o parque. O lote da área da piscina com ondas encontra-se no estacionamento 07 do Parque, próximo à Praça das Fontes e às quadras poliesportivas, únicos atrativos imediatos do terreno. As quadras poliesportivas e as pistas de pedestre e cliclismo são as maiores causas de ruídos.

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POENTE

RUÍDOS

VENTOS PREDOMINANTES

VENTOS DE TEMPESTADE

NASCENTE

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As atividades principais do parque encontram-se na extremidade oposta ao lote, o que ocasiona o fluxo reduzido de pessoas no local. Além disso, o lote foi gradeado e a passagem está proibida em decorrência da interdição da piscina. O lote tem 28.300m² de extensão e apresenta forma trapezoidal. Com sete curvas de nível, o caimento ocorre em direção ao estacionamento. Além da piscina interditada, há três edificações abandonadas e poucas árvores. Assim, a falta de barreira física provoca maior incidência de ventos. Pode-se perceber que as estruturas das edificações abandonadas estão velhas, enferrujadas e com os acabamentos prejudicados. As catracas de acesso são antigas e estão quebradas. Os banheiros internos apresentam infiltrações, rachaduras e outros problemas de infraestrutura. Além disso, há moradores de rua que pernoitam nas edificações, sem serviços de segurança adequados. Há também o entulho gerado pelas estruturas decadentes, que abrigam animais transmissorres de doenças. Diante desse cenário, propõe-se a desocupação e demolição das edificações existentes para a construção de nova solução de convívio, lazer e bem-estar.

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04|Referências Projetuais | Conceituais As referências seguintes contribuem para a concepção do pensamento projetual como um todo. A elaboração do projeto Nova Onda tem como embasamento a teoria dos pensadores referenciados, projetos e pesquisas, assim como o estudo da exposição.

4.1 | High Line Park O High Line Park é um parque linear urbano localizado em Manhattan, Nova York, que transformou uma ferrovia abandonada em um dos espaços mais famosos do mundo. Com mais de 3 km de extensão, ele foi criado com o objetivo de revitalizar a área com jardins, árvores e muita natureza. O que chama a atenção é o contraste que os jardins e a área verde do High Line faz com os prédios e construções urbanas da cidade. A ideia introduzida no Nova Onda com a análise do High Line foi a de trazer as praças de permanência para o Parque da Cidade que, assim como Brasília, conta com várias praças de passagem.

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4.2 | Pavilhão de Barcelona Construído em 1929 por Ludwig Mies van der Rohe, o Pavilhão de Barcelona ganhou notoriedade por sua geometria e pela utilização de materiais tradicionais, como o mármore, mesclados com elementos industrializados, como o aço. A proposta de utilizar planos perpendiculares afastados para delimitar espaços se aplica muito bem ao projeto Nova Onda, que conta com diversas atividades alternativas entre as praças e os edifícios. Nesses limites de planos alternados, os pavimentos também diferenciam o uso do ambiente.

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4.3 | Termas de Vals Construído sobre as únicas fontes termais do Cantão de Grisões, Suíça, as Termas de Vals é um hotel e spa onde se vivencia uma completa experiência sensorial projetada por Peter Zumthor. Peter Zumthor projetou as termas inauguradas em 1996, para integrar o complexo existente do hotel. A idéia foi criar uma forma de caverna ou pedreira, como estrutura. Trabalhando com o entorno natural, as saunas situam-se abaixo de um teto verde, metade enterrado na encosta. As Termas de Vals foram construídas com a utilização de camadas sobre camadas de quartzito de Vals encontrados na região. Essa pedra tornou-se a inspiração guia para o projeto e foi usada com enorme dignidade e respeito. Esse espaço projetado para que os visitantes desfrutem e redescubram os antigos benefícios da sauna. As combinações de luz e sombra, espaços abertos e fechados e elementos lineares criam uma experiência integralmente sensitiva e restauradora. A distribuição informal oculta dos espaços internos é um cuidadoso caminho de circulações que levam os visitantes a certos pontos pre-determinados, mas permite a exploração de outras áreas. A perspectiva é sempre controlada, garantindo ou impedindo uma vista.

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4.4 | Parque Superkillen

Em quase um quilômetro de comprimento, Superkilen atravessa um dos bairros mais etnicamente diversos e socialmente desafiados na Dinamarca, criando um espaço urbano verdadeiramente original, com uma forte identidade em escala local e global. O parque é dividido em três zonas: a praça vermelha (red square), o mercado preto (black market) e o parque verde (green park) e é concebido como uma imensa exibição das melhores práticas urbanas - uma coleção de objetos cotidianos globalizados dos mais de 60 países natais dos habitantes locais. O projeto foi coordenado pela cidade de Copenhagen em parceria com a Fundação Realdania. A construção se iniciou em 2009 e o parque foi aberto ao público em junho de 2012. O Instituto dos Arquitetos Americanos (AIA) selecionou o projeto como um dos vencedores do prêmio 2013 Institute Honor Awards, maior reconhecimento da profissão de obras que exemplificam a excelência na arquitetura, interiores e desenho urbano.

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4.5 | Water Gardens

Os “Water Gardens” (Keller Fountain Park em Portland - Oregon, Peavey Plaza em Minneapolis Minnesota e Convention Center em Fort Worth - Texas) exemplificam a ideia das esculturas interativas de água.

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Os “Water Gardens” encantam pelos planos paralelos, pelos jogos de volumes e pelo efeito das cascatas de água suspensas. Os visitantes do Nova Onda podem interagir diretamente com o parque em um momento de lazer e refrescância, que ameniza as sensações de desconforto causadas pelo clima seco de Brasília.

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4.6 | The Beach

A exposição temporária de piscina de bolinhas para adultos acomodada dentro de uma galeria em Londres, no início de 2015 também chegou aos Estados Unidos. Em Washington, o salão abrigou mais de um milhão de bolas de plástico recicláveis acompanhadas de cadeiras de praia, guarda-sóis, bóias e um snack bar. O projeto é do estúdio Snarkitecture e foi instalado no prédio do Museu Nacional de Edifícios, que tem colunas majestosas e onde tudo é branco - as paredes, o chão acarpetado e a atração principal.

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4.7 | Intervenção Madison Park Uma intervenção da artista Teresita Fernández, foi colocada no Madison Park em Nova York, que transformou o espaço em um gigante labirinto espelhado. A obra ficará exposta até o final de 2016, e os visitantes tem a sensação de estarem em uma outra dimensão. O labirinto foi criado com uma escultura que envolve diversos discos de espelho polido, que fazem um efeito caleidoscópico por todo o ambiente, das vias centrais do parque às áreas de lazer.

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“Meu conceito foi o de inverter a noção tradicional de escultura ao ar livre, abordando todas as passarelas ativas do parque, em vez de estabelecer para baixo um elemento escultórico no centro do parque.”, reflete Teresita. Cada um dos espelhos suspensos são perfurados com padrões irregulares que lembram folhagem, referindo-se a recursos botânicos do parque. Com a luz solar filtrada através dos efeitos abstratos luminescentes, as formas de metal horizontais, lançam um brilho dourado em toda a extensão do espaço.

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06|Pesquisa Para colher dados sobre a preferência das pessoas e a demanda da área em questão, foi realizada uma pesquisa digital e de campo. Da amostra necessária de 375 pessoas para local de atração pública e turística, foram entrevistadas 403 pessoas, sendo elas 138 homens e 265 mulheres. A maioria dos respondentes da pesquisa estavam na faixa etária de adultos entre 19 e 25 anos. A maioria do público eram moradores do plano piloto, lagos, entorno e 3% de público de turistas. Além de muitas sugestões criativas para a ocupação do local, 73% dos entrevistados disseram que frequentariam a nova piscina de ondas reformada e com nova estrutura. O resultado de aceitação da reforma reforça a premissa de que é realmente clamada a reestruturação do local pela comunidade de Brasília e do entorno. Segundo Erik Ribeiro, novo Coordenador do Parque da Cidade, desde fevereiro de 2015, a reforma da piscina é o tema de maior cobrança dentre os amigos, conhecidos e público do local. Erik revela: “Desde que assumi a gestão todos me perguntam o que será feito no espaço. Era um local bastante popular e muito prestigiado pela comunidade. Eles não querem que o espaço se transforme em um teatro de arena, como alguns projetos propõem. Eles querem a piscina!”.

Se houvesse uma reforma no local você frequentaria?

296

27%

107

73% total = 403 entrevistados

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06|Nova Onda

6.1 | Programa

O objetivo do projeto Nova Onda foi revitalizar a área abandonada da piscina com ondas e criar um complexo de apoio, serviços, convivência e lazer aquático. A proposta da ocupação do lote manteve a essência de parque. Por isso, dos 28.300m² do terreno, foram reservados mais de 53% para áreas de praças e caminhos, 27% para áreas de lazer aquático, 11% para áreas de apoio e 9% para atividades de serviços e consumo. Explorando as áreas de convivência por todo o perímetro do terreno, com praças, espelhos caminhos de pedestre

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convivência 15.000m² lazer aquático 7.500m² apoio 3.200m²

9% 11%

serviços 2.600m²

27%

53%

total 28.300m²

d’água e planos perpendiculares, locou-se um pequeno centro histórico no local onde atualmente se encontra a piscina interditada. A ideia é construir um caminho semicoberto, circundado de espelhos d’água e áreas verdes, buscando agradar ao transeunte. A estrutura que abrigará o centro histórico é feita de aço, com tirantes que suportam placas área verde

lazer aquático


Ocupação do Terreno 47


EDIF.

EDIF.

EDIF.

EDIF.

EDIF.

EDIF.

EDIF.

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Ampliação da praça central


spa livraria/sebo salão de jogos guarda volumes brinquedoteca cafeteria/lanchonete serviço

área técnica banheiros administração bilheteria posto médico apoio lazer aquático

praça central espelho d’água com luzes mini centro histórico esguichos de água decks de madeira mobiliário alternativo

esculturas interativas piscinas cobertas toboágua aquário termas piscina com ondas correnteza encantada prainha

perfuradas suspensas. Essas placas provocam um jogo de sombras interessantes que imita a copa das árvores. Sob a estrutura de aço, ergue-se um memorial onde são dispostos tótens com painéis de informações e fotos da época de funcionamento da piscina antiga, além de depoimentos e vídeos de pessoas que frequentavam a piscina, eternizando as experiências ali vivenciadas. Os elementos utilizados na composição arquitetônica dos edifícios

e das praças remetem às sensações causada pela água. Elementos como transparência, fluidez e permeabilidade regem o conceito do projeto. A ocupação do terreno levou em consideração o tipo de uso e a incidência de luz e calor. Assim, as construções de serviços e conveniência ficaram dispostas ao Sul e as atividades aquáticas, na parte mais alta do terreno, ao sol. As placas de Aço Cortén utilizadas nas fachadas dos prédios

convivência

ajudam a minimizar a sensação térmica. Suas perfurações em diferentes padrões provocam efeitos de luz e sombra sobre os edifícios. O nome nova onda foi escolhido para representar a nova fase da administração do parque. A nova gestão da secretaria de turismo tem interesse em apoiar os atrativos de lazer no parque. O nome representa também uma nova piscina com ondas, com uma estrutura completa para atender a nova demanda populacional.

MAPA CHAVE ● MÓDULO TERMAS

MAPA CHAVE ● MÓDULO BRINQUEDOTECA 1:1000

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6.2| Projeto

O acesso principal do terreno se dá pelo estacionamento 07. Após o acesso principal observa-se o bloco administrativo, que serve como recepção e apoio informativo para os visitantes. Antes da fachada principal, nota-se uma cascata de água servindo

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BLOCO ADMINISTRATIVO de atrativo para o local. Compondo a fachada principal, observase um espelho d’água e placas de Aço Cortén perfuradas. Tais placas aparecem, em outras três padronagens, instaladas em algumas edificações do terreno. No saguão de entrada, foi erguida uma

parede em mosaico de vidro com uma ilustração de ondas que remete ao parque aquático. Na área interna, a administração conta com copa, jardim descoberto, recepção, coordenação, direção, sala de reunião, arquivo, depósito e xerografia.


ARQUIVO

DEPÓSITO

COPA

XÉROX

JARDIM INTERNO

HALL DE ENTRADA COORDENAÇÃO

CIRCULAÇÃO

RECEPÇÃO

DIREÇÃO REUNIÃO

ENTRADA PRINCIPAL

PLANTA BAIXA ● LAYOUT 1:100

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2

1

T-01

T-01

R-01

R-01

P-02

P-02

T-01

3

4

R-03

5

P-01

projeção do reservatório

projeção da cobertura

P01

J01

J07

J06

J01

ARQUIVO

HALL DE ENTRADA

área: 17,90m²

área: 75,00m²

0,00

0,00

J01

área: 7,75m² 0,00

B

0,00

COORDENAÇÃO área: 30,00m² 0,00

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XÉROX

T-01

P-02

R-01

T-01

área: 8,75m² 0,00

P02

P-02

R-01

T-01

B Brise vertical branco

área: 35,00m²

0,00

P-02

R-03

P02

RECEPÇÃO área: 75,00m²

J07

P01

P01

0,00

J07

J01

J01

T-01 P02

T-01

T-01

R-01

R-02

P-02

P-02

DIREÇÃO

área: 20,00m² 0,00

J01

J01

P03

REUNIÃO

T-01

área: 15,00m² 0,00

R-01

P02

J01

ESPELHO D'ÁGUA

J03

CIRCULAÇÃO

Painel em mosaico de vidro

D

J02

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J06

FACHADA OESTE

P02

C

JARDIM INTERNO

área: 10,00m² 0,00

J05

R-04

J02

J01 P-02

B

E

J04 P02

P02

DEPÓSITO

J02

P01

P03

J07

FACHADA LESTE

Brise vertical branco

A

área: 30,00m² 0,00

P-02

J01

projeção da cobertura

ENTRADA PRINCIPAL

Placa de aço cortén perfurada

FACHADA SUL

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

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BLOCO BRINQUEDOTECA

Após o bloco Administrativo observa-se o bloco da Brinquedoteca, que faz papel de apoio à estrutura do parque aquático. A recepção se localiza na entrada do bloco, visando a segurança das crianças que utilizarão o espaço e comodidade para os acompanhantes. O bloco é composto por um salão onde podem ser encontrados uma grande mesa, um tatame, um espaço para jogos eletrônicos e uma área livre para atividades variadas, além de uma varanda

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separada por brises verticais. Uma das paredes da varanda faz parte de um pequeno aquário do parque aquático. Dessa maneira, as crianças podem contemplar o aquário pelo vidro, de dentro da brinquedoteca. Na área interna, a estrutura conta com copa, sala de soneca e banheiros. Na área externa, o ambiente foi projetado para que as crianças possam participar de brincadeiras com água. Na fachada posterior, a marquise proporciona sombra sobre o deck de madeira.


área: 9,25m²

BANH. FEM.

BANH. MASC. P-04 S-01

P-04

S-01

S-01

CIRCULAÇÃO

P-04

BERÇARIO

P-03

CIRCULAÇÃO

P-03

BRINQUEDOTECA

S-01

S-01

projeção da cobertura

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

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BANH. MASC.

BANH. FEM.

T-01

Pr-03

P-02

T-01

Pr-03

P-02

1820 20

100

20

380

300

180

100

20

20

380

500

100

20

380

300

100

160 20

20

20

160

A

20

380

320

237 25 1095

Pr-03

320

1177

1325

CIRCULAÇÃO T-01

400

1622

70

577

BRINQUEDOTECA

1620

C

165

CIRCULAÇÃO

FACHADA LESTE

20

S-01

P-02

S-01

Pr-03

25

P-03

P-04

S-01

T-01

320

400

FACHADA OESTE

B

P-04

20

P-04

S-01

Pr-03

P-02 120

377

400

465

COPA T-01

237

BERÇARIO

T-01

P-02

Pr-03 P-02

P-03

A 540

200

S-01

42 projeção da cobertura

20

320 377

60

12

25

400

1

350 375

12

50

25

400

2

20

23

55

62

S-01 20

F

20

200

320

E

340

3

633 575

25

1820 200

400

4

20

A

70

D

378

20

400

5

6

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

57


BLOCO DE APOIO

O bloco de Apoio é composto por três módulos: um posto médico, uma cafeteria e um salão de jogos. O posto médico é constituído por sala de espera com banheiro PNE unisex e dois consultórios voltados para o atendimento ao público do parque. Um dos consultórios é destinado a realização de exame médico prévio e o outro, a atendimento de emergência e primeiros socorros. A cafeteria possui bancada curva para

58

lanches rápidos, salão com piso em tábua corrida, laje aparente com acabamento em resina preta, três acessos para o público em geral e um acesso de serviço. O módulo segue a mesma linguagem da cafeteria existente no bloco de Conveniência, com porta de correr para a área externa do prédio. O salão de jogos completa as atividades de lazer com games de simulação de corrida, sinuca, pebolin. Além desses, o visitante conta com pinguepongue montado na parte externa, coberta.


SALÃO DE JOGOS área: 92,05m²

ÁREA EXTERNA SALÃO DE JOGOS área: 46,35m²

LANCHONETE área: 72,35m²

CICULAÇÃO/MESAS

J-01

P-03

J-01

área: 34,15m²

P-01

PLANTA BAIXA ● LAYOUT 1:100

59


60


1220

20

20

20

1180

25 20

20

20

SALÃO DE JOGOS

345

50

20 20

425

LANCHONETE

15

115

20 30 20

15

115 100

220

173

220

340

2820

15

863

262

88

15 34

20

99

40

40

100

40

área: 34,15m² -0,02 20

115

30

100

P-02 100

15 40

115

100

30

100

40

20

-0,02

R-03

P-02

P-02

P-03

65 100

20 65

P-02

20

P-01 20 20 20

165

200 385

15 15

285

85 385

45 15

85

280 380

20

R-03

J-01

T-01

R-03

100

T-01

T-01

150

180 20

65

230

100

20

J-01

65 100

-0,02 180

20

65

230 20

20

20

100

20

R-03

65 20

40

CICULAÇÃO/MESAS

280

P-02

20

300

280

R-03

P-02

300

15

20

20

15

T-01

T-01

R-03 280

280

110

20

T-01

20

340

45

480

20 25

20

340

20 60

840

25

165

20

285

340

681

15

P-02

20

35 15

135

R-03

133

15

T-01

45

780

-0,02

15

área: 72,35m²

FACHADA NORDESTE

P-02

340

20

45

25 20

340

20

20

FACHADA SUDOESTE

20 25

380

-0,02

380

T-01 R-03

área: 46,35m²

380

380

ÁREA EXTERNA SALÃO DE JOGOS

20

30 20

340

20

15 20 15

340

T-01

20 25

20

20 25

R-03

780

P-02

780

730

780

área: 92,05m² -0,02

20 20

1220

FACHADA SUDESTE

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

61


As edificações de Cafeteria e Livraria são ligadas por um jardim descoberto, compondo o Bloco de Conveniência. Elas formam uma praça interna juntamente com as edificações de Spa e um módulo de banheiro. A cafeteria tem extenção externa em deck de madeira que amplia o ambiente. Assim, o espaço externo pode ser utilizado pelo estabelecimento para atender mais pessoas.

62

BLOCO DE CONVENIÊNCIA A livraria conta com jardim descoberto e infraestrutura para comercialização de livros usados. Os acessos à livraria estão dispostos em duas fachadas, contribuindo para a circulação livre pelos blocos. A cobertura diferenciada e chamfrada da cafeteria desconstrói a simetria das marquises criando um jogo de volumes interessante.


LOJA

LIVRARIA / SEBO

projeção da cobertura

JARDIM

ÁREA EXTERNA

N

CAFETERIA

PLANTA LAYOUT ● TÉRREO 1:100

63


64


2

3

4

5

6

B

1

V01

VITRINE LOJA área: 50,90 m² 0,36 P-02

R-03

T-01

CAIXA área: 4,60m² 0,36 T-01 PV1

R-03 P-02

LIVRARIA/ SEBO área: 115,50 m²

FACHADA NORDESTE

P01

FACHADA SUDOESTE

P01

B

0,36

V04

C V02

04 03 02 01 P-02

R-03

T-01

D

PV1

projeção da cobertura

E

P02

P02

JARDIM

V03

CAFETERIA

P-02

R-03

P-02

T-01

R-03

A

T-01

P03

P04

área: 96,00 m² 0,00

P03

ÁREA EXTERNA

A

área: 115,63 m² 0,00

P02

P02

B

F

N

FACHADA SUDESTE

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

65


BLOCO SPA

O SPA completa o segmento de serviços e consumo com vendas de produtos de cosméticos e seções de massagem. A construção conta com banheiro espaçoso adaptado para PNE e 4 salas de massagem. A cobertura da circulação em clarabóia tem forro de fibra natural, sustentado por ripas de madeira, e duas aberturas para ventilação no início e no final do corredor. A parede de pedra agrega sensação de bemestar, dando ao ambiente um ar relaxante e iluminado. A recepção possui abertura de vidro voltada ao jardim sitiado pelas placas de Aço Cortén perfuradas.

66


BANHEIRO PNE MASCULINO

67


68


FACHADA NOROESTE

500 15

120

250 20

345

350

20

R-01

T-01

20

20

Placa de aço cortén perfurada

230

120

20

20

150

0,00 R-01

310

0,02

ENTRADA PRINCIPAL

T-01

20

230

20

20

J01

20 75

0,02

J01 20

200 P04

área: 75,00m²

P-02

20

T-01

BANHEIRO PNE FEMININO

310

R-03

69 20

480

T-01

20

P-01

95

20

R-03

500

P-01

66

150

170

20

330

J01

230

T-01

20 68

130

R-01

20

P-01

120

J01

230

T-01

MASSAGEM área: 8,00m² 0,00

250

Projeção do vazio

FACHADA NORDESTE

R-01

20

P-01

120

130

250

90

MASSAGEM área: 8,00m² 0,00

20

T-01

1000

R-01

20

P-01

20

130

FACHADA SUDOESTE

Projeção do vidro

250

90

MASSAGEM área: 8,00m² 0,00

1000

30

20

P-01

J01

T-02

J01

R-04

230

P-01

250

90

MASSAGEM área: 8,00m² 0,00

230

30

20

Parede de pedra Projeção das vigas de madeira

330

R-02 20

PLANTA BAIXA ● TÉRREO 1:100

69


BLOCO TERMAS

O banho era praticado na Antiguidade nos rios e lagos como um ritual de purificação religiosa, associado à imersão. Porém, através dos tempos serviu também como prática de higiene pessoal, tratamento de saúde, convívio social ou celebração. Os romanos foram o povo da antiguidade que mais se importaram com transformar o banho num evento, construindo termas públicas onde qualquer cidadão poderia desfrutar dos prazeres do banho. A maior parte das cidades romanas tinha pelo menos um edifício dedicado aos banhos termais, não só exclusivamente para o ato de banhar mas também para o de socializar. O Nova Onda apropriou-se deste conceito para oferecer aos visitantes uma experiência de bemestar aliada ao lazer e convívio social. O projeto

70

conta com quatro piscinas descobertas, sendo uma com ondas, uma com toboágua, uma com brinquedos infantis em forma de prainha e uma com correnteza para passeio com bóia. Além dessas, o projeto apresenta um bloco com piscinas aquecidas. O bloco Termas tem dois acessos controlados e quatro acessos para funcionários. Em uma das fachadas principais é observado pano de vidro

com cascata e espelho d’água. Na outra fachada observa-se placas de Aço Cortén perfuradas. Saunas, área para banho de sol, quatro piscinas cobertas e uma descoberta, vestiários, banheiros, guarda-volumes, duchas e trocadores compõem a área interna do bloco. No subsolo encontra-se o maquinário para bombeamento, filtragem e aquecimento da água, além de área de manutenção e depósito.


71


72


73


BLOCO MODULAR VESTIÁRIOS

O módulo de Vestiários, que se repete em 2 pontos do terreno, é constituído por dois vestiários de 50,40m², um feminino e um masculino, e dois para PNE. Os vestiários para PNE foram adaptados de acordo com a NBR 9060 de acessibilidade, de 2015. Os vestiários contam com 6 peças sanitárias, 10 lavatórios, 4 duchas, além de bancos e escaninhos que podem ser utilizados pelo público do parque. Os banheiros para PNE tem portas com barra de apoio, sanitário confort com barras de apoio em “U”, espelho de corpo inteiro e barras verticais no lavatório, além de raio de módulo de referência de 150cm.

74


VESTIÁRIO MASCULINO área: 25,20m²

VESTIÁRIO FEMININO área: 25,20m²

VESTIÁRIO FEM. PNE área: 4,16 m²

VESTIÁRIO FEMININO área: 25,20m²

CIRCULAÇÃO área: 19,93m²

VESTIÁRIO MASC. PNE área: 4,16 m²

VESTIÁRIO MASCULINO área: 25,20m²

projeção da cobertura

PLANTA BAIXA ● LAYOUT 1:100

75


76


T-01

FACHADA 01

1

2

C

R-03 P-02

3

4

1925

25

100

45

J-01

100

45

J-01

100 J-01

100

45

J-01

100

70

J-01

25

45

J-01 100

J-01 45 100

775

75 25

125

25 275

125

J-01 100 25

345

375

25

R-03 P-02

A B

J-01 75 100 25

J-01 45 100

J-01 45 100

J-01 45 100

45

775

90

25 150

J-01 100

325

VESTIÁRIO MASCULINO área: 25,20m² - 0,02 25

J-01 100

267

S-01 25 190

230

190

S-01

25

T-01

25 45

150

55 J-01 45 100

25

J-01 100

288

VESTIÁRIO MASC. PNE área: 4,16 m² - 0,02

245

265

245

CIRCULAÇÃO área: 19,93m² - 0,02

25 70

170

270

190

25

275

25

25

90

25 150

J-01

325

VESTIÁRIO FEMININO área: 25,20m² - 0,02

S-01

230

190

25

S-01

P-02

J-01 100 70 25

1925 projeção da cobertura

C

100

45

VESTIÁRIO MASCULINO área: 25,20m² - 0,02 25

25

170

VESTIÁRIO FEM. PNE área: 4,16 m² - 0,02

25

375

R-03

345

675

725

25

775

75

S-01

288

25

267

VESTIÁRIO FEMININO área: 25,20m² - 0,02 25

325

25

S-01

150 J-01

25

A B

C

125

FACHADA 02

J-01

25

275 125

25

75

723

100

90

J-01

T-01

B

45

675

J-01

100

25

45

25

J-01

100

90 100

FACHADA 04

25

J-01

45

25

100

25

45

25

100

25

70

A

25

775

25

25

FACHADA 03

PLANTA BAIXA 1:100

77


O módulo de Banheiros, que se repete em 3 pontos do terreno, é constituído por dois banheiros de 30,60m², um feminino e um masculino, e dois para PNE. Os banheiros para PNE foram adaptados de acordo com a NBR 9060 de acessibilidade, de 2015. Além disso, o módulo conta com vasto jardim, com mais de 60m² de área verde, rodeado por placas de Aço Cortén perfuradas, mantendo a identidade entre os blocos do projeto. Os revestimentos utilizados são de médio padrão e seu uso só foi possível devido às parcerias público-privadas que responsabilizam as empresas pela manutenção dos módulos. Os banheiros convencionais contam com 8 peças sanitárias, 6 lavatórios, espelho na entrada, banco de concreto e toalheira embutida. Os banheiros para PNE tem portas com barra de apoio, sanitário confort com barras de apoio em “U”, espelho de corpo inteiro e barras verticais no lavatório, além de raio de módulo de referência de 150cm.

78

BLOCO MODULAR BANHEIRO


79


80


81


A praça de permanência tem paginação de piso diferenciada e floreiras ao redor dos bancos.

82

O controle de acesso ao parque aquático é feito com catracas e os ingressos são adquiridos nas guaritas de atendimento.


A praça central funciona como pequeno centro histórico da antiga piscina. Tem cobertura de aço e painéis perfurados que imitam as sombras das árvores.

A praça infantil tem espelhos d’água rampados com formas não convencionais geométricas e contam com vista para o toboágua. 83


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA Débora Amaral Orientadora: Ana Carolina Drumond Arquitetura e Urbanismo Projeto de Diplomação II 84


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