Durante dois anos, um grupo de pesquisadores, formado por antropólogos e historiadores do Iphan, debruçou-se sobre a história e a organização do Vale do Amanhecer com a intenção de produzir um documento que servisse como registro detalhado das atividades iniciadas por Tia Neiva nos anos 1960. Dividido em três capítulos, o livro é o que Alfredo Gastal, superintendente do Iphan no DF, aponta como uma tentativa de driblar preconceitos e celebrar a diversidade cultural brasileira. “Ficar só falando da produção da elite é um pouco de alienação. Uma das funções que temos no Iphan é não nos atermos a uma religião ou seita específica”, diz. “E queríamos que o livro fizesse uma avaliação do ponto de vista acadêmico, mas que não fosse maçante, chato, para que um leigo pudesse entender. Essas manifestações populares, democráticas e espontâneas merecem ser registradas porque têm um impacto enorme.”