Sind news edição março/2015

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SindNews Informativo do Sindicato Rural de Rondonópolis MT

Órgão oficial do Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis - MT

www.sindrural.org.br Ano XVI - Nº 24

sindrural@sindrural.org.br 03 de Março - 2015

Rondonópolis -MT

EDIÇÃO DIGITAL

Sindicato se reúne com governo e Indea-MT para resolver problemas dos produtores Por solicitação do Sindicato Rural de Rondonópolis, aconteceu na Famato, em Cuiabá, reunião de trabalho com o Secretário de Estado Adjunto da S E D E C - M T, A l e x a n d r e Possebom, o novo Presidente do Indea-MT, Guilherme Nolasco e, o diretor da Famato, Rafael Linhares. Pelo Sindicato Rural participaram o presidente Francisco Olavo de Castro, o vice Aylon Arruda e o diretor financeiro Michel Pagno. As duas pautas principais foram a apresentação do Programa Pró-Genética ao Governo do estado e as dificuldades funcionais dos produtores junto à Superintendência do Indea/MT em Rondonópolis. O Secretário Adjunto de Estado apresentou as prioridades do governo, recém empossado, e as propostas de trabalho do setor de agropecuária para os próximos meses: “O governo tem como prioridades, neste primeiro momento, arrumar a casa e garantir aos produtores rurais um atendimento eficiente e ágil para suas atividades e demandas. O fato de estarmos iniciando os trabalhos de gestão do Estado, não invalida o fato de que temos que achar soluções imediatas para os problemas do dia-a-dia do produtor rural. Os sindicatos, especialmente o de Rondonópolis e a Famato, farão parte fundamental neste processo, destacou o Secretário. O presidente do Sindicato Rural, Chico de Castro, que acumula o cargo de Conselheiro da ABCZ - Associação Brasileira de Criadores de Zebú apresentou, na reunião o Programa Pró-Genética aos representantes do Governo e do Indea-MT. O programa, de iniciativa da ABCZ nacional e que conta com o respaldo do governo federal, universidades, órgãos de pesquisa e extensão rural de defesa sanitária, tem como objetivo aumentar o potencial de produção sustentável de carne e leite do rebanho bovino nacional, através de incorporação de touros oriundos de programas de melhoramento genético (PO a POI registrados), com prioridade para pequenas e médias propriedades rurais e famílias. O programa prevê ainda articular com os governos estaduais e federal, além das administrações municipais, uma política de fomento e apoio técnico e financeiro aos

Diretoria do Sindicato com representantes o governo do Estado

pequenos e médios produtores, viabilizando suas propriedades e proporcionando expansão da renda, fixação do homem à terra, aumento de produtividade e do padrão social das famílias do campo. O PróGenética, por sua proposta de continuidade, trará como benefício no médio prazo o melhoramento genético do rebanho bovino nacional. Chico de Castro destacou: “A ABCZ, através de seus associados, registrados e fiscalizados, inclusive em Mato Grosso, está pronta para contribuir para o Programa, não só com os touros melhorados geneticamente, mas com apoio técnico, assistência às necessidades do produtor e acompanhamento da integração técnica e comercial dos selecionadores de gado de elite, com os produtores que aderirem ao programa. Os órgãos técnicos do Governo do Estado, ligados à produção rural, precisam apoiar e participar desta iniciativa, junto com a ABCZ, os sindicatos rurais e Famato”, ressaltou o presidente do Sindicato Rural. Alexandre Possebom, adjunto da Sedec, mostrou-se receptivo à proposta do PróGenética, garantindo apoio do Governo ao programa e decidindo que seja marcada uma reunião urgente com a Secretaria de Agricultura Familiar e a Empaer-MT, para apresentação do programa e início dos trabalhos de implantação do Pró-Genética junto aos pequenos e médios produtores rurais de Mato Grosso.

A reunião na Famato, com a presença do novo Presidente do Indea-MT, Guilherme Nolasco, serviu também pra realinhar o esforço conjunto do órgão em Rondonópolis com o Sindicato Rural, em prol do produtor rural do sul de Mato Grosso, abalado desde a realização da edição da Exposul 2014. Nolasco destacou a dimensão da feira de Rondonópolis e sua importância para o agronegócio mato-grossense: “O Governo do Estado, a despeito da insuficiência orçamentária do Indea-MT, tem como objetivos prioritários reinteriorizar o esforço de atendimento do órgão, buscando uma maior integração com o produtor rural, além de uma avaliação mais justa e criteriosa para os custos de infrações emitidos pelo órgão. O Estado quer estabelecer um Plano Plurianual de Defesa Animal e ativar, de imediato, a Ouvidoria do órgão, para atender questões levantadas pelos sindicatos e produtores rurais. O Indea-MT já está implementando o Módulo do Produtor que, em princípio, servirá para consultas sobre saldo animal e emissão de e-GTAs e a inclusão da Declaração Modelo B no sistema on-line”, afirmou o Presidente. Todas as autoridades do Estado e da Famato, presentes à reunião, foram convidadas e confirmaram presença na 43ª Exposul de Rondonópolis, que será realizada no Parque de Exposições Vilmar Peres de Farias de 08 a 14 de agosto de 2015.


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Informativo do Sindicato Rural de Rondonópolis MT

Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

Palavra do Presidente

O agronegócio brasileiro, especialmente de Mato Grosso, é um dos principais sustentáculos da economia brasileira e, ponto de equilíbrio da balança de exportações do país. Como produtor rural e, presidente de uma das mais importantes entidades do sistema sindical do estado, liderado pela Famato, me orgulho de pertencer a este universo, consciente da importância do Sindicato Rural e, do esforço social, econômico e tecnológico do conjunto de produtores e produtoras rurais, que constroem o PIB matogrossense e, brasileiro por extensão. Todavia, cada vez mais, sinto-me indignado e frustrado com o que estão fazendo com nosso país. Esta indignação segue num crescente incontrolável com cada escândalo, crise, bandalheira e provas de incompetência e gestão temerária envolvendo quem deveria gerir o país em meu e, nosso, nome. Enterraram o Brasil numa crise ética e econômica sem tamanho; elevaram para níveis escorchantes a energia elétrica, os impostos, combustíveis, taxas de juros; levaram a Petrobras ao nível pré-falimentar, assaltaram os cofres da estatal sem piedade; temos greves nos transportes, Detran, sistema escolar, polícia, funcionalismo público. Enfim, só não há greve no universo político, que continua com a fome de sempre.

Os produtores rurais se quedam estarrecidos e indignados. Enquanto mantemos nosso esforço produtivo e tecnológico, garantindo safras recordes, ano após ano, assistimos a ineficiência gerencial e a corrupção tomar de assalto os recursos da nação, obtidos com nosso trabalho e o suor do nosso rosto. E temos que assistir impotentes a um Presidente da Câmara Federal, integrante da lista de envolvidos na Operação Lava Jato, tentar aprovar um decreto legislativo garantindo, com nosso dinheiro, passagens aéreas para esposas e, outras mais, de deputados até Brasília. Poucos foram os parlamentares que se opuseram a esta ignomínia, entre eles o ex-presidente do Sindicato Rural, Adilton Sachetti e o novo Senador, José Medeiros, ambos de Rondonópolis. Lamento me utilizar este espaço do SINDNEWS para falar tão francamente, mas tenho consciência de que expresso sentimento geral dos produtores e produtoras rurais. E enquanto presidente da instituição e, alicerçado pela representatividade que me foi confiada, me sinto à vontade para dar voz a esta indignação. Contudo, otimista que sou, o que aprendi com meu pai Antônio Luiz de Castro, um das criaturas que mais acreditaram no Mato Grosso, ainda vejo o Brasil construindo um futuro promissor, vez que as pessoas passam, mas nosso querido país segue em busca deste futuro. Para os políticos que ora protagonizam esses desmandos faço minhas as palavras de Chico Buarque: “Apesar de você amanhã há de ser outro dia”. Esta edição do SINDNEWS traz também uma matéria sobre importante reunião na Famato/Cuiabá, da diretoria do Sindicato Rural com representantes do Governo estadual, sobre o Programa PróGenética da ABCZ e as relações da entidade com o Indea/Rondonópolis. Traz ainda informações importantes sobre o Cadastro Ambiental Rural CAR; uma entrevista com o presidente da Aprosoja, Ricardo Tomczyk e; notícias sobre a 43ª Exposul, que será realizada de 8 a 15 de agosto próximo, no Parque de Exposições de Rondonópolis. FRANCISCO OLAVO PUGLIESI DE CASTRO PRESIDENTE

Diretoria do Sindicato recebe comitiva do Indea-MT Já em Rondonópolis, a diretoria do Sindicato Rural recebeu no Parque de Exposições, em 09 de março, uma comitiva de doze servidores do Indea, entre eles os dirigentes Mário, Estevão e Leandro, em reunião para estreitar as relações entre o Sindicato e o órgão estadual. Comitiva do INDEA Rondonópolis

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Diretoria Sindicato Rural Presidente: Francisco Olavo Pugliesi de Castro 1º Vice Presidente: Aylon Gonçalo de Arruda 2º Vice Presidente: Sergio Luiz Mattei

Expediente: Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis Rodovia MT-270, Km 08, Vila Paulista - Cxp-1015 CEP:- Rondonópolis - MT - 66-3423-2990 e-mail: sindrural@sindrural.org.br

1º Secretário: Adevaldo Narciso da Costa 2º Secretário: Antônio Stratis 3º Secretário: Reinaldo Assis Aguiar Junior 4º Secretário Eduardo Tomczyk

1º Tesoureiro: Michael Erlanderson A. F. Pagno 2º Tesoureiro: Carmen Clarice Schneider 3º Tesoureiro: Ernando Cabral Machado 4º Tesoureiro: Alberto Torremocha

Produzido pela Assessoria de Imprensa do Sindicato Rural Jornalista Resp: Paulo Mello Prod. e Arte: Jorn. Ailton Lima Fotos: Rivian Dias Conselho Fiscal Eletivo Antônio Miguel Weber dos Santos, Paulo Eduardo Beer, Ricardo Tomczyk Conselho Fiscal Suplentes Ari Torremocha, José Guimarães Rezende João Batista de Lima


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Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

Em abril a SEMA acionará o módulo de avaliação dos dados do SICAR A Superintendência de Geoinformações e Monitoramento Ambiental da SEMA MT, acaba de informar que colocará em operações, no próximo mês de abril, o Módulo de Análise do SICAR – Sistema de Cadastro Ambiental Rural, que atualmente conta com 52 mil cadastros inscritos na sua base de dados em Mato Grosso. Com base nas ferramentas do Módulo, os analistas da Secretaria procederão à conferência das informações fornecidas pelo proprietário e, se estas estão de acordo com a legislação. Após o que, se forem constatados equívocos de dados ou caracterizado passivo ambiental, o proprietário será notificado e receberá um prazo para correção de distorções, com o registro pendente até a regularização. Neste

caso o produtor poderá aderir ao Programa de Regularização Ambiental – PRA, que será regulamentado pela SEMA. Outro assunto que afeta diretamente o produtor rural, analisado pela SEMA, foi a uniformização dos procedimentos ligados ao embargo e desembargo, pelo IBAMA e pela

SEMA, de áreas constantes dos dados da propriedade: “o produtor não pode ficar refém de decisões da Secretaria e do Instituto, com informações diferentes e, não raras vezes conflitantes, sobre os métodos utilizados e os critérios de análise e decisões sobre utilização, ou não, de áreas produtivas da propriedade rural. Os órgãos ambientais tem que se conscientizarem que o produtor é um aliado e, não, um inimigo da natureza visto, via de regra, com desconfiança. O sucesso dos trabalhos de inscrição na base de dados do SICAR, pelos produtores, está aí para eliminar qualquer dúvida”, avaliou Francisco Olavo de Castro, Presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis.

Prorrogada entrega da GIA-ICMS para fim de março A G u i a d e I n f o r m a ç ã o e apuração do ICMS – GIA/ICMS, documento indispensável para compra, venda e movimentação de gado e produtos oriundos de atividades das micro e pequenas propriedades de Mato Grosso, que teve como última data de entrega junto à SEFAZ M T e m 28.fevereiro.2015, teve sua entrega final prorrogada, pela Portaria Estadual 044/2015 para 31.março próximo. A portaria estabelece também que o produtor está liberado para entregar as guias relativas aos anos de 2009 a 2014. Neste caso, especialmente, a entrega das GIAs/ICMS se fará na Agência Fazendária local ou na

Unidade de Serviços Conveniada USC, com o protocolo de entrega devidamente preenchido. Até agora a entrega era permitida apenas através do sistema eletrônico da SEFAZ. Neste caso o produtor dependia dos serviços técnicos de um contador para operacionalizar as

informações de forma digital. Com a entrada em vigor da portaria estadual, o micro e pequeno produtor poderá apresentar pessoalmente a declaração da GIA/ICMS sem o custo da ajuda de qualquer profissional. Importante destacar, no entanto, que o produtor, sujeito a entrega da GIA, micro e pequeno proprietário, deve se preocupar em entregar a declaração até 31 de março próximo, sob pena de ser penalizado com multa de três Unidades de Padrão Fiscal UPFs, por mês, a partir da data em que se tornou obrigatória sua apresentação, cobrável pelo tempo da falta de entrega da declaração.


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Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

Logística

Mato Grosso tem nova rota para exportação

Vista geral do Complexo Portuário de Itaqui - MA

A nova rota da soja e milho de Mato Grosso segue em direção ao Maranhão, em substituição aos portos de Santos SP e Paranaguá-PR (1.4 e 2.1 mil km respectivamente), hoje destinos convencionais das exportações regionais para Europa e Ásia.

toneladas da oleaginosa. Com o nome de Tegram – Terminal de Grãos do Maranhão o complexo, terá quando concluído, capacidade de armazenamento de passagem para 500 Mil toneladas de grãos e deverá ser o segundo maior do país, menor

A previsão é que o novo modal de escoamento de grãos de Mato Grosso e, Centro Oeste como um todo, reduzirá em 3.5 mil km de tráfego marítimo e terrestre, o custo do transporte de g r ã o s p a r a exportação e, até 2 0 2 0 , s e transforme em opção logística de escoamento de safra, para metade da produção de grãos do Centro Oeste.

O novo destino é o Porto de Itaqui, em São Luiz do Maranhão, um c o m p l e x o portuário operado por um consórcio d e c i n c o empresas, entre elas a francesa Luiz Dreyfus e a mato-grossense Amaggi. O novo terminal, já em operações, faz seu primeiro embarque de soja do Mato Grosso esta semana, com u m a c a r g a marítima de 65 mil

apenas que o de Santos SP. A soja mato-grossense seguirá até PalmasTO, de onde será transportada até Itaqui-MA, através das ferrovias, Norte-Sul até Açailândia-MA e Estrada de Ferro Carajás, até o Porto de Itaqui, num percurso de 1.7 mil km, entre rodovia e ferrovia.

Conjunto de Armazéns do TEGRAM


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Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

Em abril deve ter início as emissões de e-GTAs MAPA. A montagem deste sistema conjunto: União-Estados demandou envolvimento de inúmeras instituições ligadas à produção rural, em parceria com os governos, federal e estaduais, além de investimentos pesados, por vários anos, no seu desenvolvimento.

Já a partir do próximo mês de abril os produtores rurais, no Mato Grosso e, em todos os demais estados brasileiros, poderão contar, possivelmente, com a agilidade e eficiência da emissão de Guias de Trânsito Animal E l e t r ô n i c a e - G TA , p a r a movimentação comercial, estadual e interestadual de animais vivos e demais produtos de origem animal, endereçados, ou não, a estabelecimentos sob fiscalização do Serviço de Inspeção Federal – SIF. A emissão eletrônica da GTA que, até 2011 era facultativa, em razão do tempo necessário para montagem da base de dados nos estados, tornou-se obrigatória com a Instrução Normativa 35, do Governo Federal, publicada no Diário Oficial em 03 de outubro.

confirmada pelo produtor. Da e-GTA deverão constar o nome do estabelecimento ou propriedade, o CNPJ ou CPF do emissor e, o nome do produtor, além do código de exploração pecuária, cidade e estado de origem e destino do produto.

Mato Grosso, que sedia o maior rebanho bovino comercial do país, encontra-se em fase final de adequação à nova tecnologia, para tornar o benefício disponível para o produtor rural. A e-GTA será expedida pelo serviço oficial, que irá transferir automaticamente as informações constantes na guia para a Base de Dados Única BDU. Após atestada sua autenticidade, poderá ser consultada e

Todo o sistema se alicerça sobre a base de dados cadastrais de estabelecimentos e produtores, cuja montagem e atualização estará sob responsabilidade dos órgãos estaduais de sanidade agropecuária, os quais deverão compartilhar as informações com a Base de Dados Única BDU, da Plataforma de Gestão Agropecuária PGA, de acordo com definição do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A emissão eletrônica da GTA, segundo Carlos Augusto Zanata do núcleo técnico da Famato, é um grande benefício, comodidade e ação de eficiência para o produtor rural, porque reduz a burocracia e facilita suas atividades, na medida em que torna desnecessário o deslocamento até o escritório do INDEA, para emitir a GTA, o que poderá ser feito da propriedade ou residência, até mesmo nos finais de semana. A Plataforma de Gestão Agropecuária – PGA é um banco nacional Único de dados, que integra informações do conjunto de órgãos federais e estaduais de defesa sanitária. Um dos objetivos mais importantes dessa base de dados, sob controle federal, é atender exigências e especificações técnicas internacionais de origem dos produtos, controle e vigilância sanitária, garantindo dados confiáveis ao mercado exterior da carne.

Retorna o cadastro automático no CDA-MT O cadastro automático dos pecuaristas de Mato Grosso na base de dados d o C o n s e l h o d e Desenvolvimento Agropecuário CDA-MT, que havia sido suspenso em 2013, em razão da exigência de inscrição no banco de dados do Indea MT, retornou ao trâmite normal junto ao CDA. O pecuarista já pode efetuar o registro junto ao Conselho, de forma automática, com base na Reunião de apresentação das novas regras pelo CDA/SEFAZ-MT Resolução 034/2014. Este cadastro garante ao dos pecuaristas estaduais produtor um crédito presumido de automaticamente junto ao CDA-MT, 41,6% nas operações interestaduais em vigor desde 2006, foi revogada de comércio de gado em pé. em 2013, impondo-se a obrigatoriedade do registro no banco A resolução que previa o cadastro

de dados do Indea MT. Com a publicação da resolução do CDA, a automaticidade do cadastro volta a valer para os pecuaristas. Segundo o Departamento Tributário da Famato, durante o período de revogação do cadastro automático, inúmeros produtores, até mesmo por desinformação, tiveram veículos e animais retidos nas barreiras fiscais do estado, com a inevitável aplicação de multas. O Sindicato Rural e a Famato orientam os pecuaristas que tiveram problemas deste tipo, que procurem as entidades de classes dos produtores, para serem orientados e sejam tomadas as providências fiscais e jurídicas adequadas.


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Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

RESUMO DE NOTÍCIAS DO CAMPO ABRASS empossa nova diretoria Depois de dois anos da fundação da entidade, o produtor (Sementes Estrela do Cerrado) e dirigente r o n d o n o p o l i t a n o , E l t o n H a m e r, transferiu na semana passada, em Brasília, a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja - ABRASS, para Marco Alexandre Souza, para o biênio 2015/16, em ato prestigiado por produtores associados de todo o Brasil, representantes setoriais e autoridades. O Sistema sindical de Mato Grosso foi representado pelo diretor da Famato, Rogério Romanini. Criada em novembro de 2012 e abrangendo associações de produtores de sementes de soja de

aglutina mais de 70% do potencial brasileiro de produção de sementes.

Novo presidente ABRAS Marcos Souza e Rogério Romanini da Famato

todo o território nacional, entre elas a Aprosmat, de Rondonópolis, a ABRASS foi presidida por Elton Hamer desde sua fundação, o qual se responsabilizou por dar uma estrutura operacional para a entidade, que hoje

O trabalho mais expressivo de Hamer na consolidação da ABRASS e, que terá continuidade com a nova diretoria presidida por Marcos A. Souza, foi a criação das comissões temáticas internas: de legislação, biotecnologia, monitoramento contratual, relações governamentais e gerenciamento industrial de sementes. A associação já dispõe de peso político e técnico considerável, participando de reuniões e congressos setoriais em vários estados brasileiros e negociações com o governo federal, representando o sistema nacional de produção de sementes.

Mato Grosso Panorama econômico de exportações A soja e o milho de Mato Grosso devem garantir o primeiro lugar entre os maiores exportadores nacionais de grãos, com a safra 2014/2015 atingindo, ao final, 48.2 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Conab, o que representa um aumento de 1.1% sobre o s n ú m e r o s d a s a f r a a n t e r i o r, 2013/2014, apesar da redução da área plantada. Esta diferença se deve ao aumento dos níveis de produtividade da agricultura estadual. Já as exportações mato-grossenses, oriundas do agronegócio, aos números fechados em dezembro de 2014, dão conta que no ano o agronegócio estadual foi responsável por US$ 14.6 bilhões. Só o complexo soja MT exportou US$ 9.85 bilhões, com o total de US$ 7.21 bilhões para a soja em

grãos. Os números relativos as exportações de Rondonópolis refletiram os resultados do agronegócio m a t o grossense. A cidade exportou US$ 1.323 bilhão em 2014, se consolidando como uma das m a i s importantes cidades líderes das exportações estaduais. Com destaque para o complexo soja, os produtos locais representados pelo

óleo, soja em grãos e farelo, além do algodão e milho, as exportações tiveram como destino a Holanda, Indonésia, China e Vietnã.


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Rondonópolis - MT, 03 de Março de 2014

Quando há mais caminhões que demanda de transporte, a crise se instala que deu”, avalia o presidente da Aprosoja-MT.

Ricardo Tomczyk presidente da Aprosoja - MT

O SINDNEWS entrevistou o expresidente do Sindicato Rural e atual presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk, sobre as manifestações, recém-encerradas, dos caminhoneiros, que integra a agenda nacional de protestos contra o governo, classe política, corrupção e por reforma política. De acordo com Tomczyk, a Aprosoja entende que o protesto adquiriu legitimidade com os desmandos do governo federal e, só não conseguiu resultados mais estruturantes, porque o setor de transporte não dispõe de unicidade de comando nacional, nem lideranças que representem o setor, como um todo. Tomczyk afirma que, por força de políticas públicas temerárias, agravadas por uma política equivocada para os preços dos combustíveis e, uma oferta de caminhões maior que a demanda brasileira de transportes, o ônus da crise acabou caindo no colo dos transportdores. “A situação é crítica

para o setor e a simples redução do preço dos combustíveis não resolverá o problema. O governo passou os últimos três anos, estimulando aquisição de veículos pesados, com o objetivo de subsidiar indiretamente a indústria de caminhões, tendo como consequência a entrada de uma massa de profissionais sem tradição no setor, na esteira do crédito farto para aquisição. Apenas o governo e, também o setor de transporte, não conseguiram dar uma destinação para a imensa frota de caminhões velhos e substituídos pelos novos, que continuam rodando pelas estradas brasileiras. O resultado desta política equivocada é que o Brasil tem hoje uma frota excedente de 200 mil caminhões, para transportar uma produção que não cresceu na mesma velocidade. Sobrando caminhões o preço do frete cai. São as regras do mercado e da lei da oferta e procura. Só poderia dar no

De acordo com Tomczyk, embora o movimento tenha perdido força, em razão do cenário montado pelo governo com a assinatura da Lei dos Caminhoneiros, não existe solução, no curto prazo, para resolver a crise do setor. “No médio prazo a solução mais racional seria ampliar a demanda de transporte no país, com um aumento significativo da produção agropecuária nacional, até porque a demanda mundial por alimentos aumentou geometricamente e o Brasil é o único país com área, solo, clima e tecnologia para suprir esta demanda. O que se vê, no entanto, é o governo, na contra mão da crise, reduzindo os investimentos na agricultura e uma política de créditos, solapada pelo aumento da carga tributária. A realidade é que com o Dólar à R$ 3,30, os insumos de forte demanda na produção, incluído aí o frete, aumentarão no mínimo 25%, inibindo com isto a ampliação da área plantada e o aumento de produtividade. O setor agro ao sentir esta redução vai, obviamente, transferir o ônus para o setor de transporte, com a inevitável redução da demanda e implicações sobre a redução do preço do frete. Na verdade o país literalmente faliu. Isto é apenas a parte visível da crise. Nós temos que conviver com esta nova realidade econômica. Não é a toa que o povo está nas ruas”, afirmou Tomczyk. A A p r o s o j a - M T, s e g u n d o s e u presidente, apoia o movimento dos caminhoneiros em todas as denúncias e reivindicações, exceto no que se refere ao tabelamento do preço do frete: “O tabelamento do frete vai contra uma lei natural do mercado: oferta e demanda. Jamais se discutiu tabelamento para os preços da soja, milho, algodão e carne. Até porque são commodities, cujos preços são regidos pela lei de oferta e procura e formação dos estoques nacionais e internacionais. No mais, a Aprosoja apoia as manifestações do setor de transportes, com a luta pela redução do custo dos combustíveis, desoneração tributária da cadeia dos transportes, melhoria estrutural da malha viária e aumento planejado da demanda de frete, com a ampliação dos números da produção rural”, finalizou Tomczyk.


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