Sind news ed abril 2015

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SindNews Informativo do Sindicato Rural de Rondonópolis MT

Órgão oficial do Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis - MT

www.sindrural.org.br Ano XVI - 25

sindrural@sindrural.org.br 30 de Abril - 2015

Rondonópolis -MT

EDIÇÃO DIGITAL

EXPOSUL: Novo formato é apresentado aos vereadores O conjunto dos vereadores da Câmara Municipal, sob a presidência de Lourisvaldo de Oliveira Fulô (PMDB) recebeu nesta quarta-feira o Presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Francisco de Castro (Faz.Paulicéia), o Gerente Sindical, Leister Manganaro e a diretora da ZF Xperience, Renata Ti v e r o n , p a r a u m a r e u n i ã o d e apresentação do novo formato da Exposul e eliminar dificuldades entre os vereadores e o Sindicato, quanto ao apoio à realização da feira de negócios, que será realizada de 08 a 15 de agosto próximo. Chico de Castro elencou as alterações programadas para a Exposul 2015, especialmente de segunda à quarta-feira – 10, 11 e 12/08 – quando a feira será direcionada apenas aos negócios e apresentação de novas tecnologias de produção, com dinâmica de máquinas em campo. Nestes três dias não haverá festa popular, shows e rodeio. Todo o movimento da Exposul será dirigido para difusão de tecnologia e comércio de máquinas e equipamentos agrícolas. De acordo com o Presidente do Sindicato: “A Comissão Organizadora, com isto, atende uma velha reivindicação do setor industrial e comercial de máquinas para produção agrícola, nacional e regional e, perfila a Exposul ao lado das grandes feiras brasileiras, que abrem um espaço específico, no período diurno, só para negócios e demonstração tecnológica. A dinâmica de máquinas e equipamentos, à realizar-se no Parque de Exposições, de 10 a 13 de agosto, aposta nesta tendência nacional das feiras de negócios”. O Presidente ressaltou, no entanto, que a parte festiva da Exposul,

responsabilidade de apoiar a iniciativa do Sindicato Rural na realização da Exposul. Os vereadores estarão sempre à disposição da Exposul. Muito embora eu entenda que o órgão c o m m a i o r responsabilidade seria a Secretaria Municipal de Agricultura. Acredito que só uma profunda reestruturação da Secretaria para possibilitar esta necessária parceria e, um atendimento mais ágil e eficiente às necessidades dos micros e pequenos produtores rurais do município”, afirmou Fulô. tradicionalmente a maior festa popular de Rondonópolis, será mantida. Estão previstos para o sábado e domingo de abertura e, de quinta-feira ao sábado de encerramento, a tradicional Cavalgada, os shows nacionais, rodeio profissional e os sorteios da Exposul Premiada, que entregará veículos 0 km para os visitantes. Finalizando, Chico de Castro destacou a enorme dificuldade e o custo de realização de um evento com a envergadura da Exposul e a necessidade da parceria entre o Sindicato e os órgãos públicos para sua produção, assim como afirmou que o Sindicato está de portas abertas para a Câmara Municipal, especialmente em projetos de atendimento aos micros, pequenos e médios produtores rurais da região. O Presidente da Câmara, Lourisvaldo Manoel de Oliveira - Fulô, destacou a importância da Exposul para o agronegócio mato-grossense e para a cidade, já que a feira leva o nome de Rondonópolis para todo o país. “É a maior e mais importante feira de negócios de Mato Grosso e, sua realização é importante para demonstrar o potencial produtivo, econômico e social da cidade. Os poderes públicos têm a

O Presidente do Legislativo destacou ainda, que a Secretaria de Agricultura deveria ser parceira do Sindicato durante o ano inteiro e, não só no período da Exposul. De acordo com Fulô, a feira de Rondonópolis deveria ser vista como ferramenta de consecução deste processo. Para isto, segundo ele, tornase necessário que a Secretaria disponha de pessoal técnico mais qualificado. Em sua intervenção o vereador Adonias Fernandes (PMDB) falou sobre as iniciativas legislativas para dotar a Ciretran de Rondonópolis de uma sede própria e instalações técnicas eficientes, para atender a população, indagando ao Presidente do Sindicato Rural sobre rumores de que o Detran MT estaria planejando alocar a sede da Ciretran no Parque de Exposições, o qual seria transformado em Cidade do Trânsito, à exemplo de Cuiabá e outras grandes cidades brasileiras. Em resposta Chico de Castro negou que tal iniciativa tenha sido apresentada e discutida pela diretoria do Sindicato Rural, afirmando que trânsito não é a praia da entidade, voltada especificamente para atendimento dos problemas setoriais da produção rural e dos produtores.


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Palavra do Presidente MAPA. Também é desnecessário lembrar que estes resultados encontram-se na contramão da economia brasileira, que atravessa uma de suas maiores crises em quatro décadas, por força de políticas equivocadas do governo federal, descontrole da inflação, falta de planejamento de médio prazo, falência das instituições e corrupção generalizada. Um dos poucos setores a reagir positivamente a esta debacle “ainda” é o agronegócio e, por extensão seu mais importante integrante: o Estado de Mato Grosso, que insiste e apresenta competência para liderar a produção brasileira de grãos e carnes. Torna-se cada vez mais desnecessário reafirmar a importância do Mato Grosso para o equilíbrio da Balança de Exportações Brasileira. Os números falam por si próprios: mais de 48 milhões de toneladas de grãos na safra 2014/15, o que garante ao estado a liderança nacional e, uma projeção realista de mais de US$ 14,5 bilhões em exportações de grãos e carnes. Só Rondonópolis, em 2014, foi responsável por um aumento de 26,8% no volume total de exportações, com US$ 1.3 bilhões direcionados aos Países Baixos (Europa), China, Vietnã e Indonésia, de acordo com dados do

A situação da malha viária de Mato Grosso, que há mais de uma década, cobra um alto preço ao escoamento das safras, chegou ao limite do surrealismo em 2014, comprometendo a rentabilidade de produtores e transportadores. O estado líder na produção de grãos e carnes não tem um sistema de logística que lhe dê suporte para escoar o que produz. Nesta última semana o que já se mostrava caótico, corre o risco de se transformar numa catástrofe: o Governo Federal rifou a duplicação do complexo BR 163/364 e ameaça promover um gargalo definitivo para o escoamento da safra regional.

Com a falta de pagamento às empreiteiras que trabalham na estrada e o abandono dos trabalhos nos trechos de responsabilidade própria (DNIT), não é só o agronegócio estadual que se sente abandonado, mas todo o Mato Grosso que se vê vítima de descaso político por parte da União. O país do mensalão, petrolão e outros escândalos incontáveis, deixa de ver o óbvio: não se mata a galinha dos ovos de ouro. Além do desabafo deste presidente de uma das mais importantes entidades do sistema sindical mato-grossense, liderado pela FAMATO, esta edição do SINDNEWS traz ainda notícias atualizadas sobre a inscrição no SICAR MT; o início da vacinação obrigatória do rebanho e, uma entrevista esclarecedora sobre o momento do agronegócio, com o vice-presidente Aylon Gonçalo de Arruda. Um grande e fraterno abraço a todos os produtores rurais, criaturas que trabalham no campo, produzindo alimentos. FRANCISCO OLAVO PUGLIESI DE CASTRO PRESIDENTE

CONVITE Palestra Dr. Marlon Reis O diretor do Sindicato Rural de Rondonópolis e maçom, Adevaldo Narciso da Costa, através do SINDNEWS, vem convidar todos os associados e produtores rurais de Rondonópolis e região para assistir a palestra do Juiz de Direito, Dr. Marlon Reis, um dos idealizadores do Projeto da Ficha Limpa, aprovado pelo Congresso em 2013. A palestra acontecerá às 19 horas, da próxima terça-feira - 12 de maio, na Câmara Municipal de Rondonópolis e versará sobre o tema: Brasil, uma Democracia Jovem em Construção, tendo como foco central a

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Diretoria Sindicato Rural Presidente: Francisco Olavo Pugliesi de Castro 1º Vice Presidente: Aylon Gonçalo de Arruda 2º Vice Presidente: Sergio Luiz Mattei

defesa dos princípios democráticos, reforma política e defesa de eleições limpas. A iniciativa do convite para a palestra em Rondonópolis partiu da Loja Maçônica Obreiros do Cerrado, presidida por Waldemar Henrique Arias Gonçalves e, que conta com Adevaldo Narciso como diretor secretário, que conseguiu, com dificuldade, uma data de agenda do Dr. Marlon Reis. O palestrante é um dos mais prestigiados Juízes de Direito do Brasil, premiado por várias instituições jurídicas internacionais e uma carreira

extraordinária como palestrante em vários países. Reis, não só é um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, como percorre todo o Brasil, em palestras concorridas, na defesa da cidadania, ética na política e eleições limpas.

Expediente: Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis Rodovia MT-270, Km 08, Vila Paulista - Cxp-1015 CEP:- Rondonópolis - MT - 66-3423-2990 e-mail: sindrural@sindrural.org.br

1º Secretário: Adevaldo Narciso da Costa 2º Secretário: Antônio Stratis 3º Secretário: Reinaldo Assis Aguiar Junior 4º Secretário Eduardo Tomczyk

1º Tesoureiro: Michael Erlanderson A. F. Pagno 2º Tesoureiro: Carmen Clarice Schneider 3º Tesoureiro: Ernando Cabral Machado 4º Tesoureiro: Alberto Torremocha

Produzido pela Assessoria de Imprensa do Sindicato Rural Jornalista Resp: Paulo Mello Prod. e Arte: Jorn. Ailton Lima Fotos: Rivian Dias Conselho Fiscal Eletivo Antônio Miguel Weber dos Santos, Paulo Eduardo Beer, Ricardo Tomczyk Conselho Fiscal Suplentes Ari Torremocha, José Guimarães Rezende João Batista de Lima


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43ª EXPOSUL Cavalgada de Abertura e o caso de Mormo Afinal a doença do Mormo chegou a região de Rondonópolis. Com a detecção de um caso confirmado em propriedade do município pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso – INDEA MT, através de exame laboratorial realizado na cidade do Recife PE, o órgão interditou a propriedade e todo seu rebanho equino, com o objetivo de promover o saneamento dos animais, finalizando com dois exames laboratoriais de prova e contraprova. Até a liberação da propriedade pelo INDEA ROO, fica proibido o trânsito desses animais. O maior esforço do órgão, face ao surgimento de um caso confirmado de Mormo na região é promover a contenção da zoonose equídea, por meio de abate dos animais em casos confirmados e, um controle sanitário regional. O Mormo é uma doença equídea, que pode ser transmitida ao ser humano, contaminando as vias aéreas. Seus elementos de transmissão mais importantes são

a saliva, urina, fezes e suor. A zoonose pode permanecer assintomática e latente no animal, sem reduzir seu potencial de transmissão. O estado de Mato Grosso, segundo o INDEA já apresenta nove casos confirmados da zoonose e, outro tanto de casos suspeitos aguardando confirmação laboratorial. Este não é o primeiro caso suspeito em Rondonópolis. Até agora, no entanto, não haviam sido confirmados laboratorialmente. De acordo com o veterinário e presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Francisco Olavo de Castro: “a

entidade dará todo o apoio ao INDEA ROO para o esforço sanitário regional, com uma intensa difusão de conhecimentos técnicos sobre a zoonose junto aos produtores rurais, associados ou não ao Sindicato, e coloca a realização da Cavalgada de Abertura da 43ª Exposul, em agosto, sob os critérios técnicos do órgão de defesa sanitária estadual, no que concerne aos exames dos animais, embora reconheça que a ausência de laboratório de referência em Mormo no estado implique em aumento do custo dos exames e, dificuldades burocráticas aos participantes, o que terá como consequência uma drástica redução de animais, em desfile, na mais tradicional cavalgada estadual”, enfatizou o presidente.


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Febre Aftosa Tem início a etapa de maio da vacinação Livre de Aftosa sem Vacinação”, o que garantiria melhores condições de comercialização e exportação de carne. É o caso de Santa Catarina, único estado brasileiro Livre de Aftosa sem Vacinação, embora disponha de um rebanho numericamente menor que o Mato Grosso e, com menor impacto de exportações de carne na balança nacional de comércio exterior.

Neste mês de maio um total de 13 milhões de cabeças, das 29 milhões que compõem o rebanho estadual de bovinos, devem ser vacinados contra a Febre Aftosa no Mato Grosso em mais uma etapa sanitária contra a doença. Nesta etapa deverão ser vacinados animais de 0 a 24 meses, de forma que o estado consolide sua posição privilegiada de 18 anos Livre de Febre Aftosa

com Vacinação. O pecuarista deverá, com esta etapa, imunizar também as fêmeas, de três e oito meses, contra a Brucelose, informando, ao término, o procedimento ao INDEA MT. Mantendo-se este status de Livre de Aftosa com Vacinação o Mato Grosso deverá em cinco anos pleitear um novo status de “Zona

Os benefícios para a pecuária matogrossense de se promover uma etapa eficiente de vacinação contra a Febre Aftosa, não se resumem aos aspectos sanitários e comerciais. A falta de vacinação em implicações financeiras para o pecuarista. Não vacinando, o produtor poderá ser penalizado em R$ 245 (2,25 UPFs Unidade Padrão de Financiamento), por cabeça não imunizada e sofrerá a suspensão do registro do movimento de fichas sanitárias junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso - INDEA /MT.


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Oficina do Senar sobre registro no CAR Aconteceu em abril, no Auditório do Parque de Exposições de Rondonópolis, palestra técnica provocada pelo Sindicato Rural, sob responsabilidade da Engenheira Florestal Valdete Gomes de Santana, instrutora do SENAR MT, vinculado à Famato, envolvendo instruções sobre o preenchimento digital do registro no Cadastro Ambiental Rural CAR, por parte dos produtores rurais de Mato Grosso e previsto na Lei 12651/12, relativa ao novo Código Florestal Brasileiro. A oficina, prestigiada por grande número de produtores associados ao Sindicato, teve como focos principais a definição legal do CAR como ato declaratório e, obrigatório, de abrangência nacional, com a adesão prevista até 05 de maio e, a dispensa de profissional habilitado para o procedimento de registro. O próprio produtor rural, com base nas informações da oficina e nos campos digitais explicativos do formulário pode fazer a declaração sem maiores dificuldades. Todos os estados brasileiro terão um CAR específico, que receberá o nome de SICAR, como instrumento de regulamentação ambiental, técnica e jurídica das propriedades rurais, que terão como banco central de dados o CAR nacional. Outro aspecto que mereceu

atenção na oficina do CAR, explanado e esclarecido pela instrutora foi a importância do Programa de Regulamentação Ambiental – PRA. Como se fosse a malha fina da Receita Federal, o programa abrange declarações de produtores, cujas propriedades apresentem passivo ambiental, detectados pelos dados de registro no CAR ou pelas imagens georreferenciadas constantes no registro. Nestes casos o proprietário da área rural identificada deverá proceder a um registro de adesão voluntária no PRA, com o objetivo de sanar o passivo e regularizar a situação junto ao CAR. Importante destacar que somente os proprietários de áreas com passivo ambiental deverão aderir aos programa. Os demais estão deobrigados deste procedimento.

Prorrogação de prazo Quando do fechamento desta edição do SINDNEWS os produtores receberam a boa notícia de que o prazo para o registro do CAR nacional, que venceria em 05 de maio foi prorrogado, pelo governo federal, por mais um ano. De acordo com Alexandre Hernandes Garcia, Supervisor do SENAR MT para a região sudeste: “a decisão prende-se as dificuldades dos estados (SICAR) em arredondar eletronicamente o programa de registro, gerando insegurança e dificuldades técnicas aos proprietários de imóveis rurais”.


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43ª Exposul Vitrine Agropec será uma das novidades O Sindicato Rural de Rondonópolis já prepara a 43ª Exposul (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial do Sul de Mato Grosso) que terá lugar entre os dias 08 e 15 de agosto, no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias. Neste ano, a grande novidade da exposição será a realização da Feira de Tecnologia Agrícola e Pecuária de Rondonópolis, a Vitrine Agropec, nos dias 10 a 12 de agosto. A feira de negócios terá lugar junto com a Exposul. A parte popular da feira de Rondonópolis ocorrerá no período noturno dos dias 08 (sábado de abertura), 09, 13, 14 e 15 (sábado de encerramento) no próximo mês de agosto, com rodeio profissional em touros e cavalos e sorteio de prêmios, além da grade tradicional de shows nacionais. Já a Vitrine Agropec será realizada nos

dias 10, 11 e 12 (segunda a quartafeira), das 8h às 18h. Na programação da Vitrine Agropec estão previstas palestras técnicas e sobre mercado agropecuário, vitrines

tecnológicas, leilões, exposição de máquinas, implementos agrícolas e animais, cursos técnicos, apresentação de insumos, tudo pensado para atender o produtor rural. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e organizador do evento, Francisco de Castro, a realização da Agropec surgiu da necessidade de modernizar o formato de exposição agropecuária. “A Exposul, ao abrir espaço para a Vitrine Agropec, se torna uma feira completa, voltada para atender ao setor como um todo. Agora, poderemos discutir a conjuntura política e econômica atual e também realizar negócios no mesmo local”, destaca Castro. A expectativa é de que a feira de negócios se consolide como a maior do Estado e alcance o objetivo de estar na lista das cinco maiores do país em volume de vendas.


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Presidente do Sindicato participa de reunião da CNA e ABCZ Aconteceu na última semana em Uberaba (MG), durante e Expozebu, reunião de trabalho entre a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária - CNA, Associação Brasileira de Criadores de Zebú ABCZ, comissões de federações estaduais de agricultura e pecuária, com a FAMATO falando pelo Mato

Grosso. O evento foi provocado pela Comissão de Bovinocultura de Corte da CNA e, Rondonópolis esteve representada pelo Presidente do Sindicato Rural e Conselheiro da ABCZ, Francisco Olavo de Castro. O foco central da reunião foram as questões afetas à PGA - Plataforma de Gestão Agropecuária, banco nacional de dados criado em 2012 e subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, elaborado em parceria com a CNA para garantir controle sobre produção e movimentação de animais no Brasil e agilizar os procedimentos burocráticos envolvendo rastreabilidade, controle sanitário, trânsito e destinação de gado no território nacional e, integração de dados e procedimentos para exportação de carne, especialmente à Europa, importante mercado internacional. A Plataforma servirá para unificar as

informações, que alimentarão a Base de Dados Única - BDU e será utilizada como mecanismo obrigatório para adesão aos protocolos europeus de importação. De acordo com o Presidente Chico de Castro: “a pecuária brasileira evoluiu

rapidamente nas últimas duas décadas e se preparou tecnicamente para fazer frente à demanda de carne de qualidade, melhoria genética do rebanho e novas práticas de produção. Um dos avanços mais significativos foi a abertura de mercados internacionais, entre eles a União Europeia. Este mercado é muito exigente, no que se refere à qualidade e sanidade da carne importada, razão pela qual exige e mantém um rígido controle de identificação e rastreabilidade da carne que consome. A PGA, através da BDU, é o mecanismo produzido pelo MAPA e CNA para executar esta política de exportações de carne e atender às exigências do mercado”.

O presidente ressaltou ainda que: “a partir de agora a PGA estará na base do controle das exportações pecuárias, sustentado pelos dados da Base de Dados Única-BDU que, em Mato Grosso será operada e alimentada por informações do INDEA / MT. É uma nova era para a pecuária mato-

grossense e brasileira e, a profissionalização definitiva da atividade no

estado”, garantiu Chico de Castro.


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SINDNEWS Entrevista O SINDNEWS, como faz tradicionalmente trás uma entrevista de fundo. Nesta edição com o vice-presidente do Sindicato Rural, Aylon Gonçalo de Arruda. Rondonopolitano e filho de pioneiros, seu pai foi um dos primeiros pecuaristas na região do Pantanal, Aylon é técnico agropecuário pela Escola Agrotécnica de Cuiabá, administrador de empresas pela Unir Rondonópolis, com NBA em gestão empresarial pelo IBG, sócio diretor da Zoofértil e diretor da Câmara de Pecuária da ACIR. Com relação ao bom momento da pecuária, Aylon acredita que: “o fato se deve ao aumento visível da demanda mundial e nacional de carne e a pouca oferta do produto. Esta redução se deve à matança indiscriminada e, sem planejamento, do rebanho mundial e, nacional, de matrizes, ocorrida nas últimas duas décadas. Isto vem sendo gradativamente resolvido com um trabalho mais planejado com os rebanhos. Até pouco tempo demorava-se de quatro a cinco anos para se matar um boi a pasto. Com a modernização das práticas pecuárias e a forte incorporação de novas tecnologias de produção pelos pecuaristas, associado ao esforço de melhoramento genético do rebanho nacional, a oferta deve alcançar um equilíbrio no médio prazo. O Brasil, a despeito do grande rebanho nacional, ainda tem muito que andar, se comparado com EUA, Nova Zelândia e Austrália, por exemplo, que apresentam taxas de desfrute e produtividade bem superiores à brasileira, por força de implementação acelerada de modernas tecnologias de produção. Acredito, no entanto, que o Brasil está no caminho certo e, que o atual momento positivo da pecuária deve se manter e aprofundar”. Complementando Aylon faz uma constatação: “A agricultura, especialmente no Mato Grosso, vem cercando as áreas de pecuária e, como consequência o setor tem o desafio de produzir mais em menos área, para fazer frente ao aumento de demanda do mercado mundial e nacional. Isto só se consegue com a adoção de novas tecnologias de produção. Coisas simples como manejo rotacionado de pastagens, herbicidas e fertilizantes mais eficientes,

programas nutricionais de eficácia comprovada, sistemas testados de confinamento e semiconfinamento e, um esforço concentrado dos pecuaristas em busca de melhoramento genético e reprodutivo podem elevar o patamar produtivo da pecuária em curto espaço de tempo. É altamente positivo que a pecuária venha gradativamente assumindo estes parâmetros de atuação técnicoprofissionais e garantindo competitividade ao circuito da carne nacional. Há que se destacar que a demanda internacional de proteína animal cresce geometricamente, não só pelo aumento populacional, mas com a expansão de mercados até pouco tempo inexistentes ou restritos. É o caso da China e países do oriente. Até 2040 o Brasil terá a responsabilidade de dobrar sua produção de alimentos”. Neste contexto se insere um importante fator ainda não estudado e mensurado de forma objetiva: ”a brutal migração da população mundial do campo para as cidades, Embora no Brasil isto teria acontecido antes, na última década o mundo assistiu um verdadeiro êxodo rural. As famílias envolvidas neste processo, que até então produziam seus alimentos de subsistência no trato da terra, com a mudança para as cidades ficam à mercê de supermercados e dependem de alguém para produzir por e, para elas, sua carne, soja, algodão, enfim alimentos. Isto terá, cada vez mais, um peso extraordinário sobre a demanda mundial e refletirá na capacidade brasileira de produzir alimentos em maior escala e, em menores áreas, com incorporação de novas tecnologias de produção”. Com relação ao momento econômico brasileiro e a alta do Dólar, Aylon destacou: “Se por um lado os preços da carne, soja e outras commodities do mercado internacional subiram de preços na esteira da desvalorização

do Real “ponto para o produtor”, por outro lado os produtos primários – princípios ativos para fabricação de medicamentos veterinários e insumos agrícolas, em sua maioria importados em Dólar, jogam o custo desses produtos para a estratosfera “ruim para o produtor”, porque significa aumento dos custos de produção. Isto acrescido das altas do diesel, energia e outros custos corroeram a diferença do custo/mercado internacional e custo/mercado Brasil”. Ainda sobre o momento econômico nacional, do ponto de vista do agronegócio, Aylon ressaltou: “o Brasil é privilegiado por dispor de área, solo e clima ideais para produzir alimentos, o que aliado à comprovada capacidade gerencial e eficiência tecnológica do setor produtivo para enfrentar desafios, faz a diferença. Por outro lado, o produtor enfrenta uma enorme insegurança e desalento com as políticas, sempre equivocadas, do Governo Federal. Questões como a pesada carga tributária, logística precária e caótica, lembrando que o custo de escoamento da produção brasileira é o dobro do que nos EUA, nosso concorrente direto na produção e exportação de alimentos. A isto se soma a insegurança políticoeconômica, inflação sem controle, corrupção institucionalizada e um estado mastodôntico e ineficiente no gerenciamento da economia e, está instalado o pano de fundo do universo produtivo brasileiro”, finalizou.


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