Editoria: Pag: Confap Assunto: Pesquisador pretende utilizar plantas amazônicas para bloquear
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Data: 16/12/2015
Pesquisador pretende utilizar plantas amazônicas para bloquear transmissão da malária
As plantas amazônicas podem auxiliar no combate a mais uma doença no Estado: a malária. Um projeto de pesquisa desenvolvido com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está em busca de novos antimaláricos a partir de plantas amazônicas. Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, Dilcindo Barros Trindade, o projeto de pesquisa faz parte de uma série de esforços de pesquisadores de todo o mundo na tentativa de reduzir a incidência de malária até erradicar a doença em todo o mundo. “Os causadores da Malária são protozoários do gênero Plasmodium. Neste gênero, as quatro espécies P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale são consideradas de grande importância na epidemiologia do agravo. Além dessas, estudos apontam mais uma espécie relacionada a essa enfermidade: P. knowlesi. Então, Dessas espécies P.vivax é a mais espalhada nas regiões tropicais e subtropicais e a que causa maior mortalidade é P. falciparum”, disse Barros. De acordo com coordenador, o projeto de pesquisa está na fase de aprimoramento da cultura in vitro dos parasitos. A busca por plantas que tenham potencial de bloqueio de transmissão de malária continua sendo o desafio do grupo. A previsão de conclusão do estudo é para 2018. “Futuramente, a sociedade poderá se beneficiar de uma nova alternativa de antimalárico ou descoberta de uma substância que venha servir de bloqueio de transmissão da doença. Acho importante destacar a importância da bolsa da Fapeam, pois o apoio financeiro incentiva a
qualificação profissional e com isso desenvolve-se melhor a pesquisa em benefício da sociedade”, disse Dilcindo Barros.
Resistência Segundo dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do amazonas (FVS-AM), na capital amazonense mais de 8,2 mil casos de malária provocados pelo P. vivax foram registrados nos últimos 11 meses. Já nos municípios de Ipixuna, Eirunepé e Lábrea o órgão confirmou 5,9 mil, 5,4 mil e 4,1 mil casos do mesmo protozoário, respectivamente. De acordo com a Fundação, o número de casos provocados pelo P. falciparum, que causa maior mortalidade, ocorreu na cidade de cidade de Atalaia do Norte (869 casos), seguida por Lábrea (561) e Ipixuna (508). Devido ao uso indiscriminado de antimaláricos a espécie P. falciprum criou resistência aos medicamentos o que agravou mais a situação, conforme o pesquisador. Atualmente, P. vivax também já demonstra resistência. Tal cenário foi o que motivou o grupo de pesquisa a estudar a temática. “O fato da resistência está ocorrendo nesses parasitos nos levou a pensar em investigar possíveis novos antimaláricos a partir de plantas da Amazônia. Sabemos que os vegetais sempre foram usados pelo homem como alternativa de medicamentos para a cura de várias doenças e um dos principais medicamentos utilizado, hoje, contra a malária, a artemisinina, tem origem a partir da Artemisia annua uma espécie vegetal”, disse o pesquisador. Fonte: Francisco Santos /Agência Fapeam
http://confap.org.br/news/pesquisador-pretende-utilizar-plantas-amazonicas-para-bloqueartransmissao-da-malaria/
Editoria: Pag: Portal do Amazonas Assunto: Coquetel de enzimas com microrganismos da Amazônia poderá ser usado
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na produção de álcool Cita a FAPEAM:
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Data: 17/12/2015
Coquetel de enzimas com microrganismos da Amazônia poderá ser usado na produção de álcool Para driblar a crise econômica e gerar uma alternativa de combustível, a pesquisadora Pamella Santa Rosa Pimental desenvolverá com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), um coquetel de enzimas com microrganismos da Amazônia que poderá ser usado na produção de álcool. O protótipo do mix de enzimas deve ser concluído até 2017. Pioneiro na região amazônica, o projeto de pesquisa “Enzyme Blend – Mix Enzimático de Microorganismos da Amazônia para Aplicação Industrial” integra a lista das 40 propostas aprovadas na 1ª edição do Programa Sinapse da Inovação, realizado pela Fapeam em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). Segundo a doutoranda em Biotecnologia, a biomassa (qualquer matéria de origem vegetal rica em celulose) tem emergido como uma das principais estratégias para geração de biocombustíveis obtidos por via enzimática (substâncias do grupo das proteínas que atuam como catalisadores de reações químicas), como o etanol de segunda geração (bioetanol). A proposta é tornar o negócio rentável. “O desafio é tornar o bioetanol economicamente viável em escala industrial. Nesse cenário, pesquisas e inovação voltadas para o processo de conversão da celulose são fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias próprias e fortalecimento da produção de biocombustíveis no País. Nossa proposta é produzir um coquetel enzimático a base de celulases que são enzimas capazes de degradar a biomassa. Essas enzimas vão degradar a celulose e gerar a glicose, principal constituinte para produção de etanol segunda geração”, disse a pesquisadora. O mix de enzimas de diferentes microrganismos da Amazônia, principalmente fungos, que são naturalmente degradadores de celulose, além de inédito também se mostra uma proposta
promissora, uma vez que indústrias brasileiras de biocombustíveis podem investir nos coquetéis e ter maior rentabilidade com custos reduzidos. A fibra de celulose está presente em qualquer material de origem vegetal como, por exemplo, em resíduos agrícolas, bagaço de cana e casca de frutas. “O etanol de primeira geração, que já utilizamos no mercado, é obtido a partir do caldo de cana, no Brasil. Existe a possibilidade de aproveitarmos tudo o que é utilizado na indústria, no caso da cana, o rejeito que é formado é o bagaço. Você pode transformá-lo em etanol por meio da degradação da celulose. Esse processo pode ser feito por meio de processos químicos, mas isso se tornaria caro para a indústria. O ideal para eles (indústria) seria o processo enzimático que é mais barato”, explicou a pesquisadora. Os microrganismos produtores das enzimas que irão compor os coquetéis foram isolados do solo e de material vegetal em decomposição no Amazonas. Conforme dados do estudo, a maioria das enzimas utilizadas no setor de biocombustíveis no Brasil assim como em outros setores (indústrias: têxtil e de detergentes) vem de empresas estrangeiras. Nesse sentido, o desenvolvimento de um processo eficiente com novas fontes de enzimas possui um alto potencial inovador, com possibilidade de depósito de patentes e atração para indústrias. De acordo com Pamella, quanto melhor o desempenho das enzimas na transformação das moléculas de celulose em glicose, menor será o custo para as empresas. “O diferencial é que estamos buscando novas fontes de enzimas na biodiversidade amazônica. Sabemos que o processo de decomposição das folhas é feito por microrganismos amazônicos que são potentes produtores de enzimas celulolíticas. Pretendemos superar os coquetéis já existentes, aperfeiçoar o processo e fazer o registro de patente. Depois, faremos a transferência de tecnologia e gerar lucro a partir disso”, disse a empreendedora. O Programa é uma realização do governo do Estado, via Fapeam, em parceria com a Fundação Certi, com o objetivo de apoiar 40 propostas inovadoras de estudantes, pesquisadores, professores e profissionais dos diferentes setores do conhecimento e econômicos com recursos na ordem de R$ 50 mil para o desenvolvimento de negócios e/ou produtos de sucesso. http://portaldoamazonas.com/coquetel-de-enzimas-com-microrganismos-da-amazoniapodera-ser-usado-na-producao-de-alcool
Editoria: Pag: Info Natura Assunto: Se entendermos a floresta não será preciso derrubar um galho de árvore?,
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diz Niro Higuchi, da Fapeam e Inpa Cita a FAPEAM:
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Data: 17/12/2015
Se entendermos a floresta não será preciso derrubar um galho de árvore?, diz Niro Higuchi, da Fapeam e Inpa Em entrevista à Agência Fapeam, o pesquisador Niro Higuchi apontou as causas do desmatamento na Amazônia e soluções para o problema Pesquisador pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) com trajetória científica reconhecida em todo o mundo, Niro Higuchi, ressaltou a importância da floresta amazônica para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o pesquisador destacou a importância da formação de recursos humanos altamente qualificados que sejam capazes de entender as interações e associações que ocorrem com a floresta amazônica. Para ele, não é possível tentar utilizar a floresta amazônica sem conhecimento de alto nível. Confira a entrevista:Agência Fapeam (AF): Em um momento no qual os líderes de todos os países estiveram reunidos para discutir a preservação ambiental e muito se discute, principalmente, sobre o papel da Amazônia, como temos contribuído em um cenário mundial com a preservação do meio ambiente"Niro Higuchi: A floresta amazônica é a maior floresta contínua do mundo e está relativamente preservada. Diria, hoje, que a nossa estimativa não alcança 15% do desmatamento da Amazônia. Então, temos 85% de uma área gigantesca preservada, ou seja, 450 milhões de hectares. Só este fato ganha uma importância enorme, pois com esse bioma preservado, há ainda muita possibilidade de entender como eles funcionam em condições naturais e como poderão responder quando alterado ou modificado, ou, até mesmo, quando impactado por outro tipo de uso da terra. Portanto, o papel da Amazônia no ambiente mundial é extremamente relevante apesar de que ainda é pouco conhecido. Mas, diante do desconhecido é melhor seguir a estratégia de preservar o bioma. A.F: Relaciona-se a preservação da Amazônia como uma maneira de brecar as mudanças climáticas. Isto é possível ou esse processo de muda... leia mais em: http://pt.info-natura.com/ciencia/se-entendermos-a-floresta-no-sera-preciso-derrubar-umgalho-de-arvore-diz-niro-higuchi-da-fapeam-e-inpa
Editoria: Pag: Expresso Cidade Assunto: Tucumã pode ser um forte aliado contra o diabetes e à obesidade
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Data: 16/12/2015
Tucumã pode ser um forte aliado contra o diabetes e à obesidade Utilizando o potencial de frutos amazônicos, especialmente o do tucumã, a pós-doutora e pesquisadora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Paty Karoll Picardi, está desenvolvendo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), um estudo para avaliar o efeito de um fruto amazônico na prevenção e tratamento da obesidade e do diabetes: o tucumã. O projeto de pesquisa consiste em induzir animais, entre eles camundongos, a um estado prédiabético e avaliar o efeito do tucumã no perfil lipídico (série de exames laboratoriais para determinar dosagens de colesterol) e glicêmico (testes para verificar os níveis de açúcar). Segundo a pesquisadora, como o tucumã é rico em ácidos graxos, especialmente o ácido oleico e o ômega 3, que podem ter um importante papel na prevenção e no tratamento de doenças como o diabetes, a influência do consumo da fruta pode trazer novas abordagens terapêuticas para a prevenção e tratamento da obesidade e do diabetes. “Inicialmente, induziremos camundongos à obesidade, através de uma alimentação hiperlipídica (dieta com muita gordura), e, com o tempo, eles ficarão pré-diabéticos. Após isso, incluiremos na dieta deles o consumo do tucumã e analisaremos se há melhora no quadro prédiabético, avaliando os níveis de glicemia e a dosagem de colesterol no sangue”, explicou Karoll. Com os resultados obtidos, pode-se ter uma nova forma de combate à diabesidade (diabetes atrelada à obesidade), o que trará um grande avanço para a medicina, principalmente no Amazonas, onde o estudo está sendo desenvolvido. “A obesidade é uma doença inflamatória, podendo estar associada a morbidades como o diabetes. Os ácidos graxos insaturados podem diminuir essa inflamação e o tucumã, com suas propriedades nutricionais, pode ter um efeito de reversão nesse status inflamatório”, disse. Alerta
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso. E não é só a estrutura física corporal que motiva a preocupação. A obesidade está relacionada a uma série de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, Síndrome Metabólica (que envolve o desenvolvimento de resistência à insulina) e diabetes tipo 2 (doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo humano). A Crítica / Expresso da Cidade http://expressodacidade.com.br/?p=6008
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Unisinos
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‘Se entendermos a floresta não será preciso derrubar um galho de árvore’
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Data: 17/12/2015
‘Se entendermos a floresta não será preciso derrubar um galho de árvore’ Pesquisador pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) com trajetória científica reconhecida em todo o mundo, Niro Higuchi, ressaltou a importância da floresta amazônica para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o pesquisador destacou a importância da formação de recursos humanos altamente qualificados que sejam capazes de entender as interações e associações que ocorrem com a floresta amazônica. Para ele, não é possível tentar utilizar a floresta amazônica sem conhecimento de alto nível. Eis a entrevista. Em um momento no qual os líderes de todos os países estiveram reunidos para discutir a preservação ambiental e muito se discute, principalmente, sobre o papel da Amazônia, como temos contribuído em um cenário mundial com a preservação do meio ambiente A floresta amazônica é a maior floresta contínua do mundo e está relativamente preservada. Diria, hoje, que a nossa estimativa não alcança 15% do desmatamento da Amazônia. Então, temos 85% de uma área gigantesca preservada, ou seja, 450 milhões de hectares. Só este fato ganha uma importância enorme, pois com esse bioma preservado, há ainda muita possibilidade de entender como eles funcionam em condições naturais e como poderão responder quando alterado ou modificado, ou, até mesmo, quando impactado por outro tipo de uso da terra. Portanto, o papel da Amazônia no ambiente mundial é extremamente relevante apesar de que ainda é pouco conhecido. Mas, diante do desconhecido é melhor seguir a
estratégia de preservar o bioma. Relaciona-se a preservação da Amazônia como uma maneira de brecar as mudanças climáticas. Isto é possível ou esse processo de mudanças no clima alcançou um estágio irreversível? Vamos falar no singular. A mudança climática foi identificada com um aumento de temperatura no planeta Terra no período de 1880 até 2004, e depois eles estenderam esse prazo até 2012, então foi constatado um aumento de temperatura, um aquecimento global, isto é, uma mudança climática. Mas, tudo isso foi causado pela tecnologia. O que eu quero dizer é que se você colocar a floresta amazônica e compará-la com todos os outros tipos de atividades, todas as outras atividades do ser humano envolvem tecnologia. Mais de 80% das emissões e do estoque de gás de efeito estufa na atmosfera foram causados por causa do desenvolvimento tecnológico. Então, o desmatamento, seja da Amazônia ou de qualquer floresta, contribui com menos de 20% nesses gases de efeito estufa e esses gases são o que realmente causam todas essas ‘dores de cabeça’ para o planeta Terra. Olhando apenas por esse aspecto, se resolver o problema do desmatamento da Amazônia, resolvo apenas 20% do problema, isso se todo o desmatamento fosse na Amazônia, o que não é. O que nós temos de resolver é todo 100% e 80% dependem da tecnologia. Para ser muito objetivo, a tecnologia criou o problema que levou ao aquecimento global e não tem alternativa, é a tecnologia que tem de achar uma solução para resolver essa questão de mudança climática. E qual seria essa alternativa? O clássico do clássico era você desmatar e substituir a floresta por outro uso de terra, como por exemplo, a agropecuária, a produção de alimentos entre outros, porém não é o que ocorre. Temos uma floresta que foi desenvolvida há milhares de anos e para essa floresta ter se desenvolvido, ela dependeu de muitas interações com o solo, com o clima, com todos os seres vivos de todos os ecossistemas. Então, quando você tem todo esse processo evolutivo, muito conhecimento é agregado a isso. Teríamos que tentar entender como, por exemplo, essas plantas se desenvolvem e aproveitar delas esse banco de informações. Se a gente conseguisse utilizar a floresta, utilizando apenas o banco de informações, não seria preciso derrubar um galho de árvore. Mas, se a gente for para um lado mais prático, o que se fala muito é da biodiversidade e ela não demanda destruição de floresta. Você pode utilizar a biodiversidade e agregar muito valor a essa floresta, mantendo todos os serviços ambientais da mesma. Nós temos condições, só depende do conhecimento, da geração de tecnologia para aproveitar a floresta apenas das informações que estas desenvolveram ao longo do seu tempo. Como a pesquisa científica pode auxiliar em todo este processo de conservação ambiental, desenvolvimento e controle do desmatamento? A floresta Amazônica é uma floresta extremamente complexa, heterogênea e igualmente frágil e estamos diante desse tipo de informação. Não é possível tentar utilizar esse tipo de floresta sem conhecimento, conhecimento de alto nível. Tudo tem que começar pela pesquisa básica e temos de entender, realmente, como essa floresta e todas as suas interações e associações funcionam em condições naturais. Depois de entendermos isso, nós temos condições de prever ou desenvolver alguma estratégia de mitigação dos efeitos dessas intervenções. Isso demanda muito estudo científico e, principalmente, conhecimento básico. Em meados de 2012, o senhor declarou que a floresta Amazônica sequestrava da atmosfera
cerca de uma tonelada de carbono por hectare ao ano. Esse valor aumentou? Conseguimos mensurar o impacto do desmatamento neste processo? Esse estudo é muito localizado, é um estudo baseado apenas nas informações que nós coletamos na nossa estação experimental em poucas parcelas, e é um estudo de certo prazo, são quase trinta anos de observações. Então, ao longo desse tempo, nesse pequeno espaço de floresta, nós observamos que essa floresta, em condições naturais, tem tido capacidade de sequestrar uma tonelada de carbono da por hectare/ano. A pergunta que se faz é se eu posso extrapolar isso para toda a Amazônia e se isso vai acontecer em toda a região. Se isso acontecer em toda a Amazônia, a floresta, só em termos de sequestro de carbono, ou seja, de limpeza da atmosfera, tem um papel extraordinário, pois essa capacidade de sequestro tem condições de neutralizar todo o carbono emitido pelo Brasil. Temos um Código Florestal vigente que, mesmo necessitando ser readequado a determinadas realidades regionais, trouxe um avanço. Na sua avaliação, qual política adequada para conservação da floresta Amazônica? Quando falamos em quadro florestal, temos de lembrar que o primeiro quadro florestal, de fato, foi aprovado em 1932, depois em 1965 e, finalmente, em 2012. Então, na realidade, nós temos três Códigos Florestais que, se olharmos historicamente, de 1932 a Mata Atlântica praticamente desapareceu, o cerrado foi muito impactado com o uso da terra, e outros biomas no Brasil também sofreram grandes impactos desde 1932. Então, o Código Florestal não resolveu o problema e quando comparamos os três Códigos, pouca coisa mudou e todos eles tinham como premissa básica, conter o desmatamento, o que não funcionou. No ponto de vista relativo, nós temos um desmatamento de apenas 15%, mas no ponto de vista absoluto, o desmatamento na Amazônia é muito grande, principalmente se você olhar o retorno (social, rural ou financeiro) que esse desmatamento foi dado para a região Amazônica. Eu acredito que a grande novidade do novo Código Florestal é a introdução do cadastro ambiental rural, que irá trazer um controle melhor da terra, da propriedade. Se nós conseguirmos implementá-lo, nós vamos ter uma grande arma contra o desmatamento de fato. Mas a gente nunca pode ter certeza que a lei, realmente, será cumprida. Então nós temos de esperar, pois nós temos uma lei muito interessante, bonita, bem cuidada, mas há poucos investimentos de pessoal, de equipamento, pra licenciar e fiscalizar. Como o senhor acredita que a floresta Amazônica estará daqui a dez anos? Se nós considerarmos apenas a ação do homem, com a diminuição das taxas de desmatamento nos últimos dez anos, então diria que a Amazônia vai ter, do ponto de vista de paisagem, uma modificação pequena. No entanto, o que nós temos observado é que ações naturais, consequência ou não da mudança climática, tem ocasionado na paisagem amazônica uma mudança muito maior e mais intensa que a própria ação humana, principalmente por causa das secas e das tempestades. Portanto, a paisagem irá mudar muito pouco, dependendo apenas a ação antrópica que, por incrível que pareça, é muito mais previsível do que a ação natural que a gente perdeu completamente o controle. http://www.ihu.unisinos.br/noticias/550260-se-entendermos-a-floresta-nao-sera-precisoderrubar-um-galho-de-arvore
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Jornal da Ciência
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Coluna Claro e Escuro/ Ciência
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Data: 17/12/2015
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Portal do Governo
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Governo do Amazonas apoia estudo que utilizará mix de enzimas de
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microrganismos da Amazônia para na produção de álcool Cita a FAPEAM:
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Data: 16/12/2015
Governo do Amazonas apoia estudo que utilizará mix de enzimas de microrganismos da Amazônia para na produção de álcool Para driblar a crise econômica e gerar uma alternativa de combustível, a pesquisadora Pamella Santa Rosa Pimental desenvolverá com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), um coquetel de enzimas com microrganismos da Amazônia que poderá ser usado na produção de álcool. O protótipo do mix de enzimas deve ser concluído até 2017. Pioneiro na região amazônica, o projeto de pesquisa “Enzyme Blend – Mix Enzimático de Microorganismos da Amazônia para Aplicação Industrial” integra a lista das 40 propostas aprovadas na 1ª edição do Programa Sinapse da Inovação, realizado pela Fapeam em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). Segundo a doutoranda em Biotecnologia, a biomassa (qualquer matéria de origem vegetal rica em celulose) tem emergido como uma das principais estratégias para geração de biocombustíveis obtidos por via enzimática (substâncias do grupo das proteínas que atuam como catalisadores de reações químicas), como o etanol de segunda geração (bioetanol). A proposta é tornar o negócio rentável. “O desafio é tornar o bioetanol economicamente viável em escala industrial. Nesse cenário, pesquisas e inovação voltadas para o processo de conversão da celulose são fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias próprias e fortalecimento da produção de biocombustíveis no País. Nossa proposta é produzir um coquetel enzimático a base de celulases que são enzimas capazes de degradar a biomassa. Essas enzimas vão degradar a celulose e gerar a glicose, principal constituinte para produção de etanol segunda geração”, disse a pesquisadora.
O mix de enzimas de diferentes microrganismos da Amazônia, principalmente fungos, que são naturalmente degradadores de celulose, além de inédito também se mostra uma proposta promissora, uma vez que indústrias brasileiras de biocombustíveis podem investir nos coquetéis e ter maior rentabilidade com custos reduzidos. A fibra de celulose está presente em qualquer material de origem vegetal como, por exemplo, em resíduos agrícolas, bagaço de cana e casca de frutas. “O etanol de primeira geração, que já utilizamos no mercado, é obtido a partir do caldo de cana, no Brasil. Existe a possibilidade de aproveitarmos tudo o que é utilizado na indústria, no caso da cana, o rejeito que é formado é o bagaço. Você pode transformá-lo em etanol por meio da degradação da celulose. Esse processo pode ser feito por meio de processos químicos, mas isso se tornaria caro para a indústria. O ideal para eles (indústria) seria o processo enzimático que é mais barato”, explicou a pesquisadora. Coquetéis - Os microrganismos produtores das enzimas que irão compor os coquetéis foram isolados do solo e de material vegetal em decomposição no Amazonas. Conforme dados do estudo, a maioria das enzimas utilizadas no setor de biocombustíveis no Brasil assim como em outros setores (indústrias: têxtil e de detergentes) vem de empresas estrangeiras. Nesse sentido, o desenvolvimento de um processo eficiente com novas fontes de enzimas possui um alto potencial inovador, com possibilidade de depósito de patentes e atração para indústrias. Negócio promissor - De acordo com Pamella, quanto melhor o desempenho das enzimas na transformação das moléculas de celulose em glicose, menor será o custo para as empresas. “O diferencial é que estamos buscando novas fontes de enzimas na biodiversidade amazônica. Sabemos que o processo de decomposição das folhas é feito por microrganismos amazônicos que são potentes produtores de enzimas celulolíticas. Pretendemos superar os coquetéis já existentes, aperfeiçoar o processo e fazer o registro de patente. Depois, faremos a transferência de tecnologia e gerar lucro a partir disso”, disse a empreendedora. Sobre o Sinapse da Inovação - O Programa é uma realização do governo do Estado, via Fapeam, em parceria com a Fundação Certi, com o objetivo de apoiar 40 propostas inovadoras de estudantes, pesquisadores, professores e profissionais dos diferentes setores do conhecimento e econômicos com recursos na ordem de R$ 50 mil para o desenvolvimento de negócios e/ou produtos de sucesso. http://www.amazonas.am.gov.br/2015/12/governo-do-amazonas-apoia-estudo-que-utilizaramix-de-enzimas-de-microrganismos-da-amazonia-para-na-producao-de-alcool/
Editoria: Pag: Portal do Governo Assunto: Estudo apoiado pelo Governo do Amazonas, via Fapeam, busca em fungos
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na floresta amazônica potencial para produtos naturais bioativos Cita a FAPEAM:
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Data: 16/12/2015
A busca por novas fontes de produtos naturais com propriedades bioativas levou a pesquisadora Maria de Fátima Almeida a analisar os fungos da floresta amazônica como uma nova alternativa para produtos biotecnológico e farmacológico no Amazonas. A pesquisa realizada com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está sendo realizada no laboratório de microscopia no Instituto Federal do Amazonas (Ifam) com objetivo de extrair dos microrganismos encontrados em plantas benefícios para a sociedade. Segundo a pesquisadora, em um estudo anterior foram realizados ensaios biológicos in vitro no qual os fungos apresentaram atividade biológica anticancerígena. “Os testes mostraram que há potencial citotóxico promissor com relação a extratos e frações de fungos endofíticos, frente às linhagens de células tumorais humanas como leucemia, melanoma, ovário entre outros”, disse. Os fungos endofíticos são microrganismos encontrados nas plantas e agem como uma camada protetora contra agentes externos, criando substâncias químicas que as protegem. Benefícios - Segundo Maria de Fátima Almeida, estudos realizados em outros países já comprovaram também que as substâncias isoladas do microrganismo presente nos fungos endofíticos possuem vários benefícios que podem ser usados como fonte de produtos naturais bioativos com grande potencial de aplicações na agricultura, na indústria de alimentos e na medicina. De acordo com ela, há mais de 130 medicamentos de origem microbiana usados nos mais diversos tipos de doenças, como agentes antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários, antiviral, antinflamatório, anticâncer, neurológico, cardiovascular e em doenças imunológicas
Outra grande vantagem, em relação às demais fontes de produtos naturais, é o fato que os microrganismos podem ser cultivados em larga escala em fermentadores, não havendo prejuízo ao ecossistema, como ocorre com plantas e algas retiradas de ambientes naturais. Espécies nativas - No projeto de pesquisa que recebe aporte financeiro via Programa de Fixação de Doutores na Amazônia (Fixam) da Fapeam, ela pretende estudar espécies nativas da região amazônica. “Vamos trabalhar com as espécies de nossa região, que tem potencial, mas que muitas vezes não são conhecidas”, disse Maria de Fátima Almeida. A pesquisa conta com o auxilio de uma equipe formada por bolsistas de iniciação científica, apoio técnico, além das doutoras em química orgânica, Juliana Martinez e Ana Lúcia Mendes, que fazem, respectivamente, a identificação molecular e perfil químico analítico. Essa é a primeira vez que a Maria de Fátima Almeida tem um projeto de pesquisa com recursos financeiros do governo do Estado via Fapeam. Para ela, o apoio possibilita que o estudo seja realizado em tempo hábil e garante que as pesquisas beneficiem diretamente a população. “Esse é o meu primeiro trabalho com apoio da Fapeam. Esse suporte que a instituição dá é fundamental para transformar a pesquisa em realidade. Além disso, ainda temos a formação de novos recursos humanos por meio das bolsas de estudo que são concedidas”, disse a pesquisadora. Sobre Fixam/AM - Estimular a fixação de recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional em instituições de ensino superior e pesquisa, institutos de pesquisa, empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento, empresas privadas e microempresas que atuem em investigação científica ou tecnológica. http://www.amazonas.am.gov.br/2015/12/estudo-apoiado-pelo-governo-do-amazonas-viafapeam-busca-em-fungos-na-floresta-amazonica-potencial-para-produtos-naturais-bioativos/
Veículo:
Portal do Inpa
Assunto:
Programa de Pesquisas em Biodiversidade do Inpa lança Guia de Gêneros
Editoria:
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de Formigas Cita a FAPEAM:
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Data: 15/12/2015
Despertar o interesse e difundir o conhecimento sobre a diversidade de formigas, especialmente, para o público não especializado. Estes são os objetivos do “Guia para os Gêneros de Formigas do Brasil” lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio do Programa de Pesquisas em Biodiversidade (PPBio) e do Instituto Nacional de Ciência Tecnológica (INCT) - Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônia (Cenbam). A publicação é bem ilustrada e traz informações com uma linguagem simples sobre a morfologia, o histórico taxonômico do grupo, além de explicar como coletar e identificar os mais de 100 gêneros que ocorrem no Brasil. Uma chave de identificação ilustrada e o glossário no fim do livro irá ajudar os iniciantes e curiosos a entenderem alguns termos científicos empregados para descrever estruturas e facilitar a identificação dos gêneros de formigas. O guia on line conta também com muitas figuras e imagens em alta resolução de todos os gêneros de formigas que ocorrem no Brasil. De acordo com um dos autores do guia, o biólogo Fabrício Baccaro, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e integrante do PPBio, as formigas estão por toda parte e possuem importante papel no equilíbrio do ecossistema porque desempenham diversas funções essenciais para o funcionamento dos ecossistemas, como controle de insetos herbívoros, transformação do solo e dispersão de sementes. “A publicação traz de forma condensada informações básicas sobre a biologia, ecologia e evolução das formigas, temas estes que a maioria dos mirmecólogos (as pessoas que estudam formigas) deve conhecer”, ressalta Baccaro. “Esperamos que este guia possa também ser útil para graduandos, pós-graduandos e pesquisadores da área”, completa o professor. Na Amazônia, os gêneros de formigas mais conhecidos pela população são: Paraponera
(tucandeira, que é usada no ritual de iniciação masculina da etnia Sateré-Mawé), Solenopsis (formigas de fogo), Azteca (tapiba), Nylanderia (formiga louca), Pachycondyla (formigão), Camponotus (formiga carpinteira), Eciton (formiga de correição) e Atta (formiga cortadeira). É difícil estimar o número preciso de espécies, mas acredita-se que existam pelo menos 1.000 espécies de formigas já catalogadas pela ciência vivendo na Amazônia. O Brasil tem a maior diversidade de gêneros de formigas, com 31% dos gêneros reconhecidos no mundo, e possui a segunda maior diversidade de espécies de formigas do planeta. Com exceção dos círculos polares, as formigas estão presentes em todos os ambientes terrestres, geralmente, em número considerável. Mas é nos trópicos que esses insetos apresentam maior abundância, frequência e diversidade. Para se ter uma ideia, é estimado que as formigas, apesar de pertenceram a uma única família da ordem Hymenoptera, representam de 30% a 50% da biomassa animal terrestre de toda floresta amazônica. Baccaro explica que além de abundantes, as formigas são muito diversas. Segundo ele, no momento que esse livro foi finalizado, eram conhecidos aproximadamente 13 mil espécies de formigas, distribuídas em 16 subfamílias e 330 gêneros. A região Neotropical, que se estende desde a Terra do Fogo até o deserto do México, apresenta 13 subfamílias, 142 gêneros e aproximadamente 3 mil espécies descritas. “O Brasil tem uma posição de destaque e abriga mais da metade das espécies descritas para a região Neotropical com aproximadamente 1.458 distribuídas em 11 gêneros”, diz. A ideia de fazer o guia surgiu em 2009 durante o Simpósio de Mirmecologia que ocorreu em Ouro Preto (MG). Também são autores da publicação: Rodrigo Feitosa (Universidade Federal do Paraná), Fernando Fernández (Universidade Nacional de Colombia), Itanna Fernandes (doutoranda do Inpa/Smithsonian Institution), Thiago Izzo (Universidade Federal do Mato Grosso), Jorge de Souza (bolsista de pós-doutorado do Programa de Apoio à Fixação de Doutores no Amazonas da Fapeam) e Ricardo Solar (Universidade de Viçosa). O guia está disponível por enquanto em formato on line e pode ser baixado clicando aqui. A versão impressa está prevista para ser lançada em 2016.Este é mais um guia produzido pelo PPBio e Cenbam. Entre eles está o Guia de Cobras da Região de Manaus. Veja a lista de guias. Curiosidades Paraponeraclavata1FotoFabricioBaccaro Na Amazônia, a formiga tucandeira (Paraponera clavata), que chega a medir 2,5 cm de comprimento, é usada no ritual de iniciação masculina na tribo Sateré-Mawé. Os meninos de 8 a 9 anos vestem luvas cheias de formigas e devem aguentar por mais de 10 minutos. O ritual continua até a idade de 14 anos quando o jovem aprende a suportar dor sem dar sinal de sofrimento. Para os Sateré-Mawé, a ferroada da formiga tucandeira funciona como uma espécie de vacina. A formiga içá, popularmente conhecida como tanajura, é a fêmea da saúva, que em tupiguarani significa “formiga que se come”. Em muitas partes do país é considerada uma iguaria. A parte comestível é o abdômen da formiga, ou seja, a “bunda de tanajura”. É torrada com farinha de mandioca ou pura. Alguns dos melhores chefes do país também já inseriram a tanajura no cardápio. registrado em: Notícias http://portal.inpa.gov.br/index.php/ultimas-noticias/2365-programa-de-pesquisas-embiodiversidade-do-inpa-lanca-guia-para-os-generos-de-formigas-do-brasil
Veículo:
Quintais Imortais
Assunto:
Se entendermos a floresta não será preciso derrubar um galho de árvore’,
Editoria:
Pag:
diz Niro Higuchi, da Fapeam e Inpa Cita a FAPEAM:
Release da assessoria
Sim
Release de outra instituição Não Publicado no site da FAPEAM: Sim
Matéria articulada pela assessoria Iniciativa do próprio veículo de comunicação Não
Conteúdo: - Positivo - Negativo
Data: 15/12/2015
Pesquisador pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) com trajetória científica reconhecida em todo o mundo, Niro Higuchi, ressaltou a importância da floresta amazônica para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o pesquisador destacou a importância da formação de recursos humanos altamente qualificados que sejam capazes de entender as interações e associações que ocorrem com a floresta amazônica. Para ele, não é possível tentar utilizar a floresta amazônica sem conhecimento de alto nível. Confira a entrevista: Agência Fapeam (AF): Em um momento no qual os líderes de todos os países estiveram reunidos para discutir a preservação ambiental e muito se discute, principalmente, sobre o papel da Amazônia, como temos contribuído em um cenário mundial com a preservação do meio ambiente? Niro Higuchi: A floresta amazônica é a maior floresta contínua do mundo e está relativamente preservada. Diria, hoje, que a nossa estimativa não alcança 15% do desmatamento da Amazônia. Então, temos 85% de uma área gigantesca preservada, ou seja, 450 milhões de hectares. Só este fato ganha uma importância enorme, pois com esse bioma preservado, há ainda muita possibilidade de entender como eles funcionam em condições naturais e como poderão responder quando alterado ou modificado, ou, até mesmo, quando impactado por outro tipo de uso da terra. Portanto, o papel da Amazônia no ambiente mundial é extremamente relevante apesar de que ainda é pouco conhecido. Mas, diante do desconhecido é melhor seguir a estratégia de preservar o bioma.
A.F: Relaciona-se a preservação da Amazônia como uma maneira de brecar as mudanças climáticas. Isto é possível ou esse processo de mudanças no clima alcançou um estágio irreversível? Niro Higuchi: Vamos falar no singular. A mudança climática foi identificada com um aumento de temperatura no planeta Terra no período de 1880 até 2004, e depois eles estenderam esse prazo até 2012, então foi constatado um aumento de temperatura, um aquecimento global, isto é, uma mudança climática. Mas, tudo isso foi causado pela tecnologia. O que eu quero dizer é que se você colocar a floresta amazônica e compará-la com todos os outros tipos de atividades, todas as outras atividades do ser humano envolvem tecnologia. Mais de 80% das emissões e do estoque de gás de efeito estufa na atmosfera foram causados por causa do desenvolvimento tecnológico. Então, o desmatamento, seja da Amazônia ou de qualquer floresta, contribui com menos de 20% nesses gases de efeito estufa e esses gases são o que realmente causam todas essas ‘dores de cabeça’ para o planeta Terra. Olhando apenas por esse aspecto, se resolver o problema do desmatamento da Amazônia, resolvo apenas 20% do problema, isso se todo o desmatamento fosse na Amazônia, o que não é. O que nós temos de resolver é todo 100% e 80% dependem da tecnologia. Para ser muito objetivo, a tecnologia criou o problema que levou ao aquecimento global e não tem alternativa, é a tecnologia que tem de achar uma solução para resolver essa questão de mudança climática. A.F: E qual seria essa alternativa? Niro Higuchi: O clássico do clássico era você desmatar e substituir a floresta por outro uso de terra, como por exemplo, a agropecuária, a produção de alimentos entre outros, porém não é o que ocorre. Temos uma floresta que foi desenvolvida há milhares de anos e para essa floresta ter se desenvolvido, ela dependeu de muitas interações com o solo, com o clima, com todos os seres vivos de todos os ecossistemas. Então, quando você tem todo esse processo evolutivo, muito conhecimento é agregado a isso. Teríamos que tentar entender como, por exemplo, essas plantas se desenvolvem e aproveitar delas esse banco de informações. Se a gente conseguisse utilizar a floresta, utilizando apenas o banco de informações, não seria preciso derrubar um galho de árvore. Mas, se a gente for para um lado mais prático, o que se fala muito é da biodiversidade e ela não demanda destruição de floresta. Você pode utilizar a biodiversidade e agregar muito valor a essa floresta, mantendo todos os serviços ambientais da mesma. Nós temos condições, só depende do conhecimento, da geração de tecnologia para aproveitar a floresta apenas das informações que estas desenvolveram ao longo do seu tempo. A.F: Como a pesquisa científica pode auxiliar em todo este processo de conservação ambiental, desenvolvimento e controle do desmatamento? Niro Higuchi: A floresta Amazônica é uma floresta extremamente complexa, heterogênea e igualmente frágil e estamos diante desse tipo de informação. Não é possível tentar utilizar esse tipo de floresta sem conhecimento, conhecimento de alto nível. Tudo tem que começar pela pesquisa básica e temos de entender, realmente, como essa floresta e todas as suas interações e associações funcionam em condições naturais. Depois de entendermos isso, nós temos condições de prever ou desenvolver alguma estratégia de mitigação dos efeitos dessas intervenções. Isso demanda muito estudo científico e, principalmente, conhecimento básico. A.F: Em meados de 2012, o senhor declarou que a floresta Amazônica sequestrava da atmosfera cerca de uma tonelada de carbono por hectare ao ano. Esse valor aumentou?
Conseguimos mensurar o impacto do desmatamento neste processo? Niro Higuchi: Esse estudo é muito localizado, é um estudo baseado apenas nas informações que nós coletamos na nossa estação experimental em poucas parcelas, e é um estudo de certo prazo, são quase trinta anos de observações. Então, ao longo desse tempo, nesse pequeno espaço de floresta, nós observamos que essa floresta, em condições naturais, tem tido capacidade de sequestrar uma tonelada de carbono da por hectare/ano. A pergunta que se faz é se eu posso extrapolar isso para toda a Amazônia e se isso vai acontecer em toda a região. Se isso acontecer em toda a Amazônia, a floresta, só em termos de sequestro de carbono, ou seja, de limpeza da atmosfera, tem um papel extraordinário, pois essa capacidade de sequestro tem condições de neutralizar todo o carbono emitido pelo Brasil. A.F: Temos um Código Florestal vigente que, mesmo necessitando ser readequado a determinadas realidades regionais, trouxe um avanço. Na sua avaliação, qual política adequada para conservação da floresta Amazônica? Niro Higuchi: Quando falamos em quadro florestal, temos de lembrar que o primeiro quadro florestal, de fato, foi aprovado em 1932, depois em 1965 e, finalmente, em 2012. Então, na realidade, nós temos três Códigos Florestais que, se olharmos historicamente, de 1932 a Mata Atlântica praticamente desapareceu, o cerrado foi muito impactado com o uso da terra, e outros biomas no Brasil também sofreram grandes impactos desde 1932. Então, o Código Florestal não resolveu o problema e quando comparamos os três Códigos, pouca coisa mudou e todos eles tinham como premissa básica, conter o desmatamento, o que não funcionou. No ponto de vista relativo, nós temos um desmatamento de apenas 15%, mas no ponto de vista absoluto, o desmatamento na Amazônia é muito grande, principalmente se você olhar o retorno (social, rural ou financeiro) que esse desmatamento foi dado para a região Amazônica. Eu acredito que a grande novidade do novo Código Florestal é a introdução do cadastro ambiental rural, que irá trazer um controle melhor da terra, da propriedade. Se nós conseguirmos implementá-lo, nós vamos ter uma grande arma contra o desmatamento de fato. Mas a gente nunca pode ter certeza que a lei, realmente, será cumprida. Então nós temos de esperar, pois nós temos uma lei muito interessante, bonita, bem cuidada, mas há poucos investimentos de pessoal, de equipamento, pra licenciar e fiscalizar. A.F: Como o senhor acredita que a floresta Amazônica estará daqui a dez anos? Niro Higuchi: Se nós considerarmos apenas a ação do homem, com a diminuição das taxas de desmatamento nos últimos dez anos, então diria que a Amazônia vai ter, do ponto de vista de paisagem, uma modificação pequena. No entanto, o que nós temos observado é que ações naturais, consequência ou não da mudança climática, tem ocasionado na paisagem amazônica uma mudança muito maior e mais intensa que a própria ação humana, principalmente por causa das secas e das tempestades. Portanto, a paisagem irá mudar muito pouco, dependendo apenas a ação antrópica que, por incrível que pareça, é muito mais previsível do que a ação natural que a gente perdeu completamente o controle. Da Agência Fapeam, in EcoDebate, 16/12/2015 http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2015/12/se-entendermos-floresta-nao-sera.html