Essencial 36

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EDITORIAL

Presidente Clarindo Mitiyoshi Yao 1º Vice-presidente Antonio Ankerkrone 2º Vice-presidente Gilberto Cortese Secretário Geral Nelson Sabino de Freitas Tesoureiro Geral José Roberto Cicarelli Costa Assessores da Presidência Antônio Ankerkrone Elias Aziz Aidar Eurípedes Vedovato DIRETORIA Diretor da EAP Alexandre A. Melo Cortese Científico Mário Luis Zuolo Assessores Antônio Fagá Júnior, Carlos Veloso Salgado, Hideki Fabrício Miasiro, Luciano Mauro Del Santo, Marta T. Kuczynski, Mauro Ferreira Martins Tosta e Paulo Sérgio Pedrosa Ferraz Cultura e Turismo Juliana Melo Cortese Esportes Alexandre A. Marelli Tavares Informática Sérgio José Martins Nova Geração Gustavo Feresin Fenerich Patrimônio Ricardo Thomé Social Rosemari Dario Assessora Juliana Melo Cortese Implantação da Biblioteca Fernanda Helena Dario Implantação da EAP Luis Roberto C. Capella Comissão de Obras Nova Sede Eurípedes Vedovato, Gilberto Cortese, Mário Luís Zuolo, Ricardo Petrone e Simone Petrone ESSENCIAL EM REVISTA Diretor da Revista Daniel Kherlakian Produção Editorial ICL Comunicação Editor Executivo Israel Correia de Lima Editor de Arte Guilherme Gonçalves Revisão Maristela Santana Santos Carrasco Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) Impressão Input Comunicação Visual Ltda. Periodicidade Trimestral Tiragem: 6.000 exemplares

Capa: Ilustração - Camilo Saraiva

Regional Jardim Paulista Sede: Rua Guararapes, 720 - Brooklin São Paulo - SP - CEP 04561-000 (11) 5535-9532, 5096-0588 e 5049-3250 Unidade Fiandeiras: Rua Fiandeiras, 366 Vila Olímpia - São Paulo - SP - CEP 04545-002 - (11) 3849-8030 e 3045-1614 revista@apcdjardimpaulista.com.br www.apcdjardimpaulista.com.br Atenção: as opiniões expressas nas matérias publicadas na revista Essencial são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as opiniões da diretoria da APCD Jardim Paulista. É proibida a reprodução ou cópia, sem prévia autorização. Capa: Maurício Pereira Idéia: Dr. Euripedes Vedovato

Inauguração da nova sede Guararapes Após muito esforço e dedicação de todos os membros da diretoria, inauguraremos, no próximo mês de dezembro, as novas instalações da sede Guararapes da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), localizada no tradicional bairro paulistano do Brooklin. As dependências contarão com laboratório de prótese, sala de raios X, salas para professores/alunos, recepção, sala de espera, área administrativa, auditório/salão nobre, cozinha, churrasqueira e forno para ocasionais eventos e encontros, para rever os amigos. Enfim, um projeto inteligente e harmonioso, com espaços generosos para comportar nossos associados, professores, alunos, empresários; comodidades voltadas exclusivamente para o colega! Aproveitamos para agradecer aos nossos parceiros durante ao longo dos anos: Indor Radiologia, Ero Prótese, Biomet 3i, Doc Digital, GAC Orthomax, Labordental, Lab 3 D, Oral X, LabFlores, Titanium Fix, Nobel Biocare, Neodent, Gnatus, Instituto Brånemark e Turma do Bem. Na ocasião da inauguração, comemoraremos também os 32 anos de fundação da nossa Regional. A diretora social, Rose, já deu início aos preparativos para a grandiosa festa. Vale lembrar que no próximo ano teremos o VIII Encontro APCD Jardim Paulista, que terá como coordenador o dr. Mário Luis Zuolo e equipe. Aguardem as novidades para esse evento, que já se tornou tradicional na Odontologia paulistana. Boas Festas e um Próspero 2010!

Clarindo Mitiyoshi Yao

s u m á rio

4 Ciência e Tecnologia Evidências científicas na prevenção da cárie precoce na infância 6 Novidades Modulmix, Implante NanoTite™ 3i, Novidades Doc Digital 8 Atualidades A Importância da atualização do laboratório e de seus funcionários - Quanto custa? 10 Calendário Científico EAP Jardim Paulista: cursos teórico, laboratorial e clínico 11 Variedades P-I Brånemark Institute tem participação positiva no Congresso Internacional de Osseointegração 12 Personalidades Reintervenção em Endodontia, Macro 1 e 11, CORE e Reuniões da Diretoria JP 12 Evento Diretor participa de evento no exterior 14 Especial Você se preparou para o futuro? Pensou na aposentadoria para quando chegar a melhor idade? 20 Entrevista Aprenda a ser um cirurgião-dentista de sorrisos 22 Ponto de Vista O mundo mudou e a odontologia também 23 Curiosidade Gastronomia e suas curiosidades 24 Em Tempo Documentário Boca a boca denuncia a precariedade da saúde bucal do brasileiro 26 Indicador Profissional Guia de especialidades odontológicas


c i ê n c ia e te c n olo g ia

Evidências científicas na prevenção da cárie precoce na infância A cárie precoce na infância é definida como a presença de uma ou mais lesões, cavitadas ou não, perda dentária por cárie, ou superfícies dentárias restauradas em qualquer dente decíduo de crianças com até seis anos de idade. Em crianças com menos de três anos, essa definição aplica-se à ocorrência de algum sinal de cárie dentária em qualquer superfície. Na literatura odontológica, diversas nomenclaturas e definições já foram dadas para essa doença infecciosa, que acomete os dentes de bebês e crianças muito jovens, como: cárie de mamadeira, cárie rampante na infância, cárie de amamentação, cárie do lactente e cárie do bebê. Essas terminologias foram substituídas por “cárie precoce na infância”, uma vez que não há evidências suficientes para relacionar a presença dessa doença somente a hábitos alimentares inapropriados. Múltiplos fatores de risco têm sido associados à cárie precoce na infância, incluindo pobres padrões de higiene bucal, frequente ingestão de carboidratos fermentáveis, baixo nível socioeconômico, assim como os fatores predisponentes específicos dessa etapa da infância, que incluem a colonização inicial por bactérias cariogênicas, a imaturidade do sistema de defesa da criança e a presença comum de hipoplasias de esmalte. No Brasil, os primeiros estudos nacionais de saúde bucal, realizados entre 1986 e 1996, não contemplaram crianças na faixa etária pré-escolar. Mais recentemente, foi realizado um estudo nacional, identificado como “SB Brasil: Condições de saúde bucal na população brasileira 2000-2003”, em que se estimou que quase 27% das crianças de 18 a 36 meses apresentavam, pelo menos, um dente decíduo com experiência de cárie dentária, o que demonstra a alta prevalência dessa doença. Diante da importância desse tema na comunidade científica, há mais de uma década, especialistas nesse assunto, membros da American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD) e da European Academy of Paediatric Dentistry (EAPD), têm discutido os possíveis fatores de risco e procurado respostas com base em estudos experimentais bem delineados, que suportem as condutas clínicas no tratamento do paciente infantil portador de cárie precoce. Após um período de buscas e discussões, existem hoje fortes evidências científicas que servem como referência para as recomendações de tratamento, como as revisões sistemáticas sobre os diferentes métodos de prevenção de cárie. No entanto algumas recomendações continuam acompanhadas de evidências fracas, originadas de estudos pobremente delineados, segundo os critérios de metodologia científica, mas ainda assim servem de referência para a atuação do clínico.

Recomendações clínicas Segundo a EAPD, as recomendações clínicas baseadas nas melhores evidências são: • Avaliação da saúde bucal associada à orientação dada em visitas regularmente programadas, durante o primeiro ano de vida, são uma importante estratégia para prevenir as lesões de cárie precoce na infância. Existem evidências sugerindo que intervenções potencialmente efetivas devem ser propostas nos primeiros dois anos de vida da

Aspecto clínico das lesões de cárie precoce na infância. Nesse paciente de três anos de idade, observamos um comprometimento severo com grandes perdas de estrutura dentária

A avaliação da saúde bucal associada à orientação realizada em visitas regularmente programadas, durante o primeiro ano de vida, são uma importante estratégia para prevenir a cárie precoce na infância

criança (Gussy, et al, 2006). Além disso, o aconselhamento aos pais sobre dieta e higiene bucal resulta em menor risco de cárie, sendo que o aconselhamento realizado de forma individualizada parece ser mais eficiente do que campanhas educativas comunitárias (Kay e Locker, 1996; USPSTF, 2004). • Os dentes das crianças devem ser escovados diariamente com uma camada de dentifrício fluoretado, assim que estes erupcionam. Revisões realizadas por Twetman (2008) e Ammari et al (2007) concluíram que tratamentos à base de flúor apresentaram as melhores evidências na prevenção das lesões causadas por cárie precoce na infância. O uso de dentifrício fluoretado é a medida caseira de cuidado com o melhor custo-benefício (Marinho, et al, 2003; Twetman, et al, 2003). A maioria das revisões, no entanto, está relacionada à dentição permanente jovem, e essa evidência tem sido extrapolada para os dentes decíduos. Três estudos controlados sobre escovação supervisionada com dentifrício fluoretado, realizados em comunidades na China, apresentaram resultados consistentes, com redução de cárie em crianças da pré-escola (Schwartz, et al, 1998; You, et al, 2002; Rong, et al, 2003). Não há evidência do efeito preventivo da cárie dentária com o uso de dentifrícios com baixa concentração de flúor (Ammari, et al, 2003; Twetman, et al, 2003). • Aplicações profissionais de verniz fluoretado são recomen-


Referências bibliográficas

Escovação diária dos dentes com dentifrício fluoretado, assim que estes erupcionam, respeitando-se a quantidade adequada para cada faixa etária

Bebidas adocicadas oferecidas em mamadeira devem ser evitadas, especialmente à noite

dadas, pelo menos duas vezes ao ano, a grupos ou a indivíduos com risco de cárie. Há uma forte evidência do efeito preventivo da cárie com aplicações tópicas de verniz fluoretado em dentes decíduos (Marinho, et al, 2002; Peterson, et al, 2004; Ada, 2006). Assim, o verniz fluoretado estabeleceu-se como uma prática profissional eficiente na prevenção de lesões de cárie precoce em crianças de alto risco (Weintraub, et al, 2006). • Pais de bebês e crianças devem ser orientados a reduzir comportamentos que promovam a transmissão precoce do estreptococos mutans. Existem limitadas evidências de que o uso materno de gomas de mascar contendo Xylitol, durante o período de erupção dos dentes decíduos (6-20 meses), pode prevenir o desenvolvimento de cárie (Isokangas, et al, 2000; Thorild, et al, 2006). Há alguma evidência de que programas educacionais e preventivos voltados para as gestantes possam melhorar a saúde dental dos futuros bebês (Günay, et al, 1998; Gomez, et al, 2001). • O consumo frequente de bebidas adocicadas e, ainda, oferecidas em mamadeira deve ser evitado, especialmente à noite. Essa recomendação é mais baseada no senso comum sobre o papel etiológico do açúcar nas lesões de cárie precoce (Tinanoff e Palmer, 2000; Hallet e O’Rourke, 2006) do que nos resultados de estudos controlados.

American Dental Association Council on Scientific Affairs: Professionally applied topical fluoride. Evidence-based clinical recommendations. JADA 2006;13:1151-1159. Ammari JB, Baqain ZH, Ashley PF. Effects of programs for prevention of early childhood caries. A systematic review. Med Princ Pract 2007;16:437-442. Ammari AB, Bloch-Zupan A, Ashley PF. Systematic review of studies comparing the anti-caries efficacy of children’s toothpaste containing 600ppm of fluoride or less with with high fluoride toothpastes of 1,000 ppm or above. Caries Res 2003;37:85-92. Gomez SS, Weber AA. Effectiveness of a caries preventive program in pregnant women and new mothers on their offspring. Int J Peadiatr Dent 2001;11:117-122. Günay H, Dmoch-Bockhorn K, Günay Y, Geurtsen W. Effect on caries experience of a long-term preventive program for mothers and children starting during pregnancy. Clin Oral Investig 1998;2:137-142. Gussy MG, Waters EG, Walsh O, Kilpatrick NM. Early childhood caries: Current evidence for aetiology and prevention. J Paediatr Child Health 2006;42:37-43. Hallet KB, O’Rourke PK. Pattern and severity of early childhood caries. Community Dent Oral Epidemiol 2006;34:25-35. Isokangas P, Söderling E, Pienihäkkinen, Alanen P. Occurrence of dental decay in children after maternal consumption of xylitol chewing gum. A followup from 0 to 5 years of age. J Dent Res 2000;79:1885-1889. Kay EJ, Locker D. Is dental health education effective? A systematic review of current evidence. Community Dent Oral Epidemiol 1996;24:331-335. Marinho VC, Higgins JP, Sheiham A, Logan S. Fluoride toothpastes for preventing dental caries in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev 2003;(1):CD002278. Marinho VC, Higgins LP, Sheiham A, Logan S. Fluoride varnishes for preventing dental caries in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev 2002;(3):CD002279. Petersson LG, Twetman S, Dahlgren H, Norlund A, Holm AK, Nordenram G, Lagerlöf F, Söder B, Källestål C, Mejàre I, Axelsson S, Lingström P. Professional fluoride varnish treatment for caries control: a systematic review of clinical trials. Acta Odontol Scand 2004;62:170-176. Rong WS, Bian JY, Wang WJ, Wang WD. Effectiveness of an oral health education and caries prevention program in kindergartens in China. Community Dent Oral Epidemiol 2003;31:412-416. Schwartz E, Lo EC, Wong MC. Prevention of early childhood caries - results of a fluoride toothpaste demonstration trial in Chinese preschool children after three years. J Public Health Dent 1998;58:12-18. Thorild I, Lindau B, Twetman S. Caries in 4-year-old children after maternal chewing of gums containing combinations of xylitol, sorbitol, chlorhexidine and fluoride. Eur Arch Paediatr Dent 2006;7:241-245. Tinanoff N, Palmer CA. Dietary determinants of dental caries and dietary recommendations for preschool children. J Public Health Dent 2000;60:197-206. Twetman S. Prevention of early childhood caries – a review of literature published 1998-2007. Eur Arch Paediatr Dent 2008;submitted Twetman S, Axelsson S, Dahlgren H, Holm AK, Källestål C, Lagerlöf F, Lingström P, Mejàre I, Nordenram G, Norlund A, Petersson LG, Söder B. Caries-preventive effect of fluoride toothpaste: a systematic review. Acta Odontol Scand 2003;61:347-355. U.S. Preventive Services Task Force. Prevention of dental caries in preschool children. Recommendations and rationale. Am J Prev Med 2004;26:326-329. Weintraub JA, Ramos-Gomez F, Jue B, Shain S, Hoover CI, Featherstone JDB, Gansky SA. Fluoride varnish efficiency in preventing early childhood caries. J Dent Res 2006;85:172-176. You BJ, Jian WW, Sheng RW, Jun Q, Wa WC, Bartizek RD, Biesbrock AR. Caries prevention in Chinese children with sodium fluoride dentifrice delivered through a kindergarten-based oral health program in China. J Clin Dent 2002;13:179-184.

Luciana Monti Lima - Dra. em Ciências Odontológicas - área de Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - Unesp. vedovatodont@uol.com.br


NOVIDADES

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Implante NanoTite™ 3i.

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Doc Digital apresenta suas novidades!

Na internet as novas funcionalidades de agendamento de exames pelo paciente, lembrando que agendando pela internet o paciente paga os exames com desconto exclusivo. Para o dentista na área restrita do site, com seu email e senha é possível fazer agendamento de exames, consultar pacientes, o exclusivo serviço Minha Doc Customizada (documentações customizadas de cada dentista), exames realizados na Doc, e ainda a exclusiva área do Programa de Fidelidade da Doc Digital com novos parceiros. Novos serviços digitais: • TCV (tomografia computadorizada volumétrica) para Periodontia que permite visualização e mensuração com precisão de tecidos moles (uma novidade!), periodontais e Peri-implantares facilitando o planejamento protético cirúrgico periodontal; • TCV para Ortodontia/Ortognática com o sofisticado software Dolphin Imaging® gerando imagens de altíssima qualidade, e um completo estudo ortodôntico em três dimensões; • Modelos Odontológicos Digitais 3D, exclusividade que traz inúmeros benefícios, como ganho de espaço físico, maior quantidade e qualidade informações, várias análises de modelos, software gratuito para manipulação e visualização, garantia de prova documental; • Tomada de cor dental com sistema Spectroshade, que gera um relatório com o mapa de cor preciso do(s) dente(s) a ser(em) enviado(s) ao laboratório de prótese. Maior conforto ao paciente e garantia de informações corretas ao protético. Informações: 0800-015-5777 e (11) 5070-0077 www.docdigital.com.br



ATUALIDADES

Elias Rosa de Oliveira

A importância da atualização do laboratório e de seus funcionários – Quanto custa?

Para falarmos a esse respeito, é importante discorrer um pouco sobre valor agregado. Isso deixa mais evidente o conceito de atualização técnica e intelectual do laboratório. Segundo Tom Coelho(*): “A empresa que identifica o desejo mais subliminar de seus consumidores pode dar-se ao luxo de vender o que produz ao invés de produzir o que se vende”. Identificar um desejo subliminar é descobrir a percepção. É importante lembrarmos que os bens e serviços, ao serem produzidos, obtêm um valor de mercado, que é resultado de todo o esforço para produzi-lo, acrescido do lucro, valor este que denominamos preço ou “valor de prateleira”. Agregar valor, então, é um atributo que buscamos na percepção do cliente, e o Capital Intelectual é o responsável por esse atributo intangível sobre o “preço da prateleira”. O valor percebido ocorre no ato da aquisição do bem por meio da disponibilização, segundo interesses do cliente, na forma de atendimento, nas facilidades oferecidas, no nível de relacionamento, nos serviços pós-venda (garantia, assistência), enfim, um conjunto de atitudes e ações que somente o Capital Intelectual promove. O valor agregado é a percepção que o cliente (consumidor) tem de um bem (produto ou serviço) que atenda seu conjunto de necessidades, considerando o benefício X preço em comparação a um bem disponível na concorrência. É atributo de qualidade (não tangível) somado, adicionado, enfim, agregado a um bem (produto ou serviço), um diferencial que, na percepção do cliente, justifica sua escolha entre os demais bens substitutos ofertados no mercado. A grande maioria dos dentistas tem a percepção da qualidade e do diferencial do serviço, mas nem sempre está claro para eles o valor agregado embutido no trabalho. Entendo que, para o dentista receber um trabalho dentro da expectativa, por exemplo, na data e horário marcados, correto, qualificado, confiável, estético, em embalagem adequada etc., este resultado envolveu um alto investimento por parte do laboratório, advindos de uma vasta experiência adquirida ao longo do tempo, suportados por grandes investimentos. • Funcionários qualificados Isso demanda bons salários, despesas contratuais, benefícios, pagamentos de todos os impostos devidos de acordo com a legislação. • Treinamento de funcionários (no Brasil e no exterior) Para o laboratório atingir a qualidade constante dos trabalhos, é necessário que os novos funcionários recebam treinamentos de adequação aos mecanismos de trabalho do seu setor e que absorvem o domínio das técnicas dos líderes de equipe; Custos com contratação de ministradores para capacitação constante de novos e antigos funcionários, objetivando acompanhar a evolução das técnicas e tecnologias na área odontológica; Cursos de aperfeiçoamento no exterior para os líderes de equipes acelera a chegada, ao Brasil, de novas tecnologias. • Tecnologia em máquinas e equipamentos Fazem-se necessários constantes investimentos para nos manter-

mos sempre atualizados; instalações e equipamentos de última geração; novos produtos e sistemas etc. Não obstante, ainda temos de analisar e selecionar produtos e técnicas que são oferecidos todos os dias no mercado odontológico, para que possamos fazer a melhor escolha de acordo com o perfil dos clientes e do laboratório. É importante ressaltar que nem sempre acertamos nas escolhas que fazemos dos sistemas, produtos ou técnicas. Quando isso acontece, o maior prejuízo é do laboratório, seja financeiro, seja moral. Normalmente, os fabricantes não reconhecem esse custo para o laboratório. Mas nem por isso devemos deixar de investir no novo, no avançado, tecnológico, apesar do risco de aumentar o custo. • Logística Estoque de produtos de consumo; Controle absoluto do tempo de trabalho de cada setor; Obedecer o tempo de entrega rigorosamente. • Marketing • Infraestrutura • Corpo administrativo Enfim, investir em capital intelectual objetiva a tripla satisfação no sucesso de uma prótese: 1º do paciente – que depositou plena confiança no seu dentista, portanto espera um trabalho funcional e estético; 2º do dentista – ao sentir-se realizado, por ter atingido seu objetivo: cliente satisfeito; 3º do laboratório – que, apesar de muitas vezes deparar-se com preparos e moldes deficitários, consegue interpretar as informações clínicas, minimizando estresses com repetições e conseguindo, assim, magníficos trabalhos protéticos. Entendemos perfeitamente a importância da parceria laboratório-dentista, e que ambos têm um objetivo em comum: a satisfação do cliente, sem esquecer que, ao mesmo tempo, temos de obter lucro enquanto empresa. Para conseguir fazer o círculo virtuoso, deve-se investir na constante melhoria técnica. Tudo isso demanda novos investimentos em pesquisas, novos produtos, novos equipamentos, novas instalações, os quais beneficiarão diretamente nosso cliente dentista, que, por sua vez, vai ter maior número de opções para seus pacientes, dentro da sua especialidade. Quando se trata de serviços prestados, isso se torna mais crítico, pois essa área envolve não somente utilização de produtos de qualidade, como também qualidade da mão de obra especializada (resolução técnica, assessoria técnica, embasamento técnico, experiência em casos complexos, planejamento clínico, comprometimento, disciplina), tudo agregado ao resultado de um trabalho protético. Finalmente, qualidade exige todos os investimentos citados, além de preços compatíveis aos trabalhos apresentados, experiência, credibilidade na praça, bem como a satisfação de todos os envolvidos. Esse é o meu entendimento a respeito do conceito de valor agregado. Peço que os leitores reflitam sobre o porquê de suas preferências por alguns produtos ou serviços em detrimento de outros similares disponíveis no mercado.

Elias Rosa de Oliveira – responsável técnico e proprietário do Laboratório Ero Prótese. (*) Tom Coelho está entre os conferencistas mais requisitados da atualidade, em razão de sua formação eclética, experiência profissional e da abrangência dos temas de suas palestras, que apresentam conteúdo prático e motivacional. Tem sido escolhido para abertura e encerramento de Congressos, Convenções e Encontros.



c ale n d á rio Cie n t í f i c o

Dr. Mário Luis Zuolo

Informações e inscrições pelos telefones: (11) 5535-9532 / 5049-3250 / 5096-0588 ou pelo e-mail: secretaria@apcdjardimpaulista.com.br

EAP Jardim Paulista sede - guararapes - Rua Guararapes, 720 - Brooklin (Estacionamento conveniado na Rua Califórnia, 590).

Cursos teóricos-demonstrativos (coffee-break incluso)

Cursos Regulares de Especialização em andamento na APCD JP

Especialização em Prótese Dentária - 3ª Turma n Ministrador Dr. Euripedes Vedovato

Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial - 3ª Turma Teórico / Prático / Clínico n Ministrador Prof. Gilberto Cortese Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial

n Coordenador José Martelli Filho - Mestre e Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e Especialista em Radiologia

n Professores Alexandre Cortese (mestre e esapecialista em Ortodontia), Juliana Cortese (especialista em Ortodontia) e professores convidados

Especialização em Radiologia e Imaginologia Odontológica n Coordenador Prof. Dr. Israel Chilvarquer n Ministradores Jorge Elie Hayek, Michel Eli Lipiec Ximenez e Alessandra Coutinho.

n Diferenciais do curso Utilização de aparelhos de última geração: aparelho panorâmico digital, Tomógrafo Computadorizado Volumétrico; softwares para manipulação de imagens, traçados cefalométricos; simulação de instalação de implantes (RadioCef, Slice Guide e Dental Slice) e interpretação de radiografias e tomografias.

Especialização em Endodontia - 3ª Turma n Coordenador Dr. Mário Zuolo n Ministradores Equipe Endogroup 10

Cursos programados - 2010

Curso de Odontologia Estética

n Ministrador Prof. Dr. Mário Sérgio Limberte n Duração 90 horas (5ª e 6ª-feiras) n HORÁRIO das 8h às 17h n Programa Aprenda como ser dentista de sorrisos - Aulas práticas - Workshops n Objetivo O aluno se habituará a introduzir as técnicas aprendidas na sua pratica diária. As aulas práticas em laboratórios propiciarão ao aluno manipular e se familiarizar ao uso de novos materiais. Nas aulas de Marketing, o aluno aprenderá como adequar sua clínica para atendimento de Odontologia Estética e a vender seu trabalho. Terá aumento de produtividade, aceitação dos planos de tratamento e aumento de receitas a partir do 2º módulo. O investimento INCLUE apostilas teóricas e praticas, material de uso (resinas, adesivos, etc), empréstimo de todo o instrumental e coffee-breaks. O participante deve trazer somente peças de mão contra-ângulo tipo Kavo, uma saca brocas e adquirir o manequim. n vagas limitadas n Informações E-mail: mlimberte@uol.com.br ou tel.: (11) 3044-1816/ 3884-7583

Curso Básico e Avançado em Implantodontia - Módulo Cirúrgico - Sistema Biomet 3i

n Coordenador Dr. Odair Borghi n Equipe Claudia B. Pera, Paulo H. Ueda, Paulo Y. Kawakami, Ricardo M. Saito, Rodrigo Fromer e Wander C. Kobayashi. n Início fevereiro de 2010 n Duração 10 meses - quinzenal - sextas-feiras das 8h às 18h n valor 10 parcelas de R$ 400,00 n Objetivo Fornecer ao cirurgião- dentista embasamento teórico, laboratorial e clínico para a realização de técnicas cirúrgicas de reconstrução óssea e instalação de implantes osseointegrados Biomet 3i. n Obs. O curso fornecerá os kits cirúrgicos e os motores de implante.

Especialização em Periodontia com Ênfase em Estética e Implantes

n Coordenação Marcelo Bassani / Jorge Saade n Equipe Alessandro Ceschin, Marcelo Grava, Luester Scandiuzzi, Sergio Kenji e professores convidados n Início 19/03/2010 n Duração 24 meses (6ª feira, sábado / quinzenal / manhã) n Forma de Seleção entrevista e análise curricular n valor R$ 1.200,00 n Programa Para acesso ao Programa deve ser agendado um horário com a secretaria da APCD Jd. Paulista ou ligar 44373838 / 3078-0038


V ariedade s

P-I Brånemark Institute tem participação positiva no Congresso Internacional de Osseointegração A participação do P-I Brånemark Institute, de Bauru, no Congresso Internacional Comemorativo dos 20 anos da Osseointegração, realizado entre os dias 3 e 5 de setembro, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, Brasil, foi altamente positiva. No estande dos organizadores do evento, foram comercializados vários produtos alusivos à instituição, como camisetas, canetas, chaveiro, mochilas, entre outros, os quais tiveram ótima aceitação por parte dos participantes. “Superou a expectativa, o que vai nos ajudar a continuar realizando nosso trabalho junto aos pacientes, que, em sua grande maioria, são pessoas carentes”, comemora a coordenadora do Brånemark Institute, Ingrida Ginters. Além do estande e da presença de profissionais técnicos e funcionários, o P-I Brånemark Institute teve um motivo mais que especial para estar presente no Anhembi, seu fundador, o sueco Per-Ingvar Brånemark, foi o presidente de honra do Congresso, que teve a participação expressiva de dentistas de todo o País e do exterior. Como não pôde comparecer pessoalmente, ele gravou um vídeo com um breve discurso, que foi apresentado na abertura dos trabalhos, emocionando participantes e organizadores. “O evento foi muito produtivo para nós. Pudemos divulgar os cursos que serão oferecidos em 2010, o de pós-graduação e fazer novos contatos para agregar mais grupos de voluntários para o próximo ano. É sempre bom difundirmos o que é feito dentro do Instituto. Muitas pessoas já conhecem, mas é importante que outros se interessem e venham conhecer o processo de perto”, lembra Ingrida. Considerado referência na área, o Instituto oferece a correção de vários tipos de defeitos envolvendo os dentes e toda a face, como olhos, nariz e orelhas. Outro momento positivo do P-I Brånemark Institute no Congresso foi a participação na mesa redonda do cirurgião Hugo Nary, que, com outros participantes, debateram o tema “Maxila posterior: reconstrução ou ancoragem?”. “Foi muito bom, pois tivemos a oportunidade de discutir os avanços da Odontologia com alguns dos maiores especialistas do mundo”, conta Hugo, que também é cirurgião responsável pelo P-I Brånemark Institute. Mércia Ribeiro e Ivan Umberto Fontana – assessoria de imprensa do P-I Brånemark Institute 11


PERSONALIDADES

Flash do lançamento do livro “Reintervenção em Endodontia”, em 18 de agosto.

Membros da APCD JP presentes na reunião da Macro 1 e 11 na cidade de Guarulhos, em 12 de setembro.

A APCD JP esteve presente na reunião do Conselho das Regionais (Core), em agosto, na cidade de Araraquara (SP).

Reunião no mês de julho na APCD JP.

Em agosto, a reunião da Diretoria aconteceu na Cantina do Piero e não na sede da Regional Guararapes, em virtude desta passar por reforma. Na ocasião, num ato simbólico, foi comemorado os 32 anos da Regional. Em setembro a reunião foi na sede Fiandeiras.

E ve n to

Diretor participa de evento no exterior

Sérgio José Martins, Guilherme Noriaki e Henrique Bassi

12

O diretor de Informática da APCD JP, doutor Sérgio José Martins esteve presente no Congresso da Associação Americana de Endodontia, realizado na cidade de Orlando (EUA), – acompanhado pelos colegas Guilherme Noriaki e Henrique Bassi (Belo Horizonte-MG).



E SP E C I A L

Você se preparou para o futuro? Pensou na aposentadoria para quando chegar a melhor idade? Por Israel Correia de Lima

Quando somos jovens, damos mais valor ao tempo presente, vivendo-o intensamente, e, muitas vezes, relegamos o futuro a segundo plano. Não fazemos um planejamento financeiro nem nos preocupamos muito com nosso bem-estar social, a fim de vivermos uma vida melhor após os 70 anos; muitas vezes, quando a idade pesa nos ombros, nos pega desprevenido. Para esta reportagem, entrevistamos inúmeros profissionais experientes, alguns com mais de 65 anos (a maioria na ativa), outros de meia-idade e alguns jovens, que relataram seus planos com relação a uma aposentadoria digna na terceira idade. Também ouvimos uma especialista em Direito Previdenciário, a advogada Maria Teresa Fiorindo, para esclarecer o que é aposentadoria e como, no decorrer da vida, um indivíduo com capacidade laborativa pode se preparar para ela. Aos 82 anos de idade, o dr. Helcio Feresin pratica basquete três vezes por semana e trabalha, em média, cinco horas por dia em seu consultório, localizado na região dos Jardins. Ele possui apenas a aposentadoria do INSS, mas, no decorrer da vida, adquiriu alguns imóveis que hoje reforçam sua renda mensal. “Somente com a aposentadoria não dá para viver e não conseguiria manter o mesmo padrão de vida que tenho hoje”, revela o dr. Helcio.

Helcio Feresin, 82 anos, em plena atividade

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Edmilson Ramos diversificou suas atividades

Ruy Hizatugu: “clinico porque adoro a Odontologia”

Segundo ele, o ideal é destinar, desde o início do exercício profissional, cerca de 15% dos rendimentos para a vida futura. “Atualmente, com o número excessivo de faculdades, acarretando um exagero de profissionais a cada ano no mercado de trabalho, e com aumento dos convênios e das clínicas, via mídia, fica mais difícil a obtenção de uma aposentadoria digna. O conselho que dou ao meu filho e ao meu neto, que são colegas de profissão, é que se previnam desde o início profissional”, recomenda ele. O ortodontista e implantodontista Edmilson Ramos (68 anos), no início da profissão, pensou no aperfeiçoamento técnico e científico. Não deixando de lado o presente, mas preparando-se para o futuro, diversificou suas atividades em agronegócios e incorporações, na construção e venda de imóveis; hoje ele possui um respeitável patrimônio. “Sou aposentado há alguns anos por tempo de serviço, mas apenas com essa renda não seria possível viver com dignidade e manter o mesmo


Não deixe o amanhã surpreender você O dr. Edson Humberto Lednik não bebia, não fumava, percorria diariamente três quilômetros, nos fins de semana, dez, e frequentava academia de ginástica. Vendia saúde! Certo dia, assistindo a uma palestra ministrada por um colega ortodontista, deu-se conta de que precisava de tratamento para um velho problema de mordida cruzada, o qual desencadeia má respiração bucal, dor no estômago, olheira e mal-estar de maneira geral. Resolveu então que não mais adiaria o problema, começando com a realização de um tratamento ortodôntico. Em um determinado ponto do tratamento, foi informado de que deveria fazer uma intervenção cirúrgica. “Não tinha nenhum problema de saúde, pelo menos não aparente. Fiz todos os exames pré-operatórios, deu tudo normal”, disse ele. Foi realizada uma cirurgia ortognática. Tudo correu normalmente, mas, já na sala de recuperação, Lednik começou a passar mal. “Foi o que me contaram, na realidade não sei o que aconteceu.” Encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ficou lá durante dez dias, e constataram que ele sofrera um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sem causa definida, o que deixou sequelas que perduram até hoje, como paralisação dos membros (braço e perna) do lado esquerdo do corpo, interrompendo uma promissora carreira odontológica. Hoje o dr. Lednik se locomove com dificuldade. “Posso atuar em outras áreas, ministrando cursos, ou mesmo em outras atividades que não necessite dos membros e sim da cabeça. Tanto que estou para lançar um livro relatando a minha experiência. Tendo cabeça boa, o resto vai...”, brinca. O dr. Lednik conta que não estava preparado para essa fatalidade. “A minha sorte é que, antes de ser cirurgião-den-

padrão de vida adquirido em anos de trabalho. Recomendo que cada um tenha um plano de aposentadoria privada e acesso a um sistema de saúde para quando chegar à melhor idade”, diz ele. Trabalhando normalmente em seu consultório, aos 75 anos de idade, o especialista em Endodontia e Biologia Celular e Histologia, Ruy Hizatugu, não é aposentado, apesar de ter tempo suficiente para tanto. “Clinico porque adoro a Odontologia e, após 50 anos de dedicação, estou muito feliz, saudável e pretendo continuar trabalhando por muito tempo, e a minha principal fonte de renda sempre foi a Odontologia”, relata dr. Ruy. Para ele: “ganhar muito não significa ganhar bem, ganhar pouco não significa ganhar mal”; “sala cheia não significa sucesso, sala vazia não significa fracasso”. Aposentado há 26 anos, o clínico geral Elias Azis Aidar, de 76 anos, tem como renda apenas a aposentadoria

tista, tinha trabalhado em empresas e bancos, em regime de CLT, o que ajudou no valor da aposentadoria por invalidez, e também, como autônomo, ter contribuído com o pagamento do carnê. Outro fator positivo é que minha esposa trabalha como analista de sistemas, reforçando a renda familiar”, diz dr. Lednik. Ele conta que o grande erro foi não ter feito uma aposentadoria privada e não ter se dedicado a outra atividade paralela. O padrão de vida da família não diminuiu. “Não Doutor Lednik e o seu filho Danilo tinha dívidas, tenho o durante entrevista para a Essencial meu apartamento já quitado. Foi o que salvou”, relata ele. Hoje, o que o conforta é participar da vida associativa no Odonto Comunidade da APCD Central. O dr. Lednik faz fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional e psicoterapia para a recuperar os movimentos do braço e da perna. “Tanto eu como minha família procuramos, dentro da nossa realidade, viver e me dedico às terapias para, quem sabe um dia, conseguir o retorno dos movimentos. Por que isso, ninguém sabe, só Deus. Esperança sempre há. Ninguém disse ‘você vai voltar’. Mas também ninguém disse ‘você não vai voltar’.” Lednik é pai de Danilo e Sabrina, acupunturista, especialista e voluntário do Departamento de Ética do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.

pelo INSS e um pequeno aluguel imobiliário e ainda clinica porque necessita de “alguns rendimentos a mais”. “Hoje o profissional deve diversificar seus investimentos e fazer uma aposentadoria privada”, aconselha ele. O dr. Elias aproveita para desabafar, dizendo que, se não estivesse sendo espoliado em sua aposentadoria, não necessitaria continuar clinicando, pois, segundo ele, quando se aposentou, embora tenha recolhido sobre 12 salários mínimos, seu rendimento mensal foi calculado sobre 7 salários; sendo que, hoje, recebe apenas sobre 4 salários. Ao longo de anos de trabalho na área odontológica, Guido Maltagliati (71 anos) adquiriu patrimônio suficiente para viver a melhor idade, além de usufruir a aposentadoria oferecida pelo governo. “Escolha a opção certa na profissão e se entregue com amor e muita dedicação. Teremos muito mais êxito na pro15


fissão que conhecemos do que naquelas que nos são estranhas, no caso de o profissional querer diversificar para outros setores do mercado, seja agropecuário, industrial,incorporações etc”, recomenda ele. Com 68 anos e ainda na ativa, o diretor da APCD Jardim Paulista e também um dos coordenadores do curso de Especialização em Ortodontia, Gilberto Cortese, só conheceu uma aposentadoria privada, a Aplumed. Filiou-se, mas, no decorrer de alguns anos, por falta de confiança, fez o resgate. Ele é aposentado há 14 anos. “Viver somente da aposentadoria? Nem sonhando, mesmo juntando com a da minha esposa”, diz Cortese. Casado há 43 anos com Maria Aparecida Melo Cortese, fizeram planejamento para o futuro juntos. Investiram em agropecuária e citricultura. “Aprendi que ser um pequeno proprietário rural não é lucrativo. Então passei a investir em imóveis e no mercado financeiro (ações e fundos de ações com dividendos). “Posso parar de viver dos aluguéis e dividendos, mas não consigo e não quero ficar fora da Odontologia”, diz ele. Cortese dá a seguinte receita aos jovens que querem se preparar para o futuro: “Gastem menos (bem menos) do que ganham e poupem; façam aposentadoria privada e seguro de vida; invistam em vocês profissionalmente, tanto na parte técnica como nas instalações do consultório; nunca coloquem todos os ovos na mesma cesta, isto é, diversifiquem as aplicações; fujam do cheque especial (juros altíssimos); usem cartão de crédito com critério”, recomenda. Ele cita como exemplo

Elias Azis Aidar e Gilberto Cortese, colegas de profissão há muitos anos

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Guido Maltagliati adquiriu patrimônio suficiente para viver a melhor idade

Flávio Vellini Ferreira, para quem é preferível investir sempre em atividades próprias

um conselho que recebeu, e do qual nunca se esqueceu, de um vendedor de automóveis logo que chegou a São Paulo, em 1963, aos 22 anos de idade, e que até hoje segue: “Juros são para receber e não para gastar. Faça o dinheiro trabalhar para você, pois ele trabalha 24 horas por dia, sem receber salário e hora-extra”. Aos 21 anos de idade, Flávio Vellini Ferreira, de 75 anos, ingressou na Universidade de São Paulo, na qual se doutorou, chegando a ser professor livre-docente e professor associado. “No meu vocabulário, não existe a palavra aposentadoria. Nosso corpo não quer e não pode ficar sem atividades, seja ela física ou intelectual. Quando tracei meu plano de vida jamais pensei em algum dia parar, aposentar-me. Pensei, sim, em diversificar minhas atividades”, diz ele. Vellini diz que aprendeu com o pai que sempre devemos nos dedicar a um ou mais negócios próprios e nunca depender de planos privados para garantir o futuro. “É preferível sempre investirmos em atividades próprias para não corrermos riscos com firmas ou entidades sobre as quais não temos nenhum controle, sejam nacionais ou estrangeiras. Face à expectativa de vida estar aumentando, precisamos, a cada dia, melhor nos prepararmos para o futuro – é um desafio que precisamos enfrentar”, comenta ele. Mestre e especialista em Dentística pela USP, Andréa Trajano de Mello Ferreira, 45 anos de idade, faz a seguinte consideração sobre o curso de graduação em Odontologia. Segundo ela, todo o enfoque era tão so-


Este texto não tem a intenção de esclarecer tudo sobre a previdência social, mas prestar um breve e simples esclarecimento sobre o que é aposentadoria e como (no decorrer da vida do indivíduo com capacidade laborativa) preparar-se para ela.

O que você deve saber sobre a aposentadoria Você está preparado para a aposentadoria? A grande maioria dos indivíduos tem no trabalho sua única fonte de subsistência, o qual pode ser assalariado ou não (prestação de serviços autônomos). Quando há perda dessa capacidade laborativa, seja definitiva, seja temporária, o trabalhador precisa valer-se de outros meios para manter sua subsistência. Surge então a previdência social, Maria Teresa Fiorindo mais precisamente o seguro social no Brasil. A legislação previdenciária é bastante complexa, e a regra geral é a Lei nº 8.213/91 e suas alterações, mas existem leis específicas, por categorias profissionais, como a categoria dos odontólogos, que vamos aqui especificar. Prestações da previdência social para o dentista Todo trabalhador que contribui para a previdência social é chamado de segurado; é necessário ter a qualidade de segurado para poder usufruir os benefícios previdenciários. Os principais são: auxílio doença, salário maternidade, pensão por morte, auxílio acidente, auxílio reclusão, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria por idade etc. Cada espécie de benefício exige uma carência mínima (número de contribuições necessárias para a obtenção de um benefício). Alguns exemplos de carência x benefícios: - 12 meses para o auxílio doença; - 180 meses para a aposentadoria por idade e por tempo de contribuição; - 10 meses para o salário maternidade, para contribuinte autônomo. Observamos que a regra acima não é absoluta, existem regras de transição para alguns benefícios, para os quais a perda da qualidade de segurado se dá após 12 meses da última contribuição, para o segurado com menos de 120 contribuições, e após 24 meses, para o segurado com mais de 120 contribuições, e em alguns casos a carência é dispensável. Também a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição e da aposentadoria por idade, conforme estabelece a Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003. Aposentadoria por tempo de contribuição do dentista A aposentadoria pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador deve comprovar, pelo menos, 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher; não sendo exigido idade mínima. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem de combinar dois requisitos: tempo de contribuição e idade mínima. Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e com 30 anos de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição, conhecido como pedágio). As mulheres têm direito à aposentadoria proporcional aos 48 anos de idade e com 25 anos de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição). O acréscimo de tempo de serviço conhecido como “pedágio” foi instituído pela EC nº 20/98. Conversão de tempo de serviço/contribuição para o dentista O tempo de serviço exercido na profissão de dentista é acrescido de 40% para homens e de 20% para mulher, ou seja, cinco anos de serviço prestado em condições especiais terá um acréscimo de dois anos para homem e um ano para mulher. Um bom exemplo dessa conversão de tempo de serviço é o de um profissional-homem que exerceu atividade de dentista durante dez

anos em seu consultório, e que poderá solicitar a conversão desse tempo que representará 14 anos de efetivo tempo de contribuição, e que será computado com os demais períodos. O INSS faz, administrativamente, a conversão de tempo de serviço por enquadramento em categoria profissional, para os períodos exercidos até 28/4/1995, pois a Lei nº 9.032/95 vetou tal conversão. Portanto todos os profissionais que exerceram a atividade de dentista até 28/4/1995, seja como autônomo, seja como empregado, têm direito à conversão de tempo de serviço, basta apresentarem uma prova por ano de exercício da profissão. O documento mais comum é a ficha de tratamento do paciente. Aposentadoria por idade A aposentadoria por idade é devida ao segurado que completar 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher – cumprida a carência exigida de 180 meses de contribuição; a idade é reduzida em cinco anos para o trabalhador rural. A carência de 180 contribuições é exigida para os segurados inscritos na previdência social após 24/7/1991; para aqueles que foram inscritos antes dessa data, deve ser aplicada a tabela progressiva, prevista no artigo 142 da Lei nº 8.213/91, a qual leva em conta o ano em que o segurado implementou ou irá implementar todas as condições necessárias para a obtenção do benefício. Por exemplo, ao segurado que implementou as condições no ano de 1991 serão exigidas 60 contribuições, e, para aquele que implementou as condições em 2009, serão exigidas 168 contribuições. Auxílio doença para o profissional dentista Todo dentista que ficar incapacitado temporariamente para o exercício da profissão deve solicitar o auxílio doença, o qual será pago a partir do primeiro dia de incapacidade para o profissional autônomo e do 16º dia para o profissional empregado. Salário-maternidade para a mulher dentista É a proteção à mulher gestante; tem duração de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 15 dias a cargo da perícia médica do INSS. É concedido sem carência para a dentista empregada, sendo exigidas 10 contribuições para a dentista autônoma. Tem início no período entre 28 dias antes do parto e a data da ocorrência deste. Profissional dentista autônomo O seguro social é de caráter contributivo e de filiação obrigatória, assim, todo profissional autônomo tem de estar inscrito e contribuindo para o RGPS, quando exercer atividade e auferir renda, estando essa obrigação a cargo do próprio profissional, diferentemente do profissional empregado, em que é obrigação do empregador recolher e repassar ao INSS a contribuição. O valor a ser recolhido pelo profissional autônomo é de 20% da renda auferida, não podendo ser inferior a um salário mínimo nem superior a R$ 3.218,06 (valor teto atual de contribuição da previdência social). Acontece, com muita frequência, de o profissional dentista prestar serviços para mais de uma empresa como autônomo e também manter um consultório particular. Nesse caso, atenção, pois as empresas tomadoras do serviço têm a obrigação legal de fazer a retenção do valor devido ao INSS na folha de pagamento do profissional, e muitas vezes esses valores somados (empresas tomadoras mais consultório etc.) ultrapassam o valor teto de contribuição, ou seja, 20% de R$ 3.218,09. Caso isso tenha ocorrido, o trabalhador deve pedir restituição dos valores pagos, esclarecendo que o pedido deve ser feito na Receita Federal do Brasil, e serão devolvidos todos os valores pagos a maior (que ultrapassarem o teto de contribuição) nos últimos cinco anos, pois os demais estão prescritos.

Maria Teresa Fiorindo – advogada; especialista em Direito Previdenciário; trabalha há 25 anos como técnica do seguro social e há quatro anos exerce o cargo de chefia de benefícios na agência de São Carlos. E-mail: teresa.fiorindo@yahoo.com.br

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mente para a área da saúde, tendo como missão atender, prestar serviços, resolver o problema do paciente e obter conhecimento técnico e científico aprimorado e nenhuma orientação voltada para administração, vendas e muito menos marketing. “Nós não tínhamos nem se quer sabíamos o que era necessário. Digo isso, pois temos que ter consciência de que somos prestadores de serviços, devemos ter um bom produto, saber como vendê-lo e reverter em renda e estabilidade econômica para nossa família,” diz ela. Há dois anos, Andréa começou a cuidar melhor da saúde física, pois começou a sentir os primeiros sinais do intenso exercício da profissão. Diminuiu a jornada diária de trabalho, passou a agir com menos ansiedade e mais equilíbrio. Hoje tem uma disciplina de exercícios específicos, como ginástica laboral, acupuntura e treinamento cardiovascular. Para garantir uma aposentadoria respeitável, ela e o marido, também cirurgiãodentista, fizeram, há 10 anos, uma previdência privada, um seguro de vida resgatável depois dos 60 anos e um plano de complementação de renda na falta de um dos cônjuges. “Isso não seria suficiente para mantermos o mesmo padrão de vida que temos em plena atividade, mas ajudaria bastante”. Atualmente, Andréa exerce outra atividade, porém didática, trabalha na EAP/APCD e também no Instituto Vellini. Tais atividades não deixam de render um pouco, mas são mais para suprir uma necessidade de realização pessoal. “Temos uma clínica multidisciplinar

Andréa Trajano de Mello Ferreira: “ainda sou mito dependente de quanto tempo passo sentada naquele mocho”

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Mara Mastrofrancisco Reali pretende se mudar para São Carlos

Caroline Oliveira Rompinelli aos 23 anos já planeja o futuro

Alessa Donizete Abrão: “diminuir o ritmo de trabalho com boa saúde física e mental”

com a participação de vários profissionais, mas confesso: ainda sou muito dependente de quanto tempo passo sentada naquele mocho”, diz ela. Mesmo depois de aposentar-se, a periodontista Mara Mastrofrancisco Reali, hoje com 48 anos, pretende continuar trabalhando. Atualmente ela paga o INSS e tem uma poupança. “Quando não tiver mais condições de trabalhar, pretendo ir morar em São Carlos (interior de São Paulo), onde tenho família, qualidade de vida melhor e onde o custo de vida é mais baixo”, diz Mara. Caroline Oliveira Rompinelli tem 23 anos e cursa especialização em Endodontia. Ela já planeja o futuro, contribuindo com o INSS, além de ter uma previdência privada. “Do jeito que vai o país, somente com a aposentadoria não dá para manter o mesmo padrão de vida que quando se está trabalhando, por isso é bom já pensar no futuro e, quem sabe, viver uma vida melhor na terceira idade”, diz ela. Formada em dezembro de 2008, Alessa Donizete Abrão, de 24 anos, pretende se aposentar de acordo com a lei, mas não para parar de trabalhar, e sim para diminuir o ritmo, com uma boa saúde física e mental. Possui previdência privada e pretende ter outra fonte de rendimento além da Odontologia. “Ainda quando somos jovens, devemos pensar em garantir um futuro melhor e então poder desfrutar com mais segurança a idade já avançada pelo tempo”. Sábias palavras.



e n trevi s ta D r . M á rio S é r g io L i m berte

Aprenda a ser um cirurgião-dentista de sorrisos No início de 2010, o renomado professor Mário Sérgio Limberte ministrará um curso de Odontologia Estética na sede da APCD Regional Jardim Paulista. Nessa entrevista, ele fala sobre o programa, o público-alvo, as aulas práticas e teóricas e de seu objetivo. Essencial: O senhor poderia falar um pouco sobre o programa do curso “Aprenda como ser dentista de sorrisos”? Mário Sérgio Limberte: Quando menciono no meu programa sobre “Como ser dentista de sorrisos”, minha intenção é que o dentista perceba que nós não vendemos resinas, nem porcelanas, nem implantes, vendemos, sim, sorrisos e felicidade aos clientes. Muitas vezes ficamos focados em um trabalho sem dar a devida importância ao sorriso. O dentista precisa saber, e nós ensinamos no curso, quais são os componentes de um sorriso harmônico e bonito. No curso universitário, nós não temos aula sobre “Sorriso” e somos dentistas de sorrisos e seres humanos, e não dentista de dentes. Essencial: Qual o público-alvo? Mário Sérgio Limberte: O público-alvo é o clínico geral, os especialistas de prótese, implantes, ortodontistas, endodontistas, periodontistas, cirurgiões e os acadêmicos do último ano da faculdade. Estética não é uma especialidade odontológica, e todo profissional deve ter conhecimento dos conceitos estéticos. No curso, ensino como o dentista deve vender seu trabalho, as técnicas de marketing, como cobrar honorários, relações interpessoais, como lidar com clientes difíceis, e outros assuntos de interesse geral. Essencial: Como serão as aulas práticas e teóricas? Mário Sérgio Limberte: As aulas práticas são ministradas em laboratório, em manequins, sempre praticando o que se aprendeu nas aulas teóricas. Utilizo manequins por ser mais didático. Tenho experiência em aulas práticas em pacientes, mas não tem o mesmo proveito. E por quê? É difícil ou quase impossível conseguir pacientes para que todos os alunos executem facetas laminadas, ou colagem de fragmentos e outros trabalhos. Essencial: O que o curso oferece aos participantes em termos materiais? Mário Sérgio Limberte: O curso oferece as resinas, adesivos, motores e as espátulas para a execução dos trabalhos práticos. O aluno só deve comprar o manequim e trazer micromotor contra-ângulo de baixa rotação. Essencial: Qual o objetivo? Mário Sérgio Limberte: O objetivo é habilitar todo dentista interessado, seja clínico geral, especialista, seja acadêmico de último ano, a enfrentar o difícil mercado competitivo. No curso, ensinamos a colocar pinos de fibra de vidro, que considero um trabalho que deve ser executado pelo endodontista; fechamento de diastemas e espaçamentos, que os ortodontistas e periodontistas devem saber, por ser fácil e não precisar encaminhar para outro profissional executar. Ocorrem, algumas vezes, fraturas de porcelana em dentes sobre implantes, e o implantodontista pode restaurar a porcelana sem ter de tirar o trabalho da boca do paciente. Essencial: Qual a importância de ministrar o curso na Regional APCD Jardim Paulista? Mário Sérgio Limberte: Primeiro porque sou sócio da Regional Jardim Paulista. Fui carinhosamente convidado para ministrar meu curso, estreando as belíssimas novas instalações para cursos; o ambiente é amigável e familiar; tenho muitos amigos na Regional. Enfim, estou em casa. Estou feliz por estar de volta à APCD. A entidade faz parte da história da minha vida profissional, guardo boas recordações dos anos que dediquei ministrando cursos e coordenando congressos. Gosto de lembrar a frase que meus alunos costumam falar: O curso mudou minha vida profissional. Dr. Mário Sérgio Limberte - Tel. 3044-1816 - Rua Helena, 218 - 7º and. - Cj. 709 - São Paulo - sergiolimberte@uol.com.br 20



PONTO DE VISTA

O mundo mudou e a odontologia também A globalização é uma tendência irreversível, pois vivemos em um país capitalista com economia de mercado. Mercado livre implica concorrência, enaltecendo os melhores, os mais bem preparados e qualificados. Em um país como o nosso, democrático, que optou pelo estado de direito, não se coaduna mais lideranças com posturas de leniência, conformismo e omissão. A relação diploma-trabalho em todo o mundo mudou radicalmente. Não se discute mais saturação de mercado, mas sim distinção e sobrevivência para os mais bem preparados. Das cem maiores economias do mundo, 47 são multinacionais Na década de 80, produzíamos automóveis carroças e hoje temos a terceira maior produção de veículos em termos mundiais, com participação de todas as montadoras do mundo, sem falar que somos destaque na área de Tecnologia da Informação (TI). Pensar em fechar ou regular abertura de faculdades é anacrônico, sendo prerrogativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Devemos, sim, fortalecer nossas autarquias, como os Conselhos Regionais de Odontologia (CRO) e o Conselho Federal de Odontologia (CFO), com lideranças legitimadas, para criar mecanismos de mensuração de qualificação mínima para o exercício profissional, como um filtro natural, que já existe há muito tempo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Independentemente de os vários cursos de graduação e especialização titularem uma quantidade excessiva de profissionais, apenas os com qualificação mínima estariam habilitados para o mercado de trabalho. A transparência dos exames e resultados com ampla disponibilização na mídia para a sociedade induziria a uma seleção natural, ou de mercado livre, das melhores faculdades de Odontologia e dos cursos de especialização. Urge cada vez mais fomentar lideranças em todos os segmentos, inclusive na Odontologia. Líderes inovadores que quebrem paradigmas e não que fiquem aguardando que o governo faça tudo sozinho. O próprio governo, por meio das organizações sociais, já está delegando atribuições para a iniciativa privada. É no mínimo utopia acreditar que seria desumano, no mundo capitalista em que vivemos, os mais bem preparados e que se empenharam mais nivelarem-se aos despreparados. No dia a dia, constatamos que os departamentos de recursos humanos das empresas estão triando e selecionando os melhores, sem falar nos próprios concursos públicos, cada vez mais criteriosos. Hoje, ser líder de qualquer segmento é ser sensível e mudar a rota, indo ao encontro dos desejos da maioria e não dos mais poderosos. Para finalizar, algumas questões para reflexão: 1. O habilitador legal para o exercício profissional são os conselhos, e os cursos de graduação e especialização não seriam apenas um meio de aprendizado e capacitação? 2. Apenas limitar a quantidade de faculdades e cursos de especialização expressaria uma forma eficaz de controlar a qualidade técnica, intelectual e social do cirurgião-dentista (CD)? 3. Um exame de proficiência aplicado pelas autarquias do governo que nos regulamenta – CFO –, para avaliar um mínimo de qualificação para o exercício da Odontologia, não implicaria uma categoria profissional mais valorizada, preparada e uma população mais bem atendida? 4. Se o exame de proficiência já é aplicado com recertificação de cinco em cinco anos, com sucesso em muitos países do primeiro mundo, por que não aplicar o que está dando certo no Brasil? O Brasil passa por um momento sem precedentes de destaque internacional. Se pleiteamos um lugar entre os países de primeiro mundo, precisaremos que as nossas lideranças em todos os segmentos tenham visão de futuro, promovendo o debate amplo e democrático das mudanças que devem ser feitas, sabendo aonde queremos chegar. A Odontologia brasileira não pode ser apenas uma mera coadjuvante das mudanças, mas sim a protagonista, com resgate do respeito e do prestígio profissionais. Dr. Sidney Tadeu C. L. Manoel - conselheiro da APCD Central - sidneymanoel@uol.com.br. 22


CU R I O S I D A D E S

Gastronomia e suas curiosidades Por volta de 1825, um francês chamado Jean Anthelme escreveu: “Diga-me o que comes que eu te direi quem és” (autor do livro A fisiologia do gosto). Ele se referia aos prazeres de uma boa refeição. Essa obra mostra a relação do homem, quando ele fala que a feitura de um novo prato equipara-se ao prazer dos deuses quando de sua descoberta. Passado um século dessas afirmações, comer bem passou a ter restrições quanto à carne, a massa, o doce, com insinuações para o bem ou para o mau. Nessa época, todas as cozinhas começavam a ficar mais evidenciadas. Na Europa, a francesa, a italiana e a alemã sobressaiam ao lado da japonesa e da chinesa, atravessando fronteiras e, com isso, criando um universo de conhecimentos prazerosos. No Brasil, as cozinhas mineira, capixaba, baiana e nordestina davam mostras da sua potencialidade. Na década de 70, um cozinheiro francês, Paul Bocuse, começou a fazer escola por todo o mundo com especiarias, ervas na quantidade certa, com cortes diferenciados, dando nova dimensão ao “bel prazer” de um equilíbrio consumado na feitura dos pratos. Nascia aí a nouvelle cuisine, que é menos calórica e opulenta que a tradicional cozinha francesa, em que os ingredientes frescos e de qualidade eram condição obrigatória. Paul Bocuse, recebeu o prêmio Michelin por 40 anos, com a nota máxima de três estrelas para seu restaurante L’Auberge Du Pont de Collonges, sendo este um fato inédito. Ele se apresentava sempre paramentado de brim branco e chapéu de copa cilíndrico alto, comandando eventos para reis, rainhas, presidentes, estadistas, entre outros. Esse grande mestre da gastronomia completa, neste ano, 80 anos de idade, desde já deixando um legado muito grande e com milhares de seguidores. Atualmente, dois britânicos da nova geração dominam programas de TV e lançamentos de livros. Ela, NiO que é realmente gella Lawson, com receitas práticas para o dia a dia, e ele, Jamie Olivier, com seu jeito tentando até mudar os hábitos de alimentação dos ingleses. Gradualmente, melhor para o ser brincalhão, nossa cozinha recebia informações e aprofundava-se na chamada contemporaneidade, humano diante para agradar vários gostos com modificações necessárias até no seu preparo. No ano dos modernismos 2000, por exemplo, a Rede Globo lançou a novela Laços de Família, em que seus integrantes, invariavelmente, saiam para jantar em restaurantes japoneses. O que se viu foi dos fast-foods... uma multiplicação destes, caindo na aceitação dos brasileiros ainda mais, e com vantagens, porque se sabe que os orientais têm longevidade alta com uma cultura voltada para os orgânicos e o natural, e o esmero de já se comer com os olhos, tal a delicadeza na amostragem de seus pratos. Visualizando uma realidade de no nosso dia a dia, mostrando uma mídia voltada para a gastronomia, com o crescimento do número de faculdades na área, e a TV e o rádio tendo seu público cada vez maior, com o homem indo à frente cada vez mais. Nesses moldes futurísticos também acontece a descaracterização de pratos tradicionais. Haja vista a pizza, que no seu país de origem, a Itália, privilegia o tamanho da massa com recheios em quantidades moderadas; já por aqui se criou a massa fina com recheios em demasia e de péssima combinação, como milho verde, abobrinha, frango, salmão e o catupiry. Essa mistura impermeabilizante impede que a massa asse adequadamente, ficando uma camada úmida e crua entre ela os recheios – com o grande bordão afirmativo de que assim se engorda menos. Nunca se viu as pessoas comendo tantos pedaços a mais e mais, informação confidenciada a mim por donos de pizzarias. Vem então a grande interrogação. O que é realmente melhor para o ser humano diante dos modernismos dos fast-foods, com a corrida química desenfreada na agricultura com o uso de agrotóxicos? O que se vê hoje são pessoas alimentando-se em pé, falando ao celular com uma pressa constante, querendo, às vezes, que o dia tivesse 36 horas. Repaginando vários conceitos, podemos chegar à conclusão de que os excessos e a moderação devem ser olhados com muita luz, já que pesquisas mostram que estar dentro do peso e sentir-se bem é algo importante para cultivarmos até o fim de nossas vidas.

Dr. Nelson Sabino de Freitas - especialista em endodontia e secretário-geral da APCD Jardim Paulista nelsonsabino@uol.com.br 23


E M T E MP O

Documentário Boca a boca denuncia a precariedade da saúde bucal do brasileiro

Por Israel Correia de Lima

No dia 24 de outubro, foi apresentada uma sessão especial do documentário Boca a boca – filmado de junho a agosto de 2009, pela Turma do Bem –, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, e, dois dias depois, aconteceu o lançamento internacional – feito inédito. Além de entrar em cartaz nas salas de cinema da rede Moviecom, o filme foi apresentado em cidades do Brasil e da América Latina, em sessões organizadas por mais de 200 coordenadores voluntários do projeto Dentista do Bem.

Fábio Bibancos no lançamento do documentário Boca a Boca e, no detalhe, Dr. Eurípedes Vedovato, um dos participantes do Boca a Boca

O filme denuncia a situação precária da saúde bucal do brasileiro de classe média e o pouco que se é feito para a população carente. Idealizado pelo dentista e empreendedor social Fabio Bibancos e realizado pela Divina Imagem Produções, o filme traz os seguintes questionamentos: Quando o País terá políticas públicas que atendam à demanda do pobre brasileiro desdentado? Por que itens como escova, creme e fio dental não podem fazer parte da cesta básica nacional? Uma estimativa aponta que há 25 milhões de desdentados no Brasil. É sobre esses milhões que o filme fala, dando voz a representantes do governo, estudantes de Odontologia, empreendedores sociais, artistas comprometidos com causas sociais e, principalmente, o povo nas ruas. O professor e coordenador do Curso de Especialização em Prótese Dentária da APCD Jardim Paulista, dr. Eurípedes Vedovato, participou do documentário, dando esclarecimentos importantes para uma efetiva ação voltada à saúde bucal dos brasileiros.

Turma do Bem: R. Sousa Ramos, 311 - Vl. Mariana - São Paulo www.turmadobem.org.br - faleconosco@turmadobem.org.br

NOTAS

“Cadê minha sorte. A luta de um pai contra a esquizofrenia de um filho” No próximo dia 30 de novembro, das 19 às 21h30, acontecerá, na Livraria Cultura (Shopping Villa-Lobos – Av. das Nações Unidas, 4777 – São Paulo), o lançamento do livro Cadê minha sorte. A luta de um pai contra a esquizofrenia de um filho, de autoria de Mario Sergio Limberte. A seguir, breves comentários do autor sobre a obra. “Meu filho, André Limberte, era cirurgião-dentista, ator e músico. Foi diagnosticado como portador de esquizofrenia quando tinha 19 anos de idade. A partir do diagnóstico, comecei a estudar sua doença nos livros médicos do Brasil e do exterior, para poder ajudá-lo. Só consegui livros, com depoimentos de portadores, pais e familiares, em inglês. Nenhuma publicação nesse sentido escrita por autor brasileiro. Logo após tê-lo perdido, em 28 de maio de 2007, decidi escrever um livro, no qual focalizo a convivência familiar, os meus erros, acertos e culpas e, ao mesmo tempo, dou informações sobre a doença. Dedico metade da obra aos momentos alegres e felizes de uma família de classe média, na outra metade falo sobre como a doença foi se apoderando lentamente, mudando o paradigma das nossas vidas. É o livro que eu gostaria de ter lido quando tive o diagnóstico do meu filho. Nele eu resumo os mais de cem itens que compõem a bibliografia consultada. Como existem, aproximadamente, 1,5 milhão de portadores de

esquizofrenia só no Brasil, achei que o livro poderia ser proveitoso para orientar pais, os próprios doentes e até educadores, que podem detectar sinais precoces da doença lidando com a criança na escola. Útil também aos médicos, para que saibam o que acontece com o paciente a partir do momento em que deixa a sala da consulta e vai para seu lar. Além da história de uma família que lidou com a enfermidade e da orientação científica, têm também poemas, pensamentos, cartas e contos, retirados do diário de meu filho, e depoimentos de doentes. A esquizofrenia não afeta a intelectualidade nem o QI da pessoa, e os portadores são muito sensíveis e dedicam-se à arte. André tocava vários instrumentos musicais sem nunca ter frequentado uma escola de música, inclusive gravou um CD com sua música predileta, tocando todos os instrumentos e ainda cantando. Muitas pessoas acometidas da doença são intelectuais ou artistas, como é o caso de Van Gogh, ou dançam, como o bailarino russo Nijinski.”

Dr. Mário Sérgio Limberte - Tel. 3044-1816 - Rua Helena, 218 - 7º and. - Cj. 709 - São Paulo - sergiolimberte@uol.com.br 24



i n di c ador ATENDIMENTO DOMICILIAR

ENDODONTIA

Marcelo Lopes Costella Clínica Geral - CRO 83.647 Av. Doutor Arnaldo, 1504 Sumaré (SP) (11) 3862-7945 e 3872-1164 costella@uol.com.br

Daniel Kherlakian Endodontia - CRO 37.535 R. Augusta, 2763 - Sobreloja Cerqueira César (SP) (11) 3082-2171 / 9454 dankher@uol.com.br

Tania Barjud Bugelli Clínico Geral - Periodontia CRO 58.493 Pacientes com necessidades especiais Atendimento domiciliar e hospitalar Rua João Cachoeira, 488 - Cj. 109 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-0362 e 9116-7843 drataniabb@yahoo.com.br CIRURGIA Antenor Araújo Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Ortognática - CRO 5.428 Av. Jandira, 295 - Cjs. 1003 / 1004 Moema (SP) (11) 5054-1223 / 1501 R. Marcondes Salgado, 64 São José dos Campos (SP) (12) 3921-5354 e 3922-4678 bucomaxilo@drantenor.com.br Carlos Veloso Salgado Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Implantodontia - CRO 35.742 R. Maestro Cardim, 560 - Cj. 111 Paraíso (SP) (11) 3266-2493

Mário Luis Zuolo Endodontia - CRO 23.690 R. Canário, 784 - Moema (SP) (11) 5055-0908 / 7420 mlzuolo@uol.com.br Nelson Sabino de Freitas Endodontia e Prótese CRO 11.480 R. Frei Caneca, 1212 - Cj. 73 Cerqueira César (SP) (11) 3289-8016 nelson-sabino@hotmail.com Paula Zingg Endodontia - CRO 45.377 Av. Nove de Julho, 5483 Cj. 123 - Jardins (SP) (11) 3079-0775 pzingg@apcd.org.br Sérgio Martins Endodontia - CRO 51.857 Al. Joaquim Eugênio de Lima, 881 Cj. 408 - Jardins (SP) (11) 3266-4293 e 3284-3598 www.endoexcellence.odo.br ESTÉTICA Maria Angélica P. Vedovato Dentística Restauradora e Estética - CRO 25.738 R. Gironda, 186 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4433 / 8482

Ricardo Thomé Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e Clínica Geral - CRO 16.546 R. Tabapuã, 821 - Cj. 28 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-4484 e 3079-9157 (res.)

Mario Sergio Limberte Estética - CRO 3268 Ed. Trade Tower R. Helena, 218 - Cj. 709 Vila Olimpia - São Paulo - SP (11) 3044-1816 mlimberte@uol.com.br

DIAGNÓSTICO BUCAL

IMPLANTE

Sérgio Kignel Diagnóstico Bucal - CRO 26.239 R. Oscar Freire, 465 - Cj. 11 Jardim América (SP) (11) 3062-37­­77

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Rodrigo Tadashi Martines Implantodontia - CRO 60.052 Av. Brig. Luiz Antônio, 2504 Cj. 102 ­- Jardim Paulista (SP) (11) 3253-4723 tadashi@liesetadashi.com

p ro f i s s io n al Ronei Faizibaioff Implantes, Prótese sobre Implante e Estética - CRO 33.652 Al. Lorena, 1304 - Cjs. 2F / 3F Jardim América (SP) (11) 3062-9226 e 3086-3369 faizibaioff@gmail.com

PERIODONTIA Clarindo Mitiyoshi Yao Periodontia e Implantodontia CRO 25.555 R. Gironda, 189 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4010

ODONTOPEDIATRIA Lúcia Coutinho Odontopediatria e Odontologia para Bebês - CRO 23.626 Av. Chibarás, 848 Moema (SP) (11) 5052-4346 www.luciacoutinho.com.br ORTODONTIA Alexandre A. Melo Cortese Ortodontia - CRO 47.345 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-3554 / 6873 cl.cortese@uol.com.br

Glécio Vaz de Campos Microcirurgia Plástica Periodontal e Periimplantar - CRO 26.359 Av. Dr. Cardoso de Melo, 1470 - Cj. 809 / 810 Vila Olímpia (SP) (11) 3044-6025 glecio@terra.com.br Mônica Reggi Reis Silva Periodontia, Plástica Periodontal, Estética e Prótese sobre Implante CRO 29.607 R. Traipu, 509 - Perdizes (SP) (11) 7207-1497 e 3666-9202 / 5772 monicareggi@uol.com.br PRÓTESE DENTÁRIA

Juliana Melo Cortese Ortodontia - CRO 67.337 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-6873 e 3168-3554 cl.cortese@uol.com.br

Antonio Fagá Júnior Prótese - CRO 25.528 R. Cubatão, 929 - Cj. 33 Vila Mariana (SP) (11) 5572-8886

Gilberto Cortese Ortodontia e A.T.M. CRO 2.884 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-3554 / 6873 cl.cortese@uol.com.br

Eurípedes Vedovato Prótese e Estética CRO 25.739 R. Gironda, 186 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4433 / 8482 vedovatopin@uol.com.br

José A. Marques Jr. Ortodontia (RNO-Planas) e ATM CRO 24.256 R. Augusta, 2709 - 12º andar Cerqueira César (SP) (11) 3083-0422 odontologiamarques@terra.com.br

Flávio Luiz Iacobucci Prótese e Dentística CRO 24.192 Av. Nove de Julho, 5483 - Cj. 23 Jardim Paulista (SP) (11) 3079-3036

Marta T. Kuczynski Ortodontia e Odontopediatria CRO 29.592 R. Pedroso Alvarenga, 1255 Cj. 54 - Itaim Bibi (SP) (11) 3168-8905

Sérgio Hideki Yasuda Prótese e Estética CRO 48.584 Av. Angélica, 2100 - Cj. 91 Higienópolis (SP) (11) 3257-9575 e 3258-2015 shyasuda@uol.com.br




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