O Sorriso 25

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Cirurgia guiada digital precisão no procedimento

Inflamação

tratamento endodôntico contemporâneo

preconceito

idosos portadores de doenças mentais

www.apcd-saude.org.br Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010

Julho | Agosto | Setembro | 2009 | nº 25

Reabilitação

Protética É possível uma reabilitação estética e funcional sem a perda ou desgaste de estruturas hígidas? PCD Saúd sA

re

Curs o

e

ção: Aten tadas. i s lim suas Vaga á j m Faça ições. s n i cr

2º semest

IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT


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Editorial expediente

A

se fez presente em várias festividades de outras Regionais e

da APCD Central, como podemos comprovar nesta edição. Os cursos e palestras oferecidos pela Regional continuam a todo vapor. Não podemos deixar de agradecer aos ilustres colaboradores que enviaram seus artigos para publicação em nossa revista.

Dr. Sérgio Yunes - Editor

Vários temas são abordados nesta edição,

contemporâneo; Preconceito: idosos portado-

entre os quais: Reabilitação Protética (É possí-

res de doenças mentais; A saúde gengival; Im-

vel uma reabilitação estética e funcional sem

plante de qualidade; Atendimento: Observando

a perda ou desgaste de estruturas hígidas?);

seu paciente - o corpo fala.

Cirurgia guiada digital: precisão no procedimento; Inflamação: tratamento endodôntico

Índice

Desejamos a todos uma boa leitura!

Reabilitação protética............................ 4

Curso de Cirurgia Ortognática............. 17

Cirurgia guiada digital........................... 6

Cursos APCD Saúde - 2º Semestre......... 18

Tratamento endodôntico..................... 10

Whiteness recebe prêmio de design...... 19

Reintervenção em Endodontia............. 11

Observando seu paciente..................... 20

Saúde gengival................................... 12

Humor............................................... 21

Implante de qualidade........................ 13

Regional participativa......................... 22

Idosos com doenças mentais............... 14

Aniversariantes................................... 24

Saúde bucal na terceira idade............. 16

Indicador Profissional......................... 26

12

20 Atendimento

4

Reabilitação

Presidente Gilberto Machado Coimbra 1º Vice-Presidente Takashi Yagui 2º Vice-Presidente Wagner Nascimento Moreno Assessor da Presidência Admar Kfouri Secretária Geral Arne Aued Guirar Ventura 1º Secretário Durval Paupério Sério Tesoureiro Geral Ossamu Massaoka 1º Tesoureiro Kunio Shimabukuro Depto. Assessor de Benefícios Auro Massatake Minei Depto. Assessores Científico Cheng Te Hua Cidney Hiroaki Cato Jum Kasawara Luci Z. Finotti Depto. Assessor de Comunicações Luis Ide Depto. Assessor de Congressos e Feiras Luis Afonso de Souza Lima Depto. Assessores Cultural Sonia Maria Moraes Ceccone Valsuir José Vezzoni Depto. Assessores de Defesa de Classe Elizabeth Aparecida Braga Helenice Formentin Ikegami Depto. Assessores E.A.P Hiroshi Miasiro Milton de Souza Teixeira Samuel Cecconi Depto. Assessores de Esportes Carlos Teruo Itabashi Mauricio Fazzura Depto. Assessores de Patrimônio Moacyr Nunes Leite Jr. Paulo Yoshiteru Nagamine Depto. Assessor de Prevenção Luiz Carlos Serrano Lima Nicola Felipe L. Bempensante Depto. Assessor de Rel. Internacionais Arnaldo Baptista F. Júnior Depto. Assessores da Revista e Informática Sérgio Yunes Depto. Assessores Social Julia Uchida Marta Tashiro Mauricio Nishimura Depto. Assessores de Turismo Ricardo Ugayama Shindi Nakajima Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156 Edição de Arte Guilherme Gonçalves Impressão GT Editora e Gráfica

participação da APCD Saúde

Caso clínico

Capa: Stockxpert

Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Fone (11) 5078-7960 www.apcd-saude.org.br contato@apcd-saude.org.br apcd.reg.saude@gmail.com Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h

Regional participativa

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Caso Clínico

Impactação do segmento posterior da maxila através de osteotomia para reabilitação protética Relato de caso

A

perda prematura dos dentes naturais provoca importantes alterações, podendo ocasionar desde a migração de dentes até a extrusão do processo alveolar, especialmente em paciente que não utilizam nenhum tipo de prótese no arco antagonista. Quando ocorre uma extrusão severa do processo alveolar, a extração dos dentes torna-se inevitável. Para solucionar o problema, existe a Figura C - Antes

Figura D - Depois

Figura A - Osteotomia do segmento posterior da maxila

Figura B - Prótese removível confeccionada após cirurgia nos modelos de gesso para determinar o novo espaço protético

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alternativa de realizar a técnica de impactação da região posterior da maxila por meio de osteotomia unilateral ou bilateral, para possibilitar uma futura reabilitação estética e funcional, sem a perda ou desgaste de estruturas hígidas. Introdução: Quando o paciente apresenta ausência dos elementos dentários durante um longo período de tempo, não reabilitando essas regiões frequentemente ocorre extrusão dentária ou extrusão de todo o segmento ósseo do arco antagonista. A extrusão do segmento ósseo posterior resulta em uma diminuição do espaço interoclusal que impossibilita, na maioria das vezes, a reabilitação protética adequada através de próteses fixas, removíveis ou sobre implantes (SHOEMAN & SUBRAMANIAN, 1996; RENOUARD & RANGERT, 2001). A osteotomia segmentar posterior da maxila foi relatada pela primeira vez por STOKER & EPKER (1974) e tem sido utilizada como recurso na correção de extrusões severas do processo alveolar, na presença ou ausência de elementos dentários, quando esta contraindicada à correção através mini-implantes (MEDEIROS, 2001). RELATO DO CASO CLÍNICO: Paciente M.L.O.L, 31 anos, sexo feminino, ASA I apresentava dificuldade mastigatória pela ausência de elementos dentários. Ao exame clínico intra-oral, constataram-se a ausência dos elementos dentários posteriores, extrusão bilateral do complexo dento-alveolar, ocasionando diminuição do espaço protético posterior bilateral inferior, inviabilizando a reabilitação protética (figuras C e E).


Foi solicitado ao ortodontista a instalação de aparelho ortodôntico fixo com esporões cirúrgicos. Após a análise das radiografias (panorâmica, teleradiografia de perfil e frontal) e com os modelos montados em relação cêntrica no articulador, foi planejado o tratamento cirúrgico de impactação dos rebordos alveolares posteriores bilateral de maxila com restabelecimento do espaço adequado para a reabilitação protética. A cirurgia de modelo consistiu na impactação dos rebordos alveolares posteriores de maxila, de modo que uma prótese parcial removível (PPR) inferior pudesse ser confeccionada com a dimensão vertical restabelecida. Aos dentes posteriores da PPR, foram colados bráquetes ortodônticos para a realização do Bloqueio Maxilo Mandibular (BMM), sendo utilizada como guia cirúrgico para o correto posicionamento dos segmentos osteotomizados durante a cirurgia (figura B). A cirurgia foi realizada sob anestesia geral, com a finalidade de

Figura E - Antes

impactar o segmento (figura A). Dessa forma, e referencia para o quanto seria impactado foi uma prótese removível, confeccionada após a cirurgia dos modelos. Foram utilizadas placas de fixação do sistema 2.0 para fixação das osteotomias. Atualmente a paciente encontra-se reabilitada com uma prótese parcial removível inferior, satisfazendo todos os requisitos funcionais e estéticos. CONCLUSÕES: A osteotomia segmentar posterior da maxila é uma terapia cirúrgica segura e eficaz que preserva as estruturas dentárias sadias. O uso desta técnica para restabelecer o espaço protético em casos de extrusão do processo alveolar e dentário na região posterior da maxila possui um bom prognóstico (figuras E, F, C e D). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Beltrão GC, Weismann R, Santana Filho M. Osteotomia - Maxila e Mandíbula fins protéticos-ortodônticos. Rev Odonto Ciênc 1992; 7(14):167-75. Laboissiére Jr M, Villela H, Bezerra F, Laboissiére M, Diaz L. Ancoragem absoluta utilizando microparafusos ortodônticos: Protocolo para aplicação clínica (trilogia – Pt2). Implant News 2005; 2:37-46. Martins CH. Postoperative results of posterior maxillary osteotomy after long-term immobilization. J Oral Surgery 1980; 38:103. Renouard F, Rangert B. Fatores de risco dos implantes. São Paulo: Quintessense, 2001. 176 p. Shoeman R, Subramanian L. The use of Orthognatic Surgery to facilite Implant Placement: A Case Report. Int J Oral Maxillofac Implants 1996; 11:682-4. Stoker NG, Epker BN. The posterior maxillary osteotomy: A retrospestive study of treatment results. Int J Oral Surg 1974; 33:153-7. Stuller CB, Schaberg SJ. Use of the segmented Le Fort I osteotomy to correct severe extrusion of maxillary posterior teeth or tuberosities. The Journal Of Prosthetic Dentistry 1983;50:157. 1983.

Gustavo Henrique Motta Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco MaxiloFacial; Prof. Cirurgia Avançada AOL; Prof. Deformidade dentofacial Unip; Implantodontia; Clínica Privada de Cirurgia Ortognática

Figura F - Depois

Aluisio Galeano, Octavio Margoni e Marcos Pitta Especialistas em Cirurgia Ortognática pela Baylor University/EUA

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Implantodontia

Cirurgia guiada digital em paciente palato - fendido

O

salto tecnológico acontecido em todas as áreas da medicina nos últimos anos levou ao desenvolvimento e à evolução de ferramentas digitais que auxiliam os cirurgiões-dentistas. Esse progresso ocorre por meio de planejamentos cirúrgicos virtuais e da criação de guias estereolitografados na implantodontia, entre outras aplicações, como na prótese dentária e na cirurgia ortognática. O uso de guias em implantodontia é um procedimento utilizado com freqüência, sejam cirúrgicos, radiográficos, diagnósticos ou multifuncionais. A criação de guias por intermédio de sistemas digitais permite mais agilidade e precisão no procedimento. Além de facilitar e otimizar resultados em casos regulares, o uso dessas tecnologias pode auxiliar em planejamentos mais complexos, oferecendo uma qualidade reabilitadora muito interessante. Com o uso do guia é possível, também, selecionar o número, tamanho e inclinação dos implantes, baseando-se sempre nas condições anatômicas do paciente e no resultado protético final pretendido. No caso descrito abaixo foram utilizadas próteses do tipo overdentures bimaxilares, sendo que a superior também teria a função de obturação da fenda palatina. A opção pela prótese móvel levou em conta a condição financeira do paciente, a disponibilidade óssea e a facilidade de higienização, já que o paciente tem a coordenação motora diminuída por falanges amputadas. Por se tratar de um desdentado total, optou-se pelo desenvolvimento de um guia cirúrgico que permitisse um posicionamento rápido em ambas as arcadas. Sendo assim, o guia foi projetado a partir de próteses provisórias, com três suportes que permitem o encaixe entre eles (figura 1). Os locais da instalação dos implantes foram determinados através de tomografia computadorizada e do software de planejamento virtual Nemotec. Por ser um produto com características específicas, o guia foi criado com o auxílio de um engenheiro cadista e por meio de softwares CAD variados, como Spider e Delcam. Para a cirurgia aplicou-se anestesia local e cada um dos guias foi fixado em três pontos diferentes (figuras 2 e 3) através de parafusos específicos. Foram instalados ainda implantes cônicos com hexágono externo (Linha Conus HE, Sistema INP, São Paulo), facilitando a execução das próteses.

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1. Desenho do guia no software CAD

2. Guia superior posicionado com implantes instalados

3. Guia inferior posicionado com implantes instalados


4. Barra-clipe superior

5. Barra-clipe e colchetes inferiores

6. Próteses instaladas

7. Sorriso forçado do paciente

Por se tratar de um caso complexo, optamos por manter os implantes sepultos pelo período da osseointegração, e, após cinco meses (tempo indicado devido os implantes superiores), iniciamos a reabilitação protética. Na prótese superior empregou-se o sistema barra-clipe, utilizando clipe de Hader em três pontos distintos, conferindo estabilidade em polígono. Já na arcada inferior utilizou-se um método composto, com barra-clipe entre os implantes e um sistema de colchetes em cantilever, para minimizar a movimentação postero-anterior da prótese inferior (figuras 4 e 5). Como próteses móveis foram instaladas, o paciente recebeu orientação sobre todas as técnicas de higiene para preservação dos implantes, determinações estas, baseadas nas limitações específicas da pessoa atendida (figuras 6 e 7). Em acompanhamento há 12 meses, o paciente foi submetido a uma única reposição de clipes e O-rings, além de passar por uma limpeza profissional nas barras metálicas. Não há dúvida de que o caso relatado poderia ser reabilitado utilizando de técnicas convencionais, entretanto, os benefícios da cirurgia guiada digital são muito superiores. O procedimento cirúrgico é simplificado (neste caso, para ambas as arcadas, o tempo total da cirurgia foi de 45 minutos) e agrega previsibilidade e segurança. Além disso, a obrigatoriedade de fundamentar o planejamento em um guia tomográfico (baseado na prótese definitiva) faz com que os implantes sejam instalados em posições adequadas, facilitando a reabilitação protética. É uma técnica em crescimento constante, de valor acessível e, uma vez avaliado o custo-benefício pelo profissional, não restam dúvidas que a técnica será adotada.

Dr. Rogério Gonçalves Velasco Doutorando em Implantodontia; Mestre em Medicina/Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Especialista em Prótese Dentária; Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial; Coordenador do curso de Especialização em Implantodontia do Centro de Estudos e de Técnicas Odontológicas - www.ceto.com.br rogerio@grupovelasco.com.br

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Endodontia

Inflamação decorrente do tratamento endodôntico contemporâneo Correlações clínico-patológicas

A

idéia deste texto é unir ações clínicas da terapia endodôntica contemporânea com a biologia e patologia através da análise de conceitos e técnicas. A Odontologia nos dias de hoje exige um conhecimento e dedicação que vai além da nossa clínica cotidiana. Precisamos enxergar além da nossa radiografia periapical. Precisamos entender o principio biológico que está por trás da técnica de instrumentação que estamos utilizando. Dessa maneira, conhecer e relembrar os aspectos histológicos, fisiológicos e morfológicos da região apical são essenciais para a compreensão dos eventos ocorrem nesta região. Primeiramente, devemos saber que existe uma divisão entre canal dentinário e canal cementário. O canal dentinário é mais longo, inicia-se na câmera pulpar e é completamente revestido por dentina. Converge no sentido apical até um diâmetro mínimo, no chamado limite cemento-dentina (CDC). A partir dai, inicia-se um canal com paredes divergentes, revestidos por cemento, o chamado canal cementário, abrindo-se no forame apical maior. Esta porção pode muitas vezes apresentar uma topografia peculiar, lateralmente ao vértice apical. O canal dentinário apresenta o tecido pulpar propriamente dito: um tecido conjuntivo frouxo com presença de fibroblastos, odontoblastos, alguns macrófagos, vasos e nervos. Já o canal cementário é histologicamente uma invaginação do ligamento periodontal, com um tecido conjuntivo mais fibroso. Enquanto a polpa tem a função primordial de produzir dentina, o tecido periodontal apical apresenta-se sem odontoblastos, constituindo-se nos centros nervoso,

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vascular e linfático de todo o periodonto e é considerado uma área do organismo com altíssima atividade metabólica e por onde as células inflamatórias e de defesa chegam. Devemos lembrar que as células inflamatórias chegam a partir da região apical para buscar o objetivo final da inflamação que é a cura. No limite CDC encontramos assim mudanças anatômicas e histológicas importantes para a biologia endodôntica. Deve ficar entendido que o canal cementário também faz parte da anatomia do sistema de canais e que precisamos deixá-lo com um ambiente favorável ao processo de reparo. Segundo Spironelli-Ramos & Bramante (2005), a constrição apical não apenas limita a constrição apical, mas também delineia o ponto onde as células de defesa orgânica do hospedeiro realmente se apresentam eficazes contra a progressão de agentes etiológicos bacterianos. Ainda em 1984, Hession define que o limite apical da obturação deve atingir até o ponto onde a defesa orgânica possa alcançar, para assim promover e assegurar o saneamento apical e periapical, livre dos agentes irritantes do interior do canal. Dessa maneira, saber que o tecido do sistema de canais é uma invaginação do mesmo tecido mesenquimal que compõe o ligamento periodontal, existindo uma continuidade entre eles e que o reparo de um depende do reparo do outro são conceitos e idéias fundamentais para a prática clínica. Se não tivermos este conhecimento, certamente estaremos limitando nossas ações. A condição periapical é essencial e muito importante para o estabelecimento do limite CDC. A principio, em casos de


polpa vida há uma manutenção espacial de toda região apical, porém em casos de necrose pulpar a presença de reabsorções faz com que a região fique completamente alterada. Outra definição importante é a do forame apical. O Forame é uma região espacial por onde o feixe vásculo-nervoso penetra da região periapical para a cavidade pulpar e é limitada por uma saída maior (saída foraminal) e uma saída menor (constrição apical). A sua importância espacial bem como da sua precisa localização são fundamentais para o

É impossível limpar totalmente o sistema de canais sem realizar a patência foraminal. Podemos ainda dizer que a patência irá ainda diminuir a chance de transporte apical, contribuirá para a manutenção do comprimento de trabalho e permitirá o uso correto dos localizadores foraminais. O adequado treinamento, uma excelente técnica e o domínio da anatomia são essenciais para que o procedimento não desloque material necrótico para a região apical e promova dor pós-operatória.

Radiografias finais de casos realizados pelo Dr. Eduardo Fregnani seguindo os critérios contemporâneos de instrumentação e obturação

sucesso da terapia endodôntica. E de tão importante que esta localização é para a especialidade e pela imprecisão que os meios clínicos e radiográficos nos oferecem, foram desenvolvidos equipamentos eletrônicos muito específicos, os localizadores foraminais. Outro conceito fundamental para uma endodontia moderna é a da patência. Patência significa acesso e ela pode ser do canal, dos túbulos dentinários e também do forame apical. Uma lima patente é uma lima que atravessa passivamente o forame apical. Alem disso, ela previne obstruções e não tem nenhuma influência no desconforto pós-operatório, sendo o evento semelhante a injeção intramuscular com agulha descartável. A passagem de um instrumento de pequeno calibre usado na odontometria e de recapitulação durante a instrumentação, não é um fator importante para a irritação dos tecidos periapicais. Obviamente que em nível molecular, vai ocorrer aumento da permeabilidade vascular, chegada de neutrófilos e liberação de mediadores químicos porém é um processo rápido, passageiro, resolvido prontamente pelo nosso sistema de defesa e pode-se dizer que esta reação inflamatório não tem repercussão clínica.

As técnicas contemporâneas de instrumentação apregoam a limpeza ou até mesmo a ampliação do forame, visando a eliminação de microorganismo alojados nesta região mais apical do canal. E mesmo em casos de biopulpectomia onde sob o ponto de vista biológico a limpeza foraminal não é fundamental, sob o aspecto mecânico a manutenção do comprimento de trabalho com o emprego de limas transforaminais que impedem o acumulo de debris na porção apical, fazem com que a técnica seja a mesma para qualquer que seja o estado pulpar. Com a utilização dos sistemas rotatórios, passou-se a estudar não apenas um degrau apical, mas todo um preparo dos últimos milímetros apicais vem sendo considerado e estudado visando uma melhor modelagem e acomodação do material obturador nesta área que é denominada por alguns pesquisadores a área de matriz apical. Terminar o preparo e obturação no ápice ou 1mm aquém do ápice radicular implica dizer que todo ou praticamente todo o tecido restante é periodontal que possui alto metabolismo e alto potencial de cicatrização e esse tecido periodontal mesmo se removido, se regenera, como mostrou Prof. Francisco Souza Filho e Prof. Benatti nas suas teses na década de 80. Com o ambiente favorável a inflamação chega em seu APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 |


Endodontia objetivo final de cura. A reparação será obtida desde que não existam microorganismos envolvidos e a formação ou não de cemento osteóide dependerá principalmente do limite da obturação. Estando a obturação no limite do canal, o tecido periapical danificado pela sobre-instrumentação será renovado por novo tecido conjuntivo que invaginará até as imediações do material obturador, podendo tornar-se mineralizado devido aos tipos celulares presentes nessa região. Em decorrência destes procedimentos, ou seja, da patência e da instrumentação no limite apical, o extravasamento de cimento endodôntico pode surgir como uma conseqüência. Um dente é sobre-obturado mostra que seu sistema de canais radiculares foi obturado hermeticamente e onde um excesso de material sofreu extrusão além do forame apical. Porém, quando uma obturação é sobreestendida, significa que houve extravasamento de cone e, portanto, não houve selamento na porção apical. Os cimentos endodônticos têm como principais objetivos o controle da percolação apical, ter capacidade de escoamento para as ramificações e melhorar a adaptação na interface dentina-guta-percha. Os cimentos a base de óxido de zinco e eugenol são os mais utilizados no mundo (Pulp Canal Sealer) e possui excelentes propriedades físicas, porém apresentam maior agressividade e potencial tóxico se houver excesso de eugenol. É sabido que todo material extravasado no periápice apresenta uma resposta inflamatória inicial e isto foi demonstrado através de di-

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versos estudos de biocompatibilidade em subcutâneo de ratos. Porém este cimento extravasado ou será fagocitado e absorvido ou será encapsulado. A cápsula fibrosa isola o material, é um sinal de tolerância tecidu al e fator positivo para a análise dos cimentos endodônticos. O extravasamento de cimento deve ser evitado simplesmente porque é desnecessário. De qualquer maneira, a irritação causada no periápice resultará em fenômenos sub-clínicos e sem conseqüências importantes para o sucesso do tratamento endodôntico.

Prof. Dr. Ruy Hizatugu

Especialista em Endodontia e em Biologia Celular e Livre-Docente em Endodontia

Prof. Dr. Eduardo Fregnani

Especialista em Endodontia, Mestre em Patologia Bucal e Doutor em Ciências


Eventos

Reintervenção em Endodontia

N

o dia 18 de agosto, na Livraria da Vila, nos Jardins (SP), aconteceu o lançamento do livro “Reintervenção em Endodontia”(Editora Santos – 1ª edição, R$ 150,00), dos autores Mário Luis Zuolo, Daniel Kherlakian, José Eduardo de Mello Jr., Maria Cristina Coelho de Carvalho e Maria Inês Ranazzi Cabral Fagundes. O coquetel de lançamento contou com a presença de mais de 250 pessoas para a dedicatória.

Em noite concorrida para a dedicatória dos autores...

...que contou com a presença do diretor da APCD Saúde, Dr. Hiroshi Miasiro (camisa branca)

Longa fila para os cumprimentos aos autores

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Reabilitação

Saúde gengival Decorrido 4 meses, a colocação de um elemento provisório fora de suma importância pois esse teve o importante papel de manipular a gengiva através de compressão, nas margens mesial e distal, durante 60 dias. No termino do trabalho, o elemento definitivo fora feito metalocerâmica cimentada, sobre implante.

Dente 11 com fratura de raiz e fístula

Provisório sobre implante, elemento 11

Papila mesial e distal conformada através do provisório e perfil do implante

T

emos hoje uma grande necessidade de preservar a saúde gengival. Em casos da reabilitação odontológica através de implante ósseo, a papila interdentária tornou-se em alguns casos, uma grande dificuldade para sua promoção ou preservação. O clínico deve estar atento as estruturas do periodonto bem como o espaço que devemos utilizar para um implante. Muitas vezes estamos atento ao comprimento que podemos colocar um implante e deixamos sem muita importância o espaço adjacentes entre os elemento. Poder contar com elemento dentário adjacente aumenta em muito nossa previsibilidade de uma estética satisfatória juntamente com o desejo do paciente, que tudo fique o mais natural possível. Depois de estabelecermos normas de saúde, devemos estar muito atento ao modelo de implante a ser utilizado. Implantes de conexão interna, por exemplo Hexágono interno e com plataforma e em alguns casos com superfície tratada podem oferecer condições para que a reabsorção ao redor do implante, na região cervical seja o menor possível. A paciente apresentou no consultório com fratura de raiz no elemento 11, devido a pino intra radicular Flex Post, muito utilizado no passado. Antes de fazer a extração do elemento, instalamos aparelho ortodôntico afim de promover a extrusão do mesmo, durante 60 dias, para minimizar os efeitos da remodelação óssea após exodontia. Após a extração do elemento dentário, foi instalado implante HI cone Morse CAPSA, após 3 meses, pois uma infecção crônica estava em curso. 12 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009

Final - Metalo-cerâmica cimentado sobre implante

Raio-X implante elemento 11

Dr. Luís Henrique Vinagre Cirurgião-dentista; Ministrador e Palestrante; Graduado pela Faculdade de Odontologia de Lins; Pós graduado em Implante e Prótese; Secretário Estética APCD 2000 e 2002; Secretário APCD Pirituba/Perus; Diretor Jornal ABO SP


Implantodontia

Implante de qualidade

A

história de Implantodontia brasileira passou por uma grande virada na última década. Há cerca de 10 anos, os implantes dentários eram de origem estrangeira, o que tornava os procedimentos acessíveis a uma minoria da população. Com o aumento da expectativa de vida e a crescente valorização da estética, a necessidade da reabilitação e inclusão se fez evidente, provocando o desenvolvimento e a adaptação das empresas a essa nova realidade. No Brasil, que é reconhecido como o país dos desdentados, a Implantodontia representou a maior descoberta da Odontologia, como um procedimento eficaz que permite a devolução de um dente perdido. No entanto, como em qualquer outro tratamento, é importante que o paciente tenha conhecimento sobre o material que será utilizado para a realização do implante, já que este fará parte de seu organismo pelo princípio da osseointegração. Com a diversificação de marcas disponíveis no mercado, nem sempre o cliente se preocupa com a qualidade do produto, como por exemplo, se ele está dentro das normas de fabricação ou possui as licenças dos órgãos fiscalizadores. Se não houver garantias por parte do fabricante, o que seria uma solução pode virar um problema ainda

maior. Fraturas dentro do osso e ajustes de fixação de próteses são alguns inconvenientes, que surgem se forem utilizados materiais inadequados. Como cliente, converse com o fabricante de sua confiança sobre a confiabilidade do material que usará em seus pacientes. Não se engane com promessas milagrosas ou de custo reduzido. Quando vamos ao supermercado, compramos baseados na confiança que temos em determinada marca. Na Odontologia não deve ser diferente. Lembre-se que devemos escolher produtos e tecnologias que atendam as expectativas de nossos clientes.

Dra. Renata Cavassa Formada pela Univ. Santa Cecília dos Bandeirantes - Santos; Especialista em cirurgia buco maxilo facial; Atua nas áreas de implantes, prótese sobre implante, próteses convencionais e estética; Fundadora do projeto social Mereça um Sorriso, entidade que cuida de crianças com paralisia cerebral

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Odontogeriatria

Os preconceitos no tratamento com próteses dos idosos portadores de doenças mentais

A

média de idade do ser humano vem rapidamente aumenatitude incomum na maioria dos idosos usuários deste serviço de tando em todo o globo, apresentando novos desafios ao prótese. A idéia primeira sobre a queixa foi, tanto do nosso ponto de tratamento odontológico, muitas vezes relacionados com observação quanto da cuidadora, desta ser improcedente, devido ao os, não raros, problemas neurocognitivos presentes no idoso (CHIAestado mental da paciente. A despeito disto, pedimos para ela repetir PPELLI et al.¹, 2002). suas queixas, exigência que ela atendeu prontamente, com mesma O ideal seria sempre proporcionar saúde juntamente com qualidaexatidão e velocidade anteriormente observadas. de de vida, uma vez que estão inter-relacionadas (FONSECA; PAÚL³, Efetuamos logo a seguir um desgaste nas regiões apontadas. A 2007). Infelizmente, a óptica com a qual muitas vezes a sociedade ocidental enxerga a velhice pode influenciar na nossa conduta profissional. Vicente Faleiros (UCB), em 2008, afirma que a sociedade crê “que os idosos estão fora de época, de lugar e, por isso, são incapazes e vistos como descartáveis”. Neste mesmo ano, Isolda Günther (UnB), apregoa que devemos “deixar de entender a velhice como um momento de perdas e inutilidade”. Esta visão, muitas vezes negativa, e partilhada Paciente sem as próteses totais (vista frontal) Paciente com as próteses novas (vista frontal) freqüentemente pelo próprio idoso, pode ser incrementada se o paciente geriátrico possuir, ainda, uma doença mental (SPADINI; SOUZA¹º, paciente, então, ao colocar novamente a PT superior, afirmou que a 2007; GONÇALVES7, 2008). Apresentaremos a seguir um caso clínico peça tornou-se confortável. no qual foi observada a aparição de preconceitos tanto por parte da A mesma faltou nas duas sessões subseqüentes, retornando equipe odontológica como da cuidadora em relação às observações apenas em 9, 21 e 28 de janeiro de 2009. Nestas últimas datas, a externadas pela paciente. paciente reclamou pontos de incômodo desta vez na PT inferior. A RELATO DO CASO CLÍNICO - Paciente S.E.D., sexo feminino, raça reclamação quanto à superior passou apenas à referência que “a de latina, 63 anos, procurou atendimento odontológico no Centro de cima junta muito cuspe” (sic). Referência do Idoso “José Ermírio de Moraes” (CRI – Leste), acompaNeste mesmo mês, encaminhamos S.E.D. para o setor de Psicolonhada de sua irmã e cuidadora D.E.D., almejando confeccionar uma gia Clínica do CRI – Leste, que constatou, entre outras características Prótese Total (PT): superior e inferior. da paciente, desorientação temporo-espacial, atenção e concentração Na anamnese, a acompanhante relatou que a paciente portava rebaixadas, embotamento afetivo, percepção delirante, pensamento esquizofrenia, fazendo inclusive uso contínuo de risperidona, medie discurso desorganizados, ilusões intensas, incoerência ideoverbal, camento antipsicótico e neuroléptico. A paciente disse estar sem nos fornecendo o setor acima uma hipótese diagnóstica de esquizousar suas próteses há cerca de dois anos, relato desmentido pela frenia indiferenciada. cuidadora, que retificou o lapso de tempo para 25 anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS - A estigmatização social da loucura A confecção das PTs (que seriam muco suportadas, o tipo coleva não raro à formação de preconceitos. Não necessariamente um mumente confeccionado neste local) durou aproximadamente dois portador de doença mental terá um QI menor do que uma pessoa meses (de 6/08 a 8/10/2008), quando foram entregues à paciente. mentalmente saudável no contexto daquela comunidade. Yellowitz¹² É importante notificar que, durante as consultas, a paciente “falava (2005) nos aconselha a atentar para o reconhecimento de alterações sozinha” constantemente. cognitivas em idosos, e Tibério et al.¹¹ (2006) chegam a sugerir o uso Na consulta seguinte, realizada uma semana depois, a paciente de avaliações do nível de depressão ou demência do paciente como queixou-se que a PT superior estava “machucando”. Ao ser indagaauxílio do plano de tratamento. da onde seria, retirou-a da boca e apontou com precisão e rapidez É imprescindível ao Odontogeriatra e para o clínico geral que trata as regiões de freio labial superior e de bridas laterais superiores, de idosos o contato com outras áreas. A multidisciplinaridade num 14 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009


enfoque interdisciplinar faz-se mister para todos os que trabalham com Gerontologia, otimizando o resultado final do tratamento (MONTENEGRO et al.7, 2002; DURSO², 2005; PADILHA et al.8, 2006). A orientação e a troca de informações em relação aos cuidadores e/ou à família é igualmente importante: eles estão em contato com o paciente por muito mais tempo do que o cirurgião-dentista. Existem diversas associações, inclusive no Brasil, que procuram, por meio de palestras e outras atividades, englobar no tratamento os familiares de portadores de transtornos mentais (SOARES9, 2008). Cremos que o cuidado sugerido por Durso² (2005) em relação a manter-se em contato com outros profissionais é válido, mas também é importante não desviarmos o foco da nossa capacidade técnica particular, ou seja, odontológica. Talvez déssemos maior valor às reclamações de S.E.D., se focalizássemos a PT confeccionada, e não o comportamento psicossocial da paciente. Marchini et al.5 (2000) ressaltam a necessidade do acompa-

Paciente sem as próteses em vista lateral

Rev EAP/APCD São José Campos, v.1, n.2, p.14-8, 2000. MONTENEGRO, F.L.B.; MARCHINI, L.; BRUNETTI, R.F. Aspectos importantes na prótese total para a 3ª. Idade. In: CUNHA, V.P.P.; MARCHINI, L. Prótese Total Contemporânea em Reabilitação Oral. São Paulo: Ed. Santos, 2007, p.177-94. MONTENEGRO, F.L.B.; BRUNETTI, R.F.; MANETTA, C.E. Aspectos psicológicos no atendimento do idoso. In: BRUNETTI, R.F.; MONTENEGRO F.L.B. Odontogeriatria – Noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas, 2002, p.71-84. PADILHA D.; HILGERT J.B.; HUGO, F. Saúde bucal. In: FREITAS, E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2006, p.1189-96. SOARES, J. Engajamento da família é fundamental. Metrô News, v.7, n.327, p. 14, 2008. SPADINI, S.S.; SOUZA, M.C.B.M. A doença mental sob o olhar de pacientes e familiares. Rev esc enferm USP, v.40, n.1, p.123-7, 2006. TIBÉRIO, D.; FERRARI, F.L.; SANTOS, M.T.B.R. Instrumentos avaliativos

Paciente com as próteses novas (vista lateral)

nhamento do paciente após a conclusão do tratamento, comumente negligenciado não só pelos profissionais, mas também pelos pacientes. Lesões na fibromucosa podem ocorrer em usuários de PT, tornando importante o controle profissional do trabalho, muitas vezes realizando constantes pequenos ajustes. Aliás, lesões nos tecidos moles podem ocorrer mesmo em usuários de PTs bem adaptadas (MONTENEGRO et al.6, 2007). Finalizando, acreditamos serem a técnica e os conhecimentos específicos de extrema valia, e se constituem em instrumentos que serão potencializados pela interdisciplinaridade, agindo sinergicamente no cuidado da saúde global do paciente, na tentativa de proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Vista interna das próteses novas, mostrando boa fidelidade de ajuste e acabamento

para o atendimento odontológico aos pacientes geriátricos. Rev Assoc Paul Cir Dent, v.60, n.5, p. 362-5, 2006. YELLOWITZ, J.A. Cognitive function, aging, and ethical decisions: recognizing change. Dent Clin N Am, v.49, p.389-410, 2005. “Como publicado na Revista da APCD-EAP,v.8,n.2, Junho 2009,ISSN1517-4611”.

Stefano Frugoli Peixoto Cirurgião-dentista do CRI-Leste; Especialista em Odontogeriatria; Mestrando em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAPPELLI, F. et al. Dental needs of the elderly in the 21st century. General dentistry, v.50, n.4, p.358-63, 2002. DURSO, S.C. Interaction with other health team members in caring for elderly patients. Dent Clin N Am, v.49, p.377-88, 2005. FONSECA, A.M.; PAÚL, C. Saúde e qualidade de vida ao envelhecer: perdas, ganhos e um paradoxo. Geriatria e Gerontologia, v.2, n.1, p.327, 2008. GONÇALVES, M.G.M. Um olhar sobre o envelhecimento. Jorn Cons Fed Psico, v.21, n.91, p. 3, 2008. MARCHINI, L. et al. Próteses totais: orientações e cuidados posteriores.

Luciana Cassimiro Psicóloga do CRI-Leste; Gerontóloga; Especializanda em Neuropsicologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Fernando Luiz Brunetti Montenegro Mestre e Doutor FOUSP; Prof. Adjunto UnG; Pesquisador-mentor do Portal do Envelhecimento (PUC-SP) e coordenador Saúde bucal da Ondina Lobo e CEDPES

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Prevenção

Loretta Humble

Qualidade de vida e saúde bucal na terceira idade

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á é sabido por toda a sociedade que está ocorrendo o aumento da população idosa. Nos últimos 50 anos ocorreu um grande avanço tecnológico e novas descobertas que buscam desesperadamente maneiras de prolongar a vida das pessoas e propiciar uma melhor qualidade de vida. O crescimento da população idosa no Brasil, tem acarretado um grande impacto, devido à falta de planejamento, de medidas assistenciais, de formação e capacitação do material humano necessário. Somado a esses fatores, grande parte de nossos idosos apresenta, além dos problemas de saúde, problemas sócio-econômicos. Mas o que tem a ver isso com a saúde bucal? Tem tudo a ver, pois a saúde bucal depende de vários fatores, como por exemplo de políticas públicas adequadas, de investimentos em programas de saúde direcionados à terceira idade etc. E investir na saúde na terceira idade, assim como em outras fases da vida, é de extrema importância, pois a saúde bucal melhora a saúde geral, assim como a estética agradável mantém a auto-estima e o bom desempenho social. Dentro de políticas sociais, a prevenção deve ser um direito de todos e na terceira idade é fundamental no que se refere a qualidade de vida. E qualidade de vida significa, além de ter uma qualidade de saúde bucal, ter também qualidade de saúde geral, qualidade de vida social, qualidade de relacionamentos, qualidade material, qualidade espiritual, e outras, até chegarmos à qualidade total, como o objetivo maior de toda a sociedade na modernidade. O principal objetivo da prevenção em todas as áreas ligadas 16 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009

à medicina é melhorar a qualidade de vida e proporcionar um envelhecimento saudável. E envelhecer com saúde, disposição e qualidade de vida, estão envolvidos aspectos não só biológicos, mas também psicológicos, econômicos, sociais. A boca é um dos elementos que merecem atenção no processo de envelhecimento, porque é por meio dela que podemos expressar, através do sorriso, nossos sentimentos de alegria, de sedução. Os dentes irão representar um papel fundamental nesse aspecto. Um idoso que tem bons dentes, que tem uma boa mastigação, tem uma melhor qualidade de vida do que um idoso que apresenta muitas cáries, devido ter uma higienização incorreta, e acaba comprometendo sua saúde como todo. A promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, devem estar inseridas na rotina de todas as instituições, e em especial naquelas dos indivíduos da terceira idade, uma vez que a condição bucal em última instância influencia diretamente a qualidade de vida, por definir sua capacidade de mastigação, nutrição, fonética e de socialização. E por isso, é importante para o idoso ser orientado em relação a vários aspectos de sua saúde, como por exemplo, saber qual a melhor dieta, saber cuidar dos dentes e gengivas, saber realizar um auto-exame na boca para ver se tem anormalidades etc. Enfim, realizar a prevenção na terceira idade é fundamental para ter saúde bucal e a qualidade de vida em todos os sentidos. Dr. Marco Tulio Pettinato Pereira Cirurgião-dentista com especialização em Saúde de Família (UCAM), Saúde Pública (UNAERP) e Saúde Coletiva (SL Mandic)


Aprendizado

Curso gratuito de Cirurgia Ortognática Curso realizado em 25 de junho de 2009, das 8h30 às 17h30. Da esq. p/ dir., Prof. Dr. Glacio Avolio, Prof. Dr. Octavio Margoni Neto,Dra. Renata Ferreira de Oliveira, Prof. Dr. Marcos Pitta, Prof. Dr. Gustavo H. Mota e Prof. Dr. Aluisio Galiano


Cursos APCD Saúde

Cursos APCD Saúde Maiores Informações Tel./fax: (11) 5078-7960 E-mail: contato@apcd-saude.org.br Site: www.apcd-saude.org.br

2º SEMESTRE

IMPORTANTE A EAP poderá cancelar os cursos previamente, caso o número de vagas não sejam preenchidos. Os horários poderão ser remanejados em função de uma melhor operacionalização.

Curso de Aperfeiçoamento para Clínico Geral – “Estética e Função Odontológica baseada em Evidências”

Início: 4 de setembro de 2009 Dia da semana: sextas-feiras Horário: 17h às 22h Carga Horária: 190 h/aula Natureza: teórico / prático Duração: 10 meses Dr. Luis Ide Vagas: 8 Valor: 12 x R$ 250,00 (sócio efetivo) 12 x R$ 125,00 (sócio recém-formado e acadêmico) Ministrador: Prof. Dr. Luis Ide (Mestre em Periodontia - USP) Colaboradores: Luiz Carlos Serrano Lima, José Maria de Oliveira de Castro, Luiz Afonso de Souza Lima, Valsuir José Vezzoni, Alzira Kyomi Suzuki e professores convidados. Objetivo: Oferecer conhecimento científico e clínico para planejar e executar o tratamento. Serão submetidos a treinamentos personalizados para que possam aprender com mais eficiência e com total segurança. Prepará-los para ter um bom relacionamento ético e profissional. Orientá-los claramente a importância da Prática Odontológica Baseada em Evidências, para auxiliar o processo de decisão, conduzindo a melhores resultados para os pacientes.

Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor

Início: 2009 Dia da semana: quintas-feiras Horário: 19h às 22h30 Carga Horária: 62 h/aula Vagas: 16 Natureza: teórico / prático / demonstrativo com atendimento de pacientes Duração: 5 meses Dr. Glácio Valor: 5 x R$ 350,00 (sócio efetivo) 5 x R$ 175,00 (sócio recém-formado e acadêmico) Ministradores: Prof. Dr. Glácio Avólio (Doutor em Ciências pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia

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2009

INTERAÇÃO CLÍNICA DE ENDO-DENTÍSTICA - ATUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO

Início: fevereiro de 2010 Término: dezembro de 2010 Dia da semana: quartas-feiras Horário: 19h às 22h Carga Horária: 132 h/aula Vagas: 8 Natureza: teórico prático com atendimento de pacientes Valor: R$ 350,00 Dr. Maeda Coordenador: Prof. Dr. Sergio T. Maeda Equipe: Profs. Drs. Marcio Braga Lauretti, José Lauriere H. Guimarães e Adriana Paisano; Profs. MS. Kleber K.T. Carvalho, Luis Marcos Mansi, Luis Guilherme B. Lauretti e Sergio Koiti Kamei; Profs. Katia Cristina Pompermayer, Debora Calvo, Keiji Nishikawa e Marcele Arouca.

Buco Maxilo Facial pela FOUSP); Prof. Dr. Marcelo Marcucci (Doutor em Ciências pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pela FOUSP). Objetivo: Trata-se de um curso eminentemente prático que visa o desenvolvimento e aperfeiçoamento do aluno no âmbito da cirurgia oral menor. Serão abordados aspectos referentes ao diagnóstico, planejamento, técnica cirúrgica, complicações e terapêutica Dr. Marcucci medicamentosa, priorizando o tratamento cirúrgico dos dentes retidos. O objetivo final é habilitar o aluno no planejamento e execução da prática cirúrgica nas mais diversas situações possíveis de ocorrer em consultório.


mercado

Whiteness HP Blue recebe prêmio de design

A

FGM, líder na fabricação de clareadores dentais para a Amércia Latina, conquistou o Troféu Bronze, prêmio nacional de design do IDEA/Brasil 2009 pelo Whiteness HP Blue, na categoria embalagem, na quinta-feira 30. Esta é a segunda edição do International Design Excellence Award (Idea) realizada no Brasil. O IDEA é o maior prêmio de design dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo, promovido desde 1980 pela Industrial Designers Society of America (IDSA). Os premiados no IDEA/Brasil participam de exposições nas principais capitais brasileiras e nos Estados Unidos. A embalagem foi desenvolvida pela Design Inverso, escritório de design de Joinville. O Whiteness HP Blue é um clareador dental à base de Peróxido de Hidrogênio de uso profissional nas concentrações 20% e 35%. O novo produto possui Cálcio que minimiza uma possível desmineralização dental decorrente do clareamento, é aplicado uma única vez por sessão e dispensa o uso de fontes externas de aceleração. A FGM Produtos Odontológicos tem 13 anos de mercado e é a marca mais vendida no Brasil no segmento de clareadores dentais com mais de 6 milhões de sorrisos atendidos pela linha

Whiteness. No mercado externo, a empresa exporta para países da América, Europa e Ásia. A empresa mantém parque fabril de 2.600 metros quadrados, em Joinville, Santa Catarina. Além dos clareadores dentais, a FGM fabrica ampla linha de produtos odontológicos, como resinas compostas, pinos de fibra de vidro, produtos para cimentação, entre outros.

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Atendimento

Observando seu paciente - o corpo fala

C

omo podemos interpretar todos os sentimentos que estão passando pela cabeça de nosso paciente? Temos alguns recursos há muito estudados que podemos avaliar melhor nosso cliente. Qual a sensação que ele está sentido? Como podemos abordar questões sobre um plano de tratamento e verificar sua reação, sua aceitação por assim dizer? Pesquisas revelam o impacto de uma informação ao ouvinte na linguagem corporal em porcentagem: • 7% verbal (o que falado ou escrito pelo ouvinte) • 38% vocal (o tom da voz e as inflexões do ouvinte) • 55% não verbal (gestos e movimentos) Vamos a alguns exemplos, que todos nós percebemos e já diagnosticamos, como por exemplo, o medo do cliente ao sentar em uma cadeira odontológica: • Paciente mulher segura a bolsa, não larga, não sabe se senta com a bolsa ou põe num cabide longe do seu alcance - linguagem não verbal: desconforto; vontade de correr da situação; medo. • Criança agarrada à mão da mãe, olhar assustado, boca aberta ou mão na boca - medo, duvida se confia ou não, insegurança. • Cliente ao entrar na sala de atendimento aperta sua mão com firmeza, olhos firmes, não desvia olhar, sorri, postura ereta - paciente sente-se a vontade, tem segurança, está confortável. • Cliente ao entrar estufa o peito, levanta o nariz, olhar superior - cliente sente-se superior a você, mantêm-se a distância, precisa ser convencido do melhor para si. Todas esta emoções são visíveis e já às presenciamos e sabemos como devemos tratar. Vamos então aprimorar nosso dom da observação. Na primeira consulta após o exame clínico e exames de diagnóstico, percebemos nosso cliente ansioso com olhar fixo na nossa postura. Qualquer levantada de sobrancelha pode parecer espanto de nossa parte o que pode ser uma má noticia para ele. Temos que fazê-lo entender nosso raciocínio e nossa seqüência de tratamento para devolver seu bem-estar, motivo que o trouxe até nós. Observe a linguagem não verbal do seu cliente: • Receio: olhar aflito, braços protegendo o peito, corpo inclinado para trás;

• Desconfiança: corpo inclinado ou de lado, sobrancelhas contraídas, olhar de canto de olho, rosto virado para o lado, mãos seguram seus pertences, braços cruzados; • Mutismo: paciente não quer externar seus sentimentos, morde os lábios, cruza os braços e os joelhos, vira o rosto, cotovelo apóia a cabeça olha para outro ponto; • Persuasão: paciente conta sua história, mão expressa ao falar, corpo inclinado para frente, desencosta da cadeira ao falar, olhar fixo no interlocutor; • Firmeza: peito aberto, senta ereto e confortável na cadeira, olhar atento e aberto; • Expectativa: cabeça projetada para frente, cotovelos apoiados na mesa, sorriso nos lábios, peito descoberto mostra o coração, mãos e braços relaxados. Podemos fazer uso de um conhecimento que está no nosso subconsciente e a partir daí conduzir melhor nossa conduta perante o nosso parceiro de negócios que é nosso cliente. Vamos a luta, boa sorte! Dra. Maria Teresa Ratto www.clinicamteresaratto.com.br mtratto@yahoo.com.br

Doe brinquedos novos e usados, em bom estado de conservação, na sede da APCD Regional Saúde. Eles serão doados para crianças carentes. 20 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009


espaço Aberto

Humor Especialista Um português estava com uma tremenda dor de dente e sem dinheiro. Disseram para ele ir onde tivessem cursos, que o atenderiam quase de graça. Ele foi, entrou na primeira faculdade que viu e ao ser atendido foi logo falando, sem perceber que não era um consultório dentário: - Estou com uma dor de matar no meu canino ESQUERDO. O aluno sem entender responde:- Ô portuga, aqui é faculdade de DIREITO. Pô, não sabia que tinha uma faculdade para cada dente.

Para anunciar, pegue já o seu telefone e converse com o Israel (11) 3477-4156 ou 9263-1935 e faça bons negócios!

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Departamento social

Regional participativa Veja as fotos dos membros da Regional Saúde em momentos importantes

Arraiá da Odonto na Central O arraial mais divertido da Odontologia aconteceu no dia 18 de julho, a partir das 18h30, na sede da APCD e contou com a participação de várias regionais da capital e Grande São Paulo.

Regional participa de festa no Ipiranga A APCD Saúde marcou presença durante as festividades do Núcleo dos Cirurgiões Dentistas do Ipiranga. Na ocasião foi servida uma deliciosa Paella.

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A APCD Regional Saúde comemorou a chegada do inverno com a festa do Queijo & Vinho Os associados da APCD Regional Saúde comemoraram no dia 13 de junho, com muito entusiasmo, a chegada do inverno na capital paulista com muito Queijo & Vinho na sede da entidade.

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01 TAMARA SILVIA RENNO 02 VITOR LOPES PEDROSA 02 THAIS KURNET 03 CELIA REGINA PINHEIRO CHENG 03 THEREZA CHRISTINA FARIA LIMA 04 MARIA INEZ DE ANDERAUS PRADO ALVES 04 GIULIANE JACKLIN BORTOLI 06 FRANCINE AMBROSI DOS SANTOS 07 ELCE GUERREIRO SPONTON C INOJOSA 07 WALDIRIA DE AVILA E FARIA 07 ROBERTO TADASHI MISUNO 08 CESAR ALBERTO FERREIRA 09 CRISTIANE YUMI KOGA 09 JULIANA DATTI ROQUE 10 ADRIANA DA FONSECA ALVAREZ 10 LUCIANA SIMOES 10 SABRINA FERREIRA 12 MARIA CRISTINA P DE ALENCAR 12 CAMILA ZANCHETTA MUNIZ 12 JORGE LUIZ DE REZENDE 13 HUGO DELGADO DE AGUIAR 14 RUBEN ENRIQUE RUBINIAK 15 MILTON DE SOUZA TEIXEIRA 15 ISABELLA COELHO DE OLIVEIRA 15 MARTA CHAMOUN HAKIM 15 LILIAN KEIKO YAMAMOTO 15 GLAUCIA ARASHIRO 17 ANDREA HAYAKAWA 17 RITA MARIA PORTUGAL DE ALMEIDA 18 VALERIA CAMPASSI REIS GAMBIER 18 ANA CAROLINA DE ASCENÇÃO LIMA 19 NAIARA VALERIO DE OLIVEIRA MORITA 19 AFONSO LUIS PUIG PEREIRA 19 ALEXANDRA SAMPRONHA CHIARASTELLI 19 INDAIA DUQUE FERNANDES 19 TALITA TORINO GUIMARAES 20 MAURICIO NISHIMURA 20 CRISTINA ITO 20 MIRTES TOKEIAMA 20 ANDRE DUARTE DE AZEVEDO MARQUES 20 PATRICIA CIOTTARIELLO Teod ora V laicu 20 CLARISSA FURUTA MORIKIO 20 VANESSA FERRIELLO 20 SUELY GONDO 21 LUCAS ISSAMU TERUYA 22 MELISSA BOSSAN 22 ADILEA VIEIRA DE CARVALHO

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Aniversariantes de Agosto Dia

01 CRISTIANE TAKATA 02 MARGARIDA TAVARES BARBOSA 02 ROGERIO KAZUO AKITI 03 MARIA JOSE PEREIRA DE SOUZA 03 MARIANA NATALE DE PAULA PEREIRA 04 JOSE CARLOS MACORIN 04 MASSANORI NISHIOKA 04 MARTA CRISTINA KFOURI DI PILLO 05 LUIZ HIROMITSU SASAKI 05 OSSAMU MASSAOKA 05 MARIA AMALIA DO C R SONNEWEND 05 KARINA TIEME SHIMADA 05 ROGERIO FANTOZZI 05 PATRICIA ROSA SILVA CASTRO 05 JOEL DA COSTA FERRER 05 GRAZIELLA DE JESUS COMENALLI 06 IEDA SANTOS ABREU 06 BEATRIZ DAVANCO BORELLA 06 OSMAR MODENA MOREIRA DE ARAUJO 06 PAULO TONY RUBINATO 08 MARIO DE SOUZA E SILVA 08 ELZA YAEKO KANENOBU

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Dia

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Aniversariantes de Julho

n ya Ja

22 CLAUDIA GASPAROTTI 22 MARCUS AUGUSTO SCALON ANACLETO 23 ANA PAULA HARES PARO FEVERSANI 23 ANA PAULA DE MANINCOR BASILE 24 DEBORAH CALVO 25 MOACYR DA SILVA 25 MARIA FERNANDA DE ARAUJO 25 NILZA PAVANELLI EDO DE OLIVEIRA 25 CYNTIA TIEMI OTA ISHIHARA 26 ANDREA FAUSTINO MANEJA 26 CRISTIANE ONISHI 26 ROSE MARY GONZALES MANSOUIR 27 MARIA CONCEICAO PERES LOBERTO 27 RUBENS INACIO HIRATA 27 MARICELI SERAFINI GONÇALVES NAUM 28 LAURA COVELLO 28 MARIA CRISTINA FUJII DOS SANTOS 29 MARIA CRISTINA MALULY CARDOSO 29 SILVIA HELENA FELIPPELLI CECCHINI 29 SUZYLANE BRAGA ANTUNES 30 MOACYR NUNES LEITE JUNIOR 30 SABRINA TOMIZAWA 31 ANDREA DA FONSECA ALVAREZ 31 ANA PAULA DE OLIVEIRA FUKUSHIMA

ra he

aniversariantes


APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 25

d

01 RAUF ABBUD 01 IRACI AKEMI SAKASHITA 01 CINTIA FURUSE NUNES 01 PAULO JORGE DA SILVA BONFIM 02 CLARISSA NOEMY YOSHINAGA CHIBA 02 CHANTAL ALTERO BISPO 02 SUENY SAYURI TATIBANA 02 PRISCILA AFIF ABMUSSI 02 CLAUDIA DOS SANTOS COSTA 04 FLAVIO ALVES MOREIRA 04 ROSANGELA MORONI DIAS GRANERO 05 REGINA MITIE MIYAKE 06 MARCIA DE MELLO MENDONCA

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Dia

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Aniversariantes de Setembro

06 HIROSHI MIASIRO JUNIOR 06 TERCIO OBARA 07 DANIEL FALLEIROS NUNZIATA 08 MIRTES HELENA MANGUEIRA DA SILVA DIAS 08 ELAINE PEREIRA 08 ANTONIO ROBERTO VIEIRA SILVA 09 MARIA LUCIA KIMIKO YASUI 09 MAURICIO FAZZURA 09 THAIS MIEKO KUBO 09 CAMILA BASILE MEIRA 09 JULIANA MACHADO MATHEUZ 10 MARCELO GOTARDO 10 LUCIANA ALLEMAND LOPES WESTIN 10 CARLOS NEY XAVIER DE SOUSA NETO 10 CRISTINA MORAGHI DIAS DA SILVA 11 EDUARDO SAKAI 11 DANIELA CRISTINA DE OLIVEIRA NUNES 11 REGINALDO BRUNO DA SILVA 11 SILVIA REGINA NAJAR OSTASKA 14 DURVAL PAUPERIO SERIO 15 FERNANDA DAS DORES DA SILVA 16 MARIANA COELHO CARRARA 17 IZAURA REIKA WASANO 18 JORGE KHADOUR 19 CINTIA MARGARETE SPINA TANAKA 19 LJILJANA ZIVANOVIC FARAH 19 FLAVIA PECORA CARNEIRO FARIA 19 ANDREA DO AMARAL 21 ARNE AUED GUIRAR VENTURA 21 MAUREN RIKA TABATA ARAI 21 CARLA DANIELA PESSINI CAMPOS 22 FABIANE BRAGA MARTINS BARBOSA 22 VICTOR D’ ASCOLA MARTIN 23 SUZELEI IZZO FORGER 23 JULIANA DOMINGUES CABANAS 24 FABIO CAMILO 25 MARIA GORETI NOGUEIRA 25 ELCIO MATTOS BAHIA 25 PATRICK YENDO MINOWA 26 MARIANA BARBARA AKKARI 27 DIRCE RIEKO HOJO 27 VICTOR ANTONIO MONTEIRO SOPHIA 28 YUMI OZAWA SAKAI 28 INGRID DE MELLO RODE 28 REGINA MARIA PULITI 28 RENATA GARGIONE PRADO 28 MAURICIO KATO 28 CAIO VINICIUS BARDI MATAI 29 SILVANA MARIA POSSEBON 30 VANIA CRISTINA FONSECA BAGNATO 30 SUZANA MACEDO DE OLIVEIRA

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09 SERGIO YUNES 09 PAULO ROBERTO MIRANDA 10 FLAVIO DE ALMEIDA CUNHA 10 ROSANA NUNES ESPOSO 10 RICARDO PIMENTA D AVILA 11 YUKUO SAHEKI 11 LIZE GABRIELA YOSHINAGA 11 WALTERSON MATHIAS PRADO 11 MICHELE MARTINS SOARES 11 CRISTIANE HITOMI KASHIMA 13 PLINIO GOLONI 13 KUNIO SHIMABUKURO 13 CLARISSA MARIA PESENTE 15 LIVIA LIE SONODA 16 CLAUDIA ERIKO TSUJI 17 LUCIA OGAWA 17 KATIA YUKIE KANO OZEKI 18 MARCOS ERNANI TOMOTANI 19 PATRICIA DUARTE CINELLI VICIANA 20 ANDRE CARNEIRO SCHERTEL 20 ALEXANDRE CAMARA OZAKI 21 MARCIA REGINA SALLES 21 LILIAM BERNARDES MANDIA 22 LUCIA MARIA NEY PIZZOCOLO 26 FEYEZ AYACHE 26 ANDREA DOS SANTOS CARVALHO 27 MILENE MAYUMI AKUTSU 28 RENATA PIVOTTO RODRIGUES 28 VANESSA GONÇALVES 28 MIRIAM OKAMURA 30 MARIO HARUMITSU OTA 30 DENISE SARTORATO SOUBHIE 31 ELLEA LIE NAKANO


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Dr. Admar Kfouri Periodontia Implantodontia Prótese Rua das Glicínias, 49 Tel. (11) 2276-0001 / 2276-4166

Dr. Arnaldo B. Ferreira Jr. Odontologia Estética Implantes Rua Joaquim de Almeida, 478 Planalto Paulista Tel. (11) 5583 -3005 / 2577-0812 dr.arnaldojr@uol.com.br

Dra. Arne Aued Guirar Ventura CROSP 15.186 Ortopedia Funcional dos Maxilares / Ortodontia Av. Pedroso de Moraes, 677 Cj. 83 - CEP 05419-001 Tel. (11) 3564-6892 arneguirar@gmail.com

Dr. Auro Massatake Minei Clínica Geral Especialista em Prótese Dental e Ortopedia Funcional dos Maxilares Av. Sen. Casemiro da Rocha, 693 CEP 04047-001 - Tel. (11) 2577-4599 minei@apcd.org.br

Dr. Carlos Teruo Itabashi Cirurgião-Dentista Rua Lourenço Nunes, 72 Tel. (11) 5564-7057

Dr. Cheng Te Hua CROSP 21421 Cirurgião-Dentista Rua Santa Cruz, 1838 CEP 04122-002 - Vila Gumercindo Tel. (11) 5062-0380 Fax (11) 5063-3757

Dra. Claudia Bosquê Schneider Crefito 11747-F Fisioterapia em DTM / DOF / RPG Mobilização Articular Av. Cursino, 422 - V. Gumercindo Av. Ibirapuera, 2907 - Sl. 415 Tel. (11) 5061-1841

Dr. Durval Paupério Sério Endodontista Rua Rio Grande, 785 CEP 04018-002 - Vila Mariana Tel. (11) 5579-1108

26 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009

Dr. Gustavo Henrique Mota CROSP 62990 Implantodontia / Cirurgia Ortognática Tel. (11) 7894-8890 / 3822-2089

Dra. Helenice Formentin Ikegami - CROSP 25639 Cirurgiã-Dentista Rua Padre Raposo, 171 - Moóca CEP 03118-000 - SP - Tel. (11) 38817399 / 2698-5443 / 9846-4905 heleniceformentin@yahoo.com.br heleniceformentin@zipmail.com.br

Dr. Luci Finotti CROSP 21700 Periodontia / Implantadontia / Cirurgia Plástica / Periodontal/ Estética Dental (tratamento a laser) Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 22 (Metrô V. Mariana) Tel. (11) 5572-5605

Dra. Luciana Kfouri CROSP 58635 Endodontia Rua das Glicínias, 49 - Vila Mariana CEP 04048-050 Tel. (11) 276-0001 / 276-4166

Dr. Luis Ide - CROSP 20811 Periodontia Implantodontia R. Afonso Celso, 1.173 CEP 04119-061 - Vila Mariana Tel. (11) 5589-3269

Dr. Luiz Afonso Souza Lima Cirurgião-Dentista Rua José Antonio Coelho Lima, 281 Paraíso - CEP 04011-060 Tel. (11) 5572-9445

Dr. Luiz Carlos Serrano Lima CROSP 20445 Ortodontia / Odontologia Estética Rua Pedro de Toledo, 897 CEP 04039-032 - V. Clementino Tel. (11) 5083-5690

Dr. Maurício Bento da Silva CRO 60.980 Cirurgia Buco Maxilo Facial Rua Vergueiro, 2045 - Cj. 507/510 Vila Mariana - São Paulo - SP Tel. (11) 5579-5172 bento_mauricio@ig.com.br

Dr. Mauricio Fazzura - CROSP 52126 Ortodontia / Clínica Geral R. Ramon Penharrubia, 130 - Cj. 303 - Paraíso - Tel. (11) 3285-0973 Av. Cupecê, 6062 - Bl. 04 - Sl. 02 Jd. Miriam - Tel. (11) 5623-7632 / 6856-0717

Dr. Nicola F. Bempensante Cirurgião-Dentista Rua Augusta, 2192 CEP 01412-000 - Jardins Tel. (11) 3082-5275 bempensante@uol.com

Dr. Samuel Moraes Cecconi CROSP 74351 Ortopedia Funcional dos Maxilares / Clínica Geral Rua Santa Cruz, 690 - Vila Mariana CEP 04122-000 - Tel. (11) 5579-6262 familiacecconi@ig.com.br

Dr. Sergio T. Maeda CROSP 8256 Endodontia Cirurgia Parendodôntica Av. Iraí, 393 - Cj. 12 - Moema CEP 04082-001 - Tel. (11) 5543-3985 sergio.maeda@metodista.br

Dr. Sergio Yunes - CROSP 20563 Ortodontista Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 73 (Metrô Vila Mariana) Tel. (11) 5083-6943 / 9684-5765 syorto@globo.com

Dra. Sônia Maria Moraes Cecconi CROSP 12998 Pacientes com necessidades especiais / Odontopediatria Rua Santa Cruz, 690 CEP 04122-000 - Vila Mariana Tel. (11) 5579-6262

Dr. Takashi Yagui CROSP 20637 Cirurgião-Dentista Rua Lourenço Nunez, 72 Cidade Ademar Tel. (11) 5562-3765


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