Portfólio v.2

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Portfรณlio v.2

derek orlandi


CV

derek orlandi oliveira 12.01.1989 canadense e brasileiro rua TucunarĂŠ, 485 alphaville, pinhais PR 83.327 - 106 + 55 041.99237.8879 derekorlandi@hotmail.com


educação

example: Site of SAINT VINCENT DE PAUL ESCOLA DA CIDADE, TAUBMAN COLLEGE and ECOLE SPÉCIALE paris, frança 2012 Autodesk Revit 2012 TKS curitiba, brasil 2012 Lumion 3.5 TKS curitiba, brasil 2008 Autodesk Autocad 2008 SENAC curitiba, brasil

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índice

1. CABANA MODULAR 2. ENORME STUDIO 3. TRABALHO DE CONCLUSÃO 4. CURSO EFÊMERO JOINVILLE

p5 p13 p21 p31


cabana modular

01

A intenção da estrutura e que ela possa ser construído da maneira mais rápida e econômica possível. Sendo modular, ela possibilita ser replicado várias vezes para acomodar cada programa intencionada. Um dos critérios estabelecidos foi que as medidas da chapa de compensado e do sarrafo de pinus tivessem que ter maior aproveitamento e assim influênciaram nas medidas do modulo. Também foi usado como critério, materiais que fossem de fácil manuseio e acessível para a compra no centro da cidade de São Paulo. Pelo local onde seria executado o projeto ser a Escola da Cidade, a rua do Gasômetro e a região da rua General Jardim se apresentam como lugares ideias próximas para adiquerir esse material. A lista dos materiais usados são a seguir: .. Chapa de compansado de pinus 2,20 x 1,60 x 0,015m .. Sarrafo de pinus tratada 0,09 x 4,5 x 0,02m .. Tela membrana impermeável .. Barra rosqueada 1/2” com porcas e arruelas


0,41

0,02

0,02 0,05

0,05

0,03

0,04

x4

furo 21" 0,48

x4

x4

0,02

0,02

0,02

0,05 furo 21"

x2

0,26

0,71 0,05

0,48

0,04

0,07

1,63

0,07

0,38

0,8

0,04

x1

furo 21"

2,75

x4

0,02 0,05

0,02 0,05

0,03

0,52

0,82

0,76

0,05

0,02

0,76

2,22

x2

0,07

1,7 2,79

0,05

0,02 0,05

0,76

2,4

0,02

0,67

0,02

0,67

0,02

furo 21"

0,61

0,05 0,19

0,281

0,19 0,09

0,277

furo 21"

0,04

0,05

0,02

0,05 0,02

0,02 0,05 0,04

0,03

0,13 0,02

0,67

0,02

0,67

0,05

0,349

0,05 0,02 0,02

0,26 0,09

0,345

0,02

0,02

0,76 0,69

0,67

furo 21"

0,04

° 90

0,01

0,11

4%

x2

0,09

0,67

1,69

1,42

5 furo 16 "

x1

x1

1,6 0,05

1,42

0,05

x1

0,05

0,29 1,61

1,61

1,61

2,2

0,03

0,06

0,03

1,47

0,29

0,06

0,27

0,03

0,8

0,78

0,78

0,41

0,02

1,1

1,55

1,56

0,03

0,03

0,02

0,09

0,09

0,09

0,35

0,41

0,07

0,05

1,33

0,3 0,21

1,1

1,1

0,09

0,09

0,09

0,21

0,3

1,6

0,09

0,67

0,09

x3

0,2

0,55

0,59

0,59

0,67

0,07

0,55

0,48

0,09

0,09 1,6

1,6

x1

0,024

0,013

0,025

0,126

0,061

0,008

0,002

0,02

furo 12"

0,012

0,047

0,025

0,088

0,002

0,023

0,024

1,57

0,02

1,6

0,002

0,088

0,002

5 furo 16 "

0,008

0,05

0,008 0,092

0,01

5 furo 16 "

0,012

0,021

0,012

0,021

0,05 0,035

0,02

0,082 0,035

0,024

x2

0,025 0,025

0,002

0,01

x8

0,021

0,033

2,15

0,013

0,023

0,045

0,155

0,045 0,126

0,011

0,002

0,024

x4

0,022

0,008

0,011

5 furo 16 "

0,008 0,021

0,025 0,022

0,021

0,012

1,61

0,021

x1

0,05

Nem todos os materiais conseguiram ser modulados e aproveitados ao seu máximo pela variação de tamanhos disponíveis no mercado. As barras rosqueadas, os trilhos e a cantoneira apesar de serem os mais baratos, acabam por ser os mais desperdiçados. Em lugares que há necessidade de uma estrutura e conexão mais rígida, uma série de recortes na madeira junto com as barras rosqueadas fazem com que a estrutura aja como uma peça só. Em outras partes da estrutura ou também na vedação, os parafusos entram como personagem secundário do sistema estrutural. Por fim, cabos de aço presos as traves de madeira que sustentam o módulo, travam o sistema.

0,02 0,05

1,6

0,05

0,09

furo 21"

0,6

1,51

0,05

x4

0,78

x10

furo 21"

0,63

0,03

0,05

0,04

0,62

0,02 0,05

0,05 0,09

0,09 0,67

0,55

0,67

.. Barra rosqueada 5/16” com porcas e arruelas .. Trilho stanley 0,38 x 0,38m e roldana para trilho .. Cantoneira alumínio 0,158 x 0,158 x 3m .. Dobradiça em alumínio e dobradiça leme .. Base de andaime ajustável .. Parafuso cabeça chata .. Esticador de aço 5mm

5 furo 16 "

0,03

0,02

x8 0,02 0,02

0,05 0,02

furo 21"

x2


Processo de montagem:

1

5

2

6

3

7

4

8

1.  Montagem do piso módulo 2.  Junção do pilar módulo 3.  Encaixe do pilar no piso 4.  Encaixe do pilar secundário 5.  Travamento cantos superiores 6.  Aplicação da cobertura 7.  Travamento lateral 8.  Travamento em “X” cabo de de aço 9.  Montagem das portas laterais 10.  Montagem da estrutura cobertura 11.  Travamento da cobertura 12.  Aplicação da membrana


5

9

6

10

7

11

8

12


2,75 0,55 0,05

0,48

0,09

1,61

0,09

0,35

0,05 0,02

0,05 0,02 0,35

0,05 0,02

1,6

0,05

0,03 0,02

0,05

1,42

1,51

0,05

0,05

0,02 0,03

0,02 0,02

2,2

detalhe 1 0,02 0,02 0,05

0,48

0,02 0,05 0,02

1,61

0,02

4%

09

6 0,09

4%

,02

0,02

Planta baixa


Cortes 1 e 2 0,09

0,09

1,1

1,1

0,67

4% 0,28 0,09

0,09 0,02

0,09 0,02 0,06 0,09

0,05 0,02 0,35

2,29

0,67

0,02

1,1

0,67

1,61

0,11

0,02

0,09

0,09 0,02 0,02 0,15

4%

2,56

0,02

0,02 0,05 0,02

2,2 2,41 2,56

0,26 0,02 0,09 0,24

0,48

1,1

0,02

0,09

2,2

0,02 0,02 0,05

0,09 0,02

0,02

0,09

2,67 2,41

0,05

0,05

0,03 0,02

detalhe 1 0,05 0,02 1

1,

1,


parafuso, porca e aruela 21"

sarrafo 2x9cm pinus tratada

chapa compensado 2,20 x 1,60 x 0,015m

5 " parafuso, porca e aruela 16

tela membrana impermeável

sarrafo perfil quadrado 2x2cm pinus tela membrana impermeável

sarrafo 2x9cm pinus tratada 0,09

cabo aço 5mm com abraçadeira ajustável

0,157

parafuso, porca e aruela 21"

0,02

0,09

0,015

sarrafo 2x9cm pinus tratada

chapa compensado 2,20 x 1,60 x 0,015m

5 parafuso, porca e aruela 16 "

sarrafo perfil quadrado 2x2cm pinus tela membrana impermeável

cabo aço 5mm com abraçadeira ajustável

cabo de aço 5mm

esticador em aço para cabo de 5mm armação em aço para esticador

5 parafuso, porca e aruela 16 "

sarrafo perfil quadrado 2x2cm pinus tela membrana impermeável' chapa compensado 2,20 x 1,60 x 0,015m

sarrafo 2x9cm pinus tratada parafuso, porca e aruela 21"

pé andaime ajustável 15 x 15 x 30cm

Detalhe 1


cabo de aço 5mm

esticador em aço para cabo de 5mm

0,09

0,015

0,05

armação em aço para esticador

5 parafuso, porca e aruela 16 "

sarrafo perfil quadrado 2x2cm pinus tela membrana impermeável' chapa compensado 2,20 x 1,60 x 0,015m

sarrafo 2x9cm pinus tratada

0,075

parafuso, porca e aruela 21"

Detalhe 2

pé andaime ajustável 15 x 15 x 30cm


SequĂŞncia modular da cabana


DUTO

ELEVAD.

Inserção ao redor da Escola da Cidade

ELEVAD.


enorme studio

02

Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.

Durante o segundo semestre de 2016, tive o privilégio de participar de um estágio com o escritório madrilenho. Além das práticas convencionais da arquitetura, o escritório tem como objetivo principal trabalhar com áreas que envolvem a utilização da arquitetura efêmera, do urbanism tático e do design de produto. Visando o baixo custo da materialidade, a logística da montagem e transporte alem do resultado perante o usuário, os projetos do escritório ganham notoridade pela inovação e ocupação do espaço intensionado. Cada projeto tem como foco tratar de temas e a cada desenho o tema se revela para o usuário que por fim a utiliza consciente do intento. Desde a minha chegada, estive em contato próximo com pelo menos cinco projetos, entre elas: BuildMe!, Santiagotarrak, Casa Geraldo (participação no sexto episodio no seriado Amazing Interiors da Netflix), Way Waves e Bovedilla series. Tive o privilégio de participar do conceito incial de cada projeto, o desenvolvendo junto com os clientes e arquitetos fundadores, além da execução do objeto.


Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.

Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.


Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.


Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.

Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.


Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.

Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.


Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.

Fonte: Acervo pessoal Javier de Paz, 2016.


trabalho de conclusão

03

Como ponto de partida para o trabalho de conclusão do curso, foi feita uma pesquisa sobre sociedades nômades em seus contextos não convensionais. Esse nomadismo se apresentava através de grupos que utilizavam de uma estratégia de ocupação ignorada e hostilizada pela sociedade. Num contexto urbano de São Paulo, foram levantados dois grupos, os moradores de rua e moradores de ocupações. Dois grupos distintos porém com algumas estratégias para construção similares, onde haviam interesse exclusivo na sobrevivência. O objetivo do trabalho era de tentar entender as estratégias de construção para então criar uma estrutura mutante conforme a necessidade. A materialidade deveria seguir a proposta de baixo custo, não com o objetivo de servir apenas a um grupo específico, mas como conceito eficiente e ecológico aceito e utilizado por qualquer usuário. Ao longo do desenvolvimento, um dos desafios foi entender as modulações eficientes na ergômetria humana além das junções dos vértices do sistema. O Link: https://issuu.com/derekorlandi/ docs/tcc


desenho do objeto teria de seguir um lógica simplista, teria de possibilitar a intervenção do usuário personalizando e criando sua distinção de outros modelos. Como referência, as pesquisas do designer Bruno Munari foram importantes para estabelecer alguns parâmetros no desenho intento do objeto. O móvel Abitacolo apresentou fatores que o trabalho deveria seguir. Um manual de montangem deveria sempre estar junto ao objeto, contendo informações básicas da capacidade estrutural, das medidas padronizadas e dos detalhes de fixação. A partir dessa introdução, o usuário teria autonomia para desenvolver sua estrutura. O desenho do objeto então seria um apanhado de ideias acoplados a uma estrutura básica, assim como o Abitacolo.

Fonte: Site da The Plan. Disponível em < https://www.theplan.it/webzine/the-plan-award-2015/fun-house > Acesso em Nov. 2017.


Para entender a escala do objeto, foi estabelecido uma medida inicial de 2,50 x 2,50 x 2,50 m. A escolha desse volume cúbico veio a partir das medidas mínimas de um cômodo estabelecida pelo programa social Minha Casa, Minha Vida. Esse volume mínimo teria de abrigar diferentes possibilidades de atividades, e para cada atividade, uma medida modulada como apoio ao usuário. Exemplo: Dentro do espaço, a estrutura se modula de tal maneira que o usuário possa sentar a uma altura x, para realizar uma atividade de pé em uma bancada, a altura x se multiplicaria por 2, e assim por diante. Visto isso, a medida escolhida para abrigar o máximo de ações dentro do espaço foi de 45cm. Essa modulação possibilitou modular o volume nos três eixos do plano cartesiano X,Y e Z, e com isso, o volume tomou sua dimenção atual de 2,25 x 2,25 x 2,25m.

h 2,25m h 1,80m h 1,35m h 0,90m h 0,45m h 0,00m

y x

z


Estabelecido a escala do objeto, o trabalho tomou um rumo interessante onde foram vistos algumas similaridades com alguns brinquedos. Algumas marcas de brinquedos de montagem como a LEGO, ou a K’Nex, se utilizam de peças moduladas para facilitar na montagem de seus objetos. Todos os encaixes são dimensionadas especificamente para abrigar uma outra peça similar, e juntando as peças, se cria uma rigidez no sistema. Essas medidas estbelecidas se transferem para o projeto, uma vez que, dentro da modulação de 45cm fechado, a estrutura se firma. Os vértices de encaixes são também uma preocupação nos brinquedos. Para possibilitar o maior número de objetos construídos com as peças oferecidas, cada vértice deve ter um ecaixe que exerce uma função distinto. Esses conectores seguem um código atravéz de cores, identificando sua função. O conector vermelho por exemplo, trabalha o conjunto no plano 2D, segundo as angulações de 0, 45 e 90 graus. Utilizando essa lógica no projeto, a criação de 12 conectores foi imprescindível para que o volume cúbico pudesse se estruturar. Cada cor representa uma função, e a fixação dos conetcores metálicos são feitas por parafusos e porcas, facilitando na montagem e desmontagem. Fonte: Site da K’NEX Usar Group. Disponível em < https://www.knexusergroup.org.uk/en/image_K77077partslist.html > Acesso em Nov. 2017.


Conectores 1 ao 12

Modulação a 45cm das madeiras


Exemplo do manual de montagem da estrutura. Na imagem os pontaletes de madeira estĂŁo sendo fixadas com os conectores assinalados.


Quarto e Cozinha. Estrutura completa, com mobiliário, hidráulica, gás e elétrica.


Sala e Escritório. Estrutura completa, com mobiliário e elétrica.


Horta Vertical. Estrutura completa.


Horta Vertical. Estrutura superior, com sistema de plantio e irrigação.


curso efêmero

04

Em 2018, um grupo de quatro amigos arquitetos se juntaram para discutir sobre arquitetura efêmera e suas potencialidades no meio urbano de Curitiba. A princípio, queriamos desenvolver e executar um trabalho, aplicando as mesmas táticas de uma arquitetura de guerrilha, em algum espaço público. E assim, fomos desenvolvendo um projeto que iria ser montado e registrado. Após alguns contatos com outros profissionais para viabilização, a ideia expandiu para um curso de arquitetura efêmera. Esse curso seria montado para um evento de semana acadêmica realizado na Universidade Católica, cidade de Joinville. A ideia era dividir o curso em duas partes, a primeira sendo teórica onde não seria definido a arquitetura efêmera, mas sim passando alguns exemplos de arquitetura efêmera ao longo da história. A segunda parte seria o desenvolvimento de um objeto onde os integrantes fariam vários protótipos para entender a todo o procedimento e logistica para então montar em algum espaço da universidade.


Na parte teórica, a apresentação iniciava com um contexto histórico, não somente analisando o objeto em si, mas visando sempre os contextos que qualificavam aquele espaço. No caso da tribo indígena dos Yanomamis, a efemeridade vinha a partir de uma aproximação da terra e meio que possibilitava sua sobrevivência. A dependência da terra fazia com que os shabonos fossem construídas e ocupadas daquela maneira, e com materiais específicos da cultura. Cada exemplo continha uma analise completa para entendermos que a arquitetura efêmera sempre esteve presente no cotidiano da humanidade, e que atualmente ela vem se apresentando em pelo menos três categorias: experimental, rebelde e guerrilha. A arqutietura experimental consiste no estudo e desenvolvimento das artes envolvendo tecnologias, enquanto a rebelde se apossa do espaço por necessidade e reação. E por fim, a arquitetura de guerrilha apresenta um envolvimento social e política com o espaço, o transfomando de maneira agil e estratégico pelos usuários.


Após a introdução do curso, o grupo se reuniu para propor um projeto que seria exposto pelo campus. A ideia era dar um passeio pela universidade, descobrindo as áreas que os estudantes tinham acesso diariamente. O campus da Universidade Católica de Joinville se situa no centro da cidade, uma antiga fábrica foi adaptada para abrigar os cursos dadas pela universidade. E com isso, o ambiente encontrado foi de uma improvisação dos diversos edificios. As adaptações transformaram o espaço fabril numa série de corredores e passagens que conectam, uma hora coberta outra não, os blocos. E dentro dessa malha de passagens, há uma falta de área verde que poderia contribuir no conforto dos estudantes. Nas épocas mais quentes, as passagens se tornam desconfortáveis e a falta de arvores e sombras são a principal critica do lugar. A proposta encontrada então foi desenhar uma reinterpretação de árvore, utilizando materiais robustos e surrados como referência a histórica da fabrica que se transformou. A materialidade escolhida para o exercício foi da ripa encontrada nos pallets disponibilizados pela universidade. Essas ripas tinham as dimenções 10 x 90 x 1,5cm.


Com os materiais ja escolhidos, o próximo passo era de projetar a árvore. Entre os diversos fatores a serem considerados antes do desenho final, os que mais tiveram protagonismo foram as modulações das ripas, a estruturação do objeto no piso e a fixação das ripas uma nas outras. O grupo passou o restante do primeiro dia de curso desenhando suas ideias, montando maquetes e buscando referências para ao final do dia apresentar a turma e ver qual ideia seria o mais viavel para executar. Além do desenho, foi estabelecido o local onde seria exposto a intervenção, um corredor em formato “Z” onde havia uma passagem intensa de alunos que vinham da entrada do campus até o bloco no fundo do terreno. A intenção era colocar as arvores como obstaculo e ver a reação dos alunos. Se esperava saber o quanto as árvores influenciávam naquela passagem, se os alunos iriam perceber alguma diferença no lugar habituado, ou se a crítica do espaço fabril seria entendido. Lançados as espectativas desse experimento, encerramos o dia com o projeto final para execução.


Segundo dia de curso, o grupo se reuniu para desmontar os pallets. Tinham em torno de 50 pallets, o que nos fornecia 350 ripas. Com esses números, conseguiamos montar 9 arvores. Além da madeira, tinhamos a disposição 3 caixas cada uma com 200 parafusos e mais 6 rolos de barbante colorido. A universidade forneceu também todas as ferramentas e equipamentos de segurança para a montagem das árvores. Tinahmos estimado pelo menos um dia inteiro para a construção.





No local da intervenção, foi criado um grid de 1,5 x 1,5m com o barbante colorido, e em cima dos pontos estabelecidos, as arvores montadas tomariam suas posições. Já no local escolhido, foi criado um grid de 1,5 x 1,5m com o barbante colorido, e em cima dos pontos estabelecidos, as arvores montadas tomariam suas posições. A reação da universidade durante a montagem foi de curiosidade, como estavamos contruindo as árvores no local de passagem, muitos desviaram chateados com a atividade e também com o barulho. Nada nessa escala havia sido feito antes na faculdade, e por mais reações negativas que ocorreram, muitos se encantavam com a intervenção. Tiravam fotos para o instagram e nos perguntavam toda filosifia por tras da árvore. No fim, o espaço de passagem foi requalificado, os alunos mudaram sua rotina por alguns dias, em vez de caminhar reto para o próximo bloco, se desviavam pelas árvores secas que não sombreavam ou traziam conforto. A critica foi lançada com o intento de entender a reação dos alunos, e o resultado foi claro. O objetivo de aprendizagem para o grupo foi de entender todo o processo desde o conceito, desenho até a execução. Não somente na arquitetura efêmera mas toda vez em que há a necessidade


de propor um projeto, sempre nos perguntando: como pode uma linha infuenciar de maneira positiva ou negativa no espaรงo, como o detalhe desenhado pode enriquecer o repertรณrio de quem projeta e quem executa, e como fazemos para transformar o espaรงo mesclando a necessidade com os elementos que temos no entorno imediato. No fim, o curso se encerrou e todos estavamos satisfeitos com os resultados alcanรงados.



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