Trabalho de conclusão Derek Orlandi

Page 1




trabalho de conclusão de curso da Associação Escola da Cidade aluno: Derek Orlandi Oliveira orientador: Luis Felipe Abbud


AGRADECIMENTOS A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A minha família que pode me dar todo apoio que precisei durante esses anos na escola. Foram inúmeras impressões de pranchas e rascunhos, cursos que complementaram minha formação, materiais para fazer maquete, workshops que aconteceram dentro e fora do país, uma vivência externa em que pude aprender uma outra cultura, moradia e sobrevivência em São Paulo, além de, todo apoio emocional que precisei e que estiveram prontos pra me ajudar, e por isso sou eternamente grato. A Escola da Cidade pela minha formação profissional. Foram cinco anos em que pude aplicar minhas ideias no campo arquitetônico sabendo que teria apoio dos professores para alcançar minhas ambições. Também, não poderia deixar de mencionar a turma de 2012. Me acolheram com carinho e logo se transformaram em uma parte importante de minha historia. Em especial aos meus amigos que estiveram sempre me apoiando. Projetos atrasados, concursos quase impossíveis de serem entregues a tempo e inúmeros cafés e discussões sobre a vida. Ao ENORME STUDIO, que me aceitaram dentro do grupo e que me introduziram ao modo de projetar que levou ao desenvolvimento desse trabalho. Carmelo w, Rocío Pina, David García e Yubaba obrigado pelas oportunidades dadas. Por fim, a todos que estiveram envolvidos com esse trabalho. Meu orientador Luis Felipe Abbud, que aceitou o desafio de me ajudar na criação e desenvolvimento, expondo referencias e melhorando a qualidade e o entendimento do projeto. Ao Luiz Cacatti e ao Edimilson Conceição pelo curso de serralheria. E aos alunos do Estúdio Vertical que estiveram ao meu lado trabalhando a cada semana. Philip Zucker, Caio França, Vicky Berl, Isadora Muszkat e Lukas Brachmann.



SUMÁRIO 1. Pesquisa de materiais e suas aplicações 1.1 Reflexões iniciais 1.2 Pesquisa de mercado 1.3 Lógica de mercado 1.4 Analogia a brinquedos 1.5 Eixos e Angulações 1.6 Escala do objeto 1.7 Eixos a cada 45 cm 1.8 A estrutura do módulo

11 17 27 43 51 57 65 83

2. Análise dos processos da indústria e o desenvolvimento de projeto 2.1 Processos da indústria do aço 2.2 Conectores e suas funções 2.3 Estrutura de Madeira 2.4 Regras de montagem

101 121 141 153

3. As estruturas e o manual de montagem 3.1 Introdução 3.2 Cozinha e quarto 3.3 Acoplados 3.4 Sala e escritório 3.5 Acoplados 3.6 Horta vertical 3.7 Primeiro pavimento 3.8 Segundo pavimento 3.9 Terceiro pavimento 3.10 Exemplos de vedações 3.11 Conclusão e referências

169 171 215 257 301 315 325 355 393 427 435



1

PESQUISA DE MATERIAIS E SUAS APLICAÇÕES



1.1

REFLEXÕES INICIAIS A palavra “casa”, nos remete, arque tipicamente a um abrigo íntimo, pessoal e dividido em, pelo menos 4 cômodos destinados ao desempenho de atividades privativas características do ser humano: quarto, banheiro, sala e cozinha. Por mais simples e modesta que possa ser essa casa, nossa tendência vai sempre ao encontro de realizar essa compartimentação. No entanto, cada vez mais nos dias de hoje, um pensamento se faz válido; Se as pessoas são tão diferentes entre si, porque a ideia de casa tende a ser a mesma? Trata-se de uma questão de aspiração. O modelo de casa desejado é esse, não necessariamente por ser o melhor modelo, mas por ser a referência clássica do morar. Contudo, há dificuldade de se morar de determinada maneira padronizada, já que cada indivíduo contém características únicas, em muitos casos que fogem da imposição do mercado imobiliário. Além disso, a fomentação do mercado dificulta a integração e transforma esse sonho em um objetivo inacessível. Basta pesquisar e relacionar o custo da mão de obra e o custo de imóveis no mercado para ver que há um sistema que segrega. Dados da revista Valor Econômico em 2017 (matéria apresentada no dia 03/03/2017 - vide bibliografia), mostram que o custo para construção por metro quadrado em São Paulo tem uma média de R$1.300,00 enquanto o valor do imóvel aproximadamente R$7.700,00 o metro quadrado. Com isso, o paulistano se acostuma com um conceito de que morar bem e morar barato dificilmente andam juntos. Outros países no mundo, como por exemplo nos Estado Unidos, no Canadá e na Alemanha, tentam solucionar essa questão pela estruturação de um setor da indústria que desenvolve e comercializa com fácil acesso elementos para autoconstrução, ou seja, cada um compra certo tipo 11


Figura 1 - Fotografia da Urban Workshop na Public Design Festival em Milão, Itália.

Fonte: Site da Public Design Festival. Disponível em < http://www.publicdesignfestival.org/portal/EN/handle/?ref=2011_esterni#content_190 > Acesso em Out. 2017.

de material que possibilita que pessoas que não tenham necessariamente formação relacionada ao ramo da construção civil, como arquitetura, engenharia e design, possam construir seus próprios ambientes. Contudo, percebeu-se que esse movimento, por parte do ramo da construção civil, não tem ganhado força no Brasil, nos diferentes estratos socioeconômicos: se na periferia dos centros urbanos formalizados, assentamentos irregulares como favelas, as próprias casas são construídos com técnicas e materiais rudimentares da construção civil, no contexto da cidade formal, peças de mobiliário são compradas prontas ou então são encomendadas sob medida, de modo que além de custoso é um trabalho que requer sempre a mão de obra especializada para sua realização. Nesta direção, a ideia central desse trabalho é explorar a condição de autonomia para pessoas de fora do ramo da arquitetura poderem construir seus ambientes. 12


Figura 2 - Fotografia da Maloca na Praça Marechal Deodoro em São Paulo.

Fonte: Acervo Próprio Autor.

METODOLOGIA Este trabalho se estruturou a partir do estudo e da reflexão sobre três diferentes modos de morar cidade de São Paulo, referentes a três condições socioeconômicas distintas: a ocupação provisória da pessoa em situação de rua; a adaptação temporária do edifício ocupado; a habitação da cidade formal. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de levantamento dos materiais disponíveis no mercado brasileiro de construção, para, a partir do reconhecimento das lógicas de fabricação e montagem, desenvolver um novo sistema de construção modular composto por hastes (pontaletes) de madeira e por conectores feitos com chapas metálicas dobradas, a partir do qual é possível estruturar diferentes ambientes e mobiliários para receber funcionalidades variadas. A estrutura mínima consiste em um cubo composto por faces de 2,25 x 2,25m, seguindo modulações de 0,45m, criando rigidez no sistema a para montagem dos ambientes. A partir dele a estrutura pode se expandir indefinidamente de acordo com a necessidade de cada usuário.

13


Figura 3 - Fotografia da Imaginar Huerto em Madrid, Espanha.

Fonte: Site da Basurama. Disponível em < http://basurama.org/proyecto/autocole-ideo-2-imaginarhuerto-construirpatio/ > Acesso em Out. 2017.

INSTRUÇÕES DE MONTAGEM | “FAÇA VOCÊ MESMO” De modo a facilitar a compreensão das possibilidades de montagem do sistema proposto, este trabalho está estruturado sob a forma de um manual apresenta um manual de montagem dividido em três capítulos. O primeiro capítulo consiste em um levantamento de produtos existentes no mercado brasileiro com os quais se pode construir. O objetivo desse primeiro levantamento é evitar ao máximo a redundância do trabalho, ou seja, a criação de coisas que já existem e ao mesmo tempo entender como funcionam, e para isso a atenção dessa pesquisa não se ateve somente aos materiais já usados na construção civil, mas também a peças e conectores de diferentes funções e formatos , que podem servir de referência elucidativa para novas soluções estruturais. Por exemplo, o padrão de mercado de peças de elétrica e hidráulica possuem soluções interessantes que podem ser adaptadas para a construção de estruturas. 14


Figura 4 - Fotografia do Bruno Munari.

Fonte: Disponível em < http://www.artspecialday.com/9art/2017/04/12/bruno-munari-creativita-fruibilita/ > Acesso em Out. 2017.

O segundo capítulo diz respeito às peças criadas neste trabalho: sua lógica de funcionamento e montagem, e versatilidade pretendida em suas aplicações construtivas. Nesse trecho explicamos o raciocínio por detrás de cada peça e as apresentamos. O terceiro e último capítulo consiste na lógica de construção do módulo. Estruturado com um guia de montagem, tem o objetivo de estimular novas opções que confiram autonomia na autoconstrução e personalização de habitats e espaços de atividades. . Neste sentido, o trabalho se respalda nos preceitos anunciados no trabalho “habitáculo” de Bruno Munari, importante referência nesta pesquisa, que indica que o objeto construído deva ser feito com materiais leves e resistentes que não incomodam visualmente, ser fácil de montar, desmontar, transportar e armazenar, conter instruções de montagem e ser personalizável. 15



1.2

PESQUISA DE MERCADO Com o objetivo de desenvolver uma estrutura de fácil produção, montagem e desmontagem, demos início a uma extensa pesquisa de mercado. Afim de compreender a lógica dos produtos vendidos para construção, foram pesquisadas lojas físicas e catálogos online, a partir dos quais foram analisados cada um dos produtos e em que medida eles se apresentariam relações entre si. A pesquisa também visava descobrir quais medidas cada produto era vendido e de acordo com qual sistema (métrico ou imperial) estavam padronizados. Foram duas questões muito importantes com as quais entramos em contato nesse processo. Enquanto alguns canos, parafusos e madeira são medidos de acordo com o sistema imperial, outros são padronizados de acordo com o sistema métrico, o que confunde e dificulta o cliente na hora da compra. No entanto, percebeu-se que mesmo com as diferenças, todos os produtos vendidos seguem eixos e uma lógica simples de montagem, baseados em um sistema de encaixes e fixações que tornam os produtos facilmente aplicáveis. Além disso, foi realizada uma comparação entre produtos e catálogos brasileiros e estrangeiros, e pode ser percebido que, se tratando de conectores, o mercado estrangeiro é muito mais bem servido e abastecido de opções do que o nacional, especialmente os usados para madeira, denotando um desenvolvimento muito maior da indústria madeireira na construção civil estrangeira.

17


Figura 5 - Materiais encontrados na rua Florêncio de Abreu.

Fonte: Acervo Próprio Autor.

18

Com o intuito de ver o que já existia no mercado, foi marcada uma visita na Rua Florêncio de Abreu, localizada próximo ao metro São Bento, no centro de São Paulo. Rua de importância histórica no desenvolvimento da cidade, sendo uma das rotas principais de saída dos bandeirantes, nos dias atuais se transformou em um polo importante na venda de produtos de auxilio na construção civil. Na ladeira é possível encontrar desde lojas especializados em parafuso e porcas, produtos hidráulicos como canos, torneiras e acessórios hidráulicos e também algumas lojas de ferramentas elétricas. De primeira impressão, não havia espaço, pela característica da rua, para comercialização de materiais de grande porte, como madeira e perfis de aço, porém tudo vendido tinha como objetivo de complementar esses materiais. O que dificultava um pouco no entendimento do porque o objeto era vendido. O desafio era ver os produtos, entender onde cada peça era aplicada e assim tentar achar alguma relação para o trabalho. Para o melhor compreendimento, várias


Figura 6 - Discussão em cima do material juntado.

Fonte: Acervo Próprio Autor.

peças foram compradas com o propósito de levar a uma discussão que provocasse achar soluções para a nova estrutura que haveria de ser projetada. Dentro das peças recolhida estavam parafusos, abraçadeiras, perfis de eletrocalha, cantoneiras e esquadrias. Desses materiais recolhidos, foi entendido que a proposta de cada peça tinha de ser simples o suficiente para cumprir sua função dentro do conjunto, e que o design do produto era o resultado dessa simplicidade. As peças que apresentaram mais variedade de conexões e soluções para seu conjunto foram as de eletrocalha. Sua estrutura simples de corte, dobra e furo de uma chapa metálica levou a um entendimento da praticidade que a estrutura nova teria que de ser projetada. Era aceitável pensar em transferir as características das peças, aumentando a escala e medidas para o desenvolvimento do conector que seria a tônica do projeto. 19


Figura 7 - Exemplos encontrados para cano PVC.

Fonte: Catalogo técnico Tigre. Disponível em < https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos > Acesso em Out. 2017.

Após ter uma pequena noção dos produtos comprados, o próximo passo teria de ser a procura de catálogos do que era relevante para o trabalho. Os critérios para definir se o catálogo teria importância foram as seguintes: teriam que apresentar um sistema completo de encaixes, furos e eixos para relacionar com outras peças da mesma família, teriam que apresentar uma lista de medidas escalonando peças em diferentes medidas para diferentes usos e também ser de materialidade onde seja fácil o seu encontro em lojas de materiais de construção como madeira, aço ou pvc. No catálogo da Tigre, as peças de pvc se apresentavam de maneira clara, onde além da foto do produto, também se encontrava uma pequena planta mostrando os eixos e ângulos de cada peça. Uma vez que cada peça trabalha com um propósito diferente, os cotovelos desviam a água a 45° e 90° enquanto as peças 20


Figura 8 - Exemplo de parafuso métrico.

Fonte: Catalogo técnico Ciser Parafusos. Disponível em < http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/destaques/br/catalogo-geral-de-produtos.pdf > Acesso em Out. 2017.

tipo “T” apresentam novas saídas de água e as abraçadeiras fixam as tubulações nas estruturas. Há uma grande dificuldade porém nas dimensões das bitolas de cada medida, uma vez que, dentro da mesma família algumas peças estão contidas dentro do sistema imperial confundindo a sua utilização dentro do sistema métrico. Isso foi percebido também no catálogo da Ciser, especializados em parafusos e porcas. Para cada exemplo de cabeça do parafuso, há pelo menos duas listas, uma para cada sistema de medida. O desafio no caso dos parafusos era de entender que apesar das medidas principais, haviam varias outras informações que definiam o uso exato da peça. A exemplo seria em um parafuso M10, a partir do comprimento do parafuso, teríamos uma lista de números diferentes para cada passo (distancia entre filetes da rosca). Isso dificulta na hora da compra do material em que é comum misturar parafusos e porcas de medidas diferentes. 21


Figura 9 - Exemplos de bandejamentos para condutores elétricos.

Fonte: Catalogo técnico Eletropoll. Disponível em < http://www.eletropoll.com.br/pt/produtos/eletrocalhas > Acesso em Out. 2017.

Ao desenvolver mais o entendimento dos produtos encontrados, o catálogo de eletrocalha se assemelhou a ideia inicial de projeto. A partir de uma modulação de 38mm, as peças de eletrocalha tomam forma para cumprir seu papel no conjunto projetado. Entre dobras e recortes simples, se notam sistemas de travamentos, desvios de eixos a 45° e também bases onde o sistema teria seu ponta pé inicial. Os furos modulados nas peças se encaixam com as calhas que formam o desenho da estrutura, e como elemento de fixação dessas peças, o parafuso de maquina. Exemplos do que a estrutura deveria ser, a partir de um conjunto de conectores e calhas, o desenho de cada sistema e livre, podendo ser montado e desmontado.

22


Figura 10 - Exemplos de dobradiças Merkel

Fonte: Catalogo técnico Merkel. Disponível em < http://www.merkel.com.br/catalogo.pdf > Acesso em Out. 2017.

A exemplo do catalogo da Tigre, os produtos encontrados no catálogo da Merkel trazem uma complexidade nas questões de dimensionamento e mistura de sistemas de medida. Em dobradiças comuns, as peças são medidas em polegada, sendo que as informações descritas no catalogo são a partir da peça estendida. Assim, é dado as dimensões de altura e largura em polegadas, e a espessura é mencionado em milímetros.

23


Figura 11 - Exemplos de conectores de uma rede norte americana de construção.

Fonte: Site da The Home Depot USA. Disponível em < https://www.homedepot.com/b/Building-Materials/N-5yc1vZaqns/Ntk-all/ Ntt-connectors?NCNI-5 > Acesso em Nov. 2017.

Junto com a pesquisa de catálogos do mercado nacional, o trabalho necessitava ter um comparativo com outros sistemas de construção. Veio então a proposta de ver quais os conectores disponíveis em países como o Canadá e Alemanha e a sua relação com o a construção civil. Por terem um desenvolvimento avançado no uso da madeira como elemento principal na construção de casas, se percebe uma variedade grande de conectores que cumprem diversos papeis no auxilio da montagem de estruturas. Similar ao sistema das eletrocalhas, cada peça é desenvolvida para fixar as estruturas de diversas maneiras. Fixação de estruturas em ângulos, estruturas que exercem eixo rotativo e até mesmo peças que emendam estruturas.

24


Figura 12 - Exemplos de conectores de uma rede alemã de construção.

Fonte: Site da Bauhaus. Disponível em < https://www.bauhaus.info/holzkonstruktionsbeschlaege/c/10000019 > Acesso em Nov. 2017.

25



1.3

LÓGICA DO MERCADO Após a catalogação dos materiais de construção existentes no mercado brasileiro, pudemos perceber que todas as peças se inter relacionam como “famílias” de componente que funcionam segundo um mesmo sistema comum de montagem. Por tanto, as medidas e encaixes são feitos para conectar e firmar perfeitamente uma peça na outra, de maneira a criar diferentes eixos e configurações de estrutura através de conectores, “conectados” e complementos. A partir desse raciocínio, todo o material recolhido anteriormente fora desenhado seguindo suas especificidades. A intenção desse produto era ver se no desenho de cada peça, haveria possibilidade de criar um banco de dados que nos serviria para o desenvolvimento do projeto. A cada desenho feito, uma nova clareza na lógica de desenho de produto. A exemplo das ferragens para prateleiras, notamos que seu desenho é imprescindível para aguentar cargas extremas. Considerando sua esbeltez, a lógica do sistema visa transferir toda a carga para a parede, criando atrito entre os dois elementos, sustentando verticalmente todo a estrutura. Outra ponto para analisar para o entendimento da lógica de mercado são as medidas em que cada produto é vendido. Havia um esforço para entender o porque esse conflito de medidas, e qual o grau de dificuldade no entendimento dessas medidas uma vez que não estamos habituados a usar o sistema imperial de medida. Após todo desenho de peças, foi iniciada os desenhos que compreenderiam a lógica de encaixes. Do mais simples como cantoneiras e esquadros ao mais complexo como os encaixes de canos PVC e eletrocalhas.

27


25cm

28

0


25cm

0

29


25cm

30

0


25cm

0

31


25cm

32

0


25cm

0

33


Figura 13 - Conflitos entre peças vendidos no sistema imperial e no métrico.

Fonte: Site da Alibaba Global Trade. Disponível em < https://www.alibaba.com/product-detail/Assist-brand-22-series-3m-5m_60186368903.html > Acesso em Nov. 2017.

Uma dificuldade foi encontrada no momento da síntese deste material: tamanhos e escalas de uso. Por conta dos fornecedores de materiais para conectores e conectados (tubos, parafusos, madeira etc.) usarem sistemas de medidas distintos (ora Sistema Imperial, ora Sistema Métrico), o desejo de se encontrar uma síntese na relação de inter funcionamento destes materiais é prejudicado, uma vez que todos esses materiais não seguem uma lógica e um padrão de tamanhos. Portanto, considerando a necessidade de entendimento da conversão destes sistemas, foi criada uma tabela (ao lado), ajudando assim o estudo dos materiais significativos para esta pesquisa.

34


Figura 14 - Tabela de conversĂŁo de medidas.

cm

inch

cm

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

0,039 0,078 0,118 0,157 0,196

1 2 3 4 5

0,39 0,78 1,18 1,57 1,96

10 11 12 13 14 15

3,93 4,33 4,72 5,11 5,51 5,90

inch

20 25 30 35 40 45 50

7,87 9,84 11,81 13,77 15,74 17,71 19,68

60 70 80 90 100 200 300 400 500

23,62 27,55 31,49 35,43 39,37 78,74 118,11 157,48 196,85

1000

393,70

pipe 3/4 inch

inch

cm

1/8 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8

0,318 0,635 0,953 1,270 1,588 1,905 2,223

1 2 3 4 5

2,54 5,08 7,62 10,16 12,70

10 11 12 13 14 15

25,40 27,94 30,48 33,02 35,56 38,10

inch

screw 2/3 inch

cm

20 25 30 35 40 45 50

50,80 63,50 76,20 88,90 101,60 114,30 127,00

60 70 80 90 100 200 300 400 500

152,40 177,80 203,20 228,60 254,00 508,00 762,00 1016,00 1270,00

1000

2540,00

wood 1 x 2 inch

1,91

2,67

2,09

1,91

3/4 inch = 1,91 cm

1,60

cm in c h

1

2

3 1

5 2

3,81

10 3

Fonte: Acervo pessoal Lukas Brechmann, 2017.

15

20

5

35


A partir do levantamento dos materiais encontrados no mercado, o entendimento sobre seus tamanhos e o desenho de cada peça, todo este material foi separado para dar inicio um outro processo de estudo. Este processo consistiu no manuseio de cada peça, para entender suas lógicas de montagem e de função (intrínseca ou atribuída), como por exemplo a lógica simples de cantoneiras e esquadros. Este processo, portanto, foi importante para o desenvolvimento da criatividade em atribuir novas funções para peças já conhecidas, provocando assim todas suas possibilidades de usos.

36


Função básica da cotoneira e esquadro.

37


Peças de fixação e encaixe de ferragens de prateleiras.

38


Canos PVC e seus conectores.

39


Lรณgica de montagem do sistema de eletrocalhas.

40


Esses processos em contato com os materiais e suas funções foi de grande valia para o conhecimento básico de como funciona uma estrutura. De maneira simples, todas as estruturas encontradas a partir do manuseio e entendimento dos materiais foi sintetizada em três principais camadas de estruturação: CONECTOR, CONECTADO E COMPLEMENTO. Estes três componentes se tornou a estrutura básica para as propostas de novas estruturas.

41



1.4

ANALOGIA A BRINQUEDOS A classificação de conector, conectado e complemento, gerou uma série de comparativos com outras referências encontrados em diversas atividades do cotidiano. Ao investigar mais a fundo, essas lógicas se apresentavam de maneira mais clara em objetos criados para o desenvolvimento de crianças. Desde pequenos somos condicionados a seguir regras e padrões nos jogos e brinquedos com os quais interagimos. Os brinquedos mais bem sucedidos são aqueles que conseguem, a partir de uma série de regras, estimular a criatividade de cada um. Lego, K’nex, TETRIS e os jogos de moléculas da química orgânica são exemplos desses jogos, que estimulam o uso da lógica para a “resolução de problemas”. Ao utilizar uma linguagem extremamente simples baseada em: a) cores diferentes determinam formatos/ funções diferentes b) lógica de montagem e encaixe óbvios c)padronização de um módulo base a partir do qual todas as peças são geradas. Esses jogos garantem um contato rápido e fácil com qualquer pessoa, garantindo por tanto, uma linguagem universal.

43


Figura 15 - Tetraminós.

Fonte: Site da1966 Magazine. Disponível em < http://www.1966mag.com/tetris-is-having-its-30th-birthday/ > Acesso em Nov. 2017.

O jogo TETRIS, tem este nome em relação direta á palavra “tetra” (quatro). O jogo, composto por sete peças de formatos diferentes, possibilita, num jogo de montagem, a formação de um bloco único e maciço formado por todas elas. Sua lógica é baseada no encaixe destas peças, que mesmo com formatos diferentes é facilitada pela modulação das mesmas, que são formadas por quatro quadrados idênticos cada uma. Assim, estes encaixes, formados de maneira fácil, modular e lúdica, nos ensina a possibilidade de construção de diferentes espacialidades seguindo um mesmo módulo simples.

44


Figura 16 - Peças de montagem K’Nex.

Fonte: Site da K’NEX Usar Group. Disponível em < https://www.knexusergroup.org.uk/en/image_K77077partslist.html > Acesso em Nov. 2017.

Outro grande exemplo de jogos de montagem é o K’nex, originário dos Estados Unidos. O jogo, composto por diversas peças de cores e tamanhos diferentes, tem em sua proposta a criação de infinitas estruturas para diversas finalidades, desde espacialidades até estruturas móveis. Composto por peças conectoras e conectáveis, codificadas por cores diferentes de acordo com sua função facilita a montagem das peças. Essas codificações por cores e manuais de montagem identificam cada peça, diferenciadas por ângulos (conectores), tamanhos (conectáveis) e demais peças necessárias para montagem.

45


Figura 17 - Primeiros desenhos de Leg Godt.

Fonte: Site da Google Patent. Disponível em < https://www.google.com/patents/US3005282 > Acesso em Nov. 2017.

O LEGO, o mais famoso dentre os brinquedos de montagem, apesar de também explorar os campos da lógica de modulação e da codificação de peças, também trabalha com a investigação da lógica dos eixos de montagem. Com peças capazes de se encaixarem umas com as outras em positivo negativo, formam estruturas diversas e infinitas. A peça mais comum do jogo é composta por oito pequenos volumes circulares, dispostos de tal maneira que seu espaço negativo é do tamanho exato de cada pequeno volume circular, encaixando assim uma peça sobre a outra, sempre respeitando estes espaços definidos para os encaixes. Esta lógica de eixos + encaixes demonstra assim mais um fator facilitador de montagem de estruturas, evidenciando o papel crucial do estudo dos brinquedos na hora de entender a criação das espacialidades. 46


47


Figura 18 - Kit molecular de química orgânica.

Fonte: Site da Science Museum. Disponível em < https://www.sciencemuseumshop.co.uk/gifts/molecular-elements/inorganic_organic_student_set.htm > Acesso em Nov. 2017.

O kit de moléculas de química orgânica auxilia o usuário para criar modelos e estruturas de diferentes componentes químicos. Cada cor representa um elemento da tabela periódica e cada haste pequena representa as ligações entre cada elemento. E interessante perceber que, como numa estrutura de molécula real, os nós do brinquedo formam angulações no espaço tridimensional, assim possibilitando mais de uma reação entre cada componente. Os ângulos explorados sempre mantém modulações de 30, 45 e 60 graus, enquanto suas hastes segue o eixo X, Y podendo ser modificado para criara reações de ligação dupla.

48


No exemplo, nós de coloração distinta de suas funções e representatividades, explorando as angulações de 90, 120 e 180 graus.

49



1.5

EIXOS E ANGULAÇÕES A cada referência buscada, foi colocada no vértice da estrutura uma indicação de eixos. Ao relacionar isso, foi percebido uma repetição de eixos que certificasse a rigidez da estrutura proposta. Em uma planilha de eixos, as angulações foram traçadas para ver sua interatividade com a modulação proposta. Tanto em catálogos de construção quanto no estudo das lógicas dos brinquedos, foi verificado que, uma das lógicas centrais de todas as peças é a relação intrínseca delas com o espaço tridimensional, estruturado segundo eixos (x,y,z) e os ângulos notáveis de 30, 45, 60 e 90 graus. Tendo isso em mente, iniciamos um estudo dessa tridimensionalidade em busca dos eixos e ângulos que julgássemos os mais funcionais para a construção de um sistema modular.

51


z

y

x A investigação sobre as funções e possibilidades dos eixos na criação de espaços e estruturas foi desenvolvida nas diversas escalas da pesquisa. O funcionamento dos eixos e suas capacidades organizacionais também foram discutidas para o desenvolvimento das peças conectoras da estrutura. Num plano tridimensional de estudo dos eixos X, Y e Z, foi sobreposta as idéias das peças e seus movimentos capazes. Desta maneira, aliando o ideal mais o plano tridimensional, foi capaz de desenhar a melhor forma e angulação das peças conectoras, que, além de sua forma/função, também seguem uma lógica das cores RGB e suas variações usadas para os principais eixos tridimensionais. 52


53


y

y

x y

x y

x Dentre todos os ângulos e eixos estudados, os ângulos considerados mais aptos a enriquecer de forma simples as possibilidades de criação espaciais distintas foram 30o, 45o e 60o, além de um maior controle sobre a modulação da estrutura. Foi ponderado estes ângulos como os mais eficientes por conta do tamanho da face da estrutura primária desenvolvida, numa malha composto por quadrados idênticos dispostos numa malha de 5 x 5 quadrantes. Nesta malha, são estes os ângulos capazes de interferir em todos os quadrantes, sendo o ângulo 30o (5 x 3 quadrantes), 45o (5 x 5 quadrantes) e 60o (3 x 5 quadrantes), e fortalecendo assim a estratégia de ocupação da estrutura. 54

x


Deste modo, as figuras acima exemplificam o comportamento dos ângulos propostos na estrutura tridimensional e sua årea de abrangência.

55



1.6

ESCALA DO OBJETO De modo a colocar em teste a viabilidade do sistema estrutural proposto, julgou-se necessária a construção de uma estrutura em tamanho real e, para tanto, a definição dos limites do tamanho deste modelo de escala 1:1. Por se tratar de um trabalho que se propõe a discutir o espaço da moradia optou-se por explorar a modulação mínima exemplificada no espaço de um cômodo retirado de uma planta de apartamento comumente vista no polêmico programa federal de habitação Minha Casa Minha Vida; de modo, passamos a trabalhar em um espaço de 2,5 x 2,5 x 2,5m. A partir da definição desse espaço fomos atrás de referências sobre as possibilidades de ocupação de um espaço modulado com essas dimensões, levando em conta tanto as dimensões possíveis de cada móvel, quanto às possibilidades de programa a serem oferecidos ao usuário. Devido a grande amplitude de funções que poderiam ser desenvolvidas nesse espaço modular , produzimos também propostas para diferentes vedações necessárias para suas instalações em ambientes internos e externos.

57


Figura 19 - Planta exemplo de Minha Casa Minha Vida.

Fonte: Site da Todo Brasil ImobiliĂĄria. DisponĂ­vel em < http://www.todobrasilimobiliaria.com/imoveis.php?id=754901#sthash.LRYcD6DQ.dpbs > Acesso em Nov. 2017.

58


2,50 m 2,5

0m

0 2,5

m

59


Figura 20 - Nomadic Furniture, Victor Papanek.

Fonte: Site da Pamono. Disponível em < https://www.pamono.co.uk/designers/chmara-rosinke > Acesso em Nov. 2017.

A exemplo da estrutura desenvolvida por Victor Papanek, o desenho do espaço é diretamente ligado ao tipo de atividade que ali é desenvolvida, visando o aprimoramento de questões como o desenho arquitetônico, aliado á simplicidade construtiva das estruturas. Sua espacialidade não é criada a partir de modulações previamente pensadas. Entre tando, sua estrutura é pensada como suporte para a criação espontânea destes espaços, associando funcionalidade e criatividade.

60


Figura 21 - Habitáculo, Bruno Munari.

Fonte: Site da The Plan. Disponível em < https://www.theplan.it/webzine/the-plan-award-2015/fun-house > Acesso em Nov. 2017.

Já na estrutura de Bruno Munari, Habitáculo, o espaço questiona questões como sua estrutura esbelta e a possibilidade de sua personalização. Portanto, a estrutura de Munari se distingui um pouco da discussão levantada por Papanek porque, além da lógica espaço-atividade, o Habitáculo também fornece a infraestrutura ideal para a personalização do espaço por cada usuário, abrindo a possibilidade de transformação e mutação da estrutura permanentemente, sem se desassociar da modulação primária.

61


Figura 22 - Intervención en el herto de San Juan.

Fonte: Site da Bassurama. Disponível em < http://basurama.org/proyecto/paisaje-sur-intervencion-en-el-huerto-de-san-juan/ > Acesso em Nov. 2017.

Considerando a simplicidade de montagem e uso das estruturas, não é descartada portanto as possibilidades de sítios onde estas estruturas serão instaladas. A estrutura não apenas pensa seu espaço interno, mas também sua relação com o exterior, e sua função nestes espaços. Elas podem exercer influências para uso comunitário e/ou como requalificação dos espaços abertos. Desta maneira, a completa compreensão da materialidade e função do objeto-estrutura é fundamental para pensar na relação entre esta, o usuário e o espaço inserido.

62


Figura 23 - EstaciĂłn de recuerdos cecrea la lingua.

Fonte: Site da Bassurama. DisponĂ­vel em < http://basurama.org/proyecto/estacion-de-recuerdos-cecrea-la-ligua/ > Acesso em Nov. 2017.

63



1.7

EIXOS A CADA 45cm Optou-se por explorar a customização dos módulos espaciais segundo os programas de quarto, cozinha, sala de estar ou uma mistura das três. A partir de então foram enumeradas uma série de atividades executáveis dentro desses ambientes. A ergonomia característica da execução de cada uma dessas ações indica que são executadas a uma determinada altura em relação ao solo, em uma gradação constante de 45cm, ou seja, a cada 45cm um novo grupo de ações poderia ser executado. Por exemplo, numa altura de 45cm uma pessoa se senta em uma cadeira, numa altura de 90cm podemos ter uma bancada de trabalho e a 135cm podemos armazenar coisas. Da mesma forma, poderíamos subdividir 2 módulos de 45cm em alturas de 30cm e 60cm, criando ainda mais possibilidades, e o mesmo pode acontecer no eixo horizontal. Uma vez que o módulo do ambiente inicialmente proposto de 250cm não é divisível por 45, mudamos as medidas gerais para e 225cm resultando em 5 secções iguais de 45cm.

65


Figura 24 - Discussão e entendimento.

Fonte: Acervo pessoal Luis Felipe Abbud, 2017

A partir da escala do objeto definida, foram discutidas as atividades que esta estrutura comportaria. A partir destas atividades que seria possível a investigação a respeito da modulação necessária, sempre respeitando a ideia do espaço mutável e versátil. O processo de pensamento destes espaços incluiu também o indissociável papel dos conectores e estruturas conectadas, ditando as possibilidades espaciais e materiais do objeto.

66


Figura 25 - Construindo o volume com fita.

Fonte: Acervo pessoal Luiz Felipe Abbud,2017

Desta maneira, com o uso de fitas adesivas e canetas, foi construído um espaço genérico na dimensão da escala escolhida, para então começar a dar forma para a estrutura. O desenho do objeto na escala 1:1 se mostrou extremamente necessário, uma vez que a presença do corpo humano, e o entendimento do mesmo neste espaço é um dos principais partidos do projeto. Portanto, considerando o corpo humano e suas habilidades, e a funcionalidade do espaço, uma modulação em eixos de 45cm x 45cm foi definida, na malha de 5 x 5 quadrantes, descobrindo o tamanho ideal da estrutura baseado num volume de tamanho 2.25m x 2.25m x 2.25m. 67


Figura 26 - Estudando os eixos de 45cm.

Fonte: Acervo pessoal Luis Felipe Abbud, 2017

Neste volume de 2.25m x 2.25m x 2.25m, foram estipulados diversos exemplos de como criar espaços capazes de preencher esta modulação. Exemplos como cama, mesa, armário etc., deveriam variar conforme a malha e as necessidades capazes para cada atividade exercida no espaço pensado. Assim como no jogo Tetris, o espaço foi a partir de então pensado no encaixe dos objetos. O universo do jogo toma forma na malha das faces da estrutura, enquanto as peças do jogo representam os mobiliários que preenchem estas faces.

68


Figura 27 - Ajustando as alturas.

Fonte: Acervo pessoal Luis Felipe Abbud, 2017

69


y

z

x

Portanto, seguindo a lรณgica modular, o volume foi dividido em seรงoes de 45cm em todos os eixos tridimensionais, X, Y e Z. Com estes eixos, enfim, as faces e o espaรงo interno do volume foram definidos.

70


h 2,25m h 1,80m h 1,35m h 0,90m h 0,45m h 0,00m

71


h 0,45m

72


h 0,90m

73


h 1,35m

74


h 1,80m

75


h 2,25m

76


2,25m

1,80m

1,35m

0,90m

0,45m

0,00m

Eixos relacionados no plano vertical modulados a cada 45cm. Com o objetivo de estudar mais possibilidades de eixos dentro do cubo, foi feito uma especulação com a intenção de dividir o espaço em eixos de 30 e de 60cm. Isso proporciona a criação de outros objetos que necessitam de espaço maior ou menor que a de 45cm, a exemplo de uma porta. Dentro das padronizações da construção civil, a porta segue as modulações de 60cm para um lavabo, 70 ou 80cm para um cômodo convencional e 90cm para um banheiro de portadores com necessidades especiais. Trazendo outras opções de eixos dentro do nosso sistema, o usuário estaria asseguro de que poderia instalar outro objetos seguindo a mesma lógica num eixo que estaria previsto no projeto. 77


2,25m

1,80m

1,50m

1,20m

0,90m

0,60m

0,30m

0,00m

DivisĂľes internas da estrutura no eixos a 30cm. Sua formula dentro da lĂłgica seria, (6 x 30cm) + 45cm.

78


2,25m

1,80m

1,20m

0,60m

0,00m

DivisĂľes internas da estrutura no eixos a 60cm. Sua formula dentro da lĂłgica seria, (3 x 60cm) + 45cm.

79


0,30cm

0,60cm

Exemplo de modulação de uma porta de 60cm. No projeto, teríamos 30cm de boneca (estrutura que assegura a rotação da porta) e 60cm para a folha da porta.

80


81



1.8

A ESTRUTURA DO MÓDULO Definidas as medidas do módulo, o próximo passo foi definir como ele se estruturaria. Optou-se por fazer uma estrutura simples em madeira, na qual poderiam ser acoplados diferentes tipos de estruturas secundárias, se relacionado com atividades listados como: sentar, cortar, lavar, deitar, relaxar, etc. Em volumes desenhados tridimensionalmente, estipulamos alturas para entender sua relação com a escala humana. Isso possibilitou prever o quando de espaço que seria preciso para realizar algumas atividades e o quanto de espaço cada acoplado ocuparia. Foi dado nomes para as estruturas acopláveis de “acoplados”, que definem quantos módulos que seriam necessários para montar a estrutura, determinando suas alturas a partir do solo. Por exemplo, para a ação “deitar” usamos 5 módulos na horizontal de 45cm e a uma altura de 45cm do solo; para a ação “lavar” usamos 3 módulos de 45cm na horizontal a uma altura de 90cm do solo.

Estabelecido isso, foram surgindo relações interessantes entre os acoplados na estrutura e as peças do famoso jogo de videogame Tetris. Sempre com o mesmo número de 4 (“tetra”) quadrados, os espaços se configuravam de maneiras diferentes, e isso também ajudou a expandir as possibilidades e explorar estruturas retráteis , como uma cama dobrável que pode vir a ser uma mesa e depois ser guardada em um armário. Para isso desenvolvemos também uma armação para os acoplados e uma maneira de prendê-los firmemente na estrutura base. Por fim, toda estrutura principal seria desenvolvida com pontaletes de madeira de bitola 5x5cm.

83


84


ABRIGAR SENTAR DEITAR CORRER ANDAR BRINCAR CONECTAR CONVERSAR PENDURAR MONTAR MODIFICAR RELAXAR PASSAR ESPERAR COMER BEBER LAVAR GUARDAR AMARRAR MEDITAR ESTUDAR VESTIR LIMPAR RELAXAR VISUALIZAR CORTAR 85


86


87


88


A partir da malha desenhada, foi iniciada a dinâmica de buscar optimizar espaços como um quebra cabeças. Cada espaço encontrado abria possibilidade para uma nova atividade e uma nova construção. As relações com o tetris deixaram evidentes que a modulação das peças deveriam ser flexíveis o suficientes para que assim como no Tetris, os espaços poderiam rotacionar e se posicionar em locais diferentes. A partir dos espaços estipulados, foram registrados exemplos de usos, desde atividades como cozinhar, deitar e armazenar.

89


Representação de um espaço encontrado que pode servir de estante para armazenamento, contido nas dimensões de um quadrado de 45cm por 45cm, junto com um espaço que teria potencialidade de servir como assento nas dimensões de duas por três modulações . Nas modulações de 45cm, ambos os objetos estão à um quadrado de altura, criando um confronto para sentar ou se apoiar. Se entende que esses espaços encontrados dão uma pequena noção de uma sala.

90


No mesmo raciocínio dos espaços, aqui encontramos exemplos que sugerem um quarto. Com cinco por dois módulos, a cama se encontra a um quadrado de altura. O espaço sugere um conforto para o usuário deitar e como complemento desse quarto, a partir de três modulações de altura, se imagina um guarda-roupa. As modulações de quarto e sala poderiam se relacionar na mesma estrutura, brincando de Tetris as modulações vão se encaixando criando espaços multifuncionais.

91


Com três modulações na horizontal a 90cm de altura, se encontra o exemplo de uma bancada de cozinha. Equipado com um fogão elétrico e um espaço abaixo para guardar os utensílios de cozinha, essa modulação se completa com um conjunto de módulos que formam uma prateleira. A cinco modulações de altura, essa estrutura chega ao limite imposto pelas regras da estrutura de 5 x 5 módulos. Essas estruturas são compatíveis para se associar com qualquer outra base mencionada acima.

92


Por fim, há desenhos que se assemelham com o Tetris original, criando um espaço para um quadro ou espelho, com modulações de dois por dois, e um pequeno expositor de objetos. A partir desses desenhos exemplificando as oportunidades geradas de cada objeto, foi lançada uma primeira estrutura base. Essa estrutura tinha como função dar rigidez para o sistema, assim possibilitando uma série de armações que possibilitariam novas intervenções conforme o gosto do usuário. Porém, havia uma questão, como criar um sistema em que os espaços se transformariam com facilidade? Qual seria a estrutura ideal para que isso pudesse acontecer?

93


94


95


96


?

?

? ?

? ?

97



2

ANÁLISE DOS PROCESSOS DA INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO DE PROJETO



2.1

PROCESSOS DA INDUSTRIA DO AÇO No processo de estudo e desenho das peças existentes no mercado, alguns itens se mostraram mais úteis na função de conector de estruturas, como as peças derivadas de chapas metálicas. De caráter mais compacto e versátil, estas peças derivadas de chapas metálicas também derivam de um meio de produção industrial mais eficiente e rápido, além de possuírem em sua característica maior facilidade na montagem e desmontagem das peças. Assim sendo, foi desenvolvido um reconhecimento básico a respeito do meio de produção de chapas metálicas e sua manipulação para a produção de derivadas peças futuramente. Essa produção é dividida em dois tipos de indústria de base: a metalurgia (produção de manipulação de ferro, titânio, cobre etc.) e a siderurgia (produção e manipulação exclusivamente de ferro e aço). Nestes dois meios de produção, outro aspecto estudado foi as maneiras de manipulação deste material até se tornar peças desejáveis para uso. Nesta pesquisa, foi considerada todo o processo de manipulação das chapas metálicas até se tornarem peças de marcado. Foi desenvolvido, pelo professor Edimilson e o Luiz, um workshop de serralheria dentro da Escola da Cidade como parte do processo de entendimento da produção das peças metálicas. No curso foram replicadas de maneira mais simples todo o processo de manipulação das peças que ocorre na indústria, e nele foi possível de maneira prática entender como funciona as técnicas de solda, de corte, dobra e de furo dos materiais. Este contato prático com a produção das peças foi de grande valia para o desenvolvimento dos conectores, e para o melhor desenho dos mesmos considerando seu desempenho e fabricação. Durante o curso foi observado as qualidades dos matérias e as possibilidades de manipulação. Este conhecimento, portanto, serviu para a estipulação de protótipos do que viria a ser os conectores desenvolvidos. 101


Figura 28 - Fabricação da chapa na siderúrgica.

Fonte: Site da IMMMBCSIR. Disponível em < https://www.immmbcsir.gov.bd/ > Acesso em Nov. 2017.

FUNDIÇÃO DOS METAIS PARA A CRIAÇÃO DA CHAPA DE AÇO. O procedimento para a criação dos conectores se inicia fundição dos metais para a criação da chapa de aço. Após a formação dos rolos de chapado metálico, as chapas são cortados utilizando a maquina de guilhotina. O processo continua com a dobra do material passando para as técnicas de solda onde se fima as juntas dobradas. O furo das peças e feita, e em casos de trabalho com perfil tubular, a utilização da maquina de calandragem que é o processo de angulação desses perfis metálicos.

102


Figura 29 - Guilhotina cortando chapa.

Fonte: Site da Twitter. Disponível em < https://twitter.com/cortestamp > Acesso em Nov. 2017.

UTILIZAÇÃO DA MAQUINA DE GUILHOTINA

103


Figura 30 - Dobradeira Hidráulica.

Fonte: Site da Indrofer. Disponível em < http://www.indrofer.com.br/monta.asp?link=servicos&qual=5 > Acesso em Nov. 2017.

USO DA DOBRADEIRA HIDRÁULICA

104


Figura 31 - Solda MIG.

Fonte: Site da Metalvis 17. Disponível em < http://metalvis17.com/ > Acesso em Nov. 2017.

SOLDA MIG (METAL INSERT GAS)

105


Figura 32 - Detalhe da broca furando peça metálica.

Fonte: Site da Walter. Disponível em < https://www.walter.com/products/-/producttradename/tooling/core-cutting/icecut-annular-core-cutters-weldon-shank > Acesso em Nov. 2017.

BROCA ESPECÍFICO PARA METAL EM FURADEIRA DE MESA

106


Figura 33 - Detalhe calandragem.

Fonte: Site da Youtube. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=oDG3AUOEUGg > Acesso em Nov. 2017.

CONFORMAÇÃO DE TUBULAÇÃO COM A MAQUINA DE CALANDRA

107


COMO TRABALHAR OS VÉRTICES? Uma vez que todas as estruturas estavam definidas em madeira, a questão que permeava o trabalho era: como criar uma peça metálica que daria a versatilidade que o trabalho propunha? Algumas peças de mercado como, mão francesa, abraçadeira e cruzetas, já traziam consigo algumas lógicas de montagem, porém nenhuma firme ou flexível o suficiente. A resposta estava no desenvolvimento de um conector que traria esses benefícios para a estrutura. A partir dos conhecimentos práticos adquiridos no decorrer do curso, em especial a sequência das etapas de produção das peças, tornou-se mais claro o modo para se estabelecer os parâmetros de construção. 108


O conector de chapa dobrada foi uma solução simples para resolver os nós do projeto. Notou-se que a partir dessa solução de projeto de conector surgiram três diferentes formas de conectar peças de madeira, e que conseguente mente cada uma delas implicaria em um tipo de configuração diferente, seja no preparo das peças de madeira a serem conectadas, seja na aparência com a qual o conector iria se revelar no conjunto. Diante dessas possibilidades, a solução que mais se mostrou mais interessante é aquela em que o conector envolve a estrutura de madeira pelo lado de fora do sistema, de modo a revelar suas funções para a parte externa. 109


Figura 34 - Corte manual da chapa metálica.

Fonte: Acervo pessoal Isadora Muszkat, 2017

PROCESSO DE CORTE DE CHAPA DE AÇO COM UMA TESOURA DE SERRALHEIRO Esse processo evidenciou que para realizar o corte do material com esse método, o desenho da peça teria que ocupar a chapa da maneira mais eficaz para não ter desperdício de material. Também, O desenho deveria ser simples para não debilitar a peça que se pretende recorte, pois um desenho muito complexo não seria possível cortar devido as limitações da tesoura, uma vez que ela é fixa em um plano reto, e a chapa que se move para realizar o corte.

110


Figura 35 - Praticando a solda com o sistema de eletrodo e MIG.

Fonte: Acervo pessoal Isadora Muszkat, 2017

SOLDA A pratica de solda proporcionou o entendimento necessário para desenhar alguns conectores. Foi possível treinar duas técnicas distintas de solda: a de eletrodo, que trabalha com cargas positivas e negativas, que se mostrou menos precisa, e a MIG (metal insert gas), que trabalha com gás e é mais precisa.

111


Figura 36 - Início de furação da peça.

Fonte: Acervo pessoal Caio França, 2017.

PERFURAÇÃO O processo de perfuração dos conectores com uma furadeira de mesa e broca especial, apontou para uma série de questões de desenho da peça, como o tamanho que seria o furo. Com as dimensões já determinadas, a peça deveria receber toda carga destinada para a estrutura principal. Para isso acontecer, foi indicado pelo Senhor Luiz o parafuso M10, que teria a capacidade de aguentar os esforços que viriam acontecer no sistema. A nomenclatura desse parafuso defini a dimensão da peça em 10mm, o que indica que para que isso seja introduzido no conector, os furos deveriam ter dimensões de 11mm.

112


Figura 37 - Solda e lixa do conector pronto.

Fonte: Acervo pessoal Caio França, 2017.

ACABAMENTO A peça passada por todos os processos ainda apresenta imperfeições, rebarbas que podem lesionar. Para isso e necessário lixar o conector, alisando todas as arestas e vértices. Com a lixadeira angular, a peça seria lixada para finalmente estar pronta para a próxima etapa que seria de pintura.

113


0,15m

0,3

0m

Etapa 1: Chapa metรกlica de 2mm de espessura com medias 0,30 x 0,15cm.

114


0,05m 0,10m

0,1 0m

0,0

5m

0,1 5m

Etapa 2: Marcação da chapa para o recorte.

115


0,1 0m

Etapa 3: Após o recorte, fazer a marcação para dobra simples.

116


90°

Etapa 4: Dobrar a peça na marcação em uma dobradeira manual a 90°.

117


Etapa 5: Perfuração das peças.

118


Figura 38 - Conectores prontos feitos na aula.

Fonte: Acervo pessoal Isadora Muszkat, 2017

Na mesa da oficina, conectores criados por cada indegrante do curso. Todos os membros da equipe, Derek Orlandi, Caio França, Vicky Berl, Lukas Brechmann, Isadora Muszkat e Luis Felipe Abbud, juntamente com os professores Luiz Cacatti e o Edimilson Conceição, participaram nas etapas de produção da peça aumentando seus conhecimentos do sistema que haveria de ser criado.

119



2.2

CONECTORES E SUAS FUNÇÕES Definido o sistema de chapa dobrada como solução para o a estrutura de modo que ela apresente a maior versatilidade possível, foi dado o início do desenho das peças, que apresentariam suas funções de maneira clara e objetiva. A solução para cada desenho foi decorrente de várias referências citados, juntando os conceitos e assim possibilitando a sua característica. A primeira referência usada dos os conectores disponíveis no mercado norte americano, seguido pelos jogos citados previamente, seguindo as bases dos eixos X, Y e Z. Foram atribuídas cores para cada conector, assim como nos jogos para distinguir sua função dentro do conjunto. Cada conector respeita os eixos desejados para montagem da estrutura, seguindo angulações de 30 e 45 graus. Todos os conectores possuem duas medidas de furos para criar uma alternativa de fixação, na falta de parafusos. Já estipulado a dimensão do parafuso M10 para a criação do jogo de estruturas versátil e um furo menor para um parafuso ou prego de madeira. Houve a preocupação em desenhar a peça larga o suficiente para que ferramentas elétricas pudessem ser introduzido sem interferir outros elementos. A dimensão base para a criação dos conectores teve sua modulação de 5cm, ou seja, para cada necessidade da peça, se acrescentou 5cm conforme a referencia dos conectores de eletrocalha.

121



123


CONECTOR C1 O primeiro conector segue os eixos tridimensionais do plano cartesiano. Seguindo os eixos X, Y e Z, os ângulos de 0 e 90 graus são complementados por uma quarta vertente seguindo a diagonal a 45 graus.

124


CONECTOR C2 O segundo conector é caracterizado por uma função simples de conexão entre dois ângulos a 90 graus.

125


CONECTOR C3 Com funções parecidas a primeira, o conector segue os eixos do plano tridimensional X, Y e Z nas angulações de 0 a 90 graus.

126


CONECTOR C4 O conector 4 desenvolvido fazer a transposição do eixo X para uma diagonal do eixo Y a 30 graus. O desenho da peça respeita os eixos estipulados nas modulações exemplificadas anteriormente. A base diminuindo possibilita que a fixação do conector não interfira na fixação de outras peças, tendo seu eixo de fixação dada entre os eixos de outra peça. Essa peça tem as características para estruturar uma cobertura de duas águas.

127


CONECTOR C5 O conector 5 auxilia na conexão entre o eixo X e a diagonal a 45 graus. A peça possibilita junção com outros conectores do conjunto.

128


CONECTOR C6 Esse conector se caracteriza pelo furo maior no centro da peça. Esse furo possibilita gerar um eixo de rotação de acoplados na estrutura. Ela é fixada em qualquer eixo do sistema ou também pode se fixar com outro conector criando novas possibilidades. Há também possibilidades de utilizar essa peça para emenda de estruturas.

129


CONECTOR C7 Esse conector foi desenhado com o propósito de obter eixos rotativos de outras peças. Ela exerce também função de segurar a base de cada estrutura onde um pé de maquina é instalado junto com a peça.

130


CONECTOR C8 Conector que trabalha nos dois eixos da bidimensionalidade, X e Y adicionando o terceiro eixo diagonal a 45 graus.

131


CONECTOR C9 Conector de para a cadeira desenhada. Sua função segura a as duas cadeiras foi transformando em uma nova mobília, como uma estante ou uma mesa de centro.

132


CONECTOR C10 Conector que trabalha com os eixos X e Y com angulo reto a 90 graus. Conector que trabalha bem para aguentar cargas maiores na estrutura, geralmente a peรงa mais utilizada.

133


CONECTOR C11 Similar ao conector 10, a única diferença dessa peça e a capacidade de fixar um outro elemento vedando, geralmente com chapado de madeira, a estrutura.

134


CONECTOR C12 Esse conector arremata dois eixos vindos a 30 graus. Utilizados na estrutura de cobertura do sistema, tem caracterĂ­sticas similares ao conector 6, porem o furo central serve para contraventar o sistema de tralhado como todo.

135


Exemplo de posicionamento das peรงas de acordo com os encaixes.

136


Fixação direta com parafusos.

137


Exemplo de fixação com porcas e parafusos.

138


Conjunto completo fixado.

139



2.3

ESTRUTURA DE MADEIRA Definido as modulações, a materialidade e os nós que irão segurar o sistema, os pontaletes de madeira teriam que ser estudados para aproveitar o máximo de cada peça dentro do sistema. É importante ressaltar que as linhas guias de 45 em 45 cm servem para definir a posição de todas as peças a partir de seu eixo e nunca de suas arestas. Tanto os pontaletes, quanto os conectores, seguem essa lógica. Com isso, as dimensões mínimas para a estrutura de madeira construída com os conectores teria dimensão de 40cm ou de 50cm de acordo com a situação. Seguindo a lógica de montagem e desmontagem do módulo, todos os furos são modulados e alinhados a cada 5cm, de forma que todos as peças possam ser trocados sem que novos furos nos pontaletes sejam necessários.

141


Cubo representando a modulação a 45cm, base de percepção inicial para o desenvolvimento de uma nova estrutura. A ideia é apresentar esse desenho ao usuário para que ele possa entender as dimensões do objeto.

142


A partir de uma das fases do cubo, é possível traças diretrizes de projeto onde cada atividade sera incorporado. Esssa mallha é um exemplo rápido e claro para dimensionar as peças necessárias para o corte e furação da madeira. Para ter um registo rápido de corte, basta desenhar as dimensões seguindo os eixos e deslocamentos para cada estrutura.

143


detalhe 1

144


detalhe 2

145


detalhe 3

146


detalhe 4

147


Detalhe do pontalete de madeira respeitando o deslocamento de 5cm abaixo da linha do eixo, possibilitando a sobreposição de outra peça de mesma dimensão.

148


Detalhe do pontalete de madeira passando o deslocamento de 5cm acima da linha do eixo, assim criando um possĂ­vel remate da estrutura.

149


Detalhe de encaixe de diferentes peças em eixos diferentes. É possível ver que enquanto a peça vertical sobe o deslocamento do eixo Y por 5cm, a peça horizontal se encontra 5cm abaixo do eixo X. Além das peças de eixo ortogonal, as peças em diagonal sempre vão ter um recorte a 45 graus colados no nó do sistema.

150


Detalhe tridimensional do funcionamento de todos os possíveis arremates projetados nesses sistema de construção. Vale ressaltar a presença de todos os eixos trabalhados dentro da estrutura projetada.

151



2.4

REGRAS DE MONTAGEM Com o objetivo de incorporar todo o material pesquisado, foi lançado o desafio para cada integrante participante do projeto de criar estruturas únicas usando como guia as seguintes instruções: 1. A partir dos desenhos base com os eixos marcados, todos deveriam criar um modelo de estrutura. 2. As linhas guias do modelo devem sempre convergir em o eixo das peças usadas. 3. Todos os furos devem ser feitas de acordo com os conectores. 4. Os pontaletes de madeira devem seguir as medidas exemplificados nas instruções anterior. 5. Todos devem tentar registrar o procedimento e a origem de montagem de suas estruturas. 6. Cada estrutura devera ser personalizado. Respeitando essas regras, foram gerados exemplos possíveis de módulos personalizados, de acordo com as necessidades e vontades de cada integrante. Esse processo demonstrou como envolver e criar laços entre as estruturas construídas com seus usuários.

153


Estrutura do Caio Franรงa.

154


Estrutura do Caio Franรงa.

155


Movimento da mobĂ­lia que se transforma de mesa para cama.

156


Estrutura da Isadora Muszkat.

157


Estrutura da Isadora Muszkat.

158


Dinâmica entre a cama, mesa e televisão.

159


Estrutura do Lukas Brechmann.

160


Estrutura do Lukas Brechmann.

161


Troca de posiçþes da mesa de jantar com a cama.

162


Estudo de portas articuladas.

163


Estrutura da Vicky Berl.

164


Estrutura da Vicky Berl.

165



3

AS ESTRUTURAS E O MANUAL DE MONTAGEM



3.1

MANUAL DE MONTAGEM Retomando as intenções principais declaradas no início deste trabalho, o intuito deste projeto é a elaboração de um sistema de construção amigável para aquele usuário não necessariamente pertencente ao contexto da arquitetura, da engenharia e do design, e a publicação foi estruturada de modo que esse possa se familiarizar com materiais facilmente encontrados no mercado, e da contextualização das potencialidades de diferentes sistemas e raciocínios de conexão apreendidos de brinquedos e kits de montagem. Em complemento a isso, a exposição de um vocabulário de técnicas e materiais componentes que configuram os sistemas de construção civil vigente em São Paulo e no Brasil, e que pautam as principais técnicas construtivas vigentes no nosso meio acadêmico, aponta para a possibilidade de se propor sistemas estruturais alternativos. No caso, uma estrutura prática, leve, de fácil montagem e versátil o suficiente para atender a uma gama variada de utilidades práticas na sociedade, seja para programas mais herméticos e de funções e ergonomias já estabelecidas, seja para a livre exploração da improvisação e experimentação. Deste modo, uma vez realizada a série de investigações necessárias para o desenvolvimento do projeto conforme este projeto apresentou até então, decidiu-se exercitar sua aplicação sob a forma de 3 (três) projetos de conjuntos funcionais, de forma a exemplificar o funcionamento dos conectores desenvolvidos, das modulações propostas para o leiaute estrutural - a cada 45cm - e de componentes seriais de mobiliário auxiliar acoplável (ex: prateleiras, assentos, mesas, camas, etc.), por meio de desenhos que incorporam também produtos e componentes disponíveis de mercado (ex: elétrica, hidráulica), de modo a proporcionar a combinação de atividades de diferentes naturezas de dentro de cada conjunto funcional. Para tanto, cada um 169


dos conjuntos funcionais é apresentado sob a forma de um manual ilustrado com instruções de montagem passo-a passo. O primeiro conjunto (C1 - pág.22 a 33) combinando módulos de cozinha e quarto, foi imaginada de modo a proporcionar assistência para, por exemplo, moradores de ocupações temporárias em edifícios no centro de São Paulo que, por estarem durante muito tempo abandonados, carecem de infra-estrutura de água, esgoto e eletricidade. O segundo conjunto (C2 - pág.22 a 33) tem como referencia os ambientes criados pelo designer Victor Papanek, configurando um espaço de trabalho e de estar. E por ultimo, o terceiro conjunto (C3 - pág.22 a 33) configura uma horta vertical, estruturada de modo a maximizar o uso dos conectores em um sistema com diferentes pavimentos. Em complemento aos três conjuntos estruturais, o manual traz um pequeno excerto com exemplos de vedações passíveis de serem incorporadas nos conjuntos propostos.


3.2

COZINHA E QUARTO

171


172


173


M1

M2

M8

M3

M6

M7

M5

M10

M4

M9

M11 1m

MADEIRA TIPO PONTALETE 5 x 5cm M1 - 4 x 2,30m M4 - 2 x 0,45m M2 - 20 x 2,20m M5 - 1 x 0,55m M3 - 37 x 0,40m M6 - 2 x 0,90m 174

M7 - 10 x 0,85m M8 - 6 x 0,57m M9 - 2 x 1,30m

M10 - 1 x 1,35m M11 - 2 x 0,25m

0


C2

C10

C7

C1

C5

C9

C11

C6

0 CONECTORES C1 - 4 PEÇAS C2 - 10 PEÇAS C3 - 9 PEÇAS

C3

C8

1m

C5 - 2 PEÇAS C6 - 8 PEÇAS C7 - 6 PEÇAS

C8 - 6 PEÇAS C9 - 4 PEÇAS C10 - 97 PEÇAS

C11 - 8 PEÇAS P1 - PARAFUSO M10 175


01

- MONTAGEM DA BASE M1

C7 M2

C3

C1

M1 - 4 PEÇAS M2 - 4 PEÇAS C1 - 1 PEÇA 176

C3 - 3 PEÇAS C7 - 4 PEÇAS P1 - 26 PEÇAS

P1


02

177


03

P1

- TRAVAMENTO DAS HASTES SUPERIORES

C1

C3

M2

M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS C3 - 2 PEÇAS 178

P1 - 28 PEÇAS


04

179


05

- FIXAÇÃO DAS HASTES LATERAIS

M10 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C10 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 180


05

181


06

- FIXAÇÃO DAS HASTES LATERAIS

C10 P1

C2

M2

M2 - 6 PEÇAS C2 - 2 PEÇAS C10 - 10 PEÇAS 182

P1 - 48 PEÇAS


07

183


08

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M8

M7

C8

P1

C11 M3 C10

M3 - 4 PEÇAS M7 - 4 PEÇAS M8 - 1 PEÇA 184

C8 - 1 PEÇA C10 - 9 PEÇAS C11 - 8 PEÇAS

P1 - 70 PEÇAS


09

185


08

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

C10

C2

P1

C8 M3

M8 M3 - 5 PEÇAS M8 - 1 PEÇA C2 - 4 PEÇAS 186

C8 - 1 PEÇA C10 - 5 PEÇAS P1 - 42 PEÇAS


11

187


12

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M8

M3

C8

C2 C3 C10

P1

M3 - 8 PEÇAS M8 - 1 PEÇA C2 - 2 PEÇAS 188

C3 - 2 PEÇAS C8 - 1 PEÇA C10 - 9 PEÇAS

P1 - 62 PEÇAS


13

189


14

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

C2

M5

M3 C10 M11

P1 M7

M3 - 6 PEÇAS M5 - 1 PEÇA M7 - 1 PEÇA 190

M11 - 2 PEÇAS C2 - 9 PEÇAS C10 - 10 PEÇAS

P1 - 80 PEÇAS


15

191


16

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M7 P1

C2 C10

M7 - 4 PEÇAS C2 - 1 PEÇA C10 - 7 PEÇAS 192

P1 - 32 PEÇAS


17

193


18

C5 C10

- DETALHE 01

M10 C3

M8

M7 C1

C8

M4

C2

M3

M2 M9

P1 M2 - 1 PEÇA M3 - 8 PEÇAS M4 - 1 PEÇA 194

M7 - 1 PEÇA M8 - 2 PEÇAS M9 - 1 PEÇA

M10 - 1 PEÇA C1 - 1 PEÇA C2 - 2 PEÇA

C3 - 2 PEÇAS C5 - 2 PEÇAS C8 - 1 PEÇA

C10 - 2 PEÇAS P1 - 110 PEÇAS


19

195


20

- DETALHE 01 - BANCADA E ARMÁRIO

196


21

197


20

- BANCADA E PRATELEIRA

M12

M13

M12 - 1 PEÇA M13 - 1 PEÇA 198


23

199


24

- DETALHE 02 - ESPAÇO PARA BAÚ

C8 C2

P1

M3

C1 M6

M8

C10

M3 - 3 PEÇAS M8 - 1 PEÇA M6 - 1 PEÇA 200

C1 - 1 PEÇA C2 - 1 PEÇA C8 0 1 PEÇA

C10 - 4 PEÇAS P1 - 34 PEÇAS


25

201


26

202

- DETALHE 02


27

203


28

- DETALHE 3

M2 M3

M9

C10 P1

M2 - 1 PEÇA M3 - 2 PEÇAS M9 - 1 PEÇA 204

C10 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS


29

205


30

- DETALHE 3 - ENCAIXE DA ESTRUTURA SUPERIOR

206


31

207


32

- MOBILIÁRIO AUXILIAR ACOPLÁVEL

208


33

209


34

- INSTALAÇÃO HIDRÁULICA

210


35

211


36

- INSTALAÇÃO ELÉTRICA

212


37

213


214


3.3

COZINHA E QUARTO MOBILIÁRIO AUXILIAR ACOPLADO

215


M14 M15

M16

C9

0,5m MADEIRA COMPENSADO 2mm M14 - 0,45 x 0,45m C9 - 2 PEÇAS M15 - 0,41 x 0,28m P2 - PARAFUSO/ M16 - 0,45 x 0,28m PREGO 216

0


01

- PEÇAS PARA MONTAGEM DE CADEIRA

M14 M16

M15

C9

M14 - 1 PEÇA M15 - 1 PEÇA M16 - 2 PEÇAS

C9 - 2 PEÇ

217


02

- CADEIRA E CONECTOR

218


03

219


04

- MODULAÇÃO E ENCAIXE

220


05

221


06

- ESTANTE PARA ARMAZENAÇÃO - CONFIGURAÇÃO A

222


07

223


08

- MODULAÇÃO E ENCAIXE

224


09

225


10

226

- ESTANTE PARA ARMAZENAÇÃO - CONFIGURAÇÃO B


M20

M19 M18

M21 M26

M15

M23

M27 M16

M25 M17 M28

M13

M22

M24

M14

M12 1m

MADEIRA TIPO CHAPA COMPENSADO 2mm M12 - 0,90 x 0,50m M18 - 0,84 x 0,40m M21 - 0,81 x 0,48m M13 - 1,40 x 0,50 m M19 - 0,22 x 0,85m M22 - 0,81 x 0,36m M17 - 2,09 x 0,54m M20 - 0,87 x 0,85m M23 - 0,48 x 0,34m

M24 - 0,37 x 0,50m M25 - 0,42 x 0,45m M26 - 1,15 x 0,39m

0

M27 - 0,28 x 0,50m M28 - 0,83 x 0,50m 227


12

- MOBÍLIA AUXILIAR ACOPLADA - CAMA MESA

M33

M34

M32 M31

F1

M29 M30

MADEIRA TIPO PONTALETE M29 - 5 x 2,5 x 80cm M32 - 5 x 5 x 23cm M30 - 5 x 5 x 80cm M33 - 5 x 5 x 33cm M31 - 5 x 2,5 x 18cm M34 - 5 x 2,5 x 80cm 228

F2 - COLA PARA MADEIRA


13

229


14

- ARMAÇÃO CAMA E MESA

M30 F2 M31

M34

M30 - 5 x 5 x 80cm M31 - 5 x 2,5 x 93cm M34 - 5 x 2,5 x 80cm 230

F2 - DOBRADIÇA


15

231


14

- TAMPA CAMA E MESA

M20

M20 - 2 PEÇAS

232


15

233


16

- DETALHAMENTO DOBRADIÇA

234


17

- MOBILIÁRIO AUXILIAR DO SETOR QUARTO

P3

P3 - BARRA ROSCADA 1,5cm 235


18

- DINÂMICA DO SETOR QUARTO

236


19

- DINÂMICA DO SETOR QUARTO

237


20

- DINÂMICA DO SETOR QUARTO

238


21

- DINÂMICA DO SETOR QUARTO

239


22

- CABIDEIRO

M27

M28

M35

M27 - 1 PEÇA M28 - 2 PEÇAS 240

M35 - CABO DE MADEIRA 3cm


23

- ARMÁRIO PARA LOUÇA

M25

M24

M36

M24 - 1 PEÇA M25 - 2 PEÇAS M36 - 2 x 2 x 40cm 241


24

- BAÚ

M21 F2

M22

M23

M21 - I PEÇA M22 - 2 PEÇAS M23 - 2 PEÇAS 242

F2 - DOBRADIÇA


25

- TÁBUA DE PASSAR

M39

M38

M36 M37

M35 - 5 x 2,5 x 83cm M37 - 5 x 5 x 40cm M38 - 5 x 2,5 x 18cm

M39 - 5 x 2,5 x 38cm

243


26

- TÁBUA DE PASSAR

M26

M26 - 1 PEÇA

244


27

- MOBILIÁRIO AUXILIAR DO SETOR SERVIÇO

245


28

- DINÂMICA DO SETOR SERVIÇO

246


29

- DINÂMICA DO SETOR SERVIÇO

247


G2

E7

E2

E3

E6 E4

G1 H3

E5

H11 H4 H8

E1 H6

H10

H13

H5

H7

H2

H9

H14

H1

0,5m

0

HIDRÁULICA E ELÉTRICA E1 - CAIXA DE TOMADA E2 - MANGUEIRA ELÉTRICA E3 - LUZ LED 248

E4 - FIO DE COBRE E5 - LUSTRE E6 - GRMPOS E7 - FRIGOBAR

H1 - CANO ESGOTO 5cm H2 - PIA H3 - CANO 2,5cm H4 - TORNEIRA

H5 - GALÃO D’ÁGUA H6 - COTOVELO PVC 90° H7 - SIFÃO G1/ G2 - FOGÃO E GÁS


30

- HIDRÁULICA

H5 H8

H10

H3*

H12

H9

H4 H3 - 11 PEÇAS H4 - TORNEIRA H5 - 3 PEÇAS

H8 - 3 PEÇAS (BUCHA DE REDUÇÃO ) H9 - 6 PEÇAS

(JOELHO 45°) H10 - 3 PEÇAS (REGISTRO)

*Mangueiras e canos possuem comprimentos variados, utilizar conforme a necessidade.

H12 - 2 PEÇAS (BRAÇADEIRA)

249


31

- ESGOTO

H2

H6

H14

H1* H7 H13

250

H1 - 3 PEÇAS H7 - 1 PEÇA H2 - 1 PEÇA H13 - 2 PEÇAS (JOELHO 90°) H6 - 1 PEÇA (CURVA 90°) H14 - ABRAÇADEIRA *Mangueiras e canos possuem comprimentos variados, utilizar conforme a necessidade.


32

251


33

- MOBILIÁRIO AUXILAR ACOPLADO SETOR COZINHA

252


34

- ELÉTRICA

E3

E5 E2*

E6

E1

E4*

E1 - 4 PEÇAS E4 - 1 ROLO E2 -1 ROLO E5 - 1 PEÇA E3 - 1 PEÇA E 6 - 28 PEÇAS *Mangueiras E Canos Possuem Comprimentos Variados, Utilizar Conforme A Necessidade.

253


35

- ELÉTRICA INSERIDO NA ESTRUTURA

254


255


256


3.4

SALA E ESCRITÓRIO

257


258


259


M1

M2

M3 M8

M6

M7

M5 1m MADEIRA TIPO PONTALETE 5 x 5cm M1 - 4 x 2,30m M5 - 1 x 0,55m M2 - 20 x 2,20m M6 - 2 x 0,90m M3 - 37 x 0,40m M7 - 10 x 0,85m 260

M8 - 6 x 0,57m

0


C7

C10

C1

C9

C3 C5

C2

C6

0 CONECTORES C1 - 5 PEÇAS C2 - 4 PEÇAS C3 - 7 PEÇAS

1m

C5 - 1 PEÇAS C6 - 8 PEÇAS C7 - 4 PEÇAS

C8 - 4 PEÇAS C10 - 97 PEÇAS

P1 - PARAFUSO M10

261


01

- MONTAGEM DA BASE

C3

M2

P1

M1

C1 C7

M1 - 4 PEÇAS M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS 262

C3 - 2 PEÇAS C7 - 4 PEÇAS P1 - 28 PEÇAS


02

263


03

- TRAVAMENTO DAS HASTES SUPERIORES

C3

C1

M2

P1

M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS C3 - 2 PEÇAS 264

P1 - 28 PEÇAS


04

265


05

- FIXAÇÃO DAS HASTES LATERAIS

C10 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C10 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 266


06

267


07

- FIXAÇÃO DAS HASTES LATERAIS

C10

P1

M2

M2 - 5 PEÇAS C10 - 10 PEÇAS P1 - 40 PEÇAS 268


08

269


09

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M8

C10

C3 P1 C8

M3

C5

M3 - 3 PEÇAS M7 - 4 PEÇAS M8 - 2 PEÇAS 270

M7

C6

C3 - 1 PEÇA C5 - 1 PEÇA C6 - 4 PEÇAS

C8 - 1 PEÇA C10 - 11 PEÇAS P1 - 64 PEÇAS


10

271


11

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M8 C1 P1

C2 C8

C6 M3 C3 M3 - 2 PEÇAS M8 - 2 PEÇAS C1 - 1 PEÇA

272

C2 - 1 PEÇA C3 - 1 PEÇA C1 - 4 PEÇAS

C8 - 1 PEÇA P1 - 26 PEÇAS


12

273


13

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M3 C3

P1

M3 - 4 PEÇAS C3 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 274


14

275


15

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M7 P1

C10

M7 - 1 PEÇA C10 - 2 PEÇAS P1 - 8 PEÇAS 276


16

277


17

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M3

C2

P1

C10

M3 - 10 PEÇAS C2 - 2 PEÇAS C10 - 18 PEÇAS 278

P1 - 80 PEÇAS


18

279


19

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

C10

M3

M3 - 8 PEÇAS C10 - 16 PEÇAS P1 - 64 PEÇAS 280


20

281


21

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

M7 C10

P1

M7 - 4 PEÇAS C10 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 282


22

283


23

- DETALHE 01 - MONTAGEM DE ARMÁRIO E SOFÁ

C10 M2

C3

P1

M3 C6 P3 M6

M2 - 1 PEÇA M3 - 6 PEÇAS M6 - 1 PEÇA 284

C3 - 2 PEÇAS C6 - 2 PEÇAS C10 - 12 PEÇAS

P1 - 64 PEÇAS P3 - 1 PEÇA


24

285


25

286

- ARMÁRIO E SOFÁ


26

287


27

- DETALHE 02 - ESPAÇO PARA BAÚ

M9

C10

M7 P3

M3

M8 C2 C8

P1

M2 - 1 PEÇA M3 - 6 PEÇAS M6 - 1 PEÇA 288

C3 - 2 PEÇAS C6 - 2 PEÇAS C10 - 12 PEÇAS

P1 - 64 PEÇAS P3 - 1 PEÇA


28

289


29

290

- DETALHE 02 - ESPAÇO PARA BAÚ


30

291


31

- DETALHE 03 - ENCAIXE ESTRUTURA SUPERIOR

C10

M7

M2

M3

M2 - 2 PEÇA M3 - 2 PEÇAS M7 - 1 PEÇA 292

C10 - 10 PEÇAS P1 - 40 PEÇAS

P1


32

293


33

- DETALHE 03 - ENCAIXE ESTRUTURA SUPERIOR

294


34

295


35

- MOBILIÁRIO AUXILIAR ACOPLADO

296


36

297


37

- ELÉTRICO

E2*

E6

E5

E1

E4*

VER TABELA p.253 E1 - 4 PEÇAS E2 -1 ROLO E4 - 1 ROLO 298

E5 - 1 PEÇA E 6 - 28 PEÇAS

*Mangueiras E Canos Possuem Comprimentos Variados, Utilizar Conforme A Necessidade.


38

299


39

300


3.5

SALA E ESCRITÓRIO MOBILIÁRIO AUXILIAR ACOPLADO

301


E3

E2

E1

E4 E5

ELÉTRICA E1 - CAIXA DE TOMADA E2 - FIO DE COBRE E3 - ABRAÇADEIRA E4 - LUSTRE 302

1m E5 - MANGUEIRA ELÉTRICA

*Mangueiras E Canos Possuem Comprimentos Variados, Utilizar Conforme A Necessidade.

0


M1

M2

M12 M3

M4

M5 M6

M7

M8

M9

M10

M11

0

1m

MADEIRA TIPO CHAPA COMPENSADO 2mm M1 - 1,40 x 0,56m M5 - 0,77 x 0,48m M2 - 1,40 x 0,43m M6 - 0,45 x 0,45m M3 - 0,81 x 0,48m M7 - 0,81 x 0,36m M4 - 0,81 x 0,36m M8 - 0,45 x 0,28m

M9 - 0,48 x 0,34m M10 -0,41 x 0,28m M11 - 1,30 x 0,55m M12 - ALMOFADAS

303


01

- MONTAGEM MESA

M13

M17 M14

M16

M15 M14

MADEIRA TIPO PONTALETE M13 - 5 x 2,5 x 130cm M14 - 5 x 5 x 80cm M15 - 5 x 5 x 10cm 304

M16 - 5 x 2,5 x 38cm M17 - 5 x 2,5 x 18cm


02

305


01

- MONTAGEM MESA

M11

M11 - 1 PEÇA

306


02

307


03

- MONTAGEM SOFÁ M23

M22

M21 M20

M18

M19

MADEIRA TIPO PONTALETE M18 - 5 x 2,5 x 130cm M19 - 5 x 2,5 x 80cm M20 - 5 x 5 x 80cm 308

M21 - 5 x 5 x 18cm M22 - 5 x 2,5 x 46cm M23 - 5 x 2,5 x 40cm


04

309


05

- MONTAGEM SOFÁ

M1

M2

M12

M11 - 1 PEÇA

310


06

- DINÂMICA MESA E SOFÁ

311


07

- DINÂMICA MESA E SOFÁ

312


08

- DINÂMICA MESA E SOFÁ

313


314


3.6

HORTA VERTICAL

315


316


317


TERCEIRO PAVIMENTO

SEGUNDO PAVIMENTO

PRIMEIRO PAVIMENTO

318


V5 V3 V6

V4

V1 0

1m

VIGA MADEIRA V1 - 2,30 x 0,16 x 0,02m V2 - 2,30 x 0,03 x 0,02m V3 - 0,30 x 0,16 x 0,02

V2

V4 - 0,30 x 0,03 x 0,02m V5 - 0,165 x 0,14 x 0,05m V6 - 0,14 x 0,05 c 0,02m 319


M3 M5

M4

M1

M6

M2

1m MADEIRA TIPO PONTALETE 5 x 5cm M1 - 18 X 2,20m M4 - 2 x 1,84m M2 - 4 x 2,30m M5 - 4 x 0,57m M3 - 32 x 0,40m M6 - 14 x 1,34m 320

0


C12

C2

C5

C3

C8

C4

C1

C10

0 CONECTORES C1 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS C3 - 12 PEÇAS

1m

C4 - 4 PEÇAS C5 - 4 PEÇAS C10 - 55 PEÇAS

P1 - PARAFUSO M10

321


MA2

MA3

MA4

MA1

MA5 1m MATERIAL AUXILIAR MA1 - TAPETE DE BORRACHA MA2 - COMPONENTE DE PISO METÁLICO MA3 - PISO METÁLICO 322

MA4 - ESCADA DE ACESSO MA5 - PISO METÁLICO

0


H2

H3

H10 H5 H4 H11

H7 H6

H8

H1 0

1m

H12

H13

H9

HIDRÁULICA H1 - CANO PVC 32mm H5 - CAIXA D’ÁGUA 350L H9 - CANO PVC JUNÇÃO 45° H2 - CURVA/ JOELHO 90° H6 - BOMBA D’ÁGUA H10 - CANO PVC 102mm H3 - CURVA/ JOELHO 45° H7 - MANGUEIRA H11 - ABRAÇADEIRA H4 - CALHA PVC TIGRE H8 - ADAPTADOR SOLDÁVEL H12 - CANO PVC 40mm *Mangueiras e canos possuem comprimentos variados, utilizar conforme a necessidade.

323


324


3.7

HORTA VERTICAL PRIMEIRO PAVIMENTO

325


326


327


01

- ESTRUTURANDO VIGAS BASE

V5

V1 V2 V4

P1

V3 V1 - 6 PEÇAS V2 - 6 PEÇAS V3 - 10 PEÇAS 328

V4 - 20 PEÇAS V5 - 20 PEÇAS P1 - PARAFUSO M10


02

329


03

- TRAVAMENTO BASE

M1

M2 C1

C3 P1

M1 - 4 PEÇAS M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS 330

C2 - 2 PEÇAS P1 - 28 PEÇAS


04

331


05

- TRAVAMENTO ESTRUTURA SUPERIOR

C1

C3

M2

P1

M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS C3 - 2 PEÇAS 332

P1 - 28 PEÇAS


06

333


07

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 334


08

335


09

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 336


10

337


11

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

C10

C8

M3

M3 - 16 PEÇAS C8 - 4 PEÇAS C10 - 28 PEÇAS 338

P1 - 136 PEÇAS


12

339


13

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

M5

P1

M4

C5

M4 - 2 PEÇAS M5 - 4 PEÇAS C5 - 4 PEÇAS 340

P1 - 16 PEÇAS


14

341


15

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

M3 C10

M3 - 16 PEÇAS C10 - 32 PEÇAS P1 - 128 PEÇAS 342


16

343


17

- INSTALAÇÃO GRELHA

MA5

MA1 - 5 PEÇAS

344


18

345


19

- INSTALAÇÃO CAIXA D’ÁGUA E BOMBA

H5

H6 MA1

MA1 - 1 PEÇA H5 - 1 PEÇA H6 - 1 PEÇA 346


20

347


21

- HIDRÁULICA PRIMEIRO PAVIMENTO

348


22

349


21

- HIDRÁULICA

H7

H3

H6 H11

H6

H2

H12

H5

H2 - 2 PEÇAS H3 - 2 PEÇAS H5 - 1 PEÇA 350

H6 - 6 PEÇAS H7 - 1 PEÇA H11 - 4 PEÇAS

H12 - 3 PEÇAS

*Mangueiras e canos possuem comprimentos variados, utilizar conforme a necessidade.


22

351


23

- HIDRÁULICA DENTRO DA ESTRUTURA

352


24

353


354


3.8

HORTA VERTICAL SEGUNDO PAVIMENTO

355


356


357


01

- ESTRUTURANDO VIGAS BASE

V5

V1 V2 V4

P1

V3 V1 - 6 PEÇAS V2 - 6 PEÇAS V3 - 10 PEÇAS 358

V4 - 20 PEÇAS V5 - 20 PEÇAS P1 - PARAFUSO M10


02

359


03

- TRAVAMENTO BASE

M1

M2 C1

C3 P1

M1 - 4 PEÇAS M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS 360

C2 - 2 PEÇAS P1 - 28 PEÇAS


04

361


05

- TRAVAMENTO ESTRUTURA SUPERIOR

C1

C3

M2

P1

M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS C3 - 2 PEÇAS 362

P1 - 28 PEÇAS


06

363


07

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 364


08

365


09

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 366


10

367


11

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

C10

C8

M3

M3 - 16 PEÇAS C8 - 4 PEÇAS C10 - 28 PEÇAS 368

P1 - 136 PEÇAS


12

369


13

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

M5

P1

M4

C5

M4 - 2 PEÇAS M5 - 4 PEÇAS C5 - 4 PEÇAS 370

P1 - 16 PEÇAS


14

371


15

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

M3 C10

M3 - 16 PEÇAS C10 - 32 PEÇAS P1 - 128 PEÇAS 372


16

373


17

- FIXAÇÃO DA ESTRUTURA SUPERIOR

M2 C10

C10

M2 - 2 PEÇAS C10 - 4 PEÇAS P1 - 16 PEÇAS 374


18

375


19

- FIXAÇÃO DA ESTRUTURA SUPERIOR

376


20

377


21

- PISO METÁLICO

MA2 MA3

MA2 - 3 PEÇAS MA3 - 1 PEÇA MA5 - 5 PEÇAS 378

MA5


22

379


23

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

M2 M7

H10

M3

H9

M2 - 4 PEÇAS M3 - 8 PEÇAS M7 - 2 PEÇAS 380

H9 - 4 PEÇAS H10 - 3 PEÇAS H11 - 4 PEÇAS


24

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

H11

381


25

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

382


26

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

H4

383


27

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

384


28

- MONTAGEM DOS CANOS PARA HORTA VERTICAL

385


29

- ENCAIXE DOS GANCHOS E MANGUEIRA

386


30

- ENCAIXES DOS GANCHOS E MANGUEIRA

387


31

- ENCAIXE DOS GANCHOS E MANGUEIRA

H3

H1

H2 H8

H3

H1 - 15 PEÇAS H2 - 2 PEÇAS H3 - 12 PEÇAS 388

H8 - 2 PEÇAS


32

- ENCAIXES DOS GANCHOS E MANGUEIRA

389


33

- INSERÇÃO NA ESTRUTURA

390


34

- INSERÇÃO NA ESTRUTURA

391


392


3.9

HORTA VERTICAL TERCEIRO PAVIMENTO

393


394


395


01

- ESTRUTURANDO VIGAS BASE

V5

V1 V2 V4

P1

V3 V1 - 6 PEÇAS V2 - 6 PEÇAS V3 - 10 PEÇAS 396

V4 - 20 PEÇAS V5 - 20 PEÇAS P1 - PARAFUSO M10


02

397


03

- TRAVAMENTO BASE

M1

M2 C1

C3 P1

M1 - 4 PEÇAS M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS 398

C2 - 2 PEÇAS P1 - 28 PEÇAS


04

399


05

- TRAVAMENTO ESTRUTURA SUPERIOR

C1

C3

M2

P1

M2 - 4 PEÇAS C1 - 2 PEÇAS C3 - 2 PEÇAS 400

P1 - 28 PEÇAS


06

401


07

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 402


08

403


09

- TRAVAMENTO DAS HASTES LATERAIS

C2 P1

M2

M2 - 4 PEÇAS C2 - 8 PEÇAS P1 - 32 PEÇAS 404


10

405


11

- TRAVAMENTO DA ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

C10

C8

M3

M3 - 16 PEÇAS C8 - 4 PEÇAS C10 - 28 PEÇAS 406

P1 - 136 PEÇAS


12

407


13

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

M5

P1

M4

C5

M4 - 2 PEÇAS M5 - 4 PEÇAS C5 - 4 PEÇAS 408

P1 - 16 PEÇAS


14

409


15

- CONTRAVENTAMENTO ESTRUTURA PRINCIPAL

P1

M3 C10

M3 - 16 PEÇAS C10 - 32 PEÇAS P1 - 128 PEÇAS 410


16

411


17

- FIXAÇÃO DA ESTRUTURA SUPERIOR

M2 C10

C10

M2 - 2 PEÇAS C10 - 4 PEÇAS P1 - 16 PEÇAS 412


18

413


19

- PISO METÁLICO

MA2 MA3

MA2 - 3 PEÇAS MA3 - 1 PEÇA MA5 - 5 PEÇAS 414

MA5


20

415


21

- PISO METÁLICO

416


22

417


23

- ENCAIXE DOS GANCHOS E MANGUEIRA

418


24

- ENCAIXES DOS GANCHOS E MANGUEIRA

419


25

- HIDRÁULICA TERCEIRO PAVIMENTO

H1

H8

H2

H1 - 6 PEÇAS H2 - 3 PEÇAS H8 - 2 PEÇAS 420


26

- DETALHE HIDRÁULICA NA ESTRUTURA

421


27

- MADEIRAMENTO PARA COBERTURA

P1

C3 M6 C12

M6 - 12 PEÇAS C3 - 12 PEÇAS C12 - 6 PEÇAS 422

P1 - 72 PEÇAS


28

- ENCAIXE DE COBERTURA

423


424


MA4

425


426


3.10

TIPOS DE VEDAÇÃO A partir das estruturas criadas, por se tratar de objetos que podem ocupar espaços internos e externos, foram criados exemplos de vedações adequadas para previnir complicações de deteoração por condições variadas. Um estudo da volumetria juntamente com práticas de conforto ambiental foram aplicadas no conjunto. Como os materiais utilizados teriam de ser de custo baixo, as telhas de fibrocimento e de polipropileno foram escolhidas. Em consequência disso, houve um ganho de desconforto térmico uma vez que o material não trabalha o isolamento do calor. Uma técnica gerando bolsão de ar entre a telha e a estrutura criada, seria capaz de amenizar as condições de desconforto. Ou, em casos da horta vertical, em que há necessidade de um ganho extra de calor, uma cobertura de duas águas foi desenhado especifico para esse propósito. Para cada programa dentro da estrutura, uma solução de cobertura é pensada.

427


01

- COBERTURA 2 ÁFUAS INVERTIDO (BORBOLETA)

COBERTURA INVERTIDA POSSIBILITA UMA CAPTAÇÃO DA ÁGUA PARA REUTILIZAÇÃO.

428


02

429


03

- COBERTURA 2 ÁFUAS

COBERTURA COM TELHA DE POLIPROPILENO IDEAL PARA ESTUFAS PELA CAPACIDADE DE ARMAZENAR CALOR. 430


04

431


05

- COBERTURA MEIA ÁGUA SUSPENSA

COVERTURA SUSPENSA DO VOLUME PRINCIPAL CRIANDO UM COLCHAO DE AR RESFRIANDO O AMBIENTE. 432


06

433



CONCLUSÃO A proposta do trabalho visa um estudo contínuo das diferentes maneiras de intervir no espaço, gerando integração e qualidade arquitetônica para todos. Não somente na parte teórica, mas trazendo isso para o lado prático em que há possibilidade de construção para testar as teorias aqui apresentados. Uma vez testado e comprovado, o mercado da construção teria um ganho com as ideias de conexões e estruturas versáteis. Uma produção em massa do conector seria viável e sua disponibilidade do mercado aceita entre consumidores que necessitam de soluções imediatas de baixo custo, até consumidores buscam alternativas para construção convencional. Como seres que vivem em constante evolução, as estruturas e conectores aqui vistos, também estão susceptível a mudanças que melhoram condições e desempenhos. A cada produto inovador, mais informações devem ser recolhida e testadas. E assim, o trabalho continua, não como um encerramento de trabalho de conclusão de uma faculdade de arquitetura e urbanismo, mas sim como um início de uma vida inteira de pesquisa e evolução dentro dos campos da construção e design.

435



Referências: MUNARI, Bruno. Das Coisas Nascem Coisas. 3ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2015. PAPANEK, Victor. Nomadic Furniture. Atglen: Schiffer Publishing, 2008. YUDINA, Anna. Furitecture. 1ª Edição. Londres: Thames & Hudson, 2015. ARCHDAILY. Rebel Architecture: nova série da Al Jazeera apresenta o trabalho de arquitetos ativistas. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/625433/rebel-architecture-nova-serie-daal-jazeera-apresenta-o-trabalho-de-arquitetos-ativistas>. Acesso em 07 Mai. 2017. ARCHDAILY. Kunlé Adeyemi: My practice “Is not about ‘Floating Architecture’”. Disponível em: < http:// www.archdaily.com/773136/kunle-adeyemi-my-practice-is-not-about-floating-architecture>. Acesso em 07 Mai. 2017. BASURAMA. Paisaje sur. Intervención en el huerto de San Juan. Dispnível em: <http://basurama. org/proyecto/paisaje-sur-intervencion-en-el-huerto-de-san-juan/>. Acesso em 12 Set. 2017. DEZEEN. MVRDV presents a hotel you can reconfigure at Dutch Design Week. Disponível em: < https://www.dezeen.com/2017/10/23/mvrdv-wego-house-reconfigure-dutch-design-week-2017why-factory/>. Acesso em 23 Out. 2017. THE WHY FACTORY. Anarcity, When do we need our neighbours?. Disponível em <http:// thewhyfactory.com/>. Acesso em 07 Mai. 2017. THE WHY FACTORY. Biodegradable City, where nothing stays. Disponível em < http:// thewhyfactory.com/education/biodegradable-city>. Acesso 07 Mai. 2017.

437







Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.