Informação municipal 40 anos de abril

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Barreiro Informação Municipal

INFOMAIL

Publicação Bimestral da Câmara Municipal do Barreiro Edição Especial - 25 de ABRIL

40 ANOS DE ABRIL

RESISTENTES BARREIRENSES ANTIFASCISTAS PRESOS E PERSEGUIDOS PELA PIDE ver pág. 4

ver pág. CENTRAIS

CRONOLOGIA DO 25 DE ABRL

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BARREIRO DEPOIS DO 25 DE ABRIL

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ficha técnica Propriedade

Impressão

R. Miguel Bombarda, 2834-005 Barreiro Tel.: 21 206 80 00 | E-mail: geral@cm-barreiro.pt Site Oficial: www.cm-barreiro.pt

Periodicidade: Bimestral Tiragem: 42.000 exemplares

Câmara Municipal do Barreiro

Recolha, tratamento de informação, redação, design, paginação e fotografia

Projeto Municipal de Participação, Democracia, Cidadania e Comunicação (PMPDCC) Tel.: 21 206 80 27 E-mail: dc@cm-barreiro.pt

Funchalense - Empresa Gráfica S.A.

EDITORIAL

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Depósito Legal: 179088/02 Registo ISSN nº 1645-3980

Somamos rostos e perguntas. Sorrisos, receios, confiança. Tantos olhares. Tantos sonhos. Entre uns e outros, vivemos. Com uns e outros, trabalhamos. Neste conjunto, existimos. Coube-nos este tempo e este espaço. Levantamo-nos. Assumimos. Lutamos. Somos os rostos de hoje. Os homens e as mulheres do presente. Chegámos aqui por um caminho, aberto por muitos antes de nós. Muitos que, como nós, em todo o mundo, queriam “uma vida

independente como nação, uma existência em que as relações económicas sejam justas entre os países e dentro do país, um reviver dos valores culturais ainda válidos para a nossa época ” 1.

Carlos Humberto de Carvalho Presidente da Câmara Municipal do Barreiro

Levaremos este caminho tão longe quanto conseguirmos. Nos pequenos gestos, nas medidas quase impercetíveis e nos grandes momentos. No Barreiro, a nossa terra, e no contributo que o Barreiro pode e deve dar ao País. Com a certeza que, amanhã, outros darão novos passos. Com renovadas condições. Levando-nos muito mais longe. Outros que ainda não nasceram mas cuja vida faz já parte da nossa. Barreirenses do futuro! Mulheres e Homens livres, cujo olhar nos sorri já, numa afirmação inquebrantável de confiança, através do rosto daqueles outros, meninas e meninos de há 50 anos, que hoje nos sorriem da entrada dos Paços do Concelho e da capa deste boletim. Ambos são parte do mesmo sonho. Ambos habitam o mesmo futuro.

E nós somos ambos!

A Revolução de 25 de Abril de 1974 é um pilar central do nosso caminho. Os valores que a enformam, as raízes que lançou na nossa comunidade, os desafios que diariamente nos lança, estruturam o que somos e o que aspiramos a ser. Daí que, mais que um fato histórico, muito mais que uma data, Abril seja uma proposta que importa viver e conquistar permanentemente. Uma proposta que ganha novo sentido a cada dia. Uma proposta que se reforça com a experiência de todos aqueles que, não tendo vivido a data (as gerações mais novas de portugueses), vivem efetivamente o desafio que ela comporta. Os que vivem a imaginação, os que vêm, os que conhecem, os que agem! E para esses, independentemente da data do seu nascimento, o conjunto de rostos de alguns barreirenses resistentes antifascistas que levámos às ruas do concelho será, necessariamente, familiar. Isto porque, mesmo que o nome ou os traços do rosto lhes sejam estranhos, o seu caminho, como o nosso, é o mesmo. A disponibilidade, vontade e entrega, idênticas. Os laços que nos unem - na liberdade, na democracia, na solidariedade .

Juntos fazemos o caminho para o Portugal de Abril! Carlos Humberto de Carvalho

Presidente da Câmara Municipal do Barreiro

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Agostinho Neto


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Comissão Democrática Administrativa da Câmara Municipal do Barreiro

6 de maio de 1974 Foi há 40 Anos! Aldino Ramos

Recuemos até ao ato eleitoral de 1969 para a Assembleia Nacional em que a CDE – Comissão Democrática Eleitoral -, força política de oposição ao regime, ganha as eleições em todas as freguesias do Concelho (Barreiro, Lavradio e Palhais), para entender o que legitimou em maio de 74 a tomada de posse da Comissão Democrática Administrativa da Câmara Municipal do Barreiro. Ignorada na altura, esta vitória conquistada nas urnas viria a ser decisiva nos dias que se seguiram ao 25 de abril. O povo está na rua. Quer saber tudo! É necessário tomar a Câmara Municipal. Nome daqui, nome dali, a lista já vai longa, mas não importa. A ideia é que o Barreiro seja representando, de forma verdadeiramente democrática. Difícil era a tarefa que os esperava. Mas era preciso democratizar o Município e isso dava-lhes o alento necessário para colocar ‘mãos à obra’. Iniciam-se contactos com o Movimento das Forças Armadas. A Junta de Salvação Nacional já havia sido constituída. A posse do novo Executivo Municipal será dada por um dos seus representantes.

Alfredo de Matos

Álvaro Monteiro

Carlos Maurício

Dia 6 de maio de 1974, segunda-feira, 10h00. Salão Nobre da Câmara Municipal a transbordar de pessoas. Tomaram posse, após juramento, dezanove cidadãos – uma mulher e dezoito homens – Na presença do Tenente – Coronel André do Nascimento Infante, na qualidade de Delegado da Junta de Salvação Nacional. São investidos nove licenciados (matemática, história, engenharia, farmácia, economia, direito); três empregados bancários; três quadros administrativos; um metalúrgico; um ferroviário; um estudante e um comerciante. Ei-los: Aldino Ramos | Alfredo de Matos | Álvaro Monteiro | Carlos

Maurício | José Júlio Amado | José Alves Pereira | José Silveira Lopes | José Ramalho | Júlio Militão | José Milheiro | Joaquim Caetano | Joaquim Matias | José Antunes | Hélder da Silva Fráguas (Presidente da Comissão) | Hélder Madeira | Manuel Bucho | Manuela Covas | Nuno Soares | Raul Malacão.

José Alves Pereira

José Silveira Lopes

José Ramalho

Júlio Militão

Hélder Fráguas

Hélder Madeira

Manuel Bucho

Presidente da Comissão

Manuela Covas

Nuno Soares

Semeava-se a esperança. Colhia-se a confiança de um povo que ao saber juntava energia e vontade de mudança. Hoje, aqui, homenageamos, todos aqueles que sem pedir nada em troca foram os protagonistas de incomensuráveis mudanças!

Joaquim Caetano

Raul Malacão

Joaquim Matias

* Não foi possível públicar as fotos de José Júlio Amado, José Milheiro e José Antunes.


pág. 04 Disseram “não” a quem os perseguia e torturava Viveram na cland estinidad e. Mulheres e homens excecionais, entre tantos outros, que durante o Estado Novo sempre acreditaram e lutaram por um Portugal livre e d emocrático. Consciente do seu valor, a Câmara Municipal do Barreiro, d esd e 1983 e todos os anos, homenageiaos na cerimónia “Barreiro Reconhecido” com o galardão “Resistência Antifascista”. Para estas comemorações contámos com a disponibilidad e e colaboração dos oito Barreirenses, vivos, aos quais foi atribuído este galardão. Com eles, outros o receberam. Outros, já falecidos, que acrescentaram o seu "não" e o seu sonho à construção d e um País livre. Continuam, também, entre nós:

Maria da Conceição Rodrigues de Matos Abrantes Barreiro Reconhecido 1987 Presa em 1965 e 1966. Barbaramente espancada e torturada pela PIDE. “Existia sempre uma força, uma coragem dentro de nós que nos levava a dizer não!”. Zeca Afonso, amigo pessoal, dedica-lhe a canção “Na Rua António Maria”.

Alfredo Rodrigues de Matos Barreiro Reconhecido 1993 Em 1957 é preso, passando quatro anos e meio em Caxias e nove meses no Porto. Volta a ser preso em 1970, após a manifestação do 1º de Maio, sendo torturado durante 60 dias. Zeca Afonso, amigo pessoal, dedica-lhe a canção “Por trás daquela janela”.


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Daniel Cabrita Barreiro Reconhecido 1994 Em 1968 é interrogado na sede da PIDE na sequência de um espetáculo promovido pelo Cine Clube do Barreiro. Em Maio de 1969, é detido de madrugada em sua casa pela PIDE e GNR. Em 1971 torna a ser preso, sendo condenado a dois anos de prisão nos fortes de Caxias e Peniche. A sua prisão provoca fortes manifestações de protesto e revolta dos bancários em Lisboa e suscita vários protestos e apelos de organizações cívicas internacionais.

Libertino de Carvalho Barreiro Reconhecido 1995 Preso pela PIDE em 1959, fica um ano no Aljube, outro ano em Caxias e outro no Porto, onde durante seis meses fica só numa cela. Cumpre mais três anos em Peniche, sujeito a sucessivas sessões de tortura. Em novembro de 1963, integra um movimento na prisão de Peniche para que as visitas se efetuassem sem estarem separadas por uma rede. Como consequência, os presos são agredidos, retiram-lhes as camas e deixam de poder escrever às suas famílias.

Faustino Dionísio dos Reis Barreiro Reconhecido 2001 Organiza, ao lado dos empregados do comércio do Barreiro e em conjunto com os bancários, a reivindicação da “semana inglesa”. Em 1971, é detido com cerca de 150 ativistas do Movimento Associativo. Preso em Caxias, é submetido a interrogatórios sucessivos, maus tratos físicos e a tortura do sono. Sofre 69 dias de isolamento e vinte meses de prisão, cumprida na cadeia de Peniche.


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Francisco Rodrigues Lobo Barreiro Reconhecido 2003 Começa a trabalhar aos 14 anos numa oficina metalúrgica. Preso pela PIDE em 1962, pelo seu envolvimento no movimento militar de Beja, é brutalmente espancado, perdendo a consciência durante vários dias. Quando sai da prisão, em Julho de 1964, não lhe é permitida a reentrada na fábrica.

Álvaro Monteiro Barreiro Reconhecido 2009 Em 1963, na iminência de ser preso pela PIDE, é forçado a abandonar o trabalho na CP. Preso pela primeira vez em 1967, quando exercia funções de presidente da Direção do Cine Clube do Barreiro, voltará à prisão em 1970 e 71. Continuou a preparar trabalho durante o tempo em que esteve detido, ainda que sujeito a atos de crueldade e tortura.


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Joaquim da Palma Cadeireiro Barreiro Reconhecido 2011 Um cerco da PIDE à CUF, onde trabalhava, obriga-o a fugir, deixando em casa a mulher e a filha de 12 anos. Na clandestinidade entre 1969 e 1974, vive em Espanha, França e Moscovo. De regresso a Portugal, reúne em habitações de que não conhece as moradas e troca de casa com frequência por razões de segurança.

Homenageados na Cerimónia "Barreiro Reconhecido", com o Galardão "Resistência Antifascista", infelizmente, já falecidos:

Vitalina Machado | Maria Pinto Ferreira | Acácio José da Costa Manuel Firmino | Francisco Inácio da Costa | Nicolau Lopes Caselas Artílio Batista | Alfredo Rodrigues Xisto | Luzia de Oliveira Ramalho Maria Domingas | António Ricardo Barbado | António Maria Marques José Simões Salvador | Manuel Sobral | Augusto Alves Pedroso Artur dos Santos Tavares | Florentino Alves Rodrigues Fernando Blanqui Teixeira | Albertina Marques Teixeira Vigílio Azevedo


BARREIRENSES

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Entre 1926 e 1974, milhares de Portugueses foram presos, torturados, privados dos mais elementares direitos, deportados e até mesmo mortos por acreditarem e defenderem um País Livre, Democrático, Justo e Solidário. Entre estes homens e mulheres contam-se centenas de Barreirenses. Que sofreram as prisões, a deportação, a perseguição e a tortura. Homenageamos, através destas centenas de Barreirenses, a que falta somar o nome de muitos, a Coragem, a Resistência e a Luta de Todos. Bento G onçal ves d as Dores G om es S errano, José Francisco Vespeira, El íd io Lopes, M anuel d os S antos Cabanas, Al fred o Correia, José Francisco Patarata, Júl io Al exand re Pereira G om es d a Sil va, Júl io Duarte, Júl io M atias, M anuel d e Ol iveira, M anuel d os S antos, Am érico d e Sousa, António Batista Rosa, António Ricard o Barbad o, M anuel Eduard o Júnior, M anuel G uerreiro d os S antos, M anuel H orta Rod rigues, Ped ro José Lopes “Fifa”, Torcato Viegas d e Lim a, Acácio José d a Costa, António Rod rigues Perd igão, Caetano Francisco Correia, Când id o Lopo d e Figueired o, H él d er M ad eira, Júl io M anuel Dias, M anuel Bento S errano, José N obre M ad eira, Francisco Pascoal Júnior, António Tei xeira, António Torrão, Rom ão M artins, Ângel o Catita Lam as António Vicente, José Cabrita António, Lourenço Antunes Real , Dom ingos S acram ento G utierres, António Faria, José Esteves M artins, Lenine Luís Cord eiro, M anuel d a Conceição N obre Correia, Bento Tom as J r., António Francisco Ferreira, António G om es, António N icéfero d e Ol iveira, Al fred o José d e Carval ho, António Pascoal , António M aria d e Brito, Al fred o Rod rigues d e M atos, António Ped ro Vicente, José João Rod rigues, José Luís M aria «Baianca», José M anuel Cabaço, José M anuel M arques Cal ad o, José M arcel ino Viegas, José M artins M arinho “Lucas”, Leopol d o d os Reis Al ves, António Fernand es, José Anacl eto, Júl io César d e Sousa Vil as Boas, Leonel Rod rigues Card oso, Lúcio M onteiro, Al fred o Rod rigues Xisto, Luís Tavares, António G om es Figueired o, José G om es d e Carval ho J r., Rui Araújo Ortega Lopes, M aurício d os S antos G onçal ves, Al fred o Augusto Costa Zarcos, António Augusto, António Duarte El iseu, Luís Correia S antos, M anuel d a Sil va M arques, M anuel d e Al m eid a, M anuel Joaquim Veirinho, M anuel José Coel ho Sil va Abraços, S ebastião d e Al m eid a, Am érico d e Jesus Al egria, Rogério Sil vério G onçal ves, António d a Costa G eral d es Aires, M iguel d e Castro, Bernard ino Augusto Xavier, Carl os Am brósio d o Paço Dam as “O M itra”, António Sim ões S al vad or «O M ina», José Rocha J r, José Sousa Penel a, M aria I sabel Augusta Cortes d o Carm o, António d os S antos S antos, M anuel d o N ascim ento M ad eira, M arcel ino M atos, M árcio d a Sil va, António Conceição Sil va, Ped ro d a Luz, Rosete Rod rigues Costa, And ré d o N ascim ento G . Roque, António José Pil oto, N uno d e Figueired o, M ário M arcel ino «O M ário Lisboa», M iguel Eusébio Lopes d e Sousa, Reinal d o d e Castro «O M onteiro», Francisco Ferreira, Francisco Vieira Pinheiro, “O Chico”, H él d er d a Assunção Costa, H él d er d a Sil va Fráguas, Jacinto Faustino, Dom ingos Fernand o d os S antos Ol iveira “O Bija”, H eitor M ário Antunes d a Costa, António Luís d a Sil va, António M anuel G al and im M ad eira, Al fred o Figueiras, António M artins, António M onteiro, António Pal m el ão, Fl ávio Al ves, Fl orentino Al m eid a «O Quinhentos», João d a Sil va Tei xeira, Joaquim Barros, José Augusto Duro Soares, José Ferreira G raça, Abíl io d os Reis, João d e Ol iveira S á, José António M achad o, José Joaquim Duarte d e Sousa, José Ped ro d os S antos, Eduard o António N eto, Júd ice Dias Barrento, Júl io G om es d a Sil va, Lenine M aria Sobreiro, José Sim ões «Zé d a M ina», Sil vério M el eças S and e N obre M ad eira, Ad el ino Penim , José Rod rigues Card oso, Luís Rod rigues N eto, M anuel Dom ingos M irand a, M anuel Firm o, Eugénio Bento d a Sil va Pereira, M anuel Beira Pinheiro, M anuel d a Sil va Luz, António Francisco Pires, António G uerreiro J r, António H orta Rod rigues, M anuel António d e M atos, Ál varo Ribeiro M onteiro, António G ato Pinto, M anuel António Boto, Luís Rod rigues d a Sil va, M aria d a Conceição Pinto, Al berto Carl os d e Sousa Branco, M anuel Joaquim d e Ol iveira Singens, José Pereira «O Coxo», António José d a Costa “O Evaristo” , M ateus d a Cruz , M anuel Aveiro M artins, «O M anuel M uge», M anuel Correia Júnior , Agripino Caetano, Al berto G ouveia, Al berto Lopes d a Sil va, Am aro d os S antos M artins, Rosal ina Rod rigues Caetano Pinho, António Dias, António Duarte Cam acho, Augusto d os S antos Rosa “O G uta”, Ál varo Sousa, M anuel Fernand es, M anuel João Angel o, M iguel Al m eid a Correia, Daniel I sid ro Figueiras Cabrita “O Lel a”, Deod oro Liz d e Castro, Deod oro M arques Duarte, Arnal d o d a Costa «O Russo», Abíl io G onçal ves «O G arrad as», António Rem exid o, Abíl io d os S antos G uerra, Ângel o d e Couto, Apol ónia M aria Al berto Pereira Tei xeira, Val d em ar Beça Ortiz, Al fred o José d a Costa, M argarid a Feio, Victor H ugo Vel ez G ril o, António Bravo, António d a Conceição Barul ho, Rom eu Augusto Dom ingos d o Rosário, Al exand re M onteiro, António Luís Barrad as, Am íl car Joaquim M artins M ota, Carl os Pereira M arques, Victor S al vad or Rosinho, Ram iro Duarte S al es, Ricard o Catarro , M ário G uerra Durães, M anuel Rod rigues Card oso, Osval d o Al ves Azenha S antos, M aria Od ete Rod rigues N egrão, Virgíl io S antos Pereira, José Francisco N eto, José d os S antos N oronha, José Duarte d a Sil va , José El ias G uerreiro, José Duarte Sil veira, Abíl io Rod rigues, Francisco José Arsénio, José Júl io Ferreira Am ad o, Aurél io d a Sil va M arques, Carl os Al berto N eves Estrel a, Al fred o d e Carval ho, António M esquita, Francisco António Bucho, Francisco Pessoa “O Chico Preto”, Frankl in Tavares,

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Barreiro Presos e Perseguidos pela PIDE

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Gregório Luís Barreiros, João Fernand es «da M aneca», João Lopes Barreiro, Silvestre d e Castro “O Silvestre da Carvalheira”, Francisco Jeremias Zorro, José Luís Lopes Canelas, Júlio Guilherme Lopes Freire, Fernando Rodrigues d e M atos, Joaquim Esteves Almeida, Jorge M ateus d e M atos, José Augusto Monteiro, José Bravo, José Caetano Leal, José Domingues, José António Pombeiro «O Caveira», José Joaquim Rita Seixas, Simão Afonso Rosa, Joel M adruga Augusto, José Ferreira Fernand es, José Gomes Crisóstomo Sales Grad e, Ercília Talhadas, Lídio Ramos Vales, Teodoro da Silva Caria, Filipe Nery d e Sousa, Guilherme Moreira, José Jacinto da Rocha Gandara, José Pedro M artins, Severino Ribeiro, João Montes, José Gonçalves Café, Feliciano António Rato, António M anuel da Silva Paixão, Faustino Dionísio Reis, João Pereira, Tomás Augusto Pires, António Ferreira «O tamboril», Severo d e Oliveira, António Ramos, M anuel M artins, M anuel Luís, António Braz, António da Silva, António Espírito Santo Silva, António Joaquim Coelho, Álvaro Monteiro Calvário, Aureolindo Anes Bexiga, Carlos Alberto Palácios Mend es, Acácio Fragoso Justo, Augusto dos Santos, António Lúcio Guerreiro Pegado, António Lourenço Júnior, José M aria da Costa, José Pinto Rodrigues, Armando d e Sousa Teixeira, Armindo M arques Caras, M anuel M artins Felizardo, M anuel Valente, M aria Emília M arques Correia, Romão Lavado Borges, M aria José da Cruz Barreto, Raul Tavares, André Sanches, Pedro M anuel da Rocha Alves, M aria Júlia Serrano Pelengana, Ricardo da Silva, Carlos Alberto dos Santos Godinho, Arnaldo Venâncio, Álvaro Avelino Serra, Isabel Couraça Rosa, José Augusto Soeiro, José João Fráguas, José Fernand es Jr, João Med eiros Penim, Benjamim Vicente, Joaquim Baptista Lima, Jaime Ramos, João M ário Mend es Godinho, João da Silva Cavaco, João M arcelino do Carmo Lobo, Joaquim d e Oliveira, Joaquim M aria Pereira Barbosa, Eduardo Soares, Ismael Pinto, José Guerreiro Pegado, José Luís dos Santos, José M anuel Antunes Ramos Freitas, João dos Reis, M ário Nuno da Cunha Santos, Lilia M aria Mecha Mendonça, Luís Ângelo dos Santos, José Pereira Jr, João Anim, Ad elino Fonseca, Emílio M artins, M anuel Rodrigues, Fernando Piedad e Gomes, João Nunes «O Baixinho», Eugénio da Costa Carranquinha, Fernando do Carmo Libório, Gregório Trindad e Guinote, Estêvão José da Veiga, Fontana Elias Mouzinho, João José «João Cald eireiro», João Serafim Barradas, Felisberto Ventura Pereira, João Fernand es Júnior, Ad elino Vaz Ribeiro, M anuel João Torrão, Armando José Simões, Amad eu dos Santos Silva, Alcindo Furtado Fragoso, M anuel Simões Saramago, Aurora Rosa Costa, Celso Monteiro, Carlos Azevedo, Bernardino Trindad e dos Santos, José Rodrigues Silva, Rogério Gil Ferreira, M anuel Rosa Guerreiro Júnior, Carlos d e Oliveira Guerra, Vitorino José dos Santos, M aria Leonor Rodrigues Duarte, Armindo dos Santos, Gilberta Brazão, José M aria, Gertrud es Rosa Costa, Inácio Pedro Santos, Gabriel dos Santos, Francisco d e Sousa Júnior, João Francisco Rocha Gandara, Joaquim Rodrigues, Carlos d e Oliveira, Carlos Alberto Miranda Fernand es, Joaquim António Correia Porfírio, Joaquim da Glória, Joaquim Francisco, José Francisco, Jerónimo d e Oliveira Cardoso, João Caeiro d e Sousa, José Luís, Baptista Crespo, João Eduardo M arques Farinha, Félix Bernardino «O Canudo», José M aria Pais Jordão, Augusto Ferreira Durand, M aria Amélia Janeiro, João Telmo da Costa Araújo, Augusto Silveira Abreu «O Cabo d e M ar», M aria da Conceição Rodrigues d e M atos, M anuel Viegas, M anuel Mend es, Amad eu da Fonseca, António dos Santos Pacheco, Arménio M aria da Silva Jordão, Carlos Batista Lobato, Balbino M artins, Augusto d e Abreu, Leopoldo Calapez , M arcos Pimenta, Vicente Sequeira, Albino Pedrosa Duarte “O Rolo” , Armando Jesus Silva, João Pedro, Guilherme do Espirito Santo, João Borges da Rocha, Eusébio d e Oliveira, Augusto António dos Santos, Francisco José Cabaço Pardana, Joaquim Claro Garcia, Joaquim António Horta Baptista, Joaquim Tomás d e Faria, Jesus Elias, Joaquim Jorge, João d e Sousa Cambalacho, Hermenegildo Ferreira, Jorge Gomes Caeiro, João dos Santos Fatia «O Russo», José António Oliveira «O José Coxo», Artílio Baptista, Augusto Félix M arques, Eugénio da Silva, Fernando da Silva Jr, Ezequiel d e Sousa, Tiago Rodrigues, M anuel M artins Estrela Júnior, José Simões da Silva «O José do Casal», M aria Helena d e Vasconcelos Nunes Vidal, M aria da Conceição Pinto, M anuel Ribeiral, João António Ramos Fialho, João da Silva, José Lourenço d e Miranda, João Cord eiro, Germano dos Santos M ad eira, Artur Valente, João Ferreira, Francisco Assis Justo Jr, João d e Oliveira, Joaquim Ferreira, Joaquina Gomes M artins, Joaquim Pereira da Faustina, «O Riacho», Jorge dos Santos, Francisco Leonel Rodrigues Lobo, Jorge Sousa Alves da Silva, Arsénio Trindad e dos Santos, Francisco António Bexiga, Fernando Nascimento, Augusto Francisco, João Rodrigues Alferes, Florentino Alves Rodrigues, Tertuliano dos Santos Tavares, Rodas Nepervil Pinto d e Sousa, Artur David, Augusto Geraldo Dinis, Teodoro d e Oliveira, M anuel Pencarinha, Armando José da Cunha Santos, Artur dos Santos Tavares, M anuel Peres, Domingos Duarte, José António d e Pinho Fonseca.

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Da madrugada do 25 de Abril ao 1 de Maio de 1974 Como foram os momentos que antecederam o 25 de Abril, no Barreiro? Como reagiu a população e como se organizou após a “Revolução dos Cravos”? Conheça, ou reviva, nas próximas páginas, de forma cronológica, os acontecimentos que abriram as portas da Liberdade e da Democracia vividos, com especial significado, no Barreiro, uma terra operária, com fortes tradições de luta contra o regime fascista. De salientar que este trabalho reúne testemunhos, fotografias e documentos disponibilizados pelo Arquivo Municipal ou cedidos, para esta edição especial, por particulares/intervenientes, aos quais muito agradecemos.

25 de Abril de 1974 5h45 – Os primeiros barreirenses preparam-se para ir trabalhar, na

Imagem 1 - Barcos voltam para trás - Século Ilustrado Foto: Eduardo Gageiro

sua maioria, para Lisboa e ouvem os primeiros comunicados do Movimento das Forças Armadas (MFA) pela rádio. (testemunhos) 7h00 – Apesar dos comunicados do MFA pedirem à população para se manter em casa, muitos barreirenses dirigem-se para a estação fluvial para embarcarem nos barcos para Lisboa, já que a navegação no rio não parou. (test.) 7h15 – O Presidente da Câmara Victor Adragão guiado no carro da presidência é visto a percorrer várias ruas do Barreiro. A GNR não sai do posto do Barreiro para patrulhas. (test.) 7h30 – Os primeiros barreirenses que chegam a Lisboa deparam-se com o aparato militar das forças de Salgueiro Maia, na Praça do Comércio, numa altura em que ainda não consolidaram as suas posições na zona e tropas fiéis ao regime de Marcello Caetano tomam posições na Avenida da Ribeira das Naus. É-lhes ordenado que voltem para trás. As carreiras fluviais são interrompidas. (test.)

9h00 – Várias pessoas dirigem-se à Avenida “da Praia” para

observarem as movimentações de navios militares no Tejo. (test.) 11h00 – «Milhares de pessoas circulam pelas ruas do Barreiro, devido a não ter podido embarcar nos barcos da CP, que paralisaram o seu tráfego no Tejo, depois de, por várias vezes, não terem sido autorizados a desembarcar passageiros no Terreiro do Paço» . (1)

15h00 – Segundo o livro de actas da Câmara Municipal do Barreiro, a

Imagem 2 - 25abril74 - largo Quinta Grande Foto: Fernando A. da Mota

vereação reuniu-se nesse dia tendo tratado de assuntos quotidianos. (CMB) 14h00 – O Movimento Democrático do Distrito de Setúbal, com sede no Barreiro, distribui o seguinte comunicado à população: «Vivemos momentos de grande importância política no país! O regime fascista, que há cerca de 48 anos nos oprime, chegou ao fim derrubado pelo corajoso Movimento das Forças Armadas! (…)» O Comunicado, destacando os objetivos do Movimento das Forças Armadas, solidarizando-se com eles, termina pedindo à população que se mantenha atenta ao desenrolar dos acontecimentos e que reforce a organização do Movimento Democrático. (2) 17h00 – O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Victor Adragão, é aconselhado a abandonar o Barreiro e a procurar abrigo na Escola de Fuzileiros Navais. (test.)


Barreiro

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26 de Abril 8h30 – As instituições bancárias do Barreiro estiveram encerradas. Mas, tratando-se de uma sexta-feira, foi um dia de trabalho. (3)

9h00 – Adesão da Câmara Municipal do Barreiro à Junta de

Salvação Nacional. Os vereadores António Ferreira Nogueira, António João Cisneiro Sardinha, Henrique dos Santos Teimoso, José de Oliveira Raposo, Luís Raimundo dos Santos e Manuel Simões Pereira no seu telegrama afirmam ainda «manifestar a esperança de que os

Imagem 3 - A República

graves problemas que desde há longos anos afectam o concelho e o bem-estar da sua população, recebam agora a consideração urgente de tanto carecem» . (4)

21h00 – Organizadas pelo Movimento Democrático de Setúbal, com

sede no Barreiro, reúnem-se no «Largo do Casal» milhares de pessoas. Da varanda da Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense «Os Penicheiros» falaram para a multidão elementos da CDE local, nomeadamente: Hélder Madeira, Alfredo de Matos e outros saudaram os soldados que libertaram a Pátria. Os oradores fizeram, ainda, votos para que todos os presos políticos fossem libertados o mais breve possível e para que o Povo português usufrua, finalmente, de um nível de vida suficiente para viver feliz. Após terem cantado o Hino Nacional, começaram a desfilar pelas artérias e praças, soltando vivas à Liberdade, às Forças Armadas e a Portugal. À medida que a manifestação desfilava, ia aumentando de volume, reunindo muitos milhares de manifestantes. A única nota de protesto foi dada junto à sede da Legião Portuguesa (Rua Miguel Bombarda, em frente do edifício Diamante – NA), junto à qual houve manifestações de total desagrado. Os manifestantes pararam depois junto à Câmara Municipal, onde cantaram, em coro, o Hino Nacional e vitoriaram as Forças Armadas. (5) Junto das coletividades populares, em cujos mastros foi hasteada a bandeira nacional, a multidão entoa, vibrantemente, o Hino Nacional. «Viva a Liberdade», «Vivam as Forças Armadas», «Viva o Socialismo», «Amnistia» foram algumas das palavras de ordem gritadas pelo povo em autêntica festa. Também «Morte à PIDE/DGS», «aos assassinos Fascistas» e «abaixo os Presidentes de Câmara Victor Adragão e Vítor de Sousa, conhecidos lacaios da PIDE, foram gritados, traduzindo o repúdio por essa instituição e personalidade. Uma ronda de Fuzileiros Navais foi retirada do veículo e levada em ombros, homenageando a ação que as Forças Armadas levaram cabo». (6) Sempre em absoluta ordem, a manifestação prosseguiu percorrendo uma extensa área pelos bairros mais afastados, regressando depois ao centro da vila, onde, antes de dispersar, repetiu os vivas e aplausos, no meio de intenso júbilo e entusiasmo. (5)

Imagem 4 - 26 de Abril de 1974

Imagem 5 Diário de Lisboa

Imagem 6 - O Século


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Da madrugada do 25 de Abril ao 1 de Maio de 1974

Imagem 7 - 27 de Abril de 1974

27 de Abril 15h00 – Grande movimentação popular junto da estátua de Alfredo

da Silva com cerca de 3000 pessoas, em festa, gritando «Viva a Liberdade» e «Abaixo os criminosos». Entretanto, um grupo de manifestantes, vindos de Lisboa com bandeiras vermelhas com foice e martelo (pertencentes ao MRPP), cria alguma confusão entre a multidão sendo detidos pela força de fuzileiros que tinha acabado de chegar para fazer o policiamento das ruas. (7 e 8) A manifestação segue em direção à Câmara Municipal com muitos jovens fazendo o «V» de vitória e gritando «Liberdade». (9)

16h00 – Uma centena de democratas assina um telegrama de

Imagem 8 - 27 de Abril de 1974

felicitações à Junta de Salvação Nacional, com o seguinte texto: «Noventa e sete democratas do Barreiro, reunidos na data histórica de 25 de Abril de 1974, manifestando o seu contentamento pelo derrube do regime que durante 48 anos nos oprimiu reclamam da Junta de Salvação Nacional para que sejam decretadas as seguintes medidas imediatas: 1. Libertação de todos os presos políticos e regresso de exilados; 2. Fim da Guerra Colonial com o reconhecimento dos Movimentos de Libertação e do Governo da Guiné-Bissau e regresso dos soldados; 3. Restabelecimento de todas as liberdades democráticas; 4. Extinção da DGS.» (8)

28 de Abril 10h00 – Um grupo de trabalhadores ocupa o Sindicato dos

Metalúrgicos do Distrito de Setúbal, dos Têxteis, da Construção Civil, dos Padeiros, dos Corticeiros e dos Estivadores de Terra e Mar e fazem um apelo para uma reunião com os seus associados para o dia seguinte. A reunião destina-se à constituição de comissões diretivas provisórias para levar a efeito assembleias, em que serão eleitas direções capazes de defenderem as classes trabalhadoras.(10)

30 de Abril Imagem 9 - A República

10h00 – Os funcionários da Câmara Municipal do Barreiro enviam um telegrama de felicitações à Junta Militar. (4)


Barreiro

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1 de Maio 9h30 – Concentração de manifestantes para as comemorações do

1º de Maio (entretanto decretado feriado nacional) na Avenida «da Praia» e junto à Estátua Alfredo da Silva. A manifestação que contou com milhares de manifestantes percorreu depois a Rua Serpa Pinto, Rua Miguel Bombarda, Rua D. Nuno Álvares Pereira e Rua Miguel Pais. (7)

Imagem 10 - A República Foto: Fernando A. da Mota

Imagem 11 - 1º de Maio Em frente à Estátua de Alfredo da Silva

2 de Maio 9h30 – Todos os funcionários da Câmara Municipal do Barreiro reúnem-se nos Paços do Concelho. Depois de cantado o Hino Nacional, usou da palavra o secretário da edilidade, Francisco Belbut, José Ramalho pelo Movimento Democrático e Manuel Cabanas. (4)

Imagem 12 - 1º de Maio

Nos primeiros dias de Maio

São criadas comissões ad-hoc para organizar a Comissão Democrática Administrativa da Câmara Municipal do Barreiro. A Comissão Administrativa , constituída por 19 elementos, tomou posse a 6 de maio de 1974, na sala de sessões da Câmara Municipal do Barreiro, na presença do Tenente – Coronel André do Nascimento Infante, na qualidade de Delegado da Junta de Salvação Nacional. - Hélder da Silva Fráguas – Presidente - José Manuel Silveira Lopes - Aldino da Silva Ramos - Álvaro Ribeiro Monteiro - Alfredo Rodrigues Matos - Joaquim Caetano Ramos de Carvalho - Hélder da Silva Nobre Madeira - Carlos Augusto Maurício da Costa Lopes - Joaquim Manuel da Fonseca Matias - Manuel Buxo da Trindade - José Duarte Varajão Alves Pereira - Raul António Nunes Malacão - José António Neves Ramalho - Nuno Bernardo Nobre Soares - José Júlio Ferreira Amado - José Lopes Milheiro - Maria Manuela da Conceição da Silva Covas Monteiro - José Ferreira Antunes - Júlio Pilar Militão

Imagem 13 - 1º de Maio Foto: Fernando A. da Mota Imagem 14 - 1º de Maio Foto: Fernando A. da Mota

Imagem 15 e 16 - Tomada de Posse da Comissão Administrativa Abreviaturas: (Test.) – testemunho | NA – Nota do autor | CMB – Arquivo Municipal | (1) República, 25.4.1974 | (2) República, 26.4.1974 (3) Diário de Notícias, 27.4.1974, pág. 6 | (4) Jornal do Barreiro, 9.5.1974 | (5) O Século, 27.4.1974 | (6) Diário de Lisboa, 27.4.1974 | (7) Diário de José António Marques, 27.4.1974 a 1.5.1974 | (8) Diário de Notícias, 28.4.1974, pág. 6


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BARREIRO DEPOIS DO 25 DE ABRIL Em Democracia

Novos equipamentos e espaços verdes

O Barreiro é uma terra com enraizadas tradições de trabalho, luta e defesa da liberdade e dos direitos dos trabalhadores. Após a “Revolução dos Cravos” e, ao longo de quatro décadas, o Concelho desenvolveu-se de forma sustentável. Foram realizados investimentos em novas infraestruturas viárias, novos equipamentos culturais, desportivos, de saúde e sociais, no parque escolar e numa rede de água e saneamento básico. Seguem-se alguns exemplos.

» Parque da Cidade

» Passagem Desnivelada A passagem desnivelada da Rua Miguel Bombarda foi inaugurada no dia 14 de junho de 1986. Esta obra possibilitou resolver o constante congestionamento do trânsito numa das artérias mais movimentadas da cidade.

Inaugurado a 14 de abril de 2000, o Parque da Cidade constitui um espaço privilegiado para o lazer e prática de desportos individuais e coletivos. São 14 hectares de extensas zonas verdes e diversas valências, tais como zona de merendas, um Minicampo Polidesportivo, “courts” de ténis, dois lagos ligados por uma cascata, parque infantil, relvados para desporto, pistas para skate e bicicletas todo-o-terreno, parede de escalada, locais para a prática de jogos tradicionais e uma zona de xadrez exterior, cafetaria com esplanada e três parques de estacionamento que dão apoio aos utentes do parque.

O Parque da Cidade foi inaugurado a 14 de abril de 2000

» Pavilhão Municipal Luís de Carvalho Presidente da CMB, Helder Madeira, no dia da inauguração da passagem desnivelada

Apto a receber competições de nível nacional e internacional, o Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, inaugurado em novembro de 2000, permite a prática de várias modalidades, nomeadamente basquetebol, voleibol, ginástica e andebol e recebe, por ano, inúmeras competições desportivas do mais elevado nível, envolvendo os vários escalões etários. Este equipamento desportivo localiza-se na Quinta da Mina, na freguesia de Santo António da Charneca.

Local onde foi construída a passagem desnivelada

» Elevação do Barreiro a Cidade Em janeiro de 1979, a Câmara Municipal do Barreiro, em reunião, decidia aprovar, por unanimidade, uma proposta para que se diligenciasse junto das entidades competentes no sentido da elevação da Vila do Barreiro à categoria de Cidade. Só cinco anos mais tarde, a 16 de maio de 1984, a Assembleia da República decidiu elevar o Barreiro à categoria de Cidade. O dia 28 de junho foi escolhido pela edilidade para festejar a elevação a Cidade e passou a ser o Feriado Municipal. Na sequência de tudo isto, surge, igualmente, uma nova organização ao nível das freguesias.

Comemorações do Dia da Cidade a 28 de junho de 1984

Pedro Canário, Presidente da CMB, inaugura o Pavilhão Municipal Luís de Carvalho

» Auditório Municipal Augusto Cabrita - AMAC Inaugurado em Novembro de 2003, este espaço multifuncional inclui uma sala com capacidade para cerca de 500 lugares. O AMAC recebe os mais variados espetáculos, cinema, teatro, seminários e congressos no seu auditório e exposições nas suas diferentes galerias.


pág. 15 » Biblioteca Municipal Pública – 50 anos de História Durante os anos da ditadura, as bibliotecas proliferaram nas coletividades de cultura e recreio, e foram decisivas na construção de uma consciência que preparou a nossa identidade cultural. A Biblioteca Municipal do Barreiro orgulha-se de 50 anos de História caraterizada pelo dinamismo e por uma função social, transformando o Concelho do Barreiro numa das zonas do País onde a ação das bibliotecas públicas alcançou um papel relevante.

Por outro lado, em terreno cedido pela Autarquia, na Cidade Sol, está em fase de conclusão a construção da USF de Santo António da Charneca que irá servir cerca de 16 mil utentes.

» Projeto POLIS Uma frente ribeirinha com 22 hectares dotada de ciclovias, caldeiras, anfiteatros e passeios, nas freguesias de Santo André e Verderena, convida a população a usufruir desta agradável zona à beira rio.

» ETAR Barreiro/Moita A ETAR do Barreiro/Moita localiza-se no Parque Industrial do Barreiro “Baía do Tejo”, no limite dos concelhos do Barreiro e da Moita. Este importante equipamento assegura o tratamento das águas residuais de cerca de 98% da população do Concelho do Barreiro o que permite a despoluição e o consequente usufruto dos rios Tejo e Coina.

» Novo Mercado Municipal 1º de Maio A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Barreiro/Moita foi inaugurada dia 12 de abril de 2011

Qualidade da água para consumo humano O investimento na melhoria da rede de abastecimento de água permite levar à população de todo o Concelho uma água de Muito Boa qualidade e tem possibilitado a resolução de problemas como, por exemplo, a falta de pressão nas zonas mais altas. De salientar que a Câmara Municipal do Barreiro foi distinguida com o ‘Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano 2013’, atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta distinção pretende evidenciar as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de água que, no último ano de avaliação regulatória, tenham assegurado uma qualidade exemplar da água para consumo humano (perto dos 100%).

O novo Mercado Municipal 1º de Maio foi inaugurado a 8 de setembro de 2009. A traça original do edifício foi mantida e permite agora aos concessionários e clientes usufruir de um equipamento moderno, ditado de melhores condições e mais serviços. O seu projeto e a Praça adjacente teve a assinatura do arquiteto catalão Joan Busquets.

» Unidade de Saúde Familiar Ribeirinha, na Freguesia da Verderena A funcionar num espaço com 900 m2, cedido pelo grupo Jerónimo Martins, esta USF, veio responder a um universo de mais de 30 mil utentes, e colmatar a atual falta de médicos de família junto daquela população. As portas abriram ao público, a 27 de fevereiro de 2012. A Administração do “Pingo Doce” contactou a CMB, informando que tinha disponível o primeiro andar do edifício do “Pingo Doce” para os serviços camarários. A CMB ponderou e concluiu que o que mais falta fazia à freguesia era um equipamento de saúde. “A razão da existência de instituições públicas é resolver os problemas das pessoas” – Carlos Humberto de Carvalho.

Inauguração da USF - Unidade de Saúde Familiar Ribeirinha, na Freguesia da Verderena, em fevereiro de 2012

Presidente da CMB, Carlos Humberto de Carvalho e a Vice-Presidente, Sofia Martins, no momento da inauguração

» Investimento no parque escolar Educação como fator de desenvolvimento do Concelho – Criação de salas de pré-escolar e aumento no 1º Ciclo Possibilitar melhores condições de ensino aos alunos do pré-escolar e 1º ciclo tem sido uma das prioridades da CMB. Assim, a Autarquia tem apresentado candidaturas no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e tem investido, com recursos próprios, no sentido de requalificar e ampliar o Parque Escolar do Concelho. A Escola Básica JI Professor José Joaquim Rita Seixas e a EB1 da Penalva são disso exemplo.

Barreiro


Barreiro 25 de abril de 2014

Autocolante de 1977 (Arquivo Municipal)


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