Novembro 2011 | ANo iv | N.º 37 | meNsAl | €5
Maria de
BeléM
“FAltA muitA FormAção políticA às pessoAs que iNtervêm com meNsAgeNs políticAs No espAço público” orçaMeNto do estado 2012 medidAs de AusteridAde
vodafoNe
coNectividAde gArANtidA
CasCais MirageM restAurANte gourmet
Herdade são Miguel Xutos & poNtApés
Nova iorque A mAgiA do NAtAl
areias do seixo
belezA NAturAl
SUMÁRIO
8/ News 12/ GraNde eNtrevista
12
Maria de Belém
24/ 30/
OPiNiÃO Luís Mira amaral José Caria isabel Meirelles Carlos Zorrinho
eM fOCO Orçamento do estado 2012
34/ MaGaZiNe LidL
40/
30
GraNde aNGULar Mercados de Natal
46/ viaGeM África
52/ 56/
esPeCiaL Hotel Cascais Miragem
eMPresa vodafone
60/ eM destaQUe
Herdade são Miguel
64/ BOLsa iMOBiLiÁria By sotheby’s realty
46
4/FRONTLINE www.hv-press.pt Ficha Técnica Director: Nuno Carneiro | Directores adjuntos: João Cordeiro dos santos e Casimiro Gonçalves | Editora:ana Laia | chefe de Redacção: Patrícia vicente | colaboradores: ana de sá Leal, fernanda Ló, filomena G. Nascimento, isabel Meirelles, José Caria, Loïc Pedras, M. sardinha, Maria João Matos,rui Calafate,rui Madeira,susana Meirelles Gomes | Revisão: Helena Matos | Fotografia: antónio Mil-Homens,vMi COrBis,eduardo Grilo, João Cupertino, Luis filipe Catarino/Presidência da república, Nuno Madeira, ricardo Oliveira, Carmo Montanha | Director comercial: Miguel dias consultor de Publicidade: Carlostavares | Propriedade: Hv-Press, s.a.,av. de s. Pedro nº 17 – r/C, M.estoril, 2765-466 estoril Tel. 21 3929430 Fax 21 3929439 | E-mail: geral@hv-press.pt | Design Gráfico: wOrLdwide Media & LeisUre, Lda | Produção Gráfica: staMPaview Distribuição: Logista | Registada no icS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | impresso num país da U.e.
70/ destiNO
70
Nova iorque
76/ CHeCK-iN
areias do seixo
82/ sPa
Caudalíe
84/ a reservar KOi
86/ NéCtares 88/ MOtOres 76
BMw M5
94/ ON tHe rOad 98/ PrOPOsta Homelidays
102/ eXtravaGÂNCias isqueiros
106/
88
sOCiaL 101 anos da república Casino estoril Prémios literários
110/ LivrOs 112/ MÚsiCa 114/ aGeNda
FRONTLINE/5
editorial
TEMPO DE INCERtEzA Numa altura em que tudo está ainda em aberto, após a apresentação do Orçamento do Estado para 2012 na Assembleia da República, aguardamos com expectativa para saber qual vai ser, afinal, o nosso futuro.Apelidado como o Orçamento “mais duro”, tudo é possível entre cortes nos subsídios de férias e de Natal, aumento do IVA em alguns produtos e eliminação de alguns feriados. Entrevistada pela FRONTLINE, Maria de Belém revela-se, perante a proposta do novo OE, preocupada com uma possível “ruptura social e económica” e também com a enorme taxa de desemprego existente em Portugal. A primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Partido Socialista afirma ainda estar apreensiva quanto às medidas apresentadas no campo da saúde, uma vez que as mesmas poderão lesar os cidadãos no seu direito à vida e à saúde. Orgulhosa do seu cargo, Maria de Belém reconhece que fazem falta mais mulheres na política, uma vez que estas trazem “uma forma de ser e de estar que não é construída no feminino ou no masculino, mas tem uma carga milenar muito própria”. Quanto a pessoas que intervêm com mensagens políticas no espaço público, falta-lhes, tal como refere, “formação política e formação jurídica”. O que esperar? Embora já todos esperássemos um Orçamento do Estado para 2012 muito complicado, as notícias dadas por Pedro Passos Coelho caíram quase como uma bomba em Portugal. Os portugueses ficaram em choque, mas a verdade é que o ministro das Finanças já tinha avisado que “o pior” ainda estava para vir... As previsões não são nada animadoras, uma vez que em 2012 a recessão económica prevista é de -2,8%, e para 2013 espera-se apenas um ténue crescimento de 1,2%. Vejamos se os portugueses conseguem responder aos esforços impostos pelo Governo, que vão muito além do exigido pela troika.
6/FRONTLINE
Ligados ao mundo Empenhada em disponibilizar aos seus clientes sempre os melhores serviços e tecnologias mais recentes, a Vodafone aposta em aplicações que oferecem uma experiência ímpar de utilização das redes sociais existentes. O Vodafone Radar, o Messenger Plus, o Vodafone Web Phone no Facebook e o Vodafone All Posts chegaram assim para revolucionar a forma de interagir com o computador e com o telefone. Um lugar mágico Nova Iorque é, sem dúvida, uma cidade para ser vivida na descoberta dos seus museus, parques, restaurantes e das melhores lojas. A neve, que marca presença em praticamente todas as quadras natalícias, transforma a cidade e torna-a num local mágico, muito semelhante aos cenários dos tão conhecidos filmes de Hollywood. Conforto e sofisticação Sem sair de Portugal também se descobrem espaços singulares, que vale a pena conhecer. A menos de uma hora de Lisboa, o Areias do Seixo é um hotel de charme que respira Natureza a plenos pulmões. Aqui, é fácil voltar às origens e sentir o que de melhor a vida tem para oferecer. Automóvel com alma O novo BMW M5 já está na estrada. A quinta geração da berlina superdesportiva com maior sucesso no segmento revela-se um automóvel desportivo e dinâmico, com quatro portas e cinco lugares. Sério e familiar, este modelo que constitui a nova aposta da marca bávara rapidamente se torna rápido, divertido e muito atraente. Até Dezembro,
news Nespresso apresenta Latissima+
Tentando sempre oferecer aos consumidores uma experiência de café perfeita, a Nespresso lança a sua mais recente inovação em máquinas, a Latissima+. Este novo e inovador conceito one-touch (numa máquina de solução de leite) proporciona um resultado incomparável em chávena, levando a que os amantes de café e de leite possam criar uma variedade de bebidas à base de café espresso em casa, da maneira mais rápida e conveniente. A inovadora tecnologia de vapor existente em Latissima+ permite criar uma espuma de leite com a temperatura, espessura e densidade ideais. Uma espuma densa e aveludada, com a cremosidade certa, que permite novas experiências sensoriais e uma fusão perfeita com o café, resultando numa multiplicidade de aromas. Latissima+ oferece também melhorias na preparação de receitas de café e leite. Graças a um sistema de aquecimento mais rápido, permite aos seus utilizadores desfrutarem de um café espresso, lungo, cappuccino ou latte, em menos de um minuto. Esta nova aposta está disponível em quatro elegantes cores: Silky White, Ice Silver, Passion Red e Midnight Blue, a partir de 279 euros.
ZEEV apresenta gama de motas e bicicletas eléctricas
A ZEEV, representante oficial em Portugal das marcas Zero Motorcycles e Ultra Motor, disponibiliza já vários modelos de motas e bicicletas eléctricas. Os modelos disponíveis representam uma boa alternativa, especialmente no caso do patrulhamento policial de cidade e da vigilância privada e de recintos. Este tipo de veículos torna-se ainda uma excelente alternativa de mobilidade sustentável para as cidades. A ZEEV, marca registada da Bright Solar, prevê a abertura de mais três lojas até ao final do ano.
Franck Muller lança edição limitada do cronógrafo André Villas-Boas
Numa parceria entre vencedores, a Franck Muller e a Torres Distribuição (representante da marca em Portugal) homenagearam André Villas-Boas com o lançamento de uma luxuosa edição limitada a 33 cronógrafos, que celebra não só a nomeação do jovem treinador de futebol português como embaixador da prestigiada manufactura relojoeira suíça, como também os troféus por ele conquistados em 2011 ao serviço do FC Porto. O Franck Muller André Villas-Boas é um cronógrafo mecânico de corda automática, com uma caixa de linhas poderosas e pormenores cromáticos inéditos que evocam o gosto pessoal do treinador portuense e, curiosamente, os quatro clubes aos quais tem estado associado nos últimos anos, reunindo a sofisticação do preto (a sua cor preferida e a cor da Académica) ao emblemático azul (que recorda o mar da Foz do Douro, zona de residência da juventude), que também constitui a cor dominante dos equipamentos do FC Porto (que esteve intimamente associado ao arranque do projecto), do Inter de Milão e do Chelsea.
Audi RS3 vence prémio de design
A Audi venceu, uma vez mais, o concurso de design promovido pela revista Auto Motor und Sport (AMS) em colaboração com os seus leitores. O Audi RS3 Sportback superou na votação uma concorrência muito forte, proveniente não só de outros construtores alemães como estrangeiros. Com uma votação total de 36,3 pontos percentuais, os leitores da AMS premiaram o dinâmico e desportivo Audi RS3 como vencedor entre os concorrentes na categoria dos veículos compactos. Um total de 22.916 leitores da revista Auto Motor und Sport participou na votação para o prémio “Autonis - Best Design Innovations 2011”, um evento em que estiveram a concurso 83 novos modelos entre oito categorias diferentes. O prémio foi entregue por Bernd Ostmann, editor chefe da AMS, a Norbert Weber, director do Centro de Design da Audi, numa cerimónia realizada no Castelo Solitude, em Estugarda.
8/FRONTLINE
news
BREVES Serra da Estrela
com propostas interessantes
100 Anos da Guarda Nacional Republicana em livro
No âmbito das comemorações do primeiro centenário da Guarda Nacional Republicana, foi recentemente lançado o livro 100 Anos - Guarda Nacional Republicana. Com textos e coordenação do tenente-coronel Nuno Andrade, a obra é uma viagem pelo tempo e transporta o leitor de 1911 até aos dias de hoje. Está demarcada em seis partes, retratando a vivência e a evolução da instituição nos principais momentos da história nacional: as suas origens; a 1.ª República; a ditadura militar; o Estado Novo; o 25 de Abril de 1974 e a actualidade. Na mesma altura foi também lançada a medalha comemorativa.
Este ano passe o Natal na serra da Estrela e faça desta celebração um momento único e inesquecível. Desfrute de um programa completo de três dias, desde 230 euros por pessoa. Mas porque as propostas não se ficam por aqui, saiba que pode também passar o fim de ano ao mais alto nível e da melhor forma. Para tal, usufrua dos pacotes especiais repletos de actividades únicas e muita animação, tal como a descida nocturna em ski, que se encontram disponíveis a partir de 360 euros por pessoa e incluem duas noites.
Grupo Corinthia
apresenta hotel energeticamente eficiente
A Galp Energia, o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade e a Corinthia Hotels implementaram um projecto que vai tornar o Corinthia Hotel Lisbon numa unidade energeticamente eficiente. O projecto reflecte o compromisso do hotel em assegurar a optimização do seu consumo de energia e reduzir a sua pegada de CO 2, mediante a instalação e utilização de sistemas eficientes e de fontes renováveis para a produção autónoma de energia. O contrato de implementação do Hotel Energeticamente Eficiente foi assinado por Alfred Pisani, presidente e fundador da Corinthia Hotels, e por Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp Energia.
Siemens
galardoada com selo de performance ambiental Quercus
Ascensor da Glória celebra o 126.º aniversário
Classificado desde Fevereiro de 2002 como Monumento Nacional, o Ascensor da Glória é um produto da iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa. Considerado um verdadeiro ex-líbris da cidade, atrai diariamente milhares de turistas e, naturalmente, os próprios lisboetas. Foi inaugurado em 1885, estabelecendo a ligação entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto. Volvidos 100 anos, deu nome ao novo álbum de originais dos Rádio Macau, alcançando também a popularidade a nível nacional através de um hit da música portuguesa. Para celebrar a ocasião, os CTT colocaram à venda um bilhete-postal alusivo ao tema, da autoria do designer Francisco Galamba, com franquia incluída, para circulação em todo o território nacional.
A máquina de lavar roupa i-Dos (WM16S890EE) e o frigorífico combinado (KG36EAI40) Siemens, ambos de classe de eficiência energética A+++ (poupam até 30% de energia em comparação com os valores de referência de um aparelho de classe A) foram galardoados com o Selo de Performance Ambiental da Quercus, durante o evento Lisboa Design Show. Este selo tem como objectivo certificar e marcar a posição de alguns produtos relativamente à ecologia. Neste sentido, tanto o frigorífico combinado como a máquina de lavar de roupa foram reconhecidos pela Quercus como “soluções mais verdes sem abdicar do conforto e da estética na reabilitação e decoração das nossas habitações. Desde soluções domésticas inovadoras na poupança de recursos a sistemas de aproveitamento de energias renováveis, passando ainda pelo desempenho energético dos materiais construtivos, existe um mundo de possibilidades para uma casa que se queira amiga do ambiente”. Fazendo parte do Grupo BSH – líder mundial em inovação em termos de eficiência energética, na área dos electrodomésticos – a Siemens detém, actualmente, alguns dos electrodomésticos tecnologicamente mais avançados e mais eficientes do mundo, a nível energético e em termos de consumo de água. Para isto contribui a aposta na investigação profunda e na pesquisa constante, bem como na melhoria contínua dos produtos a nível tecnológico, de design e de impacto ambiental. FRONTLINE/9
news Alba Villas by Epikurean sugere escapada gourmet
O resort de luxo Alba Villas by Epikurean propõe a escapadinha “Sabores do Algarve”, no dia 18 de Novembro, que inclui a estadia de uma noite em suite, com jantar intimista na Catedral dos Vinhos. A possibilidade de late check-out e a oferta de um presente surpresa complementam o programa. O menu de degustação, concebido em exclusivo pelo chef Louis Anjos, inclui cinco momentos gastronómicos acompanhados pelos vinhos do produtor local Quinta dos Vinhos. O Alba Villas by Epikurean, anteriormente conhecido por Suites Alba Resort & Spa, é um refúgio idílico, situado no topo da falésia de Albandeira, com uma vista soberba para o mar. O resort preparou esta escapada gourmet para que todos possam desfrutar de um momento gastronómico singular em simultâneo com uma magnífica estadia, num ambiente sublime e de acordo com a filosofia epicurista do Grupo. De salientar que a escapada gourmet carece de marcação prévia e está limitada ao número máximo de 14 participantes. O preço por pessoa é de 144 euros.
Elements Spa do Tivoli São Paulo eleito melhor spa
O Elements Spa by Banyan Tree foi eleito o melhor spa na categoria de Bem-Estar da edição “O Melhor de São Paulo 2011/2012” da revista Época São Paulo. Em 2010, o Elements Spa by Banyan Tree já tinha recebido o reconhecimento da crítica brasileira ao ter sido eleito o melhor spa de hotel do Brasil pela edição de 2010 do Guia 4 Rodas. Localizado num espaço de 690 metros quadrados, no quarto andar do hotel, o Elements Spa é a primeira unidade da rede de spas de luxo Banyan Tree na América do Sul. Com 10 salas privativas, oferece uma ampla série de tratamentos inspirados em terapias asiáticas para rejuvenescer o corpo, a mente e o espírito. Todas as terapeutas são treinadas pela própria academia de formação da rede, a Banyan Tree Academy, em Phuket, na Tailândia.
Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso apresenta Bouroullec Design
Para quem aprecia a gastronomia portuguesa aliada à inovação e modernidade, o recém-inaugurado Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso sugere o Story, um restaurante gourmet, de ambiente requintado mas descontraído, situado na Quinta da Marinha. O chef Fernando Monteiro desenvolveu um menu à la carte que concilia a gastronomia portuguesa com a inovação nos ingredientes. Pataniscas de polvo com arroz de tomate, pica-pau edition, frigideira de broa com farinheira, grelos salteados e espuma de alho são algumas das iguarias que é possível degustar no restaurante. Para acompanhar a refeição, o Story recomenda os melhores vinhos nacionais (por regiões) e internacionais (por países), numa extensa carta de vinhos. O Story dispõe de uma sala requintada, decorada por Cristina Santos Silva e Ana Menezes Cardoso, com capacidade entre 40 e 120 pessoas. O primor e a elegância dos materiais escolhidos fazem deste espaço um local distinto que, em conjunto com a qualidade das cartas gastronómica e vitivinícola, criará o desejo de regresso. O Story promete conquistar todos os grandes apreciadores da gastronomia portuguesa aos jantares, entre as 19h30 e as 22h30.
Museu do Oriente reaviva relações luso-tailandesas
As relações históricas entre Portugal e a Tailândia vão estar em destaque no Museu do Oriente, através da exposição A glória do passado da Tailândia e os 500 anos de relações luso-tailandesas, que estará aberta ao público entre os dias 14 de Outubro e 13 de Novembro no lounge do Museu do Oriente, em Lisboa. Em colaboração com a Embaixada do Reino da Tailândia, esta mostra comemorativa dos 500 anos de relações diplomáticas entre os dois países apresenta a civilização tailandesa desde a Pré-História até à actualidade, através de testemunhos de sabedoria e identidade da população tailandesa, bem como réplicas de testemunhos arqueológicos das relações entre Portugal e a Tailândia encontradas naquele país.
10/FRONTLINE
BANCO BIC TESOURARIA
Fundo de Investimento Mobiliário
AMBICIONE MAIS COM UMA APLICAÇÃO A CURTO PRAZO QUE PROJECTA O SEU INVESTIMENTO - GESTÃO INDEPENDENTE - SOLIDEZ E EXPERIÊNCIA - LIQUIDEZ DIÁRIA
Crescemos Juntos
O “Banco BIC Tesouraria - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria” (“Fundo”) é um fundo de investimento harmonizado constituído de acordo com a legislação e regulamentação portuguesas e gerido pela Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. O presente documento tem fins meramente informativos, não devendo ser interpretado como uma solicitação à subscrição de unidades de participação do Fundo. A subscrição de unidades de participação do Fundo implica riscos que se encontram descritos na documentação legal do Fundo, nomeadamente no prospecto completo e no prospecto simplificado. Informação disponível na sede da referida entidade gestora (Av. da Liberdade 229, 3.º, em Lisboa) ou na sede da entidade depositária, Banco BIC Português, S.A. (Rua Mouzinho da Silveira, 11/19, em Lisboa), bem como nos seus Balcões e Centros de Empresas.
grande entrevista Maria de Belém
“Uma
calendarização apressada do ajustaMento econóMico pode
levar a Uma
ruptura social” por ana Laia
Maria de Belém tornou-se em setembro a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Partido socialista. escolhida por antónio José seguro para a nova função, diz-se orgulhosa do convite e reconhece que faltam mulheres nos altos cargos da política e que esse facto prejudica a própria política. atenta à situação difícil do País, chama a atenção para uma “calendarização apressada” das medidas adoptadas para equilibrar as contas públicas e teme que estas conduzam a uma “ruptura social e económica” que não é “desejável”. a ex-ministra da saúde olha com preocupação para o sector e para as medidas que o novo Orçamento do estado para 2012 traz incorporadas. Pede atenção especial para aquele que é o direito “primeiro” de cada cidadão: o direito à vida e à saúde. 12/FRONTLINE
grande entrevista Maria de BelĂŠm
FRONTLINE/13
grande entrevista Maria de Belém
Foi eleita presidente do ps num momento difícil para o partido. Qual será a sua principal missão neste primeiro mandato? A minha missão está definida estatutariamente. Rezam os nossos estatutos que o presidente deve exercer a sua magistratura moral no sentido de garantir o cumprimento dos princípios e valores do Partido Socialista. E essa carta de princípios e valores é uma carta publicada e conhecida que refere fundamentalmente um ideário assente na importância da solidariedade, da igualdade, da fraternidade e a questão da defesa intransigente da liberdade como um valor associado à democracia e aos ideais democráticos, que o PS deve defender e promover. É a primeira mulher a exercer o cargo, o que sente em relação a isso? É a primeira vez que isso acontece. Já outros partidos tiveram mulheres a exercer altos cargos no seu âmbito. Eu própria já fui presidente do grupo parlamentar, embora tivesse optado por que isso fosse uma função transitória na altura mais complexa da instalação do grupo parlamentar após uma derrota eleitoral. Portanto, digamos que é um orgulho para mim própria o facto de ter sido convidada e ter aceitado com todo o gosto esta missão.
14/FRONTLINE
Faltam mulheres nas lideranças políticas? Acho que faltam mulheres na vida política e também nas lideranças políticas. Porque a ausência das mulheres nas lideranças decorre do escasso número de mulheres com visibilidade na vida política em geral. Este é um problema estrutural, identificado já há muito tempo. Aliás, o nosso texto constitucional identifica a necessidade de uma representação equilibrada de ambos os sexos na vida política como a prova do aprofundamento e aperfeiçoamento democrático. Como é evidente, as mulheres não devem ser destinatárias de decisões, devem ser co-autoras das decisões, porque a agenda política interfere muito na nossa vida individual e colectiva. Portanto, é indispensável que haja mais mulheres no espaço político e isso deve corresponder, em meu entender, a uma alteração do discurso na política. o que é que as mulheres trazem de melhor à política? Trazem a sua própria experiência. Trazem preocupações que devem também encontrar uma priorização no espaço da decisão política. Trazem uma forma de ser e de estar que não é construída no feminino ou masculino, mas tem uma carga milenar muito própria. E di-
grande entrevista Maria de Belém
como é que o ps pode contrariar as medidas de austeridade que o Governo justifica por desvios nas contas públicas de responsabilidade socialista?
“O actual GOvernO tenta
realmente cOlar aO PartidO SOcialiSta O neGativO de tOdOS OS maleS que nOS atinGem”
gamos que trazem, ou deveriam trazer, alguma amenização ao discurso político. Acho que um discurso político muito irado, muito masculinizado, é muitas vezes inimigo de encontrar formas de entendimento que são absolutamente essenciais nos dias que correm. portugal enfrenta momentos de dificuldades únicas. Na sua opinião, como podemos dar a volta à situação? Acho que deveríamos dar a volta a esta situação com bom senso, equilíbrio e vontade de fazer as coisas dentro de uma calendarização adequada e não dentro de uma calendarização apertada e apressada. Uma calendarização apressada deste reajustamento pode introduzir rupturas muito graves do ponto de vista social e económico, e acho que isso não é de forma nenhuma desejável.
o ps está refém do mandato de sócrates? Acho que o mandato de José Sócrates foi um mandato como todos os outros mandatos políticos, com aspectos positivos e outros menos conseguidos. De qualquer das maneiras, há um PS com uma nova direcção, com uma nova liderança e há, sobretudo, uma coisa que é essencial em democracia: fomos a votos e recebemos cerca de 28% dos votos expressos. O que significa que temos legitimidade, que representamos um conjunto de pessoas que se reviu no nosso programa, no nosso ideário, que temos tanta legitimidade como qualquer outro partido com representação parlamentar para exercer a sua acção. As pessoas não ficam limitadas por aquilo que quem ganhou diz de quem perdeu. Em democracia, quem ganha e quem perde tem um papel a desempenhar e nós não nos sentimos minimamente menorizados.
É esse o papel do ps? É esse também o papel do PS: garantir equilíbrio, bom senso, sensatez. O necessário, não mais do que o necessário, para garantir uma transição pacífica. Para garantir que este mar alteroso que agora estamos a navegar se faça tentando evitar as consequências de nos arrastarmos com ondas contra as quais não podemos depois lutar.
como é que o ps pode contrariar as medidas de austeridade que o Governo justifica por desvios nas contas públicas de responsabilidade socialista? O actual Governo tenta realmente colar ao Partido Socialista o negativo de todos os males que nos atingem e há uma coisa que é um dado objectivo que está à
vista de toda a gente: que houve a partir de 2008 uma fortíssima crise financeira mundial com uma expressão brutal e isso realmente foi terrível. Durante o primeiro Governo de José Sócrates o equilíbrio das contas públicas foi alcançado e houve depois uma alteração decorrente da necessidade de enfrentar a brutalidade dessa crise e até em função de orientações que a própria Comissão Europeia na altura fez da importância do papel do Estado, no sentido de contrariar aquilo que estava a ser uma enorme retracção do ponto de vista do sector privado. Por outro lado, e como se sabe, houve que acorrer e socorrer a banca e isso determinou desequilíbrios estruturais em alguns países da União Europeia, não apenas em Portugal. Aliás, o nosso principal problema é fundamentalmente a dívida privada e não tanto a dívida pública, o que normalmente se omite. E é evidente que o Governo socialista tem responsabilidades, mas os números que são apresentados estão longe de ser os números absolutamente descritivos daquilo que é ou que deve ser assacado à responsabilidade do PS e daquilo que decorre de outros aspectos, quer do mundo privado, quer do impacto da crise financeira internacional. Aliás, se formos também a números, é bom que
FRONTLINE/15
grande entrevista Maria de Belém Quais são as medidas que mais a preocupam no novo orçamento do estado (oe)?
“aquilO que me maiS PreOcuPa SãO
tOdOS OS cOrteS que exiStirãO nO rendimentO daS famíliaS, que SãO em Si factOreS de receSSãO na ecOnOmia”
se fale igualmente dos números positivos, designadamente aqueles que estão ligados ao crescimento das exportações portuguesas, crescimento esse assente naquilo que pela primeira vez se estava a fazer na mudança estrutural do tecido industrial português, com muito maior incorporação de investigação e de conhecimento na criação de novos produtos e capacidade de conquistar mercados externos. o que pensa da proposta da jsd para que se responsabilizem criminalmente os responsáveis políticos pela situação do país, nomeadamente sócrates? Hoje em dia falta muita formação política a pessoas que intervêm com mensagens políticas no espaço público. Falta-lhes formação política e formação jurídica. Qualquer político que cometa um crime no exercício das suas funções já tem um quadro penal que se lhe aplica como a qualquer cidadão. A execução de um programa político é julgada nas eleições, não é julgada nos tribunais. Porque se assim fosse, acabaria a separação de poderes, que é um elemento essencial do espaço democrático. Lamento muito que falte cultura política, democrática e jurídica a muitas pessoas que se pronunciam sem saberem aquilo que dizem.
16/FRONTLINE
Há margem para, em portugal, fazermos o mesmo que foi feito na islândia, onde o primeiro-ministro foi levado a tribunal? O contexto jurídico na Islândia pode ser completamente diferente do nosso. Na Islândia levaram um primeiro-ministro a tribunal porque cometeu crimes no exercício das suas funções. Pois se houvesse o cometimento de crimes no exercício de funções aqui também haveria julgamento. Mas, como lhe disse, é preciso cultura jurídica e democrática para se saber quando é que intervém o Código Penal. E ele intervém no resguardo de determinados bens das sociedades, determinados valores, em função da valoração desses bens, e acontece sempre que há um comportamento individual que se desvia da salvaguarda e da protecção desses bens considerados essenciais pelas sociedades. A execução de um programa político não é avaliável judicialmente a não ser que nessa execução se tenham cometido crimes, imputáveis a pessoas individuais. o que é que antónio josé seguro traz de novo e diferente ao ps? Traz o seu próprio estilo, uma grande vontade de acrescentar ética ao exercício da acção política. Vontade de grande investimento na transparência do exercício dessa mesma acção política e também de envolvimento de
todos os agentes na busca de soluções equilibradas para o nosso país. Quais são as medidas que mais a preocupam no novo orçamento do estado (oe)? Aquilo que me mais preocupa são todos os cortes que existirão no rendimento das famílias, que são em si factores de recessão na economia. Temos um problema gravíssimo com o desemprego, aliás um problema que atinge todo o mundo ocidental decorrente da desindustrialização que foi feita nesses países através da deslocalização da produção em busca de mão-de-obra mais barata. E estamos agora a sofrer um enorme impacto dessa desindustrialização realizada. E não se conseguirá lutar, penso eu, contra essa desindustrialização apenas através do recurso a mais valor acrescentado. Penso, ainda, que não vai ser possível conciliar uma agenda virada para o crescimento e emprego se apostarmos na destruição da classe média no seu potencial de dinamização da procura interna. Isso preocupa-me imenso. Para além desse aspecto mais global, preocupam-me muito os cortes nas políticas públicas, quer na Segurança Social, como na Educação e na Saúde, porque, precisamente, vai haver corte nos dois lados: no rendimento das famílias e corte na capacidade do Estado para suplantar algumas dificuldades dessas fa-
grande entrevista Maria de Belém
mílias no acesso à protecção de bens essenciais, como é o caso da educação dos nossos filhos ou como é o caso da nossa segurança perante riscos de doença, desemprego, da velhice, que é aliás uma acção que não é desperdício, é um modelo que é civilizacional. E já no que se refere à Saúde, há muitos reajustamentos que devem e podem ser feitos, como aliás indicava o programa negociado com a troika. O problema é que se está a ir muito para além desse programa, e um ajustamento brutal pode significar a incapacidade das pessoas que necessitam de ser tratadas, de aceder a esses mesmos tratamentos, e isso é uma coisa que não podemos, enquanto sociedade, permitir: que uma pessoa doente não possa ser tratada por insuficiência económica e social. acha que podemos vir a assistir a situações violentas nas ruas, como tem acontecido na Grécia e em itália? Penso que deveremos esperar que assim não seja. Primeiro, acho que há uma grande consciência de que há necessidade de fazer sacrifícios, mas o que não gostaria é que nesta avaliação muito instintiva que todos temos do que é justo ou injusto, as pessoas sentissem que esta enorme pressão se traduz em injustiça e que essa injustiça as faça ter um sentimento de revolta. Por isso espero que durante este período de análise e discussão do Orçamento,
se possam atenuar alguns dos seus traços mais brutais, no sentido de garantir que haja algum suporte social para a execução do instrumento orçamental que vier a ser aprovado pela Assembleia da República. Na Saúde, um sector que tão bem conhece, o que mais a preocupa? O que mais me preocupa é que as pessoas não possam ter acesso a tratamentos dos quais necessitam. A Saúde está a ser considerada um luxo? Não pode ser considerada um luxo.A diferença entre ter acesso a serviços de qualidade e não ter, é a diferença entre a vida e a morte. Não estamos a falar de coisas venais, estamos a falar do primeiro de todos os bens: que é o direito à vida e à saúde. Acho que é absolutamente essencial que consigamos uma gestão muito rigorosa, muito eficiente. E não me canso de sublinhar que numa área como esta, em que os recursos são escassos, a gestão eficiente adequada, sensível, deste tipo de recursos atinge uma dimensão ética, precisamente porque está em causa o primeiro de todos os bens. Neste sentido, espero que haja uma recondução daquilo que deve ser feito do ponto de vista da reorganização dos serviços, do ponto de vista da utilização de determinados instrumentos, no sentido de evitar o recurso
excessivo às prestações que não são necessárias, porque pode haver casos em que isso aconteça. Que se reacondicione a utilização deste espaço público de solidariedade àquilo que é a efectiva necessidade das pessoas.Tudo o que é sustentado pela solidariedade, como é o caso do Serviço Nacional de Saúde, deve ser respeitado, deve ser usado e não abusado. Que consigamos nesse exercício não pôr em causa aquilo que é o acesso a prestações essenciais, quer por incapacidade de oferta dos serviços, quer por impossibilidade de deslocação das pessoas para terem acesso ao tratamento. Como sabe, houve um corte muito grande, muito extenso, nas despesas com transportes de doentes, e nós não podemos aceitar, enquanto sociedade, que uma pessoa que vive deslocada de um grande centro, que padece de uma doença que necessita de tratamento num centro mais diferenciado – não podemos ter toda a diferenciação ao pé da casa das pessoas –, deixe de fazer esse tratamento por insuficiência económica. como foi a experiência nesse Governo? o que recorda de melhor? e pior? Foi uma experiência fabulosa. Foi uma altura de grande escassez de recursos para a Saúde. Em que houve uma grande produção de instrumentos de reforma através de uma negociação forte e de experimentação no terreno.
FRONTLINE/17
grande entrevista Maria de Belém Eu sou uma pessoa que gosta da concertação social, acho que é um instrumento muito poderoso para garantir a sustentação social das políticas, no sentido de reorganizar o Serviço Nacional de Saúde. Infelizmente alguns desses diplomas, que assentaram todos na sua construção em experiências piloto no terreno bem sucedidas, foram postos de lado. Essa é uma das causas do nosso empobrecimento, isso também devia ser avalizado do ponto de vista político, que é: quem chega de novo desfaz tudo o que encontrou feito pelos antecessores.
um Orçamento que nos levanta seríssimas preocupações relativamente ao sobressalto que da sua execução pode decorrer para as políticas sociais em geral, para o Serviço Nacional de Saúde e o sistema de saúde em particular. Queremos muito que o espaço de discussão que se seguirá – não na generalidade, porque essa discussão não nos permite ir muito ao pormenor, mas sobretudo na análise na especialidade – possa ser reacondicionado no sentido de garantir aquilo que é verdadeiramente essencial.
se hoje fosse ministra, que medidas considerava prioritárias? Apostaria na afectação inteligente de recursos através de medidas de reorganização do sistema, de garantia de acesso dentro das regras do respeito pelo financiamento solidário e apostaria muito no fortalecimento dos sistemas de informação, num total respeito pelas liberdades fundamentais, mas que permitissem uma circulação facilitada no sistema e sobretudo evitasse repetições e excesso de recurso não necessário a determinado tipo de abordagens terapêuticas. Tentaria conciliar tudo isto com um programa de qualidade que fosse absolutamente irrepreensível para não perder a carruagem da frente dos indicadores de saúde. E gostaria também de continuar a acentuar algo sobre o qual me esforcei bastante quando fui ministra para a Saúde, que foi, por um lado, uma agenda interna, e uma agenda externa que considerava que a Saúde, pela excelência dos indicadores que alcançámos, era também importante para a dignidade do País na sua imagem externa. É muito importante que nós tenhamos essa preocupação. E o sucesso que conseguimos alcançar todos, enquanto portugueses com um Serviço Nacional de Saúde e um sistema de saúde que nos coloca no topo em muitos aspectos, podia ser uma montra do país moderno que hoje somos, do país desenvolvido que conseguimos ser, para não sermos tratados como país menor, como país incapaz, como país pouco desenvolvido e que não aproveitou as oportunidades que lhe foram dadas neste complexo convívio entre nações.
Os problemas no SNS são estruturais ou conjunturais? Há de tudo. Para já, de acordo com a lei de bases da Saúde temos SNS e sistema de Saúde. O sistema de Saúde é composto por todas as entidades do sector privado e social que têm também articulação com o sistema público. Como é evidente, há neste momento muitas ineficiências, muitas duplicações, os circuitos não estão completamente definidos em muitos casos. E portanto há uma reorganização que deve ser feita e há todo um conjunto de ajustamentos para os quais aponta o programa da troika. O programa da troika na área da Saúde tem muito a marca do que foi identificado como problema e podia aproveitar-se esta fase para se introduzir todas as alterações que contribuem para o aperfeiçoamento da cobertura sem redundâncias. Evidentemente que o desempenho de um sistema de saúde não se esgota na sua vertente nacional. Fui também sempre uma grande defensora da importância da saúde na cooperação portuguesa para a criação de laços reforçados, não só com países de expressão portuguesa, como com países mais alargados, designadamente no espaço ibero-americano, que podiam significar o reforço da nossa posição estratégica no mundo. E a Saúde é um óptimo instrumento para esse efeito.
o que pensa do encerramento da Maternidade alfredo da costa (Mac)? A MAC tem que ser lida sobre vários pontos de vista. Tem uma história em Portugal e deve ser valorizada por isso. Mas temos que ter em conta a alteração dos fluxos residenciais, sobretudo dos casais jovens. Tivemos um problema muito grave que tem consequências na estruturação do sistema de saúde, que tem a ver com o ordenamento do território e com a política de urbanização. Temos uma cidade muito envelhecida, a cidade tem pessoas cada vez mais velhas que não se reproduzem. E temos os subúrbios das grandes cidades, que, mercê de uma maior facilidade de acesso por parte dos casais jovens à habitação, acabou por baralhar muito e criar muitas entropias na oferta dos cuidados e na localização das pessoas que deles necessitam. Portanto, é natural que isso mereça alguns ajustamentos do ponto de vista da reorientação da procura.Tivemos entretanto investimentos na coroa de Lisboa relativamente a unidades hospitalares. Tivemos Cascais, vamos ter Loures e tudo isto leva a uma reorganização da oferta na cidade de Lisboa que deve ser lida no sentido de servir melhor as pessoas e não tanto servir a história das instituições. O que gostaria era que os profissionais fossem bem tratados e as pessoas bem atendidas. E não tenho razão para pensar que, apesar das mudanças, isso não venha a acontecer.
teme que o encerramento de serviços de urgência e outros serviços desencadeie fortes protestos das populações? Depende da forma como conseguirmos a articulação entre os cuidados primários de saúde e os cuidados hospitalares. Se essa articulação for virtuosa, no sentido de ga-
acredita que este Governo chegará ao fim do mandato? É meu desejo que chegue. Porque, ao País, sai muito cara a instabilidade governativa. Aliás, como sabe, logo que se verificou a não assinatura do PEC IV pelo actual Governo então na oposição, viu-se o sobressalto. Portanto, as crises políticas não são benéficas, sobretu-
Que Sistema Nacional de Saúde os portugueses podem esperar deste Governo? Vamos ver. O Orçamento é um instrumento fundamental. Tal como nos foi entregue, é
18/FRONTLINE
rantirmos um movimento adequado dos doentes que entram no sistema através da sua porta de entrada, que é o centro de saúde, que tem uma forte articulação com o nível de cuidados mais especializado em função da patologia de cada um, o encerramento de urgências não é problemático. Se realmente não conseguirmos orientar bem os fluxos da procura, podemos ter problemas complexos.
grande entrevista Maria de BelĂŠm
FRONTLINE/19
grande entrevista Maria de Belém
“achO que
PreciSamOS de liderançaS POlíticaS fOrteS na uniãO eurOPeia e da PercePçãO dO mOmentO que eStamOS a viver”
20/FRONTLINE
do para um país que está com dificuldades na sua relação com os mercados externos. Eu, da mesma maneira que critiquei aquilo que foi a atitude, na altura, quer do PSD quer do CDS-PP, não ia agora dizer, quando são eles que estão no poder, que a posição do PS seria uma posição de sustentação da instabilidade. Nunca o faria, porque aquilo que é certo para os outros é também certo para nós. Espero que governem bem, que governem ouvindo e acatando as sugestões ponderadas, sensatas, dos partidos da oposição e que sejam capazes de garantir uma estabilização não apenas económica e financeira, mas sobretudo social do País. Podemos ter indicadores fabulosos, mas se as pessoas desaparecerem, se forem destruídas na sua vivência de expectativas, as coisas não resultam. Porque nós, como seres humanos, somos formadores, temos projectos que nos movem. Não podemos cortar as pernas, nem a esperança, às pessoas. Se não tivermos pessoas envolvidas, não servem de nada esses indicadores. a europa está em risco de colapso? como se pode inverter a situação a nível europeu? Acho que precisamos de lideranças políticas fortes na União Europeia e da percepção do momento que estamos a viver. Hoje em dia, a geoestratégia é multipolar. O mundo ocidental deixou de ter a força que tinha há uns anos atrás. É essencial que a Europa perceba isso e que perceba que quanto mais fraca é, mais oportunidades dá a outros países de assumirem lideranças. E novas lideranças do ponto de vista dos equilíbrios mundiais podem ser desestruturadoras daquilo que é o modelo civilizacional no qual acreditamos. E penso que, independentemente das diferenças ideológicas que existem, ninguém deveria diminuir o patamar de garantia relativamente aos direitos humanos, que são uma batalha civilizacional. A sua defesa é uma tarefa civilizacional que nos distingue das sociedades predadoras. Portanto, espero bem que a Europa perceba a complexidade do momento que se vive, daquilo que os outros esperam da capacidade da Europa para a afirmação desse modelo civilizacional que ela representa. Aliás, cito o presidente Lula da Silva, que ainda recentemente, no seu doutoramento honoris causa numa universidade em Paris, referiu que o potencial
cultural e democrático da Europa não lhe pertence só a ela. É um capital que pertence ao mundo inteiro, e que a Europa não deve destruir aquilo que ela própria ajudou a criar. E, portanto, é este o apelo que faço, na indispensabilidade de nós ultrapassarmos esta crise através de uma agenda de governação económica, política, no seio da União Europeia, que garanta o reforço da nossa posição nos equilíbrios mundiais e também uma força que é não apenas necessária para o nosso espaço União Europeia, mas que é sobretudo necessária para garantir uma posição forte ao nível do G20, que acaba por ser o Governo mundial, no sentido de que se recupere a prioridade do objectivo relativamente ao instrumento. Porque nós vivemos uma época em que a economia está à frente das pessoas, em que se considera que são as pessoas que devem servir a economia. E devemos regressar para um modelo em que a economia deve servir as pessoas. Isto é muito importante e a Europa tem aqui um papel muito importante a desempenhar. Pode não vir a desempenhá-lo. Se não o fizer, perderá toda a sua relevância do ponto de vista mundial, porque serão os próprios povos, designadamente dos países das zonas do mundo onde os seus direitos fundamentais ainda não foram reconhecidos, que lutarão por eles. E lutarão por eles porque hoje os destinatários da decisão política já não são pessoas analfabetas, incultas, pessoas que não sabem o que querem. Hoje em dia as pessoas têm opinião, relacionam-se umas com as outras através das ferramentas informáticas que hoje vieram possibilitar isso à escala planetária. E se os políticos não souberem responder aos anseios das populações, as populações encarregar-se-ão de retirar a confiança a esses políticos. tem alguma mensagem que gostaria de deixar aos portugueses? Que as pessoas tivessem uma avaliação crítica daquilo que lhes é proposto. Que soubessem aquilo que todos sabemos: que ninguém nos oferece nada, temos todos de lutar por aquilo em que acreditamos. Mas devemos ser respeitados, respeitados na nossa condição, e quando não nos respeitam, devemos dar-nos ao respeito nós próprios.
grande entrevista Maria de BelĂŠm
FRONTLINE/21
opinião Luís Mira Amaral
o FInAncIAMento à economia portuguesA e a crIse no euro I – FInAncIAMento dA ActIvIdAde eMpresArIAL eM portugAL Hoje é extremamente difícil, para não dizer quase impossível, para a esmagadora maioria das empresas portuguesas, e em particular para as PME, conseguirem financiamento bancário, com efeitos devastadores, bem evidenciados pelo extremamente preocupante aumento do número de falências. Num passado recente, a banca, com o recurso às linhas de liquidez do BCE, ainda fazia financiamentos de curto prazo às empresas portuguesas, mas o financiamento de médio-longo prazo para o reforço e criação de novas capacidades produtivas já estava tapado. Neste momento, mesmo o apoio de curto prazo para o financiamento do fundo de maneio e da actividade corrente começa dramaticamente a escassear. Não ignoramos que esta situação é uma consequência do fecho dos mercados externos ao financiamento da economia portuguesa, complementada pelas imposições de desalavancagem do sector bancário. Estamos conscientes da necessidade imperiosa de cumprimento do acordo com a troika, mas é absolutamente indispensável encontrar soluções para o financiamento da economia real, para evitar a destruição do nosso sector produtivo, o agravamento do défice comercial e todas as nefastas implicações sociais daí decorrentes. Acresce que a assinatura do acordo com a troika teve subjacente o pressuposto de que a partir do 1.º semestre de 2013 os mercados financeiros internacionais se abririam ao financiamento da banca portuguesa, pressuposto esse que hoje parece difícil de concretizar no timing referido, e que não depende só do cumprimento por Portugal do acordo. Com efeito, a situação grega irá desencadear ondas de choque que nos irão atingir. Neste contexto, o cumprimento escrupuloso do acordo com a troika é condição necessária (sem isso não restabeleceremos níveis mínimos credibilidade), mas pode não ser suficiente, pois o que se vai passar na zona euro e na economia mundial não depende de nós. Neste contexto, o ajustamento, que sabíamos ir ser extremamente difícil, mas circunscrito a um período de dois anos e meio, poderá vir a ser mais longo e impõe que não se esqueça uma linha de financiamento à economia no pacote da troika.
24/FRONTLINE
Com efeito, no programa da troika havia basicamente três pilares: o do saneamento das finanças públicas; o da desalavancagem e estabilização do sistema financeiro; o das medidas de ajustamento estrutural da economia. Mas foi esquecido aquilo que hoje dramaticamente se reconhece também como essencial: o pilar do financiamento da economia, sem o qual não haverá possibilidade de evitar o colapso da economia portuguesa e o agravamento do défice externo. No quadro do saneamento das finanças públicas e da reestruturação económico-financeira do Sector Empresarial do Estado, é imperioso que os recursos financeiros disponibilizados pela troika sejam também afectos ao pagamento imediato pelo Estado aos seus fornecedores e o pagamento à banca portuguesa das dívidas do Sector Empresarial do Estado. O pagamento imediato das dívidas do Estado aos fornecedores permitiria aliviar as pressões dramáticas de tesouraria que as PME fornecedoras do Estado sentem. Quanto ao pagamento à banca portuguesa das dívidas do Sector Empresarial do Estado, a CIP propõe que tal seja feito no quadro dum acordo entre o Governo e a Banca Portuguesa, em que esta se compromete a canalizar esses recursos financeiros para o financiamento das empresas de bens transaccionáveis, ou seja, as que exportam e as que contribuem para a redução competitiva das importações. II – A grécIA e o euro A moeda única europeia necessitaria de uma união fiscal e orçamental e dos chamados eurobonds, semelhantes aos U.S.Treasuries. Mas isto implica mudanças de tratados, com aprovação nos parlamentos e em referendos nos vários Estados-membros e isso vai levar muito tempo. Estou convencido de que os alemães poderão, a prazo, e nunca agora, aceitar os eurobonds (emissão conjunta pelos Estados-membros de títulos europeus de dívida pública), desde que tenham controlo sobre as finanças públicas dos Estados mais “indisciplinados”. Um default organizado da Grécia levanta a questão “se a Grécia deve permanecer no euro”. Pensamos que sim, por razões internas, pois que isso levaria a um terrível caos na Grécia. Embora, com a desvalorização, a Grécia pudesse fi-
opinião Luís Mira Amaral car mais competitiva, a maior parte das empresas que têm dívidas em euros seria pressionada a pagar tais dívidas com a nova moeda muito desvalorizada, o que lhes aumentaria a probabilidade de entrarem em falência. E também por razões externas, pois que uma saída neste momento do euro poria em causa Portugal, Irlanda, Espanha e Itália na zona euro, com riscos de contágio à Bélgica e até à França, o que poderia levar ao estoiro do euro. Por isso, mesmo que se admita uma saída a prazo da Grécia do euro, se tal vier a acontecer, conviria que nesse momento Portugal e a Irlanda já estivessem mais fortes. Assim sendo, não será boa ideia, neste momento, a saída da Grécia do euro. A Grécia necessita de haircuts dos credores da ordem dos 50%, por forma a trazer a dívida para valores à volta de 100% do PIB. À semelhança do que aconteceu na América Latina com o Plano Brady, o Banco Central Europeu deverá continuar a fornecer liquidez à banca grega e a Grécia necessitará emitir novos bonds, suportados em conjunto pelo BCE, FMI e BEI, por forma a ultrapassar o cepticismo dos investidores. A zona euro não tem, neste momento, mecanismos para financiamentos transnacionais de devedores que perderam acesso à liquidez dos mercados. Para gerir esta crise, a zona euro vai precisar de: um mecanismo efectivo para fazer o writing down das dívidas de Estados e privados claramente insolventes; recursos suficiente grandes para gerir os mercados da dívida actualmente ilíquidos de países potencialmente solventes como Espanha e Itália; meios para tornar o sistema financeiro credivelmente solvente no imediato. Uma moeda única requer inevitavelmente uma união financeira, orçamental e fiscal. A estabilidade financeira europeia deve ser fortalecida para poder suportar países como Espanha, Itália e eventualmente Bélgica e França. Os poderes do Banco Central Europeu devem ser reforçados de modo a manter um sistema bancário e um mercado de capitais sólidos, o que requer uma capacidade permanente de financiar os bancos directamente e flexibilidade para comprar e vender dívidas soberanas em mercados secundários. Tudo isto completado por medidas de regulação e supervisão mais apertadas e mais pan-europeias ao nível da zona euro.
III – o pLAno pArA sALvAr o euro Para salvar o euro, terá então que ser feito imediatamente o seguinte: - parar o contágio da crise grega, o que obriga a construir um corta-fogo financeiro protegendo os restantes países da zona euro. Tal significa que novos bonds emitidos por Portugal, Irlanda, Espanha, Itália, Bélgica e França poderão necessitar de garantias para atrair investidores e ter taxas de juro aceitáveis, garantias essas suportadas pelo BCE, ou pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Isto terá a oposição da Alemanha, que vê essas garantias do BCE como o equivalente à monitorização das dívidas públicas desses países. Mas, pelo menos em mercado secundário, o BCE deveria continuar a fornecer liquidez imediata aos bancos desses países. - estabilizar os bancos. Parar com o contágio também significa evitar a corrida aos bancos, tranquilizando os europeus de que as suas poupanças e planos de reforma estão seguros. Aqui, talvez seja necessário estabelecer controlos temporários de capital na Grécia.Também será necessária a recapitalização de dezenas de bancos europeus que têm dívida pública grega e dos outros periféricos. Se nos basearmos em testes de esforço que verdadeiramente “stressem” a dívida pública no balanço desses bancos (verdadeiros stress-tests e não os anteriores com muito marketing e pouco stress…), tal levaria a um esforço financeiro entre 410 e 550 mil milhões de euros. Alguns bancos conseguirão atrair capital privado, mas para os que não conseguirem ter-se-á que arranjar um euro-TARP semelhante ao Troubled Assets Relief Program dos americanos. O FEEF deverá ser o financiador desse euro-TARP mas os 440 mil milhões de euros que vai ter são capazes de não chegar para, ao mesmo tempo, emprestar aos países periféricos (como Portugal), comprar dívida soberana, em mercado-primário ou secundário, e financiar o euro-TARP. Talvez sejam necessários 2 a 3 milhões de milhões de euros (triliões na terminologia americana), o que implicaria que o FEEF deveria levantar fundos adicionais no mercado, com a garantia do BCE, coisa que os alemães não apreciam. Uma solução alternativa que permitiria alavancar consideravelmente os recursos actuais do FEEF era pô-lo a garantir a emissão de novos títulos de dívida pública, em vez de o por a comprar títulos.
“
A moedA únicA europeiA necessitAriA de umA união fiscAl e orçAmentAl e dos chAmAdos eurobonds
Engenheiro e Economista Membro do Conselho Geral e de Direcção da CIP
”
FRONTLINE/25
opinião José caria
o crocodILo a
lgo se passa de profundamente errado neste país. Aliás, parece mesmo que este Portugal de buracos orçamentais, de deslizes, de milhões de euros que aparecem e desaparecem todos os dias, de restrições que se sucedem a já anunciadas restrições, de cortes cuja magnitude se afigura mais cega do que esclarecida, não é o Portugal onde vivi os últimos 30 anos. Será que o actual governo é possuído de um iluminismo súbito que descobriu um retalho de terra miserável escondido debaixo de um manto de promessa da terra prometida? Será? Será que os que estiveram antes não os continuo a ver sentados com um sorriso plasmado e uma crítica à honra ofendida, quando estão agora do outro lado da barricada parlamentar? Será que a opressão noticiosa que me esfrangalha os nervos todos os dias, com tanto prenúncio de desgraça, não continua estampada nos mesmos rostos que vejo há 20 anos interpretando papéis diferentes? Este apocalipse medíocre de uma Democracia que encerra em si, no limite, a sua própria autodestruição – as medidas ingratas não colhem votos e os votos dão .. vitória –, tem sido o nosso postponere fatal, mas não só… Tudo isto me trouxe à memória uma das mais enigmáticas obras de Fiódor Dostoiévski, O Crocodilo, um conto fantástico inacabado, escrito entre 1862 e 1864, uma contundente sátira à burocracia vigente na altura e à situação vivida pelo Império Russo naquela época, não muito diferente do que se passa nos nossos dias.
“
pArece mesmo que este portugAl de burAcos orçAmentAis (...) não é o portugAl onde vivi os últimos 30 Anos
”
26/FRONTLINE
jcaria@netvisao.pt
O Crocodilo descreve-nos a odisseia de um funcionário público, Ivan Matviéitch, que queria apenas visitar com sua esposa, Ielena Ivânovna, um crocodilo em exposição e acaba engolido pelo animal, mas permanece vivo. A estória é narrada por Siemión Siemiônitch, um colega de trabalho, e os problemas surgem quando o dono do crocodilo, um alemão, se recusa a vender o crocodilo para salvar Ivan. O crocodilo, adicionado da sua carga, passa assim a ser uma atracção com novos ingredientes para o público, e a vida de Ivan, secundarizada para um plano menor. O que Dostoiévski nos traz, lido à luz de hoje, não é só a actualidade da sua crítica, mas talvez, sim, a necessidade que temos de ter um crocodilo. Que não engula necessariamente funcionários públicos, mas toda esta emaranhada teia política que se cristalizou ao longo das últimas três décadas e, quem sabe, desejavelmente, os próprios políticos. Quando Manuela Ferreira Leite falou nos “seus seis meses de necessária ditadura”, ninguém quis interpretar o sentido da metáfora e levantaram-se as estafadas vozes do costume, amarradas, mas sobretudo perigosamente escudadas, no reduto da carga simbólica de tal afirmação como o mais vil atentado à liberdade. Ninguém viu que o que preocupa hoje é que muitos e muitos começam a falar na necessidade de um “despotismo esclarecido”, não contra o povo mas contra todos os outros.
OpiniãO Isabel Meirelles
pOr um prOjecTO de refundação europeu
T
em-se especulado muito sobre o excesso de protagonismo dos países membros da União Europeia, que ultrapassa e obnubila mesmo o das instituições europeias, em concreto o da Comissão Europeia, subvertendo a estrutura institucional pensada e cimentada ao longo de todos estes anos de integração europeia. Designadamente, Durão Barroso sabe, enquanto presidente da instituição mais poderosa da União, que este tempo é definitivo para marcar a história do traçado europeu e pretende fazê-lo pelas melhores razões, na qualidade e no papel de salvador deste projecto de unidade. Temos que concordar que o esforço que está a fazer é sobre-humano e que a imaginação o leva a conceber iniciativas inéditas, como o discurso sobre o Estado da União, apresentando-se, qual primeiro-ministro europeu, perante o hemiciclo de Estrasburgo.Vale a pena atentar no essencial do apelo, que em muitos pontos colide com o discurso oficial da chanceler alemã ou mesmo do eixo franco-alemão e, bastas vezes, com o do Conselho Europeu em geral. Este discurso foi muito aplaudido por parlamentares de todos os quadrantes, sobretudo devido à exortação da fé europeia a lembrar o Congresso da Haia de Maio de 1948. Recorde-se este Congresso para a Europa Unida, como foi chamado, onde 800 personalidades de várias tendências se reuniram sob a presidência de Winston Churchill, embora este com uma visão muito própria e quase mercantil, que o Reino Unido mantém até hoje. O próprio Papa Pio XII enviou um representante pessoal especial, demonstrando o empenho da Santa Sé pela união dos povos, como Roma, mais tarde, viria a reconhecer. Este foi um dos poucos momentos da nossa história colectiva, onde os homens de pensamento pareceram liderar os homens de acção. Um tempo em que os poetas pareciam, de novo, mover os povos e em que a lógica do capital era subalternizada. Uma manifestação de massas das elites eu-
ropeias com 200 parlamentares, 60 ministros e 12 antigos primeiros-ministros. Foi aqui também que pela primeira vez se assumiu a necessidade da eleição de um parlamento europeu por sufrágio universal. Contudo, apesar da concretização deste modo de eleição e apesar deste ingente e forte apelo de fé e de solidariedade, os ideais têm-se vindo a perder no meio das tensões mais emergentes da necessidade de conseguir financiamento para prover ao resgate dos Estados-membros em dificuldades, ou mesmo em risco de incumprimento das metas definidas pela troika e pelos diversos memorandos de entendimento. Nunca a União Europeia passou por um período de tão grande turbulência e incerteza, capaz de pôr em causa o frágil equilíbrio dos países nesta aventura comum de unificação. Penso que se este falir, poderá sempre prosseguir-se por uma via nova que só pode ser a da refundação da Europa, aprendendo com os erros e as lacunas do passado. Este projecto renovado passaria por uma via federal em que todas as dissonâncias, nomeadamente entre um governo monetário intergovernamental, por um lado, e uma política monetária federal, por outro, seriam supridas. Seria, também, adoptado um projecto de Constituição Europeia, que ficaria sujeito à ratificação e a referendo quando permitido constitucionalmente, de todos os actuais Estados-membros.Aqueles países que não concordassem com este projecto refundador, ficariam de fora, num círculo mais intergovernamental, como é hoje o Espaço Económico Europeu. Não gostaria de assistir à falência do actual modelo de integração europeia, mas apesar de todas as vontades vitais de dirigentes e líderes europeus, pode não ser possível continuar por esta via. Porém, a história tem-nos mostrado que muitas das crises servem para purificar os projectos e dar-lhe uma dimensão mais coerente do que a que tinham anteriormente e também uma maior harmonia, que é o que se busca nestes tempos conturbados mas historicamente marcantes.
“
Não gostaria de assistir à falêNcia do actual modelo de iNtegração europeia
”
Advogada e especialista em assuntos europeus
FRONTLINE/27
opinião carlos Zorrinho
cortA! e
screvo esta crónica num tempo em que o País está paralisado pelo anúncio em catadupa dos “cortes” que o Governo enumera, na sequência da entrega na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2012 (OE 2012) para atingir os objectivos de consolidação orçamental negociados com as instituições financeiras internacionais. Desde logo a constatação de o País estar paralisado é um péssimo sinal. Neste contexto de emergência nacional, não deveríamos estar paralisados, mas sim mobilizados. O discurso do Governo tem sido, no entanto, tudo menos mobilizador. Convida a baixar os braços e a deixar passar a onda. É do meu ponto de vista um erro tremendo e de consequências imprevisíveis. O deficit orçamental é por natureza um saldo. Precisamos de atingir um ponto de equilíbrio nesse saldo, conseguindo que, em 2012, as despesas não suplantem as receitas em mais de 4,5%. A dúvida não deve estar no saldo (embora a velocidade exigida no ajustamento possa ser questionada) mas no ponto de equilíbrio. O saldo negociado tem que ser atingido em nome da credibilidade. O ponto de equilíbrio tem que ser ambicioso em nome da sustentabilidade e do futuro. Ao promover uma política proactiva de empobrecimento generalizado, o Governo desiste de um país capaz de competir pelo valor e pelo conhecimento.
“
neste contexto de emergênciA nAcionAl, não deveríAmos estAr pArAlisAdos, mAs sim mobilizAdos
”
Professor universitário e deputado do PS
28/FRONTLINE
Ajusta-nos aos países mais pobres da União Europeia. Mata a ambição de sermos um dia como a Finlândia e atira-nos para outras companhias que, por elegância e respeito, não nomeio, mas que uma simples análise estatística permite identificar. Lutei, como Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico por um Portugal criativo e inovador, capaz de fazer a diferença pela ousadia das soluções, pela liderança de nichos de mercado, pela modernidade combinada com memória e identidade. O esforço conjugado das políticas públicas e da sociedade civil permitiu criar um repositório de competências com grande potencial. Uma rede de pessoas e de empresas acreditaram e investiram num futuro melhor. A agenda Inovação Portugal é o testemunho último dessa vontade colectiva de combater a descrença e fazer a diferença. Nestas circunstâncias, os sinais dados no Orçamento Geral do Estado para 2012 ao carro-vassoura para olhar por nós doem-me particularmente. Sinto-os como um filme de mau gosto. Por isso tomo por momentos o lugar na “realização”, que democraticamente foi ocupado pela maioria que os portugueses escolheram. E tomado esse lugar, desabafo: “Corta!” Assim não vamos lá.
OrรงamentO de choque
em fOcO orçamento do estado 2012 por m. Sardinha
Por muito negro que se pintasse o cenário das contas públicas portuguesas, poucos eram os que estavam preparados para as medidas de austeridade que fazem parte do Orçamento do estado para 2012. eliminação de subsídios de férias e natal para milhares de funcionários públicos e pensionistas, cabazes de compras mais caros, deduções fiscais reduzidas e muitas outras más notícias que deixaram Portugal em choque.
O
ministro das Finanças já tinha avisado – “o pior ainda está para vir” –, mas será que na imaginação de milhares de portugueses haveria lugar para uma realidade tão dura? Segundo o próprio Vítor Gaspar na apresentação das medidas, este é mesmo o Orçamento “mais duro” dos últimos anos. As medidas anunciadas pelo Governo de Pedro Passos Coelho para o ano de 2012 são severas e prometem manter Portugal numa situação económica e financeira bastante difícil nos próximos anos. As previsões não são nada animadoras. Já em 2012, a recessão económica prevista é de -2,8%, e para 2013, espera-se apenas um ténue crescimento de 1,2%. O esforço pedido aos portugueses vai muito além do exigido pela troika, e para se atingir o resultado de 4,5% de défice no final do ano, as medidas de consolidação terão que significar 10,3 mil milhões de euros nas contas em 2012, mais 4 mil milhões do que o previsto. Os funcionários públicos vão perder entre 2012 e 2014 os subsídios de Natal e de férias; alguns feriados serão colados aos fins-de-semana, outros eliminados; os trabalhadores do sector privado vão trabalhar mais meia hora por dia, a taxa intermédia do IVA fica apenas para sectores de produção nacional e as deduções fiscais vão sofrer cortes bastante elevados. Estas são apenas algumas medidas de um Orçamento do Estado que transpira austeridade em cada página, linha e vírgula.
FRONTLINE/31
em fOcO orçamento do estado 2012
Na hora de anunciar os sacrifícios aos portugueses, de semblante carregado e com uma expressão de desânimo, Passos Coelho reconheceu que as medidas do Governo têm um “nível de violência,” mas garantiu que o Governo não quer castigar o País e os portugueses. Férias e Natal por um canudo Os funcionários públicos serão, mais uma vez, os principais penalizados depois de em 2011 terem já sofrido cortes salariais. Agora são eles os atingidos pela medida mais emblemática da dureza deste Orçamento: eliminação do subsídio de Natal e de férias, na íntegra, para quem ganha mais de mil euros brutos por mês e, em média, eliminação de um dos subsídios para quem ganha entre 500 e mil euros. Uma solução que, segundo o primeiro-ministro, é a única forma de Portugal não entrar em “desespero”, com “despedimentos indiscriminados de funcionários públicos”,“falências em massa” de empresas e o “imediato encerramento de muitas activi-
32/FRONTLINE
dades do Estado”. A medida de eliminação dos subsídios aplicar-se-á também aos pensionistas e será acompanhada de uma “contribuição solidária” [para os antigos políticos] no montante equivalente, revelou o ministério de Vítor Gaspar, que disse ainda que irá aproveitar esta oportunidade para “colocar um limite à acumulação de pensões e outras prestações equivalentes”. Para já, as pensões vão manter-se congeladas pelo terceiro ano consecutivo, embora as pensões mínimas sejam aumentadas entre 6 e 13 euros por mês. O Orçamento do Estado para 2012 inclui também uma redução substancial dos valores das despesas que podem ser deduzidas no IRS, o que implica, na prática, mais impostos. Apenas os dois primeiros escalões escapam ao corte. Os agregados com rendimento colectável entre 7410 e 18.375 euros só vão poder deduzir ao imposto um máximo de 1250 euros. No escalão seguinte o tecto baixa para 1200 e reduz a um ritmo de mais 50 euros até ao 6.º escalão. Já quem tem rendimentos superiores a
em fOcO orçamento do estado 2012
66.045 euros por ano, nem sequer poderá usar qualquer despesa para abater no IRS. Os tectos também sofrem alterações: no caso da saúde, passam de 30% para 10% do total da despesa; o empréstimo ou renda da casa só passa a ser considerada em 15% do total dos gastos, contra os 30% actualmente aceites. cabaz de compras mais caro Na saúde, tanto as taxas moderadoras como os exames vão subir consideravelmente, atingindo quem ganha pouco mais do que o salário mínimo. Também a educação perde 600 milhões de euros no próximo ano. No que toca ao IVA, já se sabia que a intenção do Governo passava por reduzir ao mínimo o cabaz de produtos da taxa intermédia de 13%, passando-o para os 23%. É o que vai acontecer à restauração, aos espectáculos e às manifestações desportivas, às geleias, marmeladas, aos óleos, às margarinas, etc. Há também produtos que sobem de 6 para 13%, como a água, e
mesmo de 6 para 23%, como as bebidas e sobremesas lácteas, batatas fritas, refrigerantes e xaropes de sumos, entre outros. O Governo manteve-se firme na intenção de taxar a restauração a 23% de IVA. Também os espectáculos e manifestações desportivas, como o cinema e o futebol, por exemplo, passam para a taxa máxima do imposto. Se é fumador, este pode ser um bom ou mau orçamento para si. Bom, se estiver a pensar aproveitar a oportunidade para deixar o vício. Mau, se não for esse o caso, já que os cigarros vão ter o seu imposto agravado em 5% e o tabaco de enrolar vai ter um aumento na carga fiscal de 1,4%. E porque Portugal está numa situação de “emergência nacional”, como disse o ministro Vítor Gaspar, e a zona euro numa “crise sistémica” de “gravidade imensa”, as más notícias podem, mais uma vez, não ficar por aqui. Gaspar deixou bem claro que tanto a nível nacional como internacional as “surpresas” podem obrigar a novas medidas de austeridade nos próximos anos.
FRONTLINE/33
Magazine LIDL
34/FRONTLINE
Magazine LIDL
“MáxiMa qualidade ao meLhor preço” por Patrícia Vicente
Tentando sempre apresentar os melhores produtos ao melhor preço, e com um rigoroso controlo de qualidade, o lidl tem como principal prioridade “a satisfação dos clientes”. Presente em mais de 20 países, conta, actualmente, com mais de 200 pontos de venda. em Portugal, vai continuar a optimizar a sua rede de lojas e prevê próximas aberturas em lisboa. Madalena Bettencourt e Silveira, directora de Comunicação e Marketing do lidl, revela que os portugueses “já compreenderam que baixo preço não significa fraca qualidade”, e a prova disso é a importância crescente que as marcas próprias do lidl têm assumido no mercado português. Por tudo isto, é com satisfação que esta cadeia de lojas verifica que os clientes a continuam a escolher para fazer as suas compras. em que é que o LIDL se distingue das outras cadeias de hard-discount? O LIDL é uma cadeia de lojas hard-discount, cuja prioridade absoluta é a satisfação dos clientes. Assim, a nossa preocupação é a de manter sempre uma excelente relação qualidade/preço, garantindo um rigoroso controlo de qualidade de todos os produtos à venda nas nossas lojas. Para além disso, o LIDL foi distinguido pela Greenpeace, pelo terceiro ano consecutivo, no ranking dos supermercados, por ter dado passos concretos e seguros no sentido de excluir o pescado mais insustentável e favorecer as melhores práticas de pesca, sendo que não colocamos à venda espécies que se encontram muitas vezes no mercado, mas que são espécies ameaçadas, como é o caso do red fish. Quais os conceitos base que levaram à formação da cadeia? A origem da empresa LIDL remonta aos anos 30. Foi fundada no Sul da Alemanha com a designação Lebensmittel – Sortimentsgrosshandlung. As primeiras
lojas abriram na zona de Ludwigshafen, nos anos 70, altura em que ocorreu a sua expansão na Alemanha. Posteriormente, a internacionalização iniciou-se nos anos 90. O conceito base tem sido, desde a sua formação, a oferta de produtos com a máxima qualidade ao melhor preço. Quais os países onde existem lojas LIDL? Quantas são no total? e em portugal? O LIDL possui a maior rede de lojas alimentares da linha Discount na Europa. Está presente em mais de 20 países, entre os quais Portugal, onde abriu as primeiras lojas em 1995, sendo que existem actualmente mais de 200 pontos de venda. prevêem, para breve, a abertura de mais lojas no nosso país? e no estrangeiro? Continuamos a optimizar a nossa rede de lojas e estamos a prever as próximas aberturas em Lisboa. Em outros países, onde não existe uma implantação tão grande, há ainda muitas aberturas programadas.
FRONTLINE/35
Magazine LIDL
Têm sentido os efeitos da crise nas lojas? o consumo diminuiu? ou, pelo contrário, aumentou, uma vez que oferecem preços mais baixos? A nossa preocupação, desde que se começaram a fazer sentir os primeiros sintomas da crise, foi a de adoptar uma política de preços ainda mais baixos, com o objectivo de ajudar as famílias portuguesas, minimizando as dificuldades que se fazem sentir, e é com satisfação que verificamos que os nossos clientes continuam a preferir o LIDL para fazer as suas compras. Como conseguem oferecer produtos de qualidade a um preço mais reduzido? Através de uma gestão de custos muito rigorosa, abdicando de tudo o que não se reflecte numa vantagem imediata para os clientes. Na sua opinião os portugueses dão mais importância à qualidade ou ao preço baixo? poderemos afirmar que neste aspecto existe um “antes” e “depois” da crise? Apesar de a situação actual ser muito complicada para as famílias, obrigando-as a optar muitas vezes pelos preços mais baixos, os portugueses já compreenderam que baixo preço não significa fraca qualidade no LIDL, e a importância crescente que as marcas próprias têm assumido no mercado português é prova disso.
36/FRONTLINE
Qual é o vosso principal concorrente? Todos os supermercados e hipermercados que actuam no mercado português e vendem bens alimentares. Têm fornecedores portugueses? Quantos? em que géneros? Temos actualmente mais de 300 fornecedores nacionais, que fornecem cerca de metade das referências e representam mais de metade da facturação.A título de exemplo, o LIDL recebeu um prémio da Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, visto que foi a cadeia de distribuição que mais vendeu maçã de Alcobaça na campanha de comercialização 2009/2010 em território nacional, tendo vendido 6 milhões de maçãs entre Janeiro e Março de 2010. Entre Janeiro e Março de 2011 fomos a cadeia que mais vendeu maçã embalada de Alcobaça. Temos fornecedores nacionais em todos os géneros alimentares, aliás, toda a carne de novilho, porco, frango e peru que o LIDL vende é 100% nacional. as vossas marcas próprias têm origem nacional? Muitas das marcas próprias têm origem nacional, sendo que o critério principal para a compra dos artigos LIDL é sempre a qualidade dos produtos. Neste sentido, constatamos, cada vez mais, que os produtos alimentares portugueses têm uma qualidade excelente e por este motivo a nossa prioridade é sempre comprar em Portugal, facto que
Magazine LIDL
não sucede apenas em alguns casos, quando verificamos que não existem no nosso país produtos com os elevados requisitos de qualidade que exigimos. Qual o volume de importações de produtos? O objetivo do LIDL é cada vez mais estabelecer parcerias com produtores portugueses, que nos permitam vender produtos com a melhor qualidade e ao melhor preço, e que, assim, satisfaçam os nossos clientes. Na sequência do desenvolvimento da produção nacional e da evolução de parcerias entre o LIDL e diversos fornecedores nacionais, temos descido continuamente no ranking das empresas importadoras e os dados mais recentes do INE demonstram que descemos três posições, caindo da 9.ª para a 12.ª posição no ranking dos principais importadores portugueses. exportam produtos portugueses? Quais e que quantidades? Sim, por exemplo, em 2010, exportámos 600 toneladas de pêra rocha para a Irlanda e Reino Unido, várias dezenas de toneladas de kiwis para a Alemanha e Espanha e muitos outros artigos, sendo que em 2011 serão ainda muitos mais. Como define o vosso cliente-tipo? Um cliente fidelizado não só pela relação qualidade-preço dos nossos produtos, mas também pelas características
das nossas lojas, que proporcionam um atendimento rápido e eficaz. Qual é a vossa política de preços? prevêem aumentar os preços até ao final do ano? A política de preços do LIDL traduz-se na oferta permanente dos preços mais baixos. O aumento dos preços depende da evolução do mercado, tendo em conta que aumentos dos custos das matérias-primas acabam por se reflectir nos preços dos produtos. a inovação do serviço de pão feito na hora, que já existe em algumas lojas, não se vai estender a refeições completas, à semelhança do que já existe na concorrência? Neste momento ainda não estamos a disponibilizar pão quente em todas as lojas, pelo que iremos, em primeiro lugar, concluir este projecto antes de iniciarmos outros. Quais as políticas de responsabilidade social do LIDL? apoiam alguma instituição em específico? O LIDL apoia instituições de solidariedade social por todo o País, a quem doa regularmente produtos alimentares e não alimentares. Estes apoios sociais são concedidos às populações nos locais em que as lojas
FRONTLINE/37
Magazine LIDL rodeia, satisfazendo as necessidades das gerações actuais sem comprometermos contudo as necessidades das gerações futuras. É com base no lema “A caminho do amanhã!” que o LIDL comunica as acções que desenvolve no âmbito da responsabilidade social, contribuindo activamente para um futuro melhor. É muito importante que os portugueses saibam que, para além de oferecermos diariamente produtos com a máxima qualidade e ao melhor preço, também estamos conscientes da nossa responsabilidade social, pois o nosso objectivo é cultivar uma relação de confiança com os nossos clientes. alguma campanha em destaque ainda este ano? O LIDL preocupa-se em ter campanhas interessantes durante todo o ano, adequadas ao contexto de cada país. Neste sentido, destacamos a acção de “Regresso às Aulas com Energia”, que decorreu em Setembro e que pretendeu ensinar às crianças a importância de uma alimentação saudável e da prática de desporto. Com a ajuda do chef Ermida e do professor de judo Nuno Delgado, as crianças eram convidadas a assistir a uma “aula” de culinária saudável e a participarem numa aula de ginástica. Uma cozinha móvel percorreu escolas de todo o País, dando a conhecer as vantagens de se saber escolher bem os alimentos e de se ter um estilo de vida saudável.
estão inseridas, sendo assim apoiadas diferentes instituições, como é o caso de delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, associações de reformados, pensionistas e idosos, delegações da Santa Casa da Misericórdia, Associação Nacional de Ajuda aos Pobres, centros de acção social e cultural, bancos alimentares contra a fome, entre outras. Temos vindo a apoiar também a Associação das Aldeias de Crianças SOS e o apoio concedido este ano foi distribuído pelas três Aldeias SOS existentes em Portugal: Bicesse (Cascais), Guarda e Gulpilhares (Vila Nova de Gaia), sendo que este apoio, para além de ter contribuído para as despesas mensais correntes, permitiu proporcionar às crianças umas férias diferentes, com actividades lúdicas fora das Aldeias SOS. O LIDL contribui ainda para a melhoria das áreas do ambiente e da sustentabilidade, defendendo, por exemplo, a pesca sustentável e criando condições para a recolha dos óleos alimentares usados. Este contributo é fundamental para a sociedade, visto que um futuro sustentável só é possível se respeitarmos o meio ambiente que nos
38/FRONTLINE
São a única cadeia em portugal a oferecer ao consumidor um jornal, A Dica da Semana, com informações actuais, as vossas promoções e outras “dicas”. Considera esta uma aposta ganha? Que impacto teve esta inovação junto dos consumidores? Esta é sem dúvida alguma uma aposta ganha. O Dica da Semana é o jornal mais lido do País. De acordo com os diversos estudos efectuados, é líder de audiências e tem a maior tiragem em Portugal. Para além disso, representa um serviço adicional que é prestado a muitos comerciantes, que recorrem à Dica da Semana para promover os seus serviços. Importa também mencionar que o feedback dos leitores tem sido muito positivo, sendo que temos a preocupação constante de informar as pessoas, com isenção e rigor, sobre os mais variados assuntos da actualidade, incluindo diferentes rubricas com interesse para os vários membros da família. O impacto que o jornal tem junto dos leitores e consumidores pode também ser avaliado pelo elevado número de participações nos passatempos semanais e ainda pelo facto de serem de imediato apresentadas reclamações pelos leitores/consumidores, no caso de não terem recebido atempadamente o jornal, devido a uma eventual falha de distribuição.
grande angular Mercados de Natal
PreseNtes Mágicos de toda a europa por M. Sardinha
o natal está quase aí à porta e, seja ou não um dos afectados pelo imposto extraordinário que irá ser aplicado ao subsídio natalício, vai, com toda a certeza, querer fazer desta quadra uma altura mágica e de fantasia. para isso, nada como comprar as prendas mais originais e, muitas vezes, até mais em conta do que as banais listas de supermercado que muitas vezes fazemos.
40/FRONTLINE
grande angular Mercados de Natal
p
ara cumprir a tradição natalícia, nada como visitar os melhores mercados de Natal que começam a realizar-se em Novembro por toda a Europa. Aproveite uma escapadinha para uma cidade europeia, agora que o frio vai começar a sentir-se, e venha de lá não só com as recordações de todos os pontos que visitou e de tudo o que fez, mas também com a bagagem carregada de presentes diferentes e únicos que irá oferecer àqueles de quem mais gosta. Estes mercados de Natal são, por natureza, locais de ambiente acolhedor, com cheiro a vinho quente e a crepes com chocolate, que vendem as melhores prendas e permitem entrar directamente para o espírito festivo desta quadra. Assim, para quem procura
um Natal mágico, ficam algumas sugestões de mercados, para que possa ouvir os sons e sentir os cheiros que marcam a época, não esquecendo as lembranças originais para os mais chegados. De Praga a Munique A nossa primeira paragem será nos “Vanocni trh” em Praga, ou mercados de Natal em bom português. De 27 de Novembro a 2 de Janeiro, alie a neve aos cânticos natalícios e perca-se neste refúgio perfeito para entrar no verdadeiro espírito acolhedor de Natal. Não pode deixar de visitar as bancadas do mercado na Old Town Square, repleta de propostas encantadoras como joalharia, velas e brinquedos para as crianças.
FRONTLINE/41
grande angular Mercados de Natal
Ali mesmo ao lado, em Viena (Áustria), decorre de 13 de Novembro a 24 de Dezembro um dos mercados de Natal mais antigos da Europa, bem como um dos mais conhecidos e visitados. O “Christkindlmarkt” tem lugar na praça em frente à Câmara Municipal de Viena e está rodeado por um parque, com árvores decoradas com luzes temáticas. O delicioso aroma do ponche, dos biscoitos de gengibre, das amêndoas assadas e do mel, enche o ar e deixa todos a ansiar pela chegada do Pai Natal. Trata-se de uma excelente escolha para procurar presentes para a família e amigos, sendo também uma boa ideia para uma escapadela romântica em pleno Outono, aproveitando os feriados e as promoções das companhias aéreas nesta altura do ano. Se for visitar a Alemanha, ficam aqui duas sugestões. Ou passar pela bonita cidade histórica de Rüdesheim, de 23 de Novembro a 23 de Dezembro, e visitar um mercado 42/FRONTLINE
de Natal multicultural, com 124 bancadas que representam as tradições natalícias de 12 países diferentes (não só europeus, tais como a Turquia, a Grã-Bretanha e Espanha, como também de destinos mais exóticos, como é o caso da Mongólia e da Coreia). Ou então dar um salto a Munique, de 26 de Novembro a 24 de Dezembro, para o “Christkindlmarkt” da “Marienplatz”, que tem lugar no centro antigo e é o maior mercado da cidade, datando do século XVII. Este é o local certo para encontrar decorações de Natal únicas, desde madeira trabalhada à mão, até objectos de vidro ou joalharia e “arts & crafts”. Têm também lugar actuações de coros e de bandas de instrumentos de sopro na varanda da Câmara Municipal, todas as tardes até às 17h00. Uma óptima sugestão é ouvir os cânticos de Natal enquanto se desfruta de um prato de bolo de batata quente e de uma caneca de Gluhwein.
grande angular Mercados de Natal
estrasburgo, copenhaga e a tão portuguesa Vila Natal Se passar por Estrasburgo de 27 Novembro a 31 de Dezembro, encontrará de certeza os tradicionais mercados de Natal em torno da sua famosa catedral. Mercados que existem desde 1570 e que permitem experimentar imensos sabores novos e encontrar centenas de artesãos que vendem pequenos presentes preparados de forma tradicional durante esta época. Existem também mercados temáticos, como por exemplo o Mercado dos Sabores Alsacianos ou o dos Reis Magos. Por toda a cidade pode assistir-se ainda a concertos de Natal, com bandas, coros, grupos de gospel, duetos e solistas. No centro de Copenhaga, na Dinamarca, é realizado na mesma época um grande mercado de Natal, nos Jardins Tivoli, totalmente iluminado por 800 correntes de luzes
em torno do lago, mais de 5 mil metros de iluminação para as árvores de Natal e 1000 metros para os edifícios Tivoli. Só por esta luz vale a pena a visita e ainda pode assistir a espectáculos de música e de teatro para todas as idades. E por fim, aqui tão perto, e para quem prefere compras “cá dentro”, que tal uma visita à Vila Natal? De 10 de Dezembro a 2 de Janeiro, Óbidos organiza a Vila Natal dentro das muralhas do seu castelo. Num ambiente que alia o passado e o futuro, iluminado pelas luzes de Natal, encontrará um mercado que inclui um Carrossel de Sonho e, claro, a Casa do Pai Natal. Adicionalmente, é possível patinar na Pista de Gelo ou descer a Rampa do Castelo. Naturalmente, as ruas estarão “temperadas” com os cheiros das iguarias natalícias e sons que nos transportam para o espírito da época.
FRONTLINE/43
VIAGEM África
África
by foot
por Loïc dos Santos Pedras
Esqueça os circuitos turísticos desenhados para o seu belo conforto e embarque à aventura. A pé, à boleia, deixe para trás o stress do quotidiano, a azáfama desesperante das grandes metrópoles e “comungue” com a Natureza. Mesmo que seja uma vez na vida, vale a pena. 46/FRONTLINE
VIAGEM África
t
endo como destino o Sul de África, no processo de planeamento deparei-me logo com os problemas de transporte, isto é, lento ou inexistente. Resolvi então fazer a viagem à boleia, de modo a maximizar o tempo disponível e a tirar partido do contacto mais próximo com os locais. Foram necessários 33 dias para percorrer 12.000 km em nove países: Moçambique, Malawi, Zâmbia, Zimbabué, Botsuana, Namíbia, África do Sul, Lesoto e Suazilândia. Aterrei em Maputo, onde apanhei a primeira boleia com um senhor que me levou até Xai Xai e ao casamento da sobrinha. No dia seguinte, fui até Vilankulos para fazer mergulho no rico coral da ilha de Bazaruto. Para chegar à ilha de Moçambique, consegui a maior boleia até então, 700 km, com um paquistanês que importava carros da África do Sul. O mais incrível é que nem me deixou pagar o almoço! A seguir, as ilhas paradisíacas do arquipélago das Quirimbas. Inesquecível, o caminho entre a ilha do Ibo e a das Quirimbas pelo meio dos manglares em maré baixa num canal feito pelos portugueses. Começava agora a aventura de atravessar Moçambique pelo mato até ao Malawi. Pelo caminho, conheci um português que não regressou a casa depois da guerra e que não via um branco, muito menos um português, por aquelas bandas há muito tempo.
Já no Malawi, a boleia foi uma obrigação e não uma opção, com o país a passar por uma crise de combustível de que não há memória. Mas depois há Cape Maclear e Nkhata Bay, a sul e norte do lago Malawi, respectivamente, com albergues junto à água, mercados com peixe e artesanato, mergulho e passeios de caiaque. Depois de umas quantas divertidas boleias, cheguei às cataratas Vitória, uma das maravilhas naturais do mundo, partilhadas pela Zâmbia e pelo Zimbabué. São, de facto, das paisagens mais fascinantes que já testemunhei.A dividir os dois países está uma ponte cuja atracção é o terceiro ponto mais alto do mundo e, possivelmente, o mais bonito, para se fazer bungee jumping, experiência obrigatória a quem se atrever a saltar num vazio de 111 metros de altura. Coragem, que vale a pena! Sorte a minha que, nessa noite em que atravessava a fronteira, tínhamos lua cheia, sendo possível visitar as cataratas à noite e ver algo que eu desconhecia existir – um arco-íris nocturno. Novas aventuras O próximo passo era o Botsuana. Em Kasane, um interessante ponto geográfico situado entre quatro países – Namíbia, Botsuana, Zâmbia e Zimbabué –, era altura de fazer um
FRONTLINE/47
VIAGEM África
safari no Parque Natural Chobe. Com os astros alinhados novamente, tive o privilégio de ver os animais muito perto do trilho e a surpresa final de avistar um leopardo, o animal mais difícil de se ver num safari.Além de ser famoso por ser enorme e muito selvagem, este parque tem a particularidade de ser atravessado por um rio com o mesmo nome, sendo possível ver muitos elefantes, hipopótamos e crocodilos. À noite, ouvimos cinco tiros, muita agitação e um enorme rugido de um animal. Era um elefante que estava a 300 metros de nós e que se dirigia para o nosso lodge. Ao mesmo tempo, na zona de restauração apareciam três hipopótamos. “Estamos sem dúvida em África”, dizia eu. No outro dia de madrugada, fui até Maun, local onde se visita o enorme delta do rio Okavango, que em vez de terminar no mar, como é habitual, termina no deserto do Kalahari, inundando a zona de animais e plantas. Mais uma aventura aconteceu na viagem quando um backpacker francês desmaiou num checkpoint no deserto do Kalahari. Mais difícil do que carregar com o rapaz foi convencer o motorista a não o deixar ali deitado, enquanto este gritava para ele, inconsciente: “Hey, let’s goooo!” Mas tudo se resolveu e seguimos viagem. No dia seguinte fizemos um passeio de mokoro (canoa feita de um tronco de mangueira escavado) pelo delta, apre-
48/FRONTLINE
ciando a paz e a calma da água enquanto passávamos pela vegetação tipo quebra-gelo a ver os nenúfares em flor. Nessa mesma noite, conheci duas suíças que tinham resolvido alugar um carro para fazer o Botsuana e a Namíbia. Sorte a minha, uma vez que no dia seguinte iam fazer os 800 km que separavam Maun de Windhoek, capital da Namíbia. Sem parar Depois de um longo dia de viagem, resolvemos ir jantar ao Joe’s, um local onde se pode provar carne de alguns animais selvagens. Pedi um combo de zebra, impala, cabra-de-leque e avestruz. Resolvi ir até à costa atlântica, a Swakopmund e Walvis Bay. A primeira é uma estância balnear, que tem por atracção o estilo arquitectónico colonial alemão; a segunda é uma cidade quase engolida pelas areias do deserto, que tem uma lagoa onde se podem observar flamingos. Regressei à capital. No outro dia continuei à boleia com as suíças até Sossuvlei, a principal atracção da Namíbia, fixando um novo recorde pessoal de boleia num total de 1176 km. Estamos a falar do deserto mais antigo e alto do mundo, que tem a particularidade de ser vermelho e terminar abruptamente no oceano. Os descobridores portugueses chamavam-lhe as Areias do Inferno. Foi das paisagens mais fantás-
VIAGEM África
ticas da viagem, em especial o vale da Morte, um lago que secou com várias árvores mortas. De volta à estrada que liga a Namíbia à África do Sul, rumei em direcção ao Cabo. Gosto por viajar A primeira frase do meu guia sobre a Cidade do Cabo era: “Prepara-te para te apaixonares pela Cidade do Cabo.” E não há dúvidas quanto a esta cidade, tão próxima dos portugueses do antigamente mas também dos actuais. Foi lá que Gonçalo Cadilhe apanhou o gosto pelas viagens. É isso mesmo, uma paixão! Virada para o mar, com a Table Mountain nas costas, apresenta arquitectura, museus e galerias de fazer inveja às principais cidades tipo ocidental. Nas redondezas temos o Parque Natural do Cabo da Boa Esperança, colónias de pinguins, baleias ao largo da costa, estradas escavadas na rocha e umas praias de cortar a respiração. Pessoalmente, recordo a rica mistura do povo: brancos, pretos e os famosos coloridos (mistura entre raças, incluindo asiáticos). Depois de uns dias a absorver tudo isto, fui até Hermanus, considerado por muitos o melhor sítio do mundo para se ver baleias, o que é bem capaz de ser verdade. No mesmo dia, um dos pontos altos da viagem foi mergulhar dentro de uma jaula, rodeado de tubarões. Um deles atacou a jaula!
Entretanto conheci a minha boleia seguinte, para mais 700 km. Um espanhol que, tal como eu, ia fazer a Garden Route, a estrada que vai da Cidade do Cabo a Port Elizabeth pela costa, passando por uma série de povoados costeiros muito interessantes e bonitos. No primeiro dia despachámos 200 km e dormimos em Mossel Bay. Antes de partirmos, fomos à descoberta do excelente Museu Bartolomeu Dias, que tinha uma réplica da nau que dobrou o cabo das Tormentas, alterando-lhe o nome para sempre para cabo da Boa Esperança, e também uma árvore-correio onde os descobridores portugueses deixavam mensagens uns aos outros, fascinante! No resto do dia cumpriu-se a Garden Route até à meca do surf, Jefrey’s Bay, paragem obrigatória quer se seja surfista ou não. Terminei este espectacular país dizendo o que disse a uma rapariga que vendia bananas na rua e me perguntava o que achara sobre a África do Sul, ao que eu respondi:“É como ter o mundo num país.” Acerquei-me ao Lesoto, ilha que nada tem que ver com o seu vizinho. Muito mais seguro e rural, é conhecido pelos excelentes percursos de trekking que se fazem em pónei, e pelos famosos chapéus e cobertores, tudo isto acompanhado de gente muito hospitaleira e autêntica. É o país com o ponto mais baixo mais alto do mundo, ou seja, é um país
FRONTLINE/49
VIAGEM África
montanhoso cujos terrenos baixos estão acima dos 1000 metros de altitude. As boleias continuaram até Malealea, para fazer o tal famoso trekking de pónei. Faz sentido que assim seja, a riqueza das cores da montanha apreciada a trote tem, de facto, outro compasso de tempo e outro significado. Próxima paragem, Suazilândia! Os meus planos eram simples: fazer rafting no rio Usutu, um dos melhores locais para se fazer esse desporto. Quando cheguei a Ezulwini, passando pela capital Mbane, apercebi-me de que não havia mais ninguém interessado em aventurar-se nos rápidos, logo não havia o número mínimo de pessoas exigido. A frustração pouco durou ao saber que a 10 minutos a pé do meu albergue estava a acontecer o maior festival da Suazilândia com a presença do rei, absolutista, que naquele dia escolhia a sua 13.ª mulher de entre as presentes. Encantador! Danças e rituais num estádio improvisado cheio de cor, bandeiras e vestes típicas. No outro dia rumava em direcção a Maputo, o último destino da viagem. Consigo imaginar porque se fala de Lourenço Marques com um brilho nos olhos.Arrisco-me, aliás, a dizer que depois da Cidade do Cabo foi a cidade mais interessante que visitei nesta viagem. Não deixa de ser uma cidade africana, mas é simetricamente organizada em avenidas e tem vários pontos de interesse, dos quais destaco o mercado, a estação de caminhos-de-ferro, considerada uma das mais belas do mundo, e a marginal.Vivi e aprendi, também, que Moçambique é também um país muito tolerante, 30% da população é muçulmana.Tive a felicidade de testemunhar o fim do Ramadão
50/FRONTLINE
na cidade, um evento acarinhado por todos. Para terminar, destaco a cozinha moçambicana, de influência árabe, indiana, africana e portuguesa, que de entre os países que visitei estará certamente entre as melhores. Balanço de uma aventura O melhor? O regresso ao simples, a batuta da Natureza através da dependência das marés e do vento para se viajar de barco para uma ilha, da luz solar para fazer as coisas mais simples, o sol que nasce e se põe vermelho, o céu estrelado do hemisfério sul, a simpatia, humor, humildade, hospitalidade, a esperança e os sorrisos dos africanos.Também a variedade da fauna e da flora, que permite fazer coisas como ver um leopardo perto de nós ou mergulhar com tubarões brancos. O pior? As tentativas (poucas e falhadas) de suborno. Eu simplesmente não aceito subornos, mentindo à polícia da Suazilândia dizendo que o meu pai era diplomata e que ia ligar para a embaixada quando me queriam confiscar a minha máquina fotográfica, a insegurança da África do Sul. Balanço? África é, na realidade, muito diferente da ideia que possamos ter feito antes da partida. O que quer que se espere será sempre para melhor, uma autêntica reviravolta no campo das expectativas. Viajar à boleia neste continente fez-me sentir livre e disponível para o que o mundo e as pessoas me poderiam proporcionar, fiquei à mercê dos choques culturais, destruindo preconceitos e abrindo horizontes. Superei obstáculos, vivi experiências e lugares marcantes, saboreando, da melhor maneira, o tempo, de vida, e o espaço, o mundo.
Talocci design
Touch&Steam é uma placa de vidro de alta tecnologia.
Um único objecto minimalista para
EFFEGIBI PORTUGAL Rua Antoine de Saint-Exupéry - Alapraia 2765-043 Estoril Tel.: +351 21 466 71 10 | Fax: +351 21 466 71 19 effegibi@jrb.pt
inúmeras funcionalidades.
TOUCH&STEAM
Tenha o prazer do
O SEU DUCHE, O SEU HAMMAM
banho turco no duche em sua casa.
www.effegibi.it
Requinte e
sofisticação
à mesa por Patrícia Vicente
ESPECIAL Hotel Cascais Miragem
L
ocalizado na costa do Estoril e projectado pelos arquitectos Luís Marvão e Miguel Esteves, o Hotel Cascais Miragem é um espaço contemporâneo que deslumbra qualquer visitante. Para além de todas as vantagens, que passam pelos quartos espaçosos, pela piscina que nos dá a sensação de mergulhar no infinito do mar e pelo magnífico spa, descobrem-se ainda, na unidade, restaurantes dignos de referência. No terceiro piso do edifício, o Restaurante Gourmet é um dos espaços mais elegantes do hotel. Gozando de uma soberba vista para a marina de Cascais, oferece um serviço cuidado e uma carta requintada. Aqui, os melhores ingredientes são combinados segundo os preceitos da cozinha tradicional portuguesa, mas sem nunca esquecer as influências internacionais. A comandar todas a operações está o chef Vítor Veloso, que conta com uma equipa de sete elementos. Apaixonado pela cozinha desde os 9 anos de idade, define a sua arte como “autêntica e bela”. Poder criar na cozinha do Cascais Miragem é “um sonho tornado realidade”, uma vez que qualquer chef “sonha cozinhar num espaço assim”. Remata afirmando que “cozinhar ao lado dos executivos Peter Becker e Elias Silva é, sem dúvida, uma mais-valia”. Destacando como principais influências a cozinha do mundo, pelas experiências que viveu fora, pensa que “hoje, os clientes estão ávidos de viver experiências novas e já utilizam imensos produtos novos e exóticos em sua casa”. Talvez por isso, conclui que, “actualmente a cozinha é muito mais exigente, do ponto de vista de agradar, do que há 15 anos atrás”.
Com o intuito de oferecer aos clientes sempre o melhor, Vítor Veloso afirma que existem vários ingredientes que usa com muita regularidade, tais como “a soja, a erva príncipe, os cogumelos, entre outros”. Isto porque, graças à globalidade, é possível compensar a sazonalidade e é fácil ter “quase tudo todo o ano”. Contudo, existem alguns ingredientes que não tem à disposição e, em jeito de desabafo, revela que “gostaria de trabalhar mais vezes com a trufa branca”. A nova carta Para a nova estação, o chef elaborou uma nova carta e, para tal, foi buscar inspiração ao mundo, a Cascais e a si próprio. Em termos de ingredientes utilizados, realce para o peixe da nossa costa, os mariscos, as carnes nacionais e também algumas carnes fumadas. Exprimindo tanto os gostos pessoais do seu criador como os dos clientes, o mais importante da carta é “fazer evoluir a cozinha, sempre com a preocupação de ser o mais consensual possível”. Durante os próximos meses os clientes poderão encontrar pratos como veloute de funcho com lombinho de lavagante salteado, cogumelos selvagens e castanhas; linguado grelhado, puré de couve-flor, courgette glaceada, crocante de barriga de porco fumada, espuma de lima e azeite virgem de Trás-os-Montes; e dacquoise de avelã em mousse de chocolate de leite, creme de caramelo e capuccino de chocolate quente, entre muitas outras opções. Vítor Veloso revela que não tem favoritos, depositando em todos os pratos “o mesmo carinho”.
FRONTLINE/53
TÍTULO SIMULADO
4/FRONTLINE
TÍTULO SIMULADO
FRONTLINE/5
EMPRESA Vodafone
Sempre na senda da inovação, a Vodafone aposta em serviços que revolucionam a forma como os utilizadores interagem com o seu telemóvel e com o computador e que oferecem uma experiência ímpar de utilização de redes sociais. Falamos do Vodafone Radar, do Vodafone Messenger Plus, do Vodafone Web Phone para o Facebook e do Vodafone All Posts.
56/FRONTLINE
EMPRESA Vodafone
Vodafone RadaR O ritmo de vida actual exige que estejamos sempre em contacto quer com o que se passa à nossa volta quer com as várias pessoas que nos rodeiam. Para facilitar tal tarefa, a Vodafone apresentou diversos serviços que têm como principal objectivo manter os utilizadores ligados ao seu mundo. Se tem curiosidade em saber os locais que os seus amigos visitam, o Vodafone Radar será, certamente, o seu melhor amigo. Esta nova aposta da Vodafone é uma app gratuita para smartphones Android e iPhone que apresenta, de forma visualmente muito apelativa, por tempo e distância, os locais que os amigos do utilizador visitam no Facebook e no Foursquare. Assim, é possível saber, a qualquer momento, quais os amigos que estão mais próximos, enviar-lhes um SMS com a sua própria localização ou comunicar via Facebook através de posts no mural ou mensagens directas. Deste modo, quando o utilizador chega a uma nova cidade ou visita um novo local, será muito fácil socializar com os amigos que estão por perto. É ainda possível saber quais os diversos pontos de interesse da localidade, como, por exemplo, restaurantes, bares, hotéis, cinemas, etc., ler as dicas que a sua rede de contactos já deu sobre os mesmos e descobrir os amigos que já alguma vez fizeram check-in nesses locais. Será fácil frequentar sempre os restaurantes da moda ou aqueles que os amigos recomendam. Graças a esta aplicação é ainda possível receber alertas SMS sempre que um determinado amigo faz um check-in por perto, num local específico ou numa cidade da preferência do utilizador. Neste momento, o Vodafone Radar liga-se ao Facebook, através do Facebook Places, e ao Foursquare, as duas principais redes mundiais de geo-socialização. O serviço será ainda alargado a outras redes sociais relevantes neste contexto e a aplicação estará em breve disponível também para tablets. Para utilizar este serviço basta enviar um SMS grátis com “RADAR” para o 12345 e efectuar o download da aplicação para o telemóvel ou directamente no Android Market e na App Store.
Vodafone all Posts Reforçando a oferta de serviços para acesso a redes sociais no telemóvel, a Vodafone disponibiliza o Vodafone All Posts uma aplicação que permite aceder às contas do Facebook, hi5,Twitter, Linkedln, Orkut e Foursquare. Com uma interface muito apelativa, garante uma experiência simplificada de agregação das principais redes sociais utilizadas em Portugal num único local e suporta as funcionalidades mais utilizadas, como actualização de estado, comentários, mensagens, entre outras. De modo a facilitar a sua consulta, os posts oriundos das várias redes sociais associadas ao serviço surgem ordenados cronologicamente, sendo ainda possível responder, comentar, fazer retweet ou like. O Vodafone All Posts está disponível para todos os clientes da Vodafone que possuam telemóveis com acesso à Internet e pode ser acedido a partir do portal móvel da operadora (Vodafone live! e Meu Portal). Para obter o link de acesso a este serviço basta enviar um SMS gratuito para o número 12345 com o texto “POST”. Em termos de custos, a sua utilização está incluída nas tarifas de acesso à Internet Móvel, não tendo qualquer custo adicional. Para divulgar este serviço agregador de redes sociais, a Vodafone criou uma inovadora campanha online de marketing viral, apresentando aos internautas, a partir da sua página no Facebook e do seu canal no YouTube, uma autêntica vidente online – a Madame TreSesti, que analisa o perfil social de qualquer pessoa que aceda ao site http://tresesti.vodafone.pt e que faz previsões sobre a vida amorosa, saúde social e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, com base no perfil do utilizador existente nas redes sociais Facebook, Twitter e LinkedIn. Para conferir um carácter real e autêntico às previsões e criar uma maior envolvência do visitante, o site que “aloja” a Madame TreSesti apresenta um ambiente de produção e design extremamente apelativos e é composto por mais de 600 microfilmes.
FRONTLINE/57
EMPRESA Vodafone
Vodafone Web Phone PaRa o facebook Oferecendo aos clientes, de forma pioneira e exclusiva, a possibilidade de efectuarem e receberem as típicas comunicações de um telemóvel no Facebook, o Vodafone Web Phone para Facebook é um serviço inovador que permite efectuar e receber chamadas de voz e vídeo, enviar e receber SMS e MMS com o número de telemóvel da Vodafone, a par tir da rede social favorita dos por tugueses. Para poder utilizar este serviço basta apenas que o utilizador aceda à página oficial da Vodafone Por tugal no Facebook (www.facebook.com/VodafonePT) e que seleccione o separador Vodafone Web Phone. A aplicação está disponível para utilização em qualquer computador, incluindo Mac. Este serviço pode também ser instalado a par tir do site da Vodafone Por tugal, onde se encontra disponível uma aplicação que agrega e permite interagir com as principais redes sociais. As comunicações de voz, videochamada e chat entre os utilizadores são gratuitas, sendo as restantes comunicações de voz, vídeo, SMS e MMS para as redes móveis e fixas taxadas de acordo com o plano tarifário do cliente. O Vodafone Web Phone para o Facebook é um exemplo da for te aposta da Vodafone no desenvolvimento de serviços ligados às redes sociais no telemóvel e na convergência entre o telemóvel e o computador, permitindo utilizar os serviços que os clientes mais valorizam, independentemente da forma de acesso.
Vodafone MessengeR Plus O Vodafone Messenger Plus é um serviço que junta, pela primeira vez, numa só aplicação, os dois serviços de Instant Messaging (chat) mais utilizados em Por tugal – o Facebook Chat e o Windows Live Messenger™ da Microsoft. Com este serviço, a Vodafone tornou-se o primeiro operador móvel em Por tugal a lançar uma aplicação que disponibiliza o acesso simultâneo ao Facebook Chat e ao Windows Live Messenger™ no telemóvel, permitindo trocar mensagens instantâneas com os contactos do Messenger e do Facebook, a qualquer hora e em qualquer lugar. É ainda possível visualizar a lista de contactos que o utilizador tem no PC, assim como o respectivo estado de presença, trocar mensagens instantâneas (chat), enviar e receber smileys e editar a mensagem pessoal de estado, visível para todos os contactos. De modo a manter um consumo muito reduzido da bateria, é possível minimizar a aplicação. Desta forma, o cliente mantém-se online recebendo notificações sempre que os amigos o contactem. Ao enviar um SMS para o número 12345 com o texto “IM”, e depois de efectuar o download da aplicação para o telefone ou, em alternativa, aceder ao por tal móvel da Vodafone, pode começar a utilizar o serviço. O envio do SMS e o download do Vodafone Messenger Plus são totalmente gratuitos.
58/FRONTLINE
Magazine eM destaqUe Lidl Herdade S達o Miguel
UM vinho coM ALMA 60/FRONTLINE
Magazine Lidl
por Patrícia vicente
os Xutos & Pontapés, uma das bandas mais importantes do panorama nacional, brindam mais uma vez o seus fãs com um vinho por altura do natal. a herdade são Miguel foi novamente escolhida para este projecto e participa na elaboração desta edição limitada, que será posta à venda nos hipermercados Modelo e continente, e que conta com 6 mil garrafas, comercializadas em embalagem dupla. FRONTLINE/61
Magazine Lidl
a
dquirida por Alexandre Relvas em 1997, a Herdade São Miguel tem cerca de 175 hectares de área total, dos quais 35 são de vinha plantada em solos franco-argilosos, derivados de xisto. Graças ao seu crescimento, a herdade tem vindo, ao longo dos anos, a estabelecer acordos de fornecimento com viticultores alentejanos, pelo que existem vários pólos de produção, todos no Norte Alentejano, onde são privilegiados solos esqueléticos, de preferência xistosos e graníticos. No centro da herdade encontra-se a adega. Construída em 2003, foi concebida para transformar anualmente um milhão de quilos de uvas com o respeito máximo pela sua genuinidade. Também neste ano foi lançada a primeira marca de vinho, com 26 mil garrafas. Hoje com 22 trabalhadores, a herdade exporta para cerca de 25 países, nomeadamente Estados Unidos, Bélgica, Brasil, Polónia, entre outros.
Uma escolha segura Pela qualidade dos vinhos e por todo o trabalho desenvolvido, os Xutos & Pontapés escolheram, pelo segundo ano consecutivo, a Herdade São Miguel para produzir o seu vinho de Natal. Na opinião de Alexan-
62/FRONTLINE
dre Relvas, responsável pelo departamento de Produção, “esta é uma excelente oportunidade e é também algo bastante prestigiante para a empresa”, uma vez que um grupo musical com 35 anos de história escolheu a herdade para desenvolver este projecto em que todos os elementos da banda se envolveram directamente, nomeadamente na elaboração do lote, na imagem do rótulo e na escolha da caixa. O vinho deste ano exprime exactamente a personalidade dos Xutos & Pontapés e foi elaborado a partir das castas de excelência Touriga Nacional, Touriga Franca e Cabernet Sauvignon, da colheita de 2010. Tal como revela Alexandre Relvas, “a sua qualidade é semelhante à qualidade musical do grupo”. Na opinião do enólogo Nuno Franco, este “é um vinho que vai dar que falar”, uma vez que, em termos de notas de prova, tem uma grande complexidade, está muito bem em termos de boca e apresenta taninos redondos e sem arestas. Dependendo da escolha do consumidor, está preparado para ser degustado já ou então pode ainda esperar mais dois ou três anos. Já para os Xutos & Pontapés, o lote final – escolhido à imagem do grupo – revela-se “não muito leve e bem-disposto”, sendo ideal para ser aberto “na companhia dos amigos”.
Sabe qual é o seu grau de risco? CHECK-UP INOVADOR Cancro do Cólon (Colonoscopia Virtual) rápido, cómodo, não necessita de sedação nem implica a introdução de uma sonda no cólon
Check – Up de acordo com os seus factores de risco: - Doença Cardiovascular - Cancro do Cólon / Colonoscopia Virtual - Cancro do Pulmão - Doenças Urológicas - Doenças da Coluna Vertebral ACORDOS COM VÁRIAS ENTIDADES Avaliações reconhecidas por:
Estacionamento gratuito
bolsa imobiliária by Sotheby’s Realty
ConCeito exemplaR BelaS preço sob consulta Referência: 4000020516 tel. 919 228 919 De linhas contemporâneas e exemplar no conceito, materiais e técnica, esta casa em betão e vidro ergue-se elegante e imponente na paisagem desafogada do Clube de Campo em Belas. Com espaços amplos e luminosos que se estendem nos seus 967 metros quadrados de área habitacional, cada divisão e passagem foi pensada ao pormenor, criando ambiências únicas que se articulam e projectam de forma perfeita no interior e exterior. Inclui sistema de domótica, piscina interior e exterior e garagem para seis carros. O campo de golfe de Belas Clube de Campo foi desenhado pelo conceituado arquitecto americano Rocky Roquemore, sendo um espaço verde permanente para os residentes e golfistas do empreendimento. Um verdadeiro ponto de encontro com a Natureza. Apenas a 20 minutos de carro do centro de Lisboa, tem excelentes acessos às principais auto-estradas e vias rápidas da Grande Lisboa, fazendo deste empreendimento um dos mais centrais de Portugal.
64/FRONTLINE
bolsa imobiliária by Sotheby’s Realty
equilíBRio e Bom goSto CaSCaiS preço sob consulta Referência: 4000013702 tel. 919 228 919 Fantástica moradia de linhas contemporâneas localizada em Cascais, a cinco minutos da auto-estrada para Lisboa, estando igualmente próxima de vários campos de golfe e praias. Com um ambiente invulgarmente acolhedor, esta casa é composta por espaços amplos e luminosos, onde foram utilizados materiais de alta qualidade, principalmente pedra e madeira corrida, o que lhe confere equilíbrio e bom gosto.
FRONTLINE/65
bolsa imobiliária by Sotheby’s Realty
Refúgio contempoRâneo Quinta da maRinha preço sob consulta Referência: 4000012806 tel. 919 228 919 Refúgio contemporâneo de extremo bom gosto, localizado na Quinta da Marinha. A cinco minutos de distância, encontram-se a praia do Guincho e a encantadora vila de Cascais, tudo isto somente a 20 km de Lisboa. Esta extraordinária propriedade inclui cinco fabulosos quartos, uma enorme sala de estar e de jantar, com grandes janelas de vidro conducentes ao jardim, mais 253 metros quadrados de terraço, requintadas casas de banho e cozinha com acabamentos de primeira classe.
66/FRONTLINE
bolsa imobiliária by Sotheby’s Realty
ViSta magnífica de maR eStoRil Preço: € 1.850.000 Referência: 4000022164 tel. 919 228 919
Magnífica casa de veraneio dos anos 40, totalmente remodelada em 2002, junto à praia na zona do Estoril. Com uma generosa área habitacional de 600 metros quadrados e óptimos acabamentos, a casa desenvolve-se em quatro pisos encimados por uma torre com uma fantástica vista panorâmica de mar. No interior, é composta por um bonito hall de entrada, grande sala de estar com lareira e terraço com vista para o jardim, sala de jantar, duas cozinhas equipadas, uma sala de televisão, escritório, quatro suítes e uma master suite com closet. Inclui ainda um fantástico jardim com árvores adultas, um anexo para a empregada e garagem para um carro. Esta é uma oportunidade única para viver ou passar férias em zona exclusiva, junto à costa do Estoril.
FRONTLINE/67
destino nova iorque
Cidade vibrante e irresistĂvel
Com os dias de outono abrilhantados pelas folhas douradas, amarelas e alaranjadas, os dias de inverno com a neve a marcar presença, os concertos ao ar livre no verão e a Primavera lotada de flores, Nova Iorque é uma cidade para ser vivida. Descubra os seus museus, parques e restaurantes, as melhores lojas, a vida que pulsa. Venha viver neste cenário uma das quadras mais aguardadas, o Natal!
destino Nova Iorque
s
ituada na costa leste dos Estados Unidos da América (EUA), Nova Iorque é considerada o berço da nação americana, a cidade que recebeu os emigrantes na sua crescente mistura de raças e que exibe, orgulhosa, uma estátua imponente que proclama a liberdade. Esta que é uma das metrópoles com maior densidade populacional dos EUA, e conhecida por muitos como a Big Apple, acolhe pessoas de muitas culturas e línguas. O seu ritmo é acelerado e frenético e os nova-iorquinos – conhecidos por fazerem uma abordagem racional da vida e também por trabalharem e se divertirem muito – deslocam-se apressadamente sob os magníficos ícones arquitectónicos, que são símbolo da cidade, e testam a sua sorte fazendo sinal a um dos mais de 12 mil táxis amarelos que circulam pelas ruas. Nova Iorque é composta por cinco distritos: Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island. Os dois arcos góticos gémeos permitem o reconhecimento imediato da Ponte de Brooklyn. Em Queens, há bairros de sul-americanos, indianos, gregos, chineses e irlandeses. O Bronx possui mais zonas verdes do que qualquer outro distrito, e a
72/FRONTLINE
maneira mais divertida de chegar aos parques, às praias e à reserva pantanosa de Staten Island é por ferry. Manhattan, uma ilha longa e esguia rodeada pelos rios Hudson e East, é o local mais adequado para um nova-iorquino viver, talvez por isso o espaço seja muito disputado. Este é o centro financeiro e de entretenimento da cidade e a zona em que se concentram os arranha-céus. O Chrysler Building, com 318 metros de altura, foi outrora um dos edifícios mais altos do mundo, tendo sido depois ultrapassado pelo Empire State Building, com 443 metros, em estilo Art Déco. Seguiram-se depois, entre 1972 e 1973, as famosas Torres Gémeas do World Trade Center, que desapareceram em 2001, devido aos atentados terroristas de 11 de Setembro que paralisaram a cidade e o mundo. Atracções para todos os gostos Uma das principais atracções de Nova Iorque, a Estátua da Liberdade, foi inaugurada em 28 de Outubro de 1886. Sendo um presente da França para os Estados Unidos, a estátua foi criada pelo escultor Frédéric Auguste Bar-
destino nova iorque
tholdi, para comemorar o centenário da Declaração da Independência Americana de 1776. Em França, Bartholdi contou com o apoio de Alexandre Gustave Eiffel, que foi responsável por desenhar o pilão de ferro maciço e a estrutura secundária da Estátua da Liberdade. O presente saiu de França dividido em 350 pedaços, embalado em 214 caixotes e levou quatro meses a ser construído. A sua coroa possui 25 janelas, que simbolizam as pedras preciosas da Terra, e sete raios representativos dos sete mares e continentes do mundo. Na placa que tem na mão lê-se, em números romanos, 4 de Julho de 1776. Outra das grandes atracções da cidade é o Central Park. Já se imaginou a passear de bicicleta de dois lugares pelas alamedas de árvores centenárias, parar para ouvir o que um grupo qualquer está a tocar ao vivo, assistir a um espetáculo no anfiteatro, fazer um piquenique, ou simplesmente descansar? Mas porque em Nova Iorque tudo é possível, se lhe apetecer cavalgar pelo parque, como num filme, saiba que também é exequível. O Central Park é enorme e muito bonito e estende-se desde a 59th até à 110, num total de cerca de 3,4
quilómetros quadrados. Foi projectado em 1850 e custou 10 milhões de dólares (cerca de 7 milhões de euros, actualmente). Disponibiliza espaços destinados à prática de patinagem, ténis, futebol, básquete, percursos para andar de bicicleta, bem como lagos e outros “refúgios” bem simpáticos. No Inverno, uma das actividades mais divertidas é fazer bonecos de neve, algo imperdível e, sobretudo, grátis! Ao chegar à 5.ª Avenida com a 34th respire fundo, olhe para cima e descubra o magnífico e imponente Empire State Building, um dos marcos da cidade. Este foi por muito tempo o prédio mais alto do mundo, com 102 andares. Inspirado no movimento arquitectónico Art Déco, foi construído em 1931 e atrai milhares de turistas de todas as partes do planeta. Aqui, é possível subir até ao 86.º andar, onde existe o observatório e de onde se tem uma vista fascinante sobre a cidade. Desde que foi aberto, cerca de 100 milhões de pessoas já passaram por ali. Símbolo do poder e da riqueza da “cidade que nunca dorme”, o Rockefeller Center é um complexo com 21 edifícios e estende-se da 48th à 53rd, entre a 5.ª e a 6.ª
FRONTLINE/73
destino nova iorque
avenidas. Quando a Columbia University adquiriu o local, em 1811, existiam ali apenas campos de cultivos e um jardim botânico, porém, no final do século começaram a surgir luxuosas residências. Mais tarde, durante a Lei Seca, em 1928, John D. Rockefeller propôs um arrendamento até 2069. Assim, tudo foi demolido para dar lugar a um enorme centro empresarial com restaurantes e lojas. Para os fanáticos por televisão, é possível conhecer os estúdios da NBC e até participar nas gravações de algum programa. No Inverno, a pista de patinagem, com capacidade para 150 praticantes, é já uma tradição. Localizada junto à estátua de Prometeu, com a gigante árvore de Natal toda iluminada, é, desde 1936, uma das grandes atracções de Inverno na cidade. Outro dos passeios bem agradáveis que pode fazer é sair do Hudson River Park, de bicicleta, passando por dentro do Central Park acompanhado por um guia especializado. Traga a máquina fotográfica e visite lugares como Strawberry Fields, Belvedere Castle e Shakespeare Garden. Para finalizar, nada melhor do que passar por Times Square, uma das mais famosas avenidas de Nova Iorque, que se localiza na junção da Broadway com a 7.ª Avenida, entre as ruas 42 Oeste, na região central de Manhattan. Esta é uma área comercial onde todos os prédios são obrigados a instalar letreiros luminosos para publicidade. Aqui, situa-se também a NASDAQ, uma das principais bolsas de valores do mundo, bem como os estúdios da rede de
74/FRONTLINE
televisão ABC, os estúdios MTV e da Virgin Records. Este local possui uma das maiores concentrações da indústria do entretenimento do mundo, além de lojas de marcas internacionais famosas. É também em Times Square que se pode assistir a uma das maiores festas de passagem de ano, sempre abrilhantada por inúmeros recursos visuais e pirotecnia. Actualmente, Times Square é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo, com cerca de 35 milhões de visitantes por ano, recebendo mais turistas do que a Estátua da Liberdade. Um local mágico Poucos locais são tão convidativos no Natal quanto Nova Iorque.A neve que costuma marcar presença nesta época do ano faz a máxima “a vida imita a arte” ganhar muito mais sentido. A “cidade que nunca dorme” faz qualquer um entender o que Hollywood quer dizer quando enche as salas de cinema de todo o mundo com filmes natalícios que têm a Big Apple como pano de fundo. Cheia de lojas, Nova Iorque é uma verdadeira tentação para o magro orçamento com que os portugueses se vão deparar neste Natal, mas a verdade é que nesta cidade encontramos presentes vindos de todas as partes do mundo. Se tiver paciência, é possível que encontre alguns artigos mais em conta, mas se economizar não for uma imposição, mergulhe nas boutiques de Manhattan e descubra peças de outro mundo com preços também eles astronómicos.
AGENDA
3/FRONTLINE
check-in Areias do Seixo
em perfeita fusão
com A terrA
num lugar especial, a menos de uma hora de Lisboa, o areias do seixo charme hotel respira a natureza a plenos pulmões. aqui, os pinheiros, as dunas e o mar adornam uma unidade original marcada pelo conforto e pela sofisticação. Regresse às origens, sem pressa, num espaço onde “sentir” é o verbo principal. 76/FRONTLINE
check-in Areias do Seixo
FRONTLINE/77
check-in Areias do Seixo
r
esultado do sonho dos proprietários Marta e Gonçalo, o hotel de charme Areias do Seixo é um lugar único onde todos se sentem verdadeiramente em família. Desde o sonho à concretização do projecto propriamente dito, muitos obstáculos tiveram de ser ultrapassados, porém, o resultado final é uma unidade onde tudo foi pensado sob os conceitos de originalidade, conforto e qualidade. O Hotel Areias do Seixo foi projectado pelo arquitecto Vasco Vieira, enquanto a decoração foi assinada por Rosário Gabriel, que acompanhou, em conjunto com os proprietários, a obra desde muito cedo, sendo também de sua autoria muitos dos aspectos relacionados com a arquitectura de interiores. A decoração contou, ainda, já no ano da sua abertura, com uma forte participação da decoradora de interiores Isabel Schedel. Em termos de construção, esta foi desenvolvida tendo em consideração a Natureza envolvente, pelo que predomi-
78/FRONTLINE
nam materiais como a pedra regional, o seixo, o vidro e a madeira. Tanto a decoração como os materiais utilizados personalizam este hotel único e inovador, que transmite várias inspirações e ambientes, da Índia à savana africana, passando por Marrocos. As oliveiras e paus de madeira colocados em forma de labirinto, bem como o papiro, resultam numa mistura perfeita entre os espaços interior e exterior.A verdade é que dentro e fora de portas se respira Natureza. Este é, sem dúvida, um hotel preocupado em termos ecológicos, que utiliza os princípios do turismo sustentado, com incidência na eficiência energética, energias renováveis e aproveitamento de recursos naturais. Descobrir o interior Perfeitamente integrada na paisagem circundante, a unidade cresceu de olhos voltados para o mar, para
check-in Areias do Seixo
as dunas e para o pinhal. O hotel, de baixa densidade, conta com 10 quartos e uma penthouse com três quartos. Em comum têm a vista para a Natureza em redor, a lareira, o terraço com deck, bem como a zona de banho, onde os chuveiros altos transmitem a sensação de chuva a cair. Cada uma das acomodações está decorada de forma diferente, proporcionando uma viagem sensorial distinta. Assim, em cada regresso o hóspede terá a oportunidade de viver uma nova história. A passagem pelos dois quartos Ouro é reforçada pelos cheiros, pela visão e pelas cores que emolduram os espaços. Em comum, têm a lareira e uma vista única para o mar e as dunas. De referir, ainda, que cada um destes quartos dispõe de jacuzzi, duche no tecto e um pátio interior. De inspiração africana, os oito quartos Terra apresentam elementos étnicos, ambientes românticos e mate-
riais reciclados, que lhe conferem um carácter único. No topo das acomodações encontra-se a penthouse, que oferece uma magnífica vista sobre a paisagem envolvente, nomeadamente o oceano e as dunas. Em cada quarto os visitantes descobrem o seu próprio espaço. Para além da sala de estar, está disponível uma cozinha totalmente equipada, embelezada por uma enorme lareira suspensa. Existem também vários terraços com deck, bem como uma zona de barbecue e jacuzzi. Igualmente com uma imponente vista, as villas proporcionam uma atmosfera relaxante que tanto pode ser desfrutada dentro como fora de portas. No exterior, contam com uma piscina aquecida e zona de barbecue. Já no interior, dispõem de uma sala de estar com lareira, cozinha totalmente equipada e três quartos com casa de banho.
FRONTLINE/79
check-in Areias do Seixo
Um espaço diferente Tirando partido do que o planeta dá, quer no mar quer na terra, no restaurante É Lugar da Horta partilham-se à mesa experiências gastronómicas polvilhadas com muito amor e dedicação. Livre de aditivos, a maioria dos legumes vem directamente da horta que existe numa das dependências do hotel. Aqui também há lugar para várias ervas aromáticas que aprimoram os saborosos cozinhados com os seus aromas. Por tudo isto, este espaço apresenta refeições deliciosas compostas por peixe fresco da lota, carne do pasto, que são rematadas por fruta da estação. Embora o restaurante conte com uma cozinha muito sofisticada e moderna, a opção para os mais diversos pratos recai sobre o forno a lenha e as grelhas de carvão, que lembram os sabores da infância e a casa da avó. Um lugar mágico Para despertar os sentidos e libertar o corpo, a mente e o espírito, o Areias do Seixo conta com um espaço mágico. Falamos do spa, onde é possível reencontrar o equilíbrio total. Em termos de equipamento, dispõe de sauna seca, banho turco, duas salas de tratamentos e piscina interior aquecida.
80/FRONTLINE
De entre as opções disponíveis, destaque para o Toque do Seixo, uma massagem que engloba uma fusão de técnicas como shiatsu, massagem indiana e terapêutica e que oferece ainda um toque surpresa nos pés e zona cervical; a Alma Floral, que foi buscar inspiração à massagem indiana e que se processa com movimentos profundos e relaxantes; a Massagem Abhyanga, que restabelece o equilíbrio do corpo físico, energético, emocional e mental e que usa óleo de semente de sésamo aliado ao óleo tridosha; e a Brisa do Oriente, um tratamento revitalizante e desintoxicante, excelente para peles desvitalizadas, com manchas e oleosas. Estão ainda à disposição muitos outros tratamentos de rosto e corpo. experiências a não perder De modo a proporcionar um dia diferente aos hóspedes, o hotel convida-os a participar em diversas actividades, tais como “Com as mãos na terra”, na qual é possível trabalhar a terra; “Com as mãos no mar”, em que, debruçados sobre o oceano terão oportunidade de pescar com cana e até apanhar mexilhão; “Feel green”, participando na sustentabilidade do hotel, sentindo o que é possível fazer pelo mundo, e “Entre tachos e panelas”, entre aromas, cores e sabores.
Raindance速 Select. My Shower Pleasure. Showering has never been more personal. Use the Raindance 速 Select Showerpipe to design your perfect shower pleasure. From the overhead shower with its XXL rainfall that gives you the option of three different spray types at a click, to the beautifully shaped thermostat with the useful storage shelf. Experience the Raindance 速 Select Showerpipe at hansgrohe.de/raindance
Incidentally, many Hansgrohe products enable you to save up to 40% water, lower your energy consumption and reduce CO2 . Thanks to the efficient EcoSmart technology. Find out now how much water you can save with our products at hansgrohe-int.com/savings-calculator
Spa Termas da Ferraria Caudalíe
Em ToTal Fusão com a NaTureza perfeitamente integrado na Natureza circundante e escondido na imensa planície alentejana, descobre-se um lugar mágico onde serenidade é a palavra de ordem. Falamos do L’and Vineyards, um hotel diferente e familiar, que guarda no seu interior um valioso tesouro, um spa com assinatura caudalíe.
p
roporcionando uma experiência rural única num ambiente alentejano verdadeiramente exclusivo e contemporâneo, o L’and Vineyards estende-se em redor de um vale central de vinha, de um olival e de um lago, num total de 66 hectares. Pequenos núcleos ordenados, que recuperam a típica tipologia dos montes alentejanos, comunicam entre si, criando uma atmosfera de proximidade e de conforto. Existem assim sete núcleos distintos, num total de 145 unidades e uma área cen82/FRONTLINE
tral que integra todos os serviços turísticos do empreendimento. É exactamente neste último espaço que se descobre um lugar mágico, um verdadeiro santuário de serenidade e bem-estar, o Spa Vinotherapie Caudalíe. Oferecendo aos clientes uma experiência única de tranquilidade e prazer, aqui é possível desfrutar de rituais exclusivos, massagens e tratamentos de beleza sempre baseados nos benefícios da uva e de diversos produtos naturais.
Pioneira nos spas Vinotherapíe, a Caudalíe associa a utilização de uma água de nascente quente com extractos da vinha e da uva. O resultado são tratamentos sensuais e deliciosos, tais como a esfoliação Crushed Cabernet, o envolvimento de mel e vinho, o tratamento Vinoperfect, entre muitas outras opções presentes na vasta e completa lista disponível. Em termos de arquitectura, o spa conta com um design original que elege o vinho
L’and Vineyards Estrada Nacional 4 Herdade das Valadas 7050-031 Montemor-o-Novo Évora Tel. 266 242 400
Spa
Website www.l-andvineyards.com/pt/ E-mail info@l-andvineyards.com
como âncora. Neste espaço combinam-se, de forma subtil, estruturas de madeira clara, pedras macias e elementos que nos remetem imediatamente para o vinho. As cores são sóbrias e na sua maioria escuras, envolvendo o cliente num misto de relaxamento e bem-estar. A experiência olfactiva também não foi esquecida e, ao entrar, é fácil reconhecer de imediato o inconfundível aroma de Fleur de Vigne, da madeira tostada e dos óleos essenciais orgânicos. A simpatia e dedicação das terapeutas é outro dos aspectos a destacar e, talvez, um dos mais importantes. Há sempre um sorriso para os clientes. Tratamentos de assinatura De entre os vários tratamentos existentes na lista, alguns foram especificamente pensados pela Caudalíe. Assim, disponibilizam-se mimos como o Cuidado Vinosource, especialmente concebido para que as pelas secas e muito secas possam recuperar o conforto e onde são usa-
das uvas frescas; o Grande Cuidado do Rosto Caudalíe, que é adequado a todos os tipos de pele e permite, graças à longa massagem relaxante, distender os vincos, conferir uma tez resplandecente, normalizar a taxa de hidratação, acelerar a renovação celular e melhorar a textura da pele; a esfoliação Crushed Cabernet, que restitui a resplandecência e suavidade à pele, graças ao esfoliante à base de grainhas de uva, mel, açúcar escuro e óleos essenciais do Concentrado Adelgaçante, o verdadeiro motor de arranque para os seus cuidados; ou a esfoliação Friction Merlot, na qual são usados dois tipos de menta para esfoliar todo o corpo suavemente, resultando daqui uma pele lisa e fresca, graças ao açúcar escuro e aos óleos essenciais do Concentrado de Firmeza. Se pretende mimar o seu corpo e entregar-se nas mãos de terapeutas experientes, não hesite e mergulhe neste santuário de odores, sensações e emoções.
FRONTLINE/83
a reservar Sacramento KoI
InSpIração nIpónIca num espaçO DesCOntraíDO
Contando já com cinco anos de existência, o restaurante KOI, que se situa no empreendimento alcântara rio, é um marco da gastronomia japonesa moderna e uma referência deste tipo de cozinha no nosso país. Demarcando-se pela qualidade dos peixes e frutos do mar que serve aos clientes, não abdica de oferecer sempre o melhor a quem o escolhe para uma refeição. 84/FRONTLINE
INFORMAÇÕES ÚTEIS Morada rua Fradessco da silveira,4 – Loja B alcântara - rio 1300-260 Lisboa Tel. 213 640 391 e 914 711 319 Horário De segunda a sexta-feira, das 12h00 às 15h00 e das 20h00 às 24h00. sábado, das 20h00 às 24h00. encerra ao domingo.
D
istinguindo-se pelo seu ambiente descontraído e pela decoração minimalista e acolhedora – onde se destacam os castanhos e os beges –, o restaurante KOI convida verdadeiramente à degustação dos diversos pratos de inspiração nipónica. A matéria-prima, ou seja o peixe, é diariamente seleccionada pelo proprietário, tornando-se o principal ingrediente de uma deliciosa e vasta carta. A ementa deste restaurante pode definir-se como tradicional, porém apresenta pequenos toques de fusão. Para além dos incontornáveis sashimis, sushis e tempuras, tudo confeccionado com a mestria do chef Kazunori, descobrem-se ainda algumas iguarias exclusivas do KOI, tais como sushi aburi; sushi maçaricado com molho especial da casa ninniku missô; chirashi koi; arroz Gorran marinado com vários tipos de peixes e mariscos do dia, como pargo, robalo, salmão, atum, vieira, camarão, ovas de salmão, polvo e carapau, e o mais recente prato da casa, lombinhos de bacalhau fresco do mar da Noruega salteados com vieiras no azeite
extra virgem, sakê e alho. Em termos de sobremesas, destaque para a dupla KOI (petit gâteau com gelado de lima); mousse de manga; praliné de chocolate ou gelado de chá verde. A completar esta oferta está a carta de vinhos, espumantes e champanhes. Assim, como o nome do restaurante indica (KOI significa “amor”), cada um dos pratos é confeccionado como se de uma peça de arte se tratasse, o resultado é uma verdadeira tentação para saborear e também contemplar. Em termos de espaço, está disponível uma sala interior com capacidade para 60 lugares e uma esplanada que alberga 20 clientes. outras apostas De modo a permitir que outras pessoas descubram a arte de confeccionar sushi, o KOI organiza, durante todo o ano, workshops com o chef Kazunori, onde é transmitida não só a maneira tradicional de elaborar os pratos, mas também a forma mais correcta de os degustar.
FRONTLINE/85
néctares A nossa selecção
Presentes ideais
P
ôpa Vinho Doce Tinto 2010 É o primeiro vinho doce feito no Douro. A feitura é semelhante à do vinho do Porto, mas sem que haja adição de álcool no processo de paragem da fermentação. Com uma produção total de 2010 garrafas, todas elas numeradas, tem, à semelhança de todos os vinhos da Quinta do Pôpa, a assinatura do conhecido enólogo Luís Pato. Elaborado a partir do blend de 21 castas provenientes de vinhas com mais de 60 anos, erguidas em pleno Douro Vinhateiro, apresenta cor vermelha e um aroma fresco e delicado a frutos vermelhos, com nuances de frutos secos. Na boca é elegante e tem um bom equilíbrio entre os taninos maduros e a doçura, o que lhe dá um final persistente e atractivo.
86/FRONTLINE
M
umm Cordon Rouge Com aromas de limão e toranja combinados com a riqueza de frutos firmes e carnudos, como pêssegos ou damascos, e tarte de maçã, o Mumm Cordon Rouge é um champanhe vivo e fresco.A estes aromas seguem-se sugestões de baunilha enriquecida com caramelo.As nozes aromatizadas de mel também desempenham o seu papel. As bolhas são ricas no palato, mas nunca avassaladoras. O equilíbrio perfeito é combinado com uma vinosidade cheia e arredondada. Já a mistura de frutas e aromas de caramelo dá ainda mais intensidade ao final. Por tudo isto, o Mumm Cordon Rouge é um champanhe subtilmente equilibrado com uma notável capacidade de permanecer na boca.
Ameal Escolha
O vinho Ameal Escolha foi o primeiro Loureiro feito em Portugal, fermentado e estagiado em barricas de carvalho francês devidamente seleccionadas para esta casta e para criar este perfil de vinhos. Límpido e de cor citrina, tem aromas florais, a flor de laranjeira. Frutado, bem combinado com o abaunilhado e fumado, o final de boca é longo e complexo, como é próprio de um grande vinho. Nos 12 hectares da Quinta do Ameal, a escassos quilómetros de Ponte de Lima, os vinhos brancos são produzidos com cuidados extremos e produções muito reduzidas, sem utilização nos tratamentos da vinha da Quinta do Ameal de qualquer produto químico, uma produção inteiramente ecológica.
néctares A nossa selecção
Já a pensar na quadra natalícia que se aproxima, apresentamos algumas sugestões de bebidas, que se podem revelar presentes ideais. escolha a que mais lhe agradar e desfrute em boa companhia.
M
eruge Tinto 2008 Feito a partir de um blend de 80% de Tinta Roriz e 20% de castas diversas provenientes de vinhas velhas, o Meruge Tinto 2008 é ideal para acompanhar pratos de carne e caça e apresenta-se com uma bonita cor vermelho-rubi, com nuances avermelhadas. O aroma é fresco, muito fino e complexo. Bastante frutado, predominam os aromas a frutos vermelhos, envolvidos por especiarias como tabaco e café, fruto do seu longo estágio em barrica, conferindo-lhe elegância. Na boca, é fresco, elegante, saboroso, com taninos presentes mas macios e aveludados, salientando-se o carácter frutado. Muito rico no paladar, apresenta uma acidez equilibrada e um final longo e persistente.
Vallado Adelaide – Vintage Port 2009
A Quinta do Vallado – quinta duriense produtora de vinho – lança neste Natal um Porto Vintage muito peculiar, que promete deliciosos momentos vividos em família: o Vallado Adelaide Vintage Port 2009. Surgindo numas das épocas mais queridas do ano, tradicionalmente ligada aos momentos de afectos, o novo Porto Vintage da colheita de 2009, Vallado Adelaide, é perfeito para partilhar com quem mais gostamos e, ainda, uma homenagem à tetravó dos responsáveis pela marca, Dona Antónia Adelaide Ferreira, a lendária Ferreirinha. Com uma produção de 9 mil garrafas, é um verdadeiro ex-líbris, capaz de seduzir os mais exigentes consumidores.
J
ameson Perfeito para oferecer aos verdadeiros apreciadores de whiskey, a sua embalagem é um expoente de sobriedade, que surpreende pela simplicidade da forma: linhas ligeiramente côncavas resultam numa “cintura esguia”, criando uma silhueta elegante e alongada.Tons prateados mas discretos são marcados pelo inconfundível selo Jameson. Excepcionalmente suave, tem notas de especiarias, cereja e madeira e apresenta uma cor dourada e quente, muito apetecível nos dias frios de Inverno. O aroma é aveludado, distinguindo-se suaves toques de cereja e madeira tostada. Na prova, o seu paladar é suave e apresenta uma nota de madeira doce e nozes, bem ao gosto dos paladares natalícios.
FRONTLINE/87
motores BMW M5
ElEvadas prestações
Com uma alMa de 560 cv 88/FRONTLINE
motores BMW M5
por Ana Laia
A quinta geração da berlina superdesportiva com maior sucesso a nível mundial no segmento superior já está na estrada. Falamos do novo BmW m5, um fantástico automóvel desportivo dinâmico de alta potência, com quatro portas e cinco lugares. este é, assim, um automóvel sério e familiar, que rapidamente se transforma no modelo rápido, divertido e muito atraente. FRONTLINE FRONTLINE /89
motores BMW M5
o
exclusivo segmento das berlinas altamente dinâmicas, com motor e chassis desportivos, assistiu, com a chegada do novo BMW M5, a uma mudança na liderança. Este automóvel vem, não só continuar a tradição dos seus antecessores, mas também redefinir as propriedades das prestações que se podem sentir num automóvel de quatro portas. Gozando da harmonia conceptual desenvolvida para os modelos BMW M, da mais recente tecnologia e das excelentes propriedades dinâmicas de condução, o BMW M5 combina de forma singular as qualidades universais de uma berlina topo de gama do segmento superior com o mais potente motor alguma vez montado num modelo da série M. Para além disto, o inovador diferencial activo M para optimização da transferência da potência às rodas traseiras e uma tecnologia de chassis especificamente desenvolvida, aliada a um largo conhecimento da competição, garantem a este modelo o seu papel dominante entre as berlinas de elevadas prestações.
90/FRONTLINE
O design da carroçaria expressa, sem dúvida, o carácter inconfundível do novo BMW M5. As proporções dinâmicas e a sua elegante e majestosa silhueta completam as características de design específicas da linha M, orientadas com a máxima precisão pelos requisitos técnicos, que constituem, assim, um componente sólido do conceito global para esta berlina. Interior muito interessante O interior do novo BMW M5 combina, de uma forma inconfundível, os elementos de cockpit típicos de um carro desportivo, orientados para o condutor, com o conforto do espaço de uma berlina de classe superior e o ambiente luxuoso de um veículo Premium. Os bancos desportivos M, equipamento em pele Merino com novas funcionalidades e frisos interiores exclusivos, na linha Aluminium Trace, fazem parte do equipamento de série, tal como o sistema operativo iDrive com o respectivo Control Display de até 10,2”. O painel de
motores BMW M5
instrumentos combinado em tecnologia Black-Panel apresenta-se com instrumentos clássicos redondos, na versão típica de um BMW M, com ponteiros vermelhos e iluminação em branco, bem como indicadores específicos e o logótipo M no conta-rotações. Na consola central, revestida a pele, especialmente concebida para o novo modelo, estão dispostos, em torno do selector de mudança, todos os botões necessários para a regulação das diversas funções de configuração individual. O condutor poderá assim seleccionar o modo DSC, o tipo de potência do motor, o campo característico do controlo dinâmico dos travões, a curva característica da M Servotronic e o programa de mudanças da caixa de velocidades de embraiagem dupla M Drivelogic, de forma independente entre si. Desta forma, é possível criar uma configuração pormenorizada do automóvel e memorizá-la com uma pressão prolongada dos dois botões M Drive no volante multifunções, de modo a que o condutor possa gozar do seu próprio estilo.
O Head-Up-Display incluído na configuração M Drive pertence ao equipamento de série do novo BMW M5. Especificamente concebido para a linha M, indica, para além da velocidade e das indicações opcionais de limite de velocidade, a mudança seleccionada, bem como um símbolo policromado do conta-rotações com Shift Lights. A pensar no bem-estar do condutor e dos ocupantes, o automóvel vem equipado com ar condicionado de série automático de quatro zonas, bancos com aquecimento e regulação eléctrica (com função de memória para o condutor), faróis Xenon, iluminação ambiente, sistema de regulação da velocidade, sistema de alarme e rádio BMW Professional. Estão ainda disponíveis alguns equipamentos especiais como opção, como é o caso do sistema de navegação Professional, com memória em disco rígido, tecto de abrir eléctrico em vidro, banco multifunções M, bancos activos e ventilação dos bancos activa, acesso Comfort, coluna da direcção com regulação eléctrica, sistema au-
FRONTLINE/91
motores BMW M5
tomático soft-Close para as portas e gancho de reboque com cabeça esférica eléctrica, entre outros. Uma surpresa aguardada por baixo do capot do novo BmW m5, reside o novo motor V8 altamente rotativo, que conta com tecnologia m twinpower turbo, uma potência máxima de 412 kW/560 cv às 6000 a 7 000 rpm-1, bem como um binário máximo de 680 Nm entre as 1500 e as 5750 rpm-1. a entrega imediata da potência e a força de propulsão constante do motor, específica dos modelos M, permite uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 4,4 segundos (dos 0 a 200 km/h em 13,0 segundos). o consumo médio no ciclo de testes eu regista um valor de 9,9 litros aos 100 km (emissões de Co2: 232 g/km). Com o aumento da potência em cerca de 10%, bem como do binário máximo em mais de 30%, o novo BmW m5 apresenta um valor de consumo mais baixo, em mais de 30% do que o modelo anterior. A relação significa-
92/FRONTLINE
tivamente melhorada entre o m Feeling, virado para a alta potência, e o consumo de combustível assenta no elevado nível de eficácia do novo motor, bem como na ampla tecnologia EfficientDynamics utilizada, à qual também pertence a função auto start stop, em conjunto com a caixa de sete velocidades de embraiagem dupla m drivelogic. a potência superior do novo motor V8 é claramente marcada pela concepção do avental dianteiro. as linhas de contorno do capot prolongam-se em forma de V em direção ao duplo rim – típico da marca. de referir ainda as também típicas barras pretas do modelo m, cuja forma alongada indica a necessidade de refrigeração do motor que se encontra no seu interior, bem como as três grandes entradas de ar na zona inferior do avental. Na parte terminal inferior das aberturas exteriores, os elementos de canalização do ar desenvolvidos para os desportos de competição, os chamados Flaps, garantem propriedades aerodinâmicas optimizadas.
on the road Suzuki Swift Hyundai Veloster
InspIrado na NATUREZA A Hyundai introduziu no mercado português o espectacular Veloster, oferecendo inovação ao segmento dos coupés compactos com a configuração 1+2 portas e permitindo uma maior acessibilidade aos lugares traseiros. Revelado pela primeira vez na Europa, no Salão de Genebra de 2011, o Veloster é o exemplo perfeito da nova assinatura da marca: “New Thinking. New Possibilities.” O novo modelo representa a natural progressão da inovadora e singular linguagem de estilo da Hyundai, “fluidic sculpture”. O seu ADN é reconhecível nas linhas fluentes inspiradas na Natureza, que se combinam para criar uma forma baseada em proporções fortes e uma sensação de movimento e equilíbrio. Por isso, o desenho do Veloster não só oferece atracção emocional, mas a sua base aerodinâmica assegura um perfil exterior suave, que reduz o consumo de combustível. As linhas do modelo são fortes e dinâmicas, com formas robustas e pormenores cuidados.A grelha hexagonal e o audacioso desenho dos faróis expressam progresso e modernidade. Enquanto a configuração das portas 1+2 maximiza a funcionalidade, o perfil esguio do Veloster exala uma alma de desportivo com um estilo diferente de tudo aquilo que existe em termos de coupés e hatchbacks. Apesar do estilo coupé (altura de 1,40 metros), um arranjo interior inteligente permite que o modelo ofereça um habitáculo e uma bagageira no topo da oferta do segmento. No Veloster, que apresenta um comprimento total de 4,22 metros e uma distância entre eixos de 2,65 metros, os engenheiros da Hyundai esculpiram o interior para
94/FRONTLINE
fornecer um espaço generoso para a cabeça, à frente (990 mm), para as pernas (1114 mm) e para os ombros (1412 mm), permitindo assim um maior conforto. A capacidade da bagageira é de 320 litros (VDA) ou 440 litros (SAE). O interior está desenhado para satisfazer as exigências dos compradores mais jovens. A inclusão do rebatimento 60:40 no banco traseiro permite um compartimento de bagagens flexível, enquanto gadgets de alta tecnologia e equipamentos tecnológicos foram concebidos paralelamente com o desenho do interior, tendo em vista incrementar o conforto a bordo. A nova caixa DCT, com selector de velocidade por detrás do volante, possui os mesmos atributos de uma caixa manual, incluindo baixo consumo de combustível e envolvência na condução, mas adicionando as vantagens de uma unidade automática tradicional, tais como elevados níveis de conforto (especialmente em cidade) e superior suavidade no engrenamento. Outros benefícios da caixa DCT incluem 5 a 6% de melhoria no consumo de combustível, bem como entre 3 e 7% de incremento na aceleração. O Veloster estará disponível para o mercado nacional com um motor a gasolina vivo e eficaz, concebido com materiais leves, oferecendo ao condutor uma condução viva e forte entrega de potência. O motor gamma de 1.6 litros GDI debita 140 cv às 6300 rpm e um binário de 167 Nm às 4850 rpm. Este modelo disponibiliza ainda dois tipos de transmissão diferentes: uma caixa de seis velocidades manual e a nova unidade de seis velocidades e dupla embraiagem DCT.
on the road Renault Mégane Coupé-Cabriolet GT
temperamento deSpoRTivo Oferecendo aos condutores a possibilidade de desfrutarem, ao mesmo tempo, de um veículo descapotável e de uma condução desportiva, o Renault Mégane Coupé-Cabriolet GT, desenvolvido pela Renault Sport Technologies, apresenta o motor 2.0 dCi 160 cv, que permite evoluir dos 0 aos 100 km/h em pouco mais de nove segundos e atingir uma velocidade máxima superior aos 215 km/h, bem como um chassis com elementos herdados do ícone Mégane Renault Sport. No fundo, o Mégane Coupé-Cabriolet GT prova que é possível conciliar relaxamento e emoção, sempre com reduzidos custos de utilização, ou não fosse o bloco 2.0 dCi uma referência no segmento em termos de consumos e de emissões de CO 2. Com muitos traços e componentes herdados do Mégane Renault Sport e com o imenso tecto de vidro retráctil a proteger o habitáculo, este modelo é, indiscutivelmente, um dos mais belos e distintos coupés do mercado. Distinguindo-se pelos elementos desportivos no exterior e no interior, o Renault Mégane Coupé-Cabriolet GT apresenta, na dianteira, o pára-choques específico da versão, com uma entrada de ar redesenhada, sublinhada pela travessa em preto brilhante, onde é colocada a placa de matrícula. Nos extremos do pára-choques, os faróis de nevoeiro são envolvidos por um acabamento em dark metal, tal como o contorno do pára-brisas e a linha de cintura do habitáculo. Na traseira, a parte inferior do pára-choques, na cor da carroçaria, integra um difusor aerodinâmico com sistema de ajuda ao estacionamento embutido. No interior, contempla bancos dianteiros com apoio reforçado no assento e nas costas, pedais em alumínio, painel de bordo com conta-rotações analógico. A exclusividade no interior é ainda reforçada com o tratamento dark metal das pegas, climatizadores e dos elementos decorativos no painel de bordo. O motor dCi 160 (118 kW) foi desenvolvido com base no conhecido bloco 2.0 l turbo-diesel que possui dos melhores desempenhos da sua categoria. Com um binário máximo de 380 Nm, disponível a partir das 2 mil rpm, é um motor que
permite uma rápida subida do regime até às 5 mil rpm. Para além do elevado binário e da potência de 160 cv, este bloco proporciona um nível de conforto elevado, devido ao reduzido impacto das vibrações, que são eliminadas pela presença de duas árvores de equilibragem. No Mégane Coupé-Cabriolet GT, o motor dCi 160 está associado a uma caixa manual de seis velocidades.
FRONTLINE/95
on the on theroad road Mini CountryNissan Micra
pensado para a CidAdE Ao decidirem manter o perfil arredondado do Micra da geração anterior, mas actualizando e adaptando o seu aspecto geral, os designers da Nissan criaram um automóvel que combina irreverência genuína com familiaridade agradável. Contrariando a tendência predominante dos seus pares de há 15 anos, que cresceram em dimensões de tal forma que se colocam hoje em dia num subsegmento mais alto, o novo Micra manteve-se fiel à sua herança de veículo citadino e tem praticamente o mesmo tamanho do modelo da geração que agora termina. É uma decisão que faz todo o sentido num automóvel citadino compacto. Mas, ainda assim, o novo Micra é um pouco mais comprido, ligeiramente mais largo e um pouco mais baixo. Do ponto de vista estilístico, a característica principal que define a personalidade do Micra é o seu perfil e, em particular, a concepção arqueada da janela lateral. Crucial na sua herança e objecto de admiração na Europa e no Japão, esta característica mantém-se no novo modelo, tendo inclusivamente
96/FRONTLINE
sido acentuada por um deflector traseiro mais proeminente, integrado no tejadilho. Porém, a forma geral é mais arrojada do que a do seu antecessor, com uma linha de cintura forte e arredondada e uma prega distintiva acima dos frisos. As abordagens à dianteira e à traseira, contudo, são totalmente diferentes. O visual esculpido e tridimensional inclui uma grelha dominante que marca a presença do automóvel na estrada.A grelha composta por duas partes é atravessada pelo pára-choques dianteiro. Acima da linha encontra-se uma abertura esguia dividida por uma barra cromada nas versões Acenta e Tekna, para no topo surgir o símbolo da Nissan. Abaixo do pára-choques, uma abertura mais pronunciada abrange a quase totalidade da largura do automóvel, alojando também a matrícula dianteira. Nos modelos Tekna, a grelha contém um rebordo cromado distintivo. O visual é complementado pelos faróis dianteiros integrais e arredondados. Na traseira, a ampla porta da bagageira é ladeada por conjuntos de luzes traseiras integrais, enquanto o pára-choques apresenta um elegante recorte para alojar a matrícula. Com o objectivo de criar no interior do Micra o mesmo sentido de estilo que se encontra no exterior, a equipa de design adoptou a abordagem de “casulo interligado”. Um exemplo é o design da consola – temática de bolha dupla – que se assemelha ao painel de instrumentos circular, apresentando um porta-luvas com forma similar na frente do passageiro. Este porta-luvas de dupla camada é complementado por uma área de arrumação superior de grande dimensão, enquanto outras bolsas de arrumação pequenas se encontram dispostas por todo o automóvel, incluindo a consola central e as portas. O Nissan Micra surge com dois motores e duas transmissões distintas. As motorizações são apenas a gasolina, assentando no novíssimo bloco de 1.2 litros de três cilindros, disponível com dois níveis de potência, conjugado com uma caixa manual de cinco velocidades ou com uma nova versão compacta da Transmissão de Variação Contínua (CVT) da Nissan.
proposta Homelidays
Praga rePública cHeca referência: 231530 Preço: de 280 a 770 € por semana Website www.homelidays.com Este apartamento localizado a 300 metros do centro de Praga, na República Checa, conta com duas assoalhadas, das quais uma é um quarto, num total de 60 metros quadrados de superfície habitável. Ideal para duas a quatro pessoas, disponibiliza ainda cozinha americana totalmente equipada, casa de banho e varanda. Em termos de serviços, estão incluídos na estada lençóis e toalhas, cofre e alarme. É ainda possível usufruir de serviço de limpeza.
98/FRONTLINE
proposta Homelidays
Nusa Dua iNDoNésia referência: 406585 Preço: 350 € por semana Website www.homelidays.com Com uma excelente vista para o mar, esta magnifica villa, situada em Nusa Dua, na Indonésia, oferece dois quartos, cozinha americana, duas casas de banho, sala de estar e de jantar, terraço e loggia, num total de 150 metros quadrados de superfície habitável. No exterior encontram-se uma piscina partilhada, um jardim, também partilhado, com 2 mil metros quadrados, parqueamento colectivo, espreguiçadeiras, barbecue a carvão, baloiço e bicicletas. A segurança dos equipamentos existentes permite que as crianças sejam capazes de brincar livremente, sem perigo. De referir ainda que a villa está situada numa colina e que se encontra próxima de praias protegidas por recifes de corais, ideais para crianças.
FRONTLINE/99
proposta Homelidays
colares azeNHas Do Mar referência: 403257 Preço: 2700 € por semana Website www.homelidays.com Esta luxuosa villa está situada em Colares, nas Azenhas do Mar, e conta com nove assoalhadas, das quais seis são quartos. Numa superfície habitável de 600 metros quadrados, descobrem-se ainda sala de estar e de jantar, quatro casas de banho, cozinha totalmente equipada e terraço. No exterior existe uma enorme piscina com 7 metros de largura por 14 metros de comprimento, parqueamento privativo, cave, espreguiçadeiras e barbecue a carvão. Mediante acordo com o proprietário são permitidos animais.
100/FRONTLINE
DECOFLORÁLIA
AGENDA
Rua Castilho, 185 C - 1070-051 - Lisboa Tel: (+351) 213 872 454 Fax: (+351) 21 3873 033 Internet: www.decoźoralia.pt — Av. António Augusto de Aguiar — Lisboa 3/FRONTLINE
EXTRAVAGÂNCIAS Isqueiros
FumAR…
mas com estIlo Na hora de puxar de um cigarro ou de um charuto, porque não puxar também de um acessório de luxo para o acender? Conheça os isqueiros mais fashion e extravagantes do mercado. 102/FRONTLINE
EXTRAVAGÂNCIAS Isqueiros
J
á todos sabemos que fumar não é uma prática muito bonita, nem tão pouco saudável, mas o certo é que os fumadores existem e estão por todo o lado. Vício ou simples prazer, já que é para ceder à tentação, então que seja em grande estilo. Para isso, nada melhor do que acessórios de luxo adequados à situação, ou seja, isqueiros de requinte. Esqueça aqueles simples isqueiros de plástico colorido que compra em qualquer tabacaria ou os distribuídos pelas marcas para fazer publicidade. Já que vai cometer um pecado para a sua saúde, acompanhe-o com um pecado à sua carteira e acenda-o com um isqueiro cravejado de cristais ou de design exclusivo. A Garson-usa, especialista em acessórios de luxo, com design da D.A.D, criou isqueiros cravejados de cristais Swarovski e ainda lhe dá a opção de escolher a cor que mais lhe agradar. Existem também bolsas para isqueiros feitas de camurça preta e incrustadas de cristais quadrados. Verdadeiramente atraentes são, também, os novos isqueiros miniJet da S.T.Dupont, que têm como tema a sedução, através de uma paleta de cores exclusivas. Este ano, a experiência miniJet ampliou o seu campo de comunicação, através da introdução de uma comunidade no Facebook: “Brinque com a sua cor de
sedução com o miniJet.” Apenas os membros da página de fãs “miniJet S.T.Dupont” podem enviar mensagens codificadas à sua lista de amigos. Esta aplicação facilita o contacto entre os entusiastas, promovendo uma multiplicação de comunicações. Por exemplo, se escolher o miniJet encarnado, o seu estilo é sensual e provocante, enquanto o cor-de-rosa é querido e romântico. Com um clique, exprima o seu estado de espírito com a escolha das diferentes cores do miniJet. A gama destaca dois tipos de estilos. O primeiro, com três novas cores muito fashion: cor-de-rosa-choque, azul e cor de laranja. O segundo, mais desportivo, apresenta riscas duplas a adornar o miniJet, inspirado na tendência masculina e desportivo-chique. As cores disponíveis são o preto, o azul e o amarelo desportivo. O miniJet custa cerca de 100 euros e já atrai um grande número de fãs devido ao seu design contemporâneo, ao tamanho compacto (5,5 cm), à força da chama dupla ajustável e à completa paleta de 14 cores. outras opções Em 2009, a Dupont lançou um kit em edição limitada para homenagear a Place Vendôme, de Paris. Foram produzidos apenas 35 kits Place Vendôme Limited Edition Ligne 2, que incluíam um isqueiro e uma caneta
FRONTLINE/103
EXTRAVAGÂNCIAS Isqueiros
feitos em ouro rosa, com diamantes incrustados (192 no isqueiro e 160 na caneta). Cada kit custava 45 mil euros. Para quem aprecia o grande estilo, a S.T.Dupont tem também um isqueiro de ouro e diamantes, usado por Daniel Craig em Casino Royale. O Ligne 2 Champagne, da Prestige Collection, é feito de ouro de 18 quilates sólido branco, adornado com 468 diamantes e tem uma numeração individual limitada de 352. A moda dos isqueiros de luxo já remonta há quase cem anos atrás. No início dos anos 20, logo após a Primeira Guerra Mundial, a casa Dunhill lançou o primeiro isqueiro da marca.Tudo surgiu a partir de uma lata de conserva de mostarda “Coumans”, que serviu de inspiração para criar o Unique, um isqueiro que acendia sempre e podia ser usado só com uma mão. Na altura do centenário da marca, em 1993, Alfred Dunhill reeditou o Unique todo em prata. A Dunhill é hoje reconhecida como uma marca de prestígio nos acessórios, sejam relógios, canetas ou, claro, isqueiros. As opções são variadas e para todos os gostos. Produtos fora de série Para os amantes dos charutos de excelente qualidade, existem também no mercado acessórios de luxo que podem expressar a personalidade e o bom gosto de quem os usa. Por isso, a Davidoff criou produtos fora de série, eternos e exclusivos. Os seus isqueiros oferecem a última palavra em tecnologia e têm uma beleza clássica. Os da linha Pres-
104/FRONTLINE
tige são confeccionados a partir de um único bloco de cobre refinado, o que permite, com um único e leve toque, que o isqueiro se abra e esteja pronto para acender um charuto. Cada um deles caracteriza-se por um queimador de chama dupla (dois fluxos de gás opostos), que proporciona uma labareda mais larga, perfeita para acender charutos. Os isqueiros Prestige estão disponíveis em diversos acabamentos, de maneira a formar conjunto com outros acessórios, como cortadores e elegantes canetas. Com linhas clássicas e visual vintage, têm acabamento em ouro amarelo e laca chinesa preta. Custam cerca de mil euros. A Porsche Design é outra das marcas com acessórios muito apreciados por coleccionadores. Com um design arrojado e apelo hi-tech, cada modelo conta com os mesmos acabamentos, design e cores dos carros desportivos da marca. Os acessórios da linha P’3000 – de design minimalista, combinado com materiais de altíssima qualidade e atenção – foram especialmente desenvolvidos para a degustação de charutos e cachimbos. Já os PD5 utilizam materiais de baixo peso, como fibra de carbono e metais leves, o que resulta em isqueiros estreitos e de dimensões reduzidas, com resistência e durabilidade. O mecanismo interno do isqueiro está posicionado entre dois painéis de protecção, que são unidos por robustos parafusos sextavados.Todos os modelos têm um tanque para fluido combustível de 1,1 ml, feito em Trogamid. Os preços rondam os 500 euros.
social 101 anos da República
Mais de ceM anos de República o presidente da República, aníbal cavaco silva, participou na cerimónia das comemorações dos 101 anos da proclamação da República que decorreu na praça do Município, em lisboa. À chegada, aníbal cavaco silva recebeu honras militares. durante a cerimónia o presidente hasteou a bandeira nacional na varanda da câmara Municipal e proferiu uma intervenção, a que se seguiu o desfile das forças da Guarda Nacional Republicana em parada. estiveram também presentes antónio costa, pedro passos coelho,assunção esteves, entre outras personalidades. ainda no âmbito das comemorações dos 101 anos da proclamação da República, as portas do palácio de belém abriram-se para receber vários visitantes. da parte da manhã, o presidente aníbal cavaco silva, na companhia de Maria cavaco silva, presenciou parte da actuação da banda sinfónica da polícia de segurança pública, que actuou para o público visitante do palácio, no Jardim da cascata. De tarde, e após ter assistido, da varanda do palácio, ao Render Solene da Guarda, o presidente e a primeira-dama percorreram os jardins e assistiram, sucessivamente, aos concertos da big band do Município da nazaré, ao “Fado ao piano” de Maria ana bobone, da brasileira Maíra Freitas, da orquestra do algarve e, a encerrar a programação, ao espectáculo “Mísia - senhora da noite”. ao longo do dia, e além de ter podido assistir aos espectáculos, o público visitante teve a oportunidade de visitar as salas do palácio presidencial, os seus jardins, o Museu da Presidência e as exposições “Palácio de Belém - Residência Oficial do Chefe de Estado”, na Galeria das Jaulas, no Pátio dos Bichos, e “Fábulas - Desenhos de Almada Negreiros”, na Galeria dos Viveiros, no Jardim da Cascata. 106/FRONTLINE
social 101 anos da RepĂşblica
FRONTLINE/107
social Casino Estoril
1
2
3
4
NOVO espectáculo 5
6
O Melhor de La Féria é o novo espectáculo apresentado por Filipe la Féria, que constitui uma viagem pelos momentos de maior impacto em peças de grande êxito, como Passa por Mim no Rossio, Amália, Jesus Cristo Superstar, Gaiola das Loucas e outros sucessos. com uma invulgar criatividade, o encenador surpreendeu, uma vez mais, pela dinâmica sucessão de quadros, pontificada por momentos de pura magia. ao longo de quase duas horas, o público rendeu-se ao excelente desempenho de um alargado elenco, constituído por actores, cantores, músicos e bailarinos. este regresso de la Féria ao palco do salão preto e prata, do casino estoril, pode também ser visto como uma antevisão dos principais projectos que espera levar a cena, como O Fantasma da Ópera, Os Miseráveis, Hello Dolly, Mamma Mia e Evita. trata-se de uma revisitação das grandes noites do maior criador de teatro em portugal, que ao longo dos anos foi atraindo ao teatro milhões de espectadores. este é, sem dúvida, um trabalho original que irá surpreender o público, com uma nova perspectiva dos êxitos históricos das encenações de la Féria: as melhores canções, os melhores fados, as melhores cenas, as melhores coreografias, os melhores cenários e o melhor guarda-roupa. numerosas personalidades de relevo da sociedade portuguesa, nomeadamente do meio político, empresarial, artístico e dos media, acompanharam com especial interesse O Melhor de La Féria, aplaudindo os momentos mais emblemáticos de produções que marcaram a carreira do encenador. | 1. Mário assis Ferreira e Filipe la Féria | 2. Manuela e antónio salavessa da costa | 3. natália e daniel proença de carvalho | 4. célia e almerindo Marques | 5. Maria de belém Roseira e Manuel pina | 6. Fernando pinto e mulher | 7. Leonor e Vasco Rocha Vieira
7 108/FRONTLINE
social Prémios literários
distinção MeRecida em cerimónia solene, o auditório do casino estoril recebeu, uma vez mais, a entrega dos prémios literários Fernando namora e Revelação agustina bessa-luís. instituídos pela estoril-sol, os prémios literários Fernando namora e Revelação agustina bessa-luís foram este ano atribuídos, respectivamente, aos escritores luísa Costa Gomes, com Ilusão (ou o que quiserem), e paulo bugalho, com A Cabeça de Séneca. o presidente da República, aníbal cavaco silva, presidiu à cerimónia, congratulando-se pela decisão da estoril-sol em manter a atribuição dos prémios literários.
FRONTLINE/109
LIVROS
“O esforço para unir a sabedoria e somente
O VerdadeirO TesOurO dOs TempláriOs Jacques Rolland Publicações Europa-América
anTóniO Champalimaud Isabel Canha e Filipe S. Fernandes Esfera dos Livros
aTé que O amOr nOs separe José Gameiro Matéria-Prima
Jacques Rolland é categórico: existe efectivamente um Tesouro dos Templários. E nem os historiadores clássicos nem os autores de histórias fabulosas sonham sequer em contestá-lo. Pelo contrário, ninguém apresenta provas e a maior parte dos autores confunde os leitores ao levá-los por caminhos já demasiado trilhados. Nesta obra, um exame minucioso da Ordem do Templo permite a elaboração de várias hipóteses muito importantes, frutos de um estudo aprofundado da corrente revolucionária que foi a Ordem. Este ensaio encontra-se organizado em cinco partes bem distintas, mas que revelam uma unidade singular: o simbolismo do tesouro, as catedrais onde o encontramos hoje em dia, as pistas falsas e, por fim, a demanda do Graal.
Com a biografia antónio Champalimaud, os autores Isabel Canha e Filipe S. Fernandes traçam com rigor e exaustão a vida deste extraordinário homem de negócios português, uma personagem corajosa, enérgica e de uma inteligência rara, que multiplicou a pequena fortuna herdada do pai e do tio, e que, quando perdeu quase tudo, não baixou os braços e reconstruiu todo o seu império de novo. António Champalimaud foi o maior empreendedor do século XX português, um verdadeiro construtor de impérios. Durante 64 anos, desde os 18 anos até à sua morte, a sua vida foi inteiramente dedicada aos negócios. Um homem seco, magro, com um olhar vivo e fala sincopada, convicto das suas afirmações, de uma inteligência rara, enérgico, corajoso, provocador, polémico, determinado e apaixonado pelo risco.
Tomando como ponto de partida as crónicas semanais do expresso e várias peças de diversos casos que atendeu no seu divã, José Gameiro construiu estas duas personagens, Manuel – o piloto de aviões – e Maria – a bancária –, que se debatem com os grandes dilemas e os pequenos conflitos da vida conjugal. Embora sejam um casal exemplar, têm de enfrentar as suas crises. Quando surge uma sensual italiana, como vão eles equilibrar o seu amor? Como poderão ultrapassar os ciúmes, a traição, a saudade, a inveja? Através dos anos de experiência do psiquiatra, esta ficção torna-se também modelar para muitos dos problemas que qualquer marido e mulher poderão encontrar. Este é um livro a não perder.
110/FRONTLINE
LIVROS
e o poder raramente dá certo por tempo muito curto.” Albert Einstein (1879-1955, físico alemão)
TempOs COmpliCadOs, sOluções simples Bárbara Barroso Oficina do Livro
O CasO rembrandT Daniel Silva Bertrand Editora
CaTCh-22 Joseph Heller D. Quixote
Nos tempos que correm, a gestão do seu orçamento familiar é uma tarefa cada vez mais difícil. Mas, passo a passo, com rigor e a informação certa, conseguirá retomar o controlo total das suas finanças e tornar-se um verdadeiro especialista na gestão do seu próprio dinheiro. Qual o estado das suas finanças pessoais? Se deixasse de trabalhar hoje, quantos meses conseguiria sobreviver com o nível de despesas que tem agora? Quais os encargos que pode reduzir, de facto? Sabia que os juros compostos são o segredo dos grandes investidores? Estas e muitas outras respostas estão neste livro. Bárbara Barroso, especialista em finanças pessoais, explica-lhe como fazer uma avaliação da sua saúde financeira, a reduzir o endividamento e o desperdício no orçamento familiar – e, por fim, a multiplicar as suas poupanças.
Decidido a cortar os laços com o Departamento, Gabriel Allon refugiou-se nos penhascos da Cornualha com a sua bela mulher, Chiara. Mas, uma vez mais, esse isolamento é interrompido por alguém vindo do seu complexo passado: Julian Isherwood, o sedutor e excêntrico negociante de arte londrino. Como de costume, Isherwood tem um problema. E apenas Gabriel o pode resolver. Em Glastonbury, um restaurador de arte é brutalmente assassinado e um quadro de Rembrandt, há muito desaparecido, é misteriosamente roubado.Apesar da sua relutância, Gabriel é persuadido a utilizar os seus talentos singulares para encontrar o quadro e os responsáveis pelo crime. Mas, ao seguir meticulosamente um rasto de pistas com início em Amesterdão, passagem por Buenos Aires e fim numa villa nas margens graciosas do lago Genebra, Gabriel descobre que há segredos mortíferos associados ao quadro.
Passado em Itália durante a II Guerra Mundial, Catch-22 conta a história de um comandante de bombardeiros, um herói incomparável e matreiro, que está furioso porque milhares de pessoas, que não conhece de lado nenhum, querem matá-lo. Mas o seu verdadeiro problema não é o inimigo – é o seu próprio exército, que está sempre a aumentar o número de missões de voo que os homens têm de cumprir para completarem a sua comissão de serviço. Porém, se tenta arranjar uma desculpa para ser dispensado das perigosas missões que lhe são atribuídas, viola a Catch-22, o artigo 22, uma norma burocrática hilariante, mas ao mesmo tempo sinistra: um homem é dado como doido se continuar a participar voluntariamente em perigosos voos de combate, mas se apresentar um pedido formal de dispensa é declarado mentalmente são e como tal é-lhe negada a dispensa.
FRONTLINE/111
música
“a música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende”
DAVID GARRETT Rock Symphonies David Garrett é um artista que toca como respira, cuja fama começou a correr mundo. Ganhou o recorde do Guiness como o mais rápido violinista do mundo e, só na Alemanha, a sua terra natal, conta já com mais de um milhão de discos vendidos. Garrett tem a particularidade de arrastar multidões atrás dele, cativando desde crianças a adultos. Famílias inteiras rendem-se à sua mestria, que tanto escolhe um repertório mais clássico como mais pop. Em Rock Symphonies interpreta clássicos dos U2, Queen, Beatles ou Michael Jackson.
MARCO RODRIGUES Tantas Lisboas Marco Rodrigues é já um nome conhecido do público, graças à edição do disco Tantas Lisboas, que lhe trouxe um grande reconhecimento por parte do público, da crítica e de todo o meio musical. Do seu novo trabalho destacam-se temas como “O Homem do Saldanha” (com Carlos do Carmo),“A Rima Mais Bonita” (tema de apresentação do disco),“A Valsa das Paixões” (com Mafalda Arnauth) ou mesmo o clássico “Fado do Estudante”.
Arthur Schopenhauer
BJORK Biophilia Bjork é uma das artistas mais amadas em Portugal, daí que Biophilia tem um enorme destaque na imprensa nacional. Este é mais do que um simples disco, as canções que o compõem são a banda sonora de um objecto educativo e de lazer, as quais têm sido apresentadas, uma a uma, nas suas correspondentes Biophilia Apps. É de salientar que Biophilia tem vindo a ser apresentado ao vivo, numa digressão mundial que durará três anos. No entanto, no nosso país ainda não existem datas confirmadas.
JOE JONAS Fast Life Joe Jonas é um dos membros do trio Jonas Brothers, um dos fenómenos mais avassaladores dos últimos anos. Em 2011, estreia-se com o disco Fast Life e vem apresentá-lo a Portugal num showcase exclusivo. A primeira música a ser conhecida intitula-se “See No More” e já ultrapassou os 8 milhões de visualizações on-line. Este é o reconhecimento total de um fenómeno de massas como é o caso de Joe Jonas. Habituado ao estrelato e à exposição mediática, o músico norte-americano opta por uma abordagem musical diferente daquela que partilha com os seus irmãos. Desta feita, é mesmo um registo mais maduro e intimista que sobressai de um trabalho na primeira pessoa.
JAMES BLAKE James Blake Assistimos nos dois últimos anos a explosões criativas e ao aparecimento de novas gerações de artistas, quer na música electrónica de dança, quer com canções emotivas e introspectivas, mas ambos os géneros mantiveram-se mutuamente exclusivos. Até agora! Com um estilo de produção electrónica singularmente emocional e tão profundamente pessoal, como são a sua voz e a sua forma de compor, James Blake está a conquistar um lugar absolutamente único no universo musical. Este álbum promete dar a conhecer um novo estilo.
112/FRONTLINE
TÍTULO SIMULADO
www.hv-press.pt
FRONTLINE/113
agenda 8 de Dezembro Campo Pequeno ThE SMAShiNg PuMPkiNS Os Smashing Pumpkins actuam dia 8 de Dezembro no Campo Pequeno, encerrando em Lisboa uma digressão de 23 concertos na Europa. A banda de Billy Corgan (voz e guitarra), Jeff Schroeder (guitarra), Mike Byrne (bateria) e Nicole Fiorentino (baixo) regressou à estrada com uma curta tournée americana de 12 datas em que afinará o espectáculo que traz à Europa em Dezembro. O repertório misturará clássicos do grupo, bem como algumas canções do álbum que está neste momento em finalização e será editado no princípio de 2012, Oceania. Nos próximos meses toda a discografia dos Smashing Pumpkins – incluindo Machina: The Machines of God (2000) e Zeitgeist (2007) – será reeditada em versões remasterizadas com temas bónus, num calendário que se estenderá por 2012.
10 a 22 de Dezembro Teatro Nacional de São Carlos rOMEu E JuLiETA De todas as peças escritas por William Shakespeare, Romeu e Julieta é, indubitavelmente, a que mais tem sido utilizada como tema para a dança. grande parte do sucesso que as inúmeras produções de dança desta obra obtiveram no século XX não se deve somente à magnificência da obra de Shakespeare, mas também à sua frequente associação com a música de Sergei Prokofiev, escrita em 1935, pouco após o seu regresso à união Soviética. Esta versão de Romeu e Julieta, coreografada pelo sul-africano John Cranko para o Teatro alla Scala de Milão em 1958, foi estreada pela Companhia Nacional de Bailado no ano de 2001 e é, ainda hoje, uma das versões coreográficas de referência. Depois da reposição em Março de 2011, a Companhia Nacional de Bailado volta a dançar Romeu e Julieta no Teatro Nacional de São Carlos, com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e direcção da maestrina Joana Carneiro.
17 de Dezembro Pavilhão Atlântico rihANNA A Everything is New orgulha-se de apresentar a mega estrela mundial rihanna, ao vivo, no Pavilhão Atlântico, dia 17 de Dezembro. Depois do sucesso global da digressão rated r, rihanna traz a Portugal a Loud Tour, a primeira oportunidade para o público nacional ouvir ao vivo os novos êxitos,“only girl (In The World)” e “What’s My Name”, do novo álbum Loud. Na primeira parte actuará o DJ britânico Calvin harris. Editado em Novembro do ano passado, Loud, o quinto álbum de originais de rihanna, entrou directamente para o terceiro lugar do top nos Estados unidos.
114/FRONTLINE
19 de Dezembro Teatro Tivoli A BELA ADOrMECiDA Baseado no conto de Charles Perrault La Belle au bois Dormant, A Bela Adormecida, bem ao estilo francês do século XVIII, é considerado um dos bailados que maior interesse desperta junto do grande público. Esta obra-prima Tchaikovsky, sem dúvida, uma das mais belas páginas do ilustre compositor russo, será dançada pelo Ballet Estatal Russo, uma reconhecida companhia de ampla experiência. A relação da música de Tchaikovsky com a coreografia de Petipa é de tal forma perfeita que seria difícil imaginar outra leitura da partitura. Por isso, música e coreografia, numa simbiose genial, fizeram com que esta peça fosse considerada a obra emblemática da dança clássica. Este é um espectáculo para toda a família, que não deve perder!
21 de Dezembro a 8 de Janeiro Pavilhão Atlântico CirquE Du SOLEiL: ALEgríA Alegría é uma produção clássica do Cirque du Soleil aclamada internacionalmente e que deslumbrou mais de 10 milhões de pessoas no mundo inteiro, desde a estreia em Montreal em 1994. Apresentando um elenco de 55 artistas e músicos originários de 17 países diferentes, tem um estilo barroco e operático e apresenta um guarda-roupa extravagante, música ao vivo e uma actuação elaborada que realça o surpreendente espectáculo artístico e atlético. O resultado é uma impressionante mistura de talento, força e velocidade, combinados com performances elegantes, quase etéreas.
6 e 7 de Janeiro Campo Pequeno FoReVeR KINg oF PoP Temas como “Billie Jean”, “Beat it”, “Bad”, “i Want You Back”, “Smooth Criminal”,“human Nature” e “Thriller” são alguns dos escolhidos para integrar Forever King of Pop, uma celebração que viaja por toda a carreira de Michael Jackson, privilegiando a emoção, intensidade e ritmo que o artista colocava em cada concerto. Com 40 artistas em palco, entre bailarinos, cantores, actores e músicos, Forever King of Pop conta com coreografias brilhantes e vozes prodigiosas que em tudo respeitam e prestam homenagem à carreira de Michael Jackson. Para os mais de 600 mil espectadores que já o viram, este é o espectáculo em que até os mais cépticos e menos fãs se rendem à lenda.
HÁ UM NOVO BANCO QUE FINANCIA AS EMPRESAS PORTUGUESAS
e que dinamiza o relacionamento − comércio e investimento − com Angola
Informe-se das soluções financeiras do Banco BIC.
Crescemos Juntos