orochi orochi
O FENoMENO DO RAP NACIONAL ˆ
o rapper brasileiro com mais ouvintes mensais no Spotify.
Orochi é o apelido de Flávio Cesar Castro, um garoto de 21 anos, que se tornou o rapper brasileiro mais ouvido do Spotify. Surpreendentemente, Orochi superou grandes nomes como Emicida e Projota ao atrair mais de 3,2 milhões de ouvintes mensais na plataforma.
O cantor, que começou aos 14 anos a percorrer o circuito de batalhas de rap, fez o seu nome organicamente nas rodas culturais. Natural de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, Orochi ficou conhecido em uma batalha perto de onde morava, acumulando 21 vitórias consecutivas naquele espaço. Em 2015, defendendo a sua cidade, conquistou o título máximo do Freestyle no Campeonato Nacional, que aconteceu em Belo Horizonte, com apenas 15 anos.
Nessa época, Orochi também era integrante do grupo de rap Modéstia Parte. Emplacou hits como Te Encontrar, Cálices e Goles Perdidos, somando mais de 100 milhões de visualizações no YouTube até ali. O sucesso o fez viajar pelo país todo para apresentar o seu trabalho.
Com a carreira consolidada e já conhecido no cenário hip hop, Orochi foi detido no início de 2019 por porte de drogas e desacato à autoridade quando estava a caminho de um show na Região dos Lagos, foi parado pela Polícia Rodoviária.
Sabia que a repercussão do caso poderia prejudicar a influência que tem para muitos jovens negros de comunidade, visto que uma reportagem alegou prisão por porte de arma, o que não ocorreu.
Poderia ser o fim de uma carreira que estava apenas começando. Orochi transformou o pesadelo em música. Nove dias depois do ocorrido, o rapper lançou “Balão”, sabendo a importância da sua mensagem no rap, com os versos: quase que eu caio na ilusao na ilusao. Mas vi que aquilo la nao era pra mim
Ele desabafa por quase ter caído no mesmo destino de muitos jovens negros do Brasil. Sua letra também mostra como o caminho da música foi importante para sua vida: a midia nao me deu um trofeu quando eu fui campeao nacional. Agora quer me fazer de reu.
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, declara o musico e empresario orochi. ‘ ‘
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O que aconteceu agora e reflexo de muita dedicacao e talento de eu ter criado uma vibe nova pro meu som e principalmente pelo trabalho em equipe. Tenho uma rapaziada forte que cuida dos meus clipes mixa a minha voz faz os beats. ˜
‘ Dez/2022
NO TOPO DA LISTA DAS GRAVADORES MAIS OUVIDAS NO PAIS.
Gravadora carioca faz sucesso unindo Trap dos EUA com o funk da favela
Orochi tem nas suas palavras uma franqueza que não esconde sua humildade, principalmente quando fala de seus projetos na Mainstreet.
“Meus motivos no rap são muito sinceros. Ninguém brinca com o sonho de ninguém, tá ligado? É meu sonho também”, afirma, quando fala sobre cuidar da carreira dos outros. “ Orochi brinca que começou a ser empresariado por Lang há cinco anos e viu nele o parceiro ideal para montar a Mainstreet (nome que, para ele, é uma junção de “mainstream”, o grande mercado, com “street”, rua).
O empresário Lang que já trabalhou com várias mc’s do funk como o mano Nandinho do hit ‘Malandramente’, conta que conheceu Orochi ainda adolescente na Praça do Tanque, em Niterói… época em que era MC de batalha e fazia parte do grupo Modéstia à Parte.
“Mal existia uma cena de trap no Rio, mas o Orochi era um moleque muito fora da curva. Ele foi campeão nacional das batalhas de rima quando tinha 15 anos, e concorrendo com um pessoal bem mais velho que ele — diz o empresário. — E com ele eu identifiquei uma virada de jogo. O movimento do trap estava crescendo muito na cidade, enquanto o funk se tornava um gênero musical mais difícil de se trabalhar, por causa do estouro dos podcasts de DJ. Eles mesclavam várias músicas, tornando cada vez mais difícil que você estourasse um MC de funk.”
Orochi é ambicioso. No início de 2020 fundou a produtora Mainstreet, junto de seu sócio Lucas Lang termo que tem também tatuado na cabeça, um projeto para lançar outros jovens no rap. Tem cara, jeito e ideia de bonde consolidado pelos americanos há muito tempo, mas que nunca deu muito certo no Brasil, país onde os MCs nunca se juntaram para cantar.
MAINSTREET RECORDS GRAVADORA DO RAPPER OROCHI ESTA
A Mainstreet Records começou a ganhar ascensão no cenário desde o seu início, já que o fundador da gravadora Orochi, já estava com um grande sucesso em sua carreira e já tinha no momento, milhões de views em suas músicas. Quase um ano após o início de seus trabalhos, a gravadora se tornou a maior em número de ouvintes mensais do rap nacional, dentro da plataforma do Spotify. Os maiores hit da gravadora no Spotify são as músicas: Vida Louca do MC Poze no Rodo, Saturno –BIN, A Cara do Crime (Nós Incomoda – Vários artistas), Aonde Eu Sou Cria – Borges ft NGC Daddy, Lobo – Orochi, dentre outras… juntas acumulando mais de 200 milhões de visualizações, somando entre todos os seus artistas. A Mainstreet é a gravadora do rap nacional com o maior número de ouvintes mensais há 9 meses consecutivos e segue lançados HIT’s no âmbito da música brasileira.
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Antes era difIcil um artista de rap tocar em comunidade mas hoje acontece bastante. Foi bom pra geral nAO sO porque abriu o pUblico mas porque trouxe muito mais arte dentro das comunidades. Para dois gEneros que sofrem muito preconceito que sAo marginalizados E bom se juntar. ˜
Declara Orochi.
Mainstreet tem recebido elogios até de veteranos da cena carioca, como Marcelo D2, que disse: “Em tempos em que se fala tanto de empreendedorismo o rap vem dando aula. A Mainstreet tem mostrado o caminho de como o estilo precisa se organizar daqui para a frente.”
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Os atuais integrantes da Mainstreet Rec. são: Orochi, Bin, MC Poze, Borges, Chefin, Oruam, SV, PL Quest, Azevedo, Bielzin, Shenlong, Benny Free, Maquiny, Kizzy, Jess Beats, Ajaxx e DJ Nemo.
Dez/2022
eu Quemsou eu Faça o teste e descubra o seu match musical Faça o teste e descubra o seu match musical ? ? Assinale a arternativa que mais representa você e seu estilo Assinale a arternativa que mais representa você e seu estilo
Quemsou
Escolha
Escolha uma cor: (a) Preto (b) Violeta (c) Vermelho
Escolha um título que melhor descreva sua vida amorosa: (a) Nada é Pra sempre (b) Me negaram Amor (c) 1 por amor, 2 por dinheiro
L7nnon CYnthia luz Mano BRown
Se a maioria de suas respostas foi letra A
Seu match musical é o love song, assim como L7 você é viciado(a) em românces e paixões atemporais.
Se a maioria de suas respostas foi letra b
Seu match musical são músicas acústicas, assim como Cynthia seu role favorito é cantar com seus amigos as canções do momento.
Se a maioria de suas respostas foi letra c
Seu match musical é o Rap Raiz, assim como Mano Brown você possui um estilo realista e ambicioso.
01 02 03 04 05 01 02
03 04 05 Com base no seu estilo escolha: (a) Ostentação (b) Esportivo (c) Street Wear Você prefere músicas: (a) Românticas (b) Pop (c) Realistas
uma gravadora: (a) Papatunes (b) Pinapple storm (c) Radar Records
Dez/2022
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Odocumentário Racionais: Das
Ruas de São Paulo pro Mundo, estreou na Netflix na última quarta-feira (16). Já no dia seguinte (17), a produção chegou à liderança da lista de filmes mais assistidos no Brasil pela plataforma. Apresenta cenas inéditas e gravadas ao longo dos mais de 30 anos de carreira dos Racionais. Além disso, entrevistas exclusivas com o quarteto serão apresentadas e exibidas ao público. A direção foi da cineasta Juliana Vicente, que também assina como produtora executiva, ao lado de Gustavo Maximiliano e Beatriiz Carvalho. Desde 2012, Juliana já entendia a função que o Racionais exercia socialmente, para além da música. Naquele ano, ela gravou o clipe de Marighella, canção do grupo. Juliana afirma que, no processo de acompanhar o Racionais MC’s em shows, ouviu diversos fãs comentarem que o grupo salvou a vida deles. No documentário, um dos principais pontos explorados é a ligação do grupo com pessoas da periferia.
—Para muita gente, Racionais MC’s é religião, é partido político, e um pai para quem nunca teve, vai muito além da música — destaca a diretora.
Desde sua criação, os rappers representam a voz dessas comunidades.
— Queria que os pretos me ouvissem, queria ir no coração deles — anuncia Mano Brown em uma das cenas iniciais do documentário.
— Eles estão lá dentro, né? Eles vivem ali, continuam circulando ali. A vida dos caras é a favela e eles falam o que ninguém quer falar — afirma Juliana.
Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo mostra não só o impacto político e social do grupo, mas também a influência da capital paulista na vida dos artistas. Os marcos territoriais, os bairros de onde cada um vem e o deslocamento pela cidade ganham protagonismo no longa, transformando a cidade em personagem do filme.
11 Dez/2022
Dez/2022
A história dos Racionais MC’s teve início em São Paulo, no ano de 1988. Eles se conheceram quando Mano Brown e Ice Blue foram ver o KL Jay e Edi Rock tocar no Clube do Rap, que na década de 80 ficava na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. Depois, marcaram de se encontrar na Rua São Bento, ponto de encontro da cena hip hop paulista e foi assim que Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay passaram a somar forças na construção artística.
A inspiração para o nome do grupo veio de Tim Maia, mais precisamente do disco Tim Maia Racional. Em 1988, gravaram as primeiras músicas que entraram na coletânea Consciência Black, Vol. I, Tempos Difíceis e Pânico Na Zona Sul.
Em 1990, gravaram o primeiro EP, Holocausto Urbano e no ano seguinte o segundo, Escolha O Seu Caminho. Nesses trabalhos, o grupo já mostrava a que veio: falar sobre a violência sofrida pelos jovens da periferia, o combate ao racismo e as desigualdades sociais.
Durante uma entrevista para a revista Trip, Mano Brown chegou a comentar que no início o grupo se comportava como se fosse uma gangue. Andavam armados e costumavam repartir o dinheiro dos shows, sem investir em nada.
Em 93 as coisas começaram a caminhar para eles, os Racionais MC’s faziam uma média de seis shows por noite e quando chegava na segunda, repartiam o dinheiro entre os integrantes.
Para KL Jay, quando você é jovem e preto, não tem muita opção de trabalho e vem a ambição de querer tênis, moto, e, sem perspectiva de emprego, fica seduzido pelo crime. Mas, o rap tomou parte da vida. deles Ver de perto a violência que ocorre dentro das periferias fez com que todos repensassem e foi a partir dessa visão que passaram a dialogar e ensinar milhares de jovens.
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Raio-X Brasil
Após os dois EPs, o primeiro álbum do Racionais MC’s foi lançado em 1993, com o nome de Raio-X Brasil. Nesta época, o grupo estava em evidência em São Paulo e já era muito conhecido na periferia. Duas músicas se destacaram no disco: a primeira foi Fim De Semana No Parque e, com isso, o grupo ganhou projeção em outros estados. Em seguida, veio o sucesso Homem Na Estrada. Escritas por Mano Brown, as músicas passaram a tocar em rádios e em bailes de hip hop, fazendo o Brasil se voltar para o que o grupo estava denunciando em suas letras.
Sobrevivendo No Inferno
Quatro anos depois, um divisor de águas acontece na carreira do Racionais, com o lançamento de um dos álbuns mais aclamados do rap nacional, Sobrevivendo No Inferno, de 1997. O álbum vendeu aproximadamente 500 mil cópias e o clipe de Diário De Um Detento se destacou nas paradas da MTV e acabou conquistando dois prêmios no Video Music Brasil: Melhor Vídeo de Rap e Escolha da Audiência.
Aliás, os integrantes sempre foram alheios a entrevistas, principalmente no início da carreira e, por conta dessa postura, a produção da MTV quase não conseguiu levá-los para receber os prêmios.
Além de Diário De Um Detendo, o disco trouxe outros grandes clássicos, como Capítulo 4, Versículo 3, Fórmula Mágica Da Paz e Mágico De Oz.
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Album nao e o preferido dos integrantes
Embora seja muito aclamado pela mídia e pelos fãs, Sobrevivendo No Inferno não é o preferido dos integrantes.
Inclusive, Brown acredita que o país vivia uma cegueira na época do lançamento do disco, pois foram chamados de gênios quando estavam falando o óbvio, algo que todos deveriam ter compreensão a respeito do que ocorria com o jovem negro, o ex-detendo, e a rotina nas periferias.
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Na visão de KL Jay, Sobrevivendo No Inferno pode ter se tornado o clássico, mas o melhor é Nada Como Um Dia Após O Outro Dia, o álbum seguinte, lançado em 2002. É um disco mais real, mais leve e mais musical.
Em Nada Como Um Dia Após O Outro Dia, encontramos sucessos como Vida Loka I e II, Jesus Chorou, Negro Drama, A Vida É Desafio, Da Ponte Pra Cá, entre outros. Após um hiato de 12 anos, o Racionais MC’s lançou Cores & Valores, de 2014. O disco mostra o grupo se renovando, com músicas bem menores, com 2 ou 3 minutos de duração.
Leitura obrigatoria de vestibular
O disco clássico do Racionais MC’s, Sobrevivendo No Inferno, virou livro em 2018, editado pela Companhia das Letras. A obra-prima é um registro histórico que resgatou a autoestima do jovem negro, ao abordar a realidade violenta dentro das periferias. A mensagem do grupo serviu para alertar os jovens a optarem por outros caminhos e fugir de vez da criminalidade. Por conta da importância das letras e todo o contexto, o livro se tornou leitura obrigatória do vestibular da Unicamp.
Na ocasião, o Racionais MC’s comemorou a inclusão do livro entre as leituras obrigatórias do vestibular
2020 através das redes sociais com a mensagem: é a periferia ocupando a Academia.
Importancia do grupo para o rap brasileiro
Além de terem conquistado sucesso de crítica e público, o Racionais MC’s se tornou uma potente voz ativa para a cultura negra. Eles falaram por multidões de jovens que, por tantos anos, foram silenciados.
Denunciaram abusos cometidos pela polícia dentro das comunidades, criticaram veementemente o racismo e contribuíram para importantes reflexões políticas e sociais.
Por conta de suas escolhas em samplear grandes cantores, como Tim Maia, Jorge Ben, Al Green, Marvin Gaye, James Brown, Djavan, entre muitos outros, o grupo fez com os jovens conhecessem artistas essenciais da história da música.
Muitos nomes da nova geração do rap, como Emicida, Criolo, Karol Conka, Preta Rara, Projota, Tássia Reis e Djonga foram influenciados pelo Racionais, o que mostra o grande legado e contribuição do grupo para o rap brasileiro.
15 Dez/2022
Integrantes: Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay
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