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A Nas Alturas Dos estúdios de animação da Pixar, chega o hilário filme de PETER DOCTOR, “Up Altas Aventuras” LUZ, CÂMERA E AÇÃO 7 891322 547105 Peter Doctor O diretor de CINEMA revela que ganhou GLOBO DE OURO em seu último filme Charlie Chaplin O dia em que Chaplin entrou em um concurso de imitadores e perdeu feio Ano XVII N. 10 Vol. II 2022 ISSN 1678-0965
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03 07 09 16 SCRIPT: A Revista p. 03 p. 08 p. 10 p. 14 DESIGNER GRÁFICO Guilherme Soares Glezer Isa belly Da Sil va Freitas PROJETO EDITORIAL/ PUBLISHER Guilherme Soares Glezer Isa belly da Sil va Freitas EDITORA-CHEFE Isa belly da Sil va Freitas EDITOR-ASSISTENTE Guilherme Soares Glezer DIRETOR DE ARTE Guilherme Soares Glezer REVISÃO A nd ré Lam Mara Aguiar GRÁFICA Escola SEN A I De Nigris R. Bresser, 2315 (11) 2797-6333 Theoba ldo EXPEDIENTE
Charlie Chapl

“Charlie Chaplin já entrou num concurso de sósias de Chaplins e ficou em terceiro lugar.” É assim que começa a publicação, uma de milhares que correm as redes sociais, e que alegam o mesmo facto. O ator e comediante britânico Charles Spencer Chaplin (1889-1977) não conseguiu ser o melhor sósia de si mesmo. A partir daí, diferentes publicações acrescentam mensagens de auto motivação e autoajuda.

O boato tem mais de 100 anos e começou a ser divulgado em 1920, tendo chegado a ser publicado em vários jornais internacionais. No entanto, o próprio ator viria a desmentir a veracidade dessa história numa entrevista dada à revista Life nos anos 1960.

O site brasileiro dedicado à verificação de factos desde 2002, o E-Farsas, levou a cabo uma grande investigação para concluir se a história é verdadeira ou não. Foi um comentário deixado no site que ajudou a desvendar a história: Jeffrey Vance, autor do livro “Chaplin: Genius Of The Cinema” (2003) alertou para uma entrevista de 1966 — e de que ele fala no seu livro — onde o comediante britânico fala, e desmente, a história.

Constatado o Arquivo de Charlie Chaplin, foi cedida uma imagem da transcrição da entrevista dada ao jornalista e editor da revista Life Richard Meryman. “Porque é que eu faria isso? Passo o dia todo a trabalhar e certamente não iria querer fazer isso [entrar num concurso de sósias]”, respondeu Charlie Chaplin ao entrevistador.

O próprio Charlie Chaplin desmentiu o boato, que circula desde os anos 1920, numa entrevista em 1966 ao jornalista e editor da revista Life Richard Meryman, como é possível verificar na transcrição da entrevista cedida pelo Arquivo de Charlie Chaplin ao site brasileiro de fact-checks E-farsas.

“O som aniquila a grande beleza do silêncio.” Charles Chaplin“.

Quando se fala de trilha sonora, temos que ter como referência vários compositores do mundo cinematográfico, e também é impossível deixar de citar o famoso cinema mudo como grande exemplo.

Nos primórdios da história do cinema, os filmes não eram seguidos por uma sonoridade condizente com as imagens em desfile nas telas, mas isso não significa que eles eram partidários do silêncio absoluto. Embora fossem remotos os sonhos de sincronizar cenas dos filmes com registros sonoros próprios, os avanços tecnológicos ainda eram incipientes, não permitiam a realização deste anseio.

O cinema mudo veio para que as pessoas tomassem gosto de ir ao cinema e assistir a um filme onde havia emoção, aventura, comédia, ele é uma junção da imagem com a música que a cada tipo de cena muda o tipo de sonorização para que provocasse um efeito de mudança das cenas.

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Ninguém questiona a importância de Chaplin para o cinema. Sem dizer uma palavra ele conseguiu traduzir todos os sentimentos humanos. Ele foi um pensador a partir da imagem, conseguiu passar uma emoção para o público que muitos artistas nunca conseguiram.

Chaplin foi uma das personalidades mais marcantes e criativas da era do cinema mudo, atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Seu posicionamento político de esquerda sempre esteve presente em seus filmes. Tempos Modernos foi um filme que criticava a situação da classe operária e dos pobres, utilizando conceitos marxistas elaborados por Karl Marx.

Além disso, Charles Chaplin, um homem humilde cuja dignidade vai além de seus trajes maltratados, folgados sapatos, um chapéu-coco e uma bengala, suas marcas registradas e imortalizadas na história do cinema mudo.

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UP

Data de lançamento: 4 de setembro de 2009

O filme Up (2009), da Pixar, conta a história de Carl Fredricksen, um viúvo solitário e ranzinza de 78 anos, que embarca numa aventura para realizar um sonho de juventude que mantinha com a mulher, Ellie. Os dois queriam descobrir o Paraíso das Cachoeiras, um ponto pouco conhecido situado na América do Sul.

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Antes da chegada do escoteiro Russell, o personagem simbolizava a casmurrice. A velhice vivida por Carl, no princípio do filme, é representada por um olhar negativo, da invalidez e da decadência. Carl é rabugento, teimoso, não tem mais tanta independência física e não deseja interagir socialmente.

A bengala e os óculos pesados que carrega são símbolos da velhice e da crescente fragilidade física.

Russel

Além de ir perdendo o seu vigor físico e mental, Carl também se vê diante da perda da autonomia de escolher onde quer viver, uma vez que é praticamente expulso da própria casa.

O que ele não contava, no entanto, é com o roliço Russell, um garoto determinado a receber uma medalha por ‘prestar ajuda a um idoso’. Juntos, os dois passarão por alguns perigos, dificuldades e descobertas, como uma ave exótica e muito colorida e cachorros que falam, até se depararem com um inimigo à altura do desafio assumido.

A imaginação aqui é que acaba por salvar Carl, que usa as habilidades da profissão que teve - ele era um vendedor de balões -, para fazer, literalmente, levantar voo a sua própria casa.

A casa possui uma simbologia muito forte na trama: as paredes da casa testemunharam toda a relação, desde o primeiro dia de encontro - quando os dois brincavam juntos de aviadores - até os últimos dias da esposa.

UP Altas Aventuras

Terceiro filme mais visto em todo o ano nos Estados Unidos, Up: Altas Aventuras é um impressionante sucesso de bilheteria por onde passa, tendo arrecadado mais de US$ 700 milhões ao redor do mundo! O fenômeno se repete também junt aos críticos, que o apontam como um produto excitante, hilariante e apaixonante em todos os aspectos. E é praticamente impossível discordar. Se há algum porém, é o efeito 3D, que acaba virando coadjuvante, como um acréscimo no pacote que em nenhum momento chega a ser fundamental.

A casa

como um símbolo

do amor de Carl e Ellie

A residência é, portanto, uma síntese da vida a dois. Ao tirar a residência do lugar, Carl a salva de ser demolida e, ao mesmo tempo, realiza o sonho da juventude que partilhava com a esposa, que era conhecer a América do Sul.

A subida da casa pelos balões representa uma solução dupla: por um lado Carl consegue resguardar a casa tal como ela é, protegendo-a do interesse daqueles que a queriam demolir, e, por outro, consegue, de dentro do seu conforto e espaço, realizar também o seu sonho.

A ficção tem a capacidade de transformar o imóvel em móvel e levar Carl fisicamente e emocionalmente para um novo lugar.

RECARREGUE AS SUAS ENERGIAS COM COCA-COLA

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