Lisbon ZOO · magazine 2020

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...Bernardo Ferrão ... conversas com amigos do Jardim Zoológico

“...Os valores da família que encontro no Zoo.” O pai era arquiteto e a mãe, eventualmente, teria gostado que tivesse seguido as suas pisadas. Foi para economia mas o caminho também não seria por ali. Quando acabou a licenciatura em Ciências da Comunicação, no Porto, disse “eu quero ir trabalhar para a SIC”. Bernardo cumpriu.

C

resceu a norte mas a paixão pelo jornalismo e o amor à primeira vista trouxeram-no para sul. No entanto, foi uma visita ao Jardim Zoológico que o trouxe a Lisboa pela primeira vez. A discrição fora dos ecrãs talvez contraste com a frontalidade que assume na televisão, porque a missão do jornalismo assim o exige. Bernardo Ferrão é sub-diretor de Informação da SIC e SIC Notícias, coapresenta o programa semanal Expresso da Meia-Noite, é cronista no Expresso Diário/Online, e porque “a verdade acima de tudo”, sem concessões ou adaptações, atualmente apresenta e coordena a rubrica do Jornal da Noite, “Polígrafo SIC”, um programa que procura apurar a verdade no espaço público.

“A SIC foi amor à primeira vista”, e o jornalismo foi desde sempre uma paixão? Desde que me lembro que sempre me imaginei jornalista. Na verdade, ainda andei em economia no liceu, mas rapidamente percebi a minha queda para as humanidades. A curiosidade é uma característica fundamental e condição para se ser jornalista, procurar a verdade, os factos, saber mais, o detalhe dos acontecimentos. Os meus pais sempre estimularam a nossa curiosidade, o conhecimento. O meu pai lia muito e isso fez com que se criasse uma cultura em casa muito orientada para o conhecimento.

Quem foram as suas grandes referências dentro e fora do jornalismo, e de que forma o influenciaram? Em Portugal faz-se muito bom jornalismo. Na rádio, nos jornais e na televisão há excelentes jornalistas. Em casa dos meus pais, o jornal Expresso era religioso, lembro-me de ir aos sábados de manhã comprá-lo com o meu pai. Mas não consigo agora dizer quais os jornalistas que mais me marcaram, o que posso dizer é que sou da geração que cresceu com o arranque da SIC, e esse foi sem dúvida um estímulo para seguir esta carreira.


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