A R E V I S TA D O C O M I T É O L Í M P I C O D E P O R T U G A L
N.º 132, Julho de 2012 Publicação mensal
QUE COMECEM OS JOGOS! Londres 2012
Eventos
FORÇA PORTUGAL!
Antes da partida para Londres, os atletas estiveram presentes num conjunto de eventos para uma despedida em grande estilo.
Entrevista ALEXANDRE MESTRE
Secretário de Estado do Desporto e Juventude.
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Sumário 4 EDITORIAL 6 BREVES 8 TEMA DE CAPA Londres 2012 21 PARCERIA HPP SAÚDE 22 ENTREVISTA Alexandre Mestre, Secretário de Estado do Desporto e Juventude 26 EVENTOS Visitas Protocolares Ambição Olímpica Encontro da Missão 32 PUBLIREPORTAGEM Continente 33 ROTEIRO 34 OPINIÃO José Vicente Moura Presidente do Comité Olímpico de Portugal
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TEMA DE CAPA
26 22
ENTREVISTA ALEXANDRE MESTRE
EVENTOS
FORÇA PORTUGAL!
Antes da partida para Londres, os atletas olímpicos estiveram presentes num conjunto de eventos protocolares para uma despedida em grande estilo.
A Olimpo foi conversar com o responsável máximo pelo desporto em Portugal. O Secretário de Estado do Desporto e Juventude aposta em atletas motivados que conquistem bons resultados.
LONDRES 2012
O negócio à volta dos Jogos Olímpicos, os atletas portugueses nos Jogos, os locais de provas e alguns números e curiosidades relacionadas com o maior evento desportivo do mundo.
Ficha Técnica Propriedade e Edição Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 LisboaTel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67 Director José Vicente Moura Director Executivo João Malha Textos Cunha Vaz & Associados Fotos Fernando Piçarra, Vice-Versa e Arquivo COP Projecto Gráfico e Paginação Cunha Vaz & Associados Impressão Sig, Sociedade IndustrialGráfica, Lda. Rua Pêro Escobar, 21, 2680-574 Camarate Lisboa Tiragem 2.500 exemplares Periodicidade Mensal Numero de Registo ICS 102203 Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita
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Editorial
JOSÉ VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal
1912 - 2012
esultados sociais, serão, certamente de excelência, resultados desportivos, não tenho dúvida, honrarão Portugal. UM SÉCULO NOS SEPARA DA PRIMEIRA participação de Portugal em Jogos Olímpicos. Há cem anos o nosso País enfrentava uma profunda crise, a revolução de 1910 que instaurou a República, defrontava-se com grandes dificuldades políticas, sociais, económicas e financeiras. Por falta de verba o Comité Olímpico, em fase organizativa, financia-se através de uma campanha nacional de recolha de fundos. Com organização insipiente, ausência de apoio financeiro estatal, sem preparação técnica adequada, a improvisação foi o factor preponderante nesta representação nacional aos Jogos Olímpicos de Estocolmo de 1912. Estava montado o cenário propício a um golpe de fortuna ou, como infelizmente aconteceu, uma tragédia, assim, o malogrado Francisco Lázaro, nosso representante na Maratona, desfalece em plena prova e morre
às 06h20 de 15 de Julho, no Hospital. Hoje, felizmente, tudo é diferente, em Londres, os nossos atletas vão participar, com os apoios necessários, nunca serão os ideais, após um período alargado e sustentado de preparação. Em 1912 eram seis os atletas nossos representantes, todos masculinos, agora ultrapassa as sete dezenas e 43% são do género feminino. Infelizmente em cem anos estamos ainda longe, muito longe mesmo, do Desporto português contar com um sistema desporti-
vo alargado e devidamente planeado nas suas várias vertentes, escolar, associativa e desta no alto rendimento e de excelência desportiva. Ainda que assim seja, podemos ter a consciência tranquila, o COP, os excelentes técnicos que hoje temos, e as Federações tudo fizeram para que este punhado de excelentes e dedicados atletas possam competir de igual para igual, o que não aconteceu em 1912, com os seus adversários dos restantes países. Resultados sociais, serão, certamente de excelência, resultados desportivos, não tenho dúvida, honrarão Portugal.
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Breves
CERIMÓNIA COP PRESENTE NAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DO COMITÉ OLÍMPICO DO LUXEMBURGO O Comité Olímpico de Portugal (COP) esteve presente nas cerimónias de comemoração do centenário do Comité Olímpico do Luxemburgo, através do seu secretário-geral, Eng.º Marques da Silva. As comemorações tiveram lugar no passado dia 9 de Junho, no Grand Theatre du Luxembourg, na capital do país, e consistiram num espectáculo cénico seguido de jantar. Estiveram presentes o Grã-Duque do Luxemburgo, acompanhado pela sua mulher, bem como o presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rogge, o presidente dos Comités Olímpicos Europeus, Patrick Joseph Hickey, e a grande maioria dos Comités Olímpicos Europeus.
110 mt barreiras
APURAMENTO
JOÃO ALMEIDA ASSEGURA PRESENÇA NOS JOGOS OLÍMPICOS O jovem atleta português João Almeida assegurou dia 2 de Julho a sua qualificação para os Jogos Olímpicos de Londres ao conseguir mínimo B nos 110m barreiras. João Almeida fez o 9.º melhor tempo nas meias-finais dos 110m barreiras nos campeonatos da Europa de Atletismo em Helsínquia. O jovem atleta bateu o recorde nacional com o tempo de 13,56, garantindo assim a sua estreia no maior evento multidesportivo do mundo.
TELMA MONTEIRO É PORTA-ESTANDARTE EM LONDRES
A judoca Telma Monteiro foi a escolhida pela Missão Olímpica para ser a PortaEstandarte da Bandeira de Portugal na cerimónia. A antecipação deste anúncio inicialmente previsto para o dia 26 de Julho, em Londres, deveuse ao facto de a Missão Olímpica entender que não deve criar junto dos atletas qualquer desgaste adicional no que se refere a esta nomeação, face às naturais expectativas de vários elementos. A escolha deveuse ao currículo desportivo da atleta. O actual segundo lugar do Ranking Mundial e título de Campeã da Europa que ostenta foram extremamente importantes nesta escolha, bem como o facto de ser uma cidadã exemplar e responsável, vista, muito justamente, como uma referência para milhões de portugueses.
EVENTO MOÇAMBIQUE ACOLHE JOGOS DA LUSOFONIA 2017
T
eve lugar dia 9 de Julho no Convento de Mafra, a Assembleia Geral da Associação de Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP), na qual ficou definida que Moçambique acolherá os próximos Jogos da Lusofonia, em 2017. A Assembleia contou com a presença dos Comités de Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Sri-Lanka e Timor. Após uma análise da candidatura de Moçambique, foi decidido por unanimidade que o país reúne todas as condições necessárias para a organização do evento. Nesta Assembleia Geral foi ainda aprovada uma moção de confiança à organização dos próximos Jogos da Lusofonia, que terão lugar em Goa, em Novembro de 2013.
ATLETISMO DULCE FÉLIX CAMPEÃ DA EUROPA NOS 10.000M DULCE FÉLIX fechou com chave-de-ouro a participação portuguesa nos Europeus de Helsínquia, que terminou no dia 1 de Julho na capital finlandesa. A atleta de Azurém assegurou o título de Campeã da Europa nos 10.000m subindo para três o número de medalhas conquistadas por Portugal nestes campeonatos da Europa. Numa corrida que
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ABERTURA
CENTRO DE IMPRENSA FOI A PRIMEIRA INFRA-ESTRUTURA DE LONDRES 2012 No dia em que faltava exactamente um mês para o início dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, assistiu-se à abertura da primeira infra-estrutura criada para os JO. Trata-se do Media Press Center (MPC), já totalmente operacional, localizado no Parque Olímpico. O Centro de Imprensa com 31.000 metros quadrados terá quatro pisos destinados a jornalistas, a fotógrafos, ao ‘staff’ da organização de Londres 2012 e ao ‘staff’ do Comité Olímpico Internacional. Espera-se que durante os 52 dias em que estará aberto, período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Centro de Imprensa receba mais de 6.000 jornalistas e fotógrafos. O Centro de Imprensa está localizado ao lado do International Broadcast Centre (IBC) onde a maioria dos jornalistas credenciados estarão durante os Jogos. Após os Jogos Olímpicos, a infra-estrutura será assumida por um dos três concorrentes que se encontram numa ‘short-list’ de onde se seleccionará a empresa gestora: K Fashion Hub, Grupo Oxylane e iCITY.
//Ao lado: Dulce Félix traz a 3.ª medalha para Portugal ganha nos Europeus de Helsínquia
liderou praticamente desde início, Ana Dulce Félix fugiu das suas perseguidoras ao quilómetro sete e arrancou isolada para a vitória, com o tempo de 31.44,75. Para além de Dulce Félix, que relembre-se irá também correr a Maratona nos Jogos Olímpicos em Londres, as atletas Patrícia Mamona e Sara Moreira conquistaram medalhas de Prata e Bronze, respectivamente. Patrícia Mamona surpreendeu no Triplo Salto, batendo o recorde nacional com um salto de 14,52m conquistando assim a Prata neste concurso. Sara Moreira foi 3ª nos 5.000m, que lhe permitiu subir ao pódio para receber a medalha de Bronze. A portuguesa liderou toda a corrida e acabou por perder o título europeu em cima da meta, terminando a distância com 15.12,05.
RTP ABRE CANAL PARA OS JOGOS OLÍMPICOS 2012 A partir de 25 de Julho será possível assistir à RTP Olímpicos num canal em alta definição no cabo através da Zon, Meo e Vodafone, estando a decorrer, à data desta edição, negociações com outros operadores. A partir do dia 27 de Julho, data em que se iniciam oficialmente os Jogos Olímpicos, e até 12 de Agosto, este canal passará interruptamente os jogos, 24 horas por dia.
FALECEU LUÍS CALDAS Faleceu dia 30 de Junho, aos 82 anos, Luís Caldas, uma das maiores referências do Olimpismo português e das Lutas Amadoras. Luís Caldas nasceu em Lisboa, no dia 17 de Dezembro de 1929, foi o único português que esteve presente em Jogos Olímpicos como atleta, chefe de equipa, chefe de missão e juiz. A sua estreia em Jogos Olímpicos ocorreu em Roma, em 1960, onde conquistou o 21.º lugar. Nas edições de 1968 (México) e 1972 (Munique) foi Chefe de Equipa, tendo em 1976, em Montreal, assumido o papel de Chefe de Missão. Em 1980, em Moscovo, foi árbitro internacional de categoria excepcional, tendo sido o primeiro árbitro português
a marcar presença nuns Jogos Olímpicos. Situação que repetiria em 1988 em Seul, Coreia do Sul. O seu trabalho foi reconhecido em 1999 com a condecoração com a medalha de Mérito Desportivo. De referir ainda que foi Secretário Adjunto do Comité Olímpico de Portugal. À família enlutada, o Comité Olímpico de Portugal apresenta as suas sentidas condolências.
JOGOS DA LUSOFONIA
FIM DA ACTIVIDADE DA COJOL
A Comissão Organizadora dos 2.ºs Jogos da Lusofonia - Lisboa 2009 (COJOL) foi oficialmente constituída a 31 de Janeiro de 2008, depois da histórica deliberação adoptada na Assembleia Geral da Associação dos Comité Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP), realizada em Macau, em 2006, por ocasião da primeira edição dos Jogos.
O órgão máximo da COJOL, Conselho de Gestão, foi presidido pelo presidente do COP, Comandante José Vicente Moura, o secretário-geral, Manuel Marques da Silva, e pela campeã olímpica Rosa Mota e secretariado por José Manuel Costa. Teve ainda assento neste órgão estatutário de cúpula, por inerência, o director executivo da COJOL, João Ribeiro. A organização daqueles que se cotaram como a maior competição multidesportiva jamais realizada em Portugal, alcançando enorme prestígio internacional para Portugal e para a causa da Lusofonia, como foi reconhecido por S. Exa. o Presidente da República, Professor Dr. Aníbal Cavaco Silva, e pelo Governo, cessou a sua actividade a 26 de Junho de 2012.
325mil euros 3toneladas 25metros São os números que dizem respeito ao custo, peso e diâmetro dos Anéis Olímpicos gigantes colocados na Tower Bridge para assinalar o dia em que faltava um mês para os Jogos Olímpicos.
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A
realização dos Jogos Olímpicos, de 27 de Julho a 12 de Agosto, é o acontecimento mais mediático, prometendo atrair milhões de visitantes de todo o mundo. A revitalização urbana imposta pela realização dos Jogos, mostram que apesar da crise económica, Londres parece estar a recuperar a sua pujança. Depois de 1908 e 1948, esta será a terceira vez que Londres organiza os Jogos, tornando-se assim a cidade que mais vezes acolheu a versão moderna desta competição. A partir de 29 de Agosto e até 9 de Setembro decorre a 14.ª edição dos Jogos Paraolímpicos dedicados a atletas com necessidades especiais. De acordo com o relatório trimestral “London 2012 Olympic and Paralympic Games” de Fevereiro de 2012, os Jogos Olímpicos de Londres 2012 terão um custo associado de 11,5 mil milhões de euros, financiados pelo sector público. Estas despesas são
repartidas entre o Governo liderado por David Cameron, suportando 67% dos custos, o equivalente a 7,7 mil milhões de euros, a instituição que gere a Lotaria Nacional, que contribui com 23%, 2,7 mil milhões de euros, e pela Câmara de Londres, que financia 10% do valor, ou seja, cerca de 1,1 mil milhões de euros. O financiamento das instalações e infraestruturas vem essencialmente do Orçamento do Estado. Os Jogos propriamente ditos serão financiados maioritariamente pelo sector privado. Aquando da publicação deste relatório, a 150 dias da abertura dos Jogos e com 96% das construções concluídas, o Ministro do Desporto e dos Jogos Olímpicos, Hugh Robertson, disse estar confiante de que os Jogos de Londres irão custar menos do que o originalmente orçado. Ainda assim, os actuais 11,5 mil milhões de euro equivalem a quase quatro vezes o valor inicialmente previsto quando a cidade apresentou sua candidatura à sede em 2005.
Londres está a sofrer uma transformação completa para receber o evento. Uma mistura de edifícios novos e antigos e de estruturas temporárias serão usados durante os Jogos. A Grande Londres será dividida em três áreas: Zona Olímpica, Zona Rio e Zona Central. Algumas modalidades, como o Remo e a Vela serão disputadas fora de Londres na zona de Weymouth, Dorset, na costa sul de Inglaterra. Muitas das instalações erguidas para os Jogos serão reutilizadas e alguns dos novos equipamentos já têm investidores garantidos. Os jogos envolvem mais de 200 países, mais de 10.500 atletas olímpicos, mais de 4.200 atletas paraolímpicos, mais de 14.000 funcionários, 26 desportos olímpicos – do tiro ao atletismo - a terem lugar em 34 locais, 20 desportos paraolímpicos, incluindo futebol de 5 e ténis adaptado, a terem lugar em 21 locais.
Em 2012 todos os caminhos vão dar a “Terras de Sua Majestade”. A cidade de Londres organiza no mesmo ano um dos acontecimentos mais mediáticos do planeta, os Jogos Olímpicos, festeja o 60 anos de reinado do seu monarca, o Jubileu da Rainha Isabel II, e ainda celebra o bicentenário do nascimento do seu escritor mais famoso, Charles Dickens.
LONDRES 2012 O NEGÓCIO DOS JOGOS OLÍMPICOS
Tema de Capa
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Contribuição da instituição que gere a Lotaria Nacional para o valor total
Fonte: London 2012 Olympic and Paralympic Games - Quarterly Report - February 2012 Valores em Euros
23%
83 milhões
Opearções logísticas no Parque Olímpico
117,7 milhões
Jogos paraolímpicos
359,3 milhões
Elite e comunidade desportiva
364,2 milhões
Transformações no Parque Olímpico
588,5 milhões
Segurança e policiamento
685,3 milhões
Segurança local
8,4 mil milhões
Olympic Delivery Authority
Central Government
67% 7,7 mil milhões
mil milhões
11,5
Total das despesas previstas
mil milhões
7,7
Valor financiado pelo Governo Central para os Jogos 2012
190,9 milhões
117,7 milhões
Outras provisões operacionais
40,9 milhões
‘Dressing’ Londres e arredores
28,5 milhões
Operações urbanas
16,1 milhões
Programas olímpicos e paraolímpicos
5 milhões
Campanhas turísticas
526,6 milhões
Fundo de contingência
Verbas disponíveis pelo Locog (responsável pelo London 2012 Festival, p.e.)
London (GLA and LDA)
10% 1,1 mil milhões
Lottery
2,7 mil milhões 23% National
Total de financiamento do sector público
Tema de Capa
COMPOSIÇÃO DA MISSÃO OLÍMPICA PORTUGUESA PARA LONDRES 2012
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Setenta e cinco atletas de treze modalidades distintas vão representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Londres. Portugal irá competir nas modalidades de atletismo, badminton, canoagem, ciclismo, ginástica, judo, natação, remo, ténis de mesa, tiro, triatlo, vela e hipismo. Da lista final não constam, por lesão, o campeão olímpico Nélson Évora, Naide Gomes (Salto em Comprimento), Francis Obikwelu (100 metros) e Rui Silva (5.000 metros e 10.000 metros).
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Tema de Capa
Atletismo 22 Atletas
JOÃO ALMEIDA Lisboa – 05/04/1988 110m Barreiras Presença em J.O.- 0
JORGE PAULA Lisboa – 08/10/1984 400m Barreiras Presença em J.O.- 0
ALBERTO PAULO Funchal – 30/10/1985 3.000m Obstáculos Presença em J.O.- 1
ANA CABECINHA Beja – 24/04/1984 20km Marcha Presença em J.O.- 1
ARNALDO ABRANTES Almada – 27/11/1986 200m Presença em J.O.- 1
CLARISSE CRUZ Ovar – 09/07/1978 3.000m Obstáculos Presença em J.O.- 1
MARCO FORTES Lisboa – 26/09/1982 Lançamento do Peso Presença em J.O.- 1
MARCOS CHUVA Oeiras – 08/08/1989 Salto em Comprimento Presença em J.O.- 0
MARIA LEONOR TAVARES Paris – 24/09/1985 Salto com Vara Presença em J.O.- 0
MARISA BARROS Porto – 25/02/1980 Maratona Presença em J.O.- 1
Canoagem
Badminton
6 Atletas
2 Atletas
PEDRO MARTINS Portimão- 14/02/1990 Singulares Masculinos Presenças em J.O.- 0
TELMA SANTOS Peniche- 01/08/1983 Singulares Femininos Presenças em J.O.- 0
DAVID ROSA Fátima - 12/11/1986 BTT Presenças em J.O.- 0
MANUEL CARDOSO P. de Ferreira 07/04/1983 Prova de Estrada Presenças em J.O.- 0
Ciclismo 4 Atletas
NÉLSON OLIVEIRA Anadia – 06/03/1989 Prova de Estrada | Contra-Relógio Presenças em J.O.- 0
RUI COSTA Póv. Varzim 05/10/1986 Prova de Estrada Presenças em J.O.- 0
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DULCE FELIX Azurém – 23/10/1982 Maratona | 10.000m Presença em J.O.- 0
EDI MAIA Setúbal – 10/11/1987 Salto com Vara Presença em J.O.- 0
INÊS HENRIQUES Santarém – 01/05/1980 20km Marcha Presença em J.O.- 1
IRINA RODRIGUES Leiria – 05/02/1991 Lançamento do Disco Presença em J.O.- 0
JÉSSICA AUGUSTO Paris – 08/11/1981 Maratona Presença em J.O.- 1
JOÃO VIEIRA Portimão – 20/02/1976 50km | 20km Marcha Presença em J.O.- 2
PATRÍCIA MAMONA Lisboa – 21/11/1988 Triplo Salto Presença em J.O.- 0
RUI PEDRO SILVA Stº Tirso – 06/05/1981 Maratona Presença em J.O.- 1
SARA MOREIRA Roriz - 17/10/1985 10.000m | 5.000m Presenças em J.O.- 1
VANIA SILVA Leiria - 08/06/1980 Lançamento do Martelo Presenças em J.O.- 2
VERA BARBOSA V. F. de Xira 13/01/1989 400m Barreiras Presenças em J.O.- 0
VERA SANTOS Santarém - 03/12/1981 20Km Marcha Presenças em J.O.- 1
BEATRIZ GOMES Coimbra - 31/12/1979 K2 500m | K4 500m Presenças em J.O.- 1
EMANUEL SILVA Braga- 04/12/1985 K2 200m | K2 1.000m Presenças em J.O.- 2
FERNANDO PIMENTA V. Castelo - 13/08/1989 K2 200m | K2 1.000m Presenças em J.O.- 0
HELENA RODRIGUES Funchal – 02/12/1984 K4 500m Presenças em J.O.- 1
JOANA VASCONCELOS V. N. Gaia – 22/02/1991 K2 500m | K4 500m Presenças em J.O.- 0
TERESA PORTELA Gemeses – 30/10/1987 K1 200m | K1 500m | K4 500m Presenças em J.O.- 1
GONÇALO CARVALHO S. Jorge Arroios 01/04/1982 Ensino Individual Presenças em J.O.- 0
LUCIANA DINIZ São Paulo - 11/10/1970 Salto Obst. Individual Presenças em J.O.- 1
Equestre 2 Atletas
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Tema de Capa
Ginástica 4 Atletas
ANA RENTE Coimbra - 27/04/1988 Trampolim Feminino Presenças em J.O.- 1
DIOGO GANCHINHO Sto. Estevão 12/09/1987 Trampolim Masculino Presenças em J.O.- 1
MANUEL CAMPOS Miragaia - 12/07/1981 Artística Masculina Presenças em J.O.- 0
ZOI LIMA Toronto - 07/10/1991 Artística Feminina Presenças em J.O.- 0
ANA RODRIGUES S. J. Madeira 21/04/1994 100m Bruços Presenças em J.O.- 0
ARSENIY LAVRENTYEV Rússia - 01/02/1983 Águas Abertas Presenças em J.O.- 1
CARLOS ALMEIDA Lisboa – 04/08/1988 100m Bruços Presenças em J.O.- 1
DIOGO CARVALHO Coimbra - 26/03/1988 200m Estilos | 400m Estilos Presenças em J.O.- 1
Natação 8 Atletas
Tenis de mesa
Remo
4 Atletas
2 Atletas
NUNO MENDES Miragaia - 10/05/1984 LM2x Presenças em J.O.- 1
PEDRO FRAGA Paranhos - 27/01/1983 LM2x Presenças em J.O.- 1
JOANA CASTELÃO Carcavelos 26/12/1984 Pac 10m | Pistola 25m Presenças em J.O.- 0
JOÃO COSTA Luanda - 28/10/1964 Pac 10m | PL 50m Presenças em J.O.- 3
Tiro
2 Atletas
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Judo 4 Atletas
JOANA RAMOS Coimbra - 16/01/1982 -52kg Presenças em J.O.- 0
JOÃO PINA Lisboa - 31/07/1981 -73 kg Presenças em J.O.- 2
PEDRO OLIVEIRA Rio Maior - 01/01/1988 200m Costas | 200m Mariposa Presenças em J.O.- 1
SARA OLIVEIRA Porto - 07/12/1985 100m | 200m Mariposa Presenças em J.O.- 1
SIMÃO MORGADO Lisboa – 04/03/1979 100m Mariposa Presenças em J.O.- 3
TIAGO VENÂNCIO Lisboa - 19/07/1987 200m Livres Presenças em J.O.- 2
MARCOS FREITAS Câm. Lobos 08/04/1988 Singulares Presenças em J.O.- 1
JOÃO PEDRO MONTEIRO Guarda- 29/08/1983 Singulares Presenças em J.O.- 1
TIAGO APOLÓNIA Lapa - 27/07/1986 Equipas Presenças em J.O.- 1
LEI MENDES China - 14/08/1982 Singulares Presenças em J.O.- 0
BRUNO PAIS Fundão - 10/06/1981 Individual Masculino Presenças em J.O.- 1
JOÃO SILVA Benedita - 15/05/1989 Individual Masculino Presenças em J.O.- 0
TELMA MONTEIRO Lisboa - 27/12/1985 -57kg Presenças em J.O.- 2
YAHIMA RAMIREZ Cuba - 10/10/1979 -78kg Presenças em J.O. - 0
Triatlo 2 Atletas
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Tema de Capa
Vela
13 Atletas
JOÃO RODRIGUES Funchal - 02/11/1971 RS:X Masculino Presenças em J.O.- 5
MARIANA LOBATO Lisboa - 23/12/1987 Match Racing Feminino Presenças em J.O.- 0
AFONSO DOMINGOS Moçambique 29/07/1969 Star Presenças em J.O.- 2
ÁLVARO MARINHO Lisboa - 15/03/1976 470 Masculino Presenças em J.O.- 3
BERNARDO FREITAS Cascais - 18/02/1990 49er Presenças em J.O.- 0
CAROLINA BORGES Rio de Janeiro 25/05/1979 RS:X Feminino Presenças em J.O.- 1
DIANA NEVES Cascais - 26/06/1986 Match Racing Feminino Presenças em J.O.- 0
FRANCISCO ANDRADE Brasil - 06/08/1980 49er Presenças em J.O.- 1
FREDERICO MELO E.U.A. - 13/07/1987 Star Presenças em J.O.- 0
GUSTAVO LIMA Brasil - 13/07/1977 Laser Presenças em J.O.- 3
RITA GONÇALVES Lisboa – 17/04/1981 Match Racing Feminino Presenças em J.O.- 0
SARA CARMO Cascais - 12/10/1986 Laser Radial Presenças em J.O.- 0
MIGUEL NUNES Lisboa - 11/08/1976 470 Masculino Presenças em J.O.- 3
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Três milhões de espectadores são aguardados no moderno Parque Olímpico de Londres. No fim dos Jogos, toda a área renovada de Stratford, um antigo bairro industrial que foi destino de imigrantes pobres e zona negligenciada a Leste de Londres, dará lugar ao futuro emblemático Parque Rainha Isabel II. Com uma particularidade: todo o recinto olímpico foi construído sob a batuta da sustentabilidade e, no final, os edifícios a demolir serão 90% reciclados. Conheça todos os palcos onde os portugueses ambicionam conquistar medalhas.
OS LOCAIS ONDE OS PORTUGUESES VÃO COMPETIR
O2 ARENA NORTH GREENWICH ARENA Construída há mais de uma década na península de Greenwich, junto ao rio Tamisa, por ocasião das Celebrações do Milénio, a Arena O2 é um pavilhão multiusos que acolhe eventos desportivos e espectáculos de grande dimensão. Durante os Jogos será o espaço anfitrião das modalidades de Trampolim, Ginástica Artística e de algumas partidas de Basquetebol. Tem capacidade para 20 mil espectadores.
CENTRO AQUÁTICO Desenhado pela aclamada arquitecta internacional Zaha Hadid, o Centro Aquático foi pensado e construído de raiz para o maior evento desportivo mundial. Situado junto à principal entrada no Parque Olímpicoa, será admirado por dois terços dos visitantes do evento, que caminharão por uma ponte incorporada na magnífica estrutura de cobertura do pavilhão. Tem capacidade para 17.500 pessoas. Acolherá todas as provas das especialidades de Natação.
TRILHOS DE BMX Localizado perto do Velódromo, na zona Norte do Parque Olímpico, foi desenhado pela equipa do arquitecto Michael Taylor, do ateliê Hopkins, que encomendou os traçados a designers de trilhos de BMX, focado sempre na necessidade de criar percursos rápidos e desafiadores. Catorze mil metros cúbicos de terra – removidos das obras do Parque – foram reaproveitados na sua construção. Após os Jogos, será removido e dará lugar a trilhos de ciclismo acessíveis à população, ficando integrado (com o Velódromo) no VeloVelo Park do Vale do rio Lee. Possui seis mil lugares sentados.
CIRCUITO ROAD RACE E TIME TRIAL Não serão cobrados bilhetes para a Prova de Estrada de Ciclismo pois esta modalidade percorrerá as ruas de Londres e Surrey sendo esperados milhões de espectadores, na sua maioria fãs de ciclismo. As ruas serão fechadas, o estacionamento vedado e a organização
COLINA DE BOX HILL Situada a trinta quilómetros a sudoeste de Londres, na região de Surrey, é uma das áreas de lazer mais populares de Inglaterra – desde a época da Rainha Vitória – e uma zona com paisagem protegida e estradas ziguezagueantes, muito típicas nas zonas rurais britânicas. Os espectadores poderão escolher vários pontos dos percursos, disfrutando da possibilidade de assistir às cor corridas em ecrãs gigantes, mas sem quaisquer assentos. As Provas de Estrada de Ciclismo serão acompanhadas no local por 15 mil pessoas.
dos Jogos, bem como a administração da cidade, estão a encorajar as pessoas a, nesse dia, andarem a pé; a usarem os transportes públicos ou a circularem de bicicleta. As provas de Contra-Relógio decorrerão na área de Hampton Court Palace. Julho 2012 . Olimpo . 17
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COMPLEXO DE ETON DORNEY, EM WINDSOR Instalado numa propriedade em Windsor, com 162 hectares de uma reserva natural, o Centro Rowing de Eton Dorney e o Lago Dorney são aclamados como sendo duas das melhores pistas de Remo e Canoagem do mundo. Situado a 40 quilómetros a oeste de Londres, é um santuário para as competições de elite internacional. Apesar da qualidade mundial dos espaços, foram melhorados para os Jogos, nomeadamente com a instalação de duas pontes. Trinta mil pessoas poderão assistir às provas durante os Jogos.
PAVILHÃO EXCEL É o maior pavilhão de competições da edição dos Jogos de Londres 2012 integrando cinco arenas que receberão até cinco competições diferentes, entre Boxe, Judo, Ténis de Mesa, Luta livre, Esgrima, Taekwondo e Halterofilismo. Concebido para ser um centro de exposições internacionais na zona renovada de Docklands, foi remodelado em 2010 para os Jogos, tendo as cinco arenas sido edificadas sem obras excessivas. Terá uma capacidade total de 44 mil lugares sentados durante as olimpíadas e posteriormente regressará ao seu papel de maior e mais versátil sala de exposições da Europa.
PARQUE DE GREENWICH Os 74 hectares do parque de Greenwich são uma das zonas verdes mais antigas de Londres. Datado de 1433, está classificado como Património Natural da Humanidade e é morada de marcação da primeira linha mediana do mundo. Localizado a menos de 20 minutos do centro de Londres, o parque é banhado pelo rio Tamisa e tem vistas para a Catedral de São Paulo. Um circuito com 5,7 quilómetros e uma pista equestre de obstáculos temporária foram construídos entre a Queen’s House e o Museu Marítimo. Cerca de 23 mil pessoas poderão assistir às provas sentadas em bancadas de alumínio.
HYDE PARK A maior área verde dos parques reais londrinos (253 hectares, incluindo o Jardim de Kensington), está aberto ao público desde 1637 e tem tradição em acolher eventos desportivos, nomeadamente provas de Triatlo, tal como acontecerá agora durante os Olímpicos. A
QUINTA DE HADLEIGH Localizada na região rural de Essex, numa propriedade com 223 hectares pertencente à organização Exército de Salvação e nela se localiza o castelo de Hadleigh e óptimas colinas para a prática de provas de Ciclismo de Montanha, algumas delas com 70 metros de altura. Tem um circuito irregular com cinco quilómetros que foi redesenhado para provas de ciclismo, por forma a aumentar a dificuldade dos trajectos.
maratona de Natação e as provas de natação do Triatlo serão feitas no mundialmente famoso Lago Serpentine. pesBancadas temporárias com capacidade para 50 mil pes soas sentadas serão instaladas no parque, embora haja muitos outros lugares em pé ao longo dos percursos e em locais muito específicos.
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ESTÁDIO OLÍMPICO Será palco das cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos, bem como de outras cerimónias icónicas dos Jogos, tais como a Maratona. Durante o evento será o coração do Parque Olímpico e as pessoas chegarão às suas bancadas através de cinco pontes. O design inovador do estádio permite acolher 80 mil pessoas durante as provas e depois dos Jogos reduzir com facilidade a sua capacidade para apenas 25 mil lugares. É, em materiais e capacidade, o recinto-sede de uns Jogos Olímpicos mais pensado em termos de sustentabilidade que alguma vez foi edificado e foi parcialmente escavado, o que permitiu poupar imenso material estrutural. Será a casa de todas as provas de Atletismo.
O MALL O Mall é uma das mais icónicas localizações do centro de Londres e uma das mais populares artérias para cerimónias e eventos desportivos. O seu piso vermelho produzirá o efeito de uma carpete vermelha que receberá os atletas olímpicos na sua chegada à capital britânica. Criada no início do século XX como parada para desfiles reais e recepção de ilustres visitantes, começa em Buckingham Palace e termina em Trafalgar Square. Aqui começarão algumas provas e Atletismo e por aqui passarão com destaque as provas de Ciclismo.
O ROYAL ARTILLERY BARRACKS Um complexo histórico com um palácio que é uma das jóias da arquitectura britânica; campos de tiro ao ar livre; e magníficos jardins, existentes desde 1716, receberão as competições da modalidade de Tiro. O espaço – que provisoriamente acolherá os atiradores em provas indoor e uma audiência limite de 7.500 pessoas – foi construído com uma membrana em PVC, com um total de 18 mil metros quadrados, com uma aparência original e uma fachada branca pontuada por vigias coloridas abertas que garantem a ventilação do edifício. Será desmantelado após os Jogos e o seu material reutilizado em outras obras.
WEYMOUTH E PORTLAND Localizado na região de Dorset, na costa sul de Inglaterra, Weymouth e Portland oferece a zona de costa com as melhores águas naturais para navegar à vela. Embora já existisse como zona náutica de recreio para a prática de vela, a academia foi reabilitada e ampliada para ficar apta para as competições olímpi-
ARENA DE WEMBLEY É um dos mais icónicos edifícios de Londres, muito marcado pelos espectáculos de música e eventos desportivos. Foi palco dos mais famosos campeonatos de snooker, dardos, hóquei e provas de wrestling. Depois da Arena O2 é o segundo maior recinto de Londres. Foi construído em 1934 para acolher os Jogos do Império britânico (também conhecidos como os Commonwealth Games). Originalmente fora ocupado por uma piscina que foi desmantelada após os Jogos ReabilitaOlímpicos de 1948. Reabilita da para os Jogos de Londres 2012, possui capacidade para 15 mil espectadores e receberá as modalidades de Badminton e Ginástica Rítmica.
cas. Foi construída uma nova marina com 560 postos de amarração, dos quais 250 serão usados para as provas olímpicas. Depois dos Jogos os maiores beneficiários do equipamento será a National Sailing Academy. Cinquenta mil espectadores espalhados pelas margens do recinto assistirão às competições de Vela. Julho 2012 . Olimpo . 19
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OS JOGOS EM NÚMEROS • • • • • • • • • • •
26 Desportos, 39 disciplinas 34 Locais de provas 8,8 Milhões de bilhetes 10.500 Atletas 302 Provas para atribuição de medalhas 21.000 Órgãos de comunicação social acreditados 17 Dias de competição (19 se contando com o Futebol) 3.000 Oficiais Técnicos 205 Comités Olímpicos Nacionais 7.500 Oficiais das equipas 5.000 Amostras Anti-Dopagem
Envolvimento do Público • 8,8 Milhões de Bilhetes • 200.000 Bilhetes partilhados para escolas, universidades, militares entre outras entidades • 240.000 Candidaturas recebidas para trabalhar nos Jogos; 100.000 entrevistas de trabalho realizadas; onde se incluem mais de 1.000 licenciados de topo; necessidade de 70.000 voluntários – 1 milhão de horas de formação e 8 milhões de horas de trabalho de voluntários serão requeridas • Um total de 200.000 pessoas envolvidas, incluindo 6.000 profissionais do ‘staff’, 70.000 voluntários e 100.00 operários de construção
Eventos de Teste • 42 Eventos de teste nos vários locais de provas durante 12 meses, onde se incluíram Qualificações Olímpicas, Campeonatos do Mundo, Campeonatos Britânicos e Eventos Internacionais por convite • Participaram mais de 8.000 atletas de mais de 50 países • Estiveram presentes mais de 10.000 voluntários e mais de 250.000 espectadores
Tocha Olímpica • 8.000 Portadores da Tocha Olímpica transportaram-na por mais de 13.000km passando por mais de 1.000 comunidades, aldeias, vilas e cidades • Diariamente, 110 portadores da Tocha (em média) participaram e percorreram cerca de 175km • Cada um percorreu cerca de 300 metros • 150 Palavras eram a exigência para aceitar a candidatura a Portador da Tocha Olímpica
• 95% da população do Reino Unido esteve a menos de 15km da Tocha • 70 Dias durou a viagem da Tocha • 50% dos Portadores tinha entre os 12 e 24 anos
• 165.000 Toalhas e 22.000 Almofadas na Aldeia Olímpica • 766 Milhas de Tecido para os uniformes dos voluntários
Construção de Infra-estruturas
Durante os Jogos
• 200.000 Lugares temporários no total das infraestruturas • 7.500 Luzes temporários para iluminação dos locais das provas • 350 Milhas de cablagem • 539.000 Metros quadrados de cimento • 122 Km de vedação temporária • 10.000 Casas-de-banho temporárias • 2.500 Tendas temporárias • 16.500 Postos Telefónicos • 5.000 Lugares sentados no Restaurante da Aldeia Olímpica • 100.000 Metros quadrados de Espaço Comercial, onde se incluem 40.000 para a MegaStore IBC/MPC • 21.000 Meios de Comunicação Social acreditados para os Jogos para uma audiência mundial potencial de 4 mil milhões de pessoas • 52.000 Metros quadrados tem o estúdio do IBC • 29.000 Metros quadrados tem o MPC
Equipamento para os Jogos • 1 Milhão de peças de material desportivo fornecido pela Organização • 510 Barreiras ajustáveis para o Atletismo • 600 Bolas de Basquetebol • 541 Coletes Salva-Vidas (Canoagem, Maratona Natação, Remo, Vela e Triatlo) • 2.200 Dúzias de Bolas de Ténis • 2.700 Bolas de Futebol • 53 Conjuntos de Cordas para as Pistas de Natação • 6.000 Alvos para o Tiro com Arco • 356 Pares de luvas de Boxe • 12 Pares de Balizas para o Andebol • 120 Protectores de cabeça do Taekwondo • 99 Bonecos de Treino de Wrestling e Judo • 375 Médicos, 150 Enfermeiras, 200.000 pares de Luvas e 150.000 Preservativos
• 20 Milhões de viagens feitas por espectadores em Londres, 3 Milhões no dia mais movimentado • 800.000 Espectadores com bilhete vão usar transportes públicos no dia mais movimentado • 600.000 Malas de viagem vão ser manuseadas durante os Jogos no Aeroporto de Heathrow; 203.000 no dia mais movimentado (13 de Agosto) – 35% mais do que num dia normal • 14 Milhões de refeições serão servidas nos Jogos Olímpicos, a Aldeia Olímpica servirá 45.000 refeições diárias • 1 Milhão de metros quadrados de armazém para logística – 15.000 entregas por uma frota de 300 camiões • Mil Milhões de visitantes esperados no site london2012.com
Fotos Fernando Piçarra
Jogos Olímpicos
Parque Olímpico • 2,5Km quadrados (246 hectares) – equivalente ao Hyde Park ou a 357 campos de futebol. Durante os Jogos incluirão: - 9 Locais de competição - 11 Áreas de ‘sponsors’ - 1.000 Bancos para piquenique, 362 casasde-banho e quase 4.000 caixotes de lixo, para reciclagem e orgânico - 273 Edifícios temporários para apoio de ‘backoffice’ - 8,35Km de Cursos de água dentro e à volta do Parque Olímpico, com 30 novas pontes que atravessa as estradas, linhas ferroviárias e rios para unir todo o Parque - Mais de 4.000 árvores, 74.000 plantas, 60.000 bolbos e 350.000 plantas de pântano – o maior projecto de plantação alguma vez realizado no Reino Unido - Mais de 46.000 pessoas trabalharam na construção do Parque Olímpico - 90% dos materiais resultantes de demolições do Parque Olímpico foram reciclados ou reutilizados
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Fotos Fernando Piçarra
PARCERIA
ATLETAS DA MISSÃO OLÍMPICA VISITAM HOSPITAL DA HPP SAÚDE
Estão cheios de energia e esperam não precisar de apoio médico devido a lesões, mas mesmo assim visitaram o hospital do parceiro olímpico que olha pela saúde deles.
O
s atletas portugueses já estão em máxima concentração para as Olimpíadas de Londres. Por esse motivo, apenas os velejadores Mariana Lobato e Frederico Melo, o ciclista David Rosa e o atirador João Costa, o presidente, José Vicente Moura, equipa médica e alguns oficiais do Comité Olímpico representaram, no passado dia 10 de Julho, a Missão Olímpica numa visita às instalações do moderno Hospital dos Lusíadas, em Lisboa. A HPP Saúde, empresa do Grupo Caixa Geral de Depósitos, abriu as suas portas da sua unidade hospitalar à Missão Olímpica na qualidade de parceira, sendo o Serviço Médico Oficial do Comité Olímpico de Portugal (COP). De forma rápida – tal como as famosas visitas de médico – os atletas visitaram vá-
rios serviços do Hospital dos Lusíadas, minutos depois de terem recebido, das mãos de João Martins, presidente da HPP Saúde, um ‘kit’ de primeiros socorros, oferta que o responsável desejou não vir a ser necessária. “Desejamos-vos as melhores felicidades e sucessos, conscientes de que podem contar com o apoio da HPP e do povo português”, rematou. José Vicente Moura agradeceu a preciosa colaboração da HPP Saúde em matéria de medicina desportiva e afiançou ser “esta Missão Olímpica aquela que, quer no plano competitivo, quer na sua dimensão social, nos levará bem longe”. Os atletas e os oficiais iniciaram de seguida uma visita rápida para não estragar “a alta concentração”, como lhe chamou João Martins, pelos serviços de Pediatria, Neonatologia,
Imagiologia e Sala da Hemodinâmica, sendo que se tentou que nas duas últimas os atletas percebessem como funcionam alguns exames médicos a que muitas vezes são sujeitos. Pelo caminho cruzaram-se em particular com um paciente do Hospital dos Lusíadas que com eles interagiu, sorrindo com ar surpreso para a comitiva de atletas olímpicos. Como Serviço Médico Oficial do COP, a HPP Saúde assegurará cuidados médicos aos atletas envolvidos nos Jogos Olímpicos Londres 2012, disponibilizando o acesso destes à rede de unidades hospitalares do Grupo em todo o país, contribuindo deste modo para uma educação e prevenção em saúde, assim como para dar a conhecer as valências da Unidade Hospitalar e os serviços disponibilizados, sobretudo em termos de medicina desportiva. Julho 2012 . Olimpo . 21
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Fotos Vitor Gordo
Entrevista
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Fotos Vitor Gordo
ALEXANDRE MESTRE,
SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO E JUVENTUDE
“Com realismo, mas com ambição, as expectativas para os Jogos Olímpicos são as melhores” O responsável máximo pelo desporto em Portugal quer apostar em atletas motivados que conquistem bons resultados. Acredita ainda que o esforço financeiro e organizativo do Estado, nos últimos anos, se traduzirá já em sucesso na Missão portuguesa enviada aos Jogos de Londres 2012. Olimpo – Quais são para si os principais valores do desporto? Alexandre Mestre – O Plano Nacional de Ética no Desporto que o Governo lançou este ano – Ano Nacional de Ética no Desporto 2012 – identifica alguns dos principais valores que emanam do desporto, e que reputo de fundamentais nesta área, tal como em tudo na vida: amizade, verdade, imparcialidade, cooperação, tolerância, entreajuda, determinação, respeito, coragem, justiça, honestidade, solidariedade, trabalho em equipa, disciplina e persistência. Como avalia o Programa de Preparação Olímpica de Portugal? Trata-se de um Programa assinado ao tempo do anterior Governo. Neste ano de funções do actual Governo o Instituto Português do Desporto e Juventude tem cumprido as suas obrigações contratualmente previstas – em especial a disponibilização da comparticipação financeira – e o Comité Olímpico de Portugal tem cumprido a sua relevante parte – em especial a missão de superintender, dirigir e realizar a gestão do Programa. O financiamento público para a Preparação Olímpica Londres 2012 e Rio 2016 e a Preparação da Missão portuguesa estará, não obstante as dificuldades orçamentais, a ser cumprido na íntegra? O que nos reserva o futuro? Fizemos – o Governo e o Instituto Português do Desporto e Juventude – um grande esforço financeiro para, apesar das dificuldades que o País atravessa, assegurar atempadamente o devido apoio, via Comité Olímpico de Portugal, para a Preparação e para a Missão olímpicas. Paralelamente, apoiámos o funcionamento do Gabinete de Apoio ao Atleta Olímpico e – na lógica de que a lei é para cumprir e o Estado deve motivar os atletas para a obtenção de bons resultados – pagámos prémios obrigatórios que não eram pagos desde 2009 e assegurámos as bolsas de pós-carreira a dezenas de atletas. Também nos envolvemos na Se-
mana Olímpica, dinamizada pela Comissão de Atletas Olímpicos, entre outras diligências para que Londres seja um sucesso. Pretendemos manter esta postura para o futuro, melhorando ainda no que estiver ao nosso alcance. Temos de continuar a trabalhar muito e em conjunto. O Governo tenciona introduzir alterações substanciais a um eventual específico Projecto Olímpico Rio 2016? Tal como já foi consensualizado com o Sr. Presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante Vicente Moura, a experiência do Programa de Preparação Olímpica Londres 2012 e o Relatório que a Missão irá elaborar serão pontos de partida para identificar o que haja a melhorar. Por outro lado, Governo, Administração Pública Desportiva e Comité Olímpico de Portugal deverão trabalhar em conjunto para inovar, para dar um “passo em frente” no modelo vigente. Temos, sempre, de tentar fazer mais e melhor. Quais são as suas expectativas quanto aos Jogos Olímpicos? Com realismo, mas com ambição, as expectativas são as melhores. Cada nova edição dos Jogos Olímpicos não pode deixar de ser perspectivada com base na divisa olímpica: “Citius, Altius, Fortius!” (Mais Longe, Mais Alto, Mais Forte!). Qual será a importância de criar um Tribunal Arbitral do Desporto? Um “Tribunal Arbitral do Desporto”, não sendo a panaceia para acabar com os conflitos e litígios no desporto, é algo de fundamental. Por um lado, para dar resposta à falta de sensibilidade e especialização dos “tribunais comuns” face à “especificidade do desporto”. Por outro lado, apresenta a vantagem de concentração de meios, isto é, de não dispersão de recursos. Mas, no essencial, será um instrumento para termos uma justiça desportiva célere, especializada, uniformizada e porventura mais barata. Julho 2012 . Olimpo . 23
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Entrevista
QUEM É ALEXANDRE MIGUEL MESTRE? NATURAL de Lisboa, onde nasceu em 1974, é licenciado pela Faculdade de Direito de Lisboa, pós-graduado em Estudos Jurídicos e Económicos da UE (Universidade de Paris I), em Logística (Universidade de Lisboa) e em Estudos Olímpicos (Universidade de Loughborough/Academia Olímpica Internacional). Mestre em Estudos Europeus pela Universidade Católica de Lisboa, doutorando na Universidade de Edge Hill, no Reino Unido. Foi investigador em Bruges, professor em Portugal e Espanha, Adjunto do Secretário de Estado da Juventude e Desportos
e do Secretário de Estado do Desporto e Reabilitação (2002-2005) e advogado. Participou na elaboração do European Independent Sports Review, em 2006. É autor de vários livros e de artigos publicados em revistas científicas e em jornais. Em 2010 foi considerado, pela revista Sport Bussiness International, como um dos vinte advogados mais influentes do mundo na área do Direito do Desporto. Convictamente sportinguista, praticou como desportista Voleibol no âmbito do desporto escolar, foi federado em Ténis, mas a sua paixão sempre foi o atletismo.
Especializou-se em direito desportivo. O que mais o fascina nesta área do conhecimento? O Direito do Desporto é, de facto, fascinante, e a escolha desta área possibilitou-me na prática – no passado como Adjunto Jurídico de um membro do Governo, como Advogado e como Docente Universitário – combinar duas
das minhas paixões: o Direito e o Desporto. E, com isso, tentar contribuir para a melhoria do sistema desportivo. Sempre em equipa, tive o gosto de colaborar em momentos marcantes como a feitura de legislação desportiva nacional;
Com um projecto legislativo agora aprovado no Parlamento, que traduz uma opção ideológica inequívoca de institucionalizar o TAD na esfera do Estado, qual é a visão actual do Governo? No passado dia 3 de Maio foi aprovado em Conselho de Ministros o anteprojecto de proposta de lei do Governo para a criação do Tribunal Arbitral do Desporto, sob a égide do Comité Olímpico de Portugal. Ainda assim, posteriormente o PS apresentou no Parlamento a sua própria proposta de lei, que tem qualidades, mas que inclui diversas matérias nas quais não me revejo, desde logo, precisamente a sua filosofia muito estatizante, diria mesmo de excessiva “governamentalização” do Tribunal Arbitral do Desporto. Reporto-me, em particular, à criação do tribunal – pelo Governo, fora do âmbito do movimento associativo, à margem do Comité Olímpico de Portugal – e nas matérias conexas com os árbitros, designadamente a sua designação e a definição dos critérios de
a inserção do desporto no direito primário da União Europeia; a elaboração do “Relatório Arnaut”; a intervenção em contencioso junto de tribunais estaduais, órgãos jurisdicionais federativos e num tribunal arbitral; a tradução da
Carta Olímpica. Também me deu muito gozo ensinar – aprende-se muito com os alunos! – e escrever alguns livros e artigos científicos. Curiosamente um deles foi sobre Direito Olímpico, outra simbiose que muito me envolve e apaixona.
representatividade – a intervenção governamental é, inexplicavelmente, excessiva. Parecendo haver um índice de prática desportiva insuficiente em Portugal, o que se poderá fazer no imediato para alterar esta situação? Estamos a trabalhar nesse sentido. Governo, Administração Pública, Autarquias Locais, Conselho Nacional do Desporto, Movimento Associativo, Fundação do Desporto, Instituições de Ensino e diversos outros actores, públicos e privados, temos de ser capazes, juntos, de estimular estilos de vida saudável, designadamente combatendo o sedentarismo e a obesidade. O mote é promover um desporto com todos e para todos, da base ao alto rendimento, maximizando as infra-estruturas e os recursos humanos existentes, sendo essencial para o gizar das políticas a elaboração de um Atlas Desportivo Nacional – neste âmbito está em curso, finalmente, a disponibilização de uma Carta Desportiva Nacional.
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ATLETAS ACARINHADOS PELOS CHEFES DA NAÇÃO
Fotos Fernando Piçarra
Eventos
O Presidente Cavaco Silva pediu-lhes que coloquem a vontade de representar Portugal ao lado do espírito competitivo e do desportivismo; a presidente da Assembleia que sejam heróis e nos dêem optimismo; e Pedro Passos Coelho acredita que irão defender com brio o nosso País.
A
níbal António Cavaco Silva, ex-praticante de atletismo, agora na pele de Presidente da República, recebeu no Palácio de Belém, em Lisboa, e saudou os atletas apurados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres 2012, dizendo o quanto lhes admira a “dedicação, perseverança e coragem”. Alguns dos 105 atletas (75 Olímpicos e 30 Paralímpicos) que vão representar Portugal ouviram da boca do Presidente o reconhecimento do esforço que é necessário despender para se obter uma qualificação para a maior prova desportiva do mundo. “Sei que as vossas conquistas são fruto de muito trabalho e espírito de sacrifício. Nem sempre as pessoas fazem ideia das exigências que se fazem a um atleta para preencher os requisitos para os Jogos”, salientou, frisando saber como os desportistas conseguem ser “um
exemplo” e de como “nos momentos difíceis fazem das fraquezas forças e levam ao limite a vontade de chegar ao fim”. Como representante máximo da Nação, o Presidente não só entregou uma bandeira nacional a cada Missão Olímpica, que deverá ficar hasteada na aldeia olímpica em Londres enquanto durarem as competições, como formulou um desejo final: “Que todos obtenham o maior sucesso, que coloquem ao lado do espírito competitivo o desportivismo e ao lado destes o empenho de representar Portugal”. Humberto Santos, Presidente do Comité Paralímpico de Portugal, classificou o momento em que atletas Olímpicos e Paralímpicos estavam lado a lado na mesma cerimónia como “inédito” e enalteceu-o como “um exemplo que vem de cima”, acrescentando: “estamos a dar o exemplo de igualdade e de inclusão e mostramos como somos capazes
de superar as nossas limitações”. A cerimónia terminou com o Chefe de Estado a receber um pólo de treino branco com o seu nome bordado e a convidar todos os atletas a tomarem um refresco e a admirarem a vista do Tejo, a partir dos jardins do Palácio de Belém, como forma de “ganharem inspiração” para as suas competições. Mais tarde, as comitivas de desportistas rumaram à Assembleia da República, onde os aguardava Assunção Esteves, a presidente do Parlamento, acompanhada por deputados em representação de todos os grupos parlamentares. Assunção Esteves recebeu como oferta uma mala em cortiça e um lenço tradicional português, adereços que as atletas femininas irão envergar na farda olímpica, com a qual desfilarão nas cerimónias protocolares na capital britânica. “É um prazer imenso com que vos recebo na Assembleia. Quando no meu tempo
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Fotos Fernando Piçarra
// Aníbal Cavaco Silva a receber um polo de treino branco com o seu nome bordado
// Assunção Esteves fez questão de enaltecer o exemplo que os atletas constituem para os líderes do País
// Pedro Passos Coelho cumprimenta atletas olímpicos e deseja-lhes as maiores felicidades do liceu estudava história, impressionava-me os relatos de que os Jogos faziam parar a guerra”, relembrou, sorrindo em sinal de agradecimento para os atletas presentes. Destacando a “intensidade humana” dos Jogos e classificando-os como “uma celebração mundial do desporto”, Assunção Esteves fez questão de enaltecer “o exemplo” que os atletas constituem para os “líderes do País”, estabelecendo em simultâneo uma analogia entre os Jogos Olímpicos e a política, elevando os primeiros: “O desporto avançou sobre a política e uniu os povos como a política ainda não conseguiu unir. Nós, políticos, temos muito que aprender convosco”, rematou, pedindo-lhes somente que sejam “heróis” em Londres. “Venha de vós o optimismo!” “Que sejam os nossos heróis, para nós termos o entusiasmo de sermos também à nossa maneira, naquilo que fazemos, heróis. E que num tempo de relativo desencanto, numa Europa à procura de um rumo, num país que não pode negar a própria crise, venha de vós o optimismo e a coragem de que verdadeira-
mente todos estamos muito a precisar”, exortou a Presidente da Assembleia da República. Finalizado o seu discurso, Assunção Esteves dirigiu-se aos atletas presentes no Salão Nobre do Parlamento dizendo-lhes: “Deixem-me ter o privilégio de sentir que já vos senti a mão e vi o vosso rosto”, disparou, começando a cumprimentar um a um os desportistas, à medida que sorria, lhes desejava felicidades e os avisava para não fugirem… porque “a festa” ainda não tinha acabado. Pois não, faltava a fotografia de família no corredor dos Passos Perdidos, muitas poses, beijos e abraços com pequenos grupos de atletas e a oferta de prendas aos dois presidentes de comité. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho começou, dias antes, o seu encontro com os atletas olímpicos na residência oficial no Palácio de São Bento, em Lisboa, exactamente no ponto em que Assunção Esteves terminou a visita dos desportistas: pelos cumprimentos. Desejou genericamente “bom vento” ao conjunto de velejadores Gustavo Lima, Sara Carmo, Diana Neves, Mariana Lobato e Frederico Melo e relembrou que “temos tradição na vela e no ciclismo”
enquanto apertava a mão ao ciclista David Rosa e ao atirador João Costa. “Preparados e motivados” Pedro Passos Coelho recebeu um pólo de treino da comitiva olímpica com o seu nome e das mãos de José Vicente Moura e tomou a palavra revelando acreditar que os nossos atletas “irão defender com muito brio o nosso país numa competição tão importante e tão alargada como são os Jogos Olímpicos. Portugal tem vindo a melhorar de forma importante a sua participação nos Jogos e isso deve-se, sem dúvida, a um esforço grande da sociedade, mas também pelo mérito dos nossos atletas e de um apoio empenhado do Estado”, afirmou o Chefe do Governo. Confiante nos bons resultados da Missão Portuguesa, o primeiro-ministro incentivou os atletas dizendo-lhes que: “se, por trás de cada adversidade, a nossa moral for abaixo, se o nosso espírito for de desistência, a adversidade torna-se insuperável, mas tenho a certeza de que quem se prepara desta maneira está psicologicamente preparado para arranjar motivação e os resultados vão aparecer naturalmente”. Julho 2012 . Olimpo . 27
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Evento
FORÇA PORTUGAL!
RUMO A LONDRES CHEIOS DE “AMBIÇÃO OLÍMPICA”
Um inovador espectáculo multimédia, nunca antes visto em Portugal, revelou os valores olímpicos. Quatro medalhados com ouro mostraram o quão orgulhosos ficaram ao ouvir o hino de um país pequenino que naquela hora foi o maior. Duas mil e quinhentas pessoas aplaudiram.
// Os portugueses despediram-se com um grande espectáculo multimédia e palavras de incentivo dos atletas olímpicos que nos vão representar em Londres
Fotos Fernando Piçarra
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ortugal despediu-se em grande estilo dos seus atletas olímpicos. Durante o dia 8 de Julho os Jogos foram motivo de celebração em todos os canais da RTP. Quase oito horas de emissão televisiva mostraram primeiro os nossos “Heróis Olímpicos” e logo depois que possuímos “Ambição Olímpica”. A noite encerrou com um espectáculo vanguardista multimédia, no qual, pela primeira vez, foi feita uma projecção simultânea frontal e em palco, numa área total de 900 m2, de conteúdos em ‘computer graphics integration’ produzido em cinema 4D e 3D Max. Duas mil e quinhentas pessoas aplaudiram de pé e entusiasticamente no Pavilhão Atlântico os mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos que subiram ao palco, acompanhados pela mítica banda nacional de ‘rock’ Xutos & Pontapés. A plateia foi ao rubro quando o maior grupo roqueiro português interpretou o Hino Nacional em versão ‘rock and roll’. 28 . Olimpo . Julho 2012
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ALTO RENDIMENTO VIRA MARCA HIPORTUGAL Na noite emocionante que se viveu no Pavilhão Atlântico, houve ainda espaço para enaltecer o bom trabalho desenvolvido nos Centros de Alto Rendimento Desportivo espalhados pelo País. Os complexos desportivos de excepção de Anadia, Caldas da Rainha, Jamor, Montemor-o-Velho e Rio Maior foram apresentados como espaços de excelência desportiva internacional, num País capaz de oferecer boas condições climatéricas para a prática de modalidades durante quase todo o ano. Para capitalizar estes equipamentos, foi anunciada a criação da marca HIPORTUGAL, que promoverá internacionalmente as qualidades destes Centros.
Fotos Fernando Piçarra
“A MISSÃO SABERÁ HONRAR PORTUGAL” TAL COMO na canção que imortalizou a cidade de Coimbra além-fronteiras, dizendo ter “mais encanto na hora da despedida”, foi na hora do adeus aos atletas olímpicos que a emoção tomou conta dos microfones. O primeiro a usar da palavra foi o Presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante José Vicente Moura, que afirmou serem “todos os atletas merecedores da nossa admiração e apoio. São atletas de excepção que abdicaram do convívio com as suas famílias e das suas promissoras carreiras profissionais por uma aposta olímpica”, relembrou, prometendo que “a Missão Olímpica saberá honrar Portugal”. Humberto Santos, Presidente do Comité Paralímpico de Portugal, assegurou que os nossos atletas irão mostrar “uma prestação ao mais alto nível” durante a 14ª edição dos Jogos Paralímpicos de Verão e Luís Segadães, Presidente da empresa Identidade Portuguesa, a organizadora dos eventos do dia, assumiu que os atletas portugueses estão “preparados” e “imparáveis” para a missão de Londres 2012. O projecto Ambição Olímpica foi desenvolvido pela empresa Identidade Nacional, assegurado por elementos da equipa dos eventos Sete Maravilhas.
Minutos antes da banda liderada por Tim ter tomado por completo conta do palco, já pelo ‘plateau’ tinham desfilado cerca de cem artistas, entre bailarinos, ginastas, acrobatas, artistas circenses, percussionistas e’ perfomers’. A produção deste mega evento inovador ficou a cargo da TAVOLANOSTRA – Eventos Globais, e a direcção artística coube à empresa Paulo Magalhães Produções. Valores olímpicos enaltecidos Em sete actos performativos multimédia foram evocadas as várias modalidades olímpicas e enaltecidos os valores olímpicos essenciais, como sejam Coragem, Orgulho, Equilíbrio, União, Identidade, Triunfo e Determinação. Entre cada performance foram homenageados os quatro atletas olímpicos portugueses que regressaram do maior evento desportivo mundial medalhados a ouro. Pelo mega ecrã do Pavilhão Atlântico passaram imagens e depoimentos do “fora de série do ponto de vista olímpico” Carlos Lopes (Maratona, Los Angeles, 1984), que vibrou quando “mais de 90 mil pessoas se ergueram no estádio” para o aplaudir; mas também de Rosa Mota, a pequena da Foz que, nos Jogos de Seul 1988, correu a Maratona a tremer de medo que a pisassem. Venceu. E subiu ao pódio para mostrar que “existe um país pequenino que naquele momento era o maior de todos”.
Como o ouro não se esgotou nas maratonas, foi também lembrada a heroína Fernanda Ribeiro que, cheia de dores nos tendões, num ‘sprint’ final do outro mundo, na prova dos 10 mil metros nos Jogos de Atlanta (1996) provou que “o talento vale muito, mas a ambição e a transpiração são os factores mais importantes”. Palavra de João Campos – à época seu treinador – que lhe chamava “animal competitivo”. O último atleta relembrado da noite foi Nélson Évora, o recém-medalhado com ouro que, em Pequim 2008, foi mais longe no Triplo Salto em Comprimento e encheu Portugal de orgulho. O rapaz de Odivelas que assistia às emissões televisivas dos Jogos às escondidas da mãe – e vibrava em silêncio com as façanhas dos seus ídolos – revelou sentimentos do dia em que subiu ao 1.º lugar do pódio: “Senti que trazia uma Nação atrás. Ouvi o Hino e senti-me emocionado”. Na plateia as duas mil e quinhentas pessoas reagiram de imediato às suas palavras e ovacionaram-no ruidosamente. Em homenagem aos 74 atletas que nos vão representar em Londres dentro de poucos dias, mas aplicando-se a letra que nem uma luva a Nélson Évora, a banda Xutos & Pontapés cantou o tema “Dá um mergulho” desafiando-os a que seja “sem olhar p’ra trás. Dá um salto no ar. Só para veres do que és capaz…”. Julho 2012 . Olimpo . 29
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FORÇA PORTUGAL!
RUMO A LONDRES CHEIOS DE “AMBIÇÃO OLÍMPICA”
Um inovador espectáculo multimédia, nunca antes visto em Portugal, revelou os valores olímpicos. Quatro medalhados com ouro mostraram o quão orgulhosos ficaram ao ouvir o hino de um país pequenino que naquela hora foi o maior. Duas mil e quinhentas pessoas aplaudiram.
// Os portugueses despediram-se com um grande espectáculo multimédia e palavras de incentivo dos atletas olímpicos que nos vão representar em Londres
Fotos Fernando Piçarra
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ortugal despediu-se em grande estilo dos seus atletas olímpicos. Durante o dia 8 de Julho os Jogos foram motivo de celebração em todos os canais da RTP. Quase oito horas de emissão televisiva mostraram primeiro os nossos “Heróis Olímpicos” e logo depois que possuímos “Ambição Olímpica”. A noite encerrou com um espectáculo vanguardista multimédia, no qual, pela primeira vez, foi feita uma projecção simultânea frontal e em palco, numa área total de 900 m2, de conteúdos em ‘computer graphics integration’ produzido em cinema 4D e 3D Max. Duas mil e quinhentas pessoas aplaudiram de pé e entusiasticamente no Pavilhão Atlântico os mais de 40 atletas olímpicos e paralímpicos que subiram ao palco, acompanhados pela mítica banda nacional de ‘rock’ Xutos & Pontapés. A plateia foi ao rubro quando o maior grupo roqueiro português interpretou o Hino Nacional em versão ‘rock and roll’. 28 . Olimpo . Julho 2012
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ENCONTRO Fotos Fernando Piçarra
MISSÃO OLÍMPICA ACERTA AGULHAS PARA OS JOGOS A poucos dias dos atletas partirem para Londres, os responsáveis pela Missão Olímpica decidiram fazer uma revisão da matéria dada e alertá-los para os perigos que as olimpíadas acarretam: os riscos das substâncias ilícitas em competição; os valores éticos; as regras olímpicas; a gestão da carreira e da imagem pública; e no fim um mimo humorístico.
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xiste uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. O homem só vive de detalhes e as manias têm uma força enorme: são elas que nos sustentam”. Esta frase pertence ao escritor, jornalista e militar português Raul Brandão, mas pode ser aplicada à metodologia desportiva, nomeadamente no que concerne às regras que a regem. Exactamente porque os responsáveis pela Missão Olímpica não querem que os detalhes se percam, ocorreu a 13 de Julho na sede do Comité Olímpico de Portugal mais um encontro da Missão Olímpica Londres 2012, com a presença de vários atletas e dirigentes, em que os temas recordados voltaram a ser o doping, a ética desportiva, a responsabilidade dos atletas e a gestão da carreira perante o público em geral. Ah, e ainda houve tempo para o humor. Luís Horta, presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal, foi o primeiro interveniente
do encontro e, logo a abrir o seu discurso, avisou os atletas e dirigentes de que o único objectivo destes alertas é “evitar problemas, evitar sermos apanhados”. E quais são os perigos? Fácil: suplementos nutricionais que nunca tenham tomado, estimulantes e narcóticos” que não podem ser tomados entre os dias 16 de Julho e 12 de Agosto, sob pena de, num controlo, serem apanhados e desqualificados (atletas) ou afastados da Missão (equipa oficial). O responsável do Instituto do Desporto explicou aos atletas como funcionará em Londres o sistema de localização para controlo. Os desportistas terão de estar disponíveis durante uma hora entre as 6 e as 23 horas, indicando qual o local e a hora em que os podem encontrar para realizar os testes. Aconselhou-os a escolherem uma hora de manhã muito cedo ou tarde ao final do dia para não ficarem presos a meio do dia às acções de fiscalização. De entre vários conselhos enviados do púlpito
que podem também ser consultados no site da Autoridade Antidopagem e uma referência ao e-mail esclarecedor de dúvidas antidopagem@ idesporto.pt, Luís Horta exortou os atletas a só se preocuparem com um galardão: “Só vos peço uma medalha: que nenhum atleta português venha de lá com um caso de doping. Seria pioneiro. Na história olímpica nunca um português veio de lá com um caso positivo”, advertiu. Lição de ética com “erro” à mistura Outro dos temas abordados no último encontro da Missão antes da partida para Londres foi o da ética. Para que os atletas melhor pudessem entender a sua importância, os responsáveis convidaram o professor António Bagão Félix, membro da Comissão de Honra do Plano Nacional de Ética no Desporto. O ex-ministro fez uma intervenção assertiva e bem-humorada, debruçando-se sobre os valores da ética, destacando “a autenticidade das acções em todas as nossas dimensões”, aler-
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tando os ouvintes para o facto de que “o Olimpismo não se baseia apenas nas qualidades do corpo mas também do espírito”. E que qualidades são essas afinal? Bagão Félix responde: “a preservação da dignidade humana, a amizade, o ‘fair-play’, a decência – que é a estética da ética –, o respeito, a honradez, a honestidade, a lealdade, a solidariedade, a partilha, o esforço e a exemplaridade do espírito”, enunciou, para citar apenas alguns de entre os valores constantes na Carta Olímpica. Consciente de que os portugueses são “um povo com pouco orgulho de pertença” e muita “moralidade e ética na terceira pessoa, mas pouca na primeira”, António Bagão Félix deixou uma receita para incrementarmos a ética na primeira pessoa, “a que importa”, baseada no princípio dos três “és”: exemplo, exigência e erro. Explicou que “a verdadeira autoridade só advém do exemplo” e salientou que “se aprende muito através do erro. Cometer erros é um privilégio dos activos. Felizmente cometemos erros. O carácter constrói-se nos embates do mundo”, destacando ainda a necessidade de se construir um “espírito de conjunto” entre os atletas.
// No final, um momento humorístio protagonizado pelo comediante António Raminhos
Revisão dos detalhes para Londres Mário Santos, o Chefe de Missão, terminou o III Encontro da Missão relembrando algumas regras importantes na deslocação a Londres. Da sua intervenção destacam-se os avisos à não utilização de marcas associando-as ao evento nas redes sociais sob pena de desqualificação; que a interacção nas redes terá sempre que ser realizada na primeira pessoa, sob a forma de um diário pessoal, sem referências aos restantes atletas e oficiais; que as imagens não podem ter conteúdo ofensivo ou fins comerciais; e que não podem ser colocados vídeos ou áudios de provas e de outras actividades nos locais de competição. A captação nestes locais só poderá
ser feita para uso próprio e não em qualquer rede social, blogue ou internet. O mesmo se aplica à Aldeia Olímpica. Em matéria de entrevistas, Mário Santos avisou de novo os atletas que só estão disponíveis até 48 horas antes das provas para dar quaisquer entrevistas; que devem potenciar a sua exposição minimizando o impacto da mesma com a imprensa. “E a partir daí temos que estar com a cabeça disponível para os nossos resultados”, sublinhou. No final de todas as provas, então, haverá zonas mistas onde os jornalistas podem falar com os atletas. No final deste encontro com os desportistas
Durante o encontro foram frisados várias vezes os Valores constantes na Carta Olímpica.
olímpicos, e para desanuviar a cabeça de temas mais pesados, os responsáveis da Missão Olímpica decidiram oferecer um “miminho” surpresa aos atletas sob a forma de ‘stand-up comedy’, feita pelo conhecido humorista António Raminhos. O comediante que faz “piadolas” – como o próprio assume no programa da RTP “5 para a Meia Noite” – animou dirigentes e atletas brincando com alguns pormenores das modalidades, saltando com várias histórias pelo tema da fobia de viajar de avião, justificando a teoria de que a letra da canção “Atirei o Pau ao Gato” foi redigida para caber em todas as músicas. E pediu uma ovação combinada para se sentir melhor. Julho 2012 . Olimpo . 31
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Publireportagem
RETALHO
CONTINENTE MARCA DE CONFIANÇA
O Continente, marca líder e uma referência do retalho em Portugal tem contribuindo ao longo dos seus mais de 25 anos de existência para a alteração dos hábitos de consumo dos portugueses, para o desenvolvimento da economia portuguesa e para a evolução do mercado da distribuição.
O
Continente revolucionou o mercado em 1985 com a abertura do primeiro hipermercado português e tem sabido, desde então, inovar e adaptar-se, consolidando a sua posição nas preferências do consumidor português. O percurso sólido, pontuado por iniciativas inovadoras e únicas, distinguem o Continente na confiança e empatia que alcançou junto dos portugueses. Ao longo destes últimos 10 anos, em que o Continente foi eleito pelos portugueses como a marca em que mais confiam no setor do retalho, têm sido realizadas grandes iniciativas que têm mobilizado os Portugueses, seja pela solidariedade, como por exemplo a Missão Sorriso, seja pela organização de eventos únicos e inovadores como o Mega Pic-Nic ou o Mercado de Sabores, seja pelo lançamento de serviços inovadores que surpreendem os clientes como o Chef Online, o Pediatra Online ou o Enólogo Online. Num ano crítico como o de 2012, em que os indicadores de confiança baixam para níveis históricos, a renovação da distinção do Continente como marca de confiança reveste-se de especial importância uma vez que os portugueses precisam que as marcas lhes deem a segurança. No decorrer deste ano, o Continente
pretende reforçar o papel de instituição parceira, que transmite confiança, segurança e tranquilidade, apresentando soluções adequadas ao contexto e necessidades do cliente. O Continente assume-se como uma marca próxima dos seus clientes, e que, por isso, compreende o contexto em que estes vivem. Qualquer que seja a situação do país, qualquer que seja a conjuntura económica e social, quaisquer que sejam as necessidades das pessoas, o Continente está sempre do seu lado, sendo o parceiro com que podem sempre contar. Porque o Continente não é
apenas uma marca próxima dos portugueses. É sobretudo um parceiro, permanentemente preocupado em assegurar a qualidade de vida de milhões de famílias. Os clientes sabem que podem contar com a marca nos diferentes momentos das suas vidas, e por isso o Continente continuará sempre a manter o seu compromisso de apresentar uma grande proposta de valor a todos os Portugueses. Hoje, como sempre, os Portugueses contam com o Continente! *texto escrito segundo o novo acordo ortográfico.
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ROTEIRO R OTEIRO LONDRES Y TFIELD CIT Stratford. CIAL WES R E M O C egamos a ch e u q City, o e CENTRO Westfield Central Lin
// De manhã
09h00
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ntramos o mais uagens da É nas carr das carruagens enco rea da Europa, com uiá m a r e íd io a is sa m té à par a Logo dois ho ercial a ocu aurantes, lado centro com 17 cinemas, 70 rest completamente co s tá s, uco de 300 loja turas. O Westfield es ue Olímpico, a po tru Parq orme en a d , tas infraes rtas de entrada do id d Zaha Ha a s po hada por almond, e a uma da cina desen h Kapoor e Cecil B is p a d s metro de Anis pico. vermelha ádio Olím escultura ros do Est et m e d a n uma cente
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a ndres para leste de Lo o Parque ra a p e -s Dirija de está tarford on a aqui zona de S te encontr en lm a u ct A . vilhões o a p ic p s o a lím O o Aquático colectivas, tr en C o e desd ades às modalid io Olímpico, com // à hora do almoço dedicados ico pode en stád E o ca dio Olímp ta essoas r á p es la st il d u E m o se em a 0 e 8 a d to e a n on d h Ju el is a e. rm d m a ve a cid ltura e para ço capacidad sta magnífica sobre .Uma enorme escu torre de a a vi 012 h Kapor. A mais alta 2 is n A em o s n re ia e com um nd ind cultura ícone de Lo inada pelo escultor s. derada a es contrar o os, ass ltura, consi ões de euro ic a p ilh e d m lím s o 8 2 ro s et te m en ,5 m os anéi 4 a 1 d aproxima rbit tem 1 o de 2012 Olympic O no Unido, e custou bertura: 28 de Julh ei A R ; o rd o o d rf JAMIE OLIVER EM em to o, Sta ças) CANARY WHAR ue Olímpic ros (crian Outro local a vis F Local: Parq os) e 9 eu lt itar é Canary W u d (a s ro u e ha rf, 9 co 1 um m : ercial onde pode complexo Preço rá fazer compras assistir aos jogos e nas imediaçõe de basquetebol s na Arena Greenw Norte e às prov ich as de desportos de combate na Nesta zona não ExCel. deixe de experim entar o novo resta rante de Jamie uOliver, o quinto espaço do ‘chef no Reino Unido ’ italiano , com pratos típ ico s italianos, com ingredientes fre PASSEIO P // Ao jantar Na zona d scos sazonais, um ELO JARDIM eH a vasta lista de italianos e um am vin do mais fa yde Park, para além ho bie s nt e fresco e inform moso parq Morada: Unit 17 al. ue da cida usufruir assistir às , 2 Churchill Plac de, poderá provas de e, Canary Wha E1 4 5R B Lo vo ndres; Tel.: 020 rf Guards Pa leibol de p 3002 5252; Fax: rad raia 0258; Horário: 020 3283 253 hecta e. O parque tem um na Horse Segunda a Sext res, incluin aa área de fe ira das 11h30 às 23h00; Sábado do Kensin com o Spea das 12h00 às 23 gton ke h00; Domingo da 12h00 às 22h3 RESTAURAN pode discu r’s Corner, onde qu Gardens, s 0 TE N alquer cid rsar critica adão ndo qualq C excepção OM EMENTA OMA uer um, co da Família ESPECIAL N ão de m R ix ea sem temer e de ex problemas l e do Governo Inglê miado restau perimentar os sabore s, legais, e o tine. Entre s do e ra lag as Claridge, um nte de Copinhaga Nom preandar de b muitas diversões p o Serpena no hotel a unidade de ode optar arcos, jog e suites próx luxo com 20 p ar ténis, a patinar ou imo de Hyd 3 quartos ndar de bic or simplesm e ci P ar al k de Bond Str icleta, ente desca cadeiras d eet. Durante e da área comernsar e lo René Redze os Jogos Olím ano há um na espalhadas pela nas várias pi , ‘c he picos, f’ aa relva. Este do Noma em trará a Lond actuar nes nimação adicional, Copenhaga res “A Taste ISA M TA te local no e , os Blur vã O s N of co S on pi Noma at C de será serv PICO Olím o dia do da realiz laridge’s” ido um men ANÉIS OLÍM anéis símbolo dos Jogos do, até na água. ação da ce 12 de Agosto, aqua al u m de oç ni ci is o U nc n ri e ao jantar dos Jogos o pratos ao todos durante 10 Os tradiciona tão por todo o Reino Olímpicos. mónia de encerram – 6 Agosto) a, para que dias (28 de ento Um conce toda a gen cos es . O restaura lo rio Tamis es pe st Julho E rto aberto ar Paraolímpi s. te. ul co rc nt pi ci e dinamarqu foi votado “M a Jogos vai anéis olím ês Noma elhor Resta Durante os ura com os 0 dias da ut tr 15 ur a es 20 , an a 10 iro te um , re do Mundo” 2011 e 2012 r, ve em a possam ve . dia 28 de Fe Morada: Bro lançados no ande evento. ok Street, M anéis foram gr do ra ay Lo tu nd fa er ir on ab W 1K 4HR cerimónia de Tel.: +44 (0 )20 7629 88 60 Preço: o m enu de cinc o pratos te um preço de rá cerca de 24 2 euros
13h00
15h00
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Opinião
JOSÉ VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal
“O DESPORTO E A LUSOFONIA SÃO DEMASIADO IMPORTANTES”
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NO domínio do Desporto não deve ser encarada como um mero instrumento ao serviço da política externa dos países e regiões de língua portuguesa que confluem numa união e partilha dos superiores interesses da Lusofonia. No quadro desta visão macro, a cooperação internacional desportiva constitui, por razões históricas, mas também estratégicas, um desígnio e uma prioridade na consecução de objetivos comuns, dada a sua transversalidade. Referimo-nos à cooperação para o desenvolvimento em complementaridade com os princípios fundamentais e estruturantes plasmados na Carta Olímpica, onde se inscreve um dos objetivos primordiais do Olimpismo, segundo o qual a organização, administração e gestão do desporto deve ser da responsabilidade das organizações desportivas independentes.
A crescente globalização das atividades desportivas tem conduzido ao desenvolvimento de redes e parcerias internacionais entre Comités, uma vez que a cooperação desportiva não se opera por mera convenção, acordo ou tratado. Faz-se no terreno, no dia-a-dia, com ações concretas, recursos, compromissos, intercâmbios, competições. Em linha com os ditames do COI, foi possível em 2004 unir os CON de doze países e regiões em torno de um ideal, sustentado em causas e valores intemporais. Apesar de incompreensíveis ceticismos estatais, persistimos e lográmos democraticamente edificar um novo património, alavancando uma força ativa na defesa dos interesses dos membros estatutariamente constituintes da Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa. Devemos, sem reservas, estar gratos e sentirmo-nos estimulados pelo reconhecido êxito dos projetos materializados em prol desta causa coletiva, num espaço de diálogo e respeito mútuo que faz jus à modernidade e projeta esta Associação para novas e crescentes responsabilidades. O futuro da ACOLOP sempre foi encarado como uma certeza, jamais colidindo com as atribuições específicas da CPLP e com o escopo dos respetivos Jogos, com outro desiderato político e espaço de mobilização, apesar de relutâncias e incompreensíveis bloqueios estatais, felizmente ultrapassados. Os 1.os Jogos da Lusofonia, realizados
em 2006, em Macau - China, e a segunda edição dos Jogos, que teve lugar em Lisboa, em 2009, marcaram indelevelmente a afirmação e a maturidade deste movimento imparável, na senda dos consagrados “Commonwealth Games” e dos “Jeux de la Francophonie”. Surge agora uma nova janela de oportunidade, a partir dos VIII Jogos Desportivos da CPLP, numa organização liderada pelo Presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude. Com a abertura proporcionada pelo atual Governo novos equilíbrios estão encontrados, conseguindo-se uma reaproximação de molde a colocar em agenda a hipotética osmose entre dois segmentos desportivos alicerçados em pensamentos até agora paralelos. Provou-se há muito que, através do desporto é fácil conhecermo-nos melhor, compreender e aproveitar as diferenças, mas fundamentalmente entender o que nos une, abrindo caminho para a tomada de consciência do mérito dos nossos propósitos e frutos da nossa ação. Esta foi uma viragem determinante para o escopo da ACOLOP e para o posicionamento da Conferência de Ministros responsáveis pelo Desporto, atentas as vantagens potenciadas a partir de projetos como a preparação de atletas e seleções, especialização de quadros técnicos e dirigentes ou a constituição de um novo patamar de representatividade no contexto do desporto mundial rumo aos Jogos da XXXI Olimpíada Rio de Janeiro 2016. O futuro é auspicioso e os laços que nos unem nas quatro partidas do mundo são uma matriz duradoura de valor transcendente. O Desporto e a Lusofonia são demasiados importantes, razão pela qual devemos convergir na valorização das suas potencialidades. • texto escrito segundo o novo acordo ortográfico.
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