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Terapêutica Espírita
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Terapêutica Espírita
Célio Alan Kardec de Oliveira
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Copyright © 2019 Célio Alan Kardec de Oliveira 4ª Edição - Abril de 2019 Projeto Editorial Instituto Editorial D’ Esperance Impresso no Brasil
Pedidos: Rua Iporanga, 573 - Novo Progresso Contagem | MG | Brasil Cep: 32.110-060 Tel: (31) 3357-6550 vendas@institutodesperance.com.br www.institutodesperance.com.br
Célio Alan Kardec de Oliveira. Obsessão e Transtornos psíquicos. Terapêutica Espírita / Célio Alan Kardec de Oliveira -- Contagem : Instituto Editorial D Esperance, 2019.
206 p. ISBN 978-85-67800-45-5 1. Espiritismo. 2. Estudo da Obsessão. I. Oliveira, Célio Alan Kardec de. II. Título. CDD 133.9
É proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização do Instituto Editorial D’ Esperance.
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Índice Introdução ...................................................................... 11 1 - A Saúde e a Doença .................................................. 1.1 - A Saúde ................................................................... 1.2 - As Doenças ............................................................. 1.3 - Doenças Obsessivas ...............................................
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2 - Alienação Mental ...................................................... 20 2.1 - Rota para Tratamento das Alienações Mentais ..... 22 3 - A Obsessão ................................................................ 23 4 - Sinais da Obsessão .................................................... 28 5 - A Reunião de Desobsessão ....................................... 5.1 - Os Componentes da Reunião ............................... 5.2 - Duração da Reunião ............................................... 5.3 - Número de Participantes ...................................... 5.4 - Requisitos para os Componentes da Reunião de Desobsessão ................................................................... 5.5 - Fatores Importantes na Reunião de Desobsessão ...
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6 - Preparativos para a Reunião de Desobsessão ........ 37 6.1 - Chegada da Equipe Mediúnica ............................. 38 6.2 - Conversação anterior à Reunião ............................. 38
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7 - Estudos Doutrinários e Evangélicos ......................... 40 7.1 - Os Estudos na Reunião Mediúnica ....................... 41 8 - Ambiente Físico ........................................................ 43 9 - Disposições Físicas ................................................... 46 10 - Disposições Emocionais e Espirituais .................... 49 11 - Disposições Morais ................................................. 51 12 - Gradação das Obsessões ......................................... 12.1 - Obsessão Simples ................................................. 12.2 - Fascinação ............................................................. 12.3 - Subjugação ........................................................... 12.4 - Generalidades ...................................................... 12.5 - Elucidando sobre a Obsessão ...............................
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13 - Um caso de Obsessão Simples ............................... 60 14 - Um caso de Fascinação ........................................... 63 15 - Um caso de Subjugação ........................................... 68 16 - Natureza das Obsessões ......................................... 73 16.1 - Um caso de Obsessão entre Desencarnados ........ 76 16.2 - Um caso de Obsessão de um Encarnado para 79 outro Encarnado ............................................................. 84 17 - A Histeria e a Obsessão Espírita ............................ 17.1 - Visão da Ciência Tradicional ................................ 84 17.2 - Visão Espírita da Histeria .................................... 87 18 - A Epilepsia e a Obsessão Espírita ........................... 91 18.1 - Terapêutica Médica Clássica da Epilepsia ......... 96 18.2 - Terapia Espírita .................................................... 96
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19 - A Esquizofrenia e a Obsessão Espírita ................... 98 20 - A Neurose Fóbica e a Obsessão Espírita ................ 105 20.1 - Visão da Ciência ................................................... 105 20.2 - Visão Espírita ........................................................ 109 21 - O Coordenador da Reunião Mediúnica .................. 111 21.1 - Posturas do Coordenador Mediúnico .................. 113 22 - O Doutrinador ......................................................... 115 22.1 - Outros Registros Importantes para o Doutrinador .. 118 23 - O Médium ............................................................... 23.1 - Sentimentos e Conduta ....................................... 23.2 - O Médium como Instrumento de Trabalho ........ 23.3 - Posturas do Médium ............................................ 23.4 - Recomendações ao Médium ................................
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24 - A Mediunidade ........................................................ 128 24.1 - Conceituando a Mediunidade ............................. 129 24.2 - Elucidando sobre a Mediunidade ........................ 132 25 - O Exercício da Mediunidade .................................. 25.1 - Perigos no Exercício da Mediunidade ................ 25.1.1 - Distúrbios Orgânicos ........................................ 25.1.2 - Transtornos Psíquicos .......................................
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26 - Instruções aos Médiuns .......................................... 139 26.1 - Questões de Interesse dos Médiuns ................... 140 27 - O Paciente ............................................................... 27.1 - O Paciente Desencarnado ................................... 27.2 - O Paciente Encarnado .......................................... 27.3 - Presença do Paciente na Reunião Mediúnica ..... 27.4 - Posturas Recomendáveis ao Paciente ..................
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28 - O Transe .................................................................. 160 28.1 - Fases do Transe Mediúnico ................................. 163 29 - Recomendações ao Coordenador da Reunião Mediúnica ............................................................................ 165 29.1 - Conduta Técnica do Coordenador Mediúnico .... 166 30 - O Intercâmbio Mediúnico ...................................... 172 30.1 - Preparativos para o Intercâmbio Mediúnico ........ 174 30.2 - Intercâmbio Mediúnico ....................................... 175 31 - A Doutrinação ......................................................... 177 31.1 - Do Trato com os Espíritos Comunicantes .......... 179 31.2 - Decálogo da Doutrinação Mediúnica .................. 182 32 - Pragmática Obsessiva .............................................. 184 32.1 - Processo Desobsessivo ......................................... 186 33 - Evocação dos Espíritos ............................................ 33.1 - A Evocação ........................................................... 33.2 - Posições Respeitáveis contra as Evocações ......... 33.3 - Experiências na Evocação de Espíritos ............... 33.4 - Recomendações Importantes .............................. 33.5 - Conclusão .............................................................
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34 - Terapias Subsidiárias à Desobsessão ...................... 198 34.1 - Terapias Paralelas à Desobsessão ......................... 200 34.2 - Tratamento Psicológico ou Médico Convencional .. 202 Referências Bibliográficas .............................................. 203
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Introdução Se o egoísmo é a grande chaga da Humanidade, os transtornos psíquico-espirituais, não diferentemente, representam o grande drama a atravancar o projeto de felicidade do homem aqui na Terra. Contemplamos contingente imenso de criaturas frequentando clínicas psiquiátricas, consultórios psicoterápicos e instituições de tratamento espiritual na pretensão de se libertarem de sofrimentos oriundos dos desequilíbrios mentais que as consomem. Nem sempre logram bons resultados e a razão, provavelmente, se assenta na conjugação de fatores como: diagnóstico algo equivocado da doença, desconsideração das causas motivadoras do desatino mental e que podem anteceder a vida presente, limitação aos círculos acanhados da ciência acadêmica que ainda ignora a herança moral evolutiva do ser, inconsistência na utilização dos recursos da ciência espiritual, além do descomprometimento pessoal com a necessidade de mudança de hábitos e de renovação dos sentimentos. Asseveramos que Ciência e Espiritismo devem marchar juntos para que o homem seja entendido em toda a sua amplitude física e espiritual, como Ser Imortal que é. Aí, então, ao construírem o novo homem, renovado para a vida, estarão, ao mesmo tempo, contribuindo, efetivamente, para que se descortine uma era mais feliz para a
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Humanidade. Assim, à Ciência cabe o labor inadiável de espiritualizar-se e ao Espiritismo, mais que filosofia e religião, o impositivo de afirmar-se nos caminhos surpreendentes da ciência espiritual. A alegria nos invade o coração ao comprovarmos, particularmente, a ação decisiva das técnicas espíritas na obtenção da cura pelos vitimados de si mesmos, então mergulhados no intrincado mundo íntimo em desalinho, por desconhecimento das leis naturais do Criador. Nosso desejo é que esta obra singela possa, de alguma forma, servir aos crentes da alma e que lidam ou se interessam pela saúde do homem na sua feição mais profunda. Cumpre destacar que nossa incursão no campo da ciência psiquiátrica ficará dentro do indispensável para atender ao objetivo da obra e, naturalmente, que outros estudiosos e especialistas do ramo poderão aprofundar e contribuir no trato de assuntos tão relevantes.
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1 - A Saúde e a Doença O homem hodierno busca incessantemente o poder, a prosperidade, o sucesso profissional, a estabilidade financeira e o prazer, imaginando, na conjunção de tudo isso, obter a felicidade. Estas buscas imergem o homem na ciranda da competitividade, nas situações conflitantes, nos desafios sem conta, exigindo-lhe mais esforços, maior disponibilidade de tempo, de forma a satisfazer o crescimento das suas próprias necessidades. Como esse mesmo homem se esquece de atrelar à sua vida comportamental os pensamentos e as emoções com marcas da sublimidade, ele se descobre infeliz e fatigado, mesmo diante das conquistas e realizações transitórias. Olvidando a realidade transcendental do seu próprio ser, manifesta-se nele o desequilíbrio implacável, mais cedo ou mais tarde, a partir de sinais e sintomas que configuram o quadro nosológico das patologias do ontem ou do hoje, por ele mesmo engendradas no círculo dos seus equívocos de comportamento. Ele se angustia ainda mais por se ver privado de um bem que julgava possuir: a saúde plena! Recorre a facultativos na expectativa de que as anormalidades de fundo bioquímico, histológico, fisiológico, genético, ou qualquer outro, serão pesquisadas pelo especialista e os diagnósticos conduzirão a tratamentos restauradores do seu equilíbrio orgânico e psíquico.
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Satisfaz-se o homem quando é esclarecido sobre o diagnóstico do distúrbio orgânico específico que o acometeu; tranquiliza-se mais ainda diante da prescrição de drogas ou processos cirúrgicos, sinalizadores da retomada do “estado de saúde”! E quando os sintomas desaparecem e com eles o mal, cessando os fatores da perturbação inicial, ei-lo tornando à normalidade da vida sem se preocupar com as causas mais profundas determinantes da origem do seu “estado de doença”! É preciso analisar a questão da saúde e da doença sob outra ótica, com fundamentação mais profunda, e o nosso objetivo neste trabalho é sugerir reflexões nessa direção. Entendemos que todas as criaturas humanas adoecem, mas são raras as que entendem a importância da saúde integral, passando, por conseguinte, a cogitar da cura real. A doença é sempre a manifestação de um distúrbio, de uma anomalia ou de uma disfunção: o mal é que a criatura humana só dela se conscientiza quando os seus efeitos estão à mostra e sob o imperativo dos incômodos da dor ou do sofrimento. A doença é uma construção lenta e, talvez, o menos importante seja a sua manifestação ostensiva: no seu processo elaborativo, desajusta-se o império celular ou agitam-se miasmas de conteúdo psíquico, rompendo a harmonia do fluxo vital ou o equilíbrio das forças mentais. Já a sua exteriorização é o caminho para a saúde. A moléstia é um aviso de que algo está mal no indivíduo. A doença é mero efeito, dado que a causa tem nascedouro no comportamento desse mesmo indivíduo e, por vezes, a conversão em enfermidade pode ser uma ação mais ou menos demorada no tempo.
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Depreende-se ser muito importante acordar no momento em que ela se manifesta e considerá-la um bem será de bom juízo. Bom mesmo seria evitá-la, preservando a boa saúde. A criatura, que deixa desenvolver em si própria a doença, naturalmente já era portadora de fatores predisponentes e desencadeantes, sejam eles de ordem emocional, física, espiritual ou mental. No entanto, interromper-lhe o surto propagador, eis aí a oportunidade inadiável e a possibilidade do equilíbrio da trilha saúde-doença-saúde! É ainda difícil entender, nos tempos atuais, o conceito de que a “doença representa o processo menos prejudicial à economia global do ser. É ela uma adaptação mais ou menos bem-sucedida a circunstâncias desfavoráveis”1.
1.1 - A Saúde A medicina ortodoxa costuma definir a saúde como a ausência de doenças ou o “silêncio dos órgãos”. Já a Organização Mundial da Saúde - OMS - traduz a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Vige, ainda, o conceito de que a saúde é a ausência de sintomas, depreendendo-se que a cura é, para a medicina, o desaparecimento desses sintomas. Uma definição de saúde, para ser verdadeira, ter-se-ia que estender de forma abrangente, por diversas áreas propiciatórias da normalidade geral, do bem-estar e do equilíbrio perfeito. Pode alguém estar fruindo do bem-estar enquanto esteja sob a injunção de enfermidades. 1
CHOFFAT, Francois. Homeopatia e Medicina.
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Também ocorre o inverso, qual seja, a maquinaria fisiológica encontra-se sem maiores problemas enquanto proliferam as queixas de variados matizes. Qual a fronteira entre e a saúde a doença? Existem doentes sem doenças ostensivas tanto quanto pessoas doentes com doenças manifestas, sem se sentirem doentes. Da mesma forma, encontramos criaturas sãs que se esforçam e se preservam na boa saúde, tanto como outras igualmente sãs que, no desaviso, deixam-se inocular pelo “vírus” de futuras doenças! Tanto a doença quanto a saúde são o resultado dos nossos pensamentos e nós somos aquilo que pensamos! O espírito vige em tudo, o corpo espiritual fixa as impressões e as sensações sofrem registros no nosso corpo ou na nossa mente. Mediante isso, podemos conceber a saúde como um estado de harmonia íntima e equilíbrio espiritual. Do que se deduz podermos estar mais próximos da verdadeira saúde enquanto doentes do corpo do que quando experimentamos o “silêncio dos órgãos”. Esse conceito é aparentemente paradoxal, mas a saúde integral, associada naturalmente ao homem integral, só é conquistada através do esforço, das recapitulações sucessivas, nas quais o Espírito, sofrendo as injunções da Lei de Causa e Efeito, começa a compreender os objetivos superiores da sua vida imortal.
1.2 - As Doenças As doenças resultam de alterações energéticas, do desequilíbrio da mente ou de componentes orgânicos expressando-se, por isso, nos campos físico, mental e emocional.
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“No homem saudável, a força do espírito anima o corpo físico e mantém todas as partes do organismo em funcionamento admiravelmente harmonioso, no que se refere tanto às sensações quanto às funções, de forma que a nossa mente possa empregar este instrumento vivo e saudável para os propósitos mais elevados de nossa existência. O organismo material, sem a força vital, não é capaz de qualquer função, sensação ou autopreservação: está morto, sujeito apenas às forças do mundo exterior, que o reduz novamente aos seus constituintes químicos essenciais!”2 Notável este conceito, tendendo para uma linha holística, por que não dizer espírita?! Hanemann manifestou um conhecimento intuitivo do Corpo Espiritual ou Modelo Organizador Biológico - MOB. Por essa ótica, as doenças não são mais que distúrbios da força vital e as evidências materiais das doenças apresentam-se como resultados e não como causas das doenças. Além das doenças orgânicas, manifestam-se outros estados como: psicossomáticos, mentais ou psíquicos e obsessivos.
1.3 - Doenças Obsessivas
Fim da degustação
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HANEMANN, Samuel. Órganon de Medicina.
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