Oficina de Autorretrato Bordado

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OFICINA Oficineiro (Nome e Minicurrículo): Dhiovana Barroso é cearense. Formanda no curso de Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e em Jornalismo pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Desde 2013 atua como quadrinista e ilustradora. Em 2018, participou da exposição conjunta Mulher Vírgula, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Tem quadrinhos publicados na edição única 2016 da Revista Farpa! e ilustrou o livro infantil O Soldado que não Queria Marchar, nem ser Soldado! (2015), de Norbert Heinz. Apresentou no Sobrado José Lourenço, na Praça do Ferreira e no Encontro Nacional dos Estudantes de Artes (ENEARTE) a performance Retrato Cego, nascido dentro do percurso formativo em arte urbana, no módulo de performance do Porto Iracema das Artes. Atualmente faz parte do coletivo artístico Terroristas del Amor, junto com a artista plástica Marissa Noana.

Marissa Noana ​é graduanda em Artes Visuais pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), foi bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID (2016 a 2018). Participou da exposição coletiva Art Atrake em 2017 e em 2018 participou da exposição conjunta Mulher Vírgula, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ministrou oficinas de bordado na 15ª Semana de Museus, no Museu da Cultura Cearense e no Seminário: A Linha, a Trama e o Tecer, organizado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente faz parte do coletivo artístico Terroristas del Amor, junto com a artista plástica Dhiovana Barroso. Oficina (Nome): Autorretrato Bordado Objetivo: Possibilitar que o participante tenha uma melhor percepção da figura humana através das práticas de desenhos de observação e outras atividades propostas, assim como a produção de um autorretrato com pontos básicos de bordado. Além de colaborar com o entendimento acerca do universo da Arte e suscitar reflexões sobre a mesma. Público (perfil, faixa etária e quantidade): Público em geral, a partir de 16 anos, interessados em desenho, costura, bordado e atividades manuais. 15 participantes. Equipamentos necessários (tipo e quantidade): Mesas, cadeiras 1 prancheta estilo cavalete Materiais necessários (tipo e quantidade): ● Papéis, lápis e borrachas ● 15 bastidores tamanho 16 cm ● 1 pacote com 20 agulhas número 3 (com ponta)


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2 metros de tecido algodão cru (espessura intermediária, assim como o papel o tecido tem as "gramaturas", os trançados dos fios etc. O tecido muito fino é mais mole e dificulta o manuseio para pessoas que estão aprendendo). Linhas de crochê: (são 11 cores que consideramos básica para construir uma composição) vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, roxo, rosa, preto, branco, marrom, bege. O ideal seria dois tons de cada cor, um tom claro e outro escuro. 10 tesouras Papel carbono para tecido (30-40 folhas)

Metodologia: Metodologia crítico-participativa constitui-se de: explanações teóricas e exercícios práticos realizados em sala de aula, discussão, criação, experimentação e apresentação dos trabalhos práticos. A oficina contará com oito horas de atividade e serão divididas em dois dias (sábado e domingo). No primeiro dia será proposto exercícios de desenho, sendo: o desenho cego de observação de uma das mãos, no qual o participante vai observar detalhadamente cada formato dos seus dedos e as ranhuras da palma. Consiste em ficar de olhos abertos para o objeto somente, sem olhar em nenhum instante para o papel. O elemento mão trabalhado enfatiza a percepção da própria imagem em pequenos detalhes, porém com grandes significações. Cada mão conta uma história, possui muitas linhas, muitas raízes e não existem duas iguais no mundo. Após um desenho cego e outro de observação da própria mão, os participantes serão desafiados a repensar o conceito de autorretrato através da criação de um desenho de um objeto que os represente. Em seguida, ainda no primeiro dia, a criação de um terceiro trabalho, pensando na criação de um projeto de desenho de autorretrato que futuramente irá se transfigurar num bordado. Ademais a apresentação de 5 pontos básicos de bordado para criação da composição em suporte tradicional, o tecido. Será recomendado que cada participante, sendo possível, leve um pouco de linha, agulha e tecido (com o desenho já transpassado através do carbono) para confecção do primeiro bordado e praticar os pontos aprendidos. No segundo dia, daremos continuidade ao bordado, desta vez dando início ao autorretrato. Por fim, formaremos uma roda de conversa para refletirmos sobre as produções dos últimos dias de oficina. Conteúdos/Habilidades Trabalhados: Desenho de observação, desenho cego e cinco pontos de bordado, são eles: ponto atrás, alinhavo, haste, nó francês e ponto cheio. Multidisciplinariedade: Desde a pré-história encontramos desenhos, registros gráficos de existências, comunicados íntimos destinados à posteridade. Assim como essa linguagem tão permanente e igualmente antiga, encontramos os primitivos bordados. A oficina visa trabalhar duas técnicas milenares como construção da autoimagem humana, trabalhando com a ressignificação do “eu”. Fazendo uso da linha como componente visual nos desenhos no papel e tecido tendo em vista aproximar o desenho e o bordado como possibilidades contemporâneas. Referências:


Curiosidades/Dicas: Bordar é desenhar. Imprimir, tradicionalmente, sobre um tecido, uma imagem utilizando fios e agulha. Porém, a técnica do bordado abriga muitas possibilidades. O suporte tradicional, por exemplo, divide espaço com fotografias, desenhos, telas, grades, plásticos, paredes, entre outros. Além disso, ao longo dos anos, o bordado conquistou novos espaços. Inclusive, no universo das Artes Visuais, onde se inscreve com mais propriedade a cada dia.


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