Sector Ultras 06 2015

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Celebrámos no passado dia 28 de Fevereiro o 111ª aniversário do nosso Clube, uma data que pretendíamos assinalar com uma coreografia há muito pensada e que viria a não ser autorizada (mais uma a acrescentar a tantas outras) depois dos acontecimentos dos derbis de Lisboa em futsal e futebol. Chegámos ao ponto em que comemorar uma data festiva do nosso clube pode ser considerado um ilegal apenas porque uma coreografia é realizada e organizada por um grupo de sócios do Sport Lisboa e Benfica. Restou-nos celebrar da forma a que somos obrigados... ilegalmente!!! Olhando para o que sucedeu no derby percebemos que a lei não funciona nem nunca irá funcionar, e por isso temos de nos orgulhar, uma vez mais, por não termos optado por uma via que apesar de ser a mais fácil, sempre entendemos como errada e que não se alinha com os valores e ideais que sempre defendemos. O prejuízo que deriva desta nossa postura é sabido e sofrido. Ás proibições disto e daquilo, juntam-se a repressão e as interdições, tudo com o objectivo de nos enfraquecer. Resta-nos lutar com as “armas” que temos contra um sistema que teima em perseguir aqueles que são ilegais pelo simples facto de se juntarem aos seus amigos para cantar e apoiar a sua equipa. Outra luta é travada pelo nosso Clube e Equipa, jornada a jornada, contra velhos e novos inimigos ávidos de celebrar qualquer insucesso da nossa parte em detrimento das suas vitórias. Sempre soubemos que o caminho a percorrer seria longo e cheio de obstáculos, contra tudo e todos, e assim será nas 8 jornadas que faltam com uma certeza: NUNCA ESTARÁS SOZINHO!!! Esperemos que usufruam de mais um número da nossa fanzine, onde partilhamos convosco as gloriosas jornadas de convívio e apoio ao lado do nosso Amor. Voltamos a apelar à participação de todos neste projecto com textos, fotos e ideias, para que este se afirme e se valorize não só na Curva, como também no Clube.


No primeiro jogo de 2015 em nossa casa, poucos dias após passar um ano sobre o melhor jogador português de sempre, os Diabos não deixaram passar a data em claro, exibindo num sector bem composto, aquando da entrada das equipas, a frase “Continuar a ganhar... Por Ele, por nós, pelo Benfica!” A equipa entrou bem no jogo, marcando cedo, o que ajudou a que o apoio fosse bom desde o ínicio do jogo, tendo tido alguns momentos bastante positivos na segunda parte. No regresso dos balneários, e na mesma semana onde se falou de liberdade de expressão devido ao atentado em Paris, os Diabos recordaram as leis repressivas que impactam os grupos portugueses, exibindo mais uma frase: “Liberdade de expressão?!?! #JeSuisDiabosVermelhos” Como nota positiva do jogo, alguns momentos de bom apoio, bem como a boa presença no sector.

Foi em mais uma noite fria, a meio da semana que se disputou mais uma jornada da Taça da Liga, com uma vitória clara por 4-0 sobre o Arouca, num jogo que pouco teve para contar tal a superioridade do Benfica no relvado. Na bancada, os poucos Diabos presentes homeagearam o seu antigo membro, barbaramente assassinado na noite anteriorr, com uma frase “Até Já, Tino... D.E.P!”.


No regresso a casa após a derrota em Paços de Ferreira, e com um sector novamente bem composto (o que começa a ser, felizmente, um hábito), não faltou um recado na entrada das equipas: com o escudo de campeão pendurado, foi exibida a frase “Não há desculpas! Não nos pode escapar”. Com a vantagem no campeonato, TEMOS de ser Campeões. Dê por onde der... O jogo acabou por não ter muita história, com uma vitória tranquila do Benfica por 30, havendo mais para contar do que se passou num sector que teve alguns momentos de bom apoio. Numa semana em que se começou a levantar a “onda” de que o Benfica era levado ao colo em colaboração com arbitragens, foi tempo de recordar outros apitos, uns mais dourados. Assim sendo, foram várias as faixas exibidas pelos Diabos: “Roubos de Catedral? Haja Moral...”, “Árbitros no Benfica decidem descontos, no Porto campeonatos!”, “Escutas arquivadas, Justiça abafada!” e “Apito dourado? Campeonato roubado”. Como nota positiva, o regresso em força das frases, que sempre foram uma das nossas imagens de marca, bem como mais uma boa presença na nossa Curva.


Foi numa luz às moscas que o Benfica jogou uma meia final duma competição oficial. Esse começa por ser o ponto de reflexão: poucos dias antes muitos se queixaram que não havia bilhetes para o derby, um jogo que apesar de todas as emoções, vale 3 pontos como todos os outros do campeonato. Para uma meia final, que vale uma viagem a Coimbra para jogar a final, estádio e sector às moscas. Para reflectir. No que ao apoio diz respeito, menos de 100 DV’s ainda se fizeram ouvir de quando em vez, tendo o apoio, dos presentes, sido contínuo ao longo de todo o jogo. O espírito e o esforço é precisamente aquele que foi empregado. Faltou maior massa humana. Para a história, fica um 3-0 com mais um apuramento para uma final da Taça da Liga.

Em mais um jogo à tarde, repetiu-se o adversário do jogo de meio da semana, e também o resultado. No que já começa a ser uma constante, o sector esteve bem composto, sendo de destacar, até então, a melhor prestação vocal caseira de 2015. Alguns momentos muito bons de apoio. Mas como nem tudo é positivo, são de evitar os vazios no sector enquanto que as escadas ficam congestionadas, algo que se nota ainda mais no regresso (por vezes tardio) da malta após o intervalo. O nosso lugar é no sector, atrás das faixa, do minuto 1 ao minuto 90. Não é nas escadas nem no corredor.


\No jogo onde se comemorou o 111º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, a maior fumarada do ano. Foi uma entrada das equipas no relvado a ajudar a matar algumas saudades de tempos mais antigos. Foi com um sector repleto que se comemorou o aniversário do clube. A meio da segunda volta preenchemos finalmente primeiro o sector e só depois as escadas, mesmo que a pedido dos mais antigos, é algo de realçar. É favor continuar a seguir este procedimento. É um dever de todos nós. O apoio com alguns momentos bons, foi no entanto irregular. É algo que temos de melhorar. Como nota positiva, como não poderia deixar de ser, o show pirotecnico que vai infelizmente escasseando mas que desta vez fez a diferença.

Foi em mais um sábado à tarde, com uma Luz repleta de públco que o Benfica recebeu o seu principal carrasco desta época, o braga. Do minho uma presença desoladora de adeptos, do nosso lado um sector completamente cheio – bancadas e escadas. O apoio podia ter sido melhor. Numa tendencia contrária ao habitual da época, foi melhor na primeira do que na segunda parte. A equipa essa mereceu o apoio pois jogou com tudo, fez das melhores exibições da época e ganhou sem espinhas por 2-0 ficando 90 minutos mais perto do título.



Mais um Domingo, este com a particularidade de ser a 1ª Tour de 2015, de Lisboa sai um BUS rumo a Penafiel para ver entrar em acção o Campeão! Na viagem o normal de sempre as paragens já habituais a cerveja e o Espirito de Confiança! Chegada ao Estádio e logo começa o excesso de zelo por parte das forças de autoridade! Mais uma vez não conseguem obter o diálogo com as pessoas e usam a força para mostrar o quanto são bons a minimizar eventuais complicações. Topo bem composto por adeptos Benfiquistas e cerca de 150 Diabos, que na entrada das equipas brindaram os jogadores com as bandeiras desfraldadas ao vento e uns fumos pelo meio, quanto ao apoio vocal a espaços foi bom, mas podemos sempre fazer mais. Muito mais! No campo o Benfica fez uma exibição que não convenceu, pálida mesmo, algumas perdas de bola, equipa a jogar um pouco por cada jogador e não tanto pelo coletivo, valeu pelas oportunidades concretizadas em Golo! Foram mais 3 pontos rumo ao 34!

Jogo fora durante a semana. Boa mobilização da malta do norte, aos quais se juntou uma dezena de elementos desde Lisboa. Jogo sem muita história com vitória tranquila do Benfica a carimbar a qualificação para mais uma meia final da Taça da Liga. O apoio foi o possível e mais uma vez não faltou para levar a equipa ao colo!


Com o Benfica fora das competições Europeias, uma presença forte de todos os núcleos estrangeiros e do continente na ilha. Agora entendo porque muitos gostam da deslocação à Madeira. Um bom clima, paisagens brutais e Poncha ! Até parecia um tour europeu. Com malta já pela ilha, o convívio entre o pessoal como sempre em grande. O Benfica começou bem e com superioridade em relação ao Marítimo. 1° golo aos 18 minutos com momento de euforia na bancada. O apoio podia ter sido melhor, da nossa parte (faltou um capo) com momentos bastante baixos na bancada. Vitória do Benfica por 0-4. E o sentir mais uma vez de dever comprido. 3 Pontos e 6 de avanço e foi assim o fecho da primeira volta do campeonato, com 15 vitórias em 17 jornadas.

Sabendo que as dificuldades são muitas quando jogamos fora com estas equipas, este Benfica já devia saber que não pode dar borlas destas. Não marcar, deixar-se dominar e sofrer um penalti no fim do jogo não é uma história que queiramos contar muitas vezes. Sobre o jogo, vocês viram, é olhar em frente e seguir adiante. Mas há outros aspectos a ter em conta. O primeiro é a bancada para os adeptos visitantes. Afinal, é a mesma (!). Tiraram de um topo e puseram no outro. Continua de madeira, toda partida, a bancada “nova” está por acabar e a entrada na bancada continua igual a outra. Outro aspecto é a GNR. A opção do BUS é para nós mais económica e permite-nos levar mais gente que em carros privados, mas deixa-nos à mercê das autoritárias autoridades. Temos que seguir o carro que nos bloqueia o caminho, temos que entrar quando eles querem, estacionar onde eles dizem e conseguem sempre falar para nós como se fossemos criminosos. De Paços sobressaem ainda mais dois aspectos: a colocação dos membros DV é atrás da faixa, esqueçam as escadas; e já agora importam-se de chegar mais cedo. Chegamos ao cumulo de ter as faixa colocada e atrás dela adeptos do Benfica e os Ultras nas escadas.


Derby de Lisboa fora. A expectativa é sempre grande, desta vez superou tudo. A corrida aos bilhetes foi avassaladora. E apesar da boa presença dos grupos, essa corrida acabou por se fazer resentir. Com um sector visitante dividido em dois aneis, o apoio acaba por se perder um pouco, e a presença de muitos adeptos “não habituais” em clássicos, ainda mais reforçou esse problema. Para mais num jogo extremamente amorfo, pouco empolgamento houve nas bancadas. Até que nos minutos finais, o nosso Benfica sofre um golo. Os adeptos da casa ficam eufóricos até aparecer o memorável balde de água fria no último lance do jogo. O Benfica, o Campeão marca e empata o jogo conseguindo um ponto extremamente importante e mantendo ainda alguma distancia na luta pelo título. Como nota positiva, a presença mais uma vez da faixa “DIABOS” num recinto onde, mais uma vez, não era autorizada. Como nota negativa o apoio. Se compararmos com o Dragão, foi mesmo do dia para a noite. Como negativa constante, os miseráveis acessos ao estádio.


Como habitualmente uma deslocação a qualquer reduto do Norte é acompanhado de uma boa peregrinação Benfiquista, a malta junta-se cedo em volta das rolotes, e mata-se o tempo com cervejas e uma boa conversa. A hora aproxima-se e a malta dirige-se para a entrada, sempre complicada, em locais que não estão preparados para acolher semelhante lotação. A moldura humana dentro do estádio é brutal, até o próprio grupo dos da casa (green devils), parece mais composto do que nunca. O jogo começa, e os agentes de autoridade ainda passam pessoas da lotada central, para a habitual bancada visitante. A nota mais, vai para show de bandeiras, sempre muito activas neste jogo, sendo a nossa dinâmica, neste jogo especifico. O jogo não começa de feição, sofremos um golo, e ai é lançado o mote: "é agora que eles precisam de nós", e o apoio até ao nosso primeiro golo foi bastante audível, na raça de acreditar na reviravolta. A primeira parte termina, e nota-se alguma apreensão nos rostos das pessoas, coisa que não se transportou para o apoio da 2ª parte, pois o mesmo foi constante, até ao golo que deu o empate, e pouco tardou em aparecem os golos que deram a reviravolta, e ai sim é que acordaram a clara maioria dos Benfiquistas que compunha aquela estádio. Como é sabido, são os adeptos que devem embalar a equipa para a vitória, e não vice-versa, mas nós mostra-mos ser diferentes, e é isso que nos distingue. O jogo termina com um favorável de 3-1 para o nosso querido clube, e a festa continua bem depois do jogo terminar, com alguns cânticos improvisados. Sendo sábado é propicio a juntar o pessoal para jantar, o mesmo acabou (como habitualmente) com algumas peripécias. Esta deslocação ficou marcada sobretudo pela forma como nunca deixamos de acreditar, e direccionamos a nossa equipa a vitória.


Jogos fora a um domingo tarde são uma raridade. Se a isso juntarmos uma tarde de sol, uma viagem bem regada e uns acessos à antiga ao estádio, temos um sector despido na entrada das equipas, com malta ainda a entrar já perto do intervalo e alguma que não chega sequer a entrar. É dever de todos nós garantirmos um sector bem composto, desde o apito inicial. O apoio esse foi em crescendo: dado que o sector estava quase vazio no ínicio do jogo, o apoio foi melhorando à medida que o sector se foi compondo, ajudado pela reviravolta no marcador, e toda uma bancada, em terrível estado, e todo um estádio que ajudou o Benfica a conseguir mais uma vitória nesta dificil caminhada rumo ao 34º título de campeão. Como nota positiva, a deslocação e a cor no sector. Ponto negativo a falta de coordenação na entrada do grupo para o estádio.

Num jogo em que o Benfica somou a sua terceira derrota da temporada, os DIABOS lançaram o mote no ínicio da partida: “Passo a Passo rumo ao 34!”. E a equipa começou bem, com um golo logo a abrir, no que prometia ser uma jornada tranquila. Após, mais tarde, os DIABOS terem aberto a sua segunda frase: “Multa por opinar? É só facturar!”, foi solicitado aos DIABOS que retirassem a frase. A livre opinião continua a ser um direito não adquirido mas fica a indicação que a frase teve o efeito pretendido. De salutar mais uma grande jornada de convivio no apoio ao Benfica,


Como se tem verificado nas últimas épocas, com maior incidência na época corrente, o apoio à nossa equipa de hóquei não tem faltado. 2015 começou desde logo com uma deslocação de 30 DV até Almeirim. Como tem sucedido neste campeonato, mais uma vitória. 2-7 com um apoio constante por parte dos DV. Na semana seguinte, um percalço europeu. Mais uma boa presença, desta vez com o Barcelona mas aí o jogo não foi o melhor e a nossa equipa acabou por vacilar contra a melhor equipa do mundo. cMas como não somos de nos ficar, poucos dias depois lá rumámos a Turquel. A aldeia do hóquei representa tudo aquilo que gostávamos que as deslocações fossem em qualquer modalidade: um pavilhão à pinha e um ambiente frenético a apoiar a equipa da casa. Os 20 DV presentes ainda se fizeram ouvir, e o Benfica, obviamente ganhou. De então para cá, as habituais presenças em casa, com destaque para os mais de 100 presentes diante do porto para a liga europeia, e uma original deslocação a Sines para apoiar o Benfica diante do Vasco da Gama, e uma boa presença em São João da Madeira. Infelizmente forças superiores não nos permitiram fazer um porto away. Diabos e Hóquei. Uma ligação de longa data... Nós não te deixaremos mais...


Aproveitando alguns contactos pessoais que se fortaleceram da última vez que o Benfica foi a Atenas, desde então ficou combinado alguns de nós lá regressarem para assistir ao derby de Atenas. No passado mês de Fevereiro assim foi. E que derby... A 4 horas do jogo, sob uma chuva intensa, já os arredores do estádio estão repletos de adeptos da casa. Adeptos da casa apenas pois os visitantes estão proibidos de há 7 anos a esta parte nos jogos entre os maiores clubes gregos, fruto dos confrontos mortais que sucederam antes de tal decisão. E se 4 horas antes do jogo, com o tempo que estava, já era surpreendente, o que dizer do facto de, quando entrámos, duas horas antes do apito inicial, já o sector do GATE 13, toda a bancada estava à pinha. Entoavam-se canticos e bebia-se cerveja. A uma hora do jogo os jogadores do Olympiakos vêm espreitar o relvado. Acção imediata voam cadeiras, objectos, tochas, petardos... De tudo um pouco. O ódio é tremendo. Não entendendo grego, percebe-se que cantam contra o Olympiakos e contra o seu presidente “Marinakis”. Poucos minutos depois dá-se o momento da noite: Vítor Pereira vai ao relvado. Se quando saiu do túnel, nós os portugueses presentes éramos quem mais o odiava, um minuto depois todo o cenário se inverteu: após ter se dirigido de forma provocatória à bancada do Gate, as portas abrem-se e invasão de campo. O andrade que estava de peito feito, saiu a correr do relvado, qual coelho, e só voltou para o ínicio da partida. Os adeptos esses, ainda ficaram alguns minutos no relvado em confrontos com a polícia, até ser reposta a normalidade. Meia hora depois aparece a equipa do Olympiakos para aquecer. Mais objectos, mais clima, mais ódio. Por essa altura, já metade do arame farpado que separava a


bancada do relvado havia sido cortado, e já as redes circundantes à bancada tinham sido arrancadas. As equipas entram em campo. Tudo voa, e cai a frase “WAR ZONE”. Dizem nos que a ideia era mesmo essa: criar um clima de guerra pois com esse clima é praticamente impossível o Panathinaikos perder o jogo. É feita uma monumental tochada. Já se joga no relvado. Mal e porcamente.E continua-se a cortar o arame farpado. Mal sabiamos nós oque ainda estava para vir. O apoio acabou por ser o factor menos positivo durante a primeira parte. No regresso do intervalo, nova frase: MARINAKIS TRAFICANTE DE HEROINA. O presidente do olympiakos, presente no estádio, pede à policia para retirar a frase. Esta diz que não é possível. E recomeça o jogo, o Panathinaikos marca. Acendem-se centenas de tochas. Uma tochada inacreditável com as roupas a não pegarem fogo apenas e só por estar a chover torrencialmente. O apoio cresce, e torna-se numa serenata à chuva. E o Panathinaikos marca o segundo e abrem-se mais dezenas, centenas de tochas... O jogo aproxima-se do fim. O Olympiakos marca. A reacção dos adeptos do Panathinaikos só não é a pior pois o jogo acaba imediatamente. O Panathinaikos ganhou o derby e enquanto os jogadores de pireus fogem para o relvado, os adeptos da saltam para o relvado e festejam com os seus jogadores. Estes não fogem... sabem que a vitória é de todos: dos que estavam no campo e dos que estavam na bancada. O respeito pelos adeptos existe. A convivencia entre jogadores e adeptos ainda dura uma dezena de minutos e quando todos começam a abandonar, também nós nos retiramos e começamos a preparar a despedida. Foi algo para nunca esquecer. Uma experiência única que queremos muito voltar a repetir.


No passado dia 5 de Dezembro, o grupo festejou nas bancadas da Luz os seus 32 anos. O jogo entre o Benfica e Belenenses serviu também ao núcleo de Paris para marcar os festejos dos dez anos de existência marcando presença no Sector Ultras, junto da famíia Diabos. A primeira aparição da malta de Paris foi a 2 de Dezembro de 2004 no jogo da Taça UEFA em Beveren onde o Benfica goleou por 0-3. Nessa noite fria, a entrada dos jogadores foi acompanhada por várias tochas marcando assim a inauguração do núcleo. A história do núcleo parisiense começou alguns dias antes quando catorze apaixonados pelo o Benfica responderam presente a um apelo no fórum dos DV para formar um grupo de ultras na capital gaulesa. A Bélgica foi a primeira de muitas aventuras tanto em Portugal como na Europa. Da mítica deslocação a Liverpool, passando pela atribulada viagem a Nuremberga até à viagem ao Dragão em 2006 « sem bilhete », a paixão e o fervor pelo clube sempre nos acompanhou. Seja de carro, de bus, de avião ou de comboio, fomos percorendo quilómetros pelo nosso amor no futebol claro mais também nas modalidades. Das tochadas no Parque dos Principes ou em Milão, da coreografia no Estádio de França, das desilusões de Turim ou Amsterdam, tivemos momentos altos e baixos. Criámos amizades e hoje em dia temos lembranças inesqueciveis na memória e um orgulho enorme em pertecer ao mais velho grupo de apoio da Luz. Ao longo dos dez anos, muitos deixaram o núcleo e outros novos membros chegaram mas sempre com o mesmo núcleo duro de mais ou menos dez pessoas que nunca deixou cair este projeto. O núcleo que contabiliza mais de quarente membros foi sempre muito activo que tanto em termos de deslocações como em convívios ou renovação do material. Com as nossas capacidades, temos apoiado o grupo na sua escolha de não se « legalizar » e lutado contra a repressão que sofre devido a essa decisão. Todos os anos, a 2 de Dezembro, aproveitamos o nosso aniversário para a organização interna do núcleo, agora a cargo do Sérgio Félix. Com o Benfica sempre na mente! Démasiado fiéis para desistir


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