Termina hoje mais uma temporada, e termina da melhor forma possível: com mais uma final. Final essa que, como todas as outras, é para ganhar. A nós, Diabos, compete-nos honrar mais uma vez o nome e a história do Grupo e do Clube – São respectivamente mais de 32 e de 111 anos de história: que nunca nos esqueçamos disso. Nesta época que agora finda tivemos de tudo: um tifo amibicioso a abrir, bons shows de pirotecnia a acabar, coreografias que o clube não nos autorizou, boas e más performances na bancada, viagens a todo o lado atrás do emblema que nos move, uma época inteira a acompanhar a modalidade que mais nos diz. Aquilo em que agora temos de reflectir, é na repressão ao movimento Ultra português que, 7 anos depois, volta a estar na crista da onda. As coisas estão a apertar e não é pouco, e o nosso recente jogo com o Marítimo é imagem clara disso. Compete-nos a nós, enquanto grupo, revelarmos a união que sempre nos caracterizou: uma união onde as quesílias pessoais não se sobrepõem ao grupo pois esse tem de estar acima de tudo. Na bancada temos de ser um só, fora dela o mesmo. Nada disto se consegue sem a ajuda e o contributo de todos. Esperam-nos grandes desafios, desafios à altura da nossa história e compete-nos a nós honrar essa história. Estás preparado ? Estão todos preparados ? Então vamos a isso. A próxima época ainda demora, mas os Diabos não param e 2015-2016 já está em preparação. Contamos contigo. Passa o tempo, muda a gente Com o Benfica sempre na mente Mil jornadas foram passadas, Mil batalhas foram travadas Hoje aqui nos encontramos, Para sempre aqui ficamos Escutem bem a nossa voz, Os Diabos somos nós!
Na época dos jogos em casa ao sábado à tarde, este foi mais um! Sol, sector muito bem composto, mais uma vez, e as habituais bandeiras numa fase adiantada da época em que as boas casas são uma constante. Cedo a equipa se colocou em vantagem, o que fez com que o nosso apoio começasse forte, algo que foi uma constante nesta segunda volta de campeonato com primeiras partes melhors, vocalmente falando, do que segundas. Assim foi, com um apoio mais irregular na segunda parte, mas com nota positiva no entanto no computo geral do jogo.
No segundo jogo consecutivo em casa, após a derrota em vila do conde, mais uma boa casa e um sector cheio. O Benfica entrou a vencer na partida com um golo nos minutos e estava dado o mote para uma tarde à Benfica. O apoio acabou por se revelar dos melhores da época em jogos em casa, o Benfica em velocidade cruzeiro rumo ao título, a alcançar mais uma goleada para o campeonato, e os Diabos a mostrarem que vale a pena ser Demasiado Fiel para desitir. Um apoio regular, forte, ao longo dos 90 minutos, foi a clara nota de destaque pela positiva deste jogo, o qual mesclado com as habituais bandeiras a dar cor ao sector fazem-nos sair da Luz com um sorriso nos lábios.
As duas equipas entraram para o jogo separadas por três pontos, num jogo que seria chave para a disputa do título. O sector estava à pinha, e devido à coreografia de estádio organizada pelo clube não nos foi permitido fazer a coreografia pensada para este clássico. Assim, juntamente com as habituais bandeiras no sector, ainda que mal distribuídas, optou-se pelo plano B com fumos a acompanhar a entrada das equipas. Quanto ao apoio durante o jogo, foi o habitual em jogos de sector cheio e decisivos em que o nervosismo é uma constante e leva a uma letargia geral. Esta é sem dúvida uma das nossas maiorers pechas, e algo habitual no movimento português: a multidáo não facilita o apoio, muito pelo contrário, algo a que a presença dos adeptos de ocasião não é alheio. A irregularidade no apoio foi então uma constante neste jogo, em que poderíamos ter feito muito melhor. Nota positiva para as frases: foram apenas duas mas a tocarem em pontos chave: “Na Europa foram gigantes, a €nganar os emigrantes!” e ainda “Cui lingua est grandis, Parvula dextra est!”.
“Na europa foram gigantes A €nganar os emigrantes”
“Cui lingua est grandis, Parvula dextra est!”
Na antepenúltima jornada do campeonato, mais um jogo à tarde e um sector à abarrotar, a fumarada do ano, formando a bandeira tricolor que nos caracteriza, acompanhou a entrada das equipas em campo. Recompostos da névoa inicial, os DIABOS partiram para o um jogo com apoio consistente enquanto o Benfica partia para uma vitória tranquila por 4-0. Foram 90 minutos de bom nível por parte dos Diabos onde o facto de já todos estarmos com a cabeça em Guimarães, no jogo que poderia resolver o campeonato, não afectou o nosso apoio. Sem dúvida, venham mais tardes como esta! O título de Campeão estava cada vez mais próximo e agora à distância de apenas três pequenos pontos .
Ultimo jogo da época e o Benfica é bicampeão. Silêncio e sector vazio. Foi assim que começou a partida e assim que se manteve nos primeiros dez minutos num dia em que a repressão policial se voltou a fazer sentir depois de uma semana em que essa repressão foi o principal foco de discussão. Após 10 minutos ocupámos o nosso sector. A festa foi bonita, numa tarde de sol. Mas faltou algo: faltou a cor das nossas faixas e bandeiras que desde 1982 está presente na Luz. Estaremos sempre cá para nossos, e nunca calaremos a nossa voz. DEMASIADO FIÉIS PARA DESISTIR!
Na última deslocação em Lisboa da época, presença massiva dos adeptos do Benfica. Tal presença levou aos habituais problemas dos domingos à tarde de futebol: filas de dezenas de metros para entrar confusão junto aos portões, intervenções policial. Mais do mesmo a que estamos habituados nos nossos estádios de segunda com preços de primeira. Mas isso são contas para outro rosário. Com uma tremenda presença de adeptos do Benfica, apesar dos preços, a mesma já só acreditava no título mas sempre com o pensamento jogo a jogo pois ainda muito havia para caminhar. A equipa entrou com mesmo pensamento e desde cedo se colocou em vantagem. Tal golo contagiou a bancada, no seu geral, mas mais uma vez devido à dispersão do grupo na bancada, ficámos bem aquém do nosso melhor, pois com tantas pessoas podemos e devemos fazer mais, queiramos todos remar para o mesmo lado, ter vontade e acreditar sempre qualquer que seja o resultado. O que não faltou no sector foi cor pois as habituais bandeiras, que foram uma constante neste segunda volta, acabaram por colmatar alguma da irregularidade vocal apresentada. Foi ja perto do final que o Benfica fez o 0-2 pelo inevitável Jonas e nessa altura começou a debandada: não é nosso habito sair antes do jogo acabar mas um jogo de título em hóquei nos aguardava e o futebol era só a primeira parte da jornada ultra nesse dia. O título de futebo, esse, ficava cada vez mais perto e todos tínhamos a noção que o confronto que se seguia, diante do principal rival, era absolutamente decisivo.
No dia anterior ao jogo, o pessoal combinou ir a Vila do conde (local do hotel), receber os jogadores á boa maneira Nortenha, uma mega tochada, acompanhada com canticos de incentivo, já entramos em vantagem. No dia de jogo, a malta foi chegando com alguma antecedência, algo que é pouco habitual, o que deu azo a conviver nas imediações. Para variar, grandes restrições na entrada do material, reprimida por pessoas que não percebem, nem se esforçam por perceber a actual lei. Bandeiras proibidas, mas para faixas já havia luz verde. Eu confesso que tenho um encanto especial pelo estádio de Barcelos, é dos poucos construído a medida do clube, com as comodidades dos estádios grandes. O jogo começa, nós no nosso "cantinho", completamente abarrotar, sente-se no ar uma certa desconfiança do resultado, facto comum nas deslocações ao Norte, que nos ultimos anos tem-se verificado que são deslocações sempre difíceis, esta contrariou as estatísticas, e o Benfica concretiza o primeiro golo ainda cedo, e tomou conto do jogo, embora o Gil Vicente joga-se de forma aberta, ia criando algumas oportunidades. A segunda parte começa com uma postura um pouco diferente da primeira, os canticos tornam-se mais audíveis, com picos muito bons, fruto da entrega total de todos os elementos. Nota mais para os canticos, "largo tudo para te acompanhar", e para "toda a curva a saltar", que fez com o resto da bancada fica-se a olhar para nós estupefactos, como aquele sector, conseguia fazer tal festa. Tudo bem que acustica do estádio ajuda, mas não se esqueçam que é a entrega de cada um que faz a diferença, faz a diferença na curva e nos jogadores. O jogo termina com uns expressivos 4-0, objectivo cumprido no rumo ao 34. A saída ainda houve tempo para uns bons "moches ", ao estilo Sul Americano, que já se torna hábito em Barcelos. Aqueles que não conseguem controlar a paixão que nos une.
Chegou o dia! O jogo mais esperado do ano. Desde o ínicio da temporada que havia o desejo generalizado de ser campeão em Guimarães. Assim sendo, e com a possibilidade de ser campeão na Cidade Berço, todas as formas foram válidas para ir até Guimarães, incluindo quatro autoarros com paragens constantes pelo caminho para apanhar pessoal. Após uma entrada no estádio com uma revista praticamente nula e os torniquetes desligados, algo propício a confusão, os muitos Diabos ocuparam o seu sector na bancada. Ao longo do jogo o nosso apoio enquanto grupo acabou por ficar aquém devido à inércia de uns e ao nervosismo de outros, mas fortíssimo quando o mesmo era conjunto entre toda a bancada visitante. Já nos minutos finais, com os olhos no restelo e um resultado que fazia do BENFICA BICAMPEÃO, os Diabos apresentaram a frase “AQUI NASCEU O BICAMPEÃO”. Soou então o apito final da partida e fez-se a festa com os jogadores a entregarem as camisolas, e a festa a continuar entretanto. E que bem souberam aqueles 90 minutos pós jogo! Podemos voltar a vivê-los todas as semanas ? Vamos a isso!
Terminou a época de hóquei em Patins. E terminou da maneira mais feliz. A nossa equipa desta modalidade que tanto acarinhamos ganhou a Dobradinha. Uma dobradinha que acompanhámos a par e passo, de Norte a Sul do país: de Viana do Castelo a Sines, de Turquel a São João da Madeira. Nesta recta final da temporada, mais uma excelente prestação do pessoal do norte em São João da Madeira, numa altura em que já não era permitido perder pontos pois o título estava à porta, tal como a presença no Valongo – Benfica, desta feita em terreno quase neutro. Mais a sul, mas também com a presença do Norte, o clássico dos clássicos contra o porto que acabou por nos dar o campeonato, e um jogo com pouquíssimos presentes (e isso sim dá que pensar) contra Os Tigres no jogo da consagração: esta equipa que tanto nos respeita merece mais de nós. Foram eles quem, no passado, já envergou o nosso símbolo oficial na camisola, pensem nisso.
No fim de semana passado tivemos a final 4 da Taça de Portugal às portas de Lisboa: dois jogos duros contra Óquei de Barcelos e sporting. Duas vitórias. Poderíamos e devíamos ter tido uma presença mais forte, de acordo com os nossos pergaminhos: os rapazes merecem, e a nossa história também! Volto a dizer: na próxima época pensem nisso! Época essa que começa logo com um derby de Lisboa na Supertaça.
É verdade. Passados alguns anos, voltámos a ter o nosso espaço. Lá reuniremos, lá teremos os nossos convívios, e todos estão convicados a aparecer. Não hesites e contacta-no se ainda não sabes onde fica. É esse convívio que também nos permitirá melhorar!
Tal como o Benfica, também os Diabos vão proceder à renumeração dos seus sócios este ano. Fica atento pois em breve terás novidades relativamente a este assunto.
Em breve saírá uma publicação DV com fotos da época que agora termina. Tens boas imagens que gostavas de partilhar ? Envia para zinedv82@gmaill.com e ajuda—nos a fazer um álbum de mais um ano histórico!
Realiza-se no mês de Junho o convívio internacional DV no Luxemburgo. A todos os que estarão presentes desejamos uma grande jornada de confraternização. Os Diabos também se fazem destes convívios!