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COLEÇÃO EDIÇÃO 51 50 R$ R$ 14,95 14,95

TUDO O QUE AS PÁGINAS E SERVIÇOS PRECISAM PARA FICAR PRONTOS PARA A NOVA WEB

SITES 2.0 TUTORIAIS

Blogs, wikis e RSS com recursos avançados APLICATIVOS

Um kit de programas essenciais para a web 2.0 ANÚNCIOS

Dicas e programas para levantar a audiência

NOVOS NEGÓCIOS | CARREIRA | SEGURANÇA Capa-Col51-sites20.indd 3

9 771807 924004

SEO E SEM

0 0 0 5 1>

Transforme os cliques dos visitantes em dinheiro

29.02.08 11:04:24


conteúdo

SITES 2.0 TENDÊNCIAS

06

Vai uma busca alternativa?

08

Vídeo a distância

Faculdade Impacta: aulas com o apoio da web 2.0

APLICATIVOS

15 17

Ruby ao quadrado Para criar sites a jato

20

O Flash fala com o Photoshop

21

Web 2.0 é com o 3rdRail

22

O Visual Studio vai de Linq

26

Dreamweaver adere à nova web

28

O CMS manda no site

SERVIÇOS

32

Maior poder ao blog

TUTORIAIS

36 38 42 45 48 50

Faça seu próprio Digg Monte seu YouTube Wiki pronto para a rede RSS avançado Site bom é com o Plone Filtro para e-mail falso

51

Banners que flutuam

AUDIÊNCIA

53 55

Ditadura da busca Seu site vai para o Google

© FOTO LUIS USHIROBIRA

Conteudo.indd 3

57 59

Suba nas pesquisas O Google faz o raio X

DINHEIRO

61

70

Clique vira $ no AdSense

Ligado nas comunidades

EMPRESAS

71 73

Escritório? Tá na web A nova obra da Cyrela

CARREIRA

OPINIÃO

64 65

75 76

TI na publicidade Django dá dinheiro

NOVOS NEGÓCIOS

66 67 68 69

Web em três dimensões

Todos contra o Office! Não creio na web semântica

SEGURANÇA

77

As ameaças da web 2.0

Um lugar de destaque

GLOSSÁRIO

Web 2.0 no browser

80

Sites mais amigáveis

A língua da internet 2.0 CO LEÇÃO I NFO I

3

29.02.08 11:17:25


recado da redação

EM DIA COM A NOVA WEB D efinitivamente, a web não é mais a mesma. As páginas estáticas e pouco ou nada interativas ficaram mesmo no passado. Nenhum internauta de carteirinha abre mão hoje de interferir na produção de conteúdo, seja votando nas notícias que aprecia, seja publicando seus vídeos e blogs ou atuando em projetos colaborativos. Quem desenvolve sites e elabora interfaces para páginas web está tendo de se adaptar aos novos tempos. As demandas atuais exigem novas ferramentas de trabalho, renovação de conhecimentos e maneiras diferentes de trabalhar. A Coleção INFO Sites 2.0 trata dessa tendência e tenta dar uma força para quem está nos bastidores da nova web. Em que apostar? No que as empresas estão de olho? Para onde apontam os interesses dos internautas? Como ganhar dinheiro? Quais são os melhores meios para se destacar entre tanta informação e aumentar a audiência? Nas páginas a seguir estão respostas a essas e outras dúvidas que costumam inquietar quem tem presença online ou está envolvido com a produção de sites. Do ponto de vista prático, trazemos testes de alguns dos melhores aplicativos que ajudam a transformar boas idéias em páginas web reais e tutoriais que mostram, passo a passo, como realizar alguns projetos encontrados cada vez mais freqüentemente em sites que representam a nova geração da internet.

MARIA ISABEL MOREIRA EDITORA DA COLEÇÃO INFO

COLEÇÃO INFO Uma publicação mensal da Editora Abril Para contatar a redação: atleitorinfo@abril.com.br Para assinar a Coleção: (11) 3347-2121 — Grande São Paulo 0800-701-2828 — Demais localidades abril.assinaturas@abril.com.br

4

Recado.indd 4

EQUIPE EDIÇÃO: Maria Isabel Moreira EDITOR DE ARTE: Maurício Medeiros CAPA: Crystian Cruz e Cellus COLABORADORES: André Cardozo, Bruno Ferrari, Carlos Machado, Cibele Gandolpho, Eric Costa, Françoise Terzian, Helio Silva, Juliano Barreto, Lucia Reggiani, Marco Aurélio Zanni, Maurício Grego, Osmar Lazarini, Ricardo Soares, Rosa Sposito, Toni Cavalheiro (textos), Ulysses Borges de Lima (revisão)

NOTAS 10,0

IMPECÁVEL

9,0 a 9,9

ÓTIMO

8,0 a 8,9

MUITO BOM

7,0 a 7,9

BOM

6,0 a 6,9

MÉDIO

5,0 a 5,9

REGULAR

4,0 a 4,9

FRACO

3,0 a 3,9

MUITO FRACO

2,0 a 2,9

RUIM

1,0 a 1,9

BOMBA

0,0 a 0,9

LIXO

Veja os critérios de avaliação da INFO em detalhes na web em www.info.abril.com. br/sobre/infolab.shl. A lista das lojas onde os produtos testados podem ser encontrados está em www.info.abril.com. br/arquivo/onde.shl.

© FOTO MARCELO KURA

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Fundador: Victor Civita (1907-1990) Presidente e Editor: Roberto Civita

Jairo Mendes Leal, Mauro Calliari Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Jose Roberto Guzzo Vice-Presidentes:

Conselho Editorial:

Diretora de Publicidade Corporativa:

Thais Chede Soares B. Barreto

Diretor Superintendente: Alexandre Caldini Diretora de Núcleo: Sandra Carvalho

Diretora de Redação: Débora

Fortes

Redator-chefe: Maurício Grego Diretor de Arte: Crystian Cruz Editor Sênior: Carlos Machado

Editores: Airton Lopes, Juliano Barreto, Katia Arima, Maria Isabel Moreira e Silvia Balieiro Estagiários: Bruno Ferrari e Marco Aurélio Zanni Editor de Arte: Jefferson Barbato Designers: Catia Herreiro e Wagner Rodrigues Colaboradores: Dagomir Marquezi e John C. Dvorak Infolab: Luiz Cruz (consultor de sistemas) Gestor de Comunidades: Virgilio Sousa Info Online: Felipe Zmoginski (editor-assistente), Renata Verdasca, Renato Del Rio (webmasters) e Felipe Seixas (estagiário) www.info.abril.com.br Apoio Editorial: Beatriz de Cássia Mendes e Carlos Grassetti

Depto. de Documentação e Abril Press: Grace de Souza PUBLICIDADE

Diretora de Vendas: Selma Souto Diretor de Publicidade Regional: Jacques Baisi Ricardo Diretor de Publicidade Rio de Janeiro: Paulo Renato Simões Gerente de Vendas: Edson Melo (RJ) Executivos de Negócios: Adriana Nazaré, Andrea Balsi, Carlos Eduardo Brust, Edvaldo Silva, Emiliano Hansenn, Francisco Barbeiro Neto,

Heraldo Evans Neto, Marcela Dzeren Oréfice, Marcelo Pezzato, Renata Miolli, Sueli Fender (SP), Ailze Cunha, Leda Costa (RJ) Coordenadores: Douglas Costa (SP) e Christina Pessoa (RJ) PLANEJAMENTO, CONTROLE E OPERAÇÕES Diretor: Fabian S. Magalhães Marketing e Circulação Gerente de Publicações: Ricardo Fernandes Gerente de Marketing de Projetos Especiais: Antônia Costa Gerentes de Eventos: Regina Bernardi e Shirley Nakasone Coordenadora de Eventos: Carol Fioresi Defesa de Mídia: Maria Elena Nitschke Comunicação com o Mercado: Rafael Vívolo Gerente de Circulação - Avulsas: Simone Carreira Gerente de Circulação - Assinaturas: Viviane Ahrens ASSINATURAS Diretora de Operações de Atendimento ao Consumidor: Ana Dávalos Diretor de Vendas: Fernando Costa

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 15º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 3037-2355 Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br, Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. 3037-2700 ESCRITÓRIOS E REPRESENTANTES DE PUBLICIDADE NO BRASIL Central-SP. tel. (11) 3037-2302 Bauru Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel. (14) 3227-0378, email: gnottos@gnottosmidia.com.br Belém Midiasolution Belem, tel (91) 3222-2303, e-mail: simone.midiasolution@veloxmail.com.br Belo Horizonte Escritório tel. (31) 3282-0630, fax (31) 3282-0632 Representante Triângulo Mineiro: F&C Campos Consultoria e Assessoria Ltda. tel/fax: (16) 3620-2702, cel. (16) 8111-8159, e-mail: fmc.rep@netsite.com.br Blumenau M. Marchi Representações, tel. (47) 3329-3820, fax (47) 3329-6191, e-mail: mauro@mmarchiabril.com.br Brasília Escritório: tels. (61) 3315-7554/55/56/57, fax (61) 3315-7558; Representante: Carvalhaw Marketing Ltda., tels. (61) 3426-7342/3223-0736/3225-2946/3223-7778, fax (61) 3321-1943, e-mail: starmkt@uol.com.br Campinas CZ Press Com. e Representações, telefax (19) 3233-7175, e-mail: czpress@czpress.com.br Campo Grande Josimar Promoções Artísticas Ltda., tel. (67) 3382-2139, e-mail: karenb@ josimarpromocoes.com.br Cuiabá Agronegócios Comunic. Ltda., tels. (65) 9235-7446, e-mail: lucianooliveir@uol.com.br Curitiba Escritório: tel. (41) 3250-8000/8030/8040/8050/8080, fax (41) 3252-7110; Representante: Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (41) 3234-1224, e-mail: viamidia@viamidiapr.com.br Florianópolis Interação Publicidade Ltda., tel. (48) 3232-1617, fax (48) 3232-1782, e-mail: fgorgonio@interacaoabril. com.br Fortaleza Midiasolution Repres. e Negoc. em Meios de Comunicação, telefax (85) 3264-3939, e-mail: simone.midiasolution@veloxmail.com.br Goiânia Middle West Representações Ltda., tels. (62) 3215-5158, fax (62) 3215-9007, e-mail: publicidade@middlewest.com.br Joinville Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (47) 3433-2725, e-mail: viamidiajoinvillle@viamidiapr.com.br Manaus Paper Comunicações, telefax (92) 3656-7588, e-mail: paper@internext.com.br Maringá Atitude de Comunicação e Representação, telefax (44) 3028-6969, e-mail: marlene@atituderep.com.br Porto Alegre Escritório: tel. (51) 3327-2850, fax (51) 33272855; Representante: Print Sul Veículos de Comunicação Ltda., telefax (51) 3328-1344/3823/4954, e-mail: ricardo@printsul.com.br; Multimeios Representações Comerciais, tel. (51) 3328-1271, e-mail: multimeiosrepco@uol. com.br Recife MultiRevistas Publicidade Ltda., telefax (81) 3327-1597, e-mail: multirevistas@uol.com.br Ribeirão Preto Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel (16) 3911-3025, e-mail: gnottos@gnottosmidia.com.br Rio de Janeiro pabx: (21) 2546-8282, fax (21) 2546-8253 Salvador AGMN Consultoria Public. e Representação, tel. (71) 3341-4992/1765/9824/9827, fax: (71) 3341-4996, e-mail: abrilagm@uol.com.br Vitória ZMR — Zambra Marketing Representações, tel. (27) 3315-6952, e-mail: samuel@zambramkt.com

PUBLICAÇÕES DA EDITORA ABRIL Veja: Veja, Veja São Paulo, Veja Rio, Vejas Regionais Núcleo Negócios: Exame, Exame PME, Você S/A Núcleo Tecnologia: Info, Info Corporate Núcleo Informação: Revista da Semana Núcleo Consumo: Boa Forma, Elle, Estilo, Manequim, Manequim Noiva, Revista A Núcleo Comportamento: Claudia, Gloss, Nova Núcleo Semanais de Comportamento: Ana Maria, Sou Mais Eu!, Viva Mais! Núcleo Bem-Estar: Bons Fluidos, Saúde!, Vida Simples Núcleo Jovem: Almanaque Abril, Aventuras na História, Bizz, Capricho, Guia do Estudante, Loveteen, Mundo Estranho, Superinteressante Núcleo Infantil: Atividades, Disney, Recreio Núcleo Homem: Men’s Health, Playboy, Vip Núcleo Casa e Construção: Arquitetura e Construção, Casa Claudia Núcleo Celebridades: Bravo!, Contigo!, Minha Novela, Tititi Núcleo Motor Esportes: Frota S/A, Placar, Quatro Rodas Núcleo Turismo: Guias Quatro Rodas, National Geographic, Viagem e Turismo Fundação Victor Civita: Nova Escola INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES Coordinator for International Advertising: Global Advertising, Inc., 218 Olive Hill Lane, Woodside, California 94062. UNITED STATES: CMP Worldwide Media Networks, 2800 Campus Drive, San Mateo, California 94403, tel. (650) 513-4200, fax (650) 513-4482. EUROPE: HZI International, Africa House, 64-78 Kingsway, London WC2B 6AH, tel. (20) 7242-6346, fax (20) 7404-4376. JAPAN: IMI Corporation, Matsuoka Bldg. 303, 18-25, Naka 1- chome, Kunitachi, Tokyo 186-0004, tel. (03) 3225-6866, fax (03) 3225-6877. TAIWAN: Lewis Int’l Media Services Co. Ltd., Floor 11-14 no 46, Sec 2, Tun Hua South Road, Taipei, tel. (02) 707-5519, fax (02) 709-8348 COLEÇÃO INFO SITES 2.0, edição 51, (ISSN 18079245) é uma publicação da Editora Abril S.A. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A.

Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo

IMPRESSA NA DIVISÃO GRÁFICA DA EDITORA ABRIL S.A.

Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, Freguesia do Ó, CEP 02909-900, São Paulo, SP

Roberto Civita Presidente Executivo: Giancarlo Civita Arnaldo Tibyriçá, Douglas Duran, Márcio Ogliara e Sidnei Basile

Presidente do Conselho de Administração: Vice-Presidentes:

www.abril.com.br

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tendências I pesquisa

VAI UMA BUSCA ALTERNATIVA? O Oito opções para procurar de pessoas a vídeos POR ANDRÉ CARDOZO Google detém hoje nada menos que 66% do mercado de busca (veja gráfico na página ao lado), segundo os números do instituto de pesquisas americano Hitwise. A interface espartana e a velocidade são algumas das razões responsáveis pelo sucesso do Google, mas a ferramenta também enfrenta desafios. Um deles é a crescente prática de webspam, que requer constante atualização do algoritmo de busca para que a qualidade dos resultados seja mantida. Outro ponto relevante é o aumento das buscas por conteúdos específicos, como áudio e vídeo. Nessa área, a empresa anunciou recentemente a busca universal, que começa a combinar diversos tipos de conteúdo nos resultados do Google. Mas esse recurso ainda não está em ponto de bala. Por isso, na hora de uma busca específica, a melhor solução pode ser um site pouco badalado.

VÍDEO, ÁUDIO E GENTE Um bom representante da nova onda de buscadores é a blinkx (www.blinkx.com). Excelente opção para busca de vídeo, a ferramenta traz resultados de diversos

sites especializados, como MSN Vídeo, Google Vídeo e YouTube. Além disso, a blinkx tem uma série de ajustes de interface úteis para acessar o conteúdo com maior agilidade. Pode-se, por exemplo, ver uma prévia do vídeo buscado na própria página da blinkx, sem a necessidade de ir até a fonte do arquivo. Ainda na área de buscas especializadas, quem faz pesquisas por música e imagens conta com aliados poderosos. A Picsearch (www.picsearch.com) traz boa variedade de resultados na área de imagem e possui uma interface mais limpa do que a da busca de imagens no Google. Já a Gruuve (www.gruuve.com) é bem mais do que uma simples ferramenta de busca especializada em áudio. O serviço funciona também como uma comunidade de aficionados por música e permite o upload de arquivos MP3 para montagem de playlists, executadas em modo de streaming. A pipl (www.pipl.com) mira um nicho mais inusitado: a busca de pessoas. Com base em nome, sobrenome e localidade, a ferramenta fornece endereços físicos e perfis encontrados em sites como Flickr, MySpace, Amazon, Facebook, LinkedIn e até no brasi-

Picsearcg: pesquisa de imagens com boa interface

leiro Via6. Para chegar a esses resultados, a pipl pesquisa a chamada “web invisível”, conjunto de informações guardadas em bancos de dados muitas vezes ignorados por serviços convencionais de pesquisa.

Quintura: conceito de nuvem aplicado às buscas

como um módulo, que pode ser posicionado ou eliminado de acordo com a preferência dos usuários. O Yahoo! Alpha também permite a inclusão de módulos de pesquisa de outros sites, desde que sejam compatíveis com o padrão OpenSearch.

INOVAÇÕES NA INTERFACE Enquanto ferramentas como a Picsearch e a pipl se dedicam a um tipo de busca específico, outros serviços procuram atrair o usuário com interfaces inovadoras. O Quintura (www.quintura.com) aplica o conceito de nuvem de tags a sua ferramenta. Quando o usuário faz uma busca, o site mostra um grupo de tags relacionadas ao termo pesquisado. Então, basta passar o mouse sobre as tags para aprofundar gradativamente a busca. Os resultados são atualizados dinamicamente na parte direita da tela. Veteraníssimo na área de buscas, o Yahoo! começa a apostar em uma nova abordagem. Ainda em testes, a Yahoo! Alpha (http://au.alpha.yahoo.com) combina numa só pagina resultados da web, fotos do Flickr, posts do Yahoo! Respostas, vídeos do YouTube e definições da Wikipedia. Cada um desses componentes é tratado

TUDO-EM-UM Como nem todo mundo tem os recursos do Yahoo! para investir em desenvolvimento, alguns sites de busca atuam com uma proposta mais simples. Eles combinam diversos serviços de pesquisas já existentes em um só lugar. O FindForward (www.find forward.com), por exemplo, serve como ponto de partida para 22 tipos de busca. Entre elas estão opções comuns, como Google e Amazon, e buscas curiosas, como a que mostra os sites que estão enviando links para uma determinada página da web. Outra ferramenta que combina muitas fontes numa só interface é a Sputtr (www.sputtr.com). A partir da home, é possível fazer pesquisas em serviços como Flickr, YouTube, Digg e em diversas ferramentas do Google.

MARKET SHARE DE BUSCA Quem manda nas pesquisas — em % 66

Google

2

Outros Sputtr: pesquisa em 36 fontes em um único lugar

21 4

Ask.com

Blinx: busca de vídeos com prévia dos resultados

6

I CO LEÇ Ã O IN FO

Tendencias-Pesquisa-Mat05.indd 6-7

Yahoo!

7

MSN

FONTE: HITWISE – JANEIRO DE 2008

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tendências I pesquisa

VAI UMA BUSCA ALTERNATIVA? O Oito opções para procurar de pessoas a vídeos POR ANDRÉ CARDOZO Google detém hoje nada menos que 66% do mercado de busca (veja gráfico na página ao lado), segundo os números do instituto de pesquisas americano Hitwise. A interface espartana e a velocidade são algumas das razões responsáveis pelo sucesso do Google, mas a ferramenta também enfrenta desafios. Um deles é a crescente prática de webspam, que requer constante atualização do algoritmo de busca para que a qualidade dos resultados seja mantida. Outro ponto relevante é o aumento das buscas por conteúdos específicos, como áudio e vídeo. Nessa área, a empresa anunciou recentemente a busca universal, que começa a combinar diversos tipos de conteúdo nos resultados do Google. Mas esse recurso ainda não está em ponto de bala. Por isso, na hora de uma busca específica, a melhor solução pode ser um site pouco badalado.

VÍDEO, ÁUDIO E GENTE Um bom representante da nova onda de buscadores é a blinkx (www.blinkx.com). Excelente opção para busca de vídeo, a ferramenta traz resultados de diversos

sites especializados, como MSN Vídeo, Google Vídeo e YouTube. Além disso, a blinkx tem uma série de ajustes de interface úteis para acessar o conteúdo com maior agilidade. Pode-se, por exemplo, ver uma prévia do vídeo buscado na própria página da blinkx, sem a necessidade de ir até a fonte do arquivo. Ainda na área de buscas especializadas, quem faz pesquisas por música e imagens conta com aliados poderosos. A Picsearch (www.picsearch.com) traz boa variedade de resultados na área de imagem e possui uma interface mais limpa do que a da busca de imagens no Google. Já a Gruuve (www.gruuve.com) é bem mais do que uma simples ferramenta de busca especializada em áudio. O serviço funciona também como uma comunidade de aficionados por música e permite o upload de arquivos MP3 para montagem de playlists, executadas em modo de streaming. A pipl (www.pipl.com) mira um nicho mais inusitado: a busca de pessoas. Com base em nome, sobrenome e localidade, a ferramenta fornece endereços físicos e perfis encontrados em sites como Flickr, MySpace, Amazon, Facebook, LinkedIn e até no brasi-

Picsearcg: pesquisa de imagens com boa interface

leiro Via6. Para chegar a esses resultados, a pipl pesquisa a chamada “web invisível”, conjunto de informações guardadas em bancos de dados muitas vezes ignorados por serviços convencionais de pesquisa.

Quintura: conceito de nuvem aplicado às buscas

como um módulo, que pode ser posicionado ou eliminado de acordo com a preferência dos usuários. O Yahoo! Alpha também permite a inclusão de módulos de pesquisa de outros sites, desde que sejam compatíveis com o padrão OpenSearch.

INOVAÇÕES NA INTERFACE Enquanto ferramentas como a Picsearch e a pipl se dedicam a um tipo de busca específico, outros serviços procuram atrair o usuário com interfaces inovadoras. O Quintura (www.quintura.com) aplica o conceito de nuvem de tags a sua ferramenta. Quando o usuário faz uma busca, o site mostra um grupo de tags relacionadas ao termo pesquisado. Então, basta passar o mouse sobre as tags para aprofundar gradativamente a busca. Os resultados são atualizados dinamicamente na parte direita da tela. Veteraníssimo na área de buscas, o Yahoo! começa a apostar em uma nova abordagem. Ainda em testes, a Yahoo! Alpha (http://au.alpha.yahoo.com) combina numa só pagina resultados da web, fotos do Flickr, posts do Yahoo! Respostas, vídeos do YouTube e definições da Wikipedia. Cada um desses componentes é tratado

TUDO-EM-UM Como nem todo mundo tem os recursos do Yahoo! para investir em desenvolvimento, alguns sites de busca atuam com uma proposta mais simples. Eles combinam diversos serviços de pesquisas já existentes em um só lugar. O FindForward (www.find forward.com), por exemplo, serve como ponto de partida para 22 tipos de busca. Entre elas estão opções comuns, como Google e Amazon, e buscas curiosas, como a que mostra os sites que estão enviando links para uma determinada página da web. Outra ferramenta que combina muitas fontes numa só interface é a Sputtr (www.sputtr.com). A partir da home, é possível fazer pesquisas em serviços como Flickr, YouTube, Digg e em diversas ferramentas do Google.

MARKET SHARE DE BUSCA Quem manda nas pesquisas — em % 66

Google

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Outros Sputtr: pesquisa em 36 fontes em um único lugar

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Ask.com

Blinx: busca de vídeos com prévia dos resultados

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Yahoo!

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MSN

FONTE: HITWISE – JANEIRO DE 2008

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tendências I streaming de vídeo

Grazie a Dio!: shows transmitidos ao vivo, de São Paulo para o Brasil e até outros países

VÍDEO A DISTÂNCIA Sábado, 13h45. “Começa o festival em Cidade Jardim”, anuncia o locutor do Jockey Club de São Paulo, ao abrir os páreos do fim de semana no hipódromo.

Terça-feira, 11 da noite. “Não há saída, só ruas, viadutos e avenidas”, canta a banda Isca de Polícia durante um show no bar Grazie a Dio!, no bairro paulistano da Vila Madalena.

Domingo, 9 horas. Com o tema anemias, começa na Rua Bela Cintra, em São Paulo, a primeira aula do curso da Medcel, que prepara candidatos à residência médica.

Em tempos de caos aéreo e trabalho remoto, o streaming de vídeo nunca esteve tão em alta nas empresas POR ROSA SPOSITO

8

I CO LEÇ Ã O IN FO

Tendencias-Streaming-Mat07.indd 8-9

© FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI

N

ão foi preciso pisar em nenhum dos três lugares citados na página ao lado para acompanhar, ao vivo, o que aconteceu por lá. Estava tudo no PC. De eventos e shows a palestras e treinamentos, o streaming de vídeo deixou de ser um coadjuvante nas empresas brasileiras. O maior apelo está numa combinação irresistível: ganho de tempo e de dinheiro — ainda mais em tempos de caos aéreo e no auge do trabalho remoto.

No streaming, a transmissão é do tipo multicast, uma associação ao broadcast usado pela TV, em que os sinais são distribuídos para vários receptores ao mesmo tempo. Dá para ser ao vivo, em horário marcado, ou sob demanda — no estilo consagrado pelo YouTube e pelo Joost. No streaming ao vivo, há um delay médio de 20 segundos (na TV convencional, o atraso é de 3 segundos), que é o tempo gasto entre a captura e o envio das ima-

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tendências I streaming de vídeo

Grazie a Dio!: shows transmitidos ao vivo, de São Paulo para o Brasil e até outros países

VÍDEO A DISTÂNCIA Sábado, 13h45. “Começa o festival em Cidade Jardim”, anuncia o locutor do Jockey Club de São Paulo, ao abrir os páreos do fim de semana no hipódromo.

Terça-feira, 11 da noite. “Não há saída, só ruas, viadutos e avenidas”, canta a banda Isca de Polícia durante um show no bar Grazie a Dio!, no bairro paulistano da Vila Madalena.

Domingo, 9 horas. Com o tema anemias, começa na Rua Bela Cintra, em São Paulo, a primeira aula do curso da Medcel, que prepara candidatos à residência médica.

Em tempos de caos aéreo e trabalho remoto, o streaming de vídeo nunca esteve tão em alta nas empresas POR ROSA SPOSITO

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© FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI

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ão foi preciso pisar em nenhum dos três lugares citados na página ao lado para acompanhar, ao vivo, o que aconteceu por lá. Estava tudo no PC. De eventos e shows a palestras e treinamentos, o streaming de vídeo deixou de ser um coadjuvante nas empresas brasileiras. O maior apelo está numa combinação irresistível: ganho de tempo e de dinheiro — ainda mais em tempos de caos aéreo e no auge do trabalho remoto.

No streaming, a transmissão é do tipo multicast, uma associação ao broadcast usado pela TV, em que os sinais são distribuídos para vários receptores ao mesmo tempo. Dá para ser ao vivo, em horário marcado, ou sob demanda — no estilo consagrado pelo YouTube e pelo Joost. No streaming ao vivo, há um delay médio de 20 segundos (na TV convencional, o atraso é de 3 segundos), que é o tempo gasto entre a captura e o envio das ima-

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Longobardi. Para captar as imagens, a Usina3 utiliza uma estação móvel, composta por três câmeras de vídeo profissionais, uma mesa de corte e um micro equipado com placa de captura de vídeo e o software Windows Media Encoder. Do bar, os sinais — digitalizados e comprimidos — são enviados para um servidor de streaming da Usina3, por meio de uma conexão de 2 Mbps do Net Vírtua. Com capacidade para até 2 mil acessos simultâneos, esse servidor faz a distribuição da transmissão a partir do portal Podfestival.

Atitude Mídia Digital: três estúdios e 156 transmissões ao vivo pela web no primeiro semestre

gens para o servidor e a sua transmissão pela web. Também é comum a combinação dos dois tipos de streaming: os vídeos transmitidos ao vivo são gravados e armazenados num servidor, onde ficam disponíveis para acesso a qualquer hora. No Jockey Club de São Paulo, as transmissões das corridas de cavalos pela internet têm um papel fundamental dentro do projeto do presidente Márcio Toledo de fazer do turfe um esporte popular. “É o principal caminho para trazer novos apostadores para o Jockey”, diz ele. Além de permitir que as apostas sejam feitas pela web, o Jockey transmite as disputas dos páreos ao vivo, nos finais de semana e nas segundas-feiras à noite, para que o público possa acompanhar os resultados. As imagens são captadas por 12 câmeras espalhadas pelo hipódromo, enviadas para um servidor com placa de captura de vídeo, no qual é feita a codificação dos sinais — com o Windows Media Encoder. Depois, seguem para a LocaWeb, por meio de um link dedicado da Telefônica (com backup do Ajato) de 1 Gbps. A LocaWeb distribui a transmissão ao vivo e ainda armazena os vídeos, gravados automaticamente, que podem ser acessados pelo site www. jockeysp.com.br. “Esse banco de gravações das corridas é importante porque as apostas são feitas com base em prognósticos”, explica Toledo.

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Segundo ele, o volume de apostas vem aumentado — de junho a agosto de 2007, por exemplo, o crescimento foi de 11%. Num único final de semana de agosto, o movimento chegou a 2,4 milhões de reais, somando as corridas de São Paulo e do Rio de Janeiro, que também são transmitidas ao vivo pelo site. Boa parte desse crescimento vem da participação de novos apostadores, atraídos principalmente pela internet.

SHOW AO VIVO Para o bar Grazie a Dio!, o streaming de vídeo é uma ferramenta de divulgação — especialmente para quem mora fora de São Paulo. Seu proprietário, o italiano Maurizio Longobardi, começou a gravar, há pouco mais de um ano, alguns shows realizados no bar para colocar no MySpace. Até que fez uma parceria com a Usina3 Interativa, que pretendia lançar um portal para a música independente. Batizado de Podfestival, entrou no ar no início de junho do ano passado, com a transmissão ao vivo de um show do Grazie a Dio!, que recebeu até 390 acessos simultâneos, inclusive de outros países. Desde então, todos os shows das terças-feiras são transmitidos ao vivo pelo www.podfestival.com. “É uma forma de divulgar o bar e os músicos que se apresentam aqui, a um custo relativamente baixo”, diz

© FOTO 1 LUIS USHIROBIRA 2 DIVULGAÇÃO

AULAS A QUALQUER HORA

AS RECEITAS DO OLIVIER

Trânsito congestionado e horas de espera no aeroporto só para assistir a um curso ou uma palestra? Problemas como esses também estão levando diversas empresas a aderir ao streaming de vídeo — que, de quebra, permite reduzir as despesas com viagens. A editora Medcel, por exemplo, que complementa os seus livros com cursos preparatórios para as provas de residência médica, trocou a transmissão via satélite pelo streaming das aulas pela internet, para atender aos alunos em boa parte do Brasil. “A transmissão via satélite tem um custo alto e exige que o aluno esteja num lugar programado, na hora marcada”, afirma o médico Atílio Blanco Barbosa, presidente da empresa. Mesmo com aulas aos domingos, muitos alunos não conseguiam comparecer a uma das unidades da Medcel no país. Os pedidos de reprise aumentaram e, para não gastar mais dinheiro com o aluguel de satélite, em 2006 a empresa passou a transmitir algumas aulas pela web. Aproveitou a infra-estrutura de produção que já tinha — estúdio, auditório e equipamentos — e contratou a WebCasters para fornecer a ferramenta usada na criação das transmissões via internet (com base no Windows Media Encoder) e a hospedagem dos vídeos em seu servidor de streaming. Hoje, ao comprar os livros preparatórios da Medcel, o aluno recebe login e senha, com os quais pode entrar no site www.medcel.com.br para assistir às aulas ao vivo, aos domingos, ou às reprises. Com a ferramenta da WebCasters, o professor pode incluir no vídeo recursos como apresentações de slides em PowerPoint e até receber perguntas dos alunos, via chat ou e-mail. Outra vantagem, segundo Barbosa, são os controles que a ferramenta oferece. “Dá para saber quantos alunos assistiram à aula, em que horário e quanto tempo ficaram conectados.”

No ar desde 2004, o Programa do Olivier na Internet (www.olivieranquier.com.br) usa o streaming de vídeo para mostrar, passo a passo, como se preparam receitas — por exemplo, a do legítimo crème brûlée. A idéia surgiu do próprio padeiro e apresentador de TV Olivier Anquier, depois que seu programa na GNT acabou. “É um novo canal de televisão, independente e interativo”, diz ele — que hoje recebe 88 mil visitas por mês em seu site.

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Longobardi. Para captar as imagens, a Usina3 utiliza uma estação móvel, composta por três câmeras de vídeo profissionais, uma mesa de corte e um micro equipado com placa de captura de vídeo e o software Windows Media Encoder. Do bar, os sinais — digitalizados e comprimidos — são enviados para um servidor de streaming da Usina3, por meio de uma conexão de 2 Mbps do Net Vírtua. Com capacidade para até 2 mil acessos simultâneos, esse servidor faz a distribuição da transmissão a partir do portal Podfestival.

Atitude Mídia Digital: três estúdios e 156 transmissões ao vivo pela web no primeiro semestre

gens para o servidor e a sua transmissão pela web. Também é comum a combinação dos dois tipos de streaming: os vídeos transmitidos ao vivo são gravados e armazenados num servidor, onde ficam disponíveis para acesso a qualquer hora. No Jockey Club de São Paulo, as transmissões das corridas de cavalos pela internet têm um papel fundamental dentro do projeto do presidente Márcio Toledo de fazer do turfe um esporte popular. “É o principal caminho para trazer novos apostadores para o Jockey”, diz ele. Além de permitir que as apostas sejam feitas pela web, o Jockey transmite as disputas dos páreos ao vivo, nos finais de semana e nas segundas-feiras à noite, para que o público possa acompanhar os resultados. As imagens são captadas por 12 câmeras espalhadas pelo hipódromo, enviadas para um servidor com placa de captura de vídeo, no qual é feita a codificação dos sinais — com o Windows Media Encoder. Depois, seguem para a LocaWeb, por meio de um link dedicado da Telefônica (com backup do Ajato) de 1 Gbps. A LocaWeb distribui a transmissão ao vivo e ainda armazena os vídeos, gravados automaticamente, que podem ser acessados pelo site www. jockeysp.com.br. “Esse banco de gravações das corridas é importante porque as apostas são feitas com base em prognósticos”, explica Toledo.

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Segundo ele, o volume de apostas vem aumentado — de junho a agosto de 2007, por exemplo, o crescimento foi de 11%. Num único final de semana de agosto, o movimento chegou a 2,4 milhões de reais, somando as corridas de São Paulo e do Rio de Janeiro, que também são transmitidas ao vivo pelo site. Boa parte desse crescimento vem da participação de novos apostadores, atraídos principalmente pela internet.

SHOW AO VIVO Para o bar Grazie a Dio!, o streaming de vídeo é uma ferramenta de divulgação — especialmente para quem mora fora de São Paulo. Seu proprietário, o italiano Maurizio Longobardi, começou a gravar, há pouco mais de um ano, alguns shows realizados no bar para colocar no MySpace. Até que fez uma parceria com a Usina3 Interativa, que pretendia lançar um portal para a música independente. Batizado de Podfestival, entrou no ar no início de junho do ano passado, com a transmissão ao vivo de um show do Grazie a Dio!, que recebeu até 390 acessos simultâneos, inclusive de outros países. Desde então, todos os shows das terças-feiras são transmitidos ao vivo pelo www.podfestival.com. “É uma forma de divulgar o bar e os músicos que se apresentam aqui, a um custo relativamente baixo”, diz

© FOTO 1 LUIS USHIROBIRA 2 DIVULGAÇÃO

AULAS A QUALQUER HORA

AS RECEITAS DO OLIVIER

Trânsito congestionado e horas de espera no aeroporto só para assistir a um curso ou uma palestra? Problemas como esses também estão levando diversas empresas a aderir ao streaming de vídeo — que, de quebra, permite reduzir as despesas com viagens. A editora Medcel, por exemplo, que complementa os seus livros com cursos preparatórios para as provas de residência médica, trocou a transmissão via satélite pelo streaming das aulas pela internet, para atender aos alunos em boa parte do Brasil. “A transmissão via satélite tem um custo alto e exige que o aluno esteja num lugar programado, na hora marcada”, afirma o médico Atílio Blanco Barbosa, presidente da empresa. Mesmo com aulas aos domingos, muitos alunos não conseguiam comparecer a uma das unidades da Medcel no país. Os pedidos de reprise aumentaram e, para não gastar mais dinheiro com o aluguel de satélite, em 2006 a empresa passou a transmitir algumas aulas pela web. Aproveitou a infra-estrutura de produção que já tinha — estúdio, auditório e equipamentos — e contratou a WebCasters para fornecer a ferramenta usada na criação das transmissões via internet (com base no Windows Media Encoder) e a hospedagem dos vídeos em seu servidor de streaming. Hoje, ao comprar os livros preparatórios da Medcel, o aluno recebe login e senha, com os quais pode entrar no site www.medcel.com.br para assistir às aulas ao vivo, aos domingos, ou às reprises. Com a ferramenta da WebCasters, o professor pode incluir no vídeo recursos como apresentações de slides em PowerPoint e até receber perguntas dos alunos, via chat ou e-mail. Outra vantagem, segundo Barbosa, são os controles que a ferramenta oferece. “Dá para saber quantos alunos assistiram à aula, em que horário e quanto tempo ficaram conectados.”

No ar desde 2004, o Programa do Olivier na Internet (www.olivieranquier.com.br) usa o streaming de vídeo para mostrar, passo a passo, como se preparam receitas — por exemplo, a do legítimo crème brûlée. A idéia surgiu do próprio padeiro e apresentador de TV Olivier Anquier, depois que seu programa na GNT acabou. “É um novo canal de televisão, independente e interativo”, diz ele — que hoje recebe 88 mil visitas por mês em seu site.

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Qual a velocidade? O link de comunicação para fazer o upload dos vídeos deve ser 10 a 50% maior do que o tamanho da transmissão. Para um streaming de 100 Kbps, é preciso pelo menos 110 Kbps. A banda no data center também deve ser suficiente para atender o número de usuários previsto. Um streaming de 100 Kbps, para 100 pessoas, vai exigir 10 Mbps.

OLHA A 25 DE MARÇO! A região da Rua 25 de Março, em São Paulo, é um grande shopping a céu aberto, com cerca de 4 mil lojas que recebem em média 350 mil pessoas por dia. Para mostrar esse movimento, principalmente para quem vem de fora, o portal Vitrine 25 de Março instalou seis câmeras de monitoramento na região e, há um ano, vem transmitindo as imagens ao vivo, 24 horas. Só em março de 2007, primeiro mês de funcionamento das câmeras, foram 260 mil acessos.

Jockey de São Paulo: 12 câmeras capturam as imagens das corridas

Esse tipo de controle e de interatividade também está disponível na tecnologia WebMeeting, desenvolvida pela Atitude Mídia Digital. Desde junho de 2007, o sistema vem sendo usado pelo laboratório sanofi-aventis nas palestras mensais, exclusivas para médicos, transmitidas ao vivo dos estúdios da Atitude, em São Paulo, pelo site Cardiometabolismo.com. br. “Fazemos enquetes com os médicos que estão assistindo à transmissão e eles também podem enviar suas perguntas, que são respondidas ao vivo”, diz Andrea Mitelman, gerente de marketing digital da sanofi-aventis. Os três primeiros eventos tiveram a participação de 675 médicos. A BSH Continental, fabricante dos eletrodomésticos das marcas Bosch e Continental, adotou o strea-

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ming de vídeo para dar conta do treinamento de sua rede de assistência técnica — cerca de 315 empresas espalhadas pelo país — sem aumentar as despesas. “Temos um grande número de lançamentos por ano, de produtos nacionais e importados, e por isso o custo do treinamento presencial torna-se proibitivo”, afirma Carlos Eduardo Cavalheiro, supervisor de tecnologia e treinamento da empresa. Segundo ele, a despesa média por técnico, num curso presencial, é de 130 reais por dia. E a BSH tem cerca de 2 500 técnicos cadastrados em todo o país, que precisam ser treinados cada vez que um produto é lançado. Desde 2006, a empresa vem usando a web para transmitir esses cursos. Os vídeos são enviados para o servidor do provedor DGL Net, em Campinas,

© FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI

responsável pelo streaming. Para vê-los, o técnico pode usar até linha discada. O sistema oferece controles que permitem saber quem assistiu ao treinamento, se chegou ao final, se fez a prova de avaliação e o seu resultado. Atualmente, a empresa dispõe de 11 vídeos. Cerca de 1 350 técnicos já foram treinados por esse sistema.

TV NA WEB A expansão da banda larga e a redução do custo das conexões têm sido um forte estímulo para a adoção do streaming de vídeo. “Para uma empresa, é a melhor maneira de se comunicar com várias pessoas ao mesmo tempo”, afirma José Francisco Neto, sócio da Módulos, que atua nesse mercado desde 1998. Hoje,

25 de Março: seis câmeras mostram o movimento, 24 horas

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Qual a velocidade? O link de comunicação para fazer o upload dos vídeos deve ser 10 a 50% maior do que o tamanho da transmissão. Para um streaming de 100 Kbps, é preciso pelo menos 110 Kbps. A banda no data center também deve ser suficiente para atender o número de usuários previsto. Um streaming de 100 Kbps, para 100 pessoas, vai exigir 10 Mbps.

OLHA A 25 DE MARÇO! A região da Rua 25 de Março, em São Paulo, é um grande shopping a céu aberto, com cerca de 4 mil lojas que recebem em média 350 mil pessoas por dia. Para mostrar esse movimento, principalmente para quem vem de fora, o portal Vitrine 25 de Março instalou seis câmeras de monitoramento na região e, há um ano, vem transmitindo as imagens ao vivo, 24 horas. Só em março de 2007, primeiro mês de funcionamento das câmeras, foram 260 mil acessos.

Jockey de São Paulo: 12 câmeras capturam as imagens das corridas

Esse tipo de controle e de interatividade também está disponível na tecnologia WebMeeting, desenvolvida pela Atitude Mídia Digital. Desde junho de 2007, o sistema vem sendo usado pelo laboratório sanofi-aventis nas palestras mensais, exclusivas para médicos, transmitidas ao vivo dos estúdios da Atitude, em São Paulo, pelo site Cardiometabolismo.com. br. “Fazemos enquetes com os médicos que estão assistindo à transmissão e eles também podem enviar suas perguntas, que são respondidas ao vivo”, diz Andrea Mitelman, gerente de marketing digital da sanofi-aventis. Os três primeiros eventos tiveram a participação de 675 médicos. A BSH Continental, fabricante dos eletrodomésticos das marcas Bosch e Continental, adotou o strea-

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ming de vídeo para dar conta do treinamento de sua rede de assistência técnica — cerca de 315 empresas espalhadas pelo país — sem aumentar as despesas. “Temos um grande número de lançamentos por ano, de produtos nacionais e importados, e por isso o custo do treinamento presencial torna-se proibitivo”, afirma Carlos Eduardo Cavalheiro, supervisor de tecnologia e treinamento da empresa. Segundo ele, a despesa média por técnico, num curso presencial, é de 130 reais por dia. E a BSH tem cerca de 2 500 técnicos cadastrados em todo o país, que precisam ser treinados cada vez que um produto é lançado. Desde 2006, a empresa vem usando a web para transmitir esses cursos. Os vídeos são enviados para o servidor do provedor DGL Net, em Campinas,

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responsável pelo streaming. Para vê-los, o técnico pode usar até linha discada. O sistema oferece controles que permitem saber quem assistiu ao treinamento, se chegou ao final, se fez a prova de avaliação e o seu resultado. Atualmente, a empresa dispõe de 11 vídeos. Cerca de 1 350 técnicos já foram treinados por esse sistema.

TV NA WEB A expansão da banda larga e a redução do custo das conexões têm sido um forte estímulo para a adoção do streaming de vídeo. “Para uma empresa, é a melhor maneira de se comunicar com várias pessoas ao mesmo tempo”, afirma José Francisco Neto, sócio da Módulos, que atua nesse mercado desde 1998. Hoje,

25 de Março: seis câmeras mostram o movimento, 24 horas

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ela tem dezenas de clientes de streaming — entre eles o Unibanco — e uma infra-estrutura que inclui quatro servidores dedicados à distribuição de vídeo. Na LocaWeb, o número de clientes de streaming cresceu 102% em um ano, passando de 340 em setembro de 2007. Os recursos de vídeo estão embutidos em toda a linha de produtos da empresa. Os clientes dos serviços de hospedagem, por exemplo, contam com uma ferramenta online para conversão de formatos e a publicação de vídeos para uso em sites e blogs. A Atitude inaugurou um terceiro estúdio, em julho passado, para atender ao aumento da procura por suas transmissões ao vivo. Só no primeiro semestre de 2007, fez 156 transmissões desse tipo, a maioria para indústrias farmacêuticas e de cosméticos, seus principais clientes. Além dos estúdios e equipamentos de produção, a infra-estrutura da Atitude inclui quatro servidores dedicados — o de streaming tem capacidade para até 7 mil acessos simultâneos —, um link de comunicação de 8 Mbps, com redundância. Já a BroadNeeds, que foi criada em 2002 com a finalidade de transmitir eventos pela internet, teve faturamento de 2,2 milhões de reais em 2007. As maiores demandas vêm das áreas de comunicação, treinamento e eventos, mas o uso do streaming vem aumentando também em outras aplicações. O banco HSBC, por exemplo, incluiu o recurso de vídeo no portal de investimentos que entrou no ar em julho do ano passado. Todos os dias, antes da abertura do pregão na Bovespa, o www.hsbcinvesti mentos.com.br exibe um vídeo com dicas voltadas para os clientes que negociam ações na bolsa. “Uma pesquisa com esses clientes mostrou que o vídeo tem mais apelo do que a mensagem de texto”, diz Paulo Levy, diretor do portal HSBC Investimentos. Na área de saúde, as imagens são ainda mais eficientes. A sanofi-aventis criou pequenos vídeos, que funcionam como um manual, para mostrar aos pacientes com diabetes como usar suas canetas para aplicação de insulina. Eles estão disponíveis no www. diabetesnoscuidamos.com.br. Já o site www.diabetv.com.br oferece um canal de televisão online com programação dirigida aos diabéticos — cerca de 11 milhões de pessoas no Brasil. Os programas trazem orientações de médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e até receitas preparadas ao vivo — com direito a perguntas, enviadas por chat ou e-mail.

CAMPANHA POR STREAMING A agência de publicidade McCann Erickson usa o streaming de vídeo em campanhas publicitárias. Foi o caso da Viajante MasterCard, que teve um site próprio (www.brasilquenaotempreco.com. br), onde foi possível assistir aos vídeos das viagens já realizadas. Em agosto do ano passado, a McCann colocou na web um novo filme publicitário, criado para mostrar os recursos do processador Intel Core 2 Duo. Baseado em tecnologia Flash, o filme tinha 14 minutos de duração, produção de cinema e uma série de recursos interativos — que permitiam, por exemplo, escolher o caminho que o personagem devia seguir.

Filme da Intel: interação na web

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aplicativos I ruby on rails

RUBY AO QUADRADO Um novo padrão para serviços web é uma das novidades do Ruby on Rails 2.0 POR TONI CAVALHEIRO

U

m Java mais fácil que o Java — essa é uma das frases que se ouvem quando o assunto é Ruby on Rails. Combinando rapidez no desenvolvimento com recursos poderosos, esse framework para criação de aplicativos online já se tornou um dos pilares da web 2.0. Agora, dois anos depois da versão 1.0, chega o Ruby on Rails 2.0, com muitas novidades. A principal é o uso do padrão REST (Representational State Transfer) para serviços web em lugar do mais conhecido SOAP. Há também melhoramentos em várias funções existentes e nos recursos de segurança. Para avaliar as novidades, o INFOLAB testou o InstantRails 2.0, pacote que inclui todos os itens necessários para desenvolver no Windows usando Ruby on Rails 2.0. Confira a seguir os destaques dessa nova edição.

SERVIÇOS WEB A troca do padrão para serviços web SOAP pelo REST é a mudança mais radical nesta nova versão do Rails. Embora o SOAP ainda seja suportado, há melhoramentos importantes nas funções de acesso a dados via REST e a maneira como o software é configurado ao ser instalado encoraja o uso desse padrão. Em seu blog, o dinamarquês David Heinemeier Hansson, criador do Ruby on Rails, diz que o SOAP estava se tornando complicado demais e que o uso de REST simplifica algumas tarefas. “A menos que você tenha necessidade absoluta de usar SOAP para integração com outros sistemas, nós desencorajamos fortemente essa opção”, diz ele. Há um novo componente chamado ActiveResource, que encapsula serviços web e faz com que seja mais fácil usá-los como fontes de dados. Já o antigo componente ActionWebService, normalmente usado com SOAP, não faz mais parte da instalação padrão, mas ainda pode ser adicionado manualmente.

MAIOR SEGURANÇA O Rails 2.0 traz vários aperfeiçoamentos na segurança. Ele passa a suportar, por exemplo, autenticação básica em HTTP (nome e senha) com criptografia SSL. É uma solução trivial, mas eficaz, para permitir autenticação segura de visitantes. Já deveria estar no Rails há muito tempo. Há também suporte para o uso de um código especial que impede o aplicativo de aceitar requisições de fontes desconhecidas. Assim, um ataque ao site realizado por algum script nocivo rodando em outro servidor torna-se mais difícil. Entre os ataques que podem ser evitados por esse método estão aqueles conhecidos como cross site request forgery (CRSF) e cross site forgery (XSF).

CONSULTAS RÁPIDAS Há alguns melhoramentos importantes na maneira como o Rails faz o acesso ao banco de dados. Para começar, a versão 2.0 traz um cache de consultas. Quando uma consulta é repetida, o resultado é lido diretamente do cache, evitando a necessidade de um novo acesso ao banco de dados. Com isso, há melhora no desempenho de aplicativos que fazem consultas repetitivas. Além disso, o Rails 2.0 traz comandos de redirecionamento que permitem transformar classes de um modelo em rotas a recursos, ou seja, mapear um objeto a um recurso-alvo. Isso torna mais fácil criar referências a registros específicos no banco de dados. Nesta versão, os adaptadores para acesso a gerenciadores de bancos de dados comerciais não fazem mais parte da instalação padrão. Estão lá apenas os adaptadores para MySQL, SQLite e PostgreSQL. Os outros devem ser adicionados manualmente.

SESSÕES VÃO PARA COOKIES Typo: servidor de blogs criado no Rails 2.0

Em vez de guardar os dados da sessão do usuário no servidor, como acontecia na versão 1.0, o Rails

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2.0 usa cookies armazenadas no próprio micro do internauta para isso. As vantagens são duas. Primeiro, há um ganho de velocidade. Segundo, o administrador do servidor não precisa mais se preocupar com a manutenção do registro de sessões. O método antigo, de armazenar os dados da sessão no servidor, ainda pode ser usado. Fica como opção para aplicações que exigem um nível mais alto de segurança.

VALIDAÇÕES Validações numéricas nunca foram o forte do Ruby on Rails. Para testar a validade dos dados digitados num formulário, por exemplo, havia apenas funções que obrigavam que o campo recebesse números inteiros e que permitiam o envio de valores nulos. Agora, o programador passa a contar com diversas funções para comparações entre números e verificação de paridade, além de uma que permite explicitamente que o usuário deixe campos em branco ao preencher o formulário.

Instant Rails: pacote para desenvolvimento em Rails no Windows

DATAS PRECISAS Algumas falhas do Rails foram corrigidas na versão 2.0. É o caso das funções usadas para cálculo de datas, por exemplo. Em muitas operações, ela produzia resultados errados por considerar que um mês tinha 30 dias em vez de determinar a duração exata dos meses envolvidos. O problema foi resolvido nesta versão.

DEPURADOR DE CÓDIGO O Rails conta, agora, com um novo depurador de código, o ruby-debug, que pode ser adicionado ao pacote com o instalador Gem. Com ele, o programador pode executar o código passo a passo, observar o conteúdo de variáveis e analisar falhas no programa. Basta incluir o comando debugger no código e iniciar o servidor com a opção -debugger. A ferramenta torna-se disponível no terminal.

INSTANT RAILS 2.0 FABRICANTE

Rob Bazinet e outros

O QUE É

Pacote para desenvolvimento de aplicativos online com Ruby on Rails 2.0

PRÓ

Novos recursos permitem gerar código mais limpo e economizam trabalho de digitação

CONTRA

Não há melhoramentos significativos no desempenho

INSTALAÇÃO

7,2 A instalação já inclui o servidor HTTP Apache, o gerenciador de bancos de dados MySQL e algumas ferramentas

RAKE MAIS PODEROSO A ferramenta de montagem de programas Rake ganhou vários melhoramentos. Entre as novidades há, por exemplo, vários comandos para criar e alterar bancos de dados (como rake db:create, db:drop e db:reset); um comando que gera documentação automaticamente com base nos comentários inseridos no código (rake notes); e um que lista as rotas de acesso a dados (rake routes). São acréscimos bem-vindos, que podem tornar mais ágeis algumas tarefas durante o desenvolvimento.

POLIMENTO Há uma variedade de outras pequenas novidades que podem facilitar o dia-a-dia do programador. O suporte a feeds Atom, por exemplo, foi bastante melhorado. Agora, está mais fácil criar um aplicativo que envia informações via Atom. No Rails 2.0 tornou-se possível separar a renderização da página dos gabaritos que formam a interface com o usuário. Isso traz maior flexibilidade na hora de desenhar as páginas. Por fim, a nova versão traz suporte ao padrão JSON (JavaScript Object Notation) como alternativa ao XML para organizar o envio de dados.

ACESSO A DADOS

7,2 É compatível com os principais bancos de dados, mas alguns adaptadores deixaram de fazer parte da instalação padrão

PROGRAMAÇÃO

8,5 A estrutura da linguagem Ruby está mais amigável nesta versão

DOCUMENTAÇÃO

8,0 Há ótima documentação na web

PREÇO (R$)

Grátis

ONDE ENCONTRAR www.info.abril.com.

br/download/5023. shtml

AVALIAÇÃO TÉCNICA(1) CUSTO/BENEFÍCIO

7,8

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: INSTALAÇÃO (20%), ACESSO A DADOS (30%), PROGRAMAÇÃO (30%) E DOCUMENTAÇÃO (20%)

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aplicativos I django

PARA CRIAR SITES A JATO Baseado na linguagem Python, o Django é perfeito para a web 2.0 POR TONI CAVALHEIRO

O

Django não é uma ferramenta das mais amigáveis, mas quem desenvolve aplicativos para a web com ele garante: depois que o programador pega o jeito, não há nada mais rápido para criar um site de conteúdo. Esse framework para desenvolvimento de aplicativos na web nasceu na empresa Lawrence. com para gerenciar sites de notícias. Hoje, ele é utilizado em sites profissionais de alto tráfego. O jornal The Washington Post , por exemplo, utilizou o Django para criar uma aplicação que permite que os leitores pesquisem os votos dos congressistas americanos desde 1991. A AOL do Canadá é outro exemplo. Ela empregou o Django ao montar seu site de venda de músicas online. Com o Django, um bom programador de Python é capaz de desenvolver um site completo em poucas horas, inclusive com interface administrativa. O conceito chave do Django é a reutilização: se o desenvolvedor criou um código que funciona, o próprio software fará com que ele o aproveite em outros trechos do programa. Vejamos, a seguir, uma análise desse framework.

AOL Canadá: loja online de música desenvolvida com o Django

INSTALAÇÃO O Django quase não tem pré-requisitos. Roda tanto no Windows quanto no Linux, já conta com um servidor web embutido e tem uma seção da documentação que só fala sobre a instalação. No entanto, apesar de já estar plenamente funcional, o software ainda é considerado beta e tem mudado a cada nova versão. Como a documentação nem sempre acompanha essas mudanças, pode ser difícil segui-la, o que complica a instalação. Em geral, é preciso instalar o interpretador da linguagem Python, a ferramenta de controle de versões Subversion e o próprio Django. Um programa faz a configuração inicial.

BANCOS DE DADOS Como o Django foi criado para gerenciar conteúdo, ele é compatível com a maioria dos gerenciadores de bancos de dados do mercado. O software funciona bem com PostgreSQL e MySQL, que vêm sendo usados na maioria dos sites construídos com o Django. Alguns sites de tráfego muito alto empregam o Oracle. Também é possível fazer o Django rodar com o SQL Server, da Microsoft, mas com algumas limitações.

PÁGINAS DINÂMICAS O Django não oferece interface web e outros facilitadores para ajudar na criação do site. Em vez disso, ele conta com um recurso mais profissional e que permite a reutilização

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de código e de bibliotecas em Python já existentes. O processo começa com a importação de uma classe de um determinado módulo do Django ou do Python. Para gerar uma página HTML, por exemplo, é só importar a classe HttpResponse do módulo django.http. Depois, cria-se uma função utilizando essa classe e, na seqüência, associa-se essa função a uma URL. Cada vez que o internauta tentar acessar essa URL, a função correspondente é processada e a classe HttpResponse gera o código HTML.

DESIGN X PROGRAMAÇÃO Uma das dificuldades do desenvolvimento na web é definir o ponto exato onde acaba o trabalho do programador e começa o do designer. Com o Django isso não é problema: cada profissional pode fazer o seu trabalho simultaneamente e depois reunir tudo para concluir a aplicação. A ferramenta ainda conta com gabaritos que facilitam bastante a finalização de um site.

ADMINISTRAÇÃO Outro recurso muito útil do Django é a ferramenta que cria sites administrativos. Quem já desenvolveu alguma aplicação mais complexa sabe o trabalho que dá elaborar a parte de administração. Com o Django isso já vem pronto. Mas, claro, é preciso conhecer programação em Python para ativar esse recurso.

APRENDIZADO Iniciantes em Django podem consultar um livro online gratuito (www.djangobook.com) que possibilita que os programadores conheçam a ferramenta em pouco tempo. É claro que esse livro não ensina a programar em Python, mas um desenvolvedor experiente não terá problemas para se adaptar à linguagem. Há também um tutorial online que mostra como dar os primeiros passos com o Django.

RUBY ON RAILS O mais conhecido concorrente do Django entre os frameworks da web 2.0 é o Ruby on Rails (leia matéria Ruby ao quadrado na página 15). O site Measure Map (www.measuremap.com), do Google, por exemplo, foi construído com ele. Mais antigo que o Django, ele está, também, mais maduro.

DJANGO FABRICANTE

Lawrence Journal-World

O QUE É

Framework baseado em Python para o desenvolvimento de aplicativos online

PRÓ

Permite criar sites de conteúdo com rapidez

CONTRA

A instalação é complicada e o uso requer conhecimentos sólidos de Python

INSTALAÇÃO

6,8 A instalação exige cuidados por causa dos diferentes requisitos de cada versão

TURMA DO PYTHON Fazendo uma avaliação geral do Django, é fácil concluir que se trata de uma excelente ferramenta, que traz grande produtividade no desenvolvimento. A única ressalva é que ela só vale a pena para quem já desenvolve em Python. Se não for esse o caso, é melhor investir em um framework mais amigável, como o Ruby On Rails ou numa ferramenta comercial.

DESIGN DE INTERFACES

8,2 Os templates permitem fazer o design e a programação simultaneamente

COMPONENTES PRONTOS

8,2 Além das diversas classes do Django, há a biblioteca padrão do Python

DOCUMENTAÇÃO E AJUDA

6,8 Há um bom tutorial, mas as diferenças entre versões criam dificuldades

PREÇO (R$)

Gratuito

ONDE ENCONTRAR www.info.abril.com.br/ download/5028.shtml

AVALIAÇÃO TÉCNICA(1) CUSTO/BENEFÍCIO Django: acesso a vários gerenciadores de bancos de dados

7,6

V

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: INSTALAÇÃO (15%), DESIGN DE INTERFACES (30%), COMPONENTES PRONTOS (30%), DOCUMENTAÇÃO E AJUDA (25%)

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aplicativos I flash

O FLASH FALA COM O PHOTOSHOP Um dos pontos altos da versão CS3 está na importação de imagens POR ANDRÉ CARDOZO

L

ennon e McCartney. Bebeto e Romário. Page e Brin. Essas são algumas das duplas que fizeram história em suas áreas de atuação. Quando o assunto é aplicativos de desenvolvimento, poucas duplas são tão importantes quanto a que junta o Photoshop, rei das imagens, e o Flash, que domina as aplicações interativas. Até pouco tempo em lados diferentes do campo, os dois programas ficaram sob o mesmo teto com a compra da Macromedia pela Adobe. O resultado dessa união é a maior integração entre Flash e Photoshop, um dos pontos de destaque no Flash CS3. A nova versão do Flash pode importar diretamente arquivos PSD do Photoshop, mesmo que tenham diversas camadas. Na importação, permite escolher quais camadas serão importadas e como serão inseridas. É possível ainda criar um movie clip diretamente a partir de uma camada. A nova versão da ActionScript incluída na versão CS3 também é mais robusta e tem orientação a objetos mais completa. A sintaxe ficou mais parecida com a do Java, o que facilita a vida de quem já pro-

grama nessa linguagem. Uma aplicação prática da ActionScript 3.0 é o recurso de cópia de animação para script, que deve ajudar bastante quem trabalha sempre com o mesmo tipo de animação. Os componentes prontos do Flash são muito usados principalmente quando não se tem tempo para criar objetos próprios. Na versão CS3, a novidade é que a personalização desses elementos ficou mais fácil. Ao dar um duplo clique em um componente do Flash, o aplicativo abre o submenu do objeto já com opções de edição à vista. O Flash CS3 também entrou na era da mobilidade. Para facilitar a vida dos programadores que criam para plataformas móveis o novo Flash inclui o Mobile Device Central. Nessa área, o desenvolvedor encontra modelos de celular e informações sobre tamanho de tela, sistema operacional e outras características para simplificar seu trabalho.

FLASH CS3 FABRICANTE O QUE É

Adobe Programa para criação de aplicações multimídia Boa integração com o Photoshop

PRÓ CONTRA

Sem grandes avanços na área de desenho 9,0 ActionScript 3.0 é mais robusta que a versão anterior 8,5 Painéis e ferramentas ganharam o estilo de outros programas da Adobe 1 538

RECURSOS

INTERFACE

PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

2)

9,0 7,5

(1) PREÇO CONVERTIDO PELA TAXA DE 1,71 REAL POR DÓLAR. (2) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (60%) E INTERFACE (40%). O FLASH CS3 GANHOU 0,2 PONTO NA MÉDIA DEVIDO AO BOM DESEMPENHO DA ADOBE NA PESQUISA INFO DE MARCAS 2008

Flash CS3: a dobradinha com Photoshop foi aprimorada

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aplicativos I 3rdRail

WEB 2.0 É COM O 3rdRAIL A ferramenta da Borland CodeGear agiliza a criação de aplicativos online POR TONI CAVALHEIRO

T

alvez uma diferença entre um framework gratuito e um comercial seja a amigabilidade. Enquanto alguns produtos pagos oferecem interface completa, que estimula a reutilização de código-fonte, os gratuitos, em geral, dependem de editores em modo texto e deixam a organização da aplicação a cargo do programador. O 3rdRail, da Borland, é um ambiente de desenvolvimento completo para o framework Ruby on Rails, melhorando a produtividade e ajudando a organizar o aplicativo para facilitar sua manutenção.

3rdRAIL FABRICANTE O QUE É

Borland CodeGear Ambiente de desenvolvimento para Ruby on Rails Automatiza tarefas e organiza o aplicativo, facilitando a manutenção

PRÓ

CONTRA

Faltam recursos para design de interfaces 8,5

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO

A instalação é simples e pode incluir Ruby on Rails e MySQL ou Interbase 7,0 Tem editor de código prático 6,0

PROGRAMAÇÃO CRIAÇÃO DE INTERFACES

Faltam recursos visuais para design 9,0

DOCUMENTAÇÃO E AJUDA

Inclui ótimos tutoriais 718

PREÇO (R$)

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(1)

7,6 7,0

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO (15%), PROGRAMAÇÃO (35%), DESIGN DE INTERFACES (20%) E DOCUMENTAÇÃO E AJUDA (30%)

INSTALAÇÃO Instalar o Ruby on Rails nem sempre é uma tarefa simples. Mas o 3rdRail resolve o problema com louvor. Logo que o instalador é iniciado, surgem opções para instalar o 3rdRail, o Ruby on Rails, o InterBase 2007 ou o MySQL Server 5. Basta ir clicando em Next para ter o ambiente instalado e funcionando sem complicação. Um dos raros pontos falhos encontrados pelo INFOLAB está na associação entre a interface e os interpretadores de código, que exigiu configuração manual.

BANCOS DE DADOS Como já ocorre com o Ruby on Rails, o 3rdRail funciona com os principais bancos de dados do mercado. Sempre que se cria um modelo que requer campos e validações no banco de dados, o 3rdRail faz a conexão e define as tabelas e campos necessários. No INFOLAB, esse recurso funcionou muito bem com o InterBase, da Borland. Também funcionou com o MySQL, mas isso exigiu a instalação de uma biblioteca adicional.

PROJETOS PRONTOS Uma grande vantagem do 3rdRail é que ele traz modelos prontos que o programador pode usar para iniciar um projeto. Além disso, o pacote inclui acessórios para os projetos existentes, incluindo os controles de versões CVS e SVN. O uso é facilitado pela ótima documentação, que inclui vídeos explicativos (em inglês) e tutoriais.

ORGANIZAÇÃO No lado esquerdo da tela do 3rdRail, o gerenciador de projeto dá uma visão geral do que acontece. Bastam alguns cliques para incluir um novo controle, por exemplo. O mesmo vale para todos os outros componentes da aplicação, como modelos, visualizações e layouts. O 3rdRail não oferece um ambiente visual como o do Visual Studio .NET. Mas, para ver como o aplicativo está ficando, basta clicar em Run.

CÓDIGO-FONTE O 3rdRail inclui um editor de código-fonte com o prático recurso de autocompletar. Quando o programador começa a escrever um comando que exige um fechamento de código, como um comando Class, por exemplo, o editor automaticamente coloca o End no local adequado.

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aplicativos I visual studio

O VISUAL STUDIO VAI DE LINQ A versão 2008 do pacote da Microsoft usa a linguagem Linq para acesso a dados POR JULIANO BARRETO

D

epois de dez anos no mercado, o pacotão para desenvolvimento de aplicativos da Microsoft está ganhando mais uma versão. O Visual Studio 2008 traz recursos melhorados para desenvolvimento em Ajax e a possibilidade de acesso a bancos de dados por meio da poderosa linguagem Linq. Também se integra melhor a outros produtos da Microsoft, como o Silverlight e a suíte para design Expression. O INFOLAB avaliou a edição Professional do Visual Studio 2008, lançada no Brasil no mês passado pela Microsoft. Uma cópia de avaliação do pacote pode ser baixada no endereço www.info.abril.com.br/download/5037. shtml. Confira a análise a seguir.

Interface: código e projeto na tela

DADOS COMO OBJETOS Graças à adoção da linguagem Linq (Language Integrated Query, ou Linguagem Integrada de Consulta), a manipulação de arquivos XML e de bancos de dados no Visual Studio ficou mais fácil para quem está acostumado com linguagens orientadas a objetos. O INFOLAB verificou que é possível criar consultas em C# ou em Visual Basic mesmo sem ter conhecimento de SQL. Além disso, o Linq permite conectar bancos de dados de diferentes tipos, aproveitando-se de estruturas já existentes e de uma interface em que é possível arrastar e soltar itens.

INFORMAÇÕES NA TELA

Banco de Dados: a representação visual facilita as definições

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A versão 2008 do pacote de desenvolvimento oferece mais informação para o programador saber onde está acertando ou errando. Ao abrir um arquivo XML, por exemplo, é possível dividir a tela para ver, ao mesmo tempo, código e resultado final. Cada mudança ou adição de informação é refletida nas duas telas. Outra novidade é a janela que traz estilos CSS para ser usados diretamente. Ao selecionar um item da página, é possível observar quais estilos ele está usando e quais são as propriedades ativadas.

Força para iniciantes A Microsoft lançou um pacote de documentos que ajuda os iniciantes a explorar as novidades de sua suíte de desenvolvimento. É o Visual Studio 2008 Training Kit. O material, em inglês, pode ser baixado de graça no endereço www.info.abril.com.br/download/5073.shtml.

Ferramentas na faixa Além dos pacotes comerciais, a Microsoft oferece ferramentas gratuitas, chamadas de Express, para programação nas linguagens Visual Basic, C# e C++. Há também um kit de desenvolvimento para a web. São boas ferramentas para aprendizado e pequenos projetos. Você pode baixá-las em www.info.abril.com.br/download/5037.shtml.

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aplicativos I visual studio

O VISUAL STUDIO VAI DE LINQ A versão 2008 do pacote da Microsoft usa a linguagem Linq para acesso a dados POR JULIANO BARRETO

D

epois de dez anos no mercado, o pacotão para desenvolvimento de aplicativos da Microsoft está ganhando mais uma versão. O Visual Studio 2008 traz recursos melhorados para desenvolvimento em Ajax e a possibilidade de acesso a bancos de dados por meio da poderosa linguagem Linq. Também se integra melhor a outros produtos da Microsoft, como o Silverlight e a suíte para design Expression. O INFOLAB avaliou a edição Professional do Visual Studio 2008, lançada no Brasil no mês passado pela Microsoft. Uma cópia de avaliação do pacote pode ser baixada no endereço www.info.abril.com.br/download/5037. shtml. Confira a análise a seguir.

Interface: código e projeto na tela

DADOS COMO OBJETOS Graças à adoção da linguagem Linq (Language Integrated Query, ou Linguagem Integrada de Consulta), a manipulação de arquivos XML e de bancos de dados no Visual Studio ficou mais fácil para quem está acostumado com linguagens orientadas a objetos. O INFOLAB verificou que é possível criar consultas em C# ou em Visual Basic mesmo sem ter conhecimento de SQL. Além disso, o Linq permite conectar bancos de dados de diferentes tipos, aproveitando-se de estruturas já existentes e de uma interface em que é possível arrastar e soltar itens.

INFORMAÇÕES NA TELA

Banco de Dados: a representação visual facilita as definições

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A versão 2008 do pacote de desenvolvimento oferece mais informação para o programador saber onde está acertando ou errando. Ao abrir um arquivo XML, por exemplo, é possível dividir a tela para ver, ao mesmo tempo, código e resultado final. Cada mudança ou adição de informação é refletida nas duas telas. Outra novidade é a janela que traz estilos CSS para ser usados diretamente. Ao selecionar um item da página, é possível observar quais estilos ele está usando e quais são as propriedades ativadas.

Força para iniciantes A Microsoft lançou um pacote de documentos que ajuda os iniciantes a explorar as novidades de sua suíte de desenvolvimento. É o Visual Studio 2008 Training Kit. O material, em inglês, pode ser baixado de graça no endereço www.info.abril.com.br/download/5073.shtml.

Ferramentas na faixa Além dos pacotes comerciais, a Microsoft oferece ferramentas gratuitas, chamadas de Express, para programação nas linguagens Visual Basic, C# e C++. Há também um kit de desenvolvimento para a web. São boas ferramentas para aprendizado e pequenos projetos. Você pode baixá-las em www.info.abril.com.br/download/5037.shtml.

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Formulário: os painéis mostram opções para o objeto selecionado

VISUAL STUDIO 2008 PROFESSIONAL FABRICANTE

Microsoft

O QUE É

Pacote para desenvolvimento de aplicativos

PRÓ

Produz programas para desktop, web e híbridos

CONTRA

Só funciona em Windows e as aplicações para a web dependem do servidor IIS

RECURSOS

9,0

B LINGUAGENS B WEB B EDITOR DE CÓDIGO B ACESSO A BANCO DE DADOS

Visual Basic, Visual C# e Visual C++ ASP.Net usando Ajax Facilita programação sugerindo comandos Integração entre design e manipulação de dados através da linguagem Linq

INTERFACE

8,5

B ORGANIZAÇÃO

As ferramentas são mostradas de acordo com o tipo de projeto, e a tela exibe código e resultado ao mesmo tempo Há descrição dos componentes na interface, tutoriais e modelos prontos

B AJUDA E DOCUMENTAÇÃO COMPATIBILIDADE

6,5

B SISTEMA OPERACIONAL B SERVIDOR WEB B .NET

Compatível com Windows Vista e XP Integração com IIS6 e IIS7 Compatível com as versões 2.0, 3.0 e 3.5 da plataforma .Net

PREÇO (R$)(1)

958 (2)

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

8,3 7,3

(1) PREÇO CONVERTIDO A 1,71 REAL O DÓLAR, FORNECIDO PELO FABRICANTE, VÁLIDO PARA COMPRAS ACIMA DE CINCO LICENÇAS (2) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (40%), INTERFACE (40%) E COMPATIBILIDADE (20%)

VISTA E OFFICE Com um editor de códigos XAML integrado, o Visual Studio 2008 oferece ferramentas para criar aplicativos para o Vista e para o Office 2007. O pacote é compatível com APIs nativas do sistema e é capaz de atualizar aplicativos em C++, além de criar novos projetos de acordo com as especificações do WPF (Windows Presentation Foundation). O mesmo vale para o desenvolvimento de aplicações para o Office 2007. Por meio do Visual Studio Tools for Office (VSTO) é possível criar ferramentas específicas para a nova geração da suíte de escritório da Microsoft, incluindo o acesso a dados de sistemas SAP, CRM e ERP.

MAIOR COMPATIBILIDADE Embora tenha sido anunciado ao lado do .NET Framework 3.5, o Visual Studio 2008 dá suporte às versões anteriores da plataforma, sendo compatível com aplicativos desenvolvidos nas versões 2.0 e 3.0. A compatibilidade com Ajax e Silverlight também foi aprimorada. Novas opções de depuração e sugestões de código também foram adicionadas à programação de projetos em JavaScript. Trabalhos criados na suíte Expression, da Microsoft, também recebem tratamento especial do Visual Studio 2008.

24 I CO LEÇ Ã O IN FO

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aplicativos I dreamweaver

O DREAMWEAVER ADERE À NOVA WEB O Recurso da versão CS3 automatiza as construções de interfaces em Ajax

nome Dreamweaver tornou-se referência na área de web design. Desde sua primeira versão, lançada em 1996, o aplicativo da Adobe — originalmente, da Macromedia — vem facilitando a vida de profissionais que montam páginas para a internet. Seu principal mérito é permitir a construção de sites complexos sem a digitação de código. Na versão CS3, além de dar suporte às linguagens tradicionalmente mais usadas no mercado, o Dreamweaver incorpora a compatibilidade com Ajax, tecnologia que se firmou com a ascensão da web 2.0. As ferramentas de automação que ajudam a construir interfaces usando JavaScript e XML estão abrigadas na aba Spry. Entre os 13 componentes há ferramentas para a construção de menus que se desdobram ao clique do mouse e painéis retráteis. Os scripts gerados com o recurso ficam armazenados em arquivos CSS e JS locais. Em função disso, não envolvem processamento no servidor.

Várias das novidades do Dreamweaver CS3 referem-se à tecnologia CSS, sigla de Cascading Style Sheets. Na versão atual, o programa permite a criação de páginas novas que já contenham layout CSS. Também é possível arrastar e soltar definições CSS dentro do arquivo de estilo. Com essa opção, fica mais fácil organizá-los alfabeticamente. A aproximação com o Photoshop é outra novidade. Graças a essa integração, é possível importar para páginas web do Dreamweaver arquivos do Photoshop, incluindo imagens elaboradas em várias camadas. Outro destaque da nova versão são os testes de compatibilidade, que permitem checar se as combinações de HTML e CSS nas páginas vão funcionar adequadamente nos principais browsers. Constatado o erro, um caminho é consultar o Adobe CSS Advisor, site mantido pela comunidade de desenvolvedores do Dreamweaver. As chances de encontrar nessas páginas a solução são grandes.

DREAMWEAVER CS3 FABRICANTE O QUE É PRÓ

Adobe Editor de páginas web Traz componentes Ajax prontos e integra-se ao Photoshop

CONTRA

Faltam recursos específicos para blogs 8,5 Gerenciador de CSS eficiente 8,5 Poucos cliques para aplicar recursos complexos 881

RECURSOS

INTERFACE

PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

2)

8,7 7,4

(1) PREÇO CONVERTIDO PELA TAXA DE 1,71 REAL POR DÓLAR (2) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (60%) E INTERFACE (40%). O DREAMWEAVER CS3 GANHOU 0,2 PONTO NA MÉDIA DEVIDO AO BOM DESEMPENHO DA ADOBE NA PESQUISA INFO DE MARCAS 2007

Dreamweaver CS3: Spry ajuda a desenvolver páginas Ajax

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aplicativos I conteúdo

O CMS MANDA NO SITE Joomla!, Drupal e TikiWiki gerenciam o conteúdo de graça POR LUCIA REGGIANI, COM OSMAR LAZARINI

C

onstruir um portal ou site dinâmico, aberto à contribuição do visitante, não é tão complicado quanto possa parecer. As ferramentas CMS (Content Management System ou sistema de gerenciamento de conteúdo) dão conta da complexidade e da interação com uma grande variedade de módulos para a implementação de todo tipo de serviço. Há várias opções gratuitas e fáceis de usar, mas exigem do usuário um conhecimento prévio na construção de sites e tempo para se familiarizar com seu funcionamento e ajustá-las ao seu projeto. Só do gasto com a hospedagem do site é que não dá para escapar. A INFO testou três ferramentas CMS gratuitas, com recursos semelhantes e produzidas por comunidades de software livre: Drupal, TikiWiki e Joomla!. Confira o desempenho de cada uma das soluções na construção de um site básico, com notícias, fórum, chat, blog, RSS, login, enquete e busca.

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DRUPAL, O VELOZ Quem começa agora a entrar em contato com a criação de sites mais sofisticados vai se dar bem com o Drupal. O software oferece assistentes em todas as fases do trabalho, desde a instalação, bastante simples, até o desenvolvimento e a administração. Os textos dos assistentes são detalhados e longos, e isso pode aborrecer quem já é do ramo e quer ir logo ao ponto. Modular e escrito em linguagem de programação PHP como o Joomla!, o Drupal tem mais uma opção de instalação: além de servidor web Apache com banco de dados MySQL, admite servidor Microsoft IIS e banco de dados PostgreSQL. Há muitos módulos avulsos disponíveis para Drupal, mas não em tão grande quantidade quanto para Joomla!, deixando o usuário mais dependente de novos desenvolvimentos da comunidade. A administração assistida é mais confortável do que a do TikiWiki, mas mais complicada do que a do Joomla!. Em design, o Drupal peca pela dificuldade na operação de inserir imagens, o que acaba limitando seu uso a sites com predominância de texto. Nos testes, a ferramenta apresentou o desenvolvimento mais rápido das três. Da configuração até a entrada do site no ar, foram quatro horas de trabalho para o Drupal, oito horas para o Joomla! e dois dias para o TikiWiki, incluídos aí os ajustes finos e os procedimentos de debugging. Além da rapidez no setup, o Drupal possui recurso para aumento de performance, em que o usuário ativa o armazenamento de páginas e o préprocessamento de CSS (Cascading Style Sheets).

ALTERNATIVA COM O PLONE Há várias opções de sistema para montar sites além do Drupal, do Joomla! e do Tikiwiki. Outra solução gratuita de código aberto é o Plone, um CMS baseado na plataforma Zope. Entre seus pontos fortes estão os recursos avançados de personalização, programação e administração. Para saber como instalar e configurar o Plone, leia a matéria Site bom é com o Plone, na página 48.

JOOMLA!, O VISUAL Derivado do Mambo, o Joomla! é um pacote básico que pode ganhar funcionalidades, como comércio eletrônico, por módulos avulsos. Isso se traduz em menos tempo de desenvolvimento, código na medida da necessidade e backup simples. Para instalálo, é preciso ter acesso a um servidor web com o banco de dados MySQL e linguagem PHP habilitados. A instalação é simples, mas requer mais ajustes finos do que as outras duas ferramentas testadas, principalmente de idioma. O setup de linguagem levou 20 minutos no Joomla!, 60 minutos no Drupal e cinco minutos no TikiWiki. Mesmo assim, a administração acabou prejudicada pela tradução parcial dos comandos para o português. Entre os recursos nativos, destacam-se a identificação dos usuários que estão online e em quais páginas. Os add-ons são acrescidos sem esforço — dá para fazer o upload do módulo até compactado. O Joomla! reúne boas vantagens sobre o Drupal e o TikiWiki: administração visual e design flexível. A maior parte dos ajustes é feita marcando e desmarcando opções, e o módulo é definido já com sua posição na página. Os itens podem ser editados direto no site, desde que o administrador esteja logado.

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aplicativos I conteúdo

O CMS MANDA NO SITE Joomla!, Drupal e TikiWiki gerenciam o conteúdo de graça POR LUCIA REGGIANI, COM OSMAR LAZARINI

C

onstruir um portal ou site dinâmico, aberto à contribuição do visitante, não é tão complicado quanto possa parecer. As ferramentas CMS (Content Management System ou sistema de gerenciamento de conteúdo) dão conta da complexidade e da interação com uma grande variedade de módulos para a implementação de todo tipo de serviço. Há várias opções gratuitas e fáceis de usar, mas exigem do usuário um conhecimento prévio na construção de sites e tempo para se familiarizar com seu funcionamento e ajustá-las ao seu projeto. Só do gasto com a hospedagem do site é que não dá para escapar. A INFO testou três ferramentas CMS gratuitas, com recursos semelhantes e produzidas por comunidades de software livre: Drupal, TikiWiki e Joomla!. Confira o desempenho de cada uma das soluções na construção de um site básico, com notícias, fórum, chat, blog, RSS, login, enquete e busca.

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DRUPAL, O VELOZ Quem começa agora a entrar em contato com a criação de sites mais sofisticados vai se dar bem com o Drupal. O software oferece assistentes em todas as fases do trabalho, desde a instalação, bastante simples, até o desenvolvimento e a administração. Os textos dos assistentes são detalhados e longos, e isso pode aborrecer quem já é do ramo e quer ir logo ao ponto. Modular e escrito em linguagem de programação PHP como o Joomla!, o Drupal tem mais uma opção de instalação: além de servidor web Apache com banco de dados MySQL, admite servidor Microsoft IIS e banco de dados PostgreSQL. Há muitos módulos avulsos disponíveis para Drupal, mas não em tão grande quantidade quanto para Joomla!, deixando o usuário mais dependente de novos desenvolvimentos da comunidade. A administração assistida é mais confortável do que a do TikiWiki, mas mais complicada do que a do Joomla!. Em design, o Drupal peca pela dificuldade na operação de inserir imagens, o que acaba limitando seu uso a sites com predominância de texto. Nos testes, a ferramenta apresentou o desenvolvimento mais rápido das três. Da configuração até a entrada do site no ar, foram quatro horas de trabalho para o Drupal, oito horas para o Joomla! e dois dias para o TikiWiki, incluídos aí os ajustes finos e os procedimentos de debugging. Além da rapidez no setup, o Drupal possui recurso para aumento de performance, em que o usuário ativa o armazenamento de páginas e o préprocessamento de CSS (Cascading Style Sheets).

ALTERNATIVA COM O PLONE Há várias opções de sistema para montar sites além do Drupal, do Joomla! e do Tikiwiki. Outra solução gratuita de código aberto é o Plone, um CMS baseado na plataforma Zope. Entre seus pontos fortes estão os recursos avançados de personalização, programação e administração. Para saber como instalar e configurar o Plone, leia a matéria Site bom é com o Plone, na página 48.

JOOMLA!, O VISUAL Derivado do Mambo, o Joomla! é um pacote básico que pode ganhar funcionalidades, como comércio eletrônico, por módulos avulsos. Isso se traduz em menos tempo de desenvolvimento, código na medida da necessidade e backup simples. Para instalálo, é preciso ter acesso a um servidor web com o banco de dados MySQL e linguagem PHP habilitados. A instalação é simples, mas requer mais ajustes finos do que as outras duas ferramentas testadas, principalmente de idioma. O setup de linguagem levou 20 minutos no Joomla!, 60 minutos no Drupal e cinco minutos no TikiWiki. Mesmo assim, a administração acabou prejudicada pela tradução parcial dos comandos para o português. Entre os recursos nativos, destacam-se a identificação dos usuários que estão online e em quais páginas. Os add-ons são acrescidos sem esforço — dá para fazer o upload do módulo até compactado. O Joomla! reúne boas vantagens sobre o Drupal e o TikiWiki: administração visual e design flexível. A maior parte dos ajustes é feita marcando e desmarcando opções, e o módulo é definido já com sua posição na página. Os itens podem ser editados direto no site, desde que o administrador esteja logado.

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TIKIWIKI, O COMPLETO Do trio de soluções testadas, o TikiWiki é o gerenciador de conteúdo que contém o maior número de recursos nativos, entre eles botão para imprimir a página sem menus e exportação do conteúdo para PDF. O volume de recursos tem como ponto negativo o tempo de upload: levou quase três horas para subir os 3 mil arquivos do TikiWiki, contra os 35 minutos do Joomla! e os seis minutos e meio do Drupal. O TikiWiki suporta PHP e conversa melhor com MySQL, apesar de suportar outros bancos de dados. A instalação é simples e indolor. O software vem em inglês, mas é nativamente multilíngüe, facilitando a tradução para o português. Na administração, o volume de recursos entra como um complicador. A operação é chatinha, a começar da definição de 177 permissões de visualização e ação de um site básico para cada usuário, consumindo boa parte do tempo de desenvolvimento. Em design, o TikiWiki é engessado, limitando a personalização à mudança de fontes e cores. Também não possui conexão com e-commerce, o que o indica para intranets.

MÁQUINAS DE GERENCIAR CONTEÚDO Drupal 5.1

TikiWiki 1.9.1

PRÓ

Administração facilitada por assistente

Inclui o maior número de Design flexível recursos nativos

CONTRA

Dificulta a edição de imagens Design engessado

Manipulação de idiomas complicada

INSTALAÇÃO

8,0

7,8

ADMINISTRAÇÃO RECURSOS

DESIGN

PREÇO (R$) (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

8,5

Joomla! 1.0.7

A instalação do idioma é mais Fácil, mas com upload demorada demorado

É preciso criar arquivo de configuração

7,7

7,3

8,2

Assistida por tutoriais

A mais complexa

A mais visual

7,9

8,1

8,0

Admite imagens, mas não monta gráficos

Inclui todos os módulos, exceto e-commerce

O gerenciador de contatos é nativo

8,0

6,5

8,5

Pouco alterável, mas com boa oferta de temas

Modifica apenas as cores e fontes

Flexível, com abundância de temas

Gratuito

Gratuito

Gratuito

7,9

7,5

8,2

INDICAÇÃO

Sites com mais conteúdo de texto

Intranets colaborativas

Sites com design diferenciado

ONDE ENCONTRAR

www.info.abril.com.br/ download/4197.shtml

www.info.abril.com.br/ download/3742.shtml

www.info.abril.com.br/ download/4519.shtml

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: INSTALAÇÃO (15%), ADMINISTRAÇÃO (30%), RECURSOS (30%) E DESIGN (25%)

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serviços I blogs

MAIOR PODER AO BLOG

GOOGLE GADGETS Mais que um simples adendo, o Google Gadgets traz uma lista de mais de 38 mil opções para incrementar seu blog. Há opções da casa, como um Google Talk para páginas web ou visualizador de compromissos na Google Agenda. Mas existem itens para qualquer gosto, como jogos, previsão do tempo, salas de bate-papo, entre outros. É possível modificar o tamanho do módulo ou sua cor, para combinar com o blog. www.google.com/ig/directory?synd=open AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

Dez opções para adicionar novos recursos ao diário virtual

O

s principais sistemas de blog, como o Blogger e o Wordpress, já cobrem a funcionalidade básica esperada para um diário virtual. Mas, mesmo sem saber nada de programação, é possível adicionar recursos extras interessantes, como tradução automática, país e

GOOGLE READER

estado dos visitantes, fotos e músicas favoritas do blogueiro, entre muitos outros. Tudo isso é feito copiando trechos simples de HTML para o modelo de página do blog, o que é feito pela própria interface de administração. Conheça, a seguir, dez dos melhores serviços para adicionar a seu blog.

Quem usa o Google Reader para ler as últimas notícias pode manter uma seleção delas disponível em seu blog. O módulo do Google Reader mostra as notícias que são marcadas como Shared (compartilhadas). Isso é interessante para publicar apenas as notícias relevantes ao blog. Para quem usa o Blogger a instalação é automática. http://reader.google.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,2

CUSTO/BENEFÍCIO

CLUSTRMAPS

WIDGETBOX O Widgetbox tem opções interessantes de módulos para blogs, com jogos e suporte a arrecadação de dinheiro pelo site. Um recurso interessante é o Blogify, que transforma um blog em um módulo. É útil para disponibilizar os últimos posts de blogs parceiros em seu diário virtual. Diferentemente do Google Gadgets, o Widgetbox exige o cadastro para utilização dos módulos. Apesar dessa chatice, isso é útil para controlar a freqüência de uso de cada módulo. www.widgetbox.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

32 I CO LEÇ Ã O IN FO

Servicos-Blogs-Mat18.indd 32-33

7,7

Saber a origem dos visitantes pode ser uma boa ferramenta para gerenciar o foco dos posts de um blog. O ClustrMaps é um serviço que mostra, em um mapa-múndi, as localidades dos visitantes de seu blog. O mapa fica em uma versão miniaturizada no próprio blog, o que é bem bacana. O tamanho do ponto vermelho no mapa é proporcional aos visitantes daquela região do mundo. www.clustrmaps.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

CUSTO/BENEFÍCIO

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serviços I blogs

MAIOR PODER AO BLOG

GOOGLE GADGETS Mais que um simples adendo, o Google Gadgets traz uma lista de mais de 38 mil opções para incrementar seu blog. Há opções da casa, como um Google Talk para páginas web ou visualizador de compromissos na Google Agenda. Mas existem itens para qualquer gosto, como jogos, previsão do tempo, salas de bate-papo, entre outros. É possível modificar o tamanho do módulo ou sua cor, para combinar com o blog. www.google.com/ig/directory?synd=open AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

Dez opções para adicionar novos recursos ao diário virtual

O

s principais sistemas de blog, como o Blogger e o Wordpress, já cobrem a funcionalidade básica esperada para um diário virtual. Mas, mesmo sem saber nada de programação, é possível adicionar recursos extras interessantes, como tradução automática, país e

GOOGLE READER

estado dos visitantes, fotos e músicas favoritas do blogueiro, entre muitos outros. Tudo isso é feito copiando trechos simples de HTML para o modelo de página do blog, o que é feito pela própria interface de administração. Conheça, a seguir, dez dos melhores serviços para adicionar a seu blog.

Quem usa o Google Reader para ler as últimas notícias pode manter uma seleção delas disponível em seu blog. O módulo do Google Reader mostra as notícias que são marcadas como Shared (compartilhadas). Isso é interessante para publicar apenas as notícias relevantes ao blog. Para quem usa o Blogger a instalação é automática. http://reader.google.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

CLUSTRMAPS

WIDGETBOX O Widgetbox tem opções interessantes de módulos para blogs, com jogos e suporte a arrecadação de dinheiro pelo site. Um recurso interessante é o Blogify, que transforma um blog em um módulo. É útil para disponibilizar os últimos posts de blogs parceiros em seu diário virtual. Diferentemente do Google Gadgets, o Widgetbox exige o cadastro para utilização dos módulos. Apesar dessa chatice, isso é útil para controlar a freqüência de uso de cada módulo. www.widgetbox.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

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7,7

Saber a origem dos visitantes pode ser uma boa ferramenta para gerenciar o foco dos posts de um blog. O ClustrMaps é um serviço que mostra, em um mapa-múndi, as localidades dos visitantes de seu blog. O mapa fica em uma versão miniaturizada no próprio blog, o que é bem bacana. O tamanho do ponto vermelho no mapa é proporcional aos visitantes daquela região do mundo. www.clustrmaps.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

CUSTO/BENEFÍCIO

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REC6 BABELFISH

O site de notícias Rec6 permite a integração de blogs, com envio de posts de forma automatizada para votação pelos usuários do Rec6. O código HTML pode ser incluído facilmente no modelo de posts para permitir que qualquer deles possa ser enviado ao Rec6.

O serviço de tradução do Yahoo! é uma opção interessante para quem quer oferecer seu blog para visitantes de outros países sem precisar se preocupar com teclar o conteúdo novamente. A tradução segue o estilo dos serviços automatizados, não funcionando bem com expressões de gíria e abreviações, mas dá para quebrar o galho.

www.rec6.com.br AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

http://br.babelfish.yahoo.com/free_trans_servicer AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,2

CUSTO/BENEFÍCIO

BLOGBLOGS Criação do mineiro Manoel Lemos, o BlogBlogs é um sistema de indexação de blogs, nos moldes do MyBlogLog (www.mybloglog.com) americano. Um ponto forte é a visualização dos usuários que estão acessando o blog naquele momento, desde que eles estejam cadastrados no BlogBlogs. O site do serviço também mostra os últimos posts, além de um ranking dos diários virtuais. www.blogblogs.com.br AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,5

CUSTO/BENEFÍCIO

FLICKR Colocar um dos módulos do Flickr no blog é uma forma de mostrar aos visitantes as últimas fotos, o que pode ser bastante interessante em um diário de viagens, por exemplo. Os módulos ficam disponíveis na seção Ferramentas do Flickr e contam com várias opções de visual, além de configuração detalhada de cores para combinar com o estilo do blog. É possível também escolher quais fotos poderão aparecer no módulo, o que ajuda a separar as imagens apropriadas para o blog. www.flickr.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

Analise com o Google Analytics Um dos melhores serviços de análise de tráfego em páginas web e blogs é gratuito, cortesia do onipresente Google. O Analytics gera relatórios detalhados de tráfego, com origens dos visitantes, tráfego por data, e muito mais. O serviço ainda é integrado ao Adwords do Google, o que ajuda a quem quer ganhar dinheiro com propaganda no blog. Os relatórios de tráfego do Analytics podem ser enviados automaticamente por e-mail, mas a tela de administração das estatísticas é tão interessante que fica difícil não a visitar sempre. Leia teste completo em Google faz o raio X na página XX.

TWITTER Os microblogs, como o Twitter, são excelentes para posts curtos e rápidos, menos elaborados que os de um blog normal. Mas é uma boa idéia mostrar no próprio blog as novidades do microblog. Para isso, o Twitter oferece um widget que pode ser embutido em um blog, bastando usar um código HTML curto. Há várias opções de visual do widget, com animações em Flash ou mais simplificados, com apenas o básico em HTML. www. twitter.com/badges AVALIAÇÃO TÉCNICA

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REC6 BABELFISH

O site de notícias Rec6 permite a integração de blogs, com envio de posts de forma automatizada para votação pelos usuários do Rec6. O código HTML pode ser incluído facilmente no modelo de posts para permitir que qualquer deles possa ser enviado ao Rec6.

O serviço de tradução do Yahoo! é uma opção interessante para quem quer oferecer seu blog para visitantes de outros países sem precisar se preocupar com teclar o conteúdo novamente. A tradução segue o estilo dos serviços automatizados, não funcionando bem com expressões de gíria e abreviações, mas dá para quebrar o galho.

www.rec6.com.br AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

http://br.babelfish.yahoo.com/free_trans_servicer AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

BLOGBLOGS Criação do mineiro Manoel Lemos, o BlogBlogs é um sistema de indexação de blogs, nos moldes do MyBlogLog (www.mybloglog.com) americano. Um ponto forte é a visualização dos usuários que estão acessando o blog naquele momento, desde que eles estejam cadastrados no BlogBlogs. O site do serviço também mostra os últimos posts, além de um ranking dos diários virtuais. www.blogblogs.com.br AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,5

CUSTO/BENEFÍCIO

FLICKR Colocar um dos módulos do Flickr no blog é uma forma de mostrar aos visitantes as últimas fotos, o que pode ser bastante interessante em um diário de viagens, por exemplo. Os módulos ficam disponíveis na seção Ferramentas do Flickr e contam com várias opções de visual, além de configuração detalhada de cores para combinar com o estilo do blog. É possível também escolher quais fotos poderão aparecer no módulo, o que ajuda a separar as imagens apropriadas para o blog. www.flickr.com AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

Analise com o Google Analytics Um dos melhores serviços de análise de tráfego em páginas web e blogs é gratuito, cortesia do onipresente Google. O Analytics gera relatórios detalhados de tráfego, com origens dos visitantes, tráfego por data, e muito mais. O serviço ainda é integrado ao Adwords do Google, o que ajuda a quem quer ganhar dinheiro com propaganda no blog. Os relatórios de tráfego do Analytics podem ser enviados automaticamente por e-mail, mas a tela de administração das estatísticas é tão interessante que fica difícil não a visitar sempre. Leia teste completo em Google faz o raio X na página XX.

TWITTER Os microblogs, como o Twitter, são excelentes para posts curtos e rápidos, menos elaborados que os de um blog normal. Mas é uma boa idéia mostrar no próprio blog as novidades do microblog. Para isso, o Twitter oferece um widget que pode ser embutido em um blog, bastando usar um código HTML curto. Há várias opções de visual do widget, com animações em Flash ou mais simplificados, com apenas o básico em HTML. www. twitter.com/badges AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

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tutoriais I notícias

FAÇA SEU PRÓPRIO DIGG

3 INSTALAÇÃO Agora, acesse a URL onde o Pligg foi instalado, seguida do texto /install/ (por exemplo, www.minhaurl.com.br/pligg/install/). Será aberta uma página de instalação. Acesse a aba Install. Aqui, será preciso teclar o nome, o usuário e a senha do banco de dados MySQL, além de seu endereço, com base nas informações fornecidas pelo provedor web. Clique em Check Settings para verificar se a conexão ao MySQL está funcionando. Clique Next e Next novamente para que sejam criadas as tabelas necessárias ao funcionamento do Pligg.

Montar um site de notícias com votação não é difícil com o sistema Pligg

U

m dos atuais padrões em sites de notícias é a votação e a seleção dos assuntos mais importantes pelos próprios visitantes das páginas. O excelente site Digg, voltado a notícias de tecnologia, foi o precursor dessa tendência, com vários seguidores, como o Reddit e os brasileiros Linkk e Rec6. A vantagem do sucesso das notícias sociais é que já surgiram alguns sistemas para implementá-las rapidamente. O melhor deles é o Pligg, que usaremos neste tutorial. Antes de montar seu Digg personalizado, é preciso ter uma conta em um provedor web, além de acesso a um banco de dados MySQL.

E UPLOAD 1 DOWNLOAD Comece baixando o Pligg em www.info.abril.com.br/ download/4831.shtml. Descompacte o arquivo. Depois, abra o cliente de FTP Filezilla (www.info.abril.com.br/download/4504.shtml). Tecle o endereço, o usuário e a senha que são utilizados para enviar arquivos ao provedor web. Crie uma pasta, que será parte do endereço do site com o Pligg. Usaremos o nome pligg para a pasta. Envie, então, os arquivos descompactados para o provedor web. Depois de terminado o envio, mantenha o Filezilla aberto.

FAXINA PÓS-INSTALAÇÃO 4 Antes de começar a mexer no Pligg, é necessário apagar alguns arquivos que não são mais necessários após a instalação, além de mudar algumas permissões. Rode novamente o Filezilla e se reconecte ao provedor web. Clique com o botão direito do arquivo libs/dbconnect.php e use o número 644 para as permissões. Apague, então, a pasta install.

5 CONFIGURAÇÃO Faça o login no site Pligg usando o usuário god e a senha 12345. De cara, acesse a seção Admin, no menu do topo da tela e, clicando no item User Management, troque a senha do usuário god, que tem acesso total ao site. Outra providência importante é modificar as palavras dos menus do site para o português. Isso é feito acessando a seção Admin e o item de menu Modify Language. Note que aqui é possível mudar todos os textos usados no site, inclusive os dos menus.

2 PERMISSÕES Agora, devemos fazer ajustes de permissões em alguns arquivos. Mude o nome dos arquivos settings. php.default e /libs/dbconnect.php. default, removendo o final .default de cada um deles. Depois, clique com o botão direito do mouse na pasta /avatars/ user_uploaded e escolha a opção File Attributes. Tecle, em Numeric Value, o valor 777 e clique em OK. Repita o procedimento para as pastas backup, cache, templates e templates_c. Clique com o botão direito do mouse no arquivo /libs/dbconnect.php e escolha File Attributes. Tecle o valor 666 desta vez, repetindo o procedimento para os arquivos /libs/lang.conf e settings.php. Por fim, aplique o valor de permissões 655 ao arquivo config.php.

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PERSONALIZAÇÃO 6

Há montes e montes de maneiras de personalizar o visual de um site Pligg. Algumas das mudanças mais importantes são a criação de novas categorias (no item Category Management, se você não trocou o nome dele, claro) e o uso de módulos (em Module Management, que já traz opções para adicionar vídeos às notícias, entre muitas outras). Com um pouco de paciência e curiosidade, dá para mexer bastante no Pligg de fábrica, que já vem bastante poderoso. Vale a pena também dar uma olhada na documentação do programa em http://www.pligg.com/wiki.

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tutoriais I notícias

FAÇA SEU PRÓPRIO DIGG

3 INSTALAÇÃO Agora, acesse a URL onde o Pligg foi instalado, seguida do texto /install/ (por exemplo, www.minhaurl.com.br/pligg/install/). Será aberta uma página de instalação. Acesse a aba Install. Aqui, será preciso teclar o nome, o usuário e a senha do banco de dados MySQL, além de seu endereço, com base nas informações fornecidas pelo provedor web. Clique em Check Settings para verificar se a conexão ao MySQL está funcionando. Clique Next e Next novamente para que sejam criadas as tabelas necessárias ao funcionamento do Pligg.

Montar um site de notícias com votação não é difícil com o sistema Pligg

U

m dos atuais padrões em sites de notícias é a votação e a seleção dos assuntos mais importantes pelos próprios visitantes das páginas. O excelente site Digg, voltado a notícias de tecnologia, foi o precursor dessa tendência, com vários seguidores, como o Reddit e os brasileiros Linkk e Rec6. A vantagem do sucesso das notícias sociais é que já surgiram alguns sistemas para implementá-las rapidamente. O melhor deles é o Pligg, que usaremos neste tutorial. Antes de montar seu Digg personalizado, é preciso ter uma conta em um provedor web, além de acesso a um banco de dados MySQL.

E UPLOAD 1 DOWNLOAD Comece baixando o Pligg em www.info.abril.com.br/ download/4831.shtml. Descompacte o arquivo. Depois, abra o cliente de FTP Filezilla (www.info.abril.com.br/download/4504.shtml). Tecle o endereço, o usuário e a senha que são utilizados para enviar arquivos ao provedor web. Crie uma pasta, que será parte do endereço do site com o Pligg. Usaremos o nome pligg para a pasta. Envie, então, os arquivos descompactados para o provedor web. Depois de terminado o envio, mantenha o Filezilla aberto.

FAXINA PÓS-INSTALAÇÃO 4 Antes de começar a mexer no Pligg, é necessário apagar alguns arquivos que não são mais necessários após a instalação, além de mudar algumas permissões. Rode novamente o Filezilla e se reconecte ao provedor web. Clique com o botão direito do arquivo libs/dbconnect.php e use o número 644 para as permissões. Apague, então, a pasta install.

5 CONFIGURAÇÃO Faça o login no site Pligg usando o usuário god e a senha 12345. De cara, acesse a seção Admin, no menu do topo da tela e, clicando no item User Management, troque a senha do usuário god, que tem acesso total ao site. Outra providência importante é modificar as palavras dos menus do site para o português. Isso é feito acessando a seção Admin e o item de menu Modify Language. Note que aqui é possível mudar todos os textos usados no site, inclusive os dos menus.

2 PERMISSÕES Agora, devemos fazer ajustes de permissões em alguns arquivos. Mude o nome dos arquivos settings. php.default e /libs/dbconnect.php. default, removendo o final .default de cada um deles. Depois, clique com o botão direito do mouse na pasta /avatars/ user_uploaded e escolha a opção File Attributes. Tecle, em Numeric Value, o valor 777 e clique em OK. Repita o procedimento para as pastas backup, cache, templates e templates_c. Clique com o botão direito do mouse no arquivo /libs/dbconnect.php e escolha File Attributes. Tecle o valor 666 desta vez, repetindo o procedimento para os arquivos /libs/lang.conf e settings.php. Por fim, aplique o valor de permissões 655 ao arquivo config.php.

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PERSONALIZAÇÃO 6

Há montes e montes de maneiras de personalizar o visual de um site Pligg. Algumas das mudanças mais importantes são a criação de novas categorias (no item Category Management, se você não trocou o nome dele, claro) e o uso de módulos (em Module Management, que já traz opções para adicionar vídeos às notícias, entre muitas outras). Com um pouco de paciência e curiosidade, dá para mexer bastante no Pligg de fábrica, que já vem bastante poderoso. Vale a pena também dar uma olhada na documentação do programa em http://www.pligg.com/wiki.

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tutoriais I vídeo

MONTE SEU YOUTUBE

DE VÍDEO 3 SAÍDA Na segunda tela do assistente, escolhemos um dos quatro modos de entrega do vídeo online. As duas opções de streaming exigem que o vídeo seja armazenado em servidor dedicado. A opção de vídeo embutido na linha de tempo carrega o vídeo todo, tornando o arquivo final muito grande. Escolhemos para este tutorial o download progressivo, pelo qual o Flash Player vai tocando o filme enquanto o download prossegue. Avançamos.

Aprenda a criar uma interface de vídeo com menu de acesso POR RICARDO SOARES

1 AAbraCONVERSÃO o Flash Video Encoder e acione o menu File > Add. Na janela Abrir, selecione os dois filmes que serão convertidos em Flash Vídeo. Clique em Abrir. Escolha um vídeo e clique em Settings para configurar. Na primeira tela, clique em Show Advanced Settings. Unifique o tamanho de exibição dos vídeos na tela, redimensionando-os para 320 por 240 pixels, e clique em OK para retornar à tela principal. Configure cada filme na fila do Encoder e clique no botão Start Queue para disparar a conversão. Ao terminar, feche o Flash Video Encoder.

Q

uem já não passou um tempão na frente do PC vendo os vídeos do YouTube? E quem já não teve vontade de construir uma área de vídeo no próprio site? Se você se inclui nessa última turma, este tutorial pode lhe dar uma boa mão. Ele foi desenvolvido em Flash 8, mas pode ser executado no Flash CS3 (Flash 9.0) com poucas adaptações nos nomes das opções de menu e comandos. Vamos desenvolver aqui uma interface de vídeo com recursos de menu, utilizando os formatos do Flash 8. Como no YouTube (www.youtube.com), o menu aparecerá na tela antes da exibição de qualquer filme, retornando a ela ao término de qualquer exibição ou quando o botão Parar for pressionado. Antes de começar a programar a interface, vamos converter os filmes para o formato Flash Video no utilitário Flash Video Encoder, que acompanha a versão Professional do Flash 8. Apesar de o assistente de importação de vídeo do Flash 8 ter as mesmas opções, o Flash Video Encoder permite a conversão em lote, o que facilita muito a vida de quem possui mais de um vídeo para mudar de formato.

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DE ARQUIVOS 2 SELEÇÃO Vamos criar o player. No Flash 8, crie um novo documento e salve-o como videoplayer.fla. Acione File > Import > Import video para abrir o assistente de importação de vídeo. Na primeira tela, Select Video, clique no botão Browse para escolher o arquivo a ser importado. Escolha qualquer um dos dois arquivos convertidos, clique em Abrir e avance.

A CAPA 4

Na terceira tela do assistente, escolhemos uma capa para o tocador. Ficamos com a SteelExternalAll. O processo amarra a aplicação a um arquivo externo (a capa), criado no diretório de desenvolvimento, na hora da publicação. O arquivo externo, que terá o mesmo nome do preset escolhido mais a extensão .swf, deve ser copiado com o filme principal para a mesma pasta no servidor web. Na tela seguinte, checamos o resumo das opções escolhidas e clicamos em Finish.

5 ODe VÍNCULO volta ao palco, vemos que foi criado um componente FLVPlayer vinculado ao vídeo “importado”. Selecione o componente, acesse sua caixa de propriedades (Ctrl + F3) e altere o nome para mc_tocador. Na aba Parameters dessa mesma caixa apague o conteúdo do campo contentPath, que vinculava o player ao vídeo. Como o conteúdo será assinalado dinamicamente, deixamos esse campo em branco e não importamos o outro vídeo — ele será carregado por código.

XML 6 OO menu terá texto dinâmico carregado por um arquivo XML. Para construí-lo, digitamos no Bloco de Notas o código já com os textos do título, da descrição, do tempo e da data embutidos. Fica assim:

<?xml version=”1.0” encoding=”utf-8”?> <info> <video> <arquivo>http://www.xxx.com/nomedofilme1</arquivo> <titulo>Lente móvel e superzoom</titulo> <descricao>Zoom óptico de 10x equipa a câmera Nikon Coolpix S4</descricao> <duracao>1 min 17 seg</duracao> <data>08/12/2006</data> </video> <video> <arquivo>http://www.xxx.com.br/nomedofilme2</ arquivo> <titulo>Case de HD para rede</titulo> <descricao>O storage Trendnet TS-I300W funciona em redes com ou sem fio</descricao> <duracao>1 min 38 seg</duracao> <data> 30/11/2006</data> </video> </info> COLEÇÃ O IN FO I 39

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tutoriais I vídeo

MONTE SEU YOUTUBE

DE VÍDEO 3 SAÍDA Na segunda tela do assistente, escolhemos um dos quatro modos de entrega do vídeo online. As duas opções de streaming exigem que o vídeo seja armazenado em servidor dedicado. A opção de vídeo embutido na linha de tempo carrega o vídeo todo, tornando o arquivo final muito grande. Escolhemos para este tutorial o download progressivo, pelo qual o Flash Player vai tocando o filme enquanto o download prossegue. Avançamos.

Aprenda a criar uma interface de vídeo com menu de acesso POR RICARDO SOARES

1 AAbraCONVERSÃO o Flash Video Encoder e acione o menu File > Add. Na janela Abrir, selecione os dois filmes que serão convertidos em Flash Vídeo. Clique em Abrir. Escolha um vídeo e clique em Settings para configurar. Na primeira tela, clique em Show Advanced Settings. Unifique o tamanho de exibição dos vídeos na tela, redimensionando-os para 320 por 240 pixels, e clique em OK para retornar à tela principal. Configure cada filme na fila do Encoder e clique no botão Start Queue para disparar a conversão. Ao terminar, feche o Flash Video Encoder.

Q

uem já não passou um tempão na frente do PC vendo os vídeos do YouTube? E quem já não teve vontade de construir uma área de vídeo no próprio site? Se você se inclui nessa última turma, este tutorial pode lhe dar uma boa mão. Ele foi desenvolvido em Flash 8, mas pode ser executado no Flash CS3 (Flash 9.0) com poucas adaptações nos nomes das opções de menu e comandos. Vamos desenvolver aqui uma interface de vídeo com recursos de menu, utilizando os formatos do Flash 8. Como no YouTube (www.youtube.com), o menu aparecerá na tela antes da exibição de qualquer filme, retornando a ela ao término de qualquer exibição ou quando o botão Parar for pressionado. Antes de começar a programar a interface, vamos converter os filmes para o formato Flash Video no utilitário Flash Video Encoder, que acompanha a versão Professional do Flash 8. Apesar de o assistente de importação de vídeo do Flash 8 ter as mesmas opções, o Flash Video Encoder permite a conversão em lote, o que facilita muito a vida de quem possui mais de um vídeo para mudar de formato.

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DE ARQUIVOS 2 SELEÇÃO Vamos criar o player. No Flash 8, crie um novo documento e salve-o como videoplayer.fla. Acione File > Import > Import video para abrir o assistente de importação de vídeo. Na primeira tela, Select Video, clique no botão Browse para escolher o arquivo a ser importado. Escolha qualquer um dos dois arquivos convertidos, clique em Abrir e avance.

A CAPA 4

Na terceira tela do assistente, escolhemos uma capa para o tocador. Ficamos com a SteelExternalAll. O processo amarra a aplicação a um arquivo externo (a capa), criado no diretório de desenvolvimento, na hora da publicação. O arquivo externo, que terá o mesmo nome do preset escolhido mais a extensão .swf, deve ser copiado com o filme principal para a mesma pasta no servidor web. Na tela seguinte, checamos o resumo das opções escolhidas e clicamos em Finish.

5 ODe VÍNCULO volta ao palco, vemos que foi criado um componente FLVPlayer vinculado ao vídeo “importado”. Selecione o componente, acesse sua caixa de propriedades (Ctrl + F3) e altere o nome para mc_tocador. Na aba Parameters dessa mesma caixa apague o conteúdo do campo contentPath, que vinculava o player ao vídeo. Como o conteúdo será assinalado dinamicamente, deixamos esse campo em branco e não importamos o outro vídeo — ele será carregado por código.

XML 6 OO menu terá texto dinâmico carregado por um arquivo XML. Para construí-lo, digitamos no Bloco de Notas o código já com os textos do título, da descrição, do tempo e da data embutidos. Fica assim:

<?xml version=”1.0” encoding=”utf-8”?> <info> <video> <arquivo>http://www.xxx.com/nomedofilme1</arquivo> <titulo>Lente móvel e superzoom</titulo> <descricao>Zoom óptico de 10x equipa a câmera Nikon Coolpix S4</descricao> <duracao>1 min 17 seg</duracao> <data>08/12/2006</data> </video> <video> <arquivo>http://www.xxx.com.br/nomedofilme2</ arquivo> <titulo>Case de HD para rede</titulo> <descricao>O storage Trendnet TS-I300W funciona em redes com ou sem fio</descricao> <duracao>1 min 38 seg</duracao> <data> 30/11/2006</data> </video> </info> COLEÇÃ O IN FO I 39

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7 OSalveMENU o arquivo XML como info.xml. Criaremos agora o menu. No Flash, insira uma nova camada com o nome menu. No primeiro frame, desenhe ou importe o plano de fundo. Com o fundo selecionado, vá à caixa de propriedades e altere as dimensões para 320 por 240 pixels. Depois, copie os valores das coordenadas x e y do objeto mc_tocador. Isso criará uma caixa sobreposta à tela do tocador e, nela, faremos o menu. Ainda com a caixa selecionada, pressione F8 para torná-la símbolo. Na caixa de diálogo, dê o nome menu e escolha tipo movieclip. A partir de agora, esse objeto será um movieclip, com linha de tempo exclusiva. Na janela de propriedades, dê o nome de instância mc_menu.

TEXTO 8 OAcessamos a linha de tempo do menu dando um duplo clique no objeto. Abre-se o programa menu. Crie uma nova camada, que chamaremos de textos e fotos. Nela, com a ferramenta de texto, trace os campos de título, descrição, tempo de exibição e data do vídeo. Na janela de propriedades do campo do título, altere o tipo de texto para Dynamic Text, atribua um nome de instância (titulo0) e, no campo Var, atribua o nome de variável (titulo0_txt). Repita o processo para os campos de descrição, tempo e data, não esquecendo de alterar a numeração dos campos e atribuir o tipo de linha para os textos de uma (Single line) ou várias linhas (Multiple lines). Repita todo o processo para o segundo filme.

FOTOS 9 AS Com a ferramenta de desenho, delimite a área que conterá as fotos dos filmes e que serão carregadas dinamicamente. Selecione o traçado, converta em símbolo do tipo movieclip (tecle F8), e dê o nome botão. Em seguida, na caixa de propriedades, dê o nome de instância mc_foto0 para a foto do primeiro filme. Repita todo o processo para a foto do segundo filme.

DESTAQUE 11 EM Agora criamos as áreas do menu que entram em destaque quando o cursor passa sobre elas. No movieclip menu, crie uma camada e dê a ela o nome destaque. Posicione-a atrás dos botões e textos, à frente apenas do fundo. No primeiro frame dessa camada, desenhe um retângulo de cor azul que emoldure o quadrado que conterá a foto e o texto do primeiro filme. Transforme-o em símbolo do tipo movieclip, de nome destaque. Na janela de propriedades do destaque, atribua o nome de instância transpa0, mude o campo Color para Alpha com percentual de 60%. Depois, arraste da biblioteca uma nova instância do destaque e coloque sob o segundo filme. Dê a ela o nome de instância transpa1 e altere Color para Alpha, com 60%.

PROGRAMAÇÃO 12 APartimos para a programação. Primeiro, faça o download do aquivo codigo251.zip no endereço ftp://ftp.info.abril. com.br/codigo251.zip e descompacte-o. Em seguida, abra a linha de tempo do filme principal e, no primeiro frame, crie uma nova camada. Dê a ela o nome script, acione o editor de ActionScript e cole o código. Esse código comentado monta o texto e as imagens do menu conforme os dados que recuperou do XML, roda o filme de acordo com a interação do usuário no menu e nos controles do player e mostra ou esconde o menu de acordo com a exibição do filme. Está feito. Ao transferir seu trabalho para o site, não se esqueça de fazer o upload, com o arquivo videoplayer.swf gerado, do XML, dos filmes, das fotos e do SWF criado com a capa (e seus botões de controle) do player escolhido. Ele é gerado no mesmo diretório de trabalho do arquivo .fla e tem o nome da capa — SteelExternalAll.swf, no nosso tutorial. Confira o código inteiro, baixando o arquivo em ftp://ftp.info.abril.com.br/iutube251.zip. Para ver o player em ação, acesse www.info.abril.com.br/colecaoflash/iutube251.html.

BOTÕES INVISÍVEIS 10 Crie uma nova camada de nome botoes invisiveis. Da janela Components, arraste um componente botão da pasta User Interface até o palco. Selecione-o e, na aba Parameters da caixa propriedades, limpe o campo Label. Clique no botão com o botão direito, escolha Free Transform e ajuste o tamanho para assentar sobre a área da tela em que deverá ficar para acionar o filme. Transforme o botão em símbolo (F8), dê o nome botao_invisivel e selecione tipo movieclip. Na caixa de propriedades, altere Color para Alpha, e o percentual para 0%. Altere o nome do botão na caixa de propriedades para botao0. Acesse a biblioteca, localize o movieclip botao_invisivel e arraste mais um para o menu. Altere o campo Color para Alpha com 0%, o nome para botao1 e posicione-o corretamente.

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7 OSalveMENU o arquivo XML como info.xml. Criaremos agora o menu. No Flash, insira uma nova camada com o nome menu. No primeiro frame, desenhe ou importe o plano de fundo. Com o fundo selecionado, vá à caixa de propriedades e altere as dimensões para 320 por 240 pixels. Depois, copie os valores das coordenadas x e y do objeto mc_tocador. Isso criará uma caixa sobreposta à tela do tocador e, nela, faremos o menu. Ainda com a caixa selecionada, pressione F8 para torná-la símbolo. Na caixa de diálogo, dê o nome menu e escolha tipo movieclip. A partir de agora, esse objeto será um movieclip, com linha de tempo exclusiva. Na janela de propriedades, dê o nome de instância mc_menu.

TEXTO 8 OAcessamos a linha de tempo do menu dando um duplo clique no objeto. Abre-se o programa menu. Crie uma nova camada, que chamaremos de textos e fotos. Nela, com a ferramenta de texto, trace os campos de título, descrição, tempo de exibição e data do vídeo. Na janela de propriedades do campo do título, altere o tipo de texto para Dynamic Text, atribua um nome de instância (titulo0) e, no campo Var, atribua o nome de variável (titulo0_txt). Repita o processo para os campos de descrição, tempo e data, não esquecendo de alterar a numeração dos campos e atribuir o tipo de linha para os textos de uma (Single line) ou várias linhas (Multiple lines). Repita todo o processo para o segundo filme.

FOTOS 9 AS Com a ferramenta de desenho, delimite a área que conterá as fotos dos filmes e que serão carregadas dinamicamente. Selecione o traçado, converta em símbolo do tipo movieclip (tecle F8), e dê o nome botão. Em seguida, na caixa de propriedades, dê o nome de instância mc_foto0 para a foto do primeiro filme. Repita todo o processo para a foto do segundo filme.

DESTAQUE 11 EM Agora criamos as áreas do menu que entram em destaque quando o cursor passa sobre elas. No movieclip menu, crie uma camada e dê a ela o nome destaque. Posicione-a atrás dos botões e textos, à frente apenas do fundo. No primeiro frame dessa camada, desenhe um retângulo de cor azul que emoldure o quadrado que conterá a foto e o texto do primeiro filme. Transforme-o em símbolo do tipo movieclip, de nome destaque. Na janela de propriedades do destaque, atribua o nome de instância transpa0, mude o campo Color para Alpha com percentual de 60%. Depois, arraste da biblioteca uma nova instância do destaque e coloque sob o segundo filme. Dê a ela o nome de instância transpa1 e altere Color para Alpha, com 60%.

PROGRAMAÇÃO 12 APartimos para a programação. Primeiro, faça o download do aquivo codigo251.zip no endereço ftp://ftp.info.abril. com.br/codigo251.zip e descompacte-o. Em seguida, abra a linha de tempo do filme principal e, no primeiro frame, crie uma nova camada. Dê a ela o nome script, acione o editor de ActionScript e cole o código. Esse código comentado monta o texto e as imagens do menu conforme os dados que recuperou do XML, roda o filme de acordo com a interação do usuário no menu e nos controles do player e mostra ou esconde o menu de acordo com a exibição do filme. Está feito. Ao transferir seu trabalho para o site, não se esqueça de fazer o upload, com o arquivo videoplayer.swf gerado, do XML, dos filmes, das fotos e do SWF criado com a capa (e seus botões de controle) do player escolhido. Ele é gerado no mesmo diretório de trabalho do arquivo .fla e tem o nome da capa — SteelExternalAll.swf, no nosso tutorial. Confira o código inteiro, baixando o arquivo em ftp://ftp.info.abril.com.br/iutube251.zip. Para ver o player em ação, acesse www.info.abril.com.br/colecaoflash/iutube251.html.

BOTÕES INVISÍVEIS 10 Crie uma nova camada de nome botoes invisiveis. Da janela Components, arraste um componente botão da pasta User Interface até o palco. Selecione-o e, na aba Parameters da caixa propriedades, limpe o campo Label. Clique no botão com o botão direito, escolha Free Transform e ajuste o tamanho para assentar sobre a área da tela em que deverá ficar para acionar o filme. Transforme o botão em símbolo (F8), dê o nome botao_invisivel e selecione tipo movieclip. Na caixa de propriedades, altere Color para Alpha, e o percentual para 0%. Altere o nome do botão na caixa de propriedades para botao0. Acesse a biblioteca, localize o movieclip botao_invisivel e arraste mais um para o menu. Altere o campo Color para Alpha com 0%, o nome para botao1 e posicione-o corretamente.

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tutoriais I colaboração

WIKI PRONTO PARA A REDE Crie um site colaborativo para documentação, projetos e muito mais POR ERIC COSTA

U

ma boa opção para manter uma documentação sobre os processos da empresa, além de fazer controle e gerenciamento de projetos, é usar um wiki. Com a liberdade e a facilidade de edição desse tipo de sistema, dá para compartilhar a criação de conteúdo com todos os envolvidos, mesmo que eles não sejam escolados em desenvolvimento web. O DokuWiki é um wiki feito para esse tipo de serviço e que tem instalação fácil. A seguir, vamos mostrar como montar um servidor de wiki com o DokuWiki. Para isso, também utilizaremos o pacote WAMP, que instala, no Windows, o Apache, o PHP e o MySQL de forma prática.

DO WAMP5 1 INSTALAÇÃO Vamos começar baixando o WAMP em www.info. abril.com.br/download/4919.shtml. Comece a instalação e siga os passos normais, clicando em Next. Inicialmente, é necessário apenas escolher se o WAMP será executado automaticamente na inicialização do Windows. Marque essa opção para que o wiki fique disponível sempre que o PC que o hospeda estiver ligado. Continue clicando em Next para que seja feita a cópia dos arquivos do WAMP para o HD.

TESTE DO APACHE 4 Para verificar se a instalação do WAMP correu bem, abra um navegador e tecle o endereço http://127.0.0.1. Deverá ser mostrada uma página de apresentação do WAMP. Aproveite para clicar no link phpMyAdmin para verificar se o PHP está funcionando corretamente. Com isso, podemos fazer a instalação do DokuWiki a seguir.

DO 5 HORA DOKUWIKI Primeiro, baixe o DokuWiki em www.info.abril. com. br/download/4920.shtml. Descompacte o arquivo dentro da pasta de publicação do WAMP. Verifique se não há excesso de subpastas resultantes da descompactação. Com isso, é minimizado o tamanho da URL, que é igual ao caminho completo das pastas até a que contém o arquivo index.php. Vamos utilizar, nesse tutorial, o nome de pasta dokuwiki. Assim, a URL para acesso será http:// nome_da_máquina/dokuwiki, onde nome_da_máquina é o nome do PC na rede.

2 CONFIGURAÇÃO O próximo passo é escolher, ainda na instalação do WAMP, uma pasta para armazenar as páginas web que serão publicadas. Caso essa máquina faça um backup periódico, crie ou escolha uma pasta que esteja incluída nos diretórios que entram na cópia de segurança. Caso contrário, simplesmente use a pasta padrão, que é o diretório www dentro da instalação do WAMP.

AJUSTES INICIAIS 6

ENVIO DE E-MAIL 3

Depois, será preciso definir um servidor SMTP de e-mail para envio de mensagens para os participantes do wiki. Use o servidor da empresa ou, se não houver, deixe simplesmente localhost. Neste caso, você pode instalar um servidor SMTP na máquina, como o Proxy+ (www.info.abril.com. br/download/1661.shtml) ou não fazer nada, caso não queira que sejam enviados avisos por e-mail. Continue clicando Next para concluir a instalação do WAMP.

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Agora, acesse a URL http:// nome_da_máquina/dokuwiki/ install.php. Aqui, faremos as primeiras configurações do wiki. Comece teclando um título para o site. Depois, marque a opção Enable ACL, que permite o controle de permissões para edição no wiki. Digite um login, nome e senha para o administrador do site. Por fim, defina a política de acesso do wiki. A melhor opção é a Public Wiki, que permite a leitura de todos, mas edição somente para usuários autorizados. Clique em Salvar e, depois, no link Your New Dokuwiki.

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tutoriais I colaboração

WIKI PRONTO PARA A REDE Crie um site colaborativo para documentação, projetos e muito mais POR ERIC COSTA

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ma boa opção para manter uma documentação sobre os processos da empresa, além de fazer controle e gerenciamento de projetos, é usar um wiki. Com a liberdade e a facilidade de edição desse tipo de sistema, dá para compartilhar a criação de conteúdo com todos os envolvidos, mesmo que eles não sejam escolados em desenvolvimento web. O DokuWiki é um wiki feito para esse tipo de serviço e que tem instalação fácil. A seguir, vamos mostrar como montar um servidor de wiki com o DokuWiki. Para isso, também utilizaremos o pacote WAMP, que instala, no Windows, o Apache, o PHP e o MySQL de forma prática.

DO WAMP5 1 INSTALAÇÃO Vamos começar baixando o WAMP em www.info. abril.com.br/download/4919.shtml. Comece a instalação e siga os passos normais, clicando em Next. Inicialmente, é necessário apenas escolher se o WAMP será executado automaticamente na inicialização do Windows. Marque essa opção para que o wiki fique disponível sempre que o PC que o hospeda estiver ligado. Continue clicando em Next para que seja feita a cópia dos arquivos do WAMP para o HD.

TESTE DO APACHE 4 Para verificar se a instalação do WAMP correu bem, abra um navegador e tecle o endereço http://127.0.0.1. Deverá ser mostrada uma página de apresentação do WAMP. Aproveite para clicar no link phpMyAdmin para verificar se o PHP está funcionando corretamente. Com isso, podemos fazer a instalação do DokuWiki a seguir.

DO 5 HORA DOKUWIKI Primeiro, baixe o DokuWiki em www.info.abril. com. br/download/4920.shtml. Descompacte o arquivo dentro da pasta de publicação do WAMP. Verifique se não há excesso de subpastas resultantes da descompactação. Com isso, é minimizado o tamanho da URL, que é igual ao caminho completo das pastas até a que contém o arquivo index.php. Vamos utilizar, nesse tutorial, o nome de pasta dokuwiki. Assim, a URL para acesso será http:// nome_da_máquina/dokuwiki, onde nome_da_máquina é o nome do PC na rede.

2 CONFIGURAÇÃO O próximo passo é escolher, ainda na instalação do WAMP, uma pasta para armazenar as páginas web que serão publicadas. Caso essa máquina faça um backup periódico, crie ou escolha uma pasta que esteja incluída nos diretórios que entram na cópia de segurança. Caso contrário, simplesmente use a pasta padrão, que é o diretório www dentro da instalação do WAMP.

AJUSTES INICIAIS 6

ENVIO DE E-MAIL 3

Depois, será preciso definir um servidor SMTP de e-mail para envio de mensagens para os participantes do wiki. Use o servidor da empresa ou, se não houver, deixe simplesmente localhost. Neste caso, você pode instalar um servidor SMTP na máquina, como o Proxy+ (www.info.abril.com. br/download/1661.shtml) ou não fazer nada, caso não queira que sejam enviados avisos por e-mail. Continue clicando Next para concluir a instalação do WAMP.

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Agora, acesse a URL http:// nome_da_máquina/dokuwiki/ install.php. Aqui, faremos as primeiras configurações do wiki. Comece teclando um título para o site. Depois, marque a opção Enable ACL, que permite o controle de permissões para edição no wiki. Digite um login, nome e senha para o administrador do site. Por fim, defina a política de acesso do wiki. A melhor opção é a Public Wiki, que permite a leitura de todos, mas edição somente para usuários autorizados. Clique em Salvar e, depois, no link Your New Dokuwiki.

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7 CRIAÇÃO DE GRUPOS Com o wiki funcionando, vamos criar grupos de usuários. Para isso, clique em Autenticar, entre com o login e a senha do administrador e, depois, clique em Administrar. Então, acesse o link Access Control List Management. Tecle o nome do novo grupo no terceiro campo da seção Add New Entry. Marque as permissões e clique em Salvar. Todos podem ler, claro, pois usamos a opção Public Wiki. Depois de criar os grupos, clique em Administrar.

USUÁRIOS NO WIKI 8 Com os grupos prontos, podemos criar usuários para o wiki. Para isso, clique em User Manager. Na seção Add User, tecle o login, a senha, o nome e o e-mail do novo usuário, além dos grupos de que ele participa, separados por vírgula. Pressione o botão Add e pronto. Caso você tenha configurado um servidor SMTP válido, esse usuário receberá um e-mail de aviso sobre a conta.

9 MAIS OPÇÕES Para concluir, podemos fazer alguns ajustes no wiki para facilitar a navegação e a administração. Para isso, clique no botão Administrar e no link Configuration Settings. Na seção Editing Settings, marque o item Enable Page Subscription Support para permitir o uso de RSS para verificar mudanças nas páginas. Na seção Advanced Settings, escolha DokuWiki Internal, nas opções do item Use Nice URLs, para que o DokuWiki crie URLs fáceis de lembrar para as páginas do wiki.

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tutoriais I notícias

RSS AVANCADO Sete dicas para fazer de tudo com os canais de notícias POR ERIC COSTA

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ualquer site ou blog que se preze tem de contar com um canal RSS, recurso que vem ganhando espaço entre os internautas viciados em notícias e tirando audiência das páginas iniciais de muita gente. Mas existem várias técnicas e serviços para explorar os canais RSS de forma mais ampla do que a simples divulgação de notícias e posts. É possível montar canais unificados, ficar de olho na audiência e nos dados demográficos dos usuários ou até usar o RSS como fonte automática de newsletters. Confira, a seguir, sete dicas para usar e abusar dos canais de notícias.

CONTROLE DE AUDIÊNCIA Saber informações sobre quem baixa um canal RSS é tão importante quanto as estatísticas de acesso de um site. Se, para páginas, um dos melhores serviços é o Google Analytics, para RSS, o Google também está à frente, com o Feedburner (www.feedburner.com). Ao cadastrar o canal RSS nesse serviço, o criador do conteúdo pode acessar informações detalhadas sobre quem lê o canal, o número de leitores, país de origem, qual o programa de RSS usado, entre outras. O Feedburner também traz montes de outras funções para adicionar informações ao canal, como localização geográfica ou uma imagem de identificação.

DE HTML PARA RSS É possível montar um RSS automaticamente a partir dos textos e links de uma página. Existem vários serviços para fazer essa operação, basicamente divididos em dois tipos. Os mais simples, bem representados pelo FeedYes (www.feedyes. com), tentam extrair o conteúdo a partir dos links em uma página. Também há serviços com análise interna do HTML, como o Feed43 (www.feed43.com). Nesse caso, o usuário deverá usar expressões regulares para extrair o conteúdo adequado.

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JUNTANDO TUDO Uma opção interessante para quem tem muitos canais RSS é juntar todos em um só, facilitando a vida de quem quer saber de tudo. Esse recurso também é interessante para adicionar um quadro de notícias a seu site, mas não quer ficar restrito a um canal RSS como origem das informações. Há várias opções para fazer a união de vários canais, mas a mais direta delas é o RSS Mixer (www.rssmixer.com). Basta cadastrar os canais desejados e escolher o link do resultado final como um canal RSS.

SÓ O QUE INTERESSA

NUVEM DE TAGS

Para quem usa o Google Reader (http://reader.google.com) para receber canais RSS é possível criar um canal próprio, apenas com as informações que forem julgadas mais relevantes. Para isso, é preciso usar o recurso Shared Items, marcando como Shared (ou seja, compartilhada) as notícias que entrarão no canal personalizado. Então, clique na opção Shared Items para que seja mostrado o link para o canal RSS das notícias escolhidas.

Quem já conta com um canal RSS em seu site pode aproveitá-lo para criar um dos símbolos da web 2.0: a nuvem de tags, com palavras em tamanho proporcional à sua ocorrência nas notícias. Para isso, basta usar o serviço MakeCloud (www.makecloud.com). Ele é bastante direto e dispensa cadastro prévio. Basta copiar o endereço do canal RSS e pronto. É gerado um código que pode ser adicionado a uma página web ou blog e que mostra a nuvem de tags. O serviço também pode mostrar quais os tópicos mais recorrentes nas notícias online.

LISTA VIRA RSS

LEITOR NO SITE Uma maneira de manter os visitantes de seu site ou blog atualizados é criar uma seção onde são mostradas as últimas notícias dos assuntos em discussão na página. Há várias maneiras de fazer isso. Muitos blogs, como o Blogger, contam com o recurso de adicionar um canal RSS diretamente. Mas se esse recurso não existir para o seu caso, é possível usar o Feed Digest (www.feeddigest.com). Ele tem várias opções de visual para a seção das notícias e pode até juntar dados de muitos canais RSS.

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NOTÍCIAS FEITAS À MÃO Mesmo quem não tem site pode criar um canal RSS próprio, entrando com as notícias individualmente. É uma idéia interessante, por exemplo, para manter grupos de trabalho ou estudo atualizados sem a necessidade de elaborar páginas web. Para isso, existe o serviço FeedXs (www.feedxs.com). O site conta com recursos para facilitar a edição das notícias. Também é possível enviar as notícias utilizando mensagens do MSN Messenger.

Quer passar as listas de discussão para o formato dos canais em RSS, mais prático para a leitura periódica? O serviço Mailbucket (www.mailbucket.org) faz isso sem precisar de cadastro. Primeiro, escolha um nome curto para seu canal RSS e acesse a URL http://www. mailbucket.org/meu_canal.xml (substituindo meu_canal pelo nome escolhido). Se não houver notícias, isso significa que o nome está vago. Daí, basta redirecionar os e-mails da lista para meu_canal@ mailbucket.org. Para assinar o canal RSS é só usar a URL acima, que deixará de ser vaga com as mensagens da lista.

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JUNTANDO TUDO Uma opção interessante para quem tem muitos canais RSS é juntar todos em um só, facilitando a vida de quem quer saber de tudo. Esse recurso também é interessante para adicionar um quadro de notícias a seu site, mas não quer ficar restrito a um canal RSS como origem das informações. Há várias opções para fazer a união de vários canais, mas a mais direta delas é o RSS Mixer (www.rssmixer.com). Basta cadastrar os canais desejados e escolher o link do resultado final como um canal RSS.

SÓ O QUE INTERESSA

NUVEM DE TAGS

Para quem usa o Google Reader (http://reader.google.com) para receber canais RSS é possível criar um canal próprio, apenas com as informações que forem julgadas mais relevantes. Para isso, é preciso usar o recurso Shared Items, marcando como Shared (ou seja, compartilhada) as notícias que entrarão no canal personalizado. Então, clique na opção Shared Items para que seja mostrado o link para o canal RSS das notícias escolhidas.

Quem já conta com um canal RSS em seu site pode aproveitá-lo para criar um dos símbolos da web 2.0: a nuvem de tags, com palavras em tamanho proporcional à sua ocorrência nas notícias. Para isso, basta usar o serviço MakeCloud (www.makecloud.com). Ele é bastante direto e dispensa cadastro prévio. Basta copiar o endereço do canal RSS e pronto. É gerado um código que pode ser adicionado a uma página web ou blog e que mostra a nuvem de tags. O serviço também pode mostrar quais os tópicos mais recorrentes nas notícias online.

LISTA VIRA RSS

LEITOR NO SITE Uma maneira de manter os visitantes de seu site ou blog atualizados é criar uma seção onde são mostradas as últimas notícias dos assuntos em discussão na página. Há várias maneiras de fazer isso. Muitos blogs, como o Blogger, contam com o recurso de adicionar um canal RSS diretamente. Mas se esse recurso não existir para o seu caso, é possível usar o Feed Digest (www.feeddigest.com). Ele tem várias opções de visual para a seção das notícias e pode até juntar dados de muitos canais RSS.

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NOTÍCIAS FEITAS À MÃO Mesmo quem não tem site pode criar um canal RSS próprio, entrando com as notícias individualmente. É uma idéia interessante, por exemplo, para manter grupos de trabalho ou estudo atualizados sem a necessidade de elaborar páginas web. Para isso, existe o serviço FeedXs (www.feedxs.com). O site conta com recursos para facilitar a edição das notícias. Também é possível enviar as notícias utilizando mensagens do MSN Messenger.

Quer passar as listas de discussão para o formato dos canais em RSS, mais prático para a leitura periódica? O serviço Mailbucket (www.mailbucket.org) faz isso sem precisar de cadastro. Primeiro, escolha um nome curto para seu canal RSS e acesse a URL http://www. mailbucket.org/meu_canal.xml (substituindo meu_canal pelo nome escolhido). Se não houver notícias, isso significa que o nome está vago. Daí, basta redirecionar os e-mails da lista para meu_canal@ mailbucket.org. Para assinar o canal RSS é só usar a URL acima, que deixará de ser vaga com as mensagens da lista.

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tutoriais I conteúdo

SITE BOM É COM O PLONE Veja como instalar e configurar esse gerenciador de conteúdo POR ERIC COSTA

E

xistem montes de opções para gerenciamento de conteúdo gratuitas e de código aberto na internet, desde as mais simples, para blogs, até as mais complexas, que integram recursos de fórum, cobrança de propagandas, entre outros. Uma opção interessante para quem quer um pacote pronto, mas com amplas possibilidades de personalização e programação, é o Plone. Esse sistema é um dos mais famosos produtos baseados na plataforma

Zope, desenhada justamente para desenvolvimento de gerenciadores de conteúdo. Conta com recursos avançados, como utilização de vários servidores para dividir o tráfego e sistema de cache, que agiliza a carga de páginas e protege contra ataques externos. Apesar disso, instalar e configurar um site Plone não é complicado, dispensando até a instalação prévia de um servidor web. Confira o passo-a-passo para essa operação, usando a versão do sistema para Windows.

PADRÃO 4 SITE O site Plone, em sua configuração padrão, deverá surgir no navegador padrão definido no Windows. Note que ele já conta com uma estrutura básica de site de notícias, com acesso à área de usuários e eventos. Mas ainda está em inglês e só conta com o administrador como usuário capaz de atualizar o conteúdo. Vamos modificar isso. Tecle o usuário e senha do administrador, definidos na instalação, e clique em Log In.

CONFIGURAÇÕES INICIAIS 5 Comece clicando em Site Setup. Acesse o link Language. Marque o item Show CountrySpecific Language Variations para habilitar as opções de português do Brasil e de Portugal separadamente. Escolha em Site Language a opção Brazilian Portuguese e clique em Save. Com isso, as páginas ficarão em português.

DE E-MAIL 6 SERVIDOR Antes de criar novos usuários, devemos

E 1 DOWNLOAD DADOS BÁSICOS Comece baixando o pacote do Plone em www.info.abril. com.br/download/5016.shtml. Trata-se de um executável que inclui tudo, desde o Zope até os plug-ins necessários para o Plone. Rode o programa baixado para começar a instalação. Clique em Next e, a seguir, será necessário escolher a pasta de destino. Defina o local e clique em Next.

CONTA DO ADMINISTRADOR 2

Agora, devemos definir um nome de usuário e senha para o administrador do sistema Plone, que será o primeiro a ter acesso completo às configurações do sistema. Digite essas informações e clique em Next para começar a cópia dos arquivos para a pasta escolhida. Depois de terminado esse processo, clique em Finish para concluir a instalação do Plone.

EXECUÇÃO 3 PRIMEIRA Para rodar o Plone, acesse o menu Iniciar > Plone > Plone. Será executado o Plone Controller, um aplicativo que, como o nome indica, controla o funcionamento do site Plone. Logo de cara, verifique se a mensagem Plone is running está presente em sua janela. Caso contrário, pressione Start Plone. Clique, então, em View Plone para acessar o site Plone.

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configurar o servidor de e-mail para envio. Clique no link E-mail e preencha o endereço do servidor de SMTP a ser usado. Caso você não tenha nenhum na máquina do Plone ou na rede, uma opção básica que funciona é o Free SMTP Server (www.info.abril.com.br/ download/5038.shtml). Depois, clique em Remetente do E-mail e preencha os dados para os e-mails do Plone.

NOVOS USUÁRIOS 7

Para adicionar um novo usuário, clique em Usuários e Grupos. Depois, acesse Adicionar Novo Usuário. Tecle, então, o nome completo, login e e-mail do novo usuário, e pressione Registrar. Ele receberá uma mensagem com o link para cadastrar sua senha. Clique em Mostrar Todos e marque as permissões do novo usuário.

DO SITE 8 DADOS Para concluir, vamos mudar os dados básicos de nome e descrição do site. Clique no link Site, na barra lateral do Plone. Tecle um título e uma descrição para o site. Como em todo gerenciador de conteúdo, o Plone é bem prático e parte da diversão é mexer em suas configurações e explorar seus recursos.

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tutoriais I conteúdo

SITE BOM É COM O PLONE Veja como instalar e configurar esse gerenciador de conteúdo POR ERIC COSTA

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xistem montes de opções para gerenciamento de conteúdo gratuitas e de código aberto na internet, desde as mais simples, para blogs, até as mais complexas, que integram recursos de fórum, cobrança de propagandas, entre outros. Uma opção interessante para quem quer um pacote pronto, mas com amplas possibilidades de personalização e programação, é o Plone. Esse sistema é um dos mais famosos produtos baseados na plataforma

Zope, desenhada justamente para desenvolvimento de gerenciadores de conteúdo. Conta com recursos avançados, como utilização de vários servidores para dividir o tráfego e sistema de cache, que agiliza a carga de páginas e protege contra ataques externos. Apesar disso, instalar e configurar um site Plone não é complicado, dispensando até a instalação prévia de um servidor web. Confira o passo-a-passo para essa operação, usando a versão do sistema para Windows.

PADRÃO 4 SITE O site Plone, em sua configuração padrão, deverá surgir no navegador padrão definido no Windows. Note que ele já conta com uma estrutura básica de site de notícias, com acesso à área de usuários e eventos. Mas ainda está em inglês e só conta com o administrador como usuário capaz de atualizar o conteúdo. Vamos modificar isso. Tecle o usuário e senha do administrador, definidos na instalação, e clique em Log In.

CONFIGURAÇÕES INICIAIS 5 Comece clicando em Site Setup. Acesse o link Language. Marque o item Show CountrySpecific Language Variations para habilitar as opções de português do Brasil e de Portugal separadamente. Escolha em Site Language a opção Brazilian Portuguese e clique em Save. Com isso, as páginas ficarão em português.

DE E-MAIL 6 SERVIDOR Antes de criar novos usuários, devemos

E 1 DOWNLOAD DADOS BÁSICOS Comece baixando o pacote do Plone em www.info.abril. com.br/download/5016.shtml. Trata-se de um executável que inclui tudo, desde o Zope até os plug-ins necessários para o Plone. Rode o programa baixado para começar a instalação. Clique em Next e, a seguir, será necessário escolher a pasta de destino. Defina o local e clique em Next.

CONTA DO ADMINISTRADOR 2

Agora, devemos definir um nome de usuário e senha para o administrador do sistema Plone, que será o primeiro a ter acesso completo às configurações do sistema. Digite essas informações e clique em Next para começar a cópia dos arquivos para a pasta escolhida. Depois de terminado esse processo, clique em Finish para concluir a instalação do Plone.

EXECUÇÃO 3 PRIMEIRA Para rodar o Plone, acesse o menu Iniciar > Plone > Plone. Será executado o Plone Controller, um aplicativo que, como o nome indica, controla o funcionamento do site Plone. Logo de cara, verifique se a mensagem Plone is running está presente em sua janela. Caso contrário, pressione Start Plone. Clique, então, em View Plone para acessar o site Plone.

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configurar o servidor de e-mail para envio. Clique no link E-mail e preencha o endereço do servidor de SMTP a ser usado. Caso você não tenha nenhum na máquina do Plone ou na rede, uma opção básica que funciona é o Free SMTP Server (www.info.abril.com.br/ download/5038.shtml). Depois, clique em Remetente do E-mail e preencha os dados para os e-mails do Plone.

NOVOS USUÁRIOS 7

Para adicionar um novo usuário, clique em Usuários e Grupos. Depois, acesse Adicionar Novo Usuário. Tecle, então, o nome completo, login e e-mail do novo usuário, e pressione Registrar. Ele receberá uma mensagem com o link para cadastrar sua senha. Clique em Mostrar Todos e marque as permissões do novo usuário.

DO SITE 8 DADOS Para concluir, vamos mudar os dados básicos de nome e descrição do site. Clique no link Site, na barra lateral do Plone. Tecle um título e uma descrição para o site. Como em todo gerenciador de conteúdo, o Plone é bem prático e parte da diversão é mexer em suas configurações e explorar seus recursos.

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tutoriais I e-mail

FILTRO PARA E-MAIL FALSO Monte um cadastro de endereços válidos automatizando o pedido de confirmação POR HELIO SILVA

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odo mundo já teve o desprazer de encontrar a caixa postal cheia de mensagens não solicitadas. Um dos motivos são os engraçadinhos que cadastram o e-mail alheio em serviços que não interessam. Para o webmaster, a situação é desagradável, já que recebe reclamações e, às vezes, é impedido de enviar newsletters legítimas porque caiu em lista negra. A saída para o site é criar um cadastro de e-mails válidos, enviando ao candidato a assinante um pedido de confirmação na forma de um clique num hyperlink. Quando tal hyperlink for acionado, o webmaster terá certeza de que quem solicitou a assinatura é o dono do endereço. É isso que faremos no tutorial a seguir. Para segui-lo, será necessário ter instalado um servidor web com PHP 4.x, banco de dados PostgreSQL 8.1.x e um provedor de acesso à internet que aceite conexões SMTP para a transmissão de e-mail.

2 FORMULÁRIO Para criar o formulário de cadastro, faça o download do arquivo newsletter.zip em ftp://ftp.info.abril. com.br/newsletter.zip e descompacte-o na pasta que o servidor web compartilha com a rede. Você terá três novos arquivos: pega_email.php, grava_ email.php e confirma_email.php. O pega_email.php é o formulário de cadastro. Esse formulário acionará o script em PHP, que gravará os dados e enviará um e-mail para o novo assinante. No exemplo, o arquivo pega_email.php recebe o endereço de e-mail e repassa ao script seguinte, o grava_email.php.

Formulário: o HTML aciona o script em PHP

DE CONFIRMAÇÃO 3 PEDIDO Nosso segundo script, o grava_email. php, salva o endereço que está solicitando a assinatura da newsletter e também grava a data e o número IP usado na conexão. Caso haja alguém fazendo o cadastramento indevido do usuário e este queira descobrir quem foi, esses dados serão úteis. Nesta fase, o status do assinante é gravado como inativo para que ele não receba outras mensagens além do pedido de confirmação. Simultaneamente, é gerado um código adicional (hash) para identificar o usuário. Por fim, o programa envia um e-mail com um hyperlink ao próximo script, o confirma_email.php, para o assinante confirmar o pedido. O confirma_email.php altera o status do assinante de inativo para ativo. Depois, grava o endereço IP e a data. Se houver reclamação, essas informações ajudarão a identificar quem tentou usar o e-mail dos outros.

Lista: o comando SQL cria uma tabela de assinantes e endereços

DE E-MAILS 1 TABELA O primeiro passo é criar uma tabela com os dados de e-mail no PostgreSQL. Abra o pgAdmin, que é o software de administração do gerenciador de banco de dados, clique no botão SQL e crie a tabela com o seguinte comando:

CREATE TABLE tb_assinantes (email varchar(80) NOT NULL, ip_assinatura varchar(15), ip_confirmacao varchar(15), status varchar(10), data_assinatura timestamp, da ta_confirmacao timestamp, hash varchar(50)) Resultado: os endereços válidos são identificados

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tutoriais I anúncio

BANNERS QUE FLUTUAM O Dreamweaver dispensa a escrita de códigos para executar o trabalho POR CARLOS MACHADO

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anners flutuantes são aqueles anúncios que passeiam pela tela. É cada vez mais comum encontrá-los nas páginas da web. Esse tipo de anúncio funciona com base em HTML dinâmico, recurso que combina HTML, tecnologia CSS e JavaScript. Escrever o código de um banner flutuante é bastante complicado, exigindo profundo conhecimento de JavaScript. Mas no Dreamweaver essa operação pode ser feita visualmente, sem a necessidade de dominar as tags. Veja, a seguir, como executar essa tarefa com a versão CS3 do programa da Adobe.

3 MOVIMENTO Em seguida, é hora de traçar

EM BRANCO 1 ARQUIVO No Dreamweaver CS3, crie um arquivo HTML em branco. Adicione uma camada ao documento, acionando Insert > Layout Objects > AP Div. AP Div é o novo nome adotado no Dreamweaver para o que se chamava layer, ou camada. Surge um retângulo no documento HTML. O que estiver dentro dessa caixa aparecerá sobre o conteúdo da página.

o movimento do banner pela tela. Selecione a camada, ou seja, a AP Div, e clique na alça do canto superior esquerdo. O sinal de seleção abrange toda a camada. Cuidado para não selecionar somente a imagem. Clique com o botão direito na alça e, no menu, escolha Record Path (ou seja, gravar caminho). Surge, na parte inferior da tela, a janela Timelines. Clique na alça da camada e arraste-a pela tela, traçando o percurso desejado. O Dreamweaver exibe uma linha que acompanha os movimentos. Ao completar o caminho, solte o botão do mouse.

— OU FLASH 2 IMAGEM Em seguida, insira a imagem na camada. Com a camada selecionada, acione Insert > Image e escolha o arquivo, que pode ser uma imagem JPEG ou GIF ou, ainda, uma animação Flash — nesse caso, seria pelo comando Insert > Media > Flash. A imagem deve ter um espaço reservado para o botão Fechar.

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4 CONTROLE Agora, passe à janela Timelines. Essa janela controla a velocidade e acompanha a posição da camada em cada instante da animação. É importante marcar a caixa Autoplay. Assim, a animação terá início quando a página for carregada. A caixa Loop faz a animação se repetir indefinidamente. Não é bom marcá-la. Salve a página e tecle F12 para ver o resultado no browser.

5 PREVIEW Você poderá verificar que o banner dança na página conforme o roteiro. A animação já está pronta, mas, nesse estágio, o banner não serve para quase nada. Para se tornar um anúncio, ele precisa ter duas áreas de clique. A primeira deve remeter o usuário para o site desejado. A outra fecha o banner. Para criar essas áreas, vamos usar o recurso de mapeamento de imagem do Dreamweaver. Um lembrete: se você usar animação Flash deve mapeá-la dentro do próprio Flash.

6 MAPEAMENTOS Selecione a imagem e, na janela Properties, escolha uma alternativa de mapeamento. As opções são retangular, circular e desenho livre. Clique na primeira e marque a área principal da imagem. Na caixa Link, digite a URL da página de destino. Em Target, escolha _blank, para que a página se abra em outra janela. Na caixa Alt, digite um texto que identifique o banner. Com isso, a parte principal da imagem está mapeada. Vamos agora mapear a área onde o usuário deverá clicar para fechar o banner. Escolha novamente o retângulo e marque a área em torno do botão Fechar.

7 FECHAR A função Fechar ainda não está incluída. A segunda área mapeada deve conter um comando para fechar o banner. Para isso, é preciso usar um evento JavaScript. Selecione a área do botão e acione o menu Window > Behaviors. Surge a orelha Behaviors, no lado direito da tela. Clique no botão + para adicionar uma ação à área escolhida. No menu, escolha a opção ShowHide Elements. Surge uma caixa de diálogo. Nela, marque o item apDiv, que é a camada, clique em Hide e dê OK. Isso oculta a camada, mas não o evento. O Dreamweaver inclui o evento OnMouseOver. Salve o documento e acione F12 para testá-lo.

PARA 8 CLIQUE FECHAR A imagem se desloca na página. Quando o mouse passa sobre a área do botão Fechar, a camada desaparece. Mas o melhor é que o banner desapareça quando o usuário clicar no botão. Para isso, troque o evento para OnClick. Como? Na orelha Behaviors, clique em OnMouseOver e abra a caixa de opções. Escolha OnClick. O banner flutuante está completo. Tecle F12 para testar a animação e os links. Se quiser, em vez de ocultar o banner de uma vez, feche-o como se fosse desaparecendo aos poucos. Para isso, em vez de usar o comando Show-Hide, use Effects > Appear/Fade.

NA 9 BANNER PÁGINA Para inserir o banner em qualquer página, copie a camada e cole-a no arquivo HTML desejado. Atenção: verifique se o arquivo HTML já tem outra camada com o mesmo nome da que foi criada para o banner. Além disso, observe o seguinte: após colar a camada, você precisa redefinir o percurso dela e ligar o AutoPlay na janela Timelines.

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audiência I otimização

DITADURA DA BUSCA?

Globo.com: buscas periódicas para avaliar os resultados

Empresas investem em otimização de páginas para subir nos resultados de pesquisas POR ANDRÉ CARDOZO

Construa, e eles virão.” Com essa frase, espíritos do além aconselham o fazendeiro interpretado por Kevin Costner a construir um campo de beisebol para atletas já falecidos, no filme Campo dos Sonhos. No fim da história, o conselho dá certo e jogadores de um time de 1919 aparecem para uma partida no campo do fazendeiro. Se tivessem que aconselhar produtores de websites, os espíritos de Campo dos Sonhos usariam uma frase diferente. Possivelmente, a dica seria algo como “Construa, e pode ser que eles venham, se o encontrarem”. O fator visibilidade é cada vez mais importante, e isso passa necessariamente pela posição obtida nas buscas de search engines como Google, Yahoo! e MSN. Como cada vez mais internautas chegam a sites por meio de ferramentas de busca, é fundamental aparecer entre os primeiros resultados.

© FOTO DARYAN DORNELLES

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EI, GOOGLE, TÔ AQUI É justamente aí que entra a sigla SEO (Search Engine Optimization), conjunto de ajustes aplicados a websites para que eles sejam acessados mais facilmente pelas ferramentas de busca e, conseqüentemente, ganhem posições no ranking de resultados. Mais do que uma mera buzzword, o SEO vem ganhando cada vez mais espaço na estratégia digital das empresas, como demonstra o relatório “The State of Search Engine Marketing 2006”, produzido pelo instituto americano SEMPO (Search Engine Marketing Professional Organization). O estudo, realizado com 587 empresas americanas, revelou que os gastos com Search Engine Marketing (SEM) — que, além de SEO, engloba links patrocinados e outras formas de marketing na busca — subiram 62% em relação a 2005, chegando a um valor de 9,6 bilhões de dólares (até o final de fevereiro, a organização não havia divulgado os dados referentes a 2007). A pesquisa mostra ainda que o SEO é o componente mais popular da SEM, sendo usado por três quartos das empresas pesquisadas. No Brasil, o SEO começa a ganhar espaço principalmente em grandes empresas e portais. No Globo.com, o departamento de criação e arquitetura da informação é o responsável pelo

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acompanhamento dos padrões utilizados pelas ferramentas de busca. Além de monitorar os critérios empregados pelos search engines, o departamento faz buscas periódicas para avaliar como as páginas estão se saindo. Fora isso, o publicador de conteúdo do site foi implementado já com cuidados de SEO, como campos para palavras-chave e código HTML enxuto. O iG é outro portal que acompanha o SEO de perto. Desde 2006, o iG intensificou os esforços de otimização das páginas para ferramentas de busca e mantém essa rotina como prioridade.

CORRIDA PARA SER O PRIMEIRO Agências de publicidade e produtoras web são outro segmento que tem sido afetado pela crescente importância do SEO. “Muitos clientes já chegam dizendo que querem ser os primeiros no Google. Aí explicamos que isso não dá para garantir, mas que existem meios de melhorar o desempenho nas ferramentas de busca”, diz Renato Fabri, sócio e diretor de criação da agência digital Tribal. Segundo ele, a implementação do SEO é mais complicada em sites dinâmicos. Nesses casos, muitas vezes é necessário alterar a programação da ferramenta de publicação. “Se um cliente tem um site de comércio eletrônico e tudo funciona bem, inicialmente ele não vê motivos para mudar nada”, explica Fabri.

O LADO NEGRO Ao considerar a implementação de um projeto de SEO, deve-se ficar atento para evitar furadas. “Ainda hoje encontramos empresas que usam meios escusos para aumentar o ranking de seus clientes no Google”, diz Paola Zigman, gerente de SEO da Media Contacts, empresa especializada em consultoria de internet. Ela se refere ao webspam, que normalmente envolve truques como meta tags inflados e textos ocultos. Esse tipo de estratégia costuma ter vida curta, em razão da vigilância das próprias ferramentas de busca. O Google, por exemplo, tem uma equipe de engenheiros dedicada exclusivamente ao combate ao webspam, liderada pelo americano Matt Cutts. Em seu blog (www.mattcutts.com/ blog), ele escreve sobre SEO e dá dicas de como otimizar o site para o Google.

O QUE NÃO FAZER OS ERROS MAIS COMUNS ENCONTRADOS POR QUEM TRABALHA COM CONSULTORIA EM SEO Uso excessivo de Flash Códigos JavaScript desnecessários Falta de palavras-chave Títulos de página mal formatados

Tribal: agências estão antenadas com o SEO

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© FOTO OMAR PAIXÃO

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audiência I palavras-chave

SEU SITE VAI PARA O GOOGLE D

Wordtracker ajuda a descobrir as palavras que vão atrair visitantes para seu site

e que adianta ter um restaurante bem cuidado se a vizinhança é pouco movimentada? O mesmo vale para um endereço na web. De nada vale criar um website bacana se os visitantes são raros. É aí que está a importância das palavras-chave. Elas são embutidas no código HTML para facilitar a vida dos mecanismos de busca e melhorar a posição do site nas páginas de resultado. Uma boa escolha de palavras-chave é fundamental para que o site seja facilmente encontrado. Um bom assistente para descobrir as palavras-chave eficientes é o Wordtracker (www.wordtracker. com), avaliado pelo INFOLAB. A partir de um termo fornecido pelo usuário, o serviço gera listas de palavras semelhantes, que podem ser refinadas até que se chegue às expressões ideais. Veja quais são os principais destaques desse serviço.

PALAVRAS-CHAVE O Wordtracker é vendido por meio de assinatura anual. O produto possui uma versão para teste, que funciona por duas horas e tem limitações. É possível obter mais horas de teste preenchendo novamente o cadastro do serviço. Em conjunto, as técnicas de Search Engine Optimization (SEO) podem melhorar consideravelmente a posição de sites em ferramentas de pesquisa. As palavras-chave também podem ser usadas em estratégias de Search Engine Marketing (SEM). Um link patrocinado em páginas de resultado do Google, por exemplo, pode gerar muitas visitas para um site. O serviço, no entanto, não faz tudo sozinho. Para que as palavras-chave sejam eficazes, o usuário deve ter algum conhecimento na área de funcionamento de ferramentas de busca.

QUEM BUSCA O QUÊ No segundo passo, o usuário escolhe uma das palavras relacionadas. O Wordtracker usa essa palavra para mostrar uma lista de buscas relacionadas, feitas nos serviços Dogpile e Metacrawler nos últimos três meses. Essas ferramentas, por sua vez, reúnem dados de mecanismos de busca como Google, Yahoo! e MSN. Cada termo é mostrado junto com o número de ocorrências no banco de dados do Wordtracker, que conta com mais de 330 milhões de palavras. Continuando o exemplo anterior, ao escolher “Bahia”, descobrimos que muitos usuários fazem buscas por “axé bahia”. O passo seguinte é escolher os resultados que mais se adaptam ao site e adicioná-los a um tipo de carrinho de compras.

QUE SITE É ESSE A interface do Wordtracker é baseada no modelo passoa-passo, com quatro etapas. Na primeira, o internauta informa as palavras que identificam seu site. A partir daí, o Wordtracker fornece uma lista de 300 palavras relacionadas ao termo buscado (15 palavras na versão de teste). A expressão “pousada em Salvador”, por exemplo, traz como relacionadas as palavras “Bahia”, “hotel” e “resort”.

OLHO NA CONCORRÊNCIA Na terceira etapa, o Wordtracker mostra os termos finais escolhidos pelo usuário. Finalmente, no quarto e último passo, as palavras são submetidas à ferramenta de busca Live Search, da Microsoft (na versão paga,

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podem-se escolher outros mecanismos, incluindo Google e Yahoo!), e classificadas de acordo com um índice de eficácia. Chamado de KEI (Keyword Effectiveness Index), esse algoritmo leva em conta, entre outros fatores, o número de sites que usam o termo selecionado, e, portanto, são concorrentes. As palavras com maior KEI são, em tese, mais eficazes pois são usadas por um número menor de concorrentes.

EFICÁCIA À PROVA De posse das palavras mais eficientes, o usuário deve incorporá-las à sua estratégia de SEO. Os procedimentos vão desde a simples inserção das palavras em cabeçalhos de página até a criação de conteúdo específico para uma palavra-chave popular. Ele pode, também, utilizar as palavras numa campanha feita por meio de links patrocinados em serviços como o AdWords. De todo modo, o Wordtracker deve ser visto apenas como um auxiliar para a determinação de palavras-chave. INFO testou o serviço com 12 expressões, seis em português e seis em inglês. Ficou claro que o desempenho do Wordtracker é melhor com o segundo idioma. Expressões como “nightclub in detroit” ou “pet shop in miami” geraram listas de termos apropriados. Já em buscas por “pizzaria em belo horizonte” e “loja de animais”, por exemplo, o Wordtracker mostrou resultados pouco relevantes, como “bolsa”, “info franchising” e “mattel”. Também foi constatada a presença de muitos termos em espanhol misturados aos resultados em português. Por esses motivos, o Wordtracker é mais útil para quem deseja atrair usuários que fazem buscas em inglês. Nessa categoria estão, por exemplo, donos de sites de pousadas e atrações turísticas em geral. Já administradores de sites focados em usuários brasileiros terão que garimpar um pouco mais no Wordtracker para obter palavras-chave adequadas. O serviço também deixa a desejar na área de recursos extras. Não há, por exemplo, funções para geração de meta tags com base nas palavras escolhidas ou ferramentas para análise de cabeçalhos de site.

Google lidera em links Os três gigantes da busca na internet repetem sua disputa na publicidade em links patrocinados. Com 64% do mercado, o Google lidera essa área. O AdWords é o caminho para quem quer anunciar nessa ferramenta de pesquisa. Já o Yahoo! Search Marketing ganhou novo fôlego com a implementação do sistema Panama, que fornece maior controle sobre os anúncios. Por fim, a Microsoft concorre com o AdCenter, que permite anunciar na ferramenta de busca Live e em outras propriedades da empresa.

WORDTRACKER FABRICANTE

Wordtracker

O QUE É

Serviço de escolha de palavras-chave para otimização de sites para busca

PRÓ

Banco de dados com mais de 300 milhões de palavras

CONTRA

Não é muito eficaz para sites em português

RECURSOS

7,5 Índice de eficácia facilita comparação entre palavras

INTERFACE

7,0 Palavras-chave são obtidas em quatro passos

COMPATIBILIDADE 6,0 B IDIOMAS B MECANISMOS DE BUSCA

O suporte ao português é apenas razoável É integrado às ferramentas Google, Live Search e Yahoo!

PREÇO (R$)(1)

563

ONDE ENCONTRAR www.wordtracker.com

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

7,0 6,6

(1) PREÇO DA ASSINATURA ANUAL, CONVERTIDO PELA TAXA DE 1,71 REAL POR DÓLAR. (2) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (50%), INTERFACE (25%) E COMPATIBILIDADE (25%).

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audiência I SEO

SUBA NAS PESQUISAS

Com os programas de SEO, dá para levantar seu site nas pesquisas online POR ERIC COSTA

P

ara muitos sites, a principal fonte de tráfego (e de renda) são os visitantes que vêm do Google e de outros mecanismos de pesquisa. Para isso, saber definir bem os elementos da página, em particular as palavras-chave, é essencial. É o que se chama de SEO, que significa otimização nos mecanismos de busca. Mas nem adianta usar truques sujos, como encher a página de termos, pois os sites de pesquisa detectam estas desonestidades. Outra tática, mais inteligente, é usar programas para verificar e analisar as páginas de seu site. Assim, dá para definir as palavras-chave que valem a pena e as que podem ser deletadas. Confira, a seguir, alguns dos melhores programas para ser o mestre do SEO. Para mais uma opção de programa de otimização de sites, leia O Wordtracker põe o site no Google na página 55.

WEB CEO FREE EDITION 7.7 O Web CEO é uma ferramenta prática para obter informações sobre um site e sua classificação nos mecanismos de pesquisa. Quase todas as suas funções funcionam em um sistema de passo a passo, com cada atividade definida em uma aba na janela do programa. Um destaque do software da Web CEO é o recurso que analisa um site e seus concorrentes. FREEWARE 26,5 MB EM INGLÊS www.info.abril.com.br/download/4929.shtml AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

SEO ADMINISTRATOR 4 Este software da FlamingoSoft traz um pacotão de utilitários para planejar as estratégias de posicionamento nos sites de pesquisa. Para começar, permite checar o ranking de um site em vários mecanismos de busca, como Google, Yahoo!, Altavista, entre outros. Além disso, conta com uma ferramenta para verificar de onde vêm os links para seu site. Também há um utilitário que sugere palavraschave relacionadas a um tópico principal e outro que mostra os trechos do conteúdo das páginas que aparecem nos sites de pesquisa. Por fim, é possível fazer uma análise de todo um site. SHAREWARE (70 DÓLARES)

13,4 MB

EM INGLÊS

www.info.abril.com.br/download/4930.shtml AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,6

CUSTO/BENEFÍCIO

7,2 CO LEÇÃO I N FO I 57

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TRELLIAN SEO TOOLKIT Na mesma linha do SEO Administrator, este programa da Trellian traz diversos utilitários para melhorar o posicionamento de um site nas buscas. A grande diferença está no fato de que o SEO Toolkit é mais voltado para webmasters, já que muitas de suas ferramentas exigem uma cópia local do site para análise. Ele inclui um software para análise de palavras-chave, além de programas para visualização de links para uma URL definida, rankings nos sites de pesquisa, entre outros. O SEO Toolkit também inclui o SubmitWolf, software que cadastra o site desejado em dezenas de mecanismos de busca. SHAREWARE (50 DÓLARES)

6,7 MB

EM INGLÊS

www.info.abril.com.br/download/4931.shtml AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,4

CUSTO/BENEFÍCIO

5,8

SEO FOR FIREFOX Esta extensão para o Firefox da SEO Book.com traz vários utilitários que ajudam a verificar o posicionamento de uma página. Para começar, modifica o resultado das buscas do Google, de forma que estas mostrem vários dados, como número de links para a página listada, ranking e citações na Wikipedia. Estes dados ficam em uma linha de texto a mais, abaixo de cada site resultante da busca. FREEWARE 300 KB EM INGLÊS www.info.abril.com.br/download/4932.shtml

GOOD KEYWORDS

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,4

CUSTO/BENEFÍCIO

Como o nome indica, o objetivo do Good Keywords, da Softnik Technologies, é ajudar a encontrar as melhores palavras-chave para utilizar no site, de forma a melhorar sua posição nos sites de busca. Para começar, é possível teclar uma palavra-chave principal, que defina o tópico do site, e obter sugestões de outras palavras, relacionadas e buscadas em conjunto constantemente. O programa também analisa uma página existente, mostrando as palavras mais repetidas, além de mostrar o ranking de vários sites, usando informações do Google e do site Alexa. FREEWARE 1,04 MB EM INGLÊS www.info.abril.com.br/download/4934.shtml AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,2

CUSTO/BENEFÍCIO

FREEMONITOR FOR GOOGLE Quer ficar de olho na posição de seu site no Google? O Freemonitor, da CleverStat, serve justamente para isso. Basta cadastrar uma lista de palavras-chave para que sejam mostrados os principais sites que usam esses termos. O programa é uma boa opção para verificar se os esforços de melhorar o posicionamento do site estão funcionando. Há opção no Freemonitor para privilegiar os resultados em um país escolhido, para minimizar o número de URLs avaliadas e evitar a comparação com os maiores sites americanos. FREEWARE 1,53 MB EM INGLÊS www.info.abril.com.br/download/4933.shtml AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,3

CUSTO/BENEFÍCIO

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audiência I análise

O GOOGLE FAZ O RAIO X V ocê tem alguma idéia do sistema operacional, browser, tipo de conexão e até resolução de tela que os visitantes do seu site usam? Pergunte ao Google Analytics. O serviço de medição de acessos do Google traz informações detalhadas sobre a audiência que passa pelas páginas. Ele funciona como um analisador de logs — monitora as atividades do servidor web e fornece as estatísticas correspondentes. O serviço é grátis e permite monitorar um número ilimitado de domínios com apenas uma conta de usuário. Há apenas uma limitação: o Google Analytics monitora um total de até 5 milhões de page views mensais. Para passar disso, é necessário ter uma conta no AdWords com pelo menos uma campanha em curso. A implementação do Google Analytics é simples. Basta copiar o script fornecido pelo Google ao final do processo de inscrição e colá-lo nas páginas do site. Esse processo tem a vantagem de não exigir a instalação de nenhum componente no servidor.

O serviço Google Analytics traz estatísticas detalhadas sobre a audiência do site POR ANDRÉ CARDOZO

GOOGLE ANALYTICS FABRICANTE

Google

O QUE É

Serviço de medição de acessos

PRÓ

Dispensa instalação no servidor

CONTRA

É lento em algumas situações

RECURSOS

8,5 Excelente na quantidade e na profundidade das estatísticas

INTERFACE

8,0 Gráficos facilitam a interpretação dos dados

DESEMPENHO

ESTATÍSTICAS O nível de detalhe das estatísticas do Google Analytics impressiona. Na área de localização geográfica dos usuários, por exemplo, é possível partir do nível de continentes, o mais amplo, e chegar até o nível de cidades, o mais detalhado. Há ainda informações sobre origem do tráfego (direto, ferramentas de busca ou links de outros sites), palavras que mais geraram tráfego para o site e percentual de novas visitas, entre outras informações. Todas as estatísticas são atualizadas com atraso de poucas horas. Isso facilita bastante o acompanhamento dos acessos, já que estatísticas de um dia estão disponíveis no dia seguinte.

6,5 Certas operações causam lentidão

PREÇO (R$)

Grátis

ONDE ENCONTRAR www.google. com/analytics

AVALIAÇÃO TÉCNICA(1) CUSTO/BENEFÍCIO

8,1

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (50%), INTERFACE (40%) E DESEMPENHO (10%)

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INTERFACE A interface do Google Analytics caracteriza-se pelo visual rico em gráficos e pelo intenso uso de Ajax. A página de entrada do serviço mostra blocos com os dados mais comuns, como número de visitantes e sistemas operacionais usados. Cada um desses blocos pode ser arrastado para uma posição diferente ou até mesmo eliminado. Assim, o webmaster pode fazer uma página personalizada com as estatísticas que considera mais relevantes. Na área de gráficos, o serviço usa linhas do tempo para mostrar a evolução diária dos acessos e gráficos pizza para informações como tipo de browser e sistema operacional. É uma abordagem mais interessante que a de “tabelão” com colunas e linhas adotada por programas de monitoramento menos sofisticados. A nova interface do Google Analytics só tem uma desvantagem: é mais pesada. Nos testes do INFOLAB, a navegação foi lenta em alguns momentos.

PUBLICIDADE Uma ferramenta interessante do Google Analytics é a integração com o AdWords. Por meio desse recurso, é possível acompanhar com maior precisão o retorno de campanhas publicitárias feitas com o sistema de links patrocinados do Google. Para a integração, o usuário deve ativar a opção do Google Analytics no gerenciador de campanhas do AdWords.

EXPORTAÇÃO O Google Analytics traz duas opções para exportação dos dados. A opção de PDF é útil quando se quer uma versão impressa das estatísticas. Já a exportação em XML facilita a integração dos dados do Google Analytics com outras aplicações. Algumas informações podem ser exportadas também nos formatos CSV e TSV.

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dinheiro I anúncios

CLIQUE VIRA $ NO ADSENSE Serviço de distribuição de anúncios do Google faz o dinheiro pingar no caixa POR LUCIA REGGIANI

G

anhar dinheiro na internet pode ser bem mais fácil do que parece. O AdSense (www.google.com/adsense), serviço de distribuição de anúncios do Google, dá o toque de Midas, transformando em dinheiro os cliques dos visitantes. Que o diga Esther Rocha, diretora de conteúdo de O Fuxico, site de celebridades que multiplicou sua rentabilidade por dez nos quatro primeiros meses de adoção do serviço (depois disso, o valor se estabilizou e permanece nesse patamar, segundo ela). E também Paulo Fernando Silvestre, aposentado que viu seu modesto site de informações sobre o Lions Clube amealhar 30 dólares em três meses. Isso mesmo. Os ganhos com o AdSense não têm nada de estratosférico — pingam em centavos de dólar. Mas em sites com bom tráfego, como os 7 milhões de visitas mensais de O Fuxico, os dinheirinhos viram um dinheirão. Veja, a seguir, como foi o comportamento do serviço no teste do INFOLAB.

CONFIGURAÇÃO A página inicial do AdSense segue o padrão Google, simples e intuitivo, com reforço de segurança do protocolo HTTPS. Dali, um clique leva ao formulário de inscrição, que pede a URL e o idioma do site, definição da conta (individual ou pessoa jurídica), país, nome e endereço do beneficiário do pagamento. Uma vez inscrito o site, login e senha bastam para entrar no serviço. A tela de entrada do AdSense traz três guias — Relatórios, Configuração do AdSense e Minha Conta —, pelas quais se resolve quase tudo. Pela guia Configuração, dão-se os ajustes da área de exibição dos anúncios. Sob o link Produtos, podese escolher AdSense Para Conteúdo, AdSense Para Pesquisa e Referências. O primeiro exibe anúncios relacionados ao conteúdo da página. O segundo mostra anúncios em páginas de resultado de buscas feitas no Google, mas dentro do site do usuário. O terceiro são indicações de serviços e produtos, como o próprio AdSense. Ao escolher AdSense para conteúdo, o usuário passa para outra página em que habilita o Bloco de Anúncio e seleciona o tipo (texto puro, gráfico e uma mistura dos dois), o formato (horizontal, vertical e quadrado) e o tamanho (em centímetros). Na página seguinte, o código do anúncio está pronto. É clicar na caixa que abriga o código para selecionálo e, em seguida, copiar e colar no site, usando o editor de HTML. No teste do INFOLAB, o processo não apresentou nenhuma dificuldade. Os anúncios começam a ser mostrados em até três dias, ainda desconectados do contexto. Em uma semana, o índice de acerto é alto, mas não chega a 100%.

ADSENSE FABRICANTE

Google

O QUE É

Serviço online de exibição de anúncios

PRÓ

Indexa o conteúdo da página automaticamente

CONTRA

Opções de design limitadas

RECURSOS

7,7 Gerador de código, filtro de concorrentes, personalização

GERENCIAMENTO

7,5 Fornece relatórios detalhados dos ganhos

FACILIDADE DE USO 8,5 Em português, com tutoriais e assistentes PREÇO (R$)

Gratuito

ONDE ENCONTRAR

www.google.com/adsense

AVALIAÇÃO TÉCNICA(1) CUSTO/BENEFÍCIO

7,9

V

(1) MÉDIA PONDERADA CONSIDERANDO OS SEGUINTES ITENS E RESPECTIVOS PESOS: RECURSOS (35%), GERENCIAMENTO (35%) E FACILIDADE DE USO (30%)

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GERENCIAMENTO

COMO O ADSENSE FUNCIONA

PERSONALIZAÇÃO Dá para trocar as cores das fontes, do fundo e das bordas do anúncio

FILTROS O sistema permite bloquear certos anúncios, como os de concorrentes

RELATÓRIOS Exibem os ganhos detalhados por período e por tipo de anúncio

CONFIGURAÇÃO Cada tipo de produto tem seus ajustes acompanhados de assistente

A eficiência na contextualização dos anúncios reside nos algoritmos de busca do Google. O conteúdo da página é indexado pelo buscador de acordo com seus critérios de relevância e expresso em palavraschave. Quando a página é acessada, o servidor do AdSense exibe o anúncio que o buscador considerou relevante para aquela URL. Por conta da indexação automática, o mesmo código pode ser colado em páginas do mesmo site, mas com conteúdos diferentes, que os anúncios serão sempre — ou quase sempre — relacionados. Os anúncios exibidos vêm da base do Google AdWords (leia Anúncio é no AdWords) e podem ser personalizados. O usuário define: o posicionamento na página; o formato mais adequado ao seu layout, bordas e fontes; e as cores de borda, fundo e fonte. Mas o melhor recurso é o filtro de concorrentes, o qual permite bloquear anunciantes que disputem o mesmo mercado. Pela guia Relatórios, consultam-se o número de cliques dados nos anúncios e os ganhos por períodos diversos. Nas páginas de conteúdo, o AdSense contabiliza o custo por clique (CPC) no anúncio ou o custo por mil impressões (CPM). Entenda-se como impressão a exibição do anúncio — quando o visitante vê, o anunciante paga. Nas páginas de resultados de busca são exibidos apenas anúncios que geram cliques. Os pagamentos são feitos 30 dias depois do final do mês em que os ganhos atingirem 100 dólares, por transferência bancária. O serviço mantém disponíveis tutoriais de utilização, lista de perguntas freqüentes, regulamentos e fórum de discussão para a troca de informações entre usuários.

ANÚNCIO É NO ADWORDS

VEM AÍ O YPN, DO YAHOO! O Yahoo! possui um serviço de exibição de anúncios similar ao AdSense. É o YPN — Yahoo! Publisher Network (publisher. yahoo.com), ainda restrito ao mercado americano e sem data prevista de chegada ao Brasil, segundo Marcelo Miranda, diretor de negócios. Por enquanto, o Yahoo! Brasil exibe seus anúncios locais em portais parceiros, mediante seleção e acordos, mas aceita propostas para avaliar.

FAZER ANÚNCIOS NO GOOGLE É TÃO FÁCIL QUANTO EXIBI-LOS. O CAMINHO É O ADWORDS (WWW.ADWORDS.COM.BR). É SÓ SE INSCREVER, DEFINIR PAÍS E URL, ESCREVER O ANÚNCIO, CADASTRAR PALAVRASCHAVE (MENOS DE 20, PARA OBTER UM BOM RESULTADO) E QUANTO QUER GASTAR (O VALOR MÍNIMO É DE 50 REAIS POR MÊS). COMO NO ADSENSE, O USUÁRIO MONITORA ONLINE QUANTAS VEZES O ANÚNCIO FOI EXIBIDO, QUANTOS CLIQUES RECEBEU E O SALDO DA CONTA.

DICAS Em cada página, o serviço oferece dicas, esclarecimentos e/ou sugestões

PAGAMENTOS O usuário acompanha online a programação e o histórico dos pagamentos

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Adwords: central de anúncios do Google

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GERENCIAMENTO

COMO O ADSENSE FUNCIONA

PERSONALIZAÇÃO Dá para trocar as cores das fontes, do fundo e das bordas do anúncio

FILTROS O sistema permite bloquear certos anúncios, como os de concorrentes

RELATÓRIOS Exibem os ganhos detalhados por período e por tipo de anúncio

CONFIGURAÇÃO Cada tipo de produto tem seus ajustes acompanhados de assistente

A eficiência na contextualização dos anúncios reside nos algoritmos de busca do Google. O conteúdo da página é indexado pelo buscador de acordo com seus critérios de relevância e expresso em palavraschave. Quando a página é acessada, o servidor do AdSense exibe o anúncio que o buscador considerou relevante para aquela URL. Por conta da indexação automática, o mesmo código pode ser colado em páginas do mesmo site, mas com conteúdos diferentes, que os anúncios serão sempre — ou quase sempre — relacionados. Os anúncios exibidos vêm da base do Google AdWords (leia Anúncio é no AdWords) e podem ser personalizados. O usuário define: o posicionamento na página; o formato mais adequado ao seu layout, bordas e fontes; e as cores de borda, fundo e fonte. Mas o melhor recurso é o filtro de concorrentes, o qual permite bloquear anunciantes que disputem o mesmo mercado. Pela guia Relatórios, consultam-se o número de cliques dados nos anúncios e os ganhos por períodos diversos. Nas páginas de conteúdo, o AdSense contabiliza o custo por clique (CPC) no anúncio ou o custo por mil impressões (CPM). Entenda-se como impressão a exibição do anúncio — quando o visitante vê, o anunciante paga. Nas páginas de resultados de busca são exibidos apenas anúncios que geram cliques. Os pagamentos são feitos 30 dias depois do final do mês em que os ganhos atingirem 100 dólares, por transferência bancária. O serviço mantém disponíveis tutoriais de utilização, lista de perguntas freqüentes, regulamentos e fórum de discussão para a troca de informações entre usuários.

ANÚNCIO É NO ADWORDS

VEM AÍ O YPN, DO YAHOO! O Yahoo! possui um serviço de exibição de anúncios similar ao AdSense. É o YPN — Yahoo! Publisher Network (publisher. yahoo.com), ainda restrito ao mercado americano e sem data prevista de chegada ao Brasil, segundo Marcelo Miranda, diretor de negócios. Por enquanto, o Yahoo! Brasil exibe seus anúncios locais em portais parceiros, mediante seleção e acordos, mas aceita propostas para avaliar.

FAZER ANÚNCIOS NO GOOGLE É TÃO FÁCIL QUANTO EXIBI-LOS. O CAMINHO É O ADWORDS (WWW.ADWORDS.COM.BR). É SÓ SE INSCREVER, DEFINIR PAÍS E URL, ESCREVER O ANÚNCIO, CADASTRAR PALAVRASCHAVE (MENOS DE 20, PARA OBTER UM BOM RESULTADO) E QUANTO QUER GASTAR (O VALOR MÍNIMO É DE 50 REAIS POR MÊS). COMO NO ADSENSE, O USUÁRIO MONITORA ONLINE QUANTAS VEZES O ANÚNCIO FOI EXIBIDO, QUANTOS CLIQUES RECEBEU E O SALDO DA CONTA.

DICAS Em cada página, o serviço oferece dicas, esclarecimentos e/ou sugestões

PAGAMENTOS O usuário acompanha online a programação e o histórico dos pagamentos

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Adwords: central de anúncios do Google

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carreira I flash

TI NA PUBLICIDADE A web 2.0 abre espaço para o trabalho de programadores dentro das agências POR FRANÇOISE TERZIAN

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aurício Furtado Massaia não é formado em publicidade, mas poderia trabalhar em qualquer agência de propaganda ou de mídia interativa. Aos 22 anos, ele tem um perfil cobiçado no momento por essas empresas: é um programador Flash experiente, com portfólio regado a projetos para grandes empresas. Há poucos meses, Massaia deixou a badalada agência DM9 e começou a trabalhar na Hello, Interactive. É a nova agência do grupo ABC (ex-Ypy), holding que reúne outros grandes nomes da publicidade como Africa, Loducca e MPM — e que tem entre seus sócios o publicitário Nizan Guanaes. “Aqui terei a chance de trabalhar com projetos ainda mais inovadores”, diz Massaia. Com o boom das ações de marketing na web 2.0, as agências têm demandado cada vez mais programadores para fazer sites, banners e anúncios, principalmente em Flash. Em geral, o que se espera do candidato é que seja alguém com boa noção da linguagem ActionScript, adepto de constante atualização e que goste de inovar. “Como não há profissionais de Flash suficientes no mercado, as pessoas estão muito confortáveis em seus respectivos empregos”, afirma Alexandre Santos, diretor de tecnologia e projetos da Hello, Interactive. O resultado são melhores oportunidades de salário. Com isso, um programador em Flash pode ganhar até 7 000 reais por mês. Um iniciante, por sua vez, começa com 1 500 mil reais. O mercado anda aquecido também para os programadores web especializados em JSP, ASP e ASP.NET, com faixa salarial em torno dos 3 000 reais.

LIGADO NOS FÓRUNS Esse tipo de demanda tem rendido muito trabalho para Renato Antônio Martinez, de 22 anos. Webdesigner com experiência na produção de sites em HTML, PHP, ASP e Flash, ele foi contratado pela agência JourneyCom. Desenvolve sites e banners

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Massaia: experiência em Flash e perfil cobiçado pelas agências de propaganda

interativos em Flash. Sua dica para ficar sempre atualizado é participar de fóruns web. Apesar da procura crescente por profissionais desse tipo, nem todas as agências de propaganda estão abertas à contratação. Muitas terceirizam as tarefas mais técnicas com as chamadas agências digitais, de mídia interativa e de marketing online, como a AgênciaClick, a TV1 e a Mídia Digital.

INTERFACES RICAS O mercado publicitário também procura engenheiros de software, cujo salário médio fica entre 4 000 e 5 000 reais. Para fazer plataformas diferentes conversarem entre si, o profissional disputado é o que conhece integração. “Ele precisa ser um pesquisador antenado e ter interesse pelas interfaces ricas”, afirma João Cabral, diretor de tecnologia da AgênciaClick.

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carreira I django

DJANGO DÁ DINHEIRO?

O mercado já valoriza os profissionais que dominam essa ferramenta POR CIBELE GANDOLPHO

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s conhecimentos sobre Django deram uma força importante para Allan Douglas de Oliveira, 23 anos, conseguir seu emprego atual na Poli Júnior, da Escola Politécnica da USP, em São Paulo. Marinho Brandão, 26 anos, de Goiânia, praticamente dobrou sua renda — que saltou de 1 850 para 3 500 reais em novembro — com os trabalhos extras de desenvolvimento que pôde fazer usando o Django. Esses são só dois exemplos da diferença que a ferramenta começa a fazer na carreira — e no bolso — dos desenvolvedores que a adotaram . “O Django já vem dando um diferencial ao currículo”, afirma Allan Oliveira. Na Poli Júnior, coordena uma equipe de oito desenvolvedores que ele mesmo treinou em Django. “É muito grande o interesse das empresas por profissionais que trabalham com Django”, confirma Marinho Brandão. Ele conheceu a ferramenta em 2005 e até criou uma comunidade no Google,

Oliveira: no comando de oito profissionais que desenvolvem em Django

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chamada Django Brasil — http://groups.google.com/group/ django-brasil. “A principal vantagem da ferramenta é a agilidade, que torna viáveis projetos que antes ficavam engavetados”, diz. Brandão usa o Django nos trabalhos extras — e que ajudam a engordar sua renda. Em 2008, ele planeja trocar o emprego fixo por um escritório próprio.

RÁPIDO NO DESENVOLVIMENTO José Pereira, 25 anos, também conseguiu um emprego novo no início deste ano, depois que se especializou em Django. Antes, ele trabalhava como desenvolvedor iniciante numa empresa de Recife, Pernambuco. “Hoje, ganho três vezes mais”, conta. Já Andrews Medina, 22 anos, que mora em Rondonópolis, no Mato Grosso, dobrou sua renda mensal — de 1 200 para 2 400 reais — desde que aderiu ao Django. “Agora faço em uma semana o que antes levava um mês”, diz Medina. Essa agilidade é uma mão na roda para quem trabalha como free lancer. É o caso de Guilherme Mesquita Gondim, 22 anos, de Formiga, Minas Gerais. Administrador de sistemas GNU/Linux, ele queria uma receita extra, mas tinha pouco tempo para desenvolver projetos como free lancer. “Com o Django, consegui a agilidade e a flexibilidade de que precisava”, afirma. Christiano Anderson, 28 anos, de São Paulo, também encontrou no Django uma opção para desenvolvimento rápido. Há dois anos ele foi chamado para um desafio: ajudar a criar, no menor tempo possível, um site de busca de imóveis. Foi Anderson quem apresentou as vantagens do Django à equipe de desenvolvimento. “A implementação de novas funcionalidades é rápida e o reaproveitamento de código é muito grande”, diz. Resultado: a empresa teve o site no prazo que queria e ele ganhou um emprego novo. Hoje, Anderson só trabalha na plataforma Django.

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novos negócios I ambientes 3D

WEB EM TRÊS DIMENSÕES Q

Objetos tridimensionais estão no radar das empresas POR MAURÍCIO GREGO uando uma companhia de aviação vai comprar um A380, o maior avião comercial de passageiros do mundo, pode entrar num site reservado aos clientes da Airbus e percorrer uma aeronave virtual. Nela, dá para visualizar diferentes configurações de assentos e opções de decoração. Esse configurador online foi criado pela empresa alemã Bitmanagement com base na tecnologia X3D, um dos padrões emergentes para a modelagem de objetos tridimensionais. A Airbus também usa 3D em seu site público, onde é possível ver o A380 (events.airbus.com/A380/anim3d_ high.html). Ela é apenas uma das muitas organizações que vêm empregando ambientes 3D na web. O movimento é forte na Europa, e ainda incipiente no Brasil, onde estão surgindo oportunidades para prestadores de serviços. Um estudo do Gartner Group prevê que, em 2011, 80% dos internautas e as principais companhias terão representações virtuais tridimensionais na internet. É verdade que a web 3D não é, ainda, uma realidade. Há grupos desenvolvendo padrões de interoperabilidade em 3D. Esses padrões serão fundamentais para que diferentes mundos virtuais no estilo do Second Life possam se interligar. Enquanto um avatar não puder passar de um ambiente a outro, não há uma web — só sites isolados. Ainda assim, existem oportunidades que podem

ser aproveitadas já, como a criação de imagens 3D para imobiliárias, construtoras, lojas online e fabricantes de automóveis. Um dos grupos mais adiantados na definição de padrões 3D é o Web3D Consortium (www.web3d. org). Seu padrão X3D tem uma versão preliminar em fase de aprovação pela International Standards Organization (ISO). Empresas como a Bitmanagement trabalham com essa versão prévia. O empreendedor que vai prestar serviços nessa área terá melhores chances se contar com uma equipe multidisciplinar. Assim, poderá abordar tanto os aspectos técnicos dos projetos, como marketing e comunicação visual. Parcerias com agências de publicidade também são um caminho para chegar aos clientes.

AMBIENTE 3D O QUE É:

criação de gráficos 3E para a web

INVESTIMENTO MÍNIMO:

240 mil reais

EQUIPE INICIAL:

3 pessoas

RETORNO PREVISTO:

3 anos

RISCO:

baixo Airbus: visão tridimensional da cabine do avião A380

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novos negócios I otimização de sites

UM LUGAR DE DESTAQUE A Sempo estima que os gastos das empresas americanas com marketing em serviços de busca na web cresceram 62% em 2006, chegando a 9,6 bilhões de dólares. A previsão é que esse número passe de 18 bilhões em 2011. Como aproveitar essa onda? Alguns portais e grandes corporações contam com especialistas em marketing de buscas na própria equipe. Mas muitas companhias preferem contratar prestadores de serviços quando querem melhorar o marketing online. Há duas atividades distintas nessa área. A primeira envolve encontrar a melhor maneira de usar links patrocinados e anúncios vinculados a buscas para publicidade. A segunda, conhecida como Search Engine Optimization (SEO), é o melhoramento de um site na web para que seja mais facilmente encontrado pelos mecanismos de busca. Várias empresas já prestam serviços desse tipo no Brasil, mas o crescimento do mercado cria espaço para novos concorrentes. O primeiro requisito para atuar na área é a qualificação dos profissionais. A empresa deve ter pessoas com conhecimento das tecnologias usadas na web e dos esquemas de anúncios online, como Google Adwords, Yahoo! Search Marketing e

Aumenta a procura por serviços de otimização de sites para buscas POR MAURÍCIO GREGO

Microsoft Advertising. Para obter treinamento em SEO, o melhor caminho são os cursos oferecidos por organizações no exterior, como a Sempo (www. sempo.org). Também é bom obter as certificações de especialista em publicidade online do Google (https:// adwords.google.com/select/professionalwelcome) e do Yahoo! (http://searchmarketing.yahoo.com/af/amb_c.php). Para começar a prestar serviços, não é preciso ter muita estrutura. Em princípio, basta um único especialista com um notebook para fazer otimização de sites. Mas a empresa vai se sair melhor se tiver também especialistas em marketing. Também pode ser interessante associar-se a desenvolvedores de sites e a especialistas em usabilidade. Assim, será possível oferecer um cardápio de serviços mais completo ao cliente. MARKETING DE BUSCAS O QUE É:

serviço que combina otimização de sites para buscas e consultoria em publicidade online

INVESTIMENTO MÍNIMO:

40 mil reais

EQUIPE INICIAL:

1 pessoa

RETORNO PREVISTO:

1 ano

RISCO:

médio

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novos negócios I RIA

WEB 2.0 NO BROWSER Os RIAs são a onda atual do desenvolvimento para a internet POR MAURÍCIO GREGO

O

sucesso de serviços online como o Google Textos e Planilhas, o ThinkFree Office e as versões mais recentes dos principais webmails e sites de mapas têm criado um interesse crescente pelas chamadas Rich Internet Applications, ou RIAs. Um estudo feito no final de 2006 pela Forrester Research nos Estados Unidos mostrou que apenas 26% das empresas usavam RIAs em seus sites. Mas 7% estavam trabalhando nesse tipo de aplicativo e outras 43% pretendiam iniciar o desenvolvimento num prazo de 12 meses. A conclusão da Forrester é que a velocidade de adoção das RIAs está se acelerando. O mesmo estudo mostra que o uso dessas tecnologias tende a aumentar as vendas de produtos em certas lojas online, como de passagens aéreas e de PCs configuráveis pelo usuário. Assim, a implantação de tecnologias de

RIA num site de comércio eletrônico pode trazer um retorno mensurável para a empresa. Ao transferir parte do processamento para o micro, em vez de deixar tudo no servidor como fazem os aplicativos da web 1.0, as RIAs obtêm vários benefícios. O site fica mais ágil e passa a oferecer formas de interação que não são possíveis em HTML simples, como botões deslizantes e atalhos de teclado. Criar um serviço web 2.0 no nível dos do Google seria um empreendimento audacioso, arriscado e capaz de trazer grandes ganhos em caso de sucesso. Se você não pretende correr tanto risco assim, o caminho é desenvolver RIAs sob encomenda para empresas, seja para uso na web ou em intranets. As ferramentas mais conhecidas para a criação de RIAs são frameworks para Ajax e os produtos Flex e Flash, da Adobe. Mais recentemente, o Silverlight, da Microsoft, vem sendo adotado por desenvolvedores. Assim, para prestar serviços nessa área o primeiro requisito é dominar a ferramenta escolhida e as tecnologias de desenvolvimento para a web em geral. É interessante contar com uma equipe que inclua pelo menos um designer e um programador. Além deles, a presença de alguém com conhecimentos de marketing deve facilitar o entendimento com o cliente e aumentar as chances de bons resultados.

APLICAÇÕES RIA O QUE É:

desenvolvimento de aplicativos para sites

INVESTIMENTO MÍNIMO:

165 mil reais

EQUIPE INICIAL:

3 pessoas

RETORNO PREVISTO:

2 anos

RISCO:

médio

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novos negócios I usabilidade

SITES MAIS AMIGÁVEIS Q uantas vezes você já entrou num site e teve dificuldade para encontrar alguma informação absolutamente básica, como o telefone de contato da empresa? Falhas de usabilidade como essa são comuns, tanto na web como nos aplicativos que rodam nos computadores. Num estudo clássico sobre o tema, a pesquisadora americana Claire Karat demonstrou que cada dólar investido em usabilidade pode trazer um retorno entre 3 e 100 dólares. Essa regra tem sido comprovada em numerosos casos práticos e é o principal argumento de vendas de consultores especializados no tema. Em TI, as oportunidades incluem prestar serviços a sites e a desenvolvedores de aplicativos. Existem várias empresas atuando dessa forma, mas sobra espaço para mais gente. “O momento é ótimo. As pessoas estão deixando de ver a usabilidade como algo pitoresco”, diz Amyris Fernandez, coordenadora dos cursos de usabilidade do iGroup. Um pré-requisito para atuar como consultor nessa área é ter boa familiaridade com as tecnologias de desenvolvimento de aplicativos e sites. Assim, será mais fácil sugerir alterações no produto para melhorá-lo. Também será preciso obter treinamento específico. A PUC-RJ (www.cce.puc-rio. br/artes/espergodesign.htm) e a UFRGS (www.inf.ufrgs.br/ esp/cursos/curso2.php) são duas das instituições que oferecem cursos de pós-graduação em usabilidade no Brasil. Além disso, há empresas, como o iGroup, que realizam seminários e cursos rápidos sobre esse tema, alguns via web.

USABILIDADE O QUE É:

consultoria em usabilidade para sites e desenvolvedores de aplicativos

INVESTIMENTO MÍNIMO:

45 mil reais

EQUIPE INICIAL:

1 pessoa

RETORNO PREVISTO:

1 ano

RISCO:

médio

Cresce a preocupação das empresas com a usabilidade de sites e programas POR MAURÍCIO GREGO

Um profissional capacitado precisa apenas de um notebook para começar a prestar consultoria. Com essa estrutura, é possível fazer a chamada avaliação heurística. Nela, o especialista verifica uma série de itens e determina o nível de usabilidade do aplicativo ou site. Depois, monta um relatório apontando os problemas e as soluções recomendadas. Um serviço mais completo exige um ambiente para testes, do tipo conhecido como sala de focus group. Nela, usuários vão utilizar o aplicativo ou site que está em estudo, seguindo um roteiro. Seus movimentos serão observados e filmados para análise. Como essa sala só é usada durante períodos curtos, é mais barato alugá-la de empresas que realizam pesquisas de mercado.

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novos negócios I avaliação de marcas

LIGADO NAS COMUNIDADES Que tal monitorar a reputação de marcas e produtos na web? POR MAURÍCIO GREGO

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ma pesquisa feita na Europa no final de 2006 mostrou que cerca de um terço dos internautas já desistiu de comprar algum produto depois de ler opiniões negativas em blogs. Esse estudo, das empresas Hotwire e Ipsos Mori, aponta, ainda, que a influência dos blogs é maior entre consumidores de alto poder aquisitivo. Dados como esses têm colaborado para que as empresas percebam a importância de monitorar o que se diz sobre elas em blogs e comunidades online. Como poucas companhias dispõem de pessoal próprio para fazer esse tipo de acompanhamento, há oportunidades para a prestação de serviços no mercado. Uma empresa especializada deve rastrear o que as pessoas dizem sobre a marca ou o produto do cliente na web, montar relatórios estatísticos e recomendar caminhos para melhorar a reputação online. Em algumas situações, o serviço de monitoração pode alertar a empresa cliente sobre possíveis crises. Isso permite agir para evitar que a situação se agrave. No Brasil, uma das companhias que aderiram a esse tipo de técnica é a rede O Boticário. Trabalhar nessa área exige uma equipe multidisciplinar. A tecnologia é basicamente uma ferramenta para atingir objetivos de marketing e relações públicas. Assim, especialistas em comunicação corporativa devem estar presentes no time, como também profissionais com sólidos conhecimentos de data mining e estatística. Os relatórios devem ser colocados numa extranet, de modo que o cliente possa ter acesso remoto a eles. Com essa base, os serviços podem incluir desde estatísticas gerais do mercado até estudos personalizados sobre uma marca ou produto.

Comunidades: espaço de críticas e sugestões

MONITORAMENTO DE MARCAS O QUE É:

acompanhamento da opinião sobre marcas e produtos em blogs e comunidades online

INVESTIMENTO MÍNIMO:

40 mil reais

EQUIPE INICIAL:

1 pessoa

RETORNO PREVISTO:

1 ano

RISCO:

alto

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empresas I aplicativos online

ESCRITÓRIO TÁ NA WEB? Google Docs, Aprex e companhia entram para o dia-a-dia do trabalho POR CIBELE GANDOLPHO

A

s constantes visitas a clientes e fóruns impossibilitavam o advogado Renato Lacerda Gonçalvez, sócio da ZLG Advogados, de gerenciar de forma eficaz seus e-mails, arquivos e agenda. A web 2.0 e as ferramentas de escritório online estão mudando esse cenário. “Hoje, posso ficar mais tempo na rua sem ter de voltar correndo para o escritório”, diz. Quando Gonçalves começou a usar a versão gratuita do serviço brasileiro Aprex, há um ano e meio, a ferramenta substituiu o Outlook. Os contatos e a agenda passaram a ser acessados pela web, e Gonçalves acabou migrando para a versão paga. “Vejo tudo de qualquer lugar. Os funcionários também se adaptaram bem”, afirma. O caso de Gonçalvez mostra como a chegada dos escritórios online, com Aprex, Google Docs e Zoho entre seus representantes, abre um novo leque de possibilidades para profissionais autônomos e empresas, principalmente nas pequenas e médias. Com opções pagas ou gratuitas, os novos serviços dão acesso a recursos como processador de texto, planilha, apresentação, agenda, calendário e disco virtual, onde quer que o funcionário esteja. Silenciosamente, também vão substituindo o uso de clássicos como o pacote Office, que ainda não dá sinais de cair na web.

A GRIFE DO GOOGLE De fato, uma das grandes sacadas dos escritórios online está em combinar duas das mais fortes características do trabalho no século 21: a colaboração e o trabalho remoto. Nem sempre a iniciativa de usar ferramentas de compartilhamento parte das equipes de TI. Tanto nas pequenas empresas

© FOTO LUIS USHIROBIRA

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Faculdade Impacta: alunos testam o Aprex compartilhando arquivos, agenda e tirando dúvidas

como em departamentos das grandes, muitas vezes são os funcionários que dão a largada. É uma planilha aqui, um documento ali. Nesse cenário, quem vem brilhando nas telas é o Google Docs, que tem um modelo de uso gratuito. Embora a ferramenta ainda perca pontos pela instabilidade — não é raro ver apresentações, planilhas e textos congelando no monitor —, o uso vai crescendo rapidamente, inclusive no Brasil. É o caso do diretor da consultoria financeira Prime, Luis Alcade Dias, que aderiu ao Google Docs para salvar online planilhas eletrônicas de finanças,

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apresentações e documentos sobre a rentabilidade de fundos de investimento. Dias passa a maior parte do seu tempo na rua, atendendo clientes. “Não preciso mais ficar carregando um bolo de papel. Abro as planilhas no Google Docs e faço as consultas com dados atualizados”, afirma. “Os documentos e contratos ficam todos arquivados no Google”, diz. Com clientes em diversas cidades do país, Flávio Ferreira Segura, proprietário da fabricante de instrumentos musicais para iniciação infantil Maná, precisava encontrar uma solução barata para emitir a listagem de preços dos produtos para os distribuidores. “Todos os meses tínhamos de atualizar as listas de preços e enviá-las para empresas espalhadas pelo Brasil, mas há quase um ano adotamos as planilhas do Google Docs. Agora, os distribuidores podem acessá-las sempre que precisarem”, diz. Na corretora de seguros Porto Belo, o uso do Google Docs já é até mais intenso do que o do Word. “Todos os modelos de relatórios mensais que os corretores precisam preencher estão no escritório online. Nas visitas ou viagens para fechar contratos, eles simplesmente entram no sistema com uma senha e login”, diz o sócio James Piracelli. Segundo ele, a seguradora ganhou agilidade na emissão de relatórios e na atualização das apresentações.

ESCRITÓRIO NA FACULDADE Até as salas de aula começam a se render aos escritórios online. Um exemplo é a Faculdade Impacta de Tecnologia, que aderiu ao Aprex em julho de 2007, sob a supervisão do professor José Luiz Moraes de Souza. Na primeira fase do trabalho, foi formado um grupo de 40 alunos de graduação e três de pós-graduação para testar a ferramenta e identificar suas possibilidades no

meio educacional. Eles compartilhavam arquivos, tiravam dúvidas das tarefas, comentavam no blog, checavam calendários e descreviam as atividades do grupo, tudo remotamente. “No primeiro momento, procuramos descobrir se os escritórios online eram aplicáveis. Vimos que são. Agora pretendemos analisar a capilaridade dessas aplicações. Queremos saber quanto um médico, um advogado, um professor consegue se aproveitar de um escritório virtual”, afirma Souza. Segundo ele, essa etapa do trabalho, que termina em julho, envolve 80 alunos. Ao longo da avaliação, a Impacta tem feito uma série de sugestões à Aprex, entre elas a inclusão de um link para o Google Docs que já foi implementada. No meio do ano, o grupo entregará um relatório de avaliação. Com recursos de calendário, contatos, tarefas, bloco de notas, blog, enquete e disco virtual, o brasileiro Aprex tem hoje mais de 50 mil cadastrados, entre o serviço pago e o gratuito (as ferramentas são praticamente as mesmas a grande diferença está no número de usuários disponíveis e no espaço no disco virtual). “Agora, estamos estudando a integração com ferramentas de comunicação entre grupos de trabalho, como VoIP, conferência e mensagens instantâneas”, diz Edson Romão, diretor comercial do Aprex e um dos criadores do hpG. Marcelo Passos, gerente de projetos da desenvolvedora de software da nota fiscal eletrônica Softeam, usa o Aprex pago desde janeiro de 2007. “Acomodamos os aplicativos no disco virtual. Além de economizarmos com CDs, ganhamos agilidade nos processos”, diz. “Quando instalamos os aplicativos de nota fiscal em um novo cliente, o funcionário da Softeam só entra no sistema pela internet e baixa os programas. Não precisa levar nada”, afirma.

PELO CELULAR A nova onda dos escritórios online está na telinha dos smartphones e celulares. Desde junho de 2006, o Aprex, a primeira suíte da web 2.0 brasileira, tem uma versão talhada para esse formato. O Google Docs estreou nos celulares em novembro do ano passado. Mas ainda está longe de alcançar a produtividade dada por aplicativos genuinamente móveis, como o Documents to Go.

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empresas I imóveis

Quiroga: vendas online cresceram 10 vezes

A NOVA OBRA DA CYRELA

Como Germán Quiroga tirou da planta as vendas de imóveis pela Internet POR CIBELE GANDOLPHO

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anteiro de obras, cimento, areia? Nada disso passava pela cabeça do engenheiro eletrônico Germán Quiroga, filho de um engenheiro civil, até o dia em que ele pôs os pés na Cyrela. Convidado para criar o projeto de vendas de imóveis online da construtora, ele tinha o desafio de alavancar os números do site. Na bagagem, trazia a experiência do CIO que colocou no ar a Americanas.com. Quando chegou à Cyrela, as vendas online representavam cerca de 20 milhões de reais — menos de 1% do faturamento da empresa. Hoje, um ano e meio depois, o número saltou para mais de 200 milhões de reais. Veja, a seguir, o que o CIO contou à INFO.

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INFO O que muda na venda de um imóvel pela internet? QUIROGA Atendemos ao cliente de forma diferente. Se ele está comprando pela internet é porque não quer ser importunado, espera respostas rápidas e objetivas. A abordagem normal é o vendedor apresentar toda a papelada do projeto para o cliente. Na internet, ele só quer saber se tem piscina ou não, se é de ladrilho ou de vinil. Não tem tempo para isso. Se tivesse, compraria o imóvel pessoalmente. No início, precisamos fazer muito treinamento de cultura digital.

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Que tipo de cliente compra virtualmente? É um perfil variado. Há brasileiros que moram fora e compram um imóvel para familiares. Tem gente que vai voltar ao Brasil e quer uma casa para quando chegar, além de investidores. Hoje, entre 4% e 5% da operação online vem do exterior. Como fica a questão do pagamento dos imóveis na internet? Por enquanto, funciona da forma tradicional, com depósito em conta, DOC etc. Mas já estamos trabalhando para implementar com segurança o pagamento da entrada do imóvel por meio de cartões de crédito. Com o comércio eletrônico, o que mudou no site da Cyrela? Ele precisou ser totalmente reformulado. Para suportar tantas mudanças, mexemos também na infra-estrutura para que se tornasse mais ágil, principalmente em relação ao pagamento. Imagine a seguinte situação: você está com o cliente online e ele quer saber se pode pagar assim ou assado. Eu não posso parar o processo e pedir um minutinho para consultar a área comercial. A equipe de vendas precisa de respostas na hora: dá ou não dá. E, para isso, o e-commerce precisava funcionar corretamente e com tecnologia de ponta. Que ferramentas estão por trás do site? Temos de tudo: CSS, JavaScript, Flash e ActionScript, ASP, NET e SQL Server. Há ferramentas que foram desenvolvidas internamente e outras que foram criadas por parceiros. Como você vê a web 3D? Acho que a web 3D é uma provável evolução da internet, por isso estamos investindo no aprendizado com o Second Life. Resolvemos criar a Cyrela Experience para entender como funciona, o que as empresas fazem e como podemos tirar proveito disso. Mas ainda não está totalmente definido para nós, apesar de ser um projeto importante, já que podemos ter a oportunidade de interagir mais efetivamente com os clientes. Nossa idéia é criar espaços com exposições de tendências em decoração, eventos e quem sabe até um cinema.

Governança, CRM e BI também estão entre seus projetos? Sim, acho que são decisões estratégicas. Como eu já tinha experiência anterior em pontocom, fiz com que essas gestões fossem adotadas o mais rápido possível para acompanhar o crescimento da construtora. De nada adianta você ter um site de vendas funcionando perfeitamente, mas não ter uma infra-estrutura para dar conta do recado. O que já está pronto? O BI está finalizado. Implementamos a solução nas áreas de incorporação, de terrenos e comercial no início de 2007. A segunda fase abordou informações mais corporativas, de acesso a parceiros que interferem no controle da Cyrela. Eles precisam acessar os dados de forma rápida e trabalhamos nesse sentido. Também expandimos o software de CRM do atendimento para a área comercial. E o ERP? Compramos a solução da SAP, mapeamos e estamos implementando. Nossa previsão para conclusão é o segundo semestre. A mobilidade entrou para o dia-a-dia dos vendedores? Começamos a adotar aplicativos móveis para as equipes de vendas e gerentes. Eles usam smartphones para checar as informações de efetivação de venda quando estão fora do escritório. Como a equipe de TI da Cyrela trabalha? Somos 28 funcionários fixos que atendem as demandas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os corretores online das duas cidades acessam as mesmas informações que os que trabalham fisicamente nos diversos pontos. Quais serão seus próximos projetos para a TI da Cyrela? Eu perturbo bastante o pessoal aqui para inovar sempre. De efetivo, já temos bastante trabalho pela frente, apesar de ter várias coisas na cabeça. Acredito que a TI está reescrevendo o futuro da Cyrela, e a direção entendeu bem isso.

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opinião I escritório online

TODOS CONTRA O OFFICE! Para o CEO da ThinkFree, no futuro próximo os programas tradicionais deixarão de existir POR JULIANO BARRETO TJ KANG, DA THINKFREE: dúvida entre a publicidade e a mensalidade

Os serviços online conseguirão substituir o software tradicional? Sim, podemos fazer isso num futuro próximo. Mas ainda é preciso melhorar muito, adicionar funções e aumentar a velocidade do acesso dos usuários às informações. As planilhas online terão macros e outras funções avançadas? Dar suporte ao VBScript só faz sentido para a Microsoft. Vamos adicionar várias funcionalidades para tornar os serviços online que oferecemos mais completos, mas nossa prioridade sempre serão os padrões abertos.

A

s planilhas eletrônicas e os editores de textos online são só o começo da investida dos serviços web contra o software tradicional. É o que disse o coreano TJ Kang, CEO da ThinkFree, em entrevista à INFO. INFO O maior rival do ThinkFree é o GoogleDocs ou o pacote Office?

TJ KANG Trabalhamos em parceria com o Google em várias áreas, como a definição de padrões para os serviços e a publicidade. Acredito que todos os serviços online estão juntos no esforço de ensinar as pessoas a trocar o software tradicional por serviços web.

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Qual modelo de negócios é melhor: publicidade no conteúdo ou cobrança de mensalidades? Ainda estamos descobrindo a resposta para essa pergunta. Fizemos experiências com os dois modelos. A propaganda atrelada ao conteúdo dos documentos, num esquema como o do Gmail, assustou um pouco os usuários e levantou questões sobre privacidade. Por outro lado, a cobrança de mensalidade faz sentido para diferenciar usuários casuais dos clientes que têm necessidades específicas. O que podemos esperar dos serviços Thinkfree neste ano? No primeiro trimestre, vamos anunciar versões pagas dos serviços online. Com mensalidades entre 4 e 7 dólares, haverá mais espaço para armazenar dados e funções avançadas como edição de arquivos offline.

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opinião I busca

NÃO CREIO NA WEB SEMÂNTICA Para Lervik, da Fast, não é possível organizar tudo com uma estrutura fixa baseada em palavras POR JULIANO BARRETO

O

que o site da IBM, a loja virtual de ingressos da Disney e o portal Globo.com têm em comum? Todos usam soluções de busca da mesma empresa, a Fast Search & Transfer. Em visita ao Brasil, o norueguês John Markus Lervik, CEO e um dos fundadores da Fast, conversou com a INFO sobre o amadurecimento e as próximas novidades no ramo dos mecanismos de pesquisa. Confira. INFO Com o conceito de web semântica será possível organizar todo o conteúdo disponível na internet?

LERVIK, DA FAST: as buscas precisam conectar pessoas

LERVIK A web semântica nunca vai acontecer. Não existe uma maneira de organizar tudo com uma estrutura fixa baseada nas palavras. Cada idioma tem seu contexto e seus significados. As pessoas podem classificar um termo de diversas formas e isso nunca vai mudar. As tags não resolvem esse problema? Não. Ao classificar a foto de um carro, por exemplo, uma pessoa que não entende nada de automóveis e um aficionado vão descrever a imagem de maneiras completamente diferentes. Dessa forma, a busca simples por tags fica irrelevante. Como é possível obter resultados mais relevantes então? Um bom exemplo é o serviço de TV a cabo da ComCast nos Estados Unidos, em que o sistema de busca é acessado por meio do set-top box e há um mecanismo que recomenda atrações de acordo com as preferências dos atuais assinantes. A missão da busca não é apenas levar informações às pessoas. É também conectar gente e aproximálas de seus interesses. Outro exemplo são as redes sociais, em que, depois de fazer o login, o sistema

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analisa suas características e indica outros amigos que tenham os mesmos interesses. Quando os serviços de busca em aparelhos celular vão decolar? Falta infra-estrutura. Muita gente ainda não tem PC com internet, mas já comprou um celular que acessa a web. Ao mesmo tempo, sabemos que a velocidade de conexão ainda é muito baixa. Por isso, o contexto é o que mais importa. É preciso ter modelos diferentes para sites que serão vistos no PC ou acessados via celular. Não estou falando apenas de fazer sites mais leves, creio que portais para dispositivos móveis devem se enquadrar no contexto do usuário, dizendo, por exemplo, quais resultados interessam mais para a pessoa quando ela está em um determinado bairro ou na rua.

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segurança I malware

AS AMEAÇAS DA WEB 2.0 A interatividade abre brechas para ataques de programas maliciosos ultra-sofisticados POR CARLOS MACHADO

N

inguém tem dúvida sobre as oportunidades trazidas pela web 2.0. A interatividade — que transforma o internauta em colaborador ativo dos sites e serviços — torna a internet muito mais rica e interessante. Fenômenos como a Wikipedia e o YouTube estão aí para provar isso. Mas, como tudo na vida, a web 2.0 não traz somente boas notícias. Especialistas em segurança alertam: as mesmas portas que se abrem para facilitar a participação do usuário também multiplicam as brechas de segurança.

MAIS PORTAS ABERTAS “A web era uma casa com uma porta e uma janela. A web 2.0 é a mesma casa, com várias portas e várias janelas e é preciso trancar todas”, diz Marcelo Lombardo, diretor de tecnologia da NewAge Software, especialista em desenvolvimento de soluções para gestão de empresas. Do ponto de vista técnico, explica Lombardo, as aplicações online passaram a atuar em duas frentes. Na web tradicional, as ações eram executadas no servidor. Agora, parte delas ocorre no browser do usuário. Uma conseqüência disso é que, para as empresas de segurança, fica mais difícil identificar as ameaças da internet. Anos atrás, os problemas

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Hotmail: 514 mil contas abertas por spammers

chegavam na forma de executáveis embutidos em mensagens de e-mails. “Agora, o ataque pode ser montado dinamicamente, sem que exista um só executável”, diz Marcelo Bezerra, gerente de soluções para a América Latina da ISS, empresa de segurança da IBM. Segundo Bezerra, os scripts permitem que as ameaças sejam montadas como aplicações de várias partes, sendo que algumas delas, por si sós, não apresentam nada

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perigoso. Por isso podem passar despercebidas por firewalls e outros dispositivos de detecção. “De repente, a ameaça aparece já pronta na máquina do usuário: foi montada no meio do caminho”, explica Bezerra.

MALWARE 2.0 Não há nenhum mistério. Nesse caso, as ameaças são também aplicações web 2.0. Exemplo disso é o cavalo-de-tróia Spammer.HotLan.A, descrito pela BitDefender, fabricante de antivírus. O HotLan cria contas falsas de webmail em grande escala para com elas enviar spam. Para isso, burla uma das defesas dos sites de webmail, os chamados captcha systems. Trata-se daqueles recursos que apresentam letras e números numa pequena imagem. O usuário deve lê-los e digitá-los num campo. O objetivo dessa proteção é evitar que o preenchimento seja feito por dispositivos automáticos. O HotLan ludibria esses controles. Segundo a BitDefender, até agosto de 2007 foram criadas 514 mil contas no serviço Hotmail e 49 mil no Gmail.

PERNAS MÚLTIPLAS Mas a abertura de contas é apenas uma das pernas do HotLan. Sua base de atuação são computadores invadidos. Cada cópia ativa do cavalode-tróia tenta criar um endereço de webmail. A imagem de controle do sistema captcha é enviada a um servidor controlado pelos spammers. Ali, ela é submetida a um OCR para identificar os caracteres, que por fim são aplicados no campo de digitação do site de webmail. Portanto, aparecem mais duas pernas: os micros invadidos e o servidor. Criada a conta, e-mails de spam criptografados são enviados às máquinas sob controle dos spammers. O HotLan decifra as mensagens e as envia a uma lista de endereços, esta armazenada em outros sites (mais pernas). Um detalhe: conforme a BitDefender, o invasor é discreto: não há sintomas da presença dele na máquina, a não ser um aumento da atividade de internet. Paulo Vendramini, gerente de engenharia de sistemas da Symantec, cita o caso de um cavalode-tróia que chega via phishing e rouba informações bancárias. A ameaça, minúscula (cerca de 3 KB), faz o download de outro cavalo-de-tróia, que

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5 DICAS PARA VOCÊ SE PROTEGER 1. JANELA ÚNICA Ao usar uma aplicação web com informações sensíveis, não abra outra janela do browser. Se, na segunda janela, você entra num site que tem um JavaScript malicioso, esse código pode ler informações ativas na primeira janela.

2. FAÇA LOGOUT Ao encerrar uma aplicação na web, use o botão Sair, Logout ou equivalente. Se você simplesmente clica no botão de fechar a janela do browser, a sessão pode ficar aberta e acessível a scripts mal-intencionados.

3. CUIDADO COM A INTERATIVIDADE Fique de antena ligada ao visitar sites como blogs, nos quais os usuários podem adicionar conteúdo. Junto com o texto e as imagens, também podem ir comandos HTML nocivos.

4. SOFTWARE EM DIA Além de usar um produto antivírus, mantenha-o atualizado. A obrigatoriedade de atualização também vale para o sistema operacional e os aplicativos.

5. FIQUE ESPERTO Nenhum banco ou fabricante de qualquer produto vai lhe enviar e-mail pedindo senha. Se isso acontecer, desconfie.

não é detectado pelo firewall. Só depois disso é que o invasor é montado e passa a monitorar o usuário. Quando este vai a um site de banco, o cavalo-de-tróia intercepta a solicitação e apresenta um pedido de recadastramento da conta. Obtidos os dados, o malware continua lá, sem perturbar o funcionamento da máquina. Ele só entra em ação outra vez se a vítima apontar o browser para o site de um banco diferente do primeiro.

ITALIAN JOB Exemplos de sofisticada engenharia de software voltada para o crime começam a se multiplicar. Outro caso relativamente recente foi o da ameaça Italian Job, que infectou dezenas de milhares de computadores na Itália, nos Estados Unidos e na Espanha. Nesse caso, o malware infecta websites normais. Segundo Hernán Armbruster, diretor de marketing da Trend Micro, quando um browser visita esses sites, um cavalo-de-tróia é baixado para a máquina do usuário. Esse invasor, por sua vez, faz o download de outros programas, que deixam o PC à mercê de ladrões de senhas. O Italian Job explora vulnerabilidades no Internet Explorer, no Firefox, no Opera e até no JavaScript e no Winzip. Ele reúne uma série de ferramentas de intrusão e as dispara conforme as vulnerabilidades encontradas em cada máquina.

DESCONFIÔMETRO Os especialistas concordam: tanto as empresas de segurança como os usuários de computador precisam mudar de postura diante da nova realidade criada pela web 2.0. Ricardo Bachert, presidente da Panda Software do Brasil, assim como todos os outros técnicos ouvidos por INFO, diz que as empresas já vêm desenvolvendo formas de bloquear ameaças desconhecidas baseadas em métodos que refletem o conhecimento humano. Os técnicos também acham que o usuário deve manter o desconfiômetro ligado (veja a coluna ao lado). Boa parte do sucesso do malware baseia-se em truques de engenharia social. Ricardo Bachert ilustra isso com um caso. Chega um e-mail que é o currículo de uma jovem pleiteando uma vaga administrativa. O texto é bem escrito e a moça, muito bonita. No final, um link: “Clique aqui para ver mais informações sobre mim”. Cuidado!

© ILUSTRAÇÃO STEFAN

Perigo no cookie! Você entra no Orkut, permanece algum tempo e depois fecha o browser. Se outra pessoa abrir o Orkut no mesmo PC, o browser pode exibir automaticamente o seu perfil. Isso ocorre porque o Orkut cria um cookie que se mantém ativo. Até há pouco, também era assim com o Gmail e o Yahoo! Mail. Para fechar a sessão em sites onde você faz login, veja a dica 2 no quadro da página ao lado. Sair, só pelo logout.

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perigoso. Por isso podem passar despercebidas por firewalls e outros dispositivos de detecção. “De repente, a ameaça aparece já pronta na máquina do usuário: foi montada no meio do caminho”, explica Bezerra.

MALWARE 2.0 Não há nenhum mistério. Nesse caso, as ameaças são também aplicações web 2.0. Exemplo disso é o cavalo-de-tróia Spammer.HotLan.A, descrito pela BitDefender, fabricante de antivírus. O HotLan cria contas falsas de webmail em grande escala para com elas enviar spam. Para isso, burla uma das defesas dos sites de webmail, os chamados captcha systems. Trata-se daqueles recursos que apresentam letras e números numa pequena imagem. O usuário deve lê-los e digitá-los num campo. O objetivo dessa proteção é evitar que o preenchimento seja feito por dispositivos automáticos. O HotLan ludibria esses controles. Segundo a BitDefender, até agosto de 2007 foram criadas 514 mil contas no serviço Hotmail e 49 mil no Gmail.

PERNAS MÚLTIPLAS Mas a abertura de contas é apenas uma das pernas do HotLan. Sua base de atuação são computadores invadidos. Cada cópia ativa do cavalode-tróia tenta criar um endereço de webmail. A imagem de controle do sistema captcha é enviada a um servidor controlado pelos spammers. Ali, ela é submetida a um OCR para identificar os caracteres, que por fim são aplicados no campo de digitação do site de webmail. Portanto, aparecem mais duas pernas: os micros invadidos e o servidor. Criada a conta, e-mails de spam criptografados são enviados às máquinas sob controle dos spammers. O HotLan decifra as mensagens e as envia a uma lista de endereços, esta armazenada em outros sites (mais pernas). Um detalhe: conforme a BitDefender, o invasor é discreto: não há sintomas da presença dele na máquina, a não ser um aumento da atividade de internet. Paulo Vendramini, gerente de engenharia de sistemas da Symantec, cita o caso de um cavalode-tróia que chega via phishing e rouba informações bancárias. A ameaça, minúscula (cerca de 3 KB), faz o download de outro cavalo-de-tróia, que

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5 DICAS PARA VOCÊ SE PROTEGER 1. JANELA ÚNICA Ao usar uma aplicação web com informações sensíveis, não abra outra janela do browser. Se, na segunda janela, você entra num site que tem um JavaScript malicioso, esse código pode ler informações ativas na primeira janela.

2. FAÇA LOGOUT Ao encerrar uma aplicação na web, use o botão Sair, Logout ou equivalente. Se você simplesmente clica no botão de fechar a janela do browser, a sessão pode ficar aberta e acessível a scripts mal-intencionados.

3. CUIDADO COM A INTERATIVIDADE Fique de antena ligada ao visitar sites como blogs, nos quais os usuários podem adicionar conteúdo. Junto com o texto e as imagens, também podem ir comandos HTML nocivos.

4. SOFTWARE EM DIA Além de usar um produto antivírus, mantenha-o atualizado. A obrigatoriedade de atualização também vale para o sistema operacional e os aplicativos.

5. FIQUE ESPERTO Nenhum banco ou fabricante de qualquer produto vai lhe enviar e-mail pedindo senha. Se isso acontecer, desconfie.

não é detectado pelo firewall. Só depois disso é que o invasor é montado e passa a monitorar o usuário. Quando este vai a um site de banco, o cavalo-de-tróia intercepta a solicitação e apresenta um pedido de recadastramento da conta. Obtidos os dados, o malware continua lá, sem perturbar o funcionamento da máquina. Ele só entra em ação outra vez se a vítima apontar o browser para o site de um banco diferente do primeiro.

ITALIAN JOB Exemplos de sofisticada engenharia de software voltada para o crime começam a se multiplicar. Outro caso relativamente recente foi o da ameaça Italian Job, que infectou dezenas de milhares de computadores na Itália, nos Estados Unidos e na Espanha. Nesse caso, o malware infecta websites normais. Segundo Hernán Armbruster, diretor de marketing da Trend Micro, quando um browser visita esses sites, um cavalo-de-tróia é baixado para a máquina do usuário. Esse invasor, por sua vez, faz o download de outros programas, que deixam o PC à mercê de ladrões de senhas. O Italian Job explora vulnerabilidades no Internet Explorer, no Firefox, no Opera e até no JavaScript e no Winzip. Ele reúne uma série de ferramentas de intrusão e as dispara conforme as vulnerabilidades encontradas em cada máquina.

DESCONFIÔMETRO Os especialistas concordam: tanto as empresas de segurança como os usuários de computador precisam mudar de postura diante da nova realidade criada pela web 2.0. Ricardo Bachert, presidente da Panda Software do Brasil, assim como todos os outros técnicos ouvidos por INFO, diz que as empresas já vêm desenvolvendo formas de bloquear ameaças desconhecidas baseadas em métodos que refletem o conhecimento humano. Os técnicos também acham que o usuário deve manter o desconfiômetro ligado (veja a coluna ao lado). Boa parte do sucesso do malware baseia-se em truques de engenharia social. Ricardo Bachert ilustra isso com um caso. Chega um e-mail que é o currículo de uma jovem pleiteando uma vaga administrativa. O texto é bem escrito e a moça, muito bonita. No final, um link: “Clique aqui para ver mais informações sobre mim”. Cuidado!

© ILUSTRAÇÃO STEFAN

Perigo no cookie! Você entra no Orkut, permanece algum tempo e depois fecha o browser. Se outra pessoa abrir o Orkut no mesmo PC, o browser pode exibir automaticamente o seu perfil. Isso ocorre porque o Orkut cria um cookie que se mantém ativo. Até há pouco, também era assim com o Gmail e o Yahoo! Mail. Para fechar a sessão em sites onde você faz login, veja a dica 2 no quadro da página ao lado. Sair, só pelo logout.

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glossário

A LÍNGUA DA INTERNET 2.0

Conheça as siglas e as tecnologias mais recentes para a criação de janelas e aplicativos web

A

F

ACTIONSCRIPT É a linguagem de scripts embutida no Adobe Flash para controlar aplicações, vídeos e animações. AJAX Sigla para Asynchronous JavaScript and XML. Conjunto de técnicas que combina várias tecnologias — XHTML, JavaScript, CSS, XML, XLST e DOM — para a criação de páginas web muito mais interativas.

FLASH Refere-se tanto à ferramenta de autoria da Adobe quanto às produções criadas com esse produto, que podem integrar vídeos, gráficos, sons e lógica de programação.

G

B

BXML Linguagem intermediária para desenvolvimento de interfaces para aplicações web. É formada por blocos denominados B-tags. O BXML inclui várias funções típicas de interface web, como suporte aos botões de avançar e voltar do browser, além de comunicação síncrona (para desenvolvimento em Ajax). A linguagem foi desenvolvida pela empresa Backbase.

C

CMS Content Management System, ou sistema de gerenciamento de conteúdo, aplicação dedicada à criação, administração e publicação de informações em intranets e sites na web. COOKSWING Pacote para a linguagem de programação Java que permite o uso de um arquivo XML para a definição da

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D

DHTML Dinamic HTML, termo que descreve páginas web com conteúdo dinâmico. Para criar essas páginas é preciso a combinação de tecnologias como linguagem de marcação (HTML), linguagem de script (JavaScript), linguagem de estilo (CSS) e modelos de objetos de documento (DOM). DOM Documento Object Model, modelo de objeto de documento definido pela W3C para acesso e manipulação de documentos XML.

interface, que é montada durante a execução do programa. Uma das vantagens da interface definida em XML é a possibilidade de traduzir o programa sem modificar as bibliotecas e os arquivos binários principais. CSS Iniciais de Cascading Style Sheets, ou, em português, folhas de estilo em cascata, conjunto de instruções de formação e estilo de páginas web em HTML, XHTML e XML. A principal vantagem do uso de CSS é separar o conteúdo das informações sobre formatação. CURL Linguagem de programação para desenvolvimento de RIA que combina linguagem de marcação, script e computação pesada.

© ILUSTRAÇÃO CELLUS

GLADEXML Formato usado pelo programa Glade Interface Designer, criado para a geração de interfaces para o gerenciador de desktops Gnome. Depois de definir visualmente a interface, o resultado é gravado no formato GladeXML, com o arquivo sendo carregado pela biblioteca libglade, que monta a interface.

K

KAXUL KDE Advanced XUL. Biblioteca para uso do XUL no gerenciador de desktops KDE, criado por George Staikos. Permite a criação de aplicativos lendo arquivos em formato XUL e gerando um resultado compatível com o Qt, o sistema de desenvolvimento de aplicativos usado no KDE.

L

LZX Linguagem de descrição de interfaces em XML usada na plataforma Open-

Laszlo, iniciativa de código aberto para construção de aplicativos web. As interfaces criadas com a linguagem LZX são geradas usando o OpenLaszlo Server, um servlet que compila o LZX para um executável na máquina virtual Java.

M

MXML Dialeto de XML usado para o desenvolvimento de interfaces em aplicações web na plataforma Flex, da Adobe. Como outras linguagens, o MXML oferece suporte a recursos típicos da web, como suporte aos botões do browser e gerenciamento de cookies e informações do usuário.

N

NUVEM DE TAGS Quadro que mostra tags mais usadas por usuários de um serviço web, atualizado dinamicamente.

O

OPENLASZLO Plataforma de desenvolvimento de RIA de código aberto formada pela linguagem de programação LZX e pelo servidor OpenLaszlo. OPENSEARCH Padrão de resultados de busca utilizado para facilitar troca de dados entre ferramentas de pesquisa.

R

RIA Sigla em inglês para Rich Internet Application ou aplicações ricas para a internet. As aplicações que se enquadram nessa categoria são baseadas na web, mas têm características e funções similares às de programas tradicionais, que são instalados e executados no computador.

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glossário

A LÍNGUA DA INTERNET 2.0

Conheça as siglas e as tecnologias mais recentes para a criação de janelas e aplicativos web

A

F

ACTIONSCRIPT É a linguagem de scripts embutida no Adobe Flash para controlar aplicações, vídeos e animações. AJAX Sigla para Asynchronous JavaScript and XML. Conjunto de técnicas que combina várias tecnologias — XHTML, JavaScript, CSS, XML, XLST e DOM — para a criação de páginas web muito mais interativas.

FLASH Refere-se tanto à ferramenta de autoria da Adobe quanto às produções criadas com esse produto, que podem integrar vídeos, gráficos, sons e lógica de programação.

G

B

BXML Linguagem intermediária para desenvolvimento de interfaces para aplicações web. É formada por blocos denominados B-tags. O BXML inclui várias funções típicas de interface web, como suporte aos botões de avançar e voltar do browser, além de comunicação síncrona (para desenvolvimento em Ajax). A linguagem foi desenvolvida pela empresa Backbase.

C

CMS Content Management System, ou sistema de gerenciamento de conteúdo, aplicação dedicada à criação, administração e publicação de informações em intranets e sites na web. COOKSWING Pacote para a linguagem de programação Java que permite o uso de um arquivo XML para a definição da

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DHTML Dinamic HTML, termo que descreve páginas web com conteúdo dinâmico. Para criar essas páginas é preciso a combinação de tecnologias como linguagem de marcação (HTML), linguagem de script (JavaScript), linguagem de estilo (CSS) e modelos de objetos de documento (DOM). DOM Documento Object Model, modelo de objeto de documento definido pela W3C para acesso e manipulação de documentos XML.

interface, que é montada durante a execução do programa. Uma das vantagens da interface definida em XML é a possibilidade de traduzir o programa sem modificar as bibliotecas e os arquivos binários principais. CSS Iniciais de Cascading Style Sheets, ou, em português, folhas de estilo em cascata, conjunto de instruções de formação e estilo de páginas web em HTML, XHTML e XML. A principal vantagem do uso de CSS é separar o conteúdo das informações sobre formatação. CURL Linguagem de programação para desenvolvimento de RIA que combina linguagem de marcação, script e computação pesada.

© ILUSTRAÇÃO CELLUS

GLADEXML Formato usado pelo programa Glade Interface Designer, criado para a geração de interfaces para o gerenciador de desktops Gnome. Depois de definir visualmente a interface, o resultado é gravado no formato GladeXML, com o arquivo sendo carregado pela biblioteca libglade, que monta a interface.

K

KAXUL KDE Advanced XUL. Biblioteca para uso do XUL no gerenciador de desktops KDE, criado por George Staikos. Permite a criação de aplicativos lendo arquivos em formato XUL e gerando um resultado compatível com o Qt, o sistema de desenvolvimento de aplicativos usado no KDE.

L

LZX Linguagem de descrição de interfaces em XML usada na plataforma Open-

Laszlo, iniciativa de código aberto para construção de aplicativos web. As interfaces criadas com a linguagem LZX são geradas usando o OpenLaszlo Server, um servlet que compila o LZX para um executável na máquina virtual Java.

M

MXML Dialeto de XML usado para o desenvolvimento de interfaces em aplicações web na plataforma Flex, da Adobe. Como outras linguagens, o MXML oferece suporte a recursos típicos da web, como suporte aos botões do browser e gerenciamento de cookies e informações do usuário.

N

NUVEM DE TAGS Quadro que mostra tags mais usadas por usuários de um serviço web, atualizado dinamicamente.

O

OPENLASZLO Plataforma de desenvolvimento de RIA de código aberto formada pela linguagem de programação LZX e pelo servidor OpenLaszlo. OPENSEARCH Padrão de resultados de busca utilizado para facilitar troca de dados entre ferramentas de pesquisa.

R

RIA Sigla em inglês para Rich Internet Application ou aplicações ricas para a internet. As aplicações que se enquadram nessa categoria são baseadas na web, mas têm características e funções similares às de programas tradicionais, que são instalados e executados no computador.

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S

SEM Iniciais de Search Engine Marketing. Recursos adotados para aumentar a visibilidade de sites em mecanismos de busca. É similar ao SEO, mas envolve também links patrocinados e outras formas de marketing nas buscas. SEO Search Engine Optimization, conjunto de estratégias aplicadas a websites para garantir que suas páginas apareçam no topo da lista de resultados nos mecanismos de busca para aumentar o afluxo de visitantes. SMIL Synchronized Multimedia Integration Language, linguagem de marcação baseada em XML para a descrição de apresentações multimídia. SVG Scalable Vector Graphics. Além de ser usado para a criação de desenhos vetoriais, o padrão SVG também gera interfaces simples, com regiões clicáveis, suporte ao teclado e muito mais. Há até jogos desenvolvidos em SVG, como o Tetris.

U

UIML Definição de interfaces que buscam a independência de linguagem e ambientes gráficos. A descrição dos elementos da interface visa não seu visual, mas o funcionamento, de forma que cada sistema ou linguagem traria um desenho diferente, mas com a mesma funcionalidade. Atualmente, há uma implementação de UIML para o sistema de interfaces Swing, da linguagem Java, denominada jUIML.

W

WASABIXML Trata-se do dialeto de XML usado na descrição das skins do popular tocador de áudio Winamp. O padrão é tão simples de ser usado que foi copiado por vários outros programas, que são com-

patíveis com as skins do Winamp, como o player de vídeo VLC Media Player e o próprio Windows Media Player, da Microsoft, pode importar as skins. WEB SEMÂNTICA Evolução da web na qual os conteúdos poderão ser lidos e interpretados por qualquer programa, garantindo a fácil localização, compartilhamento e integração de informações. WEBSPAM Conjunto de táticas usadas para iludir os motores de busca, elevando uma página no ranking de pesquisas

X

XAML Extensible Application Markup Language. Linguagem utilizada para diversas funções, incluindo definição de interface, nas plataformas .NET 3.0 e Windows Presentation Foundation, ambas da Microsoft. Os elementos da linguagem XAML podem relacionar-se diretamente com objetos da Common Language Runtime, que é a base para as linguagens .NET, facilitando o desenvolvimento da interface de forma distinta da programação. XUL XML User Interface Language. Dialeto de XML desenvolvido pela Mozilla e utilizado em seus aplicativos, em particular no browser Firefox. Sua principal vantagem é trazer uma coleção básica de elementos visuais, permitindo sua implementação fácil em sistemas operacionais e ambientes gráficos.

Z

ZUML Linguagem de definição de interface usada na plataforma ZK Framework. A idéia dessa plataforma é fornecer vários objetos prontos, deixando a criação da interface mais simples. A ZUML é parcialmente compatível com o XUL e usa vários objetos desenvolvidos neste dialeto de XML. Outro ponto forte do ZUML está em permitir o uso interno de código Java.

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