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EDIÇÃO 69 | R$ 14,95

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Testes Viramos do avesso 12 smartphones

+

iPhone 3GS

SMARTPHONES As melhores dicas, testes e programas para trabalhar e se divertir onde quer que você esteja Software

Truques

Xing ling

Os aplicativos que não podem faltar no seu dia a dia

Tire mais do equipamento que vai no seu bolso

Cópias chinesas cumprem o que prometem?

CELULARES | BATERIA | LTE x WIMAX capa_Dicas69-1.indd 3

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conteúdo

SMARTPHONES MERCADO

06

36

O fenômeno xing ling

38 APARELHOS

18 22 24 26 28 30 32 34

Qual é a do iPhone 3GS? Acelera, Samsung Jét! O N97 encara a concorrência? LG + Windows Mobile = GT810h Um BlackBerry mais descolado Com o DNA do Google Fininho e com QWERTY Sob medida para jovens

40 42 43 44

O A3100 merece uma chance? O N85 dá um baile no N95? Belo clone do iPhone O Storm faz o LCD brilhar Samsung? Parece Nokia Prefiro o celular

DICAS

48 54 56

iPhone desvendado Mande o blog para o fone Craque no smartphone

58 60

Câmeras mais espertas Mais tempo na ativa

PROGRAMAS

62 66 69 70 71

Incremente seu iPhone Músculos para o Android Mais aplicações no seu Palm Janelas também na telinha Seu Symbian em ação

ACESSÓRIOS

73

Aumente o volume

EMPRESAS

74

iPhone vira banco de bolso

INOVAÇÃO

76 78

O WiMAX não está sozinho Sem mouse, sem fio, sem tela

D I C AS I NFO I

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recado da redação

FALAR É SÓ O COMEÇO N

o metrô e no elevador, um monte de pessoas com fone de ouvido, curtindo música. No show, a plateia não para de fotografar. Na reunião, a atividade é teclar. Comum em todas essas situações é a presença do smartphone. Em vez de MP3 players, câmeras e computadores dedicados, muita gente usa o telefone móvel para funções de trabalho e lazer que vão muito além de simples conversação. O smartphone é um dos equipamentos mais cobiçados da atualidade justamente por essa versatilidade. Nem a crise econômica mundial conseguiu conter seu avanço. Enquanto o mercado mundial de telefones móveis como um todo encolheu 6,1% no segundo trimestre do ano, os smartphones ganharam terreno, com vendas 27% superiores a igual período do ano passado, segundo dados do Gartner. A Dicas INFO Smartphones é útil tanto para quem acha que chegou a hora de comprar um aparelho novo ou trocar o atual como para aqueles que só querem saber como tirar o máximo do equipamento que têm em mãos. Para os primeiros, trazemos testes completos de 13 smartphones para facilitar a escolha. Se não gostar do preço ou achar que não precisa de tudo o que esses dispositivos oferecem, confira os testes de oito modelos de celular. Para aqueles que já passaram a fase da escolha, reunimos dicas, truques e sugestões de programas que podem fazer o investimento no aparelho render muito mais.

MARIA ISABEL MOREIRA EDITORA DA DICAS INFO

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DICAS INFO Uma publicação mensal da Editora Abril Para contatar a redação: contateinfo@abril.com.br Para assinar a Dicas INFO: (11) 3347-2121 — Grande São Paulo 0800-701-2828 — Demais localidades abril.assinaturas@abril.com.br

NOTAS 10,0

IMPECÁVEL

9,0 a 9,9

ÓTIMO

8,0 a 8,9

MUITO BOM

7,0 a 7,9

BOM

6,0 a 6,9

MÉDIO

5,0 a 5,9

REGULAR

4,0 a 4,9

FRACO

3,0 a 3,9

MUITO FRACO

2,0 a 2,9

RUIM

1,0 a 1,9

BOMBA

0,0 a 0,9

LIXO

Veja os critérios de avaliação da INFO em detalhes na web em www.info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl. A lista das lojas onde os produtos testados podem ser encontrados está em www.info.abril.com.br/ arquivo/onde.shl.

© FOTO MARCELO KURA

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VICTOR CIVITA (1907-1990) Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal e José Roberto Guzzo Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretora de Mídia Digital: Fabiana Zanni Diretor de Planejamento e Controle: Auro Luís de Iasi Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor-Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretor de RH e Administração: Dimas Mietto Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Fundador:

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Roberto Civita Giancarlo Civita Vice-Presidentes: Arnaldo Tibyriçá, Douglas Duran, Marcio Ogliara e Sidnei Basile Presidente do Conselho de Administração: Presidente Executivo:

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mercado I eletrônicos

O FENÔMENO XING LING Do iPhone ao pen drive, e, a China copia tudo e domina a fabricação de gadgets no mundo POR JULIANO BARRETO

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© ILUSTRAÇÃO RUSS MILLS

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mercado I eletrônicos

O FENÔMENO XING LING Do iPhone ao pen drive, e, a China copia tudo e domina a fabricação de gadgets no mundo POR JULIANO BARRETO

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Segunda-feira, dez e quinze da noite. Enquanto espera um amigo, você saca a antena de TV do seu iPhone de 16 GB para ver o programa CQC. O amigo chega, mas você não precisa perder a piada no meio. É só acionar a função de gravação do smartphone e assistir depois. Ops, tem algo estranho nesse iPhone que grava vídeos e exibe TV aberta. Bemvindo à era do shanzhai. A cópia chinesa, o HiPhone, tem recursos que ainda são uma miragem no original da Apple — pela pechincha de 250 reais. A interface tosca, a tela multitoque xing ling e os 16 GB que na verdade são apenas 1 GB logo entregam a imitação. “Tudo na China é falsificado e essa duplicação de produtos não é apenas um incidente. É algo profundamente ligado à cultura do país.” Com esse argumento, um artigo produzido dentro da Universidade de Pequim pelo acadêmico Wang Hongzhe (no melhor estilo xing ling, ele assinou com o pseudônimo de Steven Zuckerberg, um professor americano), acirrou a discussão. Como o país que produz quase todo o hardware dos aparelhos mais badalados do mundo, entre eles o próprio iPhone, pode ser também o cérebro por trás do HiPhone e companhia ilimitada? A resposta é dada em chinês: shanzhai. O termo, que literalmente significa fortaleza na montanha, serve de grife para as precárias fabriquetas espalhadas pelo delta do rio das Pérolas, no sudeste da China. Elas produzem em grande escala todo tipo de produtos, quase sempre com preços baixíssimos e controle de qualidade nulo. O domínio da China na fabricação de eletrônicos, fake ou não, tem entre uma das suas origens os próprios investimentos públicos. O governo injeta mais de um trilhão de dólares por ano em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de telecomunicações, computação e eletrônicos, de acordo com relatório da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos (Ocde). Não é por acaso que as maiores marcas do mundo tenham concentrado suas fábricas na Ásia. E menos ainda que os produtos mais brilhantes dessas multinacionais tenham ganhado versões clonadas lá mesmo. Segundo o Gartner, modelos de marcas como HiPhone, Sumsung e Nckia respondem por quase 40% do mercado chinês. O país consome 183 milhões de aparelhos por ano e fabrica três quartos da produção mundial de celulares.

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Shenzhen: primeira Zona Econômica Especial da China virou a meca da fabricação de eletrônicos

Andam especulando que a Apple vai anunciar uma versão míni do iPhone? Pois a indústria do shanzhai já começa a produzir milhões de unidades de um aparelho com metade do tamanho (e o dobro de funções) do smartphone original. Em poucas semanas, esse equipamento é vendido em Manila, nas Filipinas; em Ciudad del Este, no Paraguai; e em Feira de Santana, na Bahia. Aqui ou na China, é grande a tentação de comprar um smartphone por menos de 300 reais, mesmo sabendo que ele pode parar de funcionar poucos dias depois. O mesmo raciocínio vale para navegadores GPS, MP3 players (ou 4, ou 5 ou... 10) e outros aparelhos que no quesito preço dificilmente encontram rivais à altura nos catálogos dos grandes fabricantes. Um dos exemplos mais gritantes são os MP10 xing ling que tomaram conta do comércio popular brasileiro. Até na Americanas.com, o

© FOTO AP PHOTO/STR

maior nome do e-commerce brasileiro, os players de marcas desconhecidas ocupam cativamente as posições dos produtos mais vendidos em categorias como MP4 e MP5.

DE SHENZHEN À FEIRAGUAI Os clones de iPhone e de MP3 players percorrem um longo caminho antes de chegar às barraquinhas de camelô brasileiras. Geralmente, a jornada começa nos corredores da Feira de Cantão, realizada na cidade de Guangzhou, no sul da China. O megaevento ocupa uma área de 1 milhão de metros quadrados, com 55 mil estandes de fabricantes que oferecem desde máquinas agrícolas até peças de vestuário e, claro, eletrônicos. “Pequenos fabricantes vendem kits personalizáveis de placas e carcaças plásticas para replicar qualquer aparelho. Eles dizem: ‘é só trazer o celular que nós copiamos’”, afirma Rafael Hu, sócio-diretor da Akasa, que for-

nece hardware para fabricantes como Positivo, Semp Toshiba e Itautec. Depois de receber a encomenda de um lote de réplicas do HiPhone, por exemplo, os negociantes de Cantão correm para Shenzhen, a verdadeira meca da fabricação de eletrônicos. Espécie de Zona Franca de Manaus, a cidade tem a fama de abrigar as melhores e as piores fábricas de eletrônicos do mundo. A vocação surgiu ainda nos anos 80, quando o governo de Deng Xiaoping transformou a região na primeira Zona Econômica Especial do país. A fascinação pelas cópias é tanta que Shenzhen tem até um parque temático com reproduções toscas de 130 pontos turísticos internacionais — com direito a um Cristo Redentor em cima de um Corcovado xing ling. É desse pitoresco cenário que saem todos os produtos de grandes marcas que levam o selo made in China, dos mais bizarros aos que têm componentes de qualidade, como o iPhone original ou o Xbox 360, da Microsoft.

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Segunda-feira, dez e quinze da noite. Enquanto espera um amigo, você saca a antena de TV do seu iPhone de 16 GB para ver o programa CQC. O amigo chega, mas você não precisa perder a piada no meio. É só acionar a função de gravação do smartphone e assistir depois. Ops, tem algo estranho nesse iPhone que grava vídeos e exibe TV aberta. Bemvindo à era do shanzhai. A cópia chinesa, o HiPhone, tem recursos que ainda são uma miragem no original da Apple — pela pechincha de 250 reais. A interface tosca, a tela multitoque xing ling e os 16 GB que na verdade são apenas 1 GB logo entregam a imitação. “Tudo na China é falsificado e essa duplicação de produtos não é apenas um incidente. É algo profundamente ligado à cultura do país.” Com esse argumento, um artigo produzido dentro da Universidade de Pequim pelo acadêmico Wang Hongzhe (no melhor estilo xing ling, ele assinou com o pseudônimo de Steven Zuckerberg, um professor americano), acirrou a discussão. Como o país que produz quase todo o hardware dos aparelhos mais badalados do mundo, entre eles o próprio iPhone, pode ser também o cérebro por trás do HiPhone e companhia ilimitada? A resposta é dada em chinês: shanzhai. O termo, que literalmente significa fortaleza na montanha, serve de grife para as precárias fabriquetas espalhadas pelo delta do rio das Pérolas, no sudeste da China. Elas produzem em grande escala todo tipo de produtos, quase sempre com preços baixíssimos e controle de qualidade nulo. O domínio da China na fabricação de eletrônicos, fake ou não, tem entre uma das suas origens os próprios investimentos públicos. O governo injeta mais de um trilhão de dólares por ano em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de telecomunicações, computação e eletrônicos, de acordo com relatório da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos (Ocde). Não é por acaso que as maiores marcas do mundo tenham concentrado suas fábricas na Ásia. E menos ainda que os produtos mais brilhantes dessas multinacionais tenham ganhado versões clonadas lá mesmo. Segundo o Gartner, modelos de marcas como HiPhone, Sumsung e Nckia respondem por quase 40% do mercado chinês. O país consome 183 milhões de aparelhos por ano e fabrica três quartos da produção mundial de celulares.

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Shenzhen: primeira Zona Econômica Especial da China virou a meca da fabricação de eletrônicos

Andam especulando que a Apple vai anunciar uma versão míni do iPhone? Pois a indústria do shanzhai já começa a produzir milhões de unidades de um aparelho com metade do tamanho (e o dobro de funções) do smartphone original. Em poucas semanas, esse equipamento é vendido em Manila, nas Filipinas; em Ciudad del Este, no Paraguai; e em Feira de Santana, na Bahia. Aqui ou na China, é grande a tentação de comprar um smartphone por menos de 300 reais, mesmo sabendo que ele pode parar de funcionar poucos dias depois. O mesmo raciocínio vale para navegadores GPS, MP3 players (ou 4, ou 5 ou... 10) e outros aparelhos que no quesito preço dificilmente encontram rivais à altura nos catálogos dos grandes fabricantes. Um dos exemplos mais gritantes são os MP10 xing ling que tomaram conta do comércio popular brasileiro. Até na Americanas.com, o

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maior nome do e-commerce brasileiro, os players de marcas desconhecidas ocupam cativamente as posições dos produtos mais vendidos em categorias como MP4 e MP5.

DE SHENZHEN À FEIRAGUAI Os clones de iPhone e de MP3 players percorrem um longo caminho antes de chegar às barraquinhas de camelô brasileiras. Geralmente, a jornada começa nos corredores da Feira de Cantão, realizada na cidade de Guangzhou, no sul da China. O megaevento ocupa uma área de 1 milhão de metros quadrados, com 55 mil estandes de fabricantes que oferecem desde máquinas agrícolas até peças de vestuário e, claro, eletrônicos. “Pequenos fabricantes vendem kits personalizáveis de placas e carcaças plásticas para replicar qualquer aparelho. Eles dizem: ‘é só trazer o celular que nós copiamos’”, afirma Rafael Hu, sócio-diretor da Akasa, que for-

nece hardware para fabricantes como Positivo, Semp Toshiba e Itautec. Depois de receber a encomenda de um lote de réplicas do HiPhone, por exemplo, os negociantes de Cantão correm para Shenzhen, a verdadeira meca da fabricação de eletrônicos. Espécie de Zona Franca de Manaus, a cidade tem a fama de abrigar as melhores e as piores fábricas de eletrônicos do mundo. A vocação surgiu ainda nos anos 80, quando o governo de Deng Xiaoping transformou a região na primeira Zona Econômica Especial do país. A fascinação pelas cópias é tanta que Shenzhen tem até um parque temático com reproduções toscas de 130 pontos turísticos internacionais — com direito a um Cristo Redentor em cima de um Corcovado xing ling. É desse pitoresco cenário que saem todos os produtos de grandes marcas que levam o selo made in China, dos mais bizarros aos que têm componentes de qualidade, como o iPhone original ou o Xbox 360, da Microsoft.

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Qual é a do HiPhone? O INFOLAB testou três versões shanzhai do iPhone, vendidas em camelôs de São Paulo. Veja os resultados:

1 HiPhone Mais popular versão shanzhai do smartphone da Apple, o aparelho usa o molde do primeiro iPhone e traz como aditivos uma antena para a sintonia de TV analógica e a possibilidade de instalar aplicativos em Java. O modelo conta com touch screen, acelerômetro, dual-SIM, bateria removível e entrada para cartão de memória. O acabamento deixa a desejar, com botões que afundam após pouco uso. A interface, cheia de labirintos, em nada lembra a do iPhone. Preço: 250 reais Preço do iPhone de 16 GB: 1 849 reais1

39,7% dos celulares vendidos na China em 2008 foram de marcas alternativas, o que representa 91 milhões de aparelhos Durante a abertura capitalista, nos anos 80, o governo chinês forçou as cidades a se especializar em setores produtivos específicos por meio de incentivos fiscais. Shenzhen, pela excelente estrutura portuária, logo ficou com a área dos eletrônicos, cujo foco na exportação é prioritário. Virou uma cidade onde é possível fabricar gadgets em qualquer prazo e com qualquer qualidade e quantidade. “Na China, tudo se resolve respondendo quanto você quer pagar na fabricação do produto. Quanto maior o investimento, mais as réplicas serão parecidas com a peça original”, afirma Jean-Pierre Cecillon, diretor de vendas da Kingston no Brasil e no Cone Sul.

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2 HiPhone Nano Mais esguio e elegante, a segunda encarnação do iPhone xing ling chama atenção quando sua antena é arrancada para servir como stylus. Ele é vendido com tampa branca ou preta, sempre com o logo da Apple. Você liga o aparelho e logo aparece a mensagem: Good Luck. E você vai precisar mesmo. O aparelho, os fones e o carregador são bastante frágeis. A boa surpresa ficou por conta do fôlego da bateria. Nos testes do INFOLAB ela aguentou 10 horas e 52 minutos de conversação — contra apenas 4 horas e 45 minutos no iPhone de verdade. Preço: 250 reais Preço do original: ele ainda não existe

3 HiPhone Mini Com cara de brinquedo, o minúsculo aparelho é um vigoroso exercício de criatividade dos chineses. Para fazer ligações, é preciso usar o headset e ter precisão e paciência para operar uma tela quase insensível ao toque. O aparelho não sintoniza TV, mas serve como webcam e mídia de armazenamento. Preço: 250 reais Preço do original: ele ainda não existe (1) PREÇO DO PLANO INFINITY 120, DA TIM

© FOTOS MARCELO KURA

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Pegadinha na tampa: modelo promete 16 GB,, p mas, na verdade, só tem um MicroSD de 1 GB

Antena e stylus: a antena do HiPhone Nano se desencaixa e revela uma ponta que serve para operar o touch screen

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Nem a Apple tem: os rumores de uma versão menor do iPhone foram materializados pelos chineses, no HiPhone Mini

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Recorde de duração: nos testes do INFOLAB a bateria do celular chinês durou mais que o dobro que a do iPhone

Dois chips: padrão nos celulares xing ling, o dual-SIM funciona com chips de todas as operadoras

Dois não é demais: apesar de ser minúsculo e precisar de um headset para fazer ligações, o Mini tem dual-SIM

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QUANTO VALE CADA MP? Os smartphones chineses são chamados no Brasil de MP10, mas não têm nada a ver com a nomenclatura do MPEG-1 Audio Layer 3, o famoso MP3. Abaixo, uma relação entre a evolução das funções dos aparelhos e seus eus apelidos. MP10 – Dual-SIM SIM MP9 – TV MP8 – Jogos MP7 – Rádio MP6 – Celularr MP5 – Câmeraa MP4 – Vídeo MP3 – Músicaa

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A empresa, que é referência em dispositivos pen drive e memória RAM, tem 97% da sua produção concentrada na Ásia. O apelo da China não está apenas no baixo custo dos profissionais. “Nosso processo de fabricação é quase todo automatizado. Por isso, a mão-de-obra barata não foi o fator decisivo para escolher a China. O país nos atraiu por ter um mercado consumidor gigantesco e uma infraestrutura que se expande com velocidade”, diz Cecillon. Além disso, os produtos já saem de Shenzhen prontos para ser vendidos em qualquer lugar do mundo. Todos os clones de iPhone testados pela INFO vieram com menus em português, embora com sotaque lusitano. As facilidades não param por aí. As etapas de testes, controle de qualidade e análise de materiais são feitas na China, antes de os produtos

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Feira de Cantão: megaevento em Guangzhou reúne fabricantes em área com mais de 1 milhão de m2

embarcarem nos contêineres. O problema é que, em nome da diminuição de custos e da velocidade na adoção de novidades, raramente esse processo é respeitado nos aparelhos shanzhai. “No Brasil, só para mudar a cor de um celular temos que fazer concorrência com diversos fornecedores, pesquisar a durabilidade do material e atender a uma série de exigências da Anatel”, afirma Gilson Raeder, diretor de desenvolvimento de produto da Motorola Brasil. “No caso, a aprovação da Anatel não depende apenas do

© FOTOS 1 CREATIVE COMMONS / TARO TAYLOR 2 MARCELO KURA

telefone, órgãos como o CPqD e o Inpi analisam a bateria, o carregador, o manual, a embalagem, o sistema operacional, tudo”, diz. Esse processo, que pode levar até três meses, é solenemente ignorado pelos aparelhos shanzhai.

DO DUAL-SIM AO PERO NO MUCHO Há todas as opções de cores, tamanhos e formatos nos smartphones shanzhai que chegam ao Brasil, mas duas características estão quase sempre presentes: a possibilidade de usar dois

chips e a sintonia de TV. A função de dual-SIM, que permite usar dois números de celular ao mesmo tempo, ainda é rara nos aparelhos originais vendidos aqui. Nos clones pode ser usada sem dificuldade, conforme mostraram os testes do INFOLAB. Após discar um número, é só escolher entre os dois botões que representam a primeira e a segunda conta de telefone. Tudo ocorre de forma transparente, independentemente da diferença de operadora entre os chips. A opção da TV é bem mais tosca. Usando sempre

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QUANTO VALE CADA MP? Os smartphones chineses são chamados no Brasil de MP10, mas não têm nada a ver com a nomenclatura do MPEG-1 Audio Layer 3, o famoso MP3. Abaixo, uma relação entre a evolução das funções dos aparelhos e seus eus apelidos. MP10 – Dual-SIM SIM MP9 – TV MP8 – Jogos MP7 – Rádio MP6 – Celularr MP5 – Câmeraa MP4 – Vídeo MP3 – Músicaa

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A empresa, que é referência em dispositivos pen drive e memória RAM, tem 97% da sua produção concentrada na Ásia. O apelo da China não está apenas no baixo custo dos profissionais. “Nosso processo de fabricação é quase todo automatizado. Por isso, a mão-de-obra barata não foi o fator decisivo para escolher a China. O país nos atraiu por ter um mercado consumidor gigantesco e uma infraestrutura que se expande com velocidade”, diz Cecillon. Além disso, os produtos já saem de Shenzhen prontos para ser vendidos em qualquer lugar do mundo. Todos os clones de iPhone testados pela INFO vieram com menus em português, embora com sotaque lusitano. As facilidades não param por aí. As etapas de testes, controle de qualidade e análise de materiais são feitas na China, antes de os produtos

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Feira de Cantão: megaevento em Guangzhou reúne fabricantes em área com mais de 1 milhão de m2

embarcarem nos contêineres. O problema é que, em nome da diminuição de custos e da velocidade na adoção de novidades, raramente esse processo é respeitado nos aparelhos shanzhai. “No Brasil, só para mudar a cor de um celular temos que fazer concorrência com diversos fornecedores, pesquisar a durabilidade do material e atender a uma série de exigências da Anatel”, afirma Gilson Raeder, diretor de desenvolvimento de produto da Motorola Brasil. “No caso, a aprovação da Anatel não depende apenas do

© FOTOS 1 CREATIVE COMMONS / TARO TAYLOR 2 MARCELO KURA

telefone, órgãos como o CPqD e o Inpi analisam a bateria, o carregador, o manual, a embalagem, o sistema operacional, tudo”, diz. Esse processo, que pode levar até três meses, é solenemente ignorado pelos aparelhos shanzhai.

DO DUAL-SIM AO PERO NO MUCHO Há todas as opções de cores, tamanhos e formatos nos smartphones shanzhai que chegam ao Brasil, mas duas características estão quase sempre presentes: a possibilidade de usar dois

chips e a sintonia de TV. A função de dual-SIM, que permite usar dois números de celular ao mesmo tempo, ainda é rara nos aparelhos originais vendidos aqui. Nos clones pode ser usada sem dificuldade, conforme mostraram os testes do INFOLAB. Após discar um número, é só escolher entre os dois botões que representam a primeira e a segunda conta de telefone. Tudo ocorre de forma transparente, independentemente da diferença de operadora entre os chips. A opção da TV é bem mais tosca. Usando sempre

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iPod Shuffle com tela: cópia criativa do player é vendida por 35 reais nos camelôs

Santa Ifigênia, em SP: lojistas da área são os maiores vendedores de shanzhai do país ©2

uma antena no estilo radinho de pilha, o sinal capturado é analógico e dificilmente mostra imagens sem chiados e chuviscos. Além do iPhone, todos os aparelhos mais populares das empresas Nokia, Motorola e Sony Ericsson têm suas versões cover. No caso da fabricante finlandesa, o hit são as cópias do modelo N95, que trazem funções como tela sensível e caneta stylus, recursos que não existem nem mesmo no modelo original. Outra característica cada vez mais presente é o uso do acelerômetro. Os clones de iPhone trocam de música com uma chacoalhada para a frente e retrocedem com um movimento para

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trás. O problema é que esse remelexo não dura muito. Com acabamento frágil, os gadgets têm data de validade curta e funções que só aparecem escritas na embalagem. O visual dos aparelhos engana bem, mas é comum esbarrar com exemplos como o da câmera-fone Vaic, que teria resolução de 8 MP, mas, no máximo, captura imagens com 640 por 480 pixels, como uma webcam fuleira. Nos HiPhones, a tampa indica capacidade para guardar 16 GB, quando na verdade o aparelho traz só um cartão microSD de 1 GB. Não são raros carregadores, baterias e fones de ouvido que apresentam falhas logo na primeira semana de

Real x Clone: o câmera-fone da Sony Ericsson tira fotos de 5 MP. O xing ling da marca Avic, de 640 por 720 pixels ©2

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uso. Encarando um problema como esse, a INFO ouviu em mau português com sotaque mandarim que “a galantia é de um meses, mas não coble o calegador”. De acordo com o Procon, mesmo que o fabricante do aparelho não seja conhecido, o lojista deve dar suporte ao consumidor. “Existe a responsabilidade solidária. Se o fabricante não resolver, o lojista precisa apresentar uma solução”, afirma Márcia Christina Oliveira, consultora do Procon-SP.

ABRE O OLHO, CHINÊS! Câmeras, MP3 players, celulares e notebooks usam marcas com semelhanças que não são mera coincidência

A CULTURA DO SHANZHAI Mais que um negócio obscuro com nebulosas relações trabalhistas e a “importação criativa” de produtos, o shanzhai é uma tradição chinesa. Os primeiros eletrônicos alternativos foram criados nos anos 80, quando telejogos japoneses pareciam ser a solução para educar e divertir as crianças. Como essas máquinas eram caras demais, as empresas locais começaram a fabricar versões com acabamento simples e preços mais baixos. Nascia assim um modelo de negócio que levava

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iPod Shuffle com tela: cópia criativa do player é vendida por 35 reais nos camelôs

Santa Ifigênia, em SP: lojistas da área são os maiores vendedores de shanzhai do país ©2

uma antena no estilo radinho de pilha, o sinal capturado é analógico e dificilmente mostra imagens sem chiados e chuviscos. Além do iPhone, todos os aparelhos mais populares das empresas Nokia, Motorola e Sony Ericsson têm suas versões cover. No caso da fabricante finlandesa, o hit são as cópias do modelo N95, que trazem funções como tela sensível e caneta stylus, recursos que não existem nem mesmo no modelo original. Outra característica cada vez mais presente é o uso do acelerômetro. Os clones de iPhone trocam de música com uma chacoalhada para a frente e retrocedem com um movimento para

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trás. O problema é que esse remelexo não dura muito. Com acabamento frágil, os gadgets têm data de validade curta e funções que só aparecem escritas na embalagem. O visual dos aparelhos engana bem, mas é comum esbarrar com exemplos como o da câmera-fone Vaic, que teria resolução de 8 MP, mas, no máximo, captura imagens com 640 por 480 pixels, como uma webcam fuleira. Nos HiPhones, a tampa indica capacidade para guardar 16 GB, quando na verdade o aparelho traz só um cartão microSD de 1 GB. Não são raros carregadores, baterias e fones de ouvido que apresentam falhas logo na primeira semana de

Real x Clone: o câmera-fone da Sony Ericsson tira fotos de 5 MP. O xing ling da marca Avic, de 640 por 720 pixels ©2

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uso. Encarando um problema como esse, a INFO ouviu em mau português com sotaque mandarim que “a galantia é de um meses, mas não coble o calegador”. De acordo com o Procon, mesmo que o fabricante do aparelho não seja conhecido, o lojista deve dar suporte ao consumidor. “Existe a responsabilidade solidária. Se o fabricante não resolver, o lojista precisa apresentar uma solução”, afirma Márcia Christina Oliveira, consultora do Procon-SP.

ABRE O OLHO, CHINÊS! Câmeras, MP3 players, celulares e notebooks usam marcas com semelhanças que não são mera coincidência

A CULTURA DO SHANZHAI Mais que um negócio obscuro com nebulosas relações trabalhistas e a “importação criativa” de produtos, o shanzhai é uma tradição chinesa. Os primeiros eletrônicos alternativos foram criados nos anos 80, quando telejogos japoneses pareciam ser a solução para educar e divertir as crianças. Como essas máquinas eram caras demais, as empresas locais começaram a fabricar versões com acabamento simples e preços mais baixos. Nascia assim um modelo de negócio que levava

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a tecnologia para uma maior parcela da população, ignorava royalties e viraria um símbolo cultural. “O governo tomou medidas para conter a produção desses produtos, mas existe uma enorme demanda por celulares baratos no mercado interno e nos países pobres”, afirma Oliver Xu, analista-chefe do Gartner. “Erradicar o mercado cinza acabaria com muitos empregos”, diz. Além de gerar empregos, a indústria de produtos alternativos é usada como portal de entrada para uma nova classe social, que surgiu na esteira do crescimento econômico acelerado do país. Está aí o mais genuíno DNA do shanzhai.

AS DAMAS DO SHANZHAI Grande parte das fábricas de Shenzhen é movida pela força feminina, como mostra a foto acima. São jovens que migram de cidades rurais do interior da China em busca de trabalho. Outra prática comum no país é montar alojamentos precários nas próprias fábricas para que os funcionários economizem com gastos como aluguel e alimentação.

TOP 5 DO XING LING VEJA ALGUNS DOS PRINCIPAIS ENDEREÇOS DOS ELETRÔNICOS MADE IN CHINA VENDIDOS NO BRASIL: Rua Santa Ifigênia (São Paulo - SP) Mescla lojas grandes, pequenas, galerias labirínticas e camelôs que oferecem desde cabos até home theaters. A febre mais recente são os MP10 e os navegadores GPS.

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Rua 25 de Março (São Paulo - SP) Famosa pelo comércio popular de roupas e brinquedos, abriga shoppings gigantes especializados em falsificações que vão de roupas até relógios e notebooks.

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Galeria Jebai (Ciudad del Este - Paraguai) É um dos maiores símbolos do comércio

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paraguaio, com lojas que recebem dinheiro de um lado da fronteira com o Brasil, e entregam os produtos no outro lado. > Feira dos Importados (Brasília - DF) Popularmente conhecida como Feira do Paraguai, reúne mais de 1 700 lojistas que oferecem produtos eletrônicos vindos direto das pouco vigiadas fronteiras do Centro-Sul.

Feiraguai (Feira de Santana - BA) O mercadão de Feira de Santana, cidade distante 115 quilômetros de Salvador, é referência na Bahia. Quem frequenta, sabe: acham-se de galinhas a carros importados. MP9 e MP10 também, é claro.

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aparelhos I iPhone 3GS

QUAL É A DO iPHONE 3GS ? Smartphone da Apple dá um salto, mas não empolga os donos os da antiga versão POR MARCO AURÉLIO ZANNI

O

smartphone mais badalado do ano chegou ao Brasil no fim de agosto com um caminhão de novidades. Do processador mais rápido às funções prosaicas do iPhone 3GS, como “copiar e colar”, não existe nada capaz de provocar uma hecatombe. Mas tudo junto representa uma baita evolução quando o assunto é usabilidade. Testamos a joia da Apple em sua encarnação de 32 GB e chegamos a uma conclusão: para quem estava esperando sair um modelo redondinho antes de resolver comprar, aqui está ele. Mas, se você já tem a versão 3G, atualize o sistema operacional e seja feliz. Sabe aquela tela melequenta, cheia de impressões digitais? Ela ainda não foi extinta, mas está quase lá. O novo material usado pela Apple é muito mais resistente à oleosidade. Não fosse por esse detalhe, o design seria idêntico ao do modelo anterior. Agora, por dentro, quanta diferença. Com o salto do chip para 600 MHz, o aparelho ficou sensivelmente mais rápido em todas as atividades. Isso foi notável em aplicações como o player de música, o navegador e durante o próprio boot — em 18 segundos ele já estava ligado, enquanto o nosso iPhone 3G demorou 25 segundos. Entre os novos recursos, o mais importante é o upgrade da câmera para 3,1 megapixels. Ela ganhou também controles que melhoram o foco e as cores das imagens clicadas. Mas o grosso das atualizações está em funções já existentes em vários celulares básicos. Entre elas, estão a possibilidade de mandar mensagens multimídia, a gravação de voz e a compatibilidade com fones Bluetooth estéreo. A seguir, você verá essas e outras funções em detalhes.

CLIQUES MELHORADOS A câmera do iPhone 3GS está longe de ser espetacular, mas ganhou upgrades consideráveis. São três

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as mudanças mais sensíveis: a resolução aumentou para 3,1 megapixels e a Apple incluiu as funções de capturar imagens em modo macro e o Tap to Focus (em português, algo como Toque para Focar). Para usar isso, basta apontar a lente e escolher, com um toque na tela, qual será a região focada. Ao mesmo tempo, o aparelho ajusta balanço de branco, cor, contraste e exposição. A novidade faz uma grande diferença na qualidade das imagens, principalmente porque o foco automático dos celulares costuma ser ruim. Se você não tocar em nenhum ponto da tela, a câmera vai tentar deixar a cena inteira o mais nítida possível. Nos testes do INFOLAB, tirando fotos da mesma cena com os iPhones 3G e 3GS, as cores das imagens no novo modelo ficaram mais fiéis. Os ajustes automáticos fizeram efeito, tanto na nitidez quanto na compensação da iluminação em lugares escuros. Pois é, ainda faltou um flash.

PARA O YOUTUBE Finalmente, o smartphone da Apple consegue gravar vídeos. E a interface sensível ao toque traz algumas facilidades para capturar e editar imagens. Antes de clicar no botão de gravação, você pode focar num ponto específico. Porém, depois do disparo, não é possível ajustar isso novamente enquanto você vai movendo o aparelho. Depois de produzir um clipe, você pode abri-lo e recortá-lo. Basta deixar o dedo por alguns segundos no final da linha do tempo, até que ela fique amarela. Aí, é só escolher qual parte da filmagem você deseja preservar.

Após a edição, dá para mandar o vídeo para sua conta do YouTube, para um endereço de e-mail ou então para outro celular, via mensagem multimídia (esta, uma nova função do sistema operacional iPhone 3.0). No caso do site de vídeos, a conversão é rápida e, em poucos segundos, o arquivo está no ar. Já o MMS, com um clipe de nove segundos em anexo, demorou pouco mais de um minuto para sair do celular, habilitado na rede da Claro.

iPOD VERSÃO BLUETOOTH Felizmente, pouco mudou no player de música. Isso porque não conseguimos pensar em muitas coisas que possam melhorar nessa função (tudo bem, poderia ter rádio FM). A grande novidade é a possibilidade de emparelhar com fones Bluetooth estéreo, o que funcionou sem nenhum problema em nossos testes. Para encontrar o acessório, é só ir até o ícone Ajustes, tocar na aba Geral, ativar o Bluetooth e selecionar o dispositivo. Um ícone localizado no canto direito inferior alterna entre fone e alto-falante. Uma função que prova como a Apple manda bem ao fazer coisas simples de um jeito bonitinho é o gravador de voz. Um ícone para essa funcionalidade aparece logo na tela principal, e o programa em si tem um visual bem caprichado. Mas a melhor parte é a qualidade do áudio capturado. Você pode facilmente gravar podcasts, por exemplo, e mandar as mensagens por e-mail ou MMS. Só não existe um atalho para fazer o upload do arquivo para sites especializados.

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UMA FORÇA PARA OS PERDIDOS Logo na tela principal do iPhone 3GS, existe um ícone para a bússola digital que mostra sua latitude e longitude. O mais legal é que a ferramenta se integra ao Google Maps (para ativá-la, basta tocar no quadrado do canto esquerdo), deixando o mapa sempre apontado para o norte. Isso é particularmente interessante para quem não quiser investir num programa com indicações curva a curva.

O iPHONE TAMBÉM FALA Uma reclamação recorrente em todas as versões do iPhone é sempre em relação à qualidade das chamadas de voz. E aqui a situação não melhorou muito. Durante as conversas, o barulho do ambiente no outro lado da linha é mais alto que o normal e também há um eco perceptível. Por outro lado, quando você liga de um telefone fixo para o 3GS, a qualidade do áudio é muito boa. Uma novidade interessante é o controle por voz para fazer ligações. Qualquer celular simples tem isso, mas nenhum funciona também com o player de música. Em nossos testes, o recurso funcionou bem, mas entendeu Racionais quando pedimos para tocar um álbum dos Raimundos, e, algumas vezes, tentou fazer ligações em vez de abrir uma música solicitada.

O comando funciona assim: basta segurar o botão de menu por alguns segundos e dizer coisas como “ligar para a Maria”, “tocar disco do Capital Inicial” e “qual música estou ouvindo agora?”. Uma voz responde sua pergunta ou pede confirmação para reproduzir um arquivo. O telefone não errou nenhuma vez ao dizer o nome da faixa, mas falou com sotaque lusitano, quando o artista do teste era brasileiro. Quando desenvolveu o iPhone 3G, a Apple também pensou nos deficientes visuais. O aplicativo Voice Over lê absolutamente tudo o que está na tela, quando um usuário toca em algum ícone. Com um clique duplo, abre-se a opção selecionada. Deslizando três dedos es não sobre a tela, a página rola. Porém, esses controles são muito precisos, levando-nos a crer que o smartphone não é a melhor opção para esse público..

ENCARNAÇÃO 3.0 Mesmo com todas essas novidades do iPhone e 3GS, algumas das coisas mais úteis nesse upgrade da Ape tample estão mesmo no sistema operacional, que sic do bém pode ser instalado nas versões 3G e Classic aparelho. Em geral, são coisas já presentes há muito tem çados, tempo em outros celulares comuns ou avançados, com o mocomo a possibilidade de usar o telefone como dem — infelizmente, a opção não estava disponível onível no modelo m testado por nós. M Mas os itens mais importantes talvez sejam os voltados v a melhorar a produtividade. Deslizan rincizando com o dedo para a direita, na tela principal, aparece uma opção de busca interna (vale para e-mails, contatos, entradas de calendário dário e p balho, programas). Isso agiliza muito o trabalho, prin rmite principalmente porque o iPhone não permite orga astas. organizar os ícones por categoria ou em pastas. Par es de Para a próxima versão, mais possibilidades per personalização seriam bem-vindas. O a horiOutra novidade importante é o teclado na zont mente zontal para quase todas as aplicações, e não somente para o Safari, como no iPhone 3G. Digitar e-mails mails e men mensagens com as duas mãos melhora, e muito, a usabilid ões de bilidade do aparelho. O mesmo vale para as funções copi iciona copiar e colar, que aparecem quando você posiciona

o dedo sobre uma palavra por alguns segundos. Para desfazer essas ações, basta chacoalhar o aparelho.

O QUE AINDA FALTA Se ganhou um monte de recursos presentes em celulares mais simples, o iPhone 3GS ainda ficou devendo coisas que poderiam estar no aparelho desde a primeira geração. A bronca mais séria é em relação à falta do suporte a tarefas múltiplas. Se você estiver usando um programa e precisar abrir outro, é necessário fechar o primeiro antes. A parte boa é que o aparelho não vai ficando lento com o passar do dia, mas o Palm Pre e qualquer modelo com Symbian já resolveram isso.

Outra reclamação vai para o jeito como a Apple corta a liberdade dos usuários em coisas básicas. O iPhone 3GS poderia muito bem ter mais opções de personalização de layout, por exemplo. Mas a maior chatice, sem dúvida, é a dependência do iTunes para a atualização de conteúdo. Também seriam bem-vindos o suporte a Flash no Safari e uma bateria que pudesse ser trocada pelo próprio dono do aparelho. A Apple também poderia investir em maneiras de aumentar a autonomia. O smartphone aguentou 336 minutos, uma marca apenas razoável, superando o modelo 3G em 42 minutos.

iPHONE 3GS FABRICANTE

Apple

CONFIGURAÇÃO

9,0

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

iPhone OS 3.0.1 ARM Cortex A8 600 MHz, PowerVR SGX 256/não divulgado/32GB 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com A-GPS 9,8 Sim 480 x 320 16 milhões 3,5 Acelerômetro, sensor de proximidade e sensor de luminosidade Não Sim 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO AAC, AAC com proteção, MP3, MP3 VBR, Audible (formatos 2, 3, e 4), Apple Lossless, AIFF, WAV, H.264, AAC-LC e MPEG-4 Não B RÁDIO FM iPod B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,15 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) e 640 x B CÂMERA PRINCIPAL 480 e 30fps (vídeo) com tap to focus BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,2 336 9,2 6,21 x 1,23 x 11,55 139

EXTRAS Fone de ouvido, carregador de tomada via adaptador USB e cabo de transferência de dados PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

1 649

9,1 8,3

(1) Preço médio para os planos TIM iPhone 100 e Vivo iPhone 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O iPhone 3GS recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Apple na pesquisa INFO de Marcas 2009

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UMA FORÇA PARA OS PERDIDOS Logo na tela principal do iPhone 3GS, existe um ícone para a bússola digital que mostra sua latitude e longitude. O mais legal é que a ferramenta se integra ao Google Maps (para ativá-la, basta tocar no quadrado do canto esquerdo), deixando o mapa sempre apontado para o norte. Isso é particularmente interessante para quem não quiser investir num programa com indicações curva a curva.

O iPHONE TAMBÉM FALA Uma reclamação recorrente em todas as versões do iPhone é sempre em relação à qualidade das chamadas de voz. E aqui a situação não melhorou muito. Durante as conversas, o barulho do ambiente no outro lado da linha é mais alto que o normal e também há um eco perceptível. Por outro lado, quando você liga de um telefone fixo para o 3GS, a qualidade do áudio é muito boa. Uma novidade interessante é o controle por voz para fazer ligações. Qualquer celular simples tem isso, mas nenhum funciona também com o player de música. Em nossos testes, o recurso funcionou bem, mas entendeu Racionais quando pedimos para tocar um álbum dos Raimundos, e, algumas vezes, tentou fazer ligações em vez de abrir uma música solicitada.

O comando funciona assim: basta segurar o botão de menu por alguns segundos e dizer coisas como “ligar para a Maria”, “tocar disco do Capital Inicial” e “qual música estou ouvindo agora?”. Uma voz responde sua pergunta ou pede confirmação para reproduzir um arquivo. O telefone não errou nenhuma vez ao dizer o nome da faixa, mas falou com sotaque lusitano, quando o artista do teste era brasileiro. Quando desenvolveu o iPhone 3G, a Apple também pensou nos deficientes visuais. O aplicativo Voice Over lê absolutamente tudo o que está na tela, quando um usuário toca em algum ícone. Com um clique duplo, abre-se a opção selecionada. Deslizando três dedos es não sobre a tela, a página rola. Porém, esses controles são muito precisos, levando-nos a crer que o smartphone não é a melhor opção para esse público..

ENCARNAÇÃO 3.0 Mesmo com todas essas novidades do iPhone e 3GS, algumas das coisas mais úteis nesse upgrade da Ape tample estão mesmo no sistema operacional, que sic do bém pode ser instalado nas versões 3G e Classic aparelho. Em geral, são coisas já presentes há muito tem çados, tempo em outros celulares comuns ou avançados, com o mocomo a possibilidade de usar o telefone como dem — infelizmente, a opção não estava disponível onível no modelo m testado por nós. M Mas os itens mais importantes talvez sejam os voltados v a melhorar a produtividade. Deslizan rincizando com o dedo para a direita, na tela principal, aparece uma opção de busca interna (vale para e-mails, contatos, entradas de calendário dário e p balho, programas). Isso agiliza muito o trabalho, prin rmite principalmente porque o iPhone não permite orga astas. organizar os ícones por categoria ou em pastas. Par es de Para a próxima versão, mais possibilidades per personalização seriam bem-vindas. O a horiOutra novidade importante é o teclado na zont mente zontal para quase todas as aplicações, e não somente para o Safari, como no iPhone 3G. Digitar e-mails mails e men mensagens com as duas mãos melhora, e muito, a usabilid ões de bilidade do aparelho. O mesmo vale para as funções copi iciona copiar e colar, que aparecem quando você posiciona

o dedo sobre uma palavra por alguns segundos. Para desfazer essas ações, basta chacoalhar o aparelho.

O QUE AINDA FALTA Se ganhou um monte de recursos presentes em celulares mais simples, o iPhone 3GS ainda ficou devendo coisas que poderiam estar no aparelho desde a primeira geração. A bronca mais séria é em relação à falta do suporte a tarefas múltiplas. Se você estiver usando um programa e precisar abrir outro, é necessário fechar o primeiro antes. A parte boa é que o aparelho não vai ficando lento com o passar do dia, mas o Palm Pre e qualquer modelo com Symbian já resolveram isso.

Outra reclamação vai para o jeito como a Apple corta a liberdade dos usuários em coisas básicas. O iPhone 3GS poderia muito bem ter mais opções de personalização de layout, por exemplo. Mas a maior chatice, sem dúvida, é a dependência do iTunes para a atualização de conteúdo. Também seriam bem-vindos o suporte a Flash no Safari e uma bateria que pudesse ser trocada pelo próprio dono do aparelho. A Apple também poderia investir em maneiras de aumentar a autonomia. O smartphone aguentou 336 minutos, uma marca apenas razoável, superando o modelo 3G em 42 minutos.

iPHONE 3GS FABRICANTE

Apple

CONFIGURAÇÃO

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B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

iPhone OS 3.0.1 ARM Cortex A8 600 MHz, PowerVR SGX 256/não divulgado/32GB 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com A-GPS 9,8 Sim 480 x 320 16 milhões 3,5 Acelerômetro, sensor de proximidade e sensor de luminosidade Não Sim 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO AAC, AAC com proteção, MP3, MP3 VBR, Audible (formatos 2, 3, e 4), Apple Lossless, AIFF, WAV, H.264, AAC-LC e MPEG-4 Não B RÁDIO FM iPod B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,15 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) e 640 x B CÂMERA PRINCIPAL 480 e 30fps (vídeo) com tap to focus BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

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EXTRAS Fone de ouvido, carregador de tomada via adaptador USB e cabo de transferência de dados PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

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(1) Preço médio para os planos TIM iPhone 100 e Vivo iPhone 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O iPhone 3GS recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Apple na pesquisa INFO de Marcas 2009

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aparelhos I Jét GT-S8000B

ACELERA, SAMSUNG JÉT! Celular tem chip de 800 MHz e navega em alta velocidade por 3G e Wi-Fi POR MARCO AURÉLIO ZANNI

S

amsung, aí vai uma dica: contrate já o Michael Schumacher para garoto-propaganda do Jét. Se não for o mais rápido de todos os tempos, como o piloto alemão, certamente o celular garante lugar no pódio. E o melhor: a velocidade do chip de 800 MHz vem acompanhada de um caminhão de recursos, que inclui a trinca 3G, Wi-Fi e GPS, widgets para todos os gostos, câmera de 5 MP e a fantástica tela AMOLED de 3,1 polegadas. Quer mais? Então dá uma olhada em como a interface touch screen ficou divertida. Atualizado para a versão 2.0, o sistema TouchWiz ficou ainda mais bonito e fácil de usar. O software proprietário da Samsung agora abre as aplicações de três formas: pela tela inicial, com uma barra lateral cheia de widgets para você deixar logo na cara; por um menu simples, com ícones dispostos em linhas e colunas, ou pelo novo cubo em terceira dimensão, acessível por um botão na lateral. Em essência, essa área 3D é parecida com a do LG Arena. Mas, em vez de exibir diversos atalhos nas telas, cada face tem um ícone. Todos são relacionados a entretenimento, incluindo álbum de fotos, tocador de música e jogos. Como a tela tem ótima sensibilidade, mesmo sendo daquelas resistivas (ou seja, preparada para trabalhar com a velha canetinha), deslizar o dedo por ela está longe de ser uma experiência dolorosa.

O iPOD NEM FAZ FALTA O player de música exibe os discos pelas capinhas, assim como o iPod. Ele permite visualizar detalhes sobre os arquivos, como formato e tamanho, e tem um ícone para enviar as faixas por Bluetooth, e-mail e mensagem. Mas a maior vantagem do Samsung Jét, nesse quesito, está na qualidade do áudio. O aparelho possui um equalizador competente e opção para som 5.1, para quando você estiver usando os fones de ouvido originais. A mancada da Samsung foi colocar neles um cabo de apenas 22 centímetros. Ao contrário do Star, que possui apenas uma interface proprietária dividindo as funções de saída de áudio e carregamento da bateria, aqui existe uma porta microUSB e uma P2. A localização das duas é a melhor possível, logo na parte de cima — no jeito para quem curte deixar o celular no bolso com o fio indo direto para o ouvido. Esse tocador é também o aplicativo que melhor aproveita os controles por gestos. Agitando o aparelho para a esquerda e para a direita, é possível trocar de faixa. E batendo levemente duas vezes na borda do hardware, você fecha qualquer aplicativo. No entanto, esses comandos exigem tanto treino para funcionar que podem acabar dando tendinite.

PRÁTICO E BONITINHO Com 1,4 centímetro de espessura e bordas arredondadas, o Samsung Jét é feito para os bolsos mais apertados de calças jeans. A ergonomia também é um ponto forte quando ele está na sua mão, pois o aparelho pesa 111 gramas. Há três botões abaixo da tela, sendo o do meio para alternar entre a área de trabalho e o menu principal. Na lateral, existe um atalho para ativar

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a câmera e outro para bloquear o telefone. As tampinhas que cobrem as portas têm bom acabamento e são fáceis de abrir ou fechar. Por fora, o hardware tem seu ponto alto na tela de 800 por 480 pixels, pronta para exibir vídeos em alta qualidade. Tocamos arquivos em DivX e Xvid, com resolução de 720p — e, além de não travar em nenhum momento, o celular exibiu imagens muito bonitas. No design, a única reclamação vai para a falta de uma tampa na câmera de 5 megapixels, que produz imagens legais, mas um tanto amareladas, principalmente quando usamos o flash de LED duplo. Ela tem foco automático e detecção de sorrisos. No quesito performance, o telefone só abriu o bico quando enchemos três áreas de trabalho com widgets. Isso porque alguns ficam toda hora tentando acessar a internet para fazer atualizações. Entre eles, estão o que verifica a temperatura em tempo real e o sincronizador de contatos e calendário, além de outros adicionados manualmente. Nesse caso, aplicações em 3D, como o álbum de fotos e os contatos, ficaram lentas.

© FOTOS MARCELO KURA

Quesito importantíssimo em todo bom tocador, a bateria do Jét dura bastante. Em nossos testes com chamadas de voz, ele aguentou 448 minutos ligado. Ficou bem acima de alguns concorrentes, como o HTC Magic, o Apple iPhone 3G e 3GS e o LG Arena.

JÉT GT-S8000B FABRICANTE

Samsung

CONFIGURAÇÃO

8,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Sistema proprietário (Touchwiz 2.0) Qualcomm MSM6246, 800Mhz 2 048/Não identificado/8 192 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com A-GPS 7,8 Sim 480 x 800 16 milhões 3,1 (AMOLED) Sim Não Sim 8,5

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, MIDI, WAV, MPEG4, H.263, H.264, WMV, DivX e XviD (resolução limitada) Sim (RDS) B RÁDIO FM Gravação de vídeos sem limite de B OUTROS RECURSOS DE tempo. Equalizador de áudio e opção MÚSICA E VÍDEO de escolher músicas por meio das capas dos discos 5.0 MP — 2 592 x 1 944 (fotos) e 720 x B CÂMERA PRINCIPAL 480 a 30 fps (vídeo) com autofoco, flash dual LED, detector de face e de sorriso BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

8,0 448 8,4 5,4 x 10,8 x 1,4 111

EXTRAS Cabo USB, fone de ouvido, adaptador para cartões micro SD e CD com software de gerenciamento do aparelho PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO (15%)

1 025

8,3 8,2

(1) Preço médio para os planos Vivo Escolha 90 e Claro 120 3G (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I Jét GT-S8000B

ACELERA, SAMSUNG JÉT! Celular tem chip de 800 MHz e navega em alta velocidade por 3G e Wi-Fi POR MARCO AURÉLIO ZANNI

S

amsung, aí vai uma dica: contrate já o Michael Schumacher para garoto-propaganda do Jét. Se não for o mais rápido de todos os tempos, como o piloto alemão, certamente o celular garante lugar no pódio. E o melhor: a velocidade do chip de 800 MHz vem acompanhada de um caminhão de recursos, que inclui a trinca 3G, Wi-Fi e GPS, widgets para todos os gostos, câmera de 5 MP e a fantástica tela AMOLED de 3,1 polegadas. Quer mais? Então dá uma olhada em como a interface touch screen ficou divertida. Atualizado para a versão 2.0, o sistema TouchWiz ficou ainda mais bonito e fácil de usar. O software proprietário da Samsung agora abre as aplicações de três formas: pela tela inicial, com uma barra lateral cheia de widgets para você deixar logo na cara; por um menu simples, com ícones dispostos em linhas e colunas, ou pelo novo cubo em terceira dimensão, acessível por um botão na lateral. Em essência, essa área 3D é parecida com a do LG Arena. Mas, em vez de exibir diversos atalhos nas telas, cada face tem um ícone. Todos são relacionados a entretenimento, incluindo álbum de fotos, tocador de música e jogos. Como a tela tem ótima sensibilidade, mesmo sendo daquelas resistivas (ou seja, preparada para trabalhar com a velha canetinha), deslizar o dedo por ela está longe de ser uma experiência dolorosa.

O iPOD NEM FAZ FALTA O player de música exibe os discos pelas capinhas, assim como o iPod. Ele permite visualizar detalhes sobre os arquivos, como formato e tamanho, e tem um ícone para enviar as faixas por Bluetooth, e-mail e mensagem. Mas a maior vantagem do Samsung Jét, nesse quesito, está na qualidade do áudio. O aparelho possui um equalizador competente e opção para som 5.1, para quando você estiver usando os fones de ouvido originais. A mancada da Samsung foi colocar neles um cabo de apenas 22 centímetros. Ao contrário do Star, que possui apenas uma interface proprietária dividindo as funções de saída de áudio e carregamento da bateria, aqui existe uma porta microUSB e uma P2. A localização das duas é a melhor possível, logo na parte de cima — no jeito para quem curte deixar o celular no bolso com o fio indo direto para o ouvido. Esse tocador é também o aplicativo que melhor aproveita os controles por gestos. Agitando o aparelho para a esquerda e para a direita, é possível trocar de faixa. E batendo levemente duas vezes na borda do hardware, você fecha qualquer aplicativo. No entanto, esses comandos exigem tanto treino para funcionar que podem acabar dando tendinite.

PRÁTICO E BONITINHO Com 1,4 centímetro de espessura e bordas arredondadas, o Samsung Jét é feito para os bolsos mais apertados de calças jeans. A ergonomia também é um ponto forte quando ele está na sua mão, pois o aparelho pesa 111 gramas. Há três botões abaixo da tela, sendo o do meio para alternar entre a área de trabalho e o menu principal. Na lateral, existe um atalho para ativar

22 I DI C AS IN FO

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a câmera e outro para bloquear o telefone. As tampinhas que cobrem as portas têm bom acabamento e são fáceis de abrir ou fechar. Por fora, o hardware tem seu ponto alto na tela de 800 por 480 pixels, pronta para exibir vídeos em alta qualidade. Tocamos arquivos em DivX e Xvid, com resolução de 720p — e, além de não travar em nenhum momento, o celular exibiu imagens muito bonitas. No design, a única reclamação vai para a falta de uma tampa na câmera de 5 megapixels, que produz imagens legais, mas um tanto amareladas, principalmente quando usamos o flash de LED duplo. Ela tem foco automático e detecção de sorrisos. No quesito performance, o telefone só abriu o bico quando enchemos três áreas de trabalho com widgets. Isso porque alguns ficam toda hora tentando acessar a internet para fazer atualizações. Entre eles, estão o que verifica a temperatura em tempo real e o sincronizador de contatos e calendário, além de outros adicionados manualmente. Nesse caso, aplicações em 3D, como o álbum de fotos e os contatos, ficaram lentas.

© FOTOS MARCELO KURA

Quesito importantíssimo em todo bom tocador, a bateria do Jét dura bastante. Em nossos testes com chamadas de voz, ele aguentou 448 minutos ligado. Ficou bem acima de alguns concorrentes, como o HTC Magic, o Apple iPhone 3G e 3GS e o LG Arena.

JÉT GT-S8000B FABRICANTE

Samsung

CONFIGURAÇÃO

8,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Sistema proprietário (Touchwiz 2.0) Qualcomm MSM6246, 800Mhz 2 048/Não identificado/8 192 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com A-GPS 7,8 Sim 480 x 800 16 milhões 3,1 (AMOLED) Sim Não Sim 8,5

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, MIDI, WAV, MPEG4, H.263, H.264, WMV, DivX e XviD (resolução limitada) Sim (RDS) B RÁDIO FM Gravação de vídeos sem limite de B OUTROS RECURSOS DE tempo. Equalizador de áudio e opção MÚSICA E VÍDEO de escolher músicas por meio das capas dos discos 5.0 MP — 2 592 x 1 944 (fotos) e 720 x B CÂMERA PRINCIPAL 480 a 30 fps (vídeo) com autofoco, flash dual LED, detector de face e de sorriso BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

8,0 448 8,4 5,4 x 10,8 x 1,4 111

EXTRAS Cabo USB, fone de ouvido, adaptador para cartões micro SD e CD com software de gerenciamento do aparelho PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO (15%)

1 025

8,3 8,2

(1) Preço médio para os planos Vivo Escolha 90 e Claro 120 3G (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I N97

O N97 ENCARA A CONCORRÊNCIA? Recursos de primeira colocam o smartphone da Nokia no páreo contra o iPhone e o Android POR POR MARCO AURÉLIO ZANNI E LUIZ CRUZ

O

lhando apenas os recursos e a configuração do hardware, não é exagero dizer que o N97 é o smartphone mais completo da atualidade. Por ser o primeiro aparelho da Nokia a apostar na combinação de QWERTY deslizante e tela sensível ao toque, ele já teria credenciais para brigar com iPhone e Android. Mas, além da lista obrigatória para um gadget da categoria, que inclui Wi-Fi, 3G, Bluetooth e GPS, o modelo parte para o apelo com seus 32 GB e uma fantástica câmera de 5,4 MP. Em linhas gerais, o aparelho é fantástico, com interface melhorada em relação à de seus antecessores da série N. Só uma coisa poderia melhorar: o processador, de apenas 434 MHz. O clock mais baixo provoca certa lentidão quando há muitos aplicativos abertos. Mas após avaliarmos o conjunto da obra, tiramos uma conclusão: mesmo tão poderoso, o N97 ainda não está

no mesmo nível de seus grandes rivais. E tudo porque o Symbian S60, aqui em sua quinta versão, tem cara de ultrapassado perto dos sistemas operacionais da Apple e do Google. Ou vai dizer que uma interface que exige barra de rolagem e canetinha stylus é o suprassumo da inovação? O esforço na personalização da tela principal valeu a pena, mas deixou muitas informações juntas e confusas. E, para chegar às aplicações nos menus internos, às vezes você precisa de vários cliques. Agora, o maior problema ainda são os programas com letras pequenas, como o navegador, embora o zoom com o dedo e o direcional físico ajudem muito. Justiça seja feita, algumas coisas estão bem legais nessa versão do Symbian. A tela principal tem vários widgets personalizáveis. Porém, essa interface não parece feita para atalhos, e sim para RSS, bem ao estilo do iGoogle. E-mails, feeds e informações so-

bre a temperatura ficam muito bem na telinha. Já o acesso aos aplicativos é mais intuitivo pelo bom e velho menu da Nokia, com o botão físico prateado localizado abaixo do display. A maioria dos aplicativos está muito bem adaptada à interface do N97. O Facebook é um ótimo exemplo — sua divisão por abas facilita a navegação e permite ao usuário deslizar o dedo sobre a tela para rolar a página. O AccuWeather é outro programa que aproveita bem o touch screen. Ele informa a temperatura em diversas cidades do mundo e tem visual simples, mas bonito.

ALÉM DE TOUCH, É WIDESCREEN A Nokia foi quem melhor juntou touch screen e teclado físico. Primeiro, porque o acabamento do N97 é impecável. As peças que fazem a tela deslizar são bem resistentes e não fazem barulho durante o movimento. A carcaça emborrachada proporciona uma pegada excelente. Ele não é tão fino quanto o iPhone, mas cabe tranquilamente no bolso. E o teclado físico, embora não seja dos maiores, tem botões bem espaçados. Em poucos segundos, você já está adaptado. A segunda bola dentro da Nokia para fazer o aparelho funcionar bem na horizontal foi colocar nele uma tela de 3,5 polegadas widescreen. Como ela tem brilho acima da média e resolução de 640 por 360 pixels, é uma maravilha para assistir a filmes e navegar pela web com o aparelho “deitado”. No YouTube, com dois toques sobre o vídeo, você enxerga o clipe em tela inteira. Outra aplicação que cai bem nesse display é o Nokia Maps. A tela não é capacitiva, e sim resistiva. Mesmo assim, responde muito bem. Outros detalhes do N97 merecem citação. Um deles é a função Remote Lock, que bloqueia o aparelho se você mandar uma mensagem SMS com um código criado previamente. O sensor de movimento também tem outra utilidade, além de girar a tela. Quando o telefone toca e você o posiciona

com a tela para baixo, ele entra em modo silencioso. No quesito diversão, o único recurso mais avançado é a câmera, que produz fotos excelentes até quando o ambiente não está muito iluminado. Afinal, lentes Carl Zeiss e flash duplo de LED ajudam muito. Outra coisa legal é o transmissor FM. Ele permite transferir o áudio diretamente do aparelho para o rádio, usando uma frequência livre. O destaque final vai para a bateria. Nos testes com chamadas de voz, o aparelho aguentou bravamente por 6 horas e 48 minutos, um dos melhores resultados entre os smartphones touch screen — só perdeu para o Samsung Omnia, que conseguiu o espetacular resultado de 10 horas e 32 minutos.

N97 FABRICANTE

Nokia

CONFIGURAÇÃO

8,9

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Symbian S60 5 edição ARM 11 434 MHz 128/256/32 768 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP) e A-GPS 8,2 Sim 360 x 640 (7,7 x 4,4 cm de tela com proporção 16:9) 16 milhões 3,5 Sim Sim, mas não tem teclas para os números Sim (telefone) 8,2

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, WAV, AAC+, WMV, RealVideo e MP4 Sim (RDS) B RÁDIO FM Rádio online, podcasts, gravador de voz, B OUTROS RECURSOS DE loja de música online e transmissor FM. MÚSICA E VÍDEO 5 megapixels — 2 592 x 1 944 (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480 (vídeos) com LED flash duplo e autofoco BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,7 408 8,7 5,4 x 11,6 x 1,8 147

EXTRAS Cabo USB, fone de ouvido P2, extensor com controles em uma presilha, caneta stylus PREÇO (R$) (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

2 144

8,6 7,8

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O N97 recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de Marcas 2009

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aparelhos I N97

O N97 ENCARA A CONCORRÊNCIA? Recursos de primeira colocam o smartphone da Nokia no páreo contra o iPhone e o Android POR POR MARCO AURÉLIO ZANNI E LUIZ CRUZ

O

lhando apenas os recursos e a configuração do hardware, não é exagero dizer que o N97 é o smartphone mais completo da atualidade. Por ser o primeiro aparelho da Nokia a apostar na combinação de QWERTY deslizante e tela sensível ao toque, ele já teria credenciais para brigar com iPhone e Android. Mas, além da lista obrigatória para um gadget da categoria, que inclui Wi-Fi, 3G, Bluetooth e GPS, o modelo parte para o apelo com seus 32 GB e uma fantástica câmera de 5,4 MP. Em linhas gerais, o aparelho é fantástico, com interface melhorada em relação à de seus antecessores da série N. Só uma coisa poderia melhorar: o processador, de apenas 434 MHz. O clock mais baixo provoca certa lentidão quando há muitos aplicativos abertos. Mas após avaliarmos o conjunto da obra, tiramos uma conclusão: mesmo tão poderoso, o N97 ainda não está

no mesmo nível de seus grandes rivais. E tudo porque o Symbian S60, aqui em sua quinta versão, tem cara de ultrapassado perto dos sistemas operacionais da Apple e do Google. Ou vai dizer que uma interface que exige barra de rolagem e canetinha stylus é o suprassumo da inovação? O esforço na personalização da tela principal valeu a pena, mas deixou muitas informações juntas e confusas. E, para chegar às aplicações nos menus internos, às vezes você precisa de vários cliques. Agora, o maior problema ainda são os programas com letras pequenas, como o navegador, embora o zoom com o dedo e o direcional físico ajudem muito. Justiça seja feita, algumas coisas estão bem legais nessa versão do Symbian. A tela principal tem vários widgets personalizáveis. Porém, essa interface não parece feita para atalhos, e sim para RSS, bem ao estilo do iGoogle. E-mails, feeds e informações so-

bre a temperatura ficam muito bem na telinha. Já o acesso aos aplicativos é mais intuitivo pelo bom e velho menu da Nokia, com o botão físico prateado localizado abaixo do display. A maioria dos aplicativos está muito bem adaptada à interface do N97. O Facebook é um ótimo exemplo — sua divisão por abas facilita a navegação e permite ao usuário deslizar o dedo sobre a tela para rolar a página. O AccuWeather é outro programa que aproveita bem o touch screen. Ele informa a temperatura em diversas cidades do mundo e tem visual simples, mas bonito.

ALÉM DE TOUCH, É WIDESCREEN A Nokia foi quem melhor juntou touch screen e teclado físico. Primeiro, porque o acabamento do N97 é impecável. As peças que fazem a tela deslizar são bem resistentes e não fazem barulho durante o movimento. A carcaça emborrachada proporciona uma pegada excelente. Ele não é tão fino quanto o iPhone, mas cabe tranquilamente no bolso. E o teclado físico, embora não seja dos maiores, tem botões bem espaçados. Em poucos segundos, você já está adaptado. A segunda bola dentro da Nokia para fazer o aparelho funcionar bem na horizontal foi colocar nele uma tela de 3,5 polegadas widescreen. Como ela tem brilho acima da média e resolução de 640 por 360 pixels, é uma maravilha para assistir a filmes e navegar pela web com o aparelho “deitado”. No YouTube, com dois toques sobre o vídeo, você enxerga o clipe em tela inteira. Outra aplicação que cai bem nesse display é o Nokia Maps. A tela não é capacitiva, e sim resistiva. Mesmo assim, responde muito bem. Outros detalhes do N97 merecem citação. Um deles é a função Remote Lock, que bloqueia o aparelho se você mandar uma mensagem SMS com um código criado previamente. O sensor de movimento também tem outra utilidade, além de girar a tela. Quando o telefone toca e você o posiciona

com a tela para baixo, ele entra em modo silencioso. No quesito diversão, o único recurso mais avançado é a câmera, que produz fotos excelentes até quando o ambiente não está muito iluminado. Afinal, lentes Carl Zeiss e flash duplo de LED ajudam muito. Outra coisa legal é o transmissor FM. Ele permite transferir o áudio diretamente do aparelho para o rádio, usando uma frequência livre. O destaque final vai para a bateria. Nos testes com chamadas de voz, o aparelho aguentou bravamente por 6 horas e 48 minutos, um dos melhores resultados entre os smartphones touch screen — só perdeu para o Samsung Omnia, que conseguiu o espetacular resultado de 10 horas e 32 minutos.

N97 FABRICANTE

Nokia

CONFIGURAÇÃO

8,9

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Symbian S60 5 edição ARM 11 434 MHz 128/256/32 768 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP) e A-GPS 8,2 Sim 360 x 640 (7,7 x 4,4 cm de tela com proporção 16:9) 16 milhões 3,5 Sim Sim, mas não tem teclas para os números Sim (telefone) 8,2

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, WAV, AAC+, WMV, RealVideo e MP4 Sim (RDS) B RÁDIO FM Rádio online, podcasts, gravador de voz, B OUTROS RECURSOS DE loja de música online e transmissor FM. MÚSICA E VÍDEO 5 megapixels — 2 592 x 1 944 (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480 (vídeos) com LED flash duplo e autofoco BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,7 408 8,7 5,4 x 11,6 x 1,8 147

EXTRAS Cabo USB, fone de ouvido P2, extensor com controles em uma presilha, caneta stylus PREÇO (R$) (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

2 144

8,6 7,8

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O N97 recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de Marcas 2009

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aparelhos I GT810h

LG + WINDOWS MOBILE = GT810H Modelo touch screen tijolinho é para quem ainda gosta da caneta stylus POR MARCO AURÉLIO ZANNI

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abe a fantástica interface em cubo em 3D, no melhor estilo iPhone, do LG Arena? Para a infelicidade de quem viu e gostou do jeitão do GT810h, aquele sistema operacional intuitivo deu lugar neste brinquedo prateado ao velho conhecido Windows Mobile 6.1 — ou seja, pode se preparar para andar por aí com a canetinha stylus entre os dedos. A parte boa é que a cara do Windows nesse aparelho foi bastante modificada. Ela permite colocar vários widgets na tela inicial, facilitando o acesso aos principais serviços da internet. Com a barra do Google instalada, por exemplo, é possível acessar Gmail, YouTube e Google Maps com um toque. Os menus também ganharam botões grandes e mais fáceis de acessar somente com os dedos, mas a solução não ficou tão elegante quanto a usada por concorrentes, como o Motorola A3100. Além de ter um visual mais pobre, lembrando os PDAs antigos, falta ao GT810h uma ferramenta externa melhor do que o botão lateral para navegação pelos ícones.

100% WINDOWS Embora os menus personalizados da tela inicial passem uma maquiagem no sistema, basta entrar em qualquer aplicativo para perceber que não é possível mexer no smartphone sem usar a canetinha. A interface funciona no mesmo esquema do Windows para desktop, ou seja, com janelas e menu Iniciar. Apenas alguns programas baixados pela internet não exigem o uso da pequena barra de rolagem, permitindo que se arraste o dedo ou a caneta para rolar a tela. Em geral, as letras ficam pequenas até para enxergar, então imagine o sufoco para manipular as listas com a unha do indicador. O GT810h permite visualizar e editar arquivos do Word, do Excel e do PowerPoint pelo Office Mobile. Os arquivos ficam organizados em pastas fáceis de manipular, mas os programas mostram poucos caracteres

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por linha, dificultando a leitura. Quando está na horizontal, o teclado QWERTY é grande. Ele até permitiria a digitação com os dedos, mas a sensibilidade da tela de 3 polegadas não é das melhores, pois é preparada para a stylus. Já o teclado vertical é mais difícil de mexer por ter duas letras por tecla. Só não temos reclamações quanto ao numérico, que é bem espaçoso. Para quem está acostumado a navegar na web usando o iPhone, Nokia ou Android, o Internet Explorer do GT810h é uma decepção. Ele não ajusta as páginas a uma só coluna nem permite que o usuário dê zoom no site com movimento de pinça ou duplo clique. Ou seja, é limitado para visualizar endereços que não são preparados para celular. A melhor escolha é baixar outro browser, como o Opera. O maior problema do navegador foi que ele travou muitas vezes quando tentávamos acessar sites pesados. E esse não foi o único aplicativo a apresentar problemas. O PowerPoint, por exemplo, parou de funcionar algumas vezes. A solução foi pressionar o botão reset na lateral (sim, é uma versão do Ctrl + Alt + Del para celulares). O maior atrativo são as configurações avançadas. Ele suporta redes 3G e tem Wi-Fi e Bluetooth. Outros recursos de smartphones sofisticados também estão aqui, como o acelerômetro. Porém, quando se gira o aparelho, ele não identifica a nova posição imediatamente. O equipamento vem com antena GPS, que funciona bem no Google Maps, mas não possui software de navegação ou mapas de cidades brasileiras.

MEDIA PLAYER DECENTE Nas funções de tocador, o smartphone vai bem, fora as as limitações já citadas. A interface do Windows Media Player é idêntica à da versão para desktop. Como é preciso usar a caneta para escolher as faixas, o aparelho não é muito prático no metrô, por exemplo. O som dos fones e do falante externo tem boa qualidade, com uma pequena distorção nos volumes mais altos. A câmera de 3 MP possui algumas funções interessantes, como foco automático, mas não tem flash. O design agrada principalmente quem não tem medo de chamar a atenção na rua. Agora, num celular grande assim, bem que poderia ter espaço para encaixar a caneta. Para quem fica muito tempo na rua, a duração da bateria também poderia ser melhor. Em nossos testes com chamadas de voz, o GT810h trabalhou por apenas 317 minutos.

GT810H FABRICANTE

LG

CONFIGURAÇÃO

7,2

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Windows Mobile 6.1 Qualcomm MSM7201A, 528 MHz 128/256/1 024 (microSD) 3G, Wi-Fi, Bluetooth 6,5 Sim 240 x 400 262 mil cores 3,0 Sim Não Sim 7,4

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO BMP, JPG, AAC, WMA, MP3, WAV, MID, AVI, WMV, MP4 e 3GP Sim B RÁDIO FM Vídeos sem limite de tempo, opção B OUTROS RECURSOS DE com/sem áudio MÚSICA E VÍDEO 3.0 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) B CÂMERA PRINCIPAL com autofoco, foto panorâmica, temporizador, efeitos de cor e equalizador de branco BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,0 317 8,0 5,5 x 10,6 x 1,6 120

EXTRAS Cabo USB e fone de ouvido PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

740

7,2 8,0

(1) Plano Claro 120 3G (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I Curve 8900

UM BLACKBERRY MAIS DESCOLADO Smartphone da RIM emagreceu e ganhou em diversão, mas não perdeu a classe POR MARCO AURÉLIO ZANNI E FERNANDO WIEK

S

e você é um executivo que usa o smartphone para trabalhar, pelo menos um detalhe pode impedir que goste de um BlackBerry Bold: o estilo gordinho, com direito a acabamento com pedaço de couro tão grosseiro quanto banco de Fusca. Foi pensando em gente mais descolada que a RIM fez o Curve 8900, um aparelho meio centímetro mais fino, os mesmos recursos de produtividade, mais opções de diversão e suporte a conexões sem fio, embora não seja um aparelho 3G. As maiores diferenças entre o Bold e o Curve 8900 estão no hardware. Mais modesto, o Curve 8900 vem com processador de 512 MHz, em vez de 624 MHz. A memória interna também cai de 1 GB para 256 MB — ou seja, o usuário tem de se virar apenas com o cartão microSD de 1 GB. E, para ficar mais enxuto, o aparelho também perdeu 0,2 polegada na tela, que aqui tem 2,4 polegadas. Após o regime de emagrecimento, o smartphone com QWERTY mais fino da marca reduziu sua espessura para 1,2 centímetro, enquanto o irmão mais velho tem 1,8 centímetro. A parte boa é que o encolhimento do celular não prejudicou o conforto na hora de teclar. Durante os testes do INFOLAB, conseguimos digitar com os dois polegares sem problemas. No software, a única diferença importante entre Bold e Curve 8900 é que o novo modelo vem com uma versão de testes para o leitor de arquivos do Office. Com a limitação, você consegue editar textos, planilhas e apresentações apenas por um mês. Depois desse período, é necessário comprar o software. Felizmente, esse BlackBerry mantém os menus intuitivos e o imbatível sistema de e-mails. Basta digitar seu endereço eletrônico que o aparelho busca as configurações automaticamente.

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PRA FALAR MAIS TEMPO Uma evolução importante, para usuários corporativos ou não, está na autonomia do aparelho. Sua bateria aguentou 416 minutos durante chamadas de voz, enquanto o Bold ficou ligado por 391 minutos. Talvez seja consequência da tela um pouco menor. Isso não quer dizer que o desempenho dele foi impressionante. Um Nokia E71, por exemplo, trabalhou por 694 minutos aqui no INFOLAB.

BLACKBERRY CURVE 8900 FABRICANTE

RIM

CONFIGURAÇÃO

7,3

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

BLACKBERRY TAMBÉM É DIVERSÃO Para abraçar também o consumidor final, e não apenas os usuários corporativos, o Curve 8900 ganhou alguns recursos de entretenimento. A câmera dele possui 3,2 megapixels, enquanto a do Bold é de 2 MP. Ela tem ainda algumas funções interessantes, como flash embutido, foco automático e estabilizador de imagem, que garante fotos menos tremidas. Outra coisa legal é o geotagging: ao dar um clique, o smartphone utiliza o GPS para armazenar as coordenadas do local onde você está. Para completar, o aparelho tem acesso direto ao Facebook e ao Flickr, permitindo o envio de fotos pela internet com alguns comandos. A interface para o controle de músicas não teve modificações, assim como as conexões. O modelo suporta Bluetooth com o padrão A2DP (ou seja, aceita fones sem fio e consegue enviar e receber arquivos). Outro ponto positivo é a entrada para fones comuns, no formato P2. Embora tenha GPS, o Curve 8900 não possui um software de navegação. Ou seja, se você quiser orientações em tempo real, precisa comprar um programa com mapas das cidades brasileiras.

© FOTOS MARCELO KURA

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

BlackBerry OS 4.6 Não identificado (512 MHz) 128/256/1 024 (microSD) EDGE, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), GPS 7,8 Não 480 x 360 65 mil 2,4 Não Sim Não 7,5

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA9/10, AAC/+, WMV3, MPEG4, H.264, H263, DivX 4 e DivX 5/6 (parcial), XviD (parcial) Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,2 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) com B CÂMERA PRINCIPAL LED flash, autofoto e estabilizador de imagem BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,2 416 8,3 6,0 x 10,9 x 1,2 111

EXTRAS Fonte, cabo USB, adaptador para cartão SD e fone de ouvido PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

1 864

7,6 7,3

(1) Preço médio para os planos Estilo 100, da Claro, e Infinity 120, da TIM (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I Curve 8900

UM BLACKBERRY MAIS DESCOLADO Smartphone da RIM emagreceu e ganhou em diversão, mas não perdeu a classe POR MARCO AURÉLIO ZANNI E FERNANDO WIEK

S

e você é um executivo que usa o smartphone para trabalhar, pelo menos um detalhe pode impedir que goste de um BlackBerry Bold: o estilo gordinho, com direito a acabamento com pedaço de couro tão grosseiro quanto banco de Fusca. Foi pensando em gente mais descolada que a RIM fez o Curve 8900, um aparelho meio centímetro mais fino, os mesmos recursos de produtividade, mais opções de diversão e suporte a conexões sem fio, embora não seja um aparelho 3G. As maiores diferenças entre o Bold e o Curve 8900 estão no hardware. Mais modesto, o Curve 8900 vem com processador de 512 MHz, em vez de 624 MHz. A memória interna também cai de 1 GB para 256 MB — ou seja, o usuário tem de se virar apenas com o cartão microSD de 1 GB. E, para ficar mais enxuto, o aparelho também perdeu 0,2 polegada na tela, que aqui tem 2,4 polegadas. Após o regime de emagrecimento, o smartphone com QWERTY mais fino da marca reduziu sua espessura para 1,2 centímetro, enquanto o irmão mais velho tem 1,8 centímetro. A parte boa é que o encolhimento do celular não prejudicou o conforto na hora de teclar. Durante os testes do INFOLAB, conseguimos digitar com os dois polegares sem problemas. No software, a única diferença importante entre Bold e Curve 8900 é que o novo modelo vem com uma versão de testes para o leitor de arquivos do Office. Com a limitação, você consegue editar textos, planilhas e apresentações apenas por um mês. Depois desse período, é necessário comprar o software. Felizmente, esse BlackBerry mantém os menus intuitivos e o imbatível sistema de e-mails. Basta digitar seu endereço eletrônico que o aparelho busca as configurações automaticamente.

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PRA FALAR MAIS TEMPO Uma evolução importante, para usuários corporativos ou não, está na autonomia do aparelho. Sua bateria aguentou 416 minutos durante chamadas de voz, enquanto o Bold ficou ligado por 391 minutos. Talvez seja consequência da tela um pouco menor. Isso não quer dizer que o desempenho dele foi impressionante. Um Nokia E71, por exemplo, trabalhou por 694 minutos aqui no INFOLAB.

BLACKBERRY CURVE 8900 FABRICANTE

RIM

CONFIGURAÇÃO

7,3

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

BLACKBERRY TAMBÉM É DIVERSÃO Para abraçar também o consumidor final, e não apenas os usuários corporativos, o Curve 8900 ganhou alguns recursos de entretenimento. A câmera dele possui 3,2 megapixels, enquanto a do Bold é de 2 MP. Ela tem ainda algumas funções interessantes, como flash embutido, foco automático e estabilizador de imagem, que garante fotos menos tremidas. Outra coisa legal é o geotagging: ao dar um clique, o smartphone utiliza o GPS para armazenar as coordenadas do local onde você está. Para completar, o aparelho tem acesso direto ao Facebook e ao Flickr, permitindo o envio de fotos pela internet com alguns comandos. A interface para o controle de músicas não teve modificações, assim como as conexões. O modelo suporta Bluetooth com o padrão A2DP (ou seja, aceita fones sem fio e consegue enviar e receber arquivos). Outro ponto positivo é a entrada para fones comuns, no formato P2. Embora tenha GPS, o Curve 8900 não possui um software de navegação. Ou seja, se você quiser orientações em tempo real, precisa comprar um programa com mapas das cidades brasileiras.

© FOTOS MARCELO KURA

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

BlackBerry OS 4.6 Não identificado (512 MHz) 128/256/1 024 (microSD) EDGE, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), GPS 7,8 Não 480 x 360 65 mil 2,4 Não Sim Não 7,5

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA9/10, AAC/+, WMV3, MPEG4, H.264, H263, DivX 4 e DivX 5/6 (parcial), XviD (parcial) Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,2 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) com B CÂMERA PRINCIPAL LED flash, autofoto e estabilizador de imagem BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,2 416 8,3 6,0 x 10,9 x 1,2 111

EXTRAS Fonte, cabo USB, adaptador para cartão SD e fone de ouvido PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

1 864

7,6 7,3

(1) Preço médio para os planos Estilo 100, da Claro, e Infinity 120, da TIM (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I Magic

COM O DNA DO GOOGLE Com Android, HTC Magic é uma beleza para navegar na web POR MARCO AURÉLIO ZANNI

A

o ver o Android pela primeira vez, muita gente deve ter imaginado que ele faria o maior estrago numa carcaça estilo do iPhone. Pois o competente, porém desengonçado, HTC G1 ganhou um irmão fininho e sem teclado físico para estragar a elegância. O nome dele é Magic, mas pode chamar de G2. Afinal, a evolução não ficou só no design. Mais rápido e com mudanças sutis na interface, o smartphone com sistema operacional do Google está pronto para desembarcar no Brasil. Ou melhor, quase pronto. Testamos uma versão beta nacional. Alterações de hardware e software vão acontecer até o lançamento, mas falta pouco para o aparelho ficar redondinho. Começando pelo que está na parte de dentro, o celular saltou de 192 para 288 MB de memória RAM. Isso o deixou visivelmente mais rápido em atividades como mostrar o menu principal, abrir programas, carregar páginas da web e, principalmente, girar a tela para visualizar aplicativos na vertical. No INFOLAB, o cronômetro constatou: o tempo de boot de um minuto e quatro segundos do G1 caiu para 53 segundos no Magic (e, convenhamos, os dois são tempos altos). Em bateria, o Magic também se saiu melhor: 381 minutos durante ligações, contra 266 minutos do G1. Para compensar a ausência do QWERTY do G1, o teclado virtual do Magic ficou mais espaçoso. O método para predição de palavras também ganhou em eficiência. Os cinco botões físicos na base continuam fundamentais para a navegação (na versão final serão seis), pois os menus não possuem opção para voltar à tela anterior, por exemplo. Além de ganhar no brilho e na nitidez, o display do Magic exibe 16 milhões de cores, contra 65 mil do G1. A sensibilidade continua ótima, e as funções também são iguais em ambos. Ou seja, nada de comandos de pinça para dar zoom no navegador ou nas fotos. O tamanho de 3,2 polegadas garante liberdade para arrastar e soltar atalhos.

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Magic-Mat11.indd 30-31

© FOTOS MARCELO KURA

Infelizmente, o HTC Magic testado não veio com o Android Market na memória. Por isso, não pudemos baixar e instalar novos programas nele. Mas deu para perceber que alguns dos aplicativos mais usados no dia a dia, como calendário, agenda e contatos, ficaram mais acessíveis. No G1, era preciso apertar várias vezes um botão físico para abrir os menus contextuais que deslizam sobre a tela. No G2, eles continuam existindo, mas a página principal desses programas já exibe algumas informações, praticamente eliminando a necessidade dos submenus. O aplicativo de e-mail também ganhou um belo upgrade. Agora, além de aceitar contas POP3 e IMAP, ele suporta o Microsoft Exchange, permitindo a sincronização de mensagens e contatos com o Outlook. Ponto para o Android no ambiente corporativo. Outra coisa que faz diferença para esse público é o Quickoffice nativo para visualizar documentos do Office. Porém, não é possível editar planilhas, textos e apresentações. A navegação pela web não teve nenhum avanço, mas continua com diversos recursos, como bloqueio de pop-up e cookies. Ah, o browser ainda ignora as páginas em flash, como o do iPhone. Dando uma olhadinha na lista de software inclusa no HTC Magic, não foi difícil concluir que essa não será a versão disponível nas lojas brasileiras. Afinal, não estavam incluídos serviços como Google Maps, Street View e GTalk. E o principal chamariz do sistema operacional é justamente a integração fácil com eles, o que se traduz numa tremenda experiência de web 2.0 no bolso (a HTC confirmou que a versão para o Brasil chegará com o Google Mobile Services).

AGORA CABE NO BOLSO Já era possível carregar o G1 no bolso do jeans. Mas ele ficava desconfortável. O Magic é mais arredondado e menor que o iPhone. Uma pequena curvatura na base deixa a boca próxima do microfone nas chamadas de voz. Certamente não é só por isso, mas a qualidade das chamadas surpreendeu. Outra novidade nessa carcaça é a entrada para cartão microSD (um modelo de 1 GB vem junto) dentro, e não na lateral. Mesmo assim, o acesso a ele é facílimo, pois basta arrastar a tampa traseira para abri-la. Terminados os testes, concluímos que a maior limitação do Android continua sendo o quesito multimídia. A câmera de 3,2 megapixels até possui boa qualidade, mas não tem flash. O aparelho também

não é capaz de gravar vídeos. Ou seja, ele apenas toca arquivos de música e filmes. Uma novidade é que seu Bluetooth suporta AD2P, permitindo o uso de fone sem fio para ouvir músicas. O acesso fácil ao YouTube é uma maravilha, mas o Google ainda fica devendo uma interface caprichada para ser usada quando o aparelho estiver offline.

MAGIC FABRICANTE

HTC

CONFIGURAÇÃO B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES

Android Qualcomm MSM7200A, 528 MHz 288/512/1GB 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP) e GPS

USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL

Sim 320 x 480 16 milhões 3,2 Sim Não Sim

DIVERSÃO B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO AAC, AAC+, AMR-NB, MP3, WMA, WAV, AAC-LC, MIDI, OGG, MP4 e 3GP Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3.2 MP – 2 048 x 1 536 (fotos) e 320 x B CÂMERA PRINCIPAL 240 (vídeos) com autofoco BATERIA B TEMPO DE USO (MIN)

381

DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

10,2 x 5,5 x 1,8 116

EXTRAS Cabo USB, fones de ouvido PREÇO (R$)(1)

1 651

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado, na versão importada

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aparelhos I Magic

COM O DNA DO GOOGLE Com Android, HTC Magic é uma beleza para navegar na web POR MARCO AURÉLIO ZANNI

A

o ver o Android pela primeira vez, muita gente deve ter imaginado que ele faria o maior estrago numa carcaça estilo do iPhone. Pois o competente, porém desengonçado, HTC G1 ganhou um irmão fininho e sem teclado físico para estragar a elegância. O nome dele é Magic, mas pode chamar de G2. Afinal, a evolução não ficou só no design. Mais rápido e com mudanças sutis na interface, o smartphone com sistema operacional do Google está pronto para desembarcar no Brasil. Ou melhor, quase pronto. Testamos uma versão beta nacional. Alterações de hardware e software vão acontecer até o lançamento, mas falta pouco para o aparelho ficar redondinho. Começando pelo que está na parte de dentro, o celular saltou de 192 para 288 MB de memória RAM. Isso o deixou visivelmente mais rápido em atividades como mostrar o menu principal, abrir programas, carregar páginas da web e, principalmente, girar a tela para visualizar aplicativos na vertical. No INFOLAB, o cronômetro constatou: o tempo de boot de um minuto e quatro segundos do G1 caiu para 53 segundos no Magic (e, convenhamos, os dois são tempos altos). Em bateria, o Magic também se saiu melhor: 381 minutos durante ligações, contra 266 minutos do G1. Para compensar a ausência do QWERTY do G1, o teclado virtual do Magic ficou mais espaçoso. O método para predição de palavras também ganhou em eficiência. Os cinco botões físicos na base continuam fundamentais para a navegação (na versão final serão seis), pois os menus não possuem opção para voltar à tela anterior, por exemplo. Além de ganhar no brilho e na nitidez, o display do Magic exibe 16 milhões de cores, contra 65 mil do G1. A sensibilidade continua ótima, e as funções também são iguais em ambos. Ou seja, nada de comandos de pinça para dar zoom no navegador ou nas fotos. O tamanho de 3,2 polegadas garante liberdade para arrastar e soltar atalhos.

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© FOTOS MARCELO KURA

Infelizmente, o HTC Magic testado não veio com o Android Market na memória. Por isso, não pudemos baixar e instalar novos programas nele. Mas deu para perceber que alguns dos aplicativos mais usados no dia a dia, como calendário, agenda e contatos, ficaram mais acessíveis. No G1, era preciso apertar várias vezes um botão físico para abrir os menus contextuais que deslizam sobre a tela. No G2, eles continuam existindo, mas a página principal desses programas já exibe algumas informações, praticamente eliminando a necessidade dos submenus. O aplicativo de e-mail também ganhou um belo upgrade. Agora, além de aceitar contas POP3 e IMAP, ele suporta o Microsoft Exchange, permitindo a sincronização de mensagens e contatos com o Outlook. Ponto para o Android no ambiente corporativo. Outra coisa que faz diferença para esse público é o Quickoffice nativo para visualizar documentos do Office. Porém, não é possível editar planilhas, textos e apresentações. A navegação pela web não teve nenhum avanço, mas continua com diversos recursos, como bloqueio de pop-up e cookies. Ah, o browser ainda ignora as páginas em flash, como o do iPhone. Dando uma olhadinha na lista de software inclusa no HTC Magic, não foi difícil concluir que essa não será a versão disponível nas lojas brasileiras. Afinal, não estavam incluídos serviços como Google Maps, Street View e GTalk. E o principal chamariz do sistema operacional é justamente a integração fácil com eles, o que se traduz numa tremenda experiência de web 2.0 no bolso (a HTC confirmou que a versão para o Brasil chegará com o Google Mobile Services).

AGORA CABE NO BOLSO Já era possível carregar o G1 no bolso do jeans. Mas ele ficava desconfortável. O Magic é mais arredondado e menor que o iPhone. Uma pequena curvatura na base deixa a boca próxima do microfone nas chamadas de voz. Certamente não é só por isso, mas a qualidade das chamadas surpreendeu. Outra novidade nessa carcaça é a entrada para cartão microSD (um modelo de 1 GB vem junto) dentro, e não na lateral. Mesmo assim, o acesso a ele é facílimo, pois basta arrastar a tampa traseira para abri-la. Terminados os testes, concluímos que a maior limitação do Android continua sendo o quesito multimídia. A câmera de 3,2 megapixels até possui boa qualidade, mas não tem flash. O aparelho também

não é capaz de gravar vídeos. Ou seja, ele apenas toca arquivos de música e filmes. Uma novidade é que seu Bluetooth suporta AD2P, permitindo o uso de fone sem fio para ouvir músicas. O acesso fácil ao YouTube é uma maravilha, mas o Google ainda fica devendo uma interface caprichada para ser usada quando o aparelho estiver offline.

MAGIC FABRICANTE

HTC

CONFIGURAÇÃO B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES

Android Qualcomm MSM7200A, 528 MHz 288/512/1GB 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP) e GPS

USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL

Sim 320 x 480 16 milhões 3,2 Sim Não Sim

DIVERSÃO B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO AAC, AAC+, AMR-NB, MP3, WMA, WAV, AAC-LC, MIDI, OGG, MP4 e 3GP Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3.2 MP – 2 048 x 1 536 (fotos) e 320 x B CÂMERA PRINCIPAL 240 (vídeos) com autofoco BATERIA B TEMPO DE USO (MIN)

381

DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

10,2 x 5,5 x 1,8 116

EXTRAS Cabo USB, fones de ouvido PREÇO (R$)(1)

1 651

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado, na versão importada

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aparelhos I E75

FININHO E COM QWERTY Com 3G, Wi-Fi e novo sistema de e-mail, o E75, da Nokia, manda bem no trabalho POR MARCO AURÉLIO ZANNI

A

Nokia viu no design dos torpedeiros Samsung Scrapy e LG Messenger um caminho para modernizar seus smartphones corporativos — e acertou de mão cheia. Quando fechado, o E75 tem cara de telefone comum, mas vira uma poderosa ferramenta de trabalho, com teclado QWERTY completo na vertical, quando aberto. O aparelho utiliza o novo aplicativo de e-mail da Nokia, navega em alta velocidade por 3G ou Wi-Fi e roda um sistema com recursos de E71, mas visual de N95. Promissor, não? O E75 ganhou tela de 2,4 polegadas (grande para uma carcaça desse tamanho) e teclado numérico pequeno, ficando fininho e comprido. Vale ressaltar a construção sólida, com chapa de metal na traseira. E, mesmo robusto assim e pesando 140 gramas, ele não incomoda no bolso da calça jeans. O mecanismo do teclado deslizante é mais forte que o usado nos concorrentes por causa do material mais nobre. E o teclado QWERTY possui botões grandes, proporcionando certo conforto ao digitar. É fácil mandar SMS,

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E75-Mat12.indd 32-33

escrever e-mails e até editar arquivos do Office. O problema é que não há relevo entre os botões, dificultando a identificação das letras somente pelo tato. Algumas vezes você acaba apertando duas teclas ao mesmo tempo. Agora, ruim mesmo é o teclado numérico. Seus botões ficam muito juntinhos, seguindo o padrão usado no N85.

E-MAIL MELHORADO O grande avanço do E75 em relação a seus antecessores é o sistema de e-mail mais esperto. É possível acessar várias contas e receber mensagens em todas elas ao mesmo tempo. O software é compatível com vários clientes, como Gmail, Yahoo!, Windows Live, Microsoft Exchange e Lotus Notes. No entanto, ele ainda possui algumas limitações: além de ser lento, você consegue apenas ler e responder as mensagens que chegam, mas não tem acesso direto à caixa de entrada. Você encontra no E75 os mesmos aplicativos dos demais aparelhos da série E. Dá para abrir do-

cumentos em PDF, compactar arquivos, fazer ligações por VoiP e traçar rotas usando o Nokia Maps (ao comprar o smartphone, ganha-se uma licença de seis meses). Um recurso importante para quem trabalha com o celular é a criptografia de dados gravados na memória ou num microSD. Colocando o cartão em outro celular, não é possível acessar o conteúdo protegido sem a chave de acesso. O navegador da Nokia não tem nada de espetacular, mas funciona bem. Ele suporta o Flash Lite 3.0 para acessar sites de vídeo como o YouTube. E um pequeno cursor faz o seu passeio pelas páginas, pulando de link em link. Se ajustasse as colunas à tela do celular, aí seria bem bacana. A performance geral do aparelho foi razoável, com uma certa lentidão para girar a telinha com o sensor de posição. Aliás, o E75 foi o primeiro modelo nesse formato com acelerômetro que passou por aqui. Os demais giravam a telinha apenas quando o teclado QWERTY estava aberto. Não sofremos nada para usar os programas. Nossa maior reclamação tem a ver com a qualidade das chamadas de voz, muito abaixo do esperado. Durante ligações de teste, percebemos engasgos o tempo todo. Quem estava do outro lado da linha também reclamou do eco excessivo.

O QUE MAIS TEM DE BOM Mesmo sendo mais voltado para usuários que trabalham com o smartphone, o E75 possui alguns recursos básicos de multimídia. Ele usa o tradicional player da Nokia para reproduzir músicas, que exibe as capas dos discos, mas não permite navegar por elas como o iPhone. O modelo tem sintonizador FM e um equalizador competente. Para quem gosta de andar com o celular no bolso ouvindo música, a entrada para fones P2 na parte de cima do aparelho é uma escolha acertada. O E75 tem uma câmera de 3,2 megapixels com flash bem potente e que marca a localização das fotos automaticamente, usando o receptor de GPS integrado. Há um editor para fazer coisas simples, como reduzir olhos vermelhos e ajustar o balanço de branco. O maior problema é a lentidão na hora de ajustar o foco antes do clique. Mesmo assim, dá para fazer fotos e também vídeos curtinhos com boa qualidade em ambientes bem iluminados. Você pode guardar tudo na memória interna de 50 MB ou no cartão microSD de 2 GB, que já

© FOTOS MARCELO KURA

veio junto com o modelo avaliado pelo INFOLAB. O smartphone suporta, no máximo, 16 GB. Uma reclamação vai para a baixa duração da bateria. Ela aguentou apenas 359 minutos durante chamadas, enquanto o E71 havia superado os 600 minutos. Se você é daqueles executivos que falam demais ao celular, é melhor carregar uma bateria extra.

E75 FABRICANTE

Nokia

CONFIGURAÇÃO

7,8

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Symbian S60 3º edição ARM 11 369 MHz Não identificado/85 MB/2GB 3G, Wi-Fi e Bluetooth (AD2P) 8,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Não 320 x 240 16 milhões 2,4 Sim Sim Não 7,8

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, WAV, RA, AAC, M4A, WMV, RV, MP4 e 3GP Sim B RÁDIO FM Rádio online, podcasts, gravador de voz B OUTROS RECURSOS DE e loja de música online. MÚSICA E VÍDEO 3.2 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480, 30 fps (vídeos) com led flash e opções com modo de cena BATERIA

7,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

359 7,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

8 x 11,2 x 1,4 140

EXTRAS Cabo USB PREÇO (R$)(1)

1 499

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

8,0 7,7

(1) Preço do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O E75 recebe 0,2 ponto na avaliação técinica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de Marcas 2009

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aparelhos I E75

FININHO E COM QWERTY Com 3G, Wi-Fi e novo sistema de e-mail, o E75, da Nokia, manda bem no trabalho POR MARCO AURÉLIO ZANNI

A

Nokia viu no design dos torpedeiros Samsung Scrapy e LG Messenger um caminho para modernizar seus smartphones corporativos — e acertou de mão cheia. Quando fechado, o E75 tem cara de telefone comum, mas vira uma poderosa ferramenta de trabalho, com teclado QWERTY completo na vertical, quando aberto. O aparelho utiliza o novo aplicativo de e-mail da Nokia, navega em alta velocidade por 3G ou Wi-Fi e roda um sistema com recursos de E71, mas visual de N95. Promissor, não? O E75 ganhou tela de 2,4 polegadas (grande para uma carcaça desse tamanho) e teclado numérico pequeno, ficando fininho e comprido. Vale ressaltar a construção sólida, com chapa de metal na traseira. E, mesmo robusto assim e pesando 140 gramas, ele não incomoda no bolso da calça jeans. O mecanismo do teclado deslizante é mais forte que o usado nos concorrentes por causa do material mais nobre. E o teclado QWERTY possui botões grandes, proporcionando certo conforto ao digitar. É fácil mandar SMS,

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escrever e-mails e até editar arquivos do Office. O problema é que não há relevo entre os botões, dificultando a identificação das letras somente pelo tato. Algumas vezes você acaba apertando duas teclas ao mesmo tempo. Agora, ruim mesmo é o teclado numérico. Seus botões ficam muito juntinhos, seguindo o padrão usado no N85.

E-MAIL MELHORADO O grande avanço do E75 em relação a seus antecessores é o sistema de e-mail mais esperto. É possível acessar várias contas e receber mensagens em todas elas ao mesmo tempo. O software é compatível com vários clientes, como Gmail, Yahoo!, Windows Live, Microsoft Exchange e Lotus Notes. No entanto, ele ainda possui algumas limitações: além de ser lento, você consegue apenas ler e responder as mensagens que chegam, mas não tem acesso direto à caixa de entrada. Você encontra no E75 os mesmos aplicativos dos demais aparelhos da série E. Dá para abrir do-

cumentos em PDF, compactar arquivos, fazer ligações por VoiP e traçar rotas usando o Nokia Maps (ao comprar o smartphone, ganha-se uma licença de seis meses). Um recurso importante para quem trabalha com o celular é a criptografia de dados gravados na memória ou num microSD. Colocando o cartão em outro celular, não é possível acessar o conteúdo protegido sem a chave de acesso. O navegador da Nokia não tem nada de espetacular, mas funciona bem. Ele suporta o Flash Lite 3.0 para acessar sites de vídeo como o YouTube. E um pequeno cursor faz o seu passeio pelas páginas, pulando de link em link. Se ajustasse as colunas à tela do celular, aí seria bem bacana. A performance geral do aparelho foi razoável, com uma certa lentidão para girar a telinha com o sensor de posição. Aliás, o E75 foi o primeiro modelo nesse formato com acelerômetro que passou por aqui. Os demais giravam a telinha apenas quando o teclado QWERTY estava aberto. Não sofremos nada para usar os programas. Nossa maior reclamação tem a ver com a qualidade das chamadas de voz, muito abaixo do esperado. Durante ligações de teste, percebemos engasgos o tempo todo. Quem estava do outro lado da linha também reclamou do eco excessivo.

O QUE MAIS TEM DE BOM Mesmo sendo mais voltado para usuários que trabalham com o smartphone, o E75 possui alguns recursos básicos de multimídia. Ele usa o tradicional player da Nokia para reproduzir músicas, que exibe as capas dos discos, mas não permite navegar por elas como o iPhone. O modelo tem sintonizador FM e um equalizador competente. Para quem gosta de andar com o celular no bolso ouvindo música, a entrada para fones P2 na parte de cima do aparelho é uma escolha acertada. O E75 tem uma câmera de 3,2 megapixels com flash bem potente e que marca a localização das fotos automaticamente, usando o receptor de GPS integrado. Há um editor para fazer coisas simples, como reduzir olhos vermelhos e ajustar o balanço de branco. O maior problema é a lentidão na hora de ajustar o foco antes do clique. Mesmo assim, dá para fazer fotos e também vídeos curtinhos com boa qualidade em ambientes bem iluminados. Você pode guardar tudo na memória interna de 50 MB ou no cartão microSD de 2 GB, que já

© FOTOS MARCELO KURA

veio junto com o modelo avaliado pelo INFOLAB. O smartphone suporta, no máximo, 16 GB. Uma reclamação vai para a baixa duração da bateria. Ela aguentou apenas 359 minutos durante chamadas, enquanto o E71 havia superado os 600 minutos. Se você é daqueles executivos que falam demais ao celular, é melhor carregar uma bateria extra.

E75 FABRICANTE

Nokia

CONFIGURAÇÃO

7,8

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Symbian S60 3º edição ARM 11 369 MHz Não identificado/85 MB/2GB 3G, Wi-Fi e Bluetooth (AD2P) 8,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Não 320 x 240 16 milhões 2,4 Sim Sim Não 7,8

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, WAV, RA, AAC, M4A, WMV, RV, MP4 e 3GP Sim B RÁDIO FM Rádio online, podcasts, gravador de voz B OUTROS RECURSOS DE e loja de música online. MÚSICA E VÍDEO 3.2 MP — 2 048 x 1 536 (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480, 30 fps (vídeos) com led flash e opções com modo de cena BATERIA

7,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

359 7,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

8 x 11,2 x 1,4 140

EXTRAS Cabo USB PREÇO (R$)(1)

1 499

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

8,0 7,7

(1) Preço do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O E75 recebe 0,2 ponto na avaliação técinica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de Marcas 2009

DIC A S INFO I 33

05.09.09 01:15:39


aparelhos I E63

SOB MEDIDA PARA JOVENS O magrelo E63, da Nokia, tem acabamento emborrachado e manda bem no trabalho POR MARCO AURÉLIO ZANNI

O

s velhos smartphones da Nokia com jeitão de calculadora deram lugar a aparelhos leves e fininhos. O E71, uma poderosa ferramenta de trabalho com um centímetro de espessura, é dessa safra. Sua versão mais modesta, o E63, é feita sob medida para quem deseja um aparelho com teclado físico completo, mas vai no máximo enviar mensagens instantâneas e torpedos, acessar e-mail e dar uma navegada com velocidade decente. Junte a recursos o acabamento emborrachado na cor azul, e aí está o chamariz para o público jovem. No quesito design, o irmão menor é mais estiloso, mas menos robusto. O azulzinho é também 0,3 centímetro mais espesso — sim, é uma diferença pequena, mas o suficiente para produzir desconforto quando está no bolso da calça jeans. A tela, ruim de brilho, tem 2,3 polegadas, com resolução de 320 por 240 pixels, valor dentro do padrão para essa categoria. Ao ligarmos o E63, a primeira impressão foi a de que era bem mais rápido que outros modelos avançados da Nokia. Mas ele usa o mesmo processador (ARM 11 de 369 MHz) e sistema operacional (Symbian OS 9.2) do E71. O aparelho fica devendo alguns recursos importantes, como o cartão microSD de 2 GB — e, para piorar, a memória interna é de apenas 120 MB. Também fica faltando o GPS, porém, usando a rede celular com a tecnologia de triangulação de antenas é possível acessar o serviço Nokia Maps. Pelo menos o smartphone está em dia na conectividade, com Wi-Fi 802.11g e suporte a redes 3G. Exatamente como no E71, as teclas do E63 também ficam juntinhas, dando a impressão de que a tarefa de digitar um e-mail inteiro deve ser maçante. Mas os botões chanfrados facilitam o trabalho, e após poucos minutos de uso você já está acostumado. No fim das contas, o teclado é bom. Os atalhos para home, calendário, contatos e men-

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© FOTOS MARCELO KURA

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sagens facilitam ainda mais a vida de quem precisa de agilidade na hora de navegar pelos menus. Alguns detalhes do celular ganharam um upgrade. A entrada para o fone no formato P2, por exemplo, saiu da lateral e agora fica na parte de cima. O problema é que a Nokia colocou nesse slot uma capinha minúscula, que pode ser facilmente perdida. Ainda no quesito música, a fabricante piorou uma coisa: o controle de volume, antes na lateral, precisa de duas teclas para ser acionado. A câmera também é mais fraquinha que a do E71. Ela tem apenas 2 MP em vez de 3,2 MP. É um bom quebra-galho, mas não agrada quem é mais exigente. Um recurso que não está presente nesse aparelho é e o acesso direto a serviços como Flickr, Ovi e Voix, que permitiria enviar as imagens para a web logo depois do ém clique. Alguns ajustes básicos de cor e brilho também fazem falta. Uma coisa bacana da câmera é que o flash pertar de LED pode ser usado como lanterna. Basta apertar a barra de espaço por alguns segundos.

FEITO PARA TRABALHAR Nos testes de sincronização de arquivos e contatos com o programa Nokia PC Suite, o smartphone mandou muito bem e foi veloz. Nem fez a velha bobagem de trocar os campos do Outlook. Configurar uma conta de e-mail também é facílimo, pois um assistente dá aquela força na hora de cadastrar o endereço. Porém, a atualização da caixa de entrada foi bem lenta, mesmo quando estávamos conectados a um link rápido, via Wi-Fi. Resumindo, o aparelho é mais chatinho que um BlackBerry para mexer numa caixa postal, mas é competente. Entre os outros recursos que melhoram a produtividade do E63 está o QuickOffice, que abre e edita textos, planilhas e apresentações. Também há leitor de PDF, compactador de arquivos e até dicionário. Um recurso importante é a criptografia de dados gravados na memória ou num microSD. O navegador da Nokia não é espetacular, mas funciona bem. Ele suporta o Flash Lite 3.0 para acessar sites de vídeo como o YouTube. E um pequeno cursor faz seu passeio pelas páginas. Se ajustasse as colunas à tela, aí seria bem bacana. Mas a maior decepção foi quanto à bateria de lítio polímero. O uso dessa tecnologia não se traduz em boa durabilidade — o aparelho suportou 304 minutos em chamada, enquanto a autonomia do E71 havia superado os 600 minutos.

E63 FABRICANTE

Nokia

CONFIGURAÇÃO

7,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Symbian OS 9.2, Series 60 v3.1 ARM 11 369 MHz Não identificada/120/Não tem 3G, Wi-Fi e Bluetooth (AD2P) 7,5

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Não 320 x 240 16 milhões 2,4 Não Sim Não 7,3

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, MPEG-4, H.264, WMV, RealVideo e Flash video Sim B RÁDIO FM Rádio online, podcasts, gravador de voz B OUTROS RECURSOS DE e loja de música online MÚSICA E VÍDEO 2 MP — 1 600 x 1 200 (fotos) e 320 x 240 B CÂMERA PRINCIPAL (vídeos) com flash BATERIA

6,8

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

304 8,0

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,9 x 11,3 x 1,3 126

EXTRAS Vem com fone Bluetooth Nokia BH-102, carregador de carro e cabo USB PREÇO (R$)(1)

999

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

7,7 7,9

(1) Preço do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (15%). O E63 recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de Marcas 2009

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aparelhos I A3100

O A3100 MERECE UMA CHANCE? Smartphone da Motorola usa Windows Mobile personalizado, mas não vive sem a canetinha POR MARCO AURÉLIO ZANNI

P

egue uma carcaça com tela sensível ao toque, no estilo do iPhone, e coloque aquela bolinha que comanda os BlackBerry. Agora instale um sistema operacional feito para os velhos computadores de mão, mas não se esqueça de recauchutar o visual. O resultado é esse que você está esperando mesmo: um aparelho com cara de novo, mas interface ultrapassada, ressuscitando a indesejada canetinha stylus. Antes de xingar quem fez o A3100, conhecido lá fora como Atila, dê uma chance para o novo filho da Motorola, pois ele tem lá seus encantos. A Motorola tratou de criar um menu mais bacaninha para seu smartphone baseado no Windows Mobile 6.1. E fez isso com alguma competência, colocando botões grandes nas telas de entrada para facilitar o acesso com o dedo aos principais aplicativos. A feliz ideia da trackball melhora um pouco mais a experiência com o sistema, principalmente nos programas com ícones minúsculos (ou seja, quase todos). Porém, embora haja opções de configuração, a sensibilidade do círculo não é das melhores. Na hora de digitar, só usando a caneta mesmo, pois o teclado virtual é pequeno demais. Se você tiver muita paciência é até possível escrever com os polegares, quando a tela estiver em formato paisagem. Mas o melhor é apelar para o bom reconhecimento de escrita. Até porque, como o aparelho não possui acelerômetro, você precisa segurar o botão End se quiser virar a tela. O problema não é ficar esperando três segundos, mas sim acabar desligando a conexão de dados acidentalmente. O maior transtorno em todas as implementações está na lentidão do sistema. A culpa nem é da interface touch screen, que até responde bem. O problema está no próprio hardware, que bota a língua para fora quando muitos aplicativos estão abertos ao mesmo tempo. Outra decepção está na escolha da Motorola

36 I DI C AS IN FO

A3100-Mat14.indd 36-37

zoom com dois toques do indicador. Outra boa sacada foi incluir serviços pré-configurados. Tem previsão do tempo, leitor de feeds com notícias do UOL e acesso às redes do YouTube, Orkut, Facebook e Google Maps. Com 3G ou Wi-Fi tudo funciona muito bem. Uma ótima função para o telefone é a de navegador, usando o software Destinator, já embarcado. Com ele, o motorista recebe comandos de voz a cada curva quando estiver dentro do carro, com o GPS ligado. O programa é fácil de usar, mostra bem as ruas em seu redor e não exige o pagamento de uma licença, como o Nokia Maps. Para completar, o modelo vem com endereço e telefone de 35 mil estabelecimentos no país, um conteúdo fornecido pelo Guia Quatro Rodas. Se o negócio for editar e visualizar arquivos do Office, o smartphone tem o competente Documents To Go. Se a sua praia for apenas falar com estilo, a qualidade de voz é muito boa no A3100. Só não dá para tagarelar demais, pois a bateria do brinquedo não resiste muito. Durante os testes, ela suportou apenas 354 minutos enquanto realizávamos diversas chamadas no INFOLAB. Para quem ouve música pelo celular, uma decepção é a falta de antena para sintonizar rádios FM. Pelo menos o aparelho usa interface P2 para o fone de ouvido — e ela fica bem na parte de cima. Embora não seja um camerafone, o aparelho também não faz feio quando o assunto é sair clicando. Sua câmera é de 3 megapixels, com resolução máxima de 2 048 por 1 536 pixels. Por um aplicativo simples, você manda a foto diretamente por e-mail ou para sua página no orkut.

A3100 FABRICANTE

Motorola

CONFIGURAÇÃO

7,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

pela tela QVGA, com resolução de 320 por 240 pixels, deixando o smartphone com cara de velho. A vantagem do A3100 em relação a outros smartphones que rodam o Windows Mobile está nos aplicativos. No quesito navegação, você não fica refém do fraco Internet Explorer, pois o aparelho vem com o Opera instalado. Além de ajustar as páginas à tela, seguindo o exemplo do Safari, o browser permite dar

© FOTOS MARCELO KURA

O design do A3100 não é muito sofisticado, mas o aparelho não deixa de ser bonitinho. Na frente é parecido com o iPhone da Apple, e atrás possui acabamento em aço escovado. Da construção ninguém pode reclamar. Ao pegar o aparelho, você nota que ele é forte. Mas isso se reflete também no peso de 118 gramas, um pouco acima da média. Outra coisa chata é que os poucos botões são irritantemente pequenos, e sem nenhum motivo aparente. Incluímos aí o Send, o End e o Liga/Desliga, alcançado somente por sua unha. Quanto às conexões, duas queixas: o slot para microSD fica mal posicionado abaixo da tampa traseira (mas você não precisa tirar a bateria para mexer no cartão), e a tampa da conexão microUSB é bem ruim de encaixar.

3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 7,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

CONSTRUÇÃO DECENTE

Windows Mobile 6.1 Pro Qualcomm MSM7201A (528 MHz) 256/128/1 024 (microSD)

Sim 240 x 320 65 mil 2,8 Não Não Sim 7,4

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO WMA, MP3, AAC, AAC+, MIDI, AMR, H.263, H.264, MPEG-4, 3GP e MP4 Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,0 MP — 2 048 x 1 536 com flash, B CÂMERA PRINCIPAL balanço de branco, molduras, temporizadas e efeitos BATERIA

7,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

304 7,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,9 x 11 x 1,3 118

EXTRAS Carregador veicular PREÇO (R$)(1)

1 111

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

7,4 7,6

(1) Média dos planos Claro 3G 120 e Vivo Escolha 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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05.09.09 01:20:23


aparelhos I A3100

O A3100 MERECE UMA CHANCE? Smartphone da Motorola usa Windows Mobile personalizado, mas não vive sem a canetinha POR MARCO AURÉLIO ZANNI

P

egue uma carcaça com tela sensível ao toque, no estilo do iPhone, e coloque aquela bolinha que comanda os BlackBerry. Agora instale um sistema operacional feito para os velhos computadores de mão, mas não se esqueça de recauchutar o visual. O resultado é esse que você está esperando mesmo: um aparelho com cara de novo, mas interface ultrapassada, ressuscitando a indesejada canetinha stylus. Antes de xingar quem fez o A3100, conhecido lá fora como Atila, dê uma chance para o novo filho da Motorola, pois ele tem lá seus encantos. A Motorola tratou de criar um menu mais bacaninha para seu smartphone baseado no Windows Mobile 6.1. E fez isso com alguma competência, colocando botões grandes nas telas de entrada para facilitar o acesso com o dedo aos principais aplicativos. A feliz ideia da trackball melhora um pouco mais a experiência com o sistema, principalmente nos programas com ícones minúsculos (ou seja, quase todos). Porém, embora haja opções de configuração, a sensibilidade do círculo não é das melhores. Na hora de digitar, só usando a caneta mesmo, pois o teclado virtual é pequeno demais. Se você tiver muita paciência é até possível escrever com os polegares, quando a tela estiver em formato paisagem. Mas o melhor é apelar para o bom reconhecimento de escrita. Até porque, como o aparelho não possui acelerômetro, você precisa segurar o botão End se quiser virar a tela. O problema não é ficar esperando três segundos, mas sim acabar desligando a conexão de dados acidentalmente. O maior transtorno em todas as implementações está na lentidão do sistema. A culpa nem é da interface touch screen, que até responde bem. O problema está no próprio hardware, que bota a língua para fora quando muitos aplicativos estão abertos ao mesmo tempo. Outra decepção está na escolha da Motorola

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zoom com dois toques do indicador. Outra boa sacada foi incluir serviços pré-configurados. Tem previsão do tempo, leitor de feeds com notícias do UOL e acesso às redes do YouTube, Orkut, Facebook e Google Maps. Com 3G ou Wi-Fi tudo funciona muito bem. Uma ótima função para o telefone é a de navegador, usando o software Destinator, já embarcado. Com ele, o motorista recebe comandos de voz a cada curva quando estiver dentro do carro, com o GPS ligado. O programa é fácil de usar, mostra bem as ruas em seu redor e não exige o pagamento de uma licença, como o Nokia Maps. Para completar, o modelo vem com endereço e telefone de 35 mil estabelecimentos no país, um conteúdo fornecido pelo Guia Quatro Rodas. Se o negócio for editar e visualizar arquivos do Office, o smartphone tem o competente Documents To Go. Se a sua praia for apenas falar com estilo, a qualidade de voz é muito boa no A3100. Só não dá para tagarelar demais, pois a bateria do brinquedo não resiste muito. Durante os testes, ela suportou apenas 354 minutos enquanto realizávamos diversas chamadas no INFOLAB. Para quem ouve música pelo celular, uma decepção é a falta de antena para sintonizar rádios FM. Pelo menos o aparelho usa interface P2 para o fone de ouvido — e ela fica bem na parte de cima. Embora não seja um camerafone, o aparelho também não faz feio quando o assunto é sair clicando. Sua câmera é de 3 megapixels, com resolução máxima de 2 048 por 1 536 pixels. Por um aplicativo simples, você manda a foto diretamente por e-mail ou para sua página no orkut.

A3100 FABRICANTE

Motorola

CONFIGURAÇÃO

7,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

pela tela QVGA, com resolução de 320 por 240 pixels, deixando o smartphone com cara de velho. A vantagem do A3100 em relação a outros smartphones que rodam o Windows Mobile está nos aplicativos. No quesito navegação, você não fica refém do fraco Internet Explorer, pois o aparelho vem com o Opera instalado. Além de ajustar as páginas à tela, seguindo o exemplo do Safari, o browser permite dar

© FOTOS MARCELO KURA

O design do A3100 não é muito sofisticado, mas o aparelho não deixa de ser bonitinho. Na frente é parecido com o iPhone da Apple, e atrás possui acabamento em aço escovado. Da construção ninguém pode reclamar. Ao pegar o aparelho, você nota que ele é forte. Mas isso se reflete também no peso de 118 gramas, um pouco acima da média. Outra coisa chata é que os poucos botões são irritantemente pequenos, e sem nenhum motivo aparente. Incluímos aí o Send, o End e o Liga/Desliga, alcançado somente por sua unha. Quanto às conexões, duas queixas: o slot para microSD fica mal posicionado abaixo da tampa traseira (mas você não precisa tirar a bateria para mexer no cartão), e a tampa da conexão microUSB é bem ruim de encaixar.

3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 7,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

CONSTRUÇÃO DECENTE

Windows Mobile 6.1 Pro Qualcomm MSM7201A (528 MHz) 256/128/1 024 (microSD)

Sim 240 x 320 65 mil 2,8 Não Não Sim 7,4

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO WMA, MP3, AAC, AAC+, MIDI, AMR, H.263, H.264, MPEG-4, 3GP e MP4 Não B RÁDIO FM Não B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 3,0 MP — 2 048 x 1 536 com flash, B CÂMERA PRINCIPAL balanço de branco, molduras, temporizadas e efeitos BATERIA

7,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

304 7,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,9 x 11 x 1,3 118

EXTRAS Carregador veicular PREÇO (R$)(1)

1 111

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

7,4 7,6

(1) Média dos planos Claro 3G 120 e Vivo Escolha 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

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aparelhos I N85

O N85 DÁ UM BAILE NO N95? Aparelho da Nokia inclui uma respeitável lista de recursos em corpo menor e mais elegante POR MARCO AURÉLIO ZANNI

S

urgem smartphones sensíveis ao toque às pencas e mesmo assim equipamentos como o insensível e tijolão N95 continuam sendo amados por muita gente. Se você tem a mesma opinião, vai gostar de saber que o N85, outro produto da Nokia, dá o mesmo show de recursos, mas tem corpo menor, mais leve e elegante, com um acabamento arredondado e material sofisticado. O lado ruim é que o aparelho é um pouco mais lento. Para ficar meio centímetro mais fino, o smartphone adota basicamente duas mudanças estratégicas. Em vez de memória flash interna, ele usa um cartão microSD com os mesmos 8 GB e deixa apenas 78 MB dentro do telefone. Infelizmente, não dá para colocar um cartão maior, pois o equipamento não suporta. É exatamente o oposto do que a Nokia havia feito para ganhar em armazenamento na segunda geração do N95. A outra novidade está na tela de 2,6 polegadas, agora com a tecnologia OLED. Além de garantir uma evolução considerável em quesitos como brilho e definição, o material ocupa menos espaço.

Se a tela dos smartphones série N da Nokia ainda não é sensível ao toque, pelo menos o botão central do N85 agora é. Ele permite fazer movimentos circulares, como num iPod, ajudando na seleção dos menus. É uma novidade interessante, mas pelas características do sistema operacional esse controle não é dos mais intuitivos para o usuário. Além disso, sua sensibilidade precisa melhorar muito para evitar imprecisões. No formato, o aparelho mantém uma das características que fizeram o sucesso do N95: o teclado deslizante, mostrando números de um lado e controles multimídia do outro. Mas se a dificuldade para digitar era um ponto fraco, aqui ficou ainda pior. A base do teclado não tem a ondulação e também não há uma separação notável entre os botões, confundindo até quem é fera em produzir mensagens SMS só pelo tato. O ideal é apelar para a sugestão de caracteres. Como agora todos os controles multimídia são iluminados e não possuem relevo, eles se apagam com a tela para economizar energia após algum tempo sem

uso e dificultam a identificação das funções. O mesmo vale para alguns botões da parte da frente, que não respondem muito bem na navegação pelos menus. Neste caso, a solução do N95 era melhor, com teclas separadas para cada função. No mais, a única reclamação sobre o hardware fica para o slot microSD, que possui uma tampa frágil e dificulta a retirada do cartão, principalmente para quem tem dedos grandes. O grande mérito da Nokia com o N85 foi oferecer uma versão light do N95 sem diminuir o arsenal de recursos. As características mais amadas pelos donos daquele smartphone estão aqui — navegação em alta velocidade por redes 3G com HSDPA ou usando uma conexão Wi-Fi, câmera de 5 MP com lente Carl Zeiss e sistema para receber sinais de satélite para GPS. As fotos clicadas no INFOLAB apresentaram a mesma qualidade, permitindo impressões até maiores que o tradicional 10 por 15 centímetros. Mas a câmera teve dois avanços importantes: ganhou uma proteção para a lente e um flash mais potente. Ela tem sete modos de foto e opções para ajustar exposição, sensibilidade e controle de branco. Um bom diferencial é a conexão P2, que serve tanto para áudio como para vídeo composto. Ou seja, dá para ligar o aparelho na TV e curtir seus vídeos caseiros. A plataforma do N85 é ótima para quem deseja um copiloto virtual. Mas ele vem com uma licença de apenas seis meses para o Nokia Maps. Uma mancada é a falta do carregador veicular, importante para quem usa muito o GPS, tradicionalmente um grande devorador de bateria.

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© FOTOS MARCELO KURA

Nokia

CONFIGURAÇÃO

8,9

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

AUTONOMIA REDUZIDA Uma reclamação dos usuários dos aparelhos da série N é a baixa autonomia da bateria. Esse ponto é ainda mais crítico no N95. Nos testes, o aparelho ficou vivo por apenas 417 minutos durante chamadas de voz. Mas essa não é a maior decepção. O principal ponto fraco é a lentidão do sistema. Isso é um efeito colateral da memória RAM menor (72 MB em vez de 128 MB) e da substituição do espaço interno de armazenamento por um cartão microSD. Mas não é nada muito irritante. Conseguimos assistir sem travadas ao filme Batman — O Cavaleiro das Trevas, que vem no cartão de memória. Porém, quando se abrem várias funções, o sistema mantém todas rodando de fundo, provocando mais atravancadas. Para evitar isso e curtir os recursos multimídia basta fechas todos os aplicativos antes.

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N85 FABRICANTE

Symbian OS 9.3, S60 3.2 ARM 11 369 MHz 74 / 78 / 8 GB (microSD) GSM/3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 7,4 Não 240 x 320 16 milhões 2,6/OLED Sim Não Não 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, MPEG-4, H.264, WMV, RealVideo e Flash video Sim B RÁDIO FM Saída para TV B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 5 MP — 2 592 x 1 944 pixels (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480 pixels e 30 fps (vídeos), autofoco e LED flash BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,2 417 8,7 5,0 x 1,6 x 10,3 129

EXTRAS Não PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

1 237

8,0 7,9

(1) Média dos planos Claro estilo 100 e Vivo Escolha 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O N85 recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de marcas 2009

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05.09.09 01:21:35


aparelhos I N85

O N85 DÁ UM BAILE NO N95? Aparelho da Nokia inclui uma respeitável lista de recursos em corpo menor e mais elegante POR MARCO AURÉLIO ZANNI

S

urgem smartphones sensíveis ao toque às pencas e mesmo assim equipamentos como o insensível e tijolão N95 continuam sendo amados por muita gente. Se você tem a mesma opinião, vai gostar de saber que o N85, outro produto da Nokia, dá o mesmo show de recursos, mas tem corpo menor, mais leve e elegante, com um acabamento arredondado e material sofisticado. O lado ruim é que o aparelho é um pouco mais lento. Para ficar meio centímetro mais fino, o smartphone adota basicamente duas mudanças estratégicas. Em vez de memória flash interna, ele usa um cartão microSD com os mesmos 8 GB e deixa apenas 78 MB dentro do telefone. Infelizmente, não dá para colocar um cartão maior, pois o equipamento não suporta. É exatamente o oposto do que a Nokia havia feito para ganhar em armazenamento na segunda geração do N95. A outra novidade está na tela de 2,6 polegadas, agora com a tecnologia OLED. Além de garantir uma evolução considerável em quesitos como brilho e definição, o material ocupa menos espaço.

Se a tela dos smartphones série N da Nokia ainda não é sensível ao toque, pelo menos o botão central do N85 agora é. Ele permite fazer movimentos circulares, como num iPod, ajudando na seleção dos menus. É uma novidade interessante, mas pelas características do sistema operacional esse controle não é dos mais intuitivos para o usuário. Além disso, sua sensibilidade precisa melhorar muito para evitar imprecisões. No formato, o aparelho mantém uma das características que fizeram o sucesso do N95: o teclado deslizante, mostrando números de um lado e controles multimídia do outro. Mas se a dificuldade para digitar era um ponto fraco, aqui ficou ainda pior. A base do teclado não tem a ondulação e também não há uma separação notável entre os botões, confundindo até quem é fera em produzir mensagens SMS só pelo tato. O ideal é apelar para a sugestão de caracteres. Como agora todos os controles multimídia são iluminados e não possuem relevo, eles se apagam com a tela para economizar energia após algum tempo sem

uso e dificultam a identificação das funções. O mesmo vale para alguns botões da parte da frente, que não respondem muito bem na navegação pelos menus. Neste caso, a solução do N95 era melhor, com teclas separadas para cada função. No mais, a única reclamação sobre o hardware fica para o slot microSD, que possui uma tampa frágil e dificulta a retirada do cartão, principalmente para quem tem dedos grandes. O grande mérito da Nokia com o N85 foi oferecer uma versão light do N95 sem diminuir o arsenal de recursos. As características mais amadas pelos donos daquele smartphone estão aqui — navegação em alta velocidade por redes 3G com HSDPA ou usando uma conexão Wi-Fi, câmera de 5 MP com lente Carl Zeiss e sistema para receber sinais de satélite para GPS. As fotos clicadas no INFOLAB apresentaram a mesma qualidade, permitindo impressões até maiores que o tradicional 10 por 15 centímetros. Mas a câmera teve dois avanços importantes: ganhou uma proteção para a lente e um flash mais potente. Ela tem sete modos de foto e opções para ajustar exposição, sensibilidade e controle de branco. Um bom diferencial é a conexão P2, que serve tanto para áudio como para vídeo composto. Ou seja, dá para ligar o aparelho na TV e curtir seus vídeos caseiros. A plataforma do N85 é ótima para quem deseja um copiloto virtual. Mas ele vem com uma licença de apenas seis meses para o Nokia Maps. Uma mancada é a falta do carregador veicular, importante para quem usa muito o GPS, tradicionalmente um grande devorador de bateria.

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© FOTOS MARCELO KURA

Nokia

CONFIGURAÇÃO

8,9

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

AUTONOMIA REDUZIDA Uma reclamação dos usuários dos aparelhos da série N é a baixa autonomia da bateria. Esse ponto é ainda mais crítico no N95. Nos testes, o aparelho ficou vivo por apenas 417 minutos durante chamadas de voz. Mas essa não é a maior decepção. O principal ponto fraco é a lentidão do sistema. Isso é um efeito colateral da memória RAM menor (72 MB em vez de 128 MB) e da substituição do espaço interno de armazenamento por um cartão microSD. Mas não é nada muito irritante. Conseguimos assistir sem travadas ao filme Batman — O Cavaleiro das Trevas, que vem no cartão de memória. Porém, quando se abrem várias funções, o sistema mantém todas rodando de fundo, provocando mais atravancadas. Para evitar isso e curtir os recursos multimídia basta fechas todos os aplicativos antes.

38 I DIC DI C AS INFO IN FO

N85 FABRICANTE

Symbian OS 9.3, S60 3.2 ARM 11 369 MHz 74 / 78 / 8 GB (microSD) GSM/3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 7,4 Não 240 x 320 16 milhões 2,6/OLED Sim Não Não 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, MPEG-4, H.264, WMV, RealVideo e Flash video Sim B RÁDIO FM Saída para TV B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 5 MP — 2 592 x 1 944 pixels (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480 pixels e 30 fps (vídeos), autofoco e LED flash BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

7,2 417 8,7 5,0 x 1,6 x 10,3 129

EXTRAS Não PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

1 237

8,0 7,9

(1) Média dos planos Claro estilo 100 e Vivo Escolha 90 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%). O N85 recebe 0,2 ponto adicional na avaliação técnica devido ao desempenho da Nokia na Pesquisa INFO de marcas 2009

DIC A S INFO I 39

05.09.09 01:21:35


aparelhos I Arena KM900f

BELO CLONE DO iPHONE Arena, da LG, não tem vergonha de ser um iClone sofisticado POR MARCO AURÉLIO ZANNI E AIRTON LOPES

V

ocê já deve estar cansado de ver comparações entre o iPhone e outros aparelhos touch screen. Algumas são mesmo descabidas, pois smartphones têm públicos e perfis diferentes, e não é apenas a tecnologia usada na tela que determina isso. Mas neste caso não tem jeito: o Arena KM900f, da LG, não tem vergonha de ser um iClone sofisticado — e um dos mais impressionante entre os vários já avaliados pelo INFOLAB, tanto pelos recursos como pela interface caprichada. O que faz você lembrar de cara do aparelho da Apple é a tela inicial com botões coloridos no mesmo estilo. A LG batizou de S-Class esse visual com pitadas de terceira dimensão. Mas a grande novidade do modelo é o uso de múltiplas áreas de trabalho. Trata-se de um esquema bonito e funcional no formato de um cubo 3D, que permite configurar quatro telas diferentes para contatos, aplicativos, mídia e widgets.

40 I DI C AS INFO IN FO

ArenaKM900f-Mat16.indd 40-41

É uma maravilha passear pelos menus alternando entre elas, pois basta deslizar o dedo lateralmente. E a tela de 3 polegadas responde bem aos comandos. Também é facílimo montar áreas de trabalho personalizadas. Na página dedicada às mídias, por exemplo, dá para jogar músicas e fotos, que são exibidos em imagens no estilo Cover Flow. Se os contatos da sua agenda estiverem relacionados com fotos, as imagens também serão mostradas para facilitar a identificação e deixar o visual ainda mais bacana. Esse monte de frescurinhas na interface obviamente exige uma plataforma competente. Eis o problema: embora o aparelho tenha uma espécie de acelerador gráfico no hardware, o sistema fica bem lento em algumas tarefas. Quando você está usando o Arena na posição vertical e precisa colocá-lo na horizontal para digitar um texto, por exemplo, o acelerômetro demora para reconhecer o movimento e não gira a tela instan-

© FOTOS MARCELO KURA

taneamente. Durante os testes, também não foram raras as vezes em que congelou momentaneamente, deixando de responder aos toques na tela. O teclado virtual até que funciona bem. Ele tem um tamanho adequado e fica disponível na maioria das aplicações com o aparelho na horizontal. Em poucos segundos você já se acostuma e consegue até digitar com velocidade. Quando o smartphone está na vertical, o teclado fica semelhante aos usados em celulares simples, com mais de uma letra por tecla. As críticas ficam para o tempo de resposta a cada botão pressionado. O browser é quase idêntico ao do Renoir e do Scarlet. A principal diferença é o método para ampliar a tela. Não é possível dar o zoom pressionando uma área qualquer. O Arena aceita apenas o comando dos dedos em formato de pinça, que também não é aquela maravilha. Pressionando a tela, a página volta ao normal. Porém, na hora de abrir algum link, é comum o telefone fazer o zoom out. Após um período de adaptação, isso pode até se resolver, mas o fato é que a navegação não é tão boa quanto a do Safari no iPhone. A vantagem é a possibilidade de copiar e colar textos.

MAIS DIVERTIDO QUE PRODUTIVO Não que o Arena tenha poucas ferramentas de produtividade, mas os recursos que ficam na cara e são mais impressionantes são os de diversão. O celular tem um player esperto, que mostra a capa do disco em execução. A qualidade do fone de ouvido, com conector P2, é boa, mas nada de outro mundo. Para melhorar, é possível usar o modo Dolby e um equalizador simples. Além de sintonizar rádios, o modelo permite mandar o som do celular para qualquer aparelho com receptor FM. O Bluetooth sem restrições e o espaço para armazenamento são outros atrativos para quem faz do celular um player de música e vídeo. São 8 GB de memória interna e mais um cartão microSD de 2 GB. A câmera de 5 MP com lente Schneider Kreuznach é de ótima qualidade e possui recursos bem legais, como estabilizador de imagem, detector de faces, geotagging e um foco automático que funciona direitinho. Todos os recursos mais avançados de conectividade estão no Arena, como 3G, Wi-Fi e GPS. O aparelho é compatível com o Google Maps, mas não vem com um programa de navegação para dar comandos de voz ao motorista em tempo real. O ponto que mais merece reclamação no smartphone é a baixa autonomia da bateria: durou apenas 215 minutos em chamadas de voz.

ARENA ENA KM900F FABRICANTE

LG

CONFIGURAÇÃO

8,2

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Proprietário (interface S-Class) Não divulgado Não divulgado/8 192/2 048 (microSD) 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 9,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Sim 480 x 800 16 milhões 3 Sim Não Sim 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO B RÁDIO FM B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO B CÂMERA PRINCIPAL BATERIA

MP3, WMA, AAC, MPEG-4, DivX e XviD Sim Transmissor de FM, saída para TV 5 MP — 2 560 x 1 920 (fotos) e 720 x 480 em 30 FPS (vídeo) com estabilizador de imagem, detecção de face e geotagging 6,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

215 8,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,5 x 10,6 x 1,2 108

EXTRAS Carregador veicular PREÇO (R$)(1)

1 899

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

8,3 7,7

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

DIC A S INFO I 41

05.09.09 01:23:12


aparelhos I Arena KM900f

BELO CLONE DO iPHONE Arena, da LG, não tem vergonha de ser um iClone sofisticado POR MARCO AURÉLIO ZANNI E AIRTON LOPES

V

ocê já deve estar cansado de ver comparações entre o iPhone e outros aparelhos touch screen. Algumas são mesmo descabidas, pois smartphones têm públicos e perfis diferentes, e não é apenas a tecnologia usada na tela que determina isso. Mas neste caso não tem jeito: o Arena KM900f, da LG, não tem vergonha de ser um iClone sofisticado — e um dos mais impressionante entre os vários já avaliados pelo INFOLAB, tanto pelos recursos como pela interface caprichada. O que faz você lembrar de cara do aparelho da Apple é a tela inicial com botões coloridos no mesmo estilo. A LG batizou de S-Class esse visual com pitadas de terceira dimensão. Mas a grande novidade do modelo é o uso de múltiplas áreas de trabalho. Trata-se de um esquema bonito e funcional no formato de um cubo 3D, que permite configurar quatro telas diferentes para contatos, aplicativos, mídia e widgets.

40 I DI C AS INFO IN FO

ArenaKM900f-Mat16.indd 40-41

É uma maravilha passear pelos menus alternando entre elas, pois basta deslizar o dedo lateralmente. E a tela de 3 polegadas responde bem aos comandos. Também é facílimo montar áreas de trabalho personalizadas. Na página dedicada às mídias, por exemplo, dá para jogar músicas e fotos, que são exibidos em imagens no estilo Cover Flow. Se os contatos da sua agenda estiverem relacionados com fotos, as imagens também serão mostradas para facilitar a identificação e deixar o visual ainda mais bacana. Esse monte de frescurinhas na interface obviamente exige uma plataforma competente. Eis o problema: embora o aparelho tenha uma espécie de acelerador gráfico no hardware, o sistema fica bem lento em algumas tarefas. Quando você está usando o Arena na posição vertical e precisa colocá-lo na horizontal para digitar um texto, por exemplo, o acelerômetro demora para reconhecer o movimento e não gira a tela instan-

© FOTOS MARCELO KURA

taneamente. Durante os testes, também não foram raras as vezes em que congelou momentaneamente, deixando de responder aos toques na tela. O teclado virtual até que funciona bem. Ele tem um tamanho adequado e fica disponível na maioria das aplicações com o aparelho na horizontal. Em poucos segundos você já se acostuma e consegue até digitar com velocidade. Quando o smartphone está na vertical, o teclado fica semelhante aos usados em celulares simples, com mais de uma letra por tecla. As críticas ficam para o tempo de resposta a cada botão pressionado. O browser é quase idêntico ao do Renoir e do Scarlet. A principal diferença é o método para ampliar a tela. Não é possível dar o zoom pressionando uma área qualquer. O Arena aceita apenas o comando dos dedos em formato de pinça, que também não é aquela maravilha. Pressionando a tela, a página volta ao normal. Porém, na hora de abrir algum link, é comum o telefone fazer o zoom out. Após um período de adaptação, isso pode até se resolver, mas o fato é que a navegação não é tão boa quanto a do Safari no iPhone. A vantagem é a possibilidade de copiar e colar textos.

MAIS DIVERTIDO QUE PRODUTIVO Não que o Arena tenha poucas ferramentas de produtividade, mas os recursos que ficam na cara e são mais impressionantes são os de diversão. O celular tem um player esperto, que mostra a capa do disco em execução. A qualidade do fone de ouvido, com conector P2, é boa, mas nada de outro mundo. Para melhorar, é possível usar o modo Dolby e um equalizador simples. Além de sintonizar rádios, o modelo permite mandar o som do celular para qualquer aparelho com receptor FM. O Bluetooth sem restrições e o espaço para armazenamento são outros atrativos para quem faz do celular um player de música e vídeo. São 8 GB de memória interna e mais um cartão microSD de 2 GB. A câmera de 5 MP com lente Schneider Kreuznach é de ótima qualidade e possui recursos bem legais, como estabilizador de imagem, detector de faces, geotagging e um foco automático que funciona direitinho. Todos os recursos mais avançados de conectividade estão no Arena, como 3G, Wi-Fi e GPS. O aparelho é compatível com o Google Maps, mas não vem com um programa de navegação para dar comandos de voz ao motorista em tempo real. O ponto que mais merece reclamação no smartphone é a baixa autonomia da bateria: durou apenas 215 minutos em chamadas de voz.

ARENA ENA KM900F FABRICANTE

LG

CONFIGURAÇÃO

8,2

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Proprietário (interface S-Class) Não divulgado Não divulgado/8 192/2 048 (microSD) 3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 9,0

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Sim 480 x 800 16 milhões 3 Sim Não Sim 8,6

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO B RÁDIO FM B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO B CÂMERA PRINCIPAL BATERIA

MP3, WMA, AAC, MPEG-4, DivX e XviD Sim Transmissor de FM, saída para TV 5 MP — 2 560 x 1 920 (fotos) e 720 x 480 em 30 FPS (vídeo) com estabilizador de imagem, detecção de face e geotagging 6,3

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

215 8,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,5 x 10,6 x 1,2 108

EXTRAS Carregador veicular PREÇO (R$)(1)

1 899

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

8,3 7,7

(1) Preço médio do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

DIC A S INFO I 41

05.09.09 01:23:12


aparelhos I BlackBerry Storm 9500

O STORM FAZ O LCD BRILHAR E

O BlackBerry Storm 9500, da RIM, dispensa o teclado físico POR AIRTON LOPES ntre todos os smartphones à iPhone, um dos que despertam mais curiosidade é o Storm 9500, da RIM, o primeiro BlackBerry a abrir mão do teclado QWERTY físico. Seu grande diferencial está no SurePress, isto é, na forma como são acionados os comandos pela tela de 3,2 polegadas. O usuário encosta o dedo para selecionar um item e, para executálo, pressiona a tela. O LCD responde fisicamente ao comando abaixando o display como um botão de mouse. A adaptação à tela clicável não é demorada. Apesar de a digitação ficar um pouco mais lenta, o teclado virtual aproveita bem a tela clicável. Dá para digitar numa boa usando as duas mãos no modo QWERTY, inclusive com os polegares. O QWERTY virtual fica disponível quando o Storm está na horizontal. Com o aparelho na vertical, quem aparece é aquele teclado QWERTY com duas letras por tecla. A adaptação do BlackBerry OS 4.7 para o touch screen ficou redonda. O visual e os belos menus são praticamente os mesmos, com a vantagem de que no Storm fica mais fácil mover os ícones e personalizar os menus arrastando itens pela tela. Além do ótimo sistema de e-mail e de um navegador aprimorado para exibir as páginas por inteiro, o Storm vem com o Documents To Go e aplicativos integrados para o Flickr, Facebook e Google Maps. Também chega pronto para teclar pelo Windows Live Messenger, Yahoo! Messenger, GTalk e BlackBerry Messenger. Seguindo os passos da Apple e do Google, a RIM abriu uma loja para reunir programas para seus smartphones, a App World. Normalmente coadjuvantes nos BlackBerrys, os recursos de som, vídeo e foto desta vez mostram serviço. A interface do player é benfeita. Só faz falta o rádio FM. A câmera de 3,2 MP funciona direitinho. A grande falha do Storm é a ausência do Wi-Fi. O usuário também terá de colocar a mão no bolso para usar o smartphone como navegador GPS, já que isso só é possível no Brasil com a instalação de mapas de terceiros.

42 I DI C AS I N FO

BlackBerryStorm 9500-Mat17.indd 42

BLACKBERRY STORM 9500 FABRICANTE

RIM

CONFIGURAÇÃO

8,5

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO B RÁDIO FM B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO B CÂMERA PRINCIPAL BATERIA B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN B L X A X P (CM) B PESO (G)

BlackBerry OS 4.7 Qualcomm (624 MHz) 128/1 024/8 192 3G, Bluetooth (A2DP), A-GPS 8,7 Sim 480 x 360 65 mil 3,2 Sim Não Sim 8,2 MP3, WMA, AAC, MPEG-4, H.264 e H.263 Não Não 3,2 MP com estabilizador de imagem 7,8 418 8,2 6,1 x 11,2 x 1,4 155

EXTRAS Não PREÇO (R$)(1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA(2) CUSTO/BENEFÍCIO

2 424

8,3 7,6

Média dos planos Claro Estilo 100 e TIM Infinity 120 (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

© FOTOS MARCELO KURA

05.09.09 01:24:21


aparelhos I iNNOV8 i8510L

SAMSUNG ? PARECE NOKIA O destaque do iNNOV8 i8510L, da Samsung, é a câmera fotográfica de 8 megapixels POR AIRTON LOPES

Q

ualquer semelhança entre o iNNOV8 i8510L, da Samsung, e o N95 8GB, da Nokia, não é mera coincidência. Processador, memória RAM e ROM, tamanho de tela e opções de conectividade são iguais. O sistema operacional Symbian também é praticamente o mesmo, só as versões são ligeiramente diferentes (9.3 no iNNOV8 e 9.2 no N95 8GB). O que o smartphone da Samsung tem de melhor é a câmera de 8 MP com flash dual-LED. A qualidade das imagens clicadas com ela é muito boa, sempre mantendo o aspecto natural da cena. Entre os camerafones testados pelo INFOLAB, o único que bate este modelo da Samsung é o Renoir, da LG. Quem gosta de gravar videoclipes pode registrá-los com resolução VGA. A câmera do iNNOV8 (lê-se inoveit) também mostra serviço dentro do escritório, fotografando cartões de visita. Um aplicativo de OCR se encarrega de identificar as informações do cartão e enviá-las para a agenda de contatos do smartphone. Outro recurso que torna o smartphone versátil até no trabalho é a possibilidade de editar arquivos do Office. O design do iNNOV8 chama a atenção pela robustez. Mas, em geral, o equipamento é simples. Na horizontal e de costas até parece uma câmera dedicada. Um detalhe bacana é o microtouch pad óptico — uma mão na roda que também está presente no Omnia. Por outro lado, o teclado liso e sem divisões físicas entre as teclas torna a digitação um pouco cansativa.

INNOV8 NOV8 I8510L FABRICANTE

Samsung

CONFIGURAÇÃO

9,1

B SISTEMA OPERACIONAL B PROCESSADOR B MEMÓRIA RAM/ROM/ CARTÃO (MB) B CONEXÕES USABILIDADE

Symbian 9.3 S60 ARM11 (330 MHz) 128/8 192/microSD GSM/3G, Wi-Fi, Bluetooth (A2DP), A-GPS 7,5

B TOUCH SCREEN B TELA (RESOLUÇÃO) B TELA (CORES) B TELA (POLEGADAS) B SENSOR(ES) B QWERTY FÍSICO B QWERTY VIRTUAL DIVERSÃO

Não 240 x 320 16 milhões 2,8 Sim Não Não 9,1

B FORMATOS DE ÁUDIO E VÍDEO MP3, WMA, AAC, RealAudio, DivX, MPEG-4, WMV, H.264, H.263 e RealMedia Sim B RÁDIO FM Saída para TV B OUTROS RECURSOS DE MÚSICA E VÍDEO 8 MP – 3 264 x 2 448 (fotos) e B CÂMERA PRINCIPAL 640 x 480 a 30 fps (vídeo) BATERIA

8,1

B TEMPO DE USO (MIN) DESIGN

578 7,9

B L X A X P (CM) B PESO (G)

5,4 x 10,6 x 1,7 140

EXTRAS Não PREÇO (R$)(1)

1 949

AVALIAÇÃO TÉCNICA CUSTO/BENEFÍCIO

(2)

8,2 7,6

Preço médio do aparelho desbloqueado (2) Avaliação técnica considerando os seguintes itens e respectivos pesos: Configuração (30%), Usabilidade (20%), Diversão (15%), Bateria (15%) e Design (20%)

© FOTOS MARCELO KURA

iNNOV8 i8510L-Mat18.indd 43

D I C AS I NFO I 43

05.09.09 01:25:16


aparelhos I celulares

PREFIRO UM CELULAR

Oito aparelhos para quem não exige o requinte dos smartphones POR AIRTON LOPES, MARCO AURÉLIO ZANNI E RENATA LEAL

PARA CHACOALHAR E CLICAR O W995, da Sony Ericsson, reúne o melhor das grifes Walkman e Cyber-shot para celulares e recursos de conectividade como 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com mapas e navegação orientada por voz. Nos recursos multimídia, o W995 agrada mais como um MP3 player com ótima interface, muito boa qualidade de som e opções. Ele permite controlar a reprodução usando botões dedicados na lateral ou simplesmente chacoalhando o aparelho. Um fone com plugue em padrão proprietário e função de cancelamento de ruídos externos acompanha o W995. Mas ele também tem conector P2 para receber fones comuns. Como câmera de 8,1 MP, o W995 clica bem, mas, tanto em qualidade de imagem como em velocidade de disparo (0,45 seg., em média), ele fica atrás de outros camerafones de última geração.

O TOUCH SCREEN BASICÃO Itens como Wi-Fi, 3G e GPS não fazem parte das especificações do Star S5230, da Samsung, mas o aparelho entrega uma interface surpreendente e divertida, com tela sensível ao toque, por 700 reais (ou até bem menos, dependendo do plano da operadora). Em termos de design, ele não deve muito aos smartphones topo de linha. O modelo recebe em tempo real informações da bolsa de valores, temperatura e atualizações de várias redes sociais, como Facebook e MySpace. Outros serviços da web também estão disponíveis para acesso rápido, como YouTube e Picasa. Tudo funciona direitinho e tem interface caprichada. O duro é acessar esse monte de serviços pela rede EDGE. O player de música do Star não deixa você sentir falta do iPod e a câmera de 3,2 megapixels entrega mais do que a maioria dos aparelhos nessa faixa de preço, incluindo detecção de sorrisos e produção de panorâmicas.

3G SISTEMA PROPRIETÁRIO 118/8 192 MB (ROM/M2) TELA DE 2,6” WI-FI GPS 8,1 MP DURAÇÃO DA BATERIA: 485 MIN. (VOZ) 1 849 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,1

CUSTO/BENEFÍCIO

GSM/EDGE

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,4

PIXELS PRA VALER A câmera é a principal estrela do Pixon M8800, o segundo celular da Samsung no Brasil com câmera de 8 MP e o primeiro com tela sensível ao toque. O design do aparelho e a facilidade de navegação pelos menus tornam o seu manuseio muito agradável para fotografar. Se quiser uma ajudinha extra da máquina, basta recorrer a recursos como reconhecimento de faces e sorrisos. Nos testes do INFOLAB, as fotos apresentaram muito boa qualidade e a velocidade do disparo foi de 0,38 segundo, em média. Outro ponto alto é o player de música e de vídeo, capaz de rodar DivX e XviD. Só que a bateria deixa a desejar. Mas a falha imperdoável é a falta de Wi-Fi. 33G SISTEMA PROPRIETÁRIO 200/1 024 MB TELA DE 3,2” GPS 8 MP DURAÇÃO DA BATERIA: 355 MIN. (VOZ) 1 524 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

44 I DIC DI C AS INFO IN FO

celulares-Mat19.indd 44-45

SISTEMA PROPRIETÁRIO

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

7,4

© FOTOS MARCELO KURA

7,5

50/1 024 MB (ROM/MICROSD)

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 3”

3,2 MP

93 G

DURAÇÃO DA BATERIA: 504 MIN. (VOZ)

699 REAIS (1)

7,5

O MENSAGEIRO Na guerra para conquistar os adolescentes, que trocam rios de mensagens de texto e gostam de usar redes sociais e MSN no celular, LG e Samsung lançaram aparelhos com esse foco. O Messenger GT 360, da LG, tem teclado QWERTY deslizante com teclas grandes e espaçadas. Para telefonar, os números surgem na tela sensível ao toque, que aceita toques apenas para essa função. A ausência de 3G e Wi-Fi não pesa tanto para o público-alvo desse aparelho. As configurações são básicas: a tela tem 2,4 polegadas e a câmera é de apenas 2 megapixels. O celular toca MP3 e alguns formatos de vídeo, além de ter rádio FM. GGSM/EDGE SISTEMA PROPRIETÁRIO 15/1 024 MB (ROM/ MICROSD) TELA DE 2,4” CÂMERA DE 2 MP 110 G DURAÇÃO DA BATERIA: 295 MIN. (VOZ) 582 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

7,4 DIC A S INFO I 45

05.09.09 01:50:47


aparelhos I celulares

PREFIRO UM CELULAR

Oito aparelhos para quem não exige o requinte dos smartphones POR AIRTON LOPES, MARCO AURÉLIO ZANNI E RENATA LEAL

PARA CHACOALHAR E CLICAR O W995, da Sony Ericsson, reúne o melhor das grifes Walkman e Cyber-shot para celulares e recursos de conectividade como 3G, Wi-Fi, Bluetooth e GPS com mapas e navegação orientada por voz. Nos recursos multimídia, o W995 agrada mais como um MP3 player com ótima interface, muito boa qualidade de som e opções. Ele permite controlar a reprodução usando botões dedicados na lateral ou simplesmente chacoalhando o aparelho. Um fone com plugue em padrão proprietário e função de cancelamento de ruídos externos acompanha o W995. Mas ele também tem conector P2 para receber fones comuns. Como câmera de 8,1 MP, o W995 clica bem, mas, tanto em qualidade de imagem como em velocidade de disparo (0,45 seg., em média), ele fica atrás de outros camerafones de última geração.

O TOUCH SCREEN BASICÃO Itens como Wi-Fi, 3G e GPS não fazem parte das especificações do Star S5230, da Samsung, mas o aparelho entrega uma interface surpreendente e divertida, com tela sensível ao toque, por 700 reais (ou até bem menos, dependendo do plano da operadora). Em termos de design, ele não deve muito aos smartphones topo de linha. O modelo recebe em tempo real informações da bolsa de valores, temperatura e atualizações de várias redes sociais, como Facebook e MySpace. Outros serviços da web também estão disponíveis para acesso rápido, como YouTube e Picasa. Tudo funciona direitinho e tem interface caprichada. O duro é acessar esse monte de serviços pela rede EDGE. O player de música do Star não deixa você sentir falta do iPod e a câmera de 3,2 megapixels entrega mais do que a maioria dos aparelhos nessa faixa de preço, incluindo detecção de sorrisos e produção de panorâmicas.

3G SISTEMA PROPRIETÁRIO 118/8 192 MB (ROM/M2) TELA DE 2,6” WI-FI GPS 8,1 MP DURAÇÃO DA BATERIA: 485 MIN. (VOZ) 1 849 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,1

CUSTO/BENEFÍCIO

GSM/EDGE

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,4

PIXELS PRA VALER A câmera é a principal estrela do Pixon M8800, o segundo celular da Samsung no Brasil com câmera de 8 MP e o primeiro com tela sensível ao toque. O design do aparelho e a facilidade de navegação pelos menus tornam o seu manuseio muito agradável para fotografar. Se quiser uma ajudinha extra da máquina, basta recorrer a recursos como reconhecimento de faces e sorrisos. Nos testes do INFOLAB, as fotos apresentaram muito boa qualidade e a velocidade do disparo foi de 0,38 segundo, em média. Outro ponto alto é o player de música e de vídeo, capaz de rodar DivX e XviD. Só que a bateria deixa a desejar. Mas a falha imperdoável é a falta de Wi-Fi. 33G SISTEMA PROPRIETÁRIO 200/1 024 MB TELA DE 3,2” GPS 8 MP DURAÇÃO DA BATERIA: 355 MIN. (VOZ) 1 524 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

44 I DIC DI C AS INFO IN FO

celulares-Mat19.indd 44-45

SISTEMA PROPRIETÁRIO

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

7,4

© FOTOS MARCELO KURA

7,5

50/1 024 MB (ROM/MICROSD)

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 3”

3,2 MP

93 G

DURAÇÃO DA BATERIA: 504 MIN. (VOZ)

699 REAIS (1)

7,5

O MENSAGEIRO Na guerra para conquistar os adolescentes, que trocam rios de mensagens de texto e gostam de usar redes sociais e MSN no celular, LG e Samsung lançaram aparelhos com esse foco. O Messenger GT 360, da LG, tem teclado QWERTY deslizante com teclas grandes e espaçadas. Para telefonar, os números surgem na tela sensível ao toque, que aceita toques apenas para essa função. A ausência de 3G e Wi-Fi não pesa tanto para o público-alvo desse aparelho. As configurações são básicas: a tela tem 2,4 polegadas e a câmera é de apenas 2 megapixels. O celular toca MP3 e alguns formatos de vídeo, além de ter rádio FM. GGSM/EDGE SISTEMA PROPRIETÁRIO 15/1 024 MB (ROM/ MICROSD) TELA DE 2,4” CÂMERA DE 2 MP 110 G DURAÇÃO DA BATERIA: 295 MIN. (VOZ) 582 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

7,4 DIC A S INFO I 45

05.09.09 01:50:47


MUSICAL E ANTENADO Como os demais membros da família, o MOTOROKR EM35, da Motorola, atrai pelos recursos musicais. Ele tem botões de controle de reprodução no corpo slider, conector P2 para fone e o sistema de navegação FastScroll, que é muito bom para explorar listas de músicas, mas não funciona em todos os menus. Uma novidade é a antena de FM interna, que dispensa o uso do fone de ouvido para essa função e permite ouvir rádio em fones Bluetooth. Outra, é a tecnologia Crystal Talk Plus, cuja função é atenuar os ruídos do ambiente durante os telefonemas, para que eles não cheguem junto com a voz do usuário para quem está do outro lado da linha. Nos testes, o recurso funcionou razoavelmente bem. A decepção é a navegação na web via EDGE.

BOM DE TECLAR O SGH-T459 Scrapy, da Samsung, não é 3G e não tem Wi-Fi ou GPS. Também não dá para considerá-lo um bom dublê de câmera ou MP3 player. Apesar disso, graças ao bom teclado QWERTY deslizante, pelo menos para a tribo dos viciados em mensagens, o celular Scrapy tem seus encantos. Nos testes do INFOLAB, o tecladinho agradou bastante na hora de digitar torpedos e papear no Windows Live Messenger. Pena que, diferentemente do observado nos menus do Scrapy, o tamanho das letras no Messenger é minúsculo. A bateria aguentou 304 minutos de conversação. GSM/EDGE/SISTEMA PROPRIETÁRIO

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,1

50/512 MB (ROM/MICROSD)

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 2,1”

1,3 MP

122 G S

GGSM/EDGE

MONTAVISTA LINUX 110/2 048 MB (ROM/MICROSD) TELA DE 2,2” 3,1 MP 115 G DURAÇÃO DA BATERIA: 430 MIN. (VOZ) E 629 MIN. (MÚSICA) 693 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

7,7

DURAÇÃO DA BATERIA: 304 MIN. (VOZ) 434 REAIS (1)

7,8

RENOIR, O FOTÓGRAFO O TVFONE DA LG À primeira vista, o Scarlet Phone KB775f, da LG, pode parecer só mais um celular touch screen com design estiloso, mas não é. O aparelho é também uma TVzinha digital de primeira. As trocas de canais e a consulta ao guia de programação são feitas pelo toque dos dedos sobre a tela. Nos testes, a recepção do sinal foi quase sempre boa. Só que a antena parece tão frágil que dá até medo de esticá-la ao máximo. Como celular, agrada pela interface bonita e prática e pela navegação em 3G, mas fica devendo o Wi-Fi. GSM/3G SISTEMA PROPRIETÁRIO 175/1 024 MB (MEMÓRIA ROM/MICROSD) BATERIA: 330 MIN. (VOZ) E 408 MIN. (TV) 763 REAIS (2)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 3”

3 MP

94 G

DURAÇÃO DA

7,7

De todos os camerafones testados pelo INFOLAB, nenhum fotografa tão bem quanto o Renoir KC910q, da LG, e sua câmera de 8 MP com lente Schneider-Kreuznach. Ele produziu imagens com melhor qualidade em todas as situações e cenas clicadas, com cores vibrantes e muito bom contraste. O modelo, com tela sensível ao toque, também filma bem, gravando clipes com resolução VGA (640 por 480 pixels). Mas não é apenas pela câmera que ele se destaca entre tantos telefones inspirados no iPhone. A vantagem do Renoir em relação a aparelhos como o Omnia, da Samsung, e o Touch Diamond, da HTC, é que realmente dá para explorar todos os seus recursos usando só o toque dos dedos sobre a tela. Os menus são espaçosos e com letras grandes. Em alguns casos, tão grandes que o nome de diversas funções nem cabe na tela. O teclado QWERTY virtual fica disponível com o Renoir no modo paisagem e segue o estilo iPhone, só que com teclas menores. Com o aparelho na posição vertical, o teclado virtual é igual ao de um celular comum. A resposta aos comandos é boa, mas não no nível proporcionado pelo LCD multitoque do iPhone. O ruim é que o Renoir não encara a execução de múltiplas tarefas numa boa. GGSM/3G SISTEMA PROPRIETÁRIO CARTÃO MICROSD DE 2 GB TELA DE 3” WI-FI GPS/8 MP 114 G DURAÇÃO DA BATERIA: 402 MIN. (VOZ) 1 082 REAIS (3)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

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© FOTOS MARCELO KURA

(1) PREÇO DO APARELHO DESBLOQUEADO (2) PLANO 3G 120, DA CLARO (3) MÉDIA DOS PLANOS 3G 120, DA CLARO, E INFINITY 120, DA TIM

8,2

CUSTO/BENEFÍCIO

7,7

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MUSICAL E ANTENADO Como os demais membros da família, o MOTOROKR EM35, da Motorola, atrai pelos recursos musicais. Ele tem botões de controle de reprodução no corpo slider, conector P2 para fone e o sistema de navegação FastScroll, que é muito bom para explorar listas de músicas, mas não funciona em todos os menus. Uma novidade é a antena de FM interna, que dispensa o uso do fone de ouvido para essa função e permite ouvir rádio em fones Bluetooth. Outra, é a tecnologia Crystal Talk Plus, cuja função é atenuar os ruídos do ambiente durante os telefonemas, para que eles não cheguem junto com a voz do usuário para quem está do outro lado da linha. Nos testes, o recurso funcionou razoavelmente bem. A decepção é a navegação na web via EDGE.

BOM DE TECLAR O SGH-T459 Scrapy, da Samsung, não é 3G e não tem Wi-Fi ou GPS. Também não dá para considerá-lo um bom dublê de câmera ou MP3 player. Apesar disso, graças ao bom teclado QWERTY deslizante, pelo menos para a tribo dos viciados em mensagens, o celular Scrapy tem seus encantos. Nos testes do INFOLAB, o tecladinho agradou bastante na hora de digitar torpedos e papear no Windows Live Messenger. Pena que, diferentemente do observado nos menus do Scrapy, o tamanho das letras no Messenger é minúsculo. A bateria aguentou 304 minutos de conversação. GSM/EDGE/SISTEMA PROPRIETÁRIO

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,1

50/512 MB (ROM/MICROSD)

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 2,1”

1,3 MP

122 G S

GGSM/EDGE

MONTAVISTA LINUX 110/2 048 MB (ROM/MICROSD) TELA DE 2,2” 3,1 MP 115 G DURAÇÃO DA BATERIA: 430 MIN. (VOZ) E 629 MIN. (MÚSICA) 693 REAIS (1)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

7,7

DURAÇÃO DA BATERIA: 304 MIN. (VOZ) 434 REAIS (1)

7,8

RENOIR, O FOTÓGRAFO O TVFONE DA LG À primeira vista, o Scarlet Phone KB775f, da LG, pode parecer só mais um celular touch screen com design estiloso, mas não é. O aparelho é também uma TVzinha digital de primeira. As trocas de canais e a consulta ao guia de programação são feitas pelo toque dos dedos sobre a tela. Nos testes, a recepção do sinal foi quase sempre boa. Só que a antena parece tão frágil que dá até medo de esticá-la ao máximo. Como celular, agrada pela interface bonita e prática e pela navegação em 3G, mas fica devendo o Wi-Fi. GSM/3G SISTEMA PROPRIETÁRIO 175/1 024 MB (MEMÓRIA ROM/MICROSD) BATERIA: 330 MIN. (VOZ) E 408 MIN. (TV) 763 REAIS (2)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

TELA DE 3”

3 MP

94 G

DURAÇÃO DA

7,7

De todos os camerafones testados pelo INFOLAB, nenhum fotografa tão bem quanto o Renoir KC910q, da LG, e sua câmera de 8 MP com lente Schneider-Kreuznach. Ele produziu imagens com melhor qualidade em todas as situações e cenas clicadas, com cores vibrantes e muito bom contraste. O modelo, com tela sensível ao toque, também filma bem, gravando clipes com resolução VGA (640 por 480 pixels). Mas não é apenas pela câmera que ele se destaca entre tantos telefones inspirados no iPhone. A vantagem do Renoir em relação a aparelhos como o Omnia, da Samsung, e o Touch Diamond, da HTC, é que realmente dá para explorar todos os seus recursos usando só o toque dos dedos sobre a tela. Os menus são espaçosos e com letras grandes. Em alguns casos, tão grandes que o nome de diversas funções nem cabe na tela. O teclado QWERTY virtual fica disponível com o Renoir no modo paisagem e segue o estilo iPhone, só que com teclas menores. Com o aparelho na posição vertical, o teclado virtual é igual ao de um celular comum. A resposta aos comandos é boa, mas não no nível proporcionado pelo LCD multitoque do iPhone. O ruim é que o Renoir não encara a execução de múltiplas tarefas numa boa. GGSM/3G SISTEMA PROPRIETÁRIO CARTÃO MICROSD DE 2 GB TELA DE 3” WI-FI GPS/8 MP 114 G DURAÇÃO DA BATERIA: 402 MIN. (VOZ) 1 082 REAIS (3)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

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© FOTOS MARCELO KURA

(1) PREÇO DO APARELHO DESBLOQUEADO (2) PLANO 3G 120, DA CLARO (3) MÉDIA DOS PLANOS 3G 120, DA CLARO, E INFINITY 120, DA TIM

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CUSTO/BENEFÍCIO

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dicas I iPhone

iPHONE DESVENDADO Truques para ser mais rápido e eficiente com o smartphone da Apple POR MARIA ISABEL MOREIRA

PONTO RÁPIDO

U

sar o iPhone é fácil, mas quando conhece onde ficam algumas configurações e aprende alguns segredinhos, a vida do usuário do equipamento pode ficar ainda mais tranquila. Os truques que apresentamos a seguir, por exemplo, ajudam a contornar alguns procedimentos tediosos, a ganhar tempo em algumas tarefas e a extrair mais do aparelho.

O ponto final não faz parte da visualização principal do teclado do iPhone, que é o teclado alfabético. Se você precisar encerrar uma frase terá de dar um toque na tecla 123 para abrir o teclado numérico e de pontuação. Mas há uma maneira mais rápida de digitar o ponto: dê um duplo toque na barra de espaço. Essa ação não somente adiciona um ponto final como insere o espaço necessário para o início de nova frase. Caso você tente e esse atalho não funcione, ative-o (Ajustes > Geral > Teclado e ative Atalho “.”).

OLHANDO A RUA O recurso visão de rua (street view) não fazia parte do serviço Google Maps pelo iPhone nas primeiras versões do sistema operacional. Nas edições mais recentes do sistema é possível ter a visão de rua nas localidades em que esse modo está disponível. Mas o acesso ao recurso não é automático. Para chegar a ele é preciso procurar um endereço, clicar no alfinete para que apareça a etiqueta com o nome da localidade e, aí, clicar no ícone do homenzinho para alternar para esse modo. Para retornar à visão normal, clique no detalhe do mapa que aparece na visão de rua.

NÚMEROS E LETRAS Alternar repetidas vezes entre o teclado alfabético e o numérico é uma tarefa tediosa. Um truque para tornar mais suave o trabalho com ambos é, uma vez num teclado, tocar e manter pressionada a tecla que acessa o outro (em vez de dar simplesmente um toque) e deslizar o dedo até a letra ou o número ou sinal de pontuação desejado. Quando o dedo deixa de tocar a tela, o iPhone volta a exibir o teclado em que se estava anteriormente.

LINK POR E-MAIL PLAYER À MÃO Quando se usa uma aplicação qualquer no iPhone ao mesmo tempo em que se ouve músicas, o jeito mais prático de chegar aos controles básicos do player sem abandonar o programa é dar um duplo toque no botão Início do equipamento. Com essa ação, o iPhone exibe opções para parar, avançar e retroceder, além de um botão para acionar o iPod.

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iPhone-Mat20.indd 48-49

© FOTO MARCELO KURA

Compartilhar a URL de uma página visitada no Safari é simples. Clique no sinal + (cinal de mais) na parte inferior da tela. O aparelho exibe um pop-up, e, entre as opções disponíveis, está Enviar Link por E-mail. Se você acioná-lo, ele abre o programa de correio eletrônico numa nova mensagem com o link no corpo do texto. As outras opções são Adicionar Favorito e Adicionar à Tela Início.

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dicas I iPhone

iPHONE DESVENDADO Truques para ser mais rápido e eficiente com o smartphone da Apple POR MARIA ISABEL MOREIRA

PONTO RÁPIDO

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sar o iPhone é fácil, mas quando conhece onde ficam algumas configurações e aprende alguns segredinhos, a vida do usuário do equipamento pode ficar ainda mais tranquila. Os truques que apresentamos a seguir, por exemplo, ajudam a contornar alguns procedimentos tediosos, a ganhar tempo em algumas tarefas e a extrair mais do aparelho.

O ponto final não faz parte da visualização principal do teclado do iPhone, que é o teclado alfabético. Se você precisar encerrar uma frase terá de dar um toque na tecla 123 para abrir o teclado numérico e de pontuação. Mas há uma maneira mais rápida de digitar o ponto: dê um duplo toque na barra de espaço. Essa ação não somente adiciona um ponto final como insere o espaço necessário para o início de nova frase. Caso você tente e esse atalho não funcione, ative-o (Ajustes > Geral > Teclado e ative Atalho “.”).

OLHANDO A RUA O recurso visão de rua (street view) não fazia parte do serviço Google Maps pelo iPhone nas primeiras versões do sistema operacional. Nas edições mais recentes do sistema é possível ter a visão de rua nas localidades em que esse modo está disponível. Mas o acesso ao recurso não é automático. Para chegar a ele é preciso procurar um endereço, clicar no alfinete para que apareça a etiqueta com o nome da localidade e, aí, clicar no ícone do homenzinho para alternar para esse modo. Para retornar à visão normal, clique no detalhe do mapa que aparece na visão de rua.

NÚMEROS E LETRAS Alternar repetidas vezes entre o teclado alfabético e o numérico é uma tarefa tediosa. Um truque para tornar mais suave o trabalho com ambos é, uma vez num teclado, tocar e manter pressionada a tecla que acessa o outro (em vez de dar simplesmente um toque) e deslizar o dedo até a letra ou o número ou sinal de pontuação desejado. Quando o dedo deixa de tocar a tela, o iPhone volta a exibir o teclado em que se estava anteriormente.

LINK POR E-MAIL PLAYER À MÃO Quando se usa uma aplicação qualquer no iPhone ao mesmo tempo em que se ouve músicas, o jeito mais prático de chegar aos controles básicos do player sem abandonar o programa é dar um duplo toque no botão Início do equipamento. Com essa ação, o iPhone exibe opções para parar, avançar e retroceder, além de um botão para acionar o iPod.

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© FOTO MARCELO KURA

Compartilhar a URL de uma página visitada no Safari é simples. Clique no sinal + (cinal de mais) na parte inferior da tela. O aparelho exibe um pop-up, e, entre as opções disponíveis, está Enviar Link por E-mail. Se você acioná-lo, ele abre o programa de correio eletrônico numa nova mensagem com o link no corpo do texto. As outras opções são Adicionar Favorito e Adicionar à Tela Início.

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DIRETO AO AEROPORTO Esteja você acessando o Google Maps do computador ou do iPhone, há um jeito fácil de chegar ao aeroporto da cidade que está sendo visualizada: digite as três letras do código do aeroporto no campo de busca e clique em Pesquisar. O Google Maps exibe o aeroporto desejado. Aí é só clicar em instruções e digitar o endereço de partida, caso você queira saber o roteiro para chegar até lá. O código para o Aeroporto Internacional de São Paulo, por exemplo, é GRU e o de Congonhas é CGH. Para saber outros códigos, consulte o site World Airport Codes (www.world-airport-codes.com).

EM QUALQUER IDIOMA Quem escreve em vários idiomas pode achar mais prático habilitar todos eles para usufruir da autocorreção. Para isso, abra Ajustes > Geral > Teclado > Teclados Internacionais, em seguida, habilite os idiomas desejados. Depois, para selecionar o idioma de uso, clique no ícone do globo no teclado virtual do iPhone e confira o nome que aparece no lugar da barra de espaço até encontrar o que deseja.

ACEITO A SUGESTÃO À medida que se digita, o iPhone oferece sugestões de preenchimento ou correção, de modo que não seja necessário escrever a palavra toda ou voltar para consertar o erro. A sugestão interessa? Muita gente acredita que precisa tocar na barra de espaço para aceitar a recomendação, mas um toque em qualquer ponto da tela tem o mesmo efeito.

SEM AJUDA NA ESCRITA O recurso de sugestão no preenchimento pode fazer você economizar tempo de digitação, mas tem gente que prefere escrever livremente sem nenhuma ajuda. Para desabilitá-lo, toque no ícone Ajustes > Geral > Teclado e desligue a opção Correção Automática.

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APAGUE RÁPIDO Tem um texto longo para apagar? Em vez de dar diversos toques na tecla correspondente, mantenha-a pressionada. No início, letra por letra será apagada. Depois, o iPhone começa a eliminar palavra por palavra e completa a tarefa rapidinho. Outra opção é usar os recursos recortar e colar da versão 3.0 do firmware. Para selecionar todo o texto, o melhor é posicionar o cursor no início ou no fim e dar um duplo toque para que apareçam as opções de seleção. Clique em Selecionar Tudo e, em seguida, em Cortar. Para selecionar uma palavra, dê um duplo toque nela. Automaticamente, aparecem as opções para cortar, copiar ou colar. Se a intenção é selecionar um trecho, proceda como mostrado anteriormente na primeira ou na última palavra do fragmento. Depois, toque na marca azul no final ou no início da palavra e deslize o dedo para a direita ou para a esquerda para completar a seleção. Em seguida, escolha a opção desejada no balão.

QUANTO RESTA DE BATERIA? O novo iPhone 3GS pode exibir a porcentagem de bateria ao lado do indicador convencional. Assim, fica mais fácil avaliar a necessidade de plugar seu aparelho na tomada ou na porta USB. Para habilitar esse novo indicador, toque em Ajustes na tela principal do aparelho, selecione Geral e, depois, Uso. Ligue a opção Nível de Bateria.

Rolando as páginas Como todo usuário de iPhone sabe, ao navegar na web é possível usar os dedos para fazer rolar a página. Mas há outra forma. Um duplo toque na parte inferior da tela, logo acima da barra de tarefas, faz com que você role a página aos saltos.

DE VOLTA AO COMEÇO Às vezes, mudamos tantas definições no aparelho que até nos esquecemos como ele atuava inicialmente. Se quiser retornar às configurações originais, toque em Ajustes> Geral > Redefinições. Na tela seguinte, escolha Redefinir Todos os Ajustes. Se quiser zerar totalmente o aparelho, ou seja, mandar para o espaço informações e ajustes, escolha Apagar Todo o Conteúdo e Ajustes. É possível ainda retornar às configurações de fábrica para itens específicos, como rede, dicionário do teclado, layout da tela de início e avisos de localização.

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BUSCAS RÁPIDAS

DISPENSE O SHIFT A menos que não ligue para convenções, você vai economizar muitos toques durante a digitação se pedir para o iPhone usar uma inicial maiúscula depois que um ponto é digitado. Como fazer isso? Na tela principal, toque em Ajustes > Geral > Teclado e ative Maiúsculas Automáticas.

Quem atualizou o firmware do iPhone para a versão 3.0 ganhou um recurso interessante de pesquisa: o Spotlight. Para acessá-lo, na primeira página da tela de início do aparelho, deslize o dedo da esquerda para a direita. Aí é só clicar no campo de pesquisa e digitar o termo a ser pesquisado. Os resultados aparecem à medida que se digita, sempre com o ícone da aplicação correspondente na frente. Achou o que procura? Toque sobre o item para ser imediatamente levado até ele. Se você recheou seu iPhone de aplicações também pode usar o Spotlight para localizar e abrir programas.

VÍDEOS PARA O PC Como todo mundo já sabe, o iPhone 3GS faz vídeos e pode enviá-los por e-mail, MMS ou diretamente para o YouTube. Você pode usar o e-mail, por exemplo, para ter uma cópia do vídeo no seu PC, mas os vídeos são comprimidos durante esse processo. Se quiser transferir o conteúdo na resolução máxima, conecte o smartphone ao computador e use um programa no seu PC que gerencie fotos e vídeos. O Windows Live Galeria de Fotos, por exemplo, faz esse trabalho.

CONTEÚDO CONTROLADO Proprietários de iPod normalmente “emprestam” o equipamento para que os filhos pequenos possam ver vídeos ou ouvir músicas. Quem acha que seria interessante restringir algum conteúdo pode ir a Ajustes > Geral > Restrições. Em seguida, clicar em Ativar. Será preciso fornecer um código de acesso de quatro dígitos e confirmá-lo. Na tela de restrições é possível desativar programas (o Safari, o YouTube, a instalação de aplicações, por exemplo) e informar o tipo de conteúdo permitido. Você pode escolher o sistema de classificação de algum país (o Brasil não está listado) e, depois, a restrição para os diferentes conteúdos (música, filmes, programas de TV e aplicativos).

TUDO EM MAIÚSCULAS Quando é necessário escrever textos em letras maiúsculas, a melhor saída é habilitar um recurso do teclado nas configurações do iPhone. Toque em Ajustes > Geral > Teclado e ligue a opção Ativar Fixar Maiúsculas. Feito isso, bastará dar um duplo toque na tecla Shift para que ela fique azul. Isso significa que tudo o que você digitar será escrito em caixa alta.

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BOOT NO iPHONE

NO IDIOMA DO TIO SAM Durante a escrita em inglês com o teclado configurado para esse idioma não é preciso digitar o apóstrofo em contrações, como it’s e he’s. O iPhone sugere a grafia correta quando se digita its e hes. Às vezes, no entanto, o recurso não funciona porque o sistema entende que sua intenção é escrever outra palavra. Se você digitar were, por exemplo, não há sugestão para we’re porque were é outra palavra que está no dicionário de língua inglesa. O truque, no caso, é escrever weree. Isso faz com que o iPhone mostre a sugestão. Da mesma forma, ao escrever shelll e welll você receberá as sugestões para she’ll e we’ll.

O iPhone é um computador, e como todo computador ele pode travar. Quando isso acontecer, o melhor a fazer é reiniciar o aparelho. Para isso, aperte ao mesmo tempo os botões Dormir/Acordar e Início até que apareça um controle deslizante na tela. Arraste a seta vermelha para a direita e aguarde. Depois, pressione por alguns segundos a tecla Dormir/ Acordar. Aparecerá o logo da Apple. Aguarde mais um pouco até que se complete o reinício.

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BUSCAS RÁPIDAS

DISPENSE O SHIFT A menos que não ligue para convenções, você vai economizar muitos toques durante a digitação se pedir para o iPhone usar uma inicial maiúscula depois que um ponto é digitado. Como fazer isso? Na tela principal, toque em Ajustes > Geral > Teclado e ative Maiúsculas Automáticas.

Quem atualizou o firmware do iPhone para a versão 3.0 ganhou um recurso interessante de pesquisa: o Spotlight. Para acessá-lo, na primeira página da tela de início do aparelho, deslize o dedo da esquerda para a direita. Aí é só clicar no campo de pesquisa e digitar o termo a ser pesquisado. Os resultados aparecem à medida que se digita, sempre com o ícone da aplicação correspondente na frente. Achou o que procura? Toque sobre o item para ser imediatamente levado até ele. Se você recheou seu iPhone de aplicações também pode usar o Spotlight para localizar e abrir programas.

VÍDEOS PARA O PC Como todo mundo já sabe, o iPhone 3GS faz vídeos e pode enviá-los por e-mail, MMS ou diretamente para o YouTube. Você pode usar o e-mail, por exemplo, para ter uma cópia do vídeo no seu PC, mas os vídeos são comprimidos durante esse processo. Se quiser transferir o conteúdo na resolução máxima, conecte o smartphone ao computador e use um programa no seu PC que gerencie fotos e vídeos. O Windows Live Galeria de Fotos, por exemplo, faz esse trabalho.

CONTEÚDO CONTROLADO Proprietários de iPod normalmente “emprestam” o equipamento para que os filhos pequenos possam ver vídeos ou ouvir músicas. Quem acha que seria interessante restringir algum conteúdo pode ir a Ajustes > Geral > Restrições. Em seguida, clicar em Ativar. Será preciso fornecer um código de acesso de quatro dígitos e confirmá-lo. Na tela de restrições é possível desativar programas (o Safari, o YouTube, a instalação de aplicações, por exemplo) e informar o tipo de conteúdo permitido. Você pode escolher o sistema de classificação de algum país (o Brasil não está listado) e, depois, a restrição para os diferentes conteúdos (música, filmes, programas de TV e aplicativos).

TUDO EM MAIÚSCULAS Quando é necessário escrever textos em letras maiúsculas, a melhor saída é habilitar um recurso do teclado nas configurações do iPhone. Toque em Ajustes > Geral > Teclado e ligue a opção Ativar Fixar Maiúsculas. Feito isso, bastará dar um duplo toque na tecla Shift para que ela fique azul. Isso significa que tudo o que você digitar será escrito em caixa alta.

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BOOT NO iPHONE

NO IDIOMA DO TIO SAM Durante a escrita em inglês com o teclado configurado para esse idioma não é preciso digitar o apóstrofo em contrações, como it’s e he’s. O iPhone sugere a grafia correta quando se digita its e hes. Às vezes, no entanto, o recurso não funciona porque o sistema entende que sua intenção é escrever outra palavra. Se você digitar were, por exemplo, não há sugestão para we’re porque were é outra palavra que está no dicionário de língua inglesa. O truque, no caso, é escrever weree. Isso faz com que o iPhone mostre a sugestão. Da mesma forma, ao escrever shelll e welll você receberá as sugestões para she’ll e we’ll.

O iPhone é um computador, e como todo computador ele pode travar. Quando isso acontecer, o melhor a fazer é reiniciar o aparelho. Para isso, aperte ao mesmo tempo os botões Dormir/Acordar e Início até que apareça um controle deslizante na tela. Arraste a seta vermelha para a direita e aguarde. Depois, pressione por alguns segundos a tecla Dormir/ Acordar. Aparecerá o logo da Apple. Aguarde mais um pouco até que se complete o reinício.

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dicas I blog

MANDE O BLOG PARA O FONE

O IPHONE SDK VAI DE RSS

Três táticas rápidas para adaptar os posts para a tela do iPhone POR ERIC COSTA

J

á que tanta gente usa o iPhone como plataforma para acesso à internet, que tal ter uma versão do seu site ou do seu blog adaptada espe pecialmente para a telinha do smartphone e, assim, ga ganhar audiência? Para os blogs, fazer isso é bastan fácil: é preciso apenas de um plug-in (no caso tante do WordPress) do kit de desenvolvimento da Apple ou de um cadastro grátis em um serviço online. Ve a seguir, como adaptar seu blog para leitura Veja, no iPhone destas três maneiras diferentes.

DE DESENVOLVIMENTO 1 PACOTE Baixe e instale o iPhone SDK, para Mac OS X, disponível em www.info.abril.com.br/downloads/mac/iphone-sdk. Depois, clique duas vezes em Macintosh HD, acesse Developer > Applications > Dashcode. Na janela que surge, escolha a opção Web Application e, do lado direito da janela, RSS. Pressione o botão Choose. Será mostrada uma página que aparecerá no iPhone. Mude o título e os textos Date e More News para Data e Mais Notícias, clicando duas vezes em cada um deles.

DO RSS 2 DADOS Acesse Application Attributes e, do lado direito da janela, digite um título para a página para o iPhone e tecle o endereço do canal RSS em Feed URL. Se quiser dar um toque mais profissa, clique em Web Clip Icon e depois em Import. Escolha um ícone que aparecerá quando o visitante escolher a opção Adicionar à Tela Início no iPhone.

PARA ENVIO 3 ARQUIVOS Para criar os arquivos do site para o iPhone, clique em Share. Depois, do lado direito da janela, escolha um nome O WORDPRESS TRABALHA POR VOCÊ

DOWNLOAD E INSTALAÇÃO 1 Faça o download do plug-in iWPhone em www.info.abril.com.br/downloads/iwphone-0-1-2, descompactando o ZIP baixado. Depois, será preciso enviar o arquivo iwphone.php para o diretório wp-content/ plugins e a pasta iwphone-by-contentrobot, para wpcontent/themes, no local onde foi instalado o WordPress. Para isso, você pode colar o arquivo e a pasta, se o blog for hospedado no próprio PC, ou usar uma ferramenta de FTP como o Filezilla (www.info.abril.com.br/downloads/ filezilla-3-2-6), se o conteúdo estiver em um micro remoto.

2 CONFIGURAÇÃO Faça o login no WordPress e acesse Site Admin. Na tela de administração do blog, clique em Plugins. O iWPhone deve surgir como uma das opções. Clique em Ativar e pronto. O site estará adaptado ao acesso por iPhone, detectando automaticamente o acesso pelo Safari no smartphone. Só vale o cuidado de não habilitar o tema iWPhone como padrão do blog, ou todas as páginas, mesmo para acessos vindos de PCs, ficarão com o mesmo estilo exibido para o iPhone.

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de pasta em Path, e pressione Save to Disk. Note que é gerado um arquivo index.html, então o site para o iPod deve ficar em uma pasta distinta no servidor web e terá uma URL diferenciada, para evitar conflitos com páginas existentes.

SITE PRÉ-MOLDADO É COM MOFUSE

1 CADASTRO Acesse o MoFuse (www.info.abril.com.br/downloads/webware/mofuse) e crie uma nova conta no serviço, que é gratuito. Depois disso, clique no link Get Going! Create a New Mobile Site.

DADOS DO SITE 2

Agora, digite um nome para o site, escolha uma URL e uma categoria de conteúdo. Depois, tecle um título para o canal RSS (normalmente o nome do próprio site original) e a URL dele. Marque o último item, que indica a leitura dos termos de acordo, e clique em Launch Your Mobile Site.

DE ACESSO 3 TESTE Será mostrada uma mensagem indicando que o site foi gerado. Agora é possível criar widgets para divulgação do conteúdo. Se não quiser nada disso, simplesmente clique em Skip. Teste o site no iPhone com a URL indicada e verifique que o serviço mostra uma propaganda discreta no topo das páginas. O login criado no MoFuse é útil para ficar de olho na audiência do site para iPhone.

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dicas I blog

MANDE O BLOG PARA O FONE

O IPHONE SDK VAI DE RSS

Três táticas rápidas para adaptar os posts para a tela do iPhone POR ERIC COSTA

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á que tanta gente usa o iPhone como plataforma para acesso à internet, que tal ter uma versão do seu site ou do seu blog adaptada espe pecialmente para a telinha do smartphone e, assim, ga ganhar audiência? Para os blogs, fazer isso é bastan fácil: é preciso apenas de um plug-in (no caso tante do WordPress) do kit de desenvolvimento da Apple ou de um cadastro grátis em um serviço online. Ve a seguir, como adaptar seu blog para leitura Veja, no iPhone destas três maneiras diferentes.

DE DESENVOLVIMENTO 1 PACOTE Baixe e instale o iPhone SDK, para Mac OS X, disponível em www.info.abril.com.br/downloads/mac/iphone-sdk. Depois, clique duas vezes em Macintosh HD, acesse Developer > Applications > Dashcode. Na janela que surge, escolha a opção Web Application e, do lado direito da janela, RSS. Pressione o botão Choose. Será mostrada uma página que aparecerá no iPhone. Mude o título e os textos Date e More News para Data e Mais Notícias, clicando duas vezes em cada um deles.

DO RSS 2 DADOS Acesse Application Attributes e, do lado direito da janela, digite um título para a página para o iPhone e tecle o endereço do canal RSS em Feed URL. Se quiser dar um toque mais profissa, clique em Web Clip Icon e depois em Import. Escolha um ícone que aparecerá quando o visitante escolher a opção Adicionar à Tela Início no iPhone.

PARA ENVIO 3 ARQUIVOS Para criar os arquivos do site para o iPhone, clique em Share. Depois, do lado direito da janela, escolha um nome O WORDPRESS TRABALHA POR VOCÊ

DOWNLOAD E INSTALAÇÃO 1 Faça o download do plug-in iWPhone em www.info.abril.com.br/downloads/iwphone-0-1-2, descompactando o ZIP baixado. Depois, será preciso enviar o arquivo iwphone.php para o diretório wp-content/ plugins e a pasta iwphone-by-contentrobot, para wpcontent/themes, no local onde foi instalado o WordPress. Para isso, você pode colar o arquivo e a pasta, se o blog for hospedado no próprio PC, ou usar uma ferramenta de FTP como o Filezilla (www.info.abril.com.br/downloads/ filezilla-3-2-6), se o conteúdo estiver em um micro remoto.

2 CONFIGURAÇÃO Faça o login no WordPress e acesse Site Admin. Na tela de administração do blog, clique em Plugins. O iWPhone deve surgir como uma das opções. Clique em Ativar e pronto. O site estará adaptado ao acesso por iPhone, detectando automaticamente o acesso pelo Safari no smartphone. Só vale o cuidado de não habilitar o tema iWPhone como padrão do blog, ou todas as páginas, mesmo para acessos vindos de PCs, ficarão com o mesmo estilo exibido para o iPhone.

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de pasta em Path, e pressione Save to Disk. Note que é gerado um arquivo index.html, então o site para o iPod deve ficar em uma pasta distinta no servidor web e terá uma URL diferenciada, para evitar conflitos com páginas existentes.

SITE PRÉ-MOLDADO É COM MOFUSE

1 CADASTRO Acesse o MoFuse (www.info.abril.com.br/downloads/webware/mofuse) e crie uma nova conta no serviço, que é gratuito. Depois disso, clique no link Get Going! Create a New Mobile Site.

DADOS DO SITE 2

Agora, digite um nome para o site, escolha uma URL e uma categoria de conteúdo. Depois, tecle um título para o canal RSS (normalmente o nome do próprio site original) e a URL dele. Marque o último item, que indica a leitura dos termos de acordo, e clique em Launch Your Mobile Site.

DE ACESSO 3 TESTE Será mostrada uma mensagem indicando que o site foi gerado. Agora é possível criar widgets para divulgação do conteúdo. Se não quiser nada disso, simplesmente clique em Skip. Teste o site no iPhone com a URL indicada e verifique que o serviço mostra uma propaganda discreta no topo das páginas. O login criado no MoFuse é útil para ficar de olho na audiência do site para iPhone.

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dicas I outros

CRAQUE NO SMARTPHONE Três dicas para tirar mais do aparelho que você leva no bolso POR MARIA ISABEL MOREIRA

COMO DISCO REMOVÍVEL Tem um aparelho da Nokia com bastante memória e quer usá-lo como um disco externo? É simples. Conecte-o ao computador via cabo e selecione a opção Transferência de Dados no menu que surgirá no dispositivo. Feito isso, o aparelho aparecerá como uma opção de disco removível na tela, e você poderá arrastar arquivos para ele ou recuperar arquivos que estão armazenados lá. Quando terminar, clique com o botão direito do mouse e escolha Ejetar. Durante o período em que está conectado como disco removível, o smartphone fica no modo offline. Testamos a dica com um N73, mas ela funciona com outros modelos da empresa finlandesa.

ATALHOS NO WINDOWS MOBILE Os atalhos podem ser usados no Windows para facilitar o acesso a programas. Eles podem ser adicionados na área de trabalho, no menu Iniciar ou na barra de ferramentas de acesso rápido. Na versão Mobile do sistema operacional da Microsoft, também é possível criar atalhos. No gerenciador de arquivos, navegue até a aplicação desejada, toque nela com a canetinha e mantenha-a pressionada até que apareça um menu de contexto. Selecione Copiar. Vá, em seguida, até o lugar onde deseja inserir o atalho, pressione mais uma vez a canetinha numa área em branco e, no menu, selecione Colar Atalho.

FEEDS NO GOOGLE READER É fácil ver qualquer feed de notícias no Google Reader em qualquer smartphone com acesso à web. Você precisa apenas digitar o endereço do feed RSS depois do seguinte endereço do serviço do Google: http://www.google.com/reader/m/ view/feed/. Se você acompanhar as notícias de internet pelo Plantão INFO, por exemplo, o endereço completo que deve ser digitado é http://www.google.com/ reader/m/view/feed/http://feeds.feedburner.com/NoticiasINFO-Internet?format=xml.

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dicas I fotografia

CÂMERAS MAIS ESPERTAS Seis maneiras de aproveitar melhor a câmera do seu smartphone POR MARIA ISABEL MOREIRA

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otografar a happy hour, registrar a brincadeira das crianças e eternizar os melhores momentos do show... Todo mundo usa o celular para isso. Mas pouca gente aproveita a câmera embutida no telefone móvel, que está sempre à mão, para simplificar o dia a dia. Confira estas seis idéias para usar o recurso a seu favor.

COMPRAR DEPOIS 1 PARA Foi à livraria e gostou de um título? Viu uma revista nova na banca, mas está sem dinheiro para levar na hora? Em vez de perder tempo fazendo uma anotação em papel, saque seu celular e fotografe o item desejado para não se esquecer do título depois na hora compra.

O QUÊ? 2 FAZER A reunião acabou, você ganhou uma série de tarefas e ficou tão atônito que nem sequer conseguiu copiar os afazeres listados no quadro de anotações. Antes que todos saiam e a sala precise ser fechada, pegue seu aparelho, fotografe o quadro e mãos à obra!

O CARRO? 3 CADÊ Quem já perdeu horas (vá lá, alguns longos minutos) procurando o carro no estacionamento pode achar uma boa ideia usar a câmera do celular para registrar rapidinho o local onde o automóvel ficou parado e consultar depois em caso de esquecimento.

NA DIETA 4 OLHO Tem gente que tem memória tão curta que não lembra nem o que comeu no almoço. Se esse é seu caso e você quer controlar a dieta, antes de pegar no garfo, fotografe o prato diariamente para depois fazer um balanço. Se você gosta de cozinhar pode fotografar suas produções e anexar um foto à receita.

DE REFERÊNCIA 5 PONTOS O Google Maps e serviços similares resolvem o problema quando você precisa entregar um mapa para que o pessoal chegue à festa. Mas tem gente que ainda prefere criar um mapa no computador e passá-lo para o papel. Nesses casos, é legal incrementar o mapa com fotos de lugares de referência no trajeto. Seu celular ou smartphone pode se encarregar facilmente da tarefa.

PRODUTO CERTO 6 OVamos supor que você esteja fazendo uma reforma em casa e necessite comprar um produto numa loja de material de construção. A semelhança entre os itens é tão grande que pode dificultar uma pesquisa de preços. Você vai ganhar tempo se fotografar o código de barras que traz a identificação do item (se o preço estiver próximo, melhor ainda). Assim, ficará mais fácil localizar o produto na segunda loja e escolher a melhor oferta.

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© FOTOS MARCELO KURA

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dicas I bateria

MAIS TEMPO NA ATIVA

SEM ATUALIZAÇÕES CONSTANTES

CARGA TOTAL OU PARCIAL

Outros programas que fazem atualização constante de informações podem ser interessantes, mas assim como os clientes de e-mail, são devoradores de bateria. Se não é imprescindível para você acompanhar a previsão do tempo, seguir o sobe-e-desce das ações ou ler as últimas notícias da sua área de interesse, ajuste-as para buscar dados em intervalos de tempo mais longos.

Especialistas aconselham, de tempos em tempos, recarregar completamente a bateria e, em seguida, usá-la até o fim antes de uma nova carga. A Apple, por exemplo, sugere que esse procedimento seja feito uma vez por mês nos iPhones. Segundo a empresa, a rotina é importante para a manutenção das baterias de lítio como as que usa em seus dispositivos.

Faça a bateria do seu smartphone render muito mais POR MARIA ISABEL MOREIRA

PÉSSIMAS VIBRAÇÕES

BLOQUEIE JÁ Não está usando o aparelho e vai guardá-la no bolso ou na bolsa? Nunca deixe de travar o teclado. Isso evita que, inadvertidamente, você faça uma ligação ou acione alguma aplicação que acarrete custos e consuma energia — o browser, por exemplo.

SEM MUITO BRILHO Telas brilhantes consomem mais bateria. Com a metade da luminância máxima é possível ler e escrever bem em ambientes fechados e evitar o desperdício de energia. Abuse do brilho apenas quando estiver em ambientes ensolarados, em que a visibilidade fica bastante comprometida.

PRIORIZE AS CHAMADAS Se você está à espera de uma ligação importante, a bateria está longe da carga total e não há tomada por perto, esqueça a internet, deixe de lado as fotos, desista de ouvir música e nem pense em se divertir com jogos. A bateria paga o preço toda vez que você usa essas aplicações.

SÓ EM LUGARES FRESCOS Quem é esquecido e costuma deixar sempre o celular dentro do automóvel pode danificar o aparelho se deixá-lo no interior do veículo em dias quentes. Especialistas afirmam que o calor excessivo prejudica o desempenho da bateria.

CHEGOU NOVA MENSAGEM? Você pode até ter adquirido seu smartphone por julgar imprescindível ter um cliente de e-mail sempre por perto, mas é possível que fique sem acesso às mensagens se seu sistema estiver configurado para checar a existência de novos e-mails a cada cinco minutos, por exemplo. Toda vez que uma consulta é feita, sua bateria é drenada. O melhor a fazer é controlar a ansiedade e definir um intervalo maior para as atualizações. De preferência, cheque poucas contas pelo telefone móvel.

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CARREGADOR CATA-VENTO Com o carregador 5 em 1 K3, da Kinesis, não há tempo ruim para os donos de celulares, MP3 players, máquinas fotográficas e receptores. O acessório, vendido lá fora por 99,95 dólares, é capaz de alimentar os gadgets obtendo energia da tomada, da porta USB de computadores, do acendedor de cigarros do carro, da luz do sol ou da força do vento. O fabricante afirma que, com uma hora de sol e vento, o K3 acumula carga para meia hora de conversa pelo celular ou 300 horas de música rolando no MP3 player. Em seu nível máximo de carga, a bateria interna de íons de lítio de 4 000 mAh do K3 seria suficiente para recarregar um celular até cinco vezes. E ele funciona até embaixo de temporal, pois é à prova d’água. (Airton Lopes)

FORA DE USO

EM MODO AVIÃO Se é imprescindível usar uma aplicação no smartphone e você não tem certeza de que a bateria vá aguentar muito, use o modo avião. Ele desabilita a antena de comunicação, mas mantém outras funções ativas. Use o modo avião também em áreas sem cobertura ou com cobertura deficiente. Como seu celular sempre tenta fazer a conexão com a rede celular, as diversas tentativas frustradas têm o poder de reduzir a carga da bateria.

QUE APARELHO TRABALHA MAIS? Confira quais aparelhos testados pelo INFOLAB nesta edição aguentaram mais tempo nas chamadas de voz 700 600 500 400 300 200 100 0

Série1

© FOTO MARCELO KURA

Além da conexão com a rede da operadora, a maioria dos dispositivos atuais tem comunicação Wi-Fi, Bluetooth e GPS. Todas elas responsáveis por sugar bateria. Para chegar com o telefone operante no fim de uma jornada, convém desabilitar todos esses recursos quando não estiverem em uso.

Os aparelhos também trazem uma opção de desativação após um período de atividade. Use-a. Quanto mais curto for esse período, mais tempo vai durar a bateria. Se seu celular ou smartphone tiver essa configuração, aproveite também para desativar a luz de fundo do teclado e da tela depois de um tempo de chamada ativa.

Duração da bateria

N

ada mais frustrante do que precisar do smartphone e constatar que o aparelho não tem bateria suficiente nem para uma chamada rápida ou a consulta à agenda de compromissos. Nem sempre isso significa que ele tenha ficado muito tempo longe da tomada. O consumo da bateria de celulares e smartphones depende do uso. Por isso, se você ficar atento a alguns detalhes pode deixar seu aparelho ativo por muito mais tempo.

DESLIGUE AS COMUNICAÇÕES

Alertas vibratórios são úteis em muitas situações, mas configurar o sistema para notificar dessa maneira a chegada de novas mensagens, a proximidade de compromissos e a necessidade de cumprir uma tarefa não é uma boa ideia. Os alertas sonoros exigem menos da bateria que os avisos vibratórios. Prefira-os.

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iPhone Arena 3gs GT810h A3100 KM900f 32GB 336

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dicas I bateria

MAIS TEMPO NA ATIVA

SEM ATUALIZAÇÕES CONSTANTES

CARGA TOTAL OU PARCIAL

Outros programas que fazem atualização constante de informações podem ser interessantes, mas assim como os clientes de e-mail, são devoradores de bateria. Se não é imprescindível para você acompanhar a previsão do tempo, seguir o sobe-e-desce das ações ou ler as últimas notícias da sua área de interesse, ajuste-as para buscar dados em intervalos de tempo mais longos.

Especialistas aconselham, de tempos em tempos, recarregar completamente a bateria e, em seguida, usá-la até o fim antes de uma nova carga. A Apple, por exemplo, sugere que esse procedimento seja feito uma vez por mês nos iPhones. Segundo a empresa, a rotina é importante para a manutenção das baterias de lítio como as que usa em seus dispositivos.

Faça a bateria do seu smartphone render muito mais POR MARIA ISABEL MOREIRA

PÉSSIMAS VIBRAÇÕES

BLOQUEIE JÁ Não está usando o aparelho e vai guardá-la no bolso ou na bolsa? Nunca deixe de travar o teclado. Isso evita que, inadvertidamente, você faça uma ligação ou acione alguma aplicação que acarrete custos e consuma energia — o browser, por exemplo.

SEM MUITO BRILHO Telas brilhantes consomem mais bateria. Com a metade da luminância máxima é possível ler e escrever bem em ambientes fechados e evitar o desperdício de energia. Abuse do brilho apenas quando estiver em ambientes ensolarados, em que a visibilidade fica bastante comprometida.

PRIORIZE AS CHAMADAS Se você está à espera de uma ligação importante, a bateria está longe da carga total e não há tomada por perto, esqueça a internet, deixe de lado as fotos, desista de ouvir música e nem pense em se divertir com jogos. A bateria paga o preço toda vez que você usa essas aplicações.

SÓ EM LUGARES FRESCOS Quem é esquecido e costuma deixar sempre o celular dentro do automóvel pode danificar o aparelho se deixá-lo no interior do veículo em dias quentes. Especialistas afirmam que o calor excessivo prejudica o desempenho da bateria.

CHEGOU NOVA MENSAGEM? Você pode até ter adquirido seu smartphone por julgar imprescindível ter um cliente de e-mail sempre por perto, mas é possível que fique sem acesso às mensagens se seu sistema estiver configurado para checar a existência de novos e-mails a cada cinco minutos, por exemplo. Toda vez que uma consulta é feita, sua bateria é drenada. O melhor a fazer é controlar a ansiedade e definir um intervalo maior para as atualizações. De preferência, cheque poucas contas pelo telefone móvel.

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CARREGADOR CATA-VENTO Com o carregador 5 em 1 K3, da Kinesis, não há tempo ruim para os donos de celulares, MP3 players, máquinas fotográficas e receptores. O acessório, vendido lá fora por 99,95 dólares, é capaz de alimentar os gadgets obtendo energia da tomada, da porta USB de computadores, do acendedor de cigarros do carro, da luz do sol ou da força do vento. O fabricante afirma que, com uma hora de sol e vento, o K3 acumula carga para meia hora de conversa pelo celular ou 300 horas de música rolando no MP3 player. Em seu nível máximo de carga, a bateria interna de íons de lítio de 4 000 mAh do K3 seria suficiente para recarregar um celular até cinco vezes. E ele funciona até embaixo de temporal, pois é à prova d’água. (Airton Lopes)

FORA DE USO

EM MODO AVIÃO Se é imprescindível usar uma aplicação no smartphone e você não tem certeza de que a bateria vá aguentar muito, use o modo avião. Ele desabilita a antena de comunicação, mas mantém outras funções ativas. Use o modo avião também em áreas sem cobertura ou com cobertura deficiente. Como seu celular sempre tenta fazer a conexão com a rede celular, as diversas tentativas frustradas têm o poder de reduzir a carga da bateria.

QUE APARELHO TRABALHA MAIS? Confira quais aparelhos testados pelo INFOLAB nesta edição aguentaram mais tempo nas chamadas de voz 700 600 500 400 300 200 100 0

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Além da conexão com a rede da operadora, a maioria dos dispositivos atuais tem comunicação Wi-Fi, Bluetooth e GPS. Todas elas responsáveis por sugar bateria. Para chegar com o telefone operante no fim de uma jornada, convém desabilitar todos esses recursos quando não estiverem em uso.

Os aparelhos também trazem uma opção de desativação após um período de atividade. Use-a. Quanto mais curto for esse período, mais tempo vai durar a bateria. Se seu celular ou smartphone tiver essa configuração, aproveite também para desativar a luz de fundo do teclado e da tela depois de um tempo de chamada ativa.

Duração da bateria

N

ada mais frustrante do que precisar do smartphone e constatar que o aparelho não tem bateria suficiente nem para uma chamada rápida ou a consulta à agenda de compromissos. Nem sempre isso significa que ele tenha ficado muito tempo longe da tomada. O consumo da bateria de celulares e smartphones depende do uso. Por isso, se você ficar atento a alguns detalhes pode deixar seu aparelho ativo por muito mais tempo.

DESLIGUE AS COMUNICAÇÕES

Alertas vibratórios são úteis em muitas situações, mas configurar o sistema para notificar dessa maneira a chegada de novas mensagens, a proximidade de compromissos e a necessidade de cumprir uma tarefa não é uma boa ideia. Os alertas sonoros exigem menos da bateria que os avisos vibratórios. Prefira-os.

Curve 8900

Storm 9500

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programas I iPhone

INCREMENTE SEU iPHONE Não faltam programas para quem quer trabalhar ou se divertir

COMUNICAÇÃO EM 140 TOQUES O iPhone e o Twitter são duas das principais sensações do momento. Nada mais natural então a integração entre eles. Se esse encontro é proporcionado pelo Twitterrific fica melhor ainda. Além da interface bacana, esse cliente do microblog mais popular é bem organizado e traz alguns recursos dignos de nota. Um deles é a possibilidade de localizar os tuiteiros que estão nas redondezas por meio de geotagging. Você também pode selecionar uma lista de seus microblogueiros favoritos para acompanhar mais de perto. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/twitterrific AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,8

CUSTO/BENEFÍCIO

CALENDÁRIO NA MÃO Na hora de planejar um evento que vai acontecer bem lá na frente ou contar o número de dias entre duas datas, nada como olhar um calendário anual. E é exatamente isso o que oferece o Half Year Free, da Triple Creeks Mobile. Um calendário semestral ocupa a tela inteira do iPhone. Para ver os meses anteriores ou posteriores você precisa apenas deslizar o dedo na tela da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, respectivamente. O programa oferece cores para que se ressaltem algumas datas e a visualização seja simplificada. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/half-year-free AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

SEMPRE É HORA PARA BATE-PAPOS Com uma interface e recursos mais tradicionais, o IM+ é interessante para quem não se interessa pelos recursos de VoIP do Fring e quer somente o bate-papo por texto nas redes de mensagens instantâneas. O funcionamento do IM+ é bem semelhante ao dos programas para o desktop, separando as diferentes conversas por meio de abas. Ele se conecta às redes do Windows Live Messenger, Yahoo! Messenger, ICQ e Google Talk. Com esse cliente, é possível enviar arquivos do smartphone, além de receber conteúdo de contatos. Apesar do estilo mais simples e prático, o IM+ é pago. A versão para iPhone sai por 9,99 dólares. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/im-5-67-2

IMPOSSÍVEL ESQUECER Poucas soluções são tão eficientes quanto o Remember The Milk na hora de avisar sobre compromissos. A aplicação criada para iPhone só vem confirmar essa capacidade. Integrada ao serviço, o programa para iPhone combina calendário com lista de tarefas. Essas listas e esses eventos podem ser compartilhados com outros adeptos do RTM. A aplicação também usa os recursos de localização do celular para mostrar as tarefas e os compromissos de acordo com a posição geográfica de seus usuários. Quem assina a conta Pro do RTM não paga nada pela aplicação. Os outros podem avaliá-la por apenas 15 dias. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/remember-the-milk AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

7,6

APRESENTAÇÃO PELO iPHONE Vamos supor que você esteja desenvolvendo um site customizado para dispositivos móveis e queira mostrá-lo ao seu cliente. Você vai exibir o projeto no próprio iPhone, evidentemente, mas não precisa navegar pelas janelas do sistema ou dos programas até chegar onde precisa. Com o Presentor, você cria uma espécie de apresentação para tornar essa navegação mais agradável. O programa traz fundos e ícones e permite que seus usuários adicionem suas próprias imagens. Seria melhor se permitisse trabalhar com diferentes fontes e tamanhos de fonte para incrementar os trabalhos. A página da apresentação pode conter vários ícones, cada um levando para um endereço diferente. O programa custa 0,99 dólares. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/presentor AVALIAÇÃO TÉCNICA

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programas I iPhone

INCREMENTE SEU iPHONE Não faltam programas para quem quer trabalhar ou se divertir

COMUNICAÇÃO EM 140 TOQUES O iPhone e o Twitter são duas das principais sensações do momento. Nada mais natural então a integração entre eles. Se esse encontro é proporcionado pelo Twitterrific fica melhor ainda. Além da interface bacana, esse cliente do microblog mais popular é bem organizado e traz alguns recursos dignos de nota. Um deles é a possibilidade de localizar os tuiteiros que estão nas redondezas por meio de geotagging. Você também pode selecionar uma lista de seus microblogueiros favoritos para acompanhar mais de perto. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/twitterrific AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

CALENDÁRIO NA MÃO Na hora de planejar um evento que vai acontecer bem lá na frente ou contar o número de dias entre duas datas, nada como olhar um calendário anual. E é exatamente isso o que oferece o Half Year Free, da Triple Creeks Mobile. Um calendário semestral ocupa a tela inteira do iPhone. Para ver os meses anteriores ou posteriores você precisa apenas deslizar o dedo na tela da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, respectivamente. O programa oferece cores para que se ressaltem algumas datas e a visualização seja simplificada. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/half-year-free AVALIAÇÃO TÉCNICA

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SEMPRE É HORA PARA BATE-PAPOS Com uma interface e recursos mais tradicionais, o IM+ é interessante para quem não se interessa pelos recursos de VoIP do Fring e quer somente o bate-papo por texto nas redes de mensagens instantâneas. O funcionamento do IM+ é bem semelhante ao dos programas para o desktop, separando as diferentes conversas por meio de abas. Ele se conecta às redes do Windows Live Messenger, Yahoo! Messenger, ICQ e Google Talk. Com esse cliente, é possível enviar arquivos do smartphone, além de receber conteúdo de contatos. Apesar do estilo mais simples e prático, o IM+ é pago. A versão para iPhone sai por 9,99 dólares. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/im-5-67-2

IMPOSSÍVEL ESQUECER Poucas soluções são tão eficientes quanto o Remember The Milk na hora de avisar sobre compromissos. A aplicação criada para iPhone só vem confirmar essa capacidade. Integrada ao serviço, o programa para iPhone combina calendário com lista de tarefas. Essas listas e esses eventos podem ser compartilhados com outros adeptos do RTM. A aplicação também usa os recursos de localização do celular para mostrar as tarefas e os compromissos de acordo com a posição geográfica de seus usuários. Quem assina a conta Pro do RTM não paga nada pela aplicação. Os outros podem avaliá-la por apenas 15 dias. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/remember-the-milk AVALIAÇÃO TÉCNICA

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APRESENTAÇÃO PELO iPHONE Vamos supor que você esteja desenvolvendo um site customizado para dispositivos móveis e queira mostrá-lo ao seu cliente. Você vai exibir o projeto no próprio iPhone, evidentemente, mas não precisa navegar pelas janelas do sistema ou dos programas até chegar onde precisa. Com o Presentor, você cria uma espécie de apresentação para tornar essa navegação mais agradável. O programa traz fundos e ícones e permite que seus usuários adicionem suas próprias imagens. Seria melhor se permitisse trabalhar com diferentes fontes e tamanhos de fonte para incrementar os trabalhos. A página da apresentação pode conter vários ícones, cada um levando para um endereço diferente. O programa custa 0,99 dólares. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/presentor AVALIAÇÃO TÉCNICA

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DESCUBRA A MÚSICA Numa seleção de programas de entretenimento para iPhone, o Midomi Ultra não pode faltar. O programa da Melodis garante boas horas de diversão, no melhor estilo Qual é a música? Você pode conferir seus dotes musicais soltando a voz ou cantando de boca fechada. O programa registra sua performance e confere com sua base de dados. Se encontrar o que você procura, apresenta o nome da música e do artista ou da banda. É a solução ideal quando você conhece uma canção de ouvido, mas não tem mais informações sobre ela. Pena que a empresa tirou a versão gratuita da App Store. Para brincar, você tem de pagar 4,99 dólares pela versão Ultra. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/midomi-ultra AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

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COM AS IDEIAS EM ORDEM Há quem adore a anarquia e quem prefira ter tudo organizadinho. O Evernote foi feito para aqueles que se alistam no segundo grupo. Com esse programa, integrado a um serviço na web e uma aplicação no PC ou no Mac, é possível escrever anotações, fazer registros sonoros, clicar fotos e coletar clipes da web. Todos os conteúdos armazenados podem ter localização geográfica para mapeamento e pesquisa. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/evernote AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

SERVIDOR MÓVEL Já pensou em transformar seu iPhone num servidor de arquivos? Igor Zhadanov teve essa ideia e criou o Flash Drive. O programa tem a capacidade de transformar o smartphone da Apple num servidor remoto de arquivos. Ou seja, desde que tenha o endereço de rede qualquer pessoa poderá acessar os arquivos via browser. A aplicação também recebe arquivos no iPhone e inclui um visualizador de documentos do Office e PDFs. Para garantir a segurança dos dados, as pastas podem ser protegidas com senhas. O Flash Drive custa 4,99 dólares, mas sua utilidade compensa o investimento. www.info.abril.com.br/downloads/iphone/flash-drive AVALIAÇÃO TÉCNICA

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CUSTO/BENEFÍCIO

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programas I Android

MÚSCULOS PARA O ANDROID Escolha as aplicações que vão turbinar seu celular com sistema operacional do Google POR CAUÃ TABORDA E JULIANO BARRETO

COM VIDA PRÓPRIA Que tal seu telefone ficar no modo silencioso automaticamente assim que você pisar no cinema? O Locale pode fazer isso e muito mais. Baseado em sua localização, o aplicativo é capaz de executar tarefas como postar no Twitter e editar as configurações do telefone. Ele pode, ainda, desligar o Bluetooth quando a bateria ficar fraca ou mudar o ringtone e o papel de parede do G1 nos fins de semana. Programar essas mudanças é fácil. Com três cliques, você define um local, uma ação e pronto: seu celular ganha vida própria. www.info.abril.com.br/downloads/android/locale AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,6

CUSTO/BENEFÍCIO

BATE-PAPO ARRUMADINHO O Meebo, que ganhou fama com seu serviço de messenger para web, fez bonito em sua encarnação como aplicativo para Android. Com interface bem organizada, ele mostra todos os contatos das diferentes redes de bate-papo em uma única lista. As janelas de conversação do MSN Messenger, Google Talk e Yahoo! Messenger são exibidas na bandeja de avisos, na parte de cima do sistema. Desse jeito, é possível conversar com todo mundo, sem bagunça. www.info.abril.com.br/downloads/android/meebo-im AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

BELEZA É FUNDAMENTAL Pode parecer frescura, mas, depois de instalar o Backgrounds, periga você se viciar. O programa exibe uma seleção de imagens do álbum virtual Flickr para serem usadas como papel de parede. Há categorias que vão de carros e esportes passando por girly, psicodélicas e retrô. O bom gosto das imagens é impressionante e elas se encaixam muito bem nas três áreas de trabalho do Android. Depois de encontrar um wallpaper legal, dá para guardá-lo em uma lista de favoritos. www.info.abril.com.br/downloads/android/backgrounds AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

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RINGTONES SOB MEDIDA Salvar uma música inteira como ringtone é coisa do passado. Com o Ringdroid dá para usar o smartphone para criar campainhas personalizadas, com um editor de som próprio. O programa permite definir o início e o fim de um trecho, que depois é salvo sem demora como ringtone, prontinho para usar. Já escolheu seu hit? www.info.abril.com.br/downloads/android/ringdroid AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,8

CUSTO/BENEFÍCIO

VISÃO PANORÂMICA Outro aplicativo que inova no uso do GPS, o Panoramio exibe fotos de acordo com a localização do dono do celular. Assim, ele mostra pontos de referência dos locais visitados e serve como guia turístico. Nos testes do INFOLAB, em São Paulo, o Panoramio exibiu fotos da USP, que fica exatamente do outro lado da Marginal Pinheiros. www.info.abril.com.br/downloads/android/panoramio

AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,6

CUSTO/BENEFÍCIO

SEMPRE É HORA DE TUITAR Quer ter sempre à mão uma ferramenta para acompanhar os últimos tweets de seus amigos, atualizar seu status, conferir menções ao seu nome e verificar suas mensagens diretas? Várias aplicações para Android garantem a conexão com o Twitter. Uma das mais interessantes é o Twidroid. Eficiente, o programinha cuida até da função de encurtar URLs e enviar fotos. Você só tem de escolher os serviços de sua preferência. O Twidroid possui opções de configuração para exibição dos tweets, segurança SSL, taxa de atualização, tipo de alerta e correção automática para GPS, entre outras. Um pequeno problema é a janela de atualização de status, que não pode ser encerrada até que se envie um tweet, limitando a área de visualização das mensagens. www.info.abril.com.br/downloads/android/twidroid AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,0

CUSTO/BENEFÍCIO

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DIRETO PARA O DEL.ICIO.US Fãs do bookmark social del.icio.us não têm do que reclamar. Com o Delicious instalado, eles podem salvar seus favoritos no serviço diretamente do navegador do Android. Tudo o que essa aplicação faz é adicionar um botão na guia Share Page (compartilhar página) do browser. Durante a navegação, quando a opção Delicious é selecionada, basta fazer login no serviço e atualizar os favoritos com as informações desejadas, como tags e anotações, privacidade etc. A ferramenta também busca no del.icio.us as tags sugeridas e as mais populares para facilitar a classificação das URLs e gera um atalho para a página inicial do serviço. www.info.abril.com.br/downloads/android/delicious AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,1

CUSTO/BENEFÍCIO

EM CONJUNTO COM O DOCS Seu chefe ligou e disse que o relatório que você deixou no Google Docs não está completo e é preciso finalizá-lo imediatamente. Mas você não está com seu computador. Problema? Nenhum. O GDocs permite a leitura, o download e a adição de documentos salvos no serviço. Só é necessário uma sincronia para que ele exiba os documentos armazenados no Google Docs. A leitura pode ser feita sem problemas, mas para a edição é preciso baixar o arquivo para o smartphone. O programa também pode editar arquivos armazenados no celular. Basta que estejam em um formato compatível com o Google Docs. Ao final do trabalho, faça a sincronia e mande o arquivo pronto para a web. www.info.abril.com.br/downloads/android/gdocs AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,6

CUSTO/BENEFÍCIO

DA CÂMERA PARA A WEB Clicou e gostou, é só fazer o upload para seu serviço de compartilhamento de imagens preferido. O Flickr Media Uploader permite o envio de imagens para contas no Flickr e no Picasa. Para pôr ordem na casa, o programa permite a adição de títulos, descrição e tags. Prático, também permite o trabalho em lote — ou seja, você escolhe um conjunto de imagens e faz o envio de uma única vez. A única restrição é que os pacotes não podem exceder 200 MB. Para simplificar a vida de seus usuários, o programa tem uma opção de envio das imagens novas, evitando duplicidade. A versão Pro, paga, também permite o envio de vídeos para a web. www.info.abril.com.br/downloads/android/flickr-media-uploader AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,5

CUSTO/BENEFÍCIO

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programas I Palm

MAIS APLICAÇÕES NO SEU PALM Três programas gratuitos para incrementar seu aparelho com sistema operacional Palm POR MARIA ISABEL MOREIRA

UPGRADE NO MEMOPAD O Memopad é um dos programas que vêm instalados por padrão no Palm. Ele serve para pequenas anotações, mas é de uma simplicidade espartana. Se você usa o Memo para rabiscar no smartphone ideias e anotar informações, faça um upgrade para o txtMemo. Não é preciso pagar nada por isso. Essa aplicaçãozinha vai fazer mais por você. Para começar, é possível importar os arquivos que estão na aplicação do Palm (infelizmente, você tem de importar um a um para cada novo memo). Outro ponto positivo é a possibilidade de criar pastas e subpastas para organizar as anotações. A pesquisa do conteúdo dos arquivos também é aprimorada. Os memos criados pelo txtMemo ficam armazenados no cartão de memória. Cada arquivo no formato TXT pode ter até 32 KB www.info.abril.com/br/downloads/txtmemo AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,0

CUSTO/BENEFÍCIO

DESMARQUE NA LISTA As listas ajudam muito na organização. Se você vai viajar, é bom anotar antes tudo o que precisa pôr na mala para não correr o risco de esquecer algum item. Isso é apenas um exemplo. Você pode criar listas de compras, relacionar ideias de presentes, arrolar tarefas de um projeto... O CheckList é uma boa opção para quem se organiza dessa forma. Você cria quantas listas quiser e insere nelas os itens desejados. Se precisar importar dados do Memopad, não tem problema. O CheckList não apenas faz isso como também podem exportar dados para essa aplicação do Palm. www.info.abril.com/br/downloads/checklist AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,1

CUSTO/BENEFÍCIO

DIRETO ÀS COMPRAS Mais sofisticado ainda que o CheckList, e igualmente gratuito, é o HandyShopper. Apesar do título e dos recursos na medida para quem vai às compras, o programa pode ser usado para relacionar qualquer tipo de coisa. As listas criadas com esse programa podem incluir itens como prioridade, preço, cupom, data etc. No caso das listas de compras, a ideia é que você enumere previamente tudo o que normalmente compra em cada loja ou tipo de loja (supermercado, farmácia, perfumaria, livraria etc.) e marque os itens que precisa adquirir na próxima compra. Uma vez na loja, é só clicar na visualização Need e ir marcando os itens que vão para o carrinho. Quem é mais organizado e controlado pode registrar os preços e as quantidades para saber quanto vai pagar pela compra mesmo antes de passar pelo caixa. www.info.abril.com/br/downloads/handyshopper AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,2

CUSTO/BENEFÍCIO

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programas I Windows Mobile

JANELAS TAMBÉM NA TELINHA Três aplicativos para aparelhos comandados pelo Windows Mobile POR CAUÃ TABORDA E MARIA ISABEL MOREIRA

LIGADO NO MICROBLOG Quer tuitar sem restrição de hora e lugar, usa Windows Mobile e não quer ter de lidar com um programa complicado? O programa Twikini atende aos três requisitos. De quebra, tem uma interface com ótimo visual. Nela, os tweets são exibidos sem nenhum link ativo. Mas basta um clique para que o programa revele o post e ative as URLs contidas. Nada de importante escapa ao programa. Com ele, você pode encurtar endereços, acompanhar a timeline com os tweets dos amigos, conferir onde foi citado, averiguar as mensagens diretas e organizar os tweets favoritos. O Twikini também admite o acesso a outros perfis e a postagem da informação da música em execução no player do celular. www.info.abril.com.br/downloads/windows-mobile/twikini-1-3 AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,6

CUSTO/BENEFÍCIO

TÁ GRAVANDO? Não importa se você quer registrar uma ideia que passou pela cabeça, a aula daquele professor fera ou as coordenadas do lugar onde estacionou o carro. O Vito AudioNotes Touch dá conta do recado. Na versão para telas sensíveis ao toque, o que era bom ficou melhor ainda. Agora, com os dedos você aciona os comandos e seleciona as opções de configuração. A interface simples e intuitiva não deixa muito espaço para dúvidas. O AudioNotes grava sons do ambiente e ligações telefônicas (é possível até configurá-lo para gravar todas as chamadas). Para facilitar registros rápidos, ele admite a definição de uma tecla de atalho. O programa também permite a seleção entre três diferentes modos de gravação. Para quem não tem aparelho com tela sensível ao toque, a Vito Technology oferece a versão AudioNotes simples. www.info.abril.com.br/downloads/windows-mobile/vito-audionotes-touch AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,0

CUSTO/BENEFÍCIO

7,9

TAREFA CUMPRIDA! Quando o smartphone é um forte aliado no controle das atividades, uma ferramenta como o AM TasksPlus pode ser bastante prática. Você continuará a anotar as tarefas como sempre faz. O trabalho do TaskPlus está em permitir a personalização da exibição das informações. É possível definir desde o número de tarefas que serão apresentadas, o tamanho da fonte e como as informações aparecerão na janela Hoje do sistema operacional. A classificação pode ser por importância, assunto, data de início, data de execução ou natureza (pessoal, comercial etc.). A ordem pode ser crescente ou decrescente. Há também várias formas de agrupamento das tarefas (hierarquia, categoria, natureza, importância e progresso). O plug-in inclui ainda filtros e permite a criação e o armazenamento de diferentes perfis. www.info.abril.com.br/downloads/windows-mobile/am-tasksplus AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,1

CUSTO/BENEFÍCIO

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programas I Symbian

SEU SYMBIAN EM AÇÃO

Seis programas para deixar seu aparelho ainda mais útil e divertido POR CAUÃ

TABORDA E MARIA ISABEL MOREIRA

COM O PAPO EM DIA Não importa se você usa Windows Live Messenger, Yahoo Messenger, GoogleTalk ou Skype — ou todos os serviços de uma vez. O Nimbuzz deixa você em contato com toda a sua lista de amigos, colegas de trabalho, fornecedores ou colaboradores. Mais que isso, permtie que você fique de olho no que rola no Facebook e no MySpace. Além da interface toda em português, um dos destaques do Nimbuzz é sua capacidade de importar a divisão dos contatos em grupos, facilitando a navegação. Você pode ainda alterar seus dados de usuário, como descrição de perfil, status e imagem de exibição, além de pesquisar contatos na sua lista. É possível realizar ligações locais e internacionais pelo Nimbuzz usando a conta de Skype, tornando muitas chamadas mais econômicas. www.info.abril.com.br/downloads/symbian/nimbuzz AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,9

CUSTO/BENEFÍCIO

VIU NO YOUTUBE? Se você não passa muito tempo sem conferir as novidades no YouTube, instalar o Xenozu no seu smartphone pode ser uma boa pedida. O player de YouTube para Symbian S60 traz as produções reunidas nas categorias mais vistos, mais bem classificados, mais recentes e em destaque. Você também pode fazer pesquisas em busca de uma produção específica e, se gostar, marcar seu vídeo como favorito. O programa mantém um histórico dos vídeos vistos, o que é interessante caso você queira mostrar depois para os amigos. Ver os filminhos na tela do smartphone, no entanto, nem sempre é uma boa experiência. Nos testes com o N95, a visibilidade ficou bastante prejudicada. Durante a reprodução, você pode usar os controles na tela para avançar, retroceder, pausar, marcar como favorito, exibir detalhes e reproduzir em tela cheia. ww.info.abril.com.br/downloads/symbian/xenozu AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,3

CUSTO/BENEFÍCIO

TEM ALGO A FALAR? Tuitar pelo smartphone não é problema. Quem usa aparelho com Symbian pode contar com o Tweets60 para atualizar o microblog com bastante praticidade. O programinha permite enviar retweets e mensagens diretas, além de possibilitar a inscrição em novos perfis e a remoção de seguidores diretamente em celulares com Symbian S60. O Tweets tem uma interface prática, que inclui a exibição dos avatares e tweets completos. Além de mostrar as mensagens estampadas na home do seu perfil, permite a visualização de respostas, mensagens diretas, favoritos e as atualizações do status. Quando se clica em um tweet, o programa abre uma espécie de pop-up com o texto completo e links em destaque. A taxa de atualização dos tweets, além de manual, pode ser configurada para acontecer a intervalos determinados. www.info.abril.com.br/downloads/symbian/tweets60 AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,8

CUSTO/BENEFÍCIO

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COM O PAPO EM DIA Além de prover seu telefone móvel com um antivírus leve e eficiente, o Kaspersky Mobile Security oferece recursos de firewall, bloqueio de e-mail e mensagens SMS indesejadas e proteção contra phishing. Tudo sem complicações. A interface do programa é bem simples, assim como as configurações. Gerenciar as listas negras, por exemplo, não dá nenhum trabalho. A varredura do dispositivo em busca de malware pode ser completa, ou restringir-se à memória RAM, às mensagens ou a pastas específicas. A varredura é relativamente rápida, mas não é aconselhável executar a rotina ao mesmo tempo em que outras aplicações estão em ação. O Mobile Security conta ainda com um sistema de verificação de chip. Se o celular for roubado e o chip substituído, a aplicação envia ao proprietário o número do chip inserido sem o conhecimento do ladrão. www.info.abril.com.br/downloads/symbian/kaspersky-mobile-security AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,8

CUSTO/BENEFÍCIO

ACESSE SEU GMAIL Visualmente, a versão do aplicativo Gmail móvel é parecida com a interface do serviço na web acessado pelo computador. O agrupamento de mensagens, as cores e as fontes são similares. Igualmente, é possível buscar mensagens, marcá-las com estrelas e consultar a caixa de entrada e as mensagens enviadas. A diferença está na navegação por página. Quando o usuário se aproxima do final da lista de mensagens, automaticamente mais e-mails são carregados — em caixas postais lotadas, essa peculiaridade gera uma barra de rolagem infinita. Outro diferencial da aplicação para celular é a possibilidade de exibir documentos de texto, planilhas, imagens e PDFs, além de baixá-los para o aparelho, o que não é possível na interface para browser. www.info.abril.com.br/downloads/symbian/gmail AVALIAÇÃO TÉCNICA

7,7

CUSTO/BENEFÍCIO

ENCONTRE-SE RAPIDAMENTE Está perdido e não sabe qual ônibus tomar? A fome apertou e está em um bairro onde não conhece nada? O Google Maps para celular tem as respostas. A versão móvel da aplicação de mapas é sem dúvida uma das mais úteis e cheias de recursos. Em um celular com plano de dados, é possível acessar qualquer mapa da base de dados do Google, traçar rotas e ainda escolher se o caminho será percorrido de carro, a pé ou de transporte público — o serviço indica quais linhas de ônibus ou metrô o usuário deve tomar, no caso de grandes cidades. O Google Maps também possui a função Meu Local, que exibe a localização do usuário no mapa. Em aparelhos que não possuem GPS, o local aproximado é calculado pela triangulação de antenas. As rotas podem ser traçadas a partir do Meu Local. Assim fica mais fácil encontrar o caminho e não é preciso gastar muito tempo com digitação. A pesquisa também encontra vários estabelecimentos. Basta digitar o nome e vasculhar os resultados para acessar a localização no mapa ou traçar uma rota automaticamente. O Google Maps para celular possui a função Latitude, que exibe sua localização fixa ou de GPS para um grupo de amigos selecionados e permite que você também os encontre no mapa. www.info.abril.com.br/downloads/symbian/google-maps-3-0 AVALIAÇÃO TÉCNICA

8,0

CUSTO/BENEFÍCIO

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acessórios I som

AUMENTE O VOLUME

Complementos para dar um upgrade no som do seu aparelho

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martphone deixou de ser mero telefone móvel há muito tempo. Os aparelhos são dublês de despertador, câmera fotográfica, agenda, computador, TV e player de música. Na função tocador, eles podem ganhar reforços de peso, como fones de ouvido estéreo sem fio e caixas de som para levar música para todo o ambiente. É o que prometem, por exemplo, esses dois acessórios.

MÚSICA SEM FIO NO CELULAR O fone Bluetooth BH-504, da Nokia, é prático para quem ouve música no celular. Não tem fios e pode ser carregado dobrado na mochila, ocupando pouco espaço. As conchas são menores que as dos fones estéreo tradicionais e se adaptam bem à cabeça. O revestimento em espuma dá conforto e garante isolamento do som ambiente. Os comandos estão concentrados na concha direita: iniciar, pausar, avançar, retroceder e volume. Há uma tecla multifunção para ligar, atender telefonemas e fazer chamadas com comando de voz. No teste, o fone teve alcance sem distorções de até 20 metros longe do celular. BLUETOOTH 2.0 (COMPATÍVEL COM A2DP)

AVALIAÇÃO TÉCNICA

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ALCANCE ATÉ 20 M

CUSTO/BENEFÍCIO

CARREGADOR BIVOLT

107 G

299 REAIS

7,7

A MININAVE DE SOM DA PHILIPS É difícil definir o CinemaOne CTS4000/55, da Philips. Ele pode muito bem ser considerado um home theater ultracompacto ou uma dock para iPod e iPhone completaça. Com alto-falantes e subwoofer embutidos em um corpo que lembra uma nave espacial, o aparelho dá voz para o player, toca DVD com upscaling para 1 080p, vídeos em DivX, XviD, MPEG-4 e WMV e música em MP3 e WMA. Todos esses arquivos podem estar em CDs e DVDs ou em pen drives. Só não espere um show de potência e qualidade. O que ouvimos no INFOLAB com música e filmes foi um som médio, suficiente para um quarto, mas que não preenche uma sala mais ampla. 40 W DVD, DIVX, XVID, MPEG-1,2 E 4, WMV, MP3, WMA, JPEG SAÍDAS: HDMI, VÍDEO COMPOSTO, P2 ENTRADAS: P2, USB, IPOD 27,3 X 17,2 X 27,3 CM 2,6 KG 1 094 REAIS

AVALIAÇÃO TÉCNICA

© FOTOS MARCELO KURA

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CUSTO/BENEFÍCIO

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empresas I infraestrutura

iPHONE VIRA BANCO DE BOLSO O mundo financeiro mergulha de vez no celular da Apple com aplicativos e sites POR LEONARDO MARTINS

N

o início de fevereiro deste ano, o aplicativo gratuito brasileiro mais baixado na App Store, da Apple, não era um jogo ou um utilitário qualquer. Era um programa do banco Itaú que informa ao cliente onde fica a agência ou o caixa eletrônico mais próximo. Esse software, que usa o GPS para determinar onde a pessoa está, é um dos muitos que vêm sendo criados pelos bancos brasileiros para o iPhone. Uma pesquisa da empresa sueca Berg Insight estima que, em 2014, haverá 913 milhões de usuários de banco móvel no mundo, contra os atuais 20 milhões. O estudo prevê um crescimento de 89% ao ano nos acessos a bancos via celular. Como os usuários de iPhone acessam mais a internet que os proprietários de

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outros celulares, eles são um alvo prioritário no radar dos bancos. Consultas de saldo, extratos e pagamento de contas estão entre as tarefas mais comuns dos usuários de banco móvel. Mas instituições financeiras como o Itaú já vão além dessas opções, com programas como o que informa a localização das agências, desenvolvido em parceria com a empresa Fingertips. “O usuário de iPhone é um usuário muito mais intenso do que o de outras plataformas móveis, talvez pela interface inteligente e amigável, utilizando o aplicativo com muito mais frequência”, diz Márcia Lins, superintendente de internet Banking do Itaú. Um dos projetos em andamento no banco é um aplicativo do tipo mobile broker, para negociações na bolsa de valores.

© MONTAGEM SOBRE FOTOS DE BIA PARREIRAS E MARCELO KURA

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De qualquer lugar onde haja rede de dados celular, os clientes poderão gerenciar sua carteira de ações, verificar cotações, comprar e vender ativos. Em breve, também os clientes do Unibanco poderão pegar carona no aplicativo do Itaú. Depois que os dois bancos se fundiram, começou um processo de integração dos sistemas usados por eles. Por enquanto, o Unibanco tem apenas um site otimizado para iPhone, similar ao de outros bancos. Nele, o cliente pode consultar saldos e extratos, fazer transferências e gerenciar aplicações financeiras. “Para nós, o iPhone é primordial. É onde estamos buscando mais mudanças e atualizações”, diz Natacha Litvinov, superintendente de gestão de canais eletrônicos do Unibanco.

DOBRO DE TRANSFERÊNCIAS Dênis Corrêa, gerente executivo de canais virtuais do Banco do Brasil, concorda com ela. “Os usuários de outras plataformas de celular fazem, em média, seis transferências mensais. No iPhone, o número sobe para 12 por mês, ou seja, o dobro”, comenta. No caso do BB, os números comprovam a adesão: das cinco milhões de transações mensais por meios tecnológicos, o smartphone da Apple corresponde a 12%. O crescimento do número de transações

por iPhone, somente em 2009, é de 50%, deixando para trás tecnologias como o WAP2. E o Banco do Brasil conseguiu isso usando apenas o site otimizado para o smartphone, sem nenhum aplicativo específico. Um detalhe interessante desse site é que, quando o extrato bancário é visto com o iPhone na vertical (posição retrato), apenas um resumo é exibido. Se o usuário gira o aparelho para a posição paisagem, a página mostra detalhes adicionais. No Bradesco, é consenso que o iPhone é uma plataforma-chave. “As transações por canais eletrônicos correspondem a 80% das operações de um banco. O iPhone já representa 15% das transações via celular, e é visível que ele está em grande ascensão”, diz Marcos Bader, diretor departamental do Bradesco Dia e Noite. Como o Itaú, o Bradesco trabalhou em parceria com a Fingertips para desenvolver um aplicativo que usa o recurso de geolocalização do iPhone. O programa da Bradesco Seguros localiza oficinas e postos de gasolina no mapa. Bader adianta que outras novidades deverão ser anunciadas em breve, mas não diz quais são. Esse mistério sobre os produtos em desenvolvimento faz parte do discurso de todos os bancos. O que fica claro é que o iPhone virou uma plataforma prioritária para eles.

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inovação I 4G em seu portfólio o smartphone T8290, da HTC, que vem com a tecnologia embutida. De acordo com estudo da consultoria In-Stat, a grande vantagem do WiMAX sobre o LTE é o fato de ter chegado primeiro. “O WiMAX tem um ecossistema pronto, inclusive 26 notebooks compatíveis com a tecnologia”, afirma Casio Tietê, diretor de expansão de negócios da Intel, empresa que virou evangelizadora do WiMAX. No Brasil, há diversas redes de WiMAX em teste, mas a Anatel está atrasada com os leilões da faixa de 3,5 GHz, destinada ao uso da tecnologia, e ainda avalia as mudanças regulatórias para a introdução da versão móvel.

EVOLUÇÃO DO GSM

O WIMAX NÃO ESTÁ SOZINHO As operadoras de celular começam a investir na tecnologia LTE. Qual será o padrão do 4G? POR KÁTIA ARIMA

A

lgumas tecnologias levam muitos anos para pegar — o caso clássico do Bluetooth. O WiMAX enfrenta um dilema parecido na banda larga móvel, mas hoje já não se tem mais tanta certeza de que ele vai de fato deslanchar. A tecnologia ainda não mostrou a que veio na prática e não virou padrão em notebooks e smartphones. A Nokia, por exemplo, parou de fabricar em janeiro aparelhos com WiMAX e anunciou que vai investir justamente no seu rival: o LTE (Long Term Evolution). WiMAX e LTE disputam o título de sucessor do 3G que usamos hoje. Eles prometem velocidades dignas de banda larga fixa, para dar conta de vídeos, TV de alta definição e games multiplayer sem atrasos. A nova versão do WiMAX móvel (release 1.5) pode chegar a 144 Mbps nominais no download e 69 Mbps no upload, enquanto o LTE tem a velocidade nominal de 173 Mbps

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no download e 58 Mbps no upload. Tanto o LTE como o WiMAX foram projetados para o tráfego de dados, pelo protocolo IP, e são baseados no OFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing), com transmissão pelo ar. Enquanto o WiMAX já tem redes comerciais em funcionamento, o LTE terminou a fase de especificações apenas em dezembro. Vem sendo testado em países como Japão, Estados Unidos e Inglaterra. Os projetos de WiMAX que estão nas ruas, no entanto, não desfrutam de toda a velocidade prometida na teoria. A operadora americana Clearwire investiu em uma rede WiMAX móvel, em operação comercial desde janeiro nas cidades de Baltimore e Portland, oferecendo banda larga fixa a 6 Mbps e móvel a 4 Mbps. Em São Petersburgo, na Rússia, a operadora Yota também estreou sua rede WiMAX móvel — foi a primeira a apresentar

© ILUSTRAÇÃO MAURÍCIO MEDEIROS

O LTE tem a seu favor um apoio maciço das operadoras de telefonia móvel. As 750 integrantes da GSM Association (GSMA) já confirmaram a intenção de trabalhar com o LTE, segundo Ricardo Tavares, vice-presidente de políticas públicas da GSMA. “O LTE é a evolução natural do 3G. Conversa perfeitamente com o WCDMA, o que vai permitir que um usuário saia de uma rede 4G e caia automaticamente na 3G”, diz Vinícius Caetano, analista de telecom do IDC. Ele afirma que o WiMAX está sem fôlego. “O LTE terá vantagem de ser uma tecnologia mais barata, por causa da alta escala de produção dos aparelhos”, diz. A Alcatel-Lucent será uma das fornecedoras da operadora americana Verizon, que pretende ser a primeira a inaugurar uma rede LTE comercial até o fim do ano. “O 3G está com os dias contados. As operadoras sabem que em 2011 precisarão de tecnologias mais eficientes. Com a explosão dos notebooks, há uma demanda reprimida de banda larga no Brasil”, diz Roberto Falsarella, gerente de redes wireless da Alcatel-Lucent. Porém, ele observa que o LTE ainda precisa da adesão dos fabricantes de terminais compatíveis. Por enquanto, apenas a Nokia manifestou apoio a essa tecnologia. Na visão da consultoria In-Stat, há espaço para as duas tecnologias conviverem. As operadoras que trabalham com redes terrestres irão preferir o WiMAX, enquanto as móveis ficarão com o LTE. José Geraldo de Almeida, gerente de novos negócios da área de home & networks da Motorola, tem a mesma visão. “É como na banda larga fixa, em que o cabo não mata o ADSL, e vice-versa”, diz. A Huawei também trabalha simultaneamente

com as duas tecnologias. Na opinião de Marcelo Motta, diretor de tecnologia e produtos da Huawei, não importa qual delas será preponderante na 4G, pois haverá um ambiente de sinergia. “Com a convergência de redes, o usuário poderá sair de uma rede LTE e entrar automaticamente em uma WiMAX, sem perceber”, diz.

FREQUÊNCIA INDEFINIDA No Brasil ainda há um grande obstáculo para a introdução do LTE: não existe frequência definida para usar a tecnologia. As bandas usadas pelo LTE, de 700 MHz e 2,5 GHz, estão ocupadas e cabe à Anatel reorganizar as faixas para acomodar novos serviços e realizar os leilões das frequências disponíveis. A faixa de 700 MHz é usada no país pela TV analógica, que só deve ser desativada em 2017, e a frequência de 2,5 GHz é ocupada pelas operadoras de MMDS, para serviços de TV por assinatura sem fio. As operadoras terão de ampliar suas redes terrestres para dar conta do LTE. “É uma realidade diferente da Verizon. As operadoras brasileiras não têm tanta fibra óptica”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Ele acredita que vai demorar para o LTE funcionar no Brasil. “Aqui, o LTE deve chegar com dois anos de atraso. As operadoras ainda estão investindo dinheiro no 3G e vão esperar o barateamento da nova tecnologia.” Segundo a Ericsson e a Huawei, que fornecem infraestrutura de rede às operadoras, já existem equipamentos que facilitam o upgrade da 3G para a 4G. “Algumas operadoras já estão construindo as redes 3G com equipamentos pré-LTE”, diz Luciana Pailo, vice-presidente de redes da Ericsson. A TIM é uma das operadoras que estão de olho no LTE. “Acreditamos que a tecnologia 3G vai atender a demanda até 2011. Depois, precisaremos de uma rede com mais capacidade para dados”, diz Maurício Cascão, gerente de inovação tecnológica da TIM. A Vivo ainda não definiu o padrão tecnológico que irá adotar no 4G. “De fato, o movimento parece estar para o lado do LTE”, diz Javier Garcia, vicepresidente de tecnologia e redes da Vivo. Ele estima para 2011 um upgrade da rede. “Cada vez mais pessoas vão querer usar o celular para mandar fotografias e vídeos e usar outros serviços avançados. Será preciso ter uma rede mais eficaz.” Se será por WiMAX ou LTE ainda é cedo para saber.

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inovação I 4G em seu portfólio o smartphone T8290, da HTC, que vem com a tecnologia embutida. De acordo com estudo da consultoria In-Stat, a grande vantagem do WiMAX sobre o LTE é o fato de ter chegado primeiro. “O WiMAX tem um ecossistema pronto, inclusive 26 notebooks compatíveis com a tecnologia”, afirma Casio Tietê, diretor de expansão de negócios da Intel, empresa que virou evangelizadora do WiMAX. No Brasil, há diversas redes de WiMAX em teste, mas a Anatel está atrasada com os leilões da faixa de 3,5 GHz, destinada ao uso da tecnologia, e ainda avalia as mudanças regulatórias para a introdução da versão móvel.

EVOLUÇÃO DO GSM

O WIMAX NÃO ESTÁ SOZINHO As operadoras de celular começam a investir na tecnologia LTE. Qual será o padrão do 4G? POR KÁTIA ARIMA

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lgumas tecnologias levam muitos anos para pegar — o caso clássico do Bluetooth. O WiMAX enfrenta um dilema parecido na banda larga móvel, mas hoje já não se tem mais tanta certeza de que ele vai de fato deslanchar. A tecnologia ainda não mostrou a que veio na prática e não virou padrão em notebooks e smartphones. A Nokia, por exemplo, parou de fabricar em janeiro aparelhos com WiMAX e anunciou que vai investir justamente no seu rival: o LTE (Long Term Evolution). WiMAX e LTE disputam o título de sucessor do 3G que usamos hoje. Eles prometem velocidades dignas de banda larga fixa, para dar conta de vídeos, TV de alta definição e games multiplayer sem atrasos. A nova versão do WiMAX móvel (release 1.5) pode chegar a 144 Mbps nominais no download e 69 Mbps no upload, enquanto o LTE tem a velocidade nominal de 173 Mbps

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no download e 58 Mbps no upload. Tanto o LTE como o WiMAX foram projetados para o tráfego de dados, pelo protocolo IP, e são baseados no OFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing), com transmissão pelo ar. Enquanto o WiMAX já tem redes comerciais em funcionamento, o LTE terminou a fase de especificações apenas em dezembro. Vem sendo testado em países como Japão, Estados Unidos e Inglaterra. Os projetos de WiMAX que estão nas ruas, no entanto, não desfrutam de toda a velocidade prometida na teoria. A operadora americana Clearwire investiu em uma rede WiMAX móvel, em operação comercial desde janeiro nas cidades de Baltimore e Portland, oferecendo banda larga fixa a 6 Mbps e móvel a 4 Mbps. Em São Petersburgo, na Rússia, a operadora Yota também estreou sua rede WiMAX móvel — foi a primeira a apresentar

© ILUSTRAÇÃO MAURÍCIO MEDEIROS

O LTE tem a seu favor um apoio maciço das operadoras de telefonia móvel. As 750 integrantes da GSM Association (GSMA) já confirmaram a intenção de trabalhar com o LTE, segundo Ricardo Tavares, vice-presidente de políticas públicas da GSMA. “O LTE é a evolução natural do 3G. Conversa perfeitamente com o WCDMA, o que vai permitir que um usuário saia de uma rede 4G e caia automaticamente na 3G”, diz Vinícius Caetano, analista de telecom do IDC. Ele afirma que o WiMAX está sem fôlego. “O LTE terá vantagem de ser uma tecnologia mais barata, por causa da alta escala de produção dos aparelhos”, diz. A Alcatel-Lucent será uma das fornecedoras da operadora americana Verizon, que pretende ser a primeira a inaugurar uma rede LTE comercial até o fim do ano. “O 3G está com os dias contados. As operadoras sabem que em 2011 precisarão de tecnologias mais eficientes. Com a explosão dos notebooks, há uma demanda reprimida de banda larga no Brasil”, diz Roberto Falsarella, gerente de redes wireless da Alcatel-Lucent. Porém, ele observa que o LTE ainda precisa da adesão dos fabricantes de terminais compatíveis. Por enquanto, apenas a Nokia manifestou apoio a essa tecnologia. Na visão da consultoria In-Stat, há espaço para as duas tecnologias conviverem. As operadoras que trabalham com redes terrestres irão preferir o WiMAX, enquanto as móveis ficarão com o LTE. José Geraldo de Almeida, gerente de novos negócios da área de home & networks da Motorola, tem a mesma visão. “É como na banda larga fixa, em que o cabo não mata o ADSL, e vice-versa”, diz. A Huawei também trabalha simultaneamente

com as duas tecnologias. Na opinião de Marcelo Motta, diretor de tecnologia e produtos da Huawei, não importa qual delas será preponderante na 4G, pois haverá um ambiente de sinergia. “Com a convergência de redes, o usuário poderá sair de uma rede LTE e entrar automaticamente em uma WiMAX, sem perceber”, diz.

FREQUÊNCIA INDEFINIDA No Brasil ainda há um grande obstáculo para a introdução do LTE: não existe frequência definida para usar a tecnologia. As bandas usadas pelo LTE, de 700 MHz e 2,5 GHz, estão ocupadas e cabe à Anatel reorganizar as faixas para acomodar novos serviços e realizar os leilões das frequências disponíveis. A faixa de 700 MHz é usada no país pela TV analógica, que só deve ser desativada em 2017, e a frequência de 2,5 GHz é ocupada pelas operadoras de MMDS, para serviços de TV por assinatura sem fio. As operadoras terão de ampliar suas redes terrestres para dar conta do LTE. “É uma realidade diferente da Verizon. As operadoras brasileiras não têm tanta fibra óptica”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Ele acredita que vai demorar para o LTE funcionar no Brasil. “Aqui, o LTE deve chegar com dois anos de atraso. As operadoras ainda estão investindo dinheiro no 3G e vão esperar o barateamento da nova tecnologia.” Segundo a Ericsson e a Huawei, que fornecem infraestrutura de rede às operadoras, já existem equipamentos que facilitam o upgrade da 3G para a 4G. “Algumas operadoras já estão construindo as redes 3G com equipamentos pré-LTE”, diz Luciana Pailo, vice-presidente de redes da Ericsson. A TIM é uma das operadoras que estão de olho no LTE. “Acreditamos que a tecnologia 3G vai atender a demanda até 2011. Depois, precisaremos de uma rede com mais capacidade para dados”, diz Maurício Cascão, gerente de inovação tecnológica da TIM. A Vivo ainda não definiu o padrão tecnológico que irá adotar no 4G. “De fato, o movimento parece estar para o lado do LTE”, diz Javier Garcia, vicepresidente de tecnologia e redes da Vivo. Ele estima para 2011 um upgrade da rede. “Cada vez mais pessoas vão querer usar o celular para mandar fotografias e vídeos e usar outros serviços avançados. Será preciso ter uma rede mais eficaz.” Se será por WiMAX ou LTE ainda é cedo para saber.

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inovação I computação por gestos

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s onai i c n e conv s e l ro cont s o r enta s o p a

uando Steve Jobs dedilhou pela primeira vez em público o iPhone, em janeiro de 2007, ele não estava só exibindo o que viria a ser o celular mais desejado de todos os tempos. O visionário da Apple também mostrou que as interfaces com reconhecimento de gestos já estão maduras para deixar os laboratórios e telas de cinema para entrar na vida dos simples mortais. Poucos meses depois foi a vez de a Microsoft, com o seu computador em forma de mesa interativa, o Surface, explicitar o potencial da computação por gestos, onde mouse, teclado, botões e controles tradicionais são substituídos por movimentos naturais do corpo. Mas a convicção de que estamos prestes a mudar radicalmente a forma como interagimos com as máquinas vai bem além dos laboratórios dos eternos rivais em computação pessoal. No relatório Computação Por Gestos: O Fim Do Mouse, divulgado em fevereiro do ano passado, o instituto de pesquisas Gartner concluiu que em três ou cinco anos o ambiente computacional será impactado de maneira significativa pela tecnologia de reconhecimentos de gestos. Difícil mensurar o significado dessa previsão? Então, imagine seu provável cotidiano em

um futuro não tão distante. Quer fazer uma ligação? Abra a palma da mão e digite os números. Tirar uma foto? Faça um gesto em forma de moldura. Ainda não sabe controlar os ícones da área de trabalho? Como um malabarista virtual, movimente as mãos. Por mais fictícias que pareçam, essas aplicações já estão sendo testadas no laboratório da professora Pattie Maes no Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Batizado de Sixth Sense, o projeto foi desenvolvido em oito meses pelo orientando dela, Pranav Mistry, de 28 anos. Ao custo de 350 dólares, o protótipo integra projetor de bolso, espelho e câmera, que, em formato de um colar acoplado ao tórax, são ligados a um minilaptop. A câmera captura os gestos da mão, envia esses dados para o laptop e um software baseado em algoritmos de visão computacional rastreia e interpreta os movimentos das mãos de acordo com os marcadores coloridos que o usuário deve usar nos dedos. “Os equipamentos já cabem no bolso e nos mantêm conectados o tempo todo ao mundo digital. Mas não há nenhuma ponte entre o virtual e as interações do mundo físico”, observa Pranav. “A ideia é libertar a informação da tela e integrá-la comple-

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uando Steve Jobs dedilhou pela primeira vez em público o iPhone, em janeiro de 2007, ele não estava só exibindo o que viria a ser o celular mais desejado de todos os tempos. O visionário da Apple também mostrou que as interfaces com reconhecimento de gestos já estão maduras para deixar os laboratórios e telas de cinema para entrar na vida dos simples mortais. Poucos meses depois foi a vez de a Microsoft, com o seu computador em forma de mesa interativa, o Surface, explicitar o potencial da computação por gestos, onde mouse, teclado, botões e controles tradicionais são substituídos por movimentos naturais do corpo. Mas a convicção de que estamos prestes a mudar radicalmente a forma como interagimos com as máquinas vai bem além dos laboratórios dos eternos rivais em computação pessoal. No relatório Computação Por Gestos: O Fim Do Mouse, divulgado em fevereiro do ano passado, o instituto de pesquisas Gartner concluiu que em três ou cinco anos o ambiente computacional será impactado de maneira significativa pela tecnologia de reconhecimentos de gestos. Difícil mensurar o significado dessa previsão? Então, imagine seu provável cotidiano em

um futuro não tão distante. Quer fazer uma ligação? Abra a palma da mão e digite os números. Tirar uma foto? Faça um gesto em forma de moldura. Ainda não sabe controlar os ícones da área de trabalho? Como um malabarista virtual, movimente as mãos. Por mais fictícias que pareçam, essas aplicações já estão sendo testadas no laboratório da professora Pattie Maes no Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Batizado de Sixth Sense, o projeto foi desenvolvido em oito meses pelo orientando dela, Pranav Mistry, de 28 anos. Ao custo de 350 dólares, o protótipo integra projetor de bolso, espelho e câmera, que, em formato de um colar acoplado ao tórax, são ligados a um minilaptop. A câmera captura os gestos da mão, envia esses dados para o laptop e um software baseado em algoritmos de visão computacional rastreia e interpreta os movimentos das mãos de acordo com os marcadores coloridos que o usuário deve usar nos dedos. “Os equipamentos já cabem no bolso e nos mantêm conectados o tempo todo ao mundo digital. Mas não há nenhuma ponte entre o virtual e as interações do mundo físico”, observa Pranav. “A ideia é libertar a informação da tela e integrá-la comple-

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Gestos fantásticos

A REALIDADE VAI SUPERAR A FICÇÃO Graças às cenas em que Tom Cruise acessa os computadores da polícia, em 2054, manipulando o ar, Minority Report tornou-se referência em computação por gestos. Alguém acredita que esperaremos mais 45 anos para comandar máquinas tocando o ar?

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Sixth Sense: comando são dados por meio de gestos nas mãos

tamente ao mundo tangível por meio de controles gestuais.” Com isso, além dos proveitos acima, é possível utilizar o Sixth Sense para coletar informações sobre objetos em tempo real. Por exemplo, o sistema pode ser instruído com um gesto para rastrear a capa de um livro e projetar dados das resenhas da Amazon.com sobre ele. “A proposta é transformar o mundo todo em um computador”, diz. Pranav já está trabalhando em soluções para integrar o sistema a telefones celulares. Segundo ele, a tecnologia, que foi apresentada no início de 2009, deve chegar ao mercado em dois anos no máximo.

UM ACENO PARA OUVIR BEATLES Com uma proposta um pouco diferente, o pesquisador e fundador da empresa OZWE, Frederic Kaplan, 35, criou o QB1, uma espécie de juke-box inteligente que pode ser controlada por gestos. “Participei do desenvolvimento do Aibo, da Sony, (um cachorro-robô capaz de expressar emoções em resposta ao meio, entre outras habilidades) e passei a refletir em como transformar objetos comuns em robôs. O computador pessoal foi o candidato mais óbvio”, conta o criador. Além de controle gestual, o QB1, que está sendo vendido com preços a partir de 10 mil dólares, pode ser configurado para reconhecer capas de discos e, assim, tocar as músicas do álbum selecionado. Ele ainda reconhece rostos, exibe interfaces personalizadas e apresenta as últimas músicas escolhidas pelos usuários. Entre as patentes que Kaplan detém no projeto está o sistema de percepção em três dimensões embutido na tela. “Com base na ondulação infravermelha que ilumina a cena, o dispositivo pode mensurar a profundidade de cada objeto”, explica. No Brasil, o músico e cientista da computação Jarbas Jácome, 27, acabou de montar um protótipo que também reproduz músicas a partir de controle gestual. Sem nome oficial, mas apelidado de radiola de ficha, o equipamento faz parte do projeto ViMus, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.). Entre as experiências com o sistema está uma instalação para a Fundação de Cultura do Governo do Estado de Pernambuco que apresenta fotos de diferentes regiões do estado mediante movimentos com as mãos. A última aplicação, no Museu Chico Science, na cidade do Recife, permite que os visitantes interajam com sínteses gráficas que representam o mangue. No dia do lançamento da atração, o

© FOTOS 1 LYNN BARRY/DIVULGAÇÃO 2 DIVULGAÇÃO

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Surface: movimentos das mãos sobre a mesa controlam os programas

músico anunciou a versão em software livre do ViMus (www.info.abril.com.br/downloads/ vimus). “Por enquanto, o programa não tem interface gráfica, está restrito a quem entende conceitos de programação”, diz Jácome.

RECONHECIMENTO DE PADRÕES No centro de boa parte dessas interfaces, de acordo com o pesquisador da IBM Research, Cláudio Pinhanez, está o emprego de modelos estatísticos de reconhecimento de padrões. “O processo normal é coletar exemplos dos gestos, analisar as características fundamentais e que elementos seu equipamento de detecção é capaz de determinar”, descreve o pesquisador. “Então, você tem o gesto, a análise, o significado dele e, no meio, modelos estatísticos.” Até a década de 90, segundo ele, a solução não era utilizada nos projetos da área. “Não havia poder computacional suficiente para rodá-los.” A própria experiência de Pinhanez aponta essa questão. Durante seu doutorado, também no Media Lab do MIT, em 1996, ele desenvolveu o espaço interativo The Kids Room. Com oito computadores, duas câmeras e um projetor de 80 quilos, o sistema criava um jogo virtual com base na interpretação das ações dos jogadores — no caso, crianças com idade a partir dos oito anos. “Já usávamos método estatístico, mas bem limitado. Quanto mais poder computacional, maior o vocabulário de gestos e a capacidade de lidar com problemas externos”, afirma. Seu último trabalho nesse campo foi o Everywhere Display, pela IBM, que já está sendo testado em algumas empresas. Com projetor e câmera, a ideia é possibilitar a interação por meio de gestos com imagens projetadas em qualquer superfície — proposta semelhante à do Sixth Sense. Em uma apresentação da tecnologia para o programa NBC Today, da rede americana NBC, o Everywhere Display projetava no chão de um supermercado três botões com características de alguns alimentos. Com o pé, o usuário escolhia as opções e o sistema indicava a localização dos produtos por meio de pegadas virtuais no chão. Diante da prateleira, o comprador colocava a mão em frente ao produto para que informações como a sua composição aparecessem em um LCD acima da prateleira.

Desde as Olimpíadas de Pequim, os apresentadores do Fantástico, como Patrícia Poeta, e do Placar da Rodada, da TV Globo, usam uma tela multitoque fabricada pela empresa Perceptive Pixel. O sistema é composto por uma tela, projetor de vídeo, câmera de infravermelho e dois computadores.

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Gestos fantásticos

A REALIDADE VAI SUPERAR A FICÇÃO Graças às cenas em que Tom Cruise acessa os computadores da polícia, em 2054, manipulando o ar, Minority Report tornou-se referência em computação por gestos. Alguém acredita que esperaremos mais 45 anos para comandar máquinas tocando o ar?

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Sixth Sense: comando são dados por meio de gestos nas mãos

tamente ao mundo tangível por meio de controles gestuais.” Com isso, além dos proveitos acima, é possível utilizar o Sixth Sense para coletar informações sobre objetos em tempo real. Por exemplo, o sistema pode ser instruído com um gesto para rastrear a capa de um livro e projetar dados das resenhas da Amazon.com sobre ele. “A proposta é transformar o mundo todo em um computador”, diz. Pranav já está trabalhando em soluções para integrar o sistema a telefones celulares. Segundo ele, a tecnologia, que foi apresentada no início de 2009, deve chegar ao mercado em dois anos no máximo.

UM ACENO PARA OUVIR BEATLES Com uma proposta um pouco diferente, o pesquisador e fundador da empresa OZWE, Frederic Kaplan, 35, criou o QB1, uma espécie de juke-box inteligente que pode ser controlada por gestos. “Participei do desenvolvimento do Aibo, da Sony, (um cachorro-robô capaz de expressar emoções em resposta ao meio, entre outras habilidades) e passei a refletir em como transformar objetos comuns em robôs. O computador pessoal foi o candidato mais óbvio”, conta o criador. Além de controle gestual, o QB1, que está sendo vendido com preços a partir de 10 mil dólares, pode ser configurado para reconhecer capas de discos e, assim, tocar as músicas do álbum selecionado. Ele ainda reconhece rostos, exibe interfaces personalizadas e apresenta as últimas músicas escolhidas pelos usuários. Entre as patentes que Kaplan detém no projeto está o sistema de percepção em três dimensões embutido na tela. “Com base na ondulação infravermelha que ilumina a cena, o dispositivo pode mensurar a profundidade de cada objeto”, explica. No Brasil, o músico e cientista da computação Jarbas Jácome, 27, acabou de montar um protótipo que também reproduz músicas a partir de controle gestual. Sem nome oficial, mas apelidado de radiola de ficha, o equipamento faz parte do projeto ViMus, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.). Entre as experiências com o sistema está uma instalação para a Fundação de Cultura do Governo do Estado de Pernambuco que apresenta fotos de diferentes regiões do estado mediante movimentos com as mãos. A última aplicação, no Museu Chico Science, na cidade do Recife, permite que os visitantes interajam com sínteses gráficas que representam o mangue. No dia do lançamento da atração, o

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Surface: movimentos das mãos sobre a mesa controlam os programas

músico anunciou a versão em software livre do ViMus (www.info.abril.com.br/downloads/ vimus). “Por enquanto, o programa não tem interface gráfica, está restrito a quem entende conceitos de programação”, diz Jácome.

RECONHECIMENTO DE PADRÕES No centro de boa parte dessas interfaces, de acordo com o pesquisador da IBM Research, Cláudio Pinhanez, está o emprego de modelos estatísticos de reconhecimento de padrões. “O processo normal é coletar exemplos dos gestos, analisar as características fundamentais e que elementos seu equipamento de detecção é capaz de determinar”, descreve o pesquisador. “Então, você tem o gesto, a análise, o significado dele e, no meio, modelos estatísticos.” Até a década de 90, segundo ele, a solução não era utilizada nos projetos da área. “Não havia poder computacional suficiente para rodá-los.” A própria experiência de Pinhanez aponta essa questão. Durante seu doutorado, também no Media Lab do MIT, em 1996, ele desenvolveu o espaço interativo The Kids Room. Com oito computadores, duas câmeras e um projetor de 80 quilos, o sistema criava um jogo virtual com base na interpretação das ações dos jogadores — no caso, crianças com idade a partir dos oito anos. “Já usávamos método estatístico, mas bem limitado. Quanto mais poder computacional, maior o vocabulário de gestos e a capacidade de lidar com problemas externos”, afirma. Seu último trabalho nesse campo foi o Everywhere Display, pela IBM, que já está sendo testado em algumas empresas. Com projetor e câmera, a ideia é possibilitar a interação por meio de gestos com imagens projetadas em qualquer superfície — proposta semelhante à do Sixth Sense. Em uma apresentação da tecnologia para o programa NBC Today, da rede americana NBC, o Everywhere Display projetava no chão de um supermercado três botões com características de alguns alimentos. Com o pé, o usuário escolhia as opções e o sistema indicava a localização dos produtos por meio de pegadas virtuais no chão. Diante da prateleira, o comprador colocava a mão em frente ao produto para que informações como a sua composição aparecessem em um LCD acima da prateleira.

Desde as Olimpíadas de Pequim, os apresentadores do Fantástico, como Patrícia Poeta, e do Placar da Rodada, da TV Globo, usam uma tela multitoque fabricada pela empresa Perceptive Pixel. O sistema é composto por uma tela, projetor de vídeo, câmera de infravermelho e dois computadores.

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MÚSICA MULTITOQUE

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Everywhere Display: é só apontar para o produto para ver as informações

Pinhanez avalia que o desafio das pesquisas com controles gestuais é capacitar os sistemas para compreender o contexto em que se desenvolvem as ações. “É difícil discernir gesto de comunicação dos de comando”, observa. A solução encontrada até agora, segundo ele, é fechar o contexto. A alternativa encontrada pela empresa americana Gesture Tek, com sua linha GestPoint, foi delimitar o espaço em que os usuários podem fazer os gestos acima dos produtos AirPoint e HoloPoint. Com preços que variam de 3 900 dólares a 20 mil dólares, a empresa possui oito linhas de produtos com interface de reconhecimento de gestos. Entre eles, há até modelos para fisioterapia.

SERÁ O FIM DO MOUSE? Ciente desse novo estágio da tecnologia pessoal, a Microsoft incorporou ao Windows 7 suporte a aplicações multitoque. De acordo com Galileu Vieira, gerente de novas tecnologias para consumidores finais da Microsoft, a empresa ainda não agendou o lançamento de equipamentos que acompanhem a tecnologia. “Acreditamos que estamos passando por uma evolução da interface gráfica para a interface natural, por meio da qual você pode interagir com o computador por ações como escrita, comandos de voz e gestos”, afirma. Apesar da evolução (e não revolução, como ele salienta), Vieira não acredita que a popularidade dos sistemas de reconhecimento de gestos irá abrir a sepultura para os controles convencionais, como mouse e teclado. “Essa tecnologia vem para complementar”, acredita.

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A tecnologia de reconhecimento de gestos ainda não chegou ao ponto de traduzir em som as performances dos adeptos do air guitar, aqueles malucos que adoram solar com suas guitarras imaginárias como se fossem o próprio Jimi Hendrix. Mas não faltam projetos que combinam novas interfaces naturais e a linguagem musical, como o Reactable, uma espécie de sintetizador modular com tecnologia multitoque, criado por pesquisadores do Grupo de Tecnologia Musical da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha. “Abaixo da mesa existe uma câmera que rastreia a movimentação dos objetos e os gestos dos músicos sobre a superfície”, descreve Martin Kaltenbrunner, um dos criadores. Com 76 centímetros de diâmetro, já foi utilizado em shows da cantora islandesa Björk. No Brasil, ele rendeu aplausos na edição de 2007 do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) e em uma apresentação do ex-ministro da Cultural Gilberto Gil, no ano passado.

© FOTOS 1 DIVULGAÇÃO 2 XAVIER SIVECAS/DIVULGAÇÃO

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