Princípio da ação mínima Maior nome da matemática do século 18, o suíço Leonhard Euler(1707-1783) pavimentou as bases do cálculo, criado no século anterior por mentes guiadas mais por intuição física do que por um pensamento matemático rigoroso. Em 1755, escreveu um importante tratado sobre o cálculo diferencial, Instituições do cálculo diferencial, e lançou mais tarde, em três volumes, um estudo sobre o cálculo integral (Instituições do cálculo integral). Nessas obras e em todas as demais que produziu, procurou dar ao cálculo um tratamento estritamente analítico, eliminando o apelo geométrico e apoiando-se na estrutura algébrica (aritmética) dos números. Abria assim caminho para um ramo da matemática que, a partir daí, é chamado de Análise: estudo dos processos infinitos por meios aritméticos. Em 1748, havia escrito um tratado em dois volumes com essa abordagem analítica, Introdução à análise do infinito, a primeira apresentação conexa dos processos variacionais. Além disso, foi responsável pela extensão do cálculo, retratada nos estudos do princípio da ação mínima.
A invenção do cálculo é o grande acontecimento do século 17 no campo da matemática. Isaac Newton (1642-1727) e Gottfried Leibniz (16461716) criaram métodos básicos para lidar com processos dinâmicos, uma nova maneira de abordar a mecânica (que investiga os movimentos e as forças que os provocam). Ao permitir previsibilidade e domínio sobre a natureza conhecimentos extremamente demandados pela sociedade da era moderna -, a nova abordagem dotava o homem de saberes que poderiam torná-lo senhor absoluto dos fenômenos naturais. Muita coisa ainda estava por ser feita, e o século 18 se encarregou disso. Das bases do cálculo surgiram áreas importantes do conhecimento, como equações diferenciais, séries infinitas, geometria diferencial, funções de variáveis complexas, cálculo variacional etc. Embora os rudimentos desses temas já estivessem presentes nos trabalhos de Newton e Leibniz, só no século 18 haveria uma preocupação mais intensa com o seu desenvolvimento, que constitui a área da matemática denominada Análise. Havia um esforço muito maior em aplicar os princípios do cálculo do que propriamente em entendêlos. Quantidades infinitesimais, velocidade instantânea, incrementos nulos e ao mesmo tempo quantidades positivas, tudo isso fazia parte da linguagem e do procedimento do cálculo sem um adequado fundamento. Contrariamente à epistemologia de origem grega, os resultados justificavam os princípios. Apesar do clima de insegurança racional, os cientistas do século 18 desenvolveram o cálculo e fundaram novos e importantes ramos da análise matemática. Eles conviveram com as aflições do erro e as confusões