Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

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Cultura

EXEMPLAR GRATUITO Edição:

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FOLHA

José Welmowicki fala da queda do Muro de Berlim.”Tudo começa com o final da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazismo. Os aliados que derrotaram os nazistas tinham de um lado os Estados Unidos, Inglaterra e França, países capitalistas, e do outro a União Soviética, que se auto-intitulava um regime socialista.” (págs. 8 e 9)

Na mostra Vertigem, os artistas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como OSGEMEOS, transcende o conceito do que é grafitti. Nessa exposição, a dupla apresenta uma coleção de telas e painéis, instalações interativas, esculturas e objetos sonoros. (pág. 17)

UNIVERSITÁRIA

Jornal da UNIBAN Brasil

Ano 12 . 16 de Novembro de 2009

A Cor do

Brasil

O Brasil possui a maior nação negra do mundo fora do continente africano. Algo em torno de 90 milhões de afrodescendentes, o que corresponde a 51% da população, de acordo com o IBGE. Na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20/11), decidimos observar como o mercado de trabalho tem agido frente aos problemas que afetam as relações humana e profissional. Para nossa alegria, setores voltados à moda e beleza, serviços especializados e comunicação têm tido elevado crescimento de mão de obra. Segundo o pesquisador do Dieese, a diminuição da desigualdade no mercado de trabalho está diretamente relacionada ao acesso da população negra à educação. (págs. 10 e 11)

UNIBAN Brasil O senador Eduardo Suplicy (PT/SP), na última sexta-feira, promoveu à comunidade acadêmica da universidade uma palestra intitulada: A Missão da Educação no Contexto Cultural, Político e Econômico. (pág. 12)


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Editorial

Índice Há quatro décadas longe das salas de aula, a Filosofia volta a ser disciplina obrigatória no Ensino Médio

Redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter, entre outros, podem ajudar na procura de emprego

Editorial

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Programas da Pós-Graduação da UNIBAN lançam revistas científicas com artigos de renomados pesquisadores

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Os reflexos da queda do Muro de Berlim 20 anos depois sob a visão do prof. de Jornalismo da UNIBAN, José Welmowicki

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Como o avanço de direitos do negro no mercado de trabalho tem contribuído para a igualdade

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Projeto do curso de Enfermagem leva às comunidades carentes informações sobre uma dieta equilibrada

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Exposição Vertigem leva ao público paulista a arte dos OSGEMEOS

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Esta edição apresenta alguns temas que resumem de maneira categórica como são necessários ideais, percepção e vontade de luta. Lembro-me de um provérbio que diz: “As porcelanas mais resistentes são as que vão ao forno mais vezes.” A filosofia é um exemplo, sempre foi vista como importante no desenvolvimento intelectual das pessoas, porém nunca como uma verdadeira ciência. E o filósofo, segundo a mitologia, um sábio conhecedor de todas as coisas, olhava o mundo de maneira curiosa e insaciável. Essa “porcelana”, que o dicionário descreve como “estudo que visa ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de aprendê-lo na sua inteireza. Razão, sabedoria”, sofreu ao longo da história, mas continua viva e de olhos bem abertos como seu símbolo, a coruja. Na editoria Educação, destaque para a volta da Filosofia no Ensino Médio e seu valor para a formação de um indivíduo.

Outro ponto que a cada ano remonta uma nova realidade e que carrega um estigma difícil de superar, e que me faz lembrar o provérbio, é a desigualdade de raças ainda presente. Esta semana comemoramos o Dia da Consciência Negra, e temos números e histórias reais de mudanças significativas. O campo profissional foi o foco da nossa Reportagem da Semana, entretanto tivemos por obrigação entender essa real transformação em outros setores, como beleza, comunicação e serviços. Em todos eles há sinais de luta e persistência, mas o destaque é a conquista que continua a crescer, infelizmente de forma um pouco apática, mas a crescer!!! Parabéns ao Brasil, um país ‘genuinamente’ Negro! Boa leitura! Cleber Eufrasio Editor

R O T EI

R O M

FAL

O C E

Opine, critique e dê sugestões sobre as matérias publicadas na Folha Universitária. Mande suas cartas para folha_universitaria@uniban.br

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Assessora-chefe de Comunicação: Mariana de Alencar. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Bruno Martins e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Isabelle de Siqueira, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradores: Analú Sinopoli e Marcio Fontes. Estagiária: Luciana Almeida. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Rua Cancioneiro Popular, 28 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04710-000. Tel. (11) 5180-9881. E-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br/folha - Tiragem: 30.000.


Educação

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Sabedoria que nunca se cala Após 40 anos distante das salas de aula, a Filosofia voltou a ser uma disciplina obrigatória no Ensino Médio

Convite à Filosofia Autora: Marilena Chauí

Temas de Filosofia Autoras: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins

all aS an Am

dio é propiciar uma ação educacional reflexiva, que permite aos adolescentes uma postura crítica diante da realidade, colocando à disposição deles um leque de opções sobre a postura perante a realidade apresentada”, afirma. Admirador de filósofos como Jean-Paul Sartre, Karl Marx e Nietzsche, o professor ressalta que a Filosofia dá condições de fazer reflexões sobre o mundo de hoje, segundo ele, um mundo fragmentado. “É possível utilizar a Filosofia para debater temas relacionados à literatura, arte e até tecnologia”, explica. Greter aproveita o bate papo com a Folha Universitária para indicar leituras de Filosofia. “Qualquer um pode estudar filosofia. Temos ótimos autores sobre o tema. Eu indico Convite à Filosofia, de Marilena Chauí, e Temas de Filosofia, das autoras Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins”, finaliza.

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do ensino médio deveriam ter acesso aos “conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania”. Mas a lei não afirmava que esses conhecimentos devessem estar disciplinarmente inseridos no currículo. De algum modo, o dispositivo legal responde aos debates da década de 1980: afirmar a importância da Filosofia na formação cidadã é responder à demanda por uma formação crítica; e não afirmá-la como disciplina significa ressaltar seu caráter interdisciplinar. Porém, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou em 2006 uma Resolução que determinou que no prazo de um ano as escolas que operavam com currículos disciplinares deveriam introduzir disciplinas de Filosofia e Sociologia. No caso da Filosofia, isso já é realidade nas redes públicas da maioria dos estados do país, e a decisão do CNE veio referendar o fato. Uma vitória para os educadores, do ponto de vista de Francisco Greter, docente da UNIBAN e integrante da Comissão Estadual de Professores de Filosofia, Psicologia e Sociologia. “Resgatar a Filosofia no ensino mé-

Fo to

Provavelmente você já leu ou ouviu alguém dizer “sei que nada sei”. Mas o que essa expressão um tanto curiosa pode significar? Começo explicando sua autoria. Escritos gregos antigos fundamentam que a expressão citada acima foi elaborada por Sócrates, considerado o pioneiro da Filosofia. Mas como uma pessoa pode ser um sábio se afirma que nada sabe? Esse princípio da humildade “nada sei” faz com que o ser humano busque novas formas de conhecimento. Depois dessa breve explanação, caro leitor, eu coloco outra pauta em discussão: é possível ensinar filosofia? O também filósofo Kant costumava dizer que “Não se ensina filosofia. Se ensina a filosofar”. E é justamente essa a principal função da filosofia, ensinar a pensar crítica, sistemática e filosoficamente. No entanto, desde a década de 80 a inclusão da Filosofia como disciplina do currículo do ensino médio é discutida. Naqueles anos, debates acalorados entre os defensores de sua inclusão e aqueles que se colocavam contrários, afirmando que não haviam professores bem formados em número suficiente para dar conta da tarefa, misturavam-se com a discussão mais ampla em torno do retorno do país à democracia. Naquele contexto, dois argumentos dos defensores da volta da Filosofia aos currículos chamavam a atenção: o primeiro afirmava que essa disciplina seria importante na formação da consciência crítica dos estudantes; o segundo, que a Filosofia possui um caráter interdisciplinar e poderia contribuir para o diálogo entre as várias disciplinas do currículo. Em dezembro de 1996, foi aprovada a Lei nº 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determinava que os estudantes

es

Por Isabelle de Siqueira

Francisco Greter, docente da UNIBAN e integrante da Comissão Estadual de Professores de Filosofia, Psicologia e Sociologia.


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Carreira & Mercado

Por Luciana Almeida Os sites de relacionamentos deixaram de ser um simples meio para as pessoas se comunicarem, trocarem idéias ou mesmo formar casais. Hoje são ferramentas importantes na busca de um emprego. As velhas formas de procurar vagas por meio de jornais ou batendo de porta em porta em agências ainda são válidas, mas em tempos modernos, com a agilidade da Internet e a capacidade de conectar pessoas de todos os lugares, surgem novas maneiras de conseguir uma vaga. Ao navegar em alguns desses sites, percebe-se a diversidade de oportunidades disponíveis. Há vagas para estágio, trainee, concurso público, vagas em empresas de todo o Brasil e até fora do país. Mas o que leva as empresas a contratarem candidatos depois de pesquisas online? Dados de uma pesquisa apresentada na revista americana Fast Company que revela houve aumento nos números de empresas que consultam redes sociais para conhecer seus candidatos. 18% dos empregadores disseram ter encontrado conteúdo em sites de rede social que os levou a contratar o candidato. Cerca de 50% dos perfis proporcionaram uma boa sensação da personalidade do candidato. 39% dos perfis eram coerentes com a qualificação profissional do candidato. 38% dos candidatos foram considerados criativos e 35% mostraram sólidas habilidades de comunicação. Hoje, muitas empresas procuram esse tipo de serviço pela facilidade, por muitos dos sites não terem burocracia quanto à busca por currículos, pela agilidade das informações e também pelo custo zero no cadastro de pessoa jurídica. Além do Orkut, a rede social mais usada em todo o país, o Twitter, a mais nova mania entre os internautas, existe também o Facebook, o Myspace, o Sonico e os dois ainda pouco populares no Brasil, Plaxo e Linkedin, essa última muito usada por profissionais. Nessas redes há muitas comunidades com dicas de sites para cadastro de emprego e também vagas disponibilizadas por algumas empresas. Existem diversas comunidades específicas de acordo com o cargo procurado como: Trabalho para Jornalistas, Estágio e Emprego em Direito, outras em geral como Vagas de Empregos e Currículos, Procurando Emprego, Vagas Diárias de Emprego, Vagas e Talentos e Emprego

Redes sociais geram emprego

Algumas comunidades em sites de relacionamentos são formas eficientes de tentar uma vaga no concorrido mercado de trabalho

Fotos: divulgação

Fácil. Há também os chamados grupos informais, como Yahoo e Hotmail. Carmen Alonso, gerente de treinamento da empresa NUBE conta que conseguiu seu emprego através de uma dessas redes sociais informais, “faço parte de um deles que é o do João Honório, no Yahoo, que é bem focado em oportunidades de Recursos Humanos da área de treinamento, soube da vaga nesse grupo, entrei em contato e estou aqui há três anos”. Empresas como a Crossing – Consultoria em Recursos Humanos dão preferência ao Linkedin ao selecionar seus candidatos, “como o Linkedin é voltado para um público mais executivo e tem vagas divulgadas de vários países, é um site que te dá uma abrangência muito grande, você tem a facilidade de identificar pessoas com perfis muito bons”, relata Regina Scaciotti, Gestora da Divisão de Outplacement. E acrescenta: “Lá existem vários executivos que tem acesso a essas oportunidades e se candidatam a elas. Isso é um fácil acesso aos executivos, até porque esse site é todo em inglês, a pessoa tem que ter uma fluência legal no idioma para poder se comunicar e poder travar esse relacionamento, encontrar as pessoas e empresas que lhe interessam”. A primeira avaliação feita pela empresa é a “análise de currículos, a compatibilidade do perfil do profissional com o perfil da vaga”, explica Regina.

É preciso alguns cuidados Estes sites são utilizados pelas empresas também para saber tanto sobre a vida profissional do candidato quanto a pessoal e são analisados por elas o perfil, sua personalidade e as comunidades em que costumam participar. Com tantos meios disponíveis, é preciso certo cuidado, “o candidato deve ter muita cautela quanto ao desenvolvimento de seu perfil pessoal, procurar ser o mais objetivo possível, pois ele pode demonstrar algo que não é para as organizações”, orienta Michele Carvalho Gelinski – consultora de carreira da empresa Chess Human Resources. Ser cuidadoso sempre, não colocando fotos que denigram a sua imagem perante a contratante é uma das recomendações dadas por ela.


TRAINEE

Até o dia 22 de novembro a distribuidora de combustíveis ALE recebe inscrições para o programa de trainee. A empresa irá selecionar dez novos talentos para atuar nas unidades administrativas ou filiais da companhia em Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP). Para quem quiser se candidatar a uma das vagas é necessário ter concluído a graduação entre junho de 2006 e dezembro de 2009 nos cursos de administração de empresas, marketing, economia, engenharia, direito, tecnologia da informação (e correlatos) ou ciências contábeis. Pré-requisitos: domínio do pacote Office e disponibilidade para trabalhar em horário integral. Pós-graduação e conhecimentos de inglês são qualificações desejáveis. Além da remuneração compatível com o mercado, a ALE irá oferecer programa de participação nos lucros e resultados, previdência privada, assistência médica e odontológica, alimentação e seguro de vida. Os interessados devem se inscrever no site: www.focotalentos.com.br/ale2010, empresa responsável pela seleção.

TRAINEE

Para quem é formado entre dezembro de 2004 e dezembro de 2008 no curso superior de Engenharia, estão abertas as inscrições para o Programa Trainee 2010 da Coca-Cola, multinacional que atua em segmentos do setor de bebidas não-alcoólicas. Alguns dos pré-requisitos que a empresa exige é que o candidato saiba inglês fluente, tenha disponibilidade para trabalhar em todo o território nacional, tenha bons conhecimentos de informática, e tenha experiência profissional de pelo menos dois anos - incluindo o período do estágio. A empresa oferecerá ao trainee contratado, além do salário, os benefícios que são geralmente oferecidos no mercado de empregos. Os interessados nas vagas devem cadastrar o currículo (CV) na empresa de recursos humanos responsável pela seleção: www.ciadetalentos.com. br/cocacolabrasil, até o dia 22 de novembro de 2009.

EXPOSIÇÃO

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Até o dia 13 de novembro acontece a Exposição “A História da Bicicleta - Um Passeio por 10 Modelos Clássicos”, evento que faz parte do Encontro Paulistano de Filatelia que reúne colecionadores de selos no último sábado do mês e está em sua terceira edição. Além dos selos, modelos raros de bicicletas que o público poderá conhecer podem ser vistos no prédio dos Correios no centro de São Paulo, gratuitamente entre terça e sexta-feira das 9h às 17h. Exemplos das bicicletas é o modelo de 1870, criado pelo inglês James Starley, e outro datado de 1790 e concebido pelo Conde Sivrac, da França. Os selos da coleção do filatelista Ney Jorge - também reservam algumas novidades. Um deles, lançado pelo correio cubano em 1993, reproduz o desenho de uma bicicleta projetada por ninguém menos do que Leonardo da Vinci, no século 15. Local: Prédio dos Correios - Av. São João, s/n, piso mezanino, região central, São Paulo, SP. Até 13/11. Ter. a sex.: 9h às 17h. Grátis. Classificação etária: livre.

2.849 oportunidades de estágio para jovens talentos Curso Semestre Bolsa-auxílio Administração de Empresas 3º ao 6º sem. R$ 550,00 Administração de Empresas 4º ao 5º sem. R$ 900,00 Administração de Empresas Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 700,00 Administração de Empresas 2º ao 7º sem. R$ 1200,00 Administração de Empresas 4º ao 6º sem. R$ 650,00 Administração de Empresas 3º ao 7º sem. R$ 500,00 Biblioteconomia 1º ao 7º sem. R$ 500,00 Ciências Contábeis 1º ao 5º sem. R$ 650,00 Ciências Contábeis 3º ao 5º sem. R$ 6,61 / hora Ciências Contábeis 3º ao 7º sem. R$ 1000,00 Comércio Exterior 1º ao 2º sem. R$ 600,00 Direito 1º ao 8º sem. R$ 700,00 Economia 1º ao 4º sem. R$ 550,00 Engenharia Civil 4º ao 8º sem. R$ 800,00 Engenharia Elétrica 3º ao 9º sem. R$ 800,00 Engenharia de Produção Conclusão do 1º sem. de 2011 R$ 985,00 Engenharia de Produção 6º ao 9º sem. R$ 600,00 Farmácia - Bioquímica Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 500,00 Marketing 1º ao 6º sem. R$ 700,00 Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 650,00 Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 550,00 Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 4,92 / hora Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 500,00 Serviço Social 5º ao 7º sem. R$ 750,00 Técnico em Administração 1º ao 4º sem. R$ 450,00 Técnico em Administração 1º ao 4º sem. R$ 450,00 Técnico em Contabilidade 3º ao 5º sem. R$ 460,00 Técnico em Contabilidade Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 500,00 Técnico em Informática 3º ao 5º sem. R$ 450,00 Técnico em Logística 1º ao 5º sem. R$ 400,00 Técnico em Segurança do Trabalho 2º ao 4º sem. R$ 700,00 Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.

O CIEE dispõe de 6.700 vagas, que podem ser conferidas no site OE 68206 68209 68222 65395 66907 64979 67758 68230 68213 68226 25923 68205 66312 67554 44641 54088 65224 48579 23830 68228 59454 39284 63732 68164 68216 68219 68191 68229 68210 66203 68223

Cursos Adminsitração de Empresas Adminsitração Mercadológica Administrativa/Marketing Arquitetura e Urbanismo Banco de Dados/Informática Call Center/Comunicação Ciência da Computação Ciência da Computação Jornalismo Propaganda e Marketing Publicidade e Propaganda Criação/Merketing Desenvolvimento Sistemas/Infor Design Gráfico Direito Educação Física Eletrotécnica/Eletr.-Tec Engenharia Civil Engenharia de Computação Engenharia Elétrica Engenharia Mecânica Estilismo e Moda Fisioterapia Letras Marketing/Comunicação Nutrição Odontologia/Saúde-Tec Pedagogia Proj.Produtos/Design-Tec Psicologia Turismo

Vagas 31 1 1 3 1 1 5 7 2 1 7 3 2 1 19 5 3 5 1 2 1 1 4 4 1 1 1 8 1 1 3

Menor Valor R$ 400,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 800,00 R$ 600,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 600,00 R$ 800,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 700,00 R$ 500,00 R$ 320,00 R$ 500,00 R$ 700,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 700,00 R$ 800,00 R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 800,00 R$ 692,59 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 500,00 R$ 648,00 R$ 550,00

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.

Maior Valor R$ 1.100,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 1.101,00 R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 692,59 R$ 600,00 R$ 1.341,00 R$ 1.000,00 R$ 1.200,00 R$ 800,00 R$ 900,00 R$ 500,00 R$ 900,00 R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 800,00


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Pós-Graduação

Revistas contam com produção nacional e internacional de pesquisas avançadas Dois Programas da Pós-Graduação UNIBAN lançam na Internet duas revistas com artigos científicos de renomados pesquisadores

Por Karen Rodrigues Encontrar artigos científicos confiáveis é uma das muitas dificuldades que os pesquisadores e cientistas têm ao buscar embasamento para seus estudos. Uma fonte para isso são as revistas científicas, que se caracterizam pela produção de artigos publicados, após a avaliação de renomados pesquisadores, que analisam a qualidade do trabalho, o tipo de conhecimento produzido e se ele agrega conhecimento à área já existente. Para suprir a falta de periódicos científicos, dois programas de pós-graduação da UNIBAN lançaram suas Revistas Científicas, em formato eletrônico. Um deles é o Mestrado Profissional Adolescente em Conflito com a Lei, que deu origem a “Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade”. De acordo com a coordenadora do curso, Maria de Lourdes Trassi Teixeira, esta é a primeira revista com essa temática no Brasil. “Nossa finalidade é que a revista possa repercutir dentro da Instituição, considerando o número enorme de alunos que a UNIBAN possui, para pôr em debate o tema do adolescente que é polêmico. E a gente espera ter uma repercussão fora da Universidade junto a outras instituições”. Segundo a editora da revista, Maria Fernanda Tourinho Peres, o periódico conta com artigos de pesquisadores da PUC de São Paulo e do Rio, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Universidade Estadual de Londrina e de um pesquisador francês, entre outros. Além disso, conta com pareceristas de diversas instituições do País e de um Instituto de Pesquisa do Canadá, que atestam a qualidade dos artigos. Dividida em duas sessões: “Artigos” e “Espaço Aberto”, a revista é interdisciplinar, ou seja, disponibiliza artigos de diferentes áreas como Direito, Psicologia, Sociologia e Pedagogia, que sejam de interesse para o campo de trabalho com o adolescente. “A revista está aberta para receber artigos na área de qualquer pessoa, desde que estejam adequados com relação aos requisitos formais. Num primeiro momento: tamanho, citação bibliográfica e que responda aos requisitos formais. Vai para a avaliação de conteúdo, que é um segundo processo”, explica Maria Fernanda. Na opinião da editora, a revista é importante para o mundo acadêmico por permitir a entrada no cenário de produção acadêmico-nacional, dialogando com pesquisadores de outras instituições.

Conselho editorial da Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade Saiba mais: Para conhecer as duas Revistas Científicas acesse: http://periodicos.uniban.br

Educação Matemática O Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática lançou o “Jornal Internacional de Estudos em Educação Matemática (JIEEM)”. A ideia deste periódico é estimular a reflexão em Educação Matemática nos seus diferentes níveis e em diferentes países; gerar discussões para a área; encorajar a investigação e a pesquisa e promover a crítica e avaliação de ideias e os procedimentos mais utilizados. De acordo com a docente do curso e editora, Janete Bolite Frant, a revista tem como público-alvo o educador matemático consciente de que o ensino e a aprendizagem matemática são tópicos complexos sobre os quais muito precisa ser revelado e compreendido. “O Jornal busca refletir tanto a variedade de pesquisa, quanto a variedade metodológica usada nestas investigações. Para tal são aceitos artigos em português, inglês, francês e espanhol. Enfatizando o alto nível dos artigos, que vão além de interesses nacionais ou locais”, comenta Janete. Nesta primeira edição, a revista conta com artigos de Portugal, EUA, França, Itália e dois do Brasil. A busca é para que ela atenda todos os padrões, para poder ser uma revista de expressão. Pelo fato da equipe do Programa ter vários contatos com pesquisadores internacionais, os avaliadores do jornal são bastante diversificados. “Nesse primeiro número, a gente buscou ter artigos variados tanto no tema, quanto no país de onde ele está vindo”, relata a editora. Os artigos são de pesquisadores renomados em Educação Matemática. Espera-se que o jornal ganhe o reconhecimento internacional dos estudiosos da área.

Janete Bolite Frant e Alessandro Ribeiro, editora e co-editor do Jornal Internacional de Estudos em Educação Matemática (JIEEM)


07 “Em tempos de vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos, este livro é um ótimo meio de conhecer os bastidores das candidaturas olímpicas, os interesses comerciais envolvidos, a trajetória do Marketing nos Jogos Olímpicos, e como o Movimento Olímpico transformou-se no maior evento televisivo do mundo. Através de uma linguagem clara, a jornalista Débora Ribeiro e o ex-Atleta Marcus Vinicius Freire, apresentam um trabalho de pesquisa minucioso, com dados transparentes e objetivos. Este livro é uma excelente ferramenta de estudo e também de enriquecimento cultural para todos os interessados em Marketing, Mídia e Jogos olímpicos”.

Prof. Giorgios Stylianos Hatzidakis – Mestre em Educação Física com Especialização em Administração Esportiva e, Presidente do Instituto de Educação Desportiva da UNIBAN.

Foto: Cleber Eufrasio

O mestre indica... Impressos e História da Educação: Usos e Destinos

Foto: Claber Eufrasio

Organizadoras: Ana Maria Bandeira de Mello Magaldi e Libânia Nacif Xavier

Impressos e História da Educação: Uso e Destinos é composto por artigos sobre impressos educacionais, cuidadosamente organizados por Ana Maria Bandeira de Mello Magaldi e Libânia Nacif Xavier. A coletânea se apóia em uma visão abrangente da função pedagógica do impresso, de sua função educativa e da própria relação entre imprensa e educação. A obra encontra-se disponível para empréstimo nas bibliotecas da universidade.

Biblioteca


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Entrevista

O muro que dividiu o mundo

O professor de Jornalismo da UNIBAN, José Welmowicki, comenta os 20 anos da queda do Muro de Berlim

Por Renato Góes

o mundo e explica muito que aconteceu depois, como a Guerra Fria e a Perestróica. Com a derrota da Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão, o primeiro acordo foi de que a Europa oriental deveria sofrer influência soviética. Já a Europa ocidental seguiria a influência norteamericana. Neste caso, a esfera mais avançada e desenvolvida ficava do lado dos EUA. Já os países europeus menos desenvolvidos ficaram sob influência soviética. Dois anos depois do fim da Segunda Guerra, em 1947, a Alemanha era dividida em quatro partes. Três partes ficavam sob supervisão americana, inglesa e francesa. A outra parte ficava com os soviéticos. E a cidade de Berlim, que era a capital, foi dividida também em duas partes. Mesmo ela sendo localizada em território da “futura” Alemanha Oriental, que na época era apenas uma zona de ocupação soviética. Quando os aliados começam a brigar para ver qual projeto irá prevalecer, quando inclusive se utiliza o poder da bomba atômica, que apesar de ter sido jogada contra o Japão, se tornou um fantasma dos EUA sobre a URSS, começa haver uma disputa.

O dia 9 de novembro de 1989 ficou marcado por ter sido a data em que o Muro de Berlim caiu. A representatividade deste ato não se resume à derrubada das paredes que dividiam a antiga capital alemã. Na verdade, aquele muro representava uma divisão de proporções globais, que se sucedeu ao fim da 2ª Guerra Mundial. A partir de então, os países do resto do mundo tinham duas opções: seguir a doutrina capitalista, apoiada pelos EUA, ou a comunista, propagada pela antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Neste caso, a divisão da Alemanha se tornou um tipo de “braço de ferro” entre as duas potências, que além de dividir o país, dividiu também a cidade de Berlim que, curiosamente, estava localizada no lado oriental e sob influência russa. Para contextualizar e discutir os reflexos deste acontecimento, a reportagem da Folha Universitária conversou com o professor do curso de Jornalismo da UNIBAN e editor da revista Marxismo Vivo, José Welmowicki. No bate-papo, ele comenta sobre as razões que levaram à criação do Muro de Berlim, como era a vida nas duas Alemanhas e de que modo a queda influenciou na derrocada do regime socialista.

F.U. – Ocorre uma corrida armamentista? Folha Universitária – O senhor poderia contextualizar como era o mundo quando o Muro de Berlim foi erguido? Como funcionava na prática a divisão entre Alemanha Oriental e Ocidental?

F.U. – A França não fez parte desse acordo? J.W. – Veja bem, a França estava se recuperando da invasão nazista. Então, quem mandava realmente nessa cúpula eram Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra. Essa aliança dividiu

Fotos: Amana Salles

José Welmowicki – Tudo começa com o final da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazismo. Os aliados que derrotaram os nazistas tinham de um lado os Estados Unidos, Inglaterra e França, países capitalistas, e do outro a União Soviética, que se auto-intitulava um regime socialista. Por causa da guerra, essas duas formas de pensamento se uniram contra a Alemanha. Inclusive, a divisão da Alemanha pós-guerra favoreceu a Rússia por ela ter entrado primeiro em território alemão. A Rússia teve um maior peso na derrota da Alemanha, enquanto as tropas americanas vinham do oeste, da França e de toda costa da Normandia. Pelos acordos entre Joseph Stalin (URSS), Franklin Roosevelt (EUA) e Winston Churchill (Inglaterra), eles deveriam fazer um pacto de divisão do mundo, para que ele tivesse alguma ordem a ser seguida no pósguerra.

J.W. – Sim, mas também uma corrida de exercício de influência. Houve revoluções socialistas em outros países, como a Grécia, que sofreu uma grande repressão e não teve respaldo da própria URSS. Dessa forma, os EUA queriam garantir um controle cada vez maior e muda de opinião em relação à Alemanha. A Europa estava muito debilitada e os norte-americanos temiam que a União Soviética tivesse uma influência ainda maior. Então, eles resolvem introduzir uma força econômica capitalista maior. Teve o Plano Marshall, que ajuda a reconstruir a Europa, inclusive a Alemanha e a própria Inglaterra. Essa preocupação de que a Alemanha ficasse órfã e seguisse a influência russa motivou a divisão. Cada um ficava com seu lado. Os ocidentais ficavam com a Alemanha Ocidental, cuja capital era a cidade de Bohn, enquanto os russos ficavam com a Alemanha Oriental, cuja capital era Berlim. Era uma divisão artificial do país que leva inclusive à divisão da cidade. Por ter sido uma divisão criada pela ocupação das tropas de cada país, a maior parte ficou com a URSS, que primeiro chegou a Berlim. Mas como os aliados querem a parte deles na antiga capital, a cidade é dividida. O incrível é isso. A parte ocidental não tem acesso à Alemanha Ocidental, já que ela ficava dentro da Alemanha Oriental. Só tinha um acesso.


09 F.U. – Quando isso ocorre? J.W. – Em 1949. Desta data até 1989, são 40 anos de divisão da Alemanha. Em Berlim é a mesma coisa. Neste período, as duas Alemanhas foram reconstruídas, cada uma a sua forma. Do lado Ocidental, com a ajuda dos EUA e com o Plano Marshall, os alemães perceberam que seu país voltava a ser uma potência na Europa, mesmo com algumas imposições como, por exemplo, a impossibilidade de formar um exército. Já a Alemanha Oriental era um satélite da União Soviética. Mas com um detalhe. O regime político na Alemanha Oriental era ditatorial. Existiam algumas vantagens em relação à educação e saúde, mas era uma ditadura ligada à URSS e que impedia o livre trânsito. No começo não existia o muro. A partir de determinado momento, principalmente na década de 50, muitos começaram a fugir de um lado para o outro. Nesse momento, a Alemanha Oriental decidiu levantar o muro. E esse muro era uma coisa maluca. Se tem uma cidade que de repente se vê ruas muradas, famílias separadas. Foi uma divisão típica de um mundo dividido de forma artificial e antiga.

F.U. – No caso dos aliados capitalistas, eles fizeram questão de que Berlim fosse dividida, já que a capital estava em território ocupado pela URSS? J.W. – Sim e é bom destacar que no início os EUA não tiveram muito que mostrar aos alemães. Mas com o passar do tempo, Plano Marshall etc e tal, os alemães ocidentais começaram a ter apoio na construção de indústrias e começaram a crescer. Já a parte oriental ficou mais pobre. Começou haver uma comparação inevitável, que culminou na crise soviética no

Alemanha Oriental nada mais era que um satélite da URSS. Junto com isso existia um regime muito opressivo. Os cidadãos eram vigiados, alguns intelectuais eram perseguidos. Esse sufocamento levou os alemães a olharem para o outro lado do muro. Com a Rússia debilitada política e economicamente na década de 80 e com outros países do Leste Europeu se revoltando, os alemães decidiram derrubar o muro.

F.U. – Muitos especialistas apontam a queda do Muro de Berlim como o ponto máximo da queda da União Soviética. Como você enxerga essa questão?

“No começo não existia o muro. A partir de determinado momento, principalmente na década de 50, muitos começaram a fugir de um lado para o outro. Nesse momento, a Alemanha Oriental decidiu levantar o muro. E esse muro era uma coisa maluca. Se tem uma cidade que de repente se vê ruas muradas, famílias separadas. Foi uma divisão típica de um mundo dividido de forma artificial e antiga”

fim dos anos 70 e começo dos 80. Mas na verdade foi uma ação conjunta de vários países do leste europeu que começaram a se revoltar com a influência soviética. Tchecoslováquia e Polônia são alguns exemplos.

J.W. – Acho que é o contrário. Muita gente pensa que por causa do Muro de Berlim o regime socialista caiu. É lógico que é um processo conjunto, mas a ascensão capitalista, que apontava o fim do regime soviético, acontece em 85 ou 86. Tem haver com a Perestróica. Já havia uma crise tão profunda que as próprias estruturas políticas estavam debilitadas.

F.U. – Esse muro causou a morte de dezenas de pessoas que tentavam atravessá-lo. A vida do outro lado era tão ruim assim? J.W. – Com a proximidade do fim do regime soviético, havia uma diferença do desenvolvimento econômico influenciado pelo ocidente e uma maior liberdade política. Já no lado oriental, embora eles tivessem educação pública, habitação e saúde, existia um marasmo econômico influenciado pela burocracia da economia soviética e brecava o desenvolvimento. Além do mais, a

F.U. – A Queda do Muro de Berlim aconteceu em 1989, mas a unificação da Alemanha só ocorreu um ano depois. Por quê? J.W. – O próprio Helmut Kohn (chanceler alemão na época) era contrário a unificação. Ele queria negociar com o lado oriental uma unificação gradual, mais para o ocidente. Mas quando o povo derruba o muro, esse problema é atropelado. Fica uma situação esdrúxula. O povo pensa: “se somos todos alemães, por qual razão ainda estamos divididos?”. Neste caso, Kohn só aceita a reunificação quando o fato já está consumado. Quem uniu a Alemanha foi o povo, depois o governo.


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Reportagem da Semana

Por Isabelle de Siqueira

Consciência negra

Todo mês de novembro – dia 20 é comemorado o Dia da Consciência Negra, que marca o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares - convida ao debate sobre a situação do negro no Brasil. Poucos sabem, mas somos a maior nação negra do mundo fora do continente africano. Só a Nigéria tem uma população negra maior, hoje com quase 120 milhões de habitantes. Por aqui são 90 milhões de afro descendentes, o que corresponde a 51% da população, de acordo com o IBGE. Pela primeira vez o país conta com um juiz do Supremo Tribunal Federal negro, possui uma secretaria especial dedicada à promoção da igualdade racial e, vencendo um preconceito que perpetua a história da mídia nacional, uma atriz negra assumiu o papel de protagonista em uma novela no horário nobre da Rede Globo – saindo do estereótipo de personagens históricos inseridos no contexto da escravidão. Há também uma mudança quando se fala em orgulho da raça. A cor da pele hoje acanha menos. O percentual de pessoas que se consideram negras ou pardas passou de 46% para 51% da população, segundo pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria, com o Instituto alemão Roda Luxemburg Stufting. Nesse gigantesco universo, não faltam indícios que mudanças importantes estão acontecendo. Em entrevista à Folha Universitária, o autor do Estatuto da Igualdade Racial, senador Paulo Paim, comenta que o preconceito racial existe. Segundo ele, a realidade do negro no Brasil ainda é distante em relação àqueles que não são negros, mas houve um avanço. “Hoje temos um ministério da igualdade racial, o reconhecimento de terras de quilombolas, mais de 80 instituições que adotam a política de cotas nas universidades e os debates sobre o preconceito está mais transparente na sociedade”.

O Mercado de Trabalho A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro evoluiu desde a segunda metade da década de 90. De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 20,6 milhões de pessoas ingressaram no mercado de trabalho de 1995 a 2006. Desse número, apenas 7,7 milhões eram brancos. O restante, 12,6 milhões de pessoas, eram pardas e negras. Para o pesquisador do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz

O país possui a maior população negra do mundo fora da África. Apesar dos avanços nos campos: educacional, trabalho e direito ainda persiste a luta pela igualdade

Lúcio, a diminuição da desigualdade no mercado de trabalho depende de vários fatores, mas especialmente do acesso da população negra à educação de qualidade. Na opinião dele, o aumento da participação da população negra nos últimos anos no Brasil na população economicamente ativa já pode ser reflexo da adoção do sistema de cotas nas universidades a partir de 2003. “As cotas, em certa medida, geram a oportunidade para a população negra ocupar um espaço cujo acesso exclusivamente meritório, ou seja, pela capacidade, acabava excluindo esses alunos. O que a experiência tem mostrado é que essas pessoas estão tendo um desempenho equivalente ao dos demais estudantes e, portanto, um investimento continuado poderia propiciar essa mudança. As cotas são um remédio doído para a sociedade porque significam reconhecer uma discriminação, mas podem fazer diferença lá na frente. É evidente que, no futuro, se essa situação for superada, a própria política de cotas desaparece”, avaliou. Ainda segundo Clemente, é importante destacar o reconhecimento da existência da desigualdade e sua redução ao longo dos últimos anos, um avanço a ser comemorado. “O que nós temos que observar é o fato de que temos uma redução da desigualdade. Ainda é grande, mas até pouco tempo não era nem reconhecida. À medida que se reconhece que a desigualdade é um problema estrutural, ou seja, ele não é momentâneo, faz parte da nossa história e da constituição da organização econômica e social do país, observamos a mudança no sentido de que a desigualdade é um resultado a ser comemorado”, destacou. “Deve ser comemorado no sentido de que caminhamos rumo a redução dessa desigualdade. Deve nos preocupar, deve ser um alerta, deve ser um indicativo de que a gente deve estar o tempo todo combatendo, mas também identificando se as ações que estão sendo implementadas estão contribuindo para que ocorra uma diminuição dessa desigualdade”, acrescentou.

A classe média negra Indicadores da ascensão social do negro no Brasil revelam que há dez anos, os negros eram apenas 10% dos patrões, hoje são 22%. O cirurgião plástico mineiro Odo Adão tem 73 anos, é bem-sucedido e negro. Quando compara os desafios que enfrentou para chegar aonde chegou e ao que está acontecendo hoje em dia, Adão identifica um avanço notável: “Não dá para dizer que o negro viva um momento espetacular atualmente, porque o preconceito existe e a sociedade terá de avançar muito até corrigir isso. O que percebo, no


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“Não existiam produtos específicos. Hoje é possível encontrar, nas perfumarias, prateleiras direcionadas ao meu tipo de cabelo e maquiagem em grande variedade”, observa a gerente pedagógica Cristiane Cavalcante

entanto, é que algo de novo está acontecendo. As portas começam a se abrir com menor resistência para aqueles que são competentes. E isso é uma vitória”, afirma. Diretor do Hospital do Câncer de Uberaba, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e amigo de Ivo Pitanguy, Adão foi o primeiro aluno negro na história da escola onde se formou, a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Também foi um dos primeiros negros brasileiros a fazer especialização em cancerologia no exterior (Houston, Estados Unidos). O fato de ser uma exceção em cada etapa de sua vida é motivo de orgulho pessoal. Seu pai trabalhava como operário na construção de ferrovias pelo interior do país e sua mãe era dona de casa. Em sua trajetória, Adão enfrentou toda forma de preconceito. “Hoje em dia, sinto que isso diminuiu sensivelmente. Afinal, houve um aumento do número de profissionais negros bem-sucedidos em várias áreas”, comenta.

Mercado da beleza em alta Não é à toa que de uns tempos para cá diversos setores passaram a investir neste público. Produtos de todas as linhas, tipos e marcas disputam espaço nas gôndolas e brigam para chamar a atenção das consumidoras negras. Uma infinidade de xampus, condicionadores, cremes para pentear, desodorantes e sabonetes exibem lindas e bem produzidas

imagens de negras como garotas-propaganda de seus produtos. Definitivamente, a indústria de cosméticos descobriu que existe um público consumidor considerável. “Não existiam produtos específicos. Hoje é possível encontrar, nas perfumarias, prateleiras direcionadas ao meu tipo de cabelo e maquiagem em grande variedade”, observa a gerente pedagógica Cristiane Cavalcante. “A n t i g a mente havia um problema grande com maquiagens para pele negra. Quando se usava base e pó, a pele ficava cinzenta, ou até muito preta. Hoje em dia há uma série de tons para se maquiar uma mulher negra”, conta o maquiador Dario Marinho. Uma das marcas a perceber as lacunas do mercado foi a Embelleze. Hoje, além de comercializar uma linha extensa de produtos nas categorias de coloração, transformação e tratamento capilar, oferece cursos aos profissionais que buscam aperfeiçoamento em cabelos afro étnicos, por meio do Instituto Embelleze. Segundo o gerente comercial do Instituto, Antonio Carlos de Siqueira, as lacunas deste mercado estão sendo preenchidas com o conhecimento que a indústria cosmética vem adquirindo com o passar dos anos e com a cada vez maior exigência de produtos específicos pelas consumidoras. “Identificamos as necessidades das consumidoras de cabelos crespos e cacheados e de profissionais para cuidar desta beleza”, explica. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Beleza (Abihpec), as estatísticas com-

Indicadores: - O percentual de pessoas que se consideram negras ou pardas passou de 46% para 51% da população - Há dez anos, os negros eram apenas 10% dos patrões, hoje já são 22%; - Os negros correspondem a um terço da classe média do país; - Movimentam 50 bilhões de reais por ano; - A diferença de renda entre negros e brancos vem caindo nos últimos anos e, se o ritmo for mantido, deve ser zerada em 2029. - O segmento de produtos para cabelos afro étnicos deve faturar 1,5 bilhão neste ano Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE)

provam a expansão de produtos afro étnicos. Segundo dados colhidos por eles, sozinho o segmento de cabelos deve faturar 1,5 bilhão neste ano.

O negro na mídia Bonitos, sensuais e charmosos, os negros vendem o que todo mundo compra, de produtos de beleza a roupas, celulares e muito mais. Mas por que de uns tempos para cá cada vez mais negros ganham espaço na mídia, estrelando comerciais de TV, capas de revistas e editoriais de moda? “As pessoas que trabalham com comunicação finalmente se deram conta de que se o consumidor não se preocupa com as diferenças raciais, eles também não têm que se preocupar, já que a propaganda deve refletir a realidade”, afirma Helder Dias de Araújo, presidente da HDA Models, a primeira agência brasileira especializada em beleza negra. Pioneira no mercado, a agência não permite que suas beldades utilizem química nos cabelos, com a intenção de valorizar a beleza negra. Hoje, coleciona uma cartela de clientes variada, a exemplo de C&A, Vivo, Banco do Brasil, dentre outras tantas empresas. Segundo Helder, o seu casting é formado por 250 profissionais que atuam dentro e fora do Brasil. Quando questionado sobre o interesse do mercado por modelos negros ele é enfático. “Já tive dificuldades em conseguir algumas contas. Eu sempre dizia que tinha um material diferenciado. Sentia que os clientes tratavam com um certo desdenho. Só que quando recebiam o material ficavam surpresos, viam que a minha agência tinha os melhores modelos negros do mercado e aí sim solicitavam o nosso trabalho para campanhas”, conta. Para ele, o Brasil deve apostar cada vez mais na diversidade. “A população afro descendente no país chega a 51%. As pessoas se tornaram mais exigentes, seletivas e pensam: eu estou aqui, faço parte dessa sociedade e quero ser representado na mídia. As empresas devem utilizar mais negros em suas campanhas para terem essa identificação com o povo”, diz.

“As pessoas que trabalham com comunicação finalmente se deram conta de que se o consumidor não se preocupa com as diferenças raciais, eles também não têm que se preocupar, já que a propaganda deve refletir a realidade”, afirma Helder Dias de Araújo, presidente da HDA Models, a primeira agência brasileira especializada em beleza negra.


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UNIBAN Brasil

Pelo bem da saúde comunitária O Programa em Saúde Comunitária (PSC), organizado pelo curso de Enfermagem da UNIBAN, leva orientação sobre Dietoterapia à comunidades carentes do ABC

Uma das formas de combater a obesidade e a hipertensão é por meio de hábitos alimentares adequados. E no intuito de orientar quanto à prevenção e controle das doenças, de modo a conscientizar e estimular aquisição de hábitos saudáveis, o Programa em Saúde Comunitária (PSC) promoveu no último dia 30, a campanha “Dietoterapia: o alimento como aliado no combate às doenças”, para idosos carentes de duas comunidades, situadas próximas ao campus ABC. O evento que contou com a participação de 60 alunos do 1º e 2º ano de Enfermagem, sob orientação da coordenadora do PSC, Patrícia Bover Draganov, atendeu 80 idosos das comunidades Colméia Recreativa e Balneário Ipiranga. Dividido em dois períodos de atendimento, a equipe realizou uma atividade interativa denominada “Semáforo da dieta”. Para tanto, foram distribuídas embalagens de diversos alimentos e após orientações, os idosos tinham que colocá-las em uma das três caixas: a Verde (pode comer a vontade/ajuda na prevenção ou controle das doenças); a Amarela (pode comer, mas com moderação) e a Vermelha (não pode comer/agrava a doença). A coordenadora explica que para fazer a campanha eles usam a pedagogia, técnicas de educação de adulto e jogos interativos, ao invés de ficar apenas falando. “O idoso pode participar e assim aprender. Ele precisa vivenciar e ver o quanto que o controle é importante para a vida dele. Se ele não perceber que aquilo é importante, ele não vai mudar o hábito”, diz Patrícia. Ela afirma ainda que os resultados destes eventos são ótimos. “Os idosos verbalizam suas mudanças de hábitos e seus ganhos com qualidade de vida”. O PSC optou pela realização da “Dietoterapia” com os idosos destas comunidades a partir do alarmante resultado obtido pelo perfil da saúde, no qual é feito uma série de exames como peso, altura, índice de massa corpórea, perímetro abdominal, glicemia e perguntas sobre doenças que já tiveram. A partir daí, obtém-se indicadores que apontam o que está bom e o que não está. “Nessas comunidades a gente levantou que eles estavam obesos e também que é uma comunidade hipertensa. Conversando com eles e também com esse perfil da saúde, a gente percebeu que eles tinham muitas dificuldades para definir o que era bom pra saúde. Eles têm hábitos alimentares ruins”. Patrícia relembra que durante a campanha os idosos ficavam surpresos quando era mencionado algo que eles utilizam, porém, são considerados inadequados, como o caldo de carne. “Este tempero pronto tem muito sódio. É equivalente ao que a gente precisa para consumir num dia inteiro. E sódio tem na água, na fruta e só num tablete tem o que a gente precisa”, comenta. Os participantes portadores de diabetes e hipertensão também foram alertados quanto aos alimentos que se tornavam impróprios devido às doenças. “Essa foi uma das melhores campanhas que eu já fiz. A intervenção foi muito feliz”. Para verificar se o resultado do trabalho foi bem compreendido pelos idosos, a equipe retorna à comunidade no ano seguinte e aplica novamente o perfil da saúde. “Na comunidade Colméia Recreativa deu tudo ruim, porque é o primeiro ano que estou lá. Já no Balneário Ipiranga é o segundo ano, eles já estão mais saudáveis. Claro que não é só a minha intervenção, tem a intervenção da saúde pública também. Quando a gente percebe que a comunidade está legal, a gente vai embora para pegar outra comunidade”, finaliza Patrícia.

Fotos: Divulgação

Por Karen Rodrigues


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Cidadania em discussão Por Renato Góes Na última sexta-feira, dia 13/11, o campus ABC promoveu a primeira de uma série de palestras com o objetivo de discutir o papel de educadores e alunos quanto à questão da cidadania dentro do ambiente universitário. O convidado na ocasião foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), responsável pela apresentação intitulada “A Missão da Educação no Contexto Cultural, Político e Econômico”. Com uma presença maciça de estudantes dos mais variados cursos, o auditório esteve lotado durante todo evento. O principal motivo do encontro foi recuperar a auto-estima dos alunos diante da repercussão negativa do caso da aluna Geisy Arruda. Logo de cara, o senador paulista fez questão de amenizar o clima ao citar o caso em que usou uma sunga vermelha no Senado Federal a pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa Pânico na TV. Na ocasião, Su-

O senador Eduardo Suplicy discutiu o tema com alunos do campus ABC

plicy teve o cargo ameaçado de cassação. “Às vezes cometemos atos além da conta. A falha faz parte do ser humano”, disse. Com um discurso conciliador, ele fez um apelo aos estudantes para que não ajam de forma agressiva contra a aluna assim que ela retornar às aulas. “Talvez seja o caso dos dois lados repensarem as atitudes. Tanto os alunos como a própria Geisy”, afirmou. Depois de seu discurso, ele fez questão de responder os questionamentos dos estudantes presentes. O emocionado aluno Victor, do 4º ano de Psicologia, fez um apelo à mídia para que ”acabe com o sensacionalismo. A gente se esforça tanto para estudar e agora temos nossa imagem manchada, somos taxados de ignorantes. A maioria dos alunos não participou daquele episódio”, desabafou. Na sequência, a aluna Kate, do 4º ano de Logística, fez questão de demonstrar seu sentimento de indignação pelas atitudes realizadas por um grupo de alunos que, segundo ela, “não representam todos os estudantes da UNIBAN. Mas nós temos que fazer uma reflexão sobre o nosso comportamento, assim como a própria Geisy deve estar fazendo agora”. O professor André ressaltou o amor e dedicação que o corpo docente da UNIBAN tem para com as aulas e com seus alunos. “Aí vem a revista de maior circulação do País e diz que os professores daqui são medíocres. É uma falta de responsabilidade enorme”, comenta. O senador fez questão de mencionar que o caso ocorrido poderia ter acontecido em qualquer instituição de ensino do Brasil. Dentro deste contexto, um dos convidados, o ex-deputado e advogado Vicente Cassione, fez duras críticas à abordagem da mídia na repercussão do caso.

Aula prática Alunos do curso de Rádio e TV apresentam programa de talentos no Centerban do campus ABC

Por Renato Góes Em sua segunda edição, o Projeto InTerValo reuniu alunos do 3º semestre de Rádio e TV do campus ABC em torno de um objetivo comum: realizar a gravação de um programa televisivo em pleno Centerban com a presença de alunos, professores e funcionários da UNIBAN. Intitulado de M1nutoshow, o programa teve o formato de show de talentos, onde alunos puderam se apresentar em variadas modalidades como malabarismo, quadro humorístico e interpretação musical, tudo dentro do período máximo

de um minuto. As apresentações eram avaliadas por três jurados, entre eles o repórter da TV UNIBAN, Fernando Bispo. Na opinião da professora de Rádio e TV, Marcelle Carvalho, que colaborou na supervisão da produção do programa, “essa é a oportunidade de colocar em prática o que vínhamos aplicando em aula durante todo semestre. Como se faz e como se produz um programa de TV. Dentre da sala ou no estúdio, não tem quem os avalie. Essa é uma forma deles sentirem na pele quais são as dificuldades de se produzir um programa e apresentá-lo ao público”.

Opinião parecida teve a aluna Mariana Barreiros, que fez parte da equipe de produção do M1nutoshow. “Foi uma correria, afinal nossa equipe era pequena e tínhamos trabalhos para entregar, prova. Mas no final tanto esforço foi compensado. A equipe foi tranquila, o apresentador participava de todo processo. Na hora de começar o programa foi aquela adrenalina, mas deu tudo certo”, comemora a aluna. O programa contou com a apresentação de Carlos Castello, aluno da UNIBAN e ex-BBB. A candidata vencedora foi a jovem Rafaela, que interpretou uma canção da dupla sertaneja Victor & Leo.



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Compra-se Playstation 2, com jogos e dois controles. Tamires. Tel.: 89410575. E-mail: tamigo_16@hotmail.com Vende-se Bateria Mapex Series Mars e Amplificador Meteoro 400mb com caixas, caixa de vos staner, 200 rms. Helder. Tel.: 29549073. E-mail: helpiarte@yahoo. com.br Vende-se Amplificador de Guitarra + Pedal de distorção Boss. R$450,00. Vitor. Tel: 8344 0191. E-mail: vitoryamaguchi@ gmail.com Vende-se guitarra Shelter Stratocaster. Valor: R$ 300,00. Vitor. Tels: 8344- 0191. E-mail: vitoryamaguchi@gmail.com Vende-se celular Motorola, A1200, vermelho com preto, cartão 2GB, fone de ouvido, carregador de viagem e veicular, 2 canetas Stylus, manual do usuário, nota fiscal. Valor: R$ 400,00. Rodrigo. Tels.: 5515-3260 / 8090-5559. Vende-se Videogame Master System 3 Collection, 74 jogas na memória, nota fiscal. Vera. Tel.: 8234-7452. E-mail: veraquintino@itelefonica.com.br



Cultura

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Muito além dos muros A exposição Vertigem, de OSGEMEOS, comprova que o grafitti é uma forma de arte que não cabe apenas numa parede Por Renato Góes Dos muros das fábricas do bairro do Cambuci às paredes de museus e galerias de arte de todo mundo. O trabalho dos artistas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como OSGEMEOS, transcende o conceito básico do que é grafitti. Na mostra intitulada Vertigem, os personagens desenhados em tom amarelo em telas e grandes painéis, tão característicos na obra da dupla, têm que dividir espaço com instalações interativas, esculturas e objetos sonoros. Uma coleção de obras que mexem com todos os sentidos do espectador. Fazem-se presentes todas as influências, populares e contemporâneas, que cercam o trabalho de OSGEMEOS. Elementos da cultura nordestina se mesclam com a realidade urbana dos grandes centros. Símbolos do folclore nacional dividem as atenEssas instalações comprovam que o talento de OSGEMEOS não se limita às paredes e muros das grandes metrópoles e galerias de arte do mundo. Todas essas obras demonstram um cuidado técnico e artístico ímpar, que se torna mais relevante ao analisar as ricas influências da dupla de artistas. Dentro deste contexto, a exposição Vertigem não é só para ser apreciada, mas também sentida.

Vertigem

ções com claras referências às periferias brasileiras. Essa mistura resulta num mosaico colorido em que todas as obras, sejam elas ilustrações ou instalações, parecem ter sido feitas com o objetivo de se tornarem uma só. Nesse ambiente fantasioso, as instalações eletrônicas se destacam. A maioria delas faz muito mais bonito do que algumas obras expostas na última edição do FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica). Do lado oposto da entrada, uma pequena embarcação permite que o público veja toda a exposição por meio de um periscópio digital. Próximo ao barco, uma réplica de um barraco todo mobiliado apresenta um curta-metragem enquanto alguns objetos interagem com o público. Mais adiante, dois cubos amarelos escondem uma surpresa para quem arriscar entrar dentro deles.

Fotos: Amana Salles

Até 13 de dezembro Local: Museu de Arte Brasileira da FAAP. Rua Alagoas, 903 - De terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Entrada gratuita



Entretenimento TV UNIBAN Destaque da Semana de 16/11 a 22/11 Salada Mista

O Espaço Catavento é um espaço único que ensina e surpreende os visitantes. Voltado para a ciência, descobertas científicas, astronomia, biologia e outros temas. CNU/SP: 3ª – 4h e 12h / 5ª – 8h / 6ª – 19h / Sáb. – 4h.

Revista UNIBAN

Professor em concurso de poesia / Workshop de RH / Semana de Arquitetura e Design / Prêmio Tok Stok 2009 / Direto da Folha / Quadro “Saúde Bucal” com Professor Borelli / Quadro “Nossas Palavras” com Profº. Valdevino Soares. CNU/SP: 2ª – 12h / 3ª – 6h / 4ª – 19h / 5ª – 4h e 16h / 6ª – 12h / Sáb. 9h.

Referências

Um dos ícones do samba paulista, de origem e tradição rural, Oswaldinho da Cuíca conta sua trajetória desde quando conheceu o batuque na caixa de engraxate. CNU/SP: 5ª – 22h / Sáb. – 21h / Dom. – 16h.

UNIBAN Discute

O Presidente do Instituto de Ciências Agrárias Profº. Dr. José Alberto Pereira fala sobre o Mercado PET. Sua evolução e o que se espera para o futuro. CNU/SP: 2ª – 21h / 5ª – 1h e 19h / Sáb. – 12h.

São Paulo – canal 11 (NET); São Paulo – canal 71 (TVA); Osasco – canal 20 (NET Osasco); ABC – canal 18 (Net ABC)

PROMOÇÃO Concorra ao livro De Cuba com Carinho, de Yoani Sánchez. Acesse o hotsite da Folha Universitária (www. uniban.br) e clique no link “Promoção”. Preencha os dados corretamente junto com a resposta correta da seguinte pergunta: A escritora cubana Yoani Sánchez escreve num dos blogs mais visitado do mundo. Como ele se chama? a) Viva Cuba Libre! b) La Revolucion c) Generación Y : Foto

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O nome do ganhador(a) sai na próxima edição.

Resultado da Promoção Quem ganhou o livro Ortografia da Língua Portuguesa – história, discurso e representações foi a aluna Bruna Valente da Cunha, do curso de Serviço Social da Faculdade UNIBAN de São José (SC). O livro será enviado à ganhadora pelo correio.

CRUZADAS

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