CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP – SÃO CARLOS ARQUITETURA E URBANISMO
CPRS – Centro de Processamento de Resíduos Sólidos – São Carlos PROJETO: CPRS - Centro de Processamento e Beneficiamento de Resíduos PET + PEAD + PVC + PEBV/PELBD + PP + PS e Outros
Alessandro Eger Bottamedi – RA 610020 ORIENTADOR: Marcos Marchetti
São Carlos, novembro de 2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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AS CIDADES 7 RESÍDUOS SÓLIDOS 8 OBJETIVO 11 METODOLOGIA 12 ESTUDO DE CASO 13 PROGRAMA DE NECESSIDADES 15 INFORMAÇÕES ADICIONAIS 16 ÁREA DE INTERVENÇÃO 16 MAPA DE USO DO SOLO 1/6 19 MAPA DE MOBILIÁRIO URBANO 3/6 24 MAPA DE GABARITO DAS EDIFICAÇÕES 4/6 26 ANÁLISE DA SITUAÇÃO TOPOGRÁFICA 6/6 30 ANÁLISE DE PROJETO DE REFERENCIA 1 32 ANÁLISE DE PROJETO DE REFERÊNCIA 2 35
O PROJETO
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EDIFICAÇÃO DO CPRS – CENTRO DE PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SÃO CARLOS 38 PARTIDO ARQUITETÔNICO DO CPRS – CENTRO DE PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 41
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Localizada no centro geográfico do Estado de São Paulo, São Carlos está a 228 km da capital. A vegetação predominante na cidade é o cerrado, juntamente à presença de araucárias, massa vegetal de grande porte, e árvore símbolo da cidade. Considerada a Capital da Tecnologia com aproximadamente 238 mil habitantes, onde para cada 180 mil habitantes temos um pesquisador Doutor PHD. Com duas universidades, a USP - Universidade de São Paulo e UFSCar - Universidade Fe-
deral de São Carlos São Carlos, conta com a Embrapa – Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária em dois centros, além do PARQ TEC, que é considerado o gerador de empresas e polo tecnológico da cidade.
São Carlos possui duzentas empresas industriais, o comércio consiste em atendimento a grande parte das exigências da cidade e o setor agropecuário é importante na produção de carne, leite, laranja, cana e milho.
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AS CIDADES A partir da década de 1980, período de intensa urbanização vivido no país, a integração da questão dos resíduos sólidos ganha força nos debates sobre saneamento no Brasil devido ao agravamento dos problemas sócios ambientais urbanos decorrentes da destinação inadequada de resíduos sólidos. Com a publicação da nova Constituição em 1988, o governo federal repassa a competência aos municípios sobre a responsabilidade do gerenciamento dos resíduos sólidos. Na década de 1990 a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro - Rio 92 e a publicação da Agenda 21 impulsionou maior visibilidade à questão ambiental e a reciclagem. Aliados a abertura de novos canais democráticos no processo de tomada de decisão no âmbito municipal, ambos colaboraram para reestruturação dos programas de resíduos sólidos na perspectiva de uma gestão mais integrada e participativa. No entanto, na prática se a competência foi descentralizada para os municípios o mesmo não ocorreu com os recursos financeiros que foram destinados para programas de saneamento e essa situação somada ao crescente processo de urbanização representa enormes desafios para os municípios, uma vez que, embora os recursos sofressem redução aumentou significativamente a necessidade de investimentos para a ampliação dos serviços de gerenciamento dos resíduos sólidos, tais como: coleta, transportes e construção de novas instalações de tratamento e destinação final. De acordo com Lajopo (2003) enquanto a população mundial aumentou em 18% em uma década, o lixo produzido cresceu 25%. No Brasil estima-se que 240 mil toneladas de lixo domiciliar são gerados diariamente, perfazendo uma produção média maior do que 1 kg/habitante/dia. Assim, dada à complexidade da tarefa, novas prioridades foram incorporadas ao sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos e a partir da década de 1990, surgem às primeiras iniciativas de programas de gestão compartilhada de coleta seletiva em cidades como Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo. Este novo modelo rompe com uma visão estritamente tecnicista para uma visão mais ampla da problemática dos resíduos sólidos o qual passa a contemplar na implantação de seus programas parcerias entre governos municipais, empresas privadas e cooperativas de catadores visando à geração de trabalho e renda, inclusão social, cidadania, bem como o respeito ao meio ambiente.
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RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos constituem um campo de ação do saneamento ambiental com interfaces a saúde, ao meio ambiente e aos demais componentes do saneamento. Deve ser compreendido como uma rede de interações que envolvem aspectos sociais, técnicos, administrativos, operacionais, jurídicos, econômicos e financeiros. Para o êxito de suas atividades é importante o entendimento da corresponsabilidade na cadeia de resíduos. Dentro dessa visão, são abordados temas como planos integrados de gestão de resíduos sólidos urbanos considerando, entre outros assuntos, as oportunidades de processamento dos resíduos, alternativas de reaproveitamento e técnicas de disposição final. A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos gera impactos ambientais e sociais que demandam uma análise integrada e sistêmica dos problemas para a proposição de novos sistemas de gestão. Além da disseminação de conceitos e práticas sustentáveis é necessário mudar também a maneira de conceber, efetivar e administrar os resíduos sólidos considerando uma ampla participação das áreas de governo responsáveis no âmbito estadual e municipal, dos cidadãos e dos catadores de forma integrada. Dentro desse contexto é necessário conhecer a dinâmica de geração dos resíduos e os tipos diferenciados de resíduos, já que para cada tipo existem formas específicas de acondicionamento, coleta, transporte, disposição final e tratamento. E para todas estas ações deve-se estar atento às normas legais que as regulamentam. Portanto, a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos envolve uma série de ações em cadeia interligadas e interdependentes que se iniciam na origem da geração dos resíduos, como por exemplo, a quantidade gerada, tipos e formas de coleta, áreas disponíveis para transbordo, recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis e acessíveis para as municipalidades.
“A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
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Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo. Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva” (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE).
A amostragem nacional “Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos”, produzida em 2005 pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), fornece informações sobre a massa de lixo coletada per capita por estado brasileiro (Tabela 1). Este é um primeiro trabalho que avalia a situação nacional a partir de 153 municípios, aproximadamente 3% dos 5561 municípios brasileiros.
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Tabela 1. Média da massa coletada per capita em relação à população urbana (L021) para grupos selecionados de municípios, por Estado Brasil, municípios selecionados, 2005
Estado Nome Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernanbuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins
Sigla AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA PB PR PE PI RJ RN RS RO SC SP SE TO
Quantidade de municípios
I0,21 (Kg/hab.dia)
2 2 2 1 10 2 1 3 4 6
0,41 1,02 0,44 1,19 0,87 0,83 1,74 0,87 0,83 0,72 0,69 0,73 0,76 0,84 1,06 0,85 0,78 0,61 0,75 1,00 0,70 0,61 0,67 0,82 1,12 0,44
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Fonte: SNIS, 2005.
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OBJETIVO O objetivo do presente projeto é o de analisar inicialmente como se caracterizam e funcionam as relações formadas para gestão e gerenciamento do programa de coleta seletiva, reciclagem e beneficiamento de resíduos na cidade de São Carlos. Considerando uma estratégia funcional para a geração de trabalho e renda, inclusão social e cidadania se fazem necessário:
ǬǬ Identificar e analisar o arranjo institucional preparado para a gestão e gerenciamento do programa de coleta seletiva, reciclagem e beneficiamento dos resíduos na cidade de São Carlos a partir de um estudo das amostras e quantidades de resíduos; ǬǬ Identificar os desafios e limitações encontrados no planejamento, gestão do programa de coleta seletiva e as atuais instalações onde estão implantados os centros de processamento e “Eco Pontos”, os quais são pontos intermediários de resíduos coletados para armazenamento, beneficiamento e processamento em outros locais; ǬǬ Caracterizar os impactos ambientais, sociais e econômicos do programa de coleta seletiva e dos pontos de processamento e repasse dos resíduos para beneficiadoras; ǬǬ Propor equipamentos capazes de atender e receber, separar e processa resíduo além de reciclar e gerar um processo de beneficiamento em que o resíduo se transforma em produto para atender a demanda na construção de espaços públicos nas cidades; ǬǬ Promover a integração entre as cooperativas de coleta e as empresas privadas com o intuito de utilizarem um espaço compartilhado custos e lucros nos processos envolvidos;
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METODOLOGIA A metodologia da pesquisa empregada está fundamentada em uma abordagem qualitativa de natureza teórico-empírica, que utiliza como método de pesquisa o estudo de caso. A coleta de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e realização de entrevistas com catadores, administradores das cooperativas, garimpeiros de lixo dos aterros sanitários e responsáveis pela gestão pública do programa de coleta seletiva de São Carlos. A pesquisa qualitativa se preocupa, nas ciências sociais, com o nível da realidade que não pode ser quantificado. O projeto pretende reunir hipóteses na organização de um programa para a criação de um processo de transformação dos resíduos sólidos, PET + PEAD + PVC + PEBV/PELBD + PP + PS e outros em produto para indústria. É o caso desse projeto que pretende por meio de entrevistas abertas e ou semiestruturadas buscar compreender o universo de significados, motivos, crenças, valores e atitudes dos sujeitos participando das atividades coletivas do CPRS (Centro de Processamento de Resíduos Sólidos). Como ele ainda não foi implantado, a pesquisa se volta para os sujeitos que hoje trabalham com a reciclagem de lixo/resíduos sólidos da Prefeitura da Cidade de São Carlos. O trabalho de campo propriamente dito consiste na combinação das entrevistas, das observações, levantamento de material documental, bibliográfica, etc.
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ESTUDO DE CASO São Carlos conta com três cooperativas de coleta seletivas além de seis Ecos Pontos distribuídas em bairros estratégicos da cidade, cada uma dessas cooperativas tem uma associação independente que recebe subsidio da Prefeitura Municipal que disponibiliza um caminhão para que o material seja coletado nos bairros respectivos a sua área de atuação e levado para os barracões de separação e processamento. Figura 1. Mapa de atuação das cooperativas de coleta seletiva de São Carlos
Fonte: http://www.saocarlos.sp.gov.br/images/stories/mapa-coleta-seletiva.jpg
Em uma das cooperativas visitadas, Coopervida, pode-se observar o funcionamento e a dinâmica de trabalho que se estrutura por meio de 36 funcionários, dois caminhões e um espaço não preparado para o desenvolvimento de um processo eficiente. Com uma demanda de processamento de aproximadamente 3.000 kg/dia de resíduos a falta de condições de trabalho, maquinário, acesso a informação e tecnologia impossibilita a cooperativa e seus trabalhadores de completar o ciclo completo de separação, processamento, reciclagem e beneficiamento dos resíduos. Portanto concluímos que é necessário o conhecimento das inúmeras questões envolvidas nas quais a tecnologia é uma condição fundamental não apenas para o desenvolvimento de uma economia solidária, mas para todas as formas e estratégias de organização socioeconômica, que neste caso, proporciona não só renda as coo-
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perativas e seus funcionários, mas também subprodutos provenientes da reciclagem que podem ser comercializados diretamente com a indústria, que utilizam como matéria prima o material reciclável ou então a produção de elementos estruturais para a construção civil que por sua vez não dependem de terceiros para o beneficiamento do material coletado.
JUSTIFICATIVA Analisando os dados do quadro anterior citados, associados à visita a Coopervida como também as entrevistas, fica claro a precariedade dos equipamentos atualmente em funcionamento além da falta de políticas públicas organizadas destinadas exclusivamente a questão dos resíduos sólidos, de uma cidade. São Carlos não conta com espaços específicos para o manejo adequado dos resíduos sólidos, as instalações são precárias e adaptadas e o processo encontra-se descontinuado já que a triagem e o processamento são feitos pelas cooperativas porem o beneficiamento não. O beneficiamento fica por conta de empresas privadas que por sua vez ficam com o lucro, os receptores desse material, no caso as indústrias não costumam incentivar os catadores nem as cooperativas. Diante do exposto o presente projeto se justifica por inúmeras razões, mas a principal delas é o tratamento mecânico das diferentes apresentações dos materiais a reciclar como, por exemplo, o PET (polietileno tereftalato) são as garrafas utilizadas no armazenamento de líquidos; os PP (polipropileno) utilizados em fios e fibras e peças injetadas; o PS (poliestireno cristal e de alto impacto) utilizado na refrigeração, artigos escolares e embalagens. Com a intenção de implantar nesse centro (CPRS) uma política de educação ambiental para os trabalhadores e frequentadores, conscientizando-os dos resíduos ser altamente poluentes não biodegradáveis, possibilitando um fechamento do ciclo da produção até a venda dos produtos finais.
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PROGRAMA DE NECESSIDADES O equipamento proposto pretende criar um espaço adequado para o manejo dos resíduos sólidos com capacidade de atender a cidade de São Carlos além de oferecer tecnologias para o beneficiamento dos resíduos recicláveis. Essa pratica tem como intuito criar subprodutos para o desenvolvimento de processos construtivos que por sua vez serão empregados na construção da edificação proposta. ǬǬ Área administrativa; ǬǬ Área de exposições (exposições publico/privadas) ǬǬ Sala de estudos e projetos diversos; ǬǬ Auditório destinado a instrução dos trabalhadores; ǬǬ Área de convívio integrado a refeitório e lazer; ǬǬ Vestiários e banheiros que atendam todos os trabalhadores; ǬǬ Área de serviço; ǬǬ Docas para receber o material coletado; ǬǬ Espaço de armazenamento pré-triagem1; ǬǬ Almoxarifado e expedição; ǬǬ Espaço amplo com bandejas para separação do material reciclável; ǬǬ Espaço de triagem; ǬǬ Área de lavagem; ǬǬ Esteiras transportadoras para a área de processamento; ǬǬ Espaço amplo para processamento do material com maquinário de moagem prensa e extrusão, etc.; ǬǬ Área industrial voltada ao beneficiamento do material processado; ǬǬ Centro de armazenamento e tratamento de água utilizada no processo de lavagem e industrial; ǬǬ Área de transferência (sobras e outros materiais não beneficiados); ǬǬ Praça;
1 O que é um centro de triagem? É o local onde são armazenados os resíduos coletados, os quais serão separados de acordo com as suas tipologias, prensados, enfardados para posteriormente serem comercializados e seguirem para as indústrias recicladoras.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS Quadro 1. Códigos de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportes, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva Azul: papel/ papelão Laranja: resíduos perigosos; Vermelho: plástico; Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; Verde: vidro; Roxo: resíduos radioativos; Amarelo: metal; Marrom: resíduos orgânicos; Preto: madeira; Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.
ÁREA DE INTERVENÇÃO A gleba objeto da intervenção, com a aproximadamente 65.000 metros quadrados está inserida em uma área pertencente a zona 1 - Ocupação Induzida, conforme o Plano diretor do Município de São Carlos, destinada a ser objeto de Operação
Urbana Consorciada, cuja a definição, segundo o Estatuto da cidade, é a seguinte:
“Trata-se de um instrumento que viabiliza uma transformação estrutural de um setor da cidade, através de um projeto urbano implantado em parceria com proprietários, poder público e investidores privados. A operação urbana define um perímetro dentro do qual valem regras especificas de utilização do solo (diferentes das regras gerais da zona onde o projeto está inserido), gerando potenciais adicionais de aproveitamento dos terrenos que são vendidas aos parceiros. Os recursos desta venda custeiam os investimentos previstos no projeto da própria operação.” (SÃO CARLOS, 2005).
De modo geral, o entorno da gleba oferece uma série de elementos de interesse que devem ser equacionados no projeto de urbanização e ocupação da área.
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MAPAS DE LOCALIZAÇÃO Figura 2. Mapa de localização do Municio de São Carlos no Estado de São Paulo
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Figura 3. Zoneamento da Cidade de São Carlos
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MAPA DE USO DO SOLO 1/6 Análise de referência para viabilização do projeto de um CPRS, Centro de Processamento de Resíduos Sólidos, (ênfase no processamento de polímeros tipo PET, PP, PS e latas de Alumínio) – Vide Anexo III – Tipos de Polímeros Plásticos. A análise será feita em uma área de Ocupação Induzida Tipo 1 (Quadro 2) com seus respectivos Coeficientes de Ocupação (Vide Mapa 2 – Anexo II Plano Diretor da Cidade de São Carlos – Zoneamento da Macrozona Urbana e Perímetro Urbano a partir de uma concessão estabelecida pelo poder público de Operação Urbana Consorciada2. Quadro 2 - Zona 1 - Ocupação induzida
ZONA 1 - OCUPAÇÃO INDUZIDA COEFICIENTES CA
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CAB = 2 CAM = 3,5 CA = 1,4 (uso estritamente residencial unifamiliar)
70%
15%
INSTRUMENTOS - Áreas Especiais de Interesse Histórico, Ambiental e Social - Operação Urbana Consorciada - Transferência de Direito de Construir - Direito de Preempção - Outorga Onerosa do Direito de Construir - Uso, Edificação e Parcelamento Compulsórios CA - Coeficiente de Aproveitamento CAB - Coeficiente de Aproveitamento Básico CAM - Coeficiente de Aproveitamento Máximo CO - Coeficiente de Ocupação CP - Coeficiente de Permeabilidade CCV - Coeficiente de Cobertura Vegetal
2 Operação Urbana Consorciada: “Trata-se de um instrumento que viabiliza uma transformação estrutural de um setor da cidade, através de um projeto urbano implantado em parceria com proprietários, poder público e investidores privados. A operação urbana define um perímetro dentro do qual valem regras especificas de utilização do solo (diferentes das regras gerais da zona onde o projeto está inserido), gerando potenciais adicionais de aproveitamento dos terrenos que são vendidas aos parceiros. Os recursos desta venda custeiam os investimentos previstos no projeto da própria operação.” (SÃO CARLOS, 2005).
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No entorno do local do projeto para a implantação do CPRS temos uma ocupação mista existente composta por residências uni familiares e multifamiliares (Vide Mapa Uso do Solo 1/6), além de uma área de comércio pontual concentrada na principal via Arterial da cidade, a Avenida São Carlos (Vide Mapa – Sistema Viário 5/6) que tem um fluxo intenso de veículos e pedestres no sentido Sul-Norte. Associado ao comércio local temos também estabelecimentos voltados a prestação de serviços ofertados segunda a demanda do local. Nas proximidades da área do projeto para a implantação do CPRS também temos algumas indústrias que desfrutam da proximidade da Rodovia Washington Luís para escoar sua produção além de quatro importantes edificações públicas voltadas para a cidade do município que são o Hospital Escola, Universidade Federal UFSCar, Policia Militar 1º Batalhão e um Eco ponto do programa de Coleta Seletiva da Cidade de São Carlos. Portanto podemos concluir a partir da análise do Mapa de Uso do Solo (Mapa Uso do Solo 1/6) que a área selecionada para o projeto para a implantação do CPRS sugerido conta com alguns equipamentos públicos, mas em sua maioria um misto de residências uni e multifamiliares estabelecidas em uma região perimetral da cidade com acesso debilitado aos estabelecimentos voltados ao comércio e serviço da região norte da cidade, porem uma localização favorável as indústrias que escoam sua produção através de uma das principais rodovias do estado a Rodovia Washington Luís.
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Figura 4. Mapa de uso do solo 1/6
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MAPA SISTEMA VIÁRIO 2/6 O sistema viário local está restrito a uma via limitadora de travessia do município, as arteriais, e a ela atreladas vias estruturais espalhadas em bolsões e uma malha urbana ortogonal, distribuídas aleatoriamente no espaço gerado entre as divisões das vias arteriais. A ocupação dos terrenos é espontânea com um planejamento de lotes pelo poder público. As mãos de direção das ruas foram estipuladas conforme as necessidades locais nas vias estruturais. Nas arteriais porem possui uma ou duas mãos de direção. As linhas de transporte coletivo foram concebidas para servir e atender toda a área, mas está restrita aos eixos considerados necessários pelo poder público.
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Figura 5. Mapa de uso do solo 2/6
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MAPA DE MOBILIÁRIO URBANO 3/6 O mobiliário urbano, exceto a implantação de postes para condução da fiação elétrica de alimentação das edificações e também para a iluminação pública, é precária por se tratar de uma área periférica do município e por falta de investimentos por parte do poder público e da concessionária responsável pela distribuição e manutenção da rede pública de energia e Iluminação. Os pontos de ônibus só contemplam as vias arteriais de maior fluxo, deixando grandes transposições ser feitas apenas por veículos ou a pé pelos cidadãos. Mobiliário urbano de pronto atendimento às pessoas como orelhões, bancos, lixeiras e caixas de correio existentes são consideradas insuficientes pela população do lugar. O mobiliário urbano que faz parte da orientação e sinalização das vias como semáforos e outros para superação de problemas públicos como bocas de lobo, hidrantes e lombadas soluções essas para reduzir a velocidade dos veículos automotores em se tratando de uma área em expansão com novos arruamentos e novos loteamentos. A ocupação por parte de árvores e áreas verdes se deu de forma planejada em poucas partes, em torno de 7 a 8% de toda a área, em sua maioria o plantio de árvores aconteceu por parte dos moradores em áreas privadas.
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Figura 6. Mapa de uso do solo 3/6
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MAPA DE GABARITO DAS EDIFICAÇÕES 4/6 Podemos observar após levantamento do espaço físico edificado (Vide Mapa de gabarito das Edificações 4/6) uma densa ocupação de residências, comércio e serviços com um gabarito baixo, ou seja, no máximo 2 (dois) pavimentos. O gabarito, portanto este restrito a essa altura e volumetria isolada em cada lote, sendo as edificações únicas em cada lote ocupado. Poucas edificações com gabarito de ate 4 (quatro) pavimentos com ou sem elevador, voltadas a suprir as necessidades dos moradores itinerantes, provenientes da Universidade Federal de São Carlos a UFSCar, que encontra-se nas proximidades. As edificações com gabarito superior, com até 7 (sete) pavimentos, representam um novo conceito de verticalização no adensamento da área, as edificações com melhor planejamento, considerados de alto padrão.
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Figura 7. Mapa de uso do solo 4/6
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MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO 5/6 Analisando o mapa de Ocupação do Solo apresentado, (Mapa Ocupação do Solo 5/6) podemos observar um adensamento de lotes edificados e ocupados próximos à área destinada ao projeto de implantação do CPRS, no entanto ainda existem áreas não ocupadas, que representam 10% da região analisada. Estes vazios urbanos tendem a se desenvolver e ser ocupados a partir da valorização da região, com a instalação de um equipamento urbano, proposto. Se não considerarmos a área que será ocupada pelo CPRS, podemos observar que o numero de edificações em construção é pequeno, e há uma ínfima quantidade de edificações desocupadas.
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Figura 8. Mapa de uso do solo 5/6
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ANÁLISE DA SITUAÇÃO TOPOGRÁFICA 6/6 Analisando a situação topográfica do local da implantação do CPRS (Centro de Processamento de Resíduos Sólidos), está em declive em relação a via arterial, Avenida São Carlos, para sua lateral direita na região norte da cidade e em sua lateral oposta forma um ângulo de noventa graus, perpendicular ao eixo norte – sul da principal rodovia, que corta o estado, a rodovia Washington Luis. A área de implantação do CPRS está localizada em meio a quadras edificadas em sua totalidade com áreas publica e privadas em construção. A situação topográfica da área de implantação encontra-se na Latitude 21º59’39.72’’S e Longitude 47º52’57.24’’W com um desnível de 6 m em sua menor cota no sentido transversal ao terreno e conta com alguns resquícios de serrado na vegetação existente, predominante na região. Figura 9. Carta Topografica e Lotes da área de intervenção
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Figura 10. Análise da situação topográfica
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Area de intervenção
MAPA DE SITUAÇÃO Sem Esc.
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SITUAÇÃO TOPOGRAFICA Sem Esc.
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ANÁLISE DE PROJETO DE REFERENCIA 1 GBS – SYDHAVS RECYCLING CENTER - COPENHAGEN DINAMARCA ARQUITETURA - BJARKE INGELS GROUP COPENHAGEN - DINAMARCA O Projeto do Centro de Processamento de Resíduos Sydhavs Recycling Center em Copenhagen na Dinamarca, que foi referencia para o projeto de CPRS para a cidade de São Carlos previu tornar a questão dos resíduos sólidos um atrativo publica e não mais um problema afastado dos bairros e dos centros urbanos, já que sempre suas instalações são sujas, feias e desorganizadas. Com uma proposta de projeto, lúdica e uma interface simples ao usuário, o BIG (Bjarke Ingels Group) previu espaços de convívio e de exercícios, no entorno da instalação do Centro de Processamento de Resíduos, que oferece a comunidade, onde está inserido, a oportunidade de participar dos processos de descarte correto dos resíduos além de ter um espaço urbano interativo e sustentável. Com uma implantação abaixo do nível das ruas de todo o entorno, a edificação isenta a comunidade e os pedestres dos ruídos gerados pelas maquinas que trabalham no nível do Centro de Reciclagem de Copenhagen. As principais características analisadas para utilização dessa obra como projeto de referencia são: ǬǬ A construção de um centro de processamento de resíduos dentro do perímetro urbano de uma cidade. ǬǬ A utilização do subsolo na área de implantação, a fim de minimizar ruídos e fazer uma nova praça para a cidade;
ǬǬ Promover o desenvolvimento socioeconômico para a área do projeto a ser implantado, o CPRS e criar espaços de entretenimento e integração social da comunidade;
CONCLUSÃO Conforme a análise do projeto de referência, podemos observar uma implantação no nível do subsolo, abaixo do nível das ruas do entorno, que gera mais conforto acústico e visual para as edificações estabelecidas nesse entorno da cidade de Copenhagen. Aliados a esses recursos técnicos o Centro de Processamento dessa cidade, promove um enriquecimento cultural e social da cidade, e apresenta como solução de projeto uma praça para visitantes no nível das ruas ao redor.
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PROJETO: SYDHAVNS RECYCLING CENTER / BIG - Dinamarca
GBS - Sydhavns Recycling Center Fonte: Archdaily – “ Big projeta Centro de Reciclagem como um Equipamento de Bairro”(08/03/2015)
PROJECT Sydhavns Recycling Center YEAR 2011 TYPE Commission CLIENT Amagerforbrænding SIZE 1.500 m2 LOCATION Copenhagen, Dk STATUS In Progress
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Partners in Charge Project Leader Team
Bjarke Ingels, David Zahle Nanna Gyldholm Møller Julian Salazar, Jesper Henriksen, Karol Borkowski, Paolo Venturella, Tiago Sa, Rasmus Pedersen, Romain Pequin, Tobias Hjortdal
As a society, our investment in waste management often ends up as utilitarian facilities of concrete boxes that constitute gray areas on our city maps. What if they could become attractive and lively urban spaces in the neighborhoods they form part of? In Denmark 42% of the waste is recycled. Only 6% ends in a landfill. At the core of the effort to enhance the resource extraction from household waste are the recycling stations, where people and professionals can drop off their recyclable waste for free—and scavenge the leftovers of their fellow citizens. Sydhavns Recycling Center is merely conceived as a public space rather than a piece of infrastructure. The man-made hill holds facilities for fitness, viewpoints, running tracks, and picnic areas. From the ridge of the crater, curious citizens can look into the recycling square and learn about the journey of recycled materials graphically illustrated on the inside of the crater wall. In its simplest form the recycling station is a way to start thinking of our cities as integrated manmade ecosystems, where we don’t distinguish between the front and back of house. But rather orchestrate all aspects of daily life, from consumption to recycling, from infrastructure to education, from the practical to the playful into a single integrated urban landscape of work and play.
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ANÁLISE DE PROJETO DE REFERÊNCIA 2 METROPOL PARASOL DE SEVILHA – ARQUITETURA-JÜRGEN MAYER - SEVILHA, ESPANHA, 2004-2011 – J. MAYER H. ARCHITECTS O Projeto do Metropol Parasol de Sevilha, conhecido popularmente como “Os Cogumelos” está situado em uma das maiores cidades da Espanha com cerca de 700.000 habitantes, Sevilha. A estrutura gigantesca em madeira laminada tornou-se a maior do mundo com as características que são referências na escolha desta análise como projeto de estudo para a elaboração de projeto do CPRS, proposto. As principais características analisadas para utilização dessa obra como projeto de referência são:
ǬǬ Processo e Sistema Construtivo; O processo e o sistema construtivo da estrutura analisada se fizeram por meio de aproximadamente 300 mil metros cúbicos de madeira de Abeto (Picea Abies) laminada, fixadas por suportes de aço e unidos por meio de um adesivo de alto desempenho, a estrutura treliçada autoportante foi projetada com um contra ventamento por meio de cabos e hastes de aço. Para a proteção contra as intempéries as treliças lâmias foram revestidas com poliuretano de cor creme.
ǬǬ Sistema Estrutural; A gigantesca estrutura em madeira composta por treliças ortogonais de 1,5 x 1,5m com 150 m de comprimento, 75m de largura e 28m de altura é sustentada por seis super pilares em concreto aparente e utilizou um sistema estrutural paramétrico para sua concepção amorfa. Os “Cogumelos” são resultado de um algoritmo matemático paramétrico que se baseia nas dimensões, distâncias e espessuras presentes em todas as seções da estrutura e se sustentam de forma homogênea descarregando suas cargas umas nas outras, ou seja, autoportantes.
CONCLUSÃO Conforme a análise do projeto de referência, podemos observar, a utilização de uma estrutura espacial paramétrica como forma de cobertura para uma edificação com grandes dimensões. A utilização desse sistema estrutural confere leveza, rigidez e elimina pilares e vigas que possivelmente existiriam em uma estrutura convencional.
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PROJETO: METROPOL PARASOL EM SEVILHA – ESPANHA
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.130/4066.
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O PROJETO
EDIFICAÇÃO DO CPRS – CENTRO DE PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SÃO CARLOS O Centro de Processamento de Resíduos Sólidos – CPRS tem como objetivo principal atuar como edificação voltada a processar resíduos sólidos descartados e não utilizáveis em um processo de produção de materiais convencionais para quaisquer fins. Na implantação desse processo serão necessárias pesquisas nas áreas de materiais oferecidas nas universidades do município, unindo a especificação do material a ser processado com resultados obtidos para viabilização de produtos ou ainda podendo ser utilizado como material base, matéria prima, para a produção de novos componentes. A intenção de implantar um centro de processamento de resíduos em polo tecnológico como o da cidade de São Carlos, é inovar com diferentes tecnologias na área de reaproveitamento de resíduos. Portanto a implantação do CPRS traz em seu conceito de inovação transformar materiais aparentemente não reutilizáveis, encontrados após descarte, em produtos e matéria-prima para industrialização. Para a construção desse centro além da pesquisa tecnológica teremos que pensar em uma edificação que ira abrigar uma cadeia processual longa, com acessos para veículos pesados para a entrega e saída de materiais (Anexo I – Fluxograma Conceito para CPRS). Pensar em uma edificação que se estenderá no sentido longitudinal do terreno e formar uma linearidade para implantação dos processos de reciclagem propõem os conceitos para a concepção do edifício do CPRS em questão.
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Junto a implantação do edifício, a pesquisa prevê um arruamento interno com uma área destinada para parque público, com forma e volume integrados ao centro de processamento de resíduos voltado principalmente para os cuidados com a preservação do meio ambiente. A intenção de se projetar um edifício de grandes proporções nos leva a sugerir a implantação semienterrada contando com um terreno em declive para que a construção do CPRS não ultrapasse o gabarito existente na área que se resume em edificações de um ou dois pavimentos. Para a implantação semienterrada serão necessários movimentos de terra no plano da edificação, porem a remoção do volume de terra do terreno pode ser utilizado em um aterro que culmine na criação de uma plataforma, um parque público, e um nivelamento do arruamento interno. A justificativa formal para a edificação linear no sentido longitudinal é o processo em cadeia utilizando uma serie de maquinários, como extrusoras, moinhos, lavadoras, prensas, entre outros. (Vide Anexo IV – Amostragem de Equipamentos do CPRS), definidos após a apresentação dos diferentes materiais a serem processados. Com a utilização de água no processo de resfriamento das extrusoras que processam o PET o PP e o PS, entre outros, (Anexo III – Tipos de Polímeros Plásticos) deve-se também levar em conta os grandes reservatórios de água e filtros, além do consumo de energia, para se conceber uma edificação sustentável. O processamento dos materiais não poderá deixar de ser aliado a uma ventilação permanente como também isolamentos e barreiras acústicas as quais serão apresentadas de acordo com o paisagismo integrado à edificação e seu entorno. Além da ventilação e acústica contamos com aberturas para uma iluminação zenital presente em toda a extensão da edificação, otimizando o consumo de energia com iluminação artificial. Ao definir a área para a implantação do edifício onde deve acontecer o processamento e transformação dos resíduos coletados pela equipe de coleta seletiva já existente na cidade de São Carlos estamos também contribuindo para a instituição de um espaço de interesse social e contemplativo integrado a comunidade local e ao município.
“hoje na sociedade brasileira, muitas pessoas estão ocupadas precariamente ou temporariamente em trabalhos ocasionais e esta situação não engendra uma rede
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de relacionamento relativamente estável, já que o emprego tem o sentido de pertencimento simbólico (...) Portanto o emprego de catador com “carteira assinada” representa estabilidade socioeconômica e um retorno à condição de cidadão.* (MARTINS, 2014).
O trabalho nas ultimas décadas presenciou modificações profundas, surgindo setores de produção inteiramente novos, dentre eles os “catadores”. Mas na nossa região ainda são incipientes os empreendimentos voltados para a reciclagem, contando apenas com o Programa da Coleta Seletiva da Cidade de são Carlos dentro da área publica. Diante desse quadro as iniciativas de implantação de Centros de Processamento de Resíduos Sólidos, são de extrema importância tanto no plano social com a oferta de emprego para centenas de trabalhadores, desempregados, quanto no plano administrativo com políticas ambientais como parte essencial da vida dos cidadãos no combate à crise ambiental. O excesso de consumo tende å degradar a natureza, pois o processo da globalização leva cada vez mais pessoas a adotarem os mesmos padrões de consumo, exercendo pressões crescentes sobre os recursos naturais (água, energia elétrica, combustíveis fosseis, desflorestamento, entre outros) causando a degradação ambiental e toneladas de resíduos. No espaço projetado do CPRS não somente é proposto, oferecer um emprego ao trabalhador, mas também proporcionar a eles a possibilidade de adquirir conhecimentos, e despertar um interesse ativo para atitudes necessárias na proteção e melhoria do meio ambiente. A questão do lixo gerado nas cidades é, sem dúvida, um dos grandes problemas na maioria dos municípios brasileiros, o equacionamento do lixo urbano pode ser considerado de caráter urgente, por isso muitas cidades estão implantando a coleta seletiva e reciclagem, dessa forma a implantação de um CPRS se justifica plenamente, em qualquer cidade.
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Figura 11. Sugestão de fluxograma para produção de um Centro de Processamento de Resíduos Sólidos.
PARTIDO ARQUITETÔNICO DO CPRS – CENTRO DE PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS O Partido Arquitetônico do CPRS (Centro de Processamento de Resíduos Sólidos) foi baseado em um entendimento das necessidades em não produzir e acumular materiais descartados como embalagens ou subprodutos. Após esse conceito são necessárias as decisões de como proceder na redução ou aproveitamento do material a ser processado, um material de grande volume e de difícil absorção pelo meio ambiente como o PET, PP e o PS (Vide ANEXO III – Tipos de Polímeros Plásticos) o qual requer uma edificação de grande comprimento a fim de abrigar sua cadeia de produção. Com a implantação desse edifício também houve necessidade de uma releitura da malha urbana onde melhor seria a integração entre a entrada do material a ser reciclado, o escoamento do produto final e utilização dos moradores e usuários do local.
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Portanto o partido arquitetônico de uma edificação de menor impacto na malha urbana em uma grande área de terreno vem de encontro com a intenção de requalificação da área que conta atualmente com lotes ocupados por residências unifamiliares e multifamiliares em sua grande maioria. Para complementação de um edifício de grandes proporções buscou-se promover a área como forma de integração social com grandes espaços cortados por acessos, praças, barreiras artificiais para isolamento, segurança e ruídos provocados ao longo da linha de produção. Esse programa de opções de projeto delineou um partido arquitetônico complexo onde surgiram propostas ousadas quanto a volumetria, espaços contemplativos associados a circulação de carga veicular, exigindo uma monumentalidade apresentada e inserida num contexto residencial onde haverá para a população um espaço de lazer. A edificação do CPRS foi projetada com a intenção de satisfazer exigência tecnológica complexa, um piso de alta resistência, em concreto armado, especifica para cada máquina, devido as diferentes cargas incidentes, satisfazendo exigências mecânicas de peso próprio como também vibrações e empuxos. Nas laterais de pé direito maiores do edifício, no sentido transversal, temos empenas de fechamento em concreto armado e muros de arrimo, para a contenção da terra, essas laterais serão semienterradas em relação às curvas de nível naturais do terreno. A proposta é um edifício contido no terreno que não ultrapasse o gabarito predominante no local. Essas laterais com a estrutura do piso, em alguns pontos, servirão também como ancoragem da estrutura de cobertura e fechamento integrados para abrigar a produção do complexo. As empenas laterais de concreto armado em certa altura do seu pé direito receberão um fechamento translucido a fim de permitir a entrada de luz natural, já que as mesmas são paredes de fechamento independentes da estrutura da edificação. O projeto do edifício se caracteriza na existência de uma plataforma que receberá máquinas obedecendo a uma linearidade com o edifício, para uma cadeia de equipamentos em série, onde existirá um ponto de entrada do material a ser reciclado e outro de saída do produto final e resíduo não aproveitado no CPRS. Um conceito de projeto é a linearidade da produção, em uma plataforma coberta, onde se desenvolve como cobertura e fechamento frontal uma forma orgânica e aerodinâmica integrada ao plano do piso, um volume único, a construir. A parte de trás é semienterrada e tem um muro de contenção de terra.
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A cobertura e o fechamento frontal serão concebidos a partir da modulação de uma estrutura espacial, com espessura necessária estipulada no projeto arquitetônico, calculados para que o vão de menor tamanho se desenvolva ao longo do seu comprimento. Será uma estrutura espacial com módulos em várias dimensões, de seção de perfis para cada exigência do vão a ser vencido ou carga imposta sobre ele. Será coberta por telhas de alumínio calandrado, sobre a estrutura espacial, que em alguns lugares na seção longitudinal, temos aberturas, na cobertura no sentido longitudinal, para que haja uma ventilação cruzada e ofereça iluminação natural para o pavimento que abriga o processo fabril. No conceito do projeto, a plataforma e cobertura orgânico-aerodinâmica, com um vazio central integrado, que irá sugerir uma leveza à estrutura de cobertura. A área administrativa e social do CPRS, está no pavimento superior ao da produção. Este piso encontra-se acima do pavimento térreo de produção e abrigará salas de controle, refeitório, sanitários, almoxarifado, auditório e vestiários. Junto ao CPRS em suas laterais foram projetados dois anexos, um a Leste e o outro a Oeste da edificação principal. O anexo Leste foi concebido para o espaço destinado aos funcionários com a entrada e acesso ao CPRS, coberta por uma laje sobre colunas, com um lugar para recepção, sanitários com vestiários, escada e elevadores para acessar o pavimento superior onde se localizam o setor social e administrativo do prédio. Na parte superior dessa laje teremos um hall aonde chegarão à escada e elevadores para o pavimento superior ao da produção. Esse hall superior será coberto por uma laje, apoiada em um pilar central, para que o bloco receba vidro em toda sua volta, menos na face que encosta na lateral do prédio principal, o lugar do acesso ao pavimento superior. Esse Anexo Leste afastado do prédio principal, com a intenção de apresentar maior leveza, está no mesmo nível interno do CPRS e será acessado por uma rampa a partir do estacionamento que se encontra no nível mais baixo do projeto. O Anexo Oeste, localizado do lado oposto do prédio principal do CPRS e fazendo parte da praça proposta no projeto será o lugar para lazer, exposições e de atendimento a praça com sanitários. Nessa área do projeto proposto, junto ao CPRS onde tem uma área livre, no terreno, será projetada uma praça para a cidade, um parque voltado ao lazer dos cidadãos, do município e da região, espaços lúdicos, arborizados e contemplativos que serão concebidos com a intenção de mostrar o descarte, a coleta e o processamento de resíduos como aprendizado e conscientização da população, inseridos num contexto de educação ambiental. �
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No espaço Anexo Oeste, o qual foi projetado no mesmo formato que o oposto, o Anexo Leste, localizado no subsolo, a três metros abaixo do nível do estacionamento, teremos um lugar de exposições de onde emergirá uma grande torre como indicação de forma escultórica a construção de um Centro de Processamento de Resíduos Sólidos dentro do perímetro urbano. Para transposição da área foi projetada uma praça ao lado do CPRS o qual na sua lateral Oeste é a linha que divide o CPRS do espaço público da praça. O Anexo Oeste é, portanto, voltado à praça localizado no subsolo do CPRS, com sanitários, escada e elevadores que abrirão o CPRS para a praça em eventos especiais. A escada e os elevadores estão localizados no interior da torre e alcançarão o nível social e administrativo do CPRS. Nesse local também teremos uma rampa que será um espaço para eventos esportivos como “skate”, patins, carrinhos de controle remoto, entre outros. Essa rampa se localiza no nível projetado para circulação de pessoas na praça, em direção ao subsolo. Os espaços externos são abertos à ocupação livre das pessoas, a participação pública, no caso o usuário é fundamental para a qualificação desses espaços do projeto. A flexibilidade do espaço externo se torna atraente e acontece através de um mobiliário distribuído pela área da praça. Nessa praça, visando a transposição da área que é bastante grande, aproximadamente dois quarteirões e meio, a circulação de pedestres é de grande relevância. Foi projetada uma via de circulação de pedestres, possibilitando um percurso por toda a área no sentido longitudinal, transpondo vários níveis, observados no terreno, com aclives de até 6 metros no seu ponto mais alto em relação ao estacionamento. Essa circulação de pedestres é interrompida por uma plataforma redonda que em alguns trechos tem arquibancadas voltadas a um palco que também serve de banco circular nessa plataforma. Teremos uma grande área verde fora da circulação de pedestres com árvores e ainda uma exposição permanente de objetos de arte produzidos a partir do material processado no CPRS. O arruamento presente na área de intervenção da edificação estará restrito a vias de abastecimento do CPRS e o escoamento da matéria-prima produzida, será por uma via lateral, marginal, com uma ligação a Rodovia Washington Luís. Os veículos de carga não ocuparão as vias locais e estruturais próximas, amenizando assim o ruído e o tráfego na região.
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POLÍMEROS - PLÁSTICOS O plástico é um dos materiais mais presentes no nosso cotidiano. Ele é matéria-prima para a fabricação de escovas, brinquedos, bijuterias, peças do computador, utensílios de cozinha, entre outros. Seu emprego em diversos tipos de produto se deve a sua alta durabilidade, menor consumo de energia e maior facilidade de transporte e processamento. Os plásticos são polímeros originados de uma fração do petróleo chamada nafta e também de fontes renováveis. Eles se subdividem de acordo com a composição de sua cadeia de moléculas. A seguir, veremos a diferenciação mais básica, que pode ser feita a partir da extensão e estrutura dos polímeros, e como identificar se esses materiais são próprios ou não para a reciclagem. Para os consumidores saberem de qual tipo de plástico é feito o produto que estão adquirindo, há um padrão utilizado pelas fábricas. Existem números cercados por um triângulo com setas nos rótulos dos produtos plásticos. Eles têm a função de alertar os consumidores sobre o descarte seletivo, além de orientar a separação devida de cada material. No Brasil, a norma técnica dos plásticos (NBR 13.230:2008) foi concebida de acordo com critérios internacionais. A numeração separa os plásticos em seis diferentes tipos de materiais (PET, PEAD, PVC, PEBD, PP, PS), e ainda há uma sétima opção (outros), normalmente empregada para produtos plásticos fabricados com uma combinação de diversas resinas e materiais.
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Tabela 2. Termoplásticos - São aqueles materiais que podem ser reciclados, pois não sofrem alterações na estrutura química durante o aquecimento.
TIPO PET
PEAD
PVC
PEBD/PELBD
PP
PS
OUTROS
PRODUTOS Frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar, cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, etc. Embalagens para detergentes e óleos automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras, tampas, tambores para tintas, potes, utilidades domésticas, etc. Embalagens para água mineral, óleos comestíveis, maioneses, sucos. Perfis para janelas, tubulações de água e esgotos, mangueiras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, etc. Sacolas para supermecado e boutiques, filmes para embalar leite e outros alimentos, sacaria industrial, filmes para fraldas descartáveis, bolsa para soro medicinal, sacos de lixo, etc. Filmes para embalagens e alimentos, embalagens industriais, cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas, autopeças, fibras para tapetes e utilidades domésticas, potes, fraldas e seringas descartáveis, etc. Potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos, bandejas de supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos, tampas, aparelhos de barbear descartáveis, brinquedos, etc. Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores.
BENEFÍCIOS Transparente, inquebrável, impermeável, leve. Inquebrável, resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química. Rígido, transparente, impermeável, resistente à temperatura e inquebrável.
Flexível, leve, impermeável.
transparente
e
Conserva o aroma, é inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura.
Impermeável, inquebrável, rígido, transparente, leve e brilhante.
Flexibilidade, leveza, resistência à brasão, possibilidade de design diferenciado.
*Inclui uma variação do PP, o BOPP, plástico metalizado de difícil reciclagem, usual em embalagens de salgadinhos e biscoitos. Leia mais aqui. Tabela 3. Termorrígidos - São aqueles que não são passíveis de reciclagem porque não fundem com o reaquecimento.
TIPO PU
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PRODUTOS BENEFÍCIOS Espumas macias para colchões e estofados, Flexibilidade, leveza, resistência à abrasão, espumas rígidas, solados de calçados, interruptores, possibilidade de design diferenciado. peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones, etc.
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REFERÊNCIAS
LAJOPO, R. D. Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis: guia para implantação. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas; Sebrae, 2003. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos>. Acesso em: 22 ago. 2016. MARTINS, J. S. Uma Sociologia da vida cotidiana. São Paulo, Contexto, 2014. SÃO CARLOS. Leis municipais (2005). Lei nº 13.691 de 25 de novembro de 2005. Institui o plano diretor do município de São Carlos e dá outras providências. Disponível em:<https:// leismunicipais.com.br/plano-diretor-sao-carlos-sp>. Acesso em: 25 ago. 2016. SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. 2005. Dispnível em: < http:// www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2005>. Acesso em: 23 ago. 2016.
LEITURA COMPLEMENTAR Caderno – Economia Solidária - Tecnologia em Reciclagem de Residuos para Geração de Trabalho e Renda – I Congresso De Economia Solidária – Maria Zanin / Rafaela F. Gutierrez DIAS, G. F. Educação ambiental: Principios e praticas. São Paulo, Gaia, 2003. Empreendimentos Econômicos Solidários de Catadores, Cadeias Produtivas de Resíduos, Processos Tecnologicos e Parcerias - Rafaela F. Gutierrez – São Carlos Fevereiro 2011 Universidade Federal de São Carlos. Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos: o Programa de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Belém – PA (Mestrado Roberta Moura Martins Oliveira). GUTIERREZ, R. Empreendimentos Econômicos Solidário de Catadores: Cadeias produtivas de resíduos, processos tecnológicos e parcerias. 2011. Dissertação de mestrado, Programa de pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela UFSCar.
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MORIN, E. A via para o futuro da humanidade. Rio de Janeiro, Bertrand, Brasil, 2013 NuMI-EcoSol (Núcleo Multidisciplinar Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária) – Ufscar NURENE – Núcleo Regional Nordeste – Processamento de Residuos Solidos Urbanos – Guia do Profissional em treinamento - Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental – ReCESA RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 Publicada no DOU no 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80 III ENECS - Encontro Nacional Sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis Reaproveitamento de Resíduos Sólidos Urbanos: A Arquitetura Transformando o Resíduo em Recurso. Disponível em:
REFERÊNCIAS WEB BIG. Disponível em:< ttp://www.big.dk/> J.MAYER.H Disponível em: <http://www.jmayerh.de/19-0-Metropol-Parasol.html> LEVI R. Disponível em: < http://www.leonardofinotti.com/projects/tecelagem-parahyba> Usina de processamento. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-104662/comeca-a-construcao-da-usina-de-reciclagem-de-big> De onde Vem, para onde vai: Disponível em: <http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/ fileDownload.jsp?fileId=8A7A83CB30D6852A01319A7B607A4DE1> Politica Nacional de Resíduos Sólidos – Ministerio do Meio Ambiente. Disponível em: <http:// www.mma.gov.br> Usina Verde. Disponível em: <http://www.usinaverde.com.br/>.
REFERÊNCIAS VIDEOS/DOCUMENTARIOS: Lixo Extraordinario - Vik Muniz - Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
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PROJETO: CPRS - CENTRO DE PROCESSAMENTO E BENEFICIAMENTO DE RESÍDUOS PET + PEAD + PVC + PEBV/PELBD + PP + PS E OUTROS