CUT4/2007

Page 1

Marilane Oliveira Teixeira

Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II Perfil Ocupacional: setores econômicos selecionados Marilane Oliveira Teixeira, Economista, Mestra em Economia Política, Doutoranda em Economia Social e do Trabalho pelo IE/UNICAMP e Formadora da Escola Sindical São Paulo-CUT Colaboração: Adriana Jungbluth e Renata Correa - Economistas e Mestrandas no Programa de Economia Social e do Trabalho pelo IE/Unicamp. Responsáveis pela produção dos dados e elaboração das tabelas.


Presidente da República LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Ministro do Trabalho e Emprego CARLOS LUPI Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Emprego RONALDO AUGUSTO LESSA SANTOS Secretário de Políticas Públicas de Emprego - SPPE ANTONIO SÉRGIO ALVES VIDIGAL Diretor do Departamento de Qualificação - DEQ ANTONIO ALMERICO BIONDI LIMA

Esplanada dos Ministérios, Bloco F, 3° andar, Edifício Sede, Sala 306. CEP 70059-900 - Brasília - DF Telefones: (0XX61) 3317-6239/ 3317-6004 Fax.: (0XX61) 3224-7593 E-mail: qualificação@mte.org.br Tiragem: 3000 exemplares ELABORAÇÃO, EDIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: Escola Sindical São Paulo-CUT Rua Dona Brígida, 299 – Vila Mariana CEP 04111-080 - São Paulo – SP Telefone (0XX11) 5084-2131 Site: www.escolasp.org.br E-mail: escolasp@uol.com.br

Coordenadora-Geral de Qualificação - CGQUA TATIANA SCALCO SILVEIRA Coordenador-Geral de Certificação e Orientação Profissional - CGCOP MARCELO ÁLVARES DE SOUSA Coordenador-Geral de Empreendedorismo Juvenil MISAEL GOYOS DE OLIVEIRA (C) copyright 2005 - Ministério do Trabalho e Emprego MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego - SPPE Departamento de Qualificação - DEQ

Obs.: Os textos não refletem necessariamente a posição do Ministério do Trabalho e Emprego


Marilane Oliveira Teixeira

Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II Perfil Ocupacional: setores econômicos selecionados Marilane Oliveira Teixeira, Economista, Mestra em Economia Política, Doutoranda em Economia Social e do Trabalho pelo IE/UNICAMP e Formadora da Escola Sindical São Paulo-CUT

2007


CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES Rua Caetano Pinto, 575 - CEP 03041-000 – Brás – São Paulo – SP - Telefone: (0XX11) 2108-9200 – Fax: (0XX11) 2108-9200 - Site: www.cut.org.br

DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DA CUT – 2006/2009 Presidente ARTUR HENRIQUE DA SILVA SANTOS SINERGIA – Sind. Trab.Ind. de Energia Elétrica do Estado de SP

Secretário de Formação JOSÉ CELESTINO LOURENÇO (TINO) SIND-UTE – Sind. Único dos Trab. em Educação do Estado de MG

Vice-Presidente CARMEN HELENA FERREIRA FORO Sind. Trab. Rurais de Igarapé- Miri – PA

Secretária de Comunicação ROSANE BERTOTTI Sind. Trab. Agricultura Familiar de Xanxerê – SC

Vice-Presidente WAGNER GOMES Sind. dos Metroviários do Estado de SP Secretário Geral QUINTINO MARQUES SEVERO Sind. Trab. Ind. Metalúrgicas de São Leopoldo – RS Primeiro Secretário ADEILSON RIBEIRO TELLES SEPE -Sind. Est. Dos Profissionais da Educação do Estado do RJ Tesoureiro JACY AFONSO DE MELO Sind. dos Bancários de Brasília – DF Primeiro Tesoureiro ANTONIO CARLOS SPIS Sind. Unificado dos Petroleiros do Estado de SP

Secretário de Políticas Sociais CARLOS ROGÉRIO DE CARVALHO NUNES Sind. dos Assistentes Sociais do Estado do CE Secretária de Organização DENISE MOTTA DAU SindSaúde - Sind. dos Serv. Pub. em Saúde do Estado de SP Secretária Sobre a Mulher Trabalhadora MARIA EDNALVA BEZERRA DE LIMA Sind. Trab. Educação do Estado da PB Diretoria Executiva ANÍZIO SANTOS DE MELO APEOC - Sind. Serv. Pub. Lot. Sec. De Educação e de Cultura do Estado do CE ANTONIO SOARES GUIMARÃES (BANDEIRA) Sind. Trab. Rurais de Pentecostes - CE

Secretário de Relações Internacionais JOÃO ANTÔNIO FELICIO APEOESP – Sind. dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP

CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA Sind. Serv. Pub. Municipais de São José do Rio Preto - SP

Secretária de Política Sindical ROSANE DA SILVA Sind. dos Sapateiros de Ivoti – RS

CELINA ALVES PADILHA AREAS SINPRO - Sind. dos Professores do Estado de MG

DARY BECK FILHO Sind. Trab. Ind. Dest. Refinação de Petróleo do Estado do RS

TEMÍSTOCLES MARCELOS NETO Sind. Serv.Pub. em Saúde do Estado de MG

ELISANGELA DOS SANTOS ARAÚJO Sind. Trab. Rurais de São Domingos - BA

VAGNER FREITAS DE MORAES Sind. dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região - SP

EVERALDO AUGUSTO DA SILVA Sind. dos Bancários de Salvador - BA

VALÉRIA CONCEIÇÃO DA SILVA Sind. Trab. Em Educação do Estado de PE

EXPEDITO SOLANEY PEREIRA DE MAGALHÃES Sind. dos Bancários do Estado de PE

Conselho Fiscal - Efetivos MARIA JULIA REIS NOGUEIRA Sind. Trab. Pub. Fed. Saúde e Previdência do Estado do MA

JOSÉ LOPEZ FEIJÓO Sind. Trab. Ind. Metalúrgicas do ABC – SP JULIO TURRA FILHO SINPRO - Sind. dos Professores do ABC – SP LUCIA REGINA DOS SANTOS REIS SINTUFRJ - Sind. Trab. em Educação da UFRJ

VALDEMIR MEDEIROS DA SILVA Sind. dos Previdenciários do Estado da Bahia DILCE ABGAIL RODRIGUES PEREIRA Sind. Trab. Comércio Hoteleiro, Rest. Bares e Hospitalidade de Caxias do Sul – RS

MANOEL MESSIAS NASCIMENTO MELO SINDPD – Sind. dos Trab. em Informática do Estado de PE

Conselho Fiscal - Suplentes ALCI MATOS ARAÚJO Sind. Empreg. no Comércio do Estado do ES

MILTON CANUTO DE ALMEIDA SINTEAL - Sind. Trab. Em Educação do Estado de AL

JOSÉ CARLOS PIGATTI Sind. Trab. Energia Elétrica do Estado do ES

PASCOAL CARNEIRO Sind. Trab. Ind. Metalúrgicas de Salvador – BA

ODAIR JOSÉ NEVES SANTOS Sind. dos Professores Públicos e Especialistas em Educação do Estado do MA

ROGÉRIO BATISTA PANTOJA Sind. Trab. Ind. Urbanas - AP


Marilane Oliveira Teixeira

Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II Perfil Ocupacional: setores econômicos selecionados Marilane Oliveira Teixeira, Economista, Mestra em Economia Política, Doutoranda em Economia Social e do Trabalho pelo IE/UNICAMP e Formadora da Escola Sindical São Paulo-CUT Colaboração: Adriana Jungbluth e Renata Correa - Economistas e Mestrandas no Programa de Economia Social e do Trabalho pelo IE/Unicamp. Responsáveis pela produção dos dados e elaboração das tabelas.


SECRETARIA NACIONAL DE FORMAÇÃO - CUT Secretário Nacional de Formação

Coordenador-Geral

Assessoria

Secretária

JOSÉ CELESTINO LOURENÇO

MARTINHO DA CONCEIÇÃO

• ARCHIMEDES FELÍCIO LAZZERI • MARISTELA MIRANDA BÁRBARA • MARTA REGINA DOMINGUES • PAULA CRISTINA BERNARDO

LUCI FERNANDES

ESCOLA SINDICAL SÃO PAULO - CUT Conselho Político

Escola Sindical SP-CUT

Coordenação

Sind. Químicos do ABC

HELIO DA COSTA

Coordenador Geral/Secretário de Formação CUT-SP

Secretário Estadual de Formação

CARLOS TADEU VILANOVA

APARECIDO DONIZETI DA SILVA Apeoesp

CARLOS TADEU VILANOVA

CARLOS RAMIRO DE CASTRO

Coordenador Administrativo Secretário Nacional de Formação

Sinsexpro

CARLOS TADEU VILANOVA

Coordenador de Formação Sind. dos Petroleiros de SP

Sindsaúde

Sind. Bancários de SP

LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO

EDÍLSON DE PAULA OLIVEIRA Sind. Metalúrgicos do ABC Escola Sindical SP-CUT

ELIAS SOARES

HELIO DA COSTA

JOSÉ SAMUEL MAGALHÃES

CÉLIA REGINA COSTA Presidente da CUT Estadual

ELIAS SOARES

JOSÉ CELESTINO LOURENÇO

TARCISIO SECOLI

Equipe de Formação • ANA PAULA ALVES OLIVEIRA • ELAINE OLIVEIRA TEIXEIRA • ELIAS SOARES • ERNANI FERNANDES MOREIRA • HELIO DA COSTA • KARIN ADRIANE HUGO LUCAS

Coordenação Geral CARLOS TADEU VILANOVA Coordenação Financeira ELIAS SOARES Coordenação Pedagógica MARTA REGINA DOMINGUES

LENIR DE VISCOVINI • MARILANE OLIVEIRA TEIXEIRA • MARIO HENRIQUE GUEDES LADOSKY • MARLUSE CASTRO MACIEL • NEIDE DOS SANTOS VERÃO • PÉRSIO PLENSACK • WILLIAM NOZAKI Apoio Administrativo • CLARICE MARIA DE MELO • ESTHER RIVELLES • MARIA DA CONCEIÇÃO C. ALVES

• SONIA CALIL ELIAS ROCHA • VANDERLEI SOARES CABRAL Apoio Pedagógico • HELANNE APARECIDA PEREIRA • MARIA DE LOURDES INÊS OÑA


Apresentação Esta publicação é fruto de estudos e pesquisas desenvolvidos no âmbito do Projeto Especial de Qualificação - PROESQ Quem luta também educa!, iniciativa da Central Única dos Trabalhadores - CUT, por meio da Secretaria Nacional de Formação da CUT e da Escola Sindical São Paulo/CUT. O PROESQ - Quem luta também educa! foi realizado por meio de convênio estabelecido entre a Escola Sindical São Paulo-CUT e o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, dentro do Plano Nacional de Qualificação - PNQ e financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. O Conselho Deliberativo do FAT - Codefat, um dos mais importantes órgãos tripartites e paritários do país, delibera sobre várias políticas relacionadas ao Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda. Entre elas, a política de qualificação social e profissional. Com a finalidade de desenvolver e aprimorar metodologias e tecnologias apropriadas para a educação e qualificação social e profissional de trabalhadores e trabalhadoras e tendo como premissa conceitos, práticas e perspectivas da negociação e contratação coletiva no Brasil, um dos objetos de estudo ao qual nos dedicamos no desenvolvimento do Quem luta também educa! foi a Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional e, em especial, o desenvolvimento e estudo de uma pesquisa na qual se traça o perfil de um conjunto de ocupações selecionadas, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO. Estas ocupações são analisadas a partir de um conjunto de variáveis selecionadas como: gênero, cor, faixa salarial, condição na ocupação, faixa etária, escolaridade, região e jornada de trabalho. Um dos grandes objetivos dos programas de qualificação profissional é, alem de permitir melhores condições para a busca de um emprego, melhorar as condições de contratação no país. A CUT, nesta publicação, se soma a outras iniciativas que estão se desenvolvendo no campo das políticas públicas de qualificação, relacionando as demandas de qualificação profissional e os impactos sobre o mercado de trabalho com as condições de contratação. Esperamos que este trabalho possa ser uma das referências de análise do impacto das políticas públicas sobre o emprego, subsidiando a ação das entidades sindicais, governos e sociedade em geral. Desejamos a todos uma excelente leitura! Artur Henrique da Silva Santos - Presidente Nacional da CUT José Celestino Lourenço - Secretário Nacional de Formação da CUT e membro do Conselho Político da Escola Sindical São Paulo-CUT Carlos Tadeu Vilanova - Secretário de Formação da CUT São Paulo e coordenador geral da Escola Sindical São Paulo-CUT

7



Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 Capítulo 1 - Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Variação do emprego nas ocupações selecionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Composição do emprego entre homens e mulheres nas ocupações selecionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por posição na ocupação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por escolaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por cor/raça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por região . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa etária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .70 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por jornada de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa de salário mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Capítulo 2 - Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97 Variação do emprego nas ocupações selecionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99 Composição do emprego entre homens e mulheres nas ocupações selecionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por posição na ocupação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por escolaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por cor/raça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .135 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por região e gênero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .145 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa etária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .155 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por jornada de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa de salário mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .185

9



Introdução No inicio dos anos de 1990, a economia brasileira passou por grandes transformações que alteraram profundamente a estrutura produtiva de diversos setores econômicos, com impactos significativos sobre o mercado de trabalho. O resultado do processo de modernização produtiva implantado pelas empresas para se manterem competitivas frente a um cenário adverso de abertura comercial, resultou na eliminação de milhares de postos de trabalho na indústria na década de 1990. Sem a perspectiva de retornar ao mercado de trabalho formal, os trabalhadores e trabalhadoras buscam no mercado informal alternativas de sobrevivência. Neste contexto extremamente adverso, os empregos se tornam mais frágeis, o desemprego cresce e multiplicam-se formas precárias de contratação. Alguns setores da sociedade procuram justificar este quadro de precariedade como resultado de uma legislação trabalhista rigorosa e arcaica, buscando legitimar este estado das coisas. Assim, o emprego formal representa uma parcela cada vez menor de trabalhadores ocupados, enquanto cresce a informalidade e o trabalho por conta própria. E, para os que permanecem na formalidade, crescem as exigências em termos de qualificação; os menos escolarizados são preteridos diante de escolaridade mais elevada, os trabalhadores e trabalhadoras acima de 40 anos em relação aos mais jovens, e da mesma forma os de cor preta em relação aos de cor parda e branca. A estas constatações mais gerais já chegaram inúmeros estudos e pesquisas sobre o mercado de trabalho. Nosso propósito com este estudo é identificar estes elementos para um determinado conjunto de ocupações. Na organização da pesquisa foi selecionado um conjunto de ocupações representativas no universo do mercado de trabalho brasileiro e a partir de sua desagregação para dois períodos, analisou-se o comportamento destas ocupações em termos de gênero, cor, escolaridade, faixa etária, faixa salarial, distribuição regional, jornada de trabalho e condição na ocupação. A análise dos resultados obtidos buscou responder a algumas questões: qual foi a variação do emprego para estas ocupações? Como estão distribuídas entre homens e mulheres? Cresceu o emprego formal? As faixas salariais sofreram alterações? Alterou a distribuição regional destas ocupações? A jornada de trabalho foi ampliada no período analisado? Enfim, estas são algumas das perguntas que pretendemos responder ao apresentar este estudo.

11



Metodologia Para este estudo selecionou-se um conjunto de ocupações representativas dos diversos setores econômicos, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/IBGE - PNAD/2005. O critério adotado para a seleção das ocupações foi a combinação entre a variação do emprego em números absolutos no período analisado, sua composição no emprego de uma forma geral e a relevância da ocupação para o mercado de trabalho. As ocupações selecionadas foram agrupadas por setores econômicos e, para fins de análise, divididas em dois períodos distintos: de 1992 a 2001 e de 2002 a 2005. Esta distinção se fez necessária uma vez que a partir de 2002 a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO passou por reformulações que tornaram incompatíveis comparações com classificações anteriores. Mesmo assim, foi realizado um esforço para agrupar as ocupações semelhantes para os dois períodos analisados. No entanto, especificamente para o setor de transportes não foi possível compatibilizar a ocupação selecionada para os dois períodos, desta forma, optamos por manter apenas para o ano de 2002 e 2005. Numa segunda etapa, procedeu-se ao levantamento e definição das variáveis. Todas elas foram analisadas com recorte de gênero: variação do emprego; composição do emprego; composição do emprego por posição na ocupação; composição do emprego por faixa etária; composição do emprego por cor; composição do emprego por escolaridade; composição do emprego por faixa de salários mínimos; composição do emprego por região e composição do emprego por jornada de trabalho. A seleção das ocupações caracterizou-se por um processo de discussão que envolveu os dirigentes sindicais e, contou ainda, com a contribuição de especialistas em pesquisa e tratamento de informações estatísticas. Áreas de atividades Atividades agrícolas

Indústria alimentícia Ambulantes Comércio Construção civil

Período: 1992-2001

Período: 2002-2005

Agricultores, produtores agropecuários autônomos, outros Produtores agrícolas, trabalhadores agrícolas, extrativistas florestais, trabalhadores da mecanitrabalhadores na agropecuária, trabalhadores na aqüicul- zação agropecuária e pescadores e caçadores. tura, pescadores e apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais. Indústria de lacticínios e indústria de bebidas. Operadores da preparação de alimentos e bebidas, trabalhadores da indústria de alimentos e trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais). Comércio ambulante. Vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes. Recepcionistas, operadores de caixa e repositores de mer- Técnicos de nível médio em operações comerciais, caixas, bilheteiros e afins, vendedores, cadorias. demonstradores, repositores, remarcadores do comércio e vendedores a domicilio. Trabalhadores da construção civil e obras públicas e trabalhadores de acabamento de obras Pedreiros e serventes de pedreiro. civis e ajudantes de obras civis.

13


Educação

Professores de ensino superior, professores de ensino do segundo grau, professores de ensino do primeiro grau, professores de ensino pré-escolar e professores e instrutores de formação profissional.

Entretenimento

Músicos, compositores, artistas de circo, locutores e comentaristas e produtores e diretores de espetáculos. Operadores de prensa mecânica de metais, trabalhadores na fabricação de calçados, ocupações da indústria de papel e papelão e outras ocupações das indústrias de transformação.

Indústria

Programadores de computador. Outros proprietários, assistentes administrativos, outros cientistas sociais, mecânicos sem especificação, carpinteiros, eletricistas de instalações, trocadores, cabeleireiros, manicuros e pedicuros, porteiros, guarda/vigias de organizações particulares e trabalhadores braçais, sem especificação. Enfermeiros diplomados, enfermeiros não diplomados, Saúde parteiras e psicólogos. Babás e empregadas domésticas Serviços domésticos Serviços de utilidade pública Carteiros e lixeiros. Informática Outros serviços

Turismo Transporte

14

cozinheiros e garçons.

Professores de ensino superior, professores de ensino médio, professores de ensino infantil e do ensino fundamental, outros professores de ensino não classificados anteriormente, professores de ensino médio na educação infantil, no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres e professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres. Músicos compositores e cantores, locutores e comentaristas, atores, diretores de espetáculos e afins, músicos e cantores populares. Técnicos em eletroeletrônica e fotônica, técnicos em metalmecânica, técnicos de nível médio em operações industriais, trabalhadores de extração mineral, trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos, trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos, montadores de máquinas e aparelhos mecânicos, montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral, instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações, vidreiros, ceramistas e afins, trabalhadores das indústrias têxteis, trabalhadores do tratamento de couros e peles, trabalhadores da confecção de roupas, trabalhadores da confecção de calçados, trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros, trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas, trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricação do mobiliário, trabalhadores de montagem, trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário, operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins, operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas, trabalhadores da preparação de pasta de papel, trabalhadores da fabricação de papel, confeccionadores de produtos de papel e papelão, trabalhadores, trabalhadores elementares da manutenção e desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins. Técnicos de informática. Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos, marceneiros e afins, mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais, eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial.

Enfermeiros de nível superior e afins, técnicos auxiliares de enfermagem, atendentes de enfermagem, parteiras, práticas e afins, cientistas sociais, psicólogos e afins. Empregadas domésticas Trabalhadores de informações ao público, trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros, fiscais e cobradores dos transportes públicos e catadores de sucata. Cozinheiros, garçons, barmen e copeiros. Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metro ferroviária.


CAPÍTULO 1

Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001



Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Variação do emprego nas ocupações selecionadas Os dados da tabela 1 se referem à variação do emprego entre 1992 a 2001 para um conjunto de ocupações selecionadas nos seguintes setores: agricultura, alimentício, ambulantes, comércio, construção civil, educação, entretenimento, indústria, informática, outros serviços, saúde e afins, serviços domésticos, serviços de utilidade pública e turismo. No geral verificou-se para este conjunto de ocupações analisadas comportamentos distintos em relação à variação do emprego. Ao mesmo tempo em que registraram-se quedas acentuadas, especialmente, em ocupações ligadas a agricultura e áreas da indústria, observou-se crescimento para as ocupações associadas às áreas de serviços, educação e saúde. Quando os dados são desagregados por gênero as quedas mais acentuadas para homens e mulheres ocorrem na agricultura. A seguir, apresentamos as análises para as diversas ocupações selecionadas.

Atividades Agrícolas No setor agrícola as maiores variações ocorreram entre os trabalhadores agrícolas, com uma queda de -14,3% das ocupações entre os homens, enquanto entre as mulheres a ocupação cresceu 79%. No total o setor sofreu uma redução nas ocupações de 10,6% e os dados sinalizam que a participação das mulheres em números absolutos é exígua. Entre os homens, a ocupação de pescadores é a que sofreu a maior queda no período (-25,%). Já entre as mulheres, a queda foi de -36,6%, o que representou para o setor uma redução de -25,9%. Entre as mulheres, a maior variação negativa se deu entre as apanhadoras, quebradoras e descascadoras de produtos vegetais, com uma redução de -63,3%. Entre os homens, a queda foi de -22,9% e no total essas ocupações representam a maior redução do setor: -58%. Entre os trabalhadores da agropecuária o emprego para os homens caiu -11,7% e para as mulheres -22,3%. No período, o maior crescimento registrado ocorreu entre os trabalhadores da aqüicultura: 357,8%. Indústria Alimentícia No setor da indústria alimentícia analisou-se o comportamento de duas ocupações: ocupações da indústria de laticínios e ocupação da indústria de bebidas. Na ocupação da indústria de laticínios, entre as mulheres, ocorreu o maior

17


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

crescimento do período, 220,9%. Já entre os homens o crescimento foi de 50,6%. Na ocupação da indústria de bebidas, o crescimento entre os homens foi um pouco menor, de 23,3% e entre as mulheres ocorreu uma queda de -11%.

Ambulantes Na ocupação ligada ao comércio ambulante, registrou-se um crescimento no período de 60,2% entre as mulheres e 40,2% entre os homens. No total o setor, no período, registrou um crescimento médio equivalente a 50,9%. Comércio No setor do comércio, a ocupação que mais cresceu foi a de recepcionista, com variação de 165,5% entre as mulheres e de 109,2% entre os homens. No total, a taxa de crescimento dessa ocupação foi de 156,6%. Em seguida temos a ocupação de repositores de mercadorias, que apresentou um crescimento de 94,2% no total do período, sendo que entre as mulheres o crescimento foi de 220%, e já entre os homens a ocupação cresceu menos: 77,6%. A ocupação de operadores de caixa foi a que apresentou menor crescimento no setor, com 63,1%. Nesta ocupação, quando se analisam os dados por gênero, entre as mulheres o crescimento foi de 58,2% e entre os homens de 82,7%. As ocupações associadas ao comércio se inserem entre as que apresentaram melhores resultados em termos de variação do emprego no período entre 1992 e 2001. Construção Civil Entre as ocupações selecionadas da área de construção civil, observou-se uma redução do nível de emprego para a ocupação de pedreiros entre as mulheres (-20,2%), e um aumento de 24,8% entre os homens. No total, essa ocupação cresceu 24,7% no período e a queda do emprego entre as mulheres não apresentou impacto no nível geral de emprego em razão de representar uma proporção muito pequena sobre o emprego total. O maior crescimento para homens e mulheres foi na ocupação de serventes de pedreiros com 31,7% e 49,0% respectivamente, sendo a ocupação que apresentou o melhor desempenho entre as analisadas para a área de construção civil, com um crescimento de 32%.

18


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Educação As ocupações selecionadas para a área de educação apresentaram comportamentos distintos: entre os homens professores de ensino pré-escolar o crescimento foi da ordem de 101,5% e entre as mulheres de 44,6%. Entre os professores do primeiro grau (1ª a 4ª séries) o crescimento entre os homens foi de 77,5% enquanto que entre as mulheres o crescimento foi pífio, de 1,8%. Mesmo com o percentual elevado de crescimento entre os homens, o percentual total foi de apenas 4,8%, o que indica a grande presença de mulheres nas séries iniciais. No ensino do 1° grau (5ª a 8ª séries) a variação é mais próxima entre homens e mulheres, 96,1% e 71,2%, respectivamente. No total este foi o segundo maior crescimento do setor. O maior crescimento entre os homens ocorreu entre os professores e instrutores de formação profissional (186,5%). Nesta mesma ocupação, entre as mulheres, o crescimento foi de apenas 5,2%. O elevado crescimento entre os homens alterou a composição dessa ocupação em termos de gênero. Em 1992 as mulheres representavam 63,9% e caiu para 39,3% em 2001, enquanto que os homens representavam 36,1% e passaram a 60,7% no mesmo período. Os dados por gênero para o ensino do 2° grau registraram variação positiva de 66,9% para os homens e de 46,6% para as mulheres. O maior crescimento em termos ocupacionais no setor ocorreu entre os professores de ensino superior (86,4%) e também foi o maior crescimento apresentado entre as mulheres (114,9%). Já entre os homens foi a ocupação que menos cresceu, em torno de 64%. Entretenimento Na área de entretenimento, observam-se comportamentos distintos entre as ocupações. Na ocupação músicos e compositores verificamos o maior crescimento do setor entre as mulheres (156,3%) e entre os homens (67,8%). No total, o crescimento foi de 71,4% entre 1992 e 2001, e os dados demonstram que mesmo que tenha ocorrido um crescimento maior entre as mulheres, o crescimento total não foi proporcional, uma vez que predominam os homens nesta modalidade de ocupação. O maior crescimento do setor entre os homens se verificou entre os produtores e diretores de espetáculos, 164,6%. Para esta mesma ocupação o emprego entre as mulheres cresceu apenas 19,5%. No total esta ocupação apresentou um crescimento de 95,8%, o maior registrado entre as ocupações selecionadas.

19


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Na ocupação intitulada artista de circo encontrou-se somente registro de trabalhadores do sexo masculino, que apresentou uma queda de -36% no período. Entre locutores e comentaristas, observou-se um crescimento de 41,9% entre os homens e de 23,1% entre as mulheres.

Indústria As ocupações relacionadas à atividade industrial apresentaram resultados distintos, com dados de crescimento e queda entre as ocupações analisadas. A ocupação ligada à fabricação de calçados apresentou uma variação positiva de 49,4% entre os homens e de 20,2% entre as mulheres. Comportamento semelhante pôde ser constatado para “outras ocupações das indústrias de transformação”, com variação de 34,8% entre os homens e 25% entre as mulheres. Nas ocupações da indústria do papel e papelão, os dados registraram crescimento de 17,1%. Desagregando por gênero, o maior crescimento entre as mulheres ocorreu na indústria de papel e papelão, com crescimento de 30,1%. Entre os homens o emprego nesta ocupação cresceu 14,9%. Os resultados negativos foram registrados na ocupação “operadores de prensa de metais”, com uma queda de -38,8%, sendo que entre os homens a queda foi de -33,5% e, entre as mulheres, de -60,9%. Mesmo que registrada uma queda bem mais acentuada entre as mulheres, o percentual total reforça a lógica de nesta ocupação predominam os trabalhadores do sexo masculino. Informática No setor de informática observou-se um crescimento na ordem de 162,9% entre homens e 75,7% entre mulheres, com crescimento do emprego da ordem de 144,2%. Este foi um dos melhores resultados identificados no período entre 1992 e 2001. Outros Serviços Para um conjunto de ocupações relacionadas à área de serviços, identificou-se comportamento positivo para a maior parte das ocupações analisadas. O crescimento geral mais acentuado ocorreu para as seguintes ocupações:

20


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

guarda/vigias de organizações particulares (115,2%); eletricistas de instalação (109%); porteiros (86,5%); manicuros e pedicuros (75,5%); entre outras. Quando analisados os dados desagregados por gênero, observou-se que o crescimento mais acentuado entre as mulheres ocorreu nas seguintes ocupações: trabalhadoras braçais sem especificação (146,8%); guarda/vigias de organizações particulares (107,3%); carpinteiras (244,9%). Na ocupação carpinteiros, apesar do crescimento entre as mulheres, o índice é de queda entre os homens (-20%), configurando um índice geral de queda na ocupação de -18,2% , o que reforça a idéia de ocupação tradicionalmente masculina. Verificou-se crescimento também na ocupação manicuros e pedicuros: entre os homens 54,3%, e entre as mulheres 75,5%. Entre as ocupações que apresentaram queda, temos os assistentes administrativos com variações bem próximas entre homens e mulheres: -6,4% e -5,8%, respectivamente.

Saúde Na área da saúde, observou-se um crescimento entre as mulheres de 153,5% na ocupação de enfermeiras diplomadas e 26,2% entre os homens. No geral foi a ocupação que mais cresceu nesta área (140,6%). Na ocupação enfermeiros não-diplomados o crescimento entre os homens foi maior do que entre as mulheres, 72,2% e 23,8%, respectivamente. No geral, o crescimento foi de 29,5%, o que reforça a idéia de que na área da saúde, vagas de enfermeiros diplomados e não-diplomados são redutos das mulheres. Entre os psicólogos ocorreu uma queda geral na ocupação de -57,5%. Serviços Domésticos No setor de serviços domésticos, identificou-se um crescimento geral na ocupação de babás de 161,4%, sendo que entre as mulheres o percentual foi de 162,1% e entre os homens, de 75%. Isso confirma essa ocupação como tradicionalmente feminina.

21


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Para os empregados domésticos não especializados, a variação do emprego foi positiva para homens (37,5%) e para as mulheres (31,1%). Este dado de crescimento é significativo não só pelo seu crescimento, mas pelo que representa em termos absolutos, uma vez que se trata da ocupação que mais emprega mulheres.

Serviços de Utilidade Pública No setor de serviços de utilidade pública, entre os carteiros ocorreu um crescimento geral de 100,9%, sendo que entre os homens o crescimento foi de 76,7% e não há registros de mulheres para esta ocupação. Na ocupação designada “lixeiros”constatou-se uma redução no total de -0,9%. Entre as mulheres a queda foi de -18,4%, e entre os homens o resultado foi positivo, com crescimento do emprego de 6,7%. Turismo No setor de turismo, o que se constatou foi um crescimento geral de 53,2% na ocupação de cozinheiros. Entre os homens o crescimento foi de 74,8% e, entre as mulheres, de 47,9%. Na ocupação garçons, o crescimento geral foi de 35%. Destaca-se o elevado crescimento do emprego entre as mulheres: 123,4 %. Já entre os homens o crescimento foi de apenas 15,4%.

22


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Setor Agricultura

Alimentícia Ambulantes Comércio

Construção Civil Educação

Entretenimento

TABELA 1 Variação do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001, por gênero - Brasil (%) Ocupação Agricultores Produtores agropecuários autônomos Outros trabalhadores na agropecuária Trabalhadores na aqúicultura Pescadores Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais Ocupações da indústria de laticínios Ocupações da indústria de bebidas Outras ocupações no comércio ambulante Recepcionista Operadores de caixa Repositores de mercadorias Pedreiros Serventes de pedreiro Professores de ensino superior Professores de ensino do 2º grau Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) Professores de ensino pré escolar Professores e instrutores de formação profissional Músicos e compositores Artistas de circo Locutores e comentaristas Produtores e diretores de espetáculos

Homens Mulheres (14,3) 79,0 (7,1) 6,2 (11,7) (22,3) 357,8 (25,0) (36,6) (22,9) (63,3) 50,6 220,9 23,3 (11,0) 40,2 60,2 109,2 165,5 82,7 58,2 77,6 222,0 24,8 (20,2) 31,7 49,0 64,0 114,9 66,9 46,6 96,1 71,2 77,5 1,8 101,5 44,6 186,5 5,2 67,8 156,3 (36,0) 41,9 23,1 164,6 19,5

Total (10,6) (5,9) (13,1) 439,0 (25,9) (58,0) 86,7 19,7 50,9 156,6 63,1 94,2 24,7 32,0 86,4 52,2 74,8 4,8 45,5 70,7 71,4 (22,1) 36,5 95,8

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

23


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Setor Indústria

Informática Outros serviços

Saúde e afins

Serviço Doméstico Serviços de utilidade pública Turismo

TABELA 1 Variação do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001, por gênero - Brasil (%) Ocupação Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras Operadores de prensa mecanica de metais Trabalhadores na fabricação de calçados Ocupações da indústria do papel e papelão Outras ocupações das indústrias de transformação Programadores de computador Outros Proprietários Assistentes administrativos Outros cientistas sociais Mecânicos sem especificação Carpinteiros Eletricistas de instalações Trocadores Faxineiras Cabeleireiros Manicuros e pedicuros Porteiros Guardas-vigias de organizações particulares Trabalhadores braçais, sem especificação Enfermeiros diplomados Enfermeiros não diplomados Parteiras Psicólogos Babás Empregados domésticos não especializados Carteiros Lixeiros Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) Garçons

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

24

Homens Mulheres (7,9) (33,5) (60,9) 49,4 20,2 14,9 30,1 34,8 25,0 162,9 75,7 5,6 56,4 (6,4) (5,8) - (100,0) (7,9) 6,7 (20,0) 244,9 106,6 20,9 54,6 60,1 33,8 120,3 49,7 54,3 75,5 100,1 30,0 115,4 107,3 26,6 146,8 26,2 153,5 72,2 23,8 (63,8) (90,9) (54,4) 75,0 162,1 37,5 31,1 76,7 6,7 (18,4) 74,8 47,9 15,4 123,4

Total (7,9) (38,8) 34,3 17,1 32,4 144,2 16,4 (6,1) (19,2) (7,8) (18,2) 109,0 24,4 34,4 64,3 75,5 86,5 115,2 29,2 140,6 29,5 (63,8) (57,5) 161,4 31,4 100,9 (0,9) 53,2 35,0


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego entre homens e mulheres nas ocupações selecionadas Atividades Agrícolas A partir da tabela 2, constatamos que entre as atividades ligadas ao setor agrícola predomina a presença de homens. Nos anos analisados, de 1992 a 2001, o percentual masculino na ocupação de produtores agrícolas reduziu, passando de 96,1% para 92,2%. Entre as mulheres, a variação foi positiva, passando de 3,9% para 7,8%. Entre os trabalhadores da agropecuária constatamos um crescimento na participação percentual dos homens, de 86,6% para 88,1% e na mesma ocupação uma queda na participação das mulheres que passou de 13,4% para 11,9%. Entre pescadores constatou-se crescimento entre os homens, de 92,4% para 93,5%, e uma queda entre as mulheres de 7,6% para 6,5%. A maior queda da participação masculina ocorreu na ocupação de trabalhadores na aqüicultura, uma vez que a representação masculina caiu de 100% da ocupação para 84,9%. Já as mulheres, que em 1992 não registraram presença nesta ocupação, passaram a representar 15% em 2001. Entre as mulheres, verificou-se a maior queda na participação (de 86,7% para 75,6%.) nas ocupações de apanhadoras, quebradoras e descascadoras de produtos vegetais, Indústria alimentícia Na indústria alimentícia, onde predomina a presença masculina nas ocupações selecionadas, os homens representavam a maioria entre os trabalhadores da indústria de laticínios e na indústria de bebidas. No entanto, as duas ocupações apresentaram comportamento distinto. Enquanto que entre os trabalhadores na indústria de laticínios o emprego masculino em 1992 representava 78,8% e caiu em 2001 para 63,5%, já entre os trabalhadores na indústria de bebidas a participação cresceu, passando de 89,2% para 92%. Entre as mulheres constatou-se o inverso no período, com um crescimento de sua participação na indústria de laticínios, passando de 21,2% para 36,5%, e uma queda da participação na indústria de bebidas, de 10,8% para 8%.

25


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Ambulantes Entre as ocupações no comércio ambulante a participação de homens e mulheres apareceu mais equilibrada. No período analisado a participação masculina caiu de 46,5% para 43,2% e entre as mulheres a participação cresceu, passando de 53,5% em 1992 para 56,8% em 2001. O crescimento da participação das mulheres neste tipo de ocupação reforça as teses que sugerem que nos anos de 1990 os postos de trabalho gerados, principalmente entre as mulheres, se caracterizavam pela precariedade e informalidade. Comércio No setor do comércio encontramos situações distintas. Enquanto que na ocupação de recepcionista cresceu a participação das mulheres, na de operadores de caixa a participação das mulheres recuou, embora nas duas ocupações predomine a participação feminina durante todo o período. Quando analisados os dados para a ocupação de recepcionista observou-se um crescimento na participação feminina, que passou de 84,3% para 87,2%, comparativamente à participação masculina que, para o mesmo período, caiu de 15,7% para 12,8%. Entre os operadores de caixa a mesma constatação se repete e a participação feminina continua, mesmo diante de uma queda de 79,9% em 1992 para 77,5% em 2001. Entre os homens a participação foi de 20,1% em 1992 e se elevou para 22,5% em 2001. Na ocupação de repositores de mercadorias constatou-se uma situação inversa a anterior no que tange a participação de homens e mulheres. A participação masculina em 1992 era de 88,5% caindo para 81% em 2001, já entre as mulheres, em 1992 a participação foi 11,5% e passou para 19%, em 2001. Construção Civil Nas ocupações ligadas à construção civil predominaram os homens em todo o período analisado, e praticamente não se constatou alterações entre 1992 e 2001. A variação de um período para outro foi muito pequena. Na ocupação de pedreiro em 1992, 99,8% dos trabalhadores eram homens, percentual este que pouco se alterou até 2001, com 99,9% dos trabalhadores do sexo masculino.

26


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Entre os trabalhadores serventes de pedreiros teve-se percentuais muito próximos ao anterior, em 1992 eram 98,3% e para 2001 o percentual foi de 98,1%.

Educação Na educação houve uma predominância de mulheres em todas as modalidades analisadas, com exceção dos professores e instrutores de formação profissional. No ano de 1992 a participação de professores e instrutores de formação profissional homens era de 36,1%, enquanto que a das mulheres era de 60,7%. Já no ano de 2001 a situação se inverteu, as mulheres caíram para 39,3% e a participação dos homens se ampliou para 63,9%. Nesta modalidade de ocupação, o emprego cresceu 71% e ocorreu basicamente entre os homens. No ensino superior, a distribuição foi mais equilibrada entre os sexos. As mulheres representavam 43,9% em 1992 e passaram a representar 50,7% em 2001, enquanto que os homens representavam 56,1% e passaram a representar 49,3%, no mesmo período. Com exceção do ensino superior, que no período registrou crescimento da participação das mulheres, nas demais registrou-se maior crescimento entre os homens. A educação sempre foi considerada um reduto das mulheres, presentes majoritariamente no ensino pré-escolar, primeiro e segundo graus. É por meio do ensino superior e da formação profissional que a participação dos homens se ampliou e se mantêm na educação, conforme a tabela 2. Entretenimento Na área de entretenimento registrou-se predominância de homens em todas as ocupações selecionadas, com uma queda significativa na participação das mulheres na ocupação “produtores e diretores de espetáculos”, que passou de 47,4% para 28,9% entre 1992 e 2001. Em algumas, a presença masculina como “locutores e comentaristas” ampliou de 71,2% para 74%. Os “músicos e compositores” apresentaram uma pequena queda na participação masculina de 95,8% para 93,8%, embora predomine a presença masculina. Quanto às mulheres, estas viram a sua participação ampliar, passando de 4,2% para 6,2%.

27


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Indústria Conforme a tabela 2, nas ocupações ligadas à indústria observou-se uma predominância de homens. Entre os “operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras”a participação dos homens era de 100% no período. Entre os trabalhadores na “fabricação de calçados”a participação foi mais equilibrada entre os sexos, mulheres com 46,3% em 2001 e homens com 53,7% no mesmo ano. No setor, é nesta ocupação que encontramos a maior participação das mulheres. Na ocupação “operadores de prensa mecânica e metais”a participação masculina era de 80,6% em 1992 e passou para 87,6% em 2001. Entre as mulheres, os índices do mesmo período eram de: 19,4% passando para 12,4% entre as operadoras de prensa mecânica de metais. Para “operadores da indústria de papelão”a participação em 1992 era de 85,2% e se reduziu para 83,5 em 2001. As trabalhadoras ocupadas na indústria do papel e papelão eram 14,8% em 1992 e a participação saltou para 16,4% em 2001. Em outras ocupações da indústria de transformação verificamos a maior presença masculina, com 77,2% em 2001, enquanto que as mulheres participaram com apenas 22,8%. Informática Na área de informática, observou-se uma redução significativa da presença feminina nesta modalidade de ocupação. As mulheres representavam 21,4% do emprego em 1992 e caíram para 15,4% em 2001. Os homens apresentaram um aumento na participação, em 1992 representavam 78,6% passando para 84,6% em 2001. É importante registrar que nesta modalidade de ocupação o emprego cresceu 144,2%, sendo que entre os homens o crescimento foi de 162,9%, enquanto que entre as mulheres o percentual foi menor, de 75,7%. Outros Serviços Dentre as ocupações classificadas como outros serviços, verificou-se um equilíbrio entre os sexos para a ocupação de assistentes administrativos que manteve o percentual no período em relação à participação dos homens de 40,2% e apresentou um crescimento na participação das mulheres de 59,8% para 60,0%.

28


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Nas demais ocupações como carpinteiros, eletricistas de instalação, mecânicos sem especificação, trocadores, porteiros, guarda/vigias de organizações particulares e trabalhadores braçais, sem especificação a participação massiva era de homens. A participação das mulheres, em sua maioria, apareceu entre as seguintes ocupações: manicuros e pedicuros, cabeleireiros, faxineiros. Estas ocupações estão relacionadas diretamente à estética corporal e a limpeza em geral, e cresceram muito na década de 1990. A concentração da renda associada à redução de postos de trabalho formais formou um contingente enorme de trabalhadores e trabalhadoras que passaram a sobreviver de ocupações ligadas aos serviços pessoais, muitas vezes de forma precária ou como autônomos.

Saúde Entre as ocupações relacionadas à saúde as mulheres representavam a maioria, ampliando a sua participação, como as psicólogas que representavam 91,7% em 1992 e passaram para 98,2% em 2001. Entre enfermeiros de nível superior, em que as mulheres representam a maioria, o percentual alterou de 89,9%a em 1992 para 94,7% em 2001. Enquanto isso a participação dos homens caiu de 10,1% para 5,3%. Entre as parteiras e enfermeiros não diplomados as mulheres seguiram sendo maioria, embora entre os enfermeiros não diplomados a participação das mulheres tenha se reduzido de 88,3% para 84,4% entre 1992 e 2001. Serviços Domésticos Os trabalhadores dos serviços domésticos não especializados seguiram com uma participação expressiva de mulheres, 95,3% em 2001. Na ocupação de babá a participação das mulheres foi bastante elevada, uma vez que elas representavam 99,4% da ocupação em 2001.

29


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços de Utilidade Pública Entre os serviços de utilidade pública, observou-se uma predominância de homens na ocupação de carteiros e faxineiros com: 88% e 74,9%, respectivamente, para o ano de 2001. Enquanto isso, as mulheres representavam 25,1% dos lixeiros e 12% dos carteiros em 2001. Turismo No setor de turismo, entre os cozinheiros predominavam as mulheres com participação de 77,6%, enquanto que os homens representavam 22,4% em 2001. Neste período registrou-se um pequeno crescimento entre os homens para a ocupação de cozinheiros uma vez que em 1992, elas representavam 80,4% e os homens 19,6%. Na ocupação garçons a predominância era de homens com uma queda na participação de 81,8% para 69,9% entre 1992 e 2001. Enquanto isso, para a mesma ocupação, registrou-se um crescimento na participação das mulheres no período de 18,2% para 30,1%.

30


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Setor Agricultura

Alimentícia Ambulantes Comércio

Construção Civil Educação

Entretenimento

TABELA 2 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por gênero - Brasil (%) Ocupação Agricultores Produtores agropecuários autônomos Outros trabalhadores na agropecuária Trabalhadores na aqúicultura Pescadores Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais Ocupações da indústria de laticínios Ocupações da indústria de bebidas Outras ocupações no comércio ambulante Recepcionista Operadores de caixa Repositores de mercadorias Pedreiros Serventes de pedreiro Professores de ensino superior Professores de ensino do 2º grau Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) Professores de ensino pré escolar Professores e instrutores de formação profissional Músicos e compositores Artistas de circo Locutores e comentaristas Produtores e diretores de espetáculos

Masculino 1992 2001 96,1 92,2 90,8 89,6 86,6 88,1 100,0 84,9 92,4 93,5 13,3 24,4 78,8 63,5 89,2 92,0 46,5 43,2 15,7 12,8 20,1 22,5 88,5 81,0 99,8 99,9 98,3 98,1 56,1 49,3 27,7 30,3 14,8 16,6 4,0 6,8 1,6 2,3 36,1 60,7 95,8 93,8 100,0 82,2 71,2 74,0 52,6 71,1

Feminino 1992 2001 3,9 7,8 9,2 10,4 13,4 11,9 - 15,1 7,6 6,5 86,7 75,6 21,2 36,5 10,8 8,0 53,5 56,8 84,3 87,2 79,9 77,5 11,5 19,0 0,2 0,1 1,7 1,9 43,9 50,7 72,3 69,7 85,2 83,4 96,0 93,2 98,4 97,7 63,9 39,3 4,2 6,2 - 17,8 28,8 26,0 47,4 28,9

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

31


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Setor

TABELA 2 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por gênero - Brasil (%) Ocupação

Indústria

Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras Operadores de prensa mecanica de metais Trabalhadores na fabricação de calçados Ocupações da indústria do papel e papelão Outras ocupações das indústrias de transformação Informática Programadores de computador Outros Proprietários Outros serviços Assistentes administrativos Outros cientistas sociais Mecânicos sem especificação Carpinteiros Eletricistas de instalações Trocadores Faxineiras Cabeleireiros Manicuros e pedicuros Porteiros Guardas-vigias de organizações particulares Trabalhadores braçais, sem especificação Saúde e afins Enfermeiros diplomados Enfermeiros não diplomados Parteiras Psicólogos Serviço Doméstico Babás Empregados domésticos não especializados Serviços de utilidade pública Carteiros Lixeiros Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) Garçons Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

32

Masculino Feminino 1992 2001 1992 2001 100,0 100,0 80,6 87,6 19,4 12,4 48,2 53,7 51,8 46,3 85,2 83,6 14,8 16,4 75,8 77,2 24,2 22,8 78,6 84,6 21,4 15,4 78,7 71,4 21,3 28,6 40,2 40,0 59,8 60,0 - 100,0 100,0 99,3 99,2 0,7 0,8 99,3 97,1 0,7 2,9 100,0 98,8 1,2 89,7 87,2 10,3 12,8 2,3 2,7 97,7 97,3 20,8 27,9 79,2 72,1 0,1 0,1 99,9 99,9 80,6 86,5 19,4 13,5 97,2 97,3 2,8 2,7 97,8 95,8 2,2 4,2 10,1 5,3 89,9 94,7 11,7 15,6 88,3 84,4 - 100,0 100,0 8,3 1,8 91,7 98,2 0,9 0,6 99,1 99,4 4,5 4,7 95,5 95,3 100,0 88,0 - 12,0 69,5 74,9 30,5 25,1 19,6 22,4 80,4 77,6 81,8 69,9 18,2 30,1


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por posição na ocupação Atividades Agrícolas Entre os produtores agropecuários autônomos predominavam os trabalhadores e trabalhadoras por conta própria. Para as demais ocupações havia uma distribuição entre os com carteira assinada, sem carteira assinada e por conta própria. Entre as trabalhadoras na agropecuária cresceu a ocupação com carteira, de 19,4% para 26,0% e caiu a ocupação sem carteira de 80,6% para 73,9%. Entre os trabalhadores na agropecuária, aumentou os com carteira de 22,1% para 25,7% e diminui os sem carteira de 77,8% para 74% e registrou-se um crescimento de 0,1% entre os trabalhadores por conta própria. Na aqüicultura a predominância era de trabalhadores sem carteira, 65,9% em 2001, com diminuição dos que possuíam carteira assinada de 39,8% para 34,1% e aumento dos sem carteira assinada de 60,2% para 65,9%. Entre os trabalhadores das ocupações de apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais, houve uma diminuição dos sem carteira de 62,5% para 60% e um aumento dos por conta própria de 34,6% para 38,2%. Entre as trabalhadoras apanhadoras, quebradeiras, e descascadoras de produtos vegetais houve predominância e aumento da posição por conta própria de 97,1% para 98,2%. Entre os pescadores predominaram os trabalhadores por conta própria, para ambos os sexos, mas para trabalhadores sem carteira encontra-se uma variação mínima de 20,7% para 20,1% no período entre 1992 e 2001. Indústria Alimentícia Entre as ocupações ligadas às indústrias alimentícias, teve-se para os trabalhadores da indústria de laticínios dados de que o emprego com carteira caiu de 75,2% para 73,1%. Registrou-se diminuição entre os trabalhadores sem carteira de 24,8% para 20,8%, com respectivo crescimento dos trabalhadores por conta própria de 6,1%. A queda para as trabalhadoras nas ocupações com carteira foi bem mais acentuada, de 46,6% para 15,1% e, entre as trabalhadoras sem carteira, a queda foi de 46,3% para 22,1%. Ao mesmo tempo observou-se um crescimento acentuado das trabalhadoras por conta própria de 7,1% para 58,9%.

33


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Na indústria de bebidas, o impacto da queda das ocupações com carteira foi menor. As mulheres que apresentavam registro em carteira caíram de 78,6% para 68% enquanto os trabalhadores registraram um aumento de 56,9% para 75,1%. Ambos os sexos registram uma queda dos sem carteira assinada: mulheres passam de 21,4% para 15,6% e homens de 25,6% para 11,6%. Os trabalhadores por conta própria apresentaram uma diminuição de 17,5% para 13,2% no período. Entre as trabalhadoras por conta própria verificou-se um crescimento de 16,4% no período analisado.

Ambulantes Entre as ocupações no comércio ambulante, a predominância era a dos trabalhadores por conta própria em ambos os sexos. Interessante observar que entre os sem carteira a predominância era de trabalhadores homens. Comércio No setor do comércio, predominavam os empregos com carteira assinada em ambos os sexos. Entre as trabalhadoras nas ocupações de operadoras de caixa e repositoras de mercadorias, cresceu o volume de emprego com carteira assinada de 82,4% para 82,5% e 71,5% para 82,5%, respectivamente. Na ocupação de recepcionista diminuiu de 69,9% para 64,1%, entre os sem carteira assinada verificamos um crescimento na ocupação de recepcionista de 21,4% para 27,6% e diminuição nas ocupações de operadoras de caixa e repositoras de mercadorias de 16,9% para 15,4% e 28,5% para 17,2%. Entre os trabalhadores, diminuiu o emprego com carteira assinada entre os repositores de mercadorias, operadores de caixa e recepcionistas, passando de 83,5% para 74,2%, de 75,7% para 72,8%, de 68,8% para 59,4% , respectivamente. Um crescimento no emprego dos trabalhadores sem carteira assinada na ocupação de repositores de mercadorias de 16,5% para 25,7% e na ocupação de recepcionistas de 22,0% para 25,2% também foi constatado. Verificou-se queda nos empregos sem carteira assinada na ocupação de operadores de caixa, passando de 24,3% para 22,0%.

34


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Construção Civil Entre ocupações selecionadas para a área da construção civil os pedreiros e pedreiras, na sua maioria, trabalhavam por conta própria, sendo que o percentual caiu para as mulheres e cresceu entre os homens. Já na ocupação de serventes de pedreiro encontramos a predominância do trabalho sem registro em carteira entre os homens, que saltou de 68,4% para 77,2% entre 1992 e 2001, enquanto que o emprego com registro caiu de 31% para 22%. Em relação às mulheres, para esta mesma ocupação, predominava o emprego com registro em carteira, eram 46,5% em 1992 e passou para 50,2% em 2001. Educação Na área da educação prevaleceram os contratos por regime estatutário. Entre as mulheres, o emprego com carteira de trabalho assinada reduziu sua participação em todas as modalidades da educação, exceto para as professoras de ensino superior e de ensino do segundo grau em que se observou um crescimento. Entre os contratos estatutários houve queda entre as professoras de primeiro e segundo graus, instrutoras de ensino profissional e de ensino superior. No entanto, o emprego cresceu entre os sem carteira de trabalho assinada em todas as ocupações, conforme pode ser observado na tabela 3. Entre os homens, pôde-se observar a queda no emprego com carteira assinada em todas as ocupações. Já nos regidos pelo regime estatutário, o emprego caiu nas modalidades professores e instrutores de formação profissional, de ensino de primeiro grau, ensino superior, e houve um aumento entre os professores do ensino de segundo grau e pré-escola. Entre os educadores sem carteira o emprego cresceu em todas as ocupações. Para homens e mulheres constatou-se um número expressivo de professores e instrutores de formação profissional por conta própria, homens 23,4% em 2001 e mulheres 31,7% em 2001, sendo que este percentual já era elevado em 1992.

35


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Entretenimento Na área de entretenimento prevaleceram as ocupações sem carteira e por conta própria para ambos os sexos. Entre os homens as ocupações sem registro caíram para artistas de circo de 46,8% para 40,2%. Entre os locutores e comentaristas também caiu o número de empregos com registro de 52,0% para 41,2% e aumentou os sem registro de 48% para 50,6%. Já os produtores e diretores de espetáculos apresentaram uma queda bem acentuada nos empregos com carteira assinada: de 34,1% para 10,5%. Nesta ocupação predominavam os trabalhadores por conta própria que tiveram sua participação aumentada nas ocupações de 51,9% para 57,9% no período entre 1992 e 2001. Quanto aos músicos e compositores houve uma queda significativa nas ocupações com carteira assinada (de 64,3% para 32,5%) e nas ocupações sem carteira assinada (de 39,8% para 15,4%), tendo sido verificado um aumento (de 51,9% para 57,9%) para trabalhadores por conta própria. Entre as mulheres verificou-se, para locutores e comentaristas entre 1992 e 2001, queda das ocupações com carteira de trabalho assinada (de 69,4% para 60,5%) e das ocupações sem carteira assinada (de 30,6% para 29,5%), e um crescimento na ocupação por conta própria. No mesmo período, entre as mulheres produtoras e diretoras de espetáculos o emprego diminuiu de forma significativa para as com carteira assinada (de 30,1% para 3,7%) e houve redução muito significativa nos empregos sem carteira assinada (de 40,2% para 6,8%). No entanto, nas ocupações por conta própria verificamos um crescimento grande de 29,7% para 89,5%. Entre os músicos e compositores o percentual do emprego nas ocupações sem carteira assinada e por conta própria se mantiveram com uma média de 49,6% e 34,6%, respectivamente, com respectiva queda no emprego com carteira que reduziu sua participação sobre o emprego total de 12,3% para 7,9% . Indústria No que se refere às ocupações ligadas à indústria, no que concernem as mulheres constatou-se um crescimento entre as trabalhadoras nas fábricas de calçados com carteira assinada de 66,3% para 68,9%. Sem carteira constatou-se uma queda de 30,4% para 20,7%. Na indústria do papel e papelão verificou-se uma queda de 80,3% para 74,1% nas ocupações com carteira assinada e um crescimento nas ocupações sem carteira assinada de 8,8% para 16,5%.

36


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Nas ocupações ligadas à indústria de transformação, o emprego com carteira assinada caiu de 69,1% para 54,0% e, para as ocupações sem registro, o percentual manteve-se em torno de 13% no período entre 1992 e 2001. De um modo geral, houve uma queda das trabalhadoras com carteira assinada e sem carteira. Quanto às trabalhadoras por conta própria ocorreu um aumento significativo nas ocupações ligadas às indústrias de transformação de 17,6% para 32,2% entre 1992 e 2001, assim como um aumento nas ocupações de fabricação de calçados de 3,3% para 9,6% no mesmo período. Entre os homens constatou-se uma pequena queda nas ocupações com carteira assinada entre os operadores de prensa mecânica de metais, nas ocupações na indústria de papel e papelão e entre os operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras (de 94,9% para 92,3%, de 96% para 94,2% e 89,3% para 73,5%, respectivamente). Na indústria de calçados, o que se verificou entre os trabalhadores com carteira de trabalho assinada foi a passagem do percentual de 71% em 1992, para 71,7% em 2001. As ocupações sem carteira assinada apresentaram uma queda de 26,1% para 21,4% no mesmo período. Os trabalhadores por conta própria cresceram nas ocupações ligadas à indústria de calçados e à indústria de transformação.

Informática No setor de informática entre as mulheres observou-se uma queda nos empregos com carteira assinada de 85,7% para 69%, enquanto que as ocupações sem carteira cresceram de 5,6% para 21,2% no período. Entre os homens o emprego nas ocupações com carteira reduziu de 75,5% para 59,7% e aumentou a participação dos sem carteira de 6,7% para 15,8%. Além disso, verificou-se um crescimento nas ocupações por conta própria de 9,2% para 21% entre os homens e de 1,5% para 4,3% entre as mulheres. Outros serviços Para as ocupações agrupadas em torno de outros serviços, entre as mulheres o emprego com registro cresceu para a ocupação de carpinteiras de 35,5% para 51,1% , entre as trabalhadoras em portaria de 46,9% para 53%, para a ocupação de trocadores de 82,4% para 89% e para as assistentes administrativas de 30,9% para 34,7% no período entre 1992 e 2001. Para

37


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

as assistentes administrativas estatutárias houve uma queda de 62,2% para 54,5%. As ocupações de guarda/vigias de organizações particulares e trabalhadoras braçais sem especificação sofreram redução de vagas nas ocupações com carteira assinada de 81,7% para 78,9% e 49,7% para 34,2%, chama a atenção que na ocupação de trabalhadoras braçais houve um aumento de ocupações sem carteira que passou de 35,1% para 43,9%. Nas ocupações de cabeleireiro e manicuros a predominância foi de trabalhadores por conta própria cujo percentual de participação caiu no período de 85% para 76,6% e de 85% para 76,6%, respectivamente. Entre os homens as ocupações com carteira cresceram para eletricistas de instalação e porteiros, de 36,5% para 38,7% e de 82,3% para 84,4%, respectivamente, todas as outras ocupações sofreram queda. O emprego sem carteira para os homens cresceu em praticamente todas as modalidades, excetuando-se os cabeleireiros e eletricistas de instalações, conforme a tabela 3.

Saúde Na área de saúde as ocupações com registro, entre as mulheres, cresceu para as enfermeiras de nível superior 50,8% para 54,9%, para as parteiras de 44% para 46,1% e caiu para as ocupações de psicólogas e enfermeiras não diplomadas de 41% para 28,6% e de 61,6% para 45,4%, respectivamente. As ocupações sem registro aumentaram em todas as modalidades, bem como o emprego público estatutário que cresceu para todas as modalidades com exceção das enfermeiras diplomadas. Entre as psicólogas a predominância foi de trabalhadores por conta própria que se manteve estabilizado no período entre 1992 e 2001. Entre os homens chama a atenção o crescimento dos enfermeiros de nível superior entre os funcionários públicos estatutários, que saltou de 4,1% para 37,5%. Entre os enfermeiros diplomados com carteira assinada ocorreu uma queda de 95,9% para 40,3% e para os enfermeiros não diplomados a queda foi de 64,4% para 45,2%. Nas ocupações sem carteira assinada os enfermeiros não diplomados apresentaram um crescimento de 5,7% para 20, 2% no período entre 1992 e 2001. Serviço doméstico No emprego doméstico verificamos a predominância de trabalhadoras sem registro em carteira, eram 70,9% em 2001, já entre os homens o percentual era mais alto entre os trabalhadores com carteira assinada, de 47,4% em 2001. As mulheres com registro ampliaram a sua participação no período, mas comparativamente aos homens o percentual de crescimento

38


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

era mais baixo, de 18,8% em 1992 para 29,1% em 2001, enquanto que entre os homens o percentual de trabalhadores registrado passou de 40% para 47,4% entre 1992 e 2001.

Serviços de Utilidade Pública Nos serviços de utilidade pública, entre os carteiros e lixeiros, havia uma predominância das ocupações com carteira assinada entre os homens, na ocupação lixeiro os percentuais de trabalhadores sem carteira assinada e estatutários eram bem próximos, em 2001 de 25,4% e 25%, respectivamente. Entre as mulheres a situação era semelhante a dos homens com percentuais mais altos nas ocupações sem carteira assinada de 29,6% e de 31,7% entre os trabalhadores estatutários. Turismo Nas ocupações selecionadas para a área de turismo, verificou-se uma queda dos empregos formais entre os homens garçons, de 57,9% para 52,3% e um crescimento para as mulheres de 34,3% para 38,9%. A informalidade entre os cozinheiros cresceu para os homens e, para as mulheres, com o respectivo crescimento das ocupações por conta própria. Entre as mulheres o trabalho por conta própria representava 1,6% das cozinheiras em 1992 e cresceu para 5,4% em 2001. Entre os homens os cozinheiros por conta própria representavam 0,6% em 1992 e passaram para 2,8% em 2001.

39


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 3 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição na ocupação para os homens - Brasil (%) funcionário outros empregado público empregados Setor Ocupação com carteira militar estatutário sem carteira conta-própria empregador 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores - 100,0 100,0 Produtores agropecuários autônomos - 100,0 100,0 Outros trabalhadores na agropecuária 22,1 25,7 0,1 0,2 77,8 74,0 - 0,1 Trabalhadores na aqúicultura 39,8 34,1 - 60,2 65,9 Pescadores 5,9 1,7 - 20,7 20,1 73,4 75,4 - 2,9 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 2,9 1,7 - 62,5 60,0 34,6 38,2 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 75,2 73,1 - 24,8 20,8 - 6,1 Ocupações da indústria de bebidas 56,9 75,1 - 25,6 11,6 17,5 13,2 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 1,2 0,7 - 10,7 12,8 88,0 85,8 - 0,7 Comércio Recepcionistas 68,8 59,4 7,6 14,2 22,0 25,2 1,6 1,2 Operadores de caixa 75,7 72,8 - 1,3 24,3 22,0 - 1,5 - 2,4 Repositores de mercadorias 83,5 74,2 - 0,2 16,5 25,7 Construção Civil Pedreiros 18,3 10,9 1,0 0,8 14,2 14,1 66,4 69,6 - 4,6 Serventes de pedreiro 31,0 22,0 0,5 0,8 68,4 77,2 0,0 0,0 Educação Professores de ensino superior 47,8 44,3 - 48,7 45,9 3,5 9,8 Professores de ensino do 2º grau 36,8 26,1 - 48,2 50,7 10,1 20,0 4,9 1,7 - 1,5 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 20,6 14,8 - 58,0 49,2 17,3 31,3 4,1 4,7 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 37,9 17,9 - 45,0 40,7 16,6 38,6 0,5 2,8 Professores de ensino pré escolar 22,9 18,3 - 25,7 29,6 35,2 47,6 16,2 4,5 Professores e instrutores de formação profissional 44,6 40,0 - 11,2 4,1 14,4 30,1 29,8 23,4 - 2,4 Entretenimento Músicos e compositores 64,3 32,5 - 3,7 39,8 15,4 9,7 21,6 51,9 57,9 - 4,3 Artistas de circo - - 46,8 40,2 53,2 59,8 Locutores e comentaristas 52,0 41,2 - 48,0 50,6 - 8,2 Produtores e diretores de espetáculos 34,1 10,5 4,3 5,8 4,3 5,8 51,9 57,9 - 4,3 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

40


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 3 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição na ocupação para os homens - Brasil (%) empregados trabalhador trabalhador trabalhador funcionário outros sem doméstico doméstico doméstico s/ empregado público empregados declaração com sem declaração contaOcupação Setor c/ carteira militar estatutário s/ carteira de carteira carteira carteira de carteira própria empregador 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Operadores de máquinas de extração Indústria 89,3 73,5 - 3,9 - 6,8 26,5 e beneficiamento de minérios e pedras Operadores de prensa mecanica de metais 94,9 92,3 - 5,1 7,7 Trabalhadores na fabricação de calçados 71,0 71,7 - 26,1 21,4 - 2,9 5,6 - 1,3 Ocupações da indústria do papel e papelão 96,0 94,2 - 4,0 5,8 Outras ocupações das indústrias de transformação 86,9 77,9 - 1,0 0,3 9,4 12,5 - 2,6 8,6 - 0,6 Programadores de computador Informática 75,5 59,7 2,0 0,3 6,6 3,2 6,7 15,8 - 9,2 21,0 Outros Proprietários Outros serviços - 100,0 100,0 Assistentes administrativos 40,7 36,6 - 56,1 50,1 2,9 13,3 0,2 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 63,2 58,8 - 0,2 1,9 1,3 13,4 14,0 - 21,4 24,1 - 1,6 Carpinteiros 43,4 36,0 - 1,8 1,4 22,0 26,5 - 32,8 34,6 - 1,5 Eletricistas de instalações 36,5 38,7 - 2,4 2,6 14,6 13,0 - 46,6 43,2 - 2,6 Trocadores 95,7 73,0 - 0,2 4,3 26,5 0,1 - 0,3 Faxineiras - 20,5 20,1 79,5 79,9 Cabeleireiros 3,2 4,7 - 0,5 - 28,5 15,0 - 67,9 76,0 - 4,3 Manicuros e pedicuros - 100,0 100,0 Porteiros 82,3 84,4 - 9,0 5,2 8,7 10,4 Guardas-vigias de organizações particulares 92,3 86,6 - 2,2 0,8 5,6 12,5 Trabalhadores braçais, sem especificação 40,0 33,9 - 1,4 1,2 31,6 36,5 0,0 - 26,9 28,4 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 95,9 40,3 - 4,1 37,5 - 22,1 Enfermeiros não diplomados 64,4 45,2 1,4 - 27,2 32,6 5,7 20,2 - 1,3 2,1 Parteiras Psicólogos 43,7 100,0 - 19,8 - 36,6 Serviço Doméstico Babás - 100,0 100,0 Empregados domésticos não especializados - 40,0 47,4 59,7 52,6 0,3 Serviços de utilidade Carteiros 77,3 62,9 - 21,3 34,9 1,4 2,2 pública Lixeiros 56,3 49,2 - 20,7 25,0 22,4 25,4 0,7 0,4 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 72,0 68,2 - 0,3 4,0 2,5 22,7 25,5 0,7 - 0,6 2,8 - 0,7 Garçons 57,9 52,3 - 0,4 0,2 38,8 42,6 - 2,8 5,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

41


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 4 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição na ocupação para as mulheres - Brasil (%) funcionário outros empregados empregado público empregados s/ declaração Setor Ocupação com carteira estatutário sem carteira de carteira conta-própria empregador 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores Produtores agropecuários autônomos - 100,0 100,0 Outros trabalhadores na agropecuária 19,4 26,0 - 80,6 73,9 - 0,1 Trabalhadores na aqúicultura - Pescadores 7,1 - 92,9 100,0 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 0,2 2,8 1,8 - 97,1 98,2 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 46,6 15,1 - 46,3 22,1 7,1 58,9 - 4,0 Ocupações da indústria de bebidas 78,6 68,0 - 21,4 15,6 - 16,4 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 0,7 0,2 6,4 6,3 - 92,9 93,2 - 0,3 Comércio Recepcionistas 69,9 64,1 8,6 7,4 21,4 27,6 0,2 0,9 Operadores de caixa 82,4 82,5 0,7 0,4 16,9 15,4 - 0,8 - 1,0 Repositores de mercadorias 71,5 82,8 - 28,5 17,2 Construção Civil Pedreiros - 30,2 - 25,8 8,3 - 74,2 61,5 Serventes de pedreiro 46,5 50,2 25,7 20,1 27,8 29,7 Educação Professores de ensino superior 44,1 53,4 52,7 37,6 3,2 8,2 - 0,7 Professores de ensino do 2º grau 23,4 25,5 66,6 56,0 7,0 16,9 3,0 1,5 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 20,6 19,0 66,2 56,6 10,9 22,2 2,3 2,0 - 0,2 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 29,4 23,9 50,6 49,3 16,6 23,0 0,1 3,3 3,8 - 0,0 Professores de ensino pré escolar 39,4 38,2 21,9 24,7 33,4 33,6 5,3 2,8 - 0,6 Professores e instrutores de formação profissional 36,6 24,8 12,6 11,7 21,5 29,4 - 29,3 31,7 - 2,5 Entretenimento Músicos e compositores 12,3 7,9 - 4,0 49,1 49,6 - 38,5 34,6 - 4,0 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas 69,4 60,5 - 30,6 29,5 - 9,9 Produtores e diretores de espetáculos 30,1 3,7 - 40,2 6,8 - 29,7 89,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

42


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 4 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição na ocupação para as mulheres - Brasil (%)

Setor

Ocupação

Indústria

Operadores de prensa mecanica de metais Trabalhadores na fabricação de calçados Ocupações da indústria do papel e papelão Outras ocupações das indústrias de transformação Programadores de computador Informática Outros Proprietários Outros serviços Assistentes administrativos Outros cientistas sociais Mecânicos sem especificação Carpinteiros Eletricistas de instalações Trocadores Faxineiras Cabeleireiros Manicuros e pedicuros Porteiros Guardas-vigias de organizações particulares Trabalhadores braçais, sem especificação Enfermeiros diplomados Saúde e afins Enfermeiros não diplomados Parteiras Psicólogos Babás Serviço Doméstico Empregados domésticos não especializados Serviços de utilidade pública Carteiros Lixeiros Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) Turismo Garçons

empregado c/ carteira 1992 2001 100,0 100,0 66,3 68,9 80,3 74,1 69,1 54,0 85,7 69,0 30,9 34,7 100,0 39,7 35,5 51,1 - 80,5 82,4 89,0 4,2 4,8 5,0 3,7 46,9 53,0 81,7 78,9 49,7 34,2 50,8 54,9 61,6 45,4 44,0 46,1 41,0 28,6 - 51,2 41,2 38,6 55,6 46,5 34,3 38,9

funcionário público estatutário 1992 2001 7,2 5,4 62,2 54,5 100,0 - 13,8 9,8 14,3 37,2 28,1 18,3 5,1 1,7 43,7 34,9 30,9 34,9 46,5 53,9 20,9 27,3 - 26,0 17,8 31,7 15,0 15,0 -

outros empregados s/ carteira 1992 2001 30,4 20,7 8,8 16,5 13,3 13,8 5,6 21,2 6,4 10,8 - 29,9 55,1 3,3 11,0 15,2 18,7 10,0 19,7 15,9 18,9 - 16,0 35,1 43,9 5,5 10,2 6,4 16,9 2,3 5,1 - 22,9 41,0 29,6 27,8 32,9 64,3 59,4

empregados sem declaração de carteira 1992 2001 0,5 -

trabalhador doméstico com carteira 1992 2001 5,4 8,6 10,1 13,2 18,8 29,1 -

trabalhador doméstico sem carteira 1992 2001 94,2 91,1 89,9 86,8 81,1 70,9 -

trabalhador doméstico s/ declaração de carteira conta-própria 1992 2001 1992 2001 9,6 - 3,3 9,4 - 10,8 - 17,6 32,2 4,3 - 1,5 - 16,6 - 9,4 48,9 9,8 0,3 0,3 80,5 69,1 - - 85,0 76,6 - 15,2 20,2 2,7 - 1,0 - 9,5 - 29,2 31,7 0,1 0,0 5,4 - 1,6 1,6 - 1,4

empregador 1992 2001 0,7 - 100,0 100,0 7,4 0,1 6,6 7,3 - 0,2 -

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

43


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por escolaridade Atividades agrícolas A escolaridade entre os homens ocupados em atividades agrícolas reduziu para o ensino fundamental incompleto e aumentou para os demais níveis de escolaridade ensinos fundamental, médio e superior. Com exceção dos trabalhadores agrícolas e apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais que registraram redução do fundamental completo passando de 11,9% para 9,6% e de 4,4% para 1,5%, respectivamente. Mesmo assim, cerca de 90% dos trabalhadores permaneciam com fundamental incompleto. Entre as mulheres, reduziu o percentual de escolaridade no ensino fundamental incompleto e aumentou para todos os demais níveis – ensinos fundamental, médio e superior. Indústria alimentícia Para as ocupações associadas à indústria alimentícia, entre os homens, houve um aumento do total de trabalhadores com ensino fundamental completo na indústria de laticínios de 10,2% para 30,3% e no ensino médio um aumento de ocupações de 1,9% para 13,4%. Considerando que no período analisado esta ocupação apresentou um crescimento de 50,6% conclui-se que os empregos gerados foram entre trabalhadores com nível de escolaridade mais elevada (ensino fundamental completo e ensino médio). Na indústria de bebidas diminuiu o número de trabalhadores com ensino fundamental incompleto passando de 83,1% para 54,4%, nesta ocupação aumentou o número de trabalhadores com ensino fundamental completo e de ensino médio: de 12,4% para 19,9% e de 4,6% para 22,2%, respectivamente. Neste período, o crescimento dos empregos na indústria de bebidas foi de 75,1%, concluímos que a maior concentração se deu entre os trabalhadores com ensino médio. Para as mulheres na indústria de laticínios houve um aumento nos empregos entre as trabalhadoras com menor escolarização de 67,7% para 70,9% e no ensino médio passando de 5,7% para 9,8% no período, observamos uma redução de empregos entre as trabalhadoras com ensino fundamental completo passando de 26,6% para 15,3%. A variação do emprego na indústria de laticínios entre as mulheres, no período entre 1992 e 2001, foi a maior do setor (220,9%), esta ampliação ocorreu entre as trabalhadoras que possuem menor escolarização. Na indústria de bebidas, no período entre 1992 e 2001, o percentual da variação nas ocupações foi negativo, –11%, verificou-se que a diminuição nos

44


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

empregos ocorreu entre as trabalhadoras com menor escolaridade. As trabalhadoras com ensino fundamental incompleto passaram de 48,5% em 1992 para 16,4% em 2001, enquanto isso, cresceu a participação das trabalhadoras com ensino fundamental completo e ensino médio.

Ambulantes Com relação a escolaridade, registrou-se um comportamento bastante semelhante entre os trabalhadores e trabalhadoras ambulantes. A escolarização cresceu para homens e mulheres. Entre vendedores ambulantes, quando comparados os dados por gênero, fica nítida a superioridade das mulheres em termos de escolaridade. Em 2001, 19,6% possuíam ensino médio, contra 12,3% dos homens. Comércio Entre as ocupações selecionadas para a área do comércio, houve uma elevação da escolaridade entre os homens, do ensino fundamental incompleto em 1992 para o ensino fundamental completo e ensino médio em 2001, em todas as ocupações selecionadas. Chama a atenção a ocupação de repositores de mercadorias em que o emprego cresceu basicamente entre os trabalhadores do ensino médio, passando de 8,3% para 26,6%, e a ocupação de recepcionista com crescimento entre os trabalhadores com ensinos médio e superior, passando de 35,4% para 45,7%, de 5,3% para 7,6%, respectivamente, entre o período de 1992 e 2001. Entre as mulheres verificou-se que há um maior nível de escolaridade em todas as ocupações selecionadas, concentradas no ensino médio. Entre as ocupações de operadoras de caixa e recepcionista em 2001, mais de 50% das mulheres ocupadas nestas atividades possuíam ensino médio completo. Construção civil Entre os trabalhadores da construção civil, identificou-se uma redução do percentual de trabalhadores com apenas o ensino fundamental incompleto e um aumento da participação dos trabalhadores mais escolarizados. No entanto, os menos escolarizados continuavam representando um percentual bastante grande no conjunto das ocupações. Entre os trabalhadores

45


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

do setor da construção civil: pedreiros e serventes de pedreiro, o percentual era de 90,8% e caiu para 84,8% entre os pedreiros e de 93,6% reduziu para 81,4% entre os serventes de pedreiro no período de 1992 e 2001. Como se pôde verificar este foi um dos segmentos que, juntamente com o setor agrícola e o trabalho doméstico, registrou predominância de trabalhadores e trabalhadoras com baixa escolaridade. No período entre 1992 e 2001, entre as mulheres o mesmo comportamento anterior se repetiu, exceto para as trabalhadoras da ocupação de pedreiras na qual se percebeu um aumento percentual entre as que possuíam a escolarização mínima passando de 58,8% para 76,7% e um aumento entre as que possuíam escolarização do ensino fundamental completo, passando de 19,6% para 23,3%, e uma queda da participação das trabalhadoras com ensino médio.

Educação Na área de educação o nível de escolaridade concentrou-se nos ensinos médio e superior. Quando analisados os dados por gênero, verificou-se o crescimento do nível superior entre 1992 e 2001 para homens e mulheres. Exceto para professores e instrutores de formação profissional em que o percentual de participação desta modalidade de ocupação com ensino fundamental incompleto era elevado no ano de 1992 e caiu de forma expressiva nos anos seguintes, tanto para homens quanto para as mulheres. Entretenimento Na área de entretenimento predominavam os trabalhadores e trabalhadoras com ensino médio. Observou-se que entre as mulheres ocorreu uma significativa redução de musicistas e compositoras com ensino fundamental incompleto e superior passando de 26,3% para 14,3% e de 49,2% para 20%, respectivamente. Entre os homens o nível de escolaridade para músicos e compositores, se elevou para o mesmo período, principalmente no ensino médio. O crescimento no período entre as mulheres foi bem mais elevado (156,3%) do que entre os homens (67,8%), concluímos que devido a menor participação das mulheres o percentual de crescimento de 71,4% do setor concentrava-se nas ocupações entre os homens com ensino médio. Entre os produtores e diretores de espetáculos, o percentual de escolarização no ensino médio era mais alto entre as mulheres sendo de 60,7% em 2001 contra 43,4% entre os homens no mesmo ano.

46


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Indústria Nas atividades ligadas à indústria cresceu o percentual de trabalhadores com ensino médio em praticamente todas as ocupações selecionadas, ao mesmo tempo em que se registrou uma diminuição dos empregos para o ensino fundamental incompleto. Entre os trabalhadores das indústrias de papel e papelão a queda das ocupações com menor escolaridade foi de 40%, (redução de 80,9% para 45,4%,.). Para a mesma ocupação percebeu-se um crescimento dos empregos entre os trabalhadores com ensino fundamental completo e ensino médio passando de 10,5% para 29,9% e de 8% para 24,2% , respectivamente, no período entre 1992 e 2001. Já entre as mulheres verificou-se uma queda nas ocupações da indústria do papel e papelão entre as trabalhadoras com menor escolarização passando de 56,6% para 22,2 % e um crescimento entre as trabalhadoras com ensino fundamental completo e ensino médio, de 23,4% para 36,6% e de 19,9% para 34,6%, respectivamente. Os dados de uma forma geral indicam que a escolarização era mais elevada entre as mulheres. Da mesma forma, pôde-se deduzir que o percentual de trabalhadores e trabalhadores que apresentavam o ensino superior era reduzidíssimo, as ocorrências registradas foram para os homens em outras ocupações das indústrias de transformação e trabalhadores na fabricação de calçados e, entre as mulheres apenas em outras ocupações das indústrias de transformação. Outros serviços Para as ocupações agrupadas sob o titulo de outros serviços registrou-se uma queda do ensino fundamental incompleto para homens e mulheres e um crescimento dos ensinos médio e superior, sendo que as mulheres apresentaram maior escolaridade em todas as ocupações, exceto para a ocupação de mecânicas sem especificação. Na ocupação de assistentes administrativos mais de 50% (para ambos os sexos) possuíam o ensino médio. Saúde Na área de saúde o nível de escolaridade se elevou para todas as ocupações analisadas. Para a ocupação de enfermeiros diplomados o percentual diminuiu entre os que possuíam ensino médio completo de 64% para 37,8% e aumentou para os trabalhadores com nível superior, passando de 31,9% para 55,5%. Enquanto isso, no mesmo período, entre as mulheres cresceu o percentual entre as trabalhadoras com ensino médio de 24,9% para 37,7% e diminuiu o percentual

47


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

entre as trabalhadoras com ensino superior de 58,9% para 55,7%. Entre as parteiras predominava o ensino fundamental incompleto, eram 77,8% em 1992 caindo para 53,9% em 2001, mesmo assim seguiam sendo maioria.

Serviços Domésticos Entre as trabalhadoras dos serviços domésticos teve-se uma queda entre aquelas que possuíam apenas o ensino fundamental incompleto de 90,1% para 75,9%, e uma elevação na ocupação com ensino fundamental completo de 7,6% para 16% e no ensino médio de 1,4% para 6,7%. Serviços de Utilidade Pública Nas ocupações do setor de serviços de utilidade pública, entre trabalhadores e trabalhadoras que exerciam a ocupação de lixeiros tinha-se 90% com ensino fundamental incompleto. Entre os carteiros verificou-se uma acentuada queda do percentual de trabalhadores com ensino fundamental completo de 44,5% para 14,9% e um crescimento expressivo entre os trabalhadores com ensino médio, de 36,4 para 71,8%. Turismo No setor de turismo, entre os cozinheiros e garçons, o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras indicava um nível de escolaridade mais elevado, mas caiu o percentual com ensino fundamental incompleto e aumentou a participação dos que possuíam escolaridade mais elevada (ensino fundamental completo e médio). As trabalhadoras que realizavam atividades de garçons com ensino fundamental incompleto representavam 68,6% em 1992 e caíram para 47,1% em 2001, enquanto que as com ensino fundamental completo subiram de 22,1% para 26,6% e as trabalhadoras com ensino médio saltaram de 8,8% para 24,3%. Entre as cozinheiras teve-se uma queda da participação das trabalhadoras com ensino fundamental incompleto de 86,7% para 70,4% e uma elevação da participação das trabalhadoras com ensino fundamental completo de 9,1% para 18,8% e com ensino médio de 2,9% para 9,6%. Entre os homens a participação dos trabalhadores com ensino fundamental incompleto também caiu, passando de 88,8% para 62,1% entre os cozinheiros e, de 72,2% para 49,5%, entre os garçons. Cresceu a participação dos trabalhadores com ensino fundamental completo e ensino médio.

48


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 5 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição escolaridade para homens - Brasil (%) fundam. Setor Ocupação incompleto fundamental ensino médio superior não declarado 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 75,6 73,2 11,9 9,6 10,1 12,2 2,4 5,0 Produtores agropecuários autônomos 95,3 93,5 2,6 3,5 1,6 2,6 0,3 0,2 0,1 0,2 Outros trabalhadores na agropecuária 97,3 92,8 2,0 5,3 0,5 1,5 0,0 0,0 0,1 0,3 Trabalhadores na aqúicultura 100,0 86,8 - 13,2 Pescadores 96,2 92,9 2,8 4,4 0,7 2,5 0,3 0,2 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 95,6 94,9 4,4 1,5 - 3,6 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 87,8 56,4 10,2 30,3 1,9 13,4 Ocupações da indústria de bebidas 83,1 54,4 12,4 19,9 4,6 22,2 - 3,5 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 72,0 69,1 15,1 16,7 11,1 12,3 1,4 1,5 0,3 0,5 Comércio Recepcionistas 39,3 14,6 19,9 31,1 35,4 45,7 5,3 7,6 - 1,0 Operadores de caixa 41,7 30,1 21,3 26,4 35,7 37,5 1,3 3,6 - 2,4 Repositores de mercadorias 69,1 36,6 20,5 35,0 8,3 26,6 - 0,2 2,1 1,5 Construção Civil Pedreiros 90,8 84,8 7,3 10,7 1,7 3,9 0,1 0,1 0,1 0,5 Serventes de pedreiro 93,6 81,4 5,4 13,3 0,6 4,5 0,0 0,4 0,7 Educação Professores de ensino superior 3,4 3,2 96,6 96,8 Professores de ensino do 2º grau 0,5 0,3 - 0,5 24,5 28,9 75,0 0,3 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) - 1,7 2,7 3,8 52,9 46,3 44,4 46,7 - 1,4 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 8,7 2,1 15,2 10,9 53,1 60,2 23,0 26,8 Professores de ensino pré escolar 51,4 18,3 - 15,2 48,6 43,8 - 18,3 4,5 Professores e instrutores de formação profissional 12,4 ,2 38,8 24,1 35,2 53,0 13,6 13,7 - 1,0 Entretenimento Músicos e compositores 41,6 32,1 30,5 24,7 20,5 37,2 7,4 5,5 - 0,5 Artistas de circo 25,1 40,1 21,7 22,2 53,2 37,7 Locutores e comentaristas 35,4 13,7 32,6 33,9 32,0 44,4 - 8,0 Produtores e diretores de espetáculos 20,1 4,5 37,0 10,7 34,2 43,4 8,7 41,4 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

49


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 5 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição escolaridade para homens - Brasil (%) fundam. Setor Ocupação incompleto fundamental ensino médio superior não declarado 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras 86,1 81,0 10,8 2,9 1,8 14,8 1,3 1,3 Operadores de prensa mecanica de metais 75,5 52,4 21,1 19,6 2,8 22,9 0,7 5,0 Trabalhadores na fabricação de calçados 80,3 63,0 17,0 21,3 2,3 13,7 - 0,3 0,3 1,8 Ocupações da indústria do papel e papelão 80,9 45,4 10,5 29,9 8,0 24,2 0,6 0,5 Outras ocupações das indústrias de transformação 63,3 41,8 21,6 25,6 13,3 30,1 1,2 0,9 0,6 1,6 Informática Programadores de computador 2,0 2,9 17,3 12,2 63,9 70,0 16,2 14,8 0,6 Outros serviços Outros Proprietários 36,9 20,1 14,8 11,3 27,7 38,1 20,5 30,0 0,1 0,5 Assistentes administrativos 13,7 4,0 11,9 12,8 54,4 60,2 19,5 22,4 0,4 0,5 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 57,6 43,2 27,0 24,4 15,0 28,2 0,2 2,3 0,2 1,9 Carpinteiros 91,9 79,7 6,6 11,5 1,5 7,8 0,0 1,1 Eletricistas de instalações 60,1 51,2 26,0 26,1 12,9 21,0 0,5 0,8 0,6 0,8 Trocadores 68,7 48,4 22,0 31,5 9,1 17,9 - 0,3 0,1 1,9 Faxineiras 87,6 78,2 12,4 14,1 - 5,6 - 2,1 Cabeleireiros 64,4 48,3 14,6 26,4 19,9 23,4 - 1,1 1,1 0,8 Manicuros e pedicuros 100,0 - 100,0 Porteiros 78,1 57,6 11,8 22,8 9,1 17,7 0,9 1,2 0,1 0,7 Guardas-vigias de organizações particulares 62,4 38,1 22,5 32,1 14,5 28,2 0,6 1,6 Trabalhadores braçais, sem especificação 91,7 78,2 6,2 14,9 1,7 5,8 0,1 0,1 0,2 1,0 Saúde e afins Enfermeiros diplomados - 6,7 4,1 - 64,0 37,8 31,9 55,5 Enfermeiros não diplomados 31,2 11,2 34,0 29,2 30,9 54,5 1,6 3,4 2,3 1,6 Psicólogos - 100,0 100,0 Serviço Doméstico Babás 83,1 100,0 - 16,9 Empregados domésticos não especializados 95,9 89,6 3,2 8,6 0,2 1,4 0,7 0,4 Serviços de utilidade pública Carteiros 17,0 4,9 44,5 14,9 36,4 71,8 2,1 3,1 - 5,3 Lixeiros 95,8 87,5 4,1 7,2 - 5,0 0,2 0,3 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 88,8 62,1 8,8 23,5 2,2 13,5 0,2 0,9 Garçons 72,2 49,5 21,6 31,3 5,2 18,3 0,4 0,6 0,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

50


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 6 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição escolaridade para mulheres - Brasil (%) fundam. Setor Ocupação incompleto fundamental ensino médio superior não declarado 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 95,1 72,5 4,9 9,5 - 13,3 - 4,7 Produtores agropecuários autônomos 97,5 92,3 1,1 5,3 1,0 1,3 0,3 0,4 0,1 0,7 Outros trabalhadores na agropecuária 97,1 90,3 2,6 6,9 0,1 2,2 - 0,1 0,1 0,5 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 Pescadores 97,7 93,1 2,3 5,5 - 1,4 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 99,2 98,9 0,7 0,9 0,1 0,2 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 67,7 70,9 26,6 15,3 5,7 9,8 - 4,0 Ocupações da indústria de bebidas 48,5 16,4 - 29,2 51,5 54,4 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 64,5 56,2 19,8 22,2 13,4 19,6 1,4 1,3 0,8 0,8 Comércio Recepcionistas 23,7 9,3 33,0 23,2 39,9 60,5 2,6 6,1 0,9 0,9 Operadores de caixa 29,8 10,8 36,5 27,5 32,4 59,4 0,9 1,8 0,4 0,5 Repositores de mercadorias 62,0 23,7 31,5 29,5 6,5 46,2 - 0,7 Construção Civil Pedreiros 58,8 76,7 19,6 23,3 21,6 Serventes de pedreiro 95,3 57,8 4,7 14,6 - 22,3 - 3,9 - 1,4 Educação Professores de ensino superior - 0,7 6,3 4,0 93,7 95,3 Professores de ensino do 2º grau 2,0 0,2 2,6 1,0 28,0 28,3 67,5 70,4 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 1,4 1,8 1,6 3,6 48,3 47,4 48,7 46,7 - 0,4 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 8,3 3,0 8,5 5,0 67,0 70,4 15,6 21,0 0,6 0,5 Professores de ensino pré escolar 19,4 2,9 16,3 9,7 54,5 69,8 8,7 16,3 1,1 1,2 Professores e instrutores de formação profissional 34,3 8,8 18,1 12,7 31,0 56,7 15,5 21,9 1,1 Entretenimento Músicos e compositores 26,3 14,3 24,6 23,9 - 41,8 49,2 20,0 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas 19,2 - 18,5 21,5 46,1 54,6 16,2 23,9 Produtores e diretores de espetáculos 17,9 17,7 10,7 47,2 60,7 17,1 28,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

51


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 6 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por posição escolaridade para mulheres - Brasil (%) fundam. Setor Ocupação incompleto fundamental ensino médio superior não declarado 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de prensa mecanica de metais 54,5 75,0 18,2 - 27,3 - 25,0 Trabalhadores na fabricação de calçados 88,8 62,0 8,9 22,0 1,2 15,2 1,2 0,7 Ocupações da indústria do papel e papelão 56,6 22,2 23,4 36,6 19,9 34,6 - 6,6 Outras ocupações das indústrias de transformação 58,0 48,8 29,8 19,3 12,2 29,0 - 1,3 - 1,5 Informática Programadores de computador - 2,3 - 12,3 57,1 53,9 42,9 31,5 Outros serviços Outros Proprietários 16,3 6,4 14,6 10,3 45,3 48,0 23,1 35,3 0,7 Assistentes administrativos 6,4 2,6 11,2 7,9 55,0 61,8 27,4 27,4 - 0,4 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 20,7 23,5 - 49,7 69,6 29,7 6,9 Carpinteiros 55,1 71,4 35,5 10,0 - 18,6 9,4 Eletricistas de instalações - 64,2 - 9,8 - 26,0 Trocadores 67,9 25,7 16,7 37,5 15,4 35,2 - 1,6 Faxineiras 92,9 80,4 5,9 14,2 1,1 4,6 0,0 0,8 Cabeleireiros 58,9 35,4 24,3 30,0 16,0 31,0 0,2 2,1 0,6 1,6 Manicuros e pedicuros 70,7 49,3 17,1 25,6 11,2 22,9 - 1,0 1,1 1,1 Porteiros 69,4 34,9 15,0 17,0 11,7 40,7 3,4 6,1 0,6 1,4 Guardas-vigias de organizações particulares 14,5 3,9 49,7 47,3 17,6 42,6 18,3 6,2 Trabalhadores braçais, sem especificação 82,3 63,5 16,2 17,2 - 19,3 1,5 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 7,3 0,9 7,3 5,7 24,9 37,7 58,9 55,7 1,6 Enfermeiros não diplomados 29,9 10,4 29,1 19,6 34,0 61,0 5,6 5,5 1,4 3,5 Parteiras 77,8 53,9 22,2 - 46,1 Psicólogos 3,3 2,3 - 94,4 100,0 Serviço Doméstico Babás 86,1 61,1 11,6 24,7 2,1 13,1 0,2 1,1 Empregados domésticos não especializados 90,1 75,9 7,6 16,0 1,4 6,7 0,0 0,1 0,8 1,2 Serviços de utilidade pública Carteiros - 13,4 - 73,3 - 13,2 Lixeiros 99,3 88,8 0,7 5,4 - 5,8 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 86,7 70,4 9,1 18,8 2,99,6 0,2 0,3 1,0 0,9 Garçons 68,6 47,1 22,1 26,6 8,8 24,3 - 0,5 0,5 1,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

52


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por cor/raça Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas à agricultura os trabalhadores de cores parda e branca predominavam, representando mais de 90% em todas as modalidades de ocupação. Entre 1992 e 2001 reduziu a participação dos trabalhadores de cores branca e preta e aumentou a participação dos trabalhadores que se identificavam com a cor parda. Para a ocupação de apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais verificou-se uma redução do percentual de trabalhadores de cor preta de 16,4% em 1992 para 3,5% em 2001 e entre os de cor branca de 32,5% para 14%, entre 1992 e 2001. Em contrapartida, constatou-se um crescimento entre os trabalhadores de cor parda de 51,1% para 80,6%, entre 1992 e 2001. Para as demais ocupações repetiu-se a mesma constatação. Entre as mulheres ocorreu um processo semelhante, exceto pela maior participação das trabalhadoras de cor preta, principalmente entre pescadoras que representavam 27,7% em 1992 e passaram a representar 35,3% em 2001. Entre as agricultoras cresceu a presença de mulheres de cor branca de 34,3% para 52,1% entre 1992 e 2001. Entre as de cor preta o percentual passou de 1,8% para 7,1% no mesmo período, já entre as trabalhadoras de cor parda a participação reduziu de 63,9% para 40,8%. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia, entre os homens, predominavam os trabalhadores de cor branca, embora o percentual de pardos tenha crescido no período. Entre as mulheres observou-se o crescimento da participação das trabalhadoras de cor parda nas ocupações ligadas à indústria de bebidas, que passou de 27,3% para 82,1% ante a queda de trabalhadoras de cor branca no mesmo período, de 72,7% para 9%. Entre as trabalhadoras da indústria de laticínios houve um crescimento entre as trabalhadoras de cor branca de 25,7% para 62% e uma redução na participação das trabalhadoras de cor parda de 58,8% para 34,1%. Considerando que se trata de uma ocupação que registrou elevado percentual de crescimento entre as mulheres podemos deduzir que este crescimento ocorreu basicamente entre as trabalhadoras de cor branca.

53


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Ambulantes Entre os trabalhadores ocupados na condição de vendedores ambulantes, houve uma queda dos vendedores de cor branca e um crescimento destes trabalhadores de cor parda, para homens e mulheres. O aumento da participação de trabalhadores de cor preta foi muito pequeno, entre os homens de 5,5% para 7,2% e entre as mulheres de 3,8% para 5%, entre 1992 e 2001. Comércio As atividades ligadas ao comércio eram ocupadas majoritariamente por trabalhadores e trabalhadoras de cor branca. No entanto, a participação dos trabalhadores de cor parda ampliou-se para a ocupação de operadores de caixa de 30,1% para 32,1% e caiu para recepcionistas e repositores de mercadorias de 35,7% para 31,3% e de 37,7% para 34,7%, respectivamente. A participação dos trabalhadores de cor branca cresceu entre os recepcionistas de 56,6% para 66% e entre os repositores de mercadorias, de 57,2% para 57,9%. Para a ocupação de operadores de caixa a participação dos trabalhadores de cor branca caiu de 68,5% para 61,6%. Entre os trabalhadores de cor preta tivemos um crescimento entre os homens para as ocupações de operadores de caixa de 1,4% para 5,7% e entre os repositores de mercadorias, de 5,1% para 7,5%. No entanto, entre os recepcionistas caiu a participação dos trabalhadores de cor preta, de 6,1% para 2,7%. No que se refere às mulheres, observou-se que a participação das trabalhadoras de cor preta se ampliou para a ocupação de operadoras de caixa, de 3% para 5,4%. Já para as repositoras de mercadorias, o percentual caiu de 8,1% para 2,3%. No que se refere às trabalhadoras recepcionistas, a participação das brancas aumentou de 64,9% para 65,6%. Entre as operadoras de caixa caiu a participação das mulheres de cor branca de 67,6% para 61,2% e aumentou significativamente para as repositoras de mercadorias de 47% para 71,6%. Construção civil Na área da construção civil registrou-se uma participação equilibrada entre os trabalhadores de cor branca e parda para as ocupações de pedreiros e serventes, sendo que a participação dos trabalhadores de cor parda ampliou em todas as ocupações selecionadas entre 1992 e 2001.

54


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Entre os serventes de pedreiros, prevaleciam os trabalhadores de cor parda (53,2%) em 2001, seguidos pelos de cor branca com um percentual de 36,3% e os de cor preta representando 10,2%. Entre as mulheres, constatou-se situação semelhante, com uma acentuada diminuição na participação das trabalhadoras de cor preta na ocupação de serventes de pedreiro passando de 18,6% para 2,4% no período entre 1992 e 2001. Entre as trabalhadoras de cor branca também constatou-se uma diminuição na participação, passando de 52,3% para 47,5%, no mesmo período, e um aumento de participação entre as trabalhadoras de cor parda que em 1992 era de 29,1% e passou para 50,1% em 2001.

Educação Na educação, a participação dos trabalhadores de cor branca caiu para todas as modalidades, com exceção dos professores de ensino pré-escolar que registraram aumento. Entre os trabalhadores de cor parda caiu a participação dos professores de ensino pré-escolar de 74,3% para 33,6% e professores do ensino superior de 15,3% para 11,2%, no período entre 1992 e 2001. Entre os professores de cor preta a participação era bem menor, entretanto percebemos um crescimento da participação em todas as modalidades. A maioria das trabalhadoras em educação era branca, no entanto, as trabalhadoras de cor parda ampliaram sua participação em 50% das ocupações analisadas e as de cor preta ampliaram para algumas modalidades, como ensino de 1º e 2º graus e pré-escolar. Em contrapartida, as educadoras de cor preta viram a sua participação reduzir para o ensino superior de 3,4% para 0,2% e as professoras e instrutoras de formação profissional de 2,6% para 0,7%. Entretenimento Entre as ocupações ligadas à área de entretenimento havia uma predominância de trabalhadores de cor branca, especialmente entre produtores e diretores de espetáculos (as mulheres representavam 81,4% e os homens 79,6% em 2001). Já na ocupação de locutores e comentaristas, entre os homens o percentual de participação dos trabalhadores de cor branca era de 54,9% e os de cor parda respondiam por 33% em 2001. Entre as mulheres de cor branca o percentual nesta ocupação era mais alto, 84,1% , e as de cor parda, 15,9% em 2001.

55


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Indústria Entre as ocupações ligadas à indústria, os trabalhadores de cor branca eram maioria nas ocupações analisadas e a sua participação cresceu consideravelmente para algumas ocupações como operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras em que o percentual de trabalhadores de cor branca era de 23,7% em 1992 e passou para 63,8% em 2001. Entre os de cor parda ocorreu uma diminuição para o conjunto das ocupações analisadas. O percentual de trabalhadores de cor preta era muito pequeno para a maioria das ocupações analisadas, variando entre 4% e 10,3%. Já entre as mulheres, embora o percentual de trabalhadoras de cor branca fosse elevado, elas reduziram sua participação sobre o total para todas as modalidades selecionadas. Entre as trabalhadoras de cor parda percebemos um crescimento nos percentuais em todas as ocupações. O percentual de trabalhadoras de cor preta, entre as ocupações selecionadas, foi reduzido, embora tenha apresentado crescimento para algumas ocupações, tais como nas indústrias de transformação que passou de 3,7% para 6,8% no período, e nas ocupações da indústria do papel e papelão que registraram um crescimento de 11,3% enquanto entre as trabalhadoras pardas verificou-se, para a mesma ocupação, um crescimento de 88,7%. Informática Entre os programadores de informática havia uma predominância de trabalhadores e trabalhadoras de cor banca, este percentual praticamente se manteve inalterado para os homens, enquanto que entre as mulheres a participação das trabalhadoras de cor branca reduziu de 78,6% para 60,9% e cresceu a presença de mulheres de cor parda de 15,6% para 33,9%. Outros serviços As ocupações agrupadas sob o titulo de outros serviços foram predominantemente desenvolvidas entre 1992 e 2001 por trabalhadores de cor branca, especialmente entre as mulheres. Na ocupação de assistentes administrativos entre os homens ocorreu um ligeiro crescimento nos empregos passando de 62,1% para 62,6% e entre as mulheres verificamos um percentual de crescimento maior de 64,9% para 67,3% no período analisado. Já entre os trabalhado-

56


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

res que realizavam atividades de faxina verificou-se uma queda na participação dos trabalhadores de cor preta de 26,3% para 11,4% e uma ampliação da participação de trabalhadores de cor branca de 38,1% para 46,4% e as de cor parda de 35,5% para 42,2%. Para todas as ocupações ligadas a serviços pessoais ocorreu um crescimento da participação de trabalhadores e trabalhadoras de cor parda, conforme pode ser observado na tabela 7.

Saúde Para a área de saúde observou-se uma ampliação da participação das trabalhadoras brancas nas ocupações de parteiras e psicólogas. Entre as parteiras o percentual passou de 16,0% para 88,2% entre 1992 e 2001, já entre as psicólogas o crescimento foi menos acentuado, passou de 87,0% para 92,9% no mesmo período. Entre as enfermeiras diplomadas registrou-se a manutenção do percentual em torno de 71,0% e uma queda na participação das trabalhadoras de cor parda em todas as modalidades selecionadas, com exceção das enfermeiras não diplomadas em que se verificou um pequeno aumento dos empregos entre as trabalhadoras de cor parda. Entre os homens, o emprego caiu para os de cor branca, exceto para os psicólogos que aumentaram a participação de 77,6% para 100%. Entre os trabalhadores de cor parda cresceu o emprego nas modalidades selecionadas, com exceção dos psicólogos que sofreram redução. Serviços Domésticos Entre as empregadas domésticas não especializadas o percentual se manteve entre as trabalhadoras de cor branca, parda e preta de 41%, 47% e 10%, respectivamente. Entre as babás, caiu o emprego entre as trabalhadoras brancas passando de 55,5% para 53,8% e entre as trabalhadoras pardas ocorreu um crescimento no emprego que passou de 36,6% para 38,8% no período. Serviços de Utilidade Pública Para os ocupados em serviços de utilidade pública, constatou-se entre os carteiros para o ano de 2001, que os trabalhadores de cor branca representavam 50,7%, os de cor preta 22,3% e os de cor parda 27%. Entre os homens ocupados em atividades de limpeza urbana cresceu o percentual de participação entre os de cor branca passando de 33,2% para 36,9% no

57


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

período, e os trabalhadores de cor parda de 47,9% para 53,4%, com redução da participação em empregos dos trabalhadores de cor preta de 18,9% para 9,6%. Entre as mulheres carteiras brancas observou-se uma redução nos empregos de 69,4% para 54,1% e crescimento entre as mulheres pardas de 24,3% para 37,1%. As trabalhadoras ocupadas em limpeza urbana de cor branca mantiveram o percentual de 34% no período, com crescimento verificado entre as de cor parda de 50,3% para 55,4% e queda nos empregos das trabalhadoras de cor preta de 15,6% para 10,5%.

Turismo No setor turismo na ocupação de cozinheiras, as mulheres brancas e pardas apresentaram um percentual de participação bem próximo. Entre as trabalhadoras brancas o percentual se manteve em 49% e, entre as trabalhadoras pardas, houve uma queda nos empregos no mesmo período de 44,2% para 41,2. Já entre as trabalhadoras de cor preta a ocupação cresceu de 6,3% para 8,3%. Entre as trabalhadoras na ocupação de garçons verificamos pouca oscilação no período analisado, os percentuais praticamente se mantiveram. Entre os trabalhadores na ocupação de garçons verificamos um crescimento entre os trabalhadores de cor branca de 61% para 62,1% e uma queda entre os trabalhadores de cor parda de 34,7% para 33%.

58


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 7 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por cor/raça para homens - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores - 65,2 65,1 1,7 1,2 3,4 2,0 29,7 31,7 Produtores agropecuários autônomos 0,2 0,1 47,3 46,1 5,2 4,0 0,3 0,3 47,1 49,5 Outros trabalhadores na agropecuária 0,1 0,1 38,3 35,1 9,4 7,5 0,1 0,1 52,1 57,1 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 31,5 - 68,5 Pescadores 0,1 0,2 30,9 28,5 9,0 10,2 - 60,0 61,1 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais - 1,9 32,5 14,0 16,4 3,5 - 51,1 80,6 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios - 59,1 55,0 10,3 2,3 - 30,6 42,8 Ocupações da indústria de bebidas - 56,0 54,4 6,3 6,3 - 37,7 39,4 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante - 0,1 50,2 43,6 5,5 7,2 1,0 0,3 43,2 48,8 Comércio Recepcionistas - 56,6 66,0 6,1 2,7 1,6 - 35,7 31,3 Operadores de caixa - 68,5 61,6 1,4 5,7 0,6 - 30,1 32,1 Repositores de mercadorias 57,2 57,9 5,1 7,5 - 37,7 34,7 Construção Civil Pedreiros 0,0 0,3 47,0 45,9 9,0 9,3 0,1 0,1 43,9 44,5 Serventes de pedreiro - 0,0 38,8 36,3 10,8 10,2 0,1 0,2 50,3 53,3 Educação Professores de ensino superior - 84,1 83,4 0,6 3,2 - 2,2 15,3 11,2 Professores de ensino do 2º grau - 72,8 70,7 4,5 5,3 1,2 0,6 21,4 23,4 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) - 64,3 58,2 2,3 3,8 - 0,2 33,5 37,8 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) - 60,7 41,0 1,5 5,3 - 37,8 53,7 Professores de ensino pré escolar - 25,7 48,2 - 18,3 - 74,3 33,6 Professores e instrutores de formação profissional 71,2 67,7 1,1 4,5 - 27,7 27,8 Entretenimento Músicos e compositores - 60,2 63,0 6,1 5,3 - 33,7 31,7 Artistas de circo - 53,2 37,7 - 22,2 - 46,8 40,1 Locutores e comentaristas 61,7 54,9 4,6 12,1 - 33,7 33,0 Produtores e diretores de espetáculos - 85,1 79,6 5,2 - 2,8 9,7 17,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

59


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 7 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por cor/raça para homens - Brasil (%) Ocupação Setor indígena branca preta amarela parda 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras Indústria - 23,7 63,8 10,3 3,9 - 65,6 41,9 Operadores de prensa mecanica de metais - 2,1 55,1 58,1 8,6 9,4 - 36,3 30,4 Trabalhadores na fabricação de calçados 68,0 73,0 5,2 4,6 0,6 - 26,2 22,4 Ocupações da indústria do papel e papelão - 65,7 73,0 4,0 4,3 - 30,3 22,7 Outras ocupações das indústrias de transformação - 0,2 60,3 59,8 6,9 8,2 0,4 0,3 32,4 31,5 Programadores de computador Informática - 77,3 77,4 0,9 3,0 2,7 1,4 19,1 18,3 Outros Proprietários Outros serviços - 0,1 72,6 77,9 2,6 2,2 1,2 1,1 23,6 18,8 Assistentes administrativos - 0,6 62,1 62,6 5,0 5,0 - 1,3 32,9 30,5 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 0,2 59,0 60,8 5,1 6,0 0,8 0,3 35,1 32,7 Carpinteiros 0,2 0,2 48,9 42,2 6,0 6,4 0,1 - 44,9 51,1 Eletricistas de instalações - 0,6 60,0 54,5 4,9 6,0 0,4 0,7 34,7 38,2 Trocadores - 0,1 54,8 47,7 4,2 9,2 - 41,0 43,0 Faxineiras - 38,1 46,4 26,3 11,4 - 35,5 42,2 Cabeleireiros - 0,2 53,5 60,4 3,5 4,5 - 0,6 43,0 34,3 Manicuros e pedicuros - 100,0 100,0 Porteiros - 0,3 55,0 54,8 8,4 9,2 0,4 0,3 36,3 35,5 Guardas-vigias de organizações particulares - 0,1 45,9 48,5 9,2 10,2 - 44,8 41,3 Trabalhadores braçais, sem especificação 0,3 0,1 38,3 38,7 10,9 11,4 0,1 0,2 50,4 49,6 Saúde e afins Enfermeiros diplomados - 63,4 49,9 14,2 12,0 - 22,4 38,2 Enfermeiros não diplomados - 51,0 50,0 8,1 8,4 - 41,0 41,6 Psicólogos - 77,6 100,0 - 22,4 Serviço Doméstico Babás - 37,6 - 16,7 32,3 - 35,1 45,7 32,5 Empregados domésticos não especializados - 0,1 44,9 41,8 7,4 10,7 - 0,2 47,7 46,8 Serviços de utilidade pública Carteiros - 69,4 54,1 6,3 8,8 - 24,3 37,1 Lixeiros - 34,0 34,1 15,6 10,5 - 50,3 55,4 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 0,2 - 51,2 50,9 6,5 11,0 - 1,1 42,1 37,1 Garçons 0,1 0,5 61,0 62,1 3,7 4,4 0,5 - 34,7 33,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

60


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 8 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por cor/raça para mulheres - Brasil (%) Ocupação Setor indígena branca preta amarela parda 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultores Agricultura - 34,3 52,1 1,8 7,1 - 63,9 40,8 Produtores agropecuários autônomos 0,1 0,2 41,7 44,5 8,1 3,9 0,8 0,4 49,3 51,0 Outros trabalhadores na agropecuária 0,1 - 40,4 37,1 10,0 8,5 0,3 - 49,2 54,5 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 Pescadores 2,3 14,9 27,7 35,3 - 70,1 49,8 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais - 14,3 18,7 9,6 6,6 - 0,9 76,1 73,8 Ocupações da indústria de laticínios Alimentícia 7,1 - 25,7 62,0 8,3 3,9 - 58,8 34,1 Ocupações da indústria de bebidas - 72,7 9,0 - 9,0 - 27,3 82,1 Outras ocupações no comércio ambulante Ambulantes - 0,1 56,6 48,3 3,8 5,0 0,2 0,3 39,4 46,3 Recepcionistas Comércio - 0,1 64,9 65,6 6,2 4,3 0,6 0,5 28,3 29,5 Operadores de caixa 0,3 0,2 67,6 61,2 3,0 5,4 0,4 1,0 28,8 32,1 Repositores de mercadorias 47,0 71,6 8,1 2,3 - 44,9 26,1 Construção Civil Pedreiros - 58,5 43,9 - 8,3 - 41,5 47,8 Serventes de pedreiro - 52,3 47,5 18,6 2,4 - 29,1 50,1 Educação Professores de ensino superior - 78,9 84,9 3,4 0,2 - 0,2 17,6 14,6 Professores de ensino do 2º grau 0,2 0,1 81,7 71,7 1,0 3,2 1,0 1,0 16,1 23,8 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 77,4 64,2 2,1 4,6 0,2 0,0 20,4 31,2 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 0,1 0,2 59,9 58,1 3,4 3,7 0,1 0,3 36,4 37,6 Professores de ensino pré escolar - 65,0 65,4 2,7 3,5 0,6 0,3 31,8 30,8 Professores e instrutores de formação profissional 74,8 81,3 2,6 0,7 - 22,6 18,1 Entretenimento Músicos e compositores - 100,0 46,9 - 4,0 - 49,1 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas - 60,7 84,1 - 16,2 - 23,0 15,9 Produtores e diretores de espetáculos - 69,6 81,4 - 30,4 18,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

61


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 8 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por cor/raça para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de prensa mecanica de metais - 63,7 50,0 - 36,3 50,0 Trabalhadores na fabricação de calçados - 0,3 78,0 73,1 5,3 2,6 - 16,7 23,9 Ocupações da indústria do papel e papelão - 95,6 80,3 - 11,3 4,4 8,3 Outras ocupações das indústrias de transformação - 70,8 61,6 3,7 6,8 0,7 - 24,7 31,6 Informática Programadores de computador - 78,6 60,9 5,8 5,2 - 15,6 33,9 Outros serviços Outros Proprietários 81,6 78,9 2,5 1,4 1,9 2,6 14,1 16,9 Assistentes administrativos - 64,9 67,3 2,9 5,2 0,5 0,3 31,7 27,2 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 20,0 94,6 - 29,7 - 50,4 5,4 Carpinteiros - 45,7 59,0 - 18,7 9,4 - 44,9 22,3 Eletricistas de instalações - 64,6 - 35,4 Trocadores - 48,5 51,2 3,3 10,1 - 48,2 38,7 Faxineiras 0,1 0,2 52,8 52,6 13,3 11,8 - 0,2 33,9 35,1 Cabeleireiros - 0,2 57,7 61,2 4,9 4,4 3,0 1,7 34,4 32,5 Manicuros e pedicuros 0,1 47,0 52,2 6,0 8,8 - 46,9 39,0 Porteiros - 40,4 63,5 3,9 2,5 - 55,7 34,0 Guardas-vigias de organizações particulares - 58,3 67,6 18,7 3,2 - 23,1 29,2 Trabalhadores braçais, sem especificação - 43,9 39,5 1,5 13,2 - 54,6 47,3 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 71,9 71,1 4,6 6,8 0,6 1,4 22,9 20,7 Enfermeiros não diplomados 0,1 0,2 58,7 56,0 7,4 7,6 0,6 0,3 33,2 35,8 Parteiras - 16,0 88,2 9,5 - 74,5 11,8 Psicólogos 87,0 92,9 - 3,3 - 13,0 3,8 Serviço Doméstico Babás - 0,6 55,5 53,8 7,5 6,8 0,4 - 36,6 38,8 Empregados domésticos não especializados 0,1 0,2 41,3 41,9 10,7 10,3 0,1 0,1 47,8 47,5 Serviços de utilidade pública Carteiros - 50,7 - 22,3 - 27,0 Lixeiros - 33,2 36,9 18,9 9,6 - 47,9 53,4 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 0,2 0,2 49,2 49,7 6,3 8,3 0,1 0,5 44,2 41,2 Garçons - 54,6 52,8 2,8 3,4 - 42,6 43,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

62


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por região Atividades agrícolas As ocupações ligadas à agricultura estavam concentradas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A única alteração significativa que se observou neste período foi a queda da ocupação de trabalhadores em aqüicultura nas regiões Sudeste e Sul e o crescimento nas regiões Nordeste e Norte. Em relação às mulheres, embora a região Nordeste detivesse a hegemonia para a maioria das ocupações analisadas, houve uma perda relativa na composição geral das ocupações, enquanto isso cresceu o emprego nas regiões Sudeste e Sul. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia tinha-se uma grande concentração de ocupações na região Sudeste. No entanto, identificou-se uma perda relativa para algumas ocupações. Os trabalhadores em ocupações da indústria de laticínios representavam 56,8% em 1992 e caíram para 42,2% em 2001 nesta região. Enquanto isso cresceu o emprego para estas ocupações na região Sul de 8% para 17% e, na região Norte, em 10,3%. Na região Sul, também, observou-se uma expansão nas ocupações da indústria de bebidas de 11,5% para 18,6%. No entanto, na análise dos dados relativos às mulheres observou-se uma queda significativa das mulheres ocupadas na indústria de bebidas na região Sul e um crescimento significativo para as demais regiões do país. Quanto à indústria de alimentos, cresceu a participação das mulheres nas regiões Sul e Nordeste e caiu nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Ambulantes Já os trabalhadores do comércio ambulante estavam concentrados majoritariamente nas regiões Nordeste e Sudeste. Sendo que no período analisado cresceu a participação do Nordeste e reduziu o peso da região Sudeste, tanto para os homens quanto para as mulheres. Comércio Nas ocupações ligadas ao comércio, tinha-se uma grande concentração na região Sudeste, seguida pela Nordeste e

63


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Sul. Não se observou alterações significativas neste período, uma vez que as ocupações continuaram concentradas na região Sudeste, tanto para homens quanto para mulheres.

Construção civil Na área da construção civil tinha-se um percentual significativo de homens e mulheres concentrados na região Sudeste. As alterações mais significativas registradas neste período estão entre as mulheres, cuja ocupação de pedreira e servente reduziu bastante entre 1992 e 2001 nas regiões Sudeste e Nordeste e crescimento nas demais regiões. Educação Na área de educação entre os professores de ensino superior cresceu a participação das regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, tanto para homens quanto para mulheres, enquanto as regiões Sudeste e Nordeste perderam peso na composição geral do emprego. Nas demais ocupações houve um comportamento semelhante. No caso dos professores de primeiro grau cresceu significativamente esta ocupação na região Nordeste entre homens e mulheres que passou de 23,6% para 42,7% entre os homens e de 20,8% para 32,7% entre as mulheres no período entre 1992 e 2001. Em relação aos professores e instrutores de formação profissional houve queda entre os homens e crescimento entre as mulheres na região Sudeste. Entretenimento As ocupações ligadas às atividades de entretenimento estavam bastante concentradas na região Sudeste. Já entre as mulheres a concentração dependia do tipo de ocupação, no caso de músicos e compositores 50,3% estavam na região Sudeste e 38,1% na região Nordeste. Da mesma forma diretoras e produtoras de espetáculo entre as mulheres estavam concentradas na região Nordeste, eram 48% em 2001. Indústria Nas ocupações ligadas à indústria embora identificada uma perda relativa da região Sudeste na composição geral do emprego, continuava sendo a região que mais empregava trabalhadores nas ocupações selecionadas.

64


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

As maiores variações ocorreram nas atividades ligadas à fabricação de calçados: entre as mulheres a ocupação passou de 72,6% para 47,1% na região Sul e de 23,7% para 44,8% na região Sudeste. Nas ocupações da indústria de papel e papelão cresceu a participação de regiões como Nordeste, Sul e Norte e reduziu na região Sudeste.

Informática Entre os programadores de computador praticamente não se observaram alterações significativas, a região Sudeste continuou concentrando a maior parte dos empregos, embora tenha reduzido a sua participação de 67,1% para 56,4%. Outros serviços As ocupações definidas por outros serviços registraram grande concentração nas regiões Sudeste e Nordeste. Saúde Para as ocupações ligadas à área de saúde tinha-se uma concentração de enfermeiros diplomados e não diplomados na região Sudeste e parteiras na região Nordeste. Serviços Domésticos As ocupações de babás e empregadas domésticas estavam concentradas majoritariamente na região Sudeste. Além disso, havia uma presença significativa de empregadas domésticas na região Nordeste, correspondente a 25%. Serviços de Utilidade Pública Os carteiros estavam concentrados, na maioria, na região Sudeste, enquanto que os trabalhadores em limpeza urbana embora também estivessem, na maioria, localizados na região Sudeste, registrou aumento de presença na região Nordeste de 33,8% para 36% entre 1992 e 2001. Turismo Entre os ocupados nas atividades de cozinheiros e garçons tinha-se a maioria na região Sudeste.

65


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 9 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por região para homens - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 6,7 4,9 38,0 39,0 1,8 2,7 28,5 28,8 25,0 24,6 Produtores agropecuários autônomos 5,7 5,2 50,4 55,3 2,3 2,9 17,8 14,7 23,8 21,8 Outros trabalhadores na agropecuária 9,0 9,0 38,8 39,6 2,2 3,9 38,8 36,5 11,2 11,0 Trabalhadores na aqúicultura - 23,5 - 24,3 - 11,7 39,8 13,2 60,2 27,4 Pescadores 0,7 1,7 65,1 62,2 11,5 8,8 9,2 14,4 13,6 12,9 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 2,6 - 83,1 96,2 1,4 3,8 4,4 8,5 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 17,3 11,9 17,9 18,6 - 10,3 56,8 42,2 8,0 17,0 Ocupações da indústria de bebidas 7,3 1,2 29,6 24,3 3,4 7,1 48,3 48,9 11,5 18,6 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 4,2 5,6 31,4 39,9 6,9 8,7 47,4 38,2 10,0 7,7 Comércio Recepcionistas 7,8 7,4 20,0 23,6 2,4 5,1 47,2 44,6 22,6 19,3 Operadores de caixa 6,3 8,6 20,5 16,5 1,7 4,7 60,2 54,4 11,3 15,8 Repositores de mercadorias 7,3 9,2 23,3 17,5 5,0 4,6 35,1 49,3 29,3 19,4 Construção Civil Pedreiros 6,7 7,7 20,2 20,5 3,7 5,2 53,2 48,6 16,1 17,9 Serventes de pedreiro 7,0 8,5 27,8 29,8 3,5 6,1 47,5 43,3 14,2 12,3 Educação Professores de ensino superior 6,4 8,8 22,6 15,0 2,2 5,5 54,7 45,0 14,1 25,6 Professores de ensino do 2º grau 7,5 13,1 23,7 17,0 5,2 8,4 52,0 45,0 11,6 16,5 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 6,4 8,5 23,6 42,7 8,5 7,1 46,8 30,8 14,7 10,9 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 5,0 5,9 44,7 48,4 11,3 13,3 19,7 25,6 19,3 6,7 Professores de ensino pré escolar 22,9 - 60,9 35,0 16,2 3,4 - 36,5 - 25,1 Professores e instrutores de formação profissional 7,5 8,3 13,9 16,9 2,3 4,4 61,6 54,4 14,6 16,1 Entretenimento Músicos e compositores 4,8 6,7 28,8 22,0 5,1 4,9 39,5 43,4 21,8 22,9 Artistas de circo - 44,3 46,8 18,0 53,2 37,7 Locutores e comentaristas 10,6 5,9 32,0 27,8 11,8 8,7 11,0 39,9 34,6 17,8 Produtores e diretores de espetáculos - 3,9 22,8 24,3 - 1,2 63,7 52,0 13,5 18,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

66


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 9 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por região para homens - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras 7,1 8,2 24,0 18,4 0,9 5,6 66,9 49,0 1,2 18,7 Operadores de prensa mecanica de metais - 1,4 2,9 11,1 - 1,9 87,6 60,9 9,5 24,7 Trabalhadores na fabricação de calçados 1,8 0,8 8,7 12,5 0,5 0,3 34,7 42,4 54,2 44,0 Ocupações da indústria do papel e papelão 0,6 5,5 11,8 - 3,8 66,4 47,6 27,4 36,8 Outras ocupações das indústrias de transformação 1,4 2,3 16,6 13,8 2,5 4,9 61,3 60,3 18,2 18,8 Informática Programadores de computador 6,8 6,1 9,7 11,8 23, 3,3 67,1 56,4 14,1 22,4 Outros serviços Outros Proprietários 8,3 7,2 15,7 14,4 4,1 3,7 54,3 52,1 17,6 22,6 Assistentes administrativos 13,3 11,4 23,7 25,1 8,8 9,7 43,7 40,9 10,6 12,9 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 4,0 5,7 18,4 19,3 4,0 5,0 56,6 52,7 17,0 17,3 Carpinteiros 7,1 8,3 26,1 24,3 9,9 14,7 34,4 35,0 22,6 17,8 Eletricistas de instalações 6,7 7,2 20,8 18,4 4,7 4,0 45,9 56,4 21,9 14,0 Trocadores 7,4 3,7 19,8 25,4 2,3 2,6 57,2 52,4 13,3 16,0 Faxineiras - 19,5 20,6 22,4 - 9,1 61,6 40,2 17,8 8,8 Cabeleireiros 7,9 7,4 20,2 27,7 3,4 6,7 59,5 43,2 9,0 15,0 Manicuros e pedicuros 100,0 100,0 Porteiros 6,7 6,5 17,2 17,5 1,0 3,6 63,5 62,4 11,6 10,1 Guardas-vigias de organizações particulares 7,9 3,7 26,0 23,7 7,7 7,1 47,2 48,9 11,2 16,6 Trabalhadores braçais, sem especificação 7,0 8,0 27,4 29,0 4,9 6,7 44,0 41,5 16,7 14,8 Saúde e afins Enfermeiros diplomados - 21,7 14,2 19,0 18,1 13,5 49,9 29,5 17,8 16,3 Enfermeiros não diplomados 10,6 8,3 19,5 21,3 7,4 8,3 52,7 50,2 9,9 12,0 Psicólogos - 100,0 30,4 - 60,1 9,5 Serviço Doméstico Babás 16,9 14,7 - 67,5 - 17,8 20,7 - 62,4 Empregados domésticos não especializados 6,8 9,0 18,8 26,1 3,0 4,2 64,6 50,1 6,7 10,6 Serviços de utilidade pública Carteiros 7,6 3,2 16,8 17,4 8,0 5,3 54,4 54,6 13,2 19,4 Lixeiros 7,4 7,9 33,8 36,0 4,6 3,7 43,0 38,7 11,2 13,7 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 7,6 8,2 12,6 18,6 6,0 4,9 62,3 57,8 11,5 10,4 Garçons 7,7 9,8 19,1 23,8 6,0 4,5 53,1 44,8 14,0 17,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

67


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 10 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por região para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 2,6 3,1 72,2 56,6 3,1 - 12,7 22,4 9,3 17,9 Produtores agropecuários autônomos 3,7 3,2 61,6 56,2 1,7 2,2 12,3 12,8 20,7 25,7 Outros trabalhadores na agropecuária 2,2 1,5 37,4 34,8 0,6 1,6 43,3 48,8 16,4 13,2 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 Pescadores - 2,2 96,0 89,9 1,6 4,1 2,4 3,9 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais - 96,2 94,9 3,8 5,1 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 28,3 17,8 7,2 13,8 - 1,1 58,7 37,2 5,7 30,1 Ocupações da indústria de bebidas - 13,6 - 26,9 5,8 23,0 30,1 36,4 64,0 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 6,3 5,9 27,2 38,4 5,2 8,8 44,7 35,0 16,5 11,8 Comércio Recepcionistas 8,7 9,2 17,8 18,0 2,2 5,1 58,8 51,8 12,6 15,8 Operadores de caixa 8,0 7,3 16,4 14,9 2,5 5,4 57,1 53,8 16,0 18,6 Repositores de mercadorias 6,5 3,7 14,1 10,6 3,8 2,1 49,9 56,4 25,7 27,1 Construção Civil Pedreiros - 21,9 21,9 25,9 4,2 8,3 43,2 12,3 30,8 31,6 Serventes de pedreiro 5,0 18,9 29,3 17,0 6,0 10,6 40,8 29,4 18,9 24,0 Educação Professores de ensino superior 9,2 11,6 29,9 16,4 1,0 2,6 41,2 43,7 18,8 25,7 Professores de ensino do 2º grau 6,9 9,8 23,4 19,4 5,3 4,9 50,0 51,4 14,3 14,5 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 5,5 7,9 20,8 32,7 3,9 7,0 49,8 40,7 20,1 11,7 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 6,2 6,0 36,1 38,1 5,2 5,8 38,8 36,1 13,7 14,0 Professores de ensino pré escolar 4,8 3,2 38,4 29,4 5,3 4,6 41,6 47,4 10,0 15,5 Professores e instrutores de formação profissional 8,5 9,1 29,9 10,7 5,1 3,7 39,1 58,2 17,4 18,3 Entretenimento Músicos e compositores - 75,4 38,1 - 24,6 50,3 - 11,6 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas - 12,0 12,1 14,5 3,5 27,2 75,0 46,3 9,4 Produtores e diretores de espetáculos - 3,7 22,7 48,0 - 5,8 47,7 29,0 29,6 13,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

68


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 10 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por região para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de prensa mecanica de metais - 100,0 100,0 Trabalhadores na fabricação de calçados 3,7 8,1 - 23,7 44,8 72,6 47,1 Ocupações da indústria do papel e papelão - 2,6 9,1 12,2 - 60,8 56,2 30,1 29,0 Outras ocupações das indústrias de transformação 2,5 3,2 5,0 11,0 2,1 3,9 59,1 56,9 31,4 25,0 Informática Programadores de computador 9,8 9,2 11,4 17,2 2,7 5,1 61,5 56,5 14,5 12,0 Outros serviços Outros Proprietários 8,2 6,4 12,6 15,5 2,4 2,1 59,7 56,4 17,2 19,6 Assistentes administrativos 12,3 10,4 25,1 26,7 10,2 9,4 39,6 39,1 12,8 14,5 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 13,8 - 16,6 - 5,4 100,0 64,2 Carpinteiros - 4,5 18,7 - 5,0 35,5 68,4 45,7 22,1 Eletricistas de instalações - 19,5 - 62,6 - 17,9 Trocadores 9,5 10,9 8,2 13,4 9,0 4,7 58,6 64,3 14,8 6,7 Faxineiras 2,5 8,6 6,5 9,4 0,2 1,1 59,3 56,8 31,5 24,1 Cabeleireiros 8,1 7,1 16,3 19,6 3,4 4,6 55,4 53,6 16,8 15,2 Manicuros e pedicuros 10,7 10,0 26,5 20,2 6,1 6,8 47,8 52,2 8,9 10,9 Porteiros 22,0 17,2 36,8 20,1 16,5 13,2 16,2 38,6 8,5 10,9 Guardas-vigias de organizações particulares 4,8 12,3 - 5,1 8,6 17,5 74,8 43,8 11,8 21,4 Trabalhadores braçais, sem especificação 7,5 2,6 21,6 35,3 1,8 12,0 26,1 37,6 43,1 12,6 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 7,2 11,6 23,8 17,9 9,9 6,4 40,0 44,7 19,2 19,4 Enfermeiros não diplomados 6,6 6,0 23,1 26,3 4,2 6,3 53,1 46,6 13,0 14,9 Parteiras 9,5 - 90,5 42,1 - 11,8 - 46,1 Psicólogos 4,8 3,6 13,4 7,7 1,3 - 62,8 67,8 17,8 20,9 Serviço Doméstico Babás 11,0 11,5 3,8 4,3 60,2 56,2 18,5 19,8 6,6 8,2 Empregados domésticos não especializados 4,9 6,5 45,7 46,0 14,8 13,3 9,5 9,1 25,1 25,1 Serviços de utilidade pública Carteiros - 6,6 - 69,4 - 15,5 - 8,5 Lixeiros 5,2 1,2 21,9 44,0 11,2 12,5 4,9 11,8 56,8 30,5 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 4,2 5,0 44,2 45,3 17,6 17,1 8,5 10,5 25,4 22,0 Garçons 8,6 10,3 39,0 40,1 19,5 17,4 8,7 5,5 24,1 26,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

69


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa etária Atividades agrícolas Entre as ocupações agrícolas selecionadas havia uma grande concentração na faixa etária dos 36 aos 49 anos em ambos os sexos, exceto para os agricultores em que a faixa de maior concentração encontra-se entre 50 anos ou mais, ou seja, 47,3% dos trabalhadores nesta ocupação estavam acima dos 50 anos de idade em 2001. Entre as mulheres o emprego também se concentrava nas faixas dos 36 aos 49 anos e acima de 50 anos. Indústria alimentícia Na indústria de bebidas o percentual de trabalhadores na faixa dos 18 aos 24 anos era de 23%, a faixa que concentrava maior número de trabalhadores era a dos 25 aos 35 anos, seguida da faixa de 36 aos 49 anos com 26,7%. Entre as mulheres caiu a participação das trabalhadoras da faixa de 36 aos 49 anos de 36% para 9% no período entre 1992 e 2001 e aumentou a participação dos 50 anos ou mais para as agricultoras que representavam 56,2% em 1992 e cresceram para 71,5% em 2001 e, entre a faixa dos 18 aos 24 anos, para aqüicultura e pescadoras. Entre as mulheres na indústria de laticínios a maior concentração estava na faixa de 25 aos 35 anos, com queda na faixa de 18 aos 24 anos de 15,4% para 5% e aumento na faixa de 50 anos ou mais passando de 8,3% para 28,4%. Entre os homens, os dados para indústria de bebidas indicaram que a maior concentração se localizava na faixa dos 25 aos 35 anos. Ambulantes Entre os trabalhadores e trabalhadoras ocupadas no comércio ambulante registrou-se um crescimento da participação dos homens entre 36 e 49 anos de 22,7% para 30,5% e queda na faixa de 25 aos 35 anos passando de 34,6% para 28,5%. Entre as mulheres observou-se as mesmas faixas de crescimento e queda no setor no período de 1992 a 2001. Comércio Na área do comércio aumentou a participação dos homens na faixa dos 18 aos 24 anos em todas as ocupações

70


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

selecionadas. Quanto às mulheres houve uma predominância nas faixas entre 18 e 24 anos e dos 25 aos 35 anos, diminuindo a participação das trabalhadoras mais jovens, exceção na ocupação de repositoras que aumentou de 11,1% para 14,8% no período de 1992 a 2001, conforme tabela 12.

Construção civil Entre os trabalhadores da construção civil havia uma predominância nas três últimas faixas, ou seja, acima dos 25 anos, exceto para os trabalhadores serventes de pedreiro cujo percentual na faixa dos 18 aos 24 anos era de 34,7% em 2001. Também houve um crescimento dos trabalhadores acima dos 50 anos para a ocupação de pedreiro que passou de 16,3% para 21,3% no período de 1992 a 2001. Entre as mulheres verificou-se uma grande concentração de pedreiras com crescimento nas faixas dos 25 aos 35 anos (de 34,9% para 45,2%) e de 36 aos 49 anos (de 21,6 para 42,6%) no período de 1992 a 2001, e uma queda na faixa dos 50 anos ou mais na qual o percentual passou de 21,6% em 1992 para 12,3% em 2001. Educação Na área da educação os homens, em sua maioria, estavam concentrados na faixa dos 25 aos 35 anos para as seguintes níveis de educação: educação pré-escolar, ensino do primeiro grau, ensino do segundo grau e profissionalizante, com exceção do ensino superior no qual a faixa de 36 aos 49 anos representava 49,9% e de 32,5% na faixa dos 50 anos ou mais. Constatamos uma queda acentuada no percentual de participação na faixa de 18 a 24 anos entre os professores de ensino pré-escolar, passando o percentual de 83,8% para 18,3% no período de 1992 a 2001. As professoras da pré-escola e do ensino do primeiro grau (1ª a 4ª séries) estavam concentradas na faixa de 25 a 35 anos com 44,3% e 39,7%, respectivamente. Já entre as professoras do ensino profissionalizante, primeiro grau (5ª a 8ª séries), segundo grau e ensino superior concentravam-se na faixa de 36 a 49 anos no período de 1992 a 2001. Entre as de 50 anos ou mais o percentual de participação no ensino superior era de 28% em 2001. Em relação à faixa de 18 a 24 anos percebemos a mesma situação que ocorreu com os professores homens, queda de 41,4% para 26,2% no período.

71


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Entretenimento Entre as ocupações selecionadas para a área de entretenimento observou-se que entre locutoras e comentaristas, as mulheres estavam, em sua maioria, na faixa de 18 a 24 anos (com uma queda de 46,1% para 39,2%) e um crescimento na faixa de 36 a 49 anos (de 11,6% para 28%) em 2001. Os homens apresentaram o mesmo comportamento na ocupação, queda na faixa de 18 a 24 anos (passando de 46,5% para 28,6%) e crescimento na faixa de 36 a 49 anos (passando de 3,1% para 20,0%) no período de 1992 a 2001. Entre as mulheres ocorreu uma mudança na faixa etária de musicistas e compositoras que reduziu a participação na faixa dos 25 aos 35 anos (de 38,5% para 15,2%) ante o aumento para as faixas dos 36 aos 49 anos (de 24,6% para 36,2%) e de 36,9% para a faixa de 18 a 24 anos. Entre os homens, identificou-se um crescimento na faixa dos 36 a 49 anos (que passou de 15,8% para 24,9%) e uma queda na faixa de menos de 18 anos (de 11,4% para 3,7%) no período de 1992 a 2001. Entre os homens produtores e diretores de espetáculos constatamos um crescimento na faixa de 18 a 24 anos (que passou de 5,2% para 15,3%) e na faixa de 25 a 35 anos, (passando de 13,9% para 33,5%), além de uma queda acentuada na faixa de 36 a 49 anos (que passou de 52,1% para 11,4%) no período de 1992 a 2001. Entre as mulheres para a mesma ocupação houve uma queda nos empregos nas faixas de 18 a 24 anos (de 20,4% para 15,6%) e na faixa dos 25 aos 35 anos (passou de 47,8 para 32,4%). O crescimento foi registrado na faixa etária dos 36 aos 49 anos que passou de 11,3% para 36,3% no período de 1992 a 2001. Indústria Nas ocupações selecionadas para a indústria, entre os trabalhadores homens, houve um crescimento na faixa etária dos 18 aos 24 anos em todas as ocupações exceto operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras onde constatamos uma queda nos empregos de 18,3%. Observamos uma queda nos empregos na maioria das ocupações na faixa etária dos 36 aos 49 anos. Na faixa etária dos 25 a 35 anos as ocupações na indústria de papel e papelão e de transformação tiveram uma queda nos empregos passando de 41,2% para 27,5% e de 41,9% para 33,6%, respectivamente. Entre as mulheres havia uma concentração na faixa etária de 18 a 24 anos nas ocupações da indústria de papel e papelão com mais

72


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

de 50% das trabalhadoras da ocupação. Para as demais ocupações identificaram-se poucas alterações. A faixa de 50 anos ou mais também apresentou crescimento para as ocupações, nas indústrias de transformação e papel e papelão.

Informática Entre os trabalhadores de informática ampliou a participação de homens e mulheres na faixa dos 18 aos 24 anos de 32,1% para 43,6% e 36%, entre 1992 e 2001, e entre os trabalhadores e trabalhadoras com 50 anos ou mais de 1,2% para 2% e de 0,8%, respectivamente para o mesmo período. Outros serviços Entre as ocupações intituladas sob o titulo de outros serviços, na ocupação de assistente administrativo, entre os homens, constatamos crescimento nas faixas etárias de 18 a 24 anos e de 36 a 49 anos (de 9,3% para 14,2% e de 33,9% para 50,4%, respectivamente). Entretanto, na faixa etária de 25 a 35 houve uma queda nos empregos, passando de 42,3 para 20,4% no período de 1992 a 2001. Entre os trabalhadores faxineiros na faixa etária menores de 18 anos ocorreu uma queda nos empregos de 34,9% para 10,5%. A concentração dos trabalhadores no setor estava na faixa etária de 25 a 35 anos. Nas ocupações analisadas, a faixa etária que apresentou crescimento em todas as modalidades (exceto carpinteiros) foi a de 35 a 49 anos. Na faixa etária de 50 anos ou mais também localizamos crescimento em todas as ocupações selecionadas, (exceto porteiros e cabeleireiros). Entre as mulheres na ocupação de assistentes administrativos caiu a participação nas faixas etárias de 18 a 24 anos e 25 a 35 anos, passando de 6,5% para 9% e de 48,7% para 24,6%, respectivamente. Constatamos um crescimento na faixa etária de 36 a 49 anos passando de 35,1% para 52%, nesta faixa etária ocorreu um crescimento nos empregos em todas as ocupações analisadas. Entre as ocupações de cabeleireira, faxineira e manicuro observamos um crescimento nos empregos nas faixas etárias de 36 a 49 anos e 50 ou mais anos e uma queda nas faixas de 18 a 24 anos e 25 a 35 anos.

73


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Saúde Na área de saúde as mulheres estavam concentradas nas faixas etárias dos 25 aos 35 anos e na dos 36 aos 49 anos, sendo que a faixa dos 25 aos 35 anos reduziu sua participação no emprego total. A faixa etária que mais cresceu entre as ocupações de enfermeiras diplomadas e não diplomadas foi a de 36 a 49 anos, passando de 19,4% para 50,4% entre os enfermeiros diplomados e, de 37,5% para 41,7%, entre os não diplomados. Na faixa acima dos 50 anos percebemos um crescimento entre as parteiras. Entre os homens cresceu a participação entre os psicólogos na faixa entre 36 e 49 anos e de 43,3% para 100% e caiu o índice de empregos entre os enfermeiros diplomados na faixa etária entre 36 e 49 anos. Serviços Domésticos No que se refere ao emprego doméstico, em relação às mulheres observamos uma redução nas faixas de menores de 18 anos e de 18 a 24 anos (de 22,7% para 7,8% e de 27,4% para 20,8%, respectivamente), e aumentou em todas as outras faixas etárias. Entre as babás reduziu os empregos entre as trabalhadoras menores de idade passando de 52,3% para 29,6%, e cresceu nas demais faixas etárias. Serviços de Utilidade Pública Entre as ocupações identificadas como serviços de utilidade pública havia uma concentração de trabalhadores homens na ocupação de carteiros na faixa de 36 a 49 anos de 41,9% em 2001 e 37,2% dos lixeiros, entre os lixeiros era bem expressiva a participação na faixa etária de 50 anos ou mais, 20,7%. Entre as mulheres a maior concentração de trabalhadoras do setor estava na faixa etária de 36 a 49 anos. Turismo Para a ocupação de cozinheiro entre os homens a maior participação estava na faixa dos 25 aos 35 anos e entre as mulheres na faixa de 36 e 49 anos. Na ocupação garçons entre os homens a maior concentração localizava-se nas faixas etá-

74


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 11 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por idade para homens - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores - 0,2 5,3 2,7 21,6 16,2 34,1 33,6 38,9 47,3 Produtores agropecuários autônomos 1,6 0,6 8,0 5,9 22,6 19,3 28,3 29,8 39,5 44,4 Outros trabalhadores na agropecuária 16,4 9,1 23,1 22,5 24,9 28,1 19,9 24,2 15,7 16,1 Trabalhadores na aqúicultura 60,2 33,6 39,8 8,0 - 44,7 - 13,7 Pescadores 9,0 4,7 19,6 17,1 32,3 26,7 26,1 35,9 12,7 15,6 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 20,4 16,3 9,8 36,9 28,2 12,9 23,8 19,6 17,9 14,2 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios Ocupações da indústria de bebidas 4,9 1,9 31,6 23,1 27,7 48,3 27,1 26,7 8,6 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 8,8 7,8 15,4 14,8 34,6 28,5 22,7 30,5 18,5 18,5 Comércio Recepcionistas - 5,9 - 30,7 - 34,3 - 21,0 - 8,0 Operadores de caixa 10,4 5,7 34,9 37,7 39,4 35,0 9,1 17,3 6,3 4,3 Repositores de mercadorias 22,4 17,0 49,0 52,0 16,8 21,8 9,3 7,4 2,5 1,9 Construção Civil Pedreiros 2,3 0,8 14,4 8,8 34,6 30,7 32,4 38,4 16,3 21,3 Serventes de pedreiro 17,2 9,4 36,6 34,7 24,6 30,1 14,5 19,0 7,2 6,9 Educação Professores de ensino superior 1,4 1,2 18,0 16,4 54,8 49,9 25,8 32,5 Professores de ensino do 2º grau 9,1 9,5 49,8 36,7 30,5 35,0 10,6 18,8 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 9,5 18,4 48,5 36,4 35,3 33,6 6,6 11,6 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 1,7 1,2 22,0 22,2 39,9 40,3 22,9 25,8 13,5 10,5 Professores de ensino pré escolar - 15,2 83,8 18,3 16,2 36,9 - 29,6 Professores e instrutores de formação profissional 5,0 3,2 32,2 32,6 30,3 31,5 14,6 22,6 17,9 10,1 Entretenimento Músicos e compositores 11,4 3,7 34,9 31,6 31,3 31,6 15,8 24,9 6,6 8,2 Artistas de circo 25,1 18,0 21,7 22,1 - 37,7 53,2 22,2 Locutores e comentaristas 2,7 4,9 46,5 28,6 35,2 37,1 3,1 20,0 12,5 9,4 Produtores e diretores de espetáculos - 2,7 5,2 15,3 13,9 33,5 52,1 11,4 28,9 37,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

75


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 11 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por idade para homens - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras 3,0 5,2 18,3 9,7 34,5 38,7 39,3 35,2 4,9 11,1 Operadores de prensa mecanica de metais - 20,3 24,7 37,0 42,6 42,0 30,3 0,7 2,3 Trabalhadores na fabricação de calçados 23,0 9,2 32,7 37,8 27,0 29,6 13,1 18,4 4,3 5,0 Ocupações da indústria do papel e papelão 6,9 2,1 20,7 35,9 41,2 27,5 23,1 32,2 8,0 2,3 Outras ocupações das indústrias de transformação 2,9 3,1 18,8 30,6 41,9 33,6 28,7 26,1 7,7 6,6 Informática Programadores de computador - 1,4 32,1 43,6 45,5 38,3 21,2 14,8 1,2 2,0 Outros serviços Outros Proprietários - 0,4 5,3 4,8 32,6 26,8 41,5 42,6 20,7 25,1 Assistentes administrativos 0,5 0,3 9,3 14,2 42,3 20,4 33,9 50,4 14,0 14,5 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 7,6 4,2 20,5 17,4 32,7 28,0 31,3 38,4 7,9 12,0 Carpinteiros 4,6 2,1 12,4 13,8 25,3 24,4 33,4 31,8 24,3 27,9 Eletricistas de instalações 4,9 1,1 17,3 16,7 35,1 31,6 33,2 36,5 9,5 14,0 Trocadores 4,9 8,3 34,0 34,3 40,3 35,0 16,8 16,6 4,0 5,9 Faxineiras 34,9 10,5 17,7 25,3 23,1 18,9 7,4 21,1 16,8 24,2 Cabeleireiros 4,0 2,6 18,8 19,7 48,0 40,1 20,4 30,1 8,9 7,6 Manicuros e pedicuros - 100,0 - 100,0 Porteiros 1,2 0,9 15,1 13,3 26,8 35,6 32,5 31,4 24,3 18,8 Guardas-vigias de organizações particulares 0,1 0,4 13,4 11,9 50,9 44,5 24,9 32,8 10,6 10,4 Trabalhadores braçais, sem especificação 14,9 10,9 26,0 27,8 29,9 28,6 19,8 22,3 9,5 10,4 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 4,1 - 55,2 70,0 40,7 13,7 - 16,3 Enfermeiros não diplomados 1,1 0,3 18,8 17,6 37,2 39,7 31,0 33,0 11,9 9,4 Psicólogos - 56,7 - 43,3 100,0 Serviço Doméstico Babás 83,1 62,7 - 16,9 - 14,7 - 22,6 Empregados domésticos não especializados 14,8 9,0 18,6 15,0 22,1 26,5 18,6 24,9 25,9 24,6 Serviços de utilidade pública Carteiros 3,1 - 12,8 17,4 56,1 33,2 23,9 41,9 4,2 7,5 Lixeiros 7,6 1,8 11,1 10,3 25,1 29,9 33,3 37,2 22,9 20,7 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 9,5 3,6 24,5 26,6 34,9 41,7 21,5 21,0 9,5 7,2 Garçons 13,4 10,0 29,7 30,5 37,1 37,8 15,2 16,9 4,6 4,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

76


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 12 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por idade para mulheres - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores - 2,4 14,0 4,4 29,8 21,7 56,2 71,5 Produtores agropecuários autônomos 2,5 1,7 6,0 3,7 14,0 15,7 31,3 31,1 46,2 47,9 Outros trabalhadores na agropecuária 17,7 6,6 17,1 17,4 23,8 29,0 26,0 32,4 15,4 14,6 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 Pescadores 10,5 3,9 11,5 21,9 37,3 25,8 26,5 20,6 14,2 26,4 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 12,1 3,8 16,0 13,1 23,3 28,0 25,7 32,5 22,9 22,6 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 15,4 5,0 57,1 43,2 19,2 25,4 8,3 26,4 Ocupações da indústria de bebidas 21,2 29,2 42,8 45,4 36,0 9,0 - 16,4 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 6,1 3,3 13,5 13,2 38,2 30,5 28,9 36,4 13,3 16,6 Comércio Recepcionistas 10,8 43,5 - 29,1 - 14,6 2,0 Operadores de caixa 9,2 5,6 43,9 42,5 35,4 37,2 10,1 12,6 1,3 2,1 Repositores de mercadorias 11,1 14,8 37,8 41,9 17,5 22,0 27,8 21,3 5,8 Construção Civil Pedreiros 21,9 - 34,9 45,2 21,6 42,6 21,6 12,3 Serventes de pedreiro 14,4 9,1 14,4 21,2 35,1 44,7 31,8 10,7 18,7 Educação Professores de ensino superior 1,7 1,4 38,5 29,4 43,2 41,3 16,6 28,0 Professores de ensino do 2º grau 0,2 5,6 9,1 33,3 32,3 49,7 47,8 11,1 10,8 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) - 0,2 - 11,5 - 34,0 - 40,8 - 13,5 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 1,3 0,6 18,9 15,2 39,3 39,7 36,1 37,0 4,4 7,4 Professores de ensino pré escolar 6,5 2,4 41,4 26,2 35,9 44,3 14,3 22,8 1,9 4,2 Professores e instrutores de formação profissional 4,3 5,5 22,9 24,4 27,5 25,7 29,5 31,0 15,8 13,4 Entretenimento Músicos e compositores 24,6 3,9 - 36,9 38,5 15,2 24,6 36,2 12,3 7,8 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas 7,6 46,1 39,2 34,7 23,4 11,6 28,0 - 9,4 Produtores e diretores de espetáculos 20,4 15,6 47,8 32,4 11,3 36,3 20,4 15,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

77


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 12 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por idade para mulheres - Brasil (%) menos de Ocupação Setor 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Operadores de prensa mecanica de metais Indústria 9,1 - 45,4 - 27,3 9,1 100,0 9,1 Trabalhadores na fabricação de calçados 16,0 12,2 30,8 30,5 33,7 35,4 15,7 18,7 3,8 3,3 Ocupações da indústria do papel e papelão 13,7 11,2 40,9 50,8 37,4 29,9 8,0 2,7 - 5,4 Outras ocupações das indústrias de transformação 9,6 2,8 29,1 18,6 33,7 37,4 16,8 26,8 10,8 14,4 Programadores de computador Informática - 11,8 - 36,2 - 28,6 - 22,5 - 0,8 Outros Proprietários Outros serviços 0,4 0,3 8,0 5,2 36,8 28,8 40,3 47,9 14,4 17,7 Assistentes administrativos 0,8 0,7 6,5 9,0 48,7 24,6 35,1 52,0 9,0 13,7 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 70,3 44,4 29,7 48,7 - 6,9 Carpinteiros - 7,3 9,4 20,9 60,5 30,1 9,4 22,1 20,7 19,6 Eletricistas de instalações - 37,0 - 17,9 - 45,1 Trocadores - 20,0 13,0 29,1 28,1 37,8 57,0 13,1 1,9 Faxineiras 3,7 2,8 12,5 10,5 36,4 30,4 35,0 41,1 12,4 15,2 Cabeleireiros 0,8 2,8 15,8 11,0 41,0 34,0 32,5 40,8 9,9 11,4 Manicuros e pedicuros 2,9 2,5 18,5 14,7 50,6 40,1 26,0 38,1 1,9 4,7 Porteiros - 1,7 - 27,8 - 21,8 - 29,9 - 18,7 Guardas-vigias de organizações particulares - 25,5 12,7 49,9 74,1 18,7 13,2 5,9 Trabalhadores braçais, sem especificação 9,0 7,3 36,8 24,3 27,4 30,9 16,4 29,1 10,4 8,3 Enfermeiros diplomados 11,3 11,9 54,9 29,9 19,4 50,4 14,3 7,8 Saúde e afins Enfermeiros não diplomados 0,6 0,2 11,3 11,9 39,2 30,0 37,5 41,7 11,4 16,2 Parteiras - 15,4 - 62,8 46,1 21,8 53,9 Psicólogos 2,2 9,3 55,4 52,4 36,7 28,6 5,6 9,7 Serviço Doméstico Babás 52,3 29,6 19,0 26,4 13,4 14,6 10,6 19,9 4,7 9,5 Empregados domésticos não especializados 22,7 7,8 27,4 20,8 25,3 30,5 17,9 29,8 6,7 11,1 Serviços de utilidade pública Carteiros - 22,9 - 39,2 - 37,9 Lixeiros 0,9 0,5 6,9 3,9 28,5 21,3 41,9 48,0 21,9 26,3 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 1,5 1,9 8,9 8,3 27,7 25,9 46,6 44,7 15,3 19,3 Garçons 11,7 9,2 44,3 43,6 23,4 33,4 14,8 11,3 5,8 2,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

78


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por jornada de trabalho Atividades agrícolas Entre as ocupações selecionadas na área da agricultura observou-se uma grande concentração de trabalhadores em jornadas que excediam as 44 horas semanais entre 1992 e 2001 a despeito das jornadas maiores terem se reduzido ao longo dos anos analisados. Entre as mulheres as jornadas se concentravam entre 30 e 40 horas semanais. As jornadas mais extensas caíram ao longo da década também para as mulheres. Indústria alimentícia No que se refere às ocupações da indústria alimentícia as jornadas estavam concentradas entre 30 e 44 horas e mais de 44 horas semanais, sendo que para os trabalhadores ocupados na indústria de laticínios a concentração era maior para as jornadas que excediam as 44 horas, enquanto que entre os ocupados na indústria de bebidas a ocupação se distribuía de forma mais equilibrada entre 30 e 44 horas e mais de 44 horas. Ao longo do período analisado observou-se uma redução das jornadas mais extensas. Entre as mulheres verificouse uma grande concentração nas jornadas de trabalho entre 30 e 44 horas. É importante observar que nas ocupações da indústria de bebidas cresceu significativamente o número de mulheres em jornadas acima de 44 horas. Ambulantes Entre os trabalhadores do comércio ambulante identificou-se uma grande concentração de trabalhadores nas jornadas acima de 30 horas, especialmente as que excediam as 44 horas. Entre as mulheres, havia uma distribuição mais equilibrada, sendo que as mulheres estavam mais concentradas nas jornadas de até 44 horas, a necessidade de conciliar o trabalho doméstico com o mercado de trabalho empurrava as mulheres para ocupações mais flexíveis em termos de jornada de trabalho. Comércio As ocupações ligadas ao comércio estavam concentradas majoritariamente entre 30 horas e 44 horas e mais de 44

79


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

horas semanais, para homens e mulheres. Houve um aumento da jornada para operadores de caixa e repositores de caixa masculinos e para recepcionistas e operadoras de caixa mulheres.

Construção Civil Na área da construção civil mais de 50% dos trabalhadores ocupados na condição de pedreiros ou serventes de pedreiro trabalhavam mais de 44 horas semanais. Essa realidade pouco se alterou ao longo dos dez anos analisados. Entre as mulheres a jornada se concentrava entre 30 e 44 horas semanais, exceto para pedreiras que em 1992 era 69,2% e caiu para 20,4% em 2001. Educação Na área de educação as jornadas se concentravam entre 20 e 44 horas semanais. Entre as mulheres havia uma maior concentração entre 20 e 29 horas, enquanto que entre os homens a concentração estava nas jornadas entre 30 e 44 horas semanais. Entretenimento As ocupações ligadas à área de entretenimento apresentavam grande concentração entre 30 e 44 horas semanais para homens e mulheres. Indústria Na indústria os trabalhadores estavam concentrados nas jornadas entre 30 e 44 horas e mais de 44 horas. Sendo que as jornadas acima de 44 horas sofreram uma queda, exceto para operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras, que passou de 40,6% em 1992 para 49,1% em 2001. Entre as mulheres, a jornada se concentrava entre 30 e 44 horas em todas as ocupações selecionadas, os dados sugerem um incremento na jornada para as mulheres ocupadas na fabricação de calçados de 16,6% para 28,3% entre 1992 e 2001.

80


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Informática Entre os programadores de computador as jornadas para homens e mulheres estavam concentradas entre 30 e 44 horas semanais e praticamente não houve registros de alterações significativas ao longo do período analisado. Outros serviços Entre as ocupações selecionadas sob o titulo de outros serviços, a jornada entre os homens excedia as 44 horas semanais para a maioria das ocupações, exceto para faxineiros e assistentes administrativos. Entre as mulheres as jornadas mais extensas se concentravam nas ocupações de trocadoras, cabeleireiras, para as demais a jornada se concentrava entre 30 e 44 horas. Saúde Nas ocupações ligadas à área de saúde tinha-se uma grande concentração de trabalhadores nas jornadas entre 30 e 44 horas semanais. Havia poucas alterações em termos de jornada de trabalho na década analisada, exceto para as parteiras que reduziram sua jornada de forma significativa. Entre 1992 eram 74,5% que trabalhavam para além das 44 horas semanais, em 2001 caíram para 11,8%. Serviços Domésticos No serviço doméstico tinha-se uma grande concentração entre as mulheres em jornadas superiores a 44 horas semanais, embora este percentual tenha se reduzido na década analisada, mesmo assim praticamente metade das mulheres ocupadas na condição de babás e empregadas domésticas continuavam trabalhando mais de 44 horas semanais em 2001. Serviços de Utilidade Pública Nos serviços de utilidade pública tinha-se tanto para os homens quanto para as mulheres jornadas concentradas entre 30 e 44 horas semanais. Sendo que entre os lixeiros a jornada de mais de 44 horas passou de 32,7% para 39,8%. Entre as mulheres observou-se o mesmo movimento, a jornada de mais de 44 horas cresceu entre as lixeiras, passando de 12% para 30,2%.

81


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Turismo As ocupações ligadas ao turismo tinham percentual bastante elevado de homens trabalhando mais de 44 horas semanais, entre as mulheres o percentual também era bastante elevado entre as garçonetes e menor entre as cozinheiras, em que a concentração ocorria nas jornadas entre 30 e 44 horas semanais.

82


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 13 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por jornada de trabalho para homens - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29h 30 a 44 h + de 44 h 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 2,0 5,2 5,4 6,5 27,5 29,1 64,9 59,0 Produtores agropecuários autônomos 2,1 3,1 4,4 7,4 34,8 36,6 58,7 52,9 Outros trabalhadores na agropecuária 0,7 2,1 2,3 4,0 37,1 37,3 59,8 56,5 Trabalhadores na aqúicultura - 39,3 100,0 60,7 Pescadores 4,1 3,6 10,9 11,5 39,8 29,1 45,2 55,6 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 7,0 2,4 2,7 16,2 56,0 52,3 34,2 29,1 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios - 3,1 - 22,9 36,7 77,1 60,2 Ocupações da indústria de bebidas - 55,6 58,0 44,4 42,0 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 4,7 7,8 8,3 10,0 37,3 36,0 49,7 46,2 Comércio Recepcionistas 2,1 0,6 2,3 6,1 56,0 59,4 39,6 33,9 Operadores de caixa - 1,8 2,2 1,4 41,8 33,3 56,0 63,5 Repositores de mercadorias 0,6 1,9 - 1,4 33,1 29,1 66,3 67,6 Construção Civil Pedreiros 0,4 0,9 0,5 1,8 43,4 42,5 55,6 54,8 Serventes de pedreiro 0,6 1,5 0,6 2,1 51,5 49,5 47,4 46,9 Educação Professores de ensino superior 10,0 12,2 16,0 12,0 55,0 62,9 19,0 12,9 Professores de ensino do 2º grau 13,9 11,1 22,5 23,5 54,0 51,3 9,2 13,4 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 12,8 9,6 26,1 28,4 51,0 47,2 10,1 14,8 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 6,7 6,0 26,8 43,8 58,8 44,1 7,6 6,1 Professores de ensino pré escolar - 28,9 77,1 9,1 9,1 62,0 13,8 Professores e instrutores de formação profissional 20,2 14,1 13,0 15,8 52,3 42,7 14,5 27,4 Entretenimento Músicos e compositores 47,6 39,2 26,3 27,6 19,7 20,9 6,4 12,3 Artistas de circo 46,8 - 18,0 53,2 82,0 Locutores e comentaristas 12,2 22,8 25,7 18,1 31,7 44,2 30,4 14,9 Produtores e diretores de espetáculos 20,1 1,6 - 19,3 43,4 47,6 36,5 31,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

83


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 13 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por jornada de trabalho para homens - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29 h 30 a 44 h 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras - 2,1 - 1,3 59,4 47,5 Operadores de prensa mecanica de metais - 61,3 70,7 Trabalhadores na fabricação de calçados 0,2 0,4 2,1 2,7 79,3 59,9 Ocupações da indústria do papel e papelão 1,6 - 49,3 57,8 Outras ocupações das indústrias de transformação 0,1 1,0 0,9 2,5 58,2 60,3 Informática Programadores de computador 0,5 3,3 1,8 6,4 82,5 68,6 Outros serviços Outros Proprietários 1,5 1,7 2,4 2,9 32,5 35,1 Assistentes administrativos 0,4 1,5 4,6 6,0 87,9 81,6 Outros cientistas sociais Mecânicos sem especificação 0,6 1,8 2,0 2,5 54,3 53,8 Carpinteiros 0,4 1,1 1,6 2,3 47,1 47,7 Eletricistas de instalações 3,0 2,8 4,4 3,8 48,6 43,7 Trocadores 0,8 1,4 0,7 2,2 36,0 33,1 Faxineiras 10,8 14,6 15,3 19,6 26,3 43,1 Cabeleireiros 4,8 2,6 7,0 5,3 21,3 22,2 Manicuros e pedicuros - 100,0 100,0 Porteiros 1,2 0,8 2,8 3,6 40,4 41,5 Guardas-vigias de organizações particulares 0,9 0,9 0,7 1,7 34,7 40,3 Trabalhadores braçais, sem especificação 3,1 6,3 4,4 6,3 42,9 40,3 Saúde e afins Enfermeiros diplomados 4,1 17,7 85,0 67,0 Enfermeiros não diplomados 0,7 1,6 1,3 3,1 62,8 71,7 Psicólogos 9,5 - 90,5 100,0 Serviço Doméstico Babás 16,9 27,6 - 22,6 83,1 35,1 Empregados domésticos não especializados 5,2 3,9 7,4 4,9 23,1 26,0 Serviços de utilidade pública Carteiros - 1,3 68,9 78,0 Lixeiros 1,8 1,5 4,2 1,5 61,3 57,1 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 1,9 3,0 1,5 2,7 34,2 33,8 Garçons 4,3 6,5 5,6 7,9 22,1 24,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

84

+ de 44 h 1992 2001 40,6 49,1 38,7 29,3 18,0 37,0 49,1 42,2 40,8 36,3 15,2 21,7 63,3 60,3 7,1 10,9 - 100,0 43,0 41,8 50,7 48,9 44,0 49,6 62,4 63,2 44,2 22,8 66,8 69,9 55,6 54,1 63,6 57,0 49,5 47,1 10,9 15,3 34,7 23,0 - 14,7 63,9 65,0 31,1 20,7 32,7 39,8 62,4 60,5 68,0 61,1


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 14 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por jornada de trabalho para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29 h 30 a 44 h 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 14,2 18,9 24,6 25,5 46,4 38,5 Produtores agropecuários autônomos 16,1 18,2 21,0 24,5 41,1 37,8 Outros trabalhadores na agropecuária 1,7 5,3 6,9 8,3 51,6 48,9 Trabalhadores na aqúicultura - 100,0 Pescadores 22,1 15,1 24,9 19,7 43,9 60,1 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 5,9 5,2 17,1 19,6 60,7 73,4 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 19,1 44,2 20,3 9,0 46,3 32,4 Ocupações da indústria de bebidas 21,4 - 78,6 52,0 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 28,7 29,0 26,2 25,8 31,2 29,3 Comércio Recepcionistas 1,9 1,2 6,9 7,7 73,0 70,6 Operadores de caixa 1,2 1,1 2,3 2,7 44,1 38,9 Repositores de mercadorias 11,1 1,8 - 5,5 30,4 39,4 Construção Civil Pedreiros - 49,3 15,4 - 15,4 30,2 Serventes de pedreiro - 2,9 8,9 10,0 74,4 55,3 Educação Professores de ensino superior 9,9 12,5 10,2 14,9 70,3 58,5 Professores de ensino do 2º grau 13,8 9,7 30,4 26,5 49,0 56,6 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 8,3 7,4 38,0 43,4 48,2 42,6 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 6,7 6,0 51,2 46,8 38,0 41,6 Professores de ensino pré escolar 7,5 2,0 58,2 51,6 30,7 40,1 Professores e instrutores de formação profissional 31,4 24,9 32,1 21,6 32,5 33,7 Entretenimento Músicos e compositores 61,5 58,0 - 11,8 12,3 26,2 Artistas de circo - 100,0 Locutores e comentaristas 17,9 32,0 19,2 27,4 39,4 24,6 Produtores e diretores de espetáculos - 25,7 42,6 12,9 27,1 36,3

+ de 44 h 1992 2001 14,8 17,1 21,8 19,3 39,8 37,3 9,0 5,0 16,3 1,8 14,3 14,4 - 48,0 13,9 15,8 18,0 20,4 52,4 57,3 58,5 53,3 69,2 20,6 16,7 31,8 9,6 14,2 6,8 7,3 5,5 6,6 4,1 5,5 3,4 6,1 4,0 19,9 26,3 3,9 23,6 15,9 30,3 25,1

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

85


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 14 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por jornada de trabalho para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29 h 30 a 44 h 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de prensa mecanica de metais - 63,6 75,0 Trabalhadores na fabricação de calçados 2,5 1,0 4,8 2,8 76,0 67,9 Ocupações da indústria do papel e papelão - 9,4 86,3 55,0 Outras ocupações das indústrias de transformação 10,1 11,7 6,6 9,0 53,5 52,0 Informática Programadores de computador - 3,3 - 6,7 88,8 71,2 Outros serviços Outros Proprietários 2,9 2,9 12,9 8,0 40,0 44,7 Assistentes administrativos 0,3 0,6 8,1 8,7 87,5 82,9 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 70,3 80,2 Carpinteiros - 14,6 9,4 7,3 45,7 62,8 Eletricistas de instalações - 90,2 Trocadores - 2,2 54,1 31,1 Faxineiras 27,3 36,1 17,7 20,3 38,0 28,6 Cabeleireiros 15,2 10,5 14,0 12,1 30,9 33,3 Manicuros e pedicuros 32,8 28,6 21,1 19,4 30,4 28,5 Porteiros 4,4 2,8 24,1 9,5 59,0 70,1 Guardas-vigias de organizações particulares 5,9 9,8 - 11,2 57,1 55,7 Saúde e afins Trabalhadores braçais, sem especificação 13,2 18,8 6,3 12,5 51,5 40,9 Enfermeiros diplomados 2,4 0,7 7,4 6,5 71,5 77,2 Enfermeiros não diplomados 0,9 1,7 4,5 5,7 70,5 71,7 Serviço Doméstico Parteiras 9,5 - 42,1 16,0 46,1 Psicólogos 13,5 18,6 15,1 3,3 64,0 78,1 Serviços de utilidade pública Babás 3,0 6,5 14,3 13,3 32,6 36,7 Empregados domésticos não especializados 4,5 8,1 6,7 9,7 29,8 37,5 Turismo Carteiros - 68,5 Lixeiros 9,8 2,0 19,3 8,9 59,0 58,9 Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 3,8 3,9 13,3 10,0 47,4 49,6 Garçons 2,7 6,8 10,5 8,1 29,2 32,3 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

86

+ de 44 h 1992 2001 36,4 25,0 16,6 28,3 13,7 35,6 29,8 27,3 11,2 18,7 44,3 44,4 4,2 7,8 29,7 19,8 44,9 15,3 - 9,8 45,9 66,7 17,0 15,0 40,0 44,1 15,7 23,4 12,6 17,6 36,9 23,4 29,0 27,8 18,7 15,7 24,1 20,9 74,5 11,8 7,4 50,2 43,5 59,0 44,7 - 31,5 12,0 30,2 35,4 36,5 57,5 52,8


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa de salário mínimo Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas à atividade agrícola, observou-se entre os agricultores homens um aumento para as remunerações inferiores a um salário mínimo em todas as ocupações analisadas, exceto para os trabalhadores na aqüicultura. Para as demais verificou-se um crescimento significativo deste percentual. Na faixa de 1 a 1,19 salários mínimos, cresceu a participação dos agricultores e dos trabalhadores na aqüicultura, o percentual reduziu para as demais ocupações. Para as demais faixas observou-se comportamento diferenciado, caiu a remuneração para os agricultores, exceto para a faixa superior a dez salários mínimos em que o percentual passou de 5,9% para 14,3%. Entre os trabalhadores agropecuários autônomos o percentual caiu em todas as faixas, exceto para as remunerações inferiores a um salário mínimo. Para os trabalhadores na agropecuária os salários cresceram entre os trabalhadores que recebiam mais de 1,2 salários mínimose se reduziu para as faixas de até 1,19 salários mínimos. Entre os pescadores cresce a faixa inferior a um salário mínimo e diminui para as demais faixas, da mesma forma para apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais. Entre as mulheres a grande maioria concentrava-se nas faixas menores. Comparando a remuneração entre homens e mulheres obtiveram-se os seguintes resultados: entre as trabalhadoras agricultoras mulheres a maior concentração de remuneração estava na faixa de 1 salário mínimo até 1,49 salários mínimos, com 55,1% em 2001. Já entre os homens nesta mesma faixa salarial encontramos percentual de 38,7% em 2001. Na faixa de 1,5 a 9,99 salários mínimos temos 44,9% em 2001 e entre os homens na mesma faixa salarial, 47,1%. Entre as pescadoras que recebiam menos de um salário mínimo o percentual era de 95,8% em 2001 e dos homens o percentual era de 69,6% para o mesmo período. Na agropecuária o percentual na faixa de menos de um salário mínimo entre as trabalhadoras era de 79,6% e entre os homens 73,6% em 2001. Como se pode verificar, no geral, as mulheres recebiam remunerações menores para ocupações iguais. Indústria alimentícia No setor alimentício tinha-se para a ocupação na indústria de laticínios que as trabalhadoras mulheres na faixa salarial de menos de um salário mínimo em 2001 representavam 39,7% e os homens 37,2% no mesmo período. Nas faixas

87


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

salariais de 1 a 4,99 salários mínimos encontramos maior concentração de trabalhadores homens 62,8% em 2001 contra 50,2% de trabalhadoras mulheres, entretanto nas últimas duas faixas salariais, verificou-se a presença de 10,2 % de trabalhadoras mulheres em 2001 e sem registro de trabalhadores homens nestas faixas, conforme tabelas 15 e 16. Na indústria de bebidas na faixa de menos de um salário mínimo encontramos 24,9% de trabalhadores homens e 32,0% de trabalhadoras mulheres no ano de 2001, para esta ocupação ocorreu um crescimento da participação das mulheres de 32% e uma queda da participação dos homens que passou de 30,9% para 24,9%. Entre as mulheres encontramos uma concentração de 59,1% na faixa salarial de 1,2 a 1,49 salários mínimos, enquanto que entre os trabalhadores homens para esta mesma faixa salarial a participação era de 4,9% sendo que 60,2% dos homens que trabalhavam nesta ocupação recebiam acima de 1,5 salários mínimos, entre as mulheres não há registro para o ano de 2001 para as faixas acima de 1,5 salários mínimos.

Ambulantes Entre os trabalhadores homens e mulheres no comércio ambulante observou-se um crescimento para remunerações inferiores a um salário mínimo passando de 28,8% para 36,9% e de 29% para 36,9% no período entre 1992 e 2001, respectivamente. Comércio No setor do comércio na ocupação de repositoras de mercadorias diminuiu o percentual de trabalhadoras com remuneração inferior a um salário mínimo de 40,6% para 28% no período analisado, enquanto isso entre os homens, o percentual de trabalhadores com rendimento inferior a um salário mínimo aumentou passando de 37,3% para 40,4%. Para as demais faixas entre as mulheres, com exceção da faixa salarial entre 3 e 4,99 salários mínimos, a participação cresceu. Entre os homens diminuiu o percentual nas demais faixas, com exceção de um ligeiro aumento na faixa salarial de 5 a 9,99 salários mínimos no período entre 1992 e 2001. Na ocupação de recepcionistas entre as trabalhadoras mulheres a maior concentração estava na faixa salarial de 1,5 a 2,99 salários mínimos, com 40% em 2001. E constatamos uma queda na faixa de menor remuneração passando de 19% para 17,5%. Entre os trabalhadores homens a evolução da

88


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

remuneração foi semelhante a das mulheres. Entre os homens operadores de caixa houve uma queda na faixa de menor remuneração passando de 23,8% para 17% no período, a maior concentração de trabalhadores estava na faixa de 1,5 a 2,99 salários mínimos com 33,5% em 2001. As três últimas faixas salariais somavam 20,7% da participação masculina em 2001, entretanto quando somamos o percentual de participação das mulheres, nas mesmas faixas salariais encontramos o percentual de 4,2%, de mulheres que seguem sendo pior remuneradas, quando comparadas aos salários masculinos.

Construção civil Entre os trabalhadores da construção civil, na ocupação de pedreiros a maior concentração se localizava na faixa salarial de 1,5 a 2,99 salários mínimos com 44,9% de trabalhadores em 2001. Entre as trabalhadoras mulheres a maior concentração estava na faixa inferior a um salário mínimo com 50,7%, constatamos uma queda acentuada entre as trabalhadoras na faixa salarial de 3 a 4,99 salários mínimos, passando de 37% para 0% e um aumento na faixa entre 5 a 9,99 salários mínimos passando de 0% para 25,9%. É importante ressaltar que na construção civil a ocupação de pedreiro era exercida massivamente por homens. Educação Para os trabalhadores e trabalhadoras da educação a concentração de remuneração estava na faixa de 1,5 a 9,99 salários mínimos, com exceção do ensino superior em que 69,4% das mulheres recebiam mais de dez salários mínimos, enquanto que entre os homens para a mesma faixa, o percentual atingia 81,7%, para o ano de 2001. Entre os trabalhadores da área de educação a remuneração se concentrava entre os professores homens do ensino do 2º grau na faixa salarial de 5 a 9,99 salários mínimos com 40,1%, em 2001. Entre as professoras a concentração também estava na mesma faixa com 37,9%. Em relação aos professores do 1º grau (1ª a 8ª séries) para professores e professoras a faixa de concentração era de 1,5 a 4,99 salários mínimos. Para os professores e professoras e instrutores (as) de formação profissional a concentração estava na faixa de 1,5 a 2,99 salários mínimos com 34,7% e 30,9% em 2001, respectivamente. Embora as mulheres representassem

89


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

maioria neste setor, quando são comparadas as remunerações acima de dez salários mínimos, observou-se que os homens recebiam mais em todas as modalidades de ocupação, com exceção dos professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª séries) e professores e instrutores de formação profissional, conforme pode ser observado nas tabelas 15 e 16.

Entretenimento Nas ocupações da área de entretenimento a concentração na participação de trabalhadores e trabalhadoras aparecia nas três últimas faixas salariais de 3 a dez ou mais salários mínimos. Entre homens e mulheres na ocupação de produtores e diretores de espetáculos a concentração ocorria na faixa de dez ou mais salários mínimos. Observouse também para as mulheres um aumento da participação nesta faixa passando de 14,2% para 36,9% e entre os homens uma queda de 67,9% para 31,2% no período entre 1992 e 2001. Entre as musicistas e compositoras constatamos uma redução na participação das mulheres na faixa salarial inferior a um salário mínimo e de 1 a 1,19 salários mínimos e um crescimento nas faixas acima de 3 salários mínimos. Entre os homens o percentual no período de 1992 a 2001 manteve-se mais equilibrado nas quatro últimas faixas salariais, com exceção da faixa salarial de dez ou mais salários mínimos em que constatamos um crescimento na participação dos trabalhadores de 14,8% para 22,3% no mesmo período. Indústria Nas ocupações ligadas à indústria, entre os homens havia uma grande concentração entre 1,5 a 4,99 salários mínimos, as faixas que apresentaram aumento percentual foram de 1,2 até 2,99 salários mínimos e as que apresentaram diminuição na participação dos trabalhadores foram de 3 a 9,99 salários mínimos. Já entre as mulheres a maior concentração ocorria na faixa de 1,5 a 2,99 salários mínimos. Algumas ocupações se destacavam pela baixa remuneração, como trabalhadoras da indústria do papel e papelão com 46,8% das mulheres que trabalhavam nesta ocupação ganhavam em 2001 menos de um salário mínimo, trabalhadoras da fabricação de calçados em 2001, 36,6% recebiam menos de um salário mínimo, na indústria de transformação, 31% recebiam menos de um salário mínimo em 2001. Para as três ocupações analisadas acima tinha-se, aproximadamente, 50% das mulheres recebendo em 2001

90


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

até 1,5 salários mínimos. Diferentemente das mulheres, os homens que recebiam salários inferiores a um salário mínimo representavam percentuais bastante baixos variando entre 11,1% e 21,9%.

Informática Entre os programadores de computador do sexo masculino com remuneração acima de 3 salários mínimos observou-se uma queda de 77,3% em 1992 para 61,0% em 2001. Entre as mulheres observou-se um comportamento semelhante, o percentual era de 79,4% em 1992 e caiu para 61,3% em 2001. Outros serviços No que se refere às ocupações identificadas como outros serviços tinha-se uma redução das remunerações inferiores a um salário mínimo entre os trabalhadores de sexo masculino. Na ocupação de assistentes administrativos as faixas de concentração eram de 1,5 a 9,99 salários mínimos. A ocupação carpinteiro ampliou a participação dos trabalhadores da faixa salarial de 1,5 a 2,99 salários mínimos passando de 34,2% para 42,6% no período entre 1992 e 2001. Entre as mulheres na ocupação de assistentes administrativos a participação se concentrava nas faixas de 1,5 a 9,99 salários mínimos houve uma queda nas demais faixas salariais, no entanto, cresceu a remuneração inferior a menos de um salário mínimo de 2,8% para 3% e reduziu para as faixas de 1 a 2,99 salários mínimos de 9,1% para 8%. Verificou-se uma grande concentração em faixas salariais inferiores a um salário mínimo para as ocupações ligadas aos serviços pessoais como: faxineiras, cabeleireiras, manicuras etc. Saúde Entre as ocupações ligadas à área da saúde entre os enfermeiros diplomados cresceu a participação na faixa salarial entre 3 e 4,99 salários mínimos passando de 4,1% para 34,8% e diminui a participação na faixa salarial de 5 a 9,99 salários mínimos passando de 48% para 28,6%. Entre os enfermeiros não diplomados a concentração salarial era na faixa de 1,5 a 4,99 salários mínimos e entre os psicólogos a concentração se localizava na faixa de dez ou mais salários mínimos.

91


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Entre as mulheres enfermeiras diplomadas havia uma maior concentração nas faixas de 3 a 9,99 salários mínimos. As enfermeiras não diplomadas mantiveram uma média percentual ao longo de todas as faixas salariais. Entre as parteiras observamos uma queda na faixa de menor remuneração e crescimento nas faixas de 3 a 9,99 salários mínimos. As psicólogas aumentaram a participação na faixa salarial de dez ou mais salários mínimos e diminuiu na faixa salarial de 5 a 9,99 salários mínimos.

Serviços Domésticos As trabalhadoras do serviço doméstico se concentravam massivamente na menor faixa salarial com queda do percentual passando de 76,2% para 60,1% e aumentou a participação na faixa salarial de 1,5 a 2,99 salários mínimos de 6,3% para 15,8%. Na ocupação babá a concentração para homens e mulheres era na menor faixa salarial. Serviços de Utilidade Pública Nas atividades ligadas aos serviços de utilidade pública, observou-se uma concentração entre os carteiros homens na faixa salarial entre 1,5 a 4,99 salários mínimos, com 81,7% em 2001. Comportamento semelhante verificou-se entre as mulheres em que 71,2% se concentravam nas faixas de 1,5 a 4,99 salários mínimos. Na ocupação lixeiros homens e mulheres se concentravam nas menores faixas salariais. Turismo Entre os cozinheiros a faixa de concentração para homens e mulheres era de 1,2 a 2,99 salários mínimos, entretanto as mulheres tinham um percentual mais alto de participação na menor faixa salarial de 33,1% em 2001, enquanto os homens apresentavam um percentual de 21,7% para a mesma faixa e ano. Na ocupação de garçons, 42,7% das mulheres tinha remuneração inferior a menos de um salário mínimo, enquanto entre os homens este percentual era de 29,9% em 2001, a faixa de maior concentração percentual entre os trabalhadores homens variava entre 1,5 a 2,99 salários mínimos com 35,2% no ano de 2001.

92


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 15 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por faixa de salário mínimo para homens - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 22,6 25,4 4,4 7,0 7,2 6,3 22,7 22,4 20,6 11,4 16,4 13,3 5,9 14,3 Produtores agropecuários autônomos 56,6 65,2 8,5 6,6 8,7 6,5 16,8 13,8 5,6 4,3 2,8 2,5 0,9 1,2 Outros trabalhadores na agropecuária 74,7 73,6 10,6 9,4 7,1 7,7 6,7 8,4 0,6 0,5 0,2 0,3 0,0 0,1 Trabalhadores na aqúicultura 100,0 75,4 - 11,7 - 4,9 - 8,0 Pescadores 54,7 69,6 8,0 7,0 12,0 7,5 19,3 12,5 2,7 1,0 3,1 1,5 0,2 0,8 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 76,4 86,4 7,7 2,6 9,2 3,6 6,7 7,3 Alimentícia Ocupações da indústria de laticínios 44,5 37,2 13,2 10,5 6,6 11,8 20,0 32,2 15,6 8,3 Ocupações da indústria de bebidas 30,9 24,9 9,7 9,2 12,2 4,9 33,6 39,2 10,0 15,9 3,6 5,1 - 0,8 Ambulantes Outras ocupações no comércio ambulante 28,8 36,9 9,3 7,4 9,6 10,5 28,2 26,2 14,9 12,7 7,2 4,7 2,1 1,6 Comércio Recepcionistas 22,7 19,1 12,3 6,5 15,8 11,2 22,3 43,8 17,0 8,6 7,5 7,9 2,5 2,8 Operadores de caixa 23,8 17,0 9,0 10,0 12,7 18,8 26,6 33,5 16,1 13,5 10,0 6,2 1,8 1,0 Repositores de mercadorias 37,3 40,4 14,5 16,0 21,8 20,4 23,3 21,3 2,7 0,9 0,3 0,9 Construção Civil Pedreiros 21,5 19,9 11,8 8,4 15,4 14,5 38,4 44,9 10,4 9,9 2,1 2,1 0,3 0,4 Serventes de pedreiro 54,9 51,4 19,5 16,7 12,1 14,3 12,3 16,5 1,0 0,8 0,2 0,2 0,1 0,1 Educação Professores de ensino superior 0,5 0,8 5,8 4,5 32,0 13,0 61,7 81,7 Professores de ensino do 2º grau 1,0 0,9 0,8 2,8 3,1 10,9 9,8 25,0 28,7 39,9 40,1 19,5 17,3 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 5,7 4,2 1,2 1,6 - 2,4 24,9 29,8 29,5 32,5 31,2 26,4 7,4 3,2 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 18,5 7,9 4,6 2,6 11,1 7,8 25,4 41,3 26,3 20,7 6,3 15,2 7,9 4,5 Professores de ensino pré escolar 35,2 30,4 - 64,8 33,6 - 19,1 - 13,4 - 3,5 Professores e instrutores de formação profissional 7,6 4,8 7,2 2,7 3,7 6,6 28,7 34,7 13,5 23,7 30,1 21,8 9,2 5,7 Entretenimento Músicos e compositores 5,4 5,9 7,3 5,1 0,4 2,4 27,9 22,8 21,6 18,5 22,6 22,9 14,8 22,3 Artistas de circo 25,1 100,0 - 53,2 21,7 Locutores e comentaristas 29,2 1,3 3,1 6,2 3,1 16,4 35,1 22,2 6,6 33,7 21,7 15,2 1,3 5,1 Produtores e diretores de espetáculos - 3,1 - 7,2 8,7 18,7 16,4 23,5 7,0 16,3 67,9 31,2 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

93


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 15 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por faixa de salário mínimo para homens - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de máquinas de extração e beneficiamento de minérios e pedras 15,0 21,9 8,9 7,0 9,5 18,8 31,1 37,5 18,6 12,3 16,9 2,5 Operadores de prensa mecanica de metais 3,0 11,1 4,5 9,0 1,5 3,8 30,8 50,4 46,8 22,1 11,2 3,5 2,2 Trabalhadores na fabricação de calçados 20,8 19,1 15,2 14,9 15,6 22,7 37,6 37,9 7,5 4,4 3,1 0,6 0,2 0,4 Ocupações da indústria do papel e papelão 11,5 13,0 0,7 5,3 8,0 11,4 46,3 48,4 15,2 13,6 13,6 8,2 4,8 Outras ocupações das indústrias de transformação 9,6 11,9 6,2 5,4 8,1 11,4 27,6 42,0 25,7 20,5 18,2 7,1 4,8 1,7 Informática Programadores de computador 0,8 5,4 - 1,1 4,5 5,4 17,5 27,1 23,0 26,7 40,4 22,4 13,9 11,9 Outros serviços Outros Proprietários 3,7 1,7 1,0 0,9 5,4 2,4 22,6 15,8 24,8 15,3 28,4 29,4 14,1 34,4 Assistentes administrativos 3,6 2,3 1,6 2,2 4,0 3,2 24,1 20,9 26,8 27,7 29,5 32,3 10,2 11,4 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação 16,5 16,1 5,3 5,5 7,1 6,8 32,6 33,1 21,1 20,3 14,5 15,6 2,9 2,5 Carpinteiros 30,2 22,7 8,5 9,8 14,5 14,7 34,2 42,6 10,4 7,6 2,0 2,1 0,2 0,5 Eletricistas de instalações 14,2 11,2 9,9 7,7 10,8 9,2 40,0 43,4 17,3 18,9 6,3 7,2 1,5 2,4 Trocadores 12,8 17,9 6,4 11,6 16,4 11,5 50,4 55,8 11,7 3,0 2,4 - 0,1 Faxineiras 67,2 52,5 15,8 5,0 9,5 9,1 7,5 16,5 - 14,5 - 2,4 Cabeleireiros 18,5 23,0 9,4 6,4 4,9 9,6 34,9 29,6 23,0 18,4 8,2 9,9 1,2 3,0 Manicuros e pedicuros - 100,0 - 100,0 Porteiros 20,3 13,6 14,2 10,7 15,4 17,8 36,7 45,6 9,1 8,3 4,1 3,4 0,1 0,6 Guardas-vigias de organizações particulares 14,1 7,9 6,3 7,2 11,4 9,0 45,0 59,3 17,8 13,2 4,3 3,4 1,1 0,1 Saúde e afins Trabalhadores braçais, sem especificação 49,6 49,1 12,6 11,5 13,6 13,6 19,3 22,2 3,6 2,6 1,2 0,6 0,1 0,3 Enfermeiros diplomados - 6,7 14,2 - 28,2 20,4 4,1 34,8 48,0 28,6 5,5 9,5 Enfermeiros não diplomados 17,7 11,4 4,2 6,9 9,9 11,8 32,0 33,0 18,8 20,9 16,1 14,1 1,4 1,9 Serviço Doméstico Psicólogos - 80,2 - 19,8 100,0 Babás 55,1 85,3 - 14,7 - 44,9 Serviços de utilidade Empregados domésticos não especializados 66,8 63,8 11,0 7,8 7,5 12,6 12,9 13,4 0,9 1,8 0,4 0,4 0,6 0,2 pública Carteiros 4,9 2,2 - 1,1 2,6 10,5 20,7 52,0 56,1 29,7 15,7 4,5 Lixeiros 40,4 50,2 17,9 15,2 13,8 9,8 21,3 19,2 5,7 3,6 0,9 1,9 - 0,1 Turismo Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 26,0 21,7 12,1 9,3 13,3 15,4 35,4 42,7 10,9 7,1 2,3 3,7 - 0,2 Garçons 28,5 29,9 9,5 6,9 12,5 12,2 33,7 35,2 12,7 12,4 2,4 3,2 0,8 0,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

94


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 1992 a 2001

TABELA 16 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por faixa de salário mínimo para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Agricultura Agricultores 22,7 31,2 5,1 10,0 16,6 13,9 8,7 13,7 18,1 5,2 17,3 10,9 Produtores agropecuários autônomos 63,3 65,7 7,1 6,7 7,2 6,0 13,7 13,8 4,5 4,5 3,2 1,9 Outros trabalhadores na agropecuária 80,0 79,6 9,1 8,1 6,1 7,0 4,3 4,4 0,5 0,7 - 0,1 Pescadores 73,6 95,8 8,5 - 12,2 4,2 5,6 Apanhadores, quebradores e descascadores de produtos vegetais 91,3 97,3 4,5 0,9 2,8 0,9 1,4 0,9 Ocupações da indústria de laticínios 41,0 39,7 7,6 9,9 19,0 2,9 26,2 33,0 6,1 4,4 - 4,0 Alimentícia Ocupações da indústria de bebidas - 32,0 21,2 9,0 5,8 59,1 72,9 Outras ocupações no comércio ambulante 29,0 36,9 6,3 9,8 10,1 8,1 30,4 26,8 12,1 9,1 9,4 6,4 Ambulantes Recepcionistas 19,0 17,5 15,6 9,7 12,6 17,2 38,0 40,0 9,8 10,1 4,7 4,4 Comércio Operadores de caixa 24,2 23,4 12,4 15,3 24,4 22,3 28,5 34,7 6,2 3,0 3,3 1,2 Repositores de mercadorias 40,6 28,0 8,1 11,8 13,0 24,8 30,4 33,0 8,0 - 0,7 Pedreiros 58,8 50,7 4,2 10,9 - 12,4 37,0 - 25,9 Construção Civil Serventes de pedreiro 38,4 25,8 14,8 10,8 25,6 29,8 15,9 31,4 5,3 2,2 Professores de ensino superior 1,8 4,5 5,3 9,9 3,9 34,0 21,4 Educação Professores de ensino do 2º grau 3,1 0,7 0,6 0,4 1,5 1,3 19,0 19,1 28,3 30,2 37,7 37,9 Professores de ensino do 1º grau (5ª a 8ª série) 5,4 2,1 1,8 1,0 2,9 2,6 23,3 30,3 29,2 30,1 30,2 29,4 Professores de ensino do 1º grau (1ª a 4ª série) 16,6 4,5 4,0 2,2 6,5 5,3 33,9 41,6 23,9 27,9 13,6 16,2 Professores de ensino pré escolar 28,9 11,8 9,5 3,0 7,6 7,5 25,1 41,8 18,6 19,3 8,5 14,5 Professores e instrutores de formação profissional 18,4 5,9 4,1 7,6 7,8 4,8 30,3 30,9 17,9 20,5 14,6 23,8 Músicos e compositores 26,3 14,3 24,6 4,0 - 12,3 11,7 - 11,9 12,3 15,2 Entretenimento Artistas de circo Locutores e comentaristas 31,2 15,5 11,6 6,0 - 9,9 11,0 3,5 46,3 17,5 - 37,6 Produtores e diretores de espetáculos - 23,1 - 25,7 5,5 - 20,2 4,1 34,4 35,9

10 e + sm 1992 2001 11,4 15,1 0,9 1,4 - 0,1 2,8 0,2 1,0 49,8 9,8 7,2 1,5 1,8 6,9 24,6 14,2

6,2 3,0 1,1 0,0 1,8 69,4 10,4 4,5 2,3 2,1 6,4 42,8 100,0 9,9 36,9

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

95


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 16 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 1992 e 2001 por faixa de salário mínimo para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Indústria Operadores de prensa mecanica de metais - 45,5 25,0 36,3 75,0 18,2 Trabalhadores na fabricação de calçados 35,0 36,6 13,3 12,0 18,2 29,3 31,5 19,5 1,8 1,0 0,2 0,8 - 0,6 Ocupações da indústria do papel e papelão 11,6 46,8 41,1 10,9 9,7 5,6 37,6 36,7 Outras ocupações das indústrias de transformação 17,0 31,0 8,5 8,1 14,9 11,6 40,5 36,3 10,9 7,0 7,0 5,5 1,0 0,5 Informática Programadores de computador - 4,6 4,1 8,1 16,5 25,9 22,0 29,4 39,8 24,9 17,6 7,0 Outros serviços Outros Proprietários 6,6 4,2 3,2 1,9 5,4 2,2 22,2 12,7 23,8 16,3 27,7 33,0 11,1 29,8 Assistentes administrativos 2,8 3,0 2,1 1,7 7,0 6,3 33,2 28,3 22,7 24,7 26,0 26,2 6,3 9,8 Outros cientistas sociais - 100,0 Mecânicos sem especificação - 22,1 - 19,8 20,7 - 44,4 49,7 - 6,9 29,7 6,9 Carpinteiros 43,7 53,4 9,2 29,2 11,5 - 35,5 12,5 - 5,0 Eletricistas de instalações - 9,8 - 10,9 - 79,3 Trocadores 12,5 11,1 14,6 5,2 14,3 10,6 38,1 70,6 20,4 2,4 Faxineiras 39,7 28,4 12,2 8,8 15,7 11,4 27,7 36,6 3,9 12,4 0,8 2,0 - 0,4 Cabeleireiros 22,2 19,7 8,6 7,6 11,9 10,5 33,1 35,8 18,1 16,1 5,9 8,6 0,2 1,7 Manicuros e pedicuros 36,9 28,5 10,2 8,0 14,1 14,7 29,9 30,6 5,3 12,9 3,0 4,5 0,7 0,9 Porteiros 25,0 16,4 7,9 8,4 15,1 10,6 40,6 36,7 9,9 15,2 1,5 11,5 - 1,3 Saúde e afins Guardas-vigias de organizações particulares 18,3 3,6 12,7 5,1 - 3,2 23,5 56,1 21,3 21,4 18,3 8,5 5,9 2,2 Trabalhadores braçais, sem especificação 44,5 43,7 18,4 20,6 13,9 6,7 21,7 25,9 - 1,7 1,5 1,4 Enfermeiros diplomados 2,7 0,9 3,1 1,0 3,3 5,6 25,8 17,1 17,3 25,9 35,9 34,6 11,9 14,9 Serviço Doméstico Enfermeiros não diplomados 10,5 10,1 6,5 5,4 12,2 12,6 40,7 37,4 18,8 20,6 9,4 11,0 1,9 2,9 Parteiras 74,8 - 11,8 6,1 9,5 - 42,1 - 46,1 9,5 Serviços de utilidade Psicólogos 9,3 12,9 17,3 20,5 45,9 20,1 27,5 46,6 pública Babás 80,9 78,1 5,7 4,5 4,9 6,2 6,5 9,0 0,7 2,1 0,8 0,1 0,6 0,1 Empregados domésticos não especializados 76,2 60,1 10,0 9,9 6,5 10,7 6,3 15,8 0,8 2,7 0,2 0,8 0,0 0,1 Turismo Carteiros - 25,2 - 3,6 - 43,4 - 27,8 Lixeiros 56,3 58,4 22,8 11,2 7,3 13,0 9,2 14,8 4,4 2,7 Cozinheiros (exclusive no serviço doméstico) 41,6 33,2 14,2 13,0 18,5 18,6 22,9 30,5 2,0 3,3 0,5 1,2 0,3 0,2 Garçons 52,9 42,7 14,0 13,2 10,2 13,7 17,4 23,4 5,0 3,7 0,5 2,6 - 0,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 1992 e 2001. Elaboração Própria.

96


CAPÍTULO 2

Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005



Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Variação do emprego nas ocupações selecionadas Os dados da tabela 17 se referem à variação do emprego entre 2002 e 2005 para um conjunto de ocupações selecionadas.

Atividades agrícolas No setor agrícola as maiores variações ocorreram entre os trabalhadores agrícolas, especialmente entre os homens 29,1%, enquanto que entre as mulheres a ocupação cresceu 12,2%. Entre as mulheres a maior variação positiva se deu entre pescadores e caçadores, com um crescimento de 55,4%, enquanto que entre os homens este crescimento foi de 17,4%. Entre os homens as ocupações que menos cresceram foram a de produtores agrícolas 0,6%, enquanto que entre as mulheres observou-se queda nas ocupações de trabalhadoras da mecanização agropecuária de -54,9% e extrativistas florestais de -16,7%. Indústria alimentícia Dentre as ocupações selecionadas, as da indústria alimentícia são as que mais cresceram no período analisado, sendo que a ocupação de operadores da preparação de alimentos e bebidas apresentou o melhor resultado, 182,1% de crescimento entre 2002 e 2005. Na análise dos dados por gênero, a ocupação entre os homens cresceu 196,4% e entre as mulheres 137,4%. Ambulantes Entre as ocupações relacionadas à atividade de ambulantes, identificou-se comportamento distinto entre as ocupações selecionadas: crescimento no período analisado de 7,4% para vendedores em quiosques e barracas, sendo que entre os homens o crescimento foi de 10,1% e entre as mulheres de 2,8%. Entre os vendedores ambulantes observou-se uma redução de -7,2% nas ocupações, a queda foi mais ou menos equilibrada entre homens e mulheres, -8,0% e -6,3%, respectivamente.

99


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Comércio No setor de comércio, as ocupações que mais cresceram foram as de vendedores a domicílio que registrou uma evolução entre as mulheres de 104,3% e entre os homens de 52,9%, seguida pela ocupação de vendedores e demonstradores que registrou um crescimento de 20,9% e 25,8% para homens e mulheres, respectivamente. Construção Civil Entre as ocupações selecionadas na área de construção civil, observou-se uma redução do nível de emprego para trabalhadores da construção civil e obras públicas e um crescimento entre os trabalhadores de acabamento de obras civis que, especialmente entre as mulheres, cresceu 47,3%, enquanto que entre os homens foi de 10,5%. Educação As ocupações selecionadas para a área de educação apresentaram comportamentos distintos: professores dos ensinos infantil e fundamental apresentaram o melhor resultado (29,9%) e entre as mulheres a ocupação cresceu mais do que entre os homens (31,1% e 20%, respectivamente). Em segundo lugar os professores de nível superior, com 12,4%, seguido pelo ensino médio, em que a taxa de crescimento foi de 6,2% e outros professores de ensino, 7,2%. Para as ocupações em escolas livres as taxas caíram no total entre as mulheres e, se mantiveram positivas, entre os homens, conforme observado na tabela 17. Entretenimento Na área de entretenimento observaram-se comportamentos distintos em relação à ocupação. Dentre as ocupações selecionadas verificou-se uma queda na de locutores e comentaristas e na de compositores, músicos e cantores de -10,2% e -23,3%, respectivamente, sendo que para as duas ocupações a queda mais acentuada foi entre as mulheres. Já entre a ocupação de músicos, cantores populares, atores e diretores de espetáculo o resultado foi positivo para o período, especialmente entre as mulheres, conforme pode ser observado na tabela 17.

100


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Indústria As ocupações relacionadas à atividade industrial apresentaram resultado positivo em quase todas as ocupações selecionadas, sendo que as que mais se destacaram foram: montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral, trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário e técnico de nível médio em operações industriais. Todos registraram crescimento acima de 50% e na análise dos dados de forma desagregada, por gênero, houve um forte crescimento das mulheres em diversas ocupações. No entanto, estes dados precisam ser relativizados uma vez que o crescimento ocorreu sob uma base pequena numericamente, mas por outro lado, reflete um crescimento relativo importante, uma vez que se trata de ocupações tradicionalmente associadas ao universo masculino. No geral, o emprego em termos relativos, para as ocupações selecionadas, cresceu mais entre as mulheres do que entre os homens na indústria e, para as ocupações que registraram queda, as mais acentuadas se verificaram entre as mulheres. Informática Entre os trabalhadores da área de informática registrou-se um crescimento do emprego entre os homens de 27,7% e queda entre as mulheres, de -8,3%. No geral o emprego para esta ocupação cresceu 20,4%. Outros serviços Nas ocupações ligadas a outros serviços observou-se um crescimento acentuado do emprego para mecânicos de manutenção de 19,3% e para escriturários e eletricistas de 16,6% e 13,7% respectivamente. Já entre as mulheres o emprego cresceu 33,4% para escriturarias em geral e 65,2% para mecânicas de manutenção. A queda ocorreu entre os marceneiros, de 12,2% para os homens e 40,5% para as mulheres. Saúde Para um conjunto de ocupações tradicionalmente femininas como na área de saúde, as ocupações cresceram relativamente mais entre os homens, quando comparados aos dados das mulheres. Aqui nos referimos às ocupações de enfermeiros de nível superior e afins (33,4%), técnico e auxiliar de enfermagem (29,5%) e atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins (9,9%). Entre cientistas sociais, psicólogas e afins o crescimento foi de 61,4%.

101


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços Domésticos As trabalhadoras dos serviços domésticos apresentaram um crescimento de 8,3% no período, sendo que o percentual entre as mulheres foi de 8,4%, enquanto que o emprego nesta modalidade de ocupação cresceu entre os homens 6,7%. Serviços de Utilidade Pública Entre os serviços de utilidade pública, destacou-se a ocupação de informação ao público que apresentou um crescimento de 66,3% entre os homens. Outra ocupação que merece destaque é a de catadores de sucata que apresentou um crescimento de 77% entre os homens, e de 99,6% entre as mulheres. Transportes Entre os técnicos de navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária o crescimento foi de 17,0% no período analisado. Turismo No setor de turismo, a ocupação de cozinheiros cresceu para homens e mulheres (20% e 17,5% respectivamente), e caiu para garçons, barmen e copeiros em 13,5% para os homens e 2,5% para as mulheres no período analisado.

102


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Agricultura

Alimentícia

Ambulantes Comércio

Construção Civil

Educação

TABELA 17 Variação do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005, por gênero - Brasil (%) Ocupação Produtores agrícolas Trabalhadores agrícolas Extrativistas florestais Trabalhadores da mecanização agropecuária Pescadores e caçadores Operadores da preparação de alimentos e bebidas Trabalhadores da indústria de alimentos Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) Vendedores em quiosques e barracas Vendedores ambulantes Técnicos de nivel médio em operações comerciais Caixas, bilheteiros e afins Vendedores, demonstradores Repositores, remarcadores do comércio Vendedores a domicílio Trabalhadores da construção civil e obras públicas Trabalhadores de acabamento de obras civis Ajudantes de obras civis Professores da educação infantil e do ensino fundamental Professores do ensino médio Professores do ensino superior Outros professores de ensino não classificados anteriormente Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres

Homens Mulheres 0,6 5,3 29,1 12,2 27,3 (16,7) 17,9 (54,9) 17,4 55,4 196,4 137,4 18,6 52,7 20,9 10,3 10,1 2,8 (8,0) (6,3) (1,3) (5,9) 4,1 21,6 20,9 25,8 7,6 39,8 52,9 104,3 (3,5) (20,8) 10,5 47,3 0,1 (22,4) 20,0 31,1 8,7 5,1 14,4 10,4 (7,3) 11,7 14,1 (8,2) 3,8 (4,8)

Total 1,0 26,0 12,4 17,3 20,1 182,1 23,3 16,3 7,4 (7,2) (2,6) 15,2 23,2 12,7 98,7 (3,6) 10,8 (0,1) 29,9 6,2 12,4 7,2 (6,0) (3,7)

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

103


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Setor Entretenimento

Indústria

Informática

TABELA 17 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por gênero - Brasil (%) Ocupação Locutores e comentaristas Atores, diretores de espetáculos e afins Compositores, músicos e cantores Músicos e cantores populares Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica Técnicos em metalmecânica Técnicos de nível médio em operações industriais Trabalhadores da extração mineral Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações Vidreiros, ceramistas e afins Trabalhadores das industrias têxteis Trabalhadores do tratamento de couros e peles Trabalhadores da confecção de roupas Trabalhadores da confecção de calçados Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário Trabalhadores de montagem Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas Trabalhadores da preparação de pasta de papel Trabalhadores da fabricação de papel Confeccionadores de produtos de papel e papelão Trabalhadores elementares da manutenção Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins Técnicos em informática

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

104

Homens Mulheres (5,2) (34,4) (13,5) 63,5 (15,6) (49,9) 24,3 82,9 25,2 32,7 24,6 27,4 59,5 34,7 27,0 (22,4) 22,7 76,8 21,7 114,2 (4,4) 45,9 51,6 160,7 43,1 65,8 20,0 (0,8) 37,1 4,6 24,2 90,7 13,2 11,0 (10,2) (20,2) 5,4 (4,1) 4,6 15,1 (26,3) (0,7) 14,6 (52,7) 65,1 53,2 8,6 22,4 20,4 49,9 61,0 (100,0) 20,8 31,9 (42,4) 52,3 1,9 (12,7) 25,4 65,7 27,7 (8,3)

Total (10,2) 15,1 (23,3) 32,0 25,6 24,7 50,3 24,3 25,1 23,5 0,3 71,8 43,4 14,1 20,5 36,5 11,2 (15,3) 3,2 12,7 (24,0) 10,6 60,7 11,5 23,4 49,5 23,2 (21,8) 1,8 47,8 20,4


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Outros serviços

Saúde e afins

Serviço Doméstico Serviços de utilidade pública

Transportes Turismo

TABELA 17 Variação do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005, por gênero - Brasil (%) Ocupação Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Marceneiros e afins Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Cientistas sociais, psicólogos e afins Enfermeiros de nível superior e afins Técnicos e auxiliares de enfermagem Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Trabalhadores de informações ao público Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Fiscais e cobradores dos transportes públicos Catadores de sucata Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária Cozinheiros Garçons, barmen e copeiros

Homens Mulheres 33,4 16,6 (40,5) (12,2) 65,2 19,3 13,7 61,4 1,5 26,2 33,4 24,0 29,5 (16,6) 9,9 8,4 6,7 27,2 66,3 15,0 16,1 23,0 5,1 99,6 70,3 13,9 17,5 20,0 (2,5) (13,5)

Total 26,5 (12,9) 20,1 17,7 45,6 26,8 24,6 (11,4) 8,3 33,1 15,5 7,7 77,0 17,0 17,9 (8,7)

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

105


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Composição do emprego entre homens e mulheres nas ocupações selecionadas Atividades agrícolas Nas atividades ligadas ao setor agrícola predominava a presença de homens. Entre os anos analisados, 2002 a 2005, o percentual masculino na ocupação de produtores agrícolas praticamente se manteve, com uma pequena variação positiva a favor das mulheres que passaram de 9,1% para 9,4%. Entre pescadores e caçadores a presença das mulheres se ampliou de 7,1% para 9,2%. Nas demais ocupações a participação percentual das mulheres na ocupação total viu-se reduzida: entre extrativistas florestais a ocupação caiu de 33,9% para 25,2%, trabalhadores da mecanização agropecuária de 0,9% para 0,3% e trabalhadores agrícolas de 18,1% para 16,1%. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia predominava a presença masculina nas ocupações selecionadas. Os homens representavam a maioria entre operadores da preparação de alimentos e bebidas, trabalhadores na indústria de alimentos e trabalhadores na agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas, com 79,6%, 83% e 59% respectivamente. Apenas para a ocupação de trabalhadores na indústria de alimentos a ocupação caiu para os homens e cresceu entre as mulheres, de 13,7% para 17%. Ambulantes Já entre as ocupações de vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes a proporção entre homens e mulheres era mais equilibrada. As mulheres em 2005 representavam 36,1% do total de vendedores em quiosques e barracas e 50,4% do total de vendedores ambulantes. Os percentuais praticamente se mantiveram nos dois períodos analisados. Comércio Entre as ocupações ligadas ao comércio havia uma predominância de homens em ocupações como técnicos de nível médio em operações comerciais e repositores e remarcadores do comércio com 71% , 72% e 84,2% , 80,4% respectivamente, para os dois períodos analisados.

106


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Já entre as funções de caixas, bilheteiros e vendedores a domicílio predominavam as mulheres com 63,4%, 66,9% e 89,1%, 91,6%, respectivamente. Entre a ocupação de vendedores e demonstradores parecia haver um equilíbrio na distribuição entre homens e mulheres de 52,9%, 51,9% e 47,1%,48,1% respectivamente, para os dois períodos analisados.

Construção civil Nas ocupações ligadas à construção civil predominavam os homens. A variação de um período para outro foi muito pequena, em todas as três ocupações analisadas. Entre trabalhadores da construção civil e obras públicas, trabalhadores de acabamento de obras civis e ajudantes de obras civis, o percentual de homens sobre o total para o ano de 2005 era de 99,7%, 98,6% e 99,4%, respectivamente. Educação Na educação havia uma predominância de mulheres em todas as modalidades analisadas, sendo que no ensino superior a distribuição era mais equilibrada entro os sexos. As mulheres representavam 51,7% em 2002 e passaram a representar 50,8% em 2005, enquanto que os homens representavam 48,3% e passaram a representar 49,2%, para o mesmo período. Exceto para a ocupação de professores de educação infantil e do ensino fundamental e outros professores do ensino em que a presença das mulheres cresceu proporcionalmente a uma taxa mais elevada, para as demais se registrou um crescimento maior entre os homens. A educação sempre foi considerada um reduto das mulheres, presente majoritariamente na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio. Foi por meio do ensino superior que os homens ampliaram sua participação na educação. Entretenimento Na área de entretenimento havia uma predominância de homens em todas as ocupações selecionadas, exceto para a de atores, diretores de espetáculos e afins em que a participação das mulheres aumentou de forma significativa,

107


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

passando de 37,2% para 52,8% entre 2002 e 2005. Em algumas ampliou a presença masculina como locutores e comentaristas de 82,9% para 87,5% e compositores músicos e atores de 77,6% para 85,3%. Quanto aos músicos e cantores populares, embora predominasse a presença masculina, as mulheres viram a sua participação se ampliar, passando de 13,2% para 18,4%.

Indústria Nas ocupações ligadas à indústria observou-se uma predominância de homens ou de mulheres de acordo com o tipo de ocupação. Como se trata de um conjunto grande de ocupações, identificamos apenas as que apresentaram maior variação entre 2002 e 2005. A participação das mulheres no emprego total cresceu nas seguintes ocupações: trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos de 1,9% para 3,3%; montadores de máquinas e aparelhos mecânicos de 9,3% para 13,6%; montadores e instaladores de equipamentos eletroeletrônicos em geral de 18,5% para 28,1%; trabalhadores do tratamento de couros e peles de 18,5% para 25,9%; confeccionadores de produtos de papel e papelão de 21,8% para 42,4%; e desenhistas industriais, escultores e pintores de 55,2% para 62,2%. Em algumas ocupações a predominância masculina era muito grande como entre técnicos em eletroeletrônica e fotônica em que a participação em 2002 dos homens era de 94,6% e três anos depois o percentual praticamente não se alterou 94,3%, a de instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações que também praticamente não se alterou, de 98,7% para 98,5%, entre os técnicos em metal mecânicos a presença masculina em 2002 era de 98,0% e caiu para 97,9% em 2005, uma redução insignificante e, por último, vamos citar duas ocupações em que ampliou ainda mais a participação masculina, a de trabalhadores da preparação de pasta de papel de 92,9% para 100% e a de trabalhadores elementares da manutenção de 99,4% para 99,5%. Informática Na área de informática observou-se uma redução significativa da presença feminina nesta modalidade de ocupação. As mulheres representavam 20,2% do emprego em 2002 e caíram para 15,4% em 2005.

108


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Outros serviços Dentre as ocupações classificadas como outros serviços, verificou-se um equilíbrio entre os sexos para a ocupação de escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos cuja presença feminina ampliou-se de 58,8% para 62%. Nas demais ocupações como marceneiros, mecânicos de manutenção de máquinas e eletricistas-eletrônicos predominaram os homens. Saúde Entre as ocupações relacionadas à saúde as mulheres representavam a maioria, ampliando a sua participação entre cientistas sociais, psicólogos de 73,7% para 81,6% e enfermeiros de nível superior, cargo no qual as mulheres representavam algo em torno de 90%. Este percentual praticamente não se alterou ao longo dos quatro anos analisados. Já em relação aos atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins, as mulheres continuaram representando a maioria, embora a sua participação tenha se reduzido de 80,3% para 75,5% entre 2002 e 2005. Serviços Domésticos Os trabalhadores dos serviços domésticos em geral seguiram com uma participação expressiva de mulheres, 93,7% em 2005. Esta aparece como a ocupação que empregava mais mulheres, eram praticamente 5,9 milhões de mulheres ocupadas na condição de empregadas domésticas em 2005. Serviços de Utilidade Pública Entre os serviços de utilidade pública, observou-se uma predominância de mulheres nas ocupações relacionadas com o atendimento e informações ao público, 81,2% em 2005, enquanto que os homens representavam 18,8%. Para a ocupação de trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros registrou-se um equilíbrio, sendo que os homens representavam 46,4% em 2002 e passaram a representar 46,6% em 2005, enquanto que as mulheres representavam 53,6% e passaram a representar 53,4% para o mesmo período. Entre os catadores de sucata, embora predominassem os homens, as mulheres cresceram nesta modalidade de ocupação entre 2002 e 2005 passando de 22,7% para 25,6%.

109


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Transportes Na ocupação de técnicos de navegação há uma predominância de homens, eles representavam 100% em 2002 e 97,4% em 2005. Turismo Entre os cozinheiros predominaram as mulheres com participação de 80,8%, enquanto que os homens representam 19,2% em 2005. Entre os garçons, barmen e copeiros, a participação entre homens e mulheres estava bastante equilibrada. Em 2002 os homens representavam 56,2% e as mulheres 43,8%, em 2005 os homens caíram para 53,2% e as mulheres ampliaram a sua participação no emprego total para 46,8%.

110


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Agricultura

Alimentícia

Ambulantes Comércio

Construção Civil

Educação

TABELA 18 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por gênero - Brasil (%) Ocupação Produtores agrícolas Trabalhadores agrícolas Extrativistas florestais Trabalhadores da mecanização agropecuária Pescadores e caçadores Operadores da preparação de alimentos e bebidas Trabalhadores da indústria de alimentos Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) Vendedores em quiosques e barracas Vendedores ambulantes Técnicos de nivel médio em operações comerciais Caixas, bilheteiros e afins Vendedores, demonstradores Repositores, remarcadores do comércio Vendedores a domicílio Trabalhadores da construção civil e obras públicas Trabalhadores de acabamento de obras civis Ajudantes de obras civis Professores da educação infantil e do ensino fundamental Professores do ensino médio Professores do ensino superior Outros professores de ensino não classificados anteriormente Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres

Masculino 2002 2005 90,9 90,6 81,9 83,9 66,1 74,8 99,1 99,7 92,9 90,8 75,7 79,6 86,3 83,0 56,8 59,0 62,3 63,9 50,1 49,6 71,0 72,0 36,6 33,1 52,9 51,9 84,2 80,4 10,9 8,4 99,6 99,7 99,0 98,6 99,2 99,4 10,7 9,8 30,9 31,6 48,3 49,2 23,7 20,5 9,9 12,0 13,0 14,0

Feminino 2002 2005 9,1 9,4 18,1 16,1 33,9 25,2 0,9 0,3 7,1 9,2 24,3 20,4 13,7 17,0 43,2 41,0 37,7 36,1 49,9 50,4 29,0 28,0 63,4 66,9 47,1 48,1 15,8 19,6 89,1 91,6 0,4 0,3 1,0 1,4 0,8 0,6 89,3 90,2 69,1 68,4 51,7 50,8 76,3 79,5 90,1 88,0 87,0 86,0

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

111


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Setor Outros serviços

Saúde e afins

Serviço Doméstico Serviços de utilidade pública

Transportes Turismo

TABELA 18 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por gênero - Brasil (%) Ocupação Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Marceneiros e afins Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Cientistas sociais, psicólogos e afins Enfermeiros de nível superior e afins Técnicos e auxiliares de enfermagem Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Trabalhadores de informações ao público Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Fiscais e cobradores dos transportes públicos Catadores de sucata Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária Cozinheiros Garçons, barmen e copeiros

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

112

Masculino 2002 2005 41,2 38,0 97,4 98,2 98,3 97,7 100,0 96,6 26,3 18,4 9,5 10,0 11,2 11,7 19,7 24,5 6,4 6,3 15,0 18,8 46,4 46,6 85,8 83,8 77,3 74,4 100,0 97,4 18,8 19,2 56,2 53,2

Feminino 2002 2005 58,8 62,0 2,6 1,8 1,7 2,3 - 3,4 73,7 81,6 90,5 90,0 88,8 88,3 80,3 75,5 93,6 93,7 85,0 81,2 53,6 53,4 14,2 16,2 22,7 25,6 - 2,6 81,2 80,8 43,8 46,8


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Entretenimento

Indústria

Informática

TABELA 18 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por gênero - Brasil (%) Ocupação Locutores e comentaristas Atores, diretores de espetáculos e afins Compositores, músicos e cantores Músicos e cantores populares Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica Técnicos em metalmecânica Técnicos de nível médio em operações industriais Trabalhadores da extração mineral Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações Vidreiros, ceramistas e afins Trabalhadores das industrias têxteis Trabalhadores do tratamento de couros e peles Trabalhadores da confecção de roupas Trabalhadores da confecção de calçados Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário Trabalhadores de montagem Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas Trabalhadores da preparação de pasta de papel Trabalhadores da fabricação de papel Confeccionadores de produtos de papel e papelão Trabalhadores elementares da manutenção Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins Técnicos em informática

Masculino 2002 2005 82,9 87,5 62,8 47,2 77,6 85,3 86,8 81,6 94,6 94,3 98,0 97,9 62,7 66,6 94,6 96,6 95,6 93,8 98,1 96,7 90,7 86,4 81,5 71,9 98,7 98,5 71,9 75,6 48,9 55,7 81,5 74,1 10,3 10,5 49,2 52,1 76,3 78,0 23,6 21,9 91,0 88,3 94,1 97,5 63,1 64,8 78,9 76,9 89,8 87,6 92,9 100,0 78,5 77,0 78,2 57,6 99,4 99,5 44,5 37,8 79,8 84,6

Feminino 2002 2005 17,1 12,5 37,2 52,8 22,4 14,7 13,2 18,4 5,4 5,7 2,0 2,1 37,3 33,4 5,4 3,4 4,4 6,2 1,9 3,3 9,3 13,6 18,5 28,1 1,3 1,5 28,1 24,4 51,1 44,3 18,5 25,9 89,7 89,5 50,8 47,9 23,7 22,0 76,4 78,1 9,0 11,7 5,9 2,5 36,9 35,2 21,1 23,1 10,2 12,4 7,1 21,5 23,0 21,8 42,4 0,6 0,5 55,5 62,2 20,2 15,4

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

113


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por posição na ocupação Atividades agrícolas Entre os produtores agrícolas predominavam os trabalhadores e trabalhadoras que atuavam por conta própria (91,5% e 91,6% respectivamente). Para as demais ocupações havia uma distribuição entre os com carteira assinada, sem carteira e por conta própria. Entre as trabalhadoras agrícolas cresceu a ocupação com carteira, de 29,5% para 32,8% e caiu a ocupação sem carteira de 70,5% para 66,5%. Já entre os trabalhadores agrícolas, diminuiu os com carteira e os sem carteira de 29,3% para 28,4% e de 70,1% para 67,6%, e cresceu o índice dos que atuavam por conta própria, de 0,4% para 3,7%. Entre as trabalhadoras da mecanização agropecuária houve uma queda acentuada das ocupações com carteira de 71,1% para 22,6%, entre 2002 e 2005, e um crescimento significativo de empregadas sem carteira, 41,3%, em 2005. Entre os homens, os ocupados sem carteira caíram de 28,9% para 24,9%. Já entre os ocupados com carteira o percentual passou de 64,4% para 71,5%. Entre os pescadores e caçadores predominavam os por conta própria, para ambos os sexos.

Indústria alimentícia Entre as ocupações ligadas às indústrias alimentícias verificou-se para os operadores da preparação de alimentícios e bebidas dois comportamentos distintos: em 2002 predominavam os trabalhadores com carteira (56,8%), em 2005, 51,9% estavam ocupados por conta própria, o emprego nesta ocupação foi um dos que mais cresceu entre todas as ocupações analisadas. Já entre as mulheres predominavam as sem carteira de trabalho assinada, 76% em 2002 e 69,3% em 2005. Entre as trabalhadoras da indústria de alimentos o emprego com carteira cresceu de 60,5% para 81,4%, entre os homens o emprego com carteira também cresceu, só que em um ritmo menor de 58,6% para 64,3%. Ambulantes Entre os vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes, predominavam os trabalhadores e trabalhadoras por conta própria.

114


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Entre os trabalhadores do comércio, para a ocupação de técnicos de nível médio os com carteira cresceram de 26,8% para 30,5%, embora predominassem os por conta própria que correspondiam a 45,6% em 2002 e 40,6% em 2005. Entre os caixas e bilheteiros o emprego cresceu mais entre os com carteira que passaram de 56% para 59,8% e caiu entre os sem carteira de 33,4% para 30,2%. Da mesma forma entre os repositores e remarcadores do comércio o emprego cresceu entre os com carteira de 76% para 82,4% e caiu para os sem carteira de 22,9% para 19,9%. O emprego com carteira entre as mulheres cresceu em quase todas as modalidades, exceto para as vendedoras demonstradoras e vendedoras a domicilio cujo crescimento ocorreu na ocupação por conta própria. As ocupações sem registro apresentaram redução em todas as modalidades.

Construção Civil As ocupações selecionadas para a área da construção civil eram exercidas, em sua maioria, por trabalhadores por conta própria, exceto para ajudantes de obras civis onde prevaleciam os trabalhadores sem carteira, 67,6% em 2002 e 66,7% em 2005. As ocupações com registro cresceram entre os trabalhadores da construção civil e obras públicas, trabalhadores de acabamento de obras civis e ajudantes de obras civis, conforme pode ser observado na tabela 19. Entre as mulheres havia uma distribuição relativamente equilibrada entre trabalhadoras com carteira, sem carteira e por conta própria, com certa predominância para as trabalhadoras por conta própria. Outro aspecto que chamou a atenção nestes dados foi a queda das trabalhadoras sem carteira entre as ocupadas em construção e obras civis de 25,2% em 2002 para 6% em 2005 e em acabamento de obras civis de 27% para 13,3%. Educação Na área da educação prevaleciam os contratos por regime estatutário. Entre as mulheres, o emprego com carteira de trabalho assinada caiu levemente em todas as modalidades de educação, exceto para as professoras leigas no ensino fundamental e profissionalizante e nas escolas livres, em que se observou um crescimento. Também entre os contratos estatutários houve uma queda em todas as ocupações. No entanto, o emprego cresceu entre os sem carteira de trabalho assinada em todas as ocupações, conforme pode

115


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

ser observado na tabela 20. Entre os homens pôde-se observar comportamento distinto em relação à posição na ocupação. Para os com carteira de trabalho assinada o emprego cresceu entre os professores do ensino médio de 32,5% para 35,2%, entre os professores de ensino superior de 39,8% para 51,7%, e caiu para as demais ocupações. Já entre os regidos pelo regime estatuário, o emprego caiu em todas as modalidades, exceto para os outros professores de ensino. Entre os sem carteira o emprego cresceu em todas as ocupações, exceto para os professores do ensino superior, de 16,9% em 2002 para 9,5% em 2005.

Entretenimento Na área de entretenimento prevaleciam as ocupações sem carteira e por conta própria para ambos os sexos. Sendo que entre os homens as ocupações sem registro caíram para locutores e comentaristas de 52,1% para 39,1% e aumentou as ocupações com registro de 35,3% para 49%. Já para atores, diretores de espetáculos houve um crescimento significativo das ocupações sem carteira que pularam de 26,9% para 43%, enquanto que os com carteira caíram de 31,2% para 21,3% entre 2002 e 2005. Quanto aos músicos e cantores populares, mais de 90% se encontravam trabalhando por conta própria ou sem registro, este quadro praticamente não se alterou nestes quatro anos. Entre as mulheres verificou-se um crescimento nas ocupações sem carteira de trabalho assinada para locutores e comentaristas, que saltou de 35,9% para 51,5% entre 2002 e 2005 e uma queda nas ocupações por conta própria de 22,2% para 3,5%. Entre atores, diretores de espetáculos e afins o emprego cresceu para os com carteira passando de 12,7% para 43,3% entre 2002 e 2005 e houve uma redução nos empregos sem carteira e por conta própria de 53,9% para 38,8% e 33,4% para 17,9%, respectivamente. Indústria No que se refere às ocupações ligadas à indústria, no que concernem as mulheres, constatou-se uma redução significativa entre as ocupadas com registro e sem registro entre as trabalhadoras da extração mineral e um aumento significativo nas trabalhadoras por conta própria de 34,2% para 89,8%. Além disso, um peso muito grande das ocupações por conta própria entre as trabalhadoras das indústrias têxteis, de

116


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

confecção de roupas e de atividades têxteis, de vestuário de 31,5%, 50,6% e 88,3%, respectivamente, para o ano de 2005. Também registraram-se quedas significativas em algumas ocupações por conta própria como a de confeccionadoras de produtos de papel e papelão de 52,5% para 16% e crescimento do emprego com carteira de 41,4% para 71,7%. De um modo geral houve um aumento das trabalhadoras com carteira em várias ocupações e uma queda das trabalhadoras sem carteira, quanto às que trabalhavam conta por conta própria o índice praticamente me se manteve. Entre os homens o comportamento foi muito semelhante ao das mulheres, cresceu o emprego entre os com carteira de trabalho assinado e registrou-se uma queda entre os trabalhadores sem carteira, enquanto que os trabalhadores por conta própria cresceram na maior parte das ocupações.

Outros serviços Para as ocupações agrupadas em torno de outros serviços, entre as mulheres o emprego com registro cresceu para as marceneiras e afins saltando de 10,9% para 58,1% em 2005. Entre as escriturarias em geral também cresceu o emprego com registro embora em uma proporção bem menor de 60,5% em 2002 para 61,5% em 2005. Entre os homens a ocupação com carteira cresceu para os mecânicos de manutenção de 64,2% para 69,1% entre 2002 e 2005 e para os marceneiros e afins de 25% para 28,1% para o mesmo período. O emprego sem carteira, para os homens, caiu em todas as modalidades de ocupação. Saúde Na área de saúde as ocupações com registro, entre as mulheres, cresceram para as enfermeiras de nível superior e técnicas e auxiliares de enfermagem de 41,7% para 43,9% e de 53,8% para 54,7%, respectivamente. As ocupações sem registro aumentaram em todas as modalidades, enquanto isso o emprego público estatutário caiu para todas as ocupações analisadas, exceto para atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins em que o emprego cresceu, passando de 13,9% para 19,6%. Entre os homens chamou a atenção o crescimento dos enfermeiros de nível superior entre os funcionários públicos estatutários, eles eram 6,3% em 2002 e passaram a representar 21,6% em 2005, para as demais ocupações verificou-se, assim com entre as mulheres, uma queda do emprego público estatutário na composição do emprego no setor, conforme indicam as tabelas 19 e 20.

117


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços Domésticos Quanto ao emprego doméstico praticamente não se identificaram alterações ao longo destes quatro anos. O trabalho com carteira representava 25,3% em 2002 e passou a representar 25,6% em 2005, enquanto que o emprego sem carteira representava 74,7% e passou para 74,3% no mesmo período. Entre os homens o percentual de formalização foi superior ao das mulheres, 60,7% em 2002 e 61,2% em 2005. Serviços de Utilidade Pública Entre os serviços de utilidade pública o grau de formalização cresceu entre os homens em todas as modalidades de ocupação selecionadas, no entanto, entre as mulheres algumas ocupações tiveram o grau de formalização reduzido, como trabalhadoras nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios que caiu de 58,5% para 56,2%, da mesma forma na ocupação de catadoras de sucata em que o emprego formal caiu de 3,5% para 2%, enquanto as por conta própria cresceram de 80,2% para 87,6%. No setor de transportes, cresceu entre os homens o emprego com registro e o sem registro, em detrimento da queda dos trabalhadores por conta própria. Transporte O emprego com registro em carteira cresceu de 49,2% para 59,7%, entre os sem carteira também se registrou um crescimento de 24,4% para 28,5% no período analisado. Turismo Nas ocupações selecionadas para a área de turismo, verificou-se crescimento dos empregos formais para garçons, barmen e copeiros, para homens e mulheres. A formalização entre os cozinheiros cresceu para os homens e caiu para as mulheres, com o respectivo crescimento das trabalhadoras por conta própria. Entre os homens o percentual que trabalhava por conta como garçons, barmen e copeiros chegou a 38,5% em 2005.

118


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 19 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para os homens - Brasil (%) funcionário outros empregado público esta- empregados contaSetor Ocupação com carteira tutário sem carteira própria 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas - 93,3 91,5 Trabalhadores agrícolas 29,3 28,4 0,2 0,1 70,1 67,6 0,4 3,7 Extrativistas florestais 17,6 19,7 - 0,1 58,7 46,8 22,5 31,8 Trabalhadores da mecanização agropecuária 64,4 71,5 0,6 0,5 28,9 24,9 5,1 2,9 Pescadores e caçadores 5,1 3,7 25,2 17,1 65,0 75,4 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 56,8 24,1 - 0,1 24,4 16,4 17,9 51,9 Trabalhadores da indústria de alimentos 58,6 64,3 0,5 19,4 18,4 18,1 13,6 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 55,0 58,2 - 0,2 32,7 33,6 9,7 7,2 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 8,0 7,5 20,3 24,6 65,4 63,0 Vendedores ambulantes 0,9 0,3 12,1 13,2 85,1 84,3 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 26,8 30,5 0,3 0,4 24,3 24,8 45,6 40,6 Caixas, bilheteiros e afins 56,0 59,8 2,6 2,4 33,4 30,2 7,7 7,4 Vendedores, demonstradores 38,8 38,7 0,2 0,2 22,9 19,9 38,1 41,0 Repositores, remarcadores do comércio 76,0 82,4 24,0 17,6 Vendedores a domicílio 1,8 3,7 11,9 7,0 82,8 85,7 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 19,1 21,5 2,2 2,0 15,2 13,2 60,2 59,5 Trabalhadores de acabamento de obras civis 12,8 15,9 0,8 0,6 19,7 18,6 63,8 61,9 Ajudantes de obras civis 18,6 19,8 0,6 0,8 67,6 66,7 13,1 12,7 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 24,2 24,0 59,2 52,3 15,9 22,2 0,7 1,6 Professores do ensino médio 32,5 35,2 48,1 43,7 16,5 18,0 2,3 3,1 Professores do ensino superior 39,8 51,7 42,6 35,0 16,9 9,5 0,7 2,9 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 34,9 30,8 24,7 29,6 36,7 39,3 2,8 0,3 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 26,3 20,3 40,8 33,2 30,5 44,1 2,2 2,4 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 11,2 15,5 36,4 16,6 48,1 62,4 4,3 5,5

empregador 2002 2005 6,7 8,5 - 0,1 1,1 1,6 1,1 0,2 4,6 3,8 0,9 7,5 3,4 3,7 2,6 6,3 1,9 3,0 0,3 3,5 3,3 2,8 0,6 0,9 0,2 -

0,9 4,9 2,2 3,7 0,2 0,2 3,7 3,8 3,1 0,9 -

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

119


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 19 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para os homens - Brasil (%) funcionário outros público esta- empregados contaempregado Setor Ocupação tutário sem carteira própria com carteira militar 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 0,4 2,9 52,1 39,1 12,2 9,0 35,3 49,0 Atores, diretores de espetáculos e afins 1,8 26,9 43,0 37,0 35,7 31,2 21,3 Compositores, músicos e cantores 6,2 12,6 30,9 31,7 55,1 52,4 6,1 3,2 Músicos e cantores populares 2,4 1,2 37,3 22,6 54,6 69,4 2,4 3,5 0,2 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 2,6 3,1 13,2 17,0 26,2 26,2 56,7 52,5 Técnicos em metalmecânica 2,0 0,9 14,5 14,6 20,4 10,2 62,8 74,3 0,3 Técnicos de nível médio em operações industriais 0,4 1,9 2,1 - 0,9 97,7 97,1 Trabalhadores da extração mineral 0,4 0,4 31,8 20,6 33,9 40,5 30,3 36,1 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 0,5 0,2 13,0 9,8 3,6 3,4 82,5 86,3 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 50,0 56,2 2,0 1,6 22,8 16,4 22,7 23,9 - 0,1 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 0,5 22,0 15,2 77,5 84,3 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 0,4 0,4 17,1 16,8 9,8 9,6 72,1 73,1 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 67,3 60,4 8,3 2,8 17,0 24,6 7,5 12,2 Vidreiros, ceramistas e afins 13,6 11,6 2,8 8,9 83,6 79,5 Trabalhadores das industrias têxteis 14,4 16,8 6,5 10,9 77,6 70,9 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 11,6 4,2 88,4 95,8 Trabalhadores da confecção de roupas - 0,1 32,0 28,8 28,7 19,1 37,6 50,7 Trabalhadores da confecção de calçados 21,1 18,9 3,9 6,3 73,5 73,2 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 31,1 30,3 37,2 32,3 27,7 32,5 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 1,1 0,6 19,9 20,7 55,2 52,6 22,1 25,3 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 27,3 28,2 - 0,4 72,7 71,4 Trabalhadores de montagem 32,7 17,6 2,7 7,1 64,7 75,3 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 35,9 19,3 43,6 62,7 20,5 13,3 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 0,9 1,4 11,6 6,5 3,9 5,3 83,5 86,6 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas - 0,5 10,6 12,7 89,4 86,8 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 100,0 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 9,3 2,8 90,7 97,2 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 12,9 21,1 26,9 25,3 56,2 53,6 Trabalhadores elementares da manutenção 3,2 2,2 34,9 36,7 34,5 35,8 19,7 21,9 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 0,4 18,3 14,7 68,4 65,7 10,0 18,0 Informática Técnicos em informática 3,3 5,6 19,6 S21,3 16,3 14,4 60,8 58,5 - 0,2 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

120

empregador 2002 2005 3,0 1,8 4,3 3,4 1,3 1,1 3,5 2,3 0,4 0,3 2,5 1,8 - 0,6 0,6 1,5 1,4 1,8 1,3 1,4 1,6 4,0 4,9 1,8 0,7 - 4,7 - 0,2 4,1 7,7 3,5 3,0 1,7 -


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Outros serviços

TABELA 19 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para os homens - Brasil (%) outros empregados trabalhador trabalhador trabalhador funcionário empregados sem doméstico doméstico doméstico s/ empregado público sem declaração com sem declaração conta-próOcupação c/ carteira militar estatutário carteira de carteira carteira carteira de carteira pria empregador 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 20022005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Escriturários em geral, agentes, assistentes 60,1 60,2 0,0 0,1 18,2 20,0 21,7 19,7 - -

e auxiliares administrativos Marceneiros e afins Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Cientistas sociais, psicólogos e afins Saúde e afins Enfermeiros de nível superior e afins Técnicos e auxiliares de enfermagem Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Serviços de Trabalhadores de informações ao público utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros Fiscais e cobradores dos transportes públicos Catadores de sucata Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária Turismo Cozinheiros Garçons, barmen e copeiros

25,0 28,1

-

-

1,1

0,7 29,4 28,1

-

-

-

-

-

-

-

- 39,9 37,2

4,6

6,0

64,2 69,1

0,2

-

1,1

2,1 17,2 10,8

-

-

-

-

-

-

-

- 15,4 16,5

1,8

1,4

49,8 44,2 65,4 50,8 53,3 63,9

42,7 46,7 59,9 57,4 53,0 73,7

0,9 -

- - - - - 2,1 - 2,2 - 0,4 - 0,4 3,6 - 39,3 38,8 60,7 61,2 - -

0,1 -

-

34,1 40,2 10,8 13,0 9,9 3,4 0,8 1,1 1,7 -

1,5 -

4,1 1,1 4,9 -

62,0 62,3 75,2 77,7 3,8 5,0

-

49,2 59,7 54,8 60,7 24,6 29,4

2,4 -

0,3 1,4 1,1 13,2 11,6 - 23,6 17,8 21,4 21,4 - 6,3 21,6 18,4 13,6 - 29,5 24,8 15,5 12,6 - 30,8 22,2 13,9 19,6 - 8,7 5,1 26,9 21,2 0.4 - 10,6 11,7 21,5 21,5 - 1,1 - 23,7 22,3 - 0,5 8,1 9,1

-

-

-

-

-

-

-

- 5,7 4,4 - 87,1 85,0

0,1 1,0

0,1 0,5

-

-

- - 0,3 - 0,1

0,2 -

0,6 -

0,7 -

-

- 18,6 7,0 - 13,5 10,6 - 50,7 38,5

0,6 2,9

0,9 2,5

5,2 1,2 0,5

4,8 24,4 28,5 1,7 29,0 25,2 0,2 21,2 29,4

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

121


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 20 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para as mulheres - Brasil (%) funcionário outros empregado público esta- empregados contaSetor Ocupação com carteira tutário sem carteira própria 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas - 94,0 91,6 Trabalhadores agrícolas 29,5 32,8 - 0,2 70,5 66,5 - 0,2 Extrativistas florestais 1,7 9,7 - 0,2 10,0 9,4 87,5 80,7 Trabalhadores da mecanização agropecuária 71,1 22,6 - 41,3 28,9 36,1 Pescadores e caçadores 1,2 7,7 96,1 92,3 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 3,3 6,0 2,1 3,7 76,0 69,3 18,6 18,4 Trabalhadores da indústria de alimentos 60,5 81,4 21,6 11,8 14,6 6,8 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 24,1 26,0 0,3 15,8 12,9 58,3 59,6 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 0,5 1,4 19,1 24,8 77,5 69,8 Vendedores ambulantes 0,1 0,5 7,7 6,1 91,5 92,7 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 38,1 44,5 0,4 0,4 31,3 26,7 29,1 26,4 Caixas, bilheteiros e afins 80,2 80,9 2,0 1,2 16,9 17,1 0,6 0,7 Vendedores, demonstradores 43,9 42,6 0,3 0,3 22,7 20,2 33,1 36,9 Repositores, remarcadores do comércio 75,0 87,4 25,0 12,6 Vendedores a domicílio 0,9 0,3 7,4 7,4 90,6 92,3 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 35,8 44,0 25,2 6,1 38,9 46,8 Trabalhadores de acabamento de obras civis 27,6 34,0 27,0 13,3 45,4 52,7 Ajudantes de obras civis 15,7 22,7 7,0 12,4 61,8 62,4 15,6 2,5 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 24,6 23,4 61,3 61,6 13,1 14,2 0,7 0,7 Professores do ensino médio 22,6 22,9 60,6 58,0 14,0 17,1 2,5 1,6 Professores do ensino superior 55,3 54,9 28,9 26,9 11,6 12,7 4,2 5,4 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 33,0 30,8 43,6 41,2 23,0 25,7 0,4 1,7 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 25,9 24,3 45,6 44,0 25,2 29,0 2,7 2,5 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 14,3 19,5 36,1 30,1 42,2 43,0 6,6 7,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

122

empregador 2002 2005 6,0 8,4 - 0,2 0,7 2,7 - 2,5 3,3 1,5 3,0 0,7 1,0 0,2 1,1 0,3 0,3 0,6 0,9

1,5 4,0 0,8 2,0 0,0 3,0 0,1 0,4 0,5 0,2 0,4


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 20 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para as mulheres - Brasil (%) funcionário outros contaempregado público esta- empregados Setor Ocupação tutário sem carteira própria com carteira 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas - 3,5 35,9 51,5 22,2 3,5 41,9 41,5 Atores, diretores de espetáculos e afins 53,9 38,8 33,4 17,9 12,7 43,3 Compositores, músicos e cantores 3,5 7,4 56,8 36,6 39,6 56,1 Músicos e cantores populares 1,9 2,4 66,6 37,7 28,7 54,5 2,8 1,1 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 6,7 8,4 6,9 8,1 70,4 78,0 15,0 5,4 Técnicos em metalmecânica 8,2 - 6,3 91,8 93,7 Técnicos de nível médio em operações industriais 6,1 8,0 93,9 92,0 Trabalhadores da extração mineral 40,3 6,3 34,2 89,8 14,3 3,9 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 12,6 10,8 - 0,8 87,4 88,4 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 29,4 10,9 15,5 28,2 53,4 60,9 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 1,4 26,6 28,8 71,9 71,2 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 5,0 8,3 5,8 0,3 89,2 91,4 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 100,0 100,0 Vidreiros, ceramistas e afins 12,7 16,8 4,9 9,9 82,5 73,3 Trabalhadores das industrias têxteis 22,7 17,2 33,3 31,5 44,0 51,3 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 9,1 3,8 90,9 96,2 Trabalhadores da confecção de roupas 0,3 0,2 19,1 17,2 50,7 50,6 29,1 31,3 Trabalhadores da confecção de calçados 20,5 23,4 5,6 6,8 70,9 69,0 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 18,1 16,8 27,6 30,4 54,2 52,8 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 0,1 5,5 6,4 89,3 88,3 4,9 4,8 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 17,4 11,5 82,6 88,5 Trabalhadores de montagem 32,7 67,3 100,0 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 8,6 9,3 76,0 72,1 15,4 10,0 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins - 0,7 10,8 14,9 19,1 9,3 70,2 74,2 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 31,0 37,9 69,0 62,1 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 22,4 77,6 100,0 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 6,1 12,3 52,5 16,0 41,4 71,7 Trabalhadores elementares da manutenção 30,6 - 100,0 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 0,4 0,4 7,3 7,2 87,5 86,7 4,7 3,8 Informática Técnicos em informática 7,9 7,9 15,7 22,7 5,9 7,8 70,5 59,7

empregador 2002 2005 - 2,4 1,0 11,1 1,7 0,8 0,6 3,0 0,8 0,2 0,5 - 8,6 - 0,9 69,4 0,1 1,9 -

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

123


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 20 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição na ocupação para as mulheres - Brasil (%) funcionário outros trabalhador trabalhado doméstico contaempregado público esta- empregados doméstico Setor Ocupação tutário sem carteira com carteira sem carteira própria com carteira 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 60,5 61,5 20,5 20,5 19,0 17,9 Marceneiros e afins 14,3 8,6 - 60,8 33,3 10,9 58,1 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 5,4 - 7,1 94,6 74,8 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 10,0 - 90,0 Cientistas sociais, psicólogos e afins - 13,2 22,2 39,1 32,3 32,8 24,1 12,7 19,0 Enfermeiros de nível superior e afins 7,4 16,3 1,7 3,9 41,7 43,9 49,2 35,5 Técnicos e auxiliares de enfermagem 9,6 11,1 1,0 0,4 0,9 1,2 2,8 1,9 53,8 54,7 31,9 30,7 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 11,4 15,9 0,7 0,9 3,4 3,8 3,4 2,9 49,2 43,4 31,8 33,2 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral - 25,3 25,6 74,7 74,3 - 0,0 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 7,4 6,8 24,7 23,9 - 0,1 67,8 69,2 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 0,4 0,7 58,5 56,2 20,4 19,8 20,6 23,3 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 17,3 16,4 82,7 83,6 Turismo Catadores de sucata 16,3 10,4 - 80,2 87,6 3,5 2,0 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 100,0 Cozinheiros 2,3 3,3 2,4 2,2 13,3 15,3 41,4 37,6 15,7 16,8 24,6 24,1 Garçons, barmen e copeiros 3,1 4,3 22,6 29,0 0,1 0,1 - 43,5 28,7 29,1 35,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

124

empregador 2002 2005 13,9 - 18,1 2,2 2,3 - 0,5 0,4 1,7

0,7 2,0


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por escolaridade Atividades agrícolas A escolaridade entre os homens ocupados em atividades agrícolas reduziu para o ensino fundamental incompleto e aumentou para os demais níveis de escolaridade (ensinos fundamental, médio e superior). Mesmo assim, cerca de 90% dos trabalhadores permaneceram com fundamental incompleto. Entre as mulheres, no entanto, observou-se comportamento distinto: enquanto a escolaridade aumentou entre produtoras agrícolas, trabalhadoras agrícolas e extrativistas florestais; caiu para trabalhadoras da mecanização agropecuária e pescadoras e caçadoras. Considerando que entre as trabalhadoras da mecanização agrícola, o emprego caiu em 54,9% no período analisado, se deduz que os empregos que permaneceram foram os de menor escolaridade. Já entre pescadoras e caçadoras o emprego cresceu 55,4%, o que significa que as novas ocupações ocorreram entre as mulheres com menor escolaridade. Indústria alimentícia Para as ocupações associadas à indústria alimentícia teve-se um aumento do total de trabalhadores com menor escolaridade para a ocupação de operadores da preparação de alimentos e bebidas. Em 2002 eram 64,9% os trabalhadores com ensino fundamental incompleto, em 2005 passou para 83,1%, caiu a participação do ensino fundamental completo e do ensino médio. Considerando que esta ocupação apresentou um crescimento de 196,4% no período analisado, concluiu-se que os empregos gerados ocorreram entre os trabalhadores de menor escolaridade. Para as demais ocupações o emprego cresceu entre os trabalhadores de ensino fundamental completo e ensino médio. Para as mulheres os percentuais de escolaridade aumentaram entre um período e outro, exceto para a ocupação de trabalhadoras da indústria de alimentos onde o percentual de mulheres com ensino fundamental incompleto passou de 50,4% para 53,0% no período analisado. Ambulantes Entre os trabalhadores e trabalhadoras ambulantes registrou-se um comportamento bastante semelhante. A escolarização cresceu para homens e mulheres. Entre vendedores ambulantes, quando comparados os dados por gênero

125


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

ficou nítida a superioridade das mulheres quanto à escolaridade, ou seja, 24,5% em 2005 possuíam ensino médio, contra 15,3% dos homens.

Comércio Entre as ocupações selecionadas para a área do comércio, houve uma elevação da escolaridade entre os homens, do ensino fundamental incompleto em 2002 para o ensino fundamental completo e ensino médio em 2005, em todas as ocupações selecionadas. Chamou a atenção a de vendedores a domicilio onde o emprego cresceu basicamente entre os trabalhadores dos ensinos fundamental completo, médio e superior, passando de 17,4% para 28,3% de 19,5% para 230% e 0% para 10,8%, respectivamente, entre 2002 e 2005. Entre as mulheres houve um maior nível de escolaridade em todas as ocupações selecionadas, concentradas no ensino médio. Para as ocupações técnicas de nível médio em operações comerciais e caixas, bilheteiras, mais de 50% das mulheres ocupadas nestas atividades possuíam ensino médio completo, também eram maioria entre as demais ocupações embora não representassem mais de 50%. Somente entre vendedores a domicílio identificou-se uma grande concentração de mulheres com ensino fundamental incompleto, 45,9% em 2005. Construção civil Entre os trabalhadores da construção civil, verificou-se uma redução do percentual de trabalhadores com apenas o ensino fundamental incompleto e um aumento da participação dos trabalhadores mais escolarizados. No entanto, os menos escolarizados continuaram representando um percentual bastante grande no conjunto das ocupações. Entre os trabalhadores da construção civil e obras públicas o percentual era de 78,7% em 2002 e caiu para 73,7% em 2005, trabalhadores de acabamento e obras civis, passaram de 66,6% em 2002 e para 61,7% em 2005, entre os ajudantes de obras civis os dados recuaram de 80,7% em 2002 para 71,7%, em 2005. Como podemos verificar este foi um dos segmentos que, juntamente com o setor agrícola e o trabalho doméstico, predominavam trabalhadores e trabalhadoras com baixa escolaridade. Entre as mulheres o comportamento se repetiu, exceto para as trabalhadoras da construção civil e obras públicas onde o percentual maior estava concentrado entre trabalhadoras do ensino médio, 54% em 2002 e 48,9% em 2005. Considerando que para esta modalidade de ocupação ocorreu queda do nível de emprego, deduz-se que permaneceram as de escolaridade mais elevada.

126


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Educação Na área de educação o nível de escolaridade concentrava-se nos ensinos médio e superior. Quando analisados os dados por gênero, verificou-se uma predominância e crescimento do nível superior , tanto para homens quanto para as mulheres em todas as modalidades de educação. Entretenimento Na área de entretenimento predominavam os trabalhadores e trabalhadoras com ensino médio. Conforme os dados das tabelas 21 e 22, observa-se que entre as mulheres ocorreu uma significativa redução de compositoras, cantoras e músicas com ensinos fundamental completo, médio e superior e um crescimento do ensino fundamental incompleto de 15,4% em 2002 para 76,3% em 2005, comportamento inverso verificou-se entre os homens em que o nível de escolaridade para compositores, músicos e cantores se elevou no mesmo período. Considerando que a ocupação apresentou uma redução de quase 50% entre 2002 e 2005, deduz-se que permaneceram nesta ocupação as de menor escolaridade. Indústria Nas atividades ligadas à indústria cresceu o percentual de trabalhadores com ensino médio em praticamente todas as ocupações selecionadas, exceto para trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros e trabalhadores da preparação de pasta de papel. Nas duas ocupações o emprego cresceu, sendo que na última, o crescimento foi superior a 60%, o que significa que a ampliação da ocupação ocorreu entre os trabalhadores de menor escolaridade, os dados para o ensino fundamental incompleto confirmam esta afirmação, eram 17,3% em 2002 e passou para 54,1% em 2005. Já o ensino superior representava um percentual pequeno entre os diferentes níveis de escolaridade. Os dados, quando analisados em seu conjunto, favoreciam as mulheres, uma vez que para a maioria das ocupações as mulheres apresentavam maior nível de escolaridade. Outros serviços Para as ocupações agrupadas sob o título de outros serviços teve-se uma queda do ensino fundamental incompleto para homens e mulheres e um crescimento dos ensinos médio e superior, sendo que as mulheres apresentaram maior escolaridade em todas as ocupações, exceto para a ocupação de marceneiros e afins.

127


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Saúde Na área de saúde o nível de escolaridade se elevou em todas as ocupações analisadas. Os trabalhadores com ensino médio e superior predominam entre homens e mulheres. Serviços Domésticos Entre as trabalhadoras dos serviços domésticos teve-se uma queda entre aquelas que possuíam apenas o ensino fundamental incompleto de 74,7% para 68,6% e uma elevação na ocupação com ensino fundamental completo e ensino médio de 16,7% para 19,2% e de 7,4% para 11,2%, respectivamente. Serviços de Utilidade Pública Quanto aos serviços de utilidade pública a escolaridade aumentou embora para algumas ocupações o peso dos trabalhadores e trabalhadores com pouca escolaridade seguisse em alta, foi o caso dos trabalhadores e trabalhadoras de serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e os catadores e catadoras de sucata. Transportes Nesta ocupação há uma grande predominância de trabalhadores com fundamental incompleto de 37,8% em 2002 para 41,3% em 2005. Os trabalhadores de nível médio e superior reduziram a sua participação no emprego total e 37,2% para 31,7% no ensino médio e de 17,0% para 12,6% no ensino superior. Turismo Entre os cozinheiros, garçons, barmen e copeiros o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras indicou um nível de escolaridade mais elevada, caiu os trabalhadores e trabalhadoras com ensino fundamental incompleto e aumentou a participação daqueles que possuíam escolaridade mais elevada (ensino fundamental completo e médio).

128


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 21 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para homens - Brasil (%) fundam. ensino Setor Ocupação incompleto fundamental médio superior não declarado 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 92,2 89,7 4,3 5,5 2,7 3,9 0,6 0,8 0,2 0,2 Trabalhadores agrícolas 91,7 87,2 5,9 8,7 1,9 3,8 0,1 0,1 0,4 0,2 Extrativistas florestais 94,4 88,4 4,4 6,6 0,8 4,9 0,4 0,2 Trabalhadores da mecanização agropecuária 80,3 74,5 11,2 15,0 7,5 9,9 0,2 0,2 0,8 0,3 Pescadores e caçadores 90,2 86,8 5,1 8,2 4,3 4,4 0,4 0,6 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 64,9 83,1 17,4 9,4 16,1 5,8 1,5 - 1,7 Trabalhadores da indústria de alimentos 64,7 52,2 20,7 27,7 13,5 18,9 0,5 0,1 0,7 1,1 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 62,4 55,2 22,0 22,6 14,0 21,5 0,1 1,5 0,8 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 69,8 58,7 12,7 21,0 16,5 18,7 0,9 1,2 0,1 0,6 Vendedores ambulantes 71,2 66,7 15,0 16,6 12,8 15,3 0,5 0,7 0,5 0,6 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 20,6 13,8 15,9 13,8 49,1 57,3 13,7 15,0 0,7 0,1 Caixas, bilheteiros e afins 27,4 21,1 21,9 19,9 43,6 50,5 6,2 7,9 1,0 0,6 Vendedores, demonstradores 41,6 36,9 23,8 21,1 31,2 38,0 2,7 3,4 0,7 0,6 Repositores, remarcadores do comércio 37,9 28,0 31,0 31,2 30,7 37,9 - 1,0 0,4 1,9 Vendedores a domicílio 63,1 37,9 17,4 28,3 19,5 23,0 - 10,8 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 78,7 73,7 13,5 14,9 6,9 10,4 0,2 0,4 0,6 0,5 Trabalhadores de acabamento de obras civis 66,6 61,7 20,7 24,1 12,0 13,0 0,2 0,3 0,5 0,9 Ajudantes de obras civis 80,7 71,7 14,0 19,1 4,5 8,4 - 0,0 0,7 0,7 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 25,1 28,7 74,9 71,3 Professores do ensino médio 19,2 14,6 80,8 85,4 Professores do ensino superior 7,3 8,5 92,7 91,5 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 5,9 4,1 8,7 2,7 53,3 46,4 32,1 46,9 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 84,0 78,6 16,0 21,4 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 21,0 19,8 25,5 22,9 48,5 54,7 3,0 2,6 1,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

129


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 21 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para homens - Brasil (%) ensino fundam. Setor Ocupação médio superior não declarado incompleto fundamental 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 1,3 3,1 41,4 51,1 7,8 11,8 28,0 25,1 21,5 8,9 Atores, diretores de espetáculos e afins 31,0 47,7 46,3 18,6 9,1 15,6 13,5 18,1 Compositores, músicos e cantores 31,4 42,3 6,9 23,6 31,6 11,8 30,1 22,3 Músicos e cantores populares 34,1 31,5 2,8 4,6 34,9 35,9 27,9 25,2 0,3 2,8 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 51,4 57,1 4,5 5,7 0,7 0,5 25,3 19,9 18,1 16,8 Técnicos em metalmecânica 40,4 57,2 2,6 2,2 1,4 1,8 33,7 22,4 21,9 16,4 Técnicos de nível médio em operações industriais 48,4 64,2 14,0 9,0 0,9 0,4 20,0 11,4 16,7 15,1 Trabalhadores da extração mineral 8,2 9,9 11,5 14,7 - 0,7 0,5 79,8 74,6 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 34,5 51,6 0,8 1,0 1,4 1,3 34,7 25,7 28,6 20,4 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 16,6 24,4 0,3 0,6 1,3 1,1 58,9 49,9 22,8 24,0 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 29,9 42,4 1,4 0,8 0,4 3,0 40,8 33,8 27,4 19,9 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 40,2 54,1 1,9 1,1 1,1 1,0 30,3 20,7 26,6 23,1 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 33,6 35,1 3,0 1,4 0,4 35,3 37,2 27,6 26,3 Vidreiros, ceramistas e afins 25,0 29,3 - 1,2 0,5 1,2 47,8 40,0 26,7 28,3 Trabalhadores das industrias têxteis 19,4 23,5 - 0,3 2,0 2,2 53,3 40,1 25,4 34,0 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 5,5 21,1 - 2,5 76,5 56,3 18,0 20,1 Trabalhadores da confecção de roupas 25,9 32,4 2,9 1,8 42,9 38,8 26,5 28,8 Trabalhadores da confecção de calçados 14,9 19,9 0,2 0,3 1,2 0,3 65,8 46,3 18,0 33,1 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 18,7 16,9 0,4 1,8 0,9 0,2 59,9 60,1 20,1 21,0 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 19,5 22,9 0,5 0,3 1,3 0,2 55,6 53,4 23,1 23,2 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 8,8 11,9 2,9 0,4 69,1 67,7 19,2 20,0 Trabalhadores de montagem 17,7 32,0 - 0,8 1,7 3,6 54,7 33,9 26,0 29,8 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 10,6 17,0 2,9 74,6 73,7 11,8 9,3 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 34,6 40,0 1,9 3,1 1,8 0,5 36,3 36,5 25,4 19,9 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 27,5 36,1 2,1 1,8 41,2 37,1 29,1 24,9 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 70,7 15,5 - 6,2 - 7,7 17,3 54,1 12,0 16,5 Trabalhadores da fabricação de papel 29,9 40,3 37,4 33,5 32,7 26,3 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 37,8 31,4 - 3,0 37,3 48,3 24,9 17,2 Trabalhadores elementares da manutenção 6,9 12,9 - 0,2 - 0,6 77,2 69,5 15,8 16,8 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 30,1 33,9 5,0 4,3 0,5 0,4 46,2 43,3 18,2 18,0 Informática Técnicos em informática 72,3 73,0 9,7 17,4 - 0,2 3,6 1,9 14,5 7,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

130


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 21 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para homens - Brasil (%) fundam. ensino incompleto fundamental médio superior não declarado Setor Ocupação 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 8,8 7,2 21,6 16,0 59,4 63,6 9,5 12,5 0,7 0,7 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 60,0 57,6 23,0 24,5 15,9 15,8 0,4 0,9 0,7 1,3 Marceneiros e afins Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, 40,5 26,2 30,6 25,0 26,3 44,7 0,5 3,2 2,2 0,9 comerciais e residenciais 28,7 36,6 24,3 27,6 41,3 34,9 4,1 0,5 1,7 0,4 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial 9,0 2,9 6,4 7,5 28,6 21,0 56,0 68,5 Cientistas sociais, psicólogos e afins 3,0 - 47,7 4,1 49,3 95,9 Enfermeiros de nível superior e afins 4,5 7,0 17,1 6,4 74,3 80,1 2,8 5,1 1,3 1,4 Técnicos e auxiliares de enfermagem 25,2 13,2 29,3 19,5 41,3 57,9 4,2 7,3 - 2,1 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 82,7 82,0 12,0 11,8 4,7 5,1 0,6 1,1 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 13,6 9,1 16,6 15,8 60,3 66,2 8,9 8,5 0,6 0,4 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção 75,3 65,6 15,4 18,2 8,6 15,0 0,0 0,1 0,7 1,0 de edifícios e logradouros 37,4 33,0 31,7 31,9 29,9 33,8 0,7 0,4 0,3 0,9 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 87,6 84,4 7,0 10,3 3,6 5,3 1,7 Turismo Catadores de sucata 37,8 41,3 8,0 14,4 37,2 31,7 17,0 12,6 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 61,1 50,1 20,3 28,1 16,6 19,7 1,1 1,0 0,9 1,0 Cozinheiros 56,7 49,3 23,9 25,8 18,2 23,9 0,6 0,7 0,7 0,3 Garçons, barmen e copeiros Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

131


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 22 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para mulheres - Brasil (%) fundam. ensino Setor Ocupação incompleto fundamental médio superior não declarado 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 92,4 90,5 3,3 3,6 2,9 4,6 0,8 1,0 0,5 0,3 Trabalhadores agrícolas 92,1 85,0 5,7 11,0 1,8 3,7 0,5 0,2 Extrativistas florestais 96,9 92,5 2,9 4,1 0,2 3,4 Trabalhadores da mecanização agropecuária 30,6 100,0 69,4 Pescadores e caçadores 79,3 88,2 12,3 8,6 8,4 3,2 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 94,5 83,4 - 7,5 5,5 7,2 - 1,4 - 0,5 Trabalhadores da indústria de alimentos 50,4 53,0 31,8 26,1 16,1 20,0 1,7 0,9 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 54,1 48,4 23,5 21,5 18,8 27,7 1,4 1,9 2,2 0,6 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 66,8 57,2 13,7 22,5 16,8 18,9 1,2 0,7 1,5 0,7 Vendedores ambulantes 58,9 51,4 18,0 21,0 20,5 24,9 1,5 1,7 1,2 1,0 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 16,8 9,0 17,4 13,5 52,1 62,3 13,2 13,8 0,5 1,3 Caixas, bilheteiros e afins 10,4 6,6 20,7 18,3 61,8 67,9 6,3 6,7 0,8 0,4 Vendedores, demonstradores 28,4 25,8 23,7 22,4 43,9 47,9 3,0 3,3 0,9 0,7 Repositores, remarcadores do comércio 33,0 12,9 31,0 33,6 33,5 52,2 2,5 1,3 Vendedores a domicílio 54,8 45,9 15,5 23,1 25,1 28,1 3,1 2,0 1,5 0,9 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 29,6 42,1 6,9 54,0 48,9 9,5 8,9 Trabalhadores de acabamento de obras civis 77,1 42,6 22,9 29,9 - 27,5 Ajudantes de obras civis 62,7 81,0 29,8 12,8 7,5 6,3 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 0,0 0,1 37,2 28,6 62,8 71,4 Professores do ensino médio 16,2 14,3 83,8 85,7 Professores do ensino superior - 0,4 12,1 6,8 87,9 92,8 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 3,2 1,7 8,0 4,6 37,5 33,7 51,2 60,0 0,1 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 0,1 0,1 86,9 87,0 13,0 12,9 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 10,6 10,5 29,3 28,6 53,8 53,0 5,1 6,3 1,2 1,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

132


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 22 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para mulheres - Brasil (%) ensino fundam. Setor Ocupação médio superior não declarado incompleto fundamental 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 66,2 41,3 10,2 16,8 5,6 9,8 18,0 32,1 Atores, diretores de espetáculos e afins 30,9 52,3 25,4 45,8 25,4 - 18,2 1,9 Compositores, músicos e cantores 32,1 - 24,4 7,4 15,4 76,3 28,0 16,4 Indústria Músicos e cantores populares 40,0 39,4 12,2 10,6 4,4 14,6 33,5 28,7 16,5 Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 69,6 75,2 12,1 10,2 3,3 2,7 15,0 12,0 Técnicos em metalmecânica 69,7 81,0 - 19,0 30,3 Técnicos de nível médio em operações industriais 30,0 46,9 5,7 6,9 - 3,3 23,4 24,1 40,9 18,8 Trabalhadores da extração mineral 30,2 3,0 55,5 93,0 14,3 3,9 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 49,3 44,2 29,9 31,4 20,8 24,4 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 12,1 37,8 1,6 1,6 53,1 45,4 31,7 16,7 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 36,1 42,2 43,9 17,1 20,0 40,7 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 42,4 76,1 4,2 1,7 - 0,6 20,6 10,8 32,8 10,8 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações - 42,6 - 25,0 - 100,0 32,4 Vidreiros, ceramistas e afins 25,6 13,9 - 7,1 3,6 3,7 46,2 34,6 24,6 40,6 Trabalhadores das industrias têxteis 13,9 24,6 - 0,7 1,8 0,5 67,1 50,2 17,2 24,0 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 16,9 21,1 40,7 52,7 42,3 26,2 Trabalhadores da confecção de roupas 18,7 24,7 0,9 1,1 1,0 0,6 56,9 50,5 22,6 23,2 Trabalhadores da confecção de calçados 12,4 17,2 0,5 1,2 0,3 60,8 57,9 25,0 24,6 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 17,2 26,8 0,8 6,9 47,6 39,3 34,5 27,0 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 15,3 18,9 0,9 1,3 1,7 0,6 67,2 63,6 14,9 15,6 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 9,8 19,7 7,8 8,6 61,2 47,5 21,2 24,2 Trabalhadores de montagem 45,9 42,5 13,2 57,5 40,9 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 12,3 18,7 72,9 69,0 14,9 12,4 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 26,6 48,4 2,4 1,6 - 3,5 47,1 32,2 23,9 14,3 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 11,9 40,7 - 4,8 62,5 43,5 25,5 11,0 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 22,9 56,3 12,6 21,6 64,5 22,1 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 35,8 56,3 12,6 - 11,0 17,6 24,8 34,0 7,9 Trabalhadores elementares da manutenção 69,4 100,0 ‘- 30,6 Informática Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 33,5 40,9 13,3 8,8 1,6 0,5 35,2 26,8 16,4 23,0 Técnicos em informática 69,0 64,9 16,9 22,5 1,6 3,3 12,5 9,3 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

133


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 22 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por posição escolaridade para mulheres - Brasil (%) fundam. ensino incompleto fundamental médio superior não declarado Ocupação Setor 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 4,4 3,8 13,3 11,3 69,3 69,1 12,3 15,1 0,7 0,7 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Outros serviços 66,2 50,8 12,1 38,0 21,8 7,9 - 3,3 Marceneiros e afins Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, 48,4 6,5 - 26,5 46,2 67,0 5,4 comerciais e residenciais - 63,0 - 37,0 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Saúde e afins 5,6 1,1 2,9 2,5 26,2 18,0 64,6 77,8 0,8 0,5 Cientistas sociais, psicólogos e afins 0,5 1,6 1,6 0,8 13,3 13,5 84,6 84,2 Enfermeiros de nível superior e afins 3,4 1,5 11,3 6,3 77,0 82,8 7,7 9,1 0,6 0,2 Técnicos e auxiliares de enfermagem 15,3 16,0 31,2 26,7 46,5 51,0 3,2 5,3 3,8 1,0 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 74,7 68,6 16,7 19,2 7,4 11,2 0,0 0,1 1,2 1,0 Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Serviços de 7,2 5,5 20,0 16,0 67,1 72,4 4,7 5,6 0,9 0,5 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção 68,3 61,5 18,7 19,7 11,3 17,2 0,1 0,1 1,6 1,5 de edifícios e logradouros 20,4 23,9 36,8 28,5 41,0 47,1 - 0,6 1,8 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 89,9 89,8 5,7 3,5 3,6 6,7 0,7 Turismo Catadores de sucata - 100,0 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 65,9 59,2 20,0 21,8 12,3 17,4 0,6 0,7 1,2 1,0 Cozinheiros 53,5 44,7 23,8 25,3 20,7 28,3 1,3 0,9 0,7 0,7 Garçons, barmen e copeiros Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

134


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por cor/raça Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas à agricultura os trabalhadores de cores parda e branca predominavam. Eram mais de 90% em todas as modalidades de ocupação, entre os de cor branca o percentual caiu entre 2002 e 2005 e aumentou a participação dos trabalhadores de cor parda para o mesmo período. Entre as mulheres ocorreu um processo semelhante, exceto pela maior participação das trabalhadoras de cor preta, principalmente entre pescadoras e caçadoras que representavam 8,2% em 2002 e passaram para 15,8% em 2005. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia, entre os homens, predominavam os trabalhadores de cor branca, embora o percentual de pardos tenha crescido no período. Entre as mulheres observou-se um crescimento das operadoras de preparação de alimentos e bebidas de cor parda de 55% para 69,2%, processo semelhante pôde ser identificado entre os homens onde o percentual passou de 42,3% para 69,8%. Considerando que se trata de uma ocupação que registrou elevado percentual de crescimento, podemos deduzir que este crescimento ocorreu entre os trabalhadores e trabalhadoras de cor parda. Ambulantes Entre os trabalhadores e trabalhadoras ocupados na condição de vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes, houve uma queda dos vendedores ambulantes de cor branca e um crescimento destes trabalhadores de cor parda, para homens e mulheres. Comércio As atividades ligadas ao comércio eram ocupadas majoritariamente por trabalhadores e trabalhadoras de cor branca, no entanto, a participação dos trabalhadores de cor parda ampliou-se para as ocupações de técnicos de nível médio em operações comerciais, caixas bilheteiros e afins, vendedores e demonstradores e caiu para repositores, remarcadores do

135


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

comércio e vendedores a domicílio. Sendo que a ocupação de vendedores a domicílio cresceu significativamente entre os trabalhadores de cor preta de 0% para 15% entre 2002 e 2005. Já entre as mulheres a participação das trabalhadoras de cor parda se ampliou em todas as modalidades de ocupação, enquanto a participação das trabalhadoras de cor branca caiu em todas as ocupações analisadas, exceto para técnicas de nível médio em operações comerciais.

Construção civil Na área da construção civil tinha-se uma participação equilibrada entre os trabalhadores de cor branca e parda para as ocupações de construção civil e obras públicas e acabamento de obras civis, sendo que a participação dos de cor parda se ampliou entre 2002 e 2005. Entre os ajudantes de obras civis, prevaleciam os trabalhadores de cor parda 53,2% em 2002 e 55,2% em 2005, seguido pelos de cor branca com percentuais de 36% e 34,3% e os de cor preta representando 10,2% e 10,1% , para o mesmo período. Entre as mulheres se constatou-se situação semelhante. Sendo que entre as trabalhadoras de acabamento de obras civis as de cor branca representavam 74% em 2005, enquanto que as de cor preta representavam 19,8% das ajudantes em obras civis. Educação Na educação, a participação dos trabalhadores de cor branca caiu para professores de educação infantil e do ensino fundamental, professores do ensino médio e profissionalizante e aumentou entre os professores de ensino superior. A participação dos trabalhadores de cor preta embora tenha crescido em algumas modalidades, seguiu representando pouco mais de 5% para a maioria das ocupações analisadas. A maioria das trabalhadoras em educação era branca, no entanto, as trabalhadoras de cor parda ampliaram sua participação em quase todas as ocupações analisadas e as de cor preta, assim como entre os homens, representavam menos de 5% em 2005. Entretenimento Entre as ocupações ligadas à área de entretenimento havia uma predominância de trabalhadores de cor branca, especialmente entre atores, diretores de espetáculos e afins em que o percentual chegava a 94,3% entre as mulheres e 50,6% entre

136


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

os homens em 2005. Outra ocupação que concentrava muitos trabalhadores de cor branca era a de locutores e comentaristas, entre as mulheres o percentual era de 49,5% e entre os homens o percentual chegou a 59,2% em 2005.

Indústria Entre as ocupações ligadas à indústria, os trabalhadores de cor branca representavam mais de 50% das ocupações. Os trabalhadores de cor preta representavam um percentual muito pequeno na maioria destas ocupações, a sua participação cresceu de forma significativa entre os trabalhadores da preparação de pasta de papel, na qual o emprego cresceu acima da média entre 2002 e 2005. Entre as mulheres o percentual de trabalhadoras de cor branca também era elevado. Havia menor presença de trabalhadoras de cor preta entre as ocupações selecionadas e nas ocupações com presença de trabalhadores de cor preta uma tendência à redução para a maioria das ocupações. Técnicos de informática Entre os técnicos de informática caiu o emprego entre os de cor branca e cresceu entre os trabalhadores de cor parda para homens e mulheres. Outros serviços As ocupações agrupadas sob o titulo de outros serviços eram predominantemente desenvolvidas por trabalhadores de cor branca, especialmente entre as mulheres, enquanto que os de cor parda cresceram mais entre os homens. Saúde Para a área de saúde observou-se uma redução da participação das trabalhadoras brancas em todas as ocupações selecionadas e um aumento da participação das trabalhadoras de cor parda, entre as de cor preta o aumento foi menos significativo. Entre os homens o emprego caiu entre os de cor branca, exceto para os enfermeiros de nível superior que passou de 57% para 62,6% entre 2002 e 2005. Em 2002 os enfermeiros de nível superior representavam 26,5% e caíram para 4,9% em 2005.

137


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços Domésticos Entre as trabalhadoras de serviços domésticos em geral, as de cor parda representavam 46,3% em 2002 e passaram para 48,6% em 2005, enquanto que as de cor branca caíram de 42,9% para 39,3% e as de cor preta passaram de 10,3% para 11,6% em 2005. Serviços de Utilidade Pública Para os ocupados em serviços de utilidade pública, as ocupadas de cor branca em atividades ligadas a informações ao público representavam 67,9% em 2002 e caíram para 62,3% em 2005, ao mesmo tempo em que cresceu a participação das trabalhadoras pardas e negras que passaram de 26,6% para 30% de 5,2% para 7,4%, respectivamente, para o mesmo período, situação semelhante constatou-se entre as trabalhadoras nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios. Já entre as fiscais cobradoras cresceu a participação das mulheres de cor branca e caiu entre as de cor preta e parda. Entre as catadoras de sucata caiu a participação das mulheres de cor branca e parda cresceu entre as de cor preta, de 15,7% para 23,6%. Entre os homens ocupados em serviços de utilidade pública caiu a participação de brancos em todas as ocupações, exceto para catadores de sucata. Enquanto isso a participação dos trabalhadores de cor preta e parda aumentou. Transporte Na ocupação de técnicos em navegação indica uma predominância de trabalhadores de cor branca. Eles representavam 52,1% em 2002 e passaram a representar 40,8% em 2005. Entre os trabalhadores de cor parda o percentual era de 36,9% em 2002 e passou para 49,7% em 2005. Turismo As mulheres brancas representavam a maioria entre as cozinheiras, garçons, barmen e copeiras, no entanto tal participação decresceu no período analisado com o aumento da participação das mulheres negras (em menor proporção) e pardas. Entre os homens o comportamento foi bastante semelhante, caiu levemente a participação dos trabalhadores de cor nas duas ocupações e cresceu a de trabalhadores de cor preta e parda.

138


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 23 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para homens - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 0,3 0,1 45,1 42,0 3,4 4,0 0,5 0,5 50,8 53,5 Trabalhadores agrícolas 0,1 0,1 35,9 31,9 8,3 8,6 - 0,1 55,7 59,3 Extrativistas florestais - 0,8 32,7 27,6 7,9 6,4 - 0,3 59,4 64,8 Trabalhadores da mecanização agropecuária 0,3 0,2 52,0 47,0 5,2 6,6 0,2 42,4 46,2 Pescadores e caçadores 1,0 0,5 29,5 27,6 7,2 7,3 0,2 0,1 62,1 64,6 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas - 0,2 51,5 27,8 6,1 1,9 - 0,3 42,3 69,8 Trabalhadores da indústria de alimentos 0,2 0,5 56,5 52,2 4,7 7,5 38,6 39,9 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 0,1 - 47,2 48,2 7,0 6,2 0,3 0,5 45,4 45,0 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 0,6 - 47,0 48,5 5,3 5,6 1,0 1,8 46,1 44,0 Vendedores ambulantes 0,3 0,3 43,1 39,3 7,0 8,5 0,1 0,6 49,5 51,3 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 0,1 0,1 74,1 71,3 2,7 3,5 0,6 1,1 22,6 24,0 Caixas, bilheteiros e afins - 0,1 61,4 55,3 4,8 5,2 0,3 0,3 33,5 39,1 Vendedores, demonstradores 0,2 0,2 58,7 55,6 4,4 5,4 0,6 0,7 36,1 38,1 Repositores, remarcadores do comércio 0,3 - 48,8 51,9 10,0 8,4 - 0,2 40,8 39,5 Vendedores a domicílio - 49,1 47,7 - 15,1 50,9 37,3 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 0,2 0,3 45,8 41,3 8,3 9,3 0,1 0,1 45,5 49,0 Trabalhadores de acabamento de obras civis 0,2 0,2 48,7 46,3 9,0 8,5 0,1 0,4 41,9 44,6 Ajudantes de obras civis 0,2 0,3 36,0 34,3 10,2 10,1 0,3 0,2 53,2 55,2 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental - 62,6 57,0 2,6 7,0 1,6 33,2 36,0 Professores do ensino médio - 0,7 67,7 65,4 5,7 4,7 - 0,3 26,5 28,9 Professores do ensino superior - 79,1 82,1 3,6 4,0 1,5 0,9 15,8 13,1 Outros professores de ensino não classificados anteriormente - 0,4 65,2 58,3 5,9 7,3 3,8 1,0 25,1 33,1 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 0,4 0,2 50,7 48,4 4,9 7,1 - 0,5 44,0 43,8 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres - 34,9 38,8 6,0 2,3 3,2 55,8 59,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

139


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 23 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para homens - Brasil (%) Setor Ocupação branca preta amarela indígena 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 0,9 7,9 0,7 - 63,3 59,2 Atores, diretores de espetáculos e afins 5,6 6,6 2,8 - 82,5 50,6 Compositores, músicos e cantores 15,2 12,2 - 41,4 61,5 Músicos e cantores populares 13,9 11,2 - 48,1 43,5 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 4,5 6,4 0,9 1,9 - 0,1 63,2 55,9 Técnicos em metalmecânica 5,1 6,4 - 60,9 58,6 Técnicos de nível médio em operações industriais 5,0 5,8 1,3 2,1 - 69,5 74,2 Trabalhadores da extração mineral 10,9 8,4 0,2 - 36,5 40,7 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 5,0 6,5 0,5 0,3 - 64,6 65,1 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 7,7 9,4 0,1 0,2 0,1 0,2 53,7 50,4 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 10,0 6,8 1,0 0,3 - 57,2 51,7 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 7,7 8,7 - 1,4 55,7 57,9 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 8,5 10,2 0,2 - 53,6 51,5 Vidreiros, ceramistas e afins 11,1 6,9 - 57,8 56,5 Trabalhadores das industrias têxteis 4,8 5,5 - 0,4 - 0,8 62,1 52,8 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 7,7 13,1 - 56,3 57,6 Trabalhadores da confecção de roupas 5,0 6,8 - 0,1 0,1 - 62,9 54,9 Trabalhadores da confecção de calçados 4,7 4,9 - 0,4 - 72,6 67,6 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 8,0 6,0 0,4 0,4 - 57,9 54,4 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 5,5 11,1 0,6 - 0,8 57,3 49,6 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 5,8 2,6 0,4 - 0,3 54,9 48,9 Trabalhadores de montagem 6,5 5,1 - 52,1 49,9 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 5,3 4,3 - 3,4 47,6 32,8 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 8,2 7,4 0,4 0,4 - 60,2 60,8 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 8,2 7,9 0,3 - 0,8 58,5 56,4 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 25,3 - 68,1 51,6 Trabalhadores da fabricação de papel 4,9 5,7 - 59,2 59,3 Confeccionadores de produtos de papel e papelão - 73,5 62,3 Trabalhadores elementares da manutenção 13,2 10,0 - 0,2 40,7 42,0 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 5,0 8,9 1,9 0,9 0,2 0,1 59,5 52,6 Informática Técnicos em informática 2,6 4,3 1,5 1,0 0,1 - 73,5 69,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

140

parda 2002 2005 35,1 32,9 9,1 42,9 43,5 26,3 37,9 45,3 31,4 35,7 34,1 35,1 24,2 17,9 52,4 50,9 29,7 28,3 38,4 39,9 31,8 41,2 36,6 32,1 37,6 38,3 31,1 36,7 33,1 40,5 36,0 29,2 31,9 38,2 22,7 27,1 33,8 38,2 36,6 38,6 38,8 48,2 41,4 45,0 47,1 59,6 31,1 31,3 31,9 34,9 31,9 23,2 35,9 35,0 26,5 37,7 46,1 47,0 33,5 37,5 22,3 25,0


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 23 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para homens - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 0,3 - 66,9 60,4 4,5 6,1 0,2 1,0 28,2 32,4 Marceneiros e afins 0,2 0,1 50,6 44,3 7,8 7,6 0,1 0,1 41,2 48,0 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 0,1 0,2 61,4 56,7 4,1 9,0 0,4 0,4 34,0 33,7 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial 60,2 55,6 3,6 4,3 0,8 0,8 35,4 39,3 Cientistas sociais, psicólogos e afins - 1,9 79,7 69,4 3,0 4,8 2,4 4,3 14,8 19,7 Enfermeiros de nível superior e afins 57,0 62,6 26,5 4,9 - 16,5 32,5 Técnicos e auxiliares de enfermagem - 0,3 61,4 48,8 9,5 10,1 0,6 - 28,4 40,7 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 57,9 57,2 4,6 8,8 - 37,5 34,0 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 0,4 0,1 44,3 39,3 11,4 9,9 - 43,9 50,7 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 0,5 68,6 60,7 3,8 6,6 - 27,1 32,7 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 0,2 0,1 41,5 38,2 11,0 11,7 0,3 0,3 47,0 49,7 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 0,2 0,2 50,1 46,1 5,9 9,9 0,3 0,1 43,5 43,7 Turismo Catadores de sucata 1,4 0,6 40,4 45,0 6,5 10,3 - 0,4 51,7 43,6 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 0,2 52,1 40,8 11,0 9,3 - 36,9 49,7 Cozinheiros 0,7 0,5 51,4 51,0 8,3 9,5 0,6 - 39,0 39,0 Garçons, barmen e copeiros 0,3 0,4 56,0 53,2 5,9 6,6 0,8 0,4 36,9 39,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

141


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 24 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 0,3 - 37,5 36,1 7,2 6,4 0,5 1,3 54,6 56,2 Trabalhadores agrícolas 0,1 0,5 34,7 31,8 12,1 10,7 0,3 0,4 52,8 56,6 Extrativistas florestais 0,7 - 27,2 21,9 7,2 8,1 3,7 61,2 70,0 Trabalhadores da mecanização agropecuária - 44,6 41,3 55,4 58,7 Pescadores e caçadores - 22,0 20,2 8,2 15,8 69,9 64,0 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas - 28,6 26,6 16,4 4,2 55,0 69,2 Trabalhadores da indústria de alimentos - 48,5 58,8 6,8 7,5 44,7 33,8 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) - 0,1 57,4 53,5 6,0 6,5 36,7 39,9 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 0,8 - 35,6 52,9 7,5 3,3 2,5 2,0 53,6 41,8 Vendedores ambulantes 0,2 0,3 44,0 41,2 7,0 9,1 0,2 0,5 48,7 48,9 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 0,1 0,1 67,7 69,4 2,8 4,7 0,8 0,6 28,6 25,2 Caixas, bilheteiros e afins 0,1 0,0 63,9 60,4 5,0 5,5 0,7 0,5 30,4 33,5 Vendedores, demonstradores 0,2 0,1 63,0 57,1 3,7 4,7 0,6 0,4 32,4 37,7 Repositores, remarcadores do comércio - 59,2 54,4 4,4 9,2 0,6 35,8 36,4 Vendedores a domicílio - 60,9 53,1 2,5 4,0 0,9 0,3 35,7 42,6 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas - 4,5 44,2 33,4 9,2 46,5 62,1 Trabalhadores de acabamento de obras civis - 55,8 74,0 - 9,6 44,2 16,4 Ajudantes de obras civis - 53,5 33,8 9,2 19,8 37,3 46,4 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental - 0,1 71,1 68,7 3,3 4,6 0,5 0,7 25,1 25,9 Professores do ensino médio 0,2 0,1 76,6 70,1 ‘ 2,3 4,8 0,5 20,4 25,0 Professores do ensino superior - 0,2 83,6 83,5 3,8 2,0 1,0 0,6 11,5 13,7 Outros professores de ensino não classificados anteriormente - 0,1 70,6 69,9 4,2 3,5 - 1,3 25,2 25,3 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 0,1 0,2 57,2 49,0 4,6 5,9 0,5 0,4 37,6 44,6 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 0,5 0,1 45,7 49,7 4,9 6,1 0,3 0,3 48,7 43,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

142


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 24 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação branca preta amarela indígena 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 15,2 3,6 - 53,4 49,5 Atores, diretores de espetáculos e afins - 87,4 94,3 Compositores, músicos e cantores 9,9 20,2 - 74,7 56,2 Músicos e cantores populares 5,7 3,2 - 51,2 53,3 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 1,0 11,9 6,1 3,2 - 60,3 53,8 Técnicos em metalmecânica 7,8 17,6 - 75,9 45,4 Técnicos de nível médio em operações industriais 0,9 6,5 - 68,2 77,4 Trabalhadores da extração mineral 19,1 25,4 - 32,9 27,8 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 5,6 11,1 - 61,1 64,8 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 1,6 7,5 - 3,1 - 61,5 63,6 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 20,6 5,6 - 50,2 61,9 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 6,8 0,6 - 1,7 - 61,3 53,8 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações - 50,0 63,9 Vidreiros, ceramistas e afins 17,0 19,6 - 68,8 57,9 Trabalhadores das industrias têxteis 2,4 8,0 - 0,3 0,5 - 51,1 52,1 Trabalhadores do tratamento de couros e peles - 95,3 82,4 Trabalhadores da confecção de roupas 4,7 5,1 0,6 0,5 0,2 0,2 60,9 58,2 Trabalhadores da confecção de calçados 2,1 3,6 0,2 - 77,3 70,8 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 4,1 5,2 - 6,9 - 3,5 60,0 46,5 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 2,8 4,9 - 0,4 0,2 0,1 55,0 44,9 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 5,5 1,0 - 1,6 71,2 78,0 Trabalhadores de montagem - 85,5 100,0 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 8,6 - 47,0 49,0 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 8,7 8,4 - 1,3 - 1,3 64,1 58,5 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 17,7 10,8 - 25,6 58,8 Trabalhadores da preparação de pasta de papel Trabalhadores da fabricação de papel 12,0 - 52,3 59,3 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 16,2 4,0 - 17,6 75,1 Trabalhadores elementares da manutenção - 30,6 100,0 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 6,6 5,8 - 0,8 0,1 0,5 71,4 60,5 Informática Técnicos em informática 5,1 2,9 - 3,9 - 76,1 63,3

parda 2002 2005 31,3 46,9 12,6 5,7 15,4 23,6 43,1 43,5 32,6 31,0 16,3 37,0 30,9 16,2 48,0 46,7 33,3 24,1 36,9 25,7 29,2 32,5 31,9 44,0 50,0 36,1 14,2 22,6 46,0 39,5 4,7 17,6 33,6 36,0 20,3 25,6 35,8 37,9 42,0 49,7 23,2 19,3 14,5 44,4 51,0 27,2 30,5 56,6 30,4 100,0 35,8 40,7 66,2 21,0 69,4 21,9 32,4 17,8 30,0

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

143


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 24 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por cor/raça para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação indígena branca preta amarela parda 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 0,2 0,2 68,3 65,4 3,6 4,8 0,8 1,1 27,1 28,5 Marceneiros e afins 49,7 55,8 10,6 9,9 - 39,7 34,3 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais - 100,0 60,9 - 12,2 - 26,9 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 94,8 - 5,2 Cientistas sociais, psicólogos e afins 0,4 0,1 76,8 76,5 3,2 4,7 1,1 0,1 18,5 18,6 Enfermeiros de nível superior e afins - 0,6 80,7 69,4 4,1 5,9 1,2 1,0 14,0 23,1 Técnicos e auxiliares de enfermagem 0,0 59,4 54,7 9,4 9,3 0,5 0,4 30,7 35,6 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 0,2 56,6 50,6 10,5 8,4 - 32,7 41,0 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 0,3 0,3 42,9 39,3 10,3 11,6 0,2 0,1 46,3 48,7 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 0,2 0,1 67,9 62,3 5,2 7,4 0,0 0,3 26,6 30,0 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 0,3 0,2 45,4 41,5 8,4 10,5 0,2 0,2 45,7 47,5 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos - 1,0 40,3 55,1 10,0 7,5 - 0,6 49,7 35,8 Turismo Catadores de sucata - 0,3 36,3 33,6 15,7 23,6 - 1,1 48,0 41,5 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 100,0 Cozinheiros 0,3 0,2 50,1 47,6 8,5 9,5 0,3 0,2 40,8 42,5 Garçons, barmen e copeiros 0,1 0,2 53,1 46,9 5,4 6,6 0,4 0,6 40,9 45,7 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

144


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por região Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas à atividade agrícola observou-se que as ocupações de produtores agrícolas, trabalhadores agrícolas e extrativistas agrícolas estavam concentradas na região Nordeste. Já a ocupação de pescadores e caçadores parecia predominar na região Nordeste. De uma forma geral a mudança mais significativa que ocorreu neste período pôde ser observada entre os trabalhadores da mecanização agropecuária na qual caiu a participação da região Sul e ampliou para a região CentroOeste. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia houve uma ampliação das ocupações selecionadas para homens e mulheres na região Norte e uma perda relativa para as demais regiões, especialmente entre os homens. A mudança mais significativa pôde ser observada na ocupação de operadores da preparação de alimentos e bebidas em que emprego passou de 7,1% para 54,5% entre 2002 e 2005. Ambulantes Entre os ambulantes as regiões de maior concentração eram Nordeste e Sudeste. Sendo que o emprego se ampliou na região Sudeste e caiu na região Nordeste. A queda maior se verificou entre vendedores em quiosques e barracas. Comércio Nas atividades ligadas ao setor do comércio a maior parte das ocupações estava concentrada na região Sudeste. Entre as mulheres ampliou-se o emprego nas regiões Sul e Nordeste, entre os homens para algumas ocupações ocorreu uma ampliação para as regiões Nordeste e Norte do País.

145


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Construção civil Entre as ocupações selecionadas para a construção civil teve-se uma redução da participação da região Sudeste para homens e uma ampliação importante na região Centro-Oeste para as mulheres. As mulheres também tiveram sua participação ampliada na região Sudeste para a ocupação de acabamento de obras civis, passou de 46,9% para 65%. Educação Na área de educação para as ocupações de professores da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e outros havia uma maior concentração na região Sudeste. Para as ocupações de professores de escolas livres e profissionalizantes os estados do Nordeste concentravam a maioria. Entretenimento Entre as ocupações identificadas com o setor de entretenimento, observou-se que, de um modo geral, duas regiões concentravam maior parte destes profissionais: as regiões Nordeste e Sudeste. No que se refere às ocupações verificou-se uma ampliação de atores e diretores de espetáculos na região Sudeste especialmente entre as mulheres que passaram de 85% para 90,1%. Já entre os homens embora o percentual tenha apresentado uma queda, de 71% para 63,8%, o peso desta ocupação na região seguiu bastante elevado. Indústria Entre as ocupações ligadas à indústria observou-se uma ampliação na região Centro-Oeste para trabalhadores do tratamento de couros e peles, de 1,5% para 13,3% entre 2002 e 2005. Na região Nordeste, também se observou um crescimento significativo para a ocupação de trabalhadores do tratamento de couros e peles de 13,5% e trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário de 15,5% para 52,6%. Outra ocupação que registrou aumento foi a de confeccionadores de produtos de papel e papelão que passou de 11% para 38% entre 2002 e 2005, para esta mesma ocupação registrou-se uma queda de 62,3% para 33,5% na região Sudeste e de 24,5% para 16,7% para a região Sul. Já entre os trabalhadores da preparação de pasta de papel, registrou-se um crescimento no período analisado de 22% para a região Sudeste. Entre as mulheres registrou-se um crescimento significativo da ocupação de instaladoras e

146


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

reparadoras de linhas e cabos elétricos e de comunicações na região Sul, de 52,9%. Entre as trabalhadoras de roupas, confecções e calçados as proporções praticamente se mantiveram em todas as regiões. Verificou-se também um crescimento das ocupações ligadas à indústria de celulose e papel, especialmente na região Sul.

Informática Entre os técnicos de informática ocorreu um crescimento entre as mulheres nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste e uma queda nas regiões Nordeste e Sul. Entre os homens a queda ocorreu somente na região Sudeste, nas demais regiões verificou-se uma ampliação da participação. Outros serviços Nas ocupações associadas a outros serviços houve uma ampliação da participação da região Sudeste para o conjunto das ocupações analisadas, exceto para a ocupação de escriturário em geral, já entre as mulheres a queda ocorreu entre marceneiros e afins. Na região Sul a ocupação cresceu para as mulheres, especialmente entre as marceneiras passando de 16,8% para 40%. Para as demais regiões não se observaram mudanças significativas. Saúde Entre os trabalhadores e trabalhadoras da área de saúde de um modo geral as ocupações estavam concentradas na região Sudeste, mais de 50%. Além disso, registrou-se uma ampliação da participação dos enfermeiros de nível superior na região Nordeste e uma redução na região Sudeste para essa ocupação especificamente. Serviços Domésticos Em relação às trabalhadoras do serviço doméstico tinha-se um quadro em que quase 50% destas trabalhadoras estavam ocupadas na região Sudeste. Praticamente não se observaram alterações entre as regiões na composição das ocupações, da mesma forma em relação aos homens.

147


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços de Utilidade Pública Entre os serviços de utilidade pública houve uma ampliação da ocupação de catadores de sucata nas regiões Nordeste e Sul, para homens e mulheres. Para as demais ocupações não se observaram mudanças significativas. Transporte Na ocupação ligada ao setor de transportes, ampliou-se a ocupação na região Nordeste e enquanto reduziu na região Sudeste, de 14% para 38% e de 33,1% para 19,9%, respectivamente. Turismo As ocupações ligadas ao setor de turismo, como cozinheiros, garçons, barmen e copeiros registraram uma ampliação dos últimos na região Nordeste e uma queda de participação dos mesmos na região Sudeste.

148


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 25 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para homens - Brasil (%) Ocupação Setor Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Produtores agrícolas Agricultura 3,5 3,0 59,0 56,3 2,9 9,1 12,6 11,5 22,0 20,0 Trabalhadores agrícolas 4,2 3,4 43,2 48,5 2,1 4,7 39,8 32,0 10,7 11,3 Extrativistas florestais 7,0 7,8 42,6 38,5 10,6 21,0 20,8 14,8 19,1 17,8 Trabalhadores da mecanização agropecuária 24,5 29,0 17,2 12,7 2,7 3,6 36,5 36,6 19,1 18,1 Pescadores e caçadores 2,1 1,9 61,3 57,4 9,3 12,9 15,9 16,5 11,5 11,3 Operadores da preparação de alimentos e bebidas Alimentícia 7,6 1,3 30,6 19,5 7,1 54,5 35,1 15,1 19,6 9,6 Trabalhadores da indústria de alimentos 12,1 10,2 20,3 18,6 7,8 9,5 38,2 40,4 21,6 21,3 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 7,9 7,6 25,8 22,6 5,5 8,0 41,0 45,4 19,7 16,4 Vendedores em quiosques e barracas Ambulantes 8,2 7,8 42,1 31,1 9,3 11,3 35,8 42,3 4,7 7,6 Vendedores ambulantes 6,4 6,3 39,1 38,2 9,3 11,7 37,7 37,3 7,5 6,6 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 6,4 5,9 17,3 15,7 3,2 3,5 51,8 55,6 21,3 19,3 Caixas, bilheteiros e afins 10,3 8,9 24,4 26,4 6,7 8,8 43,3 42,9 15,3 13,1 Vendedores, demonstradores 8,1 8,1 25,9 23,5 7,1 8,7 45,4 45,8 13,6 13,9 Repositores, remarcadores do comércio 11,3 7,7 18,3 16,8 5,0 5,2 51,6 51,5 13,8 18,8 Vendedores a domicílio 5,4 6,2 18,4 15,8 12,6 9,3 37,4 58,0 26,2 10,8 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 7,3 9,0 23,2 24,3 5,1 9,4 48,3 40,8 16,0 16,5 Trabalhadores de acabamento de obras civis 7,8 7,1 17,1 16,8 3,8 4,8 54,2 51,9 17,1 19,4 Ajudantes de obras civis 8,3 7,4 29,3 30,2 7,9 9,5 42,8 42,4 11,7 10,5 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 11,5 6,5 28,0 23,9 4,7 11,5 39,1 41,7 16,7 16,4 Professores do ensino médio 6,9 13,0 23,1 21,9 8,2 8,9 44,7 42,1 17,1 14,1 Professores do ensino superior 8,1 7,4 18,0 15,3 4,3 4,8 51,2 50,5 18,5 22,1 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 7,8 7,9 23,6 25,3 5,9 10,1 45,8 41,7 16,8 15,0 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 10,1 4,0 41,1 46,1 19,1 17,8 23,9 26,6 5,9 5,6 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 4,0 3,4 76,7 61,9 6,7 4,9 7,1 21,3 5,6 8,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

149


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 25 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para homens - Brasil (%) Setor Ocupação Norte Sudeste Centro-Oeste Nordeste 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 6,2 9,4 48,4 38,8 5,6 10,9 20,1 20,7 Atores, diretores de espetáculos e afins 4,7 21,1 4,0 6,3 71,0 63,8 13,4 8,9 Compositores, músicos e cantores 5,9 7,5 54,7 48,2 6,9 13,2 25,6 16,8 Músicos e cantores populares 6,9 8,0 46,3 40,5 3,9 6,3 28,4 32,2 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 4,6 7,4 52,7 55,2 7,9 5,7 20,5 18,0 Técnicos em metalmecânica 5,3 7,4 55,9 56,7 8,2 4,4 17,4 16,9 Técnicos de nível médio em operações industriais 7,7 2,0 4,7 2,4 70,3 72,2 0,8 0,3 Trabalhadores da extração mineral 9,5 10,2 28,3 31,0 12,0 5,2 35,5 37,3 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 5,9 5,6 2,4 2,2 70,1 69,5 2,0 2,0 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 4,5 5,5 55,8 56,1 5,9 5,7 16,5 16,9 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 6,7 12,7 60,7 48,2 2,6 4,5 10,6 14,6 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 6,8 13,6 58,5 58,3 4,9 2,3 12,3 10,1 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 7,6 8,2 51,3 50,2 7,9 8,0 14,0 17,3 Vidreiros, ceramistas e afins 2,6 4,5 55,5 57,0 6,1 2,5 14,4 13,6 Trabalhadores das industrias têxteis 0,3 1,3 51,9 51,7 2,3 2,0 25,1 23,5 Trabalhadores do tratamento de couros e peles - 13,5 14,5 6,8 38,1 22,3 1,5 13,3 Trabalhadores da confecção de roupas 1,0 0,8 56,8 56,7 8,1 9,8 17,1 20,7 Trabalhadores da confecção de calçados - 0,1 34,0 35,7 1,1 0,9 12,0 17,8 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 2,8 3,2 53,4 48,7 7,8 6,0 17,9 22,7 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 4,6 7,7 48,1 45,7 7,6 11,1 30,4 20,3 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 7,7 4,5 20,1 35,2 18,5 14,2 10,6 6,4 Trabalhadores de montagem 9,5 15,7 2,4 4,4 59,3 51,4 4,2 4,4 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 9,1 3,4 50,3 35,1 16,4 3,5 15,5 52,6 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 2,7 3,4 63,1 55,9 1,8 2,4 10,9 12,7 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 6,0 4,4 66,9 68,2 2,2 2,0 10,0 8,5 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 4,5 3,3 2,9 29,8 58,4 Trabalhadores da fabricação de papel 8,3 14,9 2,3 1,4 47,4 42,0 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 2,3 8,9 62,3 33,5 - 2,9 11,0 38,0 Trabalhadores elementares da manutenção 8,0 9,0 45,1 42,8 8,1 10,1 25,6 19,2 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 5,1 5,4 48,6 49,3 5,4 4,5 27,5 24,0 Informática Técnicos em informática 3,4 4,1 61,7 54,4 6,7 9,7 14,2 15,2 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

150

Sul 2002 2005 19,7 20,1 7,0 6,9 14,3 14,5 13,0 14,4 13,8 13,2 14,6 16,5 23,1 14,8 16,3 19,6 20,6 17,2 15,7 19,4 20,0 17,4 15,8 19,3 16,3 21,4 22,5 20,4 21,5 46,0 44,0 17,0 12,1 52,8 45,5 18,1 19,5 9,2 15,2 43,2 39,7 24,6 24,0 8,8 5,5 21,5 25,7 14,9 16,9 62,3 38,8 42,0 41,7 24,5 16,7 13,3 19,0 13,4 16,8 14,1 16,6


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 25 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para homens - Brasil (%) Ocupação Setor Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Outros serviços 8,8 9,8 15,4 17,5 4,8 7,7 53,7 47,7 17,3 17,2 Marceneiros e afins 7,9 6,8 24,9 23,8 10,1 11,6 40,5 42,7 16,7 15,1 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 5,1 4,1 18,2 14,0 5,4 6,1 54,8 55,0 16,4 20,9 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial Saúde e afins 8,2 5,9 9,4 10,9 4,8 4,2 61,9 65,8 15,8 13,3 Cientistas sociais, psicólogos e afins 12,4 13,2 9,7 8,9 3,3 7,6 59,3 57,9 15,3 12,4 Enfermeiros de nível superior e afins 9,1 3,6 12,4 26,8 2,7 8,7 72,9 48,5 2,9 12,4 Técnicos e auxiliares de enfermagem 9,7 6,3 17,4 15,4 5,0 10,1 51,6 51,6 16,3 16,7 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 4,1 7,3 26,2 18,7 4,2 4,7 55,0 60,9 10,5 8,4 Trabalhadores dos serviços domésticos em geral Serviços de 8,0 9,1 26,6 24,4 4,3 9,2 46,9 44,5 14,2 12,8 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 7,7 10,2 15,1 16,0 4,3 2,8 53,9 56,7 19,0 14,4 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção 12,1 11,9 de edifícios e logradouros 9,2 7,5 22,4 25,0 6,1 8,6 50,2 47,1 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 3,4 5,2 23,5 21,5 4,5 5,6 55,8 60,5 12,8 7,2 Turismo Catadores de sucata 5,8 2,9 16,9 25,6 2,4 2,0 54,3 45,2 20,6 24,3 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 14,9 4,4 14,0 38,0 23,4 23,8 33,1 19,9 14,6 13,9 Cozinheiros 11,7 11,8 20,3 17,2 5,1 6,3 53,6 52,5 9,4 12,2 Garçons, barmen e copeiros 7,3 8,3 21,6 29,2 5,3 5,4 54,1 45,1 11,7 12,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

151


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 26 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 1,8 2,7 67,2 63,2 2,5 6,3 12,5 12,7 16,1 15,2 Trabalhadores agrícolas 1,9 0,8 34,7 40,9 2,0 5,7 51,0 41,3 10,5 11,2 Extrativistas florestais 0,6 2,9 90,8 75,3 5,4 9,0 2,6 7,5 0,6 5,2 Trabalhadores da mecanização agropecuária 30,6 58,7 - 40,5 41,3 28,9 Pescadores e caçadores 1,6 4,3 87,8 79,6 3,2 4,4 1,5 3,0 14,6 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 3,7 2,4 75,4 62,3 3,5 22,9 8,6 10,9 8,8 1,5 Trabalhadores da indústria de alimentos 13,8 18,2 28,2 8,5 4,2 8,0 20,1 22,4 33,8 43,0 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 6,8 5,8 22,2 28,1 4,4 8,5 44,3 33,9 22,4 23,6 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 7,5 5,5 53,0 36,2 5,1 7,5 29,8 46,4 4,6 4,4 Vendedores ambulantes 5,1 6,4 41,5 40,4 8,6 9,4 34,2 36,3 10,6 7,5 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 7,5 5,3 20,8 15,9 6,0 4,2 50,8 57,1 15,0 17,4 Caixas, bilheteiros e afins 6,3 6,6 16,8 18,4 4,6 5,9 55,8 49,6 16,4 19,5 Vendedores, demonstradores 7,2 7,7 23,1 24,6 6,2 7,4 46,8 44,2 16,8 16,2 Repositores, remarcadores do comércio 9,7 9,1 13,4 9,7 4,4 3,8 45,7 41,8 26,7 35,6 Vendedores a domicílio 6,3 3,4 12,3 16,1 10,2 21,7 48,3 36,7 22,9 22,1 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 8,4 20,5 19,8 9,1 3,3 - 53,1 52,9 15,3 17,5 Trabalhadores de acabamento de obras civis - 9,7 16,5 9,8 8,2 2,4 46,9 65,0 28,4 13,1 Ajudantes de obras civis 5,9 7,5 42,2 21,5 7,5 29,1 28,9 32,3 15,4 9,6 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 8,5 8,0 23,6 16,2 3,3 5,6 45,2 50,6 19,4 19,7 Professores do ensino médio 7,9 10,5 15,9 20,3 5,5 5,5 51,2 47,5 19,4 16,2 Professores do ensino superior 10,1 12,1 11,6 14,7 4,1 5,1 52,4 47,2 21,9 20,8 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 8,9 7,8 19,6 22,5 8,1 8,1 43,8 43,8 19,6 17,9 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 5,7 5,0 36,0 43,4 8,7 10,0 37,7 32,3 11,9 9,3 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 7,4 3,3 57,1 48,2 4,8 6,0 21,5 26,6 9,2 15,8 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

152


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 26 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação Norte Sudeste Centro-Oeste Nordeste 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 4,3 - 70,9 14,9 - 7,0 14,7 51,5 Atores, diretores de espetáculos e afins 6,3 1,9 - 2,1 85,0 90,1 Compositores, músicos e cantores 7,6 - 41,6 32,7 18,6 19,1 21,7 7,2 Músicos e cantores populares 9,0 6,5 37,3 40,2 5,9 5,5 34,9 30,8 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 5,8 7,9 66,3 53,6 9,6 5,1 12,8 12,6 Técnicos em metalmecânica - 45,8 93,7 - 32,0 6,3 Técnicos de nível médio em operações industriais 1,5 2,4 41,2 47,7 0,5 0,4 19,9 6,3 Trabalhadores da extração mineral - 3,0 8,2 71,6 35,5 20,2 61,5 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 1,4 1,7 - 2,1 73,1 66,6 - 1,2 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 3,2 4,7 2,3 3,7 58,3 55,1 21,1 17,7 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 1,9 12,5 12,9 2,0 48,2 67,3 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 2,7 5,3 28,5 33,8 51,5 41,5 - 0,6 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações - 22,1 - 100,0 25,0 Vidreiros, ceramistas e afins 4,1 7,8 1,8 1,4 66,9 73,7 2,1 2,2 Trabalhadores das industrias têxteis 1,0 1,7 33,0 34,7 2,2 1,3 43,0 34,8 Trabalhadores do tratamento de couros e peles - 4,9 4,7 9,3 19,2 - 3,8 Trabalhadores da confecção de roupas 3,6 4,3 50,7 51,0 6,8 6,8 20,2 20,5 Trabalhadores da confecção de calçados 8,2 15,0 0,1 0,5 37,2 26,9 0,2 0,5 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 2,7 2,1 53,7 57,0 5,4 0,8 12,9 13,3 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 3,5 4,2 41,2 35,1 6,4 4,8 35,9 44,0 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário - 1,0 14,0 4,2 14,6 21,7 9,6 4,9 Trabalhadores de montagem - 34,0 71,1 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário - 3,7 51,8 43,4 6,2 - 26,6 42,9 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 7,4 12,9 1,6 2,9 53,8 50,5 2,6 1,9 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 4,9 5,3 - 66,8 74,8 Trabalhadores da preparação de pasta de papel Trabalhadores da fabricação de papel - 15,5 - 83,4 75,9 12,6 Confeccionadores de produtos de papel e papelão - 41,7 16,9 - 24,5 12,4 Trabalhadores elementares da manutenção - 69,4 30,6 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 4,3 5,9 50,5 48,6 8,3 4,2 17,3 22,2 Informática Técnicos em informática 1,9 6,5 47,4 49,2 14,9 19,0 19,8 12,3

Sul 2002 2005 10,1 26,6 8,6 5,9 10,5 40,9 13,0 17,0 5,5 20,8 22,2 36,8 43,2 25,5 28,5 15,1 18,8 36,9 18,2 17,4 18,7 - 52,9 25,1 14,9 20,9 27,4 86,0 72,1 18,8 17,4 54,3 57,2 25,2 26,8 13,0 11,9 61,9 68,1 66,0 28,9 15,4 10,0 34,6 31,8 28,4 19,9 100,0 3,9 8,5 33,8 70,7 - 100,0 19,7 19,2 16,1 13,0

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

153


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 26 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por região para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 8,5 9,3 17,7 15,4 6,2 6,1 50,7 50,1 16,9 19,1 Marceneiros e afins 6,1 10,6 10,4 3,3 3,5 2,6 63,2 43,5 16,8 40,0 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 7,0 13,6 - 15,5 8,4 50,7 53,4 26,8 24,6 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 5,2 - 84,8 - 10,0 Cientistas sociais, psicólogos e afins 8,5 7,3 14,1 12,8 4,4 3,5 55,3 62,2 17,6 14,2 Enfermeiros de nível superior e afins 5,3 5,8 15,4 22,2 6,2 5,4 57,5 45,2 15,6 21,4 Técnicos e auxiliares de enfermagem 5,9 5,6 20,4 18,7 5,4 6,8 51,5 52,2 16,8 16,7 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 4,4 8,9 18,2 18,4 5,2 6,0 61,2 58,0 10,9 8,7 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 8,7 8,6 23,0 23,2 5,9 7,5 47,7 47,1 14,7 13,5 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 7,5 7,1 17,3 16,2 3,4 2,7 53,9 59,7 17,8 14,3 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 7,2 7,3 25,7 22,4 6,6 7,4 43,0 45,2 17,5 17,7 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 8,4 7,1 25,6 19,1 5,9 7,9 54,6 57,9 5,5 8,0 Turismo Catadores de sucata 2,5 4,7 13,8 20,0 4,4 1,0 57,2 44,7 22,1 29,7 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 100,0 Cozinheiros 8,3 8,6 19,9 19,1 5,1 6,4 49,8 50,1 16,9 15,8 Garçons, barmen e copeiros 8,4 8,5 24,3 27,7 7,0 7,8 48,0 42,0 12,3 14,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

154


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa etária Atividades agrícolas Entre as ocupações agrícolas selecionadas havia uma grande concentração na faixa etária dos 25 aos 49 anos, exceto para produtores agrícolas em que a faixa de maior concentração encontra-se entre 50 anos ou mais, com 43,1% em 2005. Entre as mulheres o emprego também se concentrava na faixa dos 25 aos 49 anos. Indústria alimentícia Na indústria alimentícia o percentual de trabalhadores na faixa dos 18 aos 14 anos era elevado, a faixa que concentrava maior número de trabalhadores era dos 25 aos 35 anos. Entre as mulheres caiu a participação das trabalhadoras entre 36 a 49 anos e aumentou a participação das mulheres com idade entre 25 e 35 anos e dos 18 aos 24 anos em todas as ocupações selecionadas. Ambulantes Entre os trabalhadores e trabalhadoras ocupados em atividades de vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes registrou-se um crescimento da participação dos homens entre 25 e 35 anos e com 50 anos ou mais de 52,6% e 48,5% para o ano de 2005 e entre as mulheres houve uma grande concentração nas duas últimas faixas de 63% e 57,1% respectivamente, para o mesmo ano. Comércio Na área do comércio caiu a participação dos homens na faixa dos 18 aos 24 anos em todas as ocupações selecionadas e aumentou a participação nas demais faixas. Quanto às mulheres houve uma predominância nas faixas entre 18 e 24 anos e dos 25 aos 35 anos. Da mesma forma que entre os homens também diminuiu a participação de trabalhadoras mais jovens nas ocupações selecionadas.

155


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Construção civil Entre os trabalhadores da construção civil houve uma predominância nas três últimas faixas, ou seja, acima dos 25 anos, exceto para os trabalhadores ajudantes de obras civis na qual o percentual na faixa dos 18 aos 24 anos era de 32,3% em 2005. Também houve um crescimento dos trabalhadores acima dos 50 anos para as ocupações de trabalhadores da construção civil e obras públicas que passou de 20,8% para 22,8% e dos trabalhadores de acabamento de obras civis que pulou dos 15% para 16,4%. Entre 2002 e 2005. Entre as mulheres verificou-se uma grande concentração de ajudantes de obras civis na faixa dos 18 aos 24 anos de 30,8% em 2005 e um crescimento na faixa dos 50 anos ou mais onde o percentual passou de 9,6% em 2002 para 9% em 2005. Educação Na área da educação as mulheres estavam concentradas na faixa dos 36 aos 49 anos para os ensinos infantil, fundamental, médio e superior. Para as demais modalidades havia uma distribuição mais eqüitativa, principalmente nas faixas dos 18 aos 24 anos e dos 25 aos 35 anos. Havia uma presença significativa também entre os com idade acima dos 50 anos no ensino superior. Entre os homens destacou-se uma elevada concentração entre os de 50 anos ou mais nos ensinos médio e superior. Para as demais faixas seguiu-se um comportamento semelhante ao das mulheres, exceto para leigos no ensino fundamental, profissionalizantes e nas escolas livres que passou de 27,0% para 54,3% entre 2002 e 2005. Entretenimento Entre as ocupações selecionadas para a área de entretenimento observou-se que entre locutores e comentaristas, enquanto as mulheres se concentram na faixa dos 25 aos 35 anos, 51,8% em 2005, os homens apresentavam uma distribuição mais homogênea entre as faixas. Entre as mulheres também ocorreu uma mudança significativa na faixa etária de compositoras, músicas e cantoras que reduziu a participação na faixa dos 25 aos 35 anos de 60,5% para 19% e aumentou na faixa dos 36 aos 49 anos para 28%.

156


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Entre os homens identificou-se uma queda na faixa de 50 anos ou mais para locutores e comentaristas caiu de 12,2% para 7,8% e de atores, diretores de espetáculos e afins que caiu de 26,3% para 6,8% entre 2002 e 2005.

Indústria As ocupações selecionadas para a indústria, de uma forma geral, indicaram para a maioria das ocupações selecionadas uma queda da participação de trabalhadores entre 18 e 24 anos e um aumento nas faixas de 50 anos ou mais. Para as demais ocupações identificaram-se poucas alterações. Entre as mulheres houve um comportamento equilibrado, na faixa entre 18 e 24 anos, na mesma proporção tanto em redução da participação desta faixa em algumas ocupações quanto no aumento de outras. A faixa de 50 anos ou mais também apresentou crescimento para várias ocupações, especialmente as relacionadas com atividade de confecção de roupas, tecidos, têxteis e vestuário. Informática Entre os trabalhadores de informática ampliou a participação de homens e mulheres na faixa dos 18 aos 24 anos de 35,2% para 39,5% e de 24,7% para 35,6% entre 2002 e 2005 e entre os trabalhadores e trabalhadoras com 50 anos ou mais de 2,2% para 5,2% e de 7,2% para 8,3% , respectivamente, para o mesmo período. Outros serviços Entre as ocupações intituladas sob o titulo de outros serviços, a ocupação de escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos entre os homens predominava na faixa entre 18 e 24 anos, sendo que no período analisado, as faixas que mais cresceram foram de menores de 18 anos e os acima de 50 anos. Para as demais ocupações como marceneiros, mecânicos de manutenção e eletricistas o crescimento ocorreu na faixa de 50 anos ou mais. Entre as mulheres caiu a participação entre 18 e 24 anos e aumentou nas demais faixas.

157


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Saúde Na área de saúde as mulheres estavam concentradas nas faixas etárias de 25 a 35 anos e de 36 a 49 anos, sendo que a faixa de 36 a 49 anos reduziu sua participação no emprego total. Para algumas ocupações a faixa que mais cresceu foi dos 25 aos 35 anos e de 50 anos ou mais, esta última entre cientistas sociais, psicólogas, enfermeiras de nível superior e atendentes de enfermagem. Entre os homens cresceu a participação de cientistas sociais e psicólogos na faixa entre 25 e 35 anos, entre enfermeiros de nível superior, o crescimento foi impressionante, passou de 26,4% para 69,9% na mesma faixa, a queda mais acentuada ocorreu na faixa entre 36 e 49 anos para os homens. Serviços Domésticos No que se refere ao trabalho doméstico, registrou-se uma redução nas faixas de 17 anos e entre 18 e 24 anos de 6,5% para 4,6% de 18% para 14,8% e um crescimento da participação nas demais faixas. Serviços de Utilidade Pública Entre as ocupações identificadas como de utilidade pública tinha-se uma concentração de trabalhadores e trabalhadoras jovens em atividades ligadas à informação ao público, para as demais ocupações a faixa etária aumentou. Entre os catadores e catadoras de sucata a grande concentração estava na faixa etária acima dos 36 anos, sendo que os acima de 50 anos correspondiam a 31,4% para homens e 31,6% para as mulheres. Transporte Entre os técnicos em navegação predomina as faixas acima de 36 anos. Em 2002 tínhamos 59,5% trabalho nestas faixas, em 2005 passou para 78,4%. Turismo Para as ocupações de cozinheiros, garçons, barmen e copeiros tinha-se uma distribuição mais equilibrada entre os homens, enquanto que entre as mulheres havia uma grande concentração na faixa de 36 a 49 anos.

158


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 27 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para homens - Brasil (%) menos de Ocupação Setor 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Produtores agrícolas Agricultura 0,7 0,6 6,2 5,1 18,6 19,2 31,0 32,0 43,4 43,1 Trabalhadores agrícolas 8,4 7,8 24,6 25,7 27,1 27,6 23,9 23,1 16,0 15,8 Extrativistas florestais 5,0 4,2 20,6 20,4 31,3 32,9 32,2 26,4 11,0 16,1 Trabalhadores da mecanização agropecuária 1,1 1,6 20,0 17,6 39,2 33,1 29,4 36,8 10,3 10,9 Pescadores e caçadores 6,3 4,2 16,4 15,0 27,5 29,7 32,1 32,0 17,7 19,0 Operadores da preparação de alimentos e bebidas Alimentícia 7,7 2,2 20,3 13,2 26,2 33,3 28,7 30,1 17,2 21,2 Trabalhadores da indústria de alimentos 4,7 3,6 23,6 28,6 33,1 35,9 27,9 22,5 10,7 9,3 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 7,5 6,9 30,0 33,9 33,9 30,7 21,3 20,3 7,2 8,2 Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 11,0 9,3 18,2 14,3 22,4 26,4 27,3 23,8 21,1 26,2 Vendedores ambulantes 8,5 7,8 13,7 12,9 26,3 25,3 29,7 30,5 21,9 23,2 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 0,6 0,6 12,6 11,5 28,4 28,6 36,2 36,4 22,3 22,8 Caixas, bilheteiros e afins 7,6 5,7 32,1 30,0 28,9 31,0 19,5 22,8 11,8 10,5 Vendedores, demonstradores 5,7 4,9 23,4 21,7 29,3 27,7 25,9 28,2 15,7 17,4 Repositores, remarcadores do comércio 11,7 10,3 55,1 46,7 22,1 33,0 8,4 8,5 2,7 1,5 Vendedores a domicílio 1,9 1,3 26,5 19,6 33,4 27,1 28,6 34,3 9,6 17,8 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas 0,9 0,6 9,3 7,6 28,7 27,3 40,3 41,5 20,8 22,8 Trabalhadores de acabamento de obras civis 3,9 3,2 16,3 16,4 35,5 31,9 29,4 32,1 15,0 16,4 Ajudantes de obras civis 8,0 7,4 32,9 32,3 30,8 31,9 19,8 19,9 8,4 8,3 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental - 14,3 9,3 37,7 42,0 37,0 35,6 11,0 13,1 Professores do ensino médio 7,8 8,0 27,7 36,5 42,8 35,4 21,7 20,1 Professores do ensino superior 4,0 3,0 26,5 23,7 44,1 41,1 25,4 32,2 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 4,3 0,9 18,1 16,5 34,7 39,8 24,2 34,3 18,6 8,6 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres - 0,8 20,6 21,2 45,2 41,4 26,8 27,5 7,4 9,0 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 8,1 3,6 27,0 54,3 41,9 25,6 15,0 7,7 8,0 8,8 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

159


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 27 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para homens - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 31,6 39,6 28,9 28,8 12,2 7,8 5,5 3,6 21,8 20,2 Atores, diretores de espetáculos e afins 19,9 38,5 15,1 13,8 26,3 6,8 7,9 9,4 30,7 31,4 Compositores, músicos e cantores 31,5 27,0 36,1 37,1 9,0 9,1 6,4 3,3 16,9 23,5 Músicos e cantores populares 33,5 35,2 21,9 19,3 7,1 12,9 9,3 6,6 28,1 26,0 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 29,9 35,5 32,8 27,4 9,8 11,0 1,9 2,8 25,5 23,2 Técnicos em metalmecânica 27,3 38,1 35,8 32,9 11,9 11,1 2,3 2,7 22,7 15,3 Técnicos de nível médio em operações industriais 40,5 34,2 27,5 36,5 5,2 4,3 1,4 1,1 25,4 23,9 Trabalhadores da extração mineral 32,4 34,5 28,5 35,5 17,6 12,4 2,5 4,0 18,9 13,6 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 34,7 32,4 35,1 32,5 11,4 8,7 2,7 1,5 16,1 24,5 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 28,7 31,7 34,1 32,8 14,7 15,6 3,2 2,1 19,3 17,8 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 40,3 38,4 22,0 25,6 6,9 8,5 3,3 4,2 27,5 23,4 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 36,1 36,7 19,6 17,3 3,5 6,3 4,7 4,0 36,2 35,7 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 37,3 34,1 34,1 35,7 7,8 9,8 3,7 3,2 16,9 17,0 Vidreiros, ceramistas e afins 43,9 38,6 17,5 28,3 6,5 11,1 2,9 0,9 29,2 21,2 Trabalhadores das industrias têxteis 34,9 31,8 23,9 28,5 6,0 4,4 6,4 7,4 28,8 28,0 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 26,3 42,8 44,6 28,2 6,6 8,9 1,0 - 21,5 20,1 Trabalhadores da confecção de roupas 24,0 29,1 22,4 13,2 10,4 10,7 11,0 8,1 31,0 38,8 Trabalhadores da confecção de calçados 28,1 32,5 17,0 18,2 9,0 5,9 12,5 9,0 33,5 34,4 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 30,9 27,3 27,0 24,2 16,3 13,9 6,6 6,1 19,2 28,5 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 20,4 24,0 31,0 22,9 20,8 26,8 5,1 6,2 22,6 19,2 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 37,2 34,2 21,6 28,1 5,8 7,8 5,4 1,7 30,0 28,2 Trabalhadores de montagem 37,0 34,9 18,8 16,4 5,1 7,2 6,4 3,2 32,7 38,2 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 23,2 21,8 10,7 21,7 25,1 34,3 15,4 8,7 25,6 13,4 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 36,6 35,7 30,6 30,9 4,6 7,4 3,3 0,8 25,0 25,3 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 41,5 41,0 29,0 30,1 4,9 6,0 1,8 2,8 22,9 20,1 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 15,3 38,6 28,6 47,2 12,8 - 43,4 14,3 Trabalhadores da fabricação de papel 44,4 41,0 31,7 24,4 1,1 4,5 3,0 0,9 19,8 29,2 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 20,5 15,8 - 12,4 12,8 10,0 43,9 41,2 22,8 20,6 Trabalhadores elementares da manutenção 22,8 27,6 34,4 29,8 16,0 12,9 6,7 5,5 20,1 24,2 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 25,4 28,1 28,0 27,5 22,0 18,1 5,6 5,7 19,0 20,7 Informática Técnicos em informática 38,5 35,5 20,3 18,1 2,2 5,2 3,8 1,7 35,2 39,5 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

160


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 27 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para homens - Brasil (%) menos de 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos Setor Ocupação 18 anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 25,6 23,5 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 4,1 6,0 33,1 31,7 28,8 28,3 18,4 16,0 29,2 31,0 28,4 28,3 Marceneiros e afins 4,4 4,1 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, 15,7 17,2 32,8 29,9 34,1 36,8 comerciais e residenciais 5,9 2,4 21,7 13,7 25,2 25,3 34,4 35,0 Saúde e afins Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial 4,0 2,9 13,8 9,5 22,7 37,1 44,8 31,7 Cientistas sociais, psicólogos e afins 1,1 1,9 17,5 9,4 26,4 69,9 53,4 16,0 Enfermeiros de nível superior e afins 31,6 28,3 Técnicos e auxiliares de enfermagem - 19,8 14,4 33,9 44,7 15,6 15,2 37,6 36,2 34,4 33,6 Serviço Doméstico Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins - 1,7 16,5 14,7 25,8 26,8 25,6 25,0 Serviços de Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 6,8 6,0 43,4 43,3 27,6 28,7 18,7 15,8 utilidade pública Trabalhadores de informações ao público 5,7 5,7 Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção 18,8 19,0 29,5 31,4 27,8 28,0 de edifícios e logradouros 3,5 3,0 27,6 24,1 35,4 35,1 24,2 28,2 Transportes Fiscais e cobradores dos transportes públicos 5,5 4,6 12,0 9,6 19,1 18,1 24,8 29,9 Turismo Catadores de sucata 12,1 11,1 8,1 2,5 28,3 19,2 30,7 53,9 Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 4,1 24,0 27,0 33,7 29,4 25,7 27,8 Cozinheiros 6,0 5,0 18,4 24,4 22,7 23,9 29,0 22,2 Garçons, barmen e copeiros 5,1 8,0

50 e + anos 2002 2005 8,4 10,4 19,5 20,6 11,5 14,7 17,5 2,7 14,7 12,4 25,1 4,6

13,7 23,1 19,4 4,7 12,6 13,4 27,6 6,2

20,4 7,3 32,0 28,8 10,5 24,9

18,5 8,0 31,4 24,5 10,8 21,4

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

161


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 28 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para mulheres - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 0,5 1,4 3,4 4,0 13,6 12,9 31,8 31,2 50,6 50,5 Trabalhadores agrícolas 5,1 7,0 19,9 16,6 29,6 32,1 33,1 32,4 12,3 11,9 Extrativistas florestais 9,8 4,1 9,7 9,0 23,6 26,6 27,7 36,3 29,1 23,9 Trabalhadores da mecanização agropecuária - 40,5 15,7 22,6 43,8 41,3 - 36,1 Pescadores e caçadores 4,3 1,4 6,8 11,8 35,5 30,5 34,3 38,5 19,2 17,9 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 2,7 14,1 16,4 18,3 17,5 22,1 40,5 29,2 22,8 16,3 Trabalhadores da indústria de alimentos 0,9 1,3 27,6 31,5 37,4 40,3 28,2 24,3 5,9 2,6 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos 2,5 2,2 10,9 11,0 29,9 29,1 33,4 34,8 23,3 22,9 e bebidas (inclusive artesanais) Ambulantes Vendedores em quiosques e barracas 7,8 6,7 8,5 13,9 20,5 16,6 34,2 32,2 28,9 30,6 Vendedores ambulantes 4,1 3,0 13,1 14,4 28,2 25,3 34,2 37,4 20,3 19,9 Comércio Técnicos de nivel médio em operações comerciais 1,6 0,9 23,3 22,9 34,1 36,1 30,0 28,6 11,0 11,5 Caixas, bilheteiros e afins 3,2 4,6 43,7 41,6 34,1 36,0 17,1 15,1 2,0 2,4 Vendedores, demonstradores 5,4 4,7 30,5 27,7 31,2 31,9 22,3 24,0 10,6 11,7 Repositores, remarcadores do comércio 12,5 6,5 40,7 34,1 33,5 41,6 10,7 15,9 2,6 1,9 Vendedores a domicílio 3,4 5,4 10,3 15,8 26,8 24,4 36,6 29,6 22,9 24,9 Construção Civil Trabalhadores da construção civil e obras públicas - 26,7 23,7 34,4 9,9 27,3 60,9 11,6 5,6 Trabalhadores de acabamento de obras civis - 18,2 39,5 16,7 14,5 44,2 36,6 20,9 9,4 Ajudantes de obras civis 9,6 3,6 42,7 30,8 14,8 26,9 23,3 19,7 9,6 19,0 Educação Professores da educação infantil e do ensino fundamental 8,5 6,8 36,5 30,9 45,1 47,7 9,9 14,6 Professores do ensino médio 0,3 7,9 6,7 32,6 31,6 49,1 45,2 10,2 16,5 Professores do ensino superior 9,1 5,7 24,3 27,8 45,6 43,2 20,9 23,2 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 2,7 1,1 10,7 10,6 31,7 29,1 38,9 40,1 15,9 19,2 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 0,1 0,1 19,0 16,3 36,7 37,2 35,1 35,6 9,2 10,7 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 5,7 7,3 25,5 21,0 35,2 31,5 25,1 32,8 8,5 7,3 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

162


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 28 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para mulheres - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 34,4 51,8 19,4 15,1 - 3,5 11,7 8,6 34,5 21,1 Atores, diretores de espetáculos e afins 5,6 20,6 34,8 52,9 18,2 10,3 25,4 - 16,0 16,2 Compositores, músicos e cantores 60,5 19,0 - 28,0 6,4 11,5 36,6 21,7 16,4 Músicos e cantores populares 15,6 38,1 13,4 12,2 3,8 20,3 21,6 1,1 45,7 28,4 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 29,6 34,8 25,5 16,6 10,8 1,5 6,2 4,4 27,8 42,6 Técnicos em metalmecânica 54,3 13,6 7,8 - 25,3 - 37,9 61,1 Técnicos de nível médio em operações industriais 40,4 39,0 28,0 25,4 - 2,1 2,7 0,4 28,9 33,1 Trabalhadores da extração mineral 41,9 20,8 14,3 31,7 21,3 21,5 - 17,0 22,5 8,9 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 40,6 39,5 18,4 33,3 3,8 4,2 - 2,3 37,2 20,7 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 35,1 33,0 27,8 29,7 8,1 10,8 12,8 - 16,2 26,5 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 53,6 34,4 19,6 26,7 4,7 6,7 - 22,1 32,1 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 43,1 37,4 23,3 26,4 2,9 1,7 2,9 1,1 27,9 33,4 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 50,0 63,9 - 25,0 - 50,0 11,1 Vidreiros, ceramistas e afins 55,7 29,9 29,3 39,8 - 15,2 - 15,0 15,1 Trabalhadores das industrias têxteis 27,5 30,8 24,1 29,3 15,1 11,7 11,2 7,2 22,1 21,1 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 46,7 47,3 41,1 17,6 - 6,4 - 8,9 12,2 19,8 Trabalhadores da confecção de roupas 22,4 23,3 40,4 36,1 25,3 28,0 1,8 2,8 10,1 9,8 Trabalhadores da confecção de calçados 31,7 34,9 31,1 30,1 5,0 4,5 7,3 7,5 24,9 23,0 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 36,1 30,4 34,5 29,7 8,4 22,2 5,3 8,6 15,7 9,1 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 27,2 25,6 27,6 30,6 23,7 24,1 6,7 5,9 14,8 13,7 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 33,0 40,5 21,9 35,3 4,4 2,9 2,8 - 37,9 21,3 Trabalhadores de montagem - 28,6 19,6 28,9 14,5 - 66,0 42,5 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário - 5,8 42,3 23,1 26,6 23,2 31,1 45,8 - 2,2 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 31,6 39,8 35,7 28,2 9,0 3,6 3,3 0,6 20,4 27,7 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 50,2 37,9 35,4 21,7 2,4 6,2 - 11,9 34,2 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 13,3 38,1 15,9 21,1 16,1 - 54,7 40,8 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 59,5 51,9 5,8 24,9 18,5 4,0 - 16,2 19,2 Trabalhadores elementares da manutenção - 100,0 69,4 30,6 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 9,7 15,6 27,8 25,3 37,2 28,5 20,8 27,8 4,5 2,8 Informática Técnicos em informática 37,4 24,5 27,2 23,0 7,2 8,3 3,6 8,6 24,7 35,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

163


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 28 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por idade para mulheres - Brasil (%) menos de Setor Ocupação 18 anos 18 a 24 anos 25 a 35 anos 36 a 49 anos 50 e + anos 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 6,9 8,1 3,2 3,7 27,1 27,0 34,8 35,0 28,1 26,3 Marceneiros e afins - 45,2 31,9 25,2 43,7 8,3 24,4 7,6 - 13,6 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 7,0 25,2 - 50,7 30,7 29,7 37,6 12,5 6,5 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 53,0 - 22,4 - 24,6 Saúde e afins Cientistas sociais, psicólogos e afins 31,8 32,0 41,9 40,8 13,4 17,5 0,7 0,3 11,8 9,4 Enfermeiros de nível superior e afins 8,7 10,3 40,4 35,2 39,9 37,2 11,0 16,3 - 1,0 Técnicos e auxiliares de enfermagem 11,2 11,4 - 10,8 11,6 33,7 36,3 44,2 40,5 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 21,8 21,7 48,9 43,0 17,4 24,0 0,2 0,7 11,8 10,6 Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 11,9 14,4 6,5 4,6 18,0 14,8 30,0 30,4 33,7 35,8 Serviços de Trabalhadores de informações ao público 2,5 4,8 5,9 5,0 38,0 38,2 35,4 33,5 18,2 18,5 utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 6,9 7,2 26,7 26,2 44,5 44,1 20,6 21,5 1,2 0,8 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 8,5 24,2 40,7 27,0 46,4 31,8 1,1 14,0 2,7 3,0 Catadores de sucata 7,2 7,0 21,7 16,1 41,6 41,4 26,1 31,6 3,4 3,9 Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 100,0 Turismo Cozinheiros 7,3 7,7 26,3 24,8 42,9 43,0 22,6 24,2 0,8 0,4 Garçons, barmen e copeiros 27,2 26,1 33,0 29,6 17,7 15,8 4,5 4,7 17,6 23,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

164


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por jornada de trabalho Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas ao setor agrícola constatou-se uma grande concentração de trabalhadores nas jornadas superiores a 44 horas semanais. Entre as mulheres havia uma maior concentração entre 30 e 44 horas. No entanto, quando comparados os dois períodos constatou-se uma redução do número de trabalhadores em jornadas mais extensas, tanto para os homens quanto para as mulheres.

Indústria alimentícia Nas ocupações selecionadas para a indústria alimentícia constatou-se uma redução da jornada para operadores da preparação de alimentos e bebidas e uma pequena ampliação para os trabalhadores da indústria de alimentos. Em 2002, eram 41,7% dos operadores que realizavam jornadas entre 30 e 44 horas e 50% com jornadas superiores a 44 horas. Em 2005 este percentual subiu para 46,2% para jornadas entre 30 e 44 horas e caiu para 45,2% para jornadas superiores a 44 horas. Entre os trabalhadores da indústria de alimentos a jornada caiu entre 30 e 44 horas e aumentou um pouco para jornadas acima de 44 horas, de 29,3% para 28,2% e de 63,1% para 63,5%, respectivamente. Entre as mulheres ampliou-se a jornada entre 30 e 44 horas e caíram as jornadas superiores a 44 horas. Ambulantes Entre vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes teve-se uma ampliação da jornada em todas as faixas, inclusive entre as mulheres. No entanto, os homens ao que parece trabalhavam mais do que as mulheres ou cumpriam jornadas mais extensas. Enquanto que entre os homens o percentual dos que trabalhavam mais de 44 horas como vendedores em quiosques e barracas chegava a 40%, entre as mulheres este percentual caia para 23,3% Já na condição de vendedores ambulantes tínhamos 45% dos homens trabalhando mais de 44 horas, enquanto que entre as mulheres este percentual era de 15%.

165


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Comércio Nas ocupações ligadas ao comércio era grande a concentração em jornadas superiores a 44 horas semanais. Embora tenha reduzido este percentual no período analisado, de qualquer forma tínhamos 39,6% dos operadores de nível médio, 42,5% de caixas, bilheteiros, 55,4% de vendedores e demonstradores e 56,9 de repositores e remarcadores do comércio trabalhando acima das 44 horas. Entre as mulheres o percentual para as mesmas ocupações era de 28,6%, 46,9%, 43,5% e 56,5%, respectivamente. Entre os vendedores a domicilio constatou-se entre as mulheres uma grande concentração nas jornadas de até 29 horas, enquanto que os homens concentravam-se em jornadas superiores, acima de 30 horas. Estas diferenças podem ser atribuídas ao duplo papel exercido pela mulher, muitas vezes a opção por um trabalho mais autônomo e com uma jornada mais flexível era a única alternativa para conciliar trabalho fora de casa com o trabalho doméstico. Construção civil Nas ocupações ligadas à construção civil também constatou-se uma grande concentração de trabalhadores em jornadas mais extensas, embora este percentual tenha se reduzido entre 2002 e 2005, principalmente entre os homens. Entre as mulheres o processo ocorreu ao inverso, ampliaram-se as jornadas acima de 44 horas para as três modalidades de ocupação selecionadas, sendo que a maior ampliação ocorreu entre ajudantes de obras civis que passou de 24,6% para 40,2%. Educação Na área de educação constatou-se para homens e mulheres uma grande concentração entre 20 e 44 horas, sendo que as jornadas entre 30 e 44 horas predominavam para ambos os sexos. As jornadas que excediam as 44 horas eram mais freqüentes entre os homens. Entretenimento Entre as ocupações relacionadas ao setor de entretenimento registrou-se uma queda nas jornadas inferiores a 20 horas e uma elevação nas jornadas acima disso, entre os homens quanto entre as mulheres. Entre locutores e

166


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

comentaristas a jornada média era de 30 a 44 horas. Entre os atores, diretores de espetáculos e afins a jornada média era superior a 44 horas semanais e para os compositores e músicos, inclusive populares, tinha-se uma jornada média inferior a 20 horas.

Indústria Para as ocupações da área industrial, constatou-se um percentual bastante elevado de trabalhadores e trabalhadoras que cumpriam jornadas extensas, ou seja, acima de 44 horas. Entre os homens este percentual oscilava entre 28,6% a 66,1%. Entre as mulheres o percentual de trabalhadoras que trabalhava acima de 44 horas variava entre 18,3% e 46,7%, este último ligado à ocupação de confeccionadoras de produtos de papel e papelão. Informática Entre os técnicos em informática a jornada se concentrava entre 30 e 44 horas para 74,5% das mulheres e 70,2% dos homens. Acima de 44 horas tínhamos 22,6% dos homens e 11,8% das mulheres. Outros serviços Nas ocupações identificadas por outros serviços, tinha-se uma concentração da jornada para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras entre 30 e 44 horas. Entre as ocupações da saúde ocorreu uma ampliação da jornada, para os homens entre 30 e 44 horas e redução nas demais, especialmente acima das 44 horas. Entre as mulheres ocorreu um processo semelhante, de um modo geral, cerca de 90% trabalhavam acima de 30 horas semanais. Serviços Domésticos Entre as trabalhadoras de serviços domésticos 37,2% trabalhavam entre 30 e 44 horas e 32,9% mais de 44 horas em 2005. Entre os homens o percentual aumentou para jornadas superiores a 44 horas, eram 52,0%. Serviços de Utilidade Pública Entre as ocupações ligadas aos serviços de utilidade pública, registrava-se para fiscais e cobradores dos transportes

167


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

públicos índice de 60,8% dos homens trabalhando em jornadas superiores a 44 horas, entre as mulheres o percentual também era elevado, 62,5%. É importante observar que é uma das poucas ocupações em que ocorreu aumento da jornada no período analisado, nas demais as jornadas mais extensas apresentaram queda.

Transporte Nesta ocupação predomina a jornada de 30 a 44 horas semanais para as mulheres. Entre os homens se verifica uma ampliação para jornadas acima de 44 horas. Em 2002 tínhamos 47,9% dos trabalhadores em jornadas de 30 a 44 horas, em 2005 esse percentual se reduziu para 38,3%. Acima de 44 horas tínhamos em 2002, 40,4% dos trabalhadores, em 2005 este percentual se ampliou para 46,8%.

Turismo Entre os cozinheiros, garçons, barmen e copeiros verificou-se uma redução das jornadas mais extensas em todas as ocupações para homens e mulheres. No entanto, a jornada média permaneceu elevada, especialmente para garçons, barmen e copeiros, era de 45,1% entre as mulheres e 61,5% entre os homens trabalhando mais de 44 horas semanais.

168


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 29 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para homens - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29h 30 a 44h + de 44h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 20022005 Agricultura Produtores agrícolas 2,6 3,0 7,5 9,1 38,2 45,2 51,7 42,6 Trabalhadores agrícolas 2,0 3,6 4,6 6,1 43,1 48,6 50,2 41,7 Extrativistas florestais 1,6 2,9 3,9 5,0 37,8 46,3 56,3 45,9 Trabalhadores da mecanização agropecuária 0,7 0,3 0,9 1,0 26,7 30,9 71,7 67,8 Pescadores e caçadores 6,9 5,1 10,4 13,0 34,6 34,1 48,0 47,6 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 1,3 2,1 6,0 6,6 41,7 46,2 50,0 45,2 Trabalhadores da indústria de alimentos 3,8 4,5 3,8 3,9 29,3 28,1 63,1 63,5 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 1,4 2,4 5,0 3,9 30,9 36,4 62,7 57,3 Vendedores em quiosques e barracas 16,1 13,9 13,0 17,4 32,2 28,8 38,7 39,9 Ambulantes Vendedores ambulantes 9,2 9,3 11,9 11,3 35,4 34,8 43,5 44,6 Técnicos de nivel médio em operações comerciais 1,8 2,3 3,9 4,5 51,2 53,5 43,0 39,6 Comércio Caixas, bilheteiros e afins 2,4 2,8 3,3 5,4 49,5 50,4 44,8 41,5 Vendedores, demonstradores 2,3 2,5 3,5 4,1 33,5 38,0 60,6 55,4 Repositores, remarcadores do comércio 0,5 1,6 2,2 2,2 29,9 39,3 67,4 56,9 Vendedores a domicílio 1,9 5,5 1,6 7,4 51,7 45,8 44,7 41,3 Trabalhadores da construção civil e obras públicas 1,4 1,4 1,9 2,4 46,5 50,8 50,3 45,4 Construção Civil Trabalhadores de acabamento de obras civis 1,5 2,0 2,9 3,9 50,0 52,3 45,6 41,8 Ajudantes de obras civis 1,5 1,7 2,6 2,9 49,8 53,3 46,1 42,1 Professores da educação infantil e do ensino fundamental 9,8 9,2 34,3 39,6 44,0 41,5 11,9 9,7 Educação Professores do ensino médio 16,4 15,7 15,8 23,0 52,0 50,5 15,8 10,8 Professores do ensino superior 12,5 13,7 18,6 18,5 57,0 56,0 12,0 11,8 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 9,6 13,3 17,9 30,6 60,5 47,3 11,9 8,8 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 11,7 12,6 33,8 38,3 46,9 41,5 7,6 7,5 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 10,8 15,1 45,1 37,1 41,7 39,8 2,5 8,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

169


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 29 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para homens - Brasil (%) Setor Ocupação 30 a 44h + de 44h menos de 20h 20 a 29h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 51,2 40,1 8,8 17,2 21,6 26,9 18,4 15,9 Atores, diretores de espetáculos e afins 32,3 18,2 43,7 25,6 13,3 15,0 10,8 41,1 Compositores, músicos e cantores 21,4 30,8 7,9 11,6 50,2 36,3 20,5 21,3 Músicos e cantores populares 24,8 14,9 6,5 9,6 53,2 52,9 15,6 22,6 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 3,6 4,9 55,3 59,0 38,9 33,3 2,0 2,8 Técnicos em metalmecânica 3,1 1,5 57,0 62,3 38,2 35,3 1,8 1,0 Técnicos de nível médio em operações industriais - 0,6 67,5 69,6 31,7 29,8 0,9 Trabalhadores da extração mineral 2,3 4,3 48,4 49,6 46,4 44,9 2,3 1,3 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 1,3 1,7 64,1 64,6 33,5 33,1 1,1 0,7 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 2,5 2,5 52,9 53,8 42,9 42,4 1,7 1,3 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 1,4 0,9 65,7 66,3 32,4 32,1 0,5 0,8 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 2,6 1,8 57,5 53,9 39,7 41,7 0,2 2,5 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 3,2 1,1 51,1 59,1 45,8 36,3 - 3,5 Vidreiros, ceramistas e afins - 1,3 55,9 54,0 44,1 44,7 Trabalhadores das industrias têxteis 0,8 1,5 56,8 59,9 40,8 37,6 1,6 1,0 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 4,0 49,9 58,7 46,1 38,3 - 3,0 Trabalhadores da confecção de roupas 3,4 2,9 53,5 52,7 41,3 43,3 1,7 1,0 Trabalhadores da confecção de calçados 1,9 1,6 64,6 63,2 33,1 33,6 0,5 1,6 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 4,7 2,2 44,1 50,5 48,7 44,7 2,5 2,6 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 6,1 4,6 39,4 53,5 47,3 36,3 7,2 5,6 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 1,3 0,2 51,0 49,7 47,3 49,7 0,4 0,4 Trabalhadores de montagem 2,2 1,1 44,3 51,5 52,7 45,7 0,8 1,7 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário - 7,6 52,4 38,4 42,4 35,0 5,1 19,1 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 1,8 0,7 58,4 57,5 39,1 41,6 0,7 0,3 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas - 1,2 54,3 61,4 45,1 37,2 0,6 0,2 Trabalhadores da preparação de pasta de papel 71,4 27,3 28,6 72,7 Trabalhadores da fabricação de papel 55,8 41,6 44,2 58,4 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 4,1 43,3 69,4 49,1 18,2 3,5 12,4 Trabalhadores elementares da manutenção 3,7 1,8 27,1 41,5 66,1 55,3 3,1 1,3 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 9,6 11,8 46,4 43,6 36,8 37,4 7,2 7,3 Informática Técnicos em informática 4,6 5,1 68,3 70,2 24,7 22,6 2,5 2,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

170


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 29 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para homens - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29h 30 a 44h + de 44h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 0,9 0,9 5,5 7,3 75,5 74,3 18,2 17,6 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 1,8 2,0 4,5 2,9 48,8 52,6 44,9 42,5 Marceneiros e afins 2,0 1,3 2,3 1,8 57,9 56,5 37,9 40,4 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 2,6 4,7 2,6 6,3 55,1 57,7 39,8 31,3 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial 1,8 3,6 9,4 5,3 70,2 78,5 18,6 12,7 Saúde e afins Cientistas sociais, psicólogos e afins 8,7 48,1 80,5 43,2 19,5 Enfermeiros de nível superior e afins 1,7 2,1 6,7 3,8 64,7 67,6 26,9 26,5 Técnicos e auxiliares de enfermagem 0,9 1,9 6,4 6,1 63,2 59,7 29,5 32,2 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 8,8 7,5 6,5 8,9 29,9 31,6 54,3 52,0 Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 1,1 1,2 7,3 5,4 61,6 66,0 30,1 27,1 Serviços de Trabalhadores de informações ao público 2,9 2,1 3,2 3,4 52,5 58,7 41,4 35,8 utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 1,1 2,1 1,0 0,7 37,5 36,3 60,0 60,8 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 10,9 13,6 9,9 10,3 36,7 37,2 42,5 38,9 Catadores de sucata 4,5 7,2 7,2 7,7 47,9 38,3 40,4 46,8 Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 3,1 4,6 3,3 2,3 35,5 44,1 58,1 48,9 Turismo Cozinheiros 3,7 5,2 4,7 6,8 22,9 26,4 68,2 61,5 Garçons, barmen e copeiros Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

171


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 30 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29h 30 a 44h + de 44h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Agricultura Produtores agrícolas 11,0 14,6 27,0 27,4 44,3 41,9 17,6 16,1 Trabalhadores agrícolas 3,5 5,1 6,1 11,7 50,7 52,0 39,7 31,3 Extrativistas florestais 9,9 14,8 19,4 34,5 56,5 39,5 14,3 11,3 Trabalhadores da mecanização agropecuária - 41,3 44,6 36,1 55,4 22,6 Pescadores e caçadores 16,9 19,9 18,1 40,8 51,7 26,1 13,3 13,2 Alimentícia Operadores da preparação de alimentos e bebidas 12,9 12,7 15,1 16,3 55,5 58,7 16,5 12,2 Trabalhadores da indústria de alimentos 7,9 8,3 2,8 3,2 36,4 40,3 52,9 48,2 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 25,0 25,0 15,2 15,3 32,3 34,8 27,4 24,9 Vendedores em quiosques e barracas 27,4 25,8 16,5 18,1 33,1 32,8 22,9 23,3 Ambulantes Vendedores ambulantes 33,5 32,3 24,3 25,3 27,9 27,3 14,2 15,0 Técnicos de nivel médio em operações comerciais 3,9 6,3 5,4 7,8 57,2 57,2 33,5 28,6 Comércio Caixas, bilheteiros e afins 0,3 2,1 3,4 2,2 48,1 48,8 48,2 46,9 Vendedores, demonstradores 5,7 6,9 7,5 8,8 40,0 40,8 46,9 43,5 Repositores, remarcadores do comércio 1,6 3,6 3,9 30,3 39,6 64,5 56,5 Vendedores a domicílio 45,9 47,9 28,0 28,2 18,1 19,8 8,0 4,1 Trabalhadores da construção civil e obras públicas 11,6 5,6 6,9 8,7 52,9 54,6 28,6 31,1 Construção Civil Trabalhadores de acabamento de obras civis - 13,2 19,0 41,1 44,5 39,9 42,2 Ajudantes de obras civis 6,2 6,1 69,2 53,7 24,6 40,2 Professores da educação infantil e do ensino fundamental 4,8 5,6 40,3 41,6 49,8 47,3 5,1 5,5 Educação Professores do ensino médio 10,7 13,2 32,4 28,5 47,5 50,7 9,4 7,6 Professores do ensino superior 18,4 23,1 14,7 18,3 56,7 49,1 10,1 9,5 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 7,7 5,2 25,2 26,7 61,7 60,5 5,5 7,6 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 6,2 5,8 45,1 46,5 44,6 42,7 4,0 4,9 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 9,3 13,4 52,1 51,4 35,6 31,2 2,9 4,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

172


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 30 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação 30 a 44h + de 44h menos de 20h 20 a 29h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 26,9 38,0 24,3 18,3 34,1 12,1 14,7 31,5 Atores, diretores de espetáculos e afins 9,5 43,6 38,0 5,6 43,4 28,7 18,6 Compositores, músicos e cantores 18,1 7,4 3,5 60,5 76,3 17,9 16,4 Músicos e cantores populares 20,0 19,9 - 4,5 55,8 45,7 24,2 29,8 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 77,9 75,3 12,1 20,7 - 0,8 10,0 3,2 Técnicos em metalmecânica - 6,3 92,2 93,7 7,8 Técnicos de nível médio em operações industriais 1,1 2,1 61,6 68,5 35,9 28,6 1,5 0,8 Trabalhadores da extração mineral 6,9 35,6 56,3 46,2 36,8 18,3 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 3,8 3,3 70,8 66,5 25,4 30,2 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos - 7,8 44,0 49,3 54,4 37,7 1,6 5,2 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 1,4 76,8 76,7 21,7 23,3 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral - 2,9 66,2 58,9 33,8 36,9 - 1,2 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações - 68,4 100,0 31,6 Vidreiros, ceramistas e afins 5,1 77,2 50,1 17,7 45,0 - 4,9 Trabalhadores das industrias têxteis 51,9 54,1 18,9 20,5 15,5 9,2 13,7 16,2 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 66,5 79,4 33,5 20,6 Trabalhadores da confecção de roupas 47,5 49,4 30,4 28,3 9,5 10,1 12,5 12,2 Trabalhadores da confecção de calçados 3,7 3,3 68,6 62,0 26,6 33,5 1,0 1,2 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 4,4 71,6 63,1 20,0 24,2 4,0 12,7 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 30,2 29,9 14,6 13,4 26,6 26,4 28,7 30,2 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 2,9 75,4 66,6 21,7 31,5 - 1,9 Trabalhadores de montagem 80,4 71,4 19,6 28,6 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 32,6 27,6 11,0 7,2 15,9 18,0 40,4 47,2 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 4,8 8,3 60,4 64,5 27,6 22,6 7,1 4,5 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 58,2 50,1 41,8 43,3 - 6,6 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 32,7 61,9 67,3 38,1 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 41,4 49,3 28,1 46,7 12,6 4,0 17,8 Trabalhadores elementares da manutenção - 100,0 100,0 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 32,5 39,9 18,4 11,3 19,5 24,7 29,0 24,1 Informática Técnicos em informática 4,6 8,5 76,6 74,5 17,5 11,8 1,3 5,3 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

173


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 30 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por jornada de trabalho para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação menos de 20h 20 a 29h 30 a 44h + de 44h 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 0,8 1,1 7,0 8,1 76,3 74,8 15,9 16,1 Marceneiros e afins 20,4 - 26,8 41,2 62,1 11,7 37,9 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 65,5 76,6 34,5 23,4 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 10,0 - 30,3 - 59,7 Saúde e afins Cientistas sociais, psicólogos e afins 5,3 8,1 11,5 16,2 70,9 68,0 12,3 7,7 Enfermeiros de nível superior e afins 1,0 0,5 2,9 12,3 74,4 68,1 21,8 19,1 Técnicos e auxiliares de enfermagem 0,8 1,8 6,3 5,9 67,8 67,5 25,0 24,8 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 2,2 1,9 5,6 8,8 64,8 63,9 27,1 25,3 Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 14,1 16,3 12,2 13,6 35,3 37,2 38,3 32,9 Serviços de Trabalhadores de informações ao público 1,5 1,5 9,0 6,8 71,3 72,9 18,2 18,8 utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 4,9 5,2 13,5 11,9 60,2 62,3 21,5 20,6 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 2,7 2,2 42,8 35,2 54,5 62,5 Catadores de sucata 9,8 18,3 18,1 18,0 28,5 37,1 43,6 26,6 Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária - 100,0 Turismo Cozinheiros 5,5 6,9 11,3 10,3 49,8 51,5 33,2 31,3 Garçons, barmen e copeiros 5,6 4,7 7,9 6,9 35,6 43,1 50,8 45,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

174


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Composição do emprego nas ocupações selecionadas por faixa de salário mínimo Atividades agrícolas Entre as ocupações ligadas à atividade agrícola observou-se uma redução para remunerações inferiores a um salário mínimo, exceto para pescadores e caçadores (que representava em 2005, 96,4% do total das remunerações). Para as demais ocupações identificou-se uma melhora: entre 1 e 3 salários mínimos. Já entre as mulheres a grande maioria concentrava-se nas faixas menores. A titulo de comparação passaremos a analisar o número de trabalhadores nas ocupações agrícolas selecionadas que recebiam entre menos de 1 salário mínimo e 1,5 salários mínimos. Entre os produtores agrícolas o percentual era de 70,9% dos homens e 73,9% das mulheres, já a ocupação de trabalhadores agrícolas para as mesmas faixas correspondiam a 80,9% dos homens e 83% das mulheres, entre extrativistas florestais tínhamos 67,6% de homens e 91% das mulheres, trabalhadores da mecanização eram 37,7% dos homens e 100% das mulheres e, finalmente, pescadores e caçadores, em que os homens correspondiam a 96,7% e as mulheres a 95,7%. Como se pôde verificar, no geral, as mulheres recebiam remunerações menores para ocupações idênticas. Indústria alimentícia No setor alimentício tínhamos três ocupações características da indústria de alimentos que, quando comparadas por gênero, chamam a atenção quanto às diferenças salariais, enquanto que os operadores da preparação de alimentos e bebidas que recebiam em 2005 até 1,5 salários mínimos representavam 59,9% do total, as mulheres para a mesma faixa salarial totalizavam 90,1%. Esta foi uma das ocupações em que mais cresceu o emprego, 196,4% para os homens e 137,4% para as mulheres entre 2002 e 2005. Para ambos os sexos ocorreu uma redução nas faixas mais elevadas dez ou mais salário mínimos, e para os homens uma melhora nas faixas menores. Quanto às mulheres, apenas 32% recebiam mais de 1,5 salários mínimos em 2002. Em 2005 este percentual subiu para 55,2%. Ambulantes Para vendedores em quiosques e barracas e vendedores ambulantes observou-se um crescimento para remunerações inferiores a um salário mínimo. Entre as vendedoras em quiosques do sexo feminino que recebiam em 2002

175


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

esta remuneração temos 29,7% , em 2005 passou para 96,2% , entre as vendedoras ambulantes o processo foi idêntico passou de 34,4% para 97,1% no mesmo período, entre os homens para vendedores em quiosques tínhamos 20,8% e 96,9% e para os vendedores ambulantes o percentual era de 31,3% e passou para 97,3%.

Comércio No setor de comércio, houve uma redução para as remunerações inferiores a um salário mínimo, exceto para vendedores a domicilio que passou de 31,2% para 89,4% entre 2002 e 2005. Para as demais ocupações houve uma elevação para as faixas de 1 a 3 salários mínimos e nas faixas de 5 a dez salários mínimos. Entre as mulheres também se observou uma redução para as remunerações inferiores a 1 salário mínimo, exceto para vendedores a domicilio cujo percentual saltou de 24,9% para 94,6% entre 2002 e 2005. Para as demais faixas salariais os percentuais aumentaram até a faixa de 3 salários mínimos. Entre os trabalhadores da construção civil, os salários se concentravam na faixa de 1,5 a 3 salários mínimos. Os salários cresceram até esta faixa, a partir daí observou-se uma redução das faixas superiores a 3 salários mínimos. Entre as mulheres caiu o percentual entre as faixas de menor remuneração e aumentou para faixas de até 3 salários mínimos. Educação Entre os trabalhadores da área de educação a remuneração se concentrava, entre os homens, nas faixas acima de 3 salários mínimos. Quando comparados os dois períodos observou-se uma evolução nas remunerações acima de dez salários mínimos. Em relação às mulheres, embora representassem a maioria, quando comparadas às remunerações acima de dez salários mínimos, constatou-se que os homens recebiam salários mais elevados em todas as modalidades de ocupação, conforme pode ser observado pelas tabelas 31 e 32. Indústria As ocupações ligadas à indústria, de um modo geral, apresentaram queda nas remunerações de até 1,2 salários mínimos. Entre os homens havia uma grande concentração entre 1,5 a 4,99 salários mínimos. Já entre as mulheres a maior concentração estava entre 1,2 e 2,99 salários mínimos. Algumas ocupações se destacaram pela baixa remuneração, como trabalhadoras de extração mineral em que 82,9%

176


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

das mulheres que trabalhavam nesta ocupação ganhavam em 2005 menos de um salário mínimo. As trabalhadoras da indústria têxtil correspondiam a 35,4% em 2005 e as trabalhadoras da confecção de roupas, 20,1% em 2005. Para 15 ocupações não havia registro de salários superiores a dez salários mínimos para as mulheres em 2005.

Informática Entre os técnicos de informática os homens com remuneração acima de 3 salários mínimos totalizavam 64,1% em 2002, este percentual caiu para 57,7% em 2005. Entre as mulheres, o percentual era de 58,3% em 2002 e aumentou para 59,7% em 2005. É importante analisar estes resultados uma vez que a tendência para a maior parte das ocupações analisadas era uma menor participação das mulheres entre as faixas salariais mais elevadas. Outros serviços No que se refere às ocupações identificadas como outros serviços teve-se uma redução das remunerações inferiores a 1,9 salários mínimos e um aumento entre 1,2 a 2,99 salários mínimos. Para as demais faixas acima de 3 salários mínimos os percentuais caíram , exceto para a ocupação de eletricistas-eletrônicos de manutenção. Entre as mulheres houve uma melhora significativa nas remunerações, cresceu a participação das mulheres nas faixas até 2,99 salários mínimos, conforme pode ser observado na tabela 32. Saúde As ocupadas ligadas à área de saúde apresentaram resultados contraditórios, que exigem uma análise específica uma vez que indicaram elevada concentração em remunerações inferiores a um salário mínimo. Serviços Domésticos Entre as trabalhadoras domésticas reduziu de 69,9% para 67,2% o número de trabalhadoras que recebiam até 3 salários mínimos. Mas a redução mais significativa se deu na faixa inferior a um salário mínimo que caiu de 43,9% para 33%. Entre os homens também se observou o mesmo comportamento.

177


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Serviços de Utilidade Pública Nas atividades ligadas aos serviços de utilidade pública, observaram-se comportamentos distintos entre as diferentes ocupações. Entre fiscais e cobradores dos transportes públicos e catadores de sucata cresceu o percentual de trabalhadores que recebiam remunerações inferiores a um salário mínimo. Entre os ocupados em atividades de informação ao público e nos serviços de administração cresceu a participação dos trabalhadores para as faixas acima de 1,2 salários mínimos até 2,99 salários mínimos, que depois volta a cair. Entre as mulheres ocorreu situação semelhante. Transportes Entre os técnicos de navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária caíram as faixas de menor e maior remuneração e cresceu a participação nas faixas entre 1,2 e 4,99 salários mínimos, sinalizando para uma tendência já identificada e que se repetiu para o conjunto das ocupações analisadas. Turismo Entre os cozinheiros, garçons, barmen e copeiros registrou-se um crescimento para as ocupações inferiores a 1 salário mínimo tanto para homens quanto para mulheres em um percentual bastante elevado. A baixa remuneração pode ser atribuída ao percentual elevado de trabalhadores e trabalhadoras por conta própria nestas ocupações.

178


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Setor Agricultura

Alimentícia

Ambulantes Comércio

Construção Civil Educação

TABELA 31 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para homens - Brasil (%) Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Produtores agrícolas 59,5 52,5 7,8 8,6 7,5 9,8 13,7 17,0 5,4 5,7 3,9 4,3 Trabalhadores agrícolas 57,7 45,1 18,8 21,5 10,3 14,3 12,0 17,4 0,8 0,9 0,3 0,6 Extrativistas florestais 50,0 38,7 17,8 13,3 11,7 15,6 17,2 26,4 1,9 3,9 1,4 1,5 Trabalhadores da mecanização agropecuária 16,4 7,2 12,4 12,4 15,9 18,1 47,6 53,2 4,3 7,1 2,8 1,5 Pescadores e caçadores 49,0 96,4 10,7 0,1 9,2 0,2 22,8 0,2 4,3 1,3 0,2 Operadores da preparação de alimentos e bebidas 22,7 30,1 12,8 16,5 20,1 13,3 30,8 30,9 10,8 6,6 1,9 2,1 Trabalhadores da indústria de alimentos 17,6 13,9 7,9 10,4 16,4 16,7 46,5 48,4 8,0 6,7 2,5 3,3 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 23,9 19,2 12,3 12,9 16,4 15,3 36,9 44,7 8,6 5,7 1,3 2,2 Vendedores em quiosques e barracas 20,8 96,9 8,2 0,8 12,3 0,6 30,5 0,8 18,6 0,6 5,5 Vendedores ambulantes 31,3 97,3 10,0 0,4 11,5 0,9 27,4 0,3 10,8 0,1 5,8 Técnicos de nivel médio em operações comerciais 6,3 2,3 2,9 2,1 2,7 3,9 20,8 23,5 22,4 21,1 23,9 26,7 Caixas, bilheteiros e afins 18,7 15,3 7,5 11,6 12,1 12,0 35,2 34,1 11,6 10,1 10,2 12,9 Vendedores, demonstradores 20,6 14,9 8,9 10,2 10,5 11,7 34,6 36,4 12,9 13,8 9,0 9,3 Repositores, remarcadores do comércio 23,6 12,0 18,7 16,7 18,3 22,6 37,5 45,9 1,4 1,3 0,5 1,4 Vendedores a domicílio 31,2 89,4 10,4 17,4 1,0 13,6 8,3 10,6 1,3 11,3 Trabalhadores da construção civil e obras públicas 12,0 10,2 8,3 8,5 12,1 14,5 49,0 50,6 14,1 12,0 3,6 3,5 Trabalhadores de acabamento de obras civis 11,9 10,9 10,6 9,6 11,2 16,0 46,6 46,8 14,3 12,1 4,5 4,3 Ajudantes de obras civis 36,9 29,8 20,8 18,9 17,8 24,0 22,8 25,8 1,1 1,0 0,3 0,4 Professores da educação infantil e do ensino fundamental 0,8 1,2 0,7 - 1,4 19,6 20,7 28,9 22,9 38,5 38,1 Professores do ensino médio - 0,8 0,2 7,2 10,2 24,4 22,1 44,8 42,3 Professores do ensino superior 3,4 4,4 5,7 5,6 18,2 15,8 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 4,9 1,7 2,2 1,1 5,9 7,7 23,4 18,0 25,6 23,8 19,1 29,1 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 2,2 1,1 1,8 2,2 3,0 5,4 38,6 38,8 22,8 25,2 23,3 18,4 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 7,5 5,0 3,5 3,6 6,2 12,3 52,1 45,1 21,4 15,3 5,2 14,6

10 e + sm 2002 2005 2,3 2,1 0,1 0,2 - 0,7 0,7 0,4 0,6 0,9 0,5 1,1 0,6 0,7 3,0 1,8 20,9 4,7 3,6 5,5 0,8 0,8 0,4 11,4 23,3 72,7 18,9

0,1 0,1 20,6 4,0 3,7 0,2 0,7 0,3 0,0 15,7 24,6 74,2 18,7

8,2

8,8

4,0

4,1

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

179


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 31 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para homens - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 e3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 7,4 74,4 5,6 3,3 7,3 6,1 32,9 10,4 17,1 1,9 15,7 0,5 13,1 Atores, diretores de espetáculos e afins 5,4 86,8 1,4 11,0 1,8 - 22,9 - 11,7 - 16,1 - 40,5 Compositores, músicos e cantores 4,8 57,6 2,2 5,2 - 6,9 11,2 25,0 29,2 5,4 7,4 - 37,8 Músicos e cantores populares 5,7 70,7 1,3 3,8 2,6 7,8 22,3 13,5 15,9 1,1 15,5 1,1 34,4 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 7,6 6,2 4,1 4,4 7,0 9,8 33,3 35,3 22,8 18,7 18,6 19,8 6,5 5,7 Técnicos em metalmecânica 4,2 5,8 5,5 5,9 6,1 6,7 27,7 26,3 28,3 28,7 21,1 20,2 7,1 6,4 Técnicos de nível médio em operações industriais 2,2 0,2 5,6 1,0 2,2 5,7 30,5 24,8 20,7 29,4 29,8 29,5 8,9 9,6 Trabalhadores da extração mineral 35,1 31,6 11,8 6,0 7,1 11,8 27,5 29,3 9,4 10,2 5,5 7,8 3,6 3,3 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 2,2 0,7 4,2 3,8 4,7 5,7 38,4 39,4 30,2 31,1 17,8 16,1 2,6 3,1 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 10,4 6,2 7,5 7,3 8,0 10,6 43,4 43,0 20,6 22,7 8,4 9,3 1,7 1,0 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 6,3 6,9 3,0 5,9 9,7 7,9 46,8 46,5 25,7 23,4 8,0 8,7 0,5 0,8 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 8,2 3,9 9,1 6,4 8,5 11,4 51,6 53,1 12,3 17,9 7,9 4,4 2,4 2,9 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações 8,8 4,4 6,6 4,2 6,9 14,6 40,4 46,9 20,5 14,9 14,4 12,9 2,4 2,0 Vidreiros, ceramistas e afins 9,7 6,4 17,1 11,2 9,6 12,4 38,8 51,3 19,6 8,0 4,5 10,7 0,8 Trabalhadores das industrias têxteis 10,1 10,5 10,0 8,4 17,8 16,6 41,2 50,1 18,7 12,9 1,5 1,2 0,6 0,3 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 10,2 1,3 7,9 4,3 11,6 13,4 59,7 65,3 10,7 11,6 - 2,5 - 1,7 Trabalhadores da confecção de roupas 17,1 12,5 18,1 14,1 13,8 20,8 38,1 40,8 6,4 6,3 5,6 4,2 0,9 1,3 Trabalhadores da confecção de calçados 8,7 2,7 14,0 13,8 16,0 23,8 56,5 50,4 3,6 7,5 0,9 0,8 0,2 1,0 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 15,1 13,2 14,8 13,6 14,6 14,7 33,7 44,8 16,5 11,3 4,9 2,3 0,4 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 23,2 18,9 13,1 10,8 11,1 17,5 27,9 35,4 17,5 9,8 5,2 6,3 2,1 1,3 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 12,8 9,1 13,6 14,5 19,5 18,1 47,3 47,9 4,9 9,5 1,5 0,7 0,6 0,2 Trabalhadores de montagem 12,6 8,5 15,4 15,1 17,2 14,8 47,7 46,1 6,3 12,1 0,7 3,4 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 31,8 54,0 19,5 8,0 7,0 12,3 34,3 20,9 5,6 - 4,7 1,8 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 5,4 1,9 7,0 5,2 8,5 11,0 42,5 48,3 21,8 17,2 10,5 13,6 4,3 ‘2,7 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas 4,2 2,6 6,4 6,9 9,6 10,0 46,8 47,9 22,6 22,8 10,4 9,2 - 0,6 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 19,1 24,0 10,6 60,6 48,7 15,3 15,5 - 6,2 Trabalhadores da fabricação de papel 8,9 2,1 14,9 6,8 4,2 11,7 49,6 57,9 14,8 16,8 7,7 4,7 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 5,0 31,7 1,7 8,8 13,3 15,7 28,4 20,1 32,5 12,4 14,7 8,2 4,5 3,0 Trabalhadores elementares da manutenção 30,8 27,2 15,6 13,5 12,2 21,0 26,4 28,6 8,1 7,0 5,7 1,9 1,1 0,8 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 23,4 93,7 9,4 0,6 10,6 1,8 26,3 1,5 14,9 0,1 8,9 - 3,4 0,4 Informática Técnicos em informática 3,2 1,4 2,2 2,5 3,3 6,6 27,3 31,8 25,4 23,4 27,6 23,3 11,1 11,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

180


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 31 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para homens - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 e3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 3,6 1,7 5,7 5,0 7,0 9,8 37,9 42,8 24,7 19,9 16,2 15,2 5,0 5,4 Marceneiros e afins 18,7 11,6 11,4 10,7 9,7 14,5 38,6 43,2 14,7 14,3 5,1 4,7 1,8 1,1 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais 11,0 3,3 5,1 3,9 7,0 7,9 33,4 35,3 27,0 25,4 12,4 19,3 4,2 4,7 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial 8,7 6,2 6,7 5,4 8,6 8,4 30,0 33,5 25,3 31,7 14,3 12,6 6,4 2,1 Saúde e afins Cientistas sociais, psicólogos e afins 2,8 0,5 1,2 2,9 1,8 3,4 10,6 9,4 12,3 9,1 29,9 27,2 41,4 47,6 Enfermeiros de nível superior e afins - 62,6 3,0 15,8 - 6,6 22,0 10,1 - 44,4 - 18,9 Técnicos e auxiliares de enfermagem 3,5 95,6 1,0 - 5,6 1,9 29,5 - 35,8 - 21,9 - 2,7 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 3,8 91,5 10,1 1,7 9,0 3,5 35,7 1,5 21,9 - 13,8 - 1,2 Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 42,0 31,6 19,2 23,4 14,1 19,9 20,0 19,9 3,4 4,0 1,1 1,0 0,2 0,1 Serviços de Trabalhadores de informações ao público 6,5 3,7 8,7 5,4 8,4 16,8 44,5 50,8 20,5 15,2 7,2 5,2 4,2 2,9 utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 20,5 8,6 18,1 18,2 18,6 29,7 34,7 37,8 6,0 4,2 2,0 1,1 0,2 0,5 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 13,5 98,5 3,7 - 11,4 0,1 56,6 0,5 12,6 - 0,8 - 0,4 Catadores de sucata 52,8 97,4 7,5 0,8 15,5 - 14,1 0,9 6,3 - 1,1 0,3 0,4 Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária 7,9 0,7 6,1 13,5 5,2 8,2 7,7 21,7 13,8 23,1 24,7 12,7 34,6 20,1 Turismo Cozinheiros 14,6 97,1 12,4 0,2 15,8 0,7 41,7 0,8 9,5 0,2 3,4 - 1,4 Garçons, barmen e copeiros 29,5 97,2 7,4 0,4 12,3 0,1 30,9 0,2 11,7 - 4,8 - 1,0 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

181


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

Setor Agricultura

Alimentícia

Ambulantes Comércio

Construção Civil Educação

TABELA 32 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para mulheres - Brasil (%) Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Produtores agrícolas 64,7 55,6 7,9 9,5 6,3 8,8 13,1 18,7 3,9 3,0 1,9 2,4 2,3 2,1 Trabalhadores agrícolas 63,0 48,2 15,9 18,1 13,3 16,7 7,1 15,9 0,8 0,7 - 0,2 - 0,3 Extrativistas florestais 92,6 82,6 1,7 3,1 2,3 5,3 2,9 7,7 - 1,2 0,6 Trabalhadores da mecanização agropecuária 14,9 77,4 - 22,6 40,5 - 44,6 Pescadores e caçadores 73,1 95,7 4,6 11,6 3,8 Operadores da preparação de alimentos e bebidas 75,9 80,2 - 1,8 8,2 8,1 11,2 6,9 4,7 3,0 Trabalhadores da indústria de alimentos 26,3 13,3 13,2 7,9 27,2 24,9 28,0 53,1 4,0 0,4 - 0,4 1,3 Trabalhadores da agroindústria e da fabricação de alimentos e bebidas (inclusive artesanais) 28,1 23,0 12,2 9,6 11,3 16,4 30,8 34,3 7,6 10,1 7,8 5,3 2,3 1,4 Vendedores em quiosques e barracas 29,7 96,2 8,1 0,4 8,5 2,1 30,8 0,4 15,4 7,3 0,2 Vendedores ambulantes 34,4 97,1 8,2 0,3 10,2 0,5 25,7 1,0 11,3 0,2 6,5 0,1 2,2 Técnicos de nivel médio em operações comerciais 14,8 3,0 6,1 6,7 6,0 7,1 25,5 37,5 19,1 16,0 18,5 18,6 10,2 11,2 Caixas, bilheteiros e afins 11,7 9,8 10,3 13,5 18,4 21,1 43,5 43,6 7,2 5,6 6,4 4,7 2,5 1,8 Vendedores, demonstradores 25,3 20,4 13,1 13,9 13,3 16,7 33,4 34,0 8,8 8,2 4,2 4,8 1,8 1,9 Repositores, remarcadores do comércio 28,4 15,8 20,0 18,9 21,3 29,1 25,0 36,1 5,3 Vendedores a domicílio 24,9 94,6 5,1 1,0 6,6 1,8 28,6 1,2 18,1 0,7 12,2 0,1 3,1 Trabalhadores da construção civil e obras públicas 15,9 13,1 - 3,0 16,4 23,0 27,9 30,2 32,9 6,8 6,9 23,9 Trabalhadores de acabamento de obras civis 23,1 7,2 9,2 19,7 25,9 - 28,2 59,8 13,6 3,7 - 9,6 Ajudantes de obras civis 46,1 28,4 18,2 29,0 9,9 17,3 20,6 22,8 5,2 - 2,5 Professores da educação infantil e do ensino fundamental 0,4 0,2 0,7 0,4 1,2 1,9 18,8 17,1 31,2 32,3 38,7 38,9 9,0 9,1 Professores do ensino médio - 0,3 0,4 0,9 0,2 8,4 10,8 22,4 24,0 52,8 48,0 15,1 16,7 Professores do ensino superior 0,6 0,6 3,0 2,8 6,9 6,4 22,7 22,4 66,7 67,9 Outros professores de ensino não classificados anteriormente 2,3 0,9 3,1 1,1 3,4 4,7 21,4 24,3 22,4 20,8 32,7 35,0 14,7 13,2 Prof. de nível médio na ed. infantil, no ensino fund. profissionalizante e nas escolas livres 2,1 2,4 4,3 1,7 4,9 6,4 35,0 42,5 30,3 28,5 19,4 16,2 4,2 2,4 Professores leigos no ensino fundamental, profissionalizante e nas escolas livres 9,9 6,8 5,1 2,2 7,8 12,6 46,5 43,4 19,5 24,6 10,6 9,2 0,6 1,2

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

182


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

TABELA 32 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para mulheres - Brasil (%) Setor Ocupação - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 e3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Entretenimento Locutores e comentaristas 11,7 93,0 14,7 3,5 6,2 - 9,2 - 16,7 3,5 41,5 Atores, diretores de espetáculos e afins 11,1 48,4 - 3,2 - 12,6 - 3,1 36,9 9,5 - 47,8 8,4 Compositores, músicos e cantores - 85,4 - 29,4 - 14,6 18,2 - 3,5 - 48,9 Músicos e cantores populares 4,4 69,0 4,4 7,8 - 6,6 30,0 7,2 13,0 5,3 19,9 2,2 26,3 Indústria Técnicos em eletro-eletrônica e fotônica 5,0 1,7 3,7 6,7 10,4 13,5 30,3 40,8 22,0 22,5 14,9 11,8 13,7 2,8 Técnicos em metalmecânica 8,2 - 37,8 17,6 46,2 19,0 7,9 23,9 - 39,5 Técnicos de nível médio em operações industriais 8,4 0,4 15,2 9,4 16,9 9,9 39,8 58,5 11,4 18,8 2,1 1,5 6,2 1,5 Trabalhadores da extração mineral 74,5 82,9 14,3 - 17,1 6,4 - 4,8 Trabalhadores de usinagem de metais e de compósitos 8,1 7,6 5,2 5,7 11,3 11,0 60,9 51,0 14,4 14,1 - 10,6 Trabalhadores de montagem de tubulações, estruturas metálicas e de compósitos 35,6 11,4 10,6 8,9 4,7 12,4 40,7 50,4 8,3 15,3 - 0,8 - 0,8 Montadores de máquinas e aparelhos mecânicos 16,6 16,1 - 5,4 3,3 16,5 42,7 25,5 24,6 25,8 12,8 10,8 Montadores e instaladores de equipamentos eletro-eletrônicos em geral 1,5 2,0 12,2 3,9 13,9 14,5 50,8 64,1 14,7 11,5 7,0 2,8 - 1,2 Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações - 11,1 - 100,0 - 63,9 - 25,0 Vidreiros, ceramistas e afins 5,7 4,9 8,9 18,7 24,1 27,9 59,2 44,7 - 3,7 - 2,1 Trabalhadores das industrias têxteis 49,5 35,4 8,4 10,1 10,7 12,1 30,2 36,1 1,2 5,8 - 0,4 Trabalhadores do tratamento de couros e peles 33,5 - 6,1 9,3 33,2 57,3 60,8 Trabalhadores da confecção de roupas 23,2 20,1 15,2 12,1 17,4 21,6 35,0 37,4 6,0 5,8 2,6 2,0 0,6 1,0 Trabalhadores da confecção de calçados 15,7 8,1 16,6 18,9 23,2 30,4 43,1 41,5 1,2 0,2 0,1 0,7 0,1 0,2 Trabalhadores da confecção de artefatos de tecidos e couros 13,1 19,2 13,0 6,6 24,8 20,3 42,8 45,5 2,4 1,5 3,1 3,5 0,8 3,5 Trabalhadores artesanais das atividades têxteis, do vestuário e das artes gráficas 63,4 65,3 6,6 5,5 9,8 8,0 14,5 16,0 3,3 3,2 1,9 1,3 0,4 0,7 Trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricaçao do mobiliário 3,5 - 18,1 16,1 23,9 34,2 50,1 44,9 4,4 2,9 - 1,9 Trabalhadores de montagem - 13,2 28,6 13,2 - 73,6 71,4 Trabalhadores artesanais da madeira e do mobiliário 55,6 57,9 17,3 2,2 11,8 5,8 12,3 23,3 - 10,8 - 3,1 Operadores de instalações químicas, petroquímicas e afins 10,4 6,1 9,8 14,9 23,7 13,7 47,5 59,9 2,4 3,0 2,9 1,6 3,1 0,8 Operadores de instalações e equipamentos de produção de metais e ligas - 100,0 - 100,0 Trabalhadores da preparação de pasta de papel - 100,0 Trabalhadores da fabricação de papel 55,4 3,0 22,4 40,2 12,0 3,0 10,2 41,2 - 12,6 Confeccionadores de produtos de papel e papelão 16,2 28,3 - 23,6 16,9 47,5 54,9 - 12,6 Trabalhadores elementares da manutenção - 30,6 - 100,0 - 69,4 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 31,0 94,5 8,1 0,7 8,5 1,1 24,3 0,9 10,8 - 8,7 0,1 4,0 Informática Técnicos em informática 3,1 3,2 2,6 1,1 3,8 4,2 32,2 31,8 20,2 33,1 30,6 15,5 7,5 11,1 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

183


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

TABELA 32 Composição do emprego nas ocupações selecionadas entre os anos de 2002 e 2005 por faixa de salário mínimo para mulheres - Brasil (%) Ocupação Setor - de 1 sm 1 a 1,19 1,2 a 1,49 1,5 a 2,99 e3 a 4,99 5 a 9,99 10 e + sm 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 2002 2005 Outros serviços Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 3,4 1,0 6,4 4,9 8,7 12,2 43,9 48,5 22,8 18,7 12,0 11,1 2,8 3,6 - 10,9 21,5 Marceneiros e afins 30,8 5,9 26,2 3,6 12,9 13,1 19,3 55,9 - 7,0 Mecânicos de manutenção de máquinas e equipamentos industriais, comerciais e residenciais - 7,1 - 4,9 41,2 32,0 46,3 56,0 5,4 - 14,9 - 44,9 - 15,7 - 14,5 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial, comercial e residencial - 10,0 Cientistas sociais, psicólogos e afins Saúde e afins 2,5 0,5 1,6 0,5 3,9 1,7 14,8 15,0 15,8 17,2 31,2 38,5 30,3 26,6 - 34,5 0,2 Enfermeiros de nível superior e afins - 67,4 0,3 6,5 1,1 13,2 9,7 9,9 11,2 0,5 42,9 - 3,2 0,1 Técnicos e auxiliares de enfermagem 3,6 94,0 2,0 1,8 6,1 1,4 38,7 1,5 27,9 0,1 16,8 - 1,6 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 3,2 96,6 6,0 0,9 8,8 0,3 46,8 0,8 23,1 0,5 9,5 Serviço Doméstico Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 43,9 33,0 13,3 15,8 12,7 18,4 24,0 26,4 4,6 4,9 1,2 1,2 0,3 0,3 Trabalhadores de informações ao público Serviços de 5,2 3,6 10,8 6,8 12,6 16,3 49,7 55,7 14,9 13,2 5,6 3,5 1,1 1,0 utilidade pública Trab. nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros 12,2 5,6 21,3 13,5 22,0 31,0 39,0 45,2 4,5 3,3 0,9 1,0 0,1 0,4 - 59,9 - 8,2 - 2,0 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 6,2 100,0 9,9 - 13,2 - 6,2 - 2,9 1,0 Catadores de sucata 64,2 98,6 14,0 - 12,7 - 100,0 Transportes Técnicos em navegação aérea, marítima, fluvial e metroferroviária Turismo Cozinheiros 18,1 98,3 14,8 0,0 18,4 0,2 40,1 0,2 5,6 0,2 1,7 0,1 0,6 Garçons, barmen e copeiros 30,9 97,5 12,4 - 14,1 0,5 29,3 0,3 7,5 0,2 3,8 0,1 0,9 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD 2002 e 2005. Elaboração Própria.

184


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Considerações Finais A variação do emprego registrada no período entre 1992 e 2001 indicou um crescimento elevado para as ocupações ligadas à indústria de laticínios. No comércio de uma forma geral o emprego cresceu em todas as ocupações analisadas. Na área de educação, em todas as modalidades. Na indústria, exceto para operadores de prensa mecânica de metais. Cresceu para um conjunto de ocupações ligadas a serviços pessoais como trocadores, faxineiras, cabeleireiros, manicuros e pedicuros, porteiros, guarda/vigias de organizações particulares, babás e empregadas domésticas. Além disso, cresceu o emprego entre enfermeiros diplomados. Os percentuais mais elevados de crescimento ocorreram nas áreas de comércio e serviços. A inserção das mulheres no mercado de trabalho, medida pela taxa de atividade, foi menor do que a masculina. A composição do emprego no período analisado indica uma ampliação de homens e mulheres para determinadas ocupações. Ampliou-se a presença das mulheres nas seguintes ocupações: indústria de laticínios, professores de ensino superior, enfermeiros diplomados e garçons. Entre os homens ampliou-se a presença nas ocupações de professores de um modo geral, exceto para o ensino superior, na área de entretenimento, especialmente entre produtores e diretores de espetáculo. Em serviços pessoais registrou-se um crescimento para as ocupações de cabeleireiros e porteiros. De um modo geral manteve-se a divisão sexual do trabalho em que as ocupações ligadas ao cuidado continuaram sendo realizadas por mulheres, a grande novidade foi o crescimento dos homens na área de educação. Quando analisados os dados por posição na ocupação, chamou a atenção o grau de precarização do trabalho. Em praticamente todas as ocupações analisadas cresceu o emprego sem carteira e o trabalho por conta própria. Para algumas ocupações ligadas à indústria de laticínios, o percentual de mulheres trabalhando por conta própria chegou a 58,9%, enquanto que entre as trabalhadoras com carteira de trabalho assinada registrou-se queda de 46,6% para 15,1%. Aspecto positivo a ser registrado foi o crescimento do emprego doméstico com carteira que passou de 18,8% para 29,1%, enquanto o emprego entre trabalhadoras sem carteira caiu de 81,1% para 70,9%. No que se refere ao perfil de escolaridade constatou-se uma elevação em praticamente todas as ocupações, e redução de trabalhadores e trabalhadoras com ensino fundamental incompleto. O percentual de mulheres com escolaridade mais elevada era superior ao dos homens em quase todas as ocupações analisadas.

185


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

De acordo com a análise por cor, observou-se uma grande concentração de trabalhadores e trabalhadoras de cor preta e parda em ocupações menos reconhecidas socialmente, enquanto que os de cor branca apareceram com um percentual bastante elevado nas ocupações ligadas à educação, indústria e comércio. Em algumas ocupações ligadas à indústria de bebidas o percentual de mulheres brancas caiu de 72,7% para 9%, enquanto que entre as trabalhadoras pardas a participação passou de 27,3% para 82,1%. Nesta ocupação ocorreu, inclusive, um crescimento bastante significativo das trabalhadoras por conta própria e um crescimento da participação nas demais regiões do país, com exceção da região Sul, tradicional neste tipo de atividade econômica. Entre as trabalhadoras da área de educação registrou-se um crescimento das de cor branca no ensino superior e uma queda das trabalhadoras de cor parda e preta para o período entre 1992 e 2001. Considerando que o ensino superior representa a elite da educação, o que notamos é um processo em que quanto mais valorizada socialmente é a profissão mais dificuldades trabalhadores e trabalhadoras de cor preta e parda encontram para ter acesso a estes postos de trabalho. A análise da distribuição regional indicou crescimento de algumas ocupações nas regiões Centro-Oeste e Norte, e uma queda em quase todas as ocupações na região Sudeste. Na região Sul houve uma queda significativa de mulheres na indústria de calçados que passou de 72,6% para 47,1%. O serviço doméstico praticamente se manteve, registrando crescimento nas regiões Sudeste e Norte e queda na região Sul. A maior atividade na faixa etária dos jovens foi verificada nas ocupações ligadas ao comércio, serviços e indústria. As maiores taxas de atividade feminina ocorriam na faixa etária dos 25 aos 35 anos, enquanto que entre os homens ela ocorria de forma mais homogênea entre as faixas etárias dos 25 aos 35 anos e dos 36 aos 49 anos. Na agricultura encontramos uma grande concentração de trabalhadores acima de 50 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Os indicadores de jornada de trabalho indicaram um percentual muito elevado de trabalhadores e trabalhadoras que realizavam jornadas acima de 44 horas semanais. Para várias ocupações como agricultura, comércio, construção civil, emprego doméstico e serviços, este percentual excedia os 50%. Com relação às características de rendimento, para as ocupações ligadas à agricultura, indústria alimentícia, ambulantes, construção civil e serviços tinha-se uma grande concentração nas faixas de até 3 salários mínimos. Já entre as mulheres as faixas se concentravam em até 1,5 salários mínimos. Constatou-se a desigualdade de rendimentos inclusive em ocupações tradicionalmente

186


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

femininas com a educação em que o percentual de homens que recebiam acima de dez salários mínimos era superior ao de mulheres. No período entre 2002 e 2005 o emprego cresceu de uma forma geral 12,14% para o conjunto de ocupações analisadas, sendo que entre os homens o crescimento foi de 10,41% e entre as mulheres de 14,15%. Foram analisadas 72 ocupações; em 59 delas o emprego cresceu e em apenas 13 ocupações ocorreu queda. Entre as mulheres o emprego cresceu em 51 ocupações e entre os homens em 63 ocupações. As ocupações que registraram maior queda foram as de compositores, músicos e cantores; trabalhadores da confecção de calçados; trabalhadores da transformação de madeiras e da fabricação de mobiliário e confeccionadores de produtos de papel e papelão. Entre os homens a queda mais acentuada ocorreu para as ocupações ligadas ao setor de entretenimento; produtos de papel e papelão; marceneiros e garçons, barmen e copeiros. Já entre as mulheres, as maiores quedas foram registradas para trabalhadoras da mecanização agropecuária; ocupações ligadas à construção civil, a área de entretenimento, trabalhadoras da extração mineral; confecção de calçados; trabalhadoras de montagem; preparação de pasta de papel; marceneiras e atendentes de enfermagem. Com relação à distribuição das ocupações por sexo tinha-se uma grande concentração de trabalhadores na agricultura, na indústria de uma forma geral e na construção civil. As mulheres registravam uma presença significativa na educação, saúde, serviço doméstico e entre os trabalhadores cozinheiros. As alterações mais significativas na composição das ocupações ocorreram na indústria em que cresceu a participação das mulheres em diversas ocupações como montadoras e instaladoras de equipamentos eletroeletrônicos em geral e trabalhadoras do tratamento de couros e peles. Diferentemente do período anterior, neste, observou-se um crescimento dos trabalhadores e trabalhadoras com registro em carteira de trabalho e dos trabalhadores por conta própria e uma redução dos trabalhadores e trabalhadoras sem carteira. Entre as mulheres registrou-se um crescimento de 19,6% das trabalhadoras com registro, enquanto que o índice das sem carteira cresceu 14,8% e as trabalhadoras por conta própria 14,2%. Entre os homens o crescimento daqueles com registro foi de 20%, enquanto que os sem carteira e por conta própria cresceram menos, 6,5% e 4,6%, respectivamente. A escolaridade entre os homens se elevou para todas as faixas, exceto para o ensino fundamental incompleto que caiu -0,31%. O percentual de trabalhadores com ensino fundamental cresceu 14,8%, entre os de ensino médio o crescimento foi de 40% e no ensino superior de 29%. Em 2002 o total de trabalhadores com ensino fundamental incompleto era 62,2% e caiu para 56,1%

187


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

em 2005, enquanto que entre os trabalhadores com fundamental completo o percentual era de 15,6% e aumentou para 16,4%, entre os de ensino médio o percentual passou de 18,4% para 23,3% e os trabalhadores com ensino superior passou de 3% para 3,5%. Entre as mulheres que tinham apenas o fundamental incompleto o emprego cresceu 0,01% entre 2002 e 2005, reduzindo de 46,2% para 40,5% o percentual de mulheres com o fundamental incompleto, enquanto que as trabalhadoras com fundamental completo ampliaram sua participação de 16,7% para 16,9% registrando um crescimento de 16%, entre as trabalhadoras com ensino médio o crescimento foi ainda maior 31%, ampliando a sua participação de 28,9% para 33,2% e as de nível superior que passaram de 7,3% para 8,6%, registrando-se um crescimento de 35%. De acordo com a análise por cor, constatou-se, para os homens, um crescimento de 0,3% entre os trabalhadores de cor branca, de 22,4% para os trabalhadores de cor preta, de 26,5% para os trabalhadores de cor amarela e de 17,3% os de cor parda. Em 2002, os trabalhadores de cor branca representavam 50,6% e reduziram sua participação para 47,3%, entre os de cor preta o percentual era de 6,5% e passou 7,2%, entre os de cor amarela o percentual se manteve 0,4% e os de cor parda passaram de 42,3% para 44,9% no período analisado. Entre as mulheres de cor branca o emprego cresceu 0,7%, entre as de cor preta 30,5%, de cor amarela 19,4% e as de cor parda 20,8%. Entre as trabalhadoras de cor branca a participação sobre o emprego total reduziu de 54,3% para 51,1%, as de cor preta detinham uma participação de 6,6% ampliando para 7,7% , as de cor amarela se mantiveram em 0,4% e as trabalhadoras de cor parda ampliaram sua participação sobre o conjunto das ocupações passando de 38,3% para 40,5%. No que se refere à distribuição das ocupações por região teve-se um crescimento de 6,5% na região Centro-Oeste, 8,8% na região Nordeste, 68,2% na região Norte, 6,2% na região Sudeste e 6,8% na região Sul. A composição das ocupações sobre o total geral estava assim distribuída: a região Centro-Oeste respondia por 6,8% do total das ocupações e reduziu sua participação para 6,6%, a região Nordeste passou de 29,3% para 28,9%, a região Norte foi a que mais cresceu, ampliando sua participação de 5,4% para 8,2%, a região Sudeste reduziu de 42,4% para 40,7% e a região Sul de 16,2% reduziu sua participação para 15,6%. Entre as mulheres verificou-se um crescimento mais elevado em todas as regiões, 14,3% na região Centro-Oeste, 11,5% na região Nordeste, 39,5% na região Norte, 13,2% na região Sudeste e 12% na região Sul. A composição das ocupações por região estava assim distribuída: a região Centro-Oeste manteve sua participação de 7,3%, a região Nordeste reduziu um pouco, de 24,9% para 24,3%, a região Norte ampliou sua participação de 5,6% para 6,8%, a região Sudeste reduziu de 46,1% para 45,8% e a região

188


Perfil ocupacional dos setores selecionados no período de 2002 a 2005

Sul de 16,2% para 15,9%. Em termos relativos a região que mais cresceu foi a Norte. Os dados por faixa etária indicam que em todas as faixas cresceu a participação de trabalhadores, de 1% entre os menores de 18 anos, 10% entre os de 18 a 24 anos, 12,2% entre os de 25 a 35 anos, 10% entre 36 e 49 anos e 10,6% entre os com 50 anos ou mais. Em 2002 tínhamos 4,4% trabalhadores com menos de 18 anos entre as ocupações selecionadas, em 2005 este percentual caiu para 4%, entre os de 18 e 24 anos a participação passou de 19,4% para 19,3%, entre os de 25 a 35 anos o percentual se elevou um pouco, de 28,2% para 28,7%, de 36 a 49 anos a participação em 2002 era de 29% e praticamente se manteve em 2005, 28,9%, entre os de 50 anos ou mais a participação se manteve em 19,1%. Entre as mulheres os percentuais de crescimento oscilaram, quando comparados aos dos homens. Reduziu a participação de trabalhadoras com menos de 18 anos em -4,4%, as de 18 a 24 anos cresceram em 9%, as de 25 a 35 anos cresceram 13,8% , as de 36 a 49 anos 14,2% e as de 50 anos ou mais, 26,2%. A composição do emprego por faixa etária estava assim distribuída: as trabalhadoras com menos de 18 anos representavam 4% em 2002 e reduziram sua participação para 3,3%, as trabalhadoras entre 18 e 24 anos também reduziram sua participação de 18,5% para 17,7%, as trabalhadoras entre 25 e 35 anos praticamente mantiveram a mesma taxa de participação, de 30,1% para 30%, da mesma forma as 36 a 49 anos, 33%, as trabalhadoras com 50 anos ou mais passaram de 14,2% para 15,7%. Os dados relativos à jornada de trabalho indicaram um crescimento de 21,4% entre os trabalhadores com jornada inferior a 20 horas, 27,4% entre os trabalhadores com jornadas entre 20 e 29 horas, 19,6% entre os trabalhadores com jornada entre 30 e 44 horas e de 0,57% para jornadas superiores a 44 horas. Entre os que trabalhavam menos de 20 horas a participação no total das ocupações analisadas era de 3% em 2002 e passou para 3,3% em 2005. Para aqueles que trabalhavam entre 20 e 29 horas a participação ampliou de 4,9% para 5,6%, para a jornada entre 30 e 44 horas em 2002 eram 44,4% dos trabalhadores, em 2005 esta participação passou para 48,2%. Entre os que trabalhavam mais de 44 horas constatou-se uma redução de 47,6% para 42,9%. Entre as mulheres cresceu 23,8% o número de trabalhadoras com jornada de até 20 horas semanais, entre 20 e 29 horas registrou-se um crescimento de 17,4%, entre as trabalhadoras com jornadas entre 30 e 44 horas o crescimento foi de 17,2% e para as que realizavam jornadas acima de 44 horas o percentual foi de 4,5%. Em 2002 o percentual de trabalhadoras que trabalhavam até 20 horas semanais era de 9,7%, este percentual passou para 10,6% em 2005. Cresceu também a participação das trabalhadoras com jornadas entre 20 e 29 horas, eram 14,7% em 2002 e passou para 15,1% em 2005. Entre 30 e 44 horas tinha-se 46,2% das trabalha-

189


Negociação e Contratação Coletiva da Qualificação Socioprofissional Relações Capital-Trabalho - Vol. II

doras em 2002 e 47,5% em 2005. A jornada que excedia as 44 horas reduziu sua participação de 29,3% para 26,8%. No que se refere à composição por faixa salarial observou-se, entre os homens, crescimento das remunerações até 2,99 salários mínimos de 52,4%, entre 3 e 4,99 salários mínimos caiu - 7,6%. Para as remunerações entre 5 a 9,99 salários mínimos cresceu 4,1%. Já entre os trabalhadores que estavam acima de dez salários mínimos observou-se uma queda de -5,31%. Em 2002 a participação de trabalhadores que recebiam menos de um salário mínimo era de 25,9%, em 2005 esta participação passou para 28,8%. Entre os que recebiam entre 1 a 1,49 salários mínimos a participação em 2002 era de 21,1% e passou para 22,0% em 2005. Para a faixa entre 1,5 a 2,99 salários mínimos teve-se uma redução da participação de 31,1% para 30,1%. A faixa acima de 3 salários mínimos reduziu a participação de 21,7% para 19%. Entre as mulheres que recebiam menos de um salário mínimo observou-se uma pequena elevação, elas representavam 3,1% em 2002 e passaram para 3,2% em 2005. Para as faixas entre 1 e 2,99 salários mínimos tinha-se em 2002 um total de 38,6% mulheres incluídas nessa faixa, este percentual em 2005 caiu para 37,1%. Nas faixas entre 3 e 4,99 salários mínimos o percentual se elevou de 20,2% para 33,1%. Nas faixas entre 5 e 9,99 salários mínimos a participação caiu de 30,6% em 2002 para 15,5% em 2005. Acima de dez salários mínimos tínhamos 7,5% em 2002 e 11,1% em 2005. As constatações não são conclusivas uma vez que o universo de ocupações presentes no mercado de trabalho é muito maior. Mas certamente são representativas suficientemente para que se possa, a partir destes resultados, extrair algumas conclusões importantes em relação ao mundo do trabalho. Ou seja, que a inserção da população no mercado de trabalho tem ocorrido de forma diferenciada entre homens e mulheres, e entre as pessoas de cor branca, preta ou parda. Apesar da maior escolaridade, as mulheres tendem a se concentrarem em ocupações de baixa remuneração, que exigem pouco ou nenhuma qualificação e, na maioria, sem garantias sociais, como por exemplo, o trabalho doméstico. Mas são as mulheres pretas ou pardas que estão em situação mais precária. Ao analisarem-se os dois períodos selecionados identificam-se mudanças importantes nesta década, que são: cresceu o emprego formal e diminuiu o percentual de trabalhadores que trabalhavam jornadas superiores a 44 horas semanais. A partir destes resultados também podemos aprimorar nossos instrumentais de avaliação a fim de medir a eficácia dos programas de qualificação profissional sob o aspecto do emprego, da remuneração e das condições de contratação. Fonte: IBGE. PNAD - Pesquisa Nacional Por Amostra de domicilio. 2005.

190



Revisão LUCIANA SERENO Diagramação DLC - EDITORA DE JORNAIS E REVISTAS LTDA Capa NSA COMUNICAÇÃO

Título NEGOCIAÇÃO E CONTRATAÇÃO COLETIVA DA QUALIFICAÇÃO SOCIOPROFISSIONAL RELAÇÕES CAPITAL-TRABALHO - VOL. II PERFIL OCUPACIONAL: SETORES ECONÔMICOS SELECIONADOS Formato: 23 x 16 Mancha: 19 x 12 Tipologia: Palatino Light, FranklinGothCdlTC Papel: Papel off-set 90g/m2(miolo), cartão supremo 250g/m2(capa) Matriz: Fotolito Digital Tiragem: 3000 1ª edição: Junho/2007


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.