Perfil Profissional Metroferroviario - 6ª Edição

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Relatório Perfil do Profissional Metroferroviário

6ª Edição

INVESTIMENTOS

PAC para o transporte ferroviário

MOBILIDADE URBANA

Desafios para ampliar a malha metroferroviária

MENTORIA

Inspiração para a carreira na engenharia

TECNOLOGIA Avanços tecnológicos e sua contribuição para o setor

PESQUISA

Números de profissionais que atuam nas operadoras de transporte sobre trilhos

OPERADORAS

Compare os benefícios oferecidos pelas operadoras de transporte sobre trilhos

PATROCINADORES REALIZAÇÃO

PARCERIA ESTRATÉGICA

APOIO INSTITUCIONAL

presidencia@aeamesp.com.br

AEAMESP reafirma seu compromisso de ser um hub de informações estratégicas

É com grande satisfação que apresentamos a 6ª edição do Relatório de Perfil do Profissional Metroferroviário aos nossos associados e parceiros. Com esta publicação, reafirmamos nosso compromisso de fornecer informações relevantes que auxiliem os profissionais do setor na elaboração de seus planos de carreira, além de oferecer uma visão ampla e estratégica do mercado em que atuam. Esta edição foi desenvolvida em parceria com a equipe do Portal Engenharia Compartilhada, agregando valor e visibilidade ao nosso trabalho.

A pauta desta edição está alinhada ao posicionamento da AEAMESP frente aos desafios do setor. Mais do que apenas questões técnicas, reconhecemos a importância de compartilhar informações comportamentais. Em um mundo em constante evolução, é essencial que os profissionais acompanhem essas mudanças e se adaptem às novas exigências.

Sabemos que, muitas vezes, essa evolução acontece de maneira tão rápida que corpo e mente podem sentir seus impactos. Por isso, abordamos essa temática nesta edição, ao mesmo tempo em que a AEAMESP amplia suas iniciativas, oferecendo ações voltadas à saúde física e mental de nossos associados e dos profissionais do setor em geral.

Com esta publicação, completamos nossa agenda de serviços, oferecendo não apenas informações estratégicas para os trabalhadores e gestores das operadoras, como também números e indicadores sobre os profissionais que atuam no transporte de cargas e passageiros. Além disso, promovemos o evento mais importante do setor: a Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Esperamos que esta leitura seja proveitosa e agregue valor ao desenvolvimento de todos os nossos leitores.

Aqui seu trabalho não sai dos trilhos.

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UMA FERRAMENTA

Atualização dos números e indicadores aponta avanços na agenda ESG e crescimento no número de colaboradores

OS PROFISSIONAIS

DE COMUNICAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA

DO SETOR

Ao desenvolvermos a pauta editorial desta publicação, não podíamos prever os resultados da sondagem realizada com profissionais de Recursos Humanos e especialistas indicados pelas operadoras para compor a amostra do estudo. No entanto, à medida que tabulamos as respostas, identificamos uma convergência em diversos pontos que chamaram nossa atenção.

ETodas as operadoras registraram avanços significativos no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no que se refere à redução das desigualdades de gênero. A participação das mulheres nas áreas de operação e nas posições de liderança cresceu de forma notável.

sse relatório é o resultado de mais de 100 com representantes do setor para subsidiar informações importantes para tomada de decisão à carreira.

O setor de cargas também apresentou crescimento, com um aumento no número de contratações. Além disso, destacou-se a diversidade de formações acadêmicas entre os profissionais contratados. Os fatores motivacionais revelaram um alto nível de satisfação entre os trabalhadores no desempenho de suas funções.

Conforme a pesquisa avançava, percebemos entre academia, indústria, operadoras de transporte, entidades e profissionais deve ser constante. Os esgotaram nessa edição, assuntos importantes continuidade deste trabalho.

A filosofia do Portal Engenharia Compartilhada é promover a adoção de uma visão sistêmica e o entendimento da interdependência entre os processos de trabalho. Por isso, ampliamos a pauta editorial para incluir temas como avanços tecnológicos e LGPD, saúde mental e a importância da mentoria para atrair engenheiros para a carreira metroferroviária. A parceria com a AEAMESP reforçou ainda mais esses temas, o que foi extremamente gratificante.

Boa leitura!

O resultado está à disposição dos profissionais e da Arquitetura em geral, mas em especial aos que atuam no setor de transporte sobre trilhos, AEAMESP se posiciona como agente de informação orientação profissional. Enquanto entidade representativa destes profissionais, ela reforça esse relação com

Essa publicação é o resultado da parceria da Diagrama

Aproveitamos para agradecer a todos os apoios as empresas que patrocinaram essa iniciativa todos que dispuseram de tempo e interesse para Boa leitura. Ficamos à disposição para sugestões.

Miguel

A STMF é reconhecida como um dos mais expressivos congressos técnicos do setor de transporte metroferroviário do País. O evento reunirá presidentes, dirigentes e profissionais de empresas. Também serão convidados representantes de órgãos públicos, de entidades de classe e de instituições não governamentais de representação autônoma. Local Nikkey Palace Hotel

(Rua Galvão Bueno, 425 - Liberdade – São Paulo – SP)

Inscrições: https://www.aeamesp.org.br/inscricao/lives30STMF

50 TECNOLOGIA

Evolução da IA e machine

learning no transporte sobre trilhos

56 SEGURANÇA

Proteção de cabeamentos

58 EVENTO

VII Simpósio de Engenharia Ferroviária

62 MENTORIA

Procuram-se engenheiros

70 SAÚDE MENTAL

A Importância de um ambiente saudável para a saúde mental

Relatório Perfil do Profissional Metroferroviário

6ª Edição

PERFIL DO PROFISSIONAL METROFERROVIÁRIO

Coordenação: MIGUEL DE OLIVEIRA (PUBLISHER) miguel@engenhariacompartilhada.com.br

Redação: ADRIANA ROMA (EDITORA) redacao@engenhariacompartilhada.com.br

AEAMESP

Luís Kolle (Presidente)

Conselho editorial

RAFAEL BARROS (RB Assessoria e Treinamento)

ROBERTO JOSÉ FALCÃO BAUER (Grupo Falcão Bauer); RICARDO LARGMAN, (Assessor de imprensa da ANTF), MARIANA NEVES (Assessora de Comunicação e Imprensa da ANPTRILHOS)

Ilustrador: JUSCELINO PAIVA DE LIMA

O Perfil do Profissional Metroferroviário é uma publicação dirigida aos profissionais técnicos, engenheiros e arquitetos que atuam no setor de metrôs e ferrovias. As opiniões e comentários dos redatores e colaboradores que redigiram os textos publicados não refletem, necessariamente, as posições do Portal Engenharia Compartilhada nem da AEAMESP.

A proposta do Portal Engenharia Compartilhada é a difusão do conceito de “Visão e Rede Sistêmica da Engenharia”. Os autores, Remo Cimino (In Memoriam) e Roberto José Falcão Bauer, propõem metodologias e processos para diversos estágios de uma construção, desde a intenção de um projeto até a execução da obra e da operação. A adoção da visão sistêmica pelos profissionais é fator fundamental para a capacitação plena de engenheiros e arquitetos.

Diretor: MIGUEL DE OLIVEIRA

SETOR FERROVIÁRIO BRASILEIRO

PREVÊ

CRESCIMENTO MODERADO

O governo federal planeja elevar a participação das ferrovias na matriz de transporte até 2035

Osetor ferroviário no Brasil está em um momento crucial de transformação. Nos últimos anos, observou-se um crescimento significativo na produção ferroviária, mas esse avanço está acompanhado de desafios complexos, desde a modernização da infraestrutura até a integração de novas tecnologias. Especialistas como o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, e o engenheiro especializado em ferrovias, Rafael Barros, trazem perspectivas críticas sobre o cenário atual, que envolvem tanto oportunidades de expansão quanto obstáculos que ainda precisam ser superados.

Resultados 2022/2023

O Relatório de Produção da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) aponta um crescimento de 11,22% na produção ferroviária das concessionárias associadas em 2023, em comparação ao quarto trimestre de 2022. Setores como graneis agrícolas, minério de ferro e demais cargas registraram crescimentos de 12,5%, 11,7% e 9,0%, respectivamente. No acumulado

DESTAQUES 2023

Expansão da malha e inovações

E RECONHECIMENTOS SOMOS MRS NOSSOS RESULTADOS AGENDA ESG JEITO DE CUIDAR DO PLANETA NOSSO JEITO DE ESTABELECER RELAÇÕES ANEXOS SUMÁRIO GRI/SASB

Mara Rosa/GO, pela VALE e entre Ilhéus e Caetité, pela Bamin, são exemplos de como a iniciativa privada está contribuindo para o desenvolvimento do setor. Esses projetos não apenas expandem a malha ferroviária, mas também buscam otimizar a eficiência das operações, reduzindo custos e aumentando a capacidade de transporte. Em 2023, os investimentos no setor cresceram 48%, e atingiram cerca de R$ 10,4 bilhões, o maior valor dos últimos oito anos, sendo R$ 9,3 bilhões nas malhas em operação e R$ 1,1 bilhão em implantação de novos trechos”, esclarece diretor-presidente da ANTF, Davi Barreto.

Vicente Abate, da ABIFER, vê esses investimentos como passos fundamentais para atingir a meta do governo federal de elevar a participação do transporte ferroviário na matriz de carga brasileira para 40% até 2035. “Acreditamos que, com os projetos em andamento, estaremos em uma posição forte para atender a essa demanda. A revitalização e expansão das ferrovias são cruciais para o desenvolvimento econômico do país”, afirma Abate.

Entretanto, ele também aponta a necessidade de uma abordagem mais estratégica para garantir que essas expansões resultem em benefícios concretos para a indústria nacional. “Precisamos priorizar a produção interna de veículos ferroviários e insumos e reduzir a dependência de importações. Com uma indústria nacional forte, o aumento da capacidade ferroviária será ainda mais significativo”, acrescenta Abate.

COMUNIDADES DO ENTORNO | GRI 2-28, 202-1, 203-1, 203-2, 413-1, 413-2

Apesar dos desafios, a expansão da malha ferroviária brasileira é uma realidade inegável. Investimentos como a extensão da malha Norte da Rumo, de Rondonópolis (MT) a Lucas do Rio Verde (MT), construção da Ferrovia de Integração Centro Oeste (FICO) entre Água Boa/MT e

O dilema das bitolas

Cada vez mais próxima

Em 2023, realizamos um amplo esforço interno na revisão e na implementação de políticas, procedimentos e programas que sustentam nossa atuação social, a partir da reestruturação organizacional da Diretoria de Relações Institucionais. Um dos resultados foi a criação da Gerência de Políticas Sociais, ligada à Gerência Geral de Meio Ambiente e Políticas Sociais, conforme mencionado na pág. 59. Com isso, novos processos foram incorporados para reforçar nossa proximidade junto às comunidades por meio de uma abordagem ainda mais qualificada e eficaz.

Renovação de compromissos

A renovação da concessão até 2056, conquistada em 2022, gerou ainda mais necessidade de diálogo ativo, contínuo e de qualidade com esses públicos, dado ovolume de intervenções e obras de melhorias na mobilidade urbana, ampliação do transporte ferroviário e ações de segurança previstas no plano de investimentos.

A questão das bitolas é um tema persistente no debate sobre o futuro das ferrovias no Brasil. A falta de padronização das bitolas ao longo das diversas malhas ferroviárias do país dificulta a integração dos sistemas e limita o potencial de expansão. Barros ressalta que, embora a adaptação para bitolas mistas seja tecnicamente viável, os custos são elevados e o processo é complexo. “Substituir dormentes de bitola larga ou estreita por dormentes de bitola mista (sejam eles de madeira, aço ou concreto) para permitir a instalação de um terceiro trilho é uma operação cara, que pode não ser economicamente justificável em determinadas regiões”, explica. Além disso, a recuperação de malhas ferroviárias subutilizadas, como a Malha Oeste, esbarra na falta de carga suficiente para justificar os investimentos. O deslocamento de produtores agrícolas do Paraná e de Santa Catarina para o Mato Grosso, há décadas, resultou em uma redução significativa do volume de carga nessas regiões, o que coloca em dúvida a viabilidade de revitalizar essas malhas. “A decisão de manter ou renovar essas

Rafael Barros, engenheiro especializado em ferrovias
Projeto da MRS para integração com áreas urbanas

concessões deve ser baseada em estudos detalhados sobre a demanda futura, para evitar investimentos em infraestruturas que possam se tornar obsoletas”, aconselha Barros.

De acordo com a ANTF, o Brasil possui, atualmente, 22 mil quilômetros de ferrovias de carga em bitola métrica e 7 mil quilômetros em bitola larga. Todas as malhas operacionais vêm cumprindo seu papel. Há excelentes ferrovias em bitola métrica no Brasil e no mundo como, também, há em outras bitolas. Para a implantação das ferrovias planejadas (que compõe o Plano Nacional de Viação – PNV, criado pela Lei nº 12.379/11), não existe direcionamento para qual tipo de bitola a nova ferrovia deverá utilizar, já que o aumento da capacidade para escoar a produção pode ocorrer tanto na bitola métrica quanto na bitola larga, e será necessário fazer a integração com as malhas das ferrovias existentes.

Caberá ao empreendedor analisar a melhor relação custo-benefício em face das condições estruturais em que a nova ferrovia estará inserida. O Brasil não tem

recursos para desperdícios. É importante aproveitar as ferrovias existentes, recapacitando-as quando necessário e promovendo sua integração na busca da melhor interoperabilidade possível, para maximizar os resultados e viabilizar todo o empreendimento.

Eficiência energética e segurança

A busca por maior eficiência energética e segurança operacional têm sido uma prioridade para o setor ferroviário brasileiro. O Relatório da ANTF destaca uma redução de 6,6% no número de acidentes ferroviários em 2023, comparado a 2022, refletindo os esforços das concessionárias em melhorar a segurança nas operações. Além disso, o consumo de diesel foi otimizado, com um índice de 3,33 litros por mil TKU (toneladas por quilômetro útil), um indicador de que as ferrovias estão se tornando cada vez mais eficientes em termos energéticos. “Esses números, de consumo específico de combustível e nível de acidentes, colocam as ferrovias brasileiras em desempenho superior a suas pares norte-americanas de Classe I, que são as referências mundiais em eficiência para o setor”, afirma Davi Barreto.

“Do ponto de vista ambiental, a operação ferroviária é naturalmente sustentável, com emissões de gases de efeito estufa 85% menores que à rodoviária. Isso significa que a cada 1% de aumento das ferrovias na matriz de transporte brasileira, deixa-se de emitir cerca de 2 milhões de toneladas de carbono. Em termos práticos, essa mudança de 1% é o mesmo que plantar uma floresta com a área da região metropolitana de São Paulo, todos os anos”, esclarece Barreto.

Entretanto, o setor não usa disso para se esquivar da agenda de modernização tecnológica de suas operações, com vistas à transição ecológica. “Estamos testando o uso de novas tecnologias em locomotivas

e avançando na adoção de materiais mais duráveis, como dormentes de concreto, e testando alternativas inovadoras, como dormentes de polímero reforçados com fibra de vidro. Esses materiais não só aumentam a vida útil da infraestrutura, mas também reduzem os impactos ambientais, um fator crucial para o desenvolvimento sustentável do setor ferroviário”, descreve o diretorpresidente da ANTF.

Participação das ferrovias nas exportações

O papel das ferrovias nas exportações brasileiras é significativo, mas ainda há espaço para crescimento. De janeiro a dezembro de 2023, 49% do açúcar e 48% da celulose exportados foram transportados por ferrovia até os portos, números ligeiramente abaixo dos registrados em 2022. Esses dados refletem tanto as oportunidades quanto as limitações do transporte ferroviário no Brasil, considerando a predominância do transporte rodoviário.

Abate observa que a conexão ferroviária com todos os principais portos do país é essencial para otimizar as operações de exportação e importação. “Com a conclusão dos projetos em andamento, especialmente aqueles relacionados à FIOL e à FICO, teremos uma rede ferroviária mais robusta e integrada, capaz de suportar o crescimento da exportação brasileira nos próximos anos”, projeta. O transporte de cargas sobre trilhos no Brasil está em um ponto de inflexão, no qual as decisões tomadas hoje determinarão o futuro da infraestrutura ferroviária nas próximas décadas. O crescimento registrado nos últimos anos, impulsionado por investimentos em expansão e renovação de concessões, é um sinal positivo, com desafios significativos. Conflitos urbanos, a complexidade das bitolas e a necessidade de modernização contínua

são questões que exigem soluções estratégicas e bem planejadas.

Enquanto especialistas como Vicente Abate e Rafael Barros reconhecem os avanços realizados, ambos enfatizam a necessidade de uma abordagem cautelosa e focada no longo prazo. “Estamos em um momento de transição para a indústria ferroviária e as decisões que tomarmos agora terão impactos duradouros na eficiência e competitividade do Brasil no cenário global”, conclui Abate.

Conforme estimativa do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), os altos custos logísticos no Brasil vêm crescendo vertiginosamente nos últimos anos, podendo fechar o ano com um consumo de 13,3% de todo o PIB do Brasil, frente aos 12,6% registrados em 2020 e 12,3% observados em 2017. Já em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, esse custo fica em torno de 6% a 7%.

A infraestrutura de transportes é um gargalo importante, pois grande parte das mercadorias brasileiras que circulam internamente e chegam ao mercado externo concentrase no transporte rodoviário e, em algum momento, passa pelas malhas ferroviárias. Assim, para a ANTF a redução do Custo Brasil, que tem no transporte de mercadorias uma de suas parcelas, exige investimentos na sua infraestrutura para atender as expectativas do desenvolvimento econômico nacional.

Com uma malha ferroviária que precisa crescer e se modernizar, o Brasil tem diante de si a oportunidade de transformar o setor de transportes, tornando-o mais eficiente, seguro e sustentável. O caminho para o futuro das ferrovias brasileiras está traçado, mas sua realização dependerá de uma combinação equilibrada de inovação, investimento e planejamento estratégico.

LINHA 2 VERDE AVANÇA E PROMETE REDEFINIR O TRANSPORTE EM SÃO PAULO

A expansão do trecho marca o desenvolvimento na região metropolitana de São Paulo.

A expansão da Linha 2 Verde do Metrô de São Paulo é uma das obras de infraestrutura mais significativas em andamento no país, com grandes expectativas para melhorar a mobilidade urbana na capital paulista e na região metropolitana. O gerente de empreendimento da Linha 2 Verde, Eduardo Maggi, oferece uma visão detalhada sobre os desafios e inovações envolvidos nesse projeto, que promete transformar a mobilidade e o desenvolvimento regional.

A Linha 2 Verde é uma prioridade em termos de mobilidade urbana. Para Maggi, a integração entre os governos federal, estadual e municipal é crucial para o sucesso do projeto. “Em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a mobilidade precisa ser muito bem planejada e implantada. São Paulo, por exemplo, tem um plano de expansão da rede de mobilidade que envolve tanto a participação do governo estadual quanto a integração com o governo federal. Essa integração e um bom planejamento são fundamentais,” explica.

Os investimentos em diferentes modalidades de transporte são essenciais para reduzir congestionamentos, melhorar a qualidade de vida e diminuir o impacto ambiental. Maggi destaca a importância do transporte individual sustentável, como o uso de bicicletas, e do transporte coletivo movido

a eletricidade, como ônibus elétricos, metrô e monotrilho. “A integração entre esses modais é crucial para melhorar a mobilidade urbana de forma sustentável,” afirma.

Eduardo Maggi, gerente de empreendimento da Linha 2 Verde

INVESTIMENTOS

A obra da Linha 2 Verde promete trazer impactos significativos para a região. Um dos principais efeitos será a criação de um grande centro de integração na estação Penha, conectando a Linha 3 do Metrô SP à nova Linha 2 e à CPTM. Isso permitirá um deslocamento mais eficiente, principalmente para os moradores da Zona Leste de São Paulo, que poderão chegar diretamente à Avenida Paulista sem múltiplas conexões. Outro impacto relevante será a expansão do metrô até Guarulhos, com as estações Ponte Grande e Dutra, as primeiras fora do município de São Paulo, promovendo uma ligação direta entre as duas cidades.

O impacto econômico dessa expansão também é expressivo. “Metrô SP tem um impacto significativo no desenvolvimento regional. Onde ele chega, transforma a região, impulsionando o crescimento imobiliário e gerando empregos. A obra já emprega cerca de 6.000 trabalhadores, número que pode chegar a 7.000 no pico da construção. Além dos empregos diretos, há uma vasta cadeia produtiva envolvida, beneficiando indústrias como as de cimento, madeira e siderurgia”, analisa Maggi. O investimento total previsto para a conclusão da Linha 2 Verde é de aproximadamente 15 bilhões de reais, dos quais 8 bilhões já foram investidos. Esse montante abrange obras civis, sistemas, desapropriações e a aquisição de novos trens. A magnitude desse investimento reflete a importância da obra para a mobilidade urbana e o desenvolvimento da região.

Uma das inovações tecnológicas mais notáveis dessa obra é a utilização da tuneladora Cora Coralina, a maior da América Latina, com 11,65 metros de diâmetro. Fabricada na China, a tuneladora apresenta um excelente

desempenho, avançando até 16 metros por dia. O nome Cora Coralina foi escolhido em homenagem à poetisa brasileira, reforçando o vínculo cultural do projeto com a comunidade. “Essa tuneladora é um exemplo de inovação na obra da Linha 2, ajudando a garantir a segurança e a eficiência na escavação dos túneis,” comenta Maggi.

No entanto, a construção da Linha 2 Verde não está isenta de desafios. A obra enfrenta dificuldades devido à passagem por regiões com solos frágeis e construções antigas, exigindo monitoramento constante e o uso de equipamentos de alta tecnologia para evitar impactos nas edificações. Além disso, a logística em ruas estreitas e o ruído das obras são questões que a equipe tem trabalhado para minimizar, sempre priorizando a segurança dos moradores e trabalhadores.

O sucesso do projeto, segundo Maggi, deve-se à competência e dedicação da equipe envolvida. “Temos uma equipe no metrô muito bem treinada, que se empenha diariamente para garantir o sucesso do projeto. As empresas contratadas também estão comprometidas em seguir as regras e os contratos, o que é fundamental para o bom andamento da obra,” ressaltou. Um dos destaques é a busca pela certificação LEED Silver para a estação Anália Franco, uma conquista inédita para o metrô da América do Sul, que reconhece práticas de construção sustentável.

A expansão da Linha 2 Verde representa um avanço na infraestrutura de transporte de São Paulo e um exemplo de inovação e planejamento integrado para promover a mobilidade urbana sustentável e o desenvolvimento regional. Com investimentos significativos e uma equipe altamente qualificada, a obra vai impactar positivamente a realidade de milhões de cidadãos.

DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A EXPANSÃO DA MALHA

METROFERROVIÁRIA

Em um cenário de mudanças e reavaliações das políticas de transporte no Brasil, o presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), Luís Kolle, compartilha uma visão crítica e ponderada sobre o estado atual e as perspectivas futuras do transporte de passageiros sobre trilhos no país. Em entrevista recente, Kolle destacou os desafios e as preocupações que cercam a expansão da malha ferroviária, especialmente em relação às iniciativas de privatização e concessão de serviços.

Segundo Kolle, a malha ferroviária de passageiros no Brasil está longe de atingir seu pleno potencial. “Infelizmente, há poucos trens de passageiros em operação, com a maioria deles sendo apenas trens turísticos,” afirmou. Ele ressaltou que a privatização da malha ferroviária nacional, ocorrida nas últimas décadas, teve um impacto negativo significativo, especialmente no transporte interestadual de passageiros. A falta de investimentos e o foco excessivo em transporte de carga deixaram o transporte de passageiros em segundo plano.

Kolle vê uma oportunidade de retomada com o projeto do Trem Intercidades (TIC), que recentemente teve um leilão realizado para sua concessão. No entanto, ele aborda o tema com cautela. “Houve apenas um participante no leilão e o deságio aplicado ao preço original foi muito pequeno.

Isso me preocupa, pois esperava-se mais desse leilão”, pondera. O TIC, que conectará São Paulo a Campinas, é visto como um marco, mas Kolle alerta para a necessidade de avaliar cuidadosamente a viabilidade e a atratividade de projetos futuros.

O ritmo acelerado de privatizações e concessões pelo governo de São Paulo também é tema de preocupação na análise de Kolle. “Vejo com preocupação a pressa com que o governo de São Paulo tem tentado privatizar e conceder tudo à iniciativa privada. É importante equilibrar as coisas – não podemos agir de forma tão apressada, atropelando o processo,” comenta. Ele enfatiza a necessidade de preservar o conhecimento técnico acumulado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), que tem sido um pilar no desenvolvimento e operação dos sistemas metroferroviários no estado.

Para Kolle, embora as concessões possam trazer benefícios, como investimentos privados e maior eficiência, é crucial garantir que o conhecimento técnico não seja perdido. “Temos visto problemas em São Paulo com empresas que, ao contratar funcionários menos experientes, acabam enfrentando dificuldades operacionais diárias. Isso é preocupante para nós, que valorizamos a manutenção de um alto nível de qualificação técnica,” disse.

O presidente da AEAMESP também comenta sobre a expansão da malha metroviária em São Paulo, destacando o programa “São Paulo nos Trilhos,” lançado pelo governador Tarcísio de Freitas. Esse programa prevê a concessão de linhas existentes e novos trechos de expansão, com a proposta inédita de levar o metrô além dos limites da capital, alcançando municípios como Taboão da Serra. “Isso é interessante para o usuário, mas precisamos garantir a qualidade dos serviços oferecidos,” alerta Kolle.

Luís Kolle, presidente AEAMESP

Ele traz à tona a questão da velocidade projetada para o Trem Intercidades, que é de até 140 km/h. “Isso não se enquadra na categoria de alta velocidade, que geralmente começa a partir de 250 km/h. A expectativa é que o trem faça o trajeto em 64 minutos, o que é comparável ao tempo de viagem de carro entre São Paulo e Campinas. Isso levanta dúvidas sobre sua competitividade em relação ao transporte individual,” explica.

Kolle ressalta a importância da regulamentação para o sucesso das concessões e do transporte público em geral, ao mencionar o Marco Legal do Transporte Público, que está em discussão no Congresso Nacional, como uma peça fundamental para garantir uma abordagem integrada e eficiente ao transporte nas cidades brasileiras. Contudo, ele destaca que ainda há desafios significativos a serem enfrentados, especialmente no que diz respeito ao incentivo ao uso do transporte público em detrimento do transporte

individual, que continua a dominar grande parte do sistema viário.

Uma das principais preocupações levantadas por Kolle é como o governo do estado lidará com os contratos de concessão, especialmente em relação ao equilíbrio financeiro e à qualidade dos serviços prestados pelas operadoras privadas. Ele menciona o déficit financeiro enfrentado pelo Metrô de São Paulo como um exemplo de como a dependência de tarifas pode colocar em risco a sustentabilidade do sistema.

Luís Kolle, em sua análise, reconhece os potenciais benefícios das concessões e privatizações, mas alerta para os riscos de uma execução apressada e mal planejada. Para ele, a preservação do conhecimento técnico e a garantia da qualidade dos serviços são fundamentais para que o transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil possa realmente atender às necessidades da população e se desenvolver de forma sustentável.

PAC FERROVIÁRIO: O REFORÇO QUE FALTAVA?

Engenheiro Pedro Machado comenta os principais pontos do programa federal

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Ferroviário surge como um recurso para alavancar o setor ferroviário no Brasil, com ênfase na infraestrutura de transporte de carga e, potencialmente, de passageiros. Lançado pelo governo federal em agosto de 2023, o programa prevê 302 empreendimentos – entre obras públicas e concessões à iniciativa privada, incluindo

obras de adequação de capacidade, duplicação, triplicação, pontes, conexão com portos, entre outras medidas para o fortalecimento da logística nacional.

Para entender melhor esse ambicioso programa, a reportagem entrevistou o engenheiro Pedro Machado, mestre em Engenharia de Transportes e especialista do Metrô de São Paulo. Machado também é conselheiro da AEAMESP (Associação de Engenheiros e Arquitetos

de Metrô) e diretor da Divisão de Logística e Transportes do DEINFRA-FIESP, além de voluntário no Dia Nacional da Coleta de Alimentos. Sua vasta experiência oferece uma visão privilegiada sobre o PAC e suas implicações para o futuro do transporte ferroviário no Brasil.

Pedro Machado destaca que o PAC prevê um investimento robusto de 1,7 trilhão de reais em quatro anos, distribuído entre investimentos privados, orçamento da União, empréstimos e investimentos de empresas estatais. Ele observa que o governo tem feito um esforço significativo para atrair investimentos, participando de eventos internacionais para divulgar o PAC e atrair empreendedores.

A atração de investimento requer a gestão de riscos, o que pode ser um ponto de atenção para os investidores. O engenheiro alerta para os diversos desafios que podem comprometer os projetos ferroviários, especialmente a inadimplência das empresas responsáveis pelas obras e a necessidade de garantir a continuidade do fluxo de capital em parcerias público-privadas (PPPs). Ele menciona a possível criação de um fundo garantidor como uma solução para mitigar esses riscos, ressaltando que a segurança financeira é crucial para o sucesso dos investimentos públicos ou privados.

A pauta relacionada ao Novo PAC Ferroviário contempla ainda boas práticas e inovações na engenharia. Machado enfatiza a importância das práticas como um planejamento bem-feito, com projetos de engenharia detalhados, para evitar problemas futuros, como pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro. Ele também discute a necessidade de antecipar questões de interoperabilidade e regulamentação de tarifas de direito de passagem, que são essenciais para a viabilidade de novas linhas ferroviárias, especialmente as chamadas short lines.

Em relação às inovações, ele observa que o PAC está alinhado com as tendências globais de descarbonização, promovendo o uso de combustíveis de baixo carbono. Ele acrescenta que o planejamento da integração das novas linhas ferroviárias com a infraestrutura existente, destacando a complexidade de conectar a nova malha ferroviária em bitola larga com a antiga malha de bitola métrica, que apresenta limitações significativas devido ao seu traçado sinuoso.

Um dos maiores desafios apontados pelo engenheiro é a integração das novas linhas ferroviárias com as existentes, especialmente devido às diferentes bitolas utilizadas. Ele sugere que, apesar das dificuldades, soluções inovadoras, como a automação da operação do transbordo de carga ferroviária, podem ajudar a superar essas barreiras e otimizar a capacidade das novas linhas.

Transporte de passageiros sobre trilhos

Machado conclui sua análise com uma reflexão sobre a falta de inclusão de trens de passageiros nos novos projetos ferroviários. Ele argumenta que, embora o foco principal seja o transporte de carga, há um potencial significativo para incluir o transporte de passageiros, especialmente em áreas remotas e menos atendidas. Ele cita os exemplos bem-sucedidos das linhas de passageiros operadas pela Vale como prova de que é possível combinar o transporte de carga com o de passageiros, trazendo benefícios sociais importantes para as comunidades.

O PAC Ferroviário, conforme apresentado por Pedro Machado, é uma iniciativa ambiciosa. No entanto, com a adoção de boas práticas de engenharia, uma estrutura financeira sólida e a incorporação de inovações tecnológicas, há um enorme potencial para que o programa deslanche.

Pedro Machado, mestre em Engenharia de Transportes

CENÁRIO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SOBRE TRILHOS NO BRASIL EM 2024

Investimentos continuam aquém das demandas da mobilidade urbana

O setor de transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil, historicamente visto como uma solução essencial para a mobilidade urbana, enfrenta um cenário de desafios e oportunidades em 2024. Com o crescimento populacional e a urbanização acelerada, a demanda por sistemas eficientes de transporte tem se intensificado, exigindo investimentos e inovações constantes.

De acordo com o relatório de 2023 da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), o Brasil conta atualmente com 1.133,4 km de trilhos em operação, distribuídos em 48 linhas que atendem 12 das 27 unidades da federação. Esses sistemas transportam cerca de 2,48 bilhões de passageiros anualmente, o que representa 8,19 milhões de passageiros em dias úteis. Apesar desses números

expressivos, o setor enfrenta desafios significativos, como a necessidade de expansão da malha ferroviária e a modernização dos sistemas existentes.

Apesar dos desafios, o setor também apresenta avanços importantes. Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de 6% na demanda por transporte ferroviário de passageiros, um reflexo do desempenho positivo da economia e da redução do desemprego. Entretanto, esse crescimento ainda não recupera os níveis prépandemia, permanecendo 23,9% abaixo do patamar de 2019. Segundo o Presidente do Conselho Administrativo da ANPTrilhos, Joubert Flores, “o crescimento observado é encorajador, mas ainda está longe de atingir o potencial total do setor”. A retomada dos investimentos e a ampliação da malha são essenciais para suprir a demanda crescente e ampliar a mobilidade sobre trilhos nas grandes cidades.

No que se refere à ampliação da malha, as obras em andamento somam 66 km de novos trechos e 59 novas estações em construção. Entre os principais projetos, destacam-se a expansão das linhas 2 (Verde) e 9 (Esmeralda), na cidade de São Paulo, e a implantação do People Mover até o Aeroporto de Guarulhos. Esses projetos fazem parte de um esforço mais amplo do governo federal e dos governos estaduais para revitalizar e expandir o transporte ferroviário de passageiros no país.

O transporte de passageiros sobre trilhos desempenha um papel crucial na economia e na sustentabilidade ambiental do Brasil. Em 2023, o setor foi responsável por uma economia de R$ 1,4 bilhões em horas de deslocamento, além de evitar a emissão de 2,3 milhões de toneladas de poluentes. Esses números sublinham a importância do investimento contínuo na expansão e modernização do sistema ferroviário.

Um dos principais pontos de preocupação para a indústria ferroviária brasileira é a ociosidade da capacidade instalada, que, em alguns casos, chega a 80%, como destacou Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER). “A

Joubert Flores, Presidente do Conselho Administrativo da ANPTrilhos

indústria ferroviária enfrentou um período de ociosidade significativa nos últimos anos, com a demanda caindo a níveis preocupantes. No entanto, 2024 é um ano de transição, e esperamos uma recuperação gradual, com a redução da ociosidade e um aumento nas encomendas, especialmente a partir de 2025,” afirma Abate.

Abate também destacou a importância dos projetos ferroviários em andamento para a economia do país: “Os investimentos em novas linhas e na modernização das existentes não só melhorarão a mobilidade urbana, mas também trarão benefícios econômicos significativos, gerando empregos e impulsionando a indústria nacional.”

Opinião do Editor

As perspectivas para o futuro do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil são moderadamente otimistas. A realização do leilão do Trem Intercidades (TIC) entre São Paulo-Campinas, em fevereiro de 2024, marca um passo significativo para a melhoria da conectividade entre importantes centros urbanos. O projeto inclui a implantação de um “trem parador” entre Jundiaí e Campinas, passando por cidades como Louveira, Vinhedo e Valinhos, além da concessão da Linha 7 (Rubi), atualmente operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Em resumo, o transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil enfrenta um cenário de constantes desafios e de oportunidades promissoras. Com investimentos significativos em andamento, o setor tem o potencial de se tornar um pilar ainda mais forte na mobilidade urbana brasileira. No entanto, para alcançar todo o seu potencial, será necessário um esforço contínuo de todas as partes envolvidas, incluindo governos, operadores e a indústria ferroviária.

Abate resumiu bem a situação: “Estamos em um momento de transição. Se continuarmos nesse caminho de investimento e inovação, o transporte ferroviário de passageiros no Brasil tem tudo para se tornar um dos principais motores da mobilidade urbana e do desenvolvimento econômico do país.”

OPERADORAS ALINHADAS COM OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODSs)

Os relatórios fornecidos pelas operadoras demonstram um claro compromisso com a agenda de desenvolvimento sustentável. Iniciativas complexas, como o tratamento de efluentes, a destinação adequada de resíduos e projetos voltados para descarbonização e desmaterialização, estão em pleno andamento. Além disso, há um relacionamento contínuo com as comunidades locais, evidenciado por ações sustentáveis, como o apoio à produção agrícola por meio de cooperativas e programas educacionais direcionados a crianças e adolescentes, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes.

Outro ponto de destaque é a eficácia com que as políticas de igualdade de gênero estão sendo implementadas, refletindo em mudanças significativas que serão detalhadas na seção “Perfil”. Além disso, políticas de equidade e

acessibilidade têm sido pautas frequentes em praticamente todas as operadoras.

Embora o transporte sobre trilhos seja, por natureza, uma atividade com impacto ambiental significativo, é necessário reconhecer o esforço contínuo das empresas para mitigar esses danos. No entanto, um aspecto preocupante que faz parte das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável é a questão da renda dos colaboradores (ODS 10 - GRI 202). As operadoras têm anunciado uma média salarial de US$ 750 ou menos para um profissional de nível técnico pleno, que normalmente acumula funções operacionais e de segurança, enquanto nos EUA a média salarial gira em torno de US$ 3.800, valor semelhante ao praticado na Alemanha e na Inglaterra. Benefícios adicionais são, sem dúvida, bem-vindos, mas é a renda que garante o exercício pleno da profissão e proporciona a realização pessoal. redacao@engenhariacompartilhada.com.br

INSIGHTS

4 passos para medir e avaliar a produtividade no trabalho

A produtividade no trabalho é um dos principais indicadores de desempenho de uma empresa. Medi-la de forma precisa é crucial para entender a eficiência dos processos, identificar áreas de melhoria e tomar decisões informadas. Nosso conhecimento sobre algo só avança conforme avançamos nosso sistema de medição. Sem isso, temos apenas percepções e vieses. Esta medição envolve a relação entre a quantidade de recursos utilizados (tempo, mão de obra, materiais) e os resultados obtidos (produtos ou serviços entregues). A fórmula básica é:

Produtividade = Resultado Total / Insumos Totais

Ela pode ser aplicada em diferentes contextos, ajustando os insumos e resultados específicos para cada setor ou função.

Como medir e avaliar a produtividade?

Para medir a produtividade individual e da equipe, é importante seguir algumas etapas:

1. Definir metas claras, com objetivos específicos e mensuráveis. Para indivíduos, isso pode ser a quantidade de tarefas concluídas. Para equipes, pode ser a realização de projetos ou metas de vendas;

1. Utilizar ferramentas de monitoramento, como software de gerenciamento de projetos e aplicativos de rastreamento de tempo. Elas podem ajudar a monitorar o progresso e o tempo gasto em cada atividade;

1. Coletar dados regularmente, com registro e análise de desempenho para identificar padrões e áreas de melhoria;

1. Realizar feedback e revisões, com reuniões periódicas para discutir o progresso, desafios e ajustar as metas conforme necessário.

Já a avaliação de produtividade deve ser um processo contínuo e estruturado. Para ser eficaz, trago, também, quatro pontos:

1. Análise de desempenho, comparando performance atual com as metas estabelecidas (que devem ser específicas e objetivas);

1. Reuniões de feedback para discutir resultados, fornecer reconhecimento e identificar áreas de desenvolvimento;

1. Benchmarking, importante para comparar a produtividade da equipe com padrões do setor ou com outros times dentro da empresa para identificar pontos fortes e fracos;

1. Ajustes e planejamento, essenciais após os insights obtidos na avaliação.

Mas afinal, quais são os indicadores de produtividade?

Variam de acordo com o setor e a função, mas os mais comuns incluem a eficiência operacional, que é medida pela quantidade de produção em relação aos recursos utilizados; a taxa de conclusão de projetos, que se refere ao percentual de projetos finalizados dentro do prazo e do orçamento; e a produção por hora, que avalia quantas unidades são produzidas por hora de trabalho.

Além disso, a taxa de erros é um indicador relevante, pois mostra o número de defeitos ou retrabalhos necessários, refletindo diretamente na qualidade do trabalho realizado. A satisfação do cliente também é fundamental, sendo medida pela fidelidade e feedback dos clientes, o que reflete a eficácia dos serviços prestados. Outro indicador importante é o tempo médio para conclusão, que contabiliza quanto tempo é necessário para completar uma tarefa ou projeto. Por fim, o ROI de projetos, ou retorno sobre o investimento, é um indicador que mede a eficiência Com essas orientações, é possível medir a produtividade no trabalho de forma mais assertiva, visando o crescimento e o sucesso de qualquer organização. Implementar métodos eficazes de monitoramento e avaliação pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria, aumentar a eficiência e, em última análise, contribuir para um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.

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OPERADORAS DE TRANSPORTE SOBRE TRILHOS

Mercado de transporte ferroviário: perfil das concessionárias e regiões de operação

As informações a seguir apresentam um panorama das concessionárias de transporte ferroviário, tanto de carga quanto de passageiros. Este conteúdo é direcionado aos leitores interessados no setor, oferecendo uma visão abrangente do mercado de trabalho e das regiões onde ocorrem as operações. Os dados foram obtidos por meio de questionários respondidos pelos departamentos de Recursos Humanos das concessionárias, além de serem complementados com informações extraídas dos relatórios integrados e de ESG (Environmental, Social, and Governance) publicados em 2023.

CONHEÇAS AS MAIORES OPERADORAS DE TRANSPORTE

SOBRE TRILHOS DO BRASIL

MALHA FERROVIÁRIA E TERMINAIS

MRS

A MRS Logística é uma empresa brasileira de logística e transporte ferroviário que opera a chamada Malha Regional Sudeste, que era composta pelas Superintendências Regionais SR3 - Juiz de Fora e SR4 - São Paulo da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA).

A empresa foi constituída em 1996 como Consórcio MRS Logística, grupo liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que venceu o leilão de concessão da Malha Regional Sudeste por 20 anos, pelo valor de R$888,9 milhões.

A empresa tem como missão “ser referência em soluções logísticas integradas para o desenvolvimento sustentável do Brasil”.

Benefícios

A MRS Logística oferece aos seus trabalhadores os seguintes benefícios:

• Plano de saúde e odotológico

• Vale-alimentação

• Vale-refeição

• Vale-transporte

• Gympass

• Seguro de vida em grupo

• Previdência privada

• Auxílio-creche

• Licença-maternidade

• Salário-família e salário-maternidade

• Auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-reclusão Programas de desenvolvimento profissional

• Curso de Formação em Operação Ferroviária, que visa capacitar os participantes para atuarem no setor ferroviário, fornecendo uma base sólida de conhecimentos teóricos e práticos.

• Programa de Estágio, que é voltado para estudantes do ensino superior e ensino técnico, que queiram viver novas experiências e se envolver em projetos que movimentam a logística do país. Os estagiários têm a oportunidade de desenvolver um projeto relacionado à sua área de atuação e participar do Programa de Trainee para alavancar sua carreira.

• Programa de Aprendizagem, que é voltado para pessoas que buscam formação e capacitação técnica. Os aprendizes podem fazer parte do time MRS após sua formação, dependendo da demanda de vagas e de sua performance durante o programa.

• Programa de Incentivo à Educação, em que a MRS é responsável por custear uma parte das mensalidades dos cursos de formação e aperfeiçoamento, como os de graduação, pós-graduação, ensino-técnico e de idiomas.

Políticas de incentivo à diversidade, equidade e inclusão

Em 2022, as ações voltadas para alavancar a diversidade e promover maior inclusão na Companhia continuaram a se intensificar. Como resultado dos esforços que vêm sendo realizados ao longo dos últimos anos, as mulheres representaram 27,2% de todas as contratações realizadas no período.

Em termos de diversidade étnico-racial, a Companhia ultrapassou a meta estabelecida de 20% para cargos de liderança, finalizando o ano com 23% de pessoas negras, pardas ou indígenas nessas posições.

Para 2023, dois projetos já se destacam: a implantação de um projeto amplo de mentoria com foco no desenvolvimento de carreira dos colaboradores negros da Companhia e quatro turmas de um curso, voltado para colaboradores do sexo masculino da área operacional, para a discussão de masculinidades.

OPERADORAS DE TRANSPORTE SOBRE

OPERAÇÃO NORTE OPERAÇÃO SUL

Malha Norte 741 km de extensão Prazo de concessão: 2079

Malha Central 1.544 km de extensão Prazo de concessão: 2049

Malha Paulista 2.118 km de extensão Prazo de concessão: 2058

OPERAÇÃO CONTÊINERES

Operação dedicada à exploração logística intermodal de contêineres.

RUMO

Malha Oeste 1.974 km de extensão Prazo de concessão: 2026

Malha Sul 7.224 km de extensão Prazo de concessão: 2027

OPERAÇÃO NO PORTO DE SANTOS

FIPS1 100 km de extensão Prazo do contrato associativo: 2058

Malha Norte

Expansão Mato Grosso

Malha Central

Malha Paulista

Malha Oeste

Malha Sul Portos

Terminais Existentes

Terminais Previstos

Sede Administrativa

Sede Operacional

A Rumo é uma empresa brasileira de logística e transporte ferroviário que opera a maior malha ferroviária do país, com 13,5 mil km de extensão, que atravessam os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás.

A empresa foi criada em 2009 como uma subsidiária da Cosan, um grupo empresarial que atua nos segmentos de energia e infraestrutura. Em 2015, a Rumo se fundiu com a América Latina Logística (ALL), uma empresa que havia sido formada em 1997 a partir da concessão da Malha Sul da RFFSA.

A empresa tem como missão “ser a melhor solução logística para o agronegócio e para os principais corredores de exportação do Brasil”.

Benefícios

A Rumo oferece uma variedade de benefícios aos seus funcionários, incluindo:

• Plano de saúde e odontológico

• Seguro de vida

• Vale-refeição e alimentação

• Vale-transporte

• Auxílio-creche

• Seguro de acidentes pessoais

• Plano de previdência privada

• Plano de participação nos lucros e resultados

• Programa de descontos em produtos e serviços

• Programa de treinamento e desenvolvimento

• Programa de saúde e segurança do trabalho

A Rumo também oferece uma série de benefícios flexíveis, que permitem que os funcionários personalizem seus benefícios de acordo com suas necessidades. Esses benefícios incluem:

• Horário flexível

Porto Nacional

• Trabalho remoto

• Licença-maternidade e paternidade estendidas

• Programa de voluntariado

• Programa de inclusão e diversidade

Desenvolvimento profissional

Na jornada da pessoa colaboradora Rumo, acolhemos as pessoas do nosso time com inclusão, prezando pela equidade e diversidade.

Para fortalecer a participação dos colaboradores nos debates e conscientização sobre diversidade e inclusão, estruturamos os Grupos de Afinidade, são eles: Elas movimentam – movimento pela equidade de gênero e potência feminina; Plural –movimento pela promoção da diversidade étnica e construção de uma cultura antirracista; Iguais na Diferença – movimento pela inclusão de pessoas com deficiência; Diversa – movimento pela ampliação da representatividade e diversidade de pessoas LGBTQIAPN+.

Nos últimos anos, como reflexo dos nossos esforços e foco no tema de representatividade feminina, aumentamos significativamente o número de mulheres na liderança, temos uma meta corporativa vinculada ao PPR para gestores, para alcançar liderança feminina.

Implementamos no site a Maya, a tradutora virtual de Língua Brasileira de Sinais (Libras), assim, promovemos a inclusão e reforçamos a importância do respeito e da acessibilidade em nossas relações.

Promovemos o Projeto Impulsionar, destinado a potencializar

São
Curitiba

o crescimento profissional de colaboradores pretos e pardos. Com ele, subsidiamos 100% da educação superior para ampliar as oportunidades e construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Oferecemos também o programa MULHERES EM MOVIMENTO, que tem como objetivo auxiliar as colaboradoras a enfrentarem os desafios cotidianos do mundo corporativo, buscando promover o autoconhecimento e a autoconfiança, expandindo as carreiras das mulheres na Companhia. Além disso, o programa pretende contribuir com a pluralidade de pensamento, incorporando as perspectivas das mulheres nas estratégias e decisões organizacionais. Destacando e celebrando mulheres que fazem a diferença, o “Mulheres em Movimento” não apenas impacta o negócio da Rumo, mas também aspira a contribuir positivamente para a sociedade como um todo.

VALE

A Vale é uma empresa brasileira de mineração, logística, energia e siderurgia considerada uma das maiores do mundo e a maior produtora de minério de ferro, pelotas e níquel.

Foi fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), estatal criada durante o governo Getúlio Vargas para explorar as minas de ferro na região de Itabira, em Minas Gerais.

Hoje, a Vale tem como missão “melhorar a vida e transformar o futuro. Juntos”.

Ferrovia

A Vale SA opera cerca de 2 mil quilômetros de malha ferroviária no Brasil.

O trem de passageiros faz a conexão direta com as comunidades, transportando diariamente 1,3 milhões de passageiros na Estrada de Ferro Vitória a Minas e na Estrada de Ferro Carajás.

Benefícios

• Plano de saúde e odontológico

• Previdência privada

• Vale-alimentação e vale-refeição

• Seguro de vida em grupo

• Participação nos lucros e resultados

• Programas de desenvolvimento profissional

• Programa de Formação Profissional (PFP)

• Programa de Estágio

Políticas de incentivo à diversidade, equidade e inclusão

• A Vale é signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU desde 2013 e tem como meta ter 30% de mulheres em cargos de liderança até 20301.

• A Vale também tem como objetivo aumentar a representatividade de pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência em sua força de trabalho, por meio de ações afirmativas, programas de desenvolvimento e sensibilização1.

• A Vale promove uma cultura de respeito, inclusão e valorização da diversidade humana e cultural em todas as regiões onde atua, seguindo as diretrizes da sua Política de Diversidade e Inclusão2.

• A Vale realiza pesquisas periódicas para medir o clima organizacional e o nível de engajamento dos seus colaboradores, considerando aspectos relacionados à diversidade, equidade e inclusão1.

VLI

A VLI é uma empresa brasileira de logística integrada que oferece soluções para o transporte de cargas por ferrovias, portos e terminais em diversas regiões do país.

A empresa foi criada em 2010 como uma subsidiária da Vale, com o objetivo de reunir ativos portuários e ferroviários de transporte de cargas gerais. Em 2013, a empresa passou por uma reestruturação societária, com a entrada de novos acionistas: Brookfield, Mitsui, FI-FGTS e BNDESPar.

A empresa tem como missão “ser a melhor solução logística para o agronegócio e para os principais corredores de exportação do Brasil”.

Benefícios

• remuneração fixa

• vale-alimentação e vale-refeição

• vale-transporte

• previdência privada

• planos de saúde e odontológico

• Programa de Assistência ao Empregado (EAP)

• cartão presente

• cesta de Natal e auxílio para dependente

• com deficiência

• seguro de vida

• incentivo à educação

• Gympass

• participação nos resultados.

Políticas de incentivo à diversidade, equidade e inclusão

• Comitê de Diversidade e Inclusão, formado por colaboradores voluntários, que tem como objetivo promover ações de conscientização, sensibilização e engajamento sobre os temas de diversidade e inclusão na empresa.

• Participação no Pacto Global da ONU, assumindo o compromisso de respeitar e apoiar os princípios universais relacionados aos direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

• Adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs), uma iniciativa da ONU Mulheres e do Pacto Global, que oferece orientações para as empresas promoverem a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres no ambiente de trabalho, no mercado e na comunidade.

• Participação do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, uma rede de empresas que busca promover o respeito aos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais no ambiente corporativo.

• Apoio ao Movimento Mulher 360, uma plataforma de aprendizagem e troca de experiências entre empresas que buscam ampliar a participação das mulheres em

seus negócios e na sociedade.

• Programas internos de capacitação, desenvolvimento e reconhecimento para seus colaboradores, buscando valorizar as competências individuais e coletivas, bem como incentivar a diversidade de perfis, experiências e opiniões.

• Campanhas internas e externas de comunicação e sensibilização sobre temas relacionados à diversidade e à inclusão, como o Dia Internacional da Mulher, o Dia da Consciência Negra, o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, entre outros.

• Monitoramento de indicadores de diversidade e inclusão em seu quadro de colaboradores, como gênero, raça, idade, escolaridade, pessoas com deficiência etc., buscando identificar oportunidades de melhoria e acompanhar o progresso das ações implementadas.

Bamin

A mineradora brasileira Bahia Mineração (Bamin), uma

subsidiária do cazaque Eurasian Resources Group, está presente no Brasil há mais de 17 anos, investindo no desenvolvimento socioeconômico do estado da Bahia por meio de seus empreendimentos, que incluem a Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, o Porto Sul, em Ilhéus, e o trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL, que ligará as duas cidades. O mês de julho marcou o início da construção do primeiro trecho de 127 km da ferrovia Oeste Leste (Fiol), um importante projeto logístico que ajudará a impulsionar a mineração no estado da Bahia, o trecho 1F da

Fiol passa pelos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Altaba, Gongogi, Itagibá, Aurélio Leal e Aiquara. A previsão de conclusão das obras é de 36 meses.

Espera-se que a Fiol promova a mineração no estado, pois ligará as minas ao porto de Ilhéus. A ferrovia completa de 537 km atenderá 20 municípios. Espera-se que as operações comecem em 2027.

No total, a Fiol terá 1.527 quilômetros de extensão. A ferrovia ligará o futuro porto de Ilhéus ao município de Figueirópolis, no Tocantins

A Eurasian Resources Group (ERG), que conta com mais de 75.000 colaboradores no mundo, líder de recursos naturais diversificados, com ativos de produção e projetos de desenvolvimento em 15 países.

FTC

A Ferrovia Tereza Cristina é uma empresa que opera a via EF-

488, que liga o porto de Imbituba ao município de Forquilhinha, em Santa Catarina. A empresa arrendou a via em 1997, por um período de 30 anos, e transporta principalmente carvão mineral para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. segundo o site da FTC, a empresa possui 10 locomotivas e 1.400 vagões em operação.

A EF-488 tem 164km de extensão, passa por 14 municípios (Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga e Forquilhinha).

Todo o trabalho da FTC é sustentado pelo Sistema de

Gestão, que agrega as certificações: ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional), que reforçam o compromisso com a satisfação de clientes e acionistas, colaboradores, comunidade e com a preservação do meio ambiente.

Transnordestina

A Transnordestina Logística S/A, uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), é a empresa responsável pela construção da ferrovia de mesmo nome.

A ferrovia está em construção e a meta entregar 100 km de ferrovia, que ligam as estações de Lavras da Mangabeira ao Iguatu e deste à Acopiara. Em 2022, 215 km de ferrovia foram concluídos.

A ferrovia transnordestina é um projeto que visa ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, passando pelo cerrado do Piauí, com uma extensão total de 1.753 km.

A história da ferrovia transnordestina remonta à década de 80, quando o governo federal planejou construir três trechos ferroviários no Nordeste, para melhorar a exploração de recursos agrícolas e minerais da região.

A ferrovia transnordestina tem como objetivo elevar a competitividade da produção do Nordeste, com uma logística eficiente que une uma ferrovia moderna de alto desempenho e portos de calado profundo que podem receber navios de grande porte. A ferrovia também tem uma bitola mista, que permite a união da alta capacidade da bitola larga e a ligação com as outras ferrovias regionais com a bitola métrica. A ferrovia deverá transportar principalmente cargas de granéis sólidos, como minério de ferro, soja, milho e gesso.

Atualização das Informações do Setor de Transporte de Passageiros

Nesta edição, apresentamos uma atualização das informações previamente publicadas. Embora as variações sejam pequenas, elas possuem impacto significativo. Questões políticas, limitações de investimentos e os recentes eventos, como as inundações no Rio Grande do Sul que afetaram a operação da Trensurb, contribuíram para essas mudanças. Apesar disso, o perfil das contratações e as políticas relacionadas a elas permaneceram inalterados. Os traçados apresentados oferecem uma visão detalhada da atual infraestrutura de transporte ferroviário no Brasil, permitindo avaliar o quanto ainda precisa ser feito para atender às crescentes demandas. O tema é explorado em maior profundidade na seção “INVESTIMENTOS” desta publicação.

MAPA DA MALHA METROFERROVIÁRIA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO

O Metrô de São Paulo

CCR MOBILIDADE

CCR é uma empresa que atua em diversos segmentos de infraestrutura, como rodovias, aeroportos, mobilidade urbana e serviços desde 1999, após vencer o leilão de concessão da ViaLagos, no Rio de Janeiro.

A empresa faz parte do grupo Novo Mercado, que reúne as companhias com os mais elevados padrões de governança corporativa da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

Benefícios

• Plano de saúde e bem-estar, que inclui assistência médica e odontológica, seguro de vida, subsídio para academia e atividades físicas.

• Previdência e finanças, que inclui participação nos lucros e resultados (PLR), previdência privada, vale-transporte ou fretado, vale-refeição ou alimentação.

• Maternidade e paternidade, que inclui licença-maternidade e paternidade estendidas, auxílio-creche.

• Desenvolvimento profissional, que inclui treinamentos, cursos, bolsas de estudo, programas de estágio e trainee.

• Vantagens e benefícios, que incluem convênios com instituições de ensino, lazer e cultura, descontos em produtos e serviços, reconhecimento por tempo de serviço.

Programa de Desenvolvimento de Lideranças

Programa de Desenvolvimento de Carreira

Programa Primeira Jornada

Desenvolvimento de carreira e Avaliação de desempenho:

Políticas de diversidade, equidade e inclusão

CCR Inclui: Esse programa visa aumentar a participação das pessoas com deficiência na CCR, um setor que ainda apresenta barreiras físicas e culturais para a inclusão dessas pessoas.

CCR Mulheres: Esse programa visa aumentar a participação das mulheres na CCR. O programa oferece vagas exclusivas ou preferenciais para mulheres em diversas áreas da empresa, como operação, manutenção, engenharia, geologia, entre outras.

CCR Negros: Aumentar a representatividade de pessoas negras nos cargos de liderança e nas áreas estratégicas da empresa, capacitando, sensibilizando e ao mesmo tempo estimular o diálogo e a troca de experiências entre os colaboradores e os demais públicos de interesse da empresa e fortalecer o compromisso da empresa com os princípios de direitos humanos, ética e sustentabilidade.

ViaMobilidade

A ViaMobilidade é uma empresa que opera as linhas 5-Lilás e 17-Ouro do metrô de São Paulo desde 2018, após vencer o leilão de concessão por 20 anos. Faz parte do grupo CCR, que atua em diversos segmentos de infraestrutura, como rodovias, aeroportos, mobilidade urbana e serviços.

A empresa oferece aos seus colaboradores um plano de carreira, treinamentos, programas de qualidade de vida, assistência médica e odontológica, seguro de vida, valerefeição e vale-transporte.

A empresa também promove a diversidade e a inclusão, com ações voltadas para as mulheres, as pessoas com deficiência, os negros e os indígenas.

A empresa valoriza a segurança e a saúde dos seus colaboradores, com medidas de prevenção de acidentes, campanhas de vacinação, atendimento psicológico e orientação nutricional.

ViaQuatro

ViaQuatro é uma empresa pertencente ao Grupo CCR, sendo responsável pela operação, manutenção e investimentos de mais de US$ 2 bilhões na Linha 4–Amarela do Metrô de São Paulo por 30 anos, através do primeiro contrato de concessão público-privada do país, em parceria com o Governo do estado de São Paulo, em 2006

Metrô SP

A empresa Metrô SP é a Companhia do Metropolitano de São Paulo, uma sociedade de economia mista do estado de São Paulo. Ela é responsável pelo planejamento, projeto, construção e operação do sistema de transporte metroviário na Região Metropolitana de São Paulo.

O Metro SP é composto por seis linhas, que são:

• Linha 1-Azul: Liga o Jabaquara ao Tucuruvi, passando pelo centro da cidade. Tem 23 estações e 20,2 km de extensão 1.

• Linha 2-Verde: Liga a Vila Madalena à Vila Prudente, passando pela Avenida Paulista. Tem 16 estações e 14,7 km de extensão 1.

• Linha 3-Vermelha: Liga a Palmeiras-Barra Funda à Corinthians-Itaquera, passando pela zona leste. Tem 18 estações e 22 km de extensão 1.

• Linha 4-Amarela: Liga a Luz ao Butantã, passando pela região oeste. É operada pela concessionária ViaQuatro. Tem 11 estações e 12,8 km de extensão 1.

• Linha 5-Lilás: Liga o Capão Redondo ao Chácara Klabin, passando pela zona sul. É operada pela concessionária ViaMobilidade. Tem 17 estações e 20,1 km de extensão 1.

• Linha 15-Prata: Liga a Vila Prudente ao Jardim Colonial, na zona leste. É um sistema de monotrilho. Tem 10 estações e 13,9 km de extensão 1.

Benefícios

• Salário e benefícios competitivos

• Oportunidades de desenvolvimento profissional e treinamento

• Programa de saúde e bem-estar abrangente

• Plano de pensão

• Seguro de vida

• Auxílio-funeral

• Plano de poupança para a educação

• Licença-maternidade e paternidade pagas

• Descontos em produtos e serviços

• Ambiente de trabalho seguro e saudável

• Cultura de trabalho colaborativa e inclusiva

• Oportunidades de voluntariado e envolvimento comunitário

Além desses benefícios, o Metrô SP também oferece uma variedade de outros programas e iniciativas para apoiar seus funcionários, como:

• Programa de mentoria

• Programa de bem-estar dos funcionários

• Programa de diversidade e inclusão

• Programa de segurança no trabalho

• Programa de saúde e segurança

• Programa de meio ambiente

Desenvolvimento pessoal e de carreira

• Treinamento técnico

• Treinamento de liderança

• Treinamento de desenvolvimento pessoal

• Treinamento de idiomas

• Treinamento de tecnologia

Políticas de diversidade, equidade e inclusão

Programa de Equidade de Gênero, que visa sensibilizar e capacitar os funcionários e funcionárias do MetrôSP sobre a importância da diversidade e da inclusão nas relações de trabalho e na prestação de serviços à população 1.

Inclusão de pessoas com deficiência: O Metrô possui uma política de inclusão de pessoas com deficiência, tanto no seu quadro de funcionários quanto nos seus serviços aos usuários.

Inclusão de pessoas negras: O Metrô possui uma política de inclusão de pessoas negras, que visa promover a diversidade, a equidade e o combate ao racismo na empresa.

Acciona

A ACCIONA é uma empresa global de infraestrutura e energia, com projetos em diversas áreas como construção, energia renovável, água e serviços. Ela é conhecida por sua capacidade técnica e experiência em grandes obras ao redor do mundo1.

A Linha Uni (ou Linha Universidade) é a concessionária responsável pela construção e operação da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. Esta linha será operada pela Linha Uni por 24 anos (2020-2044) através de uma parceria público-privada com o Governo do Estado de São Paulo2. A ACCIONA é a principal acionista da Linha Uni, com uma participação de 87,7%2.

Em resumo, a ACCIONA é a empresa matriz com uma ampla gama de atividades, enquanto a Linha Uni é uma concessionária específica criada para gerenciar a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, com a ACCIONA como sua principal acionista.

Linhauni

A Concessionária Linha Universidade é a responsável pela retomada da Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo. O empreendimento é uma parceria público-privada (PPP) firmada entre o Governo do Estado em Outubro de 2020 e que estabelece um contrato de 24 anos entre a construção e operação.

A Linha 6 irá atender um fluxo previsto de mais de 600 mil pessoas por dia e gerar cerca de 9 mil empregos.

Atualmente, a construção e implantação da Linha 6-Laranja é o maior projeto de infraestrutura da América Latina, que contemplará 15 km de linha e 15 estações, e vai conectar o centro da capital à Brasilândia, na zona norte.

CPTM

A CPTM é uma empresa pública estadual que opera o sistema de trens metropolitanos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), transportando cerca de 1,6 milhão de passageiros por dia em sete linhas que somam 196 km de extensão e 57 estações.

A empresa foi criada em 1992 como Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a partir da incorporação das antigas empresas ferroviárias Fepasa e CBTU, que eram responsáveis pelos trens urbanos e suburbanos na RMSP.

Beneficios

• Vale-Refeição

• Vale-Alimentação

• Vale-Transporte

• Plano de Saúde

• Plano Odontológico

• Cesta Básica

• Assistência Social

• Previdência Privada Esses benefícios podem variar de acordo com o cargo, o

regime de trabalho e o tempo de serviço do funcionário.

Políticas de diversidade, equidade e inclusão

• A CPTM se compromete a promover um ambiente de trabalho inclusivo, respeitoso e livre de discriminação, valorizando as diferenças e a diversidade de seus colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros1.

• A CPTM busca garantir a igualdade de oportunidades e o acesso aos direitos de todos os seus colaboradores, independentemente de gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, deficiência, religião, idade ou qualquer outra característica pessoal1.

• A CPTM realiza ações de sensibilização, capacitação e engajamento de seus colaboradores para a promoção da diversidade, equidade e inclusão, como campanhas internas, palestras, cursos e eventos1.

• A CPTM monitora e avalia os resultados das suas políticas de diversidade, equidade e inclusão por meio de indicadores e pesquisas internas, buscando a melhoria contínua dos seus processos e práticas1.

CBTU

A CBTU é uma empresa pública federal que opera sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos em cinco regiões metropolitanas do país: Recife, Maceió, João Pessoa e Natal

• Metrô do Recife: 71,3 km

• Trem Urbano de Maceió: 34,4 km

• Trem Urbano de João Pessoa: 30,5 km

• Trem Urbano de Natal: 56,1 km

• VLT de Natal: 12,7 km

A empresa foi criada em 1984 como Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a partir da cisão da Rede Ferroviária Federal S.A., com o objetivo de modernizar, expandir e implantar sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos no país.

Em 2018, a empresa passou a ser uma empresa pública, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

A empresa tem como missão “oferecer transporte público sobre trilhos com qualidade, segurança e eficiência, contribuindo para a mobilidade urbana sustentável”.

Benefícios

• Auxílio-alimentação

• Auxílio-creche

• Auxílio-educação

• Auxílio-funeral

• Auxílio-natalidade

• Auxílio-saúde

• Auxílio-transporte

• Gratificação de férias

• Gratificação natalina

• Plano de previdência complementar

Programas de desenvolvimento profissional

• Programa de Treinamento Continuado para profissionais de segurança

• Programa Jovem Aprendiz

• Desenvolvimento de carreira

• Avaliação de desempenho

Políticas de diversidade, equidade e inclusão

CBTU em Cores: Esse programa visa aumentar a participação da comunidade LGBTQIA+ na CBTU, oferecendo vagas exclusivas ou preferenciais para pessoas LGBTQIA+ em diversas áreas da empresa, como operação, manutenção, engenharia, geologia, entre outras. Oferece também cursos de capacitação e busca sensibilizar os demais funcionários sobre a importância da diversidade de gênero e sexualidade e combater o preconceito e a discriminação no ambiente de trabalho.

CBTU Mulheres: Aumentar a participação das mulheres na CBTU e sensibilizar os homens sobre a importância da diversidade de gênero e combater o preconceito e o assédio no ambiente de trabalho.

CBTU PCD: participação das pessoas com deficiência.

Trensurb

A Trensurb é uma empresa pública federal que opera o serviço de metrô na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foi criada em 1980 e iniciou suas operações em 1985, com a inauguração da primeira linha entre as estações Mercado e Sapucaia1. Atualmente, possui uma linha de metrô com 43,4 km de extensão e 23 estações, que liga

Porto Alegre a Novo Hamburgo, passando por Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo2. A operadora também oferece uma conexão entre a estação Aeroporto e o terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, através de um sistema de transporte automatizado.

Benefícios

• Plano de saúde e bem estar

• Plano odontológico

• Atividades físicas

• Previdência privada

• Auxílio creche

• Auxílio funeral

• Seguro de vida

• Vale transporte

• Vale alimentação e refeição

• Refeitório no local

• Horário flexível

• Possibilidade de home office

• Friday free

A empresa valoriza a diversidade e a inclusão em seu quadro de colaboradores, respeitando as diferenças de gênero, raça, etnia, orientação sexual, religião, idade, deficiência e outras características individuais.

VLT Carioca

O VLT Carioca é um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que circula na cidade do Rio de Janeiro, conectando o Centro e o Porto da cidade. O VLT Carioca integra-se com outras redes de transporte, como o metrô, trem, BRT, ônibus, barcas, teleférico, aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros.

Algumas características do VLT Carioca são:

• A velocidade média do VLT é de 10 a 25 km/h, e a máxima é de 60 a 70 km/h.

• O VLT Carioca possui três linhas, sendo que a Linha 1

funciona das 6h à meia-noite, a Linha 2 das 6h às 20h e a Linha 3 das 6h à meia-noite.

O VLT Carioca foi implantado com um investimento de R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade e R$ 625 milhões de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio.

MetroRio

A MetroRio é uma empresa privada que opera o sistema de metrô na cidade do Rio de Janeiro, transportando cerca de 900 mil passageiros por dia em três linhas que somam 58 km de extensão e 41 estações.

A empresa foi criada em 1975 como Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro, uma empresa estatal que iniciou as obras do metrô carioca em 1971. Em 1979, foi inaugurada a primeira etapa da Linha 1, entre Glória e Praça Onze. Nos anos seguintes, o sistema foi ampliado com novas estações e linhas, até chegar à configuração atual em 2016, com a inauguração da Linha 4, entre Ipanema e Barra da Tijuca.

Atualmente, o MetrôRio possui 41 estações, três linhas em atividade e 14 pontos de integração.

O cumprimento de metas de diversidade e inclusão é prioridade na companhia, o que levou à criação do Programa de Diversidade, em 2017, que vem desenvolvendo uma série de iniciativas para equidade de gênero, raça, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.

CCR Metrô Bahia

A CCR Metrô Bahia é uma empresa do Grupo CCR e é responsável pela manutenção e operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas por um período de 30 anos, através de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo do Estado da Bahia

Metrô DF

A MetroDF é uma empresa pública distrital que opera o sistema de metrô na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), transportando cerca de 160 mil passageiros por dia em uma linha que tem 42 km de extensão e 24 estações.

Metrofor

O Metrô de Fortaleza ou Metropolitano de Fortaleza, conhecido popularmente como Metrofor, é um sistema de transporte público do tipo metropolitano que opera na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no estado do Ceará, Brasil. O sistema é operado pela Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, uma empresa de economia mista com controle majoritário do Governo do Estado do Ceará.

Ações que promovem o desenvolvimento profissional Temos programa de aprendiz visando a inclusão de pessoas em início de careira de comunidades carentes e próximas das estações; nos processos seletivos da empresa a igualdade, equidade e diversidade é um valor que precisa ser seguido por todos.

INSIGHTS

Remuneração variável: como implementá-la para motivar equipes e impulsionar resultados

No contexto da gestão, onde análises e decisões são essenciais, a introdução de um sistema de remuneração variável se apresenta como um desafio interessante. Não se trata apenas de números, mas de uma estratégia para alinhar objetivos, motivar equipes e impulsionar resultados.

A chave para essa implementação envolve entender tanto a psicologia humana quanto os números. A remuneração variável, quando bem estruturada, atende à necessidade de reconhecimento, como destacado na Teoria dos Dois Fatores de Herzberg, que diferencia os fatores higiênicos dos motivacionais. Um sistema de remuneração variável pode não apenas incentivar o desempenho individual, mas também promover uma cultura de esforço coletivo e alinhamento com os objetivos organizacionais.

Para que essa implementação seja bem-sucedida, é crucial preparar-se adequadamente. Apresentar exemplos de sucesso é uma excelente estratégia para demonstrar como a remuneração variável pode ser adaptada a diferentes contextos. O uso de ferramentas como a análise SWOT pode ajudar a identificar pontos fortes e fraquezas do sistema, mostrando uma abordagem estratégica.

Além disso, é fundamental falar a “linguagem dos números”. Uma projeção financeira clara pode demonstrar como a remuneração variável pode melhorar a eficiência e a produtividade, além de reduzir custos. Recursos visuais, como gráficos e tabelas, ajudam a traduzir dados complexos em informações acessíveis e convincentes, destacando o impacto positivo desse tipo de remuneração.

No entanto, é importante estar preparado para resistências. Objeções sobre a viabilidade e justiça do sistema são comuns. O diálogo e a preparação para lidar com essas preocupações são essenciais. Conversas informais com gestores ou com quem já implementou o sistema podem ser úteis para antecipar possíveis obstáculos.

Por fim, um plano de ação bem detalhado é indispensável. Desenvolver um roteiro claro para a implementação, com prazos e métricas de avaliação, demonstra que a proposta não é apenas teórica, mas prática e viável. É recomendável começar com um projeto-piloto em uma área restrita da empresa, o que permitirá avaliar os resultados e ajustar o sistema antes de expandi-lo para outras áreas.

A implementação de um sistema de remuneração variável demanda preparação e precisão, mas pode ser uma ferramenta poderosa para alinhar os interesses dos colaboradores com o crescimento sustentável da empresa.

Metodologia da Sondagem para Elaboração do Relatório

UMA FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

PARA OS PROFISSIONAIS

Esta é a terceira edição do estudo que apresenta os números de profissionais atuantes no setor de metrôs e ferrovias. O estudo foi conduzido pela equipe do Portal Engenharia Compartilhada, em parceria com a AEAMESP (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô). Contamos com o apoio institucional das associações representativas das concessionárias que operam serviços de transporte sobre trilhos: a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) e a ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários). Sem essas parcerias, a realização do estudo não seria possível.

DO SETOR

Os dados foram coletados através de questionários enviados aos profissionais de Recursos Humanos das operadoras, que forneceram informações sobre o número de profissionais (é a somatória dos números informados), faixa etária, gênero e tempo de experiência (a media dos valores informados). Além disso, um questionário foi enviado a uma amostra significativa de profissionais indicados pelas próprias operadoras. Ao todo, recebemos 43 respostas, abrangendo uma amostra diversificada de profissionais seniores, mulheres e pessoas em início de carreira. Essas respostas forneceram insights sobre suas motivações, aspirações, estratégias de carreira, requalificação e nível de satisfação com suas empresas.

Esse relatório é o resultado de mais de 100 entrevistas com representantes do setor para subsidiar o leitor com informações importantes para tomada de decisão em relação à carreira.

Conforme a pesquisa avançava, percebemos que o diálogo entre academia, indústria, operadoras de transporte, entidades e profissionais deve ser constante. Os temas não se esgotaram nessa edição, assuntos importantes já inspiram a continuidade deste trabalho.

O tratamento dos dados seguiu rigorosamente as regras de cálculos estatísticos baseados em amostragens, com uma margem de erro de 5%, que não compromete as conclusões. O setor de transporte de carga está contratando mais do que o setor de passageiros, enquanto as políticas de redução de desigualdades de gênero têm mostrado maior eficácia no transporte de passageiros.

Dados complementares foram extraídos dos relatórios integrados e de ESG publicados pelas operadoras, com indicadores quantitativos que refletem coerência em relação aos projetos, investimentos e expansões de malha, tanto no transporte de cargas quanto de passageiros.

Nosso objetivo com este estudo é fornecer informações úteis para os profissionais do setor, público-alvo deste trabalho, assim como para os dirigentes das operadoras, apoiando na formulação de políticas de retenção de talentos e redução da rotatividade de funcionários.

O resultado está à disposição dos profissionais da Engenharia e da Arquitetura em geral, mas em especial aos profissionais que atuam no setor de transporte sobre trilhos, porque a AEAMESP se posiciona como agente de informação e de orientação profissional. Enquanto entidade representativa destes profissionais, ela reforça esse relação com mais um serviço de difusão de conhecimento.

Essa publicação é o resultado da parceria da Diagrama Comunicação e a AEAMESP.

Um ponto que merece destaque é a redução no número de engenheiros atuantes no setor, uma tendência já observada em outros segmentos da engenharia e que agora também afeta o transporte sobre trilhos. As operadoras têm investido na formação de profissionais de outras áreas para assumir funções que permitem essa flexibilização. O investimento em tecnologias de automação, industrialização e digitalização também se intensifica, reforçando a modernização do setor.

Aproveitamos para agradecer a todos os apoios institucionais, as empresas que patrocinaram essa iniciativa pioneira e todos que dispuseram de tempo e interesse para nos fornecer informações para essa publicação.

Boa leitura. Ficamos à disposição para sugestões.

Miguel de Oliveira

NÚMEROS

Profissionais Transporte de passageiros - Brasil

FORMAÇÃO ACADÊMICA

FAIXA ETÁRIA

12% até 30 anos

19% 31 a 40 anos

Nível Superior

20% PARTICIPAÇÃO DA MULHER

25% 41 a 50 anos

29% 51 a 60 anos

15% acima de 60 anos

profissionais na área de transporte de passageiros 38.731

TEMPO DE EXPERIÊNCIA

PRINCIPAIS FATORES

MOTIVACIONAIS DE CARREIRA

Os profissionais que atuam no setor metroviário são movidos por uma combinação de paixão pelo transporte urbano e a ambição de contribuir para a melhoria da qualidade de vida na cidade. A experiência diversificada e as oportunidades de crescimento nesse campo são vistas como fatores importantes para a satisfação e o sucesso profissional. Assim, o setor continua a atrair e reter talentos que veem na mobilidade urbana não apenas uma profissão, mas uma missão pessoal.

MOTIVAÇÃO, DESAFIOS E

PLANEJAMENTO DE CARREIRA DOS

PROFISSIONAIS

QUE ATUAM NO

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Motivação e Experiência Profissional

O setor metroviário tem atraído profissionais dedicados que compartilham uma profunda ambição de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população por meio da mobilidade urbana. Este relatório explora as motivações e experiências de indivíduos que escolheram desenvolver suas carreiras nesse campo, evidenciando o impacto e a importância desse setor na vida cotidiana.

Motivações: A maioria dos profissionais entrevistados expressa um forte desejo de trabalhar em áreas que melhoram a vida das pessoas. Para muitos, a oportunidade de atuar no setor metroviário/ferroviário representou um alinhamento perfeito entre suas aspirações profissionais e a possibilidade de causar um impacto positivo na sociedade. A ideia de facilitar a locomoção diária de milhões de pessoas é um motivador central, impulsionando esses profissionais a se dedicarem com excelência em suas funções.

Crescimento Profissional: A busca por crescimento e desenvolvimento profissional é uma constante entre os entrevistados. Muitos optaram por se inserir em empresas maiores ou em projetos de grande visibilidade, como o setor de infraestrutura do Estado de São Paulo, a fim de ampliar suas oportunidades de aprendizado e progressão na carreira. A complexidade e a diversidade dos temas abordados nesses setores são vistas como fatores enriquecedores, oferecendo experiências profissionais amplas e desafiadoras.

Experiência no Setor: Diversos profissionais relataram um início de carreira precoce no setor metroviário/ferroviário, com experiências que remontam à infância ou aos primeiros estágios na profissão. Esses relatos destacam a importância de uma paixão genuína pelo setor, muitas vezes influenciada por experiências pessoais, como o uso diário dos serviços de transporte ferroviário ou a fascinação por grandes projetos de infraestrutura. A experiência acumulada ao longo dos anos, seja em projetos de expansão urbana, construção de novas linhas de metrô, ou na operação de concessões metroviárias, é considerada de grande valor para o desenvolvimento de uma carreira sólida e gratificante.

Formação

Acadêmica e Influências na Escolha Profissional

Os relatos que recebemos demonstram como fatores pessoais, familiares, e experiências iniciais podem desempenhar papéis cruciais na definição da trajetória profissional.

Engenharia e Áreas Afins: Vários entrevistados seguiram carreiras na engenharia, influenciados por diferentes fatores. Uma engenheira de produção com múltiplas especializações relatou que sua escolha foi motivada pela paixão por otimizar processos e a habilidade em cálculos, o que a direcionou naturalmente para a engenharia. Sua formação e contínua especialização em gestão de suprimentos lhe permitiram uma compreensão técnica mais aprofundada das necessidades dos clientes internos, contribuindo para o sucesso em sua área.

Outro relato vem de uma engenheira civil, que foi influenciada pelo ambiente familiar, onde o pai e o avô eram engenheiros químicos, e por um colégio que valorizava o conhecimento técnico. A escolha pela engenharia civil foi reforçada pelo desejo de causar um impacto positivo no ambiente urbano e de trabalhar em projetos duradouros que beneficiam a sociedade. Uma experiência inicial em uma empresa de construção civil aos 14 anos foi decisiva para despertar seu interesse na área.

Economia e Ciências Contábeis: A escolha pela carreira em Ciências Econômicas por uma das entrevistadas foi influenciada por suas habilidades em matemática e seu interesse pelo social, tornando a economia uma escolha natural. Essa escolha foi complementada por um MBA em Gestão Empresarial, ampliando suas competências na área.

Uma profissional da área de Ciências Contábeis também destacou que sua identificação com a área fiscal veio desde o início, motivada pelo interesse em normas tributárias, estratégias de negócios, transparência, e gerenciamento de informações.

Direito e Psicologia: Entre os profissionais do Direito, a escolha foi motivada pela amplitude de atuação que a área oferece. Uma advogada, com especialização em Direito Tributário e certificação em Compliance Anticorrupção,

ressaltou que sempre teve o Direito como sua primeira escolha devido às diversas possibilidades de atuação.

Na área de Psicologia, um profissional que concluiu graduação na UMC e está cursando Gestão de Pessoas na USP, além de possuir um MBA em Tecnologia Ferroviária, combinou interesses em comportamento humano e tecnologia, direcionando sua carreira para uma interseção dessas áreas.

Tecnologia e Administração: Um profissional formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), com MBA em Gestão de Negócios, mencionou que, apesar de seu gosto pela tecnologia, sempre atuou na área administrativa. Observa que essas áreas estão cada vez mais integradas, focando na agilidade dos processos e demandas.

Multidisciplina x engenharia: A escolha profissional é frequentemente moldada por uma combinação de influências familiares, habilidades pessoais, e experiências iniciais. Independentemente da área escolhida, todos os profissionais entrevistados demonstram um forte alinhamento entre suas formações acadêmicas e suas motivações para contribuir positivamente em suas respectivas áreas de atuação.

Desafios Superados

Examinamos os desafios enfrentados e superados por profissionais no setor metroferroviário, destacando as habilidades e aprendizados adquiridos ao longo de suas carreiras. Os relatos revelam a complexidade do setor, que

exige rapidez, precisão e uma abordagem multidisciplinar para solucionar problemas.

Trabalho com Urgência e Operação Ferroviária: Um dos principais desafios mencionados é a necessidade de responder rapidamente e com precisão às demandas da operação metroviária. A capacidade de lidar com a urgência e de manter a coerência e responsabilidade técnica em um ambiente que requer agilidade é essencial para o sucesso nesse setor.

Gestão e Planejamento Estratégico: O relato de uma Gerente de Planejamento destaca a importância de habilidades em planejar, elaborar estratégias e acompanhar a execução para atingir as metas estabelecidas. A experiência em projetos como o da antiga Superintendência de Trens Urbanos e a Secretaria de Infraestrutura proporcionou oportunidades de crescimento e aprendizado em gestão, com foco em objetivos empresariais e projetos de inclusão social, como o atendimento a crianças carentes ao longo da via férrea.

Capacitação e Superação em Ambientes

Predominantemente Masculinos: Uma profissional que começou sua carreira aos 19 anos e atualmente é Analista de Planejamento de Estações Sr. destacou a superação de desafios relacionados à sua condição de mulher em um setor predominantemente masculino. Atuando em posições de liderança em grandes estações, ela superou as expectativas e se destacou na supervisão de equipes de atendimento e segurança, mostrando resiliência e determinação em sua trajetória.

Implantação de Sistemas e Normas: A implantação de sistemas de gestão, como o SAP B1, e a implementação de normas ISO foram desafios destacados por diferentes profissionais. Esses projetos envolveram a compreensão das particularidades do negócio, a normatização de atividades e a promoção das melhores práticas de conformidade. O sucesso nesses projetos exigiu colaboração entre as áreas da empresa e um entendimento profundo dos processos internos.

Desafios Técnicos e Inovação: Trabalhar no setor ferroviário, especialmente em áreas que demandam alta tecnologia, foi um desafio significativo para muitos profissionais. A constante evolução do setor, com a implementação de novas tecnologias e sistemas automatizados, exige dedicação contínua e atualização sobre as tendências de mercado. A complexidade dos serviços contratados e o desenvolvimento de fornecedores e materiais de alta tecnologia são pontos críticos que exigem habilidades técnicas e gerenciais aprimoradas.

Mudança de Área e Liderança: A transição para novas áreas de atuação, como a mudança de um profissional para o time de compras após coordenar facilites, é outro desafio enfrentado. Além disso, assumir cargos de liderança e lidar com a resistência de subordinados e colegas antigos, como destacado por um profissional que passou a liderar uma equipe, exigiu o desenvolvimento de habilidades de comunicação, empatia e resiliência. A adaptação a novas dinâmicas de trabalho e a construção de confiança dentro da equipe foram fundamentais para o sucesso nessa transição.

Superação e resiliência: Os desafios superados pelos profissionais no setor metroferroviário evidenciam a necessidade de habilidades técnicas, gerenciais e interpessoais para enfrentar as complexidades e urgências do setor. A capacidade de adaptação, aprendizado contínuo e colaboração entre diferentes áreas são elementos-chave para a superação desses desafios e para o desenvolvimento de carreiras bem-sucedidas.

Melhoria no Ambiente de Trabalho

Algumas sugestões de melhorias no ambiente de trabalho apresentadas por profissionais do setor metroferroviário. As propostas destacam a necessidade de inovação, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e um ambiente mais inclusivo e colaborativo.

Motivação e Investimento em Pessoas: Uma das principais melhorias sugeridas é o aumento da motivação através de investimentos em recursos materiais e pessoais, bem como a oferta de treinamentos contínuos.

A disponibilização de novos cursos de formação e especialização, especialmente em parceria com instituições

reconhecidas, foi mencionada como uma forma de incentivar o desenvolvimento profissional, particularmente para mulheres em posições de liderança no setor.

Flexibilidade e Equilíbrio Trabalho-Vida Pessoal: A flexibilidade de horários e a revisão da carga horária semanal são apontadas como melhorias essenciais para a sustentabilidade dos profissionais que vivem em grandes centros urbanos. Essas medidas contribuiriam para um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal, o que é cada vez mais necessário no contexto atual.

Valorização da Experiência e Combate ao Etarismo: A quebra das barreiras do etarismo e a valorização da experiência dos profissionais mais velhos são questões urgentes. A integração do conhecimento adquirido ao longo da carreira pode ser um recurso valioso para a empresa, contribuindo para a melhoria dos processos e tomada de decisões.

Integração e Automação de Processos: A necessidade de alinhamento entre áreas, motivação para o trabalho em equipe, e uma comunicação interna mais clara e objetiva foram destacadas como áreas de melhoria. A automação e digitalização dos processos, bem como a adoção de práticas Lean, foram sugeridas para aumentar a eficiência e produtividade. A implementação de uma abordagem de gestão que integre riscos e oportunidades em toda a organização pode contribuir para uma cultura colaborativa mais forte.

Benefícios para Atração de Talentos: A implementação de um plano de previdência privada e parcerias com instituições de ensino para oferecer descontos em cursos de pósgraduação ou MBA foram propostas como formas de aumentar a atratividade da empresa para os colaboradores. Esses benefícios promoveriam o desenvolvimento e a capacitação contínua dos profissionais, agregando valor à organização.

Empoderamento Feminino e Igualdade de Gênero: O relatório destaca a importância de continuar avançando em relação à presença de mulheres em cargos de liderança. Para isso, é necessário focar em duas áreas principais: o empoderamento feminino e a educação dos homens. Empoderar mulheres para superar a síndrome do impostor e fornecer referências de líderes femininas são passos cruciais para promover a igualdade de gênero. Além disso, educar os homens sobre comportamentos prejudiciais, como interrupções constantes em reuniões e a desvalorização de ideias apresentadas por mulheres, é essencial para criar um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo. Os líderes homens têm um papel importante em abrir caminho para que mais mulheres alcancem posições de destaque.

Sugestões propostas em perguntas abertas: As sugestões de melhorias no ambiente de trabalho no setor

metroferroviário enfatizam a importância de flexibilidade, valorização da experiência, e uma abordagem integrada e colaborativa. Além disso, há um forte apelo por igualdade de gênero e empoderamento feminino, destacando a necessidade de mudanças estruturais e culturais para um ambiente de trabalho mais inclusivo e eficiente.

Estratégias de Atualização Tecnológica

Relacionamos as estratégias utilizadas por profissionais do setor metroferroviário para se manterem atualizados frente às inovações tecnológicas que podem complementar ou substituir suas funções. As abordagens variam desde a participação em eventos até o investimento em educação continuada e networking.

Participação em Eventos e Cursos: Uma estratégia comum entre os profissionais é a participação em eventos, como congressos, seminários e palestras. Essas ocasiões são vistas como oportunidades valiosas para adquirir conhecimento sobre novas tecnologias, tendências e para ampliar a rede de contatos. Além disso, muitos profissionais investem em cursos de atualização e especializações, que fornecem uma base sólida para acompanhar as mudanças no setor.

Acompanhamento de Tendências e Notícias: Outra estratégia destacada é o acompanhamento constante das últimas tendências através de redes sociais, sites especializados e leituras de artigos e notícias. Esse hábito permite aos profissionais estarem informados sobre as novas tecnologias que estão surgindo e que podem impactar o setor.

Educação e Certificações: Investir em educação continuada é considerado essencial para manter-se competitivo no mercado. Muitos profissionais mencionam a importância de participar de cursos online, workshops e obter certificações relevantes para as tecnologias emergentes. A academia, com suas especializações e cursos, também é apontada como uma fonte importante de atualização constante.

Networking e Colaboração: O networking é uma estratégia crucial para a troca de experiências e aprendizado com colegas de profissão. Participar de grupos profissionais e manter-se conectado com influenciadores e empresas relevantes no setor são práticas mencionadas como fundamentais para estar à frente das mudanças tecnológicas.

Adaptação e Flexibilidade: Por fim, muitos profissionais destacam a importância de desenvolver flexibilidade e adaptabilidade para lidar com as rápidas mudanças no mercado. Compreender e aprender a utilizar novas tecnologias no dia a dia é visto como um diferencial necessário para a continuidade e relevância no setor.

Requalificação constante: As estratégias de atualização tecnológica no setor metroferroviário enfatizam a importância de uma abordagem multidimensional, que inclui a participação em eventos, educação continuada, acompanhamento de tendências e um forte networking. A capacidade de adaptação às novas tecnologias é crucial para o sucesso e crescimento profissional no mercado atual.

NÚMEROS 2020

Profissionais Transporte de Carga - Brasil

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Nível Superior / Graduação

Operadoras Ferroviárias

profissionais na área de transporte de passageiros

TEMPO DE EXPERIÊNCIA

até 1 ano

11 a 20 anos acima de 21 anos 17% 29% 22% 28% 4%

1 a 5 anos

6 a 10 anos

PRINCIPAIS FATORES

MOTIVACIONAIS DE CARREIRA

As motivações para escolher uma carreira no setor de ferrovias são diversas e profundamente enraizadas em aspectos pessoais, profissionais e tecnológicos. Desde influências familiares até a busca por inovação, segurança e impacto social, esses fatores moldam a dedicação e a satisfação dos profissionais com suas escolhas de carreira. Além disso, a estabilidade oferecida pelo setor, aliada às oportunidades de crescimento e à possibilidade de trabalhar com novas tecnologias, desperta o interesse de muitos. Esses elementos não apenas contribuem para o desenvolvimento pessoal, mas também impulsionam o crescimento contínuo e a evolução desse setor essencial.

MOTIVAÇÃO, DESAFIOS E PLANEJAMENTO DE CARREIRA DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO

TRANSPORTE

DE CARGA

Motivações para Escolher a Carreira

Analisamos as razões que levaram profissionais a escolherem suas carreiras no setor de metrôs e ferrovias. As motivações variam desde influências familiares e desejos pessoais até as características inerentes ao setor, como sua capacidade de inovação e impacto social.

Influências Familiares e Pessoais: Para muitos, a escolha da carreira foi influenciada por histórias familiares ligadas ao setor ferroviário, destacando a importância da ferrovia para a comunidade e as oportunidades de crescimento profissional. Além disso, o desejo de independência e a realização pessoal foram fatores decisivos para a escolha dessa carreira.

Desafios e Oportunidades de Crescimento: A atração por novos desafios e a busca por desenvolvimento profissional são temas recorrentes. A capacidade de inovação do setor e a cultura de segurança em empresas específicas, como a VLI, também foram citadas como razões para a escolha dessa carreira. O setor oferece amplas oportunidades para contribuir para a sustentabilidade e eficiência no transporte de cargas, assim como para o envolvimento em engenharia complexa e operações ferroviárias.

Mudança de Carreira e Inovação Tecnológica: Alguns profissionais mencionaram a transição de outros setores industriais como um novo desafio que os atraiu para o setor ferroviário. A oportunidade de trabalhar em um campo em constante evolução tecnológica e com um impacto direto na vida das pessoas foi um motivo atrativo. A perspectiva de trabalhar com sistemas de transporte eficientes e sustentáveis e de melhorar a mobilidade urbana foram fatores decisivos.

Paixão e Longevidade na Carreira: A paixão pelo setor se desenvolveu ao longo do tempo para muitos que inicialmente entraram no setor por motivos práticos, como melhores salários ou estabilidade no emprego. Com o tempo, essa paixão pela engenharia ferroviária e pelo impacto social do trabalho cresceu, consolidando a decisão de permanecer no setor. A identificação com os valores da empresa e a paixão pela ferrovia são citadas como razões para longas carreiras nesse campo.

Formação Acadêmica dos Profissionais

Os contratantes estão recorrendo a diversidade de formações acadêmicas dos profissionais que atuam nas ferrovias, destacando como essa variedade contribui para uma abordagem multidisciplinar dentro do setor.

Formações em Administração e Gestão: Vários profissionais têm formação em Administração, com alguns complementando seus estudos com pós-graduações em áreas específicas como Gestão de Projetos e Gestão Estratégica em Finanças. Essas qualificações são fundamentais para a gestão eficaz das operações e projetos dentro do setor metroferroviário.

Engenharia e Especializações Técnicas: O setor também conta com profissionais formados em diversas ramificações da engenharia, incluindo Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia de Energia e Engenharia Ambiental. Muitos desses engenheiros possuem especializações que complementam suas formações, como MBA em Administração de Empresas, Blackbelt Six Sigma, e pós-graduações em Engenharia Ferroviária. Essas especializações são vitais para o desenvolvimento e a implementação de soluções técnicas no setor.

Formações Técnicas Específicas: Além das graduações e pós-graduações, alguns profissionais também possuem formações técnicas específicas que são diretamente aplicáveis ao setor ferroviário, como cursos técnicos em operações ferroviárias e Administração. Esses cursos proporcionam uma base sólida para o entendimento e a execução das operações diárias nas ferrovias.

Mestrado e Pesquisa Aplicada: O setor também se beneficia de profissionais que estão engajados em pesquisa aplicada, como é o caso de uma profissional formada em engenharia de energia que cursa Mestrado em Engenharia Mecânica com ênfase em Vibrações. Este tipo de formação é crucial para a inovação e a aplicação de novas tecnologias no setor.

Tendência de admitir profissionais de formações

diversas: A formação acadêmica dos profissionais no setor de metrôs e ferrovias é caracterizada por uma ampla gama

de disciplinas e especializações. Essa diversidade contribui significativamente para a complexidade e eficiência do setor, permitindo uma abordagem abrangente e inovadora nas soluções de mobilidade urbana e gestão de infraestruturas. A contínua capacitação e especialização são essenciais para manter o setor alinhado com as últimas tendências e tecnologias.

Influências na Escolha Profissional

Identificamos as diversas influências que moldaram a escolha profissional dos indivíduos no setor de ferrovias. As motivações são variadas e incluem desde inspirações familiares e pessoais até influências educacionais e o alinhamento com valores empresariais.

Influências Pessoais e Criativas: Alguns profissionais destacam que o perfil de pensamento inovador e criativo foi decisivo em sua escolha profissional. A busca por carreiras que oferecem a oportunidade de inovar e de aplicar a criatividade no dia a dia é uma motivação comum, refletindo o desejo de engajamento em trabalhos que estimulam a resolução de problemas complexos e o desenvolvimento de novas soluções.

Diversidade de Oportunidades e Crescimento: A escolha de carreiras na gestão foi frequentemente motivada pela diversidade de oportunidades dentro do campo, como finanças, marketing, recursos humanos e operações. A perspectiva de crescimento, estabilidade e a possibilidade de experimentar novas experiências também foram citadas como influências importantes, indicando a busca por carreiras com ampla gama de atuação e potencial de ascensão profissional.

Influências Familiares e de Mentores: Para muitos, a família e os mentores desempenharam papéis cruciais em suas escolhas. Desde influências diretas de familiares que já atuavam no setor, até a orientação de professores e profissionais que destacaram as oportunidades na área, essas interações pessoais foram fundamentais para a formação da decisão profissional. A influência de colegas de trabalho e a inspiração de líderes empresariais também foram mencionadas como fatores motivadores.

Experiências Profissionais e Aptidões: Experiências anteriores, como o serviço militar, desempenharam um papel na identificação com carreiras que possuem atividades operacionais de campo. A aposentadoria não diminuiu a paixão pelo setor, demonstrando como experiências de vida podem profundamente influenciar a escolha e a dedicação a uma carreira. Além disso, as habilidades pessoais que se alinham às competências exigidas na profissão foram destacadas como um fator relevante na escolha de campos específicos, como o administrativo.

Valores Empresariais: A identificação com os princípios e valores de uma empresa foi um fator influenciador significativo. A escolha de se associar a empresas cujos valores estão em consonância com os próprios ideais pessoais mostra a importância do alinhamento ético e cultural na decisão de seguir uma carreira em determinadas organizações.

Sem surpresas entre as influências: As influências na escolha profissional dos indivíduos no setor de metrôs e ferrovias são multifacetadas e incluem aspectos pessoais, profissionais, educacionais e culturais. Essas influências não apenas direcionam a escolha da carreira, mas também moldam a forma como os profissionais percebem e se dedicam ao seu trabalho, impactando diretamente na sua satisfação e sucesso profissional.

Principais Desafios na Carreira

Examinamos os principais desafios enfrentados por profissionais no setor de ferrovias, destacando as complexidades e exigências da carreira e como esses profissionais lidam com obstáculos variados, desde questões operacionais até desafios pessoais e profissionais.

Conciliação entre Vida Pessoal e Profissional: Um dos desafios mais citados é a conciliação entre a maternidade e a profissão, bem como a gestão de múltiplas jornadas como mãe, esposa e profissional. A busca por equilíbrio entre a vida pessoal e as responsabilidades profissionais é um tema recorrente, refletindo a complexidade de gerenciar o tempo e as prioridades efetivamente.

Formação e Aprendizado no Setor: Muitos profissionais apontam a falta de formação acadêmica específica como um desafio, indicando que grande parte do aprendizado é adquirido através de relacionamentos profissionais e experiências práticas. A surpresa ao se deparar com a realidade operacional logo após a formatura também é um desafio comum, exigindo adaptação rápida e desenvolvimento de habilidades essenciais como gestão de tempo e resiliência.

Desafios Técnicos e Operacionais: Os desafios operacionais e técnicos, como a gestão da segurança, a produtividade e a redução de custos, são aspectos críticos. A complexidade das operações ferroviárias demanda atenção meticulosa e expertise especializada, além de uma constante busca por eficiência e segurança.

Diversidade e Inclusão: O enfrentamento do machismo e a falta de representatividade feminina nas áreas técnicas são desafios significativos. Muitas profissionais lutam para serem reconhecidas por suas capacidades técnicas em um ambiente predominantemente masculino, além de precisarem se atualizar constantemente em um setor de rápida evolução tecnológica.

Mudanças Tecnológicas e Atualização Profissional: A adaptação às rápidas mudanças tecnológicas e a necessidade de atualização profissional contínua são desafios destacados, especialmente em relação à gestão de projetos com múltiplas partes interessadas e a implementação de soluções sustentáveis. Esses desafios são agravados por limitações orçamentárias e regulatórias, que exigem soluções inovadoras e eficientes.

Gestão de Equipes e Conflitos: A gestão de equipes e a resolução de conflitos são aspectos cruciais para manter um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo. Desenvolver habilidades de comunicação e liderança é essencial para enfrentar e superar esses desafios.

Impactos Históricos e Tecnológicos: Desafios históricos como a privatização e a redução de investimentos também

foram mencionados, além da introdução de novas tecnologias que inicialmente causaram apreensão entre os profissionais. A adaptação a novos administradores e a integração de tecnologia nos processos foram desafios superados com o tempo.

Superação é a palavra-chave: Os profissionais no setor enfrentam uma gama diversificada de desafios que vão desde a conciliação da vida pessoal com a profissional até questões técnicas e operacionais complexas. Superar esses desafios exige uma combinação de resiliência, adaptação rápida e habilidades de liderança, essenciais para o sucesso e a satisfação na carreira.

Sugestões de Melhorias para a Vida Profissional

Introdução: Este relatório destaca as propostas de melhorias sugeridas por profissionais do setor de metrôs e ferrovias para enriquecer suas carreiras e a eficiência operacional do setor, focando em inclusão, tecnologia, desenvolvimento pessoal e profissional.

Inclusão e Diversidade: Uma das melhorias mais enfatizadas é o investimento na capacitação de mulheres para posições técnicas e de liderança. Propõe-se um ambiente de trabalho mais inclusivo, com iniciativas de mentorias e networking que apoiem a retenção e ascensão de mulheres em cargos técnicos, visando criar um ambiente mais equitativo e diversificado.

Tecnologia e Inovação: O desenvolvimento e aplicação de ferramentas tecnológicas que disponibilizam dados em tempo real foram sugeridos para aumentar a confiabilidade dos processos e agilizar as tratativas de falhas. Investimentos em melhorias de infraestrutura e em tecnologia que facilitem as operações ferroviárias também são vistas como essenciais para aumentar a eficiência e a segurança do setor.

Desenvolvimento Profissional Contínuo: Muitos profissionais expressam o desejo por mais oportunidades de desenvolvimento contínuo, como cursos de especialização, workshops sobre novas tecnologias e tendências do setor.

Além disso, sugere-se a criação de um centro colaborativo e inovador ferroviário nacional, que poderia servir como um hub para o desenvolvimento de conhecimentos e práticas avançadas no campo.

Gestão de Conflitos e Comunicação: Aprender a gerenciar conflitos e aperfeiçoar a capacidade de comunicação foram apontados como fatores importantes. Os treinamentos específicos em tratamento e análise de dados também foram mencionados como essenciais para adaptar os profissionais às mudanças tecnológicas que impactam tanto as áreas administrativas quanto as operacionais.

Reconhecimento e Motivação: O reconhecimento do trabalho e oportunidades claras de progressão na carreira são vistos como motivadores significativos. A valorização do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é considerada crucial para manter a motivação e o bem-estar dos funcionários.

Sugestões feitas a partir de perguntas abertas: As sugestões para melhorar a vida profissional no setor de metrôs e ferrovias refletem uma necessidade de evolução contínua em termos de diversidade, tecnologia e desenvolvimento pessoal. Implementar essas melhorias não apenas potencializa o crescimento individual dos profissionais, mas também contribui para o avanço geral do setor, destacando a importância de um ambiente de trabalho adaptativo, inclusivo e tecnologicamente avançado.

Estratégias para Manutenção da Atualização Tecnológica

Neste tópico exploramos as diversas estratégias adotadas por profissionais do setor de metrôs e ferrovias para se manterem atualizados frente às tecnologias emergentes e substitutas, destacando a importância do aprendizado contínuo e da rede de contatos profissionais.

Educação Contínua e Eventos Profissionais: Muitos profissionais enfatizam a importância do estudo constante e da participação em eventos como congressos e seminários para se manterem informados sobre as últimas tendências e tecnologias. A participação em feiras do setor e a leitura de publicações especializadas são também estratégias comuns para a atualização contínua.

Publicações Científicas e Aplicação Prática: Alguns profissionais mencionam a elaboração e participação em publicações científicas como uma forma de se envolver profundamente com as novas tecnologias. Eles também

buscam integrar essas tecnologias e metodologias inovadoras em suas práticas de trabalho diárias, o que ajuda a solidificar o conhecimento adquirido.

Networking e Troca de Experiências: Manter uma rede de contatos profissionais ativa é outra estratégia crucial. Muitos destacam o networking com outros profissionais da área e a participação em grupos de relacionamento entre empresas como meios eficazes de aprender sobre melhores práticas e novas abordagens. A troca de experiências entre colegas é vista como fundamental para o crescimento profissional.

Capacitação Digital e Benchmarking: Estar atento às inovações tecnológicas e às transformações digitais que impactam os processos manuais é essencial. A utilização de sistemas e softwares que aumentam a segurança e agilidade das rotinas administrativas é frequentemente mencionada. Além disso, a prática de benchmarking com outras ferrovias para adotar as melhores práticas do mercado é uma abordagem valorizada.

Aprendizado Contínuo e Autoeducação: Buscar sempre novos aprendizados, conhecer novas ferramentas e práticas do setor, bem como participar de cursos, workshops e treinamentos são estratégias amplamente adotadas. Além disso, a busca autônoma por conhecimento através de pesquisas públicas, cursos online e recursos disponíveis na internet é enfatizada.

Longlife learning: As estratégias para se manter atualizado frente às tecnologias no setor de metrôs e ferrovias são diversificadas e refletem um compromisso com a educação contínua e a troca de conhecimento. A adaptação a um ambiente em constante evolução exige que os profissionais sejam proativos em sua formação e engajados com a comunidade profissional, assegurando assim que permaneçam na vanguarda das inovações tecnológicas e práticas operacionais.

EVOLUÇÃO DA IA E MACHINE LEARNING NO

TRANSPORTE SOBRE TRILHOS

Avanços tecnológicos impactam positivametne o setor metroferroviário

Laboratório onde os programas de teste reproduzem perfis operacionais do mundo real, a HBK cuida de todas as medições de teste aceleradas no corpo de prova.

Aaplicação de machine learning e inteligência artificial (IA) no transporte sobre trilhos evoluiu significativamente, trazendo melhorias tanto em eficiência quanto em segurança. Tradicionalmente, o transporte ferroviário dependia de sistemas automatizados e de controle centralizado para operar trens e gerenciar o tráfego. Contudo, a introdução de

A rede é instantaneamente acessível e permitindio que se beneficie de dados de medição seguros, graças ao Argos®.

machine learning e IA revolucionou esses processos ao permitir a análise de grandes volumes de dados, a previsão de falhas e a otimização da operação de maneira mais inteligente e adaptativa.

Uma das primeiras áreas a se beneficiar dessa tecnologia foi a manutenção preditiva. Ao utilizar algoritmos de machine learning, as operadoras ferroviárias passaram a monitorar constantemente o desempenho dos componentes dos trens, como rodas, trilhos e motores, para prever falhas antes que elas aconteçam. Isso não só reduz os custos de manutenção, mas também minimiza o tempo de inatividade dos trens, aumentando a eficiência do serviço. Além disso, a IA permite a otimização da logística e da operação dos trens. Com base em dados históricos e em tempo real, os sistemas de IA conseguem ajustar os horários dos trens, prever a demanda de passageiros e até mesmo gerenciar a energia utilizada, resultando em uma operação mais econômica e sustentável.

Outra aplicação importante é a análise de fluxo de passageiros, que ajuda as operadoras a entender melhor os padrões de uso do sistema ferroviário. Com

Foto: Leica

Sistema de monitoramento móvel, também fornecido pela HBK

isso, é possível otimizar a alocação de recursos, como a distribuição de trens e o gerenciamento de estações, para atender à demanda de maneira mais eficaz. Além disso, os sistemas de IA têm sido utilizados para melhorar a segurança, seja através do monitoramento automatizado de vídeo, que pode detectar comportamentos suspeitos, seja pela análise de dados de sensores para prever situações de risco.

As tecnologias que trabalham com fluxos de passageiros no transporte sobre trilhos são fundamentais para otimizar a operação e garantir a eficiência do serviço. Elas utilizam dados coletados em tempo real e algoritmos avançados para analisar os padrões de movimento dos passageiros, prever demandas e melhorar a experiência geral de

viagem. Uma das principais tecnologias é o sistema de bilhetagem inteligente, que inclui cartões de transporte e aplicativos móveis. Esses sistemas registram informações sobre a origem e o destino das viagens, bem como os horários, permitindo que as operadoras ajustem a quantidade de trens em circulação, otimizem os horários e distribuam melhor os recursos durante picos de demanda.

Outra tecnologia crucial é o sistema de contagem de passageiros, que utiliza dispositivos instalados nas entradas e saídas das estações e nos próprios trens para medir o número de pessoas que utilizam o serviço. Com base em câmeras com sensores de profundidade, infravermelho, ou sensores de pressão no solo, esses sistemas fornecem uma contagem precisa dos passageiros em tempo real, o que possibilita ajustes imediatos na operação, como a adição de trens extras ou a alteração de rotas.

Em relação à análise de fluxos de passageiros, sistemas de sensoriamento baseados em IoT desempenham um papel importante. Sensores que monitoram a densidade de passageiros, a qualidade do ar, a temperatura, e até o nível de ruído, fornecem dados valiosos para a gestão em tempo real das condições nas estações e dentro dos trens. Esses dados são fundamentais para decisões relacionadas ao conforto, segurança e otimização do espaço.

Os sistemas de visão computacional e inteligência artificial também são amplamente utilizados para monitorar o fluxo de passageiros e identificar comportamentos incomuns ou perigosos, como aglomerações excessivas ou situações de emergência. A análise preditiva feita por algoritmos de machine learning é outro recurso crucial, permitindo

Acciona utiliza software avançado para simular fluxo de passageiros nas estações da Linha 6-Laranja - Metrô CPTM

prever padrões de fluxo com base em dados históricos, condições meteorológicas, e eventos externos. Isso ajuda as operadoras a ajustar os horários dos trens e o número de veículos em circulação de maneira mais eficaz, evitando tanto a superlotação quanto a falta de capacidade.

Além disso, aplicativos móveis para passageiros desempenham um papel duplo. Eles não só ajudam os usuários a planejar suas viagens, mas também coletam dados sobre os fluxos de passageiros. Ao fornecer informações sobre o horário de chegada dos trens, o nível de ocupação de cada vagão, e sugerir rotas alternativas em caso de atrasos, esses aplicativos contribuem para um fluxo mais equilibrado e uma experiência de viagem mais fluida.

Por fim, os sistemas de previsão de demanda utilizam algoritmos de machine learning para combinar dados históricos com variáveis externas, como condições climáticas e eventos locais, permitindo ajustar a operação de acordo com a demanda prevista. Isso ajuda a melhorar a distribuição de passageiros e reduzir tempos de espera, garantindo uma operação mais eficiente.

Empresas como Siemens, Hitachi, Alstom e Thales estão na vanguarda desse desenvolvimento, fornecendo soluções que integram machine learning e IA ao transporte ferroviário. Cada uma delas oferece tecnologias que variam desde sistemas de sinalização inteligentes até plataformas de manutenção preditiva, contribuindo para a modernização e a eficiência do transporte sobre trilhos em todo o mundo.

Decisões baseadas em dados

A análise de fluxo de passageiros é um exemplo claro de um sistema baseado em dados. Esse tipo de sistema

coleta, processa e analisa dados em tempo real para tomar decisões informadas e melhorar a eficiência do serviço. Os dados dos passageiros são coletados de diversas maneiras, incluindo sistemas de bilhetagem eletrônica, sensores instalados nas estações e nos trens, câmeras de vigilância com tecnologia de visão computacional e até dados de localização de dispositivos móveis, quando disponível.

Esses dados permitem monitorar o número de passageiros em diferentes partes da rede, identificar padrões de uso e prever picos de demanda. Em São Paulo, o sistema metropolitano também se beneficia de parcerias com empresas de telefonia, que fornecem dados anonimizados sobre a movimentação dos usuários. Essa colaboração permite uma compreensão mais detalhada dos fluxos de passageiros, ajudando a ajustar a operação, como o aumento da frequência dos trens em horários de pico ou a redistribuição de recursos em situações de alta demanda.

Além disso, a análise preditiva permite que uma estação de metrô se antecipe a possíveis problemas, como superlotação ou falhas técnicas, tornando o sistema mais resiliente e eficiente. Dessa forma, o uso de uma abordagem data-driven tem se mostrado essencial para a otimização da operação e para a melhoria contínua da experiência dos passageiros.

Parcerias estratégicas para coleta de dados

As parcerias entre operadoras de transporte sobre trilhos e empresas de telefonia têm se tornado cada vez mais importantes para otimizar a gestão e operação dos sistemas de metrô e trens urbanos. Essas colaborações envolvem o fornecimento de dados anonimizados de

Esmerilhadora de trilhos Loram fazendo manutenção preditiva

localização e movimento dos usuários, coletados a partir dos dispositivos móveis conectados às redes de telefonia. Esses dados oferecem uma visão detalhada dos padrões de deslocamento dos passageiros, tanto dentro quanto fora das estações, permitindo uma compreensão mais precisa do fluxo de pessoas em diferentes horários e dias da semana.

No contexto dos metrôs, por exemplo, as operadoras utilizam esses dados para complementar as informações já coletadas através dos sistemas de bilhetagem e dos sensores instalados nas estações e nos trens. Através da análise desses dados, é possível identificar tendências de movimentação em tempo real, prever picos de demanda e ajustar a operação de forma proativa. Por exemplo, se os dados de telefonia indicarem um aumento inesperado no número de pessoas se dirigindo a uma determinada estação, a operadora pode rapidamente aumentar a frequência dos trens ou mobilizar recursos adicionais para gerenciar a demanda.

Além disso, os dados fornecidos pelas empresas de telefonia são essenciais para melhorar a precisão das previsões de demanda e para o planejamento de longo prazo. Esses dados ajudam as operadoras a entender melhor como eventos externos, como shows, protestos ou grandes eventos esportivos, afetam o fluxo de passageiros. Essa compreensão aprimorada permite uma resposta mais ágil e eficaz, minimizando o impacto sobre os usuários e garantindo uma operação mais fluida.

A utilização desses dados, entretanto, levanta questões sobre privacidade e segurança, que são abordadas através da anonimização e da agregação dos dados antes de serem compartilhados com as operadoras de transporte. Isso garante que as informações utilizadas para melhorar a operação do sistema sejam seguras e respeitem a privacidade dos usuários.

Data-driven e reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma tecnologia de biometria que identifica ou verifica a identidade de uma pessoa através da análise de suas características faciais. Esse sistema funciona capturando uma imagem do rosto de uma pessoa, que é então convertida em uma representação matemática com base em parâmetros específicos, como a distância entre os olhos, o comprimento do nariz, o formato da mandíbula, e outros detalhes únicos do rosto. Esses parâmetros são comparados com um banco de dados de rostos previamente armazenados para identificar ou verificar a pessoa.

Os principais parâmetros utilizados para distinguir um rosto de outro incluem a geometria facial, que abrange a análise da posição, tamanho e forma das características faciais,

como olhos, nariz e boca. Além disso, são considerados detalhes de textura da pele, como padrões de linhas e poros, que são únicos para cada indivíduo. Alguns sistemas também utilizam a análise tridimensional do rosto, o que permite uma comparação mais precisa, especialmente em diferentes ângulos de visão. Outro parâmetro importante é a análise de expressões faciais, que pode distinguir variações sutis que diferenciam um rosto de outro, mesmo quando as expressões mudam.

Empresas como NEC, Hikvision, Dahua, e AnyVision estão entre as principais fornecedoras de sistemas de reconhecimento facial utilizados por operadoras de transporte sobre trilhos. A NEC, por exemplo, tem implementado essa tecnologia em diversos sistemas de transporte ao redor do mundo, incluindo o metrô de Tóquio, para aumentar a segurança e a eficiência na gestão de passageiros. Hikvision e Dahua, que são líderes globais em sistemas de vigilância, oferecem soluções integradas que combinam reconhecimento facial com câmeras de segurança, amplamente utilizadas em estações de metrô e trem para monitorar e identificar potenciais ameaças. AnyVision, por sua vez, é conhecida por suas soluções baseadas em inteligência artificial que oferecem alta precisão e são utilizadas em sistemas de transporte em cidades como Londres e Nova York.

O uso do reconhecimento facial no transporte sobre trilhos tem como objetivo não apenas aumentar a segurança, mas também melhorar a experiência dos passageiros, permitindo, por exemplo, a entrada e saída automatizada nas estações, sem a necessidade de bilhetes físicos. No entanto, o uso dessa tecnologia também levanta questões de privacidade e ética, que continuam a ser discutidas à medida que a sua adoção se torna mais ampla.

Foto: Wabtec

TECNOLOGIAS E DIREITO À PRIVACIDADE

O uso de tecnologias, especialmente aquelas que envolvem a coleta e análise de dados pessoais, como o reconhecimento facial, levanta questões significativas sobre o equilíbrio entre inovação e o direito à privacidade. Este equilíbrio é uma questão central em debates sobre ética tecnológica, legislação e direitos humanos.

Por um lado, as tecnologias como o reconhecimento facial e a análise de dados trazem inúmeros benefícios, especialmente em setores como segurança pública, transporte, saúde e serviços ao consumidor. Elas permitem a otimização de serviços, a personalização de experiências e o aumento da eficiência e segurança. No transporte sobre trilhos, por exemplo, o reconhecimento facial pode agilizar o embarque, prevenir fraudes e melhorar a segurança nas estações.

Por outro lado, o uso dessas tecnologias pode invadir a privacidade dos indivíduos, especialmente se implementado sem as devidas salvaguardas. O reconhecimento facial, em particular, pode ser problemático se usado para vigilância massiva ou sem o consentimento dos indivíduos. A possibilidade de vigilância constante e a coleta de dados sem transparência ou controle por parte dos usuários são preocupações legítimas que precisam ser abordadas.

O limite para o uso dessas tecnologias em relação ao direito à privacidade é geralmente estabelecido por leis e regulamentos que variam de país para país. Em muitas jurisdições, a coleta e o uso de dados pessoais são regidos por legislações como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia, que estabelece diretrizes rigorosas sobre como os dados podem ser coletados, armazenados e utilizados, garantindo que o direito à privacidade dos indivíduos seja respeitado. O GDPR, por exemplo, exige que os indivíduos sejam informados e deem consentimento claro antes que seus dados sejam coletados. Ele também impõe obrigações às empresas para proteger esses dados e oferece aos cidadãos o direito de acessar, corrigir ou apagar suas informações pessoais.

Nos Estados Unidos, a legislação é mais fragmentada, com leis estaduais como a Lei de Privacidade

do Consumidor da Califórnia (CCPA) estabelecendo padrões de proteção de dados. Outros países, entre eles o Brasil, têm sua própria legislação, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que segue princípios semelhantes aos do GDPR.

Além das leis, há um debate crescente sobre a necessidade de um “uso responsável” da tecnologia, que inclua não apenas o cumprimento legal, mas também considerações éticas. Isso envolve princípios como a minimização da coleta de dados, a transparência na utilização de dados, o uso de tecnologias menos invasivas quando possível, e a garantia de que os sistemas sejam projetados para proteger a privacidade desde o início (princípio de “privacidade por design”).

A importância de proteger a privacidade deve ser equilibrada com os benefícios que a tecnologia pode trazer. Esse equilíbrio é dinâmico e depende de fatores como o contexto de uso da tecnologia, as expectativas dos cidadãos e a evolução das normas legais e éticas. Em última análise, o limite para o uso de tecnologias em relação ao direito à privacidade é algo que continua a ser negociado entre governos, empresas, e a sociedade como um todo, com o objetivo de garantir que a inovação tecnológica ocorra de maneira justa e responsável, sem comprometer os direitos fundamentais das pessoas.

Primeira semana no emprego: 5 passos para um início promissor

Imagine-se na linha de partida de uma maratona chamada “carreira”. Assim como em qualquer grande jornada, os primeiros passos podem definir o ritmo de todo o percurso. Observando empresas de consultoria, multinacionais e universidades, percebi que algumas práticas iniciais fazem toda a diferença. Vou compartilhar 5 passos essenciais para um começo promissor na sua carreira.

1- Conheça a cultura e as pessoas

O primeiro passo é absorver a cultura da empresa e conhecer seus colegas. Participe de reuniões e atividades sociais para entender o ambiente. Como Edgar Henry Schein destaca, a cultura organizacional influencia todos os aspectos do comportamento dos funcionários. Faça perguntas e observe. Lembre-se do exemplo de Warren Buffett, que lia relatórios anuais para absorver a cultura das empresas onde investia. Em minha experiência como consultor, sempre iniciei pesquisando a empresa no Glassdoor, e isso ajudou bastante a captar o “jeitão” do negócio.

2- Entenda suas responsabilidades

Busque clareza sobre seu papel e responsabilidades. Converse com seu gestor para entender as expectativas e defina metas realistas para os primeiros 90 dias. Peter Drucker, em “The Effective Executive”, afirma que compreender suas entregas é essencial para contribuir de maneira significativa. Mesmo que seu gestor esteja ocupado, mostrar preocupação com os resultados que você deve gerar já é um bom começo. No mínimo, você provocará reflexão em quem não tenha dedicado tempo a preparar seu time.

3-

Domine as ferramentas e processos

Familiarize-se com as ferramentas e sistemas internos. Seja proativo ao solicitar treinamentos. A Teoria da Aprendizagem Social, de Albert Bandura, sugere que observação e modelagem são formas eficazes de aprender em novos ambientes. Não hesite em pedir ajuda ou buscar um mentor para orientá-lo. Também anote as siglas e termos que ouvir e pergunte o significado. Isso facilitará sua adaptação.

4- Estabeleça uma comunicação eficiente

Apresente-se a membros-chave da organização e entenda

como sua função se conecta aos diferentes departamentos. Segundo Stephen Robbins, Timothy Judge e Filipe Sobral, uma comunicação eficaz aumenta produtividade e satisfação no trabalho. Estude o estilo de comunicação da empresa e adaptese a ele, seja por meio de fóruns formais ou encontros informais.

5- Solicite

feedback e seja proativo

Ao final da primeira semana, peça feedback ao seu gestor. Isso demonstra interesse em aprender e melhorar. Marcus Buckingham e Curt Coffman, em “Primeiro quebre todas as regras”, ressaltam a importância do feedback regular para o desenvolvimento contínuo. Seja proativo ao identificar e resolver pequenos problemas, mostrando iniciativa e desejo de contribuir desde o início.

Na minha experiência, não pedir feedback na primeira semana resultou em aborrecimentos que poderiam ter sido evitados. Se tivesse recebido orientações logo no início, teria adaptado minhas práticas de forma mais rápida.

Seguindo esses 5 passos, você construirá uma base sólida para o futuro na empresa. Boa sorte!

PROTEÇÃO DE CABEAMENTOS

Mudanças climáticas ameaçam data centers e centros de controle operacionais: enchentes e incêndios sobem no radar de riscos

Nos sistemas metropolitanos de transporte sobre trilhos, como o modal metropolitano, a continuidade dos serviços é essencial para o dia a dia das cidades modernas. Qualquer interrupção nos sistemas pode causar impactos significativos, afetando diretamente milhões de passageiros e a operação das cidades. Um dos aspectos críticos para garantir essa continuidade é a proteção dos cabeamentos elétricos e de comunicação, que são fundamentais para o funcionamento das estações, dos trens e dos sistemas de controle. Esses cabeamentos, quando expostos a riscos como incêndios ou enchentes, podem levar à paralisação dos serviços e colocar em risco a segurança dos passageiros. Diante disso, as estratégias de prevenção, que incluem o uso de cabos especiais, dutos reforçados e sistemas de drenagem, tornam-se indispensáveis para mitigar os efeitos de eventos adversos e assegurar a operação ininterrupta dos transportes públicos.

À medida que as mudanças climáticas se intensificam, setores altamente tecnológicos, como o de data centers, enfrentam uma nova e crescente ameaça. Com a elevação das temperaturas globais e o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, enchentes e incêndios se tornaram um risco real para instalações repletas de

cabeamento e equipamentos eletrônicos. Especialistas alertam que o impacto pode ser catastrófico, ameaçando a infraestrutura crítica que sustenta a era digital.

Proteger sistemas de cabeamento de energia, internet, e intranet contra incêndios e enchentes dentro de uma estação de metrô é vital para garantir a continuidade operacional, a segurança dos passageiros e a integridade dos sistemas críticos. Para proteção contra incêndios, uma das principais estratégias envolve o uso de cabos blindados com isolamento resistente ao fogo. Esses cabos são projetados para suportar altas temperaturas e garantir que a transmissão de energia e dados continue mesmo em caso de incêndio. Exemplos incluem cabos com isolamento mineral ou cabos blindados com materiais intumescentes, que não apenas resistem ao calor, mas também evitam a propagação do fogo. Outra medida essencial é o envelopamento dos cabos com materiais que reagem ao calor, que se expandem em resposta, criando uma barreira isolante que os protege. Este tipo de proteção é amplamente utilizado em centros de dados e infraestrutura crítica dentro de estações de metrô.

Além disso, a instalação de dutos ou conduítes resistentes ao fogo é fundamental. Dutos de aço galvanizado ou de polímeros reforçados são capazes de suportar altas temperaturas sem colapsar, garantindo que os cabos permaneçam protegidos. Esses dutos são frequentemente utilizados em túneis e áreas subterrâneas de metrô, onde o risco de incêndio é significativo. Complementando essa proteção, os sistemas de supressão de incêndio, como extinção automática com gás inerte ou água nebulizada, são instalados em salas de equipamentos e conduítes de cabos. Esses sistemas são acionados automaticamente em caso de incêndio, suprimindo rapidamente as chamas sem causar danos aos cabos. Tais sistemas são especialmente importantes em centrais de controle e salas de telecomunicações dentro das estações de metrô.

Quando se trata de proteção contra enchentes, a selagem hermética de dutos e conduítes é uma prática fundamental. Aplicar vedação hermética em dutos e conduítes de cabos evita a entrada de água, utilizando vedantes de polímero, gaxetas de borracha, e sistemas de selagem mecânica. Esta estratégia é amplamente adotada em sistemas de metrô, especialmente em áreas suscetíveis a enchentes, como Nova York e Londres. Além disso, a instalação de câmaras de cabos

elevadas ou isoladas proporciona uma proteção adicional. Essas câmaras, projetadas com paredes impermeáveis e sistemas de drenagem integrados, impedem que a água alcance os cabos, sendo uma medida comum em estações de metrô localizadas abaixo do nível do mar ou em áreas propensas a enchentes.

Outro aspecto crítico da proteção contra enchentes é o bombeamento e a drenagem de emergência. Instalar bombas de emergência nas câmaras de cabos e nas áreas onde os cabos estão instalados permite remover rapidamente qualquer água que possa entrar, utilizando bombas submersíveis automáticas com sensores de nível de água. Estas bombas monitoram e bombeiam a água para fora antes que ela possa causar danos aos cabos. Este tipo de sistema é comum em redes de metrô de cidades como Bangkok e Houston, onde há histórico de inundações.

Além das barreiras físicas e dos sistemas de drenagem, o uso de cabos submersíveis, projetados para resistir à submersão temporária em água, proporciona uma camada extra de segurança. Cabos com isolamento de polietileno de alta densidade (PEAD) ou com revestimento de

poliuretano são altamente resistentes à água e são amplamente utilizados em áreas críticas de metrô onde há risco de infiltração, como túneis que atravessam rios ou regiões alagadiças.

Para complementar todas essas medidas, é essencial planejar rotas de cabos redundantes, criando alternativas para garantir que, mesmo que uma rota seja comprometida, outra permaneça operacional. O planejamento dessas rotas evita áreas de alto risco de incêndio ou inundação, e a instalação de sistemas de comutação automática garante a continuidade do tráfego de dados e energia. Esse tipo de estratégia é comum em infraestruturas críticas, como o metrô de Cingapura.

Finalmente, a proteção de sistemas de cabeamento contra incêndios e enchentes em estações de metrô também depende de monitoramento contínuo e manutenção preventiva. A implementação de sistemas de monitoramento contínuo, como sensores de temperatura, umidade e pressão instalados nos dutos e câmaras de cabos, permite a detecção precoce de riscos. Esses sensores enviam alertas em tempo real para o centro de controle, permitindo uma resposta rápida a qualquer ameaça. Tais práticas são utilizadas em metrôs de grandes cidades como Paris e Nova York, onde a manutenção preventiva é essencial para a operação segura.

QUAIS AS PRINCIPAIS NORMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

O cabeamento estruturado é uma parte fundamental da infraestrutura de TI e, por ser tão técnico e específico, sua instalação inadequada pode causar uma série de problemas. Por isso, ao longo dos anos, diversas normas foram criadas por fabricantes e agências internacionais para servir como diretrizes de boas práticas.

Aqui no Brasil, uma das principais normas é a NBR N.º 14565, estabelecida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 2019. Essa norma rege o cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers, definindo os requisitos de instalação tanto para edifícios isolados quanto para conjuntos de prédios. Ela descreve o cabeamento estruturado como uma infraestrutura projetada para oferecer flexibilidade e evolução para serviços de telecomunicações, como voz, dados, controle de acesso, sistemas de segurança, e até mesmo controle ambiental.

Além dessa, há outras normas importantes que regem o cabeamento estruturado. Uma delas é a NBR N.º 16415, publicada em 2021, que define os caminhos e espaços para o cabeamento estruturado, estabelecendo parâmetros para a troca de informações e garantindo que as instalações sejam padronizadas dentro e entre edifícios.

Outra norma relevante é a NBR 16869-2:2021, que

se aplica especificamente à medição da atenuação no cabeamento de fibra óptica, tanto monomodo quanto multimodo. Essa norma cobre desde as fibras ópticas em si até conectores, acopladores e emendas, aplicando-se a diversos ambientes, como edifícios comerciais, data centers, plantas industriais e até ambientes externos.

No cenário internacional, duas normas merecem destaque. A ANSI/TIA-568, desenvolvida em parceria entre o American National Standards Institute (ANSI) e a Telecommunications Industry Association (TIA), é amplamente adotada e define as especificações para o projeto, instalação e gestão de um sistema de cabeamento estruturado.

Por fim, a ISO/IEC 11801, fruto da colaboração entre a International Organization for Standardization (ISO) e o International Engineering Consortium (IEC), estabelece especificações gerais de cabeamento que visam atender às demandas de diferentes tipos de consumidores, oferecendo uma padronização global para o setor.

Essas normas são essenciais para garantir a qualidade e a eficiência de qualquer sistema de cabeamento estruturado, garantindo que a infraestrutura esteja preparada para evoluções tecnológicas futuras e funcionando de maneira segura e eficaz.

VII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA FERROVIÁRIA:

AVANÇOS TECNOLÓGICOS E COLABORAÇÃO ACADÊMICA IMPULSIONAM O FUTURO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO BRASIL

Especialistas discutem soluções inovadoras e perspectivas para o crescimento sustentável do setor ferroviário no país

Ana Cecília de Carvalho apresentou a pesquisa sobre o impacto do espessante e da viscosidade de graxas formuladas no desempenho em desgaste e retentividade.

OVII Simpósio de Engenharia Ferroviária (SEF), realizado nos dias 13 e 14 de maio de 2024, em Campinas, São Paulo, reuniu mais de 270 participantes entre pesquisadores, engenheiros e representantes de empresas e órgãos do setor ferroviário. O evento, promovido por diversas universidades brasileiras, destacou as contribuições da academia para o desenvolvimento e inovação no transporte ferroviário, reforçando a importância da colaboração entre instituições de pesquisa e a indústria.

Abertura e contribuições acadêmicas

O evento foi iniciado com uma palestra de abertura proferida pelo Secretário Geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), Eng. Jean Pejo. Ele abordou a crise humanitária no Rio Grande do Sul, ressaltando a relevância do transporte ferroviário na recuperação da região, e destacou a necessidade de incentivos governamentais para alavancar a infraestrutura ferroviária no Brasil. Pejo enfatizou que, para

evitar que as empresas assumam todo o risco, é crucial o apoio público, sobretudo em tempos de incerteza econômica.

O Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável do Governo Federal, Vicente Abate, sublinhou a recuperação do setor ferroviário no Brasil. Segundo ele, o país está saindo de uma fase crítica de paralisação da indústria, com uma previsão de expansão da malha ferroviária para mais de 5 mil km até 2035. Abate destacou que a meta é aumentar a participação do transporte ferroviário de 27% para 40% nos próximos 11 anos, o que representaria um salto significativo na logística nacional.

O Diretor Global de Soluções Ferroviárias na Plasser American e na Plasser & Theurer, Richard Stock, apresentou a palestra “State-of-the-art on wheel-rail contact research”, na qual abordou os desafios das pesquisas sobre interação roda-trilho. Como membro do International Collaborative Research Initiative (ICRI), Stock compartilhou a experiência global em captação de

dados e o uso de inteligência artificial para melhorar a eficiência e a segurança das operações ferroviárias. A complexidade dos estudos sobre a interface roda-trilho, que envolve desde a resistência dos materiais até a manutenção preditiva, foi um dos pontos altos da sua apresentação.

Ainda no primeiro dia, as pesquisas das cátedras acadêmicas também ganharam destaque. Cassio Scarpelli Cabral de Bragança apresentou um estudo sobre a detecção prematura de danos em pontes ferroviárias treliçadas, utilizando sistemas de monitoramento embarcados e inteligência artificial (IA). Já Camila Antunes Martins abordou a avaliação de misturas solobrita para sublastro de ferrovias heavy haul, crucial para a durabilidade e segurança das linhas ferroviárias dedicadas ao transporte pesado.

A Professora Dra. Rosangela Motta, do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, conduziu a apresentação dos resultados da Cátedra Under Rail. Com 19 projetos em andamento, focados em temas como riscos geotécnicos, linha férrea, pavimento, materiais de via permanente e inspeção, as pesquisas visam melhorias práticas nas ferrovias, como a definição de módulos de via na Estrada de Ferro Carajás (EFC) e na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

Mesa-redonda: inovação

e investimentos

Um dos momentos mais aguardados do evento foi a mesaredonda sobre “Novos investimentos e recursos para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área ferroviária”. Participaram da discussão representantes de instituições como FAPESP, BNDES, ANTT e MCTIC, que abordaram

a necessidade de incentivos fiscais, apoio às startups e investimentos cruciais para fomentar a inovação no setor ferroviário.

A Dra. Anapatrícia Morales Vilha, da FAPESP, defendeu incentivos fiscais para a contratação de professores e a realização de testes, além de promover o apoio a startups em diversas fases de desenvolvimento, com subsídios que variam de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Ela ressaltou que os investimentos obrigatórios, muitas vezes determinados por órgãos reguladores, precisam ser acompanhados de fomentos diretos para garantir a continuidade e a eficácia das inovações.

A Diretora Lívia Maria Tiemi Fujii, da ANTT, enfatizou as políticas públicas voltadas para a inovação no setor, mencionando os Recursos para Desenvolvimento Tecnológico (RDT) e as renovações antecipadas, que podem trazer novos investimentos para as ferrovias. O Engenheiro Edson José Dalto, do BNDES, abordou o papel do banco no apoio a grandes projetos de inovação, com uma previsão de R$ 10 bilhões em investimentos até 2025, sendo R$ 2 bilhões destinados a financiar projetos ferroviários. Ele destacou o uso de debêntures incentivadas e novas fontes de energia como ferramentas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte ferroviário.

O Coordenador Osório Coelho, do MCTIC, apresentou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) como um instrumento essencial para a integração entre ciência, tecnologia e políticas de desenvolvimento nacional. Ele reforçou a importância das parcerias com startups para catalisar a inovação nas empresas e promover avanços significativos na eficiência e sustentabilidade do transporte ferroviário.

A análise do uso de aprendizado de máquina foi compartilhada por Leandro Rocha Lopes
Richard Stock abordou as principais pesquisas sobre interação roda-trilho

Segundo dia: inteligência artificial e colaboração internacional

O segundo dia do simpósio foi igualmente intenso, começando com a palestra do Pesquisador Sérgio Inácio Ferreira, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Ele destacou a criação do Instituto de Qualidade Ferroviária como um marco para atestar a conformidade de produtos e serviços ferroviários com as normas técnicas aplicáveis. Ferreira enfatizou a importância da aproximação entre órgãos de pesquisa e empresas para apoiar o crescimento do setor.

O Pesquisador Sênior Qing Wu, da Escola de Engenharia e Tecnologia da Central Queensland University, apresentou “Recent advances in railway dynamics modelling”, abordando a aplicação de inteligência artificial em simulações ferroviárias. Wu explicou como treinou uma IA com base em mais de duas mil simulações para prever o comportamento das composições ferroviárias, sem a necessidade de modelar cada veículo individualmente. Esse avanço promete otimizar a manutenção e a operação das ferrovias, garantindo maior precisão e eficiência.

Homenagem e contribuições técnicas

Um dos momentos emocionantes do evento foi a homenagem ao Diretor de Engenharia na Amsted Rail, Paulo Maurício Costa Furtado Rosa, reconhecido por suas contribuições ao desenvolvimento e melhoria da infraestrutura ferroviária no Brasil. Considerado um dos mais renomados projetistas de vagões do país, Rosa enfatizou a importância de integrar gerações de engenheiros para continuar a evolução do setor.

As apresentações das cátedras seguiram com temas relevantes, como o estudo de sistemas de drenagem de vagões de carga tipo gôndola, apresentado pelo Professor Felipe Bertelli, e a análise do uso de aprendizado de máquina para aumentar a precisão dos dados de profundidade de cava, realizada por Leandro Rocha Lopes. Ana Cecília de Carvalho complementou com uma avaliação sobre o efeito de espessantes e viscosidade de graxas no desempenho em desgaste e retentividade, temas essenciais para a durabilidade dos componentes ferroviários.

O Professor Dr. Roberto Martins de Souza destacou a colaboração entre universidades e a produção acadêmica nas Cátedras Roda Trilho e Vagões, que contam com seis projetos em andamento. Ele ressaltou que essas iniciativas visam aumentar a segurança do transporte, a disponibilidade de material rodante e a eficiência operacional, além de formar técnicos qualificados e gerar conhecimento que apoie empresas como a VALE na solução de problemas operacionais.

O VII Simpósio de Engenharia Ferroviária reafirmou o compromisso da academia e da indústria em colaborar para o avanço do transporte ferroviário no Brasil. Com o apoio de empresas renomadas e órgãos setoriais, o evento destacou a importância de inovações tecnológicas, investimentos em pesquisa e a formação de pessoal técnico qualificado como pilares para o futuro do setor. A intensa troca de conhecimento e a apresentação de soluções inovadoras evidenciam o papel crucial do simpósio no desenvolvimento de uma infraestrutura ferroviária mais eficiente e sustentável no país.

Paulo Maurício Costa Furtado Rosa foi homenageado no VII Simpósio.
Qing Wu explicou como treinou uma IA com base em mais de duas mil simulações para prever o comportamento das composições ferroviárias.

Lifelong learning e sua importância para profissionais de todas as gerações

Já ouviu falar em lifelong learning?

Em seu significado, garanto que sim, caro leitor. O termo remete ao aprendizado contínuo, que considero a chave para a produtividade e o sucesso profissional, independentemente da idade.

Longe vão os dias em que a educação era vista como uma etapa concluída na juventude. Na época de meu avô, íamos até os 20 estudando. Dos 20 aos 60, trabalhávamos; após essa idade, restava apenas aposentar e aguardar o fim. No entanto, a expectativa de vida cresceu demais; com isso, temos a oportunidade de nos mantermos vivos – se tudo der certo! – por muito mais tempo.

Nesse cenário, a atualização constante é um imperativo para todas as gerações, inclusive profissionais mais experientes que desejam manter sua relevância no mercado de trabalho.

O aprendizado contínuo é fundamental para a adaptação às novas tecnologias, metodologias e tendências de mercado. Ele não só aumenta a empregabilidade e a competitividade dos profissionais, mas também contribui significativamente para a produtividade das empresas. Organizações que incentivam a educação contínua de seus colaboradores tendem a ser mais inovadoras, flexíveis e bemsucedidas.

de acordo com seus interesses;

3. Aplique o aprendizado na prática, buscando oportunidades para concretizar novos conhecimentos em seu trabalho atual ou em projetos paralelos;

4. Busque comunidades de aprendizado, como grupos de estudo ou redes profissionais;

5. Mantenha a curiosidade: ao explorar áreas fora de sua zona de conforto, você mantém sua mente ágil e aberta a novas ideias.

E, por falar em curiosidade, caso esteja motivado em aplicar o lifelong learning em sua vida profissional e queira estudar algo novo, recomendo começar por cinco temas relevantes para qualquer carreira na atualidade:

1. Transformação digital, já que entender as tecnologias emergentes e sua aplicação nos negócios é crucial para manter a relevância profissional;

2. Gestão ágil: metodologias ágeis estão revolucionando a forma como os projetos são gerenciados e entregues, tornando-se uma habilidade essencial;

3. Inteligência emocional, pois a capacidade de gerenciar emoções e relacionamentos é cada vez mais valorizada no ambiente de trabalho;

Para muitos profissionais mais experientes, retomar o aprendizado pode parecer um desafio. No entanto, é importante reconhecer que a idade traz consigo uma riqueza de experiência e perspectiva que pode ser valiosa no processo de aprendizado. Para isso, destaco cinco estratégias para facilitar o processo:

1. Adote uma mentalidade de crescimento, encarando o aprendizado como uma oportunidade para expandir seus horizontes, e não como uma tarefa árdua;

2. Aproveite a tecnologia: plataformas de aprendizado online oferecem flexibilidade para aprender no seu próprio ritmo e

4. Sustentabilidade e responsabilidade social, algo altamente valorizado pelas empresas atualmente, já que buscam práticas mais sustentáveis e éticas;

5. Inovação e criatividade: ao pensar fora da caixa, você propõe soluções inovadoras e aumenta suas chances de se diferenciar em um mercado tão dinâmico como o atual.

Adotar uma abordagem proativa em relação à educação é uma forma poderosa de garantir uma carreira longa e gratificante. Encorajo você, querido leitor, a abraçar o desafio do aprendizado constante e a explorar as infinitas possibilidades que ele oferece.

PROCURAM-SE ENGENHEIROS

Em um evento recente, um empresário fez a seguinte observação: “Estamos correndo o risco de, em pouco tempo, não termos mais engenheiros no mercado. O ofício de engenheiro não tem mais atraído os estudantes. É cada vez mais comum que alunos formados em boas faculdades de engenharia optem por setores como o financeiro, por exemplo.” Essa preocupação é compartilhada por contratantes de construtoras tanto do setor imobiliário quanto do setor de infraestrutura, o que explica a urgência e a velocidade com que a automação, industrialização e digitalização de processos têm ocorrido. Nesse contexto, a equipe do Portal Engenharia Compartilhada conversou com o Eng. Roberto José Falcão Bauer, um dos autores do Portal Engenharia Compartilhada, professor universitário e empresário com uma carreira brilhante, que se iniciou no laboratório de controle tecnológico do concreto de sua empresa e culminou na criação do Instituto Falcão Bauer da Qualidade. Como formador e mentor de centenas de profissionais atuantes no mercado, ele compartilhou sua experiência conosco. A seguir, reproduzimos diversos insights decorrentes de sua vivência compartilhados na entrevista..

Roberto José Falcão Bauer falou sobre sua trajetória como empresário e mentor de jovens profissionais

Quais os principais influenciadores de carreira dos estudantes de engenharia?

Mentores e professores desempenham um papel fundamental na orientação acadêmica, fornecendo informações sobre diferentes áreas de especialização, compartilhando experiências pessoais e profissionais, e orientando os estudantes sobre as oportunidades disponíveis. Professores apaixonados por suas áreas de especialização podem inspirar os alunos a seguirem carreiras semelhantes, oferecendo exemplos práticos e teóricos que destacam as vantagens e desafios de suas disciplinas.

Pais e familiares também exercem uma influência significativa nas decisões de carreira dos estudantes, baseando-se em suas próprias experiências, expectativas e valores. Eles oferecem conselhos práticos sobre segurança financeira e estabilidade de emprego, além de fornecerem apoio emocional e financeiro, o que pode ser determinante na escolha de uma carreira, especialmente em áreas que exigem um investimento significativo em educação e treinamento.

Amigos e colegas têm um papel importante na influência de pares, compartilhando suas próprias aspirações, experiências de estágio e interesses acadêmicos. A troca de informações e discussões sobre diferentes áreas ajudam os estudantes a explorarem novas possibilidades. Além disso, o networking com colegas pode abrir portas para oportunidades de estágio e emprego, oferecendo uma visão mais ampla do mercado de trabalho.

Profissionais atuantes na área de interesse dos estudantes oferecem uma perspectiva prática e realista sobre o mercado de trabalho, as tendências da indústria e as habilidades necessárias. Participar de programas de mentoria com

profissionais experientes pode fornecer insights valiosos e orientação personalizada.

As experiências práticas, como estágios, projetos acadêmicos e trabalho voluntário, são fundamentais para que os estudantes compreendam melhor suas preferências e aptidões. Essas experiências permitem que eles apliquem o conhecimento teórico em situações reais e decidam se gostam da área. Além disso, a participação em atividades extracurriculares, como clubes estudantis e competições acadêmicas, ajuda os estudantes a explorarem diferentes áreas e desenvolver habilidades complementares.

Conselheiros de carreira desempenham um papel importante ao fornecer orientação profissional, incluindo testes de aptidão, sessões de orientação e recursos informativos que ajudam os estudantes a identificarem suas forças, interesses e opções de carreira. Eles também ajudam na criação de um plano de carreira detalhado, que inclui metas de curto e longo prazo, além de estratégias para alcançar essas metas.

Por fim, recursos de informação, como pesquisas sobre diferentes carreiras em livros, artigos, relatórios do mercado de trabalho e recursos online, são essenciais para que os estudantes obtenham uma visão detalhada das oportunidades e desafios em várias áreas de engenharia. Participar de feiras de carreiras, seminários e workshops proporciona informações diretas de empresas e profissionais, ajudando os estudantes a entenderem melhor as expectativas do mercado.

Qual a importância da mentoria de um profissional experiente na formação de novos talentos?

No início de uma carreira, os profissionais frequentemente se deparam com desafios que podem parecer insuperáveis sem a orientação adequada. Nesse contexto, a mentoria de um profissional experiente se revela essencial para a formação e o desenvolvimento de novos talentos. Essa relação de mentoria não só acelera o aprendizado, mas também proporciona um ambiente de suporte que é fundamental para o crescimento pessoal e profissional.

Transmissão de Conhecimento e Experiência

Um dos principais benefícios da mentoria é a transmissão de conhecimento e experiência. Os mentores possuem uma vasta gama de conhecimentos adquiridos ao longo de suas carreiras, que podem compartilhar com os iniciantes. Isso inclui não apenas habilidades técnicas, mas também insights sobre a cultura da empresa, normas do setor e as melhores práticas que não são ensinadas em

escolas ou universidades. Por exemplo, um mentor pode recomendar livros ou capítulos específicos na área de engenharia, mostrando aos novos profissionais as diversas possibilidades e os passos necessários para alcançar certos estágios de conhecimento e experiência.

Desenvolvimento de Competências Profissionais e Pessoais

Além do conhecimento técnico, a mentoria ajuda no desenvolvimento de competências interpessoais e profissionais. Os mentores podem fornecer feedback construtivo, ajudando os iniciantes a melhorarem suas habilidades de comunicação, resolução de problemas e tomada de decisão. Esses são aspectos cruciais para o sucesso a longo prazo em qualquer carreira. A mentoria também pode aumentar a confiança do profissional iniciante, ao mostrar que ele tem o apoio de alguém experiente e confiável.

Expansão de Rede de Contatos

Outro aspecto vital da mentoria é a oportunidade de networking. Mentores bem estabelecidos possuem redes de contatos amplas e valiosas. Eles podem apresentar seus mentorados a outros profissionais da indústria, abrir portas para novas oportunidades e ajudar na construção de uma rede de apoio profissional. Essa rede pode ser estratégica para o avanço na carreira e para a criação de novas oportunidades de aprendizado e crescimento.

Suporte Emocional e Motivacional

A transição da vida acadêmica para o ambiente profissional pode ser estressante e desafiadora. Ter um mentor proporciona um suporte emocional que pode ser fundamental durante esse período. Os mentores podem oferecer palavras de encorajamento, ajudar a lidar com frustrações e desafios e manter os mentorados motivados. Esse suporte emocional é vital para manter a resiliência e a perseverança necessárias para enfrentar os obstáculos iniciais na carreira.

Bauer refletiu sobre a mentoria para a formação de novos talentos na engenharia.

MENTORIA

Orientação na Tomada de Decisões

Os mentores podem ajudar os profissionais em início de carreira a tomar decisões informadas sobre suas trajetórias profissionais. Isso inclui orientação sobre a escolha de projetos, mudanças de emprego, desenvolvimento de habilidades adicionais e até mesmo a busca de novos caminhos dentro da carreira. Ter alguém experiente para discutir essas opções pode evitar decisões precipitadas e ajudar a alinhar as escolhas com os objetivos de longo prazo do profissional.

Com tamanha impotância, a estruturação de mentorias devia fazer parte do planejamento estratégico das empresas

A integração da mentoria no planejamento estratégico de uma empresa é um elemento importante para garantir o desenvolvimento sustentável e a competitividade no mercado. Quando a mentoria é incorporada de forma estratégica, os benefícios se estendem desde a melhoria do desempenho individual até o fortalecimento da cultura organizacional.

Desenvolvimento de Talentos Internos

Ao integrar a mentoria no planejamento estratégico, as empresas podem identificar e desenvolver talentos internos de maneira mais eficaz. A mentoria proporciona um ambiente de aprendizado contínuo, onde os profissionais podem desenvolver suas habilidades técnicas e interpessoais. Um mentor experiente pode ajudar os novos talentos a entenderem melhor as demandas do mercado e a aplicarem conhecimentos teóricos em situações práticas.

Retenção de Talentos e Redução de Turnover

A mentoria também desempenha um papel fundamental na retenção de talentos. Profissionais que se sentem apoiados e valorizados são mais propensos a permanecer

na empresa. Programas de mentoria eficazes criam um senso de pertença e lealdade, reduzindo o turnover e, consequentemente, os custos associados à rotatividade de pessoal.

Melhoria do Desempenho e da Produtividade

A integração da mentoria pode levar a melhorias significativas no desempenho e na produtividade. Mentores ajudam os mentorados a identificar pontos fracos e a desenvolver estratégias para superá-los, promovendo uma cultura de alta performance. O feedback contínuo e construtivo, aliado à orientação para o desenvolvimento de competências específicas, contribui para a formação de uma força de trabalho mais capacitada e eficiente. Por exemplo, ao participar de associações e cursos de atualização, mentores podem trazer novas perspectivas e conhecimentos para a empresa, que se traduzem em melhorias práticas nos processos e produtos.

Fortalecimento da Cultura Organizacional

A mentoria ajuda a fortalecer a cultura organizacional, transmitindo valores e práticas essenciais para a empresa. Mentores servem como modelos de comportamento e de ética, influenciando positivamente os novos profissionais. Isso é importante para manter a coesão e a identidade da empresa, especialmente em períodos de crescimento ou mudanças. Um exemplo claro é a cultura de excelência promovida por um engenheiro que valorizava o respeito, a colaboração e a busca contínua pelo conhecimento, criando um ambiente onde esses valores eram vividos diariamente pelos colaboradores.

Inovação e Adaptação às Mudanças

Empresas que incluem a mentoria em seu planejamento estratégico estão melhor preparadas para inovar e se adaptar às mudanças do mercado. A troca de conhecimento entre mentores e mentorados estimula a Dia de Treinamento e compartilhamento de experências, na

Embaixadores ESG, que participam dos grupos temáticos no âmbito do Comitê ESG, na TLSA

criatividade e a inovação, permitindo que a empresa se mantenha competitiva. Além disso, mentores experientes podem ajudar a identificar tendências e oportunidades, orientando a empresa a ajustar suas estratégias de acordo com as demandas do mercado. Por exemplo, o desenvolvimento de normas técnicas e a participação em grupos de trabalho sobre pavimentos e construção civil ilustram como a colaboração e o aprendizado contínuo podem levar a inovações que beneficiam toda a indústria.

Suporte em Transições e Sucessões

A mentoria é essencial para a gestão de transições e sucessões dentro da empresa. Mentores podem preparar futuros líderes, transferindo conhecimentos críticos e preparando-os para assumir posições de maior responsabilidade. Isso garante a continuidade e a estabilidade da empresa, mesmo durante mudanças na liderança. Um engenheiro que orientou jovens profissionais em seus primeiros anos de carreira, preparando-os para enfrentar desafios e assumir papéis de liderança, exemplifica como a mentoria pode ser um pilar na gestão de talentos e sucessões.

Nem toda empresa tem a preocupação com a mentoria dos iniciantes na carreira...

Ao iniciar uma carreira, o primeiro passo fundamental é a escolha da empresa. Esse passo pode definir o futuro profissional de alguém, influenciando tanto o desenvolvimento de habilidades quanto o crescimento pessoal e profissional. Para fazer essa escolha de forma acertada, é muito importante procurar pesquisar a estrutura de recursos humanos e o planejamento estratégico da empresa.

Pesquisa e Planejamento

Antes de se candidatar a uma vaga, é essencial investigar a empresa em profundidade. Isso envolve mais do

que apenas uma análise superficial de sua reputação ou posição no mercado. A pesquisa deve incluir a compreensão da estrutura de recursos humanos e como ela está alinhada com o planejamento estratégico da empresa. Uma empresa que valoriza o desenvolvimento de seus colaboradores e possui um plano estratégico robusto geralmente investe em programas de mentoria e capacitação.

Estrutura de Recursos Humanos

A estrutura de recursos humanos de uma empresa revela muito sobre como ela valoriza e desenvolve seus funcionários. Empresas que possuem programas de mentoria bem estabelecidos demonstram um compromisso com o crescimento contínuo de seus profissionais. Esses programas são essenciais para quem está começando a carreira, pois fornecem orientação, apoio e a oportunidade de aprender com profissionais experientes. Por exemplo, empresas que oferecem cursos de mestre de obras com a participação de engenheiros experientes mostram um forte investimento no desenvolvimento de habilidades práticas e teóricas de seus colaboradores.

Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico de uma empresa reflete sua visão de longo prazo e seu compromisso com a inovação e a excelência. Empresas que integram a mentoria em seu planejamento estratégico estão melhor preparadas para desenvolver talentos internos, melhorar a produtividade e promover uma cultura organizacional sólida. Ao escolher uma empresa com um planejamento estratégico que inclua programas de desenvolvimento e mentoria, o profissional iniciante garante um ambiente de trabalho que fomenta o aprendizado contínuo e a evolução.

Exemplos Práticos

Um exemplo prático é uma empresa que participa de

associações e promove cursos de atualização, incentivando seus funcionários a adquirirem novos conhecimentos e habilidades. Outra situação é a de uma empresa que envolve seus engenheiros e técnicos em projetos colaborativos, como o desenvolvimento de normas técnicas, garantindo que o conhecimento teórico seja aplicado em situações práticas. Essas práticas não apenas enriquecem o currículo do profissional, mas também proporcionam uma experiência de aprendizado significativa.

Cultura Organizacional

A cultura organizacional é um fator decisivo na escolha de uma empresa. Empresas que valorizam a colaboração, o respeito e a busca pelo conhecimento criam um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissional. Por exemplo, uma empresa que incentiva seus líderes a delegarem responsabilidades e a formarem suas equipes promove um ambiente de crescimento e inovação. Esses valores são transmitidos aos novos profissionais, que aprendem a importância de trabalhar em equipe e de contribuir para o sucesso coletivo.

É possível pontuar as principais características de um bom mentor na área de engenharia?

Sim, com o processo de mentoria estabelecido você pode preparar os engenheiros mais experientes para orientar a nova geração. Importante considerar que a mentoria é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento profissional, especialmente na área de engenharia, onde o conhecimento técnico e a experiência prática são fundamentais.

1.

Experiência Prática e Diversificada

Um bom mentor na área de engenharia deve ter uma vasta experiência prática. Isso inclui ter trabalhado em diferentes tipos de projetos e setores, desde obras pesadas até projetos de infraestrutura. Por exemplo, alguém que já tenha participado de projetos em empresas como Sabesp e no metrô, lidando com tecnologias e procedimentos avançados, pode oferecer insights valiosos e práticos que não são encontrados nos livros.

2. Capacidade de Comunicação e Ensino

Habilidade para se comunicar de maneira clara e eficaz é crucial. Um bom mentor deve ser capaz de explicar conceitos complexos de forma acessível. A experiência em ensino ajuda a desenvolver essa capacidade. Ensinar não é apenas passar conhecimento técnico, mas também inspirar e motivar os aprendizes a se dedicarem ao aprendizado contínuo.

3. Visão Estratégica e Planejamento

Mentores que compreendem a importância do planejamento estratégico dentro da empresa e no desenvolvimento de carreira oferecem uma perspectiva mais ampla e alinhada com os objetivos de longo prazo. Isso inclui o entendimento de como a formação contínua e a especialização são integradas aos objetivos da empresa, promovendo uma cultura de evolução constante.

4. Capacidade de Delegar e Desenvolver Talentos

Um bom mentor deve saber delegar tarefas de forma a desenvolver as habilidades dos mentorados. Isso inclui oferecer oportunidades para que os novatos se envolvam em projetos reais, orientando-os ao longo do caminho e promovendo um ambiente onde o aprendizado e o crescimento são incentivados. Como mencionado, formar

equipes e motivar indivíduos a saírem de sua zona de conforto é uma característica essencial.

5. Compromisso com a Qualidade e a Ética

O compromisso com a qualidade e a ética profissional é uma marca de um bom mentor. Isso implica não apenas em fazer o trabalho corretamente, mas também em transmitir a importância desses valores para os novos profissionais. Mentores que enfatizam a importância de seguir normas técnicas e de realizar um trabalho sem retrabalho demonstram um forte compromisso com a excelência.

6. Conhecimento Atualizado e Inovação

Um bom mentor deve estar atualizado com as últimas tendências e inovações na área de engenharia. Participar de associações, cursos de atualização e estar envolvido em pesquisas são maneiras de manter-se informado e de poder passar esse conhecimento adiante. O envolvimento em grupos de trabalho e na criação de normas técnicas, é um exemplo de como os mentores podem contribuir para o avanço do setor.

7. Habilidade de Inspirar e Motivar

Inspirar e motivar os mentorados é uma característica indispensável. Isso envolve mais do que apenas ensinar habilidades técnicas; é sobre criar uma cultura de aprendizado e inovação. Mentores que compartilham suas próprias histórias e experiências, mostrando como superaram desafios e alcançaram sucesso, podem inspirar novos profissionais a perseguirem a excelência.

8. Respeito e Humildade

Respeito pelos outros e humildade para reconhecer que sempre há algo novo a aprender são qualidades importantes em um mentor. Um bom mentor deve tratar seus mentorados com respeito, criando um ambiente onde

todos se sintam valorizados e encorajados a contribuir com suas ideias e perguntas.

Preparamos uma síntese para leitura rápida

A decisão de carreira de um estudante é moldada por uma variedade de influenciadores, incluindo mentores, professores, pais, familiares, amigos, profissionais da área, experiências práticas e conselheiros de carreira. Cada um desses influenciadores contribui de maneira única para ajudar o estudante a identificar suas preferências, habilidades e oportunidades, levando a uma decisão de carreira bem-informada e alinhada com seus interesses e aspirações.

A mentoria de um profissional experiente é, sem dúvida, um recurso inestimável para aqueles que estão começando suas carreiras. Ela proporciona uma base sólida de conhecimento, desenvolve competências cruciais, expande redes de contato, oferece suporte emocional e orienta na tomada de decisões importantes. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, ter um mentor pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Portanto, investir em programas de mentoria e valorizar essa prática é essencial para o desenvolvimento de profissionais competentes e bem-sucedidos.

A integração da mentoria no planejamento estratégico de uma empresa não é apenas uma prática recomendada, mas uma necessidade em um mercado competitivo e em constante mudança. Ao investir em programas de mentoria, as empresas desenvolvem talentos internos, retêm profissionais valiosos, melhoram o desempenho e a produtividade, fortalecem a cultura organizacional, incentivam a inovação e garantem uma gestão eficaz de transições e sucessões. Empresas que reconhecem e implementam a mentoria como parte integral de sua estratégia estão mais bem posicionadas para alcançar o sucesso sustentável e duradouro.

Escolher a empresa certa ao iniciar a carreira pode definir o futuro profissional de alguém. Pesquisar a estrutura de recursos humanos e o planejamento estratégico da empresa ajuda a garantir que o ambiente de trabalho será propício ao desenvolvimento e à evolução contínua. Empresas que investem em programas de mentoria, capacitação e que possuem uma cultura organizacional sólida oferecem as melhores oportunidades para quem está começando. Portanto, ao tomar essa decisão, é importante considerar não apenas a posição no mercado, mas também como a empresa valoriza e desenvolve seus colaboradores. Isso fará toda a diferença no sucesso e na satisfação profissional a longo prazo.

INSIGHTS

Qual a pior forma de dar feedback no trabalho?

Feedback. Segundo o dicionário Michaelis, é o “retorno da informação ou do processo; obtenção de uma resposta”. No ambiente profissional, feedback é a troca de informações entre colaboradores sobre desempenho, comportamentos e resultados, visando promover melhorias. Suas origens remontam às teorias de comunicação e cibernética, aplicadas ao mundo corporativo para melhorar processos e relacionamentos. Se utilizado corretamente, o feedback é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento profissional e organizacional.

Porém, como muitas vezes há distância entre intenção e gesto, o feedback pode ser mal utilizado e, assim, prejudicar o desenvolvimento profissional. Quando puxo pela lembrança, vejo inúmeros exemplos disso. É comum a ocorrência de gestores que não pensam antes de falar aos seus subordinados. Muitos, no auge dos seus rompantes de raiva, soltam palavras que não contribuem em nada para melhorar o resultado do trabalho; apenas magoam e aumentam a ansiedade.

Num ambiente cultural cada vez mais plural, com pelo menos 4 gerações trabalhando em conjunto, o feedback pensado e cuidadoso torna-se ainda mais necessário. Além disso, o que antes era restrito aos envolvidos, com as redes sociais passa a ser compartilhado com o público geral. E, se interpretados num contexto errado, podem levar ao cancelamento de um profissional ou até de uma empresa. Por isso, trago, para reflexão, os principais erros ao dar feedback, relacionando com as características de cada geração.

Baby Boomers

Os baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964, valorizam a estabilidade e a hierarquia. Vamos a um feedback ruim dado por um gestor dessa geração:

Um gerente, veterano da empresa, critica duramente um colaborador em público, dizendo: “você nunca faz nada direito. Como espera crescer aqui?”. Essa abordagem desrespeita e desmotiva, especialmente em um ambiente onde a hierarquia é valorizada.

E um feedback ruim recebido por um baby boomer:

Um jovem supervisor diz a um baby boomer: “Você está muito desatualizado. Não sei como você ainda está aqui.” Essa crítica direta, sem considerar a experiência e o valor do colaborador, pode ser vista como desrespeitosa e desencorajadora. Quando pensar em um feedback para essa geração, não é aconselhável:

1. Criticar em público;

2. Ignorar a experiência e a contribuição histórica, pois desvaloriza o conhecimento acumulado ao longo dos anos;

3. Deixar de fornecer exemplos claros ou soluções, pois o colaborador fica sem orientação sobre como melhorar.

Geração X

A geração X, nascida entre 1965 e 1980, preza por autonomia e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Aqui, um feedback ruim dado por um gestor dessa geração:

Um líder envia um e-mail vago para um profissional da geração X: “Precisamos falar sobre sua performance.” Sem detalhes ou contexto, deixa o colaborador ansioso e confuso sobre o que esperar e como melhorar.

E um feedback ruim recebido por alguém da geração X:

Um executivo mais velho diz ao colaborador: “Você precisa parar de tentar equilibrar tudo e focar mais no trabalho.” Essa falta de compreensão pelo valor que a geração X dá ao equilíbrio

INSIGHTS

entre vida profissional e pessoal pode ser desmotivadora. Quando pensar for dar um feedback para essa geração, não é aconselhável:

1. Enviar e-mails vagos e sem contexto, pois pode gerar ansiedade e confusão sobre o que precisa ser melhorado;

2. Deixar de reconhecer o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, tão importante para essa geração;

3. Ignorar suas sugestões ou não valorizar a autonomia, pois pode ser percebido como falta de respeito pela experiência e competência.

Millennials

Os millennials, nascidos entre 1981 e 1996, valorizam a colaboração e o reconhecimento. Vejam um feedback ruim dado por um gestor dessa geração:

Um gerente millennial deixa um comentário passivo-agressivo em uma plataforma digital: “Seria ótimo se você pudesse, finalmente, entregar suas tarefas no prazo.” A crítica indireta sem um diálogo aberto gera ressentimento.

E um feedback ruim recebido por um millennial:

Um supervisor da geração X diz a um millennial: “Você parece mais preocupado em ser popular do que em fazer seu trabalho”. Essa generalização e julgamento podem ser vistos como desrespeitosos e desmoralizantes. Quando pensar for dar um feedback para essa geração, não é aconselhável:

1. Usar tom passivo-agressivo em plataformas digitais, pois pode criar ressentimento e falta de clareza na comunicação;

2. Deixar de oferecer feedback regular e construtivo, já que os millennials valorizam o feedback contínuo para seu desenvolvimento;

3. Subestimar a necessidade de reconhecimento e colaboração

- essa atitude pode desmotivar, já que a geração valoriza o trabalho em equipe e o reconhecimento.

Geração Z

A Geração Z, nascida a partir de 1997, cresceu com tecnologia e preza pela transparência e diversidade. Logo, um exemplo de feedback ruim dado por um gestor da Geração Z seria o seguinte:

Um jovem líder critica um baby boomer em uma videoconferência: “Você realmente deveria se aposentar. Não está acompanhando o ritmo”. Isso demonstra uma falta de sensibilidade e respeito pela experiência do colaborador.

E, por fim, um feedback ruim recebido por alguém da Geração Z: Um superior mais velho diz a um colaborador da Geração Z: “Você precisa parar de ser tão sensível e focar no trabalho.” Isso desconsidera a importância que a geração dá à saúde mental e ao bem-estar. Portanto, ao dar um feedback, não é aconselhável:

1. Ser insensível ou desrespeitoso durante videoconferências, pois a atitude pode ser vista como uma falta de consideração e respeito;

2. Desconsiderar a importância da saúde mental e bem-estar, ignorando uma prioridade importante para essa geração;

3. Ignorar a necessidade de transparência e diversidade, já que valorizam a autenticidade e a inclusão no ambiente de trabalho.

Dar feedback é uma arte - que, se mal executada, pode ter consequências desastrosas. Independentemente da geração, feedback mal dado desmotiva, confunde e causa ressentimento. Reflita sobre os feedbacks que você deu e recebeu ao longo da vida. Foram claros, construtivos e empáticos? Ou foram superficiais, críticos e desmotivadores? A qualidade do que oferecemos e recebemos molda não só o ambiente de trabalho cotidiano, mas também nossas carreiras e vidas.

A IMPORTÂNCIA DE UM AMBIENTE SAUDÁVEL PARA A SAÚDE MENTAL

A saúde mental, cada vez mais reconhecida como um pilar essencial do bem-estar, tem ganhado espaço nos debates públicos e nas políticas governamentais. À medida que mais estudos apontam a influência direta do ambiente sobre o equilíbrio emocional, iniciativas para promover ambientes saudáveis – tanto no trabalho quanto em casa – tornam-se fundamentais para a manutenção da qualidade de vida e a prevenção de doenças mentais. Conversamos com o psicólogo Felipe Foresto para obter uma perspectiva prática sobre como criar programas corporativos voltados à saúde mental dos colaboradores.

É possível definir o que é saúde mental?

Sim, é possível definir o que é saúde mental, mas é importante lembrar que a definição é complexa e multifacetada, abrangendo diversos aspectos da vida de uma pessoa. Em termos gerais, podemos dizer que a saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue realizar suas atividades diárias de forma satisfatória, mantém boas relações com outras pessoas, sente-se capaz de lidar com os desafios da vida, experimenta emoções positivas, como alegria, satisfação e amor, e tem um senso de propósito e significado na vida. A saúde mental não é simplesmente a ausência de doenças mentais, mas um estado de bem-estar que permite ao indivíduo viver uma vida plena e significativa. Diversos fatores podem contribuir para a saúde mental, como fatores biológicos (genética, química cerebral, distúrbios hormonais), psicológicos (experiências na infância, traumas, estresse), sociais (pobreza, discriminação, violência),

culturais (valores, crenças, normas sociais) e de estilo de vida (alimentação, sono, atividade física). É importante cuidar da saúde mental em todas as fases da vida, o que inclui estar atento aos próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos, buscar ajuda profissional quando necessário, adotar hábitos saudáveis, cultivar boas relações e ter um senso de propósito e significado na vida.

É possível introduzir programas de ambiente saudável no ambiente corporativo?

Sim, é absolutamente possível e crucial implementar programas voltados para a criação de um ambiente saudável nas empresas, especialmente quando essa iniciativa parte da alta direção e está integrada ao planejamento estratégico, assim como outras demandas corporativas. Na verdade, essa ação se torna cada vez mais essencial para o sucesso a longo prazo das organizações, impactando diretamente a produtividade, a retenção de talentos, a reputação da empresa e, principalmente, o bem-estar dos colaboradores.

São inúmeros os benefícios que se podem atingir com esses programas, podemos pontuar alguns:

• Aumento da produtividade e engajamento: Um ambiente de trabalho saudável, onde os colaboradores se sentem valorizados, respeitados e apoiados, tende a gerar maior produtividade, engajamento e motivação. Isso se deve à redução do estresse, do absenteísmo e do turnover, além do aumento da criatividade e da colaboração entre os membros da equipe.

• Melhoria da retenção de talentos: Investir em programas de saúde mental e bem-estar demonstra

aos colaboradores que a empresa se preocupa com o seu desenvolvimento e qualidade de vida. Essa atitude contribui para a retenção de talentos, reduzindo os custos com recrutamento e treinamento de novos funcionários.

• Redução de custos com saúde: Doenças relacionadas ao estresse e à sobrecarga de trabalho podem gerar altos custos para as empresas, tanto com planos de saúde quanto com afastamentos por doença. Implementar programas de ambiente saudável pode prevenir essas doenças e, consequentemente, reduzir esses custos.

• Melhoria da imagem da empresa: Uma empresa que se preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores e oferece um ambiente de trabalho saudável tende a ter uma imagem mais positiva no mercado, atraindo novos talentos e clientes.

• Promoção da diversidade e inclusão: Um ambiente de trabalho saudável e inclusivo valoriza as diferenças e promove o respeito entre os colaboradores, independentemente de raça, gênero, religião, orientação

sexual ou qualquer outra característica individual. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo para todos.

Como implementar programas de ambiente saudável?

O primeiro passo para implementar um programa de ambiente saudável é realizar uma avaliação das necessidades da empresa e dos colaboradores, o que pode ser feito por meio de pesquisas, entrevistas ou grupos focais. Com base nessa avaliação, é importante definir os objetivos do programa, que podem incluir a redução do estresse, o aumento da produtividade, a melhoria da comunicação entre os colaboradores, e a promoção da diversidade e inclusão, entre outros. Em seguida, deve-se criar um plano de ação detalhado, que inclua atividades específicas para alcançar os objetivos estabelecidos, como palestras sobre saúde mental, workshops sobre gestão de estresse, atividades físicas e programas de ergonomia. A comunicação do programa a todos os colaboradores é fundamental; ela deve ser clara, objetiva e transparente, explicando os objetivos do programa, as atividades planejadas e como os colaboradores podem participar. Por fim, é essencial monitorar e avaliar periodicamente o programa para verificar se ele está atingindo os objetivos desejados, utilizando pesquisas, entrevistas ou grupos focais como ferramentas de avaliação.

Exemplos de programas de ambiente saudável:

• Programas diretamente associados à saúde mental: Esses programas podem oferecer aos colaboradores serviços de terapia, grupos de apoio, palestras sobre saúde mental, entre outras iniciativas.

• Programas de promoção da atividade física: Esses programas podem oferecer aos colaboradores aulas de

ginástica, workshops sobre nutrição, desafios de atividade física, entre outras iniciativas.

• Programas de ergonomia: Esses programas podem oferecer aos colaboradores treinamentos sobre postura correta no trabalho, adequação do ambiente de trabalho, entre outras iniciativas.

• Programas de gestão de estresse: Esses programas podem oferecer aos colaboradores técnicas de relaxamento, meditação, yoga, entre outras iniciativas.

• Programas de promoção da diversidade e inclusão: Esses programas podem oferecer aos colaboradores treinamentos sobre diversidade e inclusão, workshops sobre combate à discriminação, entre outras iniciativas.

Ao introduzir programas de ambiente saudável nos planejamentos estratégicos, as empresas demonstram seu compromisso com o bem-estar dos seus colaboradores e constroem um futuro mais próspero e sustentável para todos.

Que atividades você recomenda que sejam adotadas visando a saúde e o bem-estar dos colaboradores?

Antes de responder é importante frisar que promover o bem-estar físico e mental no ambiente corporativo é uma estratégia eficaz para reduzir o estresse e aumentar a produtividade. Algumas atividades incluem aulas de ginástica e alongamento, já que a prática regular de exercícios físicos é fundamental para reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar o desempenho no trabalho. A empresa pode oferecer essas aulas no local de trabalho ou em parceria com academias. Pausas ativas também são importantes, incentivando os colaboradores a se levantarem e se movimentarem durante o dia, com sessões de alongamento, mini treinos ou atividades em grupo, como jogos rápidos ou dança. Outro recurso interessante é organizar um “Dia da Saúde”, com atividades como palestras sobre nutrição, ergonomia, saúde

mental, além de testes de saúde e check-ups. Oferecer comidas saudáveis no ambiente corporativo, como frutas, iogurte, granola e sanduíches integrais, também é uma ótima maneira de incentivar hábitos saudáveis. Além disso, desafios de saúde, como os de passos, hidratação ou alimentação saudável, podem engajar os colaboradores a adotarem práticas mais saudáveis.

No âmbito do bem-estar mental, a empresa pode promover palestras e workshops sobre saúde mental com profissionais da área, abordando temas como estresse, ansiedade, depressão, inteligência emocional e mindfulness. Grupos de apoio também podem ser criados para que os colaboradores possam compartilhar suas dificuldades, trocar experiências e se sentirem acolhidos. Uma sala de relaxamento é uma excelente ideia para oferecer um espaço tranquilo onde os funcionários possam descansar, meditar ou simplesmente fazer uma pausa na rotina de trabalho. A prática de mindfulness, como meditação e respiração consciente, pode ser incentivada por meio de sessões guiadas ou aplicativos de meditação. Programas de descompressão, como

BURNOUT: O ESGOTAMENTO

PROFISSIONAL QUE AFETA A SAÚDE MENTAL

O burnout é uma síndrome decorrente do estresse crônico no ambiente de trabalho, caracterizada por exaustão física e mental, desmotivação e perda de interesse pelas atividades profissionais. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um fenômeno ocupacional, o burnout surge quando a pressão, as cobranças excessivas e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional afetam o bem-estar do indivíduo. Entre os sintomas mais comuns estão fadiga constante, distúrbios do sono, irritabilidade e dificuldades de concentração. O tratamento envolve mudanças no estilo de vida, apoio psicológico e, em muitos casos, afastamento temporário das atividades laborais.

trilhas, retiros na natureza ou atividades ao ar livre, também são benéficos para o bem-estar mental.

Para promover a integração e o trabalho em equipe, o happy hour pode ser uma oportunidade para que os colaboradores se descontraíam e interajam fora do ambiente de trabalho. Um “Dia da Família” pode ser organizado para que os colaboradores levem seus familiares à empresa e participem de atividades juntos. Dinâmicas de integração são úteis para que os colaboradores se conheçam melhor, desenvolvam a comunicação e o trabalho em equipe. Participar de atividades voluntárias, como doação de sangue ou visitas a instituições de caridade, é outra forma de engajamento. Por fim, programas de gamificação tornam o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades mais divertidos e estimulantes, promovendo um ambiente de colaboração e crescimento dentro da empresa.

Em muitas empresas, há profissionais que se destacam pela sua inteligência técnica e objetiva, mas que enfrentam desafios no desenvolvimento da inteligência emocional. Quais são as melhores estratégias para ajudar esses talentos a aprimorar suas habilidades emocionais e interpessoais, sem comprometer seu desempenho técnico?

Esses casos exigem habilidade das lideranças. É comum que profissionais talentosos apresentem problemas de saúde mental. Estudos indicam que a prevalência de transtornos mentais entre pessoas com alta escolaridade e renda acima da média pode ser até maior do que na população em geral. Isso se deve a diversos fatores, como a pressão para ter sucesso, uma vez que esses profissionais frequentemente enfrentam alta pressão para alcançar resultados, cumprir prazos e superar expectativas. Essa pressão constante pode levar ao estresse, à ansiedade e à depressão. Além disso, muitos profissionais talentosos são perfeccionistas e têm dificuldade em aceitar erros ou falhas, o que pode gerar um ciclo de autocobrança e frustração, contribuindo para o desenvolvimento de problemas de saúde mental. A dificuldade em lidar com críticas, mesmo quando construtivas, é outro fator que pode levar ao isolamento social, à baixa autoestima e à sensação de inadequação. A falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal também é uma questão importante, pois a dedicação excessiva ao trabalho pode levar à negligência da vida pessoal, dos relacionamentos e do autocuidado, o que contribui para o surgimento de problemas de saúde mental. Além disso, profissionais talentosos, especialmente mulheres e minorias, podem sofrer discriminação e assédio no ambiente de trabalho, gerando sofrimento emocional, estresse e problemas de saúde mental.

É importante ressaltar que nem todos os profissionais talentosos desenvolvem problemas de saúde mental. Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento

desses problemas, e não apenas a pressão do trabalho. Se você estiver apresentando sintomas de problemas de saúde mental, é fundamental buscar ajuda profissional. Para prevenir problemas de saúde mental em profissionais talentosos, é essencial manter um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal, dedicar tempo para atividades que você gosta e que te relaxam, cultivar relacionamentos com familiares e amigos, praticar atividades físicas regularmente, fazer pausas frequentes durante o trabalho e aprender a dizer não quando necessário. Se necessário, buscar ajuda profissional é uma atitude recomendada. Lembre-se de que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física, e cuidar dela é um investimento em seu bem-estar e em sua qualidade de vida. Você não está sozinho; muitas pessoas enfrentam problemas de saúde mental e podem oferecer apoio.

Como lidar com um colaborador de uma equipe de trabalho que demonstra sintomas de problemas com saúde mental?

Lidar com um colaborador que demonstra sintomas de problemas de saúde mental no ambiente de trabalho pode ser um desafio, mas é importante lembrar que não é responsabilidade de colega ou um integrante da equipe. É mais uma situação que requer habilidade da liderança. Para o líder, existem diversas medidas que podem ser tomadas para ajudar o colaborador e garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos. O primeiro passo é observar e conversar com o colaborador, prestando atenção em sinais como mudanças de humor, alterações no sono ou apetite, desmotivação, dificuldade de concentração, ou isolamento social. Caso algo preocupante seja notado, é importante conversar com o colaborador em um ambiente privado, demonstrando empatia e preocupação. Nesse processo, é crucial evitar julgamentos ou diagnósticos, pois o seu papel é oferecer apoio e encaminhá-lo para ajuda profissional.

Além disso, é fundamental oferecer apoio, deixando claro ao colaborador que você está disponível para conversar e incentivando-o a buscar ajuda profissional, seja através de um psicólogo da empresa, se houver, ou de um profissional externo. Criar um ambiente seguro e acolhedor é essencial, evitando fofocas, comentários discriminatórios ou qualquer comportamento

que possa constranger ou prejudicar o colaborador. Sempre que possível, oferecer flexibilidade no trabalho, como a possibilidade de trabalhar em casa ou ajustar a carga horária, pode ser de grande ajuda para que ele lide melhor com seus problemas de saúde mental e mantenha sua produtividade.

Recursos como o psicólogo da empresa, programas de apoio à saúde mental, linhas de ajuda como o CVV (188) e sites ou aplicativos que oferecem informações e apoio sobre saúde mental, são valiosos nesse processo. No entanto, é importante lembrar que um líder não é responsável por curar o colaborador, mas sim por oferecer apoio e encaminhá-lo para a ajuda profissional adequada. Cuidar da saúde mental dos colaboradores é uma responsabilidade de toda a empresa, e criar um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos é fundamental para o bem-estar e a produtividade da equipe. Seguindo essas orientações, você poderá ajudar o colaborador a lidar com seus problemas de saúde mental e contribuir para um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.

Quando procurar um profissional de saúde mental: psicólogo, psiquiatra ou psicanalista?

Em tempos de crescente conscientização sobre a importância da saúde mental, a dúvida sobre qual profissional buscar – psicólogo, psiquiatra ou psicanalista – se tornou comum. A escolha depende das necessidades de cada indivíduo. Se os sintomas incluem dificuldades emocionais, problemas de relacionamento ou estresse, o psicólogo pode ajudar com terapias baseadas em conversas. Já o psiquiatra é o caminho quando há necessidade de diagnóstico médico ou tratamento medicamentoso para condições como depressão ou ansiedade. O psicanalista, por sua vez, foca em um entendimento profundo da mente e do inconsciente, trabalhando em questões mais enraizadas. Em caso de dúvida, consultar um psicólogo ou psiquiatra inicialmente pode ser um bom ponto de partida para orientar a jornada pela saúde mental.

Alguma consideração final?

Sim, investir nas férias do colaborador com sugestões de lazer pode ser um fator importante para a saúde mental, desde que implementado de forma estratégica e alinhado com as necessidades e interesses dos colaboradores. Férias bem aproveitadas podem contribuir para a redução do estresse e da ansiedade, já que o descanso físico e mental proporcionado por esse período é fundamental para aliviar o acúmulo de tensão, tão comum no ambiente de trabalho. Além disso, as férias ajudam a melhorar o humor e a disposição, uma vez que ao se desligar das responsabilidades do dia a dia e se dedicar a atividades relaxantes e prazerosas, o colaborador tende a retornar ao trabalho com mais energia, positividade e motivação. Outro benefício é o aumento da produtividade e da criatividade, já que um colaborador descansado e mentalmente saudável é mais produtivo, criativo e capaz de solucionar problemas de forma eficaz. As férias também fortalecem os laços familiares e sociais, pois são uma oportunidade para passar mais tempo com a família e amigos, fortalecer as relações sociais e cultivar relacionamentos saudáveis. Além disso, as férias permitem o desenvolvimento de novos hobbies e interesses, sendo uma chance para explorar novas atividades, o que pode contribuir para o bem-estar físico e mental do colaborador. Por fim, investir em férias de qualidade é uma medida preventiva contra o burnout, ou esgotamento profissional, um problema sério que afeta a saúde física e mental dos colaboradores.

Para que as férias do colaborador contribuam efetivamente para a saúde mental, é importante incentivar o uso total das férias, já que muitos colaboradores não usufruem de todo o seu período de descanso. Oferecer sugestões de lazer personalizadas também é essencial, adaptando-as aos interesses e necessidades de cada colaborador por meio de pesquisas, entrevistas ou grupos focais. Promover atividades em grupo, como viagens, passeios e eventos, pode ser uma ótima maneira de integrar os colaboradores e fortalecer os laços sociais. Além disso, flexibilizar as políticas de férias permite que os colaboradores escolham o período que melhor atenda às suas necessidades. Por fim, a empresa pode investir em programas de bem-estar, como palestras sobre saúde mental, workshops sobre gestão de estresse e atividades físicas, complementando os benefícios das férias.

INSIGHTS

Será que eu devo tirar um ano sabático? E a carreira?

Já ouviu falar em “ano sabático”? A expressão evoca imagens de viagens pelo mundo, de dias sem pressa, de redescobertas interiores. Mas o que realmente significa tirar um ano sabático? É um período, geralmente de um ano, em que uma pessoa decide se afastar de suas atividades profissionais e rotineiras para se dedicar a outros projetos, interesses ou simplesmente para descansar e reavaliar a vida. O termo “sabático” deriva do hebraico, “shabbat”, que significa descanso. Na tradição judaica, a cada sete anos, a terra deveria ser deixada em repouso, sem cultivo, um ano de descanso e renovação.

Se você é como eu, caro leitor, estimada leitora, ainda não tirou o seu. Entretanto, depois dos filhos estarem crescidos, é algo que quero me dar ao direito para ter um período de descanso e renovação. Como veremos, não pode ser considerado uma super férias ou até um refúgio dos que não são afeitos ao batente; vai muito além disso.

A prática do ano sabático tem suas raízes na antiguidade. Originalmente, o conceito era agrário, mas com o tempo foi adaptado para o campo acadêmico. Nos séculos XIX e XX, universidades começaram a adotar o ano sabático para que professores pudessem dedicar-se à pesquisa, atualização de conhecimentos ou simplesmente para recarregar as energias. Hoje, o conceito se expandiu além da academia e pode ser encontrado em várias profissões.

Quem apenas leciona e não se dedica à pesquisa corre o risco de ficar desatualizado. Atualmente, esse risco acaba sendo mitigado por rotinas duplas ou triplas, mas se o tema exigir um estudo mais aprofundado, conciliar essas duas coisas é desafiador; nesse contexto, o ano sabático pode ser fundamental.

Mas quem pode tirar o ano sabático?

Qualquer pessoa, na teoria. Na prática, isso depende de condições financeiras e estruturais. Profissionais autônomos, freelancers e empresários têm maior flexibilidade para planejar um período sabático, mas é preciso organização financeira.

Empresas também começam a oferecer essa possibilidade como um benefício, especialmente em setores de tecnologia e inovação, onde a criatividade e o bem-estar dos funcionários são

valorizados.

Várias personalidades conhecidas já desfrutaram de um ano sabático. Bill Gates, por exemplo, é famoso por seus “think weeks”, períodos de afastamento dedicados à leitura e reflexão.

J.K. Rowling, autora de Harry Potter, tirou um ano sabático para se concentrar na escrita. Até mesmo personalidades do mundo esportivo, como Michael Jordan, já fizeram pausas em suas carreiras para buscar renovação e novos desafios.

O que fazer durante o seu ano sabático?

As possibilidades são infinitas. Alguns optam por viajar, conhecendo novas culturas e lugares. Outros dedicam o tempo a projetos pessoais, como escrever um livro, aprender um novo idioma ou desenvolver uma habilidade artística. Há quem utilize o período para voluntariado, contribuindo com causas sociais e humanitárias. O importante é ser um tempo de crescimento pessoal e renovação.

E, sobretudo, haver disciplina para manter-se longe do trabalho. Quando penso em mim, levando o computador a tiracolo na viagem de lua de mel, ter essa disciplina seria um desafio. Já imaginou, leitor, não ficar olhando para a tela do celular em busca de mensagens e atualizações de e-mails? A cabeça precisará aprender outras funções e superar a vigília constante.

Quanto custa tirar um ano sabático?

Os custos de um ano sabático variam significativamente, dependendo do estilo de vida e das atividades planejadas. Viagens internacionais, cursos, projetos pessoais, tudo isso pode variar de alguns milhares a dezenas de milhares de reais. O planejamento financeiro é crucial. É recomendável economizar com antecedência e considerar todas as despesas possíveis, desde moradia, até saúde e lazer.

Se possível, crie um investimento no qual você destine todo mês uma parte da sua renda ao seu projeto sabático. Ou, se houver espaço, fale com seu chefe sobre a possibilidade do aprendizado do ano ser focado em algo interessante para a empresa. Por exemplo, uma pós-graduação ou experiência em algum lugar referência em conhecimento.

INSIGHTS

Prós e contras do ano sabático

As diferentes gerações têm percepções variadas sobre o ano sabático. Os baby boomers, por exemplo, podem ver a iniciativa como um luxo ou até mesmo como uma ideia estranha, algo fora do comum em suas carreiras lineares. A geração X tende a ser pragmática, valorizando o planejamento cuidadoso e o balanço entre trabalho e vida pessoal. Os millennials e a geração Z, por sua vez, encaram o ano sabático como uma oportunidade valiosa de desenvolvimento pessoal, refletindo seu desejo por experiências significativas e flexibilidade de vida.

Afinal, quais são os prós e contras para se tomar esta decisão?

Como prós, destaco renovação pessoal e profissional. Um ano sabático pode proporcionar uma pausa necessária para refletir, redefinir metas e buscar novos conhecimentos. Também pode ser um período importante para desenvolver novas habilidades, pois aproveitar esse tempo para aprender algo novo pode enriquecer tanto a vida pessoal quanto a carreira.

Por fim, destaco a importância deste período para a saúde

Foto: Freepik

mental; uma pausa das pressões diárias pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

Como toda grande decisão, avalio, como contras, três pontos principais. Um deles é o impacto financeiro; ausência de renda regular pode ser um desafio, especialmente se não houver um planejamento adequado. Também há um risco de desconexão, pois um ano fora do mercado de trabalho pode resultar em desafios para a reintegração profissional. Por fim, cuidado com expectativas irrealistas: idealizar o ano sabático pode levar a frustrações, se as expectativas não forem correspondidas.

Em todo caso, decidir por um ano sabático é uma escolha pessoal, que requer planejamento e reflexão. Os benefícios podem ser imensos, proporcionando renovação e crescimento, mas é essencial estar ciente dos desafios e se preparar para eles. Ao fim, um ano sabático bem planejado pode ser uma experiência transformadora, impactando positivamente a vida pessoal e profissional de quem se permite essa pausa para redescobrir-se e evoluir.

E você, já tirou um sabático? Como foi a sua experiência?

Nossos agradecimentos às empresas e associações que tornaram possível a elaboração dessa publicação

Sobre a AFRY

A AFRY - resultado da fusão entre AF e a Pöyry - fornece serviços de engenharia, projetos, serviços digitais e de consultoria para acelerar a transição para uma sociedade sustentável.

Somos 19 mil especialistas dedicados nos setores de infraestrutura, indústria e energia, criando impacto para as próximas gerações.

A AFRY tem raizes nórdicas com alcance global, vendas liquidas de 24 Bilhões de coroas suecas e está listada na Nasdaq Estocolmo

Atuação do Brasil

Há 45 anos no Brasil, o Grupo (na época, controlado pela empresa Electrowatt-Suíça, hoje AFRY) vem atuando nos mais diversos seguimentos e realizando projetos de diferentes tamanhos com equipe própria.

Atualmente, contamos com mais de 1.300 profissionais altamente qualificados, trabalhando em todas as disciplinas, com experiência adquirida em uma ampla variedade de projetos realizados em todas as áreas e setores da engenharia.

Transporte

A AFRY tem uma ampla experiência internacional na implementação de sistemas de transporte ferroviários seguros, eficientes e eficazes e oferece uma gama completa de serviços de consultoria profissional nesta área.

Através da experiência e ao know how de nossos engenheiros, a AFRY proporciona conhecimentos internacionais para todo o mercado ferroviário, desde transporte rápido de massas até sistemas ferroviários de cargas.

Equipes interdisciplinares de especialistas prestam consultoria abrangente e competente para o planejamento, projeto de engenharia e licitações para os sistemas técnicos ferroviários, incluindo todos os componentes dos sistemas de infraestrutura, instalações de operação e equipamentos. A nossa experiência permite oferecer aos clientes sistemas de tráfego ferroviário, a partir de uma fonte abrangente. Entre os nossos clientes estão empresas ferroviárias e metroferroviárias, públicas e privadas, empresas regionais de infraestrutura, bem como investidores, fornecedores e empreiteiros.

Nas últimas décadas a AFRY consolidou a sua posição no setor de transportes do país, com foco nos projetos de infraestrutura de transportes abrangendo: ferrovias, metrôs, túneis, projetos de terminais e ramais de serviço dedicados de embarque, terminais intermodais e terminais portuários. Estes mesmos serviços são cada vez mais requisitados e fornecidos também para as operadoras da malha ferroviária.

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• Avaliação de sistemas e seleção;

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Publicações

A Revista dos Transportes Públicos, criada em 1978, já na sua 155ª edição, e que reúne mais de 1.200 artigos técnicos, encontra-se totalmente em meio digital e podem ser baixadas por download, a partir de sua biblioteca virtual em seu site.

Sistema de Informações da Mobilidade Urbana

Entre os produtos, você vai encontrar no Sistema de Informações da Mobilidade Urbana indicadores operacionais, econômicos e sociais e ambientais, os quais permitem uma visão profunda das condições da mobilidade urbana no Brasil.

Tramontina apresenta soluções para o mercado metroferroviário

A Tramontina segue realizando investimentos para consolidar sua posição como uma empresa especializada em sistemas elétricos de alta engenharia. Com foco na excelência operacional, a empresa atende setores como transporte metroferroviário, infraestrutura, distribuição de energia e indústrias, priorizando qualidade e pontualidade.

Uma das soluções da empresa para o avanço do setor de transporte sobre trilhos e a melhoria dos processos ferroviários é a linha de Conduletes TG, utilizada na mon-

tagem de circuitos elétricos aparentes em ambientes que exigem o cumprimento dos requisitos regulamentares atuais, a fim de garantir a eficiência dos sistemas e a segurança dos usuários.

Disponíveis nas classes IV e V, com opções de Índices de Proteção (IP), os Conduletes TG são robustos e adequados para ambientes abertos e sujeitos às intempéries, proporcionando segurança em áreas de grande circulação de pessoas e em projetos de infraestrutura elétrica para o setor Metroferroviário.

Oferecidos em diferentes configurações, com rosca BSP ou sem rosca, nos modelos E, C, T, LL, LR, X e LB, e nas bitolas a partir de ¾”, os Conduletes TG são fabricados em alumínio com uma liga especial para maior resistência mecânica e à corrosão, em conformidade com a ABNT NBR 15701:2016.

Para garantir a disponibilidade dos produtos em importantes projetos de infraestrutura em todo o país, a empresa conta com o apoio logístico do Grupo Tramontina.

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