Dialogometropolitano 14

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Diálogo Metropolitano

Rio DE JANEiRo

» SÁBADO, 12 DE OUTUBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 14 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

BRASIL E MUNDO

governo lança iniciativas que visam bem-estar dos idosos Está mais que ultrapassada a ideia que diz que o idoso, após anos e anos de trabalho, teoricamente na metade final da vida e com os filhos já criados, deve se aquietar e ficar descansando dentro de casa, dormindo e assistindo à TV o dia todo. Isso não cabe mais nos dias de hoje. Descansar é preciso e merecido, mas se movimentar é tão importante quanto. Fazer atividades físicas para alongar, fortalecer e desenvolver a musculatura – além de trabalhar a capacidade aeróbica do idoso – é uma prática saudável e que pode melhorar muito a qualidade de vida nessa nova fase. É justamente pensando nos cuidados com a saúde do idoso que o governo do Rio de Janeiro vem investindo em projetos para a melhor idade. PAg 4

Acolhimento e sigilo garantidos para as mulheres vítimas de violência Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que entre 2009 e 2011 o Brasil registrou quase 17 mil feminicídios – mortes de mulheres por conflito de gênero, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. Esse número indica uma taxa de 5,8 casos de agressão para cada grupo de 100 mil mulheres. No estado do Rio, a taxa é ainda maior: 6,03 casos a cada 100 mil mulheres. Para acolher e atender às mulheres vítimas de violência doméstica. PAg 2

CULTURA

ESPORTES

RIO TOTAL

Rio recebe Festival “Filme Clubes e jogadores se unem AlERJ comemorou os 25 anos Encontra Mundo” para campeonato enxuto da Constituição

A terceira edição brasileira do Filme Encontra Música – FEM será realizada entre 18 e 20 de outubro, na Miranda, no Rio de Janeiro. O festival celebra o Ano Alemanha + Brasil (de maio de 2013 a maio de 2014) com atrações que incluem três filmes sobre diferentes estilos musicais alemães, dois concertos com músicos de ambos os países. PAg 5

Na última segunda-feira (7), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro se reuniu com o conselho arbitral e representantes dos clubes participantes do Campeonato Carioca para definir o novo regulamento da competição. Durante o encontro, ficou definido por unanimidade que o antigo sistema de dois grupos. PAg 6

Os 25 anos da Constituição Federal, completados no último dia 05, não passaram em branco pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Uma sessão solene, presidida pelo deputado André Ceciliano (PT), homenageou os ex -parlamentares fluminenses que participaram da promulgação da Carta de 1988. PAg 8

E MAIS...

Onde está você e onde estão os outros?

Novos hostels poderão ser construídos em edificações

Lixo hospitalar: mais próximo que se imagina

MNBA estará pronto em 2015

IGoR QuIRINo PAg 2

HamIlToN VasCoNCEllos PAg 3

DaNIEllE DENNY PAg 4

RENaTa PalmIER PAg 4

“Super Fun Night” estreia segunda na Warner

Aldo diz que estádios para a Copa estão 90% prontos

Câncer de mama, um mal de homens e mulheres

Cai em 40% número de pacientes na fila de espera

THEll DE CasTRo PAg 5

EsPoRTEs PAg 6

DRa. lIVIa GENNaRI PAg 7

saÚDE PAg 7

Na Telona: Gravidade PAg 5

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Rio DE JANEiRo

CIDADES

Acolhimento e sigilo garantidos para as mulheres vítimas de violência

Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que entre 2009 e 2011 o Brasil registrou quase 17 mil feminicídios – mortes de mulheres por conflito de gênero, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. Esse número indica uma taxa de 5,8 casos de agressão para cada grupo de 100 mil mulheres. No estado do Rio, a taxa é ainda maior: 6,03 casos a cada 100 mil mulheres. Para acolher e atender às mulheres vítimas de violência doméstica, a Prefeitura do Rio mantém o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) Chiquinha Gonzaga, na Praça Onze. Com sigilo e anoni-

mato garantidos, são disponibilizados serviços de acolhimento, atendimento e garantia de direitos às vítimas. Por mês, cerca de 100 mulheres procuram o Ceam, onde recebem atendimento social e psicológico, orientação jurídica e, em caso de ameaça e risco de vida, são encaminhadas para o abrigo Casa Viva Mulher Cora Coralina, cujo endereço é mantido em segredo para proteção das vítimas e de seus filhos. “O trabalho que fazemos aqui é de orientação e suporte, direcionado para a reflexão do processo de violência e da superação e resgate da autonomia e do projeto de vida da vítima. Com postura multidis-

ciplinar e interdisciplinar os casos são discutidos em conjunto”, explica Bianca Cappeli, coordenadora do Ceam Chiquinha Gonzaga. Durante seis dos sete anos que viveu com seu excompanheiro, a cabeleireira A.L, 34 anos, foi violentada verbalmente e fisicamente por ele. Depois de perder a guarda de dois dos seus três filhos, ela resolveu dar um basta na situação e saiu de casa com a filha, fruto de seu relacionamento com o agressor. Foi no Ceam e na Casa Viva Mulher que ela encontrou o suporte necessário para superar a violência sofrida e se reerguer: “É difícil sair de casa, largar seus bens materiais, sem saber para onde ir. Comecei tudo do zero. Com

PENSANDo Igor Quirino | Publicitário Você e os outros: onde está você e onde estão os outros?

Olhe o nome desta coluna. Olhou? Pensando... Isso, foi pensando e analisando outras pessoas que me perguntava sempre, quem é ela? O que faz? Ela faz algo relevante para a sociedade? Temos duas linhas que iniciam essa discussão, a primeira é você. Você, ou no meu caso, eu, ok, nós, sempre nos achamos importantes, não importa se fazemos algo relevante que mereça isso ou não. Justo, amor próprio. E ao mesmo tempo utopia, para alguns. Segunda, os outros, que numa cidade grande como São Paulo, por

exemplo, a mais rica do nosso país, é normal esbarrarmos com qualquer mero ser humano vestindo uma camisa e calça jeans e, num pré-julgamento, achar que essa pessoa não é ninguém. Mas só achar. E não estou falando em supor ser uma daquelas pessoas que aparecem naquelas telas digitais, não. Claro, para você, ou melhor, eu, só existe um eu: o eu mesmo. Sendo assim podemos chamar essas duas linhas de comparação. Outras duas linhas que complementam nosso pensamento são a profissional e a pessoal. Qualitativamente, você já pensou o quão suas ações

ecoam para o discernimento de outras pessoas? Qual a consequência das suas ações para as outras pessoas e/ou para o mundo? São positivas ou negativas? Podemos dizer, sim, que uma pessoa é mais importante que a outra neste sentido. “Parte do rebanho”, diria Nietzche. Agora, o que não podemos descartar é que cada pessoa tem a sua parcela para o que o mundo é hoje e, se não fosse cada uma, não existiria o equilíbrio e a oportunidade para uma pessoa ser o que a outra não é.

meu trabalho de manicure consegui refazer a minha vida. Fiquei quatro meses no abrigo com meus filhos. Hoje só tenho que agradecer pelo atendimento que tive lá e no Ceam. Muitas mulheres não denunciam porque não sabem que existe um lugar seguro e tranquilo. Sei que é difícil denunciar, mas não é impossível”. Com capacidade para 40 mulheres, a Casa Viva Mulher Cora Coralina acolhe as vítimas de agressão e seus filhos, que recebem acompanhamento psicológico e médico. As crianças também são matriculadas em escolas públicas. Mesmo depois de deixar o acolhimento, as mulheres recebem atendimento psicológico no Ceam por cerca de um ano. Desempregada, J.O, 28 anos e mãe de quatro filhos, foi violentada e ameaçada de morte pelo ex-marido. O medo que pairava na casa da família foi o que levou a vítima a sair de casa com os filhos e denunciar o agressor. “Sofri todos os tipos de agressão: física, psicológica, ameaça de morte e xingamentos. Foi difícil sair e deixar a minha casa, mas os meus filhos estavam sendo afetados. Eles ficavam muito nervosos e com medo só de ouvir a voz do pai. Isso foi o que me encorajou a sair de casa. Fiquei três meses no abrigo e hoje me sinto ótima, estou me recuperando aos poucos dos sofrimentos. Voltei a estudar e sonho em conseguir um bom trabalho para dar um lar aos meus filhos”, conta. No ano passado, 64% das mulheres atendidas no Ceam tinham entre 30 e 49 anos, 87% tinham filhos, 81% tinham algum tipo de renda, 61% foram vítimas de seus companheiros, 58% eram moradoras da Zona Norte da cidade, 45% foram encaminhadas pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar e 35% sofreram violência física e psicológica.

O Ceam Chiquinha Gonzaga funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na Rua Benedito Hipólito, 125, na Praça Onze. Caso a mulher necessite de atendimento de emergência, fora do horário de atendimento, ela pode recorrer à Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência Doméstica (Cejuvida) do Tribunal de Justiça do Rio, na Rua Dom Manuel, s/nº, na Praça XV, aberto de segunda a sexta, das 18h às 11h do dia seguinte, e sábados, domingos e feriados, durante 24 horas. Pesquisa IPEA As mulheres jovens foram as principais vítimas de mortes violentas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Mais da metade dos óbitos (54%) foi de mulheres entre 20 e 39 anos. Quanto à forma de crime, 50% dos feminicídios tiveram o uso de armas de fogo, 34% de instrumento perfurante ou cortante, 6% enforcamento ou sufocação, e 3% por maus tratos. Ainda conforme o estu-

do, 29% dos feminicídios ocorreram no domicílio, 31% em via pública e 25% em hospital ou outro estabelecimento de saúde. Do total de mortes, 36% ocorreram nos finais de semana, sendo 19% aos domingos. Além dos números e taxas de feminicídios no Brasil, o Ipea realizou uma avaliação do impacto da Lei Maria da Penha. Constatou-se que não houve influência capaz de reduzir o número de mortes, pois as taxas permaneceram estáveis antes e depois da vigência da nova lei. A Lei Maria da Penha entrou em vigor no dia 22/09/2006 e possibilita que agressores de mulheres no âmbito familiar ou doméstico sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Os agressores não podem mais ser punidos com penas alternativas. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos. A lei prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida.

DIÁLOGO Metropolitano PUBliCADo PElA AlPHA PRiME EDiToRA E JoRNAliSMo lTDA. alPHa PRImE: 60 aNos DE JoRNalIsmo DiREToRA mônika santos Ferreira EDiToR CHEFE Jônatas mesquita | mTb 63370 jonatas@dialogometropolitano.com.br REDAÇÃo Jonas Gonçalves Raul Ramos contato@dialogometropolitano.com.br

ColUNiSTAS Danielle Denny, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, Igor Quirino, lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro. PROJETO GRÁFICO E EDITORIAL News Prime Comunicação & Web www.newsprime.com.br contato@newsprime.com.br

REViSÃo Bianca montagnana

REDAÇÃO avenida das américas, 3.500 Bloco 05 | sala 313 | Rio de Janeiro | RJ

DiAgRAMAÇÃo Roberta Furukawa Bartholomeu

IMPRESSÃO Gráfica lance

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião do jornal


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ECONOMIA

Construção de usinas térmicas é estratégia energética a longo prazo A construção de mais usinas térmicas no Brasil, englobando unidades nucleares e a carvão, é uma estratégia de longo prazo do governo federal, disse na segunda (7) o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura. Ele participou do seminário Desafios da Energia no Brasil, promovido pelo Grupo de Economia da Energia (GEE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. “O sistema hidrotérmico brasileiro vai evoluir no sentido de nós completarmos o aproveitamento das usinas hidrelétricas”, disse. Ventura estimou que isso ocorrerá entre 2025 e 2030, “mais ou menos”. Haverá, segundo o secretário, um intervalo de mais 15 anos, em que a hidrelétrica funcionará como fonte principal do sistema elétrico nacional, embora simultaneamente acompanhada por outras fontes alternativas. Até 2030, quando for concluído o aproveitamento do potencial do recurso hidrelétrico, do ponto de vista ambiental, Ventura frisou que será necessário expandir o sistema com outras fontes de geração. Ele disse que todas as demais fontes renováveis têm um

papel importante e complementar a cumprir. “Não é possível atender a um país que cresce 4 mil megawatts [MW] ou 5 mil MW por ano, e isso crescente ao longo do tempo, em função do nosso nível de consumo de energia elétrica, somente com essas fontes. É necessário ter outra fonte que a gente chama que vai ser o carrochefe da expansão e vai se responsabilizar por 40%, 50%, 60% do incremento do mercado”. Essas serão fontes térmicas, indicou o secretário. Entre as fontes térmicas existentes hoje, ele destacou a fonte nuclear, a fonte a carvão e a gás natural. “Como o sistema hidrotérmico do Brasil precisa de usinas de base, que operam de janeiro a dezembro, as térmicas adequadas a esse sistema não são as térmicas que têm combustível de custo elevado, derivadas do petróleo. São as térmicas que têm um custo do combustível baixo e que operam permanentemente durante os 12 meses do ano”. Nesse sentido, Ventura salientou entre as menor custo de combustível a nuclear, seguida do carvão mineral e do gás natural, “dependendo de ter oferta de gás a um preço que permita que seja competitiva a geração [de energia]”.

O secretário disse que no planejamento de longo prazo, até 2030, está prevista a construção de mais quatro usinas nucleares no país. Esse programa, conforme destacou, se encontra em fase de estudo, “não de decisão”, em complemento à Usina Angra 3, atualmente em construção na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município fluminense de Angra dos Reis. “Essa visão de longo prazo está sendo revista neste momento, estendendo o horizonte de 2030 para 2050, onde a opção nuclear será reavaliada”. Ele de-

UFRJ produzirá energia solar para carros elétricos e hospital pediátrico A energia solar vai abastecer parte da demanda do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Ilha do Fundão, zona norte do Rio. A instalação de painéis solares na área dos estacionamentos e na cobertura do hospital pediátrico poderá gerar até 200 quilowatts de energia, que será aproveitada nas instalações universitárias e também injetada na rede da companhia distribuidora Light. A montagem dos painéis começa nos próximos meses e a expectativa é que a produção de energia começará no início de 2014. Uma das aplicações será destinada a abastecer frota de carrinhos elétricos utilizada para transporte dentro do campus. Na cobertura do hospital pediátrico, também haverá painéis com a finalidade de gerar energia e de aquecer a água utilizada dentro da unidade. O recurso virá do Fundo Verde, criado pela UFRJ a partir da renúncia fiscal do governo estadual, que deixará de cobrar ICMS da conta de luz da universidade, um total de R$ 7 milhões por ano, segundo explicou o secretário estadual do Ambiente,

Carlos Minc. No total, a universidade gasta R$ 25 milhões em luz por ano. “O Rio criou um fundo sustentável verde para a UFRJ. Nós abrimos mão de R$ 7 milhões por ano do ICMS cobrado em cima da energia. Criou-se um conselho e projetos são aprovados. A UFRJ vai se converter em uma pequena geradora de energia”, disse Minc. O secretário, que foi ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que o uso da energia solar terá a mesma aceleração na matriz nacional que registrou a energia eólica. “Em breve, vai acontecer com a energia solar o que já aconteceu com a eólica: um grande salto rumo à energia limpa e renovável. Como temos a energia hidrelétrica barata, as pessoas achavam que a eólica nunca ia se popularizar sem subsídio. Hoje a eólica é competitiva sem subsídio, porque o governo retirou os impostos, garantiu leilão todo ano, simplificou o licenciamento e criou vários estímulos. Na energia solar, vai acontecer a mesma coisa”, declarou. Minc

explicou que em alguns casos o uso da energia solar já é financeiramente viável, como em locais afastados, com poucos moradores, onde se torna muito caro a instalação de postes e fios conectados à rede principal ou de geradores a combustível fóssil. A coordenação do projeto é do engenheiro eletrônico Edson Watanabe, vice-diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe). “O objetivo básico [dos painéis nos estacionamentos] é fazer sombra, gerar energia elétrica na rede. Também é uma boa oportunidade de dar visibilidade para aumentar o conhecimento sobre a energia solar e mudar a forma como as pessoas encaram esse tipo de energia”, disse Watanabe. O engenheiro relatou que os painéis solares precisarão ser importados, provavelmente da China. Outro equipamento vital para o projeto é o conversor, que vai conectar a energia de corrente contínua na rede, com participação de empresas nacionais na produção. (Vladimir Platonow / Agência Brasil)

fendeu a continuidade do programa nuclear brasileiro. As quatro usinas nucleares previstas no planejamento “continuam válidas”. O aspecto da comercialização da energia está sendo considerado na análise das usinas nucleares. Ventura disse que a escolha permanece pela construção das novas unidades nas regiões Nordeste e Sudeste pelo fato de as duas regiões não apresentarem outros recursos energéticos suficientes para expandir a sua oferta de geração. “O país está se preparando para ter os elementos que

permitam caracterizar a viabilidade técnica, econômica e ambiental de novas nucleares”. Embora a Constituição brasileira não permita a participação do capital privado nos leilões de usinas nucleares, Altino Ventura manifestou que existe a necessidade de abertura no setor. “Não entendemos que o programa nuclear seria puramente estatal. Com a experiência que nós estamos tendo nas sociedades de propósito específico [SPEs] no parque de geração e transmissão, muito bem sucedida, é desejável

que essa experiência seja estendida para a nuclear no que diz respeito à parte convencional da usina”. Ventura observou que a evolução da tecnologia de captura de carbono será essencial para a utilização de carvão mineral como combustível para as usinas térmicas, tendo em vista as implicações ambientais e as mudanças climáticas. A análise dos custos desse processo também poderá determinar uma geração competitiva e um papel relevante do carvão mineral. (Alana Gandra / Agência Brasil)

TURISMO EM AÇÃO Hamilton Vasconcellos | Advogado Novos hostels poderão ser construídos em edificações tombadas e ociosas Para facilitar a utilização de edificações preservadas, tombadas ou ociosas para o uso residencial conjugado à hospedagem, o vereador carioca Marcelo Queiroz (foto) apresentou à Câmara projeto de lei complementar que amplia as áreas permitidas para instalação de albergues/hostels de até 15 quartos na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o projeto, nas zonas residenciais destinadas às habitações unifamiliares (ZR-1) só será permitida a instalação de imóveis para albergues/hostels localizados em áreas limítrofes com outros zoneamentos. No caso de imóveis afastados das áreas limítrofes de ZR-1, a concessão do alvará poderá, a critério do órgão de tutela, ficar condicionada à apresentação do Relatório de Impacto de Vizinhança. Na justificativa do projeto, o vereador explica que a lei irá, adicionalmente, facilitar a legalização dos hostels de pe-

queno porte na Cidade do Rio de Janeiro. Ainda segundo o vereador, o Plano Diretor da cidade define como objetivos relativos ao zoneamento de algumas regiões promover a diversificação do uso e ocupação na Área Central por meio do incentivo ao uso residencial misto com residência e de hospedagem e estimular a reconversão de imóveis tombados e preservados, para uso comercial e de serviços complementares, atividades de hospedagem, apoio ao turismo, à cultura, à arte e ao lazer. São essas ações que a lei pretende estimular. Para estabelecer a referência territorial básica e orientar o controle das densidades, da intensidade e da expansão da ocupação urbana e indicar as priorida-

des na distribuição dos investimentos públicos e privados, entre outros, o município foi subdivido em Macrozonas de Ocupação. Essas macrozonas foram definidas a partir da avaliação de fatores espaciais, culturais, econômicos, sociais, ambientais e de infraestrutura urbana em função das grandes áreas diferenciadas da cidade. Ao tratar ainda das macrozonas de ocupação condicionada, o Plano Diretor alerta para a necessidade de promover a melhoria do ambiente urbano mediante incentivo à atividade hoteleira com instalação de tipos diversificados de hospedagem. Os hostels, além de serem uma tendência mundial em oferta de acomodações com baixo custo focado nos jovens, não acarretam grande impacto na vizinhança, por promoverem fluxo pequeno de pessoas, e contribuem para a geração de empregos e renda para pequenos e médios empreendedores.


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BRASIL E MUNDO

Governo lança iniciativas que visam bem-estar dos idosos Raul Ramos por mais 30 minutos para fazerem alongamento. Para fazer a inscrição e participar das aulas, o idoso deve procurar o professor de educação física da academia de seu município, dentro do horário das atividades. O interessado será orientado sobre quais exames precisa fazer para poder ser liberado pelo médico e participar dos exercícios. Viaja Mais Melhor Idade – Rio de Janeiro A Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro – também Está mais que ultrapassada a ideia que diz que o idoso, após anos e anos de trabalho, teoricamente na metade final da vida e com os filhos já criados, deve se aquietar e ficar descansando dentro de casa, dormindo e assistindo à TV o dia todo. Isso não cabe mais nos dias de hoje. Descansar é preciso e merecido, mas se movimentar é tão importante quanto. Fazer atividades físicas para alongar, fortalecer e desenvolver a musculatura – além de trabalhar a capacidade aeróbica do idoso – é uma prática saudável e que pode melhorar muito a qualidade de vida nessa nova fase. É justamente pensando nos cuidados com a saúde do idoso que o governo do Rio de Janeiro vem investindo em projetos para

a melhor idade. Além da Academia Carioca da Saúde, que atende às pessoas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão, o governo lançou um novo programa intitulado Terceira Idade Saudável. O lançamento oficial do programa foi feito no dia 26 de setembro, com a inauguração de academias nos municípios de Saquarema e Búzios. Idealizado pela Secretaria do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, o programa tem por objetivo instalar 45 academias, que irão contar com equipamentos de ginástica destinados a alongar, fortalecer e desenvolver a musculatura, além de trabalhar com a capacidade aeróbica do idoso. Os participantes do Programa Terceira Idade Saudável terão acompa-

preocupada com a terceira idade – lançou no Dia do Turismo, 27 de setembro, o programa “Viaja Mais Melhor Idade – Rio de Janeiro”. A iniciativa visa garantir às pessoas com mais de 60 anos do estado descontos de 20% na rede hoteleira e em atrações turísticas nos períodos de baixa temporada. De acordo com Rafael Zibelli Neto, coordenador geral do Sindicato Nacional dos Aposentados – Estado do Rio de Janeiro – a iniciativa é positiva e vai possibilitar que a viagem seja realizada também durante

a semana. “Este programa vai ser muito interessante porque vai possibilitar que nossos associados viajem mais. Nossos aposentados não fazem questão de viajar no final de semana, podem viajar durante a semana. Vamos divulgar a iniciativa para os nossos 20 mil associados”, disse em entrevista durante o lançamento do programa. A partir da próxima terçafeira, 15 de outubro, os interessados terão à disposição pela internet a lista de hotéis e atrativos turísticos que integram o programa.

nhamento em todas as atividades por profissionais da área. São várias equipes que serão formadas por um professor de educação física, um fisioterapeuta, um técnico de enfermagem, um nutricionista e um apoio. Cerca de 18 mil idosos em todo o estado serão beneficiados pelo programa, que também conta com a oferta de mais 30 equipes multiprofissionais para atuar nas instalações de outros projetos que não oferecem orientação aos idosos. As aulas nas unidades ocorrerão de segunda a sexta-feira, em dois turnos, das 7h às 10h e das 16h às 19h. Serão duas turmas por hora, com 20 alunos cada, totalizando 12 grupos por dia. Após 30 minutos de atividades, os participantes irão receber atenção dos profissionais de fisioterapia

ECONOMIA VERDE

NOSSA CULTURA

Danielle Denny | Advogada Lixo hospitalar: mais próximo que se imagina

Renata Palmier | Relações Públicas MNBA estará pronto em 2015 A partir de 2015, os visitantes do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) deverão encontrar o prédio da Avenida Rio Branco, no centro do Rio, completamente reformado e com a incorporação de novos ambientes, que agregarão a marca da contemporaneidade à instituição. No mês em que o edifício projetado para ser a então Escola Nacional

Lixo hospitalar, ou seja, os resíduos sólidos de serviços de saúde, são todos os produtos resultantes de atividades médico-assistenciais e de pesquisa na área de saúde voltadas às populações humana e animal, compostos por materiais biológicos, químicos e perfurocortantes, contaminados por agentes patogênicos. Representam risco potencial à saúde e ao meio ambiente, conforme definido em resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Esse conceito abrangente inclui os produtos farmacêuticos corriqueiros

usados em casa, além de embalagens, sobras, material de manuseio, seringas, coisas que também precisam ser descartadas com cautela. O consumidor é o dono desses resíduos e, portanto, o responsável por descartá-los corretamente. Mas a dúvida é como fazer isso. O que deve ser feito com remédios que sobraram ou que estão vencidos, por exemplo? Se forem jogados junto com o lixo convencional podem contaminar, com substâncias tóxicas, os aterros sanitários. Se, por outro lado, forem descartados no vaso sanitário podem poluir os cursos d´água. O recomendado, portanto, é

levar a um lugar em que seja obrigatória a coleta seletiva desses resíduos, ou seja, a qualquer hospital, farmácia, clínica médica, odontológica ou veterinária, centro de saúde, laboratório, ambulatório, centro de zoonoses, pronto-socorro ou casa de saúde. Nesses estabelecimentos o material será recolhido de forma especial, garantindo, assim, a desconstituição deste, anulando as características físicas, químicas e biológicas contaminantes e permitindo que o material seja disposto em aterros sanitários de maneira segura ou incinerado.

de Belas Artes completa 105 anos de construção, o MNBA comemora o recebimento de uma verba de R$ 20 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para as cidades históricas. Os recursos permitirão ao museu concluir as obras de restauração que iniciaram em 2004. O valor histórico do prédio, projetado pelo arquiteto Adolfo Morales de Los Rios, foi o que possibilitou

a inclusão do MNBA no PAC 2. Localizado na Cinelândia, o edifício integra, juntamente com duas importantes instituições culturais - o Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional -, um conjunto arquitetônico construído no início do século 20, por ocasião da reforma urbana executada na gestão do prefeito da então capital federal, Pereira Passos.


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CULTURA

Festival “Filme Encontra Música” reúne artistas brasileiros e alemães Raul Ramos A terceira edição brasileira do Filme Encontra Música – FEM será realizada entre 18 e 20 de outubro, na Miranda, no Rio de Janeiro. O festival celebra o Ano Alemanha + Brasil (de maio de 2013 a maio de 2014) com atrações que incluem três filmes sobre diferentes estilos musicais alemães, dois concertos com músicos de ambos os países, um espetáculo de comedy: solo em conjunto e uma exposição de arte. A curadoria do festival é de Andréa Salles Ackermann, gerente de assuntos culturais da marca Rimowa, que patrocina o evento. “O objetivo do FEM, que já é realizado há cinco anos em Colônia, na Alemanha (este ano foi em 27 a 29 de setembro), é promover o intercâmbio musical e cinematográfico entre Brasil e Alemanha”, diz Andréa, que expandiu este ano o evento para as artes cênicas e visuais. A abertura será com a exposição Cabeças, do artista alemão Stephan Kaluza, que vem ao Brasil pela primeira vez, com obras fotorrealistas inéditas que representam ícones da cultura brasileira, como Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar, Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Oscar Niemeyer e Jorge Amado. São pinturas (óleo sobre tela), emolduradas por trás de um acrílico semitranspa-

Luiz Melodia

rente, de reconhecimento difuso. O artista joga com a percepção do espectador. De perto, as imagens são desfocadas e indecifráveis, mas assim que damos um passo atrás, a nitidez dos rostos aumenta. Criada especialmente para o FEM, a série brasileira ficará exposta nos três dias do evento e depois passa a integrar a coleção.

Desde 1995, Kaluza expõe esse trabalho em museus como o Museum of the Seam, em Jerusalém; State Museum of Contemporary Art, em Seul; Zendai Museum of Modern Art, em Xangai; além dos alemães Kunsthalle Düsseldorf; Osnabrück e Kunstverein Bethanien. No dia 18 (sexta-feira), o festival apresenta o cantor

carioca Mu Chebabi – que compôs sucessos como “Vou Sair por Aí”, em parceria com Lenine, e “A Morena” – e convidados no show “Brasil e Alemanha: Uma Coisa é uma Coisa e Outra Coisa é Outra Coisa”. Apostando na rica mistura de raízes culturais que é sua marca registrada, ele vai levar ao palco do Miranda um repertório bem-hu-

morado no ritmo de sambafunk, com eletro-acordeões e guitarras acústicas. No sábado, 19, o cantor alemão Max Mutzke, que se tornou mundialmente conhecido em 2004 com o hit Can’t Wait Until Tonight (uma mistura de soul music, jazz e pop que ficou em primeiro lugar nas paradas da Alemanha e oitavo na Europa), divide o palco com Luiz

Melodia. O show vai misturar o suingue do cantor carioca com o funk, jazz e soul de Max Mutzke, que canta em alemão e inglês. Premiado na Europa, tem hoje músicas entre os Top 10 nas rádios alemãs, austríacas e suíças. Seu novo projeto conta com uma releitura de diferentes clássicos do jazz, usando como base o Funk e o Soul. No dia 20, domingo, a atriz e diretora de teatro carioca Myriam Chebabi, radicada há 20 anos na Alemanha, apresenta esquetes de humor. É fundadora do projeto Immisitzung de Colônia, show de sketchs de grande sucesso, e atualmente leciona na Comedia Schauspielschule (renomada escola teatral de Colônia). Três longas-metragens que funcionam como uma linha condutora de diferentes estilos musicais alemães foram selecionados para esta edição, que apresenta um filme por dia. Sound of Heimat é um road movie sobre a música folclórica/kitsch, que conduz o espectador a diversas regiões da Alemanha e suas cenas musicais. Já Disco Love Machine conta a trajetória de hits da década de 70, que foram lançados na Alemanha e ouvidos mundialmente. Por fim, Status Yo mostra a cena hip hop de Berlim por meio de três histórias entrelaçadas.

THELL VÊ TV

NA TELONA

Thell de Castro | Jornalista “Super Fun Night” estreia segunda na Warner

Hamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema Gravidade

O Warner Channel promete ser particularmente generoso com os fãs de séries cômicas em outubro. Isso porque “Super Fun Night” estreia no canal com a presença da popular atriz australiana Rebel Wilson, a mesma de “A Escolha Perfeita” e “Missão Madrinha de Casamento”. A série que estreia dia 14 de outubro, às 20h, com duas semanas de diferença dos Estados Unidos, foca no universo nerd, assim como em The Big Bang Theory, mas agora em versão feminina. Coproduzida por Conan O’Brien, a série é uma criação da própria protagonista. Ela vive o papel de Kimmie, uma advogada recém-formada que tem por hábito curtir as noites de sexta-feira dentro de casa, sempre ao lado das amigas inseparáveis Helen-Alice e Marika (Liza Lapira e Lauren Ash). Mas quando seu colega de trabalho Richard Lovell (Kevin Bishop) a convida para sair, Kimmie encoraja as amigas e resolve se

aventurar pela noite. Só que sem a menor afinidade com o universo das baladas, a mudança de hábito produz as situações mais hilárias e inusitadas. Veríssimo no GNT Crônicas sobre relacionamentos amorosos escritas por Luís Fernando Veríssimo, repletas de bom humor e adaptadas pela primeira vez para a televisão. Assim é “Amor Veríssimo”, série do GNT que começa a ser filmada em outubro no Rio de Janeiro. A série, uma produção da Conspiração e dirigida por Arthur Fontes, tem previsão

de estreia na programação de verão de 2014 no canal. Serão 13 episódios contando histórias de amor em diferentes idades e situações. O elenco principal será formado por Fernanda Paes Leme, Gabriela Duarte, Leticia Colin, Marcelo Faria, Paulo Tiefenthaler e Pedro Monteiro. Os atores formam uma “trupe” e se alternam em personagens diferentes a cada episódio. A série também contará com depoimentos de casais baseados em histórias reais, sempre de acordo com o assunto tratado no episódio.

O diretor Alfonso Cuarón disse numa entrevista recente que, quando garoto, sonhava ser tanto diretor de cinema quanto astronauta. Uma curiosa ironia, porque ele não apenas concretizou seu primeiro desejo, ser cineasta, mas faz com esse “Gravidade” a viagem espacial mais impactante que qualquer astronauta de verdade jamais sonharia. O filme é uma verdadeira experiência de imersão, sobretudo se você assistir num cinema em 3D. Tome um dramin

antes de sair de casa, porque o sufoco de ver Sandra Bullock sendo arremessada como um ioiô para todos os lados é enervante. E a noção de desamparo vai ficando cada vez maior. Claro, o filme não é apenas sobre a luta da sobrevivência de Sandra Bullock e de um segundo astronauta, vivido por George Clooney, depois que destroços de um foguete os atingem. É sobre a relação do homem com o universo. Sobre como a magnitude nos torna presas fáceis de algo que não entendemos. Em nenhum filme antes vi-

mos personagens em situação de descontrole completo como aqui (eles ficam suspensos por praticamente toda a ação), como marionetes manipuladas por algo maior. Alguns vão encontrar um sentido filosófico nesta jornada, outros, religioso, e outros vão ver o filme apenas como um exercício de suspense. O melhor de Gravidade reside nisso, parece simples, mas Cuarón criou um filme extremamente inteligente, uma experiência aberta a subtextos.


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RIO DE JANEIRO

ESPORTES

Clubes e jogadores se unem para campeonato enxuto e competitivo Raul Ramos

Na última segunda-feira (7), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro se reuniu com o conselho arbitral e representantes dos clubes participantes do Campeonato Carioca para definir o novo regulamento da competição. Durante o encontro, ficou definido por unanimidade que o antigo sistema de dois grupos se enfrentando em dois turnos está extinto, acabando com as chamadas Taça Guanabara e Taça Rio. O novo formato é bem parecido com o que já acontece em campeonatos como o Paulistão: todos os times se enfrentam em turno único, com os quatro melhores se classificando

para as semifinais do torneio e os vencedores decidindo o título de campeão carioca. Os dois últimos colocados serão rebaixados. A bola começa a rolar no dia 19 de janeiro e termina no dia 13 de abril. O novo sistema permitiu uma redução de rodadas, o que foi pedido pelos jogadores devido ao excesso de jogos no calendário nacional. Agora serão jogadas 19 rodadas, contra as 21 de 2013. De olho no planejamento, o presidente da FERJ, Rubens Lopes, já pensa em mais mudanças para 2016. A ideia é que daqui a 2 anos o Carioca comece

no primeiro fim de semana de fevereiro e que as partidas aconteçam apenas aos finais de semana. Taça Rio e Taça Guanabara Os saudosistas não precisam se queixar do charme que as taças Rio e Guanabara davam ao campeonato. As duas continuarão existindo, apenas a forma de conquista foi alterada. Ficou definido que a equipe com maior pontuação na primeira fase ficará com a Taça Guanabara, enquanto o melhor colocado entre os chamados times pequenos levará para casa a Taça Rio.

Mudanças Apesar da FERJ alegar que foi uma coincidência, a alteração no calendário surgiu após um movimento capitaneado por importantes jogadores do futebol brasileiro. O grupo, chamado Bom Senso Futebol Clube, cobra uma melhor organização dos campeonatos nacionais em relação à maratona de jogos e ao pouco tempo de preparação dos clubes. A reinvindicação tomou corpo após o calendário para 2014 ter sido divulgado. Com os estaduais marcados para começar em 12 de janeiro, os clubes teriam suas pré-tem-

poradas prejudicadas. Os times que disputam o Brasileirão, por exemplo, teriam menos de um mês completo de férias, pois o campeonato termina dia 8 de dezembro. Mesmo os times que estão na Série B, como o Palmeiras, não conseguiriam o tempo considerado ideal para se prepararem para seus estaduais, já que a competição nacional será encerrada em 30 de novembro deste ano. 75 jogadores se reuniram e iniciaram uma reunião que pretende discutir todos esses aspectos. Figuras carimbadas, como Rogério Ceni, Alex, Alexandre Pato, Barcos,

Dedé, Dida, Juninho Pernambucano, Zé Roberto, Valdivia, entre outros, reivindicaram uma reunião com a CBF na tentativa de alterar um calendário que prevê cinco dias de prétemporada em 2014, se for cumprida a lei trabalhista que determina 30 dias de férias. No final de setembro, o grupo se reuniu oficialmente e o goleiro Rogério Ceni explicou para os jornalistas os objetivos propostos pelos atletas. “Acreditamos que seria bom para todo mundo. Não queremos extrair algo para os atletas, mas sim melhorar o nível do futebol brasileiro para o torcedor, os patrocinadores, a televisão, jornalistas, e também para os atletas, principalmente no que diz respeito ao condicionamento físico e à recuperação. Queremos uma exposição até maior, só que de mais qualidade”, afimou Ceni. A intenção do grupo, ainda de acordo com o próprio Rogério Ceni, é estender isso para todo o futebol brasileiro, e não apenas para a Série A do Campeonato Brasileiro. “O grupo entendeu os pedidos de todos e vai tentar desenvolver um projeto não apenas para a primeira divisão, mas que, a longo prazo, represente uma melhoria em todos os sentidos.”, concluiu o goleiro.

Aldo diz que estádios para a Copa estão 90% prontos e serão entregues Os seis estádios que ainda não foram entregues para a Copa de 2014 estão com 90% das obras concluídas, em média, e ficarão prontos até dezembro deste ano, incluindo a Arena da Baixada, em Curitiba, cujas obras foram paralisadas dia 1º de outubro, por irregularidades relacionadas à segurança do trabalho. A avaliação é do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que no dia 03 de outubro vistoriou as obras do Parque Olímpico de Deodoro, na zona oeste do Rio, e lançou a nova fase do projeto PentaJovem, dirigido a atletas de pentatlo. “Não creio que a interrupção das obras tenha capacidade de atrasar o calendário de entrega do estádio do Atlético Paranaense [Arena da Baixada]. Talvez faça merecer medidas emergenciais, dependendo do tempo de interrupção da obra. A informação que eu recebi, do presidente do Atlético Paranaense, é que todas as medidas foram adotadas

para corrigir o que há de irregular, para que as obras sejam rapidamente retomadas”, disse Aldo. O ministro também falou sobre o atraso na entrega das 44 mil cadeiras para a

Ministro Aldo Rebelo

Arena Pantanal, em Cuiabá, por causa da necessidade de uma nova licitação, a pedido do Ministério Público (MP), que apontou valor excessivo no primeiro pregão. “Houve também o cancelamento de

compra de cadeiras em Mato Grosso, mas tenho informações de que foram adotadas medidas para que isso não prejudique o cumprimento do cronograma de entrega dos seis estádios restantes,

que têm prazo até o fim de dezembro”, disse Aldo. Ele acrescentou que a evolução das obras é acompanhada semana a semana, mês a mês. “Os estádios estão 90%, em média, com

as obras concluídas. Isto nos dá a segurança de que teremos os estádios entregues em dezembro. Salvo, naturalmente, algum imprevisto”, ressaltou. Quanto às Olimpíadas de 2016, o ministro destacou as obras no Parque Olímpico de Deodoro estão dentro do cronograma. No local serão disputadas provas de seis modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Em um terreno contíguo, ficará o Parque Radical, para disputad de provas de canoagem slalom, ciclismo BMX e ciclismo mountain bike. Segundo Aldo Rebelo, já foram vencidas importantes etapas burocráticas de licenciamento legal e ambiental. “Tudo isso já foi feito ou está em estágio de conclusão. Temos convicção de que as obras para as Olimpíadas, tanto a infra-estrutura quanto a Vila Olímpica e as obras de mobilidade urbana, serão entregues dentro do prazo”, afirmou. (Vladimir Platonow / Agência Brasil)


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RIO DE JANEIRO

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SAÚDE

Cai em 40% número de pacientes na fila de espera por transplantes JÔNATAS MESQUITA O número de pacientes à espera de um transplante de órgãos e tecidos caiu 40% em cinco anos. Em 2008, 64.774 pessoas estavam na fila de espera, em 2013, são 38.759. O balanço foi apresentado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministério, pacientes não têm enfrentado fila de espera por transplantes de córnea em quatro estados e no Distrito Federal. Com isso, o número

de transplantes de órgãos e tecidos feitos no país caiu 6% no primeiro semestre de 2013 quando comparado com o mesmo período de 2012. Foram 12.342, em 2012, e 11.569, em 2013. O transplante de córnea responde por quase 60% do total de transplantes no sistema público. “A queda de 6% no primeiro semestre foi porque aceleramos o número de transplantes e, com isso, ze-

ramos a fila em estados que tinham a maior participação no transplante de córnea. Precisamos continuar zerando as filas de transplante de córnea e, combinado com isso, podemos manter essa elevação de transplante de outros tipos de órgãos”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Em Pernambuco, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Distrito Federal, não há mais fila de

espera para o procedimento de córnea, de acordo com o Ministério. Em sete estados, o tempo na fila por transplante de córnea foi reduzido. Os dados mostram também queda na quantidade de pessoas aguardando por transplantes, de 64.774, em 2008, para 38.759 em 2013. Apesar da queda no resultado total, houve aumento de transplantes de alguns órgãos em relação aos primeiros semestres de 2013

e de 2012. O transplante de pulmão cresceu 113%, e o de medula óssea 13%. Os órgãos sólidos (pulmão, coração, pâncreas, rim e fígado) apresentarem alta de 3,8%, no mesmo período de comparação. Padilha destacou que a descentralização dos transplantes das regiões Sudeste e Sul do país está entre os fatores responsáveis pelos dados positivos. “Em 2010, os transplantes eram muito con-

Ministério da Saúde lançou campanha nacional para incentivar doação de órgãos no país

A VIDA É FRÁGIL. VIVA COM SAÚDE Dra. Lívia Maria Gennari | Médica CRM-SP 132267 Câncer de mama, um mal de homens e mulheres Com a chegada do mês de outubro, chega também a campanha Outubro Rosa, que objetiva a prevenção contra o câncer de mama em todo o mundo. Por tratar-se de uma doença que atinge principalmente mulheres, é nesse público que as ações estão focadas, porém, contrariando o que muitos pensam, a doença também acomete os homens, já que as glândulas mamárias estão presentes nos dois sexos, mesmo que em quantidades diferentes. Em cada 100 mulheres atingidas existe pelo menos um homem com o diagnóstico. Estudos mostram que a média de idade dos homens doentes varia de 50 a 70 anos. Entre as principais causas estão as alterações genéticas e hormonais, alimentação rica em gorduras, excesso de álcool ingerido, além do uso de anabolizantes ou de hormônios. O fator

genético também tem sua importância. Quando um homem nota um nódulo ou crescimento da mama, deve procurar um médico. Além do exame físico, será realizada mamografia e, eventualmente, ultrassonografia de mama. O câncer de mama em homens geralmente se manifesta na região próxima à aréola. O diagnóstico somente pode ser firmado através de uma biópsia. O tratamento dependerá do tamanho e grau de metástase do tumor, podendo ser feito através de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. A melhor maneira de combater a doença é a infor-

mação, orientando os homens quanto à possibilidade deles também apresentarem os sintomas. O autocuidado é culturalmente mais presente entre as mulheres, daí a importância de conhecermos o câncer de mama masculino e divulgarmos a prevenção através do autoexame. Para tratar e prevenir o câncer de mama masculino, uma árdua batalha deve ser travada contra o preconceito e a desinformação, que fazem com que o diagnóstico seja retardado e o prognóstico do paciente torne-se muitas vezes obscuro.

centrados em estados do Sul e Sudeste do país e agora começamos a caminhar para a descentralização. Estados que não faziam transplante de fígado, rim, coração, começaram a fazer”, disse. Para o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), José Osmar Medina, é preciso melhorar a estrutura em estados como Bahia, Mato Grosso e Maranhão. “O desafio principal é você aprimorar a logística do programa de transplante, corrigir as disparidades geográficas em estados como Bahia, Mato Grosso e Maranhão que tem número pequeno de transplantes. E também fazer com que todo brasileiro se manifeste em relação à doação de órgãos após a morte, se ele é favorável ou não”, disse. “O Brasil é o segundo país do mundo em transplantes, tem um sistema muito bem estruturado e justo que aloca o órgão doado ao primeiro da fila ou àquele que tem compatibilidade”, destacou. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o responsável por 95% dos transplantes feitos no país. O ministério lançou hoje campanha para estimular a doação com o lema Não Deixe a Vida se Apagar. O protagonista da campanha é uma criança de 7 anos que recebeu um transplante de coração aos 7 meses. (Yara Aquino / Agência Brasil)

Número de doadores de órgãos dobrou nos últimos dez anos, diz Ministério da Saúde No dia 27 de setembro foi celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e os dados do Ministério da Saúde mostram que aumentou a disposição dos brasileiros em doar. A negativa para doação caiu de 80%, em 2003, para 45%, em 2012. Nos últimos dez anos, o número de doadores dobrou, passando de 6,5 por milhão de pessoas para 13,5 por milhão de pessoas em 2013. A meta é chegar a 15 doadores por milhão até 2014. Os dados revelam também queda de 40% na quantidade de pessoas na fila de espera por transplantes nos últimos anos. Em 2008 havia 64.774 pessoas na fila, em 2013, são 38.759. O ministério avalia que campanhas de incentivo à população e os incentivos financeiros do governo em ampliar a rede habilitada para realizar transplantes contribuíram para o avanço. O número de doadores

ainda é baixo entre os mais jovens e os idosos, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Os doadores com menos de 18 anos de idade são 8% e os que tem acima de 65 anos são 7%. O servidor público Haroldo Rodrigues da Costa, do Distrito Federal, enfrentou o desafio de passar por um transplante de rim em 1997. Ele conta que o novo órgão o devolveu à vida. “Levava uma vida saudável, praticava esportes, e fui surpreendido com uma insuficiência renal. Meus sonhos foram substituídos por horas semanais de hemodiálise. Em 1997, recebi da minha irmã o maior presente que alguém poderia receber, mais que um rim, recebi minha vida”, relatou. Após o transplante, Haroldo Rodrigues retomou a rotina de trabalho, teve três filhos e resolveu usar o esporte para divulgar a importância de doar órgãos. Ele já conquistou medalhas na Olimpíada Internacional dos Transplan-

tados disputando no tênis e leva mensagem de incentivo à doação na camiseta. “Mostro para as pessoas que estão a espera de um novo órgão que é possível vencer”, diz. Atualmente, quatro estados (São Paulo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul) e o Distrito Federal acabaram com a fila de espera para o transplante de córnea. Esse procedimento responde por 60% dos transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No dia 25 de setembro, o Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional para incentivar a doação de órgãos. A campanha será veiculada em meios de comunicação e tem como protagonista um menino de 7 anos que recebeu transplante de coração ao 7 meses. No Brasil, 90% dos transplantes são feito pelo SUS. (Yara Aquino / Agência Brasil)


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RIO DE JANEIRO

RIO TOTAL

EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

CONSTITUIÇÃO

Os 25 anos da Constituição Federal, completados no último dia 05, não passaram em branco pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Uma sessão solene, presidida pelo deputado André Ceciliano (PT), homenageou os ex-parlamentares fluminenses que participaram da promulgação da Carta de 1988.

CONSTITUIÇÃO II

Um dos homenageados da noite, o deputado Paulo Ramos (sem partido), que dividiu a presidência da sessão com Ceciliano, lembra que o texto foi elaborado dentro processo de transição que o país enfrentava na época. “Ela também tinha como princípio estabelecer a justiça social e defender a soberania nacional”, avalia. Estiveram presentes para receber as homenagens os ex-constituintes Carlos Alberto Caó, Edmilson Valentim, Edésio Frias e Luiz Alfredo Salomão.

Cléo Pires está na capa da revista da Gol Linhas Aéreas Inteligentes de outubro. Há dez anos, ela recebia o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio. De lá para cá, foi ao ar em seis novelas, atuou em três filmes, acumulou experiência e agora volta aos cinemas como Ana Terra na nova adaptação de “O Tempo e o Vento”, dirigida por Jayme Monjardim.

CONHECIMENTO

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, visitou a Praça do Conhecimento de Padre Miguel e a Nave do Conhecimento de Madureira. Impressionado com os espaços, que oferecem cursos e inclusão digital gratuitamente, o ministro anunciou que o Governo Federal será parceiro do projeto.

CULTURA II

Dentre os projetos debatidos estão a criação de um Centro de Memória na cidade, a viabilização da documentação necessária para a instalação do Museu Ferroviário na antiga estação de Visconde de Itaboraí, a reforma do Teatro Municipal João Caetano e ações de valorização do artista local e das tradições populares, entre outros.

CONHECIMENTO II

Os espaços integram o projeto Rio Digital 15 Minutos, que prevê a implantação de 41 naves até 2016. Sete já estão em funcionamento e, juntas, já receberam mais de 700 mil visitas no período de um ano.

FOMENTO

O Governo do Estado comemorou a marca do milésimo contrato de microcrédito concedido a projetos de empreendedorismo em comunidades pacificadas. O financiamento de número 1 mil representa um volume de mais de R$ 5 milhões em operações.

FOMENTO II

A previsão é de que até dezembro o governo chegue a 2 mil cartas de microcrédito e que até 2014 sejam estabelecidos 7 mil financiamentos. O programa para áreas pacificadas é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico por meio da AgeRio (Agência Estadual de Fomento).

CULTURA

O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, e o presidente da Fundação Cultural de Itaboraí (FCI), Cláudio Rogério Dutra, receberam recentemente uma comitiva do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), liderada pelo superintendente do órgão, Ivo Barreto, para definição de projetos em conjunto e renovação da cooperação técnica relacionada à Casa Heloísa Alberto Torres (Chat), que funciona como espaço cultural e sede da FCI.

ARCO METROPOLITANO

A poucos meses de ser concluído, o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro vai proporcionar benefícios de caráter logístico para dezenas de empresas instaladas na Região Metropolitana. Estima-se que essa estrutura urbana, fundamental para desafogar o tráfego, reduza em até 20% o custo do transporte de produtos dentro do Estado, além de facilitar o acesso das cargas ao Porto de Itaguaí, na Baixada Fluminense.

ARCO METROPOLITANO II

O incentivo consolida o Arco como um grande indutor de investimentos, garantindo o interesse dessas companhias no estado e atraindo outras. Estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico dá conta de que os investimentos de empresas em municípios e distritos da Região Metropolitana somam cerca de R$ 70 bilhões.


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