Dialogometropolitano 17

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DIÁLOGO METROPOLITANO

RIO DE JANEIRO

» SÁBADO, 21 DE DEZEMBRO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 17 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

CULTURA

Especial de Roberto Carlos será exibido dia 25 pela Rede Globo A cada ano, um novo formato, uma nova história. E, assim, há quatro décadas, o especial de fim de ano de Roberto Carlos toca o público com um espetáculo cheio de emoção e músicas que marcaram gerações. Sucessos como ‘Calhambeque’, ‘Estrada de Santos’, ‘Eu Te Proponho’, entre outros, embalaram as noites dos telespectadores e estavam na lista de canções do primeiro especial do Rei na Globo, exibido em 25 de dezembro de 1974. Desde então, a atração marca o Natal das famílias brasileiras e coleciona momentos memoráveis, reunindo grandes nomes da música do país e os principais artistas da emissora. Em 2013, o especial ‘40 anos. Juntos’, com previsão de exibição no dia 25 de dezembro, celebra as Bodas de Rubi desta parceria de sucesso entre o cantor, a emissora e o público com uma noite de gala. PAG 5

Rio de Janeiro terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014 A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade oferece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-hotéis, albergues, pousadas e motéis. PAG 4

CIDADES

ESPORTES

ECONOMIA

Rio comemora 1.000 dias para Briga de torcidas em Joinville Dívida Pública Federal volta a os Jogos Paralímpicos de 2016 faz times perderem mandos ultrapassar R$ 2 trilhões

Começou no dia 12 de dezembro a contagem regressiva de 1.000 dias para a realização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para marcar a data, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz, abriu suas portas para uma cerimônia que reuniu a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz. PAG 2

A briga entre torcedores no jogo do último final de semana pelo Campeonato Brasileiro, na cidade catarinense de Joinville, levou o Atlético Paranaense à perda de 12 mandos de campo e o Vasco da Gama, de oito. A decisão foi tomada pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). PAG 6

Influenciada pelo elevado volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro. PAG 3

E MAIS...

Tendo metade de uma pessoa inteira

França espera dobrar intercâmbio comercial

Pacote Bali revigora a OMC

Universidades receberão verba para investimentos

IGOR QUIRINO PAG 2

ECONOMIA PAG 3

DANIELLE DENNY PAG 4

BRASIL E MUNDO PAG 5

Conheça a trama da novela “Em Família”

Andadores, o perigo em nome do conforto

Número de fumantes cai 20% no país em seis anos

Psicóloga dá dicas para deixar o cigarro em 2014

ESPORTES PAG 5

DRA. LIVIA GENNARI PAG 7

SAÚDE PAG 7

SAÚDE PAG 7

Após violência, governo discute padronizar segurança PAG 5

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RIO DE JANEIRO

CIDADES

Rio comemora 1.000 dias para os Jogos Paralímpicos de 2016

Começou no dia 12 de dezembro a contagem regressiva de 1.000 dias para a realização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para marcar a data, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, em Santa Cruz, abriu suas portas para uma cerimônia que reuniu a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, e a presidente da Empresa Olímpica Munici-

pal (EOM), Maria Silvia Bastos Marques. O ponto alto da solenidade ficou por conta da presença de atletas do Time Rio Paralímpico, que se emocionaram com homenagem prestada por 1.000 alunos da rede municipal de ensino, que depositaram mensagens de incentivo para os atletas, com desenhos e textos inspirados nos valores básicos da educação e do esporte, como superação, respeito e amizade. Estas mensagens serão lidas, uma por dia, até o dia da abertura dos Jogos, em 7/9/16. Com 12 dias de duração

(seu encerramento está marcado para 18/9), os Jogos Paralímpicos Rio 2016 serão marcados como a maior edição da história, uma vez que reunirão 4.350 atletas de 164 países, além de 25 mil voluntários e 7.200 profissionais de mídia credenciada. Ao dar início à cerimônia, Georgette Vidor incentivou os jovens a buscar o melhor de cada um e a começar, desde já, a preparação para o evento esportivo: - Mil dias parecem muita coisa, mas passa muito rápido. Se os atletas querem obter bons resultados nos

Jogos Paralímpicos é preciso começar a preparação agora. Trata-se de um momento de foco e empenho. Em seguida, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, falou sobre a importância do evento e parabenizou a Prefeitura do Rio pelo trabalho realizado em Santa Cruz. Segundo ele, os jogos darão um novo impulso para a cidade no que diz respeito à mudança de atitude da população: - Tenho absoluta certeza de que este evento vai transformar a mentalidade de todos que vivem aqui,

uma vez que acordarão para o fato de que, se estes atletas podem fazer, todos podem. Além disso, estou impressionado com o que vi hoje no Centro de Referência. O trabalho de inclusão da prefeitura é fantástico. Este centro, por exemplo, conta com instalações de primeira grandeza e equipes capacitadas, além de usuários satisfeitos. Já a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia, classificou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos como uma “oportunidade de crescimento”, tanto no que diz respeito à infraestrutura quanto à mudança de atitude. Para ela, os Jogos Paralímpicos serão fundamentais para que se atente sobre a necessidade de se promover a inclusão e a acessibilidade. O Time Rio Paralímpico foi apresentado na cerimônia pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons. Após o hasteamento das bandeiras (nacional, da cidade e a olímpica) e a execução do hino nacional brasileiro, os atletas se apresentaram, um a um, e falaram sobre suas expectativas para o evento, inédito na cidade. Medalha de ouro e recordista mundial nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco, o jovem Jonathan Souza Santos, 23 anos, natural de Alagoas, disse esperar que o Brasil

dê um show no quadro de medalhas em 2016. - Daremos o máximo em 2016. Participar de competições em outros países é maravilhoso, mas nada será mais especial do que nos apresentarmos diante do nosso povo, da nossa família – disse Jonathan, ao lado da nadadora Suzana Schnarndorf, eleita ontem a melhor atleta do ano, durante o Prêmio Paralímpico 2013, realizado no Rio de Janeiro. Medalhista nos 100 metros peito, a atleta também se disse encantada com a possibilidade de ter a família por perto, acompanhando o seu desempenho. O Time Rio Paralímpico é fruto de parceria do Comitê Paralímpico Brasileiro com a Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. Segundo o presidente da entidade, Andrew Parsons, os Jogos Paralímpicos Rio 2016 os atletas têm uma “grande responsabilidade”: inspirar crianças e jovens à prática de esportes. - Além da responsabilidade de ganhar medalhas, os atletas serão fontes de inspiração para o país inteiro, que costuma seguir o exemplo de seus ídolos. Nesse caso, esses atletas vão inspirar crianças e jovens a praticar esportes, a fazer novas amizades e ampliar seus horizontes. Essa geração precisa disso - concluiu Parsons.

PENSANDO Igor Quirino | Publicitário Tendo metade de uma pessoa inteira Ele sempre a desejou. Em suas noites, enquanto sua cabeça estava no travesseiro, estava também, ao mesmo tempo, nela e nem quando a tirava, ela saia. Ela mesmo! Diz a boa prática popular de vivência que não devemos guardar um sentimento conosco. Faz mal, cria câncer. Então, é melhor falar. Mas ele não jogou no ar para o universo como se estivesse rezando e também não foi numa folha de papel. Foi para ela que o moço decidiu desabafar. Por que é assim quando estamos apaixonados, ficamos de quatro, aberto e nu para uma pessoa, pois enxergamos nela um futuro e, um relacionamento sem cumplicidade, não é relacionamento, é necessário dividir para somar, é necessário confiar. O rapaz estava disposto a isso, mas num primeiro momento que entregou a metade da sua maçã, não recebeu a outra metade que viria dela. Agora o monseigneur não

estava completo, estava quebrado, pois em vez de tentar recuperar a sua própria metade, continuou se doando demais para uma metade que não era sua e foi perdendo o resto que lhe sobrava. Agora ele não tinha mais o que oferecer e a ela não interessava um “zero”, um nulo. Tomou, então, a sábia decisão de seguir em frente, fazer uma incursão às mais férteis terras, ou melhor, a sua terra, a nossa, ao mundo. Foi viver, conhecer pessoas, se encher de experiências, se abastecer de algo que lhe faltava, o amor próprio. E nesse mundo deu voltas. E esse mundo dá voltas, por que a vida é incrível, não pelo o que estaria por vir. Por que foi a vez dela de entregar seu lado para outro alguém e não receber de volta a sua parte. Mas a garota desconhecia o amor próprio, por que ela poderia recorrer a outros amores que doaria sua vida pra ela. Sim, aquele rapaz que foi sincero, que ficou de quatro e confiou num futuro a dois. Dessa vez ele estava firme,

centrado, diferente dela. Mas no ponto de vista ainda tinha um débito a cobrar. A moça achou justo se entregar e o rapaz, pelo aprendizado, nem tanto, mas deu um pedaço. Agora, com a cabeça no travesseiro, se perguntava onde estava a garota por quem realmente tinha se apaixonado. Faltavam algumas coisas nela e isso não o agradava. Com ela não aprendia, dela não saiam palavras que o pudessem fazer sorrir, nela não existia vontade que os fizessem sair para viver o inusitado. Por que se fosse para não ter ela inteira, nem compensava ter. A outra metade que era sua por direito ainda não chegara, claro, estava com outra pessoa, ainda. Mas guardar rancor também faz mal e perdoar alivia. Ele então beijou a sua testa e disse: “Quero te ver inteira, completa, mesmo que isso signifique ser inteira sem a minha metade”.

DIÁLOGO METROPOLITANO PUBLICADO PELA ALPHA PRIME EDITORA E JORNALISMO LTDA. ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO DIRETORA Mônika Santos Ferreira EDITOR CHEFE Jônatas Mesquita | MTb 63370 jonatas@dialogometropolitano.com.br REDAÇÃO Raul Ramos contato@dialogometropolitano.com.br REVISÃO Bianca Montagnana DIAGRAMAÇÃO Roberta Furukawa Bartholomeu

COLUNISTAS Danielle Denny, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, Igor Quirino, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro. PROJETO GRÁFICO E EDITORIAL News Prime www.newsprime.com.br contato@newsprime.com.br REDAÇÃO Avenida das Américas, 3.500 Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ IMPRESSÃO Gráfica Lance

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ECONOMIA

Dívida Pública Federal volta a ultrapassar barreira de R$ 2 trilhões RAUL RAMOS Influenciada pelo elevado volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro. A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu 1,91%, passando de R$ 1,897 trilhão em setembro para R$ 1,933 trilhão em outubro. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 18,62 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, reconheceu R$ 17,53 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido. A Dívida Pública Federal só não subiu mais por causa da dívida pública externa, que caiu 2,73%, de R$ 88,85 bilhões em setembro para R$ 79,68 bilhões em outubro. O principal fator para essa variação foi a queda de 1,23% do dólar no mês passado. Essa foi a primeira vez que a DPF ultrapassou o nível de R$ 2 trilhões desde dezembro do ano passado. Nos

meses seguintes, o estoque da dívida apresentou queda, mas voltou a oscilar desde maio. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em março, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões. As emissões de títulos públicos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e para a Caixa Econômica Federal foram o principal fator para a alta da DPF no acumulado do ano. Os papéis reforçam o capital das instituições financeiras e permitem que os bancos emprestem mais. Desde julho, o Tesouro também passou a emitir títulos públicos para financiar o desconto médio de 20% nas tarifas de energia. O dinheiro vai para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em 2013 não apenas por causa dos juros e da necessidade de financiar os compromissos de curto prazo do governo. Destinadas a capitalizar bancos oficiais e a bancar a redução da tarifa de energia, as emissões diretas aumentaram o endividamento federal em R$ 31,368 bilhões este ano. Não fossem as emissões diretas, a DPF ainda estaria abaixo de R$ 2 trilhões. O endividamento só não cresceu mais porque, até agosto, o Tesouro Nacional não rolou (renovou) a totalidade da DPF, emitindo menos títulos do que o volume de vencimentos. Apenas a partir de setembro, as emissões superaram os resgates e a dívida voltou a subir. As maiores emissões diretas este ano foram os R$ 15 bilhões para irrigar o Banco

França espera dobrar intercâmbio comercial com o Brasil até 2020 A França espera dobrar o intercâmbio comercial com o Brasil, atualmente da ordem de US$ 10 bilhões, até 2020. A projeção foi feita hoje (13) pelo presidente francês, François Hollande, na capital paulista. “O total das nossas importações e exportações aumentou 10% ao ano em 10 anos, dobraram portanto”, declarou ao participar do Encontro Econômico Franco-brasileiro. Atualmente há 600 empresas francesas no Brasil e a metade delas está em São Paulo. A presidenta Dilma Rousseff disse que também espera ampliar as trocas comerciais entre os dois países. “Elas poderiam ser maiores, porque temos em nossas economias potencial para tanto. Podemos ampliar nossas trocas tanto em qualidade como em equilíbrio”, declarou. Atualmente, o comércio bilateral entre os dois países representa um déficit para o Brasil de US$ 1,8 bilhões. A presidenta citou os setores econômicos em que já há parceria econômica com a França, como a extração de petróleo do pré-sal, que contará com a empresa francesa Total. Ela lembrou

ainda do acordo firmado ontem (12) para a implantação de um projeto de computação de alto desempenho. “Iniciativas de diálogo como essa são importantes para ampliar investimentos em nosso país”, avaliou. Durante o evento da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Dilma Roussef reforçou o convite, diante de uma plateia de empresários franceses e brasileiros, para o aumento dos investimentos no país especialmente pelos fundamentos da macroeconomia do país. “O Brasil é, e continuará sendo, uma opção segura e atraente para investidores de quaisquer países”, declarou. Ela citou, por exemplo, o endividamento líquido em torno de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), reservas internacionais de US$ 376 bilhões, compromisso com estabilidade e controle da inflação. “Aliás, a inflação vai fechar em 2013 dentro da meta pelo décimo ano consecutivo”, comemorou. A presidenta destacou ainda o fato de o Brasil estar entre os três países do G20 com resultados positivos em relação ao superávit primário.

Os recentes leilões de petróleo e de concessão de aeroportos foram lembrados pela presidenta como áreas em que o país conta com investimentos estrangeiros. “Duas semanas atrás fizemos a bem sucedida concessão de mais dois aeroportos, Galeão e Confins, dos seis aeroportos que serão concedidos”, exemplificou. Ela disse que, em todos os casos, venceram grandes empresas com experiências da gestão de terminais aéreos e que contam com a parceria de empresas brasileiras. Além do aspecto econômico, Hollande considerou como “marca de fábrica” da economia brasileira o fato ter conseguido aliar crescimento e redistribuição social da renda por meio da educação, habitação e saúde. “Melhorar o capital humano para que ele esteja a serviço de um projeto coletivo. Isso explica porque o Brasil foi capaz de tirar 40 milhões de seus cidadãos da pobreza e de colocá-los em melhor situação para que sejam também, por sua vez, úteis à economia”, declarou. (Camila Maciel / Agência Brasil)

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 8 bilhões injetados na Caixa Econômica Federal para viabilizar o Programa Minha Casa Melhor, que financia a compra de móveis e eletrodomésticos para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Por meio dessas operações, o Tesouro emite títulos e repassa os papéis às instituições financeiras, que os revendem no mercado conforme a necessidade de ampliarem o capital. Desde 2009, as injeções de títulos em bancos oficiais têm pressionado o endividamento do governo. Em relação ao BNDES, o Tesouro emitiu R$ 280 bilhões nos últimos quatro anos. Os aportes, no entanto, estão diminuindo ano a ano. Nos dez primeiros meses de 2012, as emissões diretas somavam R$ 61,8 bilhões.

No segundo semestre deste ano, o Tesouro também passou a emitir títulos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que indeniza as concessionárias de energia pela redução média de 20% nas tarifas de luz, que entrou em vigor no início do ano. Desde julho, essas operações somaram cerca de R$ 6 bilhões. O governo decidiu lançar os papéis depois de críticas por usar recebíveis (direito de receber recursos) da Usina Hidrelétrica de Itaipu. As emissões diretas diferem-se das emissões comuns porque os títulos públicos não são leiloados e têm destinatário certo. Tradicionalmente, essas emissões são usadas para converter títulos da reforma agrária e financiar exportações, mas os valores não ultrapassam R$ 1 bilhão por

mês, montante considerado baixo para as operações da União. A intensificação das emissões diretas nos últimos anos dividem a opinião dos especialistas. Economistachefe da consultoria Austin Rating, Alex Agostini disse que as injeções de títulos nos bancos oficiais têm servido como fonte de preocupação para os investidores porque elevam a dívida bruta do governo, que subiu de 54% para 59% do Produto Interno Bruto (PIB) apenas de 2011 para cá. “A dívida bruta é uma das principais ameaças para o Brasil perder o grau de investimento [garantia de que não existe risco de o país dar calote na dívida pública]. O Brasil tem perdido investimentos externos por causa da trajetória do endividamento”, explica o consultor. Professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp) e especialista em política fiscal, Francisco Luiz Lopreato defende os estímulos ao BNDES. “Não existe alternativa no Brasil para incentivar o investimento privado de longo prazo a não ser o BNDES emprestar para as empresas. Como o banco cumpre um papel importante, cabe ao Estado garantir as condições para que possa ter atuação realmente ativa no financiamento das atividades produtivas”, declarou. (Welton Maximo / Agência Brasil)

Brasil decide comprar caças suecos, anunciou Amorim O ministro da Defesa, Celso Amorim, informou dia 18 de dezembro que o governo brasileiro optou pela compra de 36 caças suecos Saab Gripen NG. O Brasil irá pagar US$ 4,5 bilhões pelas aeronaves até 2023. O chamado Projeto FX2, que inclui os caças, teve início em 2001. Aeronaves de três países disputaram o contrato com o governo brasileiro. Além do Saab Gripen NG, o Boeing F-18E/F Super Hornet, dos Estados Unidos; e Dassault Rafale F3, da França, es-

tavam na disputa. O modelo sueco substituirá os Mirage 2000, que serão aposentados este mês. O ministro disse que a escolha foi “objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas”, levando em conta a performance, transferência efetiva de tecnologia e custo de aquisição e manutenção. De acordo com Amorim, a escolha pelos aviões suecos foi “o melhor equilíbrio desses três fatores”. Amorim informou ainda que a próxima etapa é a negociação do contrato, que poderá durar cerca de

um ano. Somente após o contrato, serão feitos os pagamentos à empresa sueca, e com isso, não há previsão de afetar o orçamento da União de 2014. Se a negociação ocorrer dentro do prazo previsto, o contrato deve ser assinado em dezembro de 2014, a Força Aérea Brasileira (FAB) irá receber o primeiro caça sueco no final de 2018. Com a desativação dos Mirage 2000, a FAB irá usar os caças F5M até a chegada dos aviões Gripen. (Agência Brasil)


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BRASIL E MUNDO

Rio de Janeiro terá cinco mil novos quartos até a Copa de 2014 RAUL RAMOS

A Prefeitura do Rio se prepara para receber os amantes do esporte na Copa do Mundo FIFA 2014 e investe na expansão da rede hoteleira com a construção e adaptação de pelo menos cinco mil novos quartos até 2014. Atualmente, a cidade oferece 34.130 quartos. Para a Copa do Mundo, espera-se alcançar a marca de 39,2 mil quartos, sendo 26,6 mil em hotéis e outros 12,6 mil distribuídos em apart-hotéis, albergues, pousadas e motéis. Para 2016, a expectativa é de que a capacidade de hospedagem no Rio alcance a marca de 52,5 mil unidades (cerca de 18 mil quartos a mais em relação aos números atuais), sendo 39,8 mil em hotéis e 12,8 mil em aparts, motéis, albergues e pousadas. Isso, levando-se em consideração os empreendimentos

em obras, em análise ou já licenciados pela Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU). Além disso, a expansão da rede hoteleira no Rio prevê a geração, nos próximos anos, de 14 mil postos de trabalho diretos, entre recepcionistas, camareiras, garçons e chefs de cozinha, e de 35 mil indiretos. De acordo com a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios), para se criar um ambiente favorável ao investimento no setor de hotelaria na cidade, a Prefeitura do Rio, em 2010, lançou um pacote de incentivos que potencializou a chegada de novos empreendimentos, como as redes Accor, Ramada, Marriott, BHG, Windsor, Hyatt, Hilton e Emiliano; uma estimativa de R$ 4 bilhões em investimentos. Para fomentar ainda mais

a expansão da rede hoteleira, este ano foi aprovado um pacote de incentivos para proprietários de motéis que desejassem convertê-los em empreendimentos hoteleiros. O pacote inclui redução de ISS, remissão de IPTU, isenção de IPTU durante as obras e redução de IPTU na operação para explorar da atividade hoteleira. A cidade conta hoje com 6.500 quartos de motel e, para a Copa do Mundo, esperase que mil quartos sejam convertidos. Até os Jogos Olímpicos, a Rio Negócios prevê a conversão de mais de 3 mil quartos. Estas unidades poderão ser reconvertidas após dois anos das Olimpíadas 2016. À frente da Rio Negócios, Marcelo Haddad analisou a expansão da rede hoteleira do Rio, destacando que esta transformação se deu em curto intervalo de tempo:

ECONOMIA VERDE Danielle Denny | Advogada Pacote Bali revigora a OMC

Na Organização Mundial do Comércio (OMC), desde que foi criada, em 1995, não havia um acordo multilateral, mas, no começo de dezembro, na Indonésia, depois de quase duas décadas, os 160 países membros conseguiram chegar a um consenso e revigorar a instituição. O Pacote Bali, como ficou conhecido esse conjunto de deliberações, inclui uma declaração ministerial que reconhece o Iêmen como membro

e adota decisões em dez textos sobre três pilares: facilitação do comércio, questões agrícolas e disposições específicas acerca do tratamento especial e diferenciado concedido aos países de menor desenvolvimento relativo. Uma conquista pequena se comparada à ampla liberalização, que é o objetivo da Rodada Doha. Contudo, a simplificação dos procedimentos aduaneiros pode dar um impulso substancial ao comércio, algumas estimativas indicam um possí-

vel aumento do produto interno bruto (PIB) global em US$ 1 trilhão. Mérito de Roberto Azevedo, o brasileiro que há três meses assumiu o cargo de diretor-geral. O desafio agora é aproveitar o momento e trazer para a OMC as inúmeras negociações que têm se dado regionalmente e que ameaçam o sistema de comércio global uma vez que criam um emaranhado de normas e exceções que balcanizam os países integrantes de pactos regionais.

- O Rio vem passando por uma grande expansão e requalificação da sua oferta de quartos em um período de tempo curto. Isso é algo sem precedentes no mundo. Este processo, impulsionado pelos eventos internacionais e o dinamismo econômico da cidade nos últimos anos, foi potencializado com o pacote de incentivos lançado pela Prefeitura. Em cinco anos teremos aumentado em 60% a nossa rede de hospedagem. Até o ano que vem, durante a Copa do Mundo da FIFA, a cidade ganhará mais de cinco mil novos quartos, totalizando 39.200 unidades - afirmou Haddad, acrescentando que os volumes desta expansão são monitorados pela Agência, que também atua na captação de novos investidores e facilita sua instalação na cidade, conectando os players deste mercado e auxiliando no georreferenciamento dos projetos. A prefeitura dividiu os hotéis da cidade em quatro regiões de influência: os bairros de Copacabana (que possui três estações de metrô), Barra da Tijuca (que futuramente terá dois sistemas BRT e uma estação de metrô), e Centro seguirão concentrando o maior número de unidades. Até 2016, a Barra terá participação relevante nesse processo, uma vez que

o bairro e seus arredores contarão com 30 estabelecimentos novos e quatro ampliações ou retrofit. Em seguida, vêm Copacabana (que abrange toda a Zona Sul), com 22 novos hotéis e cinco expansões; Maracanã (que compreende o Centro, a região do Porto e Del Castilho), com 21 novos e cinco ampliações; e Deodoro (que conta com a Ilha do Governador), com dois lançamentos e uma ampliação. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, o pacote de incentivos da Prefeitura do Rio é a principal alavanca para a expansão da rede hoteleira da cidade. Segundo ele, a decisão promoveu mudanças e adaptações importantes no setor: - Além de conceder incentivos fiscais para a construção de empreendimentos hoteleiros, a intervenção da prefeitura nos parâmetros urbanísticos da cidade foi responsável por mais de cem novos projetos licenciados ou em processo que nos permitiram, hoje, dizer que a carência na oferta de leitos na cidade é um desafio praticamente superado. Além disso, estima-se que cada novo quarto de hotel vai gerar cerca de quatro empregos, sendo um direto e três no setor de receptivo turístico - disse Lopes.

Lapa De acordo com a Rio Negócios, a Lapa e adjacências, cujo número de frequentadores se torna cada vez maior, também terão sua rede hoteleira reformulada. Estão previstas até 2016 a implantação de seis novos hotéis nas ruas do Riachuelo, Gomes Freire e do Rezende. Além disso, três motéis estão sendo convertidos (como é o caso do Hotel Fluminense e do SNOB) e três hotéis já existentes (Granada, Hotel Pouso Real e Rio’s Presidente) passam por obras de ampliação ou retrofit (modernização). Quando essas 12 unidades estiverem prontas, a região vai oferecer aos cariocas e visitantes um total de 1.616 novos quartos. Assim como outras regiões da cidade, que passam por obras de reformulação, o bairro da Lapa está passando por restaurações que procuram manter intacto o seu conjunto arquitetônico, que inclui prédios do início do século. A região abriga monumentos centenários, como os Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa. A região encanta os seus visitantes por ser um espaço multicultural, que mistura vários tipos de arte e inúmeros estilos musicais.

Universidades receberão verba para investimentos em cultura Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Cultura, Marta Suplicy, assinaram dia 18 de dezembro portaria que institui o Programa Mais Cultura nas Universidades. Ainda em fase de criação, o programa tem a finalidade de ampliar o papel das universidades e institutos federais na difusão e preservação da cultura brasileira e na construção e implementação das políticas culturais. Para a ministra Marta Suplicy, a universidade é um polo de conhecimento e vai contribuir muito para estas ações. “Hoje existe uma demanda, vontade, mas falta oportunidade, recursos e estímulos para o conhecimento cultura. Com estas portas abertas, os universitários terão uma formação mais completa e vão poder exercitar a atividade profissional de uma forma melhor, com uma visão holística do mundo e da sociedade”, disse a ministra. Ela explicou que o programa foi construído pelo grupo de trabalho interministerial - Ministérios da Educação (MEC) e da Cultura (MinC), com o objetivo de ampliar o uso das instituições de ensino público como espaço de produção e circulação da cultura brasileira e de acesso aos bens culturais, de respeito à diversidade e pluralidade da nossa cultura.

“Estamos muito empolgados, é uma coisa nova, mas que não temos dúvida que será um grande sucesso”, acrescentou. “Queremos uma efervescência cultural nas universidades, incrementando a circulação da pesquisa em cultura, fomentando a extensão universitária, melhorando os equipamentos culturais, estimulando eventos, mostras e festivais nas universidades”, explicou Marta. O ministro Mercadante observou que existe uma demanda fortíssima de cultura e que é preciso incrementar o setor. “A cultura tem um papel decisivo para o turismo, que é o setor que mais cresce na economia mundial. O Brasil precisa olhar a cultura com uma visão mais estratégica”, disse ele. Segundo o ministro, o orçamento do Programa Mais Cultura nas Universidades é de R$ 20 milhões, podendo ser ampliado para R$ 100 milhões. “Os editais ainda serão construídos e vão desenhar os eixos temáticos e definir as possibilidades. A relação com a rede pública é uma coisa que queremos valorizar, o trabalho da universidade com a rede pública, com atividades culturais e artísticas nas escolas vai ter valor importante”, acrescentou Mercadante. O ministro informou que não haverá concentração e dese-

quilíbrio regional. Cada região do país terá um orçamento garantido para suas universidades e institutos. “Um projeto com mais de uma universidade tem mais impacto e maior abrangência, porque não queremos projetos pequenos, não vamos pulverizar os recursos. Queremos projetos estruturantes em torno de R$ 1 milhão, para realmente ajudar a melhorar os processos culturais.” Para a diretora de Cultura da União Nacional dos Estudantes, Patrícia Matos é um grande passo para conquista de uma educação que compreende a perspectiva da função social da universidade e da necessidade de se relacionar com o ambiente exterior. “Queremos uma academia que se preocupe não só com a formação para o mercado de trabalho mas com a formação humana, compreendendo o estudante também, como sujeito histórico. A cultura é uma característica humana e precisamos valorizar as culturas que o estado historicamente não reconheceu”, disse Patrícia. A implementação do programa se dará ao longo de 2014 através da comissão interministerial - Cultura e Educação. Também será dado um prazo para as universidades apresentarem seus planos de cultura.


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CULTURA

Especial de Roberto Carlos será exibido dia 25 pela Rede Globo A cada ano, um novo formato, uma nova história. E, assim, há quatro décadas, o especial de fim de ano de Roberto Carlos toca o público com um espetáculo cheio de emoção e músicas que marcaram gerações. Sucessos como ‘Calhambeque’, ‘Estrada de Santos’, ‘Eu Te Proponho’, entre outros, embalaram as noites dos telespectadores e estavam na lista de canções do primeiro especial do Rei na Globo, exibido em 25 de dezembro de 1974. Desde então, a atração marca o Natal das famílias brasileiras e coleciona momentos memoráveis, reunindo grandes nomes da música do país e os principais artistas da emissora. Em 2013, o especial ‘40 anos. Juntos’, com previsão de exibição no dia 25 de dezembro, celebra as Bodas de Rubi desta parceria de sucesso entre o cantor, a emissora e o público com uma noite de gala. “É um programa muito especial por celebrar a relação entre o Roberto Carlos e a Globo. Faremos um show em clima de Oscar”, adiantam o diretor de núcleo Jayme Monjardim e o diretor-geral João Daniel Tikhomiroff. O espetáculo, que, ao longo dos anos, passou pelo palco do Teatro Municipal de São Paulo, pelo Ginásio do Ibirapuera, pelos

estúdios do Projac, entre outros espaços, foi gravado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O local ganhou cenografia especial, e os cerca de 1.200 convidados passaram por um tapete azul, especialmente escolhido para a ocasião, até a Grande Sala, onde ocorreu a gravação. No interior do teatro, um show com homenagens, surpresas e participações especiais de artistas e mú-

sicos aguardava o Rei e a plateia. Abrindo o repertório de sucessos, a música “Emoções” é seguida da leitura do poema “O tempo passa? Não Passa”, de Carlos Drummond de Andrade, pelo próprio Roberto Carlos. Na sequência, canções como “Esse Cara Sou Eu”, “Como Vai Você” e “Detalhes” estão previstas. O primeiro convidado é Lulu Santos, que canta ao lado do Rei “Como Uma

THELL VÊ TV Thell de Castro | Jornalista Conheça a trama de “Em Família”

Duas vidas unidas pelos mais fortes laços: o amor e a família. E também marcadas pelos mais desonrados sentimentos: ciúme, culpa e inveja. Uma história de encontros e desencontros que atam e desatam os corações e as vidas dos primos Laerte (Gabriel Braga Nunes) e Helena (Julia Lemmertz). Ele é um jovem talentoso consumido por um amor que se torna uma obsessão pela prima, que é potencializada quando o amigo Virgílio (Humberto Martins) se aproxima dela. Helena sabe que é amada e desejada e, talvez por isso, seja incon-

sequente em relação ao que seu primo sente. Uma trama onde não existem vilões ou mocinhos, mas pessoas que erram, amam e perdoam. Manoel Carlos escreve uma crônica da vida real, onde as certezas e as incertezas do coração são constantemente colocadas em prova. Com três fases, indo dos anos 1980 até 2014, ‘Em Família’, próxima novela das nove a Rede Globo, conta a história dessa família e desse amor que começa em Goiás e se desenrola vinte anos depois no charmoso bairro do Leblon no Rio de Janeiro, passando por Viena, na Áustria.

Foi no início dos anos 1980, pelas ruas de casas coloniais e ladeiras de pedra da fictícia cidade de Esperança, no interior de Goiás, que Helena conheceu a força do amor e da posse de Laerte. Uma paixão de infância vivida entre as cachoeiras da pequena cidade e os corredores da casa de seus pais, em Goiânia. Uma ligação selada por um pacto de sangue e por um símbolo – a Fênix - de um amor que sempre renasce, não importam o tempo ou os obstáculos que a vida coloque em seus caminhos.

Onda no Mar”, um clássico do seu repertório. Tatá Werneck também sobe ao palco. Ela surpreende a todos ao soltar a voz, mas tudo não passa de uma brincadeira. É a hora de Anitta, a verdadeira dona do vocal dublado pela atriz, surgir ao lado de Roberto Carlos. Como o próprio Roberto afirma, a música lhe deu vários amigos. Um deles foi Tim Maia, que é lembra-

do por Tiago Abravanel, ator que interpretou o cantor em musical de grande sucesso. Vestido como o “gordinho”, carinhosamente apelidado pelo Rei, Tiago se apresenta ao lado do homenageado. Em seguida, retorna sem a caracterização de Tim para uma nova canção. Ainda no palco, quatro DJs prometem “arrepiar as carrapetas”. São eles: Memê, Felipe Venâncio,

Dexterz e Mau Mau. Cada um diante de sua mesa de mixagem executa, junto à Orquestra RC, o medley do repertório do CD “Reimix”, com canções como “Fera Ferida”, “O Portão”, “É Proibido Fumar” e “É Preciso Saber Viver”. Nesta celebração, também não podia faltar Erasmo Carlos, o eterno “tremendão”. Os dois amigos cantam juntos, entre outras canções, a nova versão de “Além do Horizonte”, tema da abertura da novela das sete. Entre uma música e outra, o Rei é surpreendido pela presença de Fátima Bernardes no palco. Representando a emissora, Fátima apresenta um clipe com imagens inesquecíveis de diversos momentos de Roberto Carlos na Globo que prometem emocionar. O cenário do especial, projetado pela cenógrafa May Martins, tem muitas luzes e é decorado nos tons de dourado e azul. “Escolhemos essas cores por dois motivos: o dourado, porque remete ao glamour, e o azul, por ser uma cor que o Rei adora. Além disso, o ouro sobre o azul é um clássico”, explica a cenógrafa. O programa tem roteiro de Marcelo Saback e direção geral de Jayme Monjardim e João Daniel Tikhomiroff. A direção de núcleo é de Jayme Monjardim.

Aracy Balabanian diz que sofreu preconceito da família para ser atriz Na noite de Natal, a homenageada do “Damas da TV”, do canal Viva, é Aracy Balabanian, intérprete de personagens memoráveis como Dona Armênia, Maria Faz Favor, Cassandra, Filomena Ferreto, entre outras. Na entrevista que vai ao ar dia 25, às 21h, a atriz faz uma retrospectiva da carreira e conta qual papel a marcou mais: Heloísa, de “Antônio Maria”, exibida em 1967 pela TV Tupi. “Meu pai tinha me dito quando comecei: ‘Você nunca terá a capacidade desse ator’, que era o Sérgio Cardoso. Me lançou esse desafio e, de repente, foi obrigado a me ver trabalhando ao lado de seu ídolo”, explica. Rígido, o pai da atriz tinha receio da instabilidade e do preconceito que acompanhava a profissão no país, mas se rendeu à escolha da filha ao vê-la contracenando com Sérgio. “Foi nessa época que meu pai faleceu. O perdi no momento em que aceitou minha profissão e ficou orgulhoso do que eu fazia. Eu precisava disso”, revela emocionada. Muito querida no meio artístico, Aracy ganhou um personagem escrito especialmente para ela por Silvio de Abreu. Dona Armênia,

sucesso de “Rainha da Sucata” (1990), faz referência à origem da atriz, que é filha de imigrantes armênios, mas nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul: “Foi loucura total! Parava a cidade com aquelas três ‘filhinhas’ que eu tinha, que eram três marmanjos enormes”, lembra. Com o carinho do público, a mãe superprotetora e seus herdeiros, interpretados por Marcelo Novaes, Gérson Brenner e Jandir Ferrari, mereceram dobradinha em “Deus nos Acuda” (1992), outra obra do autor. A atriz lembra que, na infância, o que a mais encantava eram os pequenos dramas representados nos espetáculos circenses. Mas foi aos 12 anos, com

a mudança para a capital paulista, que descobriu o dom para os palcos: “Vendo ‘Mirandolina’, do (Carlo) Goldoni, no Teatro Maria Della Costa, percebi e tive certeza absoluta de que era aquilo que queria fazer da minha vida, que aquele era o lugar onde eu iria viver para sempre”. Para agradar à família, cursou três anos de Ciências Sociais na USP, mas percebeu que estava no caminho errado. “Desisti. Sabia que era o teatro que eu queria”, desabafa. A veterana ainda menciona que durante a dupla jornada entre o teatro e a TV, percebeu que um completava o outro. “Comecei a sentir que a televisão me ajudava no palco, e vice-versa. Me tornei uma atriz de teatro mais ágil, ao mesmo tempo que, na televisão, carreguei a profundidade e a verdade que o teatro me obrigava”. E, até hoje, ela admite que a herança dos palcos a acompanha: “Quando vou construir um papel para televisão, que normalmente é uma obra aberta, você tem poucos dados. Sempre parto de princípios de teatro. Não tenho material suficiente? Vou de fora para dentro”, define.


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ESPORTES

Depois de briga entre torcedores, Atlético/PR e Vasco perdem mandos

A briga entre torcedores no jogo do último final de semana pelo Campeonato Brasileiro, na cidade catarinense de Joinville, levou o Atlético Paranaense à perda de 12 mandos de campo e o Vasco da Gama, de oito. A decisão foi tomada pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que também condenou o time paranaense a pagar multa de R$ 120 mil e o time de São Januário, à de R$ 80 mil. Dos 12 jogos em que o Atlético-PR perdeu o mando de campo, seis ocorrerão com os portões fechado. O Vasco terá de realizar qua-

tro das seis partidas com os portões fechados. Ao proferir a sentença, o auditor do STJD Paulo Bracks alertou que o país do futebol não pode se transformar no país da violência nos estádios. “Vamos parar com esse jogo de empurra. Parem de colocar o peso da violência na Polícia Militar. Tiraram a PM dos estádios e aí? E essa violência não é exclusividade do Atlético Paranaense e do Vasco, não é. Como disse aqui no início do julgamento, todos tem responsabilidade, inclusive nós”. A partida terminou com a vitória do time paranaense

por 5 a 1. Com o resultado do jogo, que chegou a ficar paralisado por 73 minutos em razão da briga entre torcedores, o Vasco caiu para a segunda divisão do futebol brasileiro no próximo ano. A 4ª Comissão Disciplinar do STJD condenou os dois clubes com base no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Ainda cabe recurso ao pleno do tribunal. No julgamento, o STJD absolveu o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, e as federações Paranaense e Catarinense de Futebol. Mandante da partida, o Atlético-PR também foi enquadrado nos artigos 191 do

CBJD, por deixar de cumprir ou por dificultar o cumprimento de medidas para garantir a segurança dos torcedores antes, durante e após a partida, e 211, que trata das garantias aos visitantes, deixando o local da partida com infraestrutura necessária para que haja garantias plenas de segurança para realização do jogo. “O que estamos julgando aqui não é apenas uma briguinha de arquibancada. Estamos julgando barbárie, guerra, violência contra todos. E a pena tem que ser proporcional ao que ocorreu. Então, tem sim que aplicar a regra mais rígida que é a dos jogos com portões fechados”, disse o auditor, que foi derrotado na proposta de que a pena aplicada fosse cumprida integralmente com os portões fechados. Essa é a segunda derrota sofrida pelo Vasco da Gama no STJD em menos de uma semana. No dia 12, o tribunal já havia negado pedido da equipe carioca pela impugnação da partida, o que manteve o Vasco na Série B do futebol brasileiro no próximo ano. Nesse caso, também cabe recurso. Proibição Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assina-

do dia 10 de dezembro com o Ministério Público (MP) do Paraná proíbe a principal torcida do Atlético Paranaense, Os Fanáticos, de frequentar estádios de futebol durante os próximos seis meses em qualquer parte do Brasil. O compromisso também impede que seus integrantes frequentem jogos com uniforme ou outra identificação da organização. O acordo foi proposto pela Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba aos representantes da organizada Os Fanáticos com base no Código de Defesa do Consumidor e no Estatuto do Torcedor, cujo Artigo 39 impede de comparecer a eventos esportivos, pelo prazo de até três anos, a torcida organizada e integrantes que promovem tumulto, entre outras ações violentas. Com a assinatura do TAC, a torcida organizada deixa de ser processada pelo MP, desde que cumpra os compromissos que assumiu. O Estatuto do Torcedor também estabelece que a torcida organizada deve responder civilmente, de forma solidária, pelos danos causados por seus associados no local do evento esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e volta do estádio.

Com a proibição, os torcedores ligados à torcida organizada Os Fanáticos não poderão entrar nos estádios portando qualquer objeto, peça de roupa ou instrumento de percussão que os identifique como integrantes da torcida. Caso descumpra o acordo, a Fanáticos será multada em R$ 20 mil por infração constatada, podendo ainda receber outras punições cabíveis. Em nota, o promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador informou que, enquanto o Ministério Público paranaense está se ocupando de aplicar as medidas cabíveis à torcida do Atlético, o MP do Rio de Janeiro está tratando dos aspectos que envolvem a torcida do Vasco da Gama. Já o MP catarinense acompanha as investigações policiais, buscando a eventual punição dos envolvidos na briga e verificando possíveis falhas na organização da partida do último dia 08. A torcida organizada vascaína Força Jovem já havia recebido punição semelhante em agosto de 2012, por haver se envolvido, em maio, em uma briga que resultou na morte de um torcedor do Flamengo. (Nielmar de Oliveira e Alex Rodrigues / Agência Brasil)

Após violência, governo discute padronizar segurança nos estádios As cenas de extrema violência registradas durante o jogo entre Atlético Paranaense e Vasco da Gama, no dia 08 de dezembro, levaram representantes do governo federal, do Poder Judiciário e de entidades desportivas, como o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a discutir medidas para garantir a segurança nos estádios brasileiros. Entre as iniciativas tratadas durante reunião realizada no dia 12, no Ministério do Esporte, está a padronização de procedimentos de segurança durante eventos esportivos, principalmente durante jogos de futebol. “É necessário unificar um padrão de comportamento dos órgãos de segurança pública e privada, definindo competências, deveres e responsabilidades”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esclarecendo que o ministério já discute um Guia de Procedimento de Segurança. A criação de juizados e delegacias especializadas no atendimento a torcedores também esteve na pauta da reunião como iniciativas a serem discutidas

com os governos estaduais e com o Poder Judiciário. Outra iniciativa retoma a necessidade de um cadastro nacional de associados a torcidas organizadas e daqueles proibidos de frequentarem estádios. O cadastro já existe em alguns estados, mas, segundo Cardozo, os representantes das entidades consideram “fundamental” a existência de uma base de dados nacional. “Obviamente, as medidas para que este cadastro não seja um mero cadastro informativo, mas seja aplicado, vão ser discutidas

com os secretários de segurança pública”, disse Cardozo, garantindo que algumas das medidas anunciadas são de implementação imediata, enquanto outras são apenas sugestões. Cardozo e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também defenderam maior responsabilização dos clubes quando seus torcedores se envolverem em brigas ou atos ilícitos. “Mais do que a punição pecuniária, os clubes temem a punição técnica. Um clube teme mais a perda de três pontos do que [multa] de R$ 3 milhões.

O dinheiro ele pode arrumar emprestado, já os três pontos vão ser cobrados pela torcida de forma muito mais dura”, defendeu o ministro do Esporte. As demais medidas tratadas na reunião preveem maior integração dos setores de inteligência policial dos estados. O ministro Cardozo defendeu, por exemplo, que todos os estádios sejam equipados com itens de segurança obrigatórios, o que poderia ser feito por meio de parcerias entre os estados, a CBF e as federações de futebol; além da

instalação imediata da Câmara Técnica de Intolerância Esportiva do Ministério da Justiça, que já existiu. A última medida discutida foi o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que trata do Estatuto da Segurança Privada. De acordo com Cardozo, o assunto já está em fase final de elaboração e define regras e condicionantes para a atuação dos serviços de vigilância privada. “Temos um plano já definido, já especificado, para a segurança da Copa do Mundo e que foi empregado na Copa das Confe-

derações. O que se coloca agora é a questão das atividades ordinárias de segurança pública e privada nas atividades esportivas fora da Copa do Mundo”. O governo vai criar um grupo técnico, coordenado pelos ministérios do Esporte e da Justiça, para definir como implementar as medidas. “Ele [o grupo] vai trabalhar eventuais especificações que necessárias para facilitar a aplicação [das medidas] com grande velocidade”. Estão previstas três reuniões para tratar do assunto: a primeira será entre os secretários estaduais de segurança pública; a segunda entre representantes do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça; e a terceira entre CBF, Superior Tribunal de Justiça Desportiva e as federações estaduais de futebol. O ministro da Justiça fez questão de destacar que a preocupação não diz respeito à segurança das partidas da Copa do Mundo de 2104. “Isso não é para a Copa, que já tem um plano dialogado com a Fifa, governos estaduais e CBF”. (Alex Rodrigues / Agência Brasil)


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SAÚDE

Número de fumantes cai 20% no país em seis anos, mostra estudo

O número de pessoas que fumam caiu 20% nos últimos seis anos no Brasil, segundo estudo divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital paulista. Em 2006, o percentual de tabagistas era 19,3% e, no ano passado, caiu para 15,6%. No total, o Brasil tem 20 milhões de fumantes, sendo que 533 mil são adolescentes. Esse público foi o que mais reduziu o consumo de tabaco. Em 2006, 6,2% dos jovens eram fumantes e, em 2012, esse índice caiu para 3,4%, o que representa uma

diminuição de 45%. Na comparação entre gêneros, os homens continuam sendo os que mais fumam. Em 2006, 27% deles eram tabagistas e, no ano passado, o percentual caiu para 21%, uma redução de 22%. Entre as mulheres, o percentual de fumantes era 15%, em 2006, e houve uma queda para 13% em 2012 – redução de 13%. A pesquisa da Unifesp faz parte do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). Foram ouvidos mais de 3 mil brasileiros a partir de 14 anos, em 2006, e 4,6

mil participantes em 2012. As entrevistas foram feitas em quase 150 municípios. Mais dados A classe A foi a única a aumentar o consumo de cigarro nos últimos seis anos, aponta o estudo. Na contramão da média nacional, com queda de 20% no uso de tabaco, a população mais rica do país elevou o consumo de cigarros em 110%, entre 2006 e 2012. A pesquisadora Ana Cecília Marques, que participa do estudo, acredita que, no momento da decisão sobre

A VIDA É FRÁGIL. VIVA COM SAÚDE Dra. Lívia Maria Gennari | Médica CRM-SP 132267 Andadores, o perigo em nome do conforto Nas últimas semanas, os pediatras conscientes de todo o Brasil conquistaram uma grande vitória: a proibição em caráter liminar do uso de andadores por crianças, que vem coroar uma campanha iniciada em 2007 pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Esta luta é baseada no levantamento americano que aponta dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com andador todos os anos.Isto corresponde a um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas. Infelizmente a luta contra os andadores encontra um inimigo muito poderoso, a desinformação dos pais dos menores que argumentam que os

pequenos ficam mais independentes, livres e mais fáceis de cuidar, porém, contra os fatos e as estatísticas esses argumentos perdem sua força. Para um pediatra que atua em prontos-socorros, assistir às quedas, às queimaduras, intoxicações ou choques causados pelo acesso aos perigos caseiros facilitado pelo andador é revoltante. Além de todos os riscos ainda existe o fato de que o andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e gastam menos energia. Frente a discursos egoís-

tas de alguns pais que defendem o andador argumentando que desta forma é muito mais fácil tomar conta dos pequenos, realmente chego a pensar que algumas pessoas deveriam escolher não ter filhos, pois imaginar assumir tantos riscos em nome do conforto e da preguiça não são justificativas plausíveis. Enquanto a decisão final de abolir os andadores do mercado brasileiro não chega, os pediatras contam com o bom senso de pais e cuidadores para que plantões tristes, cuidando de vítimas de traumas evitáveis deixem de ser rotina.

comprar ou não um maço de cigarros, o dinheiro no bolso pesa mais que alta escolaridade e maior esclarecimento sobre os efeitos nocivos do fumo. “Embora a classe econômica mais privilegiada tenha mais conhecimento, o fato de ter dinheiro para comprar se torna mais importante. Eu acho que isso mostra a importância de se pensar em aumentar o imposto, porque é um fator que pode, muito provavelmente, ser mais eficaz que campanhas de conhecimento de que o cigarro faz mal”, defendeu. Desde o final de 2011, o governo estipulou aumento gradativo da carga tributária sobre os cigarros e do preço mínimo para a venda do maço. Segundo a pesquisa, o percentual de fumantes da classe A, em 2006, era 5,2%; e subiu para 10,9%, no ano passado. Nas outras ca-

madas sociais, houve redução. Na classe B, passou de 14,7%, em 2006; para 12,7%, em 2012; na classe C, caiu de 21,8% para 19,1%; na faixa D, recuou de 22,7% para 19%; e na E, houve redução de 24,9% para 22,9%. O estudo comparou os consumos nas diferentes regiões do país. Apesar de ter apresentado queda, o Sul despontou como a que mais consumiu cigarros: 20,2% em 2012, contra 25,9% em 2006. Os fumantes nas demais regiões do Brasil também diminuíram: Norte (20%), Sudeste (19%), Nordeste (18%) e Centro-Oeste (15%). Metade dos entrevistados admitiu já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida e, desses, 51% continuaram fumando. A maioria dos fumantes (73%) disse que tentaria parar de fumar se tivesse acesso a tratamento gratuito.

Outro aspecto abordado pelo estudo foram os indicadores de dependência. Um deles é fumar o primeiro cigarro até cinco minutos após acordar – 25,3% admitiram essa necessidade em 2012, contra 17,9% em 2006. Achar difícil ou bem difícil passar um dia sem fumar foi outro indicador usado para avaliar a dependência: 67,8% admitiram essa dificuldade no ano passado, ante 59% em 2006. Os fumantes que tentaram parar de fumar e não conseguiram diminuíram, passando de 72% em 2006 para 63% no ano passado. Os dados fazem parte do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). Foram ouvidos mais de 3 mil brasileiros com mais de 14 anos em 2006, e 4,6 mil participantes em 2012. As entrevistas foram feitas em quase 150 municípios. (Fernanda Cruz / Agência Brasil)

Psicóloga dá dicas para deixar o cigarro em 2014 Além de festejar e participar de confraternizações com a família e amigos, final de ano é época de planejar e tomar decisões. As famosas resoluções para o próximo ano funcionam como metas a serem alcançadas. Na vida pessoal, emagrecer, cuidar da saúde e parar de fumar estão entre as decisões mais comuns nesse período. No entanto, depois que o novo ano começa, é difícil levar adiante o planejamento e alcançar os objetivos traçados. Autora do livro “Cigarro – como romper esse legado”, a psicóloga e escritora Juliana Bilachi tem dicas valiosas para que a decisão de parar de fumar não se transforme em mais um plano deixado de lado. Anos de experiência com pacientes, pesquisas, palestras e participação em congressos e debates a credenciam a fazer essa resolução sair do papel. Segundo ela, a decisão de parar de fumar faz com que o fumante precise abrir mão de algumas situações prazerosas e comuns que o levam a fumar no dia-a-dia. “O dependente não necessita abrir mão de tudo de uma só vez, o que ele necessita, na realidade, é identificar quais são circunstâncias que o conduzem ao cigarro e, então, deixar de realizar uma, duas ou mais dessas condições e se empenhar rumo ao objetivo desejado. É essencial que o fumante não regrida com relação à escolha feita, mesmo que demore um tempo para se adaptar”, diz. Um dos casos clássicos está relacionado a fumar dirigindo. Se o dependente

optar por não fumar dentro do carro, é muito importante que se comprometa com a escolha feita e direcione suas forças para não voltar a fumar dentro da sua ou de qualquer outra condução. Outra dica importante é contar sobre o processo da interrupção do tabagismo somente para pessoas, independente do grau de parentesco, que irão apoiá -lo emocional e moralmente, manter-se em silêncio e ter discrição quanto aos planos e objetivos, pois uma crítica negativa pode deixá-lo vulnerável à irritabilidade, ao nervosismo e à ansiedade. Também é fundamental aceitar os desconfortos que aparecerão durante o desenvolvimento desta transformação e deixar a dor da ausência vir e ir de modo consciente. Além de desmistificar as crenças e os mitos inseridos na relação dependente-cigarro. “Não há uma regra quanto ao parar de fumar. Existem pessoas que param de fumar de uma só vez, outras diminuem progressivamente a quantidade de cigarros e outras não planejam a maneira da interrupção e acabam parando de uma forma ou de outra”, afirma. Para a psicóloga, recursos como medicamentos, adesivos e gomas de mascar podem ser utilizados, mas é preciso tomar cuidado com a fase em que são usados. De acordo com Juliana, o fumante passa por fases no processo de abandono do tabagismo. Mais de 80% dos que procuram ajuda terapêutica passaram da fase de précontemplação para a de contemplação, quando re-

almente sentem que são dependentes do cigarro. “A fase de contemplação é caracterizada pela oscilação entre o medo e a coragem de parar de fumar”, explica. A coragem está conectada com a autoconfiança, o otimismo, a determinação, o autocontrole e a pulsão da vida. Na fase de ação, terceira fase, o fumante estabelece o parar de fumar como principal prioridade em sua vida. É nessa fase, a da ação, que recursos como medicamentos e adesivos podem ser usados. Se forem usados na fase de contemplação, a probabilidade de regressão no tratamento é grande. “Isso porque o fumante deposita toda a confiança e expectativa no recurso terapêutico e não se legitima como o principal responsável por esse processo”, explica. Há também os fumantes que não precisam desse tipo de recurso, mas apenas de acompanhamento psicológico, grupos de apoio e apoio familiar e social. Cabe a cada pessoa escolher a maneira mais apropriada, considerando aspectos internos, como a vontade, determinação, coragem e autoconhecimento. Já na quarta fase, a de manutenção, o ex-fumante constata que consegue viver sem o cigarro, sente a saúde melhorar e enxerga ganhos inclusive na produtividade profissional e nos relacionamentos pessoais. “A autoestima, a autoconfiança, o sentimento de coragem e o respeito próprio aumentam dia após dia”, conclui.


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RIO DE JANEIRO

RIO TOTAL

EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

O ensaio de moda do EGO é com a atriz e cantora Alessandra Maestrini. Atualmente ela está no ar no quadro “Correio Feminino”, do Fantástico, baseado na obra de Clarice Lispector. O editorial, que mostra quatro looks com pegada retrô, aconteceu no bar Rio Scenarium, no Rio de Janeiro. Sobre o estilo retrô que Alessandra usa no seriado “Correio Feminino”, ela confessa: “Acho um barato! Adoro brincar e é justamente isso que mais gosto: poder trocar de figurino, de pele, de rosto... Fizemos aulas de balé para gesticular da maneira delicada que o Luiz Fernando [Carvalho, diretor do programa] queria, mas o interessante é que, ao vestir essas roupas, o gestual já muda, automaticamente”. Mas quando assunto é seu estilo próprio a atriz diz ser mais despojada.

VERBA

O Governo Federal liberou para o Estado do Rio de Janeiro verba de R$ 10 milhões, que será aplicada em ações emergenciais em nove municípios da Baixada Fluminense atingidos pelas chuvas na semana passada. O anúncio foi feito na terça-feira (17/12) pelo vicegovernador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, depois de reunião em Brasília com os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e da Integração Nacional, Francisco Teixeira, além do secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior.

PARTICIPAÇÃO

Marcius Melhem faz uma divertida participação com seu grande companheiro Leandro Hassum em “Até que a Sorte nos Separe 2”. Os dois amigos realizaram o sonho de contracenar com Jerry Lewis. A ideia de participação do ídolo dos dois comediantes no filme surgiu quando foram até Las Vegas no final de 2012 para assistir a um dos raros shows de Lewis. A nova comédia de Roberto Santucci estreia dia 27 de dezembro.

HOMENAGEM

Com investimentos de R$ 750 milhões até 2020, a fábrica deve gerar cerca de 400 empregos diretos e produzir 24 mil veículos por ano. A previsão é que o número de empregos dobre até o final da década. O grupo também vai atrair uma rede de fornecedores para atender a produção, gerando ainda mais postos de trabalho na região.

HOMENAGEM II

O prefeito Eduardo Paes participou na quarta (18), na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, de uma homenagem a Luiz Paulo Horta, jornalista, crítico musical e membro da Academia Brasileira de Letras falecido em agosto deste ano. O espaço do Teatro de Câmara recebeu o nome de Esplanada das Artes Luiz Paulo Horta e uma placa foi descerrada pelo prefeito para celebrar.

HOMENAGEM III

Durante todo o mês de dezembro, a Prefeitura do Rio realizou um tributo ao imortal, com uma programação especial voltada para a música, sua grande paixão. Desde o dia 04, o espaço foi palco de apresentações do Coral de vozes dos Meninos do Rio, da Orquestra da Casa de Artes de Paquetá, da Orquestra de Sopro da Pro Arte, do Concerto Verdi - 200 anos do compositor, coro e solistas da Associação de Canto Coral, e da Pastoril da Matriz - Natal Brasileiro.

LAPA PRESENTE

O secretário de Governo, Wilson Carlos, e o major Rodrigo Cereser, coordenador da Operação Lapa Presente, se reuniram na quarta-feira (18/12) com membros da prefeitura e de órgãos públicos municipais para discutir detalhes de viabilidade da ação. A Operação Lapa Presente, coordenada pela Secretaria de Governo, vai garantir o direito de ir e vir dos moradores e frequentadores da região. A iniciativa começa em 1º de janeiro de 2014.

LAPA PRESENTE II

Entre as ações propostas pelo grupo estão a instalação de uma unidade móvel avançada da Secretaria municipal de Assistência Social, para atendimento de moradores de rua usuários de drogas, e a implantação de um Conselho Tutelar permanente no bairro, para responsabilizar os pais dos menores que ficam nas ruas. Outra iniciativa divulgada é a atuação de oito educadores sociais da prefeitura, que vão atuar em duplas pelo bairro, munidos de rádios-transmissores, que serão providos pelo Estado.


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