Diário do Comércio

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No fundo do lago, uma nova forma de vida. Ano 86 - Nº 23.260

Conclusão: 23h50

Henry Bortman/Reuters

A astrobióloga Felisa Wolfe-Simon colhe sedimentos que a levaram à vida inexistente na Terra, alimentada por arsênio. Página 10

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

São Paulo, sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Nir Elias/Reuters

El Baúl de la Felicidad

O bilionário mexicano Ricardo Salinas está em negociações para comprar as 125 lojas do Baú de Silvio Santos. Pág. 23

Fogo nas Vinhas de Deus: 40 mortos. O inferno nas Vinhas de Deus (Monte Carmelo, em hebraico) provocou a retirada de 12 mil pessoas. Mas 40 ficaram. Pág. 11

XÔ CPMF Empresários se reúnem hoje na Fiesp para o grito contra a volta da cobrança. Pág. 17 Divulgação

Cadastro positivo, só com o sinal verde do bom pagador.

Luxo e tecnologia no francês Fluence Novo sedan da Renault chega para substituir o Mégane

Quem cumpre seus compromissos em dia vai poder incluir seus dados no novo cadastro e receber as vantagens do nome limpo. Pág. 15 Divulgação

Columbia Pictures/Divulgação

Alex Ribeiro/DC

Bichos dão vida ao turismo pantaneiro. Boa Viagem, pág. 14

Ronaldo: "tiraria do bolso" para ajudar o Guarani. Não é o caso dos bugrinos. Pág. 12 Mauro Horita/AE

HOJE Sol com oancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 20º C.

ISSN 1679-2688

23260

9 771679 268008

Estreia o filme Rede Social: Jesse Eisenberg é Mark Zuckerberg, criador do Facebook. No Ibirapuera, arte e ciência: mostra Água na Oca. Tudo grátis: Sesc Belenzinho reabre. Livro: II Guerra cultura Mundial. Mais: Roda do Vinho.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Banco Central não tem obrigação de manter a inflação permanentemente grudada em 4,5%. Roberto Fendt

pinião

AUMENTO À VISTA NA TAXA DE JUROS?

EYMAR MASCARO

ASSIM NASCEM OS CANDIDATOS

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ROBERTO FENDT

A

s taxas de juros estão em alta no mercado futuro. O que explica isso? Alguns imaginam que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central fará uma elevação da taxa Selic já em dezembro, ou, no mais tardar, em janeiro. O que estaria por trás dessa elevação – além da expectativa de manutenção das altas de preços em todos os índices – seria o aumento da inflação interna, que estaria refletindo a subida dos preços das commodities no mercado internacional. É fato que eles continuam em alta. No exterior, a média dos preços das commodities subiu quase 30% em dólar, entre novembro de 2008 e setembro último. Os preços dos grãos e oleaginosas aumentara quase 25% no mesmo período e os dos minerais, 46%. Essa alta não poderia passar em branco em nossos índices de preços por atacado, que melhor refletem as variações nos preços ocorridas no exterior. Só nos dez primeiros meses deste ano, o índice de preços por atacado (IPA) acumula alta de 11,4%. O mais tradicional índice geral de preços, da FGV, que tem o IPA como um de seus componentes, subiu 9,1% entre janeiro e outubro. Para ficar mais próximo do bolso do consumidor e do que realmente interessa, a cesta básica no município de São Paulo apurada pelo Dieese subiu 10,4% nos últimos 12 meses, taxa muito próxima dos aumentos dos preços capturados pelos índices que medem a

sua variação no atacado. A inflação da cesta básica paulistana reflete não somente as altas das commodities e de outros preços no atacado, mas também o choque negativo sobre os preços de produtos agrícolas aqui e as altas nos preços dos serviços, puxados pelo aumento da massa salarial.

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penas o índice de preços ao consumidor ampliado, o IPCA, que serve de baliza para a política de metas de inflação, mostra uma evolução mais benigna na inflação. Nos doze meses terminados em outubro, o IPCA acumula alta de 5,2%. Essa alta vem se acelerando e está bem acima da meta de 4,5%. É por essa razão que se imagina que o Copom poderá aumentar a taxa Selic em dezembro ou janeiro. E essa expectativa está se refletindo no mercado futuro de taxas de juros. Se o Copom vai subir ou não a Selic, é um assunto que somente ele pode dizer. O que interessa é discutir o que norteia as decisões do Comitê na implementação das metas de inflação.

O último relatório, de setembro, aponta que a inflação projetada para 2010 deva ultrapassar a meta gregoriana em 2010 e que convergirá para 4,4% no terceiro trimestre de 2012. Essa informação é importante e parece ter passado despercebida pelo mercado.

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BC não tem obrigação de manter a inflação permanentemente grudada em 4,5%. O seu objetivo é mantêla dentro da meta por períodos mais dilatados, de 18 a 24 meses. É justamente para permitir desvios das taxas mensais em relação à meta de inflação que existem as "bandas" em torno da meta – ou seja, o intervalo de dois pontos percentuais, para cima e para baixo de 4,5% – em que pode situar-se a taxa. No momento, com a inflação do IPCA nos últimos doze meses em 5,2%, não haveria motivo para a elevação da Selic. É verdade que a inflação do IPCA vem se acelerando, o que pode estar criando um ambiente de mal estar no BC. Mas daí a dizerse que a presidente eleita Dilma

Se o Copom vai subir ou não a Selic, é algo que só ele pode dizer. O que interessa é discutir o que norteia as decisões do Comitê na implementação das metas de inflação.

Rousseff já teria endossado um retorno a um ciclo de alta dos juros vai longa distância. Em favor desse rumor apontase que a presidente eleita gostaria de dar uma demonstração de austeridade na condução da política monetária. Aponta-se também que isso seria uma prova cabal da autonomia do Banco Central. Por fim, os mais pragmáticos lembram que todos os governos costumam começar com demonstrações de ortodoxia, que vão se diluindo ao longo dos mandatos. Ora, se a autonomia do BC se manifesta por não sofrer ingerências do restante do governo, ou do mercado, não haveria razão para qualquer "endosso" da presidente eleita a uma política monetária mais austera. Aliás, o presidente indicado do BC, Alexandre Tombini, já declarou enfaticamente que sob sua gestão o BC terá "autonomia operacional total".

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e a taxa Selic vier a subir em dezembro ou janeiro, não será por falta de instrumentos para tornar a política monetária mais conservadora. Há espaço para retornar o compulsório a um patamar mais elevado, onde já esteve antes da crise de 2008. Além, é claro, do emprego de instrumentos de política fiscal, ignorados nos últimos anos, e que em última instância são os que demonstrarão ou não o compromisso do novo governo com a austeridade. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

odo prefeito de São Paulo acaba se tornando candidato natural ao governo do Estado e Gilberto Kassab não foge à regra (o mais recente exemplo foi José Serra). Kassab é um dos líderes do DEM, partido coligado no Estado com o PSDB, que elegeu Geraldo Alckmin para mais um mandato de governador. O projeto político de Alckmin é ser candidato à reeleição em 2014. O DEM saiu enfraquecido das urnas nas últimas eleições, com a diminuição de suas bancadas na Câmara e Senado; por isso, ganha corpo no noticiário a versão de que Kassab poderia mudar de partido, ingressando no PMDB. Se vier mesmo a ser candidato a governador, Kassab deverá enfrentar, pela segunda vez, Geraldo Alckmin. Alguns democratas tentaram promover a fusão do DEM com o PMDB, mas a proposta foi vetada pelo presidente Rodrigo Maia. Na eleição para a Prefeitura, há dois anos, Gilberto Kassab venceu Geraldo Alckmin. Se sustentar a mesma gama de apoio que recebeu da maioria dos eleitores da Capital, o prefeito alcançaria expressiva votação na cidade como candidato a governador. A Capital centraliza 10 milhões de um total de 30 milhões de eleitores no Estado. Portanto, caberia a Kassab se preocupar mais em conquistar votos no Interior, o reduto onde Alckmin foi buscar o grosso de sua votação na eleição de outubro passado. Kassab e Alckmin são aliados. Os dois podem estar juntos novamente daqui a dois anos, na eleição de prefeito de São Paulo. udo indica que o empresário Guilherme Afif Domingos será o candidato de ambos à sucessão municipal pela coligação DEM-PSDB. Afif se elegeu vice-governador na chapa de Alckmin e é considerado o candidato ideal dos dois partidos à Prefeitura porque alcançou ótima votação na Capital em 2006, quando se candidatou ao Senado, obtendo em todo o estado 8 milhões de votos. Enquanto isso, o PT quer encontrar a melhor fórmula, na esperança de substituir o PSDB no governo do estado, cargo que os tucanos ocupam há 20 anos (incluindo os quatro anos de mais uma administração de Alckmin, que começa em 1º de janeiro). Alguns petistas jogam sobre a mesa das discussões a hipótese de Lula se candidatar a governador, caso Dilma Rousseff seja a candidata do partido à reeleição. Mas

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Na eleição para a Prefeitura, há dois anos, Kassab venceu Alckmin. Se sustentar o mesmo apoio dos eleitores da Capital, teria boa votação na cidade como candidato a governador.

Lula alimenta o sonho de voltar a ser candidato ao Planalto em 2014. A exemplo de outros partidos, também o PT admite que seu candidato a governador teria mais chance de vitória, caso vencesse a eleição de prefeito da Capital. Embora o senador Aloizio Mercadante seja um candidato natural à Prefeitura, uma ala no partido chega a propor o lançamento da candidatura do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, à sucessão de Gilberto Kassab. A sugestão, contudo, não produz eco.

PMDB, que poderia ganhar mais musculatura se Kassab ingressasse em suas fileiras, está estruturado em todo o estado. O partido conseguiu constituir diretórios praticamente em todos os 545 municípios, facilitando, portanto, a campanha de seu candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Também o PSDB, que controla o estado há tanto tempo, aproveitou para se estruturar em todos os municípios. Detalhe: nas eleições municipais de 2008, os dois partidos elegeram a maioria dos prefeitos no Interior. O PT luta para se sustentar como a 3ª força política no interior de São Paulo, mas o partido ainda encontra certa resistência na região, sobretudo na classe média. Os agricultores, por exemplo, não apoiam o partido porque sofrem a ação dos radicais do MST, entidade que invade suas terras, mesmo sendo elas produtivas.

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EYMAR MASCARO É JORNALISTA E COMENTARISTA POLÍTICO MASCARO@BIGHOST.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar e Tsuli Narimatsu Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Giseli Cabrini e Sérgio Siscaro Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André Alves, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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o Não à sharia nos EUA

POLÊMICA CRESCE: CADA VEZ MAIS, AMERICANOS REJEITAM USO DO CÓDIGO DE LEIS MUÇULMANO.

pinião

44 MILHÕES EM AÇÃO PRA FRENTE BRASIL Salve a oposição

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os ensinamentos de Maomé". As críticas à emenda oscilam entre duas respostas contraditórias, pois alegam que é discriminatória ou supérflua. Discriminatória? Enquanto a redação da emenda é realmente problemática (não há possibilidade de banir a lei internacional e a sharia não deveria ser especificada por nome) a "Questão Estadual 755' corretamente insiste em que juízes fundamentem suas decisões apenas nas leis americanas. E a emenda não bane a sharia fora do sistema jurídico: muçulmanos podem lavar, rezar, comer, beber, brincar, nadar, cortejar, casar, reproduzir-se, deixar heranças, etc., conforme os mandamentos de sua religião. Portanto, a emenda não prejudica americanos muçulmanos. Supérflua? Não há pesquisa sobre o quão frequentemente os juízes americanos baseiam-se na sharia para chegar a suas decisões, mas um inquérito preliminar mostrou 17 casos em 11 estados. Talvez a sentença mais notória seja a de Nova Jersey, sobre uma questão entre um casal muçulmano oriundo do Marrocos. A esposa relatou que o marido a forçou repetidamente a manter relações sexuais com ele, justificando: "Isso está de acordo com nossa religião. Você é minha esposa, eu posso fazer o que quiser". Resumindo, o marido muçulmano alegou proteção da sharia para violentar a mulher.

DANIEL PIPES O juiz concordou com ele: "A Corte acredita que ele estava agindo de acordo com sua crença; seu desejo de manter relações quando quisesse era algo consistente com suas práticas e algo não proibido". Baseado nisso, o juiz decidiu, em junho de 2009, que não havia provas de agressão sexual.

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m tribunal de apelação reverteu a decisão em julho de 2010, alegando que "a conduta do marido, ao iniciar um intercurso sexual sem consentimento foi astuciosa, a despeito da alegada visão de que sua religião lhe permitia agir como agiu". Na análise de Newt Gingrich, o primeiro juiz "não se dispôs a impor a lei americana a uma pessoa que claramente agrediu outra pessoa". E então se avulta o exemplo alarmante da Grã-Bretanha, onde duas das autoridades mais importantes do país, o Arcebispo de Canterbury e o

presidente do mais alto tribunal britânico (Câmara dos Lordes), endossaram a existência de um papel para a sharia junto à lei britânica, e onde uma rede de tribunais da sharia já está operante. Nem discriminatória nem supérflua: as leis que banem a sharia são essenciais para preservar a ordem constitucional contra o que o presidente Obama chamou de "odiosas ideologias do Islã radical". A American Public Policy Alliance criou um modelo de legislação que Oklahoma e outros 47 estados deverão aprovar. DANIEL PIPES É JORNALISTA E HISTORIADOR, ESPECIALISTA EM TEMAS RELACIONADOS AO ISLAMISMO E ORIENTE MÉDIO E COLUNISTA DO NEW YORK SUN E THE JERUSALEM POST TRADUÇÃO: ROBERTO FERRARACIO PUBLICADO POR WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR

HIDROVIAS: QUANDO CRESCEREMOS?

É

de conhecimento geral que o transporte hidroviário é o mais barato e eficiente para a movimentação de cargas a longas distâncias. Os países que dispõem de redes hidrográficas de porte costumam empenhar-se no seu pleno aproveitamento, que lhes dá importantes vantagens comparativas para o transporte da sua produção física. A União Europeia tem 37 mil km de hidrovias; os EUA, 47 mil km; a China, 124 mil km; e até a Rússia, onde os rigorosos invernos reduzem a temporada de navegação a não mais de 220 dias por ano, explora mais de 100 mil km dos seus rios. O Brasil tem 29 mil km de rios naturalmente navegáveis, aos quais, com melhoramentos e obras adequadas, podem ser acrescentados outros 15 mil km – um significativo potencial hidroviário de 44 mil km. Mas apenas 8.500 km de hidrovias se encontram em uso comercial regular, dos quais 5.700 km na Amazônia. A utilização do restante é inviabilizada pela inexistência de infraestrutura, como estações intermodais para a transferência de cargas, balizamento, sinalização, cartas de navegação adequadas e, sobretudo, eclusas para permitir a transposição de

DO CONTRA

FERREIRA

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onforme os americanos aprendem mais sobre o Islã, o aspecto que eles acham mais condenável não é sua teologia (se Alá é ou não é Deus) ou seu simbolismo (como a existência de um centro cultural islâmico no sul de Manhattan), mas o seu código de leis, chamado sharia. Com razão, eles dizem "não" a um código que privilegia muçulmanos sobre não-muçulmanos, homens sobre mulheres e contém muitos elementos hostis à vida moderna. Newt Gingrich, um ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, deu ao perigo da sharia uma atenção pública sem precedentes quando, em julho, declarou que seus "princípios e punições são abomináveis ao mundo ocidental" e clamou por uma lei federal que "determine que a nenhuma Corte, em lugar algum nos Estados Unidos, sob quaisquer circunstâncias, seja permitido considerar a sharia como substituta da lei americana". Apesar de alguns movimentos nessa direção, não há nenhuma lei federal do tipo. Mas assembléias legislativas em dois estados, Tennessee e Louisiana, aprovaram há pouco leis que bloqueiam efetivamente aplicações da sharia que violam leis existentes e políticas públicas. Da mesma forma, em um referendo no dia 2 de novembro, eleitores de Oklahoma votaram (70 % a 30%) a favor de uma emenda na Constituição estadual, o que alarmou os islamistas. O Conselho de Relações IslâmicoAmericanas –justamente acusado de buscar "subverter o governo constitucional nos Estados Unidos" – convenceu um juiz federal a impor ordem de restrição temporária, impedindo a junta eleitoral de Oklahoma de certificar a emenda. Uma audiência plena em tribunal poderia estimular debates públicos adicionais sobre a questão da aplicação da sharia. Neste espírito, olhemos mais atentamente a recém- aprovada emenda "Questão Estadual 755", em Oklahoma. Ela limita os tribunais em Oklahoma a se basear exclusivamente "em leis federais e estaduais ao tomar decisões judiciais". Consequentemente, rejeita "as leis internacionais" em geral e, especificamente, "proíbe as Cortes de considerar ou usar o código da sharia", definindo esta última como lei islâmica "baseada em duas fontes principais, o Alcorão e

NEIL

GERALDO LUIS LINO trechos encachoeirados ou das barragens das muitas usinas hidrelétricas construídas sem consideração pela importância de se preservar a navegabilidade dos rios. problema é antigo e objeto de acirrada disputa – entre autoridades e técnicos preocupados unicamente no aumento da oferta de energia hidrelétrica, e os defensores do transporte hidroviários, sistematicamente derrotados em suas reivindicações. E elas se apoiam no elementar bom senso: não se deveriam construir barragens em rios navegáveis sem incluir nos projetos as eclusas para a navegação. Mas bom senso é artigo raro no planejamento da utilização dos rios nacionais. Grandes usinas hidrelétricas, como Jirau e Santo Antonio, no rio Madeira, Belo Monte, no Xingu, e outras, estão sendo construídas e planejadas sem eclusas, em descuidadas repetições de casos como os das

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usinas de Itaipu e Tucuruí. Neste último caso, o projeto original incluía as eclusas, mas a usina foi inaugurada em 1975 sem elas, que só começaram a ser construídas em 1981 e até hoje não foram concluídas. Em geral, o custo das eclusas e canais de navegação, se construídos simultaneamente com as barragens é da ordem de 5-7% do montante da obra. Se for deixado para depois, como em Tucuruí, os gastos podem aumentar por um fator de três ou superior. economia de custos de transporte é enorme. Nos EUA, onde mais de 60% da produção de soja são transportados pelos rios (contra pouco mais de 5% no Brasil), o custo do frete do produto é da ordem de 15 dólares por tonelada; no Brasil, chega a 35 dólares. Em setembro último, a ANA (Agência Nacional de Águas) lançou um edital para a contratação de consultoria para

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avaliar e sistematizar alternativas de arranjos de eclusas e canais de navegação previstos em empreendimentos hidrelétricos, visando incluir tais critérios nos projetos das usinas previstas para os rios Madeira e Teles Pires-Tapajós. A iniciativa, mesmo com atraso, sinaliza que há esperanças para a implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós, estratégica para a logística de transporte do Centro-Oeste e Norte brasileiros. á mais de meio século, entra governo e sai governo, mas permanece a predatória querela entre "barrageiros" e "hidroviaristas". Por isso, a anunciada construção de usinas na bacia do Tapajós oferece uma ótima oportunidade para que este círculo perverso seja interrompido, em nome da harmonia dos interesses nacionais. Torçamos de dedos cruzados.

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GERALDO LUIS LINO É GEÓLOGO, DIRETOR DO MOVIMENTO DE SOLIDARIEDADE IBERO-AMERICANA (MSIA) ) E CO-AUTOR DO LIVRO "A HORA DAS HIDROVIAS: ESTRADAS PARA O FUTURO DO BRASIL" PUBLICADO POR WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR

chave é a palavra "salve" e por isso o destaque em itálico. No histórico jingle "Noventa milhões em ação", a frase "Salve a Seleção" queria dizer "eia !", "viva !"– uma homenagem a quem a merecia, de maneira indiscutível e irrevogável, uma saudação devida aos símbolos heróicos da pátria, com salva de tiros de artilharia. No título desta coluna, "Salve a oposição" é um pungente pedido de socorro. Quer dizer (peguei no Houaiss) tirar ou livrar alguém, algo ou a si mesmo de perigo, dificuldades, ruína ou morte; libertar, remir, resgatar, conservar salvo ou intacto; defender, preservar, resguardar, refugiar-se num lugar para aí encontrar segurança; abrigar; dar ou obter a salvação eterna; livrar (se) da danação eterna; justificar erro; desculpar. Neste nosso abstruso sistema político (de novo peguei no Houaiss, abstruso quer dizer: que se encontra oculto ou recôndito; difícil de compreender; intricado, obscuro; que não tem método nem ordem; confuso, inconseqüente – o que seria de mim sem o Houaiss?) há dezenas de partidos sem votos e milhões de votos sem partido. Talvez por isso fala-se tanto na quimérica reforma política e não se faça nunca nenhuma reforma política; tenho certeza de que aos políticos interessa ficar sempre como está porque sabem como é que fica. Mais Houaiss aqui, eita, eia sus! Salve o Houaiss, salve ! salve! Quimera: produto da imaginação, sem consistência ou fundamento real; ficção, ilusão, fantasia, sonho, esperança ou projeto geralmente irrealizável; utopia.

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u o PV foi engolido pela quimera (também é um monstro mitológico que se dizia possuir cabeça de leão, corpo de cabra, cauda de serpente e lançar fogo pelas ventas, devo mais esta ao Houaiss, Pai de Todos Nós) de se achar dono dos mais de 19 milhões de votos que a Santa Marina Cheia de Graça teve no primeiro turno? Ou que são do PSDB os 44 milhões que Serra recebeu no segundo ? Ou que as quase 30 milhões de abstenções no segundo turno são como aves soltas voando por aí, são de quem chegar e pegar primeiro, não têm dono que nem falam de bumbum de bêbado? Nenhuma menção aqui, please, ao bumbum du Roi Louis 51 ("O povo sou eu", sic, hic) por ser personagem de ficção e aqui trato de apenas de hard facts, como dizem os gringos ao norte do Rio Grande, números frios. Vamos, pois, aos fatos indiscutíveis – os números, como as cartas, não mentem jamais e determinam o pudê de caneta sobre verbas e bocas de quem tem os votos.

O puderoso Levy Fidélix, do alto da avalanche dos 57 mil votos que teve no primeiro turno, 0,05% dos votos válidos, e que corajosamente apoiou o Poste no segundo, exige a contrapartida pela sua eterna ideia do trem bala perdida, uma boca de 64 Bi de reais, o Aerotrem, encampada pelo Poste – enfim a "merecida participação no gunnverrno", o que vier para o seu partido ele traça, deve ser o importantíssimo PRB. Admito que não tenho certeza, pode ser qualquer um, PSC, PSTU, PCO, PSOL do Plínio, o Velhinho Travesso dos comerciais de velhinhos e velhinhas travessas, é uma sopa de letrinhas que só engulo à força. No segundo turno, o Poste teve 55.752.529 votos, 56,05% dos votos válidos, Serra teve 43.711.388 de votos, 43,95% dos votos válidos. Conta aí nos nove dedos delle, nem precisa dos seus dez, a diferença foi de 12.041.141 votos, tremenda sova a oposição levou, certo ? Errado. Vem comigo agora com todos os teus dez dedos. 99.463.917 de votos válidos. Com "mais de 82%", a reincarnação do Padim Padi Ciço deveria ter transferido 81.560.417 votos. Transferiu pouco mais da metade. om quatro anos de palanque, com toda a máquina do governo em movimento, com bilhões e bilhões de reais gastos em propaganda enganosa, com o "nuncaantesneçepaíz" inventando lendas e modificando a realidade, com desrespeito e menosprezo às leis, o Poste teve "menas" votos de vantagem do que as 16 milhões de bolsas-esmolas aleluiadas para a compra desses votos. Fui claro ou preciso desenhar ? O Poste não teve de diferença nem o número de votos que o gunnverrrno comprava e pagava em bolsasesmolas com o dinheiro garfado dos nossos impostos. Com duzentoréis de competência, déreal de proteína na cuca, a oposição levava essa no beiço. Bastava ter fegataccio (cojones em siciliano) e cumprir a única promessa de campanha que poderia mudar o quadro. No seu primeiro discurso como candidato, Serra disse: "A cada mentira que falarem de nós, corresponderá uma verdade que falaremos deles". Não cumpriu, não falou as verdades, permitiu que a mentira prosperasse, que a corrupção passasse batida. O que teria acontecido a Serra, foi cooptado também, como tudo o mais, ou teria rabo preso ? Nunca foi tão fácil destruir um esquema, derrubar uma mito de pés de barro, jogar de volta à lama quem à lama pertence. Mas não. U Ômi tá aí canetando a sua "cota" de sinistros no sinistério, o sinistério inteiro é a "cota" delle. O Poste, como se sabe, serve apenas para pendurar a faixa. NÓS, OS 44 MILHÕES DE ORFÃOS DE PAI E MÃE, JAMAIS ENTREGAREMOS A RAPADURA.

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NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO

Não éo último ano de Lulla


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

Giba Um

3 Pela primeira vez no país, 3 será leiloado um quadro com lance mínimo de US$ 2 milhões, no próximo dia 7 na Bolsa de Arte, no Rio.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: é o tríptico Sol sobre Paisagem, de Antônio Bandeira. Pertencia a coleção particular de Adolpho Bloch.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

3 de Dezembro

k Daria todas as minhas jóias se isso resolvesse o problema de Silvio. Verão antecipado «

COBERTURA 333 Há um ano e dois meses, Geisy Arruda andava de ônibus e só conseguia ir a uma balada na base da carona. Agora, acaba de comprar seu primeiro apartamento em Santo André (é de cobertura e tem uma área no andar superior, onde ela colocará uma piscina de plástico) para onde vai se mudar com os pais e um irmã adolescente (e outra mora em Portugal). Detalhe: até hoje, ela não recebeu os R$ 100 mil que teria direito por ter participado de prova no reality show A Fazenda 3, na Record.

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333 Enquanto Lula reclama que o Brasil “passa humilhação” lá fora com seu avião presidencial de R$ 98 milhões (comprado em 2005, o AeroLula é uma versão executiva do Airbus-319), a FAB negocia a possibilidade de compra do AeroDilma , cuja preferência pode acabar sendo o Airbus A340 VIP, de 80 passageiros, que custa em torno de R$ 465 milhões. Como a compra pode demorar, Lula determinou a renovação do enxoval a bordo dos aviões presidenciais, com a aquisição de 16 jogos de lençóis 600 fios, metade de cetim e os demais em seda, colchas matelassê 400 fios e para as suítes, 12 toalhas de rosto com fios egípcios e mais 12 toalhas de banho 600 fios em cetim. Já no bloco dos míseros mortais, o governo Lula encerra seus oito anos, com uma população de 65,5 milhões de brasileiros residentes em 17,7 milhões de domicílios (dados do PNAD) enfrentando alguma situação alimentar (entenda-se: ameaça de fome). E nenhum deles jamais entrou num avião na vida.

Aero Dilma, meio bilhão

Terror no Rio - 2

BIG BUSINESS A BR Malls, que desembolsou R$ 1,5 bilhão nos últimos 12 meses em aquisições (entre elas, a compra do Shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo e o Shopping Tijuca, no Rio, numa operação de R$ 800 milhões) quer investir mais de R$ 1,8 bilhão no ano que vem na mesma direção. Agora, negocia a compra do Shopping Tucuruvi, em São Paulo, do grupo JHSF e ao mesmo tempo, também do Shopping Center Norte, cujos controladores, depois da morte de Otto Baumgart, estariam dispostos a passálo para a frente.

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Jogo duro 333 Nesse imbróglio criado pelo anúncio antecipado de Sérgio Cabral que Sérgio Côrtes seria o futuro ministro da Saúde, fazendo todo o PMDB mostrar os dentes, criando uma situação de saia justa para a presidente eleita, a própria Dilma deixou escapar um desabafo com Antonio Palocci: “Esse pessoal joga duro, hein?”

333 Numa noitada beneficente, como já aconteceu em anos anteriores, conhecidas figuras de São Paulo transformaram-se em artistas amadores, subindo ao palco do espaço Trivento, para mostrar que não cantam apenas no chuveiro, tudo em prol das obras da Fundação Aquarela, presidida por Silvio Bentes, que atende crianças carentes do bairro do Jaguaré. Entre tantos, Mariana e Guga Kuerten (esquerda), Mariângela Bordón (centro) e Geyze e Abílio Diniz (ele não cantou porque acha que desafina à direita.

Cantores do Bem

Clube dos 9 Para quem não sabe ou nem mesmo desconfia: para a ONU, o planeta tem 191 países. Só que existem outros, como Taiwan, que não tem independência reconhecida pela China ou Vaticano. E ainda a Groenlândia, que não é reconhecida por ser território da Dinamarca. Para um país ser considerado país é necessário ter fronteiras definidas, sustentação econômica, moeda própria e soberania nacional. No privilegiado clube dos nove países do mundo cujos governos possuem aeronave, além do Brasil, formam Estados Unidos, Alemanha, África do Sul, Argentina, Rússia, Venezuela, Chile e França. Os demais 182 passam tal humilhação. 333

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333 A pirataria brasileira dá mostras de criatividade e até certa dose de profissionalismo: primeiro, saiu um DVD batizado como Terror no Rio 2010, com imagens da Globo na batalha no Morro do Alemão. Tinha capa e até um pequeno subtítulo Tropa de Elite 3. Agora, já está sendo vendido pelos camelôs Terror no Rio 2010 – 2, com a inclusão de mais cenas. No velho centro de São Paulo (cada DVD custa R$ 5), os camelôs anunciam: “É para colecionador, é para colecionador!”

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Muitas pulseiras largas juntas.

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Poucas pulseiras finas juntas.

Pinta de galã Dados do Itamaraty mostram que de 1.584 diplomatas brasileiros, apenas 339, ou seja 21%, são mulheres. A Secretaria Geral do Itamaraty é o posto mais alto da carreira diplomática (o ministro não é, obrigatoriamente, diplomata) e nunca foi ocupado por uma mulher. Agora, Dilma está quase fechando o nome de Vera Machado, atual subsecretária para assuntos políticos do Itamaraty, para a Secretaria Geral, no lugar de Antonio Patriota, atual secretário que viraria ministro. A presidente eleita, aliás, em círculos mais íntimos, até confessa achar Patriota com uma certa “pinta de galã”, cabelos e barba grisalhos e bonito nariz (resultado de antiga cirurgia plástica). 333

FILHA DE PEIXE A jornalista Helena Chagas deverá assumir a secretaria de Comunicação Social da Presidência, ligada ao futuro secretário-geral Antonio Palocci e cuidando apenas da assessoria de imprensa da presidente eleita. A área de propaganda estará sob os cuidados de outra secretaria (e as duas sem status de ministério), também subordinada a Palocci. A propósito: o pai de Helena, Carlos Chagas, foi assessor de imprensa do presidente Costa e Silva.

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MISTURA FINA 333 A FUTURA ministra do Planejamento, Miriam Belchior, vai pedir a reintegração do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) à sua pasta. Hoje, o órgão está ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos. O Ipea é responsável por estudos e levantamentos que ela considera importantes para sua pasta. Controle de números, jamais.

333 DANIEL Radcliffe ( Harry Potter) encabeça a lista dos artistas com menos de 30 anos de idade mais bem pagos do cinema, segundo a revista Heat, acumulando uma fortuna de R$ 121 milhões (ele tem 21 anos). Em seguida, Keira Knightley, 25 anos, R$ 80 milhões; Emma Watson, 20 anos, R$ 55 milhões; Rupert Grint, 22 anos, R$ 50 milhões; e Robert Pattinson (Crepúsculo), 24 anos, R$ 48 milhões.

PESQUISA feita pelo Databank junto a 123 empresários brasileiros, incluindo-se executivos de grandes bancos, revela que a participação de Antonio Palocci no ministério de Dilma Rousseff é uma garantia de que não haverá lugar para quaisquer travessuras petistas na área da política econômica, mesmo com a saída de Henrique Meirelles do Banco Central, depois de anos como garantidor-mór.

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O NOVO contrato a ser assinado entre a Band e Adriane Galisteu tem dois pontos certos: a atração que ela deverá apresentar será semanal e haverá um mínimo de audiência a ser atingido. Se depois de quatro semanas, a audiência ficar abaixo do pretendido, o contrato fica automaticamente cancelado e Adriane, sem emprego.

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DENISE Johnson, nova presidente da General Motors do Brasil, acaba de engavetar o projeto de construção de nova fábrica, conforme pretendia seu antecessor Jaime Ardilla. Quer aumentar a produção das fabricas de São Paulo (ABC) e Rio Grande do Sul, e só vai pensar na fabrica nova daqui a dois anos.

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Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Solução

E L V E L I L G A M O L A E T I A A A M V I A T A L AN O D R D A O R TE

Até o ultimo dia de seu segundo mandato, o presidente Lula quer manter a média diária de duas inaugurações, incluindo fins de semana e a manhã do próximo dia 31. Vale qualquer obra, incluindo pedra fundamental. Seus mais próximos assessores – e entre eles estão Gilberto Carvalho, o Gilbertinho, Franklin Martins e Luiz Dulci – não podem nem mesmo brincar sobre o pouco tempo que resta ao Chefe do Governo no poder. É um assunto que ele nem gosta de comentar. Alguns de seu staff pessoal já chegaram até a encontrá-lo parado, no meio do gabinete presidencial, olhando tudo à sua volta. 333

A própria supermodelo Kate Moss confessou que, muitas vezes, ainda jovem, sonhava em ser uma mulher curvilínea e sensual como Sophia Loren, hoje com 76 anos (nos destaques, nos anos 50 e agora, na Vanity Fair), a maior sex symbol da Itália, durante décadas. Na edição da Vogue italiana, em janeiro, Kate se transforma, em ensaio assinado por Nick Knight, numa versão da estrela italiana, com direito a grande peruca com cabelos escuros, cinta-liga e até com um dos seios aparecendo, o que a original nunca chegou a exibir.

Estilo Sophia

São Francisco Xavier

N

Duas por dia

As apresentadoras dos principais noticiosos da TV Globo, depois de muito tempo, estão antecipando o verão e aparecendo no ar com blusas de mangas curtas (durante anos, eram permitidas apenas mangas compridas). É a segunda quebra de tabu na área de jornalismo do Jardim Botânico, no Rio: antes dessa, outras apresentadoras (começando pelas moças do tempo) puderam aparecer de saia e corpo inteiro na telinha. Algumas, até aplaudidas, como Flávia Freire, que faz substituições aos sábados no noticioso Hoje.

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um dos cofundadores da Companhia de Jesus, com Santo Inácio de Loyola. Pregou com ardor na Índia, Japão e em diversas nações do Oriente, batizando nativos, crianças e adultos. Morreu em 1552 na ilha de Sacian, a caminho da China. É patrono dos missionários.

R V D E B A T I M S ER D E S O V A D OU S A C V I L A A R EI S A O O M R A R DO E Z M U S O E L U R A E I ME R S O I T O A A R G E L

Fotos: BusinessNews

HEBE CAMARGO // 81 anos, sobre o rombo no Panamericano e já esperando nova redução de 50% em meu salário.

É

Por: José Nassif Neto Efetuar reparos.

Discutível. Dá vazão.

Enfeite de barro onde se plantam flores.

Escuridão completa. (plural)

(?) music, orgulho da raça negra.

'Mal', em inglês.

De acordo com a lei.

Pela raíz; rente.

Gilberto(?), cantor pop.

Porventura.

Floresta. Vogais de molejo.

Concedo.

A (?) de plástico polui a natureza.

Casa requintada.

Nome dos orixás femininos. (candom.)

Vogais de amamentar.

Habitar.

Moeda antiga. Prestígio. (ext.sent.)

Camareira. Devedor solidário. Tem os dedos. Representa na TV.

Letra do alfabeto antes do 'n'. Leito carroçável. Fêmea do leão.

Número de Consumo; uma dúzia. gasto. Desaparecer.

Mais à frente. Mover-se n´água.

Desordem; tumulto. Ofício. Berne.

Do povo árabe. Rei dos astros.

Mergulhado.

Título da nobreza espanhola. Capital da Argélia.

Telúrio, símbolo químico.

O que se pode ouvir. Oposto ao sul.

(407) 3-rés; dal; mão; don; 4-iami; soul; evil; 9-debatível.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

5 NEGATIVO Jorge Gerdau nega que irá assumir algum ministério dilmista

olítica

POSITIVO Embaixador Antonio Patriota é reverenciado como novo chanceler

Gerdau vai reforçar núcleo de gestão Cotado para ministério, empresário se reúne com a presidente eleita, Dilma Rousseff, mas diz que apenas irá colaborar para aprimorar administração federal

C

ortejado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para integrar seu ministério, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho Administrativo do Grupo Gerdau, conversou ontem com ela no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do comando do governo de transição. Mas negou ter sido convidado a ocupar qualquer cargo no governo. A assessoria de Dilma classificou a reunião como informal e comum porque os dois têm contato permanente. Gerdau é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido por "Conselhão", que se reuniu anteontem, em Brasília. Segundo o jornal Folha de S. Paulo de terça-feira, Dilma já teria feito três sondagens a um dos principais homens da siderurgia brasileira. Primeiro foi para o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), mas Gerdau não teria se entusiasmado com a ideia, segundo interlocutores. Opções – Agora, Dilma analisa dois outros postos para que Gerdau permaneça próximo ao governo e contribua para aperfeiçoar a administração federal: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o comando do "Conselhão", que foi criado para discutir e formular políticas de desenvolvimento para o País. No passado, Gerdau chegou a integrar uma lista de Lula para assumir o MDIC, proposta

também recusada por ele. O empresário alegou que haveria conflito de interesses. Pessoas ligadas a Dilma o definem como "o ministro de seus sonhos". O eventual desembarque de Gerdau no Executivo traria para o time alguém renomado fora do mundo político, uma "estrela" alçada para além das negociações partidárias – como muitos na transição gostam de definir. Sugestão – Na reunião com Dilma, Gerdau sugeriu que o futuro governo aproveite e es-

A base é montar um tipo de mecanismo que já existe no PAC e estender isso a toda uma estratégia de governo. JORGE GERDAU JOHANNPETER tenda a outros estados a experiência adquirida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). "Se olharmos o MBC, que trabalhou praticamente em dez estados, veremos que há melhorias importantes. Precisamos ver onde, eventualmente, pode-se aproveitar essa experiência". Ao deixar o CCBB, ele contou que conversaram sobre gestão. "Em especial, sobre o que o MBC fez em termos de aprimoramento de tecnologias de gestão".

Criado em 2001, o MBC é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que visa a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, por meio do aumento da competitividade do País. Para isso, a entidade disponibiliza conceitos e ferramentas, além de mobilizar lideranças públicas e privadas em municípios e estados, para disseminarem conhecimentos relacionados à questão da competitividade como via de desenvolvimento do País. Segundo Gerdau, "a base é montar um tipo de mecanismo que já existe no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], e estender isso a toda uma estratégia de governo. No fundo, [o objetivo] é criar mecanismos de aprimoramento de gestão dentro de obras de educação, saúde, enfim, em todas as áreas. O mundo de hoje exige aprimoramento de tudo todos os dias". Questionado sobre assumir algum ministério no futuro o governo, Gerdau disse que não. Ele era uma das pessoas cotadas a assumir o Ministério de Indústria e Comércio Exterior, mas a pasta deve ser entregue ao ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT). Segundo o empresário, Dilma é uma gestora "muito firme e quer fazer as coisas continuarem se aprimorando". Após a reunião , a presidente recebeu uma jornalista do Washington Post. (Agências)

Dutra minimiza 'rebelião' do PMDB por cargos Presidente do PT diz que considera natural a reivindincação de partidos aliados

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presidente do PT, José Eduardo Dutra, procurou ontem reduzir a importância da "rebelião" dos peemedebistas. A legenda vem endurecendo o tom para cobrar cinco ministérios no governo Dilma Rousseff, excluídos os da Saúde e da Defesa. Essas pastas devem continuar nas mãos do PMDB, mas dentro da cota pessoal de Dilma, segundo a sigla. Dutra afirmou que considera "natural" a reivindicação de partidos aliados, mas disse ter confiança na unidade em torno da gestão Dilma. "Eu tenho plena confiança que todos os partidos que fazem parte dessa coligação estão empenhados em garantir o sucesso do governo. Vão estar representados de acordo com o peso de cada um. Até a posse, vai se confirmar o ministério em que todos os partidos vão estar representados e atuando para o sucesso do governo". Segundo ele, cabe ao PMDB definir seus interlocutores junto ao governo de transição, sem a interferência petista. A bancada peemedebista na Câmara se articula para indicar o líder Henrique Eduardo Alves (RN) como negociador no lugar de Michel Temer (SP), presidente da sigla e vice-presidente eleito. "O presidente Temer é vicepresidente da República, mas também é presidente do PMDB. Se o PMDB define que haverá mais de um interlocutor, não há problema. Isso vale para todos os partidos, não é uma rebelião". O partido de Temer não aceitou o formato da proposta feita pela equipe de Dilma, que daria quatro pastas às bancadas da Câmara e do Senado, mas incluiria nelas o nome indicado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para o

ministério da Saúde (Sérgio Côrtes). Por isso, as negociações não devem se encerrar nesta semana. Reunião – Dutra se reuniu ontem com a bancada do PT no Senado, eleita e antiga, para articular os trabalhos dos petistas na Casa em 2011. O presidente do PT minimizou as articulações para indicar o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) para uma pasta no governo Dilma, o que abre caminho para ele assumir uma vaga no Senado – por ser o primeiro suplente de Valadares. "Quando fui candidato a presidente do PT, fui cobrado de que deveria haver interação do presidente do partido com as bancadas do parlamento. Na campanha eu assumi esse compromisso. Não tem nenhuma vinculação com questões futuras".

Ele evitou comentar a montagem do primeiro escalão do governo Dilma. "Com a definição de que eu vou continuar no PT, não vou mais fazer parte do processo de negociação do governo, que será feito pelos ministros que a presidente Dilma indicar. Eu não vou ter uma duplicidade de funções. Por isso, não posso falar em composição de governo". Sabatina – O líder do bloco do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (SP), informou que o futuro presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já confirmado pela presidente eleita, será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos da Casa na próxima terça-feira. Depois, ainda ontem, Mercadante comunicou que o presidente Lula vai formalizar essa indicação. (Folhapress/AE)

Ailton de Freitas/AOG

André Coelho/AOG

Gerdau chega ao CCBB, em Brasília, mas nega desembarque no governo: só apoio gerencial.

Dilma oficializa hoje ministros da área política Antonio Palocci, Gilberto Carvalho e Alexandre Padilha serão os anunciados

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presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializa hoje os ministros que farão parte de seu núcleo político. Escolhidos desde a semana passada, serão anunciados oficialmente Antonio Palocci, na Casa Civil, Gilberto Carvalho, na Secretaria-Geral, e Alexandre Padilha, nas Relações Institucionais. Eles são os titulares que terão assento no Palácio do Planalto e estarão mais próximos da futura presidente eleita. Dilma ainda poderá tornar público hoje os nomes de José Eduardo Cardozo para o Ministério da Justiça e de Paulo Bernardo, nas Comunicações. O PMDB trabalha para que o senador Edison Lobão retorne ao Ministério de Minas e Ener-

gia. Ele se reuniu hoje com a presidente eleita. O partido também deve emplacar a permanência de Wagner Rossi no Ministério da Agricultura. Articulação – Palocci, que coordenou a campanha da petista e chefia a transição de governo, vai assumir uma Casa Civil esvaziada, mas responsável por toda a articulação política. A gerência do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do Minha Casa, Min h a Vi d a , f i c a r á c o m o Ministério do Planejamento. Menos adminstrativa-gerencial, a Casa Civil remodelada vai trabalhar diretamente com a área de Relações Institucionais, a cargo de Padilha, que será responsável pelas proximidade do Executivo com o

Congresso. A oficialização é uma forma de dar andamento aos anúncios da montagem do novo governo, processo que emperrou nos últimos dias pelo impasse da eleita com seu principal aliado, o PMDB. Em discussão – O partido do vice, Michel Temer, não aceitou o formato da proposta feita pela equipe de Dilma, que daria quatro pastas às bancadas da Câmara e do Senado, mas incluiria nelas o nome indicado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). As negociações não devem se encerrar nesta semana. Depois do PMDB, a eleita precisa acertar o quinhão de outros partidos aliados no futuro governo. (Folhapress)

Fabio Motta/AE

Sob holofotes: embaixador é saudado por colegas por ter sido escolhido pela presidente eleita.

Patriota já é tratado no Itamaraty como novo chanceler Indicação nem foi confirmada, mas o embaixador já recebeu congratulações

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Dutra: "Os partidos serão representados e atuarão para o sucesso".

secretário-geral das Relações Exteriores, embaixador Antônio Patriota, foi saudado por amigos diplomatas, ontem, em evento no Rio, como o novo ministro das Relações Exteriores do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. Ao participar da abertura da III Conferência Brasileiros no Mundo, anteontem e ontem, no Palácio Itamaraty, Patriota ouviu em silêncio a fala do embaixador Jerônimo Moscardo, ex-titular da SubsecretariaGeral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB) e copresidente da Conferência, que o cumprimentou efusivamente pela nomeação. "Ele já foi indicado pela pre-

sidente Dilma (para o cargo)", explicou. "Eu queria dizer aqui meu entusiasmo a ter Patriota como sucessor de Rio Branco [referindo-se ao Barão de Rio Branco, diplomata do MRE no início do século 20]". E arrancou aplausos da plateia. Depois do discurso de Moscardo, o embaixador Extraordinário para Assuntos Migratórios, Afonso Massot, afirmou que não havia um nome mais adequado do que Patriota para o cargo. Durante a sessão de abertura do evento, Patriota falou, mas não mencionou sua ida ao ministério. Ele apenas lembrou sua trajetória como embaixador, e informou a intenção do governo brasileiro de

abrir novos consulados pelo mundo, principalmente em países vizinhos ao Brasil, a depender de recursos e de demanda percebida pelo governo brasileiro. Depois do evento, Patriota foi questionado por jornalistas sobre a notícia. Recusou-se a falar com a imprensa. O próprio ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, já reconheceu que está deixando o Itamaraty e que o nome mais forte para substituí-lo é mesmo o do diplomata Patriota, secretário-geral da pasta. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, edição de ontem, a presidente eleita teria comentado com a equipe de transição essa sua escolha. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Durante a campanha, Dilma me disse que ia acabar levando o [Sérgio] Côrtes. Sérgio Cabral, governador eleito do Rio de Janeiro

olítica

Cabral se desculpa publicamente Governador do Rio confessa que errou ao anunciar, antecipadamente, o nome de Côrtes para o ministério da Saúde, atropelando a presidente eleita e o partido dele Ailton de Freitas/AOG - 30.11.10

O Sérgio Cabral: "Eu jamais pedi à Dilma que seja o Côrtes. Foi uma iniciativa dela. Eu me precipitei. Na verdade, ela não formalizou o convite".

PT cria blocão para blindar Dilma Ideia é dar à presidente eleita maior tranquilidade nas negociações no Senado "O bloco nunca foi um instrumento de disputa da presidência. A presidência no Senado é do PMDB, que é a maior bancada. O PT é a segunda maior bancada. Teremos a segunda opção, e assim por diante, inclusive para a oposição. Não haverá disputa com o PMDB pela presidência do Senado", disse. Segurança – Na opinião do líder do PT, o "blocão" deve assegurar à presidente eleita uma certa tranquilidade nas negociações com o Senado. "É um cenário bem mais favorável. Houve uma perda importante da oposição e esse crescimento da base do governo significa um ambiente mais favorável para aprovar as propostas do governo". Mesmo assim, o petista reco-

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PT vai criar um "blocão" no Senado para garantir ampla maioria à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), na Casa Legislativa. A exemplo do que ocorreu na Câmara, os petistas vão se unir com PR, PDT, PSB, PCdoB e PRB em um bloco que vai garantir 29 senadores alinhados diretamente com o governo da petista – do total de 81 senadores. Fiel aliado do PT durante a campanha, o PMDB não está incluído no "blocão" – até por reunir senadores com postura de oposição. O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), garantiu que o "blocão" não tem por objetivo emplacar a sigla no comando da Casa, ao contrário do se deu na Câmara.

nhece que há esperadas dissidências em partidos governistas, como o PMDB. "Temos, em alguns partidos, senadores que têm perfil oposicionista, mas também esses são minoritários na bancada. Vamos ter governabilidade e a bancada do PT vai contribuir para manter esse ambiente" . Na avaliação do petista, seu partido estará à frente do comando de quatro comissões permanentes da Casa e de outras quatro vice-presidências. "Devemos ter a presidência da Comissão Mista de Orçamento este ano. Vamos definir tudo, junto com o bloco". O PT ainda terá um dos cargos da Mesa Diretora do Senado e está se articulando para ficar no comando da primeirasecretaria. (Folhapress)

governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), tentou se redimir, ontem, e pediu desculpas à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), por ter anunciado a indicação de seu secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, para o Ministério da Saúde. "Eu cometi esse erro e peço desculpas. Foi uma deselegância de minha parte porque quem escolhe ministro é o presidente ou alguém delegado por ele", disse a jornalistas brasileiros em Buenos Aires. O governador contou que foi convidado por Dilma para uma reunião na última segunda-feira na Granja do Torto. "Nesta conversa, ela demonstrou o desejo de ter o secretário Côrtes, que é um técnico qualificado da Saúde, como ministro. E eu me empolguei e me precipitei. Mas, na verdade, ela não formalizou o convite". Indagado se "a precipitação" poderia derrubar a indicação de Côrtes, ele disse que a decisão cabe à presidente eleita. "Não vou mais falar sobre esse assunto porque, na verdade, era uma escolha técnica. Ela mesma frisou que na Saúde tem que entrar um conceito técnico de gestão". E argumentou que a indicação não faz parte da cota de cargos do PMDB no governo. "Eu jamais pedi à Dilma que seja o Côrtes. Foi uma iniciativa dela. Eu me precipitei. Na campanha política, em todo debate sobre saúde pública, ela mencionava nossa política da UPA 24 horas (Unidade de Pronto Atendimento)". Segundo Cabral, durante a campanha, Dilma lhe disse que ia

"acabar levando o Côrtes". "Na verdade, o Côrtes foi mencionado como um técnico. Ele nem é filiado ao PMDB". Além de dizer que a escolha é de Dilma, ele ainda disse que quem negocia os cargos de seu partido no governo é o vicepresidente eleito, Michel Temer, presidente do PMDB. "Eu já tenho que cuidar dos assuntos do estado, mas tenho certeza que tudo vai acabar muito bem porque Michel Temer e Dilma vão ter uma integração muito grande". O governador contou ainda que falou com a eleita anteon-

Eu cometi esse erro. Foi deselegância. Quem escolhe ministro é o presidente ou alguém delegado por ele. SÉRGIO CABRAL

tem e que ela não lhe deu um puxão de orelhas. "Somos amigos e temos uma relação de enorme respeito". Chances – Hoje, as chances de Côrtes vir a ser nomeado ministro são mínimas. Além do imbróglio no PMDB, que não o reconhece como uma indicação partidária, mas sim como uma escolha de Cabral e de Dilma, pesam ainda as denúncias contra sua gestão. Ainda assim Cabral defendeu Côrtes e sua gestão como secretário de Saúde – ele está sendo investigado pelo Minis-

tério Público do Rio por supostas irregularidades em contratos de terceirização do setor. "Qualquer administrador está sujeito a ter suas ações questionadas", justificou o governador. As denúncias, prosseguiu, são parte de "interesses contrariados por uma secretaria extremamente aberta e transparente". Segundo o governador, as denúncias contra Côrtes são parte de "interesses contrariados de uma secretaria extremamente aberta e transparente. As políticas públicas implementadas por Sérgio Côrtes na área de Saúde contrariam muitos interesses". Para o Cabral, a abertura de CPI na Assembleia Legislativa, na quarta-feira, para apurar as suspeitas de irregularidades, assim como a nova investigação iniciada pelo MP do Rio, são normais e fazem parte da gestão pública. "Côrtes é o melhor técnico em saúde pública do Brasil. Estou aqui em Buenos Aires celebrando uma conquista da nossa política pública, as UPAs 24 horas. Essa política pública, que ultrapassou as fronteiras do Brasil, foi implantada por esse técnico". Para Cabral, "graças a Côrtes, o Ministério da Saúde do Rio tem presença física superior à de qualquer outro estado brasileiro". O resultado desses avanços, disse, foi o que o entusiasmou quando ouviu de Dilma a intenção de nomear Côrtes. "Me entusiasmei porque lembrei que no Rio as pessoas esperavam semanas para fazer uma tomografia. Hoje, qualquer hospital público tem aparelhos modernos". (AE)

Leonardo Soares/AE

Bernardo faz mistério sobre Ministério das Comunicações

3172-5300 / 3172-5340

Av. Dr. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 75 - Cj. 62 - Bl. B

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atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não confirmou ontem as informações veiculadas na imprensa sobre o fato de ele ter sido escolhido para assumir o Ministério das Comunicações no futuro governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Ele comentou apenas que ouviu dizer que sim. "Recebi uma ordem da Presidência e também da Dilma para tocar o trabalho até o fim do ano, normalmente. Não mudou nada. Não conversei mais com a presidente", disse, após participar de plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Por outro lado, fica o enigma. Paulo Bernardo se disse “bem feliz” com a possibilidade de assumir o Ministério das Comunicações, atualmente comandado pelo PMDB. Durante toda a semana, fontes diferentes confirmaram a transferência de Paulo Bernardo, do Planejamento para as Comunicações. Como este ministério está sob o comando do PMDB há seis anos, Dilma precisava acertar com o partido como faria essa contrapartida. Nos últimos dias, divulgou-se que os peemedebistas sonhavam emplacar um nome nas Cidades para compensar a provável perda nas Comunicações. No caso, o nome mais cotado seria do de Moreira Franco, dirigente nacional do PMDB. (Agências)

Alckmin anuncia o nome de Afif Domingos para o Desenvolvimento e Saulo de Castro para Transportes

Alckmin anuncia três novos secretários, inclusive seu vice Afif Domingos, o vice-governador eleito, acumulará a pasta do Desenvolvimento

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governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem mais três nomes da sua equipe de secretariado. Dois deles podem ser creditados direto da cota de indicações pessoais do tucano. Saulo de Castro Abreu Filho, ex-secretário de Segurança da gestão anterior de Alckmin, assumirá a Secretaria de Transportes, que tem como principal função gerir obras viárias do estado, como o Rodoanel. Jurandir Fernandes ficará com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, cargo que já ocupou no primeiro governo de Alckmin, de quem é amigo pessoal há tempos. O terceiro nome é o do vicegovernador eleito, Guilherme Afif Domingos (DEM), que, assim, acumula a Secretaria de Desenvolvimento. Afif e Alckmin mantêm boa relação pessoal e a indicação do vice entra na cota de seu partido. O vice também integra a equipe de transição do governo.

Alckmin aproveitou o anúncio para sacramentar a extinção da Secretaria de Ensino Superior. Desde o início dos trabalhos da transição, havia a expectativa de que a pasta perdesse status e se tornasse coordenadoria. Assim, a partir de 2011, as universidades e as faculdades estaduais estarão a cargo da Secretaria de Desenvolvimento. Também será criada a Secretaria de Gestão e Planejamento, que terá como subordinadas a Emplasa, agências, conselhos e fundos de cada região metropolitana. Revisão – Saulo de Castro garantiu ontem que vai rever todos os contratos de concessão de rodovias estaduais de São Paulo. A iniciativa é uma das principais promessas feitas pelo governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) durante a campanha eleitoral. "Foi dito em campanha, o governador já colocou isso para mim como uma das metas. Vamos revisar todos os contra-

tos, aquilo que puder ser reduzido, aquilo que pode ser melhorado para a população", afirmou, em entrevista coletiva, logo após o anúncio de seu nome como titular da pasta na gestão de Alckmin. O secretário indicado destacou ainda que os pedágios não foram feitos para gerar lucros indevidos. "Nenhum dos lados pode ganhar mais do que o outro, nem o governo, nem as concessionárias". Durante sua campanha ao governo, Alckmin havia anunciado que iria rever os 18 contratos de concessão de rodovias no estado. Segundo ele, isso não implicaria em uma redução no valor das tarifas. "Vou rever os 18 contratos – doze da época do Mário Covas e outros seis, firmados de 2008 para cá. Faremos a análise do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A análise pode indicar a necessidade de mais obras, ou a redução de tarifa. Não necessariamente a redução". (Agências)


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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Não acho correto pagar a previdência, uma coisa permanente, com recursos finitos. O poço de petróleo seca.

olítica

Antonio Palocci

Câmara aprova a partilha do pré-sal Setor do petróleo tem novo marco regulatório, que estabelece o modelo de partilha, cria fundo para gerir recursos da área e muda distribuição dos royalties Gustavo Miranda/AOG

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Presidente Lula: apoio às mudanças no setor de petróleo e gás, e promessa de que não vai vetar norma que muda a distribuição dos royalties

Cabral aposta em veto. Lula fala em sanção Governador do Rio diz que se a matéria passar, será a falência do Rio. Mas Lula sinaliza que sancionará projeto

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aprovação do novo marco regulatório do setor de petróleo pela Câmara, anteontem, já provoca divergências e opõe aliados políticos, como é o caso do presidente Lula, de um lado, e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de outro. Tanto que, ontem, em discurso na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Lula agradeceu à Câmara por aprovar mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo entre os estados e municípios. Lula afirmou que a medida acaba com um problema histórico do Brasil e sinalizou que sancionará o projeto, independentemente da contrariedade de governadores aliados, como é o caso de Sérgio Cabral. "Meus agradecimentos porque ontem (anteontem) a Câmara aprovou o modelo de partilha, que é uma coisa que nós entendemos que seja a melhor forma de esse País ser dono de sua riqueza, e dela fazer a compensação dos desmandos que nós tivemos durante todo o século 20 e, ainda, em outros momentos da nossa História", afirmou o presidente. O projeto, que prevê que os royalties e participações especiais da exploração de petróleo sejam agora distribuídos entre todos os estados e municípios segundo as regras do fundo de participação, deverá ser sancionado dentro de 15 dias.

O texto aprovado prevê ainda que a União compense as perdas bilionárias que estados e municípios produtores de petróleo, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, teriam com a nova distribuição. Mas a expectativa dos parlamentares da base governista é de que o presidente vete a questão.

A Câmara aprovou o modelo de partilha, que é a melhor forma de esse País ser dono de sua riqueza. PRESIDENTE LULA Lado oposto – Ao contrário do presidente Lula, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), lamentou ontem a aprovação pela Câmara da nova distribuição para os royalties do petróleo, e se disse confiante no veto a ser feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se a matéria passar sem veto, será a falência do estado do Rio de Janeiro. Prefiro nem tecer comentários sobre isso diante do absurdo que é e diante do compromisso que o presidente Lula assumiu publicamente de vetar essa barbaridade", disse Cabral, em entrevista dada à Rádio CBN. De acordo com o governador, atualmente, o Rio de Janeiro

tem 60% de suas receitas em participação especial e 40% em royalties do petróleo que produz. Segundo ele, o novo modelo de partilha agora aprovado pelos deputados acaba com a participação especial. "A princípio, acabam os 60% de entradas de receita no estado e ficam só os 40%", explicou. O governador disse que o acordo feito com o governo federal era de redesenhar o percentual dos royalties de tal maneira que todos os estados recebessem, e o percentual do Rio aumentasse de forma que compensasse a perda da participação especial. "Como vai aumentar o volume de produção, o Rio, infelizmente, não ganha, mas deixa de perder. Esse era o acordo, bom para todos os lados", disse Cabral. Partilha – A Câmara aprovou o projeto que muda o modelo de exploração de petróleo do pré-sal de concessão para partilha e cria o fundo social para aplicar os recursos oriundos de sua produção. Os projetos também seguem para sanção do presidente Lula. O novo modelo de partilha será aplicado na área do présal que ainda não foi leiloada, que equivale a dois terços das reservas já descobertas. Com a mudança, o governo receberá parte da produção em óleo e a Petrobras participará de todos os consórcios com pelo menos 30% e será a única operadora das reservas do pré-sal. O relator do projeto na Câ-

Presidente quer regular a mídia Segundo Lula, setores de comunicação devem criar marco regulatório

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a entrevista a rádios comunitárias realizada ontem de manhã, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender regras de regulação dos meios de comunicação e pediu que todos os setores estejam atentos e presentes às discussões que vão se estabelecer, nos próximos dois anos, para a criação destes marcos. Segundo o presidente, isso deve ocorrer para que nenhum dos lados saia beneficiado e se chegue a um bom termo no texto. Fazendo de conta que não sabe que o seu atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já foi escolhido pela presidente eleita, Dilma Rousseff, como novo ministro das

Comunicações, o presidente Lula disse que ela certamente vai escolher alguém para a pasta que "tenha também uma afinidade com a necessidade de democratização nos meios de comunicação". No fim da entrevista de mais de uma hora, um dos radialistas perguntou a Lula se ele achava que as rádios comunitárias "derrubavam avião ou tubarão", em uma referência implícita aos grandes grupos de comunicação. Lula, então, respondeu: "Eu sinceramente não sou técnico ou especialista para dizer se rádio comunitária derruba avião. Obviamente que qualquer rádio que interferir no sistema do avião pode criar um problema. Mas eu acho que hoje ela

preocupa muito mais o tubarão do que um avião." Na entrevista, os grandes meios de comunicação foram alvo de ataques de Lula e, agora, dos representantes das rádios comunitárias escolhidos para participar do encontro. O presidente Lula começou dizendo que "há uma briga histórica que eu considero um equívoco: os meios de comunicação confundirem uma crítica que qualquer pessoa faça a eles como um cerceamento de liberdade de imprensa. A coisa mais absurda, mais pobre do ponto de vista teórico que conheço é alguém achar que não pode receber crítica, que é intocável". Em seguida, vangloriou-se da sua relação com a imprensa. (ABr)

mara, deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), apresentou parecer que manteve a adoção do modelo de partilha e criou o fundo social. "Se a União compensar financeiramente os estados produtores, com dinheiro do fundo, então não haverá fundo", disse Antonio Palocci. O deputado e ex-ministro da Fazenda também defendeu no seu relatório a exclusão de destinação obrigatória de 5% do fundo para a Previdência Social. ''Não acho correto pagar a previdência, uma coisa permanente, com recursos finitos. O poço de petróleo seca", afirmou Palocci. (Agências)

Congresso brasileiro concluiu nas primeiras horas desta quinta-feira a votação do novo marco regulatório do setor de petróleo e gás, aprovando todas as propostas encaminhadas pelo governo, que trazem drásticas mudanças no modelo para a exploração das grandes reservas da área do pré-sal. No início da madrugada, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto que institui o sistema de partilha de produção no setor de petróleo no Brasil, modelo que conviverá com o atual sistema de concessões. No mesmo projeto foi aprovada a criação do fundo social, que vai receber parte dos recursos da exploração dos hidrocarbonetos e destinálos para áreas como saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia e combate à pobreza. Por 204 votos a 66, os deputados aprovaram o projeto, que estipula ainda que a Petrobras será a operadora única de todos os blocos do pré-sal ainda não licitados e, além disso, terá participação mínima de 30 % nos consórcios que receberem os direitos de exploração desses novos blocos. O resultado da votação só não foi ainda mais positivo para o governo porque os deputados mantiveram o ponto que garante uma redistribuição dos royalties do petróleo de forma mais equitativa entre os estados e municípios da federação, prejudicando os estados produtores como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Pagamento em óleo – O sistema de partilha fará com que o governo receba em petróleo a sua fatia na exploração das reservas gigantes do pré-sal. Esse óleo será encaminhado para a Pré-Sal S.A., nova estatal também criada no âmbito do novo marco, que o venderá nos mercados interno e externo. O objetivo do governo com a mudança nas regras foi elevar

a sua participação nos resultados da exploração de petróleo e de gás no mercado interno. Sob o atual modelo de concessão, as empresas que exploram petróleo no Brasil pagam em dinheiro os ro ya l ti es e as participações especiais, estas últimas variando de acordo com os preços internacionais do petróleo (quanto mais altos, mais o governo recebe). Os royalties serão mantidos para a partilha, mas a participação especial deverá deixar de existir nesse modelo. Enquanto no sistema de concessões leva o bloco no leilão a petroleira que oferecer o mais elevado bônus de assinatura, no sistema de partilha ficará com a área a empresa que oferecer a maior participação em petróleo para a União. O modelo de partilha será usado em todas as áreas consideradas estratégicas pelo governo (o de concessões continuará sendo usado em áreas com maior risco exploratório). Como apenas cerca de um terço da área total do pré-sal foi licitado até agora, ainda resta uma grande região potencial que utilizará a partilha. Royalties ficam – Os deputados também aprovaram o ponto mais polêmico do projeto – o que redistribui os royalties do petróleo de uma forma mais equitativa entre estados e municípios, mas que tiraria arrecadação de estados produtores, como é o caso do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A proposta é a de que os ro ya lt ie s sejam distribuídos com base nos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundos de Participação dos Municípios (FPM). Mas líderes do governo no Congresso já adiantaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá vetar esse ponto quando sancionar o projeto. O Congresso já aprovou e Lula sancionou a criação da estatal Pré-Sal S.A. e a capitalização da Petrobras. (Reuters)


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um monitor que ainda reúne as funções de impressora e scanner. Gostou da ideia? É um conceito do designer Byeong Min Choe.

www.dcomercio.com.br

3 Dia Internacional do Deficiente Físico

www.yankodesign.com /2010/11/25/ print-that-screen-literally/

DEZEMBRO

8 -.LOGO

F UTEBOL D ESIGN

Rússia e Catar ficam com Copas

Copie, cole e sente-se

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Sigurdur Gustafsson é o criador da cadeira "Copy and Paste" feita de vários materiais. http://designdontpanic. blogspot.com/ 2010/11/copy-andpaste-chair.html

N EGÓCIOS

A vingança dos clientes maltratados O Google anunciou ontem que desenvolveu um novo algoritmo que permitirá penalizar automaticamente em seu sistema de buscas as empresas que tratarem mal seus clientes. A medida foi adotada para reverter um problema relatado em uma reportagem publicada pelo diário norte-americano The New York Times. A reportagem mostrava que uma empresa registrava ascensão nas buscas do Google impulsionada por um elevado número de menções negativas a sua atuação. "A principal premissa do artigo foi que ser mau na

internet pode ser bom para o negócio", explicou o engenheirochefe do Google, Amit Singhal, que disse que sua equipe se "horrorizou" ao conhecer a história. O periódico relatava que as queixas dos usuários na web favoreciam a visibilidade da companhia no Google, uma notoriedade que atraía novos clientes. A modificação, que foi qualificada de "solução inicial", prejudicará a posição no ranking do Google de centenas de companhias que, na opinião do gigante da internet, "oferecem aos usuários uma experiência extremamente pobre".

Fifa deu seu reconhecimento máximo aos mercados emergentes ontem, ao conceder as edições de 2018 e de 2022 da Copa do Mundo à Rússia e ao Catar. A Rússia sediará a Copa de 2018, primeira vez que o evento acontece no Leste Europeu. O Catar sediará o torneio em 2022, feito inédito tanto para o Oriente Médio como para um país árabe. O país também será o menor da história a sediar uma Copa: sua população é de 1,7 milhão de habitantes. "Vamos para novos territórios. A Copa do Mundo nunca foi na Rússia e no Leste Europeu, e o Oriente Médio e o mundo árabe esperaram por muito tempo, então sou um presidente feliz quando falamos de desenvolvimento no futebol", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao fazer o anúncio.

3D japonês não vingou

O Japão, candidato a sediar a Copa do Mundo de 2022, entrou pesado na competição prometendo realizar a transmissão dos jogos totalmente em 3D [imagem acima]. Pelo menos

200 câmeras de alta definição seriam colocadas em cada estádio, além daquelas que registrariam as partidas do ponto de vista dos jogadores. Mas a ideia não seduziu a Fifa. Ainda.

Thierry Roge/Reuters

M EIO AMBIENTE

Sem lâmpadas incandescentes A Organização das Nações Unidas (ONU) conclamou o mundo a trocar as lâmpadas incandescentes pela iluminação fluorescente, que consome menos energia e pode ajudar a mitigar a mudança climática. Relatório emitido durante a conferência climática da ONU, em Cancún, mostra que a adoção de lâmpadas mais eficientes poderia reduzir em 2% a demanda por eletricidade para a iluminação. O texto diz que o Brasil, por exemplo, seria um dos maiores beneficiados, com uma economia de US$ 2 bilhões por ano.

I NVERNO Russell Cheyne/Reuters

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DECEPÇÃO - Em Bruxelas, dois meninos vestindo camisetas da seleção da Bélgica desanimados depois do anúncio dos países-sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022 pela Fifa, ontem.

Boi da Escócia, naturalmente protegido por sua pelagem grossa, caminha em busca de comida nos campos cobertos de neve de Perthshire. Uma nevasca na Europa causou transtornos ontem na Escócia, França, Alemanha e Suíça.

Brasileiros no Grammy Os brasileiros Bebel Gilberto e Sérgio Mendes foram indicados ao Grammy, a maior premiação da música norte-americana, na categoria melhor álbum de World Music Contemporânea. Bebel disputa pelo trabalho All in Onee Mendes, por Bom Tempo. Os dois vão concorrer com Bela Fleck, Angelique Kidjo e Chandrika Krishnamurthy. A entrega dos prêmios acontece a 13 de fevereiro, em Los Angeles.

Reprodução

Proteção natural

M ÚSICA

BARRADO Papai Noel em um aeroporto dos EUA, charge de Ape Lad que virou camiseta. http://tinyurl.com/tsanta

L OTERIAS Concurso 588 da LOTOFÁCIL

T ECNOLOGIA

Para elas, iPhone; para eles, Android

Satélites guardiões de florestas

Uma pesquisa divulgada ontem indica que as mulheres são mais propensas a comprar um iPhone que os homens, que preferem celulares com Android, o sistema operacional do Google. O estudo foi publicado pelo site espanhol 20 Minutos. A pesquisa, focada no mercado dos EUA, aponta que 30,9% das mulheres que pretendem comprar um smartphone escolheriam o produto da Apple, contra 22,8% que optariam por um Android e apenas 12,5% que comprariam um BlackBerry. Os homens vêem com mais interesse a tecnologia do Google, com 32,6% dos pesquisados optando pelo Android. Segundo o site, 28,6% comprariam um iPhone, contra 12,8% que ficariam com um BlackBerry.

Google revelou ontem uma tecnologia para ajudar a criar confiança entre países ricos e pobres sobre projetos criados para proteger as florestas tropicais do planeta. A destruição das florestas é responsável por até 17% das emissões de gases causadores do efeito estufa produzidos pelo homem. A tecnologia do Google, chamada de Earth Engine, reúne grandes quantidades de imagens de florestas feitas por satélites dos EUA e França que são analisadas em centrais compartilhadas de processamento de dados por meio da tecnologia de computação em nuvem. O sistema permite que cientistas monitorem florestas com seus próprios computadores em minutos ou segundos em vez de terem de esperar horas ou dias.

A TÉ LOGO

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Ronaldo treina e vai jogar a "decisão" contra o Goiás

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Década 2001-2010 é a mais quente já registrada

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Concurso 2462 da QUINA 28

Pés que limpam o chão Foki é uma máquina que limpa o chão enquanto você anda. Funciona a bateria para aspirar a sujeira. www.psfk.com/2010/12/floor-cleaning-shoes.html

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9 Paulo Pampolin/Hype

PREJUÍZO Cada lixeira danificada reposta custa R$ 90 para a Prefeitura.

idades

GUERRA NO RIO Operação no Alemão provocou fuga para outras favelas da cidade.

Marcia Foletto/AOG

Lixeiras do Centro Velho sofrem com o vandalismo Prefeitura gasta mais de R$ 1 milhão por mês para substituir peças de plástico destruídas ou desgastadas Fotos:Paulo Pampolin/Hype

Bruno Faria

No Complexo do Alemão, há filas para denunciar abusos dos policiais

Traficantes foragidos estão "exilados" em outras favelas no Rio Polícia prendeu agentes do tráfico em vários pontos do Rio e Baixada Fluminense

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ugitivos do Complexo da Penha e do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, os traficantes do Comando Vermelho (CV) estão pulverizados em favelas de menor porte para evitar uma prisão em massa. Ontem, quatro deles foram presos em diferentes pontos da cidade. De acordo com os relatos de moradores e policiais, depois da escapada por galerias pluviais e de esgoto, as lideranças do tráfico foram para o Morro do Juramentinho, em Tomás Coelho, no subúrbio do Rio, a cerca de seis quilômetros do local onde ocorria o confronto entre policiais e criminosos. A favela serviu de base para que a quadrilha se dividisse em fuga pela zona norte e Baixada Fluminense. Ontem, em investida para descobrir o paradeiro dos fugitivos, policiais civis prenderam Thiago de Souza Silva, de 24 anos, o "Sapão", gerente do tráfico no Juramentinho. Na Vila Cruzeiro, os moradores relatam que boa parte do chamado "segundo escalão do tráfico" obteve refúgio na Favela do Mandela, no Complexo de Manguinhos, na zona norte, a cinco quilômetros da Penha. Monitoramento – Moradores de Duque de Caxias, na Baixada, notaram a presença de homens estranhos no Complexo da Mangueirinha. Os agentes da inteligência da 59ª Delegacia de Polícia negam. "Estamos monitorando a Mangueirinha apenas porque o chefão de lá morreu em confronto no Alemão", afirmou um investigador, referindo-se a Luiz Carlos Nesse, o "Olho de Vidro". Desde domingo, o Hospital

de Saracuruna recebeu cinco baleados, mas sem relação direta com os tiroteios na Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão. Fora dos chamados quartéis do tráfico, os traficantes dos dois conjuntos de favela são capturados com relativa facilidade pela polícia. "O marginal desarmado e fora de seu habitat é menos bandido", repetiu, durante toda a semana, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. O chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, concorda. "A prisão deles acontecerá em lugares de muito mais fácil acesso", disse. Ontem, Alex Gomes da Silva, de 24 anos, foi preso em Belford Roxo, na Baixada, município vizinho de Duque de Caxias. Policiais disseram que o acusado fugiu da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão e depois ficou escondido na cidade. Em outra operação, a polícia prendeu em Santa Teresa, na região central do Rio, Marcos César Alves Romão, de 29 anos, apontado como segurança de Fabiano Atanázio, o "FB", ex-chefe do tráfico na Vila Cruzeiro. Dois fugitivos também foram presos em Campo Grande (zona oeste). Fronteiras – As fronteiras de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai estão "trancadas para os traficantes", garantiu ontem o superintendente da Polícia Federal em Campo Grande, José Martins Lara. Umas das consequências desse fechamento são as localizações cada vez mais comuns de cocaína e maconha abandonadas em automóveis, utilitários, caminhões e até bicicletas em diversas cidades do Estado. (AE)

Marcia Foletto/AOG

No quinto dia de operação no Rio, mais granadas foram apreendidas Paulo Pinto/AE

SEQUESTRO – Uma menina de oito anos foi libertada de um cativeiro na zona leste de São Paulo, no domingo. A menina, sequestrada pela própria prima adolescente e mantida em cativeiro pelo namorado, usou um celular para chamar a polícia.

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odo dia, milhares de pessoas passam pelas ruas do Centro de São Paulo. Fumam, bebem, comem e, o que sobra, vai – nem sempre, é bom frisar – para uma das cinco mil papeleiras de plástico da região, nome técnico das lixeiras cinzas distribuídas pela cidade. Instaladas para receber dejetos, elas, infelizmente, são tratadas como lixo. Somente na região central, a subprefeitura da Sé repõe, por dia, cerca de 400 lixeiras. E não é barato. Seja por vandalismo ou por desgaste do material, cada unidade reposta custa R$ 90 reais, totalizando R$ 36 mil por dia, ou mais de um milhão por mês. A subprefeitura e a Associação Viva o Centro, que ajuda a zelar pela área, não têm o número certo de quantas papeleiras são destruídas por vândalos e quantas estragam devido à fragilidade do plástico. Evaldo Gomes, supervisor municipal de limpeza pública, diz que os lugares mais problemáticos do Centro são as ruas no entorno do Largo do Paissandu, a região da Nova Luz (ex-Cracolândia), baixos do Minhocão e a praça Marechal Deodoro. Segundo Evaldo, não há um dia específico para medir a destruição. Nos dias de futebol no meio da semana, os ataques equivalem aos de sextas e sábados, que registram maior movimento de pessoas na região. Engana-se quem imagina que grandes eventos como as viradas culturais e esportivas aumentem o vandalismo. As piores ocasiões são mesmo associadas ao futebol, particularmente em finais de campeonato em que equipes paulistas não se saiam bem. Nesse caso, sofrem também os orelhões, estações de metrô, pontos de ônibus – o estrago é geral. O combate à destruição é complexo. Os primeiros e mais adequados instrumentos a serem utilizados – campanhas de conscientização e apelos de cidadania – parecem não sensibilizar os vândalos que, a julgar pelas características dos ataques, sugerem formar uma espécie de confraria refratária a apelos. Aliança – A Subprefeitura da Sé, a Polícia Militar e a Associação Viva o Centro criaram, em agosto de 2009, um projeto amplo denominado "Aliança pelo Centro Histórico". Iniciativa privada, Prefeitura e governo estadual uniram-se para dar maior qualidade à região do Triângulo Histórico de São Paulo. (Área entre a Praça da Sé, Largo de São Bento e o Largo São Francisco). A região é considerada pela Aliança o local mais emblemático de São Paulo. Marco Antônio Ramos de Almeida, superintendente da Associação Viva o Centro, explica como as papeleiras entram nessa parceria.

Lixeira totalmente destruída no Largo do Paissandu. Área é uma das mais afetadas pelo vandalismo.

Acima e ao lado as papeleiras - nome oficial das lixeiras de plástico danificadas no Centro Velho da cidade. Todos os dias, a Prefeitura repõe cerca de 400 peças na região.

Elas também são objeto de observação da equipe chamada "Zeladores Urbanos", composta por funcionários terceirizados de empresa contratada pela Associação, que sete dias por semana, mesmo domingos e feriados, percorrem as ruas do Triângulo Histórico, das seis da manhã à meia noite. Uniformizados, munidos de rádio e máquinas fotográficas, os zeladores relatam danos aos equipamentos públicos. Orelhões, lixeiras, bueiros, buracos, postes, lâmpadas, questões sociais (moradores de ruas, locais de consumo de droga), tudo é passado para a central da Viva o Centro, que depois encaminha relatório ao poder público No dia 21 de novembro,

um domingo, eles anotaram que 21 papeleiras foram danificadas, das 437 instaladas no Triângulo Histórico. Desgaste – Nem todas as lixeiras estragadas podem ser colocadas na conta do vandalismo, segundo Ramos de Almeida. As ruas do Centro são varridas oito vezes por dia. As papeleiras são abertas, esvaziadas e fechadas pelo menos oito vezes, pelos garis da Prefeitura, além de pessoas que buscam alimento ou latas vazias para vender. É difícil traçar um perfil do vândalo. Entre brigas de bar, moradores de rua, torcedores revoltados e consumidores de drogas, a variedade é grande. Câmeras – No momento, a Aliança está implantando um

programa que pode reduzir o ataque às papeleiras. Trata-se do cadastramento de câmeras de vigilância existentes da região. Já foram relacionadas 205 câmeras privadas, instaladas por empresas e condomínios, bancos, entre outros. A ideia da Aliança é levantar os responsáveis por todos os equipamentos e depois utilizá-los no combate à depredação da área através da identificação dos autores. Nesse sentido, a Associação Viva o Centro, a Polícia Militar e a Guarda Civil formaram parceria. O epicentro dessas operações é a sede da Associação, na Rua da Quitanda, 80. Ali existe a infra-estrutura necessária para o trabalho: salas de reunião, banheiro, vestiários, uma copa com água, café, telefones etc. O trabalho de conscientização e capacitação ali desenvolvido é voltado para as pessoas que atuam na área – comerciantes, síndicos, zeladores. Eles constituirão as futuras patrulhas antivandalismo.


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Ainda há muito a fazer antes de pôr esse micróbio no mapa da biologia. Robert Gunsalus, microbiólogo da Universidade da Califórnia, pedindo cautela

idades

Mark Wilson/

Bactéria que 'come' arsênio é pista para vida extraterrestre

AFP

Cientistas anunciam descobrimento de bactéria que foge aos padrões de vida existente na Terra e abrem um novo caminho para a busca de alienígenas Reuters/Nasa

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inda não foi desta vez que os terráqueos puderam, finalmente, tornar realidade a frase "não estamos sós". Numa das entrevistas coletivas mais aguardadas dos últimos tempos, durante a qual boa parte do mundo esperava que a Nasa anunciasse a descoberta de vida fora da Terra, uma equipe de cientistas liderada pela astrobióloga Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa e do Serviço Geológico dos EUA, revelou ter encontrado uma bactéria que, em princípio, contraria os fundamentos da vida na Terra. A bactéria GFAJ-1 foi descoberta no lago Mono, na Califórnia, e tem como característica surpreendente a capacidade de substituir o nutriente essencial fósforo por arsênio. Essa particularidade, segundo os cientistas, abre o caminho para novas concepções de vida, não apenas baseadas nas formas tradicionais. Seis elementos – Explica-se. Todas as formas de vida conhecidas até hoje na Terra dependem de seis elementos químicos para a constituição de suas moléculas: oxigênio, hidrogênio, carbono, fósforo, enxofre e nitrogênio. A bactéria descoberta pela equipe de Felisa Wolfe-Simon seria a primeira exceção conhecida a essa regra. E por que a GFAJ-1 seria uma boa ferramenta na busca de vida fora da Terra? Um dos princípios dessa procura é o de que a ciência deve "seguir os elementos". Em outras palavras, qualquer tipo de vida deve seguir o padrão dos seis elementos básicos - ou, em última análise, respeitar os padrões da vida tal como ela é conhecida na Terra.

Nasa

No alto, a bactéria GFAJ-1, apresentada pela Nasa. Os astrobiólogos Felisa Wolfe-Simon (à esq. e acima, à dir.) e Ronald Oremland, da Nasa e do Serviço Geológico dos Estados Unidos, integram a equipe de pesquisadores que encontrou o microorganismo no Lago Mono, na Califórnia.

A bactéria GFAJ-1, ao substituir o nutriente fósforo por arsênio (um elemento tóxico para a maioria das formas de vida conhecidas), rompe com essa regra. Dessa forma, é bem possível que cientistas dedicados à busca de vida alienígena passe a considerar mais essa probabilidade: a de seres vivos que não dependam dos seis elementos já citados. A pesquisa que levou à GFAJ-1 foi descrita no serviço on-line da revista Science, o Science Express. "A vida como a conhecemos requer alguns elementos químicos em particular e exclui outros", disse, em nota divulgada pela Universidade Estadual do Arizona, um dos coautores do estudo, Ariel Anbar. A ideia de que arsênio poderia substituir fósforo já havia sido apresentada por Felisa, Anbar

Se uma coisa na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais a vida pode fazer que não vimos ainda? FELISA WOLFE-SIMON, DA NASA

e por Paul Davies (cientista que também assina o artigo na Science Express) em trabalho publicado em 2009 no International Journal of Astrobiology. "Nós não apenas sugerimos que sistemas bioquímicos análogos aos conhecidos hoje poderiam usar arseniato (composto de

arsênio e oxigênio) no papel equivalente do fosfato", diz Felisa. "Mas também que esses organismos poderiam ter evoluído na Terra antiga e persistir em ambientes incomuns até hoje." A pesquisa – Depois de recolher lama do fundo do Lago Mono - que é três vezes mais salgado do que o oceano - os pesquisadores passaram a cultivar, em laboratório, os micróbios dali extraídos, usando uma dieta na qual entravam doses crescentes de arsênio. A taxa de arsênio em relação a fósforo no meio de cultura foi sendo ampliada paulatinamente, com a transferência de populações de bactérias para meios cada vez mais pobres no elemento tradicional da vida e cada vez mais ricas no material tóxico, até um ponto onde qualquer bactéria que depende de fósfo-

ro fosse forçada a usar arsênico no lugar - ou morrer. Quando o microscópio revelou que havia micróbios vivos mesmo no meio de cultura mais concentrado, uma série de análises delicadas foi realizada para determinar se o arsênio estava mesmo sendo utilizado como "material de construção" pelas bactérias. Os testes revelaram que o arsênio estava mesmo dentro das células. Depois, com o uso de material radiativo baseado em arsênio, os cientistas conseguiram encontrar sinais do elemento em fragmentos de moléculas de proteína, gordura e material genético. Aprofundando a análise, a equipe determinou a presença de arsênio no DNA purificado das bactérias. Testes com raios X de alta intensidade indicaram que o arsênio ali presente estaria

cumprindo uma função química, dentro da molécula de DNA, análoga à do fósforo. Cautela – Davies, um físico que vem se especializando na questão da busca por vida extraterrestre, acredita que a GFAJ-1 é apenas "a ponta do iceberg". "Isso tem o potencial de abrir um novo domínio na microbiologia", disse. E Felisa acrescentou: "Se uma coisa na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais a vida pode fazer que não vimos ainda?" Outros cientistas, no entanto, preferem manter cautela e esperar por mais provas de que a bactéria faz tudo o que seus descobridores alegam. Ouvido pela revista Science, o microbiólogo Robert Gunsalus, da Universidade da Califórnia, diz que "ainda há muito a fazer antes de pôr esse micróbio no mapa da biologia". (Agências)

Paulo Pinto/AE-17/03/2009

LIÇÕES DA VIDA uma surpresa. Os quatro rapazes de classe média alta, envolvidos na rumorosa agressão da Paulista, que foram recolhidos à unidade Brás da Fundação Casas, estão se dando muito bem com os demais internos – cerca de 60. A previsão, devido às diferenças sócioeconômicas, era a de que enfrentariam variados atritos. Eles estão vestindo o clássico uniforme de verão (camiseta branca e bermuda cáqui), lavando banheiros e arrumando quartos, exibindo corte de cabelo máquina dois e dormindo em beliches de alvenaria, a quatro ou cinco por quarto. Acordam às 7h e às 22h as luzes são apagadas. Recebem cinco refeições diárias, saudáveis e suficientes, mas que não são obras-primas do chef Alex Atalla. O café da manhã, por exemplo, consta de café com leite, pão e manteiga, com variações de mortadela. Visitas? Só aos sábados ou domingos. Internet? Nem pensar. Os rapazes terão nova audiência na Justiça no dia 7 e, talvez, passem o Natal em casa, embora um deles esteja pendurado em um boletim de ocorrências anterior por agressão à própria mãe.

É

Paulo Pinto/AE-17/03/2009

FIQUEM ATENTOS...

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urante dois dias – segunda e terça – especialistas em educação e desenvolvimento reuniram-se na Fundação Getúlio Vargas para promover mais uma rodada de discussões estratégicas sobre o tema. A pauta, particularmente na segunda-feira, abordou um assunto que certamente provocará polêmicas quando ultrapassar os limites dos recintos acadêmicos. E é possível que esse dia não esteja tão distante: a gestão de escolas públicas através de empresas ou de ONGs, custeadas e supervisionadas pelo governo. Seria semelhante à administração

de hospitais públicos, já em curso na capital paulista. O exemplo mais conhecido da novidade vem dos Estados Unidos sob o nome de Charter School, cujo êxito foi bem defendido por gestores norteamericanos convidados para o evento. No caso, os gestores recebem determinada quantia em dólares proporcional ao número de alunos. A idéia básica é de que a qualidade de ensino oferecida atraia os pais para as matrículas, provocando uma saudável competição entre as escolas que disputarão sua preferência.

... ESTE ASSUNTO PODE PEGAR FOGO

O

segundo modelo apresentado, balizado pelo mesmo conceito, foi o do vaucher, que consiste em repassar à família o pagamento referente à escola. A suposição é de que a prática produza o mesmo efeito competitivo entre as escolas, conforme ocorre no sistema Charter School. Porém, a experiência realizada até agora mais confundiu do que deitou luzes, pois, se de um lado o sistema foi bastante satisfatório na Suécia, deixou a desejar no Chile. O problema chileno decorreu da

liberdade dada às escolas para selecionar os alunos. E elas o fizeram segundo o brilho das suas fichas escolares, ao contrário da Suécia, onde as vagas foram preenchidas por ordem de chegada dos candidatos. A distorção criou naturalmente estabelecimentos desbalanceados e reduziu as possibilidades de escolha dos pais. A verdade é que o assunto está ganhando corpo nos bastidores da nossa educação e talvez aponte um caminho para a crise interminável da nossa escola pública.

NO SÍTIO DO PICAPAU AMARELO

N

a segunda-feira, 29 de novembro, o Diário do Comércio publicou reportagem com a historiadora Solange Cristina Barbosa, 47 anos, cuja paixão pelo escritor Monteiro Lobato não só a fez estudar sua obra, mas praticar uma deliciosa performance, infelizmente restrita aos amigos felizardos: ela se veste de Tia Nastácia e, como a encantadora personagem, com a qual pode perfeitamente se rivalizar em dotes culinários, oferece almoços e jantares inesquecíveis. Acresce que o cardápio é baseado em referências

dos livros, de modo que a refeição ganha uma atmosfera de Sítio do Picapau Amarelo. Atendendo pedidos de leitores, estamos publicando uma das receitas de Solange. Quando a "Roupa Velha" vier à mesa, é provável que vocês sintam a presença de Narizinho, Pedrinho, Emília e Dona Benta. Não por acaso, Solange mora em Taubaté, terra de Lobato.

A RECEITA G

Ingrediente

s

500 g de ca rne seca co zida e desfiada G1 cebola gra nde G2 dentes de a lho picados G3 tomates be m maduros G1 25 ml de ág u a Gc heiro-verde à vontade G

Como fazer

Levar a carn e seca e os demais ingrediente s ao fogo e m uma panela méd ia. Deixar c o zi nhar até formar um caldo b e m g rosso. Servir com farinha de m a n d ioca ou farofa e arroz.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

11 TENSÃO Costa do Marfim fecha fronteira após vitória eleitoral da oposição

Moran Mayan/AFP

Jack Guez/AFP

David Buimovitch/AFP

nternacional

REALIDADE Apoio ao presidente do Chile cai após o fim do efeito do resgate dos mineiros

Fogo no Monte Carmelo. Nova ira de Deus?

P

elo menos 40 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um incêndio florestal que ocorreu ontem nas imediações da cidade de Haifa, no norte de Israel, revelaram fontes sanitárias israelenses. Autoridades disseram que o incêndio, que já quei-

mou 325 hectares da floresta do Monte Carmelo, é um dos piores desastres naturais da história do país. Monte Carmelo (Vinhas de Deus, em hebraico) é uma região sagrada pois, segundo a Bíblia, foi lá que o profeta Elias fez descer fogo do céu para provar que o Deus de Israel

era o verdadeiro Deus. "Trata-se de um desastre de proporções sem precedentes", declarou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. As autoridades conseguiram retirar cerca de 12.000 pessoas da região, inclusive 500 prisioneiros palestinos. A maior parte das vítimas era composta por guardas que viajavam para participar dos trabalhos de resgate, mas uma árvore caiu e

Nir Elias/Reuters

O fogo devasta uma das poucas florestas de Israel. A maioria das vítimas era composta por guardas presos dentro de um ônibus. Eles participariam da retirada de presos palestinos da região (acima, à esq.).

bloqueou a saída do ônibus. Alguns guardas não conseguiram nem ao menos sair do interior do veículo. Em um sinal da gravidade do desastre, Israel pediu ajuda internacional e a Turquia deixou de lado as tensões bilaterais dos últimos tempos para oferecer assistência. Acredita-se que o fogo tenha começado em um aterro ilegal por acidente. Israel tem o novembro mais seco em 60 anos. (Agências)

Para EUA, Brasil atômico é inofensivo.

E

U

m grupo dissidente de cem parlamentares de centro-direita da Itália pediu ontem ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi que renuncie, no momento em que o político de 74 anos se prepara para um voto de confiança que deverá ocorrer no Parlamento, no próximo dia 14. "Os deputados concordam que existe a necessidade de garantir que o país tenha um governo sólido e estável, que seja capaz de enfrentar a grave crise econômica e social", diz o comunicado publicado após a reunião de parlamentares de cinco partidos e grupos políticos de centro-direita. O grupo dissidente inclui os partidários de Gianfranco Fini, um ex-aliado político de Berlusconi que virou um amargo rival do premiê, além de dois deputados rebeldes do próprio Partido do Povo da Liberdade do premiê, Pier Ferdinando Casini e Francesco Rutelli. Foi a saída de Fini da base do premiê, há alguns meses, que acabou levando ao voto de confiança no Parlamento. A Câmara de Deputados da Itália tem 630 cadeiras. Segundo a agência Ansa, já existiriam 317 votos contrários a Berlusconi. Os deputados de centro-direita, contudo, prefe-

Reuters - 29.10.10

Parlamentares pedem renúncia de premiê italiano

Premiê enfrenta voto de confiança

rem que o premiê renuncie e que não ocorra a antecipação das eleições. O presidente Giorgio Napolitano, neste caso, encarregaria algum político de destaque para formar um novo governo. Berlusconi está no momento no Casaquistão, onde participa, com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, da cúpula da Organização para a Cooperação e a Segurança da Europa (OCSE). Na quarta-feira, Hillary disse que o premiê "é o melhor amigo" dos EUA. Ela fez a declaração após documentos divulgados pelo WikiLeaks terem mostrado uma avaliação negativa de Berlusconi pela diplomacia dos EUA. (Agências)

A usina de Angra, parte do programa nuclear do Brasil, não é ameaça.

cionárias da Colômbia (Farc) no norte do Brasil, perto da fronteira com a Colômbia. Especialistas da Polícia Federal, no entanto, tratam o assunto como boataria. Olimpíadas - Um despacho norte-americano mostra que o Brasil admitiu a "possibilidade de ameaças terroristas" durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Por tal motivo, o governo brasileiro mostrou grande abertura à colaboração em áreas como o "compartilhamento de informação e cooperação" com Washington, segundo a encarregada de negócios dos EUA no Brasil, Lisa Kubiske. Datado de 24 de dezembro de 2009, a carta diz que o governo David Moir/Reuters

Berlusconi, cada vez mais isolado.

nquanto Venezuela e Bolívia enfrentam estreita vigilância dos diplomatas norteamericanos na América Latina em razão de suas supostas colaborações com o Irã na questão nuclear, o Brasil é visto de forma contrária. Documentos secretos norte-americanos vazados pelo site WikiLeaks demonstram que o País não é fonte de preocupações, e que Brasília chega a pedir colaboração no desenvolvimento da segurança das instalações nucleares brasileiras. Segundo telegrama revelado ontem pelo jornal espanhol El País, a diplomacia norteamericana encara o programa nuclear brasileiro com naturalidade. Um dos documentos diz respeito ao início da instalação de uma cadeia de centrífugas para o enriquecimento de urânio no Brasil. O documento afirma ainda que autoridades brasileiras teriam manifestado interesse em trocar informações com os Estados Unidos sobre "como melhorar a segurança das instalações nucleares e ajudar a treinar a próxima geração de técnicos e especialistas". Outros documentos revelam que os EUA monitoravam, apreensivos, a extração ilegal de minerais, entre eles, urânio, pelas Forças Armadas Revolu-

Luciano Andrade/AE - 15/06/09

WikiLeaks: os norte-americanos fazem 'bobagem' como todo mundo, diz presidente Lula.

Ó RBITA POLÊMICA Israel aprova construção de 620 casas em colônia em território palestino

do País tenta capitalizar o fato de sediar os jogos, para "solidificar a imagem do Brasil como o líder da América do Sul e como um ator global emergente". O documento cita uma declaração de Vera Alvarez, chefe da Coordenação Geral de Intercâmbio e Cooperação Esportiva do Itamaraty. Segundo o texto, a diplomata brasileira chegou a comparar a realização dos jogos com a chegada da família real portuguesa, em 1808, "quando o Rio foi de uma cidade costeira para a capital de um império". Bo bage ns - Dois dias depois de ter qualificado como "insignificantes" as mensagens diplomáticas norte-americanas vazadas pelo Wiki-

Leaks, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo dos EUA faz "bobagem" como todo mundo. "(Os telegramas) estão desnudando uma sabedoria de que os norte-americanos são melhores do que os outros. Fazem as bobagens que todo mundo faz", declarou Lula, em entrevista a rádios comunitárias. Périplo - Tentando apagar qualquer desconforto diplomático, o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, iniciou um périplo pelo primeiro escalão do governo federal. Ele conversou com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e outras autoridades de Brasília com a mesma mensagem: as relações entre os dois países são maiores do que eventuais comentários revelados pelo WikiLeaks. Shannon não apresentou um pedido formal de desculpas. Mas, em tom diplomático, reconheceu o mal-estar do episódio e preferiu elogiar a compreensão do governo brasileiro. A própria secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, já ligou para dez autoridades mundiais para pedir desculpas, incluindo as da Argentina, Paquistão, Afeganistão, Libéria, China, Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha, França e Arábia Saudita. (Agências)

IRÃ

NEVASCA – As baixas temperaturas e as nevascas seguem castigando a Europa, provocando caos nos transportes. O aeroporto de Edimburgo, na Escócia, amanheceu coberta de neve. O frio já matou 21 pessoas.

O

Irã prendeu ontem várias pessoas suspeitas de ligação com a morte de um cientista nuclear e acusou agências estrangeiras de espionagem de estarem envolvidas no atentado. Segundo o ministro da Inteligência do Irã, Heydar Moslehi, Israel, EUA e GrãBretanha tiveram envolvimento nos ataques realizados na segunda-feira, em Teerã. (Reuters)


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fluminense contra Guarani Jogam domingo, às 17h, no Engenhão: arena do Rio preparada para empurrar o Flu. Torcidas dos dois times unidas, de olho na taça do Brasileiro. Inimigo comum: Timão.

sporte

Bugrinos, Flu desde criancinhas. Marcos Bezerra/Futura Press

Rivalidade, 'mala-branca' e parceria entre torcidas organizadas fazem bugrinos repetirem são-paulinos e palmeirenses

Torcida do Bugre, em jogo contra o Vitória, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em novembro. Faixa de ponta cabeça: protesto porque o time não sai da má fase e está rebaixado.

Guilherme Carvalho

D

epois de são-paulinos e palmeirenses, agora é a vez dos bugrinos torcerem contra o próprio time. Neste domingo o Guarani encara o Fluminense, no Rio de Janeiro, pela última rodada do Brasileirão e uma vitória do Flu dará o título aos cariocas. Vitória do Guarani ou empate beneficiará o Corinthians, que está em segundo lugar e ainda tem chances de título. Já o Cruzeiro, em terceiro, precisa que os dois primeiros tropecem. P a r a n ã o a j u d a r o C o r i nthians, os torcedores do Bugre decidiram: torcerão pelo Fluminense. "Prefiro que dê Flu.

Uma vezcd que não podemos comemorar, que o título fique o mais longe possível", explica Fabrício Troncoso, dono do blog "Raça e Tradição". Na opinião dos torcedores de Campinas, não faltam motivos para torcer contra o próprio time. Primeiro, existe a questão da rivalidade. Não é nada comparável ao antagonismo existente entre pontepretanos e bugrinos nem à aversão entre são-paulinos, palmeirenses e corintianos, mas a rivalidade entre torcedores de Guarani e Corinthians também não é pequena. Campinas é uma cidade com muitos corintianos e as provocações sempre existem. "Nunca gostei do Corinthians", confessa Jonathan Marcelo Vieira,

estudante e sócio da Torcida Organizada Fúria Independente. "Acho que ninguém gosta, né? Agora os corintianos estão todos torcendo para gente, mas normalmente não é assim", explica. Felipe Tenório Calado, também estudante, concorda. "Tenho muitos colegas corintianos pedindo para que o Guarani ganhe, torcendo pra gente, mas não tem como. O Fluminense é bem mais forte, não há comparação". Jonathan e Felipe só discordam do resultado para o jogo de domingo. Felipe quer uma derrota digna "tipo 2 a 1", já Jonathan espera um placar mais elástico. "Por mim, o Guarani nem chuta a gol. E que perca de goleada. Nossa imagem não vai ficar mais arranhada do que já

está. Não conheço um bugrino sequer que esteja torcendo pro Guarani no domingo". Além da rivalidade, outros dois motivos fazem os bugrinos torcerem contra o próprio time no domingo. Um diz respeito a uma antiga amizade entre as torcidas organizadas do Guarani e do Fluminense; o outro é a injeção de dinheiro que o elenco do Bugre poderá receber de Corinthians e Cruzeiro caso consiga um bom resultado. Como o Guarani não vence fora de casa há seis meses e conseguiu apenas quatro pontos, dos últimos 36 disputados (quatro empates e oito derrotas, nos últimos 12 jogos) e foi rebaixado, um bom resultado agora, incentivado pela suposta "mala-branca",

não cairia bem entre os torcedores. "A imagem que passará é que eles só jogam bem quando há dinheiro e transmissão para TV. Por que não jogaram bem nesses últimos 12 jogos quando o Guarani tanto precisava?", questiona Felipe Calado. "Podem esperar que caso os jogadores consigam um bom resultado contra o Fluminense sofrerão na volta à Campinas. Iremos ao Viracopos (aeroporto da cidade) pressioná-los", garante Jonathan Vieira. E a pressão já começou. Ontem, alguns torcedores da Fúria Independente foram ao Brinco de Ouro exigir a derrota do time no domingo, repetindo gesto da torcida do Palmeiras na semana passada.

Luta pelo título Domingo - 5/11 17h Fluminense x Guarani Goiás x Corinthians Cruzeiro x Palmeiras Fluminense (68 pontos): é campeão com uma vitória. Se empatar ou perder, terá de torcer por tropeços de Corinthians e Cruzeiro. Corinthians (67): terá que vencer o Goiás e torcer pro Flu não derrotar o Guarani. Caso empate, será campeão com uma derrota do Flu e com tropeço do Cruzeiro. Cruzeiro (66): Precisa vencer o Palmeiras e torcer para que Flu e Corinthians não vençam seus jogos.

Fernando Soutello/AGIF/AE

Parceria entre organizadas

O

Torcida Young Flu, em jogo contra o Goiás: afinada com os bugrinos.

Elenco garante: está motivado.

E

ntre jogadores e comissão técnica do Guarani, a garantia é que o time entrará em campo bem mais motivado do que São Paulo e Palmeiras entraram nas últimas duas rodadas. E não importa nem a suposta 'malabranca' - prêmio oferecido por outros clubes interessados em um bom resultado do Guarani. Só o fato de poder causar boa impressão no jogo que decide o campeonato e que será acompanhado por todos já é um bom motivo. "É o tipo de jogo gostoso de jogar. É o tipo de jogo que todo jogador so-

utro motivo que une bugrinos e tricolores no domingo é uma antiga parceria entre as principais torcidas organizadas dos dois clubes. Junto com a Fúria Independente Tricolor, do Paraná Clube, a Young Flu e a Fúria Independente, compõem uma aliança batizada de "União Punho Colado". Quando vão ao Rio de Janeiro, os bugrinos são recebidos pelos torcedores da Young Flu e quando vão à Campinas é a vez do pessoal da Fúria retribuir o favor. È normal encontrar torcedores com camisa do Fluminense em jogos do Guarani, principalmente

contra clubes cariocas. Domingo, as duas torcidas já estão com tudo planejado: irão comemorar o título lado a lado. "Será jogo de uma torcida só", comenta Jonathan Vieira, da Fúria. "É verdade", concorda Renato Soares, o Renatão, diretor da Young Flu. "A Fúria virá ao Rio para comemorar o título junto com a gente. Não irá torcer pro Guarani, já está tudo combinado", admite. Renatão esteve em Barueri nos dois últimos finais de semana, quando assistiu ao Fluminense jogar contra São Paulo e Palmeiras. Nas duas partidas os torcedores paulistas também torceram

para o Fluminense. "Isso é normal. Se fosse o contrário, para prejudicar o Flamengo, por exemplo, eu também torceria contra o Fluminense. Aliás, em 97 o Flamengo perdeu em casa pro Bahia e o Fluminense foi rebaixado. Um empate livrava o Flu. Um dia isso terá volta", deseja. O bugrino Fabrício Troncoso, do blog "Raça e Tradição", tem a mesma opinião. "Se fosse pra prejudicar a Ponte Preta, eu não teria dúvidas. Que perdesse de 10, 20 a 0", brinca. "Mas essa situação é hipotética demais. Ponte Preta nunca tem chance de ganhar um título", provoca.

Heuler Andrey/Agif/Pagos

nha em atuar, com muita gente. A maioria vai para ver o Fluminense, mas espero que acabem vendo o Guarani", comenta o zagueiro Aislan. O ex-jogador do São Paulo garante que não está preocupado com a revolta do torcedor do Guarani. Os bugrinos vêem quase como uma provocação que eu jogue bem domingo, justo agora que não precisa mais, já que o rebaixamento do Guarani foi decretado. "É lógico que a gente ficou muito chateado com o rebaixamento, mas as coisas não deram certo. Quando a fase é ruim, a bola bate na trave e sai, não tem jeito. Já quando a fase é boa, o jogador vai tropeçando, trombando e faz o gol. Futebol é assim. Não houve falta de empenho", afirma o zagueiro, que domingo enfrentará Muricy Ramalho, técnico com quem teve poucas chances no São Paulo. Aislan garante que

não guarda mágoas. "Muricy é um ótimo treinador e admiro muito o trabalho dele. No São Paulo ele fez o que pôde, mas o problema comigo era interno, de dentro do clube. Ele me deu boas oportunidades. Sobre a suposta mala-branca, Aislan garante que não está sabendo de nada. "Ninguém falou comigo nem precisa. Não podemos esperar incentivo. Temos que fazer a nossa parte, pois somos pagos para isso", disse o zagueiro. O goleiro Emerson concorda, embora admita que um incentivo não faria mal. "Eu não rasgo dinheiro. Se me mandarem, pego. Mas não estou ligando para isso. Com ou sem dinheiro, não faltará determinação no domingo", garante. A polêmica sobre a malabranca aumentou nos últimos dias quando o lateral esquerdo do Bugre, Moreno, ex-jogador do Corinthians, disse que foi

procurado por um dirigente do Timão para negociar um suposto incentivo financeiro. O Corinthians negou o episódio e Moreno terá de dar explicações ao STJD. Ontem, Ronaldo, que voltará ao Timão para jo-

Polêmico Moreno (ex-timão, agora Bugre) disputa com Alan Bahia (Atlético-PR)

gar contra o Goiás, no Serra Dourada, em Goiânia, admitiu que tiraria dinheiro do próprio bolso para dar aos jogadores do Guarani na última rodada do Brasileirão. "Daria sim, por que não? Não vejo nenhum

problema em dar incentivo para ganhar suas partidas." Com incentivo ou não, com pressão da torcida ou não, o técnico Vagner Mancini diz que o time vai entrar em campo para buscar um bom resultado contra o Flu. "Vamos entrar em campo tentando vencer. Nós temos a obrigação de fechar o ano vencendo o time que busca o título. É um alento para uma equipe que sofreu muito no segundo turno do Brasileiro", afirmou. "Vamos mostrar a todos que a camisa do Guarani merece respeito e que podemos sair do Brasileirão com uma imagem um pouco melhor", completou.


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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Nº 345

DCARR

Presente no Salão do Automóvel de São Paulo, a linha 2011 do Ford Edge terá seu lançamento oficial nos dias 8 e 9 de dezembro, na capital paulista

LANÇAMENTO

Fluence. A nova aposta francesa. Com preço a partir de R$ 60 mil, modelo substituirá o sedan Mégane no Brasil ANTÔNIO FRAGA E ANDERSON CAVALCANTE

O

novo carro da Renault que chega hoje ao mercado brasileiro, poucos meses depois de lançado na Europa e apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo deste ano, tem atributos para fazer bonito no seu segmento, onde terá que brigar, principalmente, com os japoneses Honda Civic e Toyota Corolla. O novo Renault Fluence chega com a missão de substituir o sedan Mégane, já que a perua Grand Tour continuará a ser prod u z i d a . C o m d esign agressivo e imponente, o sedan médio é maior que o Mégane e um pouco menor que o Laguna. Com 4.620 mm de comprimento e 2.700 mm de distância entre eixos, o carro tem bom espaço interno, principalmente para os passageiros do banco traseiro. O novo modelo é bem luxuoso para a categoria e tem muita tecnologia embarcada. O porta-malas tem capacidade para 530 litros. O carro também será, principalmente na versão top, Privilège, muito bem equipado, com ar-condicionado digital dual-zone com saída exclusiva para os passageiros do banco traseiro, GPS integrado ao painel com tela colorida de 5", rodas de liga leve de 17" (16 polegadas na versão de entrada),

O Fluence, novo sedan médio da Renault, oferecerá faróis de Xenon, GPS, teto solar elétrico, além de vários equipamentos de conforto e segurança

Divulgação

bancos em couro, sensor de estacionamento traseiro, controle de estabilidade (ESP) e controle de tração (ASR). O rádio CD Player/MP3 com Bluetooth e entradas USB/iPod e auxiliar está presente nas duas versões, sendo mais requintado na top. Outro sistema que aparece de série no Fluence, e que já estava presente no substituído Mégane, é a partida feita com cartão eletrônico

e por meio do botão "Start/Stop", localizado no painel. Como opcionais serão oferecidos: teto solar elétrico e faróis de Xenon. Produzido em Córdoba, na Argentina, o Fluence será comercializado com o motor 2.0 litros Hi-Flex, 16 válvulas, 38 kg mais leve que o propulsor que equipava a linha Mégane. Na versão de entrada, o motor poderá ser acoplado com um câmbio manual de seis marchas ou com o automático CVT - seis velocidades. Ele

desenvolve 143 cv de potência (álcool) ou 140 cv (gasolina) a 6.000 rpm e torque máximo de 19,9 kgfm (álcool) / 20,3 kgfm (gasolina) a 3.750 rpm. Segundo a Renault, 90% do torque já está disponível a 2.000 rpm. Com o objetivo de ser um carro familiar muito confortável, a engenharia da marca deu à suspensão essa vocação, sem descuidar da estabilidade. Uma das principais qualidades do antigo Mégane. O preço da versão de entrada com câmbio manual será de R$ 59.900, com transmissão CVT passa para R$ 64.990. A top, Privilège, será comercializada apenas com câmbio CVT e custará R$ 75.990. Expectativas O presidente da Renault do Brasil, Jean Michel Jalinier, informou que atualmente a marca tem 4,8% do mercado de carros e comerciais leves e que espera encerrar o ano com 150 mil veículos emplacados, 35% mais que em 2009, consolidando-se como a quinta montadora no Brasil. "Hoje, o País já é o terceiro maior mercado para a Renault no mundo, atrás apenas de França e Alemanha. Mas queremos mais para 2011. Esperamos crescer até 20%, enquanto o mercado brasileiro tem expectativa de alta de 8%, além disso, nossa rede passará de 180 para 205 concessionárias no ano que vem", completou o executivo.

PARA O ANO NOVO

Elegância ressaltada Divulgação

Citroën lança na Europa nova geração do C4 hatch. Modelo agrada e deve chegar ao Brasil, no próximo ano.

O novo C4 teve poucas mudanças externas, mas suas curvas e vincos ressaltam a esportividade do modelo

A

pesar das boas vendas e da tradição da montadora francesa no mercado de familiares compactos, o Citroën C4 poderia ter ido bem mais longe. A nova geração, lançada recentemente na Europa, tem essa finalidade de aumentar a participação de mercado da marca. Afinal, mais do que nunca, tradição e produto ela tem. O novo C4 chega com um design mais sofisticado e dinâmico e um interior com bom espaço e muito confortável. A tecnologia também foi revista e ficou ainda mais empolgante. Na parte de motorizações e câmbios, pelo menos por enquanto, o C4 não recebeu alterações.

Novo - Por fora, sem se afastar muito da versão anterior, a mesma que é vendida por aqui, ele ganha uma aparência bem mais elegante e bonita. O novo modelo destaca os detalhes do design e suas curvas e vincos ressaltados. E, para aumentar ainda mais a ele-

gância e sobressair a esportividade, rodas de 18 polegadas fazem um casamento perfeito. Uma coisa é fato, diante do novo C4 a concorrência vai ter que correr atrás. Por dentro, os materiais são de ótima qualidade e os designers abusaram no material al-

mofadado, muito bacana, no painel. Há detalhes imitando metais, no conjunto entre o painel superior e o console. Um fato curioso, cada vez mais utilizado na indústria hoje, é que no novo modelo a marca francesa usou pouco plástico rijo, deixando uma aparência

mais elitizada. Para o novo Citroën C4, a engenharia da marca retrabalhou a suspensão, um dos principais atributos de qualidade e eficiência da fabricante francesa, deixando o carro menos sujeito aos barulhos externos e às irregularidades do solo. Apesar de competente, a suspensão do modelo comercializado aqui, por exemplo, sente muito as irregularidades e precariedades do solo brasileiro. No novo C4 o espaço interior continua muito bom. É outra boa qualidade do modelo, su-

perando até veículos de classe superior. O porta-malas tem capacidade para 380 litros. A ergonomia, que no modelo anterior já era muito agradável, melhorou, permitindo um conjunto fácil de achar a posição ideal para cada motorista. Outro detalhe positivo, é que o volante, com aquela solução criativa de só o aro virar, permanece, mas os comandos passam a integrar um centro fixo. Ficou mais agradável e esportivo. O novo Citroën C4 deve desembarcar por aqui no próximo ano. Antônio Fraga


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t

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

urismo

DIVERSIDADE Pantaneiros vivem cercados por 650 espécies de aves, 80 de mamíferos e 260 de peixes

Fotos: Divulgação

SAFÁRI NO PANTANAL

A pé, de barco, caminhão ou veículo 4x4, a busca por animais move o turista nesta região do Mato Grosso do Sul, a nossa África

Em Miranda, o turista acorda às 6h da manhã e segue o ritmo da natureza para ter a chance de conhecer a fundo a fauna local. Na programação, aventura na caçamba adaptada de uma caminhonete, observação de pássaros e passeio de canoa.

Flavia Perin

Arara azul: o maior psitacídeo do mundo, de rara beleza, sofre risco de extinção. Refúgio Caiman sedia um projeto que atua pela sua conservação. Os visitantes conhecem as instalações do programa e acompanham o trabalho dos biólogos.

bird watching. Bichos de hábito noturno são vistos durante a focagem, safári realizado à noite. O clima de aventura segue nos hotéis e nas fazendas, que costumam oferecer caminhadas, cavalgadas e canoagem nos rios, entre outras atividades. Duas fases – O Pantanal sul-matogrossense é feito de paisagens que mudam completamente nas fases cheia (de outubro a abril) e seca (entre maio e setembro). E dezembro e janeiro, férias nacionais, já não está tão quente quanto em novembro e há a possibilidade de ver mais espécies

animais, que neste período se aglomeram nos poucos espaços sem água. Estrelas locais, os jacarés estão por todos os lados e logo se tornam presença amistosa. São tranquilos a ponto de se poder vê-los a um metro e meio de distância, amontoados em grandes alagados e, se é época seca, em pequenos também. Estimativas apontam que a população deste réptil na região chegue atualmente a mais de 3 milhões. Você se deparará, ainda, com antas, cervos, colhereiros, curicacas, garças, gaviões, lobos, lontras, picapaus, macacos, tamanduás, tatus, veados... Certifique-se de tomar nota dos nomes dos tipos vistos e fazer depois o checklist de tamanha diversidade de animais. Ameaçada de extinção, a onça pintada é o bicho mais procurado pelos turistas.

Tamanduá-bandeira: uma surpresa pelo caminho. Fotos: Divulgação

M

esmo quem nunca pisou no Pantanal sul-matogrossense já viu, em algum momento, uma imagem de um de seus ilustres personagens, os animais. Começando pelos mais famosos: onça pintada, jacaré, arara azul, tamanduá bandeira, sucuri e tuiuiú. Este último, a esbelta ave símbolo deste rico bioma, exibe exótica combinação de cores (branca, preta e vermelha), mede mais de 1 metro de altura e pesa em média 8 quilos. Atiçou a curiosidade? Este é só o começo da lista que inclui cerca de 650 espécies de aves, mais de 80 de mamíferos e 260 de peixes. Generosa parte deste montante ao alcance do foco da câmera e dos olhos. Os curiosos voltarão satisfeitos de Miranda, Mato Grosso do Sul, a 200 quilômetros da capital Campo Grande, um dos pontos de partida para se desbravar o Pantanal Sul. Terra em que se acorda cedo, às 6 horas da manhã, para aproveitar cada surpresa que pode vir à tona com a luz do dia. Assim como os pantaneiros, os turistas seguem o ritmo da natureza para ter o privilégio de conhecer a fundo a fauna local. Na caçamba adaptada de uma caminhonete ou de um caminhão, o safári é a chance de testemunhar o cotidiano da fauna. E, por mais empolgado que você fique com um quati ou uma ariranha cruzando o seu caminho, lembre-se de fazer silêncio. Nada de sustos nos ilustres moradores. A exploração destas paragens pantaneiras também pode ser feita em veículos 4x4 ou, pelos rios, em embarcações apropriadas, como o barco chamado de "voadeira". Qualquer que seja a sua opção, é preciso sempre estar acompanhado de um profissional local – os meios de hospedagem geralmente dispõem deste tipo de serviço. Fãs de aves saem com seus binóculos e poderosas câmeras para praticar

Seu comportamento arisco torna difícil vê-la, e quando isso ocorre até os moradores comemoram. Exímia caçadora e nadadora, é o maior felino das Américas – chega a pesar mais de 160 quilos. O corpo cinza acastanhado, com uma faixa preta que se estende do peito à metade do dorso, e o focinho longo e cilíndrico tornam o tamanduá-bandeira inconfundível. Este grande mamífero – o adulto pode atingir 40 quilos de peso e 1,80 metros de comprimento –, também passa por ameaça de extinção. Desfrute da sorte de tê-lo por perto. Outra vedete é a arara azul, maior psitacídeo do mundo. De rara beleza, é outro que sofre risco de extinção – a caça e o comércio clandestino, pelo qual é capturado ainda filhote, são as principais causas. Graças ao Projeto Arara (www.projetoararaazul.org.br), sediado no Refúgio Ecológico Caiman e que atua pela conservação da espécie, calcula-se que a população tenha saltado de 1,5 mil para 5 mil nos últimos anos. Os turistas podem conhecer as instalações do projeto e acompanhar o trabalho de campo dos biólogos.

Flavia Perin

Tuiuiú: a ave é símbolo do Pantanal.

Flavia Perin

Cateto faz parte do 'checklist' de bichos

RAIO X COMO CHEGAR Avianca (tel. 11/4004-4040, www.avianca.com.br), Azul (tel. 11/3003-2985, www.voeazul.com.br), GOL (tel. 0300-1152121, www.voegol.com.br) e TAM (tel. 0800-5705700, www.tam.com.br) voam para Campo Grande, porta de entrada para o Pantanal Sul. Da lá até Miranda, pegue a rodovia BR-262, que liga Campo Grande a Corumbá.

Onça: o mais procurado dos animais.

FAÇA AS MALAS Quando ir: as paisagens mudam nas fases cheia (outubro a abril) e seca (maio a setembro). Outubro e novembro são os meses mais quentes, mas marcam o início de um bom período para se observar a abundância de espécies, que se aglomeram nos poucos espaços sem água. O que levar: roupas confortáveis e leves, pelo menos dois pares de calçado (tênis e botas), calças jeans, trajes de banho, chapéu ou boné, repelente, protetor solar, óculos escuros, câmera fotográfica, binóculos, capa de chuva e lanterna.

Martin Pescador: uma entre as tantas espécies.

Pousadas reformuladas: Baiazinha (à esq.) fica diante de uma bela baía. Cordilheira (ao lado) está perto da mata.

Meu vizinho é um jacaré

Jacaré: estima-se que são mais de 3 milhões.

escolhem desde o horário e o cardápio das refeições até a programação de atividades. Conforto personalizado. As duas pousadas que compõem o Caiman – Cordilheira, cuja capacidade máxima é de 10 pessoas, e Baiazinha, para 12 – acabaram de passar por reformulações e estão ainda mais confortáveis. Ambas possuem sala de estar com TV e DVD e quartos com ar-condicionado. Nos dois casos, a localização é privilegiada, como os nomes sugerem. Sobre uma estrutura

de palafitas, a Baiazinha está situada às margens de uma baía de águas claras. Já a Cordilheira foi construída perto da mata e permite que se presencie o vaivém dos animais pelos arredores. Anjos da guarda – A postos 24 horas por dia, os chamados caimaners (guias graduados e bilíngues) e os guias de campo, geralmente pantaneiros, servem como espécie de anjos da guarda dos hóspedes. A arquitetura e a decoração são outro ponto alto do Caiman, com janelas que

priorizam as paisagens e a luz natural, e móveis rústicos que dão um toque de charme ao clima pantaneiro. (FP) Refúgio Ecológico Caiman Estância Caiman, s/nº, Miranda (MS), tel. (11) 3706-1800, www.caiman. com.br. O aluguel da Baiazinha (para até 12 pessoas) ou da Cordilheira (10 pessoas) sai a R$ 7.842 por noite. Inclui pensão completa (exceto bebidas alcoólicas) e atividades. Valor válido de janeiro a junho 2011.

Divulgação

J

á pensou em ter, por alguns dias, uma casa pantaneira? O conceituado resort Refúgio Ecológico Caiman inaugurou a filosofia de private villas(aluguel de casas privativas). Com 53 mil hectares, o "REC" agrega fazenda de criação extensiva de gado de corte, área de conservação ambiental e ecoturismo. Pelo novo programa de vilas privadas, em operação até junho (a partir de 11/6 volta à ativa o sistema de reservas individuais), famílias e grupos de amigos

Flavia Perin

Fotos: Divulgação

Anta toma banhos frequentes na água


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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15 LÍDER NO MUNDO A Vale espera produzir 1 milhão de toneladas de cobre em 2015.

conomia

Cadastro Positivo abre nova página no consumo O projeto de lei que cria a relação dos bons pagadores para uso das empresas vai premiar com juros menores os compradores que se preocupam em cumprir seus compromissos em dia. A adoção da medida é resultado de uma luta de muitos anos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ricardo Osman

Fotos: Luiz Prado/LUZ

Lucinéia gostou de um prêmio para os bons pagadores

Monalisa Lins/e- SIM

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presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, disse ontem que o Cadastro Positivo vai beneficiar os bons pagadores no comércio ao mesmo tempo em que assegurará as liberdades individuais. Essa garantia vem com a emenda, que entrou no projeto de lei que foi aprovado no Senado na quarta-feira, exigindo que o consumidor seja consultado para ingressar no Cadastro Positivo. O projeto de lei aprovado no Senado seguiu para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O importante é entender duas coisas: o Cadastro Positivo é um instrumento que não vai invadir a privacidade de ninguém, pois só poderá ser utilizado com a autorização do consumidor", afirmou Alencar Burti. "Isso já ocorre com sucesso em vários países desenvolvidos e democráticos, onde os direitos individuais são plenamente respeitados e, aqui no Brasil, não será diferente", acrescentou o presidente da ACSP. Ética – Como destacou Burti, o segundo ponto relevante é que "o Cadastro Positivo vai premiar, com juros menores, o bom pagador, o cidadão ético e responsável, seja ele de que faixa de renda for." Na avaliação do presidente da ACSP e da Facesp, o Cadastro Positivo marca um momento importante para o País. "Esse é um passo fundamental para o desenvolvimento do crédito no Brasil." Burti disse também que espera agora que a sua regulamentação não comprometa esses preceitos básicos, que fazem parte dos objetivos das entidades comerciais e pelos quais elas lutaram por muito tempo. "A sociedade e a imprensa precisam estar aten-

FEBRABAN Para bancos, Cadastro Positivo só baixará juros em um ano.

Alencar Burti lembra que o Cadastro é fundamental para o crédito

tas, para que na regulamenta- suas contas em dia." ção sejam preservados todos De acordo com Camargo, os direitos que possibilitarão uma vez sancionada a lei que oferecer as melhores condi- cria a ferramenta, diversos ções de crédito para o consu- aspectos do varejo serão bemidor que tem um comporta- neficiados. "O Cadastro vai mento exemplar e quer ter ajudar as pessoas a se mantenisso um diferencial pessoal rem na linha", disse o reprepositivo." sentante de B e n e f íf r a n q u e aci os – O didores e franretor-execuqueados de O Cadastro Positivo tivo da Astodo o País. não vai invadir a sociação O diretor Brasileira da rede Cyprivacidade de de Franchibelar, de loninguém, pois só sing (ABF), jas de eletropoderá ser utilizado Ricardo Cad om és ti co s com a autorização do margo, eloe eletroeleconsumidor. g i o u t a mtrônicos do bém o projeALENCAR BURTI, PRESIDENTE DA ACSP interior de to de lei que São Paulo, foi aprovaUbirajara do no Senado e está na mesa Pasquotto, acredita que o Cado presidente Lula. "O Ca- dastro Positivo vai ter um dastro Positivo traz benefí- "impacto grande" sobre o cios diretos para o bom paga- consumidor e prevê que as redor, com a possibilidade de des do varejo buscarão "papaoferecer a ele taxas de juro ricar" os bons pagadores. "Se mais baixas. Dessa forma, vai o Cadastro Positivo é bom papremiar as pessoas que têm ra o consumidor, ele é bom pa-

ra o varejo. Veremos como sua utilização trará um ciclo virtuoso no comércio," avaliou. O gerente de crédito e cobrança da Cybelar, Efren Nunes, que acompanha de perto o fluxo de recursos no varejo, acrescentou que o projeto aprovado no Senado é extremamente positivo, mas irá exigir ajustes na hora de ser posto em prática. "Será preciso um trabalho grande de conscientização dos consumidores, um amadurecimento, para que ingressem no Cadastro Positivo", disse. "O desafio será beneficiar o bom pagador sem discriminar o mau pagador." 25 de Março – No comércio da Rua 25 de Março, foi favorável a repercussão sobre a aprovação do Cadastro Positivo. "Agora, um cliente que nunca teve problemas será beneficiado. Nada mais justo do que isso: parabenizar o bom pagador", disse Ondamar Ferreira, gerente da loja matriz do Armarinhos Fernando. Ele avaliou que o projeto chega em boa hora para ajudar, sobretudo, o varejo do País, normalmente um setor que sofre com a inadimplência do consumidor. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgou nota de apoio à criação do Cadastro Positivo. O documento afirma que a medida vai "melhorar o ambiente de risco no sistema de créditos, com o objetivo de reduzir os juros cobrados pelos bancos e financeiras". Entretanto, a Fecomercio faz uma ressalva. "O formato que foi aprovado no Senado e aguarda sanção presidencial não é o melhor, mas é o possível dentro das impossibilidades legais", afirma a nota. "Certamente o efeito, ao longo do tempo, será o de premiar o bom pagador, porém vai demorar alguns anos para que efetivamente se tenha um volume de informações relevantes que possam diferenciar o t r a t a m e n t o d e c ré d i t o , " acrescentou a entidade..

Gabriela acha que os brasileiros gostam de gastar demais

Consumidores aprovam medida Para paulistanos, ideia é boa mas devedor não pode ser discriminado.

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ideia de um banco de dados contendo o histórico dos bons pagadores, que pode ser usado para dar vantagens creditícias a essa parcela de consumidores, em princípio é tida como benéficapela população. A proposta do Cadastro Positivo, cuja legalidade foi aprovada na última quarta-feira pelo Senado, é o oposto do cadastro negativo, habitualmente utilizado por instituições financeiras e de crédito para checar o histórico de inadimplência de uma determinada pessoa. O Diário do Comércio ouviu a opinião de consumidores sobre a medida e constatou que a receptividade à proposta é boa, embora ainda haja receio de que o devedor possa ser discriminado pelo mercado. Para a técnica em enfermagem Lucinéia Nunes, a implementação do Cadastro é um bom negócio já que premia aqueles que estão em dia com as contas. "Não parece justo que pessoas que têm as contas em dia estejam sujeitas às mesmas taxas de juros dos maus pagadores. Esse é um tipo de distorção que pode ser corrigida", diz. Já a analista de atendimento Gabriela Nunes espera que as empresas, ao terem a indicação certa de que não estarão sujeitas a calotes, deixem de incorporar esse risco nos preços ao

consumidor. "Em teoria, o Cadastro é muito bom. Espero que a diminuição dos riscos para as empresas realmente seja revertida em menor custo para os consumidores", diz. "O brasileiro gosta de gastar. Esse pode ser um estímulo para disciplinar seus gastos." Esse viés disciplinador do Cadastro também é bem avaliado pelo analista de sistemas Renato Brissac. Mas ele ainda receia que a medida possa segregar consumidores endividados. "A proposta vale a pena, se não for discriminatória e não prejudicar a vida dos endividados. Dever não é crime. Um erro de planejamento ou um problema de saúde podem acontecer." Ele pondera, entretanto, que o cadastro tem um perfil educativo. "Ele leva o comprador a ser mais responsável, já que assim ele pode ter benefícios." Renato Carbonari Ibelli

Renato: aspecto educativo.


16 -.ECONOMIA

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


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17 Criar um imposto não é a melhor forma de administrar uma organização. Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp

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Ato repudia volta da CPMF Iniciativa reúne hoje na Fiesp cerca de 200 empresários, que buscarão sensibilizar o governo federal a abandonar a ideia de retomar a cobrança da contribuição. Sílvia Pimentel

Ailton de Freitas/AOG

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possível volta da cobrança de um tributo semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) colocou o setor produtivo em estado de alerta. Hoje, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promove um ato público com a participação de representantes de 200 entidades empresariais. A finalidade dessa iniciativa é a de traçar um plano de ação para derrubar, mais uma vez no Congresso Nacional, a tentativa do governo de instituir o imposto. A CPMF integrou por dez anos seguidos a extensa lista de tributos cobrados no Brasil. Ela deixou de ser exigida a partir de 2008, depois de muita pressão da sociedade. O fantasma da contribuição assombra os empresários desde que a presidente eleita Dilma Rousseff sinalizou que estaria disposta a discutir com governadores a recriação do tributo – planejado para ser chamado de Contribuição Social para a Saúde (CSS). A partir desse sinal começaram a pipocar em várias unidades da Federação campanhas e protestos contra o possível retorno do imposto. A CPMF gerava aos cofres públicos receita próxima a R$ 40 bilhões por ano. Segundo seus maiores críticos, a contribuição nunca foi fonte de recursos para a área de saúde, como constava na proposta que a originou. Questionamento – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da

Relançamento de livro reflete preocupação com a possível volta da contribuição

A derrubada da CPMF mobilizou a sociedade, e levou à extinção da cobrança dessa contribuição no Senado, em 13 de dezembro de 2007.

Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, que estará presente ao ato público de hoje, questiona a volta desse debate. "Os governadores realizaram algum estudo sobre o desempenho do setor de saúde de seus estados para verificar a possibilidade de melhorar a gestão e aumentar a eficiência no uso dos recursos disponíveis?", indagou. Na opinião de Burti, o ato público é uma demonstração

de que a sociedade está mobilizada para impedir qualquer tentativa de criação ou aumento de impostos. "Não é a melhor forma de administrar qualquer organização, seja uma empresa, um estado ou um município", completou. Mobilização – Outra frente para barrar qualquer tentativa de ressuscitar a cobrança é o movimento Xô CPMF, relançado no início de novembro pelo líder do DEM, deputado federal Paulo Bornhausen. De acordo com ele, trata-se da re-

Supersimples será votado na Câmara em caráter de urgência

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Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de ontem, a urgência do projeto de lei complementar que muda as regras do Supersimples. Com isso, a proposta tem prioridade de votação e seu mérito deve ser discutido na próxima terça-feira. Caso a iniciativa seja aprovada pelos deputados, os valores de enquadramento no Supersimples serão ampliados. Dessa forma, o faturamento-limite para as microempresas passará dos atuais R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano. No caso de empresas de pequeno porte, o valor salta de R$2,4 milhões para R$ 3,6 milhões por ano. Em discurso após o segundo

turno das eleições, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) falou sobre a necessidade de valorizar o empreendedor. "Valorizarei o microempreendedor individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros", disse. O Simples Nacional ou Supersimples foi criado em dezembro de 2006 para facilitar o pagamento de tributos de microempresas. O sistema unifi-

ca a cobrança de tributos federais, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) estadual e o Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrado pelas prefeituras municipais. A votação da urgência da proposta foi feita após a aprovação da mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo entre os estados e municípios. Na próxima semana, além do mérito da ampliação do Supersimples, os deputados pretendem votar a Lei Kandir, além do projeto que legaliza os bingos e da emenda constitucional do fundo da pobreza. (Folhapress)

novação do grito de guerra contra a CPMF. "Temos coragem de dizer não ao que é ruim para a sociedade", afirmou. Idealizador do movimento, Bornhausen lançou o livro Xô CPMF: A história de uma vitória da sociedade. A obra traz um relato sobre a trajetória que levou à derrubada da contribuição. "Espero não ter motivos para lançar uma edição revisitada deste livro. Mas, se o governo e o PT insistirem, estaremos atentos, na nossa trin-

O

Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo (Sindtur) está preparando um estudo, que deverá ser apresentado à Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo, com a finalidade de convencer o fisco a criar uma nota fiscal específica para o setor. A ideia é que o documento fiscal seja emitido com o valor total da compra, com campos para a inclusão dos montantes devidos a terceiros e a distinção do preço do serviço tributável da agência de turismo, seja comissão recebida de fornecedores ou taxas de serviços agregados pelo agente. "Esse novo formato traria maior transparência para o consumidor, que vai pagar efetivamente o valor da nota, e simplificação para as empresas do setor", explicou o advogado do sindicato,

Esquema fraudulento sonegava anualmente R$ 10 milhões ao subfaturar mercadoras vindas da China

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Patrícia Cruz/LUZ

Receita Federal já apreendeu R$ 1 bilhão em mercadorias neste ano

perintendente-adjunto, Marcos Vinícius Vidal Pontes, da 7ª Região Fiscal. O chefe da operação, delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo (De-

lefin), Frederico Skora, afirmou que todos os mandados estão sendo cumpridos nas sedes das empresas envolvidas nas fraudes. Segundo ele, a operação abrange as cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e municípios de Minas Gerais.

cado (APPM), a maior parte dos paulistas, 61%, avaliou o possível retorno da CPMF como ruim ou péssimo. Na pesquisa, o percentual de rejeição é ainda maior entre as famílias com renda superior a dez salários-mínimos (75%), e entre aqueles que ganham de dois a cinco mínimos por mês (66%). Por idade, o maior percentual de repulsa ao surgimento de um novo tributo como a CPMF apareceu entre as pessoas com 45 anos ou mais (67%).

Empresas de turismo querem tributação específica para o setor

PF desarticula rede falsificadora

ma quadrilha especializada em subfaturamento de mercadorias importadas da China foi desarticulada ontem pela Operação Sobrecarga da Polícia Federal. Cerca de 150 policiais, com o apoio de 44 auditores da Receita Federal, estão cumprindo cinco mandados de prisão e 34 de busca e apreensão. Quatro pessoas já foram presas, entre elas um empresário chinês que usava documentos falsos e mantinha empresas e contas em paraísos fiscais. A Receita estima que o esquema faturava R$ 10 milhões por ano em sonegações tributárias, com subfaturamento de até 60% do valor das mercadorias. "Eles só podiam mandar para a China de 30% a 40% dos lucros pelo Banco Central, por via legal. O restante era mandado por doleiros", disse o su-

cheira vitoriosa", afirmou Bornhausen. Na internet, a campanha pretende sensibilizar a sociedade com o site www.xocpmf. com.br , onde é possível ter acesso à versão digital da histórica publicação. Pesquisa – A rejeição motivada pelo eventual retorno da cobrança do tributo não se restringe ao meio empresarial. De acordo com um levantamento feito recentemente pela empresa Análise, Pesquisa e Planejamento de Mer-

Combate à pirataria – A Receita destruirá nesta semana 2,755 mil toneladas de mercadorias apreendidas por contrabando e falsificação. Os produtos têm valor estimado em R$ 156 milhões. A operação celebra o Dia Nacional de Combate à Pirataria e Biopirataria, comemorado hoje. A Receita fará um evento de destruição no Rio de Janeiro, quando serão inutilizadas 120 toneladas de produtos, avaliadas em R$ 80 milhões. Entre as mercadorias que serão destruídas estão máquinas caça-níqueis, CDs e DVDs piratas, cigarros, pneus usados, bebidas, cosméticos, preservativos, medicamentos e alimentos impróprios para o consumo. A Receita já apreendeu cerca de R$ 1 bilhão em mercadorias irregulares ao longo deste ano. (Agências)

Joandre Ferraz. O Fisco também teria vantagens com esse modelo de nota, já que ficará muito mais clara a base de cálculo para a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). No município paulista, o setor de turismo recolhe 5% de ISS sobre o preço do serviço, cobrado separadamente em cada elo da cadeia. A reivindicação das agências de viagens é antiga, mas apenas agora o Fisco demonstrou disposição para discutir o assunto. De acordo com o Sindtur, outro pedido que está sendo atualmente analisado pela Secretaria de Finanças é a redução da alíquota do ISS para as agências de turismo e operadoras que sejam sediadas na capital. Sílvia Pimentel

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO ELETRÔNICO 348/2010-SMS.G, processo 2010-0.279.286-6, destinado ao registro de preços de PONTEIRA DESCARTÁVEL PARA MICROPIPETA, LÂMINA E LAMÍNULA DE VIDRO PARA LABORATÓRIO, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Laboratórios, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá através do sítio www.comprasnet.gov.br, a partir das 10 horas do dia 3 de janeiro de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 342/2010-SMS.G, processo 2010-0.294.514-0, destinado ao registro de preços de MÁSCARA DE NÃO REINALAÇÃO - MODELO ADULTO, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá através do sítio www.comprasnet.gov.br, a partir das 10 horas do dia 4 de janeiro de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 383/2010-SMS.G, processo 2010-0.235.254-8, destinado ao registro de preços de LUVA DE EXPURGO CANO LONGO - PEQUENA, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá através do sítio www.comprasnet.gov.br, a partir das 10 horas do dia 5 de janeiro de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAIS Os editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões presenciais, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.


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Pesquisa revela que 94% dos brasileiros realizam compras via internet, a maior taxa de conversão de e-commerce entre seis países da América Latina.

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Fotos: Divulgação

ANO-NOVO MAGRO Finn, um dos adoçantes mais vendidos para quem teme aquelas calorias a mais, decidiu dar uma força para a turma que quer manter o peso e não resiste às festas de fim ano. Está lançando receitas, que podem ser capturadas no seu endereço na internet (www.finn.com.br). O objetivo é oferecer iguarias como bolos de frutas cristalizadas, damascos e chocolate com morango, sem que essas pesem na consciência. Coisa de magros, uma vez que os gordinhos assumidos não resistem à tentação.

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DIA DE MICKEY

A

s pequenas agências de internet, mesmo aquelas que têm na retaguarda o peso de grupos multinacionais – como o Isobar, a exemplo da i-Prospect –, convivem neste fim de ano com a debandada de profissionais qualificados. Como ganham pouco, eles podem buscar colocações em agências maiores na rede mundial de computadores. São em sua maioria, os chamados "ratos de internet" que conseguem com agilidade posicionar marcas e palavras (as tags) no topo da lista dos sites de busca, ganhando relevância quando alguém em algum canto está procurando por aquela informação digitada. Com a contratação desses profissionais, as grandes agências esperam fazer a alegria dos clientes ao exibirem em sites de busca como o Google que esses estão melhor posicionados que os concorrentes. Se isso vai vender ou não fica em segundo plano. Pelo menos, os primeiros estarão sempre na frente. O conceito bíblico "os últimos serão os primeiros" é o mesmo que bola fora do gramado em decisão de Copa. Com a banda larga 3G dos celulares se espalhando, o brasileiro cada vez mais usa a rede mundial de computadores em todos os cantos. O conteúdo passa a ser diferencial, claro que para o dono. É isso que mesmo, sem saber direito como fazer, as agências querem vender. Esse movimento tem a ver com o aumento de usuários no País e o seu

perfil, no qual o destaque mais uma vez é a emergente classe C, disposta a comprar tudo o que reluz, ainda que não seja ouro. E isso faz que até marcas tradicionais e algumas conservadoras como as do grupo LVMH – dono de entre outros Moet Chandon, Givenchy, Louis Vuitton – entre nessa dança frenética. Esse movimento também é movido por pesquisas, como a liderada pela McAfee neste fim de ano revelando que 83% dos adolescentes utilizam as redes sociais no Brasil e trocam informações pessoais publicamente. Outros 67% realizam upload de fotos; 57% compartilham vídeos; 37% postam e divulgam informações em fóruns de discussões; 36% publicam notas em blogs e 31% conversam com desconhecidos por meio de chats. O estudo mostra que oito em cada dez adolescentes participam ativamente das redes sociais; 71% desses jovens atualizam perfis frequentemente e 46% incluem até mesmo suas localizações. Bingo para quem descobriu que as empresas querem falar com esses internautas, cientes de que serão propagadores das suas marcas. É o mundo novo no qual mídias tradicionais convivem com as pulverizadas capazes de influenciar decisão de compra. E estar à mão desse público virou obsessão para sorte dos "ratos da internet", trazidos a bordo pelos gigantes transatlânticos da publicidade. Todos sentem-se Mickeys nessa Disneylâdia digital.

PARA ELES E PARA ELAS agência AlmapBBDO escalou o galã global Henry Castelli para o comercial de verão das Havaianas. Com bom humor mostra que a sandália de borracha mais vendida do País está sempre na moda e em todos os pés, inclusive dos famosos. É isso que faz o produto campeão de vendas desde os tempos em que Chico Anysio dizia que não soltam as tiras, não cheiram e não deformam... Bem, soltar as tiras é outra conversa.

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HAVAIANAS: para todos.

Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

DISNEYLÂNDIA VIRTUAL: "ratos da internet" são cada vez mais disputados por grandes agências.

NATAL AÉREO Helimart decidiu investir no luxo a que, atualmente, a classe C começa a ter acesso e está oferecendo voos exclusivos e panorâmicos em São Paulo, saindo do Campo de Marte. Os diurnos têm duração de 30 minutos e visitam mais de dez bairros e 20 pontos turísticos. Custam R$ 1.200 para três pessoas ou R$ 2.000 para cinco passageiros e podem ser divido em três vezes. Os casais apaixonados ainda podem desfrutar o amor nos céus da Capital com o passeio Night Air, e ser recepcionados na sala vip do hangar, no Campo de Marte. Durante meia hora, eles têm à disposição um ambiente especialmente

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decorado com velas, música, rosas vermelhas e taças de champagne. Depois, decolam em um voo de helicóptero de aproximadamente 25 minutos, para apreciar a iluminada noite paulistana. Pontos como a Pinacoteca do Estado, Catedral da Sé, Teatro Municipal e Estádio do Pacaembu fazem parte do trajeto. Após o percurso, a aeronave pousa em um hotel cinco estrelas, no qual o par é recepcionado para um romântico jantar no restaurante francês P. Verger. No fim da noite, uma suíte, com direito à champagne, chocolate e banho de imersão. No dia seguinte, um café da manhã e a conta: R$ 1.890. Não custa sonhar.

HELIMART: voos panorâmicos na Capital.

SHARON A LA DIOR atriz norte-americana Sharon Stone é o rosto da campanha publicitária do novo produto que a Dior lança no Brasil neste mês. A ação que começa a ser veiculada nesta semana foi criada pelo norueguês Solve Sundsbo. Após 15 anos de pesquisas, a marca francesa promete aquecer o mercado nacional e internacional com Capture Totale One Essential – o primeiro passo fundamental antes de qualquer tratamento, e o único que elimina toxinas e repara a pele intensamente. "... Aos 20, nós temos a cara da nossa juventude, com 50, isso é reflexo da nossa vida. Hoje, eu estou livre de todos os supérfluos, e sei o que é essencial. Para todas as mulheres como eu, a Dior criou um tratamento essencial que trata danos passados e embeleza o futuro da pele", declara Sharon Stone. Por sinal, as pernas da atriz continuam lindas.

A

ESTREIA: atriz foi escalada para a nova ação publicitária da marca.

Brasil lidera entre latinos online

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ntre os internautas brasileiros que visitam sites de comércio eletrônico, 94% realizam compras, o que representa a maior taxa de conversão de e-commerce entre seis países latino-americanos analisados pela empresa de métricas online comScore. De acordo com o estudo realizado com 800 pessoas, dos internautas que visitam lojas virtuais e que efetivamente compram produtos, a média é de 89% na Argentina, 84% na Colômbia, 82% no México, 71% no Chile e 63% no Peru. A pesquisa também mostra que as mulheres latino-americanas costumam comprar com mais frequência na internet do

Miguel Ugalde/SXC

que os homens, com uma média de conversão de 88% entre o público feminino e de 79% SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE

COMUNICADO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL N° 039/SVMA/2010 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2010-0144.510-0 OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DOS PARQUES MUNICIPAIS DO GRUPO TORONTO: PARQUE CIDADE DE TORONTO, PARQUE JARDIM FELICIDADE, PARQUE RODRIGO DE GÁSPERI, PARQUE SÃO DOMINGOS E PARQUE VILA DOS REMÉDIOS, nos termos das especificações constantes no Termo de Referência - ANEXO I, elaborado pela Divisão Técnica de Gestão de Parques - DEPAVE 5, parte integrante deste edital, como se nele efetivamente tivesse sido transcrito e em conformidade com as demais disposições do ato convocatório. A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL.4 torna público que a sessão de Reabertura do Pregão Presencial em epígrafe será realizada no dia 16 de DEZEMBRO de 2010, às 09:30 horas, na Rua do Paraíso, 387/389, Capital, no prédio da SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE, quando as empresas interessadas em participar deverão entregar os documentos referentes ao Credenciamento, a Declaração de Cumprimento das Condições de Habilitação, os envelopes contendo a Proposta de Preços - escrita e em meio eletrônico e os Documentos de Habilitação, diretamente ao Pregoeiro. O caderno de licitação, composto de edital e dos anexos, poderá ser obtido sem custo, através da Internet pelo site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, onde os interessados deverão se cadastrar conforme orientações ou retirado, mediante a entrega de 1 (um) CD-R ou CD-RW sem uso, na Unidade de Licitação, situada na Rua do Paraíso, nº 387/389, 9º andar, Paraíso, nesta Capital, das 09:00 às 17:00 horas, tels. 3396-3104/3396-3103 e fax 3396-3106.

Para Anunciar Ligue:

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3244-3175

entre o masculino. Os principais motivos citados pelos consumidores que

acabam desistindo de efetuar compras online são segurança em transações – 68% das mulheres e 48% dos homens –, preferência pelas compras presenciais – 38% sexo masculino e 32% feminino – opções de pagamento oferecidas – apontado por 35% deles e 32% delas. Outro motivo detectado está relacionado a custos de frete – 32% das mulheres e 30% dos homens. Quando se trata de compras em sites locais ou internacionais, 58% dos brasileiros preferem encher os carrinhos virtuais em lojas online nacionais. Já no México e no Peru, 52% dos internautas tendem a fazer suas compras em sites do exterior. (AG)

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO TOMADA DE PREÇOS Nº 005/SPMP/2010 OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS E OBRAS COMPLEMENTARES PARA URBANIZAÇÃO DA ÁREA MUNICIPAL DELIMITADA PELAS RUAS 5 DE NOVEMBRO, R. SANTA CATARINA, R. ILHA BELA E R. PROJETADA 18 ATRAVÉS DE LICITAÇÃO. Comunicamos a todos os licitantes que, a abertura do certame não será realizada em 02/12/2010 às 10:00 horas, sendo adiada para 20/12/2010 às 10:00 horas, sendo retificado o item 7.1.1 do edital como segue: ONDE SE LÊ: 7.1.1 - Certificado de Registro Cadastral, com validade em vigor, expedido pela Secretaria Municipal de Infra Estrutura Urbana e Obras nos termos da Portaria Nº 017/SIURB-G/04 (DOC. 14/02/2004), comprovando a inscrição da licitante na (s) CATEGORIA: CONSERVAÇÃO/SUBCATEGORIA: MP - GRUPO “B” e somente serão aceitas as empresas, cujo o Certificado de Registro Cadastral seja compatível com o tipo de obra a ser licitada. “Categoria: 1 Grupo “B”. LEIA-SE: 7.1.1 - Certificado de Registro Cadastral, com validade em vigor, expedido pela Secretaria Municipal de Infra Estrutura Urbana e Obras nos termos da Portaria Nº 017/SIURB-G/04 (DOC. 14/02/2004), comprovando a inscrição da licitante na (s) CATEGORIA: CONSERVAÇÃO/SUBCATEGORIA: MP - GRUPO “B” . ATESTADO DE VISTORIA (Anexo IV): A vistoria deverá ser feita por ENGENHEIRO CIVIL OU ARQUITETO Engenheiro Agrônomo, vinculados à empresa com mediante contrato de Trabalho ou Contrato de Prestação de serviço em vigência. Devendo o responsável juntamente com o Eng. Civil assumir ter feito a vistoria prévia no local da Obra por conta própria e de forma independente, com a finalidade de verificar as condições físicas para a execução dos serviços. A falta deste pré-requisito impedirá a empresa de participar do certame, sendo considerada inabilitada. A visita técnica poderá ser realizada até 2 (dois) dias antes da data de abertura, devendo assumir ter feito a vistoria prévia no local da Obra por conta própria e de forma independente, com a finalidade de verificar as condições físicas para a execução dos serviços.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA - DEZEMBRO /2010 COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Comunicado CAT-35, de 25-11-2010 (DOE 26-11-2010) O Coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS e ACESSÓRIAS, do mês de dezembro de 2010, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. OBSERVAÇÕES:

1) O Decreto 45.490, de 30/11/2000 - DOE de 1°/12/2000, que aprovou o RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV os prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividades Econômicas ali indicadas. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais. 2) O prazo previsto no Anexo IV do RICMS para o recolhimento do ICMS devido, na condição de sujeito passivo por substituição, pelas operações subsequentes com as mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária referidas nos itens 11 a 33 do § 1° do artigo 3° do mencionado anexo, fica prorrogado para o último dia do segundo mês subsequente ao do mês de referência da apuração. A prorrogação de prazo citada anteriormente aplica-se também ao prazo estabelecido no item 3 do § 2° do artigo 268 do RICMS, para que o contribuinte sujeito às normas do Simples Nacional recolha o imposto devido na condição de sujeito passivo por substituição tributária (Decreto nº 55.307, de 30-12-09; DOE 31-12-09, produzindo efeitos para os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2010). 3) A Portaria CAT-172, de 26/10/2010 – DOE de 27/10/2010, prorrogou do dia 31 de outubro para o dia 15 de dezembro de 2010 o prazo para entrega da Declaração do Simples Nacional relativa à Substituição Tributária e ao Diferencial de Alíquota-STDA, referente ao período de 01/01/2009 a 31/12/2009, instituída na Portaria CAT-155, de 24-09-2010. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: DO IMPOSTO RETIDO ANTECIPADAMENTE POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS): DIA 3 N cimento - 1031; N refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; N álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031;

DIA 9 N veículo novo - 1090; N veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da

NBM/SH - 1090; câmaras-de-ar e protetores de borracha 1090; N fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; N tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; N energia elétrica - 1090; N sorvete de qualquer espécie e preparado para fabricação de sorvete em máquina – 1090; N pneumáticos,

DIA 30 N medicamentos e contraceptivos referidos no § 1° do ar-

tigo 313-A do RICMS – 1090; N bebida alcoólica, exceto cerveja e chope - 1090; N produtos de perfumaria referidos no § 1° do artigo 313-E

do RICMS - 1090; N produtos de higiene pessoal referidos no § 1° do artigo 313-G do RICMS - 1090; N ração tipo "pet" para animais domésticos, classificada na posição 23.09 da NBM/SH - 1090; N produtos de limpeza referidos no § 1° do artigo 313-K do RICMS - 1090; N produtos fonográficos referidos no § 1° do artigo 313-M do RICMS - 1090; N autopeças referidas no § 1° do artigo 313-O do RICMS - 1090; N pilhas e baterias novas, classificadas na posição 85.06 da NBM/SH - 1090; N lâmpadas elétricas referidas no § 1° do artigo 313-S do RICMS - 1090; N papel referido no § 1° do artigo 313-U do RICMS – 1090; N produtos da indústria alimentícia referidos no § 1° do artigo 313-W do RICMS - 1090; N materiais de construção e congêneres referidos no § 1° do artigo 313-Y do RICMS - 1090. N produtos de colchoaria referidos no § 1° do artigo 313-Z1 do RICMS - 1090; N ferramentas referidas no § 1° do artigo 313-Z3 do RICMS - 1090; N bicicletas e suas partes, peças e acessórios referidos no § 1° do artigo 313-Z5 do RICMS - 1090; N instrumentos musicais referidos no § 1° do artigo 313-Z7 do RICMS - 1090. N brinquedos referidos no § 1° do artigo 313-Z9 do RICMS - 1090. N máquinas, aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos referidos no § 1° do artigo 313-Z11 do RICMS - 1090. N produtos de papelaria referidos no § 1° do artigo 313-Z13 do RICMS - 1090. N artefatos de uso doméstico referidos no § 1° do artigo 313Z15 do RICMS - 1090. N materiais elétricos referidos no § 1° do artigo 313-Z17 do RICMS - 1090. N produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos referidos no § 1° do artigo 313-Z19 do RICMS – 1090.

O prazo previsto no Anexo IV do RICMS para o recolhimento do ICMS devido na condição de sujeito passivo por substituição, pelas operações subsequentes com as mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária referidas nos itens 11 a 33 do § 1° do artigo 3° do mencionado anexo, fica prorrogado para o último dia do segundo mês subsequente ao do mês de referência (Decreto nº 55.307, de 30-12-09; DOE 3112-09, produzindo efeitos para os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2010). OBSERVAÇÕES EM RELAÇÃO AO ICMS DEVIDO POR ST:

a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 256

por meio da Internet no endereço http://www.fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br.

MÊS: DEZEMBRO DE 2010 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Classificação de atividade econômica

Código de prazo de recolhimento

Regime periódico de apuração Recolhimento do ICMS Fato gerador

CPR

CNAE

10333, 11119, 11127, 11135, 11216, 11224, 17109, 17214, 17222, 17311, 17320, 17338, 17419, 17427, 17494, 19101, 19217, 19225, 19322; 20118, 20126, 20134, 20142, 20193, 20215, 20223, 20291, 20312, 20321, 20339, 20401, 20517, 20525, 20614, 20622, 20631, 20711, 20720, 20738, 20916, 20924, 20932, 20941, 20991, 21106, 21211, 21220, 21238, 22218, 22226, 22234, 22293, 23206, 24113, 24121, 24211, 24229, 24237, 24245, 24318, 24393, 24415, 24431, 24491, 24512, 24521, 25110, 25128, 25136, 25217, 25314, 25322, 25390, 25411, 25420, 25438, 25501, 25918, 25926, 25934, 25993, 26108, 26213, 26221, 26311, 26329, 26400, 26515, 26523, 26604, 26701, 26809, 27104, 27210, 27317, 27325, 27333, 27511, 27597, 27902, 28135, 28151, 28232, 28241, 28518, 28526, 28534, 28542, 29107, 29204, 29506; 30113, 30121, 30318, 30504, 30911, 32124, 32205, 32302, 32400, 32507, 32914, 33112, 33121, 33139, 33147, 33155, 33198, 33210, 35115, 35123, 35131, 35140, 35204, 35301; 46214, 46222, 46231, 46311, 46320, 46338, 46346, 46354, 46362, 46371, 46397, 46419, 46427, 46435, 46443, 46451, 46460, 46478, 46494, 46516, 46524, 46613, 46621, 46630, 46648, 46656, 46699, 46711, 46729, 46737, 46745, 46796, 46818, 46826, 46834, 46842, 46851, 46869, 46877, 46893, 46915, 46923, 46931, 49302, 49507; 50114, 50122, 50211, 50220, 50912, 50998, 51111, 51129, 51200, 51307, 53105, 53202; 60217, 60225, 63917. 01113, 01121, 01130, 01148, 01156, 01164, 01199, 01211, 01229, 01318, 01326, 01334, 01342, 01351, 01393, 01415, 01423, 01512, 01521, 01539, 01547, 01555, 01598, 01610, 01628, 01636, 01709; 02101, 02209, 02306; 03116, 03124, 03213, 03221; 05003; 06000; 07103, 07219, 07227, 07235; 07243, 07251, 07294; 08100, 08916, 08924, 08932, 08991; 09106, 09904; 12107, 12204; 23915, 23923; 33163, 33171; 41204, 42111, 42120, 42138, 42219, 42227, 42235, 42910, 42928, 42995, 43118, 43126, 43134, 43193, 43215, 43223, 43291, 43304, 43916, 43991, 45111, 45129, 45200, 46117, 46125, 46133, 46141, 46150, 46168, 46176, 46184, 46192, 47318, 47326, 49400; 50301, 52117, 52125, 52214, 52222, 52231, 52290, 52311, 52320, 52397, 52401, 52508, 55108, 55906; 62015, 62023, 62031, 62040, 62091, 63119, 63194, 63992, 64107, 64212, 64221, 64239, 64247, 64310, 64328, 64336, 64344, 64352, 64361, 64379, 64409, 64506, 64611, 64620, 64638, 64701, 64913, 64921, 64930, 64999, 66134, 69117, 69125, 69206; 70204, 71111, 71120, 71197, 71201, 73114, 73122, 73190, 73203, 74102, 74200, 74901, 75001, 77403, 78108, 78205, 78302, 79112, 79121; 80111, 80129, 80200, 80307, 81214, 81222, 81290, 81303, 82113, 82199, 82202, 82300, 82911, 82920, 85503, 86101, 86216, 86224, 86305, 86402, 86500, 86607, 86909, 87115, 87123, 87204, 87301, 88006; 95118; 60101, 61108, 61205, 61302, 61418, 61426, 61434, 61906; 10538; 36006, 37011, 37029, 38114, 38122, 38211, 38220, 39005; 41107, 45307, 45412, 45421, 45439, 47113, 47121, 47130, 47229, 47237, 47245, 47296, 47415, 47423, 47431, 47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555, 47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636, 47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822, 47831, 47849, 47857, 47890, 49116, 49124; 56112, 56121, 56201, 59111, 59120, 59138, 59146; 65111, 65120, 65201, 65308, 65413, 65421, 65502, 66118, 66126, 66193, 66215, 66223, 66291, 66304, 68102, 68218, 68226; 72100, 72207, 77110, 77195, 77217, 77225, 77233, 77292, 77314, 77322, 77331, 77390, 79902; 81117, 81125, 82997, 84116, 84124, 84132, 84213, 84221, 84230, 84248, 84256, 84302, 85112, 85121, 85139, 85201, 85317, 85325, 85333, 85414, 85422, 85911, 85929, 85937, 85996; 90019, 90027, 90035, 91015, 91023, 91031, 92003, 93115, 93123, 93131, 93191, 93212, 93298, 94111, 94120, 94201, 94308, 94910, 94928, 94936, 94995, 95126, 95215, 95291, 96017, 96025, 96033, 96092, 97005, 99008; 25225, 28119, 28127, 28143, 28216, 28224, 28259, 28291, 28313, 28321, 28330, 28402, 28615, 28623, 28631, 28640, 28658, 28666, 28691; 10112, 10121, 10139, 10201, 10317, 10325, 10414, 10422, 10431, 10511, 10520, 10619, 10627, 10635, 10643, 10651, 10660, 10694, 10716, 10724, 10813, 10821, 10911, 10929, 10937, 10945, 10953, 10961, 10996, 15106, 15211, 15297, 16102, 16218, 16226, 16234, 16293, 18113, 18121, 18130, 18211, 18229, 18300, 19314; 22111, 22129, 22196, 23117, 23125, 23192, 23303, 23494, 23991, 24423, 27228, 27406, 29301, 29417, 29425, 29433, 29441, 29450, 29492; 30326, 30920, 30997, 31012, 31021, 31039, 31047, 32116, 33295, 38319, 38327, 38394; 47211, 49213, 49221, 49230, 49248, 49299; 58115, 58123, 58131, 58191, 58212, 58221, 58239, 58298, 59201; 13111, 13120, 13138, 13146, 13219, 13227, 13235, 13308, 13405, 13511, 13529, 13537, 13545, 13596, 14118, 14126, 14134, 14142, 14215, 14223, 15319, 15327, 15335, 15394, 15408; 23419, 23427; 30415, 30423, 32922, 32990;

no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subsequente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01). b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-se-á o que segue: . no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; . no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100. . no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador – CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02). Simples Nacional:

DIA 15 – O contribuinte enquadrado no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - “Simples Nacional” deverá efetuar até esta data os seguintes recolhimentos: a) O valor do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nos termos do Artigo 115, inciso XV-A, do RICMS (Portaria CAT75, de 15-5-2008); b) O valor do imposto devido na condição de sujei-

11/2010

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Dia

Dia

Registro eletrônico de documentos fiscais na Secretaria da Fazenda

Os contribuintes sujeitos ao registro eletrônico de documentos fiscais devem efetuá-lo nos prazos a seguir indicados, conforme o 8º dígito de seu número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ (12.345.678/xxxx-yy).(Portaria CAT - 85, de 49-2007 - DOE 05/09/2007)

OBS.: Na hipótese de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida por contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA, de que trata o artigo 87 do Regulamento do ICMS, cujo campo "destinatário" indique pessoa jurídica, ou entidade equiparada, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, e cujo campo "valor total da nota" indique valor igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais), o registro eletrônico deverá ser efetuado em até 4 (quatro) dias contados da emissão do documento fiscal. (Portaria CAT-127/07, de 21-12-2007; DOE 22-12-2007). 1031

1100 1150

3

10 15

-

-

1200

20

-

1220

22

-

1250

27

-

2100

-

10

to passivo por substituição, nos termos do § 2º do Artigo 268 do RICMS. O prazo para o pagamento do DAS referente ao período de apuração de novembro de 2010 encontra-se disponível no portal do Simples Nacional (ht tp :/ /w ww 8. re ce it a. fa ze nd a. go v. br /S im pl es Nacional/) por meio do link Agenda do Simples Nacional - 2010. FABRICANTES DE CELULAR, LATAS DE CHAPA DE ALUMÍNIO OU PAINÉIS DE MADEIRA MDF – CPR 2100

DIA 10 – O estabelecimento com atividade preponderante de fabricação de telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira MDF, independente do código CNAE em que estiver enquadrado, deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de novembro de 2010 até esta data. OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA

A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo decreto 45.490, de 30/11/00 – DOE de 1º/12/00 – Portaria CAT 92, de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 – DOE de 27/06/01).

3) DIA 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS – Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de novembro de 2010, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00). 4) DIA 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: O produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês novembro de 2010 (art.70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 5) DIA 15 - Arquivo Com Registro Fiscal: 5.1) Contribuintes do setor de combustíveis: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda, utilizando o programa TED (Transmissão Eletrônica de Dados), arquivo com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título no mês de novembro de 2010: Os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo decreto 48.139 de 8/10/2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela P o r t a r i a C AT- 9 5 d e 1 7 / 11 / 2 0 0 3 , D O E d e 19/11/2003). Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). 5.2) SINTEGRA: Os contribuintes usuários de sistema eletrônico de processamento de dados remeterão até essa data às Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação das unidades da Federação, utilizando o programa TED (Transmissão Eletrônica de Dados), arquivo magnético com registro fiscal das operações e prestações interestaduais efetuadas no mês de novembro de 2010. O contribuinte notificado pela Secretaria da Fazenda a enviar mensalmente arquivo magnético com registro fiscal da totalidade das operações e prestações fica dispensado do cumprimento desta obrigação (art. 10 da Portaria CAT 32/96 de 28/03/96, DOE de 29/03/1996). NOTAS GERAIS: 1) Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP: O valor da UFESP para o período de 1°/1/2010 a 31/12/2010 será de R$ 16,42 (Comunicado DA - 55, de 17/12/09; DOE de 18/12/09). 2) Nota Fiscal de Venda a Consumidor: Na operação de saída a título de venda a consumidor final com valor inferior a R$ 8,00 (oito reais) e em não sendo obrigatória a emissão do Cupom Fiscal, a emissão da Nota Fiscal de Venda a Consumidor (NFVC) é facultativa, cabendo a opção ao consumidor (RICMS/SP art. 132-A e 134 e Comunicado DA-56 de 17/12/2009). O Limite máximo de valor para emissão de Cupom Fiscal e Nota Fiscal de Venda a Consumidor (NFVC) é de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a partir do qual deve ser emitida Nota Fiscal (modelo 1) ou Nota Fiscal Eletrônica (modelo 55) (RICMS/SP art. 132-A, Parágrafo único e 135, § 7º). 3) Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 25/11/2010.

Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada

4) A Agenda Tributária em formato permanente encontra-se disponível no site da Secretaria da Fazenda (www.fazenda.sp.gov.br) no módulo Legislação Tributária – Agendas, Pautas e Tabelas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa

Agenda Tributária Federal - Dezembro/2010 MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria da Receita Federal do Brasil ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 86, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2010. O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 290 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 125, de 4 de março de 2009, declara: Art. 1º Os vencimentos dos prazos para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de dezembro de 2010, são os constantes do Anexo Único a este Ato Declaratório Executivo (ADE). § 1º Em caso de feriados estaduais e municipais, os vencimentos constantes do Anexo Único a este ADE deverão ser antecipados ou prorrogados de acordo com a legislação de regência. § 2º O pagamento referido no caput deverá ser efetuado por meio de: I - Guia da Previdência Social (GPS), no caso das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas, por lei, a terceiros; ou II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), no caso dos demais tributos administrados pela RFB. § 3º A Agenda Tributária será disponibilizada na página da RFB na Internet no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Art. 2º As referências a "Entidades financeiras e equiparadas", contidas nas discriminações da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 3º Ocorrendo evento de extinção, incorporação, fusão ou cisão de pessoa jurídica em atividade no ano do evento, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar: I - o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon Mensal) até o 5º (quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao do evento; II - a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal) até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao do evento; III - a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) até o último dia útil: a) do mês de junho, para eventos ocorridos nos meses de janeiro a maio do respectivo ano-calendário; ou b) do mês subsequente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de junho a 31 de dezembro; IV - o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP) até o último dia útil: a) do mês de março, para eventos ocorridos no mês de janeiro do respectivo anocalendário; ou b) do mês subsequente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro. Parágrafo único. A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal e do Dacon Mensal, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Art. 4º Ocorrendo evento de extinção, incorporação, fusão ou cisão de pessoa jurídica que permanecer inativa durante o período de 1º de janeiro até a data do evento, a pessoa jurídica extinta, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. Art. 5º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo ano-calendário, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento. Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário. Art. 6º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, a Dirf de fonte pagadora pessoa física, relativa ao respectivo ano-calendário, deverá ser apresentada: I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: a) a data da saída do País, em caráter permanente; e b) 30 (trinta) dias contados da data em que a pessoa física declarante completar 12 (doze) meses consecutivos de ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; II - no caso de encerramento de espólio, no mesmo prazo previsto para a entrega, pelos demais declarantes, da Dirf relativa ao ano-calendário. Art. 7º A Declaração Final de Espólio deve ser apresentada até o último dia útil do mês de abril do

ano-calendário subsequente ao: I - da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, que tenha transitado em julgado até o último dia do mês de fevereiro do anocalendário subsequente ao da decisão judicial; II - da lavratura da escritura pública de inventário e partilha; III - do trânsito em julgado, quando este ocorrer a partir de 1º de março do ano-calendário subsequente ao da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados. Art. 8º A Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao período em que tenha permanecido na condição de residente no Brasil, deverá ser apresentada: I - no ano-calendário da saída, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente ao da saída definitiva, bem como as declarações correspondentes a anos-calendário anteriores, se obrigatórias e ainda não entregues; II - no ano-calendário da caracterização da condição de não residente, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente ao da caracterização. Parágrafo único. A pessoa física residente no Brasil que se retire do território nacional deverá apresentar também a Comunicação de Saída Definitiva do País: I - a partir da data da saída e até o último dia do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente, se esta ocorreu em caráter permanente; ou II - a partir da data da caracterização da condição de não residente e até o último dia do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente, se a saída ocorreu em caráter temporário. Art. 9º No caso de incorporação, fusão, cisão parcial ou total, extinção decorrente de liquidação, a pessoa jurídica deverá apresentar a Declaração sobre a Opção de Tributação de Planos Previdenciários (DPREV), contendo os dados do próprio ano-calendário e do ano-calendário anterior, até o último dia útil do mês subsequente ao de ocorrência do evento. Art. 10. Nos casos de extinção, fusão, incorporação e cisão total da pessoa jurídica, a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) de Situação Especial deverá ser apresentada até o último dia útil do mês subsequente à ocorrência do evento. Art. 11. No recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes de Reclamatória Trabalhista sob os códigos 1708, 2801, 2810, 2909 e 2917, deve-se considerar como mês de apuração o mês da prestação do serviço e como vencimento a data de vencimento do tributo na época da ocorrência do fato gerador, havendo sempre a incidência de acréscimos legais. § 1º Na hipótese de não reconhecimento de vínculo, e quando não fizer parte da sentença condenatória ou do acordo homologado a indicação do período em que foram prestados os serviços aos quais se refere o valor pactuado, será adotada a competência referente, respectivamente, à data da sentença ou da homologação do acordo, ou à data do pagamento, se este anteceder aquelas. § 2º O recolhimento das contribuições sociais devidas deve ser efetuado no mesmo prazo em que devam ser pagos os créditos encontrados em liquidação de sentença ou em acordo homologado, sendo que nesse último caso o recolhimento será feito em tantas parcelas quantas as previstas no acordo, nas mesmas datas em que sejam exigíveis e proporcionalmente a cada uma. § 3º Caso a sentença condenatória ou o acordo homologado seja silente quanto ao prazo em que devam ser pagos os créditos neles previstos, o recolhimento das contribuições sociais devidas deverá ser efetuado até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da liquidação da sentença ou da homologação do acordo ou de cada parcela prevista no acordo, ou no dia útil imediatamente anterior, caso não haja expediente bancário no dia 20 (vinte). Art. 12. Nos casos de extinção, cisão total, cisão parcial, fusão ou incorporação, a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) deverá ser entregue até o último dia do mês subsequente ao do evento, exceto nos casos em que essas situações especiais ocorram no 1º (primeiro) quadrimestre do ano-calendário, hipótese em que a declaração deverá ser entregue até o último dia do mês de junho. Parágrafo único. Com relação ao ano-calendário de exclusão da Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) do Simples Nacional, esta deverá entregar a DASN, abrangendo os fatos geradores ocorridos no período em que esteve na condição de optante, até o último dia do mês de março do ano-calendário subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. Art. 13. Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a Escrituração Contábil Digital (ECD) deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. Art. 14. Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação. JOÃO PAULO R. F. MARTINS DA SILVA (Fl. 5 do Anexo Único ao Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 25 de novembro de 2010.)

ANEXO ÚNICO Agenda Tributária Federal

Agenda Tributária Federal

Mês de Dezembro de 2010

Mês de Dezembro de 2010

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

Diária

3

Diária

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos do Trabalho Tributação exclusiva sobre remuneração indireta Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica Renda e proventos de qualquer natureza Juros e comissões em geral Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas Fretes internacionais Remuneração de direitos Previdência privada e Fapi Aluguel e arrendamento Outros Rendimentos Pagamento a beneficiário não identificado Imposto sobre a Exportação (IE)

2063

FG ocorrido no mesmo dia

0422 0473 0481 5192 9412 9427 9466 9478

FG ocorrido no mesmo dia “ “ “ “ “ “ “

5217 0107

FG ocorrido no mesmo dia Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha se verificado 15 dias antes.

Diária

Cide - Combustíveis - Importação - Lei nº 10.336/01 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível.

Contribuição para o PIS/Pasep Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diário (até 2 dias úteis após a realização do evento) Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol Profissional - Receita Bruta de Espetáculos Desportivos - CNPJ - Retenção e recolhimento efetuado por entidade promotora do espetáculo (federação ou confederação), em seu próprio nome.

3 9438

Importação, cujo registro da declaração tenha se verificado no mesmo dia.

5434

FG ocorrido no mesmo dia

5442

FG ocorrido no mesmo dia

Diária

Diário (até 2 dias úteis após a realização do evento) Pagamento de parcelamento de clube de futebol - CNPJ - (5% da receita bruta destinada ao clube de futebol)

6

2550

Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento)

4316

Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento)

Até o 2º dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor Público (CPSSS) CPSSS - Servidor Civil Licenciado/Afastado, sem remuneração 1684 Data de vencimento do tributo na época da ocorrência do fato gerador (vide art. 11 do ADE Codac nº 86/2010) Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep 1708 Reclamatória Trabalhista - CEI Reclamatória Trabalhista - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Reclamatória Trabalhista - CNPJ Reclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.)

CPSSS - Patronal - Decisão Jud. Mandado Segurança - Operação Intra-Orçamentária

10

2801 2810 2909

“ “

2917

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

21 a 30/novembro/2010 “ “ “ “ “ “ “ “ “

5286

21 a 30/novembro/2010

0490 9453

“ “

0916 8673 9385

21 a 30/novembro/2010 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

21 a 30/novembro/2010 “ “ “ “ “ “ “

1661 1700 1717 1769 1814 1690

21 a 30/novembro/2010 “ “ “ “ 21 a 30/novembro/2010 (pagamento implantado em folha) “

1808

7

Novembro Mês da prestação do serviço “

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor Público (CPSSS) CPSSS - Servidor Civil Ativo CPSSS - Servidor Civil Inativo CPSSS - Pensionista Civil CPSSS - Patronal - Servidor Civil Ativo - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Patronal - Servidor no Exterior - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Decisão Judicial Mandado de Segurança

10

14

Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ - estoque Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Juros de empréstimos externos Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor Público (CPSSS) CPSSS - Servidor Civil Ativo - Precatório Judicial e Requisição de Pequeno Valor CPSSS - Servidor Civil Inativo - Precatório Judicial e Requisição de Pequeno Valor CPSSS - Pensionista - Precatório Judicial e Requisição de Pequeno Valor

7307 7315

1o a 30/novembro/2010 “

1020

Novembro/2010

5299

Novembro/2010

1723 1730 1752

Novembro “ “


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

21

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa Agenda Tributária Federal

Agenda Tributária Federal

Mês de Dezembro de 2010

Mês de Dezembro de 2010

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

CPSSS - Patronal - Precatório Judicial e Requisição de Pequeno Valor - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Decisão Judicial Mandado de Segurança

15

15

15

15

15

15

15

15

CPSSS - Patronal - Decisão Jud. Mandado Segurança - Operação Intra-Orçamentária Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor Público (CPSSS) CPSSS - Servidor Civil Ativo CPSSS - Servidor Civil Inativo CPSSS - Pensionista Civil CPSSS - Patronal - Servidor Civil Ativo - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Patronal - Servidor no Exterior - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Decisão Judicial Mandado de Segurança

CPSSS - Patronal - Decisão Jud Mandado Segurança - Operação Intra-Orçamentária Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Cide - Combustíveis Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. Cide - Remessas ao Exterior Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei nº 10.168/2000, alterado pelo art. 6º da Lei nº 10.332/2001. Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro

1837 1690

Novembro “ (pagamento não implantado em folha) “

1808 1661 1700 1717 1769 1814 1690

1º a 10/dezembro/2010 “ “ “ “ 1º a 10/dezembro/2010 (pagamento implantado em folha) “

1808

20

20

20 5952 5979 3770

16 a 30/novembro/2010 “ “

5952 5960 3746

16 a 30/novembro/2010 “ “

5952 5987

23

Novembro/2010

8741

Novembro/2010

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

1º a 10/dezembro/2010 “ “ “ “ “ “ “ “ “

5286

1º a 10/dezembro/2010

0490 9453

“ “

0916 8673 9385

1º a 10/dezembro/2010 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

1º a 10/novembro/2010 “ “ “ “ “ “ “

23

24

15

20

20 20

Contribuinte Individual - recolhimento mensal NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - recolhimento mensal - com dedução de 45% (Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Facultativo - recolhimento mensal - NIT /PIS /Pasep Facultativo - Opção: aposentadoria apenas por idade - recolhimento mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Especial - recolhimento mensal - NIT /PIS/Pasep Empregado Doméstico - recolhimento mensal - NIT/PIS/Pasep Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royalties pagos à pessoa física Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ à cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal Demais rendimentos Contribuição para o PIS/Pasep Entidades financeiras e equiparadas Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Entidades financeiras e equiparadas

1007

1º a 30/novembro/2010

1120

1º a 30/novembro/2010

1163 1406

1º a 30/novembro/2010 1º a 30/novembro/2010

1473 1503 1600

1º a 30/novembro/2010 1º a 30/novembro/2010 1º a 30/novembro/2010

24

3208 3277

Novembro/2010 “

0561 0588 3223 5565 5936

Novembro/2010 “ “ “ “

1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928 8045

Novembro/2010 “ “ “ “ “ “ “

4574

Novembro/2010

7987

Novembro/2010

24

20 Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.)

2852

Diversos

2879

2950

24

2976

2003

1º a 30/novembro/2010

2011

2020 2100

“ “

2119

2127 2208 2216 2305 2321 2402 2429

“ “ “ “ “ “ “

2437

2445

24

20 Simples - CNPJ Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física. Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transportador rodoviário autônomo. Empresas em geral - CNPJ Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Cooperativa de Trabalho - CNPJ - contribuição descontada do cooperado - Lei nº 10.666/2003. Empresas em geral - CEI Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Filantrópicas com isenção - CNPJ Filantrópicas com isenção - CEI Órgãos do poder público - CNPJ Órgãos do poder público - CEI Órgãos do poder público - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física Órgão do Poder Público - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transporte rodoviário autônomo Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol Profissional - Receita Bruta a Título de Patrocínio, Licenciamento de Uso de Marcas e Símbolos, Publicidade, Propaganda e Transmissão de Espetáculos - CNPJ - retenção e recolhimento efetuado por empresa patrocinadora em seu próprio nome. Comercialização da produção rural - CNPJ Comercialização da produção rural - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CNPJ Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço - CNPJ (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CEI Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço - CEI (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Comercialização da produção rural - CEI Comercialização da produção rural - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Empregado doméstico - recolhimento mensal - NIT/PIS/Pasep (contribuição sobre o 13° salário - competência 13).

27

30 2500 2607

“ “

2615 2631

“ “

2640 2658

“ “

2682 2704

“ “

2712

1600

1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010

1600 2003 2100

“ “ “

30

30

20

Empregado doméstico - Facultativamente a contribuição do mês 11 pode ser recolhida juntamente com a contribuição sobre o 13° salário, informando-se na guia a competência 11. Simples - CNPJ (contribuição sobre o 13° salário) Empresas em geral - CNPJ (contribuição sobre o 13° salário) Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc) (contribuição sobre o 13° salário) Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 (contribuição sobre o 13° salário). Empresas em geral - CEI (contribuição sobre o 13° salário) Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc) (contribuição sobre o 13° salário) Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 (contribuição sobre o 13° salário) Filantrópicas com isenção - CNPJ (contribuição sobre o 13° salário) Filantrópicas com isenção - CEI (contribuição sobre o 13° salário) Órgãos do poder público - CNPJ (contribuição sobre o 13° salário) Órgãos do poder público - CEI (contribuição sobre o 13° salário)

2119

2143 2208

“ “

2216

2240 2305 2321 2402 2429

“ “ “ “ “

30

30

20 Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

20

Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções no âmbito do PMCMV (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins)

DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional)

30

Novembro/2010 30

4095

Novembro/2010

1068

4112

Novembro/2010

4095

Novembro/2010

1068

4153

4095

Novembro/2010

1068

4138

4095

Novembro/2010

1068

4166

20

16 a 30/novembro/2010 “

9331

Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções no âmbito do PMCMV (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções Contribuição para o PIS/Pasep Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções no âmbito do PMCMV (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Pagamento Unificado - Ret Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções no âmbito do PMCMV (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias e às Construções Pagamento de parcelamento administrativo - número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de dívida ativa parcelamento - referência (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - parcelamento de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi Todos os produtos, com exceção de: bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi Cervejas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Demais bebidas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: autossocorro, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Contribuição para o PIS/Pasep Faturamento Folha de salários Pessoa jurídica de direito público Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária Combustíveis Não-cumulativa Vendas à Zona Franca de Manaus (ZFM) - Substituição Tributária Contribuição para o PIS/Pasep Cervejas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Demais bebidas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Álcool - Regime Especial de Apuração e Pagamento previsto no § 4º do art. 5º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Demais Entidades Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária Combustíveis Não-cumulativa Vendas à Zona Franca de Manaus (ZFM) - Substituição Tributária Cervejas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Demais bebidas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Álcool - Regime Especial de Apuração e Pagamento previsto no § 4º do art. 5º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998. Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor Público (CPSSS) CPSSS - Servidor Civil Ativo CPSSS - Servidor Civil Inativo CPSSS - Pensionista Civil CPSSS - Patronal - Servidor Civil Ativo - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Patronal - Servidor no Exterior - Operação Intra-Orçamentária CPSSS - Decisão Judicial Mandado de Segurança

CPSSS - Patronal - Decisão Jud. Mandado Segurança - Operação Intra-Orçamentária Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão) Ganhos de capital na alienação de bens e direitos Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira Ganhos líquidos em operações em bolsa Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário - Rendimentos e Ganhos de Capital Distribuídos Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal Demais Entidades Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal PJ não obrigadas à apuração com base no lucro real Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal Lucro Presumido (3ª quota) Lucro Arbitrado (3ª quota) Renda Variável FINOR/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FINOR/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 FINAM/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FINAM/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 FUNRES/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FUNRES/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 Ganho de Capital - Alienação de Ativos de ME/EPP optantes pelo Simples Nacional Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal

4308

Diversos

6106

6505

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

11 a 20/dezembro/2010 “ “ “ “ “ “ “ “ “

5286

11 a 20/dezembro/2010

0490 9453

“ “

0916 8673 9385

11 a 20/dezembro/2010 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

11 a 20/dezembro/2010 “ “ “ “ “ “ “

5110

Novembro/2010

5123 0668

“ “

0821

0838

0676 0676

Novembro/2010 “

1097

1097

1097 1097

“ “

1097 1097

“ “

1097

1097

8109 8301 3703 8496 6824 6912 1921

Novembro/2010 “ “ “ “ “ “

0679

Novembro/2010

0691

0906

2172 8645 6840 5856 1840

Novembro/2010 “ “ “ “

0760

0776

0929

1661 1700 1717 1769 1814 1690

11 a 20/dezembro/2010 “ “ “ “ 11 a 20/dezembro/2010 (pagamento implantado em folha)

1808

0190 4600

Novembro/2010 “

8523 6015

“ “

5232

Novembro/2010

1599 2319

Julho a Setembro/2010 Novembro/2010

0220 2362

Julho a Setembro/2010 Novembro/2010

3373 5993 2089 5625 3317 9004 9017 9020 9032 9045 9058 0507

Julho a Setembro/2010 Novembro/2010 Julho a Setembro/2010 “ Novembro/2010 Julho a Setembro/2010 Novembro/2010 Julho a Setembro/2010 Novembro/2010 Julho a Setembro/2010 Novembro/2010 “

5952 5979 3770

1º a 15/dezembro/2010 “ “

5952 5960 3746

1º a 15/dezembro/2010 “ “

5952 5987

1º a 15/dezembro/2010 “

2030 2469

Julho a Setembro/2010 Novembro/2010


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO N DOUTRINA N JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa Agenda Tributária Federal

Agenda Tributária Federal

Mês de Dezembro de 2010

Mês de Dezembro de 2010

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Código Código Período de apuração Vencimento Tributos Darf GPS do fato gerador (FG)

Demais Entidades Balanço Trimestral (3ª quota) 6012 Estimativa Mensal 2484 PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (3ª quota) 2372 Imposto Territorial Rural (ITR) 4ª quota do ITR relativa ao exercício de 2010 1070 Programa de Recuperação Fiscal (Refis) Parcelamento vinculado à receita bruta 9100 Parcelamento alternativo 9222 ITR/Exercícios até 1996 9113 ITR/Exercícios a partir de 1997 9126 Parcelamento Especial (Paes) Pessoa física 7042 Microempresa 7093 Empresa de pequeno porte 7114 Demais pessoas jurídicas 7122 Paes ITR 7288 Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 1º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples 0830 Demais pessoas jurídicas 0842 Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 8º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples 1927 Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 9º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples 1919 Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 3º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional 0285 Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 4º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Parcelamento para Ingresso no Simples Nacional - 2009 Art. 7º § 3º IN/RFB nº 902/2008 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional 0873 Parcelamento para Ingresso no Simples Nacional - 2009 Art. 7º § 4º IN/RFB nº 902/2008 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Parcelamento Lei nº 11.941, de 2009 PGFN - Débitos Previdenciários - Parcelamento de Dívidas Não Parceladas Anteriormente - Art. 1º 1136 PGFN - Débitos Previdenciários - Parcelamento de Saldo Remanescente dos Programas Refis, Paes, Paex e Parcelamentos Ordinários - Art. 3º 1165 PGFN - Débitos Previdenciários - Pagamento à vista com utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL para liquidar multa e juros 1171 PGFN - Demais Débitos - Pagamento à vista com utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL para liquidar multa e juros 1188 PGFN - Demais Débitos - Parcelamento de Dívidas Não Parceladas Anteriormente - Art. 1º 1194

30 30

30

30

30 30 30 30 30 30 30

30 Julho a Setembro/2010 Novembro/2010 Julho a Setembro/2010 1º/janeiro/2010 Diversos “ “ “ Diversos “ “ “ “ Diversos “

30

30

Diversos Diversos Diversos 4324

Diversos Diversos

4359

Diversos

Diversos “ “ “ “

PGFN - Demais Débitos - Parcelamento de Saldo Remanescente dos Programas Refis, Paes, Paex e Parcelamentos Ordinários - Art. 3º PGFN - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Créditos de IPI - Art. 2º RFB - Débitos Previdenciários - Parcelamento de Dívidas Não Parceladas Anteriormente - Art. 1º RFB - Débitos Previdenciários - Parcelamento de Saldo Remanescente dos Programas Refis, Paes, Paex e Parcelamentos Ordinários - Art. 3º RFB - Débitos Previdenciários - Pagamento à vista com utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL para liquidar multa e juros RFB - Demais Débitos - Pagamento à vista com utilização de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa da CSLL para liquidar multa e juros RFB - Demais Débitos - Parcelamento de Dívidas Não Parceladas Anteriormente - Art. 1º RFB - Demais Débitos - Parcelamento de Saldo Remanescente dos Programas Refis, Paes, Paex e Parcelamentos Ordinários - Art. 3º RFB - Parcelamento Dívida Decorrente de Aproveitamento Indevido de Créditos de IPI - Art. 2º Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial - Lei nº 8.212/91 NIT/PIS/Pasep GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) ACAL - CNPJ ACAL - CEI GRC Contribuição de empresa normal - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento/Parcelamento de débito - CNPJ Pagamento de débito administrativo - Número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Depósito Recursal Extrajudicial - Número do Título de Cobrança - Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal (CDC=104) Pagamento de Dívida Ativa Débito - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Ação Judicial - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Cobrança Amigável - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - não parcelada de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência

1204

Diversos

1210

1233

1240

1256

1262

1279

1285

1291

“ 1759

Diversos

1201 3000 3107

“ “ “

3204 4006 4103

“ “ “

4200

4995

6009

6203

6300

6408

6513

Agenda Tributária

Agenda Tributária

Dezembro de 2010 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil sem a incidência de multa. Data de Declarações, Demonstrativos e Documentos Período de Apresentação Apuração

Dezembro de 2010 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil sem a incidência de multa. Data de Declarações, Demonstrativos e Documentos Período de Vencimento Apuração

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social Dacon Mensal - Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Mensal Envio, pelo Município, da relação de todos os alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos DCTF Mensal - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - Mensal DCide - Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins

7 7 10 24 25

1º a 30/novembro/2010 Outubro/2010

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De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas DIF Bebidas - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das Bebidas DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais DOI - Declaração de Operações Imobiliárias

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De Interesse Principal das Pessoas Físicas GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social

Novembro/2010 Novembro/2010 Novembro/2010

1º a 30/novembro/2010 Outubro/2010

Dezembro/2010

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1º a 30/novembro/2010

Segundo um analista financeiro, os mercados ainda estão imaginando que as autoridades da União Europeia têm um grande plano para ser usado.

conomia Prokash Singh/AFP

Para FMI, a crise é perigosa. Strauss-Kahn diz que pequenas economias podem causar danos graves

A

crise de dívida soberana na Europa é séria e não deve ser subestimada, afirmou ontem o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique StraussKahn, em entrevista após uma reunião com o ministro de Finanças da Índia, Pranab Mukherjee. A crise fiscal que começou na Grécia no início deste ano e agora inclui a Irlanda está ameaçando se espalhar para Portugal e outros países, como Espanha e Itália. "Nós não devemos subestimar a importância dessa crise que, na Irlanda, tem origem majoritariamente no setor

Nós não devemos subestimar a importância dessa crise que, na Irlanda, tem origem no setor bancário. DOMINIQUE STRAUSS-KAHN, DIRETOR-GERAL DO FMI

bancário. Mas eu acho que a decisão que foi tomada vai resolver os problemas do setor e a economia irlandesa vai voltar ao caminho certo rapida-

mente", disse Strauss-Kahn, referindo-se à ajuda oferecida pela União Europeia e o FMI ao país no último domingo. "Por um lado é possível dizer que não é um problema tão grande porque economias pequenas como Grécia e Irlanda são apenas 1% do PIB da zona do euro", disse Strauss-Kahn. No entanto, observou, pequenas economias podem causar danos globais graves, já que as ligações econômicas estão cada vez mais fortes. Algumas economias não estão muito longe da beira do abismo e precisam manter ou voltar para uma situação fiscal melhor, disse a autoridade.

Strauss-Kahn falou que a crise que começou na Grécia pode se espalhar por muitos países e se tornar global

"Portanto, toda a zona do euro agora tem de lidar com uma consolidação fiscal no médio prazo." Strauss-Kahn afirmou que alguns países avançados precisam de planos fortes de consolidação de médio prazo

e outros precisam melhorar sua situação fiscal. "Eu vou participar da reunião (de ministros de Finanças da zona do euro) no dia 6, em Bruxelas, e acho que eles têm cuidado da situação na Europa

da forma correta", disse. Alertando para o fato de que a recuperação econômica global ainda permanece desigual e frágil, Strauss-Kahn destacou que é preciso sustentar a recuperação. (AE/ Dow Jones)

BC europeu garante liquidez até 2011 Kai Pfaffenbach/Reuters

O

Banco Central Europeu (BCE) vai continuar fazendo ofertas especiais de liquidez de longo prazo em 2011, informou ontem o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet. As medidas extras de liquidez deveriam ser encerradas no começo do próximo ano, por isso a decisão deverá dar algum alívio para os mercados de dívida problemáticos da zona do euro. O BCE agora vai oferecer operações de refinanciamento de três meses a uma taxa fixa com atendimento à demanda total durante o primeiro trimestre de 2011 e ao menos até 12 de abril, ao mesmo tempo que ela será ajustada "conforme adequado", segundo Trichet. O banco manteve a taxa básica de juros em 1%. Trichet afirmou que a taxa é apropriada, dadas as pressões inflacionárias contidas. As bolsas europeias fecharam em forte alta ontem, subindo pela

O banco manteve a taxa básica de juros em 1%. É a taxa apropriada, dadas as pressões inflacionárias. JEAN-CLAUDE TRICHET, PRESIDENTE DO BCE

segunda sessão consecutiva, depois do anúncio do adiamento das medidas especiais pelo BCE. A reação aconteceu apesar de não ter sido anunciado um aumento na compra de bônus de governos da região, como se especulava. Os mercados europeus

chegaram a cair durante a fala de Jean-Claude Trichet, mas voltaram a subir ao fim da entrevista coletiva que ele deu. "Os mercados estavam querendo subir. O BCE fez tudo o que poderia se esperar hoje. O que os mercados ainda estão

imaginando é que as autoridades da União Europeia (UE) têm um grande plano para ser usado se os spreads dos bônus da Espanha começarem a subir de novo", disse Bernard McAlinden, estrategista da NCB Stockbrokers. Além disso, a Espanha rea-

lizou ontem um leilão bem-sucedido de bônus. Segundo alguns analistas europeus, o BCE pode estar agindo nos bastidores. Eles afirmaram que houve uma grande compra de bônus de países da periferia da zona do euro ontem, ajudando a diminuir o spread entre as dívidas da Espanha e os títulos similares da Alemanha. O BCE iniciou em maio a compra de bônus para ajudar a Grécia. Até agora, já gastou 67 bilhões de euros (US$ 88 bilhões) com as operações. A maior parte desse montante foi investida logo nas três primeiras semanas da criação do programa. As aquisições diminuíram em julho, mas voltaram a aumentar recentemente. Mas o plano tem sido fonte de polêmica dentro do banco. O alemão Axel Weber criticou reiteradamente a estratégia e, em outubro, pediu que o programa fosse abandonado. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

e Indústria volta a crescer em outubro, mas ritmo é menor.

ECONOMIA/LEGAIS - 23

Menor expansão industrial reflete o maior nível de importações. André Luiz Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE

conomia

Dados divulgados pelo IBGE mostram expansão inferior à do ano passado, o que refletiria o aumento das importações.

A

Lucas Lacaz Ruiz/AOG

produção da indústria brasileira subiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, mas o ritmo do crescimento desacelerou na comparação com o ano passado, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta da produção industrial foi de 0,4% em outubro ante setembro, e de 2,1% sobre igual mês de 2009 – o 12º resultado positivo seguido ano a ano, mas o mais baixo do período nesta base de comparação. Em setembro, o índice subiu 6,3% ante igual mês de 2009. "São 12 meses de crescimento para a indústria em geral, porém esse crescimento de 2,1% é o menor desse período de expansão da indústria como um todo", disse André Luiz Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE. D es t a qu e s – Em outubro em relação a setembro, 12 setores tiveram aumento da atividade e 15 apuraram queda. Os destaques de alta foram farmacêutica (4,9%), outros produtos químicos (2,9%) e veículos automotores (1,6%). Entre as categorias de uso, apenas a de bens de consumo duráveis teve aumento, de 2,8%. Na comparação anual, 17 dos 27 setores apuraram aumento da atividade, com destaque para veículos automo-

O setor de veículos automotores foi o que teve o maior aumento da atividade na comparação anual, atingindo alta de 7,4%.

tores (7,4%), máquinas e equipamentos (9%) e indústrias extrativas (8,6%). A produção de bens de capital teve a maior alta entre as categorias de uso, de 6%, seguido por bens intermediários (3,2%) e bens de consumo semi e não duráveis, que cresceu (1,5%). Já a atividade de bens de consumo duráveis caiu 4,9%. Importações – Para Macedo, o menor ritmo de alta na

produção industrial em curso desde o segundo trimestre reflete "o maior nível de importações nos últimos meses, estoques elevados em alguns setores, exportações crescendo de forma mais tímida e paralisações do setor de petróleo". Ele salientou que, apesar da desaceleração em relação ao primeiro trimestre, a indústria acumula de janeiro a outubro alta na produção de

11,8%, maior aumento para o período da série histórica, que teve início em 1991. Investimentos – A pesquisa Investimentos na indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 454 empresas brasileiras de todos os setores industriais, apontou que 89,6% das companhias investiram em 2010 e que 92% pretendem investir em 2011. O investimento mé-

dio por empresa em 2010 atingiu R$ 6,344 milhões, 80% a mais que os R$ 3,526 milhões investidos em 2009. Para 2011, a expectativa é de que essa média continue avançando e atinja R$ 6,798 milhões. No levantamento, 77,8% das indústrias afirmaram que seus investimentos em 2011 serão voltados principalmente ou exclusivamente para o mercado interno. (Agências)

Valor da cesta básica sobe nas capitais

A

menos de uma semana maior custo ocorreu em Porto para a reunião do Co- Alegre (R$ 249,78). Os menomitê de Política Mone- res valores foram observados tária (Copom) do Banco Cen- nas cidades de Aracaju (R$ tral (BC), o Departamento In- 1 7 9 , 7 8 ) e J o ã o P e s s o a ( R $ tersindical de Estatística e Es- 193,49), as duas únicas capitais t u d o s S o c i o e c o n ô m i c o s onde o preço ficou abaixo dos (Dieese) informou que o preço R$ 200. da cesta básica aumentou em Ca rne – De acordo com a novembro em todas as 17 capi- pesquisa do Dieese, a maioria tais do País nas quais é feito o dos produtos componentes da levantamento dos preços dos cesta dos alimentos básicos produtos aliapresentou mentícios básiaumentos sigcos. Em outunificativos e bro, o Dieese g e n e r a l i z ahavia registrados pelas 17 do aumento capitais pesem 16 das 17 quisadas, em capitais pesnovembro. por cento foi a quisadas. Merece destaelevação da cesta De acordo que o preço da com a pesquisa básica em Manaus no carne, que foi do IBGE, os auelevado em 16 mês de novembro – a mentos foram das capitais – maior alta das 17 muito exprese s pe c i a lm e nsivos em Mate em Fortalecidades pesquisadas naus (9,28%), za (19,12%), pelo IBGE. Fortaleza V i t ó r i a (8,03%), Vitó(15,32%), Reria (6,7%) e cife (14,07%), Brasília (5,57%). Já as menores Manaus (12,84%), Rio (12,71%) variações foram anotadas em e São Paulo (12,33%). Porto Alegre (1,04%), Belém A única capital em que os (2,02%), Natal (2,42%) e Salva- pesquisadores do Dieese se dor (2,66%). depararam com redução no Para os técnicos do Dieese, preço da carne foi Natal. Mesainda que em sete localidades mo assim, a redução foi tão peas elevações para o custo da quena que o movimento está cesta tenham superado a de mais para uma estabilidade São Paulo (4,26%), a capital do que uma queda de fato. Lá, paulista continuou a registrar eles verificaram ligeira reduo maior valor para os produtos ção de 0,28% no preço pago básicos (R$ 264,61), com um to- pelo quilo do produto. No petal bem acima do apurado para ríodo anual, foram apuradas Manaus (R$ 250,56). O terceiro altas extraordinárias em todas

9,28

Joel Silva/Folha Imagem

Seca que prejudicou as pastagens levou o preço da carne a subir

as regiões. As taxas mais expressivas ocorreram em Recife (34,03%), seguido por Goiânia (33,67%), Fortaleza (33,54%), São Paulo (33,12%) e Rio (31,59%). Aracaju (7,28%) foi a única cidade onde o produto teve alta inferior a 10%. A constatação dos pesquisadores do Dieese é a de que a seca ocorrida em meados do ano prejudicou as pastagens que, aliadas ao aumento da demanda externa, foram as causadoras desta subida de preços. O açúcar também encareceu

em 16 capitais – apenas em Recife houve recuo. De acordo com os técnicos do Dieese, o produto ficou mais caro no mercado internacional e os produtores do País aproveitam para exportar mais que no ano anterior. O óleo de soja teve seu valor aumentado em 15 capitais, enquanto o pão subiu de preço em 13 cidades. As maiores reduções foram verificadas no tomate, que ficou mais barato em 16 regiões. Apenas em Manaus houve encarecimento do produto.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS ERRATA Tomada de Preços nº 05/16922/10/02, onde-se-lê: 10:00 - 20/12/2010. Leia-se corretamente: 09:30 - 21/12/2010. Tomada de Preços nº 05/16948/10/02, onde-se-lê: 11:00 - 20/12/2010. Leia-se corretamente: 10:00 – 21/12/2010. Onde-se-lê: Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 02/12/2010, leia-se corretamente: Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 03/12/2010.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SeMAE AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS 17/2010 – PROC. 143/2010 Entrega dos envelopes: até 22.12.2010, às 14h15. Abertura da licitação: 22.12.2010, a partir das 14h30. Objeto: Contratação de empresa especializada para a reforma de imóvel do SeMAE, localizado na rua Visconde de Porto Seguro, n° 360, Vila Maceno, município de São José do Rio Preto/SP, incluindo fornecimento de todos os materiais, mão de obra, máquinas e equipamentos necessários à execução dos serviços. Custo global estimado: R$182.000,34 – Prazo de execução: 03 meses. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. S. J. Rio Preto, 02.12.2010 - Gabriela Cavalcanti da Silva – Presidente da C. L. AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL 17/2010 – PROC.1402010 Data de realização: 20.12.2010, a partir das 08h30. Objeto: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços diversos, elencados na Tabela 01 do Memorial Descritivo, para atendimento das necessidades do SeMAE, estimados em 29.965 horas mensais, com fornecimento de materiais, equipamentos e veículos. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e das 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, no fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. S. J. Rio Preto, 02.12.2010 – Alan Sinibaldi Cornachioni – Pregoeiro – SeMAE.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/16918/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Prof.Almeida Junior - Av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia, 1.874 - 05588001 - Jd Maria Luiza - São Paulo/SP - 120 - R$ 19.299,00 - R$ 1.929,00 - 10:30 - 21/12/2010. 05/16938/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Dep. Conceição da Costa Neves - Rua Potengi, 92 - 06703-785 - Rio das Pedras - Cotia/SP - 150 - R$ 32.526,00 - R$ 3.252,00 - 11:00 - 21/12/2010. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 03/12/2010, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 17/12/2010, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

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Renda – Tomando como base o preço da cesta básica na cidade de São Paulo, de R$ 264,61, o Dieese estima que o salário-mínimo em novembro deveria atingir R$ 2.222,99. O valor, considerado o ideal para atender às necessidades de um trabalhador e sua família, é 4,35 vezes maior que o salário atual, de R$ 510. Em outubro, o valor do salário-mínimo ideal era estimado em R$ 2.132,09; em novembro de 2009, o montante era de R$ 2.139,06. (Agências)

Mexicanos querem o Baú Crediário

A

rede mexicana Elektra, do empresário Ricardo Salinas, está em negociações avançadas com o Grupo Silvio Santos para a compra das Lojas do Baú Crediário. A rede, com 125 pontos de venda espalhados entre o Paraná e São Paulo, está avaliada, segundo o Grupo Estado, em cerca de R$ 150 milhões (sem a marca Lojas do Baú). Se o negocio for fechado, a cifra obtida com a venda será pequena diante do rombo de R$ 2,5 bilhões acumulado pelo grupo, depois que veio à tona, no mês passado, os problemas no Banco PanAmericano, também do empresário Silvio Santos. Mas, se os mexicanos baterem o martelo, a rede varejista será o primeiro ativo – de uma lista que inclui o Banco PanAmericano, a marca de cosméticos Jequiti e até a emissora de TV Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) – que será vendido para reforçar o caixa do Grupo A assessoria da Elektra informa que os executivos das duas empresas estão em negociações há cerca de 15 dias e, segundo a empresa, estão hoje na fase de avaliar os dados de desempenho da rede. Em comunicado, o Grupo Silvio Santos diz que vários varejistas entraram em contato, interessados na compra das Lojas do Baú Crediário, mas nega que tenha recebido uma oferta firme para compra. Segundo o grupo, a rede varejista continua em fase de reestruturação. O Grupo Estado apurou que um nó a ser desatado para o fechamento do negócio é a inclusão da marca Lojas do Baú Crediário no contrato de venda. O empresário Silvio Santos estaria interessado em passar para a frente essa bandeira. Já os mexicanos, que estrearam no Brasil em abril de 2008 com a marca Elektra, em Recife, não estariam dispostos a incluir a marca nesse pacote, pois já têm a sua. (AE)

A EMPRESA ANGÉLICA JÓIAS LTDA. – ME, inscrita no CNPJ: 00.525.371/0001-97, Av. Waldemar Carlos Pereira, 56l - Vl. Dalila/SP, COMUNICA QUE FORAM EXTRAVIADOS o Livro mod. 51, nº reg. 1870476 de 21/06/1995 e o Livro mod. 57, nº reg. 1870477 de 21/06/1995, e os Talões NFS série A, de nº 001 a 150 - AIDF 520. LENZE BRASIL AUTOMAÇÃO LTDA. CNPJ/MF nº 01.107.899/0001-09 Edital de Convocação para Reunião de Sócios Ficam convocados, os senhores quotistas, dentro dos prazos estipulados em lei, para a Reunião de Sócios a realizar-se às 10h do dia 10 de dezembro de 2010, na sede da Lenze Brasil Automação Ltda., localizada na Rua Conde Moreira Lima, 589, Jardim Jabaquara, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (“Sociedade”), para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta: (i) o desenvolvimento das atividades da Sociedade; e (ii) a substituição do administrador da Sociedade. São Paulo, 1º de dezembro de 2010 Lenze do Brasil Holding Ltda.

Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. CNPJ/MF nº 62.178.421/0001-64 - NIRE 35 3 0001529 1 Ata de Reunião de Diretoria Data: 10 de novembro de 2010. Horário: 08:30 horas. Local: Sede Social, Alameda Santos, 466, 6º andar, parte, São Paulo - SP. Pauta: Substituição do Ouvidor. Reuniu-se a Diretoria da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., presentes seus membros infra-assinados. Na ocasião, os senhores diretores resolveram, nos termos do parágrafo 2º do Artigo 11 do Estatuto Social, designar o Sr. Osmir Contri (CPF/MF nº 306.728.998-68 - RG nº 6.236.171 - SSP-SP), brasileiro, casado, bancário, residente e domiciliado em Sorocaba - SP, com endereço comercial na Alameda Santos, 466 - 9º andar, São Paulo - SP, como Ouvidor da Sociedade, com mandato até 30 de abril de 2011, em substituição ao Sr. Sérgio Roberto Cordeiro. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e lavrada esta ata, que vai assinada pelos presentes. São Paulo, 10 de novembro de 2010. Antonio César Santos Costa - Diretor; José Elanir de Lima - Diretor. Certidão - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 418.759/10-8, em 26/11/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Companhia Cacique de Café Solúvel Companhia Aberta - CVM nº 00290-9 CNPJ/MF nº 78.588.415/0001-15 - NIRE nº 41.300.047.316 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Ficam convidados os Senhores Acionistas a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 16 de Dezembro de 2010, às 10:00 horas, na sede social da Companhia, localizada na Rua Horácio Sabino Coimbra nº 100, Londrina/PR, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1) Aprovação das seguintes alterações ao Estatuto Social da Companhia, com a finalidade de adequá-lo às atuais necessidades da Companhia: a) Artigo 17, caput alteração do número máximo de membros do Conselho de Administração, e o prazo do mandato do Conselho de Administração. b) Artigo 17, §4º - alteração do número de membros do Conselho de Administração necessários para convocação de Reunião, e o quorum mínimo para a instalação e deliberação das reuniões do Conselho de Administração. c) Artigo 19, inciso III - alteração da redação para melhor elucidação das competências do Conselho de Administração. d) Artigo 20, caput - criação dos cargos de Diretor Vice-Presidente; Diretor de Controladoria; Diretor Industrial; Diretor de Planejamento; e 03 (três) Diretores Executivos, com ou sem designação especial, os quais serão eleitos e nomeados de acordo com as disposições do Estatuto Social da Companhia. e) Artigo 20, § 1º - alteração das especificações e qualificações dos Diretores. f) Artigo 23 - descrição e inclusão das funções, atribuições e poderes dos Diretores da Companhia. g) Artigos 25 e 26 alteração da forma de representação da Companhia. 2) Substituição de membro do Conselho de Administração da Companhia para cumprimento do término do mandato em curso. Os documentos relativos às matérias a serem discutidas na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada, incluindo o Projeto de Reforma do Estatuto Social da Companhia, encontram-se à disposição dos acionistas a partir desta data na sede da Companhia, tendo sido enviados à Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, conforme dispõe os artigos 135, §3º e 124, § 6º da Lei nº 6.404/76. Os acionistas, seus representantes legais e/ou procuradores para participarem da Assembléia deverão observar as disposições do artigo 126 da Lei nº 6.404/76. Os usuários de custódia fiduciária das Bolsas de Valores deverão apresentar comprovantes emitidos pelas respectivas instituições, conforme Instrução CVM nº 115/90. Londrina/PR, 30 de Novembro de 2010. Cesário Coimbra Neto - Presidente do Conselho de Administração.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 02 de dezembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Black & Decker do Brasil Ltda. - Requerido: S. Fernandes Auto Partes e Ferramentas Ltda. - Av. Deputado Cantidio Sampaio, 1.248 Sala 01 Vila Souza - 2º Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Loja Social oferece variedade de itens com preços de R$ 2 a R$ 480.

conomia

Fotos: Patrícia Cruz/ LUZ

Artesanato que vira renda permanente

Renata Felintro coordena algumas das oficinas oferecidas pela ONG Fala Mulher, uma das expositoras da loja.

Atualmente com duas unidades, a Loja Social é uma alternativa para que pessoas em situação de risco consigam se transformar em empreendedores. Paula Cunha

L

ocalizada no centro da Capital, a Loja Social é um exemplo de iniciativa que promove o artesanato como alternativa viável para cidadãos em situação de risco social. O objetivo é oferecer produtos de qualidade que mantenham um padrão acima da média observada na cidade e estimular a troca de informações entre os participantes para que eles estruturem empreendimentos e possam obter mais que o suficiente para a sua subsistência. A variedade de peças é grande: de artigos para casa, bijuterias, acessórios diversos, camisetas a luminárias. As opções de preços também. Os marcadores de livro custam R$ 2 e uma colcha de casal R$ 480. Criada há sete anos, a loja faz parte do Programa de Incentivo à Rede de Comércio Solidário da Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Assistência Social. Atualmente, a loja trabalha com produções de 18 Organizações Não-Governamentais (ONGs).

cialização. Informações valiosas que também podem ser utilizadas pela ONG a que cada artesão pertence de forma a direcioná-lo à realização de novos projetos. Uma das entidades que expõem seus trabalhos na Loja Social é a Associação Fala Mulher (veja mais no box). Ela acolhe e orienta pessoas do sexo feminino que sofreram violência doméstica por meio de assistência social, psicoló-

custo do equipamento com a produção das peças comercializadas, posteriormente, na Loja Social uma vez que a sede da Associação não dispõe de espaço suficiente para instalar as 38 pessoas assistidas atualmente. Dessas, oito já produzem itens vendidos no estabelecimento mantido pela Secretaria de Assistência Social. Além de capacitação, as participantes são encorajadas a procurar outros órgãos para

Potencial descoberto Juliana Carla Ramos Pinto encontrou no artesanato não só uma alternativa ao longo período d e d e s e m p re g o, m a s uma atividade na qual utiliza um talento que não sabia que possuía. Começou a frequentar as oficinas da ONG Fala Mulher quando o irmão e o pai ficaram desempregados. Fez os cursos de capacitação em costura e tear manual. Atualmente, ela é uma representante da ONG na Loja Social do Centro. Ela conta que a atividade tem um significado profundo. A intenção é obter uma renda efetiva. Nos dias atuais, o lucro é de R$ 200 sobre as vendas. A meta é transformar sua casa em um ponto de venda. (PC)

Critérios

Para participar da loja social, a ONG ou entidade é avaliada. Entre os pontos examinados está a capacidade de oferecer orientação pessoal aos assistidos. Segundo a secretaria, esse é um fator importante porque pessoas em situação de risco social que desejam iniciar uma atividade empreendedora necessitam de mais ajuda que famílias que já possuem estrutura física e econômica. Para diminuir as fragilidades dos assistidos, os técnicos do órgão estimulam que os participantes se auxiliem mutuamente. Os escolhidos frequentam a loja diariamente e interagem com o público. Na avaliação da secretaria, trata-se de uma experiência que ajuda os participantes a avaliar a receptividade de seu trabalho e aprimorar falhas identificadas durante o processo de criação e de comer-

gica e jurídica. Renata Felintro coordena as oficinas de capacitação que o f e r e c e m c u r s o s d e p a tchwork e tecelagem com duração de três meses. Segundo ela, esse é o primeiro módulo. Os seguintes são o avançado e o de aperfeiçoamento. As interessadas precisam possuir a própria máquina de costura. Outra opção é pagar o

expandir seu mercados. Um deles é a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), órgão ligado à Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Quem frequenta a Associação Fala Mulher também participa do Bazar do Bem Possível, que acontece nas instalações do Clube Pinheiros.

Receita anual de R$ 52 bilhões Mais da metade dos artesãos é do sexo feminino e tem mais de 40 anos

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atividade de produção artesanal congrega atualmente 8,5 milhões de pessoas em todo o País e fatura por ano uma cifra de, aproximadamente, R$ 52 bilhões. Os dados são do Cape – Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor. De acordo com a entidade, essa atividade gera empregos diretos e indiretos e inclui economicamente uma

parcela significativa da população brasileira. Parcerias entre artesãos, órgãos públicos e Organizações NãoGovernamentais (ONGs) são responsáveis pelo crescimento da sua atuação em rede. Os números foram obtidos nas Feiras Nacionais de Artesanato, organizadas pelo Centro Cape. Elas reuniram, em média, aproximadamente 8 mil expositores nos últimos três

anos. Cerca de 74% são do sexo feminino e acima de 40 anos. Quanto à escolaridade, 41% têm ensino médio, 39% superior e 19% o ensino fundamental. Ainda segundo a entidade, estima-se que 47% dos custos de produção dos artesãos concentram-se nas matérias-primas adquiridas pela indústria. Entre os segmentos mais procurados destacam-se o têxtil (15%), material para acabamento (14%) e metais (10,5%).

A artesã Juliana Carla Ramos Pinto: o que era um simples meio de ajudar a família, se transformou em uma verdadeira vocação.

C ONFIRA Loja Social Rua Líbero Badaró, 561, Centro *Avenida Paulista, 2073, Conjunto Nacional *(apenas até 15 de dezembro)


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500.000.000 DE AMIGOS !!! CONEXÃO FILME ARREBATADOR MOSTRA COMO O FACEBOOK INVADIU O PLANETA E GEROU UM NERD MITOLÓGICO

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cultura Eisenberg na pele de Zuckerberg: imbatível com computadores; um fracasso com mulheres. Será que ele tomou "emprestada" a ideia para gerar seu célebre site?

Fotos: Columbia PicturesDivulgação

Obra dirigida por David Fincher (de O Curioso Caso de Benjamin Button) exibe as prosaicas motivações, ciúmes e disputas pessoais que...

500.000.000 DE AMIGOS ??? ARMADILHA PSICOTERAPEUTA PÕE O FACEBOOK NO FIO DA NAVALHA. SUA UTILIDADE PODE TAMBÉM SER NOCIVA. Lúcia Helena de Camargo

...influenciaram na criação da rede social, em 2003, dentro de um alojamento na Universidade de Harvard.

Divulgação

Alessandro Vianna: perigos da internet.

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m rapaz tímido, dotado de muitas habilidades informáticas e nenhum traquejo para a sociabilidade, passa seus dias diante de um computador. Em resumo, é um nerd. Mas um nerd genial. E também revoltado, vingativo e ganancioso. Ele se torna bilionário da noite para o dia, inventando algo que se chama, ironicamente, rede social. O filme A Rede Social, que estreia nesta sexta (3), dirigido por David Fincher, propõe-se a mostrar os bastidores da criação do site Facebook, maior rede de relacionamentos do mundo com mais de 500 milhões de usuários. Jesse Eisenberg está no papel do protagonista, Mark Zuckerberg, o prodígio da computação que amealhou seu primeiro bilhão de dólares aos 23 anos. Andrew Garfield encarna o melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, sócio e primeiro financiador do projeto. Os US$ 1 mil iniciais, usados para implementar a rede, saíram de seu bolso. E no alojamento da Universidade de Harvard, onde ambos estudavam, firmou-se, informalmente, o contrato: 70% da empresa ficaria com o inventor, cabendo 30% a Saverin, conhecido entre os universitários por ser um investidor talentoso, que ganhara 300 mil dólares com aplicações financeiras. Isso tudo aconteceu há poucos anos, em outubro de 2003. Entre reuniões nas quais eles jantavam enlatados (diretamente na lata) e tomavam cerveja. Veneno e vingança O rapaz é rejeitado pela namorada, Erika (Rooney Mara), bebe demais e volta para o quarto planejando vingança. Publica em seu blog indiscrições sobre o tamanho do sutiã da moça, entre outros comentários venenosos e ressentidos. Então coloca em ação sua faceta hacker e passa a madrugada capturando ilegalmente fotos e dados sobre colegas, principalmente femininas, para construir uma brincadeira online que chama de FaceSmash – na tradução, uma espécie de "amassador de caras". Apareciam na tela duas fotos de garotas e o usuário clicava sobre aquela que considerasse mais atraente. A grande maioria dos rostos era conhecida

daqueles que "votavam". Na velocidade em que as coisas curiosas se propagam na internet, algumas horas depois toda a comunidade de Harvard já acessava o FaceSmash. A rede da universidade caiu com o número inesperado de acessos, que chegaram a 22 mil em uma única hora. Zuckerberg quase foi expulso da escola pelo feito. Mas a experiência acendeu a centelha que o levou a imaginar o Facebook. Sucesso e conflito Na mesma época, os irmãos gêmeos Winklevoss (interpretados por Armie Hammer), ajudados pelo amigo Divya Narendra (Max Minghella), convidam Zuckerberg a montar um site de relacionamentos exclusivo para os alunos de Harvard. Ele topa, sem muita convicção. Pede um tempo para pensar, mas passa a ignorar as mensagens de correio eletrônico e os telefonemas do trio. Semanas depois, envia um e-mail dizendo que não tem interesse no trabalho. Bonitos, ricos, atletas da equipe de remo, o objetivo dos Winklevos não era ganhar dinheiro com o site. Mas acabaram levando US$ 60 milhões em indenizações, cobrados judicialmente do criador do Facebook, que pode – ou não – ter se inspirado na ideia deles para chegar à sua invenção. A história vai ficando mais nebulosa conforme o empreendimento faz sucesso. O site se expande para outras universidades e até outros países. Zuckerberg conhece Sean Parker (Justin Timberlake), o fundador de outra empresa de internet que poderia ser a ferramenta do século, não fosse considerada ilegal: o Napster, que promovia troca de arquivos de músicas entre usuários. Colocado abaixo pelas gravadoras que perdiam dinheiro com a prática, o site foi à falência. "Quem diria que os ganhadores do Grammy fossem tão mal-humorados", ironiza Parker. "Pilhado" ao extremo, falando e agindo a uma velocidade alucinada, ele convence Zuckerberg a se mudar para a Califórnia. Na mesma medida em que se aproximam, Saverin vai ficando de fora. Da amizade, dos negócios, das decisões. Festas e drogas O restante é história do mundo virtual. Os detalhes sobre abusos de drogas e sexo na casa na qual moravam todos os programadores, você verá no filme. Os diálogos estão entre os grandes trunfos do longa-metragem.

Mérito do roteirista Araron Sorkin (da série The West Wing). A tensa trilha sonora montada por Trent Reznor ajuda a manter a atenção da audiência. A busca por pertencer O diretor Fincher (de O Curioso Caso de Benjamin Button) procura acentuar o retrato crítico da juventude 2.0. De acordo com o psicoterapeuta Alessandro Vianna, especialista no comportamento juvenil em relação às redes sociais, o filme pode servir para reflexão sobre as relações com esse mundo. "As comunidades virtuais estimulam jovens a procurar por um posicionamento na sociedade, nem sempre benéfico", diz. Ele cita casos trágicos, como o do garoto que participava da comunidade Eu passo dos 200 km. No dia do aniversário, ele informa que quebraria seu recorde de velocidade. Porém, perde o controle do carro, bate contra um muro e morre. "Infelizmente, muitas vezes os comportamentos acabam sendo manipulados e dirigidos pelo grupo." Perigos do mundo virtual Assim como Zuckerberg criou o primeiro site só para espinafrar a namorada, Vianna critica certo uso que se faz das redes sociais. "Tanto no Orkut quanto no Facebook há muita coisa boa e útil, mas algumas comunidades fazem apologia às drogas, à violência e ao preconceito, influenciando diretamente na formação de valores dos jovens. O cyberbullying, o bullying praticado por meio da internet, chama a atenção pela crueldade e facilidade de fuga. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola, de casa ou do trabalho. E o pior: nem sempre sabe de quem se defender ou como fugir. As sequelas são problemas na auto-estima e, principalmente, depressão." O filme A Rede Social não entra profundamente nesse mérito psicológico das questões. Os envolvidos traduzem suas frustrações em milhões ou bilhões de dólares. A Rede Social (The Social Network, Estados Unidos, 2010, 121 minutos). Direção: David Fincher. Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Joseph Mazzello, Rooney Mara.

Erika (Rooney Mara)

Eduardo (Andrew Garfield)

Genialidade, polêmica, nerds, sexo e drogas.

O Sean Parker: Justin Timberlake

Jesse Eisenberg: o protagonista

Zuckerberg: da vida real

Página 2 Maria Alice Vergueiro é uma vovó travessa em série de TV. Ainda na TV: Woody Allen cult. Página 3 Memória em branco e preto da Segunda Guerra Mundial. Página 4 CD: Goa, retrato do músico Juca Novaes. Página 5 Leitura: o colecionador de frutas. Arte e ciência: água (em fotos) na Oca. Página 6 Programas grátis no novo Sesc Belenzinho.

surgimento da ideia para a criação do Facebook é o centro da controvérsia do filme, baseado no livro Bilionários por Acaso (The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal), de Ben Mezrich, narra os fatos de maneira favorável a Zuckerberg. A continuação do título da obra anuncia o que virá: A Fundação do Facebook, uma História de Sexo, Dinheiro, Genialidade e Traições. E, a seguir, a emblemática frase: "Você não faz 500 milhões de amigos sem conquistar alguns inimigos". Enquanto, de um lado, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), ofendido pela namorada Erika (Rooney Mara) se concentra em criar códigos de computador cada vez mais precisos para incluir as variações de status dos usuários, fotos e outros recursos, o amigo Eduardo (Andrew Garfield) se debate tentando encontrar investidores. Justin Timberlake, na pele de Sean Parker, é quem sugere que o nome do site seja somente "Facebook", em vez do original "The Facebook". Na reunião inicial que tem com os dois jovens fundadores, seu discurso é de experimentado empresário. Dá conselhos, dicas, não deixa ninguém mais ter razão. Ele está na sequência mais polêmica do filme. Os produtores cogitaram excluir a cena em que seu personagem cheira cocaína sobre a pele de uma das convidadas da festa, na casa da Califórnia, onde mora a equipe. Mas a mantiveram, por decidir que fazia parte do contexto da história. E quem riu por último, aparentemente, foi o bilionário Zuckerberg, da vida real, que segue como sócio majoritário.


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CICLO

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cultura

30 Anos Sem Nelson Rodrigues. Sexta (3), 19h: A Falecida, de 1965, dirigido por Leon Hirszman; sábado (4), 19h: Toda Nudez Será Castigada, de 1972 (foto: Darlene Glória e Paulo Porto), de Arnaldo Jabor; 21h: O Casamento (1975), também de Jabor; domingo (5), 18h: Vestido de Noiva (2001), de Joffre Rodrigues; 20h: Bonitinha, Mas Ordinária. Cinemateca. Largo Senador Raul Cardoso, 207. Tel.: 3512-6111. R$ 8.

Imagem Filmes/Divulgação

Divulgação

Lennon, abutres argentinos e aliens-zumbis.

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Lúcia Helena de Camargo indenizações das seguradoras e pela fragilidade da lei. Para advogados como Sosa, no entanto, por trás de cada desgraça há uma possibilidade de negócio. Para bagunçar a ordem, ele encontra a bem-intencionada Luján (Martina Gusman), jovem médica recém chegada à cidade. Entra em cartaz também Skyline - A Invasão (Skyline, EUA, 2010, 82 minutos). Com Eric Balfour, Scottie Thompson e Brittany Daniels no elenco, o filme dirigido por Colin e Greg Strause é para que aprecia alienígenas malvados invadindo a Terra, com todos os elementos do gênero. Um grupo de amigos se reúne em um apartamento de cobertura, em Los Angeles. E de repente luzes azuladas partem do céu e começam a atrair as pessoas de modo magnético, enquanto começa a misteriosa invasão. A população do planeta é sugada. O casal principal é formado pelo rapaz cuja carreira está em ascensão e sua namorada, que anuncia estar grávida. A integração entre a turma, confinada dentro de casa, começa a ruir. Mas eles permanecem juntos, para enfrentar os monstrengos, que são puro clichê: feiosos e gosmentos (forte parentesco com o alienígena da série iniciada com Alien O Oitavo Passageiro). Curiosamente, eles possuem um costume alimentar similar aos zumbis: adoram um bom prato de cérebros humanos crus. Um trash divertido, para quem tiver o estômago.

Regina Ricca

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conselhos da avó e sai à cata de um namorado pela internet. A pessoa que ela acha 'perfeita' aparece. Eles marcam um encontro e tal, mas Nina, claro, é uma garota insegura e, para deixar a ansiedade de lado, vai, de novo, pedir dicas a Elvirão. Humor e muita irreverência são os sabores desse caldo que alimentam a série produzida pelo Canal Brasil, que vai ao ar todos os sábados, sob direção de Fernanda Figueira, Gizella Werneck e Liara Castro e ancorada em roteiro da escritora Inês Stanisiere A ideia dessa divertida turma de mulheres é focar na relação afetiva entre uma neta e sua avó, mas nada que esbarre na pieguice ou no drama emocional. A dupla de protagonistas trafega mesmo é na contramão das soluções 'normais'.

Conhecida no teatro paulistano como a "dama do underground" e fundadora do Teatro do Ornitorrinco, ao lado de Cacá Rosset e Luiz Roberto Galízia, Maria Alice Vergueiro, 75 anos, já faturou muitos prêmios por sua atuação vigorosa nos palcos, mas anda agora se divertindo à beça na pele da hilária vovó Elvirão, uma senhora sem preconceitos, ultraliberal, que tem uma neta paulistana descolada, mas atacada por incertezas e dilemas - que vão desde a escolha do namorado ao melhor tira-manchas. "Elas são muito próximas, e a Nina sempre me liga, pedindo conselhos. E eu dou. Alguns são bem práticos; uns, da vida afetiva; outros, um pouco mirabolantes", diverte-se a atriz. "Não acho Elvira uma avó maluca. Ela apenas é uma avó sábia", conta Maria Alice Vergueiro.

Woody Allen cult: clássicos no Telecine. Fotos: Arquivo DC

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Divulgação

Skyline: com seus tentáculos e olhinhos azuis que parecem faróis, os aliens tentarão fisgar para si toda a população do planeta. Será que vão conseguir?

Megamente: animação na qual o vilão tem cérebro privilegiado. No original, voz de Brad Pitt. No Brasil, dublado por Thiago Lacerda.

Uma vovó sábia. Do século XXI. em toda garota tem uma vovó com juízo. Algumas carregam na bagagem familiar vovozinhas, liberais e bem maluquetes, que dão conselhos dos mais divertidos e transgressores às netinhas. Se essa figura maternal, de quem guardamos as melhores referências, for encarnada pela atriz Maria Alice Vergueiro (do curta Tapa na Pantera, de 2006, o supermega hit do You Tube, com mais de 5 milhões de acessos), tudo de mais divertido pode acontecer dentro de seu televisor. No episódio inédito Encontro às Escuras, da série Elvirão Ou Como Vovó Já Dizia, que vai ao ar neste sábado (4), às 20h, via Canal Brasil, Nina, a neta (vivida pela comediante Wanessa Morgado), anda sem sorte no amor. Para resolver seu problema, resolve seguir os

Playarte/Divulgação

juventude de John Lennon, vivido por Aaron Johnson (foto acima), ganha ares sombrios em O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy, Reino Unido/ Canadá, 2009, 98 minutos), dirigido por Sam Taylor-Wood. O rapaz – retratado como inteligente e solitário – vive pelas ruas de Liverpool, sonhando em ser como Elvis Presley. Criado pela tia Mimi (Kristin Scott Thomas), ele vez ou outra encontra a mãe, Julia (Anne Marie Duff, ótima), que é alegre, charmosa, fã de blues e jazz, irreverente e irresponsável. John Winston Lennon acaba encontrando o caminho através do rock´n´roll, com a amizade e energia criativa de Paul McCartney (Thomas Sangster). O roteiro de Matt Greenhalgh foi escrito a partir das memórias de Julia Baird, meio-irmã de Lennon. Outra estreia do final de semana é Abutres (Carancho, Argentina, 2010, 107 minutos), no qual estrela o ótimo ator argentino Ricardo Darín no papel de Sosa, advogado especializado em acidentes de trânsito. Com direção de Pablo Trapero, a trama é inspirada em estatísticas reais. Na Argentina morrem todo ano mais de oito mil pessoas em acidentes de trânsito, uma média de 22 por dia. Na última década, 100 mil foram mortos. Os milhões de pesos argentinos que as vítimas e seus familiares necessitam para cobrir os gastos com médicos e questões legais produzem um enorme mercado, sustentado por

Na foto, Maria Alice Vergueiro (a vovó) e Wanessa Morgado (a netinha): série Elvirão Ou Como Vovó Já Dizia, no Canal Brasil. Sábado (4), às 20h.

urante todo o mês de dezembro, o Telecine Cult vai exibir uma série semanal com dez filmes do genial Woody Allen. A partilha será feita assim: todas as quartas do mês serão exibidos, em sequência, dois filmes do diretor, sempre com início às 20h. Serão oito comédias e dois dramas, quase todos rodados na década de 1970. O especial começou na última quarta, com a comédia Bananas (1971) e Tudo o que Você Sempre Quis Saber sobre Sexo e Tinha Medo de Perguntar (1972). Na próxima quarta (8), entram em cartaz O Dorminhoco, de 1973, com Diane Keaton e John Beck, seguido por A Última Noite de Boris Grushenko, comédia de 1975, na qual Allen caçoa de um homem que foi congelado há 200 anos, volta à vida e se vê envolvido com rebeldes que lutam contra um terrível ditador. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, a mais celebrada comédia do diretor, tanto que levou quatro estatuetas do Oscar, em 1978, vai ao ar no dia 15. Nela, Woody Allen entra em cena na pele do personagem Alvy Singer, um comediante cheio de paranoias que se apaixona por uma novata dos palcos. Em seguida, um pouco de reflexão com o drama Interiores (1978), mais uma produção com a musa do diretor, Diane Keaton, que narra a história de um patriarca de família tradicional que provoca revolta quando decide assumir um relacionamento com a amante. No dia 22, outros dois filmes de Allen, protagonizados por Mia Farrow, ex-mulher do diretor, na época sua estrela maior: Zelig, de 1983, produção com ares de falso documentário sobre um sujeito que vive mudando de aparência e personalidade de acordo com as pessoas que o cercam, e Broadway Danny Rose (1984), comédia que se passa nos anos 50, sobre um agente teatral de segunda categoria que tenta levantar a carreira produzindo um cantor alcoólatra. No dia 29, o Especial Woody Allen se encerra com a exibição de dois filmes mais recentes do diretor: Melinda e Melinda, de 2004, com Will Ferrell, e O Escorpião de Jade, de 2001, com as beldades Helen Hunt e Charlize Theron nos papéis principais.(RR)

Zelig (1983): um filme em que Woody Allen usa tecnologia sofisticada para multiplicar-se em numerosos personagens. Acima, Allen ao lado do pugilista Jack Dempsey.


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cultura

SEGUNDA

GUERRA Cenas de um duro cotidiano Marcus Lopes Nos dias difíceis da Segunda Guerra Mundial, o fotógrafo húngaro Robert Capa detestava chegar às cidades européias depois que a batalha entre os alemães e as tropas aliadas estava encerrada. Para ele, "fazer fotografias de vitória é como tirar fotos de um casamento na igreja dez minutos depois que os recémcasados foram embora", diz. Graças à essa inquietude, Capa, um dos maiores fotógrafos de guerra de todos os tempos, registrou cenas memoráveis do maior conflito enfrentado pela humanidade nos tempos modernos. Material que acaba de ser relançado em Ligeiramente Fora de Foco (Cosac Naify, 296 páginas, R$ 60). Publicado originalmente na primavera de 1947, o livro reúne cem fotografias tiradas por Capa nos campos de batalha da Europa para a revista norte-americana Collier's. São imagens que fogem do lugar comum e enriquecem o vasto arsenal de registros da época com flagrantes inusitados, como a revista de um oficial do exército alemão capturado pelos aliados. Ou a pausa para o chá das cinco em um abrigo antiaéreo em Londres, prova de que nem a guerra é capaz de quebrar as longevas tradições inglesas. Mas uma das cenas mais tocantes é a que mostra Paris libertada dos nazistas, em agosto de 1944. Nela, o leitor é capaz de ficar horas contemplando a felicidade em cada um dos rostos dos parisienses com o fim iminente da guerra.

APOSTA Capa, cujo nome de batismo era Endre Friedmann, chegou à Europa como correspondente de guerra em 1942. E assim definiu seu papel, tomando como exemplo as experiências vividas no dia D, o desembarque na Normandia: "O correspondente de guerra tem sua aposta (sua vida) nas próprias mãos e pode colocá-la neste ou naquele cavalo, ou pode colocá-la de volta no bolso no último minuto. Eu sou um jogador. Resolvi ir com a Companhia E na primeira leva." No livro, em um texto leve a agradável - que torna o relato tão fascinante quanto as imagens publicadas - Capa conta suas peripécias para conseguir registrar as mais diversas cenas do confronto. Um fato curioso, que de certa forma explica o texto saboroso e descompromissado, é que o húngaro nunca escondeu que gostaria de ter sido escritor ou repórter, tornando-se fotógrafo por mero acaso. Não é à toa que, quando o livro foi publicado, o autor deleitou-se com seus créditos favoritos: "De Robert Capa, com fotografias do autor". Na introdução, o irmão do fotógrafo, resume na primeira frase o seu trabalho naqueles anos difíceis: "Meu irmão, Robert Capa, assumiu o encargo de registrar o inferno que o homem criou para si próprio, a guerra." com Ligeiramente Fora de Foco, também cheJ unto ga ao mercado outro belo trabalho de Robert Ca-

Fotos: Reprodução

No pós-guerra, livro faz passeio pela Rússia comunista.

pa: Um Diário Russo (Cosac Naify, 328 páginas, R$ 70). Desta vez, o fotógrafo segue com o escritor norte-americano John Steinbeck para a Rússia pósguerra,em 1947. Na nascente Guerra Fria, em que as informações eram rigorosamente controladas e pouco confiáveis, o objetivo de ambos não era realizar um trabalho de espionagem, mas apenas saber, com os próprios olhos, como estava vivendo a população na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Desta vez, o talento do fotógrafo registrou cenas do cotidiano em várias cidades russas, percorrendo escolas, mercados, ruas e restaurantes de várias cidades russas. Descobriram o que todo mundo meio que já sabia: carestia de alimentos e artigos de higiene pessoal, hábitos estranhos, como tomar soda com salada de tomates no café da manhã, e uma verdadeira fobia dos Estados Unidos, fruto da Guerra Fria. Aliás, como mostra Steinbeck, no mundo bipolar o medo do inimigo era uma via de mão dupla: se nos Estados Unidos havia o pânico com o "perigo vermelho", do lado de lá o temor não era menor. Não é à toa que uma das perguntas mais ouvidas pelos "exploradores" nas ruas de Moscou, Kiev e Stalingrado e outras era: "os americanos vão nos bombardear?" (M.L.)


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Fotos: Divulgação

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Histórias (quase) enogastrocêntricas

cultura

José Guilherme R. Ferreira

Marguerita: entre os sabores tradicionais. Há também mussarela, portuguesa, calabresa e escarola com bacon.

Pizza de pêra com presunto Parma e brie com banana Lúcia Helena de Camargo

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rguida no local onde antigamente havia um cortiço, a Santa Pizza funciona há dez anos na Vila Madalena. A casa orgulhase em ser das primeiras a servir em São Paulo a chamada pizza gourmet, aquela que combina sobre a massa ingredientes pouco ortodoxos. No cardápio aparecem sabores como pêra marinada com presunto de Parma, parmesão e mussarela; (R$ 38,50); calabresa de avestruz (R$ 37) com cebola e mussarela; queijo gorgonzola com abacaxi (R$ 33); lombinho defumado com chutney de manga e queijo brie com banana e curry (R$ 35). Três farinhas

As pizzas são feitas à base de três farinhas: tradicional de trigo, sêmola e integral. A massa fina se presta bem ao propósito, pois a ideia é destacar a cobertura. A combinação resulta em uma pizza leve e delicada, adequada aos dias de verão e aos que preferem não consumir carboidratos em excesso.

Para entrada, lascas com gerlelim (R$ 7,50 a cesta); bruschettas (R$ 12); ciabata à provençal (R$ 13), o pão de calabresa (R$ 12) e a provoleta (R$ 19), que é queijo provolone assado no forno à lenha, entre outras. Tradicionais Na seção de pizzas tradicionais está a obrigatória mussarela (R$ 25,50); a marguerita (R$ 30,90); a de alho (R$ 31); a calabresa (R$ 32,50) na versão conhecida, com cebolas, e também picante, chamada de Toscana (R$ 32,50), com parmesão ralado. Há pizza de atum (R$ 31,50); de catupiry com tomate concasée (R$ 31); portuguesa (R$ 32,50); carne seca acebolada e catupiry (R$ 35); de frango com catupiry (R$ 35); cinco queijos (gorgonzola, catupiry, mussarela de búfala, mussarela e parmesão, R$ 36,50); pizza de anchova (R$ 36) e de escarola com bacon (R$ 31). Entre as vegetarianas está a deliciosa pizza de cogumelos shimeji refogados ao molho de ostra, além da de shiitake

Para as crianças, a pizzaria vende, por R$ 20, o Kit Criança, que inclui um avental, chapéu de chef e um disco de massa com três recheios a escolher, para que o pessoal pequeno monte a sua própria pizza. Eles apenas não têm acesso ao forno, que por segurança é operado pelo funcionário da casa. As entregas na região contam com os Santíssimos Combos Delivery. O primeiro é composto de uma pizza grande e um refrigerante de dois litros e custa R$ 35. O número dois é uma pizza individual mais meia garrafa de vinho Santa Carolina e uma garrafa de água de 310 ml, por R$ 40. Duas pizzas grandes mais quatro garrafas de cerveja Bohemia long neck saem por R$ 42. Santa Pizza. Rua Harmonia, 117, Vila Madalena. Tels.: 3819-0301 e 3816-7848.

Ao fundo, corredor que conduz ao salão da pizzaria, há dez anos na Vila Madalena. Cardápio inclui calabresa de avestruz, queijo de cabra com tomates, shiitake e shimeji.

SOBREMESA Massas doces. Com uma bola de sorvete.

a hora da sobremesa, escolha entre frutas da estação, sorvetes, creme de papaia com Cassis, petit gateau, alpino cremoso ou... pizza. Os sabores de pizzas doces começam com a chamada Do Lulu, feita de banana amassada, açúcar, mussarela, canela e mel. A Dois Amores é composta dos brigadeiros branco e escuro; Romeu e Julieta, de goiabada cremosa com catupiry. A pizza de brigadeiro branco leva morangos; e a de banana é coberta de Nutela. Tem até calzone de leite condensado com damasco (foto), que além da geleia da fruta vem coberto de damasco seco picado. Todas as pizzas são acompanhadas de uma bola de sorvete de creme. Os preços ficam entre R$ 17 (Do Lulu) e R$ 25 (o calzone). O café Nespresso para finalizar a refeição com estilo custa R$ 5,10. (LHC)

m Aqueles Cães Malditos de Arquelau (Editora 34/1993), o professor Isaías Pessotti faz da ficção um espaço para a defesa do estar à mesa. Seus personagens, pesquisadores na Itália dos anos 60, sempre prontos a decifrar enigmas históricos medievais, não dispensam esse cenário para encontros de paixão e ciência. As genialidades da cozinha temperam o pensamento acadêmico. Não à toa, muitas das preferências enogastronômicas de Pessotti, um especialista uspiano em história da loucura, aparecem com destaque em suas obras. Já escrevi aqui sobre os Barbarescos dionisíacos, os Barberas honestíssimos e os Gattinaras de verdade, presentes no premiado Aqueles Cães..., todos aditivos exemplares de uma boa conversa, no caso em temporadas na Lombardia e no Piemonte. Mas a volta a outros de seus romances históricos, nos leva a mais deliciosas referências. Em O Manuscrito de Mediavilla (1995), nem uma rotineirabruschetta escapa da companhia de uma garrafa de Grechetto ou de Torgiano. Em Lua da Verdade (1997), dietas de conventos e restaurantes se misturam. Desta feita um padre, uma jornalista, um engenheiro e um romancista debatem mistérios de um processo da Inquisição portuguesa e a condenação do heliocentrismo. Estão no menu: Galileu, Tycho Brahe, Kepler... Os pesquisadores estão no navio Provence e já observam a lista de grandes vinhos franceses e italianos. O

com mussarela; e ainda sabores como berinjela; brócolis; espinafre; abobrinha com alho poró; alcachofra com manjericão; tomate seco com mussarela de búfala e a pizza de cogumelos frescos com palmito e alecrim. Todas com preços em torno de R$ 35. Os valores citados são das pizzas grandes. Mas a pizzaria serve também redondas em porções individuais. Está acompanhando um grupo de loucos por pizzas, mas optou por nem chegar perto das massas? Há opções – a R$ 25, em média, cada uma. Entre as sugestões, salada de carpaccio com rúcula, cogumelos, lascas de parmesão e alcaparras; ou a de queijo de cabra, rúcula, tomates e azeitonas (servidas em um cesto de massa de pizza, que você pode ou não atacar). A salada Oriental leva frango desfiado, shitake, agrião e espinafre ao molho oriental; e outra é feita de carpaccio de salmão, alface americana, cogumelos, lascas de parmesão e alcaparras. Um sabor pouco usual pode ser encontrado na salada com carne seca desfiada, espinafre, alface americana, amêndoas e damasco. Crianças

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jesuíta reclama da ausência de vinhos verdes para acompanhar os peixes e dá uma dica preciosa ao romancista, que está a caminho de Évora: beba um Alandra. Em outro momento, diante de um menu com Ossibuchi Bellunesi ("mais vêneto, impossível"), a lombardíssima Faraona Gaieri e um canneloni especial, recheado com abóbora, a escolha de um Chiaretto, da Puglia. "Costumam ser leves, brilhantes, pouco frutados. São até alegres: não têm a sisudez de um Nebbiolo, por exemplo..." Todos do grupo gostaram da escolha e aproveitam para falar dos críticos de vinho, suas encenações e escritos impressionistas. Segundo o engenheiro, estes fazem seus comentários muitas vezes como a paleta dos críticos de pintura: "matizes melancólicos, chiaro-scuro angustiante, luzes e reflexos eufóricos, profundidades agitadas que se contorcem como num espasmo..." E para uma gargalhada geral, o complemento do jesuíta: "...num espamo telúrico, onde, à força primária e instintiva da forma, sobrepõe-se, ainda que tímido, o equilíbrio de uma geometria crepuscular, quase macabra..."

José Guilherme R. Ferreira é membro da Academia Brasileira de Gastronomia (ABG) e autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Editora Terceiro Nome)

A música de Juca Novaes Aquiles Rique Reis

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m primeiro disco é como saltar num trapézio sem rede embaixo. Mesmo para os mais experientes em gravações coletivas, na solidão de um estúdio, tendo apenas o técnico de gravação a ouvi-lo por detrás do vidro do "aquário", o coração parece querer pulsar fora do peito. Não há como imaginar o que se passa pela cabeça de quem se dispõe a considerar que a obra que ajuntou ao longo do tempo merece registro. A insegurança vem forte. Antes, ao escolher as músicas que comporão o álbum que ele gostaria que fosse perene - pois pretende fazer dele o seu espelho -, imagina se deve gravar apenas músicas suas ou incluir as que fez com parceiros diversos. Que músicos convidar para tocar? Quem produzirá? Será um trabalho independente ou o entregará para que alguma pequena gravadora lance no mercado? Chamará alguns famosos para participações especiais? Será que vai tocar no rádio? Mas como, se não há a menor disposição para pagar jabá? Bom seria ter uma música abrindo uma novela da Globo... O sonho é livre. Só algo é maior do que as dúvidas, maior mesmo do que a angústia: sua música fala por si e por ele. O resto? Ora, depois se pensa no resto. Mas há uma certeza: dali para frente sua vida nunca mais será a mesma, pois ele a terá descoberto. Depois de vinte anos integrando o Trovadores Urbanos, grupo com inúmeros discos gravados, e depois de lançar quatro CDs com seu parceiro Edu Santhana, Juca Novaes lançou Goa (Dabliú Discos), seu primeiro disco solo. Para dizer a verdade, não faço a menor ideia se Juca se debateu com as mil e uma inquietudes

listadas aí a cima. Mas não me surpreenderia que sim, já que tais dificuldades, talvez ou de fato, pairam sobre a emoção dos que pela primeira vez se aventuram no papel de se desnudar em público solitariamente. Juca convidou parceiros: Rafael Altério, Eduardo Santhana, Tavito, Paulinho Novaes, Sérgio Santos e Zé Edu Camargo. Convidou participações especiais: Bruna Caram, Lenine, Lucila Novaes e Danilo Caymmi. Convidou o violonista e guitarrista Alexandre Fontanetti para produzir o disco e cercou-se de um time de ótimos instrumentistas. Melodias e harmonias bem construídas, letras com rigor métrico e imagens de quem sabe o que diz. Música composta com talentosa integridade... Toda Juca Novaes. Nada soa falso, tudo tem carisma e generosidade. E o danado tem ótima voz, incluindo, quando necessário, falsetes afinados e firmes. O ritmo do repertório é variado; os arranjos são diversificados pelas sonoridades de quarteto de cordas, acordeom, violões, guitarra, teclados, bateria, baixo, flautas, coro e piano; tudo lá é Juca Novaes. Não há desnível, todas as músicas têm a boa qualidade que fez com que fossem escolhidas e gravadas. Com catorze faixas, Goa é o retrato de seu autor. O mundo musical de Juca Novaes, ouvido assim do alto de uma saudável expectativa, é como um grande rio que vai doce e plácido, embora caudaloso, rumo ao destino de se refazer em sal.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.

OPERETA A Viúva Alegre, do húngaro Franz Lehár (1870-1948), com a Orquestra do Teatro São Paulo, regência de Emiliano Patarra, e vozes solistas de Gabriella Pace Manuela Freua (sopranos); Sebastião Teixeira (barítono) e Miguel Geraldi (tenor). Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 366. Tel.: 3667-0499. Sexta (3), 20h30; sábado (4), domingo (5), 17h. R$ 20.


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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cultura

Os Putônios do Tokai Carlos Celso Orcesi

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ois dias antes de conhecer o famoso vinho doce húngaro Tokaji me aconteceu uma situação curiosa. Embora antiga a estória se mantém atual. Depois de passar o reveion com o amigo Cesar na improvável Augsburg na Alemanha, Mary e eu seguimos para a Tchecoslováquia no 1º de janeiro de 1992 em direção a Praga. Era a primeira vez que eu dirigia sob neve. Na fronteira tcheca a aduana nos parou, recolheram os passaportes e logo pediram que fosse até o escritório. Lá fui eu tomando neve na cara sem imaginar que o rei-futebol me salvaria. Brasilien, estranhou o inspetor. Em inglês macarrônico perguntou o que fazíamos lá no dia de fundação de seu país? Terroristas venezuelanos? Fiquei sabendo que naquele exato dia o país se dividia em dois, a República Tcheca e a Eslováquia. Por sorte havia reservado hotel em Praga, daí que pude exibir o fax da gerente (não me esqueço seu nome) Hielena Hadcrowa do Hotel Jalta. O ambiente se distendeu, o inspetor sorriu e começou a falar de sua admiração pelo futebol brasileiro, em especial Romaríu e Bebetô, numa genial antecipação da dupla de ataque que dois anos depois traria o caneco

na Copa dos EUA. A diplomacia do futebol... Essa mesma arte diplomática levou o bispo húngaro Drakovic a oferecer Tokaj ao Papa Pio IV, quando a cristandade se reuniu no Concílio de Trento (1562). O néctar encantou reis e czares e com o tempo chegou também à mesa da plebe. À noite do dia 3 de janeiro, em Budapeste capital da Hungria, num restaurante em Peste na margem esquerda do Rio Danúbio, provei gulash e na sobremesa meu primeiro Tokai 3 Puttonyos. No dia seguinte em Buda, na margem direita, num restaurante que jamais esqueci em razão do nome invertido da capital ("Pest-Buda"), provei um bom 4 Puttonyos com sabor de mel e, principalmente em comparação com o Sauternes francês, um toque cítrico de laranja (influência da cor?). O tokai (o j é mudo como o nosso h) é feito de modo único. No outono criam-se condições climáticas para uma névoa que

Lanchid: "ponte de correntes" inaugurada em 1849. favorece o desenvolvimento do fungo botrytis cinerea. O micróbio ataca as uvas Furmint e Hársleveliu, sugando-lhes os bagos até que fiquem murchos. Então as uvas são colhidas uma a uma no começo do inverno e colocadas em cestos ou cubas de 25

kg chamados puttonyos. Eis aí: putônio não é o que você chegou a pensar. Numa fermentação normal o açúcar se transforma em álcool pela ação de leveduras (da uva e aditivadas), libertando calor e dióxido de carbono (bolhas efervescentes) até

que o mosto se tranquilize. Na fermentação do Tokaji as uvas enrugadas e sem água ficam tão concentradas que produzem uma pasta chamada Aszú. Em seguida essa pasta é adicionada à barrica local (gonc) cujo volume é de 136 litros, isto é, misturase o aszú ao mosto fresco de uva branca recém fermentada. Este vinho de base também deve ter boa qualidade, em especial acidez e juventude, para o equilíbrio do Tokaji. Pela lei húngara a medida varia entre 3 e 6 putônios por gonc. Quanto mais putônios forem usados para cada barrica de 136 litros, mais doce e mais caro será o vinho. Em anos muito bons ainda se produz o Eszencia que de tão concentrado é viscoso. O Tokaji ainda permanece descansando entre cinco e sete anos, antes de ser comercializado na garrafa transparente de 500 ml. Atualmente o consumidor no mundo inteiro está comprando Tokajis da safra 2003 para trás, como o Chateau

Dereszla 5 Put. 2003 na faixa de R$ 230,00 (wine.com) e o Pendit 6 Put. 2001 a R$ 415,00 (Decanter). Para bem entender como os putônios aumentam o preço, vamos comparar com o Oremus: 3 Puttonyos 2000 R$ 150,00, 5 Puttonyos 2002 R$ 270,00, 6 Puttonyos 2000 R$ 320,00. O Eszencia 2000 meia garrafa (375 ml) custa a bagatela de R$ 1.400,00 (todos da Mistral). Da safra 2000 o bom Disznókó 5 custa R$ 260,00 e o 6 Puttonyos pula para R$450,00 (World Wine). No auge do inverno, à noite, a temperatura em Budapeste estava abaixo de zero. Ainda assim, bem encapotados, ficamos meia hora na Lanchid, a bela "ponte de correntes" inaugurada em 1849, primeira ligação entre os dois lados da cidade, vendo os blocos de gelo se quebrarem na estrutura da ponte em forma de navete ou proa de navio. Pedaços maiores às vezes não se partiam causando congestionamento de gelo, até que os blocos de trás vencessem pela força do Danúbio, criando um enorme barulho como se fosse vidro partindo e um efeito hipnótico. Ou seria ainda o resultado mágico da cremosidade do mais antigo vinho doce do mundo?

Fotos: Divulgação

Alex Ribeiro/DC

Sob o efeito da água. No planeta Oca. Fotografias, instalações e aquários integram mostra interativa sobre água.

em água até o teto na Oca do Parque do Ibirapuera. Mas a invasão líquida não é sinal de preocupação. Ela faz parte da mostra interativa Água na Oca, organizada pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de História Natural de Nova York. Com curadoria de Marcello Dantas, a exposição trata da relação entre a água e o planeta por meio de instalações, fotografias, objetos e aquários reais e virtuais. Antes de mergulhar no mundo aquático do espaço, a dica é consultar previamente o folheto sobre a mostra. Nele, o visitante encontra, além de informações sobre o passeio, dicas de como planejar a visita dentro dos oito mil metros quadrados do pavilhão da Oca.

Renato Pompeu

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Rita Alves O curador Marcello Dantas conta que a exposição é maior do que a americana. "É uma mostra integralmente concebida no Brasil e para o Brasil. Em termos de espaço, diversidade e alcance é quase dez vezes maior do que a americana. Fazer uma exposição sobre a água é como montar uma exposição sobre a vida, um assunto igualmente grandioso e infindável. Eleger a abordagem diante da amplitude do tema é a essência desse projeto", relata Dantas. Dividida por temas em cada andar, exibe no térreo Mundo d'Água, espaço convidativo para os que querem tocar na água e descobrir mais sobre ela. E o melhor é que dá para se divertir e aprender ao mesmo tempo com as

obras interativas. Aquários reais com mais de 60 espécies de peixes também chamam a atenção dos visitantes. No primeiro andar, chamado de Infiltração, uma das dicas é a Casa d'Água. No interior dela, tudo indica que a tempestade é de assustar: baldes recolhendo a água que cai do teto, piso molhado, trovões, chuva forte na janela. O líquido também serviu de inspiração para a criação de obras de artistas contemporâneos, espalhadas no espaço O Desaguar, localizado no subsolo. Há fotografias, esculturas e instalações desenvolvidas por artistas como Sonia Guggisberg, Laura Vince, Márcia Xavier e Willian Pye. Quer ir ao fundo do mar? Vá ao último andar do local, denominado A Úl-

tima Fronteira. É lá que está o Supercinema. Mas nem pense em encontrar cadeiras diante de uma tela. O curta de 10 minutos é exibido no teto e o espectador vê tudo acomodado em colchões de água. Oca (Pavilhão Lucas Nogueira Garcez). Parque do Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n. Portão 3. Terça, quinta e sexta, das 9h às 18h (bilheteria até às 17h). Quinta, das 9h às 21h (bilheteria até às 20h). Sábado, domingo e feriado, das 10h às 20h (bilheteria até às 19h). R$ 20. Grátis no último domingo de cada mês. Até 8 de maio.

Alex Ribeiro/DC

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As frutas, numa linda coleção. stá se aproximando o Natal e aqui está um belo presente: o álbum de luxo, profusamente ilustrado, Colecionando Frutas, do fruticultor e colecionador de frutas Helton Josué Teodoro Muniz, que conta história sobre cem diferentes tipos de frutas, tanto nativas do Brasil como oriundas de outros países. A publicação é da Arte e Ciência Editora. A respeito de cada fruta, Muniz apresenta não só dados biológicos, mas também como elas entram na cultura e na memória das comunidades que as cultivam. Por exemplo, ficamos sabendo que o nome da ceriguela em tupi é "cajá-ssuera", que significa "fruta de caroço que dá vontade de comer mais", e que ela é nativa das Américas Central e do Sul, do Caribe e do México. Ela é assinalada em registros espanhóis já desde o século XVII. Já o figo-da-Índia não é originário da Índia, e sim do noroeste do México até o sudoeste dos Estados Unidos. Importante na cultura dos astecas, essa cactácea surge nas armas que constam da bandeira mexicana. O mamão, por sua vez, é nativo da América tropical. Em 1526, exploradores espanhóis registraram no Caribe "terras pertencentes ao cacique Quebore, onde existem frutas como grandes melões da Espanha, que são chamadas de papayas". Perto de 6 milhões de toneladas de mamão são produzidas anualmente em 51 países, sendo o Brasil o maior produtor mundial. O mamão tem propriedades analgésicas, antibióticas, combate a febre e a pressão alta e tem muitos outros usos medicinais. O pequi (na foto, flores do pequi de árvore) é característico dos cerrados brasileiros, sendo conhecido também como "grão-de-cavalo". Sua primeira descrição data apenas de 1819, feita pelo botânico francês Saint-Hilaire. É usado como comida salgada e também como achocolatado. O carro de boi feito com madeira de pequi canta "fino", enquanto o feito com madeira de jatobá canta "grosso". Quanto ao caqui, é uma fruta asiática, cultivada há milênios na China. Foi introduzido no Brasil em 1890, ou seja, há apenas 120 anos. Seu suco repele insetos; a fruta tem propriedades calmantes, combate febres e vômitos, além de prisões de ventre. O chá das folhas combate a insônia. O abacate surgiu nas regiões tropicais das Américas e já era cultivado pelos maias mil anos antes de Cristo. Seu nome é uma palavra asteca que significa "testí-

culo". Fruta gordurosa, é usada em sabonetes e xampus e tem o efeito de reduzir o colesterol "mau" (o LDL) , sem afetar o colesterol "bom" (HDL). E a romã é nativa das regiões áridas desde o Irã até o Himalaia, sendo várias vezes mencionada na Bíblia. O cetro dos reis de Israel terminava no alto em uma romã do tamanho de um polegar, feita de marfim É também conhecida como granada. Dela se faz o xarope granadina. A acerola é oriunda dos Andes até a costa oeste do México. Cultivada há séculos pelos índios, sua agricultura comercial se intensificou desde 1945, quando se descobriu que a fruta contém grande quantidade de ácido ascórbico (vitamina C). Combate diarréias, disenterias, tosse e resfriados. Já os fãs do técnico Muricy Ramalho, do Fluminense, gostarão de saber que o nome murici é dado a duas frutas, o murici de moita e o murici do cerrado, que são parentes da acerola. O de moita tem cheiro de queijo assado e sabor semelhante ao do caju; o do cerrado é mais raro, mas foi citado no ditado registrado por Euclides da Cunha em Os Sertões, quando o coronel Tamarindo, deprimido por ter de assumir o comando das tropas federais por causa da morte do coronel Moreira César, melhorou seu humor ao dizer: "É tempo de murici. Cada um cuida de si". A amora é originária da Pérsia e da Ásia Oriental, mas hoje existe no mundo inteiro. A variedade branca é usada para alimentar o bicho-da-seda, a variedade preta é cultivada, além de para produzir frutos, também para fixar dunas. Seu xarope combate faringites e inflamações da boca e do aparelho digestivo. O chá das folhas é diurético. Finalmente, a banana é a fruta mais consumida no mundo: são mais de 68 milhões de toneladas anuais produzidas em 130 países. É nativa da Ásia e os primeiros ocidentais a consumi-la foram os soldados de Alexandre, o Grande, em 327 a.C. A palavra "banana" significa "dedo" em árabe; seu xarope é usado nos casos de bronquite, tuberculose e dispepsia. A fruta verde assada funciona como antidiarreico. A fruta madura reforça os glóbulos vermelhos do sangue. Entre outras frutas discutidas, estão a jabuticaba, pitanga, uvaia, carambola, maracujá, juá, framboesa, nêspera, pêssego, abio. Fora muitas outras frutas menos conhecidas, como a guaçatunga, micatinga, puruí, ariticum, biribá, marolo...Em suma, um livro delicioso.


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GRÁTIS

CIRCO

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cultura

Show de tudo. No novo Sesc Belenzinho

Rubra Pop Show (foto) e o Circo Zanni estão entre as atrações circenses. A mistura de números circenses, teatro, dança e música ao vivo da turma do Zanni pode ser vista no sábado (4), às 12h, na Sala de Espetáculos II. Direção: Domingos Montagner. Já no domingo (5), quem diverte o público é o grupo Parlapatões, com Clássicos do Circo.

Inauguração neste fim de semana reúne música, teatro, dança, exposição e circo.

PATO FU E JORGE MAUTNER

Rita Alves

Nino And

res

Q

CISNE NEGRO A dança contemporânea tem seu espaço garantido no Sesc Belenzinho. Entre as atrações do sábado (4) está a Cia. Cisne Negro, que sobe ao palco do Teatro às 14h. O espetáculo Mozartíssimo, baseado na vida do compositor alemão Wolfgang Amadeus Mozart, traz coreografias e figurinos de Gigi Cacileanu e direção teatral de Dan Mastacan.

lgação

Fotos: Divu

ÓPERA NA MALA

uem costuma passar pelo número 1000 da rua Padre Adelino e ver as portas do Sesc Belenzinho fechadas, vai ter uma visão diferente a partir deste fim de semana. A nova unidade Belenzinho será inaugurada e terá uma programação especial e gratuita no próximo sábado (4) e domingo (5). A espera pelo recente local, fechado desde 2005, será recompensada com uma vasta agenda. Na lista estão atrações nas áreas de música, teatro, dança, circo, exposições e literatura. Haverá ainda oficinas sobre ecologia e meio ambiente e saúde. "Ampliamos nossa capacidade de atendimento para oferecer à população de São Paulo mais opções de programas de lazer, cultura e a educação permanente, em um espaço propício para a convivência, o desenvolvimento humano e a prática da cidadania", afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo. Se música é a opção preferida para começar a diversão, aproveite o show que os mineiros do Pato Fu farão às 12h do sábado (4) no teatro da unidade. Para cair no samba no mesmo dia, anote: 13h30, Palco da Praça. É lá que a Velha Guarda da Nenê de Vila Matilde faz sua apresentação. No domingo (5), às 13h, o grupo de percussão corporal Barbatuques anima o público com seus sons contagiantes. Pouco depois, às 14h30, Jards Macalé e Jorge Mautner sobem ao palco do Teatro. É nesse mesmo palco, às 16h, que a atriz Denise Stoklos interpreta as rainhas da Inglaterra, Elizabeth I, e da Escócia, Mary Stuart. Tanto no sábado (4) quanto no domingo (5), as memórias do bairro Belém serão relembradas por meio das Intervenções Artísticas, dirigidas por Cristina Paoli-Quito. As lembranças virão à tona de forma poética na Praça Central do Sesc, entre 10h e 18h30. A poesia também tem seu espaço por meio de sons e movimentos. Exemplos? A coreografia Interlúdio, interpretada pela Cia. Dança Contemporânea, às 13h30 de sábado (4), na Sala de Espetáculos I. No dia seguinte (5), às 10h, Adoniran Barbosa é o homenageado do Ballet Stagium. Sábado (4), às 17h, é a vez de entreter a criançada com a Cia. Mevitevendo, que mostra, na Sala de Espetáculos I, a peça Diário Malassombrado, espetáculo sobre dois curiosos que descobrem as memórias da Mulher Caveira, a Velha do Saco e Os Monstrengos. Outra opção, exibida no mesmo local, aparece no domingo (5): Baú de Histórias, encenada pela Cia. Ópera na Mala, às 10h. Os fãs de artes visuais podem aproveitar as criações do artista plástico paulistano Caio Reisewitz no Espaço de Exposições. É lá que ele reúne suas instalações audiovisuais, junto com suas pesquisas com uso de backlights. Veja a programação completa em www.dcomercio.com.br.

O grupo P ato Fu foi o eleito para deles está abrir a fest marcada a musical. para às 12 No repert A apresen h do sába ório, músi tação do (4), no cas do últim canções to Teatro da o trabalho cadas com unidade. (M ú instrumen sica de Bri Tim Maia, tos musica nquedo), e Live and com is infantis. Let Die, de E os comp Primavera Paul e Lind ositores Jo , d e a M rg cC e artney são Mautner (a parceria, no doming exemplos. baixo) e Ja o (5), às 13 rds Macalé próprias e h , fazem no Teatro, de mestre com comp s como No osições el Rosa e C artola.

Sesc Belenzinho. Rua Padre Adelino, 1000. Metrô Belém. Sábado (4), a partir das 11h. Grátis.

ARTES VISUAIS

Domingo (5) é dia da criançada aproveitar. Os pequenos que passarem pela Sala de Espetáculos I, às 10h, vão se divertir com os contos do espetáculo Baú de Histórias, da Cia. Ópera na Mala. Quem tem o costume de ficar em frente à telinha pode reconhecer as histórias, já que elas foram contadas também no programa Baú de Histórias da TV Cultura e TV Ratimbum.

Obras da exposição Arte Povera – Obras da Coleção do Mart ficarão em cartaz no Galpão Multiuso. É lá que o público vai poder contemplar trabalhos de artistas como Alighiero Boetti, Giovanni Anselmo, Pier Paolo Calzolari. Boa notícia para aqueles que quiserem voltar mais vezes para ver as peças: a mostra fica em cartaz até março de 2011.

Guia de Ideias, E ai Vamos Dançar?, Cia. Cisne Negro, Morena, Cia. Nova Dança 4, Ballet Stagium, Cia. Dança Contemporânea e Balangandança Cia. integram a programação de espetáculos.

Zeca Caldeira

DANÇA

TEATRO Gero Camilo (à esquerda) e Caco Ciocler (à direita) são os protagonistas da peça Aldeotas, dirigida por Cristiane Paoli-Quito. O espetáculo está marcado para sábado (4), às 15h30, na Sala de Espetáculos I. A dupla de atores interpreta Levi e Elias, amigos de infância que se reencontram.


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