05 abr 2011

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Murilo Ferreira é o novo presidente da Vale

Conclusão: 23h55

Ano 86 - Nº 23.345

www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

São Paulo, terça-feira, 5 de abril de 2011

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ensalão, lembra? O que para Lula era "obra de otos revelam vários corpos nos destroços do Air ficção política" emergiu como relatório final France localizados no Atlântico, dois anos após a da PF, em Época, e com informações desconhecidas da queda. "Estamos agora diante de outro trauma", disse CPI que o investigou. A principal: o senador Romero o pai de uma das vítimas, em Paris. Uma explicação Jucá, líder do governo, seria também mensaleiro. Pág. 5 para a tragédia poderá também emergir. Pág. 11

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AFP

30 dias para que filhos e neto de Lula devolvam passapor tes

Estreia o BBB que a economia gosta

Concessão de documento diplomático foi irregular, conclui Ministério Público Federal. Pág. 5

A agência Fitch eleva de BBB- para BBB a nota do Brasil na classificação de risco de investimento. Pág. 21

Vanessa Carvalho/AE

Sob bombas. Da Força de Paz. Opositores anunciaram ter tomado a casa do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, em Abidjã (maior cidade do país), depois de contingente francês da Força de Paz da ONU ter atacado suas tropas. Acima, bombardeio a quartel em Abidjã. Pág. 9

AMANHÃ Nublado Máxima 24º C. Mínima 16º C.

ISSN 1679-2688

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9 771679 268008

Kassab dá nota 5 ao governo. E lamenta a mexida na Vale O prefeito se apresentou no Roda Viva como de centro e conciliador. Pág. 7

Nova classe média chega à loja virtual. E agora? Patrícia Cruz/LUZ

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 18º C.

Danielle Torres (foto) estudou potencial cliente antes de oferecer adesivos decorativos na rede. Pág. 24 Informática


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Impressiona, no total dos gastos já efetuados, o valor dos chamados "restos a pagar", advindos da gestão anterior. Roberto Fendt

pinião

PAULO SAAB

CIRCOS, LADRÕES E A TROUPE BRASIL

ROBERTO FENDT

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stá lá, na página do Facebook do Presidente Cavaco Silva, de Portugual: ele recomenda que nas próximas eleições legislativas de 5 de junho, "as formações políticas deverão ter bem presente a situação do país, evitando prometer aquilo que não poderá ser cumprido". E diz mais: "Prometer o impossível e esconder o inadiável seria tentar enganar os portugueses", completando que a hora é de "agir com verdade e rigor". É o que o nosso país espera da presidente Dilma Rousseff. Na campanha eleitoral, a então candidata afirmou mais de uma vez seu compromisso com a estabilidade econômica. Eleita, a senhora presidente prometeu um corte no Orçamento de R$ 50 bilhões, preservando, contudo, os investimentos.

Fenômeno ainda mais gritante é o que ocorre com rubricas em que parcela expressiva do valor empenhado no Orçamento deste ano não foi paga, sendo de fato desembolsado o valor de restos a pagar vindo do ano anterior. É o caso, por exemplo, do elemento Obras e Instalações. No Orçamento de 2011 foram empenhados valores da ordem de R$ 1,451 bilhões. Com recursos do Orçamento de 2011 foram pagos o final de março somente R$ 28,706 milhões, sendo saldados com restos a pagar R$ 3, 117 bilhões. Não vou cansar mais o leitor com números. Seria ocioso. Basta apenas apontar que até o dia 25 de março já foram desembolsados R$ 37,729 bilhões de restos a pagar vindos do exercício de 2010.

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m particular, a presidente prometeu blindar os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a menina de seus olhos. Infelizmente, a divulgação dos dados das contas públicas ao final do primeiro trimestre de governo contraria a sua retórica. Os gastos correntes continuaram crescendo, aí incluídos aqueles com salários e encargos dos servidores públicos e com o custeio da burocracia federal. Na outra ponta, os gastos com os investimentos caíram. Os números, divulgados em contasabertas.uol.com.br/EbSite/ mostram um crescimento acentuado dos gastos com pessoal e outras despesas correntes (mais R$ 10,034 bilhões, comparados com o primeiro trimestre de 2010). Desse total, R$ 1,845 bilhão correspondeu ao aumento de salários e encargos e R$ 8,187 bilhões a outras despesas correntes. Também aumentaram os gastos com o pagamento dos juros sobre a dívida pública, em R$ 3,175 bilhões. E embora o total das despesas classificadas como investimentos tenham aumentado R$ 3,597 bilhões, afirma o Contas Abertas que as aplicações em obras e equipamentos diminuíram R$ 317,2 milhões. Impressiona, no total dos gastos já efetuados, o valor dos chamados "restos a pagar", advindos da gestão anterior. Esses "restos" correspondem a despesas empenhadas (isto é, autorizadas) mas cujos pagamentos que não ocorreram no exercício correspondente ao empenho. Embora essa má prática venha ocorrendo há muito tempo, falseando os

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VERDADE E RIGOR resultados para o saldo primário das contas públicas, impressionam os valores passados de 2010 para 2011. Por exemplo: na rubrica Aposentadorias e Reformas, R$ 38,590 bilhões foram empenhados no orçamento de

2011. Desse total empenhado foram pagos, até 25 de março, R$ 38,507 bilhões. Ocorre que outros R$ 8,457 bilhões de restos a pagar passaram para a execução do orçamento deste ano, aumentando as despesas de fato pagas neste exercício.

Sem um forte contingenciamento das despesas previstas para este ano, a pressão dos gastos será enorme, quando a estas se juntarem os restos a pagar herdados do ano passado.

de esperar-se que Sua Excelência esteja atenta a esses números da execução do Orçamento da União. Porque a pressão dos gastos, a menos que haja um forte contingenciamento das despesas previstas para este ano, será enorme, à medida que forem saldados todos os restos a pagar e a eles se juntarem as despesas empenhadas este ano. É o acompanhamento desse tipo de dados que está sustentando o pessimismo do mercado com relação ao cumprimento das metas de inflação, este ano e em 2012. As gestoras de recursos foram as instituições do mercado que tiveram maior grau de acerto nas suas previsões da inflação, com base nas informações do Boletim Focus do Banco Central. Pois bem, a média das previsões dessas instituições é pessimista quanto à capacidade da inflação voltar para o centro da meta de 4,5%, tanto neste ano como em 2012. Para ater-se à veracidade de suas declarações, a senhora presidente deverá agir com rigor para conter a expansão das despesas correntes do governo. Caso contrário, ou se dará razão aos gestores de recursos e continuaremos com a inflação em alta, ou os investimentos serão cortados. Nenhuma das duas opções é palatável. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cláudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

em muita gente chocada ainda com a notícia de que o agora deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, do PR de São Paulo, mais conhecido como o palhaço Tiririca, tenha contratado dois colegas humoristas com salários de oito mil reais cada um – sem necessidade de aparecer em Brasília e muito menos na Câmara Federal. Quem se espanta com isso é porque não está suficientemente informado sobre o que ocorre nas Casas Legislativas de todo o Brasil, desde Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e o próprio Congresso Nacional. Vamos ressalvar os que estão informados disso mas ainda não perderam a sua capacidade de indignação. A ampla maioria desconhece mesmo, e muitos dos que sabem como funciona o esquema estão conformados e anestesiados pela pressão. Sucumbiram ao sistema achando que é assim mesmo. Mas não é assim. Não pode ser assim. Não deveria ser assim e não podemos nem devemos nos acomodar, perder a capacidade de indignação diante da verdadeira tomada da coisa pública no País, em favor de interesses ilegítimos, em todos os Poderes e níveis. É algo que choca a nossa sensibilidade e segue se espraiando por conta da falácia, da mentira, da propaganda oficial e do descaso da população . Não é uma acusação a esta: é apenas constatação. A população vive na ignorância, distante da realidade política – não me canso de dizer isso, pela própria manipulação do poder público que mente e não lhe dá educação para discernir, mas esmolas para sobreviver e ainda agradecer.

que a propaganda política mostrou na campanha eleitoral sobre a situação da saúde pública no País é uma ofensa e mereceria cadeia para seus idealizadores e propagadores, diante do que se viu, por exemplo, da situação dos hospitais em todo o Brasil no programa Globo Repórter da semana passada. A população carente recebe do poder público mais do que o desprezo. É crime. Dinheiro destinado a hospitais, centros de saúde, obras em geral de interesse popular, é destinado por prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, governadores (e até um caso na própria Casa Civil do Planalto, praticamente abafado , para alegria de Dona Ereci e família) para seus interesses particulares. Claro que não são todos.

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O que a propaganda política mostrou na campanha eleitoral sobre a situação da saúde pública é uma ofensa e merecia cadeia para os idealizadores e propagadores.

Mas os que o fazem , agem em escala assustadora , alimentada pela impunidade e pela expansão da dominação. Hoje, parte do aparato público é dominado por toda sorte de infratores e aventureiros, se locupletando às custas do Tesouro. Numa deslavada cara de pau que não encontra resistência na vontade popular, jogada nos corredores e macas, morrendo, ou na inanição da mente, com o estômago abastecido por esmolas públicas. e a grande massa da população brasileira tivesse a mínima ideia da roubalheira generalizada que se instalou no Brasil, dentro do próprio Estado, em todos os níveis de poder, com assombrosos desvios de recursos para alimentar oligarquias, grupos corruptos e políticos carreiristas desonestos, a guilhotina da Revolução francesa seria retomada. Como ainda somos um país em que as pessoas votam por obrigação, elegem-se os Tiriricas por convicção da identificação ou achando que estão protestando. O que vemos no cotidiano é uma verdadeira gozação com a nossa cara. Palhaços – e Tiririca ao menos se assumiu – pululam em nossos circos públicos, travestidos de sérios e nos roubam abertamente.. Palhaços, na verdade, somos nós. Eles devem morrer de rir de tudo, incluindo minhas palavras porque sabem que os que vão ler ou estão anestesiados, ou acomodados desorganizados, ou incapazes de reagir por falta de oposição, de lideranças que possam transformar esse gigantesco armazém de munição estocado pela impunidade em instrumento de ação contra a bandidagem oficial que assola o país. Tiririca é pouco e certamente não será bandido ostensivo. Faz o que o sistema permite. E se mostra.

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PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar e Tsuli Narimatsu Redatores: Adriana David, Anna Lucia França, Eliana Haberli ,Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repórteres:Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Giseli Cabrini , Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente Executiva Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 5 de abril de 2011

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NINGUÉM DEVERIA USAR O DINHEIRO DE TODOS PARA INCENTIVAR UMA ATIVIDADE QUE É SÓ SUA.

pinião

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discussão suscitada pela aprovação de um projeto para incentivo fiscal apresentado, tendo como principal figura a cantora Maria Bethânia, parte de dois princípios equivocados que, exatamente por sua natureza, distorcem completamente a percepção que a opinião pública tem do assunto. O primeiro é acreditar que o Estado deva responsabilizar-se, direta ou indiretamente, pela produção artística realizada por indivíduos e empresas privadas. O segundo é que esses indivíduos e empresas possam simplesmente garantir um alto padrão de vida ao depender, profissionalmente, dos mecanismos da legislação cultural. Há uma notável distorção do papel do Estado, de forma geral, e do Estado brasileiro, em particular, quando o poder público se envolve em atividades que deveriam ser levadas a cabo com total independência de fins e meios pelos próprios cidadãos. É bom lembrar que a função primordial do Estado é tomar conta de tudo aquilo que seria impossível para indivíduos e empresas cuidarem por conta própria. Assim, o Estado deve responsabilizar-se pela segurança pública, pela defesa do território e pela administração da justiça, instâncias em que a atividade individual não teria como operar. No caso do Brasil, a distorção de papel é mais escandalosa, uma vez que o Estado fracassa miseravelmente nas funções essenciais e contamina ou escraviza qualquer outro meio em quede alguma forma se envolve . A História tem ensinado que quanto mais o Estado nacional se aproxima – sob desculpa de "proteção" ou "incentivo" – das atividades artísticas e da produção chamada "cultural" de forma geral, mais os artistas tornam-se dependentes da ideologia, do proselitismo e – não raro – da mais pronunciada tirania. Basta pensar que a maior parte das grandes obras artísticas da modernidade, que celebraram e celebram até hoje o espírito humano, foram realizadas de forma independente por autores independentes, ou financiadas por investidores ou apoiadores também independentes ("mecenas"). É o caso da pintura de vanguarda do século 20, como Miró e Picasso, da literatura de Thomas Mann, Joyce e Proust, do cinema clássico de Hollywood e da Nouvelle Vague francesa. Por outro lado, nos recordamos com horror da arte de salão financiada pelos nazistas na Alemanha, da arte estatal “revolucionária” usada como desculpa estética para o massacre das diferenças nos países comunistas, bem como das centenas ou milhares de artistas censurados, perseguidos e mortos sob o mesmo

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Há uma distorção do papel do Estado quando o poder público se envolve em atividades que deveriam ser levadas a cabo com independência de meios pelos próprios cidadãos.

MAX.

POLÊMICAS ARTIFICIAIS e imenso guarda-chuva pretensioso do Estado "protetor e incentivador" da cultura na China, URSS, Cuba, Coreia do Norte, Irã etc.

PAULO DINIZ ZAMBONI

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o caso brasileiro, em particular, como explicar a uma população espoliada pela tributação desenfreada, como explicar a uma classe empresarial oprimida por regulamentações fiscais de toda natureza, como ainda convencer os milhões sujeitos à péssima infraestrutura de nossas cidades, à violência urbana em escala de barbárie, aos abandonados nas portas dos postos de saúde pagos com seus impostos, às vítimas de um sistema judiciário disfuncional – como fazê-los crer e aceitar que um único centavo de seus bolsos seja desviado para que um terceiro produza, com dinheiro alheio, a "obra de arte" da qual deveria cuidar por conta própria? Falemos do caso específico das leis brasileiras de incentivo fiscal e do "episódio Maria Bethânia". O DC de 30/3/2 011 publicou um artigo de Odilon Wagner em que se expõe uma parte do problema – mas não certamente a mais importante do ponto de vista da sociedade. Sim, é fato que há uma disputa renhi-

da entre dois pontos de vista a respeito do incentivo estatal à produção cultural. E, como não poderia deixar de ser, ambos estão errados. Há um primeiro grupo que poderíamos definir como o grupo do "delivery": aqueles que imaginam ser obrigação do Estado custear as artes e os artistas – mas eles imaginam que essa obrigação seja tão imperativa que não querem sequer correr atrás de empresas que possam viabilizar o mecanismo de inventivo fiscal; querem que o Estado, através de comissões de "especialistas" (na verdade, conhecidos dos produtores que acabam atuando de maneira duvidosa, por estarem envolvidos demais com a "classe" para poderem julgar qualquer coisa imparcialmente) destine o dinheiro diretamente às contas de seus "projetos culturais". E há um segundo grupo, que poderíamos chamar de "a la carte": pro-

dutores que também acreditam ser função do Estado pagar pela "arte" que eles pretendem produzir; mas esses, ao menos, estão dispostos a levar adiante um tipo de “disputa" pelo montante reservado à cultura. Ou seja: o grupo " a la carte" pegará seus projetos, colocará uma gravata e irá atrás do sonhado patrocínio junto às empresas.

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grupo "delivery" é um grupo mais novo, mais identificado com os chamados "movimentos sociais", "fóruns culturais" e "de comunicações", até as alas de extrema-esquerda presentes no PT e em outros partidos socialistas. Simpáticos a ideias de comissões de toda natureza, que em seu mundo perfeito decidiriam tudo pelo restante da sociedade. O grupo " a la carte" tem um perfil mais "executivo" e menos "militante", e historicamente é mais identificado com a social-democracia do PSDB. Fortalecidos nos anos FHC, perceberam que não precisariam de comissões genuinamente públicas para aprovar seus projetos e levantar verbas: bastaria manter os canais certos com as grandes empresas e as

preliminares de seu grupo revelaram uma tendência de aquecimento global “muito parecida a que foi relatada pelos grupos anteriores”. A resposta dos negativistas foi previsível e reveladora; veremos mais sobre isso a seguir. Antes, contudo, vamos falar um pouco mais sobre a lista de testemunhas, que provocou a mesma questão que eu e outros tivemos com o grande volume de audiência nas comissões acontecidas desde que o Partido Republicano reassumiu o controle da Câmara dos Deputados: onde eles encontram essa gente? inha favorita foi a primeira audiência de Ron Paul sobre política monetária, na qual o principal participante foi alguém mais conhecido por escrever um livro denunciando Abraham Lincoln como um "tirano terrível" e por defender um novo movimento secessionista como a resposta apropriada para o "novo Estado fascista norte-americano". Os impostores (ou seja, os

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não-cientistas) da audiência da semana passada não foram do mesmo calibre, mas o depoimento preparado teve momentos memoráveis. Um deles foi a declaração do advogado de que a Agência de Proteção Ambiental não podia afirmar que as emissões de gases do efeito estufa eram uma ameaça à saúde porque elas estão aumentando há um século, e a saúde pública também melhorou no mesmo período. Eu não estou inventando. Ah, e o professor de marketing, ao fornecer uma lista de casos passados de "analogias ao alerta sobre o perigoso aquecimento global provocado pelo homem" (ele supostamente pretendia mostrar por que devemos ignorar as preocupações), incluindo os problemas como chuva ácida e o buraco na camada de ozônio, que tem sido contido precisamente por causa da regulamentação ambiental. Mas voltando a Muller: suas credenciais como cético das mudanças climáticas são bem fortes. Ele já denunciou tanto

Al Gore quanto meu colega Tom Friedman como "exagerados" e participou de vários ataques a pesquisas climáticas, até da caça às bruxas a e-mails inofensivos de pesquisadores britânicos. Então, como era previsível, os negativistas tinham muita esperança que o novo projeto apoiasse suas ideias. Vocês podem imaginar o que ocorreu quando essas esperanças foram destruídas. az apenas umas poucas semanas, Anthony Watts, que administra um importante site negando as mudanças climáticas, elogiou o Projeto Berkeley e afirmou piamente que "estava preparado para aceitar qualquer resultado que ele produza, mesmo que prove que minha premissa está errada". Mas quando soube que Muller estava indo apresentar esses resultados preliminares, Watts desconsiderou a audiência como um "teatro político de ciência pós-normal". E um dos colaboradores regulares de

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o caso de Maria Bethânia, então, é falso dizer que há resistência ao nome da artista: de fato, ela não deveria precisar de ajuda alguma, por ser consagrada. Mas o fato é que ninguém deveria usar um dinheiro que é de todos para incentivar uma atividade que é somente sua. Obviamente, isso deveria valer para todos os setores da economia – o melhor incentivo fiscal que existe e o único a ser aceito por um verdadeiro liberal é a diminuição da carga tributária, a "mãe de todos os incentivos". O maior problema e a verdadeira obscenidade é ela destinar, dentro do orçamento do projeto, um salário mensal de 50 mil reais a si mesma pelos 12 meses de duração do troço. E, acreditem, ela não é a única: praticamente todo projeto cultural contempla esse tipo de coisa. Incentivar a cultura do "povo" com o dinheiro do "povo", sem que os indivíduos que compõem o "povo" tenham concordado, individualmente, com tal investimento, é uma imoralidade. Não é certo, é injusto e errado. Um instante: "Certo? Errado"? Será que esqueci que estamos no Brasil? Bem, deixa para lá: algo me diz que essa história toda – ao estilo de Lampedusa – vai mudar para ficar exatamente como sempre foi. PAULO DINIZ ZAMBONI É MICROEMPRESÁRIO E COLUNISTA DO SITE WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR

PAUL KRUGMAN

INCONVENIENTE piada começa assim: Um economista, um advogado e um professor de marketing entram numa sala. E qual é o final? Eles eram três dos cinco "depoentes especialistas" que os republicanos convidaram para a audiência do Congresso sobre a climatologia, semana passada. Mas a piada de fato terminou sendo os republicanos, quando um dos dois cientistas convidados por eles saiu do roteiro. O professor Richard Muller, de Berkeley – um físico que tinha entrado no jogo cético sobre o clima – lidera o Projeto Temperatura na Superfície da Terra, em Berkely, um esforço parcialmente financiado por nada menos do que a Fundação Koch. E os negadores das mudanças climáticas – que dizem que os pesquisadores da Nasa e outros grupos que analisam as tendências do clima têm distorcido os dados – tinham esperança de que o Projeto de Berkeley concluísse que o aquecimento global é um mito. Em vez disso, Muller informou que os resultados

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estatais financiadoras de cultura. Para um liberal típico, é fácil perceber que estamos distinguindo dois desastres potencialmente fatais: um atropelamento por caminhão contra um atropelamento por veículo de passeio, ou algo do gênero. Em resumo: independentemente dos meios utilizados, todos querem o seu, o nosso dinheiro, para viabilizar seus projetos pessoais. Todos têm projetos pessoais que, na verdade, são "sumamente importantes para o bem-estar da sociedade e a proteção dos valores civilizacionais". Diante disso, fica complicado saber quais projetos são mais ou menos importantes para o restante das pessoas, e, portanto, o Estado deve ficar longe de todos, permitindo que as pessoas eventualmente beneficiadas, escolham, livremente, por quais estão dispostas a ceder parte de seu dinheiro. Qualquer ideia em contrário é um abuso, de forma geral, e uma imoralidade, no caso específico de um país com uma estrutura de Estado intrusiva, deficiente e falida, tal como é a brasileira. Se rejeitarmos a falácia usada por muitos políticos e artistas de que "incentivo fiscal" não é dinheiro públi-

A VERDADE, AINDA A

co, ainda resta um ponto frouxamente abordado – por ser verdadeiramente polêmico: a possibilidade de autorremuneração dos artistas em seus próprios projetos, o que se refere diretamente ao caso do blog de Maria Bethânia. Artistas partidários do incentivo público às artes e à cultura não se satisfazem simplesmente em deixar de correr riscos em seus projetos, largando no colo do Estado a incumbência de bancar o orçamento para produzir os filmes, as peças, os blogs e as exposições. Eles não só querem evitar colocar a mão nos próprios bolsos para financiar seus projetos, como querem, podem e fazem algo além: destinar uma parcela substancial do dinheiro para o projeto a seus próprios bolsos, numa espécie de "autossalário". Ou seja: o artista tem um projeto. O Estado, direta (comissões de cultura) ou indiretamente (incentivo fiscal), banca a coisa toda com dinheiro público. Mas, dentro do valor total, uma parte pode ser descrita como "remuneração dos realizadores", e vai para quem inventou de fazer o negócio. É algo como inverter o conceito de emprego: o "artista-produtor-cultural" aponta uma firma, entra, obriga o empresário a contratálo, define o próprio salário e, se não for bem sucedido, vai embora e deixa o prejuízo para trás.

seu site desqualificou Muller como "um homem guiado por uma agenda muito séria". É claro, quem realmente detém a agenda são os negacionistas e ninguém que esteja acompanhando essa discussão acreditou por um segundo que eles aceitariam um resultado confirmando o aquecimento global. Entretanto, é válido voltar um pouco e pensar não só sobre ciências, mas também sobre moral. Há anos, um grande número de cientistas importantes têm alertado, com urgência crescente, que se continuarmos a agir como temos agido, os resultados serão muito ruins, até catastróficos. les podem até estar errados. Mas se você vai afirmar que eles realmente estão errados, tem a responsabilidade moral de abordar a questão com muita seriedade e mente aberta. Afinal, se os cientistas estiverem certos, você terá de lidar com um grande dano. O que tivemos, contudo, em vez de muita seriedade,

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foi uma farsa: uma audiência supostamente crucial, repleta de pessoas que não tinham nada a ver com a questão – e o ostracismo imediato para um cético do clima que realmente estava querendo mudar suas ideias diante das provas. enhuma surpresa: como Upton Sinclair observou há muito tempo, é difícil fazer um homem entender algo quando o salário dele depende de que ele não entenda. Mas é terrível perceber que esse tipo de carreirismo cínico – e é isso que é – provavelmente garantiu que não vamos fazer nada sobre a mudança climática até que a catástrofe esteja sobre nós. Então, pensando bem, eu me enganei quando disse a piada tenha sido o Partido Republicano; na verdade, a piada é a raça humana.

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PAUL KRUGMAN É ECONOMISTA, COLUNISTA DO THE NEW YORK TIMES, PROFESSOR E AUTOR DE VÁRIOS LIVROS E PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA 2008 TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

Giba Um

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gibaum@gibaum.com.br

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MAIS: a primeira poderá ser da empresa aérea TAP e o maior interessado é o Banco Espírito Santo, que reina nos juros altos.

5 de Abril

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atural da Catalunha (Espanha) do séculos XIV, Ferrer foi um dos maiores pregadores Dominicanos da Europa e levou inúmeros hereges e muçulmanos à conversão. Ele também foi um vigoroso defensor da unidade da Igreja Católica rrer durante o Cisma do Ocidente. São Vicente Fe

Musa inspiradora

«

k Eu não frito ministro. Eu demito.

À beira de um default, mesmo com ajuda de fundos internacionais, Portugal prepara uma série de privatizações.

terça-feira, 5 de abril de 2011

DILMA ROUSSEFF // sobre seu método de gestão, do alto de seus 73% de aprovação popular. Fotos: Divulgação

333 O deputado federal Paulinho Pereira da Silva (PDTSP), da Força Sindical, está reclamando da abstinência sexual dos trabalhadores em regiões isoladas de Rondônia. Para Paulinho, “é importante ter bordéis nos canteiros de obras”. Quem imaginar que o deputado leu o livro de Mario Vargas Llosa, Pantaleão e as Visitadoras, que trata do tema, engana-se. Há algum tempo, contudo, assistiu o DVD do filme, na casa de um amigo, e ficou enlouquecido com a atriz Angie Cepeda.

ANTIGO SÓCIO Na empresa LILS Palestras, Eventos ePublicações Ltda,que Lula criou para receber seus cachês de palestras, seu sócio é Paulo Okamoto, ex-Sebrae, com mínima participação no capital (será o executivo da empresa), o mesmo que pagou, há poucos anos, uma dívida do expresidente com o PT. Okamoto já foi sócio de Lula, no passado, numa empresa comercial, que durou pouco mais de seis meses. Eles decidiram fechar porque não agüentavam a carga do impostos.

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Olho no olho A cidade de São Paulo registrou, nos últimos 60 dias, nada menos do que 119 mil casos de conjuntivite e não existe um só pronto-socorro (e tampouco SírioLibanês, Einstein, Nove de Julho e outros que atendem os mais caros planos de saúde) que tenha um oftalmologista de plantão. Quem precisar, terá de esperar mais de uma hora e meia, quando o caso for grave e o PS chamar um oftalmologista em algum canto. Em São Paulo, Pronto-Socorro virou ProntoAtendimento e, no Nove de Julho, tem um indicador digital que avisa: “Clínico geral – espera de uma hora; Otorrino – espera de meia hora; Ortopedia – espera de 45 minutos”.

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GOLPE NO PORNÔ A maior produtora de filmes eróticos nacionais, As Brasileirinhas, acaba de fechar as portas. O dono sofreu violento assalto e a família, muito religiosa, achou que era hora de acabar com a fábrica. Houve quem considerasse “um sinal dos céus”. O canal Sex Hot comprou dois mil vídeos da produtora, entre eles, alguns protagonizados por Gretchen, Rita Cadillac, Vivi Fernandes, Regininha Poltergeist, Mônica Mattos e até Leila Lopes. O canal homônimo na TV fechada por assinatura também deverá encerrar seus trabalhos. Para quem não sabe: por pesquisa, hoje, as mulheres já são 49% do público telespectador desses canais.

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Agora é para valer 333 A justiça acaba de acolher duas queixas-crime apresentadas por Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, contra Evandro Losacco, tesoureiroadjunto do PSDB e Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do partido, além de jornalistas de revista IstoÉ: responderão todos por crime de calunia e difamação, além de processos indenizatórios. No ano passado, a publicação atribuiu aos dois tucanos a acusação de que Paulo Vieira de Souza havia desviado dinheiro arrecadado para a campanha de José Serra. Losacco e Jorge, depois, alegaram que nunca fizeram tais afirmações.

GUERRA E PAZ Não foi o ministro Nelson Jobim, da Defesa, que mandou o general (agora de pijama) Augusto Heleno rasgar a palestra que queria fazer no dia 31 de março, A contra-revolução que salvou oBrasil.Por questões de hierarquia, quem determinou a suspensão da palestra foi o comandante do Exército, general EnzoPeri(eHeleno,considerado até herói nacional pela tropa, obedeceu, como bom soldado). Detalhe: nenhuma saia justa entreeles:nodia seguinte,numa cerimônia militar em Brasília, os três e outros contavam histórias, davam risadas e tomavam boas doses de scotch.

333 Ex-rei da soja do planeta, numa época em que sua Fazenda Itamarati era considerada modelo mundial, dono de banco e construtora, depois de enfrentar anos de problemas empresariais, Olacyr de Moraes, que jamais dispensou a companhia de jovens, acaba de festejar seus 80 anos, com muita vitalidade, com grande festa no Club A, em São Paulo, para 300 amigos. E tratou de posar para uma espécie de foto-símbolo dessa fase de sua vida: cercado de mulheres. Da esquerda para a direita: Viviane Neto, Vanessa Nunes (sua favorita, veio dos Estados Unidos só para a festa), Ana Maria Macedo, Isabel Costa e Regina Aquilino.

80 anos deOlacyr

O ex-presidente Lula está começando a ficar cismado – ou até mais do que isso: afinal, nunca lhe chamaram de “Lindo!” na saída de um teatro, como aconteceu com Dilma Rousseff no CCBB de Brasília, depois de assistir um monólogo de Chico Diaz (e ir ao camarim cumprimentá-lo). Afinal, Lula nunca gostou de teatro e essa é outra afinidade que a presidente tem com FHC e mesmo com José Serra, que vai até em teatrinhos da Praça Roosevelt, velho centro de São Paulo. Os mais lúcidos já enxergam um programa da Chefe do Governo para mostrar que não é Lula : depois das mulheres do cinema, virão as mulheres do teatro, ópera e balê (ela queria ser bailarina na pré-adolescência “ou do Corpo de Bombeiros”). À propósito: a única vez que Lula foi ao teatro, em Manaus, assistir a uma opera ( Aida ), em 2004, cochilou e saiu na metade.

Ópera e balê nocardápio

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MISTURA FINA DEPOIS de vender o controle da WTorre Properties para o BTG Pactual, Walter Torre está correndo atrás de outro André Esteves para socorrer a WTorre Engenharia, que atravessa complicada situação financeira, eventualmente maior do que a da outra empresa. No meio do imbroglio, fica ameaçada a construção da Arena Palestra Itália. 333

NÃO É por nada, não: quem cuida do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da USP é o respeitado físico, especialista no estudo de fenômenos naturais, Luis Antonio Albiac Terremoto.

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333 A nova campanha das jóias Tous tem como garotapropaganda a atriz, cantora, compositora, dançarina, estilista, produtora e agora integrante do júri do programa American Idol, Jennifer Lopez, a J.Lo, americana de ascendência porto-riquenha. As famosas jóias são produzidas em Barcelona e a campanha deste ano tem inspiração japonesa. E ela não deixou por menos, em fotos de Ellen Von Unwerth: transformou-se numa legitima orienta, com direito a acessórios e mais uma dose de make-up.

J.Lo virou japonesa

Decotes da fé O padre Michelino Roberto, da igreja N.S. do Brasil, em São Paulo, onde acontecem casamentos suntuosos, está em guerra contra quem vai à missa de bermudas e chinelos e contra decotes de vestidos de noivas, madrinhas e convidadas. Tem até um serviço de cobertura da área pecaminosa á entrada (oferece échàrpes). Já a chamada igreja dos bacanas, não muito distante da paróquia de N.S. do Brasil, a igreja de São José, onde acontecem também casórios de chiques, não entra nessa guerra. O padre Josenildo da Silva, recém-ordenado, acha que o padre Michelino age desse jeito porque ele é da Opus Dei. Na missa dominical da São José não tem apenas bermudas: tem shorts também. 333

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Esmaltes escuros.

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Esmaltes claros.

Não quer voltar 333 O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afastado por motivos de saúde, já mandou avisar a presidente Dilma (era um dos “três porquinhos” da campanha) que não pretende voltar ao cargo. Dutra tem problemas de hipertensão arterial e está enfiado numa crise de depressão profunda, submetendo-se a severo tratamento médico. Em seu lugar, está Rui Falcão, homem ligado a Marta Suplicy, que a Chefe do Governo, literalmente, não tolera. Falcão é apontado como o coordenador de suposta produção de dossiês contra Serra, na campanha.

333 NO TERRENO da homofobia, há quem acredite que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tem algo em comum com o expresidente Lula. Na campanha de 2002 (há vídeos na internet sobre isso), conversando com um político de Pelotas, o então candidato á Presidência pergunta se “é uma cidade pólo”, e depois da confirmação, emenda: “Exportadora de viados”.

O SALÁRIO anual que Roger Agnelli deixará para trás na Vale é de cerca de R$ 15 milhões por ano – e não R$ 12 milhões. É considerado dos mais altos no universo dos grandes executivos brasileiros. Mesmo assim, abaixo dos R$ 24,5 milhões que o jogador Kaká ganha por ano no Real Madri. O salário de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo não está muito distante dos vencimentos de Agnelli: R$ 12 milhões por ano.

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333 A NEGOCIAÇÃO da venda dos 30% que Marcelo Carvalho tem na Rede TV! (ele também participação numa empresa de call center de Amilcare Dallevo) está sendo mediada pelo BTG Pactual, de André Esteves. Agora, novo interessado se apresenta: é a Venevision, braço venezuelano do Cisneros Group of Companies, que tem mais de 50 empresas e é dono da Univision, maior canal em espanhol dos Estados Unidos.

333 O PRODUTOR Luis Carlos Barreto também decidiu avançar sobre o filão dos filmes espíritas: prepara um documentário sobre Allan Kardec.

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Solução


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 5 de abril de 2011

5 A VERSÃO O ex-presidente Lula dizia que o mensalão era uma ficção política

olítica

A INVESTIGAÇÃO Relatório da Polícia Federal aponta petistas implicados no esquema

Mensalão ressurge e agita Congresso O relatório da Polícia Federal, apontando a existência do esquema, foi assunto dominante na Casa. Álvaro Dias cobrou explicações de Romero Jucá Alan Marques/Folhapress

O

Álvaro Dias: quer prorrogar prescrição de crime contra corrupção

MP pede devolução dos passaportes especiais dados a filhos de Lula

O

Ministério Público Federal do Distrito Federal considerou irregulares os passaportes diplomáticos concedidos aos parentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria quer saber se o Ministério das Relações Exteriores recolheu os passaportes ou se eles foram devolvidos. Caso contrário, o Ministério Público deu prazo de 30 dias antes de entrar na Justiça. Em janeiro, a Folha de S. Paulo revelou que os filhos de Lula, Marcos Cláudio, 39, e Luís Cláudio, 25, receberam o superpassaporte a pedido do expresidente, em dezembro. Um neto do ex-presidente também recebeu o benefício. No período de 2006 a 2010, 328 pass a p o r t e s d iplomáticos foram concedidos sob a alegaç ã o d e " i n t e re s s e d o País". Segundo o Ministério Público, apenas os passaportes dados aos parentes de Lula são considerados irregulares. O Itamaraty foi

Sergio Lima/Folhapress

procurado, mas ainda não se manifestou. A assessoria de Lula disse que ele está está viajando e que não pode se pronunciar. Pastor – O Senado solicitou ao Ministério das Relações Exteriores um passaporte especial para o chefe da Igreja Internacional da Graça de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares. Foi pedido em 21 de dezembro, com prazo de validade de um ano. Conhecido como R. R. Soares, é cunhado de Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. Ambos são tios do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). (Agências)

Jonne Roriz/AE - 22.12.2007

mensalão, o esque- mo Tribunal Federal deem cema que o ex-presi- leridade ao julgamento. "Não se pode deixar que um dente Luiz Inácio Lula da Silva con- crime como esse, apurado em siderava uma obra de ficção 2006, que denunciou 40 pespolítica, voltou a rondar o soas, deixo-os impunes por Congresso Nacional. Dois fa- causa de prescrição", afirmou tos novos contribuem para o Dias. O senador Jucá, que estaseu ressurgimento. O relatório ria viajando, segundo a sua asfinal da Polícia Federal e a sua sessoria, não iria ao Senado. Prescrição – Dias defendeu publicação pela revista Época. Entre os novos atores, surge a também a votação imediata do figura do líder do governo, o projeto de lei que amplia de senador Romero Jucá (PMDB- cinco para dez anos o prazo de RR). Ontem o líder do PSDB no prescrição dos crimes de imSenado, Álvaro Dias (PR), co- probidade praticados por agentes públibrou de Jucá cos. "É fundaesclarecimenmental a aprotos sobre um vação desse suposto receprojeto", susbimento de reAté por respeito à tentou o tucacursos de uma Casa, seria bom que no, lembrando das empresas o senador Romero a informação de Marcos Vade que o crime lério. Ele foi Jucá prestasse apontado pela esclarecimentos aos de formação de quadrilha Comissão seus colegas sobre o imputado aos P a rl a m e nt a r que ocorreu. ré u s d o p roMista, em cesso do men2006, como o ÁLVARO DIAS, LÍDER DO PSDB salão prescreo p e r a d o r f ive em agosto. n a n c e i ro d o repasse de recursos para com- Entre os 38 réus, 22 respondem pra de votos de parlamentares por formação de quadrilha, inclusive José Dirceu, ex-minisfavoráveis ao governo. O nome de Jucá não constou tro da Casa Civil. Fatos graves – O governado relatório final da comissão mista, mas agora a revista Épo- dor de São Paulo, Geraldo Alca divulgou trechos do relató- ckmin (PSDB), classificou onrio final das investigações da tem como "fatos graves" o relaPolícia Federal em que aparece tório final da Polícia Federal o nome de uma empresa do ir- (PF), que confirma a existência mão do senador, Álvaro Jucá, do mensalão no governo de que teria recebido R$ 650 mil Lula. "O que a PF coloca é aquida DNA, uma das agências de lo que já tinha sido mais do que constatado. São recursos que Marcos Valério. "Até por respeito à Casa, se- foram desviados, depositados ria bom que o senador Romero em contas bancárias", disse. De acordo com o relatório, a Jucá prestasse esclarecimentos aos seus colegas sobre o que PF concluiu que o Fundo Visaocorreu", disse o líder tucano, net, com participação do Banacrescentando que o impor- co do Brasil, foi uma das printante, neste momento, é que o cipais fontes de financiamento Ministério Público e o Supre- do esquema. (Agências)

Cassado poderá perder direito à aposentadoria

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senador ou deputado federal que for cassado ou renunciar ao mandato para fugir da cassação poderá perder também o direito a receber aposentadoria pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Proposto pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), o projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, e deve ser votado amanhã, em caráter terminativo, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara. Para Simon, o pagamento de aposentadoria pelo Congresso a parlamentares cassados ou que renunciaram ao mandato para fugir da cassação é algo "inadmissível". De acordo com a legislação, o Plano de Seguridade Social dos Congressistas prevê os mesmos benefícios dados aos servidores federais,

como aposentadoria no valor integral do salário, proporcional ao tempo de contribuição. "A presente proposição visa a incluir a condição sine qua non [condição fundamental] de uma postura mínima condizente com a ética e o decoro parlamentar, para que este e, consequentemente, seus legatários possam fazer jus aos benefícios concedidos'', afirmou Pedro Simon na justificativa da proposta em votação. "É impensável, ilegítimo e inadmissível que um parlamentar que tenha tido seu mandato cassado ou que tenha renunciado por estar sujeito à cassação possa usufruir de um substancioso subsídio, sendo que não houve a recíproca do comportamento de respeito à coisa pública e à vontade de seus representados'', reforçou o senador gaúcho. (ABr)

Romero Jucá escapou da comissão mista, mas está na lista da PF.

Vicentinho vai à tribuna e nega atuação no esquema

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deputado federal Vicentinho (PT-SP) foi à tribuna ontem para se defender sobre denúncias que envolvem seu nome no mensalão do PT. Relatório final da Polícia Federal, divulgado pela revista Ép o ca desta semana, confirma o pagamento de propina a deputados e desvio de dinheiro público para custear campanhas eleitorais. Vicentinho é um dos citados. Em seu discurso, ele admitiu que, em 2003, procurou o PT para pedir apoio à sua candidatura à prefeitura de São Bernardo do Campo e, em 2004, Delúbio Soares, então tesoureiro da legenda, o enviou a uma agência de publicidade, que deveria dar-lhe ajuda durante a campanha eleitoral. O deputado afirma, porém, que aceitou a ajuda, mas sem saber que a agência pertencia ao publicitário Marcos Valério, citado como um dos operado-

res do esquema. "Jamais imaginei que tudo isso poderia acontecer. Pois, se soubesse, nunca teria aceitado", diz o deputado Vicentinho. A reportagem da Época cita Nélio José Batista como recebedor de R$ 17 mil da agência. "Logo, não fui eu quem recebeu ou pagou. (...) Nunca tivemos nenhum tipo de transação com esse cidadão. Ele nunca foi nosso assessor. Nunca trabalhou conosco. A não ser que ele tenha sido uma espécie de 'eminência parda' da agência e que nunca se mostrou." Vicentinho reclama ainda de que em nenhum momento a PF o procurou para dar explicações sobre os fatos. Entre outras denúncias, o documento revela que Freud Godoy, amigo e ex-segurança do ex-presidente Lula, admitiu ter recebido dinheiro do valerioduto, esquema comandado por Marcos Valério. (Folhapress)

Ed Ferreira/AE

Vicentinho: pedido de ajuda sem saber que agência era de Valério

Previdência deverá demitir 120 servidores

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Ministério da Previdência vai promover uma faxina e demitir pelo menos 120 servidores públicos por envolvimento em fraudes. As irregularidades estão relacionadas ao repasse de informações sigilosas a terceiros e inclusão de dados falsos no sistema para facilitar a liberação irregular de benefícios como pensão por morte, aposentadoria por tempo de serviço e salário-maternidade (pago a empregada doméstica e ainda a contribuinte indivi-

dual por ocasião do parto). Somente no ano passado, segundo estimativa feita pela Corregedoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as fraudes causaram um prejuízo de R$ 137 milhões aos cofres públicos. Esses golpes inflaram o déficit do INSS, que no ano passado chegou a um total de R$ 44 bilhões. "As fraudes ocorrem com a ajuda de servidores. Às vezes, a contribuição ocorre depois da morte", diz Luiz Bandeira de Mello, consultor do ministério. (AE)

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R.R. Soares: sobrinho do pastor evengélico, Marcelo Crivella dá entrada no Ministério das Relações Exteriores para obter passaporte diplomático para o tio.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Não concordo com a forma como o deputado Bolsonaro trata a homofobia Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados

olítica

Fabio Motta/AE

Marco Maia quer mudar regras do Conselho de Ética Para ele, a ideia é facilitar aplicação de pena alternativa à cassação do mandato

O

episódio que envolve o deputado Jair Bolsonaro (PPRJ), acusado de racismo e homofobia por declarações feitas a um programa de TV, levou o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a defender ontem a aprovação de mudanças nas regras do Conselho de Ética para facilitar a aplicação de penas alternativas à cassação do mandato. "Vamos alterar o Conselho para permitir que casos como esse possam efetivamente ser avaliados sem o manto da cassação", disse Marco Maia. O Código de Ética e Decoro Parlamentar já prevê punições de censura, verbal ou escrita, suspensão de prerrogativas (o deputado não pode votar, participar de comissões nem ser relator de projetos) e suspensão temporária do mandato, além de cassação. No entanto, as penas mais brandas, raramente aplicadas, estão concentradas em infrações cometidas dentro da própria Câmara ou que têm relação direta com o mandato parlamentar, como perturbar sessões, constranger servidores, revelar conteúdo de documentos sigilosos e fraudar registro de presença, entre outros. A cassação do mandato é prevista nos casos de abuso das prerrogativas asseguradas aos deputados e senadores pela Constituição (como a garan-

Uma das questões é a gradação das penas, porque hoje no Conselho a decisão é cassar o mandato ou não cassar. MARCO MAIA tia de opinião, palavra e voto e a imunidade) e uso da atividade parlamentar em proveito próprio ou de outros. "Não posso concordar com a

forma como o deputado Bolsonaro trata o racismo, a homofobia. Temos de dar condições para que os deputados possam investigar, dar opinião. Mas não podemos partir dessas condições e incentivar a discriminação. Vamos produzir alterações no Conselho, para que se possa debruçar sobre essas matérias. Uma das questões é a gradação das penas, porque hoje no Conselho a decisão é cassar o mandato ou não cassar, sem possibilidade de se estabelecer outras penas que possam impedir e evitar que situações como essa aconteçam", afirmou Maia. (AE)

'Agora, só não estuda quem não quer', diz Dilma

Janine Moraes/Agência Câmara/05.05,2010

Presidente acena com novas regras do Fies para financiar formação superior

A Jair Bolsonaro: estímulo ao debate sobre novas normas por causa de opiniões racistas e homofóbicas

Vale: sai Agnelli e entra Ferreira Marcos D'Paula/AE - 31.10.2008

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Vale já tem um novo presidente. Murilo Ferreira foi escolhido pelos controladores da empresa para suceder Roger Agnelli no comando da segunda maior mineradora do mundo. Ele já havia trabalhado no grupo, mas saiu após problemas de saúde quando comandava a Inco, braço da Vale no Canadá. Segundo fontes que acompanharam a transição, Ferreira desbancou dois diretores da Vale. O mais cotado pelo mercado era Tito Martins, seguido por José Carlos Martins. Contudo, Ferreira era considerado o candidato da presidente Dilma Rousseff. Os dois se conheceram quando o executivo comandava a produtora de alumínio Albras e Dilma era ministra de Minas e Energia.

Marco Maia: pela criação de regras diferentes que evitem e impeçam opiniões racistas

Dilma indica Murilo Ferreira para o lugar de Roger Agnelli (acima)

Há semanas, Ferreira se desligou da Studio Investimentos, gestora de recursos especializada no mercado de ações, fundada com Gabriel Stoliar, outro ex-executivo da Vale.

SECRETARIA DA SAÚDE COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SUL EXTRATO DE EDITAL EDITAL DE PREGÃO nº 005/2011-CRS/SUL PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2011-0.089.717-4 MODALIDADE: Pregão Presencial OBJETO: Contratação de serviços de limpeza, conservação de áreas verdes, desinfecção, desinsetização e desratização, com fornecimento de mão de obra e material de consumo, utensílios, máquinas e equipamentos, nas dependências internas e externas das Unidades relacionadas no Anexo I e que fazem parte da COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SUL. TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL MENSAL ENTREGA DAS PROPOSTAS: 15/04/2011, às 14:00 horas ABERTURA DOS ENVELOPES: 15/04/2011, às 14:30 horas LOCAL: Rua Fernandes Moreira, nº 1470 - térreo - auditório - Chácara Santo Antonio - São Paulo - SP.

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA URBANA E OBRAS COMUNICADO PROCESSO: 2011-0.037.878-9 PREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2011/SIURB OBJETO: Execução dos serviços de reinstalação (montagem), remoção (desmontagem), transporte, guarda e armazenagem dos elementos de segurança do Complexo Anhembi para a realização dos eventos “São Paulo Indy 2011” e “São Paulo Indy 2012”. A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras/SIURB, comunica aos interessados na licitação em epígrafe, que fica designada a data de 19 de abril de 2011, para realização do presente certame, sendo que a entrega dos envelopes, bem como a sessão de abertura da licitação será às 10 horas do mesmo dia. O Caderno de Licitação, composto de EDITAL e seus ANEXOS, poderá ser adquirido gratuitamente, por meio do endereço eletrônico da Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP: www.e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou na Divisão Técnica de Licitações da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras/SIURB, na Avenida São João, 473 - 13º andar - Edifício Olido, das 09:30h às 11:30h e das 13:30h às 16:00h, a partir de 05/04/2011, por gravação em CD-Rom, mediante a entrega de 01 (um) CD-ROM regravável. LOCAL DA SESSÃO PÚBLICA: Auditório da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, situado na Av. São João, nº 473 - 3º andar, Centro, São Paulo/SP.

À frente da mineradora, ele vai administrar um orçamento de US$ 24 bilhões. Praticamente o dobro dos US$ 12,9 bilhões investidos pela companhia em 2010.

presidente Dilma Rousseff destacou ontem, no programa semanal de rádio Café com a Presidenta, o financiamento do governo para a formação superior de estudantes em escolas particulares. Dilma Rousseff disse que, com as novas regras do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), "agora, só não estuda quem não quer". Ela também afirmou que, desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo tem feito um "enorme esforço" para levar jovens à universidade. "Um país é o resultado da educação que oferece às suas crianças e aos seus jovens. É nisto que eu e o meu governo estamos trabalhando todos os dias." A presidente destacou que desde 31 de janeiro, quando as inscrições no Fies foram abertas, cerca de 34 mil alunos contrataram o financiamento estudantil e mais 29 mil contratos estão em análise. Dilma disse que os juros de 3,4% ao ano oferecidos pelo programa são baixos e que o pagamento só tem início um ano e meio após a formatura do aluno. Além disso, os que estudam para ser professores, aqueles com renda familiar bruta per capita de até um salário mínimo e meio e os que recebem bolsa parcial do Programa Universidade para Todos (ProUni) não precisam de fiador para conseguir o financiamento. "Com esse programa, queremos que milhões de jovens, que não têm renda sufi-

ciente para pagar a faculdade ou tenham dificuldade (para pagá-la), a partir de agora tenham os estudos garantidos." Saúde – A presidente também falou sobre o programa de distribuição gratuita de medicamentos contra diabetes e pressão alta, o Saúde Não Tem Preço. Segundo ela, quase 3,5 milhões de pessoas receberam remédios nos primeiros 45 dias da gratuidade. "Isto indica que a nossa campanha sobre a importância do tratamento está no caminho certo", disse. "Queremos que todos os diabéticos e hipertensos façam o tratamento sem interrupção alguma." Roberto Stuckert/Reuters

Acesso à água – O governo vai lançar o programa Água para Todos, voltado para o semiárido nordestino, como uma das âncoras do plano de erradicação da miséria. Apesar do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, Dilma garantiu aos ministros da área social que o governo investirá na construção de 800 mil cisternas, além de adutoras e pequenos reservatórios para atender 5 milhões de famílias até 2014. (AE)

Mais fácil: Dilma anuncia juros de 3,4% ao ano e pagamento só um ano e meio após a formatura .

Jackson Lago morre em São Paulo Aos 76 anos, o ex-governador do Maranhão lutava, desde 2004, contra o câncer de próstata

O

ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), morreu ontem, às 18h30, no Hospital do Coração, em São Paulo. Aos 76 anos, deixou a mulher Maria Clay Moreira Lago, três filhos e seis netos. Nascido em Pedreiras (MA), era médico por formação e, conforme nota do hospital, morreu por falência múltipla dos órgãos. Jackson estava internado desde o dia 30 de março para tratamento de miocardite, inflamação do músculo cardíaco, causada pela quimioterapia. O ex-governador vinha sendo submetido a tratamento contra um câncer de próstata, descoberto em 2004. Lago foi governador do Maranhão de janeiro de 2007 a abril de 2009, quebrando 40 anos de influência da família Sarney no governo estadual. Mas ele teve o mandato cassa-

Lula Marques/Folhapress - 21.05.2007

Lago quebrou 40 anos de poder da família Sarney no Maranhão

do pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder e compra de voto, o que ele sempre negou. Ao sair do palácio, disse "violentado". Em seu lugar assumiu Roseana Sarney (PMDB), segunda colocada na eleição de 2006, reeleita no ano passado. Lago também foi pre-

feito de São Luís por três mandatos (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002, quando saiu para se candidatar a governador). Segundo informou a família, o corpo deve seguir para São Luís hoje pela manhã, para ser velado na sede do PDT local. A governadora do Mara-

nhão, Roseana Sarney (PMDB), decretou luto oficial de três dias no estado. E o presidente do Senado, José Sarney, inimigo político, lamentou e disse que o adversário era "uma figura expressiva." Devido à doença, estava licenciado da vice-presidência do PDT, partido do qual foi um dos fundadores. A primeira mulher de Lago morreu em um acidente de carro quando voltava com ele para São Luís, depois de viajar até o Uruguai com o marido para um encontro com Leonel Brizola. Lago, inclusive, ficou meses em coma. Em setembro do ano passado, um helicóptero que prestava serviço para ele, que disputava a eleição para governador, caiu pouco depois de deixá-lo na cidade de Açailândia. O piloto Luís Flávio Quinta morreu carbonizado. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 5 de abril de 2011

9 FUKUSHIMA Companhia irá despejar no mar 11.500 toneladas de água radioativa

nternacional

ACIDENTE 32 mortos em queda de avião da ONU no Congo, 1 pessoa sobrevive.

Youssef Boudlal/Reuters

Oposição toma casa do líder da Costa do Marfim E helicópteros franceses atacam tropas de Gbagbo

F

orças leais a Alassane Ouattara, presidente eleito da Costa do Marfim, ocuparam a casa do presidente Laurent Gbagbo, que se recusa a entregar o poder, disse ontem o porta-voz de Ouattara, Patrick Achi, à emissora americana CNN. Não foi dito se Gbagbo estava na residência em Abidjã (maior cidade do país). Seu paradeiro é dado como incerto. A notícia chegou horas após as forças pró-Ouattara terem anunciado uma "investida final". Ao mesmo tempo o contingente francês presente nas tropas de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na Costa do Marfim atacava forças de Gbagbo. Nick Birnback, portavoz do Departamento de Operações de Manutenção de Paz da ONU, confirmou que helicópteros abriram fogo contra as forças do líder renegado. Segundo Birnback, a ação militar respeitou o mandato concedido pelo conselho, que, na semana passada, aprovou por unanimidade uma resolução declarando "apoio total" às forças de manutenção de paz no país africano. Pouco antes, o presidente da

França, Nicolas Sarkozy, liberou seus soldados a participarem de operações militares contra as forças leais a Gbagbo. Por meio de nota, Sarkozy afirmou que o envolvimento francês nas operações militares atende a pedido feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Segundo o comunicado, o objetivo das operações militares é anular os armamentos pesados de Gbagbo e proteger os civis. Segundo Birnback, os soldados da ONU entraram em ação por volta das 17h locais para impedir que as forças de Gbagbo usassem armas pesadas nas proximidades de Abidjã. Birnback salientou que as forças de Gbagbo têm feito uso consistente de armas pesadas em ataques a civis e a tropas de manutenção de paz da ONU nos últimos dias. Ex-colônia – A França mantém 1.650 soldados na Costa do Marfim, sua ex-colônia, segundo dados do exército francês. Na nota divulgada por Sarkozy, o Estado francês conclama "o imediato fim de toda a violência contra civis" e adverte que "os responsáveis por tais crimes responderão perante a justiça". (Agências)

Rebeldes tentam se proteger de ataques e bombardeios das tropas leais a Kadafi nas imediações de Brega

Itália: sim aos opositores de Kadafi.

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Itália reconheceu ontem o Conselho Nacional de Transição da Líbia como interlocutor único do país do Magreb, informou o ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, após conversa com o líder do conselho, Ali al-Isawi. O reconhecimento da Itália ocorreu no mesmo dia em que os insurgentes líbios retomaram a ofensiva contra as forças de Muamar Kadafi em Brega, cidade petrolífera que já mudou v árias v ezes de mãos nas últimas semanas em meio a combates. Apenas a França e o Catar haviam reconhecido o conselho que está sediado na cida-

de de Benghazi, no leste da Líbia. "Falamos sobre o envio imediato de peritos para Benghazi, peritos de várias áreas: energia, transporte, saúde e infraestrutura. Essas pessoas devem ser reconhecidas pelo conselho em Benghazi", disse Frattini. Grécia – O ministro italiano disse também ter conversado com seu colega grego sobre a visita do enviado de Kadafi, o vice-primeiro-ministro de Relações Exteriores da Líbia, Abdelati Laabidi, ao primeiroministro da Grécia, George Papandreou. "Esta manhã, tive uma conversa telefônica com o ministro das relações exteriores da

Grécia, que me explicou o que aconteceu e a mensagem foi: 'o regime respeita o cessar-fogo'. Nada foi dito sobre uma saída de Kadafi", relatou Frattini. "Esse é o motivo pelo qual não é possível que aceitemos a situação", disse, acrescentando que "as propostas não são críveis. Não é possível aceitá-las". Rebeldes – Os rebeldes líbios insistiam ontem que toda a família de Kadafi deixasse o país antes de qualquer trégua. Circularam informações de que seus filhos lançaram uma proposta para realizarem a transição, a qual incluiria reformas democráticas. O líder do Conselho Nacional de Transição disse que a su-

cessão por um filho de Kadafi era inaceitável. Isawi afirmou ainda que o conselho "respeitará os direitos legítimos dos estrangeiros e de companhias estrangeiras na Líbia", incluindo a companhia de energia italiana ENI, a maior companhia de petróleo estrangeira operando no país. Armas – Frattini também informou que a opção de enviar armas à oposição líbia para combater as forças leais a Kadafi não deve ser descartada, mas utilizada somente como "última opção". Frattini disse que a Itália enviará aviões e um navio hospital para retirar pessoas feridas do país, incluindo de Misurata. (AE)

Jewel Samad/AFP

EUA condenam repressão no Iêmem após mais 18 mortes Manifestantes em duas cidades foram atingidos por atiradores de elite posicionados no topo de prédios Ammar Awad/Reuters

O Presidente democrata dos EUA anunciou a simpatizantes, pela web, a sua candidatura à reeleição em 2012

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Obama: ele pode de novo? arack Obama lançou ontem sua candidatura à reeleição para presidente dos Estados Unidos, em 2012. Ele aproveitou as boas notícias da área econômica para fazer o anúncio e saiu à frente dos republicanos, que enfrentam dificuldade para encontrar um candidato. Obama, democrata que, com um discurso de mudança, obteve uma vitória esmagadora sobre o senador republicano John McCain em 2008, disse num discreto e-mail aos simpatizantes que estava preenchendo os documentos para lançar formalmente sua candidatura. "Assim, embora eu esteja concentrado no trabalho que vocês me elegeram para exercer, e a corrida talvez não atinja a velocidade total antes de um ano ou mais, o trabalho de estabelecer as bases para nossa campanha precisa começar hoje", afirmou ele no texto a seus partidários. Republicanos como o ex-governador de Massachusetts

Mitt Romney e o ex-governador de Minnesota Tim Pawlenty, estão se mobilizando, mas nenhum anunciou sua candidatura. O primeiro debate para a indicação do nome republicano para a Presidência foi adiado na semana passada de maio para setembro por causa da falta de candidatos. Reuters

Reagindo ao anúncio de Obama, Pawlenty divulgou um vídeo no qual chama atenção para o desemprego, a debilidade do mercado imobiliário e a dívida da União. "Como a América pode vencer o futuro quando estamos perdendo o presente? Para que a América tome uma direção nova, será necessário um novo presidente", diz no vídeo. (Reuters)

s EUA condenaram a violenta repressão das forças de segurança do governo iemenita contra manifestantes em Taez e Hudaida. Analistas indicam que Washington cogita abandonar o apoio ao ditador Ali Abdullah Saleh. Ao menos 18 manifestantes morreram ontem e 36 ficaram feridos durante protestos contra o regime, informaram fontes hospitalares. De acordo com os oposicionistas, os manifestantes tentaram se refugiar mas foram atingidos por atiradores de elite posicionados no topo de prédios da cidade. Em coletiva, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner, avaliou a violência no país como "chocante", mas rejeitou comentar uma reportagem do jornal The New York Times indicando que o país chegou à conclusão de que Saleh – um aliado dos EUA e da Arábia Saudita na região – precisa abandonar o poder.

Manifestação no Iêmem: ditador perde apoio depois de repressão e18 mortos.

Tunísia e Egito – Questionado sobre a saída do ditador, Toner limitou-se a dizer: "não é necessariamente uma decisão que nós faremos". Obama ainda não pediu publicamente a renúncia de Saleh, ao contrário do que fez com relação aos ex-ditadores da Tunísia e do Egito. Mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os EUA preocupam-se com uma possível vantagem à

Al Qaeda caso exista um vácuo político no país. "Essa é uma das razões pelas quais pedimos que se realize um diálogo político para que comece a transição da qual Saleh tem falado", disse. O ditador tem sido um forte aliado de Washington na região contra as operações do braço da Al Qaeda na Península Arábica. (Folhapress)

AFP

Julgamento militar

O

governo Obama cedeu à oposição e decidiu permitir que o mentor dos ataques de 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed (foto),

e quatro supostos auxiliares sejam julgados pelo judiciário militar em vez de um tribunal federal em Nova York. A informação foi dada por um funcionário do judiciário. Ele acrescentou que dependerá do Exército decidir se a prisão na baía de Guantánamo, Cuba, onde os cinco são mantidos, será o local do julgamento e se eles serão julgados juntos ou separados. Segundo o funcionário, o anúncio será feito pelo o secretário de Justiça, Eric Holder. (AE)

REENCONTRO

A A cadela Ban chegou ao abrigo de Miyagir na sexta-feira passada

cadela Ban, que foi resgatada na semana passada de escombros que flutuavam no mar, reconheceu sua dona ao vê-la no abrigo para animais de Miyagir, no norte do Japão. O resgate ocorreu mais de três semanas depois do tsunami.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

PERÍCIA 1 O Double Shock só será liberado quando seu defeito for descoberto.

idades

Robson Ventura/Folhapress

PERÍCIA 2 Ministério Público e Procon também querem explicações.

Rubens Cavallari/Folhapress

O Double Shock prometia emoções radicais, com giros de 360 graus e usuário 'colado' ao assento, a uma altura de 12 metros: acabou em acidente

A polícia de São Paulo abriu inquérito para apurar as causas do acidente que feriu oito pessoas na noite de domingo, no Playcenter. Elas foram lançadas de uma altura de cinco metros, depois que uma trava de segurança do brinquedo Double Shock se soltou. Responsáveis pelo parque afirmam que a manutenção dos brinquedos é constante. Para a polícia, o Double Shock teria apresentado anomalias pouco antes do acidente. O Ministério Público e o Procon já encaminharam pedidos de explicações. O Double Shock foi interditado e o parque só deverá ser reaberto no sábado. Dos oito feridos, três permanecem internados.

Três das oito vítimas do acidente: depois do hospital, a volta para casa

Polícia quer pente-fino no Playcenter Valdir Sanches

Hélvio Romero/AE

Folhapress

O

ferecer recreação para quem tem nervos de aço pode exigir a mesma coisa dos responsáveis pela segurança dos equipamentos. As normas são rigorosamente observadas, mas, mesmo assim, podem ocorrer acidentes como o de domingo, no Playcenter, tradicional parque de diversões situado às margens do Tietê, na Barra Funda. Oito pessoas se feriram quando um dispositivo de segurança abriu e elas foram jogadas ao chão de uma altura de cinco metros. Todas acabaram hospitalizadas, mas no meio da tarde de ontem apenas três continuavam internadas, sem risco de vida. A situação mais grave era de Daniele Pansarin, 30 anos, ferida numa perna e no rosto. O brinquedo do acidente é o Double Shock, uma das oito atrações radicais do Playcenter. No site do parque é descrito assim: "Sinta a emoção de girar 360 graus 'colado' ao assento, a uma altura de 12 metros. Você vai completar giros em sentido horário e anti-horário. Não se esqueça de segurar forte". Fracas sensações, perto do Looping Star: "Desenvolvido para quem tem nervos de aço, está entre as atrações mais radicais do Playcenter. Com ele, você vai flutuar de ponta cabeça, chegando a 20 metros de altura. Difícil é saber onde fica o chão". As causas do acidente de anteontem vêm sendo apuradas. Não só a polícia, mas o Ministério Público e o Procon querem ex-

O brinquedo Double Shock, que foi interditado

"Imprudência ou negligência"

F

alta de habilidade dos que operam o brinquedo, imprudência dos passageiros ou negligência na manutenção do equipamento são algumas causas que podem explicar o acidente, segundo o engenheiro José Manuel Dias Alves, do Instituto de Criminalística. "Vamos fazer testes. O brinquedo deve ficar interditado até que tenhamos descoberto o motivo", disse Alves. (AE)

plicações, um pente-fino. Pessoas que estavam no Double Shock disseram ter havido uma falha na trava de segurança. Ela teria aberto com o brinquedo em movimento e lançado as pessoas ao ar (veja arte). O perito criminal José Manuel Dias Alves comanda a perícia que apura o que aconteceu. O resultado é esperado para daqui um mês. Em setembro, dois carros da montanha russa se chocaram e Fotos de Pierre Duarte/AE

Sol de mentira São Paulo amanheceu ontem coberto de nuvens e sob chuva fina. Sol tropical, palmeiras, mar e gaivotas só mesmo no painel pintado numa das paredes da rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, zona oeste da cidade. A chuva limpou um pouco a poluição do ar, mas contribuiu para o maior índice de lentidão de 2011, no período da manhã: 157 km de vias congestionadas às 8h56. Até então, o recorde era do dia 14 de março, quando, às 9h, a Capital chegou aos 143 km de morosidade. (Agências)

dezesseis pessoas ficaram feridas. Noticiou-se que houve um problema no freio de um dos carros. Ontem, a assessoria do parque disse que as causas do acidente ainda não foram esclarecidas. O delegado titular do 23º DP, Marco Aurélio Batista, disse que quer avaliar com a Prefeitura e o Ministério Público a possibilidade de interditar o Playcenter - se a perícia apontar irregularidade em algum brinquedo. Ontem, a

Prefeitura interditou dois, o Double Shock e o Looping Star. Marco Aurélio também declarou que vai investigar o acidente de anteontem como crime de lesão corporal culposa (quando não há intenção de ser praticado). Três funcionários do parque que trabalhavam com o brinquedo acidentado foram ouvidos por Marco Aurélio. Não souberam explicar as causas do destravamento do dispositivo de segurança.

O Playcenter diz que os cuidados com a segurança são adotados "em várias frentes". Todo dia, antes do parque funcionar, é feita uma checagem dos itens de segurança e funcionamento de todos os equipamentos. Como manutenção preventiva, peças são trocadas antes de atingir o limite de desgaste. A segurança e a capacidade de operação dos brinquedos são testados semestralmente, por em-

presa com 25 anos de atuação na área. O resultado do trabalho é colocado em laudos. A cada dois anos, o comitê de segurança da IAAPA, Associação Internacional de Parques e Atrações, faz uma auditoria. O Playcenter diz que o Double Shock estava "com a manutenção rigorosamente em dia". Fabricado na Itália, foi comprado há quinze anos e, em maio de 2010, reformado. Nunca provocou acidentes, diz o parque.


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terça-feira, 5 de abril de 2011

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11 Agora nós estamos sendo confrontados com um novo trauma. Robert Soulas, que perdeu filha e genro no acidente da Air France

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Fotos: Reuters/BEA

Imagens tiradas por submarino mostram as novas partes do Airbus que foram localizadas no fim de semana em um raio de até 600 metros dos primeiros destroços. Prioridade agora é descobrir as caixas-pretas.

Novos destroços trazem esperança e dor Descoberta de corpos e partes do avião da Air France que caiu em 2009 renova a esperança de saber as causas do acidente. Mas traz nova dor às famílias das vítimas.

A

França localizou os corpos de alguns passageiros que morreram no acidente com o avião da Air France, que caiu no Atlântico após decolar do Rio, em 1.° de junho de 2009. Destroços da aeronave também foram encontrados, conforme revelou o governo francês no fim de semana. Os corpos e as partes do avião serão levados à superfície nas próximas semanas, de acordo com o governo. Mas a grande prioridade é tentar encontrar as caixas-pretas, para tentar descobrir as causas da queda. O voo 447 da Air France, operado por um Airbus A330, caiu no mar quando seguia do Rio para Paris, matando todos os 228 passageiros e tripulantes a bordo. O BEA (escritório de investigações e análises da França), autoridade encarregada da investigação, declarou anteontem ter encontrado grande parte dos destroços. A ministra do M eio Ambiente, Nathalie KosciuskoMorizet, também declarou haver restos mortais em seu interior. "Corpos foram encontrados. Eles serão recuperados e identificados", disse a ministra. Segundo ela, não é possível dizer quantos corpos foram fotografados por submarinos não-tripulados. Caixas – A descoberta dos restos do avião da Air France em um vasto raio de busca, de quase 10 mil quilômetros quadrados, renovou as esperanças de que as caixas-pretas da aeronave agora

Patrick Kovarik/AFP

possam ser encontradas. O chefe do BEA, Jean-Paul Troadec, mostrou fotos de partes como os motores, trem de pouso e pedaços das asas encontrados no sábado. "Se elas (caixas) não foram destruídas com o impacto, há uma chance de que ainda possam ser lidas", disse Troadec. "Podemos apenas ficar felizes que, dois anos após o acontecimento, agora existe esperança que poderemos encontrar uma explicação para o que aconteceu", completou. Custos – A mais recente busca, a quarta desde a queda, está sendo conduzida usando um veículo de resgate equipado com submarinos não-tripulados. Uma investigação subaquática inicial também localizou partes dos destroços e corpos. De acordo com o site do jornal The New York Times, mais de US$ 28 milhões foram gastos com especialistas em tecnologias de buscas em águas profundas. A nova fase, que já começou, deve custar mais US$ 12 milhões. Os pedaços encontrados no fim de semana passado estavam numa área que Troadec descreveu como relativamente limitada, medindo de 200 metros a 600 metros ao norte de onde foram localizados os primeiros destroços após o acidente. O material foi encontrado em águas bastante profundas, entre 3.800 e 4 mil metros de profundidade. O fato de novas partes terem sido concentradas em uma área restrita dá ênfase à teoria de que o avião pode ter explodido apenas quando bateu no mar.

Charles Platian/Reuters

Pedaços foram descobertos em águas profundas do Oceano Atlântico

Famílias – O ministro dos Transportes, Thierry Mariani, disse que as famílias das vítimas serão informadas sobre as descobertas em uma reunião no final da semana. Robert Soulas, representante das vítimas do acidente, disse que a notícia é positiva, mas difícil de ser recebida. "Estou satisfeito porque podemos prosseguir com uma investigação técnica", disse ele. "Por outro lado, eles encontraram alguns corpos, e acho que isso é algo muito difícil para as famílias das vítimas", completou. A localização dos destroços da aeronave do voo AF-447 no Oceano Atlântico provocou, ao mesmo tempo, esperança e dor entre parentes de vítimas francesas. Para muitos, a esperança é de que, enfim, a verdade sobre o acidente seja conhecida. Por outro lado, para outros parentes, as buscas ao Airbus repre-

Evelson de Freitas/AE - 19/10/2004

senta também a reabertura do processo de luto e a difícil perspectiva de lidar com a identificação dos corpos e com os sepultamentos de entes queridos. Robert Soulas, que perdeu uma de suas filhas e seu genro no acidente, deu a exata medida do que está significando a descoberta de mais corpos no fundo do mar. "Nós não estávamos preparados para isso. Agora nós estamos sendo confrontados com um novo trauma", afirmou, em Paris. No Rio, o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Nelson Marinho, disse que os destroços podem "confirmar que havia um defeito de fabricação". "Estão aparecendo evidências porque estamos pressionando", disse Marinho, que tenta desde janeiro uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. "Precisamos da mão do Estado para avançar", disse. (Agências)

Autoridades francesas confirmaram descoberta de novos corpos no mar

Boeing quer inspeção do 737

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companhia Boeing informou ontem que emitiu um boletim para as companhias aéreas que ainda voam com alguns modelos mais antigos de seu jato 737, chamando-as para uma inspeção especial nas articulações da fuselagem dessas aeronaves. A convocação desse recall se deve a um incidente ocorrido com um 737-300 da Southwest Airlines que, em pleno voo, teve um buraco aberto em sua fuselagem. O avião teve de fazer um pouso de emergência e ninguém ficou ferido. Em outros dois jatos da empresa foram descobertas ra-

chaduras em sua estrutura. Segundo a Boeing, o boletim de inspeção foi emitido a partir de dados fornecidos pela empresa aérea e pelo National Transportation Safety Board. O Boeing 737, vendido em vários modelos desde os anos 1960, é o mais popular e amplamente utilizado jato do mundo. Delta – Ontem de madrugada, uma aeronave da Delta Airlines que partiu do Rio com destino a Atlanta, nos EUA, foi obrigado a retornar ao Aeroporto Tom Jobim, por causa de uma pane no radar meteorológico da aeronave. (Agências)

Epitácio Pessoa/AE

Em 10 anos, dobrou o número de acidentes com animais peçonhentos na cidade, em especial escorpiões

Escorpiões, cada vez mais urbanos Mariana Missiaggia

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esponsável por quase metade das picadas envolvendo animais peçonhentos em São Paulo, o escorpião se tornou um vilão para a população. Além disso, as constantes mudanças no clima estimulam sua reprodução, tornando-o cada vez mais presente no espaço urbano. Levantamento recente da Secretaria da Saúde revelou que o número de acidentes com animais peçonhentos na Capital dobrou na última década. Em 2000, foram 6.873 ocorrências de picadas de animais peçonhentos. Dez anos mais tarde, esse número subiu para 14.601. O mapeamento identificou que 46,5 % dos registros

de acidentes, em 2010, foram causados por escorpiões. Atualmente há 1.600 espécies conhecidas de escorpiões no mundo. Destas, 25 são consideradas perigosas. E o Brasil concentra 10% desse total (160) – quatro delas nocivas. Em São Paulo foram catalogadas 14 espécies, duas delas perigosas: o escorpião marrom e o amarelo. Cli ma – Segundo Denise Candido, 45 anos, bióloga do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, dois fatores explicam tal crescimento. O primeiro é a extensão da época de reprodução dos animais, que acontecia somente de setembro a fevereiro. "A instabilidade das estações acaba alongando para o ano todos os períodos de procriação dos escorpiões durante o ano.

Anteriormente, ele só ocorria no verão", disse. O segundo motivo é a rápida proliferação. A fêmea pode reproduzir três vezes por ano e cada gestação pode gerar até 24 filhotes. Em anos anteriores, a região do Morumbi, na zona sul, e de Alphaville, em Barueri, eram os principais focos desses animais. Agora, segundo a bióloga, já não há mais lugares imunes à presença deles. "Ele tomou conta de toda a cidade". Mas, diz Denise, essa invasão de escorpiões deve ser interpretada de outra maneira, levando-se em consideração fatores como o desmatamento. "Na verdade são os escorpiões que estão tendo seus espaços invadidos pois, em condições normais, eles gostam de ficar escondidos e isolados.

Agentes da saúde examinam larvas de mosquito na Capital: preocupação do governo é com 2012

Dengue tipo 4: risco de nova epidemia

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epois de registrar o primeiro caso de dengue tipo 4 no Estado de São Paulo, a preocupação da Secretaria de Saúde é com a circulação desse novo vírus em 2012. O Estado não prevê epidemia desse tipo da doença ainda este ano, mas diz que o comportamento do vírus para o ano que vem é imprevisível. O vírus tipo 4 não é mais agressivo do que os outros três, mas aumenta o risco de epidemia porque menos pessoas estão imunizadas contra

ele. A secretaria destaca ainda que o surgimento de um novo vírus aumenta o risco de que mais pessoas sejam infectadas pela segunda vez. Em casos de u m a s e g u n d a i n fe c ç ã o, a chance da doença desenvolver um quadro grave é maior. O vírus da dengue tipo 4 nunca havia sido identificado em São Paulo. A primeira vítima é uma mulher de São José do Rio Preto (SP). Ela foi tratada e já está curada. Segundo a secretaria, a vítima não tem histórico de via-

gem recente a outros estados. Uma hipótese levantada é de que uma pessoa de outro Estado tenha visitado São Paulo já infectada e tenha sido novamente picada pelo mosquito transmissor da doença. Com isso, esse mosquito poderia ter transmitido o novo vírus. Ainda de acordo com a secretaria, já era esperado que o primeiro caso de dengue tipo4 fosse registrado na região de São José do Rio Preto, que registra altos índices da doença. (Folhapress)


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terça-feira, 5 de abril de 2011

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ABRIL

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P OLÊMICA E M

C A R T A Z

Gandhi, intocável na Índia

VIK MUNIZ

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Exposição Relicário, de Vik Muniz, reúne 30 trabalhos do artista. Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel.: 2245-1900. Grátis.

epois de intensa polêmica sobre a mais recente biografia de Mahatma Gandhi – que diz que o líder indiano era bissexual –, o ministro do Direito da Índia, M. Veerappa Moily, disse ontem que o livro não será banido na Índia. Lançado na semana passada, o livro Great Soul: Mahatma Gandhi and His Struggle with India ("Grande Alma: Mahatma Gandhi e sua Luta com a Índia"), do vencedor do prêmio Pulitzer Joseph Lelyveld, despertou a ira dos indianos. Isso porque as resenhas do livro publicadas em jornais da Grã-Bretanha e dos EUA dizem que a biografia traz detalhes, obtidos em cartas de 1908, de um suposto romance entre o líder indiano e Hermann

Reproduç

ão

Gandhi é venerado por milhões de pessoas, não apenas na Índia mas em todo o mundo. Não podemos permitir que qualquer pessoa faça inferências negativas sobre figuras históricas para denegrir sua imagem. A história não nos perdoaria. Ministro Veerappa Moily

Kallenbach, um fisiculturista judeu alemão. Segundo Moily, o livro não será banido porque Lelyveld

"esclareceu que não escreveu o que está sendo atribuído à obra". "O autor disse que esta é a interpretação dos resenhistas.

Assim, não há por que bani-lo." "Este não é um livro sensacionalista. Eu não disse que Gandhi teve um amante. Disse que ele viveu por muitos anos com um arquiteto e por quatro anos com um fisiculturista. As cartas fazem parte dos Textos Reunidos de Gandhi (volume 96, para ser preciso) publicado pelo governo da Índia. (...) Não considero Gandhi racista ou bissexual. A palavra 'bissexual' não aparece em parte alguma do livro", reagiu o autor em um comunicado. O ministro Moily é o defensor da aprovação de uma emenda à Lei da Honra Nacional, de 1971, para que qualquer ofensa a Gandhi, à Constituição ou à bandeira nacional sejam passíveis de pena de prisão.

Pierre Verdy/AFP

E SPAÇO AFP/Nasa

Imagem do satélite Landsat 7, da Nasa, mostra os 72 mil quilômetros do parque Tassili n’Ajjer, na Argélia. As cores da imagem revelam a complexidade geológica do parque, que tem trechos de areia, rochas de granito e sal. Tassili n’Ajjer foi incluído na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco em 1982. M ODA

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Dmitry Kosyukov/AFP

MARATONA DAS AREIAS - Competidores atravessam trecho de deserto do Saara, no Marrocos, durante uma maratona que consiste em percorrer a pé mais de 250 quilômetros num período de sete dias. A maratona, considerada uma das mais difíceis do mundo, tem este ano 900 competidores.

R ELIGIÃO M EIO AMBIENTE

O fim está próximo. Muito próximo.

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Modelo desfila uma das criações do designer russo Konstantin Gayday durante a Semana de Moda de Moscou, na Rússia.

Um novo alerta apocalíptico chegou ao Brasil com um aviso: o fim pode estar mais próximo do que se imagina. Um grupo cristão dos EUA com representantes em Belo Horizonte está rodando o País para divulgar a tese de que o juízo final está marcado para o dia 21 de maio de 2011 - e não para 2012, segundo a suposta profecia maia que foi desmentida semana passada

por antropólogos. A previsão apocalíptica foi interpretada pelo norte-americano Harold Camping, responsável pela Family Radio, que tenta emplacar um apocalipse pela segunda vez em sua carreira de profeta. Nos anos 1990, ele publicou um livro em que dizia haver "alta probabilidade" de Cristo voltar à Terra no dia 6 de setembro de

1994 para julgar os homens. Um grupo se reuniu em uma cidade da Califórnia para esperar o evento, mas nada aconteceu. Criticado por cristãos norteamericanos, Camping foi chamado de "falso profeta". A sede brasileira da Family Radio, em Belo Horizonte, não respondeu os e-mails enviados pela reportagem. (AE)

Reuters

I NTERNET

Arte a preço recorde

Ativista dos EUA processa Facebook

Tríptico do artista Zhang Xiaogang, leiloado na Sotheby's de Hong Kong no domingo por US$ 10,1 milhões, é a obra chinesa mais cara do mundo. A TÉ LOGO

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O ativista e ex-procurador de Justiça norte-americano Larry Klayman abriu na semana passada um processo contra o Facebook e o seu fundador, Mark Zuckerberg. O alvo do processo é a lentidão da rede social na remoção de uma página que fazia apologia da violência contra judeus. Segundo Klayman, que é de origem judaica, Zuckerberg e o Facebook teriam mantido a página visível a fim de aumentar o tráfego no site e gerar mais receita para a empresa. A página tinha mais de 340 mil seguidores em 29 de março, quando foi removida após pressão de Klayman, do governo de Israel e de organizações de direitos humanos.

Polo Norte desprotegido O Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS), da França, revelou ontem em um comunicado que a camada de ozônio no Polo Norte sofreu uma destruição sem precedentes de 40%. Segundo a instituição, o motivo da degradação é "um inverno estratosférico muito frio e persistente" que conduziu a uma "grande e prolongada" destruição de ozônio até a primavera". A destruição da camada de ozônio está ligada à presença, na atmosfera, de diversos gases emitidos pelos aerossóis. A 80 graus Celsius abaixo de zero, esses gases se tornam nocivos para o ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta do sol. L OTERIAS Concurso 623 da LOTOFÁCIL 01

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

Santos acerta com Muricy Ramalho, assinatura de contrato deve acontecer hoje Fifa usa exemplo da Eurocopa 2012 para tentar atrair público na Copa de 2014

Concurso 2563 da QUINA 44

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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NO AR Embraer vende cinco aviões modelo 190 à KLM por US$ 214 mi

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13 VAREJO Lojas Renner compra a Camicado por R$ 165 milhões

Fotos: Divulgação

Em 10 anos, preço da eletricidade subiu, em média, 187,8% em termos reais para a indústria, passando de R$ 82 por megawatts/hora para R$ 236.

Setor do alumínio já reflete estagnação dos últimos anos Alta de custo, especialmente de energia, leva produtores a frear investimento e reduzir produção, abrindo espaço para a competição externa no País, dono de uma das maiores reservas de bauxita do planeta.

m 2009, a Valesul desativou uma unidade no Rio de Janeiro com capacidade nominal para produzir 95 mil toneladas de alumínio por ano. Em 2010, foi a vez da Novelis fechar uma planta em Aratu (BA) com capacidade nominal para produzir 60 mil toneladas por ano. Entre os motivos para que essas empresas colocassem o pé no freio no momento em que a economia brasileira se encontrava em alta estão os aumentos constantes dos custos da operação, especialmente no que diz respeito à energia elétrica. Na última década, o preço da energia elétrica subiu, em média, 187,8% em termos reais para a indústria, passando de R$ 82 por megawatts/hora para R$ 236, conforme estudo encomendado pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de C o n s u m i d ores Livres (Abrace) – da q u a l a A s s ociação Brasileira do Alumínio (Abal) faz parte. Com isso, apesar da vocação natural do Brasil para fabricar alumínio – o País possui a terceira maior reserva de bauxita do planeta e é o número três na produção mundial do minério e de alumina – a cadeia produtiva nacional ligada à commodity vem enfrentando um dos piores períodos para se manter como uma das principais protagonistas globais no setor. Na fase primária, por exemplo, a falta de garantia de suprimento de energia elétrica a preços competitivos tem represado novos investimentos e, consequentemente, breca o volume de exportações a fim de garantir o abastecimento do

Giseli Cabrini mercado interno. Já nas etapas secundária e terciária, a valorização do real diante do dólar estimula as importações, principalmente da China. Estagnação – De acordo com dados da Abal, desde 1985 nenhuma nova fábrica de alumínio primário foi instalada no Brasil. O resultado disso é que a capacidade de produção de alumínio primário no País praticamente ficou estagnada entre 2007 e 2010 no patamar de 1,6 milhão de toneladas. Por outro lado, entre 2007 e 2010, segundo a Abal, o consumo doméstico de produtos transformados de alumínio cresceu 30% e passou de 994 mil toneladas para 1,296 milhão de toneladas. E tudo indica que a demanda continuará forte. De acordo com dados das empresas associadas à entidade, o consumo de chapas, folhas, extrudados e fios/cabos de alumínio – que juntos representam cerca de 75% do consumo doméstico total – aumentou 22,1% em fevereiro de 2011 ante igual período do ano passado. Co ns um o – Embora a entidade descarte risco de desabastecimento, se o consumo mantiver as taxas de crescimento de cerca de 9%, apurada de 2003 a 2008, e de 7% ao ano ao longo da atual década, entre as saídas estão intensificar as importações e reduzir ainda mais as exportações. Segundo a entidade, a exportação de alumínio primário e ligas passou de 754 mil toneladas em 2009 para 594 mil toneladas no ano passado, uma retração de 21%. As medidas de aumento da capacidade produtiva, hoje, têm ocorrido por meio de expansões em unidades já existentes e melhorias tecnológicas.

Reciclagem – Outra fonte de abastecimento é a reciclagem. Em 2009, o volume de sucata recuperada no Brasil – insumo recolhido na sociedade repassado às indústrias de fundição de alumínio secundário – atingiu 275,3 mil toneladas. A aquisição de itens acabados vindos de fora – entre eles forros, revestimentos e aparelhos de ar-condicionado – também já começa a incomodar o segmento secundário da cadeia, principalmente na área de construção civil, que responde por 15% da produção total. A campeã continua a ser a área de embalagens representada por blísteres, la-

tas, tampas, entre outros itens. "Não estamos nas mesmas condições da indústria de alumínio primário. Nossa capacidade instalada está acima da demanda, em torno de 350 a 400 mil toneladas por ano, enquanto o consumo em 2010 foi de 186 mil toneladas. Mas, de qualquer forma, as importações já começam a despertar preocupação", disse o coordenador do Comitê de Mercado de Construção Civil da Abal, José Carlos Garcia Noronha. Banheiros e cozinhas – O reflexo das importações tem afetado mais a indústria terciária de alumínio. Segundo dados

do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não-Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp), enquanto a produção de metais sanitários – torneiras, misturadores para chuveiros, entre outros – cresceu 10% em valores no ano passado para US$ 1,23 bilhão, as importações avançaram 38% para US$ 1,051 bilhão. "Atualmente, 80% das peças instaladas nos banheiros brasileiros vêm da China", afirmou o gerente de tecnologia do sindicato, Roney Honda Margutti. Outro segmento que tem apurado aumento expressivo nas aquisições de produtos chi-

neses é o de artefatos de alumínio de uso doméstico, em particular, de panelas de pressão. No ano passado, as importações em valores cresceram 75%, enquanto a produção avançou 10%, segundo o Siamfesp. De acordo com o presidente da entidade, Denis Perez Martins, entre os fatores que incentivam a demanda por panelas está o aumento de poder aquisitivo da classe C. "Grande parte dos consumidores está substituindo peças em materiais menos nobres pelo alumínio. O problema é que, muitas vezes, os artigos são chineses e não nacionais."

Competitividade colocada em xeque

C

iente dos desafios, a cadeia do alumínio tenta minimizar os gargalos que colocam em xeque sua competitividade. Por isso, a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) faz parte da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que tem intensificado o diálogo com o poder público. Além disso, toca o Projeto Energia Competitiva (PEC), que mostra, a partir de estudos, os efeitos do preço desse insumo para o desenvolvimento econômico e possíveis alternativas para reduzi-lo. "O governo precisa entender que a energia é um instrumento estratégico para o crescimento do País, e não como uma ferramenta para custear políticas públicas", diz o presidente-executivo da Abrace, Paulo Pedrosa. Segundo ele, há muito tempo, a conta de energia deixou de refletir gastos com produção, transporte e venda e passou a incorporar custos de políticas governamentais, além de absorver a ineficiência do próprio setor. "Cada R$ 1 a mais pago por energia reduz o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 8,50."

No passado, tarifa de energia da indústria era subsidiada.

No entanto, segundo Pedrosa, o atual governo tem sinalizado uma preocupação com a relação entre o custo de eletricidade e a expansão da economia. Segundo a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no passado, a tarifa de energia elétrica dos consumidores industriais era subsidiada. Ou seja, essa parcela pagava menos pelo insumo que os usuários residenciais. A partir de 2002, com a edição do Decreto 4.562/02, foi determinado o realinhamento das tarifas, que nada mais fez do igualar essa componente

para todos os consumidores. O processo foi escalonado e encerrado no fim de 2006, provocando aumento nas tarifas dos consumidores industriais. A agência informou ainda que está tratando da reformulação da estrutura tarifária na AP120/2010. Estão previstos aperfeiçoamentos que deverão acarretar a redução das tarifas dos consumidores industriais. Por sua vez, o Comitê de Mercado de Construção Civil da Abal, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), inicia neste ano um estudo para detec-

tar o grau de competitividade desse universo. "O segmento de extrudados é formado por um amplo número de micro e pequenas. Estimamos que existam de 3 a 4 mil fábricas em todo o País. Embora as importações ainda não gerem incômodo, é preciso antever qual será o cenário", disse o coordenador do comitê, José Carlos Garcia Noronha. Já o Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não-Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) busca manter a competitividade da indústria nacional e evitar a explosão das importações por meio de normas técnicas. "O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP), do Ministério das Cidades, condiciona o uso de recursos públicos para habitação a empresas de construção civil que utilizem produtos em conformidade com normas técnicas pré-estabelecidas ", disse o gerente de tecnologia do Siamfesp, Roney Honda Margutti. O executivo, no entanto, vê desafios à frente. "Em virtude da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, a cadeia deve se voltar para o uso consciente do alumínio." (GC)


14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

terça-feira, 5 de abril de 2011


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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2 ULVFR GH FUpGLWR FRQVLVWH QD SRVVLELOLGDGH GH RFRUUHU SHUGDV DVVRFLDGDV DR QmR FXPSULPHQWR SHOR WRPDGRU RX FRQWUDSDUWH GH VXDV UHVSHFWLYDV REULJDo}HV ILQDQFHLUDV QRV WHUPRV SDFWXDGRV EHP FRPR j GHVYDORUL]DomR GH FRQWUDWR GH FUpGLWR GHFRUUHQWH GD GHWHULRUDomR QD FODVVLILFDomR GH ULVFR GR WRPDGRU j UHGXomR GH JDQKRV RX UHPXQHUDo}HV j YDQWDJHQV FRQFHGLGDV QD UHQHJRFLDomR DRV FXVWRV GH UHFXSHUDomR H j RXWURV YDORUHV UHODWLYRV DR GHVFXPSULPHQWR GH REULJDo}HV ILQDQFHLUDV GD FRQWUDSDUWH 2 JHUHQFLDPHQWR GH 5LVFR GH &UpGLWR GD &RPSDQKLD p UHDOL]DGR SHOD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR GH PDQHLUD FRUSRUDWLYD H FHQWUDOL]DGD VHQGR XP SURFHVVR FRQWtQXR H HYROXWLYR GH PDSHDPHQWR GHVHQYROYLPHQWR DIHULomR H GLDJQyVWLFR DWUDYpV GH PRGHORV LQVWUXPHQWRV H SURFHGLPHQWRV YLJHQWHV H[LJLQGR DOWR JUDX GH GLVFLSOLQD H FRQWUROH QDV DQiOLVHV GDV RSHUDo}HV HIHWXDGDV SUHVHUYDQGR D LQWHJULGDGH H D LQGHSHQGrQFLD GRV SURFHVVRV

5LVFR GH 0HUFDGR 2 ULVFR GH PHUFDGR p UHSUHVHQWDGR SHOD SRVVLELOLGDGH GH SHUGD ILQDQFHLUD SRU RVFLODomR GH SUHoRV H WD[DV GH MXURV GRV DWLYRV ILQDQFHLURV GD &RPSDQKLD XPD YH] TXH VXDV FDUWHLUDV DWLYDV H SDVVLYDV SRGHP DSUHVHQWDU GHVFDVDPHQWRV GH SUD]RV PRHGDV H LQGH[DGRUHV (VWH ULVFR p FXLGDGRVDPHQWH LGHQWLILFDGR PHQVXUDGR PLWLJDGR H JHUHQFLDGR 2 SHUILO GH H[SRVLomR D ULVFR GH PHUFDGR GD &RPSDQKLD p FRQVHUYDGRU VHQGR DV GLUHWUL]HV H OLPLWHV PRQLWRUDGRV GLDULDPHQWH GH PDQHLUD LQGHSHQGHQWH 'HWHUPLQDomR GR YDORU MXVWR 2 FRQWUROH GR ULVFR GH PHUFDGR p UHDOL]DGR SHOD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR GH PDQHLUD FRUSRUDWLYD H FHQWUDOL]DGD 7RGDV DV DWLYLGDGHV H[SRVWDV D ULVFR GH 2 YDORU MXVWR GRV DWLYRV ILQDQFHLURV p DSXUDGR GH DFRUGR FRP D FRWDomR GH SUHoR GH PHUFDGR GLVSRQtYHO QD GDWD GR EDODQoR 6H QmR KRXYHU FRWDomR GH SUHoRV GH PHUFDGR GLVSRQtYHO RV YDORUHV VmR HVWLPDGRV FRP EDVH HP FRWDo}HV GH GLVWULEXLGRUHV PRGHORV GH GHILQLo}HV GH SUHoRV PRGHORV GH FRWDo}HV PHUFDGR VmR PDSHDGDV PHQVXUDGDV H FODVVLILFDGDV TXDQWR j SUREDELOLGDGH H PDJQLWXGH FRP VHXV UHVSHFWLYRV SODQRV GH PLWLJDomR GHYLGDPHQWH DSURYDGRV SHOD HVWUXWXUD GH JRYHUQDQoD RX FRWDo}HV GH SUHoRV SDUD LQVWUXPHQWRV FRP FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 2 SURFHVVR GH JHUHQFLDPHQWR GH ULVFRV GD 2UJDQL]DomR FRQWD FRP D SDUWLFLSDomR GH WRGDV DV FDPDGDV KLHUiUTXLFDV GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR TXH DEUDQJH 1R FDVR GDV DSOLFDo}HV HP IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR R FXVWR DWXDOL]DGR UHIOHWH R YDORU GH PHUFDGR GDV UHVSHFWLYDV FRWDV GHVGH DV XQLGDGHV GH QHJyFLR DWp R &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR ,QYHVWLPHQWR HP &RQWURODGD 6mR FODVVLILFDGRV FRPR FRQWURODGDV DV HQWLGDGHV DV TXDLV D &RPSDQKLD H[HUFH FRQWUROH RX VHMD TXDQGR GHWpP R SRGHU GH H[HUFHU D PDLRULD GRV GLUHLWRV 5LVFR GH /LTXLGH] GH YRWR 3RGHUi DLQGD H[LVWLU FRQWUROH TXDQGR D &RPSDQKLD SRVVXLU GLUHWD RX LQGLUHWDPHQWH SUHSRQGHUkQFLDV GH JHULU DV SROtWLFDV ILQDQFHLUDV H RSHUDFLRQDLV 2 ULVFR GH OLTXLGH] p DSUHVHQWDGR SHOD SRVVLELOLGDGH GD QmR H[LVWrQFLD GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV VXILFLHQWHV SDUD TXH D &RPSDQKLD KRQUH VHXV FRPSURPLVVRV GH GHWHUPLQDGDV HQWLGDGHV SDUD REWHU EHQHItFLRV HP VXDV DWLYLGDGHV PHVPR TXH D SHUFHQWDJHP TXH GHWpP VREUH R VHX FDSLWDO SUySULR IRU LQIHULRU D $ HP UD]mR GRV GHVFDVDPHQWRV HQWUH SDJDPHQWRV H UHFHELPHQWRV FRQVLGHUDQGR DV GLIHUHQWHV PRHGDV H SUD]RV GH OLTXLGDomR GH VHXV GLUHLWRV H REULJDo}HV H[LVWrQFLD H R HIHLWR GH SRWHQFLDLV GLUHLWRV GH YRWR TXH VmR DWXDOPHQWH H[HUFtYHLV RX FRQYHUVtYHLV VmR OHYDGRV HP FRQVLGHUDomR DR DYDOLDU VH D &RPSDQKLD 2 FRQKHFLPHQWR H R DFRPSDQKDPHQWR GHVWH ULVFR VmR FUXFLDLV VREUHWXGR SDUD TXH D &RPSDQKLD SRVVD OLTXLGDU DV RSHUDo}HV HP WHPSR KiELO H GH PRGR VHJXUR FRQWUROD RXWUD HQWLGDGH

E 3DVVLYRV ILQDQFHLURV D FXVWR DPRUWL]DGR 6mR RV SDVVLYRV ILQDQFHLURV TXH QmR VmR DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR (VWHV SDVVLYRV VmR LQLFLDOPHQWH UHJLVWUDGRV SHOR VHX YDORU MXVWR H VXEVHTXHQWHPHQWH PHQVXUDGRV DR FXVWR DPRUWL]DGR ,QFOXHP GHQWUH RXWURV UHFXUVRV GH LQVWLWXLo}HV GH FUpGLWR H GH FOLHQWHV UHFXUVRV GH HPLVVmR GH WtWXORV GH GtYLGD H WtWXORV GH GtYLGDV VXERUGLQDGDV

&RQWLQXD


DIร RIO DO COMร RCIO

16

terรงa-feira, 5 de abril de 2011

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127$6 (;3/,&$7,9$6 ยญ6 '(021675$dยฏ(6 &217ร %(,6 (P 5HDLV PLO 3URFHVVR GH *HUHQFLDPHQWR GR 5LVFR GH /LTXLGH] $ 2UJDQL]DomR %UDGHVFR WHP XPD 3ROtWLFD GH *HVWmR GH 5LVFRV GH 0HUFDGR H /LTXLGH] DSURYDGD SHOR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR TXH WHP FRPR XP GH VHXV REMHWLYRV DVVHJXUDU D H[LVWrQFLD GH QRUPDV FULWpULRV H SURFHGLPHQWRV TXH JDUDQWDP j 2UJDQL]DomR R HVWDEHOHFLPHQWR GH 5HVHUYD 0tQLPD GH /LTXLGH] 50/ EHP FRPR D H[LVWrQFLD GH HVWUDWpJLD H GH SODQRV GH DomR SDUD VLWXDo}HV GH FULVH GH OLTXLGH] 1RV FULWpULRV H SURFHGLPHQWRV DSURYDGRV VmR GHWHUPLQDGRV D UHVHUYD PtQLPD GH OLTXLGH] D VHU PDQWLGD GLDULDPHQWH H RV WLSRV GH DWLYRV HOHJtYHLV SDUD FRPSRVLomR GRV UHFXUVRV GLVSRQtYHLV $OpP GLVVR VmR HVWDEHOHFLGRV RV LQVWUXPHQWRV SDUD JHVWmR GD OLTXLGH] HP FHQiULR QRUPDO H HP FHQiULR GH FULVH H DV HVWUDWpJLDV GH DWXDomR D VHUHP VHJXLGDV HP FDGD FDVR &RQWUROH H $FRPSDQKDPHQWR 2 FRQWUROH H R DFRPSDQKDPHQWR GDV SRVLo}HV VmR UHDOL]DGRV GH PDQHLUD LQGHSHQGHQWH j iUHD GH JHVWmR GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR 1R SURFHVVR GH JHUHQFLDPHQWR GH ULVFR GH OLTXLGH] D iUHD GH EDFN RIILFH WHP D UHVSRQVDELOLGDGH GH IRUQHFHU DV LQIRUPDo}HV QHFHVViULDV j JHVWmR H DR DFRPSDQKDPHQWR GR FXPSULPHQWR GRV OLPLWHV HVWDEHOHFLGRV -i D iUHD GH ULVFRV p UHVSRQViYHO SHOD PHQVXUDomR GR QtYHO PtQLPR GH OLTXLGH] UHYLVmR GH SROtWLFD QRUPDV FULWpULRV H SURFHGLPHQWRV H UHDOL]DomR GH HVWXGRV SDUD DV QRYDV UHFRPHQGDo}HV 9DORU MXVWR GH DWLYRV H SDVVLYRV ILQDQFHLURV $ &RPSDQKLD DSOLFD R &3& SDUD LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV PHQVXUDGRV QR EDODQoR SDWULPRQLDO SHOR YDORU MXVWR R TXH UHTXHU GLYXOJDomR GDV PHQVXUDo}HV GR YDORU MXVWR SHOR QtYHO GD VHJXLQWH KLHUDUTXLD GH PHQVXUDomR SHOR YDORU MXVWR 1tYHO 3UHoRV FRWDGRV HP PHUFDGRV DWLYRV SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV LGrQWLFRV $WLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO LQFOXHP WtWXORV GH GtYLGD H SDWULPRQLDLV H FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV TXH VmR QHJRFLDGRV HP XP PHUFDGR DWLYR DVVLP FRPR WtWXORV S~EOLFRV EUDVLOHLURV TXH VmR DOWDPHQWH OtTXLGRV H DWLYDPHQWH QHJRFLDGRV HP PHUFDGRV GH EDOFmR 1tYHO 'DGRV REVHUYiYHLV TXH QmR RV SUHoRV GH 1tYHO WDLV FRPR SUHoRV FRWDGRV SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV VLPLODUHV SUHoRV FRWDGRV HP PHUFDGRV QmR DWLYRV RX RXWURV GDGRV TXH VmR REVHUYiYHLV QR PHUFDGR RX TXH SRVVDP VHU FRQILUPDGRV SRU GDGRV REVHUYiYHLV GH PHUFDGR SDUD VXEVWDQFLDOPHQWH WRGR R SUD]R GRV DWLYRV RX SDVVLYRV 2V DWLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO LQFOXHP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV FXMR YDORU p GHWHUPLQDGR XVDQGR XP PRGHOR GH SUHFLILFDomR FRP GDGRV TXH VmR REVHUYiYHLV QR PHUFDGR RX TXH SRVVDP VHU GHGX]LGRV SULQFLSDOPHQWH GH RX VHU FRQILUPDGRV SRU GDGRV REVHUYiYHLV GH PHUFDGR LQFOXLQGR PDV QmR OLPLWDGRV D FXUYDV GH UHQGLPHQWR WD[DV GH MXURV YRODWLOLGDGHV SUHoRV GH WtWXORV GH GtYLGD H SDWULPRQLDLV H WD[DV GH FkPELR 1tYHO 'DGRV QmR REVHUYiYHLV TXH VmR VXSRUWDGRV SRU SRXFD RX QHQKXPD DWLYLGDGH GH PHUFDGR H TXH VHMDP VLJQLILFDWLYRV DR YDORU MXVWR GRV DWLYRV H SDVVLYRV 2V DWLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO JHUDOPHQWH LQFOXHP LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV FXMR YDORU p GHWHUPLQDGR XVDQGR PRGHORV GH SUHFLILFDomR PHWRGRORJLDV GH IOX[R GH FDL[D GHVFRQWDGR RX WpFQLFDV VLPLODUHV DVVLP FRPR LQVWUXPHQWRV SDUD RV TXDLV D GHWHUPLQDomR GR YDORU MXVWR UHTXHU MXOJDPHQWR RX HVWLPDWLYD VLJQLILFDWLYRV GD $GPLQLVWUDomR (VWD FDWHJRULD JHUDOPHQWH LQFOXL FHUWRV WtWXORV HPLWLGRV SRU LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV H HPSUHVDV QmR ILQDQFHLUDV H FHUWRV FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV E $ FRPSRVLomR GR LQYHVWLPHQWR HVWi GHPRQVWUDGD D VHJXLU

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862 '( (67,0$7,9$6 ( -8/*$0(1726 1DV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV IRUDP XWLOL]DGDV DOJXPDV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV FRQWiEHLV HODERUDGRV D ILP GH TXDQWLILFDU GHWHUPLQDGRV DWLYRV H SDVVLYRV 7DLV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV VmR FRQWLQXDPHQWH DYDOLDGRV H EDVHLDP VH HP H[SHULrQFLD KLVWyULFD H GLYHUVRV RXWURV IDWRUHV LQFOXLQGR H[SHFWDWLYDV GH HYHQWRV IXWXURV FRQVLGHUDGRV UD]RiYHLV QDV FLUFXQVWkQFLDV DWXDLV (VVDV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV FRQWiEHLV UHIHUHP VH EDVLFDPHQWH DR VHJXLQWH LWHP 5HGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO GH DWLYRV QmR ILQDQFHLURV H iJLR 'HWHUPLQDGRV DWLYRV LQFOXLQGR iJLR RXWURV LQWDQJtYHLV H LQYHVWLPHQWRV SHOR PpWRGR GD HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO HVWmR VXMHLWRV j UHYLVmR GH SHUGD DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW $V GHVSHVDV FRP SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO VmR UHJLVWUDGDV TXDQGR H[LVWLUHP HYLGrQFLDV FODUDV GH SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO RX GH QmR UHFXSHUDELOLGDGH GR FXVWR GRV DWLYRV $ DYDOLDomR GR TXH FRQVWLWXL SHUGD DR YDORU UHFXSHUiYHO p XPD PDWpULD TXH UHTXHU XP QtYHO VLJQLILFDWLYR GH MXOJDPHQWR &$,;$ ( (48,9$/(17(6 '( &$,;$ 'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO 7RWDO GH &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D 5HIHUH VH D GHSyVLWR EDQFiULR j YLVWD

(035e67,026 ( $',$17$0(1726 ยญ ,167,78,dยฏ(6 '( &5e',72 5HIHUHP VH D RSHUDo}HV FRPSURPLVVDGDV FRP ODVWUR HP GHErQWXUHV QR PRQWDQWH GH 5 ยฒ 5 H ยฒ 5 $7,926 ),1$1&(,526 3$5$ 1(*2&,$dยฎ2 5HIHUHP VH D DSOLFDo}HV HP )XQGRV GH ,QYHVWLPHQWRV )LQDQFHLURV QR PRQWDQWH GH 5 ยฒ 5 H ยฒ 5 (VWHV DWLYRV VmR FODVVLILFDGRV QD FDWHJRULD GH DWLYRV ILQDQFHLURV DR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR HQTXDGUDGDV QR 1tYHO ,19(67,0(1726 (0 &21752/$'$ D 2V DMXVWHV GHFRUUHQWHV GD DYDOLDomR SHOR PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO GRV LQYHVWLPHQWRV IRUDP UHJLVWUDGRV QD FRQWD GH 5HVXOWDGR GH (TXLYDOrQFLD 3DWULPRQLDO H FRUUHVSRQGHUDP QR H[HUFtFLR D XP UHVXOWDGR GH 5 ยฒ 5

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4XDQWLGDGH GH 3DUWLFLSDomR $o}HV 3RVVXtGDV QR &DSLWDO HP PLOKDUHV 6RFLDO 21

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-XURV 3DVVLYRV 7RWDO

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Empresa produzirรก famรญlia de blindados em Sete Lagoas, MG.

conomia

A batalha dos veรญculos militares Minas aumenta efetivos na bilionรกria guerra da indรบstria bรฉlica mundial. Com a Iveco, estado pode se consolidar como maior exportador do segmento no Paรญs.

A

Iveco anunciou ontem a criaรงรฃo de uma nova unidade em Sete Lagoas, Minas Gerais, especializada na produรงรฃo de veรญculos de defesa. A instalaรงรฃo faz parte de um plano de investimentos de R$ 570 milhรตes da empresa no Brasil, iniciado em 2007 e que se encerra neste ano. A princรญpio, vai produzir 2.044 Veรญculos Blindados de Transporte de Pessoal (VBTP), batizado pelo Exรฉrcito Brasileiro (EB) de Guarani, mas jรก hรก planos para o desenvolvimento de outros projetos do tipo. O anรบncio da criaรงรฃo da nova unidade foi feito pelo presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, junto com o comandante do EB, general Enzo Peri, apรณs encontro com o governador do estado, Antonio Anastasia (PSDB). Segundo Mazzu, serรก feito um investimento de R$ 75 milhรตes nas novas instalaรงรตes da fรกbrica que jรก funciona no municรญpio, com criaรงรฃo de 350 empregos diretos. "A base (da nova unidade) foi nosso trabalho

em parceria com o exรฉrcito no Veรญculo Blindado de Transporte de Pessoal. ร um novo desenvolvimento que se encaixa dentro de um conceito. ร um projeto inteiramente novo, desenvolvido no Brasil", disse. Atรฉ o prรณximo ano, de acordo com o executivo, serรก produzido um "lote piloto" de 16 unidades, que serรก avaliado pelo EB. A partir de entรฃo, terรก inรญcio a produรงรฃo das 2.044, fruto de um contrato de R$ 6 bilhรตes assinado no fim de 2009. "Serรก mais uma etapa de expansรฃo do polo automotivo de Sete Lagoas, do qual temos muito orgulho", ressaltou Mazzu. Ele afirmou ainda que, apรณs o fim do contrato, hรก possibilidade de exportaรงรฃo dos veรญculos, mas isso ficarรก a cargo do EB, cujos engenheiros foram responsรกveis pela criaรงรฃo do projeto em parceria com tรฉcnicos da Iveco. Se depender de Enzo Peri, "nรฃo hรก dรบvida nenhuma" de que o veรญculo serรก vendido para outros paรญses. Para ele, essa รฉ uma questรฃo de "sustentaรงรฃo" da prรณpria indรบstria bรฉli-

Cristiano Couto/AE

Iveco produzirรก mais de 2 mil Veรญculos Blindados de Transporte de Pessoal para o exรฉrcito brasileiro

ca brasileira. "Sempre entendemos que toda a indรบstria de defesa instalada aqui vai atender nรฃo sรณ o Brasil, mas tambรฉm para exportaรงรฃo. Porque aquilo que รฉ produzido no

Brasil atrai tambรฉm os outros paรญses da Amรฉrica do Sul, pelo menos", disse, afirmando ainda que hรก possibilidade de exportaรงรฃo tambรฉm para Europa e ร sia.

O lote-piloto do Guarani serรก produzido com maioria de componentes importados, mas, de acordo com Marco Mazzu, quando a produรงรฃo em sรฉrie tiver inรญcio, ao menos

60% das peรงas serรฃo nacionais. Para isso, a Iveco quer atrair para seu "condomรญnio de fornecedores" instalado em Sete Lagoas empresas que possam atender a essa demanda, com vistas ao desenvolvimento de outros projetos de defesa โ รกrea em que a Iveco atua desde 1937. Peri afirma que jรก hรก interesse do EB no desenvolvimento de novos projetos, incluindo ambulรขncias, veรญculos de postos de comando e outros. "Interessa para nรณs, atรฉ como preconiza a estratรฉgia nacional de defesa, que tenhamos a capacidade de fabricar (os veรญculos) no Brasil. E essa capacidade da Iveco vai desenvolver outros projetos, outros produtos. Serรก uma famรญlia de blindados", adiantou. Anastasia comemorou o anรบncio. Segundo ele, a iniciativa, "gera empregos, divisas e valor agregado ao produto mineiro." O governador ressaltou ainda que a produรงรฃo dos blindados no Brasil tem importรขncia na questรฃo da defesa nacional. (AE)


DIร RIO DO COMร RCIO

terรงa-feira, 5 de abril de 2011

17

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$V 1RWDV ([SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV

127$6 (;3/,&$7,9$6 ยญ6 '(021675$dยฏ(6 &217ร %(,6 (P 5HDLV PLO ,1)250$dยฏ(6 *(5$,6 $ &RPSDQKLD 6HFXULWL]DGRUD GH &UpGLWRV )LQDQFHLURV 5XEL p XPD FRPSDQKLD TXH WHP SRU REMHWLYR H[FOXVLYR D DTXLVLomR GH FUpGLWRV RULXQGRV GH RSHUDo}HV GH HPSUpVWLPRV GH ILQDQFLDPHQWRV H GH DUUHQGDPHQWR PHUFDQWLO FRQWUDWDGDV SRU EDQFRV P~OWLSORV EDQFRV FRPHUFLDLV EDQFRV GH LQYHVWLPHQWRV VRFLHGDGHV GH FUpGLWR ILQDQFLDPHQWR H LQYHVWLPHQWR VRFLHGDGHV GH FUpGLWR LPRELOLiULR VRFLHGDGHV GH DUUHQGDPHQWR PHUFDQWLO H FRPSDQKLDV KLSRWHFiULDV $ &RPSDQKLD 6HFXULWL]DGRUD GH &UpGLWRV )LQDQFHLURV 5XEL p SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR XWLOL]DQGR VH GH VHXV UHFXUVRV DGPLQLVWUDWLYRV H WHFQROyJLFRV H VXDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GHYHP VHU HQWHQGLGDV QHVWH FRQWH[WR $ DXWRUL]DomR SDUD D HPLVVmR GHVWDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRL FRQFHGLGD SHOD 'LUHWRULD HP GH MDQHLUR GH

D 3DVVLYRV ILQDQFHLURV SDUD QHJRFLDomR 2V SDVVLYRV ILQDQFHLURV SDUD QHJRFLDomR VmR RV SDVVLYRV PDQWLGRV SHOD &RPSDQKLD FRP R SURSyVLWR GH YHQGD RX UHFRPSUD QR FXUWR SUD]R RX TXH PDQWpP FRPR SDUWH GH XPD FDUWHLUD DGPLQLVWUDGD HP FRQMXQWR SDUD REWHQomR GH OXFUR QR FXUWR SUD]R RX SDUD WRPDGD GH SRVLo}HV 2V SDVVLYRV SDUD QHJRFLDomR VmR LQLFLDOPHQWH UHFRQKHFLGRV H DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR QR EDODQoR H RV FXVWRV GH WUDQVDomR VmR UHJLVWUDGRV GLUHWDPHQWH QR UHVXOWDGR GR SHUtRGR 7RGDV DV PXGDQoDV QR YDORU MXVWR VmR UHFRQKHFLGDV QR UHVXOWDGR HP ยด*DQKRV H SHUGDV OtTXLGRV GH DWLYRV ILQDQFHLURV SDUD QHJRFLDomRยต (P GH GH]HPEUR GH H H GH MDQHLUR GH D &RPSDQKLD QmR SRVVXtD SDVVLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV SDUD QHJRFLDomR

E 3DVVLYRV ILQDQFHLURV D FXVWR DPRUWL]DGR 6mR RV SDVVLYRV ILQDQFHLURV TXH QmR VmR DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR (VWHV SDVVLYRV VmR LQLFLDOPHQWH UHJLVWUDGRV SHOR VHX YDORU MXVWR H VXEVHTXHQWHPHQWH PHQVXUDGRV DR FXVWR DPRUWL]DGR ,QFOXHP GHQWUH RXWURV UHFXUVRV GH LQVWLWXLo}HV GH FUpGLWR H GH FOLHQWHV UHFXUVRV GH HPLVVmR GH WtWXORV $V SULQFLSDLV SROtWLFDV FRQWiEHLV DSOLFDGDV QD SUHSDUDomR GHVWDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV HVWmR GHILQLGDV D VHJXLU (VVDV SROtWLFDV IRUDP DSOLFDGDV GH PRGR GH GtYLGD H WtWXORV GH GtYLGDV VXERUGLQDGDV FRQVLVWHQWH QRV H[HUFtFLRV DSUHVHQWDGRV VDOYR TXDQGR LQGLFDGR GH RXWUD IRUPD 2.6) Determinaรงรฃo do valor justo 2.1) Base de preparaรงรฃo e apresentaรงรฃo das demonstraรงรตes contรกbeis 2 YDORU MXVWR GRV DWLYRV ILQDQFHLURV p DSXUDGR GH DFRUGR FRP D FRWDomR GH SUHoR GH PHUFDGR GLVSRQtYHO QD GDWD GR EDODQoR 6H QmR KRXYHU FRWDomR GH $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRUDP SUHSDUDGDV FRQIRUPH DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO HPLWLGDV SHOR &RPLWr GH 3URQXQFLDPHQWRV &RQWiEHLV SUHoRV GH PHUFDGR GLVSRQtYHO RV YDORUHV VmR HVWLPDGRV FRP EDVH HP FRWDo}HV GH GLVWULEXLGRUHV PRGHORV GH GHILQLo}HV GH SUHoRV PRGHORV GH FRWDo}HV &3&V (ODV IRUDP SUHSDUDGDV FRQVLGHUDQGR R FXVWR KLVWyULFR FRPR EDVH GH YDORU H DMXVWDGDV SDUD UHIOHWLU D UHPHQVXUDomR GRV DWLYRV DR VHX YDORU MXVWR RX FRWDo}HV GH SUHoRV SDUD LQVWUXPHQWRV FRP FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 1R FDVR GDV DSOLFDo}HV HP IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR R FXVWR DWXDOL]DGR UHIOHWH R YDORU GH PHUFDGR GDV UHVSHFWLYDV FRWDV TXDQGR DSOLFiYHO

5(6802 '$6 35,1&,3$,6 32/ร 7,&$6 &217ร %(,6

$ SUHSDUDomR GH GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV UHTXHU R XVR GH FHUWDV HVWLPDWLYDV FRQWiEHLV FUtWLFDV H WDPEpP R H[HUFtFLR GH MXOJDPHQWR SRU SDUWH GD $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD QR SURFHVVR GH DSOLFDomR GDV SROtWLFDV FRQWiEHLV $V DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOD DGRomR GRV &3&V QmR SURGX]LUDP HIHLWRV UHOHYDQWHV TXH SXGHVVHP PXGDU D SRVLomR GHPRQVWUDGD QR HQFHUUDPHQWR GR H[HUFtFLR GH $ &RPSDQKLD DSUHVHQWD VXDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV LQGLYLGXDLV HP FRQVRQkQFLD FRP D /HL Qยบ QmR VHQGR DSOLFiYHO D DSUHVHQWDomR GH 'HPRQVWUDo}HV &RQVROLGDGDV

2.7) Reduรงรฃo ao valor recuperรกvel de ativos financeiros

D 0HQVXUDGRV DR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR

QRV QtYHLV PDLV EDL[RV SDUD RV TXDLV H[LVWDP IOX[RV GH FDL[D LGHQWLILFiYHLV VHSDUDGDPHQWH 8QLGDGHV *HUDGRUDV GH &DL[D 8*&

D $WLYRV ILQDQFHLURV UHFRQKHFLGRV D FXVWR DPRUWL]DGR (P FDGD GDWD GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV D &RPSDQKLD DYDOLD VH Ki HYLGrQFLDV REMHWLYDV GH TXH RV DWLYRV ILQDQFHLURV QmR FRQWDELOL]DGRV SHOR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR HVWHMDP FRP SHUGD GH VHX YDORU UHFXSHUiYHO $V SHUGDV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO VmR LQFRUULGDV VH H DSHQDV VH H[LVWLUHP HYLGrQFLDV REMHWLYDV TXH GHPRQVWUDP D RFRUUrQFLD GH XPD SHUGD DSyV R UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO GR DWLYR ILQDQFHLUR H TXH D SHUGD SURYRFD XP LPSDFWR QRV IOX[RV GH FDL[D IXWXURV GR DWLYR ILQDQFHLUR RX GH JUXSRV GH DWLYRV ILQDQFHLURV TXH SRGHP VHU HVWLPDGRV GH PRGR FRQILiYHO $ GHWHUPLQDomR GD SHUGD SRU UHGXomR GR YDORU UHFXSHUiYHO FRP FUpGLWRV UHFHEtYHLV H[LJH SRU VXD QDWXUH]D TXH IDoDPRV MXOJDPHQWRV H VXSRVLo}HV HP 2.2) Moeda funcional e moeda de apresentaรงรฃo UHODomR j QRVVD FDUWHLUD GH FUpGLWRV UHFHEtYHLV WDQWRV HP EDVHV LQGLYLGXDLV TXDQWR HP EDVH GH FDUWHLUDV HVSHFtILFDV 4XDQGR UHYLVDPRV D FDUWHLUD FRPR XP 2V LWHQV LQFOXtGRV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV VmR PHQVXUDGRV XWLOL]DQGR VH D PRHGD GR SULQFLSDO DPELHQWH HFRQ{PLFR QR TXDO D HPSUHVD DWXD WRGR YiULRV IDWRUHV SRGHP DIHWDU D HVWLPDWLYD GD DPSOLWXGH SURYiYHO GDV SHUGDV LQFOXLQGR TXDO PHWRGRORJLD XVDPRV SDUD PHQVXUDU DV WD[DV GH LQDGLPSOrQFLD ยดPRHGD IXQFLRQDOยต $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV HVWmR DSUHVHQWDGDV HP PLOKDUHV GH UHDLV 5 TXH p D PRHGD IXQFLRQDO GD &RPSDQKLD H WDPEpP KLVWyULFDV H TXDO SHUtRGR KLVWyULFR FRQVLGHUDPRV SDUD ID]HU WDLV PHQVXUDo}HV )DWRUHV DGLFLRQDLV TXH SRGHP DIHWDU QRVVD GHWHUPLQDomR GD SURYLVmR SDUD SHUGDV LQFOXHP L FRQMXQWXUD HFRQ{PLFD LL H[SHULrQFLD SDVVDGD H LLL ULVFRV HVSHFtILFRV H JOREDLV HP UHODomR jV RSHUDo}HV DRV GHYHGRUHV H JDUDQWLGRUHV D VXD PRHGD GH DSUHVHQWDomR &RQVHTXHQWHPHQWH QRVVD SURYLVmR SDUD SHUGDV SRGH QmR VHU LQGLFDWLYD GDV SHUGDV IXWXUDV UHDLV 2.3) Caixa e equivalentes de caixa E $WLYRV ILQDQFHLURV FODVVLILFDGRV FRPR GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D LQFOXHP GLQKHLUR HP FDL[D GHSyVLWRV EDQFiULRV RXWURV LQYHVWLPHQWRV GH FXUWR SUD]R GH DOWD OLTXLGH] FRP YHQFLPHQWRV RULJLQDLV $ &RPSDQKLD DYDOLD HP FDGD GDWD GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV VH Ki HYLGrQFLD REMHWLYD GH TXH XP DWLYR ILQDQFHLUR RX XP JUXSR GH DWLYRV ILQDQFHLURV HVWi GH DWp WUrV PHVHV H TXH DSUHVHQWHP ULVFRV VLJQLILFDQWHV GH PXGDQoD GH YDORU MXVWR RV TXDLV VmR XWLOL]DGRV SHOD &RPSDQKLD SDUD JHUHQFLDPHQWR GH VHXV GHWHULRUDGR 6H HP XP SHUtRGR VXEVHTXHQWH R YDORU MXVWR GH XP LQVWUXPHQWR GD GtYLGD FODVVLILFDGR FRPR GLVSRQtYHO SDUD YHQGD DXPHQWDU H R DXPHQWR SXGHU VHU REMHWLYDPHQWH UHODFLRQDGR D XP HYHQWR TXH RFRUUHX DSyV R SUHMXt]R SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO WHU VLGR UHFRQKHFLGR D SHUGD SRU UHGXomR DR YDORU FRPSURPLVVRV GH FXUWR SUD]R 1RWD UHFXSHUiYHO p UHYHUWLGR GD GHPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR 2.4) Ativos Financeiros $ &RPSDQKLD FODVVLILFD VHXV DWLYRV ILQDQFHLURV VRE DV VHJXLQWHV FDWHJRULDV PHQVXUDGRV DR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR VXEGLYLGLGR HP PDQWLGRV SDUD 2.8) Reduรงรฃo ao valor recuperรกvel de ativos nรฃo financeiros (LPSDLUPHQW) 2V DWLYRV VXMHLWRV j GHSUHFLDomR RX DPRUWL]DomR VmR UHYLVDGRV QR PtQLPR DQXDOPHQWH SDUD YHULILFDomR GR VHX YDORU UHFXSHUiYHO 4XDQGR KRXYHU LQGtFLR GH QHJRFLDomR H GHVLJQDGRV DR YDORU MXVWR SRU PHLR GH UHVXOWDGR QR UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR H HPSUpVWLPRV SHUGD DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW R YDORU FRQWiELO GR DWLYR RX XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D j TXDO R DWLYR WHQKD VLGR DORFDGR p WHVWDGR H UHFHEtYHLV $ FODVVLILFDomR GHSHQGH GD ILQDOLGDGH SDUD D TXDO RV DWLYRV ILQDQFHLURV IRUDP DGTXLULGRV $ $GPLQLVWUDomR GHWHUPLQD D FODVVLILFDomR GH VHXV 8PD SHUGD SHOD UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO p UHFRQKHFLGD SHOR H[FHVVR GR YDORU FRQWiELO GR DWLYR VREUH VHX YDORU UHFXSHUiYHO (VWH ~OWLPR p R PDLRU YDORU DWLYRV ILQDQFHLURV QR UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO HQWUH R YDORU MXVWR PHQRV RV FXVWRV GH YHQGD H R YDORU HP XVR 3DUD ILQV GH DYDOLDomR GD SHUGD SHOD UHGXomR GR YDORU UHFXSHUiYHO RV DWLYRV VmR DJUXSDGRV 2.9) Provisรตes, passivos contingentes e ativos contingentes 8PD SURYLVmR p UHFRQKHFLGD TXDQGR FRPR UHVXOWDGR GH XP HYHQWR SDVVDGR D &RPSDQKLD WHQKD XPD REULJDomR SUHVHQWH H OHJDO TXH SRGH VHU HVWLPDGD GH PRGR FRQILiYHO H FRP SURYiYHO VDtGD GH EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV SDUD VXD TXLWDomR 3DVVLYRV FRQWLQJHQWHV VmR GLYXOJDGRV VH H[LVWLU XPD SRVVtYHO REULJDomR IXWXUD UHVXOWDQWH GH HYHQWRV SDVVDGRV RX VH H[LVWLU XPD REULJDomR SUHVHQWH UHVXOWDQWH D $WLYRV ILQDQFHLURV SDUD QHJRFLDomR GH XP HYHQWR SDVVDGR 2V DWLYRV ILQDQFHLURV SDUD QHJRFLDomR VmR RV DWLYRV PDQWLGRV SHOD &RPSDQKLD FRP R SURSyVLWR GH YHQGHU QR FXUWR SUD]R RX TXH D &RPSDQKLD PDQWpP FRPR $WLYRV FRQWLQJHQWHV VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH VRPHQWH TXDQGR Ki JDUDQWLDV UHDLV RX GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV GHILQLWLYDV VREUH DV TXDLV SDUWH GH XPD FDUWHLUD DGPLQLVWUDGD HP FRQMXQWR SDUD REWHQomR GH OXFUR QR FXUWR SUD]R RX SDUD WRPDGD GH SRVLo}HV 2V LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV WDPEpP VmR QmR FDEHP PDLV UHFXUVRV FDUDFWHUL]DQGR R JDQKR FRPR SUDWLFDPHQWH FHUWR 2V DWLYRV FRQWLQJHQWHV FRP SUREDELOLGDGH GH r[LWR SURYiYHO VmR DSHQDV FDWHJRUL]DGRV FRPR PDQWLGRV SDUD QHJRFLDomR D PHQRV TXH WHQKDP VLGR GHVLJQDGRV FRPR LQVWUXPHQWRV GH KHGJH GLYXOJDGRV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV H[FHWR TXDQGR VHMD SURYiYHO TXH HVVHV DWLYRV YHQKDP D GDU RULJHP D XP DXPHQWR HP UHFXUVRV TXH LQFRUSRUHP 2V DWLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV SDUD QHJRFLDomR VmR LQLFLDOPHQWH UHFRQKHFLGRV H DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR QR EDODQoR H RV FXVWRV GH WUDQVDomR VmR EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV UHJLVWUDGRV GLUHWDPHQWH QR UHVXOWDGR GR SHUtRGR $V SURYLV}HV IRUDP FRQVWLWXtGDV OHYDQGR HP FRQWD D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV D QDWXUH]D GDV Do}HV D VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV D FRPSOH[LGDGH H R SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO $V UHFHLWDV H GHVSHVDV GH MXURV GH DWLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV SDUD QHJRFLDomR VmR UHFRQKHFLGDV QDV FRQWDV GH ยด5HFHLWDV )LQDQFHLUDVยต 2 SDVVLYR UHODFLRQDGR j REULJDomR OHJDO HP GLVFXVVmR MXGLFLDO p PDQWLGR DWp R JDQKR GHILQLWLYR GD DomR UHSUHVHQWDGR SRU GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV VREUH E $WLYRV ILQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD DV TXDLV QmR FDEHP PDLV UHFXUVRV RX D VXD SUHVFULomR ,QYHVWLPHQWRV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD VmR DWLYRV ILQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV TXH QmR VmR FODVVLILFDGRV HP PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR RX SDUD QHJRFLDomR SDUD RV TXDLV H[LVWH D LQWHQomR GH PDQWr ORV SRU XP SHUtRGR GH WHPSR LQGHILQLGR H TXH SRGHP VHU YHQGLGRV HP UHVSRVWD D PXGDQoDV QDV WD[DV GH MXURV WD[DV GH 2.10) Patrimรดnio Lรญquido D /XFUR SRU DomR FkPELR SUHoRV GH WtWXORV GH SDWULP{QLR RX QHFHVVLGDGHV GH OLTXLGH] $WLYRV ILQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD VmR UHFRQKHFLGRV LQLFLDOPHQWH D YDORU MXVWR RV TXDLV FRUUHVSRQGHP DR YDORU SDJR LQFOXLQGR RV FXVWRV GH WUDQVDomR $ &RPSDQKLD DSUHVHQWD GDGRV GH OXFUR SRU DomR EiVLFR H VmR PHQVXUDGRV VXEVHTXHQWHPHQWH D YDORU MXVWR FRP RV JDQKRV H SHUGDV UHFRQKHFLGRV QR SDWULP{QLR OtTXLGR HP RXWURV UHVXOWDGRV DEUDQJHQWHV FRP 2 OXFUR SRU DomR EiVLFR p FDOFXODGR GLYLGLQGR VH OXFUR OtTXLGR DWULEXtYHO DRV DFLRQLVWDV GD &RPSDQKLD SHOD PpGLD SRQGHUDGD GDV Do}HV RUGLQiULDV GXUDQWH R DQR H[FOXLQGR D TXDQWLGDGH PpGLD GDV Do}HV RUGLQiULDV FRPSUDGDV SHOD &RPSDQKLD H PDQWLGDV HP WHVRXUDULD H[FHomR GDV SHUGDV SRU YDORU QmR UHFXSHUiYHO H GRV JDQKRV H SHUGDV FDPELDLV GH FRQYHUVmR 6H XP DWLYR ILQDQFHLUR GLVSRQtYHO SDUD YHQGD DSUHVHQWDU XPD E 'LYLGHQGRV D SDJDU SHUGD SRU YDORU QmR UHFXSHUiYHO D SHUGD DFXPXODGD UHJLVWUDGD QR UHVXOWDGR DEUDQJHQWH p UHFRQKHFLGD QD GHPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR $ GLVWULEXLomR GH GLYLGHQGRV SDUD RV DFLRQLVWDV GD &RPSDQKLD p UHFRQKHFLGD FRPR SDVVLYR QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV QR SHUtRGR HP TXH D GLVWULEXLomR $ UHFHLWD GH MXURV p UHFRQKHFLGD QR UHVXOWDGR XWLOL]DQGR VH R PpWRGR GD WD[D HIHWLYD GH MXURV p DSURYDGD SRU HOHV RX TXDQGR GD SURSRVLomR GR GLYLGHQGR PtQLPR REULJDWyULR SUHYLVWR QR (VWDWXWR GD &RPSDQKLD (P GH GH]HPEUR GH H H GH MDQHLUR GH D &RPSDQKLD QmR SRVVXtD DWLYRV ILQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD 2.11) Reconhecimento da Receita F $WLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR $ UHFHLWD FRPSUHHQGH R YDORU MXVWR GD FRQWUDSUHVWDomR UHFHELGD RX D UHFHEHU QR FXUVR QRUPDO GDV DWLYLGDGHV GD &RPSDQKLD 2V LQYHVWLPHQWRV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR VmR DWLYRV ILQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV FRP SDJDPHQWRV IL[RV RX GHWHUPLQiYHLV H YHQFLPHQWR IL[R TXH D $ &RPSDQKLD UHFRQKHFH D UHFHLWD TXDQGR R VHX YDORU SXGHU VHU PHQVXUDGR FRP VHJXUDQoD IRU SURYiYHO TXH EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV IXWXURV IOXLUmR SDUD D &RPSDQKLD WHP LQWHQomR H FDSDFLGDGH GH PDQWHU DWp R YHQFLPHQWR H TXH QmR VmR GHVLJQDGRV FRPR DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR RX &RPSDQKLD H TXDQGR FULWpULRV HVSHFtILFRV WLYHUHP VLGR DWHQGLGRV SDUD FDGD XPD GDV DWLYLGDGHV GD &RPSDQKLD $ &RPSDQKLD EDVHLD VXDV HVWLPDWLYDV HP UHVXOWDGRV KLVWyULFRV OHYDQGR HP FRQVLGHUDomR R WLSR GH WUDQVDomR FRPR GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD D 'HVLJQDGRV QR UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO (P GH GH]HPEUR GH H H GH MDQHLUR GH D &RPSDQKLD QmR SRVVXLD QHQKXP DWLYR ILQDQFHLUR GHVLJQDGR D YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR

2V DWLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR VmR UHFRQKHFLGRV LQLFLDOPHQWH D YDORU MXVWR LQFOXLQGR RV FXVWRV GLUHWRV H LQFUHPHQWDLV H FRQWDELOL]DGRV VXEVHTXHQWHPHQWH SHOR FXVWR DPRUWL]DGR XWLOL]DQGR VH R PpWRGR GD WD[D HIHWLYD GH MXURV 2V MXURV VREUH RV DWLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR HVWmR LQFOXtGRV QR UHVXOWDGR FRPR ยด5HFHLWDV )LQDQFHLUDVยต 1R FDVR GH GHWHULRUDomR D SHUGD SRU YDORU QmR UHFXSHUiYHO p UHODWDGD FRPR XPD UHGXomR GR YDORU FRQWiELO GR LQYHVWLPHQWR H p UHFRQKHFLGD QD GHPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR (P GH GH]HPEUR GH H H GH MDQHLUR GH D &RPSDQKLD QmR SRVVXtD DWLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR

D 5HQGDV GH &UpGLWRV 5HFHEtYHLV $V UHFHLWDV GH FUpGLWRV UHFHEtYHLV VmR UHFRQKHFLGDV QR UHVXOWDGR SHORV UHFHELPHQWRV GH YDORUHV GH RSHUDo}HV GH FUpGLWRV UHFHEtYHLV RULXQGDV GH ,QVWLWXLo}HV )LQDQFHLUDV HIHWXDGDV GH DFRUGR FRP D 5HVROXomR Qยบ GH GH MDQHLUR GH GR &RQVHOKR 0RQHWiULR 1DFLRQDO &01

D 0HQVXUDGRV D YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR 6mR UHJLVWUDGRV H DYDOLDGRV SHOR YDORU MXVWR VHQGR DV UHVSHFWLYDV PRGLILFDo}HV GR YDORU MXVWR UHFRQKHFLGDV LPHGLDWDPHQWH QR UHVXOWDGR (VWHV SDVVLYRV SRGHP VHU VXEGLYLGLGRV HP GXDV FODVVLILFDo}HV GLVWLQWDV SDVVLYRV ILQDQFHLURV GHVLJQDGRV D YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR H SDVVLYRV ILQDQFHLURV PDQWLGRV SDUD QHJRFLDomR

*(5(1&,$0(172 '( 5,6&26 $ &RPSDQKLD FRPR SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR WHP HVWUXWXUD GH JHUHQFLDPHQWR GH ULVFRV TXH SHUPLWH TXH HVWHV VHMDP HIHWLYDPHQWH LGHQWLILFDGRV PHQVXUDGRV PLWLJDGRV DFRPSDQKDGRV H UHSRUWDGRV GH PRGR LQWHJUDGR HQYROYHQGR D $OWD $GPLQLVWUDomR TXDQGR QHFHVViULR

E 5HFHLWDV H 'HVSHVDV )LQDQFHLUDV $ UHFHLWD ILQDQFHLUD p UHFRQKHFLGD FRQIRUPH R SUD]R GHFRUULGR XVDQGR R PpWRGR GD WD[D HIHWLYD GH MXURV 4XDQGR XPD SHUGD LPSDLUPHQW p LGHQWLILFDGD HP UHODomR D YDORUHV D UHFHEHU D &RPSDQKLD UHGX] R YDORU FRQWiELO SDUD VHX YDORU UHFXSHUiYHO TXH FRUUHVSRQGH DR IOX[R GH FDL[D IXWXUR HVWLPDGR GHVFRQWDGR j G (PSUpVWLPRV H UHFHEtYHLV WD[D HIHWLYD GH MXURV RULJLQDO GR LQVWUXPHQWR 6XEVHTXHQWHPHQWH j PHGLGD TXH R WHPSR SDVVD RV MXURV VmR LQFRUSRUDGRV j YDORUHV D UHFHEHU HP FRQWUDSDUWLGD (PSUpVWLPRV H UHFHEtYHLV VmR DWLYRV ILQDQFHLURV FRP SDJDPHQWRV IL[RV RX GHWHUPLQiYHLV TXH QmR VmR FRWDGRV HP XP PHUFDGR DWLYR H TXH D &RPSDQKLD QmR GH UHFHLWD ILQDQFHLUD (VVD UHFHLWD ILQDQFHLUD p FDOFXODGD SHOD PHVPD WD[D HIHWLYD GH MXURV XWLOL]DGD SDUD DSXUDU R YDORU UHFXSHUiYHO RX VHMD D WD[D RULJLQDO GH YDORUHV D UHFHEHU WHP D LQWHQomR GH YHQGHU LPHGLDWDPHQWH RX QR FXUWR SUD]R 2V HPSUpVWLPRV H UHFHEtYHLV VmR PHQVXUDGRV LQLFLDOPHQWH SHOR YDORU MXVWR PDLV RV FXVWRV GLUHWRV GH WUDQVDomR H VXEVHTXHQWHPHQWH DYDOLDGRV SHOR FXVWR 2.12) Imposto de Renda e Contribuiรงรฃo Social $ SURYLVmR SDUD LPSRVWR GH UHQGD p FRQVWLWXtGD j DOtTXRWD EDVH GH GR OXFUR WULEXWiYHO DFUHVFLGD GH DGLFLRQDO GH TXDQGR DSOLFiYHO $ SURYLVmR DPRUWL]DGR XWLOL]DQGR VH R PpWRGR GD WD[D HIHWLYD GH MXURV 2V FUpGLWRV UHFHEtYHLV VmR LQLFLDOPHQWH UHJLVWUDGRV DR VHX FXVWR GH DTXLVLomR VHQGR PDQWLGRV VHP TXDOTXHU DWXDOL]DomR 3RU RFDVLmR GR UHFHELPHQWR GH SDUD FRQWULEXLomR VRFLDO p FDOFXODGD VREUH R OXFUR DQWHV GR LPSRVWR GH UHQGD FRQVLGHUDQGR D DOtTXRWD GH )RUDP FRQVWLWXtGDV SURYLV}HV SDUD RV GHPDLV LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VRFLDLV GH DFRUGR FRP DV UHVSHFWLYDV OHJLVODo}HV YLJHQWHV TXDOTXHU SDUFHOD GRV FUpGLWRV DGTXLULGRV HVWD p GHGX]LGD GR FXVWR GH DTXLVLomR DWp R OLPLWH GR PHVPR H R HYHQWXDO YDORU H[FHGHQWH p UHFRQKHFLGR FRPR $ GHVSHVD FRP LPSRVWR GH UHQGD FRUUHQWH p FDOFXODGD FRPR D VRPD GR LPSRVWR FRUUHQWH UHVXOWDQWH GD DSOLFDomR GD DOtTXRWD DGHTXDGD DR OXFUR UHDO GR UHVXOWDGR GH FUpGLWRV UHFHEtYHLV H[HUFtFLR OtTXLGR GH TXDLVTXHU DMXVWHV SUHYLVWRV SDUD ILQV ILVFDLV H GDV PXWDo}HV QRV DWLYRV H SDVVLYRV ILVFDLV GLIHULGRV UHFRQKHFLGRV QD GHPRQVWUDomR $WLYRV ILQDQFHLURV DGTXLULGRV FRP FRPSURPLVVRV GH UHYHQGD VmR UHJLVWUDGRV FRPR HPSUpVWLPRV H DGLDQWDPHQWRV j LQVWLWXLo}HV GH FUpGLWR RX FOLHQWHV FRQVROLGDGD GR UHVXOWDGR FRQIRUPH DSURSULDGR $ GLIHUHQoD HQWUH R SUHoR GH YHQGD H GH UHFRPSUD p WUDWDGD FRPR MXURV H UHFRQKHFLGD DR ORQJR GR SUD]R GR FRQWUDWR FRP EDVH QD 2V FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV VHUmR UHDOL]DGRV TXDQGR GD XWLOL]DomR H RX UHYHUVmR GDV UHVSHFWLYDV SURYLV}HV VREUH DV TXDLV IRUDP WD[D HIHWLYD GH MXURV FRQVWLWXtGRV 7DLV FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH FRP EDVH QDV H[SHFWDWLYDV DWXDLV GH VXD UHDOL]DomR FRQVLGHUDQGR RV HVWXGRV WpFQLFRV -XURV VREUH HPSUpVWLPRV H UHFHEtYHLV VmR LQFOXtGRV QR UHVXOWDGR FRPR ยด5HFHLWDV )LQDQFHLUDVยต 1R FDVR GH GHWHULRUDomR D SHUGD SRU YDORU QmR UHFXSHUiYHO p H DV DQiOLVHV UHDOL]DGDV SHOD $GPLQLVWUDomR UHODWDGD FRPR XPD UHGXomR GR YDORU FRQWiELO GRV HPSUpVWLPRV H DGLDQWDPHQWRV H p UHFRQKHFLGD QD GHPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR FRPR SHUGD SRU UHGXomR DR 'H DFRUGR FRP D 0HGLGD 3URYLVyULD Qยบ FRQYHUWLGD QD /HL Qยบ DV PRGLILFDo}HV QR FULWpULR GH UHFRQKHFLPHQWR GH UHFHLWDV FXVWRV H GHVSHVDV FRPSXWDGDV QD DSXUDomR GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR LQWURGX]LGDV SHOD /HL Qยบ H SHORV DUWLJRV H GD /HL Qยบ QmR WrP HIHLWRV SDUD ILQV YDORU UHFXSHUiYHO GH HPSUpVWLPRV H DGLDQWDPHQWRV GH DSXUDomR GR OXFUR UHDO GD SHVVRD MXUtGLFD RSWDQWH SHOR 5HJLPH 7ULEXWiULR GH 7UDQVLomR 577 GHYHQGR VHU FRQVLGHUDGRV SDUD ILQV WULEXWiULRV RV PpWRGRV H FULWpULRV FRQWiEHLV YLJHQWHV HP GH GH]HPEUR GH 3DUD ILQV FRQWiEHLV RV HIHLWRV WULEXWiULRV GD DGRomR GD /HL Qยบ HVWmR UHJLVWUDGRV QRV DWLYRV 2.5) Passivos financeiros H SDVVLYRV GLIHULGRV FRUUHVSRQGHQWHV $ &RPSDQKLD FODVVLILFD VHXV SDVVLYRV ILQDQFHLURV VRE DV VHJXLQWHV FDWHJRULDV PHQVXUDGRV D YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR H FXVWR DPRUWL]DGR

3.1) Risco de Crรฉdito 2 ULVFR GH FUpGLWR FRQVLVWH QD SRVVLELOLGDGH GH RFRUUHU SHUGDV DVVRFLDGDV DR QmR FXPSULPHQWR SHOR WRPDGRU RX FRQWUDSDUWH GH VXDV UHVSHFWLYDV REULJDo}HV D 'HVLJQDGRV QR UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO ILQDQFHLUDV QRV WHUPRV SDFWXDGRV EHP FRPR j GHVYDORUL]DomR GH FRQWUDWR GH FUpGLWR GHFRUUHQWH GD GHWHULRUDomR QD FODVVLILFDomR GH ULVFR GR WRPDGRU j (P GH GH]HPEUR GH H H GH MDQHLUR GH D &RPSDQKLD QmR SRVVXtD QHQKXP SDVVLYR ILQDQFHLUR GHVLJQDGR DR YDORU MXVWR QR UHGXomR GH JDQKRV RX UHPXQHUDo}HV jV YDQWDJHQV FRQFHGLGDV QD UHQHJRFLDomR DRV FXVWRV GH UHFXSHUDomR H j RXWURV YDORUHV UHODWLYRV DR GHVFXPSULPHQWR UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO GH REULJDo}HV ILQDQFHLUDV GD FRQWUDSDUWH &RQWLQXD


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

&RQWLQXDomR

&RPSDQKLD 6HFXULWL]DGRUD GH &UpGLWRV )LQDQFHLURV 5XEL &13- 6HGH &LGDGH GH 'HXV 2VDVFR 63

127$6 (;3/,&$7,9$6 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 (P 5HDLV PLO 2 JHUHQFLDPHQWR GH 5LVFR GH &UpGLWR GD &RPSDQKLD p UHDOL]DGR SHOD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR GH PDQHLUD FRUSRUDWLYD H FHQWUDOL]DGD VHQGR XP SURFHVVR F 'LYLGHQGRV PtQLPRV REULJDWyULRV FRQWtQXR H HYROXWLYR GH PDSHDPHQWR GHVHQYROYLPHQWR DIHULomR H GLDJQyVWLFR DWUDYpV GH PRGHORV LQVWUXPHQWRV H SURFHGLPHQWRV YLJHQWHV H[LJLQGR DOWR JUDX &RQIRUPH GLVSRVLo}HV HVWDWXWiULDV DRV DFLRQLVWDV HVWmR DVVHJXUDGDV MXURV VREUH R FDSLWDO SUySULR H RX GLYLGHQGRV TXH VRPDGRV FRUUHVSRQGDP QR PtQLPR D GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR DMXVWDGR QRV WHUPRV GD OHL VRFLHWiULD GH GLVFLSOLQD H FRQWUROH QDV DQiOLVHV GDV RSHUDo}HV HIHWXDGDV SUHVHUYDQGR D LQWHJULGDGH H D LQGHSHQGrQFLD GRV SURFHVVRV 2V FiOFXORV GRV 'LYLGHQGRV UHODWLYRV DRV H[HUFtFLRV GH H HVWmR GHPRQVWUDGRV D VHJXLU 5LVFR GH 0HUFDGR

2 ULVFR GH PHUFDGR p UHSUHVHQWDGR SHOD SRVVLELOLGDGH GH SHUGD ILQDQFHLUD SRU RVFLODomR GH SUHoRV H WD[DV GH MXURV GRV DWLYRV ILQDQFHLURV GD &RPSDQKLD XPD /XFUR /tTXLGR GR ([HUFtFLR YH] TXH VXDV FDUWHLUDV DWLYDV H SDVVLYDV SRGHP DSUHVHQWDU GHVFDVDPHQWRV GH SUD]RV PRHGDV H LQGH[DGRUHV 5HVHUYD /HJDO (VWH ULVFR p FXLGDGRVDPHQWH LGHQWLILFDGR PHQVXUDGR PLWLJDGR H JHUHQFLDGR 2 SHUILO GH H[SRVLomR D ULVFR GH PHUFDGR GD &RPSDQKLD p FRQVHUYDGRU VHQGR %DVH GH &iOFXOR DV GLUHWUL]HV H OLPLWHV PRQLWRUDGRV GLDULDPHQWH GH PDQHLUD LQGHSHQGHQWH 'LYLGHQGRV 3URSRVWRV 2 FRQWUROH GR ULVFR GH PHUFDGR p UHDOL]DGR SHOD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR GH PDQHLUD FRUSRUDWLYD H FHQWUDOL]DGD 7RGDV DV DWLYLGDGHV H[SRVWDV D ULVFR GH 3HUFHQWXDO GRV GLYLGHQGRV DSOLFDGR VREUH D EDVH GH FiOFXOR PHUFDGR VmR PDSHDGDV PHQVXUDGDV H FODVVLILFDGDV TXDQWR j SUREDELOLGDGH H PDJQLWXGH FRP VHXV UHVSHFWLYRV SODQRV GH PLWLJDomR GHYLGDPHQWH DSURYDGRV 5(&(,7$6 ),1$1&(,5$6 /Ì48,'$6 SHOD HVWUXWXUD GH JRYHUQDQoD (P GH GH]HPEUR 2 SURFHVVR GH JHUHQFLDPHQWR GH ULVFRV GD 2UJDQL]DomR FRQWD FRP D SDUWLFLSDomR GH WRGDV DV FDPDGDV KLHUiUTXLFDV GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR TXH DEUDQJH GHVGH DV XQLGDGHV GH QHJyFLR DWp R &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR 5HQGLPHQWR GH DSOLFDo}HV HP )XQGRV GH ,QYHVWLPHQWRV )LQDQFHLURV 5HQGLPHQWR GH 2SHUDo}HV &RPSURPLVVDGDV FRP /DVWUR HP 'HErQWXUHV 3.3) Risco de Liquidez 5HQGLPHQWR GH DSOLFDo}HV ILQDQFHLUDV HP &'% 5LVFR GH /LTXLGH] p D SRVVLELOLGDGH GD QmR H[LVWrQFLD GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV VXILFLHQWHV SDUD TXH D &RPSDQKLD KRQUH VHXV FRPSURPLVVRV HP UD]mR GRV -XURV $WLYRV GHVFDVDPHQWRV HQWUH SDJDPHQWRV H UHFHELPHQWRV FRQVLGHUDQGR DV GLIHUHQWHV PRHGDV H SUD]RV GH OLTXLGDomR GH VHXV GLUHLWRV H REULJDo}HV -XURV 3DVVLYRV

2 FRQKHFLPHQWR H R DFRPSDQKDPHQWR GHVWH ULVFR VmR FUXFLDLV VREUHWXGR SDUD TXH D &RPSDQKLD SRVVD OLTXLGDU DV RSHUDo}HV HP WHPSR KiELO H GH 7RWDO PRGR VHJXUR '(63(6$6 75,%87É5,$6 3URFHVVR GH *HUHQFLDPHQWR GR 5LVFR GH /LTXLGH] (P GH GH]HPEUR $ 2UJDQL]DomR %UDGHVFR WHP XPD 3ROtWLFD GH *HVWmR GH 5LVFRV GH 0HUFDGR H /LTXLGH] DSURYDGD SHOR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR TXH WHP FRPR XP GH VHXV REMHWLYRV DVVHJXUDU D H[LVWrQFLD GH QRUPDV FULWpULRV H SURFHGLPHQWRV TXH JDUDQWDP j 2UJDQL]DomR R HVWDEHOHFLPHQWR GH 5HVHUYD 0tQLPD GH /LTXLGH] 50/ 3,6 EHP FRPR D H[LVWrQFLD GH HVWUDWpJLD H GH SODQRV GH DomR SDUD VLWXDo}HV GH FULVH GH OLTXLGH] &2),16 1RV FULWpULRV H SURFHGLPHQWRV DSURYDGRV VmR GHWHUPLQDGRV D UHVHUYD PtQLPD GH OLTXLGH] D VHU PDQWLGD GLDULDPHQWH H RV WLSRV GH DWLYRV HOHJtYHLV SDUD ,PSRVWRV H 7D[DV FRPSRVLomR GRV UHFXUVRV GLVSRQtYHLV $OpP GLVVR VmR HVWDEHOHFLGRV RV LQVWUXPHQWRV SDUD JHVWmR GD OLTXLGH] HP FHQiULR QRUPDO H HP FHQiULR GH FULVH H DV 7RWDO HVWUDWpJLDV GH DWXDomR D VHUHP VHJXLGDV HP FDGD FDVR '(63(6$6 *(5$,6 ( $'0,1,675$7,9$6 &RQWUROH H $FRPSDQKDPHQWR (P GH GH]HPEUR 2 FRQWUROH H R DFRPSDQKDPHQWR GDV SRVLo}HV VmR UHDOL]DGRV GH PDQHLUD LQGHSHQGHQWH j iUHD GH JHVWmR GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR 1R SURFHVVR GH JHUHQFLDPHQWR GH ULVFR GH OLTXLGH] D iUHD GH EDFN RIILFH WHP D UHVSRQVDELOLGDGH GH IRUQHFHU DV LQIRUPDo}HV QHFHVViULDV j JHVWmR H DR DFRPSDQKDPHQWR GR 6HUYLoRV 3UHVWDGRV SRU 7HUFHLURV FXPSULPHQWR GRV OLPLWHV HVWDEHOHFLGRV -i D iUHD GH ULVFRV p UHVSRQViYHO SHOD PHQVXUDomR GR QtYHO PtQLPR GH OLTXLGH] UHYLVmR GH SROtWLFD QRUPDV FULWpULRV &RQWULEXLomR 6LQGLFDO 3DWURQDO H SURFHGLPHQWRV H UHDOL]DomR GH HVWXGRV SDUD DV QRYDV UHFRPHQGDo}HV &XVWDV -XGLFLDLV 'RDo}HV H 3DWURFtQLRV 3.4) Valor justo de ativos e passivos financeiros (GLWDLV H 3XEOLFDo}HV $ &RPSDQKLD DSOLFD R &3& SDUD LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV PHQVXUDGRV QR EDODQoR SDWULPRQLDO SHOR YDORU MXVWR R TXH UHTXHU GLYXOJDomR GDV PHQVXUDo}HV 2XWUDV GR YDORU MXVWR SHOR QtYHO GD VHJXLQWH KLHUDUTXLD GH PHQVXUDomR SHOR YDORU MXVWR 7RWDO 1tYHO 3UHoRV FRWDGRV HP PHUFDGRV DWLYRV SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV LGrQWLFRV $WLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO LQFOXHP WtWXORV GH GtYLGD H SDWULPRQLDLV H FRQWUDWRV GH 2875$6 '(63(6$6 23(5$&,21$,6 (P GH GH]HPEUR GHULYDWLYRV TXH VmR QHJRFLDGRV HP XP PHUFDGR DWLYR DVVLP FRPR WtWXORV S~EOLFRV EUDVLOHLURV TXH VmR DOWDPHQWH OtTXLGRV H DWLYDPHQWH QHJRFLDGRV HP PHUFDGRV GH EDOFmR $OLHQDomR GH %HQV GH GDomR 1tYHO 7RWDO 'DGRV REVHUYiYHLV TXH QmR RV SUHoRV GH 1tYHO WDLV FRPR SUHoRV FRWDGRV SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV VLPLODUHV SUHoRV FRWDGRV HP PHUFDGRV QmR DWLYRV RX RXWURV GDGRV TXH VmR REVHUYiYHLV QR PHUFDGR RX TXH SRVVDP VHU FRQILUPDGRV SRU GDGRV REVHUYiYHLV GH PHUFDGR SDUD VXEVWDQFLDOPHQWH WRGR R SUD]R GRV 75$16$d¯(6 &20 3$57(6 5(/$&,21$'$6 DWLYRV RX SDVVLYRV 2V DWLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO LQFOXHP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV FXMR YDORU p GHWHUPLQDGR XVDQGR XP PRGHOR GH SUHFLILFDomR FRP GDGRV D $V WUDQVDo}HV FRP SDUWHV UHODFLRQDGDV YLJHQWHV QDV GDWDV GDV RSHUDo}HV HVWmR DVVLP UHSUHVHQWDGDV TXH VmR REVHUYiYHLV QR PHUFDGR RX TXH SRVVDP VHU GHGX]LGRV SULQFLSDOPHQWH GH RX VHU FRQILUPDGRV SRU GDGRV REVHUYiYHLV GH PHUFDGR LQFOXLQGR PDV QmR (P GH GH]HPEUR OLPLWDGRV D FXUYDV GH UHQGLPHQWR WD[DV GH MXURV YRODWLOLGDGHV SUHoRV GH WtWXORV GH GtYLGD H SDWULPRQLDLV H WD[DV GH FkPELR $WLYR 5HFHLWDV $WLYR 5HFHLWDV 1tYHO SDVVLYR GHVSHVDV SDVVLYR GHVSHVDV

'DGRV QmR REVHUYiYHLV TXH VmR VXSRUWDGRV SRU SRXFD RX QHQKXPD DWLYLGDGH GH PHUFDGR H TXH VHMDP VLJQLILFDWLYRV DR YDORU MXVWR GRV DWLYRV H SDVVLYRV &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D 2V DWLYRV H SDVVLYRV GH 1tYHO JHUDOPHQWH LQFOXHP LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV FXMR YDORU p GHWHUPLQDGR XVDQGR PRGHORV GH SUHFLILFDomR PHWRGRORJLDV GH %DQFR %UDGHVFR 6 $ IOX[R GH FDL[D GHVFRQWDGR RX WpFQLFDV VLPLODUHV DVVLP FRPR LQVWUXPHQWRV SDUD RV TXDLV D GHWHUPLQDomR GR YDORU MXVWR UHTXHU MXOJDPHQWR RX HVWLPDWLYD (PSUpVWLPRV H $GLDQWDPHQWR D ,QVWLWXLo}HV GH &UpGLWR VLJQLILFDWLYRV GD $GPLQLVWUDomR (VWD FDWHJRULD JHUDOPHQWH LQFOXL FHUWRV WtWXORV HPLWLGRV SRU LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV H HPSUHVDV QmR ILQDQFHLUDV H FHUWRV %DQFR %UDGHVFR 6 $ FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV 'LYLGHQGRV D 3DJDU %DQFR %RDYLVWD ,QWHUDWOkQWLFR 6 $ !862 '( (67,0$7,9$6 ( -8/*$0(1726 %UDGHVSODQ 3DUWLFLSDo}HV /WGD 1DV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV IRUDP XWLOL]DGDV DOJXPDV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV FRQWiEHLV HODERUDGRV D ILP GH TXDQWLILFDU GHWHUPLQDGRV DWLYRV H SDVVLYRV 6HUHO 3DUWLFLSDo}HV HP ,PyYHLV 6 $ 7DLV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV VmR FRQWLQXDPHQWH DYDOLDGRV H EDVHLDP VH HP H[SHULrQFLD KLVWyULFD H GLYHUVRV RXWURV IDWRUHV LQFOXLQGR H[SHFWDWLYDV GH HYHQWRV E 5HPXQHUDomR GR SHVVRDO FKDYH GD $GPLQLVWUDomR IXWXURV FRQVLGHUDGRV UD]RiYHLV QDV FLUFXQVWkQFLDV DWXDLV $ HPSUHVD p SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR H VHXV DGPLQLVWUDGRUHV VmR UHPXQHUDGRV SHORV FDUJRV TXH RFXSDP QR %DQFR %UDGHVFR 6 $ (VVDV HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV FRQWiEHLV UHIHUHP VH EDVLFDPHQWH DR VHJXLQWH LWHP FRQWURODGRU GD &RPSDQKLD 4.1) Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros e ágio ,032672 '( 5(1'$ ( &2175,%8,d®2 62&,$/ 'HWHUPLQDGRV DWLYRV LQFOXLQGR iJLR RXWURV LQWDQJtYHLV H LQYHVWLPHQWRV SHOR PpWRGR GD HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO HVWmR VXMHLWRV j UHYLVmR GH SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW $V GHVSHVDV FRP SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO VmR UHJLVWUDGDV TXDQGR H[LVWHP HYLGrQFLDV FODUDV GH SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO D 'HPRQVWUDomR GR FiOFXOR GRV HQFDUJRV FRP LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO RX GH QmR UHFXSHUDELOLGDGH GR FXVWR GRV DWLYRV $ DYDOLDomR GR TXH FRQVWLWXL SHUGD GH YDORU UHFXSHUiYHO p XPD PDWpULD TXH UHTXHU XP QtYHO VLJQLILFDWLYR GH MXOJDPHQWR 5HVXOWDGR DQWHV GRV WULEXWRV ,PSRVWR GH 5HQGD H &RQWULEXLomR 6RFLDO (QFDUJR WRWDO GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO jV DOtTXRWDV GH H UHVSHFWLYDPHQWH !&$,;$ ( (48,9$/(17(6 '( &$,;$ (IHLWR GDV DGLo}HV H H[FOXV}HV QR FiOFXOR GRV WULEXWRV 'HVSHVDV H SURYLV}HV LQGHGXWtYHLV GH UHFHLWDV QmR WULEXWiYHLV 'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO 2XWURV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR 7RWDO GH &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D !5HIHUH VH D GHSyVLWR EDQFiULR j YLVWD E &RPSRVLomR GD FRQWD GH UHVXOWDGR GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO !(035e67,026 ( $',$17$0(172 $ ,167,78,d¯(6 '( &5e',72 (PSUpVWLPRV H $GLDQWDPHQWR D ,QVWLWXLo}HV GH &UpGLWR QR PRQWDQWH GH 5 ² 5 H ² 5 UHIHUHP VH D ,PSRVWRV FRUUHQWHV RSHUDo}HV FRPSURPLVVDGDV FRP ODVWURV HP GHErQWXUHV QR PRQWDQWH GH 5 ² 5 H ² 5 H &HUWLILFDGR GH ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GHYLGRV ,PSRVWRV GLIHULGRV 'HSyVLWR %DQFiULR &'% HP QR PRQWDQWH GH 5 H QR PRQWDQWH GH 5 &RQVWLWXLomR UHDOL]DomR QR H[HUFtFLR VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV 8WLOL]DomR GH VDOGRV LQLFLDLV GH !$7,926 ),1$1&(,526 3$5$ 1(*2&,$d®2 %DVH QHJDWLYD GH FRQWULEXLomR VRFLDO $WLYRV )LQDQFHLURV SDUD 1HJRFLDomR QR PRQWDQWH GH 5 ² 5 H ² 5 UHIHUHP VH D DSOLFDo}HV HP )XQGRV GH 3UHMXt]R ILVFDO ,QYHVWLPHQWRV (VWHV DWLYRV VmR FODVVLILFDGRV QD FDWHJRULD GH DWLYRV ILQDQFHLURV DR YDORU MXVWR SRU PHLR GR UHVXOWDGR HQTXDGUDGDV QR QtYHO ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR

(P GH GH]HPEUR

F 2ULJHP GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GLIHULGRV

!&5e',726 5(&(%Ì9(,6 D !0RYLPHQWDomR GRV &UpGLWRV 5HFHEtYHLV 6DOGR ,QLFLDO (QWUDGDV %DL[DV SRU 5HFHELPHQWR 5HYHUVmR GH 3URYLV}HV 6DOGR )LQDO &UpGLWRV 5HFHEtYHLV 3URYLVmR SDUD &UpGLWRV GH /LTXLGDomR 'XYLGRVD

3URYLVmR SDUD FUpGLWRV GH OLTXLGDomR GXYLGRVD 2XWUDV SURYLV}HV 7RWDO GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV 3UHMXt]R ILVFDO H EDVH QHJDWLYD GH FRQWULEXLomR VRFLDO 7RWDO GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV

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e Petrobras usará gás para produzir eteno Serão usados 15 milhões de metros cúbicos diários de gás para produção de eteno Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras

conomia

Matéria-prima básica para a fabricação de resinas plásticas será obtida diretamente dos campos do pré-sal, de acordo com informações da empresa.

A

Petrobras alterou o projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção em Itaboraí, e já informou que vai utilizar o gás natural dos campos do pré-sal como insumo básico para a produção de eteno, de acordo com declarações feitas ontem pelo diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, serão usados 15 milhões de metros cúbicos diários de gás para produção de eteno, matéria-prima para a fabricação de resinas plásticas.

Costa afirmou ainda que toda a parte petroquímica do complexo pertencerá à Braskem – que terá 100% de participação na central de matérias-primas petroquímicas (que transformam o gás em eteno) e nas unidades de segunda geração (que fazem as resinas plásticas). "A Petrobras não terá participação 'por fora'. Participará da petroquímica apenas por meio da própria Braskem", disse Costa. A estatal tem 32% na Braskem, cujo controle é compartilhado com a Odebrecht. Inicialmente, a matéria-prima petroquímica seria produzi-

da a partir do óleo pesado da bacia de Campos. Com a descoberta do pré-sal, o projeto foi alterado pela primeira vez para usar nafta, o método mais usual. Mas diante das perspectivas da produção de uma grande quantidade de gás, houve nova mudança e ficou definido o uso do gás como matéria-prima. O Comperj prevê ainda a construção de duas refinarias com capacidade de 165 mil barris por dia de derivados de petróleo cada, que ficarão prontas, respectivamente, em 2013 e 2018. Nessas unidades a Petrobras terá 100% de participação.

Sergio Morais/Reuters

Plataforma P-56, que deve operar no présal, terá capacidade para 5,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 5 de abril de 2011

e

19 Só há uma maneira de baixar os preços dos alimentos: aumentar a produção. Wagner Rossi, ministro da Agricultura do Brasil

conomia

Cone Sul briga por alimentos Brasil, Argentina e Chile lideram grupo de países que rejeita ideia da França de controlar os preços das commodities agrícolas, como o milho e a soja.

A

rgentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai iniciaram mobilização contra a ideia da França de controlar os preços das commodities agrícolas. A posição foi oficializada em um documento durante a reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) – composto pelos ministros da Agricultura dos seis países – que ocorreu na semana passada na capital argentina, Buenos Aires. Eles também reiteraram a defesa do livre comércio e indicaram que o tema deve ser colocado no centro das próximas negociações de Doha. O entendimento do Conselho é de que a proposta francesa representa um desestímulo à produção agrícola. "Algumas iniciativas de países desenvolvidos, que querem centrar o combate contra a insegurança alimentar com mecanismos que limitam os preços internacionais das commodities, desincentivam a produção agropecuária nos países que têm vantagens comparativas e competitivas para alimentar o mundo", diz o texto da declaração. "Só há uma maneira de baixar os preços dos alimentos: aumentar a produção no campo. E a América do Sul é um dos poucos lugares do mundo, além da África, com terras férteis e condições para ampliar a oferta de produtos agrícolas", disse o ministro brasileiro, Wagner Rossi. Ainda na nota, os ministros apontam que a volatilidade atual dos preços dos alimentos e das commodities agrícolas não é "significativamente superior à média histórica". Eles consideram que a alta dos preços dos alimentos não é "a principal causa da insegurança ali-

Divulgação

Embarque de milho no porto do Paraná: terremotos e crise política no Oriente Médio alteram cotações no mercado internacional.

mentar" no mundo, mas a pobreza estrutural à qual está submetida grande parte da população mundial. Controle – Segundo o secretário de Política Agrícola do Brasil, Edilson Guimarães, que participou do encontro, não há como estabelecer mecanismos para o controle dos preços. "Nos últimos 40 anos, os preços das commodities agrícolas só tiveram pico de alta em função das três grandes crises econômicas mundiais: a do petróleo (anos 1970), a dos países asiáticos (anos 1990) e a de 2008." Segundo Guimarães, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE) divulgou, recentemente, estudo mostrando que os fundos de investimentos dão maior liquidez aos mercados. Ele diz que esse é um dos argumentos para atestar que os fundos não são, portanto, os responsáveis pelo aumento dos preços das commodities. No entanto, em março, a maior parte das commodities agrícolas – açúcar, soja, suco de laranja, carne bovina e óleo de soja – apurou leve movimento de queda nos preços ante fevereiro, embora o patamar em relação a igual mês de 2010 continue elevado. "Estamos fechando as análises, mas com certeza abril será um mês com tendência de baixa não apenas

para as agrícolas, mas para as commodities em geral com exceção do petróleo", disse o diretor da RC Consultores, Fábio Silveira. Terremoto – O boletim "Custos e Preços", divulgado na quinta-feira passada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostrou que os reflexos do terremoto que atingiu o Japão influenciaram negativamente o ritmo dos preços do algodão, café, milho e soja no mercado internacional. O episódio também gera incertezas sobre o desempenho das cotações da carne. Com exceção do café e do algodão, o desempenho dos demais produtos foi influen-

Ano da Holanda, saldo brasileiro. Segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, país quer intensificar parceria com condições especiais. Paulo Pampolin/Hype

Troca de ideias: (da esq. para a dir.) cônsul Louis Piët, Abdul Hakim, Luiz Roberto Gonçalves, vicepresidente da ACSP, Jeroen Fukken e Stephan Satijn.

Paula Cunha

A

s exportações brasileiras para a Holanda voltaram a crescer ao passar de US$ 8,1 bilhões, em 2009, para US$ 10,2 bilhões em 2010. A balança comercial entre os dois países é favorável ao Brasil, com saldo de US$ 8,4 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os dois países têm muito a trocar e a decisão de tornar 2011 o "Ano da Holanda no Brasil" visa incrementar suas relações comerciais. A Holanda é o quarto maior destino das exportações brasileiras. Dentro das atividades de entendimento entre representantes dos dois países, foi realizado ontem na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) o seminário "Holanda: soluções inteligentes para seus produtos no comércio europeu". Nele, o país europeu ressaltou sua vocação comercial e estrutura logística, com portos

interligados por rodovias, ferrovias e aeroportos, que podem favorecer a entrada de produtos brasileiros na Europa, com vantagens fiscais. O vice-presidente da ACSP, Luiz Roberto Gonçalves, ressaltou a importância do evento para aproximar as duas economias e explorar mais oportunidades de intercâmbio de experiências e fechamento de negócios. Para ele, é preciso que os dois países conheçam melhor seus produtos e serviços para que ambos possam oferecer e usufruir benefícios mútuos. O Cônsul Geral do Reino dos Países Baixos, Louis Piët, lembrou que a Holanda é o segundo maior investidor no Brasil depois dos Estados Unidos e o quarto destino das exportações brasileiras. Por isso, ressaltou a importância da troca de informações sobre a infraestrutura portuária, logística e comercial holandesa e como ela pode ser uma excelente porta de entrada para os produtos brasileiros na Europa. Para detalhar melhor esta estrutura, o diretor-geral do Ministério de Infraestrutura

e Meio Ambiente holandês, Jeroen Fukken, lembrou a criação de quatro estruturas portuárias com tecnologia avançada para atender novas demandas e destinos tanto europeus quanto mundiais. Para atingir este objetivo, o governo holandês estimulou a competitividade de suas empresas de logística com parcerias público-privadas, que exigiram em contrapartida a fixação de objetivos de longo prazo, e a modernização do transporte marítimo, aéreo e rodoviário do entorno dos projetos portuários. Vantagens fiscais – Para Fukken, um dos fatores que mais pode contribuir para o crescimento das relações comerciais entre Holanda e Brasil são as vantagens alfandegárias e fiscais que o seu país oferece. "Pretendemos estabelecer um tratado com brasileiros e asiáticos no qual haverá interferência alfandegária mínima sobre os produtos que importarmos destes países", explicou o diretor do Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente holandês. Segundo ele,

se o Brasil já economiza no momento em que inicia o processo de exportação de seus produtos, poderá expandir a pauta de itens e aumentar a receita. Além disso, as empresas brasileiras que se instalarem na Holanda serão beneficiadas pela ausência de tarifas de exportação para outros países europeus, o que as tornaria mais competitivas, acrescentou Stephan Satijn, vice-presidente do Conselho Holandês de Distribuição Internacional. Outra vantagem oferecida pelos holandeses, ressaltou Satijn, é o sistema trabalhista simplificado e as instalações ambientalmente adequadas. Durante o evento realizado ontem, o ministro de Assuntos Econômicos de Curaçao, uma das ilhas das Antilhas Holandesas, localizada ao norte da Venezuela, lembrou que ela é um dos maiores centros comerciais e de entrepostos do Caribe e oferece a seus parceiros comerciais estrutura jurídica e serviços financeiros especializados. Além de tudo isso, Curaçao é destino turístico de muitos brasileiros.

ciado também pela crise no Oriente Médio. Além das incertezas sobre a recuperação do Japão e o fim da crise no Oriente Médio, os preços da soja foram influenciados pela decisão da China, principal comprador do grão brasileiro, de adotar medidas

para reduzir o crescimento do país. As cotações recuaram 6,84%, em média, em março. No entanto, em relação a igual período do ano passado, os valores são 39,26% superiores. No caso do milho, também pesou de forma negativa o fato do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter apontado a possibilidade de redução no consumo para ração. A medida pode elevar os estoques de milho dos Estados Unidos de 675 milhões de bushels (unidade de medida para grãos secos) para 825 milhões de bushels. O Japão é o maior importador mundial de milho e o principal comprador de frango brasileiro. "Não está claro se ele pode vir a reduzir a demanda por milho e aumentar a importação de frango em função do risco de contaminação dos estoques locais de alimentos", registrou o boletim. As cotações médias do grão recuaram 5,67% em março. Os preços do algodão continuam em alta, mas a comparação entre as cotações na terceira e na segunda semanas de março mostra queda de 0,38%, em média. A retração das cotações do café é justificada pelo fato de o Japão ser um dos maiores importadores. "Acredita-se que o país pode reduzir a demanda pelo grão, decisão que pode inverter a tendência de alta dos preços", relatou o boletim.

De olho na radiação do Japão

O

monitoramento de de todos os tipos de alimentos vindos do Japão foi oficializado na última sexta-feira, 1º de abril. A Resolução nº 1.356 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu que a importação de matérias-primas e produtos alimentícios do país asiático está condicionada à apresentação de uma declaração das autoridades sanitárias japonesas. O documento deve atestar que os produtos não têm radiação acima do limite permitido. Segundo fontes do governo, os primeiros carregamentos de alimentos que poderiam estar contaminados chegariam a partir desta semana ao Brasil. Na Europa, contêineres enviados pelo Japão já foram detectados com níveis de radiação acima do normal. Conforme a resolução da Anvisa, a declaração

do governo japonês deve mostrar que os níveis de radionuclídeos (iodo - 131, césio -134 e césio - 137) nas matérias-primas e produtos alimentícios estão de acordo com o estabelecido pelo Codex Alimentarius, fórum internacional que elaborou as normas de segurança. Barreiras – A radiação no Japão causa um mal-estar comercial. Depois de ir à Organização Mundial do Comércio (OMC) sem sucesso, Tóquio decidiu ontem agir e apelar para que os demais países não criem barreiras comerciais contra seus produtos, sob a alegação da radiação que poderiam estar importando. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, telefonou ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, para garantir que Tóquio seria transparente em suas informações sobre o acidente nuclear. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o preço do petróleo bruto poderá subir até US$ 150 por barril.

conomia José Patrício/AE

Brasil é exemplo de controle digital País transfere tecnologia para órgãos governamentais

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padrão de tecnologia de controle digital usado pelo governo brasileiro tem servido de referência para países da América Latina. O mais recente passo desse processo foi a assinatura de acordos de transferência de tecnologia de certificação digital com países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e do Mercosul. Esse episódio sinaliza para a possibilidade de o padrão brasileiro ser adotado como referência também na troca de documentos eletrônicos, a exemplo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), nessas regiões. Os acordos assinados recentemente envolveram Equador, Cuba, Cabo Verde, El Salvador e Venezuela. À frente do projeto está o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), autarquia diretamente vinculada à Casa Civil da Presidência da República. Para Renato da Silveira Martini, presidente do ITI, a padronização do modelo de certificação digital é o primeiro passo para a equivalência tecnológica entre os países. "Somente após termos a padronização das tecnologias é que será possível compartilhar documentos eletrônicos com nossos parceiros econômicos", afirma. Martini destaca que, do

ponto de vista econômico, adotar um padrão tecnológico de controle entre blocos econômicos permitiria, entre outros pontos, dar velocidade ao desembaraço das exportações e importações, adotando ferramentas nos moldes da NF-e, mas em um contexto internacional. Outro exemplo possível é a criação da Certificação de Origem Digital, que indicaria em tempo real a procedência dos componentes de um produto exportado. No âmbito civil, essa padronização garantiria a validação de declarações, atestados, e de documentos pessoais, independentemente do País emitente. "Em cinco anos, esperamos que boa parte da América Latina esteja integrada pelo que podemos chamar de economia digital", diz. Há exemplos dessa integração. O histórico laboral de brasileiros, argentinos e paraguaios é reconhecido pelas previdências dos três países, o que permite que o tempo de trabalho em qualquer uma dessas economias seja agregado em uma única aposentadoria. O projeto é parte do chamado Mercosul Digital, que pela informatização quer fazer com que os governos, órgãos fiscais e reguladores dos membros do bloco possam se entender. O Mercosul Digital é bancado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro e pela União Europeia (EU).

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não descarta a possiblidade de novas importações de gasolina.

Preço do etanol sobe 11,69% na capital paulista em março A relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina atingiu a marca de 78,1% em março

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preço médio do etanol encerrou março com uma alta de 11,69% nos postos da capital paulista, conforme levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A variação foi bem mais expressiva que a verificada em fevereiro, quando o valor médio do combustível avançou 1,82%, e maior que a de janeiro, quando houve expansão de 3,77%. O preço médio da gasolina mostrou aceleração em relação aos meses anteriores. Em março, o valor do combustível avançou 1,95%, ante queda de 0,07% em fevereiro e alta de 0,2% em janeiro. O comportamento dos combustíveis seguiu caminho contrário ao da inflação entre fevereiro e março na cidade de São Paulo. No período, a taxa registrada pelo IPC da Fipe desacelerou de 0,6% para 0,35%.

A relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina atingiu a marca de 78,1% em março, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPV), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O número apurado no mês passado superou a relação de 71,29% em fevereiro e é a maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2003. Petróleo – Os preços do petróleo voltaram a subir, depois de o noticiário sobre os combates na Líbia alimentarem a perspectiva de que a guerra civil no país seja prolongada. As forças do regime de Muamar Kadafi retomaram a cidade petroleira de Brega no fim de semana e as forças de oposição contraatacaram ontem. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para maio fecharam no nível mais alto desde 22 de setembro de 2008, cotados a US$ 108,47 por barril, em alta

de US$ 0,53 (0,49%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para maio fecharam no nível mais alto desde 1º de agosto de 2008, a US$ 121,06 por barril, com ganho de US$ 2,36 (1,99%). O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o preço do petróleo bruto poderá subir até US$ 150 por barril por causa de "circunstâncias políticas", e não de fatores do mercado. "As circunstâncias políticas, e não as de mercado, estão decidindo os preços. Vocês me perguntam se os preços vão subir. Sim, vão subir. Acho que em algum tempo ele poderá alcançar os US$ 150", afirmou Ahmadinejad durante entrevista coletiva em Teerã. Dos 12 países que integram a Opep, o Irã é o segundo maior exportador de petróleo, atrás apenas da Arábia Saudita. O Irã está atualmente na presidência da Opep. Importação – O diretor de abastecimento da Petrobras,

Paulo Roberto Costa, afirmou ontem que a estatal não descarta a possiblidade de novas importações de gasolina, caso a oferta de álcool se mantenha restrita e os preços do produto continuem em alta. A Petrobras vai importar 1,5 milhão de barris de gasolina para fazer frente ao aumento do consumo desse combustível, com a disparada dos preços do álcool. Em todo o ano passado, a estatal havia importado 3 milhões de barris de gasolina, também no começo do ano e pelo mesmo motivo. A alta do preço do produto nas usinas levou o consumidor paulistano, por exemplo, a pagar até R$ 2,80 por litro nos postos, onde a queda não deve ser imediata. O preço médio da gasolina nas últimas semanas valorizou 2,34% na região Sudeste, chegando a R$ 2,62 o litro, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). (Agências)

Poucas declarações preocupam Fisco

O

volume de declarações recebidas pela Receita Federal do Brasil (RFB) teve uma pequena melhora, mas está abaixo do esperado. Gráficos usados pelos técnicos para comparar a entrega deste ano com a do ano passado mostram que há uma defasagem de aproximadamente 200 mil declarações em comparação com 2010. Enquanto no ano passado,

nessa época, a Receita tinha recebido 5,9 milhões de declarações, em 2011, o número registrado até as 10 horas de ontem estava em 5,7 milhões. A Receita aguarda 24 milhões de declarações neste ano. Na semana passada, o Supervisor Nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, mostrou-se preocupado com os contribuintes que estão deixando a entrega da declaração do Im-

posto de Renda (IR) para os últimos dias. O prazo termina no dia 29 de abril. O perigo para quem deixa para a última hora, além de eventuais problemas de conexão, está na correria que pode levar a erros e à falta dos documentos necessários. Neste ano, o formulário de papel deixou de existir e as declarações só podem ser preenchidas por meio de programa

próprio disponível no site da Receita (www.receit a.fazenda .g ov.b r). Após o preenchimento, o contribuinte deve enviar os dados usando o programa Receitanet, disponível no mesmo endereço eletrônico. Para os que têm dificuldades no envio do documento, a sugestão é entregar a declaração em disquete nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. (ABr)

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terça-feira, 5 de abril de 2011

e

21 Para este ano, a Fitch projeta um crescimento de 4% na economia brasileira.

conomia

Fotos: Newton Santos/Hype

Fitch eleva classificação de risco do País

A

Para Fishlow, professor da Universidade de Columbia, Nova York, de um dia para o outro, os recursos estrangeiros podem ir embora.

Educação e poupança para crescer O economista Albert Fishlow defende a independência do Brasil dos recursos de investidores estrangeiros. Neide Martingo

I

nvestir em educação, no desenvolvimento do Brasil, para que o Produto Interno Bruto (PIB) possa crescer. O principal caminho para alcançar os objetivos: o governo cortar os próprios gastos. A opinião é do professor da Universidade da Columbia e economista Albert Fishlow. Apaixonado pelo Brasil, ele estuda o País há 40 anos. A longa análise resultou no livro O Novo Brasil, lançado recentemente. "Para ter dinheiro e investir, é necessário que o Brasil faça uma poupança interna, e não dependa de recursos de investidores estrangeiros. Eles podem ir embora a qualquer momento", afirma o professor. Fishlow diz que o Brasil terá a tão cobiçada cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Mas não agora. "Primeiro, o Brasil precisa sair do idealismo para o mundo real". O especialista em Brasil morou no País entre 1967 e 1969. Vive em Nova York, mas visita os brasileiros pelo menos três vezes por ano. "Adoro a feijoada, a carne e a comida italiana servidos por aqui".

AF – Os brasileiros estão querendo as coisas de forma imediata. As mudanças no Conselho de Segurança da ONU vão acontecer. O Brasil terá sua cadeira. Mas não agora. Isso leva tempo. De certo modo, o País a almeja, mas não está na posição de gastar dinheiro como a Índia, que colocou tropas em alguns lugares do mundo. E não está fazendo contribuições grandes, e sim um esforço. Essa é a primeira vez que o Brasil está fazendo algo – dentro da África. Mas

Diário do Comércio – Os brasileiros tiveram aumento na renda. Mesmo assim, muitos não têm acesso a serviços básicos de qualidade, como saúde e educação. Como o senhor analisa esse cenário? Albert Fishlow – Há a necessidade de existir no País um sistema educacional, que proporcione oportunidades para todos. Educação é a área que necessita mais investimentos. O País avançou muito na área social, com o Bolsa Família. Mas, apesar de 45 milhões de pessoas receberem o benefício, a qualidade da educação não é suficiente para as pessoas lerem e escreverem e terem acesso a tecnologias modernas.

para integrar o Conselho da ONU terá que passar do idealismo para o realismo. Isso só vai acontecer quando o Brasil reconhecer que Kadafi tem que sair do poder, na Líbia. É necessária a acomodação, na ONU, mas também atitudes do lado do Brasil, nas posições do Itamaraty.

DC – A economia do Brasil é destaque no mundo. Mas qual é o resultado prático disso?

DC –Quem dá as cartas hoje é a China. Qual é o potencial do Brasil no mundo?

AF – O Brasil tem que começar a poupar, em primeiro lugar, para ficar dentro do grupo que está avançando à grande velocidade, que é o caso da China, com taxas de crescimento a 10% ao ano, assim como a Índia, com 9%. A taxa de investimento do Brasil é de 18,7% em relação ao PIB; já o número, na China, chega a 45% e na Índia, a 38%. Na Coreia do Sul, é de 30% – e no Peru, 24%. Para avançar na economia, é necessário aumentar o investimento, financiado pela pou-

Primeiro, o Brasil precisa sair do idealismo para o mundo real. ALBERT FISHLOW, ECONOMISTA

pança doméstica, em vez de criar dependência de novo nas importações de capital, que vêm de países de fora. De um dia para o outro, os recursos podem ir embora. DC – Qual o cenário que o senhor analisa para o Brasil neste e no próximo ano, levando em conta os esforços do governo para controlar a inflação e os juros altos? AF – Acho difícil prever nes-

te ano uma taxa de crescimento acima de 4%. Em 2012, dependendo da recuperação dos Estados Unidos, da União Europeia e do Japão, poderia ser algo no mesmo patamar. No Brasil, há um grande aumento do salário-mínimo que deve acontecer no começo do ano que vem. Isso cria o desequilíbrio interno. A presidente Dilma Rousseff conseguiu conter o aumento do salário-mínimo neste ano. Mas no ano que vem, ele vai acontecer. E esse grande aumento traz implicações para a previdência – um grande problema. O superávit primário é sempre a prioridade – , mas há o déficit do lado governamental, contínuo no Brasil. Ele tem que terminar, porque é preciso ter investimento, proveniente da poupança, de 24% ou 25% do PIB, para sustentar o desenvolvimento de 5%. E ainda existem os custos com a Copa do Mundo, a Olimpíada. DC – Como o Brasil é visto lá fora? A análise melhorou? AF – Sim. Os dias de 'Carmem Miranda' ficaram para trás. O Brasil, como participante do G-20 já tem uma boa posição, como membro da Organização Mundial do Comércio (OMC) também. O País quer o fim da Rodada de Doha. Mas, para isso acontecer, é preciso ser mais flexível nas tarifas industriais, para que fiquem mais baixas. É interessante notar que a média das tarifas brasileiras está acima das da China ou da Índia. O País, para ganhar as vantagens que está procurando, na área de produtos primários, tem que negociar também a entrada dos bens manufaturados dos Estados Unidos e da Europa. Eu vejo a necessidade de um balanço na política externa. Flexibilizar, para conseguir facilidades. O algodão é um exemplo de que o Brasil e os Estados Unidos podem chegar a uma solução aceitável. Ao final de tudo isso, virá a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

que é sustentado pela agência de diversidade econômica do classificação de País, uma grande e risco Fitch Ratings crescente classe média e elevou a nota soberana de um ciclo positivo de crédito do Brasil de BBBinvestimento", disse para BBB ontem. É a primeira alta desde maio de Shelly Shetty, diretorasênior e chefe de notas 2008, quando a Fitch soberanas da América reconheceu o País como Latina na Fitch. grau de investimento – O movimento coloca o espécie de selo de segurança Brasil no segundo nível da para quem investe em títulos do Brasil. Faltam oito classificação de grau de investimento da Fitch. Com níveis para o nível máximo a mudança de hoje, o País da agência, AAA. se iguala, na escala da De acordo com a Fitch, a Fitch, a nações como Rússia alta da nota do Brasil reflete a elevação da capacidade de e Lituânia. E fica à frente de Índia, Peru e crescimento Grécia. sustentável do Os ratings País para algo de crédito são entre 4% e 5%. utilizados por Para este ano, a A trajetória de investidores agência projeta crescimento como alta de 4%. A indicação da Fitch destaca do Brasil a probabilidade que a transição médio prazo de receberem de governo do deve se seu capital ex-presidente manter aplicado de Luiz Inácio Lula relativamente volta, segundo da Silva para a os termos presidente forte devido à acordados na Dilma Rousseff dinâmica de ocasião da foi suave, com consumo realização do manutenção do doméstico. investimento. consenso sobre a A Fitch é a responsabilidade SHELLY SHETTY, FITCH primeira das macroeconômica. três grandes O Ministério da Fazenda teme que o real agências de risco a elevar o Brasil acima do primeiro valorizado prejudique a nível do grau de indústria, estimulando investimento, que é BBB-. importações. As outras duas agências Além disso, destaca o são a Moody's e a relatório da Fitch, a nova Standard & Poor's, que administração tem mantém a classificação do mostrado sinais de maior País no primeiro nível do contenção dos gastos grau de investimento públicos, que, juntamente (BBB-) desde abril de 2008. com as perspectivas de Na Moodys, a crescimento saudável, deve classificação do Brasil é permitir uma melhora da Baa3 (equivalente a BBB-), dívida pública. com perspectiva positiva, "A trajetória de desde setembro de 2009. crescimento do Brasil a Há a expectativa de médio prazo deve se revisão da classificação no manter relativamente segundo trimestre de forte devido à dinâmica 2011. (Agências) de consumo doméstico,

Reconhecimento de economia sólida

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou ontem que a melhora da avaliação do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch é um "reconhecimento de que a economia brasileira está cada vez mais sólida". Segundo ele, o Brasil não apresenta riscos, e está sendo bem avaliado. Questionado se a medida não poderia gerar um aumento no ingresso de dólares para o Brasil, uma vez que o rating do País subiu, Mantega avaliou que isso representa um "certo problema". "Quanto mais sólida a economia brasileira fica, mais ela tende a atrair investimentos externos e dólares, o que, neste momento, é um certo problema. Mas é melhor ter esse problema de excesso de dólares do que o problema que tínhamos no passado, de falta de dólares", declarou o ministro. O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou em nota à imprensa que "esses bons fundamentos da economia brasileira proporcionam melhores condições para o crescimento sustentável e concorrem para a contínua queda no custo de financiamento do investimento que o País demanda e continuará a demandar nos próximos anos." Surpreso – O sócio da Tendências Consultoria, Juan Jensen, foi surpreendido pela elevação do rating

soberano do Brasil pela Fitch. Para ele, a decisão chegou em um momento "estranho". "Não estávamos esperando uma melhora no rating neste momento, inclusive porque a política macroeconômica do País tem piorado, principalmente no último mês", afirmou. Jensen disse que a presidente Dilma Rousseff iniciou o governo com um discurso e ações consistentes, o que pode ter influenciado a decisão da agência. Porém, ele enfatizou que, no último mês, o tripé macroeconômico tem "fraquejado". "Se a elevação do rating tivesse vindo depois do primeiro mês do governo, não surpreenderia tanto. Mas as incertezas são bem maiores do que eram há dois meses e, dado o último mês e as últimas medidas na área monetária, cambial e fiscal, o upgrade vem em um momento no mínimo estranho." Superávit – Jensen acredita que o País cumprirá a meta de superávit primário para este ano e afirmou que a consultoria prevê que o crescimento do PIB deve chegar a 3,9% em 2011, mas disse que essa desaceleração não resolve a questão inflacionária. O sócio da Tendências Consultoria disse não compartilhar da avaliação da agência Fitch, que citou o anúncio do governo de um ajuste fiscal como decisivo para a elevação da nota do Brasil. (Folhapress)


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e Comércio entra na era high tech

terça-feira, 5 de abril de 2011

A novidade, porém, não beneficiará todas as atividades do comércio. Ricardo Pastore, professor da ESPM

conomia

Uso da tecnologia ultrapassa o setor operacional e chega de vez aos consumidores para facilitar as vendas

O

celular está cada vez mais esperto. O computador já faz parte do dia a dia de muitos e, assim, a tecnologia vai se infiltrando mais e mais na vida das pessoas. E, como não poderia ser diferente, o comércio também avança no uso da tecnologia. A era high tech chega agora às lojas para oferecer interação com o con-

sumidor e facilitar a venda de produtos. A nova tendência tem sido anunciada pelo professor Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, em suas palestras. "O varejo sempre investiu em tecnologia na frente das lojas (caixas) e nos fundos (setor operacional e de logística). Mas agora é a vez dela ficar de fato em meio às prateleiras e

Fotos: Divulgação

Ricardo Osman

mostruários", contou Pastore, em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio. Os sinais são claros e a tendência é irreversível, segundo o professor da ESPM, que co-

Pequenas empresas também podem entrar na onda, como fez o Bar Brahma, que adotou o iPad.

nheceu as primeiras tecnologias ao participar da Convenção da National Rental Federation (NRF), em Nova York, no início deste ano. No evento, ficou claro para Pastore que era isso que faltava para aumentar o faturamento no comércio, como o caso de algumas experiências bem-sucedidas realizadas na Europa. As lojas da Puma, na Itália, por exemplo, já desenvolveram um sistema para interagir com seus consumidores por meio de um iPad no ponto de venda, cita ele. O cliente pode, a partir do aparelho, montar um tênis exclusivo, se inspirando nos modelos das prateleiras. "Com o equipamento, o cliente monta o tênis com a cor que deseja, a sola que julga ser apropriada e, depois de tudo escolhido, vai ao caixa para pagar", disse o professor. O produto será feito e entregue, automaticamente, no endereço indicado pelo consumidor, segundo ele. Pastore diz que os resultados das iniciativas adotadas até agora são positivos. O uso de tecnologia pode aumentar a oferta de produtos em uma prateleira. Uma tela ou iPad pode exibir novas opções de maneira virtual ao ser acionada pelo cliente. "Os recursos são inúmeros.", disse ele, que não tem dúvida de que a tendência logo estará no Brasil.

"Não se trata de um modismo, mas de um sistema que aumenta as vendas das lojas", disse Pastore, calculando que a novidade chegará por aqui em um ou, no máximo, dois anos. "O varejo começou a recorrer à tecnologia com objetivo de garantir economia, para substituir funcionários nos sistemas de pagamento, por exemplo. Mas agora é diferente. A tecnologia será empregada no setor de vendas", afirmou. O professor explica, no entanto, que não se trata de instalar telões com anúncios no meio das lojas. "A nova abordagem será diferente da mídia de interrupção, que é aquela que conhecemos nos comerciais de televisão, que surgem durante a novela", afirma ele. "A tendência prevê a interação com o cliente e não a interrupção do que ele está fazendo. E, além disso, oferece a possibilidade de produtos personalizados", acrescentou. A novidade, porém, não virá para beneficiar todas as atividades do comércio de maneira indiscriminada. Conforme o professor, a tendência é mais oportuna para alguns segmentos como o de venda de vinhos e de moda. Um dos principais obstáculos para sua adoção, entretan-

Sergio Kulpas

O equipamento exibe o cardápio e os clientes podem escolher seus pratos ao tocar na tela do aparelho.

O varejo sempre investiu em tecnologia, mas agora ela ficará de fato em meio às prateleiras e mostruários, perto das pessoas. RICARDO PASTORE, PROFESSOR DA ESPM

to, pode ser a resistência às novidades. "O comércio irá adotar as tecnologias, mas antes será preciso um processo de quebra de cultura nas empresas." As pequenas e médias podem ingressar nesta onda, com criatividade. É o que fez o Bar Brahma, no Centro, que adotou o iPad como instrumento para exibir o cardápio a seus clientes. O cliente escolhe os pratos ao tocar na tela do aparelho.

sergiokulpas@gmail.com

Invasão de privacidade

B

est Buy, Kroger e Walgreens são algumas das grandes redes de varejo dos Estados Unidos afetadas em 30 de março por um mega-ataque de hackers, que conseguiram acesso a milhares de dados privados de clientes, como endereços, emails e possivelmente informações sobre contas bancárias. As vítimas do ataque, que também incluem bancos e outras empresas de serviços, são todas clientes da firma Epsilon, que fornece serviços de marketing digital. A Épsilon, sediada no estado do Texas, divulgou um curto comunicado neste final de semana, dizendo que está realizando uma ampla investigação sobre o caso. A porta-voz da Epsilon, Jessica Simon, não quis dar declarações para a imprensa. A Epsilon disse aos seus clientes que a invasão de dados não representa risco sério para os consumidores dessas empresas. A rede Best Buy divulgou um comunicado no domingo, informando que vai conduzir uma investigação própria sobre o vazamento de dados. A maior rede de produtos eletrônicos dos EUA avisou os consumidores para ignorarem emails pedindo dados confidenciais. Outra vítima do ataque, o banco

Barclays, que emite cartões de crédito da marca Visa, enviou emails para seus clientes alertando sobre o ataque e reforçando a segurança dos cartões de crédito. O banco informou os clientes sobre o risco de emails solicitando dados pessoais. A rede de mercados Walgreens e a empresa de gravação de programas de TV TiVo enviaram alertas similares aos seus clientes. A rede de mercearias Kroger e o banco JPMorgan Chase, que também usam o serviço da Epsilon para enviar comunicados aos clientes, declararam na sexta-feira que foram afetados pela invasão. O JPMorgan informou que os arquivos afetados não incluem os detalhes financeiros de seus clientes. A rede Kroger disse que um banco de dados com nomes e endereços de emails dos clientes foi invadido, mas esse banco de dados não continha informações sobre o programa conectado aos números de cartões de crédito MasterCard usados pelos clientes. A Epsilon ainda não divulgou a lista completa das empresas afetadas pela invasão dos hackers. Todos os clientes já afetados divulgaram comunicados informando medidas de proteção e investigação do incidente. Esse tipo de crime está se tor-

nando mais frequente nos Estados Unidos e Europa, e também em outras partes do mundo. Há pouco mais de um ano e meio, a rede de lojas de vestuário J.C. Penney foi vítima de um ataque gigantesco, onde as informações confidenciais de milhões de consumidores ficaram expostas. O caso se tornou símbolo de uma nova geração de crimes eletrônicos contra empresas, e revelou ao mesmo tempo o baixo nível de proteção de dados sigilosos pelas empresas e o grau de sofisticação dos bandidos em seu ataque. O FBI divulgou um relatório indicando que os criminosos passaram meses estudando os pontos fracos do sistema de proteção de dados pessoais antes de darem o golpe. O que chama a atenção neste novo caso é que as empresas parecem ter ignorado os avisos de crimes anteriores. Aparentemente, continua sendo fácil para criminosos explorarem as fraquezas no acesso a dados sigilosos, o que pode representar um prejuízo de milhões ou até bilhões de dólares para empresas e consumidores. Além do dano financeiro para as empresas, uma ocorrência desse tipo prejudica seriamente a imagem de um varejista.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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23 O valor médio da cesta básica na Capital apresentou alta de 0,12% em março Pesquisa Fipe

conomia

Inflação desacelera na Capital O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fipe, fechou o mês de março com alta de 0,35%, depois de ter subido 0,6% em fevereiro.

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Alex Silva/AE

Í n d i c e d e P re ç o s a o Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), fechou o mês de março com alta de 0,35%, depois de ter subido 0,6% em fevereiro. O indicador que mede a inflação da cidade de São Paulo ficou no piso das estimativas dos analistas, que iam de 0,35% a 0,43%, com mediana de 0,4%. O IPC também teve leve desaceleração sobre a terceira quadrissemana de março, quando ficou em 0,37%. Os preços do grupo Habitação haviam subido 0,72% em fevereiro, desaceleraram para 0,34% na terceira quadrissemana de março e fecharam o mês com alta de 0,27%. No grupo Alimentação, os preços saíram de uma deflação de 0,17% em fevereiro para uma deflação de 0,13% na terceira prévia de fevereiro, mas encerraram o mês com alta de 0,09%. Já o grupo Transportes havia registrado alta de 1,16% em fevereiro, desacelerou para 0,94% na terceira quadrissemana do mês passado, mas voltou a subir para 1,04% no último levantamento – foi o item que mais contribuiu para a inflação. No grupo Despesas Pessoais, os preços subiram 1,24% em fevereiro, baixaram para 0,46% na terceira prévia de março e fecharam o mês com alta de 0,2%. O grupo Saúde teve alta de 0,72% em fevereiro, ligeira queda para 0,67% na terceira quadrissemana de março e 0,6% no encerramento do mês. Em Vestuário, os preços haviam apresentado leve queda de

Transporte na cidade de São Paulo: setor é o que mais contribuiu para o aumento da inflação. Preços subiram 1,04% em média.

0,03% em fevereiro, passaram para alta de 0,56% na terceira pesquisa de março e fecharam o mês com alta de 0,02% – foi o item que menos contribuiu para o IPC. Finalmente, em Educação, os preços subiram 0,32% em fevereiro, desaceleraram para 0,09% na terceira prévia de março e tiveram leve subida para 0,13% no último levantamento. Cesta básica – O valor médio da cesta básica na Capital apresentou alta de 0,12% em março ante fevereiro, conforme a pesquisa divulgada ontem pela Fundação. No mês passado, o preço médio do conjunto de itens em São Paulo alcançou R$ 277,69 ante o valor de R$ 277,36 observado em fevereiro. Com a alta observada em março ante fevereiro, a cesta básica acu-

mulou uma elevação de 0,27% no primeiro trimestre de 2011. Esta variação foi bastante inferior à de 2,1% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do período. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a variação positiva da cesta básica foi de 7,71% ante alta de 6,06% do indicador de inflação paulistano. A pesquisa da cesta básica da Fipe verifica os preços de 51 produtos, número bem mais reduzido que o de 465 produtos do IPC, que, em março, apresentou taxa de inflação de 0,35% ante alta de 0,6% de fevereiro. O conjunto observado na cesta é formado por 41 preços do grupo Alimentação, sete de Higiene Pessoal e três de Limpeza. A instituição divide a cidade em

Pressão sobre os preços em 2012

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mercado financeiro elevou a projeção para a inflação em 2012, segundo o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). No caso da inflação em 2011, a estimativa dos economistas do mercado financeiro apontou leve alta. De acordo com a pesquisa, a expectativa para a inflação oficial neste ano subiu de 6% para 6,02%, em um patamar ainda distante do centro da meta de inflação, que é de 4,5% para 2011. A meta tem margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Os analistas aumentaram a projeção para a inflação em 2012 de 4,91% para 5%. No caso da inflação de curto praz o, o m e r c a d o e l e v o u d e 0,62% para 0,65% a previsão para o Índice de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA) de março de 2011. Para a inflação de abril, a taxa prevista passou de 0,53% para 0,55%. O mercado financeiro manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, em 4%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção para o crescimento da economia seguiu em 4,3%. A estimativa para o crescimento da produção industrial em 2011 passou de 4% para 4,08%. Para 2012, a projeção mostra recuo de 4,7% para 4,65%. Juros e dólar – De acordo com a pesquisa Focus, os analistas mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011, em 12,25% ao ano. No momento, a taxa está em 11,75% ao ano. A projeção para a Selic no fim de 2012 seguiu

MHC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA.-ME CNPJ 62.131.685/0001-62 - DECLARAÇÃO Declaramos para todos os fins e sob as penas da lei que o talão de nota fiscal de nº 001 a 025 foi extraviado após ser utilizado. CLAUDIA REGINA CALÇADE - RG 25.315.310-4 SSP/SP - CPF 196.585.738-86.

ALLUMÊ COSMÉTICOS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA – EPP torna público que requereu da CETESB – Osasco a Renovação da Licença de Operação para fabricação de cosméticos, sita à Rua dos Estados, 183 – A, Galpão 1/ Polo Industrial, Santana do Parnaíba/SP.

Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. Companhia Fechada - CNPJ nº 61.206.397/0001-67 - NIRE 35.300.042.174 Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária - Edital de Convocação Ficam convocados os senhores acionistas da Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. (a “Companhia”) a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária a ser realizada em sua sede social, na cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, na Rua Heloisa Pamplona nº 842, Bairro Fundação, no dia 12 de abril de 2011, às 10:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do dia: em Assembleia Geral Ordinária: i) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; ii) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; e iii) eleger os membros do Conselho Fiscal; em Assembleia Geral Extraordinária: i) fixar a remuneração global dos administradores da Companhia. Edgard Nassif Saigh - Diretor Vice-Presidente.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 04 de abril de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Edemilson de Souza - Requerida: Satierf Ind. Com. Imp. Exp. de Máquinas e Serviços Ltda. - Rua Carnot nº 215 - 2ª Vara de Falências Requerente: Asa Mídia e Comunicações Ltda. - Requerida: Panamby Representação e Serviços Bancários Ltda.EPP - Rua Anhembi nº 40 - sala 4 - Jd. Prof. Benoa Santana de Parnaíba - 2ª Vara de Falências

em 11,25% ao ano. Para o mercado de câmbio, os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,70, o mesmo patamar estimado na semana anterior. A projeção do câmbio médio no decorrer de 2011 passou de R$ 1,68 para R$ 1,67. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbio é de R$ 1,75. Contas externas – O mercado financeiro alterou a previsão para o déficit nas contas externas em 2011. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano passou de US$ 63,2 bilhões para os US$ 62,45 bilhões. Para 2012, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estimado passou de US$ 70 bilhões para US$ 69,05 bilhões. Já a previsão de superávit comercial em 2011 subiu de US$ 15,5 bilhões para US$ 16,1 bilhões. (AE)

seis regiões, conforme o poder aquisitivo da população e localização. A zona Sul e a zona Leste, por exemplo, estão divididas em dois grupos cada uma. m março, a zona Sul 1, formada por bairros como Vila Mariana, Itaim Bibi e Santo Amaro, manteve a posição costumeira e apresentou o maior valor para a cesta no município. No período, o preço médio nesta região avançou 0,23% ante fevereiro e atingiu R$ 288,94. O segundo valor mais expressivo ficou por conta da cesta da zona Oeste, região formada por Lapa, Perdizes, Butantã e Pinheiros, entre outros bairros. Isso aconteceu mesmo depois de uma redução de 0,47%, que levou o custo médio da cesta para R$ 282,91. (AE)

Fipe eleva projeção para 5,5%

O

coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Antonio Evaldo Comune, elevou de 5% para 5,5% a previsão de inflação para 2011 na capital paulista. Em entrevista à imprensa para detalhar o resultado do indicador em março (0,35%), ele justificou a mudança apontando o cenário pressionado de preços observado no primeiro trimestre do ano. De janeiro a março, o IPC-Fipe acumula alta de 2,1%. Apesar de o resultado acumulado ter sido inferior ao de 2,43% do primeiro trimestre de 2010, Comune disse acreditar que o espaço restante em 2011 para taxas mensais mais brandas seria insuficiente para uma concretização da previsão anterior, de 5%. "Temos praticamente a metade da meta só nos três primeiros meses do ano", disse. Conforme cálculos do coordenador, se o IPC apresentasse uma taxa mensal média entre 0,3% e 0,4% nos nove meses que restam para completar 2011, a taxa acumulada de inflação em São Paulo ficaria entre 5,3% e 5,7%. "Por isso, a projeção 'seca' passou para 5,5%", disse. Se confirmada a expectativa de Comune, o IPC será ainda inferior à taxa de 2010, quando a inflação foi de 6,4%. De acordo com ele, a estimativa leva em conta crescimento do PIB de 4% em 2011 e tem como fator de risco o preço das commodities no mercado. (AE)

Consumidores continuam cautelosos com economia

O

Índice Nacional de Expectativa do Cons u m i d o r ( I n e c ) recuou pelo quinto mês consecutivo em março, com queda de 0,5% na comparação com fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação ao mesmo mês de 2010, o indicador de expectativa do consumidor caiu 1,3%, mas vem acumulando redução de 5,1% desde outubro. Dentre as variáveis que compõem o Inec, a expectativa de desemprego foi a que apresentou pior desempenho em março, com queda de 3,3% na pontuação, indicando que os c o n s u m i d o re s e s t ã o m a i s apreensivos em relação a seus postos de trabalho. No entanto, destacou a CNI, o indicador

Construtora Centenário S.A. Empreendimentos e Participações CNPJ Nº 43.382.027/0001-07 – NIRE 35.3.00113594 Assembléia Geral Ordinária – Edital de Convocação “Ficam convocados os Srs. Acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, no dia 12 de abril de 2011, às 12:00 horas, na sede social, na Rua Maria Paula, 36 – 4º andar – Conj. A, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: Prestação de Contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31/12/2010. São Paulo, 31 de março de 2011. Ass. Conselho de Administração”. 02,05,06/04/2011

Itaoca S/A – Administração de Bens CNPJ Nº 01.943.295/0001-00 – NIRE 35.3.0010415.3 Edital de Convocação Ficam os senhores acionistas da Itaoca S/A – Administração de Bens convocados a se reunir em assembléia geral ordinária, que se realizará no dia 04 de maio de 2011, às 16:00 horas, na Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 1.713, 11º andar, nesta Capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (a) prestação de contas dos administradores, exame, discussão e deliberação sobre as demonstrações financeiras da Companhia, relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; (b) deliberação sobre a destinação do resultado do exercício referido em “1” acima; (c) eleição dos Diretores e fixação do montante da remuneração global da Diretoria para o corrente exercício social; e (d) outros assuntos de interesse da Companhia. Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010. São Paulo, 31 de março de 2011. Maria Virginia Monteiro Machado – Diretora. (02, 05 e 06/04/2011)

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA Extrato de Contrato Processo nº 23/11 – Pregão nº 10/11 Contratante: Prefeitura do Município de Andradina. Objeto: Aquisição de caminhão e máquinas pesadas. Do pagamento: 30 (trinta) dias após a emissão da Nota Fiscal. Do Prazo de Entrega: Até 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data de assinatura do contrato. Contratado: Aoki Ltda. Valor do Contrato: R$ 624.000,00 (Seiscentos e vinte e quatro mil reais). Contratado: Brasif S/A Exportação e Importação. Valor do Contrato: R$ 485.000,00 (Quatrocentos e oitenta e cinco mil reais). Contratado: Emblema Comércio de Máquinas Agrícolas Ltda. Valor do Contrato: R$ 315.000,00 (Trezentos e quinze mil reais). Data do Contrato: 22 de março de 2.011. JAMIL AKIO ONO – Prefeito

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA Extrato de Contrato Processo Nº 21/11 – Pregão Nº 09/11 Contratante: Prefeitura do Município de Andradina. Objeto: Aquisição de materiais asfálticos para uso em Operação Tapa Buracos. Do Pagamento: 30 (trinta) dias após a emissão da Nota Fiscal. Do Prazo de Entrega: De forma parcelada. Contratado: C B B Indústria e Comércio de Asfaltos e Engenharia Ltda. Valor do Contrato: R$ 57.750,00 (Cinquenta e sete mil, setecentos e cinquenta reais). Contratado: Casa do Asfalto Distribuidora, Indústria e Comércio de Asfalto Ltda. Valor do Contrato: R$ 47.200,00 (Quarenta e sete mil e duzentos reais). Contratado: Mineração Grandes Lagos Ltda. Valor do Contrato: R$ 81.250,00 (Oitenta e um mil, duzentos e cinquenta reais). Data do Contrato: 16 de março de 2.011. JAMIL AKIO ONO – Prefeito

ainda se encontra 3,3% acima do apurado em março do ano passado e 7,6% acima de sua média histórica. Dívidas – O indicador que mede a avaliação do consumidor sobre a sua atual situação financeira também mostrou recuo, de 1,5% ante fevereiro. Na comparação anual, a variável ficou 5,4% pior. Da mesma forma, o indicador de endividamento ficou 0,3% pior que o verificado em fevereiro, com queda de 2,1% em relação a março do ano passado. Além disso, a propensão a compras de bens de maior valor diminuiu 0,9% em relação ao mês anterior, com recuo de 1,4% ante o mesmo mês do ano passado. Mesmo diante do quadro geral mais pessimista, as expectativas do consumidor so-

bre a própria renda melhoraram em março, com aumento de 1,9% ante fevereiro. Na comparação com março do ano passado, a melhora foi de 1,3%. O Inec também mostra uma melhora de 1,5% na expectativa de inflação ante fevereiro, mas o resultado não foi suficiente para evitar a queda de 3,7% em relação ao mesmo mês de 2010. Em nota, o analista de Políticas e Indústria da CNI, Marcelo Azevedo, afirmou que, embora a avaliação da situação financeira atual dos consumidores tenha piorado, as perspectivas quanto à renda para os próximos seis meses continuam positivas. "Isso mostra que os brasileiros acreditam que vão melhorar sua condição financeira nos próximos meses", completou. (AE)

Piu Piu Auto Center Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação, 30006620, válida até 24/03/2016 para atividade de comercio de produtos derivados de Petroleo , sito à Rua Antonio de Barros, 2181 - Vila Carrão - São Paulo - SP. Cep: 3401-0001

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Republicado para alteração do dia da abertura do pregão. Pregão Eletrônico para Registro de Preços objetivando a aquisição de mistura para o preparo de pudim de leite com ovos e leite condensado. Edital de Pregão Eletrônico n° 17/2011. Processo n° 1595/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00021. Data do início do prazo para envio da proposta eletrônica: 04/04/2011. Data e hora da abertura da sessão pública: 15/04/2011 – 10:00 horas Republicado para alteração do dia da abertura do pregão. Pregão Eletrônico para Registro de Preços objetivando a aquisição de mistura para o preparo de pudim sabor chocolate. Edital de Pregão Eletrônico n° 18/2011. Processo n° 2015/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00022. Data do início do prazo para envio da proposta eletrônica: 04/04/2011. Data e hora da abertura da sessão pública: 15/04/2011 – 10:00 horas Republicado para alteração do dia da abertura do pregão. Pregão Eletrônico para registro de preços objetivando a aquisição de mistura para o preparo de leite com sabor baunilha. Edital de pregão eletrônico n° 19/2011. Processo n° 2065/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00011. Data do início do prazo para envio da proposta eletrônica: 04/04/2011. Data e hora da abertura da sessão pública: 15/04/2011 – 10:00 horas INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. Endereço Eletrônico: www.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 5 de abril de 2011

A informação precisa ser mais direta, simples e didática Sandra Turchi, diretora de marketing da Boa Vista Serviços

nformática

Novo cliente, novas táticas Saiba como utilizar as estratégias de marketing digital para conquistar e vender para a classe média emergente na internet ALICE SOSNOWSKI

m mercado que cresceu exponencialmente nos últimos 10 anos, movimenta R$ 840 bilhões por ano e responde por 76% do consumo de todo o País. Um público que se digitaliza rapidamente e já representa maioria no comércio eletrônico. Esta é a nova classe média, um contingente de mais de 90 milhões de pessoas que está ocupando um lugar privilegiado nas estratégias das empresas. Segundo o instituto de pesquisa Data Popular, especializado no mercado emergente, nos últimos anos a classe C atingiu a marca de 60% do total de internautas. Somada às classes D e E, esta faixa da população representa 80% dos usuários brasileiros. Não é à toa que o computador é um dos principais eletrodomésticos na casa deste consumidor. Nele, o usuário se comunica com o mundo e troca informações nas redes sociais. Na hora de comprar um produto, confia mais na indicação de um amigo do que na TV. "As empresas que querem traçar uma estratégia digital a médio prazo não podem excluir este novo internauta", destacou Renato Meirelles, sóciodiretor do Data Popular, durante

U

palestra no evento Digital Strategies Summits 2011, focado em marketing digital. E para conquistar de vez esse mercado é fundamental entender o comportamento do novo consumidor e saber se comunicar com ele. "A informação precisa ser mais direta, simples e didática", explica Sandra Turchi, especialista em e-commerce e diretora de marketing da Boa Vista Serviços. E complementa: "As empresas precisam estar atentas em oferecer uma boa usabilidade nos sites, opções variadas e formas mais acessíveis de pagamento". Iniciante – De olho nesta oportunidade, a empresária Danielle Torres, proprietária da FABPrint, que produz adesivos para decoração, resolveu investir na internet como canal de vendas. Depois de testar a abrangência de sua marca com site, blog e presença nas redes sociais, Danielle percebeu que este consumidor é exigente na hora de comprar e está em busca do melhor custo x benefício na web. "Já trabalhei com ecommerce há sete anos, mas hoje temos muitas outras ferramentas disponíveis para incrementar o negócio", explica a empresária, revelando que pretende se filiar aos clubes de compra, usar

Patrícia Cruz/LUZ

A empresária Danielle Torres, que produz adesivos para decoração, resolveu investir em internet para atrair o novo e-consumidor

cupons de desconto, pagamento parcelado e ferramentas de personalização na loja virtual para atrair o consumidor e gerar volume de vendas. Redes sociais Os especialistas concordam que as redes sociais também são um caminho para conquistar o público da classe C. Pesquisas indicam que 68% dos usuários usam a rede para pesquisar preços e se valem dela para trocar

impressões com amigos. "No entanto, é preciso estar atento para não sair neste meio vendendo ostensivamente", alerta Sandra Turchi. "As redes sociais servem para criar relacionamento, abrir os ouvidos para o consumidor", afirma a especialista. Para lidar com este novo público ávido por informação e com poder de compra, as melhores práticas se resumem em criar relacionamento,

conquistar o consumidor para só depois oferecer o produto da forma mais didática possível. As novas ferramentas online ajudam neste processo. Os recursos multimídia, por exemplo, podem ser aproveitados para expor o produto de forma eficiente e facilitar o entendimento do comprador. Estratégia que grandes varejistas como Casas Bahia e Magazine Luiza já utilizam e que os pequenos

GADGETS

começam a testar vislumbrando uma fatia deste mercado. É com esta preocupação que Danielle, da FABPrint, pretende se aventurar novamente no ecommerce. Desta vez, com mais foco e dedicação. "Estamos contratando uma pessoa para cuidar exclusivamente da comunicação digital da empresa", explica. "Assim, teremos recursos para fazer da internet um importante canal de negócios", conclui.

MOBILIDADE

n Tablets mais finos da Samsung

Um smartphone para redes sociais

ACESSÓRIOS

smartphone HTC Desire A, da HTC, é um aparelho para quem usa intensivamente as mídias sociais. A interface Sense do aparelho se baseia em três princípios: Make it Mine (aparelho com a sua cara); Stay Close (integração com os amigos) e Discover the Unexpected (lazer e entretenimento). Além do Facebook, fotos e vídeos podem ser compartilhados para o Flickr, Twitter, YouTube e Friend Stream. Com Android, tela de 3.2 polegadas multitoque, o modelo inclui Wi-Fi, Bluetooth e câmera com resolução de 5 Mpixel. Por R$ 899.

O

Samsung lançou duas novas versões de seu tablet Galaxy, um deles com tela de 10.1 e o outro com 8.9 polegadas e que devem chegar ao mercado brasileiro no meio do ano. Eles são mais finos que o modelo anterior, com 8.6 mm de espessura. O maior pesa 595 gramas. Ambos trazem suporte ao Flash 10.2 e à rede 4G. Segundo a Samsung, o preço estimado do aparelho 10.1 será de R$ 1,7 mil, e deve chegar até junho. O preço do modelo menor ainda não foi definido.

A

CÂMERAS ACESSÓRIOS

Localize sua foto no mapa onteúdos de localização e mapas da Navteq começam a ser embarcados nas novas câmeras Lumix DMC-TZ20/ZS10, da Panasonic, prometidas para chegar neste mês no Brasil. Com esse recurso, o usuário integra as fotos com data e hora à localização geográfica onde ela foi capturada, facilitando o armazenamento e identificação das imagens. Com as geotags (informações geográficas) os modelos FT3/TS3 informam os diversos pontos de interesse do fotógrafo de acordo com as fotos feitas, inclusive com a latitude e a longitude de cada ponto, com país, cidade, bairro e pontos de referência do local. O preço não foi definido.

iPhones mais moderninhos

C

cessórios e capas para smartphones e tablets estão inundando as lojas porque protegem e dão uma cara nova ao gadget. As capas para iPhones da FreshFiber têm um estilo diferenciado porque foram criadas por designers e artistas especializados em 3D. O resultado combina fibra de nylon e texturas imitando couro e madeira, mais resistentes e flexíveis do que as convencionais. A distribuidora das capas com motivos florais e abstratos é a Office Media. Por R$ 159.

A Fones que não ocupam espaço s fones de ouvido da Clone têm cabos retráteis e podem ser usados em kits multimídia, internet, audioconferências, iPods, aparelhos de MP3 e MP4, computadores e videogames. Eles trazem recursos especiais como microfone embutido, controle de volume, cancelamento de ruídos, amplificador de graves e sensibilidade na detecção de voz. O design é diferenciado para mais conforto do usuário, com arco ajustável, lapela e clipe de fixação. Preço: R$ 14, no varejo.

O


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