Arte final: aqui acaba um segredo vienense embutido por nove anos.
Conclusão: 23h55
Ano 86 - Nº 23.328
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Jornal do empreendedor
R$ 1,40
São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011
EXCLUSIVO
Em 45 dias choveram mais dólares do que em todo 2010 Saldo foi de US$ 24,356 bi até dia 4 de março. Pág. 17
Você vale US$ 10.800. É a partilha do PIB. Johannes (foto) inventou artista e obra. Ninguém desconfiou. Pág. 36
Avanço de 6,5% do PIB eleva posição brasileira entre as economias mundiais. Pág. 19
Genoíno de volta, com os companheiros militares. O ex-guerrilheiro, ex-presidente do PT, réu no processo do Mensalão, candidato derrotado nas últimas eleições, retorna ao front como assessor do Ministério da Defesa. Pág. 5 Roberto Schmidt/AFP Arquivo DC
Arquivo DC
Ideias e desafios de pensadoras que mudaram o mundo Filósofa Hannah Arendt e Anne Frank, autora do diário mais contundente sobre o nazismo. São personagens de ensaio sobre mulheres-ícones que cultura transformaram a civilização. Páginas 31 e 32
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Volvo, acenando aos jovens.
França e EUA: rebeldes são a Líbia. (E Kadafi avança). O Conselho Nacional da Líbia foi reconhecido pela França, que enviará seu embaixador para Benghazi, bastião rebelde. A secretária Clinton também receberá a nova Líbia, que Kadafi está reconquistando.Págs. 12 e 13 Divulgação
Ale Vianna/News Free/AE
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 18º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.
ISSN 1679-2688
23328
Campanha pelo passe livre pega fogo Manifestantes queimam boneco do prefeito Kassab. Pág. 15
9 771679 268008
Nhác! As boas mesas de Buenos Aires Boa Viagem!
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, 11 de março de 2011
O futuro não é algo que já está dado: é algo a ser construído, geralmente de forma imprevisível. Roberto Fendt
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Asmaa Waguih/Reuters
EYMAR MASCARO
ENSAIANDO O PULO DO GATO
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Rebeldes anti-Kadafi, próximos a terminal petrolífero em Ras Lanuf, região sob forte bombardeio do governo.
Perspectivas para a economia ocidental
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m l e i t o r, c o n f u s o com a violência que persiste em vários dos países muçulmanos e com o preço do petróleo acima de cem dólares o barril, escreve e pergunta: o que mais pode acontecer? Em particular, o que vai acontecer com a economia mundial depois de todos esses sobressaltos – e dos que provavelmente ainda estão por vir? Os leitores deste espaço sabem da minha resistência em fazer previsões. O futuro não é algo que já está dado, competindonos apenas descobri-lo: ele é algo a ser construído, geralmente de forma imprevisível. Dito isso, é também verdade que o mundo continuará a existir, como existe há bilhões de anos. E as economias do Ocidente sobreviverão a qualquer cataclismo, como sobreviveram a dias piores do que os que atravessamos hoje. Há riscos e oportunidades na atual crise, como gostam de dizer alguns. Vamos a eles. A maior parte dos riscos é conhecida e nos está sendo apresentada todos os dias. Repressão brutal de protestos, ameaças a terminais de embarques de petróleo, contágio a países até agora tranquilos. Alguns, contudo, têm merecido menos destaque. É o caso, por exemplo, da possibilidade de "pequenos" novos eventos terem consequências sistêmicas. O que ocorreria se novos testes de stress do sistema bancário europeu mostrassem fragilidades ainda desconhecidas? Será possível à Grécia levar adiante o programa de estabilização com que se comprometeu em meio a um desemprego que já atinge quase 15% de sua força de trabalho? Qual o próximo país muçulmano a ser contagiado pelo vento da liberdade que já sopra em vários deles, ajudado pela contínua elevação dos preços dos alimentos nesses países?
ROBERTO FENDT Outro exemplo de risco que só tem vindo à mente do pessoal da área de petróleo pode estar situado no Egito. A produção de petróleo do país já atingiu 922 mil barris diários em 2006; de lá para cá, vem decrescendo ano após ano e a perda já atinge 26%. Além do turismo, prejudicado pelos distúrbios no país e nos países vizinhos, o Egito vive da exportação de petróleo, como muitos dos países da região.
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raticamente autossuficiente em alimentos até a década de 1960, hoje o Egito importa a maioria de seus alimentos, pagos e subsidiados à população com a receita do petróleo. Novos distúrbios não podem ser afastados, à medida que aumentam os custos desses subsídios e se reduzem as receitas petrolíferas. Os problemas não param aí. Cerca de três milhões de barris de petróleo cruzam diariamente o Canal de Suez, uma das principais rotas mundiais de trânsito do petróleo e equivalentes à uma vez e
meia a produção brasileira. Também por ali passam as importações de alimentos da população. A interrupção do canal por uma greve não somente poria em risco a alimentação dos egípcios; poria em risco também o abastecimento mundial, cuja suspensão seria equivalente a mais de uma vez e meia a produção líbia anterior ao início da crise.
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á muitos outros potenciais problemas, como há inúmeras alternativas, algumas das quais já postas em prática ou a caminho de sê-lo. A mais óbvia delas já está em execução: o aumento da produção de petróleo por alguns países da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (Opep). Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes e Nigéria estão b o m b e a n d o m a i s p e t ró l e o e substituindo o petróleo líbio no mercado. Há possibilidade de um aumento geral das quotas de todos os países membros da Opep, dian-
As economias do Ocidente sobreviverão a qualquer cataclismo, como sobreviveram a dias piores do que os que atravessamos hoje. Há riscos e oportunidades na atual crise.
te dos problemas que poderiam advir para os próprios membros caso os preços ultrapassem os 120 dólares por barril. O empecilho a esse reconhecimento de uma situação de fato é o Irã, que atualmente preside a Organização. Segundo o representante iraniano, não haveria necessidade de aumentar-se a oferta de petróleo ao mercado. Para ele, o aumento do preço não decorre da escassez do produto no mercado, mas de razões psicológicas.
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ontrariamente a esse ponto de vista, Michael Wittner, principal pesquisador do mercado de petróleo do banco francês Société Générale, afirmou recentemente que os mercados estão precificando o preço do petróleo na expectativa de uma queda mais acentuada da oferta líbia, que já se reduziu em um terço, para um milhão de barris diários. Os eventos se encarregarão de dizer quem tem razão nessa querela. Finalmente, fala-se muito no mercado sobre a possibilidade de ampliar-se a oferta russa, particularmente aos países europeus. A estabilidade política do país poderia ser uma alternativa à crescente instabilidade na oferta proveniente do norte da África e do Oriente Médio. Quais alternativas vingarão dependerá das circunstâncias. Os americanos, por exemplo, poderão liberar parte de sua reserva estratégica, de mais de 700 milhões de barris, caso venha a ocorrer uma emergência. O mais provável, leitor, é que uma combinação de alta temporária de preços com aumentos de oferta do petróleo ao mercado permita superar os problemas atuais. Até hoje, os seres humanos não criaram problemas que não fossem capazes de resolver. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA
deputado Sérgio Guerra vai iniciar um levantamento nos diretórios estaduais do PSDB, com a justificativa de que precisa preparar o partido para as eleições de 2012 e 2014. O que, na realidade, pretende o deputado pernambucano, é fortalecer sua candidatura à reeleição à presidência do partido. Sérgio Guerra é o candidato do senador Aécio Neves com a missão de conduzir o PSDB por mais dois anos, a partir de maio. Reeleito, Guerra terá influência direta na escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2014. Isto é, Guerra indicará Aécio. A candidatura de Sérgio Guerra já recebeu o apoio das maiorias das bancadas tucanas na Câmara e Senado, através de manifesto incentivado pelo senador mineiro. Os aecistas jogam para evitar que um tucano paulista chegue à presidência do partido. Eles temem que José Serra se entusiasme com os 44 milhões de votos que recebeu na eleição em que foi derrotado pela petista Dilma Rousseff e volte a pleitear mais uma candidatura à presidência da República. Serra continua em desvantagem em relação a Aécio, sobretudo porque não está no exercício de qualquer mandato, padecendo com a falta de um palanque com visibilidade para endurecer a oposição ao governo do PT.
or isso, o ex-presidente Fernando Henrique tenta equilibrar o jogo interno no PSDB, sugerindo a criação de um Conselho Político que seria constituído por ele, por Aécio, por Serra e pelo governador Geraldo Alckmin. Seria a forma de permitir a Serra uma posição de destaque no partido. Os serristas estão insatisfeitos com o comportamento de Aécio Neves que, até agora, não ergueu sua voz em oposição a Dilma. Serra tem admitido nas conversas com tucanos que o PSDB no Senado estaria contemporizando com o governo petista, com exceção do senador paulista Aloísio Nunes Ferreira, que vez por outra, dá um cutucão em Dilma. O PSDB vai realizar convenção em maio para renovar o diretório nacional. Os tucanos paulistas pensaram em eleger Serra para a presidência do partido, mas foram reprovados pelos aecistas, que cerraram fileira no apoio à recondução de Sérgio Guerra. Pesa contra Serra o desejo
Os serristas estão insatisfeitos com Aécio Neves que, até agora, não ergueu a voz em oposição a Dilma. Para eles, o PSDB no Senado estaria contemporizando com o governo.
de ser novamente presidenciável em 2014, e mais: os mineiros lembram que o ex-governador de São Paulo já perdeu duas eleições presidenciais, para Lula e Dilma. Os mineiros não aceitam sequer que FHC presida o partido. Aécio Neves está a cavaleiro no partido: na hipótese de ser o presidenciável tucano e perder a eleição, ele teria ainda mais quatro anos de mandato como senador. O próprio Aécio diz que não teria nada a perder fase atual é delicada para Serra. Como não deseja ser candidato a prefeito de São Paulo em 2012, resta a ele disputar eleição somente em 2014. Perdendo a indicação para concorrer ao Planalto, suas opções seriam a de ser candidato ao governo paulista ou ao Senado, disputando a vaga que se abrirá com o término do mandato de Eduardo Suplicy.
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candidatura ao governo estadual esbarraria no desejo de Alckmin de ser candidato à reeleição. Existe uma última opção a Serra, ser candidato à sucessão de Dilma por outro partido, mas até agora ele não demonstrou vontade de deixar o PSDB, partido do qual foi um dos fundadores, juntamente com Fernando Henrique, Franco Montoro e Mário Covas. Serra vem preenchendo o vazio político fazendo palestras e partiticipando de seminários no Brasil e exterior.
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EYMAR MASCARO É JORNALISTA E COMENTARISTA POLÍTICO MASCARO@BIGHOST.COM.BR
Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze
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DOS CUSTOS DECORRENTES DO RECALL , O MAIS DIFÍCIL DE CONTABILIZAR REFERE-SE AO MORAL DO GRUPO.
pinião
NEIL MAMÃE EU QUERO MAMAR
FERREIRA
TANTO RISO, OH,
QUANTA ALEGRIA...
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O PESO DO RECALL H O C
que está acontecendo nas grandes empresas automobilísticas? Quanto à tradição de excelência, algumas marcas são verdadeiras referências. Inegáveis seus avanços tecnológicos e soluções importantes no que diz respeito à economicidade de motores flex, o uso de novos combustíveis, além de uma diversidade de propostas competitivas do que poderá ser o "carro elétrico". Esforços de marketing têm sido capazes de assegurar o interesse do mercado e mostram o potencial de carreira de geniais inventores e engenheiros que, nos centros de pesquisa e desenvolvimento, vêm garantindo a competitividade dos negócios da indústria automobilística, incluindo-se os requintes do design. Em meio a este cenário brilhante, pergunta-se: o que está acontecendo na indústria automobilística? Começamos a prestar atenção na frequência com que são anunciados programas de recall. Quanto custa um recall? São muitos os itens de custos, tanto diretos como indiretos. Divulgar o apelo de comparecimento pode ser o item menos prejudicial. Além de ser o cumprimento de um dever, o recall implica diversas e onerosas alterações operacionais no campo da pós-venda, como o uso dos
EITOR HAGAS
telefones, o atendimento nas lojas e oficinas dos revendedores e concessionários. Soube-se de casos de recall gerados por lastimáveis acidentes, alguns deles com perdas de vidas. Podem surgir processos judiciais em busca de indenizações diversas.
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e todos os custos decorrentes, o maior e de mais difícil contabilização é o que diz respeito ao moral do grupo. O relacionamento interno se deteriora, afetando o clima e a qualidade do diálogo entre as pessoas das fábricas, dos projetos e das áreas de marketing e de vendas. Todos eles ficam assustados com as consequências do desprestígio da marca. Buscas de explicações, tentativas de soluções alternativas que deverão estar prontas quando os clientes retornarem e os cuidados com os custos adicionais se somam a tudo mais, dentro das organizações já contaminadas
pela novidade negativa. Outras perguntas brotam como esta: como foi que chegamos a isto? É possível identificar ranços da velha visão de departamentos compartimentados que não permitiram que as vitoriosas e consagradas ideias de Qualidade Total incluíssem, de maneira efetiva, a necessária integração da gestão.
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fato, também, que, na maioria das organizações, as pessoas de uma determinada área não sabem o que fazem as das outras. Ninguém sabe o quanto o seu próprio trabalho é importante para o trabalho dos demais. isso porque não se criou o ambiente de sinergias internas. Integrar a gestão não se restringe aos processos de governança. É investimento no potencial integrador da conectividade entre as pessoas e as áreas. É um rentável exercício da verdadeira liderança.
Para tirarmos proveito dos saudáveis novos tempos de inovações que poderão incrementar a competitividade das empresas, será necessário criar, permanentemente, uma cultura de integração e de sinergia. Com a livre conectividade entre as pessoas, quaisquer que sejam os seus papéis, estejam elas em quaisquer das áreas, trocam-se ideias e se transmitem sugestões, indagações e até críticas. Principalmente as que sejam oriundas dos clientes ou outros stakeholders.
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a isto que nos referimos quando dizemos que na sociedade atual se vive "em rede". Uma cultura de sinergia transforma o ambiente das organizações, oferecendo instrumentos mentais e sociais de incentivo e suporte aos processos criativos de pessoas e grupos, em busca de soluções. Precisa-se de uma gestão integrada, pela consciência desta verdadeira malha de interdependências, para reduzir os riscos e os prejuízos gerados pala necessidade de recalls. Fica o desafio. HEITOR CHAGAS É CONSULTOR DA PETROBRAS-COMPERJ E MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE CIENCIA DA ADMINISTRAÇÃO HEITORCHAGAS@HOTMAIL.COM
VOCÊ SERVE PARA VENDER? Q
uando um cliente fica satisfeito com o que comprou, diz de "boca cheia" aos amigos: " Olha o que eu comprei"! Já quando a coisa não dá muito certo, diz , com aquela cara de vítima: "Olha o que me venderam!" Ou seja, quando fica satisfeito, o mérito é dele. Mas, quando fica insatisfeito, a "culpa" é do vendedor. Isso é justo? Se é justo ou não, não importa. O que importa é verificarmos se servimos para vender, afinal. E quem é que serve para vender? É aquele que fala bastante, extrovertido, comunicativo e que tem habilidade para "fazer a cabeça" dos clientes para que comprem o que ele (vendedor) precisa vender? Pois nenhuma dessas características tem valor algum se o cliente ficar insatisfeito com o que comprou, ou pior ainda, se experimentou insucesso com o produto ou serviço. Quem serve para vender é a pessoa que tem interesse sincero em compreender o cliente, suas necessidades, interesses ou desejos. E ajuda o cliente a comprar tudo o que atende – da forma mais
FÁBIO MARQUES completa, precisa e abrangente possível – a essas necessidades, interesses ou desejos. Isso parece óbvio e até um clichê, mas, são bem raros os profissionais que praticam essa realidade. A maioria dos vendedores tem pressa em oferecer seus produtos e serviços e faz pouca ou nenhuma análise quanto aos resultados práticos que os clientes podem alcançar com tais produtos ou serviços. onduzo anualmente muitos treinamentos e laboratórios de vendas. Sempre que vamos fazer uma simulação com participantes fazendo os papeis Vendedor/Cliente, é muito comum a pessoa que representará o papel do vendedor já começar me perguntando, antes
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mesmo de começarmos a dinâmica: "Mas qual produto tenho que vender?" odo vendedor tem um ou vários produtos para vender, mas antes de pensar em oferecê-los, deveria preocupar-se em compreender muito bem as necessidades, interesses e desejos de cada cliente. Só assim há uma boa chance de fidelizá-lo. Apenas quando o cliente sente que é compreendido, ouvido com atenção e ajudado a tomar a melhor decisão quanto à compra, sente-se à vontade para voltar outras vezes, pois tem a certeza de que será bem assessorado e ficará satisfeito com o resultado final. Se, ao contrário, o cliente sente que comprou mais do que precisava, ou menos do que precisava, ou algo que não resolveu seu problema ou não atendeu bem sua
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necessidade, passa a desconfiar da capacidade (e às vezes até da integridade) do vendedor. E, assim, não se sente confortável para voltar a comprar com ele. Um verdadeiro profissional de vendas é, na essência, um prestador de serviços de consultoria em compras, fazendo tudo para que o cliente possa dizer aos seus amigos, orgulhoso e satisfeito: "Olha o que eu comprei!" os olhos dos amigos do cliente, o mérito pela excelente decisão de compra é dele (cliente). Aos olhos dos amigos do vendedor, ele (vendedor) é merecedor do sucesso que tem em vendas. E, o mais importante: aos olhos do cliente, aquele vendedor é o consultor que ele precisa para ficar muito bem servido com as compras que faz! Quem serve para vender? Aquele que vende para servir!
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FÁBIO MARQUES É CONSULTOR E PALESTRANTE, AUTOR DE "GUIA PRÁTICO DA EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS: COMO CONQUISTAR CLIENTES, AUMENTAR OS LUCROS E VIVER MELHOR" WWW.FABIOMARQUES.COM.BR
ais de mil palhaços no salão... É assim que continua o versinho da imortal Máscara Negra, de Zé Keti. Mil palhaços havia no tempo dele, talvez bons tempos aqueles; hoje são milhões e milhões de tiriricas – tiricas unidos jamais serão vencidos. Um Tiririca, comediante de tevê, recebeu como se sabe Um Milhão e Trezentos e Cinquenta Mil votos e elegeu-se deputado federal por São Paulo com votação recorde; é de longe o mais votado do Brasil. Uns Cinquenta Mil votos de certos eleitores debochados, que achavam estar tirando sarro da nossa democracia. Mas Um Milhão e Trezentos Mil votos foram dados por outros reais tiriricas, que possuem representante legítimo na Câmara Federal. Analfabeto, foi nomeado por seus pares para a Comissão de Educação e Cultura, sob gritaria geral e protestos com cartas às redações de jornais, artigos de jornalistas respeitáveis e vaias da galera que geralmente não se lembra em quem votou nas eleições passadas. Qual é o problema de um analfabeto ser da Comissão de Educação e Cultura, se um ignorante confesso e bebum respeitável foi presidente por dois mandatos consecutivos? E fez de um Poste a sua sucessora, com um caminhão de votos, como disse Franklin Martins, segundo a Veja, o ex-ministro da Supressão da Verdade. Dá uma olhada em volta do Tiririca e veja que beleza a representação do país dos "mais de 80%". O brimo Maluf, mais de Trezentos Mil votos e você está José Serra (careca) de saber qual é a dele, está na Comissão da Reforma Política. Aposto meu braço direito que essa reforma não sai, e se sair não vai reformar lhufas. máximo da gozação deles em cima di nóis, é que João Paulo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal no processo dos mensaleiros, "uma quadrilha", conforme denunciou o Procurador Geral da República – acrescento que chefiada pelo cumpanhero Zé Dirceu – é presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara Federal – sem as "suas vistas" e aprovação nenhum projeto sai da gaveta e anda. Não quero me alongar nessa conversa de quarta-feira de cinzas; afinal o Congresso tem 530 "elementos" e eu falei só de três; mas foi por preguiça e não por falta de assunto. Quero, no entanto, deixar registrado que nenhum deles foi nomeado, nenhum é "biônico", do Sarney para cima, para os lados e para baixo, todos foram votados em eleições, tanto quanto sei, livres, nominais e numerais. A gente clicava na urna eletrônico o número do cara, aparecia sua carinha e seu nome, não tinha erro. Os eleitores, nossos irmãos brasileiros, votaram no Tiririca, no Maluf, no João Paulo Cunha, no Poste, sabendo muito bem o que queriam e o que estavam fazendo. Daí, "tanto riso, oh, quanta alegria, mais de mil palhaços no salão...". O povão está feliz como nunca antes nesse país. A Vai-Vai, que levou como enredo o Maestro João Carlos Martins, e a Beija Flor de Nilópolis, que levou o "Rei" Roberto Carlos, ganharam os carnavais
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A cereja no topo desse bolo foi a Sandy de garota propaganda da cerveja Devassa. Ninguém ainda entendeu como ela conseguiu entrar no lugar da Paris Hilton.
de São Paulo e do Rio, respectivamente. Falou-se que aqui tudo vai tão bem no melhor dos mundos, como vivia apregoando o professor Pangloss no passado e o Cara, num tempo mais recente, que "a música venceu o Carnaval". Não o samba no pé, nem os Mestres-Sala e PortaBandeiras, nem as baterias e suas rainhas (ai, Jesus !), nem as e os passistas (agora somos obrigados a falar como o Poste, que começa suas falas dizendo “brasileiras e brasileiros” e depois se perde, como eu me perdi agora), nem os carros alegóricos, nem as destaques fantasiadas de quase nada – o que provocou no ator inglês Jude Law a indagação: "O que a água deste país tem, que produz tanta mulher gostosa?" Ele falou coisa mais forte, falou "hot", você sabe o que é, eu traduzi malemá por "gostosa" por educação. oi a música a vencedora, na Beija Flor neste ano o "empresário zoológico" Aniz Abrão foi inocentado da vitória pelos invejosos derrotados da Mangueira; até eles admitiram que quem ganhou foi Roberto Carlos. Em São Paulo, na Vai-Vai, o Maestro Martins, emocionado, afirmou que o samba enredo que o homenageou citava Bach. "Foi a primeira vez que uma escola de samba cita Bach", declarou com lágrimas nos olhos. Como tenho memória de elefante, cito aqui que o Maestro Martins era o responsável pela empresa "Pau Brasil", que alegadamente lavava grana para o brimo Maluf, não sei se isso deu em alguma coisa, acho que não. A cereja no topo desse bolo foi a Sandy fantasiada de garota-propaganda da cerveja Devassa. Ninguém entendeu como ela conseguiu contrato para entrar no lugar da Paris Hilton, que bebeu o bar inteiro no carnaval do ano passado. Sandy confessadamente não bebe, no que obra muito bem. Trabalha como moura pela graninha que ganha. E continua, mesmo depois de casada, o exemplo da virgenzinha que todas as vovós (e só elas) almejam para os netinhos. Vai ver é isso, neste nosso país do carnaval, não beber, trabalhar e se comportar é um belo exemplo de devassidão. Só esses devassos não entendem o silêncio do Cara, que já cantou um refrão chamando Kadafi de "mermão e meu líder". O ANO NOVO COMEÇA SEGUNDA-FEIRA. FELIZ 2011.
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NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Giba Um
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gibaum@gibaum.com.br
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k É, ele gosta...
Duas horas antes, Roberto Carlos preferiu ir para a concentração de Mercedes blindado, oito seguranças e dois batedores.
LEA T // transexual, avisada por um amigo, num camarote, para tomar cuidado com Ronaldo que estava por perto.
Fotos: Mario Testino
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MAIS: Erasmo Carlos também foi mais cedo, à pé, fumando um cigarrinho e acompanhado por um segurança da escola.
sexta-feira, 11 de março de 2011
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Alguma vantagem 333 A transexual Lea T usou o toalete feminino no camarote da Brahma e depois, querendo procurar dois amigos, ia entrando no masculino quanto a atendente gritou: “Moça, aí não pode entrar, é o banheiro dos homens!”. E Lea T: “Mas senhora, sou travesti!”. Em seguida: “A gente sofre tanto preconceito, é tão perseguida... Pelo menos nessa hora temos de ter alguma vantagem”. Depois, ainda posou para foto ao lado da atendente.
Santo
DISPUTADO Malgrado a Beija-Flor tenha levado a vitória no sambódromo (na manhã de terça-feira, Haroldo Costa, que conhece cabeça de jurado, apostava na comoção provocada por Roberto Carlos e decretava, antecipadamente, que a escola venceria), a imagem-sintese desse carnaval que ficou, foi mesmo, a da comissão de frente da Unidos da Tijuca. E antes mesmo do desfile das campeãs, o passe de Paulo barros já está sendo disputado por outras duas escolas.
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verba cortada Feriados nacionais sempre deixam grande saldo de acidentes e mortes das rodovias brasileiras – e esse carnaval não foi diferente. Para tentar reduzir a mortalidade, a gravidade e o número de acidentes, o governo tem o Funsef – Fundo Nacional de Segurança e Educação no Transito que, a cada ano, dispõe de menos recursos. Em 2011, o orçamento prevê R$ 690,9 milhões: só que R$ 494,2 milhões (72%) já foram contingenciados. No ano passado, dos R$ 574,6 milhões previstos apenas R$ 208,4 milhões foram usados. E nos oito anos de Lula, de R$ 3,1 bilhões no orçamento, só R$ 863,6 milhões foram autorizados. 333
ADMIRAÇÃO 333 Quem estava por perto, no camarote da Brahma, garante que a americana Pamela Anderson, popularizada pelo seriado SOS Malibu e dona de um super-peito que já a levou 11 vezes à capa de Playboy americana, ficou quase atônita quando viu (e não tirou os olhos) o derrière da Valeska Popozuda. Os 106 cm ostentados pela brasileira quase humilharam a americana que, em seu regresso, já estaria inclinada a procurar a famosa clinica de Los Angeles, especializada em brazilian butt.
333 Ela já vendeu mais de 70 milhões de álbuns, 40 milhões de singles e cinco milhões de DVDs. Já foi eleita pela Forbes “a celebridade mais poderosa do mundo”; “a mulher do ano” pela Glamour ; e “o ícone mais importante da cultura americana” pela CNN. Agora, depois de altos e baixos, aos 29 anos, Britney Spears lança, no final do mês, seu novo álbum chamado Femme Fatale. E ganha, entre outras publicações um número só seu da V Magazine, onde esbanja sensualidade, em fotos do peruano Mario Testino em diversas cores chapadas: “Hoje, sou uma pessoas reservada e procuro maior privacidade para mim e meus filhos”.
Femme fatale
A escolha do enredo sobre a vida de Roberto Carlos, que acabou levando a Beija-Flor à sua 12ª vitória na passarela do samba, é quase uma novela. Para 2010, ano do cinqüentenário da carreira do cantor, era o tema preferido de Anísio Abraão David. Só que os 50 anos de Brasília acabaram pesando mais. Em 2009, no cruzeiro Emoções em alto mar, a bateria era da Beija-Flor e RC encantou-se com Raissa, rainha da bateria. Para o carnaval deste ano, outro enredo estava sendo cogitado: seria sobre São Jorge, padroeiro da escola. Aí, teria entrado em cena Ivan Zurita, com os R$ 3 milhões de patrocínio da Nestlé: a dinheirama só desembarcaria lá se o enredo fosse Roberto Carlos. Depois, preocupações com o rei: muita gente achava que ele ia reclamar do carro de Iemanjá e nos meses que antecederam o carnaval, ele não reclamou de nada. E Zurita até desfilou na avenida. 333
A novela do enredo
EX-MARIDO 333 Para o descanso de carnaval na base da Aeronáutica em Natal, a presidente Dilma Rousseff não levou apenas a filha,onetoeogenro.Convidou também o ex-marido e exguerrilheiro Carlos Araújo para ir junto e passar um tempo com filha e neto. Também para o Natal na Granja do Torto e para a festa da posse, Dilma convidou Araújo. Ele vive só em Porto Alegre e é aposentado.
333 A atriz Sharon Stone chegou ao jantar pré-Oscar da Maison Dior no Chateau Marmont, em Los Angeles, de mãos dadas com o milionário sueco Johan Eliash, dono da gigante de raquetes Head, ex-assessor do ex-primeiro ministro britânico Gordon Brown e os sites de celebridades de lá garantiram logo que se tratava de um novo romance. Sharon Stone divorciou-se em 2004 do produtor Phil Bronstein e Eliash, que tem grandes áreas na Amazônia (projeto embargado pelo Ibama), está separado há sete meses da brasileira Ana Paula Junqueira (destaque), que estava sozinha no baile Vogue de carnaval.
Romance no jet set
Mais uma Na próxima segunda-feira, Lula faz uma palestra em Doha, no Catar, como convidado da TV Al-Jazeera. Deverá viajar com Luis Dulci e Paulo Okamoto, do futuro instituto que o ex-presidente quer montar, assessores e três seguranças autorizados para a viagem pelo Gabinete da Segurança Institucional da Presidência. Deverá ser o primeiro cachê de US$ 200 mil para Lula (cerca de R$ 360 mil). 333
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O jogador Ronaldinho Gaúcho, available, vem atirando em todas as direções: no desfile da Grande Rio, sambou ao lado da atriz Aparecida Petrowky, a Sandrinha de Viver a Vida, declarou-se fã da moça e pediu seu telefone. Na semana anterior, havia sido visto conversando e falando no ouvido de Shayene Cesário, rainha da bateria da Estácio de Sá. E quando viu Sheron Menezes, atriz e rainha da bateria da Portela, ficou vidrado. Aí é mais complicado.
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Meias lurex curtas, com salto alto.
O PMDB, maior partido do Brasil e que receberá R$ 33 milhões este ano do fundo partidário, deve cerca de R$ 200 mil em aluguéis atrasados de 35 meses para a Câmara Federal. O partido ocupa lá uma sala de 146 metros quadrados e a última vez que pagou, em um mês, R$ 5.621 pelo aluguel, foi em 2008.
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333 NO DESFILE das campeãs, amanhã, no Rio, no último carro alegórico da Vila Isabel sai Gisele Bündchen, que já voltou aos Estados Unidos com o marido Tom Brady e entra a baiana e vicebispa do axé, Claudia Leite. Por outro lado, também a cantora Sandy não estará no camarote da cerveja: sua fase de devassa já passou e ela até devolveu a cor original a seus cabelos.
A AMBEV não pensa, para o carnaval do ano que vem, em criar um novo camarote no sambódromo, bem menor do que funcionou por mais de 20 anos. Por enquanto, a idéia é tentar desenvolver outro tipo de evento, na mesma época – e de maior retorno. Hoje, a AmBev não tem tanta certeza de que o custobenefício de um camarote daquele tamanho é um bom negócio. BLOGUEIROS da internet estão batizando o período presidencial de Dilma Rousseff: depois da República de Alagoas, República do Pão de Queijo e República de Jabuticaba, chega agora a República da Omelete.
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333 RONALDO ex-Fenômeno estava no camarote de Brahma, ensaiando uns passinhos e a repórter conseguiu chegar perto: “E aí, você é bom de samba”. E o ex-jogador: “Só depois da segunda cerveja”.
OS MAIS nostálgicos apaixonados pelo cinema americano estão lembrando que o título Cisne Negro não é o primeiro na história de Hollywood. Em 1942, Tyrone Power, Maureen O’Hara e George Sanders protagonizaram um dos melhores filmes de piratas de todos os tempos, Cisne Negro (era o nome do navio), hoje considerado um cult movie. 333
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Meias curtas brancas, com sapatilha.
Tem agente no samba Nos anos 30, com os Estados Unidos enfiados na recessão, dois artistas, o desenhista Alex Raymond, o mesmo de Flash Gordon e Nick Holmes, e o escritor Dashiel Hammett, criador de O Falcão Maltês, sucesso no cinema com Humphrey Bogart e direção de John Huston, criaram um detetive humano, desses para virar um herói eterno. Surgia o agente X-9, uma bíblia para gerações futuras de artistas gráficos, cartunistas e cineastas (George Lucas era um dos maiores fãs). O agente X-9 resolvia qualquer mistério e era durão como Dick Tracy. Agora, a Devir Livraria relança álbum com tiras de 1934 a 1935. Detalhe: pouca gente das escolas X-9 (Santos) e X-9 Paulistana conhece o agente que caiu no samba no Brasil. 333
Calote do PMDB
A PRESIDÊNCIA da República acaba de reservar em orçamento quase R$ 55 mil para a aquisição de 17 aparelhos de televisão LCD de 42 polegadas e mais 13 de 12 polegadas, com tecnologia Full HD e conversor digital integrado.
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Franco atirador 333
MISTURA FINA 333
ALEXANDRE Tombini, presidente do Banco Central, passou o carnaval na Basiléia, na Suíça: participou de uma reunião com 14 presidentes de BCs do mundo, todos tentando discutir uma regulação para evitar crises econômicas como a de 2008.
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Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero
Solução
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ra sacerdote de grande erudição em Córdoba, sua cidade natal, na Espanha invadida pelos árabes, onde pregava a fé em Cristo como caminho de liberdade e tinha grande influência entre o povo. Em 859, quando já era bispo, os muçulmanos, irritados sua missão, o decapitaram. io Eulóg
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sexta-feira, 11 de março de 2011
5 A DAMA Jaqueline Roriz pode perder o mandato e virar ré no mensalão
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O CAVALHEIRO Genoíno perdeu a presidência do PT e virou réu no mensalão
Paulo Pampolin/Digna Imagem - 19/8/2002
Ele voltou O ex-guerrilheiro José Genoíno vai assumir cargo no Ministério da Defesa
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x-guerrilheiro, ex-presidente do PT e réu no processo do mensalão, José Genoíno foi confirmado ontem como assessor especial do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O petista, apesar do passado de combate ao governo militar, tem bom trânsito entre os militares. Sua nomeação já era esperada de-
pois de ter ficado sem cargo – não conseguiu se reeleger no último pleito para deputado federal, por São Paulo, no ano passado. Parlamentar desde 1982, com um intervalo entre 2002 e 2006, quando tentou o governo de São Paulo, Genoíno é o terceiro suplente da coligação encabeçada pelo PT em São Paulo. Como assessor especial, a remuneração é de R$ 8.988 por mês. Como parlamentar aposentado, ele recebe R$ 20.300 mensalmente . Genoíno vai ganhar R$ 26.723 devido ao corte pelo teto. No processo do mensalão, Genoino responde por corrupção ativa e formação de quadrilha. Na época, ele era presidente do PT,
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), réu do mensalão, foi eleito no dia 2 presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a mais importante das comissões da Casa. Ao agradecer em discurso a sua escolha, confessou que "estava atormentado" por responder ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF). João Paulo foi acusado de participar do esquema quando ocupava a presidência da Câmara, entre 2003 e 2005. Na época, descobriu-se, um saque de R$ 50 mil do Banco Rural em nome de sua mulher, Márcia Cunha.
ELES TAMBÉM Leonardo Prado/Ag. Câmara - 10/11/2010
cargo que ocupou até 2005. Ele foi apontado na denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como um dos mentores do esquema do pagamento de propinas, pelo governo federal, a parlamentares da base aliada para que votassem de acordo com interesses do Executivo. O processo contra os réus do mensalão tramita desde 2007 no Supremo Tribunal Federal (STF). No início dos anos 70, o ex-deputado lutou na Guerrilha do Araguaia, na região amazônica. Acabou capturado em 1972. Foi solto em 77, quando deu aulas de história em um colégio de São Paulo. No final dos anos 80, a partir da greve geral no ABC e a prisão de vários sindicalistas, entre eles o hoje ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intelectuais e trabalhadores passaram a atuar na criação de um partido. Entre eles, José Genoíno, um fundador do PT. (Folhapress)
Desde o início do ano, Antonio Palocci é o ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. Antes, teve uma tumultuada passagem pelo Ministério da Fazenda na gestão Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou deixando em março de 2006, após uma série de denúncias que acabaram não se confirmando. Mas uma lhe custou o cargo. A de que teria quebrado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, testemunha no processo em que o ministro era acusado de reunir lobistas e prostitutas numa mansão em Brasília. Alan Marques/Folhapress - 19/10/2010
Alan Marques/Folhapress
E ninguém quer Jaqueline na Casa
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"Uma parlamentar pega pedido de inquérito para investigar a de- num ato daquela natureza não putada federal Jaque- pode estar no convívio dos reline Roriz (PMN-DF) já está presentantes do povo. Chega tramitando no Supremo Tribu- de corrupção. Este é o nosso nal Federal (STF), atendendo grito", disse Toninho Andrade, solicitação formulada ontem presidente do PSol em Brasília. pelo procurador-geral da Re- No documento, o PSol pede pública, Roberto Gurgel. O re- ainda informações sobre outra lator do inquérito será o minis- investigação no Ministério Público na qual Jaqueline tetro Joaquim Barbosa, que ria sido citada como também é responsável pela investigabeneficiária de propina para aproção do mensalão. var o Plano DireNa Câmara, o tor de OrdenaPSol, além de mento Territorequerer à Corrial, em 2008, regedoria que quando era deinvestigue a putada distrital. c o n d u t a d e J a"A família é danaqueline, anunciou da", disse Toninho. que entrará com reDida Sampaio/AE O presidente da Ordem presentação solicitando a abertura de processo de cassa- dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), ção da parlamentar. Jaqueline Roriz, filha do ex- Francisco Caputo, também degovernador do Distrito Fede- fendeu a cassação de Jaqueliral, Joaquim Roriz, foi flagrada ne, após encontro com o presiem gravação de vídeo receben- dente da Câmara, Marcos do dinheiro do esquema de Maia (PT-RJ). Os dois são favocorrupção do governo do Dis- ráveis ao fim da delação pretrito Federal. O vídeo mostra miada a Durval. Eles questioela e o marido, Manoel Neto, nam a divulgação de vídeos do recebendo maço de dinheiro mensalão em conta-gotas. Cadas mãos de Durval Barbosa, puto estima que há 200 deles. E delator do esquema de corrup- o de Jaqueline foi apenas o de número 31. (AE/Folhapress). ção na capital federal.
Antônio Carlos Andrade, presidente do PSol: partido vai entrar com pedido de abertura de processo de cassação. "A família é danada", diz.
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sexta-feira, 11 de março de 2011
Leis rígidas impedem que patrões e trabalhadores negociem termos e condições. Gustavo Gonzaga
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Empresários de mãos atadas Para The Economist, leis arcaicas, falta de mobilidade nas conversações, justiça trabalhista tendenciosa e conjuntura travada emperram os negócios no País
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mpregador, cuidado! Um código de trabalho arcaico penaliza empresas e trabalhadores. Sob este título, a edição de ontem da revista britânica The Economist aborda o problema de quem quer se estabelecer no Brasil. A ilustração acima é uma reprodução da edição original. A matéria começa com a história de três amigos que compraram uma rede de farmácias em Pernambuco, em 1994. Logo depois, foram levados ao tribunal por quatro ex-funcionários. Eles diziam ter direito a R$ 500 mil por horas extras e fé-
rias. Os novos proprietários foram condenados pela Justiça do Trabalho: suas contas foram congeladas, fecharam as lojas e demitiram 35 funcionários. Dezessete anos depois, três funcionários tiveram seus casos resolvidos, com custos de R$ 191 mil para os ex-patrões. O último se arrasta com uma viúva brigando por dinheiro. "Os sócios bateram de frente com as leis trabalhistas – antiga coleção de direitos trabalhistas com 900 artigos, alguns inscritos na Constituição", resume o texto, que explica: "Essas leis derivam do código trabalhista corporativista da Itá-
As leis trabalhistas no Brasil derivam do código trabalhista corporativista da Itália de Mussolini. E custam caro. THE ECONOMIST lia de Mussolini. Custam caro: a demissão sem 'justa causa', por exemplo, pode implicar numa multa de 4% do total que o trabalhador ganhou".
A revista afirma que 2,1 milhões de trabalhadores abriram processos contra seus empregadores na Justiça do Trabalho em 2009. "E estes tribunais raramente estão do lado dos empregadores." Quando Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical, assumiu a Presidência em 2003, "a expectativa era de que ele convenceria os trabalhadores a aceitarem regras mais frouxas, o que seria melhor para eles", diz o artigo. "Mas os escândalos do primeiro mandato de Lula descarrilaram essas e outras reformas". Segundo Gustavo Gonzaga,
Por ano, um terço dos trabalhadores brasileiros é despedido – em parte devido às próprias leis trabalhistas. GUSTAVO GONZAGA economista da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), "1/3 dos trabalhadores brasileiros é despedido anualmente", fato que ele atri-
bui em parte às próprias leis trabalhistas. "Por serem extremamente rígidas, impedem que patrões e trabalhadores negociem mudanças nos termos e nas condições." Depois de ouvir outros especialistas no assunto, unânimes em condenar as leis arcaicas que emperram os negócios no País, o artigo volta ao início. Pernambuco, hoje. Lemos transformou o erro em empreendimento. É consultor de empresários. Para ele, o principal saber como evitar a má fé. Esse é um pequeno retrato de como o Economist vê a situação do empresário no Brasil.
Reprodução do site do Diario Granma
Marco Aurélio Garcia, assessor especial para Assuntos Internacionais, com o presidente Raúl Castro.
Cuba e Brasil: muito interesse
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s governos da presidente Dilma Rousseff e do presidente de Cuba, Raúl Castro, negociam a ampliação das relações econômicas e comerciais entre os dois países. As articulações são conduzidas pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que está em Cuba. Garcia vem se reunindo com Castro e com vários ministros nestes últimos dois dias. As informações são do Ministério das Relações Exteriores de Cuba e do jornal oficial cubano, G ra n ma . Nas reuniões com os ministros das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, e
do Comércio Exterior e Investimentos, Rodrigo Malmierca, Garcia conversou sobre a "excelente relação" entre cubanos e brasileiros. Em nota oficial, divulgada ontem, o Ministério das Relações Exter iores de Cuba prestou informações a respeito das reuniões de Garcia com as autoridades de seu país. "Durante a reunião eles discutiram sobre as excelentes relações entre Cuba e Brasil especialmente sobre as perspectivas de desenvolvimento nas áreas econômica e comercial". De acordo com o governo cubano, o Brasil é o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina, logo
depois da Venezuela. O comércio bilateral entre Brasil e Cuba envolveu cerca de US$ 580 milhões, em 2009. O projeto mais importante que o Brasil executa atualmente em Cuba é a construção de um novo porto na cidade de Mariel, a 40 km da capital, Havana. A obra está a cargo da empresa brasileira Odebrecht e conta com financiamento de US$300 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Garcia é o primeiro alto funcionário do governo brasileiro a visitar o país depois da posse da presidente Dilma Rousseff. Ele chegou a Cuba na segundafeira passada. (Agências)
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sexta-feira, 11 de março de 2011
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',675,%8,d®2 '2 9$/25 $',&,21$'2
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DIร RIO DO COMร RCIO
8
sexta-feira, 11 de marรงo de 2011
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(P GH GH]HPEUR 5 PLO K ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO DWLYR H SDVVLYR
'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO 2V FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO VREUH R OXFUR OtTXLGR FDOFXODGRV VREUH SUHMXt]R ILVFDO H DGLo}HV WHPSRUiULDV VmR UHJLVWUDGRV 'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD HVWUDQJHLUD 7RWDO GH GLVSRQLELOLGDGHV FDL[D QD UXEULFD ยด2XWURV &UpGLWRV ยฒ 'LYHUVRVยต H D SURYLVmR SDUD DV REULJDo}HV ILVFDLV GLIHULGDV H DMXVWHV D YDORU GH PHUFDGR GRV WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV p $SOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] UHJLVWUDGD QD UXEULFD ยด2XWUDV 2EULJDo}HV ยฒ )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDVยต 7RWDO FDL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D 2V FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV VHUmR UHDOL]DGRV TXDQGR GD XWLOL]DomR H RX UHYHUVmR GDV UHVSHFWLYDV SURYLV}HV VREUH DV TXDLV IRUDP 5HIHUH VH D RSHUDo}HV FXMR YHQFLPHQWR QD GDWD HIHWLYD DSOLFDomR IRL LJXDO RX LQIHULRU D GLDV H DSUHVHQWHP ULVFR LQVLJQLILFDQWH GH PXGDQoD GH YDORU MXVWR FRQVWLWXtGRV 2 FUpGLWR WULEXWiULR VREUH SUHMXt]R ILVFDO VHUi UHDOL]DGR GH DFRUGR FRP D JHUDomR GH OXFURV WULEXWiYHLV REVHUYDGR R OLPLWH GH GR OXFUR UHDO GR SHUtRGRยฒEDVH 7DLV FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH EDVHDGRV QDV H[SHFWDWLYDV DWXDLV GH UHDOL]DomR FRQVLGHUDQGR RV HVWXGRV WpFQLFRV H $3/,&$dยฏ(6 ,17(5),1$1&(,5$6 '( /,48,'(= DQiOLVHV UHDOL]DGDV SHOD $GPLQLVWUDomR D &RPSRVLomR H SUD]RV $ SURYLVmR SDUD LPSRVWR GH UHQGD p FRQVWLWXtGD j DOtTXRWD EDVH GH GR OXFUR WULEXWiYHO DFUHVFLGD GH DGLFLRQDO GH $ D FRQWULEXLomR VRFLDO VREUH R OXFUR (P GH GH]HPEUR 5 PLO p FDOFXODGD FRQVLGHUDQGR D DOtTXRWD GH SDUD HPSUHVDV GR VHJPHQWR ILQDQFHLUR D D $FLPD GH 7RWDO )RUDP FRQVWLWXtGDV SURYLV}HV SDUD RV GHPDLV LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VRFLDLV GH DFRUGR FRP DV UHVSHFWLYDV OHJLVODo}HV YLJHQWHV GLDV GLDV GLDV 'H DFRUGR FRP D /HL Qยบ DV PRGLILFDo}HV QR FULWpULR GH UHFRQKHFLPHQWR GH UHFHLWDV FXVWRV H GHVSHVDV FRPSXWDGDV QD DSXUDomR GR OXFUR OtTXLGR $SOLFDo}HV QR PHUFDGR DEHUWR GR H[HUFtFLR LQWURGX]LGDV SHOD /HL Qยบ H SHORV DUWLJRV H GD /HL Qยบ QmR WHUmR HIHLWRV SDUD ILQV GH DSXUDomR GR OXFUR UHDO GHYHQGR VHU 3RVLomR EDQFDGD FRQVLGHUDGRV SDUD ILQV WULEXWiULRV RV PpWRGRV H FULWpULRV FRQWiEHLV YLJHQWHV HP GH GH]HPEUR GH 3DUD ILQV FRQWiEHLV RV HIHLWRV WULEXWiULRV GD DGRomR /HWUDV ILQDQFHLUDV GR WHVRXUR GDV PHQFLRQDGDV /HLV HVWmR UHJLVWUDGRV QRV DWLYRV H SDVVLYRV GLIHULGRV FRUUHVSRQGHQWHV /HWUDV GR WHVRXUR QDFLRQDO
$SOLFDo}HV HP GHSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV L 'HVSHVDV DQWHFLSDGDV $SOLFDo}HV HP GHSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV &RUUHVSRQGHP jV DSOLFDo}HV GH UHFXUVRV HP SDJDPHQWRV DQWHFLSDGRV FXMRV GLUHLWRV GH EHQHItFLRV RX SUHVWDomR GH VHUYLoRV RFRUUHUmR HP SHUtRGRV 7RWDO HP IXWXURV VHQGR UHJLVWUDGDV QR DWLYR GH DFRUGR FRP R SULQFtSLR GD FRPSHWrQFLD 7RWDO HP M ,QYHVWLPHQWRV 3UD]R GRV SDSpLV TXH HVWmR ODVWUHDQGR DV RSHUDo}HV 2V LQYHVWLPHQWRV HP HPSUHVDV FRQWURODGDV RX FROLJDGDV FRP LQIOXrQFLD VLJQLILFDWLYD RX SDUWLFLSDomR GH RX PDLV QR FDSLWDO YRWDQWH VmR DYDOLDGRV SHOR E 5HFHLWDV GH DSOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO 2V LQFHQWLYRV ILVFDLV H RXWURV LQYHVWLPHQWRV VmR DYDOLDGRV SHOR FXVWR GH DTXLVLomR GHGX]LGRV GH SURYLVmR SDUD SHUGD H GD UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO 3RVLomR EDQFDGD 3RVLomR ILQDQFLDGD N ,PRELOL]DGR 6XEWRWDO &RUUHVSRQGH DRV GLUHLWRV TXH WHQKDP SRU REMHWR EHQV FRUSyUHRV GHVWLQDGRV j PDQXWHQomR GDV DWLYLGDGHV RX H[HUFLGRV FRP HVVD ILQDOLGDGH LQFOXVLYH RV 'HSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV GHFRUUHQWHV GH RSHUDo}HV TXH WUDQVILUDP RV ULVFRV EHQHItFLRV H FRQWUROHV GRV EHQV SDUD D ,QVWLWXLomR 7RWDO 1RWD E e GHPRQVWUDGR DR FXVWR GH DTXLVLomR OtTXLGR GDV UHVSHFWLYDV GHSUHFLDo}HV DFXPXODGDV FDOFXODGDV SHOR PpWRGR OLQHDU GH DFRUGR FRP D YLGD ~WLO HFRQ{PLFD HVWLPDGD GRV EHQV VHQGR VLVWHPD GH FRPXQLFDomR H LQVWDODo}HV PyYHLV H HTXLSDPHQWRV GH XVR ยฒ DR DQR VLVWHPDV GH SURFHVVDPHQWR GH GDGRV ยฒ GH 7ร 78/26 ( 9$/25(6 02%,/,ร 5,26 ( ,167580(1726 ),1$1&(,526 '(5,9$7,926 DR DQR H UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO ยฒ LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO D &ODVVLILFDomR SRU FDWHJRULDV H SUD]RV
([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO $FLPD 9DORU GH 9DORU 9DORU GH D D D GH PHUFDGR GH FXVWR 0DUFDomR PHUFDGR 0DUFDomR P $WLYR LQWDQJtYHO 7tWXORV GLDV GLDV GLDV GLDV FRQWiELO DWXDOL]DGR D PHUFDGR FRQWiELO D PHUFDGR &RUUHVSRQGH DRV GLUHLWRV DGTXLULGRV TXH WHQKDP SRU REMHWR EHQV LQFRUSyUHRV GHVWLQDGRV j PDQXWHQomR GD HQWLGDGH RX H[HUFLGRV FRP HVVD ILQDOLGDGH 7tWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD
/HWUDV ILQDQFHLUDV GR WHVRXUR
e FRPSRVWR SRU 2XWUDV ย 6RIWZDUH 7RWDO HP 6mR UHJLVWUDGRV DR FXVWR GHGX]LGR GD DPRUWL]DomR SHOR PpWRGR OLQHDU GXUDQWH D YLGD ~WLO HVWLPDGD D DR DQR D SDUWLU GD GDWD GD VXD GLVSRQLELOLGDGH 7RWDO HP
SDUD XVR H DMXVWDGRV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO ยฒ LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO *DVWRV FRP R GHVHQYROYLPHQWR LQWHUQR GH VRIWZDUHV VmR UHFRQKHFLGRV 2 YDORU GH PHUFDGR GRV WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV p DSXUDGR GH DFRUGR FRP D FRWDomR GH SUHoR GH PHUFDGR GLVSRQtYHO QD GDWD GR EDODQoR 6H QmR KRXYHU FRWDomR GH SUHoRV GH PHUFDGR FRPR DWLYR TXDQGR p SRVVtYHO GHPRQVWUDU D LQWHQomR H D FDSDFLGDGH GH FRQFOXLU WDO GHVHQYROYLPHQWR EHP FRPR PHQVXUDU FRP VHJXUDQoD RV FXVWRV GLVSRQtYHO RV YDORUHV VmR HVWLPDGRV FRP EDVH HP FRWDo}HV GH GLVWULEXLGRUHV PRGHORV GH GHILQLo}HV GH SUHoRV PRGHORV GH FRWDo}HV RX FRWDo}HV GH SUHoRV SDUD LQVWUXPHQWRV FRP GLUHWDPHQWH DWULEXtYHLV DR PHVPR TXH VHUmR DPRUWL]DGRV GXUDQWH VXD YLGD ~WLO HVWLPDGD FRQVLGHUDQGR RV EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV IXWXURV JHUDGRV FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 1R FDVR GDV DSOLFDo}HV HP IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR R FXVWR DWXDOL]DGR UHIOHWH R YDORU GDV UHVSHFWLYDV FRWDV Q 5HGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO GH DWLYRV QmR ILQDQFHLURV LPSDLUPHQW
E 5HVXOWDGR GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV H LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV 2V WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV WtWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD H WtWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR H DWLYRV QmR ILQDQFHLURV ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO H[FHWR RXWURV YDORUHV H EHQV H FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHYLVWRV QR PtQLPR DQXDOPHQWH SDUD GHWHUPLQDU VH Ki DOJXPD LQGLFDomR GH SHUGD SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXH p UHFRQKHFLGD QR UHVXOWDGR GR H[HUFtFLR TXDQGR R YDORU FRQWiELO GH XP DWLYR H[FHGHU VHX YDORU UHFXSHUiYHO $SOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] DSXUDGR SHOR L VHX SRWHQFLDO YDORU GH YHQGD RX YDORU GH UHDOL]DomR GHGX]LGR GDV UHVSHFWLYDV GHVSHVDV RX LL SHOR YDORU HP XVR FDOFXODGR SHOD 7tWXORV GH UHQGD IL[D XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D GRV GRLV R PDLRU 8PD XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D p R PHQRU JUXSR LGHQWLILFiYHO GH DWLYRV TXH JHUD IOX[RV GH FDL[D ,QVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV
7RWDO VXEVWDQFLDOPHQWH LQGHSHQGHQWHV GH RXWURV DWLYRV H JUXSRV O $WLYR GLIHULGR (VWi UHJLVWUDGR DR FXVWR GH DTXLVLomR RX IRUPDomR OtTXLGD GDV UHVSHFWLYDV DPRUWL]Do}HV DFXPXODGDV GH DR DQR FDOFXODGDV SHOR PpWRGR OLQHDU $ SDUWLU GH GH GH]HPEUR GH DV QRYDV RSHUDo}HV SDVVDUDP D VHU UHJLVWUDGDV QR DWLYR LQWDQJtYHO GH DFRUGR FRP D &DUWD &LUFXODU Qยบ GR %DFHQ
23(5$dยฏ(6 '( &5e',72 287526 &5e',726 &20 &$5$&7(5ร 67,&$ '( &21&(66ยฎ2 '( &5e',72 ( 3529,6ยฎ2 3$5$ &5e',726 '( /,48,'$dยฎ2 '89,'26$ D 0RGDOLGDGHV H SUD]RV (P GH GH]HPEUR 5 PLO D GLDV
2SHUDo}HV GH &UpGLWR (PSUpVWLPRV H WtWXORV GHVFRQWDGRV 2XWURV FUpGLWRV 7RWDO HP 7RWDO HP
D GLDV
D GLDV
D GLDV
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7RWDO HP $
7RWDO HP $
(P GH GH]HPEUR 5 PLO
D GLDV
2SHUDo}HV GH &UpGLWR (PSUpVWLPRV H WtWXORV GHVFRQWDGRV 2XWURV FUpGLWRV 7RWDO HP 7RWDO HP
D GLDV
D GLDV
&XUVR DQRUPDO 3DUFHODV YHQFLGDV D D GLDV GLDV
7RWDO HP %
7RWDO HP %
(P GH GH]HPEUR 5 PLO &XUVR DQRUPDO D 2SHUDo}HV GH &UpGLWR GLDV (PSUpVWLPRV H WtWXORV GHVFRQWDGRV 2XWURV FUpGLWRV 7RWDO HP 7RWDO HP $ UXEULFD ยด2XWURV FUpGLWRVยต FRPSUHHQGH GHYHGRUHV SRU FRPSUD GH YDORUHV H EHQV H WtWXORV H FUpGLWRV D UHFHEHU
D GLDV
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7RWDO *HUDO HP D GLDV
$FLPD GH GLDV
7RWDO HP &
&
$ % &
$ % &
E 0RGDOLGDGHV H QtYHLV GH ULVFR (P GH GH]HPEUR 5 PLO 2SHUDo}HV GH &UpGLWR (PSUpVWLPRV H WtWXORV GHVFRQWDGRV 2XWURV FUpGLWRV 7RWDO JHUDO HP 7RWDO JHUDO HP
$$
$
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*
+
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&XUVR QRUPDO
1tYHO GH ULVFR $$ $ % & 6XEWRWDO ' ( ) * + 6XEWRWDO 7RWDO HP 7RWDO HP
G &RQFHQWUDomR GH RSHUDo}HV GH FUpGLWR H RXWURV FUpGLWRV
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7RWDO
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H 6HWRU GH DWLYLGDGH HFRQ{PLFD (P GH GH]HPEUR 5 PLO 6HWRU SULYDGR ,QG~VWULD 7r[WLO H FRQIHFo}HV 0yYHLV H SURGXWRV GH PDGHLUD $UWHIDWRV GH FRXUR 'HPDLV LQG~VWULDV &RPpUFLR $UWLJRV GH XVR SHVVRDO H GRPpVWLFR 9DUHMLVWD QmR HVSHFLDOL]DGR 'HPDLV FRPpUFLRV ,QWHUPHGLiULRV ILQDQFHLURV 6HUYLoRV 'HPDLV VHUYLoRV 3HVVRD ItVLFD 7RWDO
I 0RYLPHQWDomR GD SURYLVmR SDUD FUpGLWRV GH OLTXLGDomR GXYLGRVD (P GH GH]HPEUR 5 PLO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO 0DLRU GHYHGRU 'H] PDLRUHV GHYHGRUHV 9LQWH PDLRUHV GHYHGRUHV &LQTXHQWD PDLRUHV GHYHGRUHV &HP PDLRUHV GHYHGRUHV
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2SHUDo}HV FRP FDUWmR GH FUpGLWR &UpGLWRV WULEXWiULRV 1RWD F 'HYHGRUHV SRU GHSyVLWRV HP JDUDQWLD ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV D FRPSHQVDU UHFXSHUDU 2XWURV 7RWDO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO
287526 9$/25(6 ( %(16
'HVSHVDV DQWHFLSDGDV SDUFHULDV 0DWHULDO HP HVWRTXH 2XWURV 7RWDO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO &RQWLQXD
DIร RIO DO COMร RCIO
sexta-feira, 11 de marรงo de 2011
9
&RQWLQXDomR
%DQFR ,EL 6 $ %DQFR 0~OWLSOR (PSUHVD GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR &13- 6HGH $ODPHGD 5LR 1HJUR ยบ $QGDU %ORFR % $OSKDYLOOH %DUXHUL 63
127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$dยฎ2 ยญ6 '(021675$dยฏ(6 &217ร %(,6 ,19(67,0(1726 D $MXVWHV GHFRUUHQWHV GD DYDOLDomR SHOR PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO GRV LQYHVWLPHQWRV UHJLVWUDGRV HP FRQWDV GH UHVXOWDGR VRE D UXEULFD GH ยด5HVXOWDGR GH SDUWLFLSDo}HV HP FROLJDGDVยต (P GH GH]HPEUR 5 PLO &DSLWDO VRFLDO
(PSUHVDV
3DWULP{QLR OtTXLGR DMXVWDGR
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3DUWLFLSDomR QR FDSLWDO VRFLDO
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,EL &RUUHWRUD 7RWDO 'DGRV UHODWLYRV D GH GH]HPEUR GH H $MXVWH GHFRUUHQWH GH DYDOLDomR FRQVLGHUD RV UHVXOWDGRV DSXUDGRV SHODV FRPSDQKLDV D SDUWLU GD DTXLVLomR H LQFOXL YDULDo}HV SDWULPRQLDLV GDV LQYHVWLGDV QmR GHFRUUHQWHV GH UHVXOWDGR EHP FRPR RV DMXVWHV SRU HTXDOL]DomR GH SUiWLFDV FRQWiEHLV TXDQGR DSOLFiYHLV E 2XWURV LQYHVWLPHQWRV
F $MXVWHV GH H[HUFtFLRV DQWHULRUHV (P GH GH]HPEUR 5 PLO
$SOLFDo}HV SRU LQFHQWLYRV ILVFDLV 6XEWRWDO 3URYLVmR SDUD SHUGDV HP RXWURV LQYHVWLPHQWRV 7RWDO ,02%,/,=$'2 '( 862
(P GH GH]HPEUR 5 PLO 7D[D ,QVWDODo}HV 0yYHLV PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV 6LVWHPD GH SURFHVVDPHQWR GH GDGRV 6LVWHPD GH FRPXQLFDomR 7RWDO HP 7RWDO HP
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'HSUHFLDomR
9DORU UHVLGXDO
(P IRL HIHWXDGR DMXVWH GH H[HUFtFLRV DQWHULRUHV QR PRQWDQWH GH 5 PLO UHODFLRQDGRV DR UHJLVWUR GH FUpGLWRV WULEXWiULRV G 5HVHUYDV GH /XFURV (P GH GH]HPEUR 5 PLO
5HVHUYDV GH OXFURV 5HVHUYD /HJDO 5HVHUYDV (VWDWXWiULDV &RQVWLWXtGD REULJDWRULDPHQWH j EDVH GH GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR DWp DWLQJLU GR FDSLWDO VRFLDO UHDOL]DGR RX GR FDSLWDO VRFLDO DFUHVFLGR GDV UHVHUYDV GH FDSLWDO $SyV HVVH OLPLWH D DSURSULDomR QmR PDLV VH ID] REULJDWyULD $ UHVHUYD OHJDO VRPHQWH SRGHUi VHU XWLOL]DGD SDUD DXPHQWR GH FDSLWDO RX SDUD FRPSHQVDU SUHMXt]RV H 9LVDQGR j PDQXWHQomR GH PDUJHP RSHUDFLRQDO FRPSDWtYHO FRP R GHVHQYROYLPHQWR GDV RSHUDo}HV DWLYDV GD VRFLHGDGH SRGH VHU FRQVWLWXtGD HP GR OXFUR OtTXLGR UHPDQHVFHQWH DSyV GHVWLQDo}HV HVWDWXWiULDV VHQGR R VDOGR OLPLWDGR D GR FDSLWDO VRFLDO LQWHJUDOL]DGR H 'LYLGHQGRV &RQIRUPH GLVSRVLomR HVWDWXWiULD DRV DFLRQLVWDV HVWmR DVVHJXUDGRV GLYLGHQGRV TXH VRPDGRV FRUUHVSRQGDP QR PtQLPR D GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR DMXVWDGR QRV WHUPRV GD OHL VRFLHWiULD 1R H[HUFtFLR ILQGR HP IRUDP SURYLVLRQDGRV GLYLGHQGRV QR PRQWDQWH GH PLO FRUUHVSRQGHQGR D 5 SRU ORWH GH PLO Do}HV 5(&(,7$6 '( 35(67$dยฎ2 '( 6(59,d26 ( 5(&(,7$6 '( 7$5,)$6 %$1&ร 5,$6
',)(5,'2 ( ,17$1*ร 9(/
([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO
D 'LIHULGR (P GH GH]HPEUR 5 PLO 7D[D 6RIWZDUH ร JLR GH ,QFRUSRUDomR 2XWURV 7RWDO JHUDO HP 7RWDO JHUDO HP
D DQRV
&XVWR
$PRUWL]DomR
9DORU UHVLGXDO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO &XVWR
$PRUWL]DomR
9DORU UHVLGXDO
6RIWZDUH D 2XWURV 7RWDO JHUDO HP 7RWDO JHUDO HP $ DPRUWL]DomR GRV DWLYRV LQWDQJtYHLV p HIHWXDGD QR GHFRUUHU GH XP SHUtRGR HVWLPDGR GH EHQHItFLR HFRQ{PLFR H FRQWDELOL]DGD FRPR RXWUDV GHVSHVDV DGPLQLVWUDWLYDV H RXWUDV GHVSHVDV RSHUDFLRQDLV TXDQGR DSOLFiYHO 6RIWZDUH DGTXLULGRV H RX GHVHQYROYLGRV SRU HPSUHVDV HVSHFLDOL]DGDV '(3ร 6,726 &$37$dยฏ(6 12 0(5&$'2 $%(572 ( 5(&85626 '( (0,66ยฎ2 '( 7ร 78/26 D &RPSRVLomR (P GH GH]HPEUR 5 PLO D GLDV
D GLDV
D GLDV
$FLPD GH DQRV
E 'HVSHVDV FRP RSHUDo}HV GH FDSWDomR GR PHUFDGR
'HSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV 'HSyVLWRV D SUD]R 2SHUDo}HV FRPSURPLVVDGDV &RQWULEXLomR DR )*& 7RWDO
([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO
D $WLYRV FRQWLQJHQWHV 1mR IRUDP UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH DWLYRV FRQWLQJHQWHV GXUDQWH RV SHUtRGRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR GH H GH UHVSHFWLYDPHQWH E 3DVVLYRV FRQWLQJHQWHV FODVVLILFDGRV FRPR SHUGDV SURYiYHLV H 2EULJDo}HV OHJDLV ILVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV 2 %DQFR ,EL p SDUWH HP SURFHVVRV MXGLFLDLV GH QDWXUH]D WUDEDOKLVWD FtYHO H ILVFDO GHFRUUHQWHV GR FXUVR QRUPDO GH VXDV DWLYLGDGHV $V SURYLV}HV IRUDP FRQVWLWXtGDV OHYDQGR HP FRQWD D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV D QDWXUH]D GDV Do}HV D VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV D FRPSOH[LGDGH H R SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO $ $GPLQLVWUDomR GR %DQFR ,EL HQWHQGH TXH D SURYLVmR FRQVWLWXtGD p VXILFLHQWH SDUD DWHQGHU DV SHUGDV GHFRUUHQWHV GRV UHVSHFWLYRV SURFHVVRV 2 SDVVLYR UHODFLRQDGR j REULJDomR OHJDO HP GLVFXVVmR MXGLFLDO p PDQWLGR DWp R JDQKR GHILQLWLYR GD DomR UHSUHVHQWDGR SRU GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV VREUH DV TXDLV QmR FDEHP PDLV UHFXUVRV RX D VXD SUHVFULomR
'(63(6$6 '( 3(662$/ ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO 3URYHQWRV (QFDUJRV VRFLDLV 3DUWLFLSDomR GRV HPSUHJDGRV QR OXFUR %HQHItFLRV 7RWDO
2875$6 '(63(6$6 $'0,1,675$7,9$6 ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO 6HUYLoRV GH WHUFHLURV &RPXQLFDomR 6HUYLoRV GR VLVWHPD ILQDQFHLUR 0DWHULDLV H HQHUJLD 'HSUHFLDo}HV H DPRUWL]Do}HV 3URSDJDQGD SURPRo}HV H SXEOLFLGDGH 7UDQVSRUWH 3URFHVVDPHQWR GH GDGRV $OXJXpLV $UUHQGDPHQWR GH EHQV 2XWUDV 7RWDO
'(63(6$6 75,%87ร 5,$6 ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO &2),16 3,6 ,66 2XWUDV 7RWDO
2875$6 5(&(,7$6 23(5$&,21$,6 ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO 5HYHUVmR GH SURYLV}HV D SDJDU 5HVXOWDGR FRP SDUFHULD 5HYHUVmR GH SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV 2XWUDV 7RWDO
([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO 3DUFHULDV 'HVSHVDV FRP SURYLV}HV SDUD SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV 'HVFRQWRV FRQFHGLGRV HP UHQHJRFLDo}HV &RPLVV}HV 3HUGDV RSHUDFLRQDLV ,PSDLUPHQW 2XWUDV 7RWDO
, 3URFHVVRV WUDEDOKLVWDV 5(68/7$'2 1ยฎ2 23(5$&,21$/ 6mR Do}HV DMXL]DGDV SRU H[ HPSUHJDGRV YLVDQGR REWHU LQGHQL]Do}HV HP HVSHFLDO R SDJDPHQWR GH ยดKRUDV H[WUDVยต 1RV SURFHVVRV HP TXH p H[LJLGR GHSyVLWR MXGLFLDO R YDORU GDV FRQWLQJrQFLDV WUDEDOKLVWDV p FRQVWLWXtGR FRQVLGHUDQGR D HIHWLYD SHUVSHFWLYD GH SHUGD GHVWHV GHSyVLWRV 3DUD RV GHPDLV SURFHVVRV D SURYLVmR p FRQVWLWXtGD FRP EDVH QR YDORU PpGLR DSXUDGR SHOD WRWDOLGDGH GRV SDJDPHQWRV HIHWXDGRV GH SURFHVVRV HQFHUUDGRV QRV ~OWLPRV PHVHV 3URYLVmR SDUD GHVYDORUL]DomR GH RXWURV YDORUHV H EHQV FRQVLGHUDQGR R DQR GR DMXL]DPHQWR 5HVXOWDGR QD DOLHQDomR GH RXWURV YDORUHV H EHQV ,, 3URFHVVRV FtYHLV 2XWURV 6mR SOHLWRV GH LQGHQL]DomR SRU GDQR PRUDO H SDWULPRQLDO QD PDLRULD UHIHUHQWH D SURWHVWRV LQVHUomR GH LQIRUPDo}HV VREUH GHYHGRUHV QR FDGDVWUR GH UHVWULo}HV 7RWDO DR FUpGLWR (VVDV Do}HV VmR FRQWURODGDV LQGLYLGXDOPHQWH H SURYLVLRQDGDV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DQDOLVDGD FRPR SURYiYHO FRQVLGHUDQGR D RSLQLmR GH DVVHVVRUHV MXUtGLFRV QDWXUH]D GDV Do}HV VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV FRPSOH[LGDGH H SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV 75$16$dยฏ(6 &20 2 &21752/$'25 ( (035(6$6 /,*$'$6 $V TXHVW}HV GLVFXWLGDV QDV Do}HV QRUPDOPHQWH QmR FRQVWLWXHP HYHQWRV FDSD]HV GH FDXVDU LPSDFWRV UHSUHVHQWDWLYRV QR UHVXOWDGR ILQDQFHLUR $ PDLRULD GHVVDV D $V WUDQVDo}HV FRP R FRQWURODGRU H HPSUHVDV OLJDGDV HVWmR DVVLP UHSUHVHQWDGDV Do}HV HQYROYH -XL]DGR (VSHFLDO &tYHO -(& QR TXDO RV SHGLGRV HVWmR OLPLWDGRV D VDOiULRV PtQLPRV &HUFD GH GH WRGDV DV FDXVDV GR -(& VmR MXOJDGDV LPSURFHGHQWHV H R YDORU GD FRQGHQDomR LPSRVWD FRUUHVSRQGH D XPD PpGLD KLVWyULFD GH DSHQDV GRV SOHLWRV LQGHQL]DWyULRV 1mR H[LVWHP HP FXUVR SURFHVVRV DGPLQLVWUDWLYRV VLJQLILFDWLYRV SRU GHVFXPSULPHQWR GDV QRUPDV GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR 1DFLRQDO RX GH SDJDPHQWR GH PXOWDV TXH SRVVDP FDXVDU LPSDFWRV UHSUHVHQWDWLYRV QR UHVXOWDGR ILQDQFHLUR GD ,QVWLWXLomR 2 PRQWDQWH SURYLVLRQDGR UHSUHVHQWD D DYDOLDomR GD $GPLQLVWUDomR GRV SURYiYHLV LQVXFHVVRV HP Do}HV FtYHLV FRP EDVH QRV YDORUHV DWXDOL]DGRV GRV SURFHVVRV MXGLFLDLV Mi VHQWHQFLDGRV H D PpGLD GRV SDJDPHQWRV HIHWXDGRV QRV ~OWLPRV PHVHV FRUULJLGRV PRQHWDULDPHQWH 'HSyVLWRV j 9LVWD ,EL &RUUHWRUD GH 6HJXURV /WGD ,,, 2EULJDo}HV OHJDLV ILVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV ,EL 3URPRWRUD 2 %DQFR ,EL YHP GLVFXWLQGR MXGLFLDOPHQWH D OHJDOLGDGH H FRQVWLWXFLRQDOLGDGH GH DOJXQV WULEXWRV H FRQWULEXLo}HV RV TXDLV HVWmR WRWDOPHQWH SURYLVLRQDGRV QmR 'HSyVLWRV ,QWHUILQDQFHLURV REVWDQWH DV ERDV FKDQFHV GH r[LWR D PpGLR H ORQJR SUD]RV GH DFRUGR FRP D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV %DQFR %UDGHVFR 6 $ $ SULQFLSDO TXHVWmR p 'HSyVLWRV D 3UD]R 3,6 H &2),16 ยฒ 5 PLO ยฒ 5 PLO ,EL &RUUHWRUD GH 6HJXURV /WGD 1ยบ GR 3URFHVVR ,EL 3URPRWRUD 0DQGDGR GH 6HJXUDQoD FRP SHGLGR GH FRQFHVVmR GH PHGLGD OLPLQDU
$SOLFDo}HV QR 0HUFDGR $EHUWR 3OHLWR -XGLFLDO ,QFLGrQFLD GR 3,6 H GD &2),16 VRPHQWH VREUH R IDWXUDPHQWR DVVLP HQWHQGLGR FRPR R SURGXWR GDV YHQGDV GH PHUFDGRULDV H GD SUHVWDomR %DQFR %UDGHVFR 6 $ GH VHUYLoRV DLQGD TXH GHODV QmR VHMD H[SHGLGD XPD IDWXUD VHQGR LQFRQVWLWXFLRQDO D /HL Qยบ SRU RIHQVD DRV DUWLJRV LQFLVR , DOtQHD ยดEยต H ย ยบ GD $SOLFDo}HV ,QWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] &RQVWLWXLomR )HGHUDO 3RUWDQWR QR IDWXUDPHQWR GHVVD IRUPD HQWHQGLGR TXDLVTXHU RXWUDV UHFHLWDV FRPR ILQDQFHLUDV QmR GHYHP VHU DGLFLRQDGDV j EDVH GH %DQFR %UDGHVFR 6 $ FiOFXOR GH DPEDV DV H[Do}HV QR SHUtRGR GH YLJrQFLD GD /HL Qยบ 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV $XWR GH LQIUDomR ,66 ยฒ 9DORU GH 5 PLO 5 PLO
%DQFR %UDGHVFR 6 $ 3OHLWR -XGLFLDO $QXODomR GR 'pELWR )LVFDO GHFRUUHQWH GR $XWR GH ,QIUDomR Qยบ H GD 'tYLGD $WLYD Qยบ 7,$) Qยบ QR TXDO VH H[LJH ,66 VREUH 5HFHLWDV 2SHUDo}HV &RPSURPLVVDGDV REWLGDV FRP 7DULIDV GH $EHUWXUD GH &UpGLWR HQWUH RXWUDV %DQFR %UDGHVFR 6 $ 2 %DQFR ,EL WDPEpP GLVFXWH MXGLFLDOPHQWH RXWUDV TXHVW}HV WULEXWiULDV HP TXH D SRVVLELOLGDGH GH SHUGD p FRQVLGHUDGD SHOD $GPLQLVWUDomR H VHXV $GYRJDGRV &RQWDV D 3DJDU ,EL 3URPRWRUD FRPR SURYiYHO DV TXDLV HVWmR LQWHJUDOPHQWH SURYLVLRQDGDV (VWDV Do}HV WRWDOL]DP R PRQWDQWH GH 5 PLO 5 PLO (P GH GH]HPEUR GH R %DQFR ,EL WDPEpP SRVVXtD Do}HV MXGLFLDLV UHODFLRQDGDV D ULVFRV ILVFDLV FRP SUREDELOLGDGH GH SHUGD SRVVtYHO H SRUWDQWR QmR 9DORUHV D 5HFHEHU 3DJDU ,EL &RUUHWRUD GH 6HJXURV /WGD SURYLVLRQDGRV QR PRQWDQWH GH 5 PLO ยฒ 5 PLO ,EL 3URPRWRUD ,9 0RYLPHQWDomR GDV SURYLV}HV 6HUYLoR GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR (P GH GH]HPEUR 5 PLO ,EL 3URPRWRUD )LVFDLV H 'LYLGHQGRV 7UDEDOKLVWDV &tYHLV 3UHYLGHQFLiULDV
,EL &RUUHWRUD GH 6HJXURV /WGD 1R LQtFLR GR H[HUFtFLR GH %DQFR %UDGHVFR &DUW}HV 6 $ $WXDOL]DomR PRQHWiULD 2XWUDV &RQVWLWXLo}HV OtTXLGDV GH UHYHUV}HV H EDL[DV %DQFR %UDGHVFR 6 $ 3DJDPHQWRV ,EL &RUUHWRUD GH 6HJXURV /WGD 1R ILQDO GR H[HUFtFLR GH 1RWD ,EL 3URPRWRUD &RPSUHHQGH VXEVWDQFLDOPHQWH REULJDo}HV OHJDLV E 5HPXQHUDomR GR SHVVRDO FKDYH GD $GPLQLVWUDomR 2875$6 2%5,*$dยฏ(6 $QXDOPHQWH QD $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD p IL[DGR D )LVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV (P GH GH]HPEUR 5 PLO
E 'LYHUVDV
2SHUDo}HV FRP FDUWmR GH FUpGLWR 3URYLVmR SDUD SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV 1RWD E $QXLGDGH D GLIHULU 3URYLVmR SDUD SDJDPHQWRV D HIHWXDU 2EULJDo}HV SRU DTXLVLomR GH EHQV H GLUHLWRV 9DORUHV D SDJDU ยฒ 6RFLHGDGH /LJDGDV 2XWUDV 7RWDO
2875$6 '(63(6$6 23(5$&,21$,6
$7,926 ( 3$66,926 &217,1*(17(6 ( 2%5,*$dยฏ(6 /(*$,6 ),6&$,6 ( 35(9,'(1&,ร 5,$6
3URYLVmR SDUD ULVFRV ILVFDLV 1RWD E 3URYLVmR SDUD LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV GLIHULGRV 1RWD F ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VREUH R OXFUR D SDJDU ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV D UHFROKHU 7RWDO
E $WLYRV LQWDQJtYHLV 2V DWLYRV LQWDQJtYHLV DGTXLULGRV VmR FRPSRVWRV SRU
7D[D
$QXLGDGHV 7DULIDV &RPLVVmR 2XWUDV 7RWDO
2V YDORUHV UHJLVWUDGRV DWp GH GH]HPEUR GH IRUDP PDQWLGRV QHVWH JUXSR DWp VXD DPRUWL]DomR GH DFRUGR FRP D &DUWD &LUFXODU %$&(1 Qยบ H ร JLR QD DTXLVLomR GD *RSLF 3DUWLFLSDo}HV /WGD
'HSyVLWRV ยญ YLVWD $ SUD]R ,QWHUILQDQFHLUR &DUWHLUD 3UySULD 7tWXORV S~EOLFRV 7RWDO HP 7RWDO HP
$MXVWH GHFRUUHQWH GH DYDOLDomR
9DORU FRQWiELO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO
$WLYRV SDVVLYRV
([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO
(P GH GH]HPEUR 5 PLO
$WLYRV SDVVLYRV
5HFHLWDV GHVSHVDV
5HFHLWDV GHVSHVDV
ย 2 PRQWDQWH JOREDO DQXDO GD UHPXQHUDomR GRV $GPLQLVWUDGRUHV TXH p GLVWULEXtGD HP UHXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR DRV PHPEURV GR SUySULR &RQVHOKR H GD 'LUHWRULD FRQIRUPH GHWHUPLQD R (VWDWXWR 6RFLDO H ย $ YHUED GHVWLQDGD D FXVWHDU 3ODQRV GH 3UHYLGrQFLD &RPSOHPHQWDU DEHUWD GRV $GPLQLVWUDGRUHV GHQWUR GR 3ODQR GH 3UHYLGrQFLD GHVWLQDGR DRV )XQFLRQiULRV H $GPLQLVWUDGRUHV GD ,QVWLWXLomR $ ,QVWLWXLomR p SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR H VHXV DGPLQLVWUDGRUHV VmR UHPXQHUDGRV SHORV FDUJRV TXH RFXSDP QR %DQFR %UDGHVFR 6 $ FRQWURODGRU GD &RPSDQKLD 2XWUDV LQIRUPDo}HV &RQIRUPH OHJLVODomR HP YLJRU DV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV QmR SRGHP FRQFHGHU HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV SDUD D 'LUHWRUHV H PHPEURV GRV FRQVHOKRV FRQVXOWLYRV RX DGPLQLVWUDWLYR ILVFDLV H VHPHOKDQWHV EHP FRPR DRV UHVSHFWLYRV F{QMXJHV H SDUHQWHV DWp R ยบ JUDX E 3HVVRDV ItVLFDV RX MXUtGLFDV TXH SDUWLFLSHP GH VHX FDSLWDO FRP PDLV GH H F 3HVVRDV MXUtGLFDV GH FXMR FDSLWDO SDUWLFLSHP FRP PDLV GH D SUySULD LQVWLWXLomR ILQDQFHLUD TXDLVTXHU GLUHWRUHV RX DGPLQLVWUDGRUHV GD SUySULD LQVWLWXLomR EHP FRPR VHXV F{QMXJHV H UHVSHFWLYRV SDUHQWHV DWp R ยบ JUDX 'HVVD IRUPD QmR VmR HIHWXDGRV SHODV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV D TXDOTXHU VXEVLGLiULD PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR RX GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H VHXV IDPLOLDUHV ,032672 '( 5(1'$ ( &2175,%8,dยฎ2 62&,$/ D 'HPRQVWUDomR GR FiOFXOR GRV HQFDUJRV FRP LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO
3$75,0ร 1,2 /ร 48,'2 5HVXOWDGR DQWHV GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO D &DSLWDO VRFLDO (QFDUJR WRWDO GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO jV DOtTXRWDV GH H 2 FDSLWDO VRFLDO QR PRQWDQWH GH 5 PLO ยฒ 5 PLO WRWDOPHQWH VXEVFULWR H LQWHJUDOL]DGR GLYLGLGR HP ยฒ (IHLWRV GDV DGLo}HV H H[FOXV}HV QR FiOFXOR GRV WULEXWRV Do}HV QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV FRP YDORU SDWULPRQLDO GH 5 FDGD 3DUWLFLSDo}HV HP FROLJDGDV E &RPSRVLomR GR FDSLWDO VRFLDO HP Do}HV 'HVSHVDV LQGHGXWtYHLV OtTXLGDV GDV UHFHLWDV QmR WULEXWiYHLV (P GH GH]HPEUR 5 PLO (IHLWR GR GLIHUHQFLDO GD DOtTXRWD GD FRQWULEXLomR VRFLDO $WLYDomR GH FUpGLWRV GH H[HUFtFLRV DQWHULRUHV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV 2XWURV YDORUHV 2UGLQiULDV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR 3UHIHUHQFLDLV $ DOtTXRWD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO SDUD DV HPSUHVDV GR VHJPHQWR ILQDQFHLUR IRL HOHYDGD SDUD GH DFRUGR FRP D /HL Qยบ 7RWDO
&RQWLQXD
DIà RIO DO COMÉRCIO
10
sexta-feira, 11 de março de 2011
&RQWLQXDomR
%DQFR ,EL 6 $ %DQFR 0~OWLSOR (PSUHVD GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR &13- 6HGH $ODPHGD 5LR 1HJUR Âş $QGDU %ORFR % $OSKDYLOOH %DUXHUL 63
127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$dÂŽ2 Â6 '(021675$dÂŻ(6 &217É%(,6 2875$6 ,1)250$dÂŻ(6
E &RPSRVLomR GD FRQWD GH UHVXOWDGR GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO ,PSRVWRV FRUUHQWHV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GHYLGRV ,PSRVWRV GLIHULGRV &RQVWLWXLomR UHDOL]DomR QR H[HUFtFLR VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV 8WLOL]DomR GH VDOGRV LQLFLDLV GH %DVH QHJDWLYD GH FRQWULEXLomR VRFLDO $WLYDomR GH &UpGLWRV GH H[HUFtFLRV DQWHULRUHV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV 7RWDO GRV LPSRVWRV GLIHULGRV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR
F 2ULJHP GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GLIHULGRV 5 PLO 6DOGR HP
&RQVWLWXLomR
5HDOL]DomR
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Outros assuntos
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O ministÊrio sempre teve crise: a aceitação de um lado, a insatisfação do outro. Ana de Hollanda
olĂtica
Rainha pega 4 anos de prisĂŁo
O MST não reconhece a liderança de Rainha desde 2007devido a desentendimentos internos e pela condenação por porte ilegal de arma. Em 2008 fez campanha para um candidato a vereador no Rio acusado de tråfico de drogas. Mais recentemente tem liderado invasþes no Pontal.
O lĂder nĂŁo reconhecido dos sem-terra foi condenado por liderar saque a uma fazenda em 2000. Mas pode escapar da cadeia.
O
Beto Barata/AE - 7/3/2003
lĂder dos sem-t erra, JosĂŠ Rainha JĂşnior, foi condenado a 4 anos e 1 mĂŞs de prisĂŁo. A acusação: liderar o saque de madeira e de equipamentos da Fazenda SĂŁo JoĂŁo, invadida pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) em abril de 2000, em Teodoro Sampaio, no Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste do Estado de SĂŁo Paulo. Na sentença publicada ontem, o juiz Fernando Salles A m a r a l c o n s i d e ro u c o m o agravante da pena o fato de Rainha ter utilizado pessoas "de pouca condição social" como "massa de manobra" para o cometimento dos crimes. A sentença ĂŠ de primeira instância e ainda cabe recurso. De acordo com a denĂşncia acatada pelo juiz, durante a invasĂŁo os integrantes do MST cortaram cercas e furtaram madeira, palanques, cavadeiras, enxadas, porteiras e um pulverizador da propriedade do fazendeiro Ricardo Pedroso Peretti. Eles ainda foram acusados de ter matado a tiros 13 bois. No inquĂŠrito, foram
126 PREFEITOS DEIXARAM O CARGO evantamento da CNM (Confederação Nacional L de MunicĂpios) indica que Ă“ RBITA E A MINISTRA SE PRONUNCIA Ana de Hollanda, ministra da Cultura, que indicou Emir Sader para a presidĂŞncia da Fundação Casa de Rui Barbosa e a retirou apĂłs ele a ter chamado 'meio autista', reagiu: apĂłs 8 dias, disse que a crise foi 'fabricada'.
mais de 2% dos prefeitos eleitos em 2008 que tomaram posse em 2009 nĂŁo estĂŁo mais no exercĂcio do mandato. Dos 5.563 municĂpios brasileiros, 126 tiveram troca atĂŠ fevereiro deste ano. O principal motivo para as mudanças, segundo a CNM, foi a cassação de mandato:
65,6% – ou 84 dos 128 casos registrados. Cassaçþes por infração Ă legislação eleitoral somam 36,9% dos casos, e atos por improbidade administrativa, 38,1%. Em 19 municĂpios o prefeito eleito morreu: 3, em acidentes; 12, de causas naturais; e 4 foram assassinados. RenĂşncia para concorrer a outros cargos afastou 13 prefeitos e outros 2 saĂram por motivo de doença.
DILMA E CENTRAIS
apontados como lĂderes dos invasores, alĂŠm de JosĂŠ Rainha, outros 12 militantes do MST. TrĂŞs deles, SĂŠrgio PantaleĂŁo, MĂĄrcio Barreto e Valmir Rodrigues Chaves, chegaram a ter as prisĂľes preventivas decretadas durante o processo, mas acabaram absolvidos por falta de provas. Sem benefĂcio – Os lĂderes AndrĂŠ LuĂs da Silva – que jĂĄ morreu – e Antonia Agostinho Souza tambĂŠm foram condenados a trĂŞs anos e um mĂŞs de prisĂŁo, mas tiveram a punição extinta por terem decorrido mais de oito anos para a aplicação da sentença. Por ter sido condenado a uma pena maior, Rainha nĂŁo foi beneficiado pela extinção da punibilidade. O juiz considerou que, na ĂŠpoca, JosĂŠ Rainha exercia claro papel de liderança sobre os militantes do MST. Tanto que, quando os invasores cercaram e ameaçaram tombar uma viatura da PolĂcia Militar que foi atĂŠ o local, Rainha mandou que parassem e foi prontamente obedecido. Ele tambĂŠm ordenou que os policiais deixassem a area. GinĂĄstica processual – Roberto Rainha, advogado e irmĂŁo do lĂder, disse que a rede
GASTO PĂšBLICO AGORA TEM SISTEMA
presidente Dilma epois de trĂŞs anos de Rousseff acenarĂĄ hoje Ă s tratativas no governo, A D centrais sindicais ao foi criado ontem, por meio sancionar lei que dĂĄ assento ao trabalhador no conselho de administração de empresa pĂşblica. O anĂşncio acontecerĂĄ no primeiro encontro com representantes das centrais, no qual se discutirĂĄ o Ăndice de reajuste da tabela do IR. Dilma defende 4,5%, as centrais, 6,4%.
de advogados que defende os movimentos sociais vai entrar com recurso de apelação. Segundo ele, a agravante que resultou no aumento da pena nĂŁo estĂĄ prevista em lei. "O juiz absolveu todos os demais, porĂŠm fez uma ginĂĄstica processual para exacerbar a pena do JosĂŠ Rainha e evitar a prescrição do crime." O advogado, que tambĂŠm estava entre os acusados e foi absolvido, disse que os tribunais superiores devem reformar a sentença. "É esperada a derrubada da condenação ou, pelo menos, da agravante." 'Julgamento polĂtico' – Para Roberto, seu irmĂŁo teve um tratamento diferente por ser uma figura polĂtica e que nĂŁo agrada a integrantes do JudiciĂĄrio, do MinistĂŠrio PĂşblico e dos latifundiĂĄrios. Ampliaram a pena dele para que nĂŁo tivesse o benefĂcio da prescrição. "Foi um julgamento polĂtico", concluiu. Foram absolvidos ainda por falta de provas os rĂŠus Diolinda Alves de Souza, mulher de JosĂŠ Rainha, Manoel Messias Duda, Cledson Mendes da Silva, Mauro Barbosa dos Santos, Josino Linfante Garcia e Marcio Gomes Barreto. (AE).
de portaria do Tesouro, o Sistema de Custos do Governo Federal. Ele avaliarå e acompanharå a gestão orçamentåria, financeira e patrimonial da União. A ideia Ê criar um novo conceito para avaliação dos gastos públicos, para que sejam tratados como
custo e não como despesa orçamentåria. Segundo o subsecretårio de contabilidade pública do Tesouro Nacional, Gilvan da Silva Dantas, o sistema deve ser usado como instrumento de gestão para melhorar a qualidade dos gastos públicos. A ideia Ê mostrar tanto o custo de execução de um programa como da måquina pública.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 11 de março de 2011
11
olítica
Dutra quer que mais propostas dos colegas sejam votadas
Congresso vai atrás de mudanças
O
Geraldo Magela/Ag. Senado
Leonardo Prado/Ag. Câmara -18/05/2010
deputado Domingos Dutra (PT-MA) apresentou projeto que altera o regimento interno da Câmara para determinar que no mínimo 30% das propostas incluídas na ordem do dia sejam de iniciativa de deputados. Ao mesmo tempo, a insatisfação dos senadores em relação às medidas provisórias levou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a propor mudança no rito das MPs. Atualmente, a grande maioria das propostas aprovadas pelo Parlamento tem origem no Executivo – situação que é alvo de críticas tanto de deputados do governo quanto da oposição. Pelo menos outras duas propostas de resolução já foram apresentadas na Câmara com objetivos semelhantes aos de Dutra. Pesquisa citada pelo cientista político José Álvaro Moisés no artigo "O desempenho do
Congresso Nacional no presidencialismo de coalizão" mostra que, entre 1988 e 2007, das 3.854 propostas apresentadas e transformadas em lei, 3.071 (79,7%) foram do Executivo; 644 (16,7%), do Legislativo, e 139 (3,6%), do Judiciário. Para Dutra, isso é uma "deformação", já que, segundo ele, "há um anseio generalizado, histórico e justo dos parlamentares por mais espaço e oportunidade de ver suas ideias e projetos discutidos e votados." No Senado, ninguém tem esperanças de conseguir mudar medidas provisórias – embora a Constituição garanta essa prerrogativa à Casa. Pela proposta de Sarney, no caso de recusa do Senado a uma emenda da Câmara, a emenda desapareceria do texto sem necessidade de voltar àquela Casa. Mas essa alteração ainda depende de resolução do Congresso. (Agências)
Sarney deseja alterar rito de votação de MPs
Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social Sociedade Civil sem fins Lucrativos CNPJ 76.574.672/0001-72 Sede: Cidade de Deus, Osasco, São Paulo RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Sócios, Em conformidade com as disposições legais e estatutárias vigentes, submetemos à apreciação de V.Sas. os documentos relativos ao Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado e Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício social encerrado em 31.12.2010, os quais encontram-se à disposição dos Senhores Sócios, na Sede Social. Cidade de Deus, Osasco, SP, 28 de janeiro de 2011 Diretoria BALANÇO PATRIMONIAL em 31 de dezembro - Em Reais ATIVO
2010
2009
CIRCULANTE .................................................... Caixa e Equivalentes de Caixa...........................
5.958,91 5.958,91
5.787,29 5.787,29
NÃO CIRCULANTE ........................................... Imobilizado .........................................................
8.357,22 8.357,22
8.357,22 8.357,22
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - Em Reais
PASSIVO E PATRIMÔNIO SOCIAL
TOTAL ................................................................ 14.316,13 14.144,51
2010
2009
CIRCULANTE .................................................... Outras Exigibilidades ..........................................
5.958,91 5.958,91
5.787,29 5.787,29
PATRIMÔNIO SOCIAL.......................................
8.357,22
8.357,22
TOTAL ................................................................ 14.316,13 14.144,51
DIRETORIA Diretor-Presidente Lázaro de Mello Brandão
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Carlos Alberto Rodrigues Guilherme Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Norberto Pinto Barbedo Domingos Figueiredo de Abreu Jorge Andrade Costa Contador CRC-1SP159543/O-0
Diretor Vice-Presidente Antônio Bornia
Diretores Mário da Silveira Teixeira Júnior Luiz Carlos Trabuco Cappi
RECEITAS OPERACIONAIS ............................. Comissões Recebidas ........................................ Outras Receitas .................................................. DESPESAS OPERACIONAIS ........................... Despesas Tributárias .......................................... Propaganda, Publicidade e Outras..................... RESULTADO OPERACIONAL .......................... SALDO NO FIM DO EXERCÍCIO ......................
Exercícios findos em 31 de dezembro 2010 2009 24.923,02 35.804,75 18.569,18 17.715,41 6.353,84 18.089,34 24.923,02 35.804,75 714,52 517,28 24.208,50 35.287,47 -
Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social, no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o Orçamento Anual, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado e demais documentos, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, são de opinião que as citadas peças, examinadas à luz da legislação societária vigente, refletem adequadamente a situação da entidade, opinando por sua aprovação pela Assembleia Geral Ordinária dos Sócios. Osasco, SP, 28 de janeiro de 2011 Clayton Camacho
Membros do Conselho Fiscal José Luiz Rodrigues Bueno
Nilton Pelegrino Nogueira
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
12
sexta-feira, 11 de março de 2011
nternacional
Eric Feferberg/AFP
Um dia agridoce para os rebeldes A França reconhece o Conselho Nacional Líbio como o governo legítimo do país. Mas a oposição sofre perdas na frente militar: forças leais ao regime reconquistam Ras Lanuf, importante cidade petrolífera. 'Estamos chegando', diz filho de Kadafi.
Sarkozy (à esq.) cumprimenta emissários do Conselho Nacional Líbio. O líder francês foi o primeiro a reconhecer a legitimidade da oposição.
Correspondente do jornal O Estado de S. Paulo acusa governo líbio de censura
Reuters/AE/Divulgaçãio
Repórter brasileiro é libertado Andrei Netto ficou oito dias preso em base militar Roberto Schmidt/AFP - 07/03/11
E
nquanto forças leais ao o líder líbio se envolve em um ditador Muamar Ka- esforço cada vez mais brutal padafi avançavam rumo ra acabar com a rebelião. ao leste da Líbia, a "Nós estamos suspendendo oposição ganhava terreno no nossas relações com a atual campo diplomático. A França embaixada da Líbia, então esdeu um passo à frente e reco- peramos que eles terminem as nheceu ontem os rebeldes do operações como embaixada da Conselho Nacional Líbio (CNL) Líbia", afirmou. como o governo legítimo do Estratégia comum - Os lídepaís. Já os Estados Unidos rom- res europeus se reúnem hoje paperam totalmente as relações ra discutir uma resposta à situacom o governo líbio e a secretá- ção na Líbia. Há informações de ria de Estado norte-americana, que Sarkozy irá defender ataHillary Clinton, disse que pre- ques seletivos a instalações mitende se reunir com represen- litares a serviço de Kadafi. A tantes dos rebeldes, tanto em questão é convencer os demais Washington quanto durante países. A Alemanha já disse que viagem ao Egito e a Tunísia na tem receio de ser tragada em próxima semana. uma guerra no Oriente Médio. A decisão de Paris foi inforO secretário-geral da Organimada aos jornalistas através zação do Tratado do Atlântico de um porta-voz do presidente Norte (Otan), Anders Fogh Rasfrancês, Nicomussen, disse l a s S a r k o z y, Hyungwon Kang/Reuters que a aliança depois que está pronta paele se reuniu ra agir. c o m d o i s reMas não p res e n t a nt e s houve consendo CNL. so sobre a im"A França replantação de conhece o Conuma zona de selho Nacional exclusão aérea, c o m o u m reo que autorizaHillary corta relações com presentante leria a Otan a governo de Kadafi e se gítimo do povo abater aviões reunirá com rebeldes líbio. Haverá de Kadafi que uma troca de decolassem embaixadores entre Paris e para atacar forças opositoras. Benghazi", informou uma autoApós a reunião de ontem, os ridade, referindo-se à cidade no membros da Otan acordaram leste da Líbia que funciona co- apenas em aumentar a presenmo capital para os opositores. ça militar no Mar MediterrâO reconhecimento foi festeja- neo, perto da costa da Líbia. do pelos rebeldes, que esperam Resistência - Em resposta, o a mesma ação de outros países. regime líbio afirmou que jaEles entendem que uma valida- mais se renderia aos EUA ou à ção diplomática de várias na- Otan. "Nós não vamos nos enções dará acesso ao dinheiro do tregar nunca. Jamais nos rendepaís congelado no exterior e ao remos. Este é o nosso país. Nós lucro da venda de petróleo. lutamos na Líbia. O povo líbio Mas o ato francês não foi jamais receberá de braços aberacompanhado pela União Eu- tos a Otan nem os norte-ameriropeia nem por outro país. canos", declarou Saif Kadafi, fiA secretária de Estado norte- lho do líder líbio, à Reuters. americana, Hillary Clinton, adSaif ainda declarou que é vertiu para as possíveis conse- chegada a hora de uma ampla quências indesejadas de uma ação militar contra os rebeldes. ação unilateral dos EUA contra "Eu tenho duas palavras para o regime de Kadafi. nossos irmãos e irmãs do leste: "Sem a autorização interna- Estamos chegando", afirmou. cional, uma ação individual dos Ontem, as forças pró-regime Estados Unidos seria adentrar atacaram posições rebeldes na em uma situação cujas conse- importante cidade petrolífera quências são imprevisíveis." de Ras Lanuf, forçando os opoHillary disse que os EUA es- sitores a fugir em meio a uma satão priorizando a ajuda huma- raivada de foguetes. nitária e o estabelecimento de "Nós fomos derrotados. Eles contatos com a oposição da Lí- estão disparando e nós estamos bia. Ela se encontrará com líde- fugindo. Isso significa que eles res opositores em Washington e estão tomando Ras Lanuf", disdurante sua visita ao Egito e à se um rebelde que se identificou como Osama. A cidade é o basTunísia na próxima semana. Ela disse ainda que Washing- tião mais ocidental da vasta área ton não aceitará mais nenhum no leste do país ainda dominada enviado de Kadafi, uma vez que pelos rebeldes. (Agências)
Forças opositoras controlam região do país rica em petróleo
O que o Brasil tem a ganhar com a oposição
O
ditador Muamar Kadafi contra-atacava ontem em várias frentes, mas os rebeldes que conquistaram parte do país já fazem planos para uma nova Líbia. Um dos planos, se confirmado, é uma boa novidade para as empresas brasileiras que operam na região, como as construtoras Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Odebrecht: as forças opositoras prometem não apenas garantir contratos, como compensar as perdas ocasionadas durante a revolta. "Não é somente para garantir empregos (no pósguerra). É por princípios éticos e morais. Todos
concordam", disse o empresário Issam Gueriani à agência O Globo. A mulher de Gueriani, Salwa El-Deghali, integra o Conselho Nacional Líbio. Com uma queda eventual de Kadafi, este grupo lideraria a transição no país. O engenheiro líbio Atif el-Hasia, que trabalha para a Queiroz Galvão na Líbia, disse que os rebeldes querem as empresas brasileiras de volta. "As casas dos brasileiros da Queiroz Galvão foram intocadas e estão protegidas", afirmou. Além da Queiroz Galvão, há outras duas construtoras com contratos bilionários no país: Odebrecht e Andrade Gutierrez. (AG)
O
jornalista brasileiro Andrei Netto foi libertado ontem depois de passar oito dias preso e incomunicável em uma base militar da Líbia. Enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo, ele foi preso junto com o iraquiano Ghaith Abdul-Ahad, do diário britânico The Guardian, em Sabratha, a 60 quilômetros de Trípoli, por milicianos próMuamar Kadafi. O brasileiro levou uma coronhada no momento da detenção, mas passa bem e está abrigado na casa do embaixador brasileiro na Líbia, George Ney de Souza Fernandes. Ele deve deixar o país hoje na condição de deportado. Segundo autoridades líbias, o repórter iraquiano continua preso. Os dois foram interceptados sob a alegação de não terem visto de permanência na Líbia e entregues pelos milicianos a agentes secretos e policiais. Netto contou que foi encapuzado pelos milicianos e recebeu uma coronhada na testa, mas que, no cárcere, não sofreu violência física: "Fomos encarcerados, incomunicáveis. Não falo árabe e não tive nenhum ti-
po de interlocutor. Fomos mantidos sem contato com a luz do sol, sem contato com as autoridades brasileiras. Me diziam: 'esqueça, não terá esse contato.'" Tendo entrado na Líbia pela fronteira com a Tunísia sem visto, Netto disse que tentaria obter o documento quando chegasse à capital. Censura - Em conversa por telefone com o Estado, ele disse que a prisão foi uma tentativa de impedir que a imprensa cobrisse o conflito. "Havia por detrás dessa questão burocrática, que era a falta do visto, a intenção clara de não permitir que nós, jornalistas, trabalhássemos em uma área que era oficialmente controlada pelo governo Kadafi e que estávamos revelando não estar de fato sob as mãos dele, mas em franca disputa", afirmou. Netto estava no país desde 19 de fevereiro e perdeu contato com o Estado em 2 de março. No dia 7, o diário soube que ele poderia estar preso. As embaixadas do Brasil e da Líbia foram informadas, assim como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a ONG Repórteres Sem Fronteiras. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 11 de março de 2011
13 Meu desejo de transferir a autoridade política nada tem nada a ver com esquivar-me da responsabilidade. O dalai-lama
nternacional Reuters
Egito liberta assassinos de Sadat
O
Centenas de manifestantes xiitas protestam em Qatif por reformas democráticas e a libertação de presos políticos. Monarquia sunita alerta que não vai tolerar manifestações.
Egito libertou dois presos que foram detidos por envolvimento no assassinato do expresidente egípcio Anwar Sadat, em 1981, informou a rede de TV AlJazira, ontem. O ex-presidente foi baleado durante um desfile militar por um membro de um grupo islâmico, depois de se tornar o primeiro líder árabe a assinar um tratado de paz com Israel, em 1979. Abboud el-Zomor e Tarek el-Zomor, presos sob acusação de envolvimento no atentado, foram libertados como parte das medidas adotadas pelos militares que governam o Egito para aplacar as tensões no país. (Reuters)
Adam Jan/AFP
Prova de fogo na Arábia Saudita
Tensão sectária se agrava no Bahrein
C
Maior produtor de petróleo do mundo terá hoje seu 'Dia de Fúria'. Protestos já começaram no leste, onde forças de segurança atiraram contra manifestantes.
M
esmo com a proibição do governo da Arábia Saudita contra manifestações, centenas de xiitas foram às ruas de Qatif, no leste do país, ontem, para reivindicar reformas políticas no reino. Três pessoas ficaram feridas, depois que forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes. Para hoje, a oposição saudita convocou os maiores atos antirregime no país desde o começo da onda de protestos na região, colocando o governo em alerta e gerando temores de alta no preço do petróleo. O "Dia de Fúria'' na Arábia Saudita prevê manifestações pela primeira vez em Riad, a capital, e em Jeddah, a segunda maior cidade do país, e remete aos atos que originaram as grandes mobilizações opositoras em outros países da região. A página no Facebook que convocava aos atos tinha apoio de 32 mil pessoas ontem. O país, maior produtor de petróleo do mundo e impor-
tante aliado do Ocidente, não tem histórico de protestos, mas nas últimas semanas pequenos atos têm sido registrados fora da capital. Tiros - Em Qatif, os manifestantes, pertencentes à minoria xiita, pediam ontem reformas democráticas e a libertação de presos políticos. Muitos deles vestiam máscaras para evitar a identificação pela polícia. Uma testemunha afirmou à R eu t e rs que a polícia usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo de cerca de 200 pessoas, enquanto outra testemunha e um ativista xiita disseram que houve tiros. "Houve tiros, foi esporádico", disse a testemunha, que declarou que não pode ver para onde os tiros eram direcionados. Até agora, as manifestações foram pequenas e têm se concentrado no leste do reino, onde vivem os xiitas. Mas forças de segurança começaram a se posicionar ontem nos arredores de Riad, em preparação aos protestos convocados para hoje.
A monarquia ultraconservadora da Arábia Saudita, sunita, tem lutado para deixar o país livre das revoltas populares que atingiram a região nos últimos meses. No final de fevereiro, o governo anunciou um pacote de bondades de US$ 36 bilhões para aplacar a insatisfação. O governo também alertou ontem que não tolerará manifestações, as quais considera proibidas por sua interpretação da lei islâmica. "A reforma não pode ser obtida através dos protestos. O melhor caminho para atender os pedidos é através do diálogo nacional", afirmou o ministro do Interior, o príncipe Saudi al-Faisal. Petróleo - A perspectiva de que os protestos cheguem à Arábia Saudita exacerba temores de aumento ainda mais acentuado do preço do petróleo, em alta desde o início das revoltas. Analistas preveem o barril em US$ 200 no meio deste ano, caso os protestos sauditas de fato ganhem força. (Agências)
Xiitas barenitas dizem que são discriminados pelo governo sunita
onfrontos sectários eclodiram ontem em uma escola do Bahrein, alimentando temores de que uma passeata marcada para hoje inflame o pequeno país do Golfo Pérsico, onde a maioria xiita da população se diz discriminada pela monarquia sunita. Líderes moderados pediram aos mais radicais que cancelem a passeata de hoje até a corte real, alertando que ela poderia provocar confrontos entre xiitas e sunitas. Políticos e ativistas de todos os lados esperam que civis sunitas saiam às ruas da capital Manama para bloquear o avanço dos xiitas radicais. Ontem, testemunhas disseram ter havido uma briga em uma escola na localidade de Sar. O confronto teria começado quando alunos xiitas iniciaram um protesto contra o governo sunita. Eles relataram ainda que pais de famílias naturalizadas – sunitas oriundos principalmente da Síria e do Paquistão, mas com passaporte barenita – foram até a escola. Pais xiitas chegaram ao local a seguir, tornando o confronto inevitável. (Reuters)
Alessia Pierdomenico/Reuters
Cortando as asas dos magistrados
PROCURA-SE UM SUCESSOR O dalai-lama decide abdicar da liderança política do Tibete
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dalai-lama, de 76 anos, líder político e espiritual dos tibetanos no exílio e Prêmio Nobel da Paz, anunciou ontem que pretende renunciar a seu papel político a fim de transferir seu posto a um novo responsável "eleito". O dalai-lama disse que procura um sucessor que o permita deixar suas funções políticas na próxima sessão do Parlamento do governo tibetano no exílio, previsto para este mês. Falando durante as comemorações do fracassado levante de 1959 contra o domínio chinês em sua terra natal, que o obrigou a ir ao exílio no norte da Índia, ele disse que chegou a hora de "devolver minha autoridade formal a um líder eleito". "No início dos anos 1960, eu vivi repetidos conflitos pelo fato de o Tibete necessitar de um líder, eleito de maneira livre pelo povo tibetano, a quem eu posso devolver o poder", disse. "É chegado o momento de colocar essa substituição em curso." (AE)
Reuters - 20/05/10
O dalai-lama continuará sendo o líder espiritual tibetano
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Berlusconi, que se recupera de uma cirurgia, quer controlar os juízes.
p r i m e i ro- m i n i s t ro italiano, Silvio Berlusconi, que será julgado por acusações de corrupção e ofensas sexuais, anunciou ontem uma reforma do sistema judiciário do país, descrita pelo premiê como "histórica". Críticos afirmam que a iniciativa visa controlar os poderosos magistrados independentes do país. A reforma, que terá que passar por um longo processo parlamentar até receber aprovação final, chega no momento em que o premiê, que também é um magnata da mídia, irá a julgamento sob acusações de ter pago para fazer sexo com uma menor de idade e também por abuso de poder. Os outros julgamentos dos quais Berlusconi é réu são de evasão fiscal e corrupção. Ele nega todas as acusações. (Agências)
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sexta-feira, 11 de março de 2011
TESTAMENTO
O trigo era um produto valioso na São Paulo antiga. Produção era citada em testamentos.
idades
Na São Paulo dos bandeirantes, trigo era moeda de valor Plantações dominavam os arredores da vila dos jesuítas, no século 17. Já naquela época, produto era exportado por Santos. Valdir Sanches
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arço se aproxima... No campo, é hora de preparar a terra para o plantio do trigo. "Pelas imensas planícies estendem-se os trigais..." Estamos falando da Mooca, do Tatuapé, enfim, de São Paulo. Trigo mandado para o porto do Rio de Janeiro, destinado à exportação. Bem, esta São Paulo não é, por óbvio, a de nossos tempos. Mas a vila fundada pelo padre José de Anchieta, em 1554. No caso, cerca de um século depois (idos de 1650). No século 17, mal se transpunha o rio Tamanduateí, ou o Anhangabaú, e já era campo aberto. Comparando com nossos dias, seria como atravessar os limites do Centro Velho. Daí para diante eram os sítios, as roças e as fazendas. Um quadro vivo dessa época foi deixado por Belmonte, o memorável desenhista, cronista e escritor em No tempo dos Bandeirantes (Imprensa Oficial do Estado, 2006). Benedito Bastos Barreto (1896-1949), o paulistano Belmonte, colaborou em jornais e revistas, onde criou personagens marcantes como Juca Pato. No livro, ele fala das fazendas: "Tipo rural por excelência, é aí que, mais demoradamente, vive o paulista do seiscentismo". Deixa a vila "quase deserta, meses a fio, quando a ela não o atraem obrigações imediatas, festas religiosas ou intimações da Justiça". "As fazendas, já na segunda metade do século, estendemse pelas vastas planícies, galgam as encostas e vão alcançar distâncias consideráveis." Atingem "o Pari, Mooca, Ipiranga, Guarulhos, Tremembé, Mandaqui, Quitaúna, Santo Amaro, Itapecirica, Pinheiros (...). Há muitas culturas, cria-se gado. "Mas o que predomina nos campos de Piratininga é a cultura do trigo. Pelas imensas planícies estendem-se os trigais e, em certos momentos, a preciosa gramínea chega a constituir verdadeira força econômica do planalto." "O trigo desempenha papel tão importante que, em 1633, reconhecendo que 'na terra não há dinheiro senão as ditas farinhas', o seu preço, para o porto de Santos, é elevado a mais de duzentos réis o alqueire (na época, como peso de grãos, 13,9 litros). Isso porque, 'segundo se alega na Câmara, a despesa do seu transporte para o mar fica em dois tostões e doze vinténs, e assim vem valer mais o carreto que a própria farinha...'" Herança – Para dar uma ideia do vigor do trigo, Belmonte relaciona a produção, em farinha ou grão, constante nos inventários de vinte plantadores, apanhados ao acaso. Somam quase quatro mil alqueires. O preço do alqueire variava entre 100 e 200 réis. Não era pouco. "Há, assim, verdadeiras fortunas nas tulhas (celeiros) e nas casas de
trigo." Um dos testamentos diz que já estão no porto do Rio de Janeiro, para embarque, 150 cargas de farinha. Outro relata que foram mandados para o mesmo destino 105 cestos do produto. Pão – As exportações, no entanto, nem sempre eram permitidas. A Câmara (não existia prefeitura) atendia à queixa da população, temerosa de que faltasse trigo para o pão. Então "as farinhas de trigo" não podiam deixar a vila, sem licença. Se a medida não surtisse efeito, vinha outra decisão. Os plantadores teriam que destinar cotas semanais de trigo "para acudirem com o pão a tempo que lhes for mandado". "São enérgicos os senhores do Conselho (da Câmara)", conclui Belmonte. Não só os exportadores podiam deixar a população sem trigo, como lojistas alterar pesos e medidas. "E lá surge a Câmara: 'Pelos ditos oficiais foi acordado que nenhuma pessoa não venda nem compre farinhas por alqueires, mas por arrobas, pelo muito agravo que há.'" Os "incansáveis senhores do Conselho" intervieram quando acharam que o pão diminuíra de tamanho. "Requereu o procurador que o pão que se vendia a este povo nas vendagens era pequeno e havia muito trigo na terra."
Foram feitas posturas "para que o pão pesasse mais de arrátel (429 gramas) e meio, e não menos, sob pena do pão perdido e de pagarem quinhentos réis...". Mas a questão não parou por aí: "Estipula-se, então, em definitivo, que o pão pese dois arráteis, isto é, quase um quilo." Em outra ocasião, a Câmara impõe uma tabela: "O preço do trigo, posto em Santos, é de 100 réis o alqueire. Na vila, a farinha vale 240 réis". Nessa época, a medida ainda era o alqueire (como se viu, 13,9 litros), e o trigo aceito como dinheiro pelos mercadores forasteiros. Moeda – "A moeda é escassa no planalto – tão escassa como será mais tarde, no século 20 – e daí o gênero de trocas que ressurgirá, três séculos depois, com o nome de 'comércio em moedas compensadas'". Apesar de tudo, pondera Belmonte, os produtores não podiam entregar-se só à monocultura, ou ser apenas lavradores. "Mesmo nos campos em que predomi-
nam, visivelmente, as searas de trigo, vamos encontrar culturas de cana, pedaços de algodoal e plantações de vinha, além dos cereais necessários ao sustento das gentes." Gado – As propriedades produziam todo o necessário para o sustento. "O sítio seiscentista é uma colmeia virtuosa, estuante de trabalho, onde lavradores, artífices e operários labutam, de sol a sol 'pelo bem comum e para que esta vila não pereça...'. E, onde não se encontra o senhor rural arroteando a terra como lavrador, é que vamos vê-lo nos seus campos, pastoreando o gado." Belmonte cita as planícies "de Santo Antônio, Piratininga, de Itaim, de Capoeiroçu do Ipiranga, de Tatuapé, de Ibirapuera, grandes criadores". São "bois, capados, novilhos, bezerros, carneiros, ovelhas, cabras, cavalos, éguas... Vacas fuscas, alvasãs, brorquilhas, pintadas, vacas parideiras, vacas com suas crianças (bezerros)." Os sítios, as fazendas, faziam seu pão, assim como queijo, manteiga, marmelada, vinho. "Nas fazendas cortadas pelos rios e riachos, canoas carregadas partem das casas de trapiche, enquanto, por toda parte, rodam os moinhos de água de moer trigo..."
Sementes chegaram com naus portuguesas
A
s primeiras sementes de trigo chegaram ao País nas naus de Martim Afonso de Sousa, em 1534, vinte anos antes da fundação da Vila de São Paulo. As naus aportaram na Capitania de São Vicente, onde as preciosas sementes foram plantadas. Daí expandiram-se para outras capitanias, chegando até a Ilha do Marajó. Mas foi no Rio Grande do Sul que a cultura encontrou clima e solo mais adequados. O trigo plantado por imigrantes dos Açores propiciou grande produção. Em 1780 foram colhidas duas mil toneladas. Além do Rio Grande do Sul, São Paulo e outras regiões contribuíram para um marco. O Brasil foi o primeiro país das Américas a exportar trigo, à frente de futuros grandes produtores, como os Estados Unidos e a Argentina. O plantio enfrentou sérios
problemas com a chegada da ferrugem, em 1811. Somados a outros fatores, como guerras, o trigo quase desapareceu do solo brasileiro. A vinda de imigrantes alemães e italianos ao Rio Grande do Sul, alguns anos depois, deu início à recuperação das plantações. Os problemas não cessaram inteiramente, mas, com o passar dos anos, iniciativas do governo ajudaram a produção. Uma delas foi a criação do Campo Experimental de Trigo, em terras gaúchas, em 1912. Outra, a criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que, com suas pesquisas, aprimorou o cultivo. As estimativas para este ano são de que o País produza 5,4 milhões de toneladas e importe ao redor de 6 milhões de toneladas. Em 2009, o Estado de São Paulo colheu 1,8 milhão de toneladas. (V.S.)
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sexta-feira, 11 de março de 2011
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15 Queremos que o transporte público seja custeado pelo orçamento da cidade. Lucas Monteiro de Oliveira, manifestante contra o aumento da tarifa
idades
Patrícia Cruz/LUZ
ESCÂNDALO GAIATO
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á 100 anos, o dia de hoje, 11 de março, caiu num sábado. Nessa manhã o Rio de Janeiro seria cenário do primeiro escândalo da moda no País, por graça de uma senhora da alta sociedade que, para mostrar-se antenada, resolveu desfilar com uma jupe-culotte pelas ruas do centro. Tratava-se de uma saia-calça lançada então recentemente em Paris, é claro, para realçar as curvas femininas, em contraponto aos vestidos rodados que as escondiam. Se o modelo provocou comoção na Europa, imagine aqui. Uma multidão plebéia perseguiu a corajosa mulher que, a certa altura, precisou refugiar-se, sob vaias e assobios, em uma loja para esfriar as cabeças. O impacto do episódio pode ser medido pela sua repercussão. Na semana seguinte, nas páginas das revistas "A Careta" (1908-1960) e "Fon-Fon" (1907-1958), de largo prestígio na época. Aliás, ambas se caracterizavam pela sátira e humor. A propósito, "A Careta" era dirigida pelo célebre cartunista J. Carlos (1884-1950); "Fon-Fon" também contava com caricaturistas famosos, entre eles Nair de Teffé (1884-1981), então mulher do presidente da República Hermes da Fonseca (1910-1914). Na ocasião, um dos seus cartuns retratava um gaúcho de bombachas olhando a mulher de juperculotte e comentando: "Temos concorrência."
ução
Reprod
NÃO VAI TER PROBLEMA
Metrópole - Como se dão esses contactos?
André - As três participam da diretoria da Federação Nacional das Torcidas Organizadas. Temos contactos próximos e frequentes, trabalhando juntos. Metrópole - Por que então sempre há brigas e vandalismos, antes e depois dos jogos envolvendo Corinthians, Palmeiras e São Paulo? André - As torcidas são numerosas, é impossível controlar os grupos de pessoas violentas que se infiltram nelas. Mas eu acho que as situações de conflitos não são apenas das torcidas. São da nossa sociedade. A sociedade é violenta. A violência se manifesta até entre religiões. (André Azevedo, 31 anos, morador no Jardim Comercial)
Desfile de jupe-culotte pelas ruas do Rio: escândalo há 100 anos.
NO CONJUNTO NACIONAL
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hall do Conjunto Nacional deverá ser um dos únicos lugares do País em que o Carnaval atravessará o período da Quaresma e se estenderá até o meio do ano, se for considerada a simbologia da belíssima escultura com 3 metros de altura que está
instalada ali. É um casal de porta-bandeira e mestre-sala que parece eternizar a magia da avenida. A obra, que pesa 150 kg, é uma criação do cenógrafo Silvio Galvão, que participou do aplaudido "Castelo Rá-Tim-Bum", e do artesão Sandro
Rodrigues, presidente da Cooperativa de Arte Alternativa e Coleta Seletiva (Cooperaacs). As figuras foram inteiramente montadas com material reciclável – chaves, bijuterias, canetas etc – doado por dois meses pelas pessoas que passam por lá.
Ônibus: novo protesto contra Kassab Manifestantes param avenida e queimam boneco em frente ao condomínio onde mora o prefeito. Polícia filmou a manifestação. Zé Carlos Barretta/Hype
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erca de 200 manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) interditaram na tarde de ontem a avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, em mais um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus. A avenida chegou a permanecer fechada por cerca de 20 minutos, em frente ao shopping Iguatemi, no sentido avenida Rebouças-Itaim Bibi. As faixas sentido Pinheiros não foram bloqueadas. Os manifestantes usaram a avenida para chegar até a rua Angelina Maffei Vita, que dá acesso ao condomínio onde mora o prefeito Gilberto Kassab, que está em viagem à França. Próximo ao condomínio, os manifestante usaram querosene para queimar um boneco com a foto do prefeito. Moradores do condomínio chegaram a jogar ovos nos manifestantes e alguns foram atingidos. Durante o protesto, o grupo aproveitou para colar cartazes contra o aumento da tarifa nos muros do conjunto de edifícios. A manifestação foi acompanhada por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que efetuam bloqueio de vias e monitoram o trânsito na região na tentativa de reduzir os congestionamentos. Filmagem – Soldados da Polícia Militar também acompanharam a manifestação. Protesto semelhante ocorrido no dia 17 de fevereiro, em frente à sede da Prefeitura, no viaduto do Chá com rua Líbero Badaró, no Centro, terminou em confronto entre PMs e manifestantes, e cada lado acusou o outro de acirrar os ânimos. Naquela ocasião, a Polícia Militar se defendeu usando imagens de TV. Ontem, policiais militares registraram o protesto em filme. Quando a passeata passou
Militante defende tarifa zero Geriane Oliveira
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ucas Monteiro de Oliveira, 26 anos, professor e integrante do Movimento Passe Livre (MPL), disse ontem que o protesto em frente à casa do prefeito Gilberto Kassab visa a revogação do último aumento na tarifa de ônibus.
Manifestantes fizeram protesto contra o aumento da tarifa de ônibus e queimaram um boneco em frente ao condomínio onde mora o prefeito Gilberto Kassab, na zona oeste da cidade.
em frente ao shopping Iguatemi, seguranças do estabelecimento fizeram uma corrente humana para impedir a entrada dos manifestantes. Os mesmos seguranças também bloquearam a via do shopping que dá acesso ao condomínio onde mora o prefeito. Kassab está na França, onde permanecerá até amanhã, em missão oficial da Prefeitura. O Comitê de Luta Contra o Aumento informou que esse foi o 12º protesto contra o aumento da tarifa do ônibus, que em janeiro subiu de R$ 2,70 para R$ 3 por decreto do prefeito. O próximo protesto foi marcado para o dia 17. (Agências)
Zé Carlos Barretta/Hype
Metrópole - Com o acesso da Dragões da Real, agora as torcidas dos três grandes clubes da Cidade estão representadas no Grupo Especial. Há quem tema que venha mais violência por aí no Carnaval paulistano... André Azevedo - Não há perigo. Os Dragões, a Mancha Verde e a Gaviões da Fiel sabemos separar as coisas. Carnaval é carnaval e futebol é futebol. Eu penso que não vai ter problema. Eu também gostaria de esclarecer que as três torcidas, em nível institucional, não são inimigas. Ao contrário. Nós conversamos bastante e também não gostamos e nem estimulamos confrontos.
Eliária Andrade/Agência O Globo
Diário do Comércio - Qual é a reivindicação do MPL? Lucas Oliveira – Não aceitamos os esclarecimentos dados pelo secretário de Transportes e de seu adjunto sobre esse aumento. Então, decidimos falar, em nome dos usuários paulistanos, diretamente com quem decide, porque aumentar o preço do transporte é aumentar a exclusão. Como ele não estava em casa, deixamos um recado: Kassab, você aumentou, é você quem vai baixar. DC - Quais são as chances de uma revogação? Oliveira – Vamos continuar a luta, essa é a nossa bandeira. Queremos que o transporte público seja custeado pelo orçamento da cidade, ou seja, tarifa zero, e isso quer dizer migração do sistema de transporte privado para um sistema público, garantindo o acesso universal por meio do passe livre para todas as camadas da população.
Ordem do desfile das campeãs é alterado
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ordem das escolas de samba que participarão hoje à noite, a partir das 21h, do desfile das campeãs de São Paulo foi alterado por medida de segurança. O motivo: pela primeira vez, três escolas ligadas a torcidas organizadas vão desfilar no mesmo dia. O Palmeiras (com a Mancha Verde) e o Corinthians (com a Gaviões da Fiel), no Grupo Especial há alguns anos, sempre desfilaram em dias alternados. Com a chegada da Dragões da Real, campeã do Grupo de Acesso, torcedores do São Paulo também são esperados no sambódromo. Por isso, a nova ordem dos desfiles será a seguinte: Dragões da Real, Camisa Verde e Branco, Gaviões da Fiel, Unidos de Vila Maria, Acadêmicos da Tucuruvi, Mancha Verde e VaiVai. Além da ordem dos desfiles, as torcidas das escolas ocuparão lugares determinados. A torcida da Dragões da Real deverá ficar nos setores C, D e E, com entrada pela marginal Tietê; a da Gaviões da Fiel ficará nos setores A e B, com entrada pela marginal Tietê; e a da Mancha Verde no F, G e H, com entrada pela avenida Olavo Fontoura. Os ingressos para assistir ao desfile poderão ser adquiridos pelo site www.ingressofacil.com.br e nos pontos de venda vinculados à empresa. Segundo a Ingresso Fácil, as meias-entradas são vendidas somente na bilheteria do Anhembi. Dúvidas podem ser tiradas pelo telefone 4003-2245 e pelo e-mail sa c@ ing re sso fa cil .c om. br . O policiamento dentro da passarela do samba será igual aos outros dias de desfile, com 1,2 mil homens divididos em dois turnos. (Folhapress)
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16 -.LOGO
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Martin Bernetti/AFP
HÁBITOS NOTURNOS Um guia de visitas segura uma coruja para exibi-la ao público no zoológico Parque Metropolitano, em Santiago, no Chile. O zoo acaba de aderir à proposta de abrir as portas para visitas noturnas, como já acontece em zoológicos de Cingapura, México, Colômbia e Estados Unidos.
Logo Logo www.dcomercio.com.br
C IÊNCIA G @DGET DU JOUR
Detector de ETs
A genética é pop
O UFO Detector consegue perceber alterações nos campos magnético e eletromagnético do ambiente, o que supostamente significa a presença de extraterrestres por perto. O aviso vem em forma de um LED piscando e um alarme, alimentados por bateria. Custa US$ 99.
U
ma década depois do mapeamento do genoma humano, a genética ainda é a área mais "quente" da pesquisa científica, aponta a pesquisa Science Watch, da Thomson Reuters, divulgada ontem. Segundo o levantamento, sete dos 13 principais pesquisadores de 2010 trabalhavam
com genética. Eric Lander, do Broad Institute of Harvard e do MIT, que trabalha com o mapeamento genético de doenças humanas, incluindo câncer de pulmão, foi apontado como o pesquisador mais "popular" do mundo. A pesquisa anual observa as pesquisas de diferentes disciplinas científicas e usa o banco
de dados do Web of Science para ver quais artigos publicados nos últimos dois anos são mais citados por outros cientistas. Dez anos depois da publicação da primeira sequência completa do genoma humano, as expectativas iniciais de um avanço rápido no combate às doenças se mostraram equivocadas, mesmo assim, o
Alfredo Estrella/AFP
T ELEVISÃO
Charlie Sheen processa Warner Charlie Sheen abriu ontem um processo contra o estúdio de cinema e televisão Warner Bros., pedindo indenização de US$ 100 milhões por ter sido despedido de seu seriado de TV Two and a Half Men, revelou um representante de seu advogado. A ação cita também o produtor do seriado, Chuck Lorre, como co-réu e foi aberta em nome do elenco e equipe técnica do programa, segundo uma cópia dela postada no site de notícias sobre celebridades TMZ.com. O portavoz da Warner Bros. não comentou a notícia. A ação critica Lorre e a Warner por decidirem "unilateralmente não pagar Sheen e os outros membros do elenco e da equipe técnica pelo restante da temporada atual". Charlie Sheen, que foi o ator mais bem pago da televisão norteamericana pelo papel de solteirão mulherengo e beberrão da série, se envolveu com álcool e drogas e fez declarações que não agradaram à Warner, o que levou à demissão.
www.amazon.com
E SPAÇO
Há cinco anos em Marte A agência espacial dos EUA, a Nasa divulgou ontem a mais recente imagem feita pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter e que mostra em detalhes uma série de canais na bacia de impacto Hellas, na superfície do "planeta vermelho". A sonda completou ontem cinco anos na
interesse acadêmico pela área não diminuiu. Na verdade, um avanço na disciplina foi registrado na quarta-feira, com a aprovação, nos EUA, da droga contra o lúpus Benlysta, da Human Genome Sciences Inc's, a primeira droga derivada da pesquisa genômica a obter a aprovação para ser comercializada.
órbita de Marte com o registro inédito da superfície marciana. O equipamento da Nasa, agência espacial americana, já enviou à Terra mais de 70 mil imagens e durante sua missão, além de ajudar os cientistas a descobrir rochas que podem conter restos fossilizados de vida em Marte.
L OTERIAS Nasa/AFP
Concurso 616 da LOTOFÁCIL
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MÁQUINA FASHION - Modelo desfila criação do estilista mexicano Gianfranco Reni durante a Mercedez Benz Fashion, na Cidade do México, ontem. O evento reuniu nas passarelas trabalhos de 40 estilistas.
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Concurso 2542 da QUINA 36
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E XPOSIÇÃO Rahel Patrasso/AE
E NERGIA
Churrasco portátil Todos os utensílios que você precisa para o próximo churrasco com os amigos, incluindo a churrasqueira, cabem nesta maleta portátil. Ideia é do designer Robert Brunner, que já foi da Pentagram e da Apple. Custa US$ 150.
Árvores de vento elas podem ser colocadas em qualquer lugar e, segundo a agência, são uma "investigação sobre o potencial escultural da energia eólica. A pergunta é: podemos transformar os cataventos em objetos de desejo?"
Onze réplicas de fósseis de dinossauros integram a exposição "Dinossauros da Patagônia", montada por paleontólogos argentinos. Entre as atrações, um Giganotossauro, o maior dinossauro carnívoro que já habitou a terra. De 10 de março a 10 de abril no
A TÉ LOGO
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www.nlarchitects.nl/slideshow/71
www.elementbyfuego.com/ #index.php/pre-order_now/
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A NL Architects, empresa de design holandesa, criou essa escultura em forma de árvore com o objetivo de captar energia eólica e também de conquistar a simpatia da população e dos ambientalistas para a energia limpa. Chamadas Power Flowers,
DINOS
Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:
Morumbi Shopping. Avenida Roque Petroni Jr, 1.089. Das 10h às 22h
Unifesp devolve ao governo paulista prédio da Hospedaria dos Imigrantes, em Santos Enredo da Beija-Flor de 2012 será escolhido entre os temas Ceará, Angola e vinho do RS
(segunda a sábado) e das 14h às 20h (domingos).
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sexta-feira, 11 de março de 2011
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17 CADE Dilma indica Fernando Furlan para presidir o conselho
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LUXO LVMH compra a Bulgari por 3,7 bilhões de euros com troca de ações
Entrada de dólares já supera 2010 De acordo com BC, saldo do movimento de câmbio atingiu no último dia 4 US$ 24,356 bilhões – US$ 2 milhões a mais que em todo o ano passado.
A
entrada líquida de dólares no País, até a sexta-feira da semana passada (dia 4), totalizou US$ 24,356 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados ontem. Com isso, o montante de 2011 superou aquele registrado ao longo dos 12 meses do ano passado – quando foi contabilizada a entrada de US$ 24,354 bilhões. O total registrado nesse início de 2011 é constituído pelo fluxo de US$ 1,424 bilhão na primeira semana deste mês, US$ 7,419 bilhões em fevereiro e US$ 15,513 bilhões no mês de janeiro. Pela metodologia do BC, foram considerados tanto os resultados da conta comercial (exportações e importações) quanto os da financeira (compras e vendas). O volume contabilizado surpreende – não apenas por ter superado o total do ano passado em apenas 45 dias úteis deste ano, mas também por ficar apenas 15,23% abaixo dos US$ 28,732 bilhões contabilizados em 2009. O resultado foi impulsionado principalmente pelas operações financeiras. Esse fluxo – composto por investimentos estrangeiros de longo prazo no setor produtivo e por captações de empresas brasileiras no exterior – apresentou saldo de US$ 2,081 bilhões na semana passada. Em janeiro, a conta das operações financeiras totalizou US$ 14,435 bilhões e, em fevereiro, somou US$ 7,918 bilhões – levando a um saldo total de US$ 24,434 bilhões nesse início de ano. O valor está pouco abaixo do saldo financeiro total registrado em 2010, que foi de US$ 26,004 bilhões. Colaboraram para esse resultado as especulações do banco no mercado cambial. Segundo dados do BC, as dívidas
das instituições no mercado à vista tiveram um incremento, passando de US$ 11 bilhões em janeiro para US$ 12,7 bilhões em fevereiro. Esse comportamento demonstraria uma aposta maior desses agentes na queda da cotação do dólar – que ontem fechava a R$ 1,661, em alta de 0,24%. Já a conta comercial contabilizou déficit de US$ 78 milhões nos primeiros 45 dias do ano. Em 2010, essa conta fechou com um resultado negativo de US$ 1,65 bilhão. Int erve nções – Com a en-
xurrada de recursos na economia nacional, o BC tem atuado com força no mercado de câmbio. Suas compras de dólares por meio do mercado à vista já totalizaram US$ 2,665 bilhões em março, até o dia 4. Já no mês de fevereiro foram registrados US$ 9,038 bilhões – sendo que US$ 8,065 bilhões em negociações à vista e US$ 973 milhões no mercado a termo (com data de liquidação diferenciada). Em janeiro, quando não foram realizadas compras de dó-
lares no mercado a termo, o total registrado atingiu o montante de US$ 7,992 bilhões. Esses volumes são maiores até do que o total de entrada de dólares e, como consequência, acabam sendo refletidos na posição cambial vendida dos bancos, quando apostam em mais valorizações do real frente ao dólar. Em fevereiro, elas fecharam
em US$ 12,702 bilhões, acima dos US$ 11,018 bilhões de janeiro mas mostrando recuo sobre a posição do dia 21 de fevereiro, adiantada pelo BC na época, que correspondia a um total de US$ 13,29 bilhões. Como resultado dessa política de intervenções no mercado, as reservas internacionais do BC também têm mantido a tendência de elevação. De acordo com os dados da autoridade monetária, foi atingido
no último dia 4 um montante de US$ 310,083 bilhões. Com isso, o resultado parcial de 2011 supera em US$ 21,508 bilhões o total contabilizado no final de 2010, que atingiu US$ 288,575 bilhões. Commodities – O BC informou também que o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) fechou fevereiro com expansão de 4,73%, acumulando no ano elevação de 8,97% – revelando, assim, uma ligeira aceleração. Em janeiro, o indicador havia apresentado alta de 4,04% sobre dezembro. (Agências)
Empresas nacionais querem o mundo Investimentos de companhias brasileiras em países desenvolvidos são favorecidos pela continuidade dos efeitos da crise financeira em economias mais ricas Renato Carbonari Ibelli
O
momento atual é propício para as empresas brasileiras expandirem seus mercados para fora. Com a valorização do real e o desaquecimento das economias desenvolvidas, a aquisição de ativos, como instalações ou equipamentos, em outros países ficou mais fácil e menos onerosa. Além disso, as companhias nacionais estão capitalizadas e há liquidez de crédito, duas premissas importantes para respaldar esses investimentos. No entanto, ainda que aportar nos Estados Unidos e Europa seja mais possível hoje, ter projetos nesses países desenvolvidos ainda não é comum. De acordo com a avaliação de Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), "o processo de internacionalização dos países emergentes ainda é muito intrarregional". Ele lembrou
que os principais destinos das empresas brasileiras costumam ser Argentina, Chile, Peru e México. O presidente da Sobeet destacou que as empresas nacionais ainda enfrentam problemas em seu processo de internacionalização. "Os principais são a bitributação e a falta de tratados de investimentos com outros países. Além disso, a volatilidade do câmbio não é boa. O real valorizado agora não é garantia de que no futuro ele continuará assim", avaliou Lima. Nesse meio tempo, o
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bilhões de dólares foi o total dos investimentos de empresas brasileiras no exterior em 2010
movimento de internacionalização que ganhou força desde a crise financeira continua em alta. Nos últimos anos, o volume investido por empresas brasileiras no exterior praticamente dobrou a cada ano. Em 2010, essas remessas chegaram a US$ 16 bilhões, segundo o Banco Central (BC). E boa parte dessas aplicações é direcionada a países desenvolvidos – como no caso da aquisição da rede norteamericana de fast-food Burger King pelo grupo nacional 3G. Para este ano, a expectativa é que o capital brasileiro investido no exterior volte a dobrar – para o que colaboram ainda os efeitos da crise, que fazem companhias norteamericanas e europeias se desfazerem de seus ativos em ofertas vantajosas para as empresas nacionais. Algumas organizações brasileiras já sondam oportunidades. É o caso do banco Itaú Unibanco, que tem deflagrado uma forte campanha publicitária em países nos quais ainda não
atua. A intenção é fixar o nome da instituição – ação que antecede a chegada nesses mercados. Exemplo disso é o patrocínio do banco ao Sony Ericson Open, torneio de tênis realizado nos EUA. BNDES – Outro parâmetro que aponta o aumento da intenção das empresas brasileiras em investir fora do País é encontrado nos dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De 2008 a 2010, o banco liberou R$ 10,3 bilhões para financiar projetos de empresas nacionais no exterior. O valor é cinco vezes superior ao acumulado nos três anos anteriores, quando o total foi de R$ 1,9 bilhão. Outro ponto importante é o número de empresas que buscaram esse apoio do BNDES. Em 2007, ano imediatamente anterior à crise, foram duas as companhias que pediram esses recursos. Em 2008, esse número passou para quatro, chegando a oito em 2009. "Com a crise de crédito no mercado, é natural que as empresas recorram mais ao
O processo de internacionalização dos países emergentes ainda é muito intrarregional. LUÍS AFONSO LIMA, PRESIDENTE DA SOBEET
BNDES para captar recursos. Esse número cai quando elas estão capitalizadas. Por isso, o banco pode não ser um termômetro confiável desse movimento", relativizou Simone Saísse, gerente da área internacional do banco. De qualquer maneira, o valor liberado pelo BNDES em 2010 para projetos de internacionalização foi de R$ 3,9 bilhões, inferior apenas ao montante de 2008, de R$ 4,2 bilhões. Atualmente, há 887 empresas nacionais fora do País, segundo dados do BC. O estoque de investimentos das
companhias brasileiras no exterior é de aproximadamente R$ 120 bilhões. Emergentes – Segundo o economista Célio Hiratuka, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), o momento é favorável para a entrada em outros mercados. Ele lembrou que a crise promoveu a desconcentração do fluxo de investimento, que passou a ser direcionado para os países emergentes, entre eles o Brasil. Hoje, esses mercados já respondem por 25% do fluxo global de investimentos. "A chuva de moeda estrangeira no País fez o real se valorizar frente ao dólar. Com isso ficou mais em conta adquirir ativos, desde máquinas e equipamentos até instalações, em outros países." Para Hiratuka, esse movimento é positivo. "A internacionalização ajuda a diluir os riscos. Além disso, os lucros obtidos em outros mercados são remetidos ao Brasil, fortalecendo a empresa no mercado interno."
18 -.ECONOMIA
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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19 Deveríamos ter um PIB per capita em paridade com o poder de compra. Braulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores
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Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro chegou em R$ 19,016 mil em 2010. A informação, um dos dados indicadores do avanço social de um país, foi divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com o PIB total do País, que cresceu 7,5% em relação a 2009. O dado não foi comemorado pelo governo, como o do avanço do PIB total, mas é inédito – com essa renda média nacional, que avançou 6,5% no ano passado, o País firmou posição na classe média mundial. "O Brasil está um pouco acima do PIB per capita do mundo", disse o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges. Em dólares, o PIB per capita do Brasil chegou aos US$ 10,8 mil, na frente da média mundial de US$ 9 mil, calculada pelo economista para os 185 países pesquisados pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "É a 55ª posição mundial", complementou. Nos últimos anos, o Brasil passou seus vizinhos com PIB per capita maior – como a Argentina (que atingiu US$ 8,6 mil no ano passado) e o México (US$ 9,2 mil). Câmbio – A valorização do real favoreceu a conta da renda individual média, mas mesmo nos cálculos de um "câmbio de
Brasil chega à classe média mundial Avanço de 6,5% do PIB per capita em 2010 coloca o País acima da média mundial e de seus principais vizinhos latino-americanos. Mas especialistas alertam que o indicador seria mais preciso se levasse em conta o poder de compra real da população. Eliana Haberli
equilíbrio" de R$ 2 por dólar, defendido por Borges como uma cotação mais próxima da realidade, o PIB per capita brasileiro ainda faria boa figura – atingindo US$ 9,5 mil. Em relação aos demais países emergentes, como China e Índia, deve-se resistir às comparações. "Na China, o país está se urbanizando somente agora. A fase anterior à urbanização é caracterizada por níveis de renda muito baixos. A comparação mais acertada é entre os vizinhos latino-americanos com economias majoritariamente urbanas. O México, por exemplo, tem uma economia muito parecida com a bra-
sileira – a diferença é apenas que o país é muito mais dependente dos Estados Unidos." Retrato – O PIB per capita é uma fotografia da economia nacional melhor que o PIB total, uma vez que os países com mais gente na força de trabalho
tendem a ter um produto total maior. O sétimo lugar internacional do Brasil no produto total é um dado em grande parte decorrente da área e da população. Dificilmente deixaria de ter um "pibão", usando a expressão do ministro do Plane-
jamento, Paulo Bernardo, na semana passada. O cálculo da renda por pessoa traz, contudo, uma distorção, segundo Borges – ele não mostra a desigualdade interna. "Deveríamos ter um PIB per capita medido em paridade com o poder de compra, que hoje é o indicador mais aceito. É uma espécie de Índice de Big Mac da renda mundial, isolando as influências do câmbio. O IBGE não faz isso", disse. O professor de Economia e consultor Evaldo Alves, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp/ FGV), também avaliou que os
dados do PIB deveriam ser calculados pela qualidade do poder de compra. "Não adianta comparar com a China. É preciso saber o que cidadão chinês tem com aquele PIB. Ele tem educação, saúde e previdência com uma renda per capita baixa, em termos monetários. A habitação na China custa 1% do salário mensal médio. É incomparável com o Brasil." Para Alvez, o PIB total também deveria considerar o poder de compra, e não apenas o preço de mercado. "Na metade do ano, em julho ou agosto, sai a relação de PIBs do Banco Mundial. Será uma análise melhor", finalizou.
Revista descarta que País seja 5ª economia O
crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano passado, que atingiu o montante de R$ 3,675 trilhões (ou US$ 2,089 trilhões), levou o País a superar a Itália no ranking das sete maiores economias do mundo (veja quadro), além de provocar reações otimistas por parte de integrantes do governo federal. No entanto, a revista britânica The E co n om i st questionou o real significado desses números para a economia do Brasil em sua edição desta semana, que chegou ontem às bancas. A publicação lembrou que a
própria presidente Dilma Rousseff buscou ressaltar que o crescimento econômico de 2011 não terá números tão exuberantes quanto os do ano passado. O mesmo não teria acontecido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para a reportagem, as pretensões manifestadas por Mantega durante o anúncio do resultado de 2010 são exageradas. Na ocasião, ele disse que, se fosse calculado o poder de compra da população na conta do PIB, o total superaria os de países como França e Reino Unido. Com isso, no entender do ministro, o Brasil
teria se tornado, na prática, a quinta economia mundial. "Utilizar os valores pelo poder de compra e não pelas taxas de mercado é útil quando se compara os padrões de vida em diferentes países. Contu-
do, mesmo o crescimento esperado para 2011, de 4,5%, deverá superar os da França e do Reino Unido", afirmou a publicação, ressaltando que a mudança de metodologia seria um "truque" estatístico
Brics são 'fábrica de bilionários', segundo FT. Letícia Pontual/Folha Imagem
Júlia Moraes/Folhapress
Eike Batista é o homem mais rico do Brasil, segundo a Forbes.
Jorge Paulo Lemann tem a segunda maior fortuna do País
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bilionários é o mexicano Carlos Slim – que superou os norte-americanos Bill Gates e Warren Buffett. O número total de bilionários no mundo, segundo a Forbes, superou 1,2 mil e bateu o recorde neste ano. Brasil – A relação mostra ainda a preponderância do Brasil entre os países da América Latina – afinal, o País contabilizou 30 bilionários em 2010, superando México, Chile, Argentina e Colômbia. Segundo reportagem publicada na edição de ontem do diário espanhol El Mundo, o País "se converteu ao longo dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um forte
s países que formam o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se tornaram uma autêntica "fábrica de bilionários". A afirmação foi feita na edição de ontem do jornal britânico Financial Times, em análise feita a partir da lista que a publicação norte-americana Forbes divulgou nesta semana. De acordo com o FT, o número de pessoas originárias desses quatro países cujas fortunas superam US$ 1 bilhão já chega a 301 – um a mais do que na Europa. Os Estados Unidos continuam na liderança, com 413 bilionários. "O número de bilionários nas principais
economias emergentes superou o número na Europa pela primeira vez, e está se aproximando rapidamente dos EUA", ressaltou a publicação. O jornal citou uma declaração de Steve Forbes, executivo-chefe da Forbes, para o qual o ranking de bilionários "reflete o que está acontecendo na economia global". Ou seja: os países emergentes estão contribuindo de forma mais destacada na geração de riqueza global, e seus empresários aparecem com destaque em listas como a divulgada pela revista norte-americana. Esse argumento é reforçado pelo fato de que o campeão da relação dos
palco de investimentos, tanto domésticos quanto externos". O texto lembrou que dois dos homens mais ricos do mundo, os norte-americanos Sam Zell e Warren Buffett, são sócios de empresas brasileiras. Além de Slim, o jornal espanhol citou entre os bilionários da região os brasileiros Eike Batista e Jorge Paulo Lemann. Diante disso, não surpreende que o setor bancário tem crescido na América Latina. De acordo com o El Mundo, desde o ano passado surgiram dez novas instituições financeiras – o que colocaria esse segmento em destaque na região. (Agências)
desnecessário para o Brasil. A revista mencionou ainda que o cenário atual não dá margens para um enfraquecimento do real, dadas as altas taxas de juros e a elevação dos preços das commodities exportadas pelo Brasil. "O País não chegou ao 'top five' no ano passado. Mas pode fazê-lo neste ano", avaliou o texto. A reportagem lembrou da recente confusão gerada pelas declarações de Mantega, pois a imprensa teria divulgado tanto que o País se tornara a sétima economia mundial quanto o fato de estar entre as cinco maiores. O próprio eco-
nomista Jim O'Neill, da Goldman Sachs – responsável por cunhar o acrônimo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) em 2001, indagou a seus clientes porque o salto brasileiro teria atraído tão pouco comentário no exterior. Superaquecimento – A The Ec on om is t lembrou ainda da cautela que o governo brasileiro tem adotado com relação ao eventual superaquecimento da economia. A reportagem citou os recentes cortes de R$ 50 bilhões no orçamento federal, assim como a tendência de desaceleração na alta da taxa básica de juros, a Selic.
SECRETARIA DA SAÚDE
DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete: REABERTURA - PREGÃO PRESENCIAL 024/2011-SMS.G, processo 2011-0.008.713-0, destinado ao registro de preços para FORNECIMENTO de CATÉTER PERIFÉRICO INTRAVENOSO COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 12 de abril de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. REABERTURA - PREGÃO PRESENCIAL 372/2010-SMS.G, processo 2010-0.310.870-5, destinado ao registro de preços de TIRAS REATIVAS E LANCETAS PARA DETERMINAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR EM PACIENTES INSULINO DEPENDENTES (DOMICILIAR) EM CESSÃO DE EQUIPAMENTOS, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 7 de abril de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 049/2011-SMS.G, processo 2011-0.008.723-7, destinado ao registro de preços para DISPOSITIVO PARA CONEXÃO EM SISTEMA FECHADO E DISPOSITIVO INTRAVENOSO COM SISTEMA DE SEGURANÇA, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 24 de março de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 364/2010-SMS.G, processo 2010-0.177.68327, destinado a AQUISIÇÃO de MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO, para a SMS/Coordenadoria do Programa Municipal DST/Aids, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 28 de março de 2011, a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 015/2011-SMS.G, processo 2010-0.261.860-2, destinado ao registro de preços de MÁSCARA LARINGEA DESCARTÁVEL TAMANHOS N° 3 , 4 E 5, para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU/Divisão Técnica de Fiscalização, Comunicações e Informações - DTFCI, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 30 de março de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 038/2011-SMS.G, processo 2011-0.027.078-3, destinado ao registro de preços para FORNECIMENTO de COMPRESSA DE GAZE 7,5 CM X 7,5 CM HIDRÓFILA ESTÉRIL, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 05 de abril de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 025/2011-SMS.G, processo 2011-0.013.307-7, destinado ao registro de preços para FORNECIMENTO de MEDICAMENTOS DIVERSOS III, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 1º de abril de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 018/2011-SMS.G, processo 2010-0.283.174-8, destinado ao registro de preço para FORNECIMENTO de CLOREXIDINA EM SOLUÇÃO AQUOSA A 0,2%, para a Coordenação de Atenção Básica/Área Técnica de Assistência Farmacêutica, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 04 de abril de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAL O edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.
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Para o Copom, as evidências sugerem que os preços ao consumidor já incorporaram parcela substancial dos efeitos dos choques.
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Inflação pode recuar no fim do ano Banco Central (BC) trabalha com duas estimativas: manutenção ou alta da inflação acumulada em 12 meses até o terceiro trimestre deste ano e queda a partir do quarto trimestre.
No último trimestre de 2010 e no início deste ano, a inflação foi influenciada pelos preços de alimentos, em parte, reflexo de choques de oferta.
se somaram efeitos sazonais característicos da inflação no primeiro bimestre. Benigno – O Copom também considera relevantes os efeitos localizados decorrentes da concentração atípica de reajustes de preços administrados ocorrida no primeiro bimestre de 2011. Para o ano, a avaliação do Banco Central é
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Arquivo ABr
Banco Central (BC) advertiu, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), apresentada ontem, que a inflação acumulada em 12 meses até o terceiro trimestre deste ano tende a permanecer em patamares similares ou superiores ao atual. Mas, a partir do quarto trimestre, o BC avalia que a tendência da inflação em 12 meses é declinante, na direção da trajetória de metas. Esses são os dois momentos distintos para a trajetória de inflação previstos pelo Banco Central. Conforme informações da ata, a inflação alta em 12 meses é explicada, em parte, pela elevada inércia trazida de 2010 e pelo fato de as projeções, contrastando com o observado em 2010, apontarem taxas de inflação próximas ao padrão histórico no trimestre de junho a agosto de 2011. No documento, os diretores do BC insistem na avaliação de que o cenário prospectivo para a inflação não evoluiu favoravelmente desde sua última reunião. "No último trimestre de 2010 e no início deste ano, a inflação foi forte e negativamente influenciada pela dinâmica dos preços de alimentos, em parte, reflexo de choques de oferta domésticos e externos", destaca o texto. Para o Copom, as evidências sugerem que os preços ao consumidor já incorporaram parcela substancial dos efeitos desses choques, aos quais
de que o comportamento desses itens tende a ser relativamente benigno. A economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa, disse que o BC informou que está ciente dos impactos que estão sendo captados para a inflação e sinalizou ao mercado que está livre de pressões para um choque mais forte de juros. "Fi-
quei bastante surpresa com a ata, no sentido de o BC ter mostrado tranquilidade. Acredito que o Banco Central tem um cenário traçado para este ano e para 2012. E que acredita nele", declarou Inês, que manteve a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada somente mais uma vez neste ano, em 0,5
ponto percentual, na próxima reunião do Copom, em abril. Para a economista, dadas as incertezas quanto ao tamanho esperado do crescimento da economia brasileira para 2011, o Banco Central quer promover ajustes "curtos, mas em sequência", para poder avaliar a economia e evitar um processo de "recessão forte".
Famílias estão menos otimistas Segundo o Ipea, mais brasileiros apostam em piora da situação.
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brasileiro reduziu um nanceira, no período de um ano, de pouco o otimismo quanto 17,3% para 19,3%. Quanto ao mercado de trabalho, o ao cenário socioeconômico do País para os próxi- Ipea apurou um leve aumento de inmos meses. É o que mostrou ontem o segurança entre os trabalhadores. Instituto de Pesquisa Econômica Apli- Dentro do universo da pesquisa, caiu cada (Ipea), que divulgou a sétima edi- a fatia de pesquisados responsáveis ção do Índice de Expectativas das Fa- pelo domicílio que se sente segura mílias (IEF). O indicador apontou que- quanto a sua ocupação atual, de 80% da de 2,8% em fevereiro em relação a ja- em janeiro para 78% em fevereiro. O impacto negativo de medidas neiro. Segundo o Ipea, o índice, calculado em uma escala de zero a 100 restritivas anunciadas pelo governo pontos, recuou de 67,2 pontos para e uma redução da tradicional euforia 65,3 pontos de janeiro para fevereiro. em relação ao futuro que marca a virada de ano são os Porém, resultados possíveis motivos entre 60 e 80 pontos para a queda das ainda são consideexpectativas das rados otimistas. famílias brasileiNa análise por Anúncios do governo ras em fevereiro, localidades, todas como o corte de gastos segundo o presias regiões apreno Orçamento (de R$ 50 dente do Instituto sentaram queda bilhões), o aumento dos de Pesquisa Econo IEF de janeiro juros, e a informação de nômica Aplicada para fevereiro. A (Ipea), Marcio PoSul foi a região que que não vai haver chmann. apresentou a queconcursos públicos "Anúncios do da mais forte no podem ter contribuído governo como o i n d i c a d o r, q u e para a queda do índice. corte de gastos no passou de 70,1 Orçamento (de pontos para 65,9 MARCIO POCHMANN, IPEA R$ 50 bilhões), o pontos no períoaumento dos judo. As outras regiões apresentaram queda menos in- ros, e a informação de que não vai hatensa: Norte (de 64,8 pontos para 63,8 ver concursos públicos podem ter pontos), Nordeste (de 65,1 pontos pa- contribuído para a queda do índice. ra 62,9 pontos), Sudeste (de 66,1 pon- Janeiro também é marcado por otitos para 64,9 pontos) e Centro-Oeste mismo em relação ao ano que se inicia, e isso pode estar ficando para trás", (de 76,6 pontos para 73,6 pontos). O Ipea informou ainda que a fatia afirmou. Para ele, a perspectiva para de famílias pesquisadas que proje- os próximos 12 meses e a capacidade tam melhora na situação econômica de pagamento de dívidas são dois indo País nos próximos 12 meses caiu dicadores da pesquisa que ilustram a de 64% para 61,8% de janeiro para fe- queda registrada em fevereiro. Em relação à capacidade de pagavereiro. Além disso, o percentual de famílias que apostam em uma piora mento, em janeiro, 19,2% das famílias na economia brasileira nos próxi- declararam ter condições de pagar mos cinco anos aumentou de 12,41% suas dívidas, número que encolheu para 15,4% em fevereiro. Enquanto para 15,8% no mesmo período. O instituto apurou piora na autoa- isso, o percentual das que informavaliação sobre finanças pessoais. Do ram não ter capacidade de honrar os total de famílias, 75,5% informaram débitos subiu de 32,2% para 37,7% no estar melhor financeiramente em fe- período, o que Pochmann acredita vereiro do que há um ano – porém, o estar relacionado com o aumento dos percentual, para essa resposta, era juros básicos da economia. A pesquisa foi realizada em 3.810 maior em fevereiro (76,8%). De janeiro para fevereiro, houve alta na fatia domicílios em mais de 200 municíde famílias que informou piora fi- pios de todo o País. (AE)
A ata da última reunião do Copom mostrou que o BC deve desacelerar o processo de alta de juros, que será compensada por mais medidas macroprudenciais, a fim de reduzir a concessão de crédito e a demanda agregada no longo prazo, na opinião do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e economista da Opus Gestão de Recursos, José Márcio Camargo. Antes da divulgação do documento, ele esperava que o BC elevaria os juros em mais 1,5 ponto percentual, mas agora estima que a Selic suba um ponto percentual adicional, alta que será dividida em 0,5 ponto percentual na reunião de abril e 0,5 ponto em junho. Camargo estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 6,2% neste ano, com um PIB próximo de 4%, enquanto a inflação deve aumentar 5,1% no próximo ano, também acima da meta de 4,5%. Crédito – Para o economista, medidas macroprudenciais podem funcionar para desacelerar o nível de atividade, pois reduzem a concessão de crédito, diminuem o consumo de bens pela população e tendem a tornar o mercado de trabalho menos apertado do que está hoje. Além disso, elas podem ajudar a reequilibrar a velocidade de expansão da oferta e da demanda e podem aumentar a ociosidade de produção das fábricas. (AE)
Confiança na área de serviços aumenta 4,5%
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humor dos empresários do setor de serviços voltou a ficar positivo em fevereiro. É o que informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que mostrou alta de 4,5% em fevereiro ante o mês anterior. Em janeiro, o indicador havia caído 3% em relação a dezembro do ano passado. Em uma escala de zero a 200 pontos, o ICS subiu de 128,2 pontos para 133,9 pontos de janeiro para fevereiro. Segundo a fundação, esse é o maior patamar do indicador desde agosto de 2010 (134,8 pontos). "Mas é importante destacar que, em fevereiro de 2009, estávamos ainda convivendo com os efeitos da crise global", afirmou o economista da FGV Jorge Braga. Pela metodologia utilizada, resultados abaixo de 100 são considerados negativos e acima disso, positivos. O crescimento do ICS entre os meses de janeiro e fevereiro de 2011 é mais forte que as elevações registradas, em igual período, nos anos de 2010 (1,7%) e de 2009 (3,1%). O ICS é dividido em dois componentes: o Índice da Situação Atual - S (ISA-S) e o Índice de Expectativas - S (IE-S). O ISA-S mostrou taxa positiva de 6,3% em fevereiro, após cair 12,2% em janeiro. Já o IE-S subiu 3% em fevereiro, após avançar 5,6% em janeiro. Demanda – A melhora na avaliação dos empresários do setor sobre a demanda atual puxou para cima o indicador geral em fevereiro. No universo de empresas consultadas, 25,9% consideraram em fevereiro a demanda atual como forte, ante 19,8% em janeiro. Outros 12,1% das companhias avaliaram a demanda atual como fraca, em comparação com 16,3% de participação em janeiro. As expectativas futuras quanto à demanda também foram positivas. A fatia de empresas pesquisadas que prevê aumento da demanda saltou de 47,4% para 50,3% de janeiro para fevereiro. Já a participação de companhias que estimam redução na demanda caiu de 7,7% para 4,5% no mesmo período. A pesquisa de dados para o ICS ocorreu entre os dias 2 e 28 de fevereiro. O total de 2.356 empresas consultadas no levantamento era responsável por 746 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho no fim de 2008. (AE)
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sexta-feira, 11 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 21 ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2010 DESTAQUES DE 2010 O ano de 2010 da Itautec foi marcado por um processo de reestruturação operacional, estratégica e de gestão, que resultou em uma Empresa financeiramente mais sólida e muito melhor preparada para competir e vencer em cada segmento de mercado onde atua: soluções de automação comercial, soluções de automação bancária, soluções de computação pessoal, soluções de computação corporativa e serviços tecnológicos. Durante o período, a Itautec conquistou resultados que comprovam a tendência de fortalecimento da Empresa, com especial destaque para gestão de capital de giro que resultou na geração de caixa operacional de R$ 311,6 milhões, levando a Empresa a uma posição de saldo de caixa de R$ 264,9 milhões e de dívida líquida negativa em R$ 55,6 milhões. A receita líquida evoluiu 18,7% em relação a 2009, com especial contribuição das vendas de soluções de automações (bancária e comercial), que cresceram mais de 60% no período em função do aumento da expedição de ATMs e de ações específicas de expansão da base de clientes no setor financeiro e no comércio. O desempenho das vendas de computadores pessoais através da cadeia varejista, no entanto, ficou abaixo das expectativas. Esta situação, combinada com os investimentos realizados no fortalecimento da capacidade operacional da Empresa, com os ajustes extraordinários necessários para adequar a Companhia aos novos padrões contábeis e com as novas exigências para controles internos e para a gestão contábil, explicam a queda na rentabilidade da Empresa. Correções estruturais foram implantadas e criaram uma expectativa mais otimista para 2011. Entre as medidas para fortalecer nossa capacidade operacional, vale destacar: a) a reformulação do modelo de gestão com a criação de três unidades de negócios (Soluções de Automações, Soluções de Computação e Serviços Tecnológicos) visando focar nossa atuação em atender às necessidades e demandas de nossos Clientes; b) a criação de estruturas de marketing institucional e de produtos objetivando melhor apoiar os planos de crescimento de cada unidade de negócio; c) o revigoramento de nossa força de vendas direta e a revitalização do relacionamento de negócios com parceiros e canais estratégicos; d) o aprimoramento da governança corporativa; e) o uso de várias metodologias e ferramentas consideradas como melhores práticas no mercado, incluindo a instalação de um novo sistema ERP; e f) a redefinição organizacional de processos e de estrutura logística no negócio de Serviços Tecnológicos, objetivando maior apoio aos colaboradores no campo para atendimento dos níveis de serviços contratados. A estrutura organizacional foi renovada com a integração de executivos do mercado com experiência comprovada àqueles que já estavam na Itautec. Investimos também na melhoria do processo de gestão de pessoas e em um sistema de remuneração baseado na meritocracia, que contribuirá para o constante desenvolvimento dos nossos colaboradores e melhoria da qualidade organizacional. Iniciativas foram tomadas para a ampliação do portfólio de produtos, especialmente em nosso negócio de computação, com novas linhas de desktops e notebooks, estendendo ao segmento de automações, com ATMs, dotadas de soluções de biometria. A decisão estratégica de vender as operações da Tallard nos permitiu dedicar mais recursos e dar mais foco àquilo que consideramos como core business da Empresa. CENÁRIO Em 2010, a recuperação econômica continuou nos Estados Unidos (EUA) e na Europa, embora de forma moderada. Na Europa, persistem dúvidas quanto à solvência de algumas economias, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos anunciaram a expansão do programa de flexibilização monetária. Nesse cenário, os países emergentes lideraram a recuperação da economia global, principalmente alavancados pelo crescimento da demanda doméstica. No Brasil, as condições de crédito e de consumo favoráveis, o avanço da massa real de rendimentos e o aumento da confiança dos consumidores propiciaram o crescimento da atividade econômica, trazendo impactos positivos ao segmento de Tecnologia da Informação (TI), incluindo os setores de computação e automações. GESTÃO ESTRATÉGICA De acordo com o Planejamento Estratégico da Empresa, foram investidos em 2010 R$ 94,6 milhões, sendo R$ 69,2 milhões em pesquisa e desenvolvimento e R$ 25,4 milhões em imobilizado operacional, dos quais R$ 12,0 milhões foram direcionados à área de tecnologia da informação (TI). Em 06/07/2010 a Itautec concluiu o processo de venda das ações representativas do capital social das subsidiárias Tallard para a AVNET, INC, tendo sido recebido o valor de R$ 69 milhões. A operação reforça a estratégia da Itautec de concentrar sua atuação nas áreas de Soluções de Automações, Soluções de Computação e de Serviços Tecnológicos. DESEMPENHO NO PERÍODO E GERAÇÃO DE RECURSOS Essas são as primeiras demonstrações financeiras consolidadas elaboradas de acordo com o IFRS (International Financial Reporting Standards), conforme descrito detalhadamente na Nota Explicativa Nº 4 e disponibilizadas junto à Comissão de Valores Mobiliários - CVM e BM&FBovespa. As demonstrações financeiras consolidadas de 2010 e 2009 consideram o resultado das subsidiárias Tallard Technologies, alienadas em julho de 2010 em linha específica na Demonstração do Resultado do Exercício. Os resultados relacionados a essa operação, bem como os principais impactos no fluxo de caixa estão apresentados na Nota Explicativa Nº 32 - OPERAÇÕES DESCONTÍNUADAS. A receita líquida de vendas e serviços consolidada de 2010 atingiu R$ 1.571,4 milhões, superior em 18,7% à obtida em 2009, em razão do excelente desempenho da área de Soluções de Automações, que apresentou crescimento de 60,5% na receita líquida de vendas em relação ao ano anterior, resultado da maior expedição de ATMs dos últimos anos. As despesas operacionais de 2010 totalizaram R$ 260,7 milhões, superiores em 13,6% às despesas do mesmo período do ano anterior. As despesas com vendas e marketing atingiram R$ 113,6 milhões, superiores em 24,6% em relação a 2009. Esse crescimento é resultado da expansão dos investimentos em marketing, necessários para suportar o novo posicionamento estratégico da Companhia, que prevê o crescimento das vendas de equipamentos de computação para o segmento de varejo, e do processo de reestruturação da área comercial, que incluiu o fortalecimento do quadro de pessoal com a contratação de executivos para as Unidades de Negócio. As despesas gerais e administrativas de 2010 representaram 4,0% da receita líquida, atingindo R$ 63,6 milhões, mantendo-se nos mesmos patamares do ano anterior, apesar dos maiores investimentos em Tecnologia da Inovação e gastos associados ao fortalecimento da estrutura administrativa.
As despesas com pesquisa e desenvolvimento de equipamentos e softwares, atingiram R$ 73,1 milhões, montante 33,1% superior em relação a 2009. Os investimentos foram direcionados principalmente ao desenvolvimento de produtos de automação bancária e comercial, necessários para atender grandes projetos de instituições financeiras e redes varejistas, e ao desenvolvimento de softwares, como o SIAC Store - sistema de automação comercial da Itautec para frente de loja, que possui um conjunto abrangente de funcionalidades e serviços, como monitoramento de vendas web, possibilidade de suporte remoto e acesso a informações de desempenho em tempo real. Ao final de 2010, a rubrica Outros Ganhos (Perdas), Líquido apresentou uma despesa de R$ 10,4 milhões, montante inferior em 48,4% quando comparada ao final de 2009. Essa queda teve como principal fator a contabilização do valor presente das contribuições normais futuras do Plano de Previdência Privada (Plano de Contribuição Definida - CD). As contribuições das patrocinadoras, que permaneceram no plano em decorrência dos participantes terem optado pelo resgate ou pela aposentadoria antecipada, formaram o Fundo Programa Previdencial. O valor presente das contribuições normais futuras do Plano, calculado pelo método de crédito unitário projetado, foi reconhecido nas demonstrações financeiras de 01.01.2009 na rubrica Créditos com Plano de Previdência em contrapartida à conta de Ajuste Acumulado de Conversão do Patrimônio Líquido, no montante de R$ 43,9 milhões. Este valor foi recalculado para os exercícios de 2009 e 2010 tendo um acréscimo de R$ 4,2 milhões e R$ 17,0 milhões, respectivamente. O resultado operacional consolidado do exercício foi R$ 13,5 milhões e o EBITDA R$ 34,2 milhões, montante 41,2% inferior em relação a 2009. No acumulado do ano, o lucro líquido consolidado foi R$ 11,5 milhões, representando um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) médio de 2,2%. A geração operacional de caixa de 2010 atingiu R$ 311,6 milhões, resultado do aprimoramento do processo de gestão de ativos instituído no exercício, que resultou em um melhor gerenciamento do ciclo operacional de caixa, e da venda das subsidiárias Tallard Technologies. Ao final do exercício, a Itautec apresentava um saldo de disponibilidades financeiras de R$ 264,9 milhões, superior em R$ 55,6 milhões ao seu endividamento bruto junto a instituições financeiras. DIVIDENDOS Foi deliberado pelo Conselho de Administração em 05 de agosto de 2010 o pagamento até 29 de abril de 2011, de Juros sobre o Capital Próprio, por conta do dividendo no valor bruto de R$ 5,9 milhões, equivalente a R$ 0,51 bruto por ação, ou deduzindo os impostos R$ 0,4335 por ação. Esse montante supera o cálculo do dividendo mínimo obrigatório previsto na Lei das Sociedades Anônimas calculado sobre o resultado acumulado de 2010. OPERAÇÕES ITAUTEC SOLUÇÕES DE AUTOMAÇÕES Á área de Soluções de Automações abrange a comercialização de produtos de Automação Bancária, Automação Comercial, Softwares e as operações das subsidiárias localizadas na Argentina, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal. Em 2010, a receita líquida com a comercialização de equipamentos e softwares de automação bancária e comercial no Brasil, somada às operações das subsidiárias Itautec no exterior, foi de R$ 473,2 milhões, superior em 60,5% a obtida no exercício anterior, resultado da maior expedição de equipamentos de automação bancária (ATMs). Foram expedidos no ano 16,3 mil ATMs e Terminais de Autoatendimento, volume 101,8% superior em relação a 2009 e, 5,2 mil impressoras fiscais, volume 30,3% inferior em relação ao mesmo período do ano anterior. SOLUÇÕES DE COMPUTAÇÃO O segmento de Soluções de Computação produz e comercializa microcomputadores (desktops, notebooks, netbooks e servidores), atuando também na revenda de softwares. A receita líquida com a comercialização de equipamentos de computação em 2010 foi R$ 713,2 milhões, com a expedição de 248,7 mil notebooks e 200,5 mil desktops, volumes superiores em 15,6% e 11,7%, respectivamente, em relação a 2009. No segmento de Computação Pessoal, foram realizados importantes acordos com renomadas redes varejistas para a comercialização de desktops, netbooks e notebooks. A recuperação do mercado no quarto trimestre, somado aos grandes pedidos das redes varejistas com vistas à formação de estoques para as vendas de final do ano - período de maior sazonalidade no segmento de varejo -, contribuíram para a recuperação do setor, bastante afetado no terceiro trimestre devido a eventos pontuais no mercado, como ações de concorrentes que resultaram em um novo patamar de preços para os produtos de entrada, e anúncios de fusões no mercado varejista que refletiram uma maior concentração no setor. SERVIÇOS TECNOLÓGICOS A receita líquida da área de Serviços Tecnológicos, que inclui assistência técnica, outsourcing, infraestrutura e instalações, atingiu, em 2010, R$ 385,0 milhões, valor 6,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. SUSTENTABILIDADE Responsabilidade Socioambiental e Governança Corporativa Fortalecendo nossas ações de sustentabilidade com o foco social, estabelecemos parceria com o Instituto Ayrton Senna, entidade que compartilha dos mesmos princípios da Itautec e acredita na educação como forma de desenvolvimento humano, inclusão social e desenvolvimento sustentável do País. No ano, 636 alunos de escolas, universidades e ONGs participaram do Programa de Visita à Fábrica da Itautec, cujo objetivo é apresentar o processo produtivo e a área de Gestão Ambiental da Empresa para que possam consolidar e vivenciar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. A Itautec participou do “Natal do Bem” que é o terceiro maior evento beneficente do Brasil. Este ano, foram beneficiadas nove instituições filantrópicas de São Paulo, Santa Catarina e Bahia. Em continuidade ao Programa De Olho no Computador, que visa capacitar jovens para o mercado de trabalho, foram realizados cursos de informática para jovens e adolescentes da Associação Beneficente Portas de São Pedro localizada na região Sul de São Paulo. A Empresa patrocinou o projeto “Informatizando Conhecimentos” da Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem - ATEAL por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente - FUMCAD e incentivou seus funcionários a também apoiarem projetos de promoção dos direitos da Criança e Adolescente com o objetivo de fortalecer o engajamento com a prática de ações sociais.
Entre as ações de sustentabilidade ambiental, destacamos a adequação das operações da Itautec para o atendimento às obrigações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10) e do decreto de regulamentação (7.404/10) que tratam da obrigatoriedade da implantação, por parte do fabricante, da logística reversa dos produtos ao final da vida útil. Entre as adequações, a Itautec desenvolveu o primeiro centro regional de reciclagem em Curitiba/PR. Este centro regional tem por objetivo reciclar grande parte dos materiais localmente, trazendo para o Centro de Reciclagem em Jundiaí/SP apenas os resíduos de placas eletrônicas, reduzindo os custos de logística. Serão implantados nos próximos 18 meses oito centros regionais, nos moldes de Curitiba, prioritariamente onde existem laboratórios. Adicionalmente, foi lançado o “Guia do Usuário Consciente de Produtos Eletrônicos”, iniciativa pioneira da Itautec que tem como objetivo auxiliar os consumidores a tomar decisões conscientes na hora da compra e durante o uso de produtos eletrônicos. Prêmios e Reconhecimentos Os principais prêmios e reconhecimentos recebidos pela Itautec em 2010 foram: • Melhor fornecedora de tecnologia para o setor financeiro da América Latina no Prêmio “World Finance Tecnology Awards 2010”; • Destaque de Hardware de TI - Automação Bancária e Comercial do CW 300; • Primeira colocada na categoria Eletromecânico e Bens de Consumo do Metrics Competition Awards; • Prêmio IDEA Brasil 2010 nas categorias prata para o produto SelfCheckout e bronze para o produto Prizis Kiosk; • Melhor avaliação na categoria Automação Bancária e Comercial da Pesquisa Info de Marcas; • Menção honrosa no Optimus Innovation Awards 2010 na categoria de Inovação e Pioneirismo para a Itautec Portugal; • Prêmio Lide de Empreendedorismo na categoria de Empresa Empreendedora em Tecnologia, realizado pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais e JLide - Jovens Líderes Empresariais; • Prêmio - Excelência em P&D do Informática Hoje 2010 com o projeto do Self-Checkout PayTower. O prêmio reconhece o caráter inovador do projeto e ressalta o compromisso da Itautec em desenvolver soluções que contribuam para o sucesso de seus clientes; • Melhor colocação no Ranking Fintech 100 - Pelo segundo ano consecutivo, a Itautec foi a empresa brasileira com a melhor colocação no Ranking Fintech 100 que destaca os maiores fornecedores globais de tecnologia para o setor financeiro. Este levantamento, feito pela IDC Financial Insights e pelas publicações American Banker e Bank Technology News, coloca a Itautec em 23º lugar dentre os 100 maiores do mundo. RECURSOS HUMANOS A Itautec encerrou 2010 com 5.891 funcionários diretos, sendo 165 alocados nas subsidiárias no exterior. A remuneração dos funcionários, acrescida dos encargos sociais obrigatórios, totalizou R$ 306,5 milhões. Foram destinados R$ 29,9 milhões a assistência médica e odontológica, alimentação, transporte e treinamentos para desenvolvimento técnico e capacitação profissional, aos funcionários e seus dependentes. Desenvolvimento Profissional No exercício foi criada a Academia Itautec de Liderança, que oferecerá o conhecimento e as competências necessárias para propiciar constante desenvolvimento e aprimorar o desempenho e os resultados em cada um dos segmentos de negócios. Com o objetivo de oferecer a jovens talentos, ferramentas para possibilitar o desenvolvimento de suas habilidades e complementar a formação acadêmica, foi lançado o programa de estágio “Jovens Talentos, Novas Soluções” com a abertura de 55 vagas distribuídas no Brasil. O programa contou com mais de nove mil inscrições de várias regiões do país, o que demonstra que a Itautec se coloca no mercado como uma empresa admirada pelas novas gerações capaz de contribuir para o crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional desses jovens talentos. AUDITORES INDEPENDENTES Nos termos da Instrução CVM 381/03, informamos que a empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi contratada, em 03 de setembro de 2010, para prestar serviços não relacionados diretamente à auditoria externa no montante de R$ 185.000,00, representando 39,6% do total dos honorários anuais relativos aos serviços de auditoria externa. Os serviços referem-se à revisão de determinados aspectos em conexão com o Programa de Gestão de Continuidade de Negócios que está sendo implantado pela Itautec. A política de atuação da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa com os nossos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor independente. Esses princípios consistem, de acordo com padrões internacionalmente aceitos, em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. INSTRUÇÃO CVM 480/09 Em junho, foi arquivado na Comissão de Valores Mobiliários - CVM o Formulário de Referência da Itautec com base nas demonstrações financeiras de 2009 e atualizações por atos societários ocorridos até a data de apresentação. Posteriormente, ocorreram apresentações espontâneas do documento, em razão de eventos subsequentes relacionados ao artigo 24 da Instrução CVM 480/09. O documento fornece um amplo conjunto de informações sobre estratégia, desempenho, responsabilidade socioambiental e estruturas societárias, entre outras, que contribuem para um melhor entendimento e avaliação da Companhia por seus stakeholders. De acordo com as melhores práticas de Governança Corporativa, as informações contábeis do Formulário de Referência foram submetidas à revisão de auditoria independente - PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos nossos funcionários pelo comprometimento e dedicação e aos acionistas, clientes e fornecedores pela confiança nos planos empreendidos pela Itautec. São Paulo, 02 de março de 2011. A Administração.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 - (Valores Expressos em Milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO 2010 717.286 237.395 201.160 210.151 57.703 10.877 357.108 177.065 339 65.114 14.050 12.200 837 23.880 60.645 65.298 87.807 26.938
CIRCULANTE Disponível / Aplicações Financeiras (Nota 7) Clientes (Nota 8) Estoques (Nota 9) Tributos a Recuperar (Nota 10) Valores a Receber e Despesas Antecipadas ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Tributos Recuperar (Nota 10) Créditos com Plano de Previdência Depósitos Judiciais e Outros (Nota 12) Valores a Receber Controladas Parcelas a Receber de Locação Ativos Disponíveis para Venda Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (Nota 11) Investimentos em Controladas (Nota 13) Outros Investimentos Imobilizado (Nota 14) Ativo Intangível (Nota 15)
TOTAL DO ATIVO
CONTROLADORA 2009 670.457 15.319 282.810 348.382 13.680 10.266 458.804 225.064 75.632 48.102 13.696 13.249 621 16.350 57.414 115.165 90.904 27.671
01/01/09 610.091 30.176 256.038 291.367 15.378 17.132 446.644 226.118 95.749 43.900 15.190 3.474 3.741 7.350 56.714 106.875 99.543 14.108
2010 774.098 264.899 210.426 219.360 67.737 11.676 306.984 190.032 17.788 65.114 14.662 6.318 23.880 62.270 426 89.468 27.058
1.129.261
1.056.735
1.081.082
1.074.394
PASSIVO
CONSOLIDADO 2009 931.208 32.715 464.828 384.260 27.770 21.635 382.575 253.374 103.224 48.102 14.461 7.101 16.350 64.136 332 98.256 30.613
01/01/09 841.623 64.870 398.644 330.270 23.945 23.894 384.819 257.511 123.780 43.900 15.704 6.978 7.350 59.799 291 106.076 20.941
1.313.783
1.226.442
CIRCULANTE Instituições Financeiras (Nota 16) Fornecedores Obrigações com Pessoal Impostos a Pagar Provisões e Contas a Pagar (Nota 17) Obrigações e Receitas Diferidas c/ Garantia (Nota 18) Juros sobre Capital/Dividendos Propostos PASSIVO NÃO CIRCULANTE EXÍGIVEL A LONGO PRAZO Instituições Financeiras (Nota 16) Contas a Pagar Controladas Obrigações e Receitas Diferidas c/ Garantia (Nota 18) Provisões para Contingências (Nota 19) Outras Provisões (Nota 20) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social (Nota 21) Reservas de Capital (Nota 21) Ajuste de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros (Nota 21) Participações de não controladores TOTAL DO PASSIVO
CONTROLADORA 2010 2009 1.547.376 1.287.063 (1.283.438) (1.043.871) 263.938 243.192 (105.860) (79.278) (56.712) (52.726) (72.827) (54.541) (8.137) (20.962) 20.402 35.685 14.530 (271) (19.533) (2.719) (5.003) (2.990) (2.983) 10.995 12.416 43.690 3.315 485 15.731 44.175 (4.598) 388 11.521
CONTROLADORA 2009 01/01/09 378.728 308.708 112.017 97.290 87.837 59.810 50.790 39.096 15.916 6.661 64.252 53.422 35.130 41.735 12.786 10.694 248.270 286.732 248.270 286.732 126.262 157.174 583 32.411 26.943 77.601 86.408 11.996 15.624 502.263 461.295 250.000 250.000 37.471 37.471 (5.486) (7.722) 220.278 181.546 1.129.261 1.056.735
2010 304.348 69.688 63.564 65.181 12.802 52.164 35.835 5.114 262.752 262.752 139.604 35.264 78.849 9.035 513.982 250.000 37.471 1.762 224.739 10 1.081.082
CONSOLIDADO 2009 01/01/09 562.352 473.230 122.816 108.360 225.597 175.233 54.184 42.616 30.290 17.007 81.549 77.585 35.130 41.735 12.786 10.694 248.969 291.404 248.969 291.404 126.582 157.174 32.411 26.943 78.427 93.376 11.549 13.911 502.462 461.808 250.000 250.000 37.471 37.471 (5.486) (7.722) 220.278 181.817 199 242 1.313.783 1.226.442
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita Líquida de Vendas e Serviços Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados Lucro Bruto Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento Outros Ganhos ( Perdas ), Líquido Lucro Operacional Receitas Financeiras Despesas Financeiras Resultado Financeiro Participação nos Lucros (Prejuízos) de Coligadas Lucro antes do IR e da CS Imposto de Renda e Contribuição Social Lucro do exercício das operações continuadas Operações descontinuadas Lucro / ( Prejuízo) do exercício de operações descontinuadas Lucro decorrente da venda das operações descontinuadas Lucro Líquido do Exercício Atribuível a: Acionistas da Companhia Participação dos não-controladores Lucro por ação atribuível aos acionistas da Sociedade durante o exercício (expresso em R$ por ação): a) Lucro básico por ação b) Lucro diluído por ação
2010 297.670 67.449 63.383 63.930 11.418 50.541 35.835 5.114 262.752 262.752 139.604 35.264 78.849 9.035 513.972 250.000 37.471 1.762 224.739 1.074.394
CONSOLIDADO 2010 2009 1.571.423 1.323.807 (1.297.203) (1.054.043) 274.220 269.764 (113.573) (91.166) (63.606) (63.182) (73.133) (54.941) (10.364) (20.106) 13.544 40.369 18.854 7.262 (19.726) (5.035) (872) 2.227 112 289 12.784 42.885 2.947 1.021 15.731 43.906
7.376 51.551
0,99 0,99
(4.598) 388 11.521
7.376 51.282
11.521 -
51.280 2
4,42 4,42
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE CONTROLADORA 2010 2009 11.521 51.551 2.110 (18.645) (2.087) 14.941 4.970 5.940 1.167 17.681 53.787
Lucro líquido do exercício Ajuste de conversão de investimentos no exterior Hedge de investimento líquido Valor Justo dos Ativos Financeiros disponíveis para venda Baixa de ajuste de conversão de investimento no exterior Total do resultado abrangente do exercício Atribuível: - Acionistas controladores da Companhia - Participação dos não controladores Os Itens da demonstração de resultado são apresentedos líquidos de impostos.
CONSOLIDADO 2010 2009 11.521 51.282 2.110 (18.645) (2.087) 14.941 4.970 5.940 1.167 17.681 53.518 17.492 189
53.473 45
CONTROLADORA 2010 2009 Atividades Operacionais: Lucro Líquido do Exercício Itens que não afetam o caixa: Depreciação e amortização Juros, variações cambiais e monetárias líquidas Provisões, baixa de ativos Equivalência patrimonial CTA s/Investimentos Ajustes de Avaliação Patrimonial Lucro da Alienação de Investimento Investimentos em Capital de Giro: (Aumento) Redução em Ativos Clientes Estoques Demais Ativos Aumento (Redução) em Passivos Fornecedores Obrigações c/ Pessoal Contas a Pagar Impostos e Contribuições Demais Passivos Caixa Gerado Pelas Atividades Operacionais Atividades de Investimentos: Investimentos em ativo Imobilizado e Intangível Aumento de capital em controladas Recursos na Venda de Investimentos Caixa Utilizado nas Atividades de Investimentos Atividades de Financiamentos: Ingressos de financiamentos Amortizações de financiamentos Dividendos / Juros s/ Capital Pagos Caixa Gerado (Utilizado) nas Atividades de Financiamentos Aumento (Redução) do caixa no exercício Saldo Inicial Saldo Final
CONSOLIDADO 2010 2009
11.521
51.551
11.521
51.282
20.086 (2.989) 31.220 7.581 (1.165) 6.127 (388)
16.845 (16.072) (15.323) (18.371) 18.655 2.236 -
22.507 (2.652) 38.416 (112) 6.127 -
21.071 (13.294) (28.004) (289) 2.236 -
83.558 96.250 24.011
(3.428) (58.584) 1.594
260.325 122.920 47.831
(42.969) (55.559) (4.384)
(24.454) 780 (1.537) (4.498) 96 246.199
28.027 4.204 17.870 9.255 (7.931) 30.528
(162.033) (197) (16.133) (17.488) 543 311.575
50.364 3.861 18.491 13.282 (6.081) 10.007
(25.169) (2.297) 45.280 17.814
(25.650) (8.904) (34.554)
(27.767) (27.767)
(31.819) (31.819)
254.340 (282.582) (13.695) (41.937) 222.076 15.319 237.395
97.175 (97.279) (10.727) (10.831) (14.857) 30.176 15.319
341.825 (379.754) (13.695) (51.624) 232.184 32.715 264.899
104.268 (103.884) (10.727) (10.343) (32.155) 64.870 32.715
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em 31 de dezembro de 2008 Ajustes adoção inicial IFRS Ajustes de Estoques / Reservas Em 1º de janeiro de 2009 Lucro líquido do exercício Investimentos no exterior Hedge de investimento líquido Valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda Destinação do Lucro Líquido do Exercício Dividendos pagos / Provisionados Reserva Legal Reserva Estatutária Em 31 de dezembro de 2009 Lucro líquido do exercício Investimentos no exterior Hedge de investimento líquido Valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda Baixa de ajuste de conversão de invest. no exterior líquido de Hedge Destinação do Lucro Líquido do Exercício Aumento de capital / ( Redução de Participações ) Dividendos pagos / Provisionados Reserva Legal Reserva Estatutária Em 31 de dezembro de 2010
Atribuível aos acionistas da controladora Ajustes de avaliação Reservas patrimonial de lucros (4.173) 169.525 (3.549) 33 (7.722) 169.558 (18.645) 14.941 5.940 -
Capital social 250.000 250.000 -
Reservas de capital 37.471 37.471 -
250.000 -
37.471 -
(5.486) 2.110 (2.087) 4.970 2.255
250.000
37.471
1.762
Lucros acumulados 32.523 (20.535) 11.988 51.551 -
Total 452.823 29.007 (20.535) 461.295 51.551 (18.645) 14.941 5.940
Lucros c/ Transações com Controladas 271 271 (271) -
Participação dos não - controladores 242 242 2 (45) -
(33) 2.692 38.360 210.577 -
(12.786) (2.692) (38.360) 9.701 11.521 (1.088)
(12.819) 502.263 11.521 2.110 (2.087) 4.970 1.167
-
199 -
(30) 576 13.616 224.739
(5.942) (576) (13.616) -
(5.972) 513.972
-
(189) 10
Total do Patrimônio Líquido 453.094 29.249 (20.535) 461.808 51.282 (18.690) 14.941 5.940 (12.819) 502.462 11.521 2.110 (2.087) 4.970 1.167 (189) (5.972) 513.982 continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
22 -.ECONOMIA/LEGAIS
sexta-feira, 11 de março de 2011
continuação
ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receitas Receita Líquida de Vendas e Serviços. Outras Resultados Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa Insumos adquiridos de terceiros Custo dos produtos vendidos Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Valor adicionado Bruto Depreciação e Amortização Valor adicinado líquido Valor adicinado recebido em transferência Resultado da equivalência patrimonial Resultado Financeiro VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR Remuneração do trabalho Remuneração direta Benefícios FGTS Outros Remuneração do governo Federais Estaduais Municipais Remuneração de financiamentos Remuneração dos acionistas Juros sobre o capital próprio Dividendos Lucros retidos TOTAL DO VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO
CONTROLADORA 2010 2009 1.549.243 1.288.803 1.547.376 1.287.063 (41) 3.521 1.908 (1.781) (1.042.586) (845.483) (970.125) (807.736) (72.461) (37.747) 506.657 443.320 (20.086) (16.845) 486.571 426.475 (6.728) 10.598 (7.581) 18.371 853 (7.773) 479.843 437.073 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 324.316 272.111 233.444 197.387 28.244 23.390 17.648 14.439 44.980 36.895 135.100 118.194 104.385 86.344 14.578 14.953 16.137 16.897 8.906 (4.783) 11.521 51.551 5.942 12.815 5.579 38.736 479.843 437.073
CONSOLIDADO 2010 2009 1.577.264 1.326.503 1.571.423 1.323.807 (82) 4.503 5.923 (1.807) (1.045.781) (808.191) (914.498) (670.149) (131.283) (138.042) 531.483 518.312 (22.507) (21.071) 508.976 497.241 4.366 (4.331) 112 289 4.254 (4.620) 513.342 492.910 353.002 255.489 29.893 19.278 48.342 139.913 107.759 15.374 16.780 8.906 11.521 5.942 5.579 513.342
318.300 232.491 26.247 17.167 42.395 128.111 92.681 17.368 18.062 (4.783) 51.282 12.815 38.467 492.910
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Itautec S.A. é uma (Companhia) 100% brasileira e controlada pela Itaúsa - Investimentos Itaú S.A, juntamente com suas controladas (conjuntamente “o Grupo”), especializada no desenvolvimento de produtos e soluções em computação, automações e serviços, atuando por meio das seguintes áreas de negócios: - Soluções de Computação: microcomputadores, notebooks, netbooks e servidores; - Soluções de Automações: automação bancária, com máquinas de autoatendimento (ATMs) e terminais de caixa; automação comercial, com terminais de pontode-venda (PDV), impressoras fiscais, terminais de autoatendimento, e softwares; - Serviços Tecnológicos: outsourcing, assistência técnica, infraestrutura e instalações. A sede da Itautec está localizada na cidade de São Paulo e sua unidade industrial no município de Jundiaí/SP, a 49 quilômetros da capital. No exterior, o Grupo atua com revenda de produtos Itautec e prestação de serviços de assistência técnica e suporte, com cinco subsidiárias, localizadas na Argentina, na Espanha, nos Estados Unidos, no México e em Portugal. NOTA 2 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados. As demonstrações financeiras consolidadas da Itautec foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 02/03/2011. 2.1 - Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico, em geral, como base de valor, os ativos financeiros disponíveis para venda e os instrumentos derivativos mensurados ao valor justo. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na nota 3. (a) Demonstrações Financeiras Consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas conforme as práticas adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamento Contábil (CPCs), bem como os Padrões Internancionais de relatórios financeiros (International Financial Reporting Standards – IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB). Estas são as primeiras demonstrações financeiras consolidadas apresentadas de acordo com o IFRS pela Companhia e a data de transição é 1º de janeiro de 2009. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente no Brasil e o IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente estão descritas na Nota 4. (b) Demonstrações Financeiras Individuais As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são publicadas juntas com as demonstrações financeiras consolidadas. Em relação às demonstrações financeiras separadas segundo o IFRS, as demonstrações financeiras individuais divergem somente pela aplicação do método de equivalência patrimonial em controladas e coligadas. 2.2 - Consolidação Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, foram adotadas as políticas contábeis descritas a seguir. (a) Controladas Controladas são todas as entidades cujas políticas financeiras e operacionais são controladas pela Companhia e nas quais há uma participação acionária de mais da metade dos direitos a voto. As controladas estão identificadas na Nota 13. As operações entre as empresas, bem como os saldos, os ganhos e as perdas não realizados nessas operações, foram eliminados. As políticas contábeis das controladas foram ajustadas para assegurar consistência com as políticas contábeis adotadas pelo Grupo. (b) Operações e participações não controladoras O Grupo aplica a política de tratar as operações com participações não controladoras como operações com acionistas do Grupo. As baixas de participações não controladoras que não resultam na perda do controle pelo Grupo geram ganhos e perdas reconhecidos no patrimônio liquido. Nas compras de participações não controladoras a diferença entre qualquer contraprestação paga e a participação relevante adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é reconhecida no patrimônio. (c) Coligadas Coligadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem influência significativa, mas não o controle. Os investimentos em coligadas são inicialmente reconhecidos pelo seu valor de custo e, subsequentemente, contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, o Grupo apresenta uma empresa coligada, TCI Trading, na qual tem influência significativa nas decisões financeiras e operacionais. 2.3 - Apresentação de informação por segmentos O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para os principais tomadores de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é a Presidência. 2.4 - Conversão em moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Grupo são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua (“a moeda funcional”). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da Companhia e, também, a moeda de apresentação do Grupo. (b) Transações e saldos As transações com moedas estrangeiras são convertidas na moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como receitas ou despesas financeiras. (c) Empresas do Grupo Os resultados e a posição financeira das empresas investidas no exterior (nenhuma das quais tem moeda de economia hiperinflacionária), cujas moedas funcionais são diferentes da moeda de apresentação (R$), são convertidos na moeda de apresentação, como segue: - os ativos e passivos de cada balanço patrimonial apresentado são convertidos pela taxa de fechamento da data do balanço; - as receitas e despesas de cada demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio médias; e - todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no patrimônio líquido. Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido em operações no exterior, assim como os empréstimos e outros instrumentos financeiros designados como hedge desses investimentos, são reconhecidas no patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é parcialmente alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que foram registradas no patrimônio são reconhecidas na demonstração do resultado como parte do ganho ou perda sobre a venda. 2.5 - Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos no curto prazo ou com direito contratual outorgado pelo banco emissor de resgate imediato, e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. 2.6 - Ativos financeiros 2.6.1 - Classificação O Grupo classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (a) mensurados ao valor justo através do resultado, (b) empréstimos e recebíveis, (c) disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado São ativos financeiros mantidos para negociação adquiridos principalmente para fins de venda no curto prazo, inclusive derivativos que não tenham sido designados como instrumentos de hedge, e estão classificados como ativos circulantes. (b) Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). (c) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda, que são designados nessa categoria ou que não são classificados em nenhuma outra, são incluídos em ativos não-circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. 2.6.2 - Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, data na qual o Grupo se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são reconhecidos pelo valor justo através do resultado, acrescidos dos custos da transação. Os ativos financeiros disponíveis para negociação são mensurados e contabilizados pelo valor justo através do resultado e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos. Neste último caso, desde que o Grupo tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. Os ganhos ou perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado em despesas ou receitas financeiras no período em que ocorrem. Quando os títulos classificados como disponíveis para venda são vendidos ou sofrem perda (impairment), os ajustes acumulados do valor justo, reconhecidos no patrimônio, são incluídos na demonstração do resultado como “Outros ganhos (perdas), líquido”. Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro (e de títulos não registrados em Bolsa) não estiver ativo, o Grupo estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações de taxas geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da própria entidade. 2.6.3 - Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial unicamente quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.6.4 - Impairment de ativos financeiros O Grupo avalia no final de cada período se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O Grupo pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anterior será lançada na demonstração do resultado consolidado. Se existirem evidências de que o valor justo dos instrumentos disponíveis para venda está abaixo do seu custo, o prejuízo cumulativo - medido como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer prejuízo por impairment sobre o ativo financeiro reconhecido anteriormente em lucro ou prejuízo - será retirado do patrimônio e reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Se, em um período subsequente, o valor justo de um instrumento da dívida classificado como disponível para venda aumentar, e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorreu após o prejuízo por impairment ter sido reconhecido em lucro ou prejuízo, o prejuízo por impairment é revertido por meio da demonstração consolidada do resultado. O teste de impairment das contas a receber de clientes para fins de constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa está descrito na Nota 2.8. 2.7 - Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, periodicamente, remensurados ao valor justo. As variações de valor justo são lançadas contra o resultado. O Grupo utiliza derivativos como instrumentos de hedge de suas obrigações que possuem outras moedas ou índices de atualização de obrigações. O Grupo tem designado certos instrumentos financeiros não derivativos como instrumentos de hedge de um investimento líquido em uma operação no exterior (hedge de investimento líquido), como descrito a seguir. Contabilidade de hedge de investimento líquido O Grupo documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de várias operações de hedge. A parcela efetiva das variações no valor justo de instrumentos financeiros designados e qualificados como hedge de investimento líquido é reconhecida no patrimônio na conta de “Ajustes acumulados de conversão”, juntamente com as variações cambiais do item objeto de hedge. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido na demonstração do resultado como “Outros ganhos (perdas), líquido”. Os ganhos e as perdas acumulados no patrimônio são incluídos na demonstração do resultado quando a operação no exterior for parcialmente ou integralmente alienada ou vendida. 2.8 - Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são reconhecidas pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos, o que não difere de forma relevante do valor justo dos títulos. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante. Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe uma evidência objetiva de que o Grupo não será capaz de cobrar todos os valores devidos. Esta provisão foi constituída em montante considerado suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização da conta clientes, o que envolveu análises individuais de clientes, nas situações aplicáveis. Quando uma conta a receber de clientes é incobrável, esta é baixada contra a provisão. 2.9 - Estoques Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. Adicionalmente, o Grupo adota a política de realizar provisões e baixas de estoques por questões de obsolescência, demanda ou outros fatores econômicos. O custo é determinado pelo método de custo médio de aquisição ou produção. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende os custos de matérias-primas, mão-de-obra direta e outros custos diretos, excluindo os custos de empréstimos. As importações em andamento são demonstradas ao custo de cada importação.
2.10 - Ativos intangíveis Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos Os custos associados a atividades de pesquisa de novos projetos são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis a projetos são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes principais critérios são atendidos: - o projeto é considerado tecnicamente viável e é possível concluir o produto para que ele esteja disponível para uso ou venda; - o produto gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser demonstrados; - o gasto atribuível ao produto durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança. Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do produto, incluem os custos com empregados alocados no desenvolvimento do produto e uma parcela das despesas diretas relevantes. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente. Os custos de desenvolvimento de produtos reconhecidos como ativos são amortizados a taxa de 20% ao ano. Periodicamente, são analisadas as condições atuais dos investimentos efetuados e, quando for o caso, são realizadas baixas dos projetos que deixaram de gerar benefícios econômicos. Softwares Os valores classificados no intangível referem-se a licenças de softwares adquiridas e que são capitalizadas considerando também os custos incorridos para torná-los prontos e adaptados para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante sua vida útil de 2 a 5 anos. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de softwares identificáveis e exclusivos, controlados pelo Grupo, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do produto de softwares, incluem os custos com empregados alocados no desenvolvimento de softwares e uma parcela adequada das despesas diretas aplicáveis. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente. 2.11 - Imobilizado Os itens do imobilizado estão demonstrados pelo seu custo histórico menos depreciação. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens e os custos de financiamento relacionados com a aquisição de ativos qualificáveis. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue: Item Vida útil - Edifícios 25 anos - Máquinas, equipamentos e ferramentas 10 anos - Instalações 10 anos - Equipamento de processamento de dados 2 anos - Outros ativos 5 - 25 anos O Grupo não adota o conceito de valores residuais pois como regra geral os itens do imobilizado não são alienados. A vida útil dos ativos é revisada e ajustada, se apropriado, ao final de cada exercício. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.12). Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são reconhecidos em “Outros ganhos/(perdas), líquido” na demonstração do resultado. 2.12 - Impairment de ativos não financeiros A Companhia monitora se existem evidências objetivas da ocorrência de prováveis perdas com seus ativos não financeiros, a fim de realizar teste para verificar se o valor contábil de seus ativos não-financeiros excede ao seu valor recuperável. Nas datas-base destas demonstrações financeiras não existiam indícios de impairment e assim não foram realizados testes de recuperação. 2.13 - Contas a pagar a fornecedores e provisões As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. As provisões, em geral, incluem as discussões administrativas e judiciais e são reconhecidas quando o Grupo tem uma obrigação presente como resultado de eventos passados, é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor puder ser estimado com segurança. Quando houver uma série de obrigações similares, como é o caso de garantias, a probabilidade de liquidá-las é determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. 2.14 - Empréstimos Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquidos dos custos incorridos na transação e em seguida, os empréstimos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”), utilizando o método da taxa de juros efetiva. Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que o Grupo tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.15 - Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos corrente e diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido. O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método das diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente é calculado com base nas leis tributárias em vigor nos países em que as empresas do Grupo atuam e geram lucro real na data do balanço. A Companhia e suas controladas no Brasil optaram pelo Regime Tributário de Transição (RTT) conforme a Medida Provisória nº 449/08. O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido constante nas demonstrações financeiras foram calculados nesse pressuposto. Os impostos e contribuições diferidos são reconhecidos somente se for provável a sua compensação com lucros tributários futuros. 2.16 - Benefícios aos empregados (a) Planos de previdência privada A Companhia e suas controladas oferecem Plano de Contribuição Definida a todos os colaboradores, administrados pela Fundação Itaúsa Industrial. O regulamento prevê a contribuição das patrocinadoras entre 50% e 100% do montante aportado pelos funcionários. A Companhia já ofereceu Plano de Benefício Definido a seus colaboradores, mas esse plano está em extinção com acesso vedado a novos participantes. Em relação ao Plano de Contribuição Definida, a Companhia e suas controladas não tem nenhuma obrigação adicional de pagamento depois que a contribuição é efetuada. As contribuições são reconhecidas como despesa de benefícios a empregados, quando devidas. As contribuições feitas antecipadamente são reconhecidas como um ativo na proporção em que essas contribuições levarem a uma redução efetiva dos pagamentos futuros. Os ganhos e perdas são reconhecidos no resultado do exercício. (b) Remuneração com base em ações A Companhia ofereceu aos executivos até 2006 um plano de remuneração com base em ações (Stock Options), com o objetivo de reter os referidos executivos durante o período de carência e receber seus serviços como contraprestação das opções de compra de ações outorgadas. O valor justo dos serviços dos executivos, recebidos em troca da outorga de opções, por não poder ser estimado com confiabilidade, é mensurado de forma indireta, tomando como base o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. O valor justo das opções de compra é reconhecido como despesa em contrapartida ao patrimônio líquido, durante o período no qual os serviços dos executivos são prestados e o direito é adquirido (período de carência). Referido plano de remuneração com base em ações encontra-se suspenso e será objeto de revisão pelo Comitê de Pessoas e Governança, para posterior decisão pelo Conselho de Administração da Companhia. (c) Participação nos lucros Os funcionários têm direito a participação nos lucros com base em determinadas metas acordadas anualmente, e os gestores com base em objetivos específicos e acordados entre as partes. O montante da participação é reconhecido no resultado do período. Os programas são aprovados pelo Conselho de Administração da Companhia e, quando aplicável constam dos acordos firmados com entidades sindicais competentes. 2.17 - Capital social O Capital Social da empresa está representado por ações ordinárias. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquido de impostos. 2.18 - Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades do Grupo. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como após a eliminação das vendas entre empresas do Grupo. O Grupo reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e (iii) quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades do Grupo, conforme descrição a seguir. (a) Venda de produtos As vendas dos produtos são reconhecidas sempre que seja efetuada a entrega dos produtos para os clientes e tenha-se evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos. A Companhia oferece a seus clientes a possibilidade de obter garantias específicas, estando o preço da garantia embutido no preço do produto. O montante correspondente a garantia padrão é amortizado linearmente no prazo do contrato, e para as garantias diferenciadas, a empresa tem como política reconhecer como receita diferida o valor cobrado por esse serviço, apropriando-a ao longo dos prazos de vigência dos contratos. (b) Vendas de serviços O Grupo também presta serviços por meio das áreas de Soluções de Automações e Soluções de Computação. A receita é reconhecida com base nos serviços realizados até o momento. (c) Aluguel de bens Os valores a receber das parcelas futuras de aluguéis de bens, e que representam leasing financeiro, estão reconhecidos a valor presente, deduzidos das parcelas de serviços a serem prestados, com base nas taxas médias praticadas nesses negócios, conforme orientações contidas no CPC 06, aprovado pela Deliberação CVM nº 554/08. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contrato. (d) Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva. Quando uma perda é identificada em relação a uma conta a receber, o Grupo reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa de juros efetiva original do instrumento. 2.19 - Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo ao final do exercício, com base no dividendo mínimo estabelecido no Estatuto Social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas em Assembleia Geral. Os juros sobre capital próprio aprovados (pagos ou a pagar) e que sejam definitivos, são também reconhecidos como passivo. 2.20 - Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia e suas controladas: As normas e alterações de normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis iniciados em 1º de janeiro de 2011 ou após esta data, ou para períodos subsequentes. Todavia não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Companhia e suas controladas. • IFRS 9 “Instrumentos Financeiros” emitido em novembro de 2009, para substituição do IAS 39: “Instrumentos Financeiros Reconhecimento e Mensuração”, que introduz novas exigências para classificação e mensuração. Será aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013. • IAS 24 Revisado “Divulgação de Partes Relacionadas” emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24 “Divulgação de Partes Relacionadas” emitido em 2003. A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo de divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras entidades relacionadas com este. Sua aplicação é obrigatória para períodos iniciando em ou após 1º de janeiro de 2011. NOTA 3 - ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS As estimativas e os julgamentos contábeis são constantemente avaliados e baseiam-se em experiência histórica e outros fatores, entre os quais expectativas de acontecimentos futuros consideradas razoáveis nas circunstâncias. 3.1 Estimativas e premissas contábeis críticas Com base em premissas, a Itautec faz estimativas com relação ao futuro - realização de ativos e liquidação de passivos. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício financeiro, estão contempladas abaixo. (a) Imposto de renda e contribuição social diferido O reconhecimento do imposto de renda e contribuição social diferidos ativos requer avaliar se é provável e, em que extensão, existirão resultados tributáveis futuros suficientes para realizar tais impostos diferidos ativos. A avaliação considera o histórico de resultados tributáveis, expectativas de resultados tributáveis futuros assim como o momento de reversão de diferenças temporárias. Caso a Companhia ou suas controladas não consigam gerar resultados tributáveis futuros, ou se existir uma mudança significativa na estrutura tributária ou no período em que as diferenças temporárias serão revertidas, é possível que a avaliação de probabilidade mude, podendo gerar um ajuste no imposto de renda e contribuição social diferidos ativos. (b) Plano de Pensão Em 01 de janeiro de 2009, data de transição para o novo padrão contábil brasileiro, foi reconhecido o valor presente das contribuições normais futuras, calculado pelo método de crédito unitário projetado, relacionado ao Plano de Contribuição Definida. O valor contabilizado na rubrica Créditos com Plano de Previdência contrapartida à conta Lucros Acumulados, do Patrimônio líquido, no montante de R$ 43.900, representa o valor estimado das reduções de pagamentos das contribuições futuras que beneficiarão a Companhia. O valor atual dos ativos relacionados a planos de previdência depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação dos valores está a taxa de desconto e condições atuais de mercado. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão os correspondentes valores contábeis. (c) Provisões para contingências A Companhia discute questões tributárias, trabalhistas e cíveis nas esferas administrativas e judiciais, dentro do curso normal de seus negócios e uma provisão para desembolsos futuros é constituída a partir de análise da administração, em conjunto com seus assessores jurídicos. Alterações em tendências de decisões ou jurisprudências em tribunais poderão alterar as estimativas ligadas a provisões para contingências. NOTA 4 - ADOÇÃO INICIAL DO IFRS 4.1 - Base de transição para IFRS 4.1.1 - Aplicação do IFRS 1 Essas são as primeiras demonstrações financeiras consolidadas da Itautec elaboradas de acordo com o novo padrão contábil brasileiro e o IFRS. Em sua elaboração foi aplicado o CPC 43, Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40, assim como as normas estabelecidas no CPC 37, Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade (norma brasilera equivalente ao IFRS 1, Adoção Inicial das Normas Internacionais de Informação Financeira). O CPC 37 estabelece orientações aprovadas pela CVM que devem ser seguidas pelas empresas brasileiras na sua adoção inicial do novo padrão contábil brasileiro. A data de transição da Companhia é 1º de janeiro de 2009. A Companhia preparou seu balanço patrimonial de abertura segundo o novo padrão contábil brasileiro nessa data. Na preparação dessas demonstrações financeiras consolidadas na data de transição, a Companhia aplicou as exceções obrigatórias relevantes e certas isenções opcionais em relação à aplicação completa retrospectiva dos novos pronunciamentos do novo padrão contábil brasileiro, em conformidade com o permitido pelo CPC 37. 4.1.2 - Isenções à aplicação retroativa completa - escolhidas pela Companhia A Companhia optou por aplicar as seguintes isenções com relação à aplicação retrospectiva: (a) Valor justo como custo atribuído de bens do imobilizado A Companhia concluiu uma avaliação a mercado dos grupos de imobilizado de prédios e máquinas e equipamentos, através de laudo de avaliação preparado pela empresa SBA - Sociedade Brasileira de Avaliadores. Os valores de mercado apresentados são superiores aos valores contábeis registrados, notadamente terrenos e edificações, mas não itens de produção, e as taxas de vida útil, avaliadas em relação às taxas adotadas pela empresa não geram valores significativos na depreciação dos bens analisados. Os bens totalmente depreciados e que ainda estão em uso, tiveram seus valores avaliados e não são relevantes. Nesse contexto a Companhia optou pela não adoção do valor justo conforme facultado pela CPC 37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade e ICPC 09 - Demonstrações Contábeis. A empresa calculou o impacto da correção monetária dos anos de 1996 e 1997 sobre os bens do seu ativo imobilizado ainda em uso, apurando um valor de R$ 1.510. Em função da não relevância em relação ao valor do imobilizado e ao valor do patrimônio líquido, a empresa optou pelo não reconhecimento do valor. (b) Isenção referente ao reconhecimento de ganhos/perdas atuariais acumuladas para planos pós-emprego de benefício definido Com base nos resultados apresentados, o Plano de Benefício Definido patrocinado pelo Grupo Itautec possui um ativo de R$ 30.039 em 31 de dezembro de 2008, R$ 43.147 em 31 de dezembro de 2009 e de R$ 46.234 em 31 de dezembro de 2010 e foi estudada a opção da Empresa por reconhecer imediatamente o ganho ou perda apurado. continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 11 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 23
continuação
ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA A Companhia submeteu à PREVIC uma proposta de reversão da reserva especial aos participantes, assistidos e à Companhia. No entanto, por não existir nenhum caso aprovado pela PREVIC de reversão de valores para nenhuma empresa, a Companhia decidiu que não deveria contabilizar o ativo no balanço até que haja manifestação da PREVIC aprovando a referida solicitação. No caso do Plano de Contribuição Definida, a Companhia contabilizou um ativo limitado ao valor das contribuições futuras que espera sejam reduzidas (Nota 2.16(a)). (c) Diferenças acumuladas de conversão Conforme permitido pelo IFRS, a Companhia restaurou o ajuste acumulado de conversão para zero em 1º de janeiro de 2009. De acordo com o padrão contábil anterior, nessa data existia uma reserva de conversão de R$ 3.549 a qual foi transferida para a conta de lucros acumulados. O total do patrimônio líquido não foi alterado em virtude do resultado dessa transferência. 4.1.3 - Exceções referentes à aplicação retroativa adotadas pela Itautec A Itautec não aplicou a exceção obrigatória para a aplicação retroativa dos IFRS referente a estimativas, uma vez que as estimativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o novo padrão contábil brasileiro em 1° de janeiro de 2009 são consistentes com as estimativas realizadas para essas mesmas datas em conformidade com o padrão contábil anterior. Não há evidências de que tais estimativas contivessem erros. As demais exceções mandatórias do CPC 37 não foram aplicáveis, devido à inexistência de diferenças significativas com a aplicação do padrão contábil anterior ou por estarem relacionadas com áreas não aplicáveis para a Itautec. 4.2 - Conciliações com o novo padrão contábil brasileiro As seguintes reconciliações apresentam a mensuração dos impactos da transição ao novo padrão contábil brasileiro sobre as demonstrações financeiras elaboradas de acordo com o padrão contábil anterior e divulgadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Outros Ajustes de períodos anteriores Adicionalmente aos ajustes de transição para o IFRS, a administração efetuou no presente exercício uma revisão de procedimentos, alinhando-os com a estratégia de negócios, e identificou a necessidade de ajustes em seus registros contábeis, relacionados a estoques e provisões. Esses ajustes, que possuem ligação com práticas que foram adotadas em períodos anteriores, foram ajustados na conta de Lucros Acumulados nos termos previstos na Deliberação CVM Nº 592/09, que aprovou o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas e Retificação de Erros. 4.2.1 - Resumo dos efeitos no patrimônio líquido Controladora Consolidado 1 de janeiro 31 de dezembro 1 de janeiro 31 de dezembro de 2009 de 2009 de 2009 de 2009 Patrimônio Líquido reportado segundo o padrão contábil anterior 452.823 496.082 453.094 496.082 Ajustes exercícios anteriores a) Provisão estoques assistência técnica (24.887) (24.887) (24.887) (24.887) b) Outras provisões (6.226) (6.226) (6.226) (6.226) c) Efeito do Imposto de renda 10.578 10.578 10.578 10.578 Patrimônio Líquido ajustado segundo o padrão contábil anterior 432.288 475.547 432.559 475.547 Ajustes Adoção Inicial do IFRS a) Reversão de JCP a pagar acima do mínimo 33 29 33 29 b) Participações de não controladores 242 199 28.974 31.748 28.974 31.748 c) Registro de superávit plano de previdência d) Obrigações e receitas diferidas com garantia (5.061) (5.061) Patrimônio Líquido segundo o IFRS 461.295 502.263 461.808 502.462 4.2.2 - Conciliação das demonstrações financeiras consolidadas em 1º de janeiro de 2009 Padrão contábil anterior Ativo Circulante Disponível / Aplicações Financeiras Clientes Estoques Tributos a recuperar Valores a receber e despesas antecipadas Total do ativo circulante Não circulante Tributos a recuperar Créditos com plano de previdência Depósitos judiciais e outros Parcelas a receber de locação Ativos disponíveis para venda Imposto de renda e contribuição social diferidos Outros investimentos Imobilizado Intangível Total do ativo não circulante Total do Ativo
Novo padrão contábil
64.870 398.644 355.157 60.284 23.894 902.849
(24.887) (24.887)
(36.339) (36.339)
64.870 398.644 330.270 23.945 23.894 841.623
151.588 15.704 6.978 7.350 291 118.259 8.758 308.928 1.211.777
43.900 (4.348) 39.552 14.665
(27.808) 64.147 (12.183) 12.183 36.339 -
123.780 43.900 15.704 6.978 7.350 59.799 291 106.076 20.941 384.819 1.226.442
Padrão contábil anterior Passivos e patrimônio Passivos Passivo circulante Instituições financeiras Fornecedores Obrigações com pessoal Impostos a pagar Provisões e contas a pagar Obrigações com garantia Juros sobre capital / dividendos a pagar Total do passivo circulante Passivo não circulante Instituições financeiras d) Obrigações e receitas diferidas com garantia Provisão para contingência Outras provisões Total do Passivo Não Circulante Participação minoritária Patrimônio Líquido Capital social Reserva de capital Ajustes de avaliação patrimonial Reservas de lucros Participação de não controladores Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo e Patrimônio Líquido
Transição ao IFRS ReclassifiAjustes cações
Transição ao IFRS ReclassifiAjustes cações
Novo padrão contábil
108.360 175.233 44.316 17.007 75.885 41.735 10.727 473.263
(33) (33)
(1.700) 1.700 -
108.360 175.233 42.616 17.007 77.585 41.735 10.694 473.230
157.174 26.943 101.061 285.178 242
6.226 6.226 (242)
(7.685) 7.685 -
157.174 26.943 93.376 13.911 291.404 -
(3.549) 3.549 -
250.000 37.471 (7.722) 181.817 242 461.808 1.226.442
250.000 37.471 (4.173) 169.796 453.094 1.211.777
8.472 242 8.714 14.665
Explicação dos efeitos da transição para o novo padrão contábil brasileiro - Ajustes ao Patrimônio Líquido e ao resultado As notas a seguir explicam os ajustes relevantes ao balanço e à demonstração do resultado: (a) Apresentação de participações de não controladores De acordo com o padrão contábil anterior, as participações de não controladores foram apresentadas fora do patrimônio da Companhia. Para fins do novo padrão contábil brasileiro, o CPC 36 estabelece que as participações de não controladores apresentem-se como parte do patrimônio líquido da Companhia. (b) Reversão de dividendos a pagar acima do dividendo mínimo previsto pelo Estatuto Social Para fins do padrão contábil anterior, no fechamento de cada exercício social deveriam ser reconhecidos como passivo os dividendos e juros sobre capital próprio propostos pela administração, ainda que não tivessem sido aprovados pela Assembleia Geral. Para fins do novo padrão contábil brasileiro, os dividendos são somente reconhecidos quando se constitui a obrigação legal e, portanto, dividendos propostos acima da obrigação estatutária somente são reconhecidos quando aprovados pela Assembleia Geral. (c) Plano de Pensão - CD A CPC 33 determina, no parágrafo 58, que no caso de ser apurado um ativo no plano de benefícios, este deverá ser contabilizado, limitado ao valor presente de quaisquer benefícios econômicos disponíveis, na forma de restituições do plano ou reduções em contribuições futuras para o plano. Conforme laudo apresentado pela Towers Watson, o Plano de Contribuição Definida PAI-CD, patrocinado pelo Grupo Itautec, gerou um ativo de R$ 43.900 em 1º de janeiro de 2009, de R$ 48.102 em 31 de dezembro de 2009 e de R$ 65.114 em 31 de dezembro de 2010. Este ativo corresponde ao valor presente das contribuições futuras estimadas das empresas e representa o valor do benefício econômico futuro, na forma de redução das contribuições futuras. (d) IR e CS sobre Plano de Pensão - CD Foram estimados e contabilizados impostos (IR e CS) sobre os créditos de Plano de Pensão, distribuídos da seguinte forma: R$ 14.926 em 1º de janeiro de 2009, R$ 1.428 em 31 de dezembro de 2009 e R$ 5.784 em 31 de dezembro de 2010, totalizando R$ 22.138. Explicação do efeito da transição para o novo padrão contábil brasileiro - Classificação de contas contábeis (e) Demonstração do resultado Segundo o padrão contábil anterior, a classificação de alguns itens de receitas e despesas eram diferentes da determinada pelo novo padrão contábil brasileiro. As reclassificações, além daquelas mencionadas acima, podem ser assim resumidas: - Pelo padrão contábil anterior, o resultado da aplicação do método de equivalência patrimonial em investimentos em controladas e coligadas era classificado como parte do resultado operacional, enquanto de acordo com o novo padrão contábil brasileiro é classificado como resultado após o lucro operacional. - Conforme o padrão contábil anterior, as participações nos lucros da Companhia eram apresentadas após o lucro operacional. Pelo novo padrão contábil brasileiro, essas participações são consideradas despesas operacionais, que são alocadas em função da atividade dos empregados, em despesas com vendas, despesas gerais e administrativas ou despesas com pesquisa e desenvolvimento. (f) Balanço patrimonial Conforme o padrão contábil anterior, a classificação de alguns itens do balanço diferiam do novo padrão contábil brasileiro. As reclassificações, além daquelas mencionadas acima, podem ser assim resumidas: - Conforme o padrão contábil anterior, os impostos diferidos sobre a renda, realizáveis em até 12 meses após a data do balanço, eram apresentados como parte do ativo circulante. Para fins do novo padrão contábil brasileiro, os impostos diferidos, sejam ativos ou passivos, devem sempre ser apresentados como parte do ativo ou passivo não circulante. - A parcela do imobilizado correspondente a software no padrão contábil anterior, era apresentada no item ativo imobilizado; no novo padrão contábil brasileiro este item passou a integrar o ativo intangível, conforme nota 15. 4.2.3 - Conciliação das demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2009 Transição ao IFRS Padrão contábil ReclassifiNovo padrão anterior Ajustes cações contábil Ativo Circulante Disponível / Aplicações Financeiras 32.715 32.715 Clientes 464.828 464.828 Estoques 409.147 (24.887) 384.260 Tributos a recuperar 72.836 (45.066) 27.770 Valores a receber e despesas antecipadas 21.635 21.635 Total do ativo circulante 1.001.161 (24.887) (45.066) 931.208 Não circulante Tributos a recuperar 125.463 (22.239) 103.224 Créditos com plano de previdência 48.102 48.102 Depósitos Judiciais e outros 14.461 14.461 Parcelas a receber de locação 7.101 7.101 Ativos disponíveis para venda 16.350 16.350 Imposto de renda e contribuição social diferidos (3.169) 67.305 64.136 Outros Investimentos 332 332 Imobilizado 113.984 (15.728) 98.256 Intangível 14.885 15.728 30.613 Total do ativo não circulante 292.576 44.933 45.066 382.575 Total do Ativo 1.293.737 20.046 1.313.783 Transição ao IFRS Padrão contábil ReclassifiNovo padrão anterior Ajustes cações contábil Passivos e patrimônio Passivos Passivo circulante Instituições financeiras 122.816 122.816 Fornecedores 225.597 225.597 Obrigações com pessoal 54.184 54.184 Impostos a pagar 30.290 30.290 Provisões e contas a pagar 81.549 81.549 Obrigações com garantia 35.130 35.130 Juros sobre capital/dividendos a pagar 12.815 (29) 12.786 Total do passivo circulante 562.381 (29) 562.352 Passivo não circulante Instituições financeiras 126.582 126.582 Obrigações e receitas diferidas com garantia 24.743 7.668 32.411 Provisão para contingência 83.750 (5.323) 78.427 Outras provisões 6.226 5.323 11.549 Total do Passivo Não Circulante 235.075 13.894 248.969 Participação minoritária 199 (199) Patrimônio Líquido Capital social 250.000 250.000 Reserva de capital 37.471 37.471 Ajustes de avaliação patrimonial (1.937) (3.549) (5.486) Reservas de lucros 210.548 6.181 3.549 220.278 Participação de não controladores 199 199 Total do Patrimônio Líquido 496.082 6.380 502.462 Total do Passivo e Patrimônio Líquido 1.293.737 20.046 1.313.783
4.2.4 Conciliação do lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 Transição ao IFRS Padrão ReclassifiOperações Novo padrão contábil anterior Ajustes cações descontinuadas contábil Receita de Vendas e Serviços 1.871.694 (547.887) 1.323.807 Custos dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados (1.516.075) (7.668) (5.666) 475.366 (1.054.043) Lucro Bruto 355.619 (7.668) (5.666) (72.521) 269.764 Despesas com Vendas (141.104) (804) 50.742 (91.166) Despesas Gerais e Administrativas (74.064) (739) 11.621 (63.182) Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (54.625) (701) 385 (54.941) Outros Ganhos (Perdas), Líquido (20.291) 4.200 (3.616) (399) (20.106) Equivalência Patrimonial 289 (289) Lucro Operacional 65.824 (3.468) (11.815) (10.172) 40.369 Receitas Financeiras 8.086 (824) 7.262 Despesas Financeiras (7.923) 2.888 (5.035) Despesas Financeiras, Líquidas 163 2.064 2.227 Participação nos lucros (prejuízos) de coligadas 289 289 Lucro antes do IR e da CS 65.987 (3.468) (11.526) (8.108) 42.885 Imposto de renda e contribuição social (890) 1.179 732 1.021 Participações (11.526) 11.526 Participações de Minoritários (2) 2 Lucro Líquido do Exercício das Operações Continuadas 53.569 (2.287) (7.376) 43.906 Operações descontinuadas 7.376 7.376 Lucro Líquido do Exercício 53.569 (2.287) 51.282 Atribuível a: Acionistas da Sociedade 53.569 (2.289) 51.280 Participação dos minoritários 2 2 NOTA 5 - GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO 5.1 - Fatores de risco financeiro As atividades do Grupo Itautec o expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros de valor justo, risco de taxa de juros de fluxo de caixa e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O Grupo dispõe de procedimentos para administrar essas situações e pode utilizar instrumentos de proteção para diminuir os impactos destes riscos. Tais procedimentos incluem o monitoramento dos níveis de exposição a cada risco de mercado, além de estabelecer limites para a respectiva tomada de decisão. Todas as operações de instrumentos de proteção efetuadas pela Companhia têm como propósito a proteção de suas dívidas e investimentos, sendo que não realiza ou realizou nenhuma operação com derivativos financeiros alavancados. (a) Riscos de Mercado (i) Risco cambial O Grupo atua internacionalmente e está exposto ao risco cambial decorrente de exposições de algumas moedas, basicamente com relação ao dólar dos Estados Unidos. O risco cambial decorre de operações comerciais futuras, ativos e passivos reconhecidos e investimentos líquidos em operações no exterior. Em função de seus procedimentos de gerenciamento de riscos, que objetivam minimizar a exposição cambial da Companhia e de suas controladas, são mantidos mecanismos de “hedge” que visam proteger a maior parte de sua exposição cambial. A exposição cambial é acompanhada diariamente, podendo ficar pontualmente under ou over-hedged, desde que a posição convirja em curto prazo para os limites de exposição estabelecidos pela Companhia, evitando dessa forma o custo de desmontar e remontar posições em derivativos. Valores em US$ Operações em moeda estrangeira Hedge Accounting Ativos 9.048 Investimentos 8.361 Passivos (33.708) Passivos (11.653) Swap´s/ NDF´s 24.792 Swap´s / NDF´s 132 Exposição cambial (3.292) Exposição cambial Cobertura (exposição cambial) (3.160) Os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2010 que visam administrar o risco cambial são: - Contrato NDF (Non Deliverable Forward) US$ / R$ A Companhia possui, na posição comprada em dólares, diversos contratos com valor nocional de US$ 6.000 com vencimentos até abril/2011, que têm como objetivo transformar passivos denominados em dólares para reais. Os contratos são liquidados nos seus vencimentos, considerando-se a diferença entre a taxa de câmbio a termo (NDF) e a taxa de câmbio (PTAX0800) na mesma data. - Contratos de SWAP US$ x CDI A Companhia possui posição ativa (comprada) em dólares e posição passiva (vendida) em CDI; o valor nocional é de US$ 18.750 distribuídos em nove contratos, que têm como objetivo transformar dívidas denominadas em dólares para dívidas indexadas ao CDI. Os contratos são liquidados nos seus respectivos vencimentos. Em 31 de dezembro de 2010, considerando apenas os saldos de fechamento, se o real tivesse variado em torno de 5% em relação ao dólar, sendo mantidas todas as outras variáveis constantes, o lucro do exercício após o cálculo do imposto de renda e contribuição social teria variação de R$ 7, principalmente em decorrência de ganhos/perdas cambiais sobre a conversão de contas a receber de clientes em dólares e ganhos/perdas cambiais sobre a conversão de passivos e empréstimos em dólares. O patrimônio teria variação de R$ 63, decorrente dessa variação no lucro e do impacto do hedge accounting diretamente no Patrimônio Líquido. Comparativamente, o lucro está menos sensível à variação da taxa de câmbio da moeda americana em 2010 que em 2009. Esse fato se deve ao menor volume de empréstimos mantidos em dólares e à diminuição de investimentos no exterior em decorrência da venda da Tallard. (ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros O caixa aplicado da empresa tem rendimento indexado a percentuais do CDI, com resgate garantido pelos bancos emissores de acordo com as taxas contratadas. Não há outros ativos significativos cujo resultado seja afetado diretamente pelas mudanças de taxas de juros do mercado. Para o passivo, o risco de taxa de juros do Grupo decorre de empréstimos de longo prazo. Tais empréstimos, em sua maioria, são indexados à TJLP, taxa que visa estimular os investimentos de longo prazo para o setor produtivo e, historicamente, inferior às taxas de financiamentos praticadas pelo mercado. O Grupo também possui dois casos de juros pré fixados, com taxa média inferior a 5% ao ano, bem como um contrato emitido a taxa variável trimestralmente, que corresponde à parcela do BNDES indexada a cesta de moedas. Possui também passivos em CDI por conta dos empréstimos em moeda estrangeira que foram hedgeados. O risco dessas taxas de juros contratadas é acompanhado desde o início do financiamento, sendo política do Grupo acompanhar as oscilações e projeções do mercado de juros, analisando eventual necessidade ou oportunidade de contratar-se hedge para essas operações. Em 31 de dezembro de 2010, considerando os saldos de fechamento, se as taxas de juros sobre os empréstimos e caixa variassem em torno de 0,50%, mantidas todas as demais variáveis constantes, a receita financeira adicional seria de R$ 661 em relação ao resultado de juros apropriado no resultado financeiro nesse exercício. Para os investimentos no exterior, cujos ativos líquidos estão expostos ao risco cambial, a Companhia optou pela utilização de “Hedge Accounting”, com passivos também atrelados às moedas funcionais de seus investimentos, a fim de adequar os efeitos da variação cambial sobre tais investimentos, que está registrada diretamente em conta de reserva no Patrimônio Líquido, conforme determinação do CPC 02. Para a realização do “Hedge Accounting”, a empresa considera o efeito da não incidência do IR no resultado de variação cambial do investimento. (iii) Risco de volatilidade no preço das ações A Companhia está exposta ao risco de mudanças no preço das ações em razão de investimento mantido e classificado no balanço patrimonial consolidado como Ativos Disponíveis para Venda, mensurados ao valor justo através do patrimônio líquido. Trata-se de ações em companhia aberta, com ações negociadas na BOVESPA. Caso as ações apresentem variação de 5%, sendo mantidas todas as outras variáveis constantes, o efeito no Patrimônio Líquido seria de R$ 788. (b) Risco de crédito A política de vendas da Companhia está diretamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização das Contas a Receber. No que diz respeito às aplicações financeiras e aos demais investimentos, a Companhia tem como política trabalhar com instituições de primeira linha e não ter investimentos concentrados em um único grupo econômico. (c) Risco de liquidez É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros (derivativos e não derivativos) do Grupo a serem liquidados nos próximos exercícios, por faixas de vencimento, correspondentes ao período entre a data do balanço patrimonial até a data do vencimento contratual. Os passivos financeiros derivativos estão incluídos na análise se seus vencimentos contratuais forem essenciais para um entendimento dos fluxos de caixa temporários. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados. Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 5 anos Acima de 5 anos Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos 76.820 36.074 88.221 35.890 Instrumentos financeiros derivativos 1.752 Fornecedores e outras obrigações 236.481 121.327 Em 31 de dezembro de 2009 Empréstimos 133.671 64.393 69.497 16.940 Instrumentos financeiros derivativos 541 Fornecedores e outras obrigações 439.536 122.387 Em 01 de janeiro de 2009 Empréstimos 121.600 44.353 90.734 59.929 Instrumentos financeiros derivativos Fornecedores e outras obrigações 364.870 134.230 5.2 - Gestão de capital Os objetivos do Grupo ao administrar seu capital são os de salvaguardar a sua capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, o Grupo pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. Condizente com outras companhias do setor, o Grupo monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado, com a dívida líquida. Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro 2009 e 1º de janeiro de 2009 podem ser assim sumarizados: 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Total dos empréstimos 209.292 249.398 265.534 Menos: caixa e equivalente de caixa (264.899) (32.715) (64.870) Dívida líquida (55.607) 216.683 200.664 Total do patrimônio líquido 513.982 502.462 461.808 Total do capital 458.375 719.145 662.472 Índice de alavancagem financeira -12,13% 30,13% 30,29% A inversão do índice de alavancagem financeira decorre de gestões relacionadas com contas a pagar a fornecedores, contas a receber de clientes e estoques, que possibilitaram a redução do ciclo operacional de caixa. Além disso, a venda das subsidiárias Tallard gerou um recurso adicional de R$ 69, contribuindo para o aumento significativo do caixa e a redução de empréstimos. 5.3 - Estimativa do valor justo Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a provisão para perdas, estejam próximos de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para o Grupo para instrumentos financeiros similares. As Demonstrações Financeiras estão em conformidade com o IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação dessas mensurações pelo nível da seguinte hierarquia: - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1). - Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1, que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (nível 2). - Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não-observáveis) (nível 3). A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos do Grupo mensurados pelo valor justo: Ativos Nível 1 Nível 2 Nível 3 Saldo Total Em 31 de dezembro de 2010 Ativos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo .Derivativos para negociação .Títulos para negociação (CDB´S/Compromissadas/Fundo) 255.128 255.128 Derivativos usados para hedge Ativos financeiros disponíveis para venda .Títulos patrimoniais - ações de companhias abertas disponíveis para venda 23.880 23.880 Total do ativo 279.008 279.008 Passivos Passivos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo (209.292) (209.292) .Derivativos para negociação Derivativos usados para hedge (1.403) (1.403) Total do passivo (209.292) (1.403) (210.695) Ativos Em 31 de dezembro de 2009 Ativos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo .Derivativos para negociação .Títulos para negociação (CDB´S/Compromissadas/Fundo) Derivativos usados para hedge Ativos financeiros disponíveis para venda .Títulos patrimoniais - ações de companhias abertas Total do ativo Passivos Passivos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo .Derivativos para negociação Derivativos usados para hedge Total do passivo
Nível 1
Ativos Em 1º de dezembro de 2009 Ativos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo .Derivativos para negociação .Títulos para negociação (CDB´S/Compromissadas/Fundo) Derivativos usados para hedge Ativos financeiros disponíveis para venda .Títulos patrimoniais - ações de companhias abertas Total do ativo Passivos Passivos financeiros ao valor justo por meio de lucro ou prejuízo .Derivativos para negociação Derivativos usados para hedge Total do passivo
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Saldo Total
11.660
-
-
11.660
16.350 28.010
-
-
16.350 28.010
-
540 540
-
540 540
Nível 2
Nível 3
45.744
-
-
45.744
7.350 53.094
-
-
7.350 53.094
(265.534)
-
-
(265.534)
(265.534)
-
-
(265.534)
Saldo Total
continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
24 -.ECONOMIA/LEGAIS
sexta-feira, 11 de março de 2011
continuação
ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA O valor justo dos instrumentos financeiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. O preço de mercado cotado utilizado para os ativos financeiros mantidos pelo Grupo é o preço de concorrência atual. Esses instrumentos estão incluídos no Nível 1. O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão) é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde está disponível e confiam o menos possível nas estimativas específicas da entidade. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um instrumento forem adotadas pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 2. Se uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado, o instrumento estará incluído no nível 3. Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros incluem: - Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para instrumentos similares. - O valor justo de swaps de taxa de juros é calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado. - O valor justo dos contratos de câmbio futuros é determinado com base nas taxas de câmbio futuras na data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente. - Outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para determinar o valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes. Cálculo do valor justo das posições O valor justo dos instrumentos financeiros foi calculado utilizando-se a precificação feita através do valor presente estimado, de forma independente, tanto para a ponta passiva, quanto para a ponta ativa, onde a diferença entre as duas gera o valor de mercado. 5.4 - Demonstrativo da posição consolidada dos Instrumentos Financeiros Derivativos Hedge Passivos Valor de referência Valor Justo Efeito Acumulado Descrição NOCIONAL Mercado 31/12/2010 Valor Recebido / Valor Pago / 31/12/2010 30/9/2010 31/12/2010 30/9/2010 a receber a pagar Contratos Futuros Compromisso de compra Moeda estrangeira 10.261 20.723 (330) (1.472) (1.855) Contratos de Swap Moeda estrangeira 32.075 10.482 (1.074) (769) (1.853) Total 42.336 31.205 (1.404) (2.241) (3.708) As perdas/ganhos nas operações listadas no quadro acima são compensadas por ganhos/perdas nas posições em juros e moeda estrangeira, ativas e passivas, cujos efeitos já estão expressos nas Demonstrações Financeiras. Os saldos dos derivativos encontram-se contabilizados no ativo e no passivo (contas a pagar e a receber de curto prazo) em contrapartida ao resultado financeiro. 5.5 - Análise de Sensibilidade Apresentamos a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, que descreve os riscos que podem gerar prejuízos materiais para a Companhia, com um Cenário Provável (Cenário Base) e mais dois cenários, nos termos determinados por meio da instrução CVM nº 475/08, representando 25% e 50% de deterioração da variável de risco considerada. O Cenário Provável foi estabelecido a partir das cotações de fechamento das taxas de juro e câmbio referenciais da BVMF da data de cada operação. A análise de sensibilidade apresentada abaixo considera mudanças com relação a determinados riscos, mantendo constantes todas as demais variáveis, associadas a outros riscos. Hedge Passivos Cenário Cenário Cenário Possivel Remoto OPERAÇÃO RISCO Provável NDF Queda US$ (336) -25% (2.875) -50% (5.414) Compromisso de Compra Moeda estrangeira (US$) SWAP Queda US$ (1.416) -25% (9.477) -50% (17.534) Moeda estrangeira (US$) Alta dos Juros 25% 50% TOTAL (1.752) (12.352) (22.948) Passivos Objeto de Hedge US$ 779 11.168 21.558 Efeito Líquido (973) (1.184) (1.390) NOTA 6 - QUALIDADE DO CREDITO DOS ATIVOS FINANCEIROS Os clientes são classificados como A, B, C e D em razão do seu segmento de mercado. A segmentação de mercado está associada à caracterização econômica do cliente. A Companhia efetua análise de risco de crédito para todas as suas operações, com a utilização de ferramentas e aplicações específicas para cada segmento. Dentro dos parâmetros básicos verificados na concessão de créditos para o segmento privado, é avaliado conjunto de índices utilizados para caracterizar a situação econômico-financeira das empresas, calculados a partir das suas demonstrações financeiras, seu histórico de compras e pagamento, provedores externos de informações de crédito e regularidade fiscal junto aos órgãos de governo. Para o segmento de governo, a concessão de crédito é realizada a cada operação. O critério de análise e concessão de crédito baseia-se em uma combinação de variáveis que incluem índices, calculados a partir do orçamento, da execução orçamentária e dos demonstrativos exigidos na lei de responsabilidade fiscal, de fontes externas de informações de crédito e, principalmente, do histórico de comportamento de pagamentos. Abaixo, percentual de participação de cada segmento em relação ao total da Conta Clientes Brasil não vencidos - período encerrado em 31/12/2010. Classificação Segmento “Conta de Clientes não vencidoem 31/12/10” A Mercado Privado 71,9% B Governo 26,3% C Pessoa Física 1,2% D Exterior/Outros 0,6% 100,0% NOTA 7 - DISPONÍVEL / APLICAÇÕES FINANCEIRAS Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Bancos - Conta Movimento 3.329 4.451 1.554 9.790 20.722 17.626 Fundos de Investimento 151.596 9.672 22.121 172.620 10.797 27.361 Certificados de depósito bancário (CDB) 82.470 1.196 6.501 82.489 1.196 19.883 237.395 15.319 30.176 264.899 32.715 64.870 As aplicações financeiras no Brasil estão representadas por fundos de investimentos não exclusivos e certificados de depósitos bancários no País, ambos com remuneração atrelada à variação do CDI e possibilidade de resgates imediatos. NOTA 8 - CLIENTES Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Contas a receber da venda de produtos e serviços: . No Brasil 200.638 276.996 237.915 200.935 374.447 294.603 . No exterior 5.536 8.163 10.903 8.072 89.893 98.469 Contas a receber no Brasil / exterior 206.174 285.159 248.818 209.007 464.340 393.072 Contas a receber da locação de bens 2.381 4.038 14.946 14.345 18.091 21.143 Provisão para devedores duvidosos de contas a receber (6.558) (5.766) (3.985) (6.608) (10.502) (8.593) 201.997 283.431 259.779 216.744 471.929 405.622 Menos: Parcela não circulante (837) (621) (3.741) (6.318) (7.101) (6.978) Parcela circulante 201.160 282.810 256.038 210.426 464.828 398.644 A redução no valor total de contas a receber ocorrida em 2010, no valor de R$ 254.402, decorre basicamente da venda das empresas Tallard (R$ 68.500), além do resultado direto de uma política de cobrança orientada à redução de carteira de vencidos. A provisão para devedores duvidosos é constituída através da análise individual dos créditos com atraso superior a 90 dias. A diminuição no saldo da provisão para devedores duvidosos em 2010 no consolidado refere-se basicamente a venda das empresas Tallard (R$ 4.100). As contas a receber de locação de bens correspondem ao aluguel de bens baseados em contratos de locação com prazos acima de um ano. Estas estão apresentadas líquidas do ajuste a valor presente calculado com base em juros médios de 2% a.m, taxa praticada nos contratos de aluguéis vigentes. Em 31 de dezembro de 2010, o valor presente calculado para as contas a receber da locação de bens é R$ 14.345 (31/12/2009: R$18.091; 01/01/2009: R$ 21.143). Conforme Aging do contas a receber: Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 A vencer até 30 dias 113.507 258.419 243.085 A vencer de 31 a 60 dias 57.547 118.106 75.581 A vencer acima de 60 dias 5.130 29.517 12.806 Vencidos até 30 dias 14.809 30.405 33.763 Vencidos de 31 a 60 dias 5.031 6.634 13.413 Vencidos de 61 a 90 dias 1.555 9.787 5.055 Vencidos acima de 90 dias 11.428 11.472 9.369 209.007 464.340 393.072 As contas a receber de clientes e demais contas a receber do Grupo são mantidas nas seguintes moedas: Controladora 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Reais 203.019 281.034 252.861 Dólares Americanos 2.641 2.396 8.003 Euros 2.150 5.032 2.900 Outras moedas 745 735 208.555 289.197 263.764
31/12/10 215.280 2.776 5.296 223.352
Consolidado 31/12/09 392.538 53.565 6.229 30.099 482.431
01/01/09 315.746 95.074 3.295 100 414.215
A diminuição do contas a receber em dólares americanos decorre da alienação da controlada Tallard (nota13). NOTA 9 - ESTOQUES Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Matérias - primas 147.841 204.798 192.885 152.016 211.420 192.576 Produtos acabados 100.373 119.196 91.263 106.744 148.451 130.446 Importação em Andamento 10.276 34.590 10.067 10.279 34.591 10.096 Produtos em elaboração 1 23.810 26.830 1 23.810 26.830 Provisão para obsolescência e desvalorização de estoques (48.340) (34.012) (29.678) (49.680) (34.012) (29.678) 210.151 348.382 291.367 219.360 384.260 330.270 O custo dos estoques reconhecidos como despesas e incluídos em “custo dos produtos vendidos e serviços prestados” totalizou na controladora (2010 R$ 761.378 - 2009: R$ 612.177) e no consolidado (2010 R$ 929.652 - 2009: R$ 1.012.642). NOTA 10 – TRIBUTOS A RECUPERAR A Companhia possui créditos tributários federais a recuperar, conforme composição demonstrada no quadro a seguir: Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Impostos a ressarcir: Tributos federais retidos na fonte s/ operações comerciais 48.222 63.890 54.061 60.183 75.734 65.826 PIS e COFINS a recuperar 3.371 2.471 6.465 12.078 IPI a recuperar 6.903 14.373 7 6.910 14.382 COFINS a recuperar 3.610 25.696 6.798 10.201 25.696 48.222 74.403 97.501 69.459 99.310 117.982 Impostos a compensar: Impostos a recuperar das empresas no exterior 1.286 11.374 8.651 Antecipação de imposto de renda e contribuição social 4.743 10.359 9.679 8.900 13.000 16.851 ICMS sobre imobilizado 761 481 871 761 481 873 Impostos sobre circulação de mercadorias e serviços 704 1.488 749 1.507 4.028 809 ISS a compensar 1.666 748 748 1.666 778 748 Imposto sobre produtos industrializados 1.946 1.833 1.579 1.946 2.023 1.811 9.820 14.909 13.626 16.066 31.684 29.743 Total 58.042 89.312 111.127 85.525 130.994 147.725 Menos: parcela não circulante (339) (75.632) (95.749) (17.788) (103.224) (123.780) Parcela circulante 57.703 13.680 15.378 67.737 27.770 23.945 Impostos a ressarcir Referem-se aos tributos previstos nas Leis 9.430/96, 10.833/03 e IN 480/04, que determinam a retenção na fonte de Tributos Federais, por clientes, em razão de vendas efetuadas. Existem na legislação brasileira dispositivos para possibilitar ao contribuinte obter a restituição desses créditos, sendo: a) a Lei 9.779, de 19 de janeiro de 1999, que autoriza compensação, restituição ou ressarcimento dos créditos de IPI; b) a Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que autoriza a compensação, restituição ou ressarcimento para os demais tributos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil; c) a Instrução Normativa RFB n° 600, de 28 de dezembro de 2005, que disciplina os pedidos de compensação e restituição, para os casos em que não seja possível a compensação com outros tributos federais. Com o objetivo de eliminar o acúmulo de crédito de impostos federais (R$ 69.459 no consolidado e R$ 48.222 na controladora), a Administração vem desenvolvendo medidas para agilizar a recuperação desses créditos, a saber: 1) Acompanhamento semanal, junto à Receita Federal do Brasil, dos pedidos de restituição e homologação já solicitados; 2) Solicitações, no menor prazo permitido, de pedidos de restituição em espécie; 3) Identificação, controle e compensação com outros tributos federais, conforme permitido pela legislação fiscal. A Itautec tem cumprido rigorosamente os procedimentos legais para se ressarcir desses créditos, estando com boa parte de seus pedidos de restituição homologados pela Receita Federal. A partir de 03 de março de 2009, adicionalmente às medidas acima, a MP 443, aprovada no Congresso Nacional, e que resultou na Lei nº. 11.908, passou a permitir a suspensão do recolhimento do IPI nas aquisições de insumos nacionais e importados e, consequentemente, a Itautec tem deixado de acumular créditos do referido imposto e reduzido o saldo de impostos a recuperar. NOTA 11 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação dos tributos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. A empresa elabora projeção de resultado para os próximos 5 anos para embasar o reconhecimento do ativo, aprovado pelo Conselho de Administração. Os valores estimados de compensação, por exercício, são os seguintes: Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Ativo de imposto diferido: .Ativo de imposto diferido a ser recuperado depois de mais de 12 meses 20.123 20.702 27.628 22.270 22.085 27.628 .Ativo de imposto diferido a ser recuperado em até 12 meses 62.660 53.066 44.012 62.138 58.405 47.097 Subtotal 82.783 73.768 71.640 84.408 80.490 74.725 Passivo de imposto diferido: .Passivo de imposto diferido a ser liquidado depois de mais de 12 meses .Passivo de imposto diferido a ser liquidado em até 12 meses .IR e CS sobre Plano de Pensão - CD (22.138) (16.354) (14.926) (22.138) (16.354) (14.926) Subtotal (22.138) (16.354) (14.926) (22.138) (16.354) (14.926) Ativo de imposto diferido líquido 60.645 57.414 56.714 62.270 64.136 59.799
A movimentação líquida da conta de imposto de renda diferido é a seguinte: Controladora 31/12/10 31/12/09 57.414 56.713 (5.785) (1.428) 11.152 (478) (2.136) 2.607 60.645 57.414
Saldo inicial IR e CS sobre Plano de Pensão - CD Encargo da demonstração do resultado Imposto creditado diretamente ao patrimônio Em 31 de dezembro
Consolidado 31/12/10 31/12/09 64.136 59.799 (5.785) (1.428) 9.855 5.765 (5.936) 62.270 64.136
A movimentação dos ativos e passivos de imposto de renda diferido durante o exercício, de acordo com a sua origem/natureza, sem levar em consideração a compensação dos saldos é a seguinte: Controladora Consolidado PrejuíPlano de PrejuíPlano de zos Hedge Pensão zos IR Hedge Pensão Ativo de imposto diferido Fiscais Caixa Provisões CD Total Fiscais Exterior Caixa Provisões CD Total Em 1º de janeiro de 2009 27.628 44.011 (14.926) 56.713 27.628 1.943 45.154 (14.926) 59.799 (Debitado)creditado à demonstração (6.926) 154 6.294 (1.428) (1.906) (5.543) (258) 154 11.412 (1.428) 4.337 do resultado (Debitado)creditado diretamente do patrimônio 2.607 2.607 Diferenças Cambiais Em 31 de dezembro de 2009 20.702 154 52.912 (16.354) 57.414 22.085 1.685 154 56.566 (16.354) 64.136 (Debitado)creditado à demonstração do resultado 320 336 10.496 (5.785) 5.367 185 324 336 9.010 (5.785) 4.070 (Debitado)creditado diretamente do patrimônio (2.136) (2.136) - (1.661) (4.275) (5.936) Diferenças Cambiais Em 31 de dezembro de 2010 21.022 490 61.272 (22.139) 60.645 22.270 348 490 61.301 (22.139) 62.270 Além dos valores de imposto de renda e contribuição social diferidos, conforme quadro acima, a Companhia possui diferenças temporárias que representam créditos totais de R$ 34.784, não registrados contabilmente por não atenderem aos critérios de registros previstos no Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre o lucro, aprovado pela Deliberação CVM no. 599/09. NOTA 12 - DEPÓSITOS JUDICIAIS E OUTROS Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Depósitos judiciais fiscais 10.988 10.217 12.570 10.994 10.225 12.570 Depósitos judiciais trabalhistas 3.058 3.462 2.513 3.535 3.938 2.648 Outros valores a receber 4 17 107 133 298 486 14.050 13.696 15.190 14.662 14.461 15.704 Os valores correspondentes a depósitos judiciais representam os valores depositados, sem atualização monetária, uma vez que estão correspondidos, substancialmente, por valores provisionados. NOTA 13 - INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS As informações financeiras das controladas da Itautec S.A. são ajustadas, notadamente as do exterior, para que apresentem critérios e moeda uniformes na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. Investimentos Diretos Tallard Itautec Itautec Armazéns Itautec.com Technol. Locação e Com. Participações Gerais Itautec Serviços S/A S/A de Equip. S/A e Comércio S/A Itautec S/A Espanha Total Milhares de Ações (2009) Ordinárias 12.717 3.956.068 166.979 10.053 1.247 Preferenciais Participação (%) 99,93% 100,00% 99,99% 100,00% 100,00% Patrimônio Líquido 12.659 6.802 30.357 9.884 Capital Social 8.000 10.500 28.726 10.053 Lucro Líquido (Prejuízo) (1.549) (413) 1.036 (20) Movimentação dos Investimentos Em 31 de dezembro de 2008 11.701 769 17.969 9.955 627 65.854 106.875 Subscrição de Ações 5.500 (335) 3.810 8.975 Equivalência Patrimonial 3.647 11.538 (50) 74 (4.214) 10.995 Lucro (prejuizo) de operações descontinuadas 2.354 5.022 7.376 Dividendos / Juros s/Capital Próprio (35) (295) (330) C. T. A. (210) (1.479) (16.966) (18.655) Investimento Vendido (71) (71) Em 31 de Dezembro de 2009 15.103 7.144 29.507 9.905 53.506 115.165 Subscrição de Ações / (Redução de Investimento) 2.297 2.297 Equivalência Patrimonial (1.549) 1.036 (20) (2.449) (2.983) Lucro (prejuizo) de operações descontinuadas (413) (4.185) (4.598) Dividendos / Juros sobre Capital Próprio (866) (185) (1.051) C. T. A. (39) 71 2.078 2.110 Investimento Alienado (6.802) (38.840) (45.642) Em 31 de Dezembro de 2010 12.649 30.358 9.885 12.407 65.298 (II) (I) (II) (II) (II) (III) Itautec América INC. Patrimônio Líquido 5.836 Capital Social 2.498 Lucro Líquido (Prejuízo) (1.077) (III) (I) Empresas auditadas pelos auditores da controladora (II) Empresas revisadas pelos auditores da controladora (III) Empresas auditadas por outros auditores (IV) Empresas revisadas por outros auditores NOTA 14 - IMOBILIZADO O imobilizado apresenta a seguinte movimentação:
Saldos em 01/01/09: Custo Depreciação acumulada Saldo contábil, líquido Movimentação ano 2009 Saldo inicial Adições Baixas e/ou alienações Depreciação do ano Transferência entre contas Saldo contábil, líquido Saldo em 31/12/09: Custo Depreciação acumulada Saldo contábil, líquido Movimentação ano 2010 Saldo inicial Adições Baixas e/ou alienações Depreciação do ano Transferência entre contas Saldo contábil, líquido Saldo em 31/12/10: Custo Depreciação acumulada Saldo contábil, líquido
Investimentos Indiretos Itautec Itautec Portugal S/A Itália S.R.L 5.422 8 4.743 104 (465) (23) (IV)
Itautec França 44 104 (11)
CONTROLADORA Equipamento de processamento Instalações de dados
Itautec Argentina 913 1.300 (3) (III)
Itautec México 2.095 1.581 613
Terrenos
Edifícios
Máquinas, equipamentos e ferramentas
Outros ativos
Imobilizado em andamento
2.053 2.053
87.264 (33.761) 53.503
48.828 (26.773) 22.055
2.123 (662) 1.461
34.717 (22.020) 12.697
17.877 (10.150) 7.727
47 47
192.909 (93.366) 99.543
Total
2.053 2.053
53.503 226 (3.315) 50.414
22.055 2.123 (90) (4.155) 19.933
1.461 11 (183) 1.289
12.697 4.015 (171) (5.232) 11.309
7.727 2.196 (2.451) (1.623) 47 5.896
47 10 (47) 10
99.543 8.581 (2.712) (14.508) 90.904
2.053 2.053
87.490 (37.076) 50.414
50.421 (30.488) 19.933
2.133 (844) 1.289
36.997 (25.688) 11.309
53.602 (47.706) 5.896
10 10
232.706 (141.802) 90.904
2.053 2.053
50.414 26 (3.317) 47.123
19.933 4.264 (89) (4.059) 20.049
1.289 17 (185) 1.121
11.309 5.813 (170) (5.348) 11.604
5.896 5.147 (4.386) (1.011) 10 5.656
10 201 (10) 201
90.904 15.468 (4.645) (13.920) 87.807
2.053 2.053
87.516 (40.393) 47.123
54.458 (34.409) 20.049
2.151 (1.030) 1.121
41.721 (30.117) 11.604
16.875 (11.219) 5.656
201 201
204.975 (117.168) 87.807
Do total de R$ 13.920 de despesa de depreciação do período, o montante de R$ 9.002 foi reconhecido no resultado em “Custo dos produtos vendidos e serviços prestados”, R$ 3.111 em “Despesas com vendas”, R$ 1.301 em “Despesas gerais e administrativas” e R$ 506 em “Pesquisa e Desenvolvimento”. CONSOLIDADO Máquinas, Equipamento de Imobilizado equipamentos processamento Outros em Terrenos Edifícios e ferramentas Instalações de dados ativos andamento Total Saldos em 01/01/09: Custo 2.053 87.264 49.038 2.199 43.761 29.777 2.057 216.149 Depreciação acumulada (33.761) (26.787) (665) (23.408) (25.452) (110.073) Saldo contábil, líquido 2.053 53.503 22.251 1.534 20.353 4.325 2.057 106.076 Movimentação ano 2009 Saldo inicial 2.053 53.503 22.251 1.534 20.353 4.325 2.057 106.076 Adições 226 1.833 495 2.687 7.912 1.089 14.242 Baixas e/ou alienações (90) (3.139) (1.222) (4.451) Depreciação do ano (3.315) (3.735) (481) (5.128) (1.683) (14.342) Transferência entre contas 2.057 (2.057) VC s/ bens no exterior (3.269) (3.269) Saldo contábil, líquido 2.053 50.414 20.259 1.548 14.773 8.120 1.089 98.256 Saldo em 31/12/09: Custo 2.053 87.490 50.781 2.694 46.263 23.889 1.089 214.259 Depreciação acumulada (37.076) (30.522) (1.146) (31.490) (15.769) (116.003) Saldo contábil, líquido 2.053 50.414 20.259 1.548 14.773 8.120 1.089 98.256 Movimentação ano 2010 Saldo inicial 2.053 50.414 20.259 1.548 14.773 8.120 1.089 98.256 Adições 26 3.943 4 5.813 8.059 220 18.065 Baixas e/ou alienações (209) (2.412) (8.419) (11.040) Depreciação do ano (3.317) (3.907) (179) (5.752) (3.133) (16.288) Transferência entre contas 1.089 (1.089) VC s/ bens no exterior 475 475 Saldo contábil, líquido 2.053 47.123 20.086 1.373 12.422 6.191 220 89.468 Saldo em 31/12/10: Custo 2.053 87.516 54.515 2.698 42.796 18.340 220 208.138 Depreciação acumulada (40.393) (34.429) (1.325) (30.374) (12.149) (118.670) Saldo contábil, líquido 2.053 47.123 20.086 1.373 12.422 6.191 220 89.468 Do total consolidado de R$ 16.288 de despesa de depreciação do período, o montante de R$ 9.113 foi reconhecido no resultado em “Custo dos produtos vendidos e serviços prestados”, R$ 3.554 em “Despesas com vendas”, R$ 3.077 em “Despesas gerais e administrativas” e R$ 544 em “Pesquisa e Desenvolvimento”. Conforme previsto na Interpretação Técnica ICPC10 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aprovado pela deliberação CVM nº 619/09, a Companhia revisou a vida útil-econômica estimada de seus principais ativos para o cálculo da depreciação do ano 2010 e não foram constatadas variações significativas nas vidas úteis utilizadas pela empresa. NOTA 15 - ATIVO INTANGÍVEL O ativo intangível apresenta a seguinte composição: CONTROLADORA CONSOLIDADO P&D Software Total P&D Software Total Saldos em 01/01/09: Custo 8.751 14.673 23.424 8.758 20.804 29.562 Amortização acumulada (9.316) (9.316) (8.621) (8.621) Saldo contábil, líquido 8.751 5.357 14.108 8.758 12.183 20.941 Movimentação ano 2009 Saldo inicial 8.751 5.357 14.108 8.758 12.183 20.941 Adições 8.379 8.690 17.069 8.379 9.198 17.577 Baixas (1.162) (7) (1.169) (1.168) (8) (1.176) Amortização do ano (1.083) (1.254) (2.337) (1.083) (5.646) (6.729) Saldo contábil, líquido 14.885 12.786 27.671 14.886 15.727 30.613 Saldo em 31/12/09: Custo 15.968 23.247 39.215 15.969 29.994 45.963 Amortização acumulada (1.083) (10.461) (11.544) (1.083) (14.267) (15.350) Saldo contábil, líquido 14.885 12.786 27.671 14.886 15.727 30.613 Movimentação ano 2010 Saldo inicial 14.885 12.786 27.671 14.886 15.727 30.613 Adições 2.396 7.305 9.701 2.396 7.306 9.702 Baixas (4.268) (4.268) (4.269) (2.769) (7.038) Amortização do ano (1.983) (4.183) (6.166) (1.983) (4.236) (6.219) Saldo contábil, líquido 11.030 15.908 26.938 11.030 16.028 27.058 Saldo em 31/12/10: Custo 13.699 30.551 44.250 13.699 31.129 44.828 Amortização acumulada (2.669) (14.643) (17.312) (2.669) (15.101) (17.770) Saldo contábil, líquido 11.030 15.908 26.938 11.030 16.028 27.058 A taxa de amortização utilizada é 20% ao ano. continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 11 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 25
continuação
ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA NOTA 16 - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Modalidade FINEP FINAME K GIRO BNDES
Encargos TJLP + 1,25% a . a . TJLP + 1,10% a. a a 4,78% a .a . 127% CDI / 120% e 103,2% CDI TJLP + 1,1% a. a .
BNDES
TJLP + 2,09 % a. a .
BNDES
TJLP + 2,6% a. a .
BNDES
TJLP + 3,1% a. a .
BNDES
5,6% a. a .
EXTERIOR BNDES
Amortização Mensal
Garantias Aval e NP
Mensal
Alien. Fiduc. e NP
Juros Trim / Amort.em 2010 (Mensal) Juros Trim / Amort.em 2010 (Mensal) Juros Trim / Amort.em 2010 (Mensal) Juros Trim / Amort.em 2010 (Mensal) Juros Trim / Amort.em 2010 (Mensal)
US$ + Libor + 0,125% a 0,650% a . a . Semestral Cesta de Moedas + Juros Trim / Juros Variáveis Amort.em 2009 (Mensal)
Aval da Control. Itaúsa Sem Aval
31/12/10 Curto Longo Prazo Prazo 12.766 72.458 499
-
31/12/09 Curto Longo Prazo Prazo 7.157 20.729 670
01/01/09 Curto Longo Prazo Prazo 6.470 18.376
496
428
859
-
-
-
-
8.751
-
7.567
32.651
7.220
40.095
6.924
46.525
-
-
7.749
-
12.132
4.599
Aval da Control. Itaúsa
34
159
33
184
32
214
Aval da Control. Itaúsa
4.471
22.428
4.851
26.795
4.085
31.716
Aval da Control. Itaúsa MOEDA NACIONAL
2.127 27.464
9.794 137.490
2.133 29.813
11.893 100.192
Nota Promissória
39.540
-
77.643
-
2.029 13.817 40.851 116.106 51.756
-
Aval da Control. Itaúsa 445 2.114 4.561 26.070 4.683 41.068 MOEDA ESTRANGEIRA 39.985 2.114 82.204 26.070 56.439 41.068 CONTROLADORA 67.449 139.604 112.017 126.262 97.290 157.174 EXTERIOR Mensal Nota Promissória 2.239 10.799 320 11.070 DEMAIS EMPRESAS 2.239 10.799 320 11.070 CONSOLIDADO 69.688 139.604 122.816 126.582 108.360 157.174 Os empréstimos e financiamentos sujeitos à variação cambial estão atualizados pela respectiva taxa de câmbio de venda vigente no último dia útil do ano. Os demais estão atualizados monetariamente, considerando os correspondentes encargos contratuais/custo amortizado (nota 2.14). Cláusulas restritivas Os financiamentos junto ao BNDES/ FINEP exigem manutenção do controle nacional do capital, notificação em caso de alteração do controle acionário, apresentação de licenças, medidas e ações destinadas a evitar ou corrigir danos ao meio ambiente; medidas quanto à segurança e medicina do trabalho e manutenção dos seguintes índices financeiros: liquidez corrente, nível de capitalização e EBITDA percentual da receita líquida. Em 31/12/2010 apenas o índice EBITDA percentual da receita líquida não foi atingido. A companhia já iniciou as tratativas junto ao BNDES, com o objetivo de obter um waiver para tal índice, considerando que tais obrigações contam com o aval de um dos maiores grupos econômicos do Brasil. Adicionalmente, é importante ressaltar que o descumprimento deste covenant não implicaria inicialmente na liquidação antecipada do contrato, uma vez que a Companhia tem a possibilidade de apresentar garantia de 1,3 vezes o saldo devedor do mesmo. Todas as demais obrigações contratuais foram cumpridas. O montante de longo prazo em 31/12/2010 tem a seguinte composição por ano de vencimento: Amortizações do Longo Prazo CONSOLIDADO ANOS 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 TOTAL 28.942 25.399 25.399 25.399 20.681 11.026 2.758 139.604 O valor justo dos empréstimos circulantes é praticamente igual ao seu valor contábil. Os valores contábeis dos empréstimos do Grupo são mantidos nas seguintes moedas: 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Real 167.500 160.636 202.708 Dólares americanos 31.831 65.796 51.756 Euros 7.722 11.847 Outras moedas Controladora 207.053 238.279 254.464 Dólares americanos 4.073 6.490 Euros 2.239 1.847 1.362 Outras moedas 5.199 3.218 Demais empresas do Grupo 2.239 11.119 11.070 Consolidado 209.292 249.398 265.534 NOTA 17 - PROVISÕES E CONTAS A PAGAR Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Licença de Uso 13.076 21.586 24.167 13.076 23.445 33.422 Honor. Diretoria / Gratific. Especiais 7.945 7.635 1.508 7.945 7.635 1.705 Royalties a Pagar 2.458 9.673 8.301 2.458 9.673 8.301 Serviços Especializados e Consultoria 855 6.813 650 855 6.813 650 Venda para Entrega Futura 740 2.092 740 2.094 Recebimento Antecipado 1.116 1.904 1.889 1.116 2.722 2.462 Propaganda Cooperada 3.872 3.801 1.672 3.872 3.801 1.672 Fretes e Seguros 981 2.575 814 981 2.575 814 Pesquisa e Desenvolvimento 2.621 1.884 794 2.621 1.885 794 Comissões e Remuneração Variável 3.866 1.865 103 3.866 7.791 3.228 4.298 4.298 Provisão Telefonia / Área Jurídica e TI Outras Contas a Pagar 8.713 4.424 13.524 8.698 4.679 18.819 Outras Contas a Pagar - Exterior 1.638 8.436 5.718 50.541 64.252 53.422 52.164 81.549 77.585 NOTA 18 - OBRIGAÇÕES E RECEITAS DIFERIDAS COM GARANTIA A empresa, quando da comercialização dos seus produtos, além da garantia padrão, pode oferecer aos seus clientes a possibilidade de contratar garantia diferenciada, em prazos, normalmente, de 12, 24 ou 36 meses. Para casos de garantia padrão, a empresa constitui uma provisão para os custos futuros, incluindo mão de obra, peças para reposição, deslocamento, logística e estrutura indireta necessária para a manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos comercializados. Para as garantias diferenciadas, a empresa tem como política reconhecer como receita diferida o valor cobrado por esse serviço, apropriando-a ao longo dos prazos de vigência dos contratos. NOTA 19 - PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A Companhia e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos decorrentes do curso normal de seus negócios, perante vários tribunais e órgãos governamentais de natureza trabalhista, civil e tributária. Os valores dos processos a seguir demonstrados foram contabilizados considerando a avaliação dos consultores jurídicos da Companhia quanto ao esperado desfecho das discussões, a natureza dos assuntos discutidos e o histórico em processos semelhantes. A Administração da Companhia, com base na opinião de seus assessores jurídicos, acredita que as provisões para contingências constituídas são suficientes para cobrir perdas prováveis com processos judiciais, conforme apresentado a seguir: (a) Composição Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Processos Tributários 40.717 43.891 59.862 40.717 44.717 66.830 Depósito Judicial (4.558) (4.558) (5.121) (4.558) (4.558) (5.121) Processos Tributários líquidos de depósito 36.159 39.333 54.741 36.159 40.159 61.709 Processos Trabalhistas 34.273 36.687 29.863 34.273 36.687 29.863 Depósito Judicial (2.103) (2.040) (1.423) (2.103) (2.040) (1.423) Processos Trabalhistas líquidos de depósito 32.170 34.647 28.440 32.170 34.647 28.440 Processos Cíveis 10.520 3.621 3.227 10.520 3.621 3.227 78.849 77.601 86.408 78.849 78.427 93.376 (b) Movimentação Controladora Tributários Trabalhista Cíveis Total Saldo Inicial em 01 de Janeiro/2009 54.741 28.440 3.227 86.408 Atualização monetária e juros 2.953 5.114 408 8.475 Constituição 7.207 7.123 109 14.439 Pagamentos / Baixas (26.132) (5.661) (123) (31.916) Depósitos Judiciais Resgatados / (Efetuados) 564 (369) 195 Saldo Final em 31 de Dezembro/2009 39.333 34.647 3.621 77.601 Atualização monetária e juros 2.522 3.576 1.061 7.159 Constituição 5.048 7.252 6.469 18.769 Pagamentos / Baixas (10.744) (13.241) (631) (24.616) Depósitos Judiciais Resgatados / (Efetuados) (64) (64) Saldo Final em 31 de Dezembro/2010 36.159 32.170 10.520 78.849 Consolidado Tributários Trabalhista Cíveis Total Saldo Inicial em 01 de Janeiro/2009 61.709 28.440 3.227 93.376 Atualização monetária e juros 2.954 5.114 408 8.476 Constituição 7.223 7.123 109 14.455 Pagamentos / Baixas (32.290) (5.661) (123) (38.074) Depósitos Judiciais Resgatados / (Efetuados) 563 (369) 194 Saldo Final em 31 de Dezembro/2009 40.159 34.647 3.621 78.427 Atualização monetária e juros 2.522 3.576 1.061 7.159 Constituição 5.048 7.252 6.469 18.769 Pagamentos / Baixas (11.570) (13.241) (631) (25.442) Depósitos Judiciais Resgatados / (Efetuados) (64) (64) Saldo Final em 31 de Dezembro/2010 36.159 32.170 10.520 78.849
(c) Programa de Pagamento ou Parcelamento de Tributos Federais - Lei 11.941/09 A Itautec S.A. e suas controladas aderiram ao Programa de Pagamento ou Parcelamento de Tributos Federais, instituído pela Lei 11.941 de 27/05/2009. O programa incluiu débitos administrados pela Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, vencidos até 30 de novembro de 2008. A adesão ao programa possibilitou a utilização de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social no valor total de R$ 30.186. O efeito líquido no resultado do exercício de 2009 correspondeu a uma despesa de R$ 6.376, registrada em dezembro de 2009. Como consequência da adesão ao REFIS, a Companhia optou pelo pagamento a vista, bem como desistiu das ações judiciais em curso, conforme determina o programa, como também renunciou a qualquer alegação de direito sobre o qual se fundavam as referidas ações, sob pena de imediata exclusão do programa e, consequentemente, perda dos benefícios anteriormente mencionados. Em 03/02/2011 a Receita Federal do Brasil editou portaria conjunta PGFN/RFB Nº 2/2011, divulgando as regras para consolidação dos débitos. Mencionada portaria determina o prazo de 01/03/2011 a 29/07/2011 para consolidação dos débitos no âmbito do REFIS. (d) Processos Tributários O principal valor contabilizado refere-se a autos de infração lavrados pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, relativos a créditos de ICMS (Portaria CAT 92) supostamente indevidos nas entradas de partes e peças defeituosas para conserto, proveniente de substituições efetuadas em equipamentos na atividade de assistência técnica. Em face da ausência de uniformidade de entendimento da fiscalização estadual nas autuações realizadas, bem como da ausência de precedente no julgamento da matéria, a Companhia, apoiada por seus assessores jurídicos, entende que é provável alguma perda em relação ao período autuado, bem como do período sujeito a lançamento, e assim efetuou provisão em montante considerado adequado. (e) Processos Trabalhistas Os processos trabalhistas, judiciais e administrativos, que impliquem em riscos para a Itautec, são provisionados com base na pretensão formulada pelo Reclamante e segundo a avaliação do Jurídico das provas, documentos e informações transmitidas pela Área de Recursos Humanos e pela área na qual o Reclamante estava lotado. A cada decisão proferida no processo (sentença, acórdão, cálculo) os valores contingenciados são revistos, com a finalidade de tornar a provisão o mais próximo possível do risco efetivo de desembolso por parte da Itautec. A provisão é atualizada mensalmente pela variação da TR cheia do mês, acrescida de 1% de juros. (f) Passivos Contingentes O total das contingências passivas, avaliadas pelos assessores jurídicos como possíveis, montam o valor de R$ 63.746 para fiscais e R$ 564 para cíveis. Os principais processos em discussão são: (i) CIDE Trata-se de auto de infração lavrado para cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE sobre remessas de valores ao exterior, realizadas em 2001 e 2002, a título de pagamento de licença para distribuição e comercialização de “software de prateleira” fabricados pela Microsoft. Atualmente, defende-se a tese no Judiciário, por meio de Ação Anulatória, de que os pagamentos realizados à Microsoft não se enquadram nas hipóteses de incidência da CIDE, já que não importam em transferência de tecnologia, motivo pelo qual a Companhia, apoiada por seus assessores jurídicos, entende que o risco da discussão é possível e não se sujeita a provisão contábil. (ii) PIS e COFINS Refere-se a dois Autos de Infração lavrados em decorrência da constituição de crédito tributário de PIS e COFINS dos períodos de julho a outubro de 1999, março a maio de 2000 e agosto de 2000 a junho de 2004, em razão da não inclusão, na base de cálculo dessas contribuições, do valor do ICMS restituível e/ou apropriado como crédito, pelo fato de, à época a sede da Companhia estar localizada na Zona Franca de Manaus. Nessa discussão considera-se: (i) o benefício fiscal referente ao ICMS de que a empresa faz jus não pode ser entendido como receita bruta, por não se tratar de receita; (ii) decadência do lançamento referente aos períodos de julho e agosto de 1999. A companhia, apoiada por seus assessores jurídicos e com base na atual jurisprudência, especialmente o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que excluiu da base de cálculo dessas contribuições as demais receitas que não o faturamento, entende que o risco da discussão é possível e, portanto, não sujeita a provisão contábil. (iii) IRRF, CSLL, PIS e COFINS - Compensação Trata-se de pedido administrativo de compensação não homologado relativo aos períodos de 2002 a 2005, realizado com crédito oriundo de saldo negativo de IRPJ do ano de 2002. A origem do crédito é (i) imposto de renda retido nos Estados Unidos (prestação de serviço para a Microsoft) onde a fiscalização alega que a receita de serviços não foi oferecida à tributação, bem como que o limite de utilização não foi observado pela Companhia. Defende-se que a receita foi oferecida à tributação, tendo sido apresentados os comprovantes de retenção; (ii) PIS e COFINS retidos por órgãos públicos, informados equivocadamente na DCOMP como IRPJ. A Companhia defende tratar-se de mero erro formal e que, portanto, deve prevalecer a verdade material. (g) Ativos Contingentes (i) Taxa Cacex Trata-se de crédito pleiteado em ação declaratória cumulada com repetição de indébito, visando a declaração da inconstitucionalidade das Leis 2.145/52 e 7.690/88, que criaram a taxa de licenciamento de importação (taxa cacex) recolhida para emissão de guia de importação correspondente a 1,8% do documento de importação no período de janeiro/ 89 a dezembro/91. Apesar de a decisão favorável ter transitado em julgado em 21/11/2007, aguarda-se a liquidação dos valores pleiteados para homologação da desistência da execução judicial e posterior pedido de compensação administrativa com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil. (ii) Taxa Suframa Trata-se de crédito pleiteado em ação de repetição de indébito relativo à cobrança de Taxa de Serviço Administrativo - TSA, incidente sobre a internação e importação de mercadorias na Zona Franca de Manaus, declarada inconstitucional por decisão transitada em julgado em sede de Mandado de Segurança ajuizado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas - CIEAM. A companhia já obteve decisão favorável em primeira instância e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, atualmente, aguarda o processamento de recursos excepcionais da União. Após o trânsito em julgado, dar-se-á início à execução da decisão para recebimento do crédito por precatório judicial. NOTA 20 - OUTRAS PROVISÕES Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Outros riscos 6.021 6.226 6.226 6.021 6.226 6.226 Outros débitos 3.014 5.770 9.398 3.014 5.323 7.685 9.035 11.996 15.624 9.035 11.549 13.911 NOTA 21 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social O Capital Social autorizado da Itautec S.A. é representado por 60.000.000 de ações Escriturais, sendo 20.000.000 em ações Ordinárias e 40.000.000 em ações Preferenciais. A Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 29/04/2008 aprovou a elevação do Capital Social subscrito, para R$ 250.000, sem emissões de ações mediante capitalização de R$ 53.589, consignados no Balanço de 31/12/2007 nas Reservas de Lucros. O capital subscrito integralizado em 31 de dezembro de 2010, no valor de R$ 250.000, está representado por 11.651.126 ações ordinárias escriturais. O Estatuto Social determina a destinação de 5% do lucro líquido para a constituição da Reserva Legal e 25% para a distribuição do dividendo mínimo obrigatório, e que o saldo remanescente, seja transferido para Reservas Especiais até o limite de 80% do Capital Social; a destinação da parcela que excede a este limite é deliberada em assembleia dos acionistas. As reservas especiais, dentro de reservas de lucros, segundo o Estatuto, têm por objetivo possibilitar a formação de recursos com as seguintes finalidades: i) Exercício do direito preferencial de subscrição em aumento de capital das empresas participadas; ii) Futuras incorporações desses recursos ao capital social; iii) Pagamento de dividendos intermediários. (b) Reservas do Patrimônio Líquido Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Incentivos Fiscais 316 316 316 316 316 316 Opções Outorgadas Reconhecidas 37.155 37.155 37.155 37.155 37.155 37.155 Reservas de Capital 37.471 37.471 37.471 37.471 37.471 37.471 Reserva Legal 21.985 21.985 19.293 21.985 21.985 19.293 Reservas Especiais 202.754 198.293 162.253 202.754 198.293 162.524 Reservas de Lucros 224.739 220.278 181.546 224.739 220.278 181.817 (c) Dividendos Aos acionistas é garantido estatutariamente um dividendo mínimo obrigatório correspondente a 25% do lucro líquido ajustado. Demonstramos a seguir o cálculo de dividendos: Cálculo do Dividendo Lucro líquido do exercício 11.521 (-) Reserva Legal 5% (576) Base de cálculo dos dividendos 10.945 Dividendo mínimo obrigatório 2.736 O Conselho de Administração, em reunião realizada em 05/08/10, aprovou o pagamento até 29/04/11, de Juros sobre Capital Próprio no valor de R$ 5.942 equivalente a 0,51 por ação. Em 05/08/10 foi publicado fato relevante divulgando a deliberação do Conselho de Administração. NOTA 22 - LUCRO POR AÇÃO (a) Básico O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o exercício. 2010 2009 Lucro atribuível aos acionistas da sociedade 11.521 51.552 Quantidade média ponderada de ações ordinárias (milhares) 11.651 11.651 Lucro básico por ação 0,99 4,42 (b) Diluído O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas. A Companhia não tem ações ordinárias potenciais diluídas (por exemplo: dívida conversível e opções de compra de ações), portanto o lucro por ação diluído é o mesmo que o lucro por ação básico.
NOTA 23 - PARTES RELACIONADAS (a) Operações com Empresas Controladas As transações entre partes relacionadas, substancialmente representadas por compras e vendas de produtos, foram realizadas a preços e condições usuais de mercado. Tradicionalmente, há saldos não significativos relacionados a mútuos. Essas operações são realizadas entre a controladora e suas controladas, sendo os saldos eliminados no processo de consolidação. ATIVO PASSIVO RESULTADO 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante Contas a Longo Contas a Longo Contas a Longo Contas a Longo Contas a Longo Contas a Longo Receber Prazo Receber Prazo Receber Prazo Pagar Prazo Pagar Prazo Pagar Prazo Vendas Compras Vendas Compras Vendas Compras Controladora Itautec S.A. 5.177 12.200 26.830 13.249 34.274 3.474 1.052 14.582 12.174 583 20.129 34.912 53.355 91.833 70.670 91.108 Controladas Itautec .com Serviços S/A 625 9.860 16.290 8.220 22.509 540 7.679 32.488 29.689 Tallard Technologies S/A. 514 4.536 5.029 366 2.867 277 4.010 565 4.640 3.727 Itautec América Inc. 1.052 13.695 6.865 51 1.571 410 67 34.896 48 87.055 403 83.697 655 Itautec Portugal S/A 333 560 2.018 4.731 4.803 11 2.628 482 5.254 2.714 6.898 Itautec Espanha 29 213 1.637 5 35 51 87 Tallard Technologies INC. 17 845 224 Tallard Technologies México 1.284 2.052 2.410 3.097 Armazéns Gerais Itautec 583 835 2 Itautec Argentina 910 703 1.457 Itautec Locação e Com. de Equip. S/A 11 2.954 4.130 5.981 235 11.303 57 26.380 Itautec Participações e Comércio S/A. 2 Itautec México 738 2.007 Total Controladas 1.052 14.582 12.174 583 5.177 12.200 26.830 13.249 34.274 3.474 34.912 20.129 91.833 53.355 91.108 70.670 Total eliminado no Consolidado 6.229 12.200 41.412 13.249 46.448 4.057 6.229 12.200 41.412 13.249 46.448 4.057 55.041 55.041 145.188 145.188 161.778 161.778 As operações com partes relacionadas, do Grupo Itaúsa, substancialmente de vendas de equipamentos e prestação de serviços, não eliminadas no processo de consolidação, estão assim representadas: ATIVOS RECEITAS Controladora Consolidado Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 Vendas e Serviços Itaú Unibanco S/A 17.899 8.737 17.899 8.737 554.584 375.581 554.584 384.890 Itaú Seguros 19 124 19 124 747 682 747 682 Banco Itauleasing S/A 5.457 2.621 5.457 2.704 Banco Itaú - BBA 215 478 215 478 5.391 7.871 8.162 Total 18.133 9.339 18.133 9.339 566.179 386.755 560.788 396.438 (b) Remuneração da Administração A remuneração paga ou a pagar aos executivos da administração da Companhia foi de R$ 8.037 como honorários e de R$ 4.288 como participações. NOTA 24 - DESPESAS POR NATUREZA E RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS Controladora Pesquisa e Industrial Vendas Administrativas Desenvolvimento Total 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 Custos de produção (853.952) (712.082) (853.952) (712.082) Despesas com pessoal (194.963) (166.773) (34.554) (24.440) (26.887) (23.410) (35.061) (32.650) (291.465) (247.273) Encargos com INSS e FGTS (58.240) (47.502) (11.161) (7.827) (6.114) (7.175) (10.861) (10.445) (86.376) (72.949) Despesas de transporte (15.936) (19.275) (20.491) (12.349) (71) (36.498) (31.624) Custos de publicidade (22.631) (18.335) (22.631) (18.335) Atividades terceirizadas (40.351) (38.301) (2.321) (3.292) (11.453) (15.785) (1.478) (2.024) (55.603) (59.402) Outras despesas (119.996) (59.938) (14.702) (13.035) (12.187) (6.356) (25.427) (9.422) (172.312) (88.751) (1.283.438) (1.043.871) (105.860) (79.278) (56.712) (52.726) (72.827) (54.541) (1.518.837) (1.230.416) Consolidado
Custos de produção Despesas com pessoal Encargos com INSS e FGTS Despesas de transporte Custos de publicidade Atividades terceirizadas Outras despesas
Industrial 31/12/10 31/12/09 (1.037.756) (1.178.200) (201.210) (173.777) (58.267) (47.698) (16.077) (19.528) (48.419) (40.669) 64.526 405.829 (1.297.203) (1.054.043)
Pesquisa e Vendas Administrativas Desenvolvimento Total 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 - (1.037.756) (1.178.200) (46.655) (47.970) (33.801) (35.424) (35.415) (33.415) (317.081) (290.586) (12.395) (10.476) (6.738) (8.001) (10.862) (10.444) (88.262) (76.619) (21.664) (15.412) (71) (37.812) (34.940) (23.266) (20.041) (23.266) (20.041) (4.078) (6.158) (13.425) (17.666) (1.381) (1.908) (67.303) (66.401) (5.515) 8.891 (9.571) (2.091) (25.475) (9.174) 23.965 403.455 (113.573) (91.166) (63.606) (63.182) (73.133) (54.941) (1.547.515) (1.263.332)
A reconciliação entre a Receita Líquida e a Receita Bruta de Vendas e Serviços, está apresentada como segue: Controladora 31/12/10 31/12/09 Receita Bruta de Vendas e Serviços 1.718.284 1.436.293 Impostos e Contribuições sobre Vendas e Serviços (170.908) (149.230) Receita Líquida de Vendas e Serviços 1.547.376 1.287.063
Consolidado 31/12/10 1.745.660 (174.237) 1.571.423
31/12/09 1.474.031 (150.224) 1.323.807
NOTA 25 - OUTROS GANHOS (PERDAS), LÍQUIDO
Provisões para contingências Honorários da diretoria / encargos Outras Gratificação especial Resultado na alienação/baixa de Imobilizado Resultado na venda de Investimento Plano de Previdência Privada
Controladora 31/12/10 31/12/09 (4.628) (8.852) (15.202) (10.405) (4.814) (5.012) (75) (4.424) (430) 3.529 17.012 4.202 (8.137) (20.962)
Consolidado 31/12/10 31/12/09 (4.824) (8.909) (16.643) (10.554) (5.350) (4.473) (75) (4.424) (378) 4.052 (106) 17.012 4.202 (10.364) (20.106)
NOTA 26 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Reconciliação da Despesa do Imposto de Renda e da Contribuição Social Os valores de imposto de renda e contribuição social referentes aos períodos de 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, demonstrados no resultado, apresentam a seguinte reconciliação em seus valores às alíquotas nominais: Controladora Consolidado 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 Resultado antes do IR e CS 12.416 43.690 12.784 42.885 Lucro antes do IR e CS IR e CS s/ Resultado às alíquotas de 25% e 9% respectivamente (A) (4.221) (14.855) (4.347) (14.581) Exclusões / (Adições) Temporárias (7.924) (5.269) (6.569) (6.072) Provisão para Devedores Duvidosos (212) (920) (295) (938) Exclusões / (Adições) Outras 2.252 (2.322) 359 (197) Provisão para Pesquisa e Desenvolvimento 10.663 (8.766) 10.663 (8.790) Juros sobre o Capital Próprio 2.020 2.020 Resultado de Equivalência Patrimonial (2.578) 6.246 Prejuízo Fiscal Apurado (2.771) Compensação de Prejuízo Fiscal 6.916 6.278 Total dos Ajustes Fiscais (B) 4.221 (4.115) 3.407 (9.719) Total de IR e CS a Pagar (C) = (A + B) (18.970) (940) (24.300) Constituição Tributos Diferidos (D) 3.315 19.455 3.887 25.321 IR e CS no Resultado do Período (C + D) 3.315 485 2.947 1.021 Processo Produtivo Básico - PPB As empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação, que investirem em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação, de acordo com Processo Produtivo Básico - PPB, definido em portaria interministerial, condicionados à apresentação de proposta de projeto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, farão jus aos benefícios fiscais previstos na Lei nº 8.248, de 23/10/1991, a qual foi regulamentada pelo Decreto 792 de 23/10/1991 e, alterada pela Lei 10.176 de 11/01/2001, regulamentada pelo Decreto 3.800 de 20/04/2001, sendo novamente alterada pela Lei 11.077 de 30/12/2004, regulamentada pelo Decreto 5.906 de 26/09/2006. As empresas deverão investir, anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação a serem realizadas no País, um percentual de seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e serviços de informática, deduzidos os tributos correspondentes a tais comercializações, bem como o valor das aquisições de produtos incentivados na forma da Lei, conforme projeto elaborado pelas próprias empresas. Atualmente o percentual a ser investido é de até 4%. continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
26 -.ECONOMIA/LEGAIS
sexta-feira, 11 de março de 2011
continuação
ITAUTEC S.A. Companhia Aberta C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 www.itautec.com.br NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 31 DE DEZEMBRO DE 2009 EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA NOTA 27 - PLANO DE OPÇÕES DE AÇÕES Conforme previsto no Estatuto Social, a Itautec até o ano de 2006 possuía Plano para Outorga de Opções de Ações, com objetivo de integrar seus executivos no processo de desenvolvimento da sociedade a médio e longo prazo, facultando participarem das valorizações que seu trabalho e dedicação trouxeram para as ações da Companhia. Esse plano era administrado por um Comitê e as opções outorgadas eram aprovadas pelo Conselho de Administração, hoje objeto de estudo e revisão pelo próprio Conselho. O preço fixado para Outorga das Opções de Ações tinha como base a cotação média dos preços das ações da Itautec S.A. - Grupo Itautec, nos pregões da Bolsa de Valores, compreendendo o período de no mínimo 1 (um) e no máximo 12 (doze) meses anteriores à data de emissão das opções. A critério do Comitê de Opções, era facultado, ainda, um ajuste no preço médio de até 50% para mais ou para menos. Conforme Deliberação CVM 562 de 17/12/08, o reconhecimento contábil pelo valor justo das opções ocorria a partir do momento da outorga e até o final do período de carência (“vesting period”). Considerando o período de carência e a data da última outorga (08/02/06), não há despesas relacionadas ao Plano de Opção de ações de competência dos exercícios de 2009 e 2010. Dado não haver preço de mercado disponível para as opções outorgadas, a empresa utilizou o modelo binomial para estimativa dos preços das opções nas datas de outorga e chegou aos valores indicados na tabela abaixo: PREMISSAS Data da outorga 09/02/00 06/03/01 06/03/01 08/05/02 12/02/03 05/05/04 08/02/06 Total Quantidade de ações (a) (b) 93.332 58.423 58.423 110.335 159.826 127.831 191.666 799.836 Carência 30/06/01 30/06/02 30/06/03 30/06/03 30/06/04 30/06/05 30/06/07 Vencimento 31/12/10 31/12/11 31/12/11 31/12/12 31/12/13 31/12/14 31/12/16 Valor opção (b) (R$/ação) 64,80 72,15 78,15 31,05 21,45 23,55 36,45 Valor prêmio ( R$/ação) 66,87 78,04 77,83 45,3 34,94 38,52 32,88 Valor Total ( R$ mil) 6.241 4.559 4.546 4.998 5.585 4.924 6.302 37.155 Premissas 09/02/00 06/03/01 06/03/01 08/05/02 12/02/03 05/05/04 08/02/06 Volatilidade do Preço das Ações 104% 115% 115% 116% 81% 64% 65% Dividend Yield 0,9% 1,4% 1,4% 1,8% 2,9% 1,5% 2,7% Taxa de retorno livre de risco 26,5% 20,6% 20,6% 32,6% 48,2% 24,9% 13,7% (a) descontados os cancelamentos; (b) considera grupamento, na proporção de 15 ações para cada 1, realizado em outubro/2006 De todas as outorgas acima, nenhuma foi exercida até o momento. O valor justo em 2008 das opções outorgadas, resultante do quadro acima, foi de R$ 37.155 e foi contabilizado como reserva na conta de patrimônio líquido (Nota 21b), a partir de apropriação da conta de lucros acumulados, nos termos do CPC 10. Após o reconhecimento do valor das opções outorgadas, a companhia não deve fazer nenhum ajuste subsequente no patrimônio líquido, o que não elimina a necessidade do reconhecimento, pela companhia, da transferência de um componente para outro dentro do patrimônio líquido, se as opções não forem exercidas (expirarem). Neste exercício de 2010 não houve ajuste realizado no patrimônio líquido por conta da falta de exercício das opções que expiraram em 31/12/2010. NOTA 28 - PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA A Companhia e suas controladas fazem parte do grupo de patrocinadoras da Fundação Itaúsa Industrial, entidade sem fins lucrativos, que tem como finalidade administrar planos privados de concessão de benefícios de pecúlios ou de renda complementares ou assemelhados aos da Previdência Social. A Fundação administra um Plano de Contribuição Definida (Plano CD) e um Plano de Benefício Definido (Plano BD). (a) Plano de contribuição definida - Plano CD Este plano é oferecido a todos os funcionários e contava em 31 de dezembro 2010 com 4.133 participantes (3.966 em 31 de dezembro de 2009 e 3.751 em 01 de janeiro de 2009). No Plano CD - PAI (Plano de Aposentadoria Individual) não há risco atuarial e o risco dos investimentos é dos participantes. O regulamento vigente prevê a contribuição das patrocinadoras com percentual entre 50% e 100% do montante aportado pelos colaboradores. Fundo programa previdencial As contribuições das patrocinadoras que permaneceram no plano em decorrência dos participantes terem optado pelo resgate ou pela aposentadoria antecipada, formaram o fundo programa previdencial, que de acordo com regulamento do plano, vem sendo utilizado para compensação das contribuições das patrocinadoras. O valor presente das contribuições normais futuras, calculado pelo método de crédito unitário projetado, foi reconhecido nas demonstrações financeiras de 01.01.2009, na rubrica Créditos com Plano de Previdência no montante de R$ 43.900, que líquido dos efeitos tributários totaliza R$ 28.974. Este valor foi recalculado para os exercícios de 2009 e 2010 tendo um acréscimo de R$ 4.202 e R$ 17.012, respectivamente, e foram reconhecidos no resultado na rubrica Outros resultados operacionais líquidos (nota 2.16). (b) Plano de Benefício Definido - Plano BD É um Plano que tem como finalidade básica a concessão de benefícios que, sob a forma de renda mensal vitalícia, se destina a complementar, nos termos de seu regulamento, os proventos pagos pela Previdência Social. Este plano encontra-se em extinção, assim considerado por vedar o acesso de novos participantes. O plano abrange os seguintes benefícios: a complementação de aposentadoria, por tempo de contribuição, especial, por idade, invalidez, renda mensal vitalícia, prêmio por aposentadoria, pecúlio por morte. Conforme requerido pela Deliberação CVM nº 600 de 07 de outubro de 2009, a Towers Watson, atuário independente, calculou para a Fundação Itaúsa Industrial, os valores a serem reconhecidos nas demonstrações financeiras. (i) Conciliação dos ativos / (passivos) a serem reconhecidos no balanço: 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Valor presente das obrigações atuariais (49.981) (46.944) (44.834) Valor justo dos ativos 96.215 90.091 74.873 Valor líquido dos (ganhos) / perdas não reconhecidos no balanço Valor do custo do serviço passado ainda não reconhecido no balanço (Passivo) / Ativo calculado com base no item 54 do CPC 33 46.234 43.147 30.039 Restrição do Ativo devido ao limite ( Item 58 do CPC 33) (46.234) (43.147) (30.039) (Passivo) / Ativo a ser reconhecido no balanço patrimonial Em função de que a utilização e/ou realização do superávit depende da ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente dentro do seu controle, a Companhia não reconheceu o ativo. (ii) Premissas atuariais Plano de Aposentadoria 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Taxa de desconto 9,20% 9,20% 9,20% Taxa de retorno esperado dos ativos 10,56% 11,62% 11,02% Crescimento Salariais futuros 7,12% 7,12% 7,12% Crescimento dos benefícios 4,00% 4,00% 4,00% Inflação 4,00% 4,00% 4,00% Fator de Capacidade - Salários 100% 100% 100% - Benefícios 100% 100% 100% Hipóteses Demográficas 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Tábua de Mortalidade AT-2000 AT-2000 AT-2000 Tábua de Mortalidade de Inválidos RRB-1983 RRB-1983 RRB-1983 Tábua de Entrada em Invalidez RRB-1944 modificada RRB-1944 modificada RRB-1944 modificada Tábua de Rotatividade Nula Nula Nula Idade de Aposentadoria Primeira idade com Primeira idade com Primeira idade com direito a um dos benefícios direito a um dos benefícios direito a um dos benefícios % de participantes ativos casados na data da aposentadoria 95% 95% 95% Diferença de idade entre participante e cônjuge Esposas são 4 anos Esposas são 4 anos Esposas são 4 anos mais jovens que maridos mais jovens que maridos mais jovens que maridos NOTA 29 - OUTRAS GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de dezembro de 2010, a Itautec S.A. presta aval em contratos de locação para as subsidiárias Itautec América, Itautec Argentina e Itautec Espanha, sendo que na Itautec Espanha é leasing bancário. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2010 a Companhia não possui nenhuma espécie de garantia a terceiros. NOTA 30 - SEGUROS A Itautec, com apoio de consultores de seguros, busca estabelecer coberturas compatíveis com seu porte e suas operações. Em 31 de dezembro de 2010, as coberturas, consoante apólices de seguros, totalizam o montante de R$ 405.706 para estoques e imobilizado.
NOTA 31 - INFORMAÇÕES POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS A administração definiu os segmentos operacionais do Grupo Itautec, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pela Diretoria Executiva. A Diretoria realiza sua análise da operação baseada em três segmentos de negócios relevantes: (I) Soluções de Automações, (II) Soluções de Computação e (III) Serviços Tecnológicos. O segmento de Soluções de Automações abrange a comercialização de produtos de Automação Bancária, Automação Comercial e Softwares no Brasil e as operações das subsidiárias localizadas na Argentina, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal. O segmento de Soluções de Computação produz e comercializa microcomputadores (Desktops, Notebooks, Netbooks e Servidores). O segmento de Serviços Tecnológicos oferece soluções em outsourcing, assistência técnica, infraestrutura e instalações. Atualmente não há alocação por segmentos para o total de despesas operacionais, resultado financeiro e imposto de renda e contribuição social, sendo então apresentadas na coluna Holding. Os segmentos apresentados nas demonstrações financeiras são unidades de negócio estratégicas que oferecem produtos e serviços distintos. As informações por segmento de negócio, revisadas pela Diretoria executiva, correspondentes ao ano de 2010 são as seguintes: Soluções de Soluções de Serviços Automações Computação Tecnológicos Holding Consolidado Receita Líquida de Vendas e Serviços 473.179 713.231 385.013 1.571.423 Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados (1.297.203) (1.297.203) Lucro Bruto (1.297.203) 274.220 Despesas com Vendas (113.573) (113.573) Despesas Gerais e Administrativas (63.606) (63.606) Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (73.133) (73.133) Outros Ganhos (Perdas), Líquido (9.976) (10.364) Lucro Operacional (1.157.491) 13.544 Resultado Financeiro (872) (872) Participação nos Lucros (Prejuízos) de Coligadas 112 112 Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social (1.158.251) 12.784 Imposto de Renda e Contribuição Social 2.947 2.947 Lucro decorrente da venda das operações descontinuadas 388 Lucro / (Prejuízo) do exercício das operações descontinuadas (4.598) (4.598) Lucro / (Prejuízo) Líquido do Exercício (1.159.902) 11.521 A Margem de Contribuição Operacional é igual ao lucro bruto, deduzido das despesas dedicadas de desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços. Os critérios de mensuração utilizados para a divulgação das informações por segmento estão alinhados com os utilizados na elaboração das demonstrações financeiras da entidade. NOTA 32 - OPERAÇÕES DESCONTINUADAS Os ativos e passivos referentes às empresas Tallard, cujo processo de alienação foi concluído em julho/2010, geraram o seguinte efeito no fluxo de caixa e demonstração de resultado consolidado: (a) Demonstração de resultado 2010 2009 Receita líquida de vendas e serviços 223.862 547.887 Lucro bruto 27.106 72.521 Despesas operacionais (30.543) (62.349) Resultado financeiro (730) (2.064) Lucro antes do IR e da CS (4.167) 8.108 Imposto de renda e contribuição social (431) (732) (Prejuízo) / Lucro do exercício de operações descontinuadas (4.598) 7.376 (b) Fluxo de Caixa Fluxos de Caixa operacionais (20.843) Fluxos de Caixa de investimentos (1.214) Fluxos de Caixa financeiros 19.215 Fluxo de Caixa total (2.842) NOTA 33 - CONCILIAÇÃO DO LUCRO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS (a) Lucro Líquido CONTROLADORA 2010 2009 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º trim Total 1º Trim. 2º Trim 3º Trim 4º trim Total Lucro Líquido antes dos ajustes de IFRS 5.754 15.205 4.716 (22.340) 3.335 5.430 8.660 18.707 21.041 53.838 Superávit plano de pensão 2.807 2.807 2.807 2.807 11.228 694 694 693 693 2.774 Obrigações e receitas diferidas com garantia (123) (333) 104 (464) (816) (1.027) (233) (600) (3.201) (5.061) Lucro Líquido após ajustes de IFRS 8.438 17.679 7.627 (19.997) 13.747 5.097 9.121 18.800 18.533 51.551 CONSOLIDADO 1º Trim Lucro Líquido antes dos ajustes de IFRS 5.754 Superávit plano de pensão 2.807 Obrigações e receitas diferidas com garantia (123) Lucro Líquido após ajustes de IFRS 8.438 (b) Patrimônio Líquido
2º Trim 15.205 2.807 (333) 17.679
2010 3º Trim 4.716 2.807 104 7.627
4º trim (22.340) 2.807 (464) (19.997)
Total 3.335 11.228 (816) 13.747
1º Trim. 5.473 694 (1.027) 5.140
2º Trim 8.639 694 (233) 9.100
2009 3º Trim 18.578 693 (600) 18.671
4º trim 20.879 693 (3.201) 18.371
Total 53.569 2.774 (5.061) 51.282
CONTROLADORA 1º Trim
2010 2º Trim 3º Trim
4º trim
1º Trim
2010 2º Trim 3º Trim
4º trim
1º Trim
2009 2º Trim 3º Trim
4º trim Patrimônio Líquido reportado segundo o padrão contábio anterior 481.558 490.093 497.138 479.099 456.859 463.411 484.534 496.082 Ajustes exercícios anteirores: a) Provisão estoques assistência técnica - (24.887) (24.887) (24.887) (24.887) b) Outras provisões (6.226) (6.226) (6.226) (6.226) c) Efeito do imposto de renda - 10.578 10.578 10.578 10.578 Patrimônio Líquido ajustado segundo o padrão contábil anterior 481.558 490.093 497.138 479.099 436.324 442.876 463.999 475.547 a) Reversão/(Pagamento) de JCP a pagar acima do mínimo (33) 29 b) Registro de superávit plano de pensão 34.555 37.362 40.169 42.976 29.668 30.361 31.055 31.748 c) Obrigações e receitas diferidas com garantia (123) (456) (352) (816) (1.027) (1.260) (1.860) (5.061) Patrimônio Líquido após os ajustes de IFRS 515.990 526.999 536.955 521.259 464.965 471.944 493.194 502.263 CONSOLIDADO 1º Trim
2009 2º Trim 3º Trim
4º trim Patrimônio Líquido reportado segundo o padrão contábio anterior 481.558 490.093 497.138 479.099 457.171 463.701 484.696 496.082 Ajustes exercícios anteirores: a) Provisão estoques assistência técnica - (24.887) (24.887) (24.887) (24.887) b) Outras provisões (6.226) (6.226) (6.226) (6.226) c) Efeito do imposto de renda - 10.578 10.578 10.578 10.578 Patrimônio Líquido ajustado segundo o padrão contábil anterior 481.558 490.093 497.138 479.099 436.636 443.166 464.161 475.547 a) Reversão/( Pagamento) de JCP a pagar acima do mínimo (33) 29 b) Participações de não controladores 209 205 10 10 242 197 180 199 c) Registro de superávit plano de pensão 34.555 37.362 40.169 42.976 29.668 30.361 31.055 31.748 d) Obrigações e receitas diferidas com garantia (5.183) (5.516) (5.412) (5.876) (1.027) (1.260) (1.860) (5.061) Patrimônio Líquido após os ajustes de IFRS 511.139 522.144 531.905 516.209 465.519 472.431 493.536 502.462 As informações desta nota explicativa, relacionada às Informações trimestrais - ITRs foram sujeitas aos procedimentos de revisão especial aplicados pelos auditores independentes da Companhia, de acordo com os requerimentos da CVM para Informações Trimestrais (NPA 06 do IBRACON), incluindo os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis, não tendo sido, portanto, sujeitas aos procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras anuais.
ADMINISTRAÇÃO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA
Presidente: Ricardo Egydio Setubal Vice-Presidente: Alfredo Egydio Arruda Villela Filho
Presidente: Mário Anseloni* *Diretor de Relações com Investidores VICE-PRESIDENTES
CONSELHEIROS Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca Chu Tung Luiz Antonio de Moraes Carvalho
Mário Anseloni Paulo Setubal
Renato Roberto Cuoco Rodolfo Villela Marino
Cláudio Vita Filho Denise Duarte Damiani João Batista Ribeiro
José Roberto Ferraz de Campos Ricardo Horácio Bloj
De acordo com o estabelecido em seu Regimento Interno, o Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos da Itautec S. A. (Comitê de Auditoria) é responsável por supervisionar os processos de controles internos e de gerenciamento de riscos da Companhia e de suas controladas, supervisionar os trabalhos desenvolvidos pelas auditorias Interna e externa e por avaliar a qualidade e a integridade das demonstrações contábeis. RESPONSABILIDADES A Administração da Itautec S.A. é responsável pela elaboração, apresentação e integridade das demonstrações contábeis, assim como pela implementação e manutenção de sistema de controles internos e de gerenciamento de riscos adequados ao volume e complexidade das operações da Companhia, observando estritamente a legislação societária, as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A Auditoria Interna tem como atribuições aferir a qualidade dos sistemas de controles internos e de gerenciamento de riscos da Itautec S.A. e o cumprimento das políticas e dos procedimentos definidos pela Administração, inclusive aqueles adotados na elaboração dos relatórios financeiros. A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes é responsável por examinar as demonstrações
RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA E DE GESTÃO DE RISCOS contábeis com vistas a emitir opinião sobre a aderência das mesmas aos padrões e princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira. O Comitê de Auditoria baseia seu julgamento e forma suas opiniões considerando as informações recebidas da Administração, o resultado dos trabalhos realizados pela Auditoria Interna e as informações que lhe são trazidas pela Auditoria Externa. ATIVIDADES DO COMITÊ DE AUDITORIA A criação do Comitê de Auditoria foi aprovada em reunião do Conselho de Administração de 1º de setembro de 2010. O Comitê iniciou suas atividades em setembro de 2010 e dedicou-se, no período, a: - preparar e submeter à aprovação do Conselho de Administração o Regimento Interno do Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos; - preparar a reestruturação da área de auditoria interna, inclusive aprovando o plano de trabalho para o ano de 2011; - discutir programa de trabalho da auditoria externa, examinar as informações trimestrais de 30.09.2010 e as demonstrações contábeis de 31.12.2010; e - conhecer as estruturas de controles internos e de gerenciamento de riscos existentes na Companhia.
Aos Administradores e Acionistas Itautec S.A. Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Itautec S.A. (“Companhia” ou “Controladora”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Itautec S.A. e suas controladas (“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras.
Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itautec S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itautec S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Conforme descrito na Nota 2.1(b), as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Itautec S.A., essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.
CONTADOR Ewaldo Michalani Isaias CRC 1SP - 141159 Silvio Roberto Direito Passos Wilton Ruas da Silva
CONCLUSÃO O Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos, com base nas informações recebidas e nas atividades desenvolvidas no período, ponderadas devidamente suas responsabilidades e as limitações decorrentes do escopo de sua atuação, entende que as demonstrações contábeis individuais e consolidadas em 31.12.2010 foram elaboradas em conformidade, respectivamente, com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e recomenda sua aprovação pelo Conselho de Administração. São Paulo, 2 de março de 2011. Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos TEREZA CRISTINA GROSSI TOGNI - Coordenadora CARLOS EDUARDO CORRÊA DA FONSECA RICARDO EGYDIO SETUBAL RODOLFO VILLELA MARINO
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, apresentados para fins de comparação, foram por nós auditados de acordo com as normas de auditoria vigentes por ocasião da emissão do relatório em 22 de fevereiro de 2010, que não conteve nenhuma modificação. As normas de auditoria anteriormente vigentes permitiam divisão de responsabilidade com outros auditores independentes, portanto, no que se refere aos valores gerados pelos investimentos detidos na Itautec América Inc. e Tallard Technologies Inc., esta última alienada em 2010 (Nota32), nosso relatório emitido está fundamentado exclusivamente nos relatórios desses outros auditores. No balanço em 31 de dezembro de 2009 esses investimentos representam investimentos de R$ 41.118 mil na controladora (ativos de R$ 144.971 mil no balanço consolidado) e a participação nos lucros por eles produzidos no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 monta a R$ 4.514 mil. São Paulo, 2 de março de 2011
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Valdir Renato Coscodai Contador CRC 1SP165875/O-6
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 11 de março de 2011
e
ECONOMIA/LEGAIS - 27 Trabalhadores das Filipinas receberam 6.531 autorizações do Brasil em 2010.
conomia
Regras para doar ao Fundo do Idoso O benefício fiscal vale para doações realizadas a partir deste ano, sendo que, no caso, a dedução é efetuada na declaração do Imposto de Renda (IR) de 2012. Renato Carbonari Ibelli
A
Receita Federal do Brasil (RFB) esclareceu as regras que permitirão ao contribuinte deduzir do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) as doações feitas aos Fundos do Idoso. O benefício fiscal vale para doações realizadas a partir desse ano, sendo que, no caso, a dedução é efetuada na declaração de 2012. O benefício estava previsto pela lei 12.213/2010, que criou o Fundo Nacional do Idoso. Mas os procedimentos adotados pelo contribuinte para obtenção das deduções só foram definidos após a publicação da Instrução Normativa (IN) 1.131, de fevereiro de 2011. A dedução está limitada a 6% do imposto sobre a renda apurado na Declaração de Ajuste Anual. O percentual não é individualizado, englobando a soma de todas as deduções previstas pela Instrução Normativa. Por exemplo: a soma das deduções referentes a aportes realizados junto ao Fundo do Idoso e ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente é limitada a 6% do imposto apurado. Além das doações para os Fundos do Idoso – que passou a ser uma opção – já havia a possibilidade de deduzir aportes feitos aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, nos investimentos e patrocínios em obras audiovisuais, nas doações e patrocínios de projetos culturais, nas doações e patrocínios em projetos desportivos e paradesportivos e na contribuição patronal paga à Previdência Social que incide sobre a remuneração que é recebida pelos empregados domésticos. Pela IN, as importâncias deduzidas para o fim de doação sujeitam-se à comprovação por documentos emitidos pelos conselhos gestores dos respectivos fundos. Os conselhos deverão emitir ao contribuinte comprovantes que trazem, entre outras informações, a inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ) do fundo e o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do contribuinte. Além
disso, as doações efetuadas em moeda devem ser depositadas em conta específica, aberta em instituição financeira pública, vinculada aos fundos. Objetivos – O Fundo do Idoso é destinado a financiar programas e ações que assegurem os direitos desse público, além de criar condições para promover a autonomia, integração e participação efetiva desse filão na sociedade. O Fundo terá como receita os recursos que foram destinados ao Fundo Nacional de Assistência Social para aplicação em programas e ações relativos ao idoso, além de contribuições, recursos destinados ao orçamento da União, contribuições e resultados de aplicações dos governos e organismos estrangeiros, e fruto de aplicações no mercado financeiro.
Pierre Amerlynck/SXC
Receita recebeu 1 milhão de declarações
M
Mais trabalho para estrangeiros
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Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu, no ano passado, 13.092 autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil a mais que em 2009, quando foram concedidas 56.006 permissões. Pelo balanço divulgado ontem pela Coordenação Geral de Imigração (CGig), cresceu em 32% as autorizações temporárias, com estada no País de até dois anos, e de 4,5% nas permanentes. As de caráter temporário foram a maioria: 53.441. "O aumento do número das autorizações, desde 2006, está relacionado aos crescentes investimentos no Brasil, especialmente nos setores industrial, óleo, gás e energia", disse o coordenador-geral de Imigração do MTE, Paulo Sérgio de Almeida. "Isso está caracterizado pela aquisição de equipamentos no exterior e implantação no País de novas empresas de capital estrangeiro. No setor industrial, por exemplo, o aumento representa a expansão do nosso
SATYAM SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA., inscrita no CNPJ sob o nº 09.302.110/0001-82 e NIRE nº 35.222.018.801, estabelecida à Rua Quintana, nº 887 - 8º Andar - cj. 81 na cidade de São Paulo - SP, declara, para os devidos fins, que, na data de 11/02/2011, foi extraviado o documento arquivado na JUCESP sob nº 292.389/09-7 de 19/08/2009 no qual se trata da nomeação da Sra. Carla Martins na administração da empresa supra.
Posto de Serviços Fernão Dias Ltda, torna público que requereu na Cetesb a Licença Prévia e de Instalação, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, Rodovia Fernão Dias , Km 86 - Cep: 02284-000 - Tucuruvi - São Paulo - SP. AUTO POSTO LUTAIF LTDA., torna público que recebeu da Cetesb a Renovação da Licença de Operação, 29004991 valida até 04/03/2016, para atividade de comercio de produtos derivados de petróleo,Av.Luiz Dumont Villares -1159 - Santana -São Paulo - SP. CENTRO AUTOMOTIVO LUIZ XII LTDA., torna público que requereu da Cetesb a Renovação da Licença de Operação, para atividade de comercio de produtos derivados de petróleo Avenida Salgado Filho -1595 - Guarulhos -São Paulo - SP. ASSOCIAÇÃO PAULISTANA DOS CONDUTORES DE TRANSPORTE COMPLEMENTAR DA ZONA LESTE
parque industrial, bem como no longo do tempo de sua pera modernização e a implanta- manência." Perfil – Entre os estrangeição de indústrias. A aquisição de equipamentos e tecnolo- ros autorizados a trabalhar gia no exterior demanda a temporariamente, 15.206 se vinda de profissionais espe- relacionavam ao trabalho a cializados na supervisão de bordo de embarcação ou plamontagem e da execução de taforma estrangeira. Dessas etapas mais sensíveis no pro- licenças, 12.838 foram para cesso de implantação desses marítimo estrangeiro empreequipamentos e para transfe- gado a bordo de embarcação de turismo esrência de tectrangeiro que nologia." opere no País. Segundo AlAlém disso, meida, o setor 8.470 licenças de óleo e gás foi O aumento do foram concedio principal denúmero dessas das a estrangeim a n d a n te d e autorizações, ro na condição autor izações, desde 2006, está de ar tistas ou com a vinda do relacionado aos d e s p o r t i s t a s, exterior de sem vinculo e q u i p am e nto s crescentes e mp re gatí ci o; sofisticados coinvestimentos 8.028 para asmo os navios do no Brasil. sistência técnitipo sonda, placa por prazo de taformas de PAULO DE ALMEIDA, MTE 90 dias, sem perfuração, navios para aquisição de dados vínculo empregatício; 4.232 geofísicos, entre outros. "Ao in- para assistência técnica, coogressarem no País, esses na- peração técnica e transferênvios e plataformas estrangei- cia de tecnologia, sem víncuros, com tripulação estrangei- lo empregatício; e 3.521 para ra, incorporam profissionais especialistas com vínculo brasileiros às suas tripulações empregatício. FUNDAÇÃO SABESP DE SEGURIDADE SOCIAL AVISO DE LICITAÇÃO
Aquisição de Storage EMC CX4-120, incluindo serviços de instalação e, na modalidade CONCORRÊNCIA nº 005/11, tipo menor preço global. As propostas deverão ser entregues até o dia 08/04/11. Edital completo através do site: www.sabesprev.com.br/compras PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUAS DE SÃO PEDRO Tomada de Preços 05/2011 A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à Praça Prefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços 05/2011, que objetiva a contratação de empresa especializada na montagem, distribuição, logística e fornecimento mensal de aproximadamente 150 (cento e cinquenta) cestas básicas para o funcionalismo público municipal, compostas de produtos de primeira qualidade, nos moldes do que autoriza a Lei Municipal 1.331/2006, de 21 de março de 2006. O edital poderá ser retirado diretamente no endereço supracitado, das 12:00 às 17:00 horas, de segunda a sexta-feira. Será exigido cadastramento prévio. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às 13:30 horas do dia 31/ 03/2011, sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia, às 14:00 horas. Águas de São Pedro/ SP, 10/03/2011. Paulo César Borges – Prefeito Municipal.
Richard Saigh Indústria e Comércio S.A.
Requerente: Claripel Indústria de Papéis e Embalagens Ltda. - Requerida: NGI Comércio Atacadista de Embalagens Ltda. - Rua Alvarenga Peixoto nº 56 - Vila Anastácio - 2ª Vara de Falências Requerente: Pesado Líder Transportes Ltda. - Requerida: Sustentare Engenharia Ambiental S/A - Rua Antonio Ribeiro Pina nº 225 - Jardim Lídia - 1ª Vara de Falências
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Biscoito Doce com recheio sabor Chocolate. Edital de Pregão Eletrônico n° 04/2010. Processo n° 2068/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00007. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 11/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 25/03/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Geléia comum de Morango Edital de Pregão Eletrônico n° 05/2010. Processo n° 2061/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00008. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 11/03/ 2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 25/03/2011 – 10:00 Horas.
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Biscoito Doce sabor Leite Edital de Pregão Eletrônico n° 08/2011. Processo n° 2062/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00011. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 14/03/ 2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 28/03/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Mistura para o Preparo de Risoto de Frango. Edital de Pregão Eletrônico n° 09/2011. Processo n° 2017/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00012. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 15/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 29/03/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Bolo de Baunilha com Recheio Chocolate - Embalagem Individual. Edital de Pregão Eletrônico n° 10/2010. Processo n° 2069/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00013. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 15/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 29/03/2011 – 10:00 Horas.
Avnet Technology Solutions Brasil S.A.
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de março de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Mistura para o preparo de Arroz com Legumes. Pregão Eletrônico - Registro de Preços n° 02/2011. Processo n° 2019/5900/ 2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00005. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 10/03/2010. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 24/03/2011 - 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Néctar de Abacaxi Pregão Eletrônico para Registro de Preços n° 03/2010. Processo n° 2194/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00006. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 10/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 24/03/2011 – 10:00 Horas.
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Bolo de Baunilha com Recheio Doce de Leite –Embalagem Individual. Edital de Pregão Eletrônico n° 07/2011. Processo n° 2063/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00010. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 14/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 28/03/2011 – 10:00 Horas.
Companhia Fechada - CNPJ/MF nº 61.206.397/0001-67 - NIRE 35.300.042.174 Aviso aos Acionistas Em cumprimento ao disposto no artigo 133 da Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, a Administração da Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. (“Companhia”) comunica que os documentos a que se referem os incisos I a IV do referido artigo, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, se encontram à disposição dos Senhores Acionistas na sede da Companhia, na cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, na Rua Heloísa Pamplona, 842. São Caetano do Sul, 11 de março de 2011. Edgard Nassif Saigh - Diretor Vice-Presidente.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Arroz Parboilizado Tipo 1 - Longo Fino. Edital de Pregão Eletrônico n° 06/2010. Processo n° 1589/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00009. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 11/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 25/03/2011 – 10:00 Horas.
CNPJ 04.753.520/0001-26 Edital de convocação de Assembleia de Prestação de Contas Pelo presente edital, convoco todos os associados, para a Assembleia de Prestação de Contas do Exercício 2010, a realizar-se no dia 31 de Março de 2011, na Rua Dona Matilde, nº 829 – Vila Matilde SP, tendo a 1º convocação às 14:00 horas e a 2º convocação às 15:00 horas. São Paulo, 09 de Março de 2011. Wilson Roberto Ribeiro - Presidente
CNPJ 06.135.938/0001-03 - NIRE 35.300.314.131 Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária São convidados os acionistas da Avnet Technology Solutions Brasil S.A. (“Companhia”) a se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que ocorrerá em 21 de março de 2011, às 10:00 horas, na sede social, na Av. Paulista, 2.006, 2º andar, conjunto 201, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de deliberar sobre um aumento de capital da Companhia no valor de até R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), mediante a emissão de novas ações ordinárias nominativas pela Companhia, por um preço de emissão equivalente ao valor patrimonial de cada ação da Companhia, a ser determinado na data da realização da referida Assembleia Geral. Será assegurado aos acionistas da Companhia, proporcionalmente à participação que detiverem no capital da Companhia, o direito de preferência para a subscrição de novas ações ordinárias, nos termos e condições mencionados acima, em atenção ao disposto no Artigo 171 da Lei 6.404/76, conforme alterada. São Paulo, 11 de março de 2011. Diretoria: Alexandre dos Santos Barbosa - Diretor Presidente.
Quanto às autorizações permanentes, a maioria foi concedida para administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão e concomitância, num total de 1.218. Investidores pessoa física somaram 848 autorizações em 2010. Na divisão por estados, a maior concentração de autorizações concedidas foi em São Paulo, passando de 18.285 em 2009 para 25.550 em 2010. O Rio de Janeiro é o segundo da lista, passando de 18.956 para 22.371 solicitações de visto de trabalho. Minas Gerais manteve-se na terceira colocação, com 2.644 e Amazonas teve 1.164. Filipinos – Por pais de origem, os norte-americanos foram os que mais solicitaram autorizações: 7.550 em 2010, contra 5.590 no ano anterior. As Filipinas estão na sequência, com 6.531 em 2010, seguidas de Reino Unido (3.809) e Índia ( 3.237). Dentre os países do Mercosul, os argentinos são os que mais pediram autorizações de trabalho no Brasil. (Agências)
ais de 1 milhão de contribuintes brasileiros já acertaram as suas contas com o Leão. De acordo com balanço divulgado ontem no fim da tarde pela Receita Federal do Brasil (RFB), foram entregues até as 17 horas um total de 1.080.400 declarações do Imposto de Renda 2011 (ano-base 2010). O total esperado de documentos até o fim do prazo – que começou no dia 1º de março e termina em 29 de abril – é de 24 milhões. As declarações podem ser enviadas ao Fisco pela internet (www.receita.fazenda. gov.br), por disquetes ou pen drives entregues nas agências do Banco do Brasil (BB) ou da Caixa Econômica Federal (CEF). A Receita Federal não aceita mais os formulários de papel. A obrigatoriedade da entrega da declaração se aplica às pessoas físicas que, ao longo de 2010, receberam rendimentos tributáveis que se situem em um patamar superior ao valor de R$ 22.487,25. Os contribuintes que não entregarem a declaração à Receita Federal dentro do prazo estipulado arcarão com o pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido. (AOG)
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Massa de Sêmola com Vegetais - Tipo Parafuso. Edital de Pregão Eletrônico n° 11/2011. Processo n° 2016/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00015. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 16/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 30/03/2011 – 10:00 Horas.
I taut ec S.A. - Grupo IItaut taut ec tautec tautec CNPJ 54.526.082/0001-31
Companhia Aberta
NIRE 35300109180
FATO RELE VANTE RELEV ATA SUM ÁRIA D A REUNIÃ OD OC ONSELHO DE ADMINISTR AÇ ÃO SUMÁRIA DA REUNIÃO DO CONSELHO ADMINISTRA REALIZAD A EM 2 DE M ARÇ O DE 2011 REALIZADA MARÇ ARÇO DATA, HOR A E LLOC OC AL: Em 2 de março de 2011, às 14:30 horas, na Av. Paulista, 1938, 5º andar, Sala HORA OCAL: DIR-1, em São Paulo (SP). PRESIDENTE: Ricardo Egydio Setubal. QUORUM: A totalidade dos DELIBER AÇÕES TOM AD AS POR UNANIMID ADE: O Conselho de Administração, membros eleitos. DELIBERA OMAD ADAS UNANIMIDADE: após análise da documentação apresentada e prestados os devidos esclarecimentos, deliberou, por unanimidade: 1. aprovar, sem qualquer ressalva, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras correspondentes ao exercício social encerrado em 31.12.2010 - que foram objeto de (i) manifestações sem ressalvas emitidas pelo Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes; e de (ii) manifestação da Diretoria, que concordou com as opiniões expressas no parecer dos Auditores Independentes e com as Demonstrações Financeiras, ficando autorizada a divulgação mediante remessa à Comissão de Valores Mobiliários, BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros e publicação na os sobr e o capital pr ópr io declarados por este Conselho imprensa; 2. pagar, em 29.04.2011 29.04.2011, os jur juros sobre própr óprio em reunião de 5.8.2010, no valor de R$ 0,51 por ação ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,4335 por ação ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos, tendo como base de cálculo a posição acionária de 6.8.2010, conforme anteriormente divulgado; 3. por último, aprovar, para fins de cálculo de geração futura de lucro tributável pelo imposto de renda e contribuição social, a AMENT O : Nada mais havendo a tratar e projeção de resultados para os próximos 5 anos. ENCERR ENCERRA MENTO ninguém desejando manifestar-se, encerraram-se os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi por todos assinada. São Paulo (SP), 2 de março de 2011. (aa) Ricardo Egydio Setubal Presidente; Alfredo Egydio Arruda Villela Filho - Vice-Presidente; Carlos Eduardo de Cápua Correa da Fonseca, Chu Tung, Luiz Antonio de Moraes Carvalho, Mário Anseloni Neto, Olavo Egydio Setubal Júnior, Renato Roberto Cuoco e Rodolfo Villela Marino - Conselheiros. Mário Anseloni Neto - Diretor Presidente e Diretor de Relações com Investidores.
Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Massa de Sêmola com Ovos - Tipo Tortilhone. Edital de Pregão Eletrônico n° 12/2010. Processo n° 1588/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00016. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 16/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 30/03/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Hamburguer de Carne Bovina em Conserva. Edital de Pregão Eletrônico n° 13/2011. Processo n° 1594/5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00017. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 17/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 31/03/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Bolo de Chocolate com Recheio de Chocolate - Embalagem Individual. Edital de Pregão Eletrônico n° 23/2011. Processo n° 2070/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00027. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 24/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 07/04/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Bolo de Baunilha com Recheio Morango - Embalagem Individual. Edital de Pregão Eletrônico n° 24/2011. Processo n° 2064/ 5900/2011. Oferta de compra n° 080105000012011OC00028. Data do Início do Prazo para envio da Proposta Eletrônica: 24/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 07/04/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Biscoito Salgado Tipo Cream-cracker. Edital de Pregão Eletrônico n° 25/2011. Processo n° 2067/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00029. Endereço Eletrônico: www.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 25/03/2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 08/04/2011 – 10:00 Horas. Pregão Eletrônico para Registro de Preços Objetivando a Aquisição de Néctar de Maçã. Edital de Pregão Eletrônico n° 26/2011. Processo n° 1593/5900/2011. Oferta de Compra n° 080105000012011OC00030. Data do Início do Prazo para Envio da Proposta Eletrônica: 25/03/ 2011. Data e Hora da Abertura da Sessão Pública: 08/04/2011 – 10:00 horas. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. ENDEREÇO ELETRÔNICO: www.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, 11 de março de 2011
Apenas 14% das corporações responderam estar aptas para lidar com a nova classe média
conomia
SALVEM O PLANETA!
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Fotos: Divulgação
LINDA bênção do Cristo para celebrar a data no País, mais especificamente no Estado do Rio.
PEUGEOT COMEMORA 10 ANOS DE BRASIL Peugeot do Brasil está em ritmo de comemoração: em 2011, completa dez anos produzindo carros no País e, para festejar, preparou uma série de ações e ofertas diferenciadas para o consumidor. O conceito da campanha, intitulado "Do Rio para
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o Brasil", alinha-se à atividade da marca no mercado nacional, pois todos os veículos são produzidos em Porto Real, no Estado do Rio de Janeiro, e distribuídos nacionalmente. Desde 2001, a linha de montagem concebeu oito modelos Peugeot, entre os 206,
207 e Hoggar. A campanha criada pela agência Loducca, que entra em cartaz neste fim de semana, tem como mote: "Peugeot 10 anos fabricando no Brasil", sob a bênção do Cristo Redentor, que lindo!
ostrando fina sintonia com o momento atual em que vivemos, a Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), em que pese dogmas seculares que a prendem ao passado, sem nenhuma flexibilização especialmente porque o atual papa é ferrenho defensor da doutrina da fé, deu início à Campanha da Fraternidade 2011, tocando em tema que a todos envolve. "Fraternidade e a Vida no Planeta" é o mote com o qual a Igreja Católica pretende engajar seus fiéis a dar uma contribuição para o meio ambiente, por meio de gestos simples como a redução do uso de sacolas plásticas, do desperdício de água e alimentos e até do consumo desenfreado de bens duráveis. E vai além ao sugerir que sua comunidade exerça papel de agentes de pressão, os temidos steakholders, de grandes corporações que desrespeitem o meio ambiente. Não é a primeira vez que a CNBB toca no tema. O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, lembra que a campanha mais antiga em torno do meio ambiente aconteceu em 1979, com o lema "Preserve o que é de todos". "Há 32 anos, já tínhamos essa preocupação com temas ecológicos. Muito tempo depois, em 2002, veio a campanha que refletiu a Amazônia; pouco tempo depois, a de 2004 abordou a questão da água, e, a de 2007, discutiu o tema Fraternidade e os Povos Indígenas e a questão da terra", lembrou dom Dimas. Basta, no entanto, a CNBB alardear sua campanha, sempre no primeiro dia da quaresma, a quarta-feira de cinzas, para que grandes empresas fi-
CAMPANHA da Fraternidade 2011 tem como tema "Fraternidade e a Vida no Planeta"
quem de cabelo em pé, especialmente quando o tema é delicado para elas. Para as agências de publicidade, contraditoriamente, esse é um bom negócio, pois empresas que têm o que mostrar o fazem e as que temem fazê-lo também e até assumem compromissos para mostrar responsabilidade social e ambiental. O grande drama do tema, no entanto, está naquilo que a Igreja Católica está tomando para si, a tarefa: o pleno exercício da cidadania. A rede de supermercados Walmart, por exemplo, foi alvo de críticas quando aboliu as sacolas plásticas, hoje é aplaudida por tal medida. É que os consumidores levam um pouco mais de tempo para perceber que não basta empresas e governos fazerem a sua parte e que precisam exercer sua cidadania, fazer sua parte
para salvar o planeta. A CNBB, com essa campanha, sem perder a visão crítica do todo, põe o consumidor no alvo. Para as grandes empresas e agências de publicidade esta é uma grande oportunidade de apresentarem de forma concreta o que de fato estão fazendo. E como a CNBB promete transformar todos os fiéis da Igreja Católica em fiscais para um mundo e uma vida melhor, o caminho a seguir é prestar contas de forma transparente. Lamentavelmente em muitas corporações, ainda hoje, apesar da mídia, medidas em prol da sustentabilidade e da responsabilidade social só são tomadas quando o telhado de vidro ameaça ruir. O problema é que é o telhado do planeta que está ruindo, ameaçando a todos. Hora, portanto, de refletir e agir mais que orar.
HELLO KITTY eninas que adoram inventar gírias e maneiras diferentes de falar. Inspirada na mania dessas garotas, que separam as sílabas das palavras quando querem enfatizar algo, a campanha desenvolvida pela agência Escala batizou os quatro produtos da nova coleção Hello Kitty da Grendene com um elogio. No filme produzido, as meninas elogiam os looks das amigas, divulgando os nomes dos modelos: "ado-rei", "a-ba-lou", "a-mei" e "in-crí-vel". Os comerciais destacam os quatro produtos: clog, bota, sandália e sapatilha, conforme cada um dos elogios. Coisa de meninas!
SAÚDE
M
LÂMPADAS para atrair consumidores
ENERGIA NOS PÉS Talent assina a campanha de Mizuno para divulgar o novo tênis Wave Creation 12, que minimiza a perda de energia na corrida, tornando-a mais suave e eficiente. O solado do tênis foi redesenhado na região do calcanhar e ganhou uma angulação, que garante mais equilíbrio e menos desperdício de energia durante a corrida. Os anúncios apresentam os modelos femininos e masculinos (respectivamente, nas cores lilás e vinho). Por meio de lâmpadas, as imagens ilustram os benefícios do tênis ao consumidor, isto é, mais energia para o momento da corrida.
A
A-DO-REI, a-ba-lou, a-mei e in-crí-vel
novaS/B, agência comandada por Bob Vieira da Costa e Silvana Tinelli, lança agora em março o pôster criado para a campanha do Dia Mundial da Saúde 2011, da Organização Mundial da Saúde (OMS), comemorado no dia 7 de abril. Sob o tema "Resistência antimicrobiana e sua disseminação global", a peça será produzida e distribuída pela OMS via site para os 53 países com os quais a CONTRA super bactérias organização tem relação. Única agência brasileira a ser convidada pela organização para participar do processo de concorrência para a ação, a novaS/B criou o conceito gráfico que transmite o objetivo da Campanha Mundial da Saúde deste ano: alertar a população mundial sobre o uso indiscriminado de medicamentos, principalmente antibióticos e antivirais, sob o risco de criar condições para o desenvolvimento de superbactérias.
A
MALU Mader com Cyrela
TI-TI-TI NA MOOCA atriz Malu Mader deu uma pausa na concorrida agenda da editora de moda, Suzana Martins – personagem interpretada por ela na novela Ti-Ti-Ti – para estrelar a campanha do empreendimento imobiliário da Cyrela, Luzes da Mooca, criada pela Eugenio Marketing Imobiliário. Carismática, Malu deu um show de profissionalismo e elegância durante as gravações. Tudo para mostrar, é claro, que a Mooca tem charme e, de sobra, muito ti-ti-ti.
A
Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revistapublicitta. com.br
Classe baixa prioriza beleza e TV paga Sete em dez empresas que atuam no mercado popular têm resistência em suas organizações para atender a esse consumidor. Zé Carlos Barreta/Hype
Vanessa Rosal
O
público das classes C, D e E representa metade dos consumidores de produtos de beleza e serviços de TV paga no Brasil, movimentando aproximadamente R$ 900 bilhões por ano. No entanto, sete em cada dez companhias que atuam no mercado popular admitem existir resistência interna em suas organizações para atender ao consumidor de baixa renda. Embora interessados em atuar com a base da pirâmide social, os profissionais envolvidos admitem não estarem preparados para atender a essa crescente demanda. De acordo com uma pesquisa do Instituto Data Popular, empresa especializada no comportamento da nova classe média brasileira, a falta de conhecimento e a comunicação inadequada atrapalham o desenvolvimento do mercado de baixa renda. Apenas 14% das corporações responderam estar aptas para lidar com esse público e somente 8% das agências de propaganda se consideram preparadas para lidar com as classes menos favorecidas.
Beleza e TV paga geram R$ 900 bilhões ao ano, sendo que metade do volume é gasto pela população das classes C, D e E.
Ambiente – Para o arquiteto Fernando Brandão, responsável pela ambientação das lojas da Livraria Cultura, essa realidade está relacionada com a arquitetura de muitos estabelecimentos comerciais. "Se uma loja quer atender tanto a classe A como a C, precisa pensar em uma decoração que deixe diferentes tipos de pessoas à
vontade, fazendo-as se sentir parte daquele ambiente. Os empresários precisam perceber essa oportunidade de negócio o quanto antes." No caso, ter uma identidade, um design multicultural e um espaço democrático são fatores para a construção de uma atmosfera acolhedora. O ambiente pode ser "chique", sofis-
ticado, sem parecer opressor. "Uma arquitetura bem planejada, quando feita de modo pertinente, gera acolhimento. O objetivo do trabalho feito junto à Livraria Cultura é reunir pessoas de classes diferentes sem constrangimentos", afirma Brandão. D i f i c u l d a d es – A maioria dos profissionais entrevista-
dos pelo Instituto Data Popular (76%) acredita que suas empresas deveriam adotar estratégias diferenciadas para atender aos consumidores emergentes, enquanto 5% rejeitam os planos específicos. Entre as principais dificuldades em atender esse mercado estão a falta de conhecimento, citada por 33,8% dos pesquisa-
dos, e a comunicação, lembrada por 27,3%. Aparecem ainda p ro d u t o ( 1 3 % ) , e s t ru t u r a (15,6%) e estratégias (6,5%). O varejo saiu na frente no entendimento da necessidade de mudança. Quando perguntado sobre qual segmento foi o primeiro a perceber o potencial de mercado das classes C,D e E, o setor foi classificado como o que melhor dialoga com o modo de vida das classes populares. Em relação às marcas mais citadas como exemplo de sucesso, a Casas Bahia lidera com 36,7%, bem distante das outras concorrentes. Em seguida, aparecem o Magazine Luiza, com 9,5% e a Lojas Marisa, com 3,6%. Estão ainda no ranking Nestlé (3%), Avon, Bradesco, Havaianas, Hypermarcas, Lojas Marabraz e Unilever, todas empatadas com 2,4% das citações. Para realizar a pesquisa, o Instituto Data Popular aplicou 117 questionários estruturados com empresários e profissionais de 100 companhias nacionais e multinacionais que atuam junto às classes emergentes. Também foram realizadas entrevistas com líderes e executivos de empresas que obtiveram destaque no desenvolvimento de negócios junto ao público de baixa renda.
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Nº 359
DCARR
No dia 18 de março,a marca de veículos chineses JAC Motors irá inaugurar 46 concessionárias. Hoje, os modelos J3 e J3 Turin estão sendo apresentados à imprensa automotiva.
Volvo S60 Fotos: Divulgação
S60, o mais esportivo e mais dinâmico de todos os Volvos
Beleza escandinava ANTÔNIO FRAGA os últimos anos, a Volvo passa por um processo contínuo de atualização da sua linha, modernizando produtos, incrementando-os com tecnologia embarcada de ponta, para conquistar clientes mais jovens e adeptos de marcas como Mercedes-Benz e BMW. E tem conseguido isso, na Europa e Estados Unidos. Ela trouxe para o País o S60, com essa filosofia adotada lá fora. O modelo médio de luxo reúne esportividade, sistemas de segurança e um design agradável e simpático, pronto para mexer fisicamente e emocionalmente com as pessoas.
proporciona suporte lateral à pessoa que estiver no centro. Os designers obtiveram inspiração das pistas de corrida durante sua busca por inegável esportividade no novo carro. Seu ar-condicionado tem o sistema ECC (Electronic Climate Control), que oferece controle automático de temperatura e ventilação. Ele vem com IAQS (Interior Air Quality System), que evita que odores desagradáveis entrem na cabine. Na parte superior do console, uma tela concentra informações de áudio, sistema de navegação e conexão Bluetooth Handsfree para telefone móvel com função áudio streaming. Ela fica instalada no alto para o motorista manter a atenção na direção.
Modernidade - Mesmo mantendo as "linhas escandinavas", o novo S60 é o mais esportivo e mais dinâmico de todos os Volvos. Seu interior é amplo e confortável para cinco passageiros. A forma esculpida do banco traseiro - repartido em 40/60 -, por exemplo,
Motorizações - Os primeiros modelos para o mercado nacional são as versões top de linha: a T6, com motor de 3 litros, o propulsor produz 304 cv de potência e 44,9 kgfm de torque. Com nova tecnologia de turbo com injeção direta e comando variável de válvulas oferece uma
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combinação, segundo a fabricante, de baixo consumo de combustível, emissões reduzidas e alto desempenho em ampla faixa de rotações. O novo motor T6 é resultado do aprimoramento técnico do anterior 3 litros de 285 cv que equipava o XC60 2010. A melhora, gerada a partir da redução do atrito interno, resultou no ganho de 19 cv e na economia de 10% no consumo de combustível, que agora é de 10 km/l na média cidade/estrada. A velocidade máxima é de 250 km/h e ele alcança 100 km/h em 6,5 segundos. Equi-
Sopa de letras - O novo Volvo é cheio de tecnologia embarcada como o ASC (Advanced Stability Control - Controle Avançado de Estabilidade), que torna
Seguro e moderno procura jovens e clientes de outras marcas
NOVIDADE
possível identificar qualquer tendência de derrapagem. Isso significa que o DSTC (Dynamic Stability and Traction Control Controle Dinâmico de Estabilidade e Tração) pode ser acionado antes e com mais precisão, facilitando manobras mais rápidas e bruscas. Corner Traction Control é também uma novidade que utiliza a transferência de torque para que o carro possa fazer curvas de forma ainda mais suave. Quando faz uma curva, as rodas internas são freadas ao mesmo tempo em que maior força é transmitida para as externas. Isso permite realizar curvas mais fechadas com precisão, reduzindo a tendência de perder o controle. O Adaptive Cruise Control (ACC), um Piloto Automático Adaptativo, faz o sedan manter, automaticamente, distância do veículo da frente, ajudando a evitar pequenas colisões em velocidades abaixo de 30km/h. Detector de Pedestres - Com Frenagem Automática Com-
pleta, o Pedestrian Detection with Full Autobrake permite detectar a presença de pedestres nas ruas e evitar impactos até 35 km/h, mesmo que não haja qualquer reação por parte do motorista. A novidade será item de série no novo Volvo S60, nas versões T5 e T6. O dispositivo é capaz de verificar, por meio de um sistema que inclui câmera e radar, a presença de pessoas que atravessam a rua na frente do carro. Ele emite alerta visual e sonoro e, automaticamente, aplica a capacidade total de frenagem caso não haja reação do motorista. Otimista, a Volvo Cars do Brasil espera vender cerca de mil unidades do S60 ainda em 2011, com preço a partir de R$ 169.900, para a versão T6.
FRANCESES O novo 250 CGI, utilizado nos dois modelos, tem 204 cv de potência e torque de 310 Nm entre 2.000 e 4.300 rpm. A aceleração de 0 a 100 km/h, em 7,4 s. na Classe C e em 7,8 s. na Classe E, com consumo médio combinado entre 12,6 km/l e 13,9 km/l , segundo a marca que usou padrões europeus.
TÃO BOM QUANTO UM V6 Ele tem desempenho de "motorzão" econômico
U
pado com tração AWD, o S60 T6 conta com a segunda geração da transmissão automática Geartronic de seis velocidades, que apresenta trocas de marchas mais rápidas que a anterior. Até ao final do primeiro semestre deste ano, a Volvo Cars trará também outras duas versões: a T5 2.0 turbo de quatro cilindros, com 240 cv de potência e a T4 1.6 turbo de 180 cv.
m dos termos mais usados e de maior destaque no setor automotivo atual é o tal "Downsizing": utilizar motores menores, mantendo a potência, aumentando a economia e diminuindo a emissão de poluentes. São várias opções tecnológicas para obter estes resultados, desde motores elétricos atuando junto com os propulsores a combustão - modelos híbridos, até a utilização de turbocompressores, como
no caso da família de motores CGI da Mercedes-Benz, incluídos em duas novas versões da marca alemã: a Classe C 250 CGI Sport e a Classe E 250 CGI Avantgarde. O sedan Classe E, a única com quatro cilindros, convivendo com as outras, V6 e V8, teve apresentação estática, na versão 250 CGI, entrada no segmento, R$ 229.900, . A Classe C 250 CGI, a partir de R$ 179.900.
Impressões - Durante um chuvoso passeio até Peruíbe, foi possível desfrutar de todo o conforto oferecido pela Classe C que, mesmo quando se está no assento do passageiro, nos passa muita segurança e se mantém colada no chão em curvas e terrenos irregulares. Durante o retorno, feito no cockpit do motorista, aí sim foi possível desfrutar do ótimo desempenho do modelo. Retomadas rápidas e sem muito esforço e curvas feitas com precisão tornam o pilotar prazeroso, mantendo toques de esportividade, mesclado com conforto e muita segurança. Nem mesmo o excesso de caminhões e a famosa, cansativa e perigosa serra do Cafezal, localizada entre as regiões de Miracatu e Juquitiba e cortada pela Rodovia Régis Bitencourt, conseguiram atrasar nossa volta a São Paulo. Mas a nova Classe C é tão gostosa que o passeio podia até demorar um pouco mais. Anderson Cavalcante
LUZ. MUITA LUZ E VISIBILIDADE. C4 Picasso e Grand C4 Picasso chegam em sua linha 2011
C
om excepcional e exclusivo para-brisa panorâmico, que faz as minivans de 5 e 7 lugares oferecerem visibilidade e luminosidade fora do comum, o Citroën C4 Picasso e o Grand C4 Picasso começam a ser comercializados em suas linhas 2011 com preços a partir de R$ 74.490 e R$ 91.990. Os novos modelos não receberam mudanças radicais, mas passam a contar com detalhes mais alinhados à imagem corporativa adotada pela Citroën em 2009. Algumas alterações no acabamento, contornos de faróis e lanternas, nas maçanetas, agora com detalhes cromados, novas rodas 17 polegadas, revestimentos dos bancos e painéis de porta modernizados e ar-condicionado digital também para os passageiros de trás como equipamento de série são as principais novidades da linha. Fora isto, o destaque é que agora os modelos são vendidos com 3 anos de garantia. Os modelos continuam utilizando o motor 2.0i 16V de 143 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, acoplado ao câmbio automático sequencial de quatro marchas. O C4 Picasso e
o Grand C4 Picasso, juntamente com Xsara Picasso, garantiram à Citroën, em 2010, 36% das vendas de minivans no Brasil, mas a pretensão da marca francesa é atingir 40% de
participação em 2011. Este segmento é liderado pela Chevrolet Zafira, mas apresentou um concorrente extremamente significativo recentemente, o Peugeot 3008.
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sexta-feira, 11 de março de 2011 Tuca Vieira/Folha Imagem
ALTA DE BRASILEIROS De janeiro a novembro de 2010, 797 mil turistas brasileiros visitaram Buenos Aires – 86% a mais que em 2009
urismo
Fotos: Divulgação
À MESA EM BUENOS AIRES O DC percorreu uma seleção de restaurantes e bares na capital argentina. Confira! Flavia Perin
É
fato que, a cada dia Urondo, que também oferece que passa, Buenos uma ótima carta de vinhos Aires se torna mais argentinos. Entre os íntima para nós, endereços tradicionais da brasileiros, e atualmente já cidade, destaque para El virou algo raro circular pelas Preferido de Palermo. Superantigo, está instalado ruas portenhas sem cruzar numa esquina pouco com um conterrâneo. Os badalada do famoso bairro de números comprovam a tese: Palermo. Espanhóis, os donos de janeiro a novembro de preparam puchero (espécie de 2010, enviamos mais de 797 cozido) e outras receitas mil turistas – 34% dos típicas de seu país. Também é visitantes estrangeiros que uma boa pedida para tomar desembarcaram na capital um vermute. argentina no ano passado –, Em outro pedaço 86% a mais do que em 2009. consagrado Mas, que tal da capital fugir do argentina, a roteiro básico Recoleta, o e dar um Modena upgrade nas Design reúne suas escolhas uma turísticas em concessionária Buenos das marcas Aires, ao Casa Felix prepara delícias italianas menos na 'eco-gastronômicas'. Ferrari e hora de Maserati, degustar um café e restaurante, tudo com caprichado prato ou um ares hi-tech. Da cozinha, exótico drinque? comandada pelo jovem chef Com a proposta de servir Andres Brunero, saem pratos comida eco-gastronômica, a bem elaborados e soluções Casa Felix, comandada por um casal (ele, o chef argentino mais rápidas, como as deliciosas empanadas, um hit Diego Felix e ela a jornalista argentino. De quebra, norte-americana Sanra aproveite para visitar o Ritten), cultiva ingredientes vizinho Museu Nacional de orgânicos no próprio pátio e Belas Artes. só recebe com reserva, de Mestre-cuca de mãos quinta a sábado. Nesse cheias, o chef Andres sugere ambiente amigável, outros dois endereços para predominam as influências comer bem na cidade: o culinárias da América do Sul. Pierino, cantina "tanguera", Já para provar em Abasto, onde encontramespecialidades da culinária se boas pastas e receitas com portenha com um toque mais coelho, e o Albamonte, contemporâneo, a dica é o localizado em frente ao Urondo, do chef Javier
Möoi (acima e à esq.) é ótima opção para almoços e jantares com pitada moderna, servidos entre gostosas almofadas e mesas comunitárias.
com pitada moderna, Cemitério de La Chacarita – servidas entre gostosas segundo ele, a melhor pizza almofadas e mesas de alho da cidade. comunitárias. No bairro residencial de Para beber – Se a ideia é Belgrano, o Pipí Cucú, um tomar drinques, procure o restô de ambiente elegante, Ocho7Ocho, que dispõe de possui cozinha caseira e uma uma extensa carta de coleção de bebidas uísques. Sem caprichada. sinalização Decorado em na porta, estilo belle abriga nos époque, fundos um ocupa um salão oculto, edifício dedicado a histórico. A Cozinha do Modena Design está a habitués que região ainda cargo do jovem Andres Brunero. ali fumam reserva, entre seus habanos. belas casas e Outro local para passar muitas árvores, restaurantes horas à mesa é o Che Lulu, pequenos mas não menos guest house na zona antiga de especiais, como o LuCumma, Palermo. O salão com móveis de cozinha inca, o Jonathan, época e o pátio interior são com mesas na calçada no procurados por grupos de melhor estilo da paulistana amigos que se encontram nas Praça Vilaboim, e o Möoi, tardes de sábados. ótima opção para refeições
No Modena Design (à dir. e abaixo), exibem-se carros Ferrari e Maserati e um restaurante de estilo hi-tech.
RAIO X Ambiente despojado e culinária com influências da América do Sul fazem o sucesso da Casa Felix (à esq.). O restaurante cultiva ingredientes orgânicos no próprio pátio e só recebe com reserva.
Sem sinalização na porta, o bar Ocho7Ocho (ao lado e acima) tem uma extensa lista de uísques e abriga, nos fundos, um salão oculto, exclusivo para fumantes.
ONDE DORMIR Che Lulu: Emilio Zolá, 5185, Palermo SOHO, tel. (5411) 4772-0289, www.chelulu.com. Um hotel de conceito trendy, de vanguarda, possui diversas opções de hospedagem, inclusive em apartamentos compartilhados, por preços mais baixos. Diárias a partir de US$ 70 (quarto duplo). Nuss: El Salvador, 4916, Palermo SOHO, tel. (5411) 4833-8100, www.nusshotel.com. Bed & breakfast superdescolado, oferece um pacote de dois dias e uma noite que inclui café da manhã e uma massagem de 60 minutos ou duas massagens de 30 minutos a US$ 320 (mais 21% de taxas) para o casal. ONDE COMER E BEBER Albamonte: Corrientes, 6735, Chacarita, tel. (5411) 4554-4486. Casa Felix: tel. (5411) 4555-1882, www.colectivofelix.com. Só atende com reserva e, então, fornece o endereço. El Preferido de Palermo: Jorge Luis Borges, 2108, tel. (5411) 4774-6585. Jonathan: Plaza Rafael Hernandés, Belgrano. LuCumma: Olazábal, 1679, Belgrano, tel. (5411) 4784-9167. Modena Design: Av. Figueroa Alcorta, 2270, Recoleta, tel. (5411) 4809-0122, www.salonmodena.com.ar. Möoi: Cuba, 1985, Belgrano, tel. (5411) 4783-9000, www.mooirestaurant.com.ar. Ocho7Ocho: Thames, 878, tel. (5411) 4773-1098, www.878bar.com.ar. Pierino: Lavalle, 3499, tel. (5411) 4864-5715, www.cantinapierino.com.ar. Pipí Cucú: Ciudad de la Paz, 557, tel. (5411) 4551-9314. Urondo: Beauchef, 1204, tel. (5411) 4922-9671, www.urondobar.com.ar.
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Fotos: Arquivo DC
O destino da civilização guiado pelas mulheres
Pensadoras
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Huda Al-Sharawi. Líder do feminismo islâmico. Pensamento e ação históricos no século XX.
Maria Montessori: primeira mulher formada em medicina na Itália, em 1894. Fundou escola pedagógica baseada na autoeducação. .
Anne Frank, judia que viveu na Holanda, escondida dos nazistas. Escreveu famoso diário; referência histórica sempre lembrada.
Sóror Juana Inés de la Cruz., mexicana que viveu no século XVII. Disfarçava-se de homem para frequentar a universidade.
Francesa Olympe de Gouges: jornalista, agitadora cultural, escritora e autora de peças. Morreu guilhotinada.
Nesta página e na seguinte, Renato Pompeu reflete sobre como o pensamento feminino faz história.
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esta semana do Dia Internacional da Mulher, que transcorreu no último dia 8, convém lembrar que a palavra "feminismo" está registrada desde 1872, quando começou a ser usada por jornais franceses, mas a lista de pensadoras que mudaram o mundo pode começar muito antes, com a astrônoma da Acádia, reino mesopotâmico, de 4.300 anos atrás, En Hedu'Anna, nome que quer dizer "Ornamento do Céu", filha do rei Sargão 1º, e que é a primeira cientista mulher de que a história guarda
registro. Ela foi nomeada grã-sacerdotisa da Lua, cargo raramente exercido por uma mulher e que tinha, entre outras, a função de legitimar cada novo soberano, e ajudou a elaborar o calendário que até hoje é usado para determinar a data, por exemplo, do Carnaval, da Páscoa e de outras festas móveis. Deixou dezenas de poemas, como um em que descreve seu dia a dia: "A mulher verdadeira dispõe de grande sabedoria. Consulta uma tabuleta de lápis-lazúli, aconselha todas as terras, tira medida dos céus, coloca as cordas medidoras sobre o solo".
Nesta edição As mulheres na MPB. E a A Bienal que não foi vista. Uma história intrigante.
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Pensadoras Mulheres que mudaram o mundo Trajetórias célebres. De cientistas da Antiguidade a filósofas, escritoras, líderes políticas e pioneiras de movimentos culturais que transformaram a sociedade.
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cultura
Benazir Bhuto, Paquistão: liderança política.
Renato Pompeu
Nise da Silveira: psiquiatria.
Hannah Arendt, filósofo judia: reflexões profundas sobre o século XX.
En Hedu´Anna: grãsacerdotisa da Lua, na Mesopotâmia há 4.300.
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uitas outras cientistas estão registradas desde a Antiguidade, e uma lista de dezenas delas, antes do século XX, pode ser vista na web da internet, em inglês, em http://www.astr.ua.edu/4000WS/timelist.shtml, mas as mulheres se destacaram também nas artes e pelo menos uma dessas também mudou grandiosamente o mundo: a japonesa Dama Murasaki, da passagem do século X para o século XI, autora da ficção História de Genji, o primeiro romance de que se tem notícia na história da literatura mundial. Tirando as antigas fábulas com animais falantes, os livros religiosos, filosóficos e científicos, este foi o primeiro grande trabalho em prosa registrado em toda a história. De todo modo, a mulher moderna, ativa e intelectualizada, exercendo cada vez mais a liderança, já era anunciada no século XV pela francesa Cristina de Pizan, filha de um astrólogo da Corte, a qual se radicou em Veneza e que, viúva, passou a escrever livros para sustentar os filhos. Apresentou reivindicações muito modernas de liberdade sexual em sua Epístola ao Deus do Amor . No século XVII, a mexicana Sóror Juana Inés de la Cruz, depois de ter tentado, sem êxito, disfarçar-se de homem para cursar a universidade, então só a eles reservada, resolveu ser freira para poder exercer a sua intelectualidade e a sua curiosidade científica, tendo defendido a liberdade das mulheres e até mesmo defendido que as prostitutas são menos pecadoras do que os homens que utilizam seus serviços. Importante também nas ciências naturais, ela escreveu: "Me parece indigno de uma pessoa católica não saber tudo nesta vida dos Mistérios Divinos que pode ser aprendido por meios naturais".
humanidade, tornou o trabalho intelectual mais importante do que o trabalho manual, em que se destacaram verdadeiramente muito mais mulheres que mudaram o mundo. Na política, mesmo antes de as mulheres europeias conquistarem o voto, se destacou a judia polonesa, radicada na Alemanha, Rosa Luxemburg (1871-1919), comunista que teve a ousadia de não só dizer que Marx estava errado, ao ela defender que o capitalismo não sobrevive sozinho, sem ter regiões do mundo não-capitalistas que o capitalismo possa explorar, como também de dizer que Lenin estava errado, ao ela defender que "a liberdade é a liberdade dos que pensam diferente". Morreu assassinada por paramilitares direitistas. Outra polonesa que se destacou, desta vez na ciência, foi Marie Curie (1867-1934), que, devido as mulheres serem proibidas de fazer faculdade em seu país, então dominado pela Rússia, se radicou na França em 1891, se dedicou à física e, com apenas 36 anos, em 1903, se tornou a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, por ter descoberto os elementos polônio e rádio e por ter inventado a palavra "radiatividade". Na educação, a italiana Maria Montessori (1870-1952) não só foi a primeira mulher formada em medicina em seu país, em 1894, como fundou em 1907, na periferia de cortiços de Roma, uma escola em que demonstrou na prática sua teoria revolucionária de que as crianças têm uma tendência inata a buscar desenvolver-se intelectualmente, lançando seu método, desde então, triunfante de autoeducação e de autodisciplina. Na literatura, além da Dama Murasaki, se pode dizer que pelo menos duas outras mulheres mudaram o mundo: as inglesas Virginia Woolf (1882-1941), que se tornou o principal nome mundial do modernismo, desempenhando um papel central na liderança dessa revolução na literatura e
Cristina de Pizan: liberdades.
nas artes plásticas, apesar de sua vida trágica (suicidou-se por afogamento), e Agatha Christie (1890-1976), que transformou para sempre o ramo mais popular da literatura da era contemporânea, o romance e o conto policiais, e consagrou de vez a ficção como atividade profissional de quem não atende a encomendas, mas produz com toda liberdade de criação. Voltando à política, as mulheres, depois de passarem a votar na primeira metade do século XX (em 1919, nos Estados Unidos; em 1934, no Brasil), na segunda metade passaram a ser eleitas
VISIONÁRIA e até a governar seus países. A pioneira foi Sirimavo Bandaranaike (nascida em 1916), que, em 1960, se tornou primeira-ministra do Sri Lanka, onde instaurou o Estado de bem-estar social, tendo sido também pioneira do nãoalinhamento na política externa, em que manteve a independência tanto em relação ao Ocidente como em relação à União Soviética. Os anos de 1960, na verdade, além de tudo o mais, foram os anos da introdução das mulheres nos mais altos cargos da política. Depois de Sirimavo Bandaranaike, foi a vez de Indira Gandhi (1917-1984) ser primeira-ministra da Índia quase ininterruptamente de 1966 até sua morte, quando foi assassinada por integrantes sikhs de sua guarda pessoal, por ter pouco antes ordenado o ataque a um templo sikh, que abrigava separatistas dessa etnia. Comandou a modernização da economia e da sociedade indianas, impôs um estado de sítio ao ser condenada pelo Supremo Tribunal por fraude eleitoral e conseguiu a anulação da sentença. Manteve o seu país como um importante interlocutor internacional, situação de que a Índia goza até hoje. A ucraniana, criada nos Estados Unidos, Golda Meir (1898-1978), já era
CIDADANIA Em 1791, respondendo à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, emanada da Revolução Francesa, Olympe de Gouges escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, em que criticava o machismo mesmo dos revolucionários mais radicais. Mártir do feminismo, foi guilhotinada, mas deixou uma chama que jamais foi apagada em seu país e que incendiaria o mundo a partir do século XIX, especialmente quando começou a luta pelo voto das mulheres, vitoriosa na Ilha de Man, dependência autônoma da Inglaterra, em 1881, e na Nova Zelândia, então dependência britânica, em 1893. Mas foi no século XX, paralelamente ao movimento técnico e científico que, pela primeira vez, na história da
Golda Meir: líder pela constituição de um Estado judaico.
Na página 3 Chiquinha Gonzaga, pioneira entre as compositores brasileiras.
uma veterana política aposentada em 1969, quando foi chamada a se tornar a primeiraministra de Israel, cargo que exerceu até 1974. Coube a ela a difícil situação de governar seu país durante a Guerra do Yom Kippur (1973), em que o Exército egípcio demonstrou uma eficiência inesperada, ao atacar Israel de surpresa em pleno Ano Novo judaico. Após a guerra, atuou pela paz com os países árabes vizinhos; isso não foi bemvisto pela população israelense recémsaída da guerra e ela teve de renunciar. Porém, não foi como primeira-ministra que ela mudou o mundo: foi como líder, desde 1921, quando se radicou na Palestina, da luta pela constituição de um Estado judaico. Entre os que assinaram a Declaração da Independência de Israel, em 1948, era ela de longe a política mais popular. Mas, uma mulher talvez tenha sido a mais importante governante, entre homens e mulheres, da segunda metade do século XX, a inglesa Margareth Thatcher, nascida em 1925, primeira-ministra britânica de 1979 a 1990. Foi a principal responsável pelo triunfo do capitalismo sobre o
NACIONALISMO socialismo em todo o mundo naqueles anos, e comandou a introdução do neoliberalismo nos principais países ocidentais. Em seu tempo, o neoliberalismo realmente liberou as forças produtivas, lançando uma colossal revolução tecnológica com o computador, a informática, a robótica, a bioengenharia e a química fina, revolução que prossegue até hoje. Também, durante seu tempo, não se manifestaram os efeitos negativos do neoliberalismo na esfera financeira, fora da esfera produtiva que Thatcher revolucionou. Nestes dias de revolução em países árabes, é importante lembrar a carreira da egípcia Huda Al-Sharawi (18621947), que, de uma das principais líderes nacionalistas de seu país, se tornou, após a independência, a primeira grande líder do feminismo islâmico moderno. Além de defender na esfera religiosa os direitos das mulheres, mostrando que nenhuma das restrições a elas vigentes nos países muçulmanos tem respaldo no Alcorão, Huda AlSharawi tinha preocupações mais práticas e lutou pela instauração da educação para mulheres e de seu treinamento profissional, pelo aumento para 16 anos da idade mínima para casamento (tradicionalmente combinado pelos pais ainda na infância dos noivos). Talvez ela seja o principal nome entre as mulheres árabes que mudaram a vida em seus países no século XX. Mas foi em países muçulmanos não-árabes que, no século
Fotos: Arquivo DC
XX, as mulheres ganharam maior projeção, chegando ao cargo de primeiro-ministro na Turquia, no Senegal, em Bangladesh e, principalmente, no Paquistão, onde Benazir Bhuto (1953-2007), foi primeiraministra três vezes, de 1988 até sua morte por extremistas de direita. Ela foi a grande agitadora pró-democracia em seu conturbado país. No Brasil, a mulher que introduziu mais mudanças talvez tenha sido a psiquiatra alagoana Nise da Silveira (1905-1999). Criadora do Museu do Inconsciente do Rio de Janeiro, foi a grande batalhadora da luta contra o manicômio, a camisa-de-força, o eletrochoque e a insulinoterapia, e outros tratamentos agressivos e ineficazes contra a doença mental. Entretanto, no mundo, talvez as três mulheres mais importantes do século XX tenham sido três europeias. Uma, a alemãzinha, radicada na Holanda, Anne Frank (1929-1945), judia que viveu apenas 16 anos e que, de 1942 a 1944, escondida dos nazistas num sótão, escreveu seu diário, até ser descoberta por eles e enviada ao campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreu de tifo. Seu diário se tornou um dos livros de maior repercussão em todo o planeta a respeito tanto da Segunda Guerra Mundial como do Holocausto. A segunda, a pensadora francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), o principal nome, com seu livro O Segundo Sexo, do movimento emancipatório das mulheres, que mudou o mundo no pósSegunda Guerra Mundial. Seu pensamento está vivo ainda hoje, enquanto o de seu companheiro JeanPaul Sartre, mais famoso do que ela em vida, esquerdista radical pró-Cuba, hoje está mais morto que vivo. Finalmente, o nome mais importante, não só das mulheres, como de todos os pensadores do século XX em todo o mundo, talvez seja o da judia alemã Hannah Arendt, radicada nos Estados Unidos (1906-1975). Essa filósofa, que não se destacou como feminista, foi o ser humano que mais refletiu sobre a realidade mais insidiosa do século, o totalitarismo, e deixou uma advertência: a era contemporânea é a era da "banalidade do mal".
A era contem porâne a é a era da banalid ade do mal. Hannah Arendt
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cultura
Na MPB, Chiquinha Gonzaga desbravou propostas que uniram o popular ao erudito.
Fotos: Arquivo DC
Cartola ganha espaço merecido na TV Globo. Em ensaio dedicado à nossa música popular.
Juliana Torres/Divulgação
Chquinha Gonzaga: última imagem, aos 85 anos.
Caminhos da composição André Domingues
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oda a efervescência em torno da nova geração de cantoras não deixa dúvidas de que a mulher é um dos principais assuntos da MPB dos nossos dias. Pelas bocas, pelos olhos, pelos gestos de Vanessa da Matta, Ana Carolina, Maria Rita, Roberta Sá, Fabiana Cozza, Mariana Aydar, Maria Gadú e tantas outras meninas talentosas se derrama uma forte tendência de afirmação feminina. Há, porém, um ponto historicamente frágil na conquista de espaço das mulheres na MPB: o da composição. Até hoje o número das compositoras é escandalosamente menor do que o dos criadores de canções. Daí que mereça tanta admiração o surgimento, ainda na segunda metade do século XIX, de uma artista como a pianista, compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga. Ela
derrubou montanhas de preconceitos para brilhar no teatro de revista, nos salões, nos carnavais, nas casas de partituras e nos discos. Em mais de 60 anos de carreira (ela compôs até um ano antes de morrer, em 1935), conseguiu a admiração de gente do quilate de Heitor Villa-Lobos, Mário de Andrade e Radamés Gnatalli. Somente duas décadas depois do falecimento da extraordinária Chiquinha apareceu no Brasil outra compositora de destaque, Dolores Duran. Era uma artista que soava até heróica para os ouvidos das mulheres de então, ao ponto de estimular outras moças, como a temperamental Maysa, a seguir o mesmo caminho. Seu segredo foi saber inserir com competência e sensibilidade uma ótica feminina nos temas amorosos então reinantes, chegando a jóias como o acolhedor
samba-canção A Noite do Meu Bem: "... Hoje, eu quero a paz de criança dormindo/ E o abandono de flores se abrindo/ Para enfeitar a noite do meu bem..." Outro marco da afirmação feminina entre as compositoras foi a entrada em cena da roqueira Rita Lee, revelada com Os Mutantes em meio ao tropicalismo, no final dos anos 60, e consagrada em carreira solo pouco depois. Rita cantou para uma juventude que viveu intensamente as transformações comportamentais daqueles tempos, espelhando o sentido combativo e irreverente das mulheres modernas em diversas canções, a exemplo de Cor de Rosa ("O sexo frágil/ não foge à luta..."). A também cantora e compositora Joyce, surgida pouco depois, foi outra que pegou a questão do gênero pela raiz. Símbolo disso é a canção Feminina,
que começa com um curioso diálogo: "Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?/ - Não é no cabelo, no dengo ou no olhar/ É ser menina por todo lugar...". O sucesso de Chiquinha, Dolores, Maysa, Rita e Joyce, bem como de Anastácia, Dona Yvone Lara, Marina Lima ou Marisa Monte, entre tantas outras compositoras, não foi, porém, suficiente para aproximar a criação musical de mulheres e homens. O equilíbrio ainda é uma meta distante. O que traz esperança, entretanto, é a possibilidade concreta da atual ênfase no universo feminino, implícita na onda de novas cantoras, reverter em mais espaço para a mulher também na composição. Assim, aproveitando para pegar uma carona num verso de Bela Flor, da competente Maria Gadú: "Que dance a linda flor girando por aí!"
Paulo Pampolin/Hype
FOTO DE SP DOS SENTIDOS É PREMIADA
O fotógrafo Paulo Pampolin, colaborador do DC e proprietário da agência Hype, foi premiado no Concurso Leica-Fotografe com a imagem do garoto saltando no Monumento às Bandeiras, que figurou no ensaio São Paulo dos Sentidos, publicado no DCultura por ocasião do aniversário de São Paulo, em 2009. A imagem, que representou o sentido do tato, tirou o 2º lugar na categoria PB dentro do tema Cena Brasileira. Esta é a segunda vez que o fotógrafo recebe o prêmio Leica.
Regina Ricca
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assada a ressaca de Momo, o convite desta sexta (11) na TV é destinado aos que sabem que o panteão da MPB é dedicado a alguns nomes sagrados, e ali certamente está gravado o do mestre Cartola, cuja reconstituição da vida e obra tomam conta da tela da Globo na noite desta sexa (11), com a estreia da temporada 2011 do especial Por Toda Minha Vida. Compositor e fundador da escola de samba Mangueira, Cartola será interpretado pelos atores Wilson Rabelo (na fase mais madura da vida vida), Alex Brasil (na juventude) e Miguel Oliveira (na fase criança). Já sua companheira e parceira de toda a vida, Dona Zica, será vivida por Marizilda Rosa. Depoimentos do crítico e sambista Sergio Cabral, do filho de Zica (que foi adotado por Cartola), de sua neta, vizinhos e da cantora Beth Carvalho também ajudam a reconstituir a história do criador de As Rosas Não Falam, conhecido pela elegância de seus ternos brancos, chapéus e postura alinhada. O Especial de Cartola no Por Toda a Minha Vida vai ao ar nesta sexta (11), logo após o Globo Repór ter. Outro ícone musical brasileiro – a cantora Ademilde Fonseca, que acaba de completar 90 anos no último dia 5 – é também homenageado na TV, com a estreia da temporada da série MPBambas, programa idealizado e apresentado pelo jornalista e crítico musical Tárik de Souza (foto), que estreia nesta sexta (11), às 21h no Canal Brasil, e chega com uma bateria de 13 novos episódios. Primeira artista a gravar um dos clássicos do choro, Tico-tico no Fubá (Zequinha de Abreu), em 1942, Ademilde gravou muitos choros de sucesso, trabalhou nas rádios Tupi e Nacional e fez turnês pela Europa. No programa, ela deu a receita para se chegar bem aos 90 anos. "Viver bem e ter um bom temperamento. E se você não tem, exercita, né?". Os próximos programas da série MPBBambas serão sobre outros craques da MPB, como Orlandivo (sexta, 18); Roberto Menescal (dia 25); Wilson das Neves (1º de abril); Maestro Severino Filho (8/4); e Lana Bittencourt (15/4). Para fechar o fim de semana com categoria, a cantora Maria Rita é a convidada de honra no domingo, dia 13, às 23h, do produtor musical Fernando Faro no programa Ensaio, da TV Cultura. Neste território protegido da boa música e dos grandes intérpretes e compositores, ela fala sobre as canções de seu álbum Samba Meu e conversa com Faro sobre a opção de mudar o gênero nesse trabalho, no qual gravou composições do sambista Arlindo Cruz (Tá Perdoado, O Que é o Amor e Trajetória). Maria Rita também conta passagens sobre a sua traumática mudança para os Estados Unidos, aos 16 anos, e conta que, ao voltar para o Brasil, descobriu que queria entrar no meio musical. A cantora lembra dos prêmios que ganhou e conta que ainda se surpreende com o sucesso e reação das pessoas. No repertório do programa, músicas como O Homem Falou; Maria do Socorro; Casa de Noca, Recado; e Não Deixe o Samba Morrer.
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Fotos: Tadeu Brunelli/Divulgação
As garrafas do imperador José Guilherme R. Ferreira
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Ceviches e pimentas do Peru. E um docinho... Lúcia Helena de Camargo
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epresentante da cozinha andina em São Paulo, o restaurante Killa acaba de lançar um novo cardápio. Comandado pelo chef Dylan Koishi, agora o menu está mais centrado na culinária peruana, da qual o prato mais conhecido – e carro-chefe da casa – é o refrescante e leve ceviche, adequado ao gosto das mulheres, que estão sempre querendo perder uns quilinhos. O tradicional leva peixe branco marinado em limão, camarão, lula, cebola roxa, salsão, ají, coentro, milho e obviamente batata doce (R$ 25). O Killa é feito com atum e manga temperado com leche de tigre , teriyaki e óleo de gergelim (R$ 29). Se preferir algo mais picante, prove o 3 ajís + salmón, ceviche picante de salmão e pepino, marinado com leche de tigre, temperado com três tipos de pimentas (R$ 28,50). O leche de tigre, ingrediente que caracteiza o ceviche, é composto de limão, caldo de peixe, pimenta e alho. A pimenta típica peruana ají amarillo está presente em quase tudo o que se come lá. Pode vir no prato em tons leves ou fortíssima, como se come no Peru. Fica ao gosto do cliente. Convém
No alto, as deliciosas panquecas de maçã, com doce de leite, servidas com uma bola de sorvete de creme. É a sobremesa mais pedida no restaurante. O tradicional ceviche de peixe branco. E abaixo, Tiradito Del Puerto: lâminas de peixe acompanhadas de molho cremoso à base da pimenta ají amarillo.
informar, no início, o grau desejado. Caso queira uma entrada quente peça Anticuchos, que consiste em três mini-espetos de coração bovino marinados em salsa anticuchera, que leva ají panca, cominho e outras especiarias (R$ 16,50). Ou então vá de Escabeche Limeño, peixe branco frito no azeite de oliva e marinado em salsa de ajíes, vinho branco e especiarias, servido frio, com torradas (R$ 25). Para prato principal, mantenha a leveza com Callao y Arequipa, peixe branco grelhado com crosta de quinua, servido com salsa chorrillana de tomates, cebola roxa, alcaparras e vinho branco. (R$ 35); ou Aeropuerto Chino , salteado de macarrão oriental, arroz, moyashi, ovos e servido com frango agridoce, típico da cozinha chifa (R$ 23); Tallarin Saltado, espaguete salteado com frutos do mar, cebola, tomate, molho de ostra e especiarias (R$ 29). Quer uma carne? Então a pedida é Seco de cordero, pernil de cordeiro braseado na cerveja e especiarias,
com quinua e favas (R$ 43). Para amantes de carne de porco, a sugestão é Carapulcra, cozido tradicional peruano que leva banana da terra, amendoim e especiarias (R$ 27). Dylan decidiu reduzir o uso do filé mignon, confinando-o à participação no Lomo Saltado (R$ 34), prato que existe desde que a casa foi aberta. Mulher adora um docinho. Economiza nas calorias do prato para gastar na sobremesa... Então, para finalizar, aproveite a novidade: torta de chocolate e banana, que leva chocolate belga, pisco e pecãs (R$ 11). Ou peça as já tradicionais Pancakes rellenas, ótimas panquecas de maçã com doce de leite e sorvete de creme (R$ 14). Se estiver acompanhada e quiser provar um pouco de tudo, a sugestão é Dulces y dulces, degustação de doces típicos peruanos, que custa R$ 20 em porção para duas pessoas. Killa. Rua Tucuna, 689, Perdizes. Tel.: 3872-1625.
vaidoso Napoleão Bonaparte (17691821) não tinha a mesa de gourmets entre seus símbolos de poder. Contam que no dia a dia fazia refeições de 15 minutos, sempre apressado, rotina só alterada em banquetes formais ou nos finais de semana com a família. Gostava mesmo é das sopas grossas, vegetais cozidos com pouca água, prato de soldado no front. Exceção talvez para o Frango à Marengo, preparado pelo seu chef Dunand a duras penas. Napoleão estava faminto. Vencera em jejum os austríacos, em uma das batalhas mais brilhantes de sua carreira, a Batalha de Marengo, ao sul de Turim, em 14 de junho de 1800. Dunand teve de rebolar para conseguir ingredientes naquele pedacinho da Itália. Além do frango, conseguiu lagostins, tomates, ovos e alho – e pão dos próprios soldados. O Frango à Marengo virou obsessão e passou a ser servido depois de campanhas vitoriosas. Já em relação aos vinhos, Napoleão dispensava algumas honras. "Sem vinho, sem soldados" é uma das frases a ele atribuída. A suas tropas era garantida uma ração de vinho diária e ele mesmo apreciava um bom tinto encorpado da Borgonha – de preferência um Chambertin – envelhecido de 5 a 6 anos, sempre com um pouco de água, emulando a infância na Córsega. Napoleão
mantinha no front um ajudante para cuidar de seus estoques de tinto. Consta que o suprimento de Chambertin foi tão grande na aventura no Egito que trouxeram garrafas de volta, provando a resistência do vinho francês. Depois de enfrentar Kutuzov, antes do fogo em Moscou, chegou a cantar vitória com bom tinto. E lamentou a especulação em torno de vinhos que teriam sido roubados por cossacos e vendidos posteriormente em Paris, como "vinhos que sobreviveram à Moscou incendiada" e aos soldados mortos de frio. Outra reverência com chapéu bicorne era feita ao Champagne. Napoleão ficou amigo de Jean-Rémy Moët, dono da Moët Chandon) e fez várias visitas às adegas em Épernay, no coração da região (litografia acima retrata visita feita em 26 de julho de 1807). "Na vitória, você o merece; na derrota, você precisa dele", cunhou para sempre o imperador dos franceses. Mesmo no exílio em Santa Helena, teve suas taças cheias de Chambertin, Vin de Constance e Porto.
José Guilherme R. Ferreira é membro da Academia Brasileira de Gastronomia (ABG) e autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Editora Terceiro Nome)
Tributo ao poeta Aquiles Rique Reis
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lbum de Retratos (Lua Music), CD lançado por Rosa Emília para reverenciar a obra do poeta Antonio Carlos de Brito, o saudoso Cacaso (19441987), é como o diário de uma geração que sentiu na pele o medo da morte. Morte Morte em consequência do arbítrio que a muitos impôs prisões, torturas e desaparecimentos. Assassinatos chorados sem que os corpos pudessem ser resgatados, mesmo que mutilados, para as necessárias e devidas despedidas. Restaram dor e saudade imensas. Diário no qual anotamos nossas vivências e que, só ao relê-lo, percebemos como fomos muito mais felizes do que as dores do dia a dia nos permitiram ver. Ao abri-lo, tempos depois, com suas páginas já encardidas pelo tempo que passa e ali deixa suas marcas cravadas como cicatrizes a esconder fundas feridas, entristece-nos a dúvida de que poderiam ter sido mais leves as escolhas da trilha a seguir em cada encruzilhada surgida à frente. Letrista, poeta e escritor, Cacaso dedicou-se, em plena ditadura, a criar belezas enquanto imperavam a brutalidade e a truculência. Muitos intérpretes lhe deram voz: Elis Regina, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Simone e Fafá de Belém, dentre outros. Era um tempo mimeografado em vermelho e impresso em papel de chumbo; o diário de uma dor que vem aos olhos que choram, à visão do retrato antigo preso à parede ou posto na velha moldura sobre a mesa de canto. Baiana radicada na Itália, a soteropolitana Rosa Emília agrupou neste seu sexto disco alguns dos parceiros que ajudaram Cacaso a criar uma obra poética substancial, da qual a música brasileira se
vale para ser ainda mais plural. Álbum em que estão Cacaso e alguns de seus "cúmplices": Novelli, em Triste Baía de Guanabara; Olívia Byington, em Clarão; Sueli Costa, em Álbum de Retratos, Eu Te Amo, Agradecer e Dona Doninha; Filó Machado, em Perfume de Cebola; Nando Carneiro, em Cavalo Marinho; Nelson Ângelo, em Dito e Feito e Deixa o Barraco Rolar; Sérgio Santos, em Fazendeiro do Mar; Joyce, em Beira Rio; e Zé Renato, em Lua de Vintém. Não há, porém, nenhuma das parcerias de Cacaso com Mauricio Tapajós nem com Edu Lobo. Um desperdício. Mas, para compensar, cada faixa traz o impulso amoroso dos que emprestaram música aos versos de Cacaso. E assim, com voz calorosa e plena de emoção, que lhe permite demonstrar rara personalidade musical, Rosa juntou fragmentos da vida que o poeta e ativista literário transformou em magia libertária. Com acompanhamentos marcados pela sutil e clara economia de sons instrumentais, embora de muito gosto, bela maneira de privilegiar palavras e assim render melhor tributo ao homenageado, Álbum de Retratos é obra de referência que o amor de Rosa Emília por Cacaso oferece a quem desejar conhecer melhor o que este grande poeta pensou e deu à vida: Lá vou eu/Outra vez me enganar/Como quem principia/Tentando não lembrar antigos fatos/Fecho o álbum de retratos/E vou te procurar...
Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.
HUNGRIA NA BIBLIOTECA São Paulo: Seus Povos e Sua Música. Curadoria da pesquisadora e pianista Anna Maria Kieffer. Destaque é para manifestações da cultura húngara. No programa, obras de Bartók e Kodály. Com palestra de Eva Piller, presidente da Casa Húngara de São Paulo. Auditório da Biblioteca Mário de Andrade. Rua da Consolação, 94. Tel.: 3256-5270. Sábado (12). 16h. Grátis.
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O Que Torna um Vinho Melhor do que o Outro? Terroir, Traquejo e Tecnologia - 2 Carlos Celso Orcesi
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omeçamos esse texto trazendo o exemplo da Catena Zapata, a mais famosa vinícola argentina. Mas poderia ser qualquer vinícola no mundo inteiro, todas com produtos da linha popular (no caso o Alamos a R$ 30,00), subindo degraus até o vinho prêmio e agora (eis o marketing) o vinho ícone. Retomando o exemplo, subiremos um degrau na direção da linha intermediária "Catena". Sem o segundo nome Zapata, sem altitude e com maior rendimento por hectare situam-se na faixa de R$ 50,00. Trata-se ainda assim de ótima relação custo-benefício, bastando lembrar que o Cabernet Sauvignon 2006 obteve 90 pontos de Robert Parker, o 2007 89 e o 2008 (atualmente comercializado Mistral) voltou ao patamar dos 90 pontos. Não acreditem demais nos números, mas o mínimo a convir, no caso, é que a vinícola demonstra regularidade. O objetivo destes textos é desvendar o que torna um vinho melhor do que o outro? Claro que a resposta é complexa,
mas podemos resumi-la com a teoria dos três Tês: terroir traquejo e tecnologia. Ou mais especificamente solo e clima (terroir), manejo (traquejo ou fator humano), colheita, vinificação e guarda (tecnologia). No artigo da semana passada analisamos o conceito e o sentido de terroar (terroir); aqui analisaremos o conceito seguinte: o traquejo (ou segundo T). Embora os melhores autores costumem utilizar a palavra manejo, nós preferimos traquejo. Inclusive para "dar certa" a teoria dos três tês!!! Há outra explicação melhor: manejo é tão somente o resultado da ação humana, aquilo que o homem realiza no vinhedo a título de intervenção. Passa a ideia de trabalho conjunto com a natureza. Traquejo é algo mais: não apenas a experiência do vinhateiro mas sua proposta de mercado, a escolha do maior ou menor rendimento por hectare, o custo, preço e a lucratividade e, em última análise, a imagem e o marketing que a vinícola pretende
alcançar. Enquanto manejo é o homem trabalhando com a natureza, traquejo (ao menos assim vejo) é o homem sobre a natureza. Na produção dos vinhos mais nobres geralmente tudo começa com a condução da planta em arames
(pérgolas), com os galhos principais em forma de T, como o Cristo Redentor de braços abertos a proteger o vinhedo, o que permite insolação ótima dos cachos e ventilação que evita a proliferação de fungos. Se possível utilizando vinha velhas (assim consideradas, ao menos,
as sexagenárias), como os grandes vinhos Esporão Private Selection e Quinta do Crasto, vinhas que por si só já produzem pouco. As podas se dividem em duas: seca, após a colheita, para deixar o vinhedo mais preparado para o inverno; e verde, na primavera, para eliminar o excesso de vegetação ou folhagem, insolando mais os cachos ainda verdes. A que se seguem mais adiante duas técnicas: o raleio, que significa cortar fora cachos já brotados se ao vinhateiro parecer excessiva a produção; e a seleção, em especial no momento da colheita, de cachos de uva mais maduros em detrimento de cachos que não tenham eventualmente alcançado a plenitude. Quem já colheu alguma fruta (p. ex. laranja, caqui, maçã) num pomar sabe que a árvore dá frutos durante certo tempo, de modo que sempre haverá frutas mais maduras e outras por amadurecer. Momento crucial é a colheita, que em todos os vinhos deve se dar no
limite ideal da maturidade e nos vinhos prêmios ser feita a mão e em caixas de pequeno volume, para que a fermentação não comece antes da hora em função do peso das uvas de cima sobre as de baixo. É como empilhar frutas antes de viajar para a praia: o mamão e a pêra de baixo fatalmente ficarão amassados. Apesar de todas as explicações técnicas ainda falta concluir o que torna um vinho melhor do que outro. A primeira pergunta será a última a ser respondida, no próximo e último capítulo sobre "tecnologia". Por hora fiquem os leitores curiosos, e principalmente consolados com a frase de que, em matéria de vinho, a experiência é melhor do que a juventude. Os bons vinhos são como as vinhas velhas: produzem pouco mas melhor. São como os homens experientes, que em vários campos da atividade humana produzem menos, embora com mais inteligência ou sabedoria.
CINEMATECA: MOSTRA MULHERES NA DIREÇÃO. Os Beijos Perdidos, entre os destaques. Direção: Aline Issermann. Sábado (12). 21h. Sala Petrobras. Largo Senador Raul Cardoso, 207. Tel.: 3512-6111. R$ 8.
Fotos: Divulgação
Lugares que traduzem uma alma
Wim Wenders/Reprodução
Acima, topo de arranha-céu em São Paulo (2008). Abaixo, Wim Wenders e a capa do livro, feita sobre foto de esquina em Montana, EUA, clicada em 2003.
A lei do mais forte Lúcia Helena de Camargo
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rancos e negros, árabes e israelenses, palmeirenses e corintianos, forasteiros e aborígenes, suecos e dinamarqueses. Você já identificou em cada dupla a óbvia rivalidade ancestral. Mas... suecos e dinamarqueses? Para a grande maioria dos habitantes do planeta, os dois povos nórdicos são em tudo semelhantes: cultura, cor da pele, idioma. Pois entre si eles têm lá suas rixas. Sobre essa e outras intolerâncias está a premissa de Em Um Mundo Melhor (In A Better World, Dinamarca, 2010, 113 minutos) dirigido por Susanne Bier (é dela também Coisas que Perdemos pelo Caminho).
Morando na Dinamarca, a família de Elias (Markus Rygaard) é sueca. O tímido garoto usa aparelho nos dentes. Velha história. No colégio, apanha dos fortões. Para piorar, seus pais estão se divorciando. Então, no meio do ano, chega à escola Christian (William Jøhnk Nielsen), cuja mãe acabou de morrer de câncer. Considerado alheio ao grupo, começa também a sofrer na mão dos brutamontes. A solidariedade entre excluídos os une. Em paralelo, vemos Anton (Mikael Persbrandt), o pai de Elias, tentando ministrar lições de paz. Na frente dos meninos, leva um tapa de um arruaceiro e não
reage. Médico, ele é o ponto nevrálgico da trama. Em seu trabalho em um campo de refugiados na África, trata de feridos à bala, malárias. Não raro atende mulheres atacadas pelo fascínora conhecido como “o machão”, autor de estupros e outras atrocidades. Um dia, o bandido chega para ser atendido... Tratando de problemas que falam mais de perto ao público norte-americano, Em Um Mundo Melhor levou o Oscar de melhor filme estrangeiro e o Globo de Ouro na mesma categoria, desbancando o mais intenso e cru Biutiful, do mexicano Alejandro González Iñárritu.
Celeste mas superficial O
astrônomo Francisco (Dalton Vigh, foto) crê apenas na insignificância humana dentro do Cosmos. Sua namorada, Diana (Carolina Holanda) professa fé em valores mais terrenos. O debate envolve filosofia, sentido da vida. No entanto, o argumento interessante não faz decolar o filme brasileiro Corpos Celestes (2010, 91 minutos). Dirigido por Marcos Jorge e Fernando Severo, o longa levou o prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado. De fato, as imagens são impecavelmente bem cuidadas. Os pecados recaem sobre o fraco roteiro. O foco da história começa sendo a paixão do garoto Chiquinho (Rodri-
go Cornelsen) pela astronomia, por influência do vizinho americano Richard (Antar Rohit). Como se espera, torna-se astrônomo quando adulto. Depois, espera-se alguma revelação ou questão crucial a ser resolvida. Ou pelo menos um diálogo mais consistente. Nada acontece. Vigh tem atuação convincente. Já seus parceiros de tela são fracos. O papel de Carolina é vago. Exercendo uma das profissões mais antigas de que a humanidade tem notícia, ela ora é Diana, ora Celeste ou Stella, ora Lucila. Lindíssima, chega e some, sem nada justificar. Fosse apenas fantasia romântica, musa etérea, vá lá. Mas se pretende que
ela faça contraponto de peso ao pessimismo exagerado do cientista, com sua suposta alegria de viver. E nisso tanto o filme quanto a personagem falham miseravelmente, em razão do excesso de superficialidade das cenas. (LHC)
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im Wenders, alemão mais conhecido no Brasil por seus filmes Paris Texas e Asas do Desejo, gosta de sair à esmo nos intervalos das filmagens e fotografar becos, ruas, muros, túmulos, escombros de demolições. Não faz fotos de belas paisagens verdes ou campos em flor. Ele já esteve no Brasil diversas vezes. No Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, entre outras cidades. Talvez em razão desse gosto bizarro pelo concreto, declara que sua cidade brasileira preferida é a capital federal. "Gostaria de filmar lá", disse, na abertura da exposição Lugares Estranhos e Quietos, que se manteve em cartaz no Museu de Arte de São Paulo (Masp) de outubro de 2010 até o mês passado e deu origem ao livro de mesmo título, agora lançado pela editora da Imprensa Oficial (64 páginas, R$ 60). Na apresentação, explica seu processo. "Tenho um grande fascínio por lugares. É quase como um vício. (...) Deve ser um tipo de radar interno que frequentemente me leva a lugares que são estranhamente quietos ou quietamente estranhos." A obra bilíngue – português e inglês – traz todas as imagens que integraram a exposição. Está lá um cemitério em Tóquio, um palco para projeções ao ar livre m Palermo, uma desolada roda-gigante na Armênia, um muro no quarteirão judeu de Berlim. Três das fotos foram feitas no
Brasil: o feio topo de um prédio em São Paulo, um muro grafitado pela dupla OsGêmeos e uma curiosa pintura de janela em Salvador, sobre a qual aparece pichada a letra "W". Wenders falou com o Diário do Comércio na abertura da mostra. Diferente de muitas celebridades, ele olha nos olhos do interlocutor e fecha todos os canais em volta quando dedicado a conceder uma entrevista. Sereno, ouve a pergunta, depois permace quieto alguns segundos. Pensa, pensa. E então responde, parecendo entregar na resposta toda a verdade de que é capaz. Entre outras questões, quisemos saber como funciona seu
método para conseguir os lugares vazios, já que as pessoas raramente aparecem em suas fotos. Ele espera que as pessoas deixem a cena ou pede para que saiam? "Quando estou filmando já preciso pedir aos atores para fazer isso ou aquilo. Então, quando fotografo, simplesmente espero todo mundo sair para clicar." Ao filmar, o cineasta usa o sistema digital e até câmeras 3D. Seu documentário Pina, sobre a bailarina Pina Bauch, foi rodado nesse formato. Deve estrear este ano. "A tecnologia ajuda a traduzir as emoções", diz. Porém, repudia as imagens criadas em computador. "Não dou a mínima para nenhuma dessas imagens computadorizadas de hoje em dia, nas quais o mundo é representado artificialmente, arrumado, manipulado, inventado ou composto para criar uma 'nova realidade'. O que há de bom nisso?", questiona. (LHC)
SESC PINHEIROS - PRAÇA: CIA. NOVA DANÇA 4. Espetáculos baseados em improvisos, com sete integrantes. Rua Paes Leme, 195. Tel.: 3095-9400. Sábado (12). A partir das 18h30. Grátis.
Wim Wenders/Reprodução
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A Bienal que não foi vista Murilo Medina
Grupo austríaco inventou cultura um artista para a 25ª Bienal de São Paulo, em 2002. Ninguém desconfiou que não passava de um trote.
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Kety Shapazian Sir!> fazia menções a canções dos Beatles (We Can Work It Out), da banda grunge Nirvana (Smells Like Teen-Spirit) e ao single We Are The World, gravado em 1985 por 45 artistas e cuja renda foi usada no combate à fome na África. "Nós decidimos que Thomann não deveria ir sozinho ao Brasil. Seu projeto era uma visão exagerada da maior montanha da Áustria e ele convidou quatro grupos de jovens artistas para acompanhá-lo. Claro que tudo isso era falso também", diz Grenzfurthner. Pornografia – Os integrantes do monochrom chegaram na cidade para montar a instalação e foram "confrontados com um mecanismo comum de exclusão" em eventos dessa magnitude. A solução foi 'virar a mesa', de acordo com Grenzfurthner. "Quando membros da administração, jornalistas ou curadores perguntavam do paradeiro de Thomann, respondíamos irritados que ele não estava nem aí para a Bienal e que não ajudava em nada porque ficava assistindo filme pornográfico o dia inteiro trancado em seu quarto no hotel." E ninguém achava estranha essa desculpa mais que comprometedora? "Não, porque éramos apenas os caras responsáveis pela montagem da obra, ou seja, não éramos importantes. As pessoas achavam que nós não passávamos de empregados malpagos reclamando de um artista extravagante. Para elas, aquilo não passava de um negócio, como sempre. Mesmo assim, nossa estratégia funcionou. Nós contamos nossa história para alguns outros times de apoio. Havia gente que sabia que o Thomann era uma invenção, mas deixamos a critério deles revelar ou não a farsa. A maioria, além de preferir não contar nada, ainda inventava diferentes versões do que nós havíamos revelado", diz Grenzfurthner. "Assustador" – Como o artista jamais deu as caras, o monochrom não ganhou os catálogos da exibição, já que eles só poderiam ser entregues ao próprio Georg Paul Thomann. "Os princípios básicos de como a exibição funcionava era assustador. Foi uma experiência interessante ver este mundo das artes de m. sob esta perspectiva", fala o austríaco. "Havia pouquíssimo contato entre os artista dos mais de 80 países presentes. Todos estavam ocupados construindo
seus 'mundinhos' em suas pequenas salas brancas. Pode parecer estranho, mas Thomann foi um projeto sobre solidariedade. O que nós vivemos na Bienal de São Paulo em 2002 foi o contrário de um ato coletivo. Nós éramos uma equipe de mentira, sem panfletos ou uma agenda em comum. Sim, nós tentamos recrutar outros artistas para participarem no nosso pequeno ato de solidariedade, mas em nenhum momento aquilo foi um protesto com uma pauta política. Não queríamos terminar naquele velho mundo preto e branco onde todos os que apoiam o Tibet moram! Preferimos chamar o processo de contra-ataque. O termo pode ser bem conhecido no campo da guerrilha urbana, mas raramente aparece em eventos artísticos", observa. Feedback – Grenzfurthner não sabe quantas pessoas – sejam elas membros da imprensa, da administração da mostra ou os governos da China e de Taiwan – ainda acreditam no que viram (ou melhor, não viram) na Bienal daquele ano. "Também jamais recebemos qualquer feedback de autoridades austríacas." O governo da Áustria sabia do projeto. Foi avisado pela curadora Zdenka Badovinac, que que fez o convite ao irreverente grupo. 'Biografia' – Georg Paul Thomann nasceu em Vorarlberg, em 1945. Em 1963, mudou-se para a capital, Viena, onde estudou arte. A partir de 1964, viveu e trabalhou em Berlin e Munique (Alemanha), Paris (França), Palo Alto e Nova York (EUA) e Londres, na GrãBretanha. Voltou à Viena em 1980. Recebeu diversos prêmios e honrarias. Ensinou arte contemporânea em várias universidades. Foi um "clandestino" dentro do cenário artístico austríaco. "Sua clandestinidade pode ser explicada pelo fato de que Thomann nunca existiu. Pelo menos não como uma entidade física", diverte-se. Em 21 de julho de 2005, o artista morreu num acidente de carro perto da bonita cidade de Hall, na província do Tirol. "Foi enterrado lá mesmo, num parque ao lado de um hospital psiquiátrico, afinal, este é o país de origem de Freud." Meses depois, o monochrom foi avisado que o túmulo iria ser removido porque "pacientes do hospital estavam levando flores e rezando no local". Será mesmo?
Torre multimídia batizada de I'm Winning my Religion, uma analogia à canção Losing My Religion (R.E.M.)
Fotos: Divulgação
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m 2001, o grupo de arte monochrom, fundado em 1993 e baseado em Viena, foi convidado pela curadora Zdenka Badovinac para representar a Áustria na 25ª Bienal de São Paulo, que aconteceria no ano seguinte. Conhecidos por serem politicamente de esquerda, os integrantes do monochrom estavam bem descontentes com a guinada para a extrema direita que a Áustria tinha começado a dar no inverno de 2000. Mas, como eles queriam participar da Bienal, "uma das três mais importantes do mundo", aceitaram o convite e avisaram a curadora de que no lugar de uma obra do grupo, eles enviariam um representante. O escolhido foi o artista do avant-garde Georg Paul Thomann, com então 57 anos. O único problema é que Thomann não passava de um "avatar" criado pelo monochrom. "Nós não queríamos representar diretamente a Áustria, um miniestado europeu racista. Por isso, escolhemos o Thomann. Passamos mais de seis meses criando sua biografia em detalhes", conta Johannes Grenzfurthner, um dos responsáveis pela 'art-hoax', ou seja, uma pegadinha artística. O projeto foi tão bem articulado, que Thomann, além de uma biografia, ganhou monografias, artigos, um manifesto, enfim, tudo que fosse preciso para autenticar sua existência. E o que, inicialmente, era uma manifestação contra o governo de direita austríaco, por fim, virou uma das estripulias mais notáveis no mundo da arte contemporânea. Até hoje, nove anos depois da estripulia, os responsáveis pela mostra não faziam ideia de que haviam sido enganados. (Leia a resposta oficial do então presidente da Bienal à época, Carlos Bratke, nesta página) Autorretrato – Na Áustria, nos meses que antecederam a Bienal, o artista deu entrevistas e quando repórteres lhe pediam uma foto, ele enviava às redações autorretratos – desenhados pelos pranksters, segundo Grenzfurthner, que veio a São Paulo como parte da equipe que instalou a obra do avatar na cidade. O nome do projeto também não passava de uma longa gozação. <Yes, Sir, I can network it out, Sir!> < Smells like team-spirit, Sir!> <We are the World, we are the Children,
O irreverente Johannes Grenzfurthner
'Eu não sabia', diz Bratke. "Não, a imprensa brasileira nunca descobriu a verdade sobre Georg Paul Thomann. Eles nunca pesquisaram. Tampouco os responsáveis pela Bienal", alfineta o integrante do monochrom que participou do projeto que enganou meio mundo em São Paulo. "Eu não sabia de nada", disse ontem o arquiteto Carlos Bratke, presidente da Fundação Bienal de São Paulo entre 1999 e 2002. "Não tinha a mínima ideia! Mas minha única responsabilidade como presidente da Bienal era arrumar dinheiro para o evento. O responsável pelos convites, pelo tema, pelos artistas, era o curador alemão Alfons Hug. Você tem de falar com ele", pediu o arquiteto.
TEDx:
Parte da instalação de Thomann na Bienal
Uma saia justa com a China ta Johannes Grenzfurthner. Província rebelde – A China e Taiwan se separaram após uma guerra civil em 1949 e até hoje o governo chinês vê o território de Taiwan como uma província rebelde. "E para Chien-Chi Chang era muito importante que seu status fosse o de representante oficial de Taiwan. Ele tentou entrar em contato com a administração da Bienal e com o curador-chefe, o alemão Alfons Hug, sem sucesso. O monochrom decidiu mostrar solidariedade e, ao lado de outros artistas, lançamos uma campanha: cada um doaria uma letra pa-
Q
uando faltava pouco para a Bienal começar, os integrantes ficaram sabendo de um incidente envolvendo um 'vizinho' de exposição. O artista Chien-Chi Chang havia sido convidado para ser o representante oficial de Taiwan na mostra. Porém, três dias antes da abertura da 25ª Bienal de São Paulo, as letrinhas coladas na parede que indicavam que aquele artista era de Taiwan foram misteriosamente trocadas por outras. Agora, o artista era de Taipei. "Nós descobrimos que a delegação chinesa havia ameaçado se retirar da Bienal e causar um enorme problema diplomático se o nome do lugar não fosse trocado", con-
A verdade sobre o Projeto Thomann veio à tona durante o último TEDx de Viena, quando Johannes Grenzfurthner deu uma palestra sobre o monochrom. O vídeo está disponível no YouTube, no link www.youtube.com/watch?v=K2Rvh8VG3o8
ra que Chang pudesse montar a palavra Taiwan novamente." Os austríacos doaram o T, os canadenses deram um A, e artistas da Croácia, Singapura, Porto Rico e Panamá completaram o que faltava. "A maioria, no entanto, não quis participar com medo das consequências. Dias mais tarde, descobrimos que a imprensa da China e de Taiwan cobriu o incidente. Em um jornal, a manchete era 'Artista austríaco George Paul Thomann salva Taiwan'. Em outras palavras, um artista que não existia salvou um país pressionado a não ter visibilidade."