Ano 86 - Nº 23.205
Conclusão: 23h45
Jornal do empreendedor
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Lula fala em DEM vê "extirpar" DEM "desequilíbrio" da política do presidente
R$ 1,40
Página 8
São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2010
Página 8
A família Guerra contra-ataca Arte de Paulo Zilberman sobre Reprodução
Erenice Guerra e as irmãs Eudacy e Euriza mobilizam o Correio, a Comissão de Ética, os próprios sigilos, processo contra a Veja e até Lula para torpedear as acusações de tráfico de influência na Casa Civil. Páginas 6 e 7
SIGILOS
VEJA Ministra diz que vai processar a revista pelo que ela classificou de "calúnias"
ÉTICA
Erenice ofereceu a abertura de seus sigilos fiscal e bancário bem como os de Israel, seu filho
A 1ª bomba do dia: em ofício à Comissão de Ética e nota à imprensa, Erenice pede investigação
Marcos Mendes/LUZ
ECT
LULA
Mensagem dos Correios: todas as empresas de transporte aéreo de carga passaram por processo de licitação
Ele disparou: em campanhas surgem "todas as denúncias do mundo". À Erenice pediu reação rápida
RUÍNAS DO 1º ATAQUE Assessor Senado quer Castro convocar pede Erenice demissão Irmã de Erenice contratou irmão de Erenice Páginas 6 e 7 Newton Santos/Hype
Agora não há mais hoje. Duke Lee saiu do tempo O artista plástico paulistano Wesley Duke Lee, 78 anos, morreu no domingo. Página 12 credito
A grande vitrine das redes sociais Saiba como fazer bons negócios na internet, como os Fradinho (foto). A Magazine25.com investiu em publicidade na web e agora tem até uma loja física. Informática. E 6 e 7 HOJE Parcialmente nublado Máxima 31º C. Mínima 15º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 17º C.
ISSN 1679-2688
23205
9 771679 268008
Aqui morrem aos 40 anos as palmeiras de 200 anos Tronco de uma das 32 palmeiras imperiais da Praça da Sé: cupins, falta de espaço para raízes e poluição a destruíram. Outras estão condenadas. Pág. 9
Demitidos 500 mil. Em Cuba. Estatais sem dinheiro. É o fim do cabide de empregos. Página 9
MADE IN BRAZIL. NA CHINA. Mel brasileiro vira produto de luxo e atende ao paladar cada vez mais exigente da numerosa e endinheirada classe média chinesa. E 1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Há desafios a contemplar e seria bom que os presidenciáveis começassem desde já a analisar o cenário de 2011. Roberto Fendt
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ROBERTO FENDT
Reflexões para o futuro governo
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campanha eleitoral vai chegando ao fim e logo saberemos quem é o próximo presidente. Não custa elucubrar sobre alguns possíveis cenários que o eleito terá pela frente, mais não seja para balizar que expectativas formar sobre o seu eventual desempenho. Passemos primeiro pelo cenário externo. Qualquer país, hoje, é afetado pelo rumo que tomar a economia mundial. O percentual do PIB brasileiro que passa pelo comércio exterior é superior a 26%. Não que a economia brasileira seja especialmente aberta ao comércio, já que mesmo à nossa volta os países são mais abertos que nós. Na Argentina, por exemplo, o grau de abertura da economia é da ordem de 45%. No Chile, é de 76%. No México, de 65%. E por aí vai. Ocorre que, mesmo tendo um grau de abertura menor que nossos vizinhos, alguns dos segmentos mais dinâmicos de nossa economia dependem visceralmente das transações externas. A indústria depende do suprimento de partes e componentes para com-
pletar o que é produzido internamente. A produção do agronegócio está muito voltada para o exterior. Não há atividade econômica alguma no país que dispense as relações com o restante do mundo. Se assim é, para onde for o mundo não ficaremos imunes aos efeitos dessa direção.
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q u e p a r a q u e d i re ç ã o apontam as tendências atuais da economia mundial? Seria exagerado dizer que há um risco crescente de as economias desenvolvidas do Ocidente reproduzirem o padrão de baixo crescimento japonês das duas últimas décadas. Mas tudo indica que teremos um período de baixo crescimento nos EUA e, particularmente, na União Européia. Esses países foram, tradicionalmente, no passado, nossos principais parceiros comerciais. Se a situação não é de um cenário róseo para as economias desenvolvidas, o cenário dos principais países emergentes é melhor – aí incluída a China, atual locomotiva do crescimento mundial.
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as mesmo nos principais países emergentes, a perspectiva é de uma desaceleração do crescimento, pelo menos nos próximos dois anos. Essa perspectiva já se reflete no consumo de petróleo, por exemplo, e na tendência dos preços das principais commodities transacionadas no mercado internacional. Tudo isso quer dizer que poderemos contar, pelo menos nos próximos dois anos, com o cenário externo maravilhoso que garantiu o cumprimento das principais metas dos dois governos Lula: a inflação permaneceu bai-
xa, contida aqui pelos preços internacionais no primeiro governo e pela taxa Selic, no segundo; e o crescimento do PIB, potencializado pela forte demanda externa, nos dois governos.
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utro dado que já está disponível é a proposta orçamentária para 2011. Como manda a Constituição, o Executivo encaminhou ao Congresso, no final de agosto, o projeto de lei orçamentária para o próximo ano. Nele, o ponto mais saliente é a dotação de recursos para investimentos. Pela proposta, o orçamento do PAC cresce 0,3% do
A ilusão de que tudo poderá continuar muito bem, como veio ocorrendo até agora, é o principal risco para o novo presidente, que terá de enfrentar várias pressões.
PIB e o total previsto dos investimentos da União alcançaria 52 bilhões de reais. Nem tudo são flores no orçamento de 2011. As despesas correntes continuarão crescendo como proporção do PIB, custeadas pelo crescimento da receita tributária – também como proporção do PIB. Isso quer dizer que continuará havendo menos dinheiro no bolso do cidadão e menos recursos para as empresas privadas.
A
ilusão de que tudo poderá continuar muito bem, como veio ocorrendo até agora, é o principal risco para o novo presidente. Haverá pressões, por exemplo, para a elevação de salários no Judiciário, que podem se estender à toda a estrutura de salários dos servidores públicos. A falta de aumento real do salário mínimo, pela estrita aplicação da fórmula em vigor, poderá causar descontentamento entre os aposentados e pensionistas, que têm seus proventos reajustados com base no mínimo. Coroando
SERÁ ESTE APENAS UM GRITO NO VAZIO? Q
uem em sã consciência pode ser contrário a que a camada mais pobre da população de seu país receba apoio e condições para superar a barreira da pobreza, ingressar no mercado de consumo, ascender econômica e socialmente e ajudar a Nação a se desenvolver? Qualquer cidadão ou cidadã com um mínimo de formação, seja ela intelectual, cultural, social, religiosa e que paute sua vida pela adoção de boas ações e busca da prosperidade individual e coletiva, sabe que isso é o mínimo pelo qual se deve trabalhar. Olhado pelo ponto de vista do governo, instrumento da sociedade para gerir seus interesses, trata-se de obrigação à qual todo mandatário deve se submeter. Deixa de ser benefício
ou favor deste ou daquele governo, sendo sua necessária obrigação voltar-se para promover o desenvolvimento social, econômico, educacional e, inclusive, institucional, do país.
E
m época eleitoral, tende o governante – e, com acentuada parcela de infração à ordem legal do país, os atuais detentores do poder federal – a exibir-se no sentido de apresentar à população, como uma espécie de mérito pessoal, aquilo que é a obrigação para a qual foram eleitos. Basear-se em resultados que são somatória de ações conjuntas, apropriar-se de situações e condições adquiridas ao longo de décadas e pelo favorecimento da situação internacional, e nomear
Temos hoje uma formidável máquina de propaganda, muito superior à que foi criada por Getúlio Vargas na metade do século passado.
militantes partidários aos milhares, além de favorecimento ilícito em contratos, e vantagens obtidas por particulares de ligação com membros do governo, estão fora dos procedimentos e padrões de boa governança e de interesse da
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ome-se a isso tudo uma campanha permanente de busca de caminhos para criar mecanismos de controle sobre a opinião, o pensamento e a liberdade de expressão, a vontade unilateral de modificar as estruturas democráticas do País e, acima de tudo, um desejo incontrolável de institucionalização da perpetuação do mesmo grupo no poder, e teremos uma perversa receita de como se pode vender uma situação ruim para a vida do país, como se fosse o melhor possível para a nação.
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á, portanto, desafios a contemplar e seria de todo desejável que os presidenciáveis com chance de vencer o pleito começassem desde já a analisar o cenário de 2011. Dessa análise dependerá o sucesso inicial do novo governo, que terá sempre como comparação os oito anos de prosperidade do governo que sai. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA
PAULO SAAB
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população. Pior, afrontam as leis que deveriam ser objeto de exemplo, em sua obediência, por parte dos governantes.
tudo, a receita tributária pode não crescer tanto como está sugerido no Orçamento. Do ponto de vista político, vai se configurando mais do mesmo no Congresso. O PMDB continuará sendo a principal força nas duas casas do Congresso e não surpreenderia se sua bancada fosse reforçada pelo que sobrasse do DEM. Nessa circunstância, o Executivo continuaria tão ou mais refém do PMDB para levar adiante sua agenda, sem poder contar com o carisma do presidente Lula para compor a governabilidade necessária.
limenta tudo isto uma formidável máquina de propaganda, milhares de vezes superior, na qualidade técnica, na infiltração e no gasto de recursos públicos, à criada por Getúlio Vargas na metade do século passado, e teremos uma constatação da realidade que envolve os milhões de brasileiros que, com a visão embaçada, avaliam de forma equivocada e sem perspectiva histórica nem conhecimento do passado, o que lhe está sendo apresentado como bom, quando na verdade é mero meio de perpetuação no poder, de controle da sociedade. A propaganda, a enganação, a mentira, a desfaçatez, o deboche, a absoluta ousadia de não ter constrangimento em distorcer a realidade e se afastar
das responsabilidades, são instrumentos hoje rotineiros que estão desfigurando os valores da República, acintosamente, em nome de sua defesa.
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m sã consciência, ninguém pode ser contra a melhoria da qualidade de vida de sua população. Em sã consciência, quem a tem, não pode nem deve se deixar levar pela anestesia coletiva alimentada pela máquina da propaganda – que mente, distorce,reinventa, se apropria, na direção de um caminho que a Venezuela vive, sob o codinome de liberdade, mas na verdade, já desfigurada e transformada em servidão ao ídolo de barro. PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR
Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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MANIPULAÇÃO DA MOEDA CHINESA EXIGE MAIOR CUIDADO POR PARTE DOS ESTADOS UNIDOS.
Japão, EUA e a moeda chinesa
N
a semana passada, o ministro das Finanças do Japão declarou que ele e seus colegas queriam uma reunião com a China sobre a última compra de títulos japoneses para "analisar a sua intenção" – a forma diplomática de dizer "parem com isso agora". A notícia me fez bater a cabeça na parede de frustração. Vejam vocês: figuras políticas norte-americanas várias vezes se negaram a fazer algo sobre a manipulação cambial chinesa, em parte por medo de os chineses pararem de comprar nossos títulos. Mas, no ambiente atual, a compra de títulos por chineses não nos ajuda, nos prejudica. Os japoneses entenderam isso. Por que não nós? Se a discussão da política cambial chinesa parece confusa, é porque muita gente não quer enfrentar a realidade simples e direta – ou seja, que a China está mantendo de propósito sua moeda artificialmente fraca. As consequências dessa política também são simples e diretas. Essencialmente, a China está tributando as importações ao mesmo tempo que subsidia as exportações, criando um gigantesco superávit comercial. Há quem diga que o superávit comercial da China não tem nada a ver com sua política cambial. Se for assim, será a primeira vez na história econômica do mundo. Uma moeda subvalorizada sempre gera superávit comercial, e a China não é exceção. E numa economia que está desanimada mundialmente, qualquer país administrando um superávit comercial artificial está privando outros países de vendas e de empregos bastante necessários. De novo, alguém que diga algo diferente está afirmando que a China é exceção à lógica econômica. Então o que deveríamos
PAUL KRUGMAN estar fazendo? Autoridades dos EUA tentaram argumentar com seus colegas chineses, alegando que uma moeda mais forte seria bom para os próprios interesses da China. Elas têm razão sobre isso: uma moeda desvalorizada promove inflação, mina os salários reais dos trabalhadores chineses e dilapida os recursos chineses. Mas ao mesmo tempo que a manipulação cambial é ruim para a China como um todo, é boa para as empresas chineses politicamente influentes – e muitas delas são estatais. Assim, a manipulação cambial prossegue.
F
requentemente, as autoridades dos EUA anunciam avanços na questão cambial. Sempre, estes se mostram ser o que já estavam sendo. Em junho, Timothy Geithner, o secretário do Tesouro, elogiou o anúncio da China de que ela se moveria para uma taxa de câmbio mais flexível. Desde então, o renminbi se valorizou em 1% em relação ao dólar – com grande parte dessa valorização ocorrendo logo após as audiências programadas sobre questões cambiais no Congresso. E, como o dólar caiu diante de outras grandes
moedas, a vantagem artificial da China, na realidade, aumentou. Nada acontecerá até os EUA demonstrarem que farão o que normalmente fazem quando outro país subsidia suas exportações: impor uma tarifa temporária para compensar o subsídio. E por que essa ação nunca foi posta na mesa? Uma resposta seria o medo do que aconteceria se os chineses parassem de comprar títulos americanos. Mas esse medo
é despropositado: num mundo inundado pelo excesso de poupança, não precisamos do dinheiro da China – até porque o FED poderia e deveria comprar os títulos que os chineses vendessem. O dólar cairia, sim, se a China se desfizesse de alguns papeis americanos. Mas isso ajudaria a nossa economia, tornando as exportações mais competitivas. Perguntem aos japoneses, que querem que a China pare de
Se a discussão da política cambial chinesa parece confusa, é porque muita gente não quer enfrentar o fato de que a China está mantendo de propósito sua moeda fraca.
comprar seus títulos, porque essas compras estão valorizando o iene.
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lém de temores financeiros injustificados, há um motivo mais assustador para a passividade dos EUA: o medo empresarial da retaliação chinesa. Considerem uma questão correlata: os subsídios claramente ilegais que a China fornece à sua indústria de energia limpa. Esses subsídios deveriam levar a uma queixa formal das empresas americanas; aliás, a única organização propensa a prestar uma queixa é o sindicato dos metalúrgicos. Por quê? Como a The Times noticiou, "empresas multinacionais e associações comerciais no negócio de energia limpa, como em tantas outras indústrias de outras áreas, têm se mostrado cautelosas em entrar com ações, temendo a fama das autoridades chinesas de retaliação contra joint ventures no país delas e, potencialmente, negando acesso ao
mercado para qualquer companhia que fique contra a China". Uma intimidação parecida certamente ajudou a desencorajar qualquer ação no fronte cambial. É uma boa hora para lembrar que o que é bom para as multinacionais frequentemente é ruim para os EUA, especialmente para seus trabalhadores. Eis a questão: os EUA vão se deixar assombrar pelos fantasmas financeiros e intimidadas pelas ameaças empresariais? Continuarão sem fazer nada diante de políticas que beneficiam os interesses especiais da China, à custa tanto dos trabalhadores chineses e dos norte-americanos? Ou vão, finalmente, agir? Fiquem ligados. PAUL KRUGMAN É ECONOMISTA, COLUNISTA DO THE NEW YORK TIMES, PROFESSOR E AUTOR DE VÁRIOS L IVRO S E PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA 2008 TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
Said Khatib/AFP-15/09/2009
TURQUIA EM CHIPRE, ISRAEL EM GAZA
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endo em vista as críticas feitas por Ancara, naquilo que chamou de "prisão a céu aberto" em Gaza, o recente aniversário da invasão de Chipre pela Turquia (acontecida em 20 de julho de 1974) possui relevância especial. A política da Turquia em relação a Israel, historicamente cordial e há apenas uma década se aproximando de uma aliança completa, esfriou desde que os islamistas chegaram ao poder em Ancara, em 2002. Sua hostilidade tornou-se explícita em 2009, durante a guerra Israel-Hamas. O primeiro ministro Recep Tayyip Erdogan condenou veementemente as políticas israelenses como "perpetração de ações inumanas que irão levá-los a autodestruição" ("Alá irá punir aqueles que transgredirem os direitos de inocentes"). Sua esposa, Emine Erdogan, hiperbolicamente condenou as ações israelenses como tão desprezíveis que "não podem ser expressas com palavras". Seus ataques verbais possuíam o augúrio de hostilidades adicionais que incluíram insultar o presidente israelense, patrocinar a Flotilha da Liberdade e chamar de volta o embaixador turco do país. Essa cólera turca levanta uma questão: Israel em Gaza é realmente tão pior do que a Turquia em Chipre? Uma
comparação aponta que isto é altamente improvável. Considere alguns contrastes: 1) A invasão turca de 1974 envolveu o uso de napalm e espalhou o terror entre aldeães gregos em Chipre, de acordo com o Minority Rights International Group (Grupo Internacional para os Direitos das Minorias). Em contraste, a "feroz batalha" de Israel para tomar Gaza contou apenas com armamentos convencionais e não causou virtualmente qualquer baixa civil. 2) A ocupação subsequente de 37% da ilha resultou em uma "limpeza étnica forçada" de acordo com William Mallinson em uma monografia recém publicada pela Universidade de Minnesota. Por outro lado, se alguém deseja acusar Israel de limpeza étnica em Gaza, foi contra seu próprio povo, os judeus, em 2005. 3) O governo turco patrocinou o que Mallinson chama de uma "política sistemática de colonização" em terras gregas no norte de Chipre. Cipriotas turcos, em 1973, totalizavam aproximadamente 120.000 pessoas; desde então, mais de 160.000 cidadãos da República da Turquia assentaram-se em suas terras. Nem ao menos uma comunidade israelense permaneceu em Gaza. 4) Ancara governa sua zona ocupada tão rigidamente que, nas palavras de Bülent Akarcali,
DANIEL PIPES mantém gregos pacíficos fora do norte de Chipre. A muralha de Israel exclui terroristas palestinos. há também a cidade fantasma de Famagusta, onde as ações turcas assemelham-se às da Síria sob o comando dos brutamontes Assad. Após a força aérea turca bombardear a cidade portuária cipriota, forças turcas movimentaram-se para tomá-la, com isso incitando a população grega inteira (temendo um massacre) a fugir. Tropas turcas imediatamente isolaram a parte central da cidade, chamada Varosha, e proibiram a habitação desta região. Conforme esta cidade grega em degradação é reclamada pela natureza, torna-se uma bizarra cápsula do tempo desde 1974. Steven Plaut, da Universidade de Haifa, visitou a região e relata: "Nada mudou... Dizem que os distribuidores de carros na cidade fantasma até hoje estão estocados com modelos antigos de 1974. Durantes anos, após o estupro de Famagusta, pessoas dizem ver pontos de luz brilhando nas janelas de prédios abandonados". Curiosamente, outra cidade fantasma levantina também data do verão de 1974. Apenas 24 dias antes da invasão turca em Chipre, tropas israelenses evacuaram a cidade fronteiriça de Quneitra, entregando-a a autoridades sírias. Hafez-al-Assad decidiu, por razões políticas, não permitir que
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Gaza: Turquia condena ação de Israel, mas faz pior no Chipre um político turco sênior, "o norte de Chipre é governado como uma província da Turquia". Um inimigo de Israel, Hamas, governa em Gaza. 5) Os turcos montaram uma
estrutura autônoma dissimulada, chamada "República Turca do Norte de Chipre". Os cidadãos de Gaza usufruem de uma autonomia real. Um muro ao longo da ilha
Israel em Gaza é realmente tão pior do que a Turquia em Chipre? Uma comparação aponta que isso é altamente improvável
ninguém vivesse nela. Décadas depois, ela também permanece vazia, refém da belicosidade. Erdogan diz que tropas turcas não estão ocupando o norte de Chipre, mas estão lá na "capacidade turca de potência responsável", seja lá o que isto quer dizer. No entanto, o mundo externo não foi ludibriado. Se Elvis Costello recentemente cancelou uma apresentação em Tel Aviv, em protesto contra o "sofrimento de inocentes" (palestinos), Jennifer Lopez cancelou sua apresentação no norte de Chipre para protestar contra o "abuso de direitos humanos" ocorridos lá. Em resumo, o norte de Chipre compartilha características com a Síria e se assemelha a uma prisão a céu aberto mais do que Gaza. É interessante que uma Ancara hipócrita aprume sua penugem moral sobre Gaza, mesmo que governe uma zona de maneira significativamente mais ofensiva. Em vez de se meter em Gaza, os líderes turcos deveriam cessar a ocupação ilegal e desordeira que por décadas dividiu Chipre tragicamente. DANIEL PIPES É JORNALISTA E HISTORIADOR NORTE-AMERICANO, ESPECIALISTA EM ISLAMISMO E ORIENTE
MÉDIO E COLUNISTA DO NEW YORK SUN E THE JERUSALEM POST TRADUÇÃO: ROBERTO FERRARACIO PUBLICADO POR WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.GERAL
Giba Um
3 A disposição de Erenice
Guerra de quebrar seu sigilo bancário, por conta do imbroglio de seu filho, provocou risos no poder.
gibaum@gibaum.com.br
3
MAIS: primeiro, porque ninguém falou que ela levou um quinhão; segundo, porque nem aloprado usa sua conta pessoal.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
14 de Setembro
E
k Todo mundo quer que eu grave, vá a comícios. Eu devia montar Ninho de tucanos «
NOVO HOMEM A primeira edição da revista Alfa , anunciada para um publico masculino acima de 35 anos e definido como o novo homem brasileiro , tem capa tripla de personagens supostamente localizados nesse segmento: Galvão Bueno, Marcelo Tas e o ator Daniel Oliveira, que viveu Cazuza no cinema e que, em Passione, é filho de Totó (Tony Ramos) pelo qual Stela (Maitê Proença) é apaixonada. Para a segunda edição, há quem aposte que Renato Aragão, o Didi Mocó , poderia ir para a capa de Alfa .
Se a MTA – Master Top Airlines conseguiu renovar sua licença junto à Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, que permitiu que continuasse voando e transportando cargas para os Correios devido a ação intermediária de Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, os 6% cobrados em cima dos R$ 84 milhões faturados, dá uma comissão de R$ 5 milhões. Se a Capital, empresa supostamente pilotada pelo mesmo Israel Guerra, tivesse dez contratos de intermediação sobre valores semelhantes, o resultado seria cerca de R$ 50 milhões – e daí para frente seria uma festa só. Se as sete maiores empreiteiras do país que, juntas, faturaram em 2009 cerca de R$ 25 bilhões, também destinassem 6% de seu faturamento para empresas semelhantes (ou mesmo, no tradicional propinoduto que cerca as grandes licitações brasileiras), o resultado seria R$ 1,5 bilhão. 333
Fazendo as contas
333
Depois das cougars , mulheres acima de 40 anos que gostam de rapazes abaixo de 25 anos (é daí que vem o titulo da série Cougar Town, estrelado por Courtney Cox, toda recauchutada), as jovens americanas que dão em cima deles, em busca de um beijo ou muito mais que isso (elas se sentem mais poderosas e orgulhosas de suas conquistas) estão sendo chamadas de hienas. O rótulo vem de especialistas em adolescência de lá e entre elas, a famosa Jennifer Austin Leigh, que já ganhou uma página no The New York Times , que explicam que, no reino animal, as fêmeas dessa espécie são muito mais agressivas sexualmente do que as machos. Se bem que as hienas, no geral, também carreguem a fama de comer detritos e dar risada . 333
FESTA DE RÉUS Dos 481 deputados federais que concorrem às eleições deste ano, 45 respondem a ações penais que tramitam no Supremo Tribunal Federal, sendo acusados em 73 diferentes processos. Ou seja: um em cada dez deputados federais que disputam a reeleição, fazem parte de um bloco acusado de formação de quadrilha, corrupção, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e contra a Lei de Licitações.
333
Carlos Augusto Montenegro, dono do Ibope, que há quatro meses, profetizava que José Serra seria o novo presidente da República, volta à carga, usando seus recursos de enxergar o futuro, fazendo uma avaliação nos Estados brasileiros. Segundo ele, haverá segundo turno no Piauí, Santa Catarina e Alagoas e possibilidades de segundo turno no Rio Grande do Sul e Pará. No Rio Grande do Norte, sua bola de cristal não sinaliza nada. Nos demais Estados, a fatura deverá ser liquidada, segundo Montenegro, no primeiro turno. 333
MISTURA FINA O GRUPO português Ongoing, que burla a legislação brasileira no que se refere à participação de estrangeiros em empresas de comunicação e que controla os jornais Brasil Econômico, O Dia, Meia Hora e Marca Campeão, está conversando com a Rede Bandeirantes, para uma possível associação onde entraria nas áreas de produção, co-produção, comercialização, formatos e até reformulação na grade. O grupo português tem uma empresa chamada CTN – Conteúdos Transnacionais que já atua em Portugal, Angola e Moçambique. 333
POR INICIATIVA de parte dos aliados de José Serra à Presidência, que não engolem o fato do candidato renegar o legado deixado por FHC, o expresidente, escondido até agora da campanha (só aparece nos horários de Aloysio Nunes Ferreira e Marcelo Cerqueira) participará hoje de um debate online do site tucano Rede Mobiliza , a partir das 18h. 333
A estrela sobe
Ela ganhou o Oscar e o Bafta de melhor atriz pelo filme Piaf – Um Hino de Amor e depois o Golden Globe de melhor atriz de comédia musical por Nine , inspirada em Oito e Meio , de Fellini: agora, devido ao novo sucesso ao lado de Leonardo DiCaprio em A Origem, a parisiense Marion Cottilard, 34 anos, é capa e recheio da nova edição da Vogue francesa e, ao mesmo tempo, repete a dose em Interview. Entre uma e outra, passa da lingerie de couro a fotos com doseextra de sensualidade, quase tirando a roupa (destaque). 333
CRESCE o nome de Alexandre Tombini, diretor de Normas do Banco Central para ocupar a presidência do BC no governo Dilma, caso ela se eleja. E surpreendentemente, o nome de Henrique Meirelles começa a ser cogitado para o Ministério dos Transportes ou de Minas e Energia, como cota do PMDB.
333
Estilo Collor Agora, a candidata Dilma Rousseff repete (no debate na Rede TV!, usou a expressão cinco vezes) em discursos e entrevistas, a expressão “Doa a quem doer”. E garante que, originalmente, quem usou foi o presidente Lula. Deve ter se inspirado em seu novo amigo de infância Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas. Em seus curtos tempos de Presidência, Collor foi ainda mais longe e fez uma versão especial para o espanhol da expressão, que entrou para o folclore político: Duela a quien duela! 333
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A hora das hienas
BOLA DE CRISTAL
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Chic de Carolina Herrera.
Blue de Chanel.
Outra sociedade Já não se fazem mais socialites como antigamente: de um lado, a veterana Carmen Mayrink Veiga decreta que “não existe mais sociedade brasileira”; de outro, a nova edição do famoso livro Sociedade Brasileira, agora editado por Lourdes Catão (sua irmã e criadora da publicação Helena Gondim, morreu no ano passado), entre os 2.300 verbetes, apresenta 120 estreantes. São originários do bloco dos emergentes, mais gente de televisão e até promotoras de festas. Tem até Paulo Coelho na nova edição. A própria autora, Lourdes Catão, ainda briga na justiça com a cunhada Angela, nove anos depois de ter revelado que seu filho Álvaro tinha como pai e cunhado, Francisco Catão. 333
333 CHEGA ao fim – e civilizadamente – o romance (durou quase dois anos) entre a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal e o jornalista e produtor de televisão Roberto D’Avila. Ela continua sonhando em conquistar um posto no Exterior e sair mais cedo da Alta Corte.
O LIVRO Vale Tudo – O som e a fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, vai virar musical no Rio, produzido por Sandro Chaim e também vai virar filme, com direção de Mauro Lima, o mesmo de Meu nome não é Johnny. 333
Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero
Solução C T A R A Y E B B A A I A B S A R O H I N B O T O P A N C A A R D R O BU R A D AG A C U I AI B R A B A C A L A D O N D N AT A OL N A C A R I A S AC P I O G B I A B E S E T AC E O R U U LE C OS M O S L L A A TEI A
Erenice Guerra, chefe da Casa Civil e apontada como autora do famoso dossiê contra FHC, envolvendo uso de cartão corporativo por parte de Ruth Cardoso, queria ser ministra do Tribunal de Contas da União. Dilma até se esforçou, mas Lula indicou José Múcio Monteiro. Agora, Lula quer colocar Antonio Palocci na Casa Civil num eventual governo de Dilma e ela continua fazendo força para que Erenice permaneça no cargo (se não der, ela vai para a Secretaria Geral da Presidência). A seu lado, atua Miriam Belchior, que cuida das obras do PAC (Lula é que tomou essa decisão porque Dilma queria tudo subordinado a Erenice), está cotada para o Ministério do Planejamento, foi casada com o prefeito assassinado Celso Daniel, de Santo André e participou de seu governo. É de total confiança do presidente.
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333 Ela foi a grande atração da edição 2010 do Vídeo Music Awards, promovido pela MTV, em Los Angeles, seja pelos oito prêmios que levou (concorria em 13 categorias) ou pelas vestimentas pouco comuns que usou. A noite foi mesmo de Lady GaGa (à esquerda, com vestido feito de pedaços de carne, ao lado da veterana Cher, 64 anos, toda transparente) embora Eminem também brilhou (dois prêmios) e Justin Bieber causou furor (levou prêmio de Artista Revelação). Na platéia, entre convidados e premiados, estavam Katy Perry, Rihana (de peruca) e Ke$ha (centro), além de Evan Rachel Wood, de True Blood (direita).
A noite de GaGa
Exaltação da Santa Cruz
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LULA // sobre pedidos que recebe para apoiar vários tipos de candidatos. Fotos: J.R. Duran / Divulgação
Uma e outra
A candidata Dilma Rousseff (está andando com uma bota ortopédica porque machucou o pé) começou a semana visitando a Federação Israelita de São Paulo, entidade que reúne os peso-pesados judeus do Estado – e nem imaginava que estaria enfiada num verdadeiro ninho de tucanos. A começar pelo médico Cláudio Lottemberg, que fez o discurso de saudação: ele foi secretário da Saúde de José Serra na prefeitura de São Paulo. O único que não era tucano (e que voltou a convidá-la para um almoço em sua casa, com mulheres, pilotado por Eleonora Rosset) era mesmo Ivo Rosset. Até Jaime Garfinkel, da Porto Seguro, é considerado hoje em cima do muro. 333
J
uma empresa de eventos e cobrar por isso.
sta celebração, com origem nos primórdios do Cristianismo, apresenta Cruz de Jesus como símbolo de Sua vitória sobre o pecado e a morte. É no suplício da Cruz que os cristãos encontram a glorificação de Cristo e a salvação da humanidade, o maior sinal do amor de Deus.
Por: José Nassif Neto Mike (?), ex-campeão de box.
Essencial para respirar.
Rebanho de cabritos. Vogais de bêbada.
'Bônus', '(?) Road', título de famoso crédito, em álbum dos espanhol. Beatles.
Instinto. Pessoa que viaja sem pagar.
Filha de Júpiter e Têmis. (mit.grega)
Dama de companhia. Símbolo de are. (metrologia)
Balcão de bebidas.
(?), mas não foi. Secretário de Jeremias, durante o exílio do povo israelita na Babilônia. (bíblico)
(?) Bom-bom, nome artístico de Adriana Soares, dançarina e apresentadora da TV.
'A (?)', filme com Leonardo Di Caprio.
O foxtrote é uma (?). Relativo a boca. Espada,curta e larga. Pejo; pudor.
Ilha da Indonésia. (centro turístico)
Contração muscular súbita, involuntária. Bário, símbolo quím. Apara o pêlo. Quieto. Cor ou tom rosado.
Apresenta textura grossa;"veludo (?)".
O que há de melhor. Precursor do violino.
Perda do sentido do paladar. Pano de lã grosseira. Ciumento; zeloso.
Recipiente portátil de formato circular.
Germine; desabroche.
Som das aves. Que tem cerdas.
Escuridão. (por analogia) Espaço do universo.
Unidade de energia. (física)
6ª nota musical. De origem portuguesa.
Mulher que não crê em Deus.
(371) 4-bono; 5-joule (trabalho no Sistema Internacional, realizado por uma força com magnitude de um newton); cioso; abbey; baruc; nácar; 6-cãibra; 7-setáceo; ageusia; lusíada.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 14 de setembro de 2010
5 A FAVOR Serra defende investigação de denúncias pelo Ministério Público
olítica
Serra pede providências contra quebras de sigilo
O
candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), aproveitou sua participação, ontem, na sabatina promovida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para reacender a questão da quebra do sigilo fiscal de sua filha e do genro por funcionários da Receita Federal. Serra disse que é preciso que a OAB tome providências para que numa agressão como essa a vítima não se transforme em culpada e os culpados não se transformem em vítimas, como ocorre hoje nesse caso. Serra disse que queria propor uma aliança c o m a O rd e m , não eleitoral, mas pós-eleição, para, se eleito, sair com a instituição em defesa da democracia, dos direitos humanos e do Estado democrático, começando pela transparência da administração do governo. Serra criticou o que chamou de "esquerdinha brasileira", ao compará-la com a esquerda do Chile, onde viveu quando exilado. Segundo ele, a esquerda no Chile era vista como esquema de transformação e estava sempre em defesa do Estado de direito. Ontem, afirmou, "a esquerda brasileira menospreza o Estado de direito, passa por cima dele para acobertar seus crimes e ainda usa os instrumentos do Estado de direito para defender seus aliados e perseguir seus adversários". Om iss ão – Para Serra, na violação do sigilo fiscal de sua filha e do genro, tanto a direção da Receita Federal quanto a Corregedoria do órgão têm mentido sistematicamente ou se omitido. "Primeiro, eles dis-
seram que tinham uma procuração sabendo que era falsa, mas não deram a informação da falsidade do documento", lembrou o candidato. Serra disse que não tem dúvida do caráter eleitoreiro dessa quebra de sigilo. Ele criticou o lobby instalado em vários ministérios para arrecadar dinheiro público, que vem da corrupção, e disse que a Casa Civil virou foco de escândalo, depois da reportagem da revista Veja desta semana, que denuncia o envolvimento da ministra da Casa Civil Erenice Guerra em esquema de lobby para beneficiar seu filho. Para Serra, o que aconteceu foi algo "gravíssimo" e por isso tem que ser muito bem investigado. Blogs – Serra voltou a vincular a sua adversária Dilma Rousseff (PT) às violações de sigilos fiscais. Disse que "blogs sujos" ligados à candidata petista veicularam informações obtidas com as quebras de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB – entre elas, o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. "Esses blogs mantidos pelo governo ou pelo PT já apresentavam dados do Imposto de Renda de algumas das pessoas que depois se descobriu que tinham tido seus sigilos violados. Se essas pessoas fazem isso hoje em uma campanha, imaginem o que fariam detendo o poder federal em mãos", questionou o tucano. Serra disse que os blogs citam o nome de Dilma e são ligados à candidata uma vez que ela não desautorizou a vinculação das páginas ao seu nome. "A pessoa é corresponsável porque não desautoriza.
CONTRA E pede o fim do voto obrigatório, do vice e da reeleição no País
Em sabatina na OAB, candidato tucano disse que é preciso que a entidade tome providências para que, numa agressão como essa, a vítima não se transforme em culpada e os culpados não se transformem em vítimas, como ocorre hoje nesse caso.
Sérgio Lima/Folhapress
Cobrança: presidenciável critica o que chamou de "esquerdinha brasileira" por menosprezo ao Estado de direito e às instituições
Se essas pessoas fazem isso hoje em uma campanha, imaginem o que fariam detendo o poder federal em mãos. JOSÉ SERRA E ao não desautorizar há caráter de representatividade no blog", sustenta. Na sabatina, o tucano disse que a garantia de manutenção dos sigilos fiscais dos cidadãos deve estar entre os direitos preservados no País – a exemplo
do que ocorre com questões ligadas à advocacia, como a manutenção do sigilo dos trabalhos de advogados. "Mereceria análise do próprio meio jurídico quanto a estratégias de defesas desenvolvidas, a partir das quais a vítima passa a ser culpada. Quem denuncia abuso, passa a ser criminalizada com adjetivos ou ações jurídicas que têm como finalidade a publicidade e o jogo de mídia. Esse é o caso típico que tem acontecido em relação ao sigilo". O tucano criticou a Receita Federal ao afirmar que o órgão vem ocultando informações e "forjando procurações" para tentar minimizar as violações de sigilo. "Primeiro, inventa e
diz que tem procuração. Sabe que a procuração é falsa, mas não passa a informação. Não há dúvida do caráter eleitoral dessas quebras de sigilo". Ministério Público – Mais tarde, em campanha na cidade de Itapetininga, no interior paulista, Serra defendeu a entrada do Ministério Público Federal (MPF) na investigação das denúncias de tráfico de influência contra a ministra da Casa Civil. O tucano considerou insuficiente o anúncio de que as denúncias serão investigadas pelo Conselho de Ética do governo. "É óbvio que não adianta. Isso tem que ter uma investigação aberta, uma ação do Ministério Público". Segundo ele, Dilma disseque a acusa-
Essa é uma regra do governo e do PT: acusar a vítima, que passa a ser culpada, e os culpados, inocentes. IDEM ção feita pela revista faz parte de uma montagem eleitoral. "Então, está acusando quem descobriu o malfeito. Essa é a regra do governo e do PT: acusar a vítima, que passa a ser culpada, e os culpados, inocentes". (AE/Folhapress)
Vice? Candidato acha que é dispensável. Ao debater a reforma política, José Serra condenou a reeleição, o voto obrigatório, a participação dos chamados partidos 'nanicos' e candidatos 'paranóicos'
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o que depender dos esforços do candidato à Presidência da República José Serra, a reeleição, o voto obrigatório e a figura do vice-presidente da República serão extintos. Serra criticou a reeleição em todos os níveis, sem dar exemplos, e também defendeu o direito de o eleitor escolher se quer votar – além da eliminação da figura do vice-presidente da República. "Doutrinariamente estou de acordo [com o fim da reeleição e do voto obrigatório]. Mas nenhum dos dois é assunto de programa de governo", afirmou, durante debate na Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) Nacional, respondendo a uma pergunta encaminhada pelo grupo do Centro-Oeste. Serra lembrou que encaminhou uma proposta para eliminar a figura do vice-presidente da República. Segundo o candidato, pelo formato atual do sistema político brasileiro, o vice-presidente é para "composição política". "Fiz uma emenda para não ter vice. O vice é uma coisa que vem do passado. O vice hoje é para composição política. Muitas vezes soma ao contrário", disse. Ao lançar-se candidato à Presidência, Serra demorou para escolher o candidato a vice-presidente da República na chapa dele. Depois de algum
tempo, o escolhido foi o deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ). Ao criticar ontem a figura do vice-presidente, Serra cometeu uma gafe, porque estava sentado ao lado do vice-presidente da OAB Nacional, Alberto da Costa Machado. A gafe arrancou gargalhadas da plateia e do próprio Serra. O candidato criticou ainda a reeleição e a obrigatoriedade do voto. "Acho que a reeleição não deu certo, não é um caso isolado. O voto é livre. Mas não vejo o porquê da obrigatoriedade. Várias democracias no mundo não têm", afirmou. Serra elogiou a atuação da OAB na busca pela manuten-
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress - 24.08.10
Fiz uma emenda para não ter vice. O vice é uma coisa que vem do passado. O vice hoje é para composição política. JOSÉ SERRA, QUE TEM COMO VICE O DEPUTADO
ÍNDIO DA COSTA (na foto).
ção da qualidade das faculdades de direito no país, por meio dos exames aplicados nos formandos, que tentam obter o registro. "Se não fosse a OAB, teríamos a desintegração da formação de advogados em nosso país", disse ele. Segundo o candidato, o direito é a "única carreira que de fato tem um mecanismo" que protege a sociedade da 'proliferação de faculdades de baixa qualidade". O comentário gerou aplausos dos presentes. "Como venho da universidade, na área da saúde falta mecanismo de proteção contra a proliferação indiscriminada de faculdades, coisa que tende a abalar a credibilidade da profissão", afirmou ele. Reforma fatiada – Durante a sabatina o candidato tucano também se comprometeu, se eleito, a mandar em 30 dias ao Congresso Nacional um projeto de reforma política, de forma fatiada, para que as resistências não se aliem contra a proposta. A reforma começaria pelo voto distrital que tanto pode ser misto como em lista. Serra disse que não acredita em financiamento publico de campanha porque acha que o dinheiro paralelo que está hoje nas campanhas vai continuar. O candidato do PSDB também defendeu a limitação de partidos "nanicos" que, em sua opinião, servem para apresentar candidatos "paranoicos" ou "legendas de aluguel" nas eleições. Serra sugeriu que a OAB
elabore proposta para reduzir a atuação dos "nanicos", com uma espécie de cláusula de barreira para essas legendas. "Além de reduzir custos, tem que ser encontrada fórmula legal de forçar a existência de debates, o que pressupõe medidas para limitar a representação de partidos nanicos sem a menor representatividade ou corrente de opinião, muitas vezes para a apresentação de candidatos paranoicos ou legen-
das de aluguel". Ao defender o voto distrital, Serra disse que a mudança vai reduzir custos das campanhas para que os candidatos se mostrem efetivamente como são. "Permite-se mascarar os candidatos como se fosse iogurte, sabonete, como se fosse produto novo. Tudo passa a ser maquiado. Não defendo a supressão do horário eleitoral, mas que os candidatos se apresentem tal como são", disse ele. (Agências)
Tucano evita dar apoio público a Roriz, barrado pela Lei da Filha Limpa
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andidato ao governo do Distrito Federal na coligação que apoia José Serra (PSDB) para presidente, Joaquim Roriz (PSC) tem sido ignorado pelo presidenciável tucano. Apesar de ter visitado Brasília pelo menos cinco vezes desde o início oficial da campanha (uma dessas vezes, ontem ), Serra não subiu no próprio palanque, que tem Roriz e a candidata ao Senado, M aria de Lourdes Abadia (PSDB), barrados pela lei da Ficha Limpa. Em entrevista coletiva ontem, quando participou de sabatina no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Serra não quis fa-
lar o motivo pelo qual estaria se esquivando de Joaquim Roriz. "É uma atribuição sua dizer que eu evitei". Mesma tática – Roriz responde à ausência de Serra na campanha brasiliense com o mesmo silêncio: não pede votos para Serra em comícios. Roriz comentou a presença de Serra ontem na capital federal com desdém: "Não sei nem se ele está pedindo voto aqui em Brasília". Ainda assim, ao desfiar críticas ao PT local e nacional, Roriz ajuda, indiretamente, o presidenciável tucano. Isso porque ele não fala bem de Serra, mas fala mal da adversária dele, Dilma Rousseff, do PT. (AE)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Se houve falta ética, haverá recomendação de que existiu quebra de conduta. Fabio Coutinho, da Comissão de Ética Pública
olítica
Celso junior/AE - 26.08.10
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no domingo à noite com a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, no Palácio da Alvorada. Recomendou rapidez na apresentação de respostas às denúncias de envolvimento em esquema de lobby para beneficiar seu filho, Israel Guerra. Segundo um assessor próximo ao presidente, Erenice chorou e se disse indignada durante o encontro. Lula teria aconselhado que ela tomasse providências rapidamente. De acordo com essa fonte, o que existe, no momento, é o desmentido do principal acusador do esquema, denunciado pela revista Veja – o empresário Fábio Baracat. A revista, entretanto, alega ter a entrevista do empresário gravada – o que poderá comprometer ainda mais a situação da candidata petista Dilma Rousseff, pela proximidade com Erenice. A ministra informou, por meio de nota, que vai processar a revista Veja pelo que ela classificou de "calúnias". O advogado da Editora Abril, que publica a revista, Alexandre Fidalgo, disse que só vai se pronunciar sobre o caso quando a ação for ajuizada. Ontem, em Itajaí (SC) e sem citar diretamente o caso, Lula limitou-se a dizer que as "denúncias acabam" com o fim das eleições. "Ano de política é sempre um ano diferenciado. É sempre um ano em que aparecem todas as denúncias do mundo. Eu vivo isso há muito tempo, porque todo mundo sabe, eu já fui candidato muitas vezes, eu já perdi três eleições diretas", disse. Denúncia – A reportagem de Veja trouxe a denúncia de que Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, fez lobby para empresas aéreas visando obter contratos com os Correios. O lob-
Presidente cobra de Erenice respostas rápidas Ministra da Casa Civil chora em encontro com Lula. Ela não deve perder o cargo agora, apesar das denúncias. by teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões. Na ocasião, a Casa Civil era chefiada por Dilma e Erenice ocupava o posto de secretária executiva – atuava como principal auxiliar da atual candidata petista. Correios – A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) confirmou ontem, em nota, que mantém contratos com a empresa de transporte
aéreo de carga Master Top Airlines (MTA) – que, segundo reportagem, teria fechado negócio com a estatal por intermédio de Israel Guerra. De acordo com os Correios, os contratos com a empresa aérea totalizam R$ 59,8 milhões. Já segundo a revista, os contratos obtidos com a ajuda de Israel somavam R$ 84 milhões. Na nota, os Correios informaram ainda ter contratos
com outras seis empresas de transporte aéreo de carga e que todos passaram pelas regras de licitação ou pregão eletrônico, procedimento de licitação que dá vitória à empresa que oferecer o serviço pelo menor preço. "A ECT reafirma sua determinação de manter a excelência dos serviços prestados, a transparência da sua gestão, o profissionalismo de sua diretoria e dos seus mais de 109 mil
empregados, e que, a despeito de tentativas de desqualificála, continua merecendo o reconhecimento da população como uma das instituições mais confiáveis do Brasil". Comprometida – Ontem, o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil Vinícius de Oliveira Castro pediu exoneração da função (leia mais abaixo). Ele é citado pela Veja como envolvido no esquema de trá-
fico de influência ao lado do filho da ministra. Por enquanto, Erenice Guerra deverá ser preservada no cargo se o caso envolvendo seu filho, e ela própria, não evoluir ainda mais. Já a sua cogitada participação em um eventual governo Dilma não deve acontecer. É que na condição de braço direito da presidenciável, a simples suspeita sobre a ministra esvazia seu cacife para ocupar um posto. Segundo esse interlocutor, não existem provas contra ela, "apenas ilações", e a demissão da chefe da Casa Civil na vésperas das eleições só serviria como "munição para a campanha de José Serra" (PSDB) na reta final da disputa. "Não acho que ela vá ser demitida. Não há provas contra ela, a não ser que algum fato novo ocorra. Agora, certamente fica comprometida no futuro e eventual governo", disse a fonte, em anonimato. Planos alterados – Nas últimas semanas, crescia a possibilidade de Erenice continuar à frente da Casa Civil se Dilma ganhasse a eleição. A avaliação de integrantes do núcleo duro da campanha levava em conta a proximidade entre a ex e a atual ministra. "Com Erenice, a Casa Civil seria a Dilma"– comentou outra fonte há duas semanas – e era mais fácil a atual ministra permanecer no posto que Antonio Palocci, cotado para assumir a cadeira. A Casa Civil ganhou o status de super-ministério com José Dirceu. A imagem manteve-se com Dilma, e a pasta recebeu ainda a gerência dos principais programas federais. Agora, o episódio de suposto tráfico de influência atinge o coração do Palácio, e o PT evita que, por associação, atinja também o sistema nervoso central da campanha. Tenta ainda isolar a denúncia de um "problema do Executivo". É a ordem em vigor. (AE/Reuters)
André Dusek/AE
Assessor jurídico de ministra pede demissão Vinícius de Oliveira Castro teria intermediado empresas aéreas com os Correios
rodu ção
apenas do presidente da República. O caso é grave e a oposição não pode deixá-lo passar em brancas nuvens". Em abril do ano passado, o empresário paulistano Fábio Baracat, dono da Via Net Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas, queria ampliar a participação de suas empresas nos Correios. O objetivo era mudar as regras da estatal, para que os aviões contratados para o transporte de material também pudessem levar cargas de outros clientes – arranjo que multiplicaria os lucros de Baracat e sócios. Entenda o caso – Para obter sucesso em suas pretensões, o Baracat foi orientado pelo "bas-monde" negocial de Brasília a procurar a Capital Assessoria e Consultoria, pequena firma cuja sede é uma casa numa cidade satélite de Brasília, mas grande em contatos. No papel, são sócios da Capital: Saulo Guerra, outro filho da ministra, e S ô n i a C a stro, mãe de Vi n í c i u s
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uspeito de integrar um esquema de tráfico de influência para beneficiar empresas em contratos com o governo federal, o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pediu demissão ontem, após a divulgação da denúncia pela revista Veja deste fim de semana. O servidor, que atua como assessor jurídico da Casa Civil, declarou que "repudia todas as acusações". Vinícius Castro é filho de Sônia Castro, sócia de filhos da atual ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, na empresa Capital Assessoria e Consultoria. Segundo a reportagem de Veja, a firma teria atuado na intermediação de negócios de empresas aéreas com os Correios. A Capital tem sede em Sobradinho, cidade-satélite de Brasília, e, além de Sônia, tem como sócios Israel e Saulo Guerra – filhos de Erenice. Diz a revista que Israel seria o operador de lobby junto ao governo federal, entre a MTA Linhas Aéreas e os Correios. O trabalho teria lhe rendido uma comissão de cerca de R$ 5 milhões. Na época, a Casa Civil era chefiada pela presidenciável do PT Dilma Rousseff. Erenice ocupava o posto de secretária executiva, como braço direiro de Dilma. CCJ – O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), avisou que vai protocolar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, requerimento de convocação de Erenice Guerra. "O crime é grave e merece uma reação à altura da oposição", afirmou. Álvaro Dias também disse que o PSDB vai ingressar com pedido de investigação na Procuradoria Geral da República. "A Erenice ocupa, segundo o próprio governo, o segundo cargo mais importante, atrás
Castro, ex-assessor jurídico da Casa Civil. São dois laranjas. Sônia Castro é uma senhora de 59 anos que mora no interior de Minas e vende queijo. Estabelecido o canal, Baracat encontrou-se com Israel e Vinícius Castro, subordinado de Erenice. Nesse contato, obteve a certeza que o negócio sairia. "Bastava pagar", relatou o empresário à revista. Nos acertos seguintes, Israel mostrou que o sucesso empresarial estava em seu DNA: "Minha mãe resolve", teria dito Israel, segundo o empresário. "Impressionou-me a forma como eles cobravam dinheiro o tempo inteiro. Estavam com pressa para que eu fechasse um contrato", emendou Baracat, segundo depoimento prestado à Veja. Prometido o dinheiro, feitos os contatos prévios, as "cláusulas", o contrato chegou à sua fase final, e a assinatura simbólica da negociata: o ok de Erenice. "Está na hora de você conhecer a doutora", teria dito Israel a Baracat. (Agências)
Revista Veja: reportagem já provoca a primeira baixa no governo
Fabio Coutinho, da Comissão de Ética Pública, lembra que há norma sobre nepotismo no serviço público
PF vai apurar tráfico de influência na Casa Civil Caso também será investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência
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diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, determinou ontem que a Corregedoria Geral do órgão comece a fazer a análise das denúncias de suposto tráfico de influência que envolvem a ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. A análise das denúncias, segundo a assessoria da PF, tem a intenção de verificar se é da competência da polícia investigar o caso. Se houver indícios da participação dela nas irregularidades, a invetigação teria que ser acompanhada também pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Comissão investiga – Ontem, Erenice Guerra solicitou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a instauração de procedimento para apurar a sua conduta em relação às notícias publicadas pela revista Veja. O presidente da
comissão, o ex-ministro do STF José Sepúlveda Pertence, decidiu abrir procedimento preliminar. O advogado Fabio Coutinho, integrante da comissão, foi designado relator do caso e terá dez dias para apresentar o resultado da análise – que poderá ser prorrogada. A partir daí, caso o relator aponte falta ética por parte de Erenice, a comissão abriria um novo processo de investigação. Ao final da reunião da comissão, realizada no Palácio do Planalto, Coutinho disse que, independentemente do pedido da própria Erenice, o colegiado iria analisar o caso diante da repercussão da denúncia na imprensa. A ministra anunciou que está disposta a abrir seus sigilos bancário, fiscal e telefônico – providência que a comissão não pode tomar. O fator eleições – Coutinho avaliou que o ideal é que a
denúncia seja investigada antes das eleições de 3 de outubro. Ele disse que não poderia fazer comentários sobre o caso para não antecipar o mérito do julgamento. Afirmou também que há uma norma objetiva em relação à questão do nepotismo no serviço público, mas não sabe se essa regra também se aplicaria no caso. O advogado se referia à denúncia de envolvimento de parentes de Erenice na contratação de escritório de advocacia, sem licitação, que tinha entre os sócios o irmão da ministra (leia mais na pg. 7). "Se houve falta ética, haverá recomendação de que existiu uma quebra de conduta e evidentemente haverá uma recomendação nesse sentido". A reportagem da revista Veja desta semana afirma que Israel Guerra, afiançado pela mãe, teria intermediado, em troca de propina, negócios de empresários com o governo federal. (AE)
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
7 Não tem a ver com o PT. É uma questão de governo.
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José Eduardo Dutra
Dutra: Dilma confia em Erenice Candidata petista ainda confia em sua fiel escudeira, Erenice Guerra, mas ela não poderá ser responsabilizada por eventuais atos de Israel Guerra, diz presidente do PT Givaldo Barbosa/AOG - 06.09.10
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presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse ontem, em Fortaleza (CE) que, até o momento, a candidata Dilma Rousseff confia na ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, acusada junto ao filho, Israel Guerra, de traficar influência no governo. Mas, numa clara tentativa de blindar a candidata, Dutra afirmou que a ministra, que foi braço-direito de Dilma até sucedê-la no ministério, não poderá ser responsabilizada caso fique comprovado que o filho, Israel Guerra, traficou influência usando o cargo da mãe. "A Dilma não tem que responder sobre eventos sobre as quais não tem participação. Ela não está mais no governo. Cabe a ministra dar todas as explicações necessárias e cabe aos órgãos do governo, como a Controladoria Geral da União (CGU), apurar", disse Dutra, que também é coordenador da campanha de Dilma, em entrevista coletiva. "O que ela tem que dizer, como foi dito, é que ela tem até esse momento, confiança na Erenice. E, ficando provado qualquer envolvimento do filho da Erenice nesse episódio, não significa também que ela, Erenice, tenha culpa". Sobre as successivas tentative da campanha de ligar a candidata à agenda positiva do governo e tentar isolá-la das denúncias, disse que não se trata de uma "questão de bônus e ônus" e que não caberá a Dilma apurar as acusações: "Para nós é claro que isso não tem a ver com a campanha eleitoral, não tem a ver com o PT. É uma questão de governo".
Citando a prisão do ex-governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), candidato ao Senado, Dutra disse que esse governo, ao contrário do que diz a oposição, "nem aparelha nem passa a mão na cabeça de aliados". Sobre a ligação de Márcio Silva, advogado do PT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sócio de um escritório de advocacia contratado sem licitação por uma empresa pública à época dirigida por outra irmã de Erenice Guerra, ele tratou o fato como uma "denúncia
O que ela [Dilma] tem que dizer, como foi dito, é que ela tem até esse momento, confiança na Erenice. JOSÉ EDUARDO DUTRA
entre aspas". O escritório também teria sido usado por parentes de Erenice em encontros de lobby. Ele disse que o advogado não será afastado da campanha. "Não há nenhuma denúncia contra ele. Vamos lembrar que quando você contrata um escritório para campanha electoral. você não pergunta quais os outros clientes que o escritório tem. O escritório de advocacia de uma maneira geral trata de "n" causas. Você contrata em função da competência e da tradição", rebateu. Para ele as denúncias não são "consistentes" e parte delas
caiu com os dementido do próprio acusador, Fábio Bacarat, que recuou de informações repassadas à revista Veja. "O executivo nunca atuou no sentido de que o procurador geral da república pudesse ser classificado como engavetador geral da república, como aconteceu no governo anterior", afirmou. Danos – Em seguidas reuniões emergenciais durante o fim de semana e ontem, a coordenação da campanha de Dilma concluiu que a notícia pode provocar estragos no favoritismo dela. A ordem à presidenciável foi muito clara: embora seja amiga da atual chefe da Casa Civil, poderá jogá-la "ao mar" se for necessário. A partir de agora haverá um protocolar distanciamento entre as duas. Por enquanto, o estrago medido pelas pesquisas feitas diariamente pela direção da campanha parece ter sido menor do que o esperado. Tanto é que o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), divulgou que na pesquisa diária de ontem (sem o rigor científico das oficiais, registradas na Justiça Eleitoral) Dilma aparecia com 54% da preferência dos eleitores contra 22% de José Serra. O Planalto e o comando da campanha de Dilma sabem que deverão ser divulgadas novas notícias envolvendo Erenice e sua família. Por enquanto, ela ficará na Casa Civil, mas sua situação não é muito confortável. Um auxiliar do presidente disse que o Planalto só esperava a exploração de denúncias contra o vice de Dilma, Michel Temer (PMDB-SP). (AOG)
Dutra: denúncias não são "consistentes" e parte delas caiu com os dementido do próprio acusador
Escritório foi contratado por 'emergência', diz irmã da ministra Maria Euriza era consultora jurídica da Empresa de Pesquisa Energética
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advogada Maria Euriza Alves Carvalho, irmã da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra , informou ontem que autorizou o governo a contratar sem licitação o escritório de advocacia do irmão delas por questões de "emergência". "Dada a emergência, foram consultados escritórios que pudessem, com a urgência que o caso requeria, realizar a tarefa", justificou. Ontem o Grupo Estado revelou que, no dia 1.º de setembro de 2009, Maria Euriza autorizou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a contratar,
sem licitação, o escritório Trajano e Silva Advogados, com sede em Brasília, por R$ 80 mil. Entre os advogados do escritório está o irmão Antônio Alves Carvalho. Maria Euriza era consultora jurídica da EPE. A contratação do escritório do irmão de Erenice pelo governo foi publicada em setembro de 2009 no Diário Oficial da União. O trabalho era representar a EPE numa ação judicial movida por uma empresa que brigava para participar de um leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "A dispensa de licitação aludida
era uma condição, uma vez que se buscava desconstituir uma tutela liminar deferida pelo juiz da 24ª. Vara Federal de Brasília, em face do leilão que ocorreria no dia seguinte, portanto, a contratação só podia ocorrer por emergência, condição capitulada na Lei", disse Euriza. A EPE também declarou em nota: "Dada a urgência da realização do leilão, fez-se necessária a contratação através de processo de inexigibilidade de licitação em razão da notória especialização demonstrada pelo prestador de serviços". (AE)
p Lula: 'Precisamos extirpar o DEM' DIÁRIO DO COMÉRCIO
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O discurso do presidente revela umódio pessoal que não cabe em um estadista, um homem que chegou onde ele chegou. Deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM
olítica
Em comício de Dilma, presidente defendeu que o partido dos democratas seja exterminado da política brasileira. Para ela, adversários representam 'o passado' Mister Shadow/AE
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou ao comício da presidenciável Dilma Rousseff (PT), ontem à noite, em Joinville (SC), uma proposta de exterminação. Lá, defendeu que o partido de oposição DEM seja "extirpado" da política brasileira. Em discurso centrado nas críticas à sigla opositora e aos adversários do PT em Santa Catarina, Lula disse que o DEM "alimenta ódio". "Eu não quero crer que esse povo extraordinário de Santa Catarina vá pensar em colocar no governo alguém de um partido que alimenta ódio, que entrou na Justiça para acabar com o ProUni [programa federal de concessão de bolsas universitárias], como o DEM". Segundo última pesquisa do Ibope, o candidato do DEM ao governo de SC, Raimundo Colombo, assumiu a liderança na disputa. Colombo tem o apoio do PSDB e do PMDB do ex-governador Luiz Henrique, apoiado por Lula em 2006 e que disputa vaga no Senado. "Quando Luiz Henrique foi eleito, pensei que ele ia mudar, mas ele trouxe de volta o DEM, que nós precisamos extirpar da política brasileira". O presidente também atirou contra a família Bornhausen, tradicional na política catarinense, o deputado federal Paulo Bornhausen (DEM-SC) e o ex-presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen.
"Nós já aprendemos demais e sabemos que os Bornhausen não podem vir disfarçados de carneiros, porque já sabemos quem são os Bornhausen, já conhecemos as histórias deles". 'Direita raivosa' – Em referência ao escândalo do mensalão, Lula disse ter sido alvo da "direita raivosa" que "levou Getúlio Vargas a dar um tiro no coração" e impulsionou a ditadura militar no País. "Essa mesma direita tentou fazer o mesmo comigo em 2005, e não fez. Porque eu tinha um ingrediente a mais, eu tinha vocês. E eles nunca tinham lidado com um presidente da República nascido no berço da classe operária desse País". Lula valeu-se de números de repasses federais a Santa Catarina para falar de sua atitude "republicana" em relação a governantes de oposição. Mencionou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ao afirmar que não distribui verbas por critérios partidários. "O adversário dessa mulher aqui [Dilma] recebeu mais dinheiro no meu governo do que o Mário Covas [ex-governador de SP] recebeu em oito anos quando o Fernando Henrique Cardoso era do mesmo partido e presidia esse País". Passado – Apoiada em um banco no palco, devido a uma torção no tornozelo, de manhã, que a levou a usar bota ortopédica, Dilma associou seus adversários ao "passado". "Queremos o futuro que
Em discurso no comício de Dilma, Lula dispara contra o DEM. "Eu não quero crer que esse povo extraordinário de Santa Catarina vá pensar em colocar no governo alguém de um partido que alimenta ódio, que entrou na Justiça para acabar com o ProUni [programa federal de concessão de bolsas universitárias], como o DEM".
apresenta para nós a possibilidade de esse País acabar de vez com a miséria, de continuar se transformando em uma das maiores nações do mundo (...), ou nós queremos a volta da paralisia, do desemprego e da desigualdade?". Dilma afirmou que o Brasil vive um processo de transformação que "começou pela mão do nosso presidente Lula". E repetiu seu discurso estratégico: ter recebido do presidente "a tarefa de cuidar da coisa que ele mais ama no mundo, o povo brasileiro". Nos discursos, presidente e candidata não mencionaram os episódios de quebras de sigilo na Receita Federal e nem a denúncia de tráfico de influência na Casa Civil. O comício em Joinville foi o 15º em que Dilma e Lula comparecem juntos desde o início oficial da corrida presidencial,
em julho. Foi o primeiro em Santa Catarina, estado em que a candidata do PT ao governo, Ideli Salvatti, está em terceiro lugar nas pesquisas. Nota – O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, disse que as declarações de Lula denotam "desequilíbrio" do presidente. Afirmou que Lula "se aproveita de sua popularidade para agredir, tentar pisar em seus adversários", e que o presidente "deve estar com algum problema em relação aos últimos episódios [denúncias de irregularidades na Receita e na Casa Civil]". Maia afirmou ainda que o presidente busca obter um "Congresso submisso ao PT" e que o discurso dele em Santa Catarina reflete "ódio pessoal que não cabe em um estadista, um homem que chegou onde ele chegou".
Paz – Pela manhã, o tom de Dilma era outro. Reunida, na capital paulista, com integrantes da Confederação Israelita do Brasil (Conib), afirmou que as boas relações diplomáticas entre Brasil e Irã não significam que o País endossa as teses do presidente Mahmoud Ahmadinejad – como a negação do holocausto, por exemplo. Avó judia – A candidata foi enfática ao chamar o holocausto de barbárie. "Nem eu, nem o governo Lula, nem o presidente achamos admissível a negação do holocausto. Ele ocorreu e as provas são contundentes. Não é admissível a volta daquela barbárie em qualquer período histórico". Apesar disso, ela disse que não concorda com a estratégia do isolamento, nem é a favor de guerra contra países com os quais existem divergências. "A
melhor estratégia não é a guerra, nem o isolamento. Não é tentar resolver pela forma como foi resolvida entre o Iraque e o Afeganistão" Dilma frisou que sua relação com Ahmadinejad não é pessoal. "A relação com o Irã busca a paz. Nós somos um povo pacífico e devemos, sistematicamente, defender isso. O que não significa que aprovemos a negação do holocausto, nem os métodos bárbaros do apedrejamento de uma mulher". Questionada sobre o conflito entre Israel e a Palestina, Dilma disse que as duas nações têm direito a ter um Estado próprio e a viver em paz. Dilma revelou que sua avó usava o sobrenome Coimbra – indicação de que poderia ser judia que adotou o Brasil para viver e que mudou de sobrenome ao chegar aqui. "Eu imagino que minha avó fosse judia porque ela se chamava Coimbra, era de origem portuguesa e acho que pelas características físicas, era uma cristã-nova". Orgulho – Depois do encontro, o presidente da Conib, Claudio Luiz Lottenberg, exsecretário de saúde do governo de José Serra, disse que Dilma comentou o episódio da avó judia com orgulho. Sobre as relações entre o Brasil e o Irã e o conflito entre Israel e Palestina, ele comentou ter ficado satisfeito com o posicionamento da candidata. "Ela foi muito objetiva, muito séria e consistente", avaliou. Ela pediu que nós entendamos, enquanto brasileiros, que dentro de uma estrutura de Estado estas relações são normais" [a respeito de Ahmadinejad]. (AE/AOG)
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INÍCIO D. João VI plantou a primeira palmeira brasileira, no Jardim Botânico.
PAISAGISMO Palmeiras foram plantadas na Sé durante a reforma nos anos 1970.
Palmeiras da Sé precisam de fôlego novo Uma das 32 árvores plantadas na praça morreu e outra ameaça tombar por causa da ação de cupins. Poluição e falta de espaço para as raízes prejudicam as plantas. Fotos de Marcos Mendes/Luz
Mariana Missiaggia
H
Tronco da palmeira morta na Praça da Sé. A morte de uma árvore e a infestação de cupins em outra colocaram em alerta os botânicos sobre a situação das 32 palmeiras imperiais plantadas no coração da cidade.
á dois sinais de que as palmeiras imperiais da Praça da Sé não vão bem. O primeiro, mais grave, é que uma delas morreu prematuramente, considerando que tinha cerca de 40 anos, quando essas árvores podem chegar até duzentos. Dela restou apenas o colmo seco e sem folhas, ainda não removido. O segundo aviso vem de outra árvore, cujo caule rachou por ação de cupins e ela ameaça tombar, sugerindo que as 30 demais podem estar sob ameaça parecida. Esse grupo de palmeiras é recente ali. Foi introduzido durante a grande reformulação paisagística da praça nos anos 1970, planejada por José Eduardo de Assis Lefèvre, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e expresidente do presidente do Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. Aliás, o seu mandato terminou dias atrás e, de acordo com o critério de escolha adotado, poderá ser reconduzido ao cargo de presidente. Em princípio, a situação das palmeiras não preocupa a subprefeitura da Sé, responsável pela conservação das duas fileiras que balizam o acesso principal à Catedral. A assessoria de imprensa informou que elas são adubadas duas vezes ao ano, retém, durante as chuvas, a água necessária para a sua sobrevivência e que a morte referida acima se deu por velhice. Poluição – Esta versão contradiz o que se conhece sobre a vida útil da espécie, mas uma palmeira imperial não está livre de morrer cedo em uma cidade como a nossa por efeito da poluição, segundo adverte o pesquisador Francisco Alves Aguiar, de 66 anos, do Instituto de Botânica. Ao cobrir suas folhas, os resíduos podem impedir a fotossíntese, que é vital para sua sobrevivência. A subprefeitura da Sé já providenciou uma muda junto ao viveiro municipal às margens da Rodovia Raposo Tavares, para substituir a árvore falecida. O geógrafo Aziz Nacib Ab'Saber, 85 anos, um dos maiores especialistas do País em impactos ambientais, não está convencido da boa saúde das palmeiras, apesar das notícias tranquilizadoras da subprefeitura. Ele costuma ir com certa frequência à praça – e o faz desde 1940, quando veio de São Luiz do Paraitinga (SP) para estudar na Capital. O geógrafo considera a Sé uma das mais belas praças do mundo e, nessas visitas, divide sua atenção com as árvores. O amor ao lugar deu-lhe olhos fiscalizadores que, no caso das palmeiras, ficam mais rigorosos porque são estimulados pelos conhecimentos de botânica, em função da sua especialidade. "O quadrado de terra que suporta cada uma das árvores é pequeno para permitir a penetração das raízes subaéreas, que acabam ficando expostas e não se fixam em profundidade, comprometendo sua
Ao lado, fileira de palmeiras imperiais na praça da Sé. Subprefeitura já providenciou uma muda junto ao viveiro municipal, localizado às margens da Rodovia Raposo Tavares, para substituir a árvore falecida.
A poluição e a falta de um bom espaço de terra na praça podem prejudicar as raízes das palmeiras paulistanas do Centro Velho
Reprodução
Paulo Pinto/AE - 18/12/2001
Acima, o geógrafo Aziz Nacib Ab'Saber, que pesquisa a saúde das plantas da praça da Sé, onde ele passeia com frequência por considerar a praça uma das mais belas do mundo. Estudioso está preocupado com a saúde das palmeiras, introduzidas no País por D. João VI (ao lado).
salubridade", diz o geógrafo. "Cada vez mais reforço a impressão de que a questão ambiental da cidade não tem a atenção merecida," desabafa. Cupins – No entanto, pesquisadores do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são mais contundentes. A convite de veículos de comunicação – pois houve certo alarido em torno do assunto na semana passada – eles estiveram examinando informalmente as palmeiras e detiveram-se particularmente no exemplar rachado, onde identificaram cupins xilófagos, brocas de madeira e fungos apodrecedores que podem perfeitamente contaminar as outras. Eles também confirmaram
que as condições delas na praça não são as ideais. Falta-lhes ali um solo protegido da movimentação excessiva de pessoas e respectivo pisoteio, que permita boa absorção de água e aeração do terreno – atributos essenciais para uma árvore viver bem. Sangue azul – Se alguém disser que as Roystoneas oleráceas da Praça da Sé tem berço real, como sugere o seu nome, vocês devem acreditar. O primeiro exemplar dessa palmeira originária das Antilhas foi plantada por Dom João VI, então refugiado no Brasil por obra de Napoleão Bonaparte, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1809. A semente foi trazida clandestinamente da Guiana Francesa por Luis Vieira da
Silva, oficial da armada real, circunstância que indica ser algo muito cobiçado na época. Desde os primeiros frutos, a distribuição de suas sementes passou a ser severamente racionada, pois era associada a um presente imperial limitado a poucos eleitos que desfrutavam da intimidade do palácio. Seja como for, essa primeira palmeira, conforme os registros históricos, foi a mãe de todas as palmeiras imperiais do Brasil. Por isso foi batizada de "Palma Mater" (Palmeira Mãe em Latim). E, confirmando a longevidade da espécie, morreu em 1972 aos 163 anos, plenamente viçosa – sinal de que poderia viver bem mais. Foi vítima de um raio. Tinha 38,70 m e seus restos mortais estão expostos no Museu Botânico do Rio.
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Pode procurar no YouTube o nome Kira and Anderson. Anderson Vilela, músico e morador de rua
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Fotos de Zé Carlos Barretta/Hype
TRAGÉDIA Na região de Ribeirão Preto, bebê morre afogado na piscina da casa dos avós.
Ó RBITA
METRÔ Na manhã de ontem, trens da linha Amarela tiveram problemas em suas portas.
Robson Ventura/Folhapress
UMIDADE DO AR CAI A 15% NA CAPITAL
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Pelo menos duas malocas erguidas na passarela de pedestres já podem ser vistas pelos motoristas que trafegam pelo viaduto Mercúrio
Passarela de pedestre vira maloca para sem teto No Centro, grupo de dez sem teto ocupa passagem do viaduto Mercúrio e consome drogas à luz do dia Ivan Ventura
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Anderson Vilela, uma trajetória rápida da música para as drogas
Colégio Marquês de Monte Alegre "Anos de experiência na formação de caráter" o colégio
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m uma cidade como São Paulo, os baixos dos viadutos são frequentes refúgios para moradores de rua. Porém, um grupo de pelo menos 10 pessoas inverteu essa lógica. Sobre o viaduto Mercúrio, mais especificamente sobre a passarela para pedestres, a poucos metros da avenida Rangel Pestana, os sem-teto montaram duas malocas (nome que dão a abrigos improvisados com papelão ou madeira). Ali o grupo consome drogas e conta suas histórias. Uma delas é sobre a triste trajetória de um músico que saiu de Alagoas e hoje mora nas ruas de São Paulo. Os moradores da passarela se intitulam "brisados da ponte". "Brisado" é a gíria geralmente usada para identificar uma pessoa sob o efeito de entorpecentes. Nas "malocas" da passarela eles consomem maconha e crack diariamente. Os dez moradores não sabem dizer há quanto tempo moram sobre o viaduto. Afirmam apenas que chegaram um dia, consumiram a droga e ficaram uma ou duas noites. Depois, voltaram mais e mais vezes, até ficarem de vez. O grupo dormia no chão, encoberto pela mureta da passarela. Há quatro meses, porém, a situação mudou. Agora, as malocas podem ser vistas pelos motoristas que utilizam o viaduto e seguem em direção à avenida Mercúrio. Ontem à tarde, eram duas malocas. Mas tudo indica que esse número pode aumentar, já que outros moradores de rua já procuram o local. "Éramos oito na ponte. Apareceram outras pessoas e já chutamos pelo menos sete daqui", afirma Nilton de Jesus Narvaes Santos, de 46 anos, conhecido como Sãopaulino, na rua desde março deste ano. Madeira e lona – Sãopaulino é dono de uma das malocas, a primeira construída na passarela, há quatro meses. A segunda, mais sofisticada e feita de madeira e lona de caminhão, pertence a Edson Floriano da Silva, de 42 anos. Ele chama sua maloca de Escort XR 3. "É a única com capota para os dias de sol", ironiza da Silva, na rua há pelo menos 20 anos e
que afirma ganhar até R$ 100 por dia. Ele diz que já foi preso, mas está regenerado e longe da criminalidade. Silva vive com uma companheira, cujo nome ele não cita. Com ela, divide um colchão, um cobertor e a comida que adquire como catador de papel. Ao lado do colchão e dentro da maloca há revistas sobre os mais variados temas, sendo a maioria sobre entretenimento em geral. Entre as malocas de Santos e Silva há uma distância de aproximadamente 20 metros. No meio, o grupo criou uma espécie de "sala de estar" onde consume drogas. Santos, por exemplo, não disfarça o vício do crack, demonstrado pela exibição constante do cachimbo usado no consumo das pedras. "Odeio essa droga, mas não consigo largar", disse. Músico na net - A passarela do viaduto Mercúrio também abriga pessoas que têm apenas um colchão. Uma delas é Anderson Vilela, de 29 anos, músico profissional. Ele nasceu em Maceió, capital de Alagoas, e circulou por diversas cidades nordestinas, onde tocava música popular brasileira e outros gêneros, s e m p re a c o m p a n h a d o d o violão. O instrumento desapareceu, mas a sua música está viva na internet. "Pode procurar no YouTube o nome 'Kira and Anderson'. Lá você verá um pouco do meu trabalho", disse ele. Ele fala pouco sobre sua vida pessoal, mas tudo indica que veio a São Paulo em busca de reconhecimento na profissão. Na Capital, caiu nas drogas e hoje mora nas ruas - por enquanto, sobre o viaduto. Na internet, o vídeo existe realmente e está disponível no YouTube. Trata-se de um clipe gravado ao lado de uma artista de nome Kira Martini, que na internet se apresenta como uma cantora nascida na Suíça. O cenário de gravação do videoclipe é a praia de Canoa Quebrada, no Ceará. A história de vida de Anderson e seu visual lembram a trajetória do compositor carioca Jorge Mário da Silva, o Seu Jorge. Nascido em Belford Roxo, ele morou três anos nas ruas até ser encontrado pelo músico Paulo Moura. "Ele é muito bom. Só precisa de uma ajuda", afirma o amigo Santos.
a tarde de ontem, a umidade relativa do ar caiu a 15%, colocando a cidade em estado de alerta. No Parque do Ibirapuera (foto) muitos paulistanos aproveitaram para utilizar os dispositivos que produzem vapor d'água e, assim, atenuar os efeitos da secura. Um pouco mais cedo, a Capital já havia entrado em atenção, após ficar com a umidade abaixo dos 30%.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de alerta máximo. Os principais efeitos dessa situação são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios. (Folhapress)
MORTES NA LINHA AMARELA
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m tiroteio entre policiais militares do batalhão do Méier e criminosos deixou cinco mortos por volta das 5h de ontem na avenida Pastor Martin Luther King, próximo à saída 5 para a Linha Amarela na zona norte do Rio. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos planejavam realizar um arrastão na região. O tiroteio começou quando policiais que faziam patrulhamento
na via abordaram o carro onde estavam os suspeitos. Os baleados foram levados para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Ainda segundo a polícia, os suspeitos tinham deixado a comunidade do Jacarezinho. Com eles, os PMs afirmam ter apreendido um fuzil, quatro pistolas, drogas e um Meriva roubado. (Folhapress)
ARTE SACRA
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useólogos e historiadores lançaram um portal na internet para traçar um perfil da arte sacra do Estado do Rio, com a catalogação de quase 20 mil peças expostas em igrejas e guardadas em coleções particulares. O site terá imagens de obras raras e promete ajudar a recuperar peças furtadas. O Inventário da Arte Sacra Fluminense (artesacrafluminense.rj gov.br) será administrado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. O objetivo é catalogar todas as estátuas, candelabros, altares e outras obras ligadas à religião no Estado do Rio. (AE)
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grande novidade do réveillon de Copacabana este ano será o lançamento da logomarca da Olimpíada de 2016, a ser exibida em telões ao longo da orla a poucos minutos da tradicional queima de fogos. Serão investidos R$ 17,5 milhões, R$ 2,5 milhões a mais do que no ano passado. O objetivo do governo é promover ainda mais o Rio no exterior. A prefeitura vai convidar o presidente Lula para ligar o sistema (num gesto simbólico do último ato do seu governo) e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge. (AE)
Sergio Neves/AE
MONOTRILHO À VISTA – A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou ontem, parcialmente, trechos junto ao canteiro central da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, no sentido Centro, no bairro da Vila Prudente. O motivo é a retomada das obras de construção dos pilares do monotrilho.
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nternacional
Como aplacar a fúria muçulmana? Protestos contra a queima do Alcorão nos EUA matam 15 pessoas na Caxemira. Aiatolás iranianos pedem a morte de quem desrespeitar livro sagrado.
E
mbora o pastor norteamericano Terry Jones tenha desistido de queimar o Alcorão no último 11 de setembro, aniversário dos atentados de 2001 nos EUA, a tensão continua. Protestos violentos foram registrados ontem no Irã e na Caxemira indiana, deixando 15 mortos. Para aumentar a polêmica, dois importantes clérigos iranianos declararam que aqueles que usurparem o livro sagrado muçulmano devem ser mortos. Gritando "morte à América" e "o pastor dos EUA deve ser morto", manifestantes iranianos apedrejaram a embaixada da Suíça em Teerã e entraram em confronto com cerca de 300 membros da tropa de choque que protegiam o local. A multidão chegou a tentar entrar na embaixada, mas guardas contiveram o grupo. O Irã não tem relações diplomáticas com os EUA, e os interesses norte-americanos são representados pela representação diplomática suíça. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que a ideia de queimar exemplares do livro sagrado dos muçulmanos seria "insana e odiosa", e atribuiu o plano aos "sionistas que trabalham dentro do governo norte-americano." Segundo ele, "para provar que não estava envolvido... o governo norte-americano deveria punir apropriadamente as principais figuras por trás desse grande crime." Pena de morte - Para dois clérigos iranianos, a punição deveria ser a morte. "Do ponto de vista da jurisprudência islâmica, a forte objeção a esses pensamentos é obrigatória e necessária e o assassinato das pessoas que cometeram esse ato é compulsório", afirmou o aiatolá Hossein Nouri Hamedani, segundo a agência Fars. O aiatolá Naser Makarem Shirazi deu declarações na mesma linha, acrescentando que essa resposta deve ser tomada após a consulta a um "juiz religioso".
"O sangue que uma pessoa que queima o Alcorão pode sem dúvida ser derramado. Mas, nesse tema, nenhuma ação deve ser tomada sem a permissão de um juiz religioso", disse Makarem Shirazi. Um pastor evangélico norteamericano ameaçou na semana passada queimar exemplares do Alcorão, para marcar os nove anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. O pastor, Terry Jones, acabou desistindo da ideia. Porém, um grupo de conservadores cristãos queimou páginas do livro sagrado muçulmano, em manifestações no sábado em Washington e no Estado de Tennessee. Provocação - A emissora estatal iraniana Press TV exibiu imagens de vários homens destruindo o Alcorão no Tennessee, provocando a fúria de moradores de cinco vilas diferentes da Caxemira. O Estado é o único da Índia cuja maioria da população é islâmica. Conforme os protestos pioravam, o sinal da emissora foi cortado das redes de TV a cabo locais, a pedido de autoridades da Caxemira. Os manifestantes gritavam "abaixo os profanadores do Alcorão" e também protestaram contra os Estados Unidos e Israel, algo raro na Caxemira, onde a raiva geralmente é manifestada contra a Índia. Dezenas de milhares de manifestantes violaram um toque de recolher e saíram às ruas. Revoltados, eles incendiaram uma escola missionária cristã e edifícios do governo, e lançaram pedras contra a polícia. O diretor-geral da polícia local, Kuldeep Khoda, disse que as forças de segurança mataram 13 pessoas e feriram dezenas delas, ao abrir fogo contra a multidão. Um policial também morreu. Mais tarde, soldados mataram a tiros um adolescente na cidade de Anantnag, de acordo com um policial que falou sob anonimato. O número de mortos é o maior registrado em anos para um único dia de protestos na região conflituosa. (Agências)
LIBERDADE Família de norte-americana presa pede para Irã reduzir fiança de US$ 500 mil Orlando Gomez/AFP
'EL GRANDE' México captura Sergio Villarreal, um dos chefões mais procurados do narcotráfico
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QUEDA LIVRE
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m avião da companhia áerea estatal venezuelana Conviasa caiu ontem a cerca de dez quilômetros de Puerto Ordaz,
no sudeste do país, com 51 pessoas a bordo, deixando 15 mortos e 36 sobreviventes. Ainda não se sabe o que ocasionou a queda. (Agências)
Fotos: Reuters - 11.09.10
Imagens de pastores do Tennessee queimando o Alcorão enfureceram muçulmanos Shahid Tantray/Reuters
Protestos na Caxemira indiana, cuja população é de maioria islâmica, se tornaram violentos. Faixa do manifestante diz: 'Alá é grande'.
Cuba: o fim do cabide de emprego Governo vai demitir 500 mil funcionários públicos para modernizar a economia
O
governo de Cuba vai eliminar meio milhão de empregos até o primeiro trimestre de 2011, em uma tentativa de tornar a economia mais eficiente, disse ontem a central sindical de trabalhadores, em uma das mudanças mais importantes decidida pelo governo em décadas. "Nosso Estado não pode nem deve continuar a manter empresas, entidades produtivas, com orçamentos inflados e prejuízos que prejudicam a economia", disse a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC). O governo ofereceu recolocar os funcionários excedentes em outros setores que são historicamente deficitários de mão-deobra, como a agricultura e a
O governo de Havana quer estimular o trabalho por conta própria e a criação de cooperativas
educação. A central disse ainda que serão oferecidas alternativas não estatais de emprego. O anúncio foi feito dias após o
ex-líder Fidel Castro dizer que o modelo cubano não funcionava mais. Posteriormente, ele voltou a comentar o tema, dizendo
que havia sido "mal interpretado" e que "o sistema capitalista que não serve para os EUA e nem para o mundo". (Agências)
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12 -.LOGO
Logo Logo
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Bolsa e broche de Jacqueline Kennedy Onassis fazem parte de uma exposição sobre as mulheres de estilo mais marcante do século 20. A exposição acontece em durante a New York Fashion Week.
Eric Thayer/Reuters
www.dcomercio.com.br
14 SETEMBRO
A RTE E M
C A R T A Z
Marcos Mendes/AE
Morre Wesley Duke Lee
Arte digital é tema de mostra no Centro Histórico Mackenzie. Rua Itambé, 45, prédio 1, Higienópolis, tel.: 2114-8661. Grátis.
C HILE
Acima, o artista em foto de 2004. À direita e à esquerda, duas de suas obras. Fotos: Divulgação
PIXELS
O
artista plástico paulistano Wesley Duke Lee, 78 anos, morreu às 23h de domingo no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, devido a complicações respiratórias. Há três anos, Duke Lee sofria de mal de Alzheimer. Segundo a sobrinha do artista, Patrícia Lee, não será realizado velório, apenas uma cerimônia, às 16h de hoje, no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. O desenhista, gravador, pintor e professor, o paulistano Wesley Duke Lee nasceu em 21 de dezembro de 1931. Com formação nos EUA e na Europa, o artista foi um dos introdutores da Nova Figuração no Brasil. Ousado e polêmico, realizou happenings na década de 1960 como O Grande Espetáculo das Artes, no João Sebastião Bar de São Paulo. Em 1966, criou o Grupo Rex, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser. A iniciativa se desdobrou no espaço alternativo Rex Gallery & Sons e no jornal Rex Time.
Arno Burgi/AFP
Cápsula de resgate
V ATICANO
Sob segurança máxima
proporcionar à pessoa que transporta "oxigênio, um sistema de monitoramento de sinais vitais, luz e um sistema de resgate caso a cápsula tenha algum problema durante a operação". Os mineiros iniciaram ontem um programa de exercícios físicos de uma hora diária com o apoio de um "personal trainer" que os guiará pelo sistema de TV recentemente instalado. A atividade física é importante para prepará-los para o resgate.
www.vaticanlibrar y.va
I NTERNET
L
O almirante chileno Andrés Forzo apresentou ontem à imprensa o desenho (imagem acima) que fez da cápsula na qual os mineiros presos no norte do país serão içados ao exterior caso o túnel que está sendo cavado até eles seja concluído. O "veículo de resgate", explicou Forzo, é "essencialmente uma cápsula, um cilindro que deve ter resistência estrutural para transportá-los por 700 metros". Para isso, deverá
Depois de três anos fechada para restauração, a Biblioteca Apostólica Vaticana reabrirá as portas na próxima semana com novas medidas de segurança para proteger o extenso patrimônio literário que remonta ao século III. Fundada pelo papa Sisto IV em 1475, a biblioteca ganhou um novo sistema de admissão, um método de consulta de documentos informatizado, conexão à internet, maiores controles de segurança e melhorias estruturais em várias das salas.
T URISMO
ALTA VELOCIDADE - Esquilo é flagrado ao escalar o tronco de uma árvore em Dresden, na Alemanha. O esquilo vermelho, também chamado esquilo europeu, é nativo da Europa e da Ásia.
O jornal oficial chinês Diário do Povo lançou um um site no qual os cidadãos podem deixar mensagens aos líderes do país, segundo informou nesta segunda-feira o periódico chinês. A página mostra as fotos dos nove membros do Politburo. O internauta escolhe o líder com quem quer falar clicando na foto e depois envia sua mensagem. Pelo menos 16 mil pessoas escreveram já escreveram ao presidente da China, Hu Jintao. "Se vocês se preocupam com as condições de vida da população, então sejam solidários: matem os dirigentes corruptos e os tiranos locais", diz uma das mensagens dirigidas ao presidente Hu Jintao.
H ISTÓRIA
Mala com etiqueta personalizada A companhia aérea KLM oferece um serviço gratuito para todos os internautas: a criação de etiquetas de bagagem personalizadas. Para obter a sua não é preciso ser passageiro da companhia. Basta entrar no link abaixo, escolher a imagem que você quer impressa na etiqueta e enviar seus dados. As etiquetas chegarão pelo correio no endereço que você desejar.
Fotos: Vladimir Melnik/AFP
Pistas de um mistério Exploradores russos informaram ontem ter encontrado um diário de bordo que pode ter pertencido a Georgy Brusilov, capitão que liderou a primeira equipe russa a buscar uma rota comercial entre a Ásia e o Ocidente pelo Ártico. Ele e sua tripulação
Site aproxima povo de líderes na China
viajaram pelo Ártico em 1912 e até hoje seu destino aínda é um mistério. A descoberta do diário acontece menos de dois meses depois de objetos pessoais terem sido encontrados nas geleiras de Franz Josef, na parte russa do Ártico.
http://baggagelabel.klm.com/ first.aspx
A RQUEOLOGIA L ÍNGUA PORTUGUESA
Herança moabita
'Tuitar', 'blogar' e 'ricardão' liberados No ano do centenário de Aurélio Buarque de Hollanda, o dicionário que leva o nome do filólogo ganhou novas palavras. Agora, de acordo com o dicionário, os verbos "tuitar" e "blogar" já são oficiais da língua portuguesa, bem como as palavras "e-book", "tablet", "pop-up", "fotolog", "blue tooth", "blu-ray disc" e "blu-ray player". Mas não são só as
AFP
palavras do mundo tecnológico que ampliaram em 6% o número de verbetes do famoso Aurelião. Também foram reconhecidas as palavras "ricardão" (substantivo, com letra minúscula), "sex shop", "botox", "balada", "nerd", "test drive", "bullying", "chef", "chororô", "chocólatra", "pré-sal" e "bandeide" (band-aid aportuguesado).
O Departamento de Antiguidades da Jordânia divulgou ontem imagens de duas das cerca de 300 peças encontradas por arqueólogos norte-americanos e jordanianos no templo moabita de Khirbat Ataruz, nas proximidades da cidade de Madaba. As peças, de mais de 3 mil anos, são as primeiras a serem retiradas do templo.
L OTERIAS Concurso 565 da LOTOFÁCIL
Concurso 2396 da QUINA
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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:
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Brasil é o país com a maior diversidade de crocodilos, dizem especialistas Nova superbactéria é encontrada em três Estados norte-americanos
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Logomarca da Olimpíada 2016 será lançada no réveillon de Copacabana
Artefatos seriam usadas nos rituais religiosos dos moabitas, povo nômade que se fixou na região do mar Morto no século 13
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
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1 MERCADO Governo pode desonerar IR sobre títulos de dívida de longo prazo.
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Santos/Hype Fotos: Newton
A Novo Mel, gerenciada por Rehder, já envia ao exterior 10% de sua produção. A meta é chegar a 40% no longo prazo.
Os novos negócios da China Empresas brasileiras investem na exportação de produtos de alto valor agregado ao país asiático, de olho no consumo crescente da classe média chinesa. Patrícia Büll
A
China já é a princip a l p a r c e i r a c omercial do Brasil. Mas, a exemplo de outros países, ela compra principalmente commodities. Para se ter uma ideia, dos dez produtos mais exportados para aquela nação, nove são primários – o que representa 87% da pauta exportadora brasileira. Mesmo assim, alguns empreendedores resistem a aceitar que o Brasil só tem vocação para o agronegócio e colocam a mão na massa – e o produto nas prateleiras – para tentar conquistar o consumidor chinês. Esse é o caso da Solarium Revestimentos, que acaba de montar um showroom em Xangai para apresentar seus pisos acimentados refratários aos novos ricos chineses. "Todo mundo pensa que para entrar no mercado chinês é preciso vender barato. Entretanto, uma fatia de 10% da população
é muito rica e compra no mercado de luxo. É justamente esse o nosso público-alvo. Não podemos competir com preço, mas com qualidade e diferencial", afirmou Ana Cristina de Souza Gomes, presidente da empresa. Segundo a executiva, o objetivo não será vender para o consumidor final, mas sim para os profissionais que indicam o produto, como engenheiros e arquitetos. Qualidade – Vender produtos de primeira linha é também a preocupação da Novo Mel, empresa paulista que exporta mel para a China. "Embora o país asiático seja o maior produtor de mel do mundo, a qualidade é muito ruim, daí a razão de termos obtido sucesso na empreitada", afirmou Carlos Pamplona Rehder, gerente de exportação da Novo Mel. Ele é também o exemplo de empresário que fez a lição de casa antes de se aventurar no mercado externo. Segundo Rehder, o primeiro passo foi arrumar a empresa,
Embora a China seja o maior produtor de mel do mundo, a qualidade é muito ruim. CARLOS PAMPLONA REHDER, DA NOVO MEL
Bird: AL ocupa posição vantajosa. Estudo mostra que dependência da exportação de commodities pode ser positiva para países da região
O
forte crescimento registrado por países da Ásia, especialmente a China, está transformando em "uma bênção" a dependência dos países da América Latina e Caribe de exportações de matérias-primas. Esta é a principal conclusão do relatório "Recursos naturais na América Latina e Caribe: Indo além das altas e baixas", produzido pelo Banco Mundial (Bird). Muitos acadêmicos brasileiros, como Maria da Conceição Tavares, Luiz Carlos BresserPereira e Ricardo Carneiro, já manifestaram grande preocupação com a pauta das exportações do País, muito calcada em commodities, inclusive as manufaturadas, como açúcar refinado e etanol. Contudo, o trabalho realizado pelo Bird aponta que o vigoroso peso dos recursos naturais para as vendas externas dos países da região, o que já foi apontado por alguns especialistas como "maldição", pode ser um fenômeno benéfico. Cenário – A conjuntura internacional fez com que a mão de obra muito barata nos países asiáticos, entre eles a China e a Índia, os transformasse em grandes produtores de mercadorias industrializadas e de serviços, como eletroeletrôni-
Leonardo Colosso/Folha Imagem
Demanda por carne brasileira é alta nos países asiáticos
cos, máquinas e softwares. Com as divisas obtidas com suas exportações para todo o mundo, estes países acumularam receitas bilionárias que possibilitam a modernização de suas economias, sobretudo com obras gigantescas de infraestrutura, como usinas hidrelétricas, aeroportos e rodovias. Tal boom de construção civil elevou muito suas demandas por matérias-primas, como o cobre chileno e o minério de ferro e as carnes embarcados pelo Brasil. "A rapidez da recuperação na América Latina e sua resistência à crise econômica global podem ser atribuídas, em parte, ao aumento das exportações de commodities da região para as economias emergentes
da Ásia", afirmou o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Augusto de la Torre. De acordo com o estudo, a região apresentou um salto significativo das exportações de commodities para mercados emergentes. A participação da China nas vendas externas destes produtos pela região passou de 0,8% de 1990 para 10% em 2008, último ano com dados disponíveis. No mesmo período, ocorreu uma diminuição da parcela destes recursos naturais destinados aos EUA, de 44% para 37%. Bonança – O trabalho do Banco Mundial ressalta que as receitas volumosas obtidas pelos países da América Latina e Caribe com as exportações de
matérias-primas, se forem bem administradas, podem se tornar uma fonte notável para auxiliá-los no desenvolvimento econômico e social. O estudo, produzido pelos economistas Augusto de la Torre, Emily Sinnott e John Nash, ressalta que é fundamental que os países da região considerem a adoção de políticas anticíclicas a fim de aproveitar da forma mais eficiente a "bonança" de recursos obtidos com as vendas de commodities. O trabalho menciona, por exemplo, a experiência de fundos fiscais de estabilização, como o empregado pelo Chile, com os quais é gerada uma poupança expressiva quando as exportações de matériasprimas estão indo muito bem. Tais recursos são utilizados em vários empreendimentos de longo prazo, inclusive em obras de infraestrutura que foram adotadas para ajudar a reconstruir várias áreas da capital, Santiago, destruídas pelo terremoto ocorrido neste ano. "Haveria um sinal claro de que os riscos relacionados com a abundância de matérias-primas estão sendo evitados se os países exportadores conseguirem poupar parte substancial das receitas provenientes de sua comercialização", explicou Augusto de la Torre. (AE)
especialmente no que se relaciona ao controle de qualidade – pois, se esse fator já faz diferença no mercado interno, no externo ele é prioritário. "Depois de um ano pensando na estratégia para entrar no mercado externo, resolvi desenvolver a embalagem para exportação. Em 2007, participamos pela primeira vez de uma feira na China, junto com a São Paulo Chamber of Commerce, já levando as amostras de embalagens adaptadas", disse. A feira rendeu dez potenciais contatos, mas foi necessário que um consultor de Cingapura ajudasse a escolher os parceiros chineses. "Esse contato me procurou em maio de 2008 para importar nosso mel. Na época eu não estava ainda preparado para o mercado internacional, mas enquanto me adaptava para isso, mantive contato com ele. Hoje, é meu principal conselheiro na Ásia", afirmou Rehder, que iniciou as exportações no ano passado e já fez sete embarques.
Crescimento do País ajuda vizinhos
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Moody's Investors Service, agência classificadora de risco, afirma em novo relatório que, se a economia brasileira continuar crescendo em ritmo acelerado, os ratings soberanos de outros países da América Latina podem sofrer um impacto positivo. "O Brasil não é a China da América Latina, pelo menos não ainda, devido ao limitado fluxo de comércio e capital entre países da região", afirmou o analista Sergio Valderrama, autor do relatório. "No entanto, se o desempenho econômico do Brasil se tornar ainda mais um motor regional nos próximos anos, os vizinhos sentirão os efeitos positivos no fortalecimento de seus ratings soberanos." Ainda que as economias latino-americanas não sejam tão abertas e integradas regionalmente quanto seus pares da Ásia, disse Valderrama, isso está mudando. A abertura comercial na região cresceu cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) no final dos anos 1990 para 55% entre 2006 e 2009 – ainda está abaixo dos 110% da Ásia. "O boom econômico ocor-
Além de China, a Novo Mel exporta também para México, Estados Unidos, Angola, Dubai, Cingapura e Japão. Por enquanto, 10% da produção da empresa é exportada, mas o empresário pretende alcançar entre 30% e 40%. "Mas para isso é importante pensar no longo prazo", considerou. Lições – Planejar é a palavra-chave para quem quer entrar no comércio mundial, e na China isso não é diferente. Infelizmente, segundo a consultora do Sebrae São Paulo, Rose Mary Estácio, o empresário brasileiro não gosta de colocar no papel a sua estratégia, com medo de ficar muito "engessado". Mas não dá para fugir. Segundo Rose, com o planejamento em exportação, a empresa consegue coordenar as ações, avaliar os riscos e oportunidades do mercado, investimentos necessários e expectativa de retorno. Enfim, um melhor controle do processo, para se evitar surpresas desagradáveis.
rendo no Brasil aumentou a estabilidade macroeconômica em outros países da América do Sul, e a melhor perspectiva de crescimento de médio prazo pode ter efeitos positivos diretos e indiretos, devido à grande escala de sua economia", segundo Valderrama. O PIB do Brasil, de US$ 2,1 trilhões, é o maior da região e quase equivalente ao PIB combinado dos outros países latino-americanos. I nve st i me nto s – Os impactos diretos do Brasil em seus vizinhos incluem a maior troca de bens e serviços, assim como os investimentos diretos, acrescenta o relatório da Moody's, enquanto as influências indiretas incluem um sentimento otimista dos mercados financeiros internacionais em relação à região e ao fato de o Brasil representar um modelo de boas políticas econômicas. "O apelo do Brasil tem sido reforçado pela liderança do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo sucesso de suas políticas econômicas, que tendem a permanecer praticamente inalteradas no âmbito do novo governo", avaliou Valderrama. Ele concluiu que o papel do Brasil na região poderia combater a influência política de países que têm defendido estilos de governo de confronto e políticas econômicas nãoortodoxas. (AE)
2 -.ECONOMIA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
COMÉRCIO
terça-feira, 14 de setembro de 2010
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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3 Sem regras flexíveis, será difícil inserir no mercado de trabalho cerca de 14 milhões de analfabetos. Ruy Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE)
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Fiesp luta por política industrial Paula Cunha
Menos regras e mais diálogo Com leis consideradas desatualizadas, mercado de trabalho exige negociação nas relações entre empregador e empregado. Fotos: Marcos Mendes/LUZ
M
ais uma vez, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) propôs que se crie uma política específica para o setor para reverter o atual quadro de perda de participação na economia brasileira, já que, na avaliação da entidade, o Brasil está apenas cumprindo um estágio de seu desenvolvimento, sem elaborar um planejamento estruturado. A informação foi divulgada ontem durante a reunião de seu Conselho Superior de Economia (Cosec). De acordo com análise da Fiesp, a indústria brasileira perdeu participação no Produto Interno Bruto (PIB), que hoje situa-se na margem de 14,5%. O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da federação, Paulo Francini, afirmou que esta participação já atingiu 25% durante os anos de 1980 e que, em outros países, ela situa-se em níveis superiores aos nossos. Na Alemanha, por exemplo, o índice é de 23%, enquanto China e Coreia do Sul registram, respectivamente, 39% e 29%. Diante de uma diferença tão expressiva, Francini lembrou que existem diversas causas para a perda de espaço. Entre elas, destaca-se a alta carga tributária que incide sobre o setor produtivo e em diversas etapas dos negócios de exportação, com cobrança de tributos de dífícil recuperação. Outro fator considerado negativo também por diferentes setores é o valor do dólar. Na avaliação do representante da Fiesp, ele está sobrevalorizado em 27% e impede o avanço das exportações. Além disso, ressaltou que o custo de financiamento industrial está estimado em 5,5% ao ano, índice superior ao observado em nações que apresentam nível de desenvolvimento semelhante ao das indústrias brasileiras.
Sílvia Pimentel
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conomistas, acadêmicos, advogados e representantes de entidades empresariais defenderam ontem durante seminário da Academia Internacional de Direito e Economia, realizado na capital paulista, a livre negociação entre patrões e empregados, com a menor intervenção possível do Estado. No seminário A Legislação Trabalhista na Visão Empresarial, o professor de Relações do Trabalho, José Pastore, afirmou existir no Brasil um excesso de regras. E o pior, normas de má qualidade. Ao traçar um paralelo entre o atual cenário econômico e a legislação trabalhista, Pastore afirmou que a economia caminha bem, o mercado de trabalho foi pouco afetado pela crise econômica internacional e, atualmente, há mais oferta de emprego do que mão de obra disponível. "Tudo isso foi obtido sem mexer na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) com o objetivo de ampliar direitos dos trabalhadores. Hoje, na atual conjuntura, aqueles que pregam mudanças enfrentam dificuldades para defender suas ideias", analisou. Para o especialista, se a legislação em vigor não foi a responsável para o País alcançar o atual patamar de desenvolvimento, ao menos não atrapalhou. "Sendo assim, por que pipocam no Congresso centenas de projetos prevendo benefícios aos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho?" Sobre o futuro, Pastore aler-
Precisamos estar preparados para uma maior abertura econômica em que a competição entre os países se torna cada vez mais acirrada. ALENCAR BURTI, ACSP
tou que a pauta de reivindicações das centrais sindicais entregue aos presidenciáveis é extensa, e inclui desde a redução da jornada de trabalho ao acirramento da fiscalização trabalhista, dificultando a vida das empresas. "Os empresários precisam se mobilizar para evitar que muitos projetos sejam aprovados na contramão dos países sujeitos às forças da competição global", analisou. Participante do debate, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, ressaltou a importância do seminário. "Precisamos estar preparados para uma maior abertura econômica em que a competição entre os países se torna cada vez mais acirrada e o mercado passa a exigir mais qualidade dos produtos e serviços, além de preços competitivos, com reflexos positivos na renda dos trabalhadores", disse. Caduca – Para o presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e da Academia Paulista de Letras Jurídicas, Ruy Altenfelder, a CLT está em descompasso com
Venda de papelão ondulado tem recuo de 1,78% em agosto
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indústria brasileira encerrou agosto com vendas de 213,944 mil toneladas de papelão ondulado, o pior resultado do setor desde abril segundo levantamento da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), a entidade que representa o setor. Após atingir recorde de 227,841
mil toneladas vendidas em maio, o volume de vendas apresenta três quedas mensais consecutivas desde então: -4,18% no mês de junho, -0,23% em julho e -1,78% em agosto, sempre na comparação com o mês anterior. O resultado atualizado de julho foi de 217,811 mil toneladas comercializadas. Marcelo Min/FolhaPress Apesar disso, o indicador ainda apresenta resultado expressivo na comparação com os dados de 2009. De acordo com projeção preliminar da entidade, o volume comercializado em agosto foi 10,34% superior a de igual período do ano passado. É a menor alta registrada nessa base de comparação em 2010. As vendas de janeiro a agosto totalizaram 1,687 milhão de toneladas, expansão de 17,19% em relação a igual período do ano passado e no maior patamar da história para o intervalo. Conforme informações divulgadas recentemente pelo presidente da ABPO, Ricardo Trombini, a desaceleração do indicador no segundo semestre já era esperada, pela maior base de comparação registrada a partir de julho de 2009. A mais nova projeção da entidaÉ a terceira queda consecutiva na de prevê que o setor encerre venda do item no ano. Mas o mês traz 2010 com alta de até 12% em 10,34% mais que no período de 2009. relação ao ano passado. (AE)
a realidade do mercado, refletindo de forma negativa no desenvolvimento econômico do País. "Como a toda obra humana, o tempo não poupa. A legislação trabalhista envelheceu em vários aspectos, assim como a estrutura sindical", criticou. Para ele, sem regras flexíveis, "será difícil inserir no mercado de trabalho cerca de 14 milhões de analfabetos". Durante o evento, o diretor de relações institucionais da Fiat, Adauto Duarte, abordou os custos da legislação trabalhista para as empresas, especialmente do setor automobilístico. "Houve um aumento de cerca de 10% dos encargos sociais, da carga tributária, o salário dos trabalhadores sofreu um aumento real de 21% entre 2003 e 2010 e a capacidade de negociação foi reduzida", resumiu. Processos – Duarte afirmou que há uma preocupação constante das empresas com a interpretação das normas trabalhistas, nem sempre favorá-
veis aos empregadores, o que gera uma insegurança jurídica. Baseado em dados oficiais, o diretor afirmou que o valor pago pelas empresas brasileiras em ações trabalhistas saltou de R$ 5 bilhões, em 2003, para R$ 11 bilhões, em 2010. Um exemplo de insegurança jurídica gerada recentemente, na opinião de Cassius Zomignani, da Itaúsa Empreendimentos S.A, é a Portaria l.510, do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece regras para o registro de ponto eletrônico. A partir de março de 2011, as empresas com mais de dez funcionários que optarem pelo sistema eletrônico de jornada de trabalho serão obrigadas a usar relógios com especificações determinadas pelo governo. "Há um excesso no poder de regulamentar. A norma é um retrocesso", criticou. A lei de cotas para portadore s d e d e f i c i ê n c i a ( L e i n º 8.213/91) também representa custos adicionais para as empresas, na opinião de Zomig-
Os empresários precisam se mobilizar para evitar que muitos projetos sejam aprovados, na contramão dos países sujeitos às forças da competição global. JOSÉ PASTORE, PROFESSOR
nani, principalmente para as companhias que exercem atividades de alto risco. "Além da inexistência de incentivos fiscais nas contratações, a legislação não estabelece cotas diferenciadas para determinadas atividades", criticou. Pela legislação, empresas com mais de 100 funcionários devem reservar entre 2% e 5% das vagas para pessoas com deficiência.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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e Produção de algodão já preocupa setor têxtil
terça-feira, 14 de setembro de 2010
O déficit de algodão pode gerar um colapso no mercado nacional. Sylvio Mandel, presidente da Abvtex
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Agliberto Lima/AE
Falta do produto pode aumentar preços no varejo Fátima Lourenço
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Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) manifestou preocupação com a safra local do algodão, e afirmou que os reflexos dos baixos estoques da commodity já podem ser percebidos pelo consumidor final. "Teremos um déficit (de algodão) preocupante, que pode gerar um colapso no mercado nacional", declarou o presidente da entidade, Sylvio Mandel. Ele afirmou que já falta matéria-prima para a produção, com reflexos nos preços dos cobrados pelas lojas. A associação representa redes varejistas como C&A, Marisa, Grupo GEP (Cori, Luigi Bertoli e Emme), Leader, Mango, Pernambucanas, Renner e Riachuelo, além do Grupo Pão de Açúcar e Walmart. De acordo com a entidade, seus associados respondem por cerca de 15% das vendas do varejo, e em 90% dos casos comercializam produtos da indústria têxtil.
Para o diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Moda (IbModa), André Robic, o mercado ainda não detectou saltos significativos de preços nos produtos finais. "Não creio que aconteça esse efeito no curto prazo." Se o cenário macroeconômico convergir para esse tipo de efeito, disse, ele deverá ser percebido de forma mais intensa nas coleções outono/inverno do próximo ano. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confeçção (Abit) não se pronunciou sobre o assunto. O mercado comenta, no entanto, que toda a cadeia têxtil está empenhada em obter, junto ao governo federal, benefícios para reverter a situação desfavorável. Importação – A Abvtex se alinhou à demanda da cadeia produtiva, pleiteando a queda do imposto de importação do algodão. Ela pede a redução imediata "para já ter um efeito a partir do mês que vem". De acordo com a entidade, o go-
Dados da Conab indicam que o déficit interno de algodão deverá ser de 200 mil toneladas. Para conter escassez, setor pede redução tributária.
verno federal avalia algumas opções para solucionar a questão da escassez do algodão. Na tarde de ontem não havia novidades sobre o assunto no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Uma decisão sobre a redução do imposto de importação do produto poderá ser tomada hoje, quando acontece mais uma reunião bimestral da Câmera de Comércio Exterior (Camex). Cenários – O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/ Esalq), Lucilio Alves, explicou
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mais a produtividade. Após a crise financeira, a procura foi maior que a esperada, e os estoques estavam em queda. No Brasil, a indústria adiou as compras para beneficiar-se de preços menores na colheita. Mas a produção local sofreu impactos. O Mato Grosso, responsável por 50% da produção nacional do item, sofreu efeitos da seca. "Houve queda de produtividade em todas as regiões, mas especialmente no Mato Grosso e em Goiás", afirmou Alves. Segundo ele, os preços, em sucessivas altas mensais, só iniciaram um período de estabilização na última semana.
Houve queda de produtividade em todas as regiões. LUCILIO ALVES, PESQUISADOR DO CEPEA/ESALQ
Balança comercial tem superávit menor
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CRECI 69.663
que a demanda interna de algodão é de 1 milhão de toneladas. Segundo projeções da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), a safra deverá atingir 1,17 milhão de toneladas, com exportação de 400 mil toneladas e déficit interno, portanto, superior a 200 mil toneladas de algodão. Alves explicou que a safra está em fase final de colheita. "Nas últimas cinco safras, a demanda superou a oferta." Nas duas últimas, acrescentou, a rentabilidade da cultura de grãos foi avaliada, por produtores de todo o mundo, como mais atrativa que a do algodão, impactando ainda
A
balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 11,981 bilhões em 2010, até a segunda semana de setembro. De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo é 42,1% inferior aos US$ 20,678 bilhões registrados em igual período do ano passado. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 251,619 bilhões, alta de 35,5% sobre os US$ 185,702 bilhões apurados em igual período de 2009. Até a segunda semana de setembro, as exportações totalizaram US$ 131,8 bilhões, com média diária de US$ 757,5 milhões, equivalente a um crescimento de 27,7% ante a média de US$ 593 milhões registrada em igual período de 2009.
Baixa renda tem nova deflação
A
s famílias de baixa renda continuaram a sentir efeitos de deflação em agosto, embora de forma menos intensa do que em julho. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), utilizado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários-mínimos. O indicador, divulgado ontem, caiu 0,44% no mês passado, após mostrar queda de 0,56% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula altas de 3,75% no ano e de
Neste ano, as importações já chegam a US$ 119,819 bilhões, com média diária de US$ 688,6 milhões, valor 45,2% superior à média de US$ 474,2 milhões registrada em igual período do ano passado. Verdes – O agronegócio registrou, em agosto, o maior volume de vendas externas para o mês, atingindo US$ 7,305 bilhões, segundo informou o Ministério da Agricultura. O montante representa um crescimento de 23,3% em relação a igual período do ano passado e está muito próximo do recorde mensal geral, obtido em julho de 2008 - melhor ano das exportações brasileiras do setor. Naquele mês, o Brasil vendeu US$ 7,931 bilhões em produtos agrícolas. O volume de agosto passado é 8% superior ao das vendas externas no mês em 2008, até então o melhor agosto da série histórica
0,44 por cento foi a queda registrada pelo IPCC1 em agosto. No mês anterior, o indicador havia recuado 0,56%. 3,99% em 12 meses. A taxa do IPC-C1 em agosto ficou abaixo da deflação média apurada entre famílias mais abastadas – ou seja, aquelas com renda mensal entre três e 33 salários-mínimos, mensurada pelo Índice de
realizada pelo Ministério e que começou em 1989. Já as importações brasileiras do agronegócio totalizaram US$ 1,095 bilhão no mês passado. Com isso, o superávit comercial do setor foi de US$ 6,21 bilhões. No acumulado do ano, as exportações tiveram alta de 13,6% em relação a 2009, com US$ 49,628 bilhões. As importações cresceram quase três vezes mais no período (37,5%), ao atingirem US$ 8,375 bilhões. O saldo comercial do agronegócio em 2010 até o momento é de US$ 41,252 bilhões. Açúcar – Um dos destaques foi a quantidade exportada de açúcar, que apresentou aumento de 53,4% ao passar de 2,1 milhões de toneladas em agosto de 2009 para 3,2 milhões de toneladas no mês passado. Em valores, o desempenho do produto foi ainda mais expressivo, subindo de
Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que mostrou queda de 0,08% no mesmo mês. Porém, a taxa de inflação acumulada no ano do IPC-C1 foi maior do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 3,34%. Já na taxa acumulada em 12 meses até agosto, o IPC-C1 se posicionou abaixo da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período, quando mostrou avanço de 4,06%. Gastos – Das sete classes de despesa utilizadas para o cálculo do IPC-C1, três apresentaram quedas menos intensas ou acelerações de preços em suas taxas de variação de preços entre os meses de julho e agosto. Esse foi o caso de alimentação (que passou de -1,54% para -1,19%); vestuário (de -1,11% para -0,08%); e habitação (de
7,3 bilhões de dólares foi o total das exportações do agronegócio em agosto – um crescimento de 23,3%. US$ 721 milhões em agosto de 2009 para US$ 1,369 bilhão no mês passado. O crescimento foi de 90%, ainda como reflexo da quebra da safra de cana-de-açúcar na Índia, no ano passado. Já a receita obtida com as vendas externas de carnes aumentou 23,7%, passando de US$ 1,014 bilhão, em agosto de 2009, para US$ 1,255 bilhão no mês passado. (AE)
0,19% para 0,2%). As outras quatro classes de despesa apresentaram desaceleração de alta ou queda de preços. É o caso de despesas diversas (de 1,58% para -0,07%); educação, leitura e recreação (de 0,35% para 0,07%); saúde e cuidados pessoais (de 0,25% para 0,02%); e transportes (de 0,01% para zero). E leva çõ e s – A FGV informou ainda que, em agosto, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em taxa de água e esgoto (1,68%); alho (7,18%); e pão francês (1,41%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em batata-inglesa (-23,88%); cebola (-30,92%); e mamão da Amazônia – papaya (-15,01%). (AE)
DIà RIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 14 de setembro de 2010
e Basileia 3 herda velhas polĂŞmicas
5 R$ 1,3 trilhão serå aplicado na indústria de transformação, no setor de petróleo e gås natural e em obras de infraestrutura.
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Heinz-Peter Baden/Reuters
Medidas aninam bolsas no mundo Trichet, do BCE: plena confiança de que EUA adotarão novas regras.
Novas regras geram dúvidas sobre eventual guerra por capital e adoção efetiva
N
em bem saĂram do papel, as novas regras regulatĂłrias para o segmento bancĂĄrio internacional geram polĂŞmica e dividem opiniĂľes quanto a sua adoção. As medidas, chamadas de Basileia 3, tĂŞm por objetivo prevenir atividades de risco que desencadearam a crise financeira global em 2008. Dessa forma, os bancos deverĂŁo manter um nĂvel de capital, medido pela soma do valor de suas açþes ordinĂĄrias com reservas em "cash", equivalente a pelo menos 4,5% dos ativos. O padrĂŁo internacional ĂŠ um nĂvel de 2% e nos Estados Unidos sĂŁo exigidos 4%. As insti-
tuiçþes financeiras terĂŁo um perĂodo de transição para adotar as novas determinaçþes. A analista-sĂŞnior de crĂŠdito do ING em AmsterdĂŁ, Eleonore L a m b e r t y, a v a l i a q u e a maioria dos bancos europeus nĂŁo terĂĄ problemas para atender aos requisitos. Para ela, a grande expectativa da indĂşstria bancĂĄria sobre a necessidade de levantar volume significativo de capital perdeu força. Para o analista da Rochdale Securities Dick Bove, as novas regras tambĂŠm nĂŁo deverĂŁo ter grande efeito sobre os bancos dos Estados Unidos, porque muitos deles jĂĄ atendem Ă s exigĂŞncias de capital determinadas pelo acordo, o que dĂĄ a
eles uma vantagem sobre os concorrentes globais. O prazo maior para a adoção das regras ĂŠ apontado como motivo para o alĂvio dos mercados financeiros. Ainda assim, o impacto das regras sobre o sistema gera polĂŞmica. O economista Paul Donovan, do UBS, acredita que o custo do dinheiro vai subir a partir da imposição de Basileia 3 e prevĂŞ uma "guerra por capital". Como os bancos terĂŁo de aumentar reservas, sobrarĂĄ menos dinheiro para emprestar, exatamente em um momento em que a demanda por financiamentos estĂĄ subindo. Lena Komileva acredita que, embora com prazo mais longo,
a reforma deve tambÊm trazer um impacto negativo sobre a liquidez do mercado. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), JeanClaude Trichet, disse que tem "plena confiança" de que as autoridades norte-americanas colocarão as medidas em pråtica. Os comentårios ocor-
A
rem depois que autoridades europeias, incluindo a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Central de Luxemburgo, Yves Mersch, alertaram que a Europa não adotarå as novas regras regulatórias a menos que os Estados Unidos façam isso. (AE)
s novas regras globais para o segmento bancĂĄrio provocaram efeitos positivos nas bolsas de valores. Ontem, o Ăndice paneuropeu Stoxx 600 avançou 1,75 ponto (0,66%) e fechou em 266,45 pontos. O Ăndice Dow Jones fechou com alta de 0,78%, a Nasdaq, que reĂşne as açþes das principais empresas de tecnologia, subiu 1,93% e o S&P avançou 1,11%. Por sua vez, a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de SĂŁo Paulo (BM&FBovespa) apurou elevação de 1,83%. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) espera que o Banco Central discuta com o mercado as especificidades do sistema financeiro brasileiro ao adotar aqui as regras anunciadas anteontem. (AgĂŞncias)
Luludi/ LUZ - 10/02/2010
Quase um PIB atĂŠ 2013
Circuit breaker individual para açþes começa no dia 27
Investimentos em infraestrutura e transformação devem somar R$ 2,9 trilhþes
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A
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de SĂŁo Paulo (BM&FBovespa) anunciou ontem a adoção de um limite de variação de preços de 15% na negociação de açþes, cotas de fundos de Ăndices (ETFs) e demais ativos no mercado Ă vista. A nova regra entrarĂĄ em vigor no dia 27. "Caso um novo negĂłcio gere preço que viole, para baixo ou para cima, o limite intradiĂĄrio – que ĂŠ estabelecido como 15% positivo ou negativo – o fechamento da operação nĂŁo serĂĄ permitido e o ativo entrarĂĄ na modalidade leilĂŁo", explicou a bolsa, em nota. No inĂcio do pregĂŁo, antes de acontecer o primeiro negĂłcio, o preço de referĂŞncia serĂĄ
No inĂcio do pregĂŁo, preço de referĂŞncia serĂĄ o de fechamento.
o de fechamento do dia anterior. Depois, passarĂĄ a ser o valor usado para a primeira operação. Durante o dia, o valor serĂĄ alterado sempre que houver leilĂŁo no limite intradiĂĄrio. A partir daĂ, a referĂŞncia serĂĄ o do usado no leilĂŁo. A instituição informou ainda que esse patamar nĂŁo incidirĂĄ sobre os leilĂľes, ou seja, o valor poderĂĄ apresentar variação em relação ao preço-base superior ao limite intradiĂĄrio. A bolsa divulgou que a regra
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAĂ‡ĂƒO
valerå para todas as açþes negociadas no mercado à vista, mesmo as de menor liquidez. Jå os papÊis dos mercados de derivativos, como opçþes, não sofrerão alteraçþes. Na última sexta, a Securities and Exchange Comission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais norte-americano) aprovou regras expandindo o circuit breaker individual para açþes, que funcionarå como programa-piloto atÊ 10 de dezembro. (Reuters)
GOVERNO DO ESTADO DE SĂƒO PAULO
FDE AVISA: COMUNICADO Referente ao PregĂŁo (Presencial) de Registro de Preços nÂş 36/00634/10/05 - Objeto: Aquisição de Ventilador de Parede - VN-02. Por razĂľes administrativas, comunicamos que a sessĂŁo de processamento do referido PregĂŁo foi transferida para Ă s 09:30 horas do dia 28/09/2010 e serĂĄ realizada na SupervisĂŁo de Licitaçþes, sita Ă Avenida SĂŁo LuĂs, 99 - 1° andar - Centro - SĂŁo Paulo/SP, ocasiĂŁo em que serĂŁo recepcionados os Envelopes “Propostaâ€? e “Documentos de Habilitaçãoâ€?, apĂłs o credenciamento dos interessados que se apresentarem para participar do certame.
SECRETARIA DA MODERNIZAĂ‡ĂƒO, GESTĂƒO E DESBUROCRATIZAĂ‡ĂƒO COORDENADORIA DE GESTĂƒO DE BENS E SERVIÇOS Acha-se aberta licitação na modalidade PREGĂƒO ELETRĂ”NICO PARA REGISTRO DE PREÇOS NÂş 020/2010 CGBS - Processo Administrativo nÂş 2010-0.011.790-8, que tem por objeto FORNECIMENTO DE CAFÉ TORRADO E MOĂ?DO Pacote 500 g. A abertura serĂĄ procedida pela CPL-1, no dia 30/09/2010 Ă s 10:30 horas. O Edital e seus anexos poderĂŁo ser adquiridos pelas interessadas no horĂĄrio das 9h30 Ă s 15h30, atĂŠ o Ăşltimo dia Ăştil que anteceder a abertura, mediante o recolhimento aos cofres pĂşblicos da importância de R$ 0,15 (quinze centavos) por folha, por meio da DAMSP que serĂĄ fornecida no DGSS.21, na Rua LĂbero BadarĂł, 425 - 3Âş andar, Centro - SĂŁo Paulo/SP, ou atravĂŠs da Internet pelos sites http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br e www.comprasnet.gov.br.
SECRETARIA DA SAĂšDE DIVISĂƒO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAĂ‡ĂƒO Encontram-se abertos no Gabinete: PREGĂƒO PRESENCIAL 204/2010-SMS.G, processo 2010-0.072.466-9, destinado Ă contratação de EMPRESA ESPECIALIZADA NA PRESTAĂ‡ĂƒO DE SERVIÇOS DE ENSAIO DE PROFICIĂŠNCIA E DE CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO PARA OS LABORATĂ“RIOS PĂšBLICOS DO MUNICĂ?PIO DE SĂƒO PAULO: SUDESTE, LAPA, NOSSA SENHORA DO Ă“, SANTO AMARO E SĂƒO MIGUEL, para a Coordenação de Atenção BĂĄsica/Ă rea TĂŠcnica de AssistĂŞncia Laboratorial, do tipo menor preço. A abertura da sessĂŁo pĂşblica de pregĂŁo ocorrerĂĄ Ă s 10 horas do dia 29 de outubro de 2010, a cargo da 1ÂŞ ComissĂŁo Permanente de Licitaçþes da Secretaria Municipal da SaĂşde. PREGĂƒO PRESENCIAL 263/2010-SMS.G, processo 2010-0.200.363-2, destinado ao registro de preços de REAGENTES PARA DETECĂ‡ĂƒO DE ANTICORPOS ANTI TRIPANOSSOMA, EPSTEIN BAAR VĂ?RUS E HERPES VĂ?RUS COM EQUIPAMENTOS EM COMODATO, para a Coordenação de Atenção BĂĄsica/Ă rea TĂŠcnica de AssistĂŞncia Laboratorial, do tipo menor preço. A abertura da sessĂŁo pĂşblica de pregĂŁo ocorrerĂĄ Ă s 10 horas do dia 5 de outubro de 2010, a cargo da 1ÂŞ ComissĂŁo Permanente de Licitaçþes da Secretaria Municipal da SaĂşde. DOCUMENTAĂ‡ĂƒO - PREGĂƒO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverĂŁo ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessĂŁo pĂşblica de pregĂŁo. DOCUMENTAĂ‡ĂƒO - PREGĂƒO ELETRĂ”NICO Os documentos referentes Ă s propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverĂŁo ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, atĂŠ a data de abertura, conforme especificado no edital. RETIRADA DO EDITAL O edital do pregĂŁo acima poderĂĄ ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, www.comprasnet.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal da SaĂşde, na Rua General Jardim, 36 3Âş andar - Vila Buarque - SĂŁo Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, atravĂŠs do DAMSP, Documento de Arrecadação do MunicĂpio de SĂŁo Paulo.
FALĂŠNCIA, RECUPERAĂ‡ĂƒO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAĂ‡ĂƒO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição CĂvel do Tribunal de Justiça de SĂŁo Paulo, foram ajuizados no dia 13 de setembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falĂŞncia, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Moema Tecnologia de Ativos e Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Forja Leste ConexĂľes Ltda. - Rua Soldado Aristides Gouveia, 293 A - 1ÂŞ Vara de FalĂŞncias Reqte: Creaçþes D’anello Ltda. - Reqdo: Sunna IndĂşstria e ComĂŠrcio de Confecçþes Ltda. - Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 268 - 2ÂŞ V. FalĂŞncias
c h e fe d o D e p a r t amento de Acompanhamento EconĂ´mico do Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES), Fernando Puga, afirmou ontem que os investimentos no PaĂs de 2010 a 2013 devem acumular R$ 2,9 trilhĂľes, valor prĂłximo ao Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, R$ 1,3 trilhĂŁo serĂĄ aplicado na indĂşstria de transformação, no setor de petrĂłleo e gĂĄs natural e em obras de infraestrutura, com destaque para a ĂĄrea de energia. "Esse volume deve ser suficiente para elevar de 20% neste ano para 22,2% em 2013 a participação dos investimentos em relação ao PIB", comentou. De acordo com Puga, ĂŠ atĂŠ possĂvel que o montante de recursos possa gerar efeitos maiores na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a ponto de
alcançar 23% do PIB em 2013. Recentemente, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em palestra realizada em São Paulo, comentou que "Ê importante que diminua de forma gradual a participação relativa do BNDES nos financiamentos de projetos de longo prazo no Brasil, sobretudo em infraestrutura – e tambÊm que aumente a participação do setor financeiro privado, especialmente com o fortalecimento do mercado de capitais nos próximos anos". Puga destacou dois polos de investimento dinâmicos que vão colaborar de forma expressiva na FBCF no Brasil atÊ 2013. Um deles são os investimentos em petróleo e gås, realizados em boa parte no prÊ-sal, pela Petrobras. O outro são obras de infraestrutura que, com avanço significativo da aplicação de recur-
sos de longo prazo na ĂĄrea de energia, duplicaram em valores nos Ăşltimos cinco anos. Pelas estimativas do BNDES, o setor de petrĂłleo e gĂĄs deve apresentar investimentos de R$ 340 bilhĂľes nos prĂłximos quatro anos. "AlĂŠm dos projetos relativos ao prĂŠ-sal, hĂĄ uma agenda de investimentos no PaĂs nos prĂłximos anos, que inclusive estĂŁo relacionados com a Copa do Mundo de 2014 e a OlimpĂada de 2016", disse Puga, em lançamento do relatĂłrio "Recursos Naturais na AmĂŠrica Latina: Indo AlĂŠm das Altas e Baixas", realizado pelo Banco Mundial, em parceria com a Fiesp. O PIB atingiu R$ 3,143 trilhĂľes em 2009, destacou o economista Cristiano Souza, do Santander. Para 2010, com projeção de alta de 7,8%, o PIB deve subir para R$ 3,578 trilhĂľes. (AE)
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EXTRAVIO A empresa Leonardi Construção Industrializada Ltda. - CCM: 9.591.449-8 - CNPJ: 59.893.545/000117 comunica, a quem possa interessar, que foram extraviadas as notas fiscais de nº 930 a 1.250. Auto Posto Point Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença PrÊvia e de Instalação 30000562 e requereu a Licença de Operação, para ativ. de com. de prod. deriv. de petróleo, sito à Rua da Mooca, 3622 - Mooca - São Paulo- SP. Posto de Serviços 101 Ltda, torna público que requereu da Cetesb a Renovação de Licença de Operação, para atividade de com. de produtos derivados de petróleo, Av. Zelina, 101 - Vila Zelina - São Paulo - SP.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SĂƒO CARLOS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAĂšDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAĂšDE - PREGĂƒO ELETRĂ”NICO FMS NÂş 063/2010 - PROCESSO ADMINISTRATIVO NÂş 2448/2010 Faço pĂşblico, de ordem do Senhor SecretĂĄrio Municipal de SaĂşde, que se encontra aberto o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 063/2010, tendo como objeto o registro dos preços de lanceta descartĂĄvel, conforme descrição, especificaçþes e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na Ăntegra poderĂĄ ser obtido nos sites: www.bb.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitaçþes. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ĂŁo atĂŠ Ă s 8:00 horas do dia 24 de setembro de 2010 e o inĂcio da sessĂŁo de disputa de preços serĂĄ Ă s 09:00 horas do dia 24 de setembro de 2010. Maiores informaçþes pelo telefone (16) 3362-1350. SĂŁo Carlos, 13 de setembro de 2010. Jose Eduardo SimĂľes Martinez - Pregoeiro.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAĂ‡ĂƒO
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GOVERNO DO ESTADO DE SĂƒO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAĂ‡ĂƒO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAĂ‡ĂƒO - FDE comunica Ă s empresas interessadas que se acha aberta licitação para Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de PrĂŠdio Escolar: TOMADA DE PREÇOS NÂş - PRÉDIO - LOCALIZAĂ‡ĂƒO - PRAZO - Ă REA (se houver) - PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO MĂ?NIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO - ABERTURA DA LICITAĂ‡ĂƒO (HORA E DIA) 05/15423/10/02 - EE Waldir Rodolpho de Castro - Rua dos Jeribas, s/nÂş - 05868-820 - CHB I Adventista - SĂŁo Paulo/SP 180 - R$ 50.282,00 - R$ 5.028,00 - 09:30 - 04/10/2010. As empresas interessadas poderĂŁo obter informaçþes e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI, na SEDE DA FDE, na SupervisĂŁo de Licitaçþes, na Av. SĂŁo LuĂs, 99 - RepĂşblica - CEP: 01046-001 - SĂŁo Paulo/SP ou atravĂŠs da Internet pelo endereço eletrĂ´nico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderĂŁo adquirir o Edital completo atravĂŠs de CD-ROM a partir de 14/09/2010, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horĂĄrio das 08:30 Ă s 17:00 horas, mediante pagamento nĂŁo reembolsĂĄvel de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverĂŁo estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada Ă SupervisĂŁo de Licitaçþes da FDE atĂŠ Ă s 17:00 horas do dia 29/09/2010, conforme valor indicado acima. Os invĂłlucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAĂ‡ĂƒO deverĂŁo ser entregues na SEDE DA FDE, atĂŠ 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação serĂĄ processada em conformidade com a LEI FEDERAL nÂş 8.666/93 e suas alteraçþes, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAĂ‡ĂƒO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAĂ‡ĂƒO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAĂ‡ĂƒO - FDE. As propostas deverĂŁo obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FĂ BIO BONINI SIMĂ•ES DE LIMA Presidente
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
As empresas precisam definir o que querem da web Luiz Augusto Barros, diretor de operações da Media Factory
nformática
Comunicação digital: divulgue e apareça Especialistas ensinam como usar as redes sociais e os serviços de buscas e comparação de preços para que sua empresa ganhe destaque na internet BARBARA OLIVEIRA
O
s brasileiros ficam 45 horas por mês navegando na internet. Depois do Brasil, vem a Inglaterra (43 horas) e os Estados Unidos (40 horas), segundo o Ibope/Nielsen. E boa parte do tempo dessas pessoas se concentra nas redes sociais, nos sites buscadores e nas lojas online. Pelo mesmo instituto, 86% dos brasileiros conectados à internet estão presentes no Facebook, Orkut, Twitter e YouTube. Por isso, as empresas não podem mais desprezar esses canais digitais já que por eles passam, diariamente, um exército de consumidores de produtos e serviços. Só o Facebook tem no mundo meio bilhão de usuários, enquanto no Brasil somos cerca de seis milhões de adeptos, com tendência de crescimento da plataforma (ela cresceu seis vezes em um ano, por aqui). No Facebook se faz relacionamento, formam-se comunidades, criam-se sites, e tanto usuário como o anunciante têm uma interação completa com um público que lhe interessa: faixa etária acima dos 25 anos, das classes A e B. O Orkut, líder disparado no Brasil com 29 milhões de adeptos, tem usuários mais jovens e com menos disposição para gastar, mas não pode ser desprezado como mídia digital, assim como o Twitter, o YouTube, o Flickr e os tradicionais links patrocinados dos buscadores (segmento em que o Google tem 95% do mercado), além dos portais tradicionais, sites de nicho e blogs específicos. Links - As grandes empresas já conhecem e investem na web. Começaram com os links patrocinados do Google e Yahoo! e agora ampliam seu marketing nas redes sociais e portais de conteúdo. As pequenas e médias descobriram que podem ter presença nesse universo online, obter resultados e até gastar pouco. Mas precisam focar seus objetivos na internet, senão o investimento terá sido em vão.
O diretor de criação da agência digital Capuccino, Vitor Elman, lembra a existência de várias ferramentas disponíveis às empresas, mesmo para as de menor porte. "Investir em links patrocinados dos sites de busca com uma verba mensal a partir de R$ 2 mil já é uma boa saída, dependendo do número de palavras que se quer atingir", avalia. Os links patrocinados são aqueles anúncios exibidos com destaque (na parte superior ou nas laterais) nas páginas de buscas por palavras-chaves. Mas, como o cliente paga por cliques feito no seu link, é bom que ele otimize seu resultado com técnicas de SEO (Search Engine Optimization) e com relatórios analíticos. O Google Analytics, por exemplo, é uma solução aberta e gratuita de análise da web, que mostra o quanto uma palavra-chave gera de receita para uma empresa. "O cliente verá o total de cliques e quanto ele vendeu com isso", explica Rodrigo Rodrigues, gerente de vendas online, varejo e tecnologia do Google. Com o Analytics, o comerciante se prepara melhor para compor seus anúncios de forma mais segmentada e criar
websites com mais conversões (que incluem compras). Mas, tudo isso pode ser complicado para o varejista fazer sozinho se não tiver um especialista no assunto (de TI ou marketing digital). Principalmente agora, com a força das mídias sociais como canais de comunicação, interação e publicidade das empresas. "O ideal é que o cliente contrate uma agência digital para ganhar em relevância e ter resultados", diz Luiz Augusto Barros, diretor de operações da Media Factory, com 20 clientes em redes sociais, outros 50 em buscadores (links patrocinados) e cerca de 300 com ferramentas de e-mail marketing. "Nosso objetivo é ajudar as empresas a venderem, mas elas precisam definir o que querem da web, antes de qualquer iniciativa", observa Barros. A internet é mais barata do que as mídias tradicionais e atinge públicos específicos, com classe social e faixa etária desejadas. O primeiro passo para se conhecer melhor o consumidor, na opinião de especialistas
em mídia digital ouvidos pelo DC, é dispor de um cadastro dos clientes para enviar promoções e saber um pouco de seu perfil. "Se tiver pouco dinheiro e for um site de e-commerce, pode usar o s c o m p a r a d o re s d e p re ç o e AdWords (links patrocinados)", acrescenta o diretor da Media Factory. Atualmente, 50% das verbas publicitárias nos Estados Unidos ainda são destinadas a esse tipo de anúncios online. Foco e método - Se a empresa começar a crescer, ela pode patrocinar sites e blogs específicos, e fazer campanhas no Facebook e Orkut (com promoções e páginas hospedadas) e até se aventurar em colocar seus displays (banners) em portais maiores. "Com R$ 2 mil ele terá de contar com a sorte nos links patrocinados", avisa Barros. mas, com pelo menos R$ 10 mil mensais a empresa já terá uma presença interessante na web, com Facebook, Twitter, YouTube, blogs, e profissionais gerando conteúdos, e-mail marketing, fazendo SEO no Google e análises
de seu posicionamento na web. "Mesmo que tudo seja bem planejado, de nada vai adiantar se a empresa não tiver foco e metodologia correta para estar presente nesses canais", alerta André Freitas, diretor de novos negócios da Predicta, dedicada a estratégias de comunicação digital. Segundo o executivo, as redes sociais abriram um canal novo para a relação entre cliente e empresa. "As reclamações e elogios são instantâneos, a empresa está mais exposta e precisa tomar providências logo". E isso se consegue com metodologias apropriadas, monitoramento constante e objetivos claros: se quer só vender, se quer trabalhar só a marca, se busca diversão e interação com os internautas, ou se vai juntar todas essas ações numa campanha, acrescenta Freitas. Luiz Alberto Ferla, CEO da Talk Interactive, diz que apesar da importância dada às mídias sociais para suas campanhas de comunicação, a maioria das empresas ainda se esquece de um plano de ação digital. "A facilidade de expor opiniões nas redes faz do consumidor um propagandista em potencial, capaz de estimular críticas e influenciar positiva ou negativamente a venda de um produto ou serviço", observa.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 Blogs e perfis ativos em mídias sociais é a estratégia de exposição da rede de produtos naturais Mundo Verde
nformática Fotos: Zé Carlos Barretta / Hype
BARBARA OLIVEIRA Magazine25 já nasceu uma pontocom, em meados de 2005. O ex-representante comercial Vagner Fradinho, com a ajuda dos filhos, criou a loja de artigos de festas online num pequeno escritório localizado na rua mais comercial de São Paulo, a 25 de Março. Ele aproveitava a proximidade dos comerciantes da rua para se abastecer com os pedidos feitos pelos clientes na web. "No começo, os pedidos chegavam e nós corríamos para nos abastecer nas lojas próximas e entregar pelo correio", conta Bruno Oliveira, um dos filhos. O crescimento do negócio veio dois anos depois, com a contratação de uma agência digital para cuidar da exposição da Magazine25 na rede. Foram feitas várias ações, com foco nos AdWords (anúncios em forma de
A
A loja virtual Magazine25.com tem gasto médio mensal em publicidade online de R$ 7 mil, o que corresponde a cerca de 5% do faturamento do site. Mas o retorno é garantido.
ja inclui perfis no Facebook, Twitter, Orkut e Flickr, e links em blogs e sites que dão dicas de festas, monitorado por um funcionário, informa Oliveira. Hoje, a Magazine25.com conta com uma loja física em uma área de 250 metros quadrados com 30 funcionários, onde abriga também o escritório dos dois sites (outra loja pontocom foi aberta), estoque e expedição. O site do Magazine25 tem 400 mil visitas mensais, comercializa cerca de 5 mil itens de decoração de festas . Mundo Verde - Blogs e perfis ativos em mídias sociais é a estratégia de exposição da rede de produtos naturais Mundo Verde, que cresceu 130% em acessos no seu portal desde o ano passado. Ela mantém mais de 8 mil seguidores no Orkut, Facebook, Twitter. Neles, ela faz promoções, concursos culturais e cria conteúdos sobre saú-
Anunciar é a alma do negócio
Da esquerda para a direita, Fábio Luis Cândido, Vagner Fradinho e Bruno de Oliveira, proprietários da Magazine 25: do pontocom para a loja física no centro da cidade
links) do Google, além de posicionamento relevante nos buscadores, em blogs e portais de festas, sites de conteúdos, e a otimização dos gastos da loja com a conversão. "Com o trabalho da agência, foi reduzido o nosso custo de conversão (quando o usuário realiza uma ação no site, inscrição, venda, preenchimento de formulário, contato) e melhoramos nosso retorno", diz Oliveira. O gasto médio mensal da loja com a publicidade online é de R$ 7 mil – 5% do faturamento do site (de cerca de R$ 150 mil), e se o lojista pagava R$ 25 por conversão hoje ele paga apenas R$ 13. A fórmula é matemática, e o anunciante decide quanto quer pagar por clique no seu site. Se ele definir que vai pagar R$ 0,15 por clique e tiver 10 mil cliques no seu anúncio/site terá investido R$ 1.500. Mas, se ele conseguir obter 100 vendas com esse valor, sua taxa de conversão terá sido de R$ 15 (investimento dividido pelo número de vendas). A presença nas mídias sociais da lo-
de, qualidade de vida e sustentabilidade. Sua base de clientes cadastrados recebe mais 100 mil newsletters periodicamente, o dobro de 2009. A Mundo Verde investe cerca de R$ 75 mil anuais em links patrocinados e outros R$ 60 mil/ano em estrutura operacional das mídias sociais. O Privalia, clube de compras de roupas de grife com 1,5 milhão de sócios brasileiros, faz divulgação apenas na internet (grandes portais e blogs). Diante da popularidade do Facebook, instalou uma Fan Shop na rede social para fãs e sócios. O Privalia, segundo o CEO André Shinohara, terá, portanto, uma vitrine virtual no Facebook, com ferramenta de compra e venda e passará a vender e a fazer promoções aos seus fãs na rede social antes mesmo do site oficial. "Os fãs têm uma janela exclusiva com a antecipação da oferta e podem ter até 70% de descontos nos produtos ou artigos exclusivos que serão vendidos apenas no Facebook", explica Shinohara.
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Podemos dizer que a confiança na economia brasileira está alta até no exterior. Vemos isso na queda da cotação do dólar. Emílio Alfieri, economista o IEGV da ACSP
conomia
É hora de liquidar via internet Promoção reúne 20 varejistas online, de diversas categorias, que oferecem descontos de até 70%. Patrícia Büll
Foto: Reprodução
D Carrefour: sincronização. Rede francesa adota novo sistema para melhorar a troca de informações com os fornecedores Maria Lúcia D'Urso
Marcos Mendes/ LUZ
U
m cadastro de produtos atualizado é imprescindível nas transações de compra e venda entre fornecedores e varejistas. Sem isso, o comércio pode rejeitar pedidos pelo fato de os produtos entregues terem as características modificadas, além de prejuízos com fretes. Para reduzir esse e outros riscos financeiros, o Carrefour, um dos maiores varejistas com atuação no País e que faturou no ano passado R$ 25,6 bilhões, investirá R$ 350 mil na implantação da Global Data Synchronization Network (GDSN) ou Rede Global de Sincronização de Dados. Prevista para entrar em funcionamento em janeiro do próximo ano, a rede, a ser acessada pelo sistema de gestão do gigante supermercadista, foi normatizada pela GS1 Brasil, associação sem fins lucrativos, rep res e nt a nt e nacional da GS1 Global. A tecnologia, Vamos empregada pedispensar as análises l a m a t r i z d o Carrefour na de faturas França desde porque os 2003, começapedidos rá a ser testada entregues p e l a c a d e i a estão de francesa no acordo Brasil a partir do mês de nocom esses vembro. arquivos. Cons ideraPAULO CRAPINA, da uma espécie GERENTE DO de Electronic CARREFOUR D a t a I n t e rchange (EDI) "turbinado" – técnica que permite o movimento eletrônico de documentos – a GDSN possibilita a troca de dados sobre cadastros de produtos entre fornecedores e varejistas. "Com esse sistema de sincronização de dados, as alterações feitas pelas indústrias nas embalagens, no tamanho dos produtos ou no armazenamento de itens são comunicadas ao varejo em um prazo de apenas uma hora", afirma a assistente de soluções da GS1 Brasil, Flávia Ponte Costa. Na realidade, o objetivo da companhia é disponibilizar, eletronicamente, para o varejo as informações de produtos de fornecedores. Além da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da GS1, certificadora da rede, o Carrefour nesse projeto terá ajuda de mais três empresas: NeoGrid, OneSync
epois do varejo tradicional realizar promoções de queima de estoque de final de estação, é a hora da lojas online tentarem ampliar vendas com esse apelo. Segue até a próxima sexta-feira, 17 de setembro, a nona edição da promoção Detonaweb. Organizada pelo Comitê de Varejo Online da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara e-net), a promoção reúne 20 varejistas online, de categorias que variam de perfumaria e móveis à livrarias e eletroeletrônicos, como Magazine Luiza, Livraria Cultura, Sack's e Tok&Stock, que oferecem descontos de até 70%, frete grátis e parcelamento em até 12 vezes. Segundo o representante do comitê de varejo online, Jonas Ferreira, na edição atual o Detonaweb traz também a oportunidade das marcas colocarem ofertas exclusivas por meio do site da promoção. "No formato anterior, as ofertas eram colocadas diretamente nos sites das empresas. Acredito que agora, nessa ação inédita, iremos proporcionar maior concorrência entre os participantes", disse Ferreira. Embora as lojas não liberem informações sobre faturamento, a expectativa dos organizadores é que ele aumente 50% em comparação com a promoção em 2009. "Reunimos por meio da ca-
mera e-net uma forma de levar uma promoção conjunta entre os maiores varejistas online com condições mínimas de ofertas. Isso serve como uma diretriz para que cada loja busque fazer algo ainda mais competitivo pois as ofertas não são combinadas entre as lojas", afirmou o representante do comitê de varejo online. Público-alvo – O comércio eletrônico brasileiro cresceu a um ritmo de 45% ao ano entre 1998 e 2008, o que representa uma expansão de dez vezes no faturamento em dez anos. Mesmo assim, ainda há espaço para avanços, pois essas vendas representam 2% do total realizado no País. "Nos Estados Unidos, por exemplo, esse mesmo indice é de 5%. Ou seja, temos elasticidade para crescer e o principal objetivo da campanha Detonaweb é justamente buscar novos consumidores por meio da internet, embora não seja restrito a eles", disse o consultor do comitê de varejo online, Gastão Mattos. Na avaliação do executivo, o esforço das participantes é motivar as pessoas que ainda não fizeram compras virtuais a conhecerem esse canal. "A expectativa para o crescimento de econsumidores em 2010 é de 35%, ou seja, chegar a 23 milhões até dezembro."
S ERVIÇO www.detonaweb.com.br. até 17 de setembro
Oferta de crédito continua em expansão Ricardo Osman
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De acordo com Crapina, nos datapools ficarão armazenados cadastros atualizados dos fornecedores.
e a GXS. Elas serão responsáveis pela administração dos repositórios de dados da rede e pelo link entre os sistemas das empresas envolvidas no processo de sincronização. "Nesses datapools ficam armazenados os cadastros atualizados dos fornecedores que são enviados ao varejo diariamente", diz o gerente de organizações e processos do Carrefour, Paulo Crapina. Benefícios – A rede trará vários benefícios ao Carrefour. "Vamos dispensar as análises de faturas, porque os pedidos entregues estão de acordo com esses documentos", informa Crapina. Segundo o executivo, atualmente a
cadeia varejista gasta entre 1 mil a 2 mil horas anuais realizando esse trabalho. Outro inconveniente da falta de sincronização de dados entre parceiros de negócios é a entrega ao varejo, por parte de fornecedores, de mercadorias a mais ou a menos que as solicitadas nas encomendas. Isso, geralmente, ocorre pelo fato de as indústrias aumentarem o número de itens acondicionados nas caixas o que gera inconsistências nas notas fiscais. Antes de começar o projetopiloto de instalação da rede, o Carrefour está reformulando os sistemas corporativos para que eles possam absorver as especificações dos produtos
de seus 1,5 mil fornecedores. Um dos programas em fase de adaptação é o de workflow. A rede varejista já escolheu quatro indústrias para testar a nov a t e c n o l o g i a : a P r o cter&Gamble, a Bombril, a L'Oreal e a Fleishmann. No início do próximo ano, duas aplicações serão sustentadas pela GDSN. São a logística, que envolve a troca de dados sobre embalagens, quantidade de produtos e tamanho; e a de impostos federais. Colocar esse último tópico na rede é muito importante porque varejistas e fornecedores precisam pagar ao governo a mesma alíquota para cada produto comercializado.
consumo continua em ritmo forte no segundo semestre. Em agosto, o Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC), elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou aumento de 10,5% em agosto em relação a igual período do ano passado. O indicador é elaborado a partir de 2,2 mil consultas feitas em todo o Brasil aos postos do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O economista do IEGV da ACSP, Marcel Solimeo, atribuiu o movimento expressivo no comércio à disponibilidade de crédito no mercado, aos prazos de pagamentos alongados no varejo e ao aumento do emprego e da renda do trabalhador.
Outro ponto que mereceu destaque foi a confiança da população na economia estar em alta. O Índice Nacional de Confiança (INC) do consumidor registrou em agosto recorde histórico de 155 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200. "Isso faz com que os consumidores se tornem mais predispostos a assumir compromissos a prazo", disse Solimeo. O apetite e a confiança do consumidor devem se manter em alta até o mês de dezembro, o que promete um ótimo fim de ano para o comércio. "O consumo vai continuar embalado até o Natal", reforçou o também economista do IEGV da ACSP, Emilio Alfieri. "Podemos dizer que a confiança na economia brasileira está alta até lá fora, no exterior. Vemos isso na queda da cotação do dólar", afirmou.
Consumidor mantém otimismo elevado
A
confiança do consumidor paulista se mantém no patamar mais elevado dos últimos anos. Após registrar recorde de otimismo em agosto, o índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) permaneceu praticamente estável em setembro, apresentando le-
ve recuo de 0,7% em comparação com o mês anterior. Para o assessor econômico da entidade Thiago Freitas, o movimento é um reajuste natural, já que em agosto houve um salto muito grande no nível de otimismo. "Em julho, o ICC marcava 155,2 pontos, em agosto, atingiu 162,3 e agora está em 161,1. É uma variação natural", diz.