OS PÁSSAROS INVADEM O DCULTURA. NOSSO GUIA EM ATÉ 140 CARACTERES d
cultura
Ano 86 - Nº 23.208
Conclusão: 23h45
Jornal do empreendedor
www.dcomercio.com.br
R$ 1,40
São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2010
EJETADA A FAMÍLIA GUERRA Os voos da MTA para os Correios entraram em tal turbulência sobre o planalto que a Lula não restou saída senão ejetar sua ministra Erenice Guerra, a bordo com o filho e o irmão. A ex-ministra caiu atirando. Págs. 5, 6 e 7
Adeildda indiciada por quebra de sigilo PF indicia servidora que acessou dados de tucanos na Receita de Mauá. Pág. 7
Leão estica seu recorde mensal
Arrecadação total em agosto foi de R$ 62,721 bi. No acumulado dos 8 primeiros meses de 2010, R$ 510,185 bi. Só recordes.
Lula dá um dia de respeito ao contribuinte E 1 e Política, pág. 7
RONALDO RONALDO Por que o Fenômeno não consegue emagrecer ?
Divulgação
Mais segurança Linha Sprinter 2011, da Mercedes, também capricha no conforto Antonella Salem Guilherme Lara Campos/Fotoarena/Ag. O Globo
Cerveja e churrasco foram vilões durante as paradas. Mas há um círculo vicioso que precisa ser vencido com dieta específica: afinal, ele precisa comer bem para treinar bem. Pág. 10
Daniel Augusto Jr./Foto Arena/AE
HOJE Parcialmente nublado Máxima 31º C. Mínima 16º C.
AMANHÃ Nublado Máxima 20º C. Mínima 15º C.
ISSN 1679-2688
23208
9 771679 268008
Pânico no apagão do metrô
Incansável beleza Seja a primeira ou a milésima visita, Veneza é fascinante. Vá mais uma vez Boa Viagem, pág. 14
Pane elétrica interrompe circulação de trens na Linha 2 -Verde. Sistema de ventilação cai e passageiros passam mal. Pág. 11
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Uma questão que fica no ar é o futuro da partidarização da diplomacia brasileira. Roberto Fendt
pinião
EYMAR MASCARO
PONTO CRÍTICO NA CAMPANHA
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Mexicanização e outras reflexões
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a última terça-feira fiz neste espaço algumas reflexões para o futuro governo. Hoje conjecturo sobre o perfil do futuro presidente. Um dos temas que tem mobilizado os analistas políticos é a possibilidade de uma "mexicanização" política do País com a provável eleição de Dilma Rousseff. Quando se fala de mexicanização, a referência é o longo domínio do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México por setenta anos. Formado em 1929 pelo general presidente Plutarco Elías Calles, com o apoio dos demais generais revolucionários, o partido instituiu no México o regime de um único partido, que dominaria o cenário político até recentemente. O receio de alguns é que estejamos caminhando na mesma direção, conforme apontou recentemente o respeitado cientista político Bolívar Lamounier em artigo intitulado A ‘mexicanização’ em marcha. Entre outros que também manifestaram esse temor incluemse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado federal Fernando Gabeira e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Não ajuda a dissipar esse temor a atitude do senhor presidente da República, em Santa Catarina, ao pedir a extinção de um partido político adversário, o DEM. Na contramão desse receio, outros conceituados especialistas divergem quanto à real possibilidade desse descaminho, como o historiador Marco Antonio Villas, da Universidade Federal de São Carlos e o cientista político Octavio Amorim, da Fundação Getulio Vargas. Se a história dos dois países não autoriza uma aplicação literal do termo ao Brasil, não deixa de ser verdade que outro tipo de mexica-
ROBERTO FENDT nização está em curso. Essa não se fez pela via eleitoral, mas foi ocorrendo de forma subreptícia, aos poucos, e só foi percebida quando seus traços já não mais podiam ser ignorados. Trata-se da tomada do Estado pelos filiados do partido que detém o poder em Brasília.
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e eleita, Dilma Rousseff não terá como mudar essa característica da atual administração. Como correta e pedagogicamente explicou o exdeputado José Dirceu, em palestra recente, o senhor presidente é "duas vezes maior do que o PT", o que certamente não ocorre com a senhora Rousseff. O presidente Lula não somente impôs seu nome nas eleições que disputou, à revelia do partido: impôs também o nome de sua candidata, sem qualquer contestação partidária. A senhora Rousseff não poderá prescindir do partido. Não somente nisso o próximo governo será diferente. A imensa
popularidade e o enorme carisma tornaram o presidente Lula virtualmente o chefe também do Legislativo – é bem verdade, com forte oposição no Senado. Nesta eleição, seu grande esforço está dirigido para formar maioria no Senado para a sua bancada. Se for bem sucedido, o PT terá sob seu controle tanto o Executivo como o Legislativo.
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or outro lado, ainda que disponha de maioria nas duas casas do Congresso, a senhora Rousseff não terá a capacidade de interlocução que tem Lula. Não surpreenderá se essas dificuldades aproximem a nossa situação à da Argentina, onde a presidente Kirchner tem tido muitas vezes um relacionamento atritado com o Congresso. Finalmente, um terceiro aspecto do novo governo deve ser ressaltado. Desde a redemocratização, todos os presidentes exerceram uma ativa "diplomacia
Há um outro tipo de mexicanização em curso no País, para além da via eleitoral. Trata-se da tomada do Estado pelos filiados do partido que detém o poder em Brasília.
presidencial" – com exceção do presidente Itamar Franco, avesso por temperamento a esse tipo de atividade. Tanto o candidato José Serra como a candidata Dilma Rousseff, ambos por temperamento, dificilmente exercerão a diplomacia presidencial que alcançou o seu ponto mais alto na atual administração. O presidente José Sarney exerceu-a na América Latina e, mais particularmente, no Mercosul. O presidente Fernando Henrique Cardoso exerceu-a tanto na América Latina como nos Estados Unidos e na Europa. O presidente Lula foi além, aproximando mais Brasil e África.
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sso não implicará que o País se ausente do cenário internacional. Ao contrário, o Brasil estará cada vez mais presente, pela sua expressão econômica e política, independentemente do gosto ou desgosto do próximo primeiro mandatário. É um imperativo decorrente da importância que o País já assumiu. A questão que fica no ar é o futuro da partidarização da diplomacia brasileira. Até recentemente, o Itamaraty figurava, ao lado das Forças Armadas, como instituição do Estado, não do governo. A partir do primeiro mandato do presidente Lula a tomada de decisões na política externa passou a ser, de forma crescente, ditada pelo ideário do PT. Será esse quadro revertido ou pelo menos atenuado no próximo governo? Continuaremos falando sozinhos, ao apoiar o Irã, na contramão da maioria dos países? Continuaremos apoiando Chávez e hostilizando a Colômbia? Quem viver verá. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA
PSDB espera que os recentes escândalos envolvendo o governo Lula, o da quebra ilegal de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao partido e a suposta existência de um esquema de propina na Casa Civil, ainda possam ajudar José Serra a reduzir a vantagem da petista Dilma Rousseff nas pesquisas. Se as últimas pesquisas divulgadas por tradicionais institutos, como Datafolha, Ibope, Vox-Populi e Sensus estiverem corretas, Dilma estaria com cerca de 20 pontos a mais do que Serra, o que permitiria à candidata uma diferença de 20 milhões de votos, caso a eleição fosse hoje. Mas os tucanos, que ainda duvidam das pesquisas, acreditam que as denúncias contra o governo vão abalar a estrutura da campanha de Dilma, possibilitando a Serra surpreender a adversária nas urnas. Detalhe: o PSDB dispõe de mais 15 dias de campanha para que Serra reduza a diferença pró-Dilma. Porém, apesar do otimismo que ronda o PSDB, os tucanos não escondem o inconformismo com a queda de Serra nas pesquisas: o candidato chegou a alcançar 40% de intenção de voto, mas foi caindo, caindo, e hoje está com cerca de 30%, enquanto a petista rompe a barreira dos 50%.
s marqueteiros ainda não chegaram a uma conclusão sobre os motivos que provocaram o desabamento de Serra. Uma das razões pode ter sido a escolha do deputado carioca Índio da Costa (DEM) para ocupar a vaga de vice na chapa tucana. Com exceção do eleitorado do Rio, poucas pessoas no País conheciam o vice de Serra. As sondagens diárias de opinião que os principais partidos consultam continuam registrando que Dilma Rousseff depende do presidente Lula. É por isso que Serra acusa Dilma de fugir de debates e de se esconder na sombra do presidente. Lula continua transferindo para sua candidata os votos que ela precisa para ter êxito nas urnas. O presidente insiste em pedir voto para Dilma nos comícios e, principalmente, na televisão, na expectativa de liquidar a eleição já no 1º turno. Nos últimos dias, o que mais tem assanhado a cúpula tucana é o crescimento da petista em Minas Gerais. Os
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As sondagens diárias de opinião continuam registrando que Dilma depende do presidente Lula. Por isso Serra acusa Dilma de fugir de debates e de se esconder na sombra de Lula.
tucanos não entendem porque Dilma está na frente de Serra em Minas, se a campanha do partido no estado é conduzida pelo ex-governador Aécio Neves. Houve mal-estar entre os tucanos depois da constatação de que nem sempre o nome e a foto de Serra aparecem na propaganda de televisão de Aécio, que é candidato e lídera as pesquisas para o Senado. Outro detalhe que chama a atenção dos marqueteiros do PSDB é que Dilma continua alcançando mais de 60% de preferência eleitoral no Nordeste. Dilma avança na região, apesar de o coordenador da campanha de Serra, senador Sérgio Guerra, ser de Pernambuco. Os tucanos acreditam que a previsão de que Dilma deverá alcançar expressiva votação no Nordeste é reflexo da política social de Lula, já que a região concentra um grande contingente de pessoas que dependem da verba distribuída, por exemplo, pelo Programa Bolsa-Família. Este programa atende a cerca de 12 milhões de famílias, representando 45 milhões de pessoas, boa parte das quais, eleitoras. tucanato está surpreso também com a hipótese de Serra vir a perder a eleição em São Paulo, apesar do candidato do PSDB ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, ter mais que o dobro de índice de intenção de voto em relação a seu adversário principal, o petista Aloizio Mercadante. Além de São Paulo e Minas, a candidata do PT continua na liderança num terceiro estado do Sudeste, o Rio. O Sudeste representa mais de 40% do total de eleitores no País.
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EYMAR MASCARO É JORNALISTA E COMENTARISTA POLÍTICO MASCARO@BIGHOST.COM.BR
Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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MOTIVOS DA MORTE DOS MIGRANTES SÃO OBSCUROS, MAS CULPA DEVE SER COMPARTILHADA.
pinião
Reuters
NEIL TORCENDO NA GERAL
FERREIRA
MARINA FAZ GOL DE MÃO NO 'DEBATE' A Dilma, não sei se é mesmo uma pessoa ou uma criatura saída da linha de montagem e teleguiada pela marquetagem lullista.
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Foram 72 pessoas assassinadas em um rancho, numa história sombria, cheia de mistério e de dúvidas.
Pano de fundo para o massacre de Tamaulipas
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o mês passado, os corpos de 72 migrantes das Américas Central e do Sul foram encontrados em um rancho perto de San Francisco, no Estado mexicano de Tamaulipas, a menos de 150 quilômetros da fronteira com os Estados Unidos. Esse é o pior massacre na história mexicana recente, bem mais grave do que qualquer um ocorrido nas guerras contra as drogas, ou durante a Rebelião de Chiapas, nos anos 90, ou até mesmo durante a Guerra Suja contra as guerrilhas, nos anos 70. As vítimas eram homens, mulheres (algumas grávidas, segundo informaram) e crianças. Vinham de El Salvador, Honduras, Guatemala, Equador e de tão longe quanto o Brasil. Na semana passada, as autoridades mexicanas prenderam sete pistoleiros supostamente envolvidos no massacre. Acredita-se que eles pertençam aos Zetas, uma gangue de traficantes no Nordeste do México (embora os Zetas sejam responsabilizados por quase todos os atos de violência ocorridos em qualquer parte do país). Um equatoriano, um hondurenho e um salvadorenho sobreviveram ao massacre. A história deles é terrível. Os migrantes estavam indo para o norte até a fronteira com os EUA, sem documentos, quando homens armados pararam os caminhões em que estavam e os levaram para o rancho. Lá os bandidos exigiram que os mi-
JORGE G. CASTAÑEDA grantes se unissem a eles como seguranças e mulas ou pagassem resgate. Do contrário, seriam mortos. Quando os migrantes recusaram, foram amarrados, vendados e executados. Desde a tragédia, dois agentes mexicanos que investigam o caso e três dos supostos pistoleiros foram encontrados mortos. Mistérios abundam. Faz sentido membros do cartel das drogas recrutarem mulheres grávidas? Os assassino que, segundo o que foi divulgado, eram jovens, tinham acesso às linhas de comunicação e extorsão do Equador à fronteira dos EUA, que lhes permitiram exigir um resgate? E por que esses pistoleiros iram massacrar os migrantes sem nenhum benefício?
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eus motivos são obscuros. Mas podemos chegar a outras conclusões desse pesadelo. Todo mundo compartilha a culpa. Os governos e as sociedades da América Central e do Sul não estão garantindo empregos suficientes para seus cidadãos mais pobres. As autoridades são tolerantes demais com
as gangues violentas, como a multinacional Mara Salvatrucha, e com os traficantes de pessoas, conhecidos como polleros (granjeiros) ou coiotes, propensas a fechar os olhos em troca de algum lucro.
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á décadas, o México vem maltratando os migrantes, nem os protegendo nem os desencorajando. Os EUA também são parcialmente culpados pelo desastre. A repressão à imigração ilegal, iniciada em 2006 pelo presidente Bush e intensificada pelo presidente Obama, com cercas, mais agentes da patrulha da fronteira, mais e melhores tecnologias, e mais prisões e deportações, pode ter contribuído para uma queda nas entradas ilegais nos EUA desde 2008 (a recessão também tem seu papel). Mas houve uma consequência involuntária perversa. Os migrantes continuam a ir para o norte, e os contrabandistas lhes cobram bem mais do que antes, porque a viagem ficou mais arriscada e mais perigosa. Com a alta dos preços, o negócio
do tráfico de pessoas ficou bem mais lucrativo, e o crime organizado do México e da América Central se aventurou, precisamente, porque o preço agora oscila entre US$ 3 mil a US$ 5 mil por migrante. Os carteis das drogas também querem uma parte do negócio. Eles lutam por rotas, clientes, pontos de entrada e contatos com autoridades corruptas da América Central, do México e dos EUA. Esse conflito pode ter provocado o massacre em Tamaulipas.
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s governos no México e na América Central se abstiveram de pressionar Obama para aprovar uma reforma mais abrangente na lei de imigração. E Obama não deveria ter deixado passar os seus dois primeiros anos no governo sem insistir nessa reforma, apesar dos obstáculos. Da maneira como as coisas estão agora, no México e na América Central, mais tragédias certamente vão se seguir. Quantas ainda terão de acontecer antes que os responsáveis mudem suas condutas? JORGE G. CASTAÑEDA FOI MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO MÉXICO E É PROFESSOR NA UNIVERSIDADE DE NOVA YORK E MEMBRO DA THE NEW AMERICA FOUNDATION. SEU LIVRO MAIS RECENTE É EX MEX: FROM MIGRANTS TO IMMIGRANTS. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
A SÍNDROME DE RHETT BUTLER
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cômico, e ao mesmo tempo triste, tentar acompanhar a campanha eleitoral para presidente deste ano. Assim, sempre que a realidade fica parecida demais com um filme ruim, é hora de voltar aos filmes que prestam. Uma revista norteamericana especializada em cinema elegeu há alguns meses as melhores frases da História do Cinema. O segundo lugar ficou para uma do clássico ...E o vento levou (que, a despeito do desprezo que o diretor Stanley Kubrick sentisse por ele, ainda hoje resiste como uma das maiores realizações da Hollywood clássica). O drama da Guerra Civil dos EUA narra o declínio de uma tradicional família sulista e o confronto de costumes antigos com os novos – personificados na figura do anti-herói Reth Butler, vivido por Clark
FELIPE ATXA Gable. Quem assistiu ao filme alguma vez sabe que, por mais que Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) resista, seu orgulho anacrônico, seus princípios que se parecem com mero esnobismo acabarão por cair aos pés do realismo cínico de Rhett Butler. E é dele , justamente, a frase premiada: "Francamente, querida, não dou a mínima." que isso tem a ver com eleição deste ano? O fato é que, se pensarmos bem, se analisarmos a situação e resumirmos o panorama atual à sua essência, veremos que tudo
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que resta sintetiza-se na célebre frase de Butler. O partido governista ocupou a máquina pública? Aproximou o país das piores ditaduras do mundo? Rebaixou as instituições a um nível abaixo do mar? Agigantou o orçamento público a um patamar insustentável a longo prazo? Acentuou toda sorte de privilégios dos políticos e dos sindicalistas, em prejuízo do restante da sociedade? Colocou o patrimônio nacional a serviço de governos estrangeiros? Arriscou a integridade do território em nome da agenda ambientalista?
E a candidata governista? Qual o seu currículo? Quais são os atributos pessoais que a qualificam para o cargo? Tem vida própria ou é mero fantoche? Pensando bem, a eleição deste ano não tem graça nenhuma. É apenas triste : ver um punhado de homens honrados lutando para fazer perguntas ao restante da sociedade – que ninguém parece querer responder. ossa Scarlett está morta ou, na melhor das hipóteses, de joelhos diante de um Rhett Butler glorioso e indiferente. Perguntas difíceis de serem respondidas, e que poderiam decidir a eleição? Francamente, queridos, ninguém está dando a mínima.
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FELIPE ATXA É MICROEMPRESÁRIO E ESCREVE PARA WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR
"debate" na tevê da Gimenes, mãe do filho do Mick Jagger, não chegou no calcanhar do Ibope dos programas que ela faz com garotas de programa, com entrevistas mais excitantes do que o "debate" que vi no domigo passado. Hoje saem novas pesquisas e tenho certeza de que o que aconteceu na tevê não mexeu nenhum pontinho, nem pra lá nem pra cá. O povão-fantasma dessas pesquisas não está nem aí para o que é a mentira ou a verdade. Vamos à verdade. A minha, não a sua, já que é a riqueza mais bem distribuída do mundo, todos são donos dela, ainda que , como Cristo, não saibam defini-la. Indagado por Pilatos sobre "o que é a verdade", Cristo, humano como você e eu, vacilou. Os lullistas, deuses sobrehumanos, não vacilam. Sabem o que é a verdade e dela são latifundiários, proprietários exclusivos, ainda que a sua (deles) verdade contrarie frontalmente os fatos. Os fatos, ora os fatos... Vamos à minha verdade, pois. A pessoa mais bonita e inteligente do "debate" foi a senhôra Renata Lo Prete, editora do "Painel", da Folha de S. Paulo. Isto posto, explico porque escrevo "debate" entre aspas. Neste momento político que suportamos por imposição da democracia que sempre almejamos, evento dessa natureza, promovido pela Folha de S. Paulo e pelo Uol, não pode ser chamado de debate tout court. Não é. Menos ainda se ancorado pelo indivíduo Kennedy de Alencar, laranja do Franklin Martins na Folha, com longa folha de serviços prestados ao Pt. (Sou assinante da Folha e chamo-a de Falha com conhecimento de causa. Assino o Uol como meu provedor e vejo pelos blogs que abriga que obedece fielmente a His Master´s Voice, que é a Falha, que por sua vez obedece cegamente à voz de Franklin Martins, é a minha convicção.)
s rígidas regras estabelecidas com a colaboração dos assessores dos candidatos, culpados solidários pelo formato engessado, não impediram pequenas chispas, irrelevantes. Eram muitos os "não podes", armados para disfarçar uma coisa que não me escapou despercebida. O programa começou às 21h10, em cima do Fantástico – acho que os produtores buscavam Traço de Audiência e obtiveram-no. Por algum ato de mágica submerso nos meandros das regras, os 45 minutos iniciais foram um horário político mal disfarçado, de propaganda mal disfarçada da candidata Dilma. O jogo foi dela, dominou o meio de campo e o ataque, não precisou se defender. Deitou e rolou. Disseram que era tudo por "sorteio". Dilma foi tão sortuda nesse "sorteio" que ganharia a mega-sena, se apostasse. Um programa "novo" tem o pico de audiência no começo. O espectador, curioso, dá uma olhada para ver do que se trata e logo volta para o programa que estava vendo, na grande maioria, o Fantástico. O meu, confesso
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envergonhado, é mesa redonda de futebol de qualquer canal – sendo mesa redonda, "i nóis taqui... i nóis taqui... i nóis taquera..." Só percebi a presença do Serra lá pelo segundo tempo, quando os curiosos já teriam zapeado de volta para o Fantástico. Gosto do Serra pela seriedade, presença, história de vida e comprovada experiência. Votei no Serra para vencedor do "debate" antes mesmo que aparecesse. O Plínio é aquilo que todos os filmes de tensão de Hollywood são obrigados a ter – o "Comic Relief". Ele é chamado para fazer a turma dar umas risadas, e vai. E faz. o velhinho travesso dos comerciais de quinta categoria, em que os velhinhos travesssos fazem travessuras. Plínio é tão bom em travessuras que vai acabar nos comerciais da Skol, que têm baladas de velhinhas e velhinhos travessos, desocupados bebedores de cerveja. Cumpriu seu papel e todo mundo riu com ele, mereceu o cachê. A Dilma, não sei se é mesmo uma pessoa ou uma criatura saída da linha de montagem e teleguiada pela marquetagem lullista. Pelo menos um jornal, este DC, viu e citou o que eu desconfiava, vendo pela tevê – o uso do seu habitual ponto eletrônico. Este DC descreveu-o com minúcias; eu desconfiei pelo delay que notei entre o olhar esgazeado e o início da fala, ao responder às perguntas. Essa é apenas uma impressão, não tenho provas, mas conheço o cujo de fotos no ouvido dela, em outros "debates". O delay foi evidente quando Dilma autonomeou-se Vó do Brasil, não mais Mãe Nossa Cheia de Graça; agora é Vó, e recitou para o Serra: "você é um caluniador", "você quer ganhar no tapetão." Eu tive certeza de que era o ponto eletrônico falando, Her Master´s Voice. Marina, com aquele seu modelito e sua voz pequenina, daquelas menininhas afrodescendentes boazinhas, cotistas dos programas políticos do Pt, marcou o único gol do "debate", um golaço – exigiu segundo turno e denunciou que essa "pressa para resolver tudo logo é antipatriótica". Mas foi gol de mão e ela estava em impedimento. Tenho certeza de que ela quer segundo turno para ir beijar os Nove Dedos, portanto as duas mãos do Lulla (como fez Heloísa Helena em 2006) e apoiar a Dilma. O bandeirinha não deu, mas eu vi tudo. ERENICE, IRMÃOS E FILHOS. A FAMÍLIA PETISTA QUE COBRA PROPINA UNIDA, FICA RICA UNIDA.
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NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.GERAL
Giba Um
3 Tendo atuado em áreas
de energia, segurança e transportes aéreos, Erenice Guerra é especialista em direito sanitário.
gibaum@gibaum.com.br
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
MAIS: é segmento do direito público, voltado para a saúde. Não se sabe se o filho Israel tem também MBA no campo.
17 de Setembro
k Ainda não está confirmado, mas há noticias de que até o ET vai Antigas alegrias JOSÉ EDUARDO DUTRA // presidente do PT, sobre a visita de Dilma a Varginha, no sul de Minas Gerais.
Fotos: BusinessBank
333 Denise Abreu, ex-diretora da Anac – Agência Nacional de Aviação Civil não era madrinha de Israel Guerra na agência, nunca foi amiga de Erenice Guerra e jamais suportou o advogado e compadre de Lula, Roberto Teixeira (o presidente morou nove anos de graça numa casa dele). Ao contrário, está entrando em campo e no horário eleitoral para acusar Dilma Rousseff, a ex-ministra Erenice Guerra e Roberto Teixeira de terem pressionado a Anac, quando ela estava lá, para vender a Varig ao fundo americano Matlin Patterson, sem checar a origem do capital dos três sócios brasileiros, que receberam dinheiro emprestado do próprio fundo. Denise acusa ainda que, na época, as ingerências praticadas pelo escritório de Roberto Teixeira, “eram imorais”.
Denise em campo
60 ANOS DE TV
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Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero
A
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O convite feito por um fotógrafo para Rogéria, 67 anos, um dos mais veteranos e conhecidos travestis brasileiros, para posar nu (e ela teria pedido “R$ 50 milhões”) era apenas uma brincadeira. Rogéria, em outros tempos, quando Roberta Close (antes da operação) posou nua para uma revista masculina, até recebeu um convite para valer de uma publicação – e igualmente rejeitou. Astolfo Barroso Pinto (nome original) nunca pensou em se submeter a uma operação de mudança de sexo, não tem silicone no peito (tomou hormônios) e, na época, brincou com quem lhe fizera o convite: “Não consigo esconder meu sobrenome e menos ainda em foto”. 333
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Questão de sobrenome
S
Panamá fake (eles e elas).
A
Chapéu coco (eles e elas).
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L
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O VICE-presidente José Alencar, do PRB, partido ligado ao bispo Edir Macedo, agora aparece no horário eleitoral da TV, em São Paulo, pedindo votos para o pagodeiro Netinho de Paula (PCdoB), candidato ao Senado e que já ultrapassou Marta Suplicy. Alencar não deixa por menos: “Netinho, como eu, também veio de baixo e nunca esqueceu suas origens”. No Rio, agora que as pesquisas apontam que Lindberg Farias (PT) vai ultrapassar o primeiro colocado para o Senado, Marcelo Crivella (PRB), Alencar deverá gravar depoimento também para ele. Crivella, como se sabe, é sobrinho de Edir Macedo. 333
A
Em seus tempos de Anac, Denise Abreu foi pressionada por Erenice Guerra: exigia que uma empresa aérea (supostamente, a MTA) fosse autorizada imediatamente a voar e acabou se transformando em protagonista de um episódio do folclore político nacional. Na ocasião, Erenice soube que seria necessário o Cheta (Certificado de Habilitação de Empresa de Transporte Aéreo). Aí, entre risadinhas, disse que não poderia falar essa sigla “porque parecia palavrão”. Então, foi informada que era um nome masculino – e não feminino.
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Parecia palavrão
333 A CONVITE do bilionário Eike Batista, Marcelo Tas, do CQC, almoçou com o empresário, esta semana, no restaurante Mr. Lam (é de Eike), no Rio. No cardápio, muita conversa sobre televisão, política e – surpresa – até calvície. Marcelo Tas aproveitou e levou um exemplar do livro que acaba de lançar, Nunca Antes na História Deste País, que reúne um verdadeiro festival de preciosidades ditas por Lula, nesses oito anos de governo.
R T A C A L I F AR R A
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Depois de três anos longe do palco, Lilia Cabral (à esquerda, com Natália do Valle) acaba de estrear, no Teatro dos Quatro, no Rio, com a peça Maria do Caritó , de Newton Moreno. É a história de uma solteirona e virgem do interior do Nordeste, nos anos 60. A seu lado, entre outros, está Leopoldo Pacheco (centro, com Maria Clara Gueiros) e, na estréia, grande grupo de amigos foram aplaudir o espetáculo. Entre tantos, Adriana Birolli e o autor de novelas, Manoel Carlos (direita).
Noite de estréia
Solução
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333 Jornalista e escritora, Danuza Leão acaba de confessar, num de seus últimos textos, o “novo medo” que está sentindo: “Medo de que Lula exploda feito um homem bomba num palco qualquer, com o microfone na mão, tal a raiva e o ódio que não consegue esconder – nem tenta. O presidente não se conforma em ser contrariado, não admite ser derrotado, e sua furía, quando supõe que isso possa acontecer, é a de um animal com raiva – a doença – em seus piores momentos. Em suas metáforas, passou da ignorância, até compreensível, à grosseria e à boçalidade”.
A COLUNISTA e apresentadora da CNT, Márcia Peltier, cujas perguntas teriam ultrapassado limites e provocado a saída de José Serra de seu programa, é casada com Carlos Arthur Nuzman. Ele é presidente do COB – Comitê Olímpico Brasileiro, há quinze anos e deverá permanecer no posto até os Jogos Olímpicos de 2016. Nos círculos esportivos, Nuzman é considerado “um Ricardo Teixeira do atletismo”.
333
C
NOVO MEDO
333 À PROPÓSITO de duas notas de coluna: Dalila , no cinema, foi interpretada pro Hedy Lamarr (e não Susan Hayward, que foi Betsabá ), atriz austríaca, protagonista do primeiro nu do mundo (em 1933, no filme Ecstasy). Mais: Che Guevara era argentino de nascimento – e não cubano.
A
333 Acaba de ser localizada, num apartamento do Hotel Imperial, em Brasília, uma verdadeira central de insultos a quaisquer jornalistas que, hoje em dia, se dediquem a noticiar irregularidades e sinais de propinoduto nos círculos oficiais do governo. Lá, revezam-se comunicadores especializados em abastecer a internet de ofensas (e muitas, de baixo nível) quem se atrever a denunciar atos recheados de corrupção, protagonizados por figuras públicas, incluindo ministros.
MISTURA FINA
M
Central de insultos
Especialistas na história da gestão pública estão fazendo circular na internet uma colocação mais do que oportuna: “O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”. É de autoria do filósofo, orador, advogado e político romano Marcus Tullius e foi proferida no ano de 55 a.C. 333
A
333 Amanhã, a televisão brasileira comemora 60 anos de funcionamento. Em 18 de setembro de 1950, Assis Chateaubriand inaugurava a TV Tupi, em São Paulo. Do improviso das primeiras transmissões, a Tupi (depois, ganhou um filhote chamado TV Cultura) se tornaria um veiculo poderoso, fazendo parte do grupo Diários e Emissoras Associados. Em seus primeiros tempos, a primeira emissora de TV do país exibia, ao vivo, clássicos da dramaturgia mundial.Quemdiriaque, 60 anos depois, a televisão brasileira estivesse entupida de reality shows , alguns com direto a baratas, ratos, aranhas e larvas.
OPORTUNO
O
333 Dia 20, o SBT Nordeste (dez emissoras de oito Estados, publico potencial de 40 milhões de espectadores) promove o primeiro debate temático entre candidatos à Presidência. E novamente Dilma recusou o convite: estarão lá José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio. Assessores da exministra nem escondem que, não tendo mais como conquistar votos da região, um debate só poderia provocar a perda deles. O debate segue o modelo americano, de regionalizar as questões. Os candidatos têm toda a liberdade de andar, falar do púlpito, ficar à vontade. Haverá confronto entre eles e nove jornalistas de emissoras do SBT Nordeste se revezarão nas perguntas, com apresentação de Carlos Nascimento. Dez televisões, UOL e outros sites transmitirão o debate.
333 Para as mais sofisticadas, usar um vestido vintage significa estar up-to-date com um novo comportamento. Para facilitar a vida das mais atuais, as novas coleções de todas as grandes grifes internacionais resolveram trazer de volta o passado, mais especialmente os anos 50, com toques modernos. Cabelos longos e ondulados, em vez das antigas bananas (as mais jovens estão misturando com roupas avançadas) podem compor com tailleurs, voilettes (maiores e num tecido plastificado), tubinho e casaco em estampa animal, mini-chapéu e até casacão de penas. A brasileira Alessandra Ambrósio dá vários exemplos na nova Vogue japonesa.
Estilo fifties
São Roberto Belarmino
Ç O O LA
Debate sem Dilma
333 A volta do caseiro Francenildo Santos Costa aos jornais, rádios e emissoras de televisão, por conta do direito a uma indenização de R$ 500 mil por danos morais, decidido pela Justiça Federal (é o caseiro que teve seu sigilo bancário violado, em 2006, provocando a queda do então ministro da Fazenda), é tudo que o deputado federal e um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, Antônio Palocci, não quer à essa altura do campeonato. Pior é relembrar as movimentadas reuniões que Palocci participava, numa mansão em Brasília, com amigos de Ribeiro Preto, com direito a muitas alegrias. As alegrias, a propósito, eram convocadas em Brasília.
ascido em uma rica família da região da Toscana, na Itália, ainda jovem tornouse jesuíta e, por sua admirável inteligência, soube unir a sabedoria das ciências ao conhecimento espiritual e como teólogo oficial da Igreja auxiliou três papas. Em 1599, foi eleito cardeal de Cápua.
B M A I E O C E B U R C AN C L A O L I N C O L N B I O NA D C A L I G R A TR E E OP D G M AT O I A E R L NC R E P L I C T A A R RI E A N C A DO U L A Q U E Z
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N
Por: José Nassif Neto Vogais de mouro.
Evento que 1.000 em ocorre a algarismo cada dois romano. anos. Lá se O som vendem repetido. jornais e revistas.
Consoantes de carcará
Rabino. (?) Costa, cantora. Terra possuída por um conde. Estimulado; instigado.
Falta cozer. Importante artéria. Jumento selvagem.
Abraham (?) foi o 16° Presidente dos Estados Uma Unidos de março de centena. 1861 até 15-04-1865.
A parte de trás da lareira. O princípio. Vem do grego 'bíos', ou 'vida'.
Salvador (?), pintor. Que voltou a pátria.
Cloro, símb. quím. Uma cláusula.
Atividade desportiva. A cor azul pura.
Leão, em Escrever Árvore do inglês. Lâmina de bem à mão. fruto abil. barbear. Escudo Pelo do pequeno; pescoço broquel. do cavalo.
Esterilidade feminina. Marcha do automóvel. Símbolo do cristão.
'O', em espanhol. Peixe de até 18 cm.
Proprietária.
Contesto; refuto. Fruta-deconde. Vogais de 'aquele'. Usado para fixar o penteado.
Aborrece; incomoda.
Toca de peixes sob uma laje. Émile (?), romancista francês . 1840-1902
(374) 2-el; 3-abi; 4-lion; 5-laquê; ancil; arabi; 6-onagro; 7-cadouço; traslar.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
5 DEMISSÃO Acuada por denúncias, Erenice Guerra deixa a Casa Civil
olítica
SAÍDA Para Dilma, renúncia era mesmo a melhor saída
ERENICE CAIU Mãe adotiva do PAC deixa a Casa Civil por causa de escândalos envolvendo os filhos Saulo e Israel
Não posso deixar dúvidas. Nada fiz ou permiti que se fizesse ao longo de 30 anos que não tenha sido no estrito cumprimento dos meus deveres.
D Andr é Dus
ek/A E
ERENICE GUERRA, EX-MINISTRA DA CASA CIVIL
epois que a Folha de S. Paulo pu blic ou um novo caso de lobby na Casa Civil, a ministra Erenice Guerra não suportou a pressão e deixou o cargo. Ela já estava "abatida e psicologicamente desgastada", segundo assessores do Palácio do Planalto, após denúncias de que o filho, Israel Guerra, teria intermediado contratos de empresas privadas com o governo. A gota d´água foi a publicação de denúncia envolvendo outro filho, Saulo. Fora do cargo, Erenice perde o foro privilegiado e pode ser investigada sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). O atual secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, assumirá interinamente o cargo. Nas próximas semanas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar o titular. O nome mais cogitado para assumir o ministério é o da coordenadora-geral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior. Segundo o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, "Lula recebeu na manhã de hoje [ontem] a ministra que, por
Irmão e filho são demitidos de estatais do governo do DF Ambos eram comissionados, tinham empregos públicos por indicação política
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rmão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, José Euricélio Alves de Carvalho foi exonerado ontem da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) a pedido do governo do Distrito Federal. E o governador Rogério Rosso (PMDB) também determinou à Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) a exoneração de Israel Dourado Guerra, filho dela. O jornal Correio Braziliense de ontem informou que o filho da ministra recebia um salário de R$ 6, 8 mil por mês como assessor da Diretoria de Novos Empreendimentos da Terracap. Mas não aparecia no serviço. Já o irmão de Erenice é suspeito de participar de desvios na Editora UnB, da Universidade de Brasília. O rombo chegaria a R$ 6 milhões.
Família – Uma irmã de Erenice, Euriza Carvalho, também foi acusada de, quando trabalhava na estatal Empresa de Pesquisas de Energia, ter contratado sem licitação o escritório de advocacia de outro irmão, Eudacy Carvalho. José Euricélio Alves de Carvalho recebeu ao menos R$ 119,5 mil da Editora da UnB, para a qual trabalhou como coordenador de projetos, deixando um rastro de irregularidades constatadas pela Controladoria Geral da União (CGU). De lá, também, Israel Guerra obteve cerca de R$ 50 mil entre 2004 e 2008. O tio autorizou o pagamento de pelo menos R$ 15 mil. Registrada no Portal da Transparência do governo federal, a movimentação financeira integra um intricado es-
iniciativa própria, apresentou carta de demissão". Mais cedo, ela havia recebido, fora do Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações Franklin Martins, que atuou como emissário de um recado do presidente: a situação havia ficado insustentável. A ministra deveria pedir demissão. Uma empresa de Campinas confirmou, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a operação de lobby dentro da Casa Civil e acusou o filho de Erenice Guerra, Saulo, de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Erenice também teria atuado, segundo reportagem publicada na revista Veja, para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu outro filho, Israel. Miriam Belchior é vista como uma "solução caseira", de alguém que já trabalha dentro da Casa Civil e tem perfil discreto, além de contar com a confiança do presidente Lula. Antes da saída de Dilma Rousseff do comando da pasta, Lula chegou a analisar a sua indicação, mas cedeu aos pedidos da
hoje candidata do PT à Presidência por Erenice. Lula continua mantendo sua confiança na ministra e lhe dá o benefício da dúvida diante das acusações publicadas. Mas pesa ainda contra Erenice a publicação da nota atacando o candidato tucano José Serra, sem consultar nem mesmo o presidente sobre o conteúdo do documento. 'Mentiras' – Na carta de demissão "em caráter irrevogável", lida pelo porta-voz, Marcelo Baumbach, Erenice afirma que foi surpreendida nos últimos dias por uma série de matérias contendo acusações que qualificou como "mentirosas" e que tem respondido uma a uma. Segundo ela, as acusações são "mentiras que visam desacreditar o meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo". "Não posso deixar qualquer dúvida pairando acerca da minha honradez, nada fiz ou permiti que se fizesse ao longo de 30 anos que não tenha sido no estrito cumprimento dos meus deveres", afirma Erenice, lembrando que pediu à Comissão de Ética a averiguação dos fatos e a quebra de seus sigilos. "As paixões eleitorais não podem justificar este vale tudo", afirmou. Erenice sempre negou as acusações e pediu, na terça-feira , que o Ministério da Justiça e a Controladoria-Geral da União investigassem os contratos firmados após o suposto lobby de Israel. (Agências)
'Ela tomou a atitude mais correta', diz Dilma Sergio Moraes/Reuters
quema de desvios de verbas apontados pela CGU. Em nota, o governo do Distrito Federal informou que ambos eram comissionados, isto é, com empregos públicos ganhos por indicação política. Os dois, apesar de terem esses empregos públicos, são personagens de denúncias envolvendo lobby, desvio de dinheiro público e cobrança de propinas dentro do ministério. O governador solicitou à Corregedoria do DF abertura de procedimento administrativo "para apurar eventuais irregularidades cometidas pelo ex-empregado Israel Guerra no exercício de sua função, o que poderá resultar, como penalidade, em ressarcimento ao erário público dos valores recebidos como salário". (AE/AOG) Dilma Rousseff: " Não estou envolvida neste caso... Onde está a prova de que eu estou envolvida?"
Ministro garante apuração até o fim Padilha ataca o uso político do caso pela oposição e reitera a sua investigação
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ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse ontem que a saída de Erenice Guerra da Casa Civil não interrompe as investigações da Polícia Federal e da Corregedoria-Geral da União (CGU). Em entrevista na sede do Banco da Amazônia, em Belém, onde participou de evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Padilha ressaltou que o governo quer esclarecimentos: "O governo vai apurar até o fim, independentemente da saída dela". Sobre o uso político do caso, o ministro aproveitou para atacar indiretamente o presidenciável José Serra (PSDB). "Certamente a oposição ao presidente Lula, que está sem discurso para fazer o debate
eleitoral, quis se aproveitar da situação para fazer um enfrentamento eleitoral", avaliou. Indagado se a saída de Erenice foi uma solução política, ele respondeu: "Foi uma solicitação pessoal dela". Na entrevista, Padilha disse ainda que o presidente Lula aceitou o pedido de demissão de Erenice. "Ela pediu ao presidente para sair. Foi uma solicitação pessoal, pois disse que se sentia mais tranquila para se defender fora do governo". Inocência – O ministro também reclamou que a oposição aproveitou para se favorecer no processo eleitoral. Mas deixou claro que não queria "qualificar as denúncias". Também evitou defender abertamente Erenice. "Eu acredito na inocência de qualquer cidadão até
que se prove o contrário". Ainda se queixando da oposição, Padilha afirmou que a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, antecessora de Erenice na Casa Civil, "não entrou e não vai entrar na baixaria". "De tudo isso, o que vai ficar claro é a apuração da Polícia Federal e da Corregedoria-Geral da União". A tentativa de explorar o caso durante a campanha eleitoral, segundo ele, é "mais uma tentativa de buscar sucesso". Dilma continua na dianteira da corrida presidencial com chance de ser eleita já no primeiro turno. Serra está em um distante segundo lugar, mas sondagens feitas por alguns partidos indicam que o escândalo terá sim reflexo na opinião pública. (AE)
A
candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, considerou correta a atitude de sua exauxiliar Erenice Guerra de deixar o cargo de ministrachefe da Casa Civil, em meio às denúncias de tráfico de influência que a envolvem. A candidata acrescentou ainda que não tem nenhum envolvimento com o caso e não teme prejuízos à sua candidatura. "Considero que a Erenice tomou a atitude mais correta, porque, como o caso exige investigações, é sempre bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que a investigação transcorra da melhor maneira possível", disse Dilma, após almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro. A candidata do PT afirmou não ter nenhuma ligação com
as denúncias de tráfico de influência, embora fosse a titular da Casa Civil quando as supostas irregularidades aconteceram. "Eu não estou envolvida neste caso... Onde está a prova de que eu estou envolvida? Tem que provar que você fez, e não provar que você não fez. Aliás, tomei conhecimento deste caso pelos jornais. Se é verdade o que os jornais estão dizendo, exige uma rigorosa investigação", disse. Questionada sobre a denúncia de que o filho de Erenice, Israel Guerra, teria pedido dinheiro a um empresário para conseguir a liberação de um empréstimo de R$ 9 bilhões para um projeto energético junto ao BNDES, Dilma sinalizou suspeitar do episódio. "Se fosse verdade, seria o projeto
de energia mais caro do Brasil. E se o BNDES o recusou, fez muito bem", afirmou. "Essa história me parece aquela história de compra e venda de terreno na lua", ironizou. A petista disse ainda não acreditar que as denúncias envolvendo sua ex-auxiliar possam atrapalhar a corrida presidencial. "Não acredito que uma coisa tem a ver com a outra. Acho que uma coisa é o que aconteceu, e a outra é a minha campanha", avaliou. Além do suposto pedido para liberar um empréstimo junto ao BNDES, Israel Guerra também teria usado a influência da mãe, segundo reportagem no fim de semana da revista Veja, para intermediar o contrato de uma companhia de transporte aéreo com os Correios. (Reuters)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O que é preciso é investigação séria, para que todos os responsáveis diretos e indiretos possam ser punidos. José Serra, candidato à Presidência (PSDB)
olítica
Elza Fiúza/ABr - 02.06.10
Por enquanto, e por garantia, um interino no cargo Isso porque o novo ministro da Casa Civil vai cuidar da transição entre governos
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Miriam Belchior era apontada como a provável ministra, mas seu nome perdeu força nas últimas horas
Marina: demissão pode abalar campanha de Dilma Candidata do PV diz que aguardava por isso "desde o início dos fatos"
A
decisão da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de entregar o cargo em caráter irrevogável foi vista como "no mínimo bom senso" pela candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva. Ela comentou o assunto em visita a um comitê do PV em Montes Claros (MG), ontem. Segundo Marina, o caso pode abalar o projeto petista de eleger sua candidata, Dilma Rousseff, no primeiro turno. Marina que recebeu a notícia por um bilhete, disse: "Ela já caiu". E transmitiu a notícia enquanto discursava para correligionários e eleitores em seu discurso de campanha com o candidato ao governo de Minas pelo PV, José Fernando. "É o primeiro bom resultado.
Aguardava por isso desde o início dos fatos. Que bom que ele veio agora, para mostrar quem realmente são as pessoas que aparecem pedindo votos. Só espero que essa saída não se traduza no fim da investigação de uma denúncia das mais graves na política deste País, principalmente em um período eleitoral cuja situação é absolutamente nebulosa." Depois, comentou que é assim que as coisas têm que acontecer. "Eu me mantive dizendo: investigação, punição. E não entrando na armadilha do vale tudo eleitoral. Até porque qualquer coisa que se diga parece que é só para ganhar ponto. Que bom! É isso que eu quero do Brasil. O Brasil funcionando com instituições isentas Celso Junior/AE - 14.01.10
para fiscalizar quem pratica erro. Inclusive eu, se um dia eu errar." Ela elogiou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela manifestação a favor de investigação mais apurada das denúncias de lobby envolvendo a agora ex-ministra Erenice, assim como o posicionamento do Ministério Público (MP) em cobrar um efeito prático. "Espero que, com este caso, de uma vez por todas, o Brasil se normalize para um debate que atenda ao interesse exclusivo do eleitor. As eleições de hoje estão sequestradas." Quanto ao futuro, Marina mostrou-se otimista: "Vejo é uma onda verde, bem além do que está sendo mostrando nas tevês". (Agências)
ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, assumiu ontem o cargo. Sua nomeação deve sair hoje no Diário Oficial da União, bem como a exoneração da ex-ministra Erenice Guerra. Ele é servidor concursado do Senado Federal e, desde abril era secretário executivo da pasta, por indicação da própria ex-ministra. Antes de ser secretário-executivo de Erenice Guerra, Lima foi subchefe-adjunto de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil – quando Dilma Rousseff era ministra. Lima também ocupou o cargo de subchefe adjunto de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais na Casa Civil. Nascido no município de Itambacuri (MG), ele é engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. No governo de FHC (PSDB), Lima foi secretário adjunto de Previdência Complementar, interventor do Fundo de Previdência Privada dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e inventariante da Legião Brasileira de Assistência (LBA). Ainda no governo do PSDB, ele foi inventariante do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER).
Quem está cotada para a pasta é Miriam Belchior, secretária executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ela quase assumiu a Casa Civil após a saída de Dil-
Lula, na posse: "Você (Dilma) deixa uma companheira da qualidade da Erenice (…) Eu acho que a Erenice tem responsabilidade imensa pelo que vai acontecer daqui para a frente, na continuidade dos trabalhos que nós fizemos".
ma Rousseff – que renunciou ao cargo para concorrer à Presidência – mas acabou preterida por Erenice Guerra, a pedido de Dilma. Miriam Belchior detém a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a convidou para integrar a equipe
de transição em 2002, ano em que foi eleito pela primeira vez. Ela é também é amiga de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula. Os dois trabalharam como secretários em Santo André, no ABC Paulista, na gestão de Celso Daniel, assassinado em 2002. Só que, de acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, Miriam precisa passar por uma "avaliação política"– por ter sido casada com Celso Daniel durante 10 anos. Ela já estava separada dele, quando o ex-prefeito foi assassinado. As circunstâncias ligadas à morte dele ganharam contornos políticos quando se descobriu que em Santo André funcionava um esquema que tomava dinheiro de empresas de ônibus e mantinha um caixa dois que, segundo denúncia do irmão de Celso Daniel, João Francisco Daniel, financiava campanhas do PT. Na época, o irmão do prefeito morto chegou a apontar Miriam como uma das integrantes do esquema. Ela nega. A secretária-executiva do PAC ocupou o cargo de assessora especial da Presidência até ser chamada em 2003 pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para integrar o ministério. Até a saída de Dilma, foi subchefe de Avaliação e Monitoramento. (Agências)
Jorge Araújo/Folhapress
Marina: 'Só espero que essa saída não se traduza no fim da investigação da denúncia das mais graves na política do País'
Serra: "Até ontem diziam que era jogada eleitoral. Procuravam jogar areia nos olhos com essa história"
Saída de ministra é parte de sucessivos escândalos, diz Serra Para o candidato tucano demissão de Erenice não é só uma questão eleitoral
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candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse ontem, em Campinas, que a saída da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, após denúncias de suposto tráfico de influência, não é uma questão eleitoral, mas sim questão ligada aos rumos do Brasil. "São sucessivos escândalos na Casa Civil nos últimos anos. O mau exemplo para o Brasil é um problema grave de funcionamento do governo. E eu não falo aqui como candidato, falo como brasileiro". Em seguida, emendou: "Hoje, o que precisa de fato é investigação séria, que não jogue areia nos olhos dos brasileiros, mas, pelo contrário, jogue luz sobre esse escândalo para que todos os responsáveis diretos e indiretos possam ser punidos". Serra afirmou também que seus adversários usam o tom eleitoral como pretexto para desviar a atenção dos escândalos.
"Até ontem estavam dizendo que era uma jogada eleitoral. Estavam procurando jogar areia nos olhos com essa história. Agora, todo escândalo que aparece sempre tem um pretexto: ah, não, é a eleição, são denúncias de caráter eleitoral. Não são, não. A prova é que o governo teve de afastar essa toda-poderosa ministra". O candidato avisou que não vai analisar a queda de Erenice do ponto de vista eleitoral. Ligações – O programa do candidato do PSDB no rádio e na televisão voltou a associar sua principal adversária, Dilma Rousseff, à agora ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra – cujos familiares estão envolvidos em denúncias de corrupção –, e ao ex-ministro petista José Dirceu. Mais uma vez, Serra não fez qualquer manifestação sobre o caso. As críticas mais pesadas foram feitas por um ator. "Dilma assumiu e trouxe Erenice. As duas estão juntas desde
2003. Erenice era braço direito de Dilma. Uma mandava e a outra obedecia", disse o ator, sobre o caso que envolve "tráfico de influência, contratos sem licitação e sócios laranjas" – nas palavras dele. No programa, também foram citadas afirmações de Dilceu – proferidas esta semana durante uma palestra, na Bahia, sobre o PT ter mais poder com Dilma do que tinha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, além de imagens da transmissão do cargo de la por Dirceu, que a chamou de 'camarada de armas'. "Nesta semana, Dirceu não sabia que os jornalistas estavam ouvindo e abriu o jogo. O PT terá mais poder com Dilma do que com Lula. Zé Dirceu, Dilma e Erenice, é isso que você quer para o Brasil?", pergunta o ator. Com imagens da favela de Heliópolis, o locutor diz: aqui, só apareceu agora na véspera de eleição, pra dizer que foi ela que fez". (AE)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
7 Não tenho dúvidas, porque ela cumpria ordens, solicitações, enfim. Marcelo Panzardi
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Nilton Fukuda/AE
Ministra estava na reunião, garante empresário
Eu disse que não podia por tudo junto numa mala. E que precisava de nota fiscal de uma empresa como prestadora de serviço. RUBNEI QUÍCOLI
Rubnei Quícoli confirma também pedido de R$ 5 milhões para campanha petista
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consultor de empresas Rubnei Quícoli afirmou ontem que a Casa Civil é palco de lobby e que a empresa do filho da ministra Erenice Guerra cobrou 5% da ERDB do Brasil Ltda para conseguir um financiamento de R$ 9 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Foi a maior patifaria o que fizeram. Fizeram terrorismo", disse. A própria ministra, segundo ele, participou de uma reunião no ano passado. Segundo Quícoli, em meio às negociações com os intermediários em Brasília, foi pedido ainda o valor de R$ 5 milhões para ajudar na campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT). "Eu disse que não podia por tudo junto numa mala. E que precisava de nota fiscal de uma empresa como prestadora de serviço", afirmou. O pedido de dinheiro para a campanha, de acordo com Quícoli, foi feito pelo ex-diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio de Oliveira. A intermediação do filho de Erenice nesse episódio foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo na edição de ontem. Quícoli contou que a EDRB do Brasil Ltda buscava um empréstimo do BNDES para viabilizar um projeto de energia solar que estava parado desde 2002. Consultor da EDRB, Quícoli disse que a Casa Civil deu orientação para procurarem a Capital Assessoria, empresa em nome de Saulo Guerra, filho de Erenice, mas que é comandada por outro filho da ministra, Israel. Negócio fechado – Foi feita, então, a minuta de um contrato, no valor de R$ 240 mil, mais
o porcentual de 5% sobre os R$ 9 bilhões. De acordo com o empresário, a própria Erenice participou de uma reunião na Casa Civil com os representantes da EDRB em novembro do ano passado. A reunião, segundo ele, foi agendada por Vinicius Castro, ex-assessor da Casa Civil e cuja mãe é sócia da Capital Assessoria. Vinicius pediu demissão no início da semana Segundo Rubnei Quícoli, as negociações com a empresa de
Foi a maior patifaria o que fizeram. Fizeram terrorismo. RUBNEI QUÍCOLI, SOBRE COBRANÇA POR INTERMEDIAÇÃO DE FINANCIAMENTO DE R$ 9 BILHÕES DO BNDES
Israel Guerra foram desfeitas em março sem que o empréstimo do BNDES tivesse sido concedido. Na edição desta semana, a revista Veja mostrou que a Capital Assessoria atuou também no ramo de transporte de carga aérea. Ficha suja – Quícoli, entretanto, não tem ficha limpa. Ele foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação. Quícoli recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, em março deste ano, foi absolvido do delito de coação. No caso de receptação, a Justiça substituiu a pena de um ano de reclusão por prestação de serviços comunitários. Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condi-
mentos, que "sabia ser produto de crime de roubo". Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência do dinheiro. Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão. Os donos da EDRB, Aldo Wagner e Carlos Marcelo Mello Escarlassara, não têm passagens pela polícia nem condenações. Intermediação – Interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, a EDRB do Brasil Ltda diz que o projeto estava parado desde 2002 na burocracia federal até que, no ano passado, seus donos foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria. A EDRB foi aberta em nome de Saulo e foi usada por Israel para ajudar uma empresa do setor aéreo a fechar contrato com os Correios – primeiro negócio a lançar suspeitas de tráfico de influência no ministério, revelado pela revista Veja. A Casa Civil confirmou ontem que houve uma reunião com representantes da EDRB, em novembro, na sede da Presidência, mas negou que a então ministra Erenice Guerra tenha participado. "A audiência foi pedida inicialmente com a secretáriaexecutiva, mas, por incompatibilidade de agenda, foi conduzida pelo então assessor especial e atual chefe de gabinete da Casa Civil", informou a assessoria. Correios – O diretor de Operações dos Correios, Artur Rodrigues da Silva, e o consultor Fabio Baracat apontaram à Fo-
Em debate, Índio ataca 'mar de lama' na Casa Civil Democrata diz que escândalos começaram na época de José Dirceu
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Índio da Costa: "Quem tomou porre para falar baboseira foi ele"
absolutamente fundamental. A escolha de governos precisa ser transparente". Álcool em discussão – Índio da Costa resgatou a polêmica sobre a frase de Lula de que o DEM deveria ser "extirpado" da política. Em resposta, o ex-senador Jorge Bornhausen atribuiu os ataques de Lula à ingestão de bebida alcoólica antes de comícios. Índio retomou o tema: "Quem tomou porre para falar aquela baboseira foi ele e não eu."
Consultor da ERDB, Rubnei Quícoli (acima) atesta negociação (reprodução ao lado) com a Capital Assessoria, empresa de Saulo Guerra, filho de Erenice, que é comandada ppor outro filho dela, Israel.
lha Israel Guerra como intermediador de negociações e contratos entre uma empresa privada e o governo federal. Reportagem da revista Veja deste fim de semana mostrou que Israel Guerra e a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, à qual é ligado, fizeram lobby para ajudar a MTA Linhas Aéreas a obter a renovação de uma concessão da Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) que permitiu, mais tarde, um contrato em condições privilegiadas com os Correios. A revista diz que foi Erenice quem viabilizou o sucesso da atuação do filho. Segundo a reportagem, o dinheiro pago na intermediação teria sido citado pela ministra como necessário para cumprir "compromissos políticos". Em nota oficial, Erenice classificou a reportagem da revista
de "caluniosa", mas o envolvimento de Israel foi confirmado ao jornal por dois participantes das negociações com a Anac e os Correios. Segundo a Junta Comercial de Brasília, a Capital está registrada em nome de Saulo Guerra e de Sônia Castro, mãe de Vinícius Castro, que também pediu demissão. A Ve j a afirma que os donos são "laranjas" de Israel e Vinícius. (Agências)
PF indicia Adeildda dos Santos por quebra de sigilo Segundo o JN, em depoimento, ela admitiu que vendia dados de contribuintes
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funcionária do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) emprestada à Receita Federal de Mauá, Adeildda Ferreira Leão dos Santos, foi indicada ontem pelo crime de corrupção passiva, pela Polícia Federal, no inquérito que apura a quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. Segundo o Jornal Nacional, da Rede Globo, Adeildda admitiu em depoimento ontem que vendia os dados fiscais de contribuintes. A motivação da venda era financeira e não política. A servidora disse que recebia a partir de R$ 100 por acesso realizado. Do computador de Adeildda na agência da Receita Fede-
Vanessa Carvalho/AE
Sergio Kapustan escândalo na Casa Civil que culminou com a renúncia da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, dominou o debate dos candidatos a vice-presidente promovido ontem pela R e c o rd News e o portal R7. O vice de José Serra, Índio da Costa (DEM), afirmou que havia "um mar horripilante de lama na Casa Civil". A expressão "mar de lama" remete às denúncias de corrupção que causaram o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954. Segundo Índio, a dimensão do escândalo é assustadora. Para o vice de Dilma, Michel Temer (PMDB), a comparação foi sem sentido. "Não existe mar de lama. Pode ter um ou outro equívoco. E, se houver, é preciso apurar e julgar". Questionado pelo Di á ri o do Comércio se Serra estava pré-julgando o caso, Temer esquivou-se: "Politicamente, não é o melhor caminho". Ele defendeu a regulamentação do lobby no Executivo e no Legislativo. Como presidente da Câmara, Temer tentou votar matérias, mas não houve acordo entre as bancadas. O vice de Marina Silva (PV), Guilherme Leal, defendeu a apuração das denúncias. "É
Reprodução
ral em Mauá é que foram acessados no dia 8 de outubro de 2009 os dados fiscais de Eduardo Jorge, vice-presidente executivo do PSDB, do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregório Preciado, casado com uma prima de José Serra. A servidora já havia tido o seu sigilo telefônico quebrado na investigação da Polícia Federal e vinha negando participação no caso. Afirmara anteriormente que no momento em que os dados fiscais foram acessados estava almoçando com o marido e que costumava deixar o computador ligado. O advogado da servidora, Marcelo Panzardi , alega que Aldeidda apenas "seguia or-
Rede Globo/Reprodução
dens" e que " é uma vítima do sistema". "Não tenho dúvidas, porque ela cumpria ordens, solicitações, enfim", afirmou ele. Ele disse acreditar que sua cliente será "crucificada" após a conclusão das investigações sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. "Eu acredito que no processo administrativo ela vai ser crucificada nesse processo", disse. Ao ser perguntado como Addeilda seria "crucificada", respondeu: "Vai ser demitida. Já foi afastada". (AOG)
Lula sanciona criação do Dia de Respeito ao Contribuinte
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Temer pediu direito de resposta. Defendeu o direito de Lula beber socialmente, negando a possibilidade de Lula ter bebido antes. Modelos– O debate registrou uma insólita discussão entre Leal e o candidato a vice do PSol, Hamilton Assis. Leal defendeu o empreendedorismo e o capitalismo como modelo de desenvolvimento e Assis, o modelo estatal. Leal disse que o adversário defende um socialismo ultrapassado.
ntem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que institui o dia 25 de maio como o Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte. A data de "conscientização cívica", conforme o texto, será comemorada anualmente, "com o objetivo de mobilizar a sociedade e os poderes públicos para a conscientização e a reflexão sobre a importância do respeito ao contribuinte". (AE)
Aldeidda Santos é indicada pelo crime de corrupção passiva
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Logo Logo
Livros, jornais, revistas, sacolas e embalagens viram vestidos bem femininos nas mãos da artista Leonie Oakes. Só não servem para vestir.
www.dcomercio.com.br
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www.wickedhalo.com/2010/09/leonieoakes.html
E SPAÇO Í NDIA
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nology Studies). O robô Athlete foi desenvolvido para transporte de carga pesada, astrounautas e até mesmo pequenos asteroides. Tem seis pernas perfeitamente ajustáveis e configuráveis a qualquer obstáculo que possa aparecer no caminho, 4,5 m de altura e 4,5 m de largura, e pesa cerca de 2,3 tonelA data da primeira missão do Athlete ainda não foi divulgada. www.nasa.gov
Matthias Hiekel/AFP
Henry Romero/Reuters
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Noiva fotografada ontem durante uma cerimônia de casamento coletivo em que 121 casais de baixa renda trocaram votos em Amritsar, na fronteira entre a Índia e o Paquistão. Casamentos coletivos liberam os jovens casais dos dotes e presentes caros, tradicionais nos casamentos indianos.
Nasa, agência espacial norte-americana, testou por duas semanas no deserto do Arizona o protótipo Athlete (sigla de All-Terrain Hex-Limbed Extra-Terrestrial Explorer), veículo de exploração da superfície da Lua – e, no futuro, também de Marte. A Nasa testou os equipamentos desenvolvidos pela equipe do programa Desert RATS (de Research and Tech-
Robyn Beck/AFP
Pronto para explorar a Lua
Narinder Nanu/AFP
M ÚSICA
Mãe do rei do pop processa produtora A mãe de Michael Jackson, Katherine Jackson, apresentou uma ação judicial na quarta-feira em Los Angeles contra a AEG, a empresa que promovia os shows que o filho deveria fazer em Londres em 2009, acusando o grupo de ter sido negligente com a saúde do cantor, que faleceu durante os ensaios. Katherine Jackson apresentou a ação na Corte Superior de Los Angeles, em seu nome e dos três filhos do rei do pop. O pedido é de indenização por danos e prejuízos, mas sem um valor específico. Ela afirma na demanda que o grupo AEG não ofereceu ao cantor um acompanhamento médico
adequado durante a preparação dos shows, e que foi negligente ao confiar o astro aos cuidados exclusivos de Conrad Murray. O médico já está sendo processado por homicídio doloso por ter administrado a Michael Jackson o poderoso anestésico propofol, que o cantor utilizava como sonífero e que provocou sua morte, em 25 de junho de 2009, aos 50 anos. A ação da mãe do astro considera o grupo AEG responsável pelas decisões médicas de Murray. No processo, Michael é descrito como "perdido, assustado, com lapsos de memória, obsessivo e desorientado" nos meses anteriores a sua morte.
A RQUEOLOGIA AFP
COR - Homem trabalha em uma instalação no distrito dos artistas de Zittau, na Alemanha. A obra é do artista Sergej Alexander Dott.
LUZ - Com show de fogos de artifício a Cidade do México comemorou na noite de 15 de setembro o Bicentenário da Independência do país.
G ENÉTICA C IÊNCIA
Pichi Chuang/Reuters
Curiosidade pelas células-tronco O Brasil é o segundo país em número de visitantes no site montado pela Sociedade Internacional para Pesquisas com Células-Tronco para tirar dúvidas de pacientes em busca desse tipo de tratamento. Quase todos são experimentais, mas há clínicas e hospitais que cobram pelos procedimentos como se fossem terapias estabelecidas. Lançado em junho, o site já recebeu 67,5 mil visitas. A maior procura foi de norte-americanos. http://closerlookatstemcells.org
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M EIO AMBIENTE
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Elmo de bronze com protetor de boca em ouro é uma das peças encontradas por arqueólogos durante escavações no cemitério de Archontiko Pellas, no norte da Grécia. A peça, do século 6 a.C. foi encontrada em uma das 1004 tumbas do local, das quais apenas 5% já foram escavadas.
D ESIGN
Inspirada nos Flintstones
O Parque Nacional de Kenting, reserva ecológica ao sul de Taiwan, vai fechar parte de uma estrada de seu entorno durante três dias este mês. É que a estrada serve de passagem para os caranguejos que, nesta época do ano, migram para a costa para a fase de reprodução. Para evitar problemas, as autoridades ambientais do país também realizaram um trabalho de conscientização dos motoristas, convencendo-os de que ceder o direito de passagem aos crustáceos é bom para todos. L OTERIAS
Ele era chamado de 'unicórnio' A TÉ LOGO
O Instituto de Preservação de Barikhanxai, no Laos, divulgou ontem imagens de um raríssimo saola. Conhecido como unicórnio, apesar dos dois chifres,
o animal era considerado extinto desde 1999. O saola enfraqueceu no cativeiro e morreu pouco depois que uma equipe de biólogos chegou ao Laos.
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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:
Estiagem dificulta o trabalho dos recenseadores do IBGE no Amazonas Histórica Ouro Preto ganha regras rígidas para novas construções
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ncil.org.uk/ppdp
Reuters
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www.designcou-
B IODIVERSIDADE
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O designer John Makepeace é um dos finalistas do prêmio Prince Philip Designers de 2010 com a cadeira ao lado. A Inspiração é a Idade da Pedra, o que fez alguns entusiastas da obra associarem seu formato e conceito à decoração da casa dos Flintstones, dos desenhos animados.
A Jy Lin Company, considerada a maior empresa exportadora de peixes ornamentais de Taiwan, começa a comercializar espécies de peixes geneticamente modificadas que brilharem sozinhas. Entre as espécies está o acará bandeira, nativo da bacia amazônica, que teve os genes modificados para ficar azul e fluorescente. Cada peixe custará certa de US$ 30.
Parem os carros, crustáceos na pista
Câmara de Porto Alegre obriga ensino do Holocausto na rede de ensino
Concurso 2399 da QUINA 23
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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A impunidade num dos países mais violentos do mundo Entrevista: José Vicente da Silva Filho
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Diário do Comércio publica hoje a 22ª de uma série de entrevistas com os autores de "Propostas para o Próximo Presidente", que a revista Digesto Econômico, da Associação Comercial de São Paulo, reúne em seis números, mensais, para contribuir ao debate entre os candidatos às eleições de outubro. O quinto número, em circulação, pode também ser visualizado no site www.dcomercio.com.br, de acesso grátis. A escolha dos assuntos e dos pensadores apresentados aqui se baseia nos lemas que a ACSP, em seus 114, sempre defendeu: o trabalho, a livre iniciativa, a união dos setores empresariais e a busca de melhores caminhos para o desenvolvimento brasileiro. As propostas de economistas, professores e outros especialistas têm o objetivo de mostrar caminhos melhores para o País, de torná-lo mais fácil de ser compreendido pelos próprios brasileiros - e, por isso, são revolucionárias.
A Digesto Econômico Digital pode ser lida em dcomercio.com.br
O governo federal não quis assumir a responsabilidade da segurança "queimava" a imagem do presidente... Lula passou a questão para os Estados e não exerceu sua liderança para coordenar um problema que é nacional"
(E o pior: não há luz no fim do túnel) Patrícia Cruz/LUZ
Eliana Haberli
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ão é a pobreza que torna o Brasil um dos países mais violentos do mundo, mas a impunidade. A opinião é do consultor José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em Administração e ex-secretário Nacional de Segurança Pública. Ele apresentou o trabalho "Segurança Pública: uma prioridade nacional" na revista Digesto Econômico de julho.
DC - No Brasil avançou a renda, melhoraram os índices de desenvolvimento humano e a segurança pública não avança. Por quê? José Vicente - O Brasil é um dos mais violentos países do mundo. Dos emergentes, só o Brasil está em situação dramática - 51 jovens mortos para cada 100 mil habitantes. Isso é 70 vezes mais do que na França, 140 vezes mais do que no Japão. A violência aumentou e é interessante notar, também, que a área que teve o maior desenvolvimento econômico, o Nordeste, teve também o crescimento criminal mais alto. Isso destrói o grande mito que uma melhoria socioeconômica traz, automaticamente, a redução da violência. Um dos fatores que alimentam muito a violência é a impunidade, que não tem recebido nenhuma intervenção adequada do governo federal. Outro, é que as estruturas de contenção da violência são frágeis, obsoletas e também não receberam modernização. DC - Quanto custa a violência? José Vicente - Os americanos começaram a intervenção no Iraque em 2003 e gastaram, de lá para cá, somando a presença no Afeganistão, US$ 1 trilhão. Com a nossa violência, gastamos proporcionalmente mais no mesmo período - R$ 1 trilhão. A conta engloba as estruturas policiais, judicial e presidiária e, também, a quantidade de mortos, que pode ser contabilizada em valor. De 2003 para cá, somando os homicídios e os acidentes de trânsito, morreram mais de 600 mil brasileiros - mais do que os 200 mil do tsunami da Ásia, ou os 250 mil do genocídio no Sudão, mais do que na guerra do Iraque. Os cientistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão do governo, calcularam que a violência representa 5,09% do PIB. Esses recursos resolveriam todos os nossos problemas de saneamento, transporte, metrô, trem-bala, etc. DC - O senhor vê uma luz no fim do túnel para essa questão? José Vicente - Não vejo. A esperança é que o próximo presidente coloque a segurança pública como prioridade. É preciso dizer que onde houve mais investimento nas estruturas e nos aparatos policial e de perícias, os resultados apareceram. É o que aconteceu no
Estado de São Paulo, onde os índices de violência diminuíram. São Paulo se descolou do resto do País, apesar de todas as mazelas nacionais estarem presentes aqui também - bolsões expressivos de miséria e contrastes sociais agudos. DC - Os crimes apresentados diariamente pela imprensa levam a outro julgamento. Não parece que a violência em São Paulo está diminuindo. José Vicente - O que a imprensa mostra não é estatístico. Veja os recentes assaltos em shoppings - tivemos dois casos com muita publicidade, ante 100 assaltos de carros por dia em São Paulo e no Rio, não é significativo. O indicador da violência, usado nas comparações internacionais, é quantas pessoas morrem para cada grupo de 100 mil habitantes. Se existe muita morte, existe também muita violência que não resultou em morte - assaltos, estupros, etc. Esse índice, portanto, é um bom verificador da situação geral. A cidade de Curitiba, por exemplo, tem mais que o dobro da violência de São Paulo. Salvador chega a quase sete vezes, 72. O Estado de São Paulo e a cidade de São Paulo têm em torno de 11. Brasília, que tem a maior renda per capita do País e um alto número de policiais por habitantes, com bom nível salarial, tem 26. A capital mais violenta do Brasil é Maceió, com índice superior a 100. A Organização Mundial de Saúde considera que uma cidade está fora do nível epidemiológico de violência quando tem um só dígito no índice de mortes. DC - O que foi feito em São Paulo? José Vicente - Tanto em São Paulo, como em Nova York ou em Bogotá (outro exemplo de grande redução do índice de violência) aumentou a capacidade de resposta da polícia.
Aumentou a organização e gestão do aparato policial, o investimento em treinamento e, com isso, a taxa de encarceramento. Em São Paulo, hoje, há menos homicídios do que mortes no trânsito. A média nacional para mortes violentas é 60% de homicídios e 40% no trânsito. São Paulo inverteu a proporção. Outro ponto importante um estudo patrocinado pelo Ministério da Justiça com apoio da Fundação Seade mostra que até o jovem, a parte mais vulnerável da violência, corre menos risco em São Paulo. A cidade ficou em 192° lugar no ranking nacional. DC - Não é a pobreza que causa a violência? José Vicente - Defini tivamente, não. País homogeneamente pobre, como a China, tem nível baixo de violência. O Piauí, o Estado mais pobre do Brasil, é um dos que tem índice de violência menor. A violência cresce quando os contrastes crescem. Nas pequenas cidades do Piauí, por exemplo, há ainda o controle social primário - o das famílias, da comunidade. É um freio poderoso. Esse freio se perde quando a família se desloca para a periferia de uma grande cidade. Nessa nova situação, é necessário um forte controle social da polícia, do ministério público, do judiciário. A expressão controle social não é simpática, mas é decisiva. DC - Por que o senhor critica a dualidade das polícias? José Vicente - No mundo inteiro, há uma polícia só - sem a divisão civil e militar. Duas polícias é uma jabuticaba institucional. Mas muita gente acha que está certo - a Polícia Militar é para o trabalho ostensivo e a Polícia Civil para o trabalho investigativo. Mas não é assim, há muita duplicidade de função, o que sai muito caro para o
contribuinte. Às vezes, há uma movimentação no Congresso Nacional pela revisão, mas esbarra nas resistências às mudanças. "Não está bom, mas se mexer piora" dizem muitos. Na verdade, a situação não é sustentável - academias diferentes, salários diferentes, rivalidade. E, se for medir a temperatura nas entidades de classe das duas corporações, veremos que os dois lados estão se armando para o confronto. DC - O senhor defende investimentos em presídios? José Vicente - Deveríamos ter mais 500 presídios no País, é um bom investimento. Há uma pesquisa mostrando que, para cada criminoso preso, há uma queda de doze crimes por ano. É um bom argumento aos que dizem que custa caro um preso para a sociedade - custa muito mais caro fora da prisão. Na campanha política é proibido falar "construir presídio". Só se pode falar em "construir escolas". Na verdade, precisamos das duas coisas. DC - E o que o senhor diz da criminalidade dentro da polícia? José Vicente - A questão da impunidade também entra aí. Todo mundo tem de saber que, se fizer uma estripulia, vai pagar. A resposta tem de vir rápida. Não se pode compactuar nem com o criminoso de fora nem com o de dentro. Se o País tem descaso com a questão da polícia, o resultado é a indiferença ao problema da violência policial - a história de bandido bom é bandido morto. A polícia não pertence aos policiais, pertence à população. DC - Porque, em termos nacionais, a segurança está indo mal? José Vicente - Porque o governo federal não quis assumir essa responsabilidade - "queimava" a imagem do presidente. O presidente Lula passou a
questão para os Estados e não exerceu sua liderança para coordenar um problema que é nacional. No último período de governo, o Ministério da Justiça foi ocupado por Tarso Genro e aí virou "poesia" - Programa Nacional de Segurança com Cidadania. Os recursos foram para programas de inclusão digital e feiras de ciências. Maravilhoso, mas não diminui a violência. DC - A Copa de 2014 pode ser uma oportunidade para a segurança pública? José Vicente - Eu tenho esperança nisso. Em 2013, teremos a Copa das Confederações, que já exige programas de segurança. É o momento de examinar todas as estruturas, fazer a integração entre as polícias, investir em aparatos de inteligência, fazer as polícias conversarem entre si e investir em softwares de acompanhamento de resultados. DC - Qual é a principal sugestão para o próximo presidente da República? José Vicente - Começar por uma estrutura de coordenação nacional que é o Ministério da Segurança Pública. Melhorar o treinamento dos policiais é uma prioridade, para dar resultados lá na frente. Em relação às drogas, é preciso fazer o levantamento de tudo que já existe hoje. E a segurança de fronteira. DC - O que o senhor sente diante de uma cena da Cracolândia? José Vicente - A Cracolândia não é um problema grande. O que preocupa é a escalada das drogas consumidas socialmente - como a cocaína. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de cocaína - recebe dos vizinhos 80 a 100 toneladas por ano. A polícia apreende umas 15 toneladas. Do que sobra, metade é consumida aqui, metade é exportada.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010 José Patrício/AE - 17/08/2010
PESO PESADO 1 Situação de Ronaldo está ligada à falta de treino, diz nutricionista.
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PESO PESADO 2 Diego Armando Maradona ganhou peso e quase perdeu a vida.
Daniel Augusto Jr/Foto Arena - 23/08/2010
Ronaldo, um gordo refém do treino e da boca fechada Para especialista, não há outra saída para o Fenômeno: se quiser emagrecer, tem de treinar muito e comer pouco
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Daniel Augusto Jr/Foto Arena/AE - 19/02/2010
Daniel Augusto Jr/AE - 25/08/2010
Daniel Augusto Jr/Foto Arena - 13/01/2009
De alto a baixo, um Fenômeno descompensado: falta de sincronia entre o ritmo de treinamento e alimentação seria a responsável pelas formas arredondadas adquiridas pelo atleta
magine Ronaldo sentarse à mesa do almoço, com um apetite fenomenal. E deparar-se com a comida do regime: Grelhadinho de frango 2 folhas de alface 3 fatias médias de tomate 1 fruta Água Isso nunca vai acontecer porque Ronaldo não é uma socialyte, é um atleta. Tal dieta (nada incomum) o privaria de carboidratos, o que não é possível. Ele não conseguiria manter o regime, porque ficaria fraco. Se ficasse fraco não treinaria bem. Se não treinasse não gastaria energia. E se não gastasse energia não emagreceria. Parece um pouco complicado, mas quem entende vai explicar direitinho o ponto central da questão: por que Ronaldo não emagrece? O entendido é Reinaldo Abunasser Bassit, nutricionista especializado em atletismo, professor de educação física, mestre e doutor em Ciências Biomédicas pela Universidade de São Paulo. Trabalhou como nutricionista do São Paulo, com Telê Santana. Também é Tubarão, atleta que participa de ironman, uma modalidade de triatlo mais severa. E de ultramaratonas, nas quais corre 217 quilômetros sem parar. Diário do Comércio - Bem, caro especialista e atleta: o que há com Ronaldo Fenômeno? Será um bom garfo? Reinaldo Bassit - Pode ser um bom garfo, mas tudo está associado à falta de treino. Um homem que treinava, um jogador profissional, tinha um gasto xis de energia. Ele estava adaptado àquilo. Agora, não está mais. Se continuasse com a mesma dieta de antes, vamos dizer que fosse uma dieta boa, e parasse de treinar, só com isso ele iria engordar. Acontece que quando o jogador para de treinar, começa a comer pior ainda. Então, juntam as duas coisas e o efeito é dobrado. Por isso ele engordou tanto como se vê hoje. Um atleta de ponta faz esforço muito elevado, o que para ele é normal. É muito "econômico": o treinamento impõe economia de energia para uma intensidade de esforço maior. Treinamento é elevar ao máximo a capacidade física de um indivíduo. Ele fica adaptado a se manter em um nível alto. DC - O que acontece, então? Bassit - Um maratonista de ponta corre a maratona para 95% do VO2 máximo dele (VO2 é o volume máximo de oxigênio). É a capacidade máxima que o corpo tem de consumir o oxigênio. Pessoa normal, ou atleta amador, a 95% do VO2 não consegue manter um tempo muito longo de esforço. Um maratonista consegue, ele é muito adaptado àquele tipo de esforço. Como é muito adaptado, o consumo que ele tem de energia é menor do que quando ele não era adaptado. Então, quando ele para de treinar, a eficiência metabólica dele é muito grande. Portanto, o pouco que ele come já o engorda. Isso se aplica também a futebolistas. Quem nunca corre, e começa a correr uma hora por dia, vai emagrecer rápido. Agora, depois que o corpo se acostumar com aquele tipo de esforço, ele é capaz de virar um atleta gordo, se não cuidar da alimentação. Depois que ele está adapta-
do, aquela uma hora de corrida, na mesma intensidade, representa a metade do que gastava quando começou a correr. Ele se tornou um cara treinado, eficiente, que agora gasta menos energia para fazer a mesma coisa (o que exige menor reposição de energia, ou seja, cuidado na alimentação.) DC - O que fazer para não engordar? Bassit -Vai ter de mudar o patamar de treino. Aumentar a intensidade, aumentar a duração – ou tomar cuidado com o que come. Ou, melhor ainda, as duas coisas. Correr mais e cuidar melhor da alimentação. É isso que a gente faz com atleta. A todo momento está cuidando do treinamento, que é eficiente, e controlando aquilo que come. DC - O que fazer no caso de Ronaldo? O que tem de fazer é uma dieta de acordo com suas características. Fazer um estudo, ver quanto ele está comendo, o que está comendo. E criar uma dieta bem específica para ele. Ver que tipo de atividade ele pode fazer, juntar a dieta com o tipo de atividade e montar um quebra-cabeça em cima disso. A dieta tem de estar como uma engrenagem junto com o treino e o suplemento nutricional, alimentar. As três coisas têm de funcionar juntas. O suplemento entra como suporte para manter o treino, como deve ser mantido, e fazer com que o atleta não precise comer muito. Suplemento é uma gama de nutrientes que você pode usar, carboidratos líquidos e gel, vitaminas e minerais antioxidantes, cada um com uma função. Não existe milagre nenhum nisso tudo, é um processo. É preciso montar uma rotina para que ele faça atividade dentro do que pode, e, ao mesmo tempo, usar uma estratégia nutricional. Ela envolve tanto alimentação quanto suplemento nutricional, combinado com treino, para que ele chegue aonde tem de chegar. DC - E o problema é resolvido? Bassit - A perda de gordura demora um tempo e a velocidade com que acontece varia de indivíduo para indivíduo, segundo o metabolismo de cada um. Conta o que se coloca como treinamento e a dieta adotada. Não é simples, mas é palpável. DC - E a parte do paciente? Bassit - Quem se submeter, tem de levar a sério. Não tem meio termo. Ou faz ou não faz.
Mister Shadow/AE - 24/04/2010
Valdir Sanches
O emagrecimento e a manutenção da forma atlética tem de ser um processo. Não tem meio termo. Ou faz ou não faz, diz especialista.
A dieta tem de estar como uma engrenagem com o treino e o suplemento alimentar. As três coisas têm de funcionar juntas. REINALDO ABUNASSER BASSIT, NUTRICIONISTA
Quem se submeter (ao programa de emagrecimento), tem de levar a sério. Não tem meio termo. Ou faz ou não faz. IDEM
Miguel Acevedo Riu/AP/AE - 08/09/2004
Diego Maradona: gordo por motivos outros, entre eles as drogas
Churrasco e cerveja são os grandes rivais
"O
que resta para um jogador de futebol parado, machucado?", pergunta o nutricionista esportivo Reinaldo Abunasser Bassit. Ele mesmo responde: "os amigos, a balada, o churrasco, a bebida, dormir tarde. Restam os maus hábitos, que vai desenvolvendo." Reinaldo diz que muitos esportistas que não estão em atividade engordam. "Basta ver os ex-jogadores de futebol." Cita, entre os ex-futebolistas, Maradona e Zico. Quando estão ativos, diz Reinaldo, os "maus hábitos já acontecem", só que numa escala menor. "Hoje, se você pegar qualquer um e disser 'vamos fazer um futebol?', junto vem o churrasco e a cerveja." Isso vale, explica, para amadores e profissionais. "Depois de jogo importante, os jogadores ganham churrasco como prêmio do próprio clube." Quando era nutricionista no São Paulo F.C., Reinaldo foi reclamar com o técnico Telê Santana. Os jogadores, concentrados no centro olímpico comiam muito ovo frito à noite. "Eles pediam para as cozinheiras e elas atendiam, tratavam como um filho", recorda. Houve muita reclamação, mas Telê aceitou a queixa e o excesso de ovos foi cortado. "A gente sabe que esse pessoal tem um hábito alimentar totalmente inadequado. Sem contar esse negócio de saída, bebida, churrasco, que também acaba sendo uma coisa natural do futebolista." (V.S.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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11 Ninguém sabia se saía ou se ficava dentro do trem. Talita Alvarenga, passageira afetada pelo problema de energia no metrô.
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TODOS A BORDO! primeira vista, o velho DC-3 está prestes a decolar do Parque Dom Pedro II. Mas, na verdade, ele chegou lá há cerca de dois meses na carroceria de um caminhão, com as asas desmontadas, em viagem feita na madrugada para não atrapalhar o trânsito, vindo do Museu de Tecnologia, na Cidade Universitária. O museu – cujo acervo inclui locomotivas, peças de guerra e máquinas – está sendo transferido para o gramado ao redor do Palácio das Indústrias, sede do projeto cultural Catavento. Deverá ser inaugurado em outubro. O bimotor, com seus 28,95 m de envergadura, 4,90 de altura e 19,60 de comprimento, é uma espécie de xodó dos fãs da aviação. Foi decisivo na vitória aliada da II Guerra e depois se transformou em
COM O PASSAR DO TEMPO...
...VOCÊ DEVE SE LEMBRAR DISTO
ertamente a morte recente do pintor Wesley Duke Lee, 78 anos, despertará maior atenção para sua obra "O Tríptico: As circunstâncias e seus guardiões", de 1966, que será exibida na 29ª Bienal, a partir do dia 25. Sua presença ali é uma homenagem ao Grupo Rex, de São Paulo, movimento estéticocontestatório com leve sabor dadaísta como era próprio na efervescência dos anos 60, do qual o pintor foi um dos fundadores. Nela aparecem respectivamente Cicillo Matarazzo (1892-1977), aliás, criador, em 1951, e organizador da Bienal por mais de 20 anos, cujo rosto foi substituído por um autorretrato do pintor Almeida Júnior (1850-1899); uma mulher com venda nos olhos e outra que representa Diná Coelho (1912-2003), braço direito e secretária de Cicillo. Como sugere a atmosfera repressiva das telas, trata-se de uma resposta denunciadora de Wesley, ao se sentir censurado por ver recusada sua peça "O Nome do Cadeado É: As Circunstâncias" na Bienal do ano anterior. Na verdade, ele já havia recebido vários nãos da exposição.
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Marcos Mendes/AE
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oje tanto faz entrar no mérito daquela trombada que, filtrada pelo tempo, se revela secundária na rica trajetória de Cicillo e de Wesley. Mas o tríptico deita luzes sobre a interessante figura de Maria Ricardina, de apelido Diná. Além de ser colaboradora de Cicillo, participante ativa, portanto, dos eventos relativos às artes plásticas do País na segunda metade do século 20, ela ajudou a instalar o Museu de Arte Moderna, do qual foi diretora. E formou com o marido, o advogado e escritor Luiz Lopes Coelho, um dos casais mais divertidos e criativos da Cidade – sempre metidos em qualquer iniciativa de caráter artístico-intelectual. Aliás, Luiz tornouse escritor para combater o preconceito recorrente de que autores brasileiros não conseguiam fazer literatura policial de qualidade. Publicou dois livros muito bem recebidos pela crítica e público nos anos 60 no qual reina o Delegado Leite. Mais teria escrito se não morresse em um acidente de carro no Guarujá, em 1975. O casal morava num amplo e agradável apartamento, cheio de obras de arte, que se abria para a Avenida São Luiz.
Agliberto Lima/DC
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eficiente avião de passageiros que brilhou na ponte-aérea. Este da foto, de 1946, último ano de fabricação, foi doado ao museu pelo Projeto Rondon.
NAS ÁGUAS DO JORDÃO
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Edu das Águas
Um barco no rio Jordão, pintado por Edu das Águas (acima), e o azul do rio de verdade, na Terra Santa
esde 7 de setembro, o pintor Edu das Águas, 72 anos, especializado em pintar o Rio Tietê há mais de 15 anos, dedica-se a retratar o Rio Jordão, na Terra Santa. No momento está na altura da Galileia, praticamente no início do seu percurso de 190 km do Monte Hermon, na Síria, até cair no Mar Morto. Edu descobriu que o Jordão vai ganhando salinidade – até 25% a mais do que os oceanos – na medida em que se aproxima da foz, em território da Jordânia , após cruzar Israel. Mas Jesus não recebeu sal na cabeleira, pois a água continua sendo doce e fresquinha no trecho em que foi batizado por João Batista, justamente onde Edu se encontra no momento.
Pane elétrica provoca confusão no metrô Passageiros passaram mal por falhas no sistema de ventilação de uma das composições da Linha 2-Verde. Usuários abriram a porta do vagão e seguiram pelo túnel. Guilherme Lara Campos/FotoArena
Ivan Ventura
Linha Azul vai ganhar novas composições
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Problemas no sistema de alimentação elétrica aumentou o intervalo entre os trens da Linha 2, ontem de manhã. Plataformas ficaram lotadas.
NUBIRA
tas, algumas pessoas decidiram sair do trem e começaram a caminhar dentro do túnel entre as estações Paraíso e Brigadeiro. Segundo a auxiliar financeira, ninguém sabia o que fazer. "Ninguém sabia se saía ou ficava dentro do trem", disse. Passados alguns minutos, chegaram funcionários do Me-
trô. "Pensamos que seríamos orientados, mas o que ouvimos foi motivo de riso. A funcionária entrou no trem reclamando por termos acionado os botões de emergência. Ela até gritava 'desliga, desliga' no rádio comunicador", lembra. No fim, todos desembarcaram na estação Brigadeiro.
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Naquele momento, viu quando lgumas pessoas passaram mal e reclamaram do desconforto com o trem fechado. "Todos nós sentíamos calor e falta de ar. Alguns começaram a quebrar os lacres e acionar as saídas de emergência", disse. Túnel – Com as portas aber-
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Metrô recebeu nesta semana novos trens para a Linha 1-Azul (Tucuruvi-Jabaquara), a mais antiga em operação. Os novos trens têm arcondicionado, portas mais largas e câmeras de segurança internas e externas. Outras linhas do metrô já utilizam novas composições. A composição faz parte de um lote de 17 que foram adquiridas para as linhas 1 e 3 (Vermelha). Até dezembro, outros seis novos trens vão entrar em operação na Linha 1. Segundo o Metrô, também está prevista a modernização do sistema de controle da movimentação dos trens nas linhas, para que o intervalo entre as composições diminua e mais usuários sejam transportados por hora. A previsão é que o novo sistema esteja instalado até 2011. Com isso, o Metrô diz que os intervalos da Linha Azul cairão de 109 para 87 segundos. (Folhapress)
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DC
lembra que os passageiros ironizaram o problema no início. Minutos depois, o humor dos passageiros mudou. "Passados 15 minutos, os ânimos começaram a se exaltar. Os vidros já estavam todos embaçados, pois o arcondicionado continuava desligado", lembra.
DC
inco pessoas passaram mal ontem de manhã durante um problema de fornecimento de energia que prejudicou a circulação dos trens da Linha 2-Verde (Vila Prudente Vila Madalena) do Metrô. O sistema de ventilação das composições teve de ser desligado, o que causou mal estar entre alguns usuários. A falha na alimentação elétrica começou às 7h34 e terminou às 8h30, causando restrição de velocidade das composições e maior tempo de parada nas estações, segundo informações da assessoria da empresa da Metrô. Nesse intervalo de tempo, uma composição que seguia no sentido Vila Madalena parou entre as estações Paraíso e Brigadeiro e teve vários dispositivos de abertura de portas acionados de forma indevida pelos passageiros, segundo o Metrô. O trem foi esvaziado. De acordo com a empresa, devido à falha de energia o sistema de ventilação foi afetado, provocando mal estar entre os passageiros. As cinco pessoas foram atendidas por agentes na estação, sem necessidade de serem encaminhadas a hospitais. Uma das passageiras era a auxiliar financeira Talita Belli Alvarenga, de 23 anos. Ela
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010 AFP
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ORIENTE MÉDIO 1 A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que um acordo de paz está 'ao alcance'.
nternacional
ORIENTE MÉDIO 2 Egito juntou-se ao coro dos EUA que pede a Israel que prorrogue a moratória de construção de casas
DESUNIÃO EUROPEIA Deportação de ciganos da França provoca bate-boca em cúpula da UE. 'Não posso deixar minha nação ser insultada', diz Sarkozy. Eric Feferberg/AFP
Sarkozy (à dir.) e Barroso discutem durante almoço de cúpula. Para Barroso, a discriminação contra minorias étnicas é 'inaceitável'.
NYT
S
o respeito aos direitos humanos, precisamos ter o nosso próprio quintal em ordem", disse o ministro das Relações Exteriores do país, Alexander Stubb. "Qualquer coisa que pareça complicada ou suspeita dentro da Europa não fortalecerá nossa política externa". (Agências)
CAI/
as pessoas do seu país se elas estiverem lá ilegalmente", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que, como Sarkozy, é de centro-direita. Já a Finlândia criticou a iniciativa francesa. "Enquanto nós promovemos o livre-comércio, a luta às mudanças climáticas e
ka/
Filho de um imigrante húngaro, Sarkozy disse aos colegas: "A Comissão feriu a França", referindo-se à ameaça da Comissão Europeia de acionar Paris no Tribunal de Justiça da UE. Ele se disse especialmente indignado com a comissária de Justiça, Viviane Reding, que nesta semana comparou a atitude da França a perseguições da Segunda Guerra Mundial. Reding mostrou ontem arrependimento pelas polêmicas declarações, mas insistiu em levar a França aos tribunais. Na Segunda Guerra, o governo colaboracionista da França deportou 76 mil ciganos aos campos de extermínio dos nazistas. Apesar do incidente, Sarkozy disse considerar o assunto encerrado. Ele insistiu que as deportações dos ciganos "Roma" têm como objetivo reduzir a criminalidade. O governo francês já expulsou mais de 1 mil ciganos de volta para a Romênia e a Bulgária, que são países integrantes da UE. Divisão - A questão dividiu os países-membros do bloco europeu. A Grã-Bretanha apoiou Sarkozy. "Você deveria e certamente tem o direito de expulsar
Kich
A
polêmica sobre a expulsão de ciganos da França acabou dominando a cúpula da União Europeia (UE), em Bruxelas, ontem. Acuado, o líder francês, Nicolas Sarkozy, partiu para o contra-ataque. Ele se envolveu em um bate-boca com o chefe da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e declarou que as críticas da comissária de Justiça da UE, Viviane Reding, foram "nojentas". "Eu sou chefe do Estado francês. Não posso deixar minha nação ser insultada", disse Sarkozy. A discussão aconteceu durante o almoço, segundo diplomatas. "Sim, houve um confronto", disse uma fonte da UE, segundo a qual Barroso "defendeu vigorosamente" o papel da Comissão, que tem entre suas atribuições garantir a aplicação das leis do bloco sobre liberdade de movimento para todos os cidadãos dos países-membros. Uma alta fonte diplomática disse mais cedo que Sarkozy rapidamente passou a tratar do assunto, que dominou um encontro da UE em que a pauta original incluía relações exteriores, comércio e economia.
Omar Sobhani/Reuters
Cuba: a vez do pequeno empresário? Governo dará boas-vindas à iniciativa privada com uma carga tributária de até 35%
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governo de Cuba deixará emergir uma nova classe de pequenos empresários, mas a receberá com uma carga tributária de até 35%, taxa que poderá inibir a iniciativa privada em um país onde a maioria da população jamais pagou impostos. A política fiscal esboçada em documento do Partido Comunista, pode, em grande medida, determinar o sucesso do plano do presidente Raúl Castro de eliminar em seis meses 500 mil empregos públicos, transferindo-os para a iniciativa privada. Em troca de maior liberdade de ação, os 250 mil novos empresários privados terão de pagar impostos sobre rendimentos e vendas, além de contribuir com a previdência social. O imposto de renda deve variar, dependendo da categoria profissional – produtores de alimentos e prestadores de serviços de transportes serão os mais taxados. "Estima-se uma carga fiscal de 30% a 35% com relação ao faturamento bruto que gerarem esses trabalhadores, assim como uma margem de lucro de 20% a 25% sobre o faturamento", diz o texto, intitulado "Informe sobre a reorganização da força de trabalho". O documento diz que o governo pretende aumentar em mais de 400% a arrecadação fiscal no ainda reduzido setor privado, que, no ano passado, representou apenas 1% da arrecadação tributária. Economistas advertem, entretanto, que uma carga fiscal excessiva poderá asfixiar os futuros empresários, além de estimular a evasão fiscal e a economia informal. (Reuters)
Desmond Boyle/Reuters
Forças afegãs estão de prontidão diante das ameaças do Taleban
AFEGANISTÃO Tensão pré-eleição
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Governo quer aumentar a arrecadação tributária, mas impostos podem asfixiar os futuros empresários. David Cheskin/AFP
Ó RBITA
CASO SAKINEH ma mulher que parecia U a iraniana Sakineh Mohammad Ashtiani, condenada à pena de morte por apedrejamento sob a acusação de adultério, apareceu na TV estatal do país ontem para afirmar que não havia sido chicoteada nem torturada. É a segunda vez que Sakineh aparece na TV. (AE)
PENITÊNCIA – O papa Bento XVI iniciou ontem sua visita à Grã-Bretanha (foto, com a rainha Elizabeth II) fazendo seu mais forte pronunciamento sobre a crise dos padres pedófilos: ele admitiu que a Igreja Católica agiu de forma lenta nos casos de abusos de crianças. Segundo o pontífice, a prioridade agora é ajudar as vítimas.
ais de um ano após uma eleição presidencial envolta de problemas de fraude, os afegãos voltam às urnas neste sábado para escolher seus novos parlamentares em um pleito considerado um teste sobre a capacidade do governo do presidente Hamid Karzai em realizar uma votação justa e evitar que insurgentes atrapalhem o processo. O Taleban, porém, promete causar problemas. Ontem, o grupo islâmico voltou a fazer ameaças de violência contra a votação. Quase 2,5 mil candidatos disputam as 249 cadeiras da Wolesi Jirga (Câmara dos Deputados), em uma eleição que será um indicador da força da insurgência enquanto as forças afegãs e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) farão a segurança das seções de votação em meio a ameaças do Taleban contra os eleitores e trabalhadores eleitorais. "Conclamamos nossa nação muçulmana a boicotar esse processo e assim impedir todos os
processos estrangeiros e expulsar os invasores do nosso país, atendo-nos à jihad e à resistência islâmica", disse o Taleban. O governo de Karzai disse ter condições de garantir a segurança a todos os 11,4 milhões de eleitores no sábado, com apoio de 150 mil soldados estrangeiros. Mas a comissão de fiscalização eleitoral do país disse que dois funcionários eleitorais foram baleados ontem no norte do Afeganistão. Praticamente ninguém espera uma eleição livre e justa nos padrões ocidentais. "Este é provavelmente um dos piores lugares do mundo e o pior período para a realização de uma eleição. Temos de ter isso em mente", disse Staffan de Mistura, o principal enviado da ONU no Afeganistão. "Não esperamos uma eleição justa e transparente. O que esperamos é uma eleição aceitável", disse Haroun Mir, diretor do Centro Afegão de Pesquisas e Estudos Políticos, sediado em Cabul. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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Nº 334
DCARR
O site iCarros em parceria com lojas de veículos e concessionárias da grande São Paulo encerra o seu primeiro feirão virtual (www.icarros.com.br/feiraoicarros) no próximo dia 19. O portal automotivo do Itaú além de possuir várias ofertas conta com o banco para oferecer condições especiais de financiamento.
MOTORES
COMERCIAIS LEVES
"CHOVE" E.TORQ NA FIAT
Ainda mais seguros e confortáveis
A italiana levou o novo motor para quase toda sua linha
Vans, furgões e chassis com cabine passam a sair de fábrica com air bag e ABS, além de outros itens de conforto Fotos: Divulgação
O
ANDERSON CAVALCANTE externos elétricos com aquecimento. Segundo o gerente de Vendas da linha Sprinter, Sergio Galhardo, "com a introdução de air bag e freio ABS/ASR, como itens de série na linha, a Mercedes-Benz antecipase às resoluções 311 e 312 do Contran Conselho Nacional de Trânsito que regulamentou a utilização destes equipamentos e tornou obrigatório em toda a frota que sair de fábrica a partir de 2014. A Sprinter foi lançada
no Brasil em 1997 e, desde então, já teve comercializadas 80 mil unidades no País. Formada pelos modelos 311 CDI Street (3.500 kg de PBT), 313 CDI (3.550 kg de PBT) e 413 CDI (4.600 kg de PBT), a linha é equipada com o motor eletrônico OM 611 LA com tecnologia CDI (Common Rail Direct Injection), que oferece 129 cv de potência a 3.800 rpm e 31 mkgf de torque entre 1.600 e 2.400 rpm (413 CDI e 313 CDI) ou 109 cv de potência a 3.800 rpm e 28
DUAS RODAS
ENTRE BRASILEIROS E CHINESES
mkgf de torque entre 1.400 e 2.400 rpm (311 CDI Street). Opções e preços - São 12 versões de van para transporte de passageiros - com opções de 10, 13, 16, 17 e 20 lugares -, 16 de furgão e cinco de chassi com cabine para transporte de cargas. Os preços dos modelos Chassi começam em R$ 81.856, os furgões a partir de R$ 85.808. E as vans têm preços entre R$ 102 mil e R$ 154 mil.
O
mercado de duas rodas brasileiro ficou agitado nos últimos meses. Enquanto a marca brasileira Kasinski foi vendida, há pouco mais de um ano, para o grupo chinês CR Zongshen, e anunciou a instalação no Rio de Janeiro da primeira fábrica de bicicletas, scooteres e motocicletas elétricas do Brasil, a Dafra, que já tem parcerias com empresas globais como Haojue, TVS Motor Company e BMW Motorrad, acaba de anunciar mais uma associação, agora com a também chinesa SYM, para produzir no País o max scooter Citycom 300i. O modelo Dafra, que chega às concessionárias no final deste mês, é equipado com motor OHC de 263,7 cm3, quatro tempos, monocilíndrico e sistema de injeção eletrônica, o max scooter tem potência máxima de 23 cv a 7.500 rpm e torque de 23,5 N.m a 5.500 rpm. Possui ainda: sistema de injeção eletrônica,
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Suspensão Amortecedores Freios Alinhamento Balanceamento Rodas
Com vendas previstas para outubro, a Prima Electra da Kasinski custará R$ 5.290.
transmissão automática CVT, rodas aro 16" de liga leve, freios a disco na dianteira e na traseira e preço a partir de R$ 12.290. A marca SYM pertence ao Sanyang Group tem como um de seus principais parceiros no segmento de automóveis a Hyundai e foi, durante 40 anos, aliado estratégico da Honda para a produção de motocicletas e automóveis. De acordo com Creso Franco, presidente da Dafra, as parcerias com companhias globais, juntamente com o investimento em desenvolvimento de uma área de engenharia atuante, foi a estratégia adotada pela empresa para ter acesso a um alto nível tecnológico e concorrer com marcas tradicionais no País. "Desde a criação da marca, em 2008, trabalhamos com foco no longo prazo, visando um crescimento sólido. As parcerias e o desenvolvimento de nossa engenharia são fatores primordiais para concretizar este objetivo", disse Franco. Investindo em eletricidade A Kasinski, após anunciar a instalação no Rio de Janeiro da fábrica de produtos elétricos, apresentou duas bicicletas elé-
chicolelis
IMPORTADOS NO SALÃO
NOVIDADES QUE VÊM DE FORA
Dafra apresenta maxi scooter em parceria com a SYM, e Kasinski prepara fábrica de motos e bicicletas elétricas O scooter da Dafra tem 23 cv e torque de 23,5 N.m a 5.500 rpm e custa a partir de R$ 12.900
O modelo Palio tem oito versões, sendo quatro Essence, com motor 1.6 16V, e dois Adventure com Locker, motor 1.8 16V, mais duas da Strada, uma com Locker e outra sem e a primeira com cabine estendida e a segunda dupla. O Idea seguiu o grupo e a partir de agora também só tem motor E.torQ, sendo dois modelos Essence 1.6 16V e os demais 1.8 16V, incluindo versões Adventure e com Dualogic. Também o Linea bandeou para o novo motor. Dos anteriores, 1.4 16V TJet (turbo) e o 1.9, só restou o primeiro, importado. E ele só oferece motor 1.8 em suas cinco versões, sendo três delas equipadas com o sistema semiautomático.
Lançamentos vindos de todo o mundo estão previstos para o Salão de São Paulo
A
tricas, com preços de R$ 1.590 -, que serão comercializadas a partir do primeiro trimestre de 2011, a scooter Prima Electra, que será vendida a partir de outubro ao preço de R$ 5.290 e dois scooteres com motor a combustão carburado: Prima 150 (R$ 5.290) com previsão de venda para novembro próximo e mini scooter Prima 500 (R$ 2.200) previsto para o primeiro trimestre de 2011. Segundo Claudio Rosa, presidente da Kasinski, a fábrica carioca de produtos elétricos produzirá as bicicletas e Prima Electra e mais três scooteres de alta performance - com velocidade máxima de até 120 km/h. Ela contará com um investimento inicial de R$ 20 milhões e deverá gerar 150 empregos diretos. Outra novidade anunciada pela marca é o novo consórcio Kasinski, que será administrado pelo grupo Luiza. Esta parceria permitirá o início das vendas de cotas nas mais de 600 lojas do Magazine Luiza onde alguns de seus modelos estarão expostos.
Associação Brasileira das Empresas Impor- dan Cadenza, o Cerato hatch e sua versão cupé tadoras de Veículos Automotores (Abeiva) que aqui terá o nome de Koup e o novo Optidivulgou nesta semana a relação de lançamen- ma. Entre as marcas reconhecidas por seus bólitos de suas associadas que serão apresentados durante o 26º Salão Internacional do Automó- dos superesportivos as novidades também vel, que acontecerá em São Paulo entre os dias prometem e provavelmente, sejam as vedetes do Salão. A marca sueca Koenigsegg revelará o 27 de outubro e 7 de novembro, no Anhembi. As 30 associadas terão apenas 15% da área CCXR E100 em uma edição especial exclusiva ocupada do Anhembi para expor seus modelos para a importadora brasileira Platinuss. A Lamque, em alguns casos, são considerados as ver- borghini apresentará a versão Super Leggera e dadeiras vedetes do evento. As marcas terão a Ferrari trará a 458 Italia, que na verdade já foi mais de 210 carros em exposição, dos quais 70 apresentada aqui há alguns meses, e a 599 GTO deles serão lançamentos para o mercado bra- de 670 cavalos. Outra italiana, a Maserati, mostrará aos visitantes a edição limitada do Quatsileiro. Considerados ainda como lançamento, a As- troporte, Awards Edition. A Porsche terá, apenas para verificar a aceiton Martin levará o cupê Vantage V8, os modelos V12, DB9 e o superesportivo DBS, além do tação do brasileiro, o Cayenne S Hybrid e lançacupê de quatro portas Rapide. A Audi, entre rá o 911 GT2 RS 3.6 l. biturbo de 620 cv e o Paseus 10 veículos expostos, promoverá o R8 Spy- namera V6 de 300 cv. A Pagani virá com o Zonda der, o novo A8, o cupê esportivo RS 5 e o com- R e o roadster Cinque, e a holandesa Spyker expõe o C8 Aileron Cupé. Entre as chinesas, a Lifan pacto Premium A1. A BMW, entre carros e motos, trará para o lançará quatro modelos e mostrará um veículo evento o ActiveHybrid 7 L, baseado na série 7 e elétrico. A Chana, a Haima e a Jinbei trarão quaa marca Mini lançará oficialmente o Country- tro novidades cada. A Chery promete sete. A esman 4x4. Enquanto isso, a inglesa Jaguar estará treante JAC Motors terá seis produtos, incluindo um híbrido. apresentando o novo XJ. O grupo Chrysler, Dodge e Jeep apresentará a nova Jeep Grand Cherokee e a Land Rover, a Range Rover Evoque, a Vogue 2011 e a Freelander 2 2011. A Volvo mostrará o sedan S60 3.0 com 304 cv, o C30 R-Design e o crossover XC60 R-Design. Outro crossover que chegará por aqui é o coreano Korando C da SsangYong. A Kia Motors terá em seu estande o novo Sportage, o Soul Ferrari, uma das vedetes do Salão. Alguém duvida? já com tecnologia flex, o seDC
A
Mercedes-Benz apresentou a linha Sprinter 2011. Esteticamente não houve mudanças, mas a gama de comerciais leves passou a oferecer, de série, itens de segurança, como air bag para o motorista e sistema de freios ABS e controle de tração ASR, e de conforto para as vans utilizadas para transporte de passageiros, como vidros elétricos, travamento de portas centralizado com controle remoto e retrovisores
motor E.torQ, nas versões 1.6 e 1.8, ambos 16V equipa, a partir da linha 2011, quase todos os modelos Fiat. Só ficaram fora da "chuva" de E.torQ, o Uno, recém-lançado, e o Mile, ainda em produção depois de 20 anos. No 1.6, a potência é de 117 e 115 cv, respectivamente, usando etanol e gasolina e a grande atração nesses propulsores é que em baixas rotações, quando alcança 1.500 rpm já mostra 80% do seu poder e a 2.500 rpm chega a 93% de sua força máxima. Bom para arrancadas nos semáforos paulistanos e ultrapassagens seguras nas estradas. O Punto foi o primeiro a ganhar o novo motor, desenvolvido pela FPT - Powertrains Tecnologie, com fábrica em Campo Largo, no Paraná. Ele é oferecido em cinco versões: Essence 1.6, 1.8 e Dualogic (semiautomático) Sporting 1.6 e 1.8 (todos 16V). O Doblò, que recebeu o novo motor agora, tem apenas versões 1.8: HLX, Adventure Locker e Cargo, todos 16V.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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t
Uma das muitas pontes que fazem a fama da cidade.
urismo
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Terraço do Museu Peggy Guggenheim – ícone da face moderna.
VENEZA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA
Com 59 canais, 400 pontes, praças, palácios e museus magníficos, a cidade flutuante encanta a cada visita. Esta é mais uma reportagem da série sobre destinos românticos na Itália Fotos: Antonella Salem
Antonella Salem
I
nesquecível a chegada a Veneza. Seja a bordo do vaporetto (espécie de ônibus aquático) ou barco-táxi privativo, pelo Canal Grande, o coração bate de emoção. Não importa se é a primeira ou milésima visita. Com 159 canais, 400 pontes, praças, estreitas ruelas e palácios magníficos dos séculos XVI e XVII, a cidade flutuante fascina a cada olhar – do traje charmoso do gondoleiro aos lust r e s d e M u ra n o que iluminam os interiores. Bastam alguns dias para curtir tudo maravilhosamente. Por onde começar? O roteiro clássico tem início na Piazza San Marco. As filas podem ser imensas diante de suas principais atrações, mas vale a pena esperar. A famosa basílica bizantina impressiona em beleza numa sucessão de colunas, arcos, estátuas em mármore e mosaicos. O museu abriga o aclamado quarteto de cavalos em bronze. Diante da catedral, o Campanile proporciona uma visão incrível da cidade, subindo de elevador até o topo de seus 98,5 metros. Pausa para um café no Florian, considerado o primeiro café da Europa, que mantém lambris de madeira de 1720 e espelhos com molduras folhadas a ouro. Um pequeno palco lá fora apresenta música lírica ao vivo. O passeio continua rumo ao Palazzo Ducale, residência oficial dos 120 doges que governaram Veneza de 697 a 1797. Por seus salões suntuosos, deslumbre-se com as pinturas de Tintoretto, como Paraíso eO Triunfo de Veneza. A famosa Ponte dos Suspiros – antiga passagem dos condenados para os cárceres – fica a poucos passos. E vizinho, o histórico Hotel Danieli. Entre no hall e
Coleção da Fundação François Pinault está à mostra no Palazzo Grassi (à dir.) e na Punta della Dogana (à dir., abaixo).
Piazza San Marco de dois pontos de vista (à esq. e acima, à esq.); gôndola (abaixo e acima), o meio de transporte turístico e romântico.
Máscaras de carnaval: à venda nas ruas.
descubra o interior de um autêntico palácio veneziano. Na viela transversal, o bar Veccio Penasa vende deliciosos sanduíches (tramezzinis). Um aviso: perto da água, nos pontos mais turísticos, podem lhe oferecer o passeio a Murano. Embora convidativo, o programa se resume à visita a uma fábrica de vidro e, ao final, a loja, onde irão insistir na compra de uma peça. Se quiser ver Murano, o ideal é pegar um barco de linha e passear pela ilha. A pé – Veneza é uma cidade para caminhar e explorar cada cantinho. Um dos percursos, saindo da Piazza San Marco, começa por baixo da Torre do Relógio e leva até a região de Rialto. Basta seguir as placas nos muros. No caminho, há vielas cheias de joalherias, antiquários e lojinhas vendendo desde cristais de Murano até máscaras de carnaval e pinóquios. Já em Rialto, a chance
de descobrir uma face mais popular. O mercado de alimentos é uma perdição – de segunda a sábado, das 7h30 às 13h. Perto de lá, sobre o Canal Grande, a Grande Escola de San Rocco tem seu interior todo adornado com pinturas de Tintoretto. Outro caminho a percorrer a pé, também a partir da Piazza San Marco, segue para a Accademia, que ocupa um belo palácio e possui uma grande coleção de arte veneziana. O trajeto, seguindo as placas nos muros, passa pela rua das grandes grifes, a Calle Larga, e leva a pequenas praças maravilhosas (que os italianos chamam de "campo"). Moderna – Nem tudo é clássico na cidade da Bienal de Arte. Pelas ruas, repare nas lojas e galerias de peças de design. A Ponte dell' Accademia dá acesso ao precioso Museu Peggy Guggenheim, que exibe mais de 200 obras de artistas contemporâ-
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ELEGÂNCIA ITALIANA
OLHAR MODERNO
A
poucos passos da Piazza San Marco, um hotel clássico que cultiva a arte italiana de bem receber. Instalado numa antiga residência aristocrática de Veneza, o Luna Hotel Baglioni tem ares históricos, charme e atmosfera acolhedora. Nas acomodações, tons pastéis e ricos brocados transmitem a
Tradições: Café Florian e alcachofras à mesa (abaixo, à esq.). Trattoria della Madonna, restaurante popular veneziano.
L sensação de estar um palácio. Premiado, o restaurante Canova serve o melhor da cozinha típica. Site www.baglionihotels.com. Diárias a partir de 370 euros.
onge dos turistas, perto dos habitantes venezianos. O novo Palazzina Grassi, situado do lado do museu de arte contemporânea que lhe dá o nome – o Palazzo Grassi –, tem design medieval interpretado pelo francês Phillipe Starck e proposta diferente. Não há recepção. O check-in é feito no lounge que integra o bar e restauran-
te, palco de muitas festas. São só 26 acomodações, serviço personalizado e facilidades como o Krug Champagnerie. Site www.palazzinagrassi.it/. Diárias a partir de 320 euros.
neos. Picasso, Miró, Kandinsky, Pollock... O visitante pode ver ainda o jardim de esculturas. Nesta Veneza mais arrojada, vale incluir a nova galeria de arte no antigo prédio da alfândega. A Punta della Dogana, do lado da Igreja da Saúde, é um centro de arte contemporânea transformado pelo arquiteto Tadao Ando. Em exibição permanente estão os trabalhos da Fundação François Pinault, dono e presidente do grupo de luxo francês PPR, que engloba marcas como Gucci, Balenciaga e Yves Saint Laurent. Já no Campo San Samuele, de frente para o Canal Grande, o Palazzo Grassi é mais um endereço de grandes exposições do gênero, muitas delas também ligadas à coleção Pinault. À noite – Ver Veneza à noite é um programa à parte. A sugestão: pegar um barco-taxi no ponto perto do lendário Harry's Bar e ir até Rialto, observando os salões dos palácios iluminados pelos lustres de Murano. Existe algo mais romântico? O passeio de gôndola. Super turístico e inflacionado à luz do dia, o programa pode ser melhor apreciado à noite, debaixo das estrelas. Veneza
RAIO X COMO CHEGAR Pela Alitalia (tel. 2171-7610, www.alitalia. com), o bilhete SP-Roma-SP sai a partir de 1.055 euros. Na TAM (www.tam.com.br), SP-Milão-SP custa a partir de R$ 2.105,96 – tarifas não incluem as taxas de embarque. Consulte os trechos internos de avião pelo www.alitalia.com. De Milão, a viagem de trem dura 2h30, site www.trenitalia.it. ONDE COMER À mesa em Veneza, há fartura de peixes, de todos os tipos, feitos na brasa. De entrada, peça granceola (centoja). Deliciosas também são as alcachofras pequenas (castraure) e as sardinhas (sardine in saor). De prato principal, maravilhosos o spaghetti alle vongole e o risoto all nero di seppia. Trattoria della Madonna: S.Polo 594, Veneza, tel. (39-041) 522-3824. Popular veneziano, fica depois da Ponte do Rialto e é ótima opção para almoço (sem reserva). Fecha quarta. Fiaschetteria Toscana: Salizada S. Giovanni Grisostomo al cívico, 5719, tel. (39-041) 528-5281. Também perto de Rialto e bom para almoço, nada tem de toscano, é típico veneziano. Faça reserva. Fecha terça e quarta. Ostteria da Fiore: S. Polo, Calle del Scalater, 2202, tel. (39-041) 721-308, www.dafiore.net. Romântico, para jantar. O proprietário Maurizio recebe o cliente e sua mulher, Mara, fica na cozinha. Muito disputado, reserve com antecedência. Fecha domingo e segunda. Harry's Bar: Calle Vallaresso, 1323, tel. (39-
Milão
Roma
041) 528-5777, www.harrysbarvenezia.com. Uma lenda, lá foram inventados o bellini (espumante com suco de pêssego) e o carpaccio, servido pela primeira vez a uma condessa que, por conta de problemas de saúde, não podia comer grelhados, frituras ou cozido. O preço é salgadíssimo! Vá no fim do dia, sente-se no bar e prove o bellini. FAÇA AS MALAS Quando ir: Veneza é um destino para o ano todo. Evite o verão, que costuma ser lotado. Eventos: Bienal (www.labiennale.org), realiza-se em em setembro; Carnaval (www.carnevale.venezia.it/), de 26 de fevereiro a 8 de março de 2011. Informações turísticas: em São Paulo na Enit, tel. (11) 3123-2781, www.enit.it. Fuso: cinco horas a mais em relação a Brasília. Seguro-saúde: é obrigatório para viagens à Europa. Site www.travelace.com.br.
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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1 BRASKEM Empresa busca aquisições nos EUA e investirá US$ 10 bilhões na AL
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arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 62,721 bilhões em agosto, um resultado recorde para o mês, de acordo com dados divulgados ontem pela Receita Federal. O volume foi 15,32% superior em termos reais – descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – ao verificado em agosto do ano passado. Em relação a julho de 2010, o resultado do mês passado foi 7,76% menor em termos reais. O número de agosto ficou dentro do intervalo das projeções dos analistas, que esperavam arrecadação entre R$ 58,8 bilhões e R$ 71 bilhões. A mediana das previsões estava em R$ 61,6 bilhões. No acumulado do ano, a arrecadação de impostos foi de R$ 510,185 bilhões, com alta real de 12,59% ante os oito primeiros meses de 2009. Em todos os meses deste ano, a arrecadação bateu recordes históricos. A arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal de janeiro a agosto deste ano é R$ 78,085 bilhões maior do que em igual período ano passado, quando as receitas somaram R$ 432,1 bilhões. Considerando a correção da inflação pelo IPCA, a arrecadação de janeiro a agosto é R$ 57,47 bilhões maior do que em igual período de 2009. A arrecadação administrada pela Receita foi de R$ 61,222 bilhões, com alta real de 14,78% ante agosto de 2009 e queda real de 4,7% sobre julho deste ano. As demais receitas somaram no mês passado R$ 1,499 bilhão, com alta real de 42,62% ante agosto de 2009 e queda real de 60,13% ante julho de 2010. Setembro – O subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa, previu ontem que a arrecadação das receitas administradas deve ter crescimento real em setembro (descontada a inflação pelo IPCA) em torno de 12% sobre setembro de 2009. Segundo ele, a arrecadação de set e m b ro c o n t i n u a r á c o m o vigor visto no mês passado, quando houve alta real das receitas administradas de 14,78% sobre agosto de 2009. O subsecretário afirmou que a arrecadação reflete variáveis como produção industrial, venda de bens e serviços e massa salarial. Ele explicou que elas continuam em alta, o que deve garantir crescimento real da arrecadação no ano em torno de 10% a 12%. "Esse conjunto de variáveis econômicas continua apresentando crescimento elevado", disse Serpa. Segundo a Receita, dois dos tributos que funcionam como "termômetro da atividade econômica" – a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS/Pasep) – foram responsáveis por R$ 15,59 bilhões na alta da arrecadação no acumulado do ano. (AE)
EUA Pobreza é a maior em 51 anos e atingiu uma em cada sete pessoas em 2009.
Leão mantém apetite e morde como nunca Para Receita Federal, altas sucessivas na arrecadação refletem expansão da economia brasileira.
Lei Geral ainda é pouco aplicada nos municípios
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s municípios que ainda não regulamentaram a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa estão na mira de tribunais de contas e ministérios públicos estaduais. Iniciativas no sentido de alertar os omissos já ocorrem no Acre, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Sancionada em 14 de dezembro de 2006, a lei fixou prazo de um ano para sua regulamentação. Contudo, passados mais de três anos, as regulamentações não chegam a 2 mil dos 5.565 municípios do País. A ação dos órgãos de fiscalização e controle está contribuindo para que os retardatários cumpram a lei.
Resultados – Em Mato Grosso, por exemplo, em junho de 2009 o Ministério Público, por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, encaminhou notificação à prefeitura da capital do Estado, Cuiabá. Nela é recomendada a regulamentação da lei e fixando prazo de 30 dias para as devidas providências, sob pena de o prefeito incorrer em ato de improbidade administrativa. Na época, o estado tinha apenas cerca de 14% dos seus 141 municípios com a lei regulamentada. Hoje já são 139, incluindo Cuiabá. Faltam apenas dois municípios para que todo o estado esteja com
a lei em vigor. "A ação na capital teve exatamente o objetivo de servir de espelho e resultar nesse efeito dominó ampliando a regulamentação da lei", explicou o promotor de Justiça que assinou a notificação, Mauro Zaque de Jesus. Se o Ministério Público do Mato Grosso está cobrando a regulamentação da lei, o Tribunal de Contas daquele estado está de olho na sua aplicação. Em maio de 2010 o presidente do Tribunal, Valter Albano da Silva, começou a encaminhar ofício circular às prefeituras, no qual comunicava que iria considerar o cumprimento ou não da lei na apreciação e julgamento das contas municipais.
Recomendação – Em Minas Gerais, a regulamentação da Lei Geral por parte dos municípios também está na mira dos promotores de justiça que atuam na tutela do patrimônio público e defesa da ordem econômica e tributária. A recomendação foi feita em agosto deste ano, pelo corregedor-geral do Ministério Público do Estado, Márcio Heli de Andrade. Na recomendação o corregedor diz tomar por base a notificação recomendatória feita pelo Ministério Público do Mato Grosso à prefeitura de Cuiabá. Dos 853 municípios mineiros, apenas 103 (ou 12,08%) regulamentaram a lei. Compras públicas – No Rio Grande do Sul, parecer do
Tribunal de Contas recomenda aos municípios a regulamentação da lei, especialmente do capítulo V, que trata do acesso das micro e pequenas empresas às compras governamentais. O relator, conselheiro Helio Saul Mileski, defendeu a posição afirmando tratar-se de "matéria de interesse econômico e social, cujo benefício somente poderá ser aplicado em caso de haver lei local disciplinando o assunto". A recomendação do Tribunal atende a uma consulta da Associação Gaúcha Municipalista (AGM) a respeito da aplicação da lei complementar 123/06, e foi estendida para todos os municípios gaúchos. (Agência Sebrae)
Luiz Prado/LUZ
Novas categorias do programa incluem carroceiros
EI: 40 novas atividades. MDIC também retirou 12 ocupações da lista
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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou ontem que 40 ocupações serão incluídas a partir de 1º de dezembro na lista de atividades permitidas para inscrição no programa Empreendedor Individual. Segundo a pasta, a decisão decorreu de reivindicações de entidades de classe. Entre as novas categorias estão ocupações como instaladores de rede de computadores e de antenas de televisão, guias de turismo, editores de vídeo e reparadores de móveis. Também foram retiradas 12 ocupações da lista de atividades permitidas para o progra-
ma, também atendendo a reivindicações de entidades de classe, para evitar perda de benefícios a que já têm direito. Entre essas categorias está a de pequeno agricultor, que recolhe 2,1% sobre sua produção, um valor menor do que o do Empreendedor Individual. O programa, lançado com o intuito de legalizar aqueles que trabalham por conta própria, dá acesso a compras governamentais, enquadramento no Simples Nacional e isenção nos tributos federais, entre outros benefícios. A formalização é feita pela internet, pelo site w ww.p orta ldoem pree ndedor.gov.br. (Folhapress)
Ocupações incluídas Abatedor de aves Abatedor de aves (com comercialização do produto) Artesão em cimento Bike propagandistas Carroceiro – transporte de carga Carroceiro – transporte de mudança Coletor de resíduos não-perigosos Comerciante de artigos de bebê Comerciante de carvão e lenha Comerciante de cestas de café da manhã Comerciante de inseticidas e raticidas Comerciante de móveis Comerciante de produtos naturais Comerciante de produtos para piscinas Costureira de roupas, sob medida Coveiro Customizador de roupas Disc Jockey (DJ) ou Vídeo Jockey (VJ) Dublador Editor de vídeo
Estampador de peças do vestuário Esteticista Fabricante de velas, inclusive decorativas Guia de turismo Instalador de antenas de TV Instalador de equipamentos de segurança Instalador de rede de computadores Locador de instrumentos musicais Locutor de mensagens fonadas e ao vivo Mestre de obras Produtor de pedras para construção Recarregador de cartuchos para informática Reparador de artigos e acessórios do vestuário Reparador de cordas, velames e lonas Reparador de equipamentos esportivos Reparador de equipamentos hospitalares Reparador de guarda-chuvas e sombrinhas Reparador de móveis Reparador de toldos e persianas Vendedor de aves vivas, coelhos e outros pequenos animais para alimentação
2 -.ECONOMIA
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COMÉRCIO
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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3 O município de São Paulo cobra 5% de ISS sobre os royalties das franquias.
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Fisco luta pelo ISS de franquias A Prefeitura de São Paulo quer participar do julgamento do processo do ISS sobre os royalties recebidos pelos franqueadores. Sílvia Pimentel
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Prefeitura de São Paulo ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido como "amicus curiae", para participar do julgamento de recurso extraordinário interposto no Rio de Janeiro pela rede Bob's, em que contesta a cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre os royalties recebidos pelos franqueadores. O recurso da cadeia de lanchonetes entrou na lista de assuntos de repercussão geral da Corte, o que significa que a decisão valerá para todas as ações semelhantes. A estratégia do fisco paulista, que poderá inclusive fazer sustentação oral em defesa da cobrança, deve atrasar um pouco a análise do mérito da questão, aguardada com ansiedade pelo setor. O município de São Paulo cobra alíquota de 5% de ISS sobre os royalties das franquias. "Estamos moderamente otimistas", resumiu ontem o
Milton Mansilha/LUZ 15/07/2008
diretor jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Luiz Henrique do Amaral, que participou do 4º Simpósio Jurídico e de Gestão Empresarial da ABF, na capital paulista, para discutir os impactos da tributação nas atividades de franquias. A incerteza do advogado quanto ao desfecho do assunto tem fundamento. Isso porque, recentemente, o STF decidiu em favor do fisco paulista no caso envolvendo cobrança do ISS nos contratos de leasing. "Embora sejam matérias distintas, esse posicionamento é preocupante", explicou. A queda de braço do setor contra a cobrança teve início em 2003, quando foi promulgada a Lei Complementar nº 116, que incluiu várias atividades na lista de serviços sujeitos à tributação. Substituição tributária – Outra disputa tributária importante protagonizada pelo setor, embora mais recente do que a do ISS, diz respeito à substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tem afetado so-
A substituição tributária está afetando o relacionamento entre franqueados e franqueadores. MELITHA NOVOA PRADO, ADVOGADA
bretudo a lucratividade do franqueado, a maioria optante do Simples Nacional. Nesse caso, o segmento contesta a inclusão da taxa de franquia na base de cálculo do imposto na substituição tributária, sistemática adota-
da pelas secretarias de fazenda para a maioria dos produtos. "O tema é pouco compreendido pelos franqueados. Além disso, a substituição tributária afeta o relacionamento entre franqueados e franqueadores", disse a advogada
Melitha Novoa Prado. Para o advogado Daniel Gudino, do escritório Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, a substituição tributária é uma sistemática "nefasta", pois representa um aumento indireto de tributa-
Ventos brasileiros nos moinhos Weber Amendola
Geriane Oliveira
Ministra de Assuntos Econômicos da Holanda, Maria van der Hoeven (centro), esteve ontem em São Paulo para atrair investimentos brasileiros à região.
De acordo com a missão daquele país, hoje, a balança comercial entre ambas as nações é bastante favorável ao Brasil, que até 2012 receberá US$ 1 bilhão em investimentos por parte das 150 companhias holandesas sediadas aqui, como Philips, Unilever, Shell, C&A, Makro, DSM, Akzo e Rabobank. Em contrapartida, apenas seis empresas atuam no mercado holandês. São elas: Brasil Foods, Bertin, Braskem, Cutrale, Petrobras e Villares. Atrações – Para facilitar o intercâmbio, o governo holandês abriu em julho um escritório da Agência
Melhor mês em criação de postos de trabalho
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Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou ontem que o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil em agosto foi de 299.415 com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número já sofre o desconto das demissões realizadas no período e representa um novo recorde para o mês. É o quarto melhor número mensal de toda a série histórica. Em agosto do ano passado, foram criados 242 mil postos de trabalho formais – o maior volume da série para o mês. Em julho, o ministério registrou 182 mil novas vagas líquidas. No ano, a criação de empregos formais superou as demissões em 1.954.531, também recorde para o período. Até então, o maior volume de janeiro a agosto foi de 1,803 milhão, verificado em 2008. "Faltam 545.469 postos para atingirmos o nosso objetivo de 2,5 milhões de novas vagas neste ano", disse
o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Atividades – Os serviços foram os responsáveis pela criação de 128.232 empregos – o recorde anterior para agosto havia sido verificado em 2008, com 95.191 novos postos líquidos. No caso do comércio, foi detectado um incremento de 65.083 vagas formais, com recordes tanto no segmento varejo (54.509 postos) quanto no atacado (10.574 postos). Lupi salientou que, em 2009, ganharam destaque na geração de empregos os serviços médicos e odontológicos. Em agosto, o segmento criou 9,852 mil vagas líquidas de emprego formal. "Quando a população está com um pouco mais de ganho, começa a aparecer o setor médico e odontológico. Isso está intimamente ligado." E x p e c t a t i va – Lupi tem certeza de que a meta de geração de 15 milhões de vagas formais em oito anos do governo Lula será batida até o final de 2010. (AE)
Perdas com a crise: R$ 121 bi.
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Holanda quer atrair investimentos brasileiros e ser a plataforma comercial do País na região dos Países Baixos. "O Brasil é uma economia em crescimento e deve ser o quinto maior mercado do mundo em até cinco anos", disse a ministra de Assuntos Econômicos da Holanda, Maria van der Hoeven, em tom de elogio a mais de 100 empresários que participaram ontem do seminário Holanda - Porta de Entrada na Europa, organizado pelo Consulado Geral do Reino dos Países Baixos em São Paulo em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (Fiesp). Segundo Maria van der Hoeven, o objetivo da missão é atrair investidores brasileiros para a região situada a oeste da Europa por meio do mercado holandês. O país oferece todas as vantagens de uma plataforma comercial. "Embora pequenos, somos uma das mais fortes economias europeias e trazemos conhecimento avançado em petróleo, gás, bioenergia e nanotecnologia. São oportunidades para fortificar as relações comerciais e desenvolver parcerias de serviços ou por meio de offshores", afirmou.
ção, afetando as atividades do setor. Para reverter o quadro, ele defendeu mais pressão junto às secretarias estaduais para que haja redução da Margem de Valor Agregado (MVA), definida pelo fisco, para que o valor do imposto diminua.
Neerlandesa de Investimentos Estrangeiros (NFIA, sigla em inglês). O diretor da agência, Serv Wiemers, informou que a instituição oferece gratuitamente consultoria, informações aos parceiros comerciais brasileiros e instituições governamentais. Entre as vantagens destacadas pelo executivo na Holanda e região estão: localização privilegiada; Porto de Roterdã (por onde passam 37% do fluxo de importações e exportações europeias); infraestrutura governamental e logística; menores tarifas tributária e alfandegária da União
Europeia; além da possibilidade de troca de conhecimentos tecnológicos. "É uma economia estável no coração da Europa", disse o cônsul-geral da Holanda, Louis Piët. Transações – A corrente de comércio entre Brasil-Holanda somou 7 bilhões de euros em 2009, dos quais 6 bilhões de euros em importação da parte holandesa (soja, café, cacau, minério de ferro e motores elétricos), e uma média de 1 bilhão de euros em compras pelo mercado brasileiro (leite em pó, produtos químicos, fertilizantes, máquinas e serviços).
SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE COMUNICADO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL N° 045/SVMA/2010 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2010-0.141.280-6 OBJETO: Contratação de empresa objetivando a prestação de serviços de plantio e manutenção de mudas de árvores nas Divisões Técnicas dos Núcleos de Gestão Descentralizada Sul I, Sul II, Sul III, Centro Oeste I, Centro Oeste II, Norte I, Norte II, Leste I, Leste II e Leste III, conforme especificações constantes no Termo de Referencia - ANEXO I, visando a ampliação e requalificação da cobertura arbórea do Município de São Paulo. A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL.2 comunica que fica SUSPENSA “sine die” a abertura do Pregão em epígrafe. A nova data de abertura da sessão será divulgada oportunamente em jornal de grande circulação, no D.O.C. e no endereço eletrônico http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br.
SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO - ABERTURA DE LICITAÇÃO Processo Administrativo n° 2010-0.178.300-6 - Encontra-se aberta na Subprefeitura de Itaquera - SP/IQ, licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS n° 02/SP-IQ/GAB-ATJ/2010, tipo menor preço global, para PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA E DESASSOREAMENTO DE CÓRREGO EM APROXIMADAMENTE 700,00m A MONTANTE, DO CÓRREGO JACUPEVAL TRECHO JUSANTE (RIO JACU - AV. JACU PÊSSEGO) ATÉ O FIM, CONTEMPLANDO O DESASSOREAMENTO, RETALUDAMENTO E SERVIÇOS COMPLEMENTARES DE CONTENÇÃO E PEQUENAS INTERVENÇÕES AO LONGO DO CÓRREGO EM QUESTÃO, COM REMOÇÃO PARA ATERRO SANITÁRIO DO MATERIAL DE ASSOREAMENTO ATRAVÉS DE LIMPEZA MECÂNICA E DRENAGEM DOS RESÍDUOS, PELO PERÍODO DE 60 (SESSENTA) DIAS, CONFORME ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ANEXO III. O Edital poderá ser acessado gratuitamente no site da Prefeitura do Município de São Paulo, no endereço eletrônico: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/, ou adquirido na sede da Subprefeitura de Itaquera, na Assessoria Técnica Jurídica, à Rua Gregório Ramalho, n° 103 - Itaquera, São Paulo, mediante apresentação de um CD novo ou pagamento do preço público para cópias reprográficas. Os envelopes n° 01 “PROPOSTA”, n° 02 “HABILITAÇÃO”, bem como a Declaração de que atende a todas as condições de habilitação exigidas no certame, deverão ser entregues na Assessoria Técnica Jurídica, situada na Rua Gregório Ramalho, nº 103 (esquina com Rua Vitório Santim) - Itaquera - São Paulo, no dia 01/10/2010, sexta-feira, às 10h30, impreterivelmente. A SESSÃO DE ABERTURA será realizada no mesmo dia e local, às 11h00.
período mais agudo da crise econômica internacional e o posterior momento de recuperação, entre os meses de outubro de 2008 e dezembro do ano passado, fez a indústria brasileira perder R$ 121,5 bilhões, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI)). De acordo com a CNI, o valor deixou de ser faturado pelas indústrias em decorrência da escassez de crédito e da redução da demanda externa. No período, segundo estimativa da entidade, a economia brasileira perdeu ao todo R$ 248,3 bilhões. A queda poderia ter sido ainda maior, não fossem as desonerações tributárias determinadas pelo governo federal a automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção, além da forte demanda interna. Com a recuperação dos indicadores econômicos, a confederação estima que a produção industrial deva superar os níveis précrise nos próximos dois meses. De acordo com a entidade, "os cálculos de estimativa de perdas da indústria e da economia brasileira no período da crise foram feitos considerando um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009 de 1,8%". O número foi definido utilizando a média de crescimento, sem influências sazonais, registrada nos três primeiros trimestres de 2008, antes da eclosão da crise. (Folhapress)
SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontram-se abertos no Gabinete: PREGÃO ELETRÔNICO 274/2010-SMS.G, processo 2010-0.226.139-9, destinado ao registro de preços de OFTÁLMICOS E ANTI-INFECCIOSOS, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 10 horas do dia 04 de novembro de 2010, pelo endereço eletrônico www.comprasnet.gov.br, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 281/2010-SMS.G, processo 2010-0.232.701-2, destinado ao registro de preços de MÁSCARA DESCARTÁVEL COM FILTRO E FITILHO, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico-Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 06 de outubro de 2010, pelo endereço eletrônico www.comprasnet.gov.br, a cargo da 2ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 264/2010-SMS.G, processo 2010-0.135.401-6, destinado à contratação de SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO COM FORNECIMENTO DE PEÇAS EM 11 (ONZE) VEÍCULOS MARCA VOLKSWAGEN MODELO GOL, À GASOLINA, PERTENCENTES À FROTA DE SMS, para a Divisão Técnica de Transportes - DTT, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 04 de outubro de 2010, a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAIS Os editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. PREGÃO PRESENCIAL 204/2010-SMS.G, processo: 2010-0.072.466-9 RETIFICAÇÃO DA PUBLICAÇÃO NO DOC/SP DE 14/09/2010 - PÁGINA 120. Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de ensaio de proficiência e de controle de qualidade interna para os laboratórios públicos do município de São Paulo: Sudeste, Lapa, Nossa Senhora do Ó, Santo Amaro e São Miguel. ONDE SE LÊ: ...A abertura da sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 29 de outubro de 2010, a cargo ... LEIA-SE: ...A abertura da sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 29 de setembro de 2010, a cargo ... Permanecem inalteradas as demais disposições da referida publicação.
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A receita com serviços cresce exponencialmente, muito mais do que a com voz. José Luis de Souza, sócio-diretor da Teleco
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Fotos: Divulgação
COISA DE MIDAS OLD EIGHT: marca aposta em Rui Chapéu.
SINUCA marca de uísque Old Eight lança um desafio virtual para os consumidores que terá como personagem principal o ícone da sinuca, Rui Chapéu. Desenvolvido pela F.biz, uma das principais agências digitais do Brasil, se trata de um reality show de sinuca que mostrará a busca de Rui Chapéu para formar a "Liga dos 8", um time com sete participantes que, juntos com ele, tentarão vencer uma desafiante misteriosa. Acompanhe os lances no site www.oldeight.com.br. E atenção: menor não entra.
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empresário Marcos de Moraes, filho do ex-rei da soja Olacyr de Moraes, parece ter mãos de Midas, aquele personagem mítico que tudo o que toca vira ouro. Antes da bolha da internet explodir, arrastando fortunas para o ralo, vendeu o Zipnet, projeto visando atingir o público jovem, para a Portugal Telecom por centenas de milhões. Em 2004, entrou com tudo no mercado de bebidas. Seis anos depois, a Sagatiba, a cachaça que lançou seguindo padrão de tripla destilação – usado pela poderosa Diageo em sua vodca Smirnoff – está presente em 34 países e em 40 mil pontos de venda. O nome do produto que vem da junção do prefixo saga(na cultura nórdica busca) e tiba que na língua tupi é infinito é um bom exemplo dos objetivos do empresário: intensificar a conquista de mercados dispostos a pagar mais pela bebida, que já ultrapassa a
marca de 500 anos em cartaz. A produção começou modesta em Patrocínio Paulista (SP) e atualmente se expandiu para mais de 1,2 milhão de garrafas vendidas por ano. Mas Marcos de Moraes quer sempre mais. A intenção é ampliar as vendas para países como Alemanha, o maior consumidor de cachaça brasileira no exterior, e ampliar presença nos mercados norte-americano e inglês. O empresário tem tentado, passo a passo, seguir a estratégia adotada na internacionalização de Havaianas, que calçou os pés de participantes do Festival de Cannes e, posteriormente, dos convivas na entrega do Oscar, em Los Angeles. Agora, trata de garantir presença da cachaça em circuitos fashion de Nova York e Londres, enquanto, no Brasil, trabalha para emprestar sofisticação às três linhas do produto: Pura, Velha e Preciosa. E uma cachaça com grife faz a diferença.
ENGAJADA ara promover e incentivar o consumo responsável de bebidas alcoólicas, a Brahma está espalhando placas em dez estádios de futebol a cada rodada do Campeonato Brasileiro, série A. Na beira do campo, elas trarão a frase: "Brahmeiro bebe com responsa". Nos pontos de venda, Cafu repete o bordão do juiz Arnaldo Cesar Coelho para alertar que a regra é clara: se beber não dirija.
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GISELE BY OLIVETTO
NEXTEL: pelas boas escolhas na vida.
publicitário Washington Olivetto, da W/McCann, assina a campanha de lançamento das novas sandálias Grendene Gisele Bündchen inspirada no universo das borboletas. O comercial, intitulado "Revoada", mostra um fenômeno presente tanto na vida das mulheres como na das borboletas: a metamorfose. Se esses insetos mudam ao deixar o casulo, elas também passam por transformações toda vez que trocam de acessório, de roupa e de maquiagem.
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NOVO NO CLUBE Nextel lança nesta semana uma nova fase da campanha "Bem-vindo ao Clube", estrelada pelo ator Fabio Assunção. O protagonista, assim como os antecessores MV Bill e Herbert Vianna, possui uma história de vida marcante e interessante, além de ser mais um profissional reconhecido e respeitado em seu ramo de atuação. A criação da agência MPMLoducca tem privilegiado nesses comerciais aqueles que enfrentaram altos e baixos e que sabem fazer escolhas e se manter na crista da onda.
BRAHMA: beber apenas com 'responsa'.
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GRENDENE: comercial inspirado em metaformoses das borboletas e das mulheres.
SOPA E CINEMA a compra de quatro unidades da VONO, de qualquer sabor, o consumidor ganha o ingresso do acompanhante para assistir à comédia romântica "Coincidências no Amor". Saiba onde e como trocar no 0800 704 9039 e bom cineminha.
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Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br
Começa batalha entre operadoras pela venda do iPhone 4 no País Empresas preparam estratégias para comercialização do aparelho e oferecem benefícios aos usuários
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esde a madrugada de hoje, as operadoras do País intensificaram sua artilharia na guerra pela venda do iPhone 4, aparelho ícone do segmento cuja participação mais cresce na receita das empresas de telefonia móvel: a transmissão de dados e serviços via banda larga. Oi, TIM e Vivo anunciaram ontem os preços para a novidade. Enquanto a Claro guarda para esta sexta-feira o início de sua estratégia de divulgação. Algumas lojas da Vivo e da TIM abriram já à meia-noite de anteontem para tentar abocanhar os clientes classe A receita de dados, em uma disputa que se estende também a outros aparelhos e faixas de consumidores e promete se acirrar daqui para frente. "A receita com serviços cresce exponencialmente, muito mais do que a com voz. Essas estratégias que as operadoras estão anunciando é competição pesada para conquistar os clientes com dinheiro para usar internet, o principal mercado", disse o sócio-diretor da Teleco, José Luis de Souza. "É guerra, é muito dinheiro que vem por aí." A companhia disse que esse é um mercado que movimentou R$ 2,8 bilhões apenas no segundo trimestre, um aumento de 54,5% em relação ao gasto com serviços de valor adicionado (VAS, que excluem voz) em igual período do ano passado. Em média, Vivo, TIM e Oi já produzem 16% da receita com serviços, a Claro não divulga dados. A Vivo, por enquanto, é a operadora que consegue tirar mais dinheiro do segmento, com 22% do faturamento vindo de serviços. Guerra – Na disputa pelo mercado, as três operadoras que anunciaram preços reivindicam para si a melhor estratégia. TIM e Vivo anunciam que
Sam Yeh/AFP
iPhone ajudará a elevar receita de operadoras com transmissão de dados e serviços de banda larga.
a briga será pela liderança. "Nós já temos a liderança do iPhone 3GS (último modelo). Não mudamos preço nem nada. Com certeza seremos líderes com o iPhone 4, as outras não têm nem chance", garantiu o diretor regional Leste da Vivo, Versione Souza. "Não é bem assim. Até 31 dezembro seremos líderes com iPhone 4", respondeu o diretor de Marketing Consumer da TIM, Roger Sole. "Nossa estratégia é agressiva, começamos antes. Inclusive me estranha que as outras operadoras tenham copiado nosso preço."
Pré-pago – As três operadoras venderão o iPhone pré-pago, ou seja, aquele sem subsídio, por R$ 1.799 no modelo de 16GB. Os preços caem em pacotes pós-pago. Na Vivo, vão de R$ 549 (pacote com mensalidade de R$ 609) a R$ 1.299 (pacote de 60 minutos). A TIM aposta no plano TIM Liberty – chamadas ilimitadas para qualquer TIM, local ou DDD – por R$ 189 mensais por um ano, sendo R$ 150 desse valor usado para o pagamento do aparelho em 12 vezes. Não há exigência de fidelização. TIM e Oi prometem
aparelhos desbloqueados. A Oi aposta em um crédito de até R$ 2,1 mil para compra do aparelho que o cliente ganha de acordo com o plano. Vivo e TIM também brigam pelo mercado de pré-pago. A TIM oferece internet ilimitada por R$ 0,50 por dia e tem o cliente classe C como um dos principais alvos. "Esse público é uma fonte de receita esquecida e com muita fome para usar internet. Queremos trazer clientes que hoje pagam R$ 2, R$ 3 por hora para acessar a internet em uma lan house para o celular", afirmou Sole, da TIM. "A tendência no médio prazo (três a cinco anos) é que pós e pré-pago sejam equitativos em receita." Já a Vivo diz que seu alvo é o cliente com poder aquisitivo para gastar em dados. E defende as vantagens do serviço prépago voltado para jovens, que só foi anunciado em redes sociais, o Vivo On. Ele custa R$ 11,90 para adesão, o que garante navegação por 1 mega, a mesma do iPhone e sem mensalidade. "Em um mês na TIM o cliente paga R$ 15, com R$ 0,50 por dia. Na Vivo, paga R$ 11,90 e só", disse Souza, da Vivo. Ele reconheceu que, assim que a empresa conseguir ativar seu sistema de filtro, o serviço será restrito apenas a redes sociais, conforme programado inicialmente. A Oi não tem estratégia para o pré-pago, mas aposta na queda de preços de smartphones, em geral, para aumentar a receita com dados no Natal. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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5 Os três demônios estão sob controle: a inflação, o câmbio e a questão fiscal. Paul Krugman, Nobel de Economia de 2008
conomia
Krugman considera viável expansão de 5%
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Prêmio Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, afirmou ontem em São Paulo ser viável que o Brasil cresça na média de 5% nos próximos três ou quatro anos. "Esse é um País que tem 200 milhões de habitantes, um mercado interno grande e apresenta boas condições econômicas, com uma forte redução da desigualdade social nos últimos anos", apontou o norte-americano. O economista fez referência aos 29 milhões de pessoas que saíram da classe E e ingressaram nas classes C e D de renda de 2003 a 2009, como apontou a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ). Marcos Alves/AOG Krugman classificou como "sensível" e "bem razoável" a condução na política econômica pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Os três demônios estão sob controle: a inflação, o câmbio e a questão fiscal", afirmou. O acadêmico destacou que não vê o atual desempenho da economia como uma expansão muito alta, que justificaria toda a empolgação com o País, registrada no mercado financeiro internacional. O economista observou que esse Krugman: eleição não atrapalha. sentimento positivo também foi registrado nos Estados Unidos em 1993 e 1994, durante o governo do ex-presidente Bill Clinton. Para ele, isso foi muito importante para que aquele país ingressasse no maior período de prosperidade de sua história. Krugman mostrou-se tranquilo em relação à transição política do Brasil, dado que ocorre neste ano a eleição presidencial. "Vejo as declarações dos candidatos, o que não interfere na economia", afirmou. (AE) T+O +RKV+N +TVPGTU +TVK-KR+n|GU #
CNPJ/MF nº 11.807.130/0001-57 - NIRE 35.300.378.229 Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária Ficam os senhores acionistas da FRAM Capital Partners Participações S.A. (“Companhia”) convocados para se reunirem em 24/9/2010, às 10:00hs, na sede da Companhia, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.311, 8º andar, conjunto 81 (parte), Itaim Bibi, CEP 04538-133, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (a) o aumento do capital social da Companhia em função do exercício de bônus de subscrição por acionistas da Companhia; (b) a ratificação do múltiplo e das premissas de ativos sob gestão a serem adotados no cálculo do “Valor de Avaliação” relativo ao segundo semestre de 2010, nos termos do Acordo de Acionistas da Companhia, previamente definidos pelo Comitê Executivo da Companhia; e (c) a ratificação do exercício pela Companhia do direito previsto na Cláusula Treze do Acordo de Acionistas e no Instrumento Particular de Opção de Compra e de Opção de Venda de Ações e Quotas, ambos de 10 de junho de 2010, especificamente em relação ao Sr. Marcos Paolozzi Sérvulo da Cunha, previamente aprovado pelo Comitê Executivo da Companhia. São Paulo, 15 de setembro de 2010. Gustavo Adolfo Funcia Murgel - Presidente do Conselho de Administração. (15, 16, 17)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMUNICADO Referente ao Pregão (Presencial) de Registro de Preços nº 36/00767/10/05 - Objeto: Prestação de Serviços de transporte e entrega de materiais diversos às Diretorias Regionais e às Escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Por razões administrativas, comunicamos que a sessão de processamento do Pregão foi transferida para às 09:30 horas do dia 01/10/2010 e será realizada na Sede da FDE, sita na Avenida São Luís, 99 - Centro - São Paulo/SP, ocasião em que serão recepcionados os Envelopes Proposta e Documentos de Habilitação, após o credenciamento dos interessados que se apresentarem para participar do certame.
VOTORANTIM INVESTIMENTOS LATINO-AMERICANOS S.A. CNPJ/MF Nº 06.276.938/0001-15 - NIRE 35300320956 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 22 DE JULHO DE 2010 1. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 22 de julho de 2010, às 09:00 horas, na sede social nesta Capital, na Rua Amauri, nº 255, 13º andar, conjunto “B”. 2. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dos acionistas. 3. PRESENÇA - Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no livro “Presença de Acionistas”. 4. MESA DIRIGENTE – Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente e João Carvalho de Miranda, Secretário. 5. DELIBERAÇÕES - a) Foi aprovado o aumento do capital social de R$ 1.432.939.994,20 (um bilhão, quatrocentos e trinta e dois milhões, novecentos e trinta e nove mil, novecentos e noventa e quatro reais e vinte centavos), para R$ 2.230.192.994,20 (dois bilhões, duzentos e trinta milhões, cento e noventa e dois mil, novecentos e noventa e quatro reais e vinte centavos), com a emissão de 255 (duzentos e cinquenta e cinco) novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, no valor total de R$ 797.253.000,00 (setecentos e noventa e sete milhões e duzentos e cinquenta e três mil reais) a serem subscritas e integralizadas em dinheiro, neste ato, pela acionista VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A.. b) Os demais acionistas renunciam expressamente, neste ato, ao seu direito de preferência à subscrição dessas novas ações. c) Conseqüentemente, fica alterada a redação do “caput” do artigo 5º, do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social totalmente subscrito é de R$ 2.230.192.994,20 (dois bilhões, duzentos e trinta milhões, cento e noventa e dois mil, novecentos e noventa e quatro reais e vinte centavos), representado por 747 (setecentos e quarenta e sete) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Parágrafo único – Cada ação ordinária dará direito a um voto nas deliberações das assembléias gerais.” 6. OBSERVAÇÕES FINAIS - a) Em todas as deliberações deixaram de votar os legalmente impedidos; b) O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação; c) Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes. São Paulo, 22 de julho de 2010. (a.a.) Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente e João Carvalho de Miranda, Secretário; p. Votorantim Participações S.A., Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Raul Calfat; p. Votorantim Metais Zinco S.A., João Bosco Silva e Paulo Oliveira Motta Junior; p. Bradesplan Participações Ltda. SECRETARIA DA FAZENDA – JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 310.010/10-0 em 26.08.2010 (a) Kátia Regina Bueno de Godoy, Secretária Geral.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de setembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Banco Safra S/A - Requerido: RECUPERAÇÃO JUDICIAL Alvio Comércio e Representação Ltda. Requerente: Epcom Eletrônica Indústria e - Rua Afonso Sardinha, 95, cj. 24 - 2ª Vara Comércio, Importação e Exportação de de Falências Informática Ltda. - Requerido: Epcom EleRequerente: Banco Safra S/A - Requerido: Dutrônica Indústria e Comércio, Importação malhas Comércio de Roupas Ltda. - Rua e Exportação de Informática Ltda. - Rua Alfredo Pujol, 101 - 1ª Vara de Falências Félix Della Rosa, 154 - 1ª Vara de Falências
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3244-3175
Dólar segue em baixa e fecha a R$ 1,71 Cotação da moeda deverá ser ainda mais afetada pelo processo de capitalização da Petrobras David Siqueira/sxc
N
em as intervenções regulares do Banco Central nem as declarações do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a valorização cambial impediram o mercado doméstico de retomar o viés habitual em dez dos 11 dias úteis deste mês. O dólar comercial bateu R$ 1,726 no "pico" do dia, desceu até R$ 1,716, o menor preço registrado e que foi também a taxa de fechamento do dia (queda de 0,63% sobre a cotação final de ontem). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,84 para venda e R$ 1,66 para compra. Na quarta-feira, repercutindo a intervenção das autoridades japonesas sobre o mercado de iene, Mantega advertiu que o governo brasileiro poderia tomar medidas semelhantes. No mesmo dia, ele anunciou que deve utilizar o Fundo Soberano (que usa as reservas internacionais) para enxugar o excesso de dólares que podem entrar no País com a capitalização da Petrobras. Investidores – Tradicionalmente, ofertas públicas de
1,726 reais foi a cotação máxima atingida pelo dólar no mercado ontem. No fechamento do pregão, a moeda norte-americana ficou em R$ 1,716.
Interesse em empresas brasileiras tem se refletido na cotação do dólar
ações brasileiras atraem uma participação maciça de capitais estrangeiros, o que afeta as cotações do dólar. A oferta da Petrobras deve entrar para a história como a maior já feita em todos os mercados de capitais ao redor do mundo, estimada em R$ 150 bilhões. Segundo analistas, restam dúvidas sobre o real interesse dos investidores estrangeiros nos papéis da estatal. A "ameaça" do Fundo Soberano é velha
AGRENCO LIMITED Clarendon House, 2 Church Street, Hamilton, HM11, Bermudas Companhia Aberta - CVM nº 08008-0 - CNPJ nº 08.943.312/0001-40 FATO RELEVANTE A AGRENCO Limited (“Companhia”), código Bovespa AGEN11, em cumprimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e à Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358/02 de 30 de janeiro de 2002, e alterações posteriores, vem a público dar ciência do seguinte fato relevante: (i) A Companhia recebeu em 15 de setembro de 2010 às 18h00min notificação do seu acionista principal Agrenco Holding BV, através da qual este acionista exerce seu direito estatutário de nomear como membros do seu Conselho de Administração, as seguintes pessoas: Rita Froes Prado, Edgard Mansur Salomão, Orivaldo Balloni e Merhaz Rafat. (ii) Estas nomeações serão efetivadas com data de 20 de setembro de 2010. (iii) As nomeações referidas nesta notificação fundamentam-se na cláusula 34.5 de seus estatutos, a qual dá ao acionista Agrenco Holding BV o direito de nomear diretamente a maioria dos membros do Conselho de Administração da Companhia, o qual poderá passar a ter nove membros. (iv) Juntamente com esta notificação, foi enviada pela Agrenco Holding BV correspondência aos membros do atual Conselho de Administração, assinalando o seu entendimento de que não pode unilateralmente remover qualquer membro do atual Conselho de Administração, nos termos da cláusula 34.5, caso nenhum destes conselheiros tenha sido indicado pela Agrenco Holding BV, segundo a mesma cláusula. (v) As decisões da Assembleia Geral Extraordinária, marcada para dia 20 de setembro de 2010, serão divulgadas ao mercado tão logo a Companhia as receba, inclusive no que tange a possível destituição de membros do atual Conselho de Administração. São Paulo, 16 de setembro de 2010 Conselho de Administração
Alfa Seguradora S.A. CNPJ/MF nº 02.713.529/0001-88 e NIRE 35 3 0015730 3 Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 31 de Maio de 2010 Data: 31 de maio de 2010. Horário: 10:00 horas. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, 7º andar, São Paulo - SP. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Carlos dos Santos - Presidente. Ricardo Ananias de Oliveira - Secretário. Ordem do Dia: 1) Retificar os itens 4.1, 4.2 e 4.3 das deliberações tomadas na Assembleia Geral Ordinária realizada em 31 de março de 2010, referentes à designação de Diretores responsáveis por áreas na SUSEP, em cumprimento à Carta SUSEP/CGRAT/CGRAT/Nº 146/10. 2) Ratificar as demais deliberações aprovadas nas Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 31 de março de 2010. 3) Deliberar sobre a adaptação do Objeto Social ao Novo Código Civil (Lei 10.406/2002) e, em decorrência, reformar o artigo 4º do Estatuto Social. Documentos Lidos: Ata das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 31/03/2010. Deliberações Tomadas por Votação Unânime: 1. Retificaram os itens 4.1, 4.2 e 4.3 da Assembleia Geral Ordinária, referentes à designação de diretores responsáveis por áreas na SUSEP, como segue: 4.1. a indicação do Sr. Carlos dos Santos como: a) Diretor Responsável por Relações com a SUSEP (Circular SUSEP 234/03). b) Diretor responsável pela Contabilidade (Resolução CNSP 118/04). c) Diretor Responsável pelos Controles Internos (Circular 249/04). d) Diretor Responsável Administrativo-Financeiro (Circular SUSEP 234/03). e) Diretor responsável pelo controle específico para a prevenção contra Fraudes (Circular SUSEP 344/07); 4.2. a indicação do Sr. Farid Eid Filho como: a) Diretor Responsável Técnico e Atuarial, previstas na Circular SUSEP 234/03 e Resolução 135/05, b) Diretor responsável pelo cumprimento da Lei nº 9.613, de 03/03/1998; 4.3. a indicação do Sr. Celso Luiz Dobarrio de Paiva como Diretor Responsável pelo Registro de Apólices e Endossos, Resolução CNSP nº 143/05. 2. Ratificaram as demais deliberações aprovadas nas Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 31 de março de 2010. 3. Aprovaram a modificação do Artigo 4º do Estatuto Social, em virtude da necessidade de adaptação do Objeto Social ao Código Civil (Lei 10.406/2002), passando referido artigo a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º - A sociedade tem por objeto a exploração de seguros de danos, tais como definidos na legislação em vigor.” Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos desta Assembleia Geral, lavrando-se no livro próprio a presente Ata que, lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Assinaturas: Carlos dos Santos - Presidente da Mesa. Ricardo Ananias de Oliveira - Secretário da Mesa. Acionistas: Corumbal Participações e Administração Ltda. Paulo Guilherme M. L. Ribeiro - Diretor Presidente. Flávio Márcio Passos Barreto Diretor. Administradora Fortaleza Ltda. Aloysio de Andrade Faria - Diretor. Alfa Holdings S.A. Paulo Guilherme M. L. Ribeiro Diretor Presidente. Christophe Yvan François Cadier - Diretor. Consórcio Alfa de Administração S.A. Paulo Guilherme M. L. Ribeiro - Diretor Presidente. Ricardo Ananias de Oliveira - Diretor. Declaração - Declaramos, para os devidos fins, que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio, e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alfa Seguradora S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Farid Eid Filho - Diretor. Certidão - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 328.479/10-0, em 09/09/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.
Alfa Seguradora S.A. CNPJ/MF nº 02.713.529/0001-88 e NIRE 35 3 0015730 3 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Realizadas em 31 de Março de 2010 Data: 31 de março de 2010. Horário: 10:00 horas, Assembléia Geral Ordinária e, em seguida, Assembléia Geral Extraordinária. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, 7º andar, São Paulo - SP. Presença: a) acionistas representando a totalidade do capital social; b) auditoria externa independente, KPMG Auditores Independentes (CRC 2SP 14428/O-6), representada pelo Sr. Alberto Spilborghs Neto, CRC 1SP167455/O-0. Mesa: Carlos dos Santos - Presidente. Ricardo Ananias de Oliveira - Secretário. Ordem do Dia: Em Assembléia Geral Ordinária: 1. Tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido do exercício, e o Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício social, encerrado em 31/12/2009; 2. Ratificar o pagamento de dividendos; 3. Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício; 4. Eleger a Diretoria; 5. Fixar a remuneração da Diretoria e 6. Fixar a participação nos lucros dos Diretores. Em Assembléia Geral Extraordinária. Examinar, discutir e votar a seguinte Proposta da Diretoria: “Senhores Acionistas. A Diretoria propõe: 1. Aumentar o capital social em R$ 971.506,48 (novecentos e setenta e um mil, quinhentos e seis reais e quarenta e oito centavos) com a emissão de 741.608 (setecentos e quarenta e um mil, seiscentos e oito) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, passando o capital social de R$ 52.029.932,32 (cinqüenta e dois milhões, vinte e nove mil, novecentos e trinta e dois reais e trinta e dois centavos), para R$ 53.001.438,80 (cinqüenta e três milhões um mil quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta centavos); 2. Que a Assembléia Geral fixe o preço de emissão em R$ 1,31 (um real e trinta e um centavos) por ação. 3. Que as ações relativas a esse aumento de capital sejam integralizadas mediante a utilização de créditos de acionistas, decorrentes do pagamento, pela Sociedade, de dividendos; 4. A Diretoria deixa a critério da Assembléia Geral a fixação das demais condições desse aumento de capital. Uma vez aprovada referida proposta, o Estatuto Social deverá ser alterado para refletir a proposta acima. São Paulo, 25 de março de 2010. a.a.) Carlos dos Santos. Celso Luiz Dobarrio de Paiva. Farid Eid Filho.” Publicações. Demonstrações Financeiras, Notas Explicativas, Relatório da Administração e Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2009: Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio, edições de 26/02/2010. Leitura de Documentos: Todos os documentos citados no item 1 da Ordem do Dia e a Proposta da Diretoria foram lidos e colocados sobre a mesa, à disposição dos acionistas. Deliberações Tomadas por Votação Unânime. Em Assembléia Geral Ordinária. 1. Aprovar as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2009; 2. Ratificar a distribuição de dividendos relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2009, no valor de R$ 971.506,48 (novecentos e setenta e um mil, quinhentos e seis reais e quarenta e oito centavos); 3. Aprovar a destinação do Lucro Líquido do exercício, sendo a importância de R$ 204.527,04 (duzentos e quatro mil, quinhentos e vinte e sete reais e quatro centavos) para Reserva Legal, e o saldo remanescente do lucro líquido, de R$ 2.914.507,23 (dois milhões, novecentos e quatorze mil, quinhentos e sete reais e vinte e três centavos), para Reservas Estatutárias, a saber: R$ 2.623.056,51 (dois milhões, seiscentos e vinte três mil, cinqüenta e seis reais e cinqüenta e um centavos) para Reserva para Aumento de Capital, e R$ 291.450,72 (duzentos e noventa e um mil, quatrocentos e cinqüenta reais e setenta e dois centavos) para Reserva Especial para Dividendos; 4. Reeleger os membros da Diretoria, com mandato até a posse dos eleitos na Assembléia Geral Ordinária de 2011: para Diretores, os Srs. Carlos dos Santos (CPF/MF nº 221.432.897-15 - RG nº 25.308.088-5-SSP-SP), brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado em Barueri - SP; Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos (CPF/MF 011.505.966-00 - RG nº 5.459.225-SSP-SP), brasileiro, separado judicialmente, economista, residente e domiciliado no Rio de Janeiro - RJ; Celso Luiz Dobarrio de Paiva (CPF/MF nº 016.986.818-44 - RG nº 5.591.811 - SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro, residente e domiciliado em São Paulo - SP, e Farid Eid Filho (CPF/MF nº 069.118.958-71 - RG nº 8.280.810-SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo - SP, todos com endereço comercial na Alameda Santos, 466 - 5º andar, São Paulo-SP; 4.1. ratificar a indicação do Sr. Carlos dos Santos como Diretor Responsável por Relações com a SUSEP, pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas de Contabilidade e de Auditoria Independente, e como Diretor Responsável pelos Controles Internos da Sociedade; 4.2. ratificar a indicação do Sr. Farid Eid Filho como Diretor Responsável Técnico e Diretor responsável pelo cumprimento do disposto na Lei nº 9.613, de 03/03/1998; 4.3. ratificar a indicação do Sr. Celso Luiz Dobarrio de Paiva como Diretor responsável pelo cumprimento do estabelecido na Circular SUSEP nº 344, de 21/06/2007; 5. Fixar em até R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), em média mensal, a remuneração da Diretoria, nos termos do Estatuto Social. Essa verba vigorará a partir de abril do corrente ano até a próxima Assembléia Geral Ordinária. Poderá a Sociedade proporcionar, aos seus administradores, transporte individual e, para alguns, serviço de segurança; 6. Atribuir aos Diretores, na forma do Estatuto Social, uma participação nos lucros de até 58 (cinqüenta e oito) milésimos do lucro líquido ajustado, relativo ao último exercício, cabendo à Diretoria deliberar sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Os membros da Diretoria ora reeleitos declararam, sob as penas da lei, que preenchem os requisitos para exercer a administração previstos na Resolução CNSP nº 136, de 2005, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. O Conselho Fiscal deixa de ser instalado, por não haver pedido dos senhores acionistas nesse sentido. Deliberações Tomadas por Votação Unânime. Em Assembléia Geral Extraordinária. 1. Autorizar a elevação do capital social em R$ 971.506,48 (novecentos e setenta e um mil, quinhentos e seis reais e quarenta e oito centavos), com a emissão de 741.608 (setecentos e quarenta e um mil, seiscentos e oito) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, nos precisos termos da Proposta da Diretoria; 2. Fixar em R$ 1,31 (um real e trinta e um centavos) o preço de emissão das ações; 3. Dispensar a fixação do prazo para o exercício do direito de preferência legal na subscrição das ações, bem como a publicação do respectivo Aviso aos Acionistas, para que as subscrições possam se processar livre e imediatamente; 4. Declarar que as ações relativas ao aumento de capital ora autorizado foram integralmente subscritas e realizadas mediante a utilização de créditos relativos a dividendos declarados em 22/02/2010, conforme lista de subscrição que se encontra sobre a mesa; 5. Aprovar o aumento do capital social de R$ 52.029.932,32 (cinqüenta e dois milhões, vinte e nove mil, novecentos e trinta e dois reais e trinta e dois centavos) para R$ 53.001.438,80 (cinqüenta e três milhões um mil quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta centavos), sendo o aumento no valor de R$ 971.506,48 (novecentos e setenta e um mil quinhentos e seis reais e quarenta e oito centavos) com a emissão de 741.608 (setecentos e quarenta um mil, seiscentos e oito) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, integralizadas no ato, mediante a utilização de créditos relativos a dividendos declarados em 22/02/2010, conforme Lista de Subscrição que se encontra sobre a mesa; 6. Em conseqüência das deliberações tomadas nos itens anteriores, reformar o Artigo 5º do Estatuto Social, que passa a ser assim redigido: “Art. 5º - O capital social é de R$ 53.001.438,80 (cinqüenta e três milhões um mil quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta centavos), integralmente realizado e dividido em 55.129.969 (cinqüenta e cinco milhões cento e vinte e nove mil e novecentos e sessenta e nove) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal.”. Lida e aprovada, vai esta assinada pelos presentes. São Paulo, 31 de março de 2010. Carlos dos Santos - Presidente da Mesa. Ricardo Ananias de Oliveira - Secretário. Os Acionistas: Corumbal Participações e Administração Ltda. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Flávio Márcio Passos Barreto. p.p. Administradora Fortaleza Ltda. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Ricardo Ananias de Oliveira. Alfa Holdings S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Christophe Yvan François Cadier. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Ricardo Ananias de Oliveira. Declaração. Declaramos, para os devidos fins, que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio, e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alfa Seguradora S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor. Certidão - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 329.771/10-3, em 13.09.2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral. Alfa Seguradora S.A. CNPJ/MF nº 02.713.529/0001-88 e NIRE 35 3 0015730 3. Boletim de Subscrição do aumento de capital da Alfa Seguradora S.A. de R$ 52.029.932,32 (cinqüenta e dois milhões, vinte e nove mil, novecentos e trinta e dois reais e trinta e dois centavos) para R$ 53.001.438,80 (cinqüenta e três milhões, um mil, quatrocentos e trinta e oito reais e oitenta centavos), sendo o aumento de R$ 971.506,48 (novecentos e setenta e um mil, quinhentos e seis reais e quarenta e oito centavos) com a emissão de 741.608 (setecentos e quarenta e um mil, seiscentos e oito) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,31 (um real e trinta e um centavos), mediante a utilização de créditos relacionados ao pagamento de dividendos. Subscritores. Número de Ações. Valor R$. Corumbal Participações e Administração Ltda., titular do CNPJ/MF nº 02.809.488/0001-28 e do NIRE 35 2 1637809 4, com sede em São Paulo (SP), na Alameda Santos, 466, parte, Cerqueira César. 741.421. 971.261,51. Administradora Fortaleza Ltda., CNPJ/MF nº 17.167.321/0001-88, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 67. 87,77. Alfa Holdings S.A., CNPJ/MF nº 17.167.396/0001-69, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 60. 78,60. Consórcio Alfa de Administração S.A., CNPJ/MF nº 17.193.806/0001-46, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. 60. 78,60. Total. 741.608. 971.506,48. São Paulo, 31 de março de 2010. Alfa Seguradora S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor.
conhecida dos agentes, e esse fato pode ter dissipado o efeito das declarações da Fazenda sobre as taxas. Profissionais do mercado destacaram as expectativas de um fluxo de dólares para o País, além da Petrobras. Várias empresas privadas já realizaram captações externas e ontem foi a vez do grupo Gerdau, que anunciou a contratação de um "pool" de bancos para levantar recursos no exterior.
Juros – No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas ficaram estáveis nos contratos de prazo mais curto. Para outubro deste ano, a taxa prevista caiu de 10,62% ao ano para 10,61%; para janeiro de 2011, o percentual foi mantido em 10,66%. Já para janeiro de 2012, a taxa prevista apresentou alta – de 11,32% para 11,4%. (Folhapress)
NF Comércio Internacional S.A. CNPJ/MF nº 12.256.443/0001-27 - NIRE nº 35.300.380.878 Ata da Assembléia Geral Extraordinária de 09/08/2010 Local, Hora e Data: Na sede social, na R. Santa Justina, nº 458, Casa 09, Sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, na Capital do Estado de São Paulo, às 10hs do dia 09/08/2010. Convocação: Dispensada em face do comparecimento da totalidade dos acionistas, nos termos do art. 124, § 4º, da Lei nº 6404/76. Direção dos Trabalhos: Marco Antônio de Siqueira Garcia - Presidente; Marcos Bruno Daniel - Secretário, que compõem a mesa diretora dos trabalhos. Instalação: A assembléia foi declarada instalada pelo Presidente, com a presença dos acionistas representando 100% do capital votante e do capital social. Ordem do Dia: a) Aprovação do aumento do capital social da Cia., por meio da subscrição de 599.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, totalizando o valor de R$ 599.000,00, que serão integralizadas, neste ato, em moeda corrente nacional, com a consequente alteração do Estatuto Social da Cia.; e b) Aprovação da alteração da sede social da Cia., com a consequente modificação do Estatuto Social da Cia. Deliberações: A unanimidade dos acionistas presentes com direito a voto deliberou: a) Aprovar, conforme Boletim de Subscrição que integra esta ata, o aumento do capital social da Cia., atualmente de R$ 1.000,00, já totalmente integralizado, para R$ 600.000,00, mediante a emissão de 599.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, conforme segue: o acionista Marco Antônio de Siqueira Garcia subscreve 299.500 ações ordinárias nominativas, no valor total de R$ 299.500,00; e a acionista Maria Pia de Siqueira Garcia subscreve 299.500 ações ordinárias nominativas, no valor total de R$ 299.500,00. Todos os subscritores neste ato integralizaram as ações subscritas, em moeda corrente nacional; b) Em decorrência do disposto no item “a” acima, aprovar a alteração do artigo 5º do Estatuto Social da Cia., que passa a ter a seguinte redação: “Art. 5º - O capital social totalmente subscrito e integralizado, em moeda corrente nacional, é de R$ 600.000,00, dividido em 600.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. § único - A cada ação ordinária corresponderá um voto nas deliberações de Assembléias Gerais.”; c) Aprovar a alteração da sede social da Cia., da Rua Santa Justina, 458, Casa 09, Sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, CEP 04545-042, na Capital do Estado de São Paulo, p/a R. Joaquim Floriano, 413, 9º a., Itaim Bibi, CEP 04534-011, na Capital do Estado de São Paulo; e d) Em decorrência do disposto no item “c” acima, aprovar a alteração do artigo 2º do Estatuto Social da Cia., que passa a ter a seguinte redação: “Art. 2º - A Cia. tem sede e foro na Capital do Estado de São Paulo, na Rua Joaquim Floriano, nº 413, 9º andar, Itaim Bibi, CEP 04534-011. § único - Poderá a Cia., a critério de sua Diretoria, instalar ou extinguir filiais em qualquer parte do território nacional ou exterior.”. Lavratura e Leitura da Ata: Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso. Ninguém se manifestando, foi suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reaberta a sessão foi a ata lida, achada conforme, aprovada e assinada por todos os presentes. (aa) Presidente: Marco Antônio de Siqueira Garcia; Secretário: Marcos Bruno Daniel; Acionistas: Marco Antônio de Siqueira Garcia e Maria Pia de Siqueira Garcia. Cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Marcos Bruno Daniel - Secretário. JUCESP nº 309.856/10-3 em 26/08/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.
NF Comércio Internacional S.A. (Em Organização) Ata de Assembléia Geral de Constituição Aos 02/06/2010, às 11 hs, na Cidade de São Paulo/SP, na R. Santa Justina, 458, casa 09, sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, CEP 04545-042, reuniram-se em Assembléia Geral os subscritores do capital social da NF Comércio Internacional S.A., em organização, a saber, Marco Antônio de Siqueira Garcia, brasileiro, solteiro, internacionalista, RG nº 44.046.275-7 SSP/SP, CPF n° 219.033.098-08; e Maria Pia de Siqueira Garcia, brasileira, solteira, administradora de empresas, RG nº 44.046.148-0 SSP/SP, CPF n° 219.032.998-10, ambos com endereço na Cidade de São Paulo/SP, R. Santa Justina, 458, casa 09, sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, CEP 04545-042, para o fim especial de, conforme o disposto no art. 88, parágrafo 1º, da Lei 6.404/76, constituir definitivamente a Companhia. Assumiu a Presidência da Mesa o sócio fundador Marco Antônio de Siqueira Garcia, que convidou a mim, Marcos Bruno Daniel, para Secretário. Depois de ressaltar que fora dispensada a publicação de edital de convocação, em virtude da presença de todos os subscritores do capital inicial, convidados por carta, declarou o Sr. Presidente que, de acordo com os termos da carta convocatória, a Assembléia tinha por objetivo promover a constituição da sociedade NF Comércio Internacional S.A., cabendo aos presentes deliberar sobre as seguintes matérias: (a) aprovação da proposta de Estatuto Social a ser adotado pela Cia., conforme projeto em duplicata entregue aos subscritores; (b) homologação da subscrição das ações do capital social de R$ 1.000,00 dividido em 1.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, que serão integralizadas, neste ato, em moeda corrente nacional; (c) eleição dos membros da Diretoria e fixação da remuneração; e (d) outros assuntos de interesse da sociedade. Discutidos e votados cada um dos assuntos acima, as seguintes deliberações foram tomadas, por unanimidade de votos: (1) aprovar a redação do Estatuto Social, cuja reprodução textual segue anexada à presente; (2) homologar, conforme Boletim de Subscrição, que também integra esta ata, a subscrição do capital inicial pelos acionistas presentes, como segue: Marco Antônio de Siqueira Garcia subscreve 500 ações ordinárias nominativas, no valor de R$ 500,00; e Maria Pia de Siqueira Garcia subscreve 500 ações ordinárias nominativas, no valor de R$ 500,00. Todos os subscritores neste ato integralizaram as ações subscritas, em moeda corrente nacional; (3) para compor a Diretoria, foram eleitos para um mandato de 03 anos os seguintes membros: o Sr. Marco Antônio Siqueira Garcia, acima qualificado, para o cargo de Diretor Administrativo; o Sr. Marcos Bruno Daniel, brasileiro, casado, administrador de empresas, RG n. 5.338.548 SSP/SP e inscrito no CPF n. 531.941.798-53, para o cargo de Diretor Comercial; o Sr. José Luiz Pereira Cipriani, brasileiro, solteiro, administrador de empresas, RG n. 17.027.923-6 SSP/SP e CPF n. 117.973.608-76, para o cargo de Diretor Operacional; e o Sr. Artur Monteiro Vieira, brasileiro, casado, administrador de empresas, RG n. 15.595.145 SSP/SP e CPF n. 135.282.698-47, para o cargo de Diretor Financeiro, todos com endereço comercial na R. Santa Justina, n. 458, casa 09, sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, CEP 04545-042, Cidade de São Paulo/SP, dando-se a posse a partir da assinatura do competente termo em livro próprio. Foram fixados como honorários globais da Diretoria, o valor de R$ 1.000,00 anuais para cada membro; e (4) não instalar o Conselho Fiscal, para o presente exercício. Declaração de Desimpedimento: Os diretores declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercerem a administração da Companhia, por lei especial ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, nem foram condenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou ainda crimes contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Finalizando, disse o Sr. Presidente que, atendidas todas as formalidades legais, fica definitivamente constituída a sociedade NF Comércio Internacional S.A., na forma da Lei n. 6.404/76. Nada mais havendo a tratar, foi suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reabertos os trabalhos foi a presente lida e tendo sido aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 02 de junho de 2010; (aa) Marco Antônio de Siqueira Garcia, Presidente da Mesa; Marcos Bruno Daniel, Secretário da Mesa; Marco Antônio de Siqueira Garcia, Diretor Administrativo; Marcos Bruno Daniel, Diretor Comercial; José Luiz Pereira Cipriani, Diretor Operacional; Artur Monteiro Vieira, Diretor Financeiro; Marco Antônio de Siqueira Garcia, Acionista; Maria Pia de Siqueira Garcia, Acionista. A presente ata é cópia fiel da lavrada em livro próprio. Estatuto Social da NF Comércio Internacional S.A. - Cap. I - Denominação, Sede, Objeto e Duração - Art. 1º - A Cia. que adota a denominação social de NF Comércio Internacional S.A., se regerá por este estatuto e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. Art. 2º - A Cia. tem sede e foro na Capital do Estado de São Paulo, na R. Santa Justina, n. 458, casa 09, sala “C”, Quadra Z 4, Jardim Paulista, CEP 04545-042. § Único - Poderá a Cia., a critério de sua Diretoria, instalar ou extinguir filiais em qualquer parte do território nacional ou exterior. Art. 3º - A cia. tem por objeto a (i) comercialização, importação e exportação de equipamentos, acessórios industriais, produtos alimentícios e commodities agrícolas; (ii) consultoria e assessoria empresarial; (iii) realização de estudos, planejamentos e projetos econômico-financeiro-industriais; (iv) incorporação de bens imóveis; (v) representação comercial e agenciamento de produtos alimentícios, manufaturados e serviços; (vi) participação em outras Companhias, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou quotista; e (vii) prática de todas as atividades correlatas e relacionadas com os objetivos acima estabelecidos. Art. 4º - A Cia. vigorará por tempo indeterminado. Cap. II - Capital Social e Ações - Art. 5º - O capital social totalmente subscrito e integralizado, em moeda corrente nacional, é de R$ 1.000,00, dividido em 1.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. §Único - A cada ação ordinária corresponderá um voto nas deliberações de Assembléias Gerais. Art. 6º - Os acionistas da Companhia gozarão, nos termos do art. 171, da Lei n. 6.404/76, de preferência para subscrição do aumento do capital da sociedade. § Único - O direito de preferência decairá após decorridos 30 dias contados da deliberação relativa ao aumento do capital social. Art. 7º - O acionista que pretender vender, ou por qualquer título, transferir ou alienar suas ações ou direitos de subscrição de ações a terceiros, deverá oferecê-los aos demais acionistas para exercício do direito de preferência na aquisição, nos termos deste Estatuto. Alternativamente, havendo desinteresse dos acionistas no exercício da preferência, por deliberação da Assembléia Geral, a Sociedade poderá adquirir as ações oferecidas, mantendo-as em tesouraria, observadas as disposições previstas na legislação aplicável. § 1º - O acionista que desejar alienar suas ações a terceiros deverá notificar os demais acionistas e a própria Sociedade, por escrito, de sua intenção, especificando nome e qualificação do possível comprador, preço e demais condições da operação. § 2º - Os acionistas notificados na forma do parágrafo anterior terão 30 dias, contados a partir da data do recebimento da notificação, para o exercício de seu direito de preferência e, no caso de mais de um acionista desejar fazê-lo, os mesmos farão jus ao direito de preferência na exata proporção de sua respectiva participação no capital social da Sociedade. No mesmo prazo de 30 dias deverá a Sociedade manifestar-se a respeito do seu interesse no exercício do direito de preferência. § 3º - Após 30 dias do recebimento da notificação sem que haja manifestação de interesse na aquisição pelos demais acionistas e pela Sociedade, o acionista ofertante ficará livre para alienar as ações dentro de um prazo de 30 dias, após o qual as ações deverão ser novamente oferecidas aos demais acionistas, retomando-se o mesmo procedimento acima estabelecido. Art. 8º - Os dividendos ou bonificações em dinheiro serão pagos aos acionistas dentro do exercício social em que forem declarados, no prazo máximo de 60 dias, contado da data de sua declaração, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral. Cap. III - Assembléias Gerais - Art. 9º - As Assembléias Gerais poderão ser Ordinárias e/ou Extraordinárias, onde os acionistas reunir-se-ão ordinariamente, dentro dos primeiros quatro meses após o término do exercício social, e extraordinariamente, sempre que convocada, na forma da lei. Art. 10 - As Assembléias serão presididas por qualquer membro da Diretoria e secretariadas por um terceiro, acionista ou não, escolhido na oportunidade pelo Presidente da Assembléia. Na ausência dos Diretores, serão as Assembléias presididas por qualquer dos presentes que seja indicado por aclamação dos acionistas presentes. Cap. IV - Da Administração - Art. 11 - A Companhia será administrada por uma Diretoria composta de 04 membros, acionistas ou não, residentes no país. Art. 12 - Serão os seguintes os cargos na diretoria: Diretor Administrativo, Diretor Comercial, Diretor Operacional e Diretor Financeiro. Art. 13 - Os Diretores terão amplos poderes de administração, cabendo-lhes: a) representar a Companhia em Juízo ou fora dele; b) alienar, onerar, e adquirir bens móveis ou imóveis, assinando os contratos necessários, públicos ou particulares; c) contrair empréstimos em nome da Companhia, dando as garantias que se fizerem necessárias, por mais específicas que sejam; d) sacar promissórias, aceitar letras de câmbio, firmar compromissos, acordos e contratos, bem como todo e qualquer documento que envolva responsabilidade social; e) movimentar contas bancárias através de todas as formas conhecidas, consagradas pelo uso ou pela legislação vigente; f) assinar duplicatas ou recibos e endossá-los quando necessário a favor de instituição de crédito para desconto ou simples cobrança; g) outorgar procurações em nome da Companhia, com poderes para a prática de atos privativos da Diretoria ou quaisquer outros necessários à consecução dos objetivos sociais; h) confessar dividas, transigir, renunciar e desistir, representar a Companhia perante repartições públicas e demais instituições de direito público; i) convocar as reuniões da Diretoria; j) fazer cumprir o estatuto social, as disposições legais e as deliberações da Diretoria e das Assembléias Gerais; e, k) praticar, enfim, todo e qualquer ato, por mais especial que seja desde que relacionado aos interesses da Companhia. Art. 14 - A Companhia se considerará obrigada pelas assinaturas conjuntas de 02 Diretores, sendo que obrigatoriamente uma das assinaturas deverá ser do Diretor Administrativo ou do Diretor Comercial. Art. 15 - O mandato da Diretoria será de 03 anos, permitida a reeleição, e a Diretoria ficará em exercício até a posse dos novos diretores. Art. 16 - Ocorrendo vaga de um dos cargos da Diretoria, a Assembléia Geral designará o substituto. Art. 17 - Nas ausências ou impedimentos temporários de qualquer membro da Diretoria, para fim específico de participar das reuniões, estes poderão ou não indicar um substituto, para servir, durante sua ausência ou impedimento. O substituto do Diretor poderá ser um dos demais Diretores ou um procurador com poderes específicos para tanto. O Diretor substituto assim indicado exercerá todas as funções e terá os poderes, direitos e deveres do Diretor substituído para o fim específico de participar das reuniões. Se o substituto for um dos demais Diretores, votará nas reuniões da Diretoria por si e pelo Diretor que estiver substituindo. Art. 18 - Os Diretores serão investidos nos respectivos cargos mediante termo de posse lavrado no Livro de Atas das Reuniões da Diretoria, observadas as disposições legais aplicáveis, e dispensada a prestação de caução. Art. 19 - A remuneração individual e/ou global dos membros da Diretoria será fixada anualmente em Assembléia Geral. Cap. V - Do Conselho Fiscal - Art. 20 - O Conselho Fiscal da Companhia será integrado por 03 membros efetivos e igual número de suplentes, e funcionará em caráter não permanente, sendo composto e instalado na forma da legislação vigente. Seus membros poderão ser reeleitos e terão a remuneração que for fixada em Assembléia Geral. Cap. VI - Do Exercício Social - Art. 21 - O exercício social se encerrará em 31 de dezembro de cada ano. No fim de cada exercício serão elaboradas as demonstrações financeiras da companhia de conformidade com a legislação vigente. Poderão ser levantados balanços periódicos e distribuídos dividendos provisórios na forma da lei. Art. 22 - Dos lucros líquidos apurados em cada exercício, após efetuadas as demais amortizações necessárias, serão deduzidos: a) 5% para a constituição da Reserva Legal até atingir 20% do capital social; b) 25% sobre o lucro líquido para pagamento de dividendo mínimo obrigatório; e c) o saldo, se houver, terá a destinação que a Assembléia Geral lhe destinar. Cap. VII - Das Disposições Gerais - Art.23 A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei, que se processará de acordo com deliberação da Assembléia Geral, competindo-lhe, também, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal. Art. 24 - Toda e quaisquer controvérsias e reclamações relacionadas ao presente Estatuto Social deverão ser resolvidas através do processo de arbitragem. Caso as partes não cheguem a um acordo na questão ora discutida, deverão então, submetê-la a apreciação dos árbitros indicados pela Câmara de Arbitragem Brasil e Canadá ou Câmara de Arbitragem do Novo Mercado da Bovespa, ambas situadas na capital do Estado de São Paulo, valendo a escolha da Câmara que representar o menor custo para a Companhia, cujas regras serão aplicadas e a decisão deverá ser soberana e acatada pelas partes. Art. 25 - Para todas as questões oriundas deste Estatuto, que não puderem ser resolvidas pela arbitragem, fica desde já eleito o foro central da Capital do Estado de São Paulo, com exclusão de qualquer outro, por mais privilegiado que seja. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, que foi por todos assinada. São Paulo, 02/06/2010. Marco Antônio Siqueira Garcia - Presidente; Marcos Bruno Daniel - Secretário. Visto do Advogado: Nome: Carlos Eduardo Fujita - OAB/SP nº 247.409. JUCESP/NIRE nº 35.300.380.878 em 30/06/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6
e
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Os números confirmam nossas projeções de um excelente ano para o varejo, provavelmente até acima de nossas expectativas. Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp
conomia
Masao Goto Filho/ e-SIM
Movimento de consumidores no Shopping Itaquera, localizado na região leste da cidade de São Paulo. Estabelecimento comercial tem perfil mais popular, voltado a consumidores que pertencem às classes C e D.
Brasileiros mantêm intenção de consumir mais Pesquisa feita pela CNC mostra elevação no desejo de famílias irem às compras
A
intenção de consumo das famílias brasileiras cresceu 0,6% em setembro, atingindo 135,2 pontos, segundo a Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF-Nacional), divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). É o quinto mês consecutivo de alta. No acumulado do terceiro trimestre, a disposição em ir às compras aumentou 1,7% em relação aos três meses anteriores, mas caiu 0,4% ante o período de janeiro a março. Segundo o documento, em relação ao poder aquisitivo, as famílias mais pobres estão mais otimistas (alta de 0,8% no índice de setembro) do que as mais ricas (queda de 0,8%). No que diz respeito aos indicadores regionais, o destaque do mês foi o Nordeste ( elevação de 2%) e responsável por 50% da alta do ICF no mês de setembro. Endividamento – Apesar da intenção do brasileiro de intensificar as compras, houve
aumento no endividamento e na inadimplência dos consumidores. Segundo o documento, "a sustentação da confiança dos consumidores em patamares elevados e o reaquecimento do consumo do terceiro trimestre tiveram reflexos no aumento do endividamento e da inadimplência em setembro." O percentual das famílias endividadas que era de 59,1% em agosto atingiu 59,2% em setembro. Dessas, 9% disseram neste mês que não terão condições de pagar as dívidas, ante 8,8% em agosto. Os números são da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-Nacional) também divulgada ontem. O estudo mostra que 4,2% das famílias endividadas com renda superior a 10 salários-mínimos não terão condições de quitar os compromissos ante 2,9% em agosto. O cartão de crédito é o principal canal de endividamento para 71,5% das famílias, seguido pelos carnês (24,6%) e pelo crédito pessoal (10,7%).
0,6 por cento foi a elevação em setembro
Operações a prazo cresceram 10,6% e à vista 7,2% na 1ª quinzena Paula Cunha Metodologias – A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF-Nacional) é feita a partir de 18 mil questionários analisados mensalmente em todas as unidades da Federação. O índice abaixo de 100 pontos indica insatisfação, enquanto acima (com limite de 200 pontos) sinaliza satisfação. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC- Nacional) foi iniciada em janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal junto a 17,8 mil consumidores. (AE)
Agliberto Lima/ DC
Feira de flores na Ceagesp, na Capital, principal fornecedor do item cujas vendas crescem.
Flores conquistam classe C
O
consumidor mais atento pode observ a r q u e , e n t re a s gôndolas de hortifrutigranjeiros nos supermercados, estão cada vez mais presen-
tes vasos de violetas, orquídeas, crisântemos, gérberas, rosas, lírios e antúrios, só para ficar nas flores mais populares. Mesmo não sendo produtos de primeira necessida-
SCPC: vendas positivas.
de, flores e plantas ornamentais fazem parte de um segmento que está em expansão e que deve crescer 15% neste ano. A projeção foi apresentada
A
s vendas no varejo em São Paulo continuam com desempenho e ritmo positivos na primeira quinzena de setembro frente a igual período de 2009. As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apresentaram alta de 10,6% nas operações a prazo e de 7,2% nas compras à vista (SCPC Cheque). "Os números confirmam nossas projeções de um excelente ano para o varejo, provavelmente até acima de nossas expectativas", disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) Alencar Burti. O resultado favorável em setembro é consequência de fatores como expansão do crédito, evolução da massa salarial e otimismo dos consumidores que vivem na capital paulista. A avaliação é do economista do Instituto de Economia Gaspelo presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kees Schoenmaker. Ele aposta em um faturamento próximo de R$ 4 bilhões em 2010 e acredita em crescimento constante, pelo menos, nos próximos três ou quatro anos. Segundo ele, essa evolução tem ocorrido graças ao aquecimento do mercado interno com "a migração das classes D e E para a classe C" e exportações menos vantajosas diante da valorização do real. Para fora do País, de acordo com ele, têm seguido
tão Vidigal (IEGV) da ACSP Emílio Alfieri. Segundo ele, os índices positivos reforçam a disposição dos paulistanos para irem às compras em um mês que não dispõe de nenhuma data específica que sirva como fator de estímulo como o Dia da Criança, em outubro. "Setembro costuma ser o segundo pior mês para o varejo. Só perde para o carnaval." Em relação à primeira quinzena de setembro sobre igual período de agosto (intervalo com o mesmo número de dias úteis), no caso do SCPC Cheque, houve queda de 12,7% nas consultas para compras à vista. Segundo Alfieri, o índice reflete a forte base de comparação com o Dia dos Pais, que estimulou a aquisição de bens como roupas e calçados e do frio intenso que reforçou a procura por esses itens. Nas operações a prazo, foi apurado aumento de 8,3% nas checagens junto ao SCPC. Quanto aos registros cancelados e recebidos também houve avanços. O economista ressalta que no primeiro caso – que indica o total de carnês mais bulbos e mudas. "Antes, as pessoas compravam flores em épocas especiais para presentear. Atualmente, nós notamos que elas estão levando os itens para consumo próprio." O executivo também atribuiu o bom desempenho do segmento aos investimentos tecnológicos no desenvolvimento de novas variedades, nos ganhos de produtividade e na expansão da área de paisagismo. Ele afirmou que houve avanço nas pesquisas genéticas, com adaptações de espé-
quitados e ou renegociados – os cancelamentos apresentaram elevação significativa de 9,3% sobre a primeira quinzena de setembro de 2009, sinalizando que essas pessoas podem voltar a consumir nos próximos meses. Para Alfieri, a alta reflete a liberação da primeira parcela do décimo terceiro salário dos aposentados, aumento da oferta de crédito e da criação de vagas formais. No grupo dos registros recebidos houve elevação de 4,1% ante os primeiros 15 dias de setembro de 2009. Mas, segundo o economista, esse resultado não indica dificuldades expressivas dos consumidores para saldar compromissos. "Esses dados continuam projetando tendência de queda na inadimplência, em termos anuais, na comparação de 2010 com o ano passado." Para o Dia da Criança, ele prevê avanço de 7% nas vendas de brinquedos em geral e de 10% em itens como bicicletas e computadores em relação ao movimento de igual período do ano passado.
cies às condições climáticas do País, e nos processos de armazenagem e transporte. No entanto, o empresário lamentou a carência de mão de obra, principalmente na região de Holambra (SP), a cidade das flores. O município concentra a maior feira de negócios do setor na América Latina, a Expoflora, aberta no último dia 2 e que prossegue até o dia 26, reunindo 200 produtores responsáveis por 30% do comércio brasileiro de flores e plantas e por 80% das exportações nacionais.(ABr)
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Convite: embarque com o DCultura no exercício @luciahcamargo da expressão máxima em poucas palavras. A viagem pode ser via microblog, SMS, haicais... Pode uma obra completa ter 140 caracteres? O debate Literatura em Miniatura, da Bienal do Livro, concluiu que sim. O encanto da síntese. "A Bíblia já tuitava. 'No princípio, era o verbo' é um primor de síntese. E há os versículos, cada um contando uma história diferente."
MARCELINO FREIRE, EDITOR DO LIVRO OS 100 MENORES CONTOS BRASILEIROS DO SÉCULO, COM 50 LETRAS CADA. "Acho que vai demorar muito para existir uma revolução completa, mas a internet melhorou nossa maneira de escrever, pensar, de ver o mundo."
FABRÍCIO CARPINEJAR, AUTOR DO LIVRO WWW. T WIT TER .COM/CARPINEJAR (EDITORA RECORD, 84 PÁGINAS) "O Twitter é uma poderosa ferramenta para troca de ideias e informações, e uma porta de entrada para livros e outras formas de cultura."
JOSÉ LUIZ GOLDFARB, COORDENADOR DO ENCONTRO DOS T WIT TEIROS CULTURAIS. @JLGOLDFARB "Sou um desastre no Twitter, mas acredito que todo texto deve ser conciso. Mesmo com mil páginas, deve conter só o essencial."
VERONICA STIGGER, ESCRITORA E EDITORA DA OBRA OS ANÕES, COM CONTOS DE ATÉ 140 CARACTERES. "Aqui está a vista que eu prometi. Agora pula."
CONTO DE @FELIPEVALERIO, VENCEDOR DO CONCURSO DE MICROCONTOS DA FUNDAÇÃO VOLKSWAGEM.
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ha con retuit ar osc @D Segu o! Cu ir val lturaT ep uite r Vej êmio r pág a na . ina 3.
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Em Nanny Mcphee e As Lições Mágicas, Emma Thompson é a babá que usa poderes sobrenaturais para ajudar sete crianças cujos pais vão à guerra.
Universal Studíos/Divulgação
Centro Cultural Banco do Brasil presta homenagem a John Ford. Vai exibir 36 filmes do diretor, de quarta (22) a 17 de outubro. @ccbb_sp Jennifer Aniston estrela Coincidências do Amor, filme sobre uma mulher madura que opta por uma produção independente para ter um filho. Milla Jovovich volta em 3D na continuação da saga Resident Evil 4 - Recomeço, baseado no videogame. Agora dirigido por Paul W.S. Anderson. No musical brasileiro Léo e Bia, Oswaldo Montenegro é autor da trilha sonora, canta e dirige. Paloma Duarte atua. Premiado 14º Cine PE 2010. A animação em 3D Batalha por T.E.R.A. retrata a distopia de uma Terra devastada, na visão de uma adolescente que habita outro planeta. Soberano – Seis Vezes São Paulo, do diretor Carlos Nader e Maurício Arruda, revive a trajetória de títulos do time pelo olhar do torcedor.
(Marino Maradei Jr., editor)
Ouça The Voice (Come Fly With Me) ...
Paris Filmes/Divulgação
play para orquestrar esta carinhosa travessura foi dado a partir de uma ideia microformulada, em muito menos de 140 caracteres, pela repórter Lúcia Helena de Camargo. "Que tal um DCultura-Twitter?" Esta pergunta desafiadora se desdobrou na proposta que - esperamos - você apreciará ao longo de seis páginas. A afinação da equipe convidada a participar foi imediata e resultou num guia de artes e espetáculos, recheado de dicas rigorosamente tuitadas. Nenhuma delas ultrapassa 140 caracteres. Eis seus autores. TV: Regina Ricca. Teatro: Sérgio Roveri. Endereços da hora: Luiz Octavio de Lima. Conexões publicitárias: Gustavo Mayrink. Visuais: Rita Alves. Além, é lógico, da Lúcia Helena, que assina cinema, DVD, gastronomia e o glossárioTwitter. Todo esse pessoal, pilotado pelo nosso timoneiro da diagramação Sidnei Dourado e pela arte inspirada de André Maximiliano, o Max. Pensamos que este exercício de síntese (expressão usada lá em cima pela Lúcia Helena) ficaria ainda mais consistente (e divertido), se reservássemos espaço para um contraponto (longamente textual) de nossos colunistasensaístas: Renato Pompeu (Leitura); Aquiles Rique Reis (música); Carlos Celso Orcesi (Prazer do Vinho); José Guilherme R. Ferreira (Roda do Vinho). Ao repórter André Domingues coube dar conta de uma reveladora entrevista com o compositor João Bosco. E assim, junto com você, partimos nas asas do passarinho azul, em um voo cujo destino são belos programas de fim de semana em SP. Uma aventura e tanto!
Baaría - A Porta do Vento, de Giuseppe Tornatore (Cinema Paradiso) é a melancólica e nostálgica história sobre uma família siciliana.
...enquanto lê a história de rótulos chancelados pela Família Sinatra. Em Roda do Vinho, p. 4.
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Fotos: Divulgação
Christopher Nolan (A Origem), dirigiu Amnésia em 2000: um homem perde a memória recente após trauma. Tatua no corpo o que precisa lembrar. Crônica de uma morte anunciada: história curta e intensa, baseada no livro de Gabriel Garcia Márquez. Santiago Nasar vai morrer.
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cultura
Delicioso suspense de Alfred Hitchcock, Festim Diabólico (1948) foi filmado em uma única sequência. Um cadáver espreita sob a mesa da festa. Rapaz se teletransporta em segundos das pirâmides do Egito para Paris, das Maldinas para os EUA, em Jumper. Belo visual. Puro clipe. Daniel Day-Lewis vive o alter-ego de Fellini no musical Nine, inspirado em 8 e ½. Flashes de um cineasta em crise e suas muitas mulheres.
Com 60 candidatos, começa domingo (19), 16h, a 6ª temporada do Prelúdio, o concorrido show de calouros de música clássica da TV Cultura.
Já a soprano Montserrat Caballé é destaque na ópera A Filha do Regimento, de Donizetti, que o Film&Arts exibe sábado (18), às 18h.
Novas histórias impressionantes de cidades latino-americanas na série Tabu (foto). Estreia neste domingo (19), 22h, no National Geographic.
No Canal Brasil, sábado (18), 21h, Amir Labaki fala sobre os mais representativos documentários produzidos no País, no É Tudo Verdade.
Nesta sexta (17), 22h, na TV Cultura, Um Beijo Roubado, do chinês Wong Kar Wai, é atração da Mostra Internacional de Cinema na Cultura.
Do diretor Lírio Ferreira, o elogiado drama Árido Movie (2006) ganha exibição na sessão do Cine Brasil da TV Cultura neste sábado (18), 22h.
Yamandu Costa (virtuose do violão) e Guto Wirtti (baixo acústico) são as atrações do Instrumental Sesc Brasil. SescTV. Segunda (19), 22h.
Em 39 Degraus, o diretor Alfred Hitchcock mostra que também é bom na hora de provocar gargalhadas. Teatro Frei Caneca. Tel.: 3472-2229.
Um serial killer está à solta na Praça Roosevelt: é Roberto Zucco, texto francês inspirado em fatos reais. Satyros. Tel.: 3258-6345.
Pororoca (foto maior) revela as lendas de um Maranhão desconhecido, no olhar do jovem autor Zen Salles. Centro Fiesp. Tel.: 3146-7405.
Noite de humor non-sense na Festa de Abigaiu, com o texto sempre crítico do cineasta inglês Mike Leigh. Auditório Mube. Tel.: 2594-2601.
Guilherme Leme, sozinho no palco, vive a agonia do romance O Estrangeiro, de Albert Camus, no Eva Herz. Tel.: 3170-4059. Jefferson P/Divulgação
Nasao Goto Filho/e-SIM
Última chamada para ver como os felinos afinadíssimos de Cats estão cheios de preocupações com a outra vida. Teatro Abril. Tel.: 4003-5588.
Beth Goulart, também sozinha em cena, retorna com toda dor e beleza das palavras de Clarice Lispector, no Renaissance. Tel.: 2122-4241.
Vinte anos depois, José Possi comprova que o jazz de Emoções Baratas continua em plena forma, no Estúdio Emme. Tel.: 3031-3290.
Monique Gardenberg imprime sua assinatura de qualidade no ótimo drama contemporâneo Inverno da Luz Vermelha, na Faap. Tel.: 3662-7233.
Malvino Salvador lutou cinco anos para finalmente levar à cena Mente Mentira, grande texto de Sam Shepard. No Raul Cortez. Tel.: 2626-0261.
Cão Wiky, mascote do site, fareja dicas que vão de salões de motos a competições radicais e festivais de música eletrônica. @GDSGuiadaSemana
Programas gratuitos ou a preços simbólicos, festivais abertos ao público e sorteios de ingressos em toda a Grande São Paulo. @Catracalivre Divulgação de editais para patrocínio a projetos culturais, campanhas e eventos promovidos pela Secretaria de Cultura do Estado. @CulturaSP
Debates – como o atual Processos de Criação Teatral –, workshops, ciclos de cinema e documentários nas diversas sedes da entidade. @SescSP Programação de música erudita em SP e outros estados, avisos de mesas redondas e da vinda de estrelas internacionais. @RevistaConcerto
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"Tuitar soa como uma desordem neurológica", escreveu Bob Herbert, colunista do NYTimes (DC-22/7/2010). Pode ser... Mas quem segura o Twitter? Surgido há quatro anos e meio, o Twitter deve chegar aos 150 milhões de usuários ainda este mês. O Brasil é o segundo país que mais "tuíta".
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"Tuitar", aliás, perdeu as aspas e se tornou verbete na nova edição do Aurélio. "Blogar", "e-book" e "tablet" também, assim como "nerd".
cultura 5% dos usuários são responsáveis por 75% do conteúdo publicado. A maioria não escreve nunca: "O email é a mensagem", satirizaria Mcluhan.
1 em cada 5 "tweets" são sobre marcas e produtos, mas o Twitter não é ideal para empresas anunciarem. É um canal para se construir relações.
Do fundador, Jack Dorsey: "Criei o Twitter em um caderno, pensando na comunicação simples que dividisse mensagens e grupos". Papel, imortal.
O espaço exíguo para compartilhar frases e pensamentos faz do Twitter um oásis para publicitários, jornalistas e escritores aforistas.
Bem-vindo ao lugar onde todo mundo fala com ninguém e ninguém fala com todo mundo.
Veja o que essas feras dizem (criativamente) em até 140 caracteres "O Twitter só me atrapalha! Encho a barriga de drops literários e me esqueço da refeição: o texto que deveria fazer."
ANTONIO PRATA, ESCRITOR. @ANTONIOPRATA "O meio + ágil e seletivo de captação e distribuição de conteúdo e notícias c/ dupla mão de direção: antena em tempo real do mundo em rede."
JURANDIR CRAVEIRO, PUBLICITÁRIO. @JURACRAVEIRO "O Twitter, como outras fontes de informação, é um excelente ponto de partida para pensar pautas. Às vezes, rende; às vezes, é só piada."
O mel hor tuíte n o @DCul turaTu iter ganha DVD ir um ado. O result ado sa i na sex ta (24 ).
MAURICIO ST YCER, JORNALISTA. @MAURICIOST YCER "Os tais 140 caracteres refletem a tendência para o monossílabo como comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido".
JOSÉ SARAMAGO (1922-2010), ESCRITOR PORTUGUÊS. "Linkar textos,fotos,imagens de Terra Magazine ou Terra Eleições e RT o que há de bom tem sido o cotidiano. Falta tempo para ir além.+irei."
BOB FERNANDES, JORNALISTA E EDITOR-CHEFE DO PORTAL TERRA MAGAZINE, EM UM BOM EXEMPLO DE ADEQUAÇÃO DE LINGUAGEM. @BOB_FERNANDES "Ufa! Nunca foi tão fácil ser um idiota da objetividade em tempos modernos. Obrigado, Sr. Twitter, por mais esta revolução no jornalismo."
XICO SÁ, ESCRITOR E JORNALISTA. @XICOSA "O meu trabalho é o Twitter, o lugar onde circulam as coisas mais importantes e mais desimportantes do universo."
BIA GRANJA, EDITORA DAS REVISTAS SIX PIX E YOUTAG, ESPECIALIZADAS NO UNIVERSO DIGITAL. @BIAGRANJA "Não estou no Twitter. Desde de 2001 não gosto muito da sensação de estar sendo seguido por alguém."
WASHINGTON OLIVET TO, PUBLICITÁRIO, FAZENDO PIADA SOBRE O PRÓPRIO SEQUESTRO E RESISTINDO EM ASSUMIR UMA INEGÁVEL VOCAÇÃO.
stou fascinado com as multidões submersas no mundo virtual. É um Brasil ao avesso que não conhecia."
ARNALDO JABOR, CINEASTA, "CRÍTICO DE TUDO" E RECÉM-ADEPTO À FERRAMENTA QUE RENEGOU POR TANTO TEMPO. @REALJABOR
Música Angelica: Daniel Taylor (contratenor) e Suzie LeBlanc (soprano). Segunda (20) e quarta (22), 21h. Sala SP. Tel.: 3223-3966.
Orquestra Experimental de Repertório faz trilha para o filme Musico de Musicis. Domingo (19), 11h, R$ 20. Teatro Bradesco. Tel.: 3670-4141. Orquestra Arte Barroca: Concertos Don Quixote. Domingo (19), ao meio-dia. Pátio do Colégio. Tel.: 3105-6899. Grátis Recital: Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Sábado (18), 17h. Sala Olido. Tel.: 3397-0171. Grátis (ingressos 1 hora antes).
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cultura
La Voce ecoa em Come Fly With Me
Nacos breves de sabor. Drinques, tapas, comidas servidas em copinhos, sobremesas mínimas e
José Guilherme R. Ferreira
receitas em até 140 caracteres. Aproveite.
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rescem na etrusca Fiesole, ao lado de Florença, as uvas com as quais a vinícola Sinatra Family States, com base no Vale do Napa, elabora seu supertoscano La Voce, uma homenagem mais que elegante ao cantor ítalo-americano Frank Sinatra (1915-1998). A primeira garrafa, da safra 2008, acaba de ser lançada graças a uma parceria entre os filhos de Sinatra (Tina, Nancy e Frank Jr.) e os enólogos John Schwartz (Amuse Bouche Winery) e Danielle Price (Coup de Foudre Winery). O La Voce foi apresentado por Nancy e Amanda Erlinger (uma das netas de Sinatra) no final de agosto, durante uma viagem do Napa Valley Wine Train, que cruza com requintes de um "Orient Express da Califórnia" 58 quilômetros dessa que é uma das mais belas e importantes regiões produtoras de vinho dos Estados Unidos. Os convidados a bordo conheceram o La Voce diante de um cardápio preparado pelor Kelly Macdonald, que desde 2001 é a chef executiva desse sofisticado resturante-locomotiva. La Voce foi um dos primeiros e mais marcantes apelidos do cantor e agora aparece no rótulo desse tinto produzido com uvas autóctones da mais que toscana Fiesole, a onipresente Sangiovese (92%) e a Colorino (8%). As frutas desse vinho nascem num pedaço de terra mínimo, de não mais de três hectares, e geram limitadíssimas 250 caixas. De Fiesole se tem uma das vistas mais deslumbrantes de Florença, panorama que encantava o pintor Fra Angelico (13871455), interno em um dos monastérios da terra. Gertrude Stein e Alice B. Toklas, depois da Primeira Guerra, gozaram inúmeros verões em Fiesole. Além da novidade La Voce, os Sinatra já mostraram a que vieram com seu
A alcachofra é o destaque da estação. Em risotos, terrines, saladas e massas. Moema Natural. Tel.: 5543-3679. Floriano. Tel.:3079-3500.
Ricardo D'Angelo/Divulgação
Drinque feito com rapadura, limão tahiti, limão cravo e Fulô Gequitibá integra festival da cachaça Fulô. Bar Pirajá. Tel.: 3815-6881.
Costela de tambaqui com caldo de tucupi, no menu de tapas
distinto e encorpado Cabernet Sauvignon Come Fly With Me, safra 2007, vinho batizado com o nome da primeira canção de sucesso na BillBoard, em 1957, feito com uvas de vinhedos ao sul de Calistoga. As poucas garrafas dos cabernets dos Sinatra ganharão a cada safra o título de uma das canções do pai. O Cabernet 2008 é Nothing But the Best, mas esse vinho já está esgotado.
José Guilherme R. Ferreira é membro da Academia Brasileira de Gastronomia (ABG) e autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Editora Terceiro Nome)
http://www.sinatrafamilyestates.com/
hispano-brasileiras do Eñe. Até 16 de outubro.
SACA-ROLHAS
Tadeu Brunelli/Divulgação
www.enerestaurante.com.br
A série Grandes Jantares, organizado por Ciro Lilla, importador de vinhos e grande entusiasta da bebida, terá como convidado deste mês Telmo Rodríguez, um dos maiores enólogos espanhóis da atualidade. Restaurante Aurola Vintetres, Mofarej, dia 20, às 20h20. R$ 395. Reservas: 3372-3409
O Armazém dos Importados faz até 10 de outubro (ou quando terminarem os estoques) uma promoção de vinhos da Toscana, aqueles que têm a Sangiovese como uva principal. O supertoscano Antinori Tignanello 2006 sai de R$ 450 por R$ 359. Tel: 0800-7715561ou armazemdosimportados-sp.com.br
Bel Macarons lança doces com sabores trufado de lavanda com geléia de pêssego e pistache com água de rosas. www.belmacarons.com.br
Cronista do improvável Aquiles Rique Reis
Festival de verrines do Cantaloup oferece 13 opções (10 salgadas e 3 doces) de receitas servidas em copinhos. Até dia 26. Tel.: 3078-3445.
Cervejaria Melograno dá brindes a quem completar o passaporte da cerveja, tomando 22 marcas diferentes. Até 17/11. www.melograno.com.br
Divulgação
No restaurante Terrasse, sábado é dia de tapas: mini tortilhas com cebola roxa, aspargos com Parma no pão miga e outras. Tel.: 3078-1413.
Espera Marido: Cozinhe 500 g de doce de leite e ½ litro de leite. Adicione 4 ovos. Polvilhe com canela (Elzinha Nunes, do Dona Lucinha).
Tadeu Brunelli/Divulgação
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rimeiro lançamento de seu selo Saravá Discos, Concerto é o CD gravado ao vivo por Zeca Baleiro no Teatro Fecap, em São Paulo. A sonoridade do trabalho está baseada em cordas de violões de seis e de sete cordas, de guitarra e de bandolim tocadas pelo próprio Zeca, por Tuco Marcondes e por Swami Jr. Ao abrir mão de instrumentos rítmicos, ou de qualquer outro gênero, o som que resulta propicia uma saudável atmosfera de intimidade entre os músicos e os que os ouvem. Tal escolha embute riscos que Zeca, sem dúvida, resolveu correr. Por exemplo: a dinâmica das quinze canções, aí incluída uma faixa bônus, se dá de forma nada corriqueira, de um jeito que os ouvintes não estão habituados a encontrar em gravações, ao vivo ou não, de artistas contemporâneos, tenham eles pegada pop, roqueira ou emepebista. Ou ainda: Zeca Baleiro é o cronista do improvável. Aquele que sempre busca temas que não se classificam entre os mais fáceis, são sempre originais, arejados. E mais: ao escolher canções alheias para interpretar, o faz como se dele elas fossem, como se dele fossem seus versos. Cantor que não se enquadra em conceitos preestabelecidos do que é ser um bom cantor, ele tem, entretanto, charme e picardia especiais, revelados por correta afinação e pelo jeito instintivo de dividir as frases musicais. Sendo assim, Barco, poderosa música do Chico César, assume a cara do Zeca. Reverência e ousadia em união. E é como se Assis Valente houvesse composto a saborosa Tem Francesa no Morro ("Vian/ Petite francesa/ Dancê le classique/
Em cime de mesa") para ZB deitar e rolar. Do Marcelo Nova e do Gustavo Mullem, os punk roqueiros do grupo Camisa de Vênus, ZB escolheu a delirante Eu Não Matei Joana D'Arc. E tem Autonomia, uma genial, embora ainda pouco conhecida, do Cartola. O violão vem suave, tendo Zeca pela mão. Os versos soam em calmaria. Apesar das baixarias do sete se fazerem presente, o samba não se abala. Mas o duo de voz e violão se encarrega de que não sintamos falta do ritmo. Respire Fundo - mais um primor da síntese do Walter Franco - dá chance às cordas de seduzir, acústicas, enquanto Baleiro diz os lacônicos versos do poeta. Zeca Baleiro gravou duas músicas em parceria, uma com Vanessa Bumagny, que troça com a dúvida (só dos argentinos) sobre quem é melhor - Pelé ou Maradona, e outra com Vander Lee, saudação reverente a Martinho da Vila, com direito a divertida imitação do jeito "arrastado" de Martinho cantar. E quatro só dele: A Depender de Mim (uma de suas músicas mais recentes), Canção Pra Ninar Um Neguim (um acalanto para Michael Jackson), Armário (jocoso comentário sobre sair ou não do "armário") e Mais um Dia Cinza em São Paulo (o amor pela cidade onde optou por morar). Concerto é CD amadurecido, pleno de personalidade. Reflexão carinhosa, homenagem à vida do compositor e ao tempo que passa e lhe traz a sabedoria que o tornará ainda mais e sempre imprevisível.
Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4
Divulgação
ENTENDA ESSE PIU-PIU
Frango à passarinho: corte o frango pelas juntas. Tempere com sal, pimenta e alho. Frite em óleo quente até dourar. Seque em papel- toalha.
Twitter - Pronúncia: tuíter. Rede social e servidor para microblogging que permite aos usuários enviar e receber atualizações. Seu símbolo é um pássaro azul. Para entrar na brincadeira, é preciso se cadastrar no site http://twitter.com/ Contas - Todas começam com o símbolo @. Exemplo: @dcomercio1 Tweets - Textos de até 140 caracteres postados no Twitter. Seguidores - Usuários que têm acesso às postagens daqueles a quem "seguem". Retweet - função que consiste em replicar uma mensagem de um usuário para a lista dos seus próprios seguidores. Trending topics - assuntos mais comentados no Twitter. Twitter 2.0 - Veja as mudanças que estão ocorrendo no www.dcomercio.com.br/Videos.aspx
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O Lado Positivo da Classificação dos Vinhos Carlos Celso Orcesi
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e na semana passada mostramos o lado negativo, hoje tentaremos analisar o lado positivo da classificação dos vinhos. O ser humano é dado a comparação e classificação; os guias de turismo atribuem estrelas a cidades, hotéis e restaurantes; as livrarias têm listas de "mais vendidos"; as bolsas de valores trazem as "ações mais negociadas"; os esportes têm suas seleções de futebol, golfistas e tenistas, para nem falar dos campeonatos em toda parte; a Forbes divulga os "homens mais ricos" etc. Inclusive países são classificados por agências de raiting, causando abalos quando a nota cai como agora à velha Grécia. A própria história da civilização, para além da seleção natural desvendada por Darwin, reflete o aperfeiçoamento do homem. O próprio capitalismo é o sistema do esforço individual, todos procurando aprimoramento que induz a seleção natural na economia, na cultura, na política. E como se dizia a respeito da globalização, não há alternativa que participar. No caso dos vinhos o processo de seleção e escolha é ainda mais complexo porque existem variantes de uva, produtividade, gosto e preço, daí que a arte de provar nunca termina; é moto contínuo. A recomendação básica é confiar nas indicações, porém com
Vinícola Concha Y Toro, no Chile. Há também a armadilha das notas. A engrenagem toda está voltada para "grandes surpresas". Os bilhões de consumidores mundo afora sonham descobrir um grande vinho bem pon-
tuado a preço razoável. Estamos todos vivendo em função desse milagre da excelência a baixo custo, de modo que os gurus tentam nos recompensar, nos dar o que esperamos delas. Daí a "ten-
tação" de pontuar um vinho médio como se fosse bom, um bom como se fosse ótimo. Como brecar a tentação? No editorial da Revista de Vinhos portuguesa nº 242 (jan. 2010) Luís Ramos Lopes enfrentou o dilema: "O facto de termos conseguido manter um painel de provadores bastante experiente tem contribuído para a consistência de nossas provas. Independentemente do leitor concordar ou não com a nossa avaliação, procuramos que haja nela coerência e profissionalismo. Essas vão continuar inalteradas, mas o crescimento qualitativo dos vinhos nacionais, sobretudo de gama média-alta, obriga-nos a ser mais exigentes nas nossas avaliações". Perfeito! Lopes exemplifica: "Na nossa tabela um vinho considerado b om é avaliado entre os 14 e os 15,5 pontos. Mas temos vindo a notar que o aumento da qualidade obriga a quem um bom vinho ande pelos 15 ou 15,5
pontos, levando a uma concentração muito grande nessa faixa. Esse crescimento qualitativo obriga-nos a reajustar os critérios, diferenciando um vinho que é bom, mas que está apenas acima do simples e correcto, e que portanto vale 14, de um vinho bom a que falta só um pouco para chegar ao muito bom, valendo portanto 15,5. O mesmo acontece no patamar seguinte e por aí afora. Ou seja, vamos trabalhar com a mesma tabela classificativa, mas vamos reajustar nosso grau de exigência". Exato: coerência e exigência. Avaliar vinhos é algo subjetivo. Porém, com um pouco de experiência e repetição, todos conseguimos separar o joio do trigo. Quando há seriedade e nenhum interesse econômico (por exemplo as revistas visitando produtores nem deveriam atribuir notas) quase sempre se chega a resultados unânimes ou pelo menos honestos. Daí a importância positiva das classificações, porém sempre desconfiando, desviandose das armadilhas dos catálogos luxuosos das importadoras cheias de descrições rebuscadas, tendo consciência de que elas não são caminhos retos, antes nos dão a bússola para cada qual pegar a estrada e encontrar os vinhos que realmente valem a pena.
Novas revelações do "assassino econômico" Renato Pompeu
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onsagrado internacionalmente por seu livro Confissões de um Assassino Econômico (a tradução mais adequada seria "gângster econômico"), em que conta como participou de falcatruas em benefício de empresas multinacionais, por meio da corrupção de governantes do Terceiro Mundo, o economista e escritor americano John Perkins tem agora lançada no Brasil sua obra Enganados - Um Assassino Econômico Revela Por que os Mercados Financeiros do Mundo Implodiram - e o que É Necessário para Reconstruí-los, pela Cultrix. Desta vez ele não denuncia a exploração do Terceiro Mundo por multinacionais, por bancos e pelo governo dos Estados Unidos, mas sim acusa a exploração dos povos do mundo inteiro, com ênfase para a exploração dos seus próprios compatriotas americanos, por parte dos grandes gru-
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muito espírito crítico e arte da boa negociação. Começa que o mercado mundial cresce. Em especial no Brasil o consumo aumentou 33% no comparativo do 1º semestre de 2010 em relação a 2009. Sem contar os chineses. Razoável pensar que sequer o vinho a que você esta acostumado será o mesmo o ano que vem. E nem me refiro ao clima. Por exemplo o Casillero Del Diablo tem produção de 3,3 milhões de caixas/ano (Grã-Bretanha em 1º lugar com 800 mil caixas, Brasil em 5º com 100 mil). Mas, segundo Marcio Ramirez, um dos principais enólogos da Concha y Toro, tem potencial para o dobro. Perguntado como fica a produção do 'casinha do diabo', ele respondeu: "não podemos por limites, temos os vinhedos, a equipe e as bodegas para satisfazer as necessidades do mercado" (Adega nº 39 2008). Não faltará vinho, mas será que todas as vinícolas manterão a qualidade, ou mesmo o preço quando a procura for maior do que a oferta?
pos financeiros internacionais. Nesse novo trabalho, lançado nos Estados Unidos em 2009, Perkins defende a tese de que a atual crise econômica mundial ocorreu principalmente por causa da cobiça insaciável e da irresponsabilidade aventureira dos líderes financeiros mundiais, que se envolveram em especulações desenfreadas que, quando os sonhos de enriquecimento perpétuo trombaram com as duras realidades dos endividamentos, resultaram em desemprego e ruína em massa de milhões de cidadãos americanos. Em outras palavras, Perkins não acha que as crises econômicas do tipo da atual sejam inerentes às engrenagens do capitalismo – ao contrário, ele postula um capitalismo mais saudável. Isto é, um capitalismo que contasse com os diques de contenção, as regulamentações e as proteções sociais que sustenta-
ram o crescimento das economias desenvolvidas desde os fins da Segunda Guerra Mundial até as desregulamentações promovidas a partir da passagem dos anos 1970 para os anos 1980, exacerbadas depois pela euforia que se seguiu ao colapso dos países comunistas, na esteira da queda do Muro de Berlim em 1989. A ligação entre seu livro anterior, em que denunciava como a aparente facilidade dos empréstimos estrangeiros mascarava o inexorável endividamento dos países pobres e a destruição de sua economia, de seus recursos naturais e de seu meio ambiente, reside em que, agora, Perkins procura denunciar como a aparente facilidade dos empréstimos a particulares e dos financia-
mentos em geral a cidadãos americanos mascarava o inevitável endividamento das famílias de seu país e de outras regiões do mundo e sua iminente ruína, depois concretizada. Em outras palavras, Perkins quer provar a tese de que o mesmo modelo de capitalismo predatório imposto por grandes multinacionais, grandes bancos e governos de nações desenvolvidas a governos e povos de países pobres que foram levados ao caos e à miséria, esse mesmo modelo foi mais tarde imposto por essas mesmas multinacionais, bancos e governos de países adiantados aos seus próprios povos, que se viram condenados a condições de penúria semelhantes às das populações dos países atrasados.
Afinal, diz Perkins, como é que os países pobres ficaram endividados? Segundo argumenta, a esses países foram impostos esquemas de financiamento para obras de infraestrutura e para maciças compras de armas que não serviram para nada, a não ser para o enriquecimento das empresas internacionais fornecedoras e financiadoras. Além disso, as obras públicas atenderam no máximo a interesses das escassas camadas mais ricas dos países pobres, enquanto as armas só beneficiaram seus governos autoritários. E, de acordo com Perkins, esquemas semelhantes de gastos inúteis e de correntes da felicidade foram impostos aos habitantes de seu próprio país, a cidadãos comuns preocupados com a segurança nacional em geral e com a segurança de cada um em particular, em especial após os atenta-
dos de 11 de setembro de 2001. Ao contrário do que afirmam seus críticos, Perkins não defende uma teoria de que houve uma grande conspiração contra os povos do mundo e contra os cidadãos não tão ricos de seu país. Ele afirma, com todas as letras, que todos, beneficiários e prejudicados, os predadores e suas presas, participaram de um clima geral de euforia com o rápido enriquecimento trazido inicial e efemeramente pelo relaxamento das regulamentações estatais das atividades econômicas. Não que ele não cite responsáveis, como o economista ultraneoliberal Milton Friedman e a mídia econômica internacional. Todos, na sua opinião, fizeram crer que o crescimento literalmente desenfreado dos financiamentos fáceis iria prosseguir indefinidamente. Os resultados estão visíveis, de Detroit a Atenas.
Há em João Bosco uma clara busca da naturalidade em todos os processos criativos. Seu comentário sobre os dois novos parceiros representados no disco, o mencionado Nei Lopes e Carlos Rennó (letrista de Pronto pra Outra e Pintura), não tem nenhum aspecto novidadesco. "São pessoas que a gente já conhece há muitos anos, mas nunca trabalhou junto. É uma conversa que começa não se sabe como e termina com a canção." O desassombro de João chama ainda mais a atenção quando fala sem sobressaltos sobre um acontecimento recente muito importante: a volta da sua lendária parceria com o letrista
Aldir Blanc, celebrada em quatro faixas do disco. "Eu não sinto como uma volta, é uma continuidade. Retomamos a composição sem alarde, sem responsabilidade de transformar ou de seguir alguma coisa. Acho que a gente não deveria deixar de trabalhar, e a experiência mostra isso", explica. Os quatro novos frutos da dupla, aliás, merecem comemoração. São eles o samba lento Navalha, que narra um amor dilacerante e ligeiramente irônico à Lupicínio Rodrigues; o samba-canção Mentiras de Verdade, cuja trama de reatamento de laços remete diretamente à história dos dois compositores; a balada Plural
Singular, de forte pendor jazzístico; e o samba Sonho de Caramujo, em que Aldir arriscou um retrato do parceiro. Essa última é, sem dúvida, um destaque do disco e tem tudo para virar uma espécie de prefixo de João. Acontece que, além de ser um samba ligeiro e de sincopado marcante – uma especialidade sua –, ainda traz versos sagazes como "Cumpri o astral de caramujo musical/ Hoje, eu gripo ou canto/Não vou pro céu, mas já não vivo no chão/ Eu moro dentro da casca do meu violão". Aldir Blanc soube captar bem a resistência do parceiro a se prender a qualquer tipo de definição, do etéreo celeste ao concreto terreno. É uma
ótima síntese do momento atual de João Bosco. Seu comentário do próprio processo de criação artística, inclusive, chega a parecer uma nota de rodapé do refrão citado: "Eu quero continuar minha música dentro dessa espontaneidade. Gosto do jeito misterioso como ela surge, indiferente da gente querer ou não. Nessa hora, não penso nada, só penso que estou aqui à disposição da canção".
Seguindo caminhos da herança afrobrasileira nos sambas. Rompendo barreiras...
João Bosco, à disposição da canção. André Domingues
m meados de novembro do ano passado, João Bosco veio ao Teatro Fecap para gravar um CD ao vivo em que cantava e tocava só o que lhe vinha à cabeça. Passado quase um ano, ele volta ao mesmo espaço com seu quarteto para lançar um outro CD – aquele ainda não saiu –, que, embora feito em estúdio, guarda um espírito semelhante. O novo Não Vou Para o Céu, Mas Já Não Vivo no Chão também busca captar um fluxo criativo espontâneo, sem programa prévio. É verdade que, agora, a espontaneidade se dá de forma diferente, não no tempo curto do intérprete em cima do palco, mas no tempo lasso do cotidiano de trabalho do compositor. Daí que as músicas tenham sido concebidas despretensiosamente, buriladas sem pressa, arredondadas nos shows (inclusive nos de novembro passado) e só então levadas ao disco. "É um trabalho que chega sem alarde, sem um sentido épico. É um investimento na sensibilidade das pessoas", resume João. O álbum novo segue, basicamente, os caminhos mais característicos da obra de João Bosco, explorando a herança afro-brasileira nos sambas e um romantismo arrebatado, às vezes temperado com certa dose de ironia,
em ritmos como samba-canção e bolero. Os extremos sonoros são, por um lado, as curvas melódicas de Desnortes, uma bonita modinha carioca feita com Francisco Bosco, e, por outro, a saborosa mistura rítmica de jongo e rithm'n blues de Jimbo no Jazz (costurada de maneira jazzística, como sugere o título), feita com Nei Lopes. "São duas músicas que têm alguma coisa de especial, a coisa misteriosa da canção: Jimbo no Jazz, por conta desse susto da síncope afro rompendo fronteiras e criando uma espécie de transe; Desnortes, pelo inverso, por ser arrítmica e se reportar à canção brasileira clássica de Tom Jobim, Custódio Mesquita e por aí afora. São as duas margens desse disco e – acho eu – do Brasil também. O resto navega aí dentro...", diz. Todas as obras de Não Vou Para o Céu, Mas Já Não Vivo no Chão têm uma roupagem predominantemente acústica, desenvolvida, em grande parte, a partir do próprio violão de João. Segundo ele, a composição e a interpretação simplesmente não existem desligadas do instrumento. É uma relação absolutamente simbiótica e imediata. "Não há como eu me esconder do violão na minha casa nem ele de mim. Eu vou ali, pego e toco. Só isso", conta.
Teatro FECAP (Av. Liberdade, 532 - tel. 3272-2277). Dias: 17 (sexta), às 21:30h; 18 (sábado), às 21h; 19 (domingo), às 19h. R$ 120.
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6 sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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