A festa da colheita de invasões do MST provocou uma reação dura do governador Geraldo Alckmin: "Não vamos tolerar!" Para ele, Janeiro Quente, o título do MST para sua safra de 2011, "é um desserviço para a reforma agrária", porque planta a insegurança no campo. Pág. 5
38 invasões: MST comemora, governo adverte.
Ano 86 - Nº 23.292
Conclusão: 23h35
Jornal do empreendedor
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São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 2011
DAQUI A 5 ANOS
ALERTA! ALERTA!
Wilton Junior/AE
O governo federal vai criar sistema de prevenção e alerta contra desastres naturais. Ele deve ficar pronto em 4 anos. Acima, policial e seu cão farejador em Teresópolis (RJ). Pág. 8 Marcos Mendes/LUZ
Norbert von der Groeben/Reuters
Comércio cresce: Números do SCPC: vendas a prazo na 1ª quinzena de janeiro aumentaram 8,% e, à vista, 12,3%, em relação ao mesmo período de 2010. Pág. 13
nas ruas... Varejo (foto) aposta na praticidade, ganha clientes e amplia seus negócios fora dos shoppings. Pág. 11
e na internet. Após o sucesso dos clubes de compras, surgem os agregadores de sites de desconto. Informática, pág. 16 HOJE Muitas nuvens e chuva a qualquer hora. Máxima 25º C. Mínima 19º C.
AMANHÃ Nublado com chuva a qualquer hora. Máxima 25º C. Mínima 19º C.
ISSN 1679-2688
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Justiça feita! Se revelada, o Líbano pode sangrar. Página 9
9 771679 268008
iAgora? Steve Jobs, fundador da Apple que sobreviveu a um câncer no pâncreas, tirou uma nova licença médica. A primeira foi em janeiro de 2009, quando também tinha emagrecido demais. Ele não revelou o motivo do atual afastamento. A notícia derrubou as ações da empresa. Pág. 10
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Não é necessária qualquer medida à margem da elevação das tarifas aduaneiras até que este recurso se esgote. Roberto Fendt
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BOM DIAGNÓSTICO, RECEITA RUIM
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ez bem o senhor ministro do Desenvolvimento em alertar para os riscos de redução à metade do superávit da balança comercial brasileira. "O saldo da balança comercial chegou a US$ 50 bilhões, hoje é de US$ 20 bilhões, e a previsão neste ano é de US$ 10 bilhões", afirmou. O já elevado déficit em conta corrente do balanço de pagamentos brasileiro ficará mais agravado, podendo chegar a US$ 70 bilhões este ano, caso se materialize a redução do saldo da balança comercial. Para evitar que isso aconteça, o senhor ministro apontou que o governo deverá tomar medidas para evitar um aumento do déficit em conta corrente do balanço de pagamentos. Sua Excelência foi absolutamente correta no diagnóstico. Pecou, contudo, na sugestão da solução para o problema. Sua proposta de soluções "extraOMC" soa, no mínimo, estranha. Primeiro, porque nenhuma autoridade de qualquer país membro da Organização Internacional do Comércio afirma que pretende aplicar "soluções" para problemas no balanço de pagamentos à margem do que voluntariamente acordou, ao aderir à Organização. Ser membro ou não da OMC, permanecer nela ou não, são opções que cada país avalia em uma fria análise de custo-benefício. O número de países membros, 153, já é um indicador suficiente
de que é um bom negócio participar da organização. Ser membro da OMC, contudo, implica direitos e deveres. Entre os primeiros constam a possibilidade de retaliar outros membros que pratiquem ações desleais de comércio – especialmente barreiras não acordadas às importações e subsídios e outros incentivos ilegítimos às exportações. H á i n s t r u m e n t o s s u f icientes dentro da legitimidade das regras da OMC para fazer face a problemas no balanço de pagamentos. Esses instrumentos são de duas naturezas.
Todos os países membros "consolidaram" as alíquotas de seus impostos de importação, as tarifas aduaneiras, na OMC. Os percentuais dessas tarifas são os maiores que cada país se compromete a aplicar sobre as suas importações. Ocorre que muitos países, hoje, praticam alíquotas inferiores às conso-
lidadas na OMC. Portanto, em situações que constituem desequilíbrios no balanço de pagamentos ou que ameacem constituí-los, cada país membro pode elevar os percentuais dos impostos de importação até os limites acordados com os demais parceiros no âmbito da Organização Mundial de Comércio. Não existe necessidade de qualquer medida à margem da elevação das tarifas aduaneiras até que esse recurso tenha se esgotado. Como o problema, na verdade, tem origem no profundo desequilíbrio das taxas cambiais dos parceiros, artificialmente desvalorizadas na China e nos EUA, outras m e d i d a s p odem também ser acionadas.
De acordo com trabalho recente de Bill Cline, do Peterson Institute for International Economics, o real brasileiro estaria sobrevalorizado em mais de 8% em decorrência da valorização do dólar americano e do yuan renmimbi chinês.
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lgumas dessas medidas já foram acionadas, como as repetidas compras de divisas nos mercados à vista e futuro pelo Banco Central. A compra de divisas, no entanto, que tem efeitos colaterais adversos pela necessidade de expandir a dívida pública para gerar os recursos necessários para o pagamento pelas divisas. Em razão disso, é perfeitamente aceitável a introdução de controles sobre os fluxos de capitais, até que o desalinhamento das principais taxas de câmbio seja superado. Finalmente, também não procede qualquer mudança na sistemática de aplicação de medidas de defesa comercial à margem dos acordos internacionais de que o Brasil é signatário. Recor-
ROBERTO FENDT de-se que qualquer país membro da OMC pode aplicar medidas para fazer face, principalmente, a subsídios praticados por outro país membro e à prática de dumping (venda por preço abaixo do custo de produção). É compreensível a preocupação do senhor ministro com o crescente desequilíbrio de nosso balanço de pagamentos. É saudável que busque soluções para enfrentar o problema, que poderá agravar-se no futuro caso os fluxos de capitais aos países emergentes retornem a seus países de origem. O risco está na busca de soluções heterodoxas para problemas recorrentes. O excesso de "criatividade" na solução das dificuldades pode tornar-se tão danoso como a inação diante delas. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA
É compreensível a preocupação com o desequilíbrio de nosso balanço de pagamentos e é saudável buscar saídas para o problema. O risco está na busca de soluções heterodoxas.
AINDA SOMOS SUBDESENVOLVIDOS P
or mais que a nossa economia se desenvolva e o Brasil seja considerado um país emergente – portanto, não mais subdesenvolvido – há indicadores indiretos, não oficiais e nunca considerados para se medir o grau de desenvolvimento do país, que revelam nosso imenso atraso nas áreas sociais. Um deles está refletido na caótica situação decorrente das fortes chuvas, especialmente, no Rio de Janeiro, onde está provado que a incúria oficial, assim como em outros estados, e a deseducação da população, ajudam a aumentar a proporção das catástrofes da natureza. Somando-se a isso, vem a constatação, diante da solidariedade dos brasileiros em doações de alimentos, água, roupas, remédios etc., de que não existe estrutura mínima de organização civil para o controle e
distribuição dos bens doados. Pode parecer preciosismo, mas é apenas constatação da absoluta falta de planejamento e estudo de soluções diante de situações que são, como escrevi ontem neste Diário do Comércio, totalmente previsíveis. E isso há séculos. Nem vou entrar no mérito dos desvios e desmando que sempre ocorrem quando acontecem doações em larga escala. Muita gente sem ter nada a ver com a catástrofe vai se beneficiar na intermediação entre a entrega e a chegada dos produtos e de bens aos necessitados. É outra história. Um pouco mais para caso de policia mesmo. s milhares de pessoas desabrigadas que necessitam da ajuda, na chamada região serrana do Rio, e em outros pontos do País, não recebem de imediato o que precisam porque não existe estrutura civil planejada
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PAULO SAAB e montada para recepção e distribuição de produtos em situações adversas. É um medidor cruel de subdesenvolvimento social. Há outro, igualmente anacrônico, que não decorre da ação predatória da natureza, mas do ser humano que explora seu semelhante
necessitado em busca de objetivos políticos, como se fosse em busca de objetivo social. Refiro-me à vanguarda do atraso ainda persistente no Brasil, chamada movimento dos sem terra (assim, com minúsculas mesmo) que representa outro
Os desabrigados do Rio e de outros pontos do País não recebem logo o que precisam porque não há uma estrutura civil adequada para receber e para distribuir as doações.
indicador social de nosso subdesenvolvimento social e político. Invasões de terras produtivas – nem das não produtivas se justificaria – em nome dos interesses políticos de seus chamados líderes, com a manipulação (cada vez menor) de camadas necessitadas, revelam um atraso sem fim na busca que o País faz de melhoria da igualdade social. ausência de manifestação espontânea desses movimentos, em que os dirigentes com interesses políticos manipulam pessoas para atingir objetivos pessoais, descaracteriza as invasões como "de cunho social". São políticas, voltadas para projetos igualmente anacrônicos – perdidos no tempo – de tomada do poder pelos "pobres" para implantação de uma ditadura do proletariado. Até as nomenclaturas, em pleno século 21, cheiram a naftalina.
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Os "líderes" (José Rainha, João Pedro Stédile e outros) são os mesmos de sempre, embora se invistam milhões de reais, saídos dos cofres públicos brasileiros, e apesar de "apoios" internacionais (Hugo Chávez é um dos financiadores) para formar gerações de campesinos (nem isso é brasileiro) para comandar a grande revolução. Perdidos no tempo, no espaço e nos objetivos, os invasores significam, na verdade, mais um indicador indireto de subdesenvolvimento social e, aqui, também econômico, na medida em que impedem que de fato se avance na questão agrária de forma racional, propositiva e não destrutiva. E quem faz mal à imagem dos invasores são os rastros de destruição é ódio que deixam por onde passam, e não que constatam essa realidade. PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR
Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze
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REPUBLICANOS SÃO CONTRA REFORMA PORQUE ELA COBRE OS QUE NÃO ESTÃO SEGURADOS.
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A GUERRA CONTRA A LÓGICA
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A CULPA NÃO É DOS TIRIRICAS
MARIO ERNESTO HUMBERG
PAUL KRUGMAN
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inha mulher e eu e s t á v a m o s p e nsando ir a um restaurante não muito caro ontem à noite. Mas John Boehner, o presidente da Câmara dos Deputados, diz que não importa o quão barata possa ser a refeição, custará milhares de dólares se forem levados em conta os pagamentos mensais da nossa hipoteca. Espere um minuto, vocês dirão. Como nossos pagamentos de hipoteca podem ter um custo de sair para jantar, se faremos os mesmos pagamentos ainda que fiquemos em casa? Mas Boehner é inflexível: nossa hipoteca é parte do custo de nossa refeição. E, para dizer de outra forma, é apenas um artifício orçamentário. OK, o presidente da Câmara não interfere em nossos planos para a noite. Mas ele e seus colegas do Partido Republicano, ultimamente, têm apresentado exatamente esse argumento ilógico que acabei de descrever – não sobre o jantar de ontem à noite, mas sobre a reforma do sistema de saúde. E o nonsense não foi um lapso verbal; trata-se da posição oficial do partido, apresentada em gráficos e números. Estamos, acredito eu, testemunhando algo novo na política norte-americana. No ano passado, analisando as afirmações que podemos cortar impostos, evitar cortes em qualquer programa popular e ainda equilibrar o orçamento, observei que os republicanos pareciam ter perdido o interesse na guerra contra o terror e mudado o foco para a guerra contra a aritmética. Mas agora o Partido Republicano se transferiu para um projeto ainda maior: a guerra contra a lógica. Vejamos esse nonsense: nesta semana a Câmara dos Deputados deve aprovar o H.R. 2, a Lei que Anula o Emprego e Mata o Sistema de Saúde – seu nome atual. Mas os republicanos tem um pequeno problema: eles afirmam que estão preocupados com os déficits orçamentários – muito embora o Escritório do Congresso para o Orçamento
diga que revogar a reforma do sistema de saúde aprovada no ano passado iria aumentar o déficit. Então o quê, além de desqualificar o veredito do não-partidário Escritório de Orçamento, o Partido Republicano podia fazer? A resposta está contida em uma análise distribuída pelo gabinete de Boehner, com o propósito de mostrar que a reforma do sistema de saúde na verdade aumenta o déficit. Por quê? Nesse momento é que surge a guerra contra a lógica. Antes de tudo, dizem os analistas, o verdadeiro custo da reforma inclui o custo do "doc fix" ("ajuste do doutor"). O que é isso?
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em, em 1997, o Congresso aprovou uma fórmula para determinar o pagamento aos médicos pelo Medicare. A fórmula, porém, tinha falhas. Ela levaria a pagamentos tão baixos que os médicos iriam parar de aceitar pacientes do Medicare. Contudo, em vez de mudar a fórmula, o Congresso regularmente aprova ajustes de um ano. E os republicanos alegam que os custos previstos para ajustes futuros, de US$ 208 bilhões nos próximos dez anos, devem ser considerados como um custo da reforma do sistema de saúde. Mas os mesmos gastos ainda seriam necessários se desfizéssemos a refor-
ma. Assim o argumento do Partido Republicano é exatamente como afirmar que os pagamentos de minha hipoteca, que terei de cumprir não importa o que faremos hoje à noite, são o preço de ir jantar fora.
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á mais coisas assim. O Partido Republicano também afirma que os US$ 115 bilhões de outro gasto do sistema de saúde deveriam ser computados na reforma da saúde, embora o Escritório de Orçamento tenha tentado explicar que a maior parte desse gasto ocorreria mesmo sem a reforma. Para ser claro, a análise republicana não se baseia inteiramente em atribuições espúrias de custo – ela também se baseia em usar truques com três montes de cartas para fazer o dinheiro desaparecer. A reforma da saúde, afirma o Escritório de Orçamento, vai aumentar a receita da Previdência Social e reduzir os custos do Medicare. Mas a análise do Partido Republicano afirma que esse cálculo não conta porque algumas pessoas já disseram que essa economia também ampliaria a vida dos fundos de confiança. Assim calcular essas economias como redução de déficit seria "contar duas vezes" porque – bem, realmente não faz nenhum sentido, mas parece ser impressionante. Então a liderança
O Partido Republicano foi dominado por uma ideologia na qual o sofrimento dos desafortunados não é problema do governo e aliviá-lo à custa do contribuinte é imoral.
republicana é incapaz enxergar além das falácias lógicas infantis? Não. A chave para entender a análise do Partido Republicano sobre a reforma da saúde é que os líderes do partido são, de fato, contra a reforma porque eles acreditam que ela vá aumentar o déficit. Nem estão contra porque acreditam seriamente que ela vai matar empregos (o que não vai). Eles estão contra a reforma porque ela vai cobrir os que não estão segurados – e isso é algo que eles simplesmente não querem fazer. E não se trata de dinheiro.
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omo tentei explicar em um artigo recente, o Partido Republicano moderno foi dominado por uma ideologia na qual o sofrimento dos desafortunados não é uma preocupação legítima do governo, e aliviar esse sofrimento à custa do contribuinte é imoral, não importa o quanto pouco custe. Como suas cabeças foram feitas no início, republicanos importantes não estavam interessados e não precisavam de nenhuma análise política verdadeira – aliás, eles estão basicamente desdenhosos de tal análise, algo que brilha no relatório deles sobre o sistema de saúde. Tudo o que eles sempre precisaram ou quiseram era alguns números e gráficos para exibir à imprensa, enganando algumas pessoas a acreditarem que estão temo algum tipo de discussão racional. Não estamos.
PAUL KRUGMAN É ECONOMISTA, COLUNISTA DO THE NEW YORK TIMES, PROFESSOR E AUTOR DE VÁRIOS LIVROS E PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA 2008 TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
UM DILEMA PARA O COPOM A
s informações sobre as boas vendas do comércio varejista em novembro do ano passado, recém-divulgadas pelo IBGE, dão a nítida impressão de que o governo brasileiro tem, nesta semana, uma espécie de dilema: tentará controlar a propalada “onda” inflacionária usando remédios amargos, como a restrição ao crédito, ou adotará fórmulas de convivência moderna com o perfil progressista que vem se criando no País ao longo dos anos, propiciando maior acesso a bens de consumo, inclusive das chamadas classes C, D e E? A reunião do Copom desta semana – que pode fixar um aumento da taxa Selic, sob pretexto do controle da inflação, que seria fomentada pelo aumento de consumo e de preços– sinalizará os rumos do governo Dilma Rousseff. Sabe-se que um maior consumo foi estimulado ao
EDSON RAMON longo dos anos – desde o Plano Real – pela recuperação do crédito, o incentivo ao crescimento do emprego e do rendimento. Controlada a inflação, a partir das intervenções na economia nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, prosseguindo com Lula, o cidadão passou a planejar seus gastos e a consumir mais. e a tendência de crescimento foi mantida em dezembro – os indicadores ainda não são conhecidos, mas tudo leva a crer nessa possibilidade – teremos números animadores, com recorde de vendas no varejo, apesar da
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violência anunciada pelo governo, às vésperas do Natal, visando, de acordo com os então responsáveis pelo Banco Central, reduzir o dinheiro para empréstimos no mercado, aumentando os depósitos compulsórios e retirando R$ 61 bilhões da economia – para variar, mais uma vez, onerando os consumidores e o empresariado. Teremos dois dígitos no crescimento do comércio varejista em 2010, apesar dos pesares. Impingir juros altos aos consumidores e setores produtivos é uma forma desastrosa não só para quem consome, mas igualmente para quem produz. Com esta política,
o governo quer fazer com que as pessoas consumam menos, o que ocasionará menores investimentos das empresas – mas não dará mostras efetivas de solucionar o grande problema, que é o custo da máquina pública. Não sinalizará que quer reduzir os gastos oficiais, especialmente no campo político, custos que a sociedade condena e cujo disparate a própria presidente Dilma já deu sinais de ter percebido. onderação e moderação são necessárias em todos os níveis de atividades para podermos crescer com sustentabilidade, investindo, na iniciativa privada e em obras públicas, mormente nas de infraestrutura, sem receios de novamente conviver com a inflação.
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EDSON RAMON É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
COMERCIAL DO PARANÁ
al acabou a apuração, muitos dos recém eleitos senadores e deputados se mobilizaram para conseguir um lugar no Poder Executivo como ministros ou secretários, funções que no Brasil não os obrigam a renunciar ao mandato para o qual se candidataram e pediram votos fazendo as mais variadas promessas – que não tinham a intenção de cumprir. O eleitor que se lixe, parecem pensar tais políticos, para os quais é menos importante representar os que o elegeram do que a chance de ter, ao alcance da mão, parte das polpudas verbas manipuladas pelo Executivo, extraídas da população via tributos muito superiores aos de outros países. São esses recursos, usados de maneira legítima ou não, que vão possibilitar sua próxima eleição. Os que não conseguem lugar no Executivo, em sua grande maioria, assumem a função legislativa e, até o apagar do mandato, buscam se aproveitar do cargo em benefício próprio ou criando vantagens para amigos e financiadores, como mostra a mídia constantemente. Felizmente, embora minoria, existem as exceções. Assim, não são os tiriricas que desprestigiam o Legislativo – a eleição de figuras folclóricas ou que representam um protesto dos eleitores ocorre em todo o mundo, motivada pelo desconhecimento sobre a importância da função, descontentamento ou desinteresse popular por esses cargos. O que realmente causa o desprestígio é o comportamento da maioria, que deixa claro estar lá apenas para cuidar de si e dos interesses de seu grupo, dos parentes, amigos, financiadores. São constantes os escândalos, os abusos e a pouca importância dada aos eleitores e ao mandato para o qual se elegeram. o assumir um cargo no Executivo, o eleito despreza o Poder Legislativo, no qual é substituído por um desconhecido que não teve votos, no caso dos senadores, ou por um candidato que não conseguiu ser eleito, no caso dos deputados. Se o candidato desprestigia o cargo, nada mais natural que a população também o faça, embora o Legislativo devesse ser o mais importante dos Poderes, por representar as diferentes opiniões e posições da população. Assim, na reforma política de que muito se fala, mas nada ocorre, dois pontos são fundamentais: aumentar a importância e a independência do Legislativo, e aprimorar a relação e a possibilidade de acompanhamento e fiscalização dos escolhidos pelos eleitores. Para isso, a melhor solução parece ser o voto distrital misto para deputados e vereadores, que reduz o número de candidatos para a escolha do eleitor e aumenta o
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Há dois pontos essenciais na reforma política: aumentar a importância e a independência do Legislativo, e aprimorar a fiscalização dos eleitos.
vínculo partidário dos candidatos, além de acabar com a mistura entre Executivo e Legislativo, uma vez que a população fez a opção pelo presidencialismo. E de eliminar os suplentes de senador e coligações eleitorais. Proporcionalidade melhor entre população dos estados e número de deputados também é muito importante no caso da Câmara dos Deputados, onde os eleitos são representantes da população e hoje há uma grande distorção no número de eleitores por eleito entre os que habitam diferentes estados. o Senado não faz sentido a existência de suplentes; e se quem foi eleito prefere assumir cargo no Executivo deveria renunciar, como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos. Um caso emblemático é o da ex-senadora Hillary Clinton, que para assumir o Departamento de Estado teve de renunciar ao mandato. Já nas eleições proporcionais para a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, o voto é partidário e o suplente – que só deveria ser chamado em caso de renúncia, morte ou impedimento – precisaria ser necessariamente do mesmo partido, o que infelizmente não vem acontecendo, pela esdrúxula tese de que prevalecem as estranhas coligações eleitorais na substituição.
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curioso que – no caso de suplentes de senadores e de deputados –a imprensa não distinga os eleitos desses sem- voto ou com votação insuficiente. Ao se referir ao vice-presidente ou vice-governador em exercício, o noticiário os distingue com essa correta denominação. No caso de suplentes no Legislativo, eles são chamados de senadores ou deputados sem qualificá-los como suplentes em exercício, o que dá à população a falsa ideia de que foram eleitos. Valorizar o Legislativo e melhorar sua atuação exige uma reforma política que reduza os atuais problemas – dos quais a eleição de tiriricas é o menor deles.
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MARIO ERNESTO HUMBERG É CONSULTOR DE ÉTICA EMPRESARIAL, COORDENADOR DO PNBE –PENSAMENTO NACIONAL DAS BASES EMPRESARIAIS, PRESIDENTE DA CL-A COMUNICAÇÕES, E AUTOR DE "ÉTICA NA POLÍTICA E NA EMPRESA"
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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seis anos no Desenvolvimento Social, o mineiro Patrus Ananias comandava orçamento de R$ 40 bilhões no Ministério.
gibaum@gibaum.com.br
k Em vez de tomar comprimidos geriátricos, tenho minha esposa, Lílian:
MAIS: hoje, funcionário de carreira, tem uma mesa e telefone como técnico na Assembléia de Minas Gerais. E bate ponto.
18 de Janeiro
RENATO ARAGÃO // comediante, 76 anos, dando sua receita doméstica de vitalidade. Fotos: BusinessNews
A música Liga da Justiça, um pagode interpretado pela banda Levanóiz, é o grande sucesso do verão baiano e promete esquentar mais o carnaval. Diz: “Foge! Foge, Mulher Maravilha! Foge! Foge com Superman!”. Em coro, a letra já é devidamente trocada, mesmo porque essa era a intenção inicial. Ivete Sangalo e Claudia Leitte já trataram de incorporar a música em seus espetáculos. Na banda Levanóiz, o vocalista André Ramon, se apresenta vestido de Superman, ao lado de duas bailarinas fantasiadas de Mulher Maravilha.
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ssumiu como o segundo Bispo de Bourges, na França (624). Em seu apostolado, consolidou a Igreja católica como base social e política do país e defendeu seu rebanho da tirania dos Merovingians. Era admirado por sua caridade e os dons de cura. Morreu em 647. cio lpí
Ninguém merece «
com ela, não preciso saber para que serve pílula azul, verde ou amarela.
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
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REPLAY
MISTURA FINA COM a audiência do Pânico na TV rolando ladeira abaixo, Sabrina Sato já enviou duas cartas à Presidência da República cobrando a promessa feita por Dilma Rousseff na campanha: se vencesse, dançaria Rebolation. As cartas estão numa pilha de milhares de outras que já aterrisaram no Planalto. 333
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Megafranja.
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Megatopete.
Virou bestseller O livro Ágape (na verdade, é quase um livreto, com poucas páginas, composição em letras maiores e recheado de espaços brancos), do padre Marcelo Rossi, acaba de atingir 1,8 milhão de exemplares vendidos. É mais do que Código Da Vinci (1,6 milhão) e todos os de Stephenie Meyer, da saga Crepúsculo. As estimativas indicam que Ágape poderá superar até o campeoníssimo O Monge e o Executivo, que já vendeu 2,6 milhões de exemplares no país. Mais: o padre Marcelo Rossi começa a preparar outro livro, voltado para a manifestação, discussão e entendimento das visões que vem tendo, quando toca nas pessoas. 333
DE 2004 a 2016, para cada quatro reais previstos no orçamento para programas de prevenção de danos e prejuízos provocados por desastres naturais, menos de um real foi aplicado. No orçamento, em sete anos, constava a verba de quase R$ 1,8 bilhão e no período apenas R$ 539, 8 milhões foram aplicados.
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333 ANTES de posar para a foto oficial, que será distribuída inicialmente aos 37 ministérios, a presidente Dilma teve seus cabelos suavemente aparados pelo cabeleireiro Celso Kamura. Ele convenceu a Chefe do Governo a manter o mesmo estilo de corte, pelo menos, no primeiro ano, porque os brasileiros “já se acostumaram com essa imagem”.
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333 A BWA, dona do Ingresso Fácil, que concentra quase 80% da venda eletrônica de bilhetes para partidas de futebol no país, detendo quase quatro mil catracas nos principais estádios brasileiros, está ganhando um adversário e tanto. Está entrando em campo a ingresso.com, da B2W, controlada por Jorge Paulo Lemann e sócios, que vem conversando com dirigentes dos principais clubes do Brasil para fechar novo e amplo acordo para a venda de ingressos pela internet. As gestões passam pelo Clube dos 13. Esse é um filão que fica cada vez mais atraente, à medida em que se aproxima a Copa do Mundo de 2014. A B2W é dona também do Submarino, Americanas.com e Shoptime.
A LOTERJ e o Flamengo acertaram o lançamento da Raspadinha do Ronaldinho Gaúcho. Toda essa féerie vai durar até a hora que o time (com Ronaldinho) começar a derrapar no campeonato estadual. 333
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Guerra declarada
333 O BNDES vai alugar 19 andares de um prédio no Rio por R$ 262 milhões, enquanto durar a reforma do edifício-sede. O contrato terá 60 meses de duração. O prédio anexo, recémconstruído e que será incorporado ao patrimônio, custou a metade do valor do aluguel.
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A cada dia que passa, José Serra aumenta sua coleção de demonstrações de fidelidade e parceria protagonizadas pelo prefeito Gilberto Kassab: além de acolher na prefeitura serristas expulsos do governo do Estado por Geraldo Alckmin, absorveu todas as críticas dos últimos tempos contra enchentes. Kassab é um dos raros novos líderes políticos do país, com um leque de maiores vôos à sua frente. E por conta disso tudo é que Serra começa a pensar mais seriamente em disputar a prefeitura de São Paulo no ano que vem, com olhos na eleição de Kassab para governador em 2014.
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A U R
ALIADO É ISSO
Se suas apresentações anteriores já haviam sido mais do que complicadas, a despedida de Amy Winehouse do Brasil, com um show de 55 minutos no Anhembi, em São Paulo, ficou mais para o patético: errou as músicas, desafinou, a banda estava trágica e até quando voltou para o bis, com Me and Mrs. Jones cambaleou e saiu antes do final. Na platéia, as pessoas se entreolhavam com espanto. Depois do show, teve festinha no Bar Anexo, de onde saiu carregada. Entre muitas lá, Bia Anthony, mulher de Ronaldo (esquerda), Mariana Ximenez, de cara amarrada (centro) e Fabiana Scaranzzi (direita).
Triste goodbye
E
A presidente Dilma Rousseff está arrependida de ter fraquejado na novela do motel , quando o ministro Pedro Novais, do Turismo, quis pendurar na conta do contribuinte R$ 2.156 por conta de sua festinha íntima. Agora, acaba de saber que Novais tinha como contratada, em seu gabinete, como assessora, sua cozinheira Doralice. De quebra, está enfrentando as denúncias de que o novo secretário-executivo do mesmo ministério, Frederico Silva da Costa, teria cometido fraudes na empresa Forasa Indústria Alimentícia para desviar recursos da Sudam. Responde até inquérito administrativo no Ministério da Integração Nacional. Está com seus bens bloqueados, os de seus familiares e de todas suas empresas também. 333
P E D R A
Dose dupla
Solução
P E
333 DADOS de estudo da FGV: em 2010, a cidade de São Paulo ganhou três novos veículos para cada bebê que nasceu durante o ano. Foram 160 mil crianças para 440 mil carros no período, ou seja, a cidade ganhou 18 bebês e 50 veículos a cada hora.
R
333
O
333 O bilionário Eike Batista tem um novo xodó: é um pastor alemão chamado Erik, que vai com ele, todos os dias, até seu escritório e com o qual ele só se omunica em alemão. O cachorro de linhagem tcheca, morou em Amsterdã e nos Estados Unidos e foi treinado em alemão. Detalhe: Erik chegou ao Rio de Janeiro acompanhado de seu adestrador à bordo de um jato fretado por Eike, sem escalas a partir dos Estados Unidos.
Depois de dois anos sem fazer shows, Amy Winehouse veio recomeçar no Brasil e o resultado é trágico: drogada, cambaleante, sem conseguir lembrar as letras das músicas, cantando numa garrafa de água no lugar do microfone, deteriorada fisicamente, quase uma caricatura dela mesmo e conseguindo bater seu próprio recorde. Num dia, tomou nada menos do que sete garrafas de champanhe Veuve Clicquot (mais uns pedacinhos de pizza, que formam sua nova combinação favorita). E pior do que tudo isso, ficou sua associação com o Banco do Brasil, um de seus patrocinadores, em sua primeira investida do ano, em meio a nova verba de marketing de R$ 420 milhões em 2011 (é 70% maior do que a verba do ano passado). Com essa dinheirama, o BB sobe de 5º lugar para o topo da relação dos bancos que mais investem em mídia este ano.
Garota do BB
E
NOVO XODÓ
No Red Carpet
S S O NC A I I E R A C O U L L A I T O U B L A E R T A R I O I E L
Já tem um ministro na lista negra da presidente Dilma: é Luiz Sérgio, das Relações Institucionais, cuja atuação (ou falta de) começa a irritar a Chefe de Governo. Nas conversas com o PMDB, há dias, quem falou foi Antonio Palocci e na reunião com Paulinho Pereira da Silva, da Força Sindical, ele saiu pior do que entrou, a ponto de tentar pedir socorro ao mesmo chefe da Casa Civil. Dilma proibiu: “Ele que faça seu trabalho”. Na reunião ministerial da semana passada, Luiz Sérgio aconselhou os colegas a receberem deputados e senadores. Aí, até Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, não se conteve: “Mas, essa sempre foi uma das principais tarefas das Relações Institucionais”.
333
Os cenários da balada Barão da Gamboa, que será freqüentada por gente famosa na novela Insensato Coração , mais um shopping (serão os principais pontos deencontro dos personagens), custaram R$ 3 milhões à Globo. A boate vem sendo chamada de versão 2011 da discoteca de Dancin’Days, novela do mesmo Gilberto Braga apresentada em 1978. Num dos primeiros capítulos, Natalie, vivida por Deborah Secco, terá uma cena com o jogador Roger, seu marido na vida real. Com o desenrolar da trama, outras tantas figuras conhecidas farão pontas, aparecendo como freqüentadores da Barão da Gamboa. 333
M P L R MA T I RO MA V D A A I P S MO T O R O R N O I T R I O A O N C A N H A M O A RB
Primeiro da lista
Numa noite onde os grandes vencedores foram Colin Firth (The King’s Speech) e Natalie Portman (Black Swan) no cinema e Laura Linney (The Big C) e Jim Parsons, de novo (ele é o Sheldon de Big Bang Theory) na televisão, aconteceu a entrega dos 2011 Golden Globe Awards, no The Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles. Pelo red carpet, entre tantas, exibiram sua elegância, da esquerda para a direita, January Jones, de Versace; Christina Aguilera, usando Zuhair Murad (deve vir este mês a São Paulo); Heidi Klum, com um criativo Marc Jacobs; Natalie Portman, de Dior; e Annie Hathaway, com um super-decote nas costas, assinado por Giorgio Armani. 333
Por: José Nassif Neto Algo que não se tem para sempre. Respirar com ruído durante o sono.
Aura, isolada da mate- Selva; rialidade floresta. do corpo.
Disparo de Mulher que arma de amamenta fogo. filho alheio. Perversa.
Dois, alg. romano. Interjeição de espanto.
Primeira pessoa do plural. Estação mais quente do ano. Estrondoso fenômeno do choque das águas.
Porção de terra elevada de base extensa.
Ação de ir de um lugar para outro.
Utensílio para catar lixo. Mineral duro e sólido, pode ser britada.
'Alma', em inglês.
Ser demitido; estar no olho da (?). Veículo motorizado com duas rodas.
'Volta' (de corrida), em inglês. Tonel pequeno p/ armazenar líquidos.
Conjunto de regras de uma seita.
Interj. de surpresa. Rei da selva.
'Um', em inglês. Unidade Terapia Intensiva. Morada.
Três formam um... O sustento diário.
Afeição; Pássaro da apego; família dos Época paixão. traupíneos. notável.
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Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero
Pode ser mini no vestuário feminino.
O de amigos, pode ser íntimo.
Reze; faça oração. Brinquedo, enrola e desenrola na fieira.
Maravilhar; causar prazer. 'Presunto', em inglês.
Esfera; globo.
Tomar conhecimento através de leitura.
(1015) 3-nós; one; ham; lap; pão; tiê (ex. sanhaços) ; 4-soul; orbe (pode ser tb o espaço circunscrito pela órbita de um astro); leão; ioiô; 8-pororoca (em rios muito volumosos, esp. o Amazonas, perto da sua foz).
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
5 ATAQUE MST promete insistir nas invasões de terra durante o "janeiro quente"
olítica
DEFESA Governo paulista, porém, diz que não vai tolerar ações no estado
Epitácio Pessoa/AE - 16.11.11
Rainha 'comemora' 38 invasões em SP Em resposta, governador Geraldo Alckmin diz que não vai tolerar ações no estado
E
m reação às invasões promovidas pelo Movimento dos SemTerra (MST), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que o governo "não vai tolerar" nenhuma dessas ações. "A invasão é um desserviço à reforma agrária porque a boa bandeira da reforma fica maculada pelas invasões de propriedade, que causam uma enorme insegurança no campo", afirmou o governador. Segundo o MST já foram realizadas, este ano, 38 invasões. O Instituto de Terras do Estado (Itesp), porém, contesta o dado
e diz que foram registradas apenas nove, até agora. Alckmin enfatizou que a desapropriação de terras é de competência do governo federal e cabe ao Estado oferecer áreas devolutas para a criação de assentamentos rurais. "Orientei a secretária de Justiça, Eloísa Arruda, para acelerar esses esforços junto ao Poder Judiciário. Vamos apoiar a reforma agrária, mas não vamos tolerar invasão de terra". Divergências – Nas contas do líder José Rainha, as 38 invasões representam a soma das de seu grupo e de outros quatro movimentos. Teriam si-
Militantes do MST ocupam fazenda no Pontal do Paranapanema, como parte das ações do chamado "Janeiro Quente" Guilherme Maranhão/Folhapress
do sete só na região de Pontal de Paranapanema, entre a noite de domingo e a manhã de ontem. Além delas, mais sete invasões teriam ocorrido no Pontal do Paranapanema, outras 14 na Alta Paulista e mais 17 em Araçatuba. Segundo ele, cerca de 5 mil famílias ligadas a entidades como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Uniterra e MLST (Movi-
Robson Fernandjes/AE
Alckmin se reúne com ministro da Justiça e secretários: "A invasão é um desserviço à reforma agrária", diz.
Câmara estuda confisco de terras onde há trabalho escravo O grande dilema está em conceitualizar o que é o trabalho escravo nos dias atuais
A
ntes do início da nova legislatura, a Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo já se mobiliza para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição 438/01, que permite o confisco das propriedades de terra em que houver trabalho escravo. Em sua primeira reunião do ano, a Frente definiu uma programação de atos, seminários e mobilizações a serem realizadas no período de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, durante a Segunda Semana Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Segundo o presidente da Frente Nacional, senador José Nery (PSol-PA), a aprovação da PEC corresponderá a uma segunda abolição. "Acho que o principal empecilho é uma certa mentalidade escravagista ainda presente em setores que compõem o parlamento brasileiro, especialmente a Câmara dos Deputados". Ruralistas – De acordo com o senador, "uma das fontes de resistência é a chamada bancada ruralista". O trabalho da frente, acrescenta, será "combinar convencimento, diálogo e a legítima pressão moral, libertadora, que é importante ser feita para acordar aqueles que menospre-
zam essa realidade e acham até normal que o trabalhador seja tratado como escravo em pleno século 21". Nery diz que os produtores rurais deveriam apoiar a aprovação da PEC e evitar qualquer prática criminosa no trabalho rural, para que os produtos da agricultura brasileira não enfrentem dificuldades de inserção no mercado internacional. Definição clara– O deputado Valdir Colatto (PMDBSC) rebate. Diz que a bancada
po de trabalho que não seja dentro das características e das exigências do Ministério do Trabalho?" Na avaliação do parlamentar, "tem que existir um conceito para que se possa dar segurança às pessoas, que não sejam enquadradas ou perseguidas por um fiscal qualquer do Ministério do Trabalho ou outra entidade que se julgue no direito de decidir pela vida das pessoas". Trabalho degradante – A ONG Repórter Brasil é uma das 56 entidades da sociedade civil que compõem a Frente Nacional pela Erradicação Tem que existir um do Trabalho Escravo. De conceito claro de acordo com seu site, o trabalho escravo se configura pelo trabalho escravo para que as pessoas trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. não sejam enquaColatto defende que o patridradas ou persegui- mônio de pessoas culpadas das por um fiscal. por algum crime, não importa qual a gravidade, seja preVALDIR COLATTO servado, para que sua família não sofra também. Para o deputado, o trabaruralista não defende o trabalho escravo, e sim demanda lho escravo acabou no Brasil uma definição clara do que e no mundo há muito tempo. E as leis trabalhistas brasileiseja esse tipo de trabalho. Colatto apenas questiona ras já são duras o suficiente qual seria essa definição: "[O para fazer o controle de irretrabalho escravo] é aquele em gularidades. A PEC do trabalho escravo que a pessoa não pode ir e vir? Aquele [em que o trabalha- foi aprovada pelo Senado. Na dor] está preso realmente? Câmara, aguarda votação em Ou aquele que tem algum ti- segundo turno. (Ag. Câmara)
mento de Libertação dos SemTerra) participam das invasões no "Janeiro Quente", que teria como objetivo cobrar avanços na reforma agrária no Estado. A retirada dos invasores também já começou. Em cumprimento a mandado de reintegração de posse, a Polícia Militar conseguiu desocupar a Fazenda Caru, em Rinópolis, em uma operação que mobilizou inclusive um helicóptero. Fazendas em Presidente Bernardes e Iacri devem ser desocupadas hoje. Outras liminares foram obtidas pelos fazendeiros desde domingo. O Incra e o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado d e S P ) t a m b é m d i v e rg e m quanto ao número de propriedades ocupadas. O Incra fala em 14 fazendas, ante as nove do levantamento do Itesp. Rainha afirma que busca uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, para discutir a questão agrária em São Paulo. "O Estado merece uma atenção especial. Temos 8 mil famílias acampadas e terras em que a Justiça já decidiu pela desapropriação". Identificação – A direção do MST diz que não está envolvi-
José Rainha: dissidente do MST, ele contabiliza também as invasões de outros movimentos de trabalhadores rurais no Pontal do Paranapanema, na Alta Paulista e em Araçatuba.
da nas ações e que Rainha não faz parte da entidade. O presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Nabhan Garcia, afirmou ontem que os proprietários vão ajudar na identificação dos invasores. "Vou me reunir com a polícia civil e militar. Queremos que essas pessoas sejam responsabilizadas civil e criminalmente
por invasão de propriedade privada, formação de quadrilha e apologia ao crime". Dirigentes do MST em São Paulo estarão em Brasília, hoje, para uma audiência com o presidente do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, em que discutirão a retomada dos assentamentos no Estado. (Agências)
Centrais preparam protestos por salário mínimo e correção do IR Sindicalistas decidem ir à Justiça cobrar a correção da tabela do Imposto de Renda
A
legando falta de diálogo com o governo, o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDTSP), alertou ontem que as centrais sindicais deverão entrar na Justiça em pelo menos 20 estados a fim de questionar a não correção da tabela do Imposto de Renda (IR). "Teremos manifestações em várias capitais, inclusive em São Paulo, em frente à Justiça Federal. Em pelo menos 20 estados, abriremos processo". Na semana passada, Paulinho já havia avisado que recorreria à Justiça por conta da tabela do IR se o governo não abrisse negociação para o reajuste do salário mínimo. "Ninguém nos procurou. É um começo muito ruim. O povo estava acostumado com as negociações feitas com o Lula", acrescentou ele, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira, após a primeira reunião ministerial do governo da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o salário mínimo será de R$ 545 a partir de 1º de fevereiro. Apesar de ser superior aos R$ 540 anunciados inicialmente, o valor ainda está distante dos R$ 580 reivindicados pelas centrais sindicais. O reajuste do mínimo é visto por investidores como um si-
nal importante em relação aos gastos públicos. No discurso, a equipe econômica do novo governo tem dito que os gastos serão contidos e os recursos, melhor utilizados. Para o mercado, o reajuste do mínimo, que tem impacto sobre as contas da Previdência, pode ser um sinal mais concreto sobre a determinação do governo quanto ao equilíbrio fiscal. Para Paulinho, "o valor de R$ 545 é muito ruim, não dá nem para discutir". A ameaça de entrar na Justiça para exigir
correção da tabela do IR foi a maneira que as centrais encontraram para mobilizar uma parcela maior da sociedade. Diferentemente do aumento do piso do salário mínimo, que beneficia principalmente os assalariados de menor renda, a correção da tabela do IR atende a uma parcela da população, com maior renda. Segundo a Receita Federal, neste ano cerca de 24 milhões de pessoas (ou 18% da população economicamente ativa) vão declarar Imposto de Renda. (Reuters)
Jaime Moraes/Ag.Câmara - 09.02.10
"Teremos manifestações em várias capitais, inclusive em São Paulo", avisa o deputado sindicalista Paulo Pereira da Silva (PDT)
p Dilma recomeça novela sobre os caças DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Ficaremos em alerta para a possibilidade de falar às pessoas que queiram saber a verdade. Alberto Torregiani
olítica
Presidente Lula deixou a decisão por conta dela. Agora, a presidente quer partir do zero para elaborar o seu próprio processo para a escolha dos caças em disputa. Adriana Franciose/RBS/Folhapress
A
presidente Dilma Rousseff decidiu adiar a escolha do fornecedor de jatos de combate da Força Aérea. Ela vai reavaliar todas as ofertas finalistas para buscar garantias e acertar questões sensíveis, como transferência de tecnologia, segundo fontes com conhecimento da questão. A decisão marca uma reviravolta no processo, já que seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, repetidamente expressou preferência pela francesa Dassault e seus jatos Rafale. Lula deixou o governo e a decisão por conta de Dilma. De acordo com a fonte do governo, ela resolveu recomeçar o processo de avaliação das aeronaves e não tem preferência por qualquer fornecedor. "É a decisão dela agora... e ela quer olhar os detalhes cuidadosamente", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Os outros finalistas da licitação, avaliada em pelo menos US$ 4 bilhões, são o caça Gripen NG, da sueca Saab, e o F18 Super Hornet, da norte-americana Boeing. Na semana passada, Dilma pediu pessoalmente a senadores norte-americanos por garantias adicionais do Congresso dos EUA para transferência tecnologia na proposta da Boeing, disseram fontes com conhecimento das conversas. O acordo é o centro dos esforços do Brasil para ampliar seu potencial de defesa. O governo exige generosas transferências de tecnologia patenteada para incentivar a indústria de defesa nacional. Cada oferta tem pontos fortes e fracos. A da Dassault ga-
Pretendo garantir que fique clara a transferência completa de tecnologia se o Brasil adquirir o F-18. JOHN MCCAIN
rante boas transferências de tecnologia, mas cobra um preço alto, segundo autoridades. A Saab pode ser prejudicada pela percepção de que a Suécia ofereceria uma relação estratégica menos prestigiosa do que a França e os EUA. E pairam dúvidas sobre a transferência de tecnologia da Boeing. Pesam considerações políticas. A relação do Brasil com os EUA piorou nos últimos anos do governo Lula, mas Dilma já sinalizou vontade de melhorar os laços bilaterais. Lula tinha ligação forte com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e assinou acordo estratégico de defesa com a França. Na última segunda-feira, Dilma perguntou ao senador norte-americano John McCain – membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, que tem jurisdição sobre assuntos aeronáuticos – se o Congresso dos EUA poderia dar uma garantia adicional e formal de transferências de tecnologia na oferta da Boeing. "Eu pretendo voltar a Washington e garantir que fique muito claro – que tanto o presidente dos EUA como seu Congresso deixem claro – que haverá uma
transferência completa de tecnologia de tecnologia se o governo do Brasil decidir adquirir o F-18", disse McCain. A Boeing e autoridades norte-americanas já garantiram transferência de tecnologia, mas Dilma pode estar buscando termos mais generosos – ou promessas adicionais que aliviem receios de membros das Forças Armadas e do Ministério de Defesa – muitos são favoráveis à oferta francesa. Jogo – Não está claro como Dilma vai avaliar as ofertas. Ela pode decidir revisar as ofertas atuais em vez de exigir uma reelaboração total da parte técnica das propostas, o que poderia levar anos. A demora prolonga um processo que começou há quase uma década, sob o governo Fernando Henrique Cardoso. As ofertas só crescem com o tempo. O contrato deve valer mais que o proposto inicialmente – de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões. Os contratos de manutenção serão lucrativos, e o País pode acabar comprando mais de 100 aeronaves. Fontes do Ministério de Defesa francês contam que ouviram indicações preliminares de que haveria uma reforma do processo de negociações no governo de Dilma. E conseguir a venda é muito importante para a Dassault – esta seria a primeira encomenda de exportação dos caças Rafale. Assessores dizem que Dilma pretende melhorar as relações com Washington, que ela vê como um aliado comercial em um momento de incerteza financeira mundial e de atritos crescentes sobre as políticas comerciais da China. (Reuters)
CASO BATTISTI Filho de joalheiro morto pode vir ao Brasil esclarecer crime Alberto Torregiani diz que explicaria assassinato, negado pelo ex-ativista do PAC
A
lberto Torregiani, o filho do joalheiro morto por membros do grupo esquerdista do ex-militante Cesare Battisti, declarou ontem que poderá vir ao Brasil, se for preciso, para dar, ele próprio, sua versão dos fatos que pesam contra o ex-ativista italiano – como a acusação de ter cometido quatro assassinatos.
"Neste momento, não é minha intenção ir ao Brasil, porque estou levando em frente minha batalha com diversas iniciativas", afirmou ele à Agência Ansa. Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por ter cometido as quatro execuções na década de 70, época em que fazia parte do grupo Proletá-
SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO ELETRÔNICO 001/2011-SMS.G, processo 2010-0.229.374-6, destinado ao registro de preços de MALHA TUBULAR, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 2 de fevereiro de 2011, a cargo da 2ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAL O edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.
SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE COMUNICADO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL nº 001/SVMA/2011 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2010-0.157.779-1 OBJETO: Contratação de empresa para prestação de serviços de manutenção civil dos equipamentos, das instalações prediais elétricas, hidro-sanitárias, de prevenção contra e combate a incêndio, contra descargas atmosféricas, telefônicas, cabeamentos diversos, serviços de manutenção em obras civis, pintura, serralheria, soldagem, esquadrias, divisórias, forros e vidraria, nos prédios, dependências e equipamentos administrados pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, por meio de equipes de trabalho padrão, nos termos contidos no ANEXO I do edital. A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL.1 torna público que a sessão de Abertura do Pregão Presencial em epígrafe será realizada no dia 03 de FEVEREIRO de 2011, às 09:30 horas, na Rua do Paraíso, 387/389, Térreo. O caderno de licitação, composto de edital e dos anexos, poderá ser obtido sem custo, através da Internet pelo site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, onde os interessados deverão se cadastrar conforme orientações ou retirado, mediante a entrega de 1 (um) CD-R ou CD-RW sem uso, na Unidade de Licitação, situada na Rua do Paraíso, nº 387/389, 9º andar, Paraíso, nesta Capital, das 09:00 às 17:00 horas, tel. 3396-3104/ 3396-3103 e fax 3396-3106.
rios Armados pelo Comunismo (PAC). Alberto disse que sua vinda ao Brasil poderia ajudar a mostrar a verdade e daria apoio às famílias das outras vítimas do PAC. "Ficaremos em alerta para a possibilidade de explicar claramente às pessoas que queiram saber a verdade". Ele diz que tem recebido vários convites de políticos "expoentes" do Brasil e de "pessoas comuns" que apoiam o pedido da Itália para a extradição de Battisti. Alberto organizou uma das manifestações na Itália em frente às representações diplomáticas brasileiras. Ele lembrou que amanhã o Parlamento Europeu vai votar uma resolução sobre o caso, a pedido de políticos italianos. Os representantes do país no plenário também vão pedir a intervenção política da chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton. Alberto foi incumbido de organizar, no fim deste mês ou no início de fevereiro, manifestação nacional para enviar "mensagem forte, clara e, sobretudo, apartidária" para defender a extradição de Battisti. 'Reação excessiva' – Em entrevista publicada ontem no jornal La Stampa, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro ( que concedeu refúgio político a Battisti em janeiro de 2009) afirmou que algumas autoridades italianas agiram com "incivilidade e vulgaridade". Segundo ele, nas condições em que o processo foi julgado na Itália, "a condenação de Battisti está impregnada de dúvidas". "Em qualquer sistema jurídico democrático, a dúvida em relação às provas também é uma dúvida sobre o próprio crime". (Agências)
Presidente Dilma retoma as discussões e diz que vai reavaliar as opções, com base nas garantias oferecidas
FHC internacionaliza debate sobre a maconha Ex-presidente lança em Genebra a Comissão Global contra Políticas sobre Drogas
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso leva para o centro do debate internacional a questão da descriminalização ou não do consumo de maconha. Na próxima segunda-feira, em Genebra, FHC lança a Comissão Global contra Políticas sobre Drogas, para avaliar medidas de maior eficiência ao combate às drogas e iniciativas concretas contra o setor, visto como ameaça à democracia em vários países, diante do fortalecimento do narcotráfico.
Com a colaboração de europeus, asiáticos, americanos, empresários e ganhadores do Prêmio Nobel, a meta de FHC é debater uma reformulação completa da luta contra as drogas. Fernando Henrique já havia liderado um grupo latinoamericano sobre o tema. U m a d a s c o n c l u s õ e s fo i constatar que a guerra contra as drogas fracassou e que novas políticas deveriam ser pensadas, inclusive uma eventual eliminação de penas criminais contra a posse de maconha.
Carlos Cecconellis/Folhapress
Fernando Henrique: o tema das drogas, sob vários pontos de vista
Agora, diante de um grupo mundial, a mesma questão será avaliada sob o ponto de vista de outras culturas, religiões e sistemas legais. O novo grupo terá nomes como o escritor Mario Vargas Llosa, o espanhol Javier Solana, ex-secretário-geral da Otan, a ex-presidente da Suíça, Ruth Dreifuss, e o empresário Richard Branson, do Virgin Group. O grupo debaterá alternativas para a implementação de políticas mais criativas e eficientes que a mera erradicação da produção ou a criminalização do consumo. Ainda não há uma visão final do grupo sobre esses temas. Seus membros trabalharão nos próximos meses para apresentar alternativas viáveis para a luta contra as drogas em todo o mundo. Na América Latina, a iniciativa de FHC abriu um debate público em um tema que, segundo os próprios organizadores, tende a estar cercado por medo e desinformação. Agora, o grupo internacional avaliará com médicos, especialistas e juristas recomendações concretas para uma reforma da política de drogas no mundo. O grupo tratará da produção da droga e de seus canais de comércio, consumo e impacto político e econômico. Analisará a dimensão política, principalmente diante da constatação de que as ramificações do crime organizado levam à violência e corrupção. Uma das constatações do grupo é a de que o crime organizado põe em risco as instituições democráticas e que o comércio de drogas financiaria os conflitos armados. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
POLÍTICA - 7
ELEIÇÕES PARA RENOVAÇÃO DOS QUADROS DIRETIVOS DA ENTIDADE PARA O BIÊNIO MARÇO DE 2011/MARÇO DE 2013
EDITAL REGISTRO DE CHAPAS ELEITORAIS I - O Conselho Deliberativo, em reunião nesta data, fixou, nos termos dos artigos 41, 56 e 59 do Estatuto Social, o dia 21 de fevereiro de 2011, às 16 horas, para a instalação, em primeira convocação, e o dia 28 de fevereiro de 2011, às 16 horas, em segunda convocação, da Assembleia Geral, para a realização das eleições, com vistas à renovação dos quadros diretivos da entidade, para o biênio março de 2011/março de 2013. Em consequência, e de acordo com o disposto no artigo 42 e seus
parágrafos, acha-se aberto, na Secretaria Geral, a partir desta data, e até 10 (dez) dias antes da data das eleições, das 10 (dez) às 18 (dezoito) horas, o REGISTRO DE CHAPAS ELEITORAIS completas para concorrerem ao referido pleito, das quais deverão constar os nomes dos candidatos à Diretoria Executiva, à Diretoria Plena e ao Conselho Deliberativo, bem como os das respectivas empresas associadas às quais pertençam. Quanto ao candidato a Presidente, deverá ele obter o referendo do Conselho Superior,
nos termos do artigo 39 e seus parágrafos. II - O pedido de REGISTRO deverá ser subscrito por, no mínimo, 200 (duzentos) associados, com direito a voto. III - Cada associado poderá assinar apenas um pedido de REGISTRO de chapa eleitoral (§ 3º do art. 42). Somente poderão votar e ser votados os sócios quites com os cofres sociais e desde que admitidos há mais de 180 (cento e oitenta) dias, retroativos à data das eleições. IV - No caso de ser registrada uma única
chapa eleitoral completa, serão dispensadas as formalidades subsequentes ao REGISTRO, procedendo-se de acordo com o estabelecido no artigo 32 do Regulamento das Eleições. São Paulo, 17 de janeiro de 2011.
Alencar Burti Presidente
REGULAMENTO DAS ELEIÇÕES REGULAMENTO DAS ELEIÇÕES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO - ACSP, PARA O BIÊNIO MARÇO DE 2011/MARÇO DE 2013, APROVADO EM REUNIÃO DE 17 DE JANEIRO DE 2011 PELO CONSELHO DELIBERATIVO, NOS TERMOS DO ARTIGO 31, INCISO VIII, COMBINADO COM O ARTIGO 41 E SEGUINTES DO ESTATUTO SOCIAL
DAS ELEIÇÕES Artigo 1º - Os candidatos a membros da Diretoria Executiva, Diretoria Plena e Conselho Deliberativo, para o biênio março de 2011/março de 2013, de acordo com decisão do Conselho Deliberativo, tomada em reunião do dia 17 de janeiro de 2011, nos termos do artigo 41, c.c. os artigos 56 e 59 do Estatuto Social, serão eleitos pela Assembleia Geral. Para essa finalidade, a Assembleia Geral instalar-se-á, em primeira convocação, no dia 21 de fevereiro de 2011, às 16 horas, com a presença mínima da décima (1/10) parte dos associados e, não havendo quorum, em segunda convocação, no dia 28 de fevereiro de 2011, às 16 horas, com qualquer número de associados. REGISTRO DAS CHAPAS Artigo 2º - Até 10 (dez) dias antes da data marcada para as eleições, no horário das 10 (dez) às 18 (dezoito) horas, serão registradas, na Secretaria Geral da Associação Comercial, na Rua Boa Vista, 51 - 10º andar, chapas completas contendo os nomes dos candidatos à Diretoria Executiva, à Diretoria Plena e ao Conselho Deliberativo. Parágrafo único - Os registros referidos neste artigo serão feitos em livro próprio, precedidos do termo de abertura firmado pelo Superintendente Geral, na condição de Secretário do Processo Eleitoral, ou pelo Superintendente Institucional, na condição de Secretário Adjunto, designados pelo Presidente, para os fins deste Regulamento. Terminado o prazo fixado neste artigo, logo a seguir ao último registro efetuado, o Secretário lavrará o termo de encerramento. Artigo 3º- Até 30 (trinta) dias antes do prazo de registro das chapas eleitorais completas, o candidato a Presidente deverá submeter seu nome ao referendo do Conselho Superior (art. 39). Parágrafo único - Até 10 (dez) dias antes do término do prazo para registro das chapas completas, o Conselho Superior deliberará sobre a candidatura do Presidente. Caso não haja deliberação ou dispensa de arguição por aprovação tácita, o candidato, nos termos do art. 39, §1º, será considerado aprovado. A aprovação, nessa circunstância será comunicada ao candidato e ao Presidente da entidade. Artigo 4º - O pedido de registro de chapas será dirigido ao Secretário do Processo Eleitoral e subscrito por, no mínimo, 200 (duzentos) associados, com direito a voto e instruído com o referendo do Conselho Superior (art. 3º deste Regulamento, ou nos termos de seu parágrafo único). Parágrafo único - Será fornecida certidão do registro de chapas pelo Secretário do Processo Eleitoral, a requerimento de qualquer interessado. Artigo 5º - As chapas completas deverão conter os nomes de candidatos aos seguintes cargos eletivos para a Diretoria Executiva: 1 (um) Presidente e 20 (vinte) vicepresidentes; 50 (cinquenta) diretores sem designação específica para integrarem a Diretoria Plena; e 40 (quarenta) membros sem designação específica para integrarem o Conselho Deliberativo, dos quais a metade será formada por ex-diretores da ACSP (artigo 30, I) § 1º - Compor-se-á a Diretoria Executiva, além do Presidente, de 20 (vinte) vice-presidentes, aos quais serão atribuídas funções administrativas e de representação da entidade. § 2º - Compor-se-á a Diretoria Plena: a) dos membros eleitos da Diretoria Executiva; b) dos 50 (cinquenta) diretores eleitos sem designação específica, na forma do "caput" deste artigo; e, ainda, c) dos diretores representativos das Sedes Distritais; e d) dos diretores representativos dos órgãos de consulta. § 3º - Os diretores representantes das Sedes Distritais e dos órgãos de consulta serão eleitos em reunião conjunta da Diretoria Plena e do Conselho Deliberativo, dentro de 30 (trinta) dias após a posse dos integrantes desses órgãos diretivos. § 4º - Compor-se-á o Conselho Deliberativo dos 40 (quarenta) membros eleitos na forma do "caput" deste artigo, sendo metade, no mínimo, escolhida dentre os ex-diretores da Associação, além dos conselheiros vitalícios (artigo 30, II). § 5º - Será obrigatória, nas eleições, a renovação de um terço dos membros da Diretoria Executiva, da Diretoria Plena e do Conselho Deliberativo que integrarão as chapas a que se refere o "caput" deste artigo (art. 16, § 2º) Artigo 6º - Até o segundo dia imediato ao encerramento do prazo para registro, deverão ser publicadas, no "Diário do Comércio", as chapas completas registradas. Artigo 7º - As chapas distinguir-se-ão, uma das outras, pela numeração recebida no ato do registro, por ordem cronológica de apresentação. Havendo simultaneidade nessa apresentação, o Secretário procederá, no ato, ao sorteio da numeração respectiva. Artigo 8º - Cada associado poderá assinar somente um pedido de registro. Ocorrendo assinaturas em mais de uma chapa, considerar-se-ão tais assinaturas destituídas de qualquer efeito. Artigo 9º - As cédulas referentes às chapas registradas deverão ser impressas em papel branco, pela ACSP, trazendo com clareza os nomes dos candidatos e a indicação dos cargos pleiteados.
DAS MESAS ELEITORAIS Artigo 10 - As mesas eleitorais serão compostas por um presidente e dois mesários, todos escolhidos pelo Conselho Deliberativo, dentre os associados com direito de voto. § 1º - Será escolhido também um número suficiente de suplentes, sem vinculação a qualquer mesa eleitoral, que suprirão os membros das mesas que expressamente renunciarem ou não se apresentarem à hora da instalação dos trabalhos. Os suplentes serão dispensados se o seu concurso não for necessário. § 2º - Na falta do presidente designado assumirá a presidência o mesário mais idoso, convocando-se um suplente para complementar a mesa. § 3º - Na hipótese de não comparecimento dos mesários, no horário previsto para o início dos trabalhos, o presidente dará imediato início aos mesmos e completará a mesa com a escolha de dois eleitores presentes, os quais a integrarão até o final dos trabalhos. § 4º - As mesas eleitorais poderão funcionar com dois membros, um dos quais necessariamente será o presidente, com poderes para resolver qualquer dúvida. Artigo 11- CadacandidatoaPresidente,ouporeleoprimeirosignatáriodopedidode registro de chapa, poderá designar associados, um (1) junto a cada mesa eleitoral, para funcionar como seu fiscal, quer na fase de votação como na de apuração de votos. Artigo 12- Ospresidentesdasmesaseleitoraisdecidirãotodososincidentesqueocorrerem por ocasião da votação e da apuração, mediante justificativas verbais ou por escrito, conforme forem solicitadas pelos fiscais a que se refere o artigo anterior. Artigo 13 - Cada mesa eleitoral será auxiliada em seu trabalho por um funcionário da Associação Comercial. Artigo 14 - As mesas eleitorais funcionarão nos locais designados pelo Conselho Deliberativo. DA VOTAÇÃO Artigo 15 - As mesas eleitorais instalar-se-ão às 9 (nove) horas do dia marcado para as eleições, no local previamente designado. Artigo 16- As mesas eleitorais darão início à recepção de votos às 9h30 (nove horas e trinta minutos) e encerrarão esse trabalho às 17 (dezessete) horas, funcionando ininterruptamente. Parágrafo único - O período de funcionamento referido neste artigo poderá ser ampliado por tempo não superior a 2 (duas) horas, por determinação do presidente da mesa, se assim julgar necessário. Artigo 17 - Poderão votar e ser votados os associados a que se referem os incisos I, II e III do art. 5º do Estatuto Social, e que, conforme o caso, estiverem quites com os cofres sociais, em pleno gozo de seus direitos e desde que admitidos no quadro social há mais de cento e oitenta (180) dias, retroativos à data da eleição. Parágrafo único - Os eleitores votarão somente nas seções (mesas eleitorais) e locais previamente designados pelo Conselho Deliberativo, com exceção do presidente e dos mesários, os quais votarão nas seções eleitorais em que servirem, e, se não forem da seção, votarão em separado. Artigo 18 - As empresas associadas exercerão o direito de voto por intermédio de seus representantes legais (titulares, sócios-gerentes ou diretores), sendo a eles equiparados o procurador investido de poderes "ad negotia" ou de representação geral da empresa, cujo instrumento respectivo deverá ser exibido no ato. § 1º - Os eleitores pessoas naturais (empresários ou profissionais liberais) identificar-se-ão no ato de votar. § 2º - As empresas associadas identificar-se-ão da seguinte forma: a) mediante credencial fornecida previamente pela Associação Comercial; b) mediante carta da empresa associada, em papel timbrado, designando expressamente para votar o administrador (gerente) ou diretor, ou, em carta sem timbre, neste caso, com firma reconhecida; c) na falta das credenciais mencionadas nas alíneas anteriores ("a" e "b"), o administrador (gerente) ou diretor poderão votar, desde que provem, perante a mesa, aquela qualidade, por quaisquer meios de prova admissíveis juridicamente, tais como: instrumentos contratuais, atas de assembleias gerais, etc. § 3º - A mesa poderá admitir à votação empresário, administrador (gerente) ou diretor da empresa, independentemente de apresentação de prova dessa qualidade, desde que esse fato seja de seu conhecimento. § 4º - O direito de voto exercido pela empresa impedirá a sua repetição por qualquer outro administrador, gerente ou diretor, prevalecendo o que tiver votado em primeiro lugar. § 5º- Cada eleitor, ao se apresentar para votar, deverá estar munido de documento de identidade. Artigo 19 - As associações civis e as de classe (entidades congêneres, fundações, institutos, organizações e entidades de qualquer natureza) exercerão o direito de voto por intermédio de seus representantes legais, como for determinado em seus estatutos. § 1º - Os eleitores identificar-se-ão no ato de votar pela seguinte forma: a) mediante credencial fornecida previamente pela Associação Comercial; b) mediante carta da entidade votante, em papel timbrado, designando expressamente para votar qualquer um de seus diretores, ou em carta sem timbre, neste caso com firma reconhecida;
c) na falta das credenciais mencionadas nas alíneas anteriores ("a" e "b"), o representante legal nato (diretor presidente, se for o caso) poderá votar, desde que prove, perante a mesa, aquela condição, por quaisquer meios de prova em direito admissíveis juridicamente, tais como: estatutos, ata de eleição, etc. § 2º - Aplica-se, no que couber, o disposto nos parágrafos 3º, 4º e 5º, do artigo 18 deste Regulamento. Artigo 20 - Junto a cada mesa eleitoral existirá uma relação dos associados da seção, controlada por um mesário, auxiliado por funcionário da Associação Comercial especialmente designado, a qual será assinada pelo eleitor, após identificação que o credenciará a votar perante a mesa. Artigo 21 - A eleição se processará pelo sistema de voto secreto, e, para isso, cada votante, verificada sua condição de eleitor, receberá um envelope, com o qual se dirigirá à cabine indevassável, onde colocará no envelope recebido, rubricado pelo presidente da mesa, cédula referente à chapa de sua escolha. Voltando à mesa, depositará o seu voto na urna, que estará à vista de todos. Parágrafo único - A lista de votação será rubricada por todos os componentes da mesa. Artigo 22 - Os presidentes das mesas eleitorais providenciarão para que nas cabines indevassáveis haja cédulas de todas as chapas registradas, durante todo o transcorrer dos trabalhos de votação. Artigo 23 - Não será admitido o voto por correspondência ou por procuração, salvo, nesta última hipótese, nos casos de poderes "ad negotia" ou de representação geral da empresa, de acordo com o artigo 18. DA APURAÇÃO Artigo 24 - A apuração dos votos far-se-á pelas próprias mesas eleitorais, imediatamente após o encerramento da votação, as quais resolverão todos os incidentes que ocorrerem. Parágrafo único - Para os trabalhos de apuração, que serão públicos, a mesa poderá convidar associados para servirem de escrutinadores. Artigo 25 - Cada mesa eleitoral, depois de verificar a inviolabilidade da urna, procederá à contagem dos votos, que deverá corresponder aos dos votantes. Artigo 26 - Não serão computados os votos expressos em cédulas que: a) contiverem chapas não registradas ou rasuradas; b) contiverem nomes de candidatos não registrados; c) contiverem quaisquer sinais que, a juízo da respectiva mesa apuradora, possibilitem a identificação do votante. Artigo 27 - Concluídos os trabalhos de apuração, o presidente da mesa designará um dos mesários para lavrar a ata, na qual se consignará o resultado da apuração, especificamente, bem como os incidentes que eventualmente ocorrerem. Artigo 28 - Concluídos os trabalhos de apuração das diversas mesas, os presidentes se reunirão sob a presidência do presidente da Primeira Mesa, onde esta estiver instalada, e somarão os resultados parciais, lavrando-se imediatamente uma ata geral, que será assinada pelos presidentes das mesas e pelos presentes que o desejarem. Artigo 29 - Terminada a apuração geral, pela forma estabelecida no artigo anterior, o presidente da Primeira Mesa fará a leitura dos resultados constantes da ata da Assembleia Geral e proclamará eleitos os mais votados. (art. 52) Artigo 30 - Findos os trabalhos eleitorais, os presidentes de cada mesa, assim como o da Primeira Mesa, entregarão ao Secretário ou a quem este designar, contrarrecibo, os documentos relativos ao pleito. DO RECURSO Artigo 31 - Das decisões das mesas eleitorais cabe, no prazo de 5 (cinco) dias, recurso sem efeito suspensivo para a Assembleia Geral, que será especialmente convocada dentro de 8 (oito) dias. § 1º - O recurso a que se refere este artigo será formulado por escrito e entregue ao Secretário, mediante recibo. § 2º - Se o recurso versar sobre número de votos que não possa alterar o resultado geral da eleição, o Presidente deixará de convocar a Assembleia Geral e determinará o arquivamento do recurso. § 3º - Julgado procedente o recurso, a Assembleia Geral resolverá sobre a forma de sanar as irregularidades que o provocaram. § 4º - O recurso será objeto de parecer do Instituto Jurídico da Associação Comercial. DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 32 - No caso de ter sido registrada apenas uma chapa, ficam dispensadas as formalidades previstas no Estatuto Social e nesse Regulamento, suprimindo-se os trabalhos de votação e de apuração, cabendo ao Secretário do Processo Eleitoral verificar o cumprimento de todos os demais procedimentos prescritos no Estatuto Social e neste Regulamento, lavrando-se o respectivo termo. Após esta formalidade, o Conselho Deliberativo, nos termos do artigo 54 do Estatuto, reunir-se-á dentro de 10 (dez) dias após o encerramento do prazo de registro, a fim de, constatada a observância das formalidades legais e estatutárias, homologar a chapa única registrada e proclamar eleitos seus integrantes. Artigo 33 - As dúvidas de caráter legal que por ventura surgirem serão encaminhadas a uma Comissão Especial, designada pelo Presidente, a qual emitirá seu parecer no prazo de até 3 dias, para posterior decisão dos órgãos competentes.
RELAÇÃO DAS MESAS ELEITORAIS E LOCAIS DE VOTAÇÃO 1ª MESA ELEITORAL - Sede da Associação Comercial de São Paulo - Centro - Rua Boa Vista, 51 - 11º andar Presidente: Francisco Giannoccaro Mesários: Jayme Benedetti Paganini Nelson Felipe Kheirallah 2ª MESA ELEITORAL - Sede da Associação Comercial de São Paulo - Centro - Rua Boa Vista, 51 - 9º andar Presidente: Ary Giron Mesários: Farid Murad Marcelo André Tomelin 3ª MESA ELEITORAL - Sede da Associação Comercial de São Paulo - Centro - Rua Boa Vista, 51 - 9º andar Presidente: Paulo Roberto Pasian Mesários: Arab Chafic Zakka Gilberto Kfouri 4ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 Presidente: Antonio Jorge Mansur Mesários: Genne Clever Alves Sanches Bernardo Beer 5ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Lapa Rua Pio XI, 418 Presidente: Douglas Formaglio Mesários: Lys dos Santos
Arlindo Galgaro 6ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 Presidente: Julio César Olivieri Mesários: José Marcelino Lanzotti Antonio Viotto Netto 7ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 Presidente: Eugênio Cantero Sanchez Mesários: Manuel Antônio Fernandes Gonçalves Luciano Carlos Araújo Lima 8ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 Presidente: Roberto Manin Frias Mesários: Ricardo A. Granja dos Santos Enrico Francesco Cirillo 9ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Norte Rua Jovita, 309 Presidente: João de Favari Mesários: Mário Mangini David Eduardo de Camargo Fernandes 10ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Santo Amaro - Av. Mário Lopes Leão, 406 Presidente: Aloysio Luz Cataldo
Mesários: Rita de Cássia Campagnoli Acea Guilherme Frontini 11ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital São Miguel - Av. Marechal Tito, 1.042 Presidente: Antônio Abrão Mustafá Assem Mesários: João Ricardo Bressan Ronaldo Francisco Cabral 12ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 1.659 Presidente: Giacinto Cósimo Cataldo Mesários: Pedro Rodrigues Valdir Garcia Vidal 13ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Noroeste Rua Luís Braille, 08 Presidente: André de Souza Peixoto Mesários: Roberto Carlos A. de Lima José Roberto Maio Pompeu 14ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Tatuapé Praça Sílvio Romero, 29 Presidente: José Garris Del Valle Mesários: Antônio Assumpção Antônio Sampaio Teixeira 15ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Nordeste Rua do Imperador, 1.660
Presidente: Daniel Gomes Aguilar Mesários: Aparecido Ênio Cardoso Gomes José Correia 16ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Butantã Rua Alvarenga, 591 Presidente: Paulo Soares de Oliveira Junior Mesários: Marly Meirelles Breves Baruffaldi José Sérgio Pereira Toledo Cruz 17ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 Presidente: Soriano Muller de Mello Mesários: José Paulo Pereira Fonseca Tavares Fernando Calderón Alemany 18ª MESA ELEITORAL - Sede da Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 Presidente: José Alarico Rebouças Mesários: Marcelo Flora Stockler Paulo Eduardo de Barros Fonseca SUPLENTES Eduardo Rosa João Carlos Belda Jorge Sarhan Salomão Filho
Paulo de Andrade Costa Reinaldo Bittar Valdir Abdallah
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
cTragédias: controle nacional só em 2015 MAPA País teria 300 áreas inundáveis e 500 com risco de deslizamentos.
idades
APARECIDA Parte da cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, ficou alagada.
Presidente Dilma Rousseff cobra respostas rápidas, mas novo sistema federal de prevenção e alerta contra desastres naturais só estará concluído em quatro anos. Bruno Domingos/Reuters
Deslizamento de terra ocorrido na região serrana do Estado do Rio de Janeiro: Brasil ainda não possui um mapeamento eficaz das áreas de risco.
e telefones, foram montadas em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Os orelhões localizados nas escolas, prefeituras, hospitais e demais áreas públicas das cidades atingidas pelas chuvas foram liberados para uso gratuito dos moradores, segundo a Oi. Doações – Já há pelo menos 170 toneladas de doações e milhares de voluntários, mas a situação caótica e a falta de uma coordenação eficaz tem dificultado a entrega de água, comida e roupas aos moradores que mais precisam de ajuda nos municípios fluminenses atingidos pelas enchentes. Também começam a surgir indícios de desvios das doações e disputas pelo controle das distribuições, como entre a Cruz Vermelha e a prefeitura de Teresópolis. (Agências)
Nelson Jobim: Ministério pode assumir comando de ações em áreas isoladas
Cachorro Caramelo ganha um novo lar
M
ais de cem cachorros foram resgatados até ontem somente em um dos trechos soterrados de Teresópolis, informou a veterinária Andrea Lambert, da Comissão Especial de Proteção Animal da Assembleia Legislativa do Rio. Segundo ela, o vira-lata Caramelo, que ajudou a localizar o corpo de sua dona e depois não queria sair do lado da sepultura dela, foi adotado por uma família da Barra da Tijuca, na zona sul do Rio. Caramelo, que até domingo pensava-se chamar Leão, vivia com sua dona, Cristina Maria Cesário Santana, no bairro Caleme, uma das áreas mais devastadas de Teresópolis. "Até agora, resgatamos mais de cem cachorros apenas em um trecho de Teresópolis", disse a veterinária. (AE)
Celso Jr./AE
O
governo federal vai Santa Catarina têm um detainstalar um sistema lhamento específico. Ainda asnacional de preven- sim, nenhum dos Estados bração e alerta contra sileiros conta com um sistema, desastres naturais, a partir de mesmo que rudimentar, de um cruzamento de dados me- alerta antecipado. teorológicos e um mapeamento Na reunião, ficou definido, das áreas de risco do Brasil. ainda, que as Forças Armadas O sistema completo, porém, terão um papel maior na respossó deverá estar em total funcio- ta aos desastres naturais, seja conamento dentro de quatro anos. mandando as ações, seja em O País precisa, ainda, finalizar a apoio aos Estados e municípios, identificação das áreas de risco e como está acontecendo hoje no ampliar a cobertura de satélites, Rio de Janeiro. radares e equipamentos medi"Em áreas isoladas, por dores de chuva. exemplo, o Ministério da DefeEm reunião Fabio Motta/AE sa pode assufeita ontem no mir o comanPalácio do Plado. O ministénalto, a presirio tem capadente Dilma cidade de Rousseff detrabalho terminou aos pronta. A parministros preticipação desentes – Ferverá ser decinando Bezerra dida caso a caCoelho (Inteso pela presigração Naciodente da nal), Nelson República", Jobim (Defedisse Jobim. sa), Aloizio O governo M e rc a d a n t e federal admite (Ciência e Tecque a capacinologia), José dade de resEduardo Car- Situação caótica e suspeita de posta, hoje, da dozo (Justiça), desvios atrapalham os donativos Defesa Civil Alexandre Panacional, é lidilha (Saúde) e Helena Chagas mitada. "A Secretaria de Defesa (Secretaria de Comunicação da Civil tem muito o que reestrutuPresidência) – que melhorem a rar. O sistema tem se revelado capacidade de resposta nacio- frágil, é uma realidade. Ninnal aos desastres naturais. guém vai tapar o sol com a peAinda não há um detalha- neira. Temos que encarar a reamento nacional das áreas de lidade e reagir", disse Bezerra. risco. Para isso, será preciso Telefones grátis – A empremais satélites, radares e plu- sa Oi, concessionária que atua viômetros (equipamento que na telefonia no Rio de Janeiro, mede a quantidade de chu- iniciou ontem a distribuição de vas). A intenção é ter uma rede aparelhos gratuitos para acestotalmente integrada de rada- so emergencial provisório pares, incluindo os que atual- ra os clientes que estão sem temente são usados exclusiva- lefone fixo em Teresópolis, Nomente pela Aeronáutica. va Friburgo e Itaipava, região Mapa – O Brasil teria, atual- serrana do Rio. Até ontem à mente, 300 áreas sujeitas a noite, 665 pessoas haviam inundações e 500 com risco de morrido por causa das chuvas deslizamentos, onde moram 5 na região. milhões de pessoas. Mas apeAlém disso, três lan houses, nas Rio de Janeiro, São Paulo e com acesso gratuito à internet Alessandro Shinoda/Folhapress
Cidades do interior de SP sofrem com as enchentes
C
Rompimento da represa Jaguari provoca erosões em Pedreira. A barragem está com água acima do normal devido às fortes chuvas na região.
MORTE NA ESCOLA
A Ó RBITA SALTO MORTAL A professora Sônia Stamm, de 57 anos, morreu ontem ao saltar de pára-quedas, em Pato Branco (PR). A polícia investiga o acidente.
jovem Vanessa Alves Silva, de 14 anos, foi encontrada morta, na madrugada de ontem, dentro de uma escola no bairro Parque Fernanda, em São Paulo. O corpo estava em um banco da quadra coberta da escola estadual Professora Beatriz de Quadros Leme, na rua Professor Gastão Ramos. A morte foi constatada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), após a Polícia Militar ser acionada. (Folhapress)
POR DROGAS, VENDEU A FILHA POR R$ 50
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ma menina de dois meses foi vendida em Passo Fundo (RS) pelos pais, usuários de crack, por R$ 50, segundo a Polícia Civil. A criança foi encontrada com uma mulher na semana passada, após uma denúncia anônima. Segundo a Polícia Civil, a mulher contou, em depoimento, que forjou uma gravidez quando soube que uma usuária de drogas queria entregar sua filha para outra família. Ao procurá-la,
pagou R$ 50 pela criança. Uma denúncia anônima relatou o caso à polícia. A partir do depoimento da mulher foi possível localizar a mãe biológica, que culpou o companheiro pela entrega da filha. Em depoimento, ele disse que os dois não tinham condições de criar a menina por serem usuários de drogas. O bebê foi encaminhado pelo Conselho Tutelar a uma casa de acolhimento. (Folhapress)
om o transbordamento do Rio Paraíba do Sul, parte da cidade de Aparecida, distante 180 quilômetros de São Paulo, está alagada. De acordo com a Defesa Civil, 101 casas foram atingidas e 398 pessoas ficaram desalojadas, mas estão abrigadas em casas de parentes. O bairro de Ponte Alta é um dos mais afetados. No bairro de São Francisco, as casas não foram atingidas, mas há risco de deslizamento. A cidade é um dos principais pontos para o turismo religioso no Brasil, mas a prefeitura informou que esses locais não foram afetados pela cheia do Paraíba do Sul. Represa – Em Pedreira (137 quilômetros de São Paulo), a represa Jaguari começou a vazar e provocou duas grandes erosões. A CPFL, que administra a represa, diz que o aumento da vazão do sistema Cantareira, em Bragança Paulista, trouxe grande quantidade de vegetal flutuante e o mato acabou obstruindo os vãos por onde escoa a água da represa. A CPFL Energia já começou o serviço de limpeza na região. Jaguariúna, a 123 quilômetros da Capital, também registra, desde a semana passada, trechos alagados devido a cheia do Rio Jaguari. Para os moradores, a abertura de comportas da Represa Jaguari-Jacareí, pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de SP), foi a responsável pela elevação das águas. Ao menos dez bairros da cidade so-
freram com a enchente, que atingiu casas de veraneio e chácaras. Em alguns bairros, moradores passam o dia à beira d'água e usam pedras para monitorar o nível do rio. Serra Negra – Um temporal que atingiu as regiões de Socorro, a 134 quilômetros de São Paulo, e Serra Negra (139 quilômetros da Capital), na noite de domingo, alagou casas, danificou pontes e provocou deslizamentos. Não houve registro de feridos. Em Socorro, a chuva provocou o transbordamento de um ribeirão e 263 casas foram alagadas. Segundo a Defesa Civil, 37 moradores foram desalojados e levados para um ginásio ou para a casa de parentes. A rodovia SP-08, que liga Socorro a Bragança Paulista, foi interditada por causa de um deslizamento. A prefeitura decretou situação de emergência. Em Serra Negra, ruas da região central ficaram alagadas. As chuvas intensas também deixaram, ontem pela manhã, grande parte do centro de Lençóis Paulista, a 285 quilômetros de São Paulo, alagado. O Rio Lençóis, que corta a cidade, transbordou e invadiu ruas, avenidas, praças, residências e estabelecimentos comerciais. Cerca de 100 famílias ficaram desalojadas. De acordo com a prefeita Izabel Cristin a C a m p a n a r i L o re n z e t t i (PSDB), apesar da força da água e dos grandes prejuízos materiais, não houve vítimas. (Agências).
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
9 RECOMEÇO Premiê da Tunísia anuncia novo governo de união nacional
nternacional
ISOLADOS Greve e protestos no sul do Chile afetam turistas brasileiros
Marcel Antonisse/AFP
Em meio à crise política no Líbano, o procurador do tribunal especial da ONU, o canadense Daniel Bellemare, apresentou o indiciamento dos suspeitos pelo assassinato do ex-premiê Rafiq Hariri. Ali Hashisho/Reuters
O mistério de Hariri continua Divulgados os nomes de suspeitos de assassinar ex-premiê libanês – exceto para o público.
O
procurador do Tribunal Especial para o Líbano, das Nações Unidas, Daniel Bellemare, que investiga o assassinato do ex-premiê libanês Rafiq Hariri, em 2005, apresentou ontem o primeiro indiciamento ao juiz Daniel Fransen, que deverá decidir se confirma ou rejeita o pedido, ou solicita mais provas. Os nomes dos indiciados não foram revelados. O funcionamento da corte provocou uma crise política no Líbano, levando o grupo xiita Hezbollah e seus aliados a der-
rubarem a coalizão que era comandada por Saad Hariri, filho do político assassinado. Hariri foi morto em um atentado junto a 22 outras pessoas em fevereiro de 2005. O xeque Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, disse no ano passado esperar que integrantes da milícia fossem indiciados. O Hezbollah, apoiado pelo Irã e Síria, nega qualquer participação na morte do ex-premiê. O Hezbollah saiu do governo depois de Saad Hariri ter se recusado a retirar seu apoio ao tribunal da ONU que investiga
o assassinato de seu pai. Nasrallah, acusa o tribunal sediado na Holanda de estar sob controle dos EUA e de Israel. A divulgação dos nomes envolvidos deve levar seis a dez semanas, prazo para que o juiz Fransen decida se há base para iniciar um julgamento. No ano passado, Nasrallah disse que o Hezbollah "cortará fora a mão" de qualquer um que tente deter integrantes do grupo. Hariri era sunita e muitos libaneses temem um banho de sangue entre as comunidades xiita e sunita do país se o tribunal estabelecer uma ligação entre o assassinato e o Hezbollah. Negociações - Líderes regionais se reuniram ontem na Síria para discutir a crise e tentar evitar que o Líbano mergulhe em uma fase de violência. No Líbano, as conversas marcadas para ontem para nomear um novo primeiro-ministro foram adiadas até a semana que vem, informou o escritório da presidência. Em comunicado, o gabinete de Michel Suleiman disse que as reuniões foram adiadas "depois de avaliar as diferentes posições dos partidos libaneses". Longas negociações devem
Press TV/AFP - 05/12/10
Interferência dos Estados Unidos?
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ser realizadas entre o grupo de Hariri e o Hezbollah. O grupo xiita diz que não vai apoiar um novo governo de Hariri, mas os partidários do atual primeiro-ministro interino dizem não ter outro candidato. Segundo a lei libanesa, o presidente do país deve ser um cristão maronita, o premiê, um sunita, e o presidente do Parlamento, um xiita. (Agências)
Cartaz de apoio aos Hariri, no Líbano. Saad, o filho, defende investigação da morte de Rafiq, o pai.
ministro interino de Relações Exteriores do Líbano convocou ontem a embaixadora norteamericana no país, Maura Connelly, por sua suposta interferência na crise política libanesa. A diplomata reuniu-se, no domingo, com o parlamentar cristão Nicolas Fattoush. "O ministro Ali al-Shami considera este tipo de comunicação uma interferência nos assuntos internos do Líbano", declarou o ministério em comunicado. O encontro ocorreu após a queda do governo de Saad Hariri, provocada pela saída de 11 ministros ligados ao Hezbollah. Fattoush já foi aliado do governo próOcidente de Hariri, mas rompeu com o bloco. Um funcionário da embaixada confirmou o encontro entre Connelly e Shami, mas afirmou que Washington não quer interferir na política libanesa. "A embaixadora Connelly reuniu-se hoje (ontem) com o ministro interino de Relações Exteriores", disse um porta-voz à agência France Presse. "Ela explicou a ele que os Estados Unidos têm contato regular com personalidades de todo o espectro político libanês e que isso é parte de sua missão diplomática", acrescentou o portavoz. "Os Estados Unidos não interferem em assuntos políticos internos do Líbano", afirmou. "O formato e a composição do governo é, obviamente, um assunto libanês." (AE)
Hector Retamal/AFP - 16/01/11
ONGs querem que 'Baby Doc' (centro) seja julgado por crimes de lesa humanidade e desvio de dinheiro.
Mais uma peça no quebra-cabeça Regresso do ex-ditador 'Baby Doc' agrava crise no Haiti; ONGs pedem justiça.
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e volta a Porto Príncipe após 25 anos de exílio na França, o ex-ditador do Haiti Jean-Claude Duvalier, o "Baby Doc'', se transformou em mais um ator na crise política do país e provocou duras críticas de ONGs e ex-perseguidos políticos que cobram que ele seja julgado pelos crimes de seu governo (1971-1986).
"Vinte e cinco anos de um cômodo exílio são suficientes para esquecer os horrores, o sofrimento, a injustiça, o custo econômico e humano de décadas de ditadura?'', questionou Michaëlle Jean, da Unesco. O inesperado regresso de "Baby Doc'', no domingo, também foi criticado pelas ONGs Human Rights Watch e Anistia Paul Hackett/Reuters
Bancos offshore: os novos alvos do WikiLeaks.
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IMPASSE – A deputada iraniana Zohreh Elahian disse ontem que enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff informando sobre a suspensão da pena de enforcamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por cumplicidade no assassinato do marido. Horas depois, segundo as agências oficiais Isna e Irna, o governo iraniano negou o anúncio e disse que não há mudanças no caso. Segundo Malek Ajdar Sharifi, autoridade na província onde o caso foi ouvido, o parecer final ainda será emitido pelo Supremo Tribunal do Irã. (Agências)
m ex-executivo do banco suíço Julius Baer entregou ontem dois CDs ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange (à dir.). Rudolf Elmer, que trabalhou no escritório do banco nas ilhas Cayman, entregou material que contém o nome de cerca de 2 mil clientes que poderiam estar sonegando impostos. (Agências)
Internacional, que exigem que o ex-ditador de 59 anos seja julgado por supostos crimes de lesa humanidade e o desvio de estimados US$ 100 milhões. Legalmente, "Baby Doc" não tem impedimentos para voltar ao país. Tampouco responde a ações na Justiça. Ele deve conceder uma entrevista hoje em Porto Príncipe. (Agência)
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Cachorros são abençoados por um padre durante o festival de Santo Antão, o protetor dos animais domésticos, em Madri, na Espanha.
Pierre-Philippe Marcou/AFP
www.dcomercio.com.br
JANEIRO
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O explorador britânico James Cook é o primeiro europeu a desembarcar em terras havaianas. Em 1778.
A PPLE E M
C A R T A Z
MOSTRA
Mostra Caderno de Anotações traz as sutilezas de algumas cidades clicadas por Diego Kuffer. A Hebraica. Rua Hungria, 1000, Jardim Europa, tel.: 3818-8888. Grátis. D ISPUTA AFP
A Áustria e o México podem chegar a um acordo sobre a quem pertence o Penacho de Montezuma, um adereço da era pré-colombiana que está no Museu de Etnologia de Viena desde o século 19.
C AMPUS PARTY Michel Filho/AOG
Steve Jobs tira licença médica
O
cofundador da Apple, Steve Jobs, enviou um e-mail aos funcionários da empresa ontem para dizer que vai tirar uma licença médica, mas continuará no posto de executivo-chefe e envolvido nas grandes decisões estratégicas da companhia. Jobs, que sobreviveu a um câncer no pâncreas, disse que o vice-presidente operacional, Tom Cook, vai tomar conta das operações diárias da Apple. "A meu pedido, a diretoria garantiu uma licença médica para que eu possa me concentrar em minha saúde", escreveu Jobs, 55. "Eu amo muito a Apple e espero voltar assim que eu puder". A notícia motivou queda das ações da empresa ontem. Em Frankfurt, Alemanha, elas recuavam 6,5% no começo da tarde. Nos EUA os mercados acionários estavam fechados por feriado. A Apple é fortemente associada à identidade e ao carisma de Jobs, que revitalizou a companhia a partir de 1996 após 12 anos de ausência. Analistas disseram que o efeito nas operações da Apple deve ser limitado no curto prazo, já que a linha de produtos da empresa é forte, mas que a ausência de Jobs pode se tornar uma preocupação caso seja longa. "Não era esperado. Isso é uma surpresa para os investidores e definitivamente tira um pouco do brilho da ação da Apple", disse o analista Alexander Peterc. Histórico – Em 2004, o executivo descobriu que sofria de um tipo de câncer no pâncreas. O tumor foi retirado após uma cirurgia, mas a informação sobre o assunto só foi divulgada quando ele já estava em tratamento. Em janeiro de 2009, Jobs anunciou que tiraria uma licença para descansar até o fi-
Ryan Anson/AFP
Em foto tirada no dia 1º de setembro de 2010, um Steve Jobs bem magro apresentava a nova geração de iPods.
nal de junho, a fim de se recuperar de uma doença que o tinha feito perder muito peso. Na época ele explicou que seus problemas de saúde tinham origem em um desequilíbrio hormonal e que o tratamento era "simples e singelo". Entretanto, uma semana depois ele anunciou, por meio de comunicado aos colaborado-
res da Apple, que os médicos haviam verificado que seu problema de saúde era mais complexo do que havia imaginado, por isso se licenciaria. Em junho daquele mesmo ano, o Wall Street Journal revelou que ele se submetera a um transplante de fígado. De acordo com o Instituto de Transplantes do Hospital da Univer-
sidade Metodista, no Tennessee, ele passou pelo procedimento naquele momento porque era o paciente em situação mais grave na lista. A empresa divulga seu resultado trimestral hoje e a expectativa é de que a receita cresça 50% graças às vendas do iPad, bem como ao bom desempenho do iPhone e do iPod. (Agências)
R UMO AO OSCAR Valerie Macon/AFP
História do Facebook leva 4 Globos de Ouro
Empresas estão atrás de talentos A Campus Party, feira de inovações digitais que começou ontem em São Paulo, é o lugar certo, na avaliação das empresas de tecnologia, para encontrar talentos. Os alvos são principalmente estudantes universitários ou jovens profissionais de ciência da
computação e engenharia. "São empresas que acreditam que do caos criativo poderão surgir coisas interessantes e que apostam também que do Brasil sairá um novo Google ou Facebook", diz Mário Teza, diretor da empresa organizadora da feira, a Futura Networks.
T ÊNIS Tim Wimborne/Reuters
Elenco de Glee comemora o prêmio de melhor série de comédia ou musical para TV Fotos: Lucy Nicholson/Reuters
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A russa Maria Sharapova, número 16 do mundo e cabeça de chave número 14, enfrentou dificuldades, mas mesmo assim conseguiu estrear com um triunfo tranquilo no Aberto da Austrália.
L OTERIAS
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Concurso 601 da LOTOFÁCIL
Moacyr Scliar sofre um AVC e está internado
A TÉ LOGO
O roteirista Aaron Sorkin, de A Rede Social, filme sobre o Facebook.
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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:
Teto de shopping cede e fere sete pessoas em Limeira, no interior de São Paulo.
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Decisão judicial leva MEC a prorrogar inscrições do Sisu, o Sistema de Seleção Unificado.
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Segundo um comunicado da assessoria de imprensa do hospital, o escritor encontra-se em observação, com quadro clínico estável. No dia 11, o autor já havia sido operado para a retirada de pólipos no intestino. (Folhapress)
Natalie Portman, melhor atriz.
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O escritor e colunista Moacyr Scliar, 73, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) na madrugada de domingo. Scliar está internado na UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS), onde passou por uma cirurgia ontem.
A história do site Facebook recebeu no domingo quatro Globos de Ouro, inclusive o de melhor drama, o que o coloca como favorito ao Oscar. A Rede Social levou também os prêmios de melhor diretor (David Fincher), melhor roteiro (Aaron Sorkin) e melhor trilha musical. Já o filme mais indicado da noite, O Discurso do Rei, teve de se contentar com o prêmio de melhor ator para Colin Firth. Assim como Cisne Negro, que só venceu na categoria melhor atriz com Natalie Portman. Ambos também são indicações certeiras ao Oscar e franco favoritos em suas categorias desde já. Glee foi eleito novamente a melhor série de comédia ou musical para TV. Críticas – O trabalho do apresentador Ricky Gervais suscitou algumas críticas fortes. O comediante zombou de Charlie Sheen por beber e fazer farras, de Robert Downey Jr. por seus problemas com drogas e álcool no passado, do filme O Turista desancado pela crítica e indicado para melhor comédia, e até mesmo dos organizadores da cerimônia. Poucos na plateia riram, com exceção dos atores Alec Baldwin e Robert de Niro, fragrados a gargalhadas. (Agências)
São Paulo "revê" critério e deixa Rogério Ceni agora com 96 gols, não mais 94.
Concurso 2499 da QUINA 09
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11 PETRÓLEO Opep projeta alta na demanda em 2011 para 1,23 mi de barris por dia
Comércio de rua volta a atrair consumidores
Patricia Cruz/LUZ
Patricia Cruz/LUZ
conomia
DERIVATIVOS CVM decide julgar auditoria Deloitte no caso das perdas da Aracruz em 2008
Busca pela praticidade leva as pessoas a optarem pelas lojas mais próximas ao trabalho e à residência Patricia Cruz/LUZ
O shopping é cômodo, mas para estacionar melhor faço compras durante a semana.
O shopping é opção de lazer, mas, no dia a dia, resolvo as demandas nas lojas próximas de casa.
CRISTIANE NIEL NOBRE
Patricia Cruz/LUZ
Patricia Cruz/LUZ
MARIO AMERICANO
A tendência não representa o final dos shopping centers, mas sim uma grande oportunidade de negócios para o varejo que fica fora deles.
Giseli Cabrini Eu gosto mais de loja de rua. Além do preço melhor, acho as peças mais bonitas e há maior variedade de produtos.
T Marcos Mendes/LUZ
RAQUEL DEFINE
Prefiro o comércio de rua. O atendimento é melhor e o acesso mais fácil para quem não usa carro. SANDRA FONSECA
rânsito, dificuldade para encontrar vagas de estacionamento, aumento do poder aquisitivo das classes C e D estão entre os fatores que levam muitos consumidores da Capital a preferir as lojas de rua em vez dos shopping centers. A tendência, no entanto, está longe de sinalizar um eventual fim desses centros de compras. Mas é uma oportunidade para o fortalecimento dos pequenos e médios comércios de bairro. Segundo o sócio da Felisoni Associados, Nelson Bruxellas Beltrame, a busca por comodidade é crescente. "Uma pessoa gasta, em média, uma hora para se deslocar da região leste para a sul, isso em condições normais", diz. Por isso, o desejo de consumir próximo ao trabalho e à residência tem até mesmo influenciado o mercado imobiliário. De acordo com Beltrame, é cada vez mais comum o surgimento de empreendimentos mistos com torres residenciais e comerciais. "O Tatuapé é um bom exemplo de bairro no qual está havendo a ampliação de pontos comerciais existentes e o surgimento de novos nas adjacências", acrescenta. Estudo do economista Marcos Cintra, atual secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, mostra que, em 2008, a Capital perdeu R$ 33 bilhões com as filas de carros parados. O consultor André Leirner
diz que participou de um levantamento mostrando que moradores de bairros periféricos adquirem bens como móveis e eletrodomésticos nas imediações de seus lares em virtude da dificuldade de deslocamento. "Eles gastam, pelo menos, 45 minutos em transporte público para ir até o shopping mais próximo", afirma Leirner que desenvolve trabalhos para o Centro de Excelência do Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros. Ele acrescenta que o processo de recuperação do espaço público e a busca por maior proximidade e identificação na hora de ir às compras são tendências internacionais. "O comércio de rua proporciona uma experiência mais singular. Os shopping centers são mais padronizados e homogêneos". E completa: "A própria arquitetura é menos inclusiva, com prédios fechados, sem janelas, com difícil o acesso a pé." Além disso, há um outro fator que tem impulsionado a preferência pelas lojas de rua, segundo Leirner, o surgimento de uma nova classe média. Trata-se de um mercado que movimenta cerca de R$ 900 bilhões, se considerada somente a massa dos brasileiros com renda familiar de um a dez salários-mínimos. "Em geral, essas pessoas não moram perto de shopping e vivem na periferia. A instalação desses estabelecimentos demanda um suporte urbanístico e de infraes-
trutura difíceis de serem encontrados nesses locais." Receita – Com 65 lojas espalhadas pelo País, sendo 27 na Capital, a grife de moda praia, fitness e acessórios Líquido trabalha exclusivamente com pontos comerciais de rua. "Essa é uma exigência que fazemos aos revendedores autorizados, aliada ao fato de trabalharem apenas com nossos produtos", diz o diretor comercial Naim Hasan. Segundo ele, caso a opção fosse por um shopping, o investimento seria multiplicado por cinco. "O metro quadrado em um centro desses é muito elevado. Isso sem contar as luvas, o décimo terceiro aluguel e o custo da loja." Hasan exemplifica. "Se gasto R$ 20 para fabricar um biquíni, na loja de rua é possível ter um lucro bruto de R$ 40. Já em um shopping teria de vender a mesma peça por R$ 80 para cobrir despesas." A lógica do empresário é simples. "Procuro repassar para o consumidor apenas o que é despesa e não supérfluo, combinado a uma loja com infraestrutura sofisticada e peças feitas com matéria-prima de qualidade." Na linha de biquínis da grife, os preços variam de R$ 28 a R$ 52. A fórmula da Líquido inclui ainda volumes expressivos de produção, o que garante redução de 25% nas despesas com insumos. Há cinco anos no mercado, o conceito criado por Hasan parece funcionar. Apesar do negócio ter sentido o impacto da primavera com baixas temperaturas e verão chuvoso na
Patricia Cruz/LUZ
Pioneira planeja revitalização
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ioneira no processo de revitalização em 2003, a rua João Cachoeira planeja repetir a dose. A informação é do comerciante Felippe Naufel, que participou da primeira experiência, chegando a presidir o extinto Conselho de Ruas Comerciais da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), entre 2005 e 2008. "A rua precisa de manutenção. Além disso, no primeiro projeto aterramos os fios elétricos apenas em um dos lados. Seria importante fazer melhorias no paisagismo e na acessibilidade", diz. Segundo Naufel, para que a ideia saia do papel é preciso apoio do poder público e também da iniciativa privada. " A Lei Cidade Limpa dificulta um pouco porque restringe a exposição dos
patrocinadores que foram fundamentais para a revitalização da João Cachoeira, Oscar Freire e Avanhandava, por exemplo." Todas elas receberam suporte de empresas de cartões. Em 2005, a Câmara Municipal de São Paulo chegou a aprovar um projeto de autoria do vereador Donato (PT) que consolidou o Programa Municipal de Intervenção em Ruas Comerciais, voltado à requalificação e reurbanização (PL 62/2005). Desde então, apesar de alguns protocolos assinados entre a Prefeitura e dirigentes lojistas, a proposta não avançou, segundo informações fornecidas pelo gabinete do vereador. Procurada para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo não retornou ao Diário do Comércio (DC). (GC)
João Cachoeira repetirá dose, diz Naufel.
temporada 2010/11, as vendas continuam ascendentes. Há seis meses, foi criada a linha para crianças e adolescentes. Mesmo com o real forte, além dos pontos no Brasil, a marca abastece atacadistas da Europa – Portugal, Espanha, Itália – Equador e Estados Unidos. "Quando o consumidor percebe que está comprando um produto tão bom ou melhor na loja de rua quanto o oferecido por um shopping, ele se torna fiel. Não existe valor alto ou baixo, o que o cliente quer é preço justo."
Acho shopping muito lotado. O comércio de rua é mais tranquilo para olhar as vitrines. ELIANE FÉLIX
Patricia Cruz/LUZ
Para Clarice, comodidade e "preço justo" fazem diferença.
Proximidade faz muita diferença em São Paulo
C
omerciantes de lojas de rua garantem que a busca dos consumidores por comodidade e "preço justo" é determinante para o sucesso. Segundo a proprietária da Shop Sale, Clarice Santos, a clientela é formada principalmente por moradores de Alto de Santana, vizinhos ao estabelecimento. Em média, são 50 clientes por semana. "Muitos reclamam do trânsito e da dificuldade para estacionar. O movimento no fim do ano foi tão intenso que precisei repor o estoque três dias antes do Natal. Vendi 50% acima das expectativas." Segundo ela, outra prova de que o comércio de rua vem ganhando espaço na região foi a instalação de uma loja da Hering nas imediações. "É uma concorrência benéfica. Muitos consumidores que procuram a marca acabam entrando na minha loja. Aposto no preço competitivo."
Do lado oposto, na Rua João Cachoeira, zona sul, , a estratégia da Papelaria Dante é outra: especialização. Em tempos de tablets e livros digitais, o estabelecimento se voltou para materiais artísticos. Outro trunfo está na localização. A rua foi a primeira a ser revitalizada na cidade: em 2003 (veja matéria ao lado)."Nos primeiros anos, o retorno foi expressivo com aumento de até 15% no faturamento", diz Felippe Naufel, um dos donos. Para ele, o comércio de rua na região tem se intensificado. "Tanto que, nos últimos cinco anos, os preços dos pontos comerciais subiram. Embora a rua esteja em uma região circundada por shopping, o fluxo de pessoas aumentou cerca de 20% no ano passado." Ele acrescenta que as pessoas não buscam apenas preço. "Se a experiência de compra se tornar um transtorno, a motivação acaba." (GC)
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
COMÉRCIO
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
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13 A redução do crédito eleva os juros e reduz os prazos de renegociação. Emilio Alfieri, economista do IEGV/ACSP
conomia
Fotos: Zé Carlos Barretta/Hype
A proprietária do restaurante especializado em comida árabe Barakah (acima),Raquel Junqueira Franco, contou que o estabelecimento recebeu 300 clientes no dia seguinte à sua inauguração, na semana passada. Os consumidores vêm dos prédios comerciais da região, cuja demanda não consegue mais ser absorvida pela praça de alimentação do Morumbi Shopping, localizado na vizinhança.
Restaurante ao ar livre convive harmoniosamente com shopping Aumento na demanda, pressa no horário de almoço e dificuldades de locomoção em São Paulo são alguns dos fatores que contribuem para que estabelecimentos comerciais possam operar de forma paralela às praças de alimentação dos grandes centros de compras. Ricardo Osman
O
restaurante de comida árabe Barakah foi inaugurado na quarta-feira, 12 de janeiro, em um ponto comercial de rua localizado a cerca de 15 metros da saída da garagem do Morumbi Shopping, na zona sul da Capital. Alguns anos atrás, consultores iriam afirmar de maneira unânime que o negócio estaria condenado ao fracasso, diante da concorrência da praça de alimentação do local. Mas na realidade atual, com aumento do fluxo de pessoas nos shopping centers e novos prédios comerciais construídos nas vizinhanças, o futuro do Barakah deve ser promissor. No dia seguinte à inauguração, o estabelecimento recebeu 300 pessoas no almoço, segundo a proprietária, a empresária do ramo de alimentação Raquel Junqueira Franco. "A praça de alimentação do shopping não está dando conta de todo o movimento. Tivemos esta percepção e abrimos o Barakah", disse, ressaltando que novos prédios comerciais trouxeram mais fregueses. Raquel sabe do que fala. É dona de outro restaurante, o Matambre, de comida por quilo, que está ao lado do Barakah, e do Ternero Grill, que ocupa um espaço na praça de alimentação do Morumbi Shopping, de frente para a Lotérica. O Barakah está localizado em uma pequena e desconhecida rua que virou comercial nos últimos anos. A Joerg Bruder, uma transversal da avenida Dr. Chucri Zaidan, hoje tem dez empreendimentos de alimentação, que têm como clientela o público excedente das praças de alimentação dos shopping centers Morumbi e Market Place, que fica ao lado. Estão lá, entre outros, o Supremo Sabor, o Erva Doce, o Chico Frutas, a Casinha Mineira e o Empório e Padaria Morumby. Assim, ao contrário do que se poderia supor, a vizinhança com o shopping faz bem a estes pequenos negócios.
Pressa – Raquel sabia também que quem almoça fora nos dias da semana normalmente está com pressa e um ponto de rua seria ótima opção para tomar um ar fresco. "Percebemos que muita gente não queria ficar nas filas da praça de alimentação e buscava alternativa na vizinhança", contou ela. Outra vantagem diz respeito aos custos. O ponto de rua fica muito mais em conta do que os espaços alugados nas praças de alimentação, que incluem as taxas de marketing do shopping center. Na rua, no entanto, nem tudo é perfeito. Para driblar os problemas criados por chuvas inesperadas, Raquel precisou criar um serviço de leva e traz de guarda-chuvas. "Comprei vários deles e entrego a cada cliente na saída do restaurante se começar a chover. Ele leva para o escritório da empresa e um funcionário nosso vai buscar depois, sem custos", acrescenta.
No momento, a maioria dos estabelecimentos da rua Joerg Bruder abre apenas para o almoço, contando com a segurança da região. À noite, este trecho da rua é deserto e mal iluminado. Mas isso deve mudar em breve, segundo a empresária Raquel. "Já estou conversando com os demais empresários e procurando soluções para melhorar, por exemplo, a iluminação", disse ela, atenta ao grande movimento, sobretudo de fim de ano, quando as empresas do bairro procuram locais para fazer as festas de confraternização à noite. O Matambre tem 250 lugares e o Barakah capacidade para atender 120 pessoas. Complementação – A especialista em varejo e consumo Cristiane Osso, sócia-diretora da GS&MD Gouvêa de Souza, diz que, de fato, surgem situações em São Paulo em que o comércio de rua é beneficiado ao se aproximar de shopping e centros comer-
ciais. Ela cita, além deste polo ao lado do Morumbi Shopping, outros na avenida Paulista e na avenida Juscelino Kubitschek. "Há situações em São Paulo em que o comércio do shopping e os de rua se complementam e usufruem do bom momento da economia brasileira", explicou. Segundo ela, o aumento do poder aquisitivo da população, o maior nível de emprego e outros fatores favorecem o consumo e elevam o fluxo de pessoas aos centros comerciais. "As pessoas que trabalham em escritório e comem fora todo dia procuram, porém, variar e vão em busca de opções próximas", disse ela. Do ponto de vista do empreendedor, o ponto de rua tem algumas vantagens. "O comércio de rua cresce porque os custos de ocupação de um negócio no shopping são mais altos", ponderou a especialista em varejo. Ela ressaltou, porém, que não são todos os tipos de ne-
gócios que podem ocupar espaços ao lado de shopping. "É preciso considerar corretamente o que cabe e o que não cabe em cada ponto. Uma loja de moda feminina, por exemplo, ao lado do restaurante Barakah não seria, a princípio, boa oportunidade. Além da concorrência das lojas do shopping, sofreria nos dias de chuva e com a falta de uma segurança particular à noite", considerou Cristiane. Locomoção – Outro especialista acredita que o trânsito complicado de São Paulo contribui com o comércio de rua, como no caso dos vizinhos do Morumbi Shopping. "O comércio (de bairro) está crescendo devido à dificuldade de locomoção. Cada vez mais as pessoas querem consumir no local em que vivem ou que trabalham. Esse empreendimento ao lado do Morumbi exemplifica claramente isso", disse o sócio da Felisoni Consultores Associados, Nelson Bruxellas Beltrame.
Cai renegociação de dívidas
A
s vendas do comércio (tanto a prazo quanto à vista) mantiveram bom ritmo na primeira quinzena deste ano, mas as renegociações das dívidas dos consumidores exibiram queda de 3,8% em relação a igual período de 2010, interrompendo a fase positiva do índice que vigorou no ano passado (média de 7,7% de alta). As informações foram fornecidas pela empresa SCPC Boa Vista Serviços (BVS), que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Segundo as consultas feitas ao SCPC na primeira quinzena de janeiro deste ano, as vendas a prazo tiveram aumento de 8,8% em relação à primeira quinzena de janeiro de 2010 e as vendas à vista (SCPC Cheque) – um crescimento de 12,3% em relação a igual período do ano passado. No caso dos registros recebidos, há aumento de 0,4% nos 15
primeiros dias do ano em relação a igual período de 2010. "Na média dos dois sistemas (SCPC e SCPC Cheque), as vendas ainda aumentam cerca de 10%, o que mostra que o varejo continua crescendo. Mas o consumidor deve estar atento, porque este ano poderá não haver tantas facilidades para renegociar dívidas como no ano passado, pois os juros podem subir e os prazos encurtarem", disse Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações
Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). "Os números indicam queda no ritmo das renegociações das dívidas. Isso pode ser consequência das medidas adotadas pelo Banco Central (BC) em dezembro passado para conter o crédito", disse o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP. "A redução do crédito eleva os juros e reduz os prazos nas renegociações de dívidas", completou. (RO)
Mais centros de compras a caminho
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ano de 2011 tem início com a previsão de que 40 shopping centers serão inaugurados em todo o País. No momento, 744 estão em funcionamento no Brasil. Os estabelecimentos foram projetados, em sua maioria, conforme o modelo de shopping center tradicional, com lojas e praça de alimentação. Mas alguns surgem de acordo com a tendência de centros de compras especializados. Assim, surgem os shopping centers de decoração e os de venda de automóveis e peças, os autoshopping. As informações são do diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. "Os autoshopping devem crescer bastante seguindo o avanço das vendas da indústria automobilística." Segundo avaliou, os lojistas e os empreendedores de shopping centers estão animados com o momento da economia. "Vivemos um cenário bastante positivo para os lojistas, os consumidores e os investidores", disse, acrescentando que, no total, 124 centros devem ser inaugurados nos próximos dois anos e meio. (RO)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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O setor calçadista tem expectativa de aumento de 9% a 10% em 2011.
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Marcos Mendes/LUZ
ção Divulga
Vanessa Rosal
Divulgação
Osvaldo de Mello, da Samello, aposta em solado que brilha no escuro.
mulheres. "Produzimos algo para se tornar objeto de desejo das consumidoras. A criatividade sempre ajuda." C o m t a m a n h o p ro c e s s o inovador, a expectativa é que as vendas aumentem 20% neste ano em comparação com 2010, quando as transações registram avanço de 10% ante 2009. "Só não crescemos mais em 2010 porque tivemos um ano atípico de Copa do Mundo e eleições. Para 2011, estamos mais otimistas." E estão mesmo: a companhia acaba de investir R$ 1,4 milhão em uma nova sede de 2 mil m², em Franca, e pretende abrir 21 franquias nos próximos dois anos.
Navalha – Alguns expositores, como a Ellus Accessories (da Ellus) traz couros diferenciados e pêlos aplicados aos materiais. Algumas peças possuem duas camadas de couro, com o efeito da navalha criando aparência e textura idêntica a de um animal. Essa característica também é perceptível nas linhas de sapatos apresentadas pela Piccadilly, que faturou um total de R$ 260 milhões em 2010 com a produção de 60 mil pares por dia – um crescimento de 20% ante 2009.
O
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou ontem, durante a abertura da 38ª Couromoda, em São Paulo, que o governo federal preparou um conjunto de medidas de desoneração a ser encaminhado ao Congresso Nacional em fevereiro que "devem contemplar a expectativa da indústria brasileira", disse o ministro. China – Pimentel afirmou que o governo brasileiro estuda medidas contra o avanço da indústria chinesa no País. O ministro revelou a preocupação do governo federal com a tentativa da indústria chinesa de burlar as barreiras comerciais impostas ao país asiático, por meio da prática de triangulação, que consiste na exportação de calçados chineses para o Brasil com um selo falso de produção de outros países asiáticos, como Vietnã. Pimentel destacou que o setor calçadista tem um saldo positivo na balança comercial, exportando US$ 1,5 bilhão e importando US$ 400 milhões. "Mas o setor está sofrendo ameaça da concorrência externa", disse. Durante a abertura da Couromoda, o ministro ouviu de representantes do setor apelos para a realização de reformas trabalhista e tributária. "O sistema tributário brasileiro é arcaico, esdrúxulo", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Calçado (Abicalçados), M ilton Cardoso. Embora o setor calçadista viva o seu melhor momento produtivo no Brasil, com expectativa de alta de 9% a 10% em 2011 e aquecimento do mercado interno, a indústria nacional volta-se à questão cambial e à necessidade de reformas estruturais. "Temos que nos concentrar na palavra competitividade", disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. (AE)
Setor cresceu 6% em 2010
A
melhoria da renda dos c o n s u m i d o re s d a s classes sociais C e D, que passaram a comprar produtos com mais qualidade e maiores valores e a expansão do crédito contribuíram para que fossem vendidos 744 milhões de pares de calçados em 2010, uma alta de 6% em relação a 2009, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). De 2009 para 2010, o valor médio dos pares de calçados aumentou de R$ 47 para R$ 50, um crescimento de 6,2%. A expectativa dos organizadores da Couromoda é que os produtores brasileiros de calçados e acessórios fechem 30% das vendas anuais durante a
feira. Os mil expositores do evento respondem por 90% da produção do setor, que supera 850 milhões de pares anuais. São esperados 70 mil profissionais da área até o dia 20. Preo cupaçã o – Durante a solenidade de abertura oficial da 38ª edição do evento, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a maior preocupação do setor calçadista é com o aumento de importações da China. "Precisamos estudar medidas de como aumentar recursos às pequenas e médias empresas do setor. Atualmente, somos o terceiro maior produtor mundial de calçados e queremos ampliar as vantagens para nossas grandes cidades
produtoras: Franca, Jaú, Birigui e Santa Cruz do Rio Pardo", afirmou o governador. De acordo com o presidente da Couromoda, Francisco Santos, hoje, o País consome quase quatro pares de calçados por pessoa anualmente. "Para um setor gerador de empregos como o nosso, exportar é o caminho para crescer. Por isso, precisamos da adoção de medidas aos exportadores", finalizou. Participaram também do evento, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (veja texto ao lado), o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o prefeito do município de São Paulo, Gilberto Kassab. (VR)
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De acordo com o diretor comercial da marca, Osvaldo Sábio de Mello, 2011 será um ano importante para a companhia, com expectativa de duplicar a capacidade produtiva de 1 mil (em 2010) para 2 mil pares diários. "Pensamos em algo diferente para os homens usarem na balada, de forma descontraída. Hoje em dia, os consumidores estão exigentes e querem novidades. É preciso inovar sempre, para driblar a concorrência." Para os pés das mulheres, a aposta é em botas nos mais variados estilos: de cano longo e ankle boots de todos os tipos: rasteirinha, salto médio e alto. Os sapatos de meia-pata (com a parte da frente mais alta) também devem vender bem no varejo de calçados em 2011, por causa do conforto. O modelo é um dos lançamentos da grife Carolina Martori, produzida em Franca, no interior de São Paulo. Desejo das mulheres – De acordo com a designer e sócia da empresa, Ana Carolina Martori, as estampas de couro de animais, como de serpente, onças, zebras, avestruz e dálmatas, serão o hit da temporada mais fria do ano nos pés das
Para o inverno deste ano, a marca aposta nas chamadas "animal print", com estampas de cobra, réptil, onça e crocodilo. A expectativa é que as vendas aumentem 25% em relação ao ano passado. A aposta do designer Jorge Bischoff, da grife que leva o seu nome, também é em sapatos com estampa animal. "Esse tipo de desenho, sempre queridinho de divas do cinema, é sinônimo de elegância e ousadia", diz. Os destaques ficam por conta dos sapatos de crocodilo, arraia, serpente, onça e pêlos com estampa de zebra. Nos corredores da feira, o clima é de otimismo. Para este ano, a expectativa é abrir 21 lojas entre próprias e franquias, nas cidades de Recife (PE), São Luis (MA), Fortaleza (CE) e Campo Grande (MT). Acessórios – Além de botas, sandálias com inspiração animal e sapatos que brilham no escuro, as bolsas também chamam a atenção. A Chenson aposta neste acessório em tamanho médio. A cartela de cores é discreta, formada por preto, cinza, caramelo e marrom – com toques de vermelhos e turquesas vibrantes. De acordo com o designer I g o r K r a h e nbuhl, a bolsa é fundamental na produção femiDivulgação nina e completa o guarda-roupa com charme e elegância. "Além dos itens de primavera-verão e outono-inverno, lançamos outras duas coleções no ano para atender à demanda", afirma.
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Evento deve negociar 30% das vendas do setor.
moda brasileira p ro m e t e i n o v a r em 2011, a começar pelos pés: sapatos femininos confortáveis, botas em camurça, estampa de bichos e muita criatividade, principalmente nos modelos masculinos, devem fazer sucesso durante a temporada de outono-inverno. As tendências para os dias mais frios deste ano podem ser conferidas na 38ª edição da Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Co uromod a), que começou ontem e vai até quinta-feira, dia 20, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Fluor – Há novidades para todos os gostos, voltadas a consumidores que valorizam o visual "fashion" e não pensam duas vezes em ousar antes de sair de casa. O alvo dos fabricantes de sapatos não são mais apenas as mulheres: o público masculino também pode escolher algo diferente para uma festa, por exemplo. Essa é a aposta da Samello, responsável pelo desenvolvimento de um solado que brilha no escuro – nas cores azul, verde, rosa e branco fluorescente.
Governo deve preparar novas medidas de desoneração
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e Novidades para vestir os pés na Couromoda
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
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15 A norma do BC não tem o poder de interferir em acordos já existentes. Renato Oliva, presidente da ABBC
conomia
MercadoLivre permite criação de lojas virtuais
Consignado: medida para ampliar a concorrência.
Carlos Ossamu
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MercadoLivre, atualmente mais conhecido como site de compra e venda na internet, deu um importante passo para se tornar um fornecedor completo de soluções para comércio eletrônico. A empresa lançou o MercadoShops (www.mercadoshops.com.br), uma plataforma de e-commerce que permite a criação de lojas virtuais personalizadas com apenas alguns cliques do mouse. A solução atende especialmente micro e pequenos empreendedores, interessados em ingressar no comércio eletrônico sem precisar realizar investimentos significativos. São dois planos disponíveis: um básico, gratuito, e outro profissional, este com domínio próprio (www.nomedaloja.com.br) e mensalidade de R$ 99. No plano gratuito, a loja virtual irá exibir publicidade de clientes e parceiros do MercadoLivre e terá um subdomínio (http://nomedaloja.mercadoshops.com.br). De acordo com Hellison Lemos, diretor-geral do MercadoLivre no Brasil, em ambos os planos o cliente tem espaço ilimitado para hospedagem do site, integração com a plataforma de pagamento seguro MercadoPago e com a ferramenta de links patrocinados MercadoAds, promovendo a loja virtual no ambiente do MercadoLivre e compartilhamento de dados com redes sociais. "O MercadoShops é uma solução completa para ajudar novos empreendedores a entrarem no mercado do comércio eletrônico de forma competitiva, suprindo as necessidades dos seus clientes e alinhados à expansão da economia", afirmou. Segundo ele, este lançamento representa mais um passo na formação de um "ecossistema" completo de soluções visando a democratização do e-commerce. "O MercadoShops vem a somar com o MercadoLivre, que permite a qualquer pessoa comprar ou vender na internet. O MercadoPago, por sua vez, oferece facilidades para o pagamento online, permitindo parcelamento em até 18 vezes; e o MercadoAds amplia a visibilidade dos produtos oferecidos", explicou Lemos. O serviço dispõe de ferramenta de administração de produtos, em que o usuário consegue controlar o estoque, criar destaques para novos itens e promoções. Além disso, ele pode copiar todos os anúncios feitos na plataforma MercadoLivre e inseri-los em sua página. Também é possível criar relatórios de vendas, controle de pedidos de compras e status de pagamentos e listas de vendas com os dados dos clientes. Segundo Lemos, alguns lojistas virtuais do MercadoLivre já estão usando o novo serviço desde o fim do ano passado em caráter experimental. "Os clientes podem começar pequeno em nosso site de compra e venda, progredir e ter agora a própria loja virtual, com todas as ferramentas necessárias para gerenciar o seu negócio", disse. "O nosso diferencial em comparação à concorrência é justamente a experiência em e-commerce, pois somos uma empresa totalmente dedicada ao comércio eletrônico." Desde 1999 no Brasil, o MercadoLivre afirma ser líder em comércio eletrônico na América Latina. A empresa opera em 13 países (Argentina, Brasil, México, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile, Equador, Peru, Costa Rica, República Dominicana, Panamá e Portugal), onde tem mais de 50 milhões de usuários cadastrados.
No entendimento da ABBC, fim da exclusividade nessas operações pode também levar à redução dos juros. Newton Santos/Hype
Rejane Tamoto
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fim da exclusivid a d e n o c ré d i t o consignado em novos contratos ou convênios entre bancos e empresas ou órgãos públicos, determinado pelo Banco Central (BC) na sexta-feira passada, foi bem-recebido pelo mercado financeiro. Com a medida, os bancos que administram folhas de pagamento não terão mais a exclusividade de oferecer este tipo de crédito aos funcionários – que poderão pesquisar taxas de juros menores. A medida, segundo o BC, tem objetivo de facilitar o acesso ao crédito e criar condições para a redução dos spreads bancários, além de promover a inclusão financeira. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, em nota, que considera a medida anunciada pelo BC saudável, porque estimula e favorece a concorrência no mercado financeiro. Já a Caixa Econômica Federal informou que a mudança na regra não levará a alterações nos juros cobrados pelo banco. O crédito consignado já opera com taxas reduzidas pelas instituições, e uma das razões é o baixo risco de inadimplência – pois o desconto em folha é uma garantia de pagamento. Por outro lado, a exclusividade possibilitava aos bancos cobrarem sem competição no mercado. Nos últimos dois anos, as taxas de juros do consignado estão em queda. Passaram de 30,8% ao ano, em dezembro de 2008, para 26,1% em novembro do ano passado, segundo dados do BC.
Juros menores – A medida preserva a concorrência e contribui para a redução dos juros, segundo a Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC), que representa 84 instituições de pequeno porte. Segundo o presidente
sergiokulpas@gmail.com
Scanner ultrarrápido para lojas dora das máquinas de autoatendimento U-Scan da Fujitsu. Segundo o porta-voz da Fujitsu, as duas empresas estão agora negociando a produção do novo sistema. Enquanto isso, a Kroger continua a testar e desenvolver a tecnologia. A equipe liderada por Brett Bonner, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Kroger, está buscando criar um aparelho menor e ainda mais eficiente. Segundo a avaliação da Planet Retail, a esteira rápida do scanner reduz em até 50% o tempo de registro das mercadorias, consequentemente reduzindo filas nos caixas. De acordo com Chris Hjelm, diretor de tecnologia da Kroger, os clientes das lojas que estão testando o Advanced Checkout preferem usar esses caixas, porque são mais rápi-
dos e práticos. Segundo o executivo, os clientes reconhecem que o sistema melhora a experiência de compra. Tanto nas máquinas operadas por funcionários como nos equipamentos completamente automatizados, as filas são menores e o pagamento é mais rápido. Segundo Hjelm, o sistema tem o potencial de resolver um grande gargalo das grandes lojas, que são as filas na hora de registrar e pagar as compras. Segundo um comunicado da Kroger, os testes com o Advanced Checkout ainda são restritos a poucas lojas da rede. Além da Fujitsu, a varejista está trabalhando com a Adaptative Optics Associates para aperfeiçoar o sistema. Chris Hjelm diz que a Kroger pretende implementar a tecnologia em mais lojas da rede para determinar seu potencial.
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HELLISON LEMOS, DO MERCADOLIVRE
A Advantage Checkout foi considerada uma das principais inovações apresentadas no evento da National Retail Federation, que ocorreu na semana passada. Segundo a firma de análise Planet Retail, o scanner de túnel é a tecnologia mais inovadora do varejo em 2010. A Kroger projetou e desenvolveu o sistema em seu próprio laboratório. A Kroger anunciou uma parceria com a Fujitsu para demonstrar a tecnologia. Durante o evento da NRF, um grande número de executivos do setor de varejo assistiu às demonstrações da máquina. Segundo o porta-voz da Fujitsu, o interesse pelo sistema é muito grande, e está sendo apontado como um modelo para o futuro dos caixas no varejo. A Kroger já é uma antiga parceira da Fujitsu. A varejista já é a maior compra-
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rede de varejo norte-americana Kroger Co (www.kroger.com) criou em 2010 um novo sistema de check-out automático chamado Advantage Checkout, que usa uma tecnologia de "túnel de escaneamento" para registrar as compras com velocidade muito maior. Agora, a Kroger deve fechar um acordo com uma grande empresa de tecnologia para produzir em massa o sistema, que poderá ser usado por outros varejistas. A Kroger começou a testar o Advantage Checkout em algumas lojas no primeiro semestre do ano passado. Usando uma tecnologia óptica e uma esteira rolante, a máquina pode registrar o dobro do número de itens no mesmo período de tempo. Isso dá uma grande vantagem para a loja e para os clientes.
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da ABBC, Renato Oliva, a entidade entrou com sete ações na Justiça contra a exclusividade. Na Capital, a ação é contra a Prefeitura de São Paulo, que firmou contrato de exclusividade no crédito consignado com o Banco do Brasil.
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Algumas instituições financeiras, como o Banco do Brasil, já estão deixando de incluir a cláusula de exclusividade no crédito consignado por conta própria.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Com um mês de lançamento, houve 11,3 mil downloads Eduardo Albano, fundador do iDesconto.net
nformática
Caçadores de boas pechinchas Os agregadores de sites de descontos surgem na web na esteira do sucesso dos sites e clubes de compras coletivas, funcionando como uma espécie de shopping de ofertas BARBARA OLIVEIRA esde a metade do ano passado, os brasileiros passaram a ter uma nova mania: buscar descontos em sites e clubes de compras coletivas. De lá para cá, esses endereços explodiram na internet – em janeiro, superam a 400. Como o internauta levaria horas e até dias para buscar uma promoção interessante no meio dessa avalanche de serviços online, surgiu uma nova ferramenta para facilitar a vida dele. São os agregadores de sites de descontos. Além de ser um facilitador para o consumidor, os serviços concentradores revelam a oportunidade para um novo tipo de negócio na internet. Tão promissor que chamou a atenção do grupo Buscapé em setembro do ano passado, quando adquiriu o pioneiro dos agregadores de ofertas no País, o ZipMe, criado em julho. O Buscapé adquiriu 75% do portal e mudou o nome para Saveme. Seus fundadores, Guilherme Wroclawski e Heitor Chaves, mantêm 25% do portal. Tais sites se multiplicam na web porque os consumidores gostam de descontos e quanto mais rápido a oferta for encontrada, melhor. Segundo o IBOPE Nielsen Online, os portais de descontos/compras coletivas atingiram 5,6 milhões de usuários únicos em setembro (última avaliação feita pelo instituto). Mas, até dezembro, esse número deve ter dobrado, avaliam especialistas. Não é à toa que também se observe um crescimento entre os concentradores dessas ofertas. Até a semana passada já somavam uma dezena atuando em São Paulo e em outras capitais. É como se fosse um shopping de ofertas concentradas num só local, listando serviços (em salões de beleza, spas, prática de esporte, gastronomia, viagens, cultura) e produtos das principais redes varejistas online. Agora, esses sites organizadores estão sendo adaptados para o formato móvel, já que os smartphones são os principais dispositivos nas mãos dos consumidores. O Aponta Ofertas, criado pelo Apontador, e o iDesconto.net lançaram suas versões caça-ofertas para iPhone e outros aparelhos e preparam a novidade para plataforma Android e iPad. Eduardo Albano, fundador do
D
iDesconto.net, lembra que foi o primeiro a lançar a versão para iPhone em novembro e o aplicativo ficou entre os mais baixados da loja da Apple (App Store) em sua categoria. "Com um mês de lançamento, houve 11,3 mil downloads". A versão é multiplataforma porque também é compatível com outros 570 modelos de celulares, inclusive BlackBerrys. "Até fevereiro, teremos uma adaptação para Android", informa. Na primeira semana de janeiro, o iDesconto.net tinha 211 sites de compras coletivas cadastrados. Além da mobilidade, outro diferencial é uma parceria feita com o portal UOL e PagSeguro (sistema de segurança nos meios de pagamento) para garantir aos lojistas participantes e usuários do PagSeguro algumas vantagens, entre elas anúncios gratuitos no alto da página (em destaque). O aplicativo móvel do iDesconto detecta automaticamente a cidade de origem do usuário e entra na página das ofertas do lugar. Ele se conecta às redes sociais diretamente do celular a partir da página da web ou celular. "Apostamos na audiência, no crescimento das classes C e D e na popularização da banda larga para esse segmento decolar", diz Albano. Segundo o IBOPE Nielsen, o perfil do usuário de compras coletivas se concentra em pessoas de 25 a 34 anos (38,3%), mas é significativo também o grupo de 35 a 49 anos (29%). Localização - O destaque do aplicativo ApontaOfertas, do Apontador, com mais de 150 sites listados e cerca de 500 promoções diárias, é justamente a localização, tanto na web como no iPhone. Rafael Siqueira, diretor de tecnologia da empresa, explica que o serviço encontra a oferta mais próxima de onde ele se encontra, com a ajuda do mapa. "Ninguém vai buscar uma promoção a 5 quilômetros de distância. O bar, restaurante, teatro, salão de beleza precisam estar próximos do trabalho ou da casa do internauta, senão fica inviável", observa Siqueira. O Aponta Ofertas organiza as promoções no mapa a partir do endereço digitado pelo usuário, alinhando os sites e os endereços relevantes mais próximos em 45
cidades brasileiras. "Usamos a força do Apontador, líder em localização, para agregar outras informações como avaliações de usuários, compartilhamento de redes sociais e indicações desses sites de compras para outras pessoas através do e-mail". Conteúdos mais ricos e indicações relevantes são importantes para a sobrevivência do serviço. Um dos competidores de peso nesse novo negócio da web é o Saveme. Ele foi o pioneiro no segmento no ano passado, ainda com o nome de ZipMe. Agora, com o selo Buscapé, o Saveme quer ser o líder. "Teremos um novo layout na página, funcionalidades para facilitar a navegação e permitir ao usuário encontrar mais rapidamente o que deseja", informa um dos sócios do site, Guilherme Wroclawski. Haverá reviews de usuários e filtros. O grupo está preparando o lançamento do portal em plataformas móveis até fevereiro (iPhone e Android) e afirma ter 80% do mercado com 350 lojas cadastradas ou em fase de negociação. Segundo Wroclawski, o modelo de negócios poderá ser híbrido, com a cobrança de uma taxa mensal dos anunciantes mais o custo por clique (CPC) ou custo por aquisição (CPA). "Ainda estamos estudando como será o sistema de cobrança". A triagem de sites participantes do Saveme é feita não só pela equipe comercial do portal, mas, principalmente, pelos internautas, diz o executivo. "Temos uma relação de amizade com o consumidor porque ele nos vê como seu aliado. Se houver problemas com os anunciantes do serviço ele nos avisa". Busca Descontos - Enquanto os concentradores tradicionais de ofertas são focados em serviços, o Busca Descontos é diferente. Ele só procura promoções de produtos em várias redes de varejo. Algumas
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das maiores lojas do e-commerce brasileiro estão listadas no portal – são cerca de 200. "Fazemos uma busca nas melhores promoções do dia, saldões de lojas, pechinchas e colocamos no ar. É como se o consumidor tivesse um cupom de descontos na mão", informa Pedro Eugenio, um dos fundadores do Busca Descontos e especialista em marketing digital. Quando o usuário encontra o cupom de algo que lhe interessa, ele é direcionado para o link da loja do produto desejado. O portal está no ar desde 2006 e ganhou força com a febre das ofertas e saldões na internet. Os usuários cadastrados no Busca Descontos recebem e-mails com alertas das principais pechinchas de acordo com o seu perfil de consumo, inclusive de sites que oferecem frete grátis a cidades do interior. "A validade dos cupons é analisada por funcionários que também fazem um filtro nas lojas. Queremos oferecer apenas o que é bom". Eugenio destaca que a credibilidade é o principal ativo do site. "O usuário é nosso aliado e nos dá muitos feedbacks". O portal promove parcerias com as lojas para estimularem os descontos, especialmente quando querem atingir metas de vendas ou desovar estoques. "A gente sugere aos lojistas promoverem produtos a preços menores. E acaba sendo bom para todo o mundo". Nos Estados Unidos, serviços como esse representam 30% do volume de vendas de todo o e-commerce. Quando a loja trabalha com cupons, a conversão aumenta em até 39%.
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Os displays são de LED e todos vêm com saída HDMI para conexão com tevês de alta definição. Eles pesam entre 2 e 2,4 kg. Preços a partir de R$ 2 mil.
Netbook emborrachado m portátil vermelho com cerca de 1 kg é o lançamento da Megaware neste comecinho de 2011. O Meganetbook M1100 Series tem tela de 10.1 polegadas e touchpad multitoque. O acabamento é emborrachado para evitar riscos ou manchas e dá ao equipamento um visual mais sofisticado. O netbook vem com 12 teclas de função, memória de 2 GB, leitor de cartões 3 em 1, três portas USB distribuídas nos dois lados da máquina, microfone e webcam. O chip Intel é Atom N450 1.66 GHz, com cache de 512 KB e disco rígido de 320GB, rede wireless e conexão Bluetooth. A máquina tem bateria de três células com autonomia de duas
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câmera de vigilância da TP-Link funciona por IP e sem fio, permitindo a gravação de imagens a distância pela internet e sem a necessidade de cabeamentos. Basta conectá-la a uma rede de computadores e gerenciar a visualização e gravação de imagens local ou remotamente. Com ela, o usuário pode fazer gravações programadas e observar as imagens por MSN e pelo celular. Os eventos disparados por movimentos capturados pela câmera geram alertas por e-mail para o dono da casa ou da loja. O modelo suporta até cinco usuários conectados. Por R$ 459.
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Webcam filma em 3D ma webcam que, além de fotografar, também filma em 3D é a novidade da Multilaser que deve chegar ao mercado brasileiro em abril. A câmera tem duas lentes para captar imagens em profundidades diferentes. Com a ajuda de óculos especiais, as imagens são visualizadas em 3D pelo internauta do outro lado da linha em conferência. Fotos também são capturadas com a nova tecnologia. Mas se o usuário não
U horas e meia. O alto-falante está integrado. O sistema operacional Windows 7 Starter vem embarcado, além de alguns aplicativos: Office 2010 Starter Edition, o Security Essentials e o Windows Live Essentials. O netbook está à venda nas lojas da rede Pernambucanas por R$ 1.000.
quiser nada disso, a câmera funciona no modo convencional. Preço de varejo deve partir de R$ 150. No kit da Multilaser, dois óculos 3D acompanham o produto.
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
e Receita Federal exclui 31 mil do Simples conomia
17 Alguns empresários têm a esperança de que projeto para a inclusão do parcelamento de débitos das empresas seja votado ainda em fevereiro.
Miicro e pequenas empresas ainda podem quitar seus débitos tributários, à vista, e fazer outra opção pelo Simples Nacional até o dia 31 de janeiro, quando termina o prazo anual de adesão ao sistema.
A
Receita Federal do B r a s i l ( R F B ) e xcluiu 31 mil empresas do Simples Nacional por problemas de débitos com o Fisco. Conforme a Receita, as exclusões ocorreram em 1º de janeiro de 2011. Elas estavam em um lote de 35 mil empresas consideradas as maiores devedoras do sistema e que foram notificadas a partir de setembro do ano passado. Dessas, apenas 4 mil regularizaram a situação. As companhias notificadas faziam parte de um conjunto de 560 mil devedoras do fisco. A Receita prevê novas notificações ainda para esse primeiro semestre de 2011. As empresas excluídas ainda podem quitar seus débitos, que precisa ser feito à vista, e fazer nova opção pelo Simples Nacional até o dia 31 de janeiro, quando termina o prazo anual de adesão ao sistema. Como o processo de exclusão e de opção ocorre no mês de janeiro, a permanência da corporação no sistema não é interrompida até o final do período. Di fic ul dad es – Para o gerente de políticas públicas do Serviço Brasileiro de Apoios às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Bruno Quick, o fato de haver mais de 500 mil companhias do Simples em situação de débito tributário mostra as dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas, agravadas por problemas como a recente crise financeira mundial, a valorização do real
MAX
e a consequente exposição à concorrência de produtos importados. Soma-se a isso, segundo Quick, o fato de que há cerca de cinco anos o teto do Simples Nacional permanece o mesmo – R$ 2,4 milhões, sem qualquer ajuste. Assim, por exemplo, mais de 3 mil empresas estão na última faixa e em vias de estourar esse teto e sair prematuramente do sistema de tributação diferenciada. O gerente explica que a saída do sistema altera substancialmente a carga tributária e a estrutura de custo da companhia e pode levar à sua saída do mercado ou em-
Índice Nacional SCPC sobe 9,7% em 2010
O
bom movimento do varejo se manteve até o final do ano, conforme mostra o Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC). Elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nas informações fornecidas pelos mais de 2,2 mil SCPCs e SPCs espalhados por todo território nacional, o indicador apresentou crescimento de 7,2% em dezembro de 2010 sobre igual período de 2009. "Com o resultado de dezembro, 2010 encerrou com um aumento das consultas de 9,7% nos SCPCs e SPCs do País, resultado explicado, em parte, pela fraca base de comparação. Além disso, também houve crescimento da massa salarial e maior acesso à crédito, com prazos mais dilatados", explica o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo. A região Nordeste foi a que
purrá-la para a informalidade. O que segundo ele, contraria os objetivos da política pública instituída pela Lei Geral de incentivo à formalização, ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda. "As empresas estão fragilizadas e precisam de apoio", diz Quick. Ele lembra que os débitos do Simples Nacional sequer podem ser parcelados e alerta para a necessidade de mudanças, conforme previa o Projeto de Lei Complementar 591 que tramitava na Câmara dos Deputados em 2010. "Alguns empresários têm a esperança de que esse projeto seja
As empresas estão fragilizadas e precisam de apoio BRUNO QUICK, SEBRAE
votado ainda em fevereiro deste ano, conforme prometeu o líder do governo no final do ano passado e que, entre as mudanças, seja incluído o parcelamento de débitos das empresas". (Ag. Sebrae)
Mario Miranda/LUZ
registrou maior expansão 12,3%, seguida pela Sudeste, com 9,3% e a Norte, com 7,7%. Na Sul, o crescimento foi de 3,2%, enquanto na CentroOeste verificou-se decréscimo de 10,5%. Solimeo considera importante assinalar que a expansão das consultas, bem como do crédito e das vendas do varejo, não provocaram crescimento da inadimplência, pois o número de Registros Recebidos em 2010 foi
Os prazos maiores de pagamento também estimulou as compras
praticamente igual ao verificado no ano anterior, enquanto os Cancelamentos aumentaram 3,8%. "As perspectivas para o movimento do varejo neste ano são de crescimento mais moderado que em 2010 em virtude da forte base de comparação, da menor expansão do gasto público esperada, a elevação dos compulsórios pelo Banco Central (BC) e o provável aumento da taxa básica de juros (Selic) nos próximos
meses", explica o economista. Solimeo acrescenta que, em relação à inadimplência, a expectativa é de aumento sazonal nos primeiros meses do ano, e estabilização posterior em patamar ligeiramente superior ao de 2010. "Isso se deve não apenas ao aumento do endividamento da população, mas, principalmente, pela elevação dos juros e redução dos prazos, que afetam as renegociações de débitos."
Emergentes recebem mais recursos
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ela primeira vez o Brasil está entre o dez maiores destinos de investimentos no mundo, superando economias como Japão e Itália e quase se igualando à Alemanha. Os dados divulgados ontem pela Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) confirmam uma transformação profunda. Pela primeira vez, os países emergentes receberam mais investimentos que os ricos, que ainda vivem as incertezas da recuperação econômica, alta taxa de desemprego e turbulências no mercado financeiro. A economia brasileira seguiu o mesmo caminho de ou-
tros emergentes. Os estrangeiros aumentaram suas compras de empresas brasileiras em mais de 9.000% entre 2009 e 2010, deixando no País um volume superior ao que gastaram na China e duas vezes mais que as aquisições mundiais na França. Esses dados foram amplamente inflacionados pela transação da Telefônica no mercado nacional. Em geral, os investimentos no mundo estagnaram em 2010, com apenas 0,7% a mais que em 2009. No ano passado, os investimentos mundiais somaram US$ 1,12 trilhão, ante US$ 1,11 trilhão em 2009. Isso ocorreu por causa dos países ricos, que apresentaram queda de 7% no fluxo de investimen-
tos ao longo de 2010. E m er g e nt e s – A grande transformação ocorreu nos países emergentes. Essas economias receberam em 2010 mais de 53% de tudo que foi investido no mundo, e cresceram 10%. "É a primeira vez na história que isso ocorre", afirmou James Zhan, diretor do Departamento de Investimentos da Unctad. Em 2010, os países ricos receberam US$ 527 bilhões em investimentos estrangeiros. Já os emergentes e economias em transição receberam US$ 596 bilhões. O Brasil somou US$ 30,2 bilhões em 2010, 16,3% acima dos níveis de 2009 e com expansão bem superior aos 9,7% dos países emergentes. O País
Taxa por transação, que chegava a 5% do valor negociado, agora está entre 2,5% e 4,5%.
C
om o aumento da concorrência no setor de cartões, os lojistas estão conseguindo renegociar com as empresas e as taxas cobradas por transação realizada pelos consumidores com este meio de pagamento estão caindo. A queda está surpreendendo analistas, que já preveem redução das receitas e dos lucros da Cielo e da Redecard, as duas maiores credenciadoras de estabelecimentos comerciais. Algumas grandes redes conseguiram isenção na locação das máquinas e redução de até 40% nas taxas, como é o caso da Pague Menos, uma das maiores redes de drogarias do Brasil. A taxa média por transação, que variava de 3% a 5% antes do fim da exclusividade da Cielo e Redecard, está, atualmente, entre 2,5% e 4,5%. A variação ocorre de acordo com a característica dos estabelecimentos comerciais. As renegociações das taxas se intensificaram no quarto trimestre do ano passado, puxadas pelas grandes redes varejistas. Os resultados efetivos só devem ser conhecidos a partir de fevereiro, quando a Redecard e a Cielo divulgam seus resultados financeiros.
40 por cento foi a redução nas despesas com os serviços de cartão de crédito obtida pela rede Pague Menos com contrato de exclusividade
Movimento se manteve forte até dezembro, graças ao crescimento da massa salarial e maior acesso à crédito. MARCEL SOLIMEO, ACSP
Grandes lojistas têm redução nas taxas de cartão
também apresentou alta de investimentos acima dos 6,3% da China e 10% superior ao total das economias asiáticas. Para Zhan, isso se deu em razão do interesse de empresas estrangeiras em atuar no mercado brasileiro e tirar proveito dos benefícios da expansão. Em 2009, o Brasil havia sofrido um "desinvestimento" de US$ 1,4 bilhão, com estrangeiros vendendo empresas locais. Em 2010, multinacionais deixaram US$ 9,4 bilhões no País. A Telefônica e sua compra no mercado brasileiro foi a grande responsável pelo salto. Em termos absolutos, o Brasil somou recursos em aquisições superiores aos da China e da maioria dos asiáticos. (AE)
Em uma reunião com analistas de mercado em dezembro, o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, já antecipou que os resultados da companhia viriam piores no quarto trimestre por conta das renegociações dos contratos com grandes varejistas. Procuradas, Cielo e Redecard não se pronunciaram sobre o assunto, por estarem em período de silêncio.
Exclusividade – De acordo com fontes, a drogaria Pague Menos obteve redução de até 40% nas despesas com os serviços de cartão de crédito – taxas de desconto, antecipação de recebíveis e aluguel de equipamentos – após fechar um contrato de exclusividade com uma grande credenciadora. Em 2009, a Pague Menos foi a varejista com o maior faturamento do ramo farmacêutico do País e a segunda em número de pontos de venda.
Isso (taxa por transação) era maior que o resultado líquido das operações, que fica na faixa dos 3%. ORLANDO MORANDO, APAS Os analistas do Goldman Sachs Carlos Macedo, Jason Mollin e Wesley Okada esperavam que as taxas cobradas dos lojistas fossem caindo lentamente. Mas a redução veio acima do esperado, por conta da renegociação com grandes varejistas. Após se reunirem com executivos do setor e das duas companhias credenciadoras, os analistas do Goldman preveem nova rodada de diminuição nas taxas, até porque o movimento ainda não ocorreu com força em redes menores. Taxa de transação – De acordo com o vicepresidente e diretor de comunicação da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Orlando Morando, os percentuais cobrados chegaram a equivaler a 4,5% dos valores transacionados, sobretudo nos pequenos comércios. "Isso era maior que o resultado líquido das nossas operações, que fica na faixa dos 3%", diz Morando, acrescentando que as taxas, atualmente, situam-se na média dos 3%, considerando a média entre os associados da Apas. No entanto, entre os pequenos comércios podem variar ainda entre 3,5% a 4%. (AE)
Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo - Aviso da Contribuição Sindical O Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo comunica aos Associados que deverão recolher a Contribuição Sindical/2011, em nome desta entidade, até o dia 28/02/2011, no valor de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais; e para Estudantes e Tecnólogos no valor de R$ 26,00 (vinte e seis reais). Aos Profissionais já cadastrados a guia de recolhimento personalizada será enviada pelo correio. Os ainda não cadastrados poderão acessar nosso site www.saesp@saesp-sp.com.br à Rua Estados Unidos 865/889. São Paulo, 03 de janeiro de 2011. a) Adm. Roberto Carvalho Cardoso - Presidente
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE TUPÃ Edital de Convocação O Presidente da Associação Comercial e Industrial de Tupã, no uso de suas atribuições, atendendo o disposto nos artigos 24º e 44º do Estatuto Social, convoca os Senhores Associados para que seja efetuada a eleição dos membros da Diretoria, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e demais Membros Conselheiros, para o triênio 2011/2013, a ser realizada no dia 07 de fevereiro de 2011, com início às 9,00 horas e término às 16,00 horas, na Praça da Bandeira nº 373, na cidade de Tupã, Estado de São Paulo. O registro das chapas interessadas deverá ser feito até 05 (cinco) dias após o dia da publicação deste Edital e até às 17,00 horas (dezessete horas). Tupã, 14 de janeiro de 2011.
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE TUPÃ Dirceu Luiz Michelan EDITAL Carlos Roberto Rodrigues Pinto, primeiro oficial de Registro de Imóveis da Comarca de Santo André, Estado de São Paulo, na forma da lei, etc... FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que foi apresentado por Incosul Incorporação e Construção Ltda, na qualidade de credora fiduciária, referente ao imóvel constituído pelo apartamento 104, do Residencial Paineiras, situado na Rua das Paineiras, 357, nesta cidade, requerimento para as intimações dos fiduciantes Wagner Isidoro Tasca e Rosana Augusta Franco da Costa Tasca, para cumprimentos de suas obrigações contratuais em atraso. Tendo em vista a não localização pessoal, procede por este edital as INTIMAÇÔES de Wagner Isidoro Tasca e Rosana Augusta Franco da Costa Tasca para que, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da última publicação deste edital, dirigiram-se ao Cartório, na Rua Xavier de Toledo, 183 – 1° andar, no horário das 11.00/17.00 horas, de segunda a sexta-feira, a fim de dar cumprimento à sua obrigação contratual, encargos, posicionados em 07/01/2011, no valor de R$ 101.014,72 (cento e um mil e catorze reais e setenta e dois centavos), acrescidos das despesas de cobrança por parte do credor de R$ 83,35 (oitenta e três reais e trinta e cinco centavos), mais atualizado monetária e juros de mora até a data do efetivo pagamento, somando-se também, o(s) encargo(s) que vence(em) no prazo desta intimação, tudo em cheque visado ou administrativo, nominal a Incosul Incorporação e construção Ltda. Nada mais. Santo André 07 de Janeiro de 2011. Carlos Roberto Rodrigues Pinto ( Oficial ) 14,15,18/01/2011
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 17/01/2011 NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Taxas sobre viagens afetam a a criação de empregos pelo turismo. Taleb Rifai, secretário-geral da OMT
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Turismo mundial venceu a crise N Dados mostram que setor voltou aos níveis anteriores a 2008. O destaque ficou com os países emergentes, que receberam 47,3% dos turistas no ano passado. Genilson Araújo/AOG
o ano passado, a indústria turística mundial superou as previsões feitas pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e registrou o número recorde de 935 milhões de viajantes indicando um crescimento de 6,7% na comparação com 2009, quando foram contabilizados 877 milhões de turistas. A informação foi divulgada ontem pela entidade, mostrando que o setor voltou a atingir os patamares anteriores à crise financeira internacional e colocou o segmento de volta à tendência de crescimento nos próximos anos – com importante participação dos países emergentes. De acordo com os dados da OMT (organismo ligado à Organização das Nações Unidas), a grande maioria dos destinos turísticos se mostrou alinhada a essa tendência de recuperação dos números précrise. Duas regiões – Oriente Médio e nordeste da Ásia – registraram crescimento de 13,9% entre 2009 e 2010, ao passo que apenas a Europa setentrional apresentou retração de um ano para outro, de 0,1%. "Estimulado pelas melhores condições econômicas, o turismo internacional se recuperou mais rapidamente que o previsto dos impactos da crise financeira mundial e da recessão econômica do final de 2008 e de 2009", avaliou a entidade. Outro ponto mostrado pelo
levantamento é a maior velocidade dos emergentes em se recuperarem. Tomados como conjunto, eles tiveram crescimento de 8,2% em 2010, enquanto as economias avançadas tiveram sua expansão limitada a 5,3% (veja tabela abaixo). Com isso, foi possível à China substituir a Espanha como terceiro maior destino por número de turistas em 2010. Nos anos anteriores, o país europeu já havia perdido sua segunda posição para os Estados Unidos. "Agora o desafio será consolidar este crescimento nos próximos anos em meio a um incerto entorno econômico mundial", avaliou o secretáriogeral da OMT, Taleb Rifai. O Brasil se destacou no estudo da OMT por ter sido o país cujos turistas em viagem ao exterior tiveram a maior expansão em seus gastos (52%), seguido por Arábia Saudita (28%), Rússia (26%) e China (17%) (veja texto abaixo). Regiões – No detalhamento dos dados divulgados pela OMT, a região da Ásia-Pacífico foi a que contabilizou a maior expansão no volume de turistas, superando em 12,6%, em média, o total observado em 2009. Já o continente americano teve crescimento médio de 7,7%, se recuperando, assim, das perdas geradas pela queda observada em 2009, quando foram sentidos os impactos tanto da crise quanto do surto da gripe A (H1N1).
O Brasil contribuiu para que o número de turistas que viajaram para a América do Sul tivesse no ano passado um aumento de 10,4% ante 2009. Sonaira San Pedro/DC
Dentro dessa região, a América do Sul teve o melhor desempenho, registrando uma variação positiva de 10,4%. Segundo a OMT, a retomada do crescimento nos EUA ajudou a melhorar os resultados da região em seu conjunto, da mesma forma que "a crescente integração regional nas Américas Central e do Sul, assim
como a vitalidade das economias latino-americanas". A Europa, por sua vez, teve alta de apenas 3,2%, com destaque para os países da Europa Ocidental. Apesar do baixo crescimento, o continente contabilizou no ano passado 471,5 milhões de turistas estrangeiros – mais da metade do total mundial. (Com agências)
A China também se destacou, desbancando destinos como a Espanha.
Brasileiro aproveita momento para gastar mais
Divulgação
A cidade de Miami, nos Estados Unidos, é um dos principais destinos escolhidos pelos turistas brasileiros no exterior. Segundo dados divulgados pela OMT, esses viajantes foram os que mais aumentaram seus gastos em viagens no ano passado, superando os da Arábia Saudita, da Rússia e da China.
O
s gastos dos turistas brasileiros em viagem ao exterior foram os que apresentaram a maior expansão em 2010 na comparação com o ano anterior, segundo os dados anunciados ontem pela Organização Mundial do Turismo (OMT). De acordo com a entidade, houve um crescimento total dessas despesas de 52% ante 2009.
Esse resultado se alinha ao recorde apresentado no mês passado pelo Banco Central (BC), segundo o qual os gastos dos viajantes entre janeiro e novembro de 2010 ficaram em R$ 24,9 bilhões, ante R$ 16,43 bilhões em igual período de 2009. Já as receitas deixadas por estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a R$ 948 milhões em novembro,
segundo o BC. Nos 11 meses do ano, essas receitas somaram R$ 9 bilhões. De acordo com a OMT, depois do Brasil os países cujos viajantes mais gastaram em 2010 são Arábia Saudita (crescimento de 28%), Rússia (26%) e China (17%). Dólar – Com as recentes quedas na cotação do dólar ante o real (ainda abaixo de R$ 1,70, apesar das medidas
do BC para segurar o recuo da divisa norte-americana), ficou mais vantajoso para os brasileiros viajarem ao exterior e gastarem, o que ajuda a explicar os dados contabilizados pela OMT e pelo BC. Os principais destinos escolhidos pelos viajantes brasileiros incluem EUA (Miami, Orlando e Nova York), Europa (França, Portugal e Itália) e Argentina. (Agências)
Expansão prossegue, mas lenta.
A
s projeções da Organiz ação Mundial do Turismo (OMT ) para o setor neste ano são otimistas – ain da que não deva se repetir o desem penho de 2010. De acordo com a entidade, a tendência atual de recuperação econômica mundial deverá se refletir na atividade tur ística, levando as chegadas internacionais de viajantes a subirem entre 4% e 5% em 2011 – uma taxa ligeiramente abaixo da média de longo prazo adotada pela OM T. No entanto, esse crescime nto enfrenta um problema: a tendência de os governos aumentarem a taxação sobre as viagens para equilibrarem suas conta s públicas. "Ao mesmo tempo em que entendemos perfeitamente a necessid ade de consolidação fiscal, a OMT continuará a alertar os governos sobre o fato de que essas taxas afetam seriamente a capacidade do turismo de estimular a criação de em pregos e a expansão da economia, e afetam ne gativamente os países e o desenvolvimen to dos emergentes", afirmou o secretário-gera l da OMT, Taleb Rifai. Para os próximos anos, a entidade estima que deverá se manter a curva ascendente no número de chegada de turistas obser vada desde 1995, quando o tot al era de 534 milhões. De acordo com os dados estatísticos da OMT, a ten dência é de que esse número cresça ma is de 60% e atinja 1,6 bilhão de pessoas em 20 20. (Com agências)