Diário do Comércio

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Um milhão e quinhentos mil pedaços de Lula Caminhões começam a encostar no Alvorada para a mudança do presidente Lula – serão precisos 11 deles tal o volume de peças, presentes, documentos e livros (!) acumulados em 8 anos de governo. Pág. 5 Ano 86 - Nº 23.272

Conclusão: 23h35

Jornal do empreendedor

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São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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s comerciantes paulistas poderão pagar em duas vezes o ICMS de dezembro – em 20 de janeiro e 22 de fevereiro –, anunciou ontem, na ACSP, o governador de SP, Alberto Goldman. "A medida vai melhorar o fluxo de caixa das empresas do comércio no início do ano", disse Mauro Ricardo, secretário da Fazenda. Página 11

Foto no pacote de presente: Afif Domingos, vicegovernador eleito, o governador Alberto Goldman, Alencar Burti, presidente da ACSP, e Mauro Ricardo, secretário da Fazenda, comemoram o anúncio da medida.

A febre do iPad Celulares e iPod, sucesso em outros Natais, ficaram para trás. Agora, o iPad está com tudo: é campeão de vendas. Página. 11

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Gianne Carvalho/Folhapress

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Um mundo em 3D Testamos máquinas e filmadoras que gravam e reproduzem imagens em três dimensões. Informática Guilherme Lara Campos/Foto Arena/AE

Maninha de Chico Buarque é ministra Ana de Holanda, nomeada para a Cultura de Dilma Rousseff. Página 7 Carl de Souza/AFP

Na Paulista, a arte pede passagem Músicos, malabaristas e palhaços protestam na avenida Paulista pelo direito de fazer da rua seu palco. Pág. 8 Enrique Marcarian/Reuters

Tempestades brancas atrasam voos e fecham aeroportos Neve emperra sistema de transportes na Europa. Até estações ferroviárias como a de St. Pancras (foto), em Londres, acumulam montanhas de bagagens. Confusão já atinge nossos aeroportos. Logo, pág. 10 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 21º C.

ISSN 1679-2688

23272

9 771679 268008

Violência em Buenos Aires Choque entre ativistas dos direitos humanos (foto) e polícia do governo Kirchner. Pág. 9


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Chávez está há dez anos no poder. Em seu mandarinato, o Estado de Direito apequenou-se continuamente. Roberto Fendt

pinião

PAULO SAAB

UM PAÍS MELHOR: O QUE DEVE MUDAR

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Anacrônico, sim. Risível, nem tanto.

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ara o escritor e político peruano Mario Vargas Llosa, o presidente venezuelano Hugo Chávez é "anacrônico e risível". Disse mais, em seminário sobre O futuro da liberdade num mundo global promovido em Santiago do Chile pela fundação Desarrollo y Libertad. "Chávez não representa a cara da esquerda latino-americana atual", afirmou Llosa, apontando que a esquerda moderna governa o Brasil e o Uruguai. Que Chávez é anacrônico, sem dúvida o é. Não há nada mais antigo na política latino-americana que o seu bolivarianismo, mistura explosiva de peronismo com castrismo, condimentado para assumir uma coloração local. Esse anacronismo chavista já passou por diversas encarnações, cada uma pior que a outra: primeiro, populista; depois, pseudossocialista; agora, uma versão farsesca e tropical do fascismo. A questão é saber se realmente Chávez é risível. Histriônico talvez seja, no sentido de ridículo, como o personagem principal do filme de Chaplin, O grande ditador – a maior sátira do nazismo e do fascismo e de seus "grandes homens", Hitler e Mussolini. Em setembro último, os resultados das eleições legislativas na Venezuela mostraram claramente que Chávez havia sido derrotado. Seu objetivo era obter dois terços dos votos na assembléia nacional (110 assentos), de forma a levar adiante o seu projeto do "socialismo do século 21" e reforçar a sua posição para a eleição presidencial de 2012. A vitória da oposição, ao conquistar 65 representantes no congresso venezuelano, aparentemente havia posto um fim à supremacia chavista no congresso. Nesta última sexta-feira, contu-

ROBERTO FENDT do, Chávez mais uma vez deu mostras de sua hostilidade à alternância no poder, típica da tradição democrática ocidental, ao sancionar a Lei Habilitante, aprovada pelo atual congresso venezuelano. Pela lei, Chávez poderá governar por decreto nos próximos 18 meses, frustrando a intenção do eleitorado que havia majoritariamente votado na oposição.

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s "pitiyankis", denominação depreciativa com que Chávez denomina os congressistas da oposição, não farão leis "pró-Estados Unidos". É assim que Chávez caracteriza qualquer lei que se oponha a seu continuado assalto ao poder. De fato, com a Lei Habilitante, pouco haverá a fazer no campo legislativo. Chávez está há dez anos no poder. Durante seu mandarinato, o Estado de Direito apequenou-se continuamente. Suas leis "habili-

tantes" emascularam a separação dos poderes e resultaram no controle do judiciário. Os direitos dos cidadãos, em particular com relação à liberdade de expressão, foram apequenados.

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á antes das eleições legislativas, Chávez havia tomado medidas para mudar as regras de repartição da receita pública, reduzindo os recursos dos governadores e prefeitos de estados e municípios governados pela oposição. As vitórias oposicionistas se deram a despeito da migração de eleitores fiéis a seu partido para os redutos da oposição; os novos diretores do Conselho Eleitoral Nacional foram escolhidos entre membros do partido de Chávez e diversas limitações reduziram a capacidade de auditoria dos resultados das eleições por observadores internacionais.

Não há nada mais antigo na política latino-americana que o bolivarianismo de Chávez, mistura de peronismo com castrismo, condimentado para assumir uma coloração local.

Pior de tudo, a nova lei orgânica do processo eleitoral, aprovada pelo congresso chavista em 2009, infringe a Constituição ao distorcer o sistema de representação proporcional. Alguns dos artigos dessa lei permitem que o partido que recebe o maior numero de votos uma super representação no congresso venezuelano. Nas eleições de 26 de setembro, a oposição obteve 47% dos votos, e o chavismo, 48%. Pelas regras eleitorais em vigor, 98 dos assentos no congresso ficaram com o PSUV, 65 com o MUD e dois com PPT. Sem a maioria absoluta, o único recurso de Chávez foi obter, do atual congresso, a Lei Habilitante. Com isso, além das restrições à liberdade individual, certamente continuará o processo de deterioração econômica iniciado há onze anos com a tomada do poder por Hugo Chávez.

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despeito de ser uma economia essencialmente petroleira e de o preço do petróleo girar hoje em torno de 82 dólares o barril, a atividade econômica da Venezuela deverá, segundo a insuspeita Cepal, cair 1,6% este ano. Junto com a recessão econômica, a inflação, que hoje está em torno de 35%, continuará acelerando. Para coroar esse quadro de desgraças, o desemprego deverá ultrapassar 8%. O anacronismo do bolivarianismo e de seu presidente ficam patentes. O histrionismo do seu principal personagem, também. Mas, para os venezuelanos, há pouco de risível nessa triste figura, caricatura tardia e farsesca do pior que produziu o totalitarismo do século vinte. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

ma vez mais, ao longo de 2010, assistimos a um verdadeiro festival de desmandos e desvirtuamentos por parte de nossos políticos e governantes no encaminhamento da gestão pública e na aplicação de verbas arrecadadas do suor do contribuinte brasileiro. Foram tantas as denúncias, as prisões, as solturas, e até crimes – como o recente assassinato do prefeito da cidade de Jandira – que enumerá-los demandaria uma edição completa do jornal. Não é novidade para ninguém que o sistema eleitoral brasileiro, ainda que aberto, democrático, sofre da falta de representatividade dos partidos e, por consequência, dos eleitos, que na maior parte das vezes representam mais a si mesmos e aos grupos a que pertencem, do que ao eleitor que lhe entregou seu voto. A distância entre o anseio do eleitor e a atuação do eleito para um cargo executivo, ou do parlamentar sufragado é tão grande, que os desvios de conduta e de dinheiro se tornaram corriqueiros na vida nacional e infestam os gabinetes e corredores por onde circula a distribuição de recursos do erário. É tamanha a desfaçatez com que o dinheiro público é manipulado que o exemplo se espraia , e a falta de punição estimula a existência dos maus políticos e dos administradores corruptos. Ao governo, notadamente o federal, de grande visibilidade, particularmente no caso do governo Lula, com índices expressivos de popularidade, caberia a iniciativa de coibir a malversação dos recursos do tesouro. O que se viu, todavia, ao longo desses oito anos de Lula, foi a complacência com os culpados, mesmo nos casos mais graves. elo exemplo negativo, pela falta de punição e a tolerância para com os infratores, o governo atual contribuiu para a disseminação da política do "vale tudo" no exercício do cargo público. E inclusive na ofensa à legislação eleitoral, na qual primou o presidente da República em causa própria para eleger a todo custo – e como custou! – a continuidade de sua gestão na pessoa de Dilma Roussef. Custou tão caro que alguns dos integrantes do atual governo, que seguirão no próximo, pregam cortes e rigor orçamentário para o ano que vem. Seria cômico se não fosse trágico para o País, diante da formidável expansão dos gastos públicos, aparelhamento do Estado e

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Não é novidade para ninguém que o sistema eleitoral brasileiro, ainda que democrático, sofre da falta de representatividade dos partidos e, por conseguinte, dos eleitos.

inchaço da máquina pública, sem falar nos desvios verificado nos últimos anos. Se não houver contenção – são os próprios gastadores que admitem – virá a crise. Claro que atingirá quem não tem nada a ver, a não ser pelo voto equivocado: a população. É preciso mudar o comportamento das pessoas sentadas nas cadeiras do poder. É preciso mudar o comportamento dos políticos sentados nos parlamentos e assembléias. É preciso mudar a atitude dos nossos juízes e tribunais, que não têm a celeridade e eficiência à altura que o País demanda. É preciso mudar a atuação política da maioria da população. aí a coisa pega. Para melhor qualidade na vida pública é preciso melhorar a qualidade educacional da população. É preciso melhorar a formação institucional e política de nossa gente. O leitor pode pensar que este último parágrafo é irônico, debochado. Preferia que fosse. É uma necessidade premente para o Brasil perder seus vícios mais comezinhos, arraigados no cotidiano, em que é natural brincar com o dinheiro público. Em especial, brincar de tomá-lo para si. Para melhorar, , a presidente eleita, Dilma Roussef, a partir de sua posse, poderia não alisar a cabeça dos membros de seu governo, dos partidos da chamada base aliada (onde o butim é rateado) quando fizerem coisa errada. E como fazem... Lula fechou os olhos. Lavou as mãos. Entregou o País ao saque disfarçado dos maus integrantes da estrutura de poder e dos que dela vivem. Dilma, embora represente (até aqui) não mais que uma simples troca de guarda, mantendo-se o poder nas mesmas mãos, tem a oportunidade histórica de aprimorar sua biografia. Não precisa ser genial governando. Basta não permitir a corrupção deslavada.

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PAULO SAAB É JORNALISTA E

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

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ESCRITOR


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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APESAR DOS EQUÍVOCOS DOS REPUBLICANOS, OBAMA INSISTE EM APROXIMAÇÃO. Dimitar Dilkoff/AFP

Quando os zumbis vencem

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uando os historiadores olharem para os anos 2008-2010, o que vai confundi-los mais, acredito, é o estranho triunfo das ideias fracassadas. Os fundamentalistas do livre mercado têm estado equivocados sobre tudo, mas dominam hoje a cena política ainda mais solidamente. Como isso ocorreu? Como, depois de bancos descontrolados terem posto a economia de joelhos, terminamos com Ron Paul (que afirma : "Não acho que precisamos de reguladores") assumindo uma comissão-chave da Câmara dos Deputados que fiscaliza o Fed? Como, depois das experiências dos governos Clinton e Bush (o primeiro aumentou os impostos e seu governo teve um espetacular crescimento de empregos; o segundo cortou tributos e presidiu com um crescimento anêmico, mesmo antes da crise) terminamos em um acordo bipartidário para cortar ainda mais impostos? A resposta da direita é que os fracassos econômicos do governo Obama mostram que as políticas de "governo grande" não funcionam. Mas a resposta deveria ser: quais políticas de "governo grande"? O fato é que o estímulo de Obama – que continha quase 40% de cortes de impostos – foi cauteloso demais para mudar a direção da economia. E isso não é uma conclusão a posteriori: muitos economistas, incluindo eu mesmo, alertaram desde o início que o plano era grosseiramente inadequado. Vamos pôr desta forma: uma política com a qual os empregos públicos de fato caem, com a qual os gastos do governo com bens e serviços crescem ainda mais lentamente do que os anos Bush, dificilmente se constitui em uma experiência de economia keynesiana. Talvez não seja possível para o presidente Barack Obama conseguir algo mais, diante do ceticismo do

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PAUL KRUGMAN Congresso com o governo. Mas mesmo que isso seja verdade, só confirma a contínua influência de uma doutrina fracassada em nossas políticas. Também é válido observar que tudo o que a direita disse sobre por que as obamanomics iriam falhar estava errado. Há dois ano estamos sendo alertados que os empréstimos que o governo tomou iriam levar as taxas de juros às alturas. Na verdade, as taxas têm flutuado por causa do otimismo ou do pessimismo sobre a recuperação, mas permanecem consistentemente baixas pelos padrões históricos.

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á dois anos estamos sendo alertados sobre a inflação, e até hiperinflação logo ali na esquina; em vez disso, a desinflação continuou, com o núcleo da inflação – que exclui os voláteis preços dos alimentos e da energia – hoje no menor nível em meio século. Os fundamentalistas do livre mercado têm estado equivocados sobre os eventos no exterior quanto nos Estados Unidos – e igualmente sofrido poucas consequências. Em 2006, George Osborne declarou que "a Irlanda mantém-se como um exemplo brilhante da arte do que se pode fazer em políticas econômicas de longo prazo". Opa"! Mas Osborne agora é um importante assessor econômico na GrãBretanha. E em sua nova posição, ele está querendo reproduzir as políticas austeras que a Irlanda implementou após a bolha ter estourado. Afinal, conservadores nos dois lados do Atlântico passaram grande parte do

onvenhamos, a política é, em grande medida, a arte do engano e da indução ao erro, e a retórica político é, em grande medida, a arte de dar declarações inexatas sobre os problemas em questão. Um exemplo clássico é o atual debate sobre dar dinheiro aos desempregados, estendendo o prazo do seguro-desemprego, ou se, em vez disso, dever-se-ia dar "abatimento nos impostos dos ricos". Antes de qualquer coisa, os impostos de ninguém – sejam ricos ou pobres – serão cortados durante essa última sessão do Congresso repleta de congressistas não reeleitos. A única questão real é se as atuais alíquotas de impostos subirão em janeiro, para todos, para ninguém, ou para alguns. O máximo que podemos esperar é que as alíquotas não subam. Assim, na próxima vez que você ouvir um político ou comentarista de TV falando em "cortes de impostos para os ricos", isso apenas lhe dirá se eles estão sendo sérios quanto aos fatos ou simplesmente viciados em frases feitas. Não apenas os chamados "cortes de impostos" não são realmente cortes, mas a maioria dos que são chamados de ricos não são realmente ricos. Riqueza significa a posse de fortuna, de muitas propriedades e de muitos outros bens. Mas o imposto sobre a renda não toca na riqueza. Não admira que alguns milionários e bilionários estejam aprovando a elevação do imposto sobre a renda. Eles continuariam milionários ainda que o imposto lhes tomasse

100% de suas rendas atuais. O que aqueles que argumentam contra o "corte de impostos para os ricos" de fato estão fazendo, é promover o aumento da taxação sobre as famílias com renda igual ou superior a 250 mil dólares ao ano. Um casal que ganhe 125 mil dólares por ano (per capita) não é rico. Se eles tiverem um filho frequentando um dos muitos colleges que cobram anuidades de 30 mil dólares, sem considerar as outras despesas inerentes, mas descontando os impostos, é pouco provável que esse casal possa mesmo ser considerado rico. uitas pessoas cuja renda anual bruta é de 125 mil dólares, chegaram a esse patamar após muitos anos recebendo muito menos antes de, e à custa de muito esforço, chegar àquele patamar de renda. Que os políticos agora queiram entrar na jogada e confiscar o resultado de anos de trabalho duro, já é um tanto demais. É também preciso ser muito sem-vergonha para falar em taxar "milionários e bilionários" quando a maioria das pessoas cujas alíquotas de impostos os esquerdistas

ano passado elogiando a austeridade irlandesa como um sucesso retumbante. “A abordagem irlandesa funcionou em 1987/1989 e está funcionando agora", disse Alan Reynolds, do Cato Institute, em junho. Opa de novo. Mas tais fracassos não parecem importar. Pegando emprestado o título de um livro recente do economista australiano John Quiggin – sobre doutrinas que as crises deveriam ter matado, mas não mataram – nós ainda estamos, talvez mais do que nunca, sendo governados por "políticas econômicas zumbis". Por quê? Parte da resposta é que as pessoas que deveriam estar tentando liquidar essas ideias zumbis, em vez disso, tentaram se comprometer com elas. E isso é especialmente verdade para o presidente Obama.

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s pessoas tendem a esquecer que Ronald Reagan frequentemente cedia terreno em questões políticas – mais notadamente, ele terminou decretando aumentos de impostos múltiplos. Porém, ele nunca vacilou sobre ideias, nunca voltou atrás da posição de que sua ideologia estava certa e a de seus adversários, errada. Obama, em comparação, tem tentado consistentemente alcançar o outro lado, dando cobertura aos mitos da direita. Ele enalteceu Reagan por restaurar o dinamismo norte-americano (quando foi a última vez que se ouviu um republicano elogiar Franklin Delano Roosevelt?), adotou a retórica do Partido Republicano sobre a

necessidade de o governo apertar o cinto mesmo diante da recessão, ofereceu congelamentos simbólicos nos gastos e nos salários federais. Nada disso fez com que a direita parasse de acusá-lo de socialista. Mas ajudou a fortalecer as idéias ruins, de tal forma que elas podem causar prejuízos imediatos. Agora mesmo Obama está saudando o acordo de corte de impostos como um incentivo à

NOVAMENTE A RETÓRICA FALACIOSA

THOMAS SOWELL

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querem aumentar não é uma coisa nem a outra. Por que tanta necessidade de enganação se o seu argumento é bom? queles que são donos de seus próprios pequenos negócios normalmente chegaram ao pico de seus rendimentos muitos anos depois de iniciar suas atividades, frequentemente operando com margens muito estreitas, quando não no

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vermelho, logo no começo de suas pequenas empresas. Ver novamente políticos metendo o bedelho com uma taxação extra nesse ponto das vidas dessas pessoas, quando as rendas maiores compensam os sacrifícios anteriores, é uma enorme sem-vergonhice – especialmente quando os verdadeiros milionários e bilionários têm sua riqueza segura e legalmente (ou ilegalmente em paraísos fiscais) guardada longe dos impostos.

economia – mas os republicanos já estão falando em cortes de gastos que compensariam qualquer efeito positivo do acordo. E como Obama pode se opor a essas demandas, quando ele próprio está abraçado à retórica de apertar o cinto? Sim, a política é a arte do possível. Todos nós sabemos da necessidade de negociar com os inimigos políticos. Mas uma coisa é fazer acordos para avançar em

Uma outra conversa enganadora dos políticos e da mídia, bastante em voga, consiste em traçar um paralelo entre o ato de dar dinheiro aos desempregados e dar dinheiro aos "ricos". Quando você se abstém de aumentar os impostos sobre alguém, você não lhe está dando coisa alguma. Mesmo que você estivesse realmente diminuindo a alíquota incidente – o que está absolutamente fora de questão hoje em dia – ainda assim você não estaria "dando" nada, mas apenas e tão somente estaria permitindo que essa pessoa mantivesse mais daquilo que ela mesma ganhou com seu trabalho. or acaso o governo está fazendo algum favor em não nos tomar mais daquilo pelo qual trabalhamos? Não é um insulto à nossa inteligência dizer que o governo nos está "dando" algo por não taxar esse algo? Por outro lado, com o auxílio-desemprego você está realmente dando alguma coisa a alguém. "Estender o segurodesemprego" sempre soa bem politicamente especialmente se você não faz a pergunta fundamental: "Por quanto tempo deveria

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seus objetivos, outra é abrir a porta às ideias zumbis. Quando se faz isso, os zumbis terminam comendo seu cérebro – e muito possivelmente, sua economia também. PAUL KRUGMAN É ECONOMISTA, COLUNISTA DO THE NEW YORK TIMES, PROFESSOR E AUTOR DE VÁRIOS LIVROS E PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA 2008 TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

ser estendido?". Um ano? Dois anos? Sem limite? Estudos demonstram aquilo que o bom senso já deveria nos ter revelado antes de tais estudos: quanto maior o período de disponibilidade de seguro-desemprego, maior será o tempo que as pessoas permanecerão desempregadas. e eu fosse demitido amanhã, deveria ser permitido que eu vivesse à custa do governo até que encontrasse outro emprego exatamente igual, ganhando o mesmo ou até mais do que ganhava antes? E que tal se me fosse oferecido outro emprego que exigisse algumas de minhas habilidades, mas que não pagasse tanto quanto o emprego anterior? Deveria ser permitido que eu continuasse a viver à custa do governo, isto é, à custa dos contribuintes? Quando o governo faz com que seja mais caro para os empregadores a contratação de funcionários, e ao mesmo tempo subsidia desempregados por mais e mais tempo, você terá tanto desemprego quanto estiver disposto a pagar por ele, durante o tempo que você estiver disposto a continuar pagando.

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THOMAS SOWELL É DOUTOR EM ECONOMIA, PROFESSOR, AUTOR DE VÁRIOS LIVROS, ARTICULISTA E, ATUALMENTE, SENIOR FELLOW NO HOOVER INSTITUTE, EM STANFORD, CALIFÓRNIA. TRADUÇÃO : HENRIQUE DMYTERKO PUBLICADO EM WWW.MIDIAAMAIS.COM.BR


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

21 de Dezembro

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o ingressar na Companhia de Jesus, em 1543, tornou-se discípulo de Santo Inácio de Loyola e destacou-se como grande pregador e defensor da doutrina católica. Foi o primeiro io nís Ca jesuíta de nacionalidade alemã. o dr Pe o Sã

Solução


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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

5 O MUNDO GIRA Dona Marisa Letícia arruma os objetos pessoais do casal, rumo a S. Bernardo

olítica

LULA RODA Acervo do presidente seguirá para o Instituto Lula, em São Paulo

Max.

E Lula começa a providenciar a mudança Onze caminhões levarão 1,5 milhão de itens ganhos pelo presidente em oito anos de mandato. O transporte da bagagem até São Paulo custará R$ 19,5 mil.

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mudança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Palácio do Planalto, em Brasília, para São Bernardo do Campo, no ABC paulista, já começou a ser preparada. Um caminhão chegou no início da manhã de ontem ao Palácio e havia uma forte movimentação para embalar o acervo do presidente. Ao todo serão transportados 1,5 milhão de itens – entre presentes, condecorações e cartas recebidas ao longo dos oito anos de governo que ficaram guardados nos dois palácios – o do Planalto e o da Alvorada. O acervo do presidente Lula é organizado pelo Departamento de Documentação Histórica do Planalto e era mesmo necessário uma equipe para manter o material em ordem. Os objetos, numerosos e dos mais variados tamanhos, devem ocupar 11 caminhões, a um custo de R$ 19.499,00. Ao contrário dos objetos pessoais do presidente e da primeira-dama Marisa Letícia – que seguirão para o apartamento do casal – a bagagem, avaliada em R$ 500 mil, será levada para São Paulo para o Instituto Lula, que funcionará no bairro do Ipiranga, na capital paulista. A empresa "Três Poderes Mudanças e Transporte Ltda", de Brasília, ganhou a licitação e é responsável pelo material. Por exigência do Planalto, a transportadora terá, por exemplo, que oferecer um caminhão climatizado para abrigar a adega do presidente, com garrafas de vinho, muitas cachaças, uísque e outras bebidas. O volume inclui 355 mil cartas, 287 mil e-mails e 8.000 quadros e peças de artesanato, 9.697 fotos e vídeos, 9.027 livros, 8.517 presentes, 14.992 textos e bilhetes, e 718.213 materiais de campanhas feitas por movimentos civis. Entre as lembranças mais comuns, estão bolas, uniformes de futebol e cuias de chimarrão. Até inaugurar o instituto, Lula terá que alugar um galpão para poder guardar tudo. Já os objetos pessoais estão sendo organizados pela primeira-dama. Lula II - O Retorno – O presidente Lula não descarta mais a possibilidade de disputar outra vez a Presidência da República. Questionado no programa É Notícia, da RedeT V, exibido anteontem de madrugada, se voltaria a enfrentar as urnas para ocupar de novo o Palácio do Planalto, Lula respondeu: "Eu não posso dizer que não, porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido [referindo-se ao PT], sou um político nato e construí uma relação política extraordinária". Apesar da declaração, Lula, que encerra o seu segundo mandato no fim deste mês, disse que é o momento de trabalhar para que a presidente elei-

ta, Dilma Rousseff (PT), faça uma boa administração. "E, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer". Após falar da possibilidade de disputar mais uma eleição presidencial, Lula afirmou: "Eu fico até com medo. Amanhã alguém vai assistir a tua entrevista e dizer que Lula diz que pode ser candidato". O presidente disse que o País tem "uma gama de líderes extraordinários", citando a presidente Dilma, os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), da Bahia, Jaques Wagner (PT), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), o senador eleito pelo PSDB de Minas Gerais, Aécio Neves, e o presidenciável derrotado José Serra (PSDB). Visita – Fora da agenda oficial, Lula recebeu, no Palácio do Alvorada, no fim da manhã de ontem, a visita de diversos integrantes da Executiva nacional do PT. Entre eles, o presidente do partido, José Eduardo Dutra, e o secretário-geral e futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ambos são coordenadores do governo de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo Dutra, a visita é apenas uma despedida da Exe-

cutiva ao presidente. No site do PT, o encontro é classificado como uma "visita de cortesia". O encontro não estava previsto na agenda oficial de Lula. Também chegaram ao Palácio do Alvorada o senador Aloizio Mercadante (SP) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entre outros integrantes da Executiva. De acordo com o PT, a Executiva Nacional está reunida em

Brasília para fazer uma avaliação do processo de transição de governo e a realização do Congresso Nacional Extraordinário do partido em 2011. Festão – A gráfica do Senado já emitiu 1.229 convites impressos para a posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, no dia 1º de janeiro. O Congresso espera o total de 2.000 convidados para a cerimônia em que a petista será

empossada no cargo, entre parlamentares, membros do Executivo e Judiciário. Depois da cerimônia no Congresso, Dilma segue para outra cerimônia no Palácio do Planalto – onde vai fazer seu primeiro discurso depois de empossada. O cerimonial do Senado encaminhou convites para todos os deputados e senadores do atual mandato, além daqueles que serão empossados no dia 1º de fevereiro. Todos vão acompanhar a cerimônia no plenário da Câmara, onde será realizada a sessão do Congresso. Nenhum parlamentar poderá levar acompanhante. Cada convite é individual, com um mapa que indica a entrada por onde deve se deslocar ao plenário. Um código de barra, que será verificado na chegada, identificará o nome do convidado e a função que ocupa. Esse procedimento funcionará como medida de segurança e indicativo sobre o local reservado para o convidado na cerimônia. Com exceção dos parlamentares e autoridades estrangeiras, todas as pessoas que tiverem acesso às dependências do Senado terão de passar pelo detector de metais. O tour de turistas realizado diariamente

Não posso dizer que não [se candidatará de novo], porque sou vivo, sou presidente de honra de um partido [PT] e um político nato. PRESIDENTE LULA

pelos salões e corredores da Câmara e do Senado serão suspensos na próxima quarta-feira, para permitir os preparativos. Na quinta-feira serão instalados e testados os telões que transmitirão a solenidade em vários pontos das duas Casas do Congresso. No próximo domingo haverá um ensaio geral da posse, desde a saída do RollsRoyce presidencial da Catedral de Brasília até o momento em que a presidente descerá a rampa do Congresso. O ensaio seguirá o mesmo horário da solenidade de posse de Dilma. A cerimônia no Congresso Nacional está marcada para ter início às 14h30, no dia 1º de janeiro de 2011. (AE/Folhapress)


p Lula agradece militares por lealdade DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Indecoroso e indecente é o que está acontecendo aqui. Reinaldo Martins Prado, comerciante de Sorocaba

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Presidente diz que tinha uma 'visão equivocada dos militares' e fez questão de agradecer o 'respeito , a lealdade' e a participação deles em ações humanitárias Antonio Cruz/ABr

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o se despedir dos "para que não seja um clube de oficiais generais no amigos, mas uma instituição tradicional almoço multilateral que tenha voz atide fim de ano, no va para resolver os problemas Clube Naval, o presidente no mundo como a crise no Luiz Inácio Lula da Silva agra- Oriente Médio". Sem subserviência – Lula deceu o tratamento "respeitoso e leal " dos militares e disse reclamou também dos países que foi preciso ele chegar à Pre- que decidiram pela aplicação sidência da República para re- de sanções ao Irã, alegando conhecer a competência e o po- que fizeram isso porque o Bratencial deles. Lula lembrou sil e a Turquia "tinham se metique está terminando seu go- do numa seara que não era deverno com 87% de aprovação, les", e consideravam o Brasil e atribuiu esse resultado a um intruso. Para o presidente, se as pes"muito trabalho". Ainda no discurso, ele reclamou das crí- soas continuarem a ser trataticas que recebeu quando deci- das como agora, não haverá solução pacífica . "Não haverá diu comprar o Aerolula. paz no Orien"Os senhote Médio enres sabem a quanto os Esvergonha que tados Unidos amarguei, do Foi preciso chegar forem tutor da presidente à Presidência para paz. É preciso viajar em envolver ouavião alugado reconhecer a tros países paou no que era importância de r a n e g o c i a r. chamado de vocês. Eu e muitos Não é questão Sucatão", distínhamos uma visão d o s E s t a d o s se ele. Em seequivocada. Unidos, mas é guida, brincou de saber quem afirmando PRESIDENTE LULA pode", disse. que estava "O Brasil não muito triste porque pensou que o avião era tem de pedir licença para fazer dele e que agora que está dei- o que acredita que tem de ser xando a Presidência não pode- feito", destacou. Aproveitando para listar as rá levá-lo. "Vai ser agora o Aerodilma", brincou. Sobre Dil- obras realizadas em seu goverma, Lula disse aos militares no, Lula reconheceu que ainda que está deixando na Presi- há muito o que fazer. "Mas a dência uma mulher competen- conquista para as Forças Arte e leal "que vai tratar vocês madas é inegável", ressaltou. Lula contou ainda uma hiscom carinho e respeito". Ele voltou a defender a re- tória que diz ter acontecido no forma do Conselho de Segu- primeiro ano de mandato. Em rança da ONU, não só para que um evento na França, ele esteo Brasil participe – mas porque ve com vários líderes internao conselho não representa a cionais e sentou-se em uma geopolítica do século 21, e sim mesa com Kofi Anan, então seda segunda guerra mundial – cretário-geral da ONU. Na se-

Presidente Lula em cerimônia de entrega dos três primeiros helicópteros EC-725, da Eurocopter, na base aérea de Brasília. Abaixo, ele em almoço com militares no Clube Naval. Antonio Cruz/ABr

quência, chegou o então presidente norte-americano, George W. Bush, e todos se levantaram. Lula contou que não se levantou porque ninguém tinha tido a mesma deferência com ele. O brasileiro disse que foi cumprimentado por Bush e que o norte-americano sentouse na mesa com ele. "Isso é a demonstração que subserviência não leva ninguém a lugar nenhum", destacou. Nova visão – O presidente também comentou que tinha uma visão "totalmente equivocada" dos militares – o que, segundo ele, já foi superada. "Foi preciso chegar à Presidência da República para reconhecer a importância de vocês. Eu e muitos de fora tínhamos uma visão totalmente equivocada", disse Lula aos generais.

Temas polêmicos nas esferas militares, como a punição aos torturadores no regime militar, a busca por restos mortais de desaparecidos políticos e a compra de novos caças pela Aeronáutica, não foram abordados. A exemplo dos últimos discursos presidenciais nesta reta final, Lula fez um balanço geral de seu governo após ler um discurso protocolar, com agradecimentos à participação de Exército, Marinha e Aeronáutica em ações humanitárias ao longo de seu governo e ressaltou o tratamento "respeitoso" e "leal" que teve das Forças Armadas. O presidente citou obras de hidrelétricas, transposição do Rio São Francisco, pré-sal, Copa do Mundo, em meio a uma série de realizações e projetos

do governo. "Vocês vão encontrar um País onde a autoestima da sociedade é do tamanho do território nacional", disse. Aliados – Lula também defendeu as boas relações com os vizinhos Bolívia, Paraguai e

Argentina. E citou como exemplo o financiamento das linhas de transmissão da hidrelétrica de Itaipu. "O Brasil precisa ser generoso para fazer as coisas que precisam ser feitas", argumentou. (AE)

Quase metade das armas é ilegal Das 16 milhões de armas de fogo em circulação no País, 47,6% estão nas mãos de civis ou de bandidos, informou ontem o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto Wilson Pedrosa/AE

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xistem hoje cerca de 16 milhões de armas em circulação no Brasil, das quais 47,6% estão na ilegalidade, o que dá 7,6 milhões de unidades, em poder de civis e bandidos. Com 34,3 mil homicídios ao ano, o país é campeão mundial em números absolutos de mortes por armas de fogo. Os dados fazem parte de um levantamento nacional, divulgado ontem pelo Ministério da Justiça, como ponto de partida para retomada da campanha nacional pelo desarmamento, a ser mantida no futuro governo. "A posse de armas não socorre o cidadão, só gera mais violência e crime", afirmou o ministro Luiz Paulo Barreto. O estudo, produzido pela ONG Viva Rio, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), servirá de subsídios para focar a intervenção do poder público nos Estados onde há maior descontrole de armas, considerado o fator que mais contribui para a violência urbana. A pior situação, conforme ranking montado pela ONG, é a dos Estados de Rondônia, Sergipe e Amapá. Foram levados em conta o cuidado no depósito das armas, o gerenciamento no seu controle e a produção de informações confiáveis sobre quem tem, onde estão e como são usadas as armas. Os melhores avaliados foram São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Conforme o estudo, de cada dez armas apreendidas no Brasil, oito são fabricadas no País e apenas duas vêm de fora. "Isso desmente a falsa impressão de que a maioria das armas ilegais é de fabricação estrangeira", explicou Antônio Rangel, diretor do Viva Rio. Entre as armas de origem estrangeiras, 59,2% são oriundas dos Esta-

dos Unidos, conforme cadastro do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), controlado pelo Exército e a Polícia Federal. O segundo mercado fornecedor é a Argentina (16,7%), seguido de Espanha (6,9%), Alemanha (6,4%) e Bélgica (4,1%). "Na realidade, a arma brasileira – pistolas e revólveres – é a arma dos bandidos", explicou Rangel, para quem é mito achar que fuzis russos e israelenses são os grandes armamentos dos criminosos aqui. "Isso pode ocorrer apenas em territórios do tráfico no Rio, mas é exceção". Vi o l ê n c i a – O trabalho da ONG envolve cinco estudos

O estudo desmente a falsa impressão de que a maioria das armas ilegais é de fabricação estrangeira. ANTONIO RANGEL sobre diferentes aspectos do armamentismo no Brasil. Um deles traz a análise de 340 mil armas apreendidas no País de 1982 a 2008, com o objetivo de mapear as fontes que abastecem o crime organizado e a violência urbana. O estudo mostra que em apenas um ano foram roubadas 27 mil armas de civis. Outra fonte regular de suprimento são policiais civis, militares e bombeiros, que têm direito a adquirir três armas por ano a preço de fábrica. "Compramos armas para nos defender e acabamos armando os bandidos", enfatizou o ministro. O Rio Grande do Sul é o campeão em população civil

armada. "Há uma cultura de glorificação da arma, fruto de uma mentalidade rural atrasada", observou Rangel. O estudo constatou que boa parte das armas apreendidas, mesmo tendo sido compradas em países vizinhos, como o Paraguai, são na verdade produzidas no Brasil. No Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai, 28,3% das armas apreendidas eram fruto de exportação de fabricantes brasileiros. "É um efeito bumerangue: a arma sai legalmente do País e volta para matar brasileiros", explicou o diretor da Viva Rio. Um dos estudos mostra que na maior parte dos Estados as armas são pessimamente custodiadas em depósitos caóticos. Muitas vezes elas são esquecidas em gavetas, velhos armários ou ficam abandonadas em algum canto nas delegacias ou fóruns de Justiça. "Maus policiais se aproveitam do controle precário para mandar essas armas de volta às ruas, vendidas ou alugadas a bandidos", afirmou Rangel. Lula no Alemão – O calor da gôndola abafada e a vista da baía de Guanabara, da igreja da Penha e do estádio Engenhão farão parte do passeio do presidente Lula na inauguração, hoje, do primeiro teleférico no Complexo do Alemão. O trajeto tranquilo de dez minutos contrasta com o desafio de construir as 24 torres e cinco estações dentro da favela (a sexta está na estação de trem). O teleférico custou cerca de R$ 125 milhões, o correspondente a um quinto do gasto do PAC no Alemão. No PAC 2 estão previstos mais dois teleféricos na cidade: na Tijuca e na Rocinha. Cada gôndola tem capacidade para dez passageiros, dois deles de pé. (AE/Folhapress)

Ministro confirma: o país é campeão mundial em números absolutos de mortes por armas de fogo.

Protesto: cueca na Câmara Indignado com aumento, comerciante tira as calças na Câmara de Sorocaba

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izendo-se "indignado" com o aumento de 90% dado pelos 20 vereadores a si próprios, o comerciante Reinaldo Martins do Prado, de 47 anos, tirou a roupa e ficou só de cueca, ontem, no plenário da Câmara de Sorocaba, no interior de São Paulo. Detido pelos guardas municipais por ato indecoroso, Prado reagiu: "Indecoroso e indecente é o que está acontecendo aqui". O munícipe acabou liberado porque nenhum dos vereadores presentes quis representar contra ele.

Numa sessão-relâmpago, que durou menos de um minuto, os vereadores de Sorocaba aprovaram uma resolução que aumenta de R$ 7,8 mil para R$ 15 mil os salários para a próxima legislatura. Com a decisão, derrubaram medida anterior que dava o mesmo índice de reajuste dos servidores municipais e atrelaram seus vencimentos aos proventos dos deputados federais. No mesmo ato, foi aprovada ainda a criação de mais 20 cargos de assessor parlamentar - cada vereador,

agora, passa a ter cinco assessores de livre nomeação, com salários a partir de R$ 3 mil. Moradores usando nariz de palhaço foram ao plenário com faixas e cartazes, mas de nada adiantou. O presidente da Câmara, Mário Marte Júnior (PPS), pôs rapidamente a proposta em discussão e, com o silêncio de todos os vereadores, a pauta foi considerada aprovada. Marte Júnior reconheceu que houve desgaste político. "Vamos absorver o desgaste, afinal ninguém atropelou a lei", afirmou. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

7 A ausência de um pedido formal de desculpas é "a mãe das impunidades". Paulo Vanucchi

olítica

Marcio Fernandes/AE

Vannuchi: 'Jobim não é canalha, é um equivocado' Ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos diz que sai do governo sem mágoas, mas ressalta: 'Não sou ingênuo de ignorar o linchamento do PNDH-3'.

"O assunto não está encerrado, não tem como encerrar", diz Paulo Vannuchi, sobre crimes no regime militar Antonio Cruz/ ABr - 13.12.10

"Vannuchi fala sobre o que não sabe, não conhece a estrutura interna do ensino das Forças Armadas", diz Jobim

Para Nelson Jobim, as 'declarações são irrelevantes'

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ministro da Defesa, Nelson Jobim, se recusou ontem a fazer comentários sobre a entrevista do secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, concedida à Folha de S. Pau l o . Nela, Vannuchi disse que Jobim "maculou" sua própria biografia e "reforçou os piores segmentos militares" ao criticar a proposta encampada pelo secretário de criar uma Comissão da Verdade para dar resposta às famílias de desaparecidos políticos durante o regime militar (1964-1985). O PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) foi alterado após pressão de Jobim. "Sem comentários. Absolutamente sem comentários. [As declarações de Vannuchi são] irrelevantes", afirmou Jobim. Na entrevista, Vannuchi também fez críticas a uma suposta cultura – ainda presente nas Forças Armadas – conectada ao contexto da Guerra Fria. O secretário defendeu na entrevista, repetindo ponto já presente na Estratégia Nacional de Defesa, criada em 2008, uma formação com mais ênfase em direitos humanos e direito constitucional. Perguntado sobre o assunto, Jobim novamente disse que

não iria comentar, mas afirmou, indiretamente, que Vannuchi "fala sobre o que não sabe" ao dizer que esses pontos não fazem parte atualmente da formação militar. "Eu não vou comentar os comentários do ministro Vannuc h i " , a f i r m o u o m i n i s t ro . "Quem não conhece a estrutura interna do ensino das Forças Armadas é que pode afirmar

Sem comentários. Absolutamente sem comentários. [As declarações do ministro Paulo Vannuchi são] irrelevantes. NELSON JOBIM

que "não há estudos dessa matéria". Há, e basta ver o aprofundamento com que assumimos o compromisso, em 2008, na Estratégia Nacional de Defesa. Portanto, fala-se sobre o que não se sabe". Horas antes, em discurso em solenidade de promoção de oficiais-generais das Forças

Armadas, no Clube Naval, Jobim, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se alinhou com a posição de Vannuchi ao defender a necessidade de a presidente eleita, Dilma Rousseff, em sua política de Defesa, dar prioridade aos direitos humanos na formação dos militares. Segundo Jobim, era necessário dar "continuidade, para poder germinar, à reestruturação do ensino das Forças, com ampliação do conhecimento sobre direito constitucional e direitos humanos". Caças – Jobim tentou desviar o tema, dizendo que decisão sobre a compra de aviões caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) será tomada no primeiro semestre do ano que vem, pela presidente Dilma Rousseff. "Não há mais tempo útil para que se possa tomar uma decisão desse tipo. Há uma promessa de que precisamos resolver o problema no primeiro semestre", afirmou. A disputa está entre o modelo Gripen, da empresa sueca Saab, o F-18 Hornet, fabricado pela Boeing, dos Estados Unidos, e o caça francês Rafale, da Dassault, que é apontado como o favorito pelo presidente Lula. (Folhapress)

Orçamento 2011 deve ser votado amanhã pelos senadores Relatório prevê R$ 5,4 bilhões de contingência e R$ 63,5 bilhões em investimentos

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relatório final do Orçamento para 2011, que começou a ser debatido ontem na Comissão Mista do Orçamento, destina R$ 5,4 bilhões para "reserva de contingência" – recurso para cobrir despesas não previstas. A expectativa é de que o texto seja discutido hoje e votado em plenário amanhã. Inicialmente, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que era necessário um corte de pelo menos R$ 10 bilhões nas despesas para que a peça orçamentária do próximo ano ficasse equilibrada.

A relatora-geral do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), confirmou o bloqueio de R$ 3 bilhões como medida de prevenção de riscos fiscais sugerida pelo governo. Os ministérios só não sofreram com o corte porque tiveram uma recomposição dos recursos via emendas de parlamentares, caso, por exemplo, da pasta de Educação. Apesar da recomendação de cortes, a relatora está se utilizando de emendas parlamentares para conseguir manter a previsão, por exemplo, de investimentos. E conseguiu mais

R$ 12,1 bilhões de investimentos para 2011. Com isso, o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, terá disponível para investir R$ 63,5 bilhões no próximo ano. Por outro lado, Serys não elevou a previsão de receitas para garantir um salário mínimo superior aos R$ 540 já propostos anteriormente. Os R$ 853 milhões adicionais à proposta do Executivo servirá apenas para arredondar o valor de R$ 538,15 para R$ 540. As centrais sindicais reivindicam aumento dos atuais R$ 510 para R$ 580. (AE)

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s vésperas do aniversário de um ano do lançamento do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), o ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, criticou o colega Nelson Jobim, da Defesa, por sua oposição ao plano e seus ataques à implementação da Comissão da Verdade, que pretende investigar os crimes praticados no regime militar. "Não considero o Jobim um fascista, um canalha, o considero defensor de uma posição equivocada", disse Vannuchi ontem, durante lançamento do 4º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil, elaborado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP). Vannuchi, que deixa o cargo nos próximos dias e deve ser indicado pelo governo brasileiro para ocupar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, lembrou que Jobim foi um personagem importante na criação do PNDH-1 e evitou fazer críticas à sua permanência no governo Dilma Rousseff. "Por alguma razão, ele adotou uma função que, para os Direitos Humanos, é inaceitável", completou. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Vannuchi afirmou que Jobim maculou sua biografia ao atacar o plano. O ministro reiterou que o objetivo da Comissão da Verdade é encerrar um capítulo importante da história do País com a revelação da "narrativa oficial" dos casos de tortura e desapa-

recimento promovidos por uma minoria no Exército brasileiro. Segundo Vannuchi, a ausência de um pedido formal de desculpas é "a mãe de todas as impunidades" persistentes no Brasil. "O assunto não está encerrado, não tem como encerrar", afirmou. Vannuchi também reclamou que as críticas da mídia ao plano foram distorcidas, mas negou mágoas ao deixar o governo. "Não sou ingênuo de ignorar o processo de linchamento do PNDH-3", disse.

Não considero o [Nelson] Jobim um fascista, um canalha, o considero defensor de uma posição equivocada. PAULO VANNUCHI Por fim, o texto aprovado permitiu dupla interpretação: que fossem investigados crimes cometidos pelo Estado, mas também por ativistas. O atual ministro disse estar satisfeito com a indicação de Maria do Rosário para substituí-lo na secretaria e afirmou que está seguro de que a nova ministra dará continuidade ao seu trabalho. "Acho que ministro deveria ter limite de tempo para ficar no governo. Para mim, cinco anos foram mais do que suficientes e sinto alegria", afir-

mou ele, no evento coordenado pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP. "Eu me pego cantando sem mais nem porquê", arrematou Vanucchi, citando o cantor e compositor Chico Buarque. Questionado sobre o relacionamento entre Maria do Rosário e Jobim no futuro governo, Vannuchi disse que não vê "problema nessa convivência". No entanto, recomendou à sua sucessora firmeza, persistência e gradualismo. Comissão Interamericana – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai indicar o ministro Paulo Vannuchi para representar o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos a partir de 2012. A indicação será formalizada pelo Itamaraty ainda nesta semana, segundo informou o próprio ministro. Vannuchi será candidato a ocupar a vaga de Paulo Sérgio Pinheiro, cujo mandato no órgão termina no fim de 2011. Pinheiro afirmou que Vannuchi será o único indicado do Brasil para o cargo e que seu nome deve ser aprovado com facilidade devido à importância do País e a atuação do presidente Lula no setor. Os nomes dos novos integrantes da comissão serão escolhidos, em votação, pelos 35 países membros, em junho de 2011. Ontem, Vannuchi voltou a defender a condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo desaparecimento de 62 pessoas na guerrilha do Araguaia. (AE)

GOVERNO DE TRANSIÇÃO

Ana Buarque de Holanda será a ministra da Cultura Irmã de Chico está entre os sete escolhidos por Dilma para compor o governo Gianne Carvalho/Folhapress - 04.09.2009

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presidente eleita, Dilma Rousseff, divulgou no início da noite de ontem os nomes de mais sete ministros que integrarão sua equipe de governo. A produtora cultural Ana de Holanda, irmã do compositor Chico Buarque, será a nova ministra da Cultura. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também foi confirmado no Ministério da Saúde. Foi uma solução política e caseira, diante da impossibilidade de indicar um técnico expoente da área médica para a pasta, como era o desejo de Dilma. Com isso, o PT retorna ao comando da Saúde, pasta que nos últimos anos foi administrada pelo PMDB. Outras duas vitórias partidárias são: a permanência de Orlando Silva no Ministério dos Esportes, para satisfação do PCdoB, e a nomeação do exlíder do PP, deputado Mário Negromonte, para o Ministério das Cidades. Além do aval da bancada federal do PP, Ne-

Ana de Holanda: produtora cultural já está definida na equipe

gromonte ainda tem o apoio de um conterrâneo petista – o governador da Bahia, Jaques Wagner. O PCdoB travou uma queda de braço com a própria Dilma, que desejava nomear uma mulher para o Ministério dos Esportes. O nome da ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB,) foi cogitado, mas a Executiva nacional do partido apelou à petista pela manuten-

Antonio Cruz/ABr - 10.12.10

Alexandre Padilha: à falta de um técnico, solução, política e caseira adotada por Dilma

ção de Orlando Silva. O argumento é de que ele adquiriu expertise à frente do cargo para comandar os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 Dilma emplacou mais duas mulheres na Esplanada: a economista e assessora da Casa Civil, Tereza Campello, no Ministério do Desenvolvimento Social – responsável pela gestão do programa Bolsa Família –, e a socióloga Luiza Helena de Bairros na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. A petista também manteve o advogado Luis Inácio Adams no cargo de Advogado-Geral da União, que tem status de ministro. Com os anúncios de ontem, agora somam 30 os nomes já confirmados para o ministério do futuro governo Dilma. (Folhapress)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

GARANTIA Direitos dos artistas são garantidos pela Constituição, afirma a Prefeitura de SP.

Fotos de Mario Miranda/Luz

idades

A avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo, chamou a atenção ontem por uma série de eventos. Em protesto, artistas de rua acusaram a Prefeitura e a Operação Delegada, da Polícia Militar, de impedi-los de trabalhar. Em frente ao número 525 da avenida, o muralista Eduardo Kobra iniciou uma obra em 3D. Postes antigos recriam o charme do século 19. Só falta a festa do réveillon, agora com mais segurança.

Rodízio suspenso de sexta-feira até o dia 7 de janeiro

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rodízio de veículos ficará suspenso entre os dias 24 de dezembro e 7 de janeiro de 2011. A medida anunciada ontem pela Prefeitura se deve à redução do tráfego na cidade por causa das festas de fim de ano. O rodízio para veículos pesados continuará valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões. O rodízio será retomado no dia 10 de janeiro, uma segundafeira. (Agências) Artistas de rua participaram ontem de protesto na avenida Paulista: eles não querem ser confundidos com vendedores ambulantes ilegais

UM DIA NA PAULISTA Artistas de rua fazem protesto Filipe Marcel

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erca de 400 artistas de rua, entre elas músicos, palhaços e malabaristas de diversas regiões da cidade participaram ontem à tarde de uma caminhada "pela liberdade de expressão e pelo fim das abordagens policiais e apreensões dos instrumentos" utilizados por eles em suas apresentações. A manifestação teve início no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiu pela calçada da avenida Paulista em direção à rua Augusta, onde o músico Rafael Pio, 30 anos, disse ter sido detido no início do mês passado enquanto tocava sua guitarra. "Os policiais chegaram dizendo que eu estava arrecadando dinheiro sem pagar imposto e logo encostaram uma van da Prefeitura para levar meu equipamento", disse. Crítica – "Eu até propus tirar meu chapéu do chão, onde estavam algumas moedas dadas pelos pedestres, mas os policiais foram truculentos e quiseram levar minha guitarra e a caixa de som de qualquer jeito", disse. Pio, que há três anos faz solos de guitarra no mesmo lugar, em frente ao Shopping Center 3, próximo à estação Consolação do metrô, aproveitou o protesto para criticar a Prefeitura. "O prefeito Gilberto Kassab quer classificar artista de rua como camelô, mas esse dinheiro que a gente recebe é doação. Ninguém é obrigado a pagar nada", afirmou. Operação Delegada – Os artistas, na verdade, se queixam da Operação Delegada, criada a partir de um convênio entre o governo estadual, a Prefeitura e a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, para que PMs em dia de folga ajudem a fiscalizar os ambulantes que trabalham irregularmente nas ruas. Por esse trabalho, os policiais recebem até R$ 16,45 por hora, podendo atuar um total de 96 horas/mês. Desde que a operação teve início, em dezembro do ano passado, alguns músicos, malabaristas e até estátuas vivas teriam sido abordados por policiais militares, que, segundo eles, passaram a proibir atividades artísticas em pontos específicos, entre eles a Paulista. Antes, a função de coibir qualquer tipo de comércio irregular na Capital era da Guarda Civil Metropolitana junto com os fiscais das subprefeituras.

Artistas de rua alegam que são confundidos com camelôs ilegais por PMs

Operação Delegada tem funcionado bem

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ale ressaltar que a Operação Delegada, executada por policiais militares em dias de folga, tem dado bons resultados em várias áreas da cidade, especialmente na região da rua 25 de Março. A ação dos camelôs ilegais e a ocorrência de assaltos tiveram quedas significativas desde a adoção da medida. (DC)

Prefeitura – Procurada, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou ao DC que manifestações artísticas são garantidas pela Constituição e que a Prefeitura apenas indica para a Polícia Militar as regiões mais afetadas pelo comércio ambulante ilegal. A secretaria garantiu, ainda, que qualquer artista de rua pode requerer uma autorização junto à subprefeitura da região onde atua, para exercer livremente sua atividade e evitar qualquer problema em caso de fiscalização. O saxofonista Emerson Pinzindin, 46 anos, afirmou, no entanto, que a licença concedida pela Prefeitura não é algo fácil de se obter. Na fila de espera há mais de dois anos, o músico que começou a tocar no Masp, nos idos de 1989, disse que chegou a ser expulso da calçada em frente ao Conjunto Nacional, depois de tocar durante 12 anos no mesmo lugar. "A força policial está sendo muito bem usada contra nós, artistas", ironizou Pinzindin. Agora ele sopra seu saxofone dourado depois das 19h, na calçada de uma agência do Banco do Brasil, ainda temendo uma abordagem policial. Dança – Luciana Sodré, 32 anos, aproveitou a manifestação para sair de casa vestida de palhaça. Com uma flauta

transversal em punho, ela lembrou o dia em que foi impedida de ensaiar movimentos de dança no interior do Parque Trianon. "A gente estava repassando alguns passos da coreografia, sem som mesmo, quando nosso grupo foi abordado e convidado a se retirar do parque. Foi uma cena absurda. Eles alegaram que não era permitido qualquer tipo de apresentação lá dentro". O malabarista Pedro dos Santos, 21 anos, é outro artista que ganha a vida nas ruas e semáforos da cidade. "A gente não pode fazer arte na rua que logo somos tratados como criminosos. E esse cenário tem piorado, pois parece que os PMs não foram treinados para lidar com isso", lamenta. Debandada – Enquanto a Prefeitura tenta cadastrar os artistas de rua, para que o ganha-pão de alguns não se confunda com apresentações ao ar livre e comércio ilegal de discos, por exemplo, a população assiste a uma debandada de muita gente com talento. Na opinião da atriz Carolina Dias, a retirada de artistas de rua nesta época do ano coincide com a programação de Natal para a região, que inclui corais e apresentações de artistas consagrados nos palcos construídos em toda a Paulista. Vestida de Lady Rouanet (numa alusão à lei de incentivo à cultura, que patrocina diversos eventos nestes moldes), a atriz teme que cada vez mais a Prefeitura tente afastar artistas amadores das calçadas. Ontem, o organizador da manifestação, Marko Concá, lamentou que a Operação Delegada não estaria fazendo distinção entre artistas de rua e vendedores ambulantes ilegais. "Utilizar a rua como palco é uma opção e um direito do artista e fazemos isto somente para trazer poesia ao cotidiano duro da nossa metrópole", disse Concá.

O muralista e artista plástico Eduardo Kobra e sua obra em 3 D

Na calçada, menino em 3D espera o Papai Noel Mariana Missiaggia

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Natal na avenida Paulista está ganhando cores até na calçada. O muralista e ar tista plástico Eduardo Kobra iniciou ontem a confecção de um painel natalino em 3D na altura do número 525 da avenida, quase na esquina da Brigadeiro Luís Antônio. O trabalho d eve s e r f i n a l i z a d o a t é amanhã e ficará exposto até o dia 5 de janeiro. "O efeito 3D já é visível a olho nu, mas na câmera fotográfica fica mais evidente. Conforme finalizamos os detalhes e as cores, alinhamos o desenho e o diferencial desta técnica vai surgindo", explicou. Kobra e mais três artistas plásticos iniciaram a pintura na madrugada de ontem. Eles chegaram às 2h para fixar a s p l a c a s d e M D F, s e m atrapalhar as pessoas que transitam por ali. Esta é a segunda intervenção em 3D que o artista realiza este ano na Capital. Diferentemente do trabalho anterior, na Praça do Patriarca, em homenagem à Copa do Mundo, a equipe se preocupou em preservar ainda mais o patrimônio público. A calçada da Paulista foi revestida com placas de MDF, permitindo

a utilização de tinta definitiva e o reaproveitamento da obra. Assim, surge a ilustração de um menino que dorme profundamente em seu quarto enquanto recebe a tão esperada visita do bom velhinho com seu saco repleto de presentes. A tinta branca é a base do painel multicolorido que também recebe pigmentações vermelha, azul, preta e amarela. O restante das cores é preparado pelos próprios artistas. O desenho gráfico que antecipou a pintura foi concebido por Kobra em uma semana. O processo de distorção da imagem (que dá o efeito 3D) é chamado de anamorfismo. Segundo Kobra, esse é o elemento mais importante de todo o trabalho. A técnica do anamorfismo transmite a sensação de uma calçada esburacada onde se encaixa o quarto do menino que dorme. Adultos e crianças passam alguns minutos diante do mural ainda incompleto tentando decifrar a imagem. Miguel Lucas Sandino, de 6 anos, ficou fascinado. Enquanto sua mãe, Silvia Adrezco Sandino, arquiteta, 32 anos, explicava a ele como a imagem deve ser vista, ele tentava interagir com a pintura, "O Papai Noel está no buraco, mamãe", disse o menino.

Neste fim de ano, segurança será reforçada com helicóptero

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este fim de ano, a festa da virada na avenida Paulista terá mais segurança. Cerca de 2,9 mil policiais militares, guardas-civis e seguranças particulares trabalharão na avenida e em ruas próximas durante o show de réveillon. A expectativa é de que mais de 2 milhões de pessoas esperam o novo ano na avenida. Por isso, diante dos recentes casos de violência registrados na região, a segurança será reforçada por bases da PM, pelo helicóptero Águia e por dez câmeras de vigilância. A área da festa será cercada por grades e a entrada só será permitida após revista. O porte de objetos cortantes, garrafas e fogos está proibido. Entre as atrações da festa estão Fiuk e Banda Hori, Fábio Jr., Zezé di Camargo & Luciano, Capital Inicial, Barra da Saia e escola de samba Rosas de Ouro. (Agências)

Luiz Prado/Luz

Luminárias com charme

Postes antigos realçam a decoração

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lém dos enfeites tradicionais de Natal, os 38 postes de iluminação da Paulista sustentam agora as luminárias São Paulo Antiga, que devolvem à avenida o charme do século 19. As réplicas em ferro fundido foram confeccionadas especialmente para as festas de fim de ano e só serão retiradas no dia 2 de janeiro. (M.M.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

9 IRÃ Terremoto de magnitude 6,5 deixa ao menos cinco mortos

nternacional

GRÃ-BRETANHA Doze são presos em três cidades por suposto complô terrorista

TENSA ARGENTINA

No Ano-Novo, a profecia de Lula para a paz.

Cristina envia forças especiais para combater o crime na Grande Buenos Aires

Ahmad Gharabli/AFP

Juan Mabromata/AFP

O tema deve dominar as eleições de 2011

O ex-presidente Duhalde é alvo de protestos no dia em que lança sua candidatura...

Paul Hackett/Reuters - 19/12/10

Enrique Marcarian/Reuters

Israelenses e palestinos disputam por território em Jerusalém Oriental...

... mas o WikiLeaks de Assange revela que a união é maior do que se imagina.

... e manifestantes apelam para a violência durante marchas contra políticos.

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não acredita e m u m a c o rd o d e p a z n o Oriente Médio enquanto o principal mediador forem os Estados Unidos. "Estou convencido que não haverá paz no Oriente Médio enquanto os Estados Unidos forem o tutor da paz", discursou Lula durante encontro de final de ano de oficiais das Forças Armadas, em Brasília. "É preciso envolver outros agentes, outros países para poder negociar a questão da paz no Oriente Médio. Não é uma questão dos Estados Unidos", afirmou. O governo norte-americano tenta mediar um acordo entre Israel e palestinos que até agora não surtiu efeito. Irã - Lula tem defendido um papel mais atuante do Brasil no processo de pacificação do Oriente Médio. Em maio, ele visitou o Irã para tentar mediar um acordo em relação ao programa nuclear da República Islâmica. O Ocidente suspeita que o programa de Teerã visa desenvolver armas nucleares, mas Teerã afirma que o objetivo é a obtenção de energia. O presidente lembrou que a conversa com seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, levou em conta os termos de uma carta enviada a ele pelo presidente norte-americano, Barack Obama, dez dias antes de sua visita a Teerã. "Antes de viajar, nós recebemos uma carta do presidente Obama que colocava algumas condições (para um acordo internacional)", disse Lula. "O presidente Ahmadinejad aceitou exatamente o termo que levamos e por isso as

sinou que estava disposto a WikiLeaks mostra que Israel e sentar na mesa na comissão a Autoridade Nacional Palestina (ANP) colaboraram inem Genebra", declarou. O Brasil e a Turquia tenta- tensamente contra o Hamas ram mediar um acordo de tro- na época em que o grupo islâca de combustível nuclear mico assumiu o controle da com o Irã, para evitar a impo- Faixa de Gaza, em 2007. Segundo documento da sição de sanções ao país. No entanto, o acordo não impe- Embaixada dos EUA em Teldiu que as potências ociden- Aviv, com data de 13 de junho tais seguissem pressionando de 2007, Yuval Diskin, do Shin Bet, agência de segurança inpor novas sanções ao país. Lula disse que o único moti- terna de Israel, teria afirmado vo para que o acordo não fosse que o Estado judeu havia "esaceito pela comunidade inter- tabelecido uma relação muito nacional é porque Brasil e Tur- boa" com dois ramos dos serquia estariam interferindo em viços palestinos de segurança. um assunto que não caberia a A agência de segurança interna de Abbas "compartilha países emergentes. "Mesmo assim, os países do (com o Shin Bet) quase toda a Conselho de Segurança (da inteligência que obtém". A revelação pode causar emONU) resolveram punir o Irã. Por que? A única explicação é baraços para o presidente da que era preciso punir o Irã ANP, Mahmoud Abbas, acuporque o Brasil e a Turquia ti- sado pelo Hamas de trabalhar nham se metido numa seara ao lado de Israel. (Agências) que não era a de país considerado emergente", afirmou. "O que o Ahmadinejad assim entrevista ao jornal espanhol El País, o n o u é e x a t afundador do WikiLeaks, Julian Assange, m e n t e a q u i l o destacou o apoio que recebeu de líderes da que o presiden- América do Sul, entre eles o presidente Luiz te Obama colo- Inácio Lula da Silva, e afirmou que recebe c o u p a r a n ó s constantes ameaças de morte. Segundo ele, dez dias antes as ameaças partiriam de membros das Forças de a gente viajar Armadas dos Estados Unidos. para o Irã", deAssange, que cumpre prisão domiciliar em clarou. uma mansão na Grã-Bretanha, ressaltou o paP a r c e r i a - pel de Lula. "É um caso especial porque se reMas a relação tirou (deixará a Presidência), e isso lhe permite entre Israel e os ser mais direto do que havia sido. Já não tem palestinos pode que render nenhuma fidelidade aos Estados s e r m a i s p r o- Unidos", disse o australiano, que aguarda o funda do que se processo que pode levar à sua extradição para imaginava. Um a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. t e l e g r a m a d iDente - Na conversa, o ex-hacker contou plomático con- que perdeu um dente enquanto comia na prif i d e n c i a l d o s são. Ele o guardou na sua cela, mas depois o Estados Unidos embrulho que fez em papel sumiu. "Logo esdivulgada on- tará a venda no Ebay", brincou o australiano, t e m p e l o s i t e referindo-se ao site de leilões. (Agências)

Sem nada a perder

presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou ontem o envio de 6 mil homens da Gendarmería (força especial para vigiar as fronteiras e a dissolução de manifestações) para reforçar o policiamento nos municípios da Grande Buenos Aires, onde residem 9,9 milhões de pessoas. O envio é parte do "Plano Centinela" implementado pela mandatária para reduzir o nível de criminalidade que assola os municípios e as "villas miseria" (favelas) das áreas oeste e sul da Grande Buenos Aires. Ali estão há décadas os principais focos de tensão social da Argentina. O "Plano Centinela" havia sido idealizado pelo ex-presidente Néstor Kirchner (20032007) pouco antes de sua morte, em outubro. A ideia de Kir-

chner era atacar a criminalidade de forma ostensiva ao longo de 2011, e assim conquistar a confiança de setores da classe média. A dez meses de uma eleição em que Cristina deve buscar um novo mandato, a criminalidade aparece como a maior preocupação dos eleitores. A mandatária negou que o principal motivo para o crescimento da insegurança seja pela pobreza que assola os municípios da Grande Buenos Aires. Ela sustentou que as brechas sociais e o crescimento do crime organizado são os principais fatores do aumento dos delitos. Acusação - A tensão social virou tema entre os possíveis candidatos à presidência do país. Na semana passada, Cristina sugeriu que o ex-presidente Eduardo Duhalde, que lançou ontem sua pré-

candidatura às eleições, estava por trás dos incidentes nas ocupações de terrenos na cidade de Buenos Aires e na Grande Buenos Aires por parte de favelados e sem-teto. A presidente, inimiga de Duhalde, sugeriu que ele havia "apadrinhado" os incidentes. Neste fim de semana Duhalde retrucou em declarações à imprensa: "Há cinco anos tentam me culpar de tudo o que acontece no país." Segundo ele, o governo "faz papelões". Enquanto Duhalde comemorava sua pré-candidatura, manifestantes realizavam marchas para relembrar o nono aniversário da repressão na Praça de Maio, que deixou 30 mortos e derrubou o presidente Fernando de la Rúa. Os militantes queimaram pneus e protestaram contra diversos políticos do país, incluindo Duhalde. (Agências)

AFP

Coreia do Norte esconde os dentes

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Sul-coreano participa de exercícios militares

Coreia do Norte recuava ontem de sua ameaça de retaliar a Coreia do Sul pela realização de manobras militares do Mar Amarelo e teria oferecido concessões com relação a seu programa nuclear, em um sinal de que Pyongyang estaria em busca de esfriar a temperatura na Península Coreana depois de semanas de acirramento da tensão. A Coreia do Sul efetuou disparos de artilharia em um exercício militar de 90 minutos a partir de uma ilha fronteiriça, depois de a Coreia do Norte ter advertido para uma retaliação "catastrófica" às manobras. Horas depois dos disparos, Pyongyang emitiu um comunicado, afirmando que "não valia a pena reagir" ao exercício sul-coreano. Pouco antes, a Coreia do Norte havia declarado aos EUA que aceita a volta ao país dos inspetores nucleares da ONU, como parte de um pacote de medidas para amenizar as tensões na península, informou a rede CNN. (AE)


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Logo Logo

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www.dcomercio.com.br

DEZEMBRO Dia do Atleta

C AOS G @DGET DU JOUR

Aeroportos quase parando

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Sustentabilidade em duas rodas Leve e dobrável, esta bicicleta elétrica não emite poluentes, chega a 20 km/h e tem até 10 km de autonomia. A invenção neozelandesa pode ser comprada por US$ 3.595 pelo site do fabricante. http://www.yikebike.com/

M ÍDIA SOCIAL

Facebook de olho na China O criador e diretor-geral do Facebook, Mark Zuckerberg, começou ontem uma viagem pela China com passagens por escritórios do principal buscador de internet do país. As fotos da visita de Zuckerberg à sede do site Baidu foram rapidamente divulgadas na internet. Poucos na China conhecem a maior rede social do mundo, mas Zuckerberg é famoso no país também por ter sido apontado na semana passada como a personalidade do ano da revista norte-americana Time. A China censura o conteúdo da internet que considera

inadequado politicamente e bloqueia vários sites, incluindo Facebook, Twitter e YouTube. Mas há muita curiosidade em torno da visita de Zuckerberg à China e seus possíveis resultados em negócios. Zuckerberg já demonstrou seu interesse comercial na China. "Como se pode dizer que você conecta o mundo se deixa de fora 1,6 bilhão de pessoas?", disse ele durante uma apresentação em outubro. Zuckerberg realiza a viagem com sua namorada, Priscilla Chan, de origem chinesa. Além de uma visita a um templo tibetano em Pequim, não se sabe o restante de seu itinerário no país. (AE)

s nevascas e as baixas temperaturas que atingem a Europa também causaram transtornos nos aeroportos do Brasil. Dos 167 voos internacionais previstos para decolar até às 21h de ontem, 15% deles sofreram atrasos de mais de meia hora, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (foto), dos 91 voos internacionais programados para ontem, 15,4% deles atrasaram e apenas um foi cancelado. No Galeão, no Rio de Janeiro, dos 32 voos para o exterior, cinco foram cancelados. Mas os atrasos também foram inevitáveis nos voos domésticos. A Infraero informou que 15,5% dos 2342 voos domésticos programados para ontem atrasaram e 3,2% foram cancelados. O aeroporto mais prejudicado era o de Cumbica, seguido pelo de Brasília e o de Salvador. Greve - Para agravar a situação nos aeroportos, funcionários e empresas aéreas se reúnem hoje no Ministério Públi-

Filipe Araújo/AE

co do Trabalho, em Brasília , para evitar a greve prevista para o dia 23. Os trabalhadores ameaçam suspender seus trabalhos se não receberem reajustes de 13% a 15%, a depender da faixa salarial. Por outro lado, as empresas insistem em fazer o reajuste pela inflação (de 6,08%,

de acordo com INPC) e dizem que já concederam o aumento, incorporado ao 13º e ao salário de dezembro. Já para se precaver da crise de imagem em uma possível greve, as empresas aéreas, por meio do Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aéreas), prepararam um comunicado oficial.

Luke MacGregor/Reuters

S OUVENIR

Um prato digno de realeza

T ECNOLOGIA

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ILHADOS - A neve prejudicou os sistemas de transporte no norte da Europa pelo terceiro dia consecutivo ontem. No aeroporto de Heathrow, em Londres, passageiros e suas bagagens se aglomeravam nos terminais. O problema deve continuar até o Natal.

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FRIO - Até o Papai Noel preferiu ficar em casa. O mau tempo provocado pelas nevascas na Grã-Bretanha afetou o movimento das lojas na época de Natal. Lojistas informaram que as vendas caíram mais de 10% no final de semana.

Este coração eletrônico é mais do que uma jóia: o pingente monitora a frequência cardíaca. Ele foi desenhado para que parecesse com algo tirado de um computador e possui LEDs que se acendem conforme o batimento cardíaco.

C A R T A Z

CHUVA

A TÉ LOGO

A volta do bom e velho rock'n'roll O rock morreu? Viva o rock. O The Who cantou isso em 1974, mas poderia estar falando de 2011, segundo a MTV. O canal musical norteamericano lança sua lista de "Artistas a Observar" em 2011, prevendo os próximos grandes nomes na música, e, após anos em que artistas de rap e hip-hop dominaram as paradas, está ocorrendo um movimento de volta ao rock'n'roll. A lista de nove nomes inclui grupos como a banda de pop punk norte-americana A Day To Remember, os roqueiros dinamarqueses do New Politics e o grupo retrô britânico The Vaccines. No ano passado, a lista previu a ascensão dos rappers Nicki Minaj e B.o.B. (Reuters) L OTERIAS Concurso 593 da LOTOFÁCIL 01

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Réveillon do Rio de Janeiro terá 11 balsas e 20 toneladas de fogos

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A relação entre a fé dos moradores do sertão nordestino e a chuva é tema desta mostra. Instalação Lágrimas de São Pedro - Acalento ao Sertão Nordestino, de Vinícius S.A., na Caixa Cultural. Praça da Sé, 111. Grátis.

Meses antes do casamento real britânico, os primeiros produtos de recordação do matrimônio começaram a ser vendidos ontem. Trata-se de uma coleção de peças de porcelana, aprovada pelo Príncipe William e sua noiva, Kate Middleton. A coleção inclui um vaso, um prato e uma caixinha. Há nos produtos as iniciais do casal, o emblema real e a data do casamento: 29 de abril de 2011. Eles se casarão na Abadia de Westminster, em Londres, após um longo namoro. Os objetos estão à venda nos palácios e em um site. O lucro será doado a uma organização sem fins lucrativos que se encarrega da curadoria das peças de arte da família real, conhecida como Coleção Real. (AE) M ÚSICA

Nigel Roddis/Reuters

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A falta de cinco ou seis pilotos em uma empresa grande é suficiente para atrasar centenas de voos em cascata. Uma fonte do setor diz que, apesar das contratações recentes, muitos não estarão treinados a tempo da operação e que o quadro só deve melhorar em abril. (Agências)

Brasil tem pelo menos 7,6 milhões de armas ilegais

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Redes de fast-food terão de informar valor nutricional dos pratos

Concurso 2477 da QUINA 04

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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11 LULA PEDE NATAL COM RESPONSABILIDADE O presidente comemorou os dados positivos do IBGE quanto ao desemprego, e pediu que as pessoas comprem o que quiserem neste final de ano, "mas com responsabilidade para não se endividar". (AE)

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Marcos Mendes/LUZ

Da esq. para dir.: Roberto Longo (Apas), Nabil Sahyoun (Alshop), o vice-governador eleito Guilherme Afif, o governador Alberto Goldman, Alencar Burti (ACSP), o secretário Mauro Ricardo e o deputado Rodrigo Garcia.

Comércio ganha ICMS parcelado de Natal

Medida tem como finalidade desafogar varejo no início do ano Neide Martingo

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s comerciantes paulistas poderão pagar em duas vezes o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de dezembro: metade em 20 de janeiro e o restante em 22 de fevereiro de 2011. A medida veio após pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Paulista de Supermercados (Apas) e Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). A Secretaria de Fazenda estima que o total arrecadado, pago em duas parcelas, será de R$ 400 milhões. Pelo menos 35 setores serão beneficiados com a medida – ou 70 mil pontos comerciais, que representam 96% da arrecadação do ICMS no varejo. Entre eles estão padarias, supermercados, lojas de departamentos, açougues e lojas que vendem bebidas, roupas, calçados, perfumes, eletrônicos, móveis, material de construção, bijuterias, autopeças e medicamentos. "A medida vai melhorar o fluxo de caixa das empresas do comércio no início do ano – fase difícil, quando as vendas caem", afirmou ontem o secretário Mauro Ricardo. Para o presidente da ACSP e da Facesp, Alencar Burti, a medida é boa para o Estado e também para os comerciantes. "Todos ganham. Como o empre-

endedor pode enfrentar problemas com fluxo de caixa, teria que recorrer a empréstimos para pagar o imposto. O varejista paga 6% do movimento líquido, na prática. É um volume muito grande", disse. A alíquota do ICMS em São Paulo é de 18%. Para o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, a novidade fortalece o varejo. "Aproximadamente 75% das empresas dos shoppings são pequenas. O parcelamento é bastante importante para esse comércio." "Em dezembro acontece o pico de faturamento dos supermercados. O parcelamento é bastante louvável", disse o vice-presidente da Apas, Roberto Longo. Já o conselheiro do IDV, Fernando de Castro, ressaltou o papel do varejo. "É o setor que mais emprega. O País tem um varejo moderno." O vice-governador eleito, Guilherme Afif Domingos, lembrou que o pagamento do ICMS no início do ano é sempre difícil. "O capital de giro fica apertado. A medida facilitará o dia a dia desses empresários", afirmou. Contas – O governador Alberto Goldman anunciou o parcelamento do ICMS para o varejo e disse que as finanças do governo estão em situação bastante favorável. "Vamos entregar as contas do governo em melhor situação do que recebemos", garantiu. Estiveram presentes também o senador Alfredo Cotait Neto (DEM-SP), o vice-presidente da ACSP Rogério Amato e o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP).

Fotos: LC Leite/LUZ

O estudante Igor Vic já usa o iPod para assistir filmes, e agora está interessado nas funcionalidades oferecidas pelo tablet da Apple.

iPad vira febre neste final de ano Equipamento desenvolvido pela Apple está entre os itens mais desejados pelo consumidor Ricardo Osman

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loja da rede Fast Shop do Morumbi Shopping, na zona sul da Capital, tem na entrada uma atração especial para os consumidores. Neste Natal, essa loja, que vende equipamentos eletrônicos e de informática, colocou bem na entrada dois iPads, lançamento da Apple no Brasil. Os clientes podem mexer nos aparelhos e testar seus aplicativos. Na hora do almoço é comum encontrar ali pessoas dispostas a conhecer o aparelho criado por Steve Jobs, o fundador e presidente da Apple. Se no passado recente o telefone celular e o iPod (outro produto da Apple) fizeram sucesso nos natais, agora o campeão de vendas é um produto que pesa 680 gramas, tem tela grande (bem maior do que o iPod) e pode executar inúmeras funções, como navegação na internet, exibir filmes e teleconferência, entre outras. "Os pais estão

Com apenas sete anos, Rebeca já se familiariza com o iPad.

comprando para os filhos neste Natal e muitas empresas o procuram para dar como prêmio ao bom funcionário", contou o diretor de Marketing da Fast Shop, Luiz Pimentel, que treinou 500 vendedores para oferecer o aparelho nas 65 lojas da rede. "Estou aqui para conhecer o iPad. Já tenho o iPod, que uso inclusive para ver filmes", disse o estudante Igor Vic, de 17 anos, ontem no início da tarde, no Morumbi Shopping. Neste período do dia, estavam também na loja a executiva de empresa de telecomunicações Adriana Rosetto, de 40 anos, com sua filha, Rebeca, de sete anos. A menina, que já tem um notebook, não desgrudou do iPad – e entrou com facilidade nos aplicativos do tablet para jogar. "Espero ganhar de presente", disse ao lado da mãe, que não desconsiderou a possibilidade. "Neste Natal, ela já pediu a Papai Noel uma web câmara", afirmou a mãe. Os iPads são vendidos na Fast Shop com preços a partir de R$ 1,649 mil (o modelo básico, com conexão Wi-Fi). A versão com a conexão 3G (mais abrangente) supera os R$ 2 mil. O presidente do instituto de pesquisa Fractal e diretor de marketing da Fundação Instituto de Administração (FIA), Celso Grisi, não tem dúvidas de que Steve Jobs conseguiu sucesso em mais um Natal no País. "O iPad vai virar febre lúdica no dia a dia das pessoas", disse Grisi.

O Bar Brahma, na Capital, usa iPads no lugar dos cardápios tradicionais. Celso Grisi destacou, porém, que os produtos de tecnologia têm ciclo de vida muito curto porque o consumidor está sempre em busca de

novidades. No Natal de 2011 outra novidade deverá substituir a atual. "Por essa razão, as estratégias de lançamento buscam obter vendas rápidas e em grandes volumes", avaliou.


12 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

e Falta de imóveis e inflação elevam aluguéis

13 A elevação dos contratos de locação é fruto da falta de imóveis. Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi

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Paulo Pampolin/Digna Imagem

Somado à carência de unidades disponíveis, IGP-M elevado pressiona preços dos contratos

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falta de imóveis contribuiu para a alta dos aluguéis na capital paulista em novembro, de acordo com o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Dados da entidade mostram que os contratos novos de locação residencial em novembro na região tiveram aumento médio de 1,6% em relação aos valores negociados em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, o acréscimo é de 12,9%. Vale destacar que, além da carência de imóveis, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGPM), um dos indicadores usados como referência na maioria dos contratos de locação, segue elevado e deve fechar 2010 com a mais forte alta dos últimos cinco anos. Francisco Crestana, vicepresidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP,

enfatiza que a elevação dos contratos em novembro "é fruto da falta de imóveis para alugar". Segundo ele, essa carência poderia ser amenizada com a volta dos investidores ao mercado. "Alguns incentivos fiscais, como a isenção do Imposto de Renda sobre a receita de aluguel recebida pelo locador, poderiam mudar esse cenário", diz o vice-presidente do sindicato. As residências de um dormitório apresentaram as maiores elevações no mês de novembro, com acréscimo médio de 2,2% na comparação com outubro, seguidas das de dois quartos (1,5%) e três (0,9%). A modalidade de garantia mais utilizada foi o fiador, que respondeu por quase metade dos imóveis locados (49%). O depósito caução, que cobre a inadimplência de três meses, contabilizou 31% dos negó-

Residências de um dormitório tiveram as maiores elevações em novembro, com alta média de 2,2%

Incentivos, como a isenção do Imposto de Renda sobre a receita de aluguel recebida, poderiam ampliar a oferta de imóveis. FRANCISCO CRESTANA, SECOVI-SP cios, restando ao seguro-fiança um quinto dos contratos de locação fechados em novembro. Casas e sobrados foram os imóveis alugados mais rapidamente, levando em média de 12 a 29 dias para serem ocupados. Já os apartamentos levaram entre 18 e 38 dias.

Inflação – O IGP-M deve fechar 2010 com a maior elevação dos últimos cinco anos conforme revelado ontem na segunda prévia de dezembro do indicador, que subiu 0,75%. Embora tenha sido mais fraca do que a apurada em novembro (1,20%), a taxa anunciada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) levou o índice a alta acumulada de 11,39% no ano. A elevação já se posiciona acima das taxas de 2005 (1,21%); 2006 (3,83%); 2007 (7,75%); 2008 (9,81%); e 2009 (-1,72%). O acumulado do IGP-M só não é maior do que o desempenho anual de 2004, quando o indicador fechou o ano com alta de 12,41%. "Creio ser possível fechar o ano com uma taxa que só não supere a

Meirelles afirma que preços e juros seguirão em queda Valter Campanato (ABR)

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presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que a inflação brasileira pode convergir para os padrões internacionais nos próximos anos. Segundo ele, a taxa básica de juros (Selic) "já recuou bastante e segue em trajetória de queda", o que corroboraria com a possibilidade de equiparação dos juros do País ao do restante do mundo. O presidente do BC fez a afirmação em uma rápida entrevista coletiva após ter participado de cerimônia da entrega da reforma de parte do prédio sede do Banco Central em São Paulo. Em relação à possibilidade de o Brasil alcançar taxa de juros real de 2% em 2014, Meirelles limitou-se a comentar que esse "é um desejo de todos". E acrescentou: "a taxa de juros continua em trajetória cadente; quando nós assumimos em 2003, a taxa real estava acima de 14% ao ano, depois che-

Presidente do BC vê Selic convergir para os padrões internacionais

gou a 16% e agora a taxa está em 6%", disse. Meirelles também falou sobre a importância da autonomia concedida ao BC pelo presidente Lula. De acordo com ele, foi graças a essa autonomia que a instituição pôde tomar decisões duras nos momentos em que a estabilidade econômica esteve ameaçada. Sobre a continuidade do trabalho feito por ele nesses oito

anos em que ficou à frente do BC, Meirelles disse que a instituição está preparada para dar continuidade e sustentabilidade ao trabalho. "Essa continuidade é garantida não só pelo novo presidente, Alexandre Tombini, que trabalhou conosco nos últimos cinco anos, mas também pela diretoria e pelos funcionários da instituição." Meirelles destacou que o novo BC terá pela frente os mes-

mos desafios das gestões anteriores. "O BC tem que ficar sempre vigilante: é o responsável pela estabilidade do sistema financeiro. Em última análise, responsável por manter o equilíbrio macroeconômico", disse, acrescentando que esse é um desafio que nunca acaba. Ele ressaltou, no entanto, que sempre existem alguns momentos, como a crise de 2008 e antes disso a crise de 2003, que são "momentos que envolvem um tipo de engajamento maior, que ninguém procura, mas quando acontecem têm de ser enfrentados". Estavam presentes ao evento os diretores de Política Monetária Aldo Mendes, de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural, Antonio Gustavo Matos do Vale, de Administração, Anthero de Moraes Meirelles, e o chefe do Departamento de Recursos Materiais e Patrimônio (Demap), Antonio Carlos Mendes de Oliveira. (AE)

de 2004", disse Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV. Porém, na margem, a segunda prévia do IGP-M de dezembro apontou sinais de uma desaceleração na inflação, pelo menos no curto prazo. Houve um forte recuo dos preços da agropecuária atacadista (de 4,65% para 1,05%), que derrubou a inflação do atacado como um todo (de 1,55% para

0,77%) da segunda prévia de novembro para igual prévia em dezembro. O especialista da fundação não descarta a ideia de repasse do movimento de desaceleração de preços do atacado para o varejo. Contribuíram para a taxa menor da segunda prévia a queda no atacado no preço de bovinos (-0,89%) e a desaceleração do soja em grão (de 8,84% para 2,56%). (Folhapress/AE)

Caixa Econômica Federal lança Cartão Aluguel O cartão terá um limite usado exclusivamente para pagamento da locação

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Caixa Econômica Federal (CEF) lançou ontem, em São Paulo, o Cartão Aluguel Caixa. O produto será usado por clientes do cartão de crédito para o pagamento de aluguel, sem a necessidade de usar um fiador ou garantia adicional. A comercialização do produto em, âmbito nacional, está prevista para iniciar em fevereiro do próximo ano, após fase de piloto que está sendo realizada na cidade de São Paulo. Segundo a Caixa Econômica, o processo de locação, com o uso do Cartão Aluguel, será realizado em uma das imobiliárias credenciadas pela instituição, após a assinatura do contrato de aluguel pelo inquilino. De acordo com as regras do programa, a Caixa Econômica irá garantir à imobiliária o recebimento de até 12 parcelas de aluguéis que não forem pagos pelo inquilino.

O Cartão Aluguel Caixa será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na variante internacional, para pessoas físicas que forem locatárias de imóveis residenciais. No produto, o cliente terá o limitealuguel, que será utilizado exclusivamente para pagamento da locação do imóvel que foi contratado. O cartão traz ainda a possibilidade de uso de um limite rotativo, destinado ao pagamento de compras em estabelecimentos comerciais, nos moldes de um um cartão de crédito convencional. De acordo com a Caixa Econômica, o cartão será comercializado nas imobiliárias credenciadas e na rede de agências do banco em todo o País. A entidade informa também que ainda nesta semana será dado início ao cadastramento de imobiliárias interessadas em comercializar o novo produto. (ABR )


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e Otimismo recorde dos consumidores em dezembro

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nossas projeções mais otimistas para as vendas estão confirmadas. Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp

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Nilton Fukuda/AE

Indicador da ACSP/Ipsos mostra tendência de elevação nas vendas de Natal

À

s vésperas do Natal, o consumidor brasileiro mostra um otimismo recorde com relação à economia e a sua situação financeira. O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em conjunto com o instituto Ipsos, revelou que a estabilidade no mercado de trabalho e a disponibilidade de crédito têm animado as pessoas a fazer mais compras neste ano. Com isso, o indicador chegou a 163 pontos em dezembro, ante 159 pontos em novembro e 146 em dezembro de do ano passado. O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que resultados acima de 100 pontos indicam otimismo. Abaixo desse patamar, os dados denotam uma percepção pessimista dos entrevistados. "As nossas projeções mais otimistas para as vendas de final de ano estão confirmadas. E o resultado dessa pesquisa é a maior prova disso", afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Um dos pontos demonstrados pela pesquisa foi o de que se estabilizou o percentual de

54 por cento dos entrevistados consideram sua atual situação financeira como boa consumidores que se sentem seguros para comprar eletrodomésticos, que passou para 49% em dezembro. A parcela de consumidores consultados que se mostram mais confiantes em manter seu emprego caiu de 46% em novembro para 43% em dezembro, ao passo que o grupo dos menos confiantes passou de 15% para 16%. Perspectivas – A pesquisa mostrou ainda uma percepção positiva dos consumidores em relação ao futuro da economia da região onde vivem. O percentual daqueles que acham que ela ficará mais forte manteve-se estável em 44%, ao passo que os que esperam um arrefecimento na expansão econômica passaram de 6% em

novembro para 8% em dezembro. Já a parcela de consumidores segundo os quais a economia deve piorar passou de 4% para 5%. Situação favorável – O levantamento revelou existir um predomínio dos consumidores que consideram sua situação financeira boa (54%). Apenas 21% a avaliaram como ruim. Na pesquisa feita em dezembro de 2009, esses percentuais eram de 37% e 35%, respectivamente. A diferença entre os que responderam ser boa sua situação financeira e aqueles que optaram em qualificá-la como ruim chegou ao seu maior patamar. Isso indicaria que o consumidor dispõe de mais recursos, tanto para compras à vista quanto a prazo. De acordo com o levantamento, o otimismo dos consumidores estaria mais concentrado hoje nas regiões Norte e Centro Oeste, que contabilizaram 200 pontos no INC. Em seguida vêm Sul (181), Sudeste (167) e Nordeste (135). A pesquisa ACSP/Ipsos realiza mensalmente 1 mil entrevistas domiciliares, abrangendo nove regiões metropolitanas brasileiras e outras 70 cidades do interior dos estados.

Perspectivas favoráveis para América Latina

A

s empresas da América Latina devem continuar melhorando o seu perfil de crédito ao longo de 2011, porém em um ritmo mais modesto se comparado com 2010. Essa é a principal conclusão do estudo La ti n America Corporate Credit Outlook for 2011, elaborado pela Moody's Investors Service, segundo o qual as condições econômicas para a região serão benignas no ano que vem, o que favorecerá as empresas. Riscos – Para a Moody's, um dos três fatores que podem desacelerar o ritmo de melhoria do perfil de crédito das empresas é o ingresso de grandes fluxos de investimento, o que sustenta a valorização das moedas locais e pressiona as margens das empresas voltadas para exportação. A agência também citou a possibilidade que as pressões inflacionárias resultem em uma maior austeridade das políticas econômicas, principalmente no Brasil; e uma potencial desaceleração econômica na China e a crise na União Europeia. (AE)

Segundo a FGV, 15 dos 21 segmentos industriais acreditam em melhora no faturamento.

Indústria de transformação planeja investir mais em 2011

A

s previsões de investimento da indústria da transformação para 2011 estão otimistas, na análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou ontem a Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação. Segundo o levantamento, 55% das empresas programam investir mais em 2011 do que fizeram em 2010. O percentual, para esta resposta, é o mais alto da série histórica da pesquisa iniciada em 2005. A fundação revelou ainda que a fatia de empresas pesquisadas que estimam diminuição do volume de investimentos, no mesmo período, foi de 15%, o mais baixo para esta resposta desde 2008 (13%). Na avaliação da FGV, o resultado da pesquisa "pode ser comparado com o otimismo verificado nas previsões feitas em 2007 para o ano de 2008, período em que a economia brasileira estava bastante aquecida", segundo comunicado da entidade. A fundação informou que todas as categorias estão otimistas com relação aos investimentos em 2011. O percentual de empresas que preveem investir mais no ano seguinte su-

pera o verificado nos seis anos anteriores em todos os segmentos – exceto no de bens de capital, em que a proporção de empresas prevendo aumento do investimento em 2011 ante 2010 foi de 51%, a mais elevada nesta categoria de uso desde 2008 (63%). Contratações – A intenção de novas contratações da indústria da transformação também melhorou de 2010 para 2011. É o que mostrou o levantamento da FGV, segundo o qual a parcela de empresas consultadas que pretendem aumentar o total de pessoal ocupado em 2011 foi de 43%. No ano passado, o percentual era de 40%. Já o total de empresas que planejam reduzir o efetivo no ano que vem foi de 8%, menor do que a fatia de 12% registrada em 2010. Entre as categorias de uso, a maior absorção de mão de obra é prevista pelas empresas produtoras de bens de consumo duráveis. Somente nesse segmento, 57% das empresas consultadas preveem elevar o contingente de pessoal ocupado no ano que vem, o maior percentual da série histórica, iniciada em 2005.

Faturamento – A indústria da transformação, de uma maneira geral, ainda prevê uma melhora no faturamento em 2011 contra 2010. No levantamento, a fatia de empresas que aguardam aumento de vendas no ano que vem, descontados os efeitos inflacionários, foi de 72%, acima dos 69% registrados no ano passado. O percentual deste ano foi o segundo maior da série histórica, atrás apenas de 2005 (79%). A parcela da indústria da transformação que estima diminuição do faturamento em 2011 foi de 6%, abaixo dos 8% apurados para 2010. Entre os destaques nas categorias de uso estão as de bens de consumo duráveis e as de materiais para construção. A fatia de empresas com respostas otimistas de melhora de faturamento em 2011 foram, respectivamente de 84% e de 81% para esses dois segmentos, os maiores percentuais da série histórica da pesquisa. Segundo a fundação, em 15 dos 21 segmentos pesquisados as projeções para faturamento feitas em 2011 foram melhores que as apuradas no ano passado para 2010. (AE)

LG terá nova fábrica no Brasil

A

empresa sul-coreana LG Electronics anunciou ontem que abrirá mais uma fábrica no Brasil para aumentar a produção de componentes eletrônicos no País. A companhia não detalhou quanto investirá nem a data do

início de operações. A LG deve "utilizar o terreno oferecido gratuitamente por uma cidade brasileira para expandir suas vendas no Brasil", afirmou o porta-voz da empresa, Cho Joong-kwon, em declarações citadas pela agência

de notícias sul-coreana Yonhap. A nova fábrica da LG Electronics deverá ser instalada na cidade de Paulínia, no interior de São Paulo, para produzir refrigeradores, fogões e outros produtos a partir de outubro de 2011, segundo a Yonhap. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

e

ECONOMIA/LEGAIS - 15 Temos reservas para honrar os compromissos por quatro a cinco meses. Fernando Garrido, coordenador-geral de operações da dívida pública

conomia

O

volume de emissões de títulos da dívida pública verificado em novembro deste ano, de R$ 22,3 bilhões, foi o menor desde maio, de acordo com o Tesouro Nacional, que atribuiu o fenômeno, entre outras razões, à folga de caixa do órgão para financiar sua dívida. Segundo o coordenador-geral de operações da dívida pública, Fernando Garrido, não há pressão sobre o Tesouro para a realização de grandes emissões. "Temos reservas para honrar os compromissos da dívida por um prazo de quatro a cinco meses'', afirmou. De acordo com Garrido, também contribuíram para o

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3175 www.dcomercio.com.br

Cai emissão de títulos públicos em novembro Foram emitidos R$ 22,3 bilhões em papéis, o menor volume desde maio de 2010 recuo na emissão de títulos públicos o baixo volume de vencimentos em novembro, o cumprimento tranquilo das metas estabelecidas pelo governo para a gestão da dívida no ano e a elevação das taxas dos papéis no mercado secundário, negociados entre invesINBEV PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS S.A.

CNPJ/MF n° 07.526.557/0001-00 NIRE 35.300.368.941 Companhia Fechada CERTIDÃO Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 08 de dezembro de 2010 CERTIDÃO - JUCESP nº 445.135/10-4 em 15/12/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Comunicado de Extravio de Documento A Bentel Empreendimentos Hoteleiros Ltda., CNPJ n° 68.893.478/0001-21, informa que foram extraviadas as seguintes Notas Fiscais: em branco numeração 38.281 á 40.000. 21,22,23/12/2010 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA SERRA AVISO DE LICITAÇÃO Tomada de Precos nº 04/2010 De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 04/ 2010, para a contratação de empresa visando o fornecimento de serviços de exames laboratoriais para Município de Santa Maria da Serra, pelo tipo de menor preço , regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no item 4, deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade, até às 13h, do dia 11 de Janeiro de 2011. O início da abertura dos envelopes será às 14h, do dia 11 de Janeiro de 2011, na Sala de Abertura de Licitações, sito à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Setor de Compras, sito à Praça Santo Zani, n° 30, Paço Municipal desta cidade, a qual será fornecida das 09h às 15h. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. Santa Maria da Serra, 20 de dezembro de 2010. JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SeMAE AVISO ÀS LICITANTES. ADIAMENTO DA DATA DA SESSÃO DE ABERTURA DA CONCORRÊNCIA 14/2010 – PROC. 116/2010 Objeto: Contratação de empresa especializada para elaboração de estudos, projetos, gerenciamento e fiscalização de obras, e apoio técnico ao desenvolvimento tecnológico, ambiental e institucional do SeMAE, em atendimento ao crescimento vegetativo do município, e às ampliações e melhorias do sistema de abastecimento de água e do sistema de esgotos sanitários de São José do Rio Preto. Por interesse da Administração, ficam as licitantes interessadas, notificadas, de que a sessão de abertura dos envelopes da Concorrência 14/2010, programada para o dia 22.12.2010, foi adiada “sine die”. A nova data será comunicada através de publicação na Imprensa Oficial do Estado e do Município. S. J. R. Preto, 20.12.2010. Gabriela Cavalcanti da Silva – Presidente da C.L. - SeMAE.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SeMAE AVISO ÀS LICITANTES. ADIAMENTO DA DATA DA SESSÃO DE ABERTURA DO PREGÃO PRESENCIAL 17/2010 – PROC. 140/2010– (NOVA DATA) Objeto: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços diversos, elencados na Tabela 01 do Memorial Descritivo, para atendimento das necessidades do SeMAE, estimados em 29.965 horas mensais, com fornecimento de materiais, equipamentos e veículos. Fica designada a nova data da sessão para o dia 06.01.2011, a partir das 08h30. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e das 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, no fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. S. J. R. Preto, 20.12.2010. Alan Sinibaldi Cornachoni – Pregoeiro.

Centroprojekt do Brasil S.A. - CNPJ/MF 03.581.470/0001-84 - NIRE 35.300.328.426 Extrato da Ata de Assembléia Geral Extraordinária dos Acionistas Data, Hora e Local: 07.12.10, 15h, sede, R. Alexandre Dumas, 2200, 2º and., SP/SP. Convocação: Dispensadas (§ 4º, art. 124, Lei 6.404/76). Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: Amilcar Rossini, Secretário: Edison Costa Porto. Deliberação: Aprovada por Unanimidade: i) Alteração do caput do art. 24 do Estatuto Social, dispensando a expressa anuência dos acionistas representando a maioria do capital votante, na outorga ou revogação de procurações: “Art.24: Para efeitos de constituição de procuradores da Sociedade, bem como para a revogação dos respectivos mandatos, os respectivos instrumentos deverão ser executados por dois diretores em conjunto.” Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. Extrato do original. SP, 07.12.10. Amilcar Rossini: Presidente: Acionista, Edison Costa Porto: Secretário. JUCESP 445.214/10-7 em 15.12.10. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA SERRA AVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO Tomada de Preços nº 07/2010 De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 07/2010, para a contratação de empresa visando o fornecimento de carne bovina, frango, frios e embutidos para a merenda escolar no Município de Santa Maria da Serra, pelo tipo de menor preço por grupo, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no item 4, deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani, nº 30, nesta cidade, até às 13h, do dia 13 de janeiro de 2011. O início da abertura dos envelopes sera às 14h, do dia 13 de janeiro de 2011, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Praça Santo Zani, nº 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Setor de Compras, a partir do dia 21 de dezembro de 2010, sito à Praça Santo Zani, nº 30, Paço Municipal desta cidade, a qual será fornecida das 09h às 15h. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. Santa Maria da Serra, 20 de Dezembro de 2010. JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal

tidores, e não diretamente com o Tesouro. A dívida pública brasileira cresceu 1,3% no mês passado, chegando a R$ 1,666 trilhão. O estoque refere-se à dívida pública total do País, tanto a interna quanto a externa. No mês, os títulos prefixa-

dos aumentaram sua participação na dívida total brasileira mobiliária. Eles passaram de 35,40% em outubro para 36,04% em novembro. O Tesouro Nacional prefere emitir títulos prefixados porque eles dão uma segurança a mais na gestão da dívida, pois

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIMILI & LOPES - BAZAR PARA AVIAMENTOS LTDA., CNPJ nº 05.617.479/0001-23- I.E. 116.579.788.117, COMUNICA O EXTRAVIO DOS TALÕES DE N.F. USADOS SÉRIE D-1 - DO Nº 001 AO 1250.

BVIA – BV INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS E GESTÃO DE RECURSOS S.A.

BVIP – BV INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF e NIRE nº [em fase de constituição] ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, REALIZADA EM 04 DE MAIO DE 2010 1. DATA, HORA E LOCAL: Realizada às 17:00 horas do dia 04 (quatro) de maio de 2010, na sede social da Sociedade, na Capital do Estado de São Paulo, na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 16º andar, conjunto B, Vila Gertrudes, CEP 04794-000. 2. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Acionista representando a totalidade das ações, conforme assinatura lançada no livro “Presença de Acionistas”. 3. MESA DIRIGENTE: Presidente, Sr. Wilson Masao Kuzuhara, e Secretário, Sr. Milton Roberto Pereira. 4. DELIBERAÇÕES: Foi aprovada (i) a eleição dos membros da Diretoria, tendo sido eleitos os Srs. Wilson Masao Kuzuhara, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.626.032-8 SSP/SP e inscrito no CNPJ/MF sob nº 662.210.308-97; Milton Roberto Pereira, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 29.081.291-4 SSP/ RS e inscrito no CNPJ/MF sob nº 224.193.060-15; Walter Guilherme Piacsek Junior, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 11.758.887 SSP/ SP e inscrito no CNPJ/MF sob nº 127.230.358-67; Marcelo Parente Vives, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 1.138.146 SSP/DF e inscrito no CNPJ/MF sob nº 584.276.431-87; e Mario Antonio Thomazi, brasileiro, casado, contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 600.208.785-3 SSP/RS e inscrito no CPF/MF sob o nº 290.272.500-6, todos domiciliados nesta Capital, onde têm endereço comercial na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 18º andar, para ocuparem os cargos de Diretores sem designação específica, com mandato de 01 (hum) ano a contar desta data. Os membros da Diretoria aceitaram o cargo para o qual foram eleitos, afirmando que conhecem plenamente a legislação e declarando finalmente que não estão incursos em qualquer dos crimes previstos em lei, que os impeçam de exercer a atividade mercantil. Os membros da Diretoria ficam incumbidos de ultimar as formalidades remanescentes necessárias à constituição da Sociedade e registro perante os órgãos competentes; (ii) fixar a remuneração global anual da Diretoria em até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), a ser dividida da forma estabelecida entre os membros. 5. OBSERVAÇÕES FINAIS: O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação. Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais presentes. (aa) Wilson Masao Kuzuhara, Presidente; Sr. Milton Roberto Pereira, Secretário. Banco Votorantim S.A., p. Milton Roberto Pereira e Mario Antonio Thomazi. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 04 de maio de 2010. MILTON ROBERTO PEREIRA - Secretário. Arquivado na JUCESP em 14.05.10, sob nº 166.275/10-4. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fato Relevante Ata da Reunião Extraordinária no 1.715, de 20.12.2010, do Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A. CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795. Aos 20 dias do mês de dezembro de 2010, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, 4 o andar do Prédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Sociedade sob a presidência do senhor Antônio Bornia, na ausência do titular senhor Lázaro de Mello Brandão, em férias. Durante a reunião, os Conselheiros, de conformidade com o Parágrafo 6o do Artigo 6 o do Estatuto Social, e atendidas as exigências previstas nos Parágrafos 1o e 2o do Artigo 30 da Lei no 6.404/76 e nas Instruções CVM números 10, 268 e 390, de 14.2.80, 13.11.97 e 8.7.2003, respectivamente, deliberaram: I)

renovar o programa de aquisição de ações de própria emissão para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, mantendo as mesmas quantidades, sem redução do Capital Social;

II)

autorizar a Diretoria da Sociedade a adquirir até 15.000.000 de ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 7.500.000 ordinárias e 7.500.000 preferenciais, competindo-lhe definir a oportunidade e a quantidade a ser efetivamente adquirida, dentro dos limites autorizados e do prazo de validade desta deliberação. Para os efeitos do Artigo 8o da Instrução CVM n o 10, de 14.2.80, especifica-se que:

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 20 de dezembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Lucilene da Silva - Requerida: Reg Bag Comércio de Escovas e Armarinhos Ltda.-EPP - Rua Joaquim Carlos nº 82 - Brás - 1ª Vara de Valências Requerente: Distribuidora de Materiais para Escritório Whalmar Ltda. - Requerido: Maurício Bellelis Papelaria-ME - Av. Brigadeiro Faria Lima nº 2.369 loja 25 - 2ª Vara de Valências

a)

a presente autorização tem por objetivo a aplicação de recursos existentes em “Reservas de Lucros - Reservas Estatutária”, disponíveis para Investimentos;

b)

vigorará pelo 21.6.2011;

c)

segundo a conceituação do Artigo 5o da Instrução CVM no 10, existem 2.493.705.594 ações do Banco em circulação no mercado, sendo 651.212.906 ordinárias e 1.842.492.688 preferenciais; e

d)

a operação de aquisição dessas ações será realizada a preço de mercado e intermediada pela Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com sede na Avenida Paulista, 1.450, 7o andar, Bela Vista, São Paulo, SP, e Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., com sede na Praia de Botafogo, 300, salas 601 e 301, parte, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ;

prazo

de

6

(seis)

meses,

de

21.12.2010

Bradesco Capitalização S.A. Grupo Bradesco de Seguros e Previdência CNPJ no 33.010.851/0001-74 - NIRE 35.300.331.354 a Ata da 81 Assembleia Geral Extraordinária realizada em 27.1.2010. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 438.265/10-5, em 9.12.2010. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

CNPJ/MF e NIRE nº [em fase de constituição] ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, REALIZADA EM 18 DE OUTUBRO DE 2010 1. DATA, HORA E LOCAL: Realizada às 12:00 horas do dia 18 de outubro de 2010, na sede social da Sociedade, na Capital do Estado de São Paulo, na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 6º andar, conjunto 604, Vila Gertrudes, CEP 04794-000. 2. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Acionista representando a totalidade das ações, conforme assinatura lançada no livro “Presença de Acionistas”. 3. MESA DIRIGENTE: Presidente, Sr. Walter Guilherme Piacsek Junior, e Secretária, Sra. Marta Cibella Knecht. 4. DELIBERAÇÕES: Foram aprovadas (i) a eleição dos membros da Diretoria, tendo sido eleitos os Srs. Walter Guilherme Piacsek Junior, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 11.758.887 (SSP/SP) e inscrito no CPF/MF sob o nº 127.230.358-67; Mário Antonio Thomazi, brasileiro, casado, contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 600.208.785-3 (SSP-RS) e inscrito no CPF/MF sob o nº 290.272.500-06; e Marcos Lima Monteiro, brasileiro, casado, economista, portador da Cédula de Identidade RG nº 19.897.606-9 (SSP-SP) e inscrito no CPF/MF sob o nº 105.109.428-30, todos domiciliados na Capital do Estado de São Paulo, onde têm endereço comercial na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 18º andar, Vila Gertrudes, CEP 04794-000, para ocuparem os cargos de Diretores sem designação específica da Sociedade, com mandato que se encerrará, excepcionalmente, na Assembleia Geral Ordinária da Sociedade a ser realizada no ano de 2011. Os membros da Diretoria aceitaram o cargo para o qual foram eleitos, afirmando que conhecem plenamente a legislação e declarando finalmente que não estão incursos em qualquer dos crimes previstos em lei, que os impeçam de exercer a atividade mercantil. Os membros da Diretoria ficam incumbidos de ultimar as formalidades remanescentes necessárias à constituição da Sociedade e registro perante os órgãos competentes; e (ii) a fixação da remuneração global anual da Diretoria em até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), a ser dividida da forma estabelecida entre seus membros. 5. OBSERVAÇÕES FINAIS: O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação. Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais presentes. (aa) Walter Guilherme Piacsek Junior, Presidente; Sra. Marta Cibella Knecht, Secretária. Banco Votorantim S.A., p. Mário Antonio Thomazi e Vivaldo Monteiro Costa da Silva. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 18 de outubro de 2010. MARTA CIBELLA KNECHT - Secretária. Arquivado na JUCESP em 22.10.2010, sob nº 379.460/10-5. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

a remuneração é definida já na emissão. A dívida pública mobiliária federal interna, que se refere aos títulos de dívida emitidos pelo governo no mercado nacional, atingiu R$ 1,574 trilhão em novembro, o que representa uma alta de 1,43% em relação

ao que foi registrado em outubro, no total de R$ 1,552 trilhão. Esse aumento deve-se à emissão líquida (saldo entre papéis emitidos menos os títulos resgatados) no valor de R$ 6,26 bilhões e também aos juros no montante de R$ 15,94 bilhões. Já o estoque da dívida pública externa caiu 0,85% de outubro para novembro. No mês passado, esse total atingiu os R$ 91,43 bilhões (equivalente a US$ 53,27 bilhões), sendo que R$ 72,02 bilhões (US$ 41,97 bilhões) foram referentes à dívida de títulos negociados no mercado externo e o restante, de R$ 19,41 bilhões (US$ 11,30 bilhões), foi equivalente à dívida contratual. (Folhapress)

a

III)

que no caso de cancelamento das ações que vierem a ser adquiridas, caberá ao Conselho de Administração propor à Assembleia Geral a sua aprovação, sem redução do Capital Social;

IV)

registrar que, relativamente à autorização concedida à Diretoria na Reunião deste Órgão n o 1.632, de 2.6.2010, verificou-se não terem sido adquiridas ações no período.

Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentes assinam. aa) Antônio Bornia, Mário da Silveira Teixeira Júnior, João Aguiar Alvarez, Denise Aguiar Alvarez, Luiz Carlos Trabuco Cappi e Carlos Alberto Rodrigues Guilherme.

Bradesco Capitalização S.A. CNPJ no 33.010.851/0001-74 - NIRE 35.300.331.354 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Ata da 83a Assembleia Geral Extraordinária realizada em 30.4.2010. Data, Hora e Local: Aos 30 dias do mês de abril de 2010, às 15h, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Mesa: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do Dia: - Examinar propostas da Diretoria para: a) rerratificar a proposta para aumento do Capital Social, aprovada na 82a Assembleia Geral Extraordinária realizada cumulativamente com a 72a Assembleia Geral Ordinária em 26.3.2010; b) aumentar o Capital Social no valor de R$10.174.328,23, elevando-o de R$238.825.671,77 para R$249.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2008”, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei n o 6.404/76, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social. Deliberações: 1) rerratificada a proposta para aumento do Capital Social, aprovada na 82a Assembleia Geral Extraordinária realizada cumulativamente com a 72a Assembleia Geral Ordinária em 26.3.2010, que passa a ser a seguinte: “Vimos propor aumentar o Capital Social no valor de R$104.000.000,00, elevando-o de R$134.825.671,77 para R$238.825.671,77, sem emissão de ações, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007” - R$18.568.123,98; e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2008” - R$85.431.876,02, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social. Se aprovada esta proposta, a redação do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social passará a ser a seguinte: Art. 6o) O Capital Social é de R$238.825.671,77 (duzentos e trinta e oito milhões, oitocentos e vinte e cinco mil, seiscentos e setenta e um reais e setenta e sete centavos), dividido em 234.013 (duzentas e trinta e quatro mil e treze) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Ficando também ratificadas todas as deliberações tomadas nas referidas Assembleias; 2) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a Proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 28.4.2010, a seguir transcrita: “Vimos propor aumentar o Capital Social no valor de R$10.174.328,23, elevando-o de R$238.825.671,77 para R$249.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2008”, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei n o 6.404/76, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social. Se aprovada esta proposta, a redação do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passará a ser a seguinte: Art. 6o) O Capital Social é de R$249.000.000,00 (duzentos e quarenta e nove milhões de reais), dividido em 234.013 (duzentas e trinta e quatro mil e treze) ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Assinaturas: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior; Acionista: Bradesco Seguros S.A., por seus Diretores, senhores Marcos Suryan Neto e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Bradesco Capitalização S.A. aa) Marcos Suryan Neto e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 438.267/10-2, em 9.12.2010. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Bradesco Capitalização S.A. CNPJ no 33.010.851/0001-74 - NIRE 35.300.331.354 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Ata da 82a Assembleia Geral Extraordinária e 72a Assembleia Geral Ordinária realizadas cumulativamente em 26.3.2010. Data, Hora e Local: Aos 26 dias do mês de março de 2010, às 13h30, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença dos senhores, Marcos Suryan Neto, Diretor, e Edison Arisa Pereira, representante da empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei n o 6.404/76. Ordem do Dia: Assembleia Geral Extraordinária: 1) Examinar proposta da Diretoria para aumentar o Capital Social no valor de R$114.174.328,23, elevando-o de R$134.825.671,77 para R$249.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007” R$18.568.123,98; e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2008” - R$95.606.204,25, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei n o 6.404/76, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social; 2) Aprovar a adesão da Atlântica Companhia de Seguros e a retirada da Bradesco Dental S.A., como Filiadas, e a modificação da estrutura administrativa do Grupo, com a consequente alteração das Cláusulas Primeira, Parágrafo Sétimo da Cláusula Terceira, Clausula Oitava, exclusão da Nona, renumerando-se as seguintes, e no Anexo A, referente ao rateio das despesas da administração financeira, da Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. Assembleia Geral Ordinária: I. tomar conhecimento do Relatório da Administração, das Notas Explicativas, dos Pareceres dos Auditores Independentes e Atuarial, e examinar, discutir e votar as Contas dos Administradores e as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social findo em 31.12.2009; II. deliberar sobre proposta da Diretoria para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2009 e a distribuição de dividendos; III. eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores; V. ratificar as seguintes designações: 1. Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Capitalização; 2. Diretor responsável administrativo-financeiro; 3. Diretor responsável pelo cumprimento do disposto na Lei n o 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 4. Diretor responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 5. Diretor responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade; 6. Diretor responsável pelos controles internos específicos para a prevenção contra fraudes. Deliberações: Assembleia Geral Extraordinária: 1) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a Proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 19.3.2010, a seguir transcrita: “Vimos propor aumentar o Capital Social no valor de R$114.174.328,23, elevando-o de R$134.825.671,77 para R$249.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007” - R$18.568.123,98; e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2008” - R$95.606.204,25, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei n o 6.404/76, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social. Se aprovada esta proposta, a redação do Artigo 6 o do Estatuto Social, passará a ser a seguinte: Art. 6o) O Capital Social é de R$249.000.000,00 (duzentos e quarenta e nove milhões de reais), dividido em 234.013 (duzentas e trinta e quatro mil e treze) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; 2) aprovada a adesão da Atlântica Companhia de Seguros e a retirada da Bradesco Dental S.A., como Filiadas, e a modificação da estrutura administrativa do Grupo, com a consequente alteração das Cláusulas Primeira, Parágrafo Sétimo da Cláusula Terceira, Clausula Oitava, exclusão da Nona, renumerando-se as seguintes, e no Anexo A, referente ao rateio das despesas da administração financeira, da Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. A referida Convenção consolidada será registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo e ficará arquivada na sede da Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Assembleia Geral Ordinária: I) tomaram conhecimento do Relatório da Administração, das Notas Explicativas, dos Pareceres dos Auditores Independentes e Atuarial, e aprovaram, sem ressalvas, as Contas dos Administradores e as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social findo em 31.12.2009, de conformidade com a publicação efetivada em 25.2.2010, no jornal “Diário do Comércio”, páginas 26 a 28; e em 26.2.2010, no jornal “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 99 a 103; II) aprovada a proposta da Diretoria registrada na Reunião daquele Órgão, de 23.2.2010, para destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, conforme segue: “Tendo em vista que esta Sociedade obteve no exercício social encerrado em 31.12.2009 lucro líquido de R$270.532.114,85, propomos que seja destinado da seguinte forma: R$13.526.605,74 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2009”, adicionando-se o efeito positivo referente à realização da “Reserva de Reavaliação” no montante de R$38.719,20; R$192.783.171,23 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2009”; e R$64.261.057,08 para pagamento de Dividendos, os quais já foram pagos em 5.2.2010.”; III) para composição da Diretoria, com mandato de 1 (um) ano, até 26.3.2011, foram reeleitos os senhores: Diretor-Presidente: Norton Glabes Labes, brasileiro, casado, securitário, RG 3.594.614-3/SSPSP, CPF 111.610.008/87; Diretor Vice-Presidente Executivo: Samuel Monteiro dos Santos Junior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826-IFP/RJ, CPF 032.621.977/34; Diretores Gerentes: Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro n o 44.902/OAB, CPF 770.025.397/87; Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794-SSP/ SP, CPF 014.196.728/51; Diretores: Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; e Ricardo Alahmar, brasileiro, casado, economista, RG 7.706.734/SSP-SP, CPF 033.677.718/30, todos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, sendo que permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2011 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos preenchem as condições previstas na Resolução n o 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV) fixados: a) o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria, aos membros da própria Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9 o do Estatuto Social; b) a verba de até R$3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais), destinada a custear Planos de Previdência Complementar Aberta dos Administradores dentro do Plano de Previdência destinados aos Funcionários e Administradores da Organização Bradesco; V) ratificadas as seguintes designações: 1) Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Capitalização - Norton Glabes Labes; 2) Diretor responsável administrativo-financeiro - Samuel Monteiro dos Santos Junior; 3) Diretor responsável pelo cumprimento do disposto na Lei n o 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores - Ricardo Alahmar; 4) Diretor responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa; 5) Diretor responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade - Marcos Suryan Neto; 6) Diretor responsável pelos controles internos específicos para a prevenção contra fraudes - Ricardo Alahmar. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem, inclusive pelo representante da empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Assinaturas: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior; Administrador: Marcos Suryan Neto; Acionista: Bradesco Seguros S.A., por seus procuradores, senhores Carlos Laurindo Barbosa e Johan Albino Ribeiro; Auditor: Edison Arisa Pereira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Bradesco Capitalização S.A. aa) Norton Glabes Labes e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob n o 438.266/10-9, em 9.12.2010. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A tecnologia mais comum das TVs 3D atuais é a que utiliza óculos ativos, em que as lentes funcionam sincronizadas com o aparelho de TV

nformática

O universo é tridimensional

tecnologia 3D começa a migrar para fora das enormes telas das salas de cinema e dos televisores de última geração. Surgem no mercado itens portáteis, como câmeras filmadoras e máquinas fotográficas, que captam imagens e as recriam de forma 3D. E mais, algumas delas dispensam até o uso de óculos para perceber as características de largura, altura e profundidade. No Brasil, ainda há poucos equipamentos com esses recursos. E mais: existem menos opções ainda de máquinas que fazem esse trabalho com boa qualidade. Os principais nomes de máquinas fotográficas e de filmadoras 3D nas prateleiras brasileiras respondem pelas já famosas Sony e Fuji, além da novata, no País, Aiptek, com sede em Taiwan. Respectivamente, Sony e Fuji distribuem os modelos de câmeras DSC-TX9 e FinePix Real 3D, que geram imagens em três dimensões. Já a Aiptek, novata em terras brasileiras, fabrica e distribui a filmadora Aiptek i2, que também tira fotos em três dimensões. O Diário do Comércio avaliou os três equipamentos por mais de um mês. Confira as impressões e os perfis de cada um dos modelos.

A

Sony DSC-TX9 Fina, a Sony DSCTX9 tem tela de 3,5 polegadas sensível ao toque, resolução de 12,2 Mpixels e permite filmagens em HD. Com muitos recursos que agradam a fotógrafos amadores – como otimização da iluminação, que reduz o uso de flash ou estabilização da imagem, o que red u z f o t o s t rem i d a s – , a r eprodução 3D poderia ser somente mais um atrativo da máquina. Mas não é, sendo mesmo um dos principais chamarizes. O modelo permite a captura de imagens panorâmicas em três dimensões e, por meio de uma função chamada Sweep Panorama (varredura panorâmica), garante o registro de imagens de forma contínua e as une em uma única figura estendida, de forma automática e em segundos. Essa função pode ainda gerar imagens panorâmicas na vertical ou na horizontal. Uma vez criada a imagem panorâmica, ela pode ser vista em duas dimensões ou em três, na própria câmera. Para assistir em TVs, é necessário que o televisor seja compatível com a tecnologia 3D, além de utilizar a conexão via cabo HDMI para ligar os equipamentos. Além do atrativo 3D, a Sony TX9 se mostra

n PORTÁTEIS

Mini HP para estudar HP Mini 100e Education Edition pode ser uma boa opção de presente neste Natal para os estudantes. O portátil pesa 1,45 quilos e traz duas opções de bateria, de três ou seis células. O equipamento vem com software de produtividade Office 2010, um programa de educação (Microsoft Math) e um pacote de segurança (Microsoft Security Essentials). O teclado tem proteção contra respingos, a tela de 10,1 polegadas é LED. O modelo da HP conta com chip Atom, com 1 GB de memória RAM e o sistema operacional Windows

O

Testamos câmeras e filmadoras que gravam e reproduzem imagens em três dimensões. Confira a avaliação.

SÉRGIO VINÍCIUS bastante robusta e com alguns recursos avançados, como o que simula o controle de profundidade e pode desfocar o fundo da imagem (chamado Background Defocus). Há ainda opção de otimizar imagens, formando-as com o mínimo ruído possível, ou o filtro soft skin, que reduz imperfeições da pele humana sem alterar a fotografia. Com preço sugerido de R$ 2.199, a câmera tem zoom óptico de quatro vezes, lentes Carl Zeiss e sensores especiais, que garantem, mesmo sem flash, fotos nítidas em ambientes com baixa luminosidade. Fuji FinePix Real 3D W1 Com um monitor de LCD de 2,8 polegadas, a Fuji FinePix Real 3D trabalha a imagem em três dimensões de forma simples: duas lentes capturam duas imagens de um mesmo momento. Então, as fotografias são fundidas e o resultado é a sensação de 3D da figura exibida – que também pode ser vista em 2D. O conjunto FinePix 3D, além da câmera, conta também com um porta-retratos que

permite exibir imagens em três dimensões e dispensa o uso de óculos, assim como sua concorrente Aiptek. Completa o pacote um papel especial não avaliado pela reportagem, que promete imprimir imagens em 3D para serem vistas sem a necessidade de aparelhos eletrônicos. Ainda sobre as características 3D, a FinePix oferece um sistema chamado Light Direction Control System (em tradução literal, sistema de controle da direção da luz), que exibe as imagens em três dimensões em tempo real. O LDCS ainda garante o enquadramento automático enquanto o fotógrafo está operando a máquina. Como conjunto fotográfico, a câmera não deixa a desejar. O equipamento conta com 10 Mpixels de resolução e tem zoom óptico de 3x. Um de seus atrativos é a possibilida-

de de trabalhar no "piloto automático" ("Programa"), o qual permite ao usuário simplesmente usar o botão de captura ou personalizar a ação de fotografar. O modo "M" (manual) garante liberdade de ajuste de abertura e velocidade do obturador da máquina. É possível ainda, por meio do Manual, controlar profundidade de campo (opção "prioridade de abertura"). Qualquer um dos módulos funciona perfeitamente – entretanto, para usuários inexperientes, é recomendado iniciar os trabalhos com a FinePix no "Programa" e aos poucos experimentar o M. Preço médio: R$ 1.590. Aiptek i2 A função primária da Aiptek i2 é filmar e rodar vídeos em 3D, dispensando o uso de óculos para assistir a conteúdo em três dimensões. O objetivo secundário é o mesmo das concorrentes: fotografar imagens. Em ambos os quesitos, o equipamento da empresa taiwanesa se sai bem. O modelo é formado por duas lentes e dois sensores de 5 Mpixels de resolução. O conjunto garante gravações em HD e em 3D, que s ã o e x i b id a s n a p equena tela de 2,4 polegadas. O truque para exibir as imagens em três dimens õ e s d i spensando o uso de óculos responde por autoe st ereo sc opia. Pouco maior do q u e u m s m a rt p h one, o modelo pesa 250 gramas e pode ser ca rrega do f ac il me nt e em bolsos, mochilas e bolsas. Para assistir aos filmes em 3D fora do ambiente da câmera – como em televisores com suporte a três dimensões ou em computadores com placas 3D – é necessário usar óculos especiais e realizar a conversão por meio de um software específico. Ambos os itens – par de óculos e software conversor – são vendidos pela Aiptek. A curiosidade é que os óculos que a acompanham são aqueles com lentes azuis e vermelhas, diferentes dos mais modernos, que têm plástico translúcido com coloração próxima à marrom. Entre os pontos negativos da câmera, destaca-se a confusão que é seu menu e o modo de operá-la. Além disso, o zoom se mostrou um tanto ruim, distorcendo imagens a partir de determinado ponto de aproximação. Preço sugerido: R$ 1.799.

Starter. Oferece tanto sistema WiFi como também modem integrado, para acesso à internet por meio de linha discada. Preço no varejo a partir de R$ 899.

GADGETS

SMARTPHONES

Telefone também lê código de barras telefone Polycom SpectraLink 8400 é um aparelho sem fio, com voz sobre Wi-Fi, para uso corporativo. Ele permite a comunicação entre as pessoas ou acesso a dados a partir de qualquer local dentro da rede Wi-Fi da empresa, permitindo mais mobilidade aos funcionários. O aparelho ainda dispõe de um leitor de código de barras integrado para controle de estoque no varejo, área de saúde e monitoramento de fábricas. Site: www.polycom.com/sl8400

O

Claro lança o Defy com Android Motorola e a Claro estão lançando mais um smartphone com sistema operacional Android 2.1. O Defy tem tela touchscreen de 3,7 polegadas, resistente a arranhões, água, poeira e até areia. O modelo vem com filtros de personalização para atualizações e contatos; widgets; um portal seguro para armazenar dados pessoais e contatos em caso de perda e roubo e um gerenciador de bateria e de dados. O produto está à venda na Claro por R$ 199 no Plano Sob Medida.

A

GAMES

Acessórios Wii para praticar esportes pesar da forte concorrência na indústria de jogos, o videogame Wii, da Nintendo, continua sendo um dos produtos mais desejados deste Natal, graças aos conhecidos jogos de movimentos. Para aumentar a diversão da família, vale a pena comprar o kit Esportes Wii 3, distribuído pela Integris. É um acessório que ajuda no faz-deconta de quem gosta de praticar esportes em casa. O produto da Integris vem com um taco de golfe, uma raquete de tênis, taco de baseball e uma base com suporte para encaixe do controle.

A

Outra vantagem é que todos os acessórios são de material termoplástico (ABS) de grande resistência e com boa absorção de impactos. As opções são em branco e preto. Preço nas lojas a partir de R$ 48,80.

DICAS

Saiba como funciona a TV 3D este Natal, a sensação nas lojas de produtos eletrônicos é a TV 3D, que em geral acompanha um ou dois pares de óculos. Existem no mercado duas tecnologias de imagens 3D. Uma é a mesma usada no filme Avatar, que utiliza uma tela polarizada e um óculos polarizador de luz. A tela projeta imagens diferentes aos mesmo tempo e é ai que vem a função dos óculos. Cada lente possui um ângulo diferente de polarização, fazendo com que se veja uma imagem diferente em cada olho, onde seu cérebro é enganado, dando uma visão tridimensional. A técnica mais comum usada

N

em TVs é com a utilização dos óculos ativos, em que as lentes funcionam sincronizadas com o aparelho. Os óculos são ligados e passam a receber um sinal infravermelho de sincronização com a TV. Então, se a tela mostra uma imagem para o olho esquerdo, a parte do olho esquerdo do óculos fica transparente e a do olho direito fica escura. O mesmo acontece quando a TV emite uma imagem para o olho direito. É essa sincronização que possibilita a ilusão tridimensional. Essa troca entre as imagens do olho esquerdo e direito é muito rápida, geralmente 30 vezes por segundo.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

17 A maioria ainda tem dificuldade em automatizar tarefas mais simples Gustavo Ferreira Lima, diretor da Alpha Solutions,

nformática

Controle total para pequenos negócios Programa de gestão desenvolvido pela Alpha Solutions é fácil de usar e tem preço acessível BARBARA OLIVEIRA

esmo um microcomerciante precisa de certa organização para avaliar seu estoque, controlar as vendas e atender as exigências do consumidor na hora de emitir uma nota fiscal paulista. Esse pequeno empresário já dispõe de um software para controlar seu negócio de forma mais racional e automatizada, e, melhor, o programa de gestão da Alpha Solutions é totalmente integrado, fácil de usar e barato. O sistema de gestão comercial foi adaptado para microempresas com cinco ou seis empregados e faturamento em torno R$ 10 mil mensais, segundo o diretor da Alpha Solutions, Gustavo Ferreira Lima. Foi feita pesquisa junto aos proprietários de lojas de bairros em São Paulo para avaliar como eles faziam a gestão de suas empresas. "A maioria ainda tem dificuldade em automatizar tarefas mais simples, porque custa caro ou por não dispor de um programa específico para suas necessidades". O software da Alpha Software levou quatro anos para ser desenvolvido e, um ano após seu lançamento, conta com mais de cem clientes, todos muito pequenos, entre lojas de autopeças, de roupas, de presentes, salões de beleza, escritórios, postos de serviços etc. Segundo Lima, o sistema de ERP foi adaptado para atender a 180 atividades/tarefas de uma empresa, e está todo integrado, embora o cliente possa utilizar uma ínfima parte dele (esto-

Flavio Takemoto - SXC

M

ques, vendas, financeiro, cadastro de clientes) e, aos poucos, vá ampliando a gestão. Ao instalar o software na máquina, abas e caixas se abrem na tela, como se o usuário estivesse no Windows. Dependendo do módulo escolhido, o microempresário faz o cadastro de cheques de clientes, débitos, créditos, dá baixa no estoque, localiza a mercadoria, faz relatório de vendas, controla prateleiras, recebe alertas quando a quantidade de produtos está baixa, e pode até fazer um perfil de seus clientes para oferecer cartões de

felicitações ou promoções. "Ao contrário das grandes empresas que renovam seus estoques com periodicidade fixa, o pequeno negócio vende suas peças uma a uma. Se o controle de entrada e saída de material for feito manualmente, fica bem difícil de gerir tudo", observa Lima. A loja de peças de automóveis Casa dos Retrovisores, do bairro do Limão, em São Paulo, comprou o software há sete meses. A sócia da loja, Sueli Pereira, admite que apesar de ser bem completo, ela utiliza só uma parte do sistema, especialmente para se

adequar à emissão eletrônica da nota fiscal paulista. "O cliente pede e a gente precisa respeitar a vontade dele". O software roda em dois computadores da loja. "Pela tela também controlo o estoque e não preciso ir lá dentro para ver se a peça está disponível ou não", diz Sueli. O produto é baixado no site http://www.programascomerciais.com.br e pode ser testado gratuitamente por 15 dias. Depois disso, o cliente paga R$ 210 pela licença (preço válido até janeiro). As atualizações posteriores não são cobradas.

Sergio Kulpas sergiokulpas@gmail.com

Mais transparência

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cena é cada vez mais frequente em lojas dos EUA e Europa: o consumidor encontra um produto desejado na prateleira, mas acha o preço muito alto. Imediatamente, saca do bolso um iPhone ou similar e faz uma rápida comparação de preços via internet. Em muitos casos, encontra um preço melhor em outra loja (física ou online), e sai da primeira loja sem realizar a compra. E isso é só um exemplo da revolução que os smartphones estão provocando no varejo. Os varejistas têm muito a ganhar com a ascensão dessa tecnologia, mas também tem motivos para temer seu impacto. Segundo Mike Duke, executivochefe da rede Wal-Mart, os smartphones criam uma "nova era de transparência" nos preços e ofertas, e deve virar de cabeça para baixo o modelo de negócios das redes de varejo. Até recentemente, os varejistas apostavam em promoções especiais para atrair o consumidor para a loja. Já dentro da loja, seria fácil convencer o cliente a comprar outros itens, com margem de lucro maior. Agora, as empresas têm de encarar o fato de que, munido de um smartphone, o consumidor não precisa sair dos corredores da loja para checar se as ofertas em destaque são realmente atraentes, e se as outras mercadorias em exposição estão com bom preço. Greg Girard, analista da consultoria IDC Retail Insights, aponta que a tecnologia corrói algumas vantagens dos varejistas, que ficam com margens estreitas de lucros. Especialmente na temporada de compras de final de ano, os consumidores tentam equilibrar seus orçamentos de presentes e festas buscando

freneticamente as melhores ofertas e condições – e o smartphone é a ferramenta ideal para isso. Como resultado, os varejistas entram numa feroz competição por promoções e condições especiais (entrega gratuita é um dos destaques). Girard diz que cerca de 45% dos usuários de smartphones já adotaram o hábito de usar o aparelho para comparações de preços durante as compras. Segundo o analista, a tecnologia tornou "porosas" as paredes das lojas. Os comerciantes mais afetados por essa tendência são aqueles que vendem itens de marcas famosas com grande procura, como eletrônicos e eletrodomésticos, que estimulam a comparação instantânea de preços. A Best Buy, maior rede de produtos eletrônicos dos EUA, anunciou que pode perder market share este ano, um declínio que alguns analistas do setor atribuem ao crescimento do uso de aplicativos de comparação de preço. Os usuários mais assíduos de smartphones com "apps" de varejo ainda são um pequeno subgrupo entre os consumidores. As pesquisas de mercado ainda não dão uma ideia clara de quantos consumidores nos EUA estão dispostos a usar essa nova tecnologia para comparar preços. Em novembro de 2009, os consumidores usando smartphones nas compras representaram apenas 0,1% das visitas aos sites de ecommerce, de acordo com dados da Coremetrics, uma divisão da IBM que avalia as atividades de ecommerce. Este ano, na sexta-feira depois do Dia de Ação de Graças (Black Friday), esses consumidores atingiram 5,6% do total – um crescimento de mais de 50 vezes.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

É a decodificação da moda aplicada ao universo da decoração. Régis Dubrule, presidente da Tok&Stok

conomia Fotos: Newton Santos/Hype

Licenças que dão lucro certo às lojas Estampar personagens em cadernos, brinquedos, roupas e cosméticos é a estratégia do varejo para alavancar vendas Vanessa Rosal

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xibir a imagem de figuras infantis em roupas, cadernos, brinquedos e cosméticos nas prateleiras é uma das principais estratégias do varejo para alavancar as vendas de final de ano. De acordo com a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), a comercialização desses itens pode representar até 80% do faturamento de um setor, como é o caso dos brinquedos. Para o Natal, a aposta dos fabricantes é nas personagens Barbie, Ben 10, Moranguinho, Hot Wheels, Polly, Max Steel e Alice no País das Maravilhas. Tudo isso, é claro, sem contar com os clássicos que sempre vendem, como Turma da Mônica, Chico Bento, Shrek, a gatinha Marie e Pica Pau. O presidente da Abral, Sebastião Bonfá, diz que o mercado de licenciamento deve faturar R$ 4,5 bilhões no Brasil neste ano, um crescimento de 5% na comparação com o ano passado. "Atualmente, o segmento é formado por 80 agências licenciadoras, cerca de mil empresas licenciadas e 550 licenças", calcula. Neste ano, confecção, papelaria, brinquedos, calçados e cosméticos foram os setores que mais utilizaram licenciamento. "Vendendo produto licenciado, o lojista consegue melhorar a margem de lucro em relação ao que ganharia com marcas genéricas", destaca Sebastião Bonfá. Natal – Nas festas de final de ano de 2010, a indústria e o varejo pretendem recuperar o baixo desempenho do ano passado por causa de um "Natal morno", motivado principalmente pela crise financeira internacional. Agora, a expectativa é de aumento de 20% nas vendas. A fabricante de roupas infantis Brandili é uma das que está de olho nesse filão. No total, ela possui hoje 14 marcas licencia-

No período de um ano, a Brandili aumentou em 40% o número de personagens estampados em suas peças de roupas.

das, além de personagens próprios. "Em 2009, tínhamos 10 licenças, ou seja, aumentamos em 40% a quantidade de personagens estampadas em nossas roupas neste ano. Também apostamos nas substituições de licenças mais antigas por novidades", diz o gerente comercial e de marketing da empresa, Germano Costa. Segundo ele, aliada às personagens que estão na cabeça das crianças, a Brandili aumenta seu volume de vendas a cada lançamento de coleção. "Hoje, as crianças, mais do que nunca, têm opinião própria na hora da compra. Quando a mãe identifica que a personagem que o filho gosta é produzida pela Brandili, todos ficam satisfeitos", comemora. No embalo – Além de roupas e brinquedos, há vários outros setores que ganham no embalo do sucesso de personagens da TV e de filmes. Na Lepper, empresa do segmento de cama, mesa e banho, por exemplo, os itens com personagens estampadas já representam 50% do faturamento, que deve alcançar R$ 150 milhões este ano. Segundo o gerente de produto Ênio Kohler, são 19 produtos licenciados. "A empresa definiu o licenciamento como seu principal posicionamento. A ideia é oferecer produtos tanto para o público infantil quanto o adulto, com uma boa relação custobenefício." Para o Natal, a expectativa da Lepper coincide com a da Abral: de alta de 20% em relação a igual período do ano passado. As principais novidades da empresa são o novo traço da boneca Polly Pocket, mais colorido, vibrante e atualizado, a inclusão das cortinas rendadas para as marcas Barbie, Tinker Bell (fada Sininho) e Winnie the Pooh e a criação de produtos da marca Ben 10 Alien Force, com efeitos na estampa que brilham no escuro.

O ogro Shrek é usado como estampa de camiseta fabricada pela Brandili, que possui 14 marcas licenciadas.

Redes de varejo apostam na moda Inspiradas na São Paulo Fashion Week, lojas vendem produtos assinados por estilistas de renome

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moda brasileira está cada vez mais democrática. Pegando carona no sucesso da São Paulo Fashion Week (SPFW), grandes redes de varejo colocaram no mercado produtos criados por estilistas da alta costura, mas com o diferencial do preço acessível. A estratégia possibilita que consumidores da nova classe média brasileira comprem itens assinados por nomes conhecidos como Oskar Metsavaht (Osklen), Ronaldo Fraga, Renato Kherlakian (criador da Zoomp), Alexandre Herchcovitch, Glória Coelho e Isabela Capeto. Esses profissionais passaram a assinar coleções de grandes lojas, incluindo os segmentos de decoração, cama, mesa e banho, em um negócio que só tende a crescer com a sofisticação do consumo no Brasil. A Tok&Stok, por exemplo, aposta em itens inusitados criados pelo estilista Ronaldo Fraga para alavancar as vendas de final de ano. A moda, segundo a empresa, inspira o design das peças ao aplicar tendências, cores e formatos nos ambientes. De acordo com o presidente da rede, Régis Dubrule, o Natal é o período escolhido pelas famílias para arrumar e incrementar os ambientes do lar. "Muitos consumidores aproveitam o dinheiro extra do 13º salário para reformar e mobiliar a casa", diz. O executivo

prevê aumento de vendas de estilista em alto relevo, e com dois dígitos em dezembro preço acessível: a de banho, feideste ano, na comparação ta em 100% algodão, custa R$ 28, no site da loja (www.zecom igual período de 2009. Entre as criações de Ronaldo lo.com.br). Roupa popular – Com o obFraga para a Tok&Stok estão tigelas, canecas, xícaras, guar- jetivo de aproximar o mundo danapos, copos, pratos e até fashion do cotidiano das pestoucas para banho, cortinas soas, a C&A oferece o conceito para box, edredons, fronhas, C&A Collection com itens de lençóis e bolsas. Fraga assina estilistas de renome. Neste sete linhas de acessórios exclu- ano, as coleções foram lançasivos, reproduzindo suas es- das a partir de diversas parcetampas mais aplaudidas pelo rias: Alexandre Herchcovitch, Sérgio K, Glopúblico. ria Coelho, "As linhas Maria Bonita trazem regisExtra, Amir tros gráficos A melhora da Slama e Isabede várias coledistribuição de la Capeto. ções. São fragPara o dirementos afetirenda permitiu que tor de markevos de histómais pessoas r i a s p a r a s epudessem comprar ting da rede, Élio França, rem usadas na ao longo do ano. a tu al m en te , cama, mesa e o s c o n s u m ino banho. É a CLÁUDIO FELIZONI, PRESIDENTE dores têm de co di fic aç ão DO PROVAR muito mais da moda apliacesso às incada democraticamente ao universo da de- formações sobre moda e, por isso, exigem peças vistas em coração", explica. Um dos nomes mais fortes revistas, sites e na televisão. entre os estilistas da alta costu- "As semanas de moda no Brara brasileira, Alexandre Her- sil e no exterior também são chcovitch, também assina uma referências para nossos clienlinha de edredons da loja de ca- tes. Por isso, somos patrocima, mesa e banho Zêlo. Assim nadores oficiais do evento como nas criações de Fraga, as mais importante de moda do peças nos tamanhos queen e País, o São Paulo Fashion Wecasal têm estampas de coleções ek", diz. A parceria de estilistas com que já foram vistas em desfiles do estilista. Outra curiosidade varejistas não é exatamente são as toalhas com o nome do nova. A diferença é que inicia-

tivas até então isoladas se tornaram uma tendência. De acordo com o presidente do Programa de Administração de Varejo (Provar), Cláudio Felizoni, algumas marcas de luxo optam por desenvolver ações junto a lojas populares de roupa visando ampliar a sua base de clientes. "A melhora da distribuição de renda no Brasil permitiu que mais pessoas pudessem comprar ao longo do ano. Por causa da televisão e da internet, esse público está mais exigente e acaba sendo atraído por esses movimentos", afirma. De olho na nova tendência, a rede Riachuelo colocou em suas vitrines a coleção "Rio de Janeiro", criada pelo estilista Oskar Metsavaht, dono da Osklen, frequentemente assediado por grandes redes depois das parcerias com a marca de sandálias Grendene e a de joias H. Stern. Outra novidade é uma coleção exclusiva da paulistana Cris Barros, que deve chegar às lojas a partir do próximo ano. Estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) apontam que o faturamento da cadeia têxtil e de confecção no Brasil d e v e a l c a n ç a r, n e s t e a n o , US$ 51 bilhões, o que representa 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com um crescimento de 8,5% em relação ao ano passado. (VR)


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