Diário do Comércio

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São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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Jornal do empreendedor

O 'mártir' luta contra 'ratos'. E árabes o isolam.

Conclusão: 23h35

Ano 86 - Nº 23.317

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A Liga Árabe suspendeu a Líbia, a ONU a condenou e outro ministro renunciou ao "governo das massas" de 42 anos do coronel Kadafi, autoproclamado mártir disposto a lutar "até a última gota de sangue" contra a oposição de "ratos" e "drogados servindo ao diabo". Em seu furioso discurso, ainda gritou: "Este é meu país, meu país". E pediu aos líbios que "o amem". Páginas 15 e 16

Brendan McDermid/Reuters

Asmaa Waguih/Reuters

O barril de petróleo foi a US$ 108,57 em Londres, elevando a tensão nas bolsas. Abaixo, oposição em Benghazi "liberada".

Agliberto Lima/DC

R$ 200 bi Mais voraz do que em 2010, o Leão já abocanhou R$ 200 bi. A antecipação de 4 dias é um indício de que este será um novo ano recordista, com coleta de tributos próxima a R$ 1, 4 tri. (Pág. 22) P.S.: O Impostômetro, fora do ar, em reparo técnico, pode ser visto em www.dcomercio.com.br HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 20º C.

ISSN 1679-2688

23317

9 771679 268008

ELETRIZANTES. E MORTAIS. Milhares de raios caem na Cidade em um único dia de tempestades. E o número de vítimas cresce. Pág. 13


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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

É mesmo difícil expor a vida como ela é quando se deve tanto ao que foi feito pelo antecessor. José Márcio Mendonça

pinião

DILEMA PRESIDENCIAL Ricardo Moraes/Reuters

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p re s i d e n t e D i l m a Rousseff tem feito um esforço quase desumano para não seguir um dos comportamentos padrão da política nacional – o da criatura que trai o criador. Dois paradigmas recentes dessa norma são Luís Antonio Fleury Filho, cuja eleição para o governo de São Paulo custou um Banespa, conforme sincera confissão do "criador" Orestes Quércia; e Celso Pitta, posto na prefeitura da capital paulista pelas artes de Paulo Maluf à base de precatórios e de outras ações administrativo-eleitoreiras mais precárias ainda. Dilma, em nome da paz, tem rendido todas as homenagens possíveis ao padrinho Lula da Silva, e faz questão de divulgálas quando elas não são públicas, informando devidamente à imprensa, por meio de porta vozes, até o número de telefonemas que os dois trocam no silêncio dos gabinetes. Faz-se de tudo para não atiçar ciúmes. Desde que Lula andou por Brasília, na homenagem recebida do PT e, por meio de uma frase enigmática ("O sucesso de Dilma será o meu sucesso, o fracasso de Dilma será meu fracasso") indicou certo incômodo com as comparações das diferenças de estilos entre os dois – sempre de modo desfavorável a ele – sumiram dos ouvidos dos jornalistas em Brasília os porta-vozes não oficiais que chamavam a atenção para as discrepância no modo de ser e de governar de ambos. Não se pense que por livre e espontânea decisão Dilma Rousseff

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA vá se afastar de seu mentor político. Não só porque ela já deu demonstrações de fidelidade e firmeza em circunstâncias muito mais adversas, durante os anos mais duros do regime dos generais, como também porque a popularidade de Lula, ainda intacta e talvez ainda em crescimento, não aconselha a veleidade de um confronto.

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as a necessidade pode falar mais alto. Lula abrigou-se no que ele definiu como "herança maldita" de FHC. Dilma carrega uma "herança bendita" decretada também por Lula e registrada em cartório. Como explicar, porém, que se tudo está muito bem, se tudo é bendito, por que não dá para aumentar um pouquinho mais o salário mínimo? E como explicar que será preciso cortar R$ 50 bilhões do Orçamento, o que, queira-se ou não, vai atingir projetos prioritários; que será necessário aumentar ainda mais os juros; que será necessário reavivar o imposto do cheque para que se tenha mais um pouco de recursos para a área de saúde? No limite pode parecer um punhado de maldosos, que faz tudo isso

Dilma, em nome da paz, tem rendido todas as homenagens possíveis ao padrinho Lula da Silva, e faz questão de divulgá-las, quando não são públicas, informando a imprensa por meio de seus porta -vozes

por pura idiossincrasia. Em algum momento, alguma explicação, alguma revelação terá de vir. Muito objetivamente, alguns "mitos" fundados nos últimos oito anos terão de ser descontruídos. Gilberto Carvalho, um grande amigo de Lula e agora ministro de Dilma por obra e graça do mesmo criador da presidente, sem querer talvez, em entrevista exclusiva ao jornal Valor Econômico deu uma dica de como isso poderá ocorrer, sem distribuir diretamente responsabilidades.

P

rimeiro, ao reciclar a história das divergências entre os modos da um e outro: "Dilma tem estilo diferente, mas a linha é a mesma (de Lula). Depois, ensaiando uma explicação para os desarranhos das contas públicas – que Guido Mantega quer resolver com uma "conciliação" fiscal. Diz textualmente Gilberto: " Todo mundo sabe que em 2009 e 2010 nós enfiamos o pé no acelerador para sair da crise. Desoneramos, estimulamos, fizemos concessões de toda sorte. 2011 se afigura como um ano em que você precisa controlar. A inflação está batendo na porta". Sim, de fato, como reconhecem

até os mais duros críticos governistas naqueles dias difíceis do fim de 2008 e parte de 2009, enfiar o pé no acelerador nesse período foi uma decisão correta. Os fatos provam isso. Porém, já a partir do fim de 2009 e em 2010, o governo Lula enfiou mesmo o pé foi na ja-

ca eleitoral – para garantir a eleição de Dilma e quase trucidar a oposição. É mesmo difícil expor a vida como ela é, quando se deve tanto ao que foi feito pelo antecessor. Esse o dilema da presidente: sofrer calada ou contar no púlpito as

dificuldades? Como disse Gilberto Carvalho, "a inflação está batendo na porta". E aumento de preços é veneno diretamente na veia da renda dos assalariados. JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

REPRODUÇÃO ASSISTIDA É PARA TODOS? Timothy A. Clary/AFP

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Elton John e David Furnish: paternidade compartilhada

notícia de que a recente Resolução nº 1.957/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM) relativa à reprodução assistida "liberou" a prática para os homossexuais gerou uma série de mal-entendidos na cabeça de muita gente. O primeiro mal-entendido é que a reprodução assistida era vetada aos homossexuais antes da resolução ser promulgada. Ora, basta dar uma olhada no Código Civil para ver que as coisas não são bem assim. O Código Civil Brasileiro permite que também as mulheres solteiras, viúvas ou divorciadas recorram à inseminação artificial, não havendo, portanto, nenhuma restrição quanto à orientação sexual - ao menos no que diz respeito às mulheres. No caso dos homens homossexuais, a situação é outra. E aí chegamos à segunda interpretação equivocada da Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) – a de que situações como as que se veem no exterior, nas quais gays assumidos, como os cantores Elton John e Rick Martin, recorreram à inseminação artificial e à barriga de aluguel para terem seus filhos, poderão se repetir no Brasil. Sinto ter de jogar um balde de água fria no ânimo daqueles que

IVONE ZEGER já estavam comemorando o avanço, mas isso não poderia estar mais longe da realidade. Para começar, a prática de "alugar" o útero para gestar uma criança para outra pessoa não é permitida, nem por nossa legislação, nem pela Resolução do CFM. Portanto, nem sequer a expressão "barriga de aluguel" é correta – trata-se, isso sim, de uma doação temporária do útero, e a ênfase está na palavra doação. Além disso, a prática só é permitida se a mulher que produzir o óvulo não puder gestá-lo por motivos médicos e desde de a doadora do útero seja sua parente próxima (mãe, avó ou irmã). Portanto, casos como os que ocorrem em outros países, onde um homem, gay ou não, pode comprar o óvulo, inseminá-lo e pagar a uma desconhecida para que se encarregue da gestação estão totalmente fora de questão no Brasil. Resta ao homem homossexual a possibilidade de encontrar uma mulher que concorde em ceder seu óvulo e gestar seu filho, gratuitamente. No entanto, sob o

ponto de vista legal, a criança nascida dessa prática seria filha dele e da mulher que a gerou, impossibilitando, assim, que casais gays assumissem a paternidade conjunta – ao contrário do que ocorreu com o cantor Elton John e seu parceiro, David Furnish. m situação parecida se encontram os casais formados por mulheres homossexuais. Mesmo que uma delas gere um filho, seja por meio da reprodução assistida ou não, sua parceira não teria nenhum direito legal em relação à criança. Afinal, no Brasil, os homossexuais não podem nem sequer adotar em conjunto – os que querem reivindicar esse direito têm de se submeter a longos processos judiciais, cujo resultado é incerto. Dividir legalmente a paternidade ou a maternidade de uma criança, ainda que nascida do óvulo ou do esperma de um deles, não é, pois, um direito que nossa legislação lhes garante. Obviamente, não cabe ao

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Conselho Federal de Medicina (CFM) legislar sobre todos esses aspectos. O CFM está fazendo sua parte e, sob esse ponto de vista, deixar claro que "todas as pessoas capazes podem ser receptoras das técnicas de reprodução assistida", conforme se lê no texto da Resolução, já é um avanço, pois contribui para esclarecer que a prática, dentro dos limites do que a lei permite, não é de modo algum vedada aos homossexuais. spera-se que esse esclarecimento possa abrir caminho para outras mudanças – ou, ao menos, para um debate mais sério sobre outras mudanças, necessárias para que os casais homossexuais e seus filhos possam ter os mesmos direitos garantidos ao restante da população. O fato é que, ainda que alguns não queiram, as famílias homossexuais já são uma realidade. Só nos resta provar que o princípio constitucional segundo o qual "todos são iguais perante a lei" é algo mais do que palavras ao vento.

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IVONE ZEGER É ADVOGADA, CONSULTORA JURÍDICA EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÃO, AUTORA DOS LIVROS "HERANÇA: PERGUNTAS E RESPOSTAS" E "COMO A LEI RESOLVE QUESTÕES DE FAMÍLIA" - DA MESCLA EDITORIAL WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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pinião

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CHINA ASSUME SEGUNDA COLOCAÇÃO NO RANKING DAS MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO.

Os milagres do santo chinês N o ano passado, a China exportou estatuetas de Nossa Senhora Aparecida para o Brasil. Um país de maioria budista confeccionou e vendeu à nação que tem mais católicos no mundo imagens da santa brasileira que foi encontrada em um rio no Vale do Paraíba, no século 18, e que leva multidões de fiéis ao seu santuário todos os anos. Irônico, mas como diria a minha avó: "Santo de casa não faz milagres". A China acaba de assumir a segunda colocação no ranking das maiores economias do mundo. O PIB chinês atingiu, em 2010, o montante de 5,88 trilhões de dólares, superando o Japão, cujo PIB ficou em 5,47 trilhões de dólares e passa a ocupar agora a posição de terceira maior economia mundial. Desde que algumas reformas econômicas começaram a ser implementadas, na década de 70, o país asiático tem crescido, em média, 9% ao ano, um ritmo que pode leválo ao primeiro lugar entre as economias mundiais, desbancando os Estados Unidos, num prazo entre dez e vinte anos. Quando os chineses deram início a esse período longo de crescimento, seu PIB per capita mal atingia 300 dólares. Hoje, esse indicador já aponta para algo em torno de 4.000 dólares, um crescimento superior a 13 vezes em cerca de 30 anos de abertura econômica. Tomando o Japão como exemplo, no mesmo período o PIB per capita japonês avançou de 9.000 dólares para 43.000 dólares, multiplicando por quase cinco o tamanho da economia japonesa frente à sua população.

Para chegar a esse patamar a China se beneficiou de algumas medidas polêmicas, como a manipulação do câmbio, que desvaloriza o yuan artificialmente para garantir que os produtos chineses sejam competitivos mundo afora. Um verdadeiro "negócio da China", ou seja, uma relação comercial proveitosa apenas para um dos lados. Queixas à parte, o fato é que a China avança pelos mercados estrangeiros, comercializando os mais variados produtos. A sua relação comercial com o Brasil inclui desde mercadorias fabricadas por indústrias de alta e média intensidade tecnológica até as mais estranhas.

Reprodução

para melhorar seu parque tecnológico, por outro significa que o real valorizado e a elevada carga tributária desestimulam a produção de mercadorias semelhantes para uso interno e para exportação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entre 2004 e 2010, a importação de produtos de média-alta tecnologia cresceu 76%, enquanto a produção local subiu 40%. No geral, os produtos importados totalizaram 21,8% da demanda nacional ou 3,5 pontos percentuais a mais que em 2009, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), percentual mais alto desde que o coeficiente de importação começou a ser apurado, em 2003.

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urioso com a notícia sobre a origem chinesa das estátuas de nossa padroeira, busquei informações mais detalhadas sobre as exportações da China para o Brasil. Para isso, me utilizei dos dados do Sistema de Análise do Comércio Exterior (Sistema ALICE), divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No ano passado, foram importados quase US$ 25,6 bilhões de produtos Made in China, entre os quais estão alguns que são, no mínimo, motivo de risadas. A lista é tão curiosa que é impossível deixar de citar: cachimbos e piteiras, perucas, barbas, cabelos e sobrancelhas postiços, patins para uso no gelo, bengalas e chicotes, escovas de dentes e para dentaduras, rolhas, pianos de cauda, bolas para golfe, roupas e sapatos para neve, entre outras curiosidades.

E

Há, também, uma relação de mercadorias digna de lamentação. Sendo o Brasil um grande produtor de alimentos e de larga tradição em alguns deles, se compra da China o café torrado, cuja safra 2009/2010, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi de 48 milhões de sacas, 22% a mais que o ciclo anterior. Desvendando os segredos de ALICE, nos deparamos com a importação de

feijão em grão, alho, morango, melão, tomates e batatas em conserva! Na nossa pauta de importação da China, temos ainda produtos químicos e farmacêuticos, material eletrônico, instrumentos médicos de ótica e precisão, equipamentos de comunicação, veículos automotores. Se por um lado isso é um fator positivo, pois a indústria brasileira pode ter aproveitado o câmbio favorável

nquanto o Brasil compra produtos de última geração de seu parceiro chinês, vende a ele principalmente insumos. Os chineses compraram do Brasil, em 2010, US$ 30,8 bilhões entre minério de ferro, grãos de soja, açúcar, fumo, algodão, ferro e outros. Só o minério de ferro foi o responsável por quase metade das compras – US$ 13,3 bilhões. Esse tipo de relação comercial que temos com a China, em que somos exportadores de produtos básicos, nos coloca na dependência da conjuntura do mercado internacional e de seus preços. Em 2010, com a alta de preços das commodities, aliviamos as pressões sobre a nossa balança comercial. Mas, para 2011, as perspectivas são menos

MANUELITO MAGALHÃES JÚNIOR positivas, pois a China, principal comprador de produtos brasileiros, começou a apresentar problemas com a inflação e já começou a adotar medidas para conter a excessiva desvalorização do yuan, o que deve impactar negativamente seu ritmo de crescimento, reduzindo a demanda chinesa por nossos produtos básicos. MANUELITO P. MAGALHÃES JÚNIOR É ECONOMISTA, DIRETOR DA COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO (SABESP). FOI PRESIDENTE DA EMPRESA PAULISTA DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO (EMPLASA) E SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO.

A CARA MÁQUINA DE SAÚDE AMERICANA

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governo dos EUA tem enormes problemas para resolver. Tirar as tropas do Iraque e do Afeganistão, por exemplo, e administrar uma complexa diplomacia com Israel e seus vizinhos, são grandes questões no plano externo. No interno, porém, um dos maiores problemas é o dos serviços de saúde para a população. Dos países desenvolvidos, os EUA são o único a não ter um sistema de saúde capaz de alcançar toda a população. Para os idosos, existe o programa Medicare –desde que eles tenham contribuído para o sistema durante pelo menos dez anos. Para os pobres, o Medicaid. Mas há 50,7 milhões de pessoas (ou 16,7% da população) que não têm seguro algum – gente que quando precisa de um médico tem de tirar dinheiro do bolso ou recorre aos serviços de caridade. Desses, cerca de 10 milhões não são americanos – são os imigrantes ilegais. Se aqui no Brasil você não tiver seguro saúde, ainda assim estará coberto pelo SUS, o Sistema Único de Saúde do governo – que, certamente, não é nenhuma maravilha, mas atende todo mundo. Com frequência, o noticiário mostra choques entre o SUS e seus fornecedores, sejam médicos, hospitais ou laboratórios, por causa dos valores da prestação de um serviço ou de produtos. Nesse caso, a reclamação é sempre a mesma: o SUS paga pouco e os fornecedores querem aumento. Décadas se passarão e o problema continuará: a medicina é uma ciência que se sofistica e se moderniza o tempo todo, oferece diagnósticos cada vez mais precisos, tratamentos mais rápidos e menos invasivos, mas seus custos são cada vez mais elevados. Para lidar com esses custos é que as seguradoras e

planos de saúde estabelecem carências, limites de uso e outras restrições. Nos EUA, mesmo tendo plano de saúde, milhares de americanos pedem falência e perdem seus bens durante o combate a doenças em suas famílias: 46% das falências de pessoas físicas são causadas por despesas médicas, segundo o último estudo sobre o assunto, concluído em 2001. Todos os anos, cerca de 45.000 pessoas morrem simplesmente por não terem seguro saúde, segundo estudo feito pela Universidade de Harvard. Do ano 2000 para cá, o volume que os empregadores americanos pagaram aos planos de saúde para dar cobertura a seus funcionários praticamente duplicou. O paradoxal é que os trabalhadores estão tendo gastos extras sempre maiores, enquanto a quantidade de serviços disponíveis continua em declínio. que está acontecendo com o sistema de saúde americano é de conhecimento do mundo inteiro, mas o médico e economista Douglas A. Perednia tem uma visão privilegiada do assunto.

O

Dermatologista e também intensivista, Perednia passou muitos anos clinicando e também fazendo pesquisas para o Instituto Nacional da Saúde, além de ter sido executivo na indústria privada. Com sua experiência, escreveu Overhauling America's Healthcare Machine: Stop the Bleeding and Save Trillions (ou "Fazendo uma revisão na máquina de saúde da América: estancar a sangria e economizar trilhões", FT Press, 384 páginas). Os dados que Perednia colecionou durante anos mostram uma perversa cadeia de custos desnecessários, que torna os serviços de saúde inacessíveis para milhões de americanos. Na comparação com a média do resto do mundo, os serviços de saúde americanos são de quatro a sete vezes mais caros, por várias razões, entre elas o valor dos seguros que todo o sistema paga para operar – médicos, hospitais, todo mundo. Se um médico erra, por exemplo, no código de doença de um paciente, está sujeito a uma multa que pode chegar a US$ 10 mil. Para piorar, todos os anos

PAULO BRITO

os médicos precisam renovar seu credenciamento junto aos órgãos credenciadores do governo. E esse credenciamento significa, todos os anos, reapresentar todo o seu currículo, atualizado com todos os detalhes dos últimos doze meses. ertos procedimentos são absurdamente caros. Num atendimento de pronto-socorro para uma pessoa que tem uma infecção sob uma de suas unhas, a rotina incluirá raiosx e terminará com uma conta da ordem de no mínimo US$ 350 (ou R$ 595,00). Qualquer pessoa de bom senso concluirá que esse valor está absolutamente

C

incorreto. Alguns elementos da cadeia de atendimento, como os próprios médicos, podem elevar absurdamente os custos para o paciente. É o que ocorre quando eles indicam materiais diferentes dos disponíveis pelo plano de saúde, como certas próteses. É comum, no Brasil, o plano oferecer material de certa marca, muitas vezes nacional, e o médico recomendar outra mais cara, importada. Por que será? evidente que há no sistema americano um desperdício injustificável, seja em termos de procedimentos ou de burocracia. A correção de todas essas coisas pode levar

É

a um bom sistema, mostra Perednia, muito mais simples e que ainda assim proporcione atendimento digno para a população. O governo de Barack Obama está mexendo nesse tema e tentando melhorar o atendimento da população descoberta, mas há um caminho longo a percorrer. Por enquanto, o que o governo conseguiu foi a aprovação do "Patient Protection and Affordable Care Act", uma legislação que favorece a inclusão dos mais pobres nos planos de saúde, inclusive com subsídios para as famílias. Evidentemente a questão ainda está muito longe de ser solucionada, mas os primeiros passos estão sendo dados. Entretanto, há muito dinheiro envolvido nisso, e aqueles que o estão ganhando não querem perder nada. PAULO BRITO É JORNALISTA, GRADUADO EM ECONOMIA E MESTRE EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA


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4 -.GERAL

Giba Um

3 Gilberto Kassab só muda

para o PSB ou o PMDB se tiver garantia de controle do partido na cidade e no interior de São Paulo.

k Olha lá: o Faustão está mais magro que o Ronaldo.

«

gibaum@gibaum.com.br

LULA // vendo a entrevista do craque aposentado no Domingão do Faustão.

Fotos: Bob Wolfenson / BusinessBank

333 O ex-presidente Lula, que não gostou da idéia de fazer a base de seu instituto no Rio de Janeiro, num palacete que pertenceu à família Guinle Paula Machado, no bairro de Botafogo (o imóvel deveria ser comprado por R$ 10 milhões por empresários e doado ao instituto), já está avisando petistas e políticos da base aliada de muitos estados brasileiros que, no ano que vem, quando acontecem eleições municipais, estará à disposição para subir nos palanques dos amigos. Para a campanha de reeleição de Eduardo Paes no Rio, Lula já confirmou sua presença e em São Paulo, conforme confidenciou a Sergio Cabral, gostaria de subir no palanque de Alexandre Padilha, hoje ministro da Saúde do governo Dilma.

MEU GAROTO ! 333 Não chega a ser novidade queogovernador SérgioCabral, do Rio, é especialista em fazer imitações de políticos e figuras dogoverno.Imita,comperfeição, por exemplo, Lula, Ciro Gomes, Eduardo Matarazzo Suplicy e outros tantos. Agora, tem apresentado aos mais chegados, sua imitação de Michel Temer (Cabral até coloca as mãos na postura sempre repetida pelo vicepresidente). Dilma adora a imitação que Cabral faz de Lula e o ex-presidente adora a que ele faz da própria Dilma (que a Chefe do Governo não conhece). Quando está perto, Sérgio Cabral (pai) não resiste e lembra quadro deChicoAnysio:“Meu garoto!”.

Bibas sexagenárias Mais uma vez, o carnaval de Salvador deverá atrair mais turistas gays do que o Rio de Janeiro: afinal, lá em cima a pegação corre mais solta e espera-se que, neste ano, mais de um milhão de bibas desembarquem na cidade. A rapaziada colorida vem em vôos fretados e até em navios, nos cruzeiros destinados apenas à categoria. Está sendo aguardado até um navio de gays da terceira idade, ou seja, bibas sexagenárias. No Rio, o carnaval deverá render R$ 1,5 bilhão à economia, cerca de R$ 300 milhões a mais do que no ano passado. 333

OITENTÃO 333 Em junho (dia 18), o expresidente Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos de idade e a direção do PSDB e o instituto FHC estão preparando uma série de eventos políticos e culturais para bem comemorar a data (ele é um dos fundadores do partido). O tucanato quer até promover um evento internacional com a presença de grandes amigos de FHC de fora, como BillClinton,FelipeGonzáles, Mário Soares e outros. Mais: o evento poderá dar um novo caminhoaostucanos,liquidando com as divisões do partido.

Enquanto protagoniza, de um lado, a nova campanha de Pantene (patrocinadora da Vila Isabel, cujo enredo será sobre cabelos e onde ela sairá de grande destaque, em cima de um carro alegórico), Gisele Bündchen, do alto de sua fortuna de US$ 150 milhões, começa a aparecer, de outro lado, na campanha da Sky, onde lava o chão, bate bolo e até pinta as unhas do pé, cantando Eu Voltei , de Roberto Carlos. Ao mesmo tempo, é a capa principal da Muse Magazine .

Gisele em campo

333

Nesse período inicial de seu mandato, a presidente Dilma tem conseguido que seus ministros e demais porta-vozes do governo não abram a boca. A única exceção tem sido Guido Mantega, ministro da Fazenda, especialmente no período do corte de R$ 50 bilhões e defesa do salário mínimo estipulado pelo Planalto. Ela mesma tem submergido e quando fala trata de ler o script, se bem que sujeita a tropeções, como o cometido no Forum dos Governadores do Nordeste (trocou Toritama, em Pernambuco por Ibotirama, na Bahia). Até hoje a desastrosa entrevista de Pedro Abramovay, ex-secretário Nacional de Políticos Antidrogas, virou um trauma nos corredores do poder. Por isso – e ciente de que, daqui a pouco, todos começarão a falar - seguindo conselho de João Santana, o Planalto quer contratar uma empresa de media training para preparar seus ministros para lidar melhor com a imprensa. 333

De volta à escola

MAIS: se não, funda seu próprio partido. Com discrição, já tem o volume de assinaturas suficiente para a nova empreitada.

23 de Fevereiro

F

Jantar indigesto O jantar do século, assinado por 21 chefs de São Paulo e Rio, no Le Pré Catalan, no Sofitel, com renda para as vitimas da Região Serrana, naufragou: menos de 50 pessoas pagaram R$ 1.250 pelo rega-bofe (antes, o preço era de R$ 2,5 mil e só haviam conseguido vender dois convites), resultando perto de R$ 50 mil para os flagelados. As assinaturas de Alex Atala, Danio Braga, Flavia Quarema, Jun Sakamoto, Roberta Sudback e Bel Coelho, entre outros, não conseguiram fascinar os milionários. Alguns, chegaram a sugerir que o ideal era que os chefs tirarassem 10% de seus caríssimos pratos em seus restaurantes e enviassem para a Região Serrana. 333

São Policarpo

PIORES 333 Ainda sobre a contratação de uma empresa de media training pelo planalto: a própria Dilma lembra que, nos tempos de campanha, tinha de se submeter às aulas da jornalista e especialista em postura de comunicação,OlgaCurado,que patrulhava até seus gestos. Agora, o mesmo João Santana, que contratara Olga na campanha, está pedindo que ela analise, através de vídeos recentes ou mais antigos, quem são os piores do governo na comunicação, quem é prolixo, quem passa a impressão de que está mentindo quando fala e quem vive repetindo a mesma expressão. Esses serão os primeiros da escolinha .

MISTURA FINA O LIDER do governo na Câmara Federal, Candido Vaccarezza (PT-SP) acha que merece um descanso, depois da batalha pela aprovação do salário mínimo de R$ 545 :já está arrumando as malas para passar o carnaval em Morro de São Paulo, no interior da Bahia, longe da gandaia e ao lado da namorada, a juíza Lourdes Medauar, que mora em Salvador.

333

Solução

QUE NINGUÉM imagine que as relações entre o ministro Guido Mantega, da Fazenda e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sejam excelentes. Só que são menos tensas do que as relações entre o mesmo Mantega e Henrique Meirelles, em outros tempos. 333

Joana Machado, personal trainer (até de Eike Batista), quase virou imperatriz nos tempos em que namorava o jogador Adriano, o Imperador: só que as vésperas do casório, armou um barraco e tanto no Morro da Chatuba, no Rio. Agora, ela estréia em outro reino: está debutando na nova edição de Sexy, onde revela até suas preferências mais intimas (entre as fotos, numa aparece amarrada numa árvore, repetindo cena da Chatuba). De quebra, está com a fantasia pronta: em São Paulo, será rainha da bateria da X-9 Paulistana. 333

Outro reino

Sabatina 333 O episódio da troca das cidades que Dilma protagonizou durante discurso no Forum de Governadores do Nordeste, fez a presidente voltar a seus tempos de comando da Casa Civil, quando até mesmo em reunião com outros ministros, acabava subindo nas tamancas e soltando até palavrões. No núcleo central do governo, por outro lado, inspirou até uma disputa entre os principais homens para ver quem conseguia citar todos os ministérios, secretarias (são 37) e o nome dos titulares, sem errar. Nem Gilberto Carvalho e tampouco Miriam Belchior conseguiram e o que chegou mais perto foi Antonio Palocci: lembrou de trinta.

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Palanque, de novo

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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OS BLOGS italianos estão garantindo que o jogador brasileiro Alexandre Pato, exSthefany Brito, está se relacionando com Barbara Berlusconi, filha de Silvio Berlusconi, primeiroministro e dono do Milan, onde ele joga. Ela tem 26 anos, dois filhos, acaba de romper uma relação de dez anos com Giorgio Valaguzza e vem ocupando o lugar do pai no clube.

333

A ANUNCIADA Daslu no Rio de Janeiro, num espaço de 800 metros quadrados, conforme vem anunciando Eliana Tranchesi, é um empreendimento ainda suspenso. Seria bancado pela JHSF, que já controla a Daslu do Shopping Cidade Jardim e que não tem vocação para varejo.

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Bisnaga. A ITALIANA Mônica Bellucci ajeita sua agenda de compromissos e fica no Rio para o carnaval, com o marido Vincent Cassel. Kate Moss deve ficar como contratada de cervejaria que deverá trazer também o ator Jude Law. E fora Paris Hilton que está chegando e que quase é considerada prata da casa. 333

Topete aparado Dilma Rousseff já circula com seus cabelos mais aparados, embora o conceito do corte tenha sido mantido. O criador Celso Kamura, cabeleireiro de São Paulo, foi a Brasília, com toda discrição e deu uma podada nos cabelos de Dilma, no fim de semana, na Granja do Torto, longe de olhares curiosos e no meio de muita calmaria. Kamura viaja com todas as despesas pagas e no aeroporto, ele até tenta passar despercebido. Baixinho, nissei e com cabelos longos, contudo, é fácil de ser identificado. 333

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

oi discípulo de São João Evangelista e por este nomeado Bispo de Esmirna (atual Turquia); homem culto, sábio, bondoso e completamente fiel à Igreja, foi perseguido pelo imperador Marco Aurélio por não renegar a Cristo e, por isso, sofreu o martírio aos 86 anos, no ano 155.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

5 R$ 545 Pelas contas do governo, esse mínimo deverá receber 60 votos.

olítica

R$ 560 Pelas contas da oposição, esse valor deverá ter a votação de 19 senadores.

Ailton de Freitas/AOG

Governo defende o Mínimo por decreto

O apelo de Dilma: não mexam em nada

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O argumento colocado pelos enviados do Palácio do Planalto ao Senado é o de que se trata de uma política de longo prazo, o que a oposição não teria para oferecer para os próximos anos

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governo entrou em campo para garantir que o valor de R$ 545 para o salário mínimo seja aprovado hoje pelo Senado, mesmo contando, nesta questão, com 60 dos 63 votos da base aliada. Os enviados do Palácio do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, defenderam ontem, em reunião com os senadores do bloco de apoio ao governo, o projeto de lei enviado pela presidente Dilma Rousseff, que também estabelece os reajustes do mínimo por decreto até 2015, proposta que deverá ter o apoio de 55 senadores. O projeto em votação estabelece o mínimo para 2011 em R$ 545 e determina que até 2015 os valores serão fixados com base na inflação do ano anterior mais o crescimento econômico de dois anos antes. Neste período, os reajustes seriam autorizados por decreto. Um dos argumentos dos governistas é que, uma vez aprovada a lei, não haveria problema em cumpri-la por decreto. Luiz Sérgio e Barbosa lembraram que, no caso de aposentadorias e pensões acima do mínimo, o reajuste é estabelecido anualmente por portaria da Previdência Social. "Quando colocamos o decreto é pela importância do sa-

lário mínimo para sacramentar a política de longo prazo. Eu não sou advogado, mas, pelo que os especialistas disseram, nem isso precisava. Poderia ser feito até por portaria", afirmou Barbosa. Luiz Sérgio e Barbosa rebateram a proposta do PSDB de um mínimo de R$ 600. Eles indagaram qual seria a política de longo prazo, caso a sugestão tucana fosse aprovada. "Eles falam em um valor só para um ano, mas o que se faz até 2015?", indagou Luiz Sérgio. Barbosa também críticou a sugestão do PSDB. O secretário disse que, se aprovada, vai causar impacto de R$ 16,5 bilhões às contas públicas em 2011 - ao afirmar que cada adicional de R$ 1 representa despesa anual extra de R$ 300 milhões à União. "Se isso acontecer, o contingenciamento anunciado com cortes nas contas do governo teria que ser maior ou teríamos que encontrar fontes alternativas, que implicariam em taxações", afirmou Barbosa. Sobre a outra proposta, a de R$ 560, destacou que o custo seria de R$ 4,5 bilhões neste ano. O secretário reafirmou que não seria bom fugir das regras da política em 2001 para não gerar incertezas. Luiz Sérgio pediu para ninguém ficar preso a números, uma vez que, pela política, o mínimo será de R$ 616, em 2012. (Agências)

O ministro Luiz Sérgio, das Relações Institucionais, critica oposição no Senado: valor apenas para esse ano.

Todo o esforço da oposição deve cair no vazio

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s centrais sindicais e os parlamentares se mobilizavam ontem para o embate sobre o mínimo que será travado hoje no Senado. A Câmara, na semana passada, aprovou o valor defendido pelo governo de R$ 545. No Senado, a presidente Dilma Rousseff tem maioria para manter a sua proposta, mas alguns senadores da base aliada podem apoiar a sugestão defendida pelas centrais sindicais de R$ 560. O PSDB vai defender reajuste para R$ 600, como sugerido

pelo ex-governador José Serra durante a sua campanha para presidente no ano passado. Dentro da bancada, porém, há tucanos, como Aécio Neves (PSDB-MG), que admitem migrar para os R$ 560, para emplacar um valor acima daquele defendido pelos governistas. O PMDB, aliado do governo, se articula para apresentar emendas ao projeto. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sugere a desoneração de produtos da cesta básica para aumentar o poder de compra. Os sindicalistas fizeram du-

ras críticas à presidente, a quem acusaram de priorizar os interesses do mercado econômico frente aos dos trabalhadores. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que esperava convencer Dilma de que "ela está no caminho errado" e que essa "é a primeira batalha". Para ele, a equipe econômica "vai levar a presidente a dar com os burros na água". D ec r et o – As centrais, porém, apoiam o mecanismo do governo de permitir o reajuste

automático do salário por meio de decreto até 2015. A oposição pensa diferente e vai tentar derrubar o artigo, mesmo não contando com a maioria. "Aceitar o decreto é apequenar o processo legislativo. Não se trata de uma prerrogativa pessoal, é uma prerrogativa da instituição", afirmou o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR). A oposição, apesar de contar só com 19 dos 81 votos, vai insistir em R$ 600. "Nós temos argumentos que sustentam a tese", disse Dias. (Agências)

presidente Dilma Rousseff, em reunião com líderes governistas do Senado, fez ontem um apelo para que a Casa vote o projeto que aumenta o salário mínimo em R$ 545 sem mudanças no texto referendado pela Câmara. A presidente espera sancioná-lo ainda em fevereiro, para que o novo valor possa vigorar a partir de março. "A presidente pediu que nós aprovássemos o projeto com celeridade, sem mudanças no texto. Fiz um relato sobre a firmeza da base aliada, de que estamos unidos pelo R$ 545", afirmou o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá, que é relator do projeto do mínimo no Senado, vai derrubar todas as emendas com propostas de mudanças. Se sofrer alterações, o projeto tem que seguir para nova votação da Câmara – o que atrasaria a sanção presidencial. A oposição apresentou emendas para elevar o mínimo para R$ 600 e para retirar do texto o artigo que permite o reajuste automático no valor, até 2015, por meio de decreto presidencial – sem passar a discussão pelo Congresso. Os governistas estão determinados a derrubar as emendas sob orientação do Palácio do Planalto. Jucá defende o reajuste por meio de decreto ao afirmar que o STF (Supremo Tribunal Federal) utilizou mecanismo semelhante para reajustar os salários dos ministros da Corte. "Se o Supremo faz o seu reajuste com esse dispositivo, inconstitucional não é". Entre os líderes da base, o discurso é o da unidade em torno dos R$ 545, com poucas dissidências contabilizadas pelo Palácio do Planalto. O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), disse que os 19 senadores petistas devem votar no valor proposto pelo governo – incluindo o senador Paulo Paim (PT-RS). A expectativa da base governista é a de que 57 dos 62 senadores votem a favor do mínimo de R$ 545. (Folhapress)

Correção do IR será de 4,5%

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ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, anunciou ontem que o governo mantém a decisão de propor ao Congresso uma correção em 4,5% da tabela do Imposto de Renda. Em entrevista, ele lembrou que o porcentual corresponde à meta inflacionária para 2011. Nos últimos dias, o Planalto e a equipe econômica chegaram a cogitar um porcentual maior, atendendo a pedido das centrais sindicais, que esperavam uma correção de pelo menos 5%, apesar de estarem reivindicando 6,46%. Apesar de o índice de

reajuste da tabela do IR contrariar as centrais, o governo não acredita que isso possa atrapalhar a votação do mínimo no Senado. A avaliação é de otimismo. Segundo Luiz Sérgio, governo e base aliada acreditam que o projeto do mínimo é "juridicamente perfeito", a ponto de que a oposição não deverá obter êxito se recorrer ao Supremo Tribunal Federal para impedir que os novos reajustes sejam feitos por decreto nos próximos 4 anos. "Estamos seguros em relação a essa questão", disse Luiz Sérgio. (AE/Folhapress)

Waldemir Barreto/Agência Senado

Paim pode votar sem risco de ser vaiado

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s senadores que ameaçavam votar contra a proposta do mínimo foram devidamente enquadrados. O caso mais emblemático é o de Paulo Paim (PT-RS), que desde o início das discussões propunha R$ 560. Pressionado pelo PT, ele procurou as centrais sindicais para expor a situação. Após reunião de duas horas, o senador defendeu a política do mínimo e desistiu de apresentar a emenda propondo a antecipação de 2,75% do reajuste previsto para 2012, o que elevaria

o valor para R$ 560. "Liberado" pelas centrais, sindicais, Paim afirmou que vai votar com a sua "consciência". Mas prometeu que tentará retomar os debates sobre a extinção do fator previdenciário, a reposição de perdas dos aposentados e o reajuste da tabela do Imposto de Renda. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou que Paim não será vaiado pelos sindicalistas. "Ele sempre esteve ao lado dos trabalhadores". (AE)

Regime de urgência leva projeto direto ao plenário

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Romero Jucá, líder do governo, costurou acordo com a oposição.

plenário do Senado aprovou ontem o regime de urgência ao projeto de lei do Executivo que reajusta o salário mínimo para R$ 545. A aprovação da urgência permite a sua apreciação diretamente no plenário, na sessão convocada para a tarde de hoje, dispensando a necessidade de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na prática, o regime de urgência cria um atalho para o projeto, que pelo regimento interno do Senado, teria de ser debatido, antes, na CCJ. A

aprovação da urgência resultou de um acordo costurado pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que também será o relator da proposta. Assim como foi feito na Câmara, o acordo articulado com a oposição prevê a análise de duas emendas do PSDB. A primeira, propõe um salário mínimo de R$ 600. A segunda exclui o dispositivo que autoriza o governo a fixar o mínimo por decreto presidencial nos próximos quatro anos, aplicando a política de reajuste prevista no projeto. (AE/Folhapress)


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Tendo isso a ver com o mensalão ou não, na prática houve promoção pessoal dos envolvidos e propaganda do BMG Luciana Loureiro, procuradora da República no DF

olítica

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Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) entrou na Justiça contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Social Amir Francisco Lando por improbidade administrativa. Eles são acusados de utilizar a máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, envolvido no esquema do mensalão.

blicos cerca de R$ 9,5 milhões, gastos com a impressão e com a postagem das cartas. Segundo a Procuradoria, as irregularidades aconteceram entre outubro e dezembro de 2004 – mesma época em que teria ocorrido o esquema do mensalão. A ação proposta agora pelo MPF/DF decorreu de constatação do Tribunal de Contas da União de prejuízo ao erário, que poderia sugerir compensação ao banco BMG

Lula Marques/Folhapress-13.05.2003

vio das informações e a assinatura das correspondências diretamente pelo então presidente da República e pelo exministro da Previdência foi realizada com a intenção de promover as autoridades. Outra irregularidade apontada pela Procuradoria do Distrito Federal foi o favorecimento do Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modalidade de empréstimo naquela época. Sergio Perez/Reuters-13.10.2008

Amir Francisco Lando, ex-ministro da Previdência Social, e...

... o ex-presidente Lula são acusados de improbidade administrativa

Lula e Amir Lando seriam responsáveis pelo envio – custeado com dinheiro público – de mais de 10,6 milhões de cartas, que, de acordo com o MP, tinham conteúdo propagandístico dirigido aos segurados do INSS. As cartas informavam sobre a possibilidade de obtenção de empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas. De acordo com o MPF/DF, a manobra custou aos cofres pú-

no caso do mensalão. No entanto, segundo a procuradora da República no DF Luciana Loureiro, que propôs a ação, não se reuniu provas que atestassem "categoricamente" o vínculo. "Tendo isso a ver com o mensalão ou não, na prática houve beneficio claro (promoção pessoal dos envolvidos e propaganda do banco BMG)", afirmou Loureiro. O MPF/DF defende que não havia interesse público no en-

Violência contra mulher na mira da presidente

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presidente Dilma Rousseff assegurou ontem que o governo intensificará medidas de prevenção à violência contra a mulher e informou que, em 2010, o número de atendimentos ao Ligue 180, serviço que recebe denúncias de agressões contra mulheres, chegou a 1,5 milhão. O montante é superior à meta de atendimentos estabelecida em 2008 pelo II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que, até 2011, tinha como objetivo o atendimento de 1 milhão de denúncias. Ainda que a meta de atendimentos pelo Ligue 180 tenha sido alcançada antes do prazo, a presidente negou um aumento, nos últimos anos, da violência contra a mulher. "O aumento de atendimentos não significa aumento da violência, e sim da conscientização e da disposição de enfrentamento do problema". A informação foi divulgada na terceira edição da coluna Conversa com a Presidenta, publicada às terças-feiras em 170 jornais cadastrados pela administração federal. Ontem, Dilma respondeu à dúvidas de leitores sobre medidas de combate à violência contra a mulher, políticas de elevação do número de creches e o financiamento de moradias por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. João Marques Canuto (Duque de Caxias, RJ), indagou sobre oferta de vagas em creches

para as famílias mais pobres. Dilma reconheceu que apenas 20% das crianças de 0 a 3 anos frequentam creches no País e prometeu que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 viabilizará até 2014 a construção de 6 mil creches: "1.500 unidades por ano". Marinalva Santana (Teresina, PI) perguntou se a presidente iria cumprir as ações previstas no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Dilma reafirmou o compromisso de combater a violência contra a mulher, ao ampliar as medidas do governo anterior. E destacou que uma das metas já alcançadas é a construção, reforma ou aparelhamento de 764 serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência. Carlos Serrão (Belém, PA), indagou o motivo de o programa Minha Casa, Minha Vida não facilitar o financiamento de casas a quem tem terreno próprio. "Desde que o proprietário do terreno atenda às condições estabelecidas, poderá procurar uma agência da Caixa e pleitear o financiamento", Convite a FHC – Depois de caloroso cumprimento na Sala São Paulo, Dilma convidou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para uma conversa. "Será uma honra contar com tão qualificada companhia", disse, mãos sobre o braço de FHC. Sugeriu que FHC agendasse o encontro: "Vá sozinho". (AE/Folhapress)

As investigações mostraram que a única novidade na época do envio das cartas era o convênio recém-firmado entre o banco e o INSS, pois a lei que permitia aos segurados efetuarem empréstimos consignados foi sancionada dez meses antes. Outro fato que chamou atenção foi a rapidez no processo de convênio entre o BMG e o INSS. Durou apenas duas semanas, quando o comum é cer-

ca de dois meses. "Diante do apurado, podemos concluir facilmente que a finalidade pretendida com o envio das correspondências era, primeiramente, promover as autoridades que assinavam a carta, enaltecendo seus efeitos e, consequentemente, realizando propaganda em evidente afronta ao art. 37, 1º da CF e, ao mesmo tempo, favorecer o Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modal idade de empréstimo", defende o MPF/DF na ação. P a r a g arantir a devolução dos valores gastos com o envio d a s c o r r e sp o nd ê n ci a s aos cofres públicos, o MPF/DF pede, em limin a r , o b l oqueio de bens d o s a c u s ados. O processo está em fase de intimação dos réus. De acordo com a p ro c u r a d o r a Luciana Loureiro, o ex-presidente, que agora mora em São Bernardo do Campo (SP), deve ser intimado via carta precatório. Lula voltaria ao Brasil na noite de ontem, após viagem à Guiné, na África. Segundo a assessora Clara Ant, que disse não ter conhecimento da ação, o ex-presidente deve se manifestar sobre o assunto por meio de assessoria jurídica. Ela não sabia informar se Lula já havia sido intimado. (AE)

Reprodução

Lula e ex-ministro Lando são alvo de ação do Ministério Público

OAB exige explicações

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Ordem dos Advogados do Brasil enviou ontem ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, um ofício solicitando uma lista com os nomes dos 328 beneficiários dos passaportes diplomáticos expedidos em caráter excepcional – bem como os motivos que fundamentaram a concessão desses documentos. No fim de 2010, quando veio à tona a polêmica dos passaportes especiais, denunciando que filhos do expresidente Lula receberam o benefício, a OAB requereu ao Itamaraty a lista dos beneficiários desses documentos, visando medidas judiciais, mas, recentemente, recebeu apenas a informação de que o número de passaportes excepcionais emitidos: 328. Agora, a OAB quer que o Itamaraty "individualize" os beneficiários desses passaportes, pois, "somente tendo à disposição esses nomes e a motivação dos atos, a OAB poderá ajuizar ações apontando as irregularidades e pedindo anulação desses documentos", diz a nota. Esse é o segundo pedido

que o Ministério de Relações Exteriores recebe com essa demanda. Na semana passada, a Procuradoria da República no Distrito Federal também solicitou os nomes dos beneficiários depois que o ministério repassou para a Procuradoria Geral da República o número de passaportes de forma genérica, sem a identificação. Entre os 328 passaportes diplomáticos estão parentes do ex-presidente Lula, além de ex-vice-presidentes, exgovernadores, vice-governadores, 11 prefeitos de "grandes capitais", presidentes de partidos, ministros aposentados de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União, líderes religiosos, diretores e secretários-gerais do Congresso Nacional. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esquivou-se do questionamento sobre a lista com os nomes de todos os beneficiados que não pertencem à diplomacia. "Estamos examinando a melhor forma de atender a esses pedidos dos nomes", afirmou. (Agências)

Evaristo Sá/AFP

Michèle Alliot-Marie, ministra das Relações Exteriores da França, e Antonio Patriota, chanceler brasileiro, no Itamaraty.

Negócios à francesa

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ecebida ontem pela presidente Dilma Rousseff, a ministra de Relações Exteriores e Europeias da França, Michèle Alliot-Marie, disse que " é normal que Dilma queira refletir sobre os diversos aspectos da venda e que tenha preocupações orçamentárias". O Planalto suspendeu a compra de 36 caças enquanto vigorar o pe-

ríodo de austeridade fiscal. No Brasil, a prioridade de Alliot-Marie foi reforçar a proposta francesa para a compra dos caças Rafale. Ela entregou a Dilma uma carta do presidente francês Nicolas Sarkozy. Nela, ele reforça a "disposição" de seu país em continuar cooperando com o Brasil nas áreas da defesa, tecnologia e energia nuclear.

Para receber a ministra, Dilma abriu espaço em sua agenda. Cancelou o encontro com o senador Max Baucus, presidente da Comissão de Finanças do Senado dos EUA. A defesa em favor dos caças americanos da Boing, que competem com os franceses da Dassault e os Grippen, da Suécia, na renovação dos caças da FAB, era um dos temas com Baucus.

De manhã, Alliot-Marie se encontrou com o ministro Nelson Jobim (Defesa). Ouviu dele que este ano a presidente não deve definir a compra devido aos cortes no Orçamento. À tarde, em encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a ministra francesa retomou a defesa dos Rafale, como a "melhor proposta" para o Brasil. (Agências)


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3$75,0Ñ1,2 /Ì48,'2 1RWD &DSLWDO 'H 'RPLFLOLDGRV QR 3DtV $XPHQWR GH &DSLWDO 5HVHUYDV GH &DSLWDO 5HVHUYDV GH /XFURV 1RWD E $MXVWHV GH $YDOLDomR 3DWULPRQLDO

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$V 1RWDV ([SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV

'(021675$d®2 '2 5(68/7$'2 (P 5HDLV PLO

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6DOGRV HP $XPHQWR GH &DSLWDO SRU ,QFRUSRUDomR GH $o}HV +RPRORJDomR GH $XPHQWR GH &DSLWDO $MXVWHV GH $YDOLDomR 3DWULPRQLDO /XFUR /tTXLGR 'HVWLQDo}HV 5HVHUYDV 'LYLGHQGRV 3URSRVWRV

5HVHUYDV GH /XFURV 5HVHUYDV GH &DSLWDO

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/XFURV $FXPXODGRV

6DOGRV HP

6DOGRV HP +RPRORJDomR GH $XPHQWR GH &DSLWDO $MXVWHV GH $YDOLDomR 3DWULPRQLDO /XFUR /tTXLGR 'HVWLQDo}HV 5HVHUYDV 'LYLGHQGRV 3URSRVWRV

6DOGRV HP

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'(021675$d®2 '2 )/8;2 '( &$,;$ (P 5HDLV PLO º 6HPHVWUH )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV 2SHUDFLRQDLV /XFUR /tTXLGR DQWHV GR ,PSRVWR GH 5HQGD H &RQWULEXLomR 6RFLDO $MXVWHV DR /XFUR /tTXLGR DQWHV GRV ,PSRVWRV 'HSUHFLDo}HV H $PRUWL]Do}HV $PRUWL]DomR GH ÉJLR 5HVXOWDGR GH 3DUWLFLSDo}HV HP &ROLJDGDV H &RQWURODGDV 'HVSHVDV 5HYHUV}HV GH SURYLV}HV &tYHLV 7UDEDOKLVWDV H )LVFDLV 2XWURV /XFUR /tTXLGR $MXVWDGR $XPHQWR 5HGXomR HP $SOLFDo}HV ,QWHUILQDQFHLUDV GH /LTXLGH] $XPHQWR 5HGXomR HP 7tWXORV SDUD 1HJRFLDomR H ,QVWUXPHQWRV )LQDQFHLURV 'HULYDWLYRV $XPHQWR 5HGXomR HP 5HODo}HV ,QWHUILQDQFHLUDV H ,QWHUGHSHQGrQFLDV $XPHQWR 5HGXomR HP 2XWURV &UpGLWRV H 2XWURV 9DORUHV H %HQV $XPHQWR 5HGXomR HP 2XWUDV 2EULJDo}HV $XPHQWR 5HGXomR HP 5HVXOWDGR GH ([HUFtFLRV )XWXURV ,PSRVWR GH 5HQGD H &RQWULEXLomR 6RFLDO 3DJRV &DL[D /tTXLGR 3URYHQLHQWH 8WLOL]DGR GDV $WLYLGDGHV 2SHUDFLRQDLV )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV GH ,QYHVWLPHQWRV $XPHQWR 5HGXomR HP 7tWXORV 'LVSRQtYHLV SDUD 9HQGD $XPHQWR 5HGXomR HP 'HSyVLWRV &RPSXOVyULRV QR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO $OLHQDomR GH ,QYHVWLPHQWRV $OLHQDomR GH %HQV QmR GH 8VR 3UySULR $OLHQDomR GH ,PRELOL]DGR GH 8VR $SOLFDomR %HQV ,QWDQJtYHLV $TXLVLomR GH %HQV QmR GH 8VR 3UySULR $TXLVLomR GH ,QYHVWLPHQWRV $TXLVLomR GH ,PRELOL]DGR GH 8VR 'LYLGHQGRV H -XURV V &DSLWDO 3UySULR UHFHELGRV &DL[D /tTXLGR 3URYHQLHQWH 8WLOL]DGR QDV $WLYLGDGHV GH ,QYHVWLPHQWRV )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV GH )LQDQFLDPHQWRV $XPHQWR 5HGXomR HP 'HSyVLWRV $XPHQWR GH &DSLWDO SRU 6XEVFULomR 'LYLGHQGRV 3DJRV &DL[D /tTXLGR 3URYHQLHQWH 8WLOL]DGR QDV $WLYLGDGHV GH )LQDQFLDPHQWRV $XPHQWR 5HGXomR GH &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D $XPHQWR 5HGXomR /tTXLGR GH &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D

'(021675$d®2 '2 9$/25 $',&,21$'2 (P 5HDLV PLO ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR

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$V 1RWDV ([SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV

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127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$d®2 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 &217(;72 23(5$&,21$/ 2 %DQFR %UDGHVFR %%, 6 $ %%, p XPD ,QVWLWXLomR ILQDQFHLUD TXH WHP SRU REMHWLYR D SUiWLFD GH RSHUDo}HV DWLYDV SDVVLYDV H DFHVVyULDV LQHUHQWHV jV FDUWHLUDV DXWRUL]DGDV FRPHUFLDO GH LQYHVWLPHQWR GH FUpGLWR ILQDQFLDPHQWR H LQYHVWLPHQWR H GH FUpGLWR LPRELOLiULR LQFOXVLYH FkPELR H DGPLQLVWUDomR GH YDORUHV PRELOLiULRV GH DFRUGR FRP DV GLVSRVLo}HV OHJDLV H UHJXODPHQWDUHV HP YLJRU 2 %%, p SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR VHQGR VXDV RSHUDo}HV FRQGX]LGDV GH IRUPD LQWHJUDGD D XP FRQMXQWR GH HPSUHVDV TXH DWXDP QRV PHUFDGRV ILQDQFHLURV H GH FDSLWDLV XWLOL]DQGR VH GH VHXV UHFXUVRV DGPLQLVWUDWLYRV H WHFQROyJLFRV H QD JHVWmR GH ULVFRV H VXDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GHYHP VHU HQWHQGLGDV QHVWH FRQWH[WR $35(6(17$d®2 '$6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRUDP HODERUDGDV D SDUWLU GDV GLUHWUL]HV FRQWiEHLV HPDQDGDV GDV /HLV QRV /HL GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR 1DFLRQDO H /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV FRP DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHODV /HLV QRV H SDUD D FRQWDELOL]DomR GDV RSHUDo}HV DVVRFLDGDV jV QRUPDV H LQVWUXo}HV GR &RQVHOKR 0RQHWiULR 1DFLRQDO &01 GR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO %$&(1 ,QFOXHP HVWLPDWLYDV H SUHPLVVDV FRPR D PHQVXUDomR GH SURYLV}HV SDUD SHUGDV FRP RSHUDo}HV GH FUpGLWR HVWLPDWLYDV GR YDORU MXVWR GH GHWHUPLQDGRV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV SURYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV SHUGDV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV WtWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD H WtWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR DWLYRV QmR ILQDQFHLURV H RXWUDV SURYLV}HV 2V UHVXOWDGRV HIHWLYRV SRGHP VHU GLIHUHQWHV GDTXHODV HVWLPDWLYDV H SUHPLVVDV $V DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV UHVSHFWLYDPHQWH SHODV /HLV QRV H QmR SURGX]LUDP HIHLWRV UHOHYDQWHV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GD ,QVWLWXLomR $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRUDP DSURYDGDV SHOD $GPLQLVWUDomR HP GH MDQHLUR GH 35,1&,3$,6 ',5(75,=(6 &217É%(,6 D 0RHGD IXQFLRQDO H GH DSUHVHQWDomR $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV HVWmR DSUHVHQWDGDV HP UHDLV TXH p D PRHGD IXQFLRQDO GR %UDGHVFR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$d®2 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 7tWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR DGTXLULGRV FRP D LQWHQomR H FDSDFLGDGH ILQDQFHLUD SDUD VXD PDQXWHQomR HP FDUWHLUD DWp R YHQFLPHQWR 6mR DYDOLDGRV SHOR , 9DORU GRV LQVWUXPHQWRV UHJLVWUDGRV HP FRQWDV SDWULPRQLDLV H GH FRPSHQVDomR FXVWR GH DTXLVLomR DFUHVFLGRV GRV UHQGLPHQWRV DXIHULGRV HP FRQWUDSDUWLGD DR UHVXOWDGR GR SHUtRGR

(P GH GH]HPEUR 5 PLO 2V WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV GH QHJRFLDomR H GLVSRQtYHO SDUD YHQGD EHP FRPR RV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV VmR 9DORU 9DORU 9DORU 9DORU GHPRQVWUDGRV QR EDODQoR SDWULPRQLDO SHOR VHX YDORU MXVWR HVWLPDGR 2 YDORU MXVWR JHUDOPHQWH EDVHLD VH HP FRWDo}HV GH SUHoRV GH PHUFDGR RX FRWDo}HV GH JOREDO OtTXLGR JOREDO OtTXLGR SUHoRV GH PHUFDGR SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV FRP FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 6H HVVHV SUHoRV GH PHUFDGR QmR HVWLYHUHP GLVSRQtYHLV RV YDORUHV MXVWRV VmR EDVHDGRV HP FRWDo}HV GH RSHUDGRUHV GH PHUFDGR PRGHORV GH SUHFLILFDomR IOX[R GH FDL[D GHVFRQWDGR RX WpFQLFDV VLPLODUHV SDUD DV TXDLV D GHWHUPLQDomR &RQWUDWRV IXWXURV &RPSURPLVVRV GH FRPSUD GR YDORU MXVWR SRVVD H[LJLU MXOJDPHQWR RX HVWLPDWLYD VLJQLILFDWLYD SRU SDUWH GD $GPLQLVWUDomR 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR I ,QVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV DWLYRV H SDVVLYRV

&RPSURPLVVRV GH YHQGD 6mR FODVVLILFDGRV GH DFRUGR FRP D LQWHQomR GD $GPLQLVWUDomR QD GDWD GD FRQWUDWDomR GD RSHUDomR OHYDQGR VH HP FRQWD VH VXD ILQDOLGDGH p SDUD SURWHomR 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR FRQWUD ULVFR KHGJH RX QmR &RQWUDWRV GH RSo}HV $V RSHUDo}HV HQYROYHQGR LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV GHVWLQDP VH D DWHQGHU DV QHFHVVLGDGHV SUySULDV SDUD DGPLQLVWUDU D H[SRVLomR JOREDO GD &RPSURPLVVRV GH FRPSUD ,QVWLWXLomR EHP FRPR SDUD R DWHQGLPHQWR GH VROLFLWDo}HV GH VHXV FOLHQWHV QR VHQWLGR GH DGPLQLVWUDomR GH VXDV SRVLo}HV $V YDORUL]Do}HV RX GHVYDORUL]Do}HV 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR VmR UHJLVWUDGDV HP FRQWDV GH UHFHLWDV RX GHVSHVDV GRV UHVSHFWLYRV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV 0RHGD HVWUDQJHLUD 2XWURV 2V LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV XWLOL]DGRV SDUD PLWLJDU RV ULVFRV GHFRUUHQWHV GDV H[SRVLo}HV jV YDULDo}HV QR YDORU GH PHUFDGR GRV DWLYRV H SDVVLYRV &RPSURPLVVRV GH YHQGD ILQDQFHLURV VmR FRQVLGHUDGRV FRPR LQVWUXPHQWRV GH SURWHomR KHGJH H VmR FODVVLILFDGRV GH DFRUGR FRP VXD QDWXUH]D HP +HGJH GH ULVFR GH PHUFDGR RV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV FODVVLILFDGRV QHVWD FDWHJRULD EHP FRPR VHXV DWLYRV H SDVVLYRV ILQDQFHLURV UHODFLRQDGRV REMHWR 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR 2XWURV GH KHGJH WrP VHXV JDQKRV H SHUGDV UHDOL]DGRV RX QmR UHDOL]DGRV UHJLVWUDGRV HP FRQWD GH UHVXOWDGR H +HGJH GH IOX[R GH FDL[D SDUD RV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV FODVVLILFDGRV QHVWD FDWHJRULD D SDUFHOD HIHWLYD GDV YDORUL]Do}HV RX GHVYDORUL]Do}HV p UHJLVWUDGD &RQWUDWRV GH VZDS OtTXLGDV GRV HIHLWRV WULEXWiULRV HP FRQWD GHVWDFDGD QR 3DWULP{QLR /tTXLGR $ SDUFHOD QmR HIHWLYD GR UHVSHFWLYR KHGJH p UHFRQKHFLGD GLUHWDPHQWH HP FRQWD 3RVLomR DWLYD 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR GH UHVXOWDGR 3UHIL[DGRV 0RHGD HVWUDQJHLUD J ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO DWLYR H SDVVLYR

2V FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO FDOFXODGRV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV VmR UHJLVWUDGRV QD UXEULFD ´2XWURV &UpGLWRV ² ,*3 0 'LYHUVRVµ H D SURYLVmR SDUD DV REULJDo}HV ILVFDLV GLIHULGDV VREUH DMXVWHV D YDORU GH PHUFDGR GRV WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV p UHJLVWUDGD QD UXEULFD ´2XWUDV 2XWURV 3RVLomR SDVVLYD 2EULJDo}HV ² )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDVµ 0HUFDGR LQWHUILQDQFHLUR 2V FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH DV DGLo}HV WHPSRUiULDV VHUmR UHDOL]DGRV TXDQGR GD XWLOL]DomR H RX UHYHUVmR GDV UHVSHFWLYDV SURYLV}HV VREUH DV TXDLV IRUDP 3UHIL[DGRV FRQVWLWXtGRV 7DLV FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH EDVHDGRV QDV H[SHFWDWLYDV DWXDLV GH UHDOL]DomR FRQVLGHUDQGR RV HVWXGRV WpFQLFRV H 0RHGD HVWUDQJHLUD DQiOLVHV UHDOL]DGDV SHOD $GPLQLVWUDomR ,*3 0 $ SURYLVmR SDUD LPSRVWR GH UHQGD p FRQVWLWXtGD j DOtTXRWD EDVH GH GR OXFUR WULEXWiYHO DFUHVFLGD GH DGLFLRQDO GH $ FRQWULEXLomR VRFLDO VREUH R OXFUR 2XWURV p FDOFXODGD FRQVLGHUDQGR D DOtTXRWD GH SDUD HPSUHVDV GR VHJPHQWR ILQDQFHLUR 1RV GHULYDWLYRV HVWmR LQFOXtGDV DV RSHUDo}HV YHQFtYHLV HP ' )RUDP FRQVWLWXtGDV SURYLV}HV SDUD RV GHPDLV LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VRFLDLV GH DFRUGR FRP DV UHVSHFWLYDV OHJLVODo}HV YLJHQWHV ,, &RPSRVLomR GRV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV DWLYRV H SDVVLYRV GHPRQVWUDGD SHOR VHX YDORU GH FXVWR DWXDOL]DGR H YDORU GH PHUFDGR 'H DFRUGR FRP D /HL Qº DV PRGLILFDo}HV QR FULWpULR GH UHFRQKHFLPHQWR GH UHFHLWDV FXVWRV H GHVSHVDV FRPSXWDGDV QD DSXUDomR GR OXFUR OtTXLGR (P GH GH]HPEUR 5 PLO GR H[HUFtFLR LQWURGX]LGDV SHOD /HL Qº H SHORV $UWLJRV H GD /HL Qº QmR WHUmR HIHLWRV SDUD ILQV GH DSXUDomR GR OXFUR UHDO GHYHQGR VHU FRQVLGHUDGRV SDUD ILQV WULEXWiULRV RV PpWRGRV H FULWpULRV FRQWiEHLV YLJHQWHV HP GH GH]HPEUR GH 3DUD ILQV FRQWiEHLV RV HIHLWRV WULEXWiULRV GD DGRomR $MXVWH D $MXVWH D GDV PHQFLRQDGDV /HLV HVWmR UHJLVWUDGRV QRV DWLYRV H SDVVLYRV GLIHULGRV FRUUHVSRQGHQWHV &XVWR YDORU GH 9DORU GH &XVWR YDORU GH 9DORU GH K 'HVSHVDV DQWHFLSDGDV DWXDOL]DGR PHUFDGR PHUFDGR DWXDOL]DGR PHUFDGR PHUFDGR &RUUHVSRQGHP jV DSOLFDo}HV GH UHFXUVRV HP SDJDPHQWRV DQWHFLSDGRV FXMRV GLUHLWRV GH EHQHItFLRV RX SUHVWDomR GH VHUYLoRV RFRUUHUmR HP SHUtRGRV IXWXURV $MXVWH D UHFHEHU ² VZDS 6mR UHJLVWUDGRV QR DWLYR GH DFRUGR FRP R SULQFtSLR GD FRPSHWrQFLD 3UrPLRV GH RSo}HV D H[HUFHU 7RWDO GR $WLYR HP L ,QYHVWLPHQWRV 7RWDO GR $WLYR HP 2V LQYHVWLPHQWRV HP HPSUHVDV FRQWURODGDV H FROLJDGDV FRP LQIOXrQFLD VLJQLILFDWLYD RX SDUWLFLSDomR GH RX PDLV QR FDSLWDO YRWDQWH VmR DYDOLDGRV SHOR $MXVWH D SDJDU ² VZDS

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D GLDV

D GLDV

D GLDV

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O ,QWDQJtYHLV e FRPSRVWR SRU VRIWZDUHV TXH HVWmR UHJLVWUDGRV DR FXVWR GHGX]LGR GD DPRUWL]DomR SHOR PpWRGR OLQHDU GXUDQWH D YLGD ~WLO HVWLPDGD DR DQR D SDUWLU GD GDWD GD VXD GLVSRQLELOLGDGH SDUD XVR H DMXVWDGRV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO ² LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO *DVWRV FRP R GHVHQYROYLPHQWR LQWHUQR GH VRIWZDUHV VmR UHFRQKHFLGRV FRPR DWLYR TXDQGR p SRVVtYHO GHPRQVWUDU D LQWHQomR H D FDSDFLGDGH GH FRQFOXLU WDO GHVHQYROYLPHQWR EHP FRPR PHQVXUDU FRP VHJXUDQoD RV FXVWRV GLUHWDPHQWH DWULEXtYHLV DR PHVPR TXH VHUmR DPRUWL]DGRV GXUDQWH VXD YLGD ~WLO HVWLPDGD FRQVLGHUDQGR RV EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV IXWXURV JHUDGRV

,9 7LSRV GH PDUJHP RIHUHFLGD HP JDUDQWLD SDUD LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV UHSUHVHQWDGRV EDVLFDPHQWH SRU FRQWUDWRV IXWXURV (P GH GH]HPEUR 5 PLO 7tWXORV S~EOLFRV /HWUDV ILQDQFHLUDV GR WHVRXUR 1RWDV GR WHVRXUR QDFLRQDO 7RWDO

P 5HGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO GH DWLYRV QmR ILQDQFHLURV LPSDLUPHQW

2V WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV WtWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD H WtWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR H DWLYRV QmR ILQDQFHLURV H[FHWR RXWURV YDORUHV H EHQV H FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHYLVWRV QR PtQLPR DQXDOPHQWH SDUD GHWHUPLQDU VH Ki DOJXPD LQGLFDomR GH SHUGD SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXH p UHFRQKHFLGD QR UHVXOWDGR GR H[HUFtFLR TXDQGR R YDORU FRQWiELO GH XP DWLYR H[FHGHU R VHX YDORU UHFXSHUiYHO DSXUDGR SHOR L VHX SRWHQFLDO YDORU GH YHQGD RX YDORU GH UHDOL]DomR GHGX]LGR GDV UHVSHFWLYDV GHVSHVDV RX LL SHOR YDORU HP XVR FDOFXODGR SHOD XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D GRV GRLV R PDLRU 8PD XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D p R PHQRU JUXSR LGHQWLILFiYHO GH DWLYRV TXH JHUD IOX[RV GH FDL[D VXEVWDQFLDOPHQWH LQGHSHQGHQWHV GH RXWURV DWLYRV H JUXSRV

9 9DORUHV GDV UHFHLWDV H GDV GHVSHVDV OtTXLGDV

&RQWUDWRV GH VZDS &RQWUDWRV GH RSo}HV &RQWUDWRV IXWXURV 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

9, 9DORUHV JOREDLV GRV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV VHSDUDGRV SRU ORFDO GH QHJRFLDomR Q 'HSyVLWRV H FDSWDo}HV QR PHUFDGR DEHUWR (P GH GH]HPEUR 5 PLO 6mR GHPRQVWUDGRV SHORV YDORUHV GDV H[LJLELOLGDGHV H FRQVLGHUDP TXDQGR DSOLFiYHO RV HQFDUJRV H[LJtYHLV DWp D GDWD GH EDODQoR UHFRQKHFLGRV HP EDVH ´SUR UDWDµ GLD 1DV RSHUDo}HV GH FDSWDomR GH UHFXUVRV PHGLDQWH HPLVVmR GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV DV GHVSHVDV DVVRFLDGDV VmR DSUHVHQWDGDV FRPR UHGXWRUDV GR &(7,3 EDOFmR %0 ) EROVD SDVVLYR H DSURSULDGDV DR UHVXOWDGR GH DFRUGR FRP R SUD]R GD RSHUDomR 7RWDO R $WLYRV H SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV H REULJDo}HV OHJDLV ILVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV 9,, 'HULYDWLYRV GH FUpGLWR 2 UHFRQKHFLPHQWR D PHQVXUDomR H D GLYXOJDomR GDV FRQWLQJrQFLDV DWLYDV H SDVVLYDV H REULJDo}HV OHJDLV VmR HIHWXDGRV GH DFRUGR FRP RV FULWpULRV GHILQLGRV 5HSUHVHQWDP GH IRUPD JHUDO XP FRQWUDWR ELODWHUDO QR TXDO XPD GDV FRQWUDSDUWHV FRPSUD SURWHomR FRQWUD XP ULVFR GH FUpGLWR GH XP GHWHUPLQDGR LQVWUXPHQWR QD 5HVROXomR Qº GR &01 H QD 'HOLEHUDomR &90 Qº VHQGR ILQDQFHLUR R ULVFR p WUDQVIHULGR $ FRQWUDSDUWH TXH YHQGH D SURWHomR UHFHEH XPD UHPXQHUDomR TXH QRUPDOPHQWH VHUi SDJD GH IRUPD OLQHDU DR ORQJR GD $WLYRV &RQWLQJHQWHV QmR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH H[FHWR TXDQGR D $GPLQLVWUDomR SRVVXL WRWDO FRQWUROH GD VLWXDomR RX TXDQGR Ki JDUDQWLDV YLJrQFLD GD RSHUDomR UHDLV RX GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV VREUH DV TXDLV QmR FDLEDP PDLV UHFXUVRV FDUDFWHUL]DQGR R JDQKR FRPR SUDWLFDPHQWH FHUWR H SHOD FRQILUPDomR GD 1R FDVR GH XP HYHQWR GH FUpGLWR ´GHIDXOWµ D FRQWUDSDUWH TXH FRPSURX D SURWHomR UHFHEHUi XP SDJDPHQWR FXMR REMHWLYR p FRPSHQVDU D SHUGD GH YDORU QR FDSDFLGDGH GH VXD UHFXSHUDomR SRU UHFHELPHQWR RX FRPSHQVDomR FRP RXWUR SDVVLYR H[LJtYHO 2V DWLYRV FRQWLQJHQWHV FXMD H[SHFWDWLYD GH r[LWR p SURYiYHO LQVWUXPHQWR ILQDQFHLUR 1HVVH FDVR D FRQWUDSDUWH TXH YHQGH D SURWHomR QRUPDOPHQWH UHFHEHUi R DWLYR REMHWR HP WURFD GR UHIHULGR SDJDPHQWR VmR GLYXOJDGRV QDV QRWDV H[SOLFDWLYDV 1RWD D 2 %%, UHDOL]RX RSHUDo}HV HQYROYHQGR GHULYDWLYRV GH FUpGLWR FRP R REMHWLYR GH RWLPL]DU D JHVWmR GH VXD H[SRVLomR DR ULVFR GH FUpGLWR H GH DWLYRV GH VHX 3DVVLYRV &RQWLQJHQWHV VmR FRQVWLWXtGRV OHYDQGR HP FRQWD D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV D QDWXUH]D GDV Do}HV D VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV EDODQoR 2V FRQWUDWRV UHODWLYRV jV RSHUDo}HV GH GHULYDWLYRV GH FUpGLWR IRUDP HQFHUUDGRV QR º VHPHVWUH GH DSUHVHQWDQGR VDOGR GH 5 PLO D FRPSOH[LGDGH H R SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO R TXH RFDVLRQDULD XPD SURYiYHO VDtGD GH UHFXUVRV SDUD D OLTXLGDomR GDV REULJDo}HV H TXDQGR RV PRQWDQWHV HQYROYLGRV IRUHP PHQVXUiYHLV FRP VXILFLHQWH VHJXUDQoD 2V SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV FODVVLILFDGRV FRPR F 5HVXOWDGR GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV H LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV GH SHUGDV SRVVtYHLV QmR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH GHYHQGR VHU DSHQDV GLYXOJDGRV QDV QRWDV H[SOLFDWLYDV TXDQGR LQGLYLGXDOPHQWH UHOHYDQWHV H RV ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO FODVVLILFDGRV FRPR UHPRWRV QmR UHTXHUHP SURYLVmR H QHP GLYXOJDomR 1RWDV E H F 2EULJDo}HV /HJDLV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDV GHFRUUHP GH SURFHVVRV MXGLFLDLV UHODFLRQDGRV D REULJDo}HV WULEXWiULDV FXMR REMHWR GH FRQWHVWDomR p VXD 5HFHLWD GH DSOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] 1RWD E OHJDOLGDGH RX FRQVWLWXFLRQDOLGDGH TXH LQGHSHQGHQWHPHQWH GD DYDOLDomR DFHUFD GD SUREDELOLGDGH GH VXFHVVR WrP RV VHXV PRQWDQWHV UHFRQKHFLGRV 7tWXORV GH UHQGD IL[D 7tWXORV GH UHQGD YDULiYHO LQWHJUDOPHQWH QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV 1RWD E )XQGRV GH LQYHVWLPHQWRV S 2XWURV DWLYRV H SDVVLYRV 6XEWRWDO

2V DWLYRV HVWmR GHPRQVWUDGRV SHORV YDORUHV GH UHDOL]DomR LQFOXLQGR TXDQGR DSOLFiYHO RV UHQGLPHQWRV H DV YDULDo}HV PRQHWiULDV DXIHULGRV HP EDVH ´SUR 5HQGDV GH RSHUDo}HV FRP GHULYDWLYRV UDWDµ GLD H SURYLVmR SDUD SHUGD TXDQGR MXOJDGD QHFHVViULD 2V SDVVLYRV GHPRQVWUDGRV LQFOXHP RV YDORUHV FRQKHFLGRV H PHQVXUiYHLV DFUHVFLGRV GRV 7RWDO HQFDUJRV H GDV YDULDo}HV PRQHWiULDV LQFRUULGRV HP EDVH ´SUR UDWDµ GLD 5(/$d¯(6 ,17(5),1$1&(,5$6 &5e',726 9,1&8/$'26 (P GH GH]HPEUR GH R %%, QmR SRVVXtD VDOGR HP FDUWHLUD GH $SOLFDo}HV &RPSXOVyULDV 1R SHUtRGR R UHVXOWDGR DSXUDGR IRL GH 5 PLO LQVHULGRV &$,;$ ( (48,9$/(17(6 '( &$,;$ QR LWHP 5HVXOWDGR GDV $SOLFDo}HV &RPSXOVyULDV GD ´'HPRQVWUDomR GR 5HVXOWDGRµ (P GH GH]HPEUR 5 PLO 'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO 7RWDO GH GLVSRQLELOLGDGHV FDL[D $SOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] 7RWDO FDL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D 5HIHUH VH D RSHUDo}HV FXMR YHQFLPHQWR QD GDWD GD HIHWLYD DSOLFDomR IRL LJXDO RX LQIHULRU D GLDV H DSUHVHQWHP ULVFR LQVLJQLILFDQWH GH PXGDQoD GH YDORU MXVWR

$3/,&$d¯(6 ,17(5),1$1&(,5$6 '( /,48,'(= D 9HQFLPHQWRV D GLDV $SOLFDo}HV QR PHUFDGR DEHUWR 3RVLomR EDQFDGD /HWUDV GR WHVRXUR QDFLRQDO 1RWDV GR WHVRXUR QDFLRQDO $SOLFDo}HV HP GHSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV 7RWDO HP 7RWDO HP

D GLDV

D GLDV

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$FLPD GH GLDV

E 5HFHLWDV GH DSOLFDo}HV LQWHUILQDQFHLUDV GH OLTXLGH] &ODVVLILFDGDV QD GHPRQVWUDomR GH UHVXOWDGR FRPR UHVXOWDGR GH RSHUDo}HV FRP WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV ([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO 5HQGDV GH DSOLFDo}HV HP RSHUDo}HV FRPSURPLVVDGDV 3RVLomR EDQFDGD 6XEWRWDO 5HQGDV GH DSOLFDo}HV HP GHSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV 7RWDO 1RWD F

7Ì78/26 ( 9$/25(6 02%,/,É5,26 ( ,167580(1726 ),1$1&(,526 '(5,9$7,926 D &ODVVLILFDomR SRU FDWHJRULDV H SUD]RV

D GLDV

D D GLDV GLDV

$FLPD GH GLDV

(P GH GH]HPEUR 5 PLO 9DORU GH 9DORU 9DORU GH PHUFDGR GH FXVWR 0DUFDomR PHUFDGR 0DUFDomR FRQWiELO DWXDOL]DGR D PHUFDGR FRQWiELO D PHUFDGR

7tWXORV 7tWXORV SDUD QHJRFLDomR /HWUDV GR WHVRXUR QDFLRQDO 1RWDV GR WHVRXUR QDFLRQDO /HWUDV ILQDQFHLUDV GR WHVRXUR &RWDV GH IXQGRV 'HErQWXUHV ,QVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV 7tWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD

$o}HV

1RWDV GR WHVRXUR QDFLRQDO

'HErQWXUHV 7RWDO HP 7RWDO HP $V DSOLFDo}HV HP FRWDV GH IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR DGPLQLVWUDGRV SHOR &RQJORPHUDGR %UDGHVFR IRUDP GLVWULEXtGDV GH DFRUGR FRP RV SDSpLV TXH FRPS}HP VXDV FDUWHLUDV SUHVHUYDQGR D FODVVLILFDomR GD FDWHJRULD GRV IXQGRV 1D GLVWULEXLomR GRV SUD]RV IRUDP FRQVLGHUDGRV RV YHQFLPHQWRV GRV SDSpLV LQGHSHQGHQWHPHQWH GH VXD FODVVLILFDomR FRQWiELO 2 YDORU GH PHUFDGR GRV WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV p DSXUDGR GH DFRUGR FRP D FRWDomR GH SUHoR GH PHUFDGR GLVSRQtYHO QD GDWD GR EDODQoR 6H QmR KRXYHU FRWDomR GH SUHoRV GH PHUFDGR GLVSRQtYHO RV YDORUHV VmR HVWLPDGRV FRP EDVH HP FRWDo}HV GH GLVWULEXLGRUHV PRGHORV GH GHILQLo}HV GH SUHoRV PRGHORV GH FRWDo}HV RX FRWDo}HV GH SUHoRV SDUD LQVWUXPHQWRV FRP FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 1R FDVR GDV DSOLFDo}HV HP IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR R FXVWR DWXDOL]DGR UHIOHWH R YDORU GH PHUFDGR GDV UHVSHFWLYDV FRWDV H (P IRUDP UHDOL]DGDV SHUGDV QmR WHPSRUiULDV QR YDORU GH 5 PLO ² 5 PLO SDUD RV WtWXORV FODVVLILFDGRV QD FDWHJRULD GH GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD

287526 &5e',726 ',9(5626

&UpGLWRV WULEXWiULRV 1RWD F ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV D FRPSHQVDU 'HSyVLWRV HP JDUDQWLD GH UHFXUVRV ILVFDLV 'HSyVLWRV HP JDUDQWLD GH UHFXUVRV WUDEDOKLVWDV 3DJDPHQWRV D UHVVDUFLU 'HSyVLWRV HP JDUDQWLD GH UHFXUVRV RXWURV 2XWURV 7RWDO

(P GH GH]HPEUR 5 PLO

,19(67,0(1726 D 2V DMXVWHV GHFRUUHQWHV GD DYDOLDomR SHOR PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO GRV LQYHVWLPHQWRV IRUDP UHJLVWUDGRV HP FRQWDV GH UHVXOWDGR VRE D UXEULFD GH ´5HVXOWDGR GH SDUWLFLSDomR HP FROLJDGDV H FRQWURODGDVµ (P GH GH]HPEUR 5 PLO 4XDQWLGDGH GH 3DUWLFL 3DWULP{QLR Do}HV FRWDV SDomR QR /XFUR $MXVWH &DSLWDO OtTXLGR SRVVXtGDV FDSLWDO OtTXLGR GHFRUUHQWH GH VRFLDO DMXVWDGR HP PLOKDUHV VRFLDO DMXVWDGR 9DORU FRQWiELO DYDOLDomR

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,QYHVWLPHQWRV HP RXWUDV FRPSDQKLDV 7tWXORV SDWULPRQLDLV ,QYHVWLPHQWRV SRU LQFHQWLYRV ILVFDLV $o}HV 2EUDV GH DUWH 6XEWRWDO 3URYLVmR SDUD SHUGDV 7RWDO 5HIHUH VH VXEVWDQFLDOPHQWH D Do}HV GD %0 )%RYHVSD H &HWLS ,02%,/,=$'2 '( 862

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(P GH GH]HPEUR 5 PLO 9DORU UHVLGXDO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

9

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127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$d®2 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 , 3URFHVVRV FtYHLV 6mR SOHLWRV GH LQGHQL]DomR SRU GDQR PRUDO H SDWULPRQLDO (VVDV Do}HV VmR FRQWURODGDV LQGLYLGXDOPHQWH H SURYLVLRQDGDV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO FRQVLGHUDQGR D RSLQLmR GH DVVHVVRUHV MXUtGLFRV QDWXUH]D GDV Do}HV VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV FRPSOH[LGDGH H SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV 1mR H[LVWHP HP FXUVR SURFHVVRV DGPLQLVWUDWLYRV VLJQLILFDWLYRV SRU GHVFXPSULPHQWR GH QRUPDV GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR 1DFLRQDO RX GH SDJDPHQWR GH PXOWDV TXH SRVVDP FDXVDU LPSDFWRV UHSUHVHQWDWLYRV QR UHVXOWDGR ILQDQFHLUR GD ,QVWLWXLomR ,, 2EULJDo}HV /HJDLV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDV $ ,QVWLWXLomR YHP GLVFXWLQGR MXGLFLDOPHQWH D OHJDOLGDGH H FRQVWLWXFLRQDOLGDGH GH DOJXQV WULEXWRV H FRQWULEXLo}HV RV TXDLV HVWmR WRWDOPHQWH SURYLVLRQDGRV QmR REVWDQWH DV ERDV FKDQFHV GH r[LWR D PpGLR H ORQJR SUD]R GH DFRUGR FRP D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV ,,, 0RYLPHQWDomR GDV 3URYLV}HV &RQVWLWXtGDV 5 PLO )LVFDLV H &tYHLV 3UHYLGHQFLiULDV

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$WXDOL]DomR 0RQHWiULD 3DJDPHQWRV 1R ILQDO GR H[HUFtFLR GH 1RWD &RPSUHHQGH VXEVWDQFLDOPHQWH REULJDo}HV OHJDLV H (P ´)LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDVµ LQFOXL EDL[DV GH SURFHVVRV TXH IRUDP REMHWR GH DGHVmR DR SURJUDPD GH SDUFHODPHQWR H SDJDPHQWR j YLVWD GH GpELWRV WULEXWiULRV TXH SRVVXtDP GHSyVLWRV MXGLFLDLV

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D $V WUDQVDo}HV FRP R FRQWURODGRU FRQWURODGDV H FROLJDGDV HVWmR DVVLP UHSUHVHQWDGDV $WLYRV SDVVLYRV

$WLYRV SDVVLYRV

(P GH GH]HPEUR 5 PLO 5HFHLWDV 5HFHLWDV GHVSHVDV GHVSHVDV

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3UHVWDomR GH VHUYLoRV %UDGHVFR 6 $ &790

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E 'LYHUVDV 3URYLVmR SDUD SDJDPHQWRV D HIHWXDU 3URYLVmR SDUD SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV FtYHLV 1RWD E 2XWUDV 7RWDO

(P GH GH]HPEUR 5 PLO

(P GH GH]HPEUR 5 PLO

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(P GH GH]HPEUR 5 PLO 3ODQRV GH SUHYLGrQFLD FRPSOHPHQWDU GH FRQWULEXLomR GHILQLGD 7RWDO ,QFOXL 3DUWLFLSDo}HV QRV /XFURV H 5HVXOWDGRV %{QXV GH HPSUHJDGRV QRV PRQWDQWHV GH 5 PLO ² 5 PLO H &DL[D GH $VVLVWrQFLD H $SRVHQWDGRULD GRV IXQFLRQiULRV GR $ ,QVWLWXLomR QmR SRVVXL EHQHItFLRV GH ORQJR SUD]R GH UHVFLVmR GH FRQWUDWR GH WUDEDOKR RX UHPXQHUDomR EDVHDGD HP Do}HV SDUD VHX SHVVRDO FKDYH GD %DQFR GR (VWDGR GR 0DUDQKmR &$32) GH 5 PLO ² 5 PLO $GPLQLVWUDomR 3$75,0Ñ1,2 /Ì48,'2 2XWUDV LQIRUPDo}HV &RQIRUPH OHJLVODomR HP YLJRU DV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV QmR SRGHP FRQFHGHU HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV SDUD D &DSLWDO 6RFLDO 2 FDSLWDO VRFLDO QR PRQWDQWH GH 5 PLO ² 5 PLO WRWDOPHQWH VXEVFULWR H LQWHJUDOL]DGR p GLYLGLGR HP Do}HV RUGLQiULDV D 'LUHWRUHV H PHPEURV GRV FRQVHOKRV FRQVXOWLYRV RX DGPLQLVWUDWLYR ILVFDLV H VHPHOKDQWHV EHP FRPR DRV UHVSHFWLYRV F{QMXJHV H SDUHQWHV DWp R º JUDX E 3HVVRDV ItVLFDV RX MXUtGLFDV TXH SDUWLFLSHP GH VHX FDSLWDO FRP PDLV GH H QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV VHP YDORU QRPLQDO F 3HVVRDV MXUtGLFDV GH FXMR FDSLWDO SDUWLFLSHP FRP PDLV GH D SUySULD LQVWLWXLomR ILQDQFHLUD TXDLVTXHU GLUHWRUHV RX DGPLQLVWUDGRUHV GD SUySULD LQVWLWXLomR E 5HVHUYDV GH /XFURV EHP FRPR VHXV F{QMXJHV H UHVSHFWLYRV SDUHQWHV DWp R º JUDX (P GH GH]HPEUR 5 PLO 'HVVD IRUPD QmR VmR HIHWXDGRV SHODV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV D TXDOTXHU VXEVLGLiULD PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR RX GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H VHXV IDPLOLDUHV 5HVHUYDV GH /XFURV 5HVHUYD /HJDO %(1()Ì&,26 $ (035(*$'26 5HVHUYD (VWDWXWiULD &RQVWLWXtGD REULJDWRULDPHQWH j EDVH GH GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR DWp DWLQJLU GR FDSLWDO VRFLDO UHDOL]DGR RX GR FDSLWDO VRFLDO DFUHVFLGR GDV UHVHUYDV GH FDSLWDO $SyV HVVH 2 %%, SDWURFLQD SODQRV GH DSRVHQWDGRULD FRPSOHPHQWDU GH EHQHItFLR GHILQLGR H GH FRQWULEXLomR GHILQLGD SRU PHLR GD &DL[D GH $VVLVWrQFLD H $SRVHQWDGRULD OLPLWH D DSURSULDomR QmR PDLV VH ID] REULJDWyULD $ UHVHUYD OHJDO VRPHQWH SRGHUi VHU XWLOL]DGD SDUD DXPHQWR GH FDSLWDO RX SDUD FRPSHQVDU SUHMXt]RV H GRV )XQFLRQiULRV GR %DQFR GR (VWDGR GR 0DUDQKmR ² &$32) 9LVDQGR j PDQXWHQomR GH PDUJHP RSHUDFLRQDO FRPSDWtYHO FRP R GHVHQYROYLPHQWR GDV RSHUDo}HV DWLYDV GD 6RFLHGDGH SRGH VHU FRQVWLWXtGD HP GR OXFUR OtTXLGR UHPDQHVFHQWH DSyV 2V UHFXUVRV JDUDQWLGRUHV GRV SODQRV GH SUHYLGrQFLD VmR LQYHVWLGRV GH DFRUGR FRP D OHJLVODomR SHUWLQHQWH WtWXORV S~EOLFRV H SULYDGRV Do}HV GH FRPSDQKLDV GHVWLQDo}HV HVWDWXWiULDV VHQGR R VDOGR OLPLWDGR D GR &DSLWDO 6RFLDO ,QWHJUDOL]DGR DEHUWDV H LPyYHLV F 'LYLGHQGRV ,032672 '( 5(1'$ ( &2175,%8,d®2 62&,$/ $RV DFLRQLVWDV HVWi DVVHJXUDGR GLYLGHQGRV PtQLPRV REULJDWyULR HP FDGD H[HUFtFLR GH LPSRUWkQFLD QmR LQIHULRU D GR OXFUR OtTXLGR DMXVWDGR QRV WHUPRV GD OHJLVODomR VRFLHWiULD 1R H[HUFtFLR IRUDP SURYLVLRQDGRV GLYLGHQGRV QR PRQWDQWH GH 5 PLO ² 5 PLO FRUUHVSRQGHQGR D 5 ² D 'HPRQVWUDomR GR FiOFXOR GRV HQFDUJRV FRP LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO 5 SRU ORWH GH PLO Do}HV 5(&(,7$6 '( 35(67$d®2 '( 6(59,d26 &RORFDomR XQGHUZULWLQJ $QiOLVH ILQDQFHLUD $QiOLVH WpFQLFD XQGHUZULWLQJ 2XWUDV 7RWDO

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([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

2875$6 '(63(6$6 $'0,1,675$7,9$6 &RQWULEXLo}HV ILODQWUySLFDV 9LDJHQV 3URSDJDQGD SURPRo}HV H SXEOLFLGDGH $OXJXHO 6HUYLoRV WpFQLFRV HVSHFLDOL]DGRV &RPXQLFDo}HV 7UDQVSRUWHV 'HSUHFLDomR H DPRUWL]DomR 0DQXWHQomR H FRQVHUYDomR GH EHQV 6HUYLoRV GH WHUFHLURV 0DWHULDLV HQHUJLDV H RXWURV 3URFHVVDPHQWR GH GDGRV 6HUYLoRV GR VLVWHPD ILQDQFHLUR 2XWUDV 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

'(63(6$6 75,%87É5,$6 &RQWULEXLomR DR &2),16 ,PSRVWRV VREUH VHUYLoRV ,66 &RQWULEXLomR DR 3,6 ,PSRVWRV H WD[DV 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

2875$6 5(&(,7$6 23(5$&,21$,6 'LYLGHQGRV -XURV VREUH FDSLWDO SUySULR UHFHELGRV &RPLVV}HV 5HYHUVmR GH SURYLVmR RSHUDFLRQDO $WXDOL]DomR PRQHWiULD VREUH GHSyVLWRV YLQFXODGRV -XURV VREUH LPSRVWRV D FRPSHQVDU 5HFXSHUDomR GH HQFDUJRV H GHVSHVDV 2XWUDV 7RWDO 5HIHUH VH DRV GLYLGHQGRV UHFHELGRV GH Do}HV %0 )%RYHVSD H &HWLS H (P UHIHUH VH VXEVWDQFLDOPHQWH j DGHVmR DR SURJUDPD GH SDUFHODPHQWR H SDJDPHQWR j YLVWD GH GpELWRV WULEXWiULRV

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

2875$6 '(63(6$6 23(5$&,21$,6 $PRUWL]DomR GH iJLR 9DULDo}HV PRQHWiULDV 'HVSHVDV JHUDLV 3URYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV FtYHLV 'HVSHVDV FRP SDWURFtQLR FDUiWHU FXOWXUDO 'HVSHVDV FRP PXOWDV H MXURV 2XWUDV 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

5(68/7$'2 1®2 23(5$&,21$/ 5HQGDV GH DOXJXpLV 5HYHUVmR GH SURYLVmR SDUD GHVYDORUL]DomR GH EHQV H LQYHVWLPHQWRV 5HVXOWDGR QD DOLHQDomR GH YDORUHV H EHQV 'LYLGHQGRV UHFHELGRV 7RWDO

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POLÍTICA

Amazonino leva 'puxão de orelha'

Ó RBITA Justiça nega habeas corpus a Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas, acusada na Justiça por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta e formação de quadrilha.

"discriminação" contra uma paraense pelo prefeito de Manaus, Amazonino Mendes. Na segunda-feira, ao discutir com moradora de área em risco de desabamento, falou que ela morresse. Ao saber sua origem, Pará, sentenciou:

"Então está explicado". Segundo nota, ele mostrou "desequilíbrio e destempero" ao ofender a mulher – por ser paraense. Diz a nota ser inaceitável, em qualquer circunstância, que um ser humano sofra discriminação de qualquer espécie. Ainda mais por parte de autoridade pública eleita pelo povo. (AE)

ais de 273 mil famílias em situação de M pobreza deixaram de Ricardo Oliveira/AE - 01/12/2008

governo do Pará reagiu com indignação ao que O chamou, em nota, de

237 mil perdem Bolsa Família

receber o Bolsa Família este mês. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 273.263 inscritos no programa de transferência de renda tiveram seus benefícios cancelados porque não atualizaram os dados

cadastrais no prazo. São Paulo registrou o maior número de cancelamento de pagamentos: 37.264. Depois, vêm Rio de Janeiro (23.842) e Minas Gerais (23.076). Este ano, o Bolsa Família irá atender 12,9 milhões de famílias, liberando cerca de R$ 13 bilhões. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$d®2 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 &217(;72 23(5$&,21$/ $ %5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV %5$0 WHP FRPR REMHWLYR SUDWLFDU RSHUDo}HV H DWLYLGDGHV DWLQHQWHV jV GLVSRVLo}HV OHJDLV H UHJXODPHQWDUHV DSOLFiYHLV jV VRFLHGDGHV GD HVSpFLH LQFOXVLYH D DGPLQLVWUDomR GH FDUWHLUD GH YDORUHV PRELOLiULRV SRU LQWHUPpGLR GH FDUWHLUDV GH IXQGRV FOXEHV GH LQYHVWLPHQWRV H RXWURV DVVHPHOKDGRV DOpP GD H[HFXomR GH RXWURV VHUYLoRV RX DWLYLGDGHV FRUUHODFLRQDGRV j DGPLQLVWUDomR GH UHFXUVRV SRGHQGR SDUD WDO ILP FHOHEUDU FRQYrQLRV EHP FRPR FRPSUDU H YHQGHU SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV H SDUWLFLSDU FRPR VyFLD RX DFLRQLVWD GH RXWUDV VRFLHGDGHV e SDUWH LQWHJUDQWH GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR VHQGR VXDV RSHUDo}HV FRQGX]LGDV GH IRUPD LQWHJUDGD D XP FRQMXQWR GH HPSUHVDV TXH DWXDP QRV PHUFDGRV ILQDQFHLURV H GH FDSLWDLV XWLOL]DQGR VH GH VHXV UHFXUVRV DGPLQLVWUDWLYRV H WHFQROyJLFRV H VXDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GHYHP VHU HQWHQGLGDV QHVWH FRQWH[WR $35(6(17$d®2 '$6 ,1)250$d¯(6 &217É%(,6 $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRUDP HODERUDGDV D SDUWLU GDV GLUHWUL]HV FRQWiEHLV HPDQDGDV GDV /HLV QRV /HL GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR 1DFLRQDO H /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV FRP DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHODV /HLV QRV H SDUD D FRQWDELOL]DomR GDV RSHUDo}HV DVVRFLDGDV jV QRUPDV H LQVWUXo}HV GR &RQVHOKR 0RQHWiULR 1DFLRQDO &01 GR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO %$&(1 ,QFOXHP HVWLPDWLYDV H SUHPLVVDV FRPR D PHQVXUDomR GH SURYLV}HV SDUD SHUGDV FRP RSHUDo}HV GH FUpGLWR H GH DUUHQGDPHQWR PHUFDQWLO HVWLPDWLYDV GR YDORU MXVWR GH GHWHUPLQDGRV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV SURYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV SHUGDV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV WtWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD H WtWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR DWLYRV QmR ILQDQFHLURV H RXWUDV SURYLV}HV 2V UHVXOWDGRV HIHWLYRV SRGHP VHU GLIHUHQWHV GDTXHODV HVWLPDWLYDV H SUHPLVVDV

F &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D VmR UHSUHVHQWDGRV SRU GLVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO PRHGD HVWUDQJHLUD DSOLFDo}HV HP RXUR DSOLFDo}HV QR PHUFDGR DEHUWR H DSOLFDo}HV HP GHSyVLWRV LQWHUILQDQFHLURV FXMR YHQFLPHQWR GDV RSHUDo}HV QD GDWD GD HIHWLYD DSOLFDomR VHMD LJXDO RX LQIHULRU D GLDV H DSUHVHQWHP ULVFR LQVLJQLILFDQWH GH PXGDQoD D YDORU MXVWR TXH VmR XWLOL]DGRV SHOD ,QVWLWXLomR SDUD JHUHQFLDPHQWR GH VHXV FRPSURPLVVRV GH FXUWR SUD]R G 7tWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDomR 7tWXORV SDUD QHJRFLDomR DGTXLULGRV FRP R SURSyVLWR GH VHUHP DWLYD H IUHTXHQWHPHQWH QHJRFLDGRV 6mR DMXVWDGRV SHOR YDORU GH PHUFDGR HP FRQWUDSDUWLGD DR UHVXOWDGR GR SHUtRGR 7tWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD TXH QmR VH HQTXDGUHP FRPR SDUD QHJRFLDomR QHP FRPR PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR 6mR DMXVWDGRV DR YDORU GH PHUFDGR HP FRQWUDSDUWLGD j FRQWD GHVWDFDGD GR SDWULP{QLR OtTXLGR GHGX]LGRV GRV HIHLWRV WULEXWiULRV H 7tWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR DGTXLULGRV FRP D LQWHQomR H FDSDFLGDGH ILQDQFHLUD SDUD VXD PDQXWHQomR HP FDUWHLUD DWp R YHQFLPHQWR 6mR DYDOLDGRV SHOR FXVWR GH DTXLVLomR DFUHVFLGRV GRV UHQGLPHQWRV DXIHULGRV HP FRQWUDSDUWLGD DR UHVXOWDGR GR SHUtRGR 2V WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV GH QHJRFLDomR H GLVSRQtYHO SDUD YHQGD EHP FRPR RV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV VmR GHPRQVWUDGRV QR EDODQoR SDWULPRQLDO SHOR VHX YDORU MXVWR HVWLPDGR 2 YDORU MXVWR JHUDOPHQWH EDVHLD VH HP FRWDo}HV GH SUHoRV GH PHUFDGR RX FRWDo}HV GH SUHoRV GH PHUFDGR SDUD DWLYRV RX SDVVLYRV FRP FDUDFWHUtVWLFDV VHPHOKDQWHV 6H HVVHV SUHoRV GH PHUFDGR QmR HVWLYHUHP GLVSRQtYHLV RV YDORUHV MXVWRV VmR EDVHDGRV HP FRWDo}HV GH RSHUDGRUHV GH PHUFDGR PRGHORV GH SUHFLILFDomR IOX[R GH FDL[D GHVFRQWDGR RX WpFQLFDV VLPLODUHV SDUD DV TXDLV D GHWHUPLQDomR GR YDORU MXVWR SRVVD H[LJLU MXOJDPHQWR RX HVWLPDWLYD VLJQLILFDWLYD SRU SDUWH GD $GPLQLVWUDomR

H ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO DWLYR H SDVVLYR

2V FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO VREUH R OXFUR OtTXLGR FDOFXODGRV VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV VmR UHJLVWUDGRV QD UXEULFD $V DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV UHVSHFWLYDPHQWH SHODV /HLV Q H QmR SURGX]LUDP HIHLWRV UHOHYDQWHV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GD ´2XWURV &UpGLWRV 'LYHUVRVµ H D SURYLVmR SDUD DV REULJDo}HV ILVFDLV GLIHULGDV p UHJLVWUDGD QD UXEULFD ´2XWUDV 2EULJDo}HV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDVµ ,QVWLWXLomR 2V FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH DV DGLo}HV WHPSRUiULDV VHUmR UHDOL]DGRV TXDQGR GD XWLOL]DomR H RX UHYHUVmR GDV UHVSHFWLYDV SURYLV}HV VREUH DV TXDLV IRUDP FRQVWLWXtGRV 7DLV FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH EDVHDGRV QDV H[SHFWDWLYDV DWXDLV GH UHDOL]DomR FRQVLGHUDQGR RV HVWXGRV WpFQLFRV H $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV IRUDP DSURYDGDV SHOD $GPLQLVWUDomR HP GH MDQHLUR GH DQiOLVHV UHDOL]DGDV SHOD $GPLQLVWUDomR $ SURYLVmR SDUD LPSRVWR GH UHQGD p FRQVWLWXtGD j DOtTXRWD EDVH GH GR OXFUR WULEXWiYHO DFUHVFLGD GH DGLFLRQDO GH $ FRQWULEXLomR VRFLDO VREUH R OXFUR 35,1&,3$,6 ',5(75,=(6 &217É%(,6 p FDOFXODGD FRQVLGHUDQGR D DOtTXRWD GH SDUD HPSUHVDV GR VHJPHQWR ILQDQFHLUR D 0RHGD IXQFLRQDO H GH DSUHVHQWDomR )RUDP FRQVWLWXtGDV SURYLV}HV SDUD RV GHPDLV LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VRFLDLV GH DFRUGR FRP DV UHVSHFWLYDV OHJLVODo}HV YLJHQWHV $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV HVWmR DSUHVHQWDGDV HP UHDLV TXH p D PRHGD IXQFLRQDO GR %UDGHVFR 'H DFRUGR FRP D /HL Qº DV PRGLILFDo}HV QR FULWpULR GH UHFRQKHFLPHQWR GH UHFHLWDV FXVWRV H GHVSHVDV FRPSXWDGDV QD DSXUDomR GR OXFUR OtTXLGR GR SHUtRGR LQWURGX]LGDV SHOD /HL Qº H SHORV DUWLJRV H GD /HL Qº QmR WHUmR HIHLWRV SDUD ILQV GH DSXUDomR GR OXFUR UHDO GHYHQGR VHU E $SXUDomR GR UHVXOWDGR FRQVLGHUDGRV SDUD ILQV WULEXWiULRV RV PpWRGRV H FULWpULRV FRQWiEHLV YLJHQWHV HP GH GH]HPEUR GH 3DUD ILQV FRQWiEHLV RV HIHLWRV WULEXWiULRV GD DGRomR 2 UHVXOWDGR p DSXUDGR GH DFRUGR FRP R UHJLPH GH FRPSHWrQFLD TXH HVWDEHOHFH TXH DV UHFHLWDV H GHVSHVDV GHYHP VHU LQFOXtGDV QD DSXUDomR GRV UHVXOWDGRV GDV PHQFLRQDGD /HLV HVWmR UHJLVWUDGRV QRV DWLYRV H SDVVLYRV GLIHULGRV FRUUHVSRQGHQWHV GRV SHUtRGRV HP TXH RFRUUHUHP VHPSUH VLPXOWDQHDPHQWH TXDQGR VH FRUUHODFLRQDUHP LQGHSHQGHQWHPHQWH GH UHFHELPHQWR RX SDJDPHQWR $V RSHUDo}HV I ,QYHVWLPHQWRV FRP WD[DV SUHIL[DGDV VmR UHJLVWUDGDV SHOR YDORU GH UHVJDWH H DV UHFHLWDV H GHVSHVDV FRUUHVSRQGHQWHV DR SHUtRGR IXWXUR VmR DSUHVHQWDGDV HP FRQWD UHGXWRUD 2V LQYHVWLPHQWRV HP HPSUHVDV FRQWURODGDV H FROLJDGDV FRP LQIOXrQFLD VLJQLILFDWLYD RX SDUWLFLSDomR GH RX PDLV QR FDSLWDO YRWDQWH VmR DYDOLDGRV SHOR GRV UHVSHFWLYRV DWLYRV H SDVVLYRV $V UHFHLWDV H GHVSHVDV GH QDWXUH]D ILQDQFHLUD VmR FRQWDELOL]DGDV SHOR FULWpULR ´SUR UDWDµ GLD H FDOFXODGDV FRP EDVH QR PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO PpWRGR H[SRQHQFLDO H[FHWR DTXHODV UHODWLYDV D WtWXORV GHVFRQWDGRV RX UHODFLRQDGDV D RSHUDo}HV QR H[WHULRU TXH VmR FDOFXODGDV FRP EDVH QR PpWRGR OLQHDU 2V LQFHQWLYRV ILVFDLV H RXWURV LQYHVWLPHQWRV VmR DYDOLDGRV SHOR FXVWR GH DTXLVLomR GHGX]LGRV GH SURYLVmR SDUD SHUGD H GD UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO RV

$V RSHUDo}HV FRP WD[DV SyV IL[DGDV RX LQGH[DGDV D PRHGDV HVWUDQJHLUDV VmR DWXDOL]DGDV DWp D GDWD GR EDODQoR

LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO &RQWLQXD


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

11

&RQWLQXDomR

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127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$d®2 ­6 '(021675$d¯(6 &217É%(,6 J ,PRELOL]DGR &RUUHVSRQGH DRV GLUHLWRV TXH WHQKDP SRU REMHWR EHQV FRUSyUHRV GHVWLQDGRV j PDQXWHQomR GDV DWLYLGDGHV RX H[HUFLGRV FRP HVVD ILQDOLGDGH LQFOXVLYH RV GHFRUUHQWHV GH RSHUDo}HV TXH WUDQVILUDP RV ULVFRV EHQHItFLRV H FRQWUROHV GRV EHQV SDUD D HQWLGDGH e GHPRQVWUDGR DR FXVWR GH DTXLVLomR OtTXLGR GDV UHVSHFWLYDV GHSUHFLDo}HV DFXPXODGDV FDOFXODGDV SHOR PpWRGR OLQHDU GH DFRUGR FRP D YLGD ~WLO HFRQ{PLFD HVWLPDGD GRV EHQV VHQGR PyYHLV H XWHQVtOLRV H PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV VLVWHPDV GH FRPXQLFDomR H VHJXUDQoD DR DQR VLVWHPDV GH SURFHVVDPHQWR GH GDGRV DR DQR H DMXVWDGR SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO

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K ,QWDQJtYHO &RUUHVSRQGH DRV GLUHLWRV DGTXLULGRV TXH WHQKDP SRU REMHWR EHQV LQFRUSyUHRV GHVWLQDGRV j PDQXWHQomR GD HQWLGDGH RX H[HUFLGRV FRP HVVD ILQDOLGDGH &RPSRVWRV SRU VRIWZDUHV TXH HVWmR UHJLVWUDGRV DR FXVWR GHGX]LGR GD DPRUWL]DomR SHOR PpWRGR OLQHDU GXUDQWH D YLGD ~WLO HVWLPDGD DR DQR D SDUWLU GD GDWD GD VXD GLVSRQLELOLGDGH SDUD XVR H DMXVWDGRV SRU UHGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXDQGR DSOLFiYHO *DVWRV FRP R GHVHQYROYLPHQWR LQWHUQR 3$75,0Ñ1,2 /Ì48,'2 GH VRIWZDUHV VmR UHFRQKHFLGRV FRPR DWLYR TXDQGR p SRVVtYHO GHPRQVWUDU D LQWHQomR H D FDSDFLGDGH GH FRQFOXLU WDO GHVHQYROYLPHQWR EHP FRPR PHQVXUDU FRP VHJXUDQoD RV FXVWRV GLUHWDPHQWH DWULEXtYHLV DR PHVPR TXH VHUmR DPRUWL]DGRV GXUDQWH VXD YLGD ~WLO HVWLPDGD FRQVLGHUDQGR RV EHQHItFLRV HFRQ{PLFRV D &DSLWDO VRFLDO 2 FDSLWDO VRFLDO QR PRQWDQWH GH 5 PLO 5 PLO WRWDOPHQWH VXEVFULWR H LQWHJUDOL]DGR p FRPSRVWR SRU Do}HV RUGLQiULDV IXWXURV JHUDGRV QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV VHP YDORU QRPLQDO L 5HGXomR DR YDORU UHFXSHUiYHO GH DWLYRV ,PSDLUPHQW

2V WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV FODVVLILFDGRV QDV FDWHJRULDV WtWXORV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD H WtWXORV PDQWLGRV DWp R YHQFLPHQWR H DWLYRV QmR ILQDQFHLURV H[FHWR E 5HVHUYDV GH /XFURV RXWURV YDORUHV H EHQV H FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UHYLVWRV QR PtQLPR DQXDOPHQWH SDUD GHWHUPLQDU VH Ki DOJXPD LQGLFDomR GH SHUGD SRU UHGXomR DR YDORU (P GH GH]HPEUR 5 PLO UHFXSHUiYHO LPSDLUPHQW TXH p UHFRQKHFLGD QR UHVXOWDGR GR SHUtRGR TXDQGR R YDORU FRQWiELO GH XP DWLYR H[FHGHU R VHX YDORU UHFXSHUiYHO DSXUDGR L SHOR VHX SRWHQFLDO YDORU GH YHQGD RX YDORU GH UHDOL]DomR GHGX]LGR GDV UHVSHFWLYDV GHVSHVDV RX LL SHOR YDORU HP XVR FDOFXODGR SHOD XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D 5HVHUYDV GH /XFURV GRV GRLV R PDLRU 5HVHUYD /HJDO 8PD XQLGDGH JHUDGRUD GH FDL[D p R PHQRU JUXSR LGHQWLILFiYHO GH DWLYRV TXH JHUD IOX[RV GH FDL[D VXEVWDQFLDOPHQWH LQGHSHQGHQWHV GH RXWURV DWLYRV H JUXSRV 5HVHUYD (VWDWXWiULD M $WLYRV H SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV H REULJDo}HV OHJDLV ILVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV &RQVWLWXtGD REULJDWRULDPHQWH j EDVH GH GR OXFUR OtTXLGR GR H[HUFtFLR DWp DWLQJLU GR FDSLWDO VRFLDO UHDOL]DGR RX GR FDSLWDO VRFLDO DFUHVFLGR GDV UHVHUYDV GH FDSLWDO $SyV HVVH OLPLWH D DSURSULDomR QmR PDLV VH ID] REULJDWyULD $ UHVHUYD OHJDO VRPHQWH SRGHUi VHU XWLOL]DGD SDUD DXPHQWR GH FDSLWDO RX SDUD FRPSHQVDU SUHMXt]RV H 2 UHFRQKHFLPHQWR D PHQVXUDomR H D GLYXOJDomR GDV FRQWLQJrQFLDV DWLYDV H SDVVLYDV H REULJDo}HV OHJDLV VmR HIHWXDGRV GH DFRUGR FRP RV FULWpULRV GHILQLGRV QD 5HVROXomR Qº GR &01 H QD 'HOLEHUDomR &90 Qº VHQGR 9LVDQGR j PDQXWHQomR GH PDUJHP RSHUDFLRQDO FRPSDWtYHO FRP R GHVHQYROYLPHQWR GDV RSHUDo}HV DWLYDV GD 6RFLHGDGH SRGH VHU FRQVWLWXtGD HP GR OXFUR OtTXLGR UHPDQHVFHQWH DSyV $WLYRV &RQWLQJHQWHV QmR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH H[FHWR TXDQGR D $GPLQLVWUDomR SRVVXL WRWDO FRQWUROH GD VLWXDomR RX TXDQGR Ki JDUDQWLDV GHVWLQDo}HV HVWDWXWiULDV VHQGR R VDOGR OLPLWDGR D GR &DSLWDO 6RFLDO ,QWHJUDOL]DGR UHDLV RX GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV VREUH DV TXDLV QmR FDLEDP PDLV UHFXUVRV FDUDFWHUL]DQGR R JDQKR FRPR SUDWLFDPHQWH FHUWR H SHOD FRQILUPDomR GD FDSDFLGDGH GH VXD UHFXSHUDomR SRU UHFHELPHQWR RX FRPSHQVDomR FRP RXWUR SDVVLYR H[LJtYHO 2V DWLYRV FRQWLQJHQWHV FXMD H[SHFWDWLYD GH r[LWR p SURYiYHO F 'LYLGHQGRV $RV DFLRQLVWDV HVWi DVVHJXUDGR GLYLGHQGR PtQLPR REULJDWyULR HP FDGD H[HUFtFLR GH LPSRUWkQFLD QmR LQIHULRU D GR OXFUR OtTXLGR DMXVWDGR QRV WHUPRV VmR GLYXOJDGRV QDV QRWDV H[SOLFDWLYDV 1RWD D 3DVVLYRV &RQWLQJHQWHV VmR FRQVWLWXtGRV OHYDQGR HP FRQWD D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV D QDWXUH]D GDV Do}HV D VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV GD OHJLVODomR VRFLHWiULD 1R H[HUFtFLR IRUDP SURYLVLRQDGRV GLYLGHQGRV QR PRQWDQWH GH 5 PLO 5 PLO FRUUHVSRQGHQGR D 5 D FRPSOH[LGDGH H R SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO R TXH RFDVLRQDULD XPD SURYiYHO VDtGD GH UHFXUVRV SDUD D 5 SRU ORWH GH PLO Do}HV 2V GLYLGHQGRV GR H[HUFtFLR GH IRUDP SDJRV HP GH]HPEUR GH OLTXLGDomR GDV REULJDo}HV H TXDQGR RV PRQWDQWHV HQYROYLGRV IRUHP PHQVXUiYHLV FRP VXILFLHQWH VHJXUDQoD 2V SDVVLYRV FRQWLQJHQWHV FODVVLILFDGRV FRPR GH SHUGDV SRVVtYHLV QmR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH GHYHQGR VHU DSHQDV GLYXOJDGRV QDV QRWDV H[SOLFDWLYDV TXDQGR LQGLYLGXDOPHQWH UHOHYDQWHV H RV FODVVLILFDGRV FRPR UHPRWRV QmR UHTXHUHP SURYLVmR H QHP GLYXOJDomR 1RWD E H F H 2EULJDo}HV /HJDLV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDV GHFRUUHP GH SURFHVVRV MXGLFLDLV UHODFLRQDGRV D REULJDo}HV WULEXWiULDV FXMR REMHWR GH FRQWHVWDomR p VXD OHJDOLGDGH RX FRQVWLWXFLRQDOLGDGH TXH LQGHSHQGHQWHPHQWH GD DYDOLDomR DFHUFD GD SUREDELOLGDGH GH VXFHVVR WrP RV VHXV PRQWDQWHV UHFRQKHFLGRV LQWHJUDOPHQWH QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV 1RWD E N 2XWURV DWLYRV H SDVVLYRV 2V DWLYRV HVWmR GHPRQVWUDGRV SHORV YDORUHV GH UHDOL]DomR LQFOXLQGR TXDQGR DSOLFiYHO RV UHQGLPHQWRV H DV YDULDo}HV PRQHWiULDV DXIHULGRV HP EDVH ´SUR UDWDµ GLD H SURYLVmR SDUD SHUGD TXDQGR MXOJDGD QHFHVViULD 2V SDVVLYRV GHPRQVWUDGRV LQFOXHP RV YDORUHV FRQKHFLGRV H PHQVXUiYHLV DFUHVFLGRV GRV HQFDUJRV H GDV YDULDo}HV PRQHWiULDV LQFRUULGRV HP EDVH ´SUR UDWDµ GLD &$,;$ ( (48,9$/(17(6 '( &$,;$ 'LVSRQLELOLGDGHV HP PRHGD QDFLRQDO 7RWDO GH GLVSRQLELOLGDGHV FDL[D

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3URYHQWRV (QFDUJRV VRFLDLV %HQHItFLRV 7UHLQDPHQWR 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

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D &ODVVLILFDomR SRU FDWHJRULDV H SUD]RV

7tWXORV 7tWXORV SDUD QHJRFLDomR /HWUDV ILQDQFHLUDV GR WHVRXUR &HUWLILFDGRV GH GHSyVLWR EDQFiULR /HWUDV GR WHVRXUR QDFLRQDO 1RWDV GR WHVRXUR QDFLRQDO 'HErQWXUHV 2XWURV 7RWDO HP 7RWDO HP

D GLDV

D GLDV

D GLDV

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9DORU GH PHU FDGR FRQ WiELO

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(P GH GH]HPEUR 5 PLO 9DORU 0DUFD GH PHU 0DUFD omR D FDGR omR D PHU FRQ PHU FDGR WiELO FDGR

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$SOLFDo}HV HP IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR 7RWDO

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

&RQWULEXLomR DR &2),16 ,PSRVWRV VREUH 6HUYLoRV ,66 &RQWULEXLomR DR 3,6 ,PSRVWRV H WD[DV 7RWDO

F $ %5$0 QmR SRVVXtD RSHUDo}HV FRP LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV GHULYDWLYRV HP GH GH]HPEUR GH H GH 2875$6 5(&(,7$6 '(63(6$6 23(5$&,21$,6

287526 &5e',726 ',9(5626

&UpGLWRV WULEXWiULRV 1RWD F 'HSyVLWRV HP JDUDQWLD GH UHFXUVRV ILVFDLV $GLDQWDPHQWRV H DQWHFLSDo}HV VDODULDLV 'HYHGRUHV GLYHUVRV ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV D FRPSHQVDU 2XWURV 7RWDO

(P GH GH]HPEUR 5 PLO

'LYLGHQGRV UHFHELGRV 5HYHUVmR GH RXWUDV SURYLV}HV RSHUDFLRQDLV 5HFXSHUDomR GH HQFDUJRV H GHVSHVDV 3URYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV $WXDOL]Do}HV PRQHWiULDV H YDULDo}HV FDPELDLV ,QGHQL]Do}HV FtYHLV 3DWURFtQLR GH FDUiWHU FXOWXUDO ,19(67,0(1726 5HVVDUFLPHQWR D FOLHQWHV D 2V DMXVWHV GHFRUUHQWHV GD DYDOLDomR SHOR PpWRGR GH HTXLYDOrQFLD SDWULPRQLDO GRV LQYHVWLPHQWRV UHJLVWUDGRV HP FRQWDV GH UHVXOWDGR VRE D 2XWUDV 7RWDO UXEULFD GH ´5HVXOWDGR GH SDUWLFLSDo}HV HP FROLJDGDV H FRQWURODGDVµ (P LQFOXL SDJDPHQWR GH 5 PLO SDUD &90 (P GH GH]HPEUR GH 5 PLO 4XDQWLGDGH SRVVXtGDV HP PLOKDUHV $o}HV

3DUWLFL SDomR QR FDSLWDO VRFLDO

75$16$d¯(6 &20 2 &21752/$'25 ( &21752/$'$ $MXVWH D $V WUDQVDo}HV FRP FRQWURODGRU H FRQWURODGD HVWmR DVVLP UHSUHVHQWDGDV GHFRUUHQWH &DSLWDO 3UHMXt]R 9DORU GH DYDOL (P GH GH]HPEUR 5 PLO (PSUHVDV VRFLDO DMXVWDGR FRQWiELO DomR

%&DSLWDO 6 $

$WLYRV $WLYRV 5HFHLWDV 5HFHLWDV 7RWDO

SDVVLYRV SDVVLYRV GHVSHVDV GHVSHVDV

$MXVWH GHFRUUHQWH GH DYDOLDomR FRQVLGHUD RV UHVXOWDGRV DSXUDGRV SHODV FRPSDQKLDV D SDUWLU GD DTXLVLomR H LQFOXL YDULDo}HV SDWULPRQLDLV GDV LQYHVWLGDV QmR GHFRUUHQWHV GH UHVXOWDGR EHP 'LVSRQLELOLGDGHV FRPR RV DMXVWHV SRU HTXDOL]DomR GH SUiWLFDV FRQWiEHLV TXDQGR DSOLFiYHLV H %DQFR %UDGHVFR 6 $ (PSUHVD DGTXLULGD HP PDLR GH 'LYLGHQGRV E &RPSRVLomR GH 2XWURV ,QYHVWLPHQWRV %DQFR %UDGHVFR %%, 6 $ (P GH GH]HPEUR 5 PLO $OXJXHO $OYRUDGD &DUW}HV &UpGLWR )LQDQFLDPHQWR H ,QYHVWLPHQWR 6 $

$o}HV H FRWDV 6HUYLoRV SUHVWDGRV ,QYHVWLPHQWRV SRU LQFHQWLYRV ILVFDLV %UDGHVFR 6 $ &RUUHWRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV

&HUWLILFDGRV GH LQYHVWLPHQWRV E 5HPXQHUDomR GR SHVVRDO FKDYH GD $GPLQLVWUDomR 2XWURV LQYHVWLPHQWRV $QXDOPHQWH QD $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD p IL[DGR 6XEWRWDO 3URYLVmR SDUD SHUGDV HP LQYHVWLPHQWRV SRU LQFHQWLYRV ILVFDLV 2 PRQWDQWH JOREDO DQXDO GD UHPXQHUDomR GRV $GPLQLVWUDGRUHV TXH p GLVWULEXtGD HP UHXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR DRV PHPEURV GR SUySULR &RQVHOKR H GD 'LUHWRULD FRQIRUPH GHWHUPLQD R (VWDWXWR 6RFLDO H 7RWDO $ YHUED GHVWLQDGD D FXVWHDU 3ODQRV GH 3UHYLGrQFLD &RPSOHPHQWDU DEHUWD GRV $GPLQLVWUDGRUHV GHQWUR GR 3ODQR GH 3UHYLGrQFLD GHVWLQDGR DRV )XQFLRQiULRV ,02%,/,=$'2 '( 862 H $GPLQLVWUDGRUHV GD ,QVWLWXLomR 'HPRQVWUDGR DR FXVWR GH DTXLVLomR $V GHSUHFLDo}HV VmR FDOFXODGDV SHOR PpWRGR OLQHDU FRP EDVH HP WD[DV DQXDLV TXH FRQWHPSODP D YLGD ~WLO HFRQ{PLFD 3DUD IRL GHWHUPLQDGR R YDORU Pi[LPR GH 5 PLO 5 PLO SDUD UHPXQHUDomR GRV $GPLQLVWUDGRUHV SURYHQWRV H JUDWLILFDo}HV H GH GRV EHQV 5 PLO 5 PLO SDUD FXVWHDU SODQRV GH SUHYLGrQFLD FRPSOHPHQWDU GH FRQWULEXLomR GHILQLGD (P GH GH]HPEUR 5 PLO %HQHItFLRV GH &XUWR 3UD]R D $GPLQLVWUDGRUHV 'HSUH 9DORU UHVLGXDO (P GH GH]HPEUR 5 PLO 7D[D &XVWR FLDomR ,PyYHLV GH XVR 0yYHLV H HTXLSDPHQWRV GH XVR 3URYHQWRV 6LVWHPD GH VHJXUDQoD H FRPXQLFDomR *UDWLILFDo}HV 6LVWHPD GH SURFHVVDPHQWR GH GDGRV &RQWULEXLomR DR ,166 7RWDO HP 7RWDO 7RWDO HP %HQHItFLRV SyV HPSUHJR (P GH GH]HPEUR 5 PLO ',)(5,'2 2V YDORUHV UHJLVWUDGRV QR GLIHULGR UHIHUHP VH D JDVWRV FRP GHVHQYROYLPHQWR GH ORJtVWLFD HP LPSODQWDomR H VHX YDORU UHVLGXDO FRUUHVSRQGH D 5 PLO 3ODQRV GH SUHYLGrQFLD FRPSOHPHQWDU GH FRQWULEXLomR GHILQLGD 5 PLO WHQGR FRPR YDORU DPRUWL]DGR DFXPXODGR 5 PLO 5 PLO 7RWDO $ ,QVWLWXLomR QmR SRVVXL EHQHItFLRV GH ORQJR SUD]R GH UHVFLVmR GH FRQWUDWR GH WUDEDOKR RX UHPXQHUDomR EDVHDGD HP Do}HV SDUD VHX SHVVRDO FKDYH GD $GPLQLVWUDomR ,17$1*Ì9(/ 3DWUL P{QLR OtTXLGR DMXVWDGR

2V JDVWRV FRP GHVHQYROYLPHQWR GH VLVWHPDV H VRIWZDUHV FRP YDORU UHVLGXDO FRUUHVSRQGHQWH D 5 PLO 5 PLO WHQGR DPRUWL]DomR 2XWUDV LQIRUPDo}HV DFXPXODGD 5 PLO 5 PLO &RQIRUPH OHJLVODomR HP YLJRU DV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV QmR SRGHP FRQFHGHU HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV SDUD D 'LUHWRUHV H PHPEURV GRV FRQVHOKRV FRQVXOWLYRV RX DGPLQLVWUDWLYR ILVFDLV H VHPHOKDQWHV EHP FRPR DRV UHVSHFWLYRV F{QMXJHV H SDUHQWHV DWp R º JUDX $7,926 ( 3$66,926 &217,1*(17(6 ( 2%5,*$d¯(6 /(*$,6 ),6&$,6 ( 35(9,'(1&,É5,$6 E 3HVVRDV ItVLFDV RX MXUtGLFDV TXH SDUWLFLSHP GH VHX FDSLWDO FRP PDLV GH H D $WLYRV &RQWLQJHQWHV F 3HVVRDV MXUtGLFDV GH FXMR FDSLWDO SDUWLFLSHP FRP PDLV GH D SUySULD LQVWLWXLomR ILQDQFHLUD TXDLVTXHU GLUHWRUHV RX DGPLQLVWUDGRUHV GD SUySULD 1mR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH DWLYRV FRQWLQJHQWHV LQVWLWXLomR EHP FRPR VHXV F{QMXJHV H UHVSHFWLYRV SDUHQWHV DWp R º JUDX 'HVVD IRUPD QmR VmR HIHWXDGRV SHODV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV HPSUpVWLPRV RX DGLDQWDPHQWRV D TXDOTXHU VXEVLGLiULD PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR E 3DVVLYRV &RQWLQJHQWHV FODVVLILFDGRV FRPR SHUGDV SURYiYHLV H 2EULJDo}HV /HJDLV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDV RX GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H VHXV IDPLOLDUHV $ ,QVWLWXLomR p SDUWH HP SURFHVVRV MXGLFLDLV GH QDWXUH]D WUDEDOKLVWD FtYHO H ILVFDO GHFRUUHQWHV GR FXUVR QRUPDO GH VXDV DWLYLGDGHV $V SURYLV}HV IRUDP FRQVWLWXtGDV OHYDQGR HP FRQWD D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV D QDWXUH]D GDV Do}HV D VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV D FRPSOH[LGDGH H R SRVLFLRQDPHQWR GH 7ULEXQDLV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO ,032672 '( 5(1'$ ( &2175,%8,d®2 62&,$/ $ $GPLQLVWUDomR GD ,QVWLWXLomR HQWHQGH TXH D SURYLVmR FRQVWLWXtGD p VXILFLHQWH SDUD DWHQGHU DV SHUGDV GHFRUUHQWHV GRV UHVSHFWLYRV SURFHVVRV 2 SDVVLYR UHODFLRQDGR j REULJDomR OHJDO HP GLVFXVVmR MXGLFLDO p PDQWLGR DWp R JDQKR GHILQLWLYR GD DomR UHSUHVHQWDGR SRU GHFLV}HV MXGLFLDLV IDYRUiYHLV VREUH D 'HPRQVWUDomR GR FiOFXOR GRV HQFDUJRV FRP LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO DV TXDLV QmR FDEHP PDLV UHFXUVRV RX D VXD SUHVFULomR , 3URFHVVRV &tYHLV 6mR SOHLWRV GH LQGHQL]DomR SRU GDQR PRUDO H SDWULPRQLDO (VVDV Do}HV VmR FRQWURODGDV LQGLYLGXDOPHQWH H SURYLVLRQDGDV VHPSUH TXH D SHUGD IRU DYDOLDGD FRPR SURYiYHO FRQVLGHUDQGR D RSLQLmR GH DVVHVVRUHV MXUtGLFRV QDWXUH]D GDV Do}HV VLPLODULGDGH FRP SURFHVVRV DQWHULRUHV FRPSOH[LGDGH H SRVLFLRQDPHQWR GH 5HVXOWDGR DQWHV GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO 7ULEXQDLV 1mR H[LVWHP HP FXUVR SURFHVVRV DGPLQLVWUDWLYRV VLJQLILFDWLYRV SRU GHVFXPSULPHQWR GH QRUPDV GR 6LVWHPD )LQDQFHLUR 1DFLRQDO RX GH SDJDPHQWR (QFDUJR WRWDO GR LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO jV DOtTXRWDV GH H UHVSHFWLYDPHQWH GH PXOWDV TXH SRVVDP FDXVDU LPSDFWRV UHSUHVHQWDWLYRV QR UHVXOWDGR ILQDQFHLUR GD ,QVWLWXLomR 3DUWLFLSDo}HV HP FROLJDGDV H FRQWURODGDV ,, 2EULJDo}HV /HJDLV )LVFDLV H 3UHYLGHQFLiULDV (IHLWR GDV DGLo}HV H H[FOXV}HV QR FiOFXOR GRV WULEXWRV $ ,QVWLWXLomR YHP GLVFXWLQGR MXGLFLDOPHQWH D OHJDOLGDGH H FRQVWLWXFLRQDOLGDGH GH DOJXQV WULEXWRV H FRQWULEXLo}HV RV TXDLV HVWmR WRWDOPHQWH SURYLVLRQDGRV QmR 'HVSHVDV LQGHGXWtYHLV OtTXLGDV GH UHFHLWDV QmR WULEXWiYHLV REVWDQWH DV ERDV FKDQFHV GH r[LWR D PpGLR H ORQJR SUD]R GH DFRUGR FRP D RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV %HQHItFLR ILVFDO 2XWUDV ,,, 0RYLPHQWDomR GDV 3URYLV}HV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR (P GH GH]HPEUR 5 PLO )LVFDLV H $ DOtTXRWD GD FRQWULEXLomR VRFLDO SDUD DV HPSUHVDV ILQDQFHLUDV IRL HOHYDGD SDUD GH DFRUGR FRP D /HL Qº 1RWD H 3UHYLGHQ E &RPSRVLomR GD FRQWD GH UHVXOWDGR GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO &tYHLV FLiULDV

1R LQtFLR GR H[HUFtFLR $WXDOL]DomR 0RQHWiULD &RQVWLWXLo}HV OtTXLGDV GH UHYHUV}HV %DL[DV 6DOGR QR ILQDO GR H[HUFtFLR GH 1RWD &RPSUHHQGH VXEVWDQFLDOPHQWH REULJDo}HV OHJDLV

G (P GH GH]HPEUR GH H QmR Ki SURFHVVRV FRQWLQJHQWHV DYDOLDGRV FRPR GH SHUGD SRVVtYHO GH QDWXUH]D UHOHYDQWH

D )LVFDLV H SUHYLGHQFLiULDV

,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV VREUH OXFURV D SDJDU 3URYLVmR SDUD ULVFRV ILVFDLV 1RWD E ,PSRVWRV H FRQWULEXLo}HV D UHFROKHU 3URYLVmR SDUD LPSRVWRV H FRQWULEXLo}HV GLIHULGRV 1RWD F 7RWDO

(P GH GH]HPEUR 5 PLO

,PSRVWRV FRUUHQWHV ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GHYLGRV ,PSRVWRV GLIHULGRV F 3DVVLYRV &RQWLQJHQWHV FODVVLILFDGRV FRPR SHUGDV SRVVtYHLV &RQVWLWXLomR UHDOL]DomR QR H[HUFtFLR VREUH DGLo}HV WHPSRUiULDV $ ,QVWLWXLomR PDQWpP XP VLVWHPD GH DFRPSDQKDPHQWR SDUD WRGRV RV SURFHVVRV DGPLQLVWUDWLYRV H MXGLFLDLV HP TXH D ,QVWLWXLomR ILJXUD FRPR ´DXWRUDµ RX ´Upµ H ,PSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO GR H[HUFtFLR DPSDUDGD QD RSLQLmR GRV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV FODVVLILFD DV Do}HV GH DFRUGR FRP D H[SHFWDWLYD GH LQVXFHVVR 3HULRGLFDPHQWH VmR UHDOL]DGDV DQiOLVHV VREUH DV WHQGrQFLDV MXULVSUXGHQFLDLV H HIHWLYDGD VH QHFHVViULD D UHFODVVLILFDomR GRV ULVFRV GHVVHV SURFHVVRV 1HVWH FRQWH[WR RV SURFHVVRV FRQWLQJHQWHV DYDOLDGRV F 2ULJHP GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV GH LPSRVWR GH UHQGD H FRQWULEXLomR VRFLDO FRPR GH ULVFR GH SHUGD SRVVtYHO QmR VmR UHFRQKHFLGRV FRQWDELOPHQWH

2875$6 2%5,*$d¯(6

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

3URYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV FtYHLV 3URYLVmR SDUD FRQWLQJrQFLDV ILVFDLV 3URYLVmR SDUD GHVYDORUL]DomR GH WtWXORV H LQYHVWLPHQWRV ÉJLR DPRUWL]DGR 3URYLVmR SDUD SDUWLFLSDomR QRV OXFURV JUDWLILFDo}HV 2XWURV 7RWDO GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV 1RWD 2EULJDo}HV ILVFDLV GLIHULGDV 1RWD D &UpGLWR WULEXWiULR OtTXLGR GDV REULJDo}HV ILVFDLV GLIHULGDV

6DOGR HP

&RQVWL WXLomR

([HUFtFLRV ILQGRV HP GH GH]HPEUR 5 PLO

5HDOL]DomR

5 PLO 6DOGR HP &RQWLQXD


DIà RIO DO COMÉRCIO

12

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

&RQWLQXDomR

%5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV (PSUHVD GD 2UJDQL]DomR %UDGHVFR &13- 6HGH $Y 3DXOLVWD ž $QGDU %HOD 9LVWD 6mR 3DXOR 63

127$6 (;3/,&$7,9$6 '$ $'0,1,675$dÂŽ2 ­6 '(021675$dÂŻ(6 &217É%(,6 G 3UHYLVmR GH UHDOL]DomR GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV VREUH GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV SUHMXt]R ILVFDO H EDVH QHJDWLYD GH FRQWULEXLomR VRFLDO (P GH GH]HPEUR GH 5 PLO

7RWDO

'LIHUHQoDV WHPSRUiULDV ,PSRVWR &RQWULEXLomR GH UHQGD VRFLDO

7RWDO

$ SURMHomR GH UHDOL]DomR GH FUpGLWR WULEXWiULR p XPD HVWLPDWLYD H QmR HVWi GLUHWDPHQWH UHODFLRQDGD j H[SHFWDWLYD GH OXFURV FRQWiEHLV 2 YDORU SUHVHQWH GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV FDOFXODGRV FRQVLGHUDQGR D WD[D PpGLD GH FDSWDomR OtTXLGD GRV HIHLWRV WULEXWiULRV PRQWD D 5 PLO 5 PLO GH GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV

2875$6 ,1)250$d¯(6 D $ %5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV DGPLQLVWUD IXQGRV GH LQYHVWLPHQWRV HP 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV FXMRV SDWULP{QLRV OtTXLGRV HP GH GH]HPEUR GH VRPDP 5 PLO 5 PLO FXMD UHFHLWD GH WD[D GH DGPLQLVWUDomR GHVVHV IXQGRV QR SHUtRGR IRL GH 5 PLO 5 PLO UHJLVWUDGR HP UHFHLWD GH SUHVWDomR GH VHUYLoRV E (P DGHUrQFLD DR SURFHVVR GH FRQYHUJrQFLD FRP DV QRUPDV LQWHUQDFLRQDLV GH FRQWDELOLGDGH DOJXPDV QRUPDV H VXDV LQWHUSUHWDo}HV IRUDP HPLWLGDV SHOR &RPLWr GH 3URQXQFLDPHQWRV &RQWiEHLV &3& DV TXDLV VHUmR DSOLFiYHLV DV LQVWLWXLo}HV ILQDQFHLUDV VRPHQWH TXDQGR DSURYDGDV SHOR &01 2V SURQXQFLDPHQWRV FRQWiEHLV Mi DSURYDGRV IRUDP ‡ 5HVROXomR Qº 5HGXomR DR 9DORU 5HFXSHUiYHO GH $WLYRV &3& ‡ 5HVROXomR Qº 'HPRQVWUDomR GR )OX[R GH &DL[D &3& ‡ 5HVROXomR Qº 'LYXOJDomR VREUH 3DUWHV 5HODFLRQDGDV &3& H ‡ 5HVROXomR Qº 3URYLV}HV 3DVVLYRV &RQWLQJHQWHV H $WLYRV &RQWLQJHQWHV &3& $WXDOPHQWH QmR p SRVVtYHO HVWLPDU TXDQGR R %$&(1 LUi DSURYDU RV GHPDLV SURQXQFLDPHQWRV FRQWiEHLV GR &3& H QHP WDPSRXFR VH D XWLOL]DomR GRV PHVPRV VHUi GH PDQHLUD SURVSHFWLYD RX UHWURVSHFWLYD &RP LVVR DLQGD QmR p SRVVtYHO HVWLPDU RV LPSDFWRV FRQWiEHLV GD XWLOL]DomR GHVVHV SURQXQFLDPHQWRV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GD ,QVWLWXLomR

$ ',5(725,$ /XL] )LOLSH /RSHV 6RDUHV &RQWDGRU &5& 63 2

5(/$7Ă?5,2 '26 $8',725(6 ,1'(3(1'(17(6 $RV $GPLQLVWUDGRUHV

OpiniĂŁo

(P QRVVD RSLQLmR DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV DFLPD UHIHULGDV DSUHVHQWDP DGHTXDGDPHQWH HP WRGRV RV DVSHFWRV UHOHYDQWHV D SRVLomR SDWULPRQLDO H ILQDQFHLUD GD %5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV HP GH GH]HPEUR GH R GHVHPSHQKR GH VXDV ([DPLQDPRV DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV LQGLYLGXDLV GD %5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV ´,QVWLWXLomR¾ RSHUDo}HV H RV VHXV IOX[RV GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR H VHPHVWUH ILQGRV QHVVD GDWD GH DFRUGR FRP DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO DSOLFiYHLV jV TXH FRPSUHHQGHP R EDODQoR SDWULPRQLDO HP GH GH]HPEUR GH H DV UHVSHFWLYDV GHPRQVWUDo}HV GR UHVXOWDGR GDV PXWDo}HV GR SDWULP{QLR OtTXLGR H LQVWLWXLo}HV DXWRUL]DGDV D IXQFLRQDU SHOR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO GRV IOX[RV GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR H VHPHVWUHV ILQGRV QHVVD GDWD DVVLP FRPR R UHVXPR GDV SULQFLSDLV SUiWLFDV FRQWiEHLV H GHPDLV QRWDV H[SOLFDWLYDV

%5$0 %UDGHVFR $VVHW 0DQDJHPHQW 6 $ 'LVWULEXLGRUD GH 7tWXORV H 9DORUHV 0RELOLiULRV

5HVSRQVDELOLGDGH GD DGPLQLVWUDomR VREUH DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV

Outros assuntos

$ $GPLQLVWUDomR GD ,QVWLWXLomR p UHVSRQViYHO SHOD HODERUDomR H DGHTXDGD DSUHVHQWDomR GHVVDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GH DFRUGR FRP DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO DSOLFiYHLV jV LQVWLWXLo}HV DXWRUL]DGDV D IXQFLRQDU SHOR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO %$&(1 H SHORV FRQWUROHV LQWHUQRV TXH HOD GHWHUPLQRX FRPR Demonstração do valor adicionado ([DPLQDPRV WDPEpP D GHPRQVWUDomR GR YDORU DGLFLRQDGR '9$ SDUD R H[HUFtFLR ILQGR HP GH GH]HPEUR GH FXMD DSUHVHQWDomR HVWi VHQGR HIHWXDGD QHFHVViULRV SDUD SHUPLWLU D HODERUDomR GH GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV OLYUHV GH GLVWRUomR UHOHYDQWH LQGHSHQGHQWHPHQWH VH FDXVDGD SRU IUDXGH RX HUUR GH IRUPD YROXQWiULD SHOD ,QVWLWXLomR (VVD GHPRQVWUDomR IRL VXEPHWLGD DRV PHVPRV SURFHGLPHQWRV GH DXGLWRULD GHVFULWRV DQWHULRUPHQWH H HP QRVVD RSLQLmR 5HVSRQVDELOLGDGH GRV DXGLWRUHV LQGHSHQGHQWHV HVWi DGHTXDGDPHQWH DSUHVHQWDGD HP WRGRV RV VHXV DVSHFWRV UHOHYDQWHV HP UHODomR jV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV WRPDGDV HP FRQMXQWR 1RVVD UHVSRQVDELOLGDGH p D GH H[SUHVVDU XPD RSLQLmR VREUH HVVDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV FRP EDVH HP QRVVD DXGLWRULD FRQGX]LGD GH DFRUGR FRP DV QRUPDV EUDVLOHLUDV H LQWHUQDFLRQDLV GH DXGLWRULD (VVDV QRUPDV UHTXHUHP R FXPSULPHQWR GH H[LJrQFLDV pWLFDV SHORV DXGLWRUHV H TXH D DXGLWRULD VHMD SODQHMDGD H H[HFXWDGD FRP R REMHWLYR GH REWHU VHJXUDQoD UD]RiYHO GH TXH DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV HVWmR OLYUHV GH GLVWRUomR UHOHYDQWH 8PD DXGLWRULD HQYROYH D H[HFXomR GH SURFHGLPHQWRV VHOHFLRQDGRV SDUD REWHQomR GH HYLGrQFLD D UHVSHLWR GRV YDORUHV H GLYXOJDo}HV DSUHVHQWDGRV 6mR 3DXOR GH MDQHLUR GH QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV 2V SURFHGLPHQWRV VHOHFLRQDGRV GHSHQGHP GR MXOJDPHQWR GR DXGLWRU LQFOXLQGR D DYDOLDomR GRV ULVFRV GH GLVWRUomR UHOHYDQWH QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV LQGHSHQGHQWHPHQWH VH FDXVDGD SRU IUDXGH RX HUUR 1HVVD DYDOLDomR GH ULVFRV R DXGLWRU FRQVLGHUD RV FRQWUROHV LQWHUQRV UHOHYDQWHV SDUD D HODERUDomR H D DGHTXDGD DSUHVHQWDomR GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GD ,QVWLWXLomR SDUD SODQHMDU RV SURFHGLPHQWRV GH DXGLWRULD TXH VmR DSURSULDGRV QDV FLUFXQVWkQFLDV PDV QmR SDUD H[SUHVVDU XPD RSLQLmR VREUH D HILFiFLD GRV FRQWUROHV LQWHUQRV 3ULFHZDWHUKRXVH&RRSHUV /XtV &DUORV 0DWLDV 5DPRV GD ,QVWLWXLomR 8PD DXGLWRULD LQFOXL WDPEpP D DYDOLDomR GD DGHTXDomR GDV SUiWLFDV FRQWiEHLV XWLOL]DGDV H D UD]RDELOLGDGH GDV HVWLPDWLYDV FRQWiEHLV $XGLWRUHV ,QGHSHQGHQWHV &RQWDGRU IHLWDV SHOD DGPLQLVWUDomR EHP FRPR D DYDOLDomR GD DSUHVHQWDomR GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV WRPDGDV HP FRQMXQWR &5& 63 2 &5& 63 2 $FUHGLWDPRV TXH D HYLGrQFLD GH DXGLWRULD REWLGD p VXILFLHQWH H DSURSULDGD SDUD IXQGDPHQWDU QRVVD RSLQLmR

p

Um tema que eu acho que estå mais próximo do fim Ê o das coligaçþes proporcionais. Senador AÊcio Neves (PSDB-MG)

olĂ­tica

Celso Junior/AE

SessĂŁo no Senado (da esquerda para a direita): Michel Temer, JosĂŠ Sarney, Marco Maia e JosĂŠ AntĂ´nio Dias Toffoli.

Senado dĂĄ a largada para a reforma É instalada a comissĂŁo para propor mudanças na estrutura polĂ­tica do PaĂ­s e estudar 11 temas estratĂŠgicos, que jĂĄ sĂŁo alvo de propostas: tudo em 45 dias

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a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, e de outras autoridades do Executivo e do Judiciårio, foi instalada, no início da tarde de ontem, no plenårio do Senado, a comissão que no prazo de 45 dias vai propor mudanças na estrutura política do País. Segundo o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que preside a comissão, serão examinados 11 temas estratÊgicos que jå são alvo de propostas na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Entre eles estå o financiamento público das campanhas eleitorais, a alteração nas regras de escolha dos suplentes dos senadores e o voto distrital. Participaram da solenidade, alÊm do presidente do Senado, JosÊ Sarney (PMDB-AP), que criou a comissão; o ministro da Justiça, JosÊ Eduardo Cardozo; o presidente da Câmara

dos Deputados, Marcos Maia, e o ministro do STF, JosÊ Antonio Tofolli, que preside a comissão de reforma eleitoral, instalada em 2010 no Senado. O grupo, coordenado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), terå 45 dias para concluir os trabalhos. Para Sarney, "devido ao pouco tempo, a comissão não discutirå temas teóricos. Só pontos pråticos. Se entrar na parte teórica não sai nunca mais." Na terça-feira passada, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), apresentou um projeto de lei para proibir as coligaçþes nas eleiçþes proporcionais. Com o objetivo de provocar discussão sobre a reforma política, a proposta vai de encontro com aquela que Ê defendida pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Enquanto Temer quer o fim da utilização do coeficiente eleitoral como critÊrio para o

preenchimento das cadeiras lisada, Nogueira diz que "ao da Câmara, transformando a analisar essa proposta do Mieleição para a Casa num pleito chel Temer, parece que ela enem que os mais votados levam fraquece os partidos polĂ­ticos. as vagas, Nogueira propĂľe que Porque vocĂŞ vai, simplesmeno dispositivo seja mantido, sĂł te, personalizar, fulanizar, as que aplicado apenas aos parti- candidaturas sem nenhum dos, e nĂŁo Ă s c o m p ro m i scoligaçþes. so, amanhĂŁ, O objetivo, c o m u m a l isegundo ele, ĂŠ nha definida Devido ao pouco "acabar com as de pensamentempo, a comissĂŁo coligaçþes to partidĂĄrio. proporcionais, nĂŁo discutirĂĄ temas E democracia que distorcem teĂłricos. SĂł pontos sem fortalecio sistema remento de parprĂĄticos. Se entrar pre sentat ivo" tidos nĂŁo nos na parte teĂłrica nĂŁo leva a bons ree que criam sai nunca mais. partidos que sultados". a c a b a m s e rC o m b i n aJOSÉ SARNEY vindo como leção – O presigendas de aludente do Seguel. O projeto foi publicado nado, JosĂŠ Sarney (PMDBno DiĂĄrio Oficial do dia 16 e AP), defendeu o voto misto coagora deve passar pelas comis- mo um dos principais pontos sĂľes temĂĄticas da Câmara. da reforma polĂ­tica que serĂĄ Embora ressalve que qual- elaborada pelo Senado. De quer proposta de reforma polĂ­- acordo com Sarney, a combinatica ĂŠ bem vinda e deve ser ana- ção dos votos proporcional

(com base no quociente eleitoral) e majoritĂĄrio (em que o mais votado ĂŠ eleito) ĂŠ o sistema ideal para corrigir as distorçþes eleitorais no PaĂ­s. "Resolvendo isso, resolvemos 60% de todo o problema da reforma polĂ­tica. Com o voto majoritĂĄrio ĂŠ possĂ­vel fazer um voto proporcional. Contando dentro das legendas os votos majoritĂĄrios que forem dados. É uma ideia que pode vir a ser trabalhada." Sarney destacou que o voto proporcional foi criado para proteger os partidos menores, mas que hoje isso nĂŁo ĂŠ mais necessĂĄrio. "Com nossa sociedade aberta e pluralista, todo mundo tem o direito de expressar ideias. Hoje, um presidente de sindicato, se tiver expressĂŁo, opina muito mais. NĂŁo hĂĄ apenas um Congresso onde os pequenos podem circular. É um problema mais de interesse de pequenos grupos que um problema de fundo."

AÊcio defende fim das coligaçþes partidårias

Governo se diz contra a CPMF ApĂłs encontro de governadores do Nordeste, em Sergipe, com participação da presidente Dilma Rousseff, DĂŠda disse que Dilma queria abrir um debate pĂşblico sobre a proposta de recriação da CPMF. Alckmin, contra – O governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu ontem que a ĂĄrea da saĂşde pĂşblica tem problemas de financiamento e que os gastos tĂŞm aumentado Ă medida que a população estĂĄ envelhecendo. Mas se diz contra a criação de mais um imposto,

nos moldes da extinta CPMF. "O caminho Ê buscar outras maneiras para tentar resolver a questão". Em fins de 2010, ele propôs que a solução para o impasse fosse obtida por meio de ajustes no Orçamento da União. "O ideal seria resolver isso atravÊs do próprio orçamento, no qual då para cortar, no qual pode ajustar, no qual pode remanejar". (Agências) Alckmin: "O caminho Ê buscar outras maneiras para resolver a questão"

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Vanessa Carvalho/AE

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ministro das Relaçþes Institucionais, Luiz SĂŠrgio, negou ontem que o governo esteja discutindo a criação de uma "nova CPMFâ€? para financiar a saĂşde, como afirmou, na segunda-feira, o governador de Sergipe, Marcelo DĂŠda (PT). A CPMF, Contribuição ProvisĂłria sobre Movimentação Financeira, foi extinta pelo Congresso, em 2007. Luiz SĂŠrgio afirmou que "nĂŁo existe, no governo, nenhum debate acerca da recriação da CPMF.â€?

Pontos principais – Membro da ComissĂŁo de Reforma PolĂ­tica, o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a definição de uma nova modalidade de financiamento de campanha deve constar dos principais pontos a serem tratados pelo grupo de 15 senadores. Ele informou que vai propor Ă comissĂŁo o estabelecimento de seis ou sete temas prioritĂĄrios para a formulação de uma proposta de reforma. Para Viana, a comissĂŁo nĂŁo tem o objetivo de encerrar o debate sobre a reforma polĂ­tica, mas conduzir objetivamente o tema, apontando questĂľes consensuais para a elaboração de um anteprojeto. "Estipular 45 dias ĂŠ uma maneira de nos impor um prazo curto para que tenhamos um trabalho objetivo." Segundo ele, hĂĄ muitas divergĂŞncias, "mas o Senado tem que ser a Casa que representa a convergĂŞncia." (AgĂŞncias)

senador AÊcio Neves (PSDB-MG) defendeu o fim das coligaçþes partidårias, ontem, no Senado. Ele tambÊm se disse a favor do sistema distrital misto ou distritão, em que parte dos deputados Ê eleita pelo voto proporcional e parte pelo voto majoritårio. "A coligação traz distorçþes ao processo representativo hoje, mas ela acaba por esse outro sistema. Porque num momento em que você faz o distritão, você não tem mais possibilidade de fazer coligação partidå-

ria. Se me perguntarem um tema que eu ache que estå mais próximo do fim, Ê o fim das coligaçþes proporcionais." Para AÊcio, "um parlamentar eleito por um partido tem que cumprir o mandato pelo partido. Mas pode, no fim do mandato, talvez 6 meses antes do fim, eventualmente, se filiar a outro partido". Apesar de ser favoråvel a uma janela, disse que tratar do tema no início do debate sobre a reforma política seria "desmoralizante" para o Congresso. (Folhapress)


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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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13 MORTES Todos os anos, 130 pessoas, em média, morrem vítimas de quedas de raios.

idades

Mariana Missiaggia

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lém dos temores naturais que provocam, os raios também assustam pela sua frequência e quantidade em nosso País. Em épocas específicas caem 24 mil raios por dia, só no Brasil. Anualmente, em média, eles matam 130 pessoas. Como que confirmando esses números, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informa que, no último domingo, exatos 1.051 raios caíram sobre a cidade de São Paulo. Um deles, por volta das 16h, atingiu Maria Aparecida Bueno, 45 anos, que trabalha como segurança no Parque Villa-Lobos, na zona oeste da Capital. No momento, ela se encontra na UTI do Hospital das Clínicas em estado grave. O acidente produziu um compreensível sobressalto, pois a ideia generalizada é de que São Paulo possui uma rede suficiente de para-raios para proteger a população. Segundo Hélio Sueta, 53 anos, diretor da Divisão de Potência do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), não é bem assim. "Os equipamentos não têm área de atuação extensa", diz ele. "No caso do Villa-Lobos, que é muito grande, seria quase impossível criar uma malha aterrada para garantir sua proteção", afirmou. Na verdade, a direção do parque já havia feito consultas anteriores nesse sentido. O fato é que um para-raio estabelece ao seu redor uma mancha de proteção proporcional à altura do prédio onde está instalado. A título de prevenção, foram instalados 15 deles nos edifícios distribuídos pela área de 732 mil m² do parque depois do desastre com Maria Aparecida. Porém, esse sistema não protege quem caminha ou pedala bicicleta pelas suas veredas. Norma – Parece que nosso sistema de defesa contra raios não anda às mil maravilhas. Se estivesse, os especialistas não estariam revisando a norma NBR 5419, que define a disposição correta dessa rede

Que o céu nos proteja. E os para-raios também. A cada ano que passa aumenta a incidência de raios na Capital e em todo o País. E a cidade de São Paulo não possui um sistema eficiente de proteção. Fotos: de Agliberto Lima/DC

No domingo, a cidade de São Paulo foi novamente castigada por chuvas e raios. Naquele dia, exatos 1.051 raios caíram sobre a Capital, sendo que um deles atingiu uma pessoa no Parque Vila-Lobos, na zona oeste.

REVISÃO Norma que define a rede protetora de raios está sendo revista.

protetora. Este trabalho tem como referência a regulamentação norteamericana IEC 62305 que trata do assunto. Nossos especialistas acreditam que a atual norma brasileira está exageradamente simplificada. Sueta prevê que a atualização a ser feita fará as atuais 42 páginas da norma NBR 5419 saltarem para 400. Por essa defasagem é possível imaginar o quanto temos que andar. Eis um dado para mostrar a necessidade da revisão: hoje, cada cidade tem seu próprio órgão regulamentador, o que significa que cada uma faz o que quer, para o bem ou para o mal. Por sua vez, a fiscalização não é perfeita. Fiscalização – Ocasionalmente, o Corpo de Bombeiros ou alguma denúncia de moradores desmascaram a falta de pararaios em locais que deveriam tê-los. Hélio Sueta confirma a informação: "A maioria dos prédios deveria ter, mas como não há fiscalização, a instalação fica dependendo da vontade e da consciência do responsável", diz ele. Tal situação elimina de pronto a possibilidade de se fazer um levantamento correto da quantidade deles para qualquer planejamento a ser pensado. Segundo pesquisas do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, as providências já estão atrasadas, pois o número de raios está aumentando. Velozmente, aliás. Em janeiro de 2010, foram 400.533 sobre São Paulo. E em janeiro deste ano, 462.530. A propósito, São Paulo é a sexta cidade do Estado a apresentar maior incidência do fenômeno. Os mesmos estudos do grupo revelam que um único raio pode atingir mais de cinco pontos, duram meio segundo e cumprem uma trajetória de 5 a 10 quilômetros. E enquanto não chegamos ao cenário adequado de proteção, Sueta aconselha que, em dias de temporal, fiquemos longe de descampados, de postes de iluminação, árvores, cercas de arame farpado e pontos de concentração de água, como piscinas.


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A gente ligava para a Eletropaulo e esperava dez ou quinze minutos para ser atendido. Valter Gali, síndico

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Apagão castiga dois edifícios por 20 horas Na Aclimação, moradores idosos correram o risco de perder seus medicamentos por falta de refrigeração. Todos reclamaram da demora no atendimento da Eletropaulo. Fotos de Zé Carlos Barretta/Hype

Geriane Oliveira

William Volcov/News Free/AE

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e segunda-feira para ontem à tarde, dois edifícios residenciais da rua Castro Alves, na Aclimação, ficaram mais de 20 horas sem energia elétrica. O resultado foi que cerca de 200 moradores tiveram suas rotinas desorganizadas e dois síndicos passaram a noite em claro atendendo as mais variadas necessidades, que envolveram, entre outras coisas, a preservação de medicamentos que devem ser mantidos em geladeiras e consumidos por pessoas idosas que formam uma boa fatia dos moradores. No caso de Valter Gali, 72 anos, síndico e residente do número 744, os problemas começaram por volta das 14h30 de anteontem. "Começou uma chuva forte e logo acabou a energia. Com os interfones desligados, o telefone da portaria não parou de tocar. A gente ligava para a Eletropaulo e esperava dez ou quinze minutos para ser atendido", queixa-se. Quando conseguiu falar, o atendente prometeu que "os técnicos resolveriam o problema em duas horas". Vali, como que esquecendo a própria idade, dedicou-se particularmente aos idosos do prédio. "Passei a noite aqui na portaria. Tem muita gente idosa aqui, alguns até moram sozinhos. Foi um caos", desabafou. Limitações – Luiza e Durval Bruzzi Pinto Coelho, ela com 79 anos e ele com 82 anos, são um bom exemplo dos idosos referidos pelo síndico. Eles moram no sétimo andar e precisam ser monitorados permanentemente em vista das dificuldades de remoção pelas escadas em uma emergência. "Não foram só eles. Tem muita gente aqui com problemas de saúde, limitações ou que foi operada recentemente, fora aqueles que têm remédios na geladeira". A professora universitária Marli Santos Mutscheli, do quinto andar, estava nessa situação. Diabética, toma insulina diariamente. "O remédio que uso é importado da Dinamarca e só não estragou

Sinal apagado na zona leste

porque um parente que mora aqui perto levou os frascos para sua casa num isopor com gelo". De acordo com Marli, os medicamentos custam R$ 250 cada caixa com cinco ampolas. "Ainda bem que deu tempo. Mas agora tive de jogar no lixo o peixe e uma carne que comprei sábado", lamentou. No sexto andar, a aposentada Palmira Coelho, 75 anos, somente não se tornou boia-fria por um dia graças a um pequeno fogão a gás. E, de bom astral, conseguiu até tirar proveito da situação. "Como não chegava a luz, aproveitei para limpar o freezer antes de dormir. Hoje de manhã tive de jogar um monte de verdura fora", disse. O síndico Gali lembra que, nos 34 anos de existência, o prédio jamais havia passado por situação igual. O pior é que o edifício não tem gerador por se tratar de equipamento caro. Nervoso, recorreu ao 190 da PM e às emissoras de rádio. "Eu estava explodindo de nervoso. Com as rádios funcionou bem, pois minha reclamação foi para o ar. O soldado da PM até acabou rindo comigo, quando lhe contei a desgraça". Um galho - A falta de força no número 744 decorreu, segundo Gali, dos ventos que vergaram os galhos de uma árvore em direção ao transformador do poste, desconectando o dispositivo. Em princípio, tratava-se de um manejo simples para restabelecer a

Muitos semáforos ficaram apagados

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No alto, à esquerda, Palmira Coelho. No alto, à direita, o transformador desligado pela queda de um galho de árvore. À esquerda, o síndico Antônio Thomé Filho, indignado com a demora da Eletropaulo.

energia. Mas a Eletropaulo só chegou às 11h30 de ontem. "A árvore fica ao lado do poste e desligou um fusível que os técnicos chamam de canalizador. Eles resolveram tudo em quinze minutos", conta o zelador Sebastião Alves de Lima, 47 anos, que trabalha no condomínio desde 1994. O incidente passou e a árvore continua lá. "Já ligamos várias vezes para a Prefeitura, que disse que é com a Eletropaulo, num jogo de empur-

ra", diz o síndico Gali, revoltado. O mesmo vento e galhos também afetaram os 60 moradores do prédio vizinho, no número 778. Esse edifício tem gerador, mas com autonomia de apenas cinco horas. Acresce que o equipamento tem outra limitação: esquenta em excesso após três horas de uso ininterrupto e precisa ser desligado, para não queimar. Além disso, só atende aos elevadores e à portaria.

O síndico Antônio Thomé Filho, de 57 anos, como seu colega do 744, estava indignado com a demora da Eletropaulo. "Foi o blecaute mais longo que sofremos e, mesmo com toda a explicação, nada justifica uma cidade grande como São Paulo não ter equipes de emergência para agilizar o serviço em situações como esta", afirma ele. "Vinte horas sem luz significa sem banho, sem poder fazer uma comida quente e há o risco da falta de segurança. "Passamos a noite na expectativa. Só de madrugada, depois de muitos telefonemas, consegui falar com um supervisor geral", disse. O zelador do edifício, Avanildo F.S., de 47 anos, que trabalha há cerca de 30 anos no bairro, confirma as horas difíceis. "Minha maior dificuldade era explicar aos moradores as justificativas da Eletropaulo. A empresa não dava respostas lógicas e ninguém entendia o que estava se passando. "Nunca é uma resposta lógica e a gente percebe que ninguém entende", afirmou ele.

ão Paulo teve ontem pelo menos 1 0 3 s e m á fo r o s com problemas (apagados ou em amarelo intermitente), em função da chuva de anteontem. Moradores da avenida Marechal Eurico Gaspar Dutra, em Santana, reclamaram de duas árvores que caídas sobre a via havia mais de 24 horas. Até as 18h de ontem as duas árvores ainda não haviam sido retiradas. O moradores ainda reclamaram da falta de luz. Disseram que entraram em contato com a Defesa Civil e com a Eletropaulo, mas que nenhum dos órgãos tomou providências. A Defesa Civil informou que estava com o registro do problema na rua, mas que o trabalho foi dificultado pelo grande número de ocorrências de queda de árvores no bairro. A Eletropaulo informou que suas equipes estavam nas ruas para atender os registros de problemas com a rede elétrica. (Agências)

Ambiente: imóveis sustentáveis são tema de encontro na ACSP Presidente do SCIESP diz que imóveis antigos vão ter de se adaptar às novas regras Fotos de Marcos Mendes/Luz

Ivan Ventura

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necessidade de adequação do mercado imobiliário às regras de sustentabilidade (em especial a questão ambiental) foi um dos temas tratados ontem pelo presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (SCIESP), Alexandre Marques Tirelli, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele foi o primeiro convidado de 2011 do almoço que acontece a cada quinze dias, organizado pelo Conselho de Política Urbana (CPU) da entidade. Na exposição, o convidado citou números e dados recentes sobre o desenvolvimento do mercado imobiliário no Brasil e nos grandes centros, como São Paulo. Segundo ele, o Brasil tem aproximadamente quatro milhões de imóveis antigos e em uso que precisam ser adequados segundo as legislações municipais vigentes. Deste total, de 15% a 20% estão localizados na capital paulista. "Hoje é comum a associação com a sustentabilidade. São levadas em consideração a melhor ventilação dos imóveis, a iluminação e até mesmo a captação da água das chuvas, ainda mais levando-se em consideração os eventos dos últimos dias na cidade", disse Marques Tirelli. Leis antigas – A mesma ausência de adaptação às normas que tratam sobre sustentabili-

Tirelli: antigos têm de se adaptar

Pela: preocupação com os preços

dade também estão sendo observadas em novos empreendimentos. No entanto, Tirelli acredita que até 2012 o problema deve ser sanado. "Há empreendimentos regidos por leis anteriores a algumas normas sobre sustentabi-

lidade e que estão se adaptando. Entendo que, a partir de 2010 e pelos próximos dois anos, os imóveis novos deverão sanar esse problema na cidade", afirmou. Para Tirelli, uma das vantagens do cumprimento das normas é o custo do empreendimento, muitas vezes menor do que os imóveis antigos. Um exemplo são as construções que possuem placas de captação de energia solar e usadas em alguns aparelhos em casa. Estagnação – Sobre o valor dos imóveis, o vice-presidente da ACSP e coordenador da CPU, Antonio Carlos Pela, externou sua preocupação com o preço cada vez maior verificado nos últimos tempos. "Há uma escassez de imóveis na cidade. E há mais dados: haverá dois eventos de grande impacto no País: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Isso deve causar novos aumentos" disse Pela, que é economista de formação. Tirelli acha difícil uma queda nos preços, mas acredita na estagnação do valor de compra e venda nos próximos anos. "Preço baixo não, mas a paralisação deve ocorrer em médio e longo prazo", disse o presidente do SCIESP. Participaram da reunião, além de Pela e o convidado Tirelli, os diretores da ACSP Paulo Andrade Costa e Nelson Maluf El-Hage. Também compôs a mesa de debates o integrante da CPU e empresário Renaldo Pizzimenti.


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Unctad: os protestos no mundo árabe são um alerta para que as nações ainda não afetadas alterem políticas que deixaram a desejar na geração de empregos e prosperidade.

nternacional Reuters/Divulgação

Eu sou guerreiro e morrerei como mártir O ditador líbio, Muamar Kadafi, tenta mostrar que ainda está no poder e insiste que não renunciará. Confrontos já mataram 300 pessoas, diz governo. Diante de sua residência bombardeada pelos EUA em 1986, Kadafi desafia pedidos para que renuncie.

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governante da Líbia, Muamar Kadafi, afirmou ont e m q u e n ã o r enunciará, não deixará a Líbia e amaldiçoou os que tentam insuflar a rebelião através do país. "Eu sou um guerreiro beduíno que trouxe glória para a Líbia e morrerei como um mártir", afirmou Kadafi, em pronunciamento na TV estatal. Em pouco mais de meia hora de discurso, prometeu "depurar casa por casa'' o país atrás dos "ratos e mercenários'' e exortou partidários a saírem em sua defesa. O discurso de Kadafi pareceu uma tentativa do ditador mostrar que ainda está no comando da Líbia. Ele acusou os Estados Unidos, a Itália e "terroristas islâmicos" de distribuírem armas e lançadores de granadas aos "jovens de Benghazi", referindo-se à segunda maior cidade da Líbia, onde os protestos ganharam força. Há 41 anos no poder, Kadafi também afirmou que a mídia internacional está a serviço, ao mesmo tempo, dos Estados Unidos e da rede extremista Al-Qaeda. O governo líbio admitiu que os confrontos já deixaram 300 mortos, incluídos 58 soldados. Mas existem organizações de exilados líbios na Europa que falam em mais de mil mortes. Vestido com um turbante e uma túnica marrons, Kadafi falou a partir de um complexo fortificado, que parecia ser sua residência bombardeada pelos Estados Unidos na década de 1980. "Eu ainda não ordenei o uso da força, não ordenei que nenhum tiro fosse disparado. Quando eu ordenar, então tudo vai pegar fogo", ameaçou. O governante fez um apelo aos seus partidários que tomem as ruas e também ordenou ao Exército e à polícia que esmaguem a rebelião. "A partir de amanhã (hoje), peguem suas crianças, saiam de casa, todos vocês que amam Kadafi, vão às ruas, não tenham medo deles', afirmou o líder. "Persigam-nos, prendam-nos, entreguem-nos às forças de segurança. Eles são

poucos, são terroristas''. Kadafi disse que os jovens que realizam os protestos são "bêbados e drogados". "Vocês conhecem alguém decente que participa destes protestos? São todos bêbados e drogados", vociferou o governante. "Vamos mostrar a eles o que é uma revolução popular. Avante", disse em conclusão. R ep r es sã o - Os protestos na Líbia, inspirados pelas revoltas que derrubaram os ditadores de

Tunísia e Egito, têm sido marcados por violenta repressão, incluindo bombardeios aéreos contra civis. Há relatos ainda da presença de mercenários contratados para atacar opositores. Segundo a rede de TV árabe Al-Jazira, seriam sobretudo dos vizinhos Chade e Sudão e da Somália. Deserção- O uso excessivo da violência vem provocando uma implosão do regime líbio. O ministro do Interior, Abdul Fattah Younis, e representantes diplomáticos do país foram os mais recentes membros do governo a deixarem seus cargos. No dia anterior, o ministro da Justiça já havia renunciado. Younis, que é descrito pela emissora de TV Al-Jazira como o "número 2" do governo, e também é um general do Exército líbio, fez um apelo aos soldados para que se unam à oposição e que sejam respondidas as "demandas legítimas" do povo. Embaixadores líbios nos EUA, França, Índia, assim como o vice-embaixador da Líbia na ONU anunciaram que deixaram de representar o regime líbio. (Agências)

Muamar é o líder da revolução até o final dos tempos Quando eu ordenar o uso da força, tudo vai pegar fogo. Vou depurar casa por casa atrás dos ratos

O amigo do ditador Max Rossi/Reuters

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primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, conversou por telefone, ontem com o governante da Líbia, Muamar Kadafi, e pediu uma solução pacífica para a crise política no país. Berlusconi é um dos raros líderes mundiais a ter acesso a Kadafi. Durante a conversa por telefone, o ditador líbio

Berlusconi: telefonema.

disse seu país está bem. "O líder irmão tranquilizou o amigo Berlusconi que a 'Líbia está bem, o povo está... mantendo a segurança, estabilidade e unidade nacional'", disse a agência oficial Jana. A aproximação dos dois países é histórica: Líbia foi colônia da Itália entre 1911 e 1943. (Agências)

Asmaa Waguih/Reuters

Opositores e soldados em Tobruk, no leste, protestam contra Kadafi. Região já está fora do controle do ditador, dizem soldados.

PROTESTOS SE ESPALHAM AO OESTE Região leste já está sob controle dos manifestantes da oposição, dizem soldados desertores.

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epois de se espalhar pela região leste da Líbia e pela capital Trípoli, a onda de protestos contra o ditador Muamar Kadafi chega ao oeste do país. O Exército líbio enviou "um grande número" de soldados a Sabratah, a oeste de Trípoli, depois que manifestantes destruíram quase todos os edifícios dos serviços de segurança, afirmou o jornal online Quryna ontem. Após dias de violentos choques, o leste da Líbia, reduto

da oposição, não está mais sob controle de Kadafi, disseram à Re u te r s soldados que não apoiam mais o governo. O lado líbio da fronteira egípcia estava ontem sob controle de rebeldes armados com cassetetes e fuzis Kalashnikov, que saudaram visitantes vindos do Egito. O Exército do Egito admitiu que os guardas líbios da fronteira partiram e que o lado líbio da fronteira estava sob o controle de "comitês populares",

sem dar detalhes sobre a fidelidade dos comitês. Soldados líbios na cidade de Tobruk afirmaram que não apoiam Gaddafi, e confirmaram que o leste do país está fora do controle do governo. Moradores afirmaram que a cidade está agora em mãos do povo e ve m s e n d o a s s i m h á quatro dias. "Todas as regiões do leste estão agora fora do controle de Kaddafi... O povo e o Exército estão lado a lado aqui", disse o

agora ex-major do Exército Hany Saad Marjaa. Petróleo - As empresas petrolíferas que operam na região também informaram ontem que seus poços de petróleo estão sob o controle dos insurgentes. Os diretores da Arabian Gulf Oil Co., subsidiária da National Oil Co., anunciaram sua rebelião contra Kadafi e prometeram lealdade à revolta, segundo funcionários das empresas. Os poços petrolíferos de Nafoora, Missla e Sarir estão sob

o controle da tribo Zawya, que se revoltou contra Kadafi. A Arabian Gulf Oil é uma das maiores petrolíferas estatais da Líbia, formada em 1979. Os poços petrolíferos do oeste da Líbia ainda estão sob controle do governo de Kadafi, informou o Wall Street Journal. Contágio- Os protestos se espalharam a Trípoli, partindo de Benghazi, a segunda maior cidade do país e berço da revolta, que já chegou a várias cidades. Moradores de Benghazi di-

zem que a cidade está sob controle dos manifestantes. A cidade de Sabratah, a 80 quilômetros a oeste de Trípoli, é o mais recente palco de manifestações contra o regime líbio. Manifestantes queimaram os departamentos de segurança e os edifícios dos comitês revolucionário e de investigação criminal. Eles também destruíram todos os retratos de Kaddafi, disse o jornal Quryna, citando seu correspondente no local. (Agências)


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nternacional

Os protestos mantêm o mundo árabe em estado de tensão. Em Bahrein, xiitas marcham contra a discriminação, enquanto a revolta no Iêmen chega à sua segunda semana com mortes.

'Banho de sangue' é condenado por dirigentes mundiais

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repressão do governo da Líbia contra os manifestantes da oposição foi duramente criticada pela comunidade internacional. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), presidido neste mês pelo Brasil, condenou o uso de violência e apelou para que os responsáveis pelos ataques a civis sejam punidos. Já a Liga Árabe vetou a participação da Líbia nas reuniões do grupo até que Trípoli atenda as reivindicações dos manifestantes. Ontem, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, endureceu o tom ao afirmar que a mensagem mundial "inequívoca'' é que o "banho de sangue'' deve parar já e que o governo líbio é o responsável pelo caos. "Essa carnificina é completamente inaceitável", disse. Cresce a pressão para que Washington intervenha contra a repressão. Questionada sobre a possibilidade de os EUA irem

além da mera condenação, Hillary disse que está discutindo as ações "apropriadas" com a comunidade internacional. Já o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, também classificou como "inadmissível" e "inaceitável" a reação das autoridades de Trípoli contra manifestantes desarmados. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, exigiu que a Líbia parasse de usar a violência e ameaçou adotar sanções se a situação continuar. Ela disse que o discurso feito pelo governante da Líbia, Muamar Kadafi, foi "assustador", visto que ele "declarou guerra à própria população". Por sua vez, a Liga Árabe impediu a Líbia "de participar das reuniões do grupo e de todos os órgãos a ele afiliados até que as autoridades do país respondam às demandas, garantindo a segurança e a estabilidade da população". (Agências) Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Novo fôlego em Bahrein Manifestantes xiitas realizam maior protesto já realizado contra governo sunita Joseph Eid/AFP

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ais de 100 mil ma ni fe sta nt es xiitas voltaram às ruas de Manama, ontem, para exigir a deposição do governo sunita, no maior evento da atual onda de protestos em Bahrein, iniciada na semana passada. Sob comando dos grupos oposicionistas Wefaq e Waad, esse foi o primeiro protesto organizado, depois das manifestações espontâneas convocadas por jovens em redes sociais. Novamente os manifestantes se aglomeraram na praça Pérola, queixando-se de discriminações da monarquia contra a maioria xiita da população. "Alguns querem a saída da família (real sunita), mas a maioria (deseja) só a (saída) do primeiro-ministro", disse o manifestante Abbas al Fardan. "Queremos um novo governo, as pessoas precisam governar o país", acrescentou. Os manifestantes criticam o primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Salman, tio do rei Hamad Isa al Khalifa, que está no poder desde 1971. Pelo atual sistema, os bare-

nitas elegem um Parlamento que tem poucos poderes, e as principais decisões ficam nas mãos de uma elite que gira em torno da família Al Khalifa. C on ce ss ão - Atendendo a mais uma demanda da oposição, o rei do Bahrein ordenou ontem a libertação de presos políticos. A monarquia tenta negociar com manifestantes para dar fim às revoltas populares que há duas semanas assolam o pequeno país. O decreto do rei inclui diversos ativistas xiitas acusados de planejar contra o Estado, mas ainda não está claro quantos serão soltos. Retorno - Ainda ontem, Hassan Mushaimaa, líder do movimento oposicionista Haq, decidiu adiar sua volta ao país. Mushaimaa, que vive em Londres, havia anunciado que chegaria ontem ao Bahrein, a fim de testar a disposição do governo para dialogar com a oposição. Mushaimaa foi uma das 25 pessoas julgadas no ano passado por uma suposta tentativa de golpe. Mas o rei indicou na segunda-feira que o processo será arquivado. (Agências)

Passeata em defesa de reformas reuniu milhares de pessoas

Ammar Awad/Reuters

Dia violento no Iêmen deixa dois mortos

ABERTURA – A passagem fronteiriça de Rafah foi reaberta ontem, permitindo a passagem de palestinos para Egito pela primeira vez em quase um mês. A fronteira estava fechada desde que os protestos contra o governo no Egito ganharam força, mas já havia sido reaberta na sexta-feira para o fluxo do Egito para Gaza.

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Surge uma nova onda: a de refugiados.

O

Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pediu ontem a países da Europa e Norte da África que não barrem a entrada de líbios foragidos dos distúrbios que já causaram centenas de mortes desde a semana passada. Atendendo ao pedido, os novos dirigentes do Egito reforçaram a fronteira com a Líbia e a deixaram aberta para permitir a passagem de milhares de pessoas (foto abaixo). A porta-voz da Acnur, Melissa Fleming, disse que a Itália é o país mais "mais propenso a receber um afluxo de pessoas fugindo da Líbia", o que inclui líbios e também refugiados de outros lugares. "É hora de mostrar espírito

humanitário e generosidade para pessoas que estão passando por um trauma grave", disse ela a jornalistas em Genebra, cidade-sede da agência. "Trata-se de uma importante rota migratória e para pessoas que escapam de guerras e violência no continente africano", afirmou Melissa. "Muitos deles foram impedidos de chegar a destinos europeus e se viram retidos na Líbia." Egito - Refugiados começam a chegar ao Egito em tratores e caminhões descrevendo uma onda de mortes e bandidagem provocada pela revolta. Relatos indicam que manifestantes da oposição assumiram o controle da fronteira líbia com o país ontem. (Agências)

Manifestante em motocicleta desafia governo durante protestos diante da Universidade de Sanaa AFP

Uma cena não vista desde 1979

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Reuters

Fragata iraniana atravessa o Canal de Suez, no Egito, para participar de manobras militares na Síria. Iain McGregor/Christchurch Press/Reuters

Resgate de brasileiros será por barco

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m barco resgatará os 130 funcionários da construtora Queiroz Galvão que estão em Benghazi, na Líbia, e os levará a Malta, informou o Itamaraty ontem. Segundo a chancelaria, as embaixadas no Cairo, em Roma e em Atenas se mobilizaram para resolver a situação dos brasileiros. O resgate deve ocorrer entre hoje e amanhã. Em Porto Alegre, o presiden-

te da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a estatal retirará os sete funcionários que mantém no país: "Não vou revelar o plano pela imprensa. Quando executar, aviso''. A França também colocou à disposição dois aviões, com autorização para pousar em Trípoli, para retirar os cidadãos brasileiros que estão retidos na Líbia. (Agências)

artidários do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, portando adagas e paus, entraram em confronto com estudantes ontem em Sanaa, capital do país. A polícia interveio para acabar com a violência, que deixou dois mortos e 11 feridos, segundo testemunhas. Cerca de mil estudantes passaram uma segunda noite acampados em uma praça da capital do país, apelidada por eles de Praça Al-Huriya (Liberdade), perto da Universidade de Sanaa. Os manifestantes, que protestam há duas semanas, exigem a renúncia de Saleh, que está no poder há 32 anos. (Agências)

Terremoto mata 75 na Nova Zelândia

U

m terremoto de 6,3 graus de magnitude atingiu ontem a Nova Zelândia, causando a devastação da cidade de Christchurch, no sul do país. Ao menos 75 pessoas morreram. Segundo o Itamaraty, não havia registro de vítimas brasileiras. O tremor sacudiu a segunda maior cidade da Nova Zelândia, às 12h51 locais desta terçafeira (20h51 de segunda-feira em Brasília). O forte abalo causou extensos danos a imóveis e provocou o desabamento parcial de uma catedral de pedra. A intensidade do tremor foi equivalente à explosão de duas bombas atômicas de Hiroshima. (Agências)

ois navios da Marinha do Irã atravessaram o Canal de Suez e entraram no Mar Mediterrâneo, ontem, em uma travessia que não era feita por embarcações iranianas desde 1979. A fragata Alvand – capaz de levar torpedos e mísseis – e o navio de suprimentos Kharg – com uma tripulação de 250 marinheiros - têm como destino a Síria. A passagem dos barcos levantou preocupações em Israel, que considera a viagem perto do seu litoral como uma provocação. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

3

º

17 VOLUNTÁRIOS 80 voluntários prestam atendimento diariamente.

setor

DESASTRES A ONG terá um grupo para atender vítimas de desastres naturais.

Paulo Pampolin/Hype

A serviço das emoções

Terapeutas sem Fronteiras oferecem à população, gratuitamente, diversas terapias e apoio emocional. Em cinco meses, 300 pessoas foram atendidas. Kelly Ferreira

O

acesso às mais diversas terapias ainda é restrito para grande parte da população brasileira, principalmente por questões financeiras. Estudos apontam que menos de 20% dos brasileiros conseguem apoio profissional para tratar problemas emocionais. Esta carência foi exatamente um dos motivos para a criação e implantação da ONG Terapeutas sem Fronteiras, que, pela primeira vez no País, reúne modalidades terapêuticas em benefício da população e para apoio emocional às vítimas de desastres naturais.

A ONG, que funciona no bairro de Perdizes, na zona oeste paulistana, atendeu em torno de 300 pessoas entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Apesar de já estar funcionando há cinco meses, o lançamento oficial acontece hoje. Os pacientes que passaram pela ONG tiveram atendimento gratuito de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras, massoterapeutas e foram atendidos por especialistas em Reiki, medicina ortomolecular e acupuntura. Ao todo, 80 voluntários prestam atendimentos, de segunda a sexta-feira, em várias especialidades.

No Brasil, a população quase não tem acesso a algum tipo de apoio emocional ou terapêutico. REX THOMAS, FUNDADOR E COORDENADOR-GERAL DO

TERAPEUTAS SEM FRONTEIRAS

Paciente passa por sessão de massagem na ONG Terapeutas sem Fronteiras, que funciona em Perdizes. Abaixo, atendimento telefônico a pacientes. Apesar de já funcionar há cinco meses, o lançamento oficial da ONG acontece hoje.

Sem apoio – "No Brasil, a população quase não tem acesso a algum tipo de apoio emocional ou terapêutico. A maioria, mesmo precisando, não tem condição financeira para pagar terapias e as consequências, às vezes, levam ao suicídio, loucura ou algum ato extremo de violência", explicou o fundador e coordenador-geral do projeto, Rex Thomas. A O N G Te r a p e u t a s s e m Fronteiras está inaugurando Centros de Apoio Emocional em outras cidades brasileiras. São espaços físicos, com consultórios que permitem ao profissional treinado oferecer apoio e atendimento terapêutico gratuito. Até o fim do primeiro semestre, serão abertos centros de apoio em Sorocaba, interior de São Paulo, e Santos, no litoral. Parce iro s - O projeto, que tem como patrocinador a Coats Corrente – maior fabricante de linhas do mundo – é pioneiro e visa auxiliar o processo de transição e evolução pessoal, oferecendo gratuitamente serviço de apoio emocional e terapêutico. Além dos atendimentos médicos, a ONG oferece, em parceria com Comunidade Ecológica Ameh, encontros com palestras

O

Movimento, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e tem 30 integrantes de 4 a 21 anos, vítimas de paralisia cerebral, pacientes do Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas. A toxina Botulínica tipo A, o Botox, da Allergan, conhecida pela indicação cosmética, foi originalmente descoberta para o tratamento terapêutico e hoje possui mais de 20 indicações aprovadas no mundo. A paralisia cerebral afeta cerca de 320 mil crianças no Brasil, com incidência de dois casos para cada mil habitantes. A Toxina Botulínica age diretamente nos músculos comprometidos, causando o relaxamento da musculatura. A substância tem a função de bloquear a atividade motora involuntária e diminuir o tonus da musculatura, aumentando a capacidade de movimento do paciente.

O Tricô-Terapia também faz parte do centro de apoio. A Coats Corrente, que produz fios da marca Cisne, oferece curso gratuito de tricô semanalmente, oportunidade para os participantes aprenderem a arte de tricotar, com bate-papo e confraternização, uma iniciativa que colabora com o bem-estar. A ONG também leva ao ar o Terapeutas sem Fronteiras, na Rádio Mundial FM 95.7, às quartas, às 13h30, e quintas, às 17h. Trata-se de um bate papo sobre motiva-

ção, bem estar, desenvolvimento pessoal e dicas de saúde. Quem quiser atendimento, deve acessar o site www.terapeutassemfronteiras.org.br e preencher uma ficha. Após avaliação será determinado qual o melhor tratamento. O interessado será chamado para uma orientação e poderá marcar as sessões. "Terapia é um processo de reeducação de pensamento e de ações. Para isso, oferecemos o tratamento adequado com profissionais", disse Thomas.

S ERVIÇO Terapeutas Sem Fronteiras - Serviço de Apoio Emocional e Terapêutico à Humanidade. Telefone: (11) 2389-8816 E-mail: contato@terapeutasemfronteiras.org.br Site: www.terapeutassemfronteiras.org.br

Crianças mais seguras

Música como terapia grupo Guerreiros do Hip Hop, formado por portadores de paralisia cerebral, se apresenta hoje, na capital, para cerca de 80 médicos de todo o Brasil. Idealizado há quatro anos com o lema transformar a sociedade é uma escolha sua, o grupo utiliza a música para apoiar o trabalho de reabilitação motora em crianças com paralisia cerebral. As batidas da dança colaboram para a evolução do tratamento clínico, além de estimular o convívio social. A apresentação acontece durante o lançamento do Botox 200 unidades, medicamento indicado para a reabilitação de portadores de paralisia cerebral, além de distonia, estrabismo, blefaroespasmo, espasticidade, espasmo hemifacial, bexiga hiperativa e hiperidrose. O grupo faz parte do projeto de extensão Dança e

gratuitas de motivação, bemestar e desenvolvimento pessoal, por meio de grupos abertos em várias cidades do Brasil. O projeto também está com dois novos grupos em andamento. Um específico para atender as vítimas de desastres naturais, onde um grupo de terapeutas será treinado para oferecer apoio emocional. E o outro, chamado de Alegria da Alma, que tem em seu quadro artistas, músicos e terapeutas voluntários que oferecem apoio emocional para pacientes em recuperação nos hospitais e instituições, por meio da arte, teatro, canto, música, poemas, leituras e bate-papo. Os interessados podem se tornar voluntários do grupo Alegria da Alma.

ONG abre 600 vagas em curso sobre prevenção de acidentes infantis. Objetivo é multiplicar informações.

A

ONG Criança Segura realizará mais uma edição do curso a distância sobre prevenção de acidentes com crianças, direcionado especialmente aos profissionais que atuam diretamente com o público infantil. As aulas abordam os diversos tipos de acidentes (lesões não-intencionais) e como evitá-los. Os participantes têm acesso a informações sobre os diferentes riscos que podem resultar em acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações e acidentes com armas de fogo. O conteúdo inclui dados estatísticos sobre o tema, informações sobre a relação dos acidentes com o desenvolvimento infantil e as medidas de prevenção. O curso demanda do participante a realização de atividades de multiplicação e o relato destas atividades é

Arquivo/DC

Crianças durante atividade desenvolvida pela ONG Criança Segura

condição para a certificação. Os acidentes representam a principal causa de morte de crianças e adolescentes de um a 14 anos no Brasil. Em 2008, segundo os dados mais atuais do Ministério da Saúde, 5.106 crianças morreram e 109.241 foram hospitalizadas vítimas de acidentes.

Carga – A carga horária total do curso é de 60 horas e serão abertas 600 vagas. As inscrições podem ser feitas de 26 de abril a 13 de maio. As aulas começam em 24 de maio. Para participar, os interessados devem solicitar a ficha de inscrição no e-mail escolas@criancasegura.org.br.

Os primeiros 600 formulários recebidos, devidamente preenchidos, que atendam ao perfil de multiplicador, serão contemplados. Os participantes não incluídos na primeira turma entram automaticamente em uma fila de espera para participação na próxima edição. O curso é gratuito. A ONG Criança Segura se dedica à promoção da prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001 e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger. A ONG conta com a contribuição de parceiros institucionais, como Johnson & Johnson e Johnson & Johnson Produtos Profissionais e parceiros de programas, como BandAid, Fedex e Johnson & Johnson Industrial.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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www.dcomercio.com.br

FEVEREIRO Dia Mundial da Paz e da Compreensão

T ECNOLOGIA 1 E M

C A R T A Z

A campeã do merchandising

Walter Carvalho

A

Apple foi considerada a empresa que mais inseriu mensagens publicitárias de seus produtos em filmes, segundo o em ranking divulgado ontem pelo site Brandchannel, da Interbrand, consultoria que trabalha com

marcas globais. Segundo o site, computadores, iPads, iPods e outros produtos da marca apareceram em 30% dos filmes mais famosos produzidos por Hollywood e que entraram em cartaz nos Estados Unidos em 2010. O filme que teve maior número de inserções publicitárias foi

Iron Man 2. No filme, segundo a pesquisa, foram identificadas aparições de 64 produtos. O Brandchannel disse que identificou 591 marcas ou produtos em 33 filmes que chegaram ao primeiro lugar dos mais vistos em 2010, uma média de 17,9 por filme. O total de

produtos da Apple introduzidos em filmes supera os da Chevrolet, Ford e Nike, que seguem a empresa no ranking. A Apple conquistou o prêmio Brandcameo por inserir mais produtos em filmes. O prêmio existe há dez anos. www.brandchannel.com

DANÇA

Sonny Tumbelaka/AFP

Itaú Cultural é sede de aulaespetáculo do músico e dançarino Antônio Nóbrega. Avenida Paulista, 149. 20h. Grátis.

E SPAÇO

Voluntário 'se fere' em solo marciano Moscou, os astronautas tiveram que desprender dois pedaços de rocha com ajuda de uma picadeira e uma broca, entre outras tarefas. No entanto, de volta ao módulo que simula a cápsula, um dos voluntários tropeçou em uma pedra, caiu de costas e sofreu uma lesão. A lesão foi também a simulação de uma emergência no planeta vermelho.

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Dois voluntários da simulação de voo a Marte realizaram ontem, com sucesso a terceira e última caminhada sobre a "superfície do planeta vermelho", apesar de que um deles tenha sofrido uma lesão, conforme registrou o relatório. Logo após pisar no "solo marciano", recriado nas instalações do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia em

PELA VIDA - Filhote de tartaruga verde corre para o mar no santuário de Sukamade, na ilha de Java. Segundo ambientalistas, um em cada mil animais da espécie sobrevive. As tartarugas e seus ovos servem de alimento na Indonésia.

Carl Court/AFP

T ECNOLOGIA 2

Em busca do sucessor de Jobs

I NTERNET

Amazon lança serviço de vídeo

O museu da biblioteca presidencial John F. Kennedy, em Boston, apresentou uma nova atração na internet: a recriação virtual do escritório do expresidente dos EUA, onde os visitantes podem até sentar-se na cadeira em sua cadeira, atender o telefone, acessar gravações secretas ou ler textos da era Kennedy.

A Amazon.com lançou um serviço de TV e filmes em formato stream para seus clientes especiais, a fim de concorrer diretamente com a Netflix, uma rival que vem crescendo rapidamente. A Amazon anunciou ontem que seus clientes prime, que pagam US$ 79 anuais para receber encomendas sem custo de frete e em prazo de dois dias, poderão escolher entre 5 mil programas de TV e filmes.

www.jfklibrar y.org

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Na cadeira do presidente

N UTRIÇÃO

Um grupo de acionistas da Apple está forçando a empresa a decidir o sucessor de Steve Jobs na reunião anual que acontece hoje. Segundo The Wall Street Journal, os acionistas também exigem mais transparência sobre os planos de sucessão de Jobs, que possui o cargo de CEO há 14 anos. A reunião acontece na sede da Apple, em Cupertino, e não se sabe ao certo se Jobs, que está em licença médica para tratar da saúde, ele sofre de câncer, irá participar. Em janeiro deste ano, o CEO se afastou da empresa e Tim Cook assumiu em seu lugar.

DE UM SÚDITO - "Deus salve a futura rainha" e "Rei do Pop", telas do artista Zoobs expostas em Londres, brincam com Kate Middleton e o príncipe William. Eles se casam em 29 de abril na Abadia de Westminster. William é o segundo sucessor do trono britânico.

R ECORDE Reprodução

Aizar Raldes/AFP

Reciclagem artística Transformar cacos de vidro e cristais em obras de arte é a especialidade do grupo Reciclado Artístico. No site eles exibem seus trabalhos e ensinam algumas técnicas. http://j.mp/gdX1Tr

A TÉ LOGO

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

Domínio mais caro vale US$ 13 milhões A empresa especializada em compra e venda de domínios online, Sedo, anunciou ontem que o endereço "sex.com" foi reconhecido pela Guinness World Records como o domínio de internet mais caro. Em novembro de 2010, o domínio “sex.com” foi vendido por US$ 13 milhões para a empresa Clover Holdings. O domínio é considerado, por especialistas, o mais conhecido da web. O dono original de "sex.com" foi o fundador de "Match.com", Gary Kremen, mas perdeu seu controle para Stephen Cohen. L OTERIAS Concurso 944 da DUPLA SENA Primeiro sorteio 06

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Fabiana Murer fatura a medalha de bronze em competição na Suécia Prefeito de Nova York assina lei que proíbe fumar em lugares abertos

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Após deixar UTI, piloto Robert Kubica inicia programa de reabilitação

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Segundo sorteio 07

Trabalhador de fazenda em Cotimbora, Bolívia, realiza a colheita da quinua. Estudo da Nasa aponta o alimento como a fonte adequada de nutrientes para astronautas.

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Concurso 2539 da QUINA 04

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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e

19 INFRAESTRUTURA Obama poderá anunciar financiamento a projetos no País

conomia

GM Norte-americana Denise Johnson deixa comando da empresa no Brasil

Maurício Lima/AFP

No ano passado, a carteira de crédito totalizou R$ 335,5 bilhões – o que representa uma alta de 20,5% em 12 meses.

Itaú Unibanco lucra US$ 13 bilhões Com o resultado de 2010, obtido principalmente a partir das receitas com serviços, instituição passa a ter o maior desempenho dentre os bancos brasileiros.

O

Itaú Unibanco registrou uma alta anual de 24,1% em seu lucro líquido recorrente em 2010, que somou R$ 13 bilhões – o maior desempenho histórico dos bancos brasileiros. Segundo a instituição afirmou no balanço, isso deve-se "ao aumento de 9,4% da margem financeira com clientes, à evolução de 15,1% das receitas de prestações de serviços e de tarifas bancárias e à melhora de 17,7% do resultado de créditos de liquidação duvidosa". A carteira de crédito terminou o ano passado em R$ 335,5 bilhões, alta de 20,5% em 12 meses. O destaque no crescimento dos empréstimos ocorreu por conta do setor imobiliário, cuja carteira aumentou 53,7%, para R$ 8 bilhões. O crédito concedido para clientes pessoa física cresceu 18,3%, totalizando R$ 127,13

bilhões. Já os financiamentos direcionados para empresas subiram 21,8%, atingindo o montante de R$ 193,95 bilhões. A carteira do banco na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai apresentou expansão de 23%, para R$ 14,4 bilhões. O Itaú Unibanco tinha em dezembro R$ 755,112 bilhões em ativos, avanço de 24,1% sobre o final de 2009. Integração – No quarto trimestre, o banco registrou alta de 20,9% no lucro líquido recorrente, apoiado em crescimento da carteira de crédito e ligeira redução na despesa com provisão para perdas com crédito. Foi contabilizado resultado de R$ 3,4 bilhões para os últimos três meses de 2010, período em que a instituição concluiu o processo de migração entre as agências do Itaú e do Unibanco e a integração da base de pontos de atendimento pelo País – o que consumiu

R$ 835 milhões no ano. dicador é formado por um ínA média de sete previsões de dice de 5,8% para pessoa física analistas consultados pela e de 2,9% para pessoa jurídica. Reuters indicava lucro líquido No quarto trimestre de 2009, o recorrente de índice geral de R $ 3 , 4 6 6 b iin ad im pl ênlhões para a cia era de instituição nos 5,6%. último trimesAs receitas tre de 2010. com prestação Enquanto de serviços e bilhões de reais é a isso, as despetarifas crescesas com proviram 9,2% no vantagem do Itaú são para perquarto trimesUnibanco, em ativos das com créditre em relação até o fim de 2010, to somaram a igual períoR $ 3 , 9 8 2 b ido de 2009, sobre seu principal lhões nos últipara R$ 4,591 concorrente, o mos três meses bilhões. Bradesco. de 2010, uma Bancos – A queda de 2,1% distância ensobre o terceitre o Itaú Uniro trimestre e leve recuo de banco e o Bradesco voltou a se 0,8% na comparação anual. ampliar na comparação por O índice de inadimplência ativos. No quarto trimestre de de empréstimos vencidos há 2010, o Itaú estava à frente de mais de 90 dias terminou o seu concorrente em R$ 117 biquarto trimestre em 4,2%. O in- lhões, acima do trimestre ante-

117

Crise na Líbia volta a comprometer mercados

A

s bolsas de valores da Europa voltaram a fechar em baixa ontem, ampliando a queda do pregão anterior devido a tensões crescentes na Líbia, que impulsionaram os preços do petróleo e geraram preocupação sobre as consequências para a economia global. As perdas foram reduzidas, porém, pela divulgação de dados positivos sobre a confiança do consumidor norte-americano. O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 0,5%, acumulando um declínio de 1,8% nos dois últimos dias. O petróleo Brent continuava perto das máximas em dois anos e meio, por volta de US$ 108 o barril, alimentando o nervosismo dos investidores de ações (veja texto ao lado). "Se os preços do petróleo ficarem nesses níveis ou subirem mais, haverá um ponto de interrogação sobre as atuais previsões para o crescimento global", disse Jane Coffey, gestora de fundos da Royal London Asset Management, acrescentando que uma alta de US$ 10 no petróleo costuma tirar 0,5 ponto percentual do crescimento norte-americano ao longo de dois anos. Em Londres, o índice Finan-

melhantes no crédito. O primeiro teve crescimento de 20,5% na carteira total em 12 meses e de 7,1% no trimestre. Já o Bradesco apresentou alta, respectivamente, de 20,2% e 7,3%. Os números mostram que os bancos privados recuperaram espaço no mercado de crédito, pois o BB cresceu menos nos dois períodos (19,1% e 5,5%). Na comparação do índice de inadimplência, todas as instituições apresentaram queda no indicador, por conta da melhora da renda da população e do nível de emprego, que fez aumentar a qualidade dos ativos de crédito. O BB apresentou o menor resultado entre os quatro grandes bancos, com taxa de 2,3% para os atrasos superiores a 90 dias. O Itaú Unibanco ficou com o índice mais alto, de 4,2%, superando o Santander (3,9%) e o Bradesco (3,6%). (Agências)

Pet róleo mantém alta e chega a US$ 108 o barril Eric Gaillard/Reuters

Mario Tama/AFP

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Tensão na Líbia faz analistas questionarem recuperação global

cial Times fechou em baixa de 0,3%. Já o Dax, de Frankfurt, caiu 0,05%. Em Paris, o CAC40 perdeu 1,15%, ao passo que, em Milão, o FTSE/MIB teve desvalorização de 1,06%. Nos EUA, os investidores retornaram do feriado do Dia do Presidente em clima negativo. O Dow Jones terminou em baixa de 1,44%, o S&P, de 2,05%, e o Nasdaq, de 2,74%. Brasil – A crise na Líbia se manteve ontem no centro das preocupações dos operadores do mercado financeiro, levando novamente a quedas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa). O Ibovespa à vista perdeu mais um patamar, retornando

rior (R$ 74 bilhões) e de igual período de 2009 (R$ 102 bilhões). Ao se distanciar do Bradesco, o Itaú Unibanco se aproximou do Banco do Brasil, maior instituição financeira da América Latina. A diferença entre os dois caiu de R$ 100 bilhões, no final de 2009, para R$ 56 bilhões. A instituição ficou com o maior lucro entre os grandes bancos em 2010, considerando os resultados recorrentes e no padrão contábil brasileiro, inclusive no caso do Santander – que divulgou os resultados nos dois padrões. O ganho de R$ 13 bilhões superou o Bradesco (R$ 10 bilhões), o do BB (R$ 10,7 bilhões) e o do Santander (R$ 3,9 bilhões). No quarto trimestre, porém, o BB apresentou o maior resultado, de R$ 3,7 bilhões, ante os R$ 3,4 bilhões divulgados ontem. O Itaú Unibanco e o Bradesco tiveram desempenhos se-

aos 66 mil pontos, e só não teve uma queda maior por causa do desempenho da Petrobras, cujas ações se beneficiaram da alta do petróleo. O índice terminou o dia em queda de 1,22%, aos 66.439,83 pontos. No mês, o Ibovespa voltou a acumular queda, de 0,2%; no ano, o recuo é de 4,13%. O giro financeiro foi de R$ 8,446 bilhões. A disparada dos preços do petróleo fez co m que as ações ON da Petrobras subissem 1,91%, enquanto os papéis PN tiveram expansão de 1,35%. (Agências)

agravamento da situação na Líbia, com o fechamento dos portos e a redução na produção de petróleo do país, fizeram com que o barril Brent fosse cotado em Londres a US$ 108,57 durante o dia. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para março (que venceu ontem) subiu 8,55%, para US$ 93,57 o barril, enquanto o de abril avançou 6,36%, atingindo US$ 95,42. "Os mercados estão preocupados com a possibilidade de não apenas a Líbia, mas outros países também serem afetados pelo contágio e pela turbulência. É difícil prever até onde os preços poderão ir", disse o analista Tom Bentz, do BNP Paribas. Ontem, o preço médio da cesta de 12 tipos de petróleo da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) superou os US$ 100 por barril pela primeira vez em dois anos e meio, atingindo US$ 100,59 por barril. A Líbia é o primeiro produtor importante de petróleo a ter sua produção afetada pela revolução social que está se alas-

Crise afeta preços internacionais do petróleo e gera preocupação

trando pelo Norte da África e o Oriente Médio desde dezembro, quando começaram as manifestações que levariam à queda do governo da Tunísia. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a maior parte do petróleo produzido na Líbia é vendida para a Europa por intermédio da rede Oilinvest. A Itália é o maior comprador, seguida por França, Alemanha e Espanha. Representantes dos países da Opep disseram ter capacidade ociosa para suprir qualquer redução de oferta causada pela turbulência na Líbia. A própria AIE disse ter reservas estratégicas de 1,6 bilhão de barris para qualquer eventualidade.

Inflação – Alguns analistas consideraram que a alta na cotação do petróleo deverá se manter, pressionando a inflação brasileira. "A maior preocupação é em relação ao preço do petróleo, que pode também puxar a alta de outras commodities relacionadas a combustíveis, como soja e milho", afirmou Thais Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados. Para o economista da Fundação Instituto de Administração (FIA), Celso Grisi, a alta de preços deverá atingir itens petroquímicos. "Os países produtores vivem um momento de convulsão, o que deve elevar os preços de transporte e de seguros." (Agências)


20 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

e Varejo têxtil nega invasão chinesa conomia

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Enquanto o governo não colocar em prática as medidas planejadas, a ameaça da inflação continuará existindo. Cristóvão Pereira, professor da FGV. Reinaldo Canato/Hype

ABVTEX alega que 73% das importações são artigos destinados aos fabricantes. Vanessa Rosal

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presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), Sylvio Mandel, apresentou ontem uma pesquisa rebatendo a tese da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de que "há uma invasão chinesa" de artigos de vestuário no Brasil. Segundo ele, 73% do total importado pelo setor não é de roupa propriamente dita, mas sim de fibras, filamentos, tecidos planos, malhas e linhas. Ou seja: de artigos destinados à própria indústria. Para a Fiesp, a forte retomada do consumo doméstico marcou o ano de 2010, mas não foi acompanhada pelo crescimento da produção industrial. De acordo com dados da federação, de cada cinco peças vendidas no varejo, uma é chinesa. "Nessa contabilidade entram também as

roupas prontas importadas pela indústria, que nacionaliza esses itens e repassa ao varejista. Por isso, o número parece tão alto." Em 2010, as importações de fibras e filamentos, somadas aos fios que abastecem a indústria têxtil, totalizaram US$ 1,76 bilhão, alcançando 34,8% das compras (veja quadro). Já os tecidos, linhas e especialidades destinados à indústria de confecção somaram US$ 1,96 bilhão, com 38,7% do total de compras externas. Enquanto isso, os confeccionados (roupas e linhas de cama, mesa e banho) atingiram US$ 1,36 bilhão, o equivalente a 26,36%. "Há uma ideia errônea de que as roupas prontas respondem pelo maior volume e, por esta razão, o governo deveria criar barreiras para proteger a indústria nacional", explica. Porém, essas medidas poderão desequilibrar a cadeia têxtil brasileira, uma vez que a pró-

pria indústria está recorrendo às importações, segundo ele. Para Mandel, as empresas brasileiras não conseguem atender a demanda do varejo, tampouco possuem tecnologia suficiente para desenvolver tecidos diferenciados – hoje em dia, exigidos pelos consumidores. "As importações foram liberadas só em 1992. Antes disso, a indústria se acomodou, deixando de investir em tecnologia, porque não tinha concorrência. Com a chegada dos produtos diferenciados já era tarde." Na opinião do executivo, se o governo tomar medidas para conter as importações do setor têxtil, o maior prejudicado será o consumidor. "Há uma classe emergente que exige artigos de qualidade a preços competitivos", diz, referindo-se ao aumento de renda da população das classes C e D. "Infelizmente, a indústria não tem acompanhado o ritmo de crescimento do varejo. Há riscos de desabastecimento, principalmente em produtos de inverno". De acordo com a ABVTEX, 15% do que é vendido no varejo é importado. Com a chegada do inverno, esse número aumenta para 18%, porque a indústria local não fabrica as jaquetas típicas do frio. "Não compensa fabricar aqui", diz. Em 2011, a expectativa é de que os preços da coleção outono-inverno fiquem 10% maiores em relação ao ano passado.

Educação pressiona IPCA, que sobe 0,97% em fevereiro. Em janeiro, o número foi de 0,76%; e em fevereiro de 2009 a taxa era de 0,94%. Neide Martingo

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fantasma da inflação continua rondando. Desta vez, o grande vilão foi o grupo de Educação, que tomou o lugar de Alimentos. É o que demonstra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com variação de 0,97% em fevereiro. Em janeiro deste ano, o número foi de 0,76%; e em fevereiro do ano passado, a taxa verificada era de 0,94%. Entre os nove grupos pesquisados pelo instituto, o de Educação foi o que mais pesou, com 5,88%. O início do ano letivo pode explicar a alta, que trouxe aumentos nos preços das mensalidades dos cursos de ensino formal, com crescimento de 6,41%, e contribuíram com 0,31 ponto percentual – a maior participação individual do mês. A variação do valor das mensalidades de cursos diversos, como idioma e informática, foi de 8,22%. O grupo de Transportes, por conta das tarifas de ônibus urbanos, teve alta de

3,37%, e contribuiu com 0,13% ponto percentual – a segunda maior do mês. Já o grupo de Despesas Pessoais foi pressionado principalmente pelos salários pagos aos empregados domésticos (0,91%). Alimentos – O grupo alimentos chamou a atenção por ter sido o que apresentou a maior queda: de 1,21% em janeiro para 0,57% em fevereiro. A variação negativa de carnes foi de 1,87%; do feijão carioca, 11,66%, batata inglesa, 9,15%, feijão preto, 4,43%, arroz, 1,38%, e frango, 1,17%. O grupo habitação também teve redução na taxa, de 0,6% em janeiro para 0,28% em fevereiro, assim como vestuário, de 0,83% para 0,13%. Entre os índices regionais, o maior foi registrado em São Paulo, com 1,23%, puxado pela alta no preço das tarifas dos ônibus urbanos, 7,53%. O menor índice, de 0,39%, veio de Fortaleza. Para o cálculo do IPCA-15 foram coletados preços entre 15 de janeiro e 11 de fevereiro, e comparados com os verificados entre 14 de dezembro de 2010 e 14 de janeiro de 2011. A metodologia é a mesma do IP-

CA – a diferença está no período de coleta de preços. Análise – Em dois meses, o índice teve alta de 1,74%, passado de 0,76% em janeiro, para 0,94%. Trata-se de uma tendência perigosa, de alerta, e que exige medidas do governo – não de corte no orçamento, e sim de redução de despesas. A análise é do professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Manuel Enriquez Garcia. "O número mostra que o IPCA virá com forte tendência de alta." O professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cristóvão Pereira, diz que, enquanto o governo federal não colocar em prática as medidas planejadas, a ameaça da volta da inflação continuará existindo. "Um indicador como o IPCA-15 só reforça esta tendência. O momento atual é de cortar gastos. Por enquanto, porém, não há nada de concreto. A presidente Dilma Rousseff teve vitória no valor de aumento do salário-mínimo aprovado. Mas é preciso verificar se o corte de R$ 50 bilhões no orçamento será realizado", detalha Pereira.

Fernanda Souza

Entre os nove grupos pesquisados pelo instituto, Educação foi o que mais pesou, com 5,88%.

Fiesp alega que de cada cinco peças vendidas, uma é proveniente da potência asiática, ou 20% do mercado.

Abit descarta multa por etiqueta Ricardo Osman

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s comerciantes e fabricantes do ramo de vestuário podem ficar tranquilos porque não há nenhuma possibilidade de multa pelo fato de as etiquetas das peças não informarem as medidas detalhadas das roupas. A informação foi dada ontem à tarde em São Paulo por representantes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Segundo o gerente de infraestrutura e capacitação tecnológica da ABIT, Sylvio Napoli, não é obrigatório por lei seguir as recomendações das normas de vestibilidade, que, na verdade, só foram aprovadas até agora para a moda infantil. "De jeito nenhum haverá multa para quem não adotar as normas. E nossa entidade não é governo, não multa ninguém", disse Napoli. O engenheiro responsável pelo setor têxtil no Inmetro, Adelgicio Leite, procurou desfazer o que chamou de informações desencontradas no mercado. Ele lembrou que a lei do setor exige das empre-

sas integrantes do Mercosul apenas a informação na etiqueta da razão social da empresa, o país de origem da peça, a marca, a composição e o tamanho (informação dada a critério do fabricante). "Portanto, cada empresa indica o que quiser como tamanho (P, M ou G). O Inmetro não vai conferir isso", disse Leite. Segundo Maria Adelina Pereira, superintendente do CB-17, o Comitê Brasileiro Têxtil e do Vestuário responsável por normas técnicas, não há previsão para a conclusão das discussões sobre as regras de vestibilidade para homens e mulheres adultos.

Implemento rodoviário cresce 36% Paula Cunha

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segmento de implementos rodoviários registrou desempenho positivo em 2010, impulsionado pelo avanço da economia brasileira. O resultado foi pavimentado pelo crescimento do poder aquisitivo da população e, consequentemente, do consumo de bens e serviços, além dos investimentos em infraestrutura contemplados no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). No ano passado, o faturamento alcançou a cifra de R$ 6,8 bilhões, com alta de 36% sobre 2009. Para 2011, a expectativa é alcançar R$ 7 bilhões. "Este ano será um período de boas oportunidades, pois o Brasil atravessa um ótimo momento", diz Rafael Wolf Campos, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Para ele, trata-se de um verdadeiro ciclo virtuoso, pois as empresas continuam a investir para atender o crescimento da demanda ao mesmo tempo

em que o governo acelera as obras do PAC. "Além disso, eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada são fatores positivos para o mercado, pois as obras para realizar estes dois eventos continuarão a aquecer a economia." Mudança de perfil – Para o presidente da entidade, o perfil do mercado brasileiro está se modificando, pois adotou as técnicas de trabalho do Primeiro Mundo. Essa profissionalização também colaborou para o desempenho do setor, que se adaptou para atender às exigências dos clientes. Por isso, os produtos também se transformaram. No grupo dos reboques e semirreboques, houve aumento de 46,2% no emplacamento em 2010 frente a 2009, com 59,2 mil unidades. O grupo foi beneficiado pela alta da produção agrícola e de bens de consumo. No caso dos graneleiros de carga seca, usados para transporte de produção agrícola, foram emplacadas 13.611 unidades no ano passado, com crescimento de 37,5% em comparação com

2009. O mesmo aconteceu com a categoria carrocerias montadas sobre chassis. Em 2010, foi registrado emplacamento de 37.201 unidades, o que indicou aumento de 39,8% frente ao total do ano anterior. No caso do basculante, o crescimento ocorreu, segundo Campos, porque o setor agrícola aprendeu a evitar desperdícios no transporte da produção. No grupo de reboques e semirreboques, foram emplacados 4.536 unidades em 2010, número 108,4% maior que o total de 2009, ano que foi muito afetado pela crise internacional. Em 2010, o setor criou 68 mil postos de trabalho diretos e a capacidade instalada foi de 200 mil toneladas. Os investimentos para os próximos três anos serão de R$ 850 bilhões. O segmento também totalizou 4.468 unidades exportadas no ano passado, 41,2% a mais que o volume vendido em 2009, o que coloca o Brasil perto de alcançar o quinto lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais.


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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Em 2010, o porto movimentou 96 milhões de toneladas em mercadorias avaliadas em US$ 95,8 bilhões.

conomia

Receita Federal traça plano para dar mais agilidade ao Porto de Santos Secretaria retoma a ideia de implantar o Operador Econômico Autorizado (OEA) para simplificar operações aduaneiras Renato Carbonari Ibelli

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Leão já engoliu R$ 200 bilhões Receita obtida por todas as esferas de poder alcança cifra com quatro dias de antecedência em relação a 2010 Ricardo Osman

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arrecadação de impostos pelos governos municipais, estaduais e federal somou R$ 200 bilhões ontem à noite. As informações são Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) que veicula os dados no Impostômetro, painel eletrônico que fica na fachada do prédio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que ontem estava com problema técnico. A ferramenta tem versão na internet (www.dcomercio.com.br) O Impostômetro mostrou que, pela primeira vez, a arrecadação alcançou os R$ 200 bi-

lhões no 22º dia de fevereiro. Em 2010, o montante foi atingido no dia 26 de fevereiro e, em 2009, em 9 de março. Gu la – O forte apetite do Leão indica que, neste ano, a arrecadação poderá ter alta de 10% em relação ao total obtido em 2010. Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a gula dos Fiscos é sem precedentes, o que pode levar a cifra final deste ano para R$ 1,4 trilhão em tributos. Em 2010, os governos arrecadaram um total de R$ 1,269 trilhão. "Tudo indica que teremos em 2011 outro recorde. Mas percebemos que o crescimento da receita tributária é superior ao da própria economia do País", disse o economista-chefe da

ACSP, Marcel Solmeo. Ele lembrou que as estimativas são de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4,5% em 2011. "Isso significa que uma parcela cada vez maior da produção da sociedade brasileira está sendo canalizada para os governos, com o agravante de que a contrapartida em serviços não melhora em nada", disse o economista. Com R$ 200 bilhões em tributos seria possível que os governos construíssem e equipassem 796 mil postos de saúde ou fizessem 2,4 milhões de quilômetros de redes de esgoto no Brasil. O dinheiro seria suficiente também para a construção de 9 milhões de casas populares de 40 m².

Receita Federal do Brasil (RFB) promete tornar mais ágil os despachos aduaneiros do Porto de Santos, no Estado de São Paulo. Entre os projetos com esse viés, está a retomada das discussões sobre a implantação do Operador Econômico Autorizado (OEA) – intervenientes do comércio exterior com permissão para realizar operações de maneira simplificada. Ontem, os inspetores- chefes da alfândega de Santos, José Gaeta e Akiyoshi Omizu, estiveram na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), para debater o tema com representantes do comércio exterior, um evento desenvolvido em parceria com o Instituto de Operações de Comércio Exterior (Icex). A regulamentação do OEA é classificada por Gaeta como prioritária dentro das metas da Receita, embora o inspetor não arrisque um prazo para que a figura do operador autorizado seja validada. "O projeto foi encampado pela administração passada, mas agora há uma nova administração chegando, que está retomando o projeto. Só será preciso um tempo de adaptação", disse Gaeta durante o encontro. Pela ideia original, qualquer operador do comércio exterior, como fabricantes, importadores e exportadores, despachantes, transportadores, entre outros, podem ser certificados como OEA. Os critérios para essa certificação ainda precisam ser normatizados. Porém, o fato é que sendo certificado como OEA o interveniente ganha atestado de confiança junto à Receita Federal, o que lhes permitiria ganha de tempo no desembaraço aduaneiro. Para o fisco, a vantagem é a possibilidade de direcionar a fiscalização para entes que não têm a certificação e, consequentemente, denotam maior risco

potencial. "A regularização do OEA permite desonerar as operações pelo baixo risco que apresentam", disse Gaeta. No entanto, a Receita pede uma contrapartida dos operadores do comercio exterior: maior cuidado ao fazer as declarações, nas palavras do inspetor Omizu. De acordo com ele, tomando o canal amarelo – uma das vias de importação – como exemplo, anualmente a alfândega detecta 23% de erros de declaração nos despachos selecionados. Desse total, 6,4%, que equivalem a R$ 26,3 milhões no total em média, são reconhecidos pelos operadores. "Se houver erro, o despacho é interrompido. Por isso é preciso cuidado com as declarações", disse Omizu. Problemas – Entre as principais falhas apontadas pelo inspetor estão a falta de detalhamento das características da mercadoria, erro de nomenclatura, discriminação de quantidade e valor na unidade comercializada diferindo das informações trazidas na fatura comercial, destino da mercadoria não informado, falta da identificação do real adquirente da mercadoria, identificação incorreta sobre fabricantes do produto, entre outros. Por outro lado, os operadores reclamam do excesso de exigências para os despachos, que estariam acima das pedidas em outros portos do mundo. O fato é que o Porto de Santos está no limite da sua capacidade. Ou "no limite do limite", como admite Gaeta. Em 2010, o porto movimentou 96 milhões de toneladas em mercadorias avaliadas em US$ 95,8 bilhões. No ano passado, a Receita arrecadou R$ 14,8 bilhões somente com as operações do porto de Santos, mais do que o dobro arrecadado quatro anos antes, em 2006, quando foram captados a R$ 6,7 bilhões.

Fim da dedução com doméstico

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possibilidade de dedução da contribuição patronal do empregado doméstico do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) está com os dias contados. Em 2012, quando o contribuinte preencher a declaração do Imposto de Renda Anual, referente ao ano-base de 2011, não poderá abater do seu imposto a contribuição patronal do empregado doméstico. A prorrogação do benefício depende de decisão política. Para a declaração deste ano, que começa a ser entregue em 1º de março e termina em 29 de abril, continua valendo. Ontem, a Receita Federal do Brasil (RFB) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), a instrução normativa nº 1.131

que reforça que a dedução da contribuição patronal do empregado doméstico tem data certa para terminar. Além disso, consolidou em um documento as doações e patrocínios que podem ser abatidos do imposto devido. "O objetivo da instrução é consolidar e facilitar para o contribuinte e para o Fisco", disse a coordenadorageral substituta de Tributação da Receita Federal, Claudia Pimentel. Acrescentou que antes essas doações estavam previstas em leis separadas. Segundo ela, há estudos no governo sobre a prorrogação do benefício, que depende de aprovação do Congresso Nacional. Neste ano, o impacto do benefício fiscal pode chegar a R$ 500 milhões.

A Receita Federal consolidou em um documento as doações e patrocínios que podem ser abatidas do Imposto de Renda devido. Pela regra vigente, o contribuinte pode deduzir, até 6% do imposto devido, as doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente; Fundos do Idoso, obras audiovisuais, projetos culturais, desportivos e paradesportivos. Apenas depois disso, o contribuinte pode fazer o abatimento da contribuição patronal paga à previdência social, que incide sobre a remuneração do empregado doméstico. A contribuição do empregador, que pode ser abatida do imposto, é de 12% ao mês sobre o valor do salário-mínimo.

Eslovênia quer mais do Brasil Empresários eslovenos virão ao País prospectar negócios em outubro Marcos Mendes/LUZ

Ricardo Osman

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embaixadora da Eslovênia no Brasil, Milena Šmit, e o ministro conselheiro dessa embaixada, Edvin Skrt, visitaram na sexta-feira passada a sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), onde foram recebidos por Sidnei Docal, gerente-executivo da São Paulo Chamber of Commerce. Na ocasião, a embaixadora afirmou que, em outubro deste ano, uma delegação de empresários eslovenos virá ao Brasil para prospectar negócios entre os dois países. "Nossa missão é promover as relações do Brasil com a Eslovênia e fazer os contatos entre empresários dos dois países", disse a embaixadora Milena Šmit. "A Eslovênia está em um momento em que deve se abrir para o mundo e acredito que o Brasil oferece boas oportunidades." A Eslovênia é um país de pouco mais de 2 milhões de habitantes, localizado no leste

Embaixadora da Eslovênia no Brasil, Milena Šmit, acompanhada de Edvin Skrt (dir.) na ACSP com Docal.

europeu – ou Europa Central, como preferem o eslovenos. O país fazia parte da antiga Iugoslávia e conquistou sua independência em 1991. A renda per capita é de US$ 26 mil. "Somos um país jovem, mas com uma indústria tradicional", disse a embaixadora. Sidnei Docal fez apresentação sobre o momento positivo da economia brasileira e, mais especificamente, sobre o potencial da economia do Estado e da cidade de São Paulo. A embaixadora Milena Šmit ficou impressionada com os números econômicos do Estado, que concentra 34% do Produto

Interno Bruto (PIB) do País e as melhores universidades. "O Brasil passa por bom momento. Teremos em 2014 a Copa do Mundo e em 2016 a Olimpíada, no Rio de Janeiro", disse Docal. "Acredito que vamos ter uma economia forte pelos próximos seis anos." O gerente-executivo lembrou à embaixadora que essa fase positiva de crescimento econômico teve início na década de 1990 com a edição do Plano Real. "Nós brasileiros perdemos três décadas por causa da inflação e da ciranda financeira, que prejudicava os mais pobres", disse.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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ECONOMIA/LEGAIS - 23 Após receber estudo da AGU, vamos analisar o impacto do ressarcimento. Mauro Hauschild, presidente do INSS

conomia Afonso Lima/SXC

Dívida do governo federal recua R$ 65 bilhões Foi a primeira queda desde julho do ano passado

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dívida do governo federal (interna e e x t e r n a ) re c u o u R$ 65,04 bilhões em janeiro e fechou o mês em R$ 1,62 trilhão. Foi a primeira queda desde julho do ano passado, reflexo do megarresgate líquido de R$ 81,05 bilhões de títulos que o governo fez ao longo de janeiro. Enquanto o Tesouro pagou R$ 117,87 bilhões em papéis que venceram, foram vendidos outros R$ 36,83 bilhões de novos títulos. A queda da dívida só não foi maior porque o estoque da dívida aumentou R$ 15,37 bilhões no mês por conta do impacto da correção dos juros. A dívida interna em títulos teve uma queda de R$ 61,43 bilhões e a dívida externa recuou R$ 3,6 bilhões. Pela primeira vez, o Tesouro divulgou os dados do perfil de detentores da dívida interna, um montante de R$ 1,54 trilhão. Os bancos lideram o ranking. Nas mãos das instituições financeiras, estão 35,4% do total de títulos da dívida interna do governo, o equivalente a R$ 536 bilhões. Os fundos de investimento ocupam o segundo lugar, com 31,3% da dívida, seguidos pelos fundos de previdência (abertos e fechados), que detêm cerca de 14,8% do estoque total. Já os investidores estrangeiros possuem 12% da dívida. O ritmo de crescimento das aplicações desses investidores recuou depois que o governo aumento duas vezes a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o

capital externo que entra no País direcionado a investimentos em renda fixa. O coordenador-geral da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido, negou que as emissões menores de títulos no mês de janeiro estejam relacionadas ao aumento das taxas pedidas pelos investidores para comprar os papéis do Tesouro em função da alta da taxa básica de juros, a Selic. "As emissões estão dentro do nosso planejamento", disse Garrido. "Não há nenhuma correlação com as taxas de juros", complementou. Ele lembrou que no mês de janeiro tradicionalmente há um forte vencimento de títulos prefixados, movimento que ocorre a cada início de trimestre. Nesses meses, o Tesouro já faz um resgate maior do que o volume de emissões. O Tesouro já observou que o movimento de ligeira alta das taxas verificado em janeiro foi revertido em fevereiro. Segundo o coordenador, as taxas de mercado estão dentro da trajetória esperada. "A demanda está boa", disse. Garrido destacou que os analistas de mercado apontam, entre outros fatores para o recuo, a divulgação, em fevereiro, dos dados de crédito pelo Banco Central e de vendas de varejo, pelo IBGE. Tais indicadores apontam para uma desaceleração do crescimento econômico. Por enquanto, o Tesouro não vê espaço para fazer emissões de títulos no mercado internacional. A prioridade do go-

Ressarcimento do INSS ainda sem definição

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presidente do Institu- verá chegar ao INSS a regulato Nacional do Seguro mentação para o pagamento, Social (INSS), Mauro que está sendo atualmente esHauschild, informou ontem tudada pela Advocacia-Geral que 130 mil segurados vão re- da União (AGU). Depois de seceber a diferença paga a menos rem fixados os parâmetros panos seus benefícios nos últi- ra o pagamento, o presidente mos anos. do INSS vai levar os cálculos ao A decisão, determinada pe- ministro da Previdência Solo Supremo Tribunal Federal cial, Garibaldi Alves, para que (STF), manda pagar o adicio- este possa discutir o assunto nal devido com a área desde 1998 a econômica do segurados governo. que se sentiComo ainram prejudida falta essa cados pelo definição, cálculo da Hauschild mil pessoas ap os en ta dodisse não ter a ria em relação informação se devem ser ao teto fixado a diferença à beneficiadas no ano em qual os apopor novo cálculo, que tiveram o sentados têm benefício d i re i t o s e r á segundo concedido. depositada o presidente Serão beneem suas conficiados os setas à vista ou do INSS. gurados que mediante contribuíram p a rc e l a m e npara o INSS pelo valor máxi- to. "Vamos, ao receber o estudo mo, mas tiveram uma redução da AGU, submeter ao minissobre a média salarial – porque tro, para analisar os impactos", o valor ultrapassou o teto – e explicou. não tiveram a diferença incorUma primeira estimativa, porada nos reajustes concedi- calculada depois da decisão do dos em 1998 e 2003 além da in- STF, dava conta de que 1 miflação do período, como acon- lhão de segurados teriam diteceu nos outros anos, em ra- reito a receber a diferença. No zão das emendas 20/1998 e entanto, segundo Hauschild, o 41/2003. número correto de beneficiaHauschild afirmou ainda dos é mesmo de 130 mil pesque, até a próxima semana, de- soas. (Folhapress)

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verno continua sendo as captações de bônus externos atrelados em reais. Tesouro Direto – As vendas de títulos pelo programa Tesouro Direto – voltado para pessoas físicas – bateram recorde em janeiro e atingiram R$ 360,26 milhões. É o maior volume financeiro mensal desde o início do programa, em 2000. O número de novos investidores que se cadastraram no Tesouro Direto em janeiro foi de 5.036. Desde o início do programa, já são 219.693 investidores inscritos, com aumento de 23,82% nos últimos 12 meses. Os títulos mais procurados pelos investidores em janeiro foram os prefixados, com 54,81% das vendas. Para Garrido, o programa tem se mostrado bastante atrativo. Ele atribuiu o aumento das vendas à divulgação maior do programa. O coordenador negou a avaliação de que essa venda recorde esteja relacionada ao aumento da taxa de juros pelo BC. (AE)

Previdência: déficit de R$1,2 bi.

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Previdência Social obteve um déficit de R$ 3,021 bilhões no mês de janeiro excluindo-se as renúncias. Com as renúncias, o saldo ficou negativo em R$ 1,258 bilhão, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério. O valor é resultado de uma arrecadação líquida de R$ 17,115 bilhões e de despesas com pagamentos de benefícios previdenciários de R$ 20,137 bilhões. As renúncias previdenciárias do mês passado somaram R$ 1,763 bilhão. Em janeiro de 2010, houve déficit de R$ 2,336 bilhões com renúncias e de R$ 3,95 bilhões sem elas – esses valores já são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Setor rural – Os

Construlev Distribuidora Ltda, torna público que requereu na Cetesb a Licença de Operação para atividade de fabricação de artefatos plásticos, sito Rua Agrimensor Sugaya, 804, bl B, Itaquera - São Paulo - SP.

Posto de Serviço UP Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia e de Instalação 29000285 e requereu a Licença de Operação para atividade de comercio de produtos derivados de petróleo, sito Av. Casa Verde, 2305 - Casa Verde - São Paulo - SP.

Banco Bradesco BBI S.A. CNPJ no 06.271.464/0001-19- NIRE 35.300.335.791 Assembleia Geral Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 4 de março de 2011, às 9h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, para deliberar sobre remanejamento para o cargo de Diretor Gerente do senhor Renato Ejnisman, Diretor. Cidade de Deus, Osasco, SP, 22 de fevereiro de 2011. a) Luiz Carlos Trabuco Cappi – Diretor-Presidente. 23, 24 e 25.02.2011

SEAC-SP Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo CNPJ nº 62.812.524/0001-34 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, convocados para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 28 de fevereiro de 2011, na sede social situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista-SP, às 17:30h. e 2ª Convocação às 18:00h. Ordem do Dia: O SEAC-SP em conformidade com a audiência realizada em 17/08/2010 na Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, com referência ao Procedimento Preparatório nº 000.526.2010.15.000/5-11, ficam as empresas associadas e filiadas a esta entidade sindical patronal a comparecerem em A.G.E a ser realizada em 28/02/2011 para discutir e deliberar sobre o assunto em referência. São Paulo, 22 de fevereiro de 2011. Rui Monteiro Marques - Presidente

Porto Forte Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Multissetorial CNPJ nº 09.584.892/0001-90 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados os senhores quotistas para AGE na data de 28/02/2011 às 15h em 1ª convocação e às 16h em 2ª convocação, com qualquer número de quotistas, na sede da Administradora do Fundo - Socopa S.A., na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 3º andar, São Paulo, SP, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) alteração do Gestor do Fundo; (ii) estabelecimento do limite de 30% para que os 5 maiores cedentes ou sacados atinjam o valor da subordinação do FIDC; (iii) inclusão no artigo 19 para que o valor dos 5 maiores sacados poderá somar a subordinação mínima, exceto se for classificado como um Devedor Especial; (iv) aprovação da incorporação do FIDC Multissetorial Valor, CNPJ 10.614.434/0001-35. São Paulo, 18 de Fevereiro de 2011 - Socopa S.A. (Administrador)

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 22 de fevereiro de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Banco Safra S/A - Requerida: Flexsil Comércio de Embalagens Ltda.-ME - Rua Luiz Domingues de Castro nº 395 B Jardim Anhanguera - 2ª Vara de Falências Requerente: Pirâmide Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: B Rock Jeans Fashion Store - Rua Barão de Ladário nº 670 - loja 291 - 2° piso - Brás - 2ª Vara de Falências

pagamentos de benefícios previdenciários ao setor rural deverão pesar ainda mais nas contas da Previdência Social a partir de 2012, segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim. Isso porque a maioria dos trabalhadores do campo recebe um salário-mínimo, que tem sido reajustado acima da inflação. Os trabalhadores da área urbana têm conseguido correção baseada no INPC. Neste ano, o valor defendido para o mínimo pelo governo, de R$ 545, é resultado apenas do aumento da inflação de 2010 porque o cálculo também leva em conta a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que ficou praticamente estável em 2009. Para 2012, no entanto, a

expectativa é de expansão da atividade econômica doméstica e o mínimo deve ser reajustado novamente acima da inflação. "A área rural dentro da Previdência deve pagar mais a partir de 2012", comentou o secretário. "O salário-mínimo deverá ser muito mais representativo no próximo ano", acrescentou. Este segmento tem sido a pedra no sapato da Previdência porque tem levado a conta a ficar no vermelho. Enquanto o saldo do regime geral no primeiro mês do ano ficou negativo em R$ 3,021 bilhões excluindo-se as renúncias, a área rural apresentou déficit de R$ 4,068 bilhões em função de as despesas (R$ 4,442 bilhões) serem bem maiores do que as receitas (R$ 374 milhões). (AE)

ASSOCIAÇÃO DOS TÉCNICOS EM PRÓTESE DENTÁRIA APDESP - BRASIL Assembleia Geral Ordinária – Edital de Convocação Pelo presente edital de convocação, em conformidade com o que dispõe o artigo 53 do Estatuto Social, o Presidente da APDESP, Sr. Toshio Uehara, convoca os associados a participarem da Assembleia Geral Ordinária que se realizará no dia 01 de março de 2011, na sede social, sita na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, nº 2.050, 13° andar, com 1ª chamada às 20h ( vinte horas) e 2ª chamada às 20h30 ( vinte horas e trinta minutos) com a seguinte ordem do dia: prestação de contas do exercício 2010. São Paulo, 23 de fevereiro de 2011. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto - SeMAE Aviso de Abertura de Licitação – Tomada de Preços 04/2011 – Proc. 020/2011 Entrega dos envelopes: até 15.03.2011, às 08h45. Abertura da licitação: 15.03.2011, a partir das 09h. Objeto: Contratação de serviços de desmontagem e montagem de PTG – Poço Tubular Guarani. Custo global estimado: R$ 63.666,67 – Prazo de execução: 90 dias. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h e 13h30 às 17h, de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. São José do Rio Preto, 22.02.2011 – Gabriela Cavalcanti da Silva – Presidente da C. L. PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 016/2011 Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviço telefônico fixo comutado - STFC. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 14/03/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 38141060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 11/03/2011. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 017/2011 Objeto: Fornecimento de refeições tipo marmitex e refrigerantes, com entregas parceladas e diárias destinadas aos pacientes do CAPS-AD e Campanhas de Vacinação até 31 de dezembro 2011. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 14/03/2011, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 38141060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 11/03/2011. Pregoeiro.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 67/00007/10/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE LEITOR DE CÓDIGO DE BARRAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para Aquisição de Leitor de Código de Barras. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital, a partir de 23/02/2011, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 15/03/2011, às 10:00 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 24/02/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública. JOSÉ BERNARDO ORTIZ Presidente

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/00461/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Angelo Barros de Araujo - Rua Hum, s/nº - 11668-970 - Travessão - Caraguatatuba/SP - 150 - R$ 26.590,00 - R$ 2.659,00 - 09:30 - 14/03/2011. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM, a partir de 23/02/2011, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 11/03/2011, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. JOSÉ BERNARDO ORTIZ Presidente


DIÁRIO DO COMÉRCIO

24 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. CNPJ 05.809.815/0001-30 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, acompanhadas das notas explicativas, do relatório dos auditores independentes e do parecer atuarial. O volume de negócios emitidos pela Seguradora no ano de 2010 apresentou queda acentuada em relação ao mesmo período do ano anterior, fundamentalmente em função da diminuição do volume de exportações e da valorização da moeda brasileira. Com os desdobramentos da crise que assolou o setor creditício a partir de outubro de 2008, a Seguradora, com o intuito de proteger seus Segurados e a própria solvência, adotou política rígida de underwriting, envidando seus esforços no controle da exposição de riscos e na manutenção dos seus clientes atuais. Como fruto da referida política, a Seguradora obteve

ótima performance no controle da sinistralidade e, aliado ao reaquecimento da economia, apresentou decréscimo de 142,6% nos sinistros retidos, quando comparados ao mesmo período do ano anterior, motivado, principalmente, pela recuperação de sinistros anteriormente avisados. O lucro apurado no período foi originado essencialmente por parte do resultado financeiro das operações, combinado com o recorrente controle rígido das despesas administrativas, e boa performance da sinistralidade. Acreditamos no vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil. O grupo ratifica sua confiança no País e visa a consolidação dos negócios na América Latina, projetando ampliação do apetite de risco e, consequentemente, a expansão dos negócios nos próximos anos, combinado sempre com a manutenção dos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção desses riscos, notadamente apreciado pelos Segurados. A Seguradora

2010 _________ 22.854 _________ 447 _________ 447 18.419 _________ 18.419 1.907 _________ 416 1.495 (4) 1.469 _________ 9 1.460 11 _________ 39 _________ 39 562 _________ 2.155 _________ 2.124 _________ 2.124 1 _________ 140 (139) 30 _________ 30 _________ 25.009 _________ _________

2009 _________ 27.028 _________ 628 _________ 628 17.541 _________ 17.541 6.985 _________ 345 6.644 (4) 1.332 _________ 1.332 12 _________ 42 _________ 42 488 _________ 1.959 _________ 1.935 _________ 1.935 3 _________ 140 (137) 21 _________ 21 _________ 28.987 _________ _________

PASSIVO Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Impostos e contribuições Outras contas a pagar (Nota 6) Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras (Nota 5) Corretores de seguros e resseguros Receitas de comercialização diferidas (Nota 5) Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Provisão de insuficiência de prêmios Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Outras provisões Patrimônio líquido (Nota 7) Capital social Reservas de lucros Total do passivo

2010 _________ 5.363 _________ 1.771 _________ 89 17 42 117 1.506 976 _________ 887 34 55 50 _________ 50 2.566 _________ 2.566 _________ 555 213 1.377 288 133 19.646 _________ 15.900 3.746 _________ 25.009 _________ _________

2009 _________ 10.152 _________ 1.675 _________ 93 23 67 90 1.402 699 _________ 559 47 63 30 76 _________ 76 7.702 _________ 7.702 _________ 442 100 4.698 2.294 168 18.835 _________ 15.900 2.935 _________ 28.987 _________ _________

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais

Em 31 de dezembro de 2008 Lucro líquido no exercício Proposta para distribuição do resultado: Reserva legal Reserva de lucros Em 31 de dezembro de 2009 Lucro líquido no exercício Proposta para distribuição do resultado: Reserva legal Reserva de lucros Em 31 de dezembro de 2010

Capital social ____________ 15.900 -

Reservas de lucros ____________ 2.084 -

Lucros acumulados ____________ 851

Total ____________ 17.984 851

____________15.900 ____________ ____________

43 808 ____________ 2.935 ____________ ____________

(43) (808) ____________ ____________ ____________-

____________18.835 ____________ ____________

-

-

____________15.900 ____________ ____________

40 771 ____________ 3.746 ____________ ____________

811

811

(40) (771) ____________ ____________ ____________-

____________19.646 ____________ ____________

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais 1. Contexto operacional - A Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. (“Companhia”) é uma subsidiária do grupo Euler Hermes, líder mundial em seguros de crédito, e membro do grupo Allianz. A Companhia atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito à exportação, oferecendo aos seus clientes proteção contra risco de crédito da carteira de recebíveis de vendas a prazo provenientes de exportações. 2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), incluindo os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis quando referendadas pela SUSEP. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) foi elaborada pelo método direto e sem a apresentação da conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, conforme permitido pela Circular SUSEP nº 379/08. A SUSEP, através da Circular nº 408/10, determinou que as seguradoras passarão a elaborar suas demonstrações financeiras a partir do exercício a findar em 31.12.2011, com base nas práticas prescritas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que tenham sido por ela referendados. Os pronunciamentos emitidos pelo CPC visam a harmonização das práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade prescritas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A adoção, pela primeira vez, de todos os pronunciamentos emitidos pelo CPC será efetuada de acordo com as normas e orientações contidas no Pronunciamento CPC 37, e implicará na reapresentação das demonstrações financeiras correspondentes ao exercício de 2010. A Administração avaliou os pronunciamentos emitidos pelo CPC e ainda não referendados pela SUSEP, incluindo suas orientações e interpretações, e entende que, de sua adoção em 2011, não resultarão efeitos significativos nos resultados ou no patrimônio líquido, mas irão requerer uma significativa ampliação do volume de informações a serem divulgadas. 3. Principais práticas contábeis - (a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, os prêmios cedidos em resseguros, as despesas de comercialização e as receitas de comissões de resseguro, são reconhecidos no resultado, quando da emissão das respectivas apólices de seguros, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência dos contratos de seguro. A provisão para riscos de crédito sobre prêmios a receber é constituída pelo valor dos prêmios vencidos há mais de 60 dias. As operações contratadas, cujo período de risco está em curso, mas cujas apólices ainda não foram emitidas, são registradas por estimativa e segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 282/05. Os sinistros correspondem a créditos vencidos e não pagos pelos devedores cujos valores são honrados pela Seguradora junto aos segurados. Quando do pagamento do sinistro a titularidade dos créditos é transferida para a Seguradora, que mantém ações de cobrança visando sua recuperação. As recuperações são reconhecidas no resultado quando do seu efetivo recebimento (vide Nota 12b). (b) Aplicações - Os títulos e valores mobiliários são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido acrescido dos seus rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos a negociação antes de seu vencimento tem o seu valor contábil ajustado ao valor justo e o ajuste é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria “valor justo por meio do resultado”), ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “disponíveis para venda”), neste caso pelo seu valor líquido dos efeitos tributários. As quotas de fundos de investimento são valorizadas pelo valor da quota informado pelos Administradores dos fundos na data de levantamento das demonstrações financeiras. Os ativos dos fundos de investimento são ajustados a valor justo, em consonância com a regulamentação específica aplicável a essas entidades. O valor justo dos títulos públicos é apurado com base nos preços de mercado secundário divulgados pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais - (ANBIMA). (c) Outros ativos - Demonstrados ao valor de custo acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos, até a data de balanço, em base pro rata dia e deduzido, quando aplicável, de provisão ao valor justo ou de realização. (d) Ativo imobilizado e intangível - Os ativos imobilizado e intangível estão demonstrados pelo custo de aquisição ou aplicação. As depreciações/amortizações são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição com base em taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada dos bens. (e) Passivo circulante - Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos, até a data do balanço. (f) Imposto de renda e contribuição social - A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre a parcela do lucro tributável anual que excede a R$ 240. A contribuição social foi constituída à alíquota de 15%, conforme Lei nº 11.727/08, aplicada sobre a base de cálculo definida pela legislação em vigor. Os créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas foram totalmente realizados durante o segundo semestre de 2009. Os créditos tributários e os tributos diferidos originários de diferenças temporárias de imposto de renda e contribuição social estão registrados nas rubricas “Créditos tributários e previdenciários” e “Outras contas a pagar”, no ativo e passivo circulantes, respectivamente, de acordo com as suas naturezas, e os montantes estão demonstrados na nota explicativa nº 6. (g) Provisões técnicas - As provisões técnicas são constituídas em conformidade com as determinações da Resolução CNSP nº 162/06 e posteriores alterações. A provisão de prêmios não ganhos (PPNG) é constituída pelas parcelas do prêmio direto correspondente ao período de risco a decorrer, calculado em bases pro rata dia e inclui estimativa dos riscos vigentes mas não emitidos, calculada considerando os percentuais definidos no Anexo à Circular SUSEP nº 282/05. A provisão de sinistros a liquidar é reconhecida com base nos valores reclamados pelos segurados até a data do balanço. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é constituída baseada no percentual estabelecido pela Circular SUSEP nº 283/05. A provisão para insuficiência de prêmios (PIP) é calculada de acordo com critérios atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em consideração as características das operações da Seguradora. A provisão complementar de prêmios (PCP), cujo objetivo é complementar a PPNG, corresponde a diferença, se positiva, entre a média diária da PPNG no mês e o saldo da PPNG no mês, estando classificada em “Outras provisões”, no passivo circulante. A parcela do ressegurador sobre as provisões técnicas é reconhecida separadamente, seguindo as mesmas premissas utilizadas para o cálculo da parcela de prêmios e sinistros diretos e de acordo com percentuais definidos em bases contratuais, estando demonstrada na nota explicativa nº 5. (h) Provisões judiciais - As provisões judiciais são constituídas quando há uma obrigação legal ou tácita resultante de eventos passados, que incorra em provável necessidade de saída de recursos econômicos para liquidá-la e que possa ser feita uma estimativa confiável do montante envolvido. As contingências ativas e passivas são avaliadas pela Administração de forma individualizada, em conjunto com assessoria jurídica externa. Ativos contingentes são reconhecidos contabilmente somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis definitivas, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. (i) Estimativas contábeis - A elaboração de demonstrações financeiras requer que a Administração registre determinados valores com base em estimativas. O uso de estimativas envolve a determinação de cenários e premissas relacionados a eventos futuros e o uso de julgamento por parte da Administração. Valores significativos, determinados com base em estimativas incluem, dentre outros, o valor justo dos títulos mobiliários, o valor das provisões requeridas para ajustar os ativos ao seu valor provável de realização ou recuperação e as provisões técnicas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. 4. Aplicações 2010 2009 _______________________________________ ____________________ Custo atualizado _____________________________ Sem Acima de Valor Custo Valor vencimento _________ 12 meses _______ Total _________ justo __________ atualizado _________ justo ___________

Títulos _________________ Valor justo por meio do resultado Quotas de fundos de investimentos 18.419 _________- _______ 18.419 _________ 18.419 __________ 17.541 _________ 17.541 ___________ Total 18.419 - 18.419 18.419 17.541 17.541

São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 A ADMINISTRAÇÃO. Demonstrações de Resultados - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações (Nota 4) Quotas de fundos de investimentos Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras (Nota 5) Provisão para riscos de crédito Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários (Nota 6) Despesas antecipadas Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Despesas de resseguro e retrocessões diferidas (Nota 5) Ativo não circulante Aplicações (Nota 4) Títulos de renda fixa Imobilizado Bens móveis Depreciação Intangível Outros intangíveis Total do ativo

permanece seguindo uma política conservadora e prudente para os seus investimentos. As políticas de reinvestimento de lucros e de distribuição de dividendos seguem as diretrizes advindas do acionista, que determina o reinvestimento do lucro no próprio negócio, sem a distribuição de dividendos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores, prestadores e ressegurador, a atenção e orientação prestadas pelos reguladores e, a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.

2010 2009 _______________________________________ ____________________ Custo atualizado _____________________________ Sem Acima de Valor de Custo Valor de Títulos vencimento _________ 12 meses _______ Total _________ mercado __________ atualizado _________ mercado _________________ ___________ Disponíveis para venda Letras Financeiras do Tesouro - LFT’s 2.124 _______ 2.124 _________ 2.124 __________ 1.935 _________ 1.935 ___________- _________ Total 2.124 _______ 2.124 _________ 2.124 __________ 1.935 _________ 1.935 ___________- _________ Total geral 18.419 2.124 20.543 _________ 20.543 19.476 19.476 ___________ ___________ _________ _________ _______ _______ _________ __________ __________ _________ _________ A totalidade dos títulos públicos encontrava-se vinculada à SUSEP em garantia das provisões técnicas. Os investimentos em quotas de fundos são compostos por fundos abertos referenciados ao depósito interfinanceiro (DI), sendo a carteira formada substancialmente por títulos públicos e administrada pelo Banco HSBC Bank Brasil S.A.. 5. Resseguros - valores a receber e a pagar 2010 2009 _________ _________ Despesas de resseguro e retrocessões diferidas 562 488 _________ _________ Provisão de prêmios não ganhos 443 353 Provisão complementar de prêmios (PCP) 119 135 Operações com resseguradoras - ativo circulante 1.495 6.644 _________ _________ Provisão de sinistros a liquidar 1.202 4.236 Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados 251 2.069 Sinistros indenizados a recuperar 255 Comissão sobre prêmio de resseguro cedido a liquidar 41 50 Outros 1 34 Operações com resseguradoras - passivo circulante 887 559 _________ _________ Prêmios de resseguro emitidos 523 362 Prêmios de resseguro a liquidar, líquidos de comissões 343 171 Outros 21 26 Receitas de comercialização diferidas 55 63 _________ _________ Comissão de resseguro diferida 55 63 6. Créditos tributários - Compreendem antecipações de imposto de renda e contribuição social devidos em exercícios anteriores no montante de R$ 7 (R$ 5 em 2009) e créditos tributários ou tributos diferidos decorrentes de diferenças temporárias entre critérios contábeis e fiscais de apuração do resultado, sendo R$ 1.453 de natureza ativa (R$ 1.308 em 2009) e R$ 1.506 de natureza passiva (R$ 1.402 em 2009), e estão apresentados no ativo circulante, na rubrica “Créditos tributários e previdenciários” e no passivo circulante, na rubrica “Outras contas a pagar”, respectivamente. Em 2009, havia R$ 19 referente crédito gerado por recolhimento a maior de Taxa de Fiscalização SUSEP, compensado integralmente durante o exercício de 2010. 7. Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social está representado por 15.900.000 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. (b) Dividendos - O estatuto social assegura aos acionistas dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro do exercício, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos artigos 189 e 190 da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07. Os dividendos são refletidos nas demonstrações financeiras quando pagos ou quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. (c) Reservas de lucros - i) Reserva legal - é constituída em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, na base de 5% do lucro líquido de cada exercício até atingir 20% do capital. O saldo em 31 de dezembro de 2010 monta R$ 189 (R$ 149 em 2009). ii) Retenção de lucros - é constituída com o saldo remanescente do lucro líquido do exercício após deduzida a reserva legal. A Assembleia Geral Ordinária pode deliberar sobre a utilização desta reserva para futuro aumento de capital, reinvestimento nas operações ou para distribuição complementar de dividendos. O saldo em 31 de dezembro de 2010 monta R$ 3.557 (R$ 2.786 em 2009). (d) Patrimônio líquido ajustado e capital mínimo requerido 2010 2009 _________ _________ Patrimônio líquido 19.646 18.835 Despesas antecipadas (11) (12) _________ _________ Patrimônio líquido ajustado 19.635 18.823 _________ _________ _________ _________ Capital mínimo requerido (CMR) 15.111 15.225 _________ _________ Suficiência 4.524 3.598 _________ _________ _________ _________ A Resolução CNSP nº 178/07 estabeleceu novos requerimentos relacionados ao capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras o qual é composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. A Resolução CNSP nº 158/06 estabeleceu critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos, a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/01. Em 6 de dezembro de 2010, a SUSEP divulgou as seguintes resoluções do CNSP que entram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2011: Resolução 222 - Institui regras e procedimentos para o cálculo do patrimônio líquido ajustado; Resolução 227 - Dispõe, entre outros assuntos, sobre o capital mínimo requerido; Resolução 228 - Dispõe sobre os critérios de estabelecimento do capital adicional baseado no risco de crédito. A Administração está avaliando os impactos das novas normas mas não antecipa impactos relevantes em termos de requerimentos de capital. 8. Detalhamento das contas de resultado - (a) Prêmios emitidos líquidos 2010 2009 _________ _________ Prêmios emitidos 3.247 5.744 Prêmios cancelados (16) (79) _________ _________ 3.231 5.665 _________ _________ _________ _________ (b) Sinistros retidos

2010 _________

Sinistros diretos: Sinistros avisados Sinistros baixados sem indenização (*) Recuperação de sinistros: Recuperação de sinistros avisados Recuperação de sinistros baixados sem indenização (*) Salvados e ressarcimentos Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados

2009 _________

(2.652) 2.630

(12.215) 11.549

2.493 9.948 (2.494) (9.548) 8 23 188 (163) _________ _________ 173 (406) _________ _________ _________ _________ (*) No decorrer do ano de 2009 ocorreu um volume expressivo de avisos de sinistros, principalmente em decorrência da crise mundial no setor de crédito. Como fruto da atividade de cobrança realizada desde então, muitos desses casos foram liquidados pelos devedores antes da liquidação financeira do sinistro. (c) Receitas (despesas) de comercialização 2010 2009 _________ _________ Comissões de corretagem (112) (221) Comissões de resseguro 421 913 Variação das receitas e das despesas de comercialização diferidas 5 111 _________ _________ 314 803 _________ _________ _________ _________ (d) Outras receitas e despesas operacionais 2010 2009 _________ _________ Participação nos lucros - contratos de resseguro 477 Tarifas bancárias para fechamento de câmbio (1) (1) _________ _________ (1) 476 _________ _________ _________ _________ (e) Despesas administrativas 2010 2009 _________ _________ Pessoal próprio e encargos sociais (469) (988) Serviços de terceiros (287) (384) Localização e funcionamento (124) (217) Despesas com publicações (94) (101) Outras despesas administrativas (31) (58) _________ _________ (1.005) (1.748) _________ _________ _________ _________

Prêmios emitidos líquidos (nota 8a) Prêmios cedidos em resseguros Prêmios retidos Variação das provisões técnicas Variação da PPNG - resseguro cedido Prêmios ganhos Sinistros retidos (Nota 8b) Receitas (despesas) de comercialização (Nota 8c) Outras receitas e despesas operacionais (Nota 8d) Despesas administrativas (Nota 8e) Despesas com tributos (Nota 8f) Resultado financeiro (Nota 8g e h) Resultado operacional Resultado antes dos impostos e participações Imposto de renda (Nota 8i) Contribuição social (Nota 8i) Participações sobre o resultado Lucro líquido no exercício Quantidade de ações Lucro líquido por ação - R$

2010 _________ 3.231 (2.769) _________ 462 (207) 90 _________ 345 173 314 (1) (1.005) (245) 1.744 _________ 1.325 _________ 1.325 _________ (307) (198) (9) _________ 811 _________ _________

2009 _________ 5.665 (4.657) _________ 1.008 237 (200) _________ 1.045 (406) 803 476 (1.748) (285) 1.523 _________ 1.408 _________ 1.408 _________ (323) (208) (26) _________ 851 _________ _________

15.900.000 _________ _________ 0,05 _________ _________

15.900.000 _________ _________ 0,05 _________ _________

Demonstração dos Fluxos de Caixa - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 Em milhares de reais 2010 _________ Atividades operacionais Recebimentos de prêmios de seguro 3.070 Recuperações de sinistros e comissões 3.710 Outros recebimentos operacionais 88 Pagamentos de sinistros e comissões (3.477) Repasses de prêmios por cessão de riscos (2.417) Pagamentos de despesas e obrigações (868) Pagamentos de indenizações e despesas em processos judiciais (30) Outros pagamentos operacionais: Oscilação cambial incorrida sobre conta corrente em moeda estrangeira (4) Outros pagamentos operacionais Pagamentos de participações nos resultados (20) _________ Caixa gerado (consumido) pelas operações 52 Impostos e contribuições pagos (953) Investimentos financeiros: Aplicações (1.430) Vendas e resgates 2.170 _________ Caixa líquido consumido nas atividades operacionais (161) Atividades de investimento Pagamento pela compra de ativo permanente: Intangível (20) _________ Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (20) _________ Diminuição líquida de caixa (181) _________ _________ Caixa no início do período 628 Caixa no final do período 447 _________ Aumento nas aplicações financeiras - recursos livres 878 _________ _________

2009 _________ 5.549 9.637 774 (9.366) (4.958) (1.517) (3) (744) (36) (17) _________ (681) (883 (19.241) 19.894 _________ (911)

__________________(911) _________ _________ 1.539 628 _________ 1.410 _________ _________

(f) Despesas com tributos Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Taxa de fiscalização SUSEP Programa de Integração Social (PIS) Contribuição sindical Outras despesas com tributos

2010 _________ (127) (75) (21) (13) (9) _________ (245) _________ _________

2009 _________ (210) (24) (34) (12) (5) _________ (285) _________ _________

2010 _________ 1.619 1.362 189 100 10 _________ 3.280 _________ _________

2009 _________ 1.553 5.806 214 74 22 _________ 7.669 _________ _________

(g) Receitas financeiras Juros com títulos de renda fixa - privados Variação cambial sobre operações de seguros e resseguros Juros com títulos de renda fixa - públicos Variação cambial sobre conta-corrente em moeda estrangeira Outras receitas financeiras (h) Despesas financeiras 2010 2009 _________ _________ (1.380) (5.250) (104) (818) (52) (78) _________ _________ (1.536) (6.146) _________ _________ _________ _________ (i) Conciliação das despesas de imposto de renda e contribuição social Imposto de renda __________________ Contribuição social ____________________ 2010 2009 ________ 2010 ________ 2009 ________ ________ Lucro antes dos impostos e participações Variação cambial sobre operações de seguros e resseguros Variação cambial sobre conta-corrente em moeda estrangeira Outras despesas financeiras

sobre o resultado 1.325 Participação nos lucros (9) ________ Lucro antes das adições e exclusões 1.316 ________ Adições/(exclusões) temporárias: Variações cambiais não realizadas 77 Outras 25 Adições/(exclusões) permanentes: Brindes e donativos 4 Outras 2 ________ Lucro antes da compensação dos prejuízos fiscais 1.424 ________ Compensação de prejuízos fiscais ________Base de cálculo 1.424 ________ Alíquotas: Imposto de renda e Contribuição social a alíquota básica - 15% (a) (214) Adicional de 10% sobre parcela excedente a R$ 240 anuais (a) (118) Créditos tributários sobre diferenças temporárias (IR - 25% / CS - 15%) 25 Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social (IR - 25% / CS - 15%) ________Resultado do imposto de renda e da contribuição social (307) ________ ________

1.408 (26) ________ 1.382 ________

1.325 1.408 (9) ________ (26) ________ 1.316 ________ 1.382 ________

(299) (33)

77 25

(299) (33)

5 (19) ________

4 2 ________

5 (19) ________

1.036 ________ (285) ________ 751 ________

1.424 ________ ________1.424 ________

1.036 ________ (285) ________ 751 ________

(113)

(214)

(113)

(51)

-

-

(88)

16

(52)

(71) ________

________-

(43) ________

(323) ________ (198) ________ (208) ________ ________ ________ ________ (a) Os tributos correntes são apresentados no passivo circulante na rubrica “Impostos e contribuições”, deduzidos das antecipações devidas no exercício, até o limite da provisão do imposto. Quando as antecipações excedem o imposto devido, a parcela excedente é apresentada na conta “Créditos tributários” no ativo circulante. 9. Transações com partes relacionadas - A Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. e a sua coligada Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. utilizam-se de estrutura administrativaoperacional comum. As despesas atribuídas a cada uma das sociedades são apuradas segundo rateio efetuado conforme critérios estabelecidos em acordo operacional entre as partes. As despesas reembolsadas por rateio totalizaram R$ 95 (R$ 566 em 2009) e foram registradas nas diversas contas de despesas segundo suas naturezas, permanecendo R$ 9 pendente de recebimento na data-base das demonstrações financeiras, classificado na rubrica “Títulos e créditos a receber” (R$ 21 pendente de pagamento em 2009, registrado na rubrica “Outras obrigações a pagar“). É contabilizada na rubrica “Despesas administrativas” a remuneração paga aos Administradores no montante de R$ 78 (R$ 180 em 2009) que compreende substancialmente benefícios de curto prazo relacionados a honorários. A Seguradora não concede qualquer tipo de benefício pós-emprego e não tem como política pagar a empregados e administradores remuneração baseada em ações. 10. Provisões judiciais - Em 31 de dezembro de 2010 a Companhia possui uma única contingência relacionada a processo judicial de ordem cível, cujo valor envolvido totaliza R$ 181 e foi avaliada com probabilidade de êxito possível. Considerando a opinião de consultores jurídicos externos, nenhuma provisão foi reconhecida. 11. Instrumentos financeiros derivativos - Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, a Companhia não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 12. Outras informações - a) A Seguradora adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros às empresas do grupo, considerando a natureza de suas atividades. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contra riscos de danos materiais em favor da Companhia e sua coligada Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. era de R$ 750. b) A Companhia é detentora de créditos vencidos e não pagos, no valor de aproximadamente R$ 16.937 (R$ 14.407 em 2009), atualizados à taxa de câmbio corrente em 31 de dezembro de 2010 e brutos da participação do ressegurador. A titularidade dos referidos créditos foi transferida à Seguradora em função das indenizações por sinistros pagas aos seus segurados. A Companhia desenvolve ações de cobrança visando a recuperação desses valores (vide Nota 3a). Os valores recuperados no exercício totalizam R$ 76 (R$ 256 em 2009) e estão registrados no grupo “ Sinistros retidos”, convertidos em moeda nacional pela taxa de câmbio corrente à data do lançamento. Diretoria Guilherme Perondi Neto Diretor Presidente Nilton Yuji Sugiyama Diretor Max Joaquin Ernesto Thiermann Weller Diretor Nilton Yuji Sugiyama - Contador - CRC 1SP145.155/O-8 Paulo Pereira Ferreira - Atuário - MIBA 507

Parecer Atuarial Aos Acionistas da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. Elaboramos a avaliação atuarial das Provisões Técnicas com base em 31 de dezembro de 2010, conforme estabelecido na Circular SUSEP no 272/04. Nossa responsabilidade é a de emitir um parecer sobre essa avaliação atuarial. Nossos exames foram conduzidos de acordo com os princípios atuariais e compreenderam, principalmente, avaliar a adequação das Provisões Técnicas em relação aos compromissos, passados e futuros da Companhia, com os segurados. Desta forma, verificamos a precisão dos dados, a metodologia e consistência das Provisões Técnicas constituídas, bem como, a movimentação na carteira durante o período compreendido entre 01 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2010.

Pela nossa avaliação a Provisão de Insuficiência de Prêmios no valor de R$ 212.867,00 está adequadamente constituída. Sendo assim, ratificamos que os critérios estabelecidos nas normas vigentes e nas Notas Técnicas dos produtos estão sendo obedecidos, e as provisões técnicas constituídas na data de 31 de dezembro de 2010 encontram-se adequadas em todos os aspectos relevantes no que diz respeito às práticas atuariais aplicáveis. Paulo Pereira Ferreira Atuário Responsável MIBA 507 Towers Watson CIBA 19 CNPJ 50.245.935-0002-97

Guilherme Perondi Neto Diretor Presidente Euler Hermes

Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Aos Administradores e Acionistas Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. São Paulo - SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. (“Seguradora”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras A Administração da Seguradora é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos Auditores Independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Seguradora para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Seguradora. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP. São Paulo, 4 de fevereiro de 2011

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

José Rubens Alonso Contador CRC 1SP104350/O-3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ECONOMIA/LEGAIS - 25

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO S.A. CNPJ 04.573.811/0001-32 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, acompanhadas das notas explicativas, do relatório dos auditores independentes e do parecer atuarial. O volume de negócios da Seguradora atingiu R$ 17,3 milhões em prêmios emitidos, ante os R$ 16,8 milhões auferidos no mesmo período do ano anterior. Com os desdobramentos da crise que assolou o setor creditício a partir de outubro de 2008, a Seguradora, com o intuito de proteger seus Segurados e a própria solvência, adotou politica rígida de underwriting, envidando seus esforços no controle da exposição de riscos e na manutenção dos seus clientes atuais. Como fruto da referida política, a Seguradora obteve ótima performance no controle da sinistralidade e,

aliado ao reaquecimento da economia, apresentou decréscimo de 105,8% nos sinistros retidos, quando comparados ao mesmo período do ano anterior, motivado, principalmente, pela recuperação de sinistros anteriormente avisados. Acreditamos no vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil. O grupo ratifica sua confiança no País e visa a consolidação dos negócios na América Latina, projetando ampliação do apetite de risco e, consequentemente, a expansão dos negócios nos próximos anos, combinado sempre com a manutenção dos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção desses riscos, notadamente apreciado pelos Segurados. O resultado contábil negativo apresentado no ano deve-se ao fato da constituição de provisão para não realização de créditos tributários, nos termos da legislação vigente, devido a expectativa da Companhia não

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações (Nota 4) Títulos de renda fixa Quotas de fundos de investimentos Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras (Nota 5) Outros créditos operacionais Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários (Nota 6) Outros créditos Despesas antecipadas Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Despesas de resseguro e retrocessões diferidas (Nota 5) Ativo não circulante Aplicações (Nota 4) Títulos de renda fixa Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários (Nota 6) Imobilizado Bens móveis Depreciação Intangível Outros intangíveis Total do ativo

2010 __________ 36.113 __________ 457 __________ 457 17.799 __________ 17.799 11.368 __________ 4.355 6.998 15 268 __________ 1 267 1 __________ 751 __________ 751 5.469 __________ 5.703 __________ 5.373 __________ 5.373 __________219 __________ 726 (507) 111 __________ 111 __________ 41.816 __________ __________

2009 __________ 54.249 __________ 562 __________ 562 19.692 __________ 3.328 16.364 28.081 __________ 3.878 24.188 15 1.024 __________ 24 958 42 4 __________ 524 __________ 524 4.362 __________ 3.368 __________ 2.599 __________ 2.599 347 __________ 347 275 __________ 712 (437) 147 __________ 147 __________ 57.617 __________ __________

PASSIVO Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Empréstimos e financiamentos Impostos e contribuições Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras (Nota 5) Corretores de seguros e resseguros Receitas de comercialização diferidas (Nota 5) Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo (Nota 3g) Provisão de prêmios não ganhos Provisão de insuficiência de prêmios Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Passivo não circulante Contas a pagar Tributos diferidos Empréstimos e financiamentos Patrimônio líquido (Nota 7) Capital social Reservas de lucros Ajustes com títulos e valores mobiliários Total do passivo

2010 __________ 24.452 __________ 903 __________ 333 398 111 44 17 8.357 __________ 6.983 759 588 27 7 __________ 7 15.185 __________ 15.185 __________ 6.803 1.035 1.703 5.644 43 __________ 43 __________ 43 17.321 __________ 16.925 396 __________41.816 __________ __________

2009 __________ 40.049 __________ 1.814 __________ 1.275 334 148 44 13 7.051 __________ 5.927 447 673 4 90 __________ 90 31.094 __________ 31.094 __________ 5.452 1.162 17.610 6.870 86 __________ 86 __________ 1 85 17.482 __________ 16.925 555 2 __________ 57.617 __________ __________

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais

Em 31 de dezembro de 2008 Lucro no exercício Títulos e valores mobiliários Distribuição do resultado: Reserva legal Reserva de lucros Em 31 de dezembro de 2009 Prejuízo no exercício Títulos e valores mobiliários Proposta da administração: Absorção do prejuízo com reservas Em 31 de dezembro de 2010

Capital social __________ 16.925 -

Reservas de lucros ____________ 436 -

Ajuste TVM _____________ 1 1

Lucros (prejuízos) acumulados _______________ 119 -

Total __________ 17.362 119 1

__________16.925 __________ __________

6 113 ____________ 555 ____________ ____________

_____________2 _____________ _____________

(6) (113) _______________ _______________ _______________-

__________17.482 __________ __________

-

-

__________16.925 __________ __________

(159) ____________ 396 ____________ ____________

(2) _______________________________________

(159) 159 _______________ ______________________________

(159) (2) __________17.321 __________ __________

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 - Em milhares de reais 1. Contexto operacional - A Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. (“Companhia”) é uma subsidiária do grupo Euler Hermes, líder mundial em seguros de crédito, e membro do grupo Allianz. A Companhia atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito doméstico, oferecendo aos seus clientes proteção contra o risco de crédito da carteira de recebíveis de vendas a prazo no mercado interno. 2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), incluindo os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis quando referendadas pela SUSEP. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) foi elaborada pelo método direto e sem a apresentação da conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, conforme permitido pela Circular SUSEP nº 379/08. A SUSEP, através da Circular nº 408/10, determinou que as seguradoras passarão a elaborar suas demonstrações financeiras a partir do exercício a findar em 31.12.2011, com base nas práticas prescritas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que tenham sido por ela referendados. Os pronunciamentos emitidos pelo CPC visam a harmonização das práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade prescritas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A adoção, pela primeira vez, de todos os pronunciamentos emitidos pelo CPC será efetuada de acordo com às normas e orientações contidas no Pronunciamento CPC 37, e implicará na reapresentação das demonstrações financeiras correspondentes ao exercício de 2010. A Administração avaliou os pronunciamentos emitidos pelo CPC e ainda não referendados pela SUSEP, incluindo suas orientações e interpretações, e entende que, de sua adoção em 2011, não resultarão efeitos significativos nos resultados ou no patrimônio líquido, mas irão requerer uma significativa ampliação do volume de informações a serem divulgadas. 3. Principais práticas contábeis - (a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, os prêmios cedidos em resseguros, as despesas de comercialização e as receitas de comissões de resseguro, são reconhecidos no resultado, quando da emissão das respectivas apólices de seguros, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência dos contratos de seguro. A provisão para riscos de crédito sobre prêmios a receber é constituída pelo valor dos prêmios vencidos há mais de 60 dias. As operações contratadas, cujo período de risco está em curso, mas cujas apólices ainda não foram emitidas, são registradas por estimativa e segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 282/05. Os sinistros correspondem a créditos vencidos e não pagos pelos devedores cujos valores são honrados pela Seguradora junto aos segurados. Quando do pagamento do sinistro, a titularidade dos créditos é transferida para a Seguradora, que mantém ações de cobrança visando sua recuperação. As recuperações são reconhecidas no resultado quando do seu efetivo recebimento (vide Nota 12b). (b) Aplicações - Os títulos e valores mobiliários são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido acrescido dos seus rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos a negociação antes de seu vencimento tem o seu valor contábil ajustado ao valor justo e o ajuste é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria “valor justo por meio do resultado”), ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “disponíveis para venda”), neste caso pelo seu valor líquido de efeitos tributários. As quotas de fundos de investimentos são valorizadas pelo valor da quota informado pelos Administradores dos fundos na data de levantamento das demonstrações financeiras. Os ativos dos fundos de investimento são ajustados a valor justo, em consonância com a regulamentação específica aplicável a essas entidades. O valor justo dos títulos públicos é apurado com base nos preços de mercado secundário divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). (c) Outros ativos - Demonstrados ao valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos, até a data de balanço, em base pro rata dia e deduzido, quando aplicável, de provisão ao valor justo ou de realização. (d) Ativo imobilizado e intangível - Os ativos imobilizado e intangível estão demonstrados pelo custo de aquisição ou aplicação. As depreciações/amortizações são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição com base em taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada dos bens. (e) Passivo circulante - Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos, até a data do balanço. (f) Imposto de renda e contribuição social - A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre a parcela do lucro tributável anual que excede a R$ 240. A contribuição social foi constituída à alíquota de 15%, conforme Lei nº 11.727/08, aplicada sobre a base de cálculo definida pela legislação em vigor. Os créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas, bem como os de diferenças temporárias de imposto de renda e contribuição social, estão registrados na rubrica “Títulos e créditos a receber” e os montantes estão demonstrados na nota explicativa nº 6. (g) Provisões técnicas - As provisões técnicas são constituídas em conformidade com as determinações da Resolução CNSP nº 162/06 e posteriores alterações. A provisão de prêmios não ganhos (PPNG) é constituída pelas parcelas do prêmio direto correspondente ao período de risco a decorrer, calculado em bases pro rata dia e inclui estimativa dos riscos vigentes mas não emitidos, calculada considerando os percentuais definidos no Anexo à Circular SUSEP nº 282/05. A provisão de sinistros a liquidar foi reconhecida a partir dos valores reclamados pelos segurados até a data do balanço. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é calculada com base em metodologia estabelecida em nota técnica atuarial. A provisão de insuficiência de prêmios (PIP) é calculada de acordo com critérios atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em consideração as características das operações da Seguradora. A provisão complementar de prêmios (PCP), cujo objetivo é complementar a PPNG, corresponde a diferença, se positiva, entre a média diária da PPNG no mês e o saldo da PPNG no mês, estando classificada em “Outras provisões”, no passivo circulante. A parcela do ressegurador sobre as provisões técnicas é reconhecida separadamente, seguindo as mesmas premissas utilizadas para o cálculo da parcela de prêmios e sinistros diretos e de acordo com percentuais definidos em bases contratuais, estando demonstrada na nota explicativa nº 5. (h) Provisões judiciais - As provisões judiciais são constituídas quando há uma obrigação legal ou tácita resultante de eventos passados, que incorra em provável necessidade de saída de recursos econômicos para liquidá-la e que possa ser feita uma estimativa confiável do montante envolvido. As contingências ativas e passivas são avaliadas pela Administração de forma individualizada, em conjunto com assessoria jurídica externa. Ativos contingentes são reconhecidos contabilmente somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis definitivas, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. (i) Estimativas contábeis - A elaboração de demonstrações financeiras requer que a Administração registre determinados valores com base em estimativas. O uso de estimativas envolve a determinação de cenários e premissas relacionados a eventos futuros e o uso de julgamento por parte da Administração. Valores significativos, determinados com base em estimativas incluem, dentre outros, o valor justo dos títulos mobiliários, o valor das provisões requeridas para ajustar os ativos ao seu valor provável de realização ou recuperação e as provisões técnicas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. 4. Aplicações 2010 2009 _______________________________________ ____________________ Custo atualizado _____________________________ Sem Acima de Títulos vencimento 12 meses _______ Total _________________ ___________ _________ Valor justo por meio do resultado Quotas de fundos de investimentos 17.799 _________- _______ 17.799 ___________ Total 17.799 - 17.799 Disponíveis para venda Letras Financeiras do Tesouro - LFT’s 5.373 _______ 5.373 ___________- _________ Total 5.373 _______ 5.373 ___________- _________ Total geral 17.799 _________ 5.373 _______ 23.172 ___________ ___________ _________ _______

Custo Valor justo __________ atualizado Valor justo _________ _________

17.799 __________ 16.364 _________ 16.364 _________ 17.799 16.364 16.364

5.373 _________ 5.373 _________ 23.172 _________ _________

5.925 __________ 5.925 __________ 22.289 __________ __________

5.927 _________ 5.927 _________ 22.291 _________ _________

A totalidade dos títulos públicos e quotas de fundos de investimentos no montante de R$ 651 (R$ 594 em 2009) encontravam-se vinculados à SUSEP em garantia das provisões técnicas. Os investimentos em quotas de fundos são compostos por fundos abertos referenciados ao depósito interfinanceiro (DI), sendo a carteira formada substancialmente por títulos públicos e administrada pelo Banco HSBC Bank Brasil S.A..

5. Resseguros - valores a receber e a pagar

2010 __________ 2009 __________ Despesas de resseguro e retrocessões diferidas 5.469 __________ 4.362 __________ Provisão de prêmios não ganhos 5.469 4.362 Operações com resseguradoras - ativo circulante 6.998 __________ 24.188 __________ Provisão de sinistros a liquidar 1.377 15.391 Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados 4.578 6.175 Sinistros indenizados a recuperar 573 2.047 Comissão sobre prêmio de resseguro cedido a liquidar 402 574 Outros 68 1 Operações com resseguradoras - passivo circulante 6.983 __________ 5.927 __________ Prêmios de resseguro emitidos 3.332 3.193 Prêmios de resseguro a liquidar, líquidos de comissões 3.253 2.652 Outros 398 82 Receitas de comercialização diferidas 588 __________ 673 __________ Comissão de resseguro diferida 588 673 6. Créditos tributários - Compreendem antecipações de imposto de renda e contribuição social que superam os tributos devidos sobre o resultado do exercício em curso e créditos tributários de imposto de renda e contribuição social gerados em exercícios anteriores, no montante de R$ 137 (R$ 354 em 2009), créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias entre critérios contábeis e fiscais de apuração do resultado, no montante de R$ 130 (R$ 438 em 2009), créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, no montante de R$ 463 (R$ 476 em 2009) e créditos gerados por recolhimento a maior de taxa de fiscalização, no montante de R$ 37 em 2009. Os créditos decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas referem-se aos seguintes exercícios: Exercício Valor ________________________________________________________________ ________ 2003 19 2004 236 2008 208 Total 463 (-) Provisão para não realização (463) Saldo a compensar A Administração revisou o estudo de realização dos créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas e, com base nesse estudo, devido principalmente a investimentos para desenvolvimento e ampliação dos negócios no Brasil, constatou que não registrará lucro tributável nos próximos exercícios. Desta forma, foi constituída provisão integral para não realização dos referidos créditos tributários. Ressalta-se, no entanto, que tais créditos tributários não estão sujeitos a prescrição. 7. Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social está representado por 15.074.291 ações ordinárias e 2.100.084 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. (b) Dividendos - O estatuto social assegura aos acionistas dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro do exercício, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos artigos 189 e 190 da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07. Os dividendos são refletidos nas demonstrações financeiras quando pagos ou quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. (c) Reservas de lucros - i) Reserva legal - é constituída em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, na base de 5% do lucro líquido de cada exercício até atingir 20% do capital. O saldo em 31 de dezembro de 2010 monta R$ 88 (R$ 88 em 2009). ii) Retenção de lucros - é constituída com o saldo remanescente do lucro líquido do exercício após deduzida a reserva legal. A Assembleia Geral Ordinária pode deliberar sobre a utilização desta reserva para futuro aumento de capital, reinvestimento nas operações ou para distribuição complementar de dividendos. Para o exercício corrente, a Administração propõe que a referida reserva seja utilizada para absorção do prejuízo apurado no exercício. Assim, o saldo em 31 de dezembro de 2010 monta R$ 308 (R$ 467 em 2009). (d) Patrimônio líquido ajustado e capital mínimo requerido 2010 __________ 2009 __________ Patrimônio líquido 17.321 17.482 Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social (476) Despesas antecipadas (1) __________ (4) __________ Patrimônio líquido ajustado 17.320 __________ 17.002 __________ __________ __________ Capital mínimo requerido (CMR) 15.674 __________ 15.644 __________ Suficiência 1.646 1.358 __________ __________ __________ __________ A Resolução CNSP nº 178/07 estabeleceu novos requerimentos relacionados ao capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras, o qual é composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. A Resolução CNSP nº 158/06 estabeleceu critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos, a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/01. Em 6 de dezembro de 2010, a SUSEP divulgou as seguintes resoluções do CNSP que entram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2011: Resolução 222 Institui regras e procedimentos para o cálculo do patrimônio líquido ajustado; Resolução 227 - Dispõe, entre outros assuntos, sobre o capital mínimo requerido; Resolução 228 - Dispõe sobre os critérios de estabelecimento do capital adicional baseado no risco de crédito. A Administração está avaliando os impactos das novas normas mas não antecipa impactos relevantes em termos de requerimentos de capital. 8. Detalhamento das contas de resultado - (a) Prêmios emitidos líquidos 2010 __________ 2009 __________ Prêmios emitidos 19.447 18.329 Prêmios cancelados (1.917) (1.491) Prêmios restituídos (239) __________ (57) __________ 17.291 16.781 __________ __________ __________ __________ (b) Sinistros retidos 2010 __________ 2009 __________ Sinistros diretos: Sinistros avisados (6.088) (49.511) 8.544 31.818 Sinistros baixados sem indenização (*) Recuperação de sinistros: Recuperação de sinistros avisados 5.130 42.354 Recuperação de sinistros baixados sem indenização (*) (7.258) (26.634) Salvados e ressarcimentos 171 18 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (371) __________ (259) __________ 128 __________ (2.214) __________ __________ __________ (*) No decorrer do ano de 2009 ocorreu um volume expressivo de avisos de sinistros, principalmente em decorrência da crise mundial no setor de crédito. Como fruto das atividades de cobrança realizadas desde então, muitos desses casos foram liquidados pelos devedores antes da liquidação financeira do sinistro. (c) Receitas (despesas) de comercialização 2010 __________ 2009 __________ Comissões de corretagem (1.585) (1.747) Comissões de resseguro 2.038 3.231 Outras despesas de comercialização (76) (49) Variação das receitas e das despesas de comercialização diferidas 312 __________ 729 __________ 689 __________ 2.164 __________ __________ __________

auferir lucro tributável nos próximos exercícios em razão dos investimentos que o Grupo realizará para desenvolvimento dos negócios ao longos dos anos subsequentes. A Seguradora permanece seguindo uma política conservadora e prudente para os seus investimentos. As políticas de reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos seguem as diretrizes advindas do acionista, que determina o reinvestimento do lucro no próprio negócio, sem a distribuição de dividendos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores, prestadores e ressegurador, a atenção e orientação prestadas pelos reguladores e, a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 A ADMINISTRAÇÃO Demonstrações de Resultados - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação Prêmios emitidos líquidos (Nota 8a) Prêmios cedidos em resseguros Prêmios retidos Variação das provisões técnicas Variação da PPNG - resseguro cedido Prêmios ganhos Sinistros retidos (Nota 8b) Receitas (despesas) de comercialização (Nota 8c) Outras receitas e despesas operacionais (Nota 8d) Despesas administrativas (Nota 8e) Despesas com tributos (Nota 8f) Resultado financeiro (Notas 8g e h) Resultado operacional Ganhos com ativos não correntes Resultado antes dos impostos e participações Imposto de renda (Nota 8i) Contribuição social (Nota 8i) Constituição de provisão para créditos tributários (Nota 6) Participações sobre o resultado Lucro líquido (prejuízo) do exercício Quantidade de ações Lucro líquido (prejuízo) por ação - R$

2010 __________ 17.291 (14.378) __________ 2.913 (1.224) 1.107 __________ 2.796 128 689 596 (5.223) (288) 1.995 __________ 693 6 __________ 699 (213) (132) (463) (50) __________ (159) __________ __________

2009 __________ 16.781 (14.099) __________ 2.682 225 (292) __________ 2.615 (2.214) 2.164 4 (4.233) (172) 2.076 __________ 240 __________240 (27) (30) (64) __________ 119 __________ __________

17.174.375 __________ __________ (0,01) __________ __________

17.174.375 __________ __________ 0,01 __________ __________

Demonstração dos Fluxos de Caixa - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 Em milhares de reais Atividades operacionais Recebimentos de prêmios de seguro Recuperações de sinistros e comissões Outros recebimentos operacionais Pagamentos de sinistros e comissões Repasses de prêmios por cessão de riscos Pagamentos de despesas e obrigações Pagamentos de participações nos resultados Caixa gerado pelas operações Impostos e contribuições pagos Investimentos financeiros: Aplicações Vendas e resgates Caixa líquido consumido nas atividades operacionais Atividades de investimento Pagamento pela compra de ativo permanente: Imobilizado Intangível Caixa líquido consumido nas atividades de investimento Diminuição líquida de caixa Caixa no início do período Caixa no final do período Aumento nas aplicações financeiras - recursos livres (d) Outras receitas e despesas operacionais Participação nos lucros - contratos de resseguro Custo de apólice Outras

2010 __________ 16.772 15.554 1.678 (14.806) (14.065) (5.044) (43) __________ 46 (1.304)

2009 __________ 17.627 21.182 181 (21.230) (14.428) (2.384) (41) __________ 907 (1.427)

(12.426) 13.593 __________ (91)

(22.857) 22.554 __________ (823)

(14) __________(14) __________ (105) __________ 562 457 __________ 1.379 __________ __________

(11) (117) __________ (128) __________ (951) __________ 1.513 562 __________ 3.172 __________ __________

2010 __________ 591 5 __________596 __________ __________

2009 __________ 3 1 __________ 4 __________ __________

(e) Despesas administrativas Pessoal próprio e encargos sociais Serviços de terceiros Localização e funcionamento Despesas com publicidade e propaganda Despesas com publicações Outras despesas administrativas

2010 __________ 2009 __________ (2.669) (2.469) (1.390) (972) (681) (533) (100) (112) (100) (107) (283) __________ (40) __________ (5.223) (4.233) __________ __________ __________ __________ (f) Despesas com tributos 2010 __________ 2009 __________ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) (168) (124) Taxa de fiscalização SUSEP (67) (8) Programa de Integração Social (PIS) (27) (20) Contribuição sindical (14) (13) Outras despesas com tributos (12) __________ (7) __________ (288) (172) __________ __________ __________ __________ (g) Receitas financeiras 2010 __________ 2009 __________ Juros com títulos de renda fixa - privados 1.534 1.399 Juros com títulos de renda fixa - públicos 515 647 Outras receitas financeiras 6 __________ 278 __________ 2.055 2.324 __________ __________ __________ __________ (h) Despesas financeiras 2010 __________ 2009 __________ Serviços de custódia e liquidação de títulos (39) (34) Despesas com juros (13) Variação cambial sobre recuperações de sinistros (205) Outras despesas financeiras (8) __________ (9) __________ (60) __________ (248) __________ __________ __________ (i) Conciliação das despesas de imposto de renda e contribuição social Imposto de renda __________________ Contribuição social ____________________ 2010 2009 ________ 2010 ________ 2009 ________ Lucro antes dos impostos e participações sobre ________ o resultado Participação nos lucros Lucro antes das adições e exclusões Adições/(exclusões) temporárias: Provisão para licença e manutenção de softwares Outras Adições/(exclusões) permanentes: Multas não dedutíveis Outras Lucro antes da compensação dos prejuízos fiscais Compensação de prejuízos fiscais Base de cálculo Alíquotas: Imposto de renda e Contribuição social a alíquota básica - 15% (a) Adicional de 10% sobre parcela excedente a R$ 240 anuais (a) Créditos tributários sobre diferenças temporárias (IR - 25% / CS - 15%) Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social (IR - 25%/CS - 15%) Resultado do imposto de renda e da contribuição social

699 (50) ________ 649 ________

240 (64) ________ 176 ________

(808) 40

699 240 (50) ________ (64) ________ 649 ________ 176 ________

808 19

(808) 40

808 19

201 33 ________

27 ________

201 33 ________

115 ________ (34) ________ 81 ________

1.030 ________ (309) ________ 721 ________

115 ________ 1.030 ________ (34) ________ (309) ________ 81 ________ 721 ________

(12)

(108)

(192) (9) ________

(12)

(48)

-

206 (77) ________

(115)

27 ________

(108) 124

(5) ________ (46) ________

(213) (27) ________ (132) ________ (30) ________ ________ ________ ________ ________ ________ (a) Os tributos correntes são apresentados no passivo circulante na rubrica “Impostos e contribuições”, deduzidos das antecipações devidas no exercício, até o limite da provisão do imposto. Quando as antecipações superam o imposto devido, a parcela excedente é apresentada na conta “Créditos tributários e previdenciários”, no ativo circulante. 9. Transações com partes relacionadas - A Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. e a sua coligada Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. utilizam-se de estrutura administrativaoperacional comum. As despesas atribuídas a cada uma das sociedades são apuradas segundo rateio efetuado conforme critérios estabelecidos em acordo operacional entre as partes. As despesas reembolsadas por rateio totalizaram R$ 95 (R$ 566 em 2009) e foram registradas nas diversas contas de despesas segundo suas naturezas, permanecendo R$ 9 pendente de pagamento na data-base das demonstrações financeiras, classificado na rubrica “Outras obrigações a pagar” (R$ 21 pendente de recebimento em 2009, registrado na rubrica “Títulos e créditos a receber”). É contabilizada na rubrica “Despesas administrativas” a remuneração paga aos Administradores no montante de R$ 432 (R$ 465 em 2009) que compreende substancialmente benefícios de curto prazo relacionados a honorários. A Companhia não concede qualquer tipo de benefício pós-emprego e não tem como política pagar a empregados e administradores remuneração baseada em ações. 10. Contingências - Em 31 de dezembro de 2010 a Companhia possui uma única contingência relacionada a processo judicial de ordem cível, cujo valor envolvido totaliza R$ 171 e foi avaliada com probabilidade de êxito possível. Considerando a opinião de consultores jurídicos externos, nenhuma provisão foi reconhecida. 11. Instrumentos financeiros derivativos - Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, a Companhia não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 12. Outras informações - a) A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros às empresas do grupo, considerando a natureza de suas atividades. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, e consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contra riscos de danos materiais em favor da Seguradora e sua coligada Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. era de R$ 750 (R$ 750 em 2009). b) A Companhia é detentora de créditos vencidos e não pagos, no valor de aproximadamente R$ 51.575 (R$ 38.800 em 2009), brutos da participação do ressegurador, cuja titularidade lhe foi transferida em função das indenizações por sinistros pagas aos seus segurados. A Companhia desenvolve ações de cobrança visando a recuperação desses valores (vide Nota 3a). Os valores recuperados no exercício totalizam R$ 893 (R$ 111 em 2009) e estão registrados no grupo “ Sinistros retidos”. Diretoria Guilherme Perondi Neto Diretor Presidente Nilton Yuji Sugiyama Diretor Max Joaquin Ernesto Thiermann Weller Diretor Nilton Yuji Sugiyama - Contador - CRC 1SP145.155/O-8 Paulo Pereira Ferreira - Atuário - MIBA 507

Parecer Atuarial Aos Acionistas da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. Elaboramos a avaliação atuarial das Provisões Técnicas com base em 31 de dezembro de 2010, conforme estabelecido na Circular SUSEP nº 272/04. Nossa responsabilidade é a de emitir um parecer sobre essa avaliação atuarial. Nossos exames foram conduzidos de acordo com os princípios atuariais e compreenderam, principalmente, avaliar a adequação das Provisões Técnicas em relação aos compromissos, passados e futuros da Companhia, com os segurados. Desta forma, verificamos a precisão dos dados, a metodologia e consistência das Provisões Técnicas constituídas, bem como, a movimentação na carteira durante o período compreendido entre 01 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2010.

Pela nossa avaliação a Provisão de Insuficiência de Prêmios no valor de R$ 1.034.929,00 está adequadamente constituída. Sendo assim, ratificamos que os critérios estabelecidos nas normas vigentes e nas Notas Técnicas dos produtos estão sendo obedecidos, e as provisões técnicas constituídas na data de 31 de dezembro de 2010 encontram-se adequadas em todos os aspectos relevantes no que diz respeito às práticas atuariais aplicáveis. Paulo Pereira Ferreira Guilherme Perondi Neto Atuário Responsável MIBA 507 Diretor Presidente Towers Watson CIBA 19 Euler Hermes CNPJ 50.245.935/0002-97

Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Aos Administradores e Acionistas Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. São Paulo - SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. (“Seguradora”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras A Administração da Seguradora é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos Auditores Independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Seguradora para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Seguradora. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas

pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

José Rubens Alonso Contador CRC 1SP104350/O-3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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e

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Na primeira semana é normal que os trabalhadores sintam desânimo. Soraya Hissa, médica e psicanalista

conomia

Para especialista, retorno ao trabalho após período de descanso pode causar dores, tonturas, alterações de apetite e perda de sono.

Depressão pós-férias já atinge 23% dos brasileiros Divulgação

O problema atinge principalmente as mulheres, que dividem diversas tarefas como ser mãe, dona de casa e executiva ao mesmo tempo.

Segundo a psicanalista Soraya Hissa, profissional pode voltar a trabalhar após 45 dias, se receber medicação adequada.

ANDERSON CAVALCANTE, ESCRITOR

Vanessa Rosal

60 por cento é o índice de depressão pós-férias verificado no Reino Unido, de acordo com consultor. férias, os sintomas mais comuns foram dores musculares, incluindo cefaleia (comum a 87% deles), cansaço (83%), angústia (89%) e ansiedade (83%). Do total, 68% afirmaram usar medicamentos e 52% citaram o consumo de álcool para aliviar o mal-estar. Pressão – De acordo com a médica e psicanalista Soraya Hissa, esses índices são consequência da pressão cada vez maior que se verifica no ambiente de trabalho, do aumento da competitividade e da insatisfação de alguns pela profissão ou empresa em que trabalham. "Outros possíveis sintomas são dores no pescoço, tonturas, alterações de apetite e de sono. Se alguém começar a sentir algum desses problemas, deve procurar um médico, urgentemente."

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Ela diz que qualquer profissional, depois de um tempo afastado do trabalho, demora para entrar no ritmo novamente. "Na primeira semana é normal que os trabalhadores sintam desânimo, ansiedade, sono, falta de motivação, desconcentração e até mesmo certa irritabilidade. Quem não quer a boa vida que tem nas férias, a possibilidade de ficar próximo das pessoas que gosta, conhecer lugares novos e não se preocupar com nada? Por isso, a primeira semana pós-férias é sempre de adaptação à velha rotina", disse. Depois disso, se os sintomas não melhorarem, é preciso procurar ajuda médica. Com medicação adequada, esse profissional estará apto para trabalhar normalmente após 45 dias em média. "Nesse caso, é importante que a empresa colabore para que o funcionário não se sinta constrangido perante os colegas." Os profissionais mais vulneráveis à depressão pós-férias, segundo o levantamento, são aqueles que trabalham nas áreas de finanças, saúde, informática e estão fora de sua área de formação. Segundo Soraya, a doença atinge um número muito elevado de trabalhadores porque o mundo está violento e os problemas financei-

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ros são cada vez mais constantes. "Também se trata de uma doença genética. Quem tem casos na família pode vir a ter depressão. É preciso se conscientizar do problema e buscar ajuda, seja na depressão pósférias ou em qualquer outro tipo de depressão." A saída, além da ajuda médica, é buscar compensações para a falta de motivação, procurando os amigos, dedicando-se a algum hobby prazeroso ou fazendo algum trabalho voluntário. De acordo com o consultor Anderson Cavalcante, autor do livro "O que realmente importa?", o índice de profissionais com depressão pós-férias no Brasil é grande, mas ainda está abaixo de países como Austrália (30%), Espanha (56%) e Reino Unido (60%). "O problema atinge principalmente as mulheres, que dividem diversas tarefas como ser mãe, dona de casa e executiva ao mesmo tempo." Para reverter esses números, segundo ele, é importante a procura de um médico nesse período de depressão porque quem fica depressivo uma vez, aumenta em quatro vezes o risco de pegar uma depressão mais grave depois. "Quanto mais cedo for tratado, melhor", finalizou.

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ores musculares e de cabeça, cansaço, ansiedade e angústia. Estes são os principais sintomas de uma doença corporativa muito comum nos primeiros meses do ano: a depressão pós-férias. Fugir da rotina profissional pode ser o momento certo de recarregar as energias e pensar em novos projetos. No entanto, o panorama apresentado por uma pesquisa do International Stress Management Association no Brasil (IsmaBR), especializada na investigação e gerenciamento do estresse, mostra que a volta ao trabalho, em alguns casos, pode ser preocupante. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil fechou 2010 com 22,5 milhões de pessoas empregadas formalmente. O estudo da Isma-BR aponta que 23% dos brasileiros sofrem desse mal. Dentre os motivos, 93% das vítimas de depressão pós-férias se sentem insatisfeitas profissionalmente; 86% não vêem possibilidade de promoção ou crescimento; 71% consideram o ambiente de trabalho hostil ou pouco confiável; e 49% têm conflitos no serviço. Entre os participantes com diagnóstico de depressão pós-


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