São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
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Jornal do empreendedor
Conclusão: 23h50
Ano 86 - Nº 23.339
Kieran Doherty/Reuters
SENHOR DO GOL
MAESTRO
Rogério Ceni marcou, numa bela cobrança de falta, seu 100º gol e, com suas defesas, garantiu os 2 a 1 do Tricolor sobre o Timão (fotos acima). De quebra, o primeiro goleiro do mundo a alcançar a marca, acabou com o jejum de vitórias do São Paulo sobre o rival. "Dedico, 100%, para a nação são-paulina." Em Londres, Neymar brilhou e fez os gols nos 2 a 0 da Seleção no amistoso contra a Escócia. "Foi um grande dia." Esporte Paulo Pampolin/Hype
Patrick Baz/AFP
Começa a era Amato na ACSP e Facesp
As 15 dicas para ir do vermelho ao azul.
Rogério Amato assume a presidência da ACSP e da Facesp. O ex-presidente Alencar Burti assumiu a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae. Pág. 9. Os empossados, 6 e 7 HOJE Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 32º C. Mínima 21º C.
AMANHÃ Chuvoso durante o dia e à noite. Máxima 25º C. Mínima 19º C.
ISSN 1679-2688
23339
9 771679 268008
Fotos: André Lessa/AE
Páginas 17 e 19
Rebeldes avançam. Destino: Kadafi. Tomaram dois centros petrolíferos no leste da Líbia e avançam para Trípoli e Sirte, cidade natal do ditador. Pág. 10
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Não deve haver subordinação do BC à autoridade fazendária, mas sim uma cooperação inteligente. Delfim Netto
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TRISTEZA ENCOMENDADA DELFIM NETTO
portados. Trata-se, na realidade, de uma bênção, pois representa a melhoria do bem estar da sociedade brasileira.
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combate à inflação tem o aspecto doméstico, uma frente onde é preciso controlar a demanda global interna e nisso o Ministério da Fazenda exerce o papel mais importante ao reduzir os gastos do governo e tem o problema de enfrentar as tensões externas com o aumento dos preços das matérias-primas, tais como os alimentos e os minerais que exportamos. É necessário paciência, pois não é fácil eliminar atritos e trabalhar coordenadamente de forma a evitar o recurso fácil de aumentar a taxa de juros como vinha sendo feito, elevando extraordinariamente os custos sociais do desenvolvimento
É
uma coisa absolutamente natural que Fazenda e Banco Central estejam de acordo na condução da política monetária desde a confirmação de Guido Mantega no ministério Dilma e a escolha de Alexandre Tombini para presidir o BC. Alguns analistas que trabalham no mercado financeiro ficam tristes com este fato – e chegam a estranhar a ausência de desencontros como aqueles que caracterizaram o período precedente, quando o Copom conseguiu sustentar altas taxas de juro por períodos excessivamente longos, a despeito da oposição mal disfarçada do ministro da Fazenda. Não deve haver subordinação do Banco Central à autoridade fazendária, mas sim uma cooperação inteligente para a execução da política fiscal, de responsabilidade do ministério, e a política monetária, que é conduzida pelo banco. Depende do nível de coordenação entre as duas entidades o maior ou menor sucesso no cumprimento das metas de crescimento econômico, mantendose o controle da inflação, permitindo eventual correção no câmbio e demais setores sensíveis. A estranheza manifestada pelo setor financeiro apenas insinua que essa maior coordenação vai comprometer a autonomia do Banco Central, o que obviamente é pura "armação" tupiniquim. Basta olhar o mundo e
constatar que as duas instituições trabalham normalmente na mesma direção: não se imagina o presidente do Federal Reserve contestando (pelo menos publicamente) as diretrizes da Secretaria do Tesouro americano, com quem tem que trabalhar unido para poder realizar a sua missão mais importante que é garantir a solidez do sistema bancário.
ANTÔNIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA-USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO
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nosso Banco Central tem feito com bastante sucesso esta primeira parte, mantendo o sistema bancário hígido como se viu durante a crise financeira mundial de 2007/2009. A segunda missão é controlar a inflação, mantendo-a nos limites da meta estabelecida pelo governo. Nesse momento de crescimento de tensões políticas e enfrentamento militar em regiões sensíveis como o Mediterr â n e o , a i n d a n o re s c a l d o d a maior crise financeira desde o término da segunda grande guerra, o combate às tensões inflacionárias se tornou muito mais difí-
cil e complicado para o Brasil. Isso acontece não apenas em razão de pressões externas, mas pela própria mudança de estrutura da demanda em nosso mercado interno, produzida pelo sucesso da política de redistribuição de renda no governo Lula. Houve uma mudança profunda, com a ascensão dos grupos de menor renda que afetou a estrutura da demanda de bens e principalmente serviços, que não podem ser im-
A CIVILIZAÇÃO E A BARBÁRIE A
decisão do Supremo Tribunal Federal de entender que a lei da Ficha Limpa, que impede a posse de candidatos anteriormente condenados por colegiados, só vale a partir da eleição de 2012, no primeiro momento, como toda decisão da Justiça que parece contrariar o bom senso, é de irritar a quem não compactua com as falcatruas de políticos desonestos. Frequentemente, indo nesta mesma direção, vemos criminosos sendo liberados pela Justiça ou assistimos à forma desavergonhada com que muita gente trata o dinheiro público, na certeza da impunidade. São muitos os exemplos que poderiam ser citados, mas a decisão do STF é muito recente
e ainda está repercutindo no meio político brasileiro. Inclusive, porque permite a posse de candidatos eleitos, mas barrados à espera do parecer final da Suprema Corte. Os que assumiram em seus lugares deixarão o mandato. Por mais injusto que possa parecer – e parece – qualquer decisão da Justiça que "beneficie" infratores ou acusados deve ser analisada pelo ângulo da função do Direito em si, e, indo mais um passo além, em observância às regras mínimas – as quais distinguem a civilização da sociedade que viveu e viveria na barbárie, na falta de leis, na selvageria. Em alguns momentos, as ações e atitudes
PAULO SAAB dos criminosos, dos bandidos de toda ordem, soam como selvageria, enquanto deslavadamente estes se escondem atrás das mesmas leis existentes para assegurar a ordem, a civilização citada. sse aparente contrassenso, que provoca engulhos nas pessoas de bem, é, todavia, a salvaguarda de que se pode e se deve viver o mais civilizadamente possível, mesmo dentro das limitações de caráter e das fraquezas de comportamento humano. Quantas vezes, você leitor, não teve vontade de fazer justiça com as próprias mãos? Em quantas ocasiões já não se pegou sendo a favor da pena de morte para este ou aquele praticante de algum crime
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hediondo, ou mesmo apenas um crime previsto em lei? Quantas vezes, no trânsito, o primeiro impulso não é atirar o nosso veículo sobre o outro que desrespeitosamente comete infrações, pondo em risco as nossas vidas? Se houvesse, como certamente havia nos primórdios da existência do ser
humano, uma espécie de guerra entre todos, um "salve-se quem puder" geral, a história da humanidade seria outra – e provavelmente nem estaríamos aqui, tamanha a ferocidade que tomaria conta de cada um. Vamos entender, então, a decisão do STF como o cumprimento do que determina nossa Constituição, de que a lei sempre entra em vigor com efeitos para a frente, daí o motivo da decisão que não acatou a Ficha Limpa para 2010, ano de sua aprovação. abe, nesse cenário, a cada um de nós, lutar dentro das regras civilizadas
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Cabe a cada um de nós, cidadãos, lutar – sempre dentro de regras civilizadas – para que as leis anacrônicas sejam mudadas, para que todas sejam cumpridas e, principalmente, para evitar que políticos canalhas sejam eleitos.
para que as leis anacrônicas sejam mudadas, para todas sejam cumpridas e para evitar que políticos canalhas sejam eleitos, para que não precisemos de outra lei para impedir a posse de notórios desrespeitadores das regras da civilização. Eu mesmo, confesso, fiquei chateado diante desta decisão. Como já tive vontade, por exemplo, principalmente em voos ao retornar de Brasília, de esmurrar ou falar mal de políticos que são notoriamente desonrados e que fingem ser, sem incômodo algum, ilustres pais da pátria. Por formação, entretanto, eu jamais poderia nem pensar em algo assim. Contenho-me porque busco obedecer às regras de civilidade. Imagino que você também, caro leitor. Até quando? Quando acabaremos por voltar à barbárie, em razão da falta de punição e mesmo de algum pudor dos nossos criminosos de toda sorte? PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR
Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze
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avid Kirkpatrick, o chefe da sucursal no Cairo do The Times, escreveu um artigo da Líbia na semana passada que apresentou a questão-chave, não só sobre a Líbia, mas também sobre todas as novas revoluções que estão surgindo no mundo árabe: "A questão que paira sobre a revolta líbia, desde o momento em que o primeiro comandante de tanque desertou, para se unir a seus primos protestando nas ruas de Benghazi é se a batalha na Líbia é a luta de um ditador brutal contra uma oposição democrática ou simplesmente uma guerra civil tribal?". Essa é a questão porque há dois tipos de Estados no Oriente Médio: "países reais", com vastas histórias em seu território e identidades nacionais fortes (Egito, Tunísia, Marrocos, Irã); e aqueles que podem ser chamados de "tribos com bandeiras", ou Estados mais artificiais, com limites desenhados em linha reta pelas canetas das potências coloniais, que prenderam dentro de suas fronteiras miríades de tribos e facções que não só nunca desejaram viver juntas, mas também nunca se moldaram em uma família unida de cidadãos. São eles: Líbia, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Síria, Bahrein, Iêmen, Kuwait e Qatar. As tribos e seitas que formam esses Estados mais artificiais têm sido mantidas juntas pela mão de ferro das potências coloniais, reis ou ditadores militares. Eles não têm "cidadãos" verdadeiros no sentido moderno. A rotatividade de poder democrática é impossível porque cada tribo vive com o lema "governe ou morra" – minha tribo ou facção está no poder ou estamos mortos. Não é coincidência que as rebeliões democráticas do Oriente Médio tenham começado em três desses países reais – Irã, Egito e Tunísia – onde os habitantes são modernos, com grandes maiorias homogêneas que põem o país antes de tribo ou da facção e têm confiança mútua suficiente para agirem como uma família – "todos contra o papai". Mas quando essas revoluções se espalharam para sociedades mais tribais/sectárias, fica difícil saber quando a luta pela democracia para e começa o desejo de que "minha tribo assuma o lugar que era de sua tribo". No Bahrein, uma minoria sunita – 30% da população – governa uma maioria xiita. Há muitos bareinitas que são su-
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A LÍBIA É O INÍCIO DE UMA SÉRIE DE DILEMAS MORAIS E ESTRATÉGICOS QUE OS EUA ENFRENTARÃO. Ahmed Jadallah/Reuters
THOMAS L. FRIEDMAN mente é o início de uma série de dilemas morais e estratégicos que vamos enfrentar à medida que as revoltas árabes progridem nas tribos com bandeiras. Eu gostaria de não ser tão rígido com o presidente Barack Obama. Isso é complicado e respeito o desejo do presidente de evitar um massacre na Líbia. Mas acho que precisamos ser mais cautelosos.
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A questão-chave na Líbia nitas e xiitas ao mesmo tempo; são os chamados sushis, resultados de casamentos entre tribos, que têm identidades políticas modernas e aceitariam uma democracia verdadeira. Mas há muitos outros bareinitas que veem a vida lá como uma guerra tribal de soma zero, incluindo os linhas-duras na família governista Al Khalifa, que não têm nenhuma intenção de arriscar o futuro dos sunitas bareinitas num governo de maioria xiita. Por isso as armas surgiram lá rapida-
mente. Era governar ou morrer. O Iraque nos ensinou o que é democratizar um grande país árabe tribalizado quando o líder de mão de ferro é removido (nesse caso, por nós). Custa bilhões de dólares, 150 mil soldados para controlar, inúmeras vítimas, uma guerra civil na qual ambos os lados têm testado o poder do outro e, por fim, um processo violento, em que servimos de parteiro, de facções e tribos iraquianas escrevendo sua própria constituição para definir como vi-
verão juntas sem uma mão de ferro. Capacitar os iraquianos a escrever seu próprio contrato social é a coisa mais importante que os Estados Unidos fizeram. Isso foi, aliás, a experiência liberal mais importante na história árabe moderna porque mostrou que mesmo tribos com bandeiras têm a possibilidade de fazer a transição do sectarismo para uma democracia moderna. Mas isso ainda é uma esperança. Os iraquianos ainda não nos deram a resposta definitiva para a ques-
tão-chave: o Iraque é da forma que é porque Saddam era da forma que era ou Saddam era da forma que era porque o Iraque era da forma que era: uma sociedade tribalizada? Todos os outros países árabes que agora estão tendo rebeliões – Iêmen, Síria, Bahrein e Líbia, são como o Iraque, à espera de uma guerra civil. Alguns podem ter sorte e seus Exércitos podem desempenhar o papel de sinalizar para a democracia, mas não apostem nisso. Em outras palavras, a Líbia simples-
que tornou o movimento democrático egípcio tão poderoso foi que ele pertencia aos próprios egípcios. Os jovens egípcios tiveram centenas de vítimas em sua luta pela liberdade. Nós deveríamos ficar duplamente cautelosos de intervir em locais que poderiam se quebrar em nossas mãos, como o Iraque, especialmente quando não sabemos, como na Líbia, quem são realmente os grupos de oposição: movimentos democráticos liderados por tribos ou tribos explorando a retórica da democracia? Por fim, infelizmente, não podemos pagar. Temos de trabalhar por nosso próprio país. Se o presidente está preparado para tomar algumas decisões grandes, difíceis e urgentes, elas não deveriam ser primeiro sobre construir um país nos Estados Unidos e não na Líbia? Ele não deveria antes estar criando uma política energética de verdade que enfraqueça Kadafi e uma política orçamentária que garanta o sonho norte-americano para outra geração. Uma vez posto isso, eu vou seguir o presidente "dos salões de Montezuma às praias de Trípoli." THOMAS L. FRIEDMAN É COLUNISTA DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA
INDIVIDUALISTAS E COLETIVISTAS OLAVO DE CARVALHO
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onforme anunciei, vão aí algumas notas para a próxima rodada do debate com o professor Aleksandr Duguin, ideólogo político pertencente à escola contemporânea de geopolítica russa comumente designadapor "neo-eurasianismo". (Este debate, em forma de texto, pode ser acompanhado em •http://debateolavodugin. blogspot.com). Comecei minha mensagem inaugural apontando a assimetria entre um indivíduo isolado, que fala apenas em seu próprio nome, e o líder que expressa a vontade política de um partido, de um movimento, de um Estado ou um grupo de Estados. O prof. Duguin viu aí a cristalização simbólica da oposição entre individualismo e coletivismo, Ocidente e Oriente. Essa não me parece ser uma aplicação correta das regras do simbolismo, que tanto ele quanto eu aprendemos em René Guénon. Um simbolismo genuíno deve respeitar as fronteiras entre distintos planos de realidade, em vez de confundi-los. Onde o prof. Duguin viu um símbolo, eu vejo apenas uma metáfora, e aliás bastante forçada. O individualismo como nome de uma corrente ideológica é uma coisa; outra completamente diversa, sem nenhuma conexão com ela, é a posição de um ser humano na base, no meio ou no topo da hierarquia de comando. Desta
não pode se deduzir aquela, nem ver na posição social de um indivíduo um "símbolo" da sua identidade ideológica real ou suposta. Caso contrário, todo escritor sem suporte numa organização política seria necessariamente um adepto do individualismo ideológico, incluídos nisso os fundadores do nacional-bolchevismo, Limonov e Duguin, no tempo em que começaram, solitários e ignorados do mundo, a especular suas primeiras ideias. Ser um indivíduo isolado é uma coisa; ser um individualista é outra, quer tomemos a palavra "individualista" no sentido de hábito moral ou de convicção ideológica. A dedução implícita no "simbolismo" que o prof. Duguin acredita ter encontrado é um perfeito non sequitur. O simbolismo autêntico, segundo René Guénon, deve ir para além e para cima da lógica, em vez de ficar abaixo das suas exigências mais elementares. ais ainda, em vez de colar à força na minha lapela o distintivo de adepto do individualismo ocidental, o prof. Duguin poderia ter perguntado o que penso a respeito. Afinal, a liberdade de expressão num debate não consiste apenas no poder que cada um dos debatedores tem de responder "x" ou "y" a uma questão dada, mas também, e eminentemente, na sua possibilidade de rejeitar a formulação da pergunta e recolocar a questão toda desde seus fundamentos, conforme bem lhe pareça. Na minha modestíssima e individualíssima opinião, "individualismo" e "coletivismo" não são nomes de entidades históricas substantivas,
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distintas e independentes, separadas como entes materiais no espaço, mas rótulos móveis que alguns movimentos políticos usam para carimbar a si próprios e os adversários. Ora, a ciência política, como já afirmei, nasceu no momento em que Platão e Aristóteles começaram a entender a diferença entre o discurso dos vários agentes políticos em conflito e o discurso do observador científico que tenta entender o conflito (que mais tarde os agentes políticos aprendessem a imitar a linguagem da ciência não invalida essa distinção inicial). Logo, nossa principal obrigação num debate intelectualmente sério é analisar os termos do discurso político para ver que ações reais se insinuam por baixo deles, em vez de tomá-los ingenuamente como traduções diretas e francas de realidades prontas. om toda a evidência, os termos “individualismo” e “coletivismo” não expressam princípios de ação lineares e unívocos, mas dois feixes de tensões dialéticas, que se exteriorizam em contradições reais cada vez que se tente levar à prática, como se isto fosse possível, uma política linearmente "individualista” ou “coletivista". Desde logo, e para ficar só nos aspectos mais simples e banais do assunto, cada um desses termos evoca de imediato um sentido moralmente positivo junto com um negativo, não sendo possível, nem mesmo na esfera da pura semântica, separar um do outro para dar a cada um dos termos uma conotação invariavelmente boa ou má. O "individualismo" sugere, de
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um lado, o egoísmo, a indiferença ao próximo, a concentração de cada um na busca de seus interesses exclusivos; de outro lado, sugere o dever de respeitar a integridade e a liberdade de cada indivíduo, o que automaticamente proíbe que o usemos como mero instrumento e coloca portanto limites à consecução de nossos propósitos egoístas. O "coletivismo" evoca, de um lado, a solidariedade, o sacrifício que cada um faz de si pelo bem de todos; de outro lado, evoca também o esmagamento dos indivíduos reais e concretos em nome de benefícios coletivos abstratos e hipotéticos que em geral permanecem hipotéticos e abstratos para sempre. uando vamos além da mera semântica e observamos as políticas autonomeadas "individualistas" e "coletivistas" em ação no mundo, notamos que a duplicidade de sentido embutida nos termos se materializa em efeitos políticos paradoxais, inversos aos bens ou males subentendidos no uso desses termos como adornos ou estigmas. O velho Hegel já ensinava que um conceito só se transmuta em realidade concreta mediante a inversão do seu significado abstrato. Essa transmutação é uma das mais notáveis constantes da história humana. O coletivismo, como política da solidariedade geral, só se realiza mediante a dissolução das vontades individuais numa hierarquia de comando que culmina na pessoa do guia iluminado, do Líder, do Imperador, do Führer, do Pai dos Povos. Nominalmente incorporando na sua pessoa as forças
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transcendentes que unificam a massa dos joões-ninguém e legitimam quantos sacrifícios a ela se imponham, essa criatura, na verdade, não só conserva em si todas as fraquezas, limitações e defeitos da sua individualidade inicial, mas, quase que invariavelmente, se deixa corromper e degradar ao ponto de ficar abaixo do nível de integridade moral do indivíduo comum, transformando-se num doente mental desprezível. Hitler explodindo de fúria ou rolando no chão em transes de delírio persecutório, Stalin deleitando-se de prazer sádico em condenar à morte seus amigos mais íntimos sob a alegação de crimes que não haviam cometido, Mao Dzedong abusando sexualmente de centenas de meninas camponesas que prometera defender contra a lubricidade dos proprietários de terras, mostram que o poder político acumulado nas mãos desses indivíduos não aumentou de um só miligrama o seu poder de controle sobre si mesmos,; apenas colocou à sua disposição meios de impor seus caprichos individuais à massa dos súditos desindividualizados. A solidariedade coletiva culmina no império do "Indivíduo Absoluto" enaltecido por Julius Evola. E esse indivíduo, que a propaganda recobre de todas as pompas de um enviado dos céus, não é jamais um exemplo de santidade, virtude e heroísmo, mas sim de maldade, abjeção e covardia. O absoluto coletivismo é o triunfo do Egoísmo Absoluto. OLAVO DE CARVALHO É ENSAÍSTA, JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA
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gibaum@gibaum.com.br
Vale tudo na TV: em A Fazenda 4 estarão Vânia Love, Cristina Mortágua, Nicole Bahls e, quem sabe, Raquel Pacheco.
k Somos canhotos, estudamos em Harvard e temos mulheres bonitas.
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Giba Um
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SEBASTIÁN PIÑERA // presidente do Chile, na visita de Obama ao país, garantindo que ele e o americano têm muito em comum. Fotos: Business News
Disque-propina Na nova auditoria de contratos fechados pela Dersa no governo José Serra, sob inspiração direta de Saulo Abreu, secretário de Logística e Transportes de São Paulo, haverá um telefone do tipo Disque-Denúncia, que poderá ser utilizado por quem estiver disposto a dar informações sobre eventuais maracutaias, preferivelmente sobre empreiteiras. Haverá a garantia de que as denúncias poderão ser anônimas e quem se identificar, terá seu nome preservado, o que ninguém acredita. O governador Geraldo Alckmin acha que a devassa poderá resultar em economia aos cofres estaduais, só que a operação semi-policial está dividindo tucanos. Muitos consideram a investida um tipo de serviço de alcaguetagem interno. 333
À MINGUA 333 As Forças Armadas já padeciamdefaltadedinheironos oitoanos deLula, sóqueagoraa situação está mais difícil. Nos primeiros três meses do ano, Exercito, Marinha e Aeronáutica conseguiram ver liberados apenas 1,8% do orçamento, destinado ao custeio da tropa. Em anos anteriores, não havia dinheiroparafarda,bóiaenem munição de treinamento. Agora, muitas unidades das três Armas estão sem dinheiro para pagar contas de luz, água, telefone e faturas de fornecedores. Ou seja: novos caças para a FAB, quem sabe, um dia.
333 A cantora, compositora, modelo, designer de moda e agora atriz Rihanna, que coleciona prêmios e já vendeu mais de 25 milhões de álbuns e 60 milhões de singles, esta em alta: de um lado, aparece na edição de boa forma da Vogue americana (com cabelos totalmente vermelhos) fotografada pela famosa Annie Leibovitz; de outro, é capa e recheio da GQ da Romênia, fotografada pelo não menos famoso Mário Testino, com direito a caras e bocas – e um corpaço. Agora, convidada pela Unicef, é uma das protagonistas da campanha que quer chamar atenção para a legião de crianças que morrem, diariamente, no planeta, por água contaminada.
Caras e bocas
333 O ministro Antonio Palocci, da Casa Civil, está garantindo que, na rubrica Restos a pagar (R$ 77,1 bilhão) deste ano não serão cortados pagamentos de obras de emendas parlamentares do governo Lula: ninguém acredita. O ministro Luis Sérgio, das Relações Institucionais, que reclamou da não inclusão do pagamento das emendas no Orçamento 2011 levou um pito de Dilma, só que ficou bem com os parlamentares. E Miriam Belchior, do Planejamento, que já fala abertamente que não há dinheiro para esses restos a pagar, é a figura odiada da vez. Dos quase R$ 80 bilhões, cerca de R$ 10 bilhões poderão ser pagos porque já foram processados. A trombada, contudo, poderia ser maior: os ministros que saíram haviam empenhado ou liquidado R$ 128,6 bilhões para este ano. O governo, rápido, tirou R$ 72,3 bilhões, alegando que não haviam sido processados.
Os restos bilionários
Lingerie Bowl
ESQUINA FAMOSA A esquina da Avenida Paulista com a Al. Ministro Rocha Azevedo, em São Paulo, tornou-sehistóricaporque,nos anos 50 e parte dos anos 60, abrigava a Casa Vogue, a primeira dedicada à alta costura da cidade. Era pilotada pelo pioneiro Paulo Franco e tinha manequins (na época, era dessa forma que se chamavam as modelos) próprios. Agora, num legitimo sinal dos tempos, será inaugurada lá grande unidade da rede lojas Marisa, com roupas mais populares e que agora tem se dedicado também a lingerie. A propósito: autora das biografias de José Sarney, Elis Regina e Cazuza, Regina Echeverria está terminando o livro com a historia de Bernardo Goldfarb, fundador da Marisa. 333
333 Amanhã é a final do BBB11: do lado de fora, ex-integrantes vem cumprindo o ritual determinado pela já considerada antiga receita. As sisters começam tirando a roupa na web para desembarcar, depois, nas revistas masculinas. Agora, Jaqueline Faria, passista da Beija-Flor, debuta no Paparazzo e negocia cachê para a nudez total. A próxima deverá ser Diana Balsini, que já protagonizou um trailler do gênero na capa do CD da banda Stripgirl (destaque). Ela já apresentou, no Multishow, um programa chamado As Pegadoras.
Antiga receita
Olho no olho Quem diria: Isabeli Fontana, 27 anos, que integra o novo ranking das 20 modelos mais sexies do planeta, segundo o site models.com, e o bilionário João Alves de Queiroz Filho, o Junior, 59 anos, dono da Hypermarcas (Bozzano, Doril, Zero Cal, Risqué, Benegrip, Engov e outras, mais o laboratório Mantecorp), estão, literalmente, encantados um com o outro. Ela é a garota-propaganda do Biocolor e os dois estão availables. Depois de um casamento com Henri Castelli e um prolongado romance com cantor Falcão, do Rappa, Isabeli está achando que Junior faz a diferença. 333
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Nem só de brutamontes vive o futebol americano, cujas regras não são, nem um pouco, fáceis de entender. Nos últimos anos, aumenta a torcida em torno do campeonato nacional disputado por modelos (com protetores de cabeça, braços e joelhos) usando calcinha e sutiã. Criado em 2004, o Lingerie Bowl é a grande final (com direito a transmissão pela televisão) do Lingerie Football League, tornando-se uma das disputas mais excitantes dos Estados Unidos. No final do ano passado, a campeã foi a equipe do Los Angeles Temptation.
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Chapéus para eles.
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Cabelos Luan Santana.
Olho na saúde Homenageado pela Risadaria, em São Paulo, Jô Soares havia chegado, novamente, a 140 quilos, peso que compromete sua saúde. E como não é possível mais se submeter às cirurgias plásticas (já fez duas e a última, em várias regiões do corpo, com o médico Pedro Vidal), encarou a dieta de proteínas (nada de carboidratos), à qual Lula e também Dilma Rousseff se submeteram. Perdeu 45 quilos e agora, como o corpo exige uma nova postura, vem sofrendo terríveis dores de coluna. Em seu programa, onde desequilibrou-se e caiu da cadeira, há dias, entra rapidamente no palco, senta e fica imóvel na posição. 333
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MAIS: para o lugar de Nicole no Pânico na TV entrará a transexual Ariadna Thalia, ex-BBB, que vai estrear em Playboy.
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Eleito em 432, o Papa Xisto III, romano de origem, foi o promotor do Concílio de Éfeso, realizado um ano antes, que aclamou a Virgem Maria como Mãe de Deus; também combateu heresias e introduziu no Ocidente a Missa do Galo celebrada na noite de Natal, conforme a tradição da Terra Santa. São Xisto III
Dízimo controlado 333 Diante das constantes denuncias de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e mesmo formação de quadrilha que, vira e mexe, atingem pastores de diversas igrejas evangélicas, a CNBB está insistindo junto a dioceses de todo o país que determinem aos vigários das igrejas sob sua jurisdição que adotem um conselho pastoral, eleito pelos fiéis, que participem do cotidiano das paróquias – e até mesmo fiscalizem o caixa dos dízimos recolhidos ou resultado de campanhas. A CNBB tem recebido denuncias de todo o país sobre padres responsáveis por determinadas paróquias que operam no caixa dois.
UM POUQUINHO Nos preparativos da visita de Barack Obama ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff chamou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota e pediu que ele dedicasse especial atenção á qualidade dos pratos que seriam servidos. Argumento sem direito a contestação de Dilma: o jantar de sua posse estava literalmente intragável. O Itamaraty chamou a banqueteira de Brasília, Renata La Porta e o resultado foi uma nova tragédia gastronômica. Aí, nos dias seguintes, a Chefe do Governo foi irônica com Patriota: “Você conseguiu comer?” E ele: “Um pouquinho”.
333
MISTURA FINA O BRADESCO resolveu, mesmo polidamente, endurecer nessa novela que pretende derrubar, à qualquer custo, Roger Agnelli da presidência da Vale. E, por enquanto, decidiu colocar na mesa uma alternativa: Agnelli ficaria na cadeira mais um ano, até que essa verdadeira gula do PT diminua. Para quem não sabe: na Cidade de Deus, Agnelli é mais do que querido pela cúpula do banco. 333
333 OS NOVOS tempos incluem frases especiais ditas até mesmo por ministros do Supremo. O novo ministro Luiz Fux, ao comentar o Ficha Lima, sapecou: “Cachorros só sabem o que estão fazendo de errado quando levam uma tacada de beisebol nas costas”. Já o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, também sobre o Ficha Limpa : “O decreto será fatiado como salame”.
A COMÉDIA Tango, Bolero e Cha-cha-cha, que volta a São Paulo a partir de dia 1º de abril, no Teatro Frei Caneca, já deu cinco prêmios de melhor ator a Edwin Luisi que, no espetáculo, aparece vestido de mulher e sempre que pode, exibindo suas pernas. Quem já assistiu, garante que as pernas de Edwin merecem tantos aplausos quanto as das vedetes dos tempos do teatro de revista. 333
O HOTEL das Cataratas, do grupo Oriente Express, acaba de ser incluído na seleção dos 50 melhores hotéis do mundo, feita pelo jornal inglês Daily News. É o único brasileiro no ranking e ocupa a 25ª colocação, à frente do The Ritz, de Madri, George V e Crillon, de Paris e Four Seasons e Carlyle, de Nova York. 333
A REVISTA de ministros brasileiros pelos agentes da segurança de Barack Obama, em sua estada em Brasília, continua rendendo piadas entre os blogueiros de humor de plantão: uns dizem que “eles sabem muito bem quem deve ser revistado”; outros, emendam que “muitos deveriam mesmo ser revistado na saída”.
333
Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero
Solução
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 FALTA DE PROVAS O tempo passa e ninguém do mensalão vai para a cadeia
olítica
É ISSO AÌ Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal poderá livrar todo mundo
Crime do mensalão vai prescrever A ação central do esquema é a formação de quadrilha, mas como as provas não são eficientes, a maioria vai escapar da condenação. Entre eles, José Dirceu. Epitácio Pessoa/AE
O
processo conhecido como mensalão, a pior crise política do governo Lula, que eclodiu em 2005, já tem data para terminar. Será a última semana de agosto, quando vai prescrever o crime de formação de quadrilha. O crime, que foi citado por mais de 50 vezes na denúncia do Ministério Público e aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é visto como uma espécie de "ação central" do esquema, porém vai desaparecer sem que nenhum dos mensaleiros tenham sido julgados. Entre os 38 réus, 22 deles respondem por formação de quadrilha, inclusive o ex-ministro José Dirceu, da Casa Civil. Mas como a história do STF mostra que as poucas condenações só ocorreram quando foram obtidas provas impossíveis de serem contestadas, para alguns ministros da Corte é praticamente certo que não há provas suficientes para condenar José Dirceu por corrupção ativa. Com a prescrição do crime de formação de quadrilha, nada sobraria contra ele no tribunal. Isso também vale, por exemplo, para Luiz Gushiken, ex-ministro do governo Lula, denunciado por peculato. Todos os ministros ouvidos reservadamente disseram que não havia sequer indícios sobre a atuação de Gushiken para que o tribunal recebesse a denúncia contra ele. Argumento semelhante é usado em relação ao ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), que foi líder do
José Dirceu, em seminário do PT, em São Paulo, afirmou que a proposta pelo fim da reeleição tem como objetivo acertar o PT, que vive seu momento histórico.
governo na Câmara. Luizinho responde pelo crime de lavagem de dinheiro. Ministros dizem que o fato de o ex-deputado ter recebido dinheiro supostamente disponibilizado pelo PT, mas sacado do Banco Rural, não poderia ser classificado como lavagem de dinheiro. Ao contrário do ex-procurador e autor da denúncia, Antonio Fernando de Souza, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nunca conversou diretamente com o ministro do STF, Joaquim Barbo-
sa, relator do caso. E os 12 pedidos de diligência feitos tardiamente por ele, em dezembro, atrasaram o calendário previsto por Barbosa. O julgamento do inquérito do mensalão, em 2007, criou a ilusão de que os envolvidos no esquema não escapariam no STF. A rapidez com que foi julgada a admissão da denúncia e o raro consenso entre os ministros criaram a sensação de que não haveria impunidade. Para o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, o julgamento virou um ativo. A abertura
da ação penal contra 38 envolvidos, praticamente sem reparos ao seu voto, garantiu-lhe fama repentina, Chegou a ser aplaudido em lugares públicos. Mas esse prêmio pode virar um problema. É unanimidade entre os ministros que, dos 38 réus que serão julgados, poucos serão os condenados. Como responsável pela ação penal, o ônus de absolver figuras-chave do esquema do mensalão poderá recair, em última instância, sobre Joaquim Barbosa. E o próprio ministro diz, reservadamente,
que não tem ânsia por condenar a qualquer custo todos os envolvidos. Reeleição – Em seminário realizado pelo PT, sábado em São Paulo, o ex-ministro José Dirceu conclamou militantes e líderes do partido a se mobilizarem para barrar a proposta que põe fim à reeleição. Em sua opinião, o principal alvo da proposta aprovada pela Comissão de Reforma no Senado é o PT. "Eles querem acabar com a reeleição porque esse é o momento do nosso ciclo histórico", disse. (AE)
Um tucano no PMDB
O
vice-presidente da República, Michel Temer, viajou no sábado para Sorocaba, interior de São Paulo, para dar aval à filiação do exdeputado federal tucano Renato Amary ao PMDB. A filiação foi formalizada durante evento político antecipado, pois amanhã Michel Temer vai assumir a Presidência da República, com a viagem da presidente Dilma Rousseff para Portugal. Amary foi durante 19 anos uma das principais lideranças do PSDB na região. Prefeito de Sorocaba por duas vezes, ele perdeu espaço no partido depois de se indispor com o atual prefeito, Vitor Lippi (PSDB), que o sucedeu na prefeitura. Depois do racha, Amary não conseguiu os votos necessários para se reeleger à Câmara dos Deputados. Ele vai coordenar o PMDB em 20 cidades da região e também é cotado para concorrer à prefeitura em 2012 pelo partido. (AE)
DIà RIO DO COMÉRCIO
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3266( '26 0(0%526 '26 &216(/+26 ( ',5(725,$6 '$ )$&(63 ( '$ $&63 %,Ç1,2 0$5d2 '( 0$5d2 '( Tomam posse, em SessĂŁo Solene Conjunta, os membros dos Conselhos e Diretorias da Federação das Associaçþes Comerciais do Estado de SĂŁo Paulo – Facesp, e da Associação Comercial de SĂŁo Paulo – ACSP, eleitos para o biĂŞnio março de 2011 / março de 2013, sob a presidĂŞncia do empresĂĄrio RogĂŠrio Pinto Coelho Amato. O evento realiza-se hoje, Ă s 11 horas, no Clube AtlĂŠtico Monte LĂbano, na Av. RepĂşblica do LĂbano, 2.267 – Ibirapuera – SĂŁo Paulo.
35(6,'(17(
52*e5,2 3,172 &2(/+2 $0$72 SPRINGER S/A.
9,&( 35(6,'(17(6 5(*,ÂŽ(6 $'0,1,675$7,9$6 GILBERTO KASSAB (RA-1 – MunicĂpio de SĂŁo Paulo)
JORGE RICARDO BARUKI SAMAHĂ (RA-6 – Vale do ParaĂba)
JOSÉ CARLOS CARVALHO (RA-11 – Ribeirão Preto)
JOSÉ EDUARDO RODRIGUES DE CARVALHO (RA-16 – Baixa Mogiana)
GERARDO PEDRO SAUTER (RA-2 – Metropolitana ABC)
ANTONIO MARCOS MARCONDES FERRAZ (RA-7 – Campinas)
ARIOVALDO ARI GABRIEL (RA-12 – Bauru)
RICARDO ANDERSON RIBEIRO (RA-17 – Presidente Prudente)
WILSON JOSÉ LOURENÇO JUNIOR (RA-3 – Metropolitana Alto do Tietê)
ELIZEU PEREIRA DA SILVA (RA-8 – JundiaĂ)
LUIZ EDUARDO DONà (RA-13 – Araçatuba)
GINO JOSÉ TORREZAN (RA-18 – São Carlos)
PAULO CONTIM (RA-4 – Metropolitana Oeste)
BRAZ CASSIOLATO (RA-9 – Sorocaba)
ANTONIO CARLOS PARISE (RA-14 – São JosÊ do Rio Preto)
JOĂƒO CARLOS CHEADE (RA-19 – Franca)
ROBERTO PEREIRA DA SILVA (RA-5 – Litoral Paulista)
ARY DE OLIVEIRA RUSSO (RA-10 – Vale do Paranapanema)
SÉRGIO LOPES SOBRINHO (RA-15 – MarĂlia)
ROLANDO CÉSAR CASTRECHINI CASTILHO NOGUEIRA (RA-20 – Alta Noroeste)
9,&( 35(6,'(17(6 ',5(725,$ (;(&87,9$ ALENCAR BURTI
GUILHERME AFIF DOMINGOS
MARCO AURÉLIO BERTAIOLLI
ALFREDO COTAIT NETO
GUILHERME CAMPOS JĂšNIOR
WALTER SHINDI IIHOSHI
35(6,'(17(
52*e5,2 3,172 &2(/+2 $0$72 SPRINGER S/A.
&216(/+2 683(5,25 &RQVHOKHLURV PDUoR GH PDUoR GH
ALENCAR BURTI Itarumã Administração e Participaçþes Ltda. ELVIO ALIPRANDI GILBERTO KASSAB Yapê Engenharia e Empreendimentos Ltda. GUILHERME AFIF DOMINGOS Sundays Participaçþes Ltda.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS Advocacia Gandra Martins LINCOLN DA CUNHA PEREIRA Cunha Pereira Advogados MARIO AMATO Grupo Amato MARIO JORGE GERMANOS Construtora Germanos Ltda.
OSÓRIO HENRIQUE FURLAN Old Participaçþes Ltda. PAULO SALIM MALUF Eucatex S/A. Indústria e ComÊrcio RAYMUNDO MAGLIANO FILHO Magliano S/A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliårios RENATO FERRARI Advocacia Renato Ferrari
ROBERT SCHOUERI Sanin Mercantil Industrial e Administradora Ltda. ROMEU TRUSSARDI FILHO R.Trussardi Empreendimentos Ltda. WALDEMAR DE OLIVEIRA VERDI Rodobens Corporativa S/A - Grupo Verdi
',5(725,$ (;(&87,9$ 9LFH 3UHVLGHQWHV
ALFREDO COTAIT NETO Engenharia e Construçþes EngetÊcnica Ltda. ANTONIO CARLOS PELA GRM Consultoria e Participaçþes Ltda. CARLOS ROBERTO PINTO MONTEIRO Multihab Engenharia e Serviços Ltda. CLAUDIO VAZ EDY LUIZ KOGUT EJAK Assessoria e Consultoria Ltda. ÉRICO SODRÉ QUIRINO FERREIRA OMNI S/A. - CrÊdito, Financiamento e Investimento FRANCISCO MESQUITA NETO BottonLine Consultoria Ltda.
JOĂƒO DE ALMEIDA SAMPAIO FILHO Interlatex Agroindustrial Ltda. JOĂƒO DE FAVARI Sobel IndĂşstria e ComĂŠrcio de Produtos de Limpeza Ltda. LINCOLN DA CUNHA PEREIRA FILHO UAB Motors Participaçþes S/A. LUCIANO AFIF DOMINGOS Punch Corretora de Seguros Ltda. LUĂ?S EDUARDO SCHOUERI Lacaz Martins, Halembeck, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados LUIZ GONZAGA BERTELLI Centro de Integração Empresa - Escola - CIEE LUIZ ROBERTO GONÇALVES L.R.G. ComĂŠrcio Exterior Ltda.
NELSON FELIPE KHEIRALLAH Q1 Comercial de Roupas Ltda. NILTON MOLINA Mongeral Aegon Seguros e PrevidĂŞncia S/A. PAULO ROBERTO PISAURO Fundação Senador JosĂŠ ErmĂrio de Moraes RENATO ABUCHAM Verus Ambiental Ltda. ROBERTO FALDINI Faldini Participaçþes, Administração e Investimentos Ltda. ROBERTO MATEUS ORDINE Ordine, Saraiva & Advogados Associados
GIACINTO COSIMO CATALDO G. C. C. Construtora Cosimo Cataldo Ltda. GUILHERME AFIF DOMINGOS FILHO GuaimbĂŠ Bureau de Cultura GUILHERME COTAIT Engenharia e Construçþes EngetĂŠcnica Ltda. JOĂƒO CARLOS BELDA Sincro Sistemas EletrĂ´nicos Ltda. JORGE LUTFI Status ComĂŠrcio de MĂłveis JOSÉ ANTONIO RODRIGUES Lojas Riachuelo S/A. JOSÉ F. BRUNETTO Brasimpar IndĂşstria MetalĂşrgica Ltda. JOSÉ FERNANDES VASQUEZ No-Sag Molas e Fixadores Ltda. JOSÉ LUIZ NOGUEIRA FERNANDES Federação de Serviços do Estado de SĂŁo Paulo - FESESP JOSÉ RAMOS ROCHA NETO Banco Bradesco S.A. JOSÉ REINALDO MOREIRA TOSI Witrisk JUAN QUIRĂ“S Grupo Advento LUIZ JOSÉ DE OLIVEIRA Olitel Integradora de Sistemas de Telecomunicaçþes Ltda. LYS DOS SANTOS Diretriz Assessoria em Segurança e Medicina do Trabalho S/S Ltda. MARCO ANTONIO JORGE Marco Antonio ImĂłveis Ltda. MARCO AURÉLIO SPROVIERI RODRIGUES SincoElĂŠtrico MARIA JOSÉ RIBEIRO DEVESA DA SILVA Trust Trading
MIGUEL ANTONIO DE MOURA GIACUMMO Target Desenvolvimento ImobiliĂĄrio Ltda. MIGUEL RACHID Pellicano Maintenance NELSON IBRAHIM MALUF EL-HAGE OG POZZOLI Isoterma Construçþes TĂŠcnicas Ltda. ORLANDO DE ALMEIDA NETO Triumpho Associados Consultoria de ImĂłveis PAULO DOS SANTOS FILHO Casa Bahia Comercial Ltda. PEDRO GRĂœNAUER KASSAB RICARDO LUIS MARTINS SCALISE Venko Multiserviços Ltda. ROBERTO MARIN Odontologia Marin, ClĂnica e ConvĂŞnios OdontolĂłgicos Empresariais ROBERTO PENTEADO DE CAMARGO TICOULAT TrĂŞs Marias Exportação, Importação Ltda. RODRIGO GARCIA Centroeste Participaçþes e AgropecuĂĄria Ltda. RONALDO FRANCISCO CABRAL Ronaldo Cabral – Advocacia e Administração de Bens SÉRGIO ANTONIO REZE Federação Nacional da Distribuição de VeĂculos Automotores – Fenabrave SERGIO GIORGETTI Orion do Brasil Participaçþes & NegĂłcios SERGIO MURILO BAHDUR VIEIRA Quantum Strategics Ltda. SORIANO MĂœLLER DE MELLO
JOSÉ CARLOS DE BARROS LIMA Instituto de Ensino Santo Ivo LUCIANO WERTHEIM Luciano Wertheim S/A. Empreendimentos Imobiliårios MARCOS AUGUSTO COELHO DO NASCIMENTO Tecniplan Engenharia e ComÊrcio Ltda. MIGUEL IGNATIOS ADVB-SP MILTON BIGUCCI M. Bigucci ComÊrcio e Empreendimentos Imobiliårios Ltda.
NELSON VIEIRA BARREIRA Sudeste IndĂşstria EnergĂŠtica Ltda. NEWTON LUIZ FARIA NILDO MASINI NDM Solutions S/C. Ltda. RENATO TICOULAT FILHO Cia. AgrĂcola Boa Vista ROBERTO HENRIQUE LEVY JUNIOR EscritĂłrio Levy Participaçþes e Empreendimentos Ltda. e Cia. Fazenda AcaraĂş VALMIR MADĂ ZIO J.V. Consultoria TĂŠcnico, Fiscal e ContĂĄbil Ltda.
',5(725,$ 3/(1$ 'LUHWRUHV
ANDRÉ DE SOUZA PEIXOTO Drogaria SPS Ltda. ANDRÉ LUIS MARCHESIN GONÇALVES EmigĂŞ Marchesin Gonçalves Comunicação ANTONIO MARANGON Pena de Ouro Contabilidade e Assessoria Empresarial Ltda. ANTONIO VIOTTO NETTO EscritĂłrio de Advocacia BORTOLO CALOVINI Rancho Grande IndĂşstria, ComĂŠrcio e Distribuição de Alimentos Ltda. CARLOS ANTĂ”NIO BARROS DE MOURA Barros de Moura & Associados, Corretagem de Seguros Ltda. CESĂ RIO RAMALHO DA SILVA Sociedade Rural Brasileira DANIEL GOMES AGUILAR DDJ Mult-VisĂŁo Comunicação Audiovisual Ltda-ME DIVA HELENA FURLAN OLD Participaçþes Ltda. EDUARDO ADAMO CAPOZZI Rayton Industrial S/A. EDUARDO FERREIRA LAFRAIA Construtora Elecon Ltda. EDWARD TADEUSZ LAUNBERG Euroban Brasil ELOY GONÇALVES DE OLIVEIRA Empowerment S/C. Ltda. FĂ BIO LUIZ RALSTON SALLES Ralston Ferraz Assessoria FARID MURAD Famel Mercado Exterior Ltda. FLĂ VIO ARNALDO YAZBEK Roy Participação e Empreendimentos Ltda. FRANCISCO CAIUBY VIDIGAL FILHO MarĂtima Seguros
&216(/+2 '(/,%(5$7,92 0HPEURV YLWDOtFLRV
ABDO ANTONIO HADADE IBT- Indústria Brasileira de Televisores S/A. ADHEMAR CESAR RIBEIRO Grupo Naçþes AGRà RIO MARQUES DOURADO ALFRIED KARL PLÖGER Companhia Melhoramentos de São Paulo EDUARDO DE CAMPOS SALLES FRANCISCO GIANNOCCARO Mercantil São Vito Ltda. – Indústria Têxtil
continua...
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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7
...continuação
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ÂNGELA APARECIDA SIMÕES Centro Rotário Educacional,Social,Cultural e Recreativo de Santo Amaro - CRESCER ANTONIO VICO MAÑAS Fundação São Paulo - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ARAB CHAFIC ZAKKA Preçolândia Comercial Ltda. ARNALDO DELLIVENNERI DOMINGOS Jiral Empreendimentos e Participações Ltda. ARY GIRON Giron Artefatos de Couro Ltda. CARLOS ALBERTO NICOLINI Vértice Engenharia e Consultoria Ltda. CELSO DE SOUZA AZZI Telles Pereira, Azzi, Ferrari e Almeida Salles Sociedade de Advogados DAVID EDUARDO DE CAMARGO FERNANDES Ótica Voluntários Ltda. DOUGLAS FORMAGLIO Saneterra Engenharia Civil Ltda. GERSON GOMEZ AAA Brasil Consultoria Patrimonial Ltda. GILBERTO KFOURI Ativos Administração de Carteira de Valores Mobiliários Ltda. (Grupo Verdi) IVAN LORENA VITALE ILV - Empreendimentos Agrícolas JOSÉ EDUARDO MESQUITA PIMENTA Advocacia José Eduardo Mesquita Pimenta
JOSÉ GARRIS DEL VALLE JOSÉ MARCELINO LANZOTTI Lanzotti Serviços Médicos S/S. Ltda. JOSÉ MARIA CHAPINA ALCAZAR Seteco Serviços Técnicos Contábeis S/S. JOSÉ SÉRGIO PEREIRA TOLEDO CRUZ LUIZ ANTONIO CALDEIRA MIRETTI Approbato Machado Advogados MARCELO ANDRÉ TOMELIN SAP Brasil Ltda. MARCELO FLORA STOCKLER Óptica Foto Roxy Ltda. ME MARLY MEIRELLES BREVES BARUFFALDI MOACIR ROBERTO BOSCOLO Boscolo Motores e Retífica Ltda. OSWALDO ROBERTO PACHECO CAMPIGLIA Alpes Adm. & Serv. Comunicação e Intermed. Ltda. PAULO DE ANDRADE COSTA Paulo A. Costa - Arquitetura e Construções PAULO ROBERTO PASIAN Aporte Net PEDRO ZIDOI SDOIA Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico - ABCFARMA REINALDO BITTAR Enprin Comercial Ltda.
REINALDO PEDRO CORRÊA Correa Tintas Ltda. ME. RICARDO APARECIDO GRANJA DOS SANTOS Santa Bárbara Express Negócios e Logística Ltda. RICARDO CATEB CURY Engenharia e Construções Engetécnica Ltda. ROBERTO BRÁS MATOS MACEDO MGSP Consultores Econômicos Ltda. ROBERTO MANIN FRIAS Oxivida, Oxigênio e Ortopedia ROBERTO MICHELE SILBERSTEIN TERUO YATABE Renome Empreendimentos e Administração Ltda. VALDIR ABDALLAH Maral Tecidos e Confecções Ltda. VALDIR DE OLIVEIRA NEVES Banif Banco Internacional do Funchal VICTORIA AYROZA SARACCHI Prima Escola Montessori de São Paulo Ltda. VIRGILIO NÉLSON DA SILVA CARVALHO ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil / Confederação Nacional de Turismo / RDC Clube de Férias VIVIANO FERRANTINI Consultor autônomo em Fibrocimento e Amianto WALTER SHINDI IIHOSHI Escritório Walter Shindi Iihoshi
&216(/+2 &2168/7,92 0HPEURV 1DWRV
LUIZ ASSUMPÇÃO QUEIROZ GUIMARÃES LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO D’Urso e Borges Advogados Associados MANOEL FRANCISCO PIRES DA COSTA TPT Comunicações e Editora Ltda. MAURICIO TRUGILLO IAZZETTA Guepardo Business Development NELSON JORGE GERMANOS Construtora Germanos Ltda. PAULO R. SAAB ANAV
RENATO TICOULAT NETO Zelo Serviços e Empreendimentos Ltda. ROBERTO BOTURÃO Escritório Roberto Boturão ROBERTO FORONI Indústria Gráfica Foroni Ltda. ROMEU TRUSSARDI NETO Trousseau (GVR Home Indústria e Comércio de Enxovais Ltda. SADY SANTOS DALMAS Banco Panamericano S/A.
Terranova Factoring Fomento Comercial Ltda. ANDRÉ RIBEIRO DA CUNHA PEREIRA United Auto do Brasil Ltda. ANTÔNIO EUSTÁQUIO LIMA SARAIVA Ordine, Saraiva & Advogados Associados ANTONIO JORGE MANSSUR VTR - Comércio de Equipamentos de Oxicorte Ltda. ANTONIO JÚLIO MACHADO RODRIGUES Banif – Banco Internacional do Funchal Brasil S/A. ARLINDO GALGARO Multicarnes Comércio de Alimentos Ltda. BENEDICTO WILSON GARCIA DE ABREU BENJAMIM SEQUEIRA BARREIRA IMOBS Empreendimentos Imobiliários Ltda. CARLOS EDUARDO UCHÔA FAGUNDES Comlux Metalurgia e Iluminação Ltda. CARLOS ROBERTO FACCINA Faccina & Faccina Assessoria Empresarial Ltda. CELSO AMANCIO Senarc - Serviço Nacional de Recuperação de Crédito CELSO MENNICILLO Santana S/A. Crédito, Financiamento e Investimento CLAUDIO AFIF DOMINGOS CLÁUDIO ELIAS CONZ Associação Nacional dos Comerciantes de
FERNANDO CAMBLER FLÁVIO ANTÔNIO CORRÊA Brandmotion Consultoria FLÁVIO CASTELLI CHUERY FCC Consultoria Empresarial Ltda. FLÁVIO GURGEL ROCHA Lojas Riachuelo S/A. FLAVIO FERNANDO DE FIGUEIREDO Daniel & Figueiredo Consultores Associados Ltda. FRANCK VIGNARD Cetelem S/A CFI GASTÃO ALVES DE TOLEDO Escritório de Advocacia Gastão Alves de Toledo GENNE CLEVER ALVES SANCHES Sanches Advogados Associados GÊNYS ALVES JÚNIOR Eterna Imóveis Ltda. GERALDO JOSÉ GUIMARÃES ISOLDI Isoldi S/A. Corretora de Valores Mobiliários GIAMBATTISTA SERRA DI NERVI Multilog Ltda. GIORGIO NICOLI For-Kit Indústria e Comércio de Móveis Ltda. GUILHERME F. MATTAR Câmara de Comércio Brasil-Líbano GUILHERME NAPOLEÃO DE ABREU Abreu Imóveis HÉLIO CERQUEIRA JÚNIOR Estapar Estacionamentos Ltda. HÉLIO NICOLETTI HORÁCIO BERNARDES NETO Xavier Bernardes Bragança Advogados Associados HUMBERTO LUIZ DIAS Enrico Serviços de Apoio Administrativo Ltda. - ME INNOCÊNCIO DE PAULA PEREIRA Joalheria Leal Ltda.
JOSÉ AMÉRICO RIBEIRO DOS SANTOS Cnaga Cia. Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados JOSÉ AUGUSTO DE QUEIROZ JOSÉ BUENO DE SOUZA A. Fernandes Imóveis JOSÉ CARLOS POMARICO Escolas Reunidas Miragaia Ltda. - Colégio Joana D’Arc JOSÉ CARLOS DA SILVEIRA PINHEIRO NETO General Motors do Brasil Ltda. JOSÉ CORREIA Casa Nobre Empreendimentos Imobiliários S/C. Ltda. JOSÉ DOMINGOS ALVES Lojas Cem S/A. JOSÉ PARZIALE RODRIGUES Marisa Contabilidade e Advocacia JOSÉ ROBERTO MAIO POMPEU Pompeu Despachante JÚLIO CÉSAR BUENO Pinheiro Neto Advogados JÚLIO SERSON Hotéis Vila Rica LEONARDO MENDES SOARES Banco IBI S/A. - Banco Múltiplo LICIO MARCOS FINZETTO Gessoforte Comercial Ltda. LIONELLO QUINTO DI CAMELI OEM Comércio Exterior Ltda. LUIGI NESE Confederação Nacional de Serviços – CNS LUIZA HELENA TRAJANO INÁCIO RODRIGUES Magazine Luiza S/A. LUIZ ABEL PEREIRA DA ROSA Auto Escola Nova Mascote S/S. Ltda. MARCELO ADILSON TAVARONE TORRESI Credial Empreendimentos e Serviços Ltda.
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ERNANI PARISE EP & Associados Comunicação Empresarial FABRIZIO VICENTE MADAZIO J.V. Consultoria Técnico, Fiscal e Contábil Ltda.
Artvel Veículos, Peças e Serviços Ltda. JOÃO CALDAS FERNANDES JORGE AUGUSTO MOREIRA BIZARRO Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda.
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FERNANDO CALDERÓN ALEMANY Calderón Confecções
JORGE SARHAN SALOMÃO FILHO Jorge Sarhan & Cia. Ltda.
General Motors do Brasil Ltda.
Aço.com Comércio de Metais Ltda.
DISTRITAL LAPA DIMITRIE JOSIF GHEORGHIU Grupo DJG (Clínica Médica)
DISTRITAL PENHA EUGÊNIO CANTERO SANCHEZ Gazeta Penhense
DISTRITAL SUDESTE PEDRO RODRIGUES DA SILVA Tecniseg Administração e Corretagem de Seguros Ltda.
DISTRITAL MOOCA JÚLIO CÉSAR OLIVIERI Gonçalo & Olivieri Arquitetura Ltda.
DISTRITAL PINHEIROS ENRICO FRANCESCO CIRILLO Enrico Serviços de Apoio Administrativo Ltda. - ME
DISTRITAL TATUAPÉ ANTONIO SAMPAIO TEIXEIRA Editora Jornalística Grande São Paulo Ltda.
DISTRITAL NOROESTE VALNOY PEREIRA PAIXÃO Escritório Imobiliário Almeida e Flores
DISTRITAL SANTO AMARO RITA DE CÁSSIA CAMPAGNOLI ACEA Dahll Comércio Internacional Ltda.
DISTRITAL VILA MARIA APARECIDO ENIO GOMES CARDOSO Nega Comércio de Confecções Ltda.
DISTRITAL NORTE JOÃO BICO DE SOUZA Tecnolamp do Brasil Lâmpadas e Acessórios Ltda.
DISTRITAL SÃO MIGUEL ANTÔNIO ABRÃO MUSTAFÁ ASSEM Antonio Abrão Negócios Imobiliários
ALEXANDRE DO NASCIMENTO GONÇALVES ALFREDO DO AMARAL MALUF ANTONIO AUGUSTO BIZARRO ATENEU REGO SANTOS Plásticos Rode Ltda. DANIEL MARTINS D.M. Assessoria e Consultoria de Imóveis Ltda. EDUARDO ROSA ELIAS FARAH Advocacia Elias Farah - Advogados Associados GUILHERME TEODORO MENDES Irmãos Teodoro Ltda.
HATIRO SHIMOMOTO Organização King de Contabilidade Ltda. JAYME BENEDETTI PAGANINI Rotagraf Indústria Gráfica Ltda. JOÃO FERNANDES D’ALMEIDA Singular Partners Empreendimentos e Participações Ltda. JOSÉ CÂNDIDO DE ALMEIDA SENNA ConTrader Comércio Exterior Ltda. JOSÉ RUBENS DE LIMA FIGUEIREDO JÚNIOR Cepac Pesquisa e Comunicação Ltda. LEONARDO PLACUCCI Uni Sant’Anna
&216(/+2 &2168/7,92 &RQVHOKHLURV
ALEKSANDER SILVINO DOS SANTOS Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - ADVB - Rio de Janeiro ALESSANDRA CONCEIÇÃO FERREIRA DE ANDRADE Fernando Lucio Viagens e Turismo ALFREDO COTAIT FILHO Engenharia e Construções Engetécnica Ltda. ALOYSIO LUZ CATALDO ALVARO AUGUSTO COUTINHO DINIZ Bastos Diniz Comércio e Representação Ltda. ALVARO FERREIRA MORTARI
SÉRGIO MARENCO Fundição de Sinos Crespi SUSSUMU HONDA Supermercado Ricoy Ltda. e Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS TASSO GADZANIS São Paulo Turismo S/A - SP Turis WAGNER ALIPRANDI
6('(6 ',675,7$,6 'LUHWRUHV VXSHULQWHQGHQWHV
DISTRITAL BUTANTÃ PAULO SOARES DE OLIVEIRA JUNIOR DISTRITAL CENTRO JOSÉ ALARICO REBOUÇAS World Brokers International Ltda. DISTRITAL IPIRANGA ADEMIR GATTI DISTRITAL JABAQUARA ETLES MAZIERO Diadorim Consultores e Assessoria em RH
Ï5*26 '( &2168/7$ CONSELHO POLÍTICO E SOCIAL - COPS
CONSELHO CÍVICO E CULTURAL
CONSELHO SOCIOAMBIENTAL
CONSELHO DE ALTOS ESTUDOS DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO - CAEFT
CONSELHO DO SETOR DE SERVIÇOS
COMITÊ DE AVALIAÇÃO DA CONJUNTURA
CONSELHO DE ECONOMIA - COE
CONSELHO DO VAREJO
CONSELHO DE POLÍTICA URBANA - CPU
CONSELHO DA MULHER
COMITÊ DOS USUÁRIOS DOS PORTOS E AEROPORTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO – COMUS
CONSELHO DE COMÉRCIO EXTERIOR
CONSELHO BRASILEIRO DAS EMPRESAS COMERCIAIS
SÃO PAULO CHAMBER OF COMMERCE
CONSELHO DE CÂMARAS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO
IMPORTADORAS E EXPORTADORAS - CECIEX
FÓRUM DE JOVENS EMPREENDEDORES - FJE
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
Estatísticas demonstram o prestígio da advocacia nas estruturas de poder e na reprodução de "famílias jurídicas" Frederico Normanha Ribeiro de Almeida
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Meritíssimas e hereditárias elites jurídicas Tese de doutorado expõe a prevalência de castas em todas as esferas de administração da Justiça estatal Luludi/Luz
A antiga piada dizia que o Brasil seria o país do futuro. Não é verdade. Para o povo do Brasil, o futuro chegou. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, em discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Decio Viotto
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Kevin Lamarque/Reuters
Queremos a multipolaridade da cooperação, não da rivalidade, do protagonismo da confrontação. Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores sobre a visita de Barack Obama ao Brasil, que deveria estabelecer um novo patamar nas relações com os Estados Unidos. A nova legenda não é de direita, nem de esquerda. Ela será de oposição ao governo federal, sem se compor com outras forças. Eu me sinto desconfortável em um partido que quer votar contra porque é contra. Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, explicando como será o Partido Social Democrático (PSD) ao justificar sua saída do Democratas. Ayrton Vignola/AE
Nasceu hoje o PSD, o partido sem decência, o partido sem dignidade. Antônio Carlos Magalhães Neto, líder do DEM na Câmara, sobre a nova legenda de Kassab. Aílton de Freitas/AOG
A Lei da Ficha Limpa, no meu modo de ver, é um dos mais belos espetáculos democráticos, posto que é uma lei de iniciativa popular, com escopo de purificação do mundo político. Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, durante justificativa de seu voto, que acabou contribuindo justamente para impedir o início do "espetáculo democrático". Já estou limpando as gavetas Senador Gilvan Borges (PMDB-AP), que terá de ceder o lugar para o ficha suja João Capiberibe (PSB-AP).
Dida Sampaio/AE
Trata-se de agente político que se valeu do mandato popular para locupletar-se, tendo praticado uma das mais graves condutas qualificadas como improbidade, mediante uso totalmente reprovável das filhas, empresas familiares e netos, menores impúberes, como laranjas para perceber e ocultar vantagem ilícita. Anotações dos promotores do Núcleo de Combate a Organizações Criminosas sobre o ex-governador Joaquim Roriz, do Distrito Federal, que se tornou réu em ação de improbidade administrativa. Ele e suas gerações descendentes, as três filhas e um neto.
Roosewelt Pinheiro/ABr
Isso é um retrocesso, uma agressão a 1,6 milhão de brasileiros que assinaram a Lei da Ficha Limpa nas eleições passadas. Deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ)
Justiça no Brasil já foi considerada cega, surda e muda na época do regime militar (1964-1985). Agora, é lenta e sem qualidade, o que pode pôr em risco a própria democracia. Na gênese da lentidão está o fato de que 70% do tempo de duração de um processo se passa dentro dos cartórios. Nunca, porém, numa reforma do Judiciário, os funcionários que têm relação direta com esse trabalho burocrático foram ouvidos. Essa situação perversa, sempre próxima de um apagão judiciário, tem sua serventia. Atende aos privilegiados e não é de hoje. Vem, no mínimo, desde o período imperial. Ao estudar o assunto, o cientista político Frederico Normanha Ribeiro de Almeida descobriu que as elites jurídicas provêm das mesmas famílias, universidades e classe social. Foram quatro anos de entrevistas e análises de currículos e biografias para escrever sua tese de doutorado A Nobreza Togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil, um trabalho que revela a política entre grupos de juristas influentes para formar alianças e disputar espaços, cargos ou poder dentro da administração do sistema. Três elites – Em sua visão, Ribeiro de Almeida identificou três elites: as institucionais, profissionais e intelectuais. A primeira é composta por juristas que ocupam cargos em instituições da administração, como Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ainda o Ministério Público (MP), entre outras entidades. A segunda é formada por lideranças corporativas, como a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), e por fim a Confederação Nacional do Ministério Público. O terceiro grupo é caracterizado por especialistas em temas relacionados à administração. Ribeiro de Almeida realça que esse pessoal, embora não possua poder, tem grande influência nas discussões e nas reformas que ocorrem no setor. São os casos dos especialistas em Direito Público e Direito Processual, por exemplo. Origem comum – De acordo com Ribeiro de Almeida, "todos os juristas que formam esses três grupos provêm da elite ou da classe média em ascensão e de faculdades de Direito tradicionais, entre as quais, em primeiro plano, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) e a Universidade Federal de Pernambuco e, em segundo plano, as Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) e as universidades federais e estaduais da década de 60". A evidência da elitização dessas faculdades está no fato de que os cursos de Direito na USP, PUC-SP e Mackenzie correspondem a apenas 2% do total de vagas para essa espe-
Ribeiro de Almeida: estudo consumiu quatro anos de entrevistas e análises de currículos e biografias.
cialização na cidade de São Paulo. Em seu estudo, Ribeiro de Almeida apontou que a maioria dos juízes já exerceu a advocacia, "o que demonstra que a passagem por essa etapa é mais relevante do que a magistratura". Mais: os ministros do STF, em sua maior parte, são ou foram advogados. Ele destaca ainda que há outros elementos que influenciam a carreira. "Critérios como porte e oratória favorecem indivíduos originários da classe média e/ou da elite econômica. Já a militância estudantil e a presença em alguns setores do poder são fatores ligados
Justiça estatal. Em 2007, eram ministros do STJ Raphael de Barros Monteiro Filho, Francisco Falcão, Adir Passarinho Filho, respectivamente filhos dos ex-ministros do STF Raphael de Barros Monteiro, Djaci Falcão e Aldir Guimarães Passarinho. Raphael pai, por sua vez, é irmão do desembargador Washington de Barros Monteiro, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Paulo Gallotti, do STJ, é sobrinho do ex-ministro do Supremo Luís Octávio Gallotti, por sua vez filho do também ministro do STF Luís Gallotti. Cita ainda a família do ex-ministro do STF, ex-ministro da Justiça e atual ministro
trados e 39% dos membros do Ministério Público têm familiares na advocacia privada, o que demonstra o "prestígio da advocacia nas estruturas de poder do campo [jurídico] e seu papel específico na reprodução de 'famílias jurídicas'". O poder da OAB – O autor diz que a advocacia parece ser o g ru p o p ro f i s s i o n a l c o m maiores quantidades de capital profissional e com maior capacidade de transmissão dos capitais acumulados pelo grupo e, principalmente por sua organização profissional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Daí, a advocacia ter participação privilegiada nas
da Defesa, Nelson Jobim, assim como a família Thompson Flores, em que se destacou o ministro do STF Carlos Thompson Flores. Poder familiar – Em todos esses casos, foram os "capitais simbólicos" (diploma de uma faculdade de elite, pós-graduação, disposição para fazer política no campo da Justiça, atuação no movimento estudantil, entre outros) e as redes de relações herdadas das famílias que permitiram a reprodução do poder familiar e a manutenção de seu domínio. Outro dado que evidencia o "recrutamento endógeno" mostra que 52,4% dos magis-
estruturas de poder da administração da Justiça, "representada pela grande proporção de membros das elites jurídicas que são ou foram advogados". Inovação – Para a orientadora Maria Tereza Sadek, professora do Departamento de Ciência Política da USP e diretora de pesquisa do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais (Cebepej), o trabalho de Ribeiro de Almeida é inovador ao revelar a elite que existe entre cerca de 15 mil juízes no Brasil. "São os grupos que chegam aos tribunais superiores, e são eles que vão dominar as legislações judiciais do País."
Notório saber nada mais é do que ter estudado nas faculdades em que as elites políticas do Judiciário estudaram. FREDERICO RIBEIRO DE ALMEIDA
diretamente às relações construídas nas faculdades." Notório saber – Nada se compara, entretanto, com o que ocorre nos tribunais superiores, cujo requisito exigido não é o concurso, mas o "notório saber jurídico". E o autor de Nobreza Togada explica: "Notório saber nada mais é do que ter estudado nas mesmas faculdades tradicionais em que as elites políticas do Judiciário estudaram. Simples assim." Não bastasse, Ribeiro de Almeida constatou que um fator determinante pode ser o que ele denomina de dinastias jurídicas. São aquelas famílias presentes por várias gerações no cenário político. O autor notou também que o peso do sobrenome influencia, por exemplo, na escolha de alguém para ocupar um cargo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele cita exemplos atuais da presença de famílias jurídicas nas elites da administração da
Critérios como porte e oratória favorecem indivíduos originários da classe média e/ou da elite econômica. IDEM
p Rogério Amato, em defesa de todos. DIÁRIO DO COMÉRCIO
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A ACSP e a Facesp estão prontas para atuar a favor do empresário comercial no que for preciso Rogério Amato
olítica
Fotos: Paulo Pampolim/Hype – 17/2/2011
"Mexeu com um, mexeu com todos." Este é lema do empresário, que hoje se torna o 45º presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e, também, da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), na "defesa intransigente do pequeno e médio empresário".
A cerimônia de posse de Amato será prestigiada pelo governador Geraldo Alckmin, o vice, Guilherme Afif Domingos, e o prefeito Gilberto Kassab.
Mário Tonocchi
iniciativa. "O empreendedor terá orgulho de dizer que pertence às nossas entidades, que os 63 anos, Rogério têm uma longa tradição moral, Pinto Coelho Ama- independência e estão prontas to é o 45º empresá- para atuar a seu favor no que rio a assumir a pre- for preciso", diz. O novo presisidência da Associação Co- dente também vai dar atenção mercial de São Paulo (ACSP), especial a campanhas institufundada no dia 7 de dezembro cionais da ACSP e Facesp, code 1894 como Associação Co- mo o "De Olho no Imposto" e mercial e Agrícola de São Pau- movimentos pela desburocralo. Simultaneamente, ele assu- tização, além de defender reme hoje a Federação das Asso- formas institucionais. Política – Filiado ao Demociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), instituí- cratas (DEM), Rogério Amato da em 16 de dezembro de 1963 já transitou pela gestão estae que reúne atualmente 420 dual de São Paulo. Convidado pelo jurista A ss o c ia ç õe s Claudio LemComerciais. bo, que goverAs posses nou o estado das diretorias O empreendedor e n t re a b r i l e das duas entiterá orgulho de dezembro de dades serão dizer que pertence 2006, Amato realizadas no assumiu a seClube Atlético às nossas cretaria estaM o n t e L í b aentidades, que têm dual de Assisno, em São uma longa t ê n c i a e D ePaulo, a partir tradição moral. s e nv o l v im e ndas 11 horas. to Social, P re s i d e n t e ROGÉRIO AMATO p er m an e ce ndo Conselho do no cargo até de Administração e sócio da Springer S.A., o ano passado. Uma das iniciaholding de capital aberto de tivas do secretário foi a impleempresas que atuam na indús- mentação da Virada Social, tria eletroeletrônica, de refri- conjunto de atividades esporgeração, transformação de tivas voltadas para comunidaplástico e equipamentos para a des carentes paulistas. Na área social, atualmente, indústria de bebidas, Amato prepara ações para a defesa in- Amato é vice-presidente da transigente do pequeno e mé- Associação de Valorização e dio empresário do comércio Promoção de Excepcionais durante sua gestão à frente da (Avape) e coordenador do MoACSP/Facesp. "Mexeu com vimento Degrau, voltado para um, mexeu com todos", será o trabalho de jovens. Também seu principal lema nos próxi- é primeiro-secretário do Conselho Deliberativo da Real e mos dois anos. Amato quer amplificar a Benemérita Associação Portuatuação das duas entidades na guesa de Beneficência e atua defesa dos princípios da livre na condição de vice-presiden-
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te do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O novo presidente da ACSP e Facesp também é presidente e sócio da Moreira Salles S.A. Agropecuária, uma fazenda de bovinos instalada no Estado do Paraná. Ainda atua como sócio e diretor da Otomar Empreendimentos Imobiliários e Participações Ltda., com atividades nas áreas de destilação de álcool neutro e ainda de operações imobiliárias. De acordo com a assessoria de imprensa da ACSP, estarão na posse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Guilherme Afif Domingos. Também são esperados
prefeitos do interior paulista, políticos e líderes empresariais de diversos setores. Associação – Fundada em 1894 pelo empresário Antônio Proost Rodovalho, a ACSP teve 44 presidentes com 50 mandatos até a posse de Rogério Amato, hoje. Da lista total de presidentes da instituição, seis assumiram os cargos duas vezes, entre eles Guilherme Afif Domingos e Alencar Burti, que hoje deixa a ACSP e a Federação das Associações, mas continua na presidência do Conselho Deliberativo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). A Facesp foi fundada pelo empresário Paulo de Almeida Barbosa, que foi presidente da ACSP entre 1962 e 1966.
Veia política: além de líder empresarial e defensor da livre iniciativa, Amato foi secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social.
Dilma vai tratar de direitos humanos na China
Folhapress
mésticos da China. Mas o presidente chinês já admite manter discussões sobre direitos humanos, desde que respeitadas as garantias de não interferência em assuntos internos. Para Dilma, a defesa de direitos humanos deve ser um discurso constante, segundo assessores. Tanto que na semana passada, o Brasil apoiou investigações, pelo Conselho de Direitos Humanos nas Nações Unidas, de casos de violações no Irã. Conselho de Segurança– De 11 a 15 de abril, Dilma passará por pelo menos três cidades chiAlan Marques/
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presidente Dilma Rousseff deve abordar o tema dos direitos humanos com o presidente chinês, Hu Jintao – um tema delicado para o principal parceiro econômico do Brasil. Ela vai tratar também de outros temas políticos, sociais, econômicos e comerciais. Dilma deve listar as semelhanças que há entre China e Brasil e a necessidade de ambos os países se concentrarem nos interesses comuns. Assessores que preparam a visita negam que haverá constrangimento na abordagem do tema dos direitos humanos. Situação semelhante ocorreu entre Hu Jintao e o presidente norte-americano Barack Obama. A presidente, porém, corre o risco de ouvir a mesma resposta que Jintao deu para Obama. Ele disse que outros países não devem interferir nos assuntos do-
nesas. Dilma tem reuniões com o presidente chinês, Hu Jintao, o p r i m e i ro - m i n i s t ro, Wa i n g Oishan, e outras autoridades. O objetivo é intensificar as relações políticas e econômicas, que
se consolidaram como a mais fértil parceria do Brasil. A expectativa, segundo assessores que preparam a visita, é que Presidente quer apoio da China para conquistar uma vaga no Conselho de Segurança da ONU
os chineses sinalizem em favor do Brasil em vários campos no cenário internacional. Depois da posição favorável do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à reforma do Conselho de Segurança, Dilma pretende abordar o assunto com Hu Jintao e Oishan. Ela cobrará o apoio da China para as reformas do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional (FMI), assim como a diversificação dos investimentos no Brasil. O governo brasileiro é favorável a aumentar de 15 para 25 as vagas no Conselho de Segurança, das quais seis seriam permanentes. De forma semelhante, o Brasil e a China defendem mais espaço para os emergentes no FMI. Em dezembro de 2010, a União Europeia se comprometeu a ceder nove lugares pa-
ra os emergentes. No total, são 24 assentos. Confirmando a importância da missão, Dilma deverá viajar acompanhada de seis ministros e 300 empresários brasileiros de diversos setores. A presidenta encerrará o Fórum Empresarial Brasil-China na presença de cerca de 600 pessoas. Caminhada pelo jardim – Ontem, a presidente Dilma caminhou pelos jardins do Palácio da Alvorada, com muita disposição, aproveitando o céu azul e a manhã ensolarada. Na noite de sexta-feira, ela confidenciara a cineastas e artistas, no Palácio, sua preocupação com o peso e disse que precisava voltar a caminhar. Hoje a presidente lança, em Belo Horizonte, o programa Rede Cegonha, que prevê investimentos de R$ 9,4 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde até 2014 . (ABr)
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Fotos: Aris Messinis/AFP
Rebeldes avançam rumo a Kadafi Após oito dias de ataques aéreos, Otan assume comando total das operações da coalizão na Líbia. Após retomar dois importantes centros petrolíferos no leste da Líbia, grupos rebeldes avançam em direção à capital Trípoli, aproveitando a ajuda de ataques aéreos internacionais que tiraram força das tropas leais ao ditador Muamar Kadafi. Ao mesmo tempo em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) selou o controle das operações militares, a coalizão internacional intensificou ontem os ataques sobre Trípoli, e passou a bombardear também a cidade natal de Kadafi, Sirte, para onde os rebeldes avançam por terra, informou a emissora Al-Jazeera. O avanço dos insurgentes significa uma importante reviravolta: após vencer os soldados leais a Kadafi em Ajdabiyah, 160 quilômetros ao sudoeste de Benghazi (bastião dos rebeldes), as forças opositoras tomaram Brega (sábado), e Ras Lanuf e Bin Jawad ontem. Em seu caminho rumo ao oeste, eles percorreram em seu avanço desde Benghazi cerca de 441 quilômetros em apenas 48 horas. A previsão é de que eles avancem sobre Sirte ainda hoje, disse o porta-voz dos revolucionários, Muhamad Mergirby. "Os rebeldes tomaram Bin Jawad e ficaram ali, não continuaram", explicou, adiantando que as tropas da oposição devem aguardar para seguir a marcha. O porta-voz dos rebeldes Retrato de ditador líbio calculou que o regime possui é queimado por insurgentes cerca de 10 mil soldados, enapós a conquista da cidade quanto os rebeldes teriam ao de Bin Jawad, ontem. O próximo menos o dobro, 20 mil. "O proalvo é Sirte, cidade natal blema é que eles estão mais de Kadafi. Entre os ídolos bem equipados com tanques e dos rebeldes líbios está o armas, e os rebeldes só têm arrevolucionário Ernesto mas simples", disse. 'Che' Guevara (acima). Mergirby explicou ainda que os rebeldes recuperarão as
forças e se abastecerão em Bin Jawad até lançar a ofensiva contra Sirte. "Agora pararam porque é perigoso, e não se movimentarão até que as forças da coalizão internacional bombardeiem primeiro as posições de Kadafi em Sirte", explicou o representante rebelde ontem. Ontem à noite, aviões da coalizão já iniciaram o bombardeio à cidade natal do ditador. Testemunhas disseram ter ouvido pelo menos dez explosões na região. Sirte é estrategicamente importante porque o aeroporto civil, ao sul da cidade, também aparenta ser uma grande base aérea militar. Imagens de satélite mostram que há cerca de 50 galpões de concreto armado, do tipo normalmente utilizado para guardar caças. Pelo menos seis explosões foram ouvidas também em Trípoli. A televisão local disse se tratar de bombardeios das forças ocidentais. "Áreas civis e militares em Trípoli foram atingidas, há pouco, pelo cruzados, agressores colonialistas", transmitiu a emissora. As explosões foram seguidas por tiros antiaéreos. Recuo - No sábado, o regime de Kadafi reconheceu que os ataques aéreos forçaram suas tropas a recuarem e acusou as forças internacionais de estarem escolhendo um lado. "Esse é o objetivo
da coalizão agora, não é proteger a população porque agora eles estão lutando diretamente contra as forças armadas", acusou o ministro do Exterior líbio, Kaled Kaim. "Eles estão tentando empurrar o país para uma guerra civil." Otan - Após oito dias das operações da coalizão internacional na Líbia, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Anders Fogh Rasmussen, declarou ontem que os Estados Unidos já repassaram à aliança o controle total da missão que implementa a resolução 1973, aprovada pelas Nações Unidas. "Aliados da Otan decidiram assumir toda a operação militar na Líbia, no âmbito da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Rasmussen. "Nosso objetivo é proteger os civis e as áreas com população civil sob a ameaça do regime de Kadafi. A Otan irá implementar todos os aspectos da resolução da ONU. Nada mais, nada menos." Ainda ontem o ministro de Exteriores italiano, Franco Frattini, anunciou a possibilidade de que a Itália e a Alemanha proponham um plano para uma solução diplomática da crise líbia. A proposta seria apresentada em uma cúpula em Londres na terça-feira, informou o chanceler, ao jornal La Repubblica. (Agências)
Ronen Zvulun/Reuters Ahmad Gharabli/AFP
Iêmen: com um olho no futuro. Horas após o ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, reiterar sua disposição em renunciar ao cargo, um assessor do governo e um líder da oposição disseram que as negociações para a transição de poder foram paralisadas ontem à noite e ainda não têm previsão para serem retomadas. O dia de ontem foi marcado por uma forte ofensiva tanto no campo político como nas ruas do país. O partido governista recomendou a formação de um novo governo que possa redigir um rascunho para uma nova constituição, segundo as reformas oferecidas pelo ditador. Mais cedo, Saleh insistiu em sua disposição de renunciar. "Não tenho nenhum problema para renunciar ao poder, nem insisto nele", disse ele à rede Al Arabiya. "O povo é quem elege e se elegerem os opositores, damos boas-vindas, mas mediante golpes de estado, não." Mas um assessor do general Ali Mohsen indicou a paralisação das negociações sobre a transição de poder ainda na noite de ontem e disse que não há previsão para que as conversas sejam retomadas. Enquanto as autoridades negociam uma
Israel derruba mísseis Novo sistema utiliza câmera e radares e começou a ser operado ontem.
saída política, os protestos continuam ao redor do país (acima, jovem com um tapa-olho dizendo: "saia!", na capital Sanaa). Ontem, rebeldes tomaram o controle de uma rádio, uma fábrica de armas e diversos prédios do governo na província de Abyan, no sul do país. Testemunhas disseram que os guardas destes edifícios abandonaram seus postos após receber advertências de ataques. (Agências)
Uma aeronave de Israel derrubou uma esquadra de mísseis de militantes palestinos, na Faixa de Gaza, neste domingo, matando duas pessoas. O exército israelense ativou um novo sistema de defesa para atacar possíveis mísseis disparados contra o país (acima). A Jihad Islâmica confirmou que dois homens foram mortos no ataque aéreo e outro ficou gravemente ferido. O grupo não disse se está preparando lançamentos de mísseis,
mas um comunicado das Brigadas al Qods, braço armado da Jihad Islâmica, prometeu responder "a este crime no momento e local apropriados". Militantes da Faixa de Gaza, incluindo a Jihad Islâmica e o Hamas, afirmaram na semana passada que interromperiam os ataques se Israel fizesse o mesmo. Não se sabe se, com o combate de ontem, eles estariam deixando a promessa para trás ou se o ocorrido foi por conta de militantes que ignora-
ram a decisão de cessar-fogo. Semanas de ataques com mísseis e morteiros levaram Israel a implementar o sistema antimísseis "Cúpula de Ferro", que custou US$ 200 milhões. O sistema começou a operar ontem, perto de Beersheba, maior cidade do sul do país. Uma segunda bateria será usada em Ashdod. O sistema desenvolvido por Israel usa câmera e radares para trilhar mísseis, com o objetivo de destruí-los poucos segundos após o lançamento. (Agências)
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11 O número (sobre o nível de radiação) não é confiável. Nós sentimos muito. O porta-voz da Tepco, Takashi Kurita
nternacional Sana/AFP
Tropas ocupam ruas da Síria O presidente sírio, Bashar al-Assad, enfrentando a mais grave crise em seus 11 anos de governo, mobilizou o exército pela primeira vez em Latakia, a principal cidade portuária da Síria. A medida sinaliza que as promessas de Assad de levantar o estado de emergência no país, vigente desde 1963, e libertar presos políticos não acalmaram a tensão, depois de quase duas semanas de protestos que se espalharam por todo o país. A disseminação da violência para Latakia tem significado especial, já que é uma cidade formada por uma população de várias etnias. Com cerca de 500 mil habitantes, Latakia é uma mistura potencialmente volátil de sunitas no centro urbano, alauitas nos bairros residenciais do subúrbio e pequenas minorias cristãs, etnias turcas e outros grupos. O governo de Assad, de minoria alauita, culpa um clérigo sunita do Catar por incitar os protestos. O envio de tropas às ruas de Latakia, a 350 quilômetros a noroeste da capital Damasco, demonstra a apreensão crescente do governo sobre a capacidade da polícia em manter a ordem. Segundo o governo, 12 pessoas foram mortas em Latakia no sábado por indivíduos que atiraram de cima dos telhados e aterrorizaram a população, mas manifestantes acusam a polícia de abrir fogo contra eles. Dezenas de pessoas morreram em manifestações pró-democracia na cidade de Deraa, no sul, e nas proximidades de Sanamein, bem como em Latakia, Damasco e outras cidades ao longo da semana passada. O governo diz que grupos armados não-identificados, possivelmente apoiados por potências estrangeiras, estão tentando incitar o conflito sectário no país. EUA - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse ontem que os Estados Unidos lamentam o derramamento de sangue na Síria, mas que uma intervenção ao estilo da Líbia não deve ser esperada. "O que vem ocorrendo nesse país nas últimas semanas é profundamente preocupante, mas existe uma diferença entre convocar sua força aérea e bombardear indiscriminadamente suas próprias cidades (como na Líbia) e ações policiais que, francamente, excederam o uso de força que qualquer um de nós gostaria de ver", disse ela, em entrevista à rede CBS. (Agências)
Sana/Reuters
Japão revive terror: novo terremoto gera alerta de tsunami. Yoshikazu Tsuno/AFP
Após os protestos, Latakia amanheceu com destroços nas ruas e prédios incendiados (acima). Assad (abaixo) comprometeu-se a dar maior liberdade, mas não foi capaz de conter os levantes influenciados por revoltas no Egito e na Tunísia.
SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS NOTIFICAÇÃO
10 milhões ou 100 mil? Não importa. Nível de radiação em usina nuclear de Fukushima preocupa. Um terremoto de 6,5 graus de magnitude atingiu o Japão no domingo à noite (horário de Brasília), fazendo com que o Japão emitisse um alerta de tsunami. Até o fechamento desta edição não houve relatos de danos, mas a Agência Meteorológica do Japão anunciou que um tsunami poderia atingir a região de Miyagi, uma das mais atingidas pelo tremor seguido de tsunami que devastou o nordeste do país no dia 11 de março. A área é vizinha à de Fukushima, onde está a usina também afetada pelo desastre do início do mês. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores em todo o planeta, o terremoto ocorreu a uma profundidade de apenas 5,9 quilômetros, próximo à costa de Honshu, 161 quilômetros ao leste de Fukushima, local que abriga a usina nuclear destruída. O tamanho esperado das ondas é de 0,5 metro. Radiação - A chegada de um novo tsunami é motivo de preocupação para as autoridades japonesas, uma vez que as condições da usina nuclear de Fukushima ainda são instáveis. Após relatos controversos sobre o nível de radiação na água do mar em torno do reator 1, que chegaram a apontar um aumen-
to de 10 milhões de vezes mais radiação do que o tolerado, as autoridades japonesas admitiram a elevação de ao menos 100 mil vezes no reator 2 e 1.850 vezes nas águas, levando o governo a interromper as operações de reparo e a retirar os técnicos do local do desastre. O nível detectado na água do subsolo da sala da turbina que fica atrás do reator é de 1.000 milisieverts por hora, explicou um porta-voz da Tepco, empresa que opera a usina. Após anunciar, em um primeiro momento, que este número era "10 milhões de vezes" superior ao tolerável, a Tepco convocou uma entrevista urgente para dizer que havia se equivocado. "O número não é confiável", afirmou Takashi Kurita, portavoz da Tepco. "Nós sentimos muito", se desculpou. Isso significa que o combustível no núcleo do reator provavelmente sofreu danos durante um princípio de fusão, provocado logo depois do forte terremoto, seguido de tsunami, no dia
O Subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme, ANTONIO DE PADUA PEROSA, em conformidade com o disposto no artº 5º, parágrafo 1º do Decreto 15.627/79 de 15/12/79 e item 2.4 da Portaria nº 022/SMSP/GAB/2005, notifica os proprietários dos veículos abaixo relacionados a comparecerem a esta Subprefeitura à Rua General Mendes nº 111, no prazo de 30 dias a contar da data desta publicação, para providenciarem sua retirada, satisfeitas as exigências legais, sob pena de ser alienado por meio de leilão: MARIA CRISTINA DO NASCIMENTO Placa CEM 9401 - São Paulo Chassi 5N69DKB163207 GM/OPALA COMODORO MOD./FAB. 1980 - Preta Processo 2010-0.284.410-6
CAR RENTAL SYSTEMS DO BRASIL LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. Placa EBA 2176 - São Paulo Chassi 9BGXL80808B203842 GM/MONTANA CONQUEST MOD./2008 - FAB./2007 - CINZA Processo 2010-0.284.467-0
SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS NOTIFICAÇÃO Ficam V. Sas. Notificadas a providenciar a retirada dos veículos abaixo descritos, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data desta publicação, os quais se encontram recolhidos na Subprefeitura de Vila Mariana à Rua José de Magalhães, n° 500 - Vila Clementino, na Supervisão Técnica de Fiscalização sob pena de serem alienados pela Municipalidade. A restituição do veículo far-se-á mediante o pagamento das multas, taxas devidas ao Município e demais exigências legais, nos termos de Decreto n° 51.832/2010. Chassi BJ494824
Ano de Fabricação 1977
VF7N2B800P1B84566
1993
Fiesta GLX
CSP 2186 - SP
9BFNGZFHAYB284159
1989
Prêmio SL
9BDI46000K3486856
1989
371 U
BKH 4512 - SP CZK 1138 - São Bernardo do Campo - SP CMR 3749 - SP DBK 2854 - São Bernardo do Campo - SP BNM 2192 - SP CDL 7281 Barueri - SP
VW
Gol S
CCM 6017 - SP
9BWZZZ30ZDT492847
1983
Fiat
Tempra IE
CHW 1882 Osasco - SP
9BD159044T9163313
1996
GM
Corsa Wind
CRA 7596 - SP
9BGSC68ZXWC696266
1998
Citroen
Berlingo 1.8
CVV 1953 - SP
VFZMFLFZKWG005467
2000
CQI 1786 - Serra Negra - SP BOF 3276 - SP AAV 9110 - Itaquaquecetuba - SP
G64P5733M
1964
LB8ABL73098
1983
BA357081
1977
Marca VW
Modelo Fusca 1300
Eliane Martins Turcatto
Citroen
Citroen
Carina Borelli e/ou Ford Leasing S.A. João Barbosa da Silva
Ford Fiat
Gildete de Arruda de Góis
VW
Fusca 1300 L
Carla Souto da Silva
VW
Kombi Furgão
VW
Kombi Furgão
VW Mercedez Benz
Fusca 1500
Antonio de Oliveira Reginaldo Cardoso Alves José Ivani Liao
11 de março, e que danificou a central de Fukushima. O desastre nuclear levou centenas de manifestantes a protestarem diante da sede da Tepco, em Tóquio, para pedir o fechamento das usinas (acima). Vítimas - O número de mortos devido ao terremoto e ao tsunami do dia 11 subiu para 10.668. Outras 16.574 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo a polícia. (Agências)
Placa BPD 7515 - SP DNN 1000 - São Caetano do Sul - SP
Proprietário Daniel Tadeu Alarcon
ABN Amro Real S.A. e/ou Maria de Arimatea Silva BV Financeira S.A. e/ou Joilson de Oliveira Santana Augusto Henrique Veit Banco Bradesco S.A. e/ou Renan Moraes Mesquita ME
BJ734168
1978
9BWZZZ21ZGP009673
1986
9BWZZZ21ZFP005911
1985
BS248789
1972
9BM364301LC065200
1990
Fiorindo Chita
GM
Chevrolet C14
Ubyara Mendes da Silva
Ford
Del Rey
José Antonio Borela
VW
Brasília
Fiat
147 C
CXL 3992 - SP
9BD147A0000979267
1985
KIA
Ceres
BPB 5067 - SP
KNCSB1112P6525983
1993
VW VW Ford
Brasília Voyage Plus Del Rey Ghia
CHB 6235 - SP CRS 0621 - SP CJA 8301 - SP
BA400457 9BWZZZ30ZLT010024 9BFCXXLC2HBM44359
1977 1990 1987
Luiz José e/ou ABN AMRO Real S.A. Daniele Spungin e/ou Banco Bamerindus do Brasil Adalgisa de Souza e Silva Marilena Ribeiro Puglia Lopes Hanri Jafet
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
ARTESANAL A TGK é responsável pela restauração de livros raros.
idades Fotos: Zé Carlos Barretta/Hype
Documentos importantes para a História do Brasil, como cartas de maçons notáveis – D. Pedro 1, Líbero Badaró e Floriano Peixoto, entre outros – estavam amontoados em sacos de plástico preto no Museu Maçônico do Palácio do Lavradio, no Rio. E tinham como destino o lixo se não fosse a curiosidade e a sagacidade do restaurador de livros paulistano Tércio Ferdinando Gaudêncio. Trabalho artesanal garante a preservação de livros raros.
Tércio Gaudêncio, um dos maiores especialistas brasileiros na arte do restauro
Bíblia Sacra de 1555 que está sendo restaurada pela oficina de Tércio Gaudêncio.
Restaurador salva pedaços da história que iam para o lixo Valdir Sanches
C
om o gesto do guardião, Tércio Gaudêncio assesta os óculos no visitante e anuncia que vai mostrar o tesouro. De uma gaveta, retira uma caixa. Dela, extrai um livro grande, pesado, e o deposita sobre a mesa. Na capa está o nome: Bíblia Sacra. Quando foi impressa, em 1555, na Itália, fazia apenas um ano que o padre Anchieta fundara a Vila de São Paulo. Tem, portanto, 456 anos. É uma das três únicas existentes no mundo. Escrita em aramaico, caldeu, grego antigo e latim, foi presenteada a D. Pedro I por seu sogro, Francisco I, imperador da Áustria, pai de Maria Leopoldina. No entanto, o livro havia virado repasto de cupins. Gaudêncio é a única pessoa no País que poderia salvá-lo. E é isso que está fazendo. Em seu trabalho, usa papel de folha de amora, fabricado no Japão pelos descendentes de uma única família, há 500 anos. Este é só um detalhe do que se contará mais adiante. Maçonaria – A Bíblia estava fechada num mostrador, no Museu Maçônico do Palácio do Lavradio, no Rio, onde fatos assombrosos estavam ocorrendo. O museu guardava a correspondência dos maçons desde a fundação do Grande Oriente do Brasil, sua primeira sede no País, em 1822. Em dezembro de 2009, 40 mil documentos e 5 mil livros foram encontrados no museu, em 251 sacos de lixo. A maior parte, datada dos anos 1800. A caminho do lixo estavam a correspondência de maçons notáveis como D. Pedro I, Floriano Peixoto, Líbero Badaró, Rangel Pestana. O material todo encontrava-se em tal estado de deterioração, que oferecia riscos à saúde de quem o manipulasse. Gaudêncio sabe como tratar disso. Não é só um especialista na arte do restauro de documentos e livros, reconhecido internacionalmente. Tem curso de micologia, a ciência que estuda os fungos, feito na Uni-
HISTÓRIA Documentos do séculos 19 foram encontrados em sacos de lixo.
Quadro de Saldanha Marinho
Visconde de Sapucaí: mau estado
Bíblia rara do século 16 está sendo restaurada página por página
versidade de São Paulo, USP. Passou os livros infectados por uma solução química, e o problema foi resolvido. Por um momento, na oficina onde os livros são recompostos, têm-se a impressão de ter voltado dois séculos atrás. A máquina de douração de meias-folhas, única no País, tem quase a idade da República. Data de 1890, um depois da Proclamação. A guilhotina (para papéis, bem entendido) com sua grande lâmina e a estrutura de ferro, é de 1907. Em outros setores, volta-se a 2011. O scanner usado para digitalizar tudo o que se recupera é de última geração. Cola – Não se pode dizer que a Bíblia Sacra tenha sido inteiramente abandonada, enquanto esteve no Museu do Palácio do Lavradio. Em 1980 passou por um restauro. Apesar da boa vontade, teria sido melhor ter ficado como estava. O trabalho foi feito com papel manteiga e cola quente de marceneiro. A deduzir-se da indig-
nação de Gaudêncio, só em contar o fato, o autor deveria arder no meio do inferno. O c u p i m a p re c i a m u i t o aquele tipo de cola. Como quem come manteiga com pão, pôs-se a devorar a cola e o papel. Gaudêncio teve que desfazer esse trabalho, folha por folha, milhares delas. Passou cada uma por um banho químico, e desta vez usou a cola e o papel certos. Amora – Conta-nos uma história. Há cinco séculos, uma família japonesa queria saber por que o bicho-da-seda produzia um fio tão resistente. Com muita pesquisa, concluiu: porque se alimenta da folha da amoreira. Amoras... Conseguiu chegar a um papel dessa folha, muito fino, leve e resistente. É o que se usa no mundo para restaurar livros. Um rolo do mítico papel é mostrado ao visitante. Um metro quadrado pesa doze gramas. Sabe quanto pesa uma folha de seu bloco de anotações?, pergunta Gaudêncio, com o
rolo na mão. A folha de 20 por 14 centímetros de papel sulfite pesa quase quatro vezes mais, 75 gramas. A cola que lhe faz companhia no restauro da bíblia, por sua vez, é a moderna carbox metil celulose. O autor do primeiro restauro também cometeu o que, para especialistas, é uma heresia: refilou o lombo. Cortou de alto a baixo a parte onde se prendem os cadernos que formam o livro. Depois, costurou os cadernos com um chuleado, como as costureiras fazem com as bordas dos tecidos. Pronto o trabalho, surgiu um imprevisto. O lombo, com o chuleado, ficou muito apertado. Com isso, a outra extremidade, a das folhas livres, abriuse como um leque. Para disfarçar, o autor da façanha envolveu a Bíblia com uma fita. Tudo ficou bem, desde que não se abrisse a fita. Gaudêncio acha que foi "um passa-moleque". Quando o trabalho com as folhas da Bíblia estiver pronto, Gaudêncio vai formar os cadernos e recompor a lomba, com um fio de linho que era usado antigamente. E é extremamente forte, "dura mil anos". O que salvou a Bíblia Sacra do tempo (mas não salvaria do cupim) é que foi impressa em um papel que, como o fio, dura mil anos: o papel de trapo. "O mais resistente do mundo, insuperável." Fórmula: trapos de roupas de escravos, sem uso, ou as de pessoas mortas, cortados em pedaços. Na estrebaria, eram misturados à urina de cavalo e à soda cáustica, e viravam "uma maçaroca". Esse produto era depois sovado, com muita água. Quadros – Do Palácio do Lavradio, no Rio, foram trazidos também objetos de arte e dezesseis quadros. Estes, em péssimo estado. O conselheiro Saldanha Marinho, pintura atribuída a Pedro Américo (autor de "Independência ou Morte"), tem os olhos sem cor, a barba sumida. Mas o Visconde de Sapucaí, de autoria não atribuída, já restaurado, demonstra tal viço, que parece ter sido pintado agora. O trabalho com os quadros é feito pela restauradora Ana Maria do Prado, com uma ajudante, Eva Kaiser Mori. Nas outras seções, dez alunos cuidam dos documentos e livros. Gaudêncio mostra ao visitante o livro Censo de Direito Público, de 1845, de um cliente francês, restaurado. Parece novo. Depois, a capa destruída do Tomo II, a restaurar. Parece impossível que este vá ficar como aquele, mas o mestre do restauro, feliz, garante que sim.
Tércio Gaudêncio em sua oficina, a TGK, no bairro da Saúde
Oficina restaura livros e ajuda menores carentes
"O
senhor está no quarto do meu avô", diz Tércio Gaudêncio para o visitante. O quarto, hoje, é uma sala da TGK, empresa de conservação e restauro de objetos de arte, livros e documentos. Gaudêncio, o dono, tem 66 anos. Nasceu e viveu 62 deles no sobrado da Saúde. O senhor Gaudenzi, o avô, era italiano. Prosperou consertando máquinas de jornais. Com a Segunda Guerra (19391945), foi preso e perdeu tudo. Para sobreviver, a família mudou de nome. Assim surgiram os Gaudêncio. Quando tinha doze anos, Tércio deixou cair um livro de seu pai, com o qual brincava. A obra versava sobre minas e energia, e fora impressa pela Escola Politécnica (USP). Ocorre que o pai do menino, Terêncio Ferdinando Gaudêncio, era professor da Politécnica, e zelava muito por seus livros. O acidentado ficou em mau estado. Com medo da reprimenda, Tércio levou o volume para o Colégio Arquidiocesano, onde fazia o ginásio. Um irmão marista, pacientemente, ensinoulhe as técnicas do restauro. "Meu pai soube que eu estava indo à escola fora de hora, e foi ver o que estava acontecendo. O irmão marista contou sobre meu cuidado em restaurar o livro que tinha caído. Meu pai perguntou: 'Ele aprendeu?' O irmão respondeu que sim. E meu pai: 'Muito bem'." Tércio gostou das técnicas de restauro, mas seguiu sua vida. Formou-se em administração de empresas, estudou nos Estados Unidos e Europa, especializou-se em estatística empresarial. Num gesto peculiar, encara o visitante: "Eu tinha um hábito, meu senhor. Nos sábados e domingos não ia para a farra, mas à casa dos mestres. Foi assim que iniciou-se nas
ciências da química e da física, usados nos processos de restauro de documentos. Infarto – Subitamente, tudo parou. Aos 36 anos, sofreu um infarto. O médico disse-lhe que deveria se preocupar menos, "mexer com as mãos". Como, afinal, fazem os restauradores de livros. Tércio Gaudêncio narra, então, como iniciou sua vida de restaurador, depois do infarto. Aperfeiçoou-se em sucessivas viagens ao Exterior. Fez muitos amigos. No Brasil, "não havia restauro de nada." Tornou-se membro da Sociedade Inglesa dos Restauradores e de sua congênere francesa. Também do IIC (Instituto Internacional de Conservação do Patrimônio Histórico e Artístico de Obras). É membro fundador da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro, assim como da Paulista. Alunos – Há três décadas ensina a jovens carentes a arte do restauro. Um contrato com o Senai dá aos alunos um diploma da entidade. A parceria está enfrentando problemas. O Senai tem um curso próprio, que Tércio acha extremamente insuficiente. Acredita que, nessa toada, o País ficará sem restauradores verdadeiramente qualificados. A aridez do assunto é quebrada com uma folha de papel exibida. Uma carta assinada por Osório Duque Estrada, autor da letra do Hino Nacional. O toque, na tinta encorpada das letras, indica tratar-se de tinta ferrogálica. Feita com gomaarábica e tanino, ácido usado para curtir couro, transformase em ácido sulfúrico. O ácido come o papel. Tércio traz outro documento, com um pedaço furado, pela ação da tinta. Eis sua indignação no episódio com o Senai. "Não permitem ao aluno mexer no documento. Se não mexer, como vai saber que tipo de tinta e papel é? Estamos falando de 49 tipos de papel e 17 de tintas existentes. Eu acho isso um absurdo." (V.S.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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13 É uma maneira maravilhosa de ajudar as pessoas e quebrar a dureza da rotina. Cydoka, artista e usuária do metrô
idades
Câncer: remédio aumenta expectativa de vida em 61%
P
acientes do Hospital Federal de Ipanema, no Rio, participarão da terceira fase de testes de um novo quimioterápico para tratamento do tipo mais letal de tumor maligno de cérebro, o glioblastoma multiforme (GBM). O medicamento, feito com álcool perílico – extraído de óleo essencial presente em plantas como hortelã, cereja e sálvia –-, aumenta em até 61% a sobrevida do paciente. A sobrevida média após o diagnóstico do GBM, que corresponde a 80% dos casos de tumores malignos cerebrais, é de 2,3 meses. Com o tratamento, esse tempo aumentou para 3,7 meses "Parece pouco, mas esse tempo se traduz em uma oportunidade ao paciente. A resposta terapêutica faz com que ele ganhe tempo para fazer radioterapia, uma quimioterapia mais específica ou passar por uma cirurgia, se for um tu-
mor superficial. Ele ganha poder de resistência para tratar a patologia grave", afirma o neurocirurgião Júlio César Thomé, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital de Ipanema. O quimioterápico testado é o monoterpenoalcool perílico. Começou a ser estudado em 1987 no Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), do qual Thomé é pesquisador associado. O álcool perílico é inalado, como em uma nebulização, quatro vezes ao dia. O medicamento é enviado para a casa do paciente, pelo correio. O tratamento não causa perda de cabelo, náuseas e vômitos, como outros quimioterápicos. A equipe, coordenada pela professora Thereza QuíricoSantos, testou a toxicidade e o efeito antitumoral, nas fases anteriores. Até o momento, 199 pessoas fazem parte da pesquisa. (AE) Cydoca, que já gravou até um CD, tocou e cantou músicas do tenor italiano Andrea Bocelli no piano instalado na estação Sé: quebrando a rotina
Paulo Liebert/AE-03/05/2005
Nos pianos do Metrô, Beatles, Tom e tango Usuários do metrô paulistano exibem seus dotes musicais em instrumentos instalados em quatro estações Fotos de Luiz Prado/Luz
Geriane Oliveira
D O padre José Comblin trabalhava na América Latina desde1958
Morre um dos mentores da Teologia da Libertação
O
padre belga José Comblin, um dos mais importantes teólogos da Teologia da Libertação, morreu na manhã de ontem, aos 88 anos. Ele faleceu no município de Simões Filho, no interior da Bahia, onde ministrava um curso para comunidades de base. Comblin é autor de vários livros, entre eles Teologia da Enxada, uma corrente teológica surgida em 1969 na Igreja Católica do Nordeste do Brasil e que tem como base a reflexão a partir da realidade dos agricultores e famílias
camponesas. O religioso trabalhava na América Latina desde 1958 e, devido às suas ideias, foi perseguido durante o governo militar brasileiro, chegando a exilar-se no Chile. Em 1972, voltou ao Brasil, onde foi preso e deportado para a Bélgica. Só em dezembro de 2010 o pedido de sua deportação foi oficialmente extinto pelo governo brasileiro. Atualmente, ele morava na cidade de Barra, no interior da Bahia. Comblin pediu para ser enterrado em Arara, próximo a João Pessoa, na Paraíba. (AE)
e Beatles a clássicos de época, de Tom Jobim ao gospel, uma gama de gêneros musicais está no ar nas estações Sé, Tamanduateí, Largo Treze e Santana do Metrô de São Paulo. Desde quinta-feira, um piano está instalado no mezanino de cada uma delas, atraindo de músicos anônimos a pessoas que apenas gostam de ouvir música. "A ideia do 'Piano no Metrô' é aproximar as pessoas à arte e ao lazer, contribuindo para um ambiente agradável para todos", disse o chefe do departamento de marketing do Metrô, Aluizio Gibson, de 55 anos. Segundo ele, a iniciativa foi concretizada com a doação dos instrumentos pela Cinemagia. São pianos do tipo vertical, recém-fabricados pela Fritz Dobbert. A proposta do programa é deixar os instrumentos à disposição dos usuários do metrô, numa ação semelhante à desenvolvida há dois anos em estações da CPTM. Na Sé, o piano será permanente. Os demais poderão ser remanejados para outras estações.
Um piano ficará permanentemente na estação Sé
O bancário Élcio Motta, que tocou músicas religiosas
Gosto popular – Os usuários do metrô têm arriscado notas de diversos gêneros musicais. "No primeiro dia, um rapaz tocou Beatles em Santana. Tivemos clássicos, Tom Jobim e até tango", disse Aluizio Gibson. Na manhã de sexta-feira, na Sé, a mulher
D
ois rapazes acusados de integrar quadrilha especializada em sequestros relâmpagos em shoppings e hipermercados de Sorocaba foram presos anteontem. Um terceiro integrante já foi identificado pela polícia. O grupo tem ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e pode ter praticado mais de 20 crimes desse tipo na cidade. Os bandidos escolhiam as vítimas no interior dos estabelecimentos e as rendiam no estacionamento, geralmente mulheres sozinhas ou casais sem filhos. Já no carro, obrigavam os reféns a entregar cartões com a senhas e as mantinham dominadas até que os comparsas fizessem saques em caixas eletrônicos.
A polícia chegou ao grupo após examinar as imagens feitas pelas câmeras de vigilância dos estabelecimentos. Os rapazes usavam boné ou blusa com capuz cobrindo a cabeça para não serem reconhecidos. Um deles, de 24 anos, se traiu ao cumprimentar uma faxineira de um shopping. A polícia o identificou e o prendeu. Em seguida foi preso seu parceiro, da mesma idade. O terceiro integrante, de 21 anos, está foragido. De acordo com a polícia, os acusados foram reconhecidos por pelo menos duas vítimas. Na casa de um deles foi encontrada a jaqueta com capuz usada em sequestros. Eles tiveram a prisão temporária decretada. Agora, a polícia investiga se há outras pessoas envolvidas com o bando. (AE)
que tocava e cantava sucessos do tenor italiano Andrea Bocelli recebia aplausos. "Graças a uma oportunidade como essa voltei a tocar. É uma maneira maravilhosa de ajudar as pessoas e quebrar um pouco a dureza da rotina", disse Cydoka, de 63 anos,
uma artista em situação de rua. Outro músico seduzido pelo piano foi o bancário Élcio Motta, de 27 anos. Em viagem da zona leste para o trabalho, ele tocou duas músicas evangélicas como faz em sua Igreja. "Essa ideia já pegou", ele disse.
Virada Cultural espera 3 milhões Q Evelson de Freitas/AE - 25/01/2004
Presa gangue do sequestro
A proposta do Metrô é aproximar mais as pessoas
uase mil atrações. Treze palcos espalhados pelo Centro, sete pistas de dança. Mil banheiros, 3,4 mil seguranças, 20 brigadas de incêndio, 57 ambulâncias. Três milhões de pessoas esperadas e R$ 8 milhões investidos. São esses os números da 7ª edição da Virada Cultural de São Paulo, anunciados pelo prefeito Gilberto Kassab, pelo Secretário Municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, e pelo diretor da Virada, José Mauro Gnaspini. O evento acontece nos dias 16 e 17 de abril (das 18h do sábado às 18h do domingo). Além de ocupar o Centro, a Virada vai abranger as unidades do Sesc e do Céu em toda a cidade. Os palcos principais (na praça da República, no largo do Arouche e na estação Júlio Prestes) vão abrigar apresentações de Rita Lee, Erasmo Carlos,
Ana Carolina Fernandes/Folhapress -11/09/2006
A roqueira e ex-Mutante Rita Lee
O sambista Paulinho da Viola
Marina Lima, Mart'nália, Paulinho da Viola e Orquestra de Cordas. A Júlio Prestes terá o show que marcará a volta da banda RPM, de Paulo Ricardo, na formação original. O p a l co d a ave n i d a S ã o João receberá as atrações internacionais, como o cantor
mexicano Armando Manzanero, os jamaicanos do Skatalites e os ingleses do Steel Pulse. No Pátio do Colégio, o maestro Abel Rocha regerá a Orquestra Sinfônica Municipal na ópera Pagliacci. Espetáculos de dança ficarão concentrados na Estação
da Luz, com o Balé da Cidade, do Balé Stagium e da São Paulo Companhia de Dança com Orquestra Sinfônica do Estado. Nesse mesmo espaço, a Orquestra Experimental de Repertório fará dueto com a banda de rock Sepultura. A programação de cinema incluirá uma mostra dedicada a Zé do Caixão e José Mojica Marins, criador do personagem, vai estar presente. Estreias – Pela primeira vez, a Virada Cultural terá um palco dedicado à comédia standup, com oito sessões diferentes, protagonizadas por atores como Marcelo Médici, Danilo Gentili e Rafinha Bastos, entre outros. Também foram inaugurados nesta edição um ringue de luta livre e um palco para artistas de forró. Nesse espaço serão comemorados os 70 anos do músico Dominguinhos. (Folhapress)
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sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
acsp
ROTA A rua Maria Cândida se tornou 'rota de fuga' da marginal Tietê.
distritais
QUEDA Comerciantes afirmam que tiveram queda de 30% nas vendas.
Maria Cândida: comerciantes pedem estacionamento livre GIr Restrição para estacionar nos horários de pico diminui o movimento no comércio numa das principais ruas da região da Vila Guilherme
Fotos: Marcos Mendes/Luz
Agendas da Associação e das distritais
Hoje I Jabaquara –Às 17h,
reunião do Comitê Técnico de Política Urbana; Avenida Santa Catarina, 641 I Tatuapé – Às 19h30, reunião do Núcleo Automotivo do Projeto Empreender, coordenada pela agente Izildinha Franco Farro. Praça Silvio Romero, 29.
Quarta I Penha – Às 14h, chá da
Suely Luz, dona de escola, reclama de multa para os pais que chegam para levar e buscar os filhos. A proibição é nos horários de entrada e saída dos alunos.
André Alves
A
proibição de estacionar em alguns horários na rua Maria Cândida, uma das principais vias da região da Vila Guilherme, na zona norte da cidade, virou motivo de discussão entre comerciantes e a subprefeitura local. A medida estaria trazendo prejuízos aos proprietários de pontos comerciais ao longo da via. O problema surgiu junto com as obras de ampliação da marginal Tietê, quando foi estabelecida a proibição de estacionar em um dos lados da rua, durante o dia. A medida foi tomada para facilitar o deslocamento na região, já que a rua se tornou uma espécie de "rota de fuga" da marginal, sempre congestionada. Segundo informações do superintendente da Distrital Vila Maria da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Daniel Gomes Aguilar, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), à época, prometeu que a proibição seria retirada assim que as obras fossem concluídas. "No entanto, a restrição ainda está em vigor em determinados horários, prejudicando alguns estabelecimentos", afirmou. Movimento – Por causa da permanência da proibição, a Distrital Vila Maria passou a receber reclamações de comerciantes insatisfeitos. "Decidimos então criar um movimento para tentar resolver esse im-
tarde e palestras A violência contra a mulher, com Marli Parada, e Terapia do Riso, com Ivone Engelmann. Realização Conselho da Mulher. Avenida Gabriela Mistral, 199. Informações: dpenha@acsp.com.br I Ipiranga – Às 19h30, 1ª reunião extraordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor da Gestão 2011/2013. Rua Benjamin Jafet, 95. I Lapa – Às 19h30, 1ª reunião extraordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor. Rua Pio XI , 418. I Mooca – Às 19h30, reunião ordinária com a palestra gratuita Imposto de Renda Pessoa Física 2011, com Elcio Pereira da Silva, diretor da Doccin Consultoria Integra de Negócios. Rua Madre de Deus, 222. I Vila Maria – Às 19h30 – Revolução na sua empresa. Conheça o Projeto Motivar, Inovar e Renovar, com Salviano de Campos, escritor e dramaturgo. Rua do Imperador, 1660 I Sudeste – Às 19h30, palestra Novo Impacto da Competitividade no Lucro, com Waldir Ciszevski. Confirmação: 5071-9920 ou no e-mail dsudeste@acsp.com.br. Rua Afonso Celso, 1659
Escolas e estabelecimentos de saúde não podem ser prejudicados. ANTÔNIO DE PÁDUA PEROSA, SUBPREFEITO DA VILA MARIA/VILA GUILHERME
passe junto ao poder público", explicou Daniel Aguilar. A primeira comerciante a procurar a distrital foi Marlene Barros, proprietária de uma rotisseria na rua Maria Cândida. Quando o estacionamento foi proibido durante o dia na calçada em frente ao seu estabelecimento, na época das obras na marginal, ela cons-
truiu três vagas para clientes. "Mesmo assim minhas vendas caíram cerca de 30%", disse. Há dez dias, a CET removeu as placas de proibição integral da via e colocou placas de proibição nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h. Por meio de nota, a CET afirmou que a medida "deverá atender aos interesses dos comerciantes e a fluidez do corredor". No mesmo comunicado, o órgão sugere o acompanhamento da nova configuração local "e na ocorrência futura de novos fatos que alterem a via ou circulação poderemos vir a reavaliar a sinalização". Prejuízos – Mesmo restringindo o estacionamento para dois períodos, os prejuízos continuam, é o que garantem alguns comerciantes. O horário de funcionamento da rotisseria de Marlene, por exemplo, é das 8h às 19h30. Dessa forma, das 8h às 9h e das 17h às 19h30, quando as poucas vagas do estabelecimento estão ocupadas, clientes deixam de comprar por não poderem estacionar. Além disso, os horários de restrição costumavam ser os mais movimentados. Situação ainda mais delicada vive Suely Luz, proprietária de um colégio na mesma rua. A empresária está sendo diretamente afetada, porque os horários das restrições de parada coincidem com a entrada e saída dos alunos. "Perdi muitas matrículas. Além disso, alguns fiscais da CET multam os veículos que estacionam para as crianças desembarcarem", disse. A empresária concorda que deve haver uma regulamentação quanto à questão de estacionamento nas vias públicas. No entanto, defende que casos especiais como o dela sejam melhor analisados. "Daremos
Decidimos criar um movimento para tentar resolver esse impasse junto ao poder público. DANIEL GOMES AGUILAR, SUPERINTENDENTE DA DISTRITAL VILA MARIA DA ACSP
Quinta I Centro – Às 19h30,
Marlene (esq.) foi a primeira comerciante a procurar a distrital. Enio, vicesuperintendente e comerciante, defende novas propostas.
maior atenção a esses casos particulares. Escolas e estabelecimentos de saúde não podem ser prejudicados", ressaltou o subprefeito da Vila Maria/Vila Guilherme, Antônio de Pádua Perosa.
Futuro – Segundo o 1º vicesuperintendente da Distrital Vila Maria, Enio Gomes, que também é comerciante na rua Maria Cândida, o objetivo do grupo agora é estudar e sugerir propostas de estacionamento na via de acordo com cada quarteirão, analisando todos os tipos de atividades comerciais. A distrital também continuará lutando para melhorar a sinalização nos pontos de ônibus, assim como para construir abrigos nos mesmos. “Faremos um novo ofício contendo essas solicitações”, disse Aguilar. Outra bandeira defendida pela entidade é a vinda do Metrô para a Vila Maria. A rua Maria Cândida (à esquerda) é uma das mais movimentadas da região norte. Ao lado, reunião com comerciantes e autoridades para discutir a questão da proibição do estacionamento na via.
entrega do troféu Marco da Paz aos vencedores do Concurso Natal Iluminado 2010. Confirmação: 32085753 ou no e-mail dcentro@acsp.com.br. Rua Boa Vista, 51 – 11º andar. I Conselho – O embaixador Jadiel Ferreira de Oliveira coordena a reunião-almoço do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio, com palestra do presidente da Abrazpe (Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação), Helson Braga. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º andar, Enre.
Sexta I Santo Amaro – Às 16h,
reunião do comitê Técnico de Política Urbana da distrital. Avenida Mário Lopes Leão, 406. I México – O diretor da ACSP, Gilberto Kfouri, recebe o Cônsul Geral do México em São Paulo, Gerardo Traslocheros, o diretor do ProMexico, Juan Manuel Pinto-Ribeiro e o diretor-geral da Indústria do Estado do México, Guillermo Sánchez. Às 9h, rua Boa Vista, nº 51/11º andar, salas Tadashi.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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facesp Taubaté: uma cidade e seus livros
15 TURISTAS Taubaté recebeu em torno de 180 mil turistas no ano passado.
regionais
SEMANA A 59ª edição da Semana Monteiro Lobato será de 12 a 18 de abril.
Divulgação
Terra natal do escritor Monteiro Lobato, o município do Vale do Paraíba recebeu oficialmente o título de Capital Nacional da Literatura Infantil. André Alves
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Na cidade aubaté, terra natal de Monteiro Lobato, um h á t a m b é m dos maiores roman- uma festa que cistas da história do h o m e n a g e i a País, criador do inesquecível anualmente o roSítio do Pica-Pau Amarelo, re- mancista. Trata-se cebeu oficialmente este mês o da Semana Monteiro título de Capital Nacional da Lobato, promovida pelo Literatura Infantil. Além de Museu Histórico, Folclórico e homenagear a trajetória do es- Pedagógico Monteiro Lobato. Este ano, entre os dias 12 e 18 critor e sua contribuição para a difusão do hábito da leitura de abril, o evento, em sua 59ª entre o público mirim, o título é edição, reunirá oficinas pedamais uma maneira de chamar a gógicas, narrativas de históatenção para a cidade paulista, rias, brincadeiras, espetáculos localizada a 130 quilômetros teatrais, apresentações de dança e shows de máda Capital, no Vale gica e música. Todo Paraíba. dos eventos são A intenção da gratuitos. A hoprefeitura local é menagem faz parutilizar o novo títe do calendário tulo não apenas oficial da cidade e para alavancar o da vida dos moraturismo cultural e dores de Taubaté. histórico, como Segundo a diretambém dobrar, tora do departaem pouco tempo, o mento de Cultura número de visitane Turismo de Tautes no município, baté, Lúcia Paiva, número que ficou atualmente tramiem torno de 180 O título foi ta em comissões mil em 2010. A admais do que da Câmara dos ministração munimerecido. Deputados um cipal já começou, É uma honra. projeto de lei relainclusive, a prepacionado ao escrirar material publiLÚCIA PAIVA, tor que prevê a incitário e placas de DIRETORA DO clusão da Semana sinalização de ruas DEPARTAMENTO DE Monteiro Lobato com a frase Capital CULTURA E TURISMO no calendário naNacional da LiteraDE TAUBATÉ cional. "O título tura Infantil. Outra proposta é criar a Feira Literária Infantil de Taubaté. O evento seria anual e teria apresentações teatrais e culturais e divulgação da literatura infantil, organizada nos mesmos moldes da Flip, que acontece em Parati. Identificação - Graças ao seu filho mais ilustre, Taubaté sempre cultivou uma forte relação com a literatura infantil. Na cidade, além do Parque Ecológico que leva o nome do escritor, há o Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato, conhecido como Museu do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o mais visitado do Interior do Estado e que completa três décadas de funcionamento este ano. Em 2010, passaram por lá mais de 100 mil turistas.
O Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico (acima) e o Parque Ecológico (abaixo) levam o nome de Monteiro Lobato. O escritor (à esquerda), pai de Emília e Narizinho, é ainda hoje o filho mais ilustre de Taubaté.
f o i mais do que merecido. É uma honra. A cidade, por sua vez, ficará mais conhecida e valorizada", afirmou Lúcia. Divulgação - A prefeitura de Taubaté pretende divulgar as potencialidades culturais e literárias da cidade para os turistas de negócios e executivos de outros municípios que permanecem em Taubaté principalmente de segunda a sextafeira, além de incentivá-los a prolongarem suas estadias para os finais de semana. A cidade, por sinal, é o segundo maior polo industrial da região do Vale do Paraíba. Lá estão instaladas empresas c o m o Vo l k s w a g e n , F o rd , LG, Alstom, Usiminas, Embraer (Centro de Distribuição), entre outras. No setor comercial, Taubaté, com quase 280 mil habitantes, também é o segundo maior polo da região, ficando atrás somente de São José dos Campos. Conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o município é o 21º das 645 cidades do Estado em qualidade de vida.
Comércio - À medida que a prefeitura de Taubaté aposta em um grande aumento no número de visitantes decorrentes da maior exposição da cidade com o título conquistado, o comércio local terá uma oportunidade única de se desenvolver e se expandir. Essa é a opinião da presidente da Associação Comercial e Industrial de Taubaté (Acit), Sandra Morales.
Segundo ela, os comerciantes terão que se adaptar ao aumento da demanda. "Muitas lojas terão de funcionar aos finais de semana. Além disso, os empresários terão que aperfeiçoar os layouts de seus estabelecimentos e diversificar a variedade de produtos", disse. A dirigente disse que a Acit está informando aos associados sobre as consequências positi-
vas que o título poderá trazer para a cidade, com reflexos no comércio. Por meio de material impresso, a entidade lançou a pergunta: Você sabia que Taubaté agora é a Capital Nacional da Literatura Infantil? Outra iniciativa em estudo pela Acit é a expansão dos cursos de capacitação oferecidos em parceria com o Sebrae para empresários e funcionários do comércio.
À esquerda, vista da cidade de quase 280 mil habitantes, localizada no Vale do Paraíba e a Igreja Matriz de São Francisco das Chagas. Taubaté está localizada a 130 quilômetros da Capital.
José Guilherme Ferreira/DC
Espaço para o cinema caipira
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lém de Monteiro Lobato, os moradores de Taubaté também se orgulham de outro personagem de nossa história: Amácio Mazzaropi, um dos maiores nomes do cinema, do teatro e da televisão brasileiros. Embora tenha nascido em São Paulo, Mazzaropi se mudou com a família para Taubaté quando tinha dois anos e lá criou profundos laços afetivos e profissionais. Um dos seus filmes mais famosos foi Jeca Tatu, de 1959, quando criou o personagem caipira que o caracterizaria para sempre. Em Taubaté, da mesma maneira como acontece com Monteiro Lobato, existe o
O Hotel Fazenda Mazzaropi (à esquerda) é classificado como um dos melhores do Brasil. Ao lado, Amácio Mazzaropi, o Jeca Tatu.
Museu Mazzaropi, inaugurado em 1994. No local, um acervo de seis mil peças, entre fotos, filmes, documentos, objetos cênicos, móveis e outros itens que contam boa parte da carreira do artista. Outro destaque da cidade
é o Hotel Fazenda Mazzaropi, classificado como um dos melhores do Brasil. São 150 mil metros quadrados de áreas verdes e um centro de convenções onde funcionavam os estúdios de cinema de Mazzaropi. (AA)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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MUNDO NUCLEAR Declan Butler, da revista Nature, organizou um mapa no Google Earth com todas as usinas nucleares do mundo. Baseado em dados da Agência internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), o mapa traz também as informações sobre a quantidade de energia produzida, tempo e condições de operação, além de outros dados qualitativos sobre as usinas. O mapa pode ser baixado no blog de Butler no site da revista.
LEVA DE VOLTA Receber um presente ruim é uma daquelas situações que merecem ser tratadas com bom humor. Pensando nisso, o site Enjoy this Beautiful Day criou o formulário acima, para a devolução do produto. www.enjoythisbeautifulday.com/2010/gift-complaint-form/
http://blogs.nature.com/news/
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thegreatbeyond/2011/03/
www.dcomercio.com.br
the_worlds_nuclear_reactors_as.html
A TENTADOS D ESIGN
Argentina e Israel em crise. Causa: Irã.
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Ministério das Relações Exteriores de Israel está avaliando cancelar a visita do ministro das Relações Exteriores da Argentina Hector Timerman a Israel, planejada para a próxima semana, por causa da informação de que a Argentina teria proposto ao Irã acordos comerciais em troca do fim das investigações sobre os bombardeios em Buenos Aires em 1992 e 1994 dos quais o país do
Oriente Médio é acusado. Segundo a publicação argentina semanal Perfil, que divulgou a notícia neste fim de semana, o ministro Timerman estaria envolvido nas negociações. O ministério de Relações Exteriores da Argentina negou-se a comentar o assunto. O ministério de Israel informou que há uma possibilidade de adiar a visita de Timerman, se for comprovada a veracidade da reportagem sobre a ofer-
ta para o Irã. "Se a reportagem provar-se verdadeira, poderá ser considerada um movimento importante pela administração argentina, para a qual devemos responder apropriadamente", declarou o ministério. Para elaborar essa reportagem, o repórter-investigativo Pepe Eliaschev baseou-se em um documento que indica que o governo argentino "poderia parar as investigações de bombardeio terrorista atribuídos
ao Irã em 1992 e 1994 em troca de renovação e melhoria das relações comerciais entre os dois países, que alcançariam US$ 1,2 bilhão por ano." Pelo artigo, Timerman fez a oferta por meio do presidente sírio Bashar Asad e o chanceler Walid Moallem. Os três teriam se reunido em janeiro e os detalhes da conversa teria sido conduzidos pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. www.haaretz.com
Alberto Pizzoli/AFP Photo
MODA TECLADO Já que reciclagem e customização são tendências, por que não juntar as duas ideias para criar um guardaroupa diferente? O estilista Julien David pensou nisso e aproveitou 900 teclas de velhos acessórios de computadores para fazer esse casaco. www.juliendavid.com
A RQUITETURA
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Descanso em dois andares Esta casa, criada pelo português Manuel Aires Mateus tem dois andares dedicados apenas ao descanso. No subsolo - livre de barulho - fica o quarto, exclusivo para as sonecas. No térreo, atividades de lazer e relaxamento.
NAVIO IMIGRANTE - Carregado de fugitivos da Revolução do Jasmim, na Tunísia, mais um navio singra rumo ao porto de Lampedusa, na Itália. O ministro do Interior italiano, Roberto Maron, conta mais de 15 mil estrangeiros numa cidade em que a população local é de cerca de 5 mil habitantes. Em Lampedusa, no ano passado, só aportaram 25 tunisianos.
C OPA 2022
www.homedit.com/minimalist-house-in-por tugal-by-manuel-aires-mateus/
A SIÁTICAS
Duas mil peças para o Masp O Museu de Arte de São Paulo vai ganhar a mais valiosa coleção asiática do Brasil. Na quinta-feira, o diplomata Fausto Godoy assina com a direção do museu contrato para a cessão de sua coleção, iniciada um ano após ser convidado a assumir um posto na E M
C A R T A Z
FLORES 'Realismo Floral' exibe telas do pintor Rafael Murió. Espaço Cultural do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Rua Rosa e Silva, 60, Higienópolis. Grátis.
embaixada em Nova Delhi, em 1983. De lá para cá, Godoy também ocupou cargos em Pequim, Tóquio e Islamabad e cumpriu missões no Vietnã e Taiwan. O acervo de duas mil peças deverá ser instalado, em 2012, no espaço ocupado pelo restaurante Degas, no subsolo.
Contra o calor, nuvens artificiais Uma das preocupações da Fifa para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, é o calor. No verão, as temperaturas no país chegam a 50° C. Mas cientistas da Universidade do Catar criaram uma forma de amenizar o problema: nuvens sintéticas para criar sombras sobre estádios e centros de treinamento. Cada uma custa cerca de U$ 500 mil. As nuvens artificiais são movidas por controle remoto e usam energia captada por painéis solares. No site da BBC você vê um vídeo que mostra como funciona essa tecnologia. http://news.bbc.co.uk/spor t2/ hi/football/9435035.stm
C ASAMENTO
Dois bolos para William A festa de casamento do príncipe Willian com Kate Middleton, em 29 de abril, terá dois bolos. Um será de frutas, a pedido da noiva. O herdeiro da família real inglesa também terá seu bolo favorito desde criança: biscoito de chocolate.
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AGENDA
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O seu consultor financeiro
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Quarta-feira
Sexta-feira
Sexta-feira
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) publica o IGP-M referente ao mês de março
A ACSP apresenta o balanço das vendas do comércio em março
O IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal: produção física no Brasil.
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NEIDE MARTINGO
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os poucos, a consciência do planejamento financeiro pessoal ganha importância na vida das pessoas. Parece fácil, mas muita gente se enrola nos números e não consegue sair do vermelho. Para dar um impulso em suas finanças, o Diário do Comércio preparou um conjunto de dicas para que o leitor compreenda o funcionamento de taxa de juros, cartão de crédito, empréstimo e outros. Depois de acertar a vida financeira, é hora de descobrir qual o melhor investimento a fazer para garantir tranquilidade futura. Para começar, as dívidas têm que ser evitadas. "Em razão dos altos juros, é nocivo ficar devendo. As taxas trabalham contra a pessoa. Os endividados existem no mundo inteiro. Mas o remédio para o problema, no Brasil, tem um valor bem mais elevado. Primeiro, deve-se colocar as finanças em dia. O segundo passo é equalizar as contas, deixar no zero a zero – as dívidas de acordo com as receitas. Depois, a preocupação é poupar", afirma o especialista em educação financeira da MoneyFit, Antonio de Julio. "Elaborar uma planilha ajudará a saber para onde o dinheiro está indo. Além disso, o futuro poupador vai se conhecer financeiramente e cortar despesas". Julio sugere: para gastar menos, puxe o freio de mão e aperte o cinto. "O melhor é não tirar o extrato mensal, e sim, verificar a cada semana o quanto está sendo gasto. Dessa forma é possível modificar hábitos antes que o dinheiro acabe", observa o especialista. Quando a pessoa chegar no zero a zero: os gastos cabem no orçamento – ainda não é hora de investir por conta dos imprevistos. Se algo inesperado acontecer, como uma despesa médica, volta-se para o primeiro estágio. Só quando a folga financeira for alcançada, será hora de guardar. "Nesse caso, a poupança é a mais indicada. É fácil de depositar ou retirar recursos, em uma urgência." Para voos mais altos, diz Julio, o primeiro investimento é no conhecimento. "É preciso conversar com o gerente do banco, ler bastante, se atualizar constantemente. Quem decide o destino do dinheiro é o dono dele. Não deixe que ninguém decida por você. A terceirização não cabe neste assunto." Ele explica que escolher um investimento é como olhar o menu de um restaurante. O investidor vai se descobrir ousado ou conservador, e saberá o momento certo de arriscar.
S ERVIÇO Fontes: Cartilha Orçamento Doméstico - Associação Comercial de São Paulo www.apoioaoconsumidor.com.br Guia Finanças Práticas - VISA www.financaspraticas.com.br cartilha Casas Bahia www.casasbahia.com.br
Domine suas finanças pessoais
Controlar renda e gastos é muito difícil, porém o próprio leitor pode tornar-se um especialista no assunto.
1. Orçamento Também para a saúde financeira, o melhor remédio é a prevenção. Colocando os números no papel (ou no computador), será possível conhecer a realidade do seu bolso. Montar uma planilha é o primeiro passo para deixar ou manter as contas em ordem. Comece pelas receitas: de trabalho, como salários, décimo terceiro, horas-extras, comissões, férias e bonificações. Não esqueça as receitas vindas dos investimentos: juros recebidos, ganhos de capital e dividendos. Elencar as despesas é tarefa que exige um pouco mais de detalhes. Para facilitar o entendimento, coloque as categorias em ordem alfabética. As primeiras são aluguel, alimentação, automóvel (combustível, manutenção, equipamentos, seguros), ração, e contas a pagar, como água, condomínio, eletricidade, gás, internet, lixo, telefone fixo, telefone celular, TV a cabo. Para facilitar o cálculo, reúna os comprovantes de pagamento dos últimos meses.
5 . Crédito consciente Usar o crédito de forma consciente é planejar a utilização do dinheiro, avaliando a real necessidade de consumo e as condições de contratação do crédito. Um dos erros mais comuns das pessoas, na hora de administrar as finanças, é incluir o limite do cartão de crédito ou de cheque especial como maneira de equilibrar o orçamento. Crédito não é renda. Em certo momento, a dívida terá que ser paga, com juros altos. Detalhe: as compras parceladas ajudam a não impactar as contas, mas é preciso manter atenção, para não enfrentar dificuldades futuras.
6. Cartão de crédito Se o cartão for bem utilizado, oferece várias vantagens, como segurança e comodidade, pois a pessoa não precisa andar com dinheiro para pagar pelas compras e serviços. Mas o plástico também pode ser um instrumento importante na gestão de finanças pessoais. É que toda a movimentação estará listada na fatura, o que facilita tomar ciência sobre onde foi o dinheiro e como ele vem sendo usado. Porém, como todo meio de pagamento, a utilização deve ser feita com critério. É preciso pagar sempre o valor total da fatura na data do vencimento. O plástico pode também ajudar no gerenciamento do caixa do consumidor: a pessoa compra hoje, e só paga no dia da fatura. Dessa forma, é possível administrar melhor as contas, conciliando a data de pagamento do salário ou com o recebimento de outros rendimentos.
ina 4. Fax ntária e into, Orçam de apertar o c dó: a Na hor a dúvida, nem as n h não ten anto as peque sas. t e p e ataqu grandes des e s d como a básicas são s dá a Algum ução, porém as d e tr difícil r r algo em ou tudo e z u para fa e você corto to a S . n s e e t t a e fren ia, fiqu e renda, d o p e o qu ais d o adicion fontes écimo terceir rar d o m o c p como vez de dê m E . o i atal, salár tes de N para quem é n e s e r p s ncinha o lembra ortante. Use seu p r a mais im para melhor e restant to. n orçame
2. Gastos extras Esquecer de incluir as despesas extraordinárias do orçamento é um erro comum, mas perigoso. Como não são previsíveis, é complicado traçar uma perspectiva de quanto será gasto no futuro. Os extras podem ser um tratamento dentário ou com a oficina mecânica. Importante: olhando a planilha com atenção, você vai descobrir os supérfluos – que podem ser cortados facilmente. Comece a economia por eles, e o resultado virá rápido. E não esqueça: acompanhe os gastos religiosamente.
eira financ mparam o pla a t e i o e c i 3. D s a uma d pessoa Muitas to financeiro as as sib n nejame orque em am izar o orp n a o os ta. Iss é preciso org e hábit s s e o t õ s ç a a r g tu , rever em esfo e o g t i n x e e m e d ça qu udança sumo – de con verdadeira m o g ra m ar a ço. Um t a m e n t o. A p as definir co m p o ser gradual, m como as e rá v e d ário, se ecer dez ção r t n o c so gr tiva. Ca e fazem ema recupequ , para dietas róxim mês u m e s o – no p perr b o d quilo ce i ra o – ou o rar tud ucação finan de de vida ed mo. A horar a quali elhor os l m e r im mite m r como trata , mas s e da: sab não é um fim s e u s s os ir recurso p a r a a t i n g r a n t e a o a i u m m e l é m d i s s o , g renda de a A n h o s . idade de usar n u t r . opo ficiente forma e
18 -.ECONOMIA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
COMÉRCIO
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CAIXA 1 O seu consultor financeiro
9. Renegociação Entre em contato com a instituição financeira e informe seu problema: tente evitar que a dívida continue aumentando. Feito isso, peça um extrato detalhando exatamente qual é o saldo devedor, juros e multa por atraso. Defina uma quantia mensal da qual pode dispor e procure negociar uma forma de alongar o prazo da dívida ou reduzir os juros cobrados.
o tim er a um s é r rr mp reco al rio, 7. E recisar bancá a mens a l Se p réstimo a parce da rend emp ique se sa 25% ém, o r s f veri ultrapa ília. Po analise , não a da fam e caso s brut mo nes está s me r que já ido do valo promet se há sorver o e com mento e de ab e opte r a orç ibilidad E semp nor de s . e s a po o extr ero m custo gast m núm ra que o u por elas, pa ixo. r pa c mais ba seja
11. Futuro Para que os sonhos se tornem realidade, é preciso planejar, definindo prioridades e verificando meios para realizá-los. Para se decidir por um investimento, leve em conta os riscos envolvidos, a rentabilidade, o tempo para resgatar, os impostos e taxas. É preciso cuidado com as promessas de ganho fácil. Primeiro entenda o conceito de risco e retorno, que andam de mãos dadas. Enquanto a poupança e os fundos DI mostram maior segurança, investimentos em ativos mais arriscados, como ações, acabam mostrando retornos de longo prazo mais elevados.
oas, ria as pess o m d u a lg t a osen r, , para 12. Ap futuro agora ão de planeja il o is íc n c Pensar ortante. A de da: se está dif p ia d a im a n é r e gin não de se oje, ima não po que é porém, as despesas h ialistas dizem c m . É por arcar co doria? Os espe de patrimônio e o ta aposen elar pela gestã da aplicação d mão u z r o b o a ir o precis stiment e o esforço de ade de e v in o meio d poupados qu or da capacid . Se as v o s recurso mo hoje, em fa recompensad u é se s , do con star no futuro ade, também as a id M poder g udam com a s financeiras. icam e m if d s pessoa uas necessida spesas se mod s e alteram receitas e as d cessidade de s e a n ó A s . o, o não o temp vai se alterand vida d o g n ém ao lo s da a ça tamb período poupan o que alguns acúmulo de um o d ã o s in , a it z r is pa perm ua ve ser idea . Outros, por s ursos m a s s o a p ir rec finance cisamos usar anter o a v r e s e r re m onde p ter te para aqueles s anteriormen aminhos para ada. c o riv s d poupa e vida. Um do previdência p a d padrão ice tranquila é lh uma ve
8. Dív i Admit das ir o pro blema eles e b é u gastos sque soluçã o primeiro p asso. Id o. A fam . Se tod en grande os íl diferen abrirem mã ia precisa se tifique quai renda; s são o de pe envolv ça no f p e i chefe. rocure um tr nal do mês. É quenas desp r no corte de O e a dívida dinheiro exc balho extra o indicado tam sas, haverá s: resti e b u tuição dente tem q peça aume ém elevar a décimo do imp nto pa ue ir p t e r c e ra ar os ir dinhei ro apli o salário, bôn to de renda, a o pagamen o cado o a to das se as c u b s o da em no d uu on juros c tas não estã tilizá-lo para presa. Não e férias, ad o o Se pre brados em u em dia. Não fazer a viage ianta ter cisar u m parc m dos há apli sa so el c dívida rapida r o limite do amento ou a ação que pa nhos, g mente chequ t ue os r aso de e , antes de ent especial, ten pagamento rar em t novos e liquidar a . financ iamen tos.
10. Poupar Guardar dinheiro é um hábito. Os efeitos começam a aparecer no bolso. Quanto antes começar, melhor. O princípio de guardar os recursos é o mesmo do que o utilizado nas dietas alimentares: não há milagre, nem se pode usar medidas radicais. Guarde um pouco de cada vez, sem grandes sacrifícios que o façam desistir logo no primeiro mês. Crie uma reserva de emergência, para não cair no desespero – nem em novas dívidas – caso perca o emprego ou necessite de um tratamento médico. Uma dica: procure reservar 5% da renda familiar para os imprevistos, e não terá que recorrer a empréstimos.
14. Limpar o nome Se o seu nome está na lista do SCPC, você terá dificuldades para comprar a prazo, pagar com cheque, alugar ou financiar compras em geral. Para regularizar a situação – se você tiver dúvidas sobre quem são os credores –, procure o SCPC, com RG ou carteira de motorista e CPF originais. Vá ao setor de atendimento ao público e consulte as pendências. O serviço é gratuito. Se você souber qual é o credor, procure por ele e proponha a renegociação da dívida. Nenhuma empresa é obrigada a fazer isso, mas, na prática, todas estão abertas a negociar. Quando concluir o processo, formalize por escrito.
tal men assim a d ó un s é f ento. S aonde s e a d t a jam rid Ser Me nte 13. nir prio plane atame atégia. s m o x i Def um bo aliar e ir a estr objetiv v a n r a r i r l e f a t a e e p ta ssív tom va e red é po chega asserti dam a sua me as, r u r que pessoa que aj ara que tas out s uma titude cisão. P io a tan nto: a s. o são quer de em me to ao p ecífico l a p qua se perc e ir dire tros es seja e t não portan parâme a meta valor d É . u é im tifique r que s ria, no a meta erá s p o n ide os sup sa pró á existe ço que a r j . c Vam prar a ora, r o esfo bjetivo s g A . com 00 mil ntifica gir o o lanilha os a n p R$ 3 ível qu ara ati o, faça e com m s p z pos ssário m pra desani dades u l e o nec beleça ias, nã dificu s eu r a a Est mentá como tâneas. pria, s e ó , a r n s ad orç áculo ome a casa p faculd r m t s s d r a mpra aça ob ceira pra aga n F fina da com e ser p gens, co lasma. d o m p a t o i Alé tivo p zer v TV de omen a , e f r j m , ob ilhos utado e, no f dos , comp anceira nho. o r r ca erva fin e seu so s e a r , realiz o r ce t
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15. Cheques Se o cheque for devolvido duas vezes, recupere o documento com o credor e vá até a agência bancária onde tem conta-corrente para regularizar a situação. Basta apresentar o pagamento do cheque que originou a ocorrência. Se você não souber para quem emitiu o cheque, solicite à agência na qual possui conta a microfilmagem do documento. Depois, é só pedir ao gerente que retire o nome do cadastro. Ao pedir a exclusão, lembre-se de solicitar ao banco que forneça o recibo da carta de solicitação, o que comprova que o cheque foi liquidado. Caso você não consiga resgatar o cheque, leve na agência bancária uma carta do credor com firma reconhecida e a certidão dos dez cartórios de protestos.
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Empresas de olho na conscientização
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s bancos e empresas passaram também a se preocupar com as finanças pessoais dos consumidores, e muitas elaboraram cartilhas com dicas. A Visa do Brasil, por exemplo, começou a fazer as orientações em 2005. No início deste ano, elaborou um guia com 50 dicas, e colocou o site à disposição para tirar dúvidas (www.financaspraticas.com.br). "Muita gente tem vergonha de perguntar sobre como renegociar uma dívida ou como conseguir empréstimo. Depois de solucionados os problem a s, s ã o re g i s t ra d a s mensagens positivas dessas pessoas", afirma a gerente de relações corporativas da Visa do Brasil, Sabrina Sciama. A meta da empresa é levar as informações sobre educação financeira a 20 milhões de pessoas até 2013. Até agora, foram 10 milhões. "As crianças também são orientadas, por intermédio de um teatro itinerante", acrescentou a
executiva. Outra companhia que prestou atenção no assunto foi a Casas Bahia, e lançou uma cartilha para que os consumidores não se percam em meio a tantas ofertas. Uma das recomendações é para aqueles que tenham, por quaisquer motivos, dificuldades para pagar a prestação no dia do vencimento. A cartilha sugere "manter a calma e procurar o crediário da loja mais próxima para acertar uma nova data." Já a Cartilha do Orçamento Doméstico, produzida e distribuída pela Associação Comercial d e S ã o Pa u l o ( AC S P ) , tem na capa a frase Comprar Bem para Comprar Sempre. Entre as sugestões está a que chama a atenção para a fatura do cartão de crédito: devese checar o valor do pagamento anterior, assim como as taxas e encargos do cartão, os juros e valores cobrados referentes ao financiamento do mês, e se o total a pagar da fatura está correto. (MN)
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e Modismo requer boa gestão do varejo
É preciso fazer um gerenciamento de produtos por categorias. É um trabalho detalhado, demorado, mas acessível. Daniel Ouakil, fundador da loja Katmandu
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Porque do mesmo jeito que vem e proporciona receitas imediatas, como uma onda ele vai embora e pode causar problemas. Marcos Mendes/LUZ
Fátima Lourenço
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Daniel Ouakil, fundador da loja Katmandu, especializada em artigos asiáticos, viveu essa experiência durante a apresentação da novela Caminho das Índias, na Rede Globo.
de 5 mil lojistas) de todo o País. A expectativa, "nessa fase de mudança de mix" é fechar 2011 com faturamento de 5% a 10% maior que o do ano passado. Gerenciamento – É preciso ser cuidadoso com os modismos, especialmente quando se atua em um comércio muito especializado, "para não ficar sem mercado de uma hora para outra", comenta o coordenador do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM), Ricardo Pastore. A tendência, depois uma fase de consumo intenso motivado por moda, é de estagnação das vendas dos produtos da ocasião. Para minimizar os impactos dessas ondas passageiras, Pastore recomenda a implementação de um mix equilibrado dos artigos comercializados. "É preciso fazer um gerenciamento de produtos por categorias. É um trabalho detalhado,
demorado, mas acessível", pondera, lembrando haver farta literatura a respeito. É difícil para o lojista, acrescenta, emendar um sucesso no outro. Além disso, o varejo não lança moda, ela é uma coisa espontânea, que acontece na sociedade, argumenta. E ainda que o "tino comercial", o lado mais intuitivo do comerciante, o ajude a tirar proveito – e a se sair bem – dessas ondas passageiras, é necessário, segundo o con-
sultor da ESPM, ter uma "cesta de produtos" que contemple pelo menos quatro papéis. "É preciso ter os produtos de destino (que levam o consumidor à sua loja); os de rotina (repostos constantemente pela clientela porque são consumidos rapidamente); os sazonais (para aproveitar as oportunidades ao longo de todo o ano); e os artigos de conveniência (as pessoas aproveitam que estão na loja para comprá-los)",
relaciona Pastore. Ele acrescenta que o lojista definirá os produtos com as características acima e determinará qual o investimento a ser feito para cada uma das linhas. "É preciso disciplina e conhecer, cada vez mais, a matéria. E depois, aplicar no negócio, passar para a equipe e ter ferramentas para isso, como os recursos de informática, para fazer a gestão do negócio", finaliza.
Comus: operação sincronizada. Fotos: Luiz Prado/LUZ
O
gerente de logística da CP Kelco, Carlos Contiero, passou em sua palestra a visão do exportador a respeito do projeto Porto 24 Horas. Durante apresentação, realizada na última quinta-feira durante reunião na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ele ratificou problemas e propostas discutidos ao longo dos últimos anos no âmbito do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus). O debate deixou, no entanto, um tom otimista. "Todos sabemos o que tem que ser feito. Há questões históricas, econômicas. Temos que arregaçar as mangas. Todos querem trabalhar", comentou o palestrante, se referindo aos muitos elos da cadeia envolvida nas operações do Porto de Santos. Exemplo – Para o coordenador do Comus, José Cândido Senna, a operação "articulada e sincronizada" da CP Kelco para viabilizar exportações a 45 mercados diferentes é um benchmarking para
CP Kelco é benchmarking, afirma Senna.
empresários de todo o estado. A empresa, com fábrica em Limeira, no interior de São Paulo, exporta 80% da pectina – insumo para indústrias alimentícia e farmacêutica – que lá produz e para isso se utiliza, em 75,4% dos casos, de modal marítimo por meio do Porto de Santos. Contiero afirmou que a empresa consegue, em dois dias, sair do interior e embarcar sua enco-
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ão é raro o comércio se deparar com demandas motivadas por modismos. Elas proporcionam receitas imediatas, mas, como uma onda, do mesmo jeito que vêm, voltam repentinamente. A experiência do fundador da loja Katmandu, Daniel Ouakil, com a novela Caminho das Índias é um bom exemplo do fenômeno. A produção teve o mérito, em 2009, de apresentar um pouco da cultura daquele país asiático aos brasileiros. Ao longo da sua exibição, o comércio local faturou com a venda de roupas e acessórios de inspiração indiana. O dono da Katmandu se beneficiou do modismo, mas, sabendo que a onda passaria, começou a se preparar para a esperada fase de baixa procura dos artigos associados a ela. "No início da novela, eu já comecei a viajar para a África e buscar outras linhas de produtos", conta Ouakil, especializado no comércio de artigos étnicos de decoração do sudeste asiático e África. Ele lembra que nos primeiros três meses de exibição da novela, os artigos indianos chegaram a representar 50% do faturamento da loja. A partir do quarto mês, no entanto, muita gente começou a trazer coisas da Índia para vender no Brasil. "O mercado ficou estagnado". Terminada a trama, a demanda pelos produtos refluiu. "Essa moda é cíclica. Acredito que levará de dois a três anos para voltar", analisa. O empresário acredita que, neste ano, colherá os frutos dos esforços para superar o modismo da Índia. Além das pesquisas para a reestruturação do mix de produtos da loja, desde o ano passado ele participa da Gift Fair, para mostrar as novidades à clientela do atacado (arquitetos e decoradores) e às revendas (cadastro com cerca
Temos que arregaçar as mangas, diz Contiero.
menda – comercializada sob muitas exigências de prazo e procedimentos. Contiero ressalvou, no entanto, que se toda a engrenagem envolvida na logística portuária interagisse a contento, a CP Kelco economizaria 20% nos custos dessas operações. Entre os problemas, mencionou, estão questões como as dificuldades para a retirada de contêineres vazios e
para o acesso ao terminais; além das burocracias de liberação, no Brasil e no exterior. A retirada imediata dos contêineres de importação dos terminais "molhados" para liberação alfandegária em terminais "secos" foi uma das propostas de Contiero aos debates do Porto 24 Horas. O Comus elabora cronograma para discutir a questão no interior ainda neste semestre.
DIà RIO DO COMÉRCIO
såbado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 21
'85$)/25$ 6 $ &13- Qž
RELATĂ“RIO DA ADMINISTRAĂ‡ĂƒO CENĂ RIO E MERCADO A expectativa de crescimento econĂ´mico significativo para 2010 vai sendo confirmada. O relatĂłrio Focus de 31.12.2010, elaborado pelo Banco Central, indica uma expansĂŁo do PIB equivalente a 7,6% sobre 2009, compensando o fraco desempenho da economia naquele ano.
Esta situação motivou o Banco Central a utilizar medidas de contenção o Real valorizado em relação ao DĂłlar, cuja cotação finalizou o ano forma, a ĂĄrea total de terras chega a 224 mil hectares, dos quais 52% em R$ 1,6662 por DĂłlar, ante R$ 1,7412 no fechamento de 2009. do nĂvel de atividade e, desta forma, reduzir tais pressĂľes. prĂłprios e 48% arrendados.
No front externo, verifica-se ainda forte desconforto com a situação GESTĂƒO ESTRATÉGICA E DESEMPENHO fiscal de alguns paĂses do bloco europeu, principalmente apĂłs GrĂŠcia De forma a garantir a sustentabilidade das operaçþes de sua e Irlanda buscarem apoio junto ao FMI e Banco Central Europeu. controladora Duratex S.A., a Duraflora S.A. ampliou ao longo de Como resultado do ritmo de expansĂŁo econĂ´mica, houve pressĂŁo Neste cenĂĄrio, o Brasil se destaca das economias dos blocos 2010 o plantio e manutenção de florestas e adquiriu em 15 de julho inflacionĂĄria advinda, principalmente, de gĂŞneros alimentĂcios, serviços desenvolvidos o que continua contribuindo para a atração de capital de 2010, por meio de leilĂŁo, sete fazendas, com ĂĄrea total de 8.671 e commodities, a partir da segunda metade do ano, principalmente. estrangeiro. A atração de capitais provoca pressĂŁo no câmbio mantendo hectares com florestas formadas, pelo valor de R$ 148 milhĂľes. Desta
A receita lĂquida de vendas apresentou um crescimento de 68,9% em relação ao igual perĂodo do ano anterior atingindo R$ 232,9 milhĂľes. Com a adoção dos novos CPC’s, o resultado do exercĂcio totalizou R$ 121,7 milhĂľes representando uma evolução de 105,4% superior ao apresentado em 2009. Administração
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Valores Expressos em Milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO
DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DO RESULTADO
PASSIVO E PATRIMÔNIO L�QUIDO
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 CIRCULANTE nota 312.161 40.313 69.498 Caixa e equivalentes de caixa 5 257.342 8.379 29.681 Contas a receber de clientes 6 31.453 22.845 30.825 Estoques 7 12.679 6.358 6.780 Valores a receber 8 5.389 882 817 Impostos e contribuiçþes a recuperar 9 3.757 1.821 1.336 Demais crĂŠditos 1.541 28 59 NĂƒO CIRCULANTE
1.616.465 1.336.880
DepĂłsitos vinculados 1.557 Valores a receber 11.582 CrĂŠditos com plano de previdĂŞncia 4.225 Impostos e contribuiçþes a recuperar 9 2.912 I. renda e contribuição social diferidos 10 3.763 Investimento em controlada 12 90.229 Outros investimentos 474 Imobilizado 13 470.936 Ativos biolĂłgicos 14 1.030.717 IntangĂvel 15 70 TOTAL DO ATIVO
855.593
834 14.610 3.526
802 2.306 3.372
1.238
1.736
2.826 84.840 473 358.013 870.446 74
4.170 45.049 473 331.145 466.526 14
1.928.626 1.377.193
925.091
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 201.838 39.635 154.028 123.805 1.964 101.006 9.079 7.081 5.076 4.001 4.133 2.983 9.447 6.884 21.334 17.309 5.184 3.534 38.197 14.389 20.095 495.627 356.505 159.943 139.458 97.314 66 11.990 11.035 11.220
CIRCULANTE nota EmprĂŠstimos e financiamentos 16 Fornecedores Obrigaçþes com pessoal Contas a pagar 17 Impostos e contribuiçþes Dividendos NĂƒO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos 16 ProvisĂŁo para contingĂŞncias 18 I. renda e contribuição social diferidos 10 232.832 212.927 Partes relacionadas 11 261 21.504 Outras contas a pagar 17 111.086 13.725 PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO 20 1.231.161 981.053 Capital social 318.218 280.650 Reservas de capital 3.202 3.202 Reservas de reavaliação 57.649 62.497 Reservas de lucros 693.592 597.136 Adiantamento para futuro aumento de capital 158.500 37.568 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO 1.928.626 1.377.193
125.045 23.612 611.120 192.452 3.202 44.027 362.819 8.620 925.091
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO L�QUIDO
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 Ajustes nos ativos biolĂłgicos Ajuste do plano de previdĂŞncia complementar TransferĂŞncia entre reservas Saldo ajustado em 01 de Janeiro de 2009 Resultado abrangente do exercĂcio: Lucro lĂquido do exercĂcio Total de resultado abrangente do exercĂcio (*) Adiantamento para futuro aumento de capital Aumento de capital com AFAC Incorporação parcial da Satipel Florestal Complemento de dividendos de 2008 Realização da reserva de reavaliação Destinação do lucro lĂquido do exercĂcio: Reserva legal Dividendos Reservas estatutĂĄrias Saldo em 31 de Dezembro de 2009 Resultado abrangente do exercĂcio Lucro lĂquido do exercĂcio Total de resultado abrangente do exercĂcio (*) Aumento de capital com AFAC Adiantamento para futuro aumento de capital Realização da reserva de reavaliação Destinação do lucro lĂquido do exercĂcio: Reserva legal Dividendos Reservas estatutĂĄrias Saldo em 31 de Dezembro de 2010 (*) A Companhia nĂŁo estĂĄ apresentando demonstração
Capital social 192.452 192.452
Reservas Reservas de Reservas de capital reavaliação de lucros 3.202 44.027 172.928 - 189.891 3.202 44.027 362.819
-
-
-
40.370 47.828 -
-
280.650
3.202
62.497
280.650 37.568 -
3.202 -
62.497 (4.848)
19.065 (595)
-
Lucros acumulados 187.666 2.226 (189.891) -
Adto. Aumento capital 8.620 8.620
Total 421.229 187.666 2.226 611.120
59.263 59.263 152.309 595
69.318 (40.370) -
59.263 59.263 69.318 256.362 (621) -
2.963 194.815 597.136
(2.963) (14.389) (194.815) -
37.568
(14.389) 981.053
597.136 -
121.730 121.730 4.848
37.160 (621) -
6.087 (6.087) (30.122) 90.369 (90.369) 318.218 3.202 57.649 693.592 separada do resultado abrangente pois este coincide com o Lucro
121.730 - 1.102.783 (37.568) 158.500 158.500 (30.122) 158.500 1.231.161 LĂquido do ExercĂcio.
NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - INFORMAÇÕES GERAIS Com sede social em SĂŁo Paulo – SP, a Duraflora S.A. ĂŠ uma Companhia de capital fechado, controlada pela Duratex S.A., que tem como atividade principal a silvicultura a agropecuĂĄria e a comercialização de produtos relacionados a essas atividades. Em 31 de agosto de 2009 em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a Duratex S.A. controladora da Duraflora S.A. foi incorporada pela Satipel Industrial S.A., atualmente denominada Duratex S.A., resultando na criação: • Da maior indĂşstria de painĂŠis de madeira industrializada do hemisfĂŠrio sul e uma das maiores do mundo; • Do segundo maior produtor de louças sanitĂĄrias do Brasil; • Da empresa lĂder na produção de metais sanitĂĄrios do mercado brasileiro. Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 31 de outubro de 2009, foi aprovada a incorporação parcial do patrimĂ´nio lĂquido da Satipel Florestal Ltda. pela Duraflora S.A., com o objetivo de unificação das atividades florestais, o montante incorporado foi de R$ 103.662, a valor patrimonial. (Parcela do patrimĂ´nio lĂquido da Satipel Florestal vertido Ă Duraflora) Ativo Circulante Caixa e equivalentes Contas a receber Estoques NĂŁo Circulante Fomento florestal Investimento Imobilizado e IntangĂvel Ativos biolĂłgicos
Passivo e patrimĂ´nio lĂquido 2.973 Circulante 60.838 104 Fornecedores e contas 4.107 a pagar 1.431 Partes relacionadas 56.731 1.438 NĂŁo circulante 24.761 186.288 Imposto de renda diferido 10.551 5.611 ProvisĂŁo para 417 contingĂŞncias 47.518 ProvisĂŁo arrendamento 13.793 rural 19.811 PatrimĂ´nio lĂquido 103.662 113.348
Total do passivo e Total do ativo 189.261 patrimĂ´nio lĂquido 189.261 NOTA 2 - RESUMO DAS PRINCIPAIS POLĂ?TICAS CONTĂ BEIS As principais polĂticas contĂĄbeis aplicadas na preparação destas demonstraçþes financeiras estĂŁo definidas abaixo. Essas polĂticas foram aplicadas de modo consistente nos exercĂcios apresentados. A Companhia nĂŁo estĂĄ apresentando demonstraçþes financeiras consolidadas pois nĂŁo possui instrumentos de capital ou de dĂvidas negociadas em mercado aberto, nem estĂĄ em processo de registro, e sua controladora disponibiliza ao pĂşblico demonstraçþes financeiras consolidadas em conformidade com os CPCs. 2.1 - Base de preparação As demonstraçþes financeiras foram preparadas de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil, considerando os ativos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) e os ativos biolĂłgicos mensurados ao valor justo e os demais ativos ao custo histĂłrico, como base de valor. A preparação das demonstraçþes financeiras requer o uso de certas estimativas contĂĄbeis crĂticas e tambĂŠm o exercĂcio de julgamento por parte da administração da Companhia no processo da aplicação das polĂticas contĂĄbeis da Companhia. Aquelas ĂĄreas que requerem maior nĂvel de julgamento e tem maior complexidade, bem como as ĂĄreas nas quais as premissas e estimativas sĂŁo significativas para as demonstraçþes financeiras estĂŁo divulgadas na nota 3. Estas sĂŁo as primeiras demonstraçþes financeiras apresentadas pela Companhia de acordo com os novos CPCs. As principais diferenças entre as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas anteriormente no Brasil (“BRGAAP antigoâ€?) e os novos CPCs estĂŁo descritas na nota 28.
2.2 - Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depĂłsitos bancĂĄrios, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de trĂŞs meses, ou menos e que estĂŁo sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e contas garantidas que sĂŁo demonstradas no balanço patrimonial como “emprĂŠstimosâ€?, no passivo circulante. 2.3 - Ativos financeiros 2.3.1 - Classificação Sua classificação ĂŠ determinada pela Administração no seu reconhecimento inicial e depende da finalidade para o qual foram adquiridos. SĂŁo duas categorias nas quais os ativos financeiros sĂŁo classificados: (a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo atravĂŠs do resultado SĂŁo ativos financeiros mantidos para negociação adquiridos principalmente para fins de venda no curto prazo, inclusive derivativos que nĂŁo tenham sido designados como instrumentos de hedge, os quais sĂŁo classificados como ativos circulantes. (b) EmprĂŠstimos e recebĂveis SĂŁo ativos financeiros nĂŁo derivativos com pagamentos fixos ou determinĂĄveis e nĂŁo cotados em um mercado ativo. SĂŁo incluĂdos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses apĂłs a data de emissĂŁo do balanço (estes sĂŁo classificados como ativos nĂŁo-circulantes). Compreendem as contas a receber de clientes, demais contas a receber e equivalentes de caixa, exceto os investimentos de curto prazo.
financeiros mensurados ao valor justo atravĂŠs do resultado sĂŁo apresentados na demonstração do resultado no perĂodo em que ocorrem. Os valores justos dos ativos e passivos com cotação pĂşblica sĂŁo baseados nos preços atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro (e de tĂtulos nĂŁo listados em Bolsa) nĂŁo estiver ativo, a Companhia estabelece o valor justo atravĂŠs de tĂŠcnicas de avaliação. Essas tĂŠcnicas incluem o uso de operaçþes recentes contratadas com terceiros, referĂŞncia a outros instrumentos que sĂŁo substancialmente similares, anĂĄlise de fluxos de caixa descontados e modelos de precificação de opçþes que fazem o maior uso possĂvel de informaçþes geradas pelo mercado e contam o mĂnimo possĂvel com informaçþes geradas pela Administração da prĂłpria Companhia. 2.3.3 - Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros podem ser reportados pelo lĂquido no balanço patrimonial unicamente quando hĂĄ um direito legalmente aplicĂĄvel de compensar os valores reconhecidos e hĂĄ uma intenção de liquidĂĄ-los numa base lĂquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.3.4 - Impairment de ativos financeiros A Companhia avalia no final de cada perĂodo do relatĂłrio se hĂĄ evidĂŞncia objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros estĂĄ deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros estĂĄ deteriorado e os prejuĂzos de impairment sĂŁo incorridos somente se hĂĄ evidĂŞncia objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos apĂłs o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento de perdaâ€?) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiĂĄvel. Os critĂŠrios que a Companhia utiliza para determinar se hĂĄ evidĂŞncia objetiva de uma perda por impairment incluem: • dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; • uma quebra de contrato, como inadimplĂŞncia ou mora no pagamento dos juros ou principal; • o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido Ă s dificuldades financeiras; ou • dados observĂĄveis indicando que hĂĄ uma redução mensurĂĄvel nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição nĂŁo possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo: a) mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de emprĂŠstimos na carteira; b) condiçþes econĂ´micas nacionais ou locais que se correlacionam com mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de emprĂŠstimos na carteira; c) Condiçþes econĂ´micas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplĂŞncias sobre os ativos na carteira. A Companhia avalia em primeiro lugar se existe evidĂŞncia objetiva de impairment. O montante do prejuĂzo ĂŠ mensurado como a diferença entre o valor contĂĄbil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuĂzos de crĂŠdito futuro que nĂŁo foram incorridos) descontados Ă taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contĂĄbil do ativo ĂŠ reduzido e o valor do prejuĂzo ĂŠ reconhecido na demonstração do resultado. Se um emprĂŠstimo ou investimento mantido atĂŠ o vencimento tiver uma taxa de juros variĂĄvel, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment ĂŠ a atual taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prĂĄtico, a Companhia pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observĂĄvel. Se, num perĂodo subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu apĂłs o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crĂŠdito do devedor), a reversĂŁo da perda por impairment reconhecida anteriormente serĂĄ reconhecida na demonstração do resultado.
nota 22
RECEITA LĂ?QUIDA DE VENDAS Variação do valor justo dos ativos biolĂłgicos Custo dos produtos vendidos LUCRO BRUTO Despesas gerais e administrativas HonorĂĄrios da Administração Outros resultados operacionais, lĂquidos 24 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 23 Despesas financeiras 23 Resultado de equivalĂŞncia patrimonial LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SOCIAL Imp. de renda e contribuição social - correntes 25 Imp. de renda e contribuição social - diferidos 25 LUCRO LĂ?QUIDO DO EXERCĂ?CIO Lucro lĂquido por ação bĂĄsico e diluĂdo
DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DO VALOR ADICIONADO
31/12/2010 31/12/2009 232.916 137.906 183.765 (233.463) 183.218 (6.146) (324) (3.261)
96.853 (156.334) 78.425 (4.835) (494) 2.280
173.487 10.701 (24.225) 3.040
75.376 9.389 (19.911) (104)
163.003
64.750
(24.952)
(4.840)
(16.321) 121.730 647,50
(647) 59.263 336,72
DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DOS FLUXOS DE CAIXA 31/12/2010 Atividades Operacionais: Lucro LĂquido do ExercĂcio 121.730 Itens que nĂŁo afetam o caixa: Depreciação, amortização e exaustĂŁo 178.385 Variação do valor justo dos ativos biolĂłgicos (183.765) Juros, variaçþes cambiais e monetĂĄrias lĂquidas 12.936 EquivalĂŞncia patrimonial (3.040) ProvisĂľes, baixa de ativos 20.812 Investimentos em Capital de Giro: (Aumento) Redução em ativos Clientes (8.608) Estoques (6.321) Demais ativos (7.022) Aumento (Redução) em passivos Fornecedores 1.998 Obrigaçþes com pessoal (132) Contas a pagar 107.997 Impostos e contribuiçþes 14.774 Demais passivos 955 Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais 250.699 Atividades de Investimentos: Investimentos em ativo imobilizado e intangĂvel (273.303) Investimentos em controlada (2.350) Incorporação do caixa da Satipel Florestal Caixa Utilizado nas Atividades de Investimentos (275.653) Atividades de Financiamentos: Ingressos de financiamentos 154.102 Amortizaçþes de financiamentos (2.249) Adiantamento recebido para futuro aumento de capital 158.500 MĂştuo com a controladora (22.047) Dividendos (14.389) Caixa Gerado pelas Atividades de Financiamentos 273.917 Aumento (Redução) do caixa no exercĂcio 248.963 Saldo Inicial 8.379 Saldo Final 257.342
31/12/2009 59.263 126.826 (96.853) 8.038 104 145
9.286 1.880 4.094 (210) 438 (41.715) 6.245 (613) 76.928
(62.319) (39.895) 103 (102.111) 105.000 (114.351) 69.318 (35.370) (20.716) 3.881 (21.302) 29.681 8.379
31/12/2010 Receitas 490.558 Receita bruta de vendas 306.793 Outras receitas Valor justo dos ativos biolĂłgicos 183.765 Insumos adquiridos de terceiros (35.513) Custo dos produtos vendidos (26.106) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (9.407) Valor adicionado bruto 455.045 Depreciação, amortização e exaustĂŁo (178.385) Valor adicionado lĂquido 276.660 Valor adicionado recebido em transferĂŞncia 13.741 Receitas financeiras 10.701 Resultado da equivalĂŞncia patrimonial 3.040 VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 290.401 DISTRIBUIĂ‡ĂƒO DO VALOR ADICIONADO Remuneração do trabalho 33.105 Remuneração direta 23.069 BenefĂcios 8.373 FGTS 1.644 Outros 19 Remuneração do governo 111.341 Federais 71.833 Estaduais 39.508 Remuneração de financiamentos 24.225 Remuneração dos acionistas 121.730 Dividendos 30.122 Lucros retidos 91.608 TOTAL DO VALOR ADICIONADO DISTRIBUĂ?DO 290.401
31/12/2009 285.371 186.669 1.849 96.853 (11.757) (7.259) (4.498) 273.614 (126.826) 146.788 9.285 9.389 (104) 156.073 26.846 18.568 6.975 1.297 6 50.053 17.721 32.332 19.911 59.263 14.389 44.874 156.073
2.16 - Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos no curso normal das atividades da Companhia. A receita ĂŠ apresentada lĂquida dos impostos, das devoluçþes, descontos e abatimentos concedidos, sendo reconhecida quando o valor desta pode ser mensurado com segurança, que seja provĂĄvel que os benefĂcios econĂ´micos futuros fruirĂŁo para a entidade e quando critĂŠrios especĂficos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades. (a) Venda de produtos SĂŁo reconhecidas no resultado quando da entrega dos produtos, bem como pela transferĂŞncia dos riscos e benefĂcios ao comprador. (b) Receita financeira A receita financeira ĂŠ reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o mĂŠtodo da taxa de juros efetiva. Quando uma perda (impairment) ĂŠ identificada em relação a um instrumento financeiro, a Companhia reduz o valor contĂĄbil para seu valor recuperĂĄvel, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado Ă taxa de juros efetiva original do instrumento. 2.17 - Arrendamentos A Companhia possui contratos de arrendamento de terras, utilizadas para reflorestamento. Nesses contratos de arrendamentos, os riscos e direitos de propriedade sĂŁo mantidos pelo arrendador e assim sĂŁo classificados como arrendamentos operacionais. Os custos incorridos nos contratos de arrendamento operacional sĂŁo registrados ao custo de formação de ativos biolĂłgicos de forma linear durante o perĂodo de vigĂŞncia desses contratos. A Companhia nĂŁo possui contratos de arrendamento financeiro.
2.18 - Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia ĂŠ reconhecida como um passivo nas demonstraçþes financeiras, ao final de cada exercĂcio ou em perĂodos intermediĂĄrios, e seu saldo ĂŠ apurado considerando como aquisição, formação ou construção, inclusive os custos de financiamento base o dividendo mĂnimo estabelecido no Estatuto Social da Companhia, relacionados com a aquisição de ativos qualificĂĄveis menos depreciação portanto lĂquido de valores aprovados e pagos durante o exercĂcio. acumulada apurada pelo mĂŠtodo linear, considerando-se a estimativa de vida Ăştil-econĂ´mica dos respectivos itens e que sĂŁo revisadas ao final 2.19 - Normas, alteraçþes e interpretaçþes de normas que ainda nĂŁo estĂŁo em vigor de cada exercĂcio. Os custos subsequentes sĂŁo incluĂdos no valor contĂĄbil do ativo ou reconhecidos Normas, alteraçþes e interpretaçþes de normas existentes que ainda nĂŁo como um ativo separado, conforme apropriado e somente quando for provĂĄvel estĂŁo em vigor e nĂŁo foram adotadas antecipadamente pela Companhia: que fluam benefĂcios econĂ´micos futuros associados ao item e que o custo do As normas e alteraçþes de normas existentes a seguir foram publicadas item possa ser mensurado com segurança. O valor contĂĄbil de itens ou peças e sĂŁo obrigatĂłrias para os perĂodos contĂĄbeis iniciados em 1Âş de janeiro substituĂdas ĂŠ baixado. Todos os outros reparos e manutençþes sĂŁo lançados de 2011 ou apĂłs esta data, ou para perĂodos subsequentes. Todavia nĂŁo houve adoção antecipada dessas normas e alteraçþes de normas por em contrapartida ao resultado do exercĂcio, no perĂodo de ocorrĂŞncia. O valor do ativo imobilizado ĂŠ reduzido para seu valor recuperĂĄvel, se o valor parte da Companhia. • IFRS 9 “Instrumentos Financeirosâ€? emitido em novembro de 2009, contĂĄbil do ativo for maior do que seu valor recuperĂĄvel estimĂĄvel. para substituição do IAS 39: “Instrumentos Financeiros, Reconhecimento A Companhia nĂŁo adotou a opção do custo atribuĂdo (deemed cost) na e Mensuraçãoâ€?, que introduz novas exigĂŞncias para classificação e data de transição para as novas normas conforme CPC 37 (Interpretação mensuração. SerĂĄ aplicĂĄvel a partir de 1Âş de janeiro de 2013. TĂŠcnica - ICPC 10) em função de ter efetuado reavaliaçþes espontâneas no perĂodo em que as mesmas foram permitidas e utilizar a vida Ăştil • IAS 24 Revisado “Divulgação de Partes Relacionadasâ€? emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24 “Divulgação de Partes Relacionadasâ€? econĂ´mica para fins de depreciação (nota 13). emitido em 2003. A norma revisada esclarece e simplifica a definição de A Companhia nĂŁo adotou a opção do custo atribuĂdo (deemed cost) na parte relacionada e retira a exigĂŞncia de entidades relacionadas com o data de transição para as novas normas conforme CPC 37 (Interpretação governo de divulgarem detalhes de todas as transaçþes com o governo e TĂŠcnica – ICPC 10) em função de ter efetuado reavaliaçþes espontâneas no outras entidades relacionadas com este. Sua aplicação ĂŠ obrigatĂłria para perĂodo em que as mesmas foram permitidas e utilizar a vida Ăştil econĂ´mica perĂodos iniciando em ou apĂłs 1Âş de janeiro de 2011. para fins de depreciação (nota 13). NOTA 3 - ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTĂ BEIS CRĂ?TICOS 2.9 - Impairment de ativos nĂŁo-financeiros Na elaboração das Demonstraçþes Financeiras foram utilizados A Companhia avalia, na data do balanço, se hĂĄ eventos ou circunstâncias julgamentos, estimativas e premissas contĂĄbeis para contabilização de que indiquem que o valor contĂĄbil de ativos nĂŁo financeiros possam nĂŁo ser certos ativos e passivos e outras transaçþes. A definição das estimativas recuperĂĄveis. Existindo evidĂŞncias, a Companhia realiza teste para verificar se o valor contĂĄbil de seus ativos nĂŁo-financeiros excede ao seu valor e julgamentos contĂĄbeis adotados pela Administração foi elaborada com recuperĂĄvel. Nesse sentido sĂŁo considerados os efeitos de obsolescĂŞncia, a utilização das informaçþes disponĂveis na data, envolvendo experiĂŞncia demanda, concorrĂŞncia e outros fatores econĂ´micos. Para fins de avaliação de eventos passados e previsĂŁo de eventos futuros. Portanto, as do impairment, os ativos sĂŁo agrupados nos nĂveis mais baixos para os demonstraçþes financeiras incluem vĂĄrias estimativas tais como: vida Ăştil quais existam fluxos de caixa identificĂĄveis separadamente (Unidades dos bens do ativo imobilizado, realização dos crĂŠditos tributĂĄrios diferidos, Geradoras de Caixa - UGC). NĂŁo hĂĄ perdas por impairment registrada nas impairment no contas a receber de clientes, perdas nos estoques, demonstraçþes financeiras. avaliação do valor justo dos ativos biolĂłgicos, provisĂŁo para contingĂŞncias e perdas por impairment. 2.10 - Ativos biolĂłgicos As reservas florestais sĂŁo reconhecidas ao seu valor justo, deduzidos dos As principais estimativas e premissas que podem apresentar risco, com custos estimados de venda no momento da colheita conforme nota 13. probabilidade de causar ajustes nos valores contĂĄbeis de ativos e passivos, Para plantaçþes imaturas (atĂŠ dois anos de vida), considera-se que o seu estĂŁo contempladas abaixo: custo se aproxima ao seu valor justo. Os ganhos ou perdas surgidas do (a) Risco de variação do valor justo dos ativos biolĂłgicos reconhecimento de um ativo biolĂłgico ao valor justo, menos os custos de A Companhia adotou vĂĄrias estimativas para avaliar suas reservas florestais venda, sĂŁo reconhecidos nos resultados. A exaustĂŁo apropriada no resultado de acordo com a metodologia estabelecida pelo CPC 29/IAS 41. Essas ĂŠ formada pela parcela do custo de formação e da parcela referente ao estimativas foram baseadas em referĂŞncias de mercado, as quais estĂŁo sujeitas por mudanças de cenĂĄrio que poderĂŁo impactar as demonstraçþes diferencial do valor justo. Os custos de formação desses ativos sĂŁo reconhecidos no resultado financeiras da Companhia. Nesse sentido uma queda de 5% nos preços conforme incorridos. Os efeitos da variação do valor justo do ativo biolĂłgico de mercado da madeira em pĂŠ provocaria uma redução do valor justo dos ativos biolĂłgicos da ordem de R$ 44.880, lĂquido dos efeitos tributĂĄrios. sĂŁo apresentados em conta prĂłpria na demonstração de resultado. Caso a taxa de desconto apresentasse uma elevação de 0,5%, provocaria 2.11 - EmprĂŠstimos uma redução no valor justo dos ativos biolĂłgicos da ordem de R$ 11.220, Os emprĂŠstimos sĂŁo reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no lĂquido dos efeitos tributĂĄrios. recebimento dos recursos, lĂquidos dos custos de transação. Em seguida, os emprĂŠstimos tomados sĂŁo apresentados pelo custo amortizado, isto (b) BenefĂcios de planos de PrevidĂŞncia ĂŠ, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao perĂodo incorrido O valor atual dos ativos relacionados a planos de previdĂŞncia depende (“pro rata temporisâ€?), utilizando o mĂŠtodo da taxa de juros efetiva, exceto de uma sĂŠrie de fatores que sĂŁo determinados com base em cĂĄlculos Ă queles que tem instrumentos derivativos de proteção, os quais serĂŁo atuariais, que utilizam uma sĂŠrie de premissas. Entre as premissas usadas na determinação dos valores estĂĄ a taxa de desconto e condiçþes avaliados ao seu valor justo. atuais de mercado. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarĂŁo os 2.12 - Contas a pagar a fornecedores e provisĂľes correspondentes valores contĂĄbeis. As contas a pagar aos fornecedores sĂŁo obrigaçþes a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos NOTA 4 - GESTĂƒO DE RISCO FINANCEIRO
negĂłcios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no perĂodo de atĂŠ um ano. Caso contrĂĄrio, as contas a pagar sĂŁo apresentadas como passivo nĂŁo circulante. Elas sĂŁo, inicialmente, reconhecidas pelo valor nominal e que equivale ao valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do mĂŠtodo de taxa efetiva de juros. As provisĂľes sĂŁo reconhecidas quando hĂĄ uma obrigação presente legal ou nĂŁo formalizada como resultado de eventos passados e que seja provĂĄvel a 2.4 - Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Os derivativos sĂŁo reconhecidos inicialmente pelo valor justo na data em necessidade de uma saĂda de recursos para liquidar a obrigação e o valor que um contrato de derivativos ĂŠ celebrado e sĂŁo, subsequentemente, possa ser estimado com segurança. As provisĂľes nĂŁo sĂŁo reconhecidas com relação Ă s perdas operacionais futuras. remensurados ao seu valor justo por meio de resultado. A Companhia nĂŁo adota a polĂtica contĂĄbil de hedge accounting (contabilidade 2.13 - Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido de hedge). Todavia, designou instrumentos financeiros passivos ao valor SĂŁo calculados com base no resultado do exercĂcio, antes da constituição do justo por meio do resultado, pelo fato de existir ativo financeiro diretamente imposto de renda e contribuição social, ajustado pelas inclusĂľes e exclusĂľes relacionado tambĂŠm mensurado ao valor justo, com o objetivo de eliminar previstas na legislação fiscal. O imposto de renda e a contribuição social inconsistĂŞncia contĂĄbil, nos termos dos CPCs 38, 39 e 40. diferidos sĂŁo reconhecidos sobre as diferenças temporĂĄrias entre as bases Os derivativos sĂŁo contratados como uma forma de administração de riscos fiscais dos ativos e passivos e seus valores contĂĄbeis nas demonstraçþes financeiros, sendo a polĂtica da Companhia nĂŁo contratar operaçþes com financeiras. Na prĂĄtica as inclusĂľes ao lucro contĂĄbil de despesas, ou as derivativos alavancados. exclusĂľes das receitas, ambas temporariamente nĂŁo tributĂĄveis, geram o registro de crĂŠditos ou dĂŠbitos tributĂĄrios diferidos. 2.5 - Contas a receber de clientes SĂŁo registradas e mantidas pelo valor nominal dos tĂtulos decorrentes Esses tributos sĂŁo reconhecidos na demonstração do resultado, exceto das vendas de produtos. As contas a receber de clientes referem-se na na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos sua totalidade a operaçþes de curto prazo e assim nĂŁo sĂŁo trazidas a diretamente no patrimĂ´nio. Nesse caso, o imposto tambĂŠm ĂŠ valor presente por nĂŁo representar ajustes relevantes nas demonstraçþes reconhecido no patrimĂ´nio. financeiras. A provisĂŁo para impairment ĂŠ constituĂda com base na Os impostos e contribuiçþes diferidos sĂŁo reconhecidos somente se for anĂĄlise dos riscos de realização dos crĂŠditos em montante considerado provĂĄvel a sua compensação com lucros tributĂĄrios futuros. suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas na realização 2.14 - BenefĂcios aos empregados desses ativos. (a) Planos de previdĂŞncia privada As recuperaçþes subsequentes de valores previamente baixados A Companhia oferece plano de contribuição definida a todos os colaboradores, sĂŁo creditadas contra “outros resultados operacionais, lĂquidosâ€?, na administrados pela Fundação ItaĂşsa Industrial. O regulamento prevĂŞ a demonstração do resultado. contribuição das patrocinadoras entre 50% e 100% do montante aportado 2.6 - Estoques pelos funcionĂĄrios. A Companhia jĂĄ ofereceu Plano de BenefĂcio Definido a Os estoques sĂŁo demonstrados ao custo mĂŠdio das compras ou da seus colaboradores, mas esse plano estĂĄ em extinção com acesso vedado produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realizaçþes e, ao ingresso de novos participantes. quando aplicĂĄvel, reduzido por provisĂŁo para cobrir eventuais perdas. Em relação ao de Contribuição Definida, a Companhia nĂŁo tem nenhuma obrigação adicional de pagamento depois que a contribuição ĂŠ efetuada. As 2.7 - Ativos intangĂveis Ativos intangĂveis compreendem marcas, patentes e direitos de uso contribuiçþes sĂŁo reconhecidas como despesa de benefĂcios a empregados, de software. SĂŁo demonstrados ao custo de aquisição deduzido da quando devidas. As contribuiçþes feitas antecipadamente sĂŁo reconhecidas amortização no perĂodo, apurado de forma linear com base na vida como um ativo na proporção em que essas contribuiçþes levarem a uma redução efetiva dos pagamentos futuros. Ăştil definida. As marcas registradas e licenças adquiridas separadamente sĂŁo (b) Participação nos lucros A Companhia remunera seus colaboradores mediante participação no lucro demonstradas, inicialmente, pelo custo histĂłrico. As licenças de software adquiridas sĂŁo capitalizadas com bases nos custos lĂquido, de acordo com o desempenho verificado no perĂodo. Esta remuneraincorridos para adquirir os softwares e fazer com que eles estejam prontos ção ĂŠ reconhecida como passivo e uma despesa operacional no resultado quando o colaborador atinge as condiçþes de desempenho estabelecidas. para serem utilizados. SĂŁo amortizados durante sua vida Ăştil estimĂĄvel.
2.3.2 - Reconhecimento e Mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros sĂŁo reconhecidas na data de negociação, data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos sĂŁo, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros nĂŁo classificados como ao valor justo atravĂŠs do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo atravĂŠs do resultado sĂŁo, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação sĂŁo debitados Ă demonstração do resultado. Os ativos financeiros sĂŁo baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham sido realizados ou tenham sido transferidos; neste Ăşltimo caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefĂcios da propriedade. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo atravĂŠs do resultado sĂŁo, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os emprĂŠstimos e recebĂveis sĂŁo contabilizados pelo custo 2.15 - Capital social amortizado, usando o mĂŠtodo da taxa efetiva de juros. 2.8 - Imobilizado Os ganhos ou as perdas decorrentes de variaçþes no valor justo de ativos Os itens do imobilizado estĂŁo demonstrados pelo seu custo de As açþes ordinĂĄrias e preferenciais sĂŁo classificadas no patrimĂ´nio lĂquido.
4.1 - Fatores de risco financeiro A Companhia estĂĄ exposta a riscos de mercado relacionados Ă flutuação das taxas de juros e de crĂŠdito. Assim a Companhia dispĂľe de procedimentos para administrar essas situaçþes e pode utilizar instrumentos de proteção para diminuir os impactos destes riscos. Tais procedimentos incluem o monitoramento dos nĂveis de exposição a cada risco de mercado, alĂŠm de estabelecer limites para a respectiva tomada de decisĂŁo. Todas as operaçþes de instrumentos de proteção efetuadas tĂŞm como propĂłsito a proteção de suas dĂvidas e investimentos, sendo que nĂŁo realiza nenhuma operação com derivativos financeiros alavancados. (I) Operaçþes com Derivativos Nas operaçþes com derivativos nĂŁo existem verificaçþes, liquidaçþes mensais ou chamadas de margem, sendo o contrato liquidado em seu vencimento, estando contabilizado a valor justo, considerando as condiçþes de mercado, quanto a prazo e taxas de juros. Os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2010 sĂŁo os seguintes: (a) Contratos de SWAP PrĂŠ x CDI A Companhia possui dois contratos com valor nocional agregado de R$ 190.000 sendo o Ăşltimo vencimento em 12/12/2012 com posição ativa em taxa prĂŠ-fixada e posição passiva em % do CDI. A Companhia contratou essas operaçþes com o objetivo de transformar o total de suas dĂvidas com taxa prĂŠ-fixada de juros, para dĂvidas indexadas ao CDI. (b) CĂĄlculo do valor justo das posiçþes O valor justo dos instrumentos financeiros foi calculado utilizando-se a precificação feita por meio do valor presente estimado, tanto para a ponta passiva quanto para a ponta ativa, onde a diferença entre as duas gera o valor de mercado do Swap. Quadro demonstrativo da posição dos instrumentos financeiros derivativos Efeito Acumulado Valor de Valor a ReferĂŞncia (nocional) Valor Justo receber/ 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2010 31/12/2009 recebido Contratos de Swaps Posição Ativa Taxa PrĂŠFixada 190.000 100.000 200.907 99.185 1.502 Posição Passiva CDI (190.000) (100.000) (199.405) (99.180) As perdas ou ganhos nas operaçþes listadas no quadro foram compensadas nas posiçþes em juros, ativas e passivas, cujos efeitos jĂĄ estĂŁo expressos nas Demonstraçþes Financeiras. &RQWLQXD
DIà RIO DO COMÉRCIO
22 -.ECONOMIA/LEGAIS
såbado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
&RQWLQXDomR
'85$)/25$ 6 $ &13- Qž
NOTAS EXPLICATIVAS (c) AnĂĄlise de sensibilidade Abaixo segue demonstrativo de anĂĄlise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo derivativos que descreve os riscos que podem gerar prejuĂzos materiais para a Companhia, com um CenĂĄrio ProvĂĄvel (CenĂĄrio Base) e mais dois cenĂĄrios, nos termos determinados pela CVM nÂş 475/08 representando 25% e 50% de deterioração da variĂĄvel de risco considerada. Para as taxas das variĂĄveis de risco utilizadas no CenĂĄrio ProvĂĄvel, foram utilizadas as cotaçþes da BM&FBOVESPA/Bloomberg para as respectivas datas de vencimento. Quadro demonstrativo de anĂĄlise de sensibilidade Instrumento/ CenĂĄrio CenĂĄrio CenĂĄrio Risco Operação Descrição ProvĂĄvel PossĂvel Remoto De taxa de Juros SWAP Aumento PrĂŠ/CDI CDI (558) (8.918) (17.427) Objeto de “hedgeâ€?: emprĂŠstimo em taxas prĂŠ-fixadas 558 8.918 17.427 Efeito LĂquido -
A seguir demonstramos os instrumentos financeiros por categoria/nĂvel:
(II) Risco de fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros O risco de taxas de juros ĂŠ o risco da Companhia sofrer perdas econĂ´micas devido a alteraçþes adversas nessas taxas. Esse risco ĂŠ monitorado continuamente com o objetivo de se avaliar eventual necessidade de contratação de operaçþes de derivativos para se proteger contra a volatilidade das mesmas. (a) Risco de CrĂŠdito A polĂtica de vendas da Companhia estĂĄ diretamente associada ao nĂvel de risco de crĂŠdito que estĂĄ disposta a se sujeitar no curso de seus negĂłcios. No que diz respeito Ă s aplicaçþes financeiras e aos demais investimentos, a Companhia tem como polĂtica trabalhar com instituiçþes de primeira linha e nĂŁo ter investimentos concentrados em um Ăşnico grupo econĂ´mico. (b) Risco de liquidez A Companhia possui polĂtica de endividamento que tem por objetivo definir o limite e parâmetros de endividamento e disponĂvel mĂnimo que a mesma deve manter. O quadro abaixo demonstra o vencimento dos passivos financeiros contratados pela Companhia nas demonstraçþes financeiras: Menos Entre 1 Entre 2 Acima 31/12/2010 de 1 ano e 2 anos e 5 anos de 5 anos EmprĂŠstimos 123.805 138.645 800 13 Fornecedores 9.079 TOTAL 132.884 138.645 800 13
EmprĂŠstimos e recebĂveis 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009
ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes SOMA PASSIVOS EmprĂŠstimos Instr. financeiros derivativos (*) Fornecedores SOMA (*) Os instrumentos financeiros derivativos estĂŁo apresentados no quadro acima pelo valor lĂquido, ativo ou passivo, e referem-se em sua totalidade a instrumentos financeiros do nivel 2. NOTA 5 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 NumerĂĄrios 16 3 Bancos conta movimento 696 746 7.620 Certificado de depĂłsito bancĂĄrio 256.646 7.617 22.058 TOTAL 257.342 8.379 29.681 O saldo de aplicaçþes financeiras estĂĄ representado por certificados de depĂłsitos bancĂĄrios, remunerados com base na variação do CDI. Os certificados de depĂłsitos bancĂĄrios embora tenham vencimentos de longo prazo, podem ser resgatados a qualquer tempo sem prejuĂzo da remuneração. NOTA 6 - CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 Duratex S.A. 28.905 17.593 30.756 Outros clientes 2.638 5.332 147 ProvisĂŁo para crĂŠditos de liquidação duvidosa (90) (80) (78) TOTAL 31.453 22.845 30.825 A Companhia possui polĂtica de crĂŠdito, que tem o objetivo de estabelecer os procedimentos a serem seguidos na concessĂŁo de crĂŠdito em operaçþes comerciais, venda de produtos e serviços. A determinação do limite ocorre por meio da anĂĄlise de crĂŠdito, considerando o histĂłrico de uma empresa, sua capacidade como tomadora de crĂŠdito e informaçþes do mercado. NOTA 7 - ESTOQUES Produtos acabados Produtos semi-acabados MatĂŠrias-primas Almoxarifado geral Adiantamento a fornecedores de estoques TOTAL
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 1.199 1.512 1.299 9.679 467 2.620 3.973 1.201 2.217 1.508 133 12.679
9 6.358
6.780
NOTA 8 - VALORES A RECEBER Venda de imobilizado Outros valores a receber Total do circulante Fomento Outros valores a receber Total do nĂŁo circulante
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 5.307 747 757 82 135 60 5.389 882 817 11.545 13.820 2.005 37 790 301 11.582 14.610 2.306
8.379 22.845 31.224
29.681 30.825 60.506
263.650 263.650
99.278 99.278
101.072 101.072
-
31/12/2010
191.278
173.816
96.677
1.906
1.199
1.146
-
913
-
656
85
-
232.832
212.927
Controladora
Outras partes relacionadas
Duratex S.A.
Ligna Florestal Ltda.
31/12/2009
27.163
Fornecedores
01/01/2009
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
17.593
30.756
-
-
-
16
138
2
-
-
-
-
1.671
66
-
-
-
30.122
14.389
19.034
-
-
-
261
20.694
23.607
-
-
-
-
-
31/12/2010
31/12/2009
31/12/2010
31/12/2009
Resultado 255.838
177.028
-
-
-
92
-
-
(778)
15
-
-
-
-
-
-
-
13.640
3.469
-
Compras Financeiro Custos com arrendamento (*)
-
(*) Os custos com arrendamento referem-se aos custos com o contrato de arrendamento rural firmado com a Ligna Florestal Ltda. (controlada pela Companhia Ligna de Investimentos) relativo a terrenos que sĂŁo utilizados para reflorestamento. Os encargos mensais relativos a esse arrendamento sĂŁo de R$ 1.109 e sĂŁo reconhecidos de forma linear ao longo do contrato. Tal contrato possui vencimento para julho de 2036, podendo ser renovado automaticamente por mais 15 anos, e serĂĄ reajustado anualmente pela variação do preço mĂŠdio praticado pela controladora Duratex S.A. na venda de painĂŠis de MDP. As demais transaçþes com partes relacionadas sĂŁo operaçþes comerciais de compras e vendas, normais no curso dos negĂłcios da Companhia, realizadas em condiçþes de mercado. (b) Remuneração da Administração A remuneração paga ou a pagar aos executivos da Administração da Companhia a tĂtulo de honorĂĄrios relativa ao exercĂcio de 2010 foi de R$ 324 (R$ 494 em 31 de dezembro de 2009). NOTA 12 - INVESTIMENTO EM CONTROLADA Controlada: JacarandĂĄ Mimoso Participaçþes Ltda. NĂşmero de Quotas 82.850 Participação % 100 Capital Social 82.850 PatrimĂ´nio lĂquido 90.229 Lucro lĂquido do exercĂcio 3.039
Movimentação dos investimentos Em 31 de dezembro de 2008 46.663 I. Renda e C. social s/ Reserva de reavaliação (*) (1.614) Em 01 de janeiro de 2009 45.049 Resultado da equivalência patrimonial (104) Adiantamento p/ futuro aumento de capital 39.895 Em 31 de dezembro de 2009 84.840 Resultado da equivalência patrimonial 3.039 Adiantamento p/ futuro aumento de capital 2.350 Em 31 de dezembro de 2010 90.229 (*) Refere-se ao reconhecimento do Imposto de renda e contribuição social sobre reserva de reavaliação na data de transição para os novos CPCs.
NOTA 13 - IMOBILIZADO
Saldo inicial em 01/01/2009 Custo Depreciação acumulada Saldo contĂĄbil, lĂquido Em 31/12/2009 Saldo inicial Aquisiçþes Baixas Depreciaçþes TransferĂŞncias Incorporação Satipel Saldo contĂĄbil, lĂquido Saldo inicial em 31/12/2009 Custo Depreciação acumulada Saldo contĂĄbil, lĂquido Em 31/12/2010 Saldo inicial Aquisiçþes Baixas Depreciaçþes TransferĂŞncias Saldo contĂĄbil, lĂquido Saldo inicial em 31/12/2010
Custo Depreciação acumulada
Saldo contĂĄbil, lĂquido
Terras e terrenos
Construçþes e benfeitorias
309.640 309.640
4.460 (2.334) 2.126
309.640 235 22.666 332.541
Måquinas, equipamentos e instalaçþes
Imobilização em andamento
MĂłveis e utensĂlios
37.525 (28.114) 9.411
2.940 2.940
683 (454) 229
13.420 (6.873) 6.547
1.157 (905) 252
369.825 (38.680) 331.145
2.126 25 (11) (212) 3.084 5.012
9.411 2.098 (9) (4.185) 136 153 7.604
2.940 3.062 (17) (5.255) 4.115 4.845
229 101 (13) (54) (77) 656 842
6.547 1.673 (362) (2.258) 1.261 6.861
252 175 (34) (68) (59) 42 308
331.145 7.369 (446) (12.032) 31.977 358.013
332.541 332.541
8.089 (3.077) 5.012
40.080 (32.475) 7.605
4.845 4.845
1.529 (688) 841
16.703 (9.842) 6.861
1.404 (1.096) 308
405.191 (47.178) 358.013
332.541 90.775 423.316
5.012 290 (467) 3.493 8.328
7.605 17.760 (6.079) 3.084 22.370
4.845 5.486 (17) (7.104) 3.210
841 16 (122) 124 859
6.861 8.173 (415) (3.301) 1.070 12.388
308 1.031 (87) (114) (673) 465
358.013 123.531 (519) (10.083) (6) 470.936
423.316 -
11.872 (3.544) 8.328
60.923 (38.553) 22.370
3.210 3.210
1.669 (810) 859
25.531 (13.143) 12.388
1.675 (1.210) 465
(57.260)
423.316
Conforme previsto na Interpretação TĂŠcnica ICPC10 do ComitĂŞ de Pronunciamentos ContĂĄbeis, aprovada pela Resolução CFC 1.263/09, a Companhia revisou a vida Ăştil-econĂ´mica estimada de seus principais ativos para o cĂĄlculo da depreciação do ano 2010. Taxas anuais de depreciação: Construçþes e benfeitorias 4,00% MĂĄquinas, equipamentos e instalaçþes 6,47% MĂłveis e utensĂlios 10% VeĂculos 10% a 20% Outros ativos 10% a 20%
99.278 1.964 97.314
101.072 101.006 66
257.342 5.921 1.231.161
8.379 90.899 981.053
29.681 71.391 611.120
0,48%
9,27%
11,68%
VeĂculos
Outros ativos
TOTAL
528.196 470.936
NOTA 14 - ATIVOS BIOLĂ“GICOS (RESERVAS FLORESTAIS) A Companhia detĂŠm reservas florestais de eucalipto e de pinus que sĂŁo utilizadas preponderantemente como matĂŠria-prima na produção de painĂŠis de madeira, pisos e componentes de sua controladora Duratex S.A. e complementarmente para venda a terceiros. Em 31 de dezembro de 2010 possuĂa aproximadamente 136,2 mil hectares em ĂĄreas de efetivo plantio (31/12/2009: 125,6 mil hectares e 01/01/2009: 79,0 mil hectares) que sĂŁo cultivadas nos estados de SĂŁo Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em decorrĂŞncia da incorporação da Satipel Florestal foram adicionados em 2009, 44,8 mil hectares e outros 6,5 mil hectares em
possui instrumentos derivativos de nĂvel 2, utiliza-se das seguintes tĂŠcnicas de avaliação: • O valor justo de “swapâ€? de taxa de juros ĂŠ calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado; • O valor justo dos contratos de câmbio futuros ĂŠ determinado com base nas taxas de câmbio futuras nas datas dos balanços, com o valor resultante descontado ao valor presente.
Outros ativos e passivos financeiros 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009
31/12/2010
-
-
-
-
618 618
9.079 9.079
7.081 7.081
5.076 5.076
TOTAL 31/12/2009
01/01/2009
257.342 31.453 288.795
8.379 22.845 31.224
29.681 30.825 60.506
263.650 (1.502) 9.079 271.227
99.278 (5) 7.081 106.354
101.072 618 5.076 106.766
As florestas estĂŁo desoneradas de quaisquer Ă´nus ou garantias a terceiros, inclusive instituiçþes financeiras. AlĂŠm disso, nĂŁo existem florestas cuja titularidade legal seja restrita. (c) Movimentação A movimentação dos saldos contĂĄbeis no inĂcio e no final do exercĂcio ĂŠ a seguinte: 31/12/2010 31/12/2009 Saldo inicial 870.446 466.526 Aquisiçþes de novas ĂĄreas 58.455 3.560 Incorporação Satipel Florestal 370.100 ExaustĂŁo (168.283) (124.284) Valor justo 270.099 154.544 Saldo final 1.030.717 870.446 A elevação do saldo ĂŠ decorrente do aumento das ĂĄreas plantadas para suportar a expansĂŁo das operaçþes da Companhia. O ajuste positivo no valor ĂŠ decorrente dos maiores preços da madeira em pĂŠ, do aumento das ĂĄreas de efetivo plantio, bem como de sua maior produtividade. NOTA 15 - INTANGĂ?VEL Marcas Software e Patentes TOTAL Saldo inicial 01/01/2009 Custo 104 4 108 Amortização acumulada (94) (94) Saldo contĂĄbil, lĂquido 10 4 14 Em 31/12/2009 Saldo inicial 10 4 14 Adiçþes 32 32 Amortização (11) (11) Incorporação 39 39 Saldo contĂĄbil, lĂquido 70 4 74 Saldo final em 31/12/2009 Custo 176 4 180 Amortização (106) (106) Saldo contĂĄbil, lĂquido 70 4 74 Em 31/12/2010 Saldo inicial 70 4 74 Adiçþes 8 8 Amortização (19) (19) TransferĂŞncias 7 7 Saldo contĂĄbil, lĂquido 66 4 70 Saldo final em 31/12/2010 Custo 190 4 194 Amortização (124) (124) Saldo contĂĄbil, lĂquido 66 4 70
NOTA 16 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Modalidade FINAME Nota de CrĂŠdito Rural c/ SWAP
125.045
Passivo Contas a pagar
263.263 123.805 139.458
na aquisição de ativos destinados ao ativo imobilizado. Conforme 2010 referentes a aquisiçþes de ativos no estado de SĂŁo Paulo. legislaçþes vigentes, as compensaçþes se darĂŁo nos prazos de 12, 24, (a) Estimativa do valor justo O valor justo ĂŠ determinado em função da estimativa de volume de 48 meses para o PIS/COFINS e 48 meses para o ICMS. madeira em ponto de colheita, aos preços atuais da madeira em pĂŠ, NOTA 10 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SOCIAL exceto para (i) florestas com atĂŠ dois anos de vida que sĂŁo mantidas a custo, em decorrĂŞncia do julgamento que esses valores se aproximam DIFERIDOS de seu valor justo; (ii) florestas em formação onde utiliza-se o mĂŠtodo de O imposto de renda e a contribuição social diferidos sĂŁo calculados sobre fluxo de caixa descontado. os prejuĂzos fiscais do imposto de renda e base negativa de contribuição Os ativos biolĂłgicos estĂŁo mensurados ao seu valor justo, deduzidos os social, diferenças temporĂĄrias entre as bases de cĂĄlculo do imposto sobre custos de venda no momento da colheita. ativos e passivos e sobre a aplicação dos novos CPCs. As alĂquotas desses O valor justo foi determinado pela valoração dos volumes previstos em ponto de colheita pelos preços atuais de mercado em função das impostos, definidas atualmente para determinação dos tributos diferidos, estimativas de volumes. As premissas utilizadas foram: sĂŁo de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. i. Fluxo de caixa descontado - volume de madeira previsto em ponto Impostos diferidos ativos sĂŁo reconhecidos na extensĂŁo em que de colheita, considerando os preços de mercado atuais, lĂquidos dos seja provĂĄvel que o lucro futuro tributĂĄvel esteja disponĂvel para ser custos de plantio a realizar e dos custos de capital das terras utilizadas no plantio (trazidos a valor presente). utilizado na compensação das diferenças temporĂĄrias, com base em ii. Preços - sĂŁo obtidos preços em R$/metro cĂşbico atravĂŠs de pesquisas projeçþes de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em de preço de mercado, divulgados por empresas especializadas em regiĂľes premissas internas e em cenĂĄrios econĂ´micos futuros que podem, e produtos similares aos da Companhia, alĂŠm dos preços praticados em operaçþes com terceiros, tambĂŠm em mercados ativos. portanto, sofrer alteraçþes. iii. Diferenciação - os volumes de colheita foram segregados e valorados 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 conforme espĂŠcie (a) pinus e eucalipto, (b) regiĂŁo, (c) destinação: serraria e processo. ProvisĂľes temporariamente iv. Volumes - estimativa dos volumes a serem colhidos (6Âş ano para indedutĂveis o eucalipto e 12Âş ano para o pinus), baseado na produtividade mĂŠdia Ativo de imposto diferido projetada para cada regiĂŁo e espĂŠcie. A produtividade mĂŠdia poderĂĄ variar de curto prazo 1.137 395 2.318 em função de idade, rotação, condiçþes climĂĄticas, qualidade das mudas, incĂŞndios e outros riscos naturais. Para as florestas formadas utilizam-se ProvisĂľes de encargos os volumes atuais de madeira. SĂŁo realizados inventĂĄrios rotativos a partir trabalhistas diversos 632 390 986 do segundo ano de vida das florestas e seus efeitos incorporados nas ProvisĂľes fiscais 505 5 1.332 demonstraçþes financeiras. Ativo de imposto diferido v. Periodicidade - as expectativas em relação ao preço e volumes futuros de longo prazo 2.626 2.431 1.852 da madeira sĂŁo revistos no mĂnimo trimestralmente ou na medida em que sĂŁo concluĂdos os inventĂĄrios rotativos. ProvisĂľes de encargos trabalhistas (b) Composição dos Saldos diversos 1.011 691 - O saldo dos ativos biolĂłgicos ĂŠ composto pelo custo de formação das ProvisĂľes fiscais 1.615 1.656 - florestas e do diferencial do valor justo sobre o custo de formação, conforme ProvisĂľes diversas 84 1.852 demonstrado abaixo: 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 TOTAL DE ATIVOS DE Custo de formação dos IMPOSTOS DIFERIDOS 3.763 2.826 4.170 ativos biolĂłgicos 471.536 362.857 182.184 Diferencial entre custo e valor justo 559.181 507.589 284.342(*) Passivo nĂŁo circulante Valor justo dos ativos biolĂłgicos 1.030.717 870.446 466.526 I. renda e C. social s/ Reserva (*) O Valor de R$ 284.342 refere-se ao ajuste na data de transição tendo de reavaliação 29.989 32.693 23.514 como contra partida Lucros acumulados, que lĂquido dos efeitos tributĂĄrios, totaliza R$ 187.665. I. renda e C. social s/ depreciação 9.003 4.221 3.708
Ativo
Vendas
(5) (5)
Nota de CrĂŠdito Rural Nota de CrĂŠdito Rural Nota de CrĂŠdito Rural TOTAL
Descrição
Dividendos a pagar
-
(1.502) (1.502)
NOTA 11 - PARTES RELACIONADAS (a) Operaçþes com partes relacionadas
Empresas controladas
financiamentos de curto prazo de longo prazo B - (-) Caixa e equivalentes de caixa C = (A-B) DĂvida lĂquida D - PatrimĂ´nio lĂquido C/D = Ă?ndice de alavancagem financeira
Instrumentos financeiros derivativos 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009
257.342 31.453 288.795
NOTA 9 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECUPERAR A Companhia possui crĂŠditos tributĂĄrios federais e estaduais a recuperar, I. renda e C. social s/ ativo biolĂłgico conforme composição demonstrada no quadro a seguir: (CPC 29 IAS 41) 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 Imposto de renda I. renda e C. social s/ benefĂcios e contribuição social a recuperar 938 419 39 a empregados ICMS/PIS/COFINS s/ aquisição I. renda e C. social s/ valor presente de Imobilizado (*) 2.803 1.352 1.296 de financiamentos Outros 16 50 1 Total circulante 3.757 1.821 1.336 I. renda e C. social s/ resultado ICMS/PIS/COFINS s/ aquisição de SWAP (caixa x competĂŞncia) de Imobilizado (*) 2.912 1.238 1.736 Total nĂŁo circulante 2.912 1.238 1.736 TOTAL DE PASSIVOS DE (*) O ICMS/PIS/COFINS a compensar foram gerados substancialmente IMPOSTOS DIFERIDOS
Clientes
A projeção orçamentĂĄria para o prĂłximo exercĂcio, aprovada pela 4.3 - Estimativa do valor justo Administração, demonstra capacidade e geração de caixa para PressupĂľe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a cumprimento das obrigaçþes, caso este seja concretizado. pagar aos fornecedores pelo valor contĂĄbil menos a perda (impairment) 4.2 - GestĂŁo de capital estejam prĂłximos de seus valores justos. O valor justo dos passivos A Companhia faz a gestĂŁo de capital de forma a garantir a continuidade de financeiros para fins de divulgação ĂŠ estimado mediante o desconto dos suas operaçþes, bem como oferecer retorno aos seus acionistas, inclusive fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, pela otimização do custo de capital e controle do nĂvel de endividamento que estĂĄ disponĂvel Ă Companhia para instrumentos financeiros similares. pelo monitoramento do Ăndice de alavancagem financeira. Esse Ăndice A Companhia aplica o CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros correspondente Ă dĂvida lĂquida pelo capital total. 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação de seu critĂŠrio de mensuração. Como a Companhia sĂł A - EmprĂŠstimos e
Encargos TJLP + 4,0%/ 7,00%. a.a.
Amortização mensal
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 NĂŁo NĂŁo NĂŁo Garantias Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante Alien. Fiduc. e NP 163 972 66 342 66
10,8%. a.a.
dezembro de 2012 Aval Duratex S.A. TR + 9,5%. a.a. outubro de 2009 Aval 12,3%. a.a. julho de 2009 Aval 104,5% do CDI setembro de 2012 Aval
122.002 1.640 123.805
88.486 50.000 139.458
1.898 1.964
97.314 97.314
90.489 10.175 101.006
66
Do total de emprĂŠstimos e financiamentos obtidos pela Companhia, (d) Programa de Pagamento ou Parcelamento de Tributos Federais R$ 210.488 em 2010 (R$ 99.212 em 2009) receberam aval da Lei nÂş 11.941/09 A Companhia aderiu ao Programa de Pagamento ou Parcelamento de controladora Duratex S.A. Tributos Federais, instituĂdo pela Lei nÂş 11.941 de 27/05/2009. O programa EmprĂŠstimos e financiamentos designados ao valor justo inclui dĂŠbitos administrados pela Receita Federal do Brasil e pela Determinados emprĂŠstimos e financiamentos (que podem ser identificados Procuradoria Geral da Fazenda Nacional vencidos atĂŠ 30 de novembro de na tabela acima como swap) foram designados ao valor justo por meio do 2008. As principais teses inseridas no programa foram: • Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) em que se discutia o resultado, conforme descrito na nota 2.4. enquadramento por estabelecimento e nĂŁo por Empresa, passando EmprĂŠstimos e financiamentos - prazo de vencimento do longo os salĂĄrios da administração do escritĂłrio central a tributação na prazo alĂquota de 1%; Ano 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 • Apropriação de crĂŠdito de IPI na aquisição de insumos e embalagens 2010 66 nĂŁo tributados. 2011 97.314 - Com base nesta Lei, a Administração da Companhia decidiu pelo pagamento Ă vista para o ITR - Imposto Territorial Rural e CSLL - Contribuição social 2012 138.645 2013 160 - sobre o lucro lĂquido de 1995 e 1997. O efeito no resultado totalizou R$ 275 positivo em 2010 e R$ 1.610 2014 160 negativo em 2009. 2015 160 (e) Ativos Contingentes 2016 160 A Companhia estĂĄ discutindo judicialmente o ressarcimento dos tributos e 2017 160 - contribuiçþes, cujas possibilidades de ĂŞxito sĂŁo consideradas provĂĄveis de 2018 13 - acordo com a avaliação dos assessores jurĂdicos e foram contabilizados Total 139.458 97.314 66 nas demonstraçþes financeiras no montante de R$ 3.207, onde deste valor R$ 3.024 (R$ 2.559 em 2009) refere-se Ă restituição do ILL pago na NOTA 17 - CONTAS A PAGAR distribuição do dividendo de 1989 a 1992. 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 NOTA 19 - ARRENDAMENTO RURAL Aquisição de fazendas 1.936 1.897 1.897 A Companhia tem contrato de arrendamento rural firmado com a Ligna Florestal Sociedade em conta de participação 559 13.669 Ltda. (controlada pela Ligna de Investimentos), relativos aos terrenos em Minas Adiantamentos de clientes 4.501 159 - Gerais e no Rio Grande do Sul, em que estĂŁo localizadas as florestas. Os Demais contas a pagar 2.451 4.828 5.768 encargos mensais relativos a esse arrendamento sĂŁo de R$ 1.109. Tal contrato Total circulante 9.447 6.884 21.334 possui vencimento para julho de 2036, podendo ser renovado automaticamente Arrendamentos de terras 13.147 13.725 - por mais 15 anos, e serĂĄ reajustado anualmente pela variação do preço mĂŠdio Sociedade em conta de participação 97.939 - praticado pela sua controladora Duratex S.A. na venda de painĂŠis de MDP. Os pagamentos nominais mĂnimos futuros sĂŁo os seguintes: Total nĂŁo circulante 111.086 13.725 2011 13.308 2012 a 2016 66.540 NOTA 18 - PROVISĂƒO PARA CONTINGĂŠNCIAS 2017 em diante 259.506 A Companhia ĂŠ parte em processos judiciais e administrativos de natureza TOTAL 339.354 trabalhista e tributĂĄria, decorrentes do curso normal de seus negĂłcios. A respectiva provisĂŁo para contingĂŞncias foi constituĂda considerando Adicionalmente, em atendimento aos requerimentos do CPC 06 Operaçþes de Arrendamento Mercantil, a Companhia registra os a avaliação de probabilidade de perda pelos consultores jurĂdicos efeitos decorrentes da linearização dos custos de seus contratos de da Companhia. arrendamento rural. A Administração da Companhia, com base na opiniĂŁo de seus consultores NOTA 20 - PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO jurĂdicos, acredita que as provisĂľes para contingĂŞncias constituĂda ĂŠ (a) Capital Social suficiente para cobrir as eventuais perdas com processos judiciais e Em Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria de 30.04.2010 foi aprovado administrativos, conforme apresentado a seguir: o aumento de capital, subscrito no montante de R$ 37.568 mediante 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 emissĂŁo de 9.945 açþes, sendo 7.718 ordinĂĄrias e 2.227 preferenciais, TributĂĄrios 8.717 8.951 8.721 todas integralizadas pela Duratex S.A., passando o capital de R$ 280.650 Trabalhistas 3.273 2.084 2.499 para R$ 318.218 representado por 190.613 açþes nominativas, sem valor nominal, sendo 147.937 ordinĂĄrias e 42.676 preferenciais. TOTAL 11.990 11.035 11.220 As contingĂŞncias tributĂĄrias envolvem, principalmente, discussĂľes judiciais (b) Reservas do PatrimĂ´nio LĂquido 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 sobre o crĂŠdito de PIS - Semestralidade. Reservas de capital 3.202 3.202 3.202 (a) Plano VerĂŁo Correção monetĂĄria do capital 2.446 2.446 2.446 Refere-se Ă medida judicial com vistas a obter o reconhecimento do direito Incentivos fiscais 756 756 756 57.649 62.497 44.027 de corrigir monetariamente o balanço patrimonial relativo ao exercĂcio Reservas de reavaliação Reservas de lucros 693.592 597.136 362.819 de 1989 por meio de aplicação integral do IPC (Ăndice bruto) de 70,28%, 20.662 14.575 11.612 evitando assim as distorçþes que o nĂŁo reconhecimento da inflação efetiva Legal Especial estatutĂĄria 672.930 582.561 351.207 causa no balanço patrimonial da Companhia e, desta forma, na tributação Adiantamento p/ futuro aumento do resultado. Foi obtida sentença reconhecendo o direito de corrigir o de capital 158.500 37.568 8.620 balanço patrimonial de acordo com o Ăndice de 42,72% o que foi efetuado O saldo destinado Ă reserva especial estatutĂĄria, serĂĄ utilizado para nos anos de 1994 a 1996. Embora a decisĂŁo do Tribunal Regional Federal - expansĂŁo dos negĂłcios da Companhia, via aumento de capital, ou para TRF tenha sido contrĂĄria Ă sentença a Companhia obteve atravĂŠs de Ação pagamento de dividendos aos acionistas. Cautelar efeitos suspensivos dos seus recursos no Supremo Tribunal (c) Dividendos Federal - STF e Supremo Tribunal de Justiça -STJ, mantendo-se, pois, os Aos acionistas ĂŠ garantido estatutariamente um dividendo mĂnimo efeitos da sentença. Em 31 de dezembro de 2010, mantĂŠm uma provisĂŁo obrigatĂłrio correspondente a 25% do lucro lĂquido ajustado. Por proposta da Administração, foi destinado Ă distribuição de dividendos o valor de de R$ 2.562 (R$ 2.174 em 2009) decorrente de compensaçþes efetuadas R$ 30.122, referente ao exercĂcio de 2010. com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro lĂquido. (d) Adiantamento para futuro aumento de capital (b) PIS - Semestralidade Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tem um saldo de R$ 158.500 a Refere-se Ă ação declaratĂłria com a finalidade de ter reconhecido o direito tĂtulo de adiantamento para futuro aumento de capital recebido integralmente ao pagamento do PIS nos termos da Lei Complementar nÂş 7/70. Tal ação da sua controladora Duratex S.A., dividido em dois contratos sendo: R$ 148.500 correspondente a 31.435 açþes ordinĂĄrias nominativas e 9.068 foi julgada procedente e transitou em julgado em 1997, fato que motivou a açþes preferenciais nominativas e R$ 5.000 correspondente a 1.061 açþes Companhia a compensar os valores referentes aos crĂŠditos apurados de nominativas e 306 açþes preferenciais nominativas. acordo com o procedimento legal. Contudo, permanece em discussĂŁo na NOTA 21 - COBERTURA DE SEGUROS esfera administrativa a prescrição dos crĂŠditos e a renĂşncia Ă execução Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuĂa cobertura de seguros judicial da ação; os crĂŠditos estĂŁo sujeitos ainda a homologação por parte para equipamentos agrĂcolas, tratores e veĂculos da frota no montante de das autoridades fiscais. Em função dessa discussĂŁo, estĂŁo provisionados R$ 1.800, consoante apĂłlices de seguro. os montantes compensados a tĂtulo de IRPJ, CSLL e COFINS os quais NOTA 22 - RECEITA LĂ?QUIDA DE VENDAS A reconciliação da receita bruta de vendas para a receita lĂquida de vendas totalizam R$ 4.059 (R$ 3.878 em 2009). esta assim representada: (c) ContingĂŞncias nĂŁo provisionadas 31/12/2010 31/12/2009 A Companhia estĂĄ envolvida em outros processos de natureza tributĂĄria Receita bruta de venda 306.793 186.669 cujo valor totaliza R$ 1.198 (R$ 2.503 em 2009) que por apresentarem Mercado interno 306.793 186.669 probabilidade apenas possĂvel, na opiniĂŁo de seus assessores jurĂdicos, Impostos e contribuiçþes sobre vendas (73.877) (48.763) nĂŁo tem provisĂŁo constituĂda. RECEITA LĂ?QUIDA DE VENDAS 232.916 137.906 &RQWLQXD
DIà RIO DO COMÉRCIO
såbado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 23
&RQWLQXDomR
'85$)/25$ 6 $ &13- Qž
NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 23 - RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS 31/12/2010 31/12/2009 Receitas financeiras Rendimento sobre aplicaçþes financeiras 11.168 2.484 Variação cambial ativa (2) Juros e descontos obtidos 21 2.812 Operaçþes com controladora 820 1.407 Valor justo (1.306) 2.686 TOTAL 10.701 9.389 Despesas financeiras Encargos sobre financiamentos - Moeda nacional (12.311) (10.243) (5.636) Operaçþes com SCP’s (10.360) Operaçþes com controladora (1.598) (1.705) Operaçþes com derivativos 1.682 (1.422) Taxas bancårias (69) (20) Imposto de operaçþes financeiras (431) (839) Outras (1.138) (46) TOTAL (24.225) (19.911) TOTAL DO RESULTADO FINANCEIRO (13.524) (10.522)
31/12/2010 31/12/2009 Resultado de EquivalĂŞncia Patrimonial 1.033 (46) Outras Adiçþes e ExclusĂľes (3.522) (1.206) I. Renda e C. Social sobre o Lucro do ExercĂcio (41.273) (5.487) No Resultado: (41.273) (5.487) Imposto de renda e contribuição social correntes (24.952) (4.840) Imposto de renda e contribuição social diferidos 936 (1.005) Imposto de renda e contribuição social diferidos - novos CPCs (17.257) 358
Este plano encontra-se em extinção, assim considerado como aquele ao qual estĂĄ vedado o acesso de novos participantes. O plano abrange os seguintes benefĂcios: a complementação de aposentadoria, por tempo de contribuição, especial, por idade, invalidez, renda mensal vitalĂcia, prĂŞmio por aposentadoria, pecĂşlio por morte. Conforme requerido pela Deliberação CVM nÂş 600 de 07 de outubro de 2009, a Towers Watson, atuĂĄrio independente, calculou para a Fundação ItaĂşsa Industrial, os valores a serem reconhecidos nas demonstraçþes financeiras. Em função do reconhecimento desse superĂĄvit depender NOTA 26 - PLANO DE PREVIDĂŠNCIA PRIVADA A Companhia faz parte do grupo de patrocinadoras da Fundação ItaĂşsa da ocorrĂŞncia ou nĂŁo de um ou mais eventos incertos, a Companhia no Industrial, entidade sem fins lucrativos, que tem como finalidade administrar julgamento de sua Administração, optou por nĂŁo reconhecer o ativo. planos privados de concessĂŁo de benefĂcios de pecĂşlios ou de renda NOTA 27 - LUCRO POR AĂ‡ĂƒO complementares ou assemelhados aos da PrevidĂŞncia Social. A Fundação administra um Plano de Contribuição Definida (Plano CD) e um Plano de BĂĄsico e diluĂdo O cĂĄlculo do lucro por ação bĂĄsico e diluĂdo sĂŁo iguais, pelo fato de nĂŁo ter BenefĂcio Definido (Plano BD). qualquer redutor na quantidade de açþes da Companhia. (a) Plano de contribuição definida - Plano CD 31/12/2010 31/12/2009 Este plano ĂŠ oferecido a todos os funcionĂĄrios e contava em 31 de dezembro 2010 com 500 participantes (462 em 31 de dezembro de 2009 e Lucro atribuĂvel aos acionistas da Companhia 121.730 59.263 NOTA 24 - OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS, LĂ?QUIDOS MĂŠdia ponderada da quantidade de açþes 31/12/2010 31/12/2009 502 em 01 de janeiro de 2009). No Plano CD PAI (Plano de Aposentadoria Individual) nĂŁo hĂĄ risco atuarial Resultado do ganho pela adesĂŁo a anistia fiscal 275 (1.610) emitidas (em milhares) 188 176 Realização de ativos, e outros operacionais (4.235) 3.736 e o risco dos investimentos ĂŠ dos participantes. O regulamento vigente Lucro bĂĄsico e lucro diluĂdo por ação 647,50 336,72 CrĂŠdito com previdĂŞncia complementar (CPC 33) 699 154 prevĂŞ a contribuição das patrocinadoras com percentual entre 50% e 100% NOTA 28 - ADOĂ‡ĂƒO DOS NOVOS CPCs PELA PRIMEIRA VEZ TOTAL (3.261) 2.280 do montante aportado pelos colaboradores. Fundo programa previdencial 28.1 - Base da transição para os novos CPCs NOTA 25 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SOCIAL As contribuiçþes das patrocinadoras que permaneceram no plano 28.1.1 - Aplicação dos CPC’s 37 e 43 e do IFRS 1 Reconciliação da Despesa do Imposto de Renda e da Contribuição em decorrĂŞncia dos participantes terem optado pelo resgate ou pela Social As demonstraçþes financeiras para o exercĂcio findo em 31 de dezembro aposentadoria antecipada, formaram o Fundo Programa Previdencial, Demonstração da reconciliação entre a despesa de imposto de renda e que de acordo com regulamento do plano, vem sendo utilizado para de 2010 sĂŁo as primeiras demonstraçþes financeiras individuais anuais em contribuição social pela alĂquota nominal e efetiva: conformidade com os CPCs. A Companhia aplicou o CPCs 37 e 43 e o 31/12/2010 31/12/2009 compensação das contribuiçþes das patrocinadoras. O valor presente das contribuiçþes normais futuras, calculado pelo mĂŠtodo IFRS 1 na preparação destas demonstraçþes financeiras Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 163.003 64.750 de crĂŠdito unitĂĄrio projetado, foi reconhecido nas demonstraçþes financeiras A data de transição ĂŠ 1Âş de janeiro de 2009. A Administração preparou o de 01.01.2009, na rubrica CrĂŠditos com Plano de PrevidĂŞncia no montante balanço patrimonial de abertura segundo os CPCs nessa data. Base imposto de renda e contribuição social Na preparação destas demonstraçþes financeiras, a Companhia aplicou as lucro presumido (66.347) (62.918) de R$ 3.372, que lĂquido dos efeitos tributĂĄrios totaliza R$ 2.225. Este valor foi recalculado para os exercĂcios de 2010 e 2009 tendo um exceçþes obrigatĂłrias relevantes e certas isençþes opcionais em relação Ă I. Renda e C. Social sobre o Resultado Ă s acrĂŠscimo de R$ 699 e R$ 154, respectivamente, e foram reconhecidos no alĂquotas de 25% e 9%, respectivamente (32.863) (623) aplicação completa retrospectiva. resultado na rubrica Outros resultados operacionais lĂquidos (nota 2.14). I. Renda e C. Social sobre Adiçþes e 28.1.2 - Isençþes da aplicação retrospectiva completa - escolhidas (b) Plano de BenefĂcio Definido Plano BD ExclusĂľes ao Resultado (8.410) (4.864) É um Plano que tem finalidade bĂĄsica a concessĂŁo de benefĂcios que, pela Companhia Imposto de renda e contribuição social - lucro presumido (6.311) (3.777) sob a forma de renda mensal vitalĂcia, se destina a complementar, nos A Companhia optou por aplicar as seguintes isençþes com relação Ă ProvisĂľes/realizaçþes indedutĂveis 390 165 termos de seu regulamento os proventos pagos pela PrevidĂŞncia Social. aplicação retrospectiva: 28.2.1 - Conciliação do balanço patrimonial de transição em 01/01/2009 CONCILIAĂ‡ĂƒO DO BALANÇO PATRIMONIAL DE TRANSIĂ‡ĂƒO EM 01 DE JANEIRO DE 2009 01/01/2009 BR GAAP ReclassiAnterior ficação ATIVO CIRCULANTE 69.882 (384) Caixa e equivalentes de caixa 29.681 Contas a receber de clientes 30.825 Estoques 6.780 Valores a receber 817 Impostos e contribuiçþes a recuperar 1.720 (384) Demais crĂŠditos 59 NĂƒO CIRCULANTE 567.495 384 DepĂłsitos vinculados 802 Valores a receber 2.306 CrĂŠditos c/ plano de previdĂŞncia Impostos e contribuiçþes a recuperar 5.522 (3.786) Imposto de renda e c.social diferidos 4.170 Investimento em controlada 45.049 Outros investimentos 473 Imobilizado 331.145 Ativos biolĂłgicos 182.184 IntangĂvel 14 TOTAL DO ATIVO 637.377 (1)
BenefĂcios a empregados
Ativos BiolĂłgicos 284.342 284.342 284.342 (2)
01/01/2009 novos CPCs
3.372 3.372 3.372 (3)
69.498 29.681 30.825 6.780 817 1.336 59 855.593 802 2.306 3.372 1.736 4.170 45.049 473 331.145 466.526 14 925.091
(a) Isenção do BenefĂcio a Empregados de Contribuição Definida A Companhia optou por reconhecer todos os ganhos e perdas relativos ao valor presente das contribuiçþes normais futuras, calculados pelo mĂŠtodo de crĂŠdito unitĂĄrio projetado em 1Âş de janeiro de 2009; (b) Isençþes opcionais remanescentes nĂŁo se aplicam Ă Companhia • A contabilização dos arrendamentos mercantis, uma vez que as prĂĄticas contĂĄbeis brasileiras e os IFRS jĂĄ se encontram alinhadas com relação a essa transação para 2009; • Instrumentos financeiros compostos porque a Companhia nĂŁo tem saldo em aberto relacionado a esse tipo de instrumento financeiro na data de transição; • Passivos para restauração incluĂdos no custo de terrenos, edifĂcios e equipamentos jĂĄ que a Companhia nĂŁo tinha quaisquer passivos desse tipo; • Ativos financeiros ou ativos intangĂveis contabilizados de acordo com o IFRIC 12, jĂĄ que a Companhia nĂŁo tem contratos dentro do escopo do IFRIC 12. (c) Designação de instrumentos financeiros passivos ao valor justo por meio do resultado A Administração utilizou dessa isenção na data de transição pelo fato de existir ativo financeiro diretamente relacionado tambĂŠm mensurado ao valor justo, com o objetivo de eliminar inconsistĂŞncia contĂĄbil, nos termos dos CPCs 38, 39 e 40. 28.1.3 - Exceçþes da aplicação retrospectiva seguidas pela Companhia As estimativas utilizadas na preparação das demonstraçþes financeiras de acordo com o Novo BR GAAP em 1Âş de janeiro de 2009 sĂŁo consistentes com as estimativas realizadas para essas mesmas datas em conformidade com o BR GAAP anterior. NĂŁo hĂĄ evidĂŞncias de que tais estimativas contivessem erros. As exceçþes mandatĂłrias do CPC 37 nĂŁo foram aplicadas devido ao fato de que nĂŁo tiveram diferenças significativas com a aplicação do BR GAAP anterior. 28.2 - Conciliaçþes entre BR GAAP antigo e os novos CPCs Seguem os balanços patrimoniais e demonstração de resultado, com ajustes para CPCs/IFRS e depois explicaçþes sobre os ajustes relevantes, apresentando a quantificação dos efeitos da transição em 01/01/2009 e 31/12/2009. 01/01/2009 BR GAAP Anterior
PASSIVO E PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos Fornecedores Obrigaçþes com pessoal Contas a pagar Impostos e contribuiçþes Dividendos NĂƒO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos ProvisĂŁo para contingĂŞncias Imposto de renda e c. social diferidos Partes relacionadas PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO Capital social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Ajustes de avaliação patrimonial Adiantamento p/ futuro aumento capital TOTAL DO PASSIVO E P. LĂ?QUIDO
Ativos BiolĂłgicos
154.028 101.006 5.076 2.983 21.334 3.534 20.095 62.120 66 11.220 27.222 23.612 421.229 192.452 3.202 44.027 172.928 8.620 637.377
BenefĂcios a empregados
96.677 96.677 187.665 187.665 284.342 (4)
1.146 1.146 2.226 2.226 3.372 (4)
01/01/2009 novos CPCs 154.028 101.006 5.076 2.983 21.334 3.534 20.095 159.943 66 11.220 125.045 23.612 611.120 192.452 3.202 44.027 362.819 8.620 925.091
(1) TransferĂŞncia para o longo prazo dos valores relativos a imposto de renda e contribuição social diferidos (2) Reconhecimento do valor justo dos ativos biolĂłgicos (CPC 26- IAS 41) (3) Reconhecimento do crĂŠdito existente no Fundo Programa Previdencial da Fundação ItaĂşsa Industrial, formado por opçþes de resgate antecipado das cotas ou por aposentadoria antecipada (CPC 33 IAS 19) (4) Movimentação no patrimĂ´nio lĂquido dos ajustes relativos a ativos biolĂłgicos e pelo reconhecimento do crĂŠdito do fundo programa previdencial 28.2.2 - Conciliação do balanço patrimonial em 31/12/2009 CONCILIAĂ‡ĂƒO DO BALANÇO PATRIMONIAL DE TRANSIĂ‡ĂƒO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 31/12/2009 BR GAAP Anterior ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes Estoques Valores a receber Impostos e contribuiçþes a recuperar Demais crĂŠditos NĂƒO CIRCULANTE DepĂłsitos vinculados Valores a receber CrĂŠditos c/ plano de previdĂŞncia Impostos e contribuiçþes a recuperar Imposto de renda e c. social diferidos Investimento em controlada Outros investimentos Imobilizado Ativos biolĂłgicos IntangĂvel TOTAL DO ATIVO
40.791 8.379 22.845 6.358 882 2.299 28 821.654 834 14.610 3.586 84.840 473 354.380 362.857 74 862.445
Reclassificação (478) (478) 478 (2.348) 2.826 (1)
Incorp. Satipel Florestal
BenefĂcios a empregados
Ativos BiolĂłgicos
3.633 3.633 3.633 (2)
507.589 507.589 507.589 (3)
31/12/2009 novos CPCs
3.526 3.526 3.526 (4)
40.313 8.379 22.845 6.358 882 1.821 28 1.336.880 834 14.610 3.526 1.238 2.826 84.840 473 358.013 870.446 74 1.377.193
31/12/2009 BR GAAP Anterior PASSIVO E PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos Fornecedores Obrigaçþes com pessoal Contas a pagar Impostos e contribuiçþes Dividendos NĂƒO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos ProvisĂŁo para contingĂŞncias Imposto de renda e c. social diferidos Partes relacionadas Outras contas a pagar PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO Capital social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Adiantamento p/ futuro aumento capital TOTAL DO PASSIVO E P. LĂ?QUIDO
Valor Justo financ.
39.635 1.964 7.081 4.133 6.884 5.184 14.389 183.263 100.000 11.035 36.999 21.504 13.725 639.547 280.650 3.202 62.497 255.630
(1.773) (2.686) 913 1.773 1.773
37.568 862.445
(5)
(1) TransferĂŞncia para o longo prazo dos valores relativos a imposto de renda e contribuição social diferidos (2) Valor recebido na incorporação da Satipel Florestal apĂłs a combinação de negĂłcios da controladora Duratex e Satipel. (3) Reconhecimento do valor justo dos ativos biolĂłgicos (CPC 26 - IAS 41) (4) Reconhecimento do crĂŠdito existente no Fundo Programa Previdencial da Fundação ItaĂşsa Industrial, formado por opçþes de resgate antecipado das cotas ou por aposentadoria antecipada (CPC 33 IAS 19) (5) Movimentação no patrimĂ´nio lĂquido dos ajustes relativos a ativos biolĂłgicos e pelo reconhecimento do crĂŠdito do fundo programa previdencial. 28.2.3 - Conciliação do lucro lĂquido do exercĂcio findo em 31/12/2009 31/12/2009 Valor Incorp. BR GAAP Anterior Reclassificaçþes Justo financ. Satipel Florestal Receita lĂquida de vendas 137.906 Variação do valor justo dos ativos biolĂłgicos Custo dos produtos vendidos (53.635) (1.966) (110) Lucro bruto 84.271 (1.966) (110) Despesas gerais e Administrativas (4.835) HonorĂĄrios da Administração (494) Outros resultados operacionais, lĂquidos 2.138 (12) Lucro operacional antes do resultado financeiro e equivalĂŞncia patrimonial 81.080 (1.966) (122) Receitas financeiras 6.703 2.686 Despesas financeiras (19.911) EquivalĂŞncia patrimonial (104) Lucro antes dos impostos, contribuiçþes e participaçþes 67.768 (1.966) 2.686 (122) Imposto de renda e contribuição social (4.840) Imposto de renda e contribuição social diferidos (1.005) (913) 41 Plano de Particip. Resultado - Lei nÂş 10.101/00 (1.966) 1.966 Lucro LĂquido do exercĂcio 59.957 1.773 (81)
Duraflora S.A. Examinamos as demonstraçþes financeiras da Duraflora S.A. (a “Companhiaâ€?) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstraçþes do resultado, das mutaçþes do patrimĂ´nio lĂquido e dos fluxos de caixa para o exercĂcio findo nessa data, assim como o resumo das principais polĂticas contĂĄbeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstraçþes financeiras A administração da Companhia ĂŠ responsĂĄvel pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstraçþes financeiras de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessĂĄrios para permitir a elaboração de demonstraçþes financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade ĂŠ a de expressar uma opiniĂŁo sobre essas demonstraçþes financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigĂŞncias ĂŠticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoĂĄvel de que as demonstraçþes financeiras estĂŁo livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidĂŞncia a respeito dos valores e das divulgaçþes apresentados nas demonstraçþes financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstraçþes financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstraçþes financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que sĂŁo apropriados nas circunstâncias,
H
oras apĂłs ser reeleito secretĂĄrio-geral do PS (Partido Socialista), o primeiro-ministro demissionĂĄrio de Portugal, JosĂŠ SĂłcrates, declarou que um eventual resgate financeiro ao paĂs, imerso em uma crise de dĂvida pĂşblica, "agravaria as condiçþes de financiamento de outros paĂses europeus" e acusou a oposição conservadora de render-se ao Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI). Recorrer Ă ajuda externa "seria ruim para a Europa, que
BenefĂcios a empregados
Ativos BiolĂłgicos
1.235 1.235 2.398 2.398
172.581 172.581 335.008 335.008
1.199 1.199 2.327 2.327
3.633 (5)
507.589 (5)
3.526 (5)
Ativos biolĂłgicos
BenefĂcios a empregados
96.853 (100.623) (3.770) (3.770) (3.770) 1.282 (2.488)
RELATĂ“RIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas
Incorp. Satipel Florestal
154 154 154 (52) 102
31/12/2009 novos CPCs 39.635 1.964 7.081 4.133 6.884 5.184 14.389 356.505 97.314 11.035 212.927 21.504 13.725 981.053 280.650 3.202 62.497 597.136 37.568 1.377.193
31/12/2009 novos CPCs 137.906 96.853 (156.334) 78.425 (4.835) (494) 2.280 75.376 9.389 (19.911) (104) 64.750 (4.840) (647) 59.263
ADMINISTRAĂ‡ĂƒO
mas nĂŁo para expressar uma opiniĂŁo sobre a eficĂĄcia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui tambĂŠm a avaliação da adequação das polĂticas contĂĄbeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contĂĄbeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstraçþes financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidĂŞncia de auditoria obtida ĂŠ suficiente e apropriada para fundamentar nossa opiniĂŁo. OpiniĂŁo Em nossa opiniĂŁo, as demonstraçþes financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Duraflora S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operaçþes e os seus fluxos de caixa para o exercĂcio findo nessa data, de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil.
Outros assuntos Informação suplementar - demonstração do valor adicionado Examinamos, tambĂŠm, a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercĂcio findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação nĂŁo ĂŠ obrigatĂłria pela legislação societĂĄria brasileira para companhias fechadas. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opiniĂŁo, estĂĄ adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação Ă s demonstraçþes financeiras tomadas em conjunto.
DIRETORIA PRESIDENTE Henri Penchas DIRETORES-EXECUTIVOS
DIRETORES-GERENTES
Alexandre Coelho N. do Nascimento
FlĂĄvio Dias Soares
Antonio Joaquim de Oliveira
Francisco de Assis GuimarĂŁes Marco Antonio Milleo
Antonio Massinelli
Renato Aguiar Coelho FlĂĄvio Marassi Donatelli Roney Rotenberg LĂşcia Helena Videira Raul Penteado de Oliveira Neto Roberto Szachnowicz
São Paulo, 25 de março de 2011 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Valdir Renato Coscodai Contador CRC 1SP165875/O-6
Roberto Frederico Battaglioli – Contador – CRC 1SP109479/O-0
Resgate a Portugal Reeleito secretĂĄrio-geral do PS, JosĂŠ SĂłcrates acusa oposição conservadora de render-se ao FMI. tem uma moeda Ăşnica", avisou SĂłcrates, que assegurou que uma intervenção em Portugal poderia servir para "especular" com a dĂvida de outros paĂses da zona do Euro. Em discurso por ocasiĂŁo de sua reeleição como secretĂĄriogeral do PS, SĂłcrates centrou sua fala nos perigos de um pos-
sĂvel resgate a Portugal e citou o "desprestĂgio" internacional e os efeitos "nocivos" do mesmo para a vida dos portugueses. "Esses programas (de resgate) impĂľem uma agenda liberal que ĂŠ negativa para o estado social", apontou SĂłcrates, que assegurou conhecer "muito bem" a situação na qual se
encontram GrÊcia e Irlanda depois receber ajuda financeira externa. Reeleição – JosÊ Sócrates foi reeleito secretårio-geral do Partido Socialista português com 93,3% de apoio, informaram fontes da comissão organizadora do partido. Sócrates, que concorria pela
quarta vez ao cargo que ostenta desde 2004, venceu claramente Jacinto Serrão (3,33%), Antonio Fonseca Ferreira ( 2 , 5 4 % ) e A n t o n i o B ro t a s (0,9%) apuradas 717 das 721 seçþes de voto, quando faltavam somente quatro federaçþes internacionais. Fontes da organização calcularam a par-
ticipação eleitoral em 89,95% dos 32 mil militantes com direito a voto. O PS, uma das grandes forças polĂticas que se alternou no poder com os conservadores do Partido Social Democrata desde 1974, escolheu tambĂŠm os delegados para seu 17Âş congresso nacional a ser realizado entre 8 e 10 de abril. A saĂda de SĂłcrates abriu uma crise institucional em Portugal, que jĂĄ vive a pior recessĂŁo de seus Ăşltimos 30 anos. (Folhapress)
DIà RIO DO COMÉRCIO
24
såbado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
e Livrarias prosperam na era da internet A profissionalização das pequenas e mÊdias livrarias Ê fundamental Francisco Ednilson Xavier Gomes, da Associação Nacional das Livrarias
conomia
Animadas com o crescimento das vendas do setor em 2010, as principais redes de livrarias do PaĂs anunciam a abertura de lojas em vĂĄrias cidades. Marcelo Soares/LUZ
Paula Cunha
vier Gomes, presidente da Associação Nacional das Livrarias (ANL), as vendas de 2010 este ano, as maio- contribuĂram decisivamente res cadeias de li- para o atual plano de cresciv r a r i a s d o P a Ă s mento. A expansĂŁo deste ano ĂŠ pretendem inau- puxada pelas grandes cadeias, gurar mais lojas. Entre elas que devem abrir o maior nĂşdestacam-se a Nobel, com pre- mero de lojas do setor. Pela falvisĂŁo de abrir 22 lojas atĂŠ de- ta de capital de giro, as pequezembro, a Saraiva, com quatro, nas e mĂŠdias livrarias nĂŁo e a Cultura, com duas no Rio de apresentam o mesmo ritmo de Janeiro. Esta estratĂŠgia ĂŠ resul- expansĂŁo. Para sobreviver, tado do bom desempenho do elas precisam atuar em ĂĄrea essetor, beneficiado pelo cresci- pecĂfica e oferecer ao consumimento do PaĂs em 2010. Com dor, alĂŠm de bons acervos, serisso, o faturamento do seg- viços diferenciados. Para auxiliar este grupo a mento foi 9,6% maior que o de 2009, situando-se em R$ 2,2 bi- ANL oferece programas de relhĂľes. No momento, o PaĂs ciclagem profissional. Gomes conta com 2.980 livrarias e o ressalta que os funcionĂĄrios modelo de expansĂŁo das redes destes empreendimentos conĂŠ baseado nas megastores. As cluĂram o Ensino MĂŠdio e neredes estĂŁo a todo vapor ape- cessitam de estĂmulos para seu aperfeiçoamento cultural. "AĂ sar dos avanços da internet. entra o papel Para Francisco Ednilson Xado empreenNewton Santos/Hype d e d o r, q u e deve estimulĂĄ-los para oferecer um at en dim en to dif erenci ado ao cliente", explica o presidente da entidade. Para este ano, ele acreNobel prevĂŞ 22 inauguraçþes nos prĂłximos meses. dita que as
N
A estratĂŠgia bem-sucedida da Livraria Cultura em SĂŁo Paulo serĂĄ reproduzida no Rio de Janeiro, com a abertura de duas grandes lojas este ano.
perspectivas são muito positivas para as grandes redes, pois a população brasileira estå investindo mais em sua formação. "A classe C estå tomando consciência disso. Por isso, as
grandes redes crescerĂŁo", diz ele. JĂĄ para as pequenas e mĂŠdias, a previsĂŁo ĂŠ de que 2011 terĂĄ resultado igual ao de 2010. Segundo ele, a concorrĂŞncia ĂŠ acirrada e as pequenas livra-
rias estĂŁo sendo engolidas por grandes grupos e pelo e-commerce. Assim, alĂŠm dos diferenciais citados, ĂŠ necessĂĄria uma boa plataforma de e-commerce para atender ao inter-
nauta. "A profissionalização das pequenas e mÊdias livrarias Ê fundamental", diz. Outros atrativos devem ser adotados, como årea de lazer, para cativar o público.
Luiz Prado/LUZ
ExpansĂŁo ĂŠ inspirada nas megastores
E
ntre as redes com planos de expansĂŁo, a Livraria Cultura instalarĂĄ duas novas unidades no Rio de Janeiro no segundo semestre deste ano, somando assim um total de 13 lojas em todo o PaĂs. Uma estarĂĄ localizada no Fashion Mall, em SĂŁo Conrado, e segue a tendĂŞncia de inauguração em grandes centros de compra. A segunda ocuparĂĄ o prĂŠdio do antigo Cine VitĂłria, no Centro da cidade. Segundo a diretação da rede, as unidades terĂŁo caracterĂsticas que possibilitarĂŁo Ă Livraria Cultura manter a sua personalidade jĂĄ estabelecida em SĂŁo Paulo e em outros estados, de lojas grandes, com cafeterias in-
ternas. Serão contratados 180 novos funcionårios. A unidade do Centro terå 3 mil metros quadrados e servirå de apoio para a segunda, com dimensþes menores. PorÊm, para a rede, o tamanho da loja não Ê um dos aspectos mais importantes. A estratÊgia adotada para elas serå a do atendimento diferenciado, bem como a oferta do acervo completo e de experiências culturais em espaços de leitura. Experiência – A Saraiva pretende inaugurar quatro megastores no Estado de São Paulo e duas iTown, que são unidades exclusivas Apple, em Recife e em Goiânia. A rede investirå R$ 20 milhþes
em novas lojas neste ano. Para o diretor-presidente da empresa, MarcĂlio D'Amico Pousada, o modelo de megastore ĂŠ bem-sucedido e a rede estĂĄ investindo nele, pois agrega mais experiĂŞncias positivas ao cliente. O executivo lembra que o grupo possui vĂĄrias modalidades de lojas. AlĂŠm da megastore, hĂĄ as tradicionais (com apenas livros e itens de papelaria) e as novas lojas (que adicionam CDs, DVDs, multimĂdia, papelaria e revistas). "NĂŁo acho que a megastore serĂĄ o Ăşnico formato vencedor, as pequenas livrarias, de nichos especĂficos de mercado, continuarĂŁo existindo", disse ele.
Sem divulgar cifras, Pousada lembra que, por metro quadrado, uma megastore vende mais que o dobro de uma loja tradicional. Quanto ao modelo de rua, opina que o seu futuro depende dos rumos que este comÊrcio tomarå. No caso da Livraria da Vila, a rede tem cinco unidades na capital paulista e concentrarå sua expansão em São Paulo. Uma loja de 800 metros quadrados serå inaugurada no Shopping Higienópolis, com cafÊ e auditório. Rafael Seibel, coordenador de marketing da rede, enfatiza que a direção optou por um modelo que transforme a unidade em um polo cultural da comunidade. (PC)
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Empresa mantĂŠm modelo de negĂłcio Paulo Pampolim/Hype
Livraria Martins Fontes aposta no estilo tradicional de pequenas lojas
N
a contramĂŁo das grandes livrarias, a Martins Fontes nĂŁo tem planos de expansĂŁo nem pretende transformar o formato de suas lojas neste ano. Ela dispĂľe de quatro unidades em SĂŁo Paulo, uma em Santos e uma no Rio de Janeiro, todas localizadas em pontos comerciais de ruas. Na visĂŁo de seus empreendedores, este modelo ĂŠ uma filosofia de trabalho que se traduz em oferta de acervo diferenciado, com tĂtulos concentrados nas ĂĄreas de filosofia, psicologia, comunicação e economia e literatura. AlĂŠm disso, seus representantes consideram que, para oferecer atendimento personalizado aos seus clientes, a opção pelo tamanho compacto de suas dependĂŞncias ĂŠ o ideal, pois ele proporciona a sensação de aconchego ideal para mantĂŞ-los mais tempo dentro das lojas. (PC)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
ECONOMIA/LEGAIS - 25
Bolha de crédito
Merrill Lynch questiona O política monetária
chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alertou neste fim de semana, em Calgary, Canadá, que muitas economias latinoamericanas mostram sinais de superaquecimento e que a região estava em risco de uma bolha de crédito. "O crescimento na maioria das economias da América Latina agora está de volta ao seu potencial e em muitas delas existem sinais preocupantes de superaquecimento", disse o chefe do FMI em um blog que coincidiu com sua
Alberto Ades, do Bank of America Merrill Lynch, diz que a América Latina precisa apertar a política fiscal.
O
Banco Central do Brasil (BCB) reagiu para conter a alta da inflação no País, mas a política de gastos do governo deixa muito a desejar, disse ontem o estrategista para mercados emergentes Alberto Ades, do Bank of America Merrill Lynch. A inflação, que ameaça ficar acima da meta do
BCB em 6,5%, é um problema muito menor para o Brasil do que para outros países da região, e grande parte dessa inflação está relacionada muito mais com a liquidez global do que com assuntos domésticos, diz o economista. "No momento, não existe muito que o BC possa fazer", afirmou o economista durante Casa de Saúde Santa Rita S/A.
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CNPJ/MF nº 60.882.289/0001-41 AVISO AOS ACIONISTAS Acham-se à disposição, na sede social, documentos do Art. 133, Lei 6404/76, do exercício findo 31/12/2010. SP, 23/3/2011. A Diretoria. (24, 25, 26/03/2011)
Centro Automotivo Dumont Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação, 45004364, válida até 25/03/2016 para comercio de Combustíveis para veiculos automotores, Avenida Guilherme Dumont Vilares ,1151 - Vila Suzana - São Paulo - SP.
entrevista em Calgary, Canadá, onde acontece a reunião anual do Banco de Desenvolvimento Interamericano (BID). "A questão não é se os bcs estão agindo muito lentamente, mas se deveriam ter iniciado o ciclo de aperto mais cedo", questiona Ades. "A região precisa apertar a política fiscal e isso não está ocorrendo na
Centro Automotivo Ponto Quente Ltda, torna público que requereu na Cetesb Renovação da Licença de Operação, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, sito à Av. Santa Marina, 1770 - 05036-001 - Agua Branca - São Paulo - SP.
Auto Posto Lavapés Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação, 45004300, válida até 25/03/2016 para comercio varejista de Combustíveis e Lubrificantes, Rua dos Lavapés, 187 - Cambuci - São Paulo - SP.
EAA Administração e Empreendimentos S.A.
Shopping Center Ibirapuera S.A. - CNPJ/MF nº 58.579.467/0001-18
CNPJ n.º 11.493.109/0001-24 – NIRE 35.300.376.021 Aviso aos Acionistas Documentos à disposição: Acham-se à disposição dos Srs. Acionistas, naAlameda Gabriel Monteiro da Silva, n.º 1.364, nesta Capital, os documentos a que se refere o art. 133, da Lei n.º 6.404/76, relativos ao exercício de 2010. São Paulo, 24 de março de 2011. Ernesto Assad Abdalla - Diretor Presidente 25,26,29/03/2011
Aviso aos Acionistas Acham-se à disposição dos Srs. Acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2010. São Paulo, 23/03/2011. Armando de Angelis Filho - Presidente do Conselho de Administração.
York Indústria e Comércio de Produtos Plásticos S.A. CNPJ n.º11.520.001/0001-83 – NIRE 35.3.00376013 Aviso aos Acionistas Documentos à disposição: Acham-se à disposição dos Srs. Acionistas, na Rua Marechal Deodoro, n.º 450, no Município de Salto, Estado de São Paulo, os documentos a que se refere o art. 133, da Lei n.º 6.404/76, relativos ao exercício de 2010. Salto, 24 de março de 2011. Flávio Elias Jabra - Diretor Presidente 25,26,29/03/2011
Brasmotor S.A. CNPJ/MF nº 61.084.984/0001-20 – Companhia Aberta Aviso aos Acionistas Comunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, a partir desta data, na sede social da Companhia, na Cidade de São Paulo, Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, bem como no site da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404, de 15.12.1976, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2010. São Paulo, 25 de março de 2011. Diretoria. 26,29,30/03/2011
BBD Participações S.A. CNPJ no 07.838.611/0001-52 - NIRE 35.300.335.295
José Kalil S/A Participações e Empreendimentos CNPJ nº 60.937.653/0001-23 Aviso aos Acionistas Encontram-se à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, na Rua Professor Cesare Lombroso nº 259, nesta Capital, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei nº 6.404/76, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, São Paulo, 24 de março de 2011. João Carlos Piccelli - Diretor Presidente. 24,25,26/03/2010
América Latina", afirmou . Para o economista, a fartura das commodities está elevando a arrecadação que, por sua vez, está sendo consumida. "A política precisa incluir algum tipo de contenção fiscal", argumenta Ades. Ele criticou a eficácia de longo prazo dos controles de investimentos estrangeiro. (AE)
viagem para Calgary, onde acontece a reunião anual do Banco de Desenvolvimento Interamericano (BID). "O aprofundamento financeiro (na América Latina), embora bem-vindo, pode trazer seus próprios desafios, por exemplo, o risco de bolhas de crédito", disse Strauss-Kahn. Rating – Durante o evento, a Moody's Investor Services anunciou que o progresso do governo do Brasil nos cortes de gastos propostos será fundamental para determinar mudanças na perspectiva do rating de crédito do País. (Agências)
AVISO - Comunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, a partir desta data, na sede social, na Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, Departamento de Contadoria Geral, os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei n o 6.404, de 15.12.1976, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2010. Osasco, SP, 24 de março de 2011. 25, 26 e 29.3.2011 Diretoria.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO Processo nº 32/2011 - Pregão nº 17/2011 OBJETO: Aquisição de materiais de enfermagem. TIPO: MENOR PREÇO, POR ITEM. VENCIMENTO: 10(dez) horas, do dia 11 de abril de 2011. Edital por meio eletrônico e sem custo (licita.andradina@hotmail.com) e na forma impressa - taxa no valor de R$ 16,28. Informações: Prefeitura - Rua Dr. Orensy Rodrigues da Silva n° 341, fone/fax (18) 3702-1029, de 2ª a 6ª feira, das 08h30 às 16h. Andradina, 25 de março de 2011. JAMIL AKIO ONO – PREFEITO
Alfa Holdings S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto CNPJ/MF nº 17.167.396/0001-69 - NIRE 35 3 0002375 7 Aviso Encontram se à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, na Alameda Santos, 466, nesta Capital, os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercício de 2010. São Paulo, 24 de março de 2011. Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Diretor Presidente.
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO - CODASP CNPJ Nº 61.585.220/0001-19 AVISO AOS ACIONISTAS Comunicamos, para os devidos fins, que se acham à disposição dos Srs. Acionistas desta Companhia, em sua sede social, na Av. Miguel Estéfano, 3.900, Capital, os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6404 de 15.12.76, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2010. São Paulo, 24 de março de 2011- Petrônio Pereira Lima - Diretor Presidente.
Consórcio Alfa de Administração S.A.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CNPJ/MF Nº 61.586.558/0013-29 Edital de Convocação Ficam convidados os Senhores Acionistas da Yoki Alimentos S.A., a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 29/04/2011, às 09:00 horas, em sua sede social na Av. Miro Vetorazzo, 1661/1681, Bairro Demarchi, Cidade de São Bernardo do Campo, Estado de SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) Matéria Ordinária: a) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e voltar as demonstrações financeiras; b) deliberar sobre a destinação do resultado líquido do exercício; c) outros assuntos de interesse da sociedade. 2) Matéria Extraordinária: a) alteração do artigo 5º do Estatuto Social com a capitalização das reservas apuradas; b) outros assuntos de interesse da sociedade. Os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei 6404/76, relativo ao exercício encerrado em 31/12/2010, encontram-se a disposição dos acionistas na sede da sociedade. São Bernardo do Campo/SP, 25/03/ 2011. Mitsuo Matsunaga-Diretor Presidente. (25, 26 e 29)
Organização Médica Cruzeiro do Sul S/A. C.N.P.J. nº. 61.613.287/0001-10 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA - CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Senhores Acionistas desta sociedade para se reunirem em AGO, a realizar-se no dia 27/04/2011 às 08:00 horas, em sua sede social, na Av. dos Autonomistas, 2502 na cidade de Osasco/SP, a fim de tomarem conhecimento e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: AGO a) Exame, discussão e votação das contas da diretoria, do balanço geral e das demais demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2010; b) Fixação da Remuneração dos Administradores; c) Destinação do Resultado Liquido do Exercício; d)Eleição dos membros do Conselho de Administração para o triênio 2011/2014 ; e) Outros assuntos de interesse social. Aviso: Achamse à disposição dos Senhores Acionistas na sede da sociedade os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2010. Osasco, 22 de março de 2011. Dr. Roberto Cavalieri Costa - Presidente do Conselho de Administração. (24, 25 e 26)
SULEIBRA ADMINISTRADORA E COMERCIAL S/A CNPJ/MF nº 60.105.145/0001-89 - NIRE 35.300.178.131 Edital de Convocação de Assembleia Geral Ordinária Ficam convocados os Srs. Acionistas para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se, às 10:00 horas, do dia 04/04/2011, na Sala Brooklin, do Hotel InterCity, sito à Rua Alcides Lourenço da Rocha, nº 136, Brooklin Novo, CEP 04571-110, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: (a) exame, discussão e votação do Relatório da Diretoria, do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, publicados nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” dos dias 26/02/2011 e 26, 27 e 28/02/2011, respectivamente; (b) exame, discussão e votação da proposta da Diretoria para a destinação do lucro do referido exercício, (c) eleição da Diretoria e (d) outros assuntos de interesse da Companhia. Os Srs. Acionistas poderão ser representados na Assembleia por procuradores constituídos na forma do artigo 126, parágrafos 1º e 2º da Lei das Sociedades Anônimas. São Paulo, 10 de março de 2011. Ibrahim Suleiman - Diretor-Presidente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM EXTRATO DE REABERTURA DO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 004/2011 Objeto: Fornecimento parcelado de grama tipo esmeralda. Recebimento das propostas comerciais a partir do dia 29/03/2011 até às 16:30 h do dia 11/04/2011. Abertura e julgamento das propostas: das 07:30 às 09:00 h do dia 12/04/2011. Abertura dos lances a partir das 09:01 horas do dia 12/04/2011. Retirada do Edital: Diretamente no site www.bbmnet.com.br e ou gratuitamente através do site www.mogimirim.sp.gov.br para consulta. Demais Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052. Pregoeira EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 032/2011 Objeto: Aquisição de artigos de vestuário para dança. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 08/04/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 07/04/2011. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 033/2011 Objeto: Registro de preços de medicamentos para atender Processos Judiciais. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 11/04/2011 às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 08/04/2011. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 034/2011 Objeto: Locação de caminhões e máquinas com operador. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 12/04/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 11/04/2011. Pregoeira.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 25 de março de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Dupiza Comércio Importação Exportação e Distribuição Ltda. - Requerida: Etelbras Eletrônica e Telecomunicações S/A - Rua Álvaro do Vale nº 99 - Ipiranga - 2ª Vara de Falências
AVISO - Comunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, a partir desta data, na sede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Departamento de Contadoria Geral, os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404, de 15.12.1976, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2010. Osasco, SP, 24 de março de 2011. Diretoria. 25, 26 e 29.3.2011
DRI - RESINAS INDUSTRIAIS S.A. CNPJ nº 10.231.715/0001-09
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
BNT S.A.
YOKI ALIMENTOS S.A.
CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800
FDE AVISA: COMUNICADO REF. Pregão ( Presencial) de Registro de Preços nº 36/00839/10/05- Aquisição de Armário de Aço 6 Portas AR- 05 e Estante Simples ES-01. A pedido da área solicitante o referido pregão está cancelado.
Sociedade Anônima de Capital Aberto CNPJ/MF nº 17.193.806/0001-46 e NIRE 35 3 0002366 8 Aviso Encontram-se à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, na Alameda Santos, 466, nesta Capital, os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercício de 2010. São Paulo, 24 de março de 2011. Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Diretor Presidente
CNPJ 60.780.038/0001-56 Edital de Convocação e Aviso aos Acionistas Assembléia Geral Ordinária Ficam os Srs. Acionistas desta Sociedade convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 26 de abril de 2011, às 15:00 horas, na sede social da empresa, situada na Capital do Estado de São Paulo, à Rua Gomes de Carvalho, 1.507, Edifício Tenerife, Bloco B, 4º andar, cjs. 41 e 42, sala 1, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) - Exame, discussão e votação do Relatório da Diretoria, das Demonstrações Financeiras e do Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010. b) - Destinação do resultado do exercício; c) - Eleição do Conselho Fiscal para o exercício de 2011; d) - Fixação dos honorários da Diretoria e do Conselho Fiscal.Documentos á Disposição - Acham-se à disposição dos Srs. Acionistas, na Rua Gomes de Carvalho, 1.507, Edifício Tenerife, Bloco B, 4º andar, cjs. 41 e 42, sala 1, nesta Capital, os documentos a que se refere o Art. 133, da Lei nº 6404/76, relativos ao exercício de 2010. São Paulo, 23 de Março de 2011 - Ernesto Assad Abdalla - Diretor Presidente 24,25,26/03/2011
Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Em atenção às disposições estatutárias e à legislação vigente, estamos apresentando as demonstrações financeiras, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2009 e balanço de transição para os novos CPCs em 01 de janeiro de 2009. São Paulo, março de 2011. A Administração
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Valores Expressos em Milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ATIVO
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 CIRCULANTE 56.953 5.149 67 Caixa e equivalentes de caixa (nota 4) 905 949 50 Contas a receber de clientes (nota 5) 40.801 Estoques (nota 6) 6.000 1 Impostos e contribuições a recuperar (nota 7) 9.158 4.196 17 Demais créditos 89 3 NÃO CIRCULANTE 83.083 75.365 250 Impostos e contribuições a recuperar (nota 7) 4.118 10.735 Imp. de renda e contribuição social diferidos 46 Imobilizado (nota 8) 78.919 64.630 250 TOTAL DO ATIVO 140.036 80.514 317
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 CIRCULANTE 29.406 9.164 267 Fornecedores 21.770 9.040 Obrigações com pessoal 589 Empréstimos e financiamentos (nota 9) 5.710 Impostos e contribuições 1.025 8 Contas a pagar 312 116 267 NÃO CIRCULANTE 31.898 Empréstimos e financiamentos (nota 9) 31.898 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 78.732 71.350 50 Capital social (nota 10) 75.150 2.150 50 Reservas de lucros 3.582 Adiantamento p/ futuro aumento de capital 69.200 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 140.036 80.514 317
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS Custo dos produtos vendidos LUCRO BRUTO Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outros resultados operacionais, líquidos LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras LUCRO ANTES DO IMP. DE RENDA E C. SOCIAL Imposto de renda e contribuição social - correntes (nota 11) Imposto de renda e contribuição social - diferidos (nota 11) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Lucro líquido por ação básico e diluído R$
Descrição Em 01 de Janeiro de 2009 Aumento de capital Adiantamento para futuro aumento de capital Em 31 de Dezembro de 2009 Resultado abrangente do exercício: Lucro líquido do exercício Total do resultado abrangente do exercício (*) Adiantamento para futuro aumento de capital Aumento de capital Destinação do lucro líquido do exercício: Constituição de reserva legal Transferência para reserva estatutária Em 31 de Dezembro de 2010
Adiant. p/ capital 69.200 69.200
Reservas de lucros -
73.000
3.800 (73.000)
-
75.150
-
179 3.403 3.582
Lucros acumulados -
Total 50 2.100 69.200 71.350
3.582 3.582 -
3.582 3.582 3.800 -
(179) (3.403) -
78.732
(*) A Companhia não está apresentando demonstração separada do resultado abrangente pois este coincide com o Lucro Líquido do Exercício.
NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - INFORMAÇÕES GERAIS: Com sede social em São Paulo - SP, DRI - Resinas Industriais S.A. Companhia de capital fechado, controlada pela Duratex S.A., tem como atividade principal a industrialização, comercialização, importação, exportação, armazenamento, distribuição e transporte de produtos químicos, alcoolquímicos, petroquímicos e seus derivados. NOTA 2 - RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS: As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados. 2.1 - Base de preparação: As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. A preparação das demonstrações financeiras requer uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo da aplicação das políticas contábeis da Companhia. Estas são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas pela Companhia de acordo com os novos CPCs. Em 2009, a Companhia não apresentou a demonstração de resultado pois estava em fase pré-operacional. 2.2 - Caixa e equivalentes de caixa: Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses, ou menos e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. 2.3 - Ativos financeiros: 2.3.1 - Classificação: Sua classificação é determinada pela Administração no seu reconhecimento inicial e depende da finalidade para o qual foram adquiridos. São duas categorias nas quais os ativos financeiros são classificados, ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado e empréstimos e recebíveis. 2.3.2 - Impairment de ativos financeiros: A Companhia avalia no final de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. 2.4 - Contas a receber de clientes: São registradas e mantidas pelo valor nominal dos títulos decorrentes das vendas de produtos. As contas a receber de clientes referem-se na sua totalidade a operações de curto prazo e assim não são trazidas a valor presente por não representar ajustes relevantes nas demonstrações financeiras. 2.5 - Estoques: Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realizações e, quando aplicável, reduzido por provisão para cobrir eventuais perdas. 2.6 - Imobilizado: Os itens do imobilizado estão demonstrados pelo seu custo de aquisição, menos depreciação acumulada apurada pelo método linear, considerandose a estimativa de vida útil-econômica dos respectivos itens e que são revisadas ao final de cada exercício. O valor do ativo imobilizado é reduzido para seu valor recuperável, se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimável. 2.7 - Impairment de ativos não-financeiros: A Companhia avalia, na data do balanço, se há eventos ou circunstâncias que indiquem que o valor contábil de ativos não-financeiros possam não ser recuperáveis. Existindo evidências, a Companhia realiza teste para verificar se o valor contábil de seus ativos não-financeiros excede ao seu valor recuperável. Nesse sentido são considerados os efeitos de obsolescência, demanda, concorrência e outros fatores econômicos. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Não há perdas por impairment registrada nas demonstrações financeiras. 2.8 - Empréstimos: Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, os empréstimos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”), utilizando o método da taxa de juros efetiva. 2.9 - Contas a pagar a fornecedores e provisões: As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. As provisões são reconhecidas quando há uma obrigação presente legal ou não formalizada como resultado de eventos passados e que seja provável a necessidade de uma saída de recursos para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança. As provisões não são reconhecidas com relação às perdas operacionais futuras. 2.10 - Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido: São calculados com base no resultado do exercício, antes da constituição do imposto de renda e
6.435 359 (1.450) 5.344 (1.808) 46 3.582 23,72
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 50 2.100 2.150
31/12/2010 54.578 (48.865) 5.713 (559) (29) 1.310
contribuição social, ajustado pelas inclusões e exclusões previstas na legislação fiscal. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Na prática as inclusões ao lucro contábil de despesas, ou as exclusões das receitas, ambas temporariamente não tributáveis, geram o registro de créditos ou débitos tributários diferidos. Esses tributos são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio. Os impostos e contribuições diferidos são reconhecidos somente se for provável a sua compensação com lucros tributários futuros. 2.11 - Capital social: As ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio líquido. 2.12 - Apuração do resultado: A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, descontos e abatimentos concedidos, sendo reconhecida quando o valor desta pode ser mensurado com segurança, que seja provável que os benefícios econômicos futuros fruirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades. 2.13 - Distribuição de dividendos: A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras, ao final de cada exercício ou em períodos intermediários, e seu saldo é apurado considerando como base o dividendo mínimo estabelecido no Estatuto Social da Companhia, portanto líquido de valores aprovados e pagos durante o exercício. Nota 3 - Gestão de Risco Financeiro: A Companhia está exposta a riscos de mercado relacionados à flutuação das taxas de juros e de crédito. Assim a Companhia dispõe de procedimentos para administrar essas situações e pode utilizar instrumentos de proteção para diminuir os impactos destes riscos. Tais procedimentos incluem o monitoramento dos níveis de exposição a cada risco de mercado, além de estabelecer limites para a respectiva tomada de decisão. Todas as operações de instrumentos de proteção efetuadas têm como propósito a proteção de suas dívidas e investimentos. NOTA 4 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 Caixa 50 Bancos conta movimento 79 11 Aplicações financeiras em renda fixa 826 938 TOTAL 905 949 50
31/12/2010 Atividades Operacionais: Lucro Líquido do Exercício 3.582 Itens que não afetam o Caixa: Depreciação 3.959 Juros e variações monetárias líquidas 1.660 Atividades Operacionais: (Aumento) Redução em Ativos Contas a receber de clientes (40.801) Estoques (6.000) Créditos tributários 1.609 Demais ativos (86) Aumento (Redução) em Passivos Fornecedores 12.729 Contas a pagar 786 Impostos e contribuições 1.017 Caixa (utilizado) gerado pelas Atividades Operacionais (21.545) Atividades de Investimentos: Investimentos em ativo Imobilizado (18.248) Caixa Utilizado nas Atividades de Investimentos (18.248) Atividades de Financiamentos: Ingresso de financiamento 40.249 Amortização de financiamento (4.300) Aumento de capital Recebimento de adiant. para futuro aumento de capital 3.800 Caixa Gerado pelas Atividades de Financiamentos 39.749 Aumento (Reduçao) do caixa no Exercício (44) Saldo Inicial 949 Saldo Final 905
31/12/2009 -
(1) (14.914) (3) 9.040 (152) 8 (6.022) (64.379) (64.379) 2.100 69.200 71.300 899 50 949
NOTA 5 - CONTAS A RECEBER DE CLIENTES: O saldo de R$ 40.801 refere-se à contas a receber da controladora Duratex S.A., pela venda de produtos a preços e condições usuais de mercado. NOTA 6 - ESTOQUES 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 Produtos acabados 340 Matérias primas 4.811 Almoxarifado geral 62 1 Adiantamento a fornecedores 761 Outros 26 TOTAL 6.000 1 NOTA 7 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECUPERAR 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 Circulante Impostos e contribuições a recuperar 28 26 ICMS a recuperar 344 ICMS/PIS/COFINS s/ imobilizado 6.238 3.823 17 PIS/COFINS a recuperar 2.892 3 Total circulante 9.158 4.196 17 Não circulante ICMS/PIS/COFINS s/ imobilizado 4.118 10.735 Total não circulante 4.118 10.735 -
NOTA 8 - IMOBILIZADO
Descrição Móveis e utensílios Máquinas e equip. Industriais Construções e benfeitorias Imobilizado em andamento Instalações Terras Demais imobilizados TOTAL
Taxa Anual de Depreciação 10% 6,47% 4% 6,47% 10% a 20%
31/12/2010 Valor Histórico 36 65.233 10.966 5.976 528 51 88 82.878
NOTA 9 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 31/12/2010 Modalidade Circulante Não Circulante BNDES -TJLP + 2,3 a.a. 4.697 26.337 BNDES - US$ + 1,7 a.a. 1.013 5.561 TOTAL 5.710 31.898 NOTA 10 - CAPITAL SOCIAL: Em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária de 17 de junho de 2010 foi aprovado o aumento de capital, subscrito no montante de R$ 73.000 mediante emissão de 47.960 ações ordinárias e 47.960 ações preferenciais as quais foram totalmente subscritas e integralizadas pela Duratex S.A., passando o capital de R$ 2.150 para R$ 75.150 representado por 97.333 ações ordinárias e 97.333 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.
Depreciação (1) (3.704) (246) (4) (4) (3.959)
Valor Residual 35 61.529 10.720 5.976 524 51 84 78.919
31/12/2009 Valor Residual 64.579 51 64.630
01/01/2009 Valor Residual 199 51 250
NOTA 11 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 31/12/2010 Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 5.344 I. Renda e C. Social sobre o Resultado às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (1.817) I. Renda e C. Social sobre Adições e Exclusões ao Resultado 55 Provisões/Realizações indedutíveis 55 I. Renda e C. Social sobre o Lucro do Exercício (1.762) No resultado: (1.762) Imposto de renda e contribuição social correntes (1.808) Imposto de renda e contribuição social diferidos 46
DIRETORIA Presidente Henri Penchas
Diretores Executivos Antonio Massinelli Flávio Marassi Donatelli Roberto Szachnowicz Roberto Frederico Battaglioli – Contador – CRC 1SP109479/O-0
Diretor Gerente Francisco de Assis Guimarães
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Além de comprar mais pela web, o brasileiro está adquirindo itens de maior valor agregado. Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit
conomia
A forma como o e-commerce 'conversa' com seu cliente o ajuda na decisão de compra, por isso o varejo virtual cresceu 40% no último ano e já movimenta R$ 14,8 bi.
Loja online privilegia a informação John Manly/S
XC
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s veículos de comunicação divulgaram na semana passada os resultados do e-commerce de 2010, cujo crescimento foi de 40% ante a 2009 e faturamento da ordem de R$ 14,8 bilhões (no ano anterior foi de R$ 10,6 bilhões). Os números são da e-bit e fazem parte da 23ª edição do Relatório "WebShoppers", que tem o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). A expansão do comércio eletrônico anima as entidades e os varejistas online, que trabalham para abocanhar uma fatia maior do varejo, hoje entre 4% e 4,5% das vendas de todo o País. Ou seja, há muito espaço a ser conquistado e muito consumidor também. Não vamos falar aqui dos outros números apresentados pela e-bit, já divulgados pelos meios de comunicação. Vamos, sim, tentar entender o que tem levado o consumidor brasileiro a transferir de forma crescente sua decisão de compra para o e-commerce. Para Pedro Guasti, diretorgeral da e-bit, o comércio eletrônico ainda não está totalmente maduro, mesmo assim o consumidor está cada vez mais confiante em realizar uma compra online, fruto dos constantes investimentos em segurança de dados. "Além de comprar mais, o brasileiro está adquirindo itens de maior valor agregado, como eletrodomésticos (o mais comprado nas lojas online no ano passado), eletrônicos, informática etc." Resposta – Essa confiança, para os especialistas em direito do consumidor, é uma resposta positiva do cidadão à forma pela qual esse novo setor "conversa" com seu cliente. Ele deixa à disposição no próprio site uma série de informações sobre o produto, a forma como comprar, a entrega, como pagar e a
Divulgação
O comércio eletrônico não está maduro, mas o consumidor está mais confiante. PEDRO GUASTI, DIRETOR GERAL DA E-BIT
opinião de outros consumidores com relação à loja e ao item, além de proporcionar a comparação com os concorrentes, coi-
empresa Mercadolivre.com Atividades Internet Ltda. terá de pagar R$ 10 mil de indenização a uma pessoa que foi cadastrada no site por terceiros como vendedor e foi convocado pela Polícia Civil de Minas Gerais por não ter entregue um aparelho celular após ter recebido o valor do bem. A decisão é da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Para o relator do recurso, desembargador Tibúrcio Marques, em sua defesa o site Mercadolivre não provou que a pessoa que entrou com a ação contratou os seus serviços. Assim, seu nome não poderia estar no site tampouco anunciar a venda
de ir a uma loja física, busca as informações na internet. "A loja física se transforma cada vez mais em um showroom, em razão de seu espaço físico e do número de produtos existentes", acrescenta Alexandre Umbert, diretor de Marketing e Produtos do e-bit. "Mas isso não desvaloriza o comércio tradicional. Cada vez mais teremos o varejo multicanal, um completando o outro." De acordo com Umbert, o varejista de maior sucesso é o que mantém loja física e virtual, possibilitando às pessoas checar as informações no e-commerce e tendo contato físico nas lojas de ruas ou shopping. "Cada vez mais teremos a redução de lojas 'puro-sangue'." Direito à informação – Saber sobre as características de produtos e serviços é um dos direi-
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site de busca Buscapé é um exemplo de como é possível passar ao consumidor informações que vão além do produto. Criado para ser um comparativo de preço, o site se preocupa em levar ao usuário as características do produto e, à medida que ele vai interagindo e refinando a pesquisa, novas informações são repassadas com indicação de qual produto se encaixa nas necessidades apontadas. Escolhido o item, modelo e fabricante, o Buscapé diz em quais lojas ele poderá ser encontrado, as ofertas, os preços e as condições de pagamento. Esses são os tópicos mais acessados, mas o Buscapé não se restringe a essas informações. Oferece no site a Lei nº 8.078/90 (CDC), ensina o consumidor a como comprar pela internet, produz guias específicos em formato de artigos ou interativos de produtos com informações que podem ajudar principalmente aquele consumidor que é completamente leigo. "Sempre nos questionamos como poderíamos ajudar mais o usuário para que ele pudesse tomar uma boa decisão de compra, sem que precisasse ir ao fabricante ou ao varejista para
de aparelhos celulares. "Como o site é remunerado pela concretização da venda, tem o dever de verificar se a pessoa cadastrada realmente existe e irá vender o produto". Para o desembargador, como o site "lucra com a venda dos produtos, ele deve arcar com as responsabilidades advindas do exercício de sua atividade empresarial, principalmente considerando que o mesmo oferece um sistema frágil que possibilita a fraude. O mero fato do nome dessa pessoa ser veiculado na internet como um ladrão, golpista, por si só maculam a sua honra objetiva e subjetiva", conclui. Fonte: TJMG
conhecer o que deseja comprar. Decidimos, então, perguntar ao próprio usuário o que ele acha de um determinado produto ou empresa. Pedimos que avaliasse o item e compartilhasse sua opinião com os demais cidadãos", enfatiza Rodrigo Borer, vice-presidente comercial do Buscapé. De acordo com o executivo, todos os anos a companhia realiza pesquisa com os usuários para conhecer a percepção do internauta sobre o site de busca e, "entre outros assuntos, há sempre a menção da importância de oferecermos o máximo de informação, mas, principalmente, as características do item que se está pesquisando, assim como a reputação da loja. Querem comprar com segurança", explica Borer. "O bom desse processo é que não somos nós que dizemos que um determinado produto é bom ou não. São os próprios consumidores que dizem. Essa liberdade e franqueza com relação à informação não são possíveis em uma loja física", acrescenta ele, completando que o Buscapé assume o compromisso de passar o máximo possível de informação.
tos fundamentais do consumidor estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Cinco artigos da lei consumerista tratam do tema (artigos 6º, 8º, 30, 31 e 66), estabelecendo, entre outros deveres do fornecedor, elencar para o consumidor os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, além dos riscos que apresentam ao usuário. O fabricante também tem responsabilidades a cumprir no que diz respeito à informação. Conforme o parágrafo único do artigo 8º, este deve prestar informações na forma de impresso, que deve acompanhar o produto, com indicação, inclusive, sobre os riscos à saúde e à segurança que estarão expostos quem adquirir aquele bem.
Fique por dentro
Comparação mais fácil no mundo virtual
Mercadolivre.com pagará indenização
A
sas que nem sempre são possíveis em uma loja comum em função do espaço físico. Essas informações agradam
ao consumidor e o ajudam na decisão de compra. Na loja física, o consumidor dispõe dos dados passados pelos vendedores e, na maioria das vezes, esses se limitam ao preço do produto, condições de pagamento ou de entrega. Como usar um determinado produto ou serviço, o funcionamento, as diferenças entre produtos similares, mas de marcas diferentes são informações com algum destaque nas páginas de sites de compras e se constituem em indicadores importantes que ajudam na decisão de compra. Em uma loja física, esses dados só serão de conhecimento do consumidor, em parte, quando o item adquirido chegar a suas mãos. Por isso, cada vez é maior o número de consumidores que, antes
Divulgação
Empréstimos
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Ajudamos o internauta a tomar a decisão na hora da compra, diz Borer
studo da Cetelem BGN em parceria com a Ipsos Public Affairs mostra que 45% dos brasileiros nunca buscaram informações sobre empréstimos. Entre os consumidores das classes D e E, esse percentual sobe para 54%; na classe C, é de 44%, e, na A e B, é de 35%. Para mudar isso, sugere a Cetelem, são necessárias campanhas de educação financeira para a população em geral. A mesma pesquisa mostra que houve uma mudança na forma pela qual a população brasileira está distribuída, e a classe C chegou a 53% em 2010. No ano anterior, era 49%. Para que fossem conhecidos esses dados, foram ouvidas 1,5 mil pessoas em dezembro em 70 cidades de nove regiões metropolitanas. Fonte: Imprensa Cetelem Angela Crespo é jornalista especializada em consumo E-mail: doislados@dcomercio.com.br
O QUE DIZ O CDC Artigo 6º – São direitos básicos do consumidor: I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; IX – (Vetado); X – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Artigo 8º – Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Parágrafo único – Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. Artigo 30 – Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Artigo 31 – A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em
língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Parágrafo único – As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009) Artigo 66 – Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena – Detenção de três meses a um ano e multa. § 1º – Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º – Se o crime é culposo; Pena – Detenção de um a seis meses ou multa.
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27 FÓRMULA 1 Na Austrália, Vettel ganha fácil a primeira corrida. Pág. 29
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Ian Kington/AFP Photo
ROGÉRIO CENI Confira a lista dos 100 gols do goleiro-artilheiro. Pág. 30
Thiago Bernardes/Agência O Globo
Atacante do Santos marcou os dois gols e foi o destaque na vitória do Brasil sobre a Escócia por 2 a 0
Goleiro-artilheiro do São Paulo marca seu 100º gol, que valeu a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians
NEYMAR É 10 ROGÉRIO É 100 O A atacante Neymar foi o principal destaque da vitória da Seleção Brasileira por 2 a 0 sobre a Escócia, em amistoso realizado no domingo, no Emirates Stadium, em Londres. Fez belas jogadas e marcou ambos os gols. Não atuou com a camisa 10, e sim com a 11, mas fez jus à nota máxima. Em campo, Neymar foi sempre a melhor opção, causando desespero no seu marcador, o lateral escocês Alan Hutton. Ainda no primeiro tempo, aos 41 minutos, Ramires lançou André Santos, que cruzou rasteiro para a área. Neymar dominou e chutou colocado, com a bola entrando no canto esquerdo do gol. Na segunda etapa, logo no primeiro minuto, Neymar avançou em velocidade e chutou forte da entrada da área. A bola acertou o travessão antes de sair. A vitória brasileira foi definida aos 31 minutos. Neymar foi derrubado na grande área por Adam e ele próprio bateu o pênalti, chutando no canto direito da meta, com McGregor caindo para o outro lado. “Foi um grande dia”, resumiu Neymar sobre sua atuação. Ele também foi protagonista de mais um episódio de racismo no futebol mundial. No segundo tempo, uma banana foi atirada em campo, supostamente por um torcedor escocês, na direção do atacante brasileiro. “É um caso triste isso acontecer aqui. Acho que isso tem que acabar”, afirmou Neymar, ao comentar sobre o episódio de
racismo. “Só vi quando o Lucas tirou a banana de campo. Foi no segundo tempo, quando eu estava correndo em um lance na lateral. Não ligo. Mas é triste.” O técnico Mano Menezes disse que não viu nada. “Mas é mais um fato lastimável”, declarou. “A Europa, que se diz de primeiro mundo, não pode tolerar atos semelhantes”, afirmou o volante Lucas, que joga no Liverpool, da Inglaterra. Sobre Neymar, Mano Menezes disse que o protagonismo é conquistado
Foi um grande dia.” NEYMAR, SOBRE SUA ATUAÇÃO NA VITÓRIA DA SELEÇÃO BRASILEIRA POR 2 A 0 SOBRE A ESCÓCIA
não apenas em campo, mas “com liderança, moral e nos momentos difíceis de um time”. “É aí que conhecemos o protagonista”, afirmou o treinador. Ele também disse que alguns jogadores podem ainda mudar, mas a Seleção Brasileira que se apresentou em Londres é praticamente a cara do Brasil na Copa América, que será disputada na Argentina, em julho. A vitória no amistoso com a Escócia, depois de duas derrotas seguidas - para Argentina e França -, foi comemorada como um marco importante para dar confiança a time. A boa atuação de novatos também foi considerada como um sinal positivo. Ausentes na vitória sobre a Escócia por 2 a
0, Robinho, Pato e Nilmar devem voltar a ser convocados. “Esse grupo é algo próximo do que teremos”, afirmou. “O esquema de quatro jogadores no meio-de-campo e três no ataque vai ficar”, garantiu. O treinador colocou em campo uma mescla de jovens promessas, como Leandro Damião e Neymar, e veteranos, como Lúcio e Julio Cesar. E o resultado, segundo o próprio Mano Menezes, foi positivo. Escalado como titular, Leandro Damião foi bem, mas sabe que a disputa por vaga no grupo é acirrada. “É cedo ainda para dizer se há já uma garantia de ir à Copa América”, disse o jogador do Inter. O meia Lucas, que entrou no segundo tempo e fez belos lances, foi outro que estreou bem. “A camisa da Seleção não pesou”, disse o jogador do São Paulo. Ambos foram elogiados por Mano Menezes. “Esse foi só o começo para eles (Lucas e Leandro Damião). Esse grupo vai crescer ainda”, disse o técnico, que gostou também da marcação imposta pelo Brasil na saída de bola escocesa. “Demos poucas chances ao adversário.” No setor defensivo, Mano destacou a personalidade de Lúcio, que aos 32 anos voltou a ser convocado para a seleção. “Foi a segurança dos mais experientes que permitiu que os mais jovens atuassem com caráter”, disse Mano Menezes. A Seleção só volta a se reunir em junho, para uma revanche contra a Holanda, dia 4, em Goiânia, e para o amistoso com a Romênia, dia 7, em São Paulo.
pós o apito final do árbitro Guilherme Ceretta de Lima, decretando a vitória do São Paulo sobre o Corinthians por 2 a 1, em Barueri, a invasão do campo tornou-se inevitável. Afinal, um grande feito da história do futebol acabara de acontecer ali: ao definir o clássico em uma cobrança de falta, Rogério Ceni tornou-se o primeiro goleiro do mundo com 100 marcados (veja a lista completa na página 30 e os links para os vídeos no www.dcomercio.com.br). Visivelmente emocionado, lutando para não dedicar o feito a muitas pessoas, com medo de magoar alguém, Rogério optou por endeusar sua família. “Posso esquecer de alguém e isso não seria legal. Mas vamos lá, mando um beijo para minhas filhas lá em casa, meus tesouros, meu pai no Mato Grosso”, discursou. “E dedico, 100%, para a nação são-paulina, para a entidade São Paulo, que luta por tanta coisa contra no futebol.” Profissional, Rogério Ceni mostrou respeito ao Corinthians e não quis entrar no clima de provocação que se acirra, nos último anos, entre os dois clubes, principalmente entre seus dirigentes. “Do outro lado são todos profissionais. É independentemente para mim ser o Corinthians ou qualquer outro. Talvez para o torcedor seja mais importante, mas para mim, o mais importante foi ter feito o gol”, disse o goleiro. “Só posso agradecer por ter saído diante de um time grande, numa grande partida,
valorizou mais.” Ele também fez questão de dizer que a camisa especial pelos 100 gols só foi vestida após o feito. Marca alcançada, Rogério Ceni sonha com voos mais altos. Qual seria a próxima meta? “O próximo objetivo é ganhar o próximo jogo”, avisou. Se ele não marcar mais na carreira, para o sãopaulino não importa, pois ele fez o 100º no jogo certo. “Você não entra com o pensamento de marcar, mas ele veio numa cobrança de falta, como eu queria, e que decidiu um jogo importante”, concorda.
Veio numa cobrança de falta, como eu queria, e que decidiu um jogo importante.” ROGÉRIO CENI, SOBRE O GOL 100 “Ele já fez gols em outros goleiros, eu não fico triste”, contou o goleiro corintiano Júlio César, referindo-se ao histórico centésimo gol marcado por seu colega Rogério Ceni. "Não queria ter tomado, mas tomei. Foi um belo gol, ele está de parabéns.”A vitória valeu também o fim de um tabu de quatro anos em que o São Paulo não conseguia derrotar o Corinthians. Além disso, o São Paulo, que com os resultados de sábado já havia se garantido nas quartas de final, ainda ultrapassou o Corinthians na classificação do campeonato — ambos estão com os mesmos 34 pontos, com vantagem sãopaulina no número de vitórias — e assumiu a segunda
posição no Paulistão, atrás do Palmeiras. O jogo seguia equilibrado até os 39 minutos, quando Dagoberto recebeu na entrada da área e bateu forte. A bola fez uma curva e entrou no canto esquerdo de Júlio César: 1 a 0. No início do segundo tempo, aos 8 minutos, o atacante Fernandinho sofreu falta na entrada da área do Corinthians, criando uma boa chance para Rogério Ceni chegar ao centésimo gol. E o goleiro não a desperdiçou: bateu com perfeição e a bola entrou no ângulo direito de Júlio César. Aos 18 minutos, Alessandro deu um carrinho em Dagoberto e foi expulso. Vencendo por 2 a 0 e com um jogador a mais, o São Paulo parecia que iria dominar o jogo. No entanto, Dentinho recebeu a bola aos 22, após rápida cobrança de falta, arriscou de longe e acertou o canto direito de Rogério Ceni, diminuindo para o Corinthians. Um minuto depois, Dagoberto, que já tinha cartão amarelo, fez falta e também foi expulso. A partir daí, o clima do jogo esquentou, e o nervosismo tomou conta de alguns jogadores. Em um lance de falta normal, Dentinho perdeu a cabeça e agrediu sem bola Rodrigo Souto. O árbitro viu e mandou o atacante do Corinthians para o chuveiro mais cedo. O Corinthians passou a pressionar com todas as forças, mas sem sucesso. De alma lavada, o São Paulo de Rogério Ceni, agora, preparase para enfrentar o Santa Cruz, no Recife, pela Copa do Brasil, na próxima quarta.
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Nossa dificuldade é o dinheiro. Os outros podem contratar adoidado, nós não.” Luiz Felipe Scolari
sporte
RESERVAS GARANTEM
Ricardo Saibun/Folhapress
Keirrison marcou um dos três gols do desfalcado Santos na vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, que garantiu matematicamente a vaga nas quartas
O
Santos enfrentou o Ituano, domingo, no Estádio Novelli Junior, em Itu (liberado após uma interdição para reformas que durou oito meses), desfalcado de onze jogadores: Vinícius, Léo, Alex Sandro, Arouca, Diogo e Maikon Leite, vetados pelo departamento médico; Durval, Pará e Zé Eduardo, suspensos; Elano e Neymar, convocados pela Seleção Brasileira. Mesmo assim, conseguiu vencer por 3 a 2 e garantiu matematicamente a classificação antecipada para as quartas de final do Paulistão. A vitória manteve a equipe em quarto lugar, com 34 pontos — mesmo número de
Corinthians e São Paulo e um a menos que o Palmeiras. O jogo começou com as duas equipes tendo boas chances de abrir o placar, mas muitas vezes esbarrando na falta de entrosamento ou mesmo na falta de qualidade técnica. O primeiro gol saiu aos 24 minutos, após boa jogada de Júnior Urso. Ele cruzou da direita e Jefferson apareceu na segunda trave para cabecear forte: Ituano 1 a 0. O empate santista veio três minutos depois. Tiago Alves, em seu primeiro jogo como titular no time profissional, diante dos desfalques de Neymar, Zé Eduardo e Maikon Leite, recebeu de Felipe Anderson na esquerda e chutou cruzado.
Um salto para a liderança
Alex Silva/AE
U
ma vitória por 3 a 0 sobre o Bragantino, sábado, no Canindé. A vitória do São Paulo sobre o Corinthians no clássico de domingo. E o Palmeiras, que era o terceiro colocado, não só garantiu matematicamente a classificação para as quartas de final como ainda terminou a rodada na liderança do Paulistão. Foi o segundo time a se classificar antecipadamente para a próxima fase - o primeiro havia sido o Corinthians - e tem a melhor defesa do campeonato, com apenas seis gols sofridos. O técnico Luiz Felipe Scolari respira aliviado e constata algo que lutou muito para conseguir ver: desde que chegou ao clube, após a Copa do Mundo na África do Sul, no ano passado, o treinador tem batido na
Nos 3 a 0 sobre o Bragantino, o zagueiro Thiago Heleno fez dois gols
tecla de que precisava transformar o grupo de jogadores em um time, entrosado e com o pensamento coletivo. Ele acha que finalmente conseguiu chegar ao objetivo. Felipão admite que não tem em mãos um elenco que encha os olhos. Mas a dedicação do
grupo tem comovido o comandante. “Os jogadores estão mais confiantes e estão em um índice que é excelente. Era isso que vínhamos trabalhando e tentando passar para o grupo desde junho do ano passado: o espírito guerreiro e de união”, destacou o técnico.
Para exemplificar o sentimento de união do elenco, Felipão revelou que durante a partida contra o Bragantino, no último sábado, no Canindé, ele quis tirar Lincoln para colocar o zagueiro Maurício Ramos, mas ouviu do meia que era melhor tirar o atacante Kléber, porque ele estava cansado. “Esse é o espírito que eu quero. Pensando no coletivo. Um jogando pelo outro”, contou. A expectativa era de que o goleiro Marcos voltasse ao time já no clássico do próximo domingo, contra o Santos, mas Felipão avisou que ele segue fora e deve voltar apenas contra o Grêmio Prudente, no outro domingo. Já o meia Valdivia, que está em fase final de recuperação de dores na coxa, deve ter condições para jogar o clássico.
A bola, porém, tomou a direção do gol e surpreendeu o goleiro Marcelo Bonan: 1 a 1. Aos 35 minutos, Felipe Anderson fez um belo passe e deixou Keirrison na cara do gol. O atacante chutou de primeira e colocou o Santos em vantagem. No segundo tempo, Jonathan fez um belo gol aos 21 minutos. O lateral recebeu passe de Adriano e, ao fazer o domínio, a bola subiu. Sem deixar ela cair, ele chutou forte, mandando no ângulo de Marcelo Bonan. O Ituano ainda diminuiu aos 37, quando Welton tocou para Alan, que, no meio da área, bateu firme para o gol. Mesmo com a animação do Ituano em busca do empate, o
Santos soube segurar a vantagem e comemorou a vitória. A equipe volta a jogar pelo Paulistão no próximo domingo, quando faz o clássico contra o Palmeiras, na Vila Belmiro. A última boa notícia do dia veio do meia Paulo Henrique Ganso, que garantiu que segue com foco no Santos, apesar da possibilidade de jogar no futebol europeu. “Minha cabeça está tranquila, independentemente de acertar um novo contrato com o Santos ou não. Sempre tive o sonho de jogar nos grandes clubes da Europa, mas isso tem que acontecer naturalmente, sem forçar nada. Eu não vou forçar. Nunca disse quando vou sair.”
COPA DO BRASIL
Quatro paulistas em campo
D
ez partidas movimentam a segunda fase da Copa do Brasil no meio desta semana, sendo seis jogos de ida e quatro de volta. São Paulo, Ponte Preta, Grêmio Prudente e Guarani são as quatro equipes paulistas que estarão em campo. Na quarta-feira, 30, às 19h30, Paraná Clube e Botafogo enfrentam-se em Curitiba. O Paysandu recebe o Bahia em local ainda não definido pela CBF. O São Paulo vai ao Recife enfrentar o Santa Cruz. ABC e Vasco jogam no Frasqueirão, em Natal. Na quinta, dia 31, Ponte Preta e Goiás jogam no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, enquanto Grêmio
Prudente e Atlético-MG enfrentam-se no Estádio Eduardo José Farah, Prudente. Na quarta-feira, cumprindo o jogo de volta da segunda fase, o Guarani, que empatou a primeira por 1 a 1, fora de casa, recebe o Horizonte-CE no Brinco de Ouro, em Campinas, podendo até empatar por 0 a 0 para se classificar. O Ceará, que na ida ficou no 0 a 0 com o Brasiliense, no Distrito Federal, agora precisa vencer jogando em Fortaleza. Após fazer 2 a 1 em Goiânia, o Coritiba passa mesmo se perder por 1 a 0 em casa para o Atlético-GO. Após o empate por 1 a 1 em Minas, Avaí e Ipatinga enfrentam-se em Florianópolis.
PELO BRASIL Celso Pupo/AE
No clássico carioca, o
Emmanuel Pinheiro/Folhapress
Um gol do
No Rio Grande do
Vasco de Eduardo Costa
argentino Montillo
Sul, no sábado,
não saiu do 0 a 0 com
já aos 39 minutos
empate por 0 a 0
o Fluminense. Flamengo
do segundo tempo
entre Internacional
e Madureira também
deu ao Cruzeiro
e São Luiz. Domingo,
empataram, por 3 a 3.
a difícil vitória por
jogando fora de
No sábado, Botafogo e
3 a 2 sobre o
casa, o Grêmio fez
Boavista ficaram no 0 a 0
América no clássico,
3 a 0 no Pelotas, gols
e o Olaria fez 2 a 0 no Nova
que também
de William Magrão,
Iguaçu. O Vasco lidera
garantiu
Rodolfo e Rafael
o Grupo A e o Olaria é
a liderança do
Marques, todos no
primeiro no Grupo B.
Mineiro.
segundo tempo.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
e
Foi minha primeira corrida com Kers. Acabei com o dedo machucado.” Rubens Barrichello
sporte
EUROCOPA
CHEIRO DE BI
Jorge Guerrero/AFP
A
Villa se tornou o maior artilheiro da Espanha com gols contra os checos
Artilheiros dão as cartas
O
s goleadores fizeram a diferença e ajudaram Espanha e Alemanha a se manter no topo nas Eliminatórias da Eurocopa. Os campeões do mundo se mantiveram com 100% no Grupo I graças a David Villa, que fez os dois gols na vitória de virada por 2 a 1 sobre a República Checa. Nesta terça-feira, a equipe visita a Lituânia e uma vitória, que seria a quinta em cinco partidas, a deixará praticamente classificada para tentar o bicampeonato em 2012, na Polônia e na Ucrânia. Para Villa, os gols tiveram um sabor especial: eles o isolaram como o maior artilheiro da seleção espanhola em todos os tempos, com 46 gols, contra 44 de Raúl, com quem dividia o recorde. Outra marca neste jogo foi a de Xavi, que vestiu a camisa da Fúria pela 100ª vez - é o quarto jogador a alcançar o feito, depois de Zubizarreta, Casillas e do mesmo Raúl. Outro goleador que brilhou foi Klose, autor de dois gols nos 4 a 0 da Alemanha sobre o Cazaquistão, quinta vitória dos atuais vice-campeões eu-
29
ropeus em cinco partidas disputadas. Aos 32 anos, ele alcançou a artilharia do torneio, com oito gols, ao lado do holandês Huntelaar, e se aproxima da marca de Gerd Müller, maior goleador da história da seleção alemã: tem 61, sete a menos que o campeão mundial de 1974, com quem divide o posto de vice-artilheiro das Copas - 14 gols, um a menos que Ronaldo. “Agora que estou tão perto, é natural que eu queira bater o recorde. Falei com Gerd e ele me garantiu que não ficará desapontado se eu ultrapassá-lo. Até me disse que ficaria feliz por mim”, disse o atacante, que amarga o banco no Bayern de Munique. O técnico Joachim Löw, no entanto, não abre mão dele. Sem goleadores natos, a Itália dependeu de um brasileiro para vencer a Eslovênia por 1 a 0: Thiago Motta fez o gol da importante vitória fora de casa que fez a Azzurra disparar na ponta em seu grupo, com seis pontos a mais que Eslovênia e Sérvia. Nesta terça, a Itália faz amistoso com a Ucrânia.
PELO MUNDO Gary Hershorn/Reuters
temporada 2011 da Fórmula 1 começou como acabou a de 2010: com Sebastian Vettel na frente. Mas, em vez da disputa apertada do ano passado, quando ganhou o Mundial na última prova, em Abu Dabi, e ainda contou com uma combinação de resultados em seu favor para terminar o Mundial com quatro pontos de vantagem para Fernando Alonso, a vitória no GP da Austrália foi tranquila, fácil, como um passeio no parque - no caso, o belo Albert Park, onde é disputada a prova em Melbourne. Vettel largou na pole position, depois de superar Lewis Hamilton por quase 0s8 no treino de classificação. E, na corrida, só perdeu a liderança por três voltas, logo depois da primeira parada nos boxes. Terminou a prova mais de 20s à frente do inglês da McLaren. Em resumo, um massacre, ainda que ele tente evitar a euforia antecipada. “No fim as coisas ficaram mais calmas, já que o Lewis não conseguia mais se aproximar, mas não acho que tenha sido uma corrida fácil. Ter largado bem foi crucial para vencer”, afirmou o alemão, que chegou à 11ª vitória na carreira - mesma marca dos brasileiros Felipe Massa e Rubens Barrichello. Nos testes coletivos, já havia ficado claro que a Red Bull era favorita, com a Ferrari por perto e a McLaren tentando encostar, com um carro aparentemente revolucionário que não havia se dado muito bem. Na corrida para valer, porém, a equipe inglesa se mostrou forte, enquanto a italiana vai ter que suar e melhorar muito para poder lutar pelo título. Felipe Massa, por exemplo, foi o sétimo colocado - largou em oitavo, chegou a ser quinto, perdeu várias posições e cruzou a linha em nono, sendo beneficiado com a desclassificação dos dois carros da Sauber, de Sergio Perez e Kamui Kobayashi, que haviam chegado imediatamente à sua frente, por causa de medidas irregulares na asa traseira. “Nossa classificação não foi boa, mas depois da largada achei que a corrida teria um final diferente. Precisamos tentar entender o que aconteceu, porque o consumo de pneus foi muito maior que o normal e maior que o do Fernando também”, contou Massa. Curiosamente, ele era, antes de a temporada começar, um dos poucos pilotos empolgados com os pneus Pirelli, fabricados propositalmente para se desgas-
Torsten Blackwood/AFP
Sebastian Vettel venceu com folga a primeira prova da F-1, na Austrália, e mostrou que é favorito ao título
tar com mais facilidade. “Como no ano passado, a Red Bull foi muito superior na classificação e um pouco menos na corrida. Mas faltou performance da nossa parte.” Rubens Barrichello, por sua vez, teve um fim de semana frustrante para abrir sua 19ª temporada. Cometeu erros de principiante e abandonou a prova, após um acidente com Nico Rosberg, com o dedão da mão esquerda machucado por apertar demais o botão que aciona o Kers, proporcionando potência extra. Mesmo assim, Rubinho mantém seu eterno otimismo. “Meu carro é melhor do que o do ano passado e acho que tenho condições de me classificar algumas vezes entre os seis primeiros.”
FUTEBOL DE AREIA
OUTROS CAMPOS
Nacho Doce/Reuters
Tony Kanaan foi a grande
Al Bello/AFP
surpresa na abertura da Fórmula Indy, em São Petersburgo, na Flórida: o brasileiro, que acertou na terça-feira sua contratação pela equipe KV, chegou A presença de Messi não
foi suficiente para a
empatado por 1 a 1, gols
Argentina superar os EUA,
de Varela e Matías
em amistoso no sábado à
Fernandez. Os chilenos
noite, em New Jersey: o
fazem amistoso com a
jogo acabou 1 a 1, gols de
Colômbia nesta terça;
Cambiasso e Agudelo,
Portugal pega a Finlândia.
para os donos da casa. A Argentina volta a campo terça, contra a Costa Rica.
em terceiro, atrás apenas
amistoso que terminou
Em duelo latino-
americano, o México fez 3 a 1 no Paraguai com dois
De folga nas Eliminatórias
gols de "Chicharito"
da Eurocopa, Portugal
Hernandez, astro do
recebeu o Chile para um
Manchester United.
Equipe venceu o Sporting por 4 a 2 na decisão do Mundialito, em SP
Vasco é campeão
O
Vasco conquistou o título do primeiro Mundialito de Clubes de futebol de areia, ao derrotar na decisão o Sporting, de Portugal, por 4 a 2. Diante do presidente Roberto Dinamite, que não escondeu a emoção pela conquista, o time suou para conseguir a vitória de virada, após sair perdendo com um gol de Fernando, marcado no primeiro minuto de jogo. Bruno Xavier e Rafinha viraram a partida ainda no primei-
ro tempo, e Pampero fez o time colocar a mão na taça ao marcar 3 a 1, no começo do terceiro e último tempo. Belchior recolocou o Sporting na briga, marcando o segundo gol, mas Betinho definiu o placar de 4 a 2 a cerca de 2minutos do fim do jogo. “Todos os atletas mostraram que têm carinho pelo clube. Eles honraram a camisa e essa conquista é motivo de orgulho para todos nós, torcedores”, festejou Dinamite.
do campeão de 2010,
duplo 6/4 sobre o japonês
Dario Franchitti, e do vice,
Kei Nishikori, e recebeu
Will Power, que chegou
depois a visita do astro da
em segundo. Outros dois
NBA LeBron James.
brasileiros chegaram entre os 10 primeiros: Raphael
As semifinais da Superliga
Matos foi sétimo, e Vitor
Masculina terão dois
Meira, o oitavo.
duelos “café com leite”: o Sesi enfrenta o Vivo/
Rafael Nadal estreou com
Minas e o Vôlei Futuro,
vitória tranquila no
que eliminou o campeão
Masters 1000 de Miami,
Cimed, pega o Cruzeiro.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
30 -.ESPORTE
sábado, domingo e segunda-feira, 26, 27 e 28 de março de 2011
FIM DE JOGO
L
Blatter diz que Platini pode ser seu sucessor na presidência da Fifa em 2015
L
Bahia confirma a contratação de Lulinha, que chega hoje a Salvador
L
Grêmio libera Renato Gaúcho para participar do Mundial de Futevôlei 4 x 4
L
Cruzeiro anuncia decisão de se desligar oficialmente do Clube dos 13
www.dcomercio.com.br/esporte/
ALMANAQUE ESPECIAL
Os 100 gols de um mito tricolor
RETORNO FESTIVO Rivaldo Gomes/Folhapres
Confira aqui como Rogério Ceni virou recordista e assista, em www.dcomercio.com.br, aos gols que ele marcou
Recepcionado por mais de 200 torcedores e cercado por
seguranças, o atacante Luís Fabiano desembarca no Aeroporto Internacional de Guarulhos dois dias antes da apresentação oficial como jogador do São Paulo. "É uma emoção única. Obrigado a todos que vieram. Estou muito feliz de estar de volta ao Brasil e ao meu clube de coração", declarou o craque, horas depois, ao site oficial do clube. A festa de apresentação, nesta terça-feira, será no Estádio do Morumbi. Domingo, 27
SUBSTITUIÇÃO NO CORINGÃO! Aroeira
Corinthians prepara festa para Adriano
A
pós a ressaca pela derrota para o São Paulo por 2 a 1 no clássico deste domingo, o Corinthians promete fazer uma grande festa para apresentar Adriano como sucessor de Ronaldo - curiosamente, o principal responsável pelas negociações que garantiram a contratação do controvertido reforço. Os dirigentes ainda vão decidir se o evento será no
Anhembi ou no Parque da Independência. No domingo, o nome de Adriano foi gritado pela torcida do Flamengo durante o 3 a 3 com o Madureira, em Macaé. Revelado na Gávea, ele desejava voltar a jogar no Fla, mas foi vetado por Vanderlei Luxemburgo. Tite também não fazia muita questão de tê-lo no Corinthians e parte da torcida o vê com desconfiança. Terça-feira, 29
EM RITMO DE DESPEDIDA
Ronaldo se prepara para o "último sacrifício" Eddie Keogh/Reuters
H
omenageado pelo público do Emirates Stadium, que o aplaudiu de pé antes de Brasil 2 x 0 Escócia, Ronaldo confessou o desejo de entrar em campo: "Deu vontade de pegar a camisa 9. O Barreto (roupeiro da Seleção) até me ofereceu", disse, brincando, ao repórter Tino Marcos, da TV Globo. Ronaldo, que se aposentou em fevereiro, começa a se preocupar com a preparação para o jogo de despedida, contra a Romênia, dia 7 de junho, no Pacaembu. "Esta é a pior parte: vou ter de treinar e me concentrar. É o último sacrifício." Mano Menezes avisa que não quer que a festa atrapalhe a preparação do Brasil para a Copa América. Domingo, 27
JUDÔ
Nova lesão tira João Derly da Olimpíada Márcio Mercante/AE
D
epois de 16 meses afastado dos tatames, o judoca João Derly, bicampeão mundial, sofre uma nova lesão no joelho, perde uma luta, desiste da outra, fica em quarto e último lugar na seletiva para a seleção brasileira, disputada em Vitória, e dá adeus às chances
de se classificar para a Olimpíada de Londres. Mesmo que venha a disputar a Copa do Mundo, Derly não mais terá como somar os pontos necessários no ranking para integrar a equipe brasileira, no ano que vem, em Londres. Sábado, 26