Diário do Comércio

São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Jornal do empreendedor

Pablo Jacob/Ag. O Globo

Conclusão: 23h50

Ano 86 - Nº 23.257

PAZ OU SÓ TRÉGUA Mike Theiss/Corbis com arte de Paulo Zilberman

Mata-mosquitos, operários do PAC e religiosos eram traficantes em fuga. Muitos escaparam pelo esgoto. O calçadão símbolo da Cidade Maravilhosa tem as curvas da dúvida nacional: o Rio de Janeiro reencontrou a paz, ou a paz conquistada é apenas uma trégua, um cessar-fogo frágil que poderá ser rompido a qualquer momento? Páginas 2, 5 e 10 Patrícia Cruz/LUZ

Árvore de Natal 2010 Este é o Natal dos tablets, assim como os smartphones reinaram no ano passado. Ainda mais que o tão aguardado iPad desembarca no Brasil nesta semana. A Apple já vendeu mais de 7 milhões de unidades desde abril, quando o lançou mundialmente. Pág. 18

O trabalho que dá ser Papai Noel Os bons profissionais da área encaram com poesia a hora de chegar em uma casa, entregar os presentes arrumados ao pé da árvore e bater papo com os pequenos. Mas a impaciência dos pais e outros equívocos às vezes frustram essa missão. Veja na página 9 Luiz Prado/LUZ

Lucro real ou lucro presumido?

Eis a questão.

A questão está mais difícil de resolver com a chegada da Escritura Fiscal Digital (EFD) do PIS e Cofins.

Contabilistas já examinam a melhor resposta. Pág. 16 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 25º C. Mínima 18º C.

ISSN 1679-2688

23257

9 771679 268008

Veja o que nasceu nos montinhos dos cães pelas calçadas.

Um bom negócio!

O alívio da cachorrada, pesadelo nas calçadas, inspirou o publicitário Marchesi a criar o Poop Dog, um coletor ecológico já à venda (e bem) no Brasil e estreia prevista em Dubai, EUA e Europa. Página 20

Crédito cresce 1,9% e bate novo recorde No período de 12 meses, até outubro, volume financiado pelos bancos atingiu o equivalente a 42,2% do PIB, maior desde julho de 1994. Página 13

Kassab defende mudanças no DEM Em debate na ACSP, prefeito de São Paulo critica desempenho da legenda e fala em novos rumos. Pág. 7

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Para manter a inflação dentro do intervalo em torno da meta é preciso manter a taxa de juros em patamar muito alto.

Roberto Fendt

pinião

PAULO SAAB

GUERRA DE TODOS OS BRASILEIROS

N

Inflação e suas metas

O

governo argumenta que é preciso mudar o sistema de metas de inflação. Em lugar de perseguir uma meta para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), propôs sua substituição por um índice alternativo, o chamado "núcleo da inflação".

Há dois argumentos a favor dessa troca: primeiro, porque o IPCA está sujeito a variações de preços de bens importados e, portanto, fora do controle das autoridades monetárias; segundo, porque o governo acredita que será muito difícil atingir a meta de baixar a taxa de juros real para 2% até o final do governo eleito, sem que se reduza a meta de inflação.

O segundo argumento tem seus méritos. Um problema crítico na implementação no regime de metas de inflação decorre do fato de que a política monetária afeta a inflação somente depois de decorrido um longo lapso de tempo.

A evidência empírica tem mostrado que, para países com taxas de inflação baixas, pode levar dois anos ou mais para se completem os efeitos da política monetária sobre a inflação. Mais concretamente, o Banco Central aumenta a taxa de juros hoje e leva dois anos ou mais para que a inflação diminua, afetando-se negativamente no interregno o investimento, a compra de bens duráveis e o PIB. Parte importante do problema reside em que, em muitos países, as metas de inflação tomam como referência o ano calendário – isto é, espera-se que os efeitos de mudanças nas taxas de juros se traduzam em inflações mais baixas dentro do mesmo ano em que as mudanças são feitas. Isso leva a outro

ROBERTO FENDT problema: é comum errar a meta dentro do ano calendário, embora esta seja atingida no horizonte mais amplo de 18 ou 24 meses.

de dessas metas, razão pela qual busca-se sempre ficar dentro da margem de erro das metas de inflação anual.

U

F

m exemplo da natureza d e s s e p ro b l e m a f o i o ocorrido na Nova Zelândia em 1995. Lá, o governador do Banco Central faz um contrato de gestão com o BC e é despedido se a meta não é alcançada. Foi o que ocorreu, quando o BC local errou a meta de zero a 2% por alguns décimos de um por cento no ano. Na ocasião houve consenso de que o "erro" era temporário e que a inflação logo arrefeceria, como de fato veio a ocorrer em 1996.

Aqui no Brasil não temos esse problema, já que não há contrato de gestão para atingir a meta de inflação. Mas erros sistemáticos colocariam em cheque a credibilida-

Do ponto de vista de manter a inflação dentro de certa meta, talvez fosse desejável que a mesma fosse determinada com base em um índice específico para essa finalidade.

P

ortanto, do ponto de vista de manter a inflação dentro de uma dada meta, talvez fosse desejável que a mesma fosse determinada com base em algum conceito de núcleo de inflação – um índice específico para essa finalidade, do qual não constariam os preços sobre os quais não há controle – e com base nele se apuraria se a meta teria sido atingida ou não. Seria crucial deixar completamente claro que esse índice não serviria para nenhuma outra finalidade, quer como indexador, ou qualquer outro uso que dele se desejasse fazer.

Já o argumento de que não será possível baixar a taxa de juros real a 2% até o final do novo governo não se sustenta. A razão para isso é simples: a taxa real de juros é determinada por vários fatores, entre eles a taxa mínima de remuneração que as pessoas julgam necessário receber para poupar.

Parte dessa poupança destinase a financiar os déficits do setor público. O que permitiria convergir mais rapidamente em direção a essa ambiciosa meta seria o equilíbrio das contas públicas. Com isso, se retiraria do mercado uma forte pressão para a manutenção das taxas de juros nos atuais patamares em que eles se encontram.

A manutenção de perenes déficits fiscais não permitirá que a meta seja cumprida.

ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

O LADO PARA O QUAL PENDE DILMA Agora está claro para que lado Dilma pende e escondeu durante toda a campanha eleitoral. Ao montar seu governo tira a máscara, aparecendo a guerrilheira. Ao manter Marco Aurélio Garcia

azer isso, contudo, não é isento de custos. Para manter a ferro e fogo a inflação dentro do intervalo em torno da meta é preciso manter a taxa de juros em patamar muito alto. Reduzila colocaria em risco não somente a inflação anual, mas também a credibilidade do regime de metas.

Finalmente, estamos vivendo um momento de altas expressivas de preços no mercado internacional. Esses aumentos, especialmente de alimentos e de matérias primas, acaba por refletir-se nos índices de preços amplos, como no IPCA do IBGE e os índices apurados por outras instituições.

Em função dessas elevações de

preços, sobre os quais as autoridades não têm qualquer controle, muitas vezes deixa-se de cumprir as metas de inflação, muito embora a política monetária estivesse correta em outras circunstâncias.

mostra a direção para lá da esquerda que sempre foi sua meta. Fica a esquerda burra e retrógrada por quem lutou e foi presa. Que Deus tenha piedade de nós, que somos a favor da democracia plena.

Beatriz Campos - São Paulo

APOIO À OPERAÇÃO POLICIAL Parabéns às Forças Armadas e a todo conjunto de policiais que agiram contra o narcotráfico no Rio de Janeiro. Apesar da operação tardia, antes tarde do que nunca! Espero que continuem com as ações, a

fim de que se obtenha sucesso total, porque existem muitos traficantes foragidos e com muitas armas, que poderão reverter a situação a qualquer momento Fausto Adam - São Paulo

o final da década de 80, ou início da de 90, num choque com a polícia do Rio de Janeiro, morreu um traficante de drogas, que tinha o apelido de Escadinha, num dos morros da cidade. Quem acompanha esta coluna há de lembrar que na oportunidade chamei a atenção dos leitores e também dos alunos na universidade onde lecionava sobre o simbolismo das consequências daquela morte. O traficante foi enterrado com honras de Estado, se assim se pode dizer, ao som do Hino Nacional , cantado pelos presentes como se ali estivesse sendo enterrado não um criminoso, mas um herói nacional.

Fiz notar na ocasião que para aquela comunidade que o traficante provia, com o resultado de suas atividades ilícitas de tráfico de drogas, ele era de fato o herói.

Ele era o "Estado", pois com seu poder protegia os moradores da polícia, numa inversão perigosa e explosiva de valores pessoais e institucionais.

Chamei também a atenção, até pela diretiva do governo estadual de então, de Leonel Brizola, de que a policia não podia entrar nos morros – o que daria ensejo à criação de territórios dominados pelos bandidos, configurando um Estado paralelo, com leis próprias e território de dominação. e lá para cá, o que se assistiu na "cidade maravilhosa" foi o avanço desmedido do crime chamado organizado, em que a sociedade foi se tornando refém dos criminosos . O Estado perdeu terreno, as atividades ilícitas passaram a ser consideradas um problema de difícil enfrentamento, levando à situação caótico em que se encontrava o Rio até a semana passada, quando as autoridades, com o apoio das Forças Armadas, em face de ditas demonstrações de força dos criminosos, atentaram contra ônibus, carros, cânones policiais, buscando intimidar a sociedade. De há muito a impunidade imperava no mundo bem armado do crime.

Muita gente se perguntava há tempos por que nunca houve o uso das Forças Armadas nesse tipo de guerra. As respostas de cunho institucional, constitucional, nunca me convenceram e finalmente parece que deixaram de ser uma desculpa para uma ação de guerra interna, uma quase guerra civil entre o Estado e o crime .

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A sensação com ofensiva policial é de alívio, pois as autoridades, geralmente tíbias diante da ação criminosa, desta vez encararam a situação e mostraram quem é quem.

A ação conjunta da PM do Rio, com o apoio logístico (mesmo que seja eufemismo é válido) principalmente da Marinha e da Polícia Federal, parece ter dado a resposta que a sociedade exigia. No jargão próprio, os bandidos perderam seus territórios.

A sociedade e a mídia apoiaram a enérgica reação oficial. Ninguém mais suportava a arrogância, o desatino e a impunidade com que governos criminosos e paralelos foram criados à sombra de nossa Constituição e leis civis e penais.

Na verdade, o que se viu no Rio de Janeiro é expectativa de todas as grandes capitais brasileiras, onde os criminosos se tornaram senhores da sociedade. odas as pessoas de bem do País devem apoiar e aplaudir a ação oficial no Rio de retomada dos territórios e prisão de muitos bandidos.

E' preciso mais. Ir além, dar continuidade ao combate ao crime e persegui-lo sem trégua ate o mais perto da normalidade se instalar de novo nas ruas das grandes metrópoles.

A sensação geral com ofensiva policial é de alívio, porque as autoridades, geralmente tíbias diante da ação criminosa, encararam a situação e mostraram quem é quem na ordem das coisas.

A guerra do Rio é de todo o Brasil.

A sociedade não pode ser refém nem ficar subjugada pelos criminosos. A reação do Estado legal, da sociedade e seus mecanismos, deve prosseguir até ficar claro, de fato e de direito, para os brasileiros de bem e para os marginais, quem de fato manda: a lei e a ordem – e não a desfaçatez, a ousadia, a contravenção, o crime.

Se essa mudança se consolidar, o Brasil estará, com quase duas décadas de atraso, começando a resgatar a sua dignidade interna.

Com reflexos no Exterior.

T

PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

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ATRELAMENTO DA ESPANHA AO EURO SIGNIFICA PERSPECTIVAS ECONÔMICAS BEM POBRES À FRENTE.

pinião

Espanha, prisioneira do euro, deve ficar mais pobre

A

melhor coisa sobre os irlandeses atualmente é que há bem poucos deles. Por si só, a Irlanda não consegue causar tanto dano ao futuro da Europa. Pode-se dizer o mesmo sobre Grécia e Portugal, tido por muitos como a próxima peça do dominó. Mas tem a Espanha. Os outros são "tapas"; a Espanha é o prato principal.

O surpreendente sobre a Espanha, a partir de uma perspectiva norte-americana, é o quanto a sua história econômica se parece com a nossa. Como os Estados Unidos, a Espanha experimentou uma gigantesca bolha imobiliária, acompanhada por enorme aumento na dívida do setor privado. Como os Estados Unidos, a Espanha caiu em recessão quando a bolha estourou e experimentou um aumento no desemprego. E, como os EUA, a Espanha tem visto o déficit orçamentário ir às alturas, graças à queda na arrecadação e aos custos relacionados à recessão.

Mas, diferentemente dos EUA, a Espanha está à beira de uma crise de dívidas. O governo americano não está encontrando problema para financiar seu déficit, com taxas de juros nas dívidas federais de longo prazo abaixo dos 3%. A Espanha, por seu lado, tem visto os custos de empréstimos dispararem nas últimas semanas, refletindo o medo crescente de um futuro default. E por que a Espanha está com esse problema? Numa palavra: euro.

A Espanha estava entre os mais entusiastas defensores do euro em 1999, quando a moeda foi introduzida. E por um momento as coisas pareceram ir muito bem: os fundos europeus fluíram para a Espanha, fortalecendo os gastos do setor privado, e a economia espanhola experimentou um rápido crescimento.

Nos anos bons, aliás, o governo espanhol parecia ser um modelo tanto de responsabilidade fiscal quanto financeira: ao contrário da Grécia, ela obteve superávits orçamentários e, ao contrário da Irlanda, tentou muito (porém só obtendo um sucesso parcial) regular seus bancos. No final de 2007, a dívida

pública da Espanha, como porcentual da economia, era metade do tamanho da alemã – e ainda hoje seus bancos não estão em situação tão ruim quando os da Irlanda.

Mas problema estavam se desenvolvendo sob a superfície. Durante o boom, os preços e os salários cresceram mais rapidamente na Espanha do que no resto da Europa, ajudando a alimentar um enorme déficit comercial. E quando a bolha estourou, a indústria espanhola ficou com os custos que a deixaram sem condições de concorrer com os outros países.

E

agora? Se a Espanha ainda tivesse sua própria moeda, como os Estados Unidos – ou como a Grã-Bretanha, que compartilha algumas dessas características – ela poderia deixar o câmbio cair, tornando sua indústria competitiva novamente. Mas, com a Espanha usando o euro, essa opção não está disponível. Em vez disso, a Espanha tem de conseguir uma "desvalorização interna": o país terá de cortar salários e preços até que os seus custos voltem a se alinhar com os dos seus vizinhos.

Uma desvalorizaç ã o i n te r n a é u m a questão difícil. Por um motivo, ela é lenta.

PAUL KRUGMAN Normalmente são precisos anos de desemprego alto para pressionar os salários para baixo. Além disso, salário caindo significa renda também caindo, enquanto as dívidas permanecem as mesmas. Assim, a desvalorização interna agrava os problemas de dívida do setor privado.

panha, por outro lado, não se recuperou completamente. E a falta de recuperação se traduz em receios sobre o futuro fiscal do país.

A Espanha deveria tentar romper essa armadilha abandonando o euro e restabelecendo sua própria moeda?

Ela fará isso? A resposta a ambas das

O

que tudo isso significa para a Espanha ? Perspectivas econômicas bem pobres nos próximos anos. A recuperação dos Estados Unidos tem sido decepcionante, especialmente em termos de emprego – mas pelo menos vimos algum crescimento, com o PIB real mais ou menos de volta ao pico pré-crise, e podemos esperar sensatamente um crescimento futuro que ponha de volta, sob controle , o nosso déficit. A Es-

perguntas é: provavelmente não. A Espanha estaria melhor agora se ela nunca tivesse adotado o euro – mas tentar sair dele provocaria uma crise bancária gigantesca, com os clientes correndo para transferir seu dinheiro para qualquer outro lugar. Mas, a não ser que haja uma crise bancária catastrófica – que parece plausível na Grécia, cada vez mais possível na Irlanda e, embora improvável, não impossível na Espanha – é difícil imaginar qualquer governo espanhol assumindo o risco de uma "deseurorização".

dores espanhóis. Os ataques republicanos ao Fed – com pedidos para que ele pare de tentar promover a recuperação econômica e, em vez disso, se foque em manter o dólar forte e em combater riscos de inflação imaginários – equivalem a pedir que, voluntariamente, nós mesmos nos mantenhamos na prisão espanhola.

V

amos esperar que o Fed não lhes dê ouvidos. As coisas nos Estados Unidos estão ruins, mas poderiam ser bens piores. E, se a facção do hard money conseguir o que deseja, elas de fato ficarão.

E

ntão, a Espanha está, de fato, prisioneira do euro, ficando sem nenhuma boa opção. A boa notícia sobre os Estados Unidos é que não estamos nesse tipo de armadilha: ainda temos nossa própria moeda, com toda a flexibilidade que isso implica. Aliás, a Grã-Bretanha também – seus déficits e dívidas são comparáveis aos da Espanha – mas os investidores não a consideram em risco de default.

A notícia ruim sobre os Estados Unidos é que uma poderosa facção política está tentando algemar o Federal Reserve, retirando na prática a grande vantagem que temos sobre os sofre-

PAUL KRUGMAN É ECONOMISTA, COLUNISTA DO THE NEW YORK TIMES, PROFESSOR E AUTOR DE VÁRIOS LIVROS E PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA 2008 TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

LULA E O TRABALHO DECENTE Leonardo Rodrigues/Hype

O

presidente Lula, por meio de um decreto, de 24 de novembro de 2010, convocou a sociedade para discutir, na primeira Conferência Internacional de Emprego e Trabalho Decente, o que o governo considera ser Trabalho Decente, que está previsto nas recomendações da Organização Internacional do Trabalho, a OIT. O artigo 4º do referido decreto dispõe que a primeira CONETED desenvolverá seus trabalhos com relação aos seguintes temas: 1) geração de mais e melhores empregos, com proteção social; 2) erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil; 3) fortalecimento do modelo tripartite e do diálogo social.

O referido decreto remete a uma questão que deve ser pensada pela sociedade. É importante refletirmos sobre esta ideia porque corre-se o risco de se deduzir que somente o emprego é sinônimo de Trabalho Decente, ignorando outras formas de trabalho, sem vínculo de emprego, mas tão decentes quanto este.

O decreto presidencial é a favor do emprego. Mas o que isso significa?

Quem é a favor do emprego é a favor do trabalho subordinado. Quem é a favor

do trabalho subordinado é a favor de que o trabalhador se submeta – ainda quando esta relação de submissão possa ser desumana, aos mandos do capital.

Quem é a favor de que o trabalhador se submeta à exploração do capital é também favorável que este seja protegido pelo Estado, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho, pois está em uma situação de desigualdade.

Concluindo: para justificar a existência do Trabalho Decente, antes é necessário defender a exploração do trabalhador pelo capital. Este é um paradoxo da relação de emprego, defendida pelo governo e por todos aqueles que alardeiam ser a salvação do Brasil.

Estas premissas servem para justificar duas coisas: 1) Fazer o trabalhador acreditar que, naturalmente, possui uma quase doença, que se chama hipossuficiência – isto é, aquele que é incapaz de expressar sua vontade, quando está subordinado ao capital.

2) Fazer o trabalhador e a sociedade acreditarem que só o Estado, onipresente e onisciente, tem a cura para este mal, quando confere ao hipossuficiente a proteção de que ele tanto necessita.

Ou seja, somente o Estado

JOSÉ EDUARDO PASTORE Para justificar o bom, primeiro é preciso viver o ruim.

E o mais grave é que muitos defendem o Trabalho Decente apenas por meio do emprego, como se fosse aceitável levar o trabalhador a crer que, para alcançar o Trabalho Decente, deve passar antes pelo "calvário" de ser empregado. sta é a lógica que o Estado vende para o trabalhador, aprisionando-o à sua exclusiva tutela, como se nunca pudesse ser livre para escolher de que forma deseja trabalhar.

Talvez, justamente por este ser hipossuficiente é que fica fácil convencê-lo disso. O raciocínio de Getúlio Vargas é tão inteligente que parece até que é verdadeiro.

Estas reflexões são importantes para concluir o que segue: o Trabalho Decente sem vínculo de emprego é tão decente quanto aquele com vínculo de emprego.

Pessoas jurídicas, prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos,

E Governo parte da ideia de que só o emprego , sob a tutela do Estado, significa "trabalho decente"

é capaz de garantir-lhe dignidade no trabalho.

A pergunta que se coloca é: se uma relação, como a acima narrada, é tão nefasta para o trabalhador, inclusive reduzindo este a um ser não-pensante, conforme o próprio Direito do Trabalho o define, beirando ao estado vegetativo, por que defender o emprego como se fosse a única alternativa de Trabalho Decente?

Existe muita gente que é a

favor do emprego. De que o trabalhador, para ter dignidade, deve antes passar pela indignidade. De que, para justificar a proteção, antes o trabalhador deve se submeter à uma desproteção. De que, para ser feliz, antes tem de sofrer, na sua condição de empregado, para depois ser feliz, quando recebe os "seus direitos".

Interessante a dialética perversa e paradoxal do vínculo de emprego, defendido pelo governo na CONETED.

cooperativas de trabalho, micro e pequeno empreendedor individual, são todas modalidades de trabalho que também representam o Trabalho Decente.

P

or que deixá-las de fora da discussão do CONETED? Por que o governo não abre espaço para que se discuta também o Direito ao Trabalho, que é a possibilidade de se trabalhar, de forma decente, sem vinculo de emprego, já que a maior parte dos trabalhadores está fora do trabalho com vínculo de emprego?

Por fim, imaginar que somente o Estado pode garantir a existência do Trabalho Decente, por meio do emprego, é ignorar as mentes que não se deixam iludir por esta premissa.

JOSÉ EDUARDO PASTORE É ADVOGADO ESPECIALISTA EM

DIREITO DO TRABALHO E DIREITO ASSOCIATIVO WWW.PASTOREADVOGADOS.COM.BR

DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

Giba Um

3 Nova

cirurgia, nova quimioterapia, José Alencar não estará no lançamento de Amor à Vida, de Eliane Cantanhede, em São Paulo.

gibaum@gibaum.com.br

3

MAIS: dentro, um comentário ácido do vice: "Itamar Franco não é difícil de conviver. O problema é que ele é um péssimo caráter."

terça-feira, 30 de novembro de 2010

30 de Novembro

rmão de Simão-Pedro, André reconheceu Jesus como o "cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo", tornando-se um dos 12 apóstolos. Participou da vida pública de Cristo e testemunhou sua Ressurreição.

Pregou o Evangelho a partir da Palestina e foi crucificado nos Bálcãs.

Santo André

k Estamos beneficiando pobres com o Bolsa Família e ricos com Novo Cerimonial «

generosos financiamentos. É o capitalismo de compadres.

AFFONSO CELSO PASTORE // economista e ex-presidente do Banco Central.

Fotos: Paula Lima

I

333 Lula já mudou parte do cerimonial de posse de Dilma Rousseff dia 1º de janeiro: quando ele descer a rampa do Planalto e entrar num carro, dizendo adeus à Presidência, a presidente empossada deverá acompanhá-lo, o que jamais aconteceu na história de transmissão de cargos em Brasília. Agora, há quem aposte que ele poderá fazer nova alteração: Michel Temer viria no Rolls Royce no cortejo até certo ponto apenas. E ele poderia subir no carro, “conduzindo Dilma até o Planalto” e acenando, de despedida, aos populares.

AJUDA DE DEUS

SEM PATRIMÔNIO Quem melhor analisar as 44 empresas dadas em garantia por Silvio Santos para obter os R$ 2,5 bilhões do FGC, verá que muitas são companhias de prestação de serviços, sem nenhum patrimônio e que só sobrevivem porque estão diretamente ligadas a empresas maiores do grupo.

Ligadas ao Panamericano tem a Panamericano DTVM, Panamericano Arredamento Mercantil, Panamericano Administradora de Cartões de Crédito, SSF Fomento Comercial, Panamericano de Seguros, Panamericano Administradora de Consórcio, só para começar.

Não é diferente na área das Lojas do Baú, fora quatro imobiliárias.

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Amanhã, Dia Mundial da Luta contra a Aids, algumas figuras do showbiz mundial se desligarão do Twitter até que a organização Keep a Child Alive tenha arrecadado US$ 1 milhão de dólares, numa campanha chamada The Digital Life Sacrifie, organizada pela cantora Alicia Keys. Participarão Jennifer Huston, Serena Williams, Justin Timberlake, Elijah Wood, Kim Kardashian (posou para um foto de promoção dentro de um caixão) e Lady Gaga, a campeonissima do Twitter com 7,2 milhões de seguidores e mais 24 milhões no Facebook.

Sacrifício digital

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OndeestáWally?

“Sérgio Cabral tem o apoio da presidente” – esse foi o único sinal dado, através de um assessor, pela presidente eleita Dilma Rousseff, durante todos esses dias de guerra no Rio. Ela está trancada da Granja do Torto, às voltas com a formação de seu ministério. Mesmo que o brasileiro queira ouvir o que pensa a futura governante, os mais chegados dela dizem que “o presidente ainda é Lula” e ela não quer melindrá-lo. Muitos avisam que esse é o estilo de governar de Dilma, que odiou a campanha, onde era obrigada a se expor diariamente. Mais: no programa Café com o Presidente , Lula está avisando que, “nos próximos dias, vai visitar o Complexo do Alemão”.

333

h IN

h

Antigo companheiro dos tempos de guerrilha, onde tinha o codinome de Oscar (também adotou Chico, mas era pouco usado), Fernando Pimentel, que foi afastado do comitê central da campanha sob denúncias de coordenar o grupo especializado na fabricação de dossiês e que o PT literalmente odeia porque fez campanha ao lado de Antonio Anastasia e Aécio Neves em Minas Gerais (e contra Hélio Costa e Patrus Ananias), ainda acaba ganhando o Ministério de Desenvolvimento Econômico e Social. Paloci gosta da idéia: ele fica distante do núcleo central e fala o mesmo idioma que ele em política-econômica contra Guido Mantega.

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333 A MONTADORA de carrocerias para ônibus e caminhões Busscar atravessa período mais do que difícil e a gaúcha Marcopolo pode acabar comprando sem colocar sequer um centavo. O BNDES está entrando em campo com uma operação de salvamento porque é um dos maiores credores da Busscar. A Marcopolo assumiria dividas e investiria na recuperação da estrutura industrial da concorrente.

Cabelos à la garçonne.

OUT

Cabelos compridissimos.

Veterano do clique 333 O veterano fotógrafo Luis Trípoli, quase com 70 anos, lança hoje, na Casa Fasano, em São Paulo, um livro especial para colecionadores, com 98 fotos que ele considera as mais importantes de sua carreira, incluindo uma série de personalidades. Serão apenas 250 exemplares, a R$ 5 mil cada um. Com o tempo, se conseguir vender tudo, fatura R$ 1,2 milhão, o que sempre faz a alegria de qualquer fotografo famoso num mercado de grande concorrência. Para quem não sabe: jovem, Trípoli começou sua carreira em São Paulo, enviado pelo pai Paulo Rogério (radialista) para trabalhar com um colunista social. No Rio, fotografava nus para uma revistinha chamada Blá Blá Blá .

333 ENQUANTO as estratégias da inteligência se voltam para tentar acalmar a tensa situação no Rio, a Abin – Agência Brasileira de Inteligência está comprando 15 bolas de voleibol a R$ 85 cada, num total de R$ 1,3 mil.

333 NO GOVERNO Dilma, à propósito, a Abin será reformulada e subordinada diretamente à Presidência.

O Gabinete de Segurança Institucional (ela não suporta o general Jorge Felix) será extinto e ressurgirá o antigo Gabinete Militar.

Solução

B B A N B A N MA

Oscar em campo

333 DEPOIS de um descanso estimado em mais de três meses, Lula estará de volta à ação e, além de planejar escrever artigos para jornais brasileiros e do Exterior, quer manter um comentário diário, pela manhã, numa rádio AM. Assessores chegados já estão conversando com a Rádio Capital AM, de São Paulo.

E B T N E S A D A T AC T A O C E A L A R T EAM A G O R A C MA A L E R DA M DE R E N O D L A I O MO T S O NO

333 Silvio Santos está considerando 2010 um ano ruim para algumas de suas empresas, começando pelo Banco Panamericano e esticando pelo SBT, que deverá fechar no vermelho, o que já aconteceu em anos anteriores.

Afinal, até o seriado Chaves, que o animador sempre usou (e abusou) há mais de vinte anos, para colocar em qualquer lugar da grade (e dar mais audiência do que a maioria dos programas e novelas) não é mais exclusividade de sua emissora. O canal Cartoon Network exibe Chaves e Chapolin de manhã e à noite. E com suas cores restauradas.

MISTURA FINA

R

ATÉ CHAVES

333 A tomada do Morro do Alemão, com direito a desfraldar lá em cima as bandeiras do Brasil e do Rio, malgrado a verdadeira guerra deflagrada nos últimos dias, até transmissão direta pela TV, é um pequeno round da batalha contra o tráfico. Afinal, o Morro do Alemão é apenas uma das 809 favelas (oficialmente, 752) que o Rio tem e que são divididas até por categorias: as que viraram bairros (tipo Cidade de Deus), os complexos (Alemão é um bom exemplo) e as avulsas, que crescem em qualquer lugar, sem pedir licença. As próximas a serem tomadas seriam Rocinha e Vidigal. Ou seja: os traficantes podem escolher à vontade seu próximo ninho ou até dividir suas legiões com São Paulo, que já tem 249 favelas.

Pequeno round

Edir Macedo, dono da Record e da Igreja Universal do Reino de Deus, teve uma reunião dura com Walter Zagari, um dos raros talentos da emissora (é homem da área comercial e há anos, foi afastado do SBT) e advertiu que, “dentro de cinco anos” quer superar a Globo e ser o primeiro em audiência. Zagari engoliu a seco e no final, emendou: “Se Deus quiser”.

E Edir: “Tenha certeza de que Deus fará sua parte. Nós temos de fazer a nossa”.

333

R O I L E R MA A L O L D E O R O C L O

333 Outro que havia desaparecido e que está de volta (e ainda não envergando seu famoso uniforme de camuflagem) é Nelson Jobim, agora convidado a permanecer no Ministério da Justiça, mesmo sem a aviação civil e a Infraero, que estarão reunidas numa nova Secretaria. Quem conversou com Jobim foi Antonio Palocci (da conversa com o vice eleito Michel Temer, há dias, não saiu nada). Por outro lado, enquanto Lula não bate o martelo na compra dos caças franceses, Jobim já está preocupado com a compra de novo e maior avião para Dilma. Poderá ser um aparelho europeu da Airbus, que custa US$ 56,7 milhões.

Casório no spa

P A S E D S E C A D C A

Sem uniforme

À distância, os 300 convidados para a festa do segundo casamento de Adriane Galisteu (primeira foto à esquerda, com o noivo Alexandre Iódice), no Spa Sete Voltas, em Itatiba, interior de São Paulo, davam a impressão de participarem de alguma festa espiritualista ou de uma marcha pela paz: estavam todos de branco, como decretava o convite.

Ela usava um modelo Stella McCartney e a celebração em nada lembrava o primeiro casamento com Roberto Justus. (1.500 convidados, com quatro buffets espalhados, D. Perignon, quatro shows, tudo no La Luna). Desta vez, saladinha, picadinho com farofa e penne alla arrabiata. Entre os convidados, da segunda foto à esquerda para direita, Claudia Leite, Roberta Miranda, Glória Maria e, de quebra, Geisy Arruda.

333

Por: José Nassif Neto Fruto da bananeira.

Dança usual popular.

Mulher demasiadamente religiosa.

'Fim', em inglês.

Prudência; tino.

'Gato', em inglês.

Mulher que recebeu o título do baronato.

Início de uma nova ordem das coisas.

Elevado.

Móvel imprescindível no dormitório.

Quão; quanto.

DILMA está trancada na Granja do Torto, armando seu ministério e fazendo, a duras penas, a dieta sem carboidratos: quer perder sete quilos, pelo menos, que ganhou na campanha e estar nos trinques para a posse. Já José Eduardo Dutra, que também engordou muito, não consegue fazer a dieta e tampouco levantar cedo para caminhar e fazer exercícios. É que vai dormir tarde: fica esperando a reexibição da novela Vale Tudo .

333

NO FUTURO Instituto Lula (ou Lula do Brasil), o atual secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, autor de centenas de discursos jamais pronunciados pelo Chefe do Governo, deverá ser o presidente executivo.

Dança artística que exige graça e precisão.

Unidade monetária brasileira.

Dano.

Arquear.

'Time', em inglês. (?) Costa, intérprete.

Nesta ocasião.

Drible de futebol.

Sugar Limpa; o leite higiênica. da mama.

(?) Duarte, atriz.

Arrogância.

Movimento do mar.

Sofrimento físico.

Vagarosa.

Número cardinal acima do sete.

Produto das abelhas.

Religiosa devota e assídua na igreja.

'Aceno de cabeça', em inglês.

Vazio por dentro.

Vogais de idoso.

333

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Arma pon tiaguda de arremesso.

Jardim de Eva e Adão.

Clima do verão.

50, em algarismo romano.

'Palavra' em francês.

Laço forte.

Vontade de dormir.

(404) 2-nó; 3-cat; end; mot; nod; tão; 4-maré; éden; team; 6-earcar; desdém.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

5 SUCESSO Ação das tropas militares é elogiada pelo presidente Lula e por Dilma

olítica

Lula: ação contra crime no Rio 'apenas começou'

PREÇO Policiais cobram, agora, um piso salarial nacional para a categoria.

Ao destacar que as operações foram bemsucedidas, o presidente alertou que elas estão ainda no começo. Segundo Lula, o governo federal continua disposto a dar todo apoio ao Rio de Janeiro contra o narcotráfico. E Dilma promete manter ajuda ao Estado, depois de ser empossada presidente.

Gustavo Miranda/AOG

O

Paulo Araújo/AE/10.06.2010

André Dusek/AE/18.11.2010

Lula manda os parabéns ao governador Sérgio Cabral (acima) pelo combate ao tráfico. Dilma também elogiou operações e prometeu perenizar apoio policial.

Sarney avisa: Congresso dará prioridade total ao RJ

O

Congresso dará prioridade "absoluta" a qualquer medida provisória que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva porventura tenha que editar para reforçar o caixa dos órgãos de segurança pública que atuam no Rio de Janeiro no combate ao crime organizado. Para o presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDBAP), essa é "a maneira mais efetiva" que o parlamento tem para ajudar os governos federal e do Rio, neste momento.

"Como é um caso de emergência, o governo federal, se precisar de recursos adicionais, edita uma medida provisória e nós votaremos com a maior urgência no Congresso", disse o senador.

Ele não poupou elogios à forma coordenada das ações policiais e militares que atuaram nas operações nas comunidades da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão – Sarney ressaltou que tanto as polícias do estado quanto as for-

ças federais e militares deram "uma demonstração de que, agora, a situação tem que ser encarada com muita seriedade para tornar o Rio de Janeiro uma cidade livre do tráfico e da violência".

O senador destacou, no entanto, que todos os esforços empreendidos desde a semana passada são "um bom começo". Agora, o desafio será manter a população dessas áreas seguras por meio do estabelecimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Orçamento – Na chegada ao Congresso, Sarney também falou sobre o Orçamento de 2011.

Segundo ele, a Comissão Mista de Orçamento faz todo o esforço para cumprir o cronograma de votação em dezembro e, por isso, acredita que não será necessária a convocação extraordinária do legislativo para apreciar a matéria em janeiro.

De acordo com Sarney, haverá prioridade às áreas estabelecidas pela presidenta eleita, Dilma Rousseff. (ABr)

José Cruz/ABr

Sarney: no Congresso, prioridade a MP que venha contra crime no RJ.

presidente Luiz do os governos divergem, o Inácio Lula da Sil- povo perde".

Na avaliação do presidente va afirmou ontem que a operação de Lula, o governador Sérgio Cacombate ao narcotráfico no Rio bral "fez um trabalho excepciode Janeiro está sendo um su- nal". E ele espera que os outros cesso. Apesar da avaliação, sa- governadores comecem a falientou que ela não terminou, zer a mesma coisa. "Só há um "ela apenas começou". "Nós jeito de vencer o crime organinão sabemos ainda se todos os zado: combatendo-o. E o gobandidos fugiram, se têm mui- verno federal só pode entrar na tos lá dentro, se estão escondi- medida em que haja o pedido dos. De qualquer forma, de- de um governo, como o Sérgio mos o primeiro passo, entra- Cabral humildemente pediu e mos no Complexo do Alemão. nós, humildemente, atendeEu estava para ir visitar o Com- mos o pedido".

Dilma e Cabral – A presiplexo do Alemão. Independentemente dessa operação, dente eleita, Dilma Rousseff, eu iria visitar o Complexo do recebeu Cabral ontem à noite, Alemão. Eu, agora, vou com na Granja do Torto, em Brasímuito mais prazer", disse, no lia. Eles se reuniram para disprograma de rádio semanal cutir o cenário de segurança pública no Rio de Janeiro daCafé com o Presidente.

O presidente deu os para- qui por diante, mas não divulbéns ao governador Sérgio Ca- garam que novas ações seriam tomadas conbral (PMDB), juntamente ao secretário nem quais tede Segurança riam prossedo RJ, José MaEu já estava para guimento riano Beltravisitar o Complexo após a tomada me, e à popudo Complexo lação do Rio de do Alemão antes do Alemão Janeiro. Disse da operação. p e l a s f o rç a s que toda a ajuAgora, vou militares. da pedida pelo com muito Dilma está governador mais prazer. acompanhanfoi atendida do desde anpelo governo PRESIDENTE LULA teontem as federal. "Disse operações ao Cabral: governador, tudo o que eu puder conjuntas no Rio de Janeiro e fazer para que a gente possa li- considerou que o saldo da mevrar o Rio dessa situação, nós gaoperação foi extremamente iremos fazer". E continuou: positivo.

De acordo com a assessoria "Eu quero reiterar hoje o que eu disse na sexta-feira: o que o Rio de Dilma, a presidente eleita já de Janeiro precisar para que a conversou com Sérgio Cabral gente acabe com o narcotráfi- duas vezes por telefonemas.

Na semana passada, início co, o governo federal está disposto a colaborar. Com o Esta- da reação da polícia aos atado do Rio de Janeiro e com o ques que ocorreram na capital fluminense e nas cidades prómeu amigo Sérgio Cabral".

Lula aproveitou o programa ximas, a presidenta eleita ligou para mandar uma mensagem para o governador manifesde otimismo e esperança à po- tando solidariedade à populapulação fluminense. "Muita ção do Rio de Janeiro.

O bom resultado, na avaliatranquilidade, porque nós venceremos essa guerra. E fica ção de Dilma, se deve à parced e m o n s t r a d o : q u a n d o h á ria entre os governos do estado união entre governo federal e e o federal. Nos telefonemas, governo estadual e os órgãos Dilma destacou que o uso dos de inteligência das polícias, as equipamentos da Marinha focoisas funcionam. Quando fi- ram fundamentais para que a camos disputando entre nós polícia conseguisse entrar no quem é mais bonito, quem é conjunto de favelas e assegumelhor, o povo paga o prejuí- rou que, na Presidência, manzo. Por isso, eu digo sempre o terá o apoio do governo fedeseguinte: quando os governos ral ao RJ no combate contra o se unem, o povo ganha. Quan- crime organizado. (AE/ABr)

Policiais cobram piso salarial nacional Após operação contra o tráfico, eles prometem aumentar pressão para aprovação da PEC 300/2008

A

faixa, pendurada bem ao lado do quartelgeneral das forças que atuam na ocupação na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, no Rio, denuncia: "R$ 30 por dia: valor da vida de um policial e de um bombeiro no Rio de Janeiro".

Bem ao lado da faixa, a inscrição "PEC 300/2008" mostra que, após o sucesso das operações nas favelas cariocas, os policiais prometem aumentar a pressão para a aprovação da emenda constitucional que cria o piso nacional para a categoria.

Embalados pela repercussão positiva das ocupações nas favelas da capital fluminense, policiais que trabalhavam no Complexo do Alemão reclamavam das condições de trabalho e do salário.

Segundo um policial militar que não quis se identificar, todo mundo está "transtornado".

"É mentira isso que estão corresponde com o que eles falando, que policiais se ganham", afirmou o diretorapresentaram administrativo Elias Matias, voluntariamente para ajudar, de 44 anos. inclusive os que já estão Para o presidente da aposentados. Foi ordem Associação dos Ativos e direta. Agora, estamos Inativos da Polícia e trabalhando extra, sem Bombeiros Militares (Assinap), ganhar nada Miguel a mais por Cordeiro, a isso, e com polícia um salário fluminense é R$ 30 por dia: valor a mais mal mal pago". da vida de um Outro paga do policial dizia Brasil. "Hoje, policial e de um que o atual bombeiro no Rio de um policial momento é no Rio tem Janeiro. pertinente à vergonha de FAIXA COLOCADA AO LADO DO reivindicação falar que é QUARTEL-GENERAL DAS FORÇAS da emenda. policial".

MILITARES QUE ATUAM NO RIO "Agora Segundo ele, temos o o salário é apoio da "ridículo", população. Ir contra a PEC é ir mas mesmo assim a polícia contra todo mundo que apoia conseguiu fazer as a polícia do Rio", disse. ocupações.

Moradores da Penha que Agora, imagine se nossos assistiam à movimentação policiais ganhassem bem. das tropas concordaram. "Os Toda a população sairia policiais estão mostrando o ganhando". valor deles, que não Hoje, um policial militar em

começo de carreira no Rio de Janeiro ganha cerca de R$ 900,00 por mês. Caso a PEC seja aprovada, o piso poderia passar para R$ 3,5 mil (quase quatro vezes mais), enquanto o governo federal não fizesse um projeto de lei com um valor definitivo para o piso.

Grande parte do financiamento viria dos cofres federais. Segundo cálculo do Ministério do Planejamento, o impacto no orçamento seria por volta de R$ 46 bilhões.Por isso, a PEC está emperrada desde 2008, quando foi proposta. Houve pressão para que ela fosse votada antes das eleições – a Câmara dos Deputados chegou a aprovar o projeto em primeiro turno, mas ele ainda não voltou à pauta por falta de acordo.

O atual e futuro ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, na semana passada, ser contra a aprovação da proposta porque, 2011, para ele, é ano de contenção fiscal no Brasil. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dilma tem a capacidade e compromisso de atingir todas as Metas do Milênio.

Presidente Lula

olítica

Fabio Pozzebom/ABr/11.11.2010

Peluso saúda retomada da ordem

Na estratégia para ficar no ministério, Haddad tem apoio do presidente

O

ministro da Educação, Fernando Haddad, teve ontem um cabo eleitoral de peso e um palanque próprio na estratégia para continuar no cargo durante o governo de Dilma Rousseff: o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em três cerimônias diferentes e em uma reunião privada, Haddad passou o dia com o presidente.

Ouviu elogios, insinuações de que Lula queria sua permanência e teve espaço para defender sua gestão, recentemente muito criticada pelos problemas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Pela manhã, enquanto inaugurava com Haddad 30 escolas técnicas federais e 25 campi

de universidades, Lula começou dizendo que não indica ministros para a presidente eleita. "Não cabe a mim indicar ministro. Vocês sabem que sou defensor da ideia de que ela (Dilma) tem que montar um ministério à sua cara e sua semelhança. Ela tem que escolher o ministério que ela quer porque essa coisa é complicada. Se você monta um time de futebol e você não comanda os jogadores, os jogadores derrubam o técnico. Ministro é fácil de colocar. Para tirar é duro".

Frente a uma clara preferência da plateia, formada por reitores de universidades federais e institutos tecnológicos, o presidente voltou a dizer: "Eu estou aqui dizendo que eu não

Wilson Pedrosa/AE/29.11.2010

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DC

Fernando Haddad: elogiado pelo presidente Lula e com espaço para expor desempenho no ministério da Educação.

Objetivo é permanecer no comando da pasta.

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posso indicar ministro, não posso. Se eu pudesse pedir uma vaga ia pedir para mim, mas como eu não posso...", brincou, deixando claro que apenas não estava pedindo explicitamente. À tarde, em outro evento com Haddad – dessa vez a entrega do prêmio para as crianças que venceram a Olimpíada da Língua Portuguesa – o presidente aproveitou para elogiar de novo o seu ministro. "O Fernando Haddad me proporcionou grandes alegrias na área da educação", afirmou, em discurso.

O ministro também teve espaço para defender sua gestão.

Desfilou números e realizações e afirmou que nenhuma promessa deixou de ser cumprida. "Não nos furtamos a enfrentar nenhum debate relevante. Nada foi colocado numa gaveta, os enfrentamentos foram inúmeros, quantos meses, quanto tempo, quantas reuniões, dezenas, envolvendo técnicos de mais de um ministério, é muita coisa, tem muito suor e lágrimas", disse.

"Tivemos muitas vicissitudes, mas tivemos tranquilidade para enfrentar todas elas".

Ainda sem ter conversado com a presidente eleita sobre sua permanência, Haddad é nome dado como certo no próximo governo – justamente por ser um pedido do presidente Lula. Ontem mesmo ouviu um elogio do presidente do banco Itaú, Roberto Setúbal, que patrocina a Olimpíada de Português. "Eu tenho uma admiração pessoal pelo ministro Haddad", afirmou. (AE)

O

presidente do Sup re m o Tr i b u n a l Federal (STF), Cézar Peluso, elogiou ontem a participação das Forças Armadas no cerco a traficantes e busca de drogas e armas no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. "Tenho que me congratular com as Forças Armadas, que se juntaram aos organismos policiais civis num esforço conjunto. Afinal de contas o que está em jogo realmente é a ordem pública nacional. Só tenho que louvar a atuação, sobretudo do Ministro da Defesa e de todos os comandantes das Forças Armadas", afirmou, na abertura da 5.ª edição da Semana Nacional de Conciliação, no Memorial da América Latina, em SP. Na avaliação de Peluso, a megaoperação representa a retomada, pelo poder público, de um território dominado pela marginalidade jurídica e pela delinquência de ordem criminal. "O Judiciário está realizando sua parte: decretou as prisões e as transferências de presos necessárias", afirmou.

"Eu mesmo, como presidente do Supremo, deneguei a remoção de um preso que estava no Norte para o Rio neste período.

Se fosse em outras circunstâncias, ele poderia vir, mas agora não era hora de trazê-lo para o Rio de Janeiro", citou. "Ou seja, o Poder Judiciário também está dentro dos limites da lei, que são os limites da atuação do Judiciário, à disposição desse esforço e dessa cooperação conjunta de todos os organismos do Estado, cuja conjugação deve ser saudada por todo mundo como um fato realmente importante para a ordem jurídica do País."

Protesto – Durante o evento, cerca de 20 servidores do Judiciário fizeram uma manifestação e cobraram do presidente do STF mais empenho para aprovar o aumento de 56% pa-

Vila Industrial - SP

CÉSAR PELUSO var uma resolução para transformar a conciliação, no longo prazo, em uma atividade organizada do próprio Poder Judiciário. A resolução será publicada nesta semana e prevê que a Justiça tenha órgãos e pessoas treinadas para utilizar métodos alternativos para a resolução de conflitos, como a conciliação, a mediação e a arbitragem. "Nós queremos criar mais um serviço organizado do Judiciário no sentido resolver ou prevenir litígios. O fundamental na resolução é criar uma mentalidade sobre tudo isso, uma cultura de que a conciliação também é uma coisa muito boa do ponto de vista social e, por consequência, também é uma coisa muito boa do ponto de vista dos serviços estatais", explicou o presidente do STF. Entre as medidas da resolu-

A garantia é do presidente Lula ao se referir ao futuro governo de Dilma

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que termina o mandato com a sensação de dever cumprido e que, com Dilma Rousseff, o País deverá alcançar todos os Objetivos do Milênio até 2015.

"Dilma tem a capacidade e compromisso de levar adiante uma política que permita chegar em 2015 e atingir todas as Metas do Milênio. Nós não temos porque não atingir essas metas", disse, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Gestor Eficiente de Merenda Escolar de 2010.

As metas do milênio são

SEDUÇÃO SED UÇÃO

compromissos firmados entre os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os compromissos estão a erradicação da extrema pobreza e a redução da mortalidade infantil.

Merenda escolar – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o caminho para melhorar a merenda escolar no País deve passar pela articulação com as prefeituras. "Já se tentou trabalhar por fora das prefeituras e não deu certo. Se os prefeitos não estiverem motivados, temos que motivá-los", disse.

Durante a cerimônia de en-

trega do Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, Lula agradeceu aos prefeitos que inscreveram suas cidades na premiação e destacou que, muitas vezes, melhorar a gestão na área não depende apenas de dinheiro, mas de vontade política e decisão. "Não custa muito", afirmou.

Foram premiados 21 municípios entre 1.340 inscritos. O método de avaliação do prêmio tem como base a análise de informações fornecidas por gestores públicos sob cinco aspectos da execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar. (ABr)

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A megaoperação é a retomada, pelo poder público, de território dominado pela marginalidade jurídica.

ção estão a criação de núcleos permanentes de conciliação, de escolas de capacitação para a formação de conciliadores e a expedição de um código de ética dos conciliadores. Peluso se disse um entusiasta da conciliação como forma de solucionar conflitos. "Uma sociedade que se pacifica é uma sociedade que resolve boa parte de seus litígios diante de decisões dos próprios interessados, o que dá tranquilidade social e evita outros litígios que às vezes são decorrentes de acordos feitos em juízos e depois não cumpridos", afirmou. "As pessoas que se conciliam em geral respeitam os acordos que celebram. É mais fácil resolver definitivamente um conflito mediante conciliação do que uma sentença imposta, cuja execução demora um longo tempo".

Peluso defendeu ainda que os juízes com capacidade para promover a conciliação recebam reconhecimento. "Devemos instituir mecanismos internos do Judiciário, como por exemplo, considerar a atividade de conciliação, que hoje tem peso zero na promoção por merecimento, como um critério importante para avaliar o merecimento do juiz na hora da promoção. Ou seja, o juiz que não dá sentença, mas concilia e resolve os litígios, tem tanto mérito quando aquele que conduz um longo processo", afirmou Peluso.

Segundo o desembargador do Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF-3), Antonio Cedenho, o tribunal fará 6 mil audiências de conciliação. Segundo ele, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) fará 3 mil, e o Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-2), 2 mil. Em 2009, durante a Semana Nacional de Conciliação, 123 mil acordos foram realizados no País, o que chegou a quase R$ 1 bilhão em valores. (AE)

País atingirá Metas do Milênio

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ra os funcionários e a lei que regulamenta o plano de carreiras dos servidores. Se aprovado, o aumento teria custo de R$ 10,8 bilhões ao ano aos cofres públicos. "Nós precisamos de conciliação também em relação a isso", afirmou Peluso. Sobre as críticas dos servidores em relação à sua postura, Cézar Peluso foi lacônico. "As pessoas falam o que querem e eu faço apenas o que posso."

Mudança – Peluso, que também é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disse que o órgão acaba de apro-

DC

Lula defende permanência de Haddad na Educação

Presidente do Supremo, César Peluso diz que ação foi retomada de um território

DC

César Peluso, sobre ações no RJ: "Congratulome com as Forças Armadas, que se juntaram aos organismos policiais civis em esforço conjunto".

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p Kassab critica DEM e defende mudanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

7 Com essa mudança [de fornecedores] devemos ter uma redução de 30% na alimentação escolar.

Gilberto Kassab, prefeito paulistano

olítica

Luiz Prado/LUZ

Prefeito paulistano considera que o mau desempenho da legenda indica essa necessidade Sergio Kapustan

partido. "Os resultados não foram satisfatórios. Vale a pena fazer a avaliação", declarou. prefeito Gilberto Ele comentou os últimos três Kassab defendeu anos da legenda após palestra ontem, na Associa- no Conselho Político e Social ção Comercial de (COPS), da ACSP. No enconSão Paulo (ACSP), mudanças tro, falou sobre os desafios de na condução do DEM. Kassab sua gestão e a reforma política justificou que o partido não te- (veja ao lado).

Aliados do prefeito concorve um bom desempenho nas eleições e precisa ajustar seus dam com sua posição. O DEM rumos. Os democratas elege- marcou para o próximo dia 8 ram somente dois governado- uma reunião nacional, quando res – Santa Catarina e Rio deverá aprovar um plano de Grande do Norte – e reduzi- revitalização visando às eleições municiram as bancapais de 2012. das na CâmaAs eleições ra dos Depudos diretórios tados (de 56 Precisamos de municipais, para 43) e no estadual e naSenado (de 14 partidos com cional estão para 6). O mau propostas nítidas marcadas padesem penho e que tenham ra outubro, nas urnas reclareza na novembro e duzirá o temrelação com a dezembro, po de televir e s p e c t i v asão – de quatro sociedade. mente. Há um para dois miGILBERTO KASSAB entendimento nutos, segunde que as eleido cálculos ções sejam antecipadas para dos democratas.

O quadro de dificuldade se setembro, coincidindo com o apresenta três anos após a le- fim do prazo de filiação partigenda consolidar o processo dária para 2012.

O ex-senador e coordenador de refundação do PFL, com a troca de nome e a renovação de do COPS, Jorge Bornhausen líderes no comando nacional. (DEM), indicou que a anteciO deputado federal Rodrigo pação é viável. "Há um quadro Maia (DEM-RJ), filho do ex- de mudança natural", reforçou prefeito do Rio de Janeiro Ce- o deputado federal e dirigente sar Maia, foi indicado presi- nacional Vilmar Rocha (GO), ao lembrar que o eixo de forças dente da legenda.

Kassab reuniu-se com líde- do DEM mudou com a eleição res nacionais depois das elei- de governadores de Santa Cação e defendeu uma nova pos- tarina e Rio Grande do Norte e tura do partido frente ao novo de São Paulo, com a liderança quadro eleitoral. Surgiram es- de Kassab na capital e do vicepeculações de uma fusão do governador eleito Guilherme DEM com o PMDB, descartada Afif Domingos.

Reforma política – Sem citar pela direção nacional democrata, e a filiação do prefeito vi- o DEM, Kassab manifestou preocupação com o quadro sando às eleições de 2014.

O prefeito não vinculou seu partidário. "Precisamos de futuro à mudança na direção partidos com propostas nítido DEM. No entanto, mostrou das e clareza na relação com a insatisfação com a situação do sociedade", sustentou.

O

E o eleitor já nem lembra em quem votou

U

ma pesquisa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revela que boa parte dos eleitores brasileiros já não se lembra mais em quem votou nas eleições deste ano.

Segundo o tribunal, o esquecimento é maior em relação aos cargos de deputado estadual, no qual 23% dos eleitores entrevistados não lembraram o candidato escolhido na hora do voto.

Em segundo lugar, com maior grau de esquecimento, foram os votos dados para deputado federal, no qual 21,7% afirmaram que não se lembram em quem votou.

No caso de senador, o esquecimento ficou em torno de 20,6% dos entrevistados.

A pesquisa foi realizada com 2.000 pessoas de 136 municípios, em 24 Estados.

O levantamento ocorreu entre os dias 3 e 7 de novembro e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou

para menos.

Meios de comunicação – A pesquisa também perguntou aos entrevistados qual o principal meio de comunicação utilizado para se informar sobre política e eleições. O resultado mostrou que 56,6% se informam principalmente pela televisão e 18,4% por meio de conversa com amigos e parentes. A internet apareceu em terceiro lugar, com 9,9%, à frente do jornal impresso, do rádio e das revistas.

Questionados especificamente sobre a fonte de informação utilizada para se decidir quanto ao segundo turno, a maioria (44,2%) afirmou que já estava decidido pessoalmente.

Outros 18,8% afirmaram que debates entre os candidatos na televisão e no rádio contribuíram para a decisão. Em terceiro lugar apareceram os programas de candidatos na TV, com 15,5%. (Folhapress)

Da esquerda para a direita: Burti, Chapina, Bornhausen e Kassab (em primeiro plano): última reunião do CPOPS deste ano.

Dívida com a União saltou para R$ 40 bi Prefeito explica que o pagamento foi negociado na gestão Celso Pitta e não amortizado por Marta Suplicy Mário Tonnochi

O

prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem que a administração municipal tem duas empresas fornecedoras de merenda em testes-pilotos para receber pela alimentação dos alunos de acordo com o número de refeições servidas.

Hoje, o pagamento dessas empresas é feito por contrato total. "Com essa mudança, devemos ter uma redução de 30% nos custos da alimentação escolar", disse o prefeito. A previsão de gastos com alimentação de alunos municipais para este ano é de cerca de R$ 300 mil, para atender a quase um milhão de estudantes.

Kassab fez um balanço de seu governo até agora e dos desafios da Prefeitura paulistana para os próximos dois anos na reunião ordinária do Conselho Político e Social (COPS) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A gestão financeira foi o tema principal do encontro. O prefeito detalhou os planos do governo para buscar mais verbas para ampliar os investimentos na cidade. Segundo ele, na composição do orçamento municipal, um item fundamental ainda não resolvido é o reescalona-

PPS expulsa prefeito que apoiou Dilma

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PPS desligou do partido o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, por infidelidade partidária A decisão foi tomada no último fim de semana, durante reunião do Diretório Nacional, em Brasília. Reis manifestou publicamente seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, e contrariou, assim, a decisão da legenda de se coligar a José Serra (PSDB-SP).

O partido aprovou uma resolução na reunião realizada em Brasília e informou que vai iniciar um amplo processo de reestruturação do partido, incluindo punição e até expulsão de filiados e detentores de mandato que apoiaram candidatos de outras siglas e coligações nas eleições deste ano.

Em nota oficial, o prefeito disse que soube ontem de seu afastamento pela imprensa.

Reis reclama que a decisão do foi unilateral e não houve qualquer comunicado por parte dos dirigentes. O prefeito disse que também não teve sequer o direito de defesa previsto no estatuto do PPS. (AE)

mento da dívida do município junto à União.

De acordo com Kassab, a dívida da cidade de São Paulo com o governo federal passou de R$ 11,2 bilhões em 2000 para R$ 40 bilhões, em 2009.

O pagamento da dívida de São Paulo foi negociado em 2000, na gestão Celso Pitta. Pelo acordo, a Prefeitura poderia amortizar 20% do total até novembro de 2002 para manter os juros de 6%, mais a correção pelo índice IGP-DI. A prefeita Marta Suplicy (PT), entretanto, não fez a amortização, o que elevou os juros para 9%.

A atual administração defende mudanças na correção da dívida com a troca do IGPM pelo IPCA. Com isso, o valor do total cairia pela metade.

"Com essa redução recolheríamos a metade dos R$ 4 bilhões gastos com a dívida atualmente. Com isso teríamos mais R$ 2 bilhões para investimentos em infraestrutura na cidade", observou o prefeito.

ISS -O presidente do Sescon-SP, José Maria Chapina Alcazar, cobrou de Kassab a redução do Imposto Sobre Serviços na cidade de São Paulo.

Segundo Alcazar, essas re-

Com isso [a troca do IGP-M pelo IPCA] teríamos mais R$ 2 bilhões para investimentos em infraestrutura na cidade.

GILBERTO KASSAB duções, de acordo com comprovações técnicas, aumentariam a arrecadação municipal com a redução de sonegação.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O maior custo em valores absolutos foi dos candidatos de São Paulo: R$ 482,04 milhões.

olítica

Eleições custaram caro aos eleitores No 1º turno das Eleições, a despesa total corresponde a um gasto médio de R$ 20,41 por eleitor – sem contar o 2º turno à Presidência e governo de 8 Estados e DF

A

s prestações de contas de campanha referentes ao 1º turno das eleições de 2010 indicam, até o momento, despesa total de R$ 2,77 bilhões, o que corresponde a um gasto médio de R$ 20,41 por eleitor. Sem contar os candidatos que concorreram ao 2º turno à Presidência da República e ao governo de oito estados e do Distrito Federal. Estes têm até hoje para prestar contas à Justiça Eleitoral.

O maior custo em valores absolutos foi dos candidatos de São Paulo, estado que concentra 22,31% do eleitorado do País. As contas prestadas pelos 2.552 candidatos somaram R$ 482,04 milhões. Maior colégio eleitoral do País, o estado tem 30.301.398 eleitores, o que representa um custo médio de R$ 15,91 para cada um.

Segundo maior colégio eleitoral do País, Minas Gerais vem logo abaixo de São Paulo no ranking de gastos com campanha. Com 14.522.090 eleitores, os 1.365 candidatos que prestaram contas revelaram despesa total de R$ 336,65 milhões: média de R$ 23,18 por eleitor. O Rio de Janeiro, terceiro colégio do Brasil, teve também a terceira posição nesse quesito: 1.911 candidatos declararam ter gasto R$ 211,62 milhões. Com 11.589.763 eleitores fluminenses, a média no Rio é de R$ 18,26 por eleitor.

Em nenhum desses três estados houve 2º turno para a escolha de governador.

Gastos menores – Os dois estados com menores gastos de campanha ficam na região Norte. No Amapá, que tem 420.799 eleitores, 237 candida-

tos prestaram contas revelando gastos de R$ R$ 12,13 milhões. Os números devem crescer: a eleição para governador só foi decidida no 2º turno. Os dois candidatos que disputaram a chefia do Executivo estadual têm de prestar contas à Justiça Eleitoral até hoje. E, no Acre, com 470.975 eleitores, seus 315 candidatos gastaram R$ 15,2 milhões.

Recorde – Em proporção ao número de eleitores, o recorde de gastos foi Roraima. Com 271.890 eleitores, os 413 candidatos que prestaram contas declararam custos de R$ 26,18 milhões. A média por eleitor é de R$ 96,30. Os valores finais serão ainda maiores. Os candidatos a governador no 2º turno ainda não apresentaram suas contas à Justiça Eleitoral.

Os concorrentes de Tocantins e Mato Grosso ficaram em

segundo e terceiro lugares em despesa proporcional ao eleitor: gastos médios de R$ 54,09 e R$ 54,04, respectivamente. Tocantins tem 948.920 eleitores e 229 candidatos declararam despesas de R$ 51,33 milhões.

Mato Grosso tem 2.095.825 eleitores e os 332 candidatos informaram ter gastado R$ 113,25 milhões. Nesses estados, a disputa eleitoral foi decidida em primeiro turno para todos os cargos.

Paraíba e Pará foram os estados de valor mais baixo por e l e i t o r. N a P a r a í b a , c o m 2.740.079 eleitores, os 327 candidatos que prestaram contas à Justiça declararam gastos de R$ R$ 26,15 – média de R$ 9,54 p o r e l e i t o r. N o P a r á , c o m 4.768.457 eleitores, 658 candidatos revelaram gastos de R$ R$ 52,28 milhões – média de R$ 10,96 por eleitor.

Governos estaduais – As disputas para os governos estaduais foram as que apresentaram maiores médias de gastos por candidato. Ou seja, 141 pretendentes revelaram, até o momento, despesas de R$ 560,52 milhões, o que significa uma média de R$ 3,98 milhões por candidato. Esses dados também devem sofrer alterações, depois das prestações de contas dos candidatos que disputaram o 2º turno eleitoral. No cálculo por eleitor, o pleito para as chefias dos poderes executivos estaduais custou em média, até esse momento, um total de R$ 4,13.

Senado– Para o Senado, 248 candidatos prestaram contas, informando a realização de despesas de R$ 353,46 milhões, média de R$ 1,43 milhão por candidato. Para a chamada Câmara Alta, a eleição em todo o

Brasil custou, em média, R$ 2,61 ao bolso do eleitor.

Os dez candidatos ao Senado pelo Rio de Janeiro que prestaram contas revelaram gastos de R$ 31,58 milhões. Ou seja, uma média de R$ 3,16 milhões por candidato, o custo mais alto de todo o País.

No quesito eleitor, Roraima teve a eleição mais cara do Brasil: média de R$ 13,57. São Paulo, o maior estado em número eleitoral, registrou o menor custo médio por eleitor no País – R$ 0,90 – com a declaração de despesas de 12 candidatos, R$ 27,25 milhões. (AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

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ALEGRIA Edgard Pinto, um dos muitos Papais Noéis que encantam as crianças.

idades

PROFISSIONAL Empresas oferecem alegria completa, com duendes e canções natalinas.

Fábio D'Castro/Hype - 25/10/2008

Nada melhor para uma criança do que receber a visita do "bom velhinho" na noite de Natal. Para não decepcionar a criançada, há até empresas especializadas na visita de Papai Noel.

Papai Noel também vive seus altos e baixos Reclamações dos pais com os filhos e excesso de presentes para entregar nas casas são alguns dos problemas enfrentados pelos "papais noéis profissionais" Divulgação

Valdir Sanches

P

osto que Papai Noel não existe, os que estão em atividade vivem situações bem terrenas. Em muitas, o pesadelo é justamente a entrega dos presentes.

Parece estranho, mas é isso o que conta um Papai Noel de São Paulo que fez bonito na Serra Gaúcha. Conquistou o primeiro lugar deste ano no encontro da "categoria", em Gramado, na Serra Gaúcha.

Hélio Gerbas personifica há 13 anos o bom velhinho.

Chega em uma casa, na noite de Natal, com a boa intenção de não apenas entregar os presentes, falar duas palavras e cair fora. Ele quer mais, fazer brincadeiras, contar história, cantar... Em suma, oferecer uma noite de Natal de memorável alegria.

No entanto... "Eu tenho vinte minutos. Olho para a árvore de Natal e vejo uns duzentos presentes. Só para entregar os presentes já vai todo o tempo. Eu teria que reduzir a história e o canto.

Perderia a graça."

Sempre é possível tentar um acordo (Papai Noel negociando a entrega de presentes é divertido). Ele entrega um ou dois presentes para cada criança, os outros os pais darão depois. "O ideal para aquele momento são trinta presentes, para quinze crianças. Mais do que isso, o que oferecemos de especial vai por água abaixo."

As mensagens de Natal, mandadas pelos pais, às vezes também atrapalham tudo. Eles enviam mensagens para Papai Noel fazer o jogo do "se comportaram, merecem presentes?". É para ter um final feliz, Papai Noel dá um beijo, entrega o presente e lê uma mensagem de Natal.

Mas... "Há pais que mandam muitas queixas, 'metem o pau' nos filhos." Só a leitura das queixas toma muito do tempo previsto para a Noite Feliz.

Outro problema eram

Ao lado, Hélio Gerbas, que há 13 anos personifica Papai Noel e visita casas.

Segundo ele, as reações são as mais diferentes possíveis, desde a indiferença dos pais até a alegria de uma senhora de 92 anos após receber a sua atenção.

casas em que os adultos se alheavam. "Numa casa da Lapa, as mães ficaram na cozinha e os pais na varanda, tomando uísque e falando de futebol". Hélio tentou trazêlos para a sala, mas o dono da casa mandou que fizesse sua parte, pegasse o dinheiro e fosse embora.

Histórias – Ele criou, então, brincadeiras para prender as atenções. Se conta a história do Chapeuzinho Vermelho, aponta para a pessoa mais sisuda e diz: "Você é o nosso Chapeuzinho Vermelho".

Uma tia idosa é nomeada não a vovó de Chapeuzinho, mas o lobo mau. "Todos riem da pantomima e está criado o clima", afirma.

Segue-se, então, a opção contratada entre várias possibilidades. Hélio fundou há oito anos uma empresa, a Papai Noel & Cia (9273-9444), que hoje conta com sessenta profissionais, entre Papais e Mamães Noéis, anjos e duendes.

Tocam instrumentos como teclados, violino, flauta e harpa. Hélio, ator, diz que

seus contratados são formados em canto lírico e artes cênicas.

Apesar de toda a trupe, há um só Papai Noel nas apresentações. A chegada, naturalmente, não se dá pela chaminé e pela lareira. Da mesma forma que não há trenó puxado por renas (nas fábulas não existe um tráfego aéreo intenso como o de São Paulo). Enfim, o bom velhinho chega de carro.

Para não simplesmente chegar e entrar, pode surgir primeiro um anjo, tocando um instrumento. Ele anuncia o Papai Noel. Ou as luzes se apagam, e quatro duendes aparecem segurando velas e cantando, até que o personagem entra.

Colo – Tudo ensaiado e afinado, sempre pode haver surpresas. Em uma das vezes, uma senhora bem velhinha, 92 anos, se apresentou: "Há quanto tempo a gente não se via". E pediu: "Posso sentar no seu colo"? Hélio consentiu. E a senhorinha sentou no colo de Papai Noel, como se tivesse voltado à infância.

Em outro Natal foi um velhinho que, à saída de Hélio, pediu para conversar com ele. A sós, encareceu ao homem fantasiado de Papai Noel que o levasse embora da casa onde estavam. Disse que não aguentava os netos, a família e tinha saudades da esposa. Pôs-se a chorar.

O homem era viúvo. Ficou aos cuidados de uma sobrinha. No Natal seguinte, assim que Papai Noel entrou na casa, apontou para ele: "Obrigado, eu estou bem melhor".

Na vida de um Papai Noel pode, na verdade, acontecer de tudo. Hélio estava um pouco atrasado e para ganhar tempo caracterizouse em casa. Entrou no carro e partiu. Na avenida Marquês de São Vicente, no bairro da Barra Funda, ele parou o carro num farol.

No carro ao lado havia uma criança. O pai, ao volante, pediu: "Empresta o sino para meu filho?". Como recusar? Só que o farol abriu, o homem disse "Tchau Papai Noel" e arrancou, levando o filho e o sino.

Os imprevistos e ansiedades, no fim das contas, compensam. Hélio começou sua carreira, animando festas de parentes e amigos, por puro prazer.

Uniu-se a um grupo de atores e cantores e acabou Papai Noel chefe.

Autônomo – Esse tipo de vida é menos agitado para Edgard Pinto, 55 anos, que não tem empresa, nem é empregado. Ele trabalha sozinho (3243-3816). É um Papai Noel naturalmente gordinho, de barba branca natural, e óculos. Óculos?

Bem, se ele é velhinho... Há dois anos, quando começou, numa loja Walmart, descobriu que seu "público" não tem idade. Crianças, sim. Mas também há "gente grande" de todas as idades.

Como aconteceu a Hélio Gerbas, mostrado acima, uma senhora muito idosa disse-lhe: "O meu sonho é sentar no colo do Papai Noel". Pediu para sentar. "Eu deixei, como eu iria desapontá-la?".

Foi uma colega de trabalho, numa repartição pública, que sugeriu a Edgard a carreira paralela de Papai Noel. Ele deu-se bem, porque além do aspecto físico, há o emocional.

"Adoro crianças", diz. Para o trabalho, é preciso ser animado e criativo.

O que fazer se mamãe conta que o menino não se comportou bem? "Eu digo: você vai receber o presente, mas se não for um bom menino no ano que vem, não recebe mais."

No ano passado, atuou na Super Casas Bahia, no Anhembi. Este ano, esteve em instituições como o Graacc, que cuida de crianças e adolescentes com câncer. Deixou uma promessa: no Dia de Natal vai apresentar-se lá, gratuitamente.

"Fico muito sensibilizado com crianças." Isto lhe traz uma preocupação. "Vou ter que controlar a emoção."

Papai Noel, afinal, tem que rir, oh, oh, oh.

Candidato tem de apresentar ficha limpa

N

os tempos de hoje, Papai Noel tem que ser amável, gostar de crianças... e provar que tem bons antecedentes.

Principalmente os que trabalham em shoppings centers, lugares que, neste ano, foram vítimas de assaltos, principalmente em joalher ias.

Nada complicado, afinal. O candidato tem que apresentar um atestado de antecedentes criminais, que pode ser obtido nas delegacias ou pela internet. A exigência pode ser também uma garantia contra pedófilos.

Eliana Benini, dona da Fábrica de Shows, que tem 50 pessoas cadastradas, diz que a contratação de Papais Noéis passa por uma rotina comum: "Pedimos referências, o que fazia antes, onde mora". E também o atestado de antecedentes criminais.

"Fazemos muito trabalho em casas de família, precisamos saber quem estamos mandando", diz. Até agora, só dois candidatos não quiseram apresentar o atestado – e não foram contratados.

No caso dos shoppings centers, mesmo com a garantia do atestado de antecedentes, e de averiguações sobre os candidatos, há regras.

O Papai Noel fica na área de circulação, não pode entrar nas lojas. A não ser, naturalmente, que ele seja contratado da loja. (V.S.)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Na noite de domingo, oito traficantes foram presos na tubulação de esgoto.

Fernando Veloso, titular da 14ª Delegacia de Polícia

idades

Bandidos do Alemão fogem pelo esgoto Wilton Junior/AE

Informação é de delegado da Polícia Civil carioca. Muitos roubaram uniformes de trabalhadores em obras do PAC. Alguns tentaram escapar vestidos de religiosos.

Até agora, 51 pessoas morreram.

Fábio Rossi/AOG - 28/11/2010

Mariano Beltrame: secretário de Segurança do Rio de Janeiro

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Beltrame sai prestigiado de operações nos morros Ivan Ventura Marcos Tristão/AOG

No alto do Morro do Alemão, policial joga bola com garoto da comunidade. À esquerda, policiais militares exibem fuzis apreendidos na favela.

N

em a morte de dois seguranças particulares em estranhas tentativas de assalto, em 2008, foi o suficiente para abalar a confiança do atual secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. O delegado Mariano, como é conhecido no meio policial, foi um dos responsáveis pela condução da até agora bem sucedida operação de combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro, em especial nas favelas da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.

Aos 52 anos, o delegado tem praticamente uma vida inteira dedicada à polícia. Nascido em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, vem de uma família de italianos e de torcedores do I n t e r n a c i o n a l d e Po r t o Alegre. Mariano Beltrame é formado no curso de Direito pela Universidade Federal que leva o nome de sua cidade natal. Anos depois, voltou à escola, dessa vez para cursar Administração de Empresa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1980, Mariano Beltrame ingressou na Polícia Federal, onde foi agente e, mais recentemente, delegado. No próximo ano, ele deve completar 30 anos como agente federal, função que deixou em suspenso para que pudesse atender ao chamado do gover nador Sergio Cabral, para que assumisse a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

O convite a Beltrame surgiu de uma conversa entre o governador Sergio Cabral e o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ao final desse encontro, ficou decidido que a escolha seria feita por Luiz Fernando Corrêa, diretor da Polícia Federal e colega de Mariano Beltrame nos tempos da Academia Nacional de Polícia (ANP).

Em dois dias, tráfico perde R$ 68 milhões

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Cléber Júnior/AOG

Militar detém homem que agrediu a esposa no Complexo do Alemão

Balanço – As operações policiais para tentar conter a onda de violência que atingiu o Rio a partir do dia 21 resultaram em 118 prisões e na apreensão de 164 armas e 77 granadas ou bombas caseiras, de acordo com balanço parcial da Polícia Militar. No período, ao menos 51 pessoas morreram durante as operações. Foram 37 mortes de suspeitos registradas pela PM, sete mortes registradas Polícia Civil e sete registradas pelos hospitais públicos do Rio. Segundo balanço da PM, 130 pessoas também foram detidas para averiguação. Nas buscas, foram apreendidos coquetéis molotov e material combustível. Mais de cem veículos foram incendiados em ações criminosas. Com o apoio das Forças Armadas, a polícia ocupou o Alemão praticamente sem resistência. (Agências)

Beltrame aceitou o convite e está completando quatro anos à frente da Secretaria de Segurança do Rio. Ao longo desse tempo, ele foi o responsável por delicadas operações e por eventos importantes na cidade e no Estado do Rio. Um deles: os Jogos Pan Americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007. Os aspectos de segurança durante os jogos foram considerados um sucesso. De acordo com o secretário Beltrame, não houve registros de ocorrências graves durante o encontro esportivo internacional.

Numa de suas recentes ações como secretário de Segurança, Beltrame foi o autor da proposta de criação das chamadas Unidades de Polícias Pacificadoras (as UPPs). Em suma, as UPPs são implantadas em favelas dominadas pelo tráfico de drogas. Em um primeiro momento, a polícia ocupa a comunidade e prende (ou afugenta) criminosos que lá vivem. Na área é implantada uma base da PM, além de outras melhorias e equipamentos públicos, como escola e postos de saúde.

Hoje, a secretaria inaugura sua 13º UPP na capital fluminense e deverá inaugurar outras em 2011.

Duas delas deverão estar na Vila Cruzeiro e no Morro do Alemão. Visto como eficiente policial e hábil negociador, o secretário Beltrame aparenta ter alguma pretensão política. Recentemente, seu nome foi citado como um dos possíveis ministeriáveis no governo de Dilma Rousseff.

Em um outro momento, visto por especialistas como atitude com forte teor político, Mariano Beltrame e outros 16 policiais foram "príncipes" em festa de debutantes, na sede da UPP no Morro da Providência.

Ele dançou com uma jovem por 20 minutos ao som de Danúbio Azul, de Johann Strauss II.

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DC

que participou das operações.

Ontem, segundo dia de ocupação do Complexo do Alemão, o comércio reabriu e muitas lojas funcionaram. Os serviços públicos foram reiniciados com dificuldade, como a coleta de lixo, devido às barreiras colocadas pelo tráfico. Ainda faltava luz em vários pontos. "Estamos do lado da polícia. Quem não deve, não teme. A única coisa que queremos é a luz de volta", disse a dona de casa Rosa Barbosa, de 63 anos.

A Secretaria Municipal de Educação informou que as 31 escolas localizadas na região do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, na Penha, retomam suas atividades hoje. Uma equipe formada por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais atenderá os alunos e funcionários que sofreram traumas durante a operação.

tomada do Complexo do Alemão pela polícia não significa somente a perda do território mais importante para o Comando Vermelho (CV), mais antiga facção criminosa do Rio de Janeiro. Somente nos dois últimos dias de operação, a quadrilha chefiada por Luiz Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", e Márcio dos Santos Nepomuceno, o "Marcinho VP", teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, somente com a apreensão de drogas e armas.

A polícia ainda não sabe onde os chefes da quadrilha que estão soltos vão se restabelecer, mas a aposta é que tentem conquistar alguma favela que compense a perda com a venda de drogas. "A única favela em que o movimento se assemelha ao do Alemão é a Rocinha, que pertence a uma facção rival ao C o m a n d o Ve r m e l h o (Amigos dos Amigos ADA)", disse um oficial da Inteligência da PM. O governador Sérgio Cabral Filho disse ontem que a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro deve levar de seis a sete meses. Esse é o tempo estimado para a realização de concursos públicos e treinamento de policiais militares que vão atuar nas comunidades ocupadas. (Agências)

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riminosos do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, roubaram uniformes de operários de obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e de concessionárias de serviços públicos para escapar do cerco da polícia. As rotas usadas pelos bandos contam com tubulações de esgoto e de galerias pluviais.

"A informação que nós tivemos é que eles pegaram uniformes do PAC e de outras prestadoras de serviço. Os policiais no entorno já estão informados e já sabem que eles usarão todos os artifícios para sair", disse o delegado Fernando Veloso, titular da 14ª Delegacia de Polícia, do Leblon, que ontem coordenou buscas no conjunto de favelas da zona norte. Ele disse que alguns traficantes ainda estão escondidos. "Na noite de domingo, após a informação de um morador, oito traficantes foram presos na tubulação de esgoto", disse o delegado. À tarde, um traficante morreu ao trocar tiros com a polícia na Favela Nova Brasília.

Debandada – No entanto, moradores dizem que alguns bandidos deixaram o Complexo do Alemão logo após a fuga da Vila Cruzeiro, no dia 25. Entre os criminosos que ficaram, alguns escaparam usando uniformes de operários. "Outros tentavam fugir vestidos de religiosos e de matamosquito. Alguns conseguiram, é possível. Eles podem ter ido também em direção ao Morro do Juramentinho, fugindo pela tubulação", disse o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), coronel Paulo Henrique Moraes.

A Secretaria Municipal de Conservação e Obras informou que desconhece as galerias pluviais da região e que realizará uma vistoria em parceria com a Rio Águas para saber se a fuga foi possível.

O destino dos chefes do tráfico teria sido as favelas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em Santa Cruz, na zona oeste da cidade. Uma das estratégias da polícia no primeiro dia de cerco ao conjunto de favelas do Alemão foi incentivar traficantes considerados menos importantes a deixar a favela. Apesar de serem revistadas, muitas pessoas que deixavam o morro não tinham suas fichas criminais checadas.

Pressão – "Fizemos pressão psicológica para que aqueles que não tivessem tanto envolvimento com a quadrilha, mas que pegam em armas, fugissem e deixassem o caminho mais livre para o dia da invasão", disse um oficial da PM

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 AFP

terça-feira, 30 de novembro de 2010

ESPÍRITO NATALINO Uma árvore de Natal com mais de 20 metros de altura foi colocada ontem diante do Capitólio norte-americano, em Washington. Ela deve ser decorada com mais de 5 mil enfeites.

nternacional

Brasil: cooperativo, mas discreto.

Governo ajuda a combater o terror na região, mas não gosta de tornar o assunto público, segundo documentos vazados pelo WikiLeaks.

Mike Segar/Reuters

O

s 251.287 telegramas diplomáticos dos Estados Unidos revelados pelo site WikiLeaks não pouparam o Brasil. Além de mostrarem preocupação com a aproximação entre Brasília e Teerã, as autoridades norte-americanas destacaram que, apesar de ser "cooperativo" na luta contra o terror, o Brasil não gosta de tornar o assunto público.

Segundo despacho de 2008 da Embaixada dos EUA em Brasília, a área que mais domina a cobertura jornalística nacional sobre a suposta presença de extremistas é a Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Apesar disso, o texto afirma que "a principal preocupação de contraterrorismo... é a presença de atividades de indivíduos com vínculos com o terrorismo – particularmente vários suspeitos extremistas sunitas e alguns indivíduos ligados ao Hezbollah – em São Paulo e no sul do Brasil".

A carta vazada pelo WikiLeaks afirma que os altos órgãos do governo brasileiro, "particularmente o Ministério das Relações Exteriores", são "extremamente sensíveis a quaisquer alegações de que terroristas tenham uma presença no Brasil... e irão rejeitar vigorosamente quaisquer declarações" nesse sentido sobre o tema.

O despacho afirma que o tema é tratado com cuidado no País, em parte, pelo "medo de estigmatizar a grande comunidade muçulmana no Brasil", ou de "prejudicar a imagem da área como um destino turístico".

Segundo o documento, o Bra-

sil colabora e inclusive "com frequência prende indivíduos ligados ao terrorismo". Apesar disso, em geral esses suspeitos são acusados em vários quesitos, não relacionados ao terrorismo, para "evitar chamar a atenção da mídia e dos níveis mais altos do governo".

O telegrama cita que a Polícia Federal prendeu em 2007 vários suspeitos de financiar o terror, mas estes foram acusados por vínculos com o narcotráfico, entre outros. Um suposto simpatizante extremista teria sido detido em Santa Catarina.

Irã atômico - As correspondências entre o governo norteamericano e suas embaixadas também mostram preocupação com a relação entre Brasil e Irã.

Um telegrama da embaixada em Berlim, enviado em fevereiro este ano, alerta que os países devem "prestar atenção ao Brasil como formador de opinião do Terceiro Mundo". A carta lembra que o presidente Lula recebeu Mahmoud Ahmadinejad em visita oficial.

Em janeiro deste ano, a embaixada de Paris relatou que o Conselheiro de Assuntos Estratégicos francês, François Richier, chama o Brasil de "ingênuo" na relação com o Irã. "(Richier) deixou claro que (a França) vê o engajamento do Brasil como sendo mais ingênuo e possivelmente baseado em uma compreensão errônea da decisão de Obama de tentar o engajamento primeiro, sem o Brasil saber quais os limites desse engajamento", disse a carta. (Agências)

Criticada pelos EUA, a divulgação do WikiLeaks foi defendida por cinco jornais internacionais, entre eles o norte-americano The New York Times.

O governo dos EUA contra-ataca

O

va z a m e n to d e d o c umentos norte-americanos confidenciais pelo WikiLeaks deflagrou protestos e imediatas reações práticas por par te de autoridades norte-americanas, que estudam até mover uma ação judicial contra o site.

Na véspera de uma turnê à Ásia Central e Golfo Pérsico, a secretária de Estado norteamericana, Hillary Clinton, procurou evitar maiores danos colaterais. Ela qualificou o vazamento de ameaça à segurança

Reuters

nacional e às relações dos EUA com os seus aliados, no intento de sabotar "alianças e negociações em busca da paz e da segurança mundial".

A secretária de Estado garantiu que o governo está tomando medidas "agressivas" para identificar e buscar a punição criminal dos responsáveis pelo "roubo" das informações.

O presidente dos EUA, Barack Obama, não teria ficado "nada contente" com a divulgação dos segredos e determinou a revisão dos procedimentos de segurança do governo.

Para o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, a segurança nacional e a proteção de diplomatas e funcionários norteamericanos foram colocadas em risco. Ele afirmou que foi aberto um processo criminal

É um ataque à política externa dos EUA e à comunidade internacional.

HILLARY CLINTON

para apurar a violação da lei norte-americana na divulgação dos documentos do governo.

No Congresso, o deputado republicano Peter King, integrante do Comitê de Segurança Interna, solicitou que o WikiLeaks seja classificado como "organização terrorista estrangeira". (AG)

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- 27/11

Reuters

Chuvas torrenciais castigam a Venezuela

Imagem de TV mostra policiais examinando um dos carros atingidos

Programa atômico do Irã sofre novo atentado Depois do vírus Stuxnet, cientistas nucleares são alvos de bombas. após a explosão de uma bomba colocada em seu veículo quando circulava junto com sua esposa, que ficou ferida.

O atentado aconteceu por volta das 7h do horário local (00h30 de Brasília), quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram do automóvel e colocaram a bomba com um ímã na carroceria, que explodiu pouco depois.

Em um atentado semelhante, seu colega, Fereydoun Abbasi, físico especialista em raios laser, sofreu ferimentos graves quando se dirigia à mesma universidade com sua mulher, que também ficou ferida.

Os atentados ocorreram no mesmo dia em que o líder iraniano admitiu que o programa nuclear do país foi afetado recentemente por um vírus de computador chamado Stuxnet.

"Conseguiram nos criar problemas em um número limitado de centrífugas. Felizmente, nossos especialistas reverteram o problema", disse Ahmadinejad. (Agências)

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terrorismo voltou ao Irã ontem, quase um ano depois do último atentado e a poucos dias da retomada do diálogo entre Teerã e a comunidade internacional a respeito do polêmico programa nuclear. Um cientista nuclear iraniano morreu e um colega ficou ferido em atentados com bomba perpetrados na capital iraniana, informou a imprensa estatal local.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusou o Ocidente e Israel de estarem por trás do duplo atentado.

"Sem dúvida, (o ataque) parte do Ocidente e dos sionistas (Israel). Esperamos que a polícia apanhe os culpados o mais rápido possível. Mas não conseguirão deter o programa nuclear do Irã e, no futuro, pagarão por isso", declarou.

De acordo com a versão oficial, o professor e pesquisador Majid Shariari, que trabalhava na Universidade Shahid Behesti e era membro da sociedade nuclear do Irã, morreu

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Desabrigados viram hóspedes de Chávez

O

presidente venezuelano, Hugo Chávez, convidou 25 famílias desabrigadas nas recentes chuvas torrenciais no país para ficarem temporariamente no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

Mais de dez pessoas morreram e milhares foram obrigadas a deixar suas casas depois de semanas de fortes chuvas.

Chávez, que é criticado por não fornecer mais moradias durante seus 11 anos no governo, disse que abriria o espa-

çoso palácio no centro de Caracas para algumas vítimas.

Os seguranças cederiam parte de suas dependências e ele ofereceria também um de seus escritórios.

"Os funcionários da segurança têm uma cozinha enorme que poderia ser usada por cerca de 20 famílias", disse Chávez na televisão estatal.

"Eu tenho três escritórios, o segundo pode ser transformado em três pequenos apartamentos. Eles vão começar a se mudar para lá." (Reuters)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Logo Logo

terça-feira, 30 de novembro de 2010

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www.dcomercio.com.br

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C A R T A Z

POPULAR

NOVEMBRO Dia do Estatuto da Terra

A QUECIMENTO GLOBAL M ÍDIA

Inferno na Terra

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convite da Real Sociedade Britânica, cientistas de universidades e instituto de pesquisas realizaram estudo no qual descrevem como o mundo seria caso ficasse 4°C mais quente. As previsões apontam que o mundo realmente passará por esta mudança até 2060.

O estudo, publicado no site da revista New Scientist, mostra que tal mudança climática, de-

vastaria a maior parte da Amazônia e desregularia o ciclo de monções. Além disso, a escassez de água seria mais severa do que projeções anteriores indicam. O aumento das temperaturas depende das ações humanas – se o aumento estagnar em 2°C, projeções apontam que os suprimentos de água já seriam baixos para a demanda da população. Porém, com aumento de 4°C, a falta de água tomaria proporções assustadoras.

A maior parte da África Subsaariana veria sua agricultura ruir, com períodos de plantação em sua menor marca histórica.

A produção de milho diminuiria 19% e a de feijão, 47%, em comparação às médias atuais.

Calor extremo, aumento do nível do mar e falta de água fariam muitas pessoas migrarem – porém, os mais pobres ficariam impossibilitados de sair de suas localidades.

Arte popular é tema de mostra coletiva Viagem Aos Rincões da Arte Brasileira. Espaço Ana Bratke, Nova Independência, 333, tel.: 5505-2409. Grátis.

www.newscientist.com

ÁGUA Nir Elias/Reuters

P OLÍTICA

Bush, ao vivo, no Facebook

A revista Time traz na capa esta semana os principais fatos da primeira década do século 21. A novidade é o modo de apresentar o conteúdo: o projeto TimeFrames analisa a importância de cada acontecimento e a exibe de modo gráfico. www.time.com/time/timeframes

C INEMA

'Pequeno Príncipe' modernizado

Surfistas carregam suas pranchas em uma praia de Tel Aviv. A previsão é de que as temperaturas a serem registradas na cidade de clima mediterrâneo ao longo desta semana fiquem entre 20º C e 25º C.

GELO

L EILÃO Re

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Nigel Roddis/Reuters

transmitida pela cadeia France 3, apresenta um personagem totalmente novo, que pouco tem a ver com os desenhos que seu autor criou. O Pequeno Príncipe enfrentará monstros imaginários usando espada. Foi feita uma verdadeira revolução no personagem, desde sua aparência, mais próxima da adolescência que da infância, até seu companheiro: no desenho, a raposa será seu alterego cômico. Os produtores insinuaram que no universo infantil do século 21, o personagem original não poderia competir com heróis como Harry Potter.

L

Uma animação criada para a TV que moderniza o Pequeno Príncipe, personagem criado por Antoine de Saint-Exupéry, está causando polêmica na França. Os fãs receiam que os valores de inocência, amor e amizade do personagem se percam. O filme chegará às telas francesas no final de dezembro e estreará em 80 países. Será uma produção de 18,6 milhões de euros, um dos orçamentos mais altos da história para uma animação televisiva. Sob o título La planète du temps ("O planeta do tempo"), o primeiro capítulo da série, que será

O ex-presidente dos EUA George W. Bush se tornou ontem o primeiro ex-chefe de Estado a visitar a sede do Facebook para responder ao vivo às perguntas dos usuários da rede social. A entrevista fez parte de uma viagem para promover seu livro de memórias, Momentos Decisivos.

Para enviar perguntas, os usuários usaram um botão que aparecerá na aplicação do Facebook. Esta nova ferramenta da rede social, que foi lançada em agosto, funciona como um canal de vídeo ao vivo que permite que os usuários participem de entrevistas, debates ou outros atos que ocorram na sede da empresa.

Desde que chegou às livrarias, em 9 de novembro, o livro já vendeu 1,1 milhões de cópias.

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C IÊNCIA

Rapé de luxo Esta caixa de rapé da Fabergé foi vendida ontem em um leilão na casa Christie's de Londres por US$ 1,46 milhão. A Caixa, da primeira metade do século 20, era avaliada em dois terços desse valor.

H ISTÓRIA

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Belezas microscópicas com a ajuda de seus microscópios. A galeria de honra, os primeiros lugares da competição deste ano e as fotos de destaque ou premiadas em anos anteriores você confere no site da competição.

FOGO Carl de Souza/AFP

As imagens acima e abaixo obtiveram o oitavo (detalhe da pata de um besouro) e o nono lugares (sementes de diversas espécies de flores) em um concurso patrocinado pela Olympus America Inc para premiar as mais estraordinárias imagens registradas por cientistas

O cocker spaniel Brox corre em um campo coberto de neve em Scotch Corner, norte da Inglaterra. As previsões meteorológicas apontam que nevará ainda mais na região nos próximos dias, em pleno outono.

www.olympusbioscapes.com/ galler y/2010/index.html

Para os soldados de Napoleão Os restos mortais de 18 soldados do Grande Exército de Napoleão Bonaparte, recentemente encontrados, foram sepultados novamente na Lituânia ontem, quase 200 anos depois do fracasso do cerco de Moscou e de os homens terem sido obrigados a fugir para o oeste em meio ao frio extremo.

Um grupo pequeno de representantes, diplomatas e militares franceses e lituanos assistiu ao sepultamento dos restos mortais em um cemitério da capital da Lituânia, Vilnius.

Entre 20 mil e 30 mil soldados morreram na região em 1812.

L OTERIAS Concurso 587 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Em 2050, Brasil terá menos jovens e mais velhos

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Brasil não protege 22% das florestas públicas

Um trabalhador segura um pedaço de aço fundido em uma siderúrgica em Islamabad, no Paquistão. O extremo calor nas instalações da fábrica exige cuidados extras com a segurança.

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Concurso 2459 da QUINA 21

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e

13 INFLAÇÃO Piorou para 5,15% a expectativa de inflação em 2011 pelo mercado.

conomia

ROMBO Grupo Silvio Santos tirou a Liderança Capitalização do PanAmericano.

Lucas Lacaz Ruiz/A13

Financiamentos para compra de veículos cresceram 2%.

Juros bancários aumentaram para a pessoa física e se mantiveram estáveis para a jurídica.

CRÉDITO CRESCE 1,9% No período de 12 meses até outubro, o volume financiado pelos bancos e as taxas médias de juros tiveram alta. Em novembro, o crédito pode ter nova expansão.

AG

O

estoque de crédito o f e re c i d o p e l o s bancos bateu novo recorde em outubro e atingiu o equivalente a 47,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior nível desde julho de 1994, início da série elaborada pelo Banco Central (BC). O contínuo aumento da renda e do emprego e a expectativa de um bom período de vendas no fim de ano têm colaborado para essa alta, segundo avaliação do BC. Dados preliminares apontam para uma nova expansão em novembro.

O volume total de crédito ofertado pelos bancos atingiu no mês passado R$ 1,644 trilhão, 1,9% acima do fechamento de setembro. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 20,3%. "A situação do crédito, de uma maneira geral, é tranquila. O crescimento é mais forte no caso das empresas, o que é natural nesta época do ano", disse Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC. Na avaliação dos técnicos, o desempenho das operações de crédito é condizente com o ritmo de atividade da economia brasileira. "Esse ambiente tem favorecido tanto a demanda por investimentos e por capital de giro das empresas quanto a sustentação do consumo de bens duráveis por parte das famílias, especialmente no que diz respeito às aquisições de veículos", disse Lopes.

O volume liberado pelos bancos para compra de veícu-

los atingiu R$ 179,4 bilhões em outubro, alta mensal de 2%.

Outra operação que tem se expandido é o financiamento da casa própria. No mês passado, os empréstimos para pessoas físicas e cooperativas habitacionais atingiram um montante de R$ 129,1 bilhões, o que representa salto de 51,5% nos últimos 12 meses.

Em novembro, o ritmo de alta segue firme. Lopes informou que o estoque das chamadas operações de crédito livre – que excluem financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-

DES) – tiveram expansão de 2,1% nos primeiros 11 dias úteis do mês. Outro fator que explica o bom desempenho é o comportamento da taxa de inadimplência, que ficou estável no mês passado em relação a setembro – apenas 4,7%.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos voltou a subir.

Para o cidadão comum, os empréstimos saíram a 40,4% ao ano, um avanço de um ponto percentual ante setembro. No caso das empresas, os juros cobrados registraram leve queda, passando de 29% para 28,7% ao ano. O juro médio ficou em 35,4% ao ano. (AE)

Cai consignado. Efeito da greve.

O total de crédito da modalidade recuou, com a paralisação dos bancários.

A

concessão de novas operações de crédito consignado em outubro sofreu queda de 14,8% em relação a setembro por causa da greve dos bancários, que paralisou as agências entre 29 de setembro e 13 de outubro, explicou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes.

Enquanto em setembro as concessões desse tipo de crédito atingiram o total de R$ 6,548 bilhões, em outubro o valor registrado foi de R$ 5,582 bilhões. O movimento acabou gerando uma queda na participação desse tipo de operação no volume total de crédito pessoal ofereci-

do pelo sistema financeiro. O estoque de consignado atingiu R$ 133,591 bilhões no mês passado, o equivalente a 60,4% do total de crédito pessoal. Em setembro, essa participação era de 60,6%.

O recuo na concessão do crédito consignado foi a primeira registrada pelo Depec desde março de 2009. Ainda assim, Altamir Lopes considera que o movimento verificado em outubro foi pontual e não representa uma tendência.

Para o economista do BC, o m e n o r v o l u m e d e c ré d i t o consignado acabou gerando um "efeito estatístico" sobre a taxa média de juros cobrada nas operações com pessoas fí-

sicas. Como o consignado é uma operação de taxa relativamente mais baixa, a retração no volume dessas concessões acabou por elevar o juro médio dos financiamentos voltados para as famílias.

A taxa média de juros das operações de crédito consignado apuradas pelo Banco Central, com base numa amostra com os 13 maiores bancos que operam com crédito pessoal, ficou em 26% ao ano em outubro, mesmo patamar de setembro. A taxa média de juros do crédito pessoal, entretanto, passou de 41,6% ao ano para 43,6% ao ano, entre setembro e outubro. (AE)

Emissão de papel moeda aumentou

A

base monetária cresceu 2,3% em outubro, atingindo o total de R$ 176,942 bilhões, pelo critério de média dos saldos nos dias úteis.

Nos últimos 12 meses,

por esse critério, o crescimento é de 21,6%. O estoque de papel moeda emitido subiu 1,7% no mês e 18,4% em 12 meses, enquanto as reservas bancárias se expandiram em 4,2% de setembro para outubro e 31,8% em 12 meses.

Pelo critério de saldo no final do período (na ponta), a base monetária subiu

0,8% em outubro em relação a setembro e 20,3% no acumulado de 12 meses, atingindo R$ 177,435 bilhões.

O estoque de papel moeda emitido ficou estável no mês e subiu 17,4% em 12 meses, enquanto as reservas bancárias tiveram elevação de 3,1% de setembro para outubro e de 29,6% em 12 meses. (AE)

Leve recuo no otimismo Índice diminui em outubro mas expectativa do consumidor continua positiva

O

otimismo do consumidor recuou 1,3% em novembro na comparação com outubro, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar dessa queda, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) permaneceu em patamar elevado, aos 119,1 pontos, um nível acima da média histórica. O Inec possui base fixa de 100 pontos, sendo que os resultados acima desse valor indicam expectativa positiva.

O índice apontou queda do otimismo do consumidor em relação ao emprego nos próximos seis meses. Também pioraram as expectativas em relação ao endividamento e à inflação. De acordo com os dados da CNI, o índice de perspectiva do consumidor em relação ao desemprego recuou 8,5%

em novembro ante outubro e atingiu 142,7 pontos.

Conforme a confederação, isso indica que aumentou o percentual dos consumidores que esperam um aumento do desemprego. "Não obstante, apesar da forte queda, o índice permanece bem acima da sua média histórica e do registrado durante todo o primeiro semestre de 2010", mostrou o relatório da pesquisa.

Dívidas – A expectativa dos brasileiros, de acordo com o Inec, também é de aumento do endividamento. "O percentual dos que afirmam estar mais endividados aumentou e, por isso, o índice recuou 4%, chegando a 109,5 pontos", registrou a pesquisa. O componente do Inec ligado à expectativa de aumento da inflação recuou 1,6% em relação a outubro, para 120,3 pontos.

Na prática, isso significa que aumentou a proporção dos consumidores que esperam inflação mais alta nos próximos meses. Para a CNI, no entanto, o resultado é positivo, uma vez que o índice segue em alta, "7% acima da sua média histórica, o que mostra a permanência do otimismo elevado em relação à inflação".

O Inec também revelou dados positivos em relação à expectativa dos consumidores quanto à própria renda. O componente apresentou alta de 2,9% em novembro ante outubro, para 116,7 pontos. Os indicadores de situação financeira (117,7 pontos) e compras de maior valor (115,8 pontos) seguiram estáveis em relação a outubro. A pesquisa, realizada pelo Ibope Inteligência, ouviu 2002 consumidores de todo o País entre os dias 11 e 16. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

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15 As minipalestras do "Acertando suas contas" foram muito procuradas.

Maria José de Barros, gerente-geral da Unidade de Pessoa Jurídica da ACSP

conomia

Cartões: regras do BC não bastam.

Entidades de defesa do consumidor comemoram novas determinações, mas entendem que juros cobrados por operadoras deveriam ser regulamentados.

Paulo Pampolin/Hype

Rejane Tamoto

A

s novas regras para os cartões de crédito fixadas pelo Banco Central (BC) – que entram em vigor a partir de junho de 2011 – são consideradas um avanço, mas podem não ser suficientes para diminuir o número de reclamações dos clientes, segundo a avaliação de entidades de defesa do consumidor. "Nossa conquista é que há uma limitação do que pode ser cobrado.

Antes havia uma fonte de abusos das empresas porque não havia regulação. É importante que o BC fiscalize para que não ocorra a simples transferência das taxas para a anuidade", disse o diretor-executivo da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), Roberto Pfeiffer.

No primeiro semestre deste ano, as queixas contra as administradoras de cartões de crédito ocuparam o primeiro lugar no ranking do ProconSP e superaram os setores de telefonia fixa e de bancos, que tradicionalmente lideram em número de reclamações. A principal queixa dos quase 12 mil consumidores que acionaram o órgão no primeiro semestre foi a cobrança indevida de tarifas, seguida por contratos abusivos.

Com as novas regras do BC – que entram em vigor para os cartões emitidos a partir de junho de 2011 e para os clientes atuais em junho de 2012 –, parte das queixas sobre as tarifas pode diminuir, já que as administradoras não poderão mais cobrar cerca de 80 delas. O BC estipulou que apenas cinco podem ser taxadas: anuidade, emissão de segunda via do cartão, saque, análise de cadastro para revisão do limite de crédito e pagamento de contas pelo cartão de crédito.

A preocupação da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Pro Teste é que as empresas repassem os valores cobrados anteriormente nas dezenas de tarifas para o preço total da anuidade. Outra possibilidade é de que o valor seja compensado com o aumento das taxas de juros. "As normas representam um avanço, mas defendemos a regula-

ção das taxas de juros praticadas pelas administradoras que, hoje, chegam a 500% ao ano", disse a advogada da Pro Teste, Tatiana Viola Queiroz.

O que também não deve mudar com as novas regras, no entendimento de Tatiana, são as cláusulas dos contratos. "Muitas empresas mantêm as taxas abusivas nas cláusulas dos contratos. O cliente deve ler com atenção", afirmou.

A economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, questionou a cobrança da tarifa de saque, que deveria ser coberta pela anuidade.

Avanços – Entre os pontos positivos das medidas do BC, as entidades citam o aumento do valor do pagamento mínimo – que passará de 10% para 15% do total em 2011 e para 20% em 2012 –, o que deve ajudar o consumidor a evitar o endividamento. Também foi lembrada a divulgação dos juros cobrados na fatura e a criação de um cartão básico, com anuidade menor e sem opção de pagamento mínimo. Outro ponto é a proibição do envio de cartão de crédito não-solicitado pelo cliente.

Mesmo assim, a economista do Idec recomenda que o consumidor continue não efetuando o pagamento mínimo.

"Sobre os 15% de pagamento mínimo, a administradora pode cobrar juros de 15% ao mês. É uma bola de neve. Quem não pode liquidar a dívida, deve contratar o crédito pessoal, que tem tarifas mais baixas.

Outra regra comemorada pela entidade será a divulgação de uma tabela com as cinco tarifas, e também das informações dos programas de fidelidade.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) informou que colabora com as autoridades na definição e implementação das medidas regulatórias determinadas pelo BC. "Entre elas, a padronização das tarifas no setor de cartões, a transparência sobre a cobrança de taxas de juros sobre o crédito rotativo, o pagamento mínimo da fatura, não-envio de cartões sem solicitação prévia do consumidor, dentre outras medidas em benefício do consumidor e do mercado", informou a Abecs em nota.

Além dos cerca de 22 mil participantes do evento que foram ao Pateo do Collegio, outras 30 mil pessoas acessaram informações pela internet.

Ano-novo, contas em dia.

Paula Cunha

N

ada como chegar ao final do ano com as dívidas quitadas e comprar tranquilamente os presentes de Natal. Para reconquistar os consumidores em dificuldades financeiras, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizou entre 22 e 27 de novembro o evento "Acertando suas contas", que reuniu devedores e empresas no Pateo do Collegio, em São Paulo, para renegociar esses débitos.

O evento atraiu 22 mil pessoas e dele participaram Casas Bahia, Casas Pernambucanas, NET, Credicar, Vivo e AmBev. Maria José de Barros, gerentegeral da Unidade de Pessoa Jurídica da ACSP, disse que o sucesso da iniciativa foi superior às expectativas, ao atrair e ajudar pessoas que necessitavam

de orientação para saldar suas pendências e organizar melhor o seu orçamento. Outras 30 mil acessaram o site da ACSP e obtiveram orientação.

"As minipalestras de orientação foram muito procuradas durante todo o tempo", disse.

Outro fator que contribuiu para atrair mais interessados foi o clima informal de atendimento por parte da ACSP e dos participantes. Segundo a gerente-geral, colaborou também a sensibilidade das empresas ao compreender a situação dos inadimplentes.

Empresas – Entre os participantes, a Net conseguiu bons resultados durante o evento.

Ela oferece serviço de TV por assinatura, telefone e internet a cabo e tem como principal cliente as classes A e B pouco afetadas pela inadimplência.

Apesar de ter índices de 1% de falta de pagamento, ela aproveitou para divulgar seus produtos e serviços e fixar sua

marca entre os consumidores.

"Atendemos a mais de 500 pessoas. Deste total, 70% fizeram algum tipo de acordo, mas é importante ressaltar que nosso índice de inadimplência é de apenas 1% e refere-se a usuários das classes C que temporariamente tiveram alguma dificuldade", disse Edmar Lopes, diretor de tesouraria. Segundo ele, foi muito importante estabelecer contato mais direto com a população, pois resolveram dúvidas dos usuários em relação aos serviços e poderão subsidiar diversos setores da empresa com estas informações.

A Casas Bahia atendeu mais de 3 mil pessoas, com cerca de 2,5 mil renegociações. Eram clientes que desejavam reestruturar seus débitos e resolver dúvidas sobre formas de pagamento. O total foi considerado um sucesso por seus representantes, segundo a assessoria de imprensa. Já as Casas Pernam-

bucanas atenderam cerca de 500 consumidores entre 22 e 25 de novembro. Para o departamento de crédito e cobrança da empresa, mais de 80% dos atendimentos resultaram em acordos. A previsão é de que os pagamentos destas pendências tenham início a partir do dia 30, após o depósito da primeira parcela do 13º salário.

Superendividados – Outra iniciativa é o projeto-piloto de Tratamento do Superendividamento, idealizado pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Lançado na segunda quinzena de novembro, ele tem a finalidade de atender cerca de 300 pessoas a partir do início de dezembro e realizar audiências coletivas com a supervisão do TJ-SP. Os interessados devem se inscrever nos postos do Procon-SP nas unidades do Poupatempo da Sé, Santo Amaro e Itaquera.

Fundos têm nova classificação

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vem migrar para o novo tipo aqueles fundos que se propõem a seguir ou superar algum índice de preços ou de taxa de juros.

A Renda Fixa Médio e Alto Risco passa a se chamar Renda Fixa Crédito Livre e englobar os fundos cuja política de investimento permite manter mais de 20% de sua carteira em títulos de crédito de médio e alto riscos.

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Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) realizou alterações nas suas classificações de fundos de investimentos. Foi criada a categoria Renda Fixa Índices, que passará a conter alguns fundos atuais, como o Renda Fixa e o Renda Fixa Médio e Alto Risco, além de todos do tipo Referenciado Outros, que foi encerrado. De-

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As mudanças passam a valer a partir de primeiro de dezembro, e não serão aplicadas aos dados retroativos.

Assim, a comparação com meses e anos anteriores deve levar em conta a migração entre as modalidades. A definição de cada uma das novas categorias está detalhada no site da Anbima (www.anbima.com.br).

Segundo Hudson Bessa,

gerente de informações da Anbima, as alterações tiveram como objetivo aprimorar a adequação dos produtos a cada uma das categorias de fundos. Ele explicou que a revisão da classificação é habitual, e tem por objetivo ajustá-las às evoluções da economia. "A classificação é viva, ela reage de acordo com o mercado", justificou.

Renato Carbonari Ibelli

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

e Escolha de regime tributário em pauta Receita está de olho em grandes sonegadores. Duas superdelegacias no Rio e São Paulo se voltarão para pessoas jurídicas e uma em Minas para as físicas.

conomia

Obrigatoriedade de entrega da Escrituração Fiscal Digital (EFD) torna ainda mais necessária a opção por lucro real ou presumido. E também pelo Simples.

Montagem Lavinia Marin/SXC

Sílvia Pimentel

A

entrega obrigatória pelas empresas, a partir do ano que vem, da Escrituração Fiscal Digital (EFD) referente ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) deve interferir na escolha do melhor regime tributário para 2011. Essa decisão deve ser tomada de janeiro a fevereiro do próximo ano, mas como depende de estudo aprofundado, com cálculos e simulações, profissionais da contabilidade já estão debruçados sobre os balanços dos seus clientes.

Como regra geral, as empresas buscam o melhor regime tributário (lucro real, presumido ou Simples Nacional) capaz de proporcionar a maior economia possível no pagamento e impostos. Nos últi-

Edson Silva/ Folhapress

Mantega em almoço com empresários: novas medidas em estudo.

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escolha do regime de tributação mais econômico é uma estratégia lícita aos olhos da Receita Federal do Brasil (RFB). Mas existem alguns procedimentos que levam à economia no pagamento de impostos classificados como ilegais. De olho nesses planejamentos tributários, desenhados por grandes escritórios de advocacia, o Fisco inaugurou na capital paulista a segunda Delegacia Especial de Maiores Contribuintes (Demac). A primeira está no Rio de Janeiro.

As investigações de auditores especializados vão se concentrar, por exemplo, nas transações entre empresas menores e que tiveram prejuízos fiscais com grandes e lucrativas companhias; aquisições e fusões que, supostamente, só ocorrem no papel; remessas irregulares para o exterior; criação de negócios intermediários; exportações fictícias que geram créditos de impostos, entre outras. "É um marco da fiscalização, pois a Receita Federal vai atuar em uma zona cinzenta do planejamento tributário que é o espaço que o contribuinte tem para se organizar com o intuito de pagar menos impostos", resumiu o secretário do órgão, Otacilio Cartaxo.

Ele aproveitou a inauguração para anunciar aos funcionários que sairá do posto de comando do Fisco. De acordo com ele, com a delegacia especializada, a Receita "vai colar" no fato gerador recente do tributo. "Será um acompanhamento fiscal permanente, quase que em tempo real, porque não queremos mais esperar cinco anos para cobrar os impostos", resumiu.

No Estado de São Paulo estarão sob a lupa da Demac mais de 5 mil contribuintes, selecionados por critérios que

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Otacílio Cartaxo: ele se prepara para deixar comando do órgão.

levam em conta o faturamento (de R$ 80 milhões a R$ 370 milhões), débitos declarados (a partir de R$ 8 milhões) e valor da folha salarial (de R$ 11 milhões a R$ 45 milhões). No Brasil inteiro, essa seleta lista é composta por 10 mil empresas que respondem por 75% da arrecadação total.

Embora seja uma delegacia voltada aos grandes contribuintes, a fiscalização pode alcançar também empresas de médio porte pertencentes a grandes grupos econômicos que estejam sob suspeita.

De acordo com dados apresentados pelo subsecretário de fiscalização da Receita, Marcus Vinícius Neder, cotado para assumir a vaga de Cartaxo, 42% dos grandes contribuintes apuraram prejuízos fiscais nos últimos cinco anos.

E há um estoque de ágio no valor de R$ 110 milhões, provenientes de fusões e aquisições.

A legislação atual permite o abatimento do ágio.

"Precisamos de uma estrutura muito mais sofisticada para encontrar provas que não estão nos livros fiscais. Em muitos casos, as informações repassadas ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econô-

mica) diferem dos dados enviados à Receita", disse Neder.

A nova delegacia inicia as atividades com 120 auditores treinados para monitorar em tempo real, por exemplo, operações envolvendo reorganizações societárias. Para o fim do ano, o Fisco espera que o montante de atuações fiscais em créditos tributários e multas lançadas pela Demac ultrapasse R$ 6 bilhões.

Pessoa física – O órgão também anunciou que vai inaugurar até o fim do ano, em Belo Horizonte (MG), uma delegacia especial para grandes contribuintes na condição de pessoa física. "Nem sempre a tradicional malha fina é eficiente para detectar fraudes que não envolvam apenas a omissão de receita", explicou Neder.

Cerca de 5 mil contribuintes em todo o País estarão na mira dessa nova delegacia. As suspeitas, nesse caso, envolvem grandes investidores. Estimativas do Fisco indicam que, no Brasil, 2 mil pessoas físicas concentrem um patrimônio de R$ 200 bilhões em fundos de investimentos. "É estranho que só no País existam fundos de investimentos de uma pessoa só", informou Neder. (SP)

IMÓVEIS

ermina hoje (30) o prazo para o contribuinte indicar quais os imóveis, no município de São Paulo, podem ter o abatimento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) com o uso de créditos da Nota Fiscal Eletrônica. O documento é emitido por prestadores de serviços como hotéis, escolas e estacionamentos, responsáveis pelo recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

De acordo com o subsecretário da Receita Municipal, Ronilson Bezerra Rodrigues, mais de 30 mil imóveis deverão ser beneficiados pelo programa.

Atualmente, na cidade, 183 mil prestadores de serviços estão autorizados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica.

Para utilizar os créditos, os contribuintes cadastrados devem acessar o site www.prefeitura.sp.gov.br).

Eles também poderão ser usados por quem é isento do IPTU ou que não possui imóveis em seu nome.

A nota fiscal da prefeitura tem a mesma finalidade do documento desenhado pelo governo estadual, que é incentivar os consumidores a exigir comprovantes fiscais. Até o fim deste ano, quem pedir a nota de serviços poderá concorrer a prêmios em dinheiro, nos mesmos moldes da Nota Fiscal Paulista (a estadual).

Essa possibilidade está prevista em projeto de lei enviado à Câmara Municipal de São Paulo. (SP)

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DC

almoço fechado para empresários da construção civil, no Congresso Brasileiro do setor, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Mantega disse que estudará também outras medidas propostas pelos empresários referentes a impostos e outras taxas e que o setor deverá crescerá 13% em 2010. (AE)

Prazo para abater IPTU vence hoje

Valter Campanato/ ABr

DC

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a prorrogação até 2011 da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais da construção civil. Segundo ele, o governo prepara as medidas e a renovação da desoneração entra em vigor em 1º de janeiro.

O anúncio foi feito durante

rativo para fazer frente à tecnologia da Receita Federal do Brasil (RFB). A entrega da EFD do PIS/Cofins vai abranger, no início, justamente as empresas do lucro real.

O gerente do setor fiscal da Prolink Contábil, Robson Chan Tong, concorda que a obrigatoriedade do Sped deve ser levada em conta na hora da escolha do regime. Mas o movimento das empresas, na opinião dele, será o inverso. Ou seja, é possível que muitos contribuintes saiam do lucro presumido para o real. "A partir de 2012, a exigência vai abranger as empresas que recolhem tributos nesse regime."

Seja qual for a escolha, a recomendação dos especialistas é avaliar com cuidado todas as hipóteses. Isso vale também para os enquadrados ou com intenção de ingressar no Simples, voltado para micro e pequenas que faturam por ano até R$ 2,4 milhões.

Fisco mira novo tipo de sonegador

DC

IPI menor é mantido

mos anos, no entanto, com a adoção do Sistema Público de Escrituração Digital, o Sped, – do qual fazem parte os novos arquivos digitais do PIS/Cofins – que obriga os contribuinte as investirem em tecnologia – a regra cai por terra.

"Há custos operacionais que tornam inviável a escolha do melhor regime de tributação.

Em alguns casos, o custo com um software corporativo pode ser maior que a economia tributária de cinco anos", analisa o consultor tributário da Confirp, Welington Motta.

Dilema – Ele cita um exemplo de impasse vivido por clientes atendidos pela empresa de contabilidade. Muitas empresas de médio porte estão enquadradas no regime de lucro real, em geral, usado por grandes contribuintes. No entanto, há uma tendência de migração para o regime de lucro presumido porque grande parte não tem software corpo-

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

e

ECONOMIA/LEGAIS - 17 Enxergamos potencial no setor de varejo, que deve continuar crescendo.

Marco Geovanne Tobias da Silva, diretor de Participações da Previ

conomia

IGP-M sobe 1,45% em novembro Índice, mais uma vez, foi pressionado principalmente pela elevação nos preços de alimentos, entre eles as carnes. Vestuário e Transportes também pressionaram.

O

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 1,45% em novembro, após alta de 1,01% em outubro, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Analistas consultados esperavam avanço de 1,35%, segundo a mediana de projeções que oscilaram de 1,23% a 1,36%.

No ano, o indicador acumula alta de 10,56% e nos últimos 12 meses, de 10,27%.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) avançou 1,84% em novembro, ante alta de 1,3% em outubro. O IPA agrícola subiu 5,43%, após alta anterior de 4,7%. O IPA industrial acelerou o aumento para 0,61% ante valorização anterior de 0,19%.

As maiores altas individuais no atacado foram registradas em bovinos, soja em grão, carne bovina, milho em grão e algodão em caroço.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,81% em novembro, ante elevação de 0,56% em outubro.

Dirceu Portugal/ AE

Os custos do grupo Alimentação avançaram 1,91%, comparados ao avanço de 1,23% apurado anteriorment e . O s d e Ve s t u á r i o também subiram mais, 0,96% ante 0,67%, assim como os de Transportes, com elevação de 0,72%, comparado a 0,15% no mês passado.

As principais elevações de preços no varejo foram de carne moída, batata-inglesa, gasolina, alcatra e chã-dedentro (colchão mole).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,36%, comparado a 0,15% antes.

Projeções – Depois de ficar no teto das esPreço da soja: alta de 9,72% no mês. timativas do mercado financeiro em novembro, o IGP-M deverá mostrar Thiago Carlos. Ele afirmou desaceleração no mês seguin- que os preços agropecuários te. A expectativa é do econo- d o a t a c a d o , q u e f o r a m o s mista da Link Investimentos grandes vilões da divulgação

Tesouro anuncia menor superávit desde 2006

O

governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 7,715 bilhões em outubro – o menor resultado para o mês desde 2006. Em relação a outubro do ano passado, a queda foi de 31%. De janeiro a outubro deste ano, seu esforço fiscal soma R$ 63,382 bilhões, ou 2,19% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado primário não leva em conta as despesas com os juros da dívida pública.

Pelos dados apresentados ontem pelo governo, o Tesouro teve um superávit primário de R$ 10,005 bilhões no mês passado. No mesmo período, a Pre-

vidência apresentou rombo de R$ 2,172 bilhões e o BC, um déficit de R$ 117,3 milhões.

De janeiro a outubro, as receitas do governo central apresentam crescimento de 28,2%, enquanto as despesas aumentaram 26,1%. Os investimentos do governo central subiram 51% no ano até o mês passado, para R$ 36,1 bilhões. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) avançaram 55% em igual período para R$ 17,68 bilhões.

Em setembro, o superávit primário chegou a R$ 26,018 bilhões, inflado pela cessão onerosa para a exploração de petróleo para a Petrobras, que colocou R$ 31,9 bilhões a mais

de novembro do índice da FGV, deverão apresentar valorizações menores já a partir de dezembro e ajudar a inflação do período.

Segundo o economista, a desaceleração esperada para o indicador e para os preços agropecuários em dezembro deve ser puxada justamente pelos itens que mais pressionaram o conjunto de preços do atacado em novembro – que são os bovinos, cujo aumento foi de 11,42% ante variação positiva de 4,28% em outubro, e a soja, cujo avanço foi de 9,72% ante 5,04%. "Nossas coletas estão apontando para altas em torno de 3% tanto para bovinos como para soja", disse. E complementou.

"Então, de fato, haverá uma desaceleração". Carlos aguarda, para o IGP-M de dezembro, uma taxa em torno de 1%.

Carnes – No entanto, as carnes bovinas, que subiram 16,28% em novembro, continuarão em processo de valorização significativa até o fim de 2010, sofrendo o impacto do aumento que está sendo visto no próprio atacado com os animais das quais derivam.

De acordo com ele, isso tende a ser refletido também no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é o indicador de inflação oficial do País para varejo. "A partir de janeiro do ano que vem, poderemos ter uma queda no preço das carnes. Com isso, poderíamos trabalhar com a parte agropecuária um pouco mais baixa.

Mas o reflexo, em termos de IPCA, vai trazer um início de ano um pouco mais pressionado."

Questionado se revisou sua projeção para o IGP-M de 2010, o economista da Link Investimentos respondeu que elevou o número, de 11,53% para 11,66%. (Agências)

Renato Araújo/ABr

Augustin: Fundo Soberano não deverá ser usado neste ano.

em receitas na contabilidade do governo central naquele mês. Sem o instrumento, setembro teria tido déficit de R$ 5,8 bilhões. O resultado de outubro foi favorecido pelo aumento de R$ 6,4 bilhões na arrecadação de impostos e pelo pagamento de R$ 2,2 bilhões

do recolhimento trimestral da participação especial na exploração de petróleo e gás.

Fundo soberano – Apontado como um item do arsenal do governo para combater a queda da cotação do dólar, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) ganhou ontem uma série de ajus-

tes administrativos que o deixarão pronto para ser usado.

Ele recuperou a capacidade de ser o destino da poupança do governo, característica que havia perdido porque a legislação que o criou havia caducado.

A utilização do Fundo foi comemorada pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin. "Ter o mecanismo é sempre bom.

Provavelmente não teremos o uso neste ano." Ele reafirmou que as contas do governo federal fecharão o ano de 2010 dentro do objetivo estabelecido.

Para 2011, a equipe econômica já escolhida pela presidente eleita, Dilma Rousseff, promete um forte ajuste nos gastos. Se isso for cumprido, será possível obter um saldo positivo acima da meta e, com isso, fortalecer o Fundo Soberano, cujo patrimônio atualmente está em R$ 17,1 bilhões. (AE)

Previ quer varejo

C

om um patrimônio de R$ 141 bilhões, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, vem mirando os segmentos varejo e imobiliário. O diretor de Participações da Previ, Marco Geovanne Tobias da Silva, afirmou que a intenção é ter uma p re s e n ç a a t u a n t e n o controle acionário de companhias de varejo.

Hoje, a fundação tem uma atuação tímida nesse setor, com apenas uma participação acionária pequena nas Lojas Renner. "É um setor onde enxergamos potencial. Um setor que deve continuar crescendo nos próximos anos", afirmou. O executivo foi taxativo ao afirmar que o fundo de pensão está aberto a oportunidades nessa área, mas, até o momento, não foi procurado por nenhuma empresa do setor.

Imóveis – Para aproveitar ainda mais o bom momento da economia brasileira, a Previ mira também o setor imobiliário, voltado a shopping centers. O diretor explica que investir em centro de compras é uma forma indireta da fundação se aproveitar da expansão do varejo no Brasil.

Atualmente, o fundo têm participações em 14 empreendimentos – nove no eixo Rio de JaneiroSão Paulo-Brasília.

A meta da Previ é ampliar os investimentos no setor imobiliário, que atualmente respondem por 3% de seu patrimônio, para 5%. (AE)

Saul Loeb/AFP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00775/10/05 OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA RETIRADA, TRANSPORTE, DESCONTAMINAÇÃO E DESTINAÇÃO FINAL DE LÂMPADAS FLUORESCENTES TUBULARES, LÂMPADAS ELIPSOIDAIS USADAS E LÂMPADAS QUEBRADAS. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para a prestação de serviços especializados para retirada, transporte, descontaminação e destinação final de lâmpadas fluorescentes tubulares, lâmpadas elipsoidais usadas e lâmpadas quebradas.

As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 30/11/2010, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet,no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.

O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas, do dia 10/12/2010.

Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital.

FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Proposta de Obama ainda depende de aprovação do Congresso

EUA: salários congelados.

O

presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs um congelamento dos salários de todos os servidores públicos federais civis do país por dois anos. A medida, que depende de aprovação pelo Congresso, afetaria cerca de 2 milhões de trabalhadores em 2011 e 2012.

De acordo com o vice-diretor de Orçamento da Casa Branca, Jeffrey Zients, o congelamento implicaria uma redução da base salarial, que permitiria ao governo economizar US$ 28 bilhões em cinco anos e mais de US$ 60 bilhões em dez anos. "É claro que essa é uma decisão difícil. O presidente está, claramente, pedindo que eles façam um sacrifício", disse Zients. Os servidores civis do governo federal dos EUA têm um reajuste salarial de 1,4% previsto para o ano que vem.

Obama tinha de fazer o anúncio ontem, véspera do encerramento de um prazo legal para que a Casa Branca notificasse ao Congresso sobre variações no pagamento de funcionários federais baseados em diferentes localidades. Além disso, representantes do poder Executivo norteamericano e dos dois partidos no Congresso devem se reunir ainda hoje para discutir questões orçamentárias. (AE)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/16601/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Dona Castorina Cavalheiro - Rua Pref. Passos, 95 - 13023-220 - Vila Itapura - Campinas/SP - 150 - R$ 28.226,00 - R$ 2.822,00 - 09:30 - 17/12/2010.

05/16603/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Teófila Pinto de Camargo - Av. dos Amaros, 1.281 - 14900-000 Sto. Antonio - Itápolis/SP - 120 - R$ 37.686,00 - R$ 3.768,00 - 10:00 - 17/12/2010.

05/16610/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Lais Bertoni Pereira - Rua Maria Julieta Godoi Cartezani, 132 13060-660 - Vila Palácios - Campinas/SP - 120 - R$ 16.028,00 - R$ 1.602,00 - 10:30 - 17/12/2010.

05/16618/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Maria de Lourdes Stipp Steffen - Rua Mestre Antonio Benedito Jesus, 174 - 13343-560 - Jd. Marina - Indaiatuba/SP - 120 - R$ 23.677,00 - R$ 2.367,00 - 11:00 - 17/12/2010.

05/16630/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE/DER Prof. Antonio Berreta/Itú-Rede do Saber/Oficina Pedagógica - Rua Sorocaba, 277 - 13300-340 - Centro - Itú/SP - 120 - R$ 23.937,00 - R$ 2.393,00 - 11:30 - 17/12/2010.

05/16681/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Cassiano Ricardo - Rua Agostinho Cardoso, s/nº - 09450-000 - Vila Figueiredo - Rio Grande da Serra/SP - 90 - R$ 17.334,00 - R$ 1.733,00 - 14:00 - 17/12/2010.

05/16718/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Brg. Eduardo Gomes - Rua Leôncio Costa Vieira, 137 - 03463-070 - Jd. Piqueroby - São Paulo/SP - 90 - R$ 15.540,00 - R$ 1.554,00 - 14:30 - 17/12/2010.

05/16824/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Papa Paulo VI - Rua Adamantina, 330 - 09181-000 - Jd. Progresso - Santo André/SP - 90 - R$ 18.156,00 - R$ 1.815,00 - 15:00 - 17/12/2010.

05/16825/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Oswaldo Sammartino - Av. Pres. Costa e Silva, 150 - 06600-170 - Jd. Lindomar - Jandira/SP - 120 - R$ 20.333,00 - R$ 2.033,00 - 15:30 - 17/12/2010.

05/16826/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Victorio Américo Fontana - Rua Nepomuceno, 117 - 03940-090 Jd. Paraguacu - São Paulo/SP - 120 - R$ 20.875,00 - R$ 2.087,00 - 16:00 - 17/12/2010.

05/16827/10/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Marta Terezinha Rosa - Av. Itapark, 500 - 09350-000 - Jd. Itapark - Mauá/ SP - 90 - R$ 21.671,00 - R$ 2.167,00 - 16:30 - 17/12/2010.

As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.

Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/11/2010, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).

Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 14/12/2010, conforme valor indicado acima.

Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.

Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital.

FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de novembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente:Reebook Produtos Esportivos Brasil Ltda. - Requerido: Calçados Asdurian Ltda. - Rua Cristiano Viana, 517 - Cerqueira Cesar - 1º Vara de Falências Requerente: Aunde Brasil S/A - Requerido: Pirospuma Confecção de Colchões Ltda. - Av. Rangel Pestana, 1.693 - Brás - 2º Vara de Falências

Miyazaki Armazéns Gerais Ltda.

CNPJ nº 77.257.442/0001-42 – NIRE nº 35.210.007.574 Edital de Convocação Reunião de Sócios Convocamos os Srs sócios da Cia. à comparecer à Reunião de Sócios que se realizará,na R.São Joaquim,439,1º,s/ 13ª,SP/ SP,em 06/12/10, 10 hs.Ordem do Dia:(i)alteração do endereço da sede social;(ii) destituição dos atuais administradores e eleição de novo administrador; (iii) adequação do contrato social às disposições da Lei 10.406/02;e (iv)consolidação do Contrato Social. SP, 25/11/10. Yoshio Miyazaki e José Bráulio Ribeiro Negrão Batista, representante da Larei Particip. Ltda. administradores.

26,27 e 30/11/10

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA, Av. Espanha, nº 188 – 6º andar – Centro – Araraquara – CEP: 14.801.130 – Fone – Fax nº 3301 1704, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 074/2010, que visa o “registro de preços para medicamentos”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site www.licitacoes-e.com.br ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. Abertura das Propostas: Às 08:30h do dia 08 de Dezembro de 2010. Início da Sessão de Disputa de Preços: Às 09:30h do dia 08 de Dezembro de 2010.

Araraquara, 25 de Novembro de 2010. Maria Regina G. B. Ferreira - Secretária de Saúde

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 099/2010 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2903/2010 Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 099/2010, tendo como objeto o registro dos preços de bolsas para estomia intestinal e sistema de placa e bolsa, conforme características, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.bb.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8:00 horas do dia 14 de dezembro de 2010 e o início da sessão de disputa de preços será às 10:00 horas do dia 14 de dezembro de 2010. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 29 de novembro de 2010. Jose Eduardo Simões Martinez - Pregoeiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 100/2010 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2904/2010 Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 100/2010, tendo como objeto o registro dos preços de bolsas para estomia drenável e sistema de bolsa, conforme características, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.bb.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8:00 horas do dia 15 de dezembro de 2010 e o início da sessão de disputa de preços será às 10:00 horas do dia 15 de dezembro de 2010. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 29 de novembro de 2010. Jose Eduardo Simões Martinez - Pregoeiro

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 101/2010 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2905/2010 Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 101/2010, tendo como objeto o registro de preços de bolsas para estomia, conforme características, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.bb.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-seão até às 8:00 horas do dia 16 de dezembro de 2010 e o início da sessão de disputa de preços será às 10:00 horas do dia 16 de dezembro de 2010. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 29 de novembro de 2010. Jose Eduardo Simões Martinez - Pregoeiro

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os netbooks não vão acabar, mas os pads têm funções semelhantes Luciano Cripa, coordenador de pesquisas da IDC

nformática

Tablet, o gadget da vez As pranchetas eletrônicas prometem ser um novo fenômeno de consumo em 2011. O badalado iPad faz sua estreia no Brasil esta semana para ser a sensação do Natal.

BARBARA OLIVEIRA

e 2010 foi o ano dos smartphones, é possível que 2011 seja conhecido como o da arrancada dos tablets, o objeto de desejo do momento, especialmente entre consumidores ligados em tecnologia. O gadget encontrou espaço no portfólio de vários fabricantes, criando uma alternativa entre o telefone inteligente e o notebook. Há, entre analistas de TI, a expectativa de que os tablets ganhem o mercado hoje ocupado pelos netbooks (portáteis de 10 polegadas, fáceis de serem carregados e com sistema operacional Windows). Isso vai depender da facilidade de navegação e riqueza de conteúdos.

O primeiro dessa geração de produtos a ser fabricado no Brasil é o Galaxy Tab, da Samsung, à venda no varejo. A empresa sul-coreana se antecipou ao iPad, chegando primeiro por aqui. Diante do sucesso do tablet da Apple no mundo – com mais de 7 milhões de unidades vendidas desde abril, quando foi lançado – a companhia da maçã enfrenta dificuldades em atender aos pedidos de outros países, inclusive do Brasil, que nunca foi um mercado prioritário da marca. Mas a Fnac anunciou o lançamento do iPad a partir de meia noite da próxima sexta-feira, na loja do Morumbi Shopping.

O vice-presidente de operações da Vivo, Paulo Cesar Teixeira, lembrou que esses dispositivos portáteis definem um novo conceito de computador pessoal, com forte experiência em mobilidade e navegação. "Acredito que será um dos produtos preferidos neste Natal". Teixeira citou uma pesquisa recente do Gartner informando que em 2011 a produção dos tablets de várias marcas deverá ficar acima de 50 milhões de unidades (neste ano, a previsão é de 20 milhões). Se tudo isso vai vender, não se sabe, mas certamente o produto veio para perturbar os portáteis em geral, especialmente os netbooks.

O coordenador de pesquisas da IDC, Luciano Cripa, confirma que o tablet terá impacto nas vendas dos portáteis com telas de até 10 polegadas. Há espaço para os dois produtos, dependendo do uso, mas as projeções indicam que os tablets/pads vão ultrapassar os netbooks em 2012. "Os netbooks não vão acabar, mas os pads têm funções semelhantes, sistemas operacionais mais leves, podem ser carregados no

S

Shannon Stapleton/Reuters

A Acer mostrou modelos na semana passada que trazem sistemas Android e Windows 7 bolso e são ótimos para quem só quer surfar na internet, acessar sua caixa postal, ler livros e revistas e visualizar vídeos e tevê", observa o analista da IDC. Antes de lançar qualquer produto, as empresas realizam pesquisas periódicas para avaliar as preferências dos usuários. O diretor de Marketing de Telecom da Samsung, Hamilton Yoshida, diz que a tela de 7 polegadas é um consenso entre as pessoas que comprariam um desses devices. A integração com tevê foi exigência do consumidor brasileiro. Esse recurso de tevê digital/analógica foi integrado ao Galaxy Tab, uma característica só presente no Brasil e na Coreia do Sul, informa Yoshida.

Conteúdos- Em relação aos conteúdos, a Samsung fechou parceria com as principais empresas jornalísticas e com a livraria Cultura (outras virão em 2011) para o usuário poder ler jornais e baixar livros em português. O iPad também permite acesso a jornais brasileiros e internacionais, e dezenas de aplicativos já foram desenvolvidos para a plataforma aqui no Brasil (para serem baixados pela App Store). A Gato Sabido, loja de e-books, lançou uma aplicação para a leitura de livros no iPad e iPhone. Estão disponíveis 120 mil livros eletrônicos, sendo 1.300 títulos em português.

Charles Blagitz é um aficionado por tecnologia e ávido consumidor de gadgets. Ele carrega quatro smartphones, um computador de bolso, um notebook, um

e-reader e um iPad (também é gerente de Marketing da Coletek, fabricante de periféricos). Para um usuário heavy user como Blagitz, o importante no caso dos pads é eles serem "ready to go" (pronto para usar), ou seja, o tempo de resposta deve ser rápido sem que o sistema operacional precise carregar para atender a busca do usuário. "O produto que contar com mais aplicações e comunicabilidade vai vencer essa corrida", prevê Blagitz.

Sistemas abertos como o Android (embutidos em vários dos tablets em fase de lançamento mundial) e autonomia da bateria também pesam na compra. Alguns fabricantes estão esperando as novas versões do Android – com codinomes Gingerbread (2.3) e Honeycomb (3.0). Prometidas para 2011, elas garantem maior performance em telas maiores do que os smartphones e rápida resposta. "É um segmento novo, um device cujo mercado ainda está dimensionando, mas tem grande potencial não só para o usuário final como para o corporativo e educacional", observa Yoshida. O Sistema Educacional Brasileiro, grupo que engloba as escolas COC, Pueri Domus e Bom Bosco, já está comprando 20 mil tablets de três fabricantes chineses (cujos nomes não podem ser divulgados ainda). Eles serão incorporados ao material didático de alunos da graduação e pós-graduação em cursos de ensino à distância, e de turmas

TECNOLOGIA

Para assinaturas eletrônicas s tablets de assinatura, da Wacon Technology, atendem às empresas que estão migrando para transações eletrônicas e querem um fluxo de trabalho mais ágil e seguro. Os dispositivos capturam as assinaturas dos usuários de forma idêntica à feita no papel e, graças ao software embarcado, são capazes de captar dados biométricos de cada pessoa, dificultando a falsificação. Devem chegar ao Brasil no primeiro trimestre de 2011. Site: www.wacom.com/index2.php

O

GADGETS

n ACESSÓRIOS

Filmadora de bolso

Adaptador universal de energia m adaptador de energia para várias marcas de notebooks está sendo lançado pela Huntkey. O 90W Slim Universal Adapter é compacto e pronto para quem viaja muito.

Ele tem 1,6 cm de espessura e funciona também como um carregador de USB para ser ativado em

U

qualquer lugar e carregar outros equipamentos. Sua compatibilidade é universal e funciona para todas as marcas de portáteis. Preço sugerido: R$ 189.

Pocket Cinema Z20, da Aiptek, é do tamanho de um celular e projeta imagens de até 65 polegadas em qualquer superfície plana. Tem filmadora HD e câmera digital de 8 MP integradas, para vídeos e fotos em alta qualidade. Pode ser conectado a vários aparelhos para receber vídeos, fotos e arquivos em geral de notebooks, DVDs, celulares, videogames. A memória interna é de 2 GB e aceita cartões de memória de até 32 GB. Por R$ 1.899.

A

do ensino fundamental e médio. Os equipamentos começam a ser entregues a partir de abril do ano que vem, informa o diretor de educação à distância do SEB, Jeferson Fagundes. Os dispositivos terão 12 mil páginas de textos com os conteúdos dos cursos e quatro livros (de 450 páginas cada um) como material didático.

Lançamentos - Esse fenômeno tecnológico chamou a atenção até de quem só fabrica smartphones, como a RIM, proprietária do BlackBerry. A companhia canadense lançou o PlayBook, de 7 polegadas, tela touchscreen, com suporte ao Flash 10.1, processador de dois núcleos de 1 GHz e câmera dual de 3 e 5 MP. Ele tem meia polegada de espessura. O produto chega ao mercado norte-americano no primeiro semestre, e, no resto do mundo, até meados de 2011. Será ideal para o mercado corporativo, pois é compatível com o BlackBerry Enterprise Server e acessa os dados do smartphone da RIM por Bluetooth.

Outros lançamentos previstos para concorrerem com o iPad e Galaxy são os da HP, ZTE, Asus, Dell e Acer. A taiwanesa Acer mostrou modelos de 7 e 10 polegadas na semana passada, num even-

to em Nova York. Ainda sem nomes ou preços definidos, eles trazem sistemas Android e Windows 7, com chips dual core, Wi-Fi e 3G. O de 10 polegadas, com Windows, pode ser acoplado a um teclado físico e deve chegar em fevereiro no mercado mundial. O menor aguarda a nova versão do Android, e será comercializado até abril.

O Slate 500, da HP, vem com Windows 7 e é voltado para as empresas. Ele está disponível nos Estados Unidos por US$ 800. Com processador de 1,86 GHz Intel Atom, 2 GB de RAM e disco SSD de 64 GB, o Slate tem tela de 9 polegadas e embute um digitalizador para tomada de notas. A Dell aposta em dois tablets, o Streak, de 5 polegadas (um pouco maior do que um smartphone) e o híbrido de pad com notebook Inspiron Duo, cuja tampa móvel quando fechada se transforma em tela touchscreen de 10 polegadas (aberta, vira um netbook).

A Creative Labs também entrou na "onda" e anunciou dois equipamentos de 7 e 10 polegadas com Android 2.1, o mesmo utilizado pela chinesa ZTE com o seu V9, com 3G, Wi-Fi e memória interna limitada a 512 MB (expansível com cartões SD).

Sergio Kulpas sergiokulpas@gmail.com

Google nas compras

S

assinantes regulares e presença em 29 egundo o site VatorNews, na países na América do Norte, Europa, manhã de ontem, 29, o América Latina e Ásia, o Groupon Google teria fechado a inspirou dezenas de clones, alguns aquisição do site de compras sociais deles muito bem sucedidos (como o Groupon (www.groupon.com) por LivingSocial). cerca de US$ 2,5 bilhões.

Se a aquisição pelo Google se Boatos sobre a compra do confirmar nos próximos dias, a Groupon pelo Google estavam transação será um terremoto no setor, circulando no mercado desde o movimentando grandes empresas e início de novembro. No começo do várias firmas de investimentos como mês, o Groupon estaria negociando as americanas Accel Partners e Battery uma rodada investimentos que Ventures, e a russa DST Global. O valorizaria a empresa em torno de acordo também deve chamar a US$ 3 bilhões. Esse boato foi atenção das autoridades, devido à acompanhado por indicações de concentração de mercado. que o Yahoo estaria interessado em Se o Google fechar a compra do pagar até US$ 4 bilhões pelo site. No Groupon, a transação será similar à primeiro semestre, o site All Things compra do YouTube em 2006, por US$ D já havia noticiado a possibilidade 1,6 bilhão. Na época, muitos acharam de uma negociação entre o Yahoo e o preço muito elevado, mas 4 anos o Groupon, mas o site de compras depois é evidente que o negócio acabou desistindo da oferta deu o domínio do Google sobre o avaliada em US$ 1,7 bilhão. vídeo online. Com o Groupon, o O Groupon se tornou um dos Google pode dominar uma área muito tópicos mais quentes do importante e popular do comércio e-commerce este ano. Criado em eletrônico.

2008, o site é um ótimo exemplo da Paulo Pampolin e Ariane Zambaldi/Hype nova geração de empresas de internet.

Ao contrário da primeira onda de empresas "hype", onde havia muito ar quente e poucos resultados reais, o Groupon exibe um faturamento impressionante, que chega na casa dos US$ 50 milhões mensais.

Com 20 milhões de

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

19 Já é possível encontrar roteadores 3D desbloqueados para compra, sem estarem atrelados a uma operadora de celular.

nformática Gabriella Fabbri / SXC

Deixe o iPhone com cara de GPS Usuários do smartphone podem baixar o sistema de navegação da TomTom para ganhar eficiência FÁBIO PELLEGRINO

icar perdido pelas ruas da cidade normalmente não é um problema para quem tem um iPhone e conta com o serviço de dados ativ o e m s e u c e l u l a r, j á q u e o software de localização do Google Maps está embarcado no aparelho e serve de referência para criar rotas. Mas para aqueles que desejam um navegador eficiente, sem ter de depender de uma rede de dados e precisam de orientação do seu caminho passo a passo, a solução é comprar um software GPS. Um dos mais completos e respeitados sistema de navegação para o iPhone é o TomTom Brasil,

Divulgação

F

que está à venda pelo App Store (loja virtual da Apple, com acesso diretamente pelo celular). A aplicação custa US$ 39,99 e sua instalação no parelho é simples e rápida. O DC Informática testou o programa pelas ruas e estradas de São Paulo e o resultado mostrou que o sistema dispensa tranquilamente os aparelhos de GPS convencionais.

Como o arquivo é grande para fazer download pela rede de dados do celular é preciso conectar o aparelho a uma rede wireless com acesso à internet. Depois de baixar e instalar, basta tocar sobre o ícone TomTom Brasil para que a tela do celular traga o menu muito pare-

cido com os navegadores da TomTom. Isso significa que muitas das ferramentas dos aparelhos originais estão no iPhone, como a possibilidade de definir tipo de percurso (caminho mais curto, rápido ou evitar pedágios), criar pontos de interesse, limitar velocidade, entre outras funções. Além disso, o TomTom Brasil traz os mais recentes mapas, um melhor desempenho e gráficos mais nítidos.

Os menus também reagem mais rapidamente e são alterados de posição (vertical e horizontal) conforme o usuário vira o aparelho. O posicionamento de onde o veículo está é bem preciso e traz informações atualizadas das ruas e locais durante a digitação. Um ponto negativo, apresentado nos testes, tem a ver com a recepção do sinal.

Em alguns lugares de São Paulo (no centro velho, por exemplo) o sistema perdia o sinal e tinha difi-

Com o TomTom Brasil, o usuário pode configurar o caminho mais curto, rápido ou evitar pedágios, criar pontos de interesse, limitar velocidade, entre outras funções, presentes em GPS sofisticados

culdade em retornar. Mas isso pode ter relação a vários fatores.

Um dos itens que têm influência sobre a perda de sinal é a localização do aparelho dentro do veículo. Mas para ajudar a resolver o problema, evitar acidentes e complementar a sua oferta de navegação móvel, a TomTom também lançou o seu Car Kit para iPhone. Ele amplia o sinal GPS do celular e o receptor integrado melhora o desempenho para fornecer um sinal mais confiável.

O pacote inclui a tecnologia EasyPort, dispositivo que permite fixar o iPhone no para-brisa ou no painel do carro e sua base giratória possibilita a fixação, tanto na posição vertical, quanto na horizontal.

O acessório também possui alto-falante para complementar o som do iPhone para uma navegação mais clara, independentemente do ruído interno do veículo. Um ponto importante é que o kit é ligado no acendedor do veículo e faz o recarregamento de energia do celular, independentemente do software estar ativo ou não, basta o veículo estar ligado. O Car Kit da TomTom está disponível no mercado com preço médio de R$ 429 para iPhone e R$ 369 para iPod Touch.

S ERVIÇO Mais informações: www.tomtom.com.br

Compartilhe a conexão com um roteador 3G

N

ão dá para negar que a tecnologia de acesso à internet por conexão 3G trouxe a facilidade de mobilidade para quem tem notebook e para quem mora em regiões aonde a tecnologia de banda larga fixa não chega.

Mas um dos pontos negativos desse tipo de conexão sem fio era justamente a impossibilidade de compartilhamento de sinal entre outros equipamentos de forma simultânea.

Até existe no mercado alguns roteadores 3G sem fio (dispositivos que fazem a comunicação entre computadores distantes) que permitiam essa divisão de sinal, mas muitos estavam atrelados a uma ou outra operadora. A novidade é que já é possível encontrar esses equipamentos "desbloqueados" para a compra.

A D-Link, por exemplo, anunciou o lançamento do roteador 3G DIR-412, que se destaca por ser compatível com todas as operadoras de telefonia celular e apresenta como principal inovação o suporte à tecnologia wireless 150 Mbps (megabits por segundo). Desta forma, propor-

ciona maior velocidade para transferência de dados.

O DIR-412 permite o acesso por qualquer conexão de modem 3G USB porque integra a maioria das tecnologias (HSUPA/HSDPA/EV-DO) presentes no Brasil. O sistema conecta o usuário à sua operadora em qualquer lugar onde haja cobertura do serviço de banda larga móvel, permitindo o compartilhamento do acesso à internet 3G, em ambientes corporativos ou residenciais. É verdade, porém, que a velocidade da conexão fica prejudicada quando há mais de uma pessoa conectada ao roteador, dependendo do plano de dados contratado com a operadora móvel. Isso porque o sinal é dividido entre as máquinas que utilizam a rede. Ou seja, se duas pessoas baixam um arquivo ao mesmo tempo, a velocidade é praticamente dividida ao meio. Mas há também uma função importante para aqueles que não podem ficar sem conexão à internet.

O preço sugerido do produto é de R$ 249 nas grandes redes varejistas e lojas especializadas.(F.P.)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hoje, o cachorro e o gato são integrantes da família, e ganham presentes.

Rodrigo Barros, proprietário da grife Pet Bag

conomia Fotos: Paulo Pampolin/Hype

UMA FESTA ESPECIAL PARA CÃES E GATOS Segmento de pet shops espera mais vendas nesse final de ano

A

Ricardo Osman

p a d aria de p e t i scos para cães e gatos The Dog Bakery, que funciona no bairro do Cambuci, começa a retirar do forno nesta semana minipanetones e bolos em formato de árvore de Natal.

Esses são os principais itens que devem aumentar o faturamento da loja no final de ano.

"Nessa época, as vendas aumentam em média 25% em relação aos demais meses do ano", diss e M a r c e l o M enyon, confeiteiro Menyon: nada de açúcar e sal para os pets. responsável pelas tortas e bolos oferecidos na proibido na alimentação de The Dog Bakery para os ani- cães e gatos), e os biscoitos emmais de estimação. Em 2010, a pacotados têm certificado do novidade são os biscoitos nos Ministério da Agricultura. Enformatos dos enfeites natali- tretanto, essas guloseimas não nos, como bengalas e sinos. substituem a ração, como aler"Nosso segredo são receitas ta o próprio confeiteiro. O misem sal e açúcar, que obede- nipanetone é vendido por cem orientação de um veteri- R$ 8, e o bolo em formato de árnário", acrescentou Menyon. vore de Natal, por R$ 55.

Os produtos são artesanais, A padaria foi fundada há oinão levam chocolate (produto to anos e se firmou no mercado

de festas de aniversários para cães e gatos. Segundo Menyon, a The Dog Bakery chega a atender seis festas de aniversário num fim de semana.

Recentemente, a loja ganhou um mascote, o vira-lata Robinho – um apreciador dos panetones que saem do forno.

Robinho foi encontrado atropelado na rodovia dos Imigrantes e tirou a sorte grande ao ser resgatado por uma das filhas do dono da padaria, o empresário Clarismundo Milani. Robinho foi adotado na The Dog Bakery e passou a viver em meio aos cheiros e sabores das receitas do confeiteiro.

Expansão – O aumento das vendas na The Dog Bakery não é um caso isolado. A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet) revela que 2010 foi muito bom para os empresários do setor. O crescimento da indústria é estimado em 6% em relação ao faturamento de 2009. "É um ótimo crescimento, considerando os dados acumulados até outubro", disse Alfredo Roldan, gerente de comunicação e marketing da Anfalpet. "Em 2009, não registramos nenhum crescimento sobre o ano de 2008 por conta da crise financeira."

O mascote Robinho vive em meio aos cheiros e sabores das receitas preparadas pela The Dog Bakery

Segundo ele, dois fatores favoreceram o setor: a ampliação da renda do trabalhador e o ingresso de consumidores das classes C e D. "Ganhamos novos consumidores para nossos produtos", afirmou Roldan.

Na semana passada, no embalo das festas de fim de ano e do pagamento do 13º salário, a rede Pet Center Marginal abriu sua décima megaloja – desta vez em Santos. Assim como na Pet Center Marginal, na rede Cobasi (que também atua na

venda de ração, produtos variados, roupinhas e presentes), o movimento aumenta consideravelmente no Natal.

Novidades – A Planet Dog do Shopping Anália Franco começa a exibir nas vitrines a nova coleção de bolsas e acessórios da marca Pet Bag, atenta ao aquecimento no comércio. "Estou lançando coleiras banhadas a ouro e nas cores da moda", disse Rodrigo Barros, proprietário da marca, fundada há dois anos na Capital. A

coleira custa em média R$ 120.

"Hoje, o cachorro e o gato são integrantes da família e no Natal ganham presentes de Papai Noel." Para o réveillon, ele lançará uma peça fashion: roupinha branca para as cadelas de pequeno porte.

Segundo o Centro de Cont ro l e d e Z o o n o s e s ( C C Z ) , atualmente a população de cachorros domiciliados é de 2,5 milhões na Capital. A projeção é de que, em 2020, alcance 4,5 milhões de animais.

Passeio fica mais ecológico Embalagem permite coleta de resíduos animais sem agredir o meio ambiente Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Fátima Lourenço

O

publicitário Osvaldo Marchesi, presidente da agência Grafite Comunicações, acaba de se posicionar entre os mais novos exportadores brasileiros.

Há três anos ele criou e patenteou um saco coletor de lixo animal, o Poop Dog, pensando em futuras parcerias para comercializá-lo. Como elas não aconteceram, ele decidiu investir na ideia, aproveitando a realização da 9ª Pet South America, em outubro. A receptividade do produto, especialmente pelo seu apelo ecológico, abriu espaço para vendas locais e no mercado externo, e definiu a criação de um novo braço de negócios em sua agência de publicidade.

"O desenvolvimento do produto foi rápido, porque ele é simples. O que fizemos nos últimos meses foi adaptá-lo nos aspectos ecológicos, além de ajustá-lo para melhorar a funcionalidade", explicou Marchesi. A diretora de atendimento (e agora também responsável pelo novo departamento), Daniela Marchesi, estima que o produto trará receita mensal de R$ 250 mil à agência.

O coletor, em papel craft pardo ou branco, com opção de tamanhos pequeno e grande, pode ser carregado dobrado, no bolso. Aberta, a embalagem to-

Daniela e Osvaldo Marchesi: preparação para o mercado externo.

ma um formato semelhante ao de um saco de pipoca com fundo reto. O mecanismo das abas, na boca do saco, permite que o lixo animal seja coletado sem qualquer contato com as mãos. Ao final da operação, as abas se transformam em uma alça lacrada, facilitando o transporte até o lixo.

Segundo Daniela, o apelo ecológico do produto foi o grande atrativo durante seu lançamento.

"Atendemos 12 mil pessoas no estande. Fechamos contrato com quatro distribuidores brasileiros (de São Paulo, Paraná, Pará e Minas Gerais), e recebemos um pedido de distribuidor do ramo pet para Dubai (Emirados Árabes Unidos)", contabilizou. Empresários do Chile, Panamá, Estados Unidos, França e Itália também se mostraram interessados.

Nova etapa – A fase inicial de internacionalização do negócio será estruturada como um novo departamento da agência, para o qual já foram contratados profissionais com fluência em inglês, espanhol e mandarim. A empresa finaliza agora os trâmites para se formalizar como exportadora. As primeiras remessas para o exterior seguem ainda neste ano, segundo Daniela.

No Brasil, a meta é trabalhar com 27 distribuidores, com vendas totais iniciais de 50 mil caixas de coletores por mês.

Para o usuário Milton Rossi da Costa, a ideia do coletor é muito boa, pela praticidade do seu transporte e apelo ecológico do produto. "Meu filho tem uma pet shop e eu tenho dez cachorros". Ao passear com um dos seus animais, ele trazia no bolso uma sacola plástica de supermercado para recolher eventual lixo deixado pelo bichinho. Um coletor ecológico, elogiou, é educativo.