MARÇO / 2011 – Nº 1
Passeio animal Conheça o serviço e os profissionais que ganham a vida levando cães para caminhar e brincar
A Arca de Noé realmente existiu? A discussão está de volta
Caro leitor:
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FÁBIO PELLEGRINO Editor
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les saíram do quintal, agora dominam lares e são tratados como verdadeiros seres humanos. O bicho de estimação é tão familiar, que muitas vezes até esquecemos que se trata de uma espécie diferente da nossa. Essa mudança na relação entre o homem e o animal segue um caminho sem volta: o da humanização dos pets. E o mercado está atento a isso, se sofisticando para atender a uma crescente demanda por novos serviços e produtos. Afinal, queremos o melhor para nossos amigos. A Revista Arca foi criada justamente para ajudar o leitor a entender essas mudanças e aprimorar o convívio entre as espécies. A matéria de capa desta edição, por exemplo, trata sobre o serviço de passeadores de cães (dogwalkers), profissão que cresce nas grandes cidades. Mas, assim como o passeio pode trazer vários benefícios ao animal, é preciso ficar atento com os abusos e com a contratação da mão de obra – muitas vezes, sem saber, o dono paga por um serviço que não é executado ou deixa o cão na mão de uma pessoa irresponsável. A história bíblica da Arca de Noé também volta a ser discutida entre religiosos e pesquisadores, que afirmaram ter encontrado vestígios da embarcação. A matéria de comportamento mostra como pode ser difícil o convívio entre o pet e os demais membros da família quando o ciúme toma conta do ambiennte. Vale a pena conferir!
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Zé Carlos Barretta/Hype
Raça do Mês
Índice
Faça em Casa
36 Laço de Flor 38 Retriever do labrador Dicas de Adestramento
41 Apresentando a casa 14 Comportamento
Pet Shop
42 Agregar serviço para ganhar mais
6 Meu pet é gente! Saúde Animal Canil Tokay
10 Gatos e as bolas de pelos Capa
14 Dogwalker: o passeador de cães
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Curiosidades
22 A Arca: o símbolo da proteção
Guia
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do homem e dos animais
Vídeos Engraçados Moda
30 Entre o clássico e o luxo Outros Bichos
32 Meu melhor amigo é um coelho
50 Famosos
51 Xuxa Meneghel com seu bichinho de estimação
Diretor de Redação: Moisés Rabinovici
Gerente Executiva: Sonia Oliveira Gerente de Operações: José Gonçalves de F. Filho Impressão: Printcrom Gráfica e Editora Ltda.
www.dcomercio.com.br FALE CONOSCO E-mail: arca@dcomercio.com.br Publicidade Comercial: Tels.: (11) 3244-3197/3983 Redação e Administração : Tel.: (11) 3244-3449 Rua Boa Vista, 51, 6º andar. CEP 01014-911, São Paulo.
A RCA
Editor-Chefe: José Guilherme R. Ferreira Editor: Fábio Pellegrino Editor de Especiais: Luciano Ornelas Repórteres: Carolina Flauzino, Cris Marques e Lélia Rizzi Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editor de Arte: José S. Coelho Projeto Gráfico e Diagramação: Evana Clicia Lisbôa Sutilo Arte: Max Capa: Arte de Max sobre foto Divulgação
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Presidente : Rogério Amato
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Comportamento
Patrícia Cruz/LUZ
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O sagrado lugar de Tom: na cama do casal Karin e Betto
Meu pet é gente! Você é daquelas pessoas que vivem afirmando por aí que a única diferença entre você e o seu animal de estimação são os pelos? Saiba que nem sempre cuidados excessivos são atitudes saudáveis para ele e para você
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CAROLINA FLAUZINO
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les têm poltronas exclusivas na sala, recebem beijos e até compartilham utensílios e a cama com o seu dono. Os pets estão sendo cada vez mais humanizados e mimados. Mas especialistas alertam que alguns excessos podem trazer problemas sérios para a saúde de ambos, como a transmissão de doenças e o desvio de comportamento do animal.
Segundo o professor especializado na relação entre homens e animais do Instituto de Psicologia da USP, Cesar Ades, existe base histórica e psicológica para essa atitude. Os bichos de estimação, principalmente os cachorros, foram integrados nesse processo de domesticação por serem animais mais fáceis de lidar. "Ele corresponde a um olhar, é fiel, atende às
Fotos: Patrícia Cruz/LUZ
Comportamento 7
Quem manda aqui é o cão; ele chegou antes de Betto na vida de Karin
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cama com o bicho é preciso estar atento à higiene do animal e a sua condição de saúde - alguns problemas nem sempre estão à vista e há riscos de contaminação e de transmissão de doenças. Cuidado é do que o Tom não pode reclamar. Banhos semanalmente e visitas periódicas ao veterinário fazem parte da sua rotina. "Fora
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suas ordens, estabelece uma relação de amizade". Ainda de acordo com o psicólogo, o afeto existe porque este é o ideal que o ser humano preza nas relações entre seus iguais, mas lembra que mesmo para o afeto é preciso haver limites. "Gostar do animal é respeitá-lo", completa Ades. O profissional da área de comunicação Betto D'Elboux, de 43 anos, conhece de perto o quanto é complicado quando o cachorro manda em casa. "Se o marido dorme na sala vendo TV, tudo bem. Mas o Tom jamais poderá dormir longe dela", brinca. Ele é casado com a profissional autônoma Karin Fuchs, de 40 anos, a dona do cocker chamado Tom. O casal viu o pet entrar em suas vidas logo depois que a Mell, uma setter irlandesa, se f o i . " Q u a n d o c a s amos, a Mell já fazia parte da minha vida. Como ela já dormia comigo há 11 anos, Betto não se incomodou e aceitou. Ele, com certeza, não mudaria essa rotina", afirma Karin. Hoje, o casal enfrenta um problema: o cão parece mesmo mandar no pedaço. "Tom começou dividindo a cama com a gente desde filhote e hoje não deixa o Betto nem chegar perto se eu já estiver deitada. Ele rosna e ameaça avançar", revela. Se a imagem lhe parece familiar saiba que tanto carinho e tanta aproximação podem fazer mal para todos. Além disso, para dividir a
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Comportamento
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as oscilações de humor é como diz Lilie, uma poodle toy de 1 ano e 5 meo ditado: 'o cão é a cara do dono'. ses, que adora brigadeiro, aproveiEle é realmente a minha cara", tou a saída da sua dona para assaltar brinca Karin. a panela sobre a mesa. Comeu toda a Para Mário Marcondes dos Sansua guloseima favorita, mas por Arquivo Pessoal tos, diretor clínipouco não foi paco do Hospital rar no veterináVeterinário Sena rio. "Quando Madureira, esse cheguei, notei cenário moderno que ela estava do convívio entre acuada e quase o homem e o cão não atendia aos pode ser prejudichamados", lemcial, se não levabra a estudante das em considede Biomedicina ração as diferen- A humanização dos animais pode Adriane Brum, ç a s b á s i c a s d e trazer problemas comportamentais de 25 anos. cada ser. "As pes" A co s t u m am o s soas cada vez mais veem os animais a dar de tudo a ela, inclusive doces, de estimação como membros da famas a veterinária nos proibiu e mília, mas devem entender que eles então evitamos. Mas é muito difícil pertencem a outra espécie, com nedizer não àquela carinha", confessa. cessidades, cuidados e organismo O ato de oferecer qualquer tipo distintos", alerta o veterinário. Para de comida caseira, além de ocasioele, o exagero pode ser medido como aquilo que prejudica o animal e Para manter seu pet acaba afetando o dono. A maioria das infecções nos anisempre saudável mais é causada por parasitas (carrapatos e pulgas) ou microrganismos h Vacinação anual (bactérias e protozoários) e alguh Vermifugação semestral mas disfunções podem ser perigosas para o ser humano. O carrapato, h Alimentação à base de ração por exemplo, pode ser o transmish Escovação dental, com sor da febre maculosa, doença grapastas de dente especiais ve e que pode levar o homem à morpara animais te, se não diagnosticada a tempo. Outros problemas podem ser evitah Banho semanal ou quinzenal dos com a vacinação, vermifugação e escovação (tratamento contra vermes) e bons h Exercícios regulares hábitos de higiene. (caminhada de E o que fazer quando seu pet se meia hora por dia) torna um pedinte ao pé da mesa? O melhor é não atender ao seu pedido. h Check-up anual Acostumada a não passar vontade,
Arquivo Pessoal
exagerou na comida de Lilie: "Muito difícil dizer não àquela carinha"
tidos excessos e se o bicho não apresentar irritabilidade, não há problemas. Assim como nós, os pets de pelagem curta e mais velhos também sentem frio. Já para os de pelos longos, as roupas devem ser evitadas. De forma geral - e para não passar da medida - o ideal é lembrar que o homem precisa do seu espaço, assim como os bichos. Eles podem até ser considerados membros da família e amados como, mas é preciso impor limites e lembrar que há diferenças. De resto, é manter o animal limpo e livre de parasitas, fazer exercícios e visitas periódicas ao veterinário para garantir o bem-estar de todos.
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nar esse tipo de atitude impulsiva, pode levar a problemas de saúde. O chocolate, por exemplo, pode desencadear vários problemas no animal, como disfunções gastrointestinais, obesidade e até convulsões. A alimentação ideal para o bicho é a ração. "É um produto desenvolvido e testado por profissionais que entendem o organismo do animal, que precisa suprir necessidades diferentes das do humano. Balancear a refeição do animal com comida caseira é muito difícil", explica Marcondes. Outra mania comum entre os donos é a de vestir animais. De certa forma, no inverno, se não forem come-
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Saúde Animal
Fotos: Zé Carlos Barreta/Hype
Como nunca havia criado gatos, Luisa não sabia do problema
Gatos e as bolas de pelos
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Uma das principais preocupações dos proprietários de felinos são as conhecidas bolas de pelos. Elas podem causar problemas no aparelho digestivo desses pets, que engolem pelos mortos ao se limparem
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LÉLIA RIZZI
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uem tem um bichano em casa está acostumado a ver o seu animal passar horas se lambendo. O hábito é comum entre os gatos e está ligado a higienização e a proteção do bicho na natureza. Se por um lado eles se mantêm limpos, por outro, o ato contribui para que engulam acidentalmente uma grande quantidade de pelos mortos, que podem se acumular no intestino e causar vários transtornos,
como vômitos, prisão de ventre e tosse seca. Nos casos mais complicados, pode ocorrer a obstrução intestinal e ser necessária intervenção cirúrgica para a remoção das pedras que se formam no local. A língua do gato, que parece uma lixa ao toque, facilita a retirada dos pelos mortos que ficam sobre a pele. Como não ocorre a absorção, como no caso dos alimentos, eles se acumulam e formam as bolas de pe-
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los. Na maioria das vezes, elas são expelidas por vômitos ou pelas fezes, mas traz um mal estar ao felino. "Quem nunca viu pode até se assustar com as tosses secas que são produzidas pelos gatos durante esse processo", afirma Lucina Deschamps, médica veterinária da Clinica Sr. Gato, especializada nos bichanos. Segundo ela, os gatos de pelos longos, como os das raças persas e angorás, são os que mais convivem com esse incômodo. O primeiro gato da blogueira Luisa Pinheiro, de 32 anos, foi um presente do seu namorado, mas com ele também vieram as dúvidas. "A princípio eu tinha medo
porque achava que os felinos eram frágeis", lembra. Graças à ajuda dos voluntários da ONG "Adote um Gatinho" (http://adoteumgatinho.uol.com.br), que a orientou sobre o comportamento desses animais e como deveria agir para diminuir o problema com os pelos, seu relacionamento com o pet foi tranquilo. As primeiras lições foram em relação à alimentação e à escovação, que são fundamentais para evitar as bolas. Hoje, com quatro gatos, além de ser voluntária na ONG, ela criou o blog "Louca dos Gatos" (http://loucadosgatos.blogspot.com) para expor suas experiências com os bichanos. Mas o maior problema é justamente quando o animal não consegue pôr para fora esse acúmulo de pelos. Segundo Ronaldo Lucas, especialista em dermatologia e professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, a boa alimentação tem um papel importante para ajudar o
Saúde Animal
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"Uma má alimentação pode provocar 'pedras' no intestino, que só são retiradas através de cirurgia, que é não tão simples" Ronaldo Lucas, especialista
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Para expulsar as bolas de pelos são comuns tosses secas e vômito
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Saúde Animal 12 12
Gatos de pelos curtos apresentam menos o incômodo
animal a expelir os pelos. Existem rações, biscoitos e medicamentos que auxiliam o trânsito no intestino e aliviam esse incômodo. "Uma má alimentação pode provocar 'pedras' no intestino, que só são retiradas através da cirurgia, que não tão é simples", alerta. A boa ração também pode diminuir sensivelmente a queda de pelos, mas a higienização e escovação do bichano são itens essenciais para garantir a menor ingestão. "Os pelos longos que não forem bem cuidados podem trazer outros transtornos além da bola de pelo, como ficar embolados e, conseque-
temente, causar problemas dermatológicos, como as micoses", acrescenta o professor. A gata Nikole é um bom exemplo de cuidados com a pelagem e até já foi premiada pela sua beleza. A receita de grande parte desse sucesso está nos produtos que utiliza para a sua higienização e alimentação. Mas ser uma top model exige muita atenção da sua dona, a empresária Cecy Passos, que procura manter Nikole impecável. "Escovações e banhos semanais, com produtos específicos, ajudam muito a manter a sua pelagem com essa qualidade e a remover os pelos
DICAS G Escove os pelos do gato
diariamente, principalmente no período de mudas G Os banhos podem ser
semanais, com produtos específicos para os felinos G Rações a base de fibras são
capazes de tornar a evacuação das bolas de pelo mais tranquilas G Existem medicamentos em
pastas que auxiliam no trânsito intestinal. Verifique com seu veterinário
Fotos: Zé Carlos Barretta/Hype
escovações diárias e banhos semanais são recomendados, principalmente em bichanos de pelos longos
mortos. Mas não podemos esquecer que rações de qualidade, pastas e também as graminhas, para comer como na natureza, melhoram o mal estar", revela. Apesar de o ato de se lamber ser uma rotina para os bichanos, é preciso observar se não há exageros. Situações de estresses vividas pelos gatos podem causar problemas comportamentais, como a lambe-
dura excessiva. Nesse caso, além de aumentar a ingestão de pelos, o felino pode se machucar pela compulsão. "Ambientes como apartamentos devem ser enriquecidos de atividades, como brinquedos e arranhadores, para evitar o problema", explica a veterinária Débora Gabriel Rovigatti. Além do banho, que é importante, é preciso escovar o bicho diariamente para retirar os pelos mortos, principalmente os longos. Se for acostumado desde cedo a passar pelo procedimento, o gato apreciará e aceitará a prática sem qualquer tipo de dificuldade. O dono deve escová-lo sobre uma mesa, para dar mais segurança e conforto para ambos. Alguns tipos de escovações acabam favorecendo certas raças de pelagem mais longa, mas mesmo as de pelos curtos devem ser escovadas regularmente, principalmente nos períodos de muda.
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a queda de pelos, mas as
Saúde Animal
Algumas rações diminuem
Capa
Dogwalker: o passeador de cães Cada vez mais comuns em grandes cidades, principalmente pela falta de tempo dos donos, os passeadores se incubem do bem-estar dos animais. Mas tome cuidado: é preciso escolher profissionais sérios
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FÁBIO PELLEGRINO
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ão 10 horas e Ozzy se prepara para seu passeio matinal. Hoje é dia de ir ao Parque do Ibirapuera brincar com seus amigos. Não demora muito e a campainha toca: é o porteiro informando que o carro já está no local para pegá-lo. O motorista e uma simpática mulher esperam a chegada daqueles que contrataram seus serviços. Ao descer do apartamento com sua "mãe", Ozzy é recebido com um belo sorriso. Num piscar de olhos ele pula sobre os braços da sua acompanhante de passeio querendo lhe dar um beijo. Eles se conhecem há alguns anos e ela não se importa com suas lambidas. Ao contrário, comemora o reencontro. Ozzy é um cão da raça golden retriever, tem sete anos e esse é um dos momentos mais felizes para ele: a hora de passear. A mulher que o aguardava na portaria chama-se Vanessa dos Passos Cubas, é veterinária e acompanhante do cão nessa
aventura. Ela deixou de lado as clínicas para se tornar uma dogwalker (termo em inglês para os passeadores de cães), profissão que cresce de forma exponencial em São Paulo e em outras grandes cidades. Não há números oficiais sobre a quantidade de prestadores desse serviço, mesmo porque não há regulamentação nem entidade de classe, mas basta andar por parques ou regiões nobres que é possível identificá-los facilmente - mui-
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Empresas especializadas oferecem passeios levando em conta as necessidades de cada animal. Paulo Carreiro (à esquerda), Gabriel Alegre (ao centro) e Vanessa Cubas (à direita) são dogwalkers especializados
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za. A verdade é que concreto é feito pelo homem para o homem - o bicho gosta mesmo é de liberdade. Por aqui, quem contrata esse tipo de serviço são pessoas que não têm tempo para passear, casais novos que trabalham e viajam muito ou mesmo idosos que não têm condi-
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tos levam vários cães ao mesmo tempo em seus passeios. Nos EUA a profissão é comum e bem desenvolvida. O ritmo frenético das grandes metrópoles faz com que serviços como esse sejam necessários. Afinal, ter um cão desse porte e tão cheio de energia em um apartamento pode não ser uma combinação tão tranquila. Os passeios permitem ao cachorro mais do que uma atividade física, esse é um momento de socialização e contato com a nature-
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Fotos: Zé Carlos Barretta/Hype
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ções físicas para levar o seu pet para dar uma volta, mas que desejam que ele tenha esse momento de lazer. Para o animal, o passeio também é uma atividade que auxilia no tratamento de diversos problemas de saúde e comportamentais. Brigas com outros bichos, estresses por ficarem muito tempo sozinhos, síndrome da separação e problemas de obesidade são apenas algumas das disfunções que as simples caminhadas periódicas apresentam efeitos positivos. Se atreladas a brincadeiras e exercícios em parques, por exemplo, a melhora é ainda mais significativa. Mas a supervisão ou orientação de um veterinário é indicada para garantir a satisfação das necessidades do animal de maneira correta, sem extrapolar. Para a decoradora Vera Lucia Garcia Fernandes Minchillo, de 48 anos, é nítida a alegria do Ozzy quando chega o momento de passear. Mas as suas saídas têm uma importância ainda maior: ela está consciente de que esse é um momento necessário para um cão do seu porte, criado em um ambiente restrito: "O Ozzy é grande e mora em um apartamento. Isso faz com que fique, de certa forma, preso. Além disso, ele é de uma raça que tem tendência a engordar,
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O passeio é importante para o Ozzy porque ele é grande e mora em um apartamento. Quero fazê-lo feliz. Vera Lucia Minchillo
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mas sempre cuidei para que isso não ocorresse e procurei deixá-lo feliz, porque sei dos problemas de saúde que ele pode desenvolver". Ser um passeador de cães é um negócio muito lucrativo e existe uma alta demanda pelo serviço. Um bom dogwalker pode ganhar até R$ 30 por hora de passeio por cada cão. Considerando, por baixo, uma média de seis animais diários e trabalhando apenas 20 dias por mês, a renda desse prestador pode chegar a R$ 3.600. As empresas especializadas oferecem pacotes aos donos que reduzem bem o valor diário cobrado por passeio. Se tornar um dogwalker, porém, não é para qualquer um. O amor aos
carro especialmente adaptado para os bichos. Com direito a ar condicionado, brinquedos e almofadas
animais é item obrigatório a quem deseja ingressar nessa profissão. Há mais de dez anos no mercado, o publicitário Paulo Carreiro, de 34 anos, dono da empresa Casa Dogwalker (www.dogwalker.com.br), conta que sempre gostou de pets, mas começou como passeador por acaso. "Eu tinha saído do emprego e estava reservando um período para descansar. Nessa época, tinha muito tempo
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Vanessa Cubas retira os cães com um
para passear e ir ao parque com meu cão. Vi que outras pessoas também saiam com animais, mas em vez de serem os donos, eram as empregadas, os motoristas e os porteiros que faziam as caminhadas." Essa foi uma oportunidade vista de perto por quem soube conciliar o amor aos bichos com uma forma de ganhar dinheiro, com uma profissão que até então não existia por aqui. "As pessoas não faziam como algo profissional. Era um favor aos proprietários ou mesmo para ganhar um dinheiro a mais", lembra. Mas Paulo estava consciente de que as relações de convívio entre o homem e o animal de estimação passavam por transformações. Os pets deixavam os quintais para se tornarem membros da família e ninguém gostaria de deixar seu "filho" na mão de um estranho. Para garantir a segurança e saber lidar com as situações adversas, que podem ocorrer durante os passeios, o publicitário pesquisou e se preparou: "Eu tive a colaboração da minha ex-mulher. Fizemos aulas de adestramento, pesquisamos e lemos muito sobre os animais e primeiros socorros antes de iniciar. Criamos cartões, um site e começamos a divulgação. Quando nos demos conta, passeávamos
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Fotos: Zé Carlos Barretta/Hype
com 25 a 30 cães por dia". Hoje, sua empresa oferece cursos para quem deseja se torna um dogwalker e conta com 15 funcionários, que cuidam de mais de 90 animais diariamente. Mas, ao mesmo tempo que é uma boa alternativa de emprego para quem gosta de animais, pode ser um grande risco para o dono que, desavisado, pode deixar a vida do seu melhor amigo literalmente nas mãos de um passeador despreparado ou de pessoas que aproveitam essa alta procura pelo serviço para agirem de má-fé. "Eu já vi muitos passeadores sendo puxados pelo cão. Isso é uma forma de enforcamento. Imagine que, se ele sai nessa situação por uma hora, será uma hora enforcando o animal", explica Leandro Felipe da Silva, 26 anos, proprietário da empresa Meu Mundo Cão (www.meumundocao.com), especializada em passeios com animais. Para ele, o dogwalker deve fazer pelo menos o mínimo de adestramento para que o passeio não se torne uma tortura. Pior do que isso, Leandro afirma ter presenciado situações de alto risco à vida dos animais sob a responsabilidade de amadores: "É co-
Nos parques, exercícios com bicicletas, disputas de puxar galhos e buscar bolinhas são atividades comuns
mum vermos pessoas que se dizem dogwalkers, mas amarram os cães em lixeiras enquanto vão devolver outro cachorro. Além do risco de fuga e atropelamento, essa atitude mostra a tamanha irresponsabilidade de pessoas que não levam em conta o bem-estar do bicho e de quem passa por ali". A representante comercial Raquel Felipe Fernandes Bonifácio, de 47 anos, sabe muito bem o que é passar por situação de descaso com o seu animal: "Em uma ocasião eu vi que o dogwalker tinha amarrado o Tuti em uma lixeira e achei estranha essa atitude. Questionei-o e ele disse que era para dar conta de pegar e entregar todos no horário".
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O dogwalker Leandro Felipe treina os animais para que se comportem bem. Segundo ele, irregularidades por parte de gente não habilitada são observadas constantemente 19 19
de alguém: "Nós estamos tão ocupados no dia a dia que quando contratamos um serviço você quer o melhor. É como se eu tivesse deixando meu filho em uma creche. Isso é muito complicado". Se não bastasse a exposição dos cães às situações perigosas e aos maus-tratos, ainda há aqueles que aproveitam para ganhar dinheiro sem prestar o serviço: "Principalmente de manhã, é comum ver essas pessoas amarrarem os cachorros nos bancos das praças e dormirem. Além do dono estar pagando
desde 1926
Há pouco mais de dois meses, seu cão foi parar sozinho no seu portão. "Outro dia, passou da hora de devolverem o meu cachorro e resolvi procurá-lo, para saber o que ocorreu. Quando desci até a portaria vi que o meu cão estava sozinho em frente ao prédio. Imagino que o deixaram amarrado e ele tenha escapado. É uma situação que na hora você fica chateada e sem reação. O meu Tuti poderia ter sido roubado ou sumido", lamenta. Para Raquel, a confiança em um profissional como esse equivale a deixar o filho sob a guarda
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Fábio Pellegrino
Um desrespeito com o animal e o dono. Duas pessoas que se dizem passeadores ficam conversando por mais de vinte minutos. Um cão chegou a escapar
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por um serviço que não está sendo executado, o animal fica ainda mais frustrado". De fato, a reportagem da Arca presenciou algumas dessas situações ao acompanhar o dogwalker Leandro em um passeio no Parque Buenos Aires e ruas da região de Higienópolis. Dentro do parque, um passeador ficou mais de vinte minutos sentado conversando com outro dogwalker, que segurava dois golden retrievers e dois malteses. O golden diversas vezes pulou e puxou a coleira, em uma atitude clara de que estava que-
rendo andar, mas o rapaz não respondia aos seus apelos, ao contrário, repreendeu-o. Não bastasse a frustração, um maltês escapou de sua mão em razão do descaso e da falta de atenção. A sorte é que ele foi cheirar outro cão, que passava em frente, e foi possível segurá-lo novamente. "É um desrespeito que infelizmente acontece com frequência. O animal volta para casa frustrado e tenso. E o pior é que no dia seguinte já esqueceu o que aconteceu e ao ver o malandro passeador ingenuamente fará festa para ele. Cabe ao dono vi-
Cuidados para um bom passeio
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G Respeite os limites do cão - certas
raças não conseguem fazer caminhadas longas e rápidas. Procure orientação de um veterinário G Evite o sol forte. O melhor horário
para essa atividade é o período da manhã ou no final de tarde.
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G Lembre-se de levar água G A Lei 13.131, de 18 de maio de
2001, torna obrigatório andar com
o animal com a coleira e a guia, assim como recolher as fezes durante os passeios G Se você permite que o cão tenha
acesso a cama e ao sofá, lembrese de limpar as patas do seu bicho ao voltar para que não traga problemas de fora para casa G Tenha cuidado para não deixar o
cachorro parado sobre os bueiros de ferro, porque ficam muito quentes com a exposição ao sol
dogwalkers no Parque Severo
Capa
Encontro de
Gomes. Abaixo, cão anda de maneira errada: puxando e sendo enforcado Fotos: Paulo Pampolin/Hype
giar a conduta daquele que está pagando para proporcionar bem-estar ao seu cachorro", afirma a médica veterinária Rúbia Burnier, terapeuta comportamental de animais. Segundo especialistas, quem contrata esse tipo de serviço deve tomar alguns cuidados básicos. Referências, entrevistas e descrição das atividades, assim como o caminho percorrido pelo dogwalker e seu ca-
chorro, são itens fundamentais. A elaboração de um contrato é importante para que você tenha os dados do passeador, em caso de emergência, por exemplo. O dogwalker deve ter experiência em primeiros socorros e carregar com ele sempre água e um kit para o primeiro atendimento, em caso de acidente. É aconselhável fazer visitas surpresas nos locais por onde seu cão irá passear. Prefira empresas especializadas ou profissionais que garantam, por escrito, atendimento veterinário e exijam exames médicos. Aliás, antes de expor seu animal a passeios na rua e parques, lembre-se que ele estará em contato com todo o tipo de ambiente. Isso quer dizer que, para o passeio não virar um problema de saúde, vacinas, tratamento contra vermes e parasitas devem estar em dia. Uma visita ao veterinário e um check-up podem evidenciar problemas que não estão à vista.
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Curiosidades
A Arca: o símbolo da prote O poder das águas, seja por conta das chuvas ou pelas gigantescas ondas dos mares, demonstram como o homem é frágil diante da força da Natureza. A história bíblica sobre a Arca de Noé, no entanto, é uma forma de transmitir a esperança de que há salvação FÁBIO PELLEGRINO
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Arca de Noé é uma das mais conhecidas histórias bíblicas do Antigo Testamento, contada às crianças e aos fiéis pelo mundo inteiro. Mas a descrição que narra como um justo homem chamado Noé, sua família e muitos animais foram salvos por Deus de um grande dilúvio (inundação da Terra) tem sido tema de discussão entre religiosos e pesquisadores por séculos. Afinal, mesmo com tanta tecnologia de que dispomos, ainda não foi possível comprovar a cobertura total do planeta pelas águas e nem foram encontrados vestígios geológicos e arqueológicos que sustentassem tal acontecimento. Segundo especialistas, seria impossível um cataclismo dessa magnitude ocorrer sobre o mundo sem deixar rastros. A descrição em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, relata como Deus estava desgostoso com a sua criação - o homem, no caso em razão das injustiças e das violências cometidas pela humanidade. Decidiu, então, abrir as comportas do céu para mandar sobre a Terra muita água, em forma de chuva, durante 40 dias sem cessar, limpando o planeta de to-
dos os seres vivos. Apenas Noé, sua família e um casal de cada bicho (sem contar os separados para sacrifício) sobreviveram à catástrofe. O livro sagrado dos mulçumanos, o Alcorão, e o dos judeus, a Torá (que compreende os cincos livros do Pentateuco), também des-
crevem a história da inundação, assim como o salvamento do homem, sua família e animais. A interpretação das mensagens da devastação do mundo e da clemência de Deus, no entanto, tem significados diferentes para muitos. Enquanto a maioria dos fiéis acredi-
Curiosidades
ção do homem e dos animais
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ta que o dilúvio aconteceu de fato e a perspectiva de uma recriação ou a que a Bíblia faz uma narração literal esperança de que a destruição/dedo episódio - e até alguns pesquisavastação não é total. No ambiente dores, que normalmente são céticos, histórico-social que o relato foi proacreditam que a Arca tenha sido duzido podemos ver o quanto os auconstruída -, outros afirmam que estores estão fazendo referência à sa é uma narração exagerada de um grande devastação produzida no acontecimento isolado, talvez de território de Judá pela invasão das uma grande enchente localizada na tropas de Nabucodonosor (em 597 e região; ou mesmo uma tentativa de 587 a.C.)", explica Rafael Rodrigues levar aos fiéis uma mensagem de coda Silva, professor do Departamenmo Deus é benevolente em situações to de Teologia e Ciências da Religião, de desastres e que o mundo não acada Pontifícia Universidade Católica bará assim, por haver a salvação. de São Paulo (PUC-SP). Reprodução do quadro do Instituo de Arte de Wandsbeker: "Noé constrói a Arca" "O relato mítico do dilúvio (Gn 6-9), datado do 6.º século a.C. é uma interpretação e análise sobre a degradação e a destruição da natureza e da vida. Assim, o texto ao ressaltar a salvação de Noé e sua família e os animais representa
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Gênesis, 6. 14 Constrói para ti uma arca de madeira resinosa; divide-a em compartimentos e calafeta-a com betume, por dentro e por fora. 15 A arca deverá ter as seguintes dimensões: cento e cinquenta metros de comprimento, vinte e cinco de largura e quinze de altura. 16 No alto da arca, faz uma clarabóia de meio metro, como arremate. Faz a entrada da arca pelo lado; e faz a arca em três andares sobrepostos. 17 Eu vou mandar o dilúvio sobre a Terra, para exterminar todo o ser vivo que respira debaixo do céu: tudo o que há na Terra vai perecer. 18 Mas contigo vou estabelecer a minha aliança, e entrarás na arca com a
tua mulher, os teus filhos e as mulheres dos teus filhos. 19 Toma um casal de cada ser vivo, isto é, macho e fêmea, e coloca-os na arca, para que conservem a vida juntamente contigo. 20 De cada espécie de aves, de cada espécie de animais, de cada espécie de todos os répteis da Terra, toma contigo um casal, para os conservar vivos. 21 Quanto a ti, junta e armazena todo o tipo de alimento; isso vai servir de alimento para ti e para eles. 22 E Noé fez tudo como Deus havia mandado. Trecho da Bíblia Sagrada, retirado do site Bíblia Católica (www.bibliacatolica.com.br)
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Curiosidades
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Há quem acredite Evidentemente que causadas pelo terreque a história de Noé hoje não podemos ler moto no Japão, para tenha surgido de uma as ações da natureza ter uma pequena nojunção de textos antisimplesmente como ção da sua força. gos da Mesopotâmia, uma ação divina Para o professor Racomo os contos épicos Rafael Rodrigues fael Rodrigues, as dede Gilgamesh e vastações e catástrofes Atrahasis, que relatam a irritação dos naturais no mundo antigo repredeuses contra o homem e como uma sentavam a leitura religiosa como grande inundação no mundo aniquisendo a resposta da divindade aos lou grande parte da humanidade. atos destruidores da humanidade: Se o dilúvio ocorreu, se foi uma "Evidentemente que hoje não podeação da natureza ou mesmo divina é mos ler as ações da natureza simdifícil de afirmar. O que não dá para plesmente como uma ação divina, negar é o poder de destruição que a mas é preciso levar em conta a ação água tem e como o homem busca humana que provoca a destruição salvar-se e a seus próximos, inclusidas coisas criadas. O avanço econôve animais, como pode. Basta fazer mico, as desigualdades sociais, a seuma análise entre as catástrofes nade de riqueza, lucro e consumo deturais que ocorreram recentemenvastam a terra e a natureza. E quante, como as chuvas e enchentes no do a natureza dá a sua resposta ficaRio de Janeiro e as ondas gigantes mos estupefatos e sem ação". Para
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Reprodução do quadro de Jacopo Bassano, exposto no Museu do Louvre
ele, os acontecimentos são respostas à ação do homem: "A devastação provocada pela natureza é resultado da devastação que o homem fez na natureza. É a resposta ao desma tamento, aos lixos que a cada segundo depositamos na terra, nas águas e no ar. O dilúvio lá no 6º século foi uma leitura e interpretação do que ações militares e econômicas destruíram a vida do povo. Vale a pena reler Gn 6-9 e perguntarmos acerca de nossas ações contra a vida e a criação". Apesar de a passagem religiosa sobre o dilúvio não ter como um primeiro foco mostrar a predileção divina pelos bichos, mas a de demonstrar a perspectiva de salvação dos seres criados (o humano e os animais), a narração também é interpretada pelos fiéis que gostam de animais como uma forma de recoLeve um gato para sua casa, existem muitos esperando por você.
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nhecimento e da importância das outras espécies. Aliás, os livros sagrados de várias religiões constantemente utilizam menções aos animais como seres que foram criados para servir ao homem, mas que têm seu importante papel na natureza para manter o equilíbrio das coisas. "O ser humano tem a obrigação de tratá-los com boas maneiras, podendo se servir deles para comer, desde que os sacrifiquem adequadamente, sem sofrimento e em um lugar adequado. Várias passagens do Alcorão transmitem uma lição ao indivíduo utilizando como exemplo os animais, como a Surata n.º 2 A vaca, Surata n.º 6 - O Gado, Surata n.º 16 - As Abelhas, Surata n.º 105 - O Elefante, entre outras. Todas essas suratas citam animais e algumas lições que eles nos trazem", explica o xeque Khaled Rezk El Sayed Taky El Din, diretor de assuntos Islâmicos da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras). Para aumentar o dilema entre
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pesquisadores e religiosos, no ano passado, arqueólogos turcos e chineses, de um grupo evangélico denominado Ministério Internacional da Arca de Noé (www.noahsarksearch.net/eng), afirmaram ter encontrado a embarcação no Monte Ararat, na Turquia, onde, segundo a Bíblia, Noé teria desembarcado após a grande cheia ter baixado. Fotos foram apresentadas de um barco com as características da arca e testes feitos na madeira teriam apontado que a embarcação tem mais de 4.800 anos, o que é próximo da descrição do acontecimento relatado na Bíblia. A suposta descoberta da Arca de Noé é encarada por estudiosos
como mera especulação e sensacionalismo, longe da compreensão do relato mítico. Para os fiéis, é considerada a prova divina de que o mundo foi limpo pelas águas. Se o dilúvio aconteceu de fato e a Arca realmente ainda está parada sobre o Monte Ararat, apenas o tempo e os estudos comprovarão. Mas que a salvação da humanidade e a sua sobrevivência dependem em grande parte do homem e do reconhecimento de que os animais e as plantas são importantes para a sua existência, não há dúvidas e está mais do que comprovado. Por isso, a Arca pode ser considerada, sim, como um símbolo de proteção à vida.
Curiosidades
Arqueólogos chineses registram imagens da suposta Arca de Noé, encontrada no Monte Ararat, na Turquia
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Curiosidades
Alguns animais na Bíblia O s bichos frequentemente são citados na Bíblia, desde a época da criação do homem, como referência ao seu caráter e poder, ou mesmo como formas de castigos aos pecadores. Conheça algumas espécies que são mencionadas pelo livro sagrado. ANIMAIS SELVAGENS
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Urso, raposa, chacal, cobras, leopardos, panteras, leões, lobos e cães são descritos como animais temidos pelo povo nas narrativas bíblicas. Uma das passagens do livro conta como dois ursos atacaram um grupo de pessoas que zombavam do profeta Eliseu. As raposas da história de Sansão provavelmente eram chacais, primos menores dos lobos. Os cães e lobos são citados como predadores ferozes e perigosos, que se alimentam de animais menores, mas que também atacam e matam cervos, pecadores, ovelhas e até bovinos. Em uma das comparações, os chefes cruéis e maus são chamados
de lobos, assim como a serpente era marcada como a incorporação do mal. Já os leões, eram criados dentro de fossas por reis e os nobres tinham como hobby caçá-los. Sua força e coragem o tornaram símbolo de poder.
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ANIMAIS DE REBANHO E ABATE As ovelhas, as cabras, o gado, as gazelas e alguns tipos de aves eram considerados essenciais para a sobrevivência das famílias. Além disso, a riqueza de um homem era medida pelo número de bois e ovelhas que tinha. Rebanhos bovinos eram usados para a produção de leite, carne e couro, enquanto a lã das
ovelhas servia também para tecer os fortes tecidos. A maioria desses animais era utilizada para sacrifício, por serem considerados puros. Citações bíblicas consideram os homens como ovelhas e Deus como seu pastor, uma analogia direta com o cuidado que os criadores dessas espécies tinham com seus animais.
As aves eram praticamente divididas em comestíveis, de rapina, para sacrifícios e migratórias. A águia, o abutre, a coruja e o corvo são símbolos de caçadores ágeis e certeiros, mas algumas vezes citadas como habitantes de lugares isolados e em ruínas, como no caso das corujas. A
águia era também vista como exemplo de vigor e força, usada como emblema das legiões romanas. A pomba, por exemplo, é uma das espécies mais citadas e símbolo da Igreja. Foi ela quem trouxe para Noé, segundo a Bíblia, um ramo de oliveira, para confirmar que as águas do Dilúvio haviam baixado e que existia vida na Terra novamente.
Curiosidades
AVES
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Jumento, camelo, cavalo e gado são os animais de carga mais comuns da época. Trechos da Bíblia os definem como animais importantes, utilizados por ricos e pobres. O camelo, por exemplo, tinha grande valor para os nômades do deserto, já que se contentava com pouca comida e ficava vários dias sem beber água. Já os cavalos eram animais que pertenciam aos ricos e eram considerados arma de guerra. Simbolizavam o poder. Uma curiosidade é que o jumento, que para muitos é encarado como teimoso e desprovido de qualquer inteligência,
é um dos animais nobres. Segundo a Bíblia, o próprio Jesus montou em um para entrar em Jerusalém, no Domingo de Ramos.
Nessa Páscoa, não esqueça do seu melhor amigo.
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Moda
Entre o clássico e o luxo
Fotos: Divulgação
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CAROLINA FLAUZINO
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ara desvendar as cores e modelos que prometem deixar seu melhor amigo na moda - afinal, o mundo animal também tem suas Giseles - contamos com a mãozinha fashion da estilista Carolina Kanashiro, da grife gaúcha Crystal Dog. Ela nos apresentou, com exclusividade, as peças que serão desfiladas na edição brasileira do mais respeitado evento voltado para moda animal, a Pet Fashion Week, que será realizado em abril, em São Paulo.
Os modelitos da Crystal Dog foram inspirados nas passarelas "humanas" nacionais e internacionais, revistas e sites. Eles prometem fazer os bichinhos de estimação arrancar suspiros e arrasar nos parques, shoppings e calçadões. Para a temporada outono/inverno 2011, a estilista aposta no contraponto entre o clássico e o luxuoso. Os tradicionais xadrezes, tecidos aveludados, peles ecológicas, rendas, bordados e laços de veludo
Moda
Roupinha com as características dos trajes e cores do bruxo Harry Potter faz sucesso entre os peludos no outono/inverno
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tons de azul marinho, cinza mescla, vinho, verde militar e off White. Para deixar seu pet em grande estilo e protegido nos dias mais frios que estão por vir, antes de montar um visual fofo e bonito, pense na versatilidade. É preciso dar preferência para o conforto e mobilidade do animal - detalhes que nunca saem de moda. SERVIÇO: Para conferir a coleção completa da Crystal Dog visite o site da grife: www.crystaldog.com.br
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para as fêmeas devem ser os grandes destaques. A paleta de cores da estação varia basicamente entre o lavanda, off White (aquela variação com cara de branco velho, guardado), café e rosa. Já para os machinhos, o eleito da estação é o estilo do bruxinho Harry Poter. "Mas nada caricata e óbvio", frisa Carolina Kanashiro. A inspiração foram os xadrezes, as camisas colegiais e as polos esportivas com seus brasões. A cartela de cores para eles é intensa, principalmente nos
Outros Bichos
Meu melhor amigo é um coelho O orelhudo está em alta como animal de estimação e são necessários cuidados simples para aproveitar essa agradável companhia CRIS MARQUES Newton Santos/Hype
Priscilla Kely e o Floquinho, seu bicho de estimação
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Newton Santos/Hype
de olho nos donos de coelhos, oferecem banhos e
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Mercado pet,
roupinhas
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o contrário do que muita gente pensa, os coelhos podem sim ser ótimos bichinhos de estimação. Com um comportamento muito parecido com o dos felinos, esse animal é bem independente, limpo, adora carinho e pode viver de seis a oito anos. "Como qualquer bichinho, os coelhos também precisam de cuidados", explica Roberto Fecchio, diretor da Associação Brasileira de Veterinária para Animais Selvagens (Abravas). "O ideal é que, em condição sadia, eles visitem um veterinário especializado pelo menos uma vez ao ano." Além disso, é necessário manter hábitos de higiene para garantir a boa saúde, como
conservar a gaiola, comedouro e bebedouros sempre limpos. O orelhudo também precisa ser solto para se exercitar, em ambiente que possa ser controlado, para evitar acidentes. Já a alimentação deve ser balanceada, aliando a ração apropriada para coelhos com verduras escuras e vegetais variados - não é aconselhável dar alface, acelga ou repolho. Outro ponto importante a ser observado é o crescimento constante dos dentes incisivos, sendo essencial que o bicho sempre tenha alimentos duros para roer - às vezes é necessário fazer até tratamento odontológico para corrigir o problema. Por se higienizarem muito bem sozinhos, não há a necessidade de dar
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Coelhinho também é amigão, além de esperto e dócil
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banho. Mas se optar por isso, é essencial secar bem os pelos e respeitar intervalos mínimos de um mês entre as duchas. É bom saber que esses pets também podem ter sarna, pulgas ou carrapatos, mas é preciso ficar atento e não utilizar qualquer medicação sem a orientação do veterinário. "Este é um problema sério e precisa haver cuidado, pois a maioria dos medicamentos anti-pulgas do mercado são extremamente tóxicos para coelhos, podendo até matar o animal", alerta André Grespan, profissional da clínica veterinária Wildvet
(http://www.wildvet.com.br/), exclusiva de animais exóticos e silvestres. No Brasil, não existe vacina para coelhos domésticos e esses cuidados básicos já são suficientes para protegê-lo de doenças. Desde julho do ano passado, a promotora de eventos Pryscilla Kelly Pereira de Souza, de 30 anos, é dona de duas fêmeas, a Milk e a Floquinho. Acostumada a levar as coelhinhas para tomar banho no pet shop, sempre chama muita atenção pela vaidade. "Normalmente, os coelhos são meio ariscos e pulam muito, mas as
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Quanto custa ter um coelho? O orelhudos pequenos custam de R$ 50 a R$ 70 - quanto mais rara ou mais excêntrica a raça, esse valor aumenta. Em relação aos cuidados, o maior investimento fica por conta da gaiola, que pode ser encontrada a partir de R$ 70. Um pacote de serragem, que rende até cinco trocas, sai por menos de R$ 5. Já a ração, dependendo da marca, custa próximo a R$ 2 o quilo - por ser um animal pequeno, consomem por volta de 40 gramas por dia.
Onde encontrar? Na busca por um coelhinho, o melhor mesmo é optar por pet shops de confiança ou criadouros como o Toca do Coelhinho (http://tocadocoelhinho. jimdo.com/) que fica na região de Diadema.
Curiosidades G Apesar de sua semelhança com os
roedores, na verdade o coelho é um lagomorfo que tem entre suas características específicas dois pares de dentes incisivos superiores e não só um par.
Outros Bichos
G De olhos vermelhos e pelos
branquinhos? O famoso coelho citado na música de páscoa na verdade não faz parte de nenhuma raça exclusiva. Ele possui essas peculiaridades porque é albino. Possui uma falha na produção de melanina, o que resulta em pelos sem nenhuma cor. G Existem inúmeras raças de
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coelhos, mas as mais indicadas para se ter em casa - até por questão de espaço - são as minis. Com personalidades bem parecidas, a escolha fica mesmo pelo visual do animalzinho
Raças
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Holland Lop (pelo curto e denso e orelhas caídas) Fuzzy Lop (pelo longo e orelhas caídas) Lion (pelos compridos na região da cabeça) Mini Lop (pelo curto e denso e orelhas grandes e caídas, maiores do que os holland) Mini-Holandês (pelo curto e orelhas eretas) Mini Angorá (pelo longo e orelhas eretas).
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tenho como se fossem cachorrinhos e elas se acostumaram. Além do banho, às vezes até coloco roupinhas feitas para cães e gatos e elas não demonstram nenhuma irritação", afirma. Já a secretária Ana Maria Estanislau, de 55 anos, adotou a fêmea Alvin em uma festa junina na escola do sobrinho, no ano passado. Ela tem um espaço específico em seu quintal para o animal. "Como a Alvin fica solta, acaba sendo mais independente, mas sempre que me aproximo ela vem para me receber e adora carinho. Acredito que é um animal que se porta diferente de um cachorro, porém não é menos amável por isso." A blogueira formada em Letras, Paula Abrahão, de 24 anos é dona há mais de um ano do macho Moti e acredita que apesar de serem super fofos, carinhosos e agradáveis, coelhos são independentes e sistemáticos. "Quem opta por esse pet, tem de ter consciência de sua individualidade. Entender que ele é um animal livre e que não costuma apreciar 'agarração'", alerta. Para ela, isso não quer dizer que não interagem com o dono. "Eles são lindos, divertidos, carinhosos à sua maneira, super engraçados e uma ótima companhia. Só é preciso saber lidar com o temperamento deles e ter um pouco de paciência", completa. Quer mais motivos para levar um coelhinho para casa? O blog americano http://dailybunny.org/ dá um por dia. Postando diariamente fotos ou vídeos dos animais dos seus leitores, é possível conferir uma seleção de inúmeras raças, além de apreciar toda a fofura dos orelhudos.
Faça em Casa
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Todo mundo gosta de variar o visual de vez em quando e com o seu pet não poderia diferente. Basta usar a criatividade e alguns acessórios para deixá-lo com seu estilo. Algumas técnicas de laço são simples de serem feitas. Se você tem uma fêmea de pelos longos, veja a seguir um passo a passo para enfeitá-la com um laço no formato de flor. A dica é do consultor e supervisor William Galharde (26), do Centro de Estética da Pet Center Marginal. A nossa pet modelo é a Meg, uma cadela da raça lhasa apso.
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Laço de Flor Material - 7 pompons (seis da mesma cor para as pétalas e um de cor diferente para o miolo) - Tesourinha ou alicate de unha fino, para retirar o elástico Quanto custa: R$2 a 10 (Pacote de um a seis pares de Pompom de pelúcia)
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Passo a passo
1º. Passo
2º. Passo
Antes de começar, penteie bem os pêlos 1º. Passo - Separe uma mecha principal e primeira mecha lateral
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2º. Passo - Pétala: Prenda a mecha lateral na metade da principal, unindo as duas com um pompom, abrindo e colocando o elástico sempre por trás da mecha. Dê três voltas, deixando o pompom pra frente. Repita o 2º passo por seis vezes, totalizando 3 mechas laterais de cada lado, até formar as seis pétalas com o pompom da mesma cor 3º. Passo - Miolo: Junte as seis mechas laterais à principal com o pompom de cor diferente, formando o miolo e completando a forma da flor
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O pet pode ficar com o laço por até dois dias. Assim, os pêlos não embaraçam e o penteado não incomoda o bichinho. Após o tempo indicado, o laço deve ser cortado com uma tesourinha ou alicate de unha, com ponta fina.
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Dica: Segurar o pelo e abrir o elástico com a mão formando uma pinça. As voltas devem ser dadas com o elástico por trás, deixando o laço (pompom) parado onde ele vai ficar, sem girar. O que deve se movimentar é o elástico.
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Retriever do labrador Canil Tokay/Divulgação
Conheça a raça queridinha da família por suas características: afetuosa, brincalhona, inteligente e de extrema lealdade FÁBIO PELLEGRINO
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livro e o filme Marley & Eu retratam muito bem como um cão retriever do labrador é capaz de mudar a vida de uma família de forma maravilhosa. O autor conseguiu trazer a essência do que é ter um animal feliz por natureza. Surgida no Canadá e popularizada na Inglaterra, os retrievers do labrador são cães adoráveis, com um perfil amável, leal e brincalhão. O que faz da raça a preferida das crianças e dos pais que procuram um bom companheiro para o lar. O labrador surgiu na província conhecida hoje como Terra Nova e Labrador, no Canadá, mas foi no século 19, na Inglaterra, que ele se tornou popular. Sua pelagem densa e seu comportamento de sempre pronto para o que der e vier fizeram dele um ótimo aliado do homem em caçadas. Com a fama de gostar de buscar objetos (por isso é chamado de retriever - termo inglês para recuperador), sua principal função era a de retirar aves abatidas em lagos e as redes de pescadores. Suas características físicas e de comportamento o ajudam nas tarefas de caça. Sua pe-
lagem, por exemplo, é densa e possui duas camadas de pelos, servindo quase como um isolante térmico e impermeável para sua tarefa de buscar animais abatidos nas águas geladas. Até mesmo a sua cauda, chamada de "cauda de lontra", serve como uma espécie de leme para direcionálo ao local em que deseja ir. "Sua origem explica a sua paixão pela água e por buscar brinquedos lançados pelos donos", explica Luiz Henrique de Araújo Machado, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu. Outra característica é a sua forma de pegar objetos. Sua mordedura é
Canil Tokay/Divulgação
Raça do Mês
Os labradores são conhecidos pela sua alegria e disposição. Adoram água e buscar brinquedos lançados pelos donos
vel de açúcar no sangue. A cadela, de nome Shirley, frequenta a sala de aula junto com a criança para identificar essas oscilações. Caso ocorram, ela passa a lambê-la para avisar os professores de que há algo errado. Segundo Claudia Kneese, proprietária do Canil Tokay (www.retrieverdolabrador.com.br) e espe-
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Saiba mais
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Nome da raça: retriever do labrador Grupo: 8 - cães d'água, levantadores e retrievers Origem: Canadá Comportamento: cães dóceis, leais, equilibrados, brincalhões e carentes por companhia. Pelagem: curta e densa Cores: amarela, chocolate e preta Inteligência: alta Porte: médio - de 54 a 57 cm Doenças comuns: obesidade, displasia, otites e dermatites Tempo de vida: de 14 a 17 anos. Peso: 30 kg, em média Particularidades: ótima capacidade de adaptação e apaixonado por água e bolinha Donos famosos: Bing Crosby e François Mitterrand
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conhecida como "boca doce", porque tem como qualidade uma mordida leve e cuidadosa, para não machucar as aves recuperadas com os dentes. Outros pontos relevantes têm relação às suas patas e ao faro. Entre os dedos há uma membrana que forma uma ligação entre eles, o que assemelha o membro com as nadadeiras de patos. Seu faro é apuradíssimo. Tanto que esses cães são utilizados pela polícia e bombeiros para encontrar drogas em veículos e em bagagens, além de localizar pessoas desaparecidas em escombros e matas. Recentemente, foram divulgadas notícias de que cães da raça retriever do labrador, graças ao seu poder de faro, estão sendo usados para detectar doenças em seres humanos. O jornal britânico Daily Mail (http://www.dailymail.co.uk) divulgou que uma cadela dessa raça foi treinada para detectar pelo olfato alterações no nível de insulina de uma criança de 7 anos, chamada Rebecca. Segundo a reportagem, a menina sofre de um grave tipo de diabetes e pode entrar em coma - e até morrer - caso tenha uma mudança brusca do ní-
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cializada na raça há mais de trinta anos, ficar ao lado do seu dono não é uma tarefa difícil para um labrador. "Seu amor pelos donos é impressionante e incondicional - são absolutamente carentes. Não suportam ficar sozinhos e precisam muito gastar energia com brincadeiras e caminhadas." Mas quem procura um cão dessa raça quer mesmo um companheiro para a família - e pode ter certeza de que o terá, principalmente se houver crianças em casa. Para Antoninho Dolezar, de 56 anos, que trabalha como gerente de Qualidade de uma empresa do setor automotivo, a entrada de um labrador em sua casa transformou o seu modo de ver as coisas e até a relação familiar: "Ele trouxe alegria e mais interação entre nós. Serviu como uma forma de aglutinar os momentos em comum da família. Com seu jeito alegre, inteligente e até safado nos conquista. É considerado por todos mais um membro da nossa família". Sua demonstração de carinho e o desejo em atender os donos fazem dessa raça uma excelente companhia. "É comum, muitas vezes, esquecermos que lidamos com um cão. Eles têm a capacidade de unir e divertir". O labrador é considerado um cão de porte médio e, em geral, muito forte. Costuma-se dizer entre os criadores que seu tronco tem forma de barril, mas isso não tem relação alguma à obesidade, o que é totalmente indesejável para quem cria um cão dessa raça. Isso porque o labrador tem a tendência de engordar e diversas doenças podem ser desenvolvidas em razão do excesso
Antoninho Dolezar e o seu fiél amigo Marley: "Ele uniu ainda mais a família"
de peso. Entre as mais graves estão a diabetes, os problemas cardíacos, os musculares e os ortopédicos. A displasia coxofemoral também é uma disfunção séria e comum para a raça. A doença é hereditária, causada por uma má-formação da articulação da bacia com a cabeça do fêmur. Com o tempo, com a contribuição de fatores ambientais e de nutrição, pode haver o desgaste ainda maior da cartilagem que recobre o osso na região, causando muita dor e até a impossibilidade de locomoção. O diagnóstico é feito com exames de radiografia dos pais e do animal. O labrador reúne características que o credenciam para o adestramento, como a paixão pela companhia dos donos, inteligência, um grande apetite e uma energia que parece não ter fim - principalmente quando filhote. Por isso, essa espécie também é considerada uma excelente opção para treinamento de cães-guia para cegos.
Arquivo Pessoal
exclusiva aos leitores da Revista Arca. Aprenda aqui a maneira correta de entrar com o cachorro pela primeira vez em casa para que ele conheça seus limites
Dicas de Adestramento
Você gostaria de ensinar alguns truques ao seu melhor amigo? O adestrador André Rosa, revelação pelo treinamento e a exposição do cão chamado Fenômeno durante a Copa do Mundo de 2010, na África, dá uma dica
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dica básica para quem adotou ou comprou um cão é ter cuidado com a liberdade em excesso, principalmente nos primeiros dias da chegada do novo amigo à residência. Antes de sair com o bicho pulando por toda parte da casa, lembre-se: um cão que salta e morde tudo o que vê pela frente pode causar problemas, se ferir ou provocar acidentes. O ideal é apresentar o lugar aos poucos, com o cachorro preso à guia. Desta forma, o dono mostra a casa como ele quer, educando o animal e se antecipando aos comportamentos indese-
jáveis. Já para restringir acesso a um local, por exemplo, é algo que tem de ser ensinado desde cedo, principalmente para os filhotes, que são considerados por especialistas verdadeiros esponjas, absorvendo tudo o que vê, além de extremamente curiosos. O melhor é que ele aprenda o correto de imediato, porque depois é difícil tirar os maus hábitos. A guia é essencial para que o animal não vá aos locais proibidos, mas caso o pet dê aquela escapadinha, retire-o do ambiente o mais rápido possível e mantenha o lugar fechado. MARÇO DE 2011
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Pet Shop
Agregar serviço para ganhar mais Os pets shops já não são as mesmas lojinhas que ofereciam apenas rações, brinquedinhos e medicamentos para os animais de estimação. Hoje, prestam serviços e lucram mais. Ouvir os clientes e entender as suas necessidades faz parte da receita para um bom negócio
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raças à aproximação do homem ao seu pet e a procura por novos serviços que garantam o bem-estar dos animais, agregar trabalhos com a venda de produtos é a grande jogada para se destacar nesse mercado. Exemplos são estabelecimentos que oferecem desde a escovação dentária durante o banho e tosa a consultórios veterinários que viram lojas e hospedam animais. Para Wlamir Bello, consultor de marketing do Sebrae-SP, a própria concorrência é o grande estímulo para essa recente prática: "Esse efeito do mercado busca pelo aperfeiçoamento constante na
qualidade e outras vantagens do produto. Não é apenas a briga pelo preço, mas prezar pelo bom atendimento, que hoje é sinônimo de serviço diferenciado. O lucro maior vem desse bom serviço". O atendimento ao qual o especialista se refere não está relacionado apenas à simpatia do vendedor, mas em atender efetivamente a necessidade do freguês: "Quando o empresário entende a necessidade do cliente e se coloca em seu lugar, sem querer 'empurrar serviços', ele está diminuindo o risco do investimento. O cliente sempre tem algo a acrescentar e por isso é tão
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Ofurô e banho com sais
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importante estabelecer uma comunicação com ele". O veterinário Thiago Prescinotto, de 28 anos, especializado em odontologia e diretor da Associação dos Médicos Veterinários de Guarulhos, também tem essa visão. Há cinco anos, ele mantém a clínica Sorriso Animal, na região da Grande São Paulo, e viu no ramo comercial a possibilidade de expansão. Ele comprou o pet shop ao lado da sua clínica, a qual, antes, ele apenas indicava a seus clientes. "Havia uma parceria com o antigo dono, até que um dia fiz uma proposta de compra e foi aceita. No início atendíamos 300 animais por mês. Hoje, esse número já está próximo a mil". O quadro de funcionários também cresceu de duas para onze pessoas. Para ele, o fundamental para esse crescimento foi entender as necessidades dos clientes: "Realizamos diversas pesquisas, desde questionários até conversas informais com os clientes mais assíduos, para oferecer os serviços de acordo com que precisavam. A presença do proprietário no negócio, motivando seus funcionários a
Pets shops já oferecem serviços com diferenciais, como a tosa higiênica e escovação dentária
oferecer um bom atendimento, também é importante". E o negócio não parou de evoluir. Recentemente, Thiago Prescinotto inaugurou a Yankee Boutique, que oferece, além dos serviços tradicionais de banho e tosa, o chamado daycare - espécie de creche, na qual
Conselhos para o sucesso da sua loja G Estudo da região (o local que
apresenta cães mais idosos, cães doentes, etc) G Identificação do perfil do cliente
(conversas; caixa de sugestão; questionários) G Ofereça serviços. Comece do
básico, como escovação dentária no banho e passeios G Inovação constante - fique atento
às mudanças do mercado e se atualize G Invista na divulgação e deixe claro
nela o diferencial da sua loja
organização são itens essenciais para qualquer comércio
o proprietário deixa seu animalzinho para passar o dia. Lá, o bicho pode praticar atividades variadas em tempo integral, como passeios, brincadeiras, massagens, banhos de ofurô e até refeições especiais, como sorvete para cães. O empresário afirma que a maio-
ria dos clientes da loja ainda vem da clínica, que também conta com serviços especializados além da odontologia, como os exames de raio-x e ultrasson. Somando os dois segmentos, os negócios crescem a taxa de 50% ao ano. Para o consultor do Sebrae, Wlamir Bello, esse crescimento e s t á l i g a d o d i r e t amente aos serviços oferecidos: "Agregar serviço faz com que o cliente pague a mais pelo diferencial. Esse a mais será o lucro". Foi com essa estratégia que Cibele Lourençani, de 28 anos, administradora e proprietária do Pet Shop Simpaticão, na Zona Norte da capital, viu seu comércio crescer. Para ela, a afinidade e identificação das necessidades do setor contribuíram muito com o sucesso
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Bom atendimento e
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Fotos: Newton Santos/Hype
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da empresa. A Simpaticão existe há 13 anos e está há dois sob sua administração. "Começamos vendendo apenas rações, potes e fazendo banho e tosa. Agora, como a loja tem um público grande e com necessidades diferenciadas - e atendendo aos pedidos dos nossos clientes vendemos também roupas, camas, fraldas e prestamos atendimento veterinário" Depois que começou com novos produtos e as consultas, a loja cresceu 100% de um ano para outro. Para ela, a fórmula mágica é oferecer ao cliente o que ele precisa e da melhor forma. Por isso, Cibele trilhou o mesmo caminho do veterinário Thiago Prescinotto: a caixinha de dúvidas e sugestões está ao alcance de todos, no balcão. Fica aí a dica de quem cresceu rapidamente: adicionar serviços à loja traz lucro e aumenta a satisfação dos clientes. Para o su-
Lojas que oferecem consultas veterinárias e serviços de banho e tosa têm mais chances de vender medicamentos e produtos direcionados a tratamentos estéticos, como rações especiais e cosméticos para animais
cesso, basta aliar a isso o acompanhamento diário dos negócios e ter um bom atendimento. Muitos utilizam sistemas de retorno por telefone aos clientes como método de avaliação. A divulgação na região e a criação e atualização de sites de relacionamentos também ajudam nas relações com os consumidores.
André Barreto (www.andrebarreto.com) – Especialista em comportamento animal. Faz atendimento em domicílio. Tels.: (11) 5093-6244/91577033. R$ 200. Cães Maravilhosos (www.c aesmaravilhosos.com.br) – Os adestradores utilizam o aprendizado por estímulos positivos, como carinhos e guloseimas. Pacote básico: R$ 150. R. Baumann, 1.430, V. Leopoldina. Tels.: 3641-8478/7861-7583. Cão Cidadão (www.caocidadao.com.br) – A empresa, que pertence ao zootécnico Alexandre Rossi, conhecido como o Dr. Pet, oferece aulas utilizando a metodologia adestramento inteligen-
te. Atendimento em domicílio. R$ 55 por aula. Tels.: (11) 3571.8138, 3571.8306 ou 7814.2633. Epoca (www.epocagility.com) – A Escola Paulista de Obediência Canina e Agility conta com adestradores capacitados internacionalmente. Pacote básico por R$ 200. Av. Vereador Abel Ferreira, 1080, Jd. Anália Franco. Tels.: (11) 2676-2366. Socializa Cão (www.socializa-cao.com.br) – A empresa é do adestrador Flavio Tamaio, eleito revelação de adestramento da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A partir de R$ 55, por aula. Av. Daniel Malettini, 58, V. Aurora. Tels.: 9201-1821/7734-7278.
Guia
Adestramento
Dogwalkers Cãominhando (www.caominhando.com.br) – Fazem avaliação psicológica e comportamental para verificar as necessidades do cão. R$ 180. R. Cel. Ferreira Leal, 304, Butantã, 5523-1070. Cãotour (www.caotour.com.br) – A metodologia é levar os cães para passear em ritmo contínuo, de 30 minutos. O valor varia conforme a quantidade de passeios, mas há pacote mensal de R$ 230. Tel.: (11) 7515-9550. Dogwalker (www.dogwalker.com.br) – Os funcionários passam de carro para retirar os cães e os levam para parques. A empresa também presta serviços de creche, hospedagem e adestramento. O local conta com câmeras. R. Demóstenes, 154, Campo Belo, 5094-0541.R$ 240/R$ 510 (pacote mensal). L u k e D o g Wa l k e r ( w w w. l u k e d o g w a lker.com.br) – Os passeios podem ser em grupo ou individuais. A empresa também oferece adestramento e hospedagem em creche, com piscina. Av.
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Miruna, 399, cj, 10-12, Indianápolis. Tels.: (11) 41585902/ 9196-4747. A partir de R$ 15 por passeio. Meu Mundo Cão (www.meumundocao.com) – Oferecem a socialização do cão, atividades recreativas e passeios em parques. Andam com número reduzido de cães para prestar melhor atendimento e direcionar exercícios, conforme a necessidade do animal. É preciso agendar entrevista. Tels.: (11) 8545-8503/7330-1970. A partir de R$ 30 o passeio.
Hotéis
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com ambiente isolado. Diárias por R$ 40. Tels.: (11) 2256-2348/7885-6425. Canil e Hotel Peter White (www.peter white.com.br) – O Hotel fica na Serra da Cantareira, entre São Paulo e Mairiporã, onde os cães podem curtir a paisagem em um amplo ambiente. São cômodos individuais, com área de sol, bebedouros automáticos e água filtrada. Também tem serviço de banho e tosa e táxi dog. Diária a partir de R$ 40. Tels.: (11) 4485-5179 ou 9625-3337 Dog Life (www.pethoteldoglife.com.br) – O hotel Dog Life tem uma área de mil metros quadrados, com uma boa infraestrutura e qualidade de atendimento. O cão participa de recreações e os monitores buscam trabalhar a socialização dos animais, que ficam soltos - são presos apenas na hora de dormir. São rigorosos quanto ao controle de parasitas e infecções. Todos os cães que entram no hotel são exa-
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C a n i l e H o t e l S k i l l a k i ( w w w. h a p p ydogs.com.br) – É uma chácara em Cotia, que conta com um amplo espaço para atividades, como campo de adestramento e piscina. Tem serviço de táxi dog para a região Oeste de São Paulo. A diária é de R$ 50. Tels.: (11) 4611-0835/9820-6667. Cotia. Sunset Resort (www.sunsetresort.com.br) – Para os cães de todos os portes. O hotel tem um salão amplo e arejado, 72 dormitórios individuais, piscina, campo de adestramento, gramado para lazer, passeios e veterinário de plantão. Apesar de estar em Ibiúna, atende todas as regiões da cidade de São Paulo - é cobrado taxa única de R$ 80 para retirar e entregar o animal. A diária custa R$ 45. Tels.: (15) 3349-8263 e (11) 9627-9408. Ibiúna. Pet Hotel - Férias do Dono (www.feriasdodono.com.br) – Fica em Itapecerica da Serra, com um amplo espaço para atividades, brincadeiras e esteiras para exercícios. O hotel também aceita gatos,
Guia
minados por uma veterinária, gratuitamente. Cobram R$ 65 a diária. Av. Amador Bueno da Veiga, 4.800. Penha. Tel.: (11) 2041-3915 Planet Dog Resor t (www.planetdo gresort.com.br) – Aqui o dono pode vigiar seu animal de estimação 24 horas. O resort tem playground, grama-
do, área de descanso e os cães ficamsoltos o dia todo. É oferecido brincadeiras, atenção veterinária, jogos com bolinhas, entre outras diversões. Não aceitam cães agressivos. Se entrar na sexta e sair na segunda, o cliente paga o preço de pacote, R$ 150. Av. Professor Vicente Rao, 783 - Brooklin Tel.: (11) 5093-1083.
Hospitais e clínicas veterinárias 24 horas Paes de Barros Hospital Veterinário – Av. Paes de Barros, 722 - Mooca. Tel.: (11) 3796-2019 Hospital Veterinário Sena Madureira – R. Sena Madureira, 898 - Vl. Mariana. Tel.: (11) 5572-8778 Hospital Veterinário Santa Inês – Av. Santa Inês, 1357 - Mandaqui. Tel.: (11) 2265-6911 Clínica Veterinária Caldas – Rua da Consolação, 3649. Tel.: (11) 3085-2447 Clínica veterinária Dog-up – Av. Eliseu de Almeida, 793 - Vila Sônia. Tel.: (11) 3722-2165 Vet Quality Hospital Veterinário 24h – Rua Vieira de Morais, 1862 - Campo Belo. Tel.: (11) 5097-9642
Amicão Clínica Veterinária 24 Horas – Av. Portugal, 1702 - Santo André. Tel.: (11) 4992-3883 Clínica Veterinária 24 horas Tatu Pet Shop – Rua Itapura, 1206. Tel.: (11) 2092-6826 Pet Care - Hospital Veterinário – Av. Giovanni Gronchi 3001 - Morumbi. Tel.: (11) 3743-2142 Ct Veterinário 24 Horas – Av. Doutor Lino De Moraes Leme, 323 Vl Paulista. Tel.: (11) 5034-6982 Clínica 24 Horas - Odontologia Veterinária – Av. Portugal, 1582 Brooklin Paulista. Tel.: (11) 5533-3206 Clínica Vet Palmas – Rua Manuel Gaya, 1732 Tremembé. Tel.: (11) 2204-8801
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ONGs ARCA Brasil – Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal. (www.arcabrasil.org.br) UIPA – União Internacional Protetora dos Animais. (www.uipa.org.br)
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Pets shops ZONA NORTE Quatro Patas Pet Shop – Rua Bonifácio Cubas , 277 - Santana. Tel.: (11) 3931-6791 Pet Maxi – Av. Inajar de Souza 350 - Freguesia do Ó. Tel.: (11) 3931-9505 Pet Shop Sapecão – Av. do Guacá, 1270 - Lauzane Paulista. Tel.: (11) 2231-2021 Pet Shop Family – Av. Mutinga, 1918 - Pirituba. Tel.: (11) 3906-0833 Pet Shop Cosmorama – Rua Porangatu, 2 - Vila Maria. Tel.: (11) 2955-6219 Pata Dog – Av. General Ataliba Leonel, 2990 Tucuruvi. Tel.: (11) 2979-6872 Alvorada Pet Shop – Av. Joaquina Ramalho, 340 Vila Guilherme. Tel.: (11) 2905-2930 Pet Center Marginal – Av. Presidente Castelo Branco, 1795 - Vila Guilherme. Tel.: (11)2797-7400 ZONA SUL Pet Shop Aclimação – Rua Castro Alvez, 1097 Aclimação. Tel.: (11) 3208-5769
Amigos de 4 Patas (www.amigosde4patas.com.br) Adote um Gatinho (www.adoteumgatinho.com.br) Quero um Bicho (www.queroumbicho.com.br) Vira Lata é Dez (www.viralataedez.com.br)
CENTRO Fiel & Felino Pet Shop – Rua Padre João Manuel, 1062 - Jd. Paulista. Tel.: (11) 3086-0536 Cantinho do Bicho Pet Shop – Rua Augusta, 1005 - Consolação. Tel.: (11) 3159-1071 Petet Supermark – Rua Dos Italianos, 721 - Bom Retiro. Tel.: (11) 3331-0123 Pet Shop Biori – Rua Carneiro Leão, 122 - Brás. Tel.: (11) 3209-3357 Pet Shop Santos – Alameda Glete, 1046 - Campos Elíseos. Tel.: (11) 3337-5093 Contry Pet Shop – Rua José Maria Lisboa , 883 - Jd. Paulista. Tel.: (11) 11-3884-9037 Pet Shop Aclimação – Rua Castro Alves, 1097 Liberdade. Tel.: (11) 3208-5769 D&S Pet Shop – Rua Francisca Miquelina, 126 República. Tel.: (11) 11-3107-7792 Bicharada Pet Shop – Rua Tupí, 490 - Santa Cecília. Tel.: (11) 3663-4904 Super Pet Shop – Vd. Brigadeiro Luiz Antônio, 1942 - Sé. Tel.: (11) 3461-8572
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Avicultura e Pet Shop Center Sul – Rua Costa Barros, 431 - Vila Alpina. Tel.: (11) 2917-5354 Pet Shop Au - q - Mia – Av. Guilherme Giorgi, 1854 - Vila Carrão. Tel.: (11) 2673-3781 Aldeia dos Bichos – Rua Guaperuvu, 199 - Vila Matilde. Tel.: (11) 3938-7978 Dog Company – Av. Zelina, 479 - Vila Zelina. Tel.: (11) 2346-5160 ZONA OESTE Beija Flor Pet Shop – Rua Crispim do Amaral, 143 Anhanguera. Tel.: (11) 3917-0361 VT Colosso – Av. Prof. Francisco Morato, 1474 Butantã. Tel.: (11) 3721-1299 Park Pet Shop – Rua Caetanópolis, 228 - Jaguaré. Tel.: (11) 3719-1316 Pet Shop Belle – Av. Professor Lucas de Assunção, 11 - Jd. Bonfiglioli. Tel.: (11) 3722-5241 Bem Locão Pet Shop – Av Ministro Laudo Ferreira de Camargo, 49 - Jd. Peri Peri. Tel.: (11) 3744-1567 Jhonny Pet Shop – Rua Domingos Rodrigues, 654 - Lapa. Tel.: (11) 2979-2830 Vitória Pet Shop – Rua Catão, 479 - Lapa. Tel.: (11) 3675-2246 Macedos Dog – Rua Venâcio Aires, 211 - Pompéia. Tel.: (11) 3672-3140 Eco Animal Pet Shop (Aquários) – Rua Alice Macuco Alves, 35 - Vila Madalena. Tel.: (11) 3021-2650 Laicão – Rua Desembargador do Vale, 986 - Vila Pompéia. Tel.: (11) 3673-2889 As informações de estabelecimentos, prestação de serviços e ONGs divulgadas nesta seção são apenas sugestões. A Revista Arca não é responsável ou tem qualquer participação/compromisso com os produtos e serviços oferecidos. Por isso, antes de comprar, adotar ou contratar a prestação de mão de obra especializada, certifique-se do que está sendo oferecido e a qualidade dos produtos/serviços. Os preços informados também podem ser alterados pelas empresas a qualquer momento.
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ZONA LESTE Pet Shop Paixarão – Av. Lider, 2822 - Cidade Líder. Tel.: (11) 11-2742-0717 Pet Shop Bicho Solto – Rua Alonso Calhamares, 4 - Jd. Anália Franco. Tel.: (11) 2672-3307 Total Pet – Av. Paes de Barros, 342 - Mooca. Tel.: (11) 2693-6633 Pet Shop 5 Estrelas – Av. Amador Bueno da Veiga , 112 - Penha. Tel.: (11) 2647-7449 Clínica Veterinária Tatu Pet Shop – Rua Itapura, 1206 - Tatuapé. Tel.: (11) 2092-6826
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Santa Monica Dogs – Av. Portugal, 581 - Brooklin. Tel.: (11) 5531-1411 Feito Bicho Pet Shop – Rua João Alvares Soares, 1426 - Campo Belo. Tel.: (11) 2359-6136 Cobasi - O Shopping do seu Animal – Av. Washington Luis , 5103 - Campo Belo. Tel.: (11) 5533-3232 Pet Club Clínica Veterinária – Rua Edson, 1266 Campo Belo. Tel.: (11) 3213-2925 Au Au Mania – Av. Agami, 369 - Indianópolis. Tel.: (11) 5051-0787 Magna Vita Centro Médico Veterinário – Rua dos Guararapes, 413 - Itaim. Tel.: (11) 2507-0700 Pet Shop Strauss – Av. Engenheiro George Corbisier, 526 - Jabaquara. Tel.: (11) 5011-1752 Cevesp - Centro Veterinário Paulista – Av. dos Imarés, 554 - Moema. Tel.: (11) 3368-3352
Vídeos Engraçados
Fotos: Reprodução
Cachorro engraçado Quando os especialistas falam que o cão está cada vez mais humanizado muita gente não acredita. Esse divertido vídeo mostra um labrador prá lá de educado. O cão se comporta quase que muito bem à mesa - só não gosta muito quando alguém tenta roubar os aperitivos do seu prato.
http://www.youtube.com/watch?v=OqAk70tnx3o
Cachorro feliz: dá um sorriso, biscatuda! 50 50
http://www.youtube.com/watch?v=MUD4_kFzu48
Se sorrir faz bem, essa engraçada cadela leva à risca o ditado popular. A "Biscatuda" (o que será que o dono quer dizer com esse nome?) mostra que é muito feliz. Basta seu dono pedir que ela se abre toda.
O gato fazendo massagem no cachorro
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Quem acha que cão e gato vivem em brigas eternas estão enganados. A gatinha é especialista em massagem e deixa o filhote tão relaxado que ele até dorme. Ao ver esse vídeo dá vontade até de procurar uma massagista.
http://www.youtube.com/watch?v=3Zfh0pfXjw0
Cãozinho fala dormindo
http://www.youtube.com/watch?v=t2vu6gX6dV0
Você fala dormindo? Saiba que no mundo animal esse também é um problema comum. O filhote tira um cochilo no colo do seu dono e conversa muito com seu amigo. Com o que será que ele está sonhando?
Blad Meneghel/Divulgação
de 3 anos.
Famosos
Xuxa com o yorkshire Dudu,
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Xuxa Meneghel
A RCA
Eu comprei o Dudu pra dar de presente para uma amiga, mas ele ficou doente. Comecei a cuidar dele e logo me apaixonei. Ele é meu amor em pelos.
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