Jornal do empreendedor
Suplemento Especial
São Paulo, terca-feira, 20 de dezembro de 2011
Foto Alex Ribeiro/Visor Mágio
Fachada da loja Laiza Comércio de Eletrônicos/Rua XV de Novembro, São Paulo
Todas as cores e esperanças do Natal Estes últimos dias do ano prometem para os comerciantes: afinal, os consumidores estão gastando em compras os quase 7 bilhões que sobraram do 13º salário, descontados o pagamento de dívidas e compromissos de janeiro. Então, criatividade e trabalho em busca de lucro maior, já que o ano não foi tão bom assim. Shoppings (com a decoração monumental) e supermercados estão lotados, a cidade convive de novo com o brilho de seu Natal Iluminado e a Associação Comercial de São Paulo entra no coração do comércio para mostrar como ele supera todas as crises
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011 Chico Ferreira/LUZ
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e todo o dinheiro que corre na economia nestes dias de Natal – um total de R$ 83 bilhões adicionais em razão do 13º salário –, um terço irá para pagamento de dívidas. Quase outro tanto para pagar gastos com férias e compromissos de início de ano. A última parte está no comércio, um movimento previsto de R$ 33,8 bilhões. Só nestes dias que antecedem o Natal e vão até o Ano Novo, serão R$ 6,76 bilhões. De acordo com a projeção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o varejo paulistano deverá contabilizar, ao final de 2011, crescimento anual de vendas na casa de 4,5% para as transações a prazo e de 3,6% nas operações à vista, na comparação com o desempenho do ano anterior. "As medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo começam a surtir efeito nas vendas de eletrodomésticos e esperamos que continuem a produzir resultados positivos em 2012", diz Rogér i o A m a t o , p re s i d e n t e d a ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com base em números fornecidos pela empresa administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), a Boa Vista Serviços (BVS). Nos primeiros 15 dias deste mês, as consultas ao SCPC, balizador das compras a prazo, cresceram 1,9% em relação a igual período de 2010. O desempenho, comentou o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), Emílio Alfieri, não se traduz em um resultado ruim. A ressalva considera que o indicador sinaliza recuperação das vendas. Em outubro, comparou Alfieri, a alta foi de 0,5%; e em novembro, 1,1%. Na primeira quinzena de dezembro, ante igual período de 2010, o SCPC/Cheque, parâmetro para as transações à vista, não registrou crescimento. Alfieri lembra que essa estabilidade em zero do SCPC/Cheque pode ser considerada um bom resultado, já que a primeira quinzena de dezembro de 2010 foi um período de forte crescimento, alcançando quase 16% de crescimento sobre o mesmo período de 2009. As vendas de Natal devem compensar o mau resultado de outubro, quando na média não houve crescimento no comércio em relação ao mês anterior,
Criatividade no balcão: ainda há muito a ganhar até o fim do ano Nesses dias, entre as últimas vendas de Natal e até o Ano Novo, há uma grande oportunidade para todos os comerciantes: descontadas dívidas a pagar e compromissos de janeiro, ainda restaram quase R$ 7 bilhões aos consumidores para as compras de fim de ano. São boas as notícias: as vendas crescem, apesar daquele pessimismo do início do ano LUIZ CARLOS DE ASSIS
Romano Pansera: “É interessante tornar a loja mais atraente e mais clara. Alguns varejistas não iluminam bem nessa época”
"O objetivo é oferecer mais do que a mercadoria habitual. Se você vende camisas, por que não vender sapatos também? Em uma loja de presentes se pode oferecer cartões de Natal. O importante é manter o cliente na loja: quanto mais tempo ele fica, mais ele compra".
Previsões
segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as dez atividades do comércio varejista ampliado, as únicas que apresentaram aumento no volume de vendas foram os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,6%), combustíveis e lubrificantes (0,6%), móveis e eletrodomésticos (1,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,7%). Entre os setores que tiveram queda, o destaque fica com o de veículos e motos, partes e peças, com redução de 2,8% no volume de vendas de setembro para outubro. Comparando-se com outubro do ano passado, houve queda ainda maior, de 4%.
Então, é a hora certa para correr atrás daqueles quase R$ 7 bilhões. Para ganhar esse dinheiro, os comerciantes de São Paulo estão usando seus melhores recursos desde o início de dezembro. Vitrines mais elaboradas, vendedores bem treinados, estoque muito bem calculado, crédito e criatividade. Para incentivar as compras, Romano Pansera, presidente do Popai Brasil (Point of Purchase Advertising International), acredita na criatividade e na promoção. Seja na decoração, na criação de ilhas especiais com produtos novos, seja pela embalagem ou pelo atendimento, o importante é mostrar aos clientes um diferencial competitivo:
“Também é interessante tornar a loja mais atraente e mais clara. Tem varejistas que não iluminam bem nessa época. O foco da iluminação deve estar no produto”. Igualmente, Gilberto Strunk, dono da Dia Comunicação, que se dedica a ajudar comerciantes a vender mais, acha que as vendas ocorrem mesmo; ainda que haja pouco dinheiro, ninguém pode deixar de dar presentes, melhorar a casa, montar uma ceia. Como há menos recursos e o trânsito da cidade de São Paulo não ajuda, Strunk diz que quanto mais itens houver à disposição, melhor para o cliente – que não tem de andar de loja em loja. Isso pode impulsionar as vendas:
Todo esse esforço destina-se a fazer valer, ou mesmo superar, as previsões para este final de ano – que não eram das melhores depois de certa retração (o PIB do 3º trimestre estagnou) e da crise global da economia. Houve um aumento da inflação, o que sempre inibe o consumidor. O governo correu para melhorar a atividade emtodo o País: baixou os impostos de itens da linha branca (geladeiras, lavadoras e fogões). O Banco Central baixou o juro básico mais uma vez, para 11% ao ano. Esses movimentos colocaram sinais positivos e negativos todos juntos. Por isso mesmo, as previsões foram todas cautelosas, em função de consumidores mais endividados e comerciantes que temiam formar estoques além do necessário. O que não quer dizer queda de vendas. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) calculava no mês passado um au-
Presidente Rogério Amato Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor Luciano Ornelas Repórter Carlos Ossamu e Luiz Carlos de Assis Editor de Fotografia Alex Ribeiro
mento de transações comerciais no Natal entre 6% e 7%, não tão mal assim, se bem que inferior à euforia de 2010, em que as vendas subiram 10,9% sobre o ano anterior. Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, trabalha com uma perspectiva de crescimento de 3% neste Natal, em função da injeção do 13º salário, mais a redução de impostos e juros, além de toda a publicidade. Segundo ele, essa projeção é corroborada pelos dados que a Associação vêm mostrando ao longo dos últimos meses – e confirmados pelo PIB do 3º trimestre, com acomodação da economia. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o comércio varejista do Estado deve experimentar um crescimento de 4% no faturamento real este ano, em relação a 2010, apesar do pessimismo no início do ano, por conta das previsões de contágio da economia doméstica pela crise externa. Em valores, o faturamento do setor somará R$ 331,96 bilhões, valor que supera em R$ 32,9 bilhões o faturamento real de R$ 299,06 milhões em 2010. São Paulo representa 28,7% do faturamento nacional do setor, que será de R$ 1,15 trilhão neste ano.
Pesquisa Fotográfica Luana Reggiani e Marcella Damásio Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. Arte Alfer, Max e Paulo Zimberman Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Impressão OESP GRÁFICA S/A www.dcomercio.com.br
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Ofertas e variedades O Grupo Pão de Açúcar reforçou os estoques e se preparou para um Natal recheado de panetones, espumantes, itens para ceia, além de um sortimento completo para decoração e muitas opções de presentes para toda a família. Na área de eletroeletrônicos, as lojas Extra trazem um grande sortimento de equipamentos de informática, telefonia, áudio, vídeo e linha branca A expectativa é crescer em vendas na ordem de 20% em média neste segmento em comparação ao Natal passado. Em telefonia, destaque para os smartphones e celulares dual chip. Com novidades em aparelhos e promoções do tipo Compre e Ganhe, a categoria espera crescer 25% em comparação ao ano passado. Como sugestão de presente, a rede traz com exclusividade o aparelho celular da marca Huawei, vendido no conceito self service. Este conceito, muito popular nos Estados Unidos e Europa, é mais prático, retirado da gôndola pronto para sair falando. O aparelho é dual chip e já vem com um chip Claro e um cartão de recarga de R$ 12 reais, tudo em uma única embalagem. Para os mais antenados, uma ótima opção é o Smartphone Samsung Galaxy 5, da TIM. As TVs são boa opção de presente e a expectativa é que a ca-
Gôndolas repletas de boas notícias. E crescimento de 15% Estimativa da Associação Brasileira de Supermercados: as vendas devem crescer 15,6% em comparação a 2010, que já foi um ano bom para toda a economia. Agora, os preços estão estáveis, houve aumento de emprego e da renda do trabalhador
Zé Carlos Barretta/Hype
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crise financeira na Europa não deve se refletir nas mesas dos brasileiros neste Natal e os supermercados estão otimistas em relação às vendas. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a expectativa é de um aumento de 15,6% em relação ao mesmo período de 2010. “Vários fatores estão contribuindo para esse otimismo. Em 2010, tivemos um forte aumento nos preços, o que não ocorreu este ano. Além disso, houve aumento no emprego, aumento na massa salarial e na renda do trabalhador”, diz Sussumu Honda, presidente da entidade. De acordo com a pesquisa, a maioria dos produtos apresentará crescimento em relação ao ano passado, mas o grande destaque este ano será a cerveja, que deverá crescer 16,8%, reflexo do maior poder de compra das classes D e E. Em seguida, vêm as frutas nacionais da época, que deverão crescer 16,3%, e refrigerantes, com 16,1%. As vendas de panetone devem crescer 14,1%, o mesmo que em 2010, enquanto o bacalhau terá crescimento estável, de 13,4%, pouco abaixo do crescimento do ano passado, de 13,8%. Mesmo com o aumento do dólar este ano, as vendas de importados, como azeites, azeitonas, queijos e embutidos, devem crescer 14%. As frutas especiais importadas devem ter um incremento de quase 13%, enquanto que as vendas dos vinhos importados vão crescer 12%.
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CARLOS OSSAMU
tegoria de áudio e vídeo cresça cerca de 20%. As TVs com novas tecnologias são uma das grandes apostas. São mais de 20 modelos de TV com acesso à internet e mais de 15 modelos de TV 3D. “O mercado está trazendo mais variedade de modelos e marcas com tecnologias mais modernas a preços mais acessíveis. Devido a esses fatores, aliado às grandes negociações com os fornecedores, esperamos um Natal bem promissor”, diz Rodrigo Adura, gerente comercial de Áudio e Vídeo do Extra. Na área de informática, a grande aposta são os notebooks, que já respondem por mais de 50% das vendas dentro da categoria. Além disso, a rede Extra traz para a data cerca de cinco modelos de tablets, nacionais e importados, preços a partir de R$ R$ 749.
As lojas do Extra e Pão de Açúcar trazem mais de 260 opções em enfeites natalinos. A área comercial do Grupo Pão de Açúcar pesquisou as principais tendências mundiais e definiu um mix diferenciado dos tradicionais bonecos musicais, enfeites de mesa natalinos, presépios e outros objetos temáticos, que chegaram às lojas no fim de outubro. Por isso, este ano, as lojas do Extra Hiper
contam com uma linha de enfeites nos tons de fúcsia, com papais noéis, bonecos de neve, bolas, sinos e estrelas. O Pão de Açúcar traz linha de caixas e sacolas natalinas nas cores tradicionais, além de xadrez e enfeites dourados. “Trazemos isso em primeira mão com a qualidade e o preço que as lojas do grupo sempre priorizam em seu sortimento. Com produtos diferenciados, esperamos crescer mais de 30% esse ano se comparado ao mesmo período de 2010”, avalia Milton Hummel, gerente comercial do Grupo Pão de Açúcar. As padarias de todas as unidades dos supermercados Pão de Açúcar e hipermercados Extra estão funcionando a todo vapor para oferecer o tradicional panetone de fabricação própria. Até dezembro, a expectativa da companhia é vender 3,2 milhões de unidades de fabricação própria e crescer cerca de 25% em vendas se comparado ao mesmo período de 2010, incluindo as principais marcas do mercado. Para presentear familiares e amigos, a rede Pão de Açúcar traz oito cestas especiais. Elaboradas com uma seleção de ingredientes gourmet, as novidades atendem aos mais diferentes paladares – dentre as composições, destacam-se as linhas de produtos Casino, chocolates premium, frutas secas, patês, espumantes e molhos, dentre outras delícias. O cliente seleciona a cesta de acordo com o tamanho e o sortimento. Elas podem conter de 6 a 27 produtos e custam a partir de R$ 128 em qualquer loja Pão de Açúcar. A expectativa da rede é crescer 70% nas vendas dessa categoria se comparado ao mesmo período de 2010.
Mesa farta Segundo expectativas da Abras, as vendas de peixes frescos devem crescer 14,2% este ano e os congelados terão aumento de 15,3%. As vendas de pernil vão crescer 15,6%, enquanto o de peru crescerá pou-
co, em torno de 4%. O tender também terá uma alta modesta, de apenas 4%. A rede de hipermercados Carrefour prevê comercializar aproximadamente 2,6 mil toneladas de aves no período de festas. Uma das principais apostas da empresa é a Ave Temperada Carrefour, que este ano deve alcançar o terceiro lugar entre as mais vendidas no segmento de aves especiais. Já na categoria de panetones, a perspectiva é de comercializar quatro milhões de unidades, incluindo a linha de marca própria da rede, que conta com seis opções para atender a diversos gostos. Destaque para os panetones com a assinatura Carrefour: Viver Light Frutas, Carrefour Kids Chocolate e Carrefour Max Chocolate, este em embalagem de 700 gramas, ideal para atender a toda a família. O Walmart antecipou em quinze dias a oferta de toda a linha de aves, suínos e bacalhau para o Natal, que começou a
ser comercializada no início de novembro. A expectativa de crescimento de vendas das aves e suínos é de 10% em relação a 2010. Para o bacalhau, a expectativa é maior, 20% de crescimento, pois a rede conseguiu uma negociação especial antecipada do produto, que vai chegar às gôndolas com o mesmo preço de 2010, apesar da alta do dólar este ano. Carnes natalinas, frutas em calda, frutas secas, bacalhau, azeites com marcas próprias serão destaques nas lojas Walmart. Esses produtos conquistam cada vez mais adeptos e custam entre 10% e 30% menos que os produtos das marcas líderes. A rede prevê crescimento de 30% nas vendas de produtos de marca própria para o Natal. O consumidor vai encontrar boas opções das marcas Bom Preço e Great Value para preparar uma ceia de qualidade para toda a família com itens a partir de R$ 5,98, como é o caso
do quilo da Ave Natalina Bom Preço. Para este ano, o Walmart vai dobrar a quantidade da ave Bom Preço e a expectativa é que as vendas dobrem. Um bom exemplo da diferença de preço é o panetone Bom Preço, que custa R$ 7,90, enquanto a marca líder é vendida em média por R$ 13,30. Uma das novidades da marca Bom Preço é o lançamento do pernil e lombo temperado por R$ 12,98 (kg) e R$ 16,98 (kg), respectivamente, que devem repetir o sucesso das vendas de aves natalinas que foram o grande destaque em 2010 e se esgotou no início de dezembro. Para completar o prato, a rede sugere o azeite Great Value por R$ 9. As cestas de Natal com marca própria são ótimas opções para presentear. Os clientes já encontram a cesta da marca Bom Preço por R$ 39,80, com quinze itens. A expectativa do Walmart é vender 30% mais cestas do que no ano passado.
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Shoppings lotados e aumento de 12 a 14% nas vendas deste ano A associação dos shoppings e a dos comerciantes de centros de compras acreditam que as últimas dificuldades da economia não vão interferir tanto nas vendas. Pelo contrário, o otimismo é grande. A Abrasce, por exemplo, estima a abertura de 224 mil vagas temporárias de emprego este ano
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ilhares de lojistas em todo o País estão empenhados, este mês, em tornar realidade a previsão das duas associações da categoria. A Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce) aponta para um crescimento de 14% no total nas vendas dos 424 centros comerciais associados. E a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) prevê crescimento real (descontada a inflação) de 6,5%, ou perto de 12,5% no total, para os 766 shoppings ligados. Qualquer previsão será bem-vinda pelos comerciantes de shoppings. Todos estão de olho nas últimas dificuldades da economia e também nos estímulos do governo ao consumo. Para Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de Relações Institucionais da Alshop, o cenário mais difícil vai afetar as vendas, porque a propensão às compras será um pouco menor do que no ano passado. “O que acontece é que a gente acredita, apesar dos índices de inadimplência mais altos, até por sondagens, que essa liberação de R$ 102 bilhões do 13º salário será canalizada, grande parte, para compras. Com uma certa folga, o consumidor vai às compras, segundo nossos lojistas.” “Nossas previsões indicam aumento de venda de 14%, que é um número bem expressivo", diz Adriana Colloca, superintendente de operações da Abrasce. "Isso demonstra que o consumidor continua confiante, apesar da crise internacional”. É verdade que os shoppings e seus lojistas acreditam na magia do Natal, melhor data de vendas do ano. Só para atrair consumidores, os 766 shoppings ativos ligados à Alshop deverão gastar uma média de R$ 450 milhões em publicidade e decoração, cerca de 7% a mais do que o registrado em 2010. Data mais importante para o varejo, o Natal deverá também movimentar ainda mais os corredores dos malls, gerando aumento de 13% no fluxo de pessoas, considerada a média mensal de 329 milhões de pessoas por mês. Artigos eletrônicos, entre eles celulares, tablets, iPods e iPhones, devem liderar a lista de compras natalinas. Mais, os comerciantes acreditam nas vendas de brinquedos, tradicionais nesta época, tevês de LCD e plasma; câmeras digitais; a convencional linha de vestuário masculina e feminina; calçados; entre outros produtos. O tíquete médio para o período girará de R$ 85 a R$ 125.
Mais empregos Para atender a essa massa de consumidores, a indústria de centros de compras aposta também na contratação de trabalhadores temporários. E pesquisa também feita pela Alshop constatou que são esperados 140 mil novos profissionais para a época, um incremento de 7% no índice de postos de traba-
lho para o fim do ano. Pelos números da Abrasce, melhores, estima-se a abertura de 224 mil vagas temporárias de emprego no setor de shopping, 28% a mais que em 2010. Esses novos postos de trabalho visam atender à demanda do Natal e dos horários estendidos praticados pela maioria dos empreendimentos. Cerca de 10% do total das vagas devem resultar em contratação efetiva após a experiência. Os trabalhos incluem atividades de estoquistas, vendedores e equipe interna. Entre os varejistas, os segmentos que mais deverão empregar são o supermercadista, de vestuário, calçados, eletrodomésticos e perfumaria. E nos shoppings, considerando lojas âncoras e satélites, cerca de 30% dos contratados esperam uma oportunidade no mercado de trabalho; 60% das vagas deverão ser ocupadas por candidatos com idades entre 18 e 40 anos, incluindo estudantes do ensino médio e universitário. A remuneração obedecerá às convenções de cada município, respeitando parte fixa e parte comissionada definida pelas redes de varejo, além de vale-transporte.
Mais empreendimentos O desempenho do setor até o momento e a expectativa de vendas para o Natal reforçam a previsão da Abrasce feita no início do ano para o fechamento de 2011: crescimento de 12% no faturamento, que em 2010 foi de R$ 87 bilhões. O setor de shopping centers é responsável por 18,3% do varejo nacional e por 2% do PIB. Hoje, segundo a Abrasce, o Brasil conta com 424 shopping centers que somam quase 10 milhões de m² de ABL - Área Bruta Locável. Até o final de 2012, serão mais de 50 malls inaugurados. A Alshop, que também conta shoppings temáticos, de atacado e rotativos, conta 766 shoppings, com a região Sudeste no topo, 401 empreendimentos. São Paulo tem 234 shoppings, ou 30,55% do total nacional. Pelos números da Alshop, os 99 mil estabelecimentos em centros de compras brasileiros recebem 450 milhões de pessoas por mês. E devem crescer mais no ano que vem. "O mercado de shoppings caminha a passos largos, com empreendimentos sendo abertos quase que mensalmente, e lojistas migrando cada vez para os centros de compras. Diante deste cenário, a tendência é de que as principais datas do varejo apresentem desempenhos cada vez mais positivos, pois a confiança de varejistas e consumidores aumenta a cada dia, além do estímulo recebido pelos empreendedores de shoppings, o que resulta em investimentos cada vez mais consistentes para o setor", comenta o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. (LCA)
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SHOPPING Fotos: Divelgação
SHOPPING PÁTIO PAULISTA
Natal angelical, música por conta do cliente Divulgação
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SHOPPING PÁTIO HIGIENÓPOLIS
esde o primeiro dia de novembro, já se via o Papai Noel no Shopping Pátio Paulista. Deve ter sido o shopping que mais cedo começou a festa. Ele chegou em meio a pirulitos, banda e muitas crianças e inaugurou um investimento de R$ 2 milhões para levar aos consumidores e visitantes uma mensagem de paz e harmonia. Com 17 metros de altura e quatro andares, o cenário principal, na Praça de Eventos, foi decorado com figuras natalinas, instrumentos musicais, anjos e caixas de presente. É um Natal angelical. "Queríamos um Natal alegre e que mantivesse o clima de sofisticação e elegância, característicos do Pátio Paulista", diz Liane Borges, gerente de marketing do centro de compras. O clima natalino tem seres celestiais, show de luzes e música. Para completar a magia, foi instalado no chão um microlâmpadas de Natal e piano de cauda gigante, com spots, e no centro uma árvore teclas que emitem os sons das enfeitada, além de gnomos em notas musicais quando pisadas movimento, como se pelos clientes, uma brincadeira estivessem arrumando e alegre e divertida para adultos conferindo a decoração. Como e crianças – à moda do filme destaque, também, um "Quero Ser Grande" (1988), com brinquedo interativo: três Tom Hanks. minicarruagens puxadas por A árvore de Natal recebeu um cavalinho para levar as 180 conjuntos de LED white crianças em passeio. warm, totalizando 18 mil Shopping Pátio Higienópolis lâmpadas de LED, 65 lanternas Avenida Higienópolis, 618, douradas também de LED, que Higienópolis simulam velas, além de Telefone: 3823-2300 guirlandas, laços de veludo www.patiohigienopolis.com.br vermelho e borda dourada, Horário: segunda a sábado, bolas douradas e vermelhas e 10h às 22h; domingo, 14h às 20h uma estrela ponteira. A fachada Estacionamento: 1.800 vagas do shopping é um show de
Para lembrar a magia da infância
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riança gosta; adulto, mais ainda. Carrosséis, trenzinhos e cavalinhos lembram a infância e trazem a alegria e expectativa da chegada de Papai Noel. Inspirada na tradição de algumas regiões da França, a decoração natalina criada pela empresária Cecilia Dale é baseada nos parques de diversões europeus. A magia do Natal começa nas fachadas, onde as palmeiras têm iluminação especial com cascatas formadas por mais de 600 mil lâmpadas, e as colunas, enfeitadas com peças de carrossel, que incluem esculturas artesanais de
cavalos. A decoração do shopping Pátio Higienópolis para o Natal tenta resgatar a memória infantil. O grande destaque no Pátio Higienópolis estará no piso Veiga Filho, no vão central. Um charmoso carrossel gigante recebe visitantes de todas as idades. A estrutura recebeu assentos próprios para idosos e para portadores de necessidades especiais. Completam a cena um carrinho de maçãs do amor e um trenó conduzido por um imponente cavalo preto animatrônico, em cenário da França no século 14. O carrossel central, em área de 120 metros quadrados junto
à àrvore, tem adereços trabalhados em branco, dourado, vermelho e verde, com acabamento em veludo e mais de 20 mil metros de cordão dourado. A decoração ficará exposta até 5 de janeiro. A tradicional árvore de Natal, com mais de 20 metros de altura, continua exposta no vão central e completa a decoração do carrossel. Além das bolas coloridas, a árvore traz mais de 60 cavalinhos confeccionados e pintados artesanalmente. O espaço verde do boulevard também tem sua decoração. Um enorme gazebo com estrutura em ferro e vidro ocupa 114 m²: tem
luzes e som. Foram instalados mil metros de mangueiras de LED dourado, e 500 lâmpadas strobo fazem o show de som de luzes sincronizado. As crianças que estiverem no mall vão poder visitar Papai Noel até o dia 24 de dezembro, e terão um espaço para tirar fotos e fazer seus pedidos de Natal. Com aqueles R$ 2 milhões de investimento, o shopping espera aumento em vendas de 12% e de fluxo de 8%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o shopping lançou em dezembro a promoção "Comprou, Ganhou" de Natal. A cada R$ 500 em compras, um cupom permite concorrer a prêmios no valor de R$ 250 mil – três automóveis Hyundai ix35. Shopping Pátio Paulista Rua Treze de Maio, 1947, Bela Vista Telefone: 3191-1100 www.shoppingpaulista.com.br Horário: segunda a sábado, 10h às 22h; domingo, 14h às 20h. Estacionamento: 1.050 vagas
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SHOPPING
Fotos: Divelgação
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Fotos: Paulo Pampolin/Hype
SHOPPING ARICANDUVA
MOOCA PLAZA SHOPPING
Carros, tablets e a música de João Carlos Martins
A Mooca ganha, afinal, o seu shopping
ão parece, mas já faz 20 anos que o Centro Comercial Aricanduva reina na Zona Leste como o maior shopping da América Latina. Na verdade, são três shoppings: Leste Aricanduva, Interlar (móveis) e Auto Shopping (veículos), com 545 lojas, universidade, 15 concessionárias de autos e motos, três praças de alimentação, 14 salas de cinema, 14.700 vagas de estacionamento gratuito. Recebe por mês uma vez e meia a população do Uruguai, cerca de 4,5 milhões de pessoas. Em pesquisa Datafolha de 27 de novembro, foi escolhido pelos consumidores como o melhor shopping de São Paulo. E, neste Natal, em seus oito quilômetros de vitrines, comemora seu aniversário com
a promoção 20 Emocionar Natal na Música. A promoção vai distribuir quatro automóveis Gol e 20 tablets. Cada R$ 150 em compras – de 16 de novembro a 28 de dezembro – dá direito a um cupom para o sorteio, marcado para o dia 29 de dezembro. O Aricanduva também buscou inspiração no universo da música clássica para o Natal, que tem o maestro João Carlos Martins como personagem e exemplo de disciplina e determinação (pianista, perdeu os movimentos da mão e os recuperou, e depois se tornou maestro). Na decoração, uma réplica do Teatro Municipal de São Paulo é uma homenagem aos cem anos do teatro. O investimento do shopping neste Natal é de R$ 3 milhões, incluindo decoração e
campanha publicitária. De acordo com o superintendente do Centro Comercial Aricanduva, Marcos Sérgio de Oliveira Novaes, a expectativa é de bons negócios para os lojistas, com público 10% acima do registrado em 2010, enquanto as vendas devem aumentar 12%: "Até aqui tivemos um ótimo ano e acreditamos que será um Natal bem gordo e cheio de bons negócios. Para isso, oferecemos ao consumidor um mix de ofertas diversificado e total conforto para as compras". Shopping Aricanduva Avenida Aricanduva, 5555 Telefone 3444-2060 Site: www.aricanduva.com.br Horário: Segunda a domingo, 10h às 22h Estacionamento: 14.700 vagas
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ais novo centro de compras da cidade, o Mooca Plaza Shopping abriu a tempo das festas de Natal: foi inaugurado no dia 29 de novembro. Fica na antiga fábrica da Ford, perto das avenidas Presidente Wilson e do Estado, na área das estações Ipiranga da CPTM e Vila Prudente do metrô. É o primeiro shopping do bairro. Quase na mesma área de influência, encontram-se o Anália Franco e o Center Norte. Portanto, não é estranho se esperar, ali, um milhão de visitantes por mês. O empreendimento possui mais de 230 lojas, oito megalojas e seis âncoras – em um projeto no qual foi privilegiada a iluminação natural. Foram plantadas cerca de 1.600 árvores, que tornam o shopping mais agradável. O
objetivo é ser um ponto de referência de lazer, cultura, passeio e compras para a região. Na praça de alimentação, há três estreantes em shoppings – Di Cunto, Hooca Bar (o do sanduíche de mortadela do Mercadão) e o Prainha Paulista (da avenida Paulista). Com 75 anos de existência, a Di Cunto é a mais antiga fabricante de panetone em atividade no País. E é um nome tradicional da Mooca. Como tema da época, o Mooca Plaza Shopping está contando a História do Natal. Para tornar a fantasia mais real, a decoração na praça central do shopping conta com um trenzinho que deixará as crianças entretidas ao percorrer o espaço com três bonecos animados de Papais Noéis, cada um com um livro eletrônico que conta suas histórias: Papai
Noel, São Nicolau e Santa Claus. "Esse é o primeiro shopping construído pela BRMalls na cidade de São Paulo e, para marcar este momento especial, apostamos em uma decoração diferenciada para receber os clientes em um clima mágico de Natal. Certamente, as crianças e todas as famílias serão surpreendidas pela grandeza do empreendimento e, mais ainda, pela delicadeza e autenticidade da história do Papai Noel", explica Alex Trajano, gerente de marketing do Mooca Plaza Shopping. Mooca Plaza Shopping Rua Capitão Pacheco e Chaves, 313 Telefone: 2166-9700 www.shoppingmooca.com Horário: Segunda a sábado, 10h às 22h; domingo, 14h às 20h Estacionamento: 2.415 vagas
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SHOPPING SHOPPING PENHA
Tecnologia, emoção e tradição em equilíbrio Fotos: Divulgação
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uanto se deve misturar de tradição, emoção e tecnologia para garantir uma experiência de visita e compras para os clientes de um shopping? O Penha Shopping, na Zona Norte, acredita ter encontrado o equilíbrio perfeito. A decoração tem foco na magia, na emoção e na tradição da data, aliadas à tecnologia e aos cuidados com o meio ambiente. Para este Natal, o shopping oferece ainda serviços especiais e ações promocionais. Após as compras, o visitante poderá ter os presentes já embrulhados por promotoras em espaço exclusivo. A cada R$ 100 em compras, o cliente terá direito a duas embalagens. O cenário principal, no formato 360º, mostra a casa do Papai Noel dividida em três faces, duas internas: sala de estar com lareira e um boneco animatrônico do bom velhinho em escala humana, e o escritório com objetos antigos. Nesses espaços, as janelas são telas de LCD com simulações de paisagens em movimento. Na fachada, terceiro ambiente, a tela mostra um Papai Noel animado, que recebe o público com mensagens natalinas. O empreendimento conta ainda com uma grande árvore, enfeitada com bolas e laços nas cores verde, vermelho e dourado, toda iluminada com lâmpadas de LED e MegaLED. Na iluminação da Árvore de Natal e fachada são usados LEDs, que proporcionam economia de até 80%
CENTER NORTE
Um exagero de cinco carros de luxo
P comparados às lâmpadas convencionais. Tecnologia da empresa francesa Blachere trazida ao País exclusivamente para a Sonae Sierra Brasil, o MegaLED tem mais potência que o LED convencional, iluminando cinco vezes mais. A produção do cenário utiliza pouca madeira, proveniente de reflorestamento. A tinta utilizada no projeto é 100% à base de água, o que contribui para a preservação ambiental. O desenvolvimento da decoração leva a assinatura da empresa C+E Criadores de Experiências. "Queremos exaltar a emoção
do Natal, utilizando cores e elementos tradicionais, mas sempre com o compromisso de usar materiais e processos produtivos que causem o mínimo impacto ao meio ambiente", afirma Gislaine Dermonde, gerente de marketing do Shopping Penha. Shopping Penha Rua Dr. João Ribeiro, 304, Penha Telefone: 4003-7210 www.shoppingpenha.com.br Horário: segunda à Sábado, 10h às 22h; domingos e Feriados, 14h às 22h Estacionamento: 1.200 vagas
apai Noel dirige um conversível vermelho e entra na praça central do Center Norte para mostrar a Vila de Natal. Objetos cênicos mostram a adultos e crianças uma pequena cidade encantada. Tudo magia. E, para os adultos, brindes: nada menos que cinco automóveis Honda CR-V. É a promoção Um Exagero de Natal. A fachada da casa de Papai Noel reproduz seu cinto. Na Confeitaria da Mamãe Noel, ao lado, as crianças aprendem a fazer cupcakes. Ou enviam cartões pela Oficina de Cartas montada em um antigo furgão Ford 1929. Talvez façam enfeites natalinos e pequenas árvores de Natal. Assim como nos anos anteriores, o Center Norte montará a sua tradicional árvore de Natal gigante, com 21 metros de altura, no estacionamento em frente à
Marginal Tietê. A fachada do Center Norte, bem como a do Lar Center e a avenida Otto Baumgart também receberão decoração especial natalina. A grande sensação, entretanto, é a chance de sair de carro novo. Até 24 de dezembro, a cada R$ 300 em compras no Shopping Center Norte, o consumidor ganhará um cupom para participar do sorteio de cinco carros Honda CR-V. As compras feitas com cartões Cielo darão direito a dois cupons a cada R$ 300 em compras. As notas fiscais poderão ser trocadas durante todo horário de funcionamento do shopping. O sorteio será no dia 26 de dezembro, às 19h, na Praça Central do Center Norte. O Center Norte foi inaugurado em 1984 como o primeiro da Zona Norte de São Paulo. Bem ao lado da Marginal Tietê, foi o primeiro
empreendimento a formar o que se chama hoje de Cidade Center Norte. Com um único piso, amplos corredores e iluminação natural. No total, são 331 lojas. Tem mais de 50 opções de restaurantes e fast food, ampla variedade de grifes feminina, masculina, jovem e infantil, além de acessórios, calçados, joias, presentes e uma oferta completa de serviços. Segundo seus administradores, é o shopping de São Paulo que apresenta o maior volume de vendas por metro quadrado entre todos os empreendimentos da cidade. Center Norte Travessa Casalbuono, 120, Vila Guilherme Telefone: 2224-5959 www.centernorte.com.br Horário: segunda a domingo, 10h às 22h Estacionamento: 7 mil vagas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.ESPECIAL
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
SHOPPING SHOPPING IBIRAPUERA
Os cavalos dourados de Papai Noel Fotos: Divulgação
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MORUMBI SHOPPING
Borboletas puxam o trenó dos sonhos
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ão 130 mil pontos de luz com lâmpadas LED, cinco mil bolas de Natal, dois mil metros de fios e cabos elétricos. A festa de Natal do Morumbi Shopping é bem iluminada. A publicidade reforça a ideia de que, independentemente da idade, o shopping oferece atrações e as melhores opções de presentes. A combinação das cores cobre, marrom e dourado foge do convencional vermelho. E pretende remeter os visitantes ao mote da campanha: “O Natal dos seus sonhos acontece aqui”. Para completar o Natal dos sonhos, os clientes poderão
ganhar uma exclusiva bolsatoalha e participar do sorteio de cinco automóveis BMW 118i. A cada R$ 600 em compras (valor cumulativo) até 22 de dezembro, os clientes têm direito a um cupom para concorrer a um dos cinco carros. O anúncio da campanha traz em destaque borboletas puxando o trenó do Papai Noel, que representam “renovação” e iniciam a comemoração dos trinta anos do Morumbi Shopping, festejada em 2012. As borboletas são centro das atenções, em toda a decoração desenvolvida pela empresa Cipolatti. Pousadas nos enormes pinheiros, as
pequenas notáveis dão um toque diferenciado. As tradicionais árvores de Natal também compõem o universo mágico da data: dois pinheiros de doze metros de altura, junto aos elevadores panorâmicos, uma árvore interativa com oito metros, no Atrium, e uma grande árvore com 14 metros na área externa dão boas vindas natalinas. Há, ainda, atrações para as crianças: escalada, casa-tronco, escorregador. Para Katia Ardito, gerente de marketing do Morumbi Shopping, “a decoração é um quesito muito importante durante o período do Natal,
pois envolve nosso cliente num ambiente charmoso e bonito, além de resgatar muitas memórias natalinas em todos que a apreciam”. A gerente afirma ainda que, para este ano, o shopping estima um aumento de 12% nas vendas e um fluxo médio de 20% a mais de visitantes por dia. A média de visitas é de dez milhões de pessoas por ano. Morumbi Shopping Avenida Roque Petroni Jr, 1089, Itaim-Bibi Telefone: 4003-4132 www.morumbishopping.com.br Horário: segunda a sábado, 10h às 22h, domingo, 14h às 20h Estacionamento: 3.300 vagas
resentes em toda a decoração do Natal no Shopping Ibirapuera, os cavalos dourados são o principal ícone deste ano. E chegaram com o Papai Noel em um trenó cheio de magia. Os cavalos dourados estão nas paredes, nas alegorias e em um minicarrossel elétrico. O espaço conta com cavalinhos sobre molas, convite à montaria em um descontraído sobe e desce. No teto, estruturas lineares com festão deixam os cavalos dourados suspensos. Destaque no shopping para as duas árvores de doze metros, decoradas com bolas de diversos tamanhos nas cores dourada, vermelha, brilhante e fosca. Estrelas, sinos dourados, laços, pingentes, objetos em pelúcia e muitos presentes representam os pedidos dos pequenos. As árvores também mostram passagens internas em que as crianças podem transitar e ver a decoração mais próxima. Bonecos em tecido e bonecas vestidas de camponesas complementam a paisagem natalina. No piso Moema, o tradicional Trono do Papai Noel está montado em área de 50 m². Nesse espaço, o personagem símbolo do Natal recebe as crianças, conversa com cada uma, posa para fotos e esbanja simpatia. O universo imaginário de Papai Noel é o passaporte, também, para a promoção que sorteia cinco carros Audi A1. No filme publicitário,
encontra-se o universo mágico do Papai Noel, mostrando-o em sua casa, preparando-se para o dia 25 de Dezembro. “Essa atmosfera imaginativa atrai crianças e adultos e já prepara o espectador para o clima natalino que estamos vivendo no Ibirapuera” explica Isaac Schafirovicth, presidente da Associação de Lojistas do Shopping. A criação da peça é assinada pela agência Promo Propaganda. Centenas de arcos iluminados em espiral trazem o clima natalino a todos os corredores. Os vazados das escadas rolantes e fixas ganham cascatas de lâmpadas de LED com fitas e estrelas. A decoração natalina do Shopping Ibirapuera traz também um presépio, reproduzindo cenas do nascimento do menino Jesus. Na parte externa, cascatas de microlâmpadas iluminam toda a fachada do shopping com mais de 150 metros de lâmpadas. A festa das luzes é total com as 240 lâmpadas estroboscópicas na fachada da alameda Jurupis. Nas entradas das duas fachadas quatro estruturas têm iluminação com cascatas de microlâmpadas. Shopping Ibirapuera Avenida Ibirapuera, 3103, Moema Telefone: 5095-2300 www.ibirapuera.com.br Horário: segunda a sábado, 10h às 22h; domingo, 11h às 22h Estacionamento: 1.100 vagas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
ESPECIAL - 9
SHOPPING
Fotos: Divelgação
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SHOPPING VILLALOBOS
SHOPPING WEST PLAZA
Uma viagem mágica
Show único de neve artificial
ara entrar no espírito natalino, o Shopping VillaLobos – ao lado de uma estação de trem da CPTM – traz este ano o Expresso de Natal. É um vagão de trem em tamanho real, que acomoda até 16 passageiros. O condutor é um boneco animatrônico em tamanho real de Papai Noel, que guia todos para uma viagem mágica até a terra do Noel. Oito telas de LCD proporcionam aos participantes que estiverem no vagão uma viagem interativa e sensorial por diversas partes do mundo, com efeitos artificiais de calor, vento e até neve. Durante todo o trajeto, o Papai Noel conta um pouco da história de cada lugar e fala da busca pelo espírito natalino. O passeio tem duração média de três minutos. O Expresso de Natal está disponível,
gratuitamente, na Praça de Eventos. O shopping tem ainda a promoção Deguste um Natal, exclusivo no VillaLobos com a Mastercard. A cada R$ 850 em compras nas lojas aderentes a promoção com cartão Mastercard (débito ou crédito), o cliente terá direito a um cupom e concorre a um pacote de serviços exclusivos do shopping por um ano: vaga exclusiva no ValetPark, jantares a dois no Ráscal, ingressos de cinema toda a semana, massagens relaxantes, sessões de beleza, personal shopper com vale compras de 5 mil. Serão quatro contemplados. A promoção vai até 24 de dezembro, dia do sorteio, que será realizado às 17h. Também até dia 24, Papai Noel e as noeletes recebem as
crianças na Praça de Eventos, próximo ao Expresso de Natal. Além de ouvir os pedidos e tirar fotos, ele entrega um doce para cada criança. O atendimento do Papai Noel segue o horário de funcionamento do shopping. Em área construída de 101 mil metros quadrados, seis pavimentos, o Shopping VillaLobos abriga 216 lojas, entre elas C&A, Zara, Fast Shop e Pão de Açúcar. O centro está cercado pela Parque Villa Lobos e fica próximo ao campus da Universidade de São Paulo (USP). Shopping VillaLobos Avenida das Nações Unidas, 4777, Alto de Pinheiros Telefone: 3024-3738 www.shoppingvillalobos.com.br Horário: segunda a sábado, 10h às 22h; domingo, 14h às 20h Estacionamento: 1.490 vagas
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ucesso de público no ano passado, o Shopping West Plaza repete este ano seu espetáculo de neve artificial para comemorar o Natal. Desde o dia 5 de novembro, a atração está funcionando ao lado de apresentações de artistas circenses, pipoca e algodão doce para as crianças, além de banda de música natalina. No ano passado, a apresentação do show de neve, com tecnologia da empresa americana MagicSnow, foi o primeiro na América do Sul. Ambientalmente legal e produzida por uma fórmula totalmente atóxica, que não deixa resíduos e desaparece em contato com a pele, a neve artificial fez sucesso, atraiu curiosos e rendeu elogios dos clientes. O show de neve acontece duas vezes por dia, às
20h e às 21h. Realizada pela empresa C+E, a decoração do West Plaza tem a neve como inspiração. Uma família de ursinhos esquimós espera pelos clientes. É possível encontrar folhas "geladas", bonecos de neve e pinhas em várias partes do mall. Na fachada, luzes simulam a queda de flocos de neve. Já no bulevar e na área externa do shopping, que inclui mais de 150 árvores no entorno do empreendimento e a Praça Souza Aranha, há mais de 250 mil microlâmpadas de LED. O shopping conta ainda com mais de trinta árvores de Natal distribuídas pelos corredores. No vão central, três balões infláveis com dois metros e uma cascata de luz com mais de dois mil lâmpadas e treze metros de comprimento completam o encanto da
decoração de Natal do West Plaza. Na promoção "Comprou, Ganhou" de Natal do West Plaza, os clientes que fizerem R$ 300 em compras nas 226 lojas do centro poderão trocar as notas fiscais por um urso pequeno, que pode ser o filho ou a filha. Quem comprar R$ 500 poderá escolher um dos ursos maiores, o papai ou a mamãe. São quatro modelos, exclusivos e colecionáveis. O Balcão de Trocas fica no terceiro piso do bloco A, em frente à loja Marisa. A troca é limitada em quatro brindes por CPF. Shopping West Plaza Avenida Francisco Matarazzo, s/n, Água Branca Telefone: 3677-4000 www.westplaza.com.br Horário: segunda a sábado, 10h às 23h; domingo, 10h às 22h. Estacionamento: 1.810 vagas.
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Zé Carlos Barretta/Hype
Vagas exclusivas: tanta falta de respeito, um abuso de rotina A solidariedade e o amor ao próximo já não são muito praticados no resto do ano: pessoas normais deixam seus carros em vagas para deficientes e idosos e saem saltitantes pelo estacionamento. Imagine então nesta época do ano, em que shoppings e supermercados estão superlotados
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minuto.” Trata-se de uma inversão de situação, pois quase sempre o motorista flagrado estacionando em vagas exclusivas para deficientes físicos e idosos solta a célebre desculpa de que “é só por um minuto”. O filme foi criado pela agência de publicidade TheGetz, de Curitiba, logo após um incidente que chocou os curitibanos: em março, Mirella Prosdócimo, que ficou tetraplégica após um acidente, estava no estacionamento de um supermercado, quando uma mulher com crianças estacionou na vaga para deficientes físicos. Ao observar que a motorista não era deficiente, Mirella a alertou sobre a exclusividade da
vaga e recebeu a velha resposta de que era só um minuto. O gerente do supermercado foi procurado, mas disse que não podia fazer nada e que não queria perder clientes por isso; a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) foi contatada, mas demorou horas para enviar um fiscal. Indignada, Mirella aguardou a volta da motorista e disse que essa atitude era um péssimo exemplo para as crianças. A motorista agrediu Mirella verbalmente e teve de ser contida por várias pessoas para que não a agredisse fisicamente.
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Ronaldo Caparroz Garcia: “Quando vejo alguém usando a vaga exclusiva indevidamente, procuro alertar a pessoa. Alguns pedem desculpa, outras dizem que não viram e tem aqueles que ignoram”
m abril deste ano, um vídeo com o título “Esta vaga não é sua nem por um minuto!” fez grande sucesso na internet e nas redes sociais. O filme, de quase dois minutos, mostra o estacionamento de um supermercado lotado; em algumas vagas estão cadeiras de rodas com bilhetes grudados. As pessoas que tentam estacionar saem dos carros curiosas, leem e comentam umas com as outras. Até que uma mulher, indignada, desce do carro e empurra a cadeira fora da vaga. O bilhete dizia: “Peguei o carrinho elétrico do mercado e precisei deixar minha cadeira aqui. Volto em 1
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ESPECIAL - 11
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Mobilização na rede A pedido do Diário do Comércio, Vera colocou um post em seu blog informando que o jornal estava desenvolvendo uma reportagem sobre vagas exclusivas para deficientes em shoppings centers e supermercados. Vários leitores do blog entraram em contato, contaram suas histórias e deram suas opiniões. Para do cadeirante Ronaldo Caparroz Garcia, escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, o drama maior está nos supermercados: “Moro no Brás e frequento o Atacadista
Zé Carlos Barretta/Hype
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egundo a pedagoga Vera Garcia, que mantém o blog Deficiente C i e n t e ( w w w. d e f icienteciente.com.br), se durante o ano é comum o desrespeito às vagas exclusivas, no fim do ano a situação piora, já que os supermercados e shoppings centers estão lotados: “Falta uma campanha educativa em meios de comunicação de massa para que as pessoas não utilizem essas vagas indevidamente. O problema é de educação. Muitas pessoas ainda acham que o deficiente é um inútil e deve ficar em casa”, desabafa Vera, que é amputada. Em seu blog, há a reprodução de várias matérias sobre o tema, principalmente quando viram casos de polícia, como o do delegado que agrediu um cadeirante em São José dos Campos no começo do ano ou de um pai de uma cadeirante, agredido com uma barra de ferro no ano passado no Rio Grande do Sul, após discutir com um motorista que ocupou uma vaga para deficientes.
Roldão e o hipermercado Extra. As vagas para deficientes e idosos, marcadas com o símbolo internacional, estão sempre ocupadas de forma indevida por falta de fiscalização e falta de educação das pessoas. No fim do ano a situação piora; como eu tenho um carro adaptado, preciso de um espaço equivalente a duas vagas para conseguir tirar a cadeira de rodas. Se conseguir uma vaga já é difícil, imagine duas. Não é à toa que as vagas para deficientes são maiores e estão mais próximas à porta. Quando vejo alguém usando a vaga exclusiva indevidamente, procuro alertar a pessoa. Alguns pedem desculpa, outras dizem que não viram e tem aqueles que ignoram”. Sobre os shoppings centers, Garcia diz que a situação é melhor que nos supermercados: “Frequento muito o Shopping Tatuapé e lá há vagas exclusivas guardadas por correntes. Na entrada do estacionamento, basta avisar o segurança pelo interfone, que alguém estará lá aguardando para retirar a corrente e ajudar a tirar a cadeira de rodas. Mas qualquer um pode ir lá e tirar a corrente, já vi gente fazendo isso”. Uma solução semelhante foi adotada pelo shopping Anália Franco, só que com cavaletes
para isolar as vagas. Os cavaletes são retirados após o cliente se identificar para o segurança. Em nota, a administração do shopping explicou que o isolamento das vagas para pessoas com deficiência foi adotado há dois anos e a de idosos há um ano. A iniciativa partiu do shopping, que viu a necessidade de intensificar o controle dessas vagas especiais e conscientizar os demais usuários. Segundo a administração, das 4.106 vagas disponíveis no estacionamento, 3% são destinadas a pess o a s c o m d e f iciência física e 5% para idosos. Caso algum cliente retire o cavalete indevidamente e estacione o carro, um folheto explicativo é colocado no veículo, o que o shopping chama de “multa moral”. O shopping Anália Franco também oferece o empréstimo gratuito de cadeiras de rodas motorizadas, que pode ser retirado no estacionamento do piso G1. A administração do shopping informou ainda que, caso as vagas exclusivas estejam lota-
das, o cadeirante pode usar o estacionamento vip pagando o preço normal. Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop – Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping, afirma que todos os shoppings centers estão seguindo a legislação, reservando de 2% a 5% das vagas para deficientes físicos e idosos, e que as vagas são sinalizadas: “O agente de trânsito não pode multar o motorista em lugares privados. A maioria dos shoppings tem feito a fiscalização e alertado os motoristas quanto ao uso dessas vagas”.
Abuso de autoridade OconsultorJaquesHaberligoupara aredação paracontar queno feriado do dia 15 de novembro, ele e a esposaAndreaSchwarz,cadeirante,foram ao Shopping Cidade Jardim e no estacionamento viram um carro de luxo estacionar na vaga para deficientes, que, como manda a lei, fica próxima à porta de entrada: “Perguntamos àmotoristaseelasabiaquealierauma vaga exclusiva para deficientes. Ela
disse que estava com a mãe, que era idosa. Realmente, havia uma senhora aparentando pouco mais de 60 anos, mas que usava salto alto e não demonstrava nenhumadificuldade em caminhar”. Haber e a esposa são sócios da consultoria i.Social, com foco nainclusãosocialeeconômicadepessoas com deficiência no mercado de trabalho. A discussão continuou: “Argumentei que, no caso, ela deveria procurar uma vaga para idosos, já que algum deficiente físico poderia precisar da vaga, que são maiores que as demais para facilitar o desembarque e a montagem da cadeira de rodas. Disse que esse direito estava previsto em lei. Foi quando a motorista ficou mais agressiva, disse que era procuradora e que ninguém ali iria discutir lei com ela, que não se identificou. Se era realmente procuradora, deveria dar o exemplo e respeitar a legislação. Várias pessoas estavam acompanhando a discussão e muitas nos apoiaram. Procuramos a segurança do shopping, mas eles disseram que não podiam fazer nada, e nada foi feito e o carro daquela senhora ficou ocupando a vaga de deficiente”. Procurada pela reportagem, a administração do Shopping Cidade Jardim enviou a seguinte resposta:
"No dia 15/11/2011, por volta de 15h, dois clientes do shopping que estavam no 1º subsolo informaram a um vigilante do estacionamento que uma pessoa havia estacionado o carro irregularmente em uma vaga reservada para portadores de deficiência. Em atendimento à solicitação, o vigilante conversou com a motorista, que era idosa e havia estacionado na vaga para portadores de deficiência. Ao ser informada que a vaga não era para idoso, e solicitado que o veículo fosse retirado e estacionado em local apropriado, a cliente recusou-se a mover o veículo. Durante a orientação do vigilante, os clientes que haviam relatado o desrespeito à vaga especial se aproximaram e houve uma pequena discussão entre eles no hall dos elevadores e a cliente idosa tomou o elevador com destino ao shopping. Questionado pelos reclamantes sobre o que seria feito, o vigilante informou que passaria as informações para central de segurança, uma vez que a cliente havia se recusado a retirar seu veículo. Posteriormente, foi aplicada a 'multa moral' no veículo irregular, implantada no Cidade Jardim em 2009. A multa moral a que se refere o shopping é um cartão informando o motorista de que ele parou em uma vaga exclusiva para deficientes físicos e caso ele não seja portador de deficiência ou tenha mobilidade reduzida, que no futuro ele não pare em vagas dessa natureza. Caso seja deficiente físico, deverá providenciar o Cartão – DeFis – DSV. Frequentador assíduo de shoppings juntamente com a esposa, Haber possui um carro adaptado. Em shoppings como o Iguatemi e o Pátio Higienópolis eles podem utilizar o estacionamento com manobrista: “No Iguatemi pagamos o preço do estacionamento convencional e no Higienópolis o estacionamento é de graça, mas é preciso fazer um credenciamento. É uma boa solução, mas percebo que falta treinamento adequado aos funcionários para dirigir carros adaptados e também para montar a cadeira de rodas”. (CO)
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No coração do comércio, a ACSP sente a batida compassada A euforia dos consumidores com as últimas medidas do governo pode melhorar o desempenho das vendas neste Natal. Há também um olho no futuro em razão da crise do Exterior. A Associação Comercial e suas distritais acompanham esses movimentos pela cidade e constatam: apesar de tudo, o pulso do comércio está firme "A euforia entre as pessoas, por conta dos estímulos do governo à linha branca acaba vazando para todas as demais mercadorias e predisp õ e o c o n s u m i d o r a c o mprar", diz Marcel Solimeo, superintendente e economistachefe da Associação. Nas visitas que fez ao comércio, o superintendente distrital do Tatuapé, Antônio Sampaio Teixeira, percebe certa "choradeira", pois a economia esteve um tanto devagar e o PIB brasileiro estagnou. Mas é tempo de festas. As pessoas compram mais, naturalmente. "Pode não ser uma explosão, mas o Natal será bom, com certeza". Na Distrital Lapa, que concentra o segundo ou terceiro centro de compras da cidade, o superintendente Dimitri Josif Gheorghiu diz que a Associação Comercial está ativamente envolvida em eventos nas praças e ruas comerciais de uma região extensa. A Distrital Lapa chega às áreas comerciais da Freguesia do Ó e da Brasilândia. Os comerciantes buscam crescimento de 6% ou 7% em relação a 2010. E que perdure nos próximos meses depois do período natalino: “Depois do Natal, em geral há uma linha de dificuldade. Com as medidas do governo, a linha de baixa pode se suavizar”. Em Santo Amaro, pelo contato que mantém com os comerciantes, a superintendente distrital Rita de Cássia Campagnoli Acea diz que a região está otimista – mas com os pés no chão. Já se sabe que o aumento de vendas não será ex-
Marcel Solimeo: "A euforia entre as pessoas, por conta dos estímulos do governo à linha branca, acaba vazando para todas as demais mercadorias, predispõe o consumidor a comprar"
Newton Santos/Hype
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m visitas, telefonemas e contatos com comerciantes paulistanos, os superintendentes distritais da Associação Comercial de São Paulo costumam verificar o pulso do comércio, além de oferecer informação, análise e discussão dos problemas do setor. Este ano, como em todos os outros, por toda a cidade, comerciantes trabalham ativamente para garantir um Bom Natal para seus clientes, funcionários e para si mesmos. Há otimismo, prateleiras cheias, vitrines decoradas. O coração bate compassado. Mais do que pulso firme, há trabalho: várias lojas estendem seus horários de funcionamento, bem como os shoppings, que funcionam até às 23h desde o dia 1º de dezembro e, nesta reta final do Natal, vão até 24h. E a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) participa do Natal Iluminado para manter o comércio ativo e animado em todos os bairros.
plosivo. Para o Natal, Rita de Cássia promoveu, ao longo do segundo semestre, cursos para ajudar os comerciantes com as vendas do final de ano. Em especial, palestrantes ensinaram como usar o bom atendimento e a mídia de relacionamento social na internet para ganhar mais consumidores: "O importante é fornecer essas ferramentas para os empresários, principalmente os pequenos".
De olho no futuro E a Associação Comercial também aproveita o realismo dos lojistas para encaminhar soluções para o futuro – próximo e distante. Assim, por ação
da Distrital, muitos comerciantes já estão preocupados não com o Natal, mas com o novo ano, 2012, quando pode piorar a crise mundial, com eventuais reflexos no Brasil. Enfim, o Natal está equacionado. Agora, a Associação Comercial e suas distritais já estão de olho no ano que vem. Antônio Sampaio Teixeira, do Tatuapé, por exemplo, já reuniu empreendedores da Zona Leste no Corinthians. E agita uma reunião com autoridades e lideranças da região para conhecer melhor o bairro e pensar o futuro, que deverá ser de muito crescimento. O futuro da região, segundo ele, está na Copa do Mundo de 2014, por
sua proximidade com o novo estádio que abrigará jogos: "Há muitas reivindicações para o Tatuapé. Seria bom ter um hotel aqui, por exemplo". Embora distante da região que vai girar em torno da Copa, a superintendente distrital de Santo Amaro, Rita de Cássia Campagnoli Acea, pensa do mesmo modo. A Copa vai sinalizar o futuro dos comerciantes da região. No ano que vem, ela dará seguimento aos cursos e palestras para melhorar o conhecimento dos lojistas locais. "A ideia da Associação Comercial e suas distritais é fornecer mais instrumentos e informação para os comerciantes". (LCA)
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
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Campanha de descontos no Bom Retiro Chico Ferreira/LUZ
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esde o dia 12 de novembro, o comércio do Bom Retiro estendeu seu horário de trabalho. As lojas passaram a abrir também aos domingos. Na reta final, o comércio dessa área do Centro Velho mantém as portas abertas até tarde da noite. Há uma campanha de descontos, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Coleções novas, lançamentos e produtos de ponta de estoque competem pela preferência dos clientes. "Quem vem ao Bom Retiro, em geral, sai satisfeito", diz Nelson Tranquez, diretor da CDL Bom Retiro. A campanha de descontos – “Quer Desconto, Pergunte-me Como” – tem sido um sucesso, segundo ele. A maioria dos lojistas aderiu e muitos até fizeram seus próprios planos especiais e adicionaram ainda mais descontos. Em um Natal no qual a economia está um tanto mais retraída e os comerciantes temem que o crescimento de vendas não seja tão bom quanto em outros anos, a campanha de descontos trouxe mais visitantes às lojas. A mecânica da campanha: o lojista carimba um valor de desconto na nota para que a pessoa retorne à loja. A ideia é que muitos consumidores retornem para aproveitar a vantagem financeira – vale para as vendas por atacado e no varejo. Muitos consumidores são clientes habituais, de outras lojas na cidade e no Interior, que compram no bairro para revender em suas regiões. Na campanha, todas as lojas participantes estão identificadas com uma placa da CDL Bom Retiro e um display que explica o conceito. O Bom Retiro é, na prática, um shopping a céu aberto. Tem as lojas, especializadas em confecções, moda feminina e malhas concentradas nas ruas José Paulino, da Graça e Ribeiro de Lima. A região é conhecida como o local em que as lojas de shoppings fazem suas compras. Portanto, concluem os consumidores, é melhor comprar direto no fornecedor, com preços melhores. Chegar ao bairro é fácil. Ali,
Rua Vautier, concorrente da 25 de Março
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Nélson Tranquez: "O Bom Retiro oferece muitas opções de lazer e cultura. É um centro cultural, gastronômico e de compras"
há duas estações de metrô e de trens, Luz e Tiradentes – e poucos estacionamentos. A própria Câmara de Dirigentes Lojistas não aconselha ninguém a ir ao bairro de automóvel. É mais fácil estacionar em outra estação de metrô, mais distante, e chegar de trem. Quem quiser passar o dia, tem a facilidade de restaurantes e lanchonetes – inclusive de comida étnica (ali, ainda permanece um reduto da comunidade judaica). Tem até opções de lazer e cultura, para descan-
sar: próximos, ficam Museu da Língua Portuguesa (na estação da Luz), Museu de Arte Sacra, a Pinacoteca do Estado, Sala São Paulo e uma nova unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc), além do Parque da Luz, o mais antigo de São Paulo. "O bairro oferece muitas opções de lazer e cultura. É um centro cultural, gastronômico e de compras", diz Nelson Tranquez. Com a Operação Delegada, a segurança está mais efetiva. A operação é um convênio en-
tre a Prefeitura e a Polícia Militar para reprimir o comércio ilegal e garantir as pessoas nas ruas. Instituída em 2009, funcionou: a PM aponta uma queda da criminalidade de cerca de 80%, segundo o coronel Álvaro Camilo, comandante geral da Força. No Bom Retiro, afirma Nelson Tranquez, há o dobro de policiais – cerca de 70 – circulando o tempo todo em todas as ruas. Ou seja, a vigilância ficou visível e a sensação de segurança melhorou. (LCA)
o Pari, todo mundo conhece a Feirinha da Madrugada, ou pelo menos já ouviu falar nem que seja pelos conflitos entre ambulantes e a polícia. Há lojas espalhadas em muitas ruas do bairro, mas as atenções voltaram-se, nos últimos anos, para a avenida Vautier, seis quarteirões movimentados entre a João Teodoro e a rua Itaqui. É uma nova 25 de Março, com menos agitação. A cerca de dez minutos da popular e lotada 25 de Março – que recebe até um milhão de consumidores por dia em épocas como as vésperas do Natal –, a Vautier começou atendendo exclusivamente atacadistas e hoje é procurada principalmente por consumidores finais. Ali são encontrados dezenas de milhares de itens como brinquedos, utilidades domésticas e artigos para festas, fantasias, enfeites e decoração natalina. No mais novo centro de compras da Capital, as mercadorias são praticamente as mesmas da 25 de Março – não há tantos eletrônicos nem bijuterias – com preços praticamente iguais. E com a vantagem do menor atropelo, sem muitos ambulantes e um pouco mais de segurança. As calçadas são maiores e mais planas, porque o bairro fica na várzea do Tietê. As lojas, mais espaçosas. O bairro do Pari é conhecido como um dos
maiores polos da indústria de confecções do País. É visitado diariamente por consumidores e revendedores de diversas regiões do Brasil e até do Exterior. Concentra as lojas em ruas como Maria Marcolina, Oriente e Silva Teles. E forma com o Brás um único centro comercial. Já existe mesmo um movimento imobiliário no bairro. Por falta de terrenos em outras regiões da cidade, as construtoras percorrem o Pari atrás de galpões industriais para erguer edifícios de apartamentos. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), embora muitos galpões sejam tombados – ou seja, não podem ser demolidos – ainda há opções disponíveis. Nesse bairro em novo desenvolvimento, o movimento é tanto que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) teve de incluir a área em sua lista de monitoramento de trânsito. Nesta época de Natal, há alteração de horários para carga e descarga de mercadorias, reforço na sinalização e até bloqueios quando o fluxo de pedestres é excessivo. Um dos bloqueios vai da rua São Caetano com avenida do Estado, com desvio pela avenida, rua Afonso Arinos, Hannemann, Vautier e Monsenhor Andrade. É mais gente dirigida para o Pari – e para a avenida Vautier.
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14 -.ESPECIAL
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
NO CORAÇÃO DO COMÉRCIO
Impostos, burocracia, violência. Vida dura essa dos comerciantes Não tem saída: pequeno, médio ou grande, todos estão cercados por uma legislação tributária que confisca perto de 40% de tudo o que ganham. Sem falar no tormento da burocracia. Além disso, tem o trânsito infernal, a burocracia, a violência. Não é fácil sobreviver, mas eles seguem em frente
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ergunte a qualquer comerciante de São Paulo (e do Brasil) qual o pior entrave aos seus negócios. Mesmo nesta época de fim de ano, com todo o aperto de trabalho, administração estrita de estoques, o treinamento de funcionários e a torcida pelas vendas, nada há que preocupe mais os empresários do que os impostos. Em 30 ou 60 dias, vem a conta: do ICMS sobre as mercadorias, do PIS e Cofins sobre os lucros, do Imposto de Renda e muitos outros. São cerca de 40% de tudo o que ganham. Se não houvesse impostos, dizem analistas tributários, os preços poderiam ser mais acessíveis, provavelmente haveria mais vendas, os consumidores seriam beneficiados, os comerciantes ganhariam um pouco mais e, com mais vendas, o governo poderia até arrecadar mais. Os próprios comerciantes já fizeram uma demonstração definitiva sobre o caso: em maio deste ano, empresários de quinze cidades tiraram o valor correspondente aos tributos e venderam gasolina 53% mais barata e refeições com desconto de 32%, entre muitos outros exemplos. Nem adianta muito fazer parte do Simples. É o que nota Helena Toledo, dona da loja de produtos para crianças Baby Stuff, no Itaim Bibi: como grande parte das mercadorias de sua loja está sujeita ao regime de substituição tributária do ICMS, que mal leva em consideração pequenas empresas, ela tem de pagar de qualquer jeito. Ela, como muitos outros, fica entre o Poder Público e os fornecedores, que têm outra interpretação da substituição tributária. Por esse mecanismo, o imposto é recolhido de uma vez só pelo produtor, representando o que seria arrecadado por toda a cadeia, que vai até o varejista. Cada elo da cadeia desconta a sua parte e repassa o restante ao próximo – o próximo é, em última análise, o comerciante. O pior é que a carga tributária ainda vem acompanhada de altíssima burocracia, possivelmente a segunda maior preocupação dos comerciantes. “É o que mais nos atrapalha... melhor, onera muito o processo”, diz Daniel Nepomuceno, da Meu Amigo Pet, no Shopping Eldorado. “Os impostos diminuem nossa lucratividade e aumentam os preços para o cliente”, completa ele.
Lojas sustentáveis A burocracia estende-se, ainda, à área municipal, em que há uma série de posturas que mexem com o comércio. A maior, nos últimos anos, certamente foi a Lei Cidade Limpa, que limitou a decoração de fachadas e restringiu as placas de publicidade. Mas isso é o de menos. Luis Felipe Campos, idealizador da rede Seletti Culiná-
duais, exatamente como na Pererê Calçados, na Vila Madalena, em que Patrícia Guedes ainda mantém uma pequena horta, nos fundos da loja, para suprir uma pequena cozinha. A loja de Patrícia, totalmente acessível a pessoas portadoras de deficiências, também patrocina um atleta amputado (não tem a perna direita), Paulo de Almeida, que já participou de dezenas de corridas.
Segurança e trânsito
ria Saudável, diz que, apesar de toda a discussão, é um adepto da Lei. “É nítida a melhoria visual. Ninguém discorda disso, bem como sobre o banimento das sacolas plásticas; é uma necessidade ecológica”. Campos só critica as normas de recolhimento de lixo do comércio (cada comerciante tem de contratar, particularmente, sua própria coleta, se gerar mais de 200 litros
por dia). Ele acha que a legislação tem de ser aprimorada: “Nem sempre é possível coincidir o encerramento das atividades com o horário permitido para disposição do lixo”. Todos estão preocupados com o ambiente e fazem algum tipo de ação sustentável. No Meu Amigo Pet, todas as sacolas já são biodegradáveis, antes das determinações municipais e esta-
Não há um só comerciante que não tenha sua loja monitorada por câmeras de segurança. Em uma cidade como São Paulo, é um equipamento considerado indispensável. Marcus Vinícius Rubortone, franqueado do Seletti Culinária Saudável, gostaria que o Poder Público desse maior atenção à segurança, embora sua loja não esteja na rua, mas no Mooca Plaza Shopping. Rodrigo Bayer Marder, dono da loja ICAB Chocolates de São Paulo (Vila Olímpia), já passou por uma situação de roubo, apesar dos equipamentos antifurto, e sugere que as autoridades promovam ruas mais seguras: “Nossas ruas estão cada vez mais perigosas e muito pouco é feito para mudar esse quadro”. E há uma reclamação recorrente, o trânsito da cidade. Elis Rinaldi, da Rica Festa, no Itaim Bibi, recebe reclamações diárias dos clientes que, às vezes, nem conseguem chegar à loja devido aos congestionamentos: “Isso ocorre em toda a cidade. Sugiro às autoridades melhorar o transporte público e as vias de acesso”. Na questão do rodízio de caminhões, diz Mauro Razuk, sócio-diretor da Zelo, as lojas são punidas: “E isso não tem ajudado a melhorar o trânsito da cidade”. Nesta época do ano, com caminhões ou automóveis, o trânsito fica pior, para shoppings ou não. Loja de shopping ou loja de rua, não importa muito para a maioria dos comerciantes. Existem vantagens em uma e em outra, diz Fernando Assad Abdalla, sócio-diretor da Doural, que acabou de abrir uma loja nova de rua nos Jardins. Não sente seu negócio ameaçado pelos shoppings, não onde está estabelecido – na 25 de Março e, agora, na Gabriel Monteiro da Silva: “Cada lugar tem um público. É claro que há vantagens, de custos, das lojas de rua sobre as dos shoppings”. Mas, ele nota, pode perder no fluxo de clientes. Com tudo isso, se fosse para sugerir uma única medida às autoridades – de qualquer nível – para melhorar a vida dos comerciantes, Gilberto Carvalho (rede de presentes Imaginarium), Frederico de Almeida Escobar (da franqueadora IT Beach), Mirian Aparecida Piveta (Sodiê Doces) e todos os outros não teriam a menor dúvida: "Reduzam a carga tributária". (LCA)
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IMAGINARIUM
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Aqui, o Natal começou em outubro Fotos: Newton Santos/Hype
Uma rede de presentes e decoração
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ngana-se quem acha que uma empresa que se declara abertamente de produtos para as pessoas melhorarem suas casas não tenha venda específica de Natal. Quando chega esta época, Rodrigo Crixi, gerente comercial da loja da Leroy Merlin na Marginal do Tietê, já sabe que terá de reforçar os estoques de tintas, decoração e iluminação. E que as vendas de Natal começam um pouco antes, por volta de outubro. É quando as pessoas começam a deixar suas casas prontas para a Festa. "Em todo final de ano, as pessoas querem deixar suas casas mais bonitas". Assim, de outubro até a primeira quinzena de dezembro, a Leroy Merlin vende 40% a mais de tintas em relação aos números médios do ano inteiro. É muito comum, diz Crixi, que as pessoas comprem uma única lata de tinta, só para dar um toque diferente em uma parede da sala. Ele mesmo conhece clientes que mudam regularmente uma parede de cor a cada ano – e sempre perto do Natal. Também as vendas de decoração, como tapetes, cortinas, almofadas, e de iluminação crescem cerca de 30% na mesma época. Só que estas vendas seguem em alta até o final do ano. Ao mesmo tempo, em dezembro, começa a venda de jardinagem e praia (cadeiras de praia, por exemplo) e de ventiladores e arcondicionado, que vai até janeiro. Neste ano, a rede francesa Leroy Merlin está comemorando treze anos no País. Chegou ao Brasil em 1998, com apenas uma loja e 168 funcionários. Hoje, tem 22 lojas em seis Estados e no Distrito Federal; gera mais de cinco mil empregos diretos e outros dez mil indiretos. Só em São Paulo, são sete endereços – Marginal do Tietê, Interlagos, Morumbi, Raposo Tavares, Ricardo Jaffet, Center Norte e Sorocaba. Em todo o mundo, seis países, a rede tem 309 lojas, com 36 mil funcionários, e fatura cerca de R$ 18 bilhões por ano. Leroy Merlin Marginal do Tietê Avenida Presidente Castelo Branco, 6061, Barra Funda Telefone: 3612-6200 www.leroymerlin.com.br
Q Agora, também no Mooca Plaza
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m uma loja de 40 m² na rua Oriente, no Brás, ninguém diria que Anis Razuk teria uma rede de 48 lojas nas cidades de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Santos, Santo André, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Guarulhos, Osasco, Barueri, Campinas, Ribeirão Preto, Uberlândia, Belo Horizonte, Salvador e Mato Grosso do Sul, além da loja virtual (www.zelo.com.br), que atende todo o Brasil. Cinquenta anos depois, a rede é realidade e orgulho de Mauro Razuk, neto do fundador. A cada ano, quando chega o Natal, é ele quem mais corre na empresa, preocupado com novos produtos, contratação de mais funcionários, com a decoração e as promoções. Este ano, a Zelo está introduzindo novos produtos como cobertores e roupões de microfibra, colchas da marca Boutis, coleções de toalhas novas, coleção Select de 400 fios, ao lado de aparentemente prosaicos panos de copa. Há produtos de fabricação própria, como a linha exclusiva do estilista Alexandre Herchcovitch. A parceria com o estilista
começou em 2003 e, desde então, tem sido um grande sucesso de vendas da marca, comprovando que moda e homewear combinam. São linhas exclusivas de cama, mesa e banho com produtos 100% algodão em percal 180 a 230 fios. Este ano, a mais nova unidade da empresa foi inaugurada junto com o novo shopping Mooca Plaza. Fica no piso L1. E segue o plano de expansão que, só este ano levou a empresa a locais como Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, sétimo Estado em que a loja se estabeleceu. Serão mais nove no ano que vem, segundo Mauro Razuk. E, até 2013, a Zelo pretende abrir mais doze novos pontos de venda, todos em shopping centers. “Acredito que o comércio tradicional não sofra muito com os shoppings. Mas sem dúvida a tendência de crescimento está nos centros comerciais, por uma série de fatores: segurança, conforto, limpeza, opções de lazer e horário estendido”. Zelo Mooca Plaza Shopping, piso L1 Telefone: 3548-4670 www.zelo.com.br
uem entrar em uma loja Imaginarium, agora no Natal, vai notar logo uma unidade em tudo: decoração, catálogo, lançamentos, até o atendimento dos vendedores. Os franqueados podem contar até com a previsão de aumento das vendas, que deve registrar média de 22%, comparada à do Natal do ano passado. O faturamento geral deve chegar a R$ 110 milhões, com tíquete médio acima de R$ 100. A empresa se apresenta como a maior rede de lojas de presentes e decoração do Brasil. Com vinte anos no mercado, a franquia Imaginarium conta 109 operações no País: 90 lojas, 19 quiosques e 600 pontos multimarcas. E cresce continuamente: este ano, segundo o diretor executivo Carlos Zilli, o número de lojas aumentou 50% acima do previsto: "No próximo ano deve ser ainda mais agressivo. A meta é abrir 40 novas lojas e um total de 100 lojas até 2015". Para isso um novo modelo de loja Compact foi desenvolvido pelo grupo para manter acelerado esse processo de expansão. A loja Compact tem um projeto diferenciado, o tamanho médio é de 35 m² e o investimento total é de aproximadamente R$ 210 mil reais, investimento menor que uma franquia comum e inclui a taxa de franquia, projeto arquitetônico, previsão de obra civil, equipamentos e estoque inicial. O foco desse novo modelo de franquia são os shoppings, ruas de grandes fluxos e cidades a partir de 150 mil habitantes. Dentro de shoppings ou em lojas de rua, não interessa muito. O que importa, de acordo com Gilberto Carvalho, gerente de Marketing, é a localização, onde haja bom fluxo de consumidores. Diz Gilberto que hoje são mais seguras as lojas de shopping, mas ainda há muitas ruas em que o movimento se mantém forte. Imaginarium 13 lojas em São Paulo Telefone: (48) 3205-6346 www.imaginarium.com.br
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BABY STUFF
RICA FESTA
O primeiro Natal no comércio
Do isopor à festa permanente
ovíssima no mercado – foi inaugurada em março –, a Baby Stuff nasceu da insatisfação de seus donos, quando consumidores. José Eduardo Tellini Toledo e Helena Toledo sentiram que não havia uma boa loja de produtos de puericultura e brinquedos infantis. Os corredores eram apertados, os vendedores desconheciam os produtos, atendimento e serviço eram ruins. Resolveram abrir seu próprio negócio. Este é seu primeiro Natal. “Escolhemos o bairro do Itaim Bibi, bem perto estão outros bairros de alto poder aquisitivo como Vila Nova Conceição e Vila Olímpia, bem como uma conhecida maternidade paulista”, diz Helena Toledo. O casal chegou a pensar em uma loja de shopping, considerou o nicho de consumidores e verificou vantagens e desvantagens. Certo, os shoppings agregam volume maior de negócios, mas perde-se na qualidade de atendimento e em outros requisitos considerados importante para o seu negócio. Na loja de rua, as vendas
cresceram e o prenúncio de um bom Natal veio já no Dia da Criança, em outubro. Logo, os dois preparam o estoque para a alta demanda do fim do ano, com a introdução de mais itens. Quando o mês de dezembro entrou, eles já haviam planejado uma decoração diferente das tradicionais. Helena montou uma árvore de Natal utilizando as prateleiras, que deu bom efeito e não precisou de muito investimento. Na vitrine optaram por um grande adesivo colorido e divertido com duende, Papai Noel, boneco de neve – todos em formato de árvore de Natal. “Desde a fundação, verificamos que as premissas que escolhemos estavam certas, pois apesar de apenas alguns meses desde a abertura, já temos muitos clientes fiéis. Isso demonstra que estamos no caminho certo." Tão certo que eles já planejam a abertura de novas lojas a cada dois anos. Baby Stuff Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 481, Itaim Bibi Telefone: 3044-1466 www.babystuff.com.br
SODIÊ DOCES
350 bolos só no período de Natal
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ssim que novembro se encerrou, a Sodiê Doces tinha mais cinco lojas, parte de um forte plano de expansão da marca, que iniciou o ano com previsão de abertura de vinte unidades. Só agora, foram instaladas três novas unidades em São Paulo, nos bairros de Vila Nova Conceição, Pinheiros e Carapicuíba – além de uma loja em Osasco. A quinta unidade foi aberta em Ponta Grossa, no Paraná. São 80 pontos de venda no País, em cinco Estados. "Estamos fortalecendo a marca em todas as regiões do Brasil e nosso objetivo é ser referência em produtos de qualidade e que atendam à expectativa de cada cliente", afirma Cleusa da Silva, fundadora e proprietária da rede. A rede começou há treze anos, com o nome de Sensações Doces. Teve origem no Interior, na cidade de Salto (SP). A proposta é oferecer bolos saborosos com preço
acessível para todos os públicos. São mais de 75 opções de sabores elaborados com base de pão-de-ló, matérias-primas de alta qualidade (fornecidas pela Nestlé) e com frutas frescas. Um dos mais novos franqueados é a Sodiê do Portal do Morumbi. Lourdes Garcia Piveta e Nicola Briganon Filho abriram o negócio em 2009, indicados por outros parentes, que já eram franqueados da Sodiê: "Escolhemos esse ramo, porque éramos consumidores dos produtos", diz Mirian Aparecida Piveta, gerente. A cada Natal, é aquela correria. No ano passado, a família Piveta teve de fazer média de 350 bolos para a data. A expectativa, este ano, é que o número cresça. Para 2012, a intenção é abrir mais duas lojas. Sodiê Doces Portal do Morumbi: avenida Dr. Guilherme Dumont Villares, 800 Telefone: 3739-3554 Site: www.sodiedoces.com.br
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ra uma fábrica de artigos de isopor, fundada em 1969. Fabricava geladeiras para grandes cadeias de supermercados, fornecia linhas especiais para empresas e fazia artigos para decoradores. Passaram-se vinte anos e a Rica Disoplástica acabou acumulando uma experiência no mercado de festas e decoração. Em 1989, descobriu o varejo e iniciou uma trajetória com as lojas Rica Center, em que vendia artigos de decoração, artesanato e festas em um departamento. O departamento cresceu e virou a Rica Festa. Agora, a loja do Itaim tem um espaço reservado para um espetacular guarda-roupas de fantasias e acessórios. Entre os mais de 15 mil itens para escolher na Rica Festa, é possível encontrar temas para Halloween, super-heróis, princesas (de várias histórias e épocas), flores e jardins, além de centenas de outras peças e acessórios – para crianças e adultos. “Tudo para que a comemoração seja inesquecível e não apenas uma festinha”, diz Elis Rinaldi, da diretoria de Marketing.
A arte com balões também foi introduzida no Brasil pela Rica Festa, que durante oito anos realizou seminários internacionais para capacitar decoradores de todo o País, além de muitos participantes da América do Sul. Trouxe para cá também instrutores americanos, canadenses, australianos, britânicos para ensinar técnicas, até então, nunca vistas no País. Para este Natal, Rinaldi está certo de que a loja continuará atraindo clientes, o suficiente para sustentar um aumento de vendas de 10% em comparação ao ano anterior. Na verdade, essas vendas já foram confirmadas na época do Halloween, em outubro. A linha de Ano Novo também está muito forte com centenas de novos itens tanto de decoração quanto para divertir no ano novo. Linhas natalinas de cupcakes, patckwork, caixinhas de música, entre outros podem ser conferidos nas prateleiras da Rica Festa. Rica Festa Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 273, Itaim Bibi Telefone: 3040-4290 http://www.ricafesta.com.br
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ICAB CHOCOLATES
Chocolates: de Curitiba para a Vila Olímpia Divulgação
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esde abril deste ano, São Paulo tem uma loja da Icab Chocolates. Não conhece? É uma empresa tradicional em Curitiba, mais de 80 anos de existência, onde tem seis lojas. Vende mais de 80 produtos, entre biscoitos, chocolates e os famosos bombons, todos produzidos artesanalmente. Desde a fundação em Curitiba, a Icab é administrada pela família Muffone, agora na terceira geração. Fora de lá, só existe esta Icab, na Vila Olímpia. O carro-chefe da Icab são os bombons, vendidos a granel (R$ 18,50 por 100 g). Os clientes podem fazer sua própria seleção de sabores, ou então comprar caixas já prontas, embrulhadas para presente. Entre as mais de 25 opções encontradas na loja de São Paulo estão itens que são sucesso há gerações, caso da Preferida (bombom de
chocolate ao leite com recheio de uva branca ao licor) e do Torrãozinho (chocolate ao leite com castanha de caju moído), ao lado de novidades como as trufas de maracujá, de limão siciliano e as ameixas e damascos mergulhados em chocolate ao leite. Formatos tradicionais, como língua de gato, alpino e cascas de laranja cristalizada com chocolate,
também fazem parte das opções dos clientes. Em São Paulo, a casa é uma filial integral da matriz, mas de propriedade de Rodrigo Bayer Marder. Com toda a crise econômica no mundo, ele está entusiasmado com o Natal. A loja está muito bem decorada, o que é um atrativo para os clientes, e a empresa lançou um produto novo, o panetone trufado, uma evolução do tradicional panetone da casa, seguindo receitas italianas e que, no ano passado, teve toda a produção vendida no dia 21 de dezembro. “Estamos confiantes neste Natal. Para a Icab, o final de ano é sinônimo de venda de panetones e de toda a linha de chocolates”, diz Marder. Chocolates Icab Rua Jesuíno Cardoso, 465, Vila Olímpia Telefone: 2367-2228 http://www.chocolatesicab.com.br
MEU AMIGO PET
O melhor amigo do comerciante SELETTI
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m meados de 2010, o dono da Meu Amigo Pet entrou com capital e convidou Daniel Nepomuceno para ser o CEO (Chief Executive Officer). Os dois queriam montar uma empresa de venda de produtos para animais de estimação, certos de que até ali ninguém ainda tinha um bom negócio do ramo, em lojas físicas e, principalmente, na internet. Foi uma boa aposta. O aumento de faturamento este ano vai estourar: 400% — claro que partindo de uma base bem menor. Graças ao aquecimento do setor, a empresa espera fechar este ano com faturamento de R$ 1 milhão. Mais interessante ainda, a empresa cresceu 28% no ecommerce. No momento, os donos já falam em armar uma estrutura para um volume muito maior de vendas – ainda nem sabem quanto. E, também, estão planejando novas lojas
físicas. Daniel Nepomuceno acredita que os clientes são multicanais: não se atêm a lojas de rua, de shopping ou de internet. Compra onde for mais conveniente, dependendo do momento. O importante é ter o produto que o cliente quer em todos os canais. E garantir a logística. Para este Natal, a Meu Amigo Pet contratou mais funcionários e estruturou uma frota própria para, ao menos em São Paulo, proteger a empresa de eventuais apagões de entrega. Promoções são feitas sempre.
A empresa esteve no Black Friday, a pré-venda de Natal, e apurou bom movimento. Quem visitar a loja, procurando artigos de Natal para seu bicho de estimação, vai encontrar novidades como roupas para Natal e Réveillon para pets, além de panetones para cães. É um mercado enorme e crescente, como os sócios previram. Em 2011, o mercado de pet shop no Brasil deve movimentar cerca de R$ 11 bilhões, em negócios com rações, medicamentos e serviços, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet). O crescimento nos últimos anos foi de 20% ao ano. Meu Amigo Pet Shopping Eldorado, piso térreo Telefone: 3277-2841 www.meuamigopet.com.br
Comida saudável para concorrer nos shoppings
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uer ser franqueado da Seletti e pensou em uma lojinha interessante, perto de sua casa. Esqueça: todo o negócio da Seletti Culinária Saudável foi formatado para funcionar em shoppings. Nesses centros de compras, diz Luís Felipe Campos, idealizador e diretor da rede, mais facilidades e segurança e, principalmente, há maior tráfego de pessoas. Nesta época de Natal, aumenta tanto que ele já fez as contas: cada uma das 22 lojas da franquia deve vender cerca de 20% mais. Para garantir o incremento de vendas, a empresa reformulou o cardápio, agora adaptado ao calor do verão, e instituiu a Promoção Sabor, Saúde e Prêmios. Em qualquer loja da capital e do Interior de
São Paulo, bem como em Belo Horizonte e no Rio de Janerio, a campanha promocional quer estimular a alimentação balanceada. E, com isso, destacar o conceito do Seletti, considerada pioneira em culinária saudável. Na promoção, o cliente recebe quatro cupons de cores diferentes – cumulativos para trocar por prêmios, como uma braçadeira, um porta-garrafa ou uma bolsa térmica. Marcus Vinicius Rubortone, o mais novo franqueado da rede, claro, vai participar. Ele acabou de abrir a loja no Mooca Plaza Shopping. E está entusiasmado, certo de que os baixos níveis de desemprego vão levar mais clientes à sua loja. Se tudo certo, ele amplia a parceria. Na
verdade, até já fechou contrato para mais uma unidade, com previsão de abertura em meados de 2012. Portanto, Marcus Vinicius está igualmente nos planos de Luís Felipe. O franqueador pretende atingir 150 lojas em todo o Brasil até 2020. "O foco da nossa expansão é levar o conceito da marca e seu cardápio variado e saboroso para outras regiões do Brasil", diz Campos, que acredita que a comida saudável é uma tendência em todo o País. Por isso enxerga que o Seletti tem condições de crescer em todo o Brasil. Seletti Culinária Saudável Mooca Plaza Shopping e outros Telefone (franquia): 3673-2013 www.seletti.com.br
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CENTAURO
JOCAR
Promoção digna de shopping
Relacionamento pioneiro com clientes
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undada em 1981, a Centauro apresenta-se como a maior rede de lojas de produtos esportivos da América Latina. São 146 lojas em vários Estados do Brasil, além do e-commerce. Está nos principais shoppings do País. A rede desenvolveu e implantou, de forma pioneira, o conceito de super e megastore, que reúne em um único ambiente várias categorias de esportes, além de entretenimento e experimentação de produtos. Cresceu tanto que, neste Natal, tem uma promoção digna de shopping: vai sortear três automóveis importados Mini Cooper até a véspera do Natal. Para participar é muito simples. Basta efetuar compras acima de R$ 150 em uma das 146 unidades, nos principais shoppings do Brasil, ou no ecommerce. Clientes que fizerem o pagamento com cartões (crédito ou débito) pelo sistema Cielo ganham cupons em dobro. Também há cupons extras aos compradores de produtos Mizuno. Para aumentar as vendas, a Centauro mantém páginas nas
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redes sociais e mantém blogs que tratam de quase todos os temas que interessam aos esportistas. Há um mural para apaixonados por esportes, em geral; e um blog especial para mulheres. Quem gosta de futebol pode discutir os times e campeonatos no blog Centauro Futebol. E ainda é possível ler aconselhamento para melhorar o desempenho pessoal no blog Centauro Running. Há mais de 27 anos no mercado, a Centauro tem uma divisão dedicada a vendas corporativas, na qual as
negociações são efetuadas por políticas de preços diferenciados. Uma empresa pode, por exemplo, escolher qualquer produto do site ou das lojas para oferecer como brindes a seus clientes. A loja faz entrega em qualquer parte do Brasil. A marca também é a patrocinadora dos tenistas Marcelo Melo, André Sá, Bruno Soares e do técnico Daniel Melo, além do judoca João Derly. Centauro Principais shoppings Telefone: 2168-2809 www.centauro.com.br
oje, como há 40 anos, quando fundou a Jocar, João Sirvente ainda vê sua loja em seus clientes. Quando começou, em 1971, João apostou no relacionamento com os consumidores, em uma época na qual não havia estudos de marketing nem Código de Defesa do Consumidor. Cara a cara com os visitantes da loja, ele descobria informações importantes, como os produtos que mais interessavam, os fornecedores que mais agradavam e as ideias que mais atraiam. Não à toa, a Jocar cresceu e hoje tem mais de 35 mil produtos à venda, em três lojas e um portal de ecommerce. É uma das gigantes do varejo de autopeças. E quando chega o Natal, a expectativa aumenta. Do mesmo modo que as pessoas procuram tornar suas casas mais bonitas para a data, os carros merecem o mesmo cuidado. O diretor Moisés Sirvente nota que, com as festas de fim de ano cresce a procura por produtos como calotas, lâmpadas e autorádios, principalmente depois
que sai a última parcela do 13o salário. É por isso que a empresa contrata mais gente, decora as lojas e produz um lay out natalino para o comércio eletrônico. O que mais cresce é a venda pela internet. Neste final de ano, as três lojas da Jocar – Lapa, Butantã e Pirituba – devem vender 10% a mais do que no Natal de 2010. Já o ecommerce deve crescer, segundo Moisés, cerca de 80% este ano. A venda on-line tem, ainda, a vantagem de ajudar as vendas nas lojas físicas.
“A área de e-commerce tem se revelado muito promissora”, diz Moisés. Tanto que a empresa já planeja tirar o comércio eletrônico das lojas físicas. Hoje, funciona nos depósitos, com pessoal separado, mas usando o mesmo estoque. Para 2012, a Jocar pretende armar um espaço exclusivo para as vendas pela internet. Jocar Três lojas, Lapa, Butantã, Pirituba Telefone: 3797-0707 www.jocar.com.br
IT BEACH
PERERÊ
Calçados de praia no Natal, abrindo o verão
Focada em conforto para os pés
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ificilmente há período melhor para a IT Beach do que o Natal. Não só a rede de lojas aproveita a onda de vendas do final do ano como inaugura as vendas de verão. A franquia é especializada em calçados de praia – em 1999, patenteou um modelo que alia conforto, moda e brincadeira. Este ano, só no Natal, as vendas devem crescer 30% em relação ao ano passado. Não é de estranhar que Frederico de Almeida Escobar, o franqueador, esteja animado. Ele está certo de que qualquer data comemorativa, qualquer feriado, quase todo final de semana é uma oportunidade para o seu produto. E ele acredita no formato de franquia. "O varejo é impulsionado cada vez mais pelas franquias, que estão espalhadas pelos grandes centros comerciais". Recentemente, a marca assinou contratos para mais oito lojas, todas no Rio de Janeiro, que é o foco atual dos planos de expansão. Além das lojas, os franqueados podem abrir quiosques, mais acessíveis. Para
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este Natal, a empresa está lançando uma linha infantil, destinada a atender também a filha da atual consumidora. Os anúncios da marca estão voltados para Natal e Réveillon. A decoração personalizada das lojas tenta atrair quem vai se divertir nas festas e nas férias que vêm a seguir. Escobar confia em seu produto. A tecnologia desenvolvida foi criada para que a sandália tenha amortecimento de impacto, graças a um sistema exclusivo de pinos colocados sob a palmilha. Segundo ele, esse
sistema estimula a circulação. Elaborou-se, também, uma palmilha com furos laterais e superficiais que ventila os pés, o que elimina o suor e aumenta a sensação de conforto. Com o slogan ‘Quem me Ama me Segue’, a It Beach tem, atualmente, 40 pontos de venda em todo o Brasil. E já exporta para mais de vinte países, como Itália, Espanha, Grécia, Israel, França, entre outros. IT Beach Vários shoppings Telefone: 3666-4430 www.itbeach.com.br
xistem as lojas de calçados que oferecem produtos de boa qualidade e beleza. E há as que oferecem calçados especiais para quem tem necessidade de conforto extra – como os diabéticos. Ao juntar as duas visões de mercado em uma loja só, a Pererê, a dona, Patrícia Guedes, estava começando um novo ramo no mercado. Abriu a primeira loja do Brasil especializada em “comfort shoes”. E, assim, floresceu. A Pererê existe há 19 anos, mas não nasceu no mercado de calçados. Foi fundada, conta Patrícia, para fornecer produtos e acessórios a pacientes amputados, como joelheiras de suspensão, meias para coto, cremes, cadeiras de banho, meias especiais para diabéticos. É um mundo de produtos que, então, só existiam no Exterior e com o qual os brasileiros amputados nem sonhavam existir. A escolha foi quase natural: Patrícia é enfermeira de formação e trabalha com amputados desde 1982. O próprio marido é amputado e sentia falta de produtos que
pudessem melhorar seu conforto. De origem suíça, ela já conhecia os produtos, o que a fez abrir a loja: “Junto com esses produtos, pois sabíamos que jamais iríamos sobreviver só com produtos desse segmento, comecei a importar a sandália Birkenstock, marca alemã famosa no mundo inteiro”. Hoje, os calçados alemães Birkenstock são o carro-chefe de vendas da empresa, ao lado de marcas nacionais e importados como Arcopédico, Mephisto, Wolky, Arché, Natural Step, Asics, Opananken e Dansko.
Patrícia também mantém uma pequena produção de marca própria. O importante, diz ela, é manter a seriedade: as vendas seguem a orientação médica de cada cliente. A loja é focada em conforto. Tem uma decoração bonita de Natal e oferece café e biscoitos em um jardim acolhedor. Para as vendas de fim de ano, trouxe novos modelos de produtos do Exterior e contratou mais funcionários. Pererê Rua Mourato Coelho, 1407, Vila Madalena Telefone: 3814-4313 www.lojaperere.com.br
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DI SANTINNI
LA RIOJA
Vocação para o varejo
Hora extra no Natal
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m 1980, como uma pequena fábrica de calçados, a Di Santinni não imaginava entrar no varejo. Mas logo nos primeiros anos de atividade industrial, descobriu seus pontos fortes. E eles estavam mais na venda ao público do que na fabricação. Da primeira loja, no Norte Shopping, no Rio de Janeiro, em 1986, a empresa cresceu no varejo. Hoje, por meio de franquias, tem uma rede de 110 lojas em onze Estados, mais de 30.000 m2 de área de vendas. Este ano, a mais nova unidade está no novo Mooca Plaza Shopping. O plano para as festas é igual para todas as 110 franqueadas em São Paulo, Rio, Bahia, Alagoas, Pará, Amazonas, Rondônia, Minas, Espírito Santo, Pernambuco e Maranhão. Haverá um grande sorteio – Um Caminhão de Prêmios –, inclusive para os clientes do comércio eletrônico. O caminhão terá tudo que é preciso para mobiliar uma casa, como geladeira e fogão, explica Cristiana Anjo, responsável pela área de Marketing. A cada R$ 80 em compras, o cliente ganha um cupom para concorrer. Mas nem todas as promoções são iguais ao longo do ano. Segundo Cristiana, as ofertas podem variar de unidade para unidade. Às vezes, todas em uma mesma região, como Nordeste ou Sul – dependendo dos hábitos de consumo e das modas regionais. A empresa observa todas as tendências de mercado e, de acordo, investe constantemente na inovação, bem como na reestruturação de suas lojas, treinamento de colaboradores – são mais de quatro mil – e na comunicação de massa. A ideia, diz Cristiana, é garantir produtos de qualidade, menor preço e facilidades de pagamento. Di Santinni Shoppings Mooca Plaza, Interlagos e Aricanduva Telefone: 4003-2157 www.disantinni.com.br
PORT CASA
O Bom Retiro avança sobre a Lapa
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radicionalmente, a PortCasa é do Bom Retiro. Há cinco anos na rua da Graça, a empresa nasceu com um capital de R$ 6.500 e três funcionários, pelas mãos de Natan Sztamfater. Era o primeiro armarinho on-line do Brasil. Ao longo desses anos, Sztamfater empreendeu um plano de expansão e agora está nos shoppings Frei Caneca, Plaza Sul e Boa Vista. Neste ano, abriu uma segunda loja de rua, na Lapa, na rua Clemente Álvares, esquina com 12 de outubro, perto do Mercado da Lapa e da estação da CPTM. Natan tem apenas 29 anos e deu certo. A história da empresa é de dificuldades, superação e, afinal, sucesso. Em 2006, inaugurou o armarinho na internet e recebia cinco pedidos por dia, com tíquete médio de R$ 10 e faturamento mensal de R$ 40 mil. Sztamfater não esperou ter prejuízo para tomar uma iniciativa. Parou para refletir: se mesmo vendendo produtos que dependiam das oscilações do tempo e da moda ele faturava R$ 40 mil por mês, quanto não ganharia se trabalhasse com outros produtos que não dependessem de sexo, faixa etária ou clima? Em 2008, desistiu do armarinho.com, que
ele imaginava seria o maior armarinho do mundo. Encontrou a resposta ao analisar o que já vendia: toalhas. Decidiu então vender artigos de cama, mesa e banho na internet e foi estudar o mercado. Apesar da concorrência, faltava uma loja ‘entrou, comprou’, que atraísse o consumidor pela superoferta. “A grande oportunidade da internet está em saber fazer promoções”. Hoje, o site recebe cerca de 500 mil visitas mensais e representa 55% do que vende a loja física. Na internet, o tíquete médio da Portcasa é de R$ 150 contra os R$ 100 da loja do pai de Sztamfater. Para suportar esse crescimento, precisou mudar a plataforma do site, criar um estoque próprio e aumentar a equipe para 40 pessoas. E, quando chega o Natal, é hora de trabalhar mais: com as novas lojas físicas e o portal, o faturamento aumenta 30% – graças, em parte, às novidades como as toalhas de mesa com temas de Natal, kits de decoração, além de travesseiros e almofadas. A nova loja da Lapa surgiu para atender a essa demanda. PortCasa Rua Clemente Álvares, 44, Lapa Telefone: 4062-0929 www.portacasa.com.br
uando chega o Natal, não se tem ideia do que é a movimentação de mercadorias e pessoas nos domínios do Grupo La Rioja. Produtos importados e nacionais, bebidas finas, pescados, que chegam e saem. São mais de 1.100 itens, entre azeitonas e azeites que, só estes, somam trinta rótulos diferentes. Na época de Natal, kits, baús e cestas de natal diferenciadas aumentam significativamente o faturamento, que neste período deve crescer pelo menos 10% em relação ao do ano passado. Banca de verduras no início de sua história, nos anos 1940, não tinha muito de gastronomia sofisticada. Com coco, cebola e hortaliças, abastecia as cozinhas da Força Pública de São Paulo (que se tornou a Polícia Militar), do Exército, Guarda Civil, escolas e outros estabelecimentos. Quando evoluiu, na década de 1970, a casa da família Gonzalez comercializava azeitonas, frutas secas, palmito e bacalhau. Só em 1990 surgiu a primeira loja, que virou distribuidora de produtos alimentícios finos, que virou sofisticada (em 2003), o Grupo La Rioja. O grupo é bem maior do que parece: além de alimentos e bebidas finas, a empresa tem um pé na agroindústria, na construção civil, importação de pneus, concessionárias de automóveis e transporte rodoviário de cargas. Mas é o empório que faz brilhar os olhos da família – e do gerente do negócio, Ricardo Moraes. Ele é que conta, com orgulho, da primeira loja, fundada em 2003 por Rosa Ignes Simonini Gonzalez. Dois anos depois, foi aberta uma unidade em Campos de Jordão, depois no bairro do Brooklyn, Zona Sul de São Paulo. E, este ano, uma loja na rua Senador Paulo Egídio, no centro histórico de São Paulo, onde há um mural de 1962, pintado por Clóvis Graciano e preservado pela empresa. Empório La Rioja Rua Senador Paulo Egídio, 70 Telefone: 3106--144 www.emporiolarioja.com.br
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tes, a Fnac afirma que contratou 250 funcionários temporários, grande parte para trabalhar em seu centro de distribuição em Jandira, região metropolitana de São Paulo: “Praticamente triplicamos a estrutura em nosso centro de distribuição”. A Fnac também garante que clientes da cidade de São Paulo que comprarem até o dia 21 de dezembro receberão seus produtos até o dia 24.
Paulo Pampolin/Hype
Comércio eletrônico desacelera neste Natal
Redes sociais Fábio Pereira: “No ano passado os netbooks estavam entre os destaques, mas neste ano praticamente sumiram do mercado, deram lugar aos tablets”
Os consumidores estão mais cautelosos – problemas na entrega de produtos tiveram péssima repercussão – e, ainda por cima, a crise econômica internacional é uma real ameaça. O crescimento deve ser a metade do que foi no ano passado
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temor de que a crise europeia chegue a o B r a s i l e o a umento do endividamento das famílias devem se refletir no comércio eletrônico, setor que cresceu 40% no ano passado. No Natal de 2011, o e-commerce deverá crescer nominalmente 20% em relação a 2010 e chegar perto de R$ 2,6 bilhões, segundo estimativas da e-bit, empresa especializada em informações do setor. Para Cris Rother, diretora da e-bit, apesar da desaceleração no ritmo de crescimento, haverá aumento nas vendas em comparação a um ano excepcional como o de 2010: “Alguns fatores importantes estarão contribuindo para essa desaceleração, como o menor crescimento econômico, queda no poder de compra, a crise internacional que vem afetando a economia e também a motivação para a aquisição de produtos de maior valor agre-
gado, com parcelamento de longo prazo. Além disso, a greve dos Correios impactou de forma negativa as vendas do comércio eletrônico como um todo”. O Natal representa atualmente 15% das vendas do ano. É a melhor data para o comércio em geral. A imagem do comércio eletrônico foi arranhada este ano com o aumento no número de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, principalmente por atraso na entrega das mercadorias. No dia 10 de novembro, o Procon de São Paulo publicou uma decisão em primeiro grau no Diário Oficial do Estado informando que a B2W Companhia Global do Varejo, responsável pelas empresas Americanas.com, Shoptime e Submarino, poderá ter suas atividades suspensas pela Fundação Procon-SP pelo período de 72 horas por reincidir na prática de não entregar os produtos aos consu-
midores. A empresa também deverá pagar multa no valor de R$ 1.744.320,00. Da decisão, cabe recurso. A B2W teve um aumento de 146% do número de casos relatados à fundação, que passaram de 1.479 atendimentos no segundo semestre de 2010 para 3.635 atendimentos até o primeiro semestre deste ano. Procurada, a empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se pronunciar sobre o assunto. Cris Rother afirma que o mercado estará mais preparado este ano para atender a demanda do período, aumentando a confiança e transmitindo mais segurança para o consumidor. O número de pedidos deverá ser 25% maior se comparado a 2010 e o tíquete médio deve manter-se em torno de R$ 350. No que diz respeito à logística, a executiva diz que ao longo deste ano os varejistas in-
vestiram em infraestrutura, tecnologia e capacitação profissional para evitar que os problemas ocorridos anteriormente voltassem a ocorrer. No entanto, os consumidores devem se preparar e seguir alguns passos para garantir um Natal tranquilo, com todos os presentes entregues: “O e-consumidor deve se precaver e realizar suas compras com antecedência, para garantir que seus presentes cheguem a tempo das comemorações. Além disso, deve sempre estar atento ao realizar uma compra virtual, se certificando da seriedade da loja e também das condições oferecidas”.
Longe da crise Para Fábio Pereira, diretor da loja eletrônica da rede Fnac (www.fnac.com.br), o desempenho das vendas este ano será maior do que o ano passado: “Estamos esperando um crescimento nas vendas de 26%,
superior aos 24% registrados no ano passado”. Segundo ele, os destaques deste ano serão os tablets, que chegam em maior variedade em relação ao ano passado e preços mais acessíveis. O consumidor poderá escolher entre as diversas configurações do iPad 2, Galaxy Tab, Motorola Xoom, Blackberry Playbook, Acer Iconia, Toshiba MyPad e Asus Transformer. Na seção de Informática, o tablet é a primeira opção: “Outro destaque neste Natal são os smartphones, seguidos de livros e CDs”. Para o executivo, os notebooks têm boas vendas o ano todo e não será diferente nesta época de Natal, já que os preços estão em queda: “No ano passado, os netbooks estavam entre os destaques, mas este ano eles praticamente sumiram do mercado, dando lugar aos tablets”. Para se preparar para o Natal e não frustrar os seus clien-
O magazine Luiza está apostando em ações de marketing em redes sociais para esquentar suas vendas. O MagazineLuiza.com lançou o Trenó Premiado. Até o Natal, a rede varejista colocará produtos com preços imperdíveis no site com estoques limitados. Porém, para obter o grande desconto, o cliente precisa compartilhar a megaoferta via Twitter e Facebook com o máximo de pessoas que conseguir. Ao atingir a quantidade de compartilhamentos determinada, a compra é liberada e quem for mais rápido aproveita para fazer um excelente negócio. No final da campanha, o cliente ainda poderá ganhar todos os produtos liberados durante a ação. Para isso, basta criar uma frase criativa de no máximo 140 caracteres contando por que merece ganhar um Trenó Premiado, respeitando o seguinte formato: (link) #QueroDeNatal + mega oferta + e o trenó premiado pq (frase). As ofertas para este Natal já estão disponíveis no www.magazineluiza.com.br/natal. O resultado do concurso será anunciado até dia 30 de dezembro nessa página especial. Outra novidade que deve movimentar o Natal na internet é o Magazine Você, primeira iniciativa real de social commerce no Brasil, lançada em agosto pela rede varejista. Nele, o internauta monta uma vitrine no Facebook e/ou Orkut, pode vender qualquer produto do Magazine Luiza, escreve dicas que ajudem seus amigos na hora da compra e ainda recebe uma comissão de 2,5% a 4,5% pela venda do produto. Mais do que receber conselhos de pessoas de confiança, a novidade permite aos usuários encontrar produtos e comprálos em um só lugar. No próprio aplicativo da rede social é possível montar um carrinho de compras. (CO)
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Tudo cabe em seus e-mails. Mas jogue os bandidos no lixo Tudo é motivo para os bandidos tentarem aplicar golpes, especialmente em épocas como essa do Natal, em que as ofertas se multiplicam. As lojas virtuais brasileiras perderam 4% de seu faturamento com fraudes virtuais – mais de R$ 7,5 milhões
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odo fim de ano a história se repete: caixas postais dos e-mails ficam lotadas de mensagens de golpistas, os chamados phishing. Além da conhecida mensagem fazendo-se passar pelo banco e pedindo para atualizar o token ou o sistema de segurança, em que o usuário deve clicar em um link e baixar um programa que tentará capturar senhas e números do cartão de crédito, nesta época aumenta muito a incidência de mensagens do tipo: telegrama online, depósito em conta corrente, cartão de Natal, débito no Serasa, entre outras. O phishing pode ser definido como um conjunto de técnicas empregadas para roubar a identidade eletrônica de um indivíduo, permitindo o acesso a áreas ou serviços privados em benefício próprio. Com o crescimento das atividades econômicas na internet, uma grande quantidade de bandidos desenvolveu tecnologias para enganar o usuário e assim se apoderar de informações essenciais como os dados de cartões de crédito, nomes de usuário e senhas de internet banking, conta e agência bancária. A grande maioria dos esquemas de segurança estabelece que um indivíduo precisa, no mínimo, de um nome de usuário e de uma senha para acessar áreas privadas, como contas de e-mail, internet banking, lojas eletrônica, etc. Esses dados e demais dispositivos de segurança formam o que se conhece por Identidade Eletrônica ou, em alguns meios, Credenciais de um Indivíduo. Os criminosos virtuais utilizam uma combinação de engenharia social e elementos técnicos para roubar a Identidade Eletrônica de uma pessoa. Os esquemas de engenharia social mais utilizados são os e-mails falsos, projetados para atrair as vítimas a sites
igualmente falsos, porém idênticos aos das instituições bancárias e de cartões de crédito. Assim, o site pode pedir para o usuário colocar o número da agência bancária, da conta corrente e a senha. Outra possibilidade é a instalação de um programa malicioso, que captura tudo o que o usuário digitar, incluindo senhas e número do cartão de crédito. Para não cair nesta armadilha, a recomendação dos especialistas é sempre desconfiar dos e-mails recebidos. Os bancos não enviam mensagens para que seus clientes façam atualizações de token ou de sistemas de segurança. Da mesma forma, a Receita Federal, Serasa e outros órgãos de proteção ao crédito não enviam e-mails de cobrança de débitos. Além disso, não utilize softwares piratas, principalmente o sistema operacional Windows, pois ele deverá estar sempre atualizado. Tenha também instalados antivírus e firewall pessoal. Esses programas barram softwares maliciosos e impedem que programas
instalados capturem e enviem informações sem a sua autorização.
Fraudes virtuais Não são apenas os usuários domésticos a correr mais riscos no fim do ano. Estimativas apontam que as lojas virtuais brasileiras chegam a perder 4% de seu faturamento com fraudes virtuais. Levando-se em conta que o comércio eletrônico nacional deve movimentar este ano quase R$ 19 bilhões, o prejuízo deve ser de mais de R$ 7,5 milhões. Chargeback – esta palavra em inglês é o terror dos lojistas virtuais. Trata-se do cancelamento de uma venda feita com cartão de débito ou crédito. Em geral ocorre pelo não reconhecimento da compra por parte do titular do cartão – os dados estão corretos, a operação é aprovada, mas o dono do cartão afirma que a compra não foi feita por ele. É o chamado estorno. Para tornar toda a operação mais segura,
para lojistas e consumidores, existem várias empresas que fazem a intermediação de meios de pagamento para o e-commerce, a maioria apoiada por grandes portais, entre eles o PagSeguro (do UOL), o Pagamento Digital (do grupo Buscapé), o MoIP (do IG), Mercado Pago (Mercado Livre), iPagare (da região Sul), e o norte-americano PayPal, do e-Bay. Outra empresa que atua neste segmento de segurança de meios de pagamento é a ClearSale. A sua função é detectar fraudes no comércio eletrônico e dar a segurança ao varejista de que o comprador é realmente o dono do cartão. Em geral, a fraude ocorre com cartões roubados ou clonados. A ClearSale faz a análise da compra e autentica a venda, assumindo o risco da venda, ou seja, o lojista virtual tem certeza que receberá pela venda. Recentemente, a ClearSale fez uma pesquisa e montou um ranking dos Estados com maior número de fraudes. De acordo com o levantamento, os Estados do Nordeste respondem por 62% dos crimes com transações financeiras fraudulentas. São seguidos por Norte e Centro-Oeste, com 32%, Sudeste com 11,2% , e apenas 3,7% da região Sul. Só em 2010, 890 mil operações irregulares foram detectadas pela ClearSale. (CO)
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Um luxo de mercado. E cresce até 33% este ano
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crise financeira na Europa ainda não teve reflexos no mercado do luxo brasileiro, que segue em expansão e vislumbra um cenário bastante positivo para 2011. A projeção de crescimento para este ano é de 33% sobre o faturamento de US$ 8,94 bilhões (15,73 bilhões de reais) de 2010, quando teve alta de 28% em relação a 2009. Os resultados fazem parte do estudo “O mercado do Luxo no Brasil – ano V”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e MCF Consultoria & Conhecimento. A quinta edição da pesquisa contou com a participação de 79 empresas do segmento, um universo estimado pela MCF de 230 empresas operantes no Brasil. Segundo a consultoria, o cenário brasileiro para o mercado do luxo está entre os mais promissores do mundo. O bom momento econômico pelo qual o País passou nos últimos anos tem refletido diretamente no fortalecimento do setor que, de 2006 a 2010, registrou um aumento de 129% em dólares e 87% em reais, montante que tem sido revertido em constantes investimentos. No ano passado, as empresas investiram o equivalente a 21% do seu faturamento e os valores saltaram de U$ 1,24 bilhão em 2009 para US$ 1,89 bilhão em 2010. Para este ano, a expectativa de investimentos é U$ 2,57 bilhões. Entre esses investimentos, aparece com destaque o uso das redes sociais. Mais de 60% das empresas afirmam usar as redes para fazer divulgações. O Facebook se destaca como a mídia preferida, citado por 98% das empresas, seguido pelo Twitter, com 71%. A pesquisa constatou ainda a importância dada à profissionalização do quadro de pessoal, com treinamento e capacitação de mão-de-obra. O aumento do salário médio de funcionários em 2010, que subiu para R$ 4.080 ante os R$ 2.762 de 2009, refletiu a necessidade de atrair vendedores mais qualificados a partir do retorno financeiro. No entanto, há ainda
Se lá fora o cenário é cinzento, aqui anda bem mais claro e colorido. Por isso, segundo um estudo da GfK Brasil e MCF Consultoria, o mercado do luxo deve crescer 33% este ano. Os investimentos também só aumentam, especialmente em qualificação de mão-de-obra Paulo Pampolin/Hype
Paulete Eberhardt: “Com a chegada de novos produtos e a abertura de nossa loja virtual, pretendemos faturar aproximadamente 60% a mais do que no Natal de 2010”
uma diferenciação bastante alta entre empresa brasileira, cuja média salarial é de R$ 3.231, e estrangeira, de R$ 5.083. “O público do luxo é bastante exigente, quer atendimento personalizado e diferenciado. As últimas pesquisas reforçavam a importância de vendedores qualificados. Os resultados desta edição, então, mostram que as empresas estão va-
lorizando a capacitação e o aperfeiçoamento do seu quadro de funcionários para acabar com esse gargalo”, informa Paulo Carramenha, diretor presidente da GfK Brasil. Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, o atendimento é um dos principais valores reconhecidos pelo consumidor do mercado do luxo: “Nada
mais propício, então, do que as empresas reconhecerem essa necessidade de motivar os vendedores a se ajustarem à capacitação profissional de suas equipes de atendimento para garantir um relacionamento diferenciado com seus clientes”.
Natal nas lojas A loja Le Paquet, para ho-
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mens, funciona na rua Oscar Freire, nº 937, no Jardim Paulista. Há 27 anos se dedica àqueles que procuram algo diferente e original para presentear e reúne mais de cinco mil itens, entre gifts e mimos. “Com a chegada de novos produtos e a abertura de nossa loja v i r t u a l ( w w w. l o j a l e p aquet.com.br), pretendemos faturar aproximadamente 60% a mais do que no Natal de 2010”, diz a proprietária Paulete Eberhardt. O espaço conta com presentes para os mais diferentes estilos: o executivo, o colecionador, o sommelier, o vaidoso, o chic, o elegante e o despojado. A loja possui uma seção só para charutos, caixas umidificadoras, cortadores, isqueiros, cinzeiros e tudo que charuteiros possam precisar. Comercializam mais de mil papeis importados, caixas, sedas e fitas. Que tem também o propósito de ser uma prestação de serviço. Além disso, relógios, canetas, joias em aço, acessórios para vinhos, kits para escritório, livros de arte, jogos, kit para banho & SPA, Forchinos, cow parade e outros estão nas vitrines da Le Paquet. "Geralmente as pessoas têm muitos problemas para presentear os homens. Então, resolvemos explorar a oportunidade de reunir em um único espaço tudo que um homem possa querer, não sendo apenas o lugar perfeito para achar o presente do seu chefe, pai ou namorado, mas também para que o homem presenteie a si mesmo". A grife de joias contemporânea Barbara Strauss (www.barbarastraus.com.br), da estilista Cristiane Barbara Strauss, está confiante de que este será um Natal inesquecível, principalmente para as mulheres presenteadas com a joias da marca. Seguindo uma série que exaltam as mulheres contemporâneas, a Barbara Strauss lançou a Coleção Mulheres que Criam. A atual, de primavera, encoraja a mulher a explorar a liberdade: “Com a abertura da 27ª loja franqueada, a ampliação da fábrica em Limeira e a nova Coleção Mulheres que Acreditam, neste Natal vamos aumentar as nossas vendas em até 50% em relação ao mesmo período do ano passado”. A Doural é um dos pontos mais tradicionais da rua 25 de
março desde 1905, marcando sua presença no mercado de decoração e consumo; comercializa itens de cama, mesa, banho, tapetes, cortinas, tecidos, itens decorativos para casa e escritório, ferramentas/jardim. Além dessas opções, é uma loja de presentes e utilitários, com diversidade em jogos de jantar; eletrodomésticos; eletroportáteis; também objetos de desejo como as linhas gourmet das marcas francesas de panelas Staub, Cristel e Mauviel. A empresa acaba de inaugurar uma loja nos Jardins, na alameda Gabriel Monteiro da Silva. Fernando Assad Abdalla, sócio-diretor da Doural, acredita em boas vendas neste Natal: “Com a chegada de marcas exclusivas by Doural, como G e f u , K u h n R i k o n , B a lck+Blum e Garcima, além da unificação dos nove portais da D o u r a l ( w w w. c l u b d o ural.com.br), onde oferecemos mais de 70 mil itens para a casa em geral, a nossa estimativa é vender 15% a mais do que em 2010”. Apesar de o principal endereço ser na rua 25 de Março, um centro popular, Abdalla diz que o público dominante é o de classe A, que exige produtos sofisticados e de alta qualidade. A Normandia é considerada a cidade do cobre, em que trabalhadores fabricam utensílios de cozinha há 800 anos. Esses mesmos produtos, conhecidos mundialmente, chegam agora ao Brasil, especialmente para aqueles que amam cozinhar. Utilizada por renomados chefs, é a panela de cobre mais vendida do mundo. Cada coleção traz o selo da Mauviel desde 1830, que se tornou possível através de conhecimentos de fabricação transmitidos de geração em geração. Um dos destaques neste Natal são as panelas de cobre com interior em aço inoxidável e cabo de ferro fundido. As panelas adequam a temperatura, controla também a condutividade térmica graças a dupla camada de aço inoxidável (10%) e cobre (90%). Própria para cozidos ou pratos com caldos, a panela de cobre Mauviel da linha M’HERITAGE é encontrada na loja Doural por R$ 682,69, enquanto a frigideira sai por R$ 780,73. (CO)
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PRESENTES
O sonho de consumo do Papai Noel este ano: tablet É a cobiça do momento, do iPad 2 da Apple ao nacional da Positivo. A oferta aumentou muito, os preços estão mais baixos e, por isso, há filas para comprar um tablet. Os preços variam de R$ 1.200 a R$ 2.600 e aqui você pode comparar modelos e escolher o que lhe convém
N
os anos anteriores, smartphones e notebooks estavam no topo da lista de presentes cobiçados pelos brasileiros. Este ano parece ser o Natal dos tablets. Basta ir a qualquer loja de eletroeletrônico e informática para ver a quantidade de pessoas em fila para experimentar a nova
tecnologia. O número de ofertas aumentou bastante este ano. Os equipamentos estão mais poderosos, em geral com processadores de núcleo duplo (Dual Core), os mesmos usados em notebooks. As telas variam de 7 a 10 polegadas e são mais finas por causa da tecnologia LED. Antes de comprar um tablet, saiba que ele não é a
melhor opção para ser o principal computador. Por meio de toques na tela, o usuário pode navegar na internet e muitos conteúdos estão sendo criados para tablet, como jornais e revistas.
Mas a digitação é feita por meio de teclado virtual, que não dá o mesmo conforto de um teclado convencional. O equipamento também não vem com leitor/gravador de DVD.
É curioso notar que nos anos 80 e 90 havia uma rixa entre usuários de computadores Macintosh e PC – o primeiro usava o sistema operacional Mac OS e o segundo, o Windows, como ainda é até hoje. Nos tablets continua a haver uma divisão, só que agora entre o iOS, sistema do iPad, da Apple, e o Android, do Google,
presente na maioria dos tablets. Por fora corre o Blackberry, com um sistema proprietário. Não é possível afirmar, de forma imparcial, qual o melhor sistema. O iPad é o tablet mais vendido no mundo e o Android é o sistema operacional mais popular. Confira a seguir alguns modelos disponíveis no mercado e escolha o seu. (CO)
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Apple iPad 2
Samsung Galaxy Tab
A segunda versão do iPad começou a ser vendida no Brasil no fim de maio e deve ser a sensação de vendas neste Natal. O equipamento traz todo o charme da marca Apple e a funcionalidade do sistema operacional iOS 5. Sua tela de 9,7 polegadas é retroiluminada por LED, deixando a imagem mais nítida e brilhante; tem apenas 8,8 mm de espessura e pesa só 600 gramas. Um chip de núcleo duplo (dual core) garante mais poder de processamento. São duas câmeras, uma na frente para videoconferência e outra na parte de trás. Possui mais de cem mil aplicativos disponíveis na loja virtual App Store, como jogos a aplicativos de produtividade. Vem com conexão sem fio Wi-Fi e também 3G (celular) em alguns modelos. Opções para 16,32 ou 64 GB de memória. Os preços variam de R$ 1.649 a R$ 2.599.
Principal concorrente do iPad na atualidade, o Galaxy Tab tem tela de 10,1 polegadas, espessura de 8,6 mm e pesa 565 gramas. O sistema operacional é o Android 3.1, lançado em maio, que permite personalizar o tablet de várias maneiras e baixar milhares de aplicativos e jogos na loja virtual Android Market. É possível assistir filmes em full HD e gravar vídeos em HD. Possui duas câmeras, uma para videoconferência e outra para tirar fotos com flash. A alta performance do equipamento é garantida pelo processador Dual Core de 1.0 GHz, 1 GB de memória RAM, 16 GB de memória interna para armazenamento, acesso a rede sem fio Wi-Fi, Bluetooth ou GSM 4G (celular) e GPS. O preço é de R$ 1.999.
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PRESENTES
Motorola Xoom com Wi-Fi Blackberry Playbook 32 GB No segmento de smartphone, a marca Blackberry é forte. Mas em tablet, sua atuação fica mais restrita, tanto por ter concorrentes de peso, quanto pela questão de seu sistema operacional proprietário, o Blackberry Tablet OS, que não tem tantos aplicativos quanto o Android e o iOS (do iPad). O lado bom dessa história é que se o usuário tiver um smartphone Blackberry, é possível sincronizar e transferir arquivos. A segurança também é maior, já que vírus e códigos maliciosos geralmente são feitos para plataformas mais populares. Este modelo possui tela de 7 polegadas, câmeras frontal e traseira, processador Dual Core, tem 10 mm de espessura e pesa 426 gramas. Aplicativos e jogos podem ser baixados no Blackberry App World. Preço: R$ 1.599.
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ação
O modelo da Motorola vem com tela 10,1 polegadas, o processador também é Dual Core, o que lhe confere mais poder de processamento, o sistema operacional é o Android 3.1, pesa 700 gramas e tem espessura de 12 mm, maior que os dois principais concorrentes. São duas câmeras, uma frontal com resolução de 2 MP e outra traseira, de 5 MP, suficiente para tirar boas fotos. Possui 1 GB de memória RAM e 32 GB de memória interna. Este modelo vem com conexão sem fio Wi-Fi. As operadoras de telefonia comercializam o modelo com conexão celular 3G. Preço: R$ 1.499.
Acer Iconia A500 Uma das principais marcas de notebooks, a Acer também lançou seu tablet. O modelo está dentro dos padrões, com tela de 10,1 polegadas, processador Dual Core, sistema operacional Android 3.0, memória RAM de 1 GB, memória interna de 32 GB, câmera frontal com resolução de 2 MP e traseira de 5 MP, rede sem fio Wi-Fi e Bluetooth, espessura de 13 mm e peso de 765 gramas. Equipado com entrada HDMI, o dispositivo pode ser utilizado para assistir a vídeos Full HD em televisor ou monitor com dimensões maiores. Preço: R$ 1.499.
Positivo Ypy Em tupi-guarani, ypy quer dizer primeiro. Pois então, este seria o primeiro tablet genuinamente brasileiro, pois a Positivo é uma empresa nacional. É um equipamento mais simples, com menor poder de processamento. Ele utiliza um processador ARM de 1 GHz, usado em dispositivos portáteis. Por isso, o sistema operacional é o Android 2.3, com menos recurso. A sua tela é de 7 polegadas e vem com memória de 2 GB. O grande diferencial são os aplicativos, entre eles as revistas Época, Veja, Exame, Caras e os jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Preço: R$ 1.199.
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PRESENTES
Mercado aquecido, hora de editar seu presente: livros
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v e n d a d e l i v ro s cresce no Brasil: o faturamento do setor editorial no ano passado foi de R$ 4,5 milhões, um crescimento de 8,12% em comparação a 2009. Esse número fica mais atraente se levado em conta que o preço médio do livro caiu mais de 4%. Assim, o número de exemplares vendidos cresceu mais de 13% e passou de 387 milhões de unidades para quase 438 milhões. Estes dados constam da pesquisa anual “Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro”, realizada pela Fipe para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL), divulgada em agosto. O estudo revelou também um aumento da edição de novos títulos, com crescimento de 8,9%. Isto significa mais opções para o leitor e oportunidades maiores para o surgimento de novos escritores. Tal constatação é confirmada por outros números constantes da pesquisa: em 2010, foram publicados 51,68 mil títulos de autores brasileiros, crescimento de 32,64% em relação aos 38,96 mil do ano anterior. Segundo a pesquisa, os livros de literatura, com 22,32% de participação no mercado total, ocupam o segundo lugar. Ficam atrás apenas dos didáticos, 45,72%, e à frente dos religiosos, no terceiro lugar com participação de 10,30%. Literatura adulta significa 8,05% do total do mercado; infantil, 5,38%; juvenil, 8,89%. O estudo mostrou que há no Brasil 750 editoras ativas, das quais 498 enquadram-se na classificação da Unesco: edição de pelo menos cinco títulos e produção mínima de cinco mil exemplares por ano. As 498 empresas que atendem a tais critérios dividem-se da seguinte forma: 231 têm faturamento até R$ 1 milhão; 189, entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões; 62, entre R$ 10 milhões e R$ 50
Também para as livrarias o Natal é a melhor época do ano; o mercado está aquecido, as lojas estão cheias e os lucros só aumentam, segundo a última pesquisa anual. O preço médio do livro caiu e o número de exemplares vendidos cresceu Paulo Pampolin/Hype
Euler Paixão/Hype
das lojas”, diz Henrique Farinha, presidente da editora. A Évora é conhecida por editar livros técnicos e de negócios, mas a empresa possui o selo Generale, com títulos de ficção e não ficção. A grande aposta da editora para este Natal é o livro “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, um clássico da literatura mundial. A capa é o mesmo do filme que estreou no cinema. “O livro foi lançado em outubro, a data ideal para a venda no Natal e as livrarias começaram a receber o produto em novembro”, explica Farinha. A Editora Évora também vem apostando nas redes sociais com bons resultados. Há cerca de três meses, fez uma promoção pelo Twitter com o livro “A Biografia de Roger Federer, de René Stauffer: “O post no Twitter chamava para nosso site e o internauta precisava responder a uma pergunta para ganhar o livro. As vendas do título cresceram 800%. Para o Natal, estamos com ações nas redes sociais para os títulos de ficção e não ficção e também de negócios”.
Loja cheia Henrique Farinha, da Editora Évora, espera que as vendas cresçam 250% em comparação ao mesmo período do ano passado
milhões; e 16 têm receita acima de R$ 50 milhões.
Natal gordo De acordo com Pascoal Soto, diretor editorial da Editora Leya (www.leya.com.br), os meses de novembro e dezembro respondem por cerca de 30% das vendas no ano: “Assim como o comércio em geral, a época de Natal é a mais aguardada no ano pelas editoras. Quando se consegue emplacar um grande best seller, as vendas de Natal podem significar o faturamento do ano todo”. Sem revelar valores, Soto comenta que também é preciso investir em marketing, principalmente em promoção nos
pontos de vendas, como cartazes e banners: “Hoje, nas grandes redes de livrarias, todo espaço é comercializado. Para ter destaque dentro da loja é preciso negociar”. Para este Natal, a Editora Leya está apostando em alguns títulos. Os três volumes da saga “As Crônicas de Gelo e Fogo”, de George R.R. Martin, que virou sucesso no canal de TV HBO, foram reunidos em uma caixa. O mesmo aconteceu com os dois grandes sucessos dos jornalistas Leandro Narloch e Duda Teixeira – Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil e Guia Politicamente Incorreto da América Latina. Como a Bossa Nova nunca
Pascoal Soto: “Quando se consegue emplacar um grande best seller, as vendas de Natal podem significar o faturamento do ano todo”
sai de moda, outra aposta da Leya é “A Bossa do Lobo: Ronaldo Bôscoli”, de Denilson Monteiro. O livro faz um relato da vida de um dos mais importantes compositores brasileiros e umas das principais figuras da Bossa Nova. E combinando bem com o espírito natalino, o novo livro do padre Juarez de Castro, “As Mais Belas Orações para Falar com Deus”, também estará em destaques nas livrarias. São mais de 50 orações num belo projeto gráfico. Para o público infantil, a pedida é “Historietas Assombradas”, de Victo-Hugo Borges. O projeto, que nasceu como um curta-metragem em 2005 e já ganhou diversos prêmios, che-
ga às páginas dos livros numa edição cuidadosamente ilustrada para o público infantil. O autor criou um universo lúdico, com influências do cineasta Tim Burton e do escritor Neil Gaiman, no qual histórias assombradas criam vida. Misturando personagens do folclore brasileiro com monstros e criaturas estranhas, Vó-Vovó inventa histórias que fazem qualquer criança malcriada correr para debaixo da cama. A Editora Évora (www.editoraevora.com.br) está em seu segundo Natal e espera que as vendas cresçam 250% em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto que o mercado editorial de livros deve crescer entre 7% e 10%. Para tanto, ela está investindo 15% do faturamento mensal em ações de marketing e compra de espaços junto às livrarias. “Estamos nos catálogos de Natal das principais livrarias. As negociações que fizemos vão desde maiores quantidades de livros com prazos maiores de pagamento, até a compra de espaços privilegiados dentro
Com doze lojas no País, quatro em São Paulo, a Livraria Cultura espera um crescimento de 16% nas vendas de Natal este ano em comparação a 2010. “Livro é sempre um bom presente, é de bom gosto e tem preço acessível”, diz Ricardo Schil, gestor de compras da Cultura. As vendas deste período representam 15% do faturamento do ano da livraria. Schil afirma que a Livraria Cultura não comercializa espaços dentro da loja: “Montamos o catálogo de Natal em outubro e os espaços, incluindo a vitrine, são ocupados de acordo com o que achamos mais conveniente para atender o nosso público”. Segundo o executivo, os gêneros mais procurados nesta época de Natal são os de literatura nacional e estrangeira e livros infantis: “O público que frequenta a loja é o mesmo do restante do ano, isso não muda. As lojas ficam mais cheias e o volume de compras é maior, muitos para presente”. Ele conta que as vendas online pelo site da livraria ocorrem mais durante os dias úteis. Nos fins de semana, as pessoas gostam de ir à loja e folhear os livros. (CO)
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
NATAL ILUMINADO
Natal Iluminado, a grande emoção em cada canto da cidade Parceria da Prefeitura com corporações e entidades, como a ACSP, o Natal Iluminado torna São Paulo bem mais bonita e mais humana neste Natal. Além dos pontos tradicionais, como a árvore gigante e a fonte do lago do Ibirapuera, as atrações se multiplicam em praças e avenidas. Luzes piscam e brilham nos olhos das crianças Vivi Andreani/LUZ
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elas ruas, as luzes estão nos postes e nos viadutos. Há três árvores de Natal gigantes – nas zonas Sul, Leste e no Ibirapuera. Um espetáculo de águas e luzes atrai os mais de onze milhões de paulistanos, que congestionam as vias do Ibirapuera. Dois presépios gigantes competem pela atenção das pessoas na praça da Sé e na praça Charles Miller, no Pacaembu. Os papais noéis movem-se e piscam. Somadas todas, as luzes são quinze milhões, mais do que o número de habitantes. São 600 pontos de atração. Para qualquer lado que se olhar, é Natal, um Natal iluminado. Desde 2 de dezembro, com uma celebração na Catedral da Sé, São Paulo entrou no espírito do Natal, cheia de atrações e toda decorada até dia 6 de janeiro. Nesta edição do Natal Iluminado – realização da Prefeitura, com patrocínios de grandes corporações e entidades, como a Associação Comercial de São Paulo –, a programação traz muitas novidades. Entre elas, a apresentação do balé O Quebra-Nozes, com a Companhia Cisne Negro, pela primeira vez a céu aberto. E outras que se repetirão por toda a cidade, como a Cantata de Natal, composta pelo maestro Amaral Vieira especialmente para a ocasião, e que será mostrada nos Centros Educacionais Unificados, os CEUS, de toda a cidade. Entre as atrações mais visitadas estão certamente no Ibirapuera, onde se encontram a tradicional árvore, de 58 metros de altura, e o espetáculo da fonte multimídia, no lago do parque. Duas outras árvores gigantes foram montadas na cidade – uma na Zona Sul, à beira da represa Guarapiranga, o que já constitui uma tradição de três anos; outra, absoluta novidade, no par-
que Tiquatira, na Penha, Zona Leste. As duas têm 54 metros de altura. Na Prefeitura, no viaduto do Chá, há uma locomotiva à moda antiga que apita e solta fumaça em direção à árvore de mais de cinco metros de altura. Um reboque carrega caixas de presentes. Soldadinhos de chumbo guardam a instalação. E um Papai Noel mecanizado está deitado no vagão, ali, em frente à sede da administração municipal. Milhares de pessoas, dia e noite, param para observar e fotografar. Todos se encantam. À noite, a magia é ainda maior, quando a fachada da Prefeitura é iluminada por um show de luzes coloridas e dezenas de luzes estroboscópicas prateadas. As principais vias da cidade terão suas árvores iluminadas
por 9,5 milhões de lâmpadas de LED. O roteiro se estende às avenidas Sumaré, Nove de Julho e Dom Pedro I. As luzes podem ser vistas também no túnel Nove de Julho, na passarela Miguel Reale, na avenida 23 de Maio e nos arcos da rua da Assembleia. Há luzes especiais de Natal por toda a cidade, da Brás Leme, na Zona Norte, à Sena Madureira, na Vila Mariana. Da avenida Rebouças, no Sul, ao largo do Arouche, no centro. Da Pompéia à praça Roosevelt, da praça Marechal Deodoro à avenida Luís Carlos Berrini. Da praça Campo de Bagatelle à Ramos de Azevedo (onde fica o renovado Teatro Municipal) e à Radial Leste. Nesses locais, há milhares de cometas iluminando a noite paulistana. Além disso, os
prédios residenciais e comerciais esmeram-se em mostrar decorações que atraiam as pessoas. A rua Normandia, em Moema, é um exemplo e já uma tradição. Famosa por sua decoração natalina, a rua tem as vitrines das lojas todas iluminadas. “São Paulo se envolve cada vez mais com o Natal, seja no Pacaembu, na avenida Paulista, no parque Ibirapuera, na represa do Guarapiranga e nos seus pontos mais bonitos. Se envolve chamando as crianças para participar do espírito natalino e isso é muito bom, isso é positivo. O Natal é uma das festas mais bonitas que as pessoas têm ao longo da sua vida, em especial para as crianças”, afirmou o prefeito Gilberto Kassab. O Natal Iluminado é resulta-
do de um investimento de R$ 7,5 milhões – dos quais, R$ 6 milhões só em iluminação; o restante, em infraestrutura. De acordo com a SPTuris, esse é o mesmo valor investido nos últimos cinco anos. Outros oito municípios paulistas participam do Natal Iluminado: Jundiaí, Osasco, Cubatão, Santos, Mogi das Cruzes, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo e Araraquara. Mas a magia está mesmo na Capital: para conhecer tudo isso, a SPTuris promoveu os Roteiros Natalinos, cujos ingressos esgotaram-se logo no início do período de Natal. Esses roteiros são passeios turísticoculturais em ônibus com acompanhamento de guias que contam a História da Cidade. Pelo Turismetrô, outra opção, há um roteiro oferecido
aos sábados e domingos, até 24 de dezembro, com início às 16h. A venda dos ingressos, que custam apenas os bilhetes de metrô correspondentes (máximo três) ocorre no balcão do Turismetrô, na Estação Sé. Neste ano, os parceiros da Prefeitura no Natal Iluminado são a Associação Comercial de São Paulo, Banco do Brasil, Grupo Segurador Banco do Brasil Seguros, Mapfre Seguros, Pão de Açúcar, Sabesp e Santander. A iniciativa conta com o apoio do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), da Eletropaulo, da CET - Companhia de Engenharia de Tráfego e da Polícia Militar. Toda a programação está disponível no site oficial: w w w. c i d a d e d e s a o p a ulo.com/natal. (LCA)
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NATAL ILUMINADO Bruno Poletti/Folhapress
IBIRAPUERA
Luzes, cores e sons
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enha dos Jardins pela avenida Pedro Álvares da Cabral. Venha do lado da Vila Mariana. Em qualquer caso, é possível fazer a volta exatamente onde interessa, olhar a atração de todos os lados. Depois, dê a volta ou na ponta da praça General Estilac Leal ou no viaduto por cima da avenida 23 de Maio. Eis aí, em todo seu esplendor, a maior tradição do Natal paulistano: a árvore de Natal do Ibirapuera. São 58 metros de altura e uma estrela de oito metros. Os vinte mil metros de festão cobrem toda a estrutura e há 174 enfeites de Natal – tudo feito de material reutilizável. O patrocínio é do Grupo Pão de Açúcar, com apoio da Net. Outra colaboração para o congestionamento do Ibirapuera é o espetáculo multimídia da fonte do lago do Ibirapuera. Em diárias, à noite, há um espetáculo de luzes e águas, com 25 minutos de duração. Este ano, mais de 200 árvores em volta da fonte estarão decoradas com um milhão de lâmpadas de LED. Árvore e Fonte Multimídia Parque Ibirapuera - avenida Pedro Álvares Cabral s/no Até 6 de janeiro Árvore: iluminada diariamente de 19h às 5h do dia seguinte. Fonte: todos os dias, duas apresentações, 20h30 e 21h. Paulo Pampolin/Hype
AVENIDA PAULISTA
Papai Noel no palco
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elo segundo ano seguido, o tradicional palco do Réveillon da avenida Paulista vira antes uma Praça de Natal, uma passarela com 16 metros de largura e 34 metros de comprimento – contando o palco, são 800 m² –, que atravessa a avenida. Fica entre as ruas Padre João Manuel e a Ministro Rocha Azevedo. Espera-se que 2,5 milhões de pessoas passem na instalação. Ali, encontra-se um Papai Noel de sete metros de altura, que fica sentado, mas se move por meio de controles mecanizados. Papai Noel e mais 14 bonecos infláveis estão à sombra de uma árvore de Natal de oito metros. Com patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Rede Globo, a atração dispõe de acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Depois do Natal, passarela o palco começam a ser reformulados para abrigar a festa de Ano Novo. Bem perto, fica outra atração: o Parque Tenente Siqueira Campos, o Trianon, transformado em um longo caminho iluminado. Praça de Natal e Parque Trianon Avenida Paulista, entre Padre João Manuel e Ministro Rocha Azevedo, altura do MASP. Visitação gratuita, das 12h às 22h, de segunda a sexta; de 12h à meia-noite, nos finais de semana. Praça: até 25 de dezembro Parque: até 6 de janeiro
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
NATAL ILUMINADO Levi Bianco/AE
ÁRVORES GIGANTES
Tradição no Sul, novidade na Zona Leste
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ais nova tradição da cidade, a árvore de Natal gigante da represa Guarapiranga (à direita) já é esperada pelos moradores de Capela do Socorro, Grajaú, Parelheiros e Santo Amaro. E, a partir deste ano, também será esperada pela população da Penha: é a árvore do Tiquatira, que fica no encontro da marginal do Tietê com a avenida Governador Carvalho Pinto. Desde o dia 9 de dezembro, milhares de pessoas entopem a avenida Atlântica, a antiga Robert Kennedy, para passar em frente à praça Nicolau Aranha Pacheco, que também está decorada com luzes. É o terceiro ano seguido da árvore da Zona Sul. Na Penha, a novidade atraía curiosos já na montagem, semanas antes da inauguração no dia 8 de dezembro. As duas árvores têm 54 metros de altura cada uma, o equivalente a um prédio de 17 andares, e 20 metros de largura. Têm formato de pinheiro de Natal, com decoração em festão azul na Guarapiranga; verde no Tiquatira. São 500 bolas de até 25 cm distribuídas pelas árvores. Mais uma estrela de 6 metros e 700 quilos na ponta de cada árvore. Na construção, foram usadas cerca de 400 mil lâmpadas de LED de baixo consumo, que acendem em sequência – junto com 660 luzes estroboscópica e 5.300 metros de tubos flexíveis de lâmpadas. Na Guarapiranga, a energia vem de um gerador alimentado por biodiesel. Todo esse espetáculo pode ser conferido a qualquer hora do dia, mas é melhor, sem dúvida, à noite. Como novidade, em Guarapiranga, há um deck especial criado para visitação de pessoas que usam cadeiras de rodas. O patrocínio da árvore da Guarapiranga é da Sabesp. Árvores gigantes Capela do Socorro: avenida Atlântica, altura do número 2.800 (em frente à praça Nicolau Aranha Pacheco) Tiquatira: marginal Tietê com avenida Governador Carvalho Pinto Até 6 de janeiro
PRAÇA DA SÉ
Figuras de 2,5 metros de altura
N
o dia 2 de dezembro, depois que a Sinfônica de Heliópolis e o Coral da Gente, do Instituto Baccarelli, fizeram seu concerto de Natal na praça da Sé para lançar o projeto Natal Iluminado, da Prefeitura, restaram uma choupana e, em seu interior, figuras lendárias de mais de dois mil anos. São os novos donos da praça e da Catedral. Eles formam um presépio de proporções enormes, que pretendem trazer de volta o espírito do Natal. Com a apresentação, foi inaugurada também uma nova atração. Todo o concerto foi mostrado em projeções na fachada da Catedral, que recebeu em seguida um espetáculo de luz e som, com projeções artísticas natalinas. A atração usou uma técnica chamada mapping, na qual projetores inteligentes mapearam o prédio e “brincaram” com a arquitetura. A inauguração teve a presença do governador Geraldo Alckmin, do vice Guilherme Afif Domingos e do prefeito Gilberto Kassab, que ouviram a Celebração da Palavra, presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer. Dom Odilo comparou a iluminação da cidade com a noite de Belém, iluminada “por um clarão todo especial”: “Os pastores do campo de Belém ficam atraídos por aquela luz e correm a ver o que está acontecendo”. As pessoas que passam pela praça também são atraídos pelas luzes e pelo presépio. As figuras são feitas de fibra de vidro, com bonecos de 2,5 metros de altura. Representam os três Reis Magos, José, a Virgem Maria e o Menino Jesus, na cena da manjedoura. A mesma cena se repete em outro presépio, menor, mas não menos belo, ao lado esquerdo da porta principal da Catedral. Bem perto dali, no Páteo do Colégio, marco do início da cidade, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) comemorou, com uma missa, seus 117 anos de fundação, no último dia 7. A solenidade deste ano contou com a presença de Rogério Amato, presidente da ACSP, de Guilherme Afif Domingos, vicegovernador do Estado de São Paulo, do vice-presidente-coordenador institucional das sedes distritais da ACSP, e dirigentes da ACSP e representantes das distritais. A ação na praça da Sé foi realizada em parceria com a Associação Comercial de São Paulo. Presépio gigante Praça da Sé, em frente à Catedral Até 6 de janeiro