Coimbra e o Centro têm futuro 2019

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COIMBRA E O CENTRO TÊM FUTURO patrocínio: Este suplemento faz parte integrante do DIÁRIO AS BEIRAS de 16|02|2019 e não pode ser vendido separamente


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especial | coimbra e o centro têm futuro’2019

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abertura Uma região que se afirma cada vez mais como unidade diversa Agostinho Franklin diretor

apoios

O

Diário As Beiras volta a publicar o suplemento Coimbra e o Centro têm futuro’2019, afirmando com este documento a força e dinamismo desta região que nos une. Ao longo deste caderno, que continuamos a considerar único — passe a imodéstia — seja na informação que disponibiliza, quer no modo como essa informação lhe é apresentada, com a já usual qualidade gráfica do Diário As Beiras, percebe-se a dinâmica da região. De facto, percebemos que o Centro cresce no Turismo, e de que maneira (!); que as Empresas vão fazer acontecer coisas novas em 2019; que o Desporto vai ativar por dentro toda esta região, com o Rallye de Portugal à cabeça; que a Saúde, pedra de toque do Centro, terá igualmente grandes mudanças, seja no público, seja no privado; que o Ambiente irá

melhorar a nossa qualidade de vida; o Ensino vai acelerar as aprendizagens dos nossos alunos; a Cultura — como já é uma constante – unificará ainda mais a nossa região como polo dinâmico; que o Urbanismo começa a mexer e a reorganizar as nossas vidas; que a Investigação Científica afirma cada vez mais o Centro, criando potencialidades para a Economia e o Emprego da nossa região. Finalmente, que na Floresta também haverá mudanças, reagindo às intempéries que assolaram a região, mas mostrando igualmente a força e o dinamismo que nos caracteriza. Tudo boas razões para ler e guardar este documento, que devemos igualmente agradecer aos nossos parceiros anunciantes, que nos honraram com a sua presença. Um bom 2019!

coimbra e o centro têm futuro

opiniões

Ana Abrunhosa || João Ataíde || Rosa Reis Marques || Jorge Conde || Pedro Machado || Carlos Cortes|| Luis Filipe Menezes || José Couto || Horácio Pina Prata || António Figueiredo || Adalberto Campos Fernandes || Tiago Brandão Rodrigues || Suzana Menezes || Helena Teodósio || Carlos Faro || Luís Costa|| António Gravato ||António Alberto Costa ||

Coimbra e o Centro tem futuro‘2019 o meu jornal, a minha região

DIRETOR Agostinh o Franklin | CHEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro | Coordenação / Paulo Marques //Turismo | Patrícia Cruz Almeida //Empresas | Bernardo Neto Parra //Desporto | Emanuel Pereira // Saúde |Dora Loureiro //Ambiente | António Rosado Planeamento Urbano |Paulo Marques //Ensino |Cátia Vicente //Cultura|Entretenimento |Inês Morgado// Investigação Científica |José Armando Torres // Floresta |Jot’Alves //Economia Social |António Alves | Emprego |Bruno Gonçalves // Fotografia |Carlos Jorge Monteiro e Pedro Ramos

PUBLICIDADE Ana Paula Ramos, Mónica Palmela , João Ribeiro, José Gouveia PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA PAGINAÇÃO Carla Fonseca, Daniela Marques, Mário Pinto, Victor Rodrigues CONTACTOS: SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682, administrativos@asbeiras.pt REDAÇÃO Tel. 239 980 280, redaccao@asbeiras.pt PUBLICIDADE tel. 239 980 287publicidade@asbeiras.pt CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, classificados@asbeiras.pt ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt


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Síntese

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CENTRO DATA

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6 Indicadores segundo o posicionamento da Região Centro face às restantes regiões NUTS II (ordenação por dimensão e por posição relativa)

dezembro de 2018

Exportações de bens no PIB Consumo de energia primária no PIB Investimento em I&D no PIB Emissão de gases com efeito de estufa no VAB

Regional Innovation Scoreboard

2 2

3

Energias renováveis no consumo de energia elétrica

Doutorados por habitante

2 3

Rendimento familiar (coef. variação)

3

6

Variação populacional (desvio padrão)

6

1

6 5 PIB por habitante

2

Taxa de desemprego jovem

Crescimento real do PIB

Produtividade do trabalho

5ª 4ª 3ª

2

1

2

Variação da população

Abandono escolar precoce

População jovem com formação superior

2

Taxa de desemprego

S II

5

6

2

Beneficiários do RSI por habitante

Criação líquida de sociedades

6 6

6 Rendimento total (coef. Gini)

Empresas gazela

1

Resultados de exames nacionais

Aprendizagem ao longo da vida

Abandono escolar precoce

1

Variação populacional (desvio padrão)

1

Rendimento total (coef. Gini)

Produtividade do trabalho

1

Resultados de exames nacionais

PIB por habitante

Aprendizagem ao longo da vida

2 Empresas gazela

Indicador global de avaliação 6 6

Emissão de gases com efeito de estufa no VAB

6 6 6 6

Criação líquida de sociedades

5

Consumo de energia primária no PIB

6

2

7ª 6ª

5

3

Crescimento real do PIB

2

3

Investimento em I&D no PIB

Energias renováveis no consumo de energia elétrica

Exportações de bens no PIB

População jovem com formação superior

2 3

Rendimento familiar (coef. variação)

Nota Metodológica

2

Variação da população

Beneficiários do RSI por habitante

2

Regional Innovation Scoreboard

2 2

Taxa de desemprego Taxa de desemprego jovem

Doutorados por habitante

O Indicador Global de Avaliação da Região Centro foi calculado com base na matriz dos 25 indicadores que integram o Barómetro. Para além deste índice sintético, são também disponibilizados valores agregados Nota para Metodológica cada uma das suas cinco dimensões: crescimento e competitividade, potencial humano, qualidade de vida, coesão e sustentabilidade ambiental e energética.

O Indicador Global de Avaliação da Região Centro foi calculado com base | 5na matriz dos 25 indicadores que integram o Barómetro. Para além deste índice sintético, também disponibilizados valores agregados parade cada uma das suas cinco dimensões: crescimento e competitividade, potencial humano, O cálculosão destes seis indicadores sintéticos (indicador global avaliação e cinco indicadores por dimensão) qualidade de vida, coesão e sustentabilidade ambiental eque energética. partiu da atribuição de pontuações ao posicionamento a Região Centro assumia face às restantes regiões BARÓMETRO CENTRO DE PORTUGAL Odocálculo destes seis indicadores sintéticos (indicador de avaliação e cincode indicadores dimensão) partiu da atribuição de pontuações ao país. A cada um dos indicadores do barómetro foi global atribuída uma pontuação 1 a 7 por por interpolação linear considerando valores máximo e mínimo registados regiões II um por dos indicador: 7 no do caso posicionamento que aos Região Centro assumia face às restantes pelas regiões do país.NUTS A cada indicadores barómetro foi atribuída uma pontuação de 1 a da região ser a melhor, 1 no caso da região ter o pior desempenho, sendo as posições intermédias as que 7 no caso da região ser a melhor, 1 no caso 7 por interpolação linear considerando os valores máximo e mínimo registados pelas regiões NUTS II por indicador: resultam desta interpolação. Nosendo caso as deposições dois indicadores específicos ("crescimento do investimento direto da região ter o pior desempenho, intermédias as que resultam desta interpolação. No caso de dois indicadores específicos (“crescimento estrangeiro" e "indicador de satisfação dos residentes"), em que apenas se possuía informação para a do investimento direto estrangeiro” e “indicador de satisfação dos residentes”), em que apenas se possuía informação para a Região Centro e Portugal, foi Região Centro e Portugal, foi calculado o valor da região em percentagem da média nacional e seguidamente calculado o valor da região em percentagem da média nacional e seguidamente convertido numa pontuação também de 1 a 7: convertido numa pontuação também de 1 a 7:

fonte barómetro CCDRC Janeiro 2019

Região Centro como < 80% % da média nacional Pontuação

1

80% - 90% 90% - 100% 100% 100% - 110% 110% - 120% >120% 2

3

3,5

4

5,5

7

Posteriormente, osos indicadores foram ponderadas pelapela importância queque o Conselho Regional atribuiu a cada um deles, obtendo-se Posteriormente,as aspontuações pontuaçõesdedetodos todos indicadores foram ponderadas importância o Conselho um índice global quea permite avaliar o desempenho procedimento foi replicado cada uma das Regional atribuiu cada um deles, obtendo-se da umregião. índiceEste global que permite avaliar o para desempenho da cinco dimensões do barómetro. região. Este procedimento foi replicado para cada uma das cinco dimensões do barómetro.


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30,1

centro têm futuro’2019

21,2

19,8

e competitivi crescimentocrescimento e competitividade

%

60

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16,4

Taxa líquida6,0de criação de empresas e sociedades na Região Centro entre 2008 e 2016

CENTRO DATA

15,1

12,3

0

-12,1 %

60

-12,3

-12,6

-17,9

-8,3

-30

-25,3

-27,2

30

-30,5

-1,2

6,0

2008

0

2009

2010

-12,1

2011

2012

-12,3

-12,6 Empresas

21,2

-30

-25,3

-60

2008

-27,2

2009

2010

15,1 201312,3 2014

-30,5

-31,7

2011

2012

16,4

2015

Sociedades

-17,9

-8,3

-6,6

30,1

-31,7

19,8

-60

Taxa líquida de criação de empresas e sociedades na região Centro entre 2008 e 2016

2016

-1,2

-6,6

fev 2018 2013

2014

2015

2016

Empresas Sociedades Taxa líquida de criação de empresas e sociedades na Região Centro face ao valor do país (Região Centro – Portugal) entre 2008 e 2016

Taxa líquida fev de 2018 criação de empresas 3,4 4 2,4 e sociedades na 1,3 2 região Centro, face Taxa líquida de criação de empresas e sociedades na Região Centro 0,4 face ao valor do país Dinâmica empresarial ao valor do país 1,1 (Região Centro – Portugal) entre 2008 e 2016 0 (região Centro -1,0 -2 -3,0 Portugal) entre 2008 -3,6 e 2016 p.p.

Criação líquida de empresas

-6 -8

p.p.

4

-5,6

2

-5,2

-4,0

2,4

3,4 -3,8 -4,1 Nascimentos e mortes de sociedades na Região Centro entre 2008 e 2016 -5,0 -6,5 0,4 n.º 7.000 -7,5

1,3

-5,8

1,1

0

-7,8

-10 Dinâmica empresarial -1,0 -2 2008 2009 2010

2011

6.000 2013

2012

6.088 5.675

Criação líquida de empresas -4

Empresas

-5,6

Dinâmica empresarial -6

-3,6

5.334 5.000 Sociedades

-5,2

-4,0

5.621 2014 -3,0

-3,8 5.014

-4,1

2016

5.340

7

4.858

4.754

-10

2008

n.º

2009

2010

2011

3.000

2012

2008

2009

2013

2014

7.000 Nascimentos e mortes de sociedades na Região Centro entre 2008 e 2016 7.000 6.000

n.º

Empresas 6.088

6.000 5.000 5.675

5.675

5.6215.334

6.088 5.730 5.340

5.014

BARÓMETRO 5.334 5.000 4.000 4.000 3.000

3.000 2008

4.858

4.754

2008 2009

2009 2010

5.637

2010

4.942

2011

| 27

4.761

%

2013 Norte 2015

Alentejo

CENTRO DE PORTUGAL

Açores

Face à média % nacional (p.p.)

fonte barómetro CCDRC Janeiro 2019

Face à média

% total n.ºnacional (p.p.) nacional

n.º

-5,0 2015

0,0

-5,9 201654.796

178.432

-6,6

-7,5

34.948

19,6

10,0

58.627

32,9

30,7

-6,5

11.476

6,4

9,5

11.151

6,2

-12,5

-13,4

3.523

2,0

3,9

3,0

3.911

2,2

sociedades, 2016

n.º

100,0

-5,6

Mortes de empresas, fevlíquida 2018de criação de Taxa 2016

% total n.º % total nacional nacional

% total nacional

n.º

% total

Face à média % nacional nacional (p.p.)

100,0

57.509

32,5

37.252

21,1

52.217

29,5

12.122

6,9

9.990

5,7

3.962

2,2

3.757

2,1

fev 2018

% total nacional

n.º

176.809

Mortes de sociedades, 2016 % total nacional

n.º

Portugal 0,9

100,0

-5,0 Norte

0,0

33.939

100,0

26.175

100,0

Norte

-5,9 -5,054.796

30,7-5,9

57.50954.796 32,5

30,7Norte

57.509 24,7

32,5

1,8

11.249

33,1

8.473

32,4

CENTRO

-6,6 CENTRO

19,6-7,5

37.25234.948 21,1

19,6CENTRO37.252 16,4

21,1

-6,5

5.696

16,8

4.761

18,2

AM Lisboa

10,9 AM Lisboa

-7,5 -6,634.948 10,0 10,958.627

32,9 10,0

52.21758.627 29,5

32,9AM Lisboa 52.217 24,8

29,5

2,0

12.196

35,9

9.167

35,0

6,9

6,1

1.986

5,9

1.410

5,4 5,2

Alentejo

-5,6

Alentejo

-6,5

Algarve

10,4

9,5

Açores

-12,5

-13,4

3,9

3,0

Madeira

Algarve

Açores

Madeira

Taxa líquida de criação de

-5,6 10,4

11.476

178.432100,0 100,0 100,0 0,0 176.809 Portugal 176.809 22,9

Nascimentos de sociedades, 2016

% total nacional

n.º

Portugal

0,0

0,9178.432

Nascimentos de

Mortesempresas, de empresas,2016 2016

Mortes de empresas, 2016

10,4

Madeira Posicionamento da Região Centro PosicionamentoPosicionamento na região Centro da Região Centro

%

Face à média nacional (p.p.)

2016 Mortes AM Lisboade sociedades 10,9 Algarve

Taxa líquida de criação de

5.696

0,9

2014

CENTRO

Mortes de sociedades

Taxa líquida de criação de empresas, Nascimentos de 2016 empresas, 2016 empresas, 2016

6.172

4.866

Nascimentos 2014 e mortes de 2015 sociedades na Mortes de sociedades região Centro entre 2008 e 2016

2013

4.866 Taxa líquida de criação de 4.761 Nascimentos de empresas, 2016 empresas, 2016

Portugal

2012

2011 Nascimentos 2012 2013 2014 de sociedades

5.696

4.583 4.866

4.583

4.583

5.696

Posicionamento da Região Centro

4.942

4.858

Nascimentos de sociedades

BARÓMETRO

| 27

6.172

5.717

4.754

5.409

CENTRO DE PORTUGAL 5.014

5.409

2016

2012

Nascimentos de sociedades

5.717

5.637

5.340

2011

2015

Sociedades 5.730

5.621

-7,5

2010

crescimento e competitividade

-7,8

4.942

7

6.172

5.717

-6,5

Nascimentos mortes de sociedades na Região Centro entre 2008 e 2016 Criação líquida deeempresas -8

5.637

5.409

-5,0

4.000

-5,8

2015

5.730

crescimento e competitividade

-4

6,4

-6,5

11.151

6,2

3.523

2,0

-12,5 3.911 3,9

Nascimentos de

9,5

-13,4

2,2

3,0

12.122

6,9

9.990

5,7

3.962

2,2

11.476

11.151

3.757

3.523 2,1 3.911

Mortes de sociedades,

Alentejo

6,4

12.122

6,2

9.990

2,0

3.962

2,2

3.757

Algarve Açores Madeira

29,0 21,0 39,9 -10,7

5,7 2,2 2,1

-1,9

1.708

5,0

1.350

17,0

411

1,2

247

0,9

-33,6

693

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767

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desenvolvimento de uma região tem que ser visto de uma forma multidimensional e a sua promoção tem que ser planeada e traPresidente balhada de forma sistémica, tomando o território sempre como da Comissão base de partida. Adicionalmente, as medidas de política pública e os de Coordenação e Desenvolvimento incentivos criados devem ter em conta as especificidades dos territórios. Neste contexto, as questões de coesão social e territorial são fundaRegional do Centro mentais, sobretudo num país tão pequeno como o nosso, onde há partes importantes do território desertas de pessoas e de atividade económica. Para a competitividade e coesão dos territórios é muito importante o investimento público, pelas condições de contexto que cria para as empresas e pela qualidade de vida que propicia às populações. Esse investimento é fundamental nos territórios onde temos muita população, mas também é necessário nos territórios mais frágeis, sob pena de se tornarem ainda mais frágeis e de não termos condições de contrariar a desertificação destes territórios. Isto exige uma mudança completa do racional para a realização dos investimentos em serviços públicos nos territórios mais frágeis e exige que o país, como um todo, assuma essa opção, esse investimento. Os vários quadros comunitários têm sido fundamentais para a melhoria das infraestruturas de educação, saúde e cultura e para a melhoria da qualidade de vida nos nossos centros urbanos. Cada vez mais se dá prioridade à regeneração urbana. Neste contexto, a criação de novas centralidades nos centros urbanos que têm os seus centros históricos abandonados, recorrendo à regeneração física, económica e social dos mesmos, é uma das prioridades do Portugal 2020. No Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020 já foram contratualizados com os 100 centros urbanos da região cerca de 300 milhões de euros para a regeneração urbana dos seus centros históricos, das zonas industriais degradadas e para bairros sociais. A região Centro tem uma rede polinucleada de centros urbanos de média dimensão, que concentram a esmagadora maioria da população da região. Há que fomentar redes de conhecimento e competitividade entre os centros urbanos da região e entre o espaço urbano e o espaço rural. A questão da gestão inteligente dos problemas das cidades é cada vez mais importante, bem como a gestão conjunta de problemas comuns. Os desafios da digitalização, das cidades inteligentes, da transição energética entre outros são fundamentais na gestão atual dos centros urbanos. As empresas enfrentam também estes desafios. Num mundo sem fronteiras, as empresas veem a sua competitividade constantemente colocada à prova, necessitando de se diferenciar e de inovar nas soluções que colocam no mercado, na forma como se organizam e gerem os seus modelos de negócio. Isto exige investimento em equipamentos, tecnologia, recursos humanos, parcerias, internacionalização. Se considerarmos as aprovações de projetos empresariais no Portugal 2020 como um bom indicador da dinâmica empresarial, então a região Centro tem certamente futuro, sobretudo se continuar a ser feito em áreas como a digitalização dos processos das empresas, a transição para uma sociedade mais sustentável, a inovação em cocriação com os centros de conhecimento e a internacionalização. No final do ano 2018, no âmbito do Portugal 2020, através dos Programas Operacionais Compete 2020 e Centro 2020, foram aprovados, na região Centro, 3.939 projetos empresariais com 3.064 milhões de euros de investimento e 1.620 milhões de euros de fundos europeus de apoio. Já foram pagos aos empresários com projetos aprovados 691.5 milhões de euros, o que corresponde a 42.6 % do apoio em fundos europeus. Globalmente estes números são bons, mas analisados com mais atenção revelam problemas que temos que enfrentar com urgência. Estes investimentos e apoios concentram-se sobretudo nas regiões de Aveiro e Leiria. Em termos do fundo médio aprovado por empresa, a Região de Aveiro aparece com o maior valor, seguida pelas regiões da Beira Baixa, Leiria e Viseu Dão Lafões. Os valores da Beira Baixa são influenciados por um conjunto de grandes investimentos nas áreas da pasta de papel e metalomecânica. Assim, há regiões onde os apoios dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 não chegam com a intensidade que chegam a outras regiões. Isto porque não têm empresas, nem pessoas. Aliás, as empresas das regiões mais dinâmicas já há muito que testemunham o problema da falta de trabalhadores em quantidade e qualidade. Somos um país que não faz filhos. Precisamos de uma política nacional de natalidade. Por outro lado, só um terço dos nossos jovens chegam ao ensino superior e os que fazem outras formações, como a formação profissional, sentem da parte da sociedade algum estigma, sendo, deste modo, urgente valorizar e dignificar a formação profissional. Como aliás se fez, e muito bem, com os preconceitos que há muito tempo se tinha em relação aos Institutos Politécnicos. A formação que damos aos nossos jovens não corresponde muitas vezes às necessidades das empresas, que também têm que assumir a sua responsabilidade, formando os seus trabalhadores ao longo da vida. O que nos conduz ao problema de muitos trabalhadores, por falta de formação, perderem empregabilidade e necessitarem de fazer uma “reciclagem”. Mas mesmo que todos os nossos jovens se formassem de acordo com as necessidades do mercado de trabalho, continuaríamos a ter necessidade de trabalhadores, necessidades que só se suprem com a vinda de trabalhadores de outros países, sejam ou não portugueses. Para isso, precisamos de um país atrativo, seguro, com bons serviços públicos e onde haja um mercado de arrendamento que permita às famílias obter um bem essencial, a habitação. Nos territórios mais frágeis este papel cabe sobretudo às autarquias, que têm que ter um apoio diferenciado para colocar no mercado de arrendamento casas que estão fechadas, abandonadas e degradadas. Precisamos de formações curtas e intensas, que resultem de parcerias entre as instituições de ensino e as empresas. Os nossos instrumentos de apoio têm que se adaptar a estas realidades, se queremos enfrentar entes desafios, para bem do futuro da região e do país.

Ana Abrunhosa

O futuro do Centro passa por cidades atrativas e empresas competitivas

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À

Comunidade Intermunicipal compete a cada dia Presidente contribuir para construir do Conselho sustentabilidade, conhecimenIntermunicipal to e traçar uma estratégia de da CIM Região desenvolvimento na Região de Coimbra de Coimbra, numa articulação estreita entre os 19 municípios que a compõem. O futuro da nossa região está a ser desenhado numa base de coesão territorial, neste território tão heterogéneo que se complementa em si mesmo, tanto na diversidade dos recursos naturais, como nas tão ricas diferenças de costumes e idiossincrasias das populações que vivem nas nossas cidades, vilas e lugares. Com a preocupação de manter e acentuar a identidade da Região de Coimbra e de a impulsionar para o futuro, é nossa profunda convicção que a Educação é uma das principais alavancas para a construção de sociedades mais justas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro. Desta forma a Região de Coimbra está empenhada em valorizar a oferta educativa diversificada e de qualidade para todos os seus cidadãos, adequada aos seus percursos de vida, tendo como meta promover o sucesso escolar. Uma das componentes essenciais da nossa preocupação com os adultos do futuro é o alinhamento das ofertas do Ensino Profissional aumentando a ligação entre as escolas e o tecido empresarial, criando experiências de formação em contexto de trabalho, proporcionando experiências práticas e reais aos futuros profissionais. A CIM Região de Coimbra tem em fase de conclusão um Estudo de Antecipação de Necessidades de Qualificações da Região de Coimbra, que inclui contributos de municípios, escolas, alunos, professores, ex-alunos diplomados e empregadores nas diversas áreas de atividade. Este estudo permite identificar as áreas de relevância na formação profissional, tendo a CIM Região de Coimbra enviado, em janeiro deste ano, à Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) um relatório de relevâncias de qualificações acompanhado por um diagnóstico da oferta formativa regi onal. É fundamental que o sector empresarial tenha pleno conhecimento das qualificações e oferta do ensino profissional da região, ao mesmo tempo que estas devem ser adequadas à realidade atual e territorial, promovendo profissões, por exemplo, relacionadas com os ativos da região, como por exemplo a floresta. Será com base nas conclusões deste estudo que a CIM Região de Coimbra, juntamente com as organizações da educação e do poder local, vai preparar-se para o processo de planeamento e concertação da oferta formativa para o ano letivo de 2019/20, sob as orientações governamentais. A formação profissional de quadros médios na Região de Coimbra poderá ditar o futuro dos nossos cidadãos, em consonância com as políticas do Ministério da Educação, consideramos que a atual aos desafios do desenvolvimento do País corresponde também o reerguer do ensino profissional a um nível de «absoluta igualdade», em quantidade de oferta e em reputação de qualidade, com o ensino científicohumanístico. É também papel da CIM RC propor áreas de formação importantes para a região nas atualizações do Catálogo Nacional de Qualificações, tendo em consideração as temáticas da Economia Circular e da Sustentabilidade, nunca perdendo de vista o caminho da inovação, tão necessária ao desenvolvimento da Região de Coimbra.

João Ataíde

CIM Região de Coimbra tem voz ativa nas profissões do futuro

N

a área da Saúde, 2019 projeta-se como ano de metas e de concretizaPresidente ções em Coimbra e na região da Administração Centro. No início do ano, o Regional de SaúdeCentro de Saúde de Vila Nova de do Centro Foz Côa e o Serviço de Urgência Básica passaram a funcionar em novas instalações, mais modernas e acolhedoras, para cerca de sete mil utentes e mais de 30 profissionais. Fevereiro inscreve o início do processo de duas obras decisivas para Coimbra: o lançamento dos concursos para a construção do Centro de Saúde Fernão de Magalhães e para a remodelação do edifício que acolhe o Centro de Saúde de Celas. Refiro apenas três investimentos, mas muito consideráveis, na ordem dos sete milhões de euros. Números que se traduzem em mais conforto, funcionalidade e maior comodidade para todos os seus utilizadores. Refira-se que entre 2016 e 2018, o investimento promovido por autarquias, unidades locais de saúde e Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) na requalificação dos edifícios e estruturas dos cuidados de saúde primários atingiu 15 milhões de euros. Todos estes investimentos estão concluídos, prevendo-se, para 2019, a aplicação de mais de 7,3 milhões em projetos similares. Treze novas unidades de saúde familiar abriram em 2018 na área de influência da ARSC, o maior número de sempre, que permitiu uma cobertura de mais 112 mil utentes, mobilizando um total de 220 profissionais, entre médicos, enfermeiros e assistentes técnicos. Na região Centro, contamos com 80 USF ativas com mais de 850 mil utentes inscritos, assistidos por cerca de 1.200 profissionais. Números que entram no futuro de todos: medicina de proximidade. Também em janeiro deste ano a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados a nível da região Centro passou a ter mais 56 lugares/camas. Em 2006, começámos com 300 camas. Hoje temos 2.385 nas diversas tipologias de cuidados continuados integrados a funcionar em 67 instituições. Números que traduzem o crescimento de serviço de excelência para cidadãos com dependência. Em janeiro de 2019, 604 novos médicos foram recebidos nas unidades hospitalares da região Centro, a fim de iniciarem os seus internatos de ano comum ou de especialidade. Jovens médicos que são o futuro, esperando-se da sua formação talento, empenho, ética e humanismo; em suma, o que os cidadãos, doentes e utentes do Serviço Nacional de Saúde exigem e merecem. Se curar é, sem dúvida, missão maior dos cuidados de saúde, a prevenção da doença e a promoção da Saúde são prioritárias nos projetos que temos vindo a desenvolver, ligados à alimentação saudável e atividade física, em articulação com várias entidades, entre as quais autarquias e empresas da área da restauração e alimentação. De salientar, neste âmbito, o minorsal.saude e o programa de promoção da atividade física. O futuro da Saúde passa por se viver mais anos sim, mas com mais qualidade. A Região Centro continua a contar com os melhores indicadores em Saúde em múltiplas áreas: vacinação, saúde infantil, rastreios oncológicos, são alguns exemplos cujos resultados alcançados nos orgulham e nos incentivam a fazer sempre melhor. Este ano, o SNS comemora 40 anos. Uma data que nos faz pensar que se o SNS tem uma história – uma história de sucesso medido em ganhos de saúde – tem, principalmente, um futuro, que continuará a passar pelo desempenho de grande relevo dos profissionais de saúde, a quem devemos os bons resultados atingidos na região Centro. E, a propósito, e para concluir, recordo o que disse, publicamente, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, no ano passado, em Lisboa: “Portugal tem um dos poucos bons sistemas de saúde do mundo”. Que orgulho, o passado, e que grande responsabilidade, o futuro!

Rosa Reis Marques

Coimbra, e a região Centro, têm futuro na Saúde?


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É

uma verdade insofismável que ninguém tem a capacidade de anPresidente da Entidade tecipar o futuro com total exatidão. Regional de Turismo Mas traçar cenários plausíveis, com base do Centro de Portugal em indicadores concretos, é um exercício estimulante. São esses cenários e esses indicadores que nos permitem afirmar que a região Centro de Portugal tem todas as condições para encarar com otimismo os dias de amanhã. Do ponto de vista do Turismo, os resultados dos últimos anos não poderiam ser mais favoráveis. De ano para ano, o crescimento da procura do Centro de Portugal tem sido verdadeiramente notável. E, apesar de ser previsível algum arrefecimento, tudo leva a crer que o potencial da região está ainda longe de ficar preenchido. Nos 100 municípios que compõem esta vasta região, multiplicam-se as ofertas de produtos e experiências turísticas, fazendo da diversidade e da diferenciação qualificativos que definem na perfeição aquilo que espera quem procura o Centro de Portugal para férias ou fins de semana. O Centro de Portugal tem ativos invejáveis. A sua gastronomia e os seus vinhos, o seu património natural, histórico e cultural, as suas aldeias, a sua costa atlântica e os seus rios, as suas rotas pedestres e cicláveis, as suas termas e spas, são produtos que estão em convergência com as tendências demográficas internacionais, seja do ponto de vista do envelhecimento, seja do bem-estar. Queremos posicionar-nos, e estamos a estruturar o produto nesse sentido, para sermos um destino primordial para o envelhecimento saudável, ideal para a golden age, um segmento de importância crescente. Mas queremos ser – e somos já! – uma referência para famílias jovens, que procuram experiências ligadas ao turismo ativo e de descoberta. Desse ponto de vista, o Centro de Portugal não só tem futuro como, seguramente, vai ter um bom futuro! Acresce a crescente capacidade destes territórios para atrair grandes eventos de natureza cultural e desportiva, aspeto em que a região reúne condições ímpares para poder continuar a competir com destinos clássicos, tanto em Portugal como em outras paragens. O Rallly de Portugal, a Maratona da Europa ou o Campeonato do Mundo de Trail são exemplos emblemáticos de eventos que se estreiam, ou regressam, este ano à região, fruto da capacidade mobilizadora das entidades públicas e dos empresários. Mais do que ninguém, as entidades públicas e os empresários da área do turismo sabem que o futuro se conquista com redes corporativas e colocando na agenda temas como a sustentabilidade e as preocupações de natureza ambiental. Salvaguardar e preservar o que a região tem de único é fulcral, como também o é fixar e captar novos investimentos e novos empreendedores, que tragam desenvolvimento sustentado e que defendam a pegada ecológica. Estamos num espaço territorial que tem centros de excelência na produção de conhecimento e inovação, casos das Universidades de Aveiro, Coimbra e Beira Interior, ou da rede de Politécnicos. São estruturas que vão permitir também, quer do ponto de vista do turismo científico e tecnológico, quer do ponto de vista da introdução de novas ferramentas, gerar novos modelos de negócios e a partir daí atrair novos agentes. Já temos dito, e não é por acaso, que consideramos que a região Centro de Portugal apresenta condições extraordinárias para ser o luxo do século XXI. Um “luxo” que concilia o desenvolvimento sustentado com ativos de valor inestimável como o tempo, o silêncio e a segurança. Quem não gosta de usufruir de tempo de qualidade, de visitar, em silêncio e sem pressa, obras-primas da Natureza e do Homem, longe do stresse e das preocupações de segurança? É isto que o Centro de Portugal oferece. É isto que é a garantia de um futuro promissor.

Pedro Machado

O Centro não tem só futuro – tem um bom futuro!

Jorge Conde

D

ados da CCDRC, recolhidos em 2017, mencionam que: “A região tem registado Presidente os melhores resultados nos exames do Instituto nacionais, as menores taxas de desemprego Politécnico de e de desemprego jovem do país, evidenciado Coimbra (IPC) das mais baixas taxas de abandono escolar precoce e apresentado um posicionamento muito favorável no que respeita à sua capacidade exportadora e de inovação. Continua a evidenciar fragilidades na produtividade, na capacidade de gerar riqueza, na sustentabilidade demográfica e em termos de assimetrias territoriais”. Dados do final do ano passado, acrescentam que 73% da população da região está globalmente satisfeita, com aquilo de que dispõe. Entre os jovens de 15 a 24 anos a satisfação é de 98%. A satisfação também aumenta com a escolaridade, sendo de 83% nos que concluem o ensino secundário e 88% nos que obtêm o grau de licenciatura ou mais. Importa pois refletir, como uma região, com uma das mais elevadas taxas de doutorados por habitante, um dos menores abandonos escolares, que está em primeiro lugar nos resultados dos exames nacionais, que tem uma das populações jovens mais capacitadas, é simultaneamente, uma região com grandes fragilidades na produtividade, com incapacidade de produzir riqueza, perde população todos os dias e tem um dos mais baixos crescimentos do PIB. Claro que os portugueses são dos que mais horas trabalham, sem que isso produza efetivamente resultados, ou melhor, produza riqueza. Na região, o potencial que temos instalado, com uma população jovem altamente capacitada, com instituições de ensino e investigação competitivas e com alta capacidade instalada, com vários exemplos empresariais de grande sucesso, só poderá contribuir para uma região centro diferente no futuro. Como? Importa que, com sabedoria se promovam lideranças, colocando no centro da decisão, gente com força, coragem e reconhecimento, para articular interesses, para produzir consensos e para juntar sinergias. Está provado que a falta de produtividade e de crescimento, é maioritariamente atribuída aos decisores, por falta de capacidade de liderança. A região, precisa de gente capaz de produzir em conjunto e de juntar vontades no desenvolvimento do território, o que só se faz com empresas e instituições de referência, capazes de cooperar entre si e de não se ignorarem, olhando para Lisboa, como a panaceia para todos os males. Claro que temos de ser mais afirmativos com Lisboa, claro que o deveríamos ter sido nos últimos 30 anos, mas estamos sempre a tempo de exigir que, o desenvolvimento do interior se faz com o Metro para a Lousã (e porque não para a Figueira da Foz, para a Mealhada ou para Condeixa e Soure), se faz com um aeroporto, que não o do Montijo e se faz com a criação de condições ao investimento empresarial na região, nomeadamente nas áreas da indústria transformadora. No Politécnico de Coimbra, temos procurado contribuir para essa transformação tão necessária, tentando trabalhar com um vasto leque de interlocutores e oferecendo o nosso saber e disponibilidade para construir um “Centro” diferente e melhor. Portugal só pode ganhar com a inversão da concentração populacional e económica, nas duas grandes metrópoles, devendo Coimbra e o Centro posicionarem-se para serem essa terceira via e para mudarem Portugal. No Politécnico de Coimbra trabalhamos para produzir lideranças, empresários e empresas, em suma, gente altamente capacitada para trabalhar em processos transformadores. Falta à região, ser capaz de fixar essa gente, para que seja aqui, que a transformação se dê.

O Centro tem futuro

E

m Abril de 2018, Coimbra recebeu o 6.º World Health Summit Presidente da Secção Regional Meeting Regional do Centro ( 6.º Encontro Regional da Cimeira da Ordem Mundial da Saúde). dos Médicos Foi um momento relevante de afirmação de Coimbra e de toda a região Centro como um polo essencial no setor da Saúde, tanto a nível nacional como internacional. O consórcio Coimbra Health, que agrega o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a Universidade de Coimbra, pertence ao M8 Alliance of Academic Health Centers, Universities and National Academies, grupo restrito de 25 membros do qual fazem parte os hospitais e universidades mais prestigiadas do mundo: Charité – Universitätsmedizin Berlin, Imperial College London, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, University Sorbonne Paris Cité, University of Geneva ou ainda a Universidade de São Paulo, entre muitos outros. Coimbra representa Portugal, um dos seis países europeus escolhidos, neste grupo de reflexão e de influência, e tem o importante desafio de melhorar a Saúde a nível internacional, trazendo propostas e soluções para este setor cada vez mais fragilizado e desvalorizado nas políticas orçamentais de muitos países, tanto subdesenvolvidos como desenvolvidos. Apesar deste encontro ter trazido a Coimbra 120 oradores de 40 países, 700 peritos internacionais e milhares de participantes, falhou o reconhecimento deste evento e o momento de reflexão no nosso país na justa medida da sua importância. A região Centro possui uma realidade diversificada de cuidados de saúde e de formação especializada e diversificada nessa área: Doze hospitais, dos quais um hospital central universitário, um hospital especializado nas doenças oncológicas, um hospital especializado na reabilitação, várias hospitais distritais e duas unidades locais de saúde. Seis Agrupamentos de Centros de Saúde. Existe uma rede rodoviária apropriada que liga todas as capitais de distrito, sede de unidades hospitalares públicas e privadas. Uma rede de formação superior capaz de diferenciar profissionais em todas as áreas dos cuidados de saúde. Uma população de 1.674.660 habitantes na Região de Saúde do Centro (segundo dados de 2016 ). A esperança de vida situa-se nos 81,7 anos, ligeiramente acima da média nacional. A taxa de mortalidade infantil da região Centro mantém-se sistematicamente abaixo da taxa nacional desde 1996. Coimbra e a região Centro são, pois, incontornáveis nas políticas de Saúde para o País. Infelizmente, assistimos sistematicamente a uma vontade de aniquilar esta mais-valia, relegando a região Centro para um incompreensível esquecimento. O blackout voluntário sobre este desígnio da região Centro na área da saúde não prejudica a comunidade local, é o todo o país que fica prejudicado com este incompreensível desperdício. À beira do rio Mondego, no Parque Verde da cidade de Coimbra, a está a crescer desde 2009 uma oliveira muito especial. Foi plantada simbolicamente pelo Dr. António Arnaut, Ministro dos Assuntos Sociais no pós-25 de Abril e impulsionador da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Todos os anos, no dia do SNS, comemorado a 15 de setembro, esta árvore de vida é regada. Este ato representa a necessidade que todos temos de cuidar do SNS e da Saúde em geral em todo o nosso país. Coimbra e a região Centro ainda têm um contributo inestimável a dar nesta área. Valorizar a área Saúde é um dos desígnios de Coimbra e da região. Este caminho tem de ser defendido por todos nós. Região Centro: uma Região de Saúde Demarcada.

Carlos Cortes

Dados da Região de Saúde Demarcada


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Campanha triunfa nos Prémios Internacionais de Viagem e Turismo A campanha promocional “Turismo Centro Portugal – Visitar e Ficar é Ajudar”, lançada na sequência dos incêndios que atingiram o Centro do país em 2017, venceu, em novembro de 2018, um dos principais prémios internacionais de viagem e turismo. A campanha conquistou o Gold Award (equivalente ao primeiro lugar) na categoria “Best national tourism board / Destination marketing organisation campaign” (Melhor campanha de Entidade Turística ou de destino nacional), durante a gala “International Travel & Tourism Awards”, que decorreu em Londres. A campanha teve como objetivo principal “reafirmar o Centro de Portugal

como destino seguro e de confiança” e consistiu na promoção das regiões mais afetadas, através de ‘outdoors’, reportagens na imprensa e ‘spots’ de rádio, entre outras iniciativas. Os resultados acabariam por ser “extremamente positivos”, como referiu Pedro Machado, o líder da Entidade Regional Turismo Centro, tendo lembrado o crescimento recorde registado na região no ano anterior. A campanha do Turismo Centro de Portugal foi uma das oito finalistas na sua categoria, derrotando candidaturas dos Estados Unidos, do Japão, do Peru, do Egito, da Jordânia, da Estónia, da Finlândia e das Ilhas Faroé.

Atividade turística no Centro de Portugal iniciou o ano de 2018 como tinha terminado 2017: a crescer

2018 começou da melhor forma para o turismo no Centro O ano de 2018 não podia ter começado de melhor forma para o turismo no Centro, que manteve um crescimento superior à média nacional, com aumentos de 7,84%, nas dormidas e de 15,44% nas receitas de janeiro em comparação com 2017.

“A atividade turística no Centro de Portugal iniciou o ano de 2018 como tinha terminado 2017: a crescer de forma clara e superior à média nacional”. Ainda assim, já no início deste ano, Pedro Machado – que foi reconduzido na direção da

Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal -, lembrou que um dos objetivos para os próximo anos passa pela “consolidação do crescimento”. “Não temos turismo a mais no Centro de Portugal. A estada média e a taxa de ocupação estão

abaixo da média nacional, pelo que há trabalho a fazer aqui. Podemos e devemos continuar a crescer, alargar as dormidas a todo o território, aumentar as receitas e combater a sazonalidade, garantindo turismo durante o ano inteiro”.

turismo

o que foi novo em 2018

Destino nacional convidado na BTL

Festival de música eletrónica RFM SOMNII 2018

Eventos impulsionaram a região Centro de Portugal foi o destino nacional convidado da BTL’18

Tal como tem acontecido nos últimos anos, a promoção da região tem sido feita nos principais certames nacionais e internacionais. Já no início deste ano, o Centro de Portugal esteve presente na FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid. A participação da marca Centro de Portugal assume um caráter estratégico, dada a histórica importância do mercado espanhol. Aliás, já em novembro de 2018, as regiões portuguesas do Centro de Portugal e do Alentejo e a região espanhola

da Extremadura tinham apresentado, em Bruxelas, a eurorregião Euroace como um destino turístico e gastronómico comum. Em finais de março, o Centro de Portugal assumiu um lugar privilegiado na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL’18, como Destino Nacional Convidado da mais importante feira de turismo do país, num sinal de apreço pela capacidade de renovação de um território tragicamente afetado no verão de 2017.

Captar eventos nacionais e internacionais para a região tem sido uma prioridade pelo impacto direto muito positivo que provocam na região. O esforço tem dado frutos: em 2018, na época da Páscoa, nove em cada dez quartos de hotel da cidade de Coimbra foram ocupados. Os espanhóis dominaram o fluxo de turistas. A proximidade e o facto de ser um período curto de férias justificaram a escolha da maioria dos visitantes. Ao longo do ano, aliás, não faltaram motivos para visitar a região: desde as imensas feiras medievais

ou festas, passando pelo festival de música eletrónica RFM SOMNII 2018 na Figueira da Foz. De destacar, ainda, pelas iniciativas promovidas já no final do ano na época do natal. Ficam apenas três exemplos: a primeira edição do Castelo Mágico em Montemor-o-Velho, o Óbidos Vila Natal, e o Pampilhosa “Inspira Natal”, que inclui o Festival da Filhó Espichada. Também no final do ano, a candidatura da comunidade intermunicipal Região de Coimbra viu aprovada, em Bruxelas, a candidatura a Capital Eu-

ropeia da Gastronomia no ano de 2021, promovendo um conceito de ligação à história e cultura. Meses antes, dois momentos tinham conferido selo de qualidade à gastronomia de dois territórios complementares da região Centro. As mesas “Da Bairrada ao Mondego” e “Terras da Chanfana”, arrecadaram duas das distinções a concurso na gala final das “7 Maravilhas à Mesa”, da RTP. A tudo isto, junta-se a Universidade de Coimbra, que tem sido uma das impulsionadoras do crescimento do Centro em

termos turísticos. O ano de 2018 fica ainda marcado em toda a região pela abertura ou requalificação de novas unidades hoteleiras, de que a remodelação da “Quinta da Cortiça”, em Alvaiázere, ou o Stay Hotel Coimbra Centro (antigo Hotel Almedina, localizado na Avenida Fernão de Magalhães), são apenas alguns exemplos. Entretanto, no final do ano, foi apresentado o projeto de transformação do Mosteiro do Lorvão, em Penacova, numa unidade hoteleira de luxo com 90 quartos, no âmbito do programa Revive.


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Eventos-âncora Será um dos eventos mais importantes pelo retorno económico e pela visibilidade e notoriedade que trará para a região. O Rally de Portugal está de volta à região Centro e a cerimónia de partida oficial da prova será em Coimbra, no dia 30 de maio, junto da Porta Férrea da Universidade (UC). Esta mítica etapa do Campeonato Mundial de Rally (WRC – World Rally Championship) vai para a estrada de 30 de maio a 2 de junho e, nesta 53ª edição, vai passar por Arganil, Lousã e Góis. Alias, captação dos grandes eventos desportivos, que ajudam a atrair visitantes e que posicionam a região a nível internacional é uma das estratégias do Turismo Centro de Portugal. Por isso, Pedro Machado destaca também a 1.ª edição da Maratona Europa evento que promete marcar o calendário do atletismo em 2019. Este

evento, à escala internacional, está agendado para 28 de abril do próximo ano. No início do mês de junho de 2019, o centro de Portugal será o centro do mundo em trail running. Os melhores atletas nacionais e internacionais em corrida de montanha testarão os limites da sua resistência na prova mais icónica da modalidade: 2019 Trail World Championships. O evento desportivo irá integrar o Trilhos dos Abutres, em Miranda do Corvo, prova de referência em Portugal.

Centro: turismo de diversidade É um dos setores mais dinâmicos em Portugal, mas para Pedro Machado “ há um campo imenso ainda para ser trabalhado” na região. A estratégia da Turismo do Centro está definida e assenta em vários vetores. Desde logo, no reforço da área do Turismo de Saúde e Bem-Estar, assente num dos maiores

recursos endógenos do território – a água mineromedicinal e mineral natural; depois, no desenvolvimento de produtos relacionados com o turismo de natureza de sol, mar e ondas, como atividades náuticas, walking, cycling. Numa região tão diversa como o Centro, há espaço ainda para descobrir

a excelência e autenticidade histórica e cultural, assente nos Sítios Classificados Património da Humanidade; o turismo militar e o turismo religioso - com “a consolidação dos eixos Fátima e Caminhos de Santiago, bem como a valorização e promoção do património judaico”. Outra grande prioridade

será “propiciar a inclusão de ações de captação de turismo M&I (reuniões, conferências e grandes eventos internacionais) para a região. A tudo isto, acresce o vastíssimo património imaterial, nomeadamente, gastronomia e vinhos, entre muitos ativos, únicos e diferenciadores.

turismo o que vai ser novo em 2019

Novas unidades hoteleiras O ano de 2019 vai ficar marcado em toda a região pela abertura de novas unidades hoteleiras. Em Coimbra, deverá abrir o Hotel Turim Rainha Santa, no Arnado. A nova unidade vai transformar todo o gaveto da avenida Fernão de Magalhães com a rua do

Em Oliveira do Hospital, o Grupo IG está a construir uma unidade hoteleira, que surge da reabilitação de um edifício degradado

Arnado. De acordo com informação veiculada pela Turismo do Centro, a nova unidade terá 120

opinião NaTurismo na Universidade de Coimbra numa Coimbra surpreendente Luís Filipe Menezes Vice-reitor para a Cultura e Turismo da Universidade de Coimbra

quartos e criará 35 postos de trabalho. Também para Coimbra está prevista a constru-

Ao longo de 728 anos de existência, a Universidade de Coimbra foi ganhando história, estórias, espólio e muito património. É, desde 2013, Património Material e Imaterial da Humanidade. Esta dimensão representa, todos os dias, um encargo financeiro e pessoal bastante pesado e isto é algo difícil de sustentar porque o orçamento desta universidade é igual à de todas as outras e, portanto, a ginástica financeira é imensa. Ainda assim, apesar de termos noção de que a conservação do nosso património é um valor altíssimo, sabemos também que o aumento das receitas turísticas permitem-nos levar a cabo obras de preservação e reabilitação. E a verdade é que, cada vez mais, a Universidade de Coimbra é uma potência turística nacional.

ção de 21 unidades de alojamento e um restaurante, no edif ício localizado entre entre o Por-

tugal dos Pequenitos e o Convento São Francisco. Na Figueira da Foz, está prevista a abertura, para março, de uma unidade com 22 quartos e 36 camas (trata-se da adaptação de um centro de férias existente em Quiaios) e será explorado pela Cáritas Diocesana de Coimbra. Na Lousã, prevê-se a abertura da Casa das Condessinhas, um espaço de turismo rural e de habitação com 13 quartos e 26 camas. Em Oliveira do Hospital, o Grupo IG está a construir uma unidade hoteleira, que surge da

Em 2018 cerca de meio milhão de turistas visitaram a Universidade de Coimbra, sendo um dos destinos culturais mais visitados em Portugal. Este posicionamento aumenta a responsabilidade de toda a equipa que trabalha diariamente com os turistas que visitam a Universidade de Coimbra. Por este motivo o foco atual na atividade turística na universidade é a qualidade da visita, no sentido de proporcionar ao visitante experiências únicas e inesquecíveis. A equipa profissional que é responsável pelo turismo na Universidade de Coimbra está a preparar-se para mais um ano intenso em termos de atividade turística na Universidade. Para isso, e aproveitando o período menos

reabilitação de um edif ício degradado. O hotel vai contar com 30 quartos, repartidos por dois edif ícios, um espaço de refeições, uma piscina exterior coberta para utilização durante todo o ano e um jardim envolvente. A unidade encontra-se em construção, estando prevista a sua inauguração ainda durante este ano.

intenso de visitas, está a preparar novos programas turísticos com vista a atingir diferentes públicos, apostar na formação de todos os agentes turísticos da região, garantindo que estes possam ter conhecimento dos espaços visitáveis para melhor orientar os seus visitantes e apostar nas visitas personalizadas. Focados em aproveitar tudo aquilo que existe na Universidade de Coimbra para fomentar, melhorar e incrementar a qualidade da oferta turística existente, está a ser atualmente construído um programa que permitirá a venda de bilhetes online, para que se torne cada vez mais fácil visitar a Universidade de Coimbra. Hoje, as dinâmicas de compra e venda são diferentes e devemos estar constantemente a inovar para chegar


turismo

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a visitar

Quinta da Cortiça

Situada em Alvaiázere, a Quinta da Cortiça - Casa da Torre é, essencialmente um albergue, prioritariamente para peregrinos de Santiago, mas inicia em 2019 uma nova etapa complementar de turismo rural com 3 quartos duplos.

em 2019

Casa de São Lourenço

Chama-se Casa de São Lourenço - Burel Panorama Hotel e transformou a antiga Pousada de Manteigas num local único, onde as vistas deslumbrantes se misturam com a história e a modernidade. É o primeiro hotel de cinco estrelas na Serra da Estrela.

Villa Pedra Natural Houses Este projeto, Pombalinho, Soure, nasceu na abandonada Aldeia de Cima e hoje conta já com 13 casas recuperadas com nomes de plantas e árvores das redondezas. A visitar também o restaurante “A Cozinha”, onde é possível desfrutar de uma saborosa refeição caseira.

Chão do Rio Localizada em Travancinha, a 12 quilómetros do Parque Natural da Serra da Estrela, a Chão do Rio – turismo de aldeia, oferece uma experiência de alojamento sustentável. A Chão do Rio é composta por confortáveis casas de pedra com telhados de colmo dispostas em torno da piscina biológica.

Aqua Village Éo primeiro Health Resort & Spa de luxo da região Centro, em Oliveira do Hospital, à distância de um olhar da imponente Serra da Estrela. No resort, encontra-se uma piscina exterior, uma piscina com águas termais e uma piscina semicoberta, não esquecendo a praia fluvial privativa.

Palace do Bussaco Castelo de conto de fadas em plena floresta encantada” é a melhor definição para o Palace do Bussaco, um autêntico palácio real, na verdadeira aceção do termo. É possível descobrilo no centro da Mata Nacional do Buçaco.


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2018 confirma crescimento contínuo da Critical Software Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software

2018 foi, sem sombra de dúvidas, um dos anos mais afirmativos na já longa história da Critical Software. Não só pela comemoração das duas décadas de existência do grupo, mas pelo desenvolvimento e anúncio de projetos que prometem catapultar ainda mais o sucesso desta companhia tecnológica. Os antigos armazéns da Coimbra Editora, locali-

zados na zona do Arnado, foram comprados, pela Critical, que pretende instalar ali a sua nova sede e centro tecnológico. Financiado pelo BPI na região Centro, no âmbito do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU) 2020, foi um dos projetos empresariais mais relevantes anunciados no ano passado, representando

uma nova esperança de rejuvenescimento da zona histórica da cidade. A aposta, que deverá ser concretizada no prazo de um ano, pretende dar resposta ao contínuo crescimento do grupo Critical, espelhado na criação de novos postos de trabalho. O projeto foi assumido com a consciência da importância de revitalizar a Baixa e, eventualmente,

servir de exemplos para que outros sejam inspirados a replicar a iniciativa. “Este vai ser um espaço intensamente vivido. E, quem sabe, vai dar ambição a outros atores que possam vir habitar também esta zona”, afirma Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software. Também em 2018, a empresa tecnológica criou uma “joint venture” com a

fabricante de automóveis alemã BMW, a Critical TechWorks, onde trabalham, neste momento, mais de 300 pessoas. Sediada no Porto e com um centro de engenharia em Lisboa, esta nova empresa do grupo Critical foi projetada com o objetivo de “construir o carro do futuro”. “É uma referência na construção do carro do futuro e dos novos paradig-

mas de mobilidade”, descreve Gonçalo Quadros. Assim, a marca de Coimbra está já a criar a tecnologia que servirá como “espinha dorsal” dos carros da fabricante alemã, num projeto que vai envolver áreas como a inteligência artificial, grandes conjuntos de dados, conectividade, ou serviços de car sharing.

empresas o que foi novo em 2018

Maior parque de biotecnologia do país está instalado em Cantanhede

Número de trabalhadores no Biocant aumentou 50 por cento em 2018

opinião

O ano de 2019 apresenta-se com muitas dúvidas quanto ao clima económico e social. Passou um mês e não é possível construir cenários claros quanto ao desempenho da economia mundial, logo temos por certo um cenário de incerteza na economia nacional. Os nossos principais clientes europeus começaram mal o ano, a Zona Euro não está a crescer, tudo indica que iniciou o ano de 2019 com um comportamento perto da José Couto estagnação e analistas dos organismos europeus insinuam que o primeiro trimestre presidente do CEC de 2019 possa ser o pior desde 2013. Ora Conselho Empresarial do Centro/ - Câmara de Comércio com as economias dos nossos principais clientes a mostrarem abrandamento, com e Indústria do Centro o PIB da Zona Euro a ser revisto em baixa,

Adivinhar é proibido…

O número de profissionais a trabalhar no Biocant Park, em Cantanhede, aumenta 50 por cento, em 2018. Se há um ano, maior parque de biotecnologia do país era a “segunda casa” de 300 trabalhadores, hoje são 450 os que ali exercem a sua atividade. Este dado foi adiantado, ao DIÁRIO AS BEIRAS, por Carlos Faro, diretor do parque, que destaca a entrada do novo investidor privado, um stakeholder estrangeiro, como “parte importante” deste sucesso recente. Segundo a direção do parque, este novo parceiro estratégico “é responsável por um investimento adicional”, bem como pela gestão do ecossistema do parque”. “Esta nova parceria levou a que a atração do centro atingisse novos patamares. O interesse das empresas privadas aumentou muito… Funcionou como uma

materializada em termos de produção com uma queda de encomendas chegadas às fábricas, a registar a maior queda dos últimos cinco anos, obriga a estarmos atentes, antecipar, e ser capaz de reagir. Para este cenário de contenção, a rondar o pessimismo, contribui para lá do crescente mau ambiente entre as duas maiores economias do mundo a situação “doméstica” – a crise dos coletes amarelos em França, a saída (ou não) do RU da União Europeia e as propostas de alguns governos europeus em termos orçamentais. Para as empresas o ambiente é de grande desafio e obriga a medidas de contingência e de adaptação, e isso já é percetível e parece ser incontorná-

alavanca que trouxe um novo fôlego financeiro ao parque e à sua dinâmica interna”, explica Carlos Faro. Assim, pode dizer-se que o paradigma do Biocant se alterou, sendo que atualmente a estrutura não atrai apenas pequenas empresas e startups. “Há cada vez mais projetos de iniciativa industrial, fábricas, a procurarnos e a manifestar interesse em associarem-se a nós. Esta tipologia de empresas industriais leva, também, a que a nossa representatividade no PIB nacional seja mais significativo e que se criem mais postos de trabalho do que acontece com empresas de menor dimensão”, realça o diretor do parque. Refira-se que a gestão do Biocant envolve a Câmara Municipal de Cantanhede e a Universidade de Coimbra.

vel. O que para um país como Portugal terá impactos importantes, tendo em conta o tipo de produção que realizamos dirigidas às exportações. Se como diz o ditado popular “adivinhar é proibido”, também parece ser verdade que “nenhum vitorioso acredita no acaso”, logo as empresas portuguesas têm que manter o foco nas alterações que permitam aumentar o nível de competitividade, associado ao processo tecnológico e nas alterações determinadas pela i 4.0, o que continuará a exigir um esforço de investimentos significativo e encontrarem medidas, processos e ações que possam contrariar efeitos colaterais dos mercados clientes.


18 | especial | coimbra e o centro têm futuro’2019

diário as beiras | 16-02-2019

Frijobel quer reforçar presença na União Europeia e Estados Unidos Empresa pretende embalar 6000 toneladas de pescado e marisco em 2019

Em 2019, a Frijobel perspetiva alcançar um volume de negócios superior a 50 milhões de euros. Este crescimento – cerca de 13 por cento em comparação com o ano anterior – será sustentado numa aposta estratégica de reforço da presença em alguns países da União Europeia e, sobretudo, nos Estados Unidos da América. É o próprio CEO da empresa, Paulo Júlio, quem

o garante, acrescentando que esta rota de crescimento se deve a “muito trabalho”. “Hoje somos, provavelmente, o player do setor nacional com maior número de clientes. As coisas estão a correr bem, de facto, e estamos muito satisfeitos”, adianta. Ao DIÁRIO AS BEIRAS, o responsável adiantou que 2019 será “mais um grande ano de crescimento” para a empresa.

O grupo, com sede no concelho de Penela, conta hoje com 200 colaboradores nos seus quadros e centros de distribuição em Lisboa, Porto e Palmela. Recorde-se que a Frijobel, empresa fundada em 1988 que se dedica à atividade industrial de processamento de pescado e comercialização de produtos alimen-

A expetativa para 2019 é, de resto, que a Frijobel consiga embalar cerca de 6.000 toneladas de pescado e marisco, entre o mercado nacional e internacional – atualmente, a empresa exporta para 21 países.

tares congelados (peixe, marisco, pré-cozinhados, legumes e sobremesas), apresenta-se como uma sociedade anónima cujo capital social está nas mãos da família Vasconcelos. Mais do que a venda de pescado e outros produtos alimentares congelados, a Frijobel pretende vender soluções e serviços que retirem custos e maximizem a qualidade, com continuidade e consistência.

empresas o que vai ser novo em 2019

Incubadora de empresas de Alvaiázere cria segundo polo na antiga escola primária opinião Aliança para mudar o futuro de Coimbra!

Horácio Pina Prata Presidente da NERC

A Incubadora de Negócios Alvaiázere+ vai inaugurar, este ano, um segundo polo, na antiga escola básica da vila. O edif ício está, nesta altura, a ser alvo de trabalhos de requalificação, e, ainda em 2019, deverá ser transformado num centro empresarial, onde se poderão instalar novos projetos empreendedores que potenciem a economia local. A renovação do espaço vai resultar na criação de salas de reunião e de formação, bem como dormitório e balneários, que poderão ser usufruídos por coletividades desportivas que necessitem de ser acolhidas em Alvaiázere.

Estamos em 2030, um marco fixado pelas Agendas da ONU para o Desenvolvimento Sustentável e pela Europa para a renovação do seu Modelo Económico e Social. Ao colocar-me essa questão, faz recordar-me os passos determinantes dados em 2019 em direção ao cumprimento dessas duas Agendas. O que eram as empresas em 2019 na Região de Coimbra? Podemos dizer hoje dia 5 de fevereiro de 2030 que Coimbra é um bom exemplo de como uma Região deve aproveitar o seu potencial para o benefício de todos os que nela vivem. Foi nesse ano de 2019 que elementos da Sociedade Civil e das Forças Políticas se decidiram firmemente a chegar a um entendimento quanto ao modo de inverter a tendência

Polo atual já começa a ser curto perante o sucesso da aposta na incubadora empresarial

Esta recente ampliação promete “oferecer uma maior capacidade de alojamento a empreendedores e empresários”.

Enquadrada no programa de desenvolvimento local Alvaiázere+, a incubadora de empresas, que abriu atividade em janei-

para o abandono da Região que até então se verificava. Uma Aliança para mudar o futuro de Coimbra em torno de pilares muito simples e de fácil consenso, entre eles: • A colocação nos órgãos de decisão de representantes da Região que sintam e conheçam verdadeiramente os interesses locais; • O abandono das lutas por interesses paroquiais e a prestação de contas sistemática aos representados; • A união de todos em torno da promoção de centros de competência e de produção, que integram em modelos de uma nova economia global-digital os seus resultados através das unidades locais. • A reivindicação dos investimentos estruturais a que a Região tem justificadamente direito,

ro de 2018, conta, atualmente, com um polo no centro da vila, “casa” real de quatro empresas e “residência” virtual de outras sete que, não tendo um posto fixo e permanente, beneficiam das estruturas daquela organização. A gestão do projeto está a cargo do Município, da Associação de Desenvolvimento Integrado de Alvaiázere (ADECA) e da Territórios Criativos, “empresa parceira com muita experiência na dinamização de incubadoras”. Também no âmbito do programa municipal de Apoio ao Empreendedor Jovem, foram já apoiados 10 negócios.

recusando a cultura de subordinação. • A luta forte e ativa pela “Regionalização “para dar voz às gentes das “Beiras “quer seja B- Litoral e B-Interior. - As empresas em 2019 na Região de Coimbra? Eram a semente de um futuro de desenvolvimento e acima de tudo de felicidade que o grande consenso sobre a Agenda Coimbra 2030 possibilitou e que este ano se celebra. Já que o futuro da região de Coimbra teve de mobilizar novas vontades, novas atitudes e novas alianças em prol da defesa das empresas, dos empresários e das suas gentes, e pôde contar novamente com os empresários para a mudança de ciclo rumo a este ano de 2030. Estaremos todos de Parabéns já que JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.


16-02-2019 | diรกrio as beiras

publicidade 19

UNIVERSIDADE DE COIMBR A UM UNIVERSO DE EXPERIร NCIAS


20 | especial | coimbra e o centro têm futuro’2019

“Centro está a aproveitar muito bem os apoios comunitários”

diário as beiras | 16-02-2019

Sistemas de Incentivos às Empresas Operações aprovadas, na área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, com investimento total entre 700 mil e 3 milhões de euros Apoiar o investimento produtivo de inovação, o empreendedorismo, a I&DT e

a utilização de fatores imateriais de competitividade é objetivo do Compete - Pro-

Arquivo-Luís Carregã

PO Centro 2020 - Designação Entidade Beneficiária

Custo Total Aprovado

Fundo aprovado

Concelho

2.996.104,16

1.469.917,48

TECPLÁSNOVA - RECICLAGEM DE PLÁSTICO LDA

2.995.000,00

1.876.000,00

Mira

BLUEPHARMA - INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.

2.978.440,96

1.016.204,34

Coimbra

FRISALGADOS - FABR.E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTARES LDA

2.694.827,32

1.415.413,43

NUTRIVA - PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR, LDA

2.602.756,99

1.515.597,97

Tábua Vila Nova de

PRADO - CARTOLINAS DA LOUSÃ S.A.

2.495.391,00

1.203.234,60

Poiares Lousã

MAXIVIDRO - TRANSFORMADORES E DISTRIBUIDORES DE VIDRO S.A.

2.490.479,01

1.470.783,01

Mealhada

2.336.119,15

1.609.800,00

Mira

J.CARRANCA REDONDO LDA

2.309.729,95

572.739,97

Lousã

FARMALABOR - PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S.A.

BACH - FIRE PROTECTION, LDA

IMP - INDUSTRIA DE MUNIÇÕES DE PORTUGAL, LDA

Ana Abrunhosa, presidente da CCDRC

grama Operacional Competitividade e Internacionalização.

Mortágua

2.298.662,00

804.094,20

Condeixa-a-Nova

GRANDE HOTEL DE LUSO S.A.

2.257.457,70

911.519,30

Mealhada

VIDRARIA MORTÁGUA - VIDROS E ESPELHOS, S.A.

2.252.872,33

1.100.411,17

Mortágua

DREAM TOWER UNIPESSOAL, LDA

2.224.721,07

1.327.932,64

NUTRIVA - PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR, LDA

2.175.350,00

1.631.512,50

Tábua Vila Nova de

NUTRE - INDUSTRIAS ALIMENTARES, S.A.

2.074.869,21

999.934,61

PAUL STRICKER, S.A.

2.038.716,00

1.223.229,60

Poiares Mira Cantanhede Oliveira do Hospital Penela

empresas SOCIEDADE DE AZEITE E DESTILARIA DIAS LDA

O concelho de Coimbra lidera, mais uma vez, a tabela relativa aos Sistemas de Incentivos às empresas, na área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, com 168 operações aprovadas, mais de 42 milhões de custo total e 22 milhões e meio de fundo aprovado. No total, de acordo com os dados fornecidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), são 473 as operações aprovadas, em 169 milhões de custo total e 87 milhões de fundo aprovado. Por outro lado, na “cauda” da tabela encontra-se o Município de Góis, com apenas duas operações com “sinal verde” e fundos aprovados a rondar os 51 mil euros. As empresas da região Centro já executaram mais apoios comunitário no Portugal 2020 do que em todo anterior quadro de financiamento, QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional. Só através do PO Regional e do programa Compete, a

região já beneficiou de 700 milhões de euros, executados em projetos de natureza empresarial. “A região está a aproveitar muito bem este quadro comunitário. Estes dados revelam o grande dinamismo das nossas empresas no aproveitamento das oportunidades de financiamento. Estamos a dar uma imagem de credibilidade, com projetos maduros”, realça a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, adiantando que a taxa de execução dos projetos do Centro neste âmbito é de 45 por cento. Ao DIÁRIO AS BEIRAS, a responsável destaca a cultura de elevada exigência e forte carga burocrática no acesso aos fundos europeus, fator que “engrandece ainda mais a atuação das nossas empresas”. Ana Abrunhosa enfatiza, ainda, o facto das operações aprovadas serem relativas a projetos inovadores e empresas exportadores, dois critérios fundamentais para o acesso aos fundos comunitários.

Sistemas de Incentivos às Empresas Operações aprovadas, na área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, por concelho Concelho

TOTAL CIM RC COIMBRA MIRA CANTANHEDE MEALHADA FIGUEIRA DA FOZ MORTÁGUA VILA NOVA DE POIARES LOUSÃ TÁBUA PENELA NÃO APLICÁVEL OLIVEIRA DO HOSPITAL ARGANIL SOURE CONDEIXA-A-NOVA PENACOVA MONTEMOR-O-VELHO MIRANDA DO CORVO GÓIS

N.º operações aprovadas

Custo Total Aprovado

Fundo Aprovado

473

169.518.338,03

87.299.930,29

168

42.353.999,58

22.628.299,55

32 48 23 42 16 13 24 7 12 7 31 10 10 7 5 8 8 2

17.219.539,29 18.137.259,81 13.259.468,10 14.721.730,93 10.284.130,57 6.973.081,23 10.448.361,76 7.505.419,42 6.057.855,63 4.767.478,39 4.756.464,99 3.678.432,63 3.860.203,09 2.910.741,48 1.318.300,00 1.010.798,13 150.000,00 105.073,00

9.556.026,48 8.788.557,30 6.613.822,13 5.164.319,83 4.997.514,93 4.436.942,04 4.417.543,72 4.189.355,62 3.837.823,55 3.309.656,24 2.983.275,72 2.119.422,70 1.721.842,62 1.114.181,82 784.725,00 472.869,94 112.500,00 51.251,10

CENTROSTONE, LDA

2.002.241,04

1.437.930,26

1.996.600,00

1.482.487,50

1.930.061,43

841.500,00

Mealhada

PLASTDIVERSITY - COMÉRCIO DE ARTIGOS DE PLÁSTICO LDA

1.834.580,00

939.934,15

Figueira da Foz

FEEDZAI - CONSULTADORIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, S.A.

1.758.244,05

1.266.653,17

Coimbra

SIMÕES & RODRIGUES S.A.

1.627.442,25

962.005,35

Penela

I. M. C. L. - INDÚSTRIA DE MOLDES CERÂMICOS LIMITADA

1.566.368,19

917.320,91

Cantanhede Coimbra

SEW - EURODRIVE PORTUGAL, LDA

1.547.631,50

1.082.297,07

1.449.953,00

995.717,10

Mira

1.424.914,15

834.796,97

Coimbra

FÁBRICA DE RADIADORES DO ALVA LDA

1.398.893,81

879.193,33

Arganil

HORIZONTE FUSÃO - BETUMINOSAS, LDA

1.393.796,00

817.677,60

Mealhada

PARAÍSO DA VONTADE EMPREENDIMENTOS DA QUINTA LDA

1.321.171,38

779.939,72

Tábua

SIMÕES & RODRIGUES S.A.

1.314.726,16

975.132,12

Penela

Mealhada

SENHA & CONTRA SENHA, LDA ALVOSPOT, LDA

ACTIVE SPACE TECHNOLOGIES - ACTIVIDADES AEROESPACIAIS, S.A.

CERAGNI, LDA

1.304.500,00

815.150,00

VIDRARIA MORTÁGUA - VIDROS E ESPELHOS, S.A.

1.303.322,00

893.635,40

Mortágua

EXOGENUS THERAPEUTICS, S.A.

1.283.639,79

631.354,47

Cantanhede

JHM - INVESTIMENTOS TURÍSTICOS, S.A.

1.269.981,00

526.001,25

Figueira da Foz

FEEDZAI - CONSULTADORIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, S.A.

1.251.205,00

500.000,00

Coimbra

TEANDM - TECNOLOGIA, ENGENHARIA E MATERIAIS S.A.

1.172.199,00

702.839,40

Coimbra

MÁRIO CUNHA & CUNHA LDA

1.170.650,00

801.955,00

Lousã

LEAL & SOARES, S.A.

1.138.737,00

561.118,50

Mira

CLIPER CERÂMICA, S.A.

1.110.442,03

547.842,54

Figueira da Foz

GRACIOUSCIRCLE - ENERGY LDA

1.064.705,00

400.367,25

Mira

DOM MIRA LDA

1.062.500,15

677.361,08

Mira

SENSING FUTURE TECHNOLOGIES, LDA

1.046.273,28

746.979,55

Coimbra

ALCIDES DOS SANTOS ANTUNES LDA

1.043.469,99

469.449,00

Cantanhede

TMIP - TRANSPORTES E LOGÍSTICA, LDA

1.037.884,20

317.800,00

Soure

CONVERDE, S.A.

1.006.200,00

452.790,00

Cantanhede

MORNINGCIRCLE - LDA

1.002.705,00

396.542,25

Mira

CBRA GENOMICS, S.A.

982.371,89

716.035,69

Não aplicável

IMMUNETHEP, S.A.

960.573,00

280.558,33

Cantanhede

AZULEJIBERICA-COMERCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LDA

955.725,00

410.951,25

SERRIALU - SERRALHARIA CIVIL LDA

949.840,00

712.380,00

OSSMED - REGENERATION TECHNOLOGY, S.A.

923.315,50

551.969,69

Soure Vila Nova de Poiares Cantanhede

PLASTIFOZ - PLÁSTICOS TÉCNICOS E ENGENHARIA LDA

920.687,23

266.647,18

SERRIALU - SERRALHARIA CIVIL LDA

905.590,00

402.430,50

IGENMAI, UNIPESSOAL LDA

892.588,00

392.157,00

Figueira da Foz Vila Nova de Poiares Coimbra

GUM CHEMICAL SOLUTIONS, S.A.

884.991,44

543.135,00

Não aplicável

ACORFATO - INDUSTRIA DE CONFECÇÕES S.A.

881.100,00

477.720,00

Tábua

ACTIVE SPACE TECHNOLOGIES - ACTIVIDADES AEROESPACIAIS, S.A.

879.509,09

627.601,56

Coimbra

DASCAT, SOFTWARE, LDA

865.505,00

304.427,25

Coimbra

Y FARMA, S.A. CIPECA - REPRESENTAÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO LDA ECOXPERIENCE, LDA

860.243,73

378.385,38

Cantanhede

841.268,75

438.382,50

Mortágua

839.425,20

486.398,89

Coimbra

ACTIVE AEROGELS, LDA

825.785,38

461.786,29

Coimbra

AZULEJIBERICA-COMERCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LDA

823.500,00

571.847,42

Soure

MIRAPACK, LDA LABIALFARMA-LABORATÓRIO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS E NUTRACÊUTICOS, S.A. INGENIARIUS, LDA

794.430,72

473.088,43

Mira

793.169,01

310.983,60

Mortágua

790.676,80

596.746,34

Não aplicável

ISIDOVIAS - INVESTIMENTOS LDA

780.300,00

345.510,00

Lousã

SOTEXFIL-SOCIEDADE TEXTIL DE FIBRAS E FILAMENTOS LDA

775.205,00

164.533,63

NATURDERMO LDA

775.000,00

532.700,00

Penacova

FOZBORDADOS - INDÚSTRIA DE BORDADOS LDA

759.061,31

455.436,79

Figueira da Foz

VESAM - ENGENHARIA, S.A.

749.668,50

523.430,03

Cantanhede

M4K, LDA

743.434,00

333.600,30

COSTA & IRMÃO, LIMITADA

735.865,00

437.919,00

ACTIVE AEROGELS, LDA

725.954,32

533.288,23

Coimbra

CEV, S.A.

724.096,97

148.889,76

Cantanhede

Lousã

Coimbra Mealhada


73556

16-02-2019 | diรกrio as beiras

publicidade | 21


22 | especial | coimbra e o centro têm futuro’2019

diário as beiras | 16-02-2019

DR

A 4.ª edição dos Jogos Europeus Universitários trouxe até Coimbra, entre 15 e 28 de julho, 3293 atletas que representaram, em 13 modalidades, 291 universidades de 38 países da Europa. O maior evento multidesportivo alguma vez realizado em Portugal envolveu Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra, Federação Académica do Desporto Universitário e Associação Académica de Coimbra, numa organização que contou com cerca de 6.000 pessoas e marcou a cidade e o desporto universitário português. Portugal conquistou um total de 14 medalhas na prova, quatro no remo, seis na canoagem, duas no judo e outras duas no futsal. A Universidade de Coimbra-Associação Académica de Coimbra foi a mais medalhada, tendo conquistado 11 “metais”, cinco de ouro, duas medalhas de prata e quatro bronzes.

No Centro de Alto Rendimento de Montemor-oVelho, local onde se realizaram as provas aquáticas, foi conquistada o maior número de medalhas, um total de 10. No que aos atletas da “casa” diz respeito, na canoagem, Francisca Laia, a única Olímpica da comitiva portuguesa, e David Varela conquistaram dois ouros em conjunto. A estudante da Faculdade de Medicina da UC, Francisca Laia, ainda arrebatou mais um ouro no k1 200 metros. No judo, Catarina Costa (UC) sagrou-se cam- Coimbra acolheu a 4.ª edição dos EUG2018. Em 2020 a competição tam lugar em Belgrado, na Sérvia peã em –48 kg e os irmãos Afonso Costa e Dinis Costa, no remo, também subiram ao lugar mais alto do pódio. As intervenções nos DR DR pavilhões e no espçao exterior do Estádio Universitário de Coimbra ou as obras em várias infraestruturas da cidade de Coimbra deixam um legado ímpar, que está agora disponível para potenciar, ainda mais, o desporto conimbricense.

Jogos Europeus Universitários 2018: um evento ímpar que deixa legado DR

desporto o que foi novo em 2018

Académica ergueu Taça de Portugal de râguebi

DR

Lusa

Na na photo

Fernando Pimenta conquistou duas medalhas de ouro

“Pretos” fizeram a festa em Setúbal

A Secção de Rugby da Académica (SR/AAC) conquistou a 19 de maio, no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal, a 57.ª edição da Taça de Portugal de râguebi, após derrotar o Agronomia, na final da competição, por 20-15. Num jogo muito disputado, os “pretos” garantiram a sua sétima vitória na prova com ensaios de António Salgueiro e Sérgio Franco. Adam Danckert, irrepreensível nas transformações e na conversão de penalidades, foi responsável por

10 pontos da formação de Coimbra. Vinte e um anos depois, a Académica, liderada por João Luís Pinto, voltou a vencer a Taça de Portugal após uma partida discutida até ao último segundo. Os “pretos” fizeram história em Setúbal e conquistaram, por mérito próprio, mais um troféu para o râguebi academista. Na Supertaça, disputada a 5 de outubro, o Belenenses derrotou os “pretos” por 30-20, num jogo disputado nas Caldas da Rainha.

Elite mundial da canoagem passou por Montemor-o-Velho Entre os dias 22 e 26 de agosto, Montemor-o-Velho ganhou o estatuto de capital mundial da canoagem. O Campeonato do Mundo de Velocidade de Canoagem e Paracanoagem, o primeiro organizado em Portugal, trouxe até ao Centro Náutico montemorense os melhores canoístas do mundo. Em termos de números, ao longo cinco dias de competição, 80 países, 1.500 participantes, 30 campeões do Mundo e 12

paracampeões passaram por Montermor-o-Velho, naquele que foi apelidado pelo presidente da Federação Internacional de Canoagem (FIC), José Perurena, como “o melhor campeonato do mundo de sempre”. Os elogios à organização da Federação Portuguesa de Canoagem, em parceria com a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, foram unânimes, com o presidente da FIC a apelidar a infraestrutura mon-

temorense de “diamante”. Fernando Pimenta imperial conquista dois ouros Um dos destaques do Campeonato do Mundo de Velocidade de Canoagem foi o português Fernando Pimenta. O canoísta natural de Ponte de Lima bateu todos os concorrentes no k1 1000 metros e no k1 5.000 metros ( bicampeão europeu) mostrando que, aos 29 anos, é uma das referências mundiais da modalidade.

Festejar em casa, perante um público em êxtase, “foi muito especial”, referiu, num fim de semana que, para o canoísta do Benfica foi “indescritível”. A Portuguesa foi escutada duas vezes em Montemor, graças aos resultados de Fernando Pimenta que é uma das maiores esperanças portuguesas para a conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. De resto, o ouro Olímpico é o único que falta no currículo.


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16-02-2019 | diário as beiras

Trail de Conímbriga/Terras de Sicó Superfinal da Liga Europeia na celebra 10.ª edição com quatro provas Figueira da Foz DR

As melhores seleções do continente europeu de futebol de praia vão estar em ação, no início de setembro, na Figueira da Foz. O areal figueirense recebe a Superfinal da maior competição europeia de futebol de praia, a Liga Europeia. Disputada ao longo do verão em torneios realizados em diferentes países, a Liga Europeia de Futebol de Praia conta com mais de 130 federações nacionais associadas. Na Superfinal vão marcar presença as oito melhores da Europa. A atribuição da organização à Câmara Municipal da Figueira da Foz aconteceu na Sardenha, Itália, durante a Superfinal de 2018, que foi vencida pela equipa italiana. Portugal terminou

em 3.º lugar e procura recuperar um título conquistado em 2015, em Siofok, na Hungria. “A realização desta grande final na Figueira da Foz vem consolidar a estratégia de afirmação, divulgação e promoção da Figueira da Foz enquanto destino líder de desportos de praia”, afirmou o autarca figueirense, João Ataíde.

ser especial, sendo esperados milhares de amantes do Trail Running ( em 2018 estiveram 3.113 atletas). 111, 52 e 22 km são as distâncias das provas competitivas. O programa abarca também um percurso de 15 km que pode ser feito a andar ou em ritmo mais acelerado.

111 A 10.ª edição do Trail de Conímbriga/Terras de Sicó está agendada para os próximos dias 23 e 24 de fevereiro, em Condeixa-aNova. Numa organização da Associação Desportiva O Mundo da Corrida, com o apoio, entre outros, da autarquia condeixense, a edição de 2019 promete

Campeonato do Mundo de Trail em Miranda do Corvo DR

As emoções do trail running trazem até aos trilhos de Miranda do Corvo, em 2019, o Campeonato do Mundo de Trail Running. Numa organização daAssociação Abutrica, em parceria com a Federação Portuguesa de Atletismo, a Associação Internacional de Trail Running e as Câ-

maras de Coimbra e Miranda do Corvo, entre 6 e 9 de junho, são esperados mais de 1.500 participantes nas duas provas previstas no programa. Nos dias 8 e 9 realizam-se duas corridas, uma de 42 e outra de 50 km, que vão levar os presentes a descobrir os trilhos mirandenses.

desporto o que vai ser novo em 2019

Rali de Portugal de regresso ao “santuário” promete fazer vibrar a região

DB-Pedro Ramos

DB-Pedro Ramos

ARGANIL

COIMBRA

O frenesim do Rali de Portugal volta à região Centro em 2019. Entre 30 de maio e 2 de junho, a 7.ª etapa do Campeonato do Mundo de Ralis (World Rally Championship -WRC) promete agitar o norte e centro de Portugal. Os municípios

de Arganil, Coimbra, Góis e Lousã vão estar no epicentro da prova, num regresso do Rali de Portugal, 18 anos depois, à LOUSÃ região. O “santuário dos ralis”, forma como foi apelidada a região, vai fervilhar com os barulhos dos bó-

opinião Manifestações de elevado reconhecimento António Figueiredo Diretor da FCDEF da Universidade de Coimbra

Rali de Portugal traz o WRC até quatro municípios do distrito de Coimbra

lides e a técnica dos pilotos. GÓIS No dia 30 surge uma das principais novidades da prova do Automóvel Club de Portugal, com o regresso da zona Centro ao programa Rali de Portugal e com a cidade de Coimbra a acolher a ceri-

Com o início de um novo ano renovam-se as expetativas relativamente à possibilidade de vivenciar o fenómeno desportivo naquilo que ele tem de mais puro e socialmente relevante. Coimbra, e a região centro, preparam-se para desfrutar de um conjunto de manifestações desportivas de elevado reconhecimento. Para além dos habituais eventos desportivos que preenchem o calendário da região centro, há a destacar a manutenção da aposta da Universidade de

mónia oficial de partida, que tem lugar em frente à Porta Férrea, em pleno “coração” do Património Mundial da UNESCO. No dia seguinte os pilotos seguem para os troços da Lousã, Góis e Arganil. Entre as duas passagens pelas classificati-

Coimbra (UC) no Desporto através da organização de eventos de relevo, como é o caso das Fases Finais dos Campeonatos Universitários de Polo aquático (em fevereiro) e de Canoagem (em abril), para além do Campeonato da Europa de Kayak Polo, com a tríade Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e Federação Portuguesa de Canoagem a organizar a competição. Um outro acontecimento de elevado registo será o Rally de Portugal, de 30 de maio a 2 de

vas, oportunidade para o público ver de perto pilotos e carros no reagrupamento e na zona de troca de pneus, no centro de Arganil. Após os 91,50 km cronometrados na região, a prova ruma a norte. Os vencedores são coroados a 2 de junho,

junho, a acontecer num ambiente multi-municipal da região centro. Com efeito, esta etapa do World Rally Championship (WRC) regressa à região centro e terá a sua partida oficial da icónica Porta Férrea da UC, passando pelos concelhos de Arganil, Lousã e Góis. Espera-se, pois, uma muito relevante participação do público, em geral, e dos apaixonados pelo desporto automóvel, em particular. Gostaria ainda de fazer referência à realização do XIII Congresso Nacional de Educação Física, em

junto à Marginal de Matosinhos. Milhares de “peregrinos” são esperados para presenciar as qualidades da elite mundial do rali. A edição de 2018 gerou um retorno financeiro de 138,3 milhões de euros na economia nacional.

novembro na Figueira da Foz, numa parceria entre a Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC, a Sociedade Portuguesa de Educação Física e a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Espera-se que a realização de eventos desta dimensão na região Centro possam constituir-se como um catalisador do crescimento dos níveis de participação desportiva e/ou de atividade física da população em geral mas, também, de captação dos mais novos para estas atividades.


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diário as beiras | 16-02-2019

Maternidade marca passo

A futura Maternidade de Coimbra, que irá substituir as duas que existem atualmente – Daniel de Matos e Bissaya Barreto – ficará localizada no campus dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). O anúncio, feito em abril de 2018, com a presença do então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, não pôs fim à polémica sobre a localização da maternidade, com muitas vozes – entre elas a do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, e a do Movimento

Cidadãos por Coimbra –, a defender que a nova unidade de saúde deverá ficar localizada no campus do Hospital dos Covões, para não agudizar os problemas de trânsito em torno do polo HUC-CHUC. Para a nova maternidade foi anunciado um investimento de 16,2 milhões de euros e o compromisso de lançar o concurso para o projeto de execução até final do ano. Mas a verdade é que 2018 chegou ao fim sem que se tenha voltado a ouvir falar no lançamento do concurso.

Coimbra recebeu a Cimeira Mundial de Saúde

Cimeira Mundial de Saúde Coimbra foi a anfitriã, a 19 e 20 de abril, do encontro regional anual da Cimeira Mundial da Saúde, que reuniu na cidade centenas de peritos mundiais e teve como tema principal a saúde global dos países

africanos. O encontro intercalar da Cimeira Mundial de Saúde, que teve cerca de 1300 participantes inscritos, foi, segundo os organizadores, uma oportunidade para aprofundar laços com os países africa-

nos de língua oficial portuguesa e para a afirmação da saúde portuguesa no contexto mundial. O encontro, que decorreu no Convento São Francisco, foi organizado pelo Coimbra Health,

consórcio constituído pela Universidade de Coimbra (UC)/Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que representa Portugal na Aliança M8 (considerada o G8 da saúde).

saúde

o que foi novo em 2018

Bloco operatório e futuro edifício estão parados no IPO

Bloco cirúrgico temporário seria construído num terraço

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra tinha projetos para iniciar, no segundo semestre de 2018, a construção de um novo edifício, no seu campus hospitalar, que concentrará todas as especialidades cirúrgicas. Esta é a componente mais importante do plano de investimentos da unidade, com um valor de investimento de mais de 37 milhões de euros, mas não avançou. O novo edifício, orçamentado em cerca de 21,5 milhões de euros, demorará à volta de dois anos a ser construído, e vai substituir o bloco pintado de verde, um dos mais antigos

do IPO, que será demolido. No entanto, para demolir o antigo edifício, onde estão instalados os blocos e internamentos cirúrgicos, será necessário instalar primeiro um bloco operatório periférico e temporário, que assegure, durante os dois anos de obras, a atividade cirúrgica necessária para dar resposta aos doentes que procuram o IPO. Contudo, apesar de o concurso para o bloco operatório - que seria construído num terraço, na cobertura do serviço de sangue do IPO – e para o edifício, ter sido lançado, as empresas não concorreram e a obra não avançou.

CUF e Luz Saúde abrem novos hospitais em Coimbra Em 2018, os grandes grupos privados do setor da saúde instalaram-se em Coimbra. Ainda em finais de 2017, a José de Mello Saúde (JMS) adquiriu a maioria do capital da Clínica Particular de Coimbra, para criar, naquelas instalações, um Hospital CUF. Concretizado o negócio, 2018 foi o ano da transformação e adaptação da clínica, localizada junto ao Hospital Pediátrico, para a criação do Hospital CUF Coimbra.

Recentemente, a CUF anunciou a remodelação da Unidade de Imagiologia, com um investimento de dois milhões de euros, de modo a cumprir os critérios e exigências de um serviço hospitalar e instalar tecnologia de última geração. Nos próximos meses, serão efetuados novos investimentos para redimensionar e reequipar outros serviços, de modo a adequá-los às necessidades de uma unidade hospitalar.

Da Idealmed à Luz Saúde Logo no início de 2018, foi a vez do grupo Luz Saúde, detido pelos chineses da Fosun, adquirir a Idealmed UHC – Unidade Hospitalar de Coimbra, o hospital privado de maior dimensão da região Centro, que fora inaugurado em 2012, criando o Hospital da Luz Coimbra. Nesse negócio, na região Centro, a Luz Saúde adquiriu a totalidade do capital do Grupo Idealmed (Coimbra e clínicas da Figueira da Foz,

Pombal e Cantanhede). Em 2018, foram vários os investimentos anunciados pelo Hospital da Luz Coimbra. Abriu uma Unidade de Cuidados Intensivos, dotou o Spine Center, centro de excelência na cirurgia da coluna, com tecnologia de última geração, designadamente para cirurgia navegada de coluna; investiu vários milhões de euros para remodelar o serviço de imagiologia e iniciou a realização de cateterismos cardíacos.


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10 milhões para Patologia Clínica do CHUC O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai investir 10 milhões de euros na automatização do ‘core’ laboratorial do Serviço de Patologia Clínica, reduzindo tempos de resposta, colheita de amostras e custos, otimizando recursos e simplificando processos. O projeto surge no âmbito da reorganização dos laboratórios do Serviço de Patologia Clínica do CHUC, que tem como principais objetivos reduzir o tempo de resposta aos pedidos de análises e as amostras colhidas por doente, otimizar recursos e simplificar processos e fluxos de trabalho. Para isso, está a implementar uma cadeia laboratorial de elevado grau de automatização, em confor-

midade com o conceito ‘corelab’, no Edifício São Jerónimo. Trata-se de uma intervenção com um custo superior a 10 milhões de euros repartidos por um período de cinco anos, que “vai permitir a automatização total de cerca de seis milhões e 200 mil análises realizadas anualmente no laboratório principal do polo HUC, o que representa mais de 90% do total de análises realizadas neste laboratório, realça o presidente do conselho de administração do CHUC, Fernando Regateiro. Em 2017, o SPC do CHUC realizou mais de oito milhões e 200 mil análises, no total dos laboratórios de que dispõe - incluindo os dos hospitais Pediátrico e Covões.

Centro de Saúde Fernão de Magalhães funciona num edifício de quatro pisos, onde existe apenas um pequeno elevador

Novos centros de saúde Obra reclamada há várias décadas em Coimbra, o início da construção do novo Centro de Saúde Fernão de Magalhães, a funcionar em instalações degradadas, vai marcar o ano de 2019. O concurso para a elaboração do projeto de execução foi lançado no início deste mês de feve-

reiro e o novo centro de saúde está orçamentado em cerca de 3,5 milhões de euros, segundo a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). Outra obra de relevo na área dos cuidados de saúde primários, em Coimbra, é a remodelação do Centro de Saúde de Celas,

que custará à volta de 1,8 milhões de euros. Enquanto a obra decorre, os serviços do Centro de Saúde de Celas ficarão a funcionar em contentores colocados no antigo Hospital Pediátrico. Mas são várias as obras anunciadas para 2019 pela ARSC, nos cuidados

primários. Estão em curso, ou serão iniciadas, as remodelações dos centros de saúde de Pedrógão Grande, São Jacinto, Sertã e Aradas, e de construção da nova unidade de Murtosa. O centro de saúde de Vila Nova de Foz Côa foi inaugurado em janeiro último

saúde o que vai ser novo em 2019

Grupo Sanfil Medicina lança obra

Futuro Centro Corporativo do GSM

Para assinalar os 65 anos de história, o Grupo Sanfil Medicina (GSM) lançou a primeira pedra do Centro Corporativo, a construir em 2019 no iParque (Coimbra), que será o polo central dos serviços que a holding oferece na região. Na cerimónia, realizada a

opinião

26 de dezembro de 2018, Pedro Marcelino, CEO do GSM, reforçou que, em 2019, “o Centro Corporativo irá estar construído” e trará, entre outras novidades, “um centro de telerradiologia e outro de telemedicina”. 2019 promete grande

A região Centro tem futuro Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, ENSP / UNL

expansão para os negócios do GSM: uma nova unidade em Alcobaça, em parceria com a Misericórdia, e a requalificação das duas principais unidades do grupo: Casa de Saúde de Santa Filomena (Coimbra) e Centro Hospitalar de S. Francisco (Leiria).

Ao longo das últimas décadas, o setor da saúde contribuiu, decisivamente, para a melhoria da qualidade de vida das populações bem como para a transformação do ecossistema ligado à ciência e à inovação. Em termos nacionais, a região Centro tornou-se mais competitiva através da integração de estratégias para o desenvolvimento das pessoas e do território. A coexistência de Centros de Ensino, de Formação e Investigação, de elevada qualidade, contribuiu para afirmação desta região no plano científico, técnico e profissional. A existência de múltiplos polos de excelên-

Silo auto no polo dos HUC

Deverá avançar o projeto para a construção de um silo-auto no polo Hospitais da Universidade de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com o objetivo de ordenar o trânsito e o estacionamento, hoje caótico, na-

quele campus hospitalar. Fernando Regateiro, presidente do conselho de administração do CHUC, adiantou que o CHUC contratou uma empresa para elaborar o caderno de encargos para o posterior lançamento do concurso para a construção do

cia clínica em áreas de reconhecida diferenciação de que são exemplos a oncologia, a oftalmologia e o transplante de órgãos aliada à qualidade de institutos de investigação, de nível internacional, e à incubação de empresas, de base tecnológica, afirmou a região Centro na área da saúde. A capacidade instalada, ao nível das infraestruturas e dos equipamentos, e a qualidade dos recursos humanos consolidou um cluster de atividades ligadas à saúde. A região Centro dispõe de um capital humano diferenciado e de uma rede de elevado potencial para a produção de

silo-auto. A empresa que irá elaborar o caderno de encargos tem como ponto de partida o projeto para o silo-auto, elaborado em 2011, que previa um siloauto com quatro pisos e 1.200 lugares de estacionamento. Mas o objetivo é chegar aos 1.500 lugares.

conhecimento científico e tecnológico. O aprofundamento da cooperação entre os diferentes agentes e entidades - universidades e institutos politécnicos, centros de investigação e de desenvolvimento, entidades prestadoras de cuidados de saúde e indústria deverá continuar a ser um objetivo prioritário. O futuro estará indissociavelmente ligado ao poder de transformação desse desígnio estratégico.


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Investimentos da Águas do Centro Litoral A empresa Águas do Centro Litoral (AdCL) investiu, em 2018, mais de 4,5 milhões de euros, tendo concluído as intervenções de melhoria na ETAR de Espinho (150 mil euros) e os trabalhos de construção das descargas de emergência das estações elevatórias de Cochadas – Cantanhede e Mira. De acordo com a empresa, “esta última empreitada foi a segunda medida mitigadora que pretendeu reforçar a capacidade de drenagem do sistema de saneamento dos municípios de Mira e Cantanhede até à solução final, ainda em discussão, com mediação do secretário de Estado do Ambiente. O ano transato marcou o início da construção da ETAR de Travanca do Mondego (800 mil euros), com conclusão prevista para o 1.º trimestre de 2019; e dos

subsistemas de abastecimento de Alagoa e Feijoal, Arganil (4,2 milhões de euros) cuja conclusão se prevê para o 3.º trimestre. No Polo Mondego, ficou também concluído, de acordo com a empresa, a montagem de “Espessadores gravíticos de lamas” nas ETAR de Ceira, Vendas de Ceira e S. Frutuoso. Para melhores condições de operacionalidade destacam-se a Reabilitação do Reservatório de Monte Formoso (700 mil euros) e a Remodelação do Laboratório da ETA da Boavista (350 mil euros), assim como a execução da ETAR do Dianteiro (780 mil). A AdCL conclui que os trabalhos de Remodelação da ETAR do Choupal, no valor global de 11,2 milhões de euros, deverão ter início em meados do 2.º trimestre de 2019.

A empreitada retirou 700 mil metros cúbicos de sedimentos do leito do rio

Desassoreamento ainda em curso O desassoreamento do Rio Mondego foi a maior obra ambiental realizada no concelho de Coimbra nos últimos anos, desde a construção da Ponte Açude. Embora tenha sido anunciado em meados do ano passado que, atenden-

do ao bom ritmo da empreitada, o seu final seria antecipado, a verdade é que o prazo de conclusão fixado já foi alcançado, tendo a Câmara Municipal de Coimbra anunciado no último dia de janeiro último que ainda estava

em curso. Trata-se de um investimento de pouco mais de quatro milhões de euros, com financiamento comunitário de 85% através do PO SE UR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

A empreitada contemplou a extração de cerca de 700 mil metros cúbicos de sedimentos do leito do rio, numa extensão de cerca de 3,2 quilómetros. O projeto foi elaborado e é acompanhado pela Agência Portuguesa do Ambiente.

ambiente

o que foi novo em 2018

Empresas concelhias de água

Serviço municipal de transportes aposta na mobilidade limpa

Veículos elétricos SMTUC Coimbra é um dos concelhos que mais tem aproveitado, na região, o financiamento comunitário do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SE UR), um dos 16 programas do Portugal 2020. Os financiamentos comunitários neste âmbito destinam-se a projetos de economia de baixo carbono e uma utilização mais eficiente de recursos. É através deste programa que está a decorrer a estabilização dos muros da margem direita do Rio Mondego, num investimento de 7,1 milhões de euros. A comparticipação europeia é de 85%. Foi também através deste programa que se executou o desassoreamento do

rio Mondego, bem como a aquisição de oito autocarros elétricos para os SMTUC, que já tem visto do Tribunal de Contas e serão entregues até ao fim do primeiro semestre. Foi um investimento de 4,7 milhões de euros, com comparticipação de cerca de 50%. Acresce, neste contexto, candidatura a aquisição de 14 outros novos autocarros elétricos, também para os SMTUC, com um custo de seis milhões de euros. A candidatura prevê a aquisição de cinco autocarros elétricos standard, de 12 metros; e nove miniautocarros elétricos, de seis metros. Uma outra adjudicação já aprovada contempla dois mini autocarros, num valor de cerca de 635 mil euros.

Inova, de Cantanhede, recebeu prémios de qualidade

A maior obra realizada pela empresa municipal Águas de Coimbra (AC) em 2018 foi a empreitada “Ciclo Urbano da Água” correspondente à execução do saneamento básico da Freguesia de Almalaguês (4.ª Fase), em Rio de Galinhas e Monforte. Foi um investimento de cerca de 782 mil euros, dos quais 440 mil euros foram candidatados a financiamento comunitário, tendo obtido um contribuição de Fundo de Coesão de 85%, no total de 375 mil euros. A AC alcançou pela 8.ª vez, em 2018, a melhor classificação do Índice Nacional de Satisfação do

Cliente, no setor da Água. Na edição de 2018 do relatório, a Águas de Coimbra vence todos os oito indicadores de avaliação, como a “Imagem”; “Expetativa dos clientes”; “Qualidade apercebida”; “Valor apercebido”; “Satisfação”; “Gestão das Reclamações” e “Lealdade”, mantendo o valor de “Confiança”. No setor do Ambiente, foi a empresa INOVA - EM de Cantanhede que se afirmou como entidade com melhor desempenho no serviço de saneamento de águas residuais urbanas em Portugal. Atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas

e Resíduos (ERSAR), com base nos indicadores de qualidade de serviço do ano de 2017, nomeadamente a acessibilidade física do serviço através de redes fixas, a acessibilidade económica, a resposta a reclamações e sugestões, a reabilitação de coletores, cobertura dos gastos e cumprimento da licença de descarga, entre outros. Ainda no setor das empresas concelhias, a Águas da Figueira da Foz estabeleceu, em 2018, em parceria com a Universidade de Coimbra, um projeto pioneiro de remoção de fósforo em efluentes, para obter um protótipo em

funcionamento até final do corrente ano. João Damasceno, diretor geral da concessionária de águas e saneamento da Figueira da Foz, frisou que a busca de tecnologias inovadoras de remoção do fósforo das lamas e efluentes das estações de tratamentos de águas e resíduos (ETAR) é “uma dupla oportunidade” para prevenir problemas ambientais e produzir adubos ricos em fósforo – um mineral que é fundamental ao desenvolvimento da agricultura, mas que também causa eutrofização de recursos hídricos.


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Sistema intermunicipal do Pinhal Interior

Águas de Coimbra sensibiliza os mais novos

A última das 11 assembleias municipais ouvidas no processo de constituição da APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior – deu luz verde, a 30 de janeiro, para que o processo avance. Sendo uma das principais apostas na área do ambiente na região, tal como já tinham feito as outras 10 autarquiasdo consórcio, Góis aprovou nessa data a integração no sistema intermunicipal que vai gerir, a partir de 2019, o abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos sólidos urbanos no conjunto de concelhos de Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Vila Nova de Poiares, Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.

Os 130 anos da história de abastecimento de água a Coimbra irão servir para a empresa municipal Águas de Coimbra (AC) promover um conjunto de ações de educação ambiental. Depois da apresentação da garrafa reutilizável e a realização de ações de sensibilização junto de escolas, clubes desportivos, eventos, empresas e organismos públicos, a AC prepara-se para alargar no presente ano esta campanha, estabelecendo importantes parcerias com organismos públicos, nomeadamente na área da saúde. O objetivo é, segundo a empresa municipal, manter o selo de qualidade da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

diário as beiras | 16-02-2019

Canais do Lago do Paraíso, em Mira, serão beneficiados pela empreitada de regularização da Ria de Aveiro

Costa de Mira e da Figueira da Foz O concelho de Mira localiza-se no extremo sul da empreitada ambiental “mais relevante” das cerca de 50 que estão a decorrer na costa portuguesa, que é a intervenção na Ria de Aveiro, ao longo 95 quilómetros. Foi o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que assim classificou os trabalhos a

realizar em 2019. “Estamos a falar de um investimento, com IVA, de 23,5 milhões de euros”, disse Matos Fernandes na assinatura do contrato para a empreitada “Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro”, que cobre a extensão desde o canal

de Ovar até Pardilhó e Carregal, passando pelo canal da Murtosa (Lote 1), e os canais de Ílhavo, Lago do Paraíso, de Mira, e zona central da ria (lote 2). Prazo de 15 meses A obra deverá começar em abril e durar 15 meses, de forma a estar concluída na época balnear de 2020.

Entretanto, o designado “shot de areia” da Figueira da Foz é uma das obras contempladas no montante global de 112 milhões de euros que a tutela reservou para quatro intervenções da costa portuguesa, onde se inclui ainda o “shot de areias” Espinho-Torreira, a lagoa de Óbidos e a Costa da Caparica.

ambiente o que vai ser novo em 2019

Regularização de margens de rios e tratamento de esgotos

A ampliação da ETAR da Mealhada é um dos maiores investimentos do setor na região em 2019

O saneamento, o tratamento de resíduos sólidos urbanos e as linhas de água são preocupações permanentes dos municípios e entidades do Ambiente. De acordo com a lista dos maiores financiamentos do Poseur, 2019 é o ano de conclusão da intervenção de 800 mil euros no leito abandonado do Rio

opinião

Mondego em Montemoro-Velho, para controlar as inundações, incluindo a passagem hidráulica de Formoselha, já concluída, e a passagem do Parque de Campismo, a concluir. Sob responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), está agendada para dezembro de 2019 a conclusão

da obra de 4,8 milhões de euros do “Aproveitamento hidráulico do rio Mondego”. Obras semelhantes da APA, mas no valor de 7,6 milhões de euros, decorrem no rio Arunca. Ainda no concelho de Montemor-o-Velho, duas outras candidaturas aprovadas e financiadas são a rede de esgotos de Ara-

Portugal tem sido um país líder na ação climática e na promoção de energias de fonte renovável e é reconhecido por isso a nível internacional. Reduzimos as emissões em 22% desde 2005, não obstante a nossa meta nos permitir aumentar 1% até 2020. Reduzimos o consumo de energia, estando em linha com as metas estabelecidas para a eficiência energética. A incorporação de renováveis na produção de eletricidade aumentou 26 pontos percentuais neste período, atingindo os 54% em 2017. Em março de 2018, a produção João Matos Fernandes renovável superou os 100%, assinalando mais Ministro do Ambiente e um marco nesta evolução. Portugal assumiu em Transição Energética 2016 o compromisso de atingir a neutralidade

Neutralidade carbónica e Plano de Energia e Clima

zede, com um custo de um milhão de euros, e na Liceia (1,2 milhões). Mais a norte, a obra de três milhões de euros da ampliação da ETAR da Mealhada, com 85% de financiamento da Europa, está em curso, mas atrasada. Abaixo do milhão de euros decorrem trabalhos no concelho de Cantanhede, onde a

aposta, levada a cabo pela empresa municipal Inova, é a rede de saneamento das freguesias de Cadima e Sanguinheira, enquanto em Soure o objetivo é instalar a rede de esgotos em Vinha da Rainha. Na Lousã o investimento é, entre outros, no alargamento da rede de ecopontos. Mais para o interior da

carbónica até 2050, ou seja, o de alcançar um balanço neutro entre as emissões de gases com efeito de estufa e o sequestro de carbono. (…) Apesar de todos os setores contribuírem para a redução de emissões, cabe ao sistema energético o maior contributo e, em particular à produção e consumo de energia e aos transportes. Alcançar as metas de redução de emissões estabelecidas implica a descarbonização do sistema electroprodutor. Portugal é rico em recursos renováveis que têm um enorme potencial por aproveitar. O PNEC prevê, assim, uma reconfiguração do sistema elétrico nacional. Atingir 80% de fontes renováveis na produção

região Centro, surge a obra, muito reclamada, de eliminação da poluição causada pelo abandono da Área Mineira do Mondego Sul, em Tábua, no valor de quatro milhões de euros, levada a cabo pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro, com integração paisagística e monitorização das condições ambientais.

de eletricidade em 2030 implica uma duplicação da produção renovável e o encerramento das centrais electroprodutoras a carvão, até 2030, conforme compromisso assumido pelo Governo. (...) Este Governo já lançou diversas iniciativas de promoção da eficiência energética, das quais destaco o Programa Casa Eficiente que está a canalizar 200 M€ para a eficiência energética nos edifícios de habitação e a linha de apoio à Eficiência Energética, que conta com uma dotação de 100 M€, dirigida a pequenas e médias empresas, recentemente lançada no contexto do Programa Interface.


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Licenciatura

• CIÊNCIAS DO DESPORTO • CIÊNCIAS DO DESPORTO (pós-laboral – 3 anos)

Mestrados

• BIOCINÉTICA • ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO • TREINO DESPORTIVO PARA CRIANÇAS E JOVENS • EXERCÍCIO E SAÚDE EM POPULAÇÕES ESPECIAIS

Doutoramento • CIÊNCIAS DO DESPORTO (Ramo de Atividade Física e Saúde; Ramo de Educação Física; Ramo de Necessidades Educativas Especiais - Atividade Física Adaptada; Ramo de Treino Desportivo*; Ramo de Ciências Sociais e do Comportamento * Possibilidade de estágio no Fluminense Football Club

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Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física Estádio Universitário de Coimbra  Pavilhão 3 3040-156 Coimbra Tel. 239 802 770  E-mail: gap@fcdef.uc.pt  www.fcdef.uc.pt


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Manuais escolares grátis

O programa de gratuitidade dos manuais escolares do Ministério de Educação chegou a mais famílias com filhos na escola no ano letivo 2018-2019. Passaram a estar abrangidos os alunos do 2.º ciclo (5.º e 6.º anos), enquanto que no ano letivo anterior, a distribuição de manuais escolares gratuitos beneficiou apenas os alunos matriculados no 1.º ciclo (1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos). Além disso, os manuais deixaram de ser entregues pelas escolas e passaram a ser levantados nas livrarias em troca de um voucher emitido na plataforma MEGA criada para o efeito. A ferramenta levantou algumas dúvidas e o fun-

cionamento correto sofreu atrasos, ainda assim é para manter, garante o Governo. Alargamento até ao 12º ano No ano letivo 2019-2020, o programa de gratuitidade será alargado aos restantes níveis de ensino público: 3.º ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos) e ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos). O conceito aplicado é baseado numa lógica de reutilização e os manuais devem ser devolvidos às escolas no final do ano letivo. Ou seja, na prática o programa faz um empréstimo dos livros aos alunos, incentivando-os a cuidálos para que possam ser usados por outros.

Os almoços e lanches são gratuitos para os alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo

Coimbra investe em apoio social escolar às famílias do concelho Antes do arranque do ano letivo, a Câmara Municipal de Coimbra anunciou um investimento global de 5.117.711,70€ no Programa Municipal de Ação Social Escolar e no Plano Municipal de Transportes Escolares. As medidas tiveram impacto logo no ano letivo 2018/2019 e contemplam

a gratuidade do serviço de refeições (almoços, lanche da manhã e da tarde) para todos os alunos do préescolar e do 1º ciclo, também os serviços de acolhimento e prolongamento de horário para todas as crianças do pré-escolar passaram a ser gratuitos e foi atribuido um valor de 20€ por ano, por criança,

para o apoio às atividades de complemento curricular, como visitas de estudo, para os alunos do pré-escolar e do 1º CEB, além de 25€ por ano, e por criança, para a aquisição de material escolar de desgaste para os alunos do 1º CEB, integrados nos escalões de rendimento 1, 2 e 3, para efeitos de abono de famí-

lia. Entre as medidas está igualmente a atribuição de um valor de 15€ por ano, e por criança, para a aquisição de material escolar de desgaste para os alunos do pré-escolar, integrados nos escalões de rendimento 1, 2 e 3, para efeitos de abono de família e a oferta dos cadernos de exercícios aos alunos do 1º CEB.

ensino o que foi novo em 2018

Flexibilidade curricular

Os livros de fichas foram distribuídos gratuitamente pelo município 225 escolas já implementaram o Projeto de Autonomia e Flexibilidade

O Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular começou a ser implementado em 2018. A iniciativa visa “a promoção de melhores aprendizagens indutoras do desenvolvimento de competências de nível mais elevado, assumindo a centralidade das escolas, dos seus alunos e professores, e permitindo a gestão do currículo de forma flexível e contextualizada, reconhecendo que o exercício efetivo de autonomia em educação só é plenamente garantido se o objeto dessa autonomia for o currículo”, esclarece a Direção-Geral

da Educação. Na fase-piloto, o modelo foi implementado em 225 escolas, entre as quais, na região Centro, o Conservatório de Musica de Coimbra, os colégios São Teotónio, Bissaya Barreto, Rainha Santa Isabel, também em Coimbra, além do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, em Cantanhede e do Agrupamento de Escolas de Arganil. Ainda no ano passado, ficou definido que no ano letivo 2018/2019 o projeto seria alargado a todas as escolas que assim o entendam.

Transporte para 4300 alunos No ano letivo 2018/2019 o município de Coimbra garantiu transporte escolar gratuito a “cerca de 4300 alunos do pré-escolar, dos ensinos básico e secundário e do ensino particular e cooperativo com contrato de associação com o Ministério da Educação ou legalmente equiparável”. Os alunos passaram a utilizar sem custos as carreiras públicas de transportes coletivos (SMTUC, Transdev/ETAC, Moisés Correia de Oliveira e CP) que servem os locais dos

seus estabelecimentos de ensino e residências ou, no caso de serem alunos do 1º CEB de escolas suspensas nos últimos quatro anos, podem utilizar os circuitos específicos criados para o efeito. O programa da Câmara Municipal de Coimbra, que representa um investimento estimado de 2.030.960€, prevê que os alunos do secundário fiquem isentos do pagamento de transporte escolar (segundo a lei em vigor, teriam de pagar 50%

do mesmo) e possam utilizar o seu passe durante o mês de julho, para facilitar a mobilidade em época de exames. Na lista de medidas está também a atribuição de um passe de transporte mensal ilimitado, bem como de um passe combinado/ bimodal aos alunos que residam fora da área de influência dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), O apoio aos alunos do pré-escolar e do 1º CEB em transporte de

carreira pública, excluindo-se os casos relativos ao reordenamento da rede escolar do 1º CEB, em que continua prevista a criação de circuitos especiais, está contemplado no programa do município. “Deste modo, todos terão direito a transporte gratuito escolar, independentemente da distância que medeia a residência do aluno e o estabelecimento de educação ou ensino que vier a frequentar”, considera a autarquia.


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Prémio para escolas que mais reutilizem O Ministério da Educação vai atribuir 10 mil euros às 20 escolas com melhores taxas de reutilização de manuais escolares. A campanha, lançada já em janeiro de 2019, vai incluir orientações às escolas durante o ano letivo. O Ministério da Educação destinou um investimento de 200 mil euros para fazer um reforço orçamental às 20 escolas do país que ficarem mais bem classificadas na lista de 100 que irão receber um selo de Escola MEGA Fixe. De acordo com o ministério, a “distinção está prevista no manual publicado á 24 de janeiro que, além de apresentar esta campanha, reúne informação útil para as escolas relativamente à distribuição gratuita e reutilização de manuais

escolares, através da plataforma MEGA”. A campanha foi definida depois de ouvidos os diretores de agrupamentos de escolas e inclui melhorias da plataforma de reutilização dos manuais escolares. Uma das melhorias destacada é a alteração no processo de faturação, que “passará, já no próximo ano letivo, a estar centralizado no Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) desonerando assim as escolas dessa tarefa”, refere o ministério de Tiago Brandão Rodrigues. As escolas receberão, ao longo do ano letivo, orientações mais detalhadas e serão alvo de sessões de esclarecimento sobre a utilização da plataforma MEGA.

O teto máximo das propinas passa a ser 856 euros em vez dos 1068 atuais

Propinas vão baixar 212 euros O teto máximo das propinas vai baixar, no ano letivo 2019/2020, para os 856 euros, menos 212 euros do que o valor aplicado até agora. Neste momento, as propinas fixam-se no máximo de 1068 euros. A medida é um forte incentivo à política do ministério

da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que pretende atrair os jovens para o Ensino Superior. A decisão pioneira custa 50 milhões de euros ao país, sendo que o Governo deverá compensar as universidades pela perda de receita. O que está previsto é que o Governo

compense estas instituições fazendo a transferência diretamente do Orçamento do Estado. Mais recentemente, e perante uma exigência da Associação Académica de Coimbra (AAC) de que haja uma resposta “clara, definitiva e inequívoca em relação às propi-

nas no ensino superior”, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, falou na estratégia do Governo para a redução de outras despesas, não se referindo especificamente às propinas. Veremos como está a situação daqui a um ano.

ensino o que vai ser novo em 2019

Ambientes inovadores de educação

“Ambientes Inovadores de Educação” é um projeto que já está a ser implementado no Centro

Em breve, as escolas da Região Centro vão estar equipadas com tecnologia robótica, cheias de ferramentas multimédia e realidade aumentada. A Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra tem em curso o programa “Ambientes Inovadores de Educação”, no âmbi-

opinião

to do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar. O objetivo da iniciativa, que será implementada em todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar, é implementar um ambiente inovador de educação, através de salas de aula com sistemas

tecnológicos integrados de hardware, software e plataformas de ensino, que deverão constituir o núcleo do ecossistema escolar. O conceito está focado na componente de ensino e aprendizagem, de utilização fácil, atrativa e mobilizadora para todos os atores do ensino.

A Educação de um país traduz bem a ambição que este se exige. A sociedade portuguesa tem mobilizado uma justa e elevada prioridade à Educação porque este investimento na Educação dos portugueses é o pilar no qual assentam o nosso crescimento, a nossa coesão e a nossa sustentabilidade. Temos, como prova empírica do acerto deste caminho, os notáveis progressos educativos alcançados em Portugal – e, claro, também na Região Centro - desde que somos uma democracia. Ainda em 2001, há menos de duas décadas, a Região Centro destacava-se por taxas de analTiago Brandão Rodrigues fabetismo, insucesso e abandono escolares Ministro da Educação superiores a uma média nacional que era, já de

A Educação de um país traduz bem a ambição que este se exige

O programa já está em andamento em várias escolas da região e tem vindo a motivar reuniões de trabalho entre os vários municípios. O Município de Tábua foi o primeiro concelho da Região de Coimbra a disponibilizar a ferramenta junto dos alunos do 1º ciclo.

A iniciativa contempla, entre outras, a aquisição de equipamentos, como computadores portáteis e tablets, drones e robôs de apoio às aulas de programação e robótica e de acesso wireless, além da introdução e dinamização de um repositório online, partilhado por

si, trágica. Essa era a marca do atraso do nosso país, em muitos planos. A minha geração ainda viveu esse desfasamento, entre nós e face ao resto da Europa.Conseguimos, no Centro e por todo o país, passar de mais de 40% de abandono precoce da educação e formação a valores muito próximo dos 10%, sendo este o compromisso internacional que, em boa hora, nos comprometemos atingir. Neste exigente percurso, o Centro esteve e está na dianteira, registando abaixo da média nacional e até da média europeia, apresentando-se, hoje, na dianteira da fulcral redução do insucesso escolar. Este sucesso coletivo resulta da parceria alargada, persistente e inteligente entre Governo, Autarquias e Comunidades Educativas, investindo nestas recursos materiais e

professores e alunos, e formação direcionada para uma aprendizagem colaborativa e com recurso a equipamentos digitais. O projeto “Ambientes Inovadores de Educação”é cofinanciado pelo Centro 2020, Fundo Social Europeu e União Europeia.

imateriais orientados para o seu sucesso. Reportando-nos apenas aos últimos três anos, pudemos ver como, somente no Centro, foram investidos 30 milhões de euros para promover o sucesso escolar em cada uma das suas comunidades educativas. O nosso contacto com as escolas e municípios desta região testemunha e revela o imenso que se tem feito, com rigor, dedicação e criatividade, em favor de uma educação de qualidade para todos. É, pois, um verdadeiro orgulho para mim, tendo asido formado na minha Alma Mater Universidade de Coimbra, poder ver como o Centro de Portugal colocou a Educação no seu centro e assim se assume como uma região cimeira no progresso de Portugal, que tem o progresso da sua Educação como motor.


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Ano Europeu do Património Cultural Por determinação da União Europeia, 2018 foi um ano dedicado ao património cultural e também na região de Coimbra esta foi assinalada. As Jornadas Europeias do Património, evento anual, foram dedicadas em 2018 a esta iniciativa, sob o tema “Partilhar Memórias”. De 28 a 30 de setembro, todos os museus e monumentos sob tutela da Direção-geral do Património Cultural (DGPC) se associaram às comemorações com várias iniciativas. Na região de Coimbra, a DGPC tutela estruturas como o Museu Monográfico de Conímbriga e o Museu Nacional de Machado de Castro. Também acolheram iniciativas das Jornadas Europeias do Patrimó-

nio 2018 os concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Lousã, Montemor-oVelho, Pampilhosa da Serra, Penacova, Soure e Tábua. Em Coimbra, o evento foi ainda assinalado pelo município e pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Por falar em museus, o PO.RO.S, Museu Portugal Romano em Sicó, assinalou a 6 de maio de 2018 o seu primeiro aniversário, ano que ficou marcado por uma média de mil visitantes por mês. Em setembro, já tinham sido registadas 22 mil entradas. O ano ficou ainda marcado pela apresentação dos resultados do estudo de públicos de museus nacionais relativas ao Museu Nacional de Machado de Castro neste espaço.

“Sofia, meu amor!” foi o espetáculo da Rede Artéria concebido para Coimbra

Artérias do Centro em rede Uma rede de programação cultural regional que une oito concelhos da região Centro surgiu um 2018 com o propósito de fortalecer o tecido cultural e artístico e afirmar este território na produção e circulação artísticas. Trata-se da Rede Artéria, um projeto coordenado a

nível científico pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e a nível artístico pela companhia O Teatrão. O trabalho de criação, análise e preparação dos espetáculos continua e a agenda está preenchida até ao final do ano de 2019.

Destaque para o espetáculo “O Borralho” que vai estrear a 8 de fevereiro em Viseu e circular por esse concelho. De seguida (2 de março) passará pela Figueira da Foz) e por Coimbra (9 de março). Nesta última, será o Bairro de Celas a acolher este espetáculo que tem a caracte-

rística de se realizar nas casas das pessoas. A 23 de março, é a vez de Tábua receber “O Borralho”. Este último concelho também conta com uma criação própria “Transurbância, que tem estreia marcada para 19 de julho.

cultura

o que foi novo em 2018

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Les Siestes Electroniques na Casa das Artes Bissaya Barreto

Novidades culturais O ano de 2018 foi tempo de receber eventos inovadores no panorama cultural e do entretenimento na região de Coimbra. É exemplo disso o festival de música eletrónica francês Les Siestes Eletroniques, que decorreu pela primeira vez em Portugal na Casa das Artes Bissaya Barreto (Coimbra). O evento, que decorreu de 24 a 26 de agosto, está agora nomeado para os Iberian Festival Awards. A região Centro também foi inovadora e, “das cinzas”, nasceu o Festival Literário Internacional do Interior sob o mote “Palavras de Fogo”. Foram 11 os

concelhos que receberam, a 1.ª edição desta iniciativa da Arte-Via Cooperativa (uma coletividade sediada na Lousã): Arganil, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela, Sertã e Tábua. A segunda edição já está confirmada e, em 2019, será de 14 a 17 de junho. É ainda de referir, entre outros, o laboratório e festival internacional de artes performativas Linha de Fuga, para o qual o palco escolhido foi a cidade de Coimbra, de 9 de novembro a 1 de dezembro.

“O Enredo” foi uma das produções produzidas por esta rede a percorrer a região

Coimbra é uma região de cultura O ano de 2018 assistiu à criação da primeira rede de programação pensada no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC). Coimbra Região de Cultura é a iniciativa, financiada por fundos comunitários, que está a promover cerca de 150 espetáculos e eventos culturais variados e de relevo (sempre de entrada gratuita) nos 19 municípios da CIM-RC. Assim, como foi avançado na sua apresentação, no mês de julho, a rede

deverá dar um impulso adicional à candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027, uma candidatura que conta com o apoio da CIM-RC. Segundo ciclo em preparação O primeiro ciclo da rede Coimbra Região de Cultura chega ao fim em abril, mas uma segunda fase já está a ser programada. Depois dos primeiros cerca de 150 espetáculos referidos, a rede de programação regressa entre

maio e junho para o seu segundo ciclo. Se terá a mesma dimensão que a primeira fase teve, é ainda uma incógnita, mas já é possível saber que a temática do fado que teve um peso significativo até agora nesta rede com o ciclo “À Volta do Fado” vai continuar em destaque na segunda parte. Cruzamento de artes Coimbra Região de Cultura cruza artes como teatro, música e dança em iniciativas pluridisciplinares. O palco são espaços

patrimoniais, museológicos, centros históricos e recintos culturais, o que resulta ainda na promoção da valorização turística dos bens patrimoniais da região. “O Enredo”, “À Volta do Fado” (que envolveu também gastronomia), “Orquestra Clássica do Centro Convida”, “A Viagem” (que uniu folclore e dança contemporânea), “Nariz Preto” (de Pedro Tochas) e a Orquestra Comunitária NÓS19 são algumas das iniciativas promovidas ao longo de 2018.


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Aniversários redondos no teatro O teatro vai estar em destaque na programação para o ano de 2018 com a celebração de dois aniversários redondos no teatro. São eles os 25 anos da companhia O Teatrão e os 50 anos do CITEC (Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho). N’O Teatrão, as velas apagam-se no dia em que esta companhia celebra os 25 anos – que coincide com a chegada da primavera, a 21 de março. Nesse dia realiza-se um ensaio aberto da sua nova produção. A companhia leva a palco “Ricardo III” (a partir de Shakespeare), peça que inicia um novo ciclo n’O

Teatrão: Casa do Poder. Descendo o rio em direção a Montemor-o-Velho, o CITEC comemora o seu 50.º aniversário e a programação, até março, está centrada em tertúlias sobre Montemor-o-Velho, envelhecimento ativo, a música tradicional portuguesa e igualdade de género. Em março, haverá ainda um concerto de Primavera com a Associação Filarmónica 25 de Setembro, inserido nesta programação comemorativa. Por falar em CITEC, os preparativos para o festival CITEMOR estão em andamento, apesar de as datas ainda não estarem marcadas.

DR

A Expofacic reúne todos os anos milhares em torno de espetáculos e entretenimento, entre outros

Estão de volta os grandes eventos A região de Coimbra já está habituada a receber e a criar grandes eventos culturais e de entretenimento, entre os quais iniciativas de referência no panorama nacional. São eventos como a Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra – Ano Zero que regressa entre os dias 2 de novembro e 29 de dezembro à cidade de Coimbra.

A Expofacic, em Cantanhede, é uma das feiras/ festival de referência a nível nacional no seu género e regressa este ano para mais uma edição de 25 de julho a 4 de agosto. Vale a pena apontar ainda o RFM Somnii, na Figueira da Foz, festival que decorre e 2019 de 5 a 7 de julho. O Festival Forte, no castelo de Montemor-o-Velho, é

ainda uma referência na música eletrónica. Este ano, é de 22 a 25 de agosto. Destaque ainda para o festival Jazz Ao Centro que terá lugar na cidade de Coimbra de 18 a 26 de outubro, podendo ainda haver alterações a estas datas. No âmbito do cinema português, o festival Caminhos ainda não

tem datas definidas, mas Coimbra recebe-o em novembro. Quanto à magia, os Encontros Mágicos estarão de volta a esta cidade de 17 a 22 de setembro. Os grandes eventos não se ficam por aqui. Vale a pena consultar o calendário disponível neste suplemento para não perder nenhuma data.

cultura o que vai ser novo em 2019

DB-Pedro Ramos

Coimbra a Capital Europeia da Cultura

Um inquérito à população e uma conferência de debate são iniciativas que se realizam este ano

Anunciada no ano de 2018, a preparação da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027 deverá ter novos desenvolvimentos ao longo de 2018. De acordo com a última conferência realizada pela equipa responsável pela candidatura, liderada pelo

opinião A Cultura não se resume ao edificado Suzana Menezes Diretora Regional da Cultura

ilusionista Luís de Matos, em abril de 2019 já deverão ser conhecidos os primeiros resultados de um estudo sobre a cultura na cidade e na região, suas representações e suas valências. Baseado em inquéritos à população, o estudo promovido pela candidatura

e realizado em parceria com o Centro de Estudos Sociais (CES), procurará “analisar discursos, imagens e práticas culturais”. Luís de Matos explicou que se pretende conhecer não só o comportamento do público que frequenta os eventos e espetáculos, o bem-estar cultural da ci-

T. S. Eliot dizia que a Cultura “pode ser descrita simplesmente como aquilo que torna a vida digna de ser vivida”. Nisso mesmoacreditamos,porquantodefendemos,também,que a Cultura são as pessoas e a sua capacidade criativa, a sua capacidadedesonhar,asuacapacidadedequestionareintervir. É partindo desta conceptualização que desenhamos, para 2019, uma estratégia assente em dois pilares: a consolidação doplanoderecuperaçãodopatrimónioedificadoeoestímulo à criação artística e à reflexão. No que ao património diz respeito, as intervenções passarão pelas obras de reabilitação do Convento de Maceira Dão, da Casa com Janela Manuelina da Rua D. Duarte, da Igreja do Carmo e do Mosteiro de Celas. Avançaremos, ainda, com os projetos de conservação e melhoria das condições de

dade, “mas também do conhecimento que Coimbra possui de si própria e da sua atitude cidadã perante o fenómeno cultural”. Nesta conferência, foi ainda anunciada a realização de um fórum internacional de discussão “For 1 C”, aberto a todos os interessados, e em especial

aos habitantes da cidade e da região, que contará com a participação de Boaventura de Sousa Santos, Pedro Machado, Ana Abrunhosa, José António Bandeirinha, Elias Torres Feijó, Ludovic Thilly, Isabel Pires de Lima, Artur Santos Silva, Edson Athayde e António Feijó.

fruição da Sé Nova e Sé Velha de Coimbra, Sé de Viseu e Sé da Guarda. Mas a Cultura não se resume ao edificado. E, por isso, se as políticas culturais públicas devem assegurar a preservação daquele património, expressão visível e material da identidade que nos define e sustenta enquanto comunidades, não devem, porém, deixar de depositar o seu olhar nas gentes que conferem verdadeiro sentido e significado a todo esse património. Assim, 2019 traz um novo programa de apoio à criação artística que pretende fortalecer o tecido cultural local e estimular o desenvolvimento de projetos que incitem o envolvimento, participação e capacitação das comunidades locais. A este programa juntam-se exposições itinerantes, como é o caso

Pretende-se, com este encontro, obter “um olhar de fora, a outra face de uma consulta e de um debate alargado sem a qual a indagação do que somos e do que temos, do que sonhamos e do que queremos fazer não estará completa”, afirmou o líder da equipa.

da exposição fotográfica “Marca do Património Europeu” que em breve chegará a vários concelhos da Região. Mas, também, conferências internacionais onde os temas mais prementes da Cultura serão debatidos, workshops e várias outras iniciativas por intermédio das quais pretendemos contribuir para o aprofundamento de novas competências e qualificações criativas, tão exigíveis numa sociedade que se quer justa e inclusiva. Finalmente,procuraremosestreitarrelaçõesdetrabalhocom cadaumdosmunicípiosquecompõemanossaáreadeintervenção,assumindo-noscomoparceirosnumaestratégiaque pretende, sobretudo, valorizar a cultura na sua capacidade de gerar mudança, de promover a liberdade e a diversidade e de promover o esforço e o talento das nossas comunidades.


cultura

o centro tem futuro’2019 | especial | 37

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e entretenimento

19 de jan. a 6 de abr.

- Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede

cartaz para 2019

Julho

Festas do Município de Penacova

5 a 7 RFM Somnii - Figueira da Foz 6 a 14 Folk Cantanhede - Semana internacional do Folclore 18 a 20 Woodrock Festival - Figueira da Foz 19 a 28 Festival das Artes - Coimbra 20 a 25 Festas de S.Tomé - Mira 20 a 28 ExpOH Feira regional de Oliveira do Hospital

22 a 24 Fev.

- Festival da Lampreia - Penacova

Agosto Festas do Concelho de Mortágua Agosto Feira de Artesanato e Gastronomia Pampilhosa da Serra 14 a 18 Concentração Internac. de Motos - Góis 22 a 25 Festival Forte Montemor-o-Velho

28 de ago a 1 de set

Gliding Barnacles - Figueira da Foz

1 de março a 12 de abril

- 21.ª Semana Cultural da UC - Coimbra

9 e 10

- Tábua de Queijos e Sabores da Serra - Tábua

Abril - Abril Dança - Coimbra

Setembro Comemorações da Batalha do

Bussaco - Penacova Festas de S. Mateus - FATACIS - Soure 5 a 8 FicaBeira e Feira do Mont’Alto - Arganil 5 a 9 Poiartes - Vila Nova de Poiares 12 a 15 Mostra Gastronómica da Região da Gândara - Mira 17 a 22 Encontros Mágicos - Coimbra

18 a 26 de outubro

Jazz ao Centro - Coimbra

15

- Centenário de Fernando Namora - Condeixa-a-Nova

9 a 12 de maio

- Feira do Livro de Oliveira do Hospital

Novembro Caminhos do Cinema Português Coimbra

2 de novembro a 29 de dezembro

Bienal de Arte Contemporânea Ano Zero - Coimbra

31 de maio a 10 de junho –Feira Cultural de Coimbra

15 a 17 de novembro

- XXX Feira do Mel e da Castanha - Lousã

Junho - Expo-Miranda - Mir. do Corvo 7 a 16 - FESTAME - Mealhada 7 a 10 - Feira das Freguesias - Arganil 14 a 16 - Street Food Literário de Montemor-o-Velho 14 a 17 - Festival Literário Internac. do Interior (vários concelhos) 15 a 16 - Condeixa, O Vislumbre de um Império - Condeixa-a-Nova 20 a 24 - Feira Anual de São João - Lousã 26 a 30 - FACIT - Tábua 29 e 30 - Catrapim Festival de Artes para Crianças - Bussaco - Mealhada

Dezembro - Penela Presépio 1 de dez. de 2019 a 6 de jan. de 2020

Castelo Mágico - Montemor-o-Velho

31 de dez.

- Réveillon - Mira


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2018 foi ano de arranque de obras na Figueira da Foz Na Figueira da Foz, o ano de 2018 foi uma espécie de “compasso de espera”. Assim, para trás tinham ficado, já, duas intervenções significativas: a zona do estacionamento na envolvente do Coliseu Figueirense e a melhoria funcional do Principal Intermodal, na zona da estação ferroviária. Ambas as obras ficaram praticamente concluídas ainda em 2017. O “grosso” das obras, porém, só arrancou mesmo no ano passado. Foi o caso da construção de uma ciclovia entre a estação ferroviária e Vila Verde. Os trabalhos iniciaramse mas estão atrasados, dada a necessidade de articular tutelas e interesses, designadamente, entre a autarquia,

a Refer e a Administração Portuária. No final, a intervenção deverá oferecer à cidade o já referido interface intermodal rodoviário e ferroviário, para além de uma pista com as infraestruturas necessárias à implementação de um sistema de bicicletas partilhadas, entre outras intervenções de caráter pontual. Em bom andamento está, também, a empreitada de regeneração urbana na frente marítima de Buarcos. As obras na zona marginal, incluindo no espaço adjacente ao largo Caras Direitas e Jardim Dr. Traqueia, visam otimizar a circulação automóvel, privilegiar os circuitos pedonais, alargar as zonas de esplanadas e de lazer e ordenar estacionamento.

A reabilitação da Rua Afonso Henriques foi uma das obras determinantes no ano de 2018

Ruas pedonais em Cantanhede Em Cantanhede, há já obra feita, no âmbito dos projetos de reabilitação urbana. Desde logo, a requalificação Rua Afonso Henriques avançou de forma significativa, em 2018. De tal forma que a circulação viária entre a Praça Marquês de Marialva e o

entroncamento da Rua Henrique Barreto, foi retomada ainda em setembro, na sequência da conclusão das obras. Também a rede ciclável proposta teve o seu arranque no percurso urbano, através da primeira fase. O objetivo é criar condições

para gerar vias de mobilidade cicláveis entre o núcleo urbano e a envolvente da zona industrial e do Biocant. Já a “Requalificação da Rua Marquês de Pombal” ficou pronta, visando articular a circulação automóvel e a circulação pedonal.

Em paralelo, a Câmara Municipal de Cantanhede está a sensibilizar e a mobilizar a requalificação, pelos particulares, do património habitacional. O objetivo é que as intervenções possam beneficiar de apoios no domínio da eficiência energética.

2019 planeamento o que foi novo em

urbano

Casa da Cultura ganha auditório

Depois do desassoreamento foi a vez de arrancar a obra de estabilização dos muros da margem direita

Intervenção na Casa da Cultura envolve antigo colégio

Margem do rio e mobilidade a pé

Oliveira do Hospital está a requalificar toda a área norte da cidade, em torno de equipamentos importantes como o quartel dos Bombeiros Voluntários, o Mercado Municipal e a central de camionagem. Assim, está já concluída a primeira intervenção: a requalificação e beneficiação da Av. Dr. Carlos Campos, que já dá uma panorâmica totalmente diferente àquela zona da cidade. Na mesma zona, está ainda em fase avançada a ligação de toda esta área à rua engenheiro António Campos.

Em Coimbra, as duas principais intervenções no âmbito das grandes obras públicas que marcaram o ano de 2018 não afetam, curiosamente, o edificado urbano. No entanto, a estabilização da margem direita do Mondego e o desassoreamento do rio são obras absolutamente decisivas para a valorização e para a qualidade de vida da cidade. A primeira empreitada, nas margens do rio, foi lançada em agosto e envolve um investimento

Outra intervenção de grande monta é a de requalificação e ampliação da Casa da Cultura César Oliveira. Trata-se do aproveitamento do antigo colégio Brás Garcia de Mascarenhas, onde a Câmara de Oliveira do Hospital vai contar com um auditório para 300 pessoas. Também a reabilitação de edifícios para habitação particular beneficiam de apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis para auto-consumo.

de mais de sete milhões de euros, que terá comparticipação europeia de 85%, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR). Outra intervenção de 2018 foi a da Encosta da Sofia, com obras em artérias adjacentes à Rua da Sofia, que incluem a requalificação da Rua Pedro Rocha, da Rua e Travessa do Montarroio e ainda da Ladeira do Carmo. Recorde-se que a segunda fase desta intervenção prevê uma li-

gação entre a Ladeira do Carmo e a Rua de Aveiro, utilizando parte do arruamento existente na encosta do Quartel da Graça. Por fim, avançaram as obras de requalificação das ruas da Alta, nomeadamente, as ruas da Ilha, Guilherme Moreira, José Falcão, Travessa da Trindade, Beco da Pedreira e dos largos Hilário e de S. Salvador. São intervenções que pretendem melhorar a mobilidade pedonal na Alta, através da requalifi-

cação do espaço público, e incluem a remodelação das infraestruturas de água, drenagem residual doméstica e pluvial, de eletricidade e de telecomunicações. Também em 2018 ficou, finalmente, pronta a “nova” Praça das Cortes de Coimbra, que inclui um parque de estacionamento e uma área arborizada envolvente. O conjunto ficou concluído a tempo de receber os participantes nos Jogos Europeus Universitários (EUSA Games).


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Centralidade “restabelecida” frente à câmara A regeneração urbana da cidade de Oliveira do Hospital, ao nível de espaços públicos e património edificado, a mobilidade urbana e, ainda, a reabilitação do Bairro Social João Rodrigues Lagos, no âmbito do Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas. Neste contexto, é determinante a intervenção no Centro Histórico, onde a autarquia oliveirense deverá investir cerca de três milhões de euros, contando para tal com uma comparticipação de 85% do POSEUR. Ambicioso, mas naturalmente de delicada conceção, esta intervenção teve uma demorada fase de projeto, com os arquitetos e enge-

nheiros – sob a supervisão do especialista em planeamento urbano, Jorge Carvalho –, a serem chamados a olhar as necessidades de obra caso a caso. Para além da requalificação do edificado e do espaço público, o grande objetivo desta intervenção é conferir a um espaço nobre – o largo em frente ao Tribunal Judicial e à Câmara Municipal – um aspeto completamente diferente, ganhando a cidade outra centralidade. Para 2019, outra das mais emblemáticas empreitadas previstas é a da requalificação do espaço público e envolvente do Bairro Social João Rodrigues Lagos, que inclui a implementação de um projeto comunitário de hortas urbanas.

A reabilitação da Casa da Cultura visa também requalificar a frente urbana da entrada da cidade

Bairro social e Casa da Cultura Em Cantanhede, a requalificação urbana significa um investimento total de cerca de seis milhões de euros. Uma boa parte dos projetos já está adiantada. Outros deverão avançar em 2019. É o caso da intervenção no Bairro Vicentino.

O projeto para este bairro social inclui a reabilitação das habitações (20 para 52 residentes), numa medida de incentivo à inclusão social da população, e também a requalificação do espaço público envolvente, nomeadamente ao nível dos arruamentos.

Também em 2019 vai avançar a reabilitação do espaço ETPC/Museu da Pedra/Casa da Cultura. O objetivo é requalificar a frente urbana daquela que é a principal entrada da cidade. O espaço intervencionado albergará, para além das atuais funções

um espaço de promoção e dinamização do empreendedorismo. Por fim, a ciclovia urbana, cuja primeira fase arrancou já para ligar o centro urbano à Zona Industrial e Biocant, ao campus escolar e à interface de transportes.

planeamento o que vai ser novo em 2019

urbano

Ciclovias e “casco urbano” antigo

Na Figueira da Foz, o programa de ciclovias prevê, este ano, a extensão do circuito da estação até Vila Verde

As duas principais cidades, Coimbra e Figueira da Foz, são naturalmente as que maior volume de investimento registam, em reabilitação urbana. Para este ano de 2019, a qualidade de vida urbana, em Coimbra, vai passar muito pelo avanço da ci-

clovia. A Câmara, já se sabe, quer acrescentar 14,5 Km aos 2.930 metros já existentes para ligar a estação de Coimbra B às zonas do Vale das Flores e da Portela. Também a obra nos muros da margem direita do Rio Mondego e requalificação das avenidas Emídio

opinião Nada contra tudo a favor

Helena Teodósio presidente da Câmara de Cantanhede

Navarro e Aeminium vai dar um novo “ar” a toda aquela zona, já este ano. Mas há outras zonas a merecerem investimentos avultados, já este ano. É o caso da refuncionalização do Mercado Dom Pedro V, que visa modernizar o equipamento e abri-lo à

Os PEDU representam uma grande oportunidade para os municípios procederem à regeneração dos núcleos urbanos, promovendo por essa via a elevação dos padrões de qualidade de vida e a revitalização das dinâmicas socioculturais e económicas das comunidades. Por outro lado, o pendor social da orientação estratégica proposta favoreceu a adoção de abordagens integradas que permitem antever vantagens na valorização do espaço público, sobretudo ao nível da sustentabilidade das ações preconizadas, no reforço da atratividade das zonas sujeitas

instalação de um centro de restaurantes. Na zona histórica, vai avançar a valorização do Largo da Sé Velha. Por fim, os Bairros do Ingote e do Ex-IGAPHE, numa sensível área da periferia, vão ter melhoramentos. Na Figueira da Foz, em

2019 prossegue a requalificação da margem sul do Cabedelo, retirando os carros das dunas e criando novas valências. Em Buarcos, os trabalhos devem acabar antes do verão. Já a requalificação do Núcleo Antigo da cidade, que inclui o estacionamento junto da

a intervenção e no estímulo à reabilitação do edificado por parte dos particulares. É isso o que perspetivamos com o PEDU de Cantanhede já em curso em várias frentes e que servirá também para alavancar um processo de regeneração da cidade ainda mais amplo do que o previsto na candidatura aprovada para o efeito, mas sujeito aos objetivos nela enunciados, designadamente através da execução de projetos que permitam preservar o melhor da sua identidade e singularidade e criar condições de adaptabilidade às novas necessidades das atividades humanas.

antiga Segurança Social e PSP e a requalificação das ruas adjacentes, avança mais devagar. Por seu turno, a reconversão do antigo quartel dos Bombeiros Municipais e a continuação da ciclovia também estão a avançar.

De resto, alguns desses objetivos são comuns aos enunciados para a Área de Reabilitação Urbana (ARU) já delimitada, visando consolidar a centralidade administrativa como principal polo urbano da cidade, requalificar o património com interesse cultural, promover a melhoria da mobilidade urbana, criar espaços de encontro e de sociabilidade acessíveis a todos, revitalizar o tecido económico e desenvolver capacidades competitivas, entre outros aspetos.


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Resposta Tooling4G O projeto Tooling4G pretende contribuir para a capacitação das empresas do sector de moldes e plásticos, de modo a ultrapassar desafios do mercado e ser resposta inovadora para os desafios da Indústria 4.0, Digitalização da Indústria e, em especial, da “FabricaçãoZero defeito”. Com duração de três anos, o consórcio é composto por 21 empresas e 10 entidades não empresariais do SI&I, entidades do ensino superior e centros de interface tecnológica, envolvendo mais 250 investigadores. Após quase um ano de investigação, no Fabrico Híbrido está em curso o levantamento de todos os processos e materiais disponíveis no mercado, para realização de testes de deposição/processabilidade multimateriais, para depois validar o seu comportamento.

Já no projeto Ferramentas/Sistemas Inteligentes já contribui para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para criação de um sistema Molde-Máquina de injeção inteligente. Estão também em desenvolvimento (com sucesso) novas soluções para ferramentas multiprocesso para fabrico de componentes em materiais compósitos de matriz termoplástica e peças multicomponente. No que concerne a digitalização da indústria em análise, tem contribuído para a aproximação da denominada Engineering&Tooling aos conceitos da Indústria 4.0, intervindo nas áreas de robótica colaborativa, realidade aumentada, recolha e controlo de dados ao nível do chão de fábrica, localização de produtos e melhoria dos dados de processo reportados pelos equipamentos produtivos.

Novas instalações da Bluepharma O ano que passou ficou marcado pelo anúncio de expansão da unidade industrial da Bluepharma e a criação de uma nova fábrica junto às atuais instalações, em S. Martinho do Bispo, num investimento de 40 milhões de euros.

No entanto, neste mês de janeiro ficou ainda a saber-se que a empresa adquiriu a antiga sede da Plural, na Estrada de Eiras, para criação de uma unidade de produção de medicamentos relacionados com terapias oncológicas.

Recorde-se que ao longo dos seus 17 anos, a Bluepharma evoluiu para um grupo económico de 18 empresas, empregando, atualmente, 580 colaboradores. Tem delegações em sete países – Espanha, Angola,

Moçambique, Colômbia, Chile, Brasil e EUA – e exportou, em 2017, 85% da sua produção para mais de 50 países. A atividade da empresa percorre toda a cadeia de valor do medicamento, desde I&D até ao mercado.

2018 investigação o que foi novo em

Astropreneurs inicia mentorias

Com início a 9 de janeiro do ano passado, o projeto Astropreneurs vai em breve começar a mentoria das primeiras 25 startups (seis delas nacionais) selecionadas na primeira fase realizada em setembro último. Segue-se outra fase de candidatura para selecionar novas empresas e mentores. Liderado pelo VCI-Departamento de Valorização do Conhecimento e Inovação do Instituto Pedro Nunes, o Astropreneurs gere um orçamento de dois milhões de euros. Recorde-se que este é um projeto europeu de aceleração para 150 startups que encontrem no

Espaço novas oportunidades de negócio, com o objetivo alavancar novas ideias direcionadas ao mercado espacial ou que incorporem tecnologia espacial em aplicações terrestres. Financiado pela Comissão Europeia, através do Programa H2020, pretende a criação de novos negócios, gerar emprego e estimular o crescimento económico em cooperação com a indústria, investidores e instituições nacionais e europeias. O Astropreneurs reúne diversos parceiros da Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Reino Unido, República Checa e, claro, Portugal.

Marcos Mariz e Paula Ferreira responsáveis pelo InEye

InEye aguarda testes animais 2018 ainda não foi o ano de início da fase de testes em humanos do projeto InEye. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Marcos Mariz (um dos responsáveis da ideia, juntamente com Paula Ferreira) explicou que, neste momento, decorrem negociações com especialistas para a realização de testes em animais na Faculdade de Veterinária da Universidade de Lisboa. Este período, espera o investigador, deve iniciar-se no mês de fevereiro e decorrerá até junho. Só no mês seguinte o InEye

deverá ser testado em seres humanos saudáveis. Desenvolvido no departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra, o InEey consiste num dispositivo esférico, semelhante a uma pequena pérola, que é colocado no interior da pálpebra inferior do olho, substituindo a aplicação de gotas. Laboratório Computação Avançada... em 2019 A mudança do Laboratório de Computação Avançada (LAC) da Uni-

versidade de Coimbra (UC) para as novas instalações estava prevista para o ano passado, mas tal só no passado dia 14 de fevereiro se concretizou. O LAC está então instalado no novo centro de processamento de dados (data center) da UC, localizado no piso inferior do edifício dos departamentos de Física e Química, com entrada pela Rua do Arco da Traição, resultando num investimento acumulado de cerca de 2,2 milhões de euros

O laboratório, recorde-se, fornece serviços de computação de alto desempenho (HPC em inglês) em domínios domínios científicos muito variados. Desde 2010, é o representante português na infraestrutura europeia de supercomputação PRACE (Partnership for Advanced computing in Europe), e tem participado nos projetos europeus da sua implementação desde 2008. O supercomputador funciona desde 2015 com a configuração atual.


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Projeto para criar sangue artificial desenvolvido no Biocant Chama-se Filipe Pereira, é investigador do UC-Biotech e quer produzir sangue artificial. O trabalho está a ser desenvolvido no Biocant Park, em Cantanhede, com recurso a fibroblastos, célula constituinte do tecido conjuntivo. Carlos Faro, diretor do Biocant, destaca o “trabalho interessante”, cujo objetivo final é o “uso de células da pele para produzir sangue”. De acordo com o responsável, trata-

se de um processo “relativamente lento” e que tem de ser atingido por etapas, mas, numa 1.ª fase, Filipe Pereira já conseguiu transformar fibroblastos em células dendríticas (existentes no sistema imunitário) e que permitem o reforço imunológico. A ideia passa por gerar células sanguíneas, “que estarão na base da produção de sangue sintético”, acrescenta Carlos Faro. Os primeiros resultados deste

trabalho foram já publicados na revista Science Immunology (em dezembro último). CarboCode reproduz esfingolípidos humanos em laboratório No ano de 2019, o projeto CarboCode, também a ser desenvolvido no Biocant Park, em Cantanhede, pode dar um importante passo e contributo à comunidade. Nesta altura, estão a ser

desenvolvidas técnicas de inovação, com vista à produção pela primeira vez em laboratório de esfingolípidos humanos. Segundo Carlos Faro, diretor do parque tecnológico cantanhedense, este projeto “vai estar na base de um projeto de investigação muito significativo”. E o que são os esfingolípidos? Trata-se, segundo Carlos Faro, de moléculas existentes no leite materno e que não

se encontram no leite de substituição e que são responsáveis pelo desenvolvimento neuronal nos jovens e que ajudam a prevenir o declínio cognitivo em idade adulta. O diretor do Biocant lembra que existem já dados científicos que provam a existência de relação entre a amamentação e o QI (Quociente de Inteligência) e que a presença destas moléculas no leite materno permite que as

crianças tenham um desenvolvimento harmonioso. Com esta sintetização, o CarboCode vai permitir que os esfingolípidos possam ser incorporados no leite de substituição, num verdadeiro “breakthrough” nesta área. Carlos Faro adianta que esta descoberta vai ter “importantes reflexos na economia, porque vai estar no desenvolvimento de toda uma nova indústria”.

investigação o que vai ser novo em 2019

Stratio e Perceive3D “aceleram” IPN A funcionar desde 1991, por iniciativa da Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes (IPN) continua a promover a inovação e a transferência de tecnologia, estabelecendo a ligação entre o meio científico e tecnológico e o tecido produtivo. A investigação científica faz parte da constante atividade da incubadora, onde se encontram, entre tantas outras, as empresas Perceive3D e Stratio. Fundada em 2013 por

João Barreto e Rui Melo, a Perceive3D (P3D) iniciou o seu percurso com o objetivo de transferir e aplicar os resultados científicos para o mercado ortopédico. Consegue interpretar imagens provenientes de uma câmara artroscópica - ou qualquer outra usada em ambiente cirúrgico – para fornecer ao cirurgião indicações de como executar o procedimento cirúrgico. Para que isso seja possível, combina o processamento inteligente

opinião Uma oportunidade inesperada Carlos Faro Diretor do Biocant Park

das imagens e realidade aumentada para transpor o planeamento cirúrgico para a sala de operações. As tecnologias da P3D permitem aos cirurgiões colocar o ligamento ou implante de forma bastante precisa, com recurso a equipamento de baixo custo e sem condicionar a rotina do bloco operatório. Em 2018 e 2019, o P3D foi contemplado com um financiamento europeu (SME Instrument Phase II)

Ao longo dos últimos anos a investigação da região Centro beneficiou imenso por estar numa região de convergência e com isso ter acesso a incentivos financeiros de fundos estruturais 2x superiores aos da região de Lisboa. Apesar desta discriminação a verdade é que o fosso em termos de excelência científica aumentou ainda mais a favor de Lisboa. Entre muitos factores, na sua maioria associados a uma visão demasiado paroquial, a incapacidade de atrair jovens investigadores talentosos tornou-se no maior obstáculo

no valor de 1.3 milhões de euros. Stratio antevê avarias É através da análise de dados de centenas de sensores integrados em veículos, que a plataforma de machine learning da Stratio prevê e antecipa avarias graves, disponibilizando soluções em tempo real. Tornando assim as frotas mais fiáveis, o projeto espera mudar a indústria da manutenção automóvel, tornando previsível… o im-

previsível. Para tal, recorre à Inteligência Artificial para monitorizar em contínuo a saúde mecânica das frotas, com vantagens na previsibilidade, redução de custos de manutenção e eficiência. O dispositivo plug-and-play desenvolvido pela Stratio é compatível com todas as viaturas, qualquer que seja a idade, marca ou modelo, permitindo a deteção de problemas antes de acontecerem, enviando notificações quando deteta potenciais

ao crescimento da nossa investigação para patamares bem superiores. De forma inesperada, somos hoje confrontados com uma oportunidade única para mudar a situação. Graças ao boom turístico da capital e ao aumento significativo do custo de vida que a colocaram subitamente entre as 100 mais caras do mundo para viver, existe uma pressão enorme sobre a vida familiar dos jovens investigadores. Atraídos inicialmente pelo charme das instituições da capital estão agora a ser empurrados para outras geografias à procura de melhor

problemas e oferecendo soluções em tempo real. A Stratio já testou este produto na frota dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, conseguindo uma redução de 12% em custos de manutenção e menos 350 horas no tempo de imobilização forçada das viaturas, isto para além de um decréscimo de 8% nos custos de combustível e diminuição de 93 toneladas de emissões de gases poluentes.

qualidade de vida. Pelas condições de vida que oferece a famílias jovens Coimbra em particular tem aqui uma oportunidade imperdível para dar um salto competitivo a nível da investigação e não só. A situação exige acção rápida e bem planeada, e tem a vantagem adicional de poder ser replicada ao nível das empresas tecnológicas que também estão a fugir dos grandes centros. Por ora para Évora e Braga. E porque não Coimbra no futuro? Depende apenas de nós!


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Portugal Voluntário reunido numa plataforma online O Governo lançou em 2018 a plataforma “Portugal Voluntário”. O objetivo foi sistematizar a informação relativa à oferta e à procura do voluntariado, em todos os domínios de atividade, mediante a inscrição de organizações promotoras e de voluntários/as e a submissão de ações de voluntariado. Até ao final deste ano, a promotora CASES - Cooperativa António Sérgio para a Economia Social criou uma linha de financiamento de ações de formação e sensibilização do voluntariado para qualificação do trabalho voluntário, na componente de capacitação dos voluntários e das entidades promotoras que promovem ações de voluntariado.

Este projeto foi cofinanciado pelo PO ISE - Programa Operacional Inclusão Social e Emprego e irá durar até ao final de 2020. A região Centro conta, desde início, com um conjunto alargado de instituições que promovem um voluntariado responsável e seguro para todos os intervenientes. A Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, Activar – Associação de Cooperação da Lousã, Associação Bodiboard Foz do Mondego, a Fundação ADFP em Miranda do Corvo, Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e Junta de Freguesia da Cordinhã são algumas das entidades que integram a lista de organizações inscritas na plataforma.

Rede tem vindo, progressivamente, a crescer ano após ano

Cuidados Continuados renovados A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e os centros distritais da Segurança Social de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu renovaram em junho 38 acordos com Misericórdias, IPSS e hospitais no âmbito da Rede Nacional

de Cuidados Continuados Integrados. As renovações, para o triénio 2018/2020, contemplaram unidades de cuidados continuados integrados de longa e média duração e convalescença que já se encontram em funcionamento nos referidos distritos.

Na altura do acordo, a Rede de Nacional de Cuidados Continuados Integrados tinha, a nível da região Centro, uma capacidade de oferta de 2.329 camas. A renovação dos acordos permitiu o funcionamento de 818 camas já existentes por mais três

anos. Refira-se que a RNCCI destina-se a pessoas que se encontrem em situação de dependência, independentemente da idade, sendo alargada à população em idade pediátrica, designadamente os cuidados paliativos, e às pessoas com doença mental grave.

economia social o que foi novo em 2018

Investimento na Misericórdia No dia em que assinalou 518 anos, a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra anunciou um conjunto de investimentos nas suas diversas valências sociais. A título de exemplo, foi submetida uma candidatura a fundos comunitários para “melhorar significativamente” o Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI). Uma renovação do edifício que deve arrancar em 2019 e que antecederá um novo projeto, a rondar os 1,5 milhões de euros, de ampliação do espaço em S. Martinho do Bispo.

Recorde-se que este património pertence à Segurança Social. Foi também anunciado o arranque da reconstrução de quatro apartamentos de autonomização num dos edifícios devolutos da instituição. Assim que a intervenção estiver concluída, as habitações na rua do Colégio Novo, em Coimbra, irão acolher jovens em risco. Um investimento de meio milhão de euros e que será comparticipado pela Fundação Dona Leonor e pela Santa Casa da Misericória de Coimbra.

opinião Boas opções constroem futuro Padre Luís Costa Presidente Cáritas Coimbra

Investimento de 1,5 milhões anunciado nos 518 anos da instituição

As alterações demográficas estão a provocar enormes desafios à sociedade atual e às suas instituições. A elevada taxa de envelhecimento e o despovoamento do interior têm feito “desaparecer” aldeias e vilas habitadas em sua maioria por pessoas idosas. Esta mudança está a afetar diversamente a sociedade, na sua economia, nas famílias e nos próprios indivíduos. Devemos questionar as políticas públicas, pois não têm demonstrado o necessário alinhamento entre saúde e apoio social, no qual pessoas e infraestruturas estejam integradas, diminuindo custos e potenciando

as respostas adequadas aos indivíduos. É necessário capacitar e reforçar as IPSS, que subsidiariamente substituem o Estado na provisão de serviços sociais e de saúde, de modo a proporcionar serviços com maior qualidade e mais adequados às especificidades de cada pessoa e contexto. Em vez da massificação e tipificação de serviços, deve haver flexibilidade e diferenciação positiva ajustada. A Cáritas de Coimbra tem apostado na implementação e advocacy desses temas, no sentido de alcançar resultados mais efetivos para a população que serve,

tornando-a, também, promotora e agente da mudança e da decisão política – vide a Rede Portuguesa Ambientes Saudáveis, Inteligentes e Amigáveis ou a aposta na implementação de desenvolvimentos tecnológicos úteis ao aumento da qualidade de vida. Todos os intervenientes: políticos, instituições, cuidadores e até os próprios cidadãos precisam de criar e se comprometer com uma agenda comum para que este futuro seja uma realidade.


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Construção de lares de idosos

Sem os fundos comunitários para poderem construir novos espaços residenciais para o seniores da região, cabe às IPSS recorrerem a empréstimos bancários para avançarem com os seus projetos. É o caso do Centro de Solidariedade Social da Adémia que, nos anos anteriores, realizou diversas iniciativas de angariação de fundos, o que lhe permite dar o “pontapé de saída” na obra ainda durante o primeiro semestre deste ano.

O edifício irá albergar 40 pessoas. Ainda este ano deve avançar o projeto da residência médica para a população sénior na antiga fábrica da Ideal, à Baixa de Coimbra. Trata-se de um investimento da ordem dos 12 milhões de euros por parte do grupo empresarial luxemburguês Sis Lux liderado pelo milionário Phillipe Austruy. A “moderna residencial médica” terá 120 camas e levará à criação de 70 postos de trabalho.

Março é o mês previsto pela Fundação ADFP

Hospital Compaixão abre portas O Hospital Compaixão – o mais recente projeto da Fundação ADFP, em Miranda do Corvo – está pronto para abrir portas no mês de março. Trata-se de um investimento de cerca de sete milhões de euros e que possui 54 camas de internamento, incluindo

recobro cirúrgico. A maioria destina-se a Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença e de Paliativos. Dispõe de espaços de apoio aos serviços médicos e serviços de Imagiologia Clínica com a mais moderna tecnologia em radiologia digital com potter

vertical com dois detetores; ecografia; mamografia digital e TAC. O bloco operatório dispõe de duas salas cirúrgicas equipadas com as mais avançadas tecnologias. Trata-se do maior investimento de saúde realizado por uma IPSS na CIM Re-

gião de Coimbra e o maior investimento particular de sempre em Miranda do Corvo. Destinado a melhorar as condições de saúde dos doentes da área do Pinhal Interior, o Hospital Compaixão deverá criar uma centena de postos de trabalho.

economia social o que vai ser novo em 2019 Mealhada e Condeixa fora do CLDS 4G

A inclusão de robôs para a prestação de cuidados médicos é um dos objetivos

Tecnologia robótica em cuidados de saúde A Caritas Diocesana de Coimbra é uma das entidades de um consórcio internacional que pretende criar um centro de robótica social em 2019. O projeto, inscrito no Programa Lifebots, pretende compreender o impacto da introdução de robôs sociais nos cuidados de saúde, sendo pesquisadas as três áreas afetadas por esta evolução técnica: cuidados prestados como

prática médica; cuidados residenciais e cuidados familiares. Cabe à Cáritas conimbricense a domesticação dos robôs, com o objetivo de melhorar a interação robô-humano, a adaptação do comportamento dos robôs ao perfil dos pacientes e redesenhar os procedimentos dos cuidados para a inclusão dos robôs. Na área da população sénior, está também prevista

a criação de uma casa de banho inteligente, adequada ao público mais velho, em versão residencial. O projeto Toilet4Me, que já se iniciou no ano passado, terá este ano um desenvolvimento forte com a apresentação de uma tecnologia que permita, por exemplo, a interação por voz para levantar o assento, ou até mesmo um sistema de auxílio para levantar e sentar.

Em curso, no presente ano de 2019, está também o desenvolvimento do projeto DAPAS. Na prática, pretende-se utilizar os recursos das tecnologias da informação e comunicação (TIC) para dar resposta a desafios como a prevenção e monitorização das condições crónicas dos seniores e estimular a sua independência e participação ativa na sociedade.

Os municípios de Condeixa-a-Nova e Mealhada ficaram de fora da 4.ª Geração dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS 4G). Centrado na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito a ação integrada de diferentes agentes e recursos localmente disponíveis, o programa irá ser implementado nos restantes concelhos da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra. As ações a desenvolver pelos CLDS-4G integram quatro eixos de intervenção: Emprego, forma-

ção e qualificação (Eixo 1), Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil (Eixo 2); Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa (Eixo 3) e auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por calamidades e/ou capacitação e desenvolvimento comunitários (Eixo 4). Os apoios previstos vão desde os 250 mil euros (concelhos até seis mil habitantes) até aos 1,2 milhões de euros (com, pelo menos, 200 mil habitantes). Para além da região Centro, os CLDS 4G irão abranger concelhos da região Norte e Alentejo.


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Futuro é digital e tecnológico mas oferta é cada vez maior em áreas tradicionais Mais e melhor qualificação é o caminho, não só para quem está em situação de desemprego, mas também para os que já fazem parte de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e em constante mudança. As áreas tecnológicas e digitais prometem revolucionar o mercado de trabalho, mas, apesar da visão futurista da robotização completa em diversas áreas da produção, “há um exagero de especula-

ção”. Na opinião de António Alberto Costa, Delegado Regional do Centro do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), “há um mundo de inovação tecnológica a acontecer, mas não é uma coisa que revolucione todo o mercado de trabalho de um momento para o outro”. Há, isso sim, “sinais para o futuro”, que levam a apostas na aquisição de

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Governo apresentou, no final do ano passado, a Parceria Competências Digitais +

competências digitais, essenciais e “transversais a toda a economia” e o IEFP, “apesar de não deter verdades absolutas, está a fazer um esforço grande na formação nessas áreas”. O Governo apresentou, no final de 2018, uma colaboração entre o IEFP e o Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, na promoção de Redes Regionais de Formação e Especialização Digital: a Parceria Com-

petências Digitais +. Trata-se de “um programa de formação em tecnologias da informação”, destinado a desempregados com formação superior, inscritos nos serviços de emprego, a beneficiar ou não de subsídio de desemprego – e contará com um financiamento global de 3,5 milhões de euros por parte do IEFP até final deste ano. Prevê-se que serão abrangidos até 1.500 formandos.

“No futuro, as competências digitais serão fundamentais e todos os cidadãos deverão estar preparados. Nesta área, em Coimbra, há também empresas de ponta”, destaca António Alberto Costa. Mas não se pense que a aposta vai apenas no sentido de reconversão profissional para desempregados, já que há também aposta na formação para empregados nesta área,

em programas “como a Internet das Coisas”, entre outros. Áreas ligadas à exportação e inovação vão também, trazer muitas oportunidades nos próximos tempos, mas há ainda uma área que não para de crescer e onde há cada vez mais procura: o Turismo. Também nessa área haverá uma crescente aposta na formação.

emprego

o que foi novo em 2018

Peso do turismo na economia nacional não para de crescer

Em linha com o crescimento do número de turistas, também o emprego no setor tem vindo a aumentar

Nos últimos anos, tem sido notório o aumento do peso do turismo na economia nacional. De acordo com a Conta Satélite do Turismo, divulgada em dezembro pelo

INE, o Turismo atingiu, em 2017, 13,7 por cento do Produto Interno Bruto, o que corresponde a um total de 26,7 mil milhões de euros. Estes valores represen-

tam um crescimento de 14,5 por cento face ao ano de 2016, em que o Turismo valia 12,5 por cento do PIB. Números que são conseguidos também muito por culpa dos turistas es-

trangeiros, já que o peso no consumo turístico por parte de cidadãos estrangeiros foi de 63,1 por cento no ano passado. Segundo o mesmo relatório, o emprego no Tu-

rismo também tem vindo num crescimento sustentado. De acordo com o INE, em 2016 o emprego no Turismo aumentou 4,8 por cento, para um total de 417 mil vínculos a

tempo completo, ou seja, 9,4 por cento do emprego nacional. E, também nesse ano, últimos dados divulgados, as remunerações do Turismo cresceram 7,6%.


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Captar investimentos e fixar jovens Coimbra é, classicamente, vista como uma cidade de serviços, mas o tecido empresarial da região é diversificado. Naturalmente que áreas como a saúde, formação académica ou profissional e investigação absorvem uma grande fatia do mercado de trabalho. “Coimbra faz várias pontes e, enquanto há áreas com maiores problemas, como o interior, há também regiões com muito dinamismo industrial, como por exemplo Cantanhede”, diz António Alberto Costa. É certo que, compara-

tivamente com outros distritos próximos, como Aveiro e Leiria, “que têm empresas com maior dimensão e forte peso em áreas estratégicas, como a m e t a l o - m e c â n i c a ”, Coimbra ainda tem muito trabalho pela frente. “É preciso maior capacidade de captação de investimentos e, muito particularmente, de fixação de jovens, já que, muitos deles vêm para aqui estudar e querem ficar em Coimbra, mas o número de oportunidades não equivale à procura”, diz o Delegado Regional do Centro do IEFP.

Fixação de jovens talentos é uma das lacunas da região

Soft Skills essenciais Num mundo de trabalho cada vez mais virado para o estrangeiro, e para os estrangeiros, o conhecimento de línguas é uma das competências que não pode, naturalmente, ser descurado e a formação nessa área essencial.

Na opinião de António Alberto Costa, há um conjunto de competências transversais às diversas áreas que são também cada vez mais valorizadas pelos empresários: “Qualquer jovem e adulto que queira evoluir no merca-

do de trabalho deve estar cada vez mais atento às chamadas soft skills”. Segundo um relatório do Fórum Económico Mundial, há 10 habilidades intrínsecas que todos os profissionais devem ter até 2020: “Pensamento crítico;

criatividade; coordenação; negociação; inteligência emocional; capacidade de resolver problemas complexos; tomada de decisões; flexibilidade cognitiva; orientação para servir e capacidade de gestão eficaz”.

emprego o que vai ser novo em 2019

Áreas tradicionais sem procura Se é bem verdade que o mercado de trabalho está cada vez mais voltado para o exterior, para as áreas digitais e tecnológicas, há, no entanto, áreas em que a oferta de emprego é cada vez maior, mas a procura não acompanha a oferta. “Temos muitas empresas continuamente a pedir pessoas em áreas tradicionais, mas não há candidatos aos lugares”, diz António Alberto

Costa. Faltam costureiras, serralheiros, soldadores, desenhadores, carpinteiros, etc.”, garante. E há ainda outras áreas com oferta, “como a agricultura”. No entanto, “os salários não são tão atrativos quanto as pretensões dos candidatos”. E há também “muito pouca procura de candidatos em setores industriais em que há muita oferta de empregabilidade”, garante.

opinião Nós determinamos o futuro

António Alberto Costa Delegado Regional do IEFP

Há poucos candidatos para as áreas com maior oferta

Nos últimos tempos, um dos temas fortes da discussão publica relaciona-se com a introdução de novas tecnologias e as suas implicações no mundo do trabalho. Quarta Revolução Industrial, Inteligência Artificial, Digitalização, são vocábulos e assuntos que se têm prestado a muito augúrio, e também a muita especulação. A este propósito, o que podemos seguramente antecipar e prevenir? Em primeiro lugar, seria estulto não perceber que há de facto uma mudança muito forte em curso, mau grado os sinais ténues em alguns territórios e nas formas de trabalho. Como se tem vindo a referir, as novas tecnologias não são apenas uma amplificação do que existe, são em muitos casos uma disrupção relativamente ao status quo. Em segundo lugar, será também estulto pen-

sar que tudo o que ocorrerá já está a ocorrer, e que nos limitamos a ser figurantes passivos de algo absolutamente inelutável. No mundo do trabalho, procuram-se sem dúvida competências digitais, competências relacionadas com a criatividade e a inovação, mas não caiu nenhuma cortina sobre profissões tradicionais onde as mãos desempenham um papel fundamental. Nos territórios que fazem parte da Comunidade Intermunicipal de Coimbra, subsistem formas de trabalho que congeminam o passado, o presente e o futuro, mas sobretudo subsistem pessoas, empresas, instituições, que são capazes de enfrentar os novos desafios. Nesse ensejo, nunca pode ser esquecido o que as empresas e as pessoas querem e esperam.

Cada vez mais, as empresas querem instalar-se e subsistir em territórios onde existem pessoas e qualificações, amigos do conhecimento e da inovação, amigos do empreendedorismo que também retribui à comunidade. Muito especialmente, as empresas não têm tempo para perder tempo. As pessoas querem viver em territórios onde possam viver e não apenas sobreviver, o que significa qualidade em termos de emprego e condições de vida. As lideranças e a governação são essenciais na compatibilidade com este futuro. No IEFP, aliamo-nos a todas as instituições que sedimentam a esperança num mundo melhor, e disponibilizamos os nossos recursos para o desenvolvimento de qualificações, as necessárias agora e amanhã.


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Recuperação da Mata da Margaraça Cerca de 70 por cento dos 62 hectares da Mata Nacional da Margaraça, em Arganil, que arderam nos fogos de outubro de 2017, já se autorregeneraram. Um ano após o incêndio, a mata, classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa, apresentava sinais de resiliência. O fogo também não gerou grandes alterações ao nível da fauna existente naquela zona, continuando a observarse pica-paus, gaios, águias de asa redonda, corsos, javalis e esquilos, bem como salamandras, rãs, sapos e lagartos de água, entre outras espécies, refere o ICNF. Neste momento, segundo o ICNF, o trabalho incide no controlo da regeneração de espécies exóticas invasoras e na preparação do

Plano de reflorestação continua até 2022

Mata Nacional de Leiria em recuperação terreno para plantação de espécies autóctones provenientes de sementes da própria mata. Entretanto, na Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor vai ser aplicado um projeto que visa a conservação da natureza, contando com uma verba de 600 mil euros.

O Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) investe 15 milhões de euros na reflorestação do Pinhal do Rei e Mata Nacional de Leiria, nos próximos quatro anos. O incêndio de 2017 devastou 86 por cento do pinhal. O plano está em curso des-

de o ano passado e é para prosseguir dentro dos prazos definidos, afiançou fonte daquele organismo público ao DIÁRIO AS BEIRAS. Entretanto, o Conselho de Ministros aprovou, em janeiro, uma resolução para as florestas, acom-

panhada dos respetivos envelopes financeiros. O ICNF, por sua vez, está a elaborar os planos de reflorestação para a Região Centro, cuja execução arranca este ano e prolongar-se-á até 2022. O ICNF vai dar primazia às árvores autóctones,

tendo em conta a necessidade de tornar a floresta mais resiliente ao fogo. Ao que tudo indica, desta vez, e na sequência dos devastadores incêndios de 2017, o ordenamento das florestas portuguesas vai mesmo avançar, nas áreas dizimadas pelo fogo.

floresta o que foi novo em2018

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Região Centro foi a mais afetada pela tempestade “Leslie”

Fogo e tempestade fustigam matas da Região Centro A tempestade Leslie provocou 12,7 milhões de euros de prejuízos em 3.500 hectares de 14 matas nacionais e perímetros florestais do litoral Centro, afetando oito municípios dos distritos de Leiria, Aveiro e Coimbra. Dados sobre a incidência da tempestade de 13 de outubro de 2018 na região afetada, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), apontam prejuízos em perda do valor de material lenhoso verde a cortar que ascendem a 8,2 milhões de euros, 3,5 milhões só na Mata Nacional do Urso, nos municípios de Leiria, Pombal e Figueira da Foz. Os prejuízos em mate-

rial lenhoso ultrapassam os dois milhões de euros nas matas nacionais das Dunas da Leirosa e Costa de Lavos, ambas no sul do concelho da Figueira da Foz, e rondam cerca de 585 mil euros, quer no Pinhal de Leiria quer no perímetro florestal das Dunas e Pinhais de Mira. O valor total dos prejuízos inclui ainda os custos de repovoamento florestal nas 14 áreas afetadas, que ascendem aos 3,67 milhões de euros e 860 mil euros para recuperação de infraestruturas e equipamentos e serviços técnicos especializados. Algumas das áreas afetadas haviam sido atingidas pelos incêndios de 2017.

Planos de reflorestação têm em conta o ordenamento florestal

Reflorestação para devolver o verde à paisagem Na região Centro, estão em marcha planos de reflorestação das zonas ardidas em junho e outubro de 2017 e fustigadas pela tempestade “Leslie”, em outubro de 2018, uns no terreno e outros ainda no papel. Os primeiros incêndios assumiram maior relevância, pelo número de vítimas mortais e feridos que provocaram, mas os segundos devastaram mais área e causaram mais prejuízos materiais. O ano de 2017 ficará pois para história como o mais trágico de que há memó-

ria em Portugal, pela perda de vidas, área ardida e prejuízos. No entanto, no que toca ao último item, a tempestade “Leslie”, não tendo causado vítimas mortais nem feridos graves, provocou danos avaliados em largas dezenas de milhões de euros, tendo sido a Figueira da Foz o concelho mais afetado. Segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a área ardida no país entre 1 janeiro e 31 de outubro de 2017 reduziu a cinzas 442 mil hectares em espaços

florestais, povoamentos e matos. A região Centro foi a mais afetada. Uma questão de perspetiva As vítimas e a extensão da área ardida em 2017 alertaram as autoridades e a população para a necessidade de se praticar uma gestão mais racional e preventiva da floresta. Na sequência dos incêndios do ano anterior, em 2018 o país assistiu à maior operação de limpeza florestal de que há memória e nunca se falou

tanto de ordenamento florestal. No sul da Europa e noutras regiões do globo, a floresta é vista como um recurso económico. No norte do Velho Continente, contudo, olha-se mais para ela como um património natural que há que preservar a todo o custo. Em Portugal, são os proprietários com exploração direta da madeira como matéria-prima – o caso da indústria papeleira – que mais cuidam e fazem ordenamento das suas áreas florestais.


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DB-J.A.

Lagoa da Vela recebe árvores autóctones A zona florestal da Lagoa da Vela foi severamente afetada pelo incêndio de outubro de 2017 e a tempestade “Leslie”, esta, em outubro de 2018. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) vai reflorestar, este ano, a área ardida com árvores autóctones. Em finais de 2018, esteve prevista a plantação de 32 mil pinheiros vindos de França, oferecidos pelo município de Nogentsur-Marne, uma árvore por cada habitante, na sequência de uma iniciativa levada a efeito por uma associação de emigrantes portugueses que ali reside. No entanto, alegando questões fitossani tárias, o ICNF não autorizou a plantação. Entretanto, a autarquia

DB-J.A

Tempestade “Leslie” destruiu vários milhares de árvores

figueirense e o ICNF decidiram que a maioria dos pinheiros franceses será plantada, até março, no Paião, no sul do concelho, na zona afetada pelo incêndio de outubro de 2017, numa área que passará a designar-se Pinhal da Amizade. Os restantes serão distribuídos por outras freguesias da Figueira da Foz.

Serra da Boa Viagem e a fúria dos elementos Quando não é o fogo, é o vento. A Serra da Boa Viagem tem sido vítima daqueles dois elementos, registando, nos últimos 30 anos, dois grandes incêndios e outros tantos temporais que fustigaram o “pulmão” da Figueira da Foz. O evento mais recente deixou um rasto de destruição, provocado pela

tempestade “Leslie”, que derrubou mais de 3500 árvores no núcleo até ali poupado pelas chamas. A empreitada de corte e a remoção das árvores, num total de cerca de sete mil toneladas, deverá prolongar-se pelos próximos quatro meses. A prioridade foi definida para as zonas das vias rodoviárias, que,

se o processo se cumprir de acordo com o que está programado, ficarão desobstruídas dentro de dois meses. Entretanto, no âmbito de um protocolo assinado com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Câmara da Figueira da Foz procedeu à limpeza de trilhos e caminhos e desobstruiu

o acesso ao miradouro da Bandeira para viaturas de socorro, intervindo em sete hectares. O processo de corte e abate de árvores atrasouse devido à necessidade de proteger uma zona com interesse arqueológico. Entretanto, já foi definida a delimitação da zona protegida.

floresta o que vai ser novo em 2019

CIM Região de Coimbra entrega árvores a municípios

Comunidade intermunicipal entrega cerca de 40 mil árvores aos municípios

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra anunciou em janeiro a entrega de mais de 40 mil árvore s de espécies autóctones portuguesas aos municípios que integram a estrutura para plantação, no âmbito da aprovação da candidatura

O envolvimento daquela comunidade, constituída pelos 19 municípios, visa potenciar a criação de estruturas e redes locais de recuperação da floresta autóctone e fazer chegar o conhecimento específico e as árvores para plantar às pessoas e instituições que

ao programa Floresta Comum. O plano vai permitir a reflorestação de áreas ardidas, incentivar a criação de uma floresta com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços ecológicos, adianta aquela comunidade de municípios.

opinião É preciso um choque

de gestão no território florestal António Gravato presidente da Fundação Mata do Bussaco

A imprevisibilidade e a frequência com que têm ocorrido estes novos fenómenos da natureza - referimo-nos às tempestades (“Gong”, “Stefanie” e “Leslie”) e aos grandes inc êndios florestais (Pedrógão e Góis), associado às enormes consequências devastadoras e ao triste e dramático cenário, ensombrado com perdas de vida e de sofrimento humano, obriga-nos a (re) pensar a floresta que pretendemos, sob o ponto de vista do seu design paisagístico, mas simultaneamente da sua funcionalidade e silvotecnologia, da gestão territorial e do ordenamento florestal.

vão intervir na floresta. O Floresta Comum disponibiliza árvores dos Viveiros Florestais do Estado e prevê a constituição anual de uma bolsa de árvores autóctones, provenientes de sementes portuguesas. As árvores que integrarem esta bolsa servirão apenas

para oferta no âmbito do Floresta Comum. Através da disponibilização de árvores por parte de alguns dos Viveiros Florestais do Estado, ou outras ofertas que venham a integrar o projeto, frisa a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, será

Nos últimos anos, temos vindo a assistir à ocorrência de incêndios florestais de grande dimensão em zonas que não têm eucalipto, tanto em Portugal como no estrangeiro. Registaram-se incêndios devastadores no Canadá, Grécia, Escandinávia ou no Sul de França, onde o eucalipto não tem expressão. O mesmo sucedeu em Portugal, onde ocorreram incêndios significativos em áreas onde o eucalipto não tem relevância. A exigência da certificação da gestão florestal, sob escrutínio de reconhecidas entidades internacionais, é um aspeto muito importante que está in crescendo e

constituída anualmente uma Bolsa de Árvores Autóctones, provenientes de sementes portuguesas. As árvores que integrarem a referida bolsa serão distribuídas de forma gratuita pelos projetos que se candidataram ao referido programa.

que ajudará neste processo de responsabilização individual e coletiva, sob a égide das questões ambientais e de sustentabilidade, no sentido de estender as boas práticas de gestão a toda a floresta. É preocupante saber-se que Portugal é o único país da Europa em que se tem verificado uma redução da área florestal, havendo utopicamente um recurso, base de um setor cheio de oportunidades, que poderia e deveria ser mais bem aproveitado.


Photo by Pedro Correia de Paiva

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