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DIRETÓRIO DE SAÚDE’22// DIÁRIOASBEIRAS | 9

Tabaco e excesso de peso são os diagnósticos mais registados na região

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Nos determinantes de saúde analisados nos Cuidados de Saúde Primários da região, em 2021 os diagnósticos mais registados entre os utentes inscritos foram o abuso do tabaco (10%), maioritariamente entre os homens (13,1%), e o excesso de peso em ambos os sexos (19,2%).

O abuso crónico de álcool (1,6%) foi mais expressivo nos homens (3,1%).

Na Região de Saúde do Centro, de entre as morbilidades analisadas nos CSP, no ano de 2021 os diagnósticos ativos que afetaram maior proporção de utentes foram a alteração do metabolismo dos lípidos (29%), a hipertensão (24,9%), as perturbações depressivas (13,5%) e a obesidade (7,0%).

Em 2021, a diabetes era um diagnóstico ativo em 9% dos utentes dos CSP da região (9,6% homens; 8,5% mulheres).

As maiores diferenças entre sexos encontram-se nas perturbações depressivas (6% para os homens; 20,7% para as mulheres), na osteoporose (0,4% para os homens; 6% para as mulheres) e na osteoartrose do joelho (4,7% para os homens; 9,1% para as mulheres), que afetam mais as mulheres.

| José Armando Torres

Fonte: SIARS

índices de saúde

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10 |DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE’22

prestação de serviços Região Centro: tratar a população mais envelhecida de Portugal

Na região Centro existem 229 idosos por cada 100 jovens. É para prestar serviços a uma população muito envelhecida que se articula de rede de serviços de saúde da região. Às unidades do Serviço Nacional de Saúde, a maioria, acrescem as privadas e do setor social

Aregião Centro é a zona mais envelhecida de Portugal, segundo os resultados provisórios dos Censos de 2021. Para isso contribuiu o fenómeno do duplo envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento do número de pessoas idosas e pela redução de jovens. Isto é, na região Centro passaram a existir 229 idosos por cada 100 jovens (163, em 2011), o que significa que o número de idosos na região é mais do dobro dos jovens residentes.

No conjunto do país, a região Centro regista, simultaneamente, o menor peso de jovens (11,8%) e o maior peso de população idosa, a par com o Alentejo (27,0%).

A população envelhecida, que em regra se carateriza por apresentar comorbilidades, coloca desafios acrescidos ao sistema de saúde.

Rede de hospitais

Na área da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro a rede de cuidados hospitalares é constituída, desde 1 de abril de 2011, por cinco centros hospitalares.

O CHUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra destaca-se pela sua dimensão e excelência: é o maior centro hospitalar não só da região mas também do país. A sua criação foi o passo para a fusão de oito unidades hospitalares que funcionavam na zona de Coimbra, uma medida que, ainda hoje, está longe de ser consensual.

Apoios e críticas à parte, o CHUC integrou os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital Geral (Covões), o Hospital Pediátrico, a Maternidade Daniel de Matos, a Maternidade Bissaya Barreto e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, que por sua vez já tinha absorvido o Hospital Sobral Cid, o Hospital Psiquiátrico do Lorvão e o Centro Psiquiátrico e de Recuperação de Arnes.

Para além do CHUC, na região Centro existem ainda o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Hospital Infante D. Pedro, Aveiro; Hospital Conde Sucena, Águeda; Hospital Visconde de Salreu, Estarreja), o Centro Hospitalar Cova da Beira (Hospital Pêro da Covilhã; Hospital do Fundão), o Centro Hospitalar de Leiria (Hospital de Santo André, Leiria; Hospital Distrital de Pombal; Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, Alcobaça) e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu (Hospital Cândido de Figueiredo, em Tondela; Hospital São Teotónio, em Viseu).

Aos centros hospitalares acrescem dois hospitais centrais especializa-

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Região Centro: tratar a população mais envelhecida de Portugal

Na região Centro existem 229 idosos por cada 100 jovens. É para prestar serviços a uma população muito envelhecida que se articula de rede de serviços de saúde da região. Às unidades do Serviço Nacional de Saúde, a maioria, acrescem as privadas e do setor social

dos – Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE e o Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais, SPA –, um hospital distrital (Hospital Distrital da Figueira da Foz), e dois hospitais do setor público sdministrativo: Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, e Hospital Doutor Francisco Zagalo, Ovar.

A rede hospitalar da ARS Centro integra ainda três hospitais integrados em duas Unidades Locais de Saúde (ULS) – Hospital Sousa Martins, da Guarda, Hospital Nossa Senhora da Assunção, de Seia, e Hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco).

A estes hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) acrescem ainda outras unidades de saúde do setor privado e social. Do setor privado, operam na região a Fundação Sophia (Casa de Repouso de Coimbra), o Hospital da Luz-Coimbra, o Centro Cirúrgico de Coimbra (Intercir), a SANFIL - Casa de Saúde de Santa Filomena, a CUF Coimbra Hospital, a Clínica de Montes Claros (no Estádio Cidade de Coimbra), a Fundação Nossa Senhora da GuiaHospital de Avelar, a Fundação Aurélio Amaro Diniz (Oliveira do Hospital) e o Hospital da Misericórdia da Mealhada. Cuidados de saúde primários e continuados

Os cuidados de saúde primários estão organizados, na área de influência da ARS Centro, em seis ACeS e duas Unidades Locais de Saúde: a ULS de Castelo Branco e a ULS da Guarda.

A rede de cuidados de saúde primários da região Centro inclui 85 centros de saúde, sendo 21 integrados nas ULS de Castelo Branco e Guarda e os restantes 64 nos ACeS da ARS Centro. Nos centros de saúde os cuidados podem ser prestados pelas USF - Unidade de Saúde Familiar ou pelas UCSP - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados e nas 59 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC).

Já a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada em 2006, para prestar cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, estejam em situação de dependência. Atualmente, na área da ARSC, existe um total de 2794 camas da rede de cuidados continuados, distribuídas por seis tipologias: Unidades de Convalescença; Unidade de Média Duração e Reabilitação; Unidade de Longa Duração e Manutenção; Residência de Apoio Máximo; Residência de Apoio Moderado; Residência de Treino de Autonomia. |Dora Loureiro

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prestação de serviços Grupo SANFIL aposta em contratar um “corpo clínico de grande diferenciação”

Para o Grupo SANFIL, “o mais importante são as pessoas”. Para lhes garantir os melhores serviços de saúde, o grupo aposta num “corpo clínico e profissionais de grande diferenciação e qualidade”, bem como num investimento contínuo nas infraestruturas, na inovação e na tecnologia, afirma Pedro Marcelino, administrador executivo do Grupo Sanfil. Desde 2019, a SANFIL tem realizado vários investimentos na modernização de equipamentos e infraestruturas

Pedro Marcelino, administrador executivo do Grupo SANFIL

Podemos dizer que o Grupo SANFIL cresceu de forma exponencial em poucos anos?

O Grupo SANFIL, agora SANFIL - Global Health Company (GHC), nasceu há mais de 70 anos nas margens do rio Mondego, bem no centro da cidade de Coimbra. Começou com uma pequena policlínica a Casa de Saúde de Santa Filomena - onde os sócios à época, todos eles profissionais de saúde, exerciam a sua atividade privada. Com o passar dos anos, a Casa de Saúde de Santa Filomena foi alargando os cuidados de saúde que prestava aos seus utentes, construindo um bloco operatório e internamento, o serviço de hemodiálise e mais tarde a radiologia, a par de aquisições de outras clínicas, que completavam a capacidade assistencial de cuidados ao dispor dos utentes. O Grupo SANFIL engloba dois grandes polos, em Coimbra e Leiria, que integram na sua área outras unidades de saúde mais pequenas em zonas próximas?

Foi só em 2012, que o Grupo cresceu para fora do distrito de Coimbra, com a aquisição do Centro Hospitalar de S. Francisco, com presença, em Leiria, Pombal, Alcobaça e Marinha Grande, e da Diaton, com unidades

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aposta em contratar um “corpo clínico de grande diferenciação”

Para o Grupo SANFIL, “o mais importante são as pessoas”. Para lhes garantir os melhores serviços de saúde, o grupo aposta num “corpo clínico e profissionais de grande diferenciação e qualidade”, bem como num investimento contínuo nas infraestruturas, na inovação e na tecnologia, afirma Pedro Marcelino, administrador executivo do Grupo Sanfil. Desde 2019, a SANFIL tem realizado vários

em Viseu, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A SANFIL Medicina reúne atualmente todas as valências para prestar cuidados de saúde de forma integral aos seus clientes?

Em 2021, em plena pandemia, o conjunto de empresas transforma-se em Grupo, tendo para tal sido criado um centro corporativo no IParque, com centralização dos serviços partilhados pelas várias empresas do Grupo, e com a segmentação das atividades e da sua gestão: a SANFIL MEDICINA com as atividades clínicohospitalares; a NEFROVIDA com a área da hemodiálise; a DIATON com a radiologia e a medicina nuclear; e a SINESPAÇO com a área imobiliária. Para a GHC o mais importante são as pessoas e dessa forma continuamos a apostar num corpo clínico e profissionais de grande diferenciação e qualidade bem como num investimento contínuo nas nossas infraestruturas, na inovação e na tecnologia, que se traduz, consequentemente, na crescente confiança de todos os que connosco interagem, principalmente nos nossos utentes.

A SANFIL tem apostado no investimento na modernização de infraestruturas e equipamentos?

Desde 2019, a SANFIL tem estado muito ativa na modernização de equipamentos e infraestruturas. Mesmo com a covid, foram mantidos os investimentos encontrando-se a decorrer intervenções profundas no Hospital de S. Francisco em Leiria e na Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Brevemente teremos em funcionamento três novas unidades de diálise: uma em Coimbra, uma em Leiria e uma em Alcobaça. Paralelamente, já em 2022, inaugurámos uma nova Clínica em Alcobaça, com duplicação da área disponível de prestação de cuidados e assumimos o Hospital D. Manuel de Aguiar em Leiria, numa parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Leiria. A SANFIL trabalha com vários subsistemas de saúde? Da vossa experiência, temse verificado um crescimento da área dos seguros?

O crescimento dos seguros privados de saúde é uma realidade não só em Portugal, como em muitos países do mundo. Independentemente dos motivos da opção pela contratação de um seguro privado de saúde, complementarmente à cobertura de saúde assegurada pelo Estado, tem-se notado o crescimento de utentes que optam por estes tipos de planos. A esse crescimento não será indiferente a descida de valor dos prémios dos seguros e o facto de os seguros de saúde permitirem aos utentes escolher os clínicos, e essa, é uma grande vantagem.

Na SANFIL damos grande valor à

relação pessoal de confiança que deve unir o paciente e o médico, por forma a se obter os melhores resultados clínicos dentro do que a medicina e a tecnologia podem oferecer. Quer seja para uma consulta, um exame, ou um tratamento, que pode chegar mesmo à cirurgia, na prática, os seguros de saúde Na relação de confiança e de parceria com as seguradoras e os subsistemas a SANFIL tem procurado estar à “ resultam num desconto ou acesso a uma tabela de preços mais baixa que a tabela geral dos utentes particulares. A SANFIL há muito que trabalha com a generalidade das seguradoras na área da saúde, assim como com as seguradoras de acidentes de desporaltura dos desafios tivos, de trabalho e e colaborado de viação e com os ativamente na procura das subsistemas de saúde. Os subsistemas de saúde, como a melhores soluções ADSE, IASFA, PSP e para os utentes GNR, que funcionam também como seguros de saúde de espectro alargado, sem limites de idade e como poucas restrições de cobertura. Na relação de confiança e de parceria estabelecida com as seguradoras e os subsistemas a SANFIL tem procurado estar à altura dos desafios que lhe são apresentados e colaborado ativamente na procura das melhores soluções para os utentes. |Dora Loureiro

prestação de serviços

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prestação de serviços CHUC “143 milhões investidos nas áreas mais prementes”

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Santos, fala sobre o Plano de Desenvolvimento Estratégico das unidades hospitalares, os investimentos já efetuados e os que estão previstos para refuncionalizar nas áreas mais prioritárias nos vários polos do CHUC

Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)

A necessidade de dar resposta à pandemia de covid-19, uma situação imprevista, dificultou outros projetos no CHUC?

A resposta à segunda e terceira vagas da pandemia COVID-19 tomou conta das agendas de todos nós e consumiu grande parte do tempo e da energia disponíveis, mas não impediu o CHUC apresentar as principais linhas do Plano de Desenvolvimento Estratégico em setembro de 2021. Apesar do contexto de imprevisibilidade e incerteza, o planeamento estratégico revelou ser o instrumento mais eficaz na antecipação de cenários, de modelação de respostas e de identificação dos recursos necessários para melhor lidar com o imprevisto num horizonte de médio prazo, onde foi determinante o envolvimento, de forma ativa, de todos quantos se interessam pelo futuro do seu Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Esse plano de desenvolvimento é decisivo para estruturar o desenvolvimento futuro?

A clarificação da visão estratégica

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“143 milhões investidos nas áreas mais prementes”

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Santos, fala sobre o Plano de Desenvolvimento Estratégico das unidades hospitalares, os investimentos já efetuados e os que estão previstos para refuncionalizar nas áreas mais prioritárias nos vários polos do CHUC

Volvida uma década do processo de fusão, os ganhos de eficiência expectáveis não ocorreram da forma planeada e a integração de alguns serviços ainda não está totalmente estabilizada

do CHUC é seguramente a forma de responder com elevada qualidade às necessidades de saúde das populações que servimos e dos contribuintes que nos financiam, porque assenta sobretudo na promoção do interesse público numa lógica de reforço do conceito de Centro Hospitalar assente em quatro pilares: competência, cooperação, compromisso e complementaridade, que dão suporte aos (sete) eixos do plano estratégico do CHUC, para um Serviço Nacional de Saúde mais forte e um País mais solidário.

A fusão dos hospitais de vários hospitais de Coimbra no CHUC produziu os efeitos que se esperavam?

Volvida uma década do processo de fusão, os ganhos de eficiência expectáveis não ocorreram da forma planeada e a integração de alguns serviços ainda não está totalmente estabilizada, não sendo alheio a esta situação às limitações impostas pela Troika à realização de investimento durante a década anterior. No entanto, os ganhos de eficiência e produtividade tão almejados estão dependentes de uma reformulação ao nível dos processos, mas que implicam igualmente a refuncionalização de áreas críticas do Centro Hospitalar.

Quais são as prioridades de investimento?

No Plano de Desenvolvimento Estratégico assinalámos valores de investimento de 143 M€ assentes na sistematização e priorização das necessidades mais prementes, que inclui múltiplos projetos ao nível da requalificação de infraestruturas hospitalares e também na substituição/atualização do plateau tecnológico, e ainda seis projetos estruturantes com influência direta na concretização da estratégia num valor de investimento de 93 M€, distribuídos por:

A. Requalificação de infraestruturas e atualização do plateau tecnológico - 50 M€

B. Polo HUC – 59 M€: a. Novo Edifício da Maternidade; Requalificação da Urgência Central; Expansão da Medicina Intensiva

C. Polo HG – 25 M€: a. Novo Edifício de Ambulatório de Adultos e Novo Edifício de Apoio à Atividade Hospitalar

D. Requalificação do Polo Sobral Cid – 9 M€

Nos últimos três anos foi possível elevar significativamente as verbas de investimento em requalificação de infraestruturas e na substituição/atualização do plateau técnico, registando-se valores médios anuais acima dos 15 M€, o que constituiu uma recuperação importante face à quase ausência de investimento na década precedente.

Ao nível da requalificação das infraestruturas têm-se realizado diversas intervenções nos vários polos do CHUC melhorando as condições de trabalho dos profissionais e a comodidade dos doentes.

A área da investigação também tem merecido atenção e programação de investimentos?

Ainda durante o mês de julho entra em funcionamento o BIOBANCO CACC CHUC-UC, estrutura em formato de consórcio integrante do Centro Académico e Clínico de Coimbra, juntando o CHUC e a Universidade de Coimbra. Esta estrutura

tem por missão principal apoiar a investigação científica, na área da biomedicina, nacional e internacional, recolhendo e armazenando amostras biológicas e dados demográficos e clínicos cedidos voluntariamente por indivíduos residentes em Portugal, a fim de que investigadores em ciências biomédicas possam ter acesso a essas amostras e dados associados, para “ desenvolver atividades científicas com relevo para o incremento do conhecimento na área da saúde humana. Uma vez mais, a concretização de um projeto do CACC CHUC-UC a demonstrar toda a capacidade de concretização de projetos transformadores da cadeia de valor por parte do consórcio de duas das mais importantes instituições do País. Que investimentos foram feitos na atualização do plateau tecnológico? No que se refere à atualização do plateau tecnológico foram realizados investimentos superiores a 25 M€, destacando-se a substituição de equipamento médico pesado em diversas áreas: • aquisição por locação de dois aceleradores lineares de última geração para tratamento de doentes oncológicos num investimento de 8 M€. • na medicina nuclear um valor global de investimento superior a 4 M€ com a aquisição de duas Camaras Gama e a substituição do PET-CT financiado no âmbito do Roteiro 

prestação de serviços

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 Nacional de Infraestruturas, a que a Universidade de Coimbra, através da sua Unidade Orgânica ICNAS, se candidatou, numa demonstração clara do potencial do CACC. • atualização de três TAC e um Angiógrafo num valor superior a 1 M€. • aguarda-se a conclusão do processo de autorização de investimento para abertura do concurso para a aquisição de duas ressonâncias magnéticas, num investimento superior a 3 M€. • no plano da inovação e atento o perfil de Hospital Universitário está a ser enquadrada a melhor modalidade para a aquisição de dois equipamentos de cirurgia robótica que combinam a abordagem de uma cirurgia minimamente invasiva com a utilização de um dispositivo robotizado, a aplicar em determinadas cirurgias nas especialidades de cirurgia geral, urologia, ginecologia e ortopedia.

Depois de apresentado o Plano de Desenvolvimento Estratégico, o que foi feito para a concretização dos projetos estruturantes?

Poderá dizer-se que os nove meses decorridos desde a apresentação do Plano de Desenvolvimento Estratégico (PDE) permitiram evoluir na maturidade dos processos bem como na definição de um planeamento concertado dos mesmos.

No Polo Sobral Cid destacam-se dois projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, prevendo-se a construção no ano 2023 da nova unidade de internamento de psiquiatria forense, concluindo-se ainda em 2022 a requalificação do pavilhão 8 para instalação da Unidade de Transição Forense. A requalificação da Urgência Central do Polo HUC e a construção da nova maternidade também “ Os projetos estruturantes no Polo Hospital Geral irão permitir uma reorganização e refuncionalização vão avançar? No 4.º trimestre de 2022 vai dar-se início à obra da Requalificação da Urgência Central no Polo HUC, a qual tem garantido o financiamento por fundos comunitários. Ainda no Polo HUC encontra-se na fase final o projeto de dos circuitos execução para a exde doentes e pansão do Serviço de profissionais, com Medicina Intensiva em mais 22 camas, particular enfoque que irá permitir adena eficiência ao quar a capacidade de aliviar a pressão resposta a doentes no Polo HUC críticos do CHUC e da Região Centro ao nível dos rácios de referência internacionais. Para o novo Edifício da Maternida-

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de está a decorrer o concurso público internacional por prévia qualificação para a elaboração do projeto de execução.

Ambos os projetos encontram-se sinalizados para financiamento pelo QCA PT2030, dispondo o CHUC das verbas correspondentes à contrapartida nacional.

Há projetos estruturantes previstos também para o Polo Hospital Geral (Covões)?

Os projetos estruturantes no Polo Hospital Geral irão permitir uma reorganização e refuncionalização dos circuitos de doentes, profissionais e de materiais, com particular enfoque na eficiência ao aliviar a pressão atualmente existente no Polo HUC, para além de alargar a oferta de serviços naquela unidade numa lógica de complementaridade entre as unidades do Centro Hospitalar.

O projeto de centralização dos armazéns, alimentação e esterilização irá permitir refuncionalizar os atuais processos logísticos criando economias de escala com ganhos de eficiência e de economia, para além de dar uma resposta alternativa aos constrangimentos atuais. O novo edifício será integrado no Polo Hospital Geral (Covões) numa área superior a 10 mil m2 e um valor de investimento de 10 M€, configura uma operação de aquisição de uma propriedade de investimento onde as rendas cobradas pelo CHUC no aluguer do espaço aos concessionários (cozinha e esterilização) garantem os encargos com o financiamento externo por locação financeira.

Os espaços libertados nos vários polos serão objeto de uma requalificação num investimento de 4 M€ distribuídos por 6.000 m2 a reafetar a outras funções de maior valor para atividades core. A reorganização da resposta de ambulatório de adultos assenta na definição objetiva da tipologia de doença e do modelo funcional aplicável, prevendose que no final do 3º trimestre seja possível abrir concurso para o projeto de execução, e instruir o processo para garantir o seu financiamento no âmbito do PT2030. Acresce ainda que os projetos estruturantes dos polos HUC e Hospital Geral tiveram em linha de conta uma descompressão no polo HUC e uma maior dinamização do polo Hospital Geral.

|Dora Loureiro

97430 Junho 2014 “ No 4.º trimestre de 2022 vai dar-se início à obra da Requalificação da Urgência Central no Polo HUC, a qual tem garantido o financiamento por fundos Junho 2014 comunitários Enfermagem

Apoio Domiciliário

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prestação de serviços IPO Metas contratualizadas “têm sido superadas”

Mesmo com um campus hospitalar pejado de obras para melhoramentos e reconstrução de edifícios, o IPO de Coimbra conseguiu em 2021, nos indicadores contratualizados com o Ministério da Saúde e pelos quais é acompanhado, “um grau de execução muito próximo dos 100% com superação em praticamente todas as metas”. Os indicadores relativos à realização de consultas externas, às cirurgias e aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia têm aumentando, indicando uma maior capacidade produtiva

Margarida Ornelas, presidente do Conselho de Administração do IPO - Centro Regional de Oncologia de Coimbra

O Conselho de Administração do IPO de Coimbra está satisfeito com os índices de saúde da unidade hospitalar?

Podemos responder que sim. Tal como está patente no último relatório e contas, o IPO de Coimbra tem tido um bom desempenho, no que diz respeito à sua capacidade produtiva e à generalidade dos indicadores de acesso e de qualidade. Destaca-se o facto do IPO ser uma entidade acreditada pela OECI (Organization of European Cancer Institutes), como Clinical Cancer Center, e pelo CHKS (Caspe Healthcare Knowledge Systems), duas prestigiadas entidades internacionais. Ainda recentemente, no passado mês de junho, a instituição foi pela quinta vez acreditada pelo CHKS, o que traduz o reconhecimento do cumprimento dos padrões internacionais das melhores práticas.

Se atentarmos nos indicadores contratualizados, com o Ministério da Saúde e pelos quais somos acompanhados, constatamos, em 2021, um grau de execução muito próximo dos 100% com superação em praticamente todas as metas. De igual modo, no presente ano, prevê-se uma boa execução dos compromissos assumidos com o Ministério.

Claro que estes resultados significam fundamentalmente o reconhecimento do elevado nível de profissionalismo e compromisso de todos quantos aqui trabalham e dão o seu melhor, contribuindo de forma incontornável, para o prestígio da instituição e reforçando o orgulho de dela fazermos parte. Mesmo no período de pandemia, ou no pós-pandemia, o IPO de Coimbra manteve bons números da atividade assistencial? Pode falar-me desses números?

Sim, o próprio Tribunal de Contas assinalou a performance do IPO de Coimbra no seu relatório publicado em 2020: “COVID – 19 _ Impacto na atividade e no acesso ao SNS”.

Numa edição vossa do mês de novembro de 2021, referia-se, a dado momento, que o IPO de Coimbra registava um aumento de consultas externas de 24,7%, em 2021, face a período anterior, tendo obtido o maior aumento percentual do país.

De facto, em termos de consulta externa, o Instituto tem realizado ao longo dos últimos três anos sempre um maior volume de consultas, em

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Metas contratualizadas “têm sido superadas”

Mesmo com um campus hospitalar pejado de obras para melhoramentos e reconstrução de edifícios, o IPO de Coimbra conseguiu em 2021, nos indicadores contratualizados com o Ministério da Saúde e pelos quais é acompanhado, “um grau de execução muito próximo dos 100% com superação em praticamente todas as metas”. Os indicadores relativos à realização de consultas externas, às cirurgias e aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia têm aumentando, indicando uma maior capacidade produtiva

termos globais. Tem sido, ainda, intensificada a atividade de ambulatório, nomeadamente na área cirúrgica e tem sido assegurada uma capacidade produtiva muito expressiva, no que concerne a tratamentos de radioterapia e quimioterapia, para citar alguns exemplos.

Em 2020, destacou-se: a execução de mais 3.325 consultas médicas (primeiras consultas e consultas subsequentes) face ao ano anterior; o aumento da atividade de tratamentos de quimioterapia, com um registo de mais 1767 tratamentos, em regime de ambulatório (hospital de dia) realizados face a 2019, e, ainda, um maior número de tratamentos complexos de radioterapia realizados.

Já em 2021, foram realizadas mais 23.797 consultas médicas, do que em 2020 (das quais 1.287 correspondem a um acréscimo de primeiras consultas referenciadas pelos cuidados de saúde primários); foram realizadas mais 519 cirurgias de ambulatório; foram realizados mais 1.641 tratamentos, em contexto de hospital de dia e, em termos de radioterapia externa, executada em regime de ambulatório, realizaram-se mais 1.305 tratamentos.

Ao mesmo tempo, o hospital tem feito um esforço grande na renovação de infraestruturas e equipamentos, num valor global que ronda os 30 milhões de euros.

As nossas orientações estratégicas têm-se centrado em três principais pilares: garantia de acesso, coesão interna e preocupação com o investimento. Esta última vertente, concretamente o eixo da infraestrutura física e tecnológica, tem sido uma das prioridades deste Conselho de Administração, havendo uma preocupação constante no sentido do IPO de Coimbra crescer e se modernizar.

Nos últimos dois anos, foram executados investimentos no valor de 11,9 M€. Destes destacam-se: a execução e apetrechamento de um novo Bloco Operatório, a aquisição de dois novos Aceleradores Lineares e a implementação de um Programa de Eficiência Energética. De resto, a execução em curso da empreitada de ampliação e requalificação do edifício da cirurgia e imagiologia, no valor de 27,9 M€, e seu subsequente reapetrechamento - onde se inclui, designadamente, a aquisição de equipamento médico pesado para o serviço de imagiologia e para o serviço de medicina nuclear – antecipam que este forte ciclo de investimentos se manterá nos próximos anos. O facto de ter sido demolido um bloco inteiro – para a construção de um novo – que albergava o bloco operatório, o internamento cirúrgico e área de imagiologia, obrigou o IPO a procurar outras soluções que assegurassem o tratamento e cirurgia dos doentes oncológicos. Tem sido um percurso difícil?

Sim, os desafios têm sido muitos, e o percurso tem sido por isso muito exigente, já que no edifício demolido funcionavam, como se refere, importantes valências, designadamente o bloco operatório, o internamento das especialidades cirúrgicas, a imagiologia e a esterilização.

Houve necessidade, por isso, de re-

pensar / reafectar espaços nos outros edifícios existentes para acomodar o maior número possível de atividade no campus hospitalar. Como exemplo de medidas que tivemos de levar a cabo, destaco a empreitada para adaptar o anterior “hotel de doentes” em internamento cirúrgico; a transformação da biblioteca numa área para a imagiologia; a transformação de espaços de arquivo em gabinetes “ Tem sido intensificada a atividade cirúrgica na área de ambulatório, e tem sido de trabalho. Ainda assim, tivemos de garantir, em alguns casos, que as nossas equipas pudessem, também, trabalhar noutros locais, fora do nosso campus hospitalar, mas assegurando que essa atividade continuasse a ser “atividade do IPO de Coimbra”, com assegurada profissionais do IPO. uma capacidade Por esse facto, temos produtiva muito alguma cirurgia de expressiva em ambulatório a ser realizada exteriortratamentos de mente, bem como radioterapia e parte da atividade quimioterapia cirúrgica (bloco operatório e internamento) e da imagiologia, bem como a esterilização a serem garantidas por profissionais do IPO em diversos pontos da cidade de Coimbra. Algumas soluções foram bastante criativas, como a construção do Bloco Operatório Periférico... Algumas soluções têm sido criativas, de facto. A construção de um Bloco Operatório Periférico, com 2 salas operatórias, ocorreu em 2020, tendo sido edificado, em nove meses.

prestação de serviços

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Estas 2 salas que, em termos da modernidade, são do mais evoluído que existe do ponto de vista tecnológico, têm permitido acomodar, atualmente, a maioria da atividade cirúrgica, enquanto decorre a empreitada. Por outro lado, o equipamento técnico específico deste bloco será, posteriormente, transferido para o novo edifício de cirurgia, numa lógica de investimento antecipado.

Outra solução encontrada foi a transformação da nossa anterior biblioteca e de alguns gabinetes adjacentes, numa área para a imagiologia, permitindo a realização atual nesse espaço de várias técnicas: raio x convencional, ecografia e mamografia.

Por outro lado, não esqueçamos que todas estas medidas têm sido tomadas no contexto de pandemia, sendo que num hospital com as caraterísticas do IPO, há, ainda, que garantir, como uma responsabilidade redobrada, a segurança dos doentes e dos profissionais.

Do mesmo modo, o IPO de Coimbra renovou equipamentos, nomeadamente os aceleradores lineares. Esta renovação veio facilitar o trabalho na área da radioterapia, nomeadamente?

Os dois novos equipamentos, um dos quais iniciou o seu funcionamento em junho de 2021 e o segundo em janeiro deste ano, têm permitido aumentar a capacidade de resposta, no que respeita à complexidade das técnicas de tratamento, com tradução na precisão e segurança da radioterapia prescrita, garantindo a capacidade de tratamento, de forma eficiente e clinicamente efetiva.

Estes equipamentos, dotados da mais avançada tecnologia, têm permitido elevar a oferta de tratamentos complexos, alterando o rácio entre o número de tratamentos simples e complexos. Estima-se para 2022 um rácio de cerca de, pelo menos, 70% de tratamentos complexos vs 30% de tratamentos simples.

Quando as obras de construção do novo bloco estiverem concluídas, o que podem esperar os profissionais de saúde e os utentes da unidade hospitalar?

A requalificação do edifício terá 16.270 m2 de construção – enquanto o edifício anterior tinha (apenas) 4.960 m2. Terá 6 pisos, um deles subterrâneo, e nele ficarão instaladas as especialidades cirúrgicas, os serviços de: imagiologia, medicina nuclear, gastrenterologia e respetivas áreas técnicas.

O edifício disporá de 5 salas de bloco operatório e 1 sala de cirurgia de ambulatório, 1 unidade para doentes críticos e 98 camas (4 delas de isolamento). Este investimento permitirá a gestão dos recursos disponíveis, alicerçada em critérios de eficácia e eficiência, obtendo deles o maior proveito socialmente útil e terá impactos na qualificação organizacional e relacional, potenciando a existência de utentes e profissionais mais satisfeitos. Trata-se, como se sabe, de um projeto há muito ambicionado e desejado.

Apesar destes constrangimentos, o IPO conseguiu reduzir listas de espera, algumas geradas durante a pandemia?

No que respeita à consulta externa o acesso está garan-

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tido praticamente em 100%. Se atentarmos, de forma mais específica, nas consultas referenciadas pelos cuidados de saúde primários, constatamos que, em 2021, foram realizadas mais 1.287 destas consultas, do que em 2020. Pese embora o acréscimo de referenciação, os níveis de resposta foram atempados, com cumprimento do tempo máximo de resposta garantido, em 99,7% e um tempo médio de 16,7 dias, desde a emissão do pedido de consulta pelos cuidados de saúde primários, até à sua conclusão (tempo médio de espera da consulta).

No que concerne à lista de espera cirúrgica, tem havido uma gestão muito dinâmica e acompanhada, o que tem permitido, em alguns casos, a sua franca melhoria: é o caso dos doentes com maior antiguidade de espera para cirurgia de reconstrução mamária e alguma patologia do foro digestivo, em que tem sido possível reduzir o número de propostas cirúrgicas.

De acordo com dados do atual mês de julho, a taxa de variação é de cerca de 34% de diminuição face ao mês de junho do ano anterior no número de propostas cirúrgicas com maior antiguidade. Por outro lado, se atentarmos no volume global de doentes em espera cirúrgica, independentemente da patologia, verificase, face ao início do ano, uma diminuição do número de doentes inscritos face a janeiro, em cerca de 10%.

Tem assegurado o tratamento dos doentes oncológicos nos prazos definidos?

Como atrás se referiu, na consulta externa garante-se o acesso de uma forma muito efetiva sem constrangimentos.

No que diz respeito à atividade cirúrgica, usando como referência os

dados mais recentes, pode, ainda, afirmar-se, como uma nota positiva, o facto do tempo “ Estes resultados significam o reconhecimento do elevado nível de profissionalismo e compromisso máximo de resposta garantido ter melhorado, neste último semestre, em cerca de 15%, na patologia oncológica. Em suma, com o empenho dos nossos profissionais, temos envidado esforços, de modo a conseguir ser fiéis ao nosso compromisso de bem cuidar de todos quantos do doente oncológiaqui trabalham e co, garantindo uma resposta atempada e dão o seu melhor, humanizada e a concontribuindo fiança dos nossos dopara o prestígio entes. Porque, como da instituição defendia o Prof. Francisco Gentil, nosso fundador: “Os doentes são como o capital: afluem aonde há confiança”.

|Dora Loureiro

97067

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prestação de serviços “Na CUF centramos os cuidados no doente e não apenas na doença”

Helena Gervásio, Diretora Clínica do Hospital CUF Coimbra

Considerando que as necessidades de saúde são cada vez mais complexas e exigem uma estreita ligação entre as diversas especialidades médicas e cirúrgicas, o Hospital CUF Coimbra tem vindo a organizar unidades multidisciplinares compostas por equipas de profissionais de saúde especialmente dedicados a uma determinada patologia e que avaliam o doente como um todo.

No Hospital CUF Coimbra centramos os cuidados no doente e não apenas na doença. Abordamos o doente de uma forma multidisciplinar, em que o contributo dos diferentes especialistas possibilita uma resposta mais completa em cada uma das doenças, com o objetivo de alcançar os melhores resultados possíveis para cada doente. No fundo, trata-se de um grupo de profissionais de saúde - desde médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes operacionais, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, entre outros profissionais - que, em conjunto, estudam e avaliam o doente sob ângulos diferentes, de acordo com a sua experiência e diferenciação. Sempre que necessário, os casos clínicos são discutidos em reuniões multidisciplinares, para apresentar aos doentes as melhores opções terapêuticas disponíveis, caso a caso, tendo em conta a doença mas, também, o contexto individual do doente.

São múltiplas as situações complexas de saúde, sejam benignas ou malignas, que exigem uma equipa especializada e uma resposta diferenciada no diagnóstico e tratamento. Concretizando e tomando como exemplo a criação, recente, da Unidade de Diabetes que vem dar resposta às necessidades de saúde específicas da pessoa com esta patologia.

Esta resposta diferenciada é aplicada às mais diversas doenças, vejamos também outros exemplos da resposta multidisciplinar no Hospital CUF Coimbra a patologias como as disfunções do pavimento pélvico, doenças do trato digestivo e, ainda, doenças respiratórias.

Esta resposta diferenciada é aplicada às mais diversas doenças”

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Uma equipa dedicada ao doente com diabetes

Bráulio Gomes

Coordenador de Medicina Interna no Hospital CUF Coimbra

ADiabetes Mellitus, uma doença crónica cuja prevalência tem vindo a aumentar, exige um acompanhamento regular por várias especialidades médicas pelo facto de ter um risco acrescido de complicações a curto e longo prazo. Para dar resposta a todas as pessoas diabéticas e às suas necessidades específicas, o Hospital CUF Coimbra criou a Unidade de Diabetes.

Com diferentes valências, esta Unidade inclui o Hospital de Dia de Diabetes, onde o doente é avaliado e acompanhado por uma equipa multidisciplinar constituída por especialistas de Medicina Interna, Endocrinologia, Nutrição e Enfermagem.

Associado ao acompanhamento médico, é também importante o acompanhamento pela equipa de enfermagem nos ensinos de técnicas de pesquisa de glicemia capilar, ou seja, os níveis de açúcar no sangue, e administração de insulina, assim como tratamento de lesões dos pés. A nutricionista é também um elemento importante desta equipa no sentido de identificar erros alimentares e estabelecer planos alimentares personalizados e que o doente consiga cumprir.

Paralelamente, o doente diabético poderá ser orientado, de uma forma célere, para consultas de diferentes especialidades consoante as suas necessidades de saúde específicas. Oftalmologia, Cardiologia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Geral e Ortopedia são algumas das especialidades envolvidas no tratamento de complicações que afetam os olhos, coração, pés, entre outros.

Este modelo assenta na proximidade e na cooperação entre pares. Sempre que há necessidade de referenciar um caso a outra especialidade, garantimos que toda a informação clínica é transmitida. No Hospital CUF Coimbra privilegiamos a rápida articulação entre as diferentes especialidades de forma a dar uma resposta célere e eficaz ao doente diabético.

Procuramos também realizar reuniões regulares para nos mantermos o mais atualizados possível e encontrarmos as melhores soluções para os doentes. Para o doente, tem o benefício de estes profissionais poderem realizar uma avaliação global e integrada com ajustes terapêuticos, ensinos e ajustes nutricionais que irão contribuir para um melhor controlo da doença.

No Hospital CUF Coimbra privilegiamos a rápida articulação entre as diferentes especialidades de forma a dar uma resposta célere e eficaz ao doente diabético

Equipa multidisciplinar:

Bráulio Gomes, Diana Gonçalves, Florbela Gonçalves - Medicina Interna Carlos Costa Almeida, Carlos Vila Nova - Cirurgia Geral Dina Rosa, Lídia Laranjeiro - Enfermagem; Filipe Mira, Ricardo Faria - Oftalmologia Joana Gante - Nutrição Luísa Ruas, Diana Catarino, Teresa Martins - Endocrinologia Manuel Santos - Cardiologia Ricardo Vale Pereira - Cirurgia Vascular

prestação de serviços

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prestação de serviços

Doenças do pavimento pélvico exigem um acompanhamento por várias especialidades

Uma das principais características das doenças do pavimento pélvico - onde se inclui a incontinência urinária - é implicarem a avaliação e acompanhamento por várias especialidades médicas, desde Urologia, Ginecologia, Fisiatria, Cirurgia Geral, Anestesiologia, Psiquiatria, Psicologia e outras.

Por esse motivo, o Hospital CUF Coimbra criou uma resposta especializada ao constituir uma equipa dedicada ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de disfunções do pavimento pélvico, composta por diferentes especialistas.

O objetivo não é, naturalmente, que cada doente passe por todas estas consultas. É, pelo contrário, facilitar o mais possível o percurso do doente para que possa ser orientado e tratado o mais corretamente possível e de acordo com as suas necessidades. Cada um destes especialistas está alerta para identificar e saber valorizar todos estes sintomas e poder depois orientar o percurso do doente para os especialistas que melhor seguimento podem dar a cada caso em particular.

A abordagem de um só sintoma, que leva um doente a um determinado especialista, que se vai limitar a tratar o sintoma mais exuberante de um conjunto de situações e sintomas que afetam um doente, nunca terá, na nossa experiência, sucesso terapêutico.

A realidade revela-nos que um doente que tem um quadro doloroso pélvico, tem associadamente perturbações da micção e do funcionamento intestinal, e está já num estado de exaustão emocional ou depressão que perturbam toda a sua vida, pelo que a procura de ajuda diferenciada é fundamental.

Para o diagnóstico destas doenças é necessária uma avaliação clínica detalhada pelos especialistas e, quase sempre, são necessários exames, como estudos urodinâmicos, estudos funcionais colorretais e exames imagiológicos. Após discussão do caso clínico entre as várias especialidades é proposto um tratamento ou sequência de tratamentos que podem ser muito variáveis de doente para doente, seja, por exemplo, tratamento de reabilitação, tratamento cirúrgico, medicação ou psicoterapia.

Francisco Rolo

Urologista no Hospital CUF Coimbra

Francisco Rolo, Urologista; Inês Coutinho, Ginecologista; António Manso, Cirurgião Geral; Graça Guimarães e Liliane Alves, Fisioterapeutas

Equipa multidisciplinar:

António Manso - Cirurgia Geral Francisco Rolo - Urologia Frederico Furriel - Urologia Graça Guimarães - Fisioterapia Inês Coutinho - Ginecologia Joana Boa-Alma Pais - Fisioterapia Liliane Alves - Fisioterapia Mafalda Bártolo - Fisiatria Rachel César - Psicologia Susana Renca - Psiquiatria

Tratamento personalizado das patologias digestivas

Um em cada três portugueses sofre de doenças do aparelho digestivo, sendo uma das causas de morte mais relevantes em Portugal e os cancros digestivos são responsáveis por um terço de todos os cancros a nível nacional, segundo a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. A deteção precoce e o tratamento multidisciplinar personalizado melhoram o prognóstico da doença oncológica, nomeadamente nas doenças do trato digestivo.

No caso concreto do Hospital CUF Coimbra, dispomos de protocolos estruturados, centralizados no doente, com reuniões multidisciplinares periódicas que, na nossa perspetiva, melhoram a capacidade de diagnóstico e tratamento atempado, permitindo minimizar possíveis complicações e aumentar as hipóteses de sucesso dos tratamentos.

É fundamental que os profissionais das várias especialidades trabalhem em conjunto de forma a apresentarem aos doentes as melhores estratégias terapêuticas disponíveis. Como é comum dizer-se não 

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José Guilherme Tralhão

Coordenador de Cirurgia Geral no Hospital CUF Coimbra  há doenças, há doentes e cada doença tem uma manifestação diferente de pessoa para pessoa, exigindo um tratamento personalizado.

A partir do momento em que é feito um diagnóstico - em que privilegiamos sempre rapidez na resposta - o caso é discutido por uma equipa de profissionais de diferentes especialidades com elevada experiência no diagnóstico e tratamento neste tipo de doenças, desde cirurgiões, gastroenterologistas, oncologistas, imagiologistas, anatomopatologistas, radiooncologistas, entre outros, para estabelecer a estratégia terapêutica mais indicada.

No Hospital CUF Coimbra os doentes têm acesso a diagnósticos e tratamentos recentes, ou seja, aquilo que é hoje o estado da arte, seguindo as mais recentes guidelines internacionais no tratamento destas doenças.

Equipa multidisciplinar:

António Manso, Carlos Costa Almeida, José Guilherme Tralhão e Ricardo Martins - Cirurgia Geral Amélia Estevão e Idílio Gomes - Imagiologia David Perdigoto, Luis Elvas e João Fernandes - Gastrenterologia Nuno Bonito - Oncologia médica

Acompanhar o doente respiratório em todas as fases da doença

Amélia Estevão, Radiologista; João Bernardo, Cirurgião Torácico; Helena Gervásio, Oncologista; e Cláudia Chaves Loureiro, Pneumologista

prestação de serviços

As doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível mundial. Doenças obstrutivas como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), distúrbios respiratórios do sono, infeções respiratórias, doenças malignas do aparelho respiratório, são alguns exemplos de patologias que afetam a qualidade de vida dos doentes e exigem uma intervenção precoce.

No Hospital CUF Coimbra o percurso do doente respiratório, com patologia benigna ou maligna, é assegurado por uma equipa clínica multidisciplinar que inclui as especialidades da Pneumologia, Cirurgia Torácica, Radiologia, Oncologia Médica e Anatomia Patológica, que tem ao seu alcance meios complementares diagnósticos e as infraestruturas necessárias, com o objetivo de melhorar o nível de cuidados de saúde prestados ao doente pneumológico.

Para o diagnóstico das doenças respiratórias existe um conjunto de exames que podem estar indicados, como por exemplo a tomografia computorizada torácica de alta resolução, provas de função respiratória, avaliação laboratorial e estudo da alergia respiratória. O Hospital CUF Coimbra dispõe, de um laboratório equipado para estudo da função respiratória, laboratório de sono e aparelhos endoscópicos para realização de videobroncoscopia e biópsias.

Assim que o doente tem o diagnóstico, e sempre que indicado, o caso clínico é discutido numa reunião multidisciplinar para definir as estratégias mais adequadas a cada doente. Este carácter de partilha de conhecimentos, de reunião de competências técnicas e de decisões partilhadas, oferecem a cada doente a qualidade de resposta que se impõe.

Cláudia Chaves Loureiro

Pneumologista no Hospital CUF Coimbra

Equipa multidisciplinar:

Ana Arrobas - Pneumologia António C. de Matos - Cirurgia Torácica Amélia Estevão - Radiologia Cláudia Ch. Loureiro - Pneumologia Helena Gervásio - Oncologia Médica João Bernardo - Cirurgia Torácica Luis Vaz Rodrigues - Pneumologia Michele de Santis - Pneumologia Nuno Bonito - Oncologia Médica Roberto Fernandes - Enfermagem

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