revista saúde

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SAÚDE

prevenção e serviços de qualidade

o meu jornal, a minha região


2 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

abertura

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Caracterização da região Centro

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Saúde de excelência

Os perigos da obesidade

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Benefícios da dieta mediterrânica

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Ao sol prevenir é o melhor remédio

08|09

Presidente da ARS Centro analisa reformas na saúde

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CHUC: um compromisso com a cidade e com a região

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IPO: serviços de qualidade no tratamento do cancro

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Hospital da Figueira da Foz vive nova fase de desenvolvimento

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Hospital da Misericórdia da Mealhada: uma unidade de saúde para todos

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Sanfil: satisfação e bem-estar do utente é prioridade

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Ir a banhos ajuda a combater a doença e melhorar a saúde

o meu jornal, a minha região

PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA

O DIÁRIO AS BEIRAS publica hoje uma revista dedicada à saúde e a serviços de qualidade. Nas páginas que se seguem tomamos o pulso ao andar das reformas em curso no setor da saúde, que se intensificaram nos últimos anos. Destaca-se o que mudou na rede de serviços públicos – com a criação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), o desenvolvimento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e os novos centros hospitalares, entre outras alterações – e o que se perspetiva para o futuro.

Ao longo das 20 páginas mostramos um pouco do que de melhor se faz nas unidades de saúde, públicas e privadas, da zona de Coimbra e do Centro. Uma região que é o berço de unidades de saúde de referência no país, que continuam a distinguir-se por intervenções pioneiras e inovadoras. E porque falar de saúde é sobretudo falar de prevenção, fica também um alerta e alguns conselhos para a necessidade de adoção de hábitos de vida saudáveis. dora loureiro

Diretor Agostinh o Franklin SubDiretora Eduarda Macário Diretor Planeamento e marketing Pedro Costa Diretor ComerCial Cortez Magalhães CoorDenaDora ComerCial Ana Paula Ramos CoorDenaDora DeP. gráfiCo Carla Fonseca ContaCtoS: SeDe: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682 fax 239 980 288, administrativos@asbeiras.pt reDação Tel. 239 980 280, Fax 239 983 574, redaccao@asbeiras.pt PubliCiDaDe tel. 239 980 287, fax 239 980 281, publicidade@ asbeiras.pt ClaSSifiCaDoS tel. 239 980 290, fax 239 980 281, classificados@asbeiras.pt aSSinaturaS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt imPreSSão Lidergraf tiragem 15.000 exemplares


Âmbito territorial e organização administrativa * (Decreto-Lei nº 183/2008, 4 de Setembro; Portaria nº 274/2009, 18 de Março; SAÚDE: PREVENÇÃO SERVIÇOS DE nº QUALIDADE | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOASBEIRAS Decreto-Lei nº 12/2009, 12 de E Janeiro; Decreto-Lei 318/2009, 2 Novembro; Lei nº 21/2010, 23 Agosto)

Castro Daire Ovar

Mêda V. N. Paiva

Fig. Cast. Rodrigo

S. Pedro Sul

Vagos

Viseu

Águeda Tondela

Oliv. Bairro

Almeida

Guarda

Gouveia

Carregal Sal Mortágua

Sta. C. Dão

Mealhada

Cantanhede

Penalva Castelo F. Algodres Celorico Beira Mangualde

Nelas

Anadia

Mira

Trancoso Pinhel

Sever VougaOliv. Frades Alb.-Velha Vouzela

Aveiro

Aguiar Beira

Sátão

Murtosa Estarreja

Ílhavo

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Oliv. Hospital

Manteigas

Seia

Sabugal

Tábua

Belmonte

Penacova Covilhã Mont.-Velho

Arganil

V. N. Poiares

Coimbra

Penamacor

Fig. Foz Lousã Condeixa Miranda Corvo

Góis

Soure Penela Pombal

Ansião

Fundão Pamp. Serra

Cast. Pêra

Fig. VinhosPedrógão G.

Oleiros Idanha-a-Nova Castelo Branco

Sertã

Alvaiázere M. Grande

Leiria Proença-a-Nova V. Rei

V. V. Ródão

Batalha

Porto Mós

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Agrupamentos dede Centros dede Saúde (ACES) Agrupamentos Centros Saúde (ACES) da região Centro

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20 Km

Unidades Locais de Saúde

Baixo Mondego I

Dão-Lafões I

Pinhal Interior Norte I

ULS Guarda, EPE

Baixo Mondego II

Dão-Lafões II

Pinhal Interior Norte II

ULS Castelo Branco, EPE

Baixo Mondego III

Dão-Lafões III

Pinhal Litoral I

Baixo Vouga I

Pinhal Litoral II

Baixo Vouga II

Cova da Beira

Baixo Vouga III

* Em vigor a partir de 24 de Agosto de 2010.

ARSC dá assistência a 17,6 por cento da população residente no continente ARSC-DSPP-LMAC-Set10

Enquanto região de Saúde, a área de jurisdição territorial da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) está, neste momento, organizada em 14 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), criados a 1 de março de 2009. Contudo, este número deverá vir a ser menor, uma vez que está em curso a reorganização dos ACES. Integra ainda as Unidades Locais de Saúde (ULS) da Guarda e Castelo Branco. A ULS da Guarda integra os hospitais de Sousa Martins (Guarda), o hospital de Nossa Senhora de Assunção (Seia) e os centros de saúde da Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira Castelo Rodrigo. Mais recente, a ULS de Castelo Branco, criada em 2010, é constituída pelo Hos-

pital Amato Lusitano (Castelo Branco) e pelos centros de saúde dos ACES Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul. A ARS Centro é a terceira região de saúde em termos populacionais e dá assistência a 17,6% da população residente no continente. A 30 de junho de 2010 a área de jurisdição territorial da ARSC tinha 1.948.527 utentes inscritos, dos quais 1.665408 utentes inscritos (85% do total) correspondem aos seus serviços desconcentrados (ACES). Do total de utentes inscritos, apenas 1.034526 são utentes utilizadores, correspondendo a uma taxa de utilização global de 53%. O índice de envelhecimento da ARSC é superior a 150% (153,5%). Tem aumentado nas últimas décadas e é o segundo mais elevado do país. De entre os índices

demográficos, o envelhecimento é o que apresenta o crescimento mais acentuado. As unidades territoriais mais envelhecidas são o ACES Pinhal Interior Norte II (233,8%) e as ULS de Castelo Branco e da Guarda (254,4% e 219,7%, respetivamente), situadas no interior e marcadamente rurais. No entanto, em todas as zonas se tem verificado a mesma tendência de aumento do índice de envelhecimento. Este cenário de envelhecimento da população refletese no aumento do índice de dependência de idosos e na diminuição do índice de dependência de jovens nas últimas décadas, este último em consequência da perda cada vez mais acentuada de jovens com menos de 15 anos. Dora Loureiro


4 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Os perigos da obesidade A obesidade atinge ambos os sexos e todas as idades e leva a uma menor qualidade de vida e aumento das taxas de morbilidade e mortalidade A obesidade é uma doença que pode contribuir para o aparecimento e desenvolvimento de outras. Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), esta doença é considerada como a epidemia global do século XXI e a segunda causa de morte no mundo. Mas pode ser prevenida. A doença carateriza-se pelo “excesso de gordura corporal acumulada, que pode atingir graus capazes de afetar a saúde e bem-estar do ser humano”. Trata-se de uma doença crónica, que predomina nos países desenvolvidos e atinge ambos os sexos e todas as idades, contribuindo para uma diminuição da qualidade de vida e o aumento das taxas de morbilidade e mortalidade. O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, onde a quantidade de energia ingerida é superior àquela que é dispendida. Os fatores que levam a este desequilíbrio são complexos e estão ligados a causas como a prática de uma vida sedentária, como acontece nos meios urbanos, e à condição genética. No caso do sexo feminino, outros fatores como a gravidez e a menopausa podem contribuir igualmente para o excesso de peso. Consequências e doenças As consequências surgem de diferentes formas, desde doenças no aparelho cardiovascular, gastrointestinal, genitourinário e reprodutor, como eventuais complicações metabólicas que se possam dar no organismo de um indivíduo obeso. A discriminação, o isolamento social, a depressão e perda de auto-estima são fatores psicossociais que afetam o doente. A obesidade é passível de tratamento através da combinação de uma dieta de baixas calorias, modificação comportamental e aumento da atividade física. Em casos mais graves, para além de ser preci-

so recorrer aos fármacos, há indivíduos que poderão ter de se submeter a uma ou várias intervenções cirúrgicas. Como é diagnosticada A obesidade e a pré-obesidade são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Este indicador mede a corpulência, que é determinada dividindo o peso do indivíduo (em quilogramas) pela altura (em metros), elevada ao quadrado. Excesso de peso não é o mesmo que obesidade. Segundo a OMS, considera-se que há excesso de peso quando o valor do IMC é igual ou superior a 25 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30. Por exemplo, uma pessoa que meça 1,65 metros e pese 60 quilos: IMC= 60 / (1,65 x 1,65) = 22,04 O que significa este valor final? Inferior a 18,5 – é uma pessoa magra; Entre 18,5 e 24,9 – tem um peso normal; Entre 25 e 29,9 – tem excesso de peso; Superior a 30 – tem obesidade; Assim, no exemplo apresentado (IMC= 22,04), a pessoa tem um peso normal. Obesidade nas crianças Quando se trata de crianças e adolescentes, o diagnóstico de excesso de peso e de obesidade em função do IMC não é feito da mesma maneira que nos adultos. Fatores como o crescimento e a maturação que ocorrem durante estas idades influenciam a determinação desta doença nos mais novos. Assim, o valor do IMC em idade pediátrica deve ser apresentado em forma percentilada, tendo como base de referência: valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da préobesidade; valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da obesidade. dora loureiro


SAÚDE: PREVENÇÃO E SERVIÇOS DE QUALIDADE | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOASBEIRAS

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Benefícios da dieta mediterrânica

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As vantagens da dieta mediterrânica, já declarada, desde 2010, Património da Humanidade pela Unesco, saltam à vista. Trata-se duma dieta que privilegia alimentos de origem vegetal, tais como a fruta, os laticínios, os legumes, o pão e outros cereais. Nesta dieta, o azeite é a gordura indicada para cozinhar e temperar, pois, para além das suas características saudáveis, ajuda a digestão e a assimilação dos nutrientes. A dieta mediterrânica aconselha a redução do consumo de carnes vermelhas (ricas em gorduras saturadas), que deverão ser substituídas por um maior consumo de peixe e carnes brancas. O vinho, desde que seja ingerido em doses adequadas,

completa o menu. O segredo desta dieta passa pela diversidade e interação de vários componentes, como o consumo de diferentes vitaminas e gorduras saudáveis. Além de ajudar a eliminar a obesidade, este tipo de alimentação ajuda ainda a prevenir doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro. Siga também a Roda dos Alimentos A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar alimentos para uma boa alimentação diária. É constituída por sete grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar

presente na alimentação diária: – cereais e derivados, tubérculos – 28% – hortícolas – 23%; – leguminosas – 4% – fruta – 20%; – laticínios – 18% – carnes, pescado e ovos – 5% – gorduras e óleos – 2% Cada grupo representa funções e características nutricionais específicas e dentro de cada um deles estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes, que devem ser substituídos uns pelos outros, de modo a assegurar uma boa variedade. Deste modo, a Roda dos Alimentos orienta para uma alimentação saudável, completa e equilibrada. Dora Loureiro


6 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Ao sol prevenir é o melhor remédio Em Portugal surgem, todos os anos, mais 10 mil casos de cancro de pele. Entre eles, são diagnosticados 800 novos melanomas, altamente perigosos e que, em cerca de 20% dos casos, são fatais. Para estes números, que têm crescido nos últimos anos, contribui sobretudo a exposição exagerada ao sol. Os “escaldões” na infância, nos dias de praia, podem, 30 anos mais tarde, potenciar um melanoma, alertam os especialistas. De resto, hoje estão a pagar-se os erros cometidos há 20 ou 30 anos. Na altura, contudo, não se conheciam tão profundamente os efeitos nocivos da exposição prolongada aos raios solares e as consequências de escaldões e queimaduras do sol. No entanto, hoje os comportamentos de risco parecem manter-se, nomeadamente entre os adolescentes e adultos mais jovens, que promovem o culto do corpo bronzeado, pelo que os números de casos de melanoma deverão continuar a crescer,

acreditam os especialistas. Entre os portugueses, os casos de cancro na pele têm aumentado, todos os anos, 6 a 7%, apesar das muitas campanhas de sensibilização da população. No caso do cancro de pele mais grave, o melanoma – que tem uma taxa de mortalidade entre os 10 e os 15% ao fim de cinco anos –, a deteção e tratamento precoce são fundamentais. Por isso, os especialistas alertam que é importante fazerem-se auto-exames da pele, de modo a contribuir para os diagnósticos precoces, detetando lesões de risco, como feridas que não cicatrizam ou sinais antigos que começam a ter formas irregulares e a aumentar de tamanho ou sinais novos muito escuros e a crescer. O aparecimento do melanoma, ao contrário dos outros tipos de cancro de pele menos violentos, está associado a situações agudas e não a uma exposição solar crónica e regular. Logo, os riscos de contrair

este cancro crescem exponencialmente na época balnear, mas podem ser combatidos com a alteração de comportamentos. Comportamentos proibidos Assim, tome note: é “proibida” a ida para a praia nas horas de sol mais forte (das 11H00 às 16H00), a não utilização de roupas adequadas e chapéu e a aplicação desadequada do protetor solar. Os especialistas alertam para as condições corretas de aplicação destes cremes, que devem proteger a pele de agressões maiores. Defendem a aplicação regular, antes da exposição ao sol (antes de sair de casa se for para a praia) e a escolha de um índice ajustado à cor da pele (o 30 é o mais aconselhável), que deve manter-se todo o verão e não ser reduzido. O creme deve ser bem espalhado e utilizado noutras situações, para além da praia. Por exemplo, as crianças devem fazê-lo na escola, em dias de sol mais forte. dora loureiro


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Bloco

ACORDOS COM O SNS • Recente acordo celebrado entre a União das Misericórdias Portuguesas e o Ministério da Saúde, que coloca o Hospital Misericórdia da Mealhada na rede de prestação de cuidados de saúde nacional. • Para Exames Complementares de Diagnóstico, Fisioterapia e Análises Clínicas basta trazer a credencial do seu médico de família • Acordo de 30 camas para a tipologia de Média Duração e Reabilitação no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados.

SEGURADORAS • Açoreana • AIG • Allianz • AXA • CA Seguros • Fidelidade Mundial • Global • Império Bonança • Lusitania • ServiAide • Tranquilidade • Zurich

SUBSISTEMAS DE SAÚDE • ACP • ADSE • ATLANTICARE • CA Clinicard • IASFA • SAMS Centro • SAMS Norte • SAMS Quadros • SAMS SIB • Saúde Prime • Serviços da CGD

SEGUROS DE SAÚDE • Médis • Mondial Assistance • Multicare

Imagiologia

Fisioterapia

Cuidados Continuados

JÁ RECEBEU O SEU VALE-CIRURGIA? SABIA QUE MESMO QUE O NOSSO NOME NÃO APAREÇA NO SEU VALE-CIRURGIA PODE SER OPERADO NO NOSSO HOSPITAL?

ESPECIALIDADES • Cardiologia • Cirurgia geral • Cirurgia vascular • Consulta do viajante • Dermatologia • Desabituação Tabágica • Endocrinologia

Consultas Externas • Fisiatria • Fisioterapia • Gastrenterologia • Ginecologia • Imagiologia • Medicina dentária • Medicina desportiva • Medicina Interna

• Medicina do trabalho • Neurocirurgia • Neurologia • Nutrição Clínica • Obstetrícia • Oftalmologia • Ortopedia • Otorrinolaringologia

• Patologia clínica • Pediatria • Pneumologia • Psicologia • Psiquiatria • Reumatologia • Terapia da Fala • Urologia

Urgência

Rua da Misericórdia 3050-387 Mealhada 231 209 050 – Urgência (08h-24h) | 231 209 052 – Consulta Ext. | 231 209 056 – SIGIC 231 209 470 – Fisioterapia | 231 209 471 – Imagiologia | 231 209 472 – Cuidados Continuados FAX: 231 209 059 | geral@hmmealhada.com | www.hmmealhada.com


8 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Reorganização dos ACES para melhorar o acesso à saúde O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, analisa as reformas em curso na área da saúde, sobretudo na região Centro, e fala sobre os objetivos que se pretendem alcançar Quais são, neste momento, as principais preocupações quanto aos cuidados de saúde primários na região Centro? Garantir às populações da região Centro acessibilidade aos cuidados de saúde primários, com serviços de qualidade, é uma das principais preocupações atuais. Muitos dos problemas de saúde podem, e devem, ser resolvidos pela rede de cuidados de saúde primários, que é a porta de entrada no sistema de saúde. As situações mais complexas, pela sua raridade e pelos meios envolvidos, deverão ser encaminhadas para os hospitais. Como vai ser feita a anunciada reorganização dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)? Neste momento perspetiva-se a reorganização dos ACES de acordo com a divisão administrativa do território (NUTS III) para se poder ter os indicadores de saúde corretos e, por outro lado, ter capacidade administrativa instalada que dê resposta às necessidades do respetivo ACES. Gostaria de clarificar, de forma a dissipar algum ruído e eventuais boatos que, do ponto de vista de serviços médicos e de enfermagem, se mantêm as organizações existentes nos centros de saúde. Com a nova reorganização dos ACES vamos reabilitar o nome centro de saúde como instituição, reforçando os conselhos clínicos com o novo modelo de proximidade, de forma a que o conselho clínico se assuma dentro das suas competências plasmadas na lei. Qual é o objetivo deste trabalho de reorganização? O objetivo de todo este trabalho de reorganização vai no sentido de melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde primários e contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Relativamente aos hospitais, as alterações que estão a ser reequacionadas têm como base

O objetivo de todo este trabalho de reorganização vai no sentido de melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde primários e contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Este trabalho de reorganização está em curso, procurando auscultar todos os intervenientes, muito em especial os profissionais de saúde e as autarquias

a escala nacional e regional em centros hospitalares, com a respetiva articulação com as outras unidades de saúde. A articulação entre os serviços que constituem os centros hospitalares é fundamental para reforçar a qualidade assistencial de excelência e assegurar que as futuras gerações terão também acesso a cuidados de saúde de qualidade. E recentemente foram criados vários centros hospitalares. Sim, com esse fim, foram criados, em abril do ano passado, quatro novos centros hospitalares na área da ARS Centro (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – CHUC, Tondela-Viseu, Baixo Vouga e Leiria-Pombal), cujos conselhos de administração foram já empossados pelo atual ministro da Saúde. É nossa preocupação que este processo, que tem um conjunto de dificuldades inerentes porque passa por uma reorganização

profunda de serviços e recursos, decorra o melhor possível. Este trabalho de reorganização está em curso, procurando auscultar todos os intervenientes, muito em especial os profissionais de saúde e as autarquias. Tem defendido a necessidade de rentabilizar os hospitais de proximidade? Ainda há alguns dias atrás estivemos reunidos com a tutela no sentido de procurar rentabilizar os hospitais de proximidade, como por exemplo os de Cantanhede e de Anadia, reforçando-os com médicos da área hospitalar, procurando assim que as primeiras consultas da área da consulta externa dos hospitais passem a ser feitas neste hospitais de proximidade ou em centros de saúde, o que se traduziria em evidentes ganhos de conforto e comodidade para os doentes. Já referiu também a intenção de colocar médicos hospitalares nos serviços de urgência básica. Na semana passada, numa outra reunião com a tutela, abordámos a nossa intenção de colocar nos serviços de urgência básico avançados a presença f ísica de médicos hospitalares que, em conjunto com o médico de família, formam uma equipa capaz de prestar os primeiros socorros urgentes e proceder ao encaminhamento correto dos doentes não urgentes. Já reunimos com os presidentes das câmaras municipais de Alvaiázere, Ansião, Penela, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra, para procurarmos alcançar uma solução, a nível de serviço de urgência básico, para a região destes municípios. Como vê, estamos a trabalhar afincadamente, com responsabilidade, com a atenção devida aos eleitos locais, no sentido de ir ao encontro das necessidades da população, garantindo sempre a qualidade dos serviços presta-


dos, e também a satisfação dos próprios profissionais de saúde.

José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro

Centro de imagiologia Exames

Radiologia digital Mamografia Ecografia Ecografia Obstétrica Eco-Doppler Ecocardiografia Densitometria Óssea Ortopantomografia Cefalometria

Médicos

Prof. Dr. Vilaça Ramos Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Dr.ª Margarida Martins Dr. Rui Borralho

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climag

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A rede de cuidados continuados vai continuar a crescer? A área dos cuidados continuados é, como já foi sublinhado pelo sr. ministro da Saúde, para continuar. Na região Centro contamos nesta altura com cerca de 1.666 camas repartidas pelas três tipologias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Este ano, já abrimos novas unidades em Mangualde (Viseu), Orvalho (Castelo Branco) e Águeda. É inquestionável que a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem permitido assegurar respostas integradas, indo ao encontro das necessidades sentidas particularmente por idosos, familiares e cuidadores. Mas temos que avançar com calma, seriedade, e com a certeza que podemos honrar os compromissos e, assim, manter a sustentabilidade da rede a curto e longo prazo. Dora Loureiro

Novaa loj

lurm o S m u Atrientro Come cial C

Convenções com: Serviço Nacional de Saúde ADSE ADVANCE CARE Caixa Geral de Depósitos EDP Valor ESUMEDICA MEDIS Ministério da Justiça Portugal Telecom PSP Sindicato dos Bancários SMTUC

Seguros Açoreana, Aliança, Allianz, Assurance, AXA, Fidelidade/Mundial, Garantia, Generali, Lusitania, Mapfre, Metropole, Mondial Assistance, Mundial/ Confiança, Império/Bonança, Oceanica, Pearl, Preservatrice, Real, Royal Exchange, Social, Trabalho, Tranquilidade, Victoria

Rua do Brasil-Edifício Atenas-Parque (edifício das Finanças) • 3030-175 COIMBRA email:climag@vianw.pt Telf. 239 853 650 • Fax. 239 853 651

Tef. 239 825 702 | Telem. 938 498 007 Av. Elísio de Moura, 85 | 3030-183 COIMBRA facebook.com/zeoptica.coimbra | zeoptica@portugalmail.pt


10 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

CHUC: um compromisso com a cidade e com a região opinião

José Martins nunes Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é, a todos os títulos, um enorme compromisso com a cidade e com a região. A fusão de sete instituições, entre elas, hospitais centrais, maternidades, hospitais psiquiátricos e um hospital pediátrico, transformou-nos na maior empresa da região em número de trabalhadores – 7.800 empregos diretos e cerca de 10.000 indiretos – e a segunda maior em volume financeiro. Representa 10% do PIB do Baixo Mondego, onde 94% das empresas têm menos de quatro trabalhadores. Representa 9% da despesa hospitalar portuguesa. O CHUC é um importante ativo na sustentabilidade financeira de Coimbra e da região, identificando-se como um forte motor económico e de empregabilidade. No momento em que Portugal atravessa um dos momentos mais dif íceis da sua história, o setor da saúde e o SNS ocupam um importante papel no desenvolvimento nacional, quer pela sua responsabilidade

na solidariedade, na coesão nacional e na justiça, quer pelo seu contributo para a criação de riqueza através de melhores níveis de saúde dos portugueses. Em Coimbra, estamos a proceder a reformas que também têm por objetivo proceder a ajustamentos financeiros, mas, sobretudo, pretendem consolidar e reforçar o papel diferenciador deste setor da nossa cidade e da nossa região. Sabemos que as reformas, em momentos de grandes dificuldades, também podem criar oportunidades. Nós, em Coimbra, já conhecemos ao longo da nossa história várias reformas, e em todas elas ficámos mais fortes. Foi assim com D. Manuel I, que fundiu onze hospitais, ganhando a assistência um notável prestígio. Foi assim com Marquês de Pombal, que reformou a assistência fundindo-a com o ensino, criando a escola médica e hospitalar, notável avanço que deu a Coimbra uma dimensão europeia. Foi assim no Século XIX com a fusão de três hospitais e a instalação no edifício de S. Jerónimo, que consolidou a moderna assistência e desenvolveu a cirurgia em Coimbra. Temos um parque hospitalar de grande dimensão, de excecional qualidade e de enorme diferenciação. Possuímos conhecimento de excelência e invejável know how. Possuímos profissionais ao nível do melhor que é conhecido. Temos a ambição de sermos em breve o primeiro Centro Hospitalar português com especialistas internos em propriedade intelectual e programas de I&D direcionados para novos produtos portugueses no mercado global. Ambicionamos ser o primeiro Centro Hospitalar português com dotação específica para a co-promoção de projetos inovadores resultantes de I&D endógena ou de institutos parceiros, garantida que esteja a sustentabilidade financeira e demonstrado o potencial de royalties futuros de propriedade intelectual para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. É por estas razões que iniciámos um vasto conjunto de reformas estratégicas, funda-

das na reorganização e na concentração, com reforço da atividade assistencial, de investigação e de ensino; na aproximação aos centros e empresas de inovação e de desenvolvimento; na internacionalização da “marca” CHUC, e na aposta na captação de ensaios clínicos a nível internacional. Queremos deixar de ser apenas um hospital de serviços, para passar a ser, também, um hospital de produtos. Com resultados palpáveis da reorganização, temos vindo a proceder a fusões de serviços clínicos e não clínicos, procurando sempre, e tendo conseguido, o máximo consenso entre os profissionais. Temos tido oportunidade de dialogar com as autarquias, com deputados e outros intervenientes, estimulando espaços de diálogo saudável que possam servir a saúde em Coimbra. Temos vindo a reforçar a ideia que manteremos o emprego a todo o custo, defendendo o capital humano dos nossos laboriosos e competentes quadros. As relações com a Faculdade de Medicina têm vindo a ser aprofundadas no respeito pelo conhecimento gerado e potenciado por uma relação natural entre a Universidade e este Centro Hospitalar altamente diferenciado. Consideramos estas reformas essenciais para o desenvolvimento dum hospital suportado por um patamar de excelência, mais moderno e que possa ter uma dimensão técnica e científica europeia. Por todas estas razões, não podemos falhar. Se falharmos, falha Coimbra e falha a região.

Temos um parque hospitalar de grande dimensão, de excecional qualidade e de enorme diferenciação. Possuímos conhecimento de excelência, invejável know how e profissionais ao nível do melhor que é conhecido


SAÚDE: PREVENÇÃO E SERVIÇOS DE QUALIDADE | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOASBEIRAS

N

este momento são já mais de uma dezena os concelhos da região – Cantanhede, Coimbra, Condeixaa-Nova, Figueira da foz, Montemor-o-Velho, Soure, Pombal, Leiria, S. Pedro do Sul, Viseu e Guarda – com clínicas e outros serviços de saúde com protocolos com a Curactiva, Sistemas Integrados de Saúde, S.A. Mas a perspetiva da empresa, constituída há cerca de um ano, é de que até ao final deste ano de 2012 a sua área de cobertura se estenda a toda a Região Centro. “Não queremos ser uma rede massificada. Apostamos numa política de proximidade, estabelecendo parcerias com unidades de saúde que ofereçam a melhor garantia dos pressupostos do Plano Curactiva”, explica o administrador da empresa sediada em Cantanhede, José Manuel Nunes. O objetivo não é, portanto, o de integrar na rede Curativa todas os prestadores de cuidados e serviços de saúde existentes, mas sim

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o de garantir que cada associado Curactiva tenha acesso aos melhores cuidados e serviços de saúde existentes na sua região, a preços mais baixos. Entre os novos parceiros da rede Curactiva encontram-se a Clínica de Santa Filomena (SANFIL), que poderá facilmente ser vista como alternativa às urgências do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC). “Através da parceira com a SANFIL, os nossos associados podem recorrer às consultas de clínica geral de segunda a sexta, a qualquer hora do dia e da noite, ou ao sábado, entre as 08H00 e as 22H00, sem qualquer custo e sem a perda de tempo habitual quando se vai as urgências”, explica José Manuel Nunes.

Próximo passo é estender rede a todo o território nacional A parceria com a SANFIL garante ainda aos associados da Curactiva descontos na realização de intervenções cirúrgicas, bem como na restante oferta existente naquela clínica. Integradas na Rede de Parceiros no último mês, o estabelecimento de parcerias com a DIATON (sediada em Coimbra, mas com unidades em Aveiro, Viseu e Leiria), com a HealthWay Clinics, grupo na área da Imagiologia com unidades em Cantanhede, Figueira da Foz, Condeixaa-Nova e com uma clínica na Granja do Ulmeiro.

Para a concretização do objetivo de cobrir toda a região Centro até ao final deste ano, a Curactiva está ainda a negociar o estabelecimento de parcerias com unidades de saúde em Aveiro, Águeda, Viseu, Tarouca, Moimenta da Beira, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Pombal, Leiria, Marinha Grande e Alcobaça. Uma vez concretizado o objetivo, José Manuel Nunes admite que o próximo passo é estender a rede a todo o território nacional.

Plano não é seguro de saúde de agravamento na mensalidade. Todas os associados beneficiam a partir do momento em que se inscrevem no Plano Curactiva. Com o aumento das taxas moderadoras, planos de saúde como o Curactiva podem ser alternativas ao Serviço Nacional de Saúde, defende o administrador. Todos os associados do Plano Curactiva dispõem de um cartão que pode ser usado unicamente para o identificar na Rede, ou pode ter uma vertente bancária, se for associado a uma conta bancária. A grande vantagem deste cartão é a de que permite uma linha de financiamento bonificado para saúde, graças ao protocolo estabelecido entre a Curactiva e o Crédito Agrícola. Sem custos adicionais ou anuidades, os associados Curactiva beneficiam de um crédito com um plafond pré-aprovado (500€) até cinco vezes o plafond do cartão, com uma taxa de 12 por cento e um prazo de pagamento até aos 36 meses. 36661

O crescimento da rede Curactiva traz ainda mais vantagens para os seus associados, que veêm assim ampliadas as suas alternativas, tanto no que diz respeito aos cuidados de saúde, como a serviços complementares. Recorde-se que, por seis euros por mês, os associados do Plano Curactiva beneficiam de uma série de descontos em cuidados e serviços de saúde nas clínicas e lojas ligadas à marca. Inseridas na unidade médica parceira de cada região, estão disponíveis consultas de clínica geral gratuitas, dentro de um horário definido, embora sem qualquer limite de utilização. Chamamos a atenção para o fato de que qualquer ato de renovação de receituário é também totalmente gratuito. “Descontos que nas especialidades médicas são de 20 por cento e que chegam aos 50 por cento na medicina dentária, dependendo do ato médico”, sublinha o administrador da Curactiva. José Manuel Nunes ressalva que o Plano Curactiva não é um seguro de saúde e, portanto, não tem os constrangimentos dos seguros de saúde, nomeadamente limites de idade nem mesmo de utilização, períodos de carência ou qualquer tipo


12 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Serviços de qualidade no tratamento do cancro Com um orçamento que ronda os 47 milhões de euros, o IPO de Coimbra tem-se destacado pelos bons resultados de gestão. “Sempre garantindo a qualidade dos serviços prestados aos doentes”, frisa Manuel António Silva “Sou a favor da existência de hospitais especializados, porque conseguem uma maior eficiência no tratamento das doenças da sua área”, afirma Manuel António Silva, que preside há 21 anos ao Conselho de Administração do Centro Regional de Oncologia de Coimbra/IPO Manuel antónio Silva, presidente do Conselho de administração do ipo/Coimbra Hospital especializado dedicado ao tratamento do cancro, o Instituto Português de Oncologia de Coimbra, fundado em 1962, passou por um crescimento significativo nas últimas duas décadas. Em cada ano surgem novos desafios, mas o IPO/Coimbra tem-se destacado, entre os hospitais EPE, pelos bons resultados operacionais e de gestão. “Fechamos sempre o ano com saldos positivos e não negamos nada aos nossos doentes, que têm um tratamento de ponta a nível mundial”, afirma Manuel António, presidente do Conselho de Administração do IPO/Coimbra. Um sucesso que reparte com a equipa de profissionais: “os resultados devem-se à eficiência e qualidade dos profissionais do IPO, que são uma equipa coesa”, sublinha. O Centro Regional de Oncologia de Coimbra tem cerca de 200 camas, nas quais se inclui o Hotel de Doentes, que acolhe doentes em tratamento mas autossuficientes. “O IPO cresceu muito nestes anos, de tal modo que chegou ao limite do espaço, não consegue crescer mais dentro da cidade”, destaca Manuel António Silva. Mesmo assim, junto ao campus hospitalar vai nascer mais um edifício, que passará a albergar

os blocos operatórios e o internamento das especialidades cirúrgicas. Para concretizar o novo projeto, o IPO adquiriu, com dinheiros próprios, uma vivenda contígua à unidade hospitalar, onde funcionava um centro de diagnóstico radiológico privado. O objetivo “não é aumentar o número de camas do hospital, mas criar melhores condições no internamento das especialidades cirúrgicas, bem como no bloco operatório”, de modo a permitir também um maior desenvolvimento da cirurgia de ambulatório”, salienta o médico. Com a transferência do internamento das especialidades cirúrgicas para o novo edifício será possível ganhar espaços nos restantes edifícios para melhorar também as condições de internamento da área da oncologia médica. Contudo, questões jurídicas entre gabinetes que concorreram ao projeto de arquitetura para a recuperação do edifício estão a atrasar o processo, lamenta Manuel António Silva. Os números testemunham a rentabilidade do IPO de Coimbra. No último ano, o número de novos doentes admitidos aumentou de 7.615 (em 2010) para 8.608 (em 2011), ou seja, cresceu 13%; o número

de doentes saídos passou de 6.550 para 6.663 e a taxa de ocupação, no mesmo período, cresceu de 68% para 72% (mais 6%). As primeiras consultas aumentaram também de 23.132 (em 2010) para 24.068 (2011), e as consultas seguintes cresceram, no mesmo período, de 107.681 para 110.247. Os tratamentos de quimioterapia cresceram também de 13.685 para 14.344 e os de radioterapia de 38.914 para 42.824. Ao mesmo tempo, o grau de satisfação geral dos doentes foi de 92,5% no internamento e de 80,5% nas consultas, realça o médico, frisando que “a qualidade dos serviços prestados” é um objetivo sempre presente. Estes resultados contribuíram para que a taxa de cumprimento dos objetivos de qualidade e eficiência definidos no contrato-programa celebrado entre o IPO e a ARS Centro, para 2011, tenha sido de 88%, e o cumprimento do valor contratualizado nesse contrato-programa foi de 98%. Por sua vez, a taxa de cumprimento dos objetivos de produção foi de 104,4% e a de execução do orçamento, em termos de custos e de proveitos, foi de 107,6%, revela o médico. dora loureiro


SAÚDE: PREVENÇÃO E SERVIÇOS DE QUALIDADE | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOASBEIRAS

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Hospital da Figueira da Foz vive nova fase de desenvolvimento regressão económico-financeira a que tem estado sujeito”. Adriano Rodrigues avança, por outro lado, que a qualidade assistencial passa pela requalificação do Bloco Operatório, criação de uma unidade individualizada de Cirurgia de Ambulatório, de instalações próprias para o Laboratório de Análises Clínicas e de condições para uma melhor prestação de serviços de Fisioterapia. “Contamos que, a curto prazo, os planos de financiamento comunitários possam fazer parte da solução que permite a concretização dos sonhos”, frisa Adriano Rodrigues. E conta com a “dedicação, a qualidade profissional e a formação científica dos trabalhadores” para atingir os objetivos. “Só assim poderemos contribuir para a garantia da qualidade e acesso universal ao SNS”, conclui. Jot´ Alves

Adriano Rodrigues, presidente do Conselho de Administração do HDFF

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O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) tem 144 camas distribuídas por diferentes especialidades médico-cirúrgicas, Pediatria incluída. A Urgência atende cerca de 200 doentes/dia, dos quais entre 50 a 60 são crianças. Tem ainda um hospital de dia para a patologia oncológica. A sua área de influência abrange o concelho da Figueira da Foz e parcialmente os concelhos de Montemor-o-Velho, Soure, Cantanhede, Mira e Pombal, servindo mais de 120 mil habitantes. Este número cresce exponencialmente na época balnear. A reestruturação interna, adianta Adriano Rodrigues, presidente do conselho de administração do HDFF, tem em conta a “otimização dos recursos existentes” e a contratação, a curto prazo, de médicos especialistas. Aquele responsável espera que este possa ser “o “click” que modifique a

Especialidades: Medicina Dentária

Medicina Interna

Cardiologia

Osteopatia

Clínica Geral

Otorrinolaringologia

Dermatologia

Psicologia

Ginecologia/Obstetrícia

Psiquiatria

Nutrição

Terapia da Fala

Clínica Médica e Dentária Conímbriga XXI

Urb. Nova Conímbriga II, Lote B14 R/CH Esq Sul | 3150-230 Condeixa-a-Velha Telf:239945724  Telm:968772690 email: geral@conimbrigaxxi.com  www.conimbrigaxxi.com


14 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Uma unidade de saúde para todos O Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM), no centro da cidade, tem-se afirmado na prestação dos cuidados de saúde, desde que foi inaugurado O Hospital da Misericórdia da Mealhada, que serve os concelhos vizinhos e da região, tem como provedor João Peres, e aposta na qualidade e diversificação dos serviços prestados. Para os responsáveis do HMM, é palavra de ordem os utentes possuírem atendimento personalizado a um preço acessível a todos. Graças aos esforços que têm vindo a ser desenvolvidos por quem dirige o hospital, foi assinado um acordo com o Serviço Nacional de Saúde que permite que os utentes do ACES Baixo Mondego III e Baixo Vouga I, recomendados pelos médicos de família, possam ir ao HMM. Para doentes de todo o país, o SIGIC está a funcionar há muitos meses. Depois há ainda os acordos com os vários subsistemas de saúde, nomeadamente ADSE, que permite o acesso ao hospital a todos. O serviço de urgência o HMM, segundo o provedor João Peres, “tem o preço mais baixo das unidades privadas”, cobrando 20 euros por cada utente. Contudo, os doentes podem usufruir dos vários acordos que existem com as companhias de seguros. Há uma grande variedade de especialidades no Hospital da Misericórdia da Mealhada, contudo, e em termos de SIGIC (programa de combate às listas de espera), a especialidade de ortopedia é a que tem maior procura. Para o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, esta unidade de saúde “fazia falta”. E isso é, também, provado pelo número de atendimentos que possui diariamente. Integrando o programa Consulta a Tempo e Horas (CTH), o HMM tem um elevado número de consultas todos os dias. A maior procura recai sobre as especialidades de oftalmologia, otorrinolaringologia e pneumologia. Considerando que a questão da proximidade “é fundamental” para os utentes, João Peres realça que os vários acordos que têm vindo a ser estabelecidos têm permitido “a aproximação dos serviços prestados”. Além disso, esclarece, e pese o facto de ser uma unidade de saúde privada, “tem uma relação preço/qualidade muito acessível”.

Segundo o provedor, há utentes “de Coimbra” que se deslocam ao Hospital da Mealhada. Para além das várias especialidades de que dispõe, o Hospital da Misericórdia da Mealhada possui acordos na imagiologia para quando são necessários exames complementares de diagnóstico. No futuro, os responsáveis pela unidade de saúde pretendem ter também acordos para os exames complementares na gastrenterologia e na pneumologia. Hospital para todos Embora reconheça que o hospital tem “capacidade para crescer mais”, o que dispõem atualmente “é o ideal em termos de gestão”. Até porque, afirma o provedor, “trata-se de uma unidade de saúde que não pertence ao Estado mas que é acessível a todos”. O privado, realça, “exige uma gestão muito mais rigorosa”. Da experiência que possui na área da saú-

30 urgências/dia 1.500 consultas/mês 80 funcionários 120 prestadores de serviço Especialidades: Alergologia Anestesiologia; Cardiologia Cardiopneumologia; Cirurgia Geral ; Cirurgia Vascular; Dermatologia; Endocrinologia Estomatologia; Gastrenterologia; Ginecologia/Obstetrícia; Medicina Desportiva Medicina do Trabalho; Medi. Física e Reabilitação; Medicina Interna; Neurologia; Nutrição Clínica; Oftalmologia; Ortopedia; Osteopatia; Otorrinolaringologia; Pediatria; Pneumologia; Psicologia; Psiquiatria; Reumatologia Terapia da Fala; Urologia

de, João Peres diz que unidades como a da Mealhada são “o caminho que o Estado deve seguir”, mantendo sempre a qualidade no atendimento que é prestado a cada utente. A surgirem, cada vez mais, alternativas nesta área, os utentes também já, muitos deles, vão optando pelos seguros de saúde. Desta forma salvaguardam a prestação de cuidados numa unidade privada. A provar que o hospital veio preencher uma lacuna estão, por exemplo, as sessões de fisioterapia. Diariamente são realizadas cerca de 300 sessões mas, apesar deste número elevado, há uma lista de espera de alguns meses. Ora, e como afirma o provedor, “se não existisse o Hospital da Misericórdia da Mealhada, estas pessoas não faziam fisioterapia em lado nenhum” acabando, nalguns casos, “por ficarem incapacitadas para o trabalho”, levando a que o Estado tivesse uma maior despesa. Este é um dos exemplos que dá. No Hospital da Misericórdia da Mealhada há ainda a expectativa de saber o que pensa o Ministério da Saúde em relação à assistência domiciliária. “Dispomos de uma unidade móvel e podemos prestar serviços em casa”, o que até seria mais económico para todos. Os cuidados de saúde de proximidade são outra das pretensões, com medicina curativa e preventiva. “Não pretendemos ter hospitais de alta tecnologia, pois esses estão no público. As misericórdias atuam dentro das suas zonas como associações da sociedade civil. Servem as populações da sua zona e dos concelhos limítrofes”. A pretensão não é “uma grande unidade hospitalar”, mas sim uma prestação de cuidados de saúde “que satisfaçam”. Cuidados continuados Com um total de 30 camas para cuidados continuados, o HMM tem uma taxa de ocupação que ronda os 95 por cento. E, com as transformações que o sector da saúde tem vindo a sofrer, João Peres acredita que os atuais hospitais distritais serão “unidades de retaguarda dos cuidados continuados”. rute Melo


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João Peres, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada

Novos Modelos em Psicoterapla: EMDR (Eye Movement Desensitization and reprocessing) Brainspotting Hipnose Clínica

Intervenções de Sucesso em 2011: • Desabituação Tabágica (com ajuda da Hipnose Clínica), eliminação da ansiedade por abstinência, eliminação da necessidade de substituições. • Ansiedade • Ataques de Pânico • Ansiedade nos Exames e/ou em Falar em Público • Ansiedade / Fobia (medo) em Conduzir, andar de Avião ... • Depressões • Dores de Cabeça sem razão clínica • Comportamentos Obsessivo - Compulsivos (alimentares, rituais, roer as unhas, hipocondria) • Insucesso Escolar / desmotivação em ir à Escola e/ou estudar • Disfunções Sexuais • Lutos (com a ajuda do EMDRL eliminação de lutos prolongados e alguns com associações de culpa e/ou despedidas por realizar. Nota: Em muitos dos casos acima referidos foi possível identificar a sua origem em traumas e/ou recalcamentos de infância.

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16 | DIÁRIOASBEIRAS | 12 | Julho| 2012 | Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade

Sanfil: satisfação e bem-estar do ut

Amílcar Valverde trata joanetes com cirurgia mini-invasiva. O sofrimento dos doentes termina em pouco mais de meia hora, reg O tratamento aos joanetes não precisa ser adiado. Através de cirurgia mini-invasiva, Amílcar Valverde termina com o sofrimento dos doentes em pouco mais de meia hora, regressando a casa no mesmo dia pelo próprio pé. O que diferencia Amílcar Valverde, e as suas técnicas cirurgias, das dos outros médicos? Desde sempre tive uma paixão pelos desafios técnicos, procurando dominar as técnicas cirúrgicas no interesse do bemestar do doente. Gosto do que faço, gosto de ver os meus doentes satisfeitos com os resultados obtidos e com as suas situações clínicas debeladas. Gosto de realizar as cirurgias de uma forma mini-invasiva, sendo o menos traumático e o mais estético possível, daí a preferência pelas cirurgias realizadas por artroscopia e por via percutânea, sempre que tal procedimento seja possível. Em que é que se baseia a técnica miniinvasiva e quais são as principais diferenças em relação às outras técnicas cirúrgicas utilizadas? A técnica mini-invasiva realiza-se através de incisões mínimas em que são realizados todos os procedimentos que se realizam por cirurgia aberta, sendo assim muito menos agressiva e diminuindo significativamente o tempo de recuperação do doente. Realiza-se sob anestesia local (troncolar), não necessitando de internamento, com um pós operatório confortável, permitindo ao doente sair da sala de operações pelo seu próprio pé e regressar a casa no mesmo dia da operação. Permite corrigir várias deformidades do pé, tais como hallux valgus (joanete), bem como outras patologias que se associam (ou não) e que podem afetar os restantes dedos, como por exemplo, “dedos em garra” e “dedos em martelo”. Situações que podem ser resolvidas durante a cirurgia ao joanete. Outra situação relativamente frequente é a rotura do Tendão de Aquiles que

poderá ser corrigida por via percutânea, muito mais confortável, com melhor recuperação e sem cicatriz. Quantas cirurgias já realizou até hoje? Consegue-nos dizer? É um pouco dif ícil dizer ao certo o número de cirurgias realizadas durante os meus anos de carreira clínica como ortopedista. É um número vasto e diversificado, desde a área da traumatologia à área da ortopedia, mas, certamente, mais de 10.000, sendo que, nos últimos anos, a preferência é pela cirurgia artroscópica (ombro, joelho e tornozelo) e cirurgia mini-invasiva do pé e tornozelo, sem esquecer as artroplastias da anca e joelho,

comummente designadas por próteses. E quais são as cirurgias que realiza com mais frequência? Nos últimos anos noto uma maior incidência de patologias que necessitam de cirurgia artroscópica, nomeadamente a nível do joelho e tornozelo, com lesões meniscais, lesões ligamentares e lesões osteocondrais. Isto talvez se deva ao facto de haver muitos jovens e adultos envolvidos em desporto organizado e/ou de competição, sendo inevitável o aparecimento de mais lesões do aparelho músculo-esquelético. Outra área em crescendo é a correção de deformidades do pé, nomeadamente


Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOaSBEIRAS

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o utente é prioridade

meia hora, regressando a casa no mesmo dia, pelo próprio pé de joanetes, dedos em garra, dedos em martelo, esporão do calcâneo e exostoses. As pessoas estão mais sensibilizadas para estas deformidades que podem ser corrigidas de forma não dolorosa, sem sofrimento, sem interrupção da sua actividade diária e profissional. As pessoas estão crescentemente a dar mais valor a ter uns pés indolores, bem formados, para poderem usar o calçado que mais lhes agrada, sem limitações anatómicas. Que género de tratamentos é que os utentes poderão encontrar quando recorrem a si? Os tratamentos são as correções das deformidades dos pés, através de cirurgia

percutânea, de acordo com o que mais os preocupa e consoante as possibilidades cirúrgicas. Poderemos corrigir patologias na área do ombro, joelho, tornozelo e pé, através de cirurgia artroscópica em que, com pequenas incisões (furos) cutâneas nas articulações é possível visualizar e corrigir as suas lesões. Na Unidade de Saúde onde opera existem acordos/protocolos para este tipo de cirurgias? Quanto é que um utente paga em média para ser operado? Sim, na SANFIL – Casa de Saúde de Santa Filomena temos acordos e protocolos com vários subsistemas de saúde, entre

As pessoas estão crescentemente a dar mais valor a ter uns pés indolores, bem formados, para poderem usar o calçado que mais lhes agrada, sem limitações anatómicas, afirma Amílcar Valverde

os quais com o SIGIC (vales cirurgia), a ADSE, Multicare, Médis, Advance Care, Sãvida. O que o doente paga depende do subsistema de saúde, poderá ter uma comparticipação a 100% (caso do SIGIC) ou poderá ser de 80%. Um doente sem comparticipação de subsistema de saúde terá um valor a pagar que depende da pa-

tologia a corrigir e da cirurgia a realizar. Esta será avaliada durante a consulta e o doente informado do valor a pagar. Quem o quiser contactar, o que é que tem que fazer e onde se pode dirigir? Poderão contactar-me através da Internet, do telefone da Sanfil – Casa de Saúde de Santa Filomena (239 851 650) ou através dos telefones de consultório em Leiria (244 824 612 e 914 548 021). Falou em internet. Tem algum forma de contacto online? Se sim, o que podemos lá encontrar? O meu site (www.amilcarvalverde.com) já é hoje uma realidade. Lá poderão encontrar informações sobre mim enquanto médico, os meus contatos, os acordos, solicitar informações através do email, ter acesso a informações sobre as diferentes patologias que poderão ser corrigidas, imagens, vídeos e poderão mesmo agendar consultas online. Se lhe pedíssemos para falar um pouco de si e sobre a sua história de vida enquanto médico o que nos diria? Licenciei-me pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1984 e tirei a especialialidade em Ortopedia e Traumatologia em 1994. Sou consultor em Ortopedia desde 2002 e faço parte de várias sociedades na área da ortopedia. Realizei estágios, pós-graduações por várias vezes no Royal National Ortophaedic Hospital de Stanmore – Londres, na área do joelho e ombro, entre outros cursos e estágios nos EUA, Alemanha, Espanha, principalmente, nas áreas do joelho, ombro, anca e pé. As minhas áreas de interesse, como já tive oportunidade de referenciar, são a cirurgia mini-invasiva, percutânea, artroscopia do ombro, joelho e tornozelo, artroplastia da anca e joelho. Atualmente estou a exercer atividade hospitalar no Centro Hospitalar Leiria-Pombal, tenho um consultório em Leiria e, em Coimbra, encontro-me na Sanfil – Casa de Saúde de Santa Filomena.


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Ir a banhos ajuda a combater a doen

A zona Centro é a região do país que tem mais termas, pelo que, com tanta variedade, o difícil será escolher. Hoje reconhecem-s As vantagens para a saúde da medicina hidrológica são hoje certezas científicas no combate a diversas doenças crónicas, a perturbações funcionais ou às doenças da civilização, como o stresse ou a ansiedade. Esta especialidade já foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e estudos realizados em diversos países, entre os quais Portugal, demonstram que os tratamentos termais contribuem para a diminuição do consumo de fármacos, dos dias de baixa por doença e do absentismo ao trabalho. O Centro é a região do país que tem mais termas, pelo que, com tanta variedade, o dif ícil será escolher o melhor local para “ir a banhos”.

Nestas estâncias une-se o conhecimento da hidrologia médica aos mais modernos equipamentos e técnicas. Não faltam também os médicos e outros profissionais qualificados para assegurar os melhores tratamentos. O tratamento termal baseia-se num conjunto de técnicas que promovem a interação entre o tratamento com água mineral natural, meios complementares e as pessoas em tratamento. Os efeitos do tratamento termal são sentidos graças à composição específica da água mineral natural de cada terma, tendo como objetivos a saúde e a prevenção através de terapêuticas como o tratamento mineromedicinal ou hidromineral e também a crenoterapia. Para quem desconhece, o tratamento termal é obrigatoriamente prescrito por consulta médica. De acordo com in-

formação da entidade regional Turismo Centro de Portugal, é mesmo na região Centro que se concentra o maior número de termas do país. Na região, as termas do Luso e Curia, no distrito de Aveiro, Monte Real (Leiria), Caldas da Felgueira, Sangemil, Alcafache, São Pedro do Sul, Carvalhal (Viseu), Caldas de Manteigas e Caldas da Cavaca (Guarda) são alguns dos bons exemplos. Luso

O Luso, no distrito de Aveiro, tem uma das mais famosas termas do país. A sua água hipossalina silicatada, com composição iónica cloretada sódica, é recomendada no tratamento de afeções crónicas respiratórias e do aparelho renourinário, de hipertensão arterial, perturbações do metabolismo e do aparelho locomotor, reumatismos e patologias dérmicas. Curia Localizada em Tamengos, na Curia, distrito de Aveiro, esta estância com água sulfatada cálcica


Saúde: prevenção e ServiçoS de qualidade | 12 | Julho| 2012 | DIÁRIOaSBEIRAS

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doença e melhora a saúde

reconhecem-se os benefícios dos tratamentos termais no combate a doenças crónicas e às doenças da civilização Carvalhal

e magnesiana é aconselhada a doentes com patologias metabólicoendócrinas, reumáticas e músculoesqueléticas, assim como cálculos, infeções urinárias e hipertensão arterial. Monte Real

água é pouco mineralizada, sulfúrea e bicarbonatada sódica. São Pedro do Sul

Estas termas, situadas no distrito de Leiria, possuem um dos mais modernos e maiores balneários termais do país. A sua água sulfúrea neutra, sulfatada cálcica e rica em sais minerais é ideal para tratar doenças do aparelho digestivo, do aparelho respiratório e musculoesqueléticas. Caldas da Felgueira

Em Castro Daire, distrito de Viseu, situam-se as termas do Carvalhal. A sua água com fraca mineralização, sulfúra, bicarbonatada e sódica é ideal para tratar doenças reumatológicas, músculoesqueléticas, digestivas, de pele e das vias respiratórias. Caldas da Cavaca

As termas de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, recebem, sobretudo, termalistas que pretendem tratar patologias metabólico-endócrinas, do aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas. A sua água é fracamente mineralizada, bicarbonatada e sódica sulfúrea. Sangemil

Estas termas situam-se perto de Aguiar da Beira, no distrito da Guarda. A sua água meso-termal, flouretada e titânica, é ideal para tratar doenças digestivas, músculoesqueléticas e osteoarticulares, da pele e das vias respiratórias. Caldas de Manteigas

Em Canas de Senhorim, no distrito de Viseu, ficam estas termas com água de natureza sulfúrea primitiva. Este centro termal está vocacionado para o tratamento de doenças do foro respiratório, bem como patologias músculo-esqueléticas e reabilitação articular e muscular. Alcafache No distrito de Viseu, em Alcafache, estas termas têm propriedades únicas no tratamento de maleitas respiratórias, músculoesqueléticas e da pele, reumatismos, colites e colecistopatias crónicos, e na recuperação de dificuldades motoras. A

Estas termas ficam localizadas em Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela. A estância é recomendada para o tratamento de patologias musculoesqueléticas, artropatias traumáticas e nos pré e pós operatórios ortopédicos. As suas águas mineralizadas, alcalinas, sulfúreo sódicas e fluoretadas estão ainda indicadas no tratamento de reumatismo e doenças das vias respiratórias como amigdalites e rinites.

Inseridas na região hidrotermal de montanha, em Manteigas, no distrito da Guarda, estas termas, com uma água bacteriologicamente pura, são utilizadas para tratar doenças dos aparelhos respiratório e locomotor.


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