diretório de saúde’17
O estado da arte da saúde no distrito de Coimbra
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16 especialistas dão cuidados de saúde
patrocínio ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE DE COIMBRA
Esta revista faz parte integrante do Diário As Beiras de Junho de 2017 e não pode ser vendida separadamente
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índice Entrevista
Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde: “Aumento do número de especialistas nos últimos anos permite encarar com moderado otimismo a supressão de carências” >Pág 4/6
Pres de se
Prestação de serviços Região com mais de três mil urgências e 22 mil consultas médicas por dia >Pág 8/9 CHUC: Uma nova maternidade para o maior hospital do país >Pág 10
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Carlos Santos: Prossecução do plano de investimento é grande desafio do IPO Coimbra >Pág 12/15 Hospital da Figueira da Foz >Pág 16 Hospital de Anadia >Pág 16 Hospital de Cantanhede >Pág 17 Hospital da Mealhada >Pág 17 Sanfil: A cuidar de si há mais de 60 anos >Pág 18/22 Idealmed: Unidade hospitalar faz cinco anos sempre a crescer >Pág 24/28 Clínica Oftalmológica Joaquim Mira >Pág 30/31 Sophia Clínica >Pág 32 Clínica Inês Nina >Pág 33 Spine Center >Pág 34/35 Clínica Particular de Coimbra >Pág 36/37 Clínicas Leite >Pág 38/39
Ensino Faculdades e escolas superiores apostam na internacionalização >Pág 40/41 Jorge Conde, ESTeSC: Ensino superior de saúde português é dos mais conceituados da Europa >Pág 42/43 Duarte Nuno Vieira, Faculdade de Medicina: “Uma faculdade de excelência deve apostar fortemente na investigação” >Pág 44/47
Produção Distribuição
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Produção/distribuição Fileira do medicamento afirma-se através do crescimento dos laboratórios e distribuição >Pág 48/40 Miguel Silvestre, Plural: “Rede de farmácias beneficia da solidez do cooperativismo” >Pág 50/53
Institucional Gestão da saúde exige coordenação entre o patamar regional e as entidades centrais >Pág 54/55 José Tereso, ARS: “Centro tem indicadores de saúde que nos orgulham” >Pág 56/57 Carlos Cortes, Ordem dos Médicos: “Sem uma boa formação não haverá bons cuidados de saúde” >Pág 58/60
Cuidados de Saúde Especialistas dão cuidados de saúde >Pág 61/71 DIRETOR Agostinho Franklin CFEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro COORDENADORA DEP. GRÁFICO Carla Fonseca TEXTOS Dora Loureiro, António Rosado, José Armando Torres, Lídia Pereira FOTOS Carlos Jorge Monteiro e Luís Carregã, A.F. o meu jornal, a minha região CONTACTOS: SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682, administrativos@asbeiras.pt REDAÇÃO Tel. 239 980 280, redaccao@asbeiras.pt PUBLICIDADE tel. 239 980 287, publicidade@asbeiras.pt CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, classificados@asbeiras.pt PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt
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ENTREVISTA //MINISTRO DA SAÚDE
“Aumento do número de especialis encarar com moderado otimismo a
“Em 2016 e em 2017 o orçamento do SNS foi aumentado com o objetivo prioritário de reforçar o capital huma Arquivo-Luís Carregã
Em consequência das recentes notícias de sarampo em Portugal, voltou a colocar-se a questão da vacinação obrigatória, nomeadamente do Plano Nacional de Vacinação. O Governo estudou o assunto. Quais são as conclusões? A questão da obrigatoriedade da vacinação justifica um debate profundo que deverá envolver para além dos decisores políticos a comunidade científica, os profissionais e os cidadãos. Em Portugal, nas últimas décadas, a evolução do Programa Nacional de Vacinação (PNV) revelou-se uma história de sucesso no que se refere às taxas de cobertura vacinal alcançadas pondo em evidência que a questão da obrigatoriedade não foi determinante para que se atingissem tais resultados. Neste contexto, entendemos que a discussão em curso, neste momento, na Assembleia da República, relativamente à proposta de lei da Saúde Pública constitui uma oportunidade para debater com ponderação a pertinência de uma alteração de estratégia. O conceito de gestão público-privada comporta um estigma em vários setores da economia portuguesa e também nos hospitais. Este sistema existe na saúde com resultados díspares. Qual é a sua posição? O XXI Governo Constitucional assumiu o compromisso, no seu programa, de promover a avaliação externa e independente das experiências hospitalares existentes em regime de parceria público-privada (PPP) no sentido de habilitar tecnicamente a decisão política. Neste sentido, a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do Ministério das Finanças tem vindo a realizar estudos sobre as experiências hospitalares com este tipo de modelo. No caso do Hospital de Cascais foi recomendado o lançamento de um novo concurso público com o objetivo de avaliar a exis-
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Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes
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cialistas nos últimos anos permite mo a supressão de carências”
capital humano da saúde”, afirma, em entrevista, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes tência potencial de propostas geradoras de valor para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Tal não invalida que, se no final deste processo, tais propostas não demonstrarem salvaguardar, de forma inequívoca, o interesse público o hospital não possa vir a ser integrado na rede pública empresarial do SNS. Independentemente da resposta privada, em Portugal ,a primeira resposta à doença é a do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Todavia, o orçamento do Ministério da Saúde (MS) é curto face às exigências, como já reconheceu. A melhoria da situação financeira do país poderá dotar o MS com mais meios financeiros para 2018? O país tem vindo a fazer um enorme esforço no sentido de conciliar uma trajetória de rigor, nas contas públicas, com a indispensável concretização de políticas sociais geradoras de equidade e de redução das desigualdades. Tem sido assim não apenas no setor da saúde, mas no conjunto das políticas sociais. Em 2016 e em 2017 o orçamento do SNS foi reforçado com o objetivo prioritário de reforçar o capital humano traduzido na contratação de cerca de 4.000 profissionais. A reposição remuneratória, e do PNT, bem como a revalorização progressiva do trabalho extraordinário foi sendo concretizada, sinalizando a importância da valorização e do reconhecimento do papel dos diferentes profissionais no SNS. Em 2016 o SNS teve o melhor desempenho assistencial dos últimos anos. Neste momento encontra-se em concretização um ambicioso programa de investimento (novos centros de saúde e hospitais, eficiência energética e reequipamento tecnológico). Mantendo o rumo de rigor e de disciplina orçamental, estaremos em condições de prosseguir uma trajetória de reforço do orçamento do SNS para 2018 prosseguindo o caminho da efici-
ência e da qualidade. Por esta ou aquela razão, o tempo de resposta do SNS aos exames médicos prescritos ainda é longo. Qual o plano do MS para dotar os centros de saúde e hospitais com os necessários meios complementares de diagnóstico, de forma a colmatar esta situação? O Ministério da Saúde tem vindo a implementar medidas que visam, por um lado, a melhoria do acesso dos utentes aos cuidados de saúde que são prestados e, por outro, ao aumento da eficiência e rentabilidade da capacidade instalada nas instituições do SNS. São exemplos, a implementação de um Sistema Integrado de Gestão do Acesso ao SNS, que permite um acompanhamento, controlo e disponibilização de informação inte-
diversas prestações de cuidados de saúde programados (nomeadamente para as primeiras consultas e cirurgias programadas) e o alargamento da definição de tempos de resposta a outras prestações que até agora não os tinham, como os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, realização de planos de cuidados de saúde programados, entre outras. Refira-se ainda a introdução progressiva de exames de diagnóstico nas unidades de Cuidados de Saúde Primários e o investimento e substituição de equipamentos que se encontram obsoletos nas unidades hospitalares.
A quota de mercado dos genéricos tem vindo a aumentar sustentadamente e a despesa direta das famílias tem vindo a ser reduzida. A nível hospitalar tem vindo a ser dado um forte impulso à utilização dos medicamentos biossimilares
Quanto a centros de saúde, há um na região - Fernão de Magalhães, Coimbra – considerado pela Ordem dos Médicos como o pior do país. As instalações são realmente muito deficientes. Para quando novas instalações? A Administração Regional de Saúde do Centro reconheceu as condições deficitárias de funcionamento desta unidade tendo programado obras de remodelação, a curto prazo, no sentido de melhorar as condições de atendimento dos utentes e de minimizar as dificuldades sentidas pelos profissionais estando prevista a instalação de uma nova Unidade de Saúde Familiar. Face às atuais condições do centro de saúde foi encetado o processo de construção de uma nova unidade de saúde que se deseja concluída no mais breve espaço de tempo possível.
grada e transparente, permitindo um conhecimento transversal e global sobre o acesso à rede de prestação de cuidados de saúde no SNS, contribuindo assim para assegurar uma resposta equitativa e atempada aos utentes. Também a revisão da Portaria que define os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG), através da qual se redefinem os TMRG de
Que balanço é possível fazer, de acordo com os últimos dados, da capacidade de resposta do SIGIC (cirurgia)? A implementação do Sistema Integrado de Gestão do Acesso no Serviço Nacional de Saúde (SIGA SNS) tem como objetivo assegurar o acesso equitativo e em tempo útil aos cuidados de saúde. O SIGA SNS reúne informação que até agora se encontrava dispersa por vários sistemas
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ENTREVISTA//MINISTRO DA SAÚDE
de informação, designadamente o SI que suporta o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), o SI do Sistema de Referenciação para Primeira Consulta de Especialidade Hospitalar designado por Consulta a Tempo e Horas (CTH), ou o aplicativo da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) abrangendo também informação relativa ao acesso a outras áreas da prestação de cuidados de saúde no SNS que até agora não eram monitorizadas, como sejam os Serviços de Urgência, os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), as Consultas Subsequentes de Especialidade Hospitalar, os Cuidados de Saúde Primários, entre outras. No caso específico das cirurgias, o atual sistema permite reunir condições para responder, atempada e eficazmente, às necessidades identificadas. A adesão dos hospitais do SNS é voluntária e nunca poderá prejudicar o nível de resposta aos utentes inscritos na instituição designada como hospital de origem. No primeiro trimestre de 2017, o Serviço Nacional de Saúde realizou, mais 16.007 intervenções cirúrgicas, do que no período homólogo de 2015 e mais 13.576 em comparação com o mesmo período do ano passado.
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O preço dos medicamentos é uma das faturas mais pesadas para o bolso dos portugueses. Até a nível europeu este problema está a ser analisado. Qual é o plano de estímulo à venda de genéricos e melhor o acesso dos utentes aos novos medicamentos? No início deste ano foram subscritos acordos entre o Estado Português e as principais associações do setor tendo em vista a promoção da estabilidade, a distribuição equitativa dos recursos do sistema e a redução da despesa dos utentes nomeadamente através do aumento da utilização dos medicamentos genéricos mais baratos. A quota de mercado dos genéricos tem vindo a aumentar sustentadamente e a despesa direta das famílias tem vindo a ser reduzida. A nível hospitalar tem vindo a ser dado um forte impulso à utilização dos medicamentos biossimilares. Recentemente foi assinada a declaração de La Valletta pelos Ministros da Saúde de nove países europeus, incluindo Portugal, Malta, Chipre, Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, Roménia e Eslováquia, os quais formalizaram um acordo inédito com o objetivo de promover políticas favoráveis ao acesso a medicamentos inovadores num contexto de sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Umas notícias dizem que “há falta de médicos”, outras que “há médicos a mais”. Qual é o real ponto da situação, tanto no aspeto geográfico, de especialidades e idade dos clínicos? No SNS, existem ainda algumas carências em áreas de especialização específica, bem como problemas de equidade na distribuição dos recursos no conjunto do território. Neste sentido foi aprovada legislação que promove a fixação de médicos em unidades e regiões mais carenciadas através da atribuição de um regime especial de incentivos. O aumento do número de especialistas que tem vindo a ser registado nos últimos anos permite encarar com moderado otimismo a supressão das carências mais significativas a médio prazo. Ao mesmo tempo tem sido estimulado o processo de cooperação e de afiliação entre unidades de saúde com o objetivo de promover a gestão partilhada de recursos. Em 2016 foram assinados 25 Protocolos de Afiliação entre as Administrações Regionais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e 15 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde e 15 protocolos de cooperação entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e entidades hospitalares da região Centro, do Algarve e da Região Autónoma da Madeira. A telemedicina tem-se revelado um bom complemento do trabalho in loco dos médicos. Coimbra e a região têm-se afirmado neste capítulo. É para alargar a todo o território e especialidades? Os sistemas de teleconsulta são uma tendência irreversível nos sistemas de saúde modernos. Recentemente foi aprovada a Estratégia Nacional Ecossistema de Informação de Saúde e da Estratégia TIC 2020 (ENESIS 2020) tendo sido criado o Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS). Em Portugal, têm vindo a ser desenvolvidas experiências muito interessantes em diferentes áreas sendo de destacar a multiplicidade e a qualidade das iniciativas na região Centro. A título de exemplo poderemos citar o serviço de teleconsulta do Hospital Rovisco Pais, que funciona em articulação com o programa Tele Via Verde AVC, coordenado pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. | António Rosado
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Região com mil urgência consultas m
Oito milhões de consultas por ano em hospitai uma parte significativa da prestação de cuidados – grande parte deles integrados em Centros Ho
A
Administração Regional de Saúde do Centro corresponde, territorialmente, à designada NUT II Centro, com 78 concelhos, correspondendo a 27% do território de Portugal Continental. Segundo a Base de Dados Portugal Contemporâneo (PORDATA) estima-se em 1 milhão e 680 mil os residentes, correspondendo a 17% da população de Portugal Continental. De acordo com os indicadores demográficos – comparativamente com as outras regiões – os índices de dependência de idosos, de envelhecimento e de longevidade, bem como a taxa bruta de mortalidade apresentam valores mais elevados nesta região, ocupando um 2.º lugar nacional. Ao mesmo tempo, quando se analisa a taxa bruta de natalidade, o Centro ocupa a última posição, com um valor de 6,8/por mil, em 2015. De forma a cobrir toda esta população, os Cuidados de Saúde Primários (CSP) estão organizados em seis Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e duas Unidades Locais de Saúde (ULS), designadamente, a ULS de Castelo Branco e a ULS da Guarda. Os cuidados primários da região de saúde do Centro contam com 85 centros de saúde, sendo 21 integrados nas ULS de Castelo Branco e Guarda e os restantes 64 nos ACES da ARS Centro: Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão-Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral. Na prática, a atual designação de “centro de
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com mais de três ncias e 22 mil as médicas por dia saúde” aplica-se a cada um dos edifícios porque, a nível da organização do Ministério da Saúde, há já alguns anos que os centros de saúde foram substituídos por Unidades de Saúde Familiar (USF), que são 65 nos referidos 78 concelhos, mas a que se juntam cerca de 80 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), com menos valências que as USF, e 56 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), baseadas em serviços de enfermagem. No total, o número total de consultas estimadas na área da ARS Centro por ano é de 5,7 milhões. Cuidados hospitalares Quanto a hospitais, a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS) da ARS Centro conta com cinco Centros Hospitalares (Baixo Vouga, Cova da Beira, Leiria, Tondela-Viseu e Universitário de Coimbra CHUC). A estes acrescem dois hospitais centrais especializados (Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil e Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais). Depois há um hospital distrital (Figueira da Foz), dois hospitais do setor público administrativo (Arcebispo João Crisóstomo e Francisco Zagalo) e três hospitais integrados em duas ULS (Sousa Martins, da Guarda, e Nossa Senhora da
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Assunção, de Seia, e Amato Lusitano, de Castelo Branco), totalizando 25 entidades prestadoras de Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH), correspondentes a 13 instituições. O número de consultas em hospitais é, na média anual, de 2,3 milhões, menos de metade das registadas nos ACES, mas os atendimentos de urgência ultrapassam os três mil por dia. A lotação média de camas nos total dos hospitais é de 4.700, 1% menos do que no ano anterior, enquanto a cirurgia de ambulatório sobe 9%, o que reduz o número de internamentos. Menos conhecida pelo cidadão comum é a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que já assinalou uma década de existência. No final do ano de 2015 existiam em funcionamento 2.271 camas, distribuídas por 65 Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI). No que diz respeito aos Cuidados de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, sublinha-se a existência de seis Centros de Resposta Integrada (CRI), constituídos por equipas técnicas multidisciplinares que prestam cuidados integrados e globais a pessoas com comportamentos aditivos e dependências, em regime ambulatório. | António Rosado
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em hospitais e em unidades instaladas em centros de saúde representam de cuidados do Serviço Nacional de Saúde na Região Centro. Os 25 hospitais m Centros Hospitalares - recebem mais de três mil urgências por dia
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CHUC
Uma nova maternidade para o maior centro hospitalar do país A excelência dos serviços de saúde do CHUC afirma-se muito para além da sua dimensão. Em 2016, foi o hospital do país reconhecido com o maior número de centros de referência nacionais A fusão, faseada, de sete hospitais da zona de Coimbra, dotou a cidade da maior unidade hospitalar do país, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). O processo não foi pacífico, envolveu uma enorme complexidade e não está ainda totalmente encerrado. Para breve, espera-se o anúncio, por parte do grupo de trabalho constituído para o efeito, da construção da nova maternidade do CHUC. Tudo indica que a nova maternidade, que irá substituir as maternidades Dr. Daniel de Matos e Bissaya Barreto, deverá ser construída no campus dos Hospitais da Universidade de Coimbra, embora algumas vozes, como a do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, aconselhem a sua edificação na área do Hospital dos Covões, para evitar ainda maiores constrangimentos de trânsito na área envolvente do hospital. Contudo, o hospital anunciou muito recentemente a construção de um silo automóvel, com capacidade para 1200 lugares de estacionamento, o que poderá minorar as dificuldades de quem quer estacionar no CHUC. Hospital de excelência Mas a excelência dos serviços de saúde prestados no CHUC está muito para além da dimensão ou número de camas. Em 2016, o CHUC foi o hospital do país reconhecido com o maior número de centros de referência nacionais, com um total de 14. Assim, CHUC é centro de referência nacional em transplantes de coração, transplantação hepática pediátrica e transplante de rim de adultos. É também centro de referência em cardiologia de intervenção estrutural, cardiopatias congénitas, doenças hereditárias do metabolismo, epilepsia refratária, cancro do esófago, cancro do testículo, cancro do
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DB-Luís Carregã
reto, sarcomas das partes moles e ósseos, cancro hepatobilio/pancreático, oncologia pediátrica e onco-oftalmologia. Fusão ao longo de anos O início da fusão que viria, mais tarde, a dar origem ao CHUC, remonta a dezembro de 2007, quando foram fundidos os três hospitais psiquiátricos - Sobral Cid (Coimbra), Lorvão (Pencaova) e o Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes, levando à criação do então Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, presidido pelo médico Fernando Almeida. Contudo, em meados de outubro de 2010, o Orçamento do Estado para 2011 anuncia taxativamente a intenção do Governo de criar o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Dois meses depois é aprovado o decreto-lei que regulamenta a fusão das unidades hospitalares da cidade, dando origem ao CHUC, que assim passou a incluir os Hos-
pitais da Universidade de Coimbra (HUC) e a Maternidade Dr. Daniel de Matos, o Centro Hospitalar de Coimbra (CHC), que reunia os hospitais dos Covões, o Pediátrico de Coimbra e a Maternidade Bissaya Barreto, e o recém criado Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra. À vaga da fusão só escapou o Centro Regional de Oncologia do Centro/IPO. O CHUC é oficialmente constituído em março de 2011, rodeado quer de manifestações de apoio, quer de desconfiança, divisões que ainda hoje se mantêm. A criação do CHUC, tal como hoje existe, acabou por ter dois protagonistas principais. Fernando Regateiro, que o geriu durante alguns meses, até ao final de 2011, e José Martins Nunes, que presidiu durante dois mandatos ao conselho de administração do CHUC. E, no passado dia 11, Fernando Regateiro voltou a ser nomeado presidente do conselho de administração do CHUC. | Dora Loureiro
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS// ENTREVISTA INSTITUTO PORTUGU
Prossecução do plano de investimentos
Nomeado recentemente para presidir ao Conselho de Administração do IPO de Coimbra, Carlos Santos abor Como está neste momento o projeto de investimento nas instalações do IPO Coimbra? O Plano de Investimentos do IPO de Coimbra está em curso. Num montante global de investimento da ordem dos 38M€, foram já executados cerca de sete milhões, dos quais 6,3 investidos em 2016. Foram estes investimentos que tiveram lugar no ano passado que permitiram renovar o serviço de radioterapia do IPO, com um valor de investimento de 4,5M€, dotando-o de um equipamento único em Portugal – a Tomoterapia HD – e de um conjunto de soluções tecnológicas que fazem do serviço de radioterapia um centro de referência internacional. Permitiu também ampliar o edifício de oncologia médica, dotando-o de um novo Hospital de Dia com quase o dobro da capacidade do anterior (passou de 14 para 22 estações de tratamento), de uma renovada unidade de internamento, agora com quartos de isolamento e melhores condições de conforto para os doentes e de novas áreas técnicas para os serviços de Gastrenterologia e Pneumologia. Mas a componente major do plano de investimentos – a remodelação de todas as áreas cirúrgicas e imagiologia, que inclui novas unidades de internamento cirúrgicas, novo bloco operatório, novas instalações de radiologia e medicina nuclear – está ainda por concretizar. A previsão é de que possa ser lançado o concurso público no início de 2018. Até lá, o IPO está a estudar as soluções de reorganização interna dos seus recursos para poder manter a maior parte da atividade cirúrgica. Essas soluções podem passar pela requalificação das suas salas de cirurgia ambulatória e por um bloco operatório periférico, com duas salas, em instalação provisória, opção que permitirá reutilizar todo o equipamento no futuro bloco operatório, funcionando numa lógica de antecipação do investimento. A origem dos recursos para o financiamento deste plano de investimentos são, maioritariamente, capitais próprios. No entanto, estão considerados fundos comunitários e foi efetuado um aumento de capital
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Arquivo-Luís Carregã
Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE
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O PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE COIMBRA
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entos é grande desafio do IPO Coimbra
Santos aborda o presente da instituição e os desafios que se avizinham no valor de 3,7M€. Vale sempre a pena sublinhar que, enquanto a generalidade dos aumentos de capital que ocorreram no Serviço Nacional de Saúde (SNS) se destinaram ao pagamento de dívidas a fornecedores por parte dos hospitais que deles beneficiaram, no caso do IPO de Coimbra esta operação destinou-se exclusivamente a dar suporte a um plano de investimentos. O IPO Coimbra está dotado dos equipamentos que considera necessários ao exercício da sua missão? A renovação dos equipamentos numa unidade de saúde que possui uma carteira de serviços tão abrangente e diferenciada como o IPO de Coimbra tem que ser uma prioridade. Os últimos anos de restrição orçamental, com objetivos de gestão fixados em torno de um valor de EBITDA nulo, não têm permitido gerar resultados suficientes para investir. O risco é o de um envelhecimento generalizado dos equipamentos e das instalações nos hospitais do SNS que é indispensável contrariar. O IPO de Coimbra, não obstante ter sofrido das mesmas restrições financeiras que todos os outros hospitais, tem podido manter uma cadência de investimentos de substituição que lhe permite deter uma plataforma tecnológica relativamente atualizada, sendo que, em alguns domínios, possui soluções tecnológicas de vanguarda ou mesmo únicas no país, como é o caso da Tomoterapia HD. Há, no entanto, áreas críticas que reclamam soluções urgentes como a substituição dos dois Aceleradores Lineares ONCOR, equipamentos com mais de 12 anos de intensiva utilização e que têm vindo a registar paragens por avaria cada vez mais frequentes, é absolutamente indispensável pelo risco que a suspensão da atividade representa para os doentes de toda a região Centro. Os novos aceleradores lineares fazem parte do plano de investimentos e estão disponíveis os recursos necessários, faltando apenas que nos seja comunicada a autorização por parte do Ministério da Saúde. Tratando-
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se de um investimento de substituição, não se coloca qualquer questão prévia, seja relativa ao licenciamento, seja relativa a qualquer outra formalidade. Também um Centro Compreensivo de Cancro não pode deixar de ter a Tomografia por Emissão de Positrões (PET) na sua carteira de serviços. O IPO de Coimbra ainda recorre a serviços externos na área da PET, mas a aquisição de um equipamento torna-se cada vez mais urgente, seja por razões clínicas, isto é, pela necessidade crescente de recorrer a este meio de diagnóstico, seja por razões
A quota de mercado dos genéricos tem vindo a aumentar sustentadamente e a despesa direta das famílias tem vindo a ser reduzida. A nível hospitalar tem vindo a ser dado um forte impulso à utilização dos medicamentos biossimilares
económico-financeiras, pelo valor que a Instituição suporta na aquisição de serviços externos, seja ainda pela comodidade que representa para os doentes, poder realizar os exames num espaço que lhe é familiar. A aquisição de um equipamento de PET está prevista para o novo serviço de Medicina Nuclear que será instalado no novo edifício a construir. Outra vertente que necessita de renovação são os equipamentos para cirurgia laparoscópica, crescentemente utilizados pela generalidade dos serviços cirúrgicos, com enormes vantagens quer na redução de complicações, quer na redução de tempos de internamento pós-operatório. Espera-se que dentro de muito pouco
tempo possamos ter este problema resolvido. Finalmente, necessitamos de renovar os equipamentos de imagiologia, mas a previsão é a de que tal só virá a ocorrer nas novas instalações do serviço, após a construção do novo edifício. Quais são de momento as áreas de excelência em que o IPO Coimbra se distingue? Todas as áreas clínicas e não clínicas do IPO de Coimbra são de excelência. A excelência da prestação de cuidados faz parte da cultura institucional e é assumida por todos os profissionais, desde o assistente operacional ao médico mais diferenciado. É por isso que o IPO de Coimbra é, há longos anos, a única instituição da região Centro com acreditação total por duas das mais prestigiadas entidades independentes, o CHKS de Londres e a Organização Europeia de Institutos de Cancro (OECI). É também por isso que os resultados de todas as avaliações de satisfação efetuadas por entidades independentes vindas do meio académico, atribuem ao IPO de Coimbra os scores mais altos em todo o SNS. O IPO de Coimbra, à semelhança dos seus congéneres de Lisboa e Porto, possui praticamente todas as especialidades médicas que estão disponíveis em qualquer grande hospital central. No entanto, nos institutos de oncologia essas especialidades estão exclusivamente dedicadas aos doentes oncológicos. Essa dedicação é a chave da excelência dos cuidados que prestamos. Sendo o IPO de Coimbra exclusivamente dedicado ao diagnóstico, tratamento e seguimento das doenças oncológicas, estamos em condições de assegurar que os doentes com cancro são a nossa primeira e única prioridade. É para eles que trabalhamos e é aqui que recebem os melhores cuidados disponíveis segundo o estado da arte, de forma multidisciplinar, integrada e segura. O facto de estarmos organizados para responder às necessidades dos doentes oncológicos em todas as fases da doen-
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ça, fazem de todos os serviços do IPO de Coimbra e de todos os profissionais que neles trabalham, serviços e profissionais de excelência. Isto mesmo foi reconhecido pelo Ministério da Saúde, em 2015, ao atribuir à instituição a Medalha de Mérito – Grau Ouro - por serviços prestados ao SNS e, mais recentemente, no passado dia 6 de maio, pelo Secretário de Estado da Saúde, ao afirmar que o IPO de Coimbra é a pérola do SNS, aquando da inauguração do novo Hospital de Dia, a que foi dado o nome do ex-presidente do conselho de administração, Dr. Manuel António Silva. Que desafios para a unidade se avizinham para os tempos que se aproximam? O primeiro grande desafio é o da prossecução do plano de investimentos. Para isso importa criar condições para manter a atividade durante as obras de construção do novo edifício pelo compromisso que temos com os nossos doentes. Em segundo lugar a criação de condi-
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ções de atratividade para os profissionais de saúde e, desta forma, manter uma renovação dos recursos humanos, particularmente nas áreas de maior diferenciação. Para isso será importante que seja reconhecida maior autonomia de gestão, particularmente às instituições que demonstrem, de forma consistente, que conseguem ser equilibradas do ponto de vista económico-financeiro e operacional, que não têm pagamentos em atraso, que cumprem a lei dos compromissos e os objetivos do contrato-programa, como é o caso do IPO de Coimbra. Outro grande desafio, que não é apenas da instituição, é o da modernização dos sistemas de informação, que passa por colocar as TIC ao serviço dos doentes, facilitando a sua interação com o sistema de saúde, na marcação de uma consulta ou de um exame ou na obtenção de um relatório clínico permitindo, simultaneamente, ao médico ter mais tempo para o doente. A este propósito vale a pena referir que um dos objetivos de curto
prazo é o processo clínico eletrónico, em linha com a estratégia nacional para o ecossistema de informação de saúde ENESIS 2020, que aponta para a total desmaterialização de processos (“SNS sem papel 2020”). Outro importante desafio que temos pela frente é a abertura de um serviço de radioterapia no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, com base num modelo colaborativo, que tem como centro de referência o IPO de Coimbra. Trata-se de uma experiência inovadora em Portugal, cuja oportunidade foi criada por um despacho do secretário de Estado da Saúde e que visa garantir, com recurso a modernas tecnologias de informação e comunicação, que ambos os centros disponibilizam cuidados de alta qualidade, estando os recursos críticos sediados no Centro de Referência. Se for bem-sucedida, e tem todas as condições para o ser, esta experiência tem um enorme potencial de ser replicada em outros pontos do país com enormes vantagens
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S DE ONCOLOGIA para os doentes, para os contribuintes e para a sociedade no seu todo. A existência de um grupo hospitalar constituído pelos três institutos de oncologia de Coimbra, Porto e Lisboa, criado pela Portaria 76-B/2014 de 26 de março, representa uma oportunidade para a melhoria da eficiência na gestão dos recursos mas, sobretudo, para o reforço da efetividade clínica e da equidade, garantindo que aos doentes em idênticas condições são prestados os mesmos cuidados, independentemente da sua localização geográfica. Este é outro grande desafio que se nos coloca a todos, aos institutos de oncologia e não apenas ao IPO de Coimbra.
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estar inserido numa malha urbana de grande densidade e com uma enorme concentração de serviços de saúde. Não conhecemos o detalhe do projeto recentemente apresentado, mas admitimos que, se vier a concretizar-se, dele possam beneficiar todos os doentes, sejam do CHUC sejam do IPO. De qualquer forma temos planos para a disponibilização de mais lugares de estacionamento para utentes que prevemos possam estar totalmente implementados após as obras de construção do novo edifício.
que a articulação natural dos institutos de oncologia é entre si, levou à criação do Grupo Hospitalar dos IPO, com consagração legal na Portaria n.º 76-B/2014 de 26 de março. Esta solução está estabilizada na lei e está validada pelos resultados. Não são conhecidos nenhuns estudos que demonstrem ter havido qualquer benefício, seja em sede de eficiência, seja na perspetiva da efetividade clínica, da equidade ou do acesso, na criação de grandes centros hospitalares resultantes da fusão de hospitais desta dimensão e estamos em crer que hoje algumas dessas decisões não seriam tomadas. A autonomia do IPO de Coimbra e o reforço da sua articulação com os institutos de oncologia de Lisboa e do Porto é a única solução que faz sentido, no interesse dos doentes oncológicos e dos resultados que globalmente o SNS se orgulha de apresentar, a nível nacional, no domínio da oncologia e que comparam com os melhores resultados dos países mais desenvolvidos do mundo ocidental. | José Armando Torres
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Na sua opinião continua a fazer sentido a não integração do IPO Coimbra na superestrutura CHUC? A autonomia do IPO de Coimbra relaO IPO Coimbra está inserido no projeto de tivamente a qualquer unidade de saúde regularização do trânsito e estacionamento generalista é a única solução que faz senno polo da saúde recentemente apresentado tido. O SNS é uma estrutura organizada e hierarquizada de serviços na qual os pelo CHUC? O estacionamento e a organização três institutos de oncologia de Coimbra, dos fluxos de trânsito sempre serão um Lisboa e Porto desempenham o papel problema que envolverá o Instituto de inestimável de instituições dedicadas ao cancro. A18:13 compreensão de Oncologia de Coimbra, pelo facto de tratamento Press_Multicare24_empresa_jorge_180x125 AF.pdf 1 do 19/05/17
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SERVIÇOS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//HOSPITAIS
Hospital da Figueira da Foz
Hospital de Anadia
Ampliação dos serviços Sistemas de informação para melhorar comunicação para servir a população de Aveiro e Coimbra com os utentes
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Hospital Distrital da Figueira da Foz EPE (HDFF) tem, atualmente, uma lotação de 154 camas e serviço de urgência médico-cirúrgica, assumindo-se como um dos maiores empregadores da Figueira da Foz - mais de 600 funcionários e um orçamento global de aproximadamente 28M€. Em 2017, e na linha do que tem sido o seu desempenho, o hospital mantém a sua trajetória de sustentabilidade económica e clínica, prosseguindo-se a visão definida em finais de 2013. Relativamente à visão interna, e no âmbito da melhoria contínua e desenvolvimento de processos que melhoram a prestação de cuidados de saúde, destaque para a continuidade do projeto LEAN e a certificação de 12 serviços pelas normas ISO 9001:2008. O hospital desenvolveu (e concluiu) o processo de acreditação pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucia), nos serviços de cirurgia geral, medicina interna e pediatria. No âmbito dos sistemas de informação, o desenvolvimento de uma app para dispositivos móveis trouxe ao HDFF inovação e melhoria na comunicação com os utentes, permitindo a convocatória para consultas, aplicação de questionários de satisfação e aplicação do inquérito do dia seguinte da cirurgia de ambulatória. Também a disponibilização de um cartão eletrónico de informação clínica permite a gravação de imagens de exames realizados no hospital. Relativamente à visão externa, o HDFF celebrou protocolo com a Câmara da Figueira da Foz, onde a autarquia cedeu uma residência para a implementação do projeto Residência Hospitalar. Esta estrutura está a ser preparada para acolher utentes do hospital e seus cuidadores, com o objetivo de ser mais um veículo de desenvolvimento da prestação de cuidados de saúde em regime de ambulatório. Já no sentido de “desospitalizar” a prestação de cuidados de saúde, foram assinados três protocolos de articulação com residências geriátricas situadas na área de influência do hospital, com vista a projetos de hospitalização no domicílio. Em termos de resultados alcançados, hospital aumentou a sua produção e qualidade assistencial, o que permitiu que permitiu alcançar, no passado mês de março, recordes de produção: mais de 10 mil consultas e intervencionados cerca de 600 doentes, números.
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evolvido à Santa Casa da Misericórdia de Anadia em janeiro de 2015, através de um acordo de cooperação, o Hospital José Luciano de Castro da Misericórdia de Anadia (HJLCMA), manteve-se no Serviço Nacional de Saúde, agora com gestão da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas. Serve a população dos distritos de Aveiro e Coimbra, dispondo de 20 especialidades, das quais nove são cirúrgicas em regime de ambulatório, mas tem ainda o serviço de consulta aberta de clínica geral, a funcionar diariamente das 09H00 às 20H00. No âmbito dos meio complementares de diagnóstico e terapêutica, existem presentemente no HJLCMA serviços de imagiologia, medicina física e reabilitação, otorrinolaringologia e cardiologia. A capacidade instalada no hospital é de 12 gabinetes de consulta, três salas de espera, uma sala de pequenas cirurgias, bloco operatório (duas salas) e recobro tardio ( 18 camas e 10 cadeirões). Neste momento, são 99 os médicos especialistas na unidade, que dispõe ainda de 38 enfermeiros e 74 trabalhadores de outras categorias, num total de 211 funcionários. Em janeiro do ano passado, o hospital procedeu a obras de ampliação da sua Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença, que passou de 20 para 35 camas, na sequência de intervenção efetuada pela Santa Casa da Misericórdia de Anadia, num investimento de 400 mil euros. Nesta altura, as instalações da Medicina Física e Reabilitação do HJLCMA estão a ser ampliadas, passando a ocupar uma área de 500 metros quadrados, permitindo assim o atendimento atempado da lista de espera de doentes - o investimento realizado foi no valor de cerca de 450 mil euros. A Santa Casa da Misericórdia de Anadia tem investido ainda (cerca de 500 mil euros) em equipamentos de vanguarda, sobretudo no bloco operatório, apostando na segurança e introdução de novas técnicas cirúrgicas, nas áreas da oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia e cirurgia geral (laparóscopia). Os tempos de espera média para primeira consulta na unidade de saúde de Anadia são de 23 dias e para cirurgia de 46 dias, valores que si situam abaixo da média nacional. Em 2016, o hospital realizou 22.626 consultas, 1.336 cirurgias e cerca de 120 mil exames complementares de diagnóstico.
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Hospital de Cantanhede
Hospital da Mealhada
Neuroestimulador permite recobro mais precoce
Seis pilares fundamentais a uma saúde de qualidade
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onceder aos pacientes e profissionais elevados padrões de qualidade de serviços, sob princípios técnicos e valores do humanismo e cidadania, assim como a articulação com as redes de cuidados de saúde hospitalares, primários e continuados do SNS é a missão do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede. A unidade de saúde abrange, diretamente, uma população próxima dos 60.000 habitantes, dos quais 36.595 do concelho de Cantanhede, 12.465 do concelho de Mira, 5.508 da freguesia de Arazede (Montemor-o-Velho) e alguns milhares das freguesias periféricas dos concelhos de Anadia, Mealhada e Vagos. A 31 de dezembro último, o HAJC tinha quatro médicos, 34 enfermeiros, dois técnicos superiores de saúde, sete técnicos de diagnóstico e terapêutica, 20 assistentes técnicos, 22 assistentes operacionais, dois técnicos superiores, um informático e três dirigentes. Quanto à atividade assistencial, dispõe de internamento (Unidade de Cuidados Paliativos com 18 camas e Unidade de Convalescença com 30 camas), cirurgia do ambulatório (quatro camas de recobro tardio), Hospital de Dia e Unidade de Consulta Externa (13 valências). Disponibiliza ainda consultas não médicas nas áreas de enfermagem, nutrição, psicologia e terapia da fala. No ano passado, o HAJC realizou 19.930 consultas externas médicas, superando o contratualizado com a tutela. Realizou 1.662 intervenções cirúrgicas, em 1.239 doentes, ultrapassando também o contratado com o Estado. Relativamente à atividade do Hospital de Dia, centra-se essencialmente no Gabinete de Estomaterapia, que em 2016 realizou 148 sessões de hospital de dia Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro 2016, foram admitidos 235 utentes na Unidade de Convalescença do HAJC, enquanto no serviço de referenciação de utentes a grande maioria (85,5%) foi proveniente de Hospital de Agudos. A Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Gândara iniciou atividade em julho de 2014 e, no ano passado, acompanhou 65 doentes. Em abril deste ano teve já início o internamento de doentes em fase aguda na Unidade de Cuidados Paliativos, essencialmente referenciados pelos CHUC e HDFF. Já a nível de equipamentos, o hospital adquiriu um neuroestimulador, que permite um recobro mais precoce e menor morbilidade dos doentes da Unidade de Cirurgia do Ambulatório. Encontra-se em implementação a Consulta de Teledermatologia.
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missão do Hospital Misericórdia da Mealhada (HMM) baseia-se na prestação de serviços de saúde de qualidade, de forma humanizada, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Com início de atividade em agosto de 2016, são seis os pilares que sustentam os valores da instituição: qualidade, ética, respeito pelo indivíduo, performance, inovação e dedicação. O hospital aposta ainda em ser referência em termos de satisfação dos utentes e colaboradores, tentando esbater assimetrias e possibilitando cuidados de saúde no enquadramento geográfico da residência dos utentes, bem na eficácia na aplicação de recursos materiais e financeiros. Relativamente aos serviços e equipamentos que disponibiliza à comunidade, estão os de imagiologia (criado em outubro de 2006), atendimento permanente (desde março de 2007), medicina física e reabilitação (a funcionar desde outubro de 2006) e consultas de especialidade/externas (também desde outubro de 2006 e com 33 especialidades). A unidade dispõe, desde março de 2007, de bloco operatório, constituído por duas suites operatórias cada uma com sala de indução anestésica, sala de recobro cirúrgico, sala de médicos e balneários, área de tratamento de instrumentos e esterilização, associada a cada uma das salas de operações. O HMM possui ainda uma unidade de internamento médicocirúrgico, com 17 quartos e um total de 31 camas. Tem também disponíveis espaços de apoio, como salas de tratamento, enfermagem, de banho assistido ou de estar/refeitório. O apoio médico está disponível 24 horas por dia. O serviço de análises clínicas e anatomia patológica está também disponível na unidade de saúde, tendo sido iniciado em 2006 e a funcionar de segunda a sexta-feira, das 08H00 às 12H00. O HMM tem ainda um serviço de farmácia interna, que permite assegurar toda a medicação necessária para uso nas suas diferentes áreas de trabalho, assim como uma unidade de média duração e reabilitação. A última, a funcionar desde 15 de outubro de 2007, resulta de um acordo com a ARS Centro e o CDSS Aveiro no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, para a criação de 20 camas. Em 14 de junho de 2008, uma adenda a este acordo permitiu a contratualização de mais seis camas para a unidade, que viu este número depois aumentado em mais quatro camas, contando com 30 camas.
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Sanfil
Sanfil: a cuidar de si há mais de 60 anos ao longo de mais de seis décadas, o grupo Sanfil assume como missão fundamental: “prestar cuidados médicos de excelência com um corpo clínico reconhecido em todas as especialidades”. a concretização desta prioridade coloca o grupo entre os melhores
O Grupo SANFIL Medicina iniciou-se em 1953 com a fundação da Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Na sua génese está o sonho da excelência em medicina, que se mantém passados mais de 60 anos de existência e de prática. E é o respeito a essa visão que tem permitido, ao longo dos anos, contar com a colaboração dos “melhores médicos, procurando servir os utentes com o que de mais avançado se faz em medicina”. Atualmente, o grupo gere uma rede de várias unidades de saúde na zona Centro, destacando-se a Casa de Saúde de Santa Filomena, o Centro Hospitalar de São Francisco, a clínica da Lousã, a Diaton e o laboratório D. Diniz, entre outros. Um conjunto de unidades que garante todos os meios complementares de diagnóstico e análises clínicas, que permite “grande rapidez e qualidade de resposta às necessidades dos utentes”. Com o recurso aos mais modernos equipamentos para a realização de cirurgias, e aos mais reputados especialistas, o Grupo
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SANFIL Medicina tem vindo a criar as mais completas e avançadas respostas para os utentes da região Centro e do país. A Sanfil disponibiliza uma cobertura significativa de especialidades médicas e cirúrgicas, nomeadamente: anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilo-facial, cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, imagiologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação, medicina interna, nefrologia, neurocirurgia, neurofisiologia, neurologia, nutrição, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia e doenças do dono, podologia (Estudo do Pé), psicologia clínica, psiquiatria, radioterapia, urologia e andrologia. E porque os utentes estão na lista das prioridades, o Grupo SANFIL Medicina tem acordos celebrados com as principais seguradoras, subsistemas de saúde e equiparados, que permitem aos “seus clientes, beneficiários ou associados ter acesso aos serviços ali prestados”.
Clínica da lousã Morada Rua Dr. francisco fernandes Costa, 25, 3200-202 lousã Contactos Telefone: 239 073 910 e 239 073 911 E-mail: lousa@sanfil.pt Site: www.sanfil.pt Serviços/Valências COnSUlTaS acupuntura Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Dermatologia Gastroentereologia Ginecologia neurocirurgia nutrição Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia Psiquiatria Urologia EXaMES (SnS) Ecografia Eco-Doppler Ecocardiografia Raios-X Ortopantomografia Colonoscopia Endoscopia Mamografia TaC Ecocardiografia Electrocardiograma Holter Mapa Prova de Esforço anÁliSES ClÍniCaS Acordos • Serviço nacional de Saúde (SnS) • iaSfa • SanS Centro • EDP Sãvida • Companhias de Seguros Horários • Segunda a sexta 8h30 - 19h30 • Sábado 8h30 - 13h00
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Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado Clínica de Cantanhede Morada OUTROS EXAMES E TRATAMENTOS Rua Miguel Torga 361-B, 3030-165 Coimbra Contactos Telefone: 239 701 627 Fax: 239 241 592 Email: cdti@sanfil.pt Site: www.sanfil.pt
Serviços/Valências GASTROENTEROLOGIA Direção Técnica Dra. Maria Helena Goulão Endoscopia Digestiva Alta Colonoscopia Total Colonoscopia Esquerda Rectosigmoidoscopia Flexível Polipectomia Biópsia Exames com Anestesia FISIOTERAPIA Direção Técnica Dr. Tiago Ribeira Hidrocinesioterapia Hidroginástica Reabilitação Neurológica Recuperação Cardio-respiratória Reabilitação Músculo-esquelética Classes de Correção Postural Aulas de Preparação para o Parto Intervenção no Desporto Reabilitação Pediátrica Reeducação Perineal Fisioterapia ao Domicílio CARDIOLOGIA Direção Técnica Dr. Luís Rebelo Electrocardiograma Prova de Esforço Ecocardiograma Ecocardiograma com Doppler MAPA Holter
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Acupuntura Electromiografia Electroencefalografia Terapia da Fala Consultas de Fisiatria Nutrição
Morada Praça Marquês de Marialva, nº 19 - 3060133 Cantanhede T +351 231 419 340 E cantanhede@sanfil.pt
Acordos Açoreana ACP ADMG ADSE AdvanceCare Allianz ARS Algarve ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Norte AXA Curactiva Fidelidade Future Healthcare Generali Seguros Groupama IASFA Liberty Seguros Lusitania Mapfre Macif Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros PSP SAD PT-ACS RNA SAMS – Centro, Quadros e SIB SãVida Serviços Sociais CGD • SIGIC • Tranquilidade • Trust • Victória Seguros • Zurich
Horários • 8h00 - 20h00
Contactos Telefone: 231 419 340 E-mail: cantanhede@sanfil.pt Site: www.sanfil.pt CONSULTAS Ginecologia Osteopatia Psicologia Otorrinolaringologia Dermatologia Medicina Chinesa Obstetrícia Oftalmologia Nutrição Pediatria Podologia EXAMES Raios-X Endoscopia Colonoscopia Horários Segunda a sexta – 9h – 22h Sábado – 9h – 13h
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Sanfil
Diaton
Casa de Saúde de Santa filomena Morada av. Emídio navarro n.º 8-11, 3000-150 Coimbra GPS 40o 12’ 30’’ n 8o 25’ 52’’ W
Contactos Telefone: 239 851 650 Telemóvel:962 430 399 967 288 398/9 239 829 231 E-mail: sanfil@sanfil.pt Site: www.sanfil.pt Centros de Excelência Sleepcenter Dental Center Centro de Urologia de Coimbra instituto avançado de Urologia Centro de atendimento Clínico Spine Center Centro de Obesidade e M. inovadora Centro de Podologia Centro de Otorrinolaringologia de Coimbra Clínica da Mama Centro de Cirurgia Plástica e Estética Heart Clinic Centro de Hemodiálise Centro de imagiologia Centro do Joelho Serviços / Valências acupuntura anestesiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Dermatologia Gastroenterologia imagiologia Medicina familiar Medicina interna neurocirurgia neurologia Obstetrícia Ortopedia Pediatria Podologia Psiquiatria Reumatologia Urologia e andrologia alergologia Cardiologia Cirurgia Maxilo-facial
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Cirurgia Vascular Endocrinologia Ginecologia Medicina Dentária Medicina física e Reabilitação nefrologia neurofisiologia nutrição Oftalmologia Otorrinolaringologia Pneumologia Psicologia clínica Radioterapia Urologia e andrologia Exames Ressonância Magnética Raios-X TaC Ecocardiograma Ecografia Densitometria Óssea Ortopantomografia Cefalometria Mamografia Teleradiografia Doença do Sono
Morada Edifício Diaton Urb. Espírito Santo, lote 2 Calçada do Gato 3000 Coimbra Contactos Telefone: 239 487 130/1 fax: 239 487 139 Email: info@diaton-coimbra.com.pt Site: www.diaton.pt GPS 40,13’,06’’ n 8,24’,18’’ O Serviços/Valências Ecografia Raios X Ortopantomografia Mamografia TaC Ressonância Magnética Medicina nuclear Densitometria Óssea Endoscopia (com e sem anestesia) Colonoscopia (com e sem anestesia)
Acordos açoreana, aCP, aDMG aDSE, advanceCare allianz, aRS – algarve, Centro, lisboa, Vale do Tejo e norte aXa, Curactiva fidelidade Mundial future HealthCare Generali Seguros, Groupama iaSfa, liberty Seguros lusitania, Mapfre, MaCif, Médis Montepio Geral, Multicare Ocidental Seguros, PSP SaD, PT - aCS Rna, SaMS – Centro, Quadros e SiB SãVida, Serviços Sociais CGD SiGiC Tranquilidade Trust Victória Seguros Zurich Horários • 8h00 - 22h00
Acordos aDMG SnS aDSE Ministério da Justiça Multicare advance Care Serviços Sociais da CGD PT-aCS aDM GnR SaMS ServiMed MedialCare WDa future HealthCare Curactiva Medicare allianz Saúde Horários 08h00 - 20h00
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//URGICENTRO/GASTROCENTRO
Urgicentro Atendimento Urgente Atendimento imediato Em Medicina Geral e enfermagem Especialidades Médicas E Cirúrgicas Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Cirurgia Vascular Clinica Geral Dermatologia Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Medicina no Trabalho Neurologia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia Clínica e Infantil Psiquiatria Terapia da Fala Urologia
Meios Complementares Diagnóstico Rx Tac Ressonância magnética Análises clínicas Ecografia Ecg Acordos e Convenções ADSE MUlTICARE ADVANCECARE MéDIS SAMS CENTRO
SAMS QUADROS SAMS SIB ENTRE MUITOS OUTROS Morada Av. Emídio Navarro, 6 Antigo edifício ACP 3000-150 Coimbra Contactos T. 808 209 328 E. geral@urgicentro.pt S. www.urgicentro.pt
Gastrocentro Serviços Consultas de Gastrenterologia
Horário Segunda-feira a Sábado das 9h às 19h
Exames Endoscopias com e sem anestesia Colonoscopias com e sem anestesia Biópsias Polipectomias
Morada e Contactos T. 800 209 328 Av. Emídio Navarro, 6 - 1º Andar 3000-150 Coimbra gastrocentro@urgicentro.pt www.gastrocentro.pt
Acordos e Convenções SNS ADSE ADVANCECARE AllIANz SAÚDE SERVIçOS SOCIAIS CGD MéDIS MUlTICARE SAMS Sã VIDA IASFA PSP SAD GNR SADQ ENTRE OUTROS
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SERVIÇOS / VALÊNCIAS Consultas: . Urologia Geral . Urologia Oncológica . Litíase Urinária . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Neuro-urologia . Andrologia, Medicina Sexual e Infertilidade . Urologia Pediátrica
EXAMES : . Endoscopia Urológica . Estudos Uro-dinâmicos . Biópsias ecoguiadas: • Próstata • Rins • Bexiga . Exames Imagiológicos: • Ecografias • Uretrografias • Cistografias • TAC • RX • Ressonâncias Magnéticas . Eco – dopller: • Peniano • Testicular e Prostático . Testes de Fertilidade, Função eréctil e outros exames andrológicos . Biopsia de Fusão
Morada Avª Emídio Navarro, 11 2º 3000-150 Coimbra
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ESPECIALIDADES: . Cirurgia minimamente invasiva: • Laparoscopia • Cirurgia Percutânea • Braquiterapia • Criocirurgia • Cirurgia Laser • Cirurgia Endoscópica . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Andrologia . Urologia Pediátrica . Urologia Oncológica . Urologia Reconstrutiva . Litíase Urinária: • Cirurgia Percutânea • Ureterorrenoscopia flexível • Litotricina a Laser NOVIDADE . Tratamento da Disfunção Eréctil com Ultrassons OUTROS SERVIÇOS . Urgência de Prevenção segunda a domingo 24h/dia ACORDOS . Todos os acordos existentes na Sanfil
Contactos Telefone: 239 092 880 Telemóvel: 916 181 224 email: consultas@institutoavancadodeurologia.pt
Horário Segunda a Sábado 10h00 - 13h00 15h00 - 20h00
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Idealmed
Idealmed: unidade hospitalar faz cinco anos sempre a crescer dB-luís Carregã
A IDEALMED é uma referência de excelência na área da saúde ao fim de cinco anos de funcionamento, num momento que fica marcado pelo crescimento dos serviços da Unidade Hospitalar de Coimbra (UHC) e pelo sucesso na vertente da internacionalização, com a construção do hospital privado em Omã, o IDEALMED Muscat Hospital, o primeiro hospital privado em Muscat, de luxo, que envolve um investimento de 70 milhões de euros. Com mais de quarenta valências clínicas a funcionar de forma integrada em Coimbra, a IDEALMED agrega todas as especialidades médicas e cirúrgicas, organizadas em grupos de elevada competência. A qualidade nos cuidados prestados, a relação humana com os pacientes e os seus familiares, a organização dos diferentes serviços, a inovação e a diferenciação tecnológica caracterizam este Grupo. Este projeto de saúde, com características únicas, criou mais de quatrocentos postos de trabalho, disponibiliza mais de meia centena de camas, cinco blocos operatórios e 150 gabinetes médicos. No que diz respeito à oferta diferenciada de especialidades, a IDEALMED-UHC coloca ao dispor dos pacientes um Centro
de Obesidade, um Centro de Diabetes, um Centro de Peritagens Médico-Legais, um Centro de Dermoestética, um Centro de Oncologia Médica, um Centro de Medicina de Reprodução e a única Maternidade privada da Zona Centro, a Maternidade IDEALMED. Possui ainda uma Unidade de Oftalmologia com equipamentos únicos no país e um Departamento de Imagiologia que constitui uma referência nacional e internacional, com meios complementares de diagnóstico laboratoriais e de imagem de última geração. A Unidade Hospitalar de Coimbra disponibiliza um serviço de Atendimento Médico Permanente (24 horas/7 dias por semana). O IdealHeartLab (Cardiologia), a Unidade da Coluna, a Unidade do Joelho e a Cirurgia Reconstrutiva constituem ainda áreas de referência a nível nacional e internacional. A IDEALMED agrega valências clínicas e profissionais de referência da região que, pela sua experiência e know how reconhecido e comprovado, se associaram a um projecto de saúde altamente diferenciado com o objectivo de criar um cluster de excelência no sector da saúde. A estrutura hospitalar aposta na diferenciação e elevação da qualidade dos serviços prestados,
mas garante um acesso acessível e transversal a toda a população, através dos acordos existentes, não apenas globalmente, enquanto unidade hospitalar, como também nas diversas estruturas autónomas que integram a IDEALMED. Em múltiplas áreas, esses acordos incluem, nomeadamente as entidades seguradoras, os subsistemas de saúde e o Serviço Nacional de Saúde. A IDEALMED desenvolveu o seu próprio sistema de acesso da população à estrutura, a baixo custo e de grande comodidade, através dos planos de saúde IDEALCARE. Unidade 5 estrelas A IDEALMED - Unidade Hospitalar de Coimbra (UHC) tem sido reconhecida pela Entidade Reguladora da Saúde - ERS, como a unidade privada melhor posicionada a nível nacional, com várias áreas de excelência clínica. A IDEALMED dispõe ainda das seguintes Unidades, localizadas na região Centro: IDEALMED Clínica Solum (Coimbra), IDEALMED Clínica Pombal, IDEALMED Ponte Galante (Figueira da Foz) e IDEALMED Clínica Cantanhede.
DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Morada Praceta Prof. Robalo Cordeiro - Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra Contactos Telefone 239 096 900 Fax 239 091300 - E-mail uhc@idealmed.pt
Horários Telefone: 24h por dia
Valências Centro de Competências Atendimento a Sinistrados Centro de Diabetes Clínica do Pé Clínica do Sono Dermoestética Fisioterapia Idealheartlab Materno Infantil Oncologia Médica Peritagens Médico Legais Perturbações Alimentares Tratamento da Obesidade Unidade da Coluna Unidade do Joelho
Áreas Clínicas Acupuntura Alergologia e Pneumologia · CEDRA Análises Clínicas · Laboratório S. José Anestesiologia Atendimento Médico Permanente Cardiologia Cirurgia Cardiotorácica Cirurgia Geral Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética Cirurgia Reconstrutiva · ICR Cirurgia Vascular Dep. de Imagiologia · Imacentro Dermatologia e Venereologia Endocrinologia Gastrenterologia · Endocentro Ginecologia e Obstetrícia · IMIC Medicina da Dor Medicina da Reprodução · Ferticentro Medicina Dentária Medicina Desportiva Medicina Física e de Reabilitação Medicina Geral e Familiar Medicina Interna Medicina Nuclear · Imacentro Neurocirurgia Neurofisiologia Neurologia Neuropediatria Nutrição Clínica Oftalmologia
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Oftalmologia · UOC Ortopedia Ortopedia Oncológica Otorrinolaringologia Pediatria Podologia Psiquiatria e Psicologia · Stressidades Reumatologia Terapia da Fala Urologia Acordos AAC/OAF ACP ADSE Advancecare Allianz APP-CDI´s APPDA Associação Olhar 21 ASSP Cáritas Diocesana CEFA Colégio Rainha Santa Isabel DNA (Dance N´Arts) FEUC - Clube MBA Fidelidade – Sinistralidade Fidelidade Cares FNE Future Healthcare (Saude Prime) IASFA/ADM IDEALCARE ISCAC Lusitânia Mapfre Medicare Médis Montepio Geral - AM Multicare Ocidental Ordem dos Advogados (Conselho Distrital Coimbra) Ordem dos Arquitetos - Secção Regional Norte Advancecare Plural Previdência Portuguesa RNA Medical SAD/GNR SAD/PSP SAMS CENTRO SAMS QUADROS SAMS SIB SCMC Sindicato dos Funcionários Judiciais SINTAP SSCGD SSGNR SSPSP STFPSC TK – Glamhealth Tranquilidade
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Morada FreixialShopping, loja 25 - lugar do Freixial 3060-228 Cantanhede
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//idealmed
Contactos Telefone 231 027 053 - e-mail clinicacantanhede@idealmed.pt
Contactos Telefone 236 217 090 Fax 236 217 091 - e-mail clinicapombal@idealmed.pt
Horários Segunda a Sexta: 9h – 13h ; 14h – 20h Sábado: 9h – 13h
Horários Segunda a Sexta: 9h – 13h ; 14h – 20h Sábado: 9h – 13h
Valências Áreas Clínicas Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Vascular dermatologia medicina da dor Ginecologia/Obstetrícia Gastrenterologia medicina dentária medicina Geral e familiar Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Podologia Psicologia Psiquiatria Terapia da Fala Urologia
Valências Áreas Clínicas acupuntura Cirurgia Vascular Fisioterapia aTm medicina dentária medicina Geral e Familiar Psicologia Terapia da Fala
Acordos aaC / OaF aBC aCP adSe almedina aNai aPBC aPP – Cdi’s aPPda associação Olhar 21 aSSP Cáritas diocesana CeFa Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa isabel dNa (dance N’arts) FeUC – Clube mBa FNe Future Healthcare Grupo lena iaSFa/adm idealcare integrar iSCaC medicare montepio Geral – am morangos myos Ordem dos advogados Ordem dos arquitetos - Secção Regional Norte advancecare Previdência Portuguesa Sad / GNR Sad / PSP SiNTaP SamS QUadROS SS – GNR SamS SiB SS – PSP SCmC STFPSC SePleU Vigor da mocidade SFJ
Acordos aaC/OaF aBC aCP adSe almedina aNai aPBC aPP – Cdi’s associação Olhar 21 aSSP aPPda Cáritas diocesana CeFa Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa isabel dNa (dance N’arts) FeUC – Clube mBa FNe Future Healthcare Grupo lena iaSFa/adm idealcare integrar iSCaC mediacare montepio Geral – am morangos
myos Ordem dos advogados Ordem dos arquitetos - Secção Regional Norte advancecare Previdencia Portuguesa Sad / GNR Sad / PSP SamS QUadROS SamS SiB SCmC SePleU SFJ SiNTaP SS – GNR SS – PSP STFPSC Vigor mocidade
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Morada av. Heróis do ultramar, 30 - 3100-462 Pombal
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Morada Rua alto do Viso, nº50 R/C - 3080-164 Figueira da Foz
Contactos Telefone 233 411 410 - Fax 233 418 944 e-mail clinicapontegalante@idealmed.pt Horários Segunda a Sexta: 8h30 – 21h - Sábado: 9h – 13h
Valências Áreas Clínicas acupuntura audiologia Campos Visuais Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Vascular dermatologia endocrinologia Fisiatria Gastroenterologia Ginecologia/Obstetrícia medicina dentária medicina Geral e Familiar Neurocirurgia Neurologia Nutrição Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Podologia Pedopsiquiatria Perturbações da Fala Psicologia Psiquiatria Reumatologia Terapia da fala Urologia Fisioterapia
Acordos aaC/OaF aBC aCP adSe advanceCare allianz almedina aNai aPBC aPP – Cdi’s aPPda associação Olhar 21 aSSP Cares Cáritas diocesana CeFa Clube Tiro e Sport Col. Rainha Santa isabel dNa (dance N’arts) FeUC – Clube mBa
FNe Future Healthcare Grupo lena iaSFa/adm idealcare integrar iSCaC iSP medicare médis montepio Geral – am morangos multicare myos Ordem dos advogados Ordem dos arquitetos advancecare Previdencia Portuguesa RNa medical Sã Vida (edP)
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Sad/GNR Sad/PSP SamS Centro SamS Quadros SamS SiB SCmC Secção Regional Norte SePleU SFJ SiNTaP SS – CGd SS – GNR SS – PSP STFPSC TK- GlamHealTH Vigor da mocidade
Morada Praça 25 de abril, nº3 3030-322 Coimbra
Contactos Telefone 239 780 450 Fax 239 780 409 e-mail clinicasolum@idealmed.pt
Horários Segunda a Sexta: 9h – 20h Sábado: 9h – 13h
Valências Áreas Clínicas Terapia da Fala medicina dentária medicina Geral e Familiar
Acordos aaC/OaF aBC aCP adSe advancecare almedina aNai aPBC aPP – Cdi’s aPPda associação Olhar 21 aSSP Cáritas diocesana CeFa Clube Tiro e Sport Colégio Rainha Santa isabel dNa (dance N’ arts) FeUC – Clube mBa FNe Future Healthcare Grupo lena iaSFa/adm idealcare integrar iSCaC medicare montepio Geral – am morangos myos Ordem dos advogados Ordem dos arquitetos - Secção Regional Norte Previdência Portuguesa Sad / GNR Sad / PSP SamS QUadROS SamS SiB SCmC SePleU SFJ SiNTaP SS – GNR SS – PSP STFPSC Vigor da mocidade
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SERVIÇOS / VALÊNCIAS Consultas: . Urologia Geral . Urologia Oncológica . Litíase Urinária . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Neuro-urologia . Andrologia, Medicina Sexual e Infertilidade . Urologia Pediátrica
EXAMES : . Endoscopia Urológica . Estudos Uro-dinâmicos . Biópsias ecoguiadas: • Próstata • Rins • Bexiga . Exames Imagiológicos: • Ecografias • Uretrografias • Cistografias • TAC • RX • Ressonãncias Magnéticas . Eco – dopller: • Peniano • Testicular e Prostático . Testes de Fertilidade, Função eréctil e outros exames andrológicos . Biopsia de Fusão
Morada Praceta Professor Robalo Cordeiro Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra
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ESPECIALIDADES: . Cirurgia minimamente invasiva: • Laparoscopia • Cirurgia Percutânea • Braquiterapia • Criocirurgia • Cirurgia Laser • Cirurgia Endoscópica . Incontinência Urinária e Pavimento Pélvico . Andrologia . Urologia Pediátrica . Urologia Oncológica . Urologia Reconstrutiva . Litíase Urinária: • Cirurgia Percutânea • Ureterorrenoscopia flexível • Litotricina a Laser NOVIDADE . Tratamento da Disfunção Eréctil com Ultrassons OUTROS SERVIÇOS . Urgência de Prevenção segunda a domingo 24h/dia ACORDOS . Todos os acordos existentes na Idealmed
Contactos Telefone: 239 096 900 Telemóvel: 910 681 515 email: iau@idealmed.pt
Horário Segunda a Sábado 10h00 - 13h00 15h00 - 20h00
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//ClíniCa OftalmOlógiCa JOaqu
Clínica Oftalmológica J. mira Coimbra Correção da miopia, hipermetropia e do astigmatismo com o laser excimer (lasik) ou com lentes intraoculares
Unidade Médico-Cirúrgica especializada em Oftalmologia, liderada por Joaquim Mira
Clínicas Joaquim Mira A Miopia, a Hipermetropia e Astigmatismo condicionam a vida das pessoas com impacto negativo a nível social e profissional. Joaquim Mira, cirurgião oftalmológico, é pioneiro na utilização do Laser Excimer (LASIK) desde há quase de 20 anos, e defende que, na atualidade, é possível restabelecer a visão do paciente, sem necessitar de usar óculos, de forma célere, com anestesia local e “praticamente sem dor”, através da cirurgia por laser ou com o implante de uma lente dentro do olho. Lasik Regista Elevadas Taxas De Sucesso Efetivamente, o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e dos materiais utilizados pela Oftalmologia tem permitido registar avanços notórios, refletindo-se no aumento da segurança dos procedimentos e da previsibilidade dos
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seus resultados. Pessoas que veem mal devido à Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo, e necessitam de usar óculos ou lentes de contacto, podem recorrer à cirurgia a laser para efetuar a sua correção, e passar a ver bem sem óculos ou lentes de contacto em cerca de 98% dos casos tratados, melhorando a qualidade de vida. Indicação do Lasik O LASIK, sendo uma cirurgia minimamente invasiva, é praticamente indolor e está especialmente indicado para pessoas entre os 20 e os 50 anos. A recuperação pósoperatória é rápida. A maioria dos doentes manifestam grande melhoria de visão no dia seguinte à realização da cirurgia. Em alguns casos, a visão pode ficar menos nítida,
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ICA JOAQUIM MIRA
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cirurgia e deve esclarecer as dúvidas com o seu Médico Oftalmologista. Nos estudos estatísticos dos olhos intervencionados há mais de 10 anos, através do LASIK, regista -se que 98% dos doentes operados ficaram a ver bem sem óculos nos primeiros anos após a cirurgia e mais de 90% dos pacientes operados há mais de 10 anos continuam com boa acuidade visual sem necessitar de óculos. Para além dos inequívocos benef ícios para o bem estar do paciente, esta técnica apresenta uma vantagem económica a médio-longo prazo, uma vez que, em regra, o paciente não necessitará de recorrer à compra de óculos ou lentes de contacto. Assim, só menos de 5% dos operados necessitará de usar óculos no computador ou a conduzir à noite.
flutuante, durante algumas dias, se a pessoa tiver o olho seco. Após esse período, os pacientes passam a ver bem e podem retomar normalmente o seu quotidiano melhorando a sua qualidade de vida. Lasik é uma cirurgia segura A cirurgia é segura, sendo muito raro o aparecimento de complicações, porém podem existir, como em qualquer
Correção de altas miopias entre 7 e 25 dioptrias com lente intraocular Em altos míopes, entre 7 e 25 dioptrias, a cirurgia por laser não está indicada, mas poderá então recorrer-se à colocação de diferentes tipos de lentes intraoculares. O implante de uma lente no olho, de forma permanente, reduz a necessidade de recurso aos óculos ou lentes de contacto. Com resultados altamente previsíveis, esta técnica, à semelhança do Lasik, tem registado níveis categóricos de sucesso.
CORRECÇÃO POR LASER (LASIK) OU LENTE 43372
MIOPIA, ASTIGMATISMO E HIPERMETROPIA
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Morada Rua da Sofia, 158 3000-059 Coimbra T:239851770 F:239833379 E-mail: sophiaclinica@crc-csc.pt www.crc-csc.pt Valências CLÍNICA MÉDICA Atendimento Permanente 09,00-21,00h (dias úteis) Consulta Externa Cardiologia Cirurgia Cirurgia plástica e Reconstrutiva Dermatologia Diabetes, obesidade e nutrição Fisiatria Gastroenterologia Ginecologia hematologia Clínica Medicina Dentária
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Sophia ClíniCa
Medicina Geral e Familiar Medicina interna oftalmologia oncologia Médica ortopedia e Traumatologia otorrinolaringologia pneumologia psicologia Clínica psiquiatria Reumatologia Terapia da Fala Urologia Internamento Medicina Medina interna Cuidados oncológicos hematologia Clínica Cardiologia Gasteroenterologia pneumologia CLÍNICA CIRÚRGICA Cirurgia Geral
Cirurgia plástica e Reconstrutiva Cirurgia Vascular Dermatologia Ginecologia neurocirurgia oftalmologia ortopedia otorrinolaringologia Urologia MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO análises Clínicas patologia Clínica imagiologia Cardiologia pneumologia Gastrenterologia (exames com e sem sedação)
ozonoterapia TRANSPORTE DE DOENTES Acordos aCp açoreana aRS (imagiologia, Exames Gastrenterologia, SiGiC) CTT-Médis Fidelidade Médis Multicare ocidental pT-Multicare SaMS Sãvida SSCGD SSGnR paridade aDSE
TRATAMENTOS Medicina Física e Reabilitação
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICA INÊS NINA
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Clínica Dentária Drª Inês Nina Avenida Dr. Mendes Silva 289 3030-193 Coimbra Directora Clínica Drª Inês Nina Equipa clínica Drª Inês Nina Dr Nuno Sampaio Dr Tony Rolo Drª Rita Reis Drª Betânia Alves Drª Joana Nunes valências Estética Dentária Implantologia Odontopediatria Reabilitação Oral Ortodontia Cirurgia Avançada cartão família, para uma família feliz! onde day clinic, neste dia o seu sorriso é a nossa prioridade! clinica certificada invisalign & Myobrace contactos & Horário www.clinicainesnina.pt 239050311 / 929115674 Segunda à sexta das 9h30 às 20h30 Sábado das 9h3 às 13h30 Serviço de urgência disponivel no horário de funcionamento da clínica Acordos Cheque dentista Medicare SAMS Quadros Ordem dos Enfermeiros Ordem dos Farmacêuticos Comunidade EDP APCC Conservatório de Música de Coimbra Sindicato dos Professores da Região Centro Centro de Reabilitação de Coimbra Ordem Social das Franciscanas Missionárias de Maria Cáritas Diocesana de Coimbra A. Batista de Almeida CCD Sapadores de Coimbra
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PRESTAÇÃODE DESERVIÇOS SERVIÇOS//Spine Center PRESTAÇÃO 61125
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Spine Center
Cirurgia inovadora
à coluna realizada pela primeira vez em Coimbra Foi realizada no início do mês de maio, no Spine Center, em Coimbra, uma extracção de uma hérnia discal por via extra foraminal guiada por navegação. Trata-se de uma técnica nunca antes realizada em Portugal para um problema que afecta hoje 30 a 60% dos adultos. Com esta técnica é possível retirar a hérnia discal que comprime a raiz nervosa de um doente, por via minimamente invasiva guiada por navegação, garantindo que um paciente tenha alta em menos de 24 horas e que recupere a sua atividade profissional em menos de 1 mês. A hérnia de disco atinge, principalmente, pessoas entre 30 e 50 anos e é originada pela retração da musculatura dos membros inferiores e da região lombar, o que provoca sobrecarga e degeneração do disco intervertebral. Este problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. Luís Teixeira, o cirurgião que conduziu o procedimento, explica: “Com esta técnica não há sequer necessidade de entrarmos dentro do canal vertebral dado que é uma abordagem diferente feita por via postero -lateral. A utilização da navegação permite efectuar uma incisão de reduzidíssimas dimensões, localizar perfeitamente o nível, e fazer uma progressão até à hérnia por fora da coluna entrando pelo foramen, afastando as estruturas nervosas e retirando a hérnia de disco.”Com esta técnica assegura-se um alto ri-
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ConTaCToS CoiMBra (SEdE) AV. EmídiO NAVArrO Nº 17 – 5º ESq. 3000-150 COimbrA T. 239 098 665 | TLm. 915 005 400 LiSBoa AV. SidóNiO PAiS Nº 14 – r/C ESq. 1050-214 LiSbOA T. 211 359 754 | TLm. 915 005 400 viSEu r. dA árVOrE Nº 10 – r/C ESq. 3500-085 ViSEu T. 232 094 294 | TLm. 915 005 400 guarda r. CALOuSTE GuLbENkiAN, b3 6300-670 GuArdA T. 271 211 416 | TLm. 915 005 400 FunCHaL r. NOVA dO VALE dA AjudA Nº 16 9000-720 FuNChAL T. 291 721 370 | TLm. 915 005 400 www.spinecenter.pt
gor e elevada segurança, “não fica fibrose dentro do canal e não se manipulam as estruturas nervosas que existem dentro do canal vertebral, sendo portanto vantajoso”, conforme destaca o especialista. Spine Center com 4 novas unidades O mesmo serviço, o mesmo apoio e sempre o mesmo empenho profissional é a promessa do Spine Center onde quer que esteja. Lisboa, Guarda, Viseu e Funchal juntaram-se à unidade original, em Coimbra, com um único objetivo: promover a proximidade e conforto de centenas de pessoas de todo o país que já confiavam e procuravam esta equipa.
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Spine Center Contactos Coimbra (Sede) - Casa de Saúde de Santa Filomena Avenida Emídio Navarro Nº 17 – 5º Esquerdo - 3000-150 Coimbra Tel. 239 098 665 - Tlm. 915 005 400 Guarda - Rua Calouste Gulbenkian, B3 6300-670 Guarda Tel. 271 211 416 | Tlm. 967 100 900 Lisboa - Av. Sidónio Pais, n.º 14, R/C Esq. 1050 – 214 Lisboa Tel. 211 359 754 / Tlm. 915 005 400 Funchal - Rua Nova do Vale da Ajuda, 16 9000-720 Funchal Tel. 291 721 370 / Tlm. 915 005 400 Viseu - Rua da Árvore nº 10 3500-657 Viseu Tel. 232 094 294 / Tlm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt Site: www.spinecenter.pt Horários 2ªf a 6ªf das 9h às 18h Serviços Patologias • Abaulamento Discal • Degenerescência Facetária
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• Espondilolistesis • Estenose do canal vertebral • Hérnia de disco e Degenerescência Discal • Escoliose • Cifose • Fractura osteoporótica • Fractura de origem traumática • Lesão tumoral da coluna vertebral Cirurgias • Cirurgia da hérnia discal e da compressão nervosa • Cirurgia por neuronavegação • Artrodese da coluna vertebral • Artroplastia do disco intervertebral • Fixação Dinâmica da coluna lombar • Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas Especialidades • Ortopedia • Neurocirurgia • Neurologia • Anestesiologia • Medicina Interna • Reumatologia Terapêutica da Dor • Dor de origem discal • Dor com origem nas raízes nervosas • Dor de origem facetaria • Outros procedimentos para dores crónicas da coluna
Acordos • ADSE • ADMG • IASFA • PSP SAD • Muticare PT ACS • Sams Centro • Sams Quadros • Sams SIB • Sãvida • Serviços Sociais da CGD • ACP • Açoreana • AdvanceCare • Allianz • Allianz Saúde • Axa • Fidelidade • Future Healthcare • Generali Seguros • Groupama • Liberty Seguros • Lusitânia • Macif • Mapfre • Médis • Montepio Geral • Multicare • Ocidental Seguros • Tranquilidade • TRUST • Victoria Seguros • Zurich
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Clínica Particular de Coimbra SERVIÇOS
Clínica Particular de Coimbra Serviço de qualidade personalizado Focada na excelência e qualidade dos serviços prestados aos seus clientes, a Clínica Particular de Coimbra, inaugurada há aproximadamente cinco anos, é reconhecida pelo seu corpo clínico e restante equipa, com as mais modernas instalações e com os mais recentes equipamentos médico-cirúrgicos, permitindo disponibilizar um serviço personalizado e de grande proximidade com os seus clientes. Dispondo de todos os acordos com seguros e subsistemas de saúde, nomeadamente SIGIC e ADSE, esta Unidade Privada de Saúde encontra-se dotada com quatro das melhores salas cirúrgicas da região Centro. Tendo como maior enfoque a área cirúrgica, na qual foi e continua a ser pioneira em tratamentos do foro oncológico, a Clínica Particular de Coimbra presta também todo o tipo de cuidados de saúde na área da Imagiologia, análises clínicas, gastrenterologia e consultas médicas de especialidade. Morada Rua Camilo Pessanha, nº 1 3000-600 Coimbra (ao Hosp. Pediátrico) Coordenadas GPS: N 40º 13’22.4’’W 8º 24’57.3 Contactos Telefone Geral: 239 700 720 Fax: 239 700 721 E-mail Geral: geral@cpcsaude.pt Consultas/Exames: Telefone: 239 700 730 Fax: 239 700 721 E-mail: consultas@cpcsaude.pt Imagiologia: Telefone: 239 700 725 Fax: 239 700 726 E-mail: imagiologia@cpcsaude.pt Site: www.cpcsaude.pt Especialidades Médico-Cirurgicas Anatomia Patológica Anestesiologia Angiologia e Cirurgia Vascular Cardiologia Cirurgia Cardiotorácica Cirurgia Geral Cirurgia Maxilo-Facial
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Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética Dermato-Venereologia Endocrinologia e Nutrição Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Imunoalergologia Imunohemoterapia Medicina Física e de Reabilitação Medicina Geral e Familiar Medicina Interna Neurocirurgia Neurologia Neurorradiologia/Radiologia Oftalmologia Oncologia Médica Ortopedia Ortopedia Infantil Otorrinolaringologia Pneumologia Psiquiatria Psicologia Urologia
Unidades: Mama, Cabeça e Pescoço Oncologia Neurocirurgia Urologia Meios Complementares de Diagnóstico Serviço de Imagiologia RX TAC Ecografia Serviço de Gastrenterologia Endoscopia Digestiva Colonoscopia Exames de Gastrenterologia Tratamentos diferenciados Braquiterapia prostática Braquiterapia mamária (IORT)
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//Clínicas Leite
Clínicas Leite Oftalmologia de ponta em Coimbra As Clínicas Leite foram pioneiras, em Portugal, na introdução da cirurgia for Laser Eximer e em produtos com LIO’s (Lentes Intra-Oculares) difrativas ou viscoelásticos de alta densidade As Clínicas Leite nasceram há mais de duas décadas com o objetivo de serem uma referência na área da saúde privada, fornecendo serviços de excelência e perspectivando o seu crescimento a outras especialidades clínicas que se destaquem pela sua inovação. A filosofia das Clínicas Leite distingue-se das demais pelo conceito na disponibilização de um serviço global numa única visita, pois para além da consulta, o doente poderá realizar os seus exames complementares de diagnóstico e efetuar os tratamentos médico-cirúrgicos ou de laser necessários à sua condição oftalmológica, obtendo toda a informação/tratamento numa única deslocação à clínica.
Clínicas Leite, Lda Moradas Estádio Cidade de Coimbra, Rua D. Manuel I nº 4 3030-320 Coimbra Edifício Ecrã - Alameda dos Oceanos - Rua Sinais de Fogo nº 6 Parque das Nações - 1990-196 Lisboa
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Valências Oftalmologia Consultas Exames complementares Microcirurgia Ocular Tratamentos laser Medicina Geral e Familiar Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Plástica Medicina Estética Psiquiatria Psicologia Dificuldades de Aprendizagem Fisioterapia Acupuntura
Contactos E-mail geral@clinicasleite.pt Telefones: 239853450 218939030
Horário 09h às 18h
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ENSINO
Faculdades e esco apostam na interna
As instituições de ensino da área da saúde em Coimbra estão a participar ca no estrangeiro. Partindo do princípio de que o conhecimento não tem fronteir
A
recente entrada da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) – em consórcio com o Centro Hospitalar e Universitário (CHUC) – na M8 Alliance projetou a patamares internacionais o ensino e a investigação realizada em Coimbra no setor da saúde. Assim, Portugal passou a fazer parte de um grupo de 21 países que detêm centros académicos de Medicina, universidades e academias nacionais que constituem uma rede mundial colaborativa de investigação de excelência e assistência de alta qualidade. Aliás, a procura da internacionalização, nomeadamente através da mobilidade de alunos e docentes, é um esforço que todas as instituições superiores da área da saúde na cidade estão a fazer. Por exemplo, o Gabinete de Relações Internacionais da FMUC acaba de realizar o primeiro “Erasmus Staff Week”, a decorrer de 6 a 9 de junho, acolhendo 18 representantes de 14 faculdades de medicina europeias, da Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Itália ou Espanha, a que se acrescentam outras de países do Leste Europeu. Em geral, “grande parte das atividades de ensino e investigação da Universidade de Coimbra tem lugar no âmbito de uma extensa rede de contactos e parcerias
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internacionais com instituições de ensino superior de todo o mundo”, refere a Divisão de Relações Internacionais da UC no seu site. Neste sentido, também a Faculdade de Farmácia (FFUC) tem vindo a estabelecer, entre outros, diversos acordos bilaterais Erasmus+ com dezenas de instituições da União Europeia, considerando que “a mobilidade académica para os seus alunos é fortemente incentivada”. Aliás, a instituição tem mesmo um programa designado “outgoing and incoming”. Neste contexto, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra permite a validação de semestres e anos de estudo completados numa universidade estrangeira, no âmbito do Programa Erasmus. As universidades estrangeiras com ligações à FFUC, através dos programas de mobilidade Erasmus, são alemãs (2), belgas (3), espanholas (12), francesas (8), gregas (1), italianas (3), inglesas(2) e checa (1). Alunos estrangeiros são, ainda assim, uma pequena fatia dos 960 estudantes no curso de Ciências Farmacêuticas, complementado pelos quase 200 que frequentam as licenciaturas em Ciências Bioanalíticas e Farmácia Biomédica. Do outro lado do rio Mondego, são18 os acordos com instituições do ensino superior da Europa desenvolvidos pela Escola Superior de Tecnologia de Saúde (ESTeSC). Destaca-se a forte presença de espanhóis a estudar nesta instituição, que se candidatam diretamente
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escolas superiores
rnacionalização à ESTeSC, mas também brasileiros e outros alunos de países lusófonos. Juntamente com o contigente nacional, são 1.300 os alunos a frequentar nove licenciaturas da ESTeSC: Audiologia, Ciências Biomédicas Laboratoriais, Dietética e Nutrição, Engenharia de Segurança do Trabalho, Farmácia, Fisiologia Clínica, Fisioterapia, Imagem Médica e Radioterapia e Saúde Ambiental. Acrescem quatro mestrados e duas pós-graduações. Com um dos dois polos a funcionar paredes-meias com a ESTeSC, a Escola Superior de Enfermagem (ESEnfC) afirma-se como a maior do país nesta área de ensino, contabilizando cerca de 2.100 alunos e acolhendo quase centena e meia de estudantes estrangeiros em mobilidade. 8.500 estudantes de saúde em Coimbra Na realidade, entre estudantes nacionais e estrangeiros registam-se anualmente cerca de 8.500 matrículas simultâneas em todos cursos de licenciatura, mestrados e doutoramentos nas áreas da saúde em Coimbra, sendo que a esmagadora maioria dos alunos frequenta as duas faculdades e as duas escolas superiores referidas. A estes juntam-se os alunos de doutoramento e os investigadores do consórcio Centro de Neurociências/Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (CNC/IBILI) e do ICNAS (Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à
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Saúde), num número superior a meio milhar. Outras três instituições do ensino superior público em Coimbra ministram cursos ligados à saúde, como são os casos da Faculdade de Economia (Mestrado em Gestão e Economia da Saúde) e Faculdade de Ciências e Tecnologia (Engenharia Biomédica e Química Medicinal), bem como o Instituto Superior de Engenharia (ISEC), onde funciona o curso de Engenharia Biomédica, ramo de Bioeletrónica, e o mestrado em Instrumentação Biomédica. O número de inscritos no conjunto destes cursos ronda os 600 alunos. A Faculdade de Medicina conta, atualmente com pouco menos de dois mil alunos em Medicina e outros 230 alunos em Medicina Dentária. São mestrados integrados, a que se acrescentam mestrados específicos regulares, que fazem parte da formação pós-graduada. Refira-se que no ano letivo 20017/18 não será lecionado o mestrado de Medicina Legal e Ciências Forenses. Em relação aos cursos de especialização pós-graduada, há sete cursos previstos para 2017/2018, menos três do que no ano letivo anterior, uma vez que não abrem os cursos de Medicina da Dor, Medicina do Trabalho e Qualidade e Segurança em Cuidados de Saúde. | António Rosado
Ensino
participar cada vez mais em programas de mobilidade de alunos e docentes tem fronteiras, as parcerias ao nível da mobilidade têm vindo a multiplicar-se
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ENSINO//OPiniãO ESTeSC
Jorge Conde Ensino superior de Saúde português é dos mais conceituados da Europa
O
ensino superior de saúde português é dos mais conceituados e apetecíveis da Europa. Prova disso é a procura que médicos, enfermeiros e profissionais das tecnologias da saúde portugueses têm em toda a Europa. Com cursos no sub-sistema de ensino universitário e no sub-sistema politécnico (divisão inexplicável para a realidade dos nossos dias), a saúde tem em ambos, regimes especiais com cursos de duração superior à da maioria das outras áreas de formação. Sobre a medicina e a enfermagem, a sociedade tem a noção do que se vai passando, com uma formação de qualidade, que permite a colocação de todos os profissionais que se formam, ainda que alguns tenham de procurar um lugar na Europa ou no Mundo. Já sobre as licenciaturas da área das tecnologias da saúde, grande parte dos cidadãos tem apenas uma ideia ténue da realidade. Estes cursos, com 4 anos de duração, lecionados no sistema politécnico pelas escolas superiores de tecnologia da saúde, formam um vasto conjunto de profissionais onde se incluem os técnicos de análises clínicas, de anatomia patológica, de farmácia, de radiologia, de radioterapia, de medicina nuclear, de saúde ambiental, de ortóptica, de ortoprotesia, audiologistas, cardiopneumologistas, neurofisiologistas, dietistas/nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas
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da fala, higienistas orais e protésicos dentários. Este ensino teve, desde 1980, com a criação de escolas autónomas, um incremento de nível grande, nomeadamente porque à época passaram para 3 anos de duração.
Prova disso é a procura que têm, no espaço europeu, médicos, enfermeiros e profissionais das tecnologias da saúde portugueses, afirma Jorge Conde, presidente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC)
Tendo ficado fora do sistema de ensino politécnico (tal como a enfermagem, que só seria incluída em 1988), só em 1993 foram reconhecidos e incluídos neste sub-sistema ao nível do bacharelato. Daí para cá têm vindo em crescendo, com a passagem a licenciatura bi-etápica em 2000 e com licenciatura de 4 anos em 2008. Hoje o espaço é já para mestres nas diversas áreas e há mesmo já doutorados em áreas afins, pelas mais prestigiadas universidades nacionais e europeias. O ensino tem sido um motor de desenvolvimento destes profissionais, com a elevação dos conhecimentos e das competências que adquirem e lhes permite que integrem no dia-a-dia equipas multi-disciplinares de grande complexidade ao nível dos hospitais. A empregabilidade é alta e a procura de profissionais portugueses atingiu uma dimensão interessante, com ofertas de trabalho na Europa, em África, na Austrália e no continente Americano. Este é no entanto, um grupo, cuja afirmação perante os diversos atores do poder (em Portugal) não tem sido fácil e cujo reconhecimento sócio-profissional não é o acertado, nomeadamente com a falta de adequação do estatuto profissional, ao estatuto académico. Tal lacuna, é também resultado da falta de reconhecimento social, já que grande parte dos cidadãos, que utilizam os serviços de saúde, não sabem ainda reconhecer quando estão perante um destes profissionais e podem mesmo
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Arquivo-Luís Carregã
Jorge Conde, presidente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra
ser com facilidade enganados, em determinados serviços onde ainda é possível encontrar curiosos, a desempenhar determinados atos mais simples. Felizmente no serviço nacional de saúde já não é possível, que tal aconteça e mesmo fora dele, começam a ser muito raros os casos. Com o avançar do tempo, a sociedade civil irá naturalmente identificar cada vez com mais facilidade estes profissionais, o que lhes trata o reconhecimento que tem faltado quer pelos pares que com eles trabalham, quer pela sociedade científica e isso só pode ser benéfico para os doentes que diariamente procuram os serviços de saúde. A elevada competência, associada à especialização que a prática diária fornece, são um garante de que o doente só pode
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sair a ganhar. Em Coimbra, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde (Politécnico de Coimbra), que é uma das três primeiras do país, forma 12 das 18 profissões do grupo e tem-se pautado por um trabalho de reconhecido valor. Com laboratórios de excelência, um corpo docente especializado, cada vez mais academicamente qualificado e instituições parceiras de referência, a escola está a entrar numa nova era, onde a aposta na investigação e na divulgação do conhecimento, serão os fatores de desenvolvimento dos próximos anos. Coimbra, capital do conhecimento, da saúde e de uma região onde envelhecer ativamente é um dos pontos de investimento dos próximos anos, deve saber capitalizar toda a capacidade instalada
nas diversas escolas e instituições, para criar uma marca distintiva que pode potenciar a sua procura e o seu desenvolvimento. É pois necessário e imperioso que sejam criadas as condições para esse trabalho conjunto, longe das tradicionais “quintas”, tão próprias e frequentes no nosso país. O reconhecimento individual de que as escolas e as instituições de saúde já gozam, só pode ser potenciado por um trabalho conjunto de integração de conhecimento, de saber e de fazer que fará com que o todo seja maior que a soma das partes. E mesmo em concorrência, é possível encontrar complementaridade e espaço para essa partilha, que coloque a excelência do ensino e da prestação de serviços de saúde como mais um motor do desenvolvimento regional.
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ENSINO//ENTREVISTA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERS
Duarte Nuno Vieira, diretor da Faculdade de Medicina de Coimbra
Duarte Nuno Vieira “Uma faculdade de excelência deve apostar fortemente na investigação” As novas instalações da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) no Polo III ainda não estão concluídas e já se afiguram desadequadas. “A perspetiva de crescimento da Universidade foi errada”, considera Duarte Nuno Vieira, diretor da FMUC
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A UNIVERSIDADE DE COIMBRA No seu percurso de afirmação como uma referência nacional, quais são as áreas em que aposta a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)? Uma Faculdade de Medicina de vanguarda tem que se preocupar e investir em áreas que vão para além do ensino e da formação avançada altamente especializada. O envolvimento apenas no ensino conduz à estagnação de qualquer instituição universitária. É hoje indiscutível que uma Faculdade que queira atingir níveis de excelência, deve envolver-se não apenas na atividade pedagógica, mas apostar também fortemente na investigação científica e na prestação de serviços. E todos os seus serviços e unidades, bem como todos aqueles que nela trabalham, devem concretizar atividade nestes diversos domínios e serem avaliados em função a sua ação nestas diversas vertentes. A FMUC está consciente da importância da investigação, como elemento diferenciador, de reconhecimento e de afirmação de uma Escola Médica e de que a investigação deve constituir uma prioridade para qualquer Faculdade que queira assumir por inteiro a sua dimensão universitária. A prestação de serviços especializados à comunidade constituiu, por outro lado, uma dimensão de abertura da Escola à sociedade e de proximidade aos cidadãos, bem como uma rentabilização dos seus recursos humanos e tecnológicos que beneficia também diretamente a população. Do ponto de vista assistencial e docente, a FMUC apoia e acarinha todas as áreas do mesmo modo. No âmbito da investigação, tem apostado muito particularmente nas áreas das ciências da visão, nas ciências neurológicas, na área cardiovascular, no envelhecimento, na oncobiologia, ambiente e cancro. E está a dinamizar diversas outras, nomeadamente no âmbito da medicina dentária. As áreas de interesse científico estratégico estão definidas? Aliás, a FMUC definiu, recentemente, as suas áreas de interesse científico estratégico, com base não só na produtividade ao longo dos últimos anos, mas também no potencial nela existente, em termos de recursos, que lhe
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permitam assegurar um crescimento sólido e sustentado e uma afirmação não apenas nacional mas também internacional. No domínio da prestação de serviços, tem favorecido o diagnóstico diferenciado – nomeadamente em áreas de diagnóstico genético (prénatal, pósnatal e cancro), na imunologia, na patologia molecular e na microbiologia de águas – sendo de salientar que todos os laboratórios da FMUC prestadores de serviços à comunidade estão certificados pelas normas ISSO e participam regulamente, sempre com o maior sucesso, em programas de avaliação externa da qualidade. É intenção da FMUC apostar, estrategicamente, em todas as áreas em que possa ser realmente competitiva, de acordo com os mais exigentes padrões de qualidade. A investigação, científica e clínica, são também prioridades para a FMUC? A investigação científica, básica e clínica, não somente são prioridades como devem constituir atualmente parte da atividade quotidiano de qualquer docente. E são domínio que terá cada vez mais um peso relevante nos concursos universitários. É hoje indiscutível que que quanto melhor se investiga, melhor se ensina. Nesta conformidade, a investigação básica, clínica ou de translação tem de ser uma área major em qualquer Faculdade de Medicina e, obviamente, também na nossa. Nos célebres rankings das universidades é a área mais avaliada. No recém criado ranking de Leiden é somente na área de Biomedical and Health Sciences que a Universidade de Coimbra lidera a nível nacional. Ainda relativamente à investigação convirá assinalar que a FMUC desenhou uma estratégia coerente, estruturada e integrada, tendo por objetivo apostar na investigação, no âmbito da formação pré e pós-graduada, desde o início do Mestrado Integrado em Medicina, passando pelos diferentes Mestrados de especialização, até aos cursos Doutoramento. A ideia é promover, desde os primeiros anos de formação, um modelo que estimule a articulação e integração de conteúdos de investigação fundamental e investigação clínica. Acreditamos que o sucesso da inves-
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tigação em medicina e biomedicina passa por uma colaboração próxima e frutífera entre clínicos e cientistas focados em aspetos da investigação básica. Temos que resistir à tentação, lamentavelmente ainda muito generalizada, de desinvestir em aspetos básicos da ciência, sem uma aparente e imediata aplicação, pois na realidade serão estes que vão “alimentar” o surgimento de abordagens que beneficiarão, no futuro, os cidadãos e as sociedades. A FMUC pretende criar um ambiente altamente estimulante para o desenvolvimento de projetos de investigação integrativos, de maior dimensão e mais competitivos, que permitam abordar, com sucesso, os problemas de uma forma mais transversal, integradora e global. Ao atingir estes objetivos, a FMUC está a contribuir para uma melhor formação de clínicos, com benef ícios em termos de atividade assistencial, e a preparar uma nova geração de investigadores, que contribuirão para o avanço do conhecimento nas áreas médicas, essenciais para desenhar novas formas de diagnóstico e tratamento. A melhoria do processo pedagógico foi uma das apostas da atual direção? O processo pedagógico tem vindo a registar uma evolução assinalável. Foi um processo iniciado há mais de uma década atrás, numa fase inicial com a criação de um gabinete de educação médica, que passou a envolver a colaboração de educacionalistas, e de um gabinete de estudos avançados. É uma área tem mantido um desenvolvimento contínuo. Tem sido uma aposta intensa da atual direção e a Faculdade já se estão a sentir os seus efeitos, que se tornarão bem mais percetíveis no próximo ano letivo, pois queremos iniciativas consequentes. Acabam de ser publicados os novos estatutos da FMUC que irão ajudar a reforçar esta aposta na melhoria do processo pedagógico, aprovou-se um novo regulamento pedagógico, definiram-se modelos de harmonização e avaliação dos trabalhos finais de Mestrado integrado, está praticamente concluído o loogbook de competências, elaboraram-se documentos sobre como avaliar, nomeadamente um guião para elaboração de
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perguntas de resposta múltipla com o objetivo de melhorar a qualidade das perguntas, estão preparados cursos para “ensinar a ensinar” bem como outras iniciativas para promoção de boas práticas pedagógicas, passou-se a fazer uma avaliação cuidadas e profunda da prestação de serviço docente intensificando-se reforçando-se a gestão da qualidade pedagógica, o que tem permitido identificar necessidades pedagógicas e áreas de potencial melhoria, concretizou-se uma revisão profunda e detalhada de todas as fichas de avaliação curricular, desenvolveu-se o projeto pioneiro da aprendizagem por pares, desenvolveram-se programas de simulação de alta e baixa fidelidade, estão-se a concretizar novas regras de contração de docentes convidados, estimulou-se e valorizou-se o papel interativo com os núcleos de estudantes, estimulou-se a leitura automática dos testes de escolha múltipla para facilitar o processo de avaliação e para permitir a análise docimológica dos testes, reformulou-se a comissão de Coordenação do MIM, etc., etc. As novas instalações da FMUC no Polo III da Universidade de Coimbra ainda não estão todas concluídas e já se revelam acanhadas para as necessidades. Como é que se poderá resolver este grave constrangimento que se coloca à FMUC? As novas instalações não estão efetivamente ainda concluídas e não se vislumbra quando virão a estar. Faltam edif ícios que ainda nem sequer começaram a ser construídos. Aconteceu, uma vez mais, aquilo que é realidade habitual nas obras públicas portuguesas. O intervalo de tempo decorrido entre o momento em que são perspetivadas e aquele em que são executadas é de tal modo longo que, quando finalmente acontecem, raramente se adequam à realidade, a maior parte das vezes por defeito e outras até por excesso, situações de que também temos exemplo em Coimbra. O maior anfiteatro da recém inaugurada Subunidade 3, por exemplo, ronda os 200 lugares tendo os cursos mais de 300 alunos. Mesmo quando tudo estiver acabado no Polo III das Ciências da Saúde, isto
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é, as novas instalações da FMUC, serão acanhadas para as suas necessidades e sem qualquer potencial de diversificação e crescimento. A FMUC não ficará melhor do que estava no Polo I em termos de instalações. Considero, aliás, que houve falta de visão de futuro aquando do planeamento dos novos polos universitários. A Universidade tem hoje uma dispersão que poderia ter sido evitada e edifícios que se caracterizam por uma manutenção com custos económicos extraordinariamente acrescidos e uma funcionalidade bem mais reduzida. É um problema de há muito e, na minha opinião, toda a perspetiva de crescimento da Universidade foi errada. A Universidade deveria ter apostado num novo grande campus universitário, na proximidade do qual se deveria ter localizado também o Hospital Universitário, e ter reservados os seus antigos espaços, na cidade universitária localizada na Alta de Coimbra, para instalações de serviços
A FMUC não ficará melhor do que estava no Polo I em termos de instalações. Considero, aliás, que houve falta de visão de futuro aquando do planeamento dos novos polos universitários. A Universidade tem hoje uma dispersão que poderia ter sido evitada
académicos, estruturas hoteleiras e residências para estudantes, docentes e investigadores, centro de congressos, zonas de estudos, espaços museológicos, etc., assegurando um sistema de transporte contínuo entre esta zona e o novo campus. Existem demasiados alunos nos cursos de Medicina? As tutelas não têm tomado as medidas necessárias para evitar este cenário ? A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tal como outras Escolas médicas clássicas, tem solicitado insistentemente uma diminuição do número de alunos admitidos em cada ano para 200. Mas os sucessivos governos têm ignorado este apelo, certamente por motivos políticos, e o próprio Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas não tem feito pressão nesse sentido, provavelmente pela razão de não se perderem propinas. Para as Faculdades afetadas pelo excesso de alunos, como é indiscutivelmente o nosso caso, esta é uma situação que condiciona a qualidade do ensino médico. A integração do CHUC e da UC na aliança M8 é importante para o desenvolvimento do setor da saúde em Coimbra? A M8 Alliance é uma rede colaborativa de instituições académicas reconhecidas pela sua atividade pedagógica e de investigação de excelência. Fundada em 2009, tem atualmente cerca de 25 membros de 18 diferentes países, instituições que são todas elas referências máximas no panorama internacional no âmbito da saúde e do seu ensino. Obviamente que integrar uma associação desta índole, na qual participam os melhores hospitais e as melhores escolas médicas do mundo, os melhores centros académicos clínicos, traz consigo grandes oportunidades. A Faculdade de Medicina tem um papel fundamental em todo este processo. Não podemos é deixar que aconteça o mesmo que se verificou na internacionalização de serviços clínicos, pois não se têm visto resultados daquilo que foi uma bandeira. Todas as iniciativas que promovam a visibilidade e
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a capacidade de intervenção, a nível internacional, da FMUC e dos CHUC, são necessariamente importantes para o desenvolvimento do setor da saúde em Coimbra e proporcionam novas oportunidades. E ninguém tem dúvidas de que o que verdadeiramente diferencia Coimbra na atualidade, no contexto nacional, é a sua intervenção no setor da saúde. Veja-se como uma cidade com menos de 200.000 habitantes possui o maior hospital público do país e múltiplas unidades privadas de saúde, sendo algumas delas exemplo de sucesso também além fronteiras. Coimbra vai receber a conferência intercalar da Cimeira Mundial da Saúde. Será um momento importante para a cidade e para a FMUC ? Será uma oportunidade dificilmente igualável para Coimbra, para região e para o País. Dificilmente voltaremos a ter num futuro próximo uma outra oportunidade assim. Será um momento particularmente importante pois estamos a falar do principal evento
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A Cimeira Mundial da Saúde será um momento importante para a cidade e para a FMUC. Será uma oportunidade dificilmente igualável para Coimbra, para região e para o País. Dificilmente voltaremos a ter num futuro próximo uma outra oportunidade assim. Estamos a falar do principal evento mundial no âmbito da saúde
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mundial no âmbito da saúde. Aquele onde se discutem os problemas atuais e os desafios futuros nos diversos domínios da saúde, com conclusões que são ouvidas pelos decisores políticos e pelas grandes organizações internacionais. Envolve a participação das principais estruturas de ensino, de investigação e de prestação de serviços médicos do mundo. E Coimbra não só está lá como a vai organizar. Agora é fundamental saber rentabilizar todo o potencial que esta conferência traz consigo. Podemos mostrar a nossa capacidade organizativa, podemos fazer uma enorme operação de charme mas, uma vez mais, o importante são os resultados concretos, o que vem a seguir. E a seguir tem de vir a integração objetiva de algumas das nossas áreas básicas e clinicas em projetos comuns e a interligação objetiva com todos ou alguns dos associados, porque senão corremos o risco de, como já sucedeu no passado com algumas outras iniciativas, deitarmos os foguetes sem ter havido festa. | Dora Loureiro
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO
Fileira do m afirma-se a dos laborat
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a região Centro há um “gigante” em cada uma das duas fileiras do setor farmacêutico: a indústria e a distribuição farmacêutica. Na indústria, lidera a multinacional Fresenius Kabi, que adquiriu há 12 anos a portuguesa Labesfal, a laborar em Santiago de Besteiros, Tondela. Por outro lado, a distribuição e comercialização é dominada pela Cooperativa Farmacêutica Plural, com sede em Coimbra, resultante da fusão de outras três cooperativas que existiam há duas décadas. Indústria A Fresenius Kabi mantém a designação portuguesa da sua unidade de produção em Portugal, surgindo com a denominação Labesfal no ranking 2016 das maiores empresas do distrito de Viseu, publicado pela consultora Informa D&B. O volume de negócios é de 109,7 milhões de euros, sensivelmente o mesmo do ano anterior, atingindo os 557 funcionários. Nesta perspetiva, quanto à capacidade instalada, a radiografia feita a este setor na edição do ano passado do “Diretório de Saúde” do DIÁRIO AS BEIRAS é muito semelhante, embora haja alterações, como o forte crescimento da Bluepharma, com 288 colaboradores e sede em São Martinho do Bispo, Coimbra, que avança para os 29,1 milhões de euros, representando um aumento, num ano, de 24 por cento do volume de faturação. Geografi-
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camente, observa-se um ping-pong de grandes laboratórios farmacêuticos entre o distrito de Coimbra e Viseu. Os Laboratórios Basi (Mortágua) seguem atrás, com 72 empregados e cerca de 20 milhões de euros, mas após terem registado uma quebra na faturação de 16% de 2015 para 2016. Às portas de Coimbra, em Condeixaa-Nova, a Farmalabor (Grupo Medinfar), com 117 colaboradores, sobe a faturação em 10 por cento, para os 15,6 milhões de euros, enquanto a Labialfarma (igualmente em Mortágua e na mesma linha de volume de faturação) fecha o grupo dos cinco maiores da produção de medicamentos na região. A Labialfarma é um grupo familiar de cinco empresas, onde também se integram a LiqFillCaps International, Wellcar e Nutri-Add, que desenvolvem atividades aplicadas à indústria farmacêutica, e a Nutracêutica e GesConsulting. Distribuição e comercialização Ultrapassando os 200 milhões de euros, a Cooperativa Farmacêutica Plural, com sede em Coimbra, está presente em cerca de 75% do território nacional, apoiada em plataformas logísticas de proximidade, localizadas nas cidades de Caldas da Rainha, Covilhã, Faro, Montijo e Maia. Neste mês, a Plural, toda a estrutura vai começar a laborar em vastas instalações construídas onde antes laborou a Fábrica da Cerveja de Coimbra, no
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norte da cidade. Trata-se de um investimento de 12 milhões de euros, uma vez que foram introduzidas novas soluções tecnológicas no sistema de automação, assim como no próprio edifício, como o sistema de autoconsumo com painéis fotovoltaicos. Com 26,7 milhões de embalagens no último ano, a Plural conta com 249 funcionários nas suas diversas localizações. Seguindo para o interior da região, com sede em Mortágua, o grupo FHC Farmacêutica, cujo volume de negócios ascende a 180 milhões de euros (63 milhões a partir de Mortágua), aposta no crescimento baseado não só no mercado interno, mas também além fronteiras. Tem parcerias com clientes internacionais como a Johnson & Johnson, GlaxoSmithKline e Boehringer Ingelheim e as nacionais Bial, Medinfar ou Tecnimede. Numa dimensão regional, em Montemor-o-Velho, a Empifarma, com 40 funcionários, distribui produtos de ambulatório em todo o país. As suas vendas cresceram 45% em apenas um ano, para 72,6 milhões de euros, em resultado de uma aposta comercial forte e no sistema “fast mover”, com capacidade de duas mil referências e empregando quatro dezenas de trabalhadores. A Sociedade Químico Farmacêutica Proquifa contou com uma faturação de 18,6 milhões de euros em 2016, com 22 funcionários. Tem sede na Adémia, na zona norte de Coimbra. | António Rosado
Produção Distribuição
o medicamento se através do crescimento oratórios e da distribuição
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//ENTREVISTA COOPERATIVA FAR
Miguel Silvestre, presidente do conselho de administração da Plural
Miguel Silvestre Rede de farmácias beneficia da solidez do cooperativismo O presidente da administração da cooperativa farmacêutica Plural está apostado em que a estrutura que dirige atinja a cobertura nacional de distribuição de medicamentos em 2019
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RATIVA FARMACÊUTICA PLURAL
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sistema específico de automação, que exigiu todo um processo de desenvolvimento, mas como, nesta atividade, só é possível fazer testes em condições reais, assim será feito, até porque já executámos projetos deste tipo noutros armazéns do país. Esta é a nossa central logística nacional, embora também existam armazéns na Maia, Covilhã, Caldas da Rainha, Montijo e Faro.
A Cooperativa Farmacêutica Plural acabou de construir novas instalações de grande dimensão, que refletem o crescimento da empresa. Quando começa a funcionar a nova sede? A partir de 11 de junho, domingo, vamos iniciar toda a operação e logística, a partir do novo armazém, construído nas antigas instalações da Fábrica da Cerveja. No dia seguinte, algumas das rotas de distribuição de medicamentos já vão partir daqui, mas ao fim de uma semana já espero ter toda a atividade neste edif ício. Foi concebido e implementado um
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Não houve dúvidas sobre o facto de a cooperativa continuar a manter a sede em Coimbra? Embora as empresas que deram origem à Plural fossem sediadas na zona Centro e duas delas na cidade de Coimbra, é mais por uma opção estratégica que nos mantemos aqui: tem a ver com a localização, porque é a que faz mais sentido para ter a plataforma logística e o desenvolvimento do negócio. Esta localização é importante pela proximidade a norte e a sul, dando resposta às necessidades de reposição nas farmácias de duas vezes por dia. Estamos em cerca de 75 por cento do território nacional. Já trabalhamos com quase 40 por cento das farmácias do país, ou seja 1.200 (que são cooperadores da Plural) e cerca de três mil no total. Há clientes com graus de fidelização diferentes, mas nenhuma farmácia trabalha em exclusividade com apenas um fornecedor. Temos uma frota de cerca de 70 viaturas e preparamos diariamente 1.500 encomendas. São 26,7 milhões de embalagens por ano, ou seja 75 mil embalagens por dia. Como cooperativa, temos tido um crescimento orgânico. Não adquirimos, nestes 20 anos, nenhuma empresa, após as fusões iniciais. Isto quer dizer que, deste modo, o crescimento é mais dif ícil e mais moroso, mas já atingimos o quarto lugar das maiores empresas de distribuição farmacêutica – sendo que as duas primeiras são empresas multinacionais – e 10 por cento da quota de mercado. Este crescimento, com novas instalações, é também uma aposta na tecnologia… Ao longo da existência da Plural, já passámos por várias fases de investimentos tecnológicos. Os investimentos
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foram sendo adaptados aos momentos económicos por que vai passando o país, que condicionam algumas decisões, mas também pelas ofertas tecnológicas que foram aparecendo no mercado, nomeadamente nos sistemas de automação e processamento de encomendas, mas também pelo uso de um dos melhores sistemas de informação, como é o cado deste novo, que instlámos: o SAP, em que todos os módulos da empresa trabalham. São as máquinas que, cada vez mais, executam as tarefas? Quando se está a fazer a preparação, já há muitos procedimentos que são 100 por cento isentos de intervenção humana, onde é o próprio robô que opera, enquanto há outros que são semi-automáticos. Não há papel f ísico no processo de acompanhamento da encomenda. Só no momento de
Ainda não há muitos anos, os colegas do interior tinham que ir à “carreira” buscar as encomendas, com todo o desconforto que isso implicava, para além dos medicamentos não serem transportados nas melhores condições de temperaturas controlada
chegar ao cais de expedição é que são identificados os clientes e os locais a que se destinam, por uma questão de segurança e de confidencialidade. Neste setor a margem de erro tem que ser mínima… Tem de haver um grande rigor desde
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//PLURAL
a entrada da mercadoria à expedição. O que cada farmácia quer é receber o medicamento a tempo e horas e sem qualquer tipo de erro. Portanto temos que investir em processos que minimizam, ou eliminem, a possibilidade de troca de medicamentos. No nosso caso o erro é mínimo, desde a entrada da mercadoria, com um processo informático que controla balanças de grande precisão e tapetes transportadores, para reduzir ao mínimo os tempos da operação. Na preparação de encomendas aumentámos em 10 por cento a capacidade e 50 por cento da densidade de armazenamento, uma vez que é feito em altura. Na expedição fizemos um investimento importante num cais coberto com 182 rampas de expedição, que permitem dividir encomendas por rotas, por clientes, ou por volume. Estão também preparados pontos de carga de viaturas elétricas, que serão uma realidade num futuro próximo, porque somos uma empresa que olha sempre para as questões ambientais. Por isso, o
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Temos uma frota de cerca de 70 viaturas e preparamos diariamente 1.500 encomendas. São 26,7 milhões de embalagens por ano, ou seja 75 mil embalagens por dia. Como cooperativa, temos tido um crescimento orgânico. Não adquirimos, nestes 20 anos, nenhuma empresa, após as fusões iniciais
edif ício novo está dotado de GTC, que é um sistema de gestão centralizada de recursos energéticos, nomeadamente na climatização do armazém, com um máximo de 25 graus centígrados. Outros exemplos interessantes são uma bacia de retenção das águas pluviais de toda a cobertura, para rega dos jardins, assim como a instalação de 850 painéis fotovaltaicos para auto-consumo. Que vantagens existem para as farmácias e para o consumidor – seja no preço, seja na qualidade de serviço – o facto de existir um investimento de uma empresa que opera no setor grossista dos medicamentos? Quanto a preços, estes são atribuídos por lei. Agora, a vantagem de ser uma empresa cooperativa, é que os seus cooperadores são, simultaneamente, os seus clientes e os seus proprietários. Isto permite que sejam eles a decidir, em completa independência, quem dirige a cooperativa, são eles que aprovam, em assembleias gerais, os relatórios e contas e são eles que aprovam
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os orçamentos dos anos seguintes. Ou seja, há aqui um envolvimento de todos, que se alarga à segunda fase da cadeia do medicamento. Isto é importante: o cidadão comum está habituado a chegar à farmácia e ter o seu medicamento, mas para isso há um processo logístico que garante que o medicamento chega lá, seja num grande centro urbano, seja no local mais recôndito lugar do interior ou da fronteira deste país. É uma vantagem que o setor cooperativo conseguiu através da sua aglutinação. Ainda não há muitos anos, os colegas do interior tinham que ir à “carreira” buscar as encomendas, com todo o desconforto que isso implicava, para além dos medicamentos não serem transportados nas melhores condições de temperaturas controlada. Os cooperantes são ativos e participativos nesse processo de gestão? Nós tentamos que sim. Os corpos sociais, naturalmente que sim, porque são todos eles sócios. Todos os outros participam nas assembleias gerais, onde partilhamos as nossas estratégias. Naturalmente que eu gostava que participassem mais, com as salas cheias, que era uma satisfação. Se nem sempre é assim é porque, dizem os colegas presentes, as coisas estão a correr bem e os sócios confiam. Por ser uma cooperativa, a Plural foi importante no apoio às farmácias que passaram pela crise resultante da alteração da política do medicamento? Se as farmácias não tivessem apoio de estruturas cooperativas como esta e outras, do ponto de vista associativo, podíamos ter assistido ao desmantelamento daquilo que é a estrutura existente. Tenho o privilégio de ser o presidente do Conselho Farmacêutico Nacional, que é um fórum em que a atual bastonária me colocou para assumir a coordenação, e ainda recentemente, num encontro no Porto, alguns colegas com fortes ligações internacionais diziam que Portugal é dos países com melhor funcionamento da rede de farmácias, beneficiando das estruturas de classe e das cooperativas de distribuição, que
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lhe deram estabilidade e solidez. Desde 2010 que as farmácias viveram momentos muito dif íceis, com uma quebra de valor em termos do mercado do medicamento no Serviço Nacional de Saúde. Houve abaixamento de margens nos preços porque, muitas vezes, quando não se consegue fazer o controlo da despesa a nível do Ministério da Saúde, tomam-se medidas administrativas, que são as mais fáceis para o Governo. Ou seja, nesse anos, até ao início de 2016, quando a situação estabilizou, houve uma redução do mercado de cerca de três mil milhões de euros para dois mil milhões, ou seja um terço de redução no ambulatório. Quem tinha feito investimentos ou remodelações das suas farmácias, encontrou muitas dificuldades.
Se as farmácias não tivessem apoio de estruturas cooperativas como esta e outras, do ponto de vista associativo, podíamos ter assistido ao desmantelamento daquilo que é a estrutura existente Acompanhámos, portanto, a tendência, o que significa, atualmente, um peso de 47 por cento de genéricos, no total de volume de medicamentos. Ou seja, 47 caixas em cada100 dispensadas numa farmácia são de genéricos
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O ano de 2016 encerrou com um volume de negócios equivalente a 2010, ou seja foi necessário fazer seis exercícios anuais para recuperar e, mesmo assim, foi com novos clientes, porque aumentámos o leque de sócios e a qualidade dos nossos serviços: Mas nunca vamos voltar aos números do início da década. E o serviço prestado ao consumidor final; foi afetado? Houve muitas farmácias que tiveram que ser restruturadas. Cerca de 600 farmácias estavam numa situação crítica. Algumas encerraram momentaneamente ou estiveram em situação de gestão por administradores judiciais, mas acabaram por ser adquiridas por pessoas que já estavam no setor. Ou seja, para o cliente, o serviço foi sendo compensado por farmácias vizinhas. Qual é então o contexto atual no setor das farmácias? Já é possível pensar ano a ano, preparando os orçamentos com rigor. Ou seja, o setor respondeu de forma muito positiva e competente. Teve também que se adaptar à entrada em forma dos genéricos no mercado? Nós aqui temos uma resposta reativa, ou seja, o que entregamos às farmácias é aquilo que a farmácia pede. Não somos nós os “drivers” do mercado no sentido de dizer que se deve seguir este ou aquele segmento de medicamentos. Acompanhámos, portanto, a tendência, o que significa, atualmente, um peso de 47 por cento de genéricos, no total de volume de medicamentos. Ou seja, 47 caixas em cada100 dispensadas numa farmácia são de genéricos. Quais são os objetivos a atingir a curto, médio prazo? Tenho como desígnio no final deste mandato – que termina no fim de 2019 – conseguir uma cobertura nacional de 100 por cento. Não depende só de nós; o mercado é muito competitivo, mas temos que procurar inovar na nossa área; que não seja apenas pelo preço que fazemos a diferença, mas numa lógica de crescimento orgânico com qualidade. | António Rosado
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INSTITUCIONAL
Gestão da saúde o patamar region
As duas dezenas e meia de hospitais e as mais de duas cen se articular entre si, numa perspetiva territorial, mas respo
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inte e cinco hospitais públicos integrados, na sua maioria, em cinco centros hospitalares, tecem a malha de cobertura existente na área da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro), que abrange 78 municípios. Do lado dos Cuidados de Saúde Primários, são os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e as Unidades Locais de Saúde (ULS) que cobrem o território, num total de oito, albergando - nos seus 85 edifícios – 65 Unidades de Saúde Familiar (USF), 80 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e 56 Unidades de Cuidados de à Comunidade. No que diz respeito à rede hospitalar, o designado CHUC é o maior centro, integrando os Hospitais da Universidade (HUC), Hospital Geral dos Covões, Hospital Pediátrico, maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos e Hospital Sobral Cid (Ceira). Os outros quatro grandes centros hospitalares da região Centro são o de Tondela/Viseu (com faz a gestão conjunta do hospital Cândido de Figueiredo e São Teotónio), o Centro Hospitalar de Leiria/Pombal/Alcobaça (Santo André/Distrital de Pombal/ Bernardino Lopes de Oliveira), o Centro Hospitalar da Cova da Beira (Pêro da Covilhã/Fundão) e Centro Hospitalar Baixo Vouga (Infante D. Pedro de Aveiro/Distrital de Águeda e Visconde Salreu de Estarreja). No região interior do país, há dois modelos individualizados, sob designação de Unidade Local de Saúde (ULS), que agrega, por um lado, o Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco e os centros de saúde/USF da sua área de influência e, por outro lado, o Hospital Sousa Martins, da Guarda, que agrega o de Seia (Nossa Senhora da Assunção) e respetivos centros de saúde/USF. Com gestão própria, resta o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPO Coimbra) e os hospitais João Crisóstomo de Cantanhede, o Distrital da Figueira da Foz, Francisco Zagalo de Ovar, José Luciano de Castro de Anadia e Centro de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais. A nível nacional, a ARS Centro é apenas uma de 18 entidades da estrutura do Ministério da Saúde, onde também se integram as restantes quatro ARS do território continental. Para além disso, a rede de serviços de saúde é de tal com-
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aúde exige coordenação entre gional e as entidades centrais plexidade que não é fácil perceber onde acabam as responsabilidades e competências atribuídas a este ou aquele instituto, cada um deles com as respetivas direções e estrutura de recursos humanos. A saúde a nível nacional Assim, existe a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que é um instituto público, criado em 2007, que tem como missão, entre outras, “assegurar a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde, bem como das instalações e equipamentos do SNS, e proceder à definição e implementação de políticas”. Paralelamente funciona a Direção Geral de Saúde (DGS), que é um serviço central do Ministério que existe para “coordenar e desenvolver Planos e Programas de Saúde, coordenar e assegurar a vigilância epidemiológica, regular e garantir a qualidade em saúde e, entre outros, acompanhar o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde”. Entretanto, nos termos do DecretoLei n.º 7/2017, de 9 de janeiro, o Instituto de Proteção e Assistência na Doença, abreviadamente designado por ADSE, I. P., sucede à DireçãoGeral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas. Tem por missão assegurar a proteção aos seus beneficiários nos domínios da promoção da saúde, prevenção da doença, tratamento e reabilitação. Está integrado na administração indireta do Estado, com dupla tutela
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do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças, dotado de autonomia administrativa e financeira, e património próprio. À Secretaria-Geral do Ministério da Saúde cabe “assegurar o apoio técnico e administrativo aos gabinetes dos membros do Governo integrados no Ministério da Saúde”, conferindo apoio técnico jurídico e contencioso. Por sua vez, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) assume-se como “pública e independente”, tendo por missão “a regulação da atividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, do setor público, privado e social, excetuando as farmácias. Assume a supervisão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, avaliando os requisitos para o exercício da atividade, direitos de acesso aos cuidados de saúde e dos demais direitos dos utentes, legalidade e transparência das relações económicas entre os diversos operadores e observação concorrência no sector da saúde”. Por seu lado, a SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE) existe, segundo a própria explicação, para prestar serviços partilhados – nas áreas de compras e logística, serviços financeiros, recursos humanos e sistemas e tecnologias de informação e comunicação – às entidades com atividade específica na área da saúde, de forma a “centralizar, otimizar e racionalizar” a aquisição de bens e serviços no Serviço Nacional de Saúde. | António Rosado
Institucional
de duas centenas de unidades de saúde de cuidados primários da região Centro tem de , mas respondendo igualmente às diretivas emanadas de Lisboa
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InSTITucIOnAl//ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE CEN
José Tereso “Centro tem indicadores de saúde que nos orgulham ” José Tereso, a presidir à ARSC desde 2011, deixa os traços que caracterizam a saúde de uma população que tem atingido indicadores de referência, tanto a nível nacional como na Europa
José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro
À frente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) desde 2011, começo por lhe perguntar como estamos de saúde no Centro do país? Há muito trabalho feito, mas sempre muito por fazer, prosseguindo uma linha de orientação assente em três dimensões fundamentais: acesso a cuidados de saúde ajustados às reais necessidades e aos recursos disponíveis; qualidade na prestação de cuidados garantida pela escala de produção e pelos resultados auditáveis; e transparência na divulgação de processos e de resultados, numa palavra, responsabilização. Como presidente da ARSC, a minha
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intervenção tem sido no sentido de garantir que, na nossa região, os utentes possam contar com serviços de saúde eficazes, que, ao mesmo tempo, devem apoiar o cidadão a ser zelador da sua própria saúde. A saúde na região Centro tem sido uma conquista permanente e temos hoje, indiscutivelmente, melhores serviços de saúde, mantendo ou melhorando, até, os bons indicadores de saúde que nos orgulham a nível nacional e europeu. Mas estamos sempre focados na melhoria contínua e sublinho o esforço dos profissionais dos hospitais e centros de saúde que, diariamente, fazem com que as mudanças aconteçam.
Partindo do princípio que todas as áreas da saúde – cuidados primários, hospitalares, continuados – têm uma importância central na qualidade geral que se pretende, qual delas necessita de maior atenção na região Centro? Efetivamente, todas as áreas referidas são de indiscutível importância e não podem funcionar de forma desarticulada. Tem sido estratégia da ARSC promover a consolidação da reorganização da rede de serviços de saúde regional. Apostamos na articulação efetiva entre os cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados, na potenciação de serviços de excelên-
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AÚDE CENTRO cia hospitalar, no aumento do número de camas em cuidados continuados de forma sustentada, e no reforço da capacidade de resposta a nível dos cuidados de saúde primários, que se procura traduzir em maior acessibilidade, qualidade e eficácia. Os cuidados de saúde primários, são por definição, o suporte de proximidade do cidadão nos cuidados de saúde. É aí que se deve centrar a gestão do binómio saúdedoença e a articulação com os restantes níveis de cuidados. Por isso, justificam a atenção permanente da administração, com um investimento a nível de recursos humanos, da requalificação de instalações, de reorganização... Mas mais do que tratar a doença, os centros de saúde, devem abraçar a missão de promover a saúde e prevenir a doença. Quer precisar melhor o investimento feito em recursos humanos? Quer dizer que a região tem mais médicos? Sim, tem mais médicos agora do que tinha, por exemplo, em 2014. O número de médicos de Medicina Geral e Familiar, nos últimos anos, tem vindo a crescer. Na região Centro temos atualmente 983 médicos de família e há cerca de dois anos eram pouco mais de 900. Este ano, temos 106 médicos em formação nas nossas unidades. Este aumento repercute-se, obviamente, no número de consultas. No ano passado, na área de influência da ARSC, realizámos perto de seis milhões de consultas, o que representou um crescimento na ordem dos 3% relativamente ao ano anterior. Neste momento, a cobertura da população com médico de família é quase total. Temos cuidados de saúde mais personalizados. 40% dos médicos de família na ARSC exercem em USF e já ultrapassámos meio milhão de utentes inscritos nas 65 USF da região Centro. Já que fala das USF, cuja atividade é mais conhecida das pessoas em geral, pergunto qual o papel das unidades de cuidados na comunidade no contexto dos Cuidados de Saúde Primários? A atividade que as UCC desenvolvem é muito importante para as populações da área geográfica onde se inserem. E deixeme referir-lhe que aproximadamente 90% da população da área de abrangência da ARSC, ou seja, mais de um milhão e quinhentos mil habitantes, está coberta por
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DiREtÓRio DE saÚDE // DiÁRioASBEiRas
UCC. Estas unidades são constituídas por equipas multiprofissionais, formadas por enfermeiros, e que contam com a colaboração e o apoio de outros profissionais de saúde – médicos, psicólogos, higienistas orais, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros – para os vários projetos que desenvolvem. É importante que as pessoas saibam que nestas unidades estão profissionais de saúde preparados para as orientar e ajudar em situações de carência de apoio domiciliário, comportamentos aditivos, doença mental, complicações da diabetes e outras doenças crónicas, saúde escolar e oral. Trata-se de uma intervenção enquadrada e articulada com as restantes unidades funcionais. A região Centro apresenta o segundo índice de envelhecimento mais elevado do Continente, que tem vindo a aumentar. Fala-se na necessidade de preparar os serviços de saúde a responderem, de forma eficaz, às necessidades desta faixa da população? O crescente envelhecimento da população da região Centro é uma realidade que não é nova. Segundo dados do INE, em 2015 cerca de 24% dos residentes na região centro tem mais de 65 anos. É evidente que a ARSC tem prestado especial atenção a este grupo populacional, quer planeando nos vários níveis, serviços adaptados às necessidades deste grupo populacional, quer através do Programa de Promoção da Saúde do Idoso. Estrategicamente, fazemos parte do consórcio Ageing@Coimbra que visa a valorização do papel do idoso na sociedade e a aplicação de boas práticas em prol do seu bem-estar geral e de um envelhecimento ativo e saudável. Estamos atentos à Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável, que está a ser superiormente delineada. Desde já estamos a delinear um plano de trabalho em rede com outras entidades da região – IPSS, lares, autarquias, juntas de freguesia – de forma a podermos chegar a mais pessoas, consciencializando os cidadãos que através de mudança de hábitos de vida se consegue viver com mais saúde. A prevenção é hoje, no campo da saúde, tarefa fundamental, não apenas, mas sobretudo em relação aos mais jovens. O que está a ser feito e o que é ainda necessário fazer a este nível? Através dos programas prioritários da
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Direção Geral da Saúde, que adaptamos à nossa realidade regional, temos vindo a intervir junto dos jovens e a desenvolver um amplo conjunto de atividades preventivas. A saúde e a escola têm trabalhado afincadamente na prevenção da obesidade, por exemplo. Tem havido muita informação sobre alimentação saudável junto dos mais jovens – comer mais fruta, legumes, beber água – a maior parte das cantinas escolares seguem ementas saudáveis. A grande sensibilização para a atividade física e as múltiplas atividades desenvolvidas na grande maioria das nossas Unidades de Cuidados de Saúde Primários. Infelizmente, ainda estamos aquém dos nossos objetivos. Precisamos das famílias, dos pais, dos educadores como fortes aliados. Um bom exemplo de prevenção que implementamos é o projeto Independências, que visa a abstinência tabágica, dirigido às crianças do primeiro ciclo. Queremos que as novas gerações nunca iniciem o hábito de fumar. Outro exemplo é o projeto + Contigo, projeto na área da prevenção do suicídio na adolescência. A saúde materno-infantil é uma das grandes conquistas do Portugal democrático, com indicadores de excelência de que se orgulham o país e a região Centro. Mas esta é uma conquista que exige trabalho e atenção continuados? Como sabe, a taxa de mortalidade infantil tem diminuído progressivamente e sempre com valores inferiores aos do Continente. Aliás, a região Centro, se comparada num ranking com todos os países do mundo, situava-se nos três primeiros lugares. Este sucesso dá muito trabalho e implica muita dedicação e esforço pessoal. Por detrás dele está um património estrutural e organizativo que tem prosseguido a nível da Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente com as unidades coordenadoras funcionais. Há uma atualização contínua das redes de referência entre serviços hospitalares e cuidados de saúde primários e entre serviços diferenciados e de proximidade. Continuamos a promover a supervisão dos recursos humanos e equipamentos adequados às funções definidas para cada interveniente, a atualização e divulgação do conhecimento e a avaliação contínua dos resultados que levam aos ajustamentos necessários. | Lídia Pereira
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS REGIONAL DO CENTRO DA ORDEM InSTITucIOnAl//SECÇÃO
Carlos Cortes “Sem uma boa formação não haverá bons cuidados de saúde” Hoje, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é “um importante fator de coesão social ao atenuar as desigualdades sociais próprias de qualquer país”, afirma Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos DB-Luís Carregã
Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
Portugal pode orgulhar-se de ter uma saúde com qualidade e, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acessível a toda a população? Estas quatro décadas de SNS têm transformado o País e proporcionado uma rede de apoio que não existia e que nos
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tem colocado no grupo dos países com melhor sistema de saúde. Frequentemente, surgem classificações de estudos ou relatórios internacionais em que Portugal ocupa posições que traduzem o sucesso de décadas de esforço nesta área. Ainda recentemente, a revista Lancet
publicou um estudo em que Portugal ocupava a 31.ª posição, logo a seguir ao Reino-Unido, num conjunto de 195 países, no indicador de qualidade e acesso aos serviços de Saúde. Esta exigência – e a qualidade daí decorrente – é conhecida internamente e reconhecida internacio-
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DA ORDEM DOS MÉDICOS nalmente. Mas Portugal deve orgulhar-se, sobretudo, de ter um sistema de saúde em que se faz muito com muito pouco. É nessa eficiência da gestão de recursos que está o valor do Serviço Nacional de Saúde. Conseguimos construir um sistema de saúde público suficientemente resistente e flexível e preparado para enfrentar as maiores dificuldades sem deixar de servir as pessoas. António Arnaut, dinamizador da criação do SNS, fala-nos num poema em “cravo de Abril que nunca murchará”, para nos dar precisamente esta ideia de resistência e de adaptação que são características únicas do SNS. Este nível de permanente exigência obriga-nos, a todos, a uma maior responsabilidade em manter e melhorar as condições do SNS, nomeadamente no acesso, numa rede eficaz de atendimento urgente, não-urgente e emergente, na construção de cuidados de saúde primários capazes de responder às necessidades, em cuidados na formação dos profissionais de saúde e, especialmente, em aprofundar a humanização de todo o sistema. Isso deve-se, em parte, ao cuidado que a Ordem dos Médicos tem colocado na vertente da formação dos médicos? Todos têm o dever de colaborar e exigir mais do SNS. Isso ajudará o sistema a crescer. A questão da formação médica é absolutamente central em todo o processo. Sem uma boa formação não teremos bom médico, nem teremos bons profissionais. A Ordem dos Médicos tem sempre resistido a todas as pressões para não valorizar a qualidade da formação e apostar mais em quantidade do que em preservar a qualidade da formação. Felizmente, a Ordem dos Médicos soube resistir mantendo um alto grau de exigência. Isso tem-lhe valido um vasto reconhecimento internacional, não só da nossa formação, mas também da qualidade dos nossos médicos. Existe seguramente uma relação muito estreita entre a qualidade da formação médica, e de outros profissionais de saúde e a sustentabilidade do SNS. Costumo dizer que a verdadeira sustentabilidade do SNS se faz à custa dos seus profissionais, em detrimento dos que se
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DiREtÓRio DE saÚDE //DiÁRioASBEiRas
referem a uma sustentabilidade exclusivamente financeira. É óbvio que o valor humano é indispensável para o bom funcionamento do sistema. Mas aquilo que é absolutamente extraordinário é o nível de adaptação e resiliência que os profissionais desenvolvem, contrariando todas as dificuldades e obstáculos que são diariamente colocados. Tenho assistido a condições, por vezes degradantes, em centros de saúde e hospitais. Mas a vontade e a dedicação de médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos, auxiliares e até de seguranças e técnicos de limpeza têm sabido dar a volta às múltiplas deficiências em prol dos doentes. É notável esta entrega e é, tam-
A Ordem dos Médicos tem sempre resistido a todas as pressões para não valorizar a qualidade da formação e apostar mais em quantidade do que em preservar a qualidade da formação. Felizmente, a Ordem dos Médicos soube resistir mantendo um alto grau de exigência. Isso tem-lhe valido um vasto reconhecimento internacional, não só da nossa formação, mas também da qualidade dos nossos médicos
bém, um sinal de esperança que deveria ser mais reconhecido pelo Ministério da Saúde e pelos dirigentes em geral. Atualmente a qualidade da formação dos médicos pode estar em causa? Estará em causa na mesma medida que a componente assistencial o está. O subfinanciamento, as reestruturações de serviços, hospitais e centros de saúde, a pressão sobre os números de consul-
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tas, cirurgias, retiram o foco da importância da formação médica e hipotecam os cuidados de Saúde. Sem uma boa estrutura formativa, não haverá bons cuidados de Saúde. A realidade é que nenhum Ministério da Saúde ou do Ensino Superior se preocupou verdadeiramente com a qualidade da formação médica. Ao ingressar hoje numa faculdade de Medicina, um estudante só será médico especialista passados 14 anos. Irresponsavelmente, aos dirigentes a tutela não lhes interessará algo que só terá consequência daqui a duas décadas. Interessa, antes, o imediatismo demagógico. A formação médica nunca foi valorizada pelo poder político e dificilmente o será, o que torna imprescindível o trabalho de exigência e de independência da Ordem dos Médicos. O seu anterior mandato, bem como este, tem ficado marcado pela denúncia de situações da falta de condições em instalações e equipamentos do SNS. Essa é uma estratégia que vai continuar? Não se trata de estratégia. É o cumprimento legal do artigo 3º dos Estatutos da Ordem dos Médicos que lhe confere, como uma das suas atribuições, a defesa da saúde dos cidadãos e dos direitos dos doentes. Assim, compete à Ordem dos Médicos defender a qualidade da Saúde por todos os meios legais de que dispõe. O direito a liberdade de expressão e à indignação é um deles. Muitas das condições de acesso e de tratamento dos doentes são profundamente revoltantes e devem ser do conhecimento público. A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos tem uma intensa atividade de referenciação de todas as situações que identifica e que lhe são reportadas. São dezenas os of ícios que, semanalmente, são enviados para o Ministério da Saúde e seus organismos dependentes. Infelizmente, as respostas têm sido escassas. Já estamos habituados a essa inércia mas estamos igualmente habituados a insistir e a ser persistentes. A verdade é que alguns dos seus alertas têm contribuído para a resolução dos problemas, como foi o caso do aparelho de radioterapia que estava parado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e das más condições das instalações do
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Centro de Saúde Fernão de Magalhães, em Coimbra. O que verdadeiramente contribui para a resolução destes casos é o inconformismo dos profissionais de saúde envolvidos, bem como a sua capacidade de resistência. Esses profissionais é que têm o verdadeiro mérito. A Ordem dos Médicos só se limitou a ser um veículo das suas preocupações. O problema do acelerador linear para tratamento em radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra foi resolvido pelo Ministério da Saúde que percebeu a necessidade premente de dar resposta aos doentes em espera. Quanto à questão das más condições nos centros de saúde, ainda só existem promessas.... Aguardemos pela sua concretização. A Ordem dos Médicos é um parceiro institucional do Ministério, que a sua condição de provedor dos doentes obriga a estar atento e intervir em todas as áreas onde possam ser detetadas insuficiências.
O que verdadeiramente contribui para a resolução destes casos é o inconformismo dos profissionais de saúde envolvidos, bem como a sua capacidade de resistência. Esses profissionais é que têm o verdadeiro mérito. A Ordem dos Médicos só se limitou a ser um veículo das suas preocupações
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que o SNS é imprescindível para o País e para os bons indicadores de Saúde? O SNS foi idealizado e construído para proporcionar cuidados de saúde aos portugueses, com qualidade, com equidade e em todas as áreas da saúde. Mas acabou por ser muito mais do que um sistema público prestador de cuidados. Hoje, o SNS é um importante fator de coesão social ao atenuar as desigualdades sociais próprias de qualquer país. É um sistema baseado em princípios de solidariedade que nunca poderemos esquecer: quem mais ganha mais paga para os que mais necessitam de recorrer aos hospitais ou centros de saúde. O SNS é inspirador para toda a sociedade pelos princípios que lhe são subjacentes e que sempre continuou a veicular. O SNS é uma grande escola, não só de formação de profissionais de saúde, mas uma escola que ensina princípios de solidariedade e de humanismo. É uma marca genética que define Portugal e que devemos, a todo o custo, preservar. | Dora Loureiro
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IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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O sono
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O paradigma dos olhos do séc. XXI: a fadiga ocular Eugénio Leite, Clínicas Leite
O Risco Ambiental do Medicamento Angelina Pena, Faculdade de Farmácia
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Imagiologia
Medicina Desportiva
Os Raios-X e os cuidados de Saúde
Desporto e coração : benefícios e riscos
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esde a descoberta dos Raios-X por Wilhelm Conrad Röntgen, na cidade de Würzburg, na Alemanha em 1895, que temos assistido a avanços incríveis na forma de prestar cuidados de saúde às populações, muito graças ao impacto que a imagem médica trouxe ao diagnóstico e ao tratamento. Graciano Paulo, A utilização da radiação em meESTeSC dicina, combinada com o desenvolvimento de vários dispositivos médicos, permitiu reduções drásticas nos tempos de internamento dos doentes, diminuindo de forma substancial o sofrimento causado por cirurgias complexas e pós-operatórios prolongados. A evidência científica mostra-nos que os benefícios para os doentes, decorrentes da utilização de radiação ionizante em medicina, são muito superiores aos riscos resultantes da exposição a essa radiação. No entanto, para garantir que esses riscos se mantenham em níveis baixos e aceitáveis, torna-se necessário que, na prática clínica, os profissionais de saúde (médicos e técnicos) detenham conhecimentos, aptidões e competências em proteção contra as radiações devidamente atualizadas. De facto, de acordo com as orientações dos organismos internacionais e das Diretivas da Comissão Europeia, só se devem efetuar exames que utilizem radiação X, sempre que os benefícios da sua realização sejam superiores aos riscos. No âmbito da Diretiva EURATOM 2013/59, para que os procedimentos com radiação X sejam efetuados, devem ser observados os três princípios fundamentais da proteção contas as radiações: ( 1 ) Justificação – o benefício para o indivíduo ou para a sociedade resultante do exame é superior ao prejuízo para a saúde que dela poderá resultar; ( 2 ) Otimização - a proteção contra radiações das pessoas sujeitas a exposição profissional ou à exposição da população deve ser otimizada por forma a manter o valor das doses individuais num nível tão baixo quanto razoavelmente possível; ( 3 ) Limitação de dose - em situações de exposição planeadas, a soma das doses administradas a um indivíduo não pode exceder os limites de dose estabelecidos para a exposição profissional ou para a exposição da população. A serem cumpridos (na prática clínica) os pressupostos atrás enunciados e à luz do conhecimento atual, fazer procedimentos com recurso à utilização de radiação X não resultará em qualquer risco para doentes e profissionais. No entanto, o não cumprimento das normas básicas de segurança podem colocar em sério risco os indivíduos expostos, sendo por isso fundamental a sensibilização dos doentes para estes factos (diminuindo a pressão junto dos médicos assistentes para a prescrição de exames radiológicos) e a implementação de programas de formação contínua em proteção contra as radiações para os profissionais de saúde, no sentido de implementar uma cultura de segurança em imagem médica.
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É
consensual que a actividade física/desporto em geral é benéfica para a saúde cardiovascular. No entanto devemos estar atentos a alguns dados que podem ensombrar esse benefício? Penso que sim e começaria por chamar a atenção para alguns pormenores: Aptidão: devemos fazer desporto sem exames prévios e/ ou avaliação clínica ? A resposta é: Não. Convém acrescentar que a idade é importante para a tomada de decisões neste âmbito. Assim, Miguel Ventura para crianças/jovens que pretendam fazer desporto de Idealmed lazer ou mesmo de competição na generalidade, uma avaliação clínica com a realização de electrocardiograma é suficiente. A realização de outros exames complementares mais complexos pode inclusivamente ser prejudicial numa população de crianças/jovens de baixo risco cardiovascular. A execução de exames de rotina mais complexos pode, nesta população, dar origem a falsos positivos (e “invenção” de doenças) numa população em que posteriormente, e para excluir doença, é obrigatória a realização de exames ainda mais complexos com os riscos inerentes. Teoricamente é possível ter complicações e até morrer a realizar exames sem haver doença subjacente desde o início. O electrocardiograma (ECG) e consequente análise parecem-me no entanto fundamentais (embora tal não seja consensual em todo mundo designadamente nos EUA). Digo isto porque a prevalência de cardiopatias congénitas não é negligenciável na população infantil/jovem, muitas delas contra-indicam a prática desportiva e podem ser detectáveis através desta simples estratégia. Na população adulta, designadamente homens com mais de 35 anos e mulheres depois da menopausa, o ECG quase nunca é suficiente. Nesta população a prevalência de doença coronária/isquemia não detectável num ECG convencional é significativa. Devemos recordar que a doença coronária e morte súbita é a principal causa de morte no mundo moderno, como tal o seu rastreio numa população em cuja prevalência é elevada é mandatário. Os testes de isquemia funcionais (prova de esforço, cintigrafia miocárdica, etc) são fundamentais para rastreio de doença coronária. Saliento, no entanto, que estes testes funcionais convencionais só rastreiam a forma obstrutiva da doença ( apertos nas coronárias) sabendo-se actualmente que a forma não obstrutiva da doença (placas ateroscleróticas que não reduzam significativamente o lumen do vaso escapam à detecção). Tais placas podem instabilizar/trombosar num pico de esforço e dar origem a um enfarte morte súbita mesmo em indivíduos com testes funcionais (por exemplo, provas de esforço normais). Ou seja, em determinados grupos devemos ir mais além e antes de sancionar uma prática desportiva realizar testes anatómicos ( por exemplo, angiotac coronária) para identificação nomeadamente de placas ateroscleróticas não obstrutivas potencialmente perigosas. Lembro também que uma prática desportiva para ser saudável deve ser feita com regularidade - ninguém deve , mesmo que apto do ponto de vista cardiovascular , fazer exercício intensivo sem estar adaptado - não se pode passar a semana sentado e suar as “estopinhas“ ao fim-de-semana - tal atitude pode ser fatal. Quem não tem tempo para fazer desporto com regularidade o melhor que tem a fazer é caminhar. Por outro lado, a prática de exercício isotónico/aeróbico (dinâmico ) é mais salutar em termos gerais do que a isométrica/anaeróbica ( estática) - tal não significa que a última não seja saudável. Finalmente alertava para o facto de se dever fazer desporto em ginásios/locais idealmente com acesso a desfibrilhadores externos - em caso de paragem cardíaca por fibrilhação ventricular, nomeadamente temos aproximadamente 4 minutos para desfibrilhar o doente. O cérebro não aguenta mais tempo em hipoperfusão, em termos gerais, mesmo que a ajuda chegue mais tarde e seja possível reverter a ritmo normal, o mais provável é a vítima ficar em estado vegetativo . Por tudo isto façam favor de fazer desporto como deve ser e acima de tudo saibam se o podem fazer .
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diReTÓRio de saúde // diÁRioASBeiRas
Atividade física e saúde
Medicina do Sono
Envelhecimento (in)ativo
O sono
O
ano europeu do envelhecimento ativo terminou em 2012 e com ele, após uma série de (boas) iniciativas, parece que terminaram todos os problemas inerentes ao envelhecimento! Kofi Anam, já em 2002 lembrava: “A expansão do envelhecer não é um problema. É sim uma das maiores conquistas da humanidade. O que é necessário é traçarem-se políticas ajustadas para envelhecer são, autónomo, Rui Duarte ativo e plenamente integrado. A não se faIdealmed zerem reformas radicais, teremos em mãos uma bomba relógio a explodir em qualquer altura”. De facto, num país cada vez mais envelhecido, parece que enquanto sociedade esquecemos rapidamente a importância de um envelhecimento ativo e saudável como veículo promotor de saúde. O envelhecimento é um processo natural e inevitável, no entanto, as suas consequências podem ser minimizadas afastando os factores de risco comuns pela ausência da actividade física. As consequências da imobilidade são sobejamente conhecidas, a redução da massa muscular, a diminuição do equilíbrio, a diminuição da densidade óssea, a redução da capacidade de sociabilizar entre outras, são factores que contribuem para o isolamento e para a diminuição da autonomia e independência. Esta diminuição das capacidades traz consequências a muitos níveis, as quedas são um dos seus principais resultados, com destaque para os traumatismos crânio encefálicos, a síndrome pós queda e fraturas, com particular relevo para a fratura do colo do fémur pela incapacidade que dela resulta. A União Europeia alerta para as cerca de 500.000 hospitalizações e 40.000 mortes prematuras causadas por quedas na Europa, anualmente, estimando que mais de 20 milhões de pessoas com mais de 65 anos sofram uma queda todos os anos, sendo esta a principal causa de mortes por trauma nesta faixa etária. O sentimento de medo, a fragilidade e o receio da dependência de terceiros resultantes das consequências das quedas, implicam uma deterioração do estado geral devido à redução da mobilidade, da função e das atividades sociais e recreativas. Assim, a atividade física assume-se como um fator extremamente importante para a manutenção das capacidades individuais, permitindo um envelhecimento saudável e prevenindo acidentes que possam conduzir a situações potencialmente gravosas. É preciso lembrar que a atividade física não tem de ser extenuante para trazer benefícios, precisa sim, proporcionar ao idoso uma satisfação generalizada. Idosos com doenças crónicas ou incapacidades podem ter elevados benefícios na sua saúde praticando atividade moderada e/ou com planos desenvolvidos individualmente tendo em conta as especificidades de cada indivíduo. Através dos ganhos alcançados, atinge-se maior autonomia e funcionalidade, permitindo a independência por maior período de tempo. As atitudes negativas sobre o envelhecimento e as crenças de que os idosos não podem beneficiar com as mudanças de comportamento têm de ser ultrapassadas. Atividades simples como classes de hidroterapia/hidroginástica, caminhadas, classes de mobilidade, entre outras tipologias de exercício, estão descritas por diversos estudos como de extrema importância para a manutenção da qualidade de vida, garantindo a manutenção de faculdades tão importantes como o equilíbrio, força muscular e a proprioceptividade, além de assegurar um importante fator social. Assim, se está na sua altura: “MEXA-SE, PELA SUA SAÚDE”.
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O
sono é uma complexa fusão de processos fisiológicos, psicológicos e comportamentais, caracterizado pela suspensão temporária da consciência e acompanhado pela redução, mais ou menos acentuada, da sensibilidade e da maior parte das funções da vida orgânica. Caracteriza-se, tipicamente, por uma postura supina, comportamento tranquilo, olhos fechados e todos os outros indicadores comummente associados ao adormecimento. Paulo Caseiro A avaliação em Medicina do Sono é realizada ESTeSC através do estudo poligráfico do sono, que consiste na observação e análise de diversas variáveis fisiológicas durante o sono. Assim, é hoje do conhecimento que as perturbações do sono condicionam a qualidade de vida, reduzem o desempenho e causam doenças. Por outro lado, é também do conhecimento que as alterações das condições de vida e as doenças causam distúrbios do sono. Os sintomas mais frequentes relacionados com as perturbações do sono são a sonolência excessiva, a insónia, as manifestações motoras e/ou autonómicas anormais durante o sono e o desajustamento na adaptação a horários e ritmos de vida. A síndrome da apneia do sono (SAS) é uma das patologias do sono mais frequentemente estudada nos laboratórios do sono. No entanto, os dados da literatura apontam para que se trata de uma situação clínica sub-diagnosticada devido ao desconhecimento e subvalorização por parte dos clínicos e do público em geral. Esta é uma doença crónica, evolutiva, com alta taxa de morbilidade e mortalidade, cujos sintomas principais são a roncopatia e a hipersonolência diurna, com graves repercussões hemodinâmicas, neurológicas e comportamentais. O seu risco aumenta com a idade e está fortemente relacionada com a obesidade, afetando sobretudo o sexo masculino e mulheres depois da menopausa. De acordo com a literatura, estima-se uma incidência de 9% para mulheres e 24% para homens dos 30 aos 60 anos. Os fatores de risco que têm sido descritos para a SAS são a idade (meia idade), o sexo (masculino), a obesidade, o aumento do perímetro do pescoço, os hábitos alcoólicos e tabágicos, o consumo de fármacos (sedativos e/ou hipnóticos) e as alterações crânio-faciais. A SAS não tratada pode dar origem a graves complicações, de natureza neuropsicológica e cardiorespiratória, podendo-se enunciar acidentes de viação, acidentes de trabalho, perturbações cognitivas, dificuldades de relacionamento social ou familiar, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, cardiopatia isquémica, acidentes vasculares cerebrais, entre outros. O tratamento de ventiloterapia no domicílio (CPAP) é, na atualidade, o tratamento de referência, seguro e de maior eficiência comprovada Apesar do enorme progresso, os desafios para o futuro da Medicina do Sono prendem-se com a racionalização dos custos de diagnóstico e tratamento das doenças de sono, consciencialização e educação do público leigo e da comunidade científica e reconhecimento, pelas autoridades, dos riscos da privação de sono como fator de erro humano.
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Cuidados farmacêuticos
Medicina Geral e Familiar
Farmacêutico: uma profissão centrada no doente
Relação médico-doente personalizada e contínua
O
s avanços da ciência e da tecnologia nas últimas décadas têm sido relevantes. Medicamentos cada vez mais potentes e complexos, novas técnicas de diagnóstico e terapêutica, os avanços da imagiologia, a nanomedicina, a medicina molecular e a genómica, em tudo tem contribuído para este admirável mundo novo que permitiu, nas sociedades ocidentais, no último meio século, um aumento da esperança média de Isabel Vitória vida notável, tanto em termos quantitativos Faculdade de Farmácia como qualitativos. Neste novo paradigma da medicina, o medicamento continua a ocupar o lugar primordial. Seja para curar, controlar ou prevenir a doença, o medicamento aparece como um companheiro de jornada muitas vezes imprescindível a uma vida longa e com qualidade. O medicamento é um bem precioso, que os doentes necessitam saber utilizar. Neste contexto, o farmacêutico é chamado a assumir a responsabilidade do uso apropriado da medicação por parte do doente promovendo o seu uso racional Ao farmacêutico, já não basta conhecer o medicamento desde a sua conceção até à dispensa. O doente necessita de um profissional de saúde empenhado em detetar, resolver e prevenir problemas relacionados com os medicamentos, ajudando-o a evitar todas as situações que, durante a sua utilização, podem causar o aparecimento de resultados negativos da farmacoterapia. O medicamento corretamente utilizado permitirá que se atinjam os objetivos terapêuticos, sejam eles a cura da doença, a eliminação ou redução dos sintomas a ela associados, o retardar da progressão ou a prevenção da mesma. Na atualidade, as populações modernas necessitam de equipas de saúde que envolvam profissionais empenhados num trabalho conjunto com os doentes no estabelecimento de um plano de cuidados partilhados e assumidos por todos os envolvidos. O movimento para uma prática assistencial centrada no doente, iniciado nos anos 60, resultou na promulgação dos princípios da prática clínica, serviços de informação e dos serviços farmacêuticos como novo paradigma da prática farmacêutica. E os cuidados farmacêuticos surgem naturalmente, não apenas como uma resposta às necessidades profissionais dos farmacêuticos, mas principalmente como resposta a uma necessidade social objetiva: os doentes têm resultados clínicos negativos da farmacoterapia e os farmacêuticos devem procurar resolvê-los. Os cuidados farmacêuticos correspondem a uma filosofia de atuação em que o farmacêutico, integrado na equipa de saúde, assume as suas responsabilidades perante a medicação. O farmacêutico, profissional de saúde com uma formação de excelência e com competências abrangentes e transversais, coloca-se numa atitude de serviço ao doente com o objetivo de melhorar os seus resultados clínicos, económicos e humanísticos através da utilização de medicamentos. O farmacêutico do século XXI sabe que tem um valor acrescentado nos cuidados de saúde de um doente através da prestação de serviços farmacêuticos especializados.
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O
médico especialista em Medicina Geral e Familiar possui actos médicos únicos, habilidades e conhecimentos que o qualificam para prestar cuidados médicos contínuos e abrangentes a cada membro da família, desde que nasce. Um médico de família é um médico que recebeu formação específica em várias disciplinas médicas e cirúrgicas, com interesse na prestação de cuidados de saúde primários. O esTiago Jesus pecialista de Medicina Geral e familiar presta Idealmed cuidados de saúde preventivos e curativos, no âmbito da Saúde Geral do Adulto, Saúde da Mulher, Saúde Infantil, Saúde do Idoso, Saúde do Adolescente, Gestão de doenças crónicas, Rastreios oncológicos entre outras valências. A pedra angular da Medicina Geral e Familiar é uma relação médicodoente personalizada e contínua, centrada no atendimento integral do indivíduo em todo o seu contexto bio-psico-social, integrando um conhecimento global e não centrado em nenhum órgão ou patologia. O especialista em Medicina Geral e Familiar, integrando a relação médico-doente personalizada e única, uma anamnese e um exame objectivo global, auxilia-se dum conjunto de exames de rotina de saúde na sua prática clínica. Da avaliação de todos estes elementos, resulta um plano terapêutico, tendo por base aconselhamentos sobre mudanças de estilos de vida, num esforço de promoção da saúde e da prevenção de doenças. Os especialistas em Medicina Geral e familiar são responsáveis por 80-90% dos cuidados médicos exigidos pelos utentes, mas estão sensibilizados para a detecção precoce de situações que carecem de cuidados especializados, orientando para a especialidade e especialista mais indicado a cada caso. A unidade de Medicina Geral e familiar da IDEALMED-UHC é constituída por especialistas em Medicina Geral e Familiar, que num ambiente Hospitalar Privado, fazem a gestão da saúde do utente, auxiliando-se de todos os meios de excelência disponíveis na IDEALMED-UHC, quer técnicos, quer de recursos humanos. Neste sentido, esta unidade de Medicina Geral e Familiar e estes especialistas estão numa posição privilegiada para a prestação de cuidados de saúde adequados no sentido da manutenção dum estado de saúde, prevenindo a doença, mas também a gerir a doença crónica no sentido de prevenir as complicações, recorrendo a um plano de terapêutico personalizado. O médico especialista em Medicina Geral e Familiar é o seu gestor de Saúde e de Doença.
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DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Oftalmologia
Farmacovigilância
O paradigma dos olhos do séc. XXI: a fadiga ocular
O Risco Ambiental do Medicamento
H
oje, não restam dúvidas. O Síndrome Visual das Novas Tecnologias (SVNT) é a praga do séc. XXI e, tal como as “pragas da Idade Média”, alastra rapidamente. Mas com uma pequena diferença: tornouse global, uma consequência inevitável da evolução. Por razões profissionais, ou por puro prazer, a maioria das pessoas passa muitas horas por dia com as novas tecnologias: computadores, tablets, smartphones. Eugénio Leite A consequência são olhos mais cansados e Clínicas Leite fragilizados, a chamada fadiga visual. Há um conjunto de mundos verdadeiramente assustadores que merecem uma reflexão: 70-80% das atividades diárias envolvem monitores e motivam que 7 em 10 pessoas tenham fadiga ocular. Numa fase em que Portugal não tem ainda dados credíveis, estima-se que a nível mundial haja entre 60 e 80 milhões de pessoas em risco de apresentarem o SVNT. Os sintomas do SNVT são diversos, mas vão desde visão turva para perto e lentidão a focar para longe, sintomas musculares por sobrecarga do músculo ciliar ou por má postura, dores de cabeça, peso nos olhos e nas pálpebras, dores musculares do pescoço e das costas ou sintomas de olho seco como olho vermelho, secura, ardor, irritação, comichão, lacrimejo e intolerância à luz. Em consequência, tudo isto irá contribuir para uma diminuição da qualidade de vida, uma consequente dificuldade em realizar as tarefas rotineiras do dia-a-dia e perda de concentração mental. Este problema, em crescimento exponencial, está identificado e caracterizado há mais de uma década pelo que urge atuar pela via de prevenção através de campanhas públicas de informação, onde se deve realçar a necessidade de melhoria na qualidade do equipamento, a análise e correção da ergonomia de utilização (posição do utilizador, luminosidade, condições ambientais e suplementos lubrificantes), assim como a introdução de regras, como os tempos de utilização e as pausas na atividade. Em suma: escolha o equipamento pelas suas características técnicas e não pelo design ou publicidade. Escolha as suas condições ambientais e a sua posição de trabalho, mas não se esqueça dos tempos de pausa. E verá a sua rentabilidade no trabalho a aumentar. Este novo paradigma de vida comunitária, social ou profissional, levou a que as novas gerações estejam mais tempo dentro de casa e menos tempo na rua com menos exposição solar, pelo que é urgente impulsionar campanhas de informação e que devem ser suportadas pelos grandes promotores desta mudança de paradigma da sociedade: os produtores de equipamentos. São ainda urgentes campanhas de educação pessoal do utilizador nas suas múltiplas variantes, pois o presente não deve comprometer mais as gerações futuras.
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medicamento constitui uma classe emergente de contaminantes ambientais, e estudos publicados na literatura científica reportam a sua presença em águas residuais, de superfície e de consumo humano, e nos solos. Embora estejam presentes em quantidades residuais, constituem uma crescente preocupação de saúde pública a nível mundial, uma vez que são desenhados para exercer Angelina Pena um efeito farmacológico e atravessarem as Faculdade de Farmácia barreiras biológicas, e dado que a sua introdução no ambiente é contínua, conduzem a uma exposição crónica, multigeracional dos organismos aquáticos. Mundialmente é reconhecido que o risco ambiental do medicamento tem de ser avaliado e foi adoptada legislação pela União Europeia (UE). A Directiva 2004/27/CE exige, a partir de 2006, uma avaliação do potencial risco ambiental para a Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de qualquer medicamento no mercado europeu, devendo todo o medicamento ser avaliado no que respeita ao seu destino, comportamento e efeito no ambiente, tendo em atenção o seu uso, armazenamento e deposição. O Regulamento 1235/2010, relativo à farmacovigilância dos medicamentos para uso humano, reconheceu a necessidade dos Estados Membros fiscalizarem e avaliarem os respectivos riscos para o ambiente. No âmbito da Diretiva Quadro da Água, a Diretiva 2013/39/UE estabeleceu uma lista de vigilância das substâncias para monitorização a nível da UE no domínio da política da água incluindo, pela primeira vez, três medicamentos na lista de substâncias prioritárias: um anti-inflamatório, o diclofenac, e duas hormonas, o 17-betaestradiol (E2 ) e o 17-alfa-etinilestradiol (EE2 ). Em 2015, a Decisão de Execução 2015/495/CE alargou esta lista, englobando três antibióticos do grupo dos macrólidos, a eritromicina, a claritromicina e a azitromicina, e ainda outra hormona, a estrona (E1 ), metabolito do E2. A escassez de dados sobre a ocorrência, destino e exposição de medicamentos no ambiente aquático português, para dar cumprimento à legislação europeia, levou a que o nosso grupo de investigação sedeado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, desenvolvesse um extenso trabalho a nível nacional sobre esta problemática. No estudo efectuado, foi analisada a presença de 23 medicamentos em 120 amostras de águas residuais e 72 de águas de superfície e avaliado o risco ambiental. Confirmou-se a contaminação das águas residuais, sendo as concentrações mais elevadas observadas nos meses de Inverno, e nas regiões do Algarve e do Alentejo. Como era expectável, as águas de superfície analisadas apresentaram um cenário mais favorável, apresentando concentrações geralmente baixas e um risco baixo para o meio aquático. O panorama da região de Coimbra é, segundo os nossos resultados, favorável, pois apesar de terem sido detectados resíduos de medicamentos nas águas residuais municipais, não foi detectado a sua presença nas amostras recolhidas no rio Mondego. Os resultados obtidos neste estudo representam um importante contributo, em especial para a definição de estratégias sustentáveis com vista à minimização do impacto dos medicamentos no meio aquático exigido pela nova regulamentação europeia.
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66 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE cuIDADOS DE SAÚDE
Doença oncológica
Cirurgia estética, plástica e reconstrutiva
A Oncologia na Clínica Particular de Coimbra
No verão, o culto do corpo aumenta pela sua exposição em público
A
oncologia é a área médica que se ocupa da prevenção, diagnóstico, tratamento e seguimento das doenças oncológicas. Nos últimos anos tem-se verificado uma enorme evoluGabriela Sousa ção no conhecimento Clínica Particular destas doenças, com de Coimbra significativa redução da mortalidade, dado ser possível fazer o diagnóstico em fases cada vez mais precoces e realizar tratamentos cada vez mais eficazes. O sucesso do tratamento depende dos meios técnicos e terapêuticos, mas sobretudo de toda uma equipa vocacionada para prestar ao doente a melhor assistência, com o máximo de qualidade, sendo fundamental a interligação entre cada uma das áreas envolvidas (cirurgia, oncologia, radioterapia), numa estratégia multidisciplinar. A base da oncologia moderna é a conjugação de conhecimentos; a partilha da decisão; a discussão de cada situação e a adequação do plano de tratamento a cada situação particular. A multidisciplinaridade garante a melhor estratégia de tratamento maximizando o potencial de cada uma das áreas intervenientes, permitindo a aplicação da inovação ao “estado da arte” do tratamento dos vários tipos de tumor. O que nos propomos: * Tratamento multidisciplinar do doente oncológico, com os mais atualizados protocolos terapêuticos e de acordo com uma estratégia personalizada. * Efetuar o rastreio e vigilância de pessoas saudáveis, com elevado potencial de poder vir a apresentar doença oncológica (mama, tubo digestivo, tiróide, próstata, entre outros) * Otimizar o controle sintomático, com o apoio de áreas como a nutrição, fisiatria, psicologia ou a psiquiatria, numa perspetiva de proporcionar não só bem-estar físico, mas também apoio psicológico e social. * Vigilância dos longos sobreviventes, pessoas que um dia foram confrontados com o diagnóstico de uma doença oncológica, e que atualmente têm que viver com sequelas resultantes do tratamento ou apenas com a “angústia” da possibilidade da recorrência da doença. A experiência aliada ao conhecimento e à multidisciplinaridade é a chave do sucesso do tratamento do doente oncológico.
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Celso Cruzeiro Sanfil
E
Ricardo Carvalho Sanfil
ste culto pelo corpo ideal e eternamente jovem, é fruto da pressão exercida pela sociedade de consumo em que nos inserimos, em que o corpo é muitas vezes usado como sinal de status ou como veículo de ascensão social. Nesta época do ano que antecede o verão é, portanto, oportuno relembrar alguns cuidados que poderão ajudar a prevenir ou a tratar, os sinais de envelhecimento, associados à exposição solar. Queimaduras solares: É frequente verificar o culto do corpo bronzeado mas o risco de sofrer uma queimadura solar é elevado quando a exposição solar é intensa ou prolongada. Recomenda-se que a exposição solar se faça fora das horas de maior calor e sempre com a proteção adequada, na forma de roupa, sombra e protetor solar. As queimaduras solares são habitualmente tratadas com a aplicação de um creme hidratante e calmante, para aliviar a dor e com o reforço da hidratação oral. Como cicatrizam espontaneamente não necessitam de um cuidado médico especializado. Protecção de cicatrizes: Qualquer cicatriz é mais sensível aos raios UV’s e por isso, é importante protege-las do sol. A exposição solar ao bronzear a pele pode, inicialmente, camuflar uma cicatriz, mas quando o bronzeado desvanecer as cicatrizes ficam habitualmente mais escuras que a pele restante. As cicatrizes devem proteger-se com um protector solar com factor de proteção elevado. O tratamento das cicatrizes escurecidas ou manchas resultantes da exposição solar, pode ser feito com a aplicação de cremes despigmentantes e que façam uma esfoliação superficial da pele. Estes tratamentos estão desaconselhados durante o verão e, por isso, é altamente recomendado uma avaliação por um médico experiente no tratamento de cicatrizes. As cicatrizes já estabelecidas poderão ser “camufladas” com recurso a técnicas usadas em Cirurgia Plástica, como peelings, tratamentos com Laser ou Plasma Rico em Proteínas (PRP). Envelhecimento cutâneo: Um dos principais factores de envelhecimento cutâneo é a exposição solar, prolongada e intensa. Os sinais mais
frequentes são o aparecimento de rugas finas, em torno dos olhos, na região frontal (testa) ou em torno da boca. A exposição solar é também responsável pela perda de elasticidade da pele, pela sua desidratação e pelo aparecimento de manchas. A melhor forma de prevenir o aparecimento destes sinais de envelhecimento é evitar a exposição solar prolongada e nas horas de maior intensidade e usar protecção adequada. O tratamento das primeiras rugas (finas e superficiais) é mais fácil e mais rápido, do que quando estas já são mais profundas. O tratamento das rugas deve fazer-se logo que estas se comecem a notar. Estes tratamento são dos que mais frequentemente se fazem na Cirurgia Plástica e incluem a aplicação de toxina botulínica e preenchimentos com ácido hialurónico. São tratamentos rápidos, simples, com recuperação imediata (“tratamentos da hora de almoço”). A perda de elasticidade (flacidez) da pele e a perda de volume são tratados com recurso a preenchimentos com ácido hialurónico ou com gordura do próprio organismo. São tratamentos indolores, rápidos, com recuperação quase imediata e podem ser feitos em qualquer altura do ano. As manchas (hiperpigmentações) que resultam da exposição solar devem ser tratadas fora da época do verão. Os tratamentos mais utilizados são os peeling’s químicos ou o resurfacing com laser. Estes tratamentos são feitos no consultório, não necessitam de anestesia, mas como provocam uma “descamação” transitória da pele, obrigam a um período de recuperação mais prolongado. Estes tratamentos são também eficazes para as rugas finas, pelo que podem complementar a utilização de toxina botulínica e de ácido hialurónico. Celulite: É uma das maiores preocupações das mulheres. Para evitar ou atenuar a celulite, existem vários cosméticos (cremes) que estimulam a degradação da gordura e tratamentos localizados, como drenagem linfática, Endermologia, Radiofrequência, Mesoterapia ou Laser. Todos estes tratamentos são feitos no consultório, sem anestesia (são indolores) e permitem retomar a vida habitual de imediato. O seu médico Cirurgião Plástico saberá indicar qual o mais indicado. Gordura localizada: esta é, também, uma grande preocupação das mulheres, que correm para os ginásios na tentativa de eliminar zonas de gordura em locais indesejados. Existem alguns tratamento que ajudam a diminuir a gordura nas zonas indesejadas, tais como Ultrassons, Cavitação, Endermologia ou Radiofrequência. Mas a forma mais eficaz e rápida de resolver este problema continua a ser a lipoaspiração. A lipoaspiração é a cirurgia plástica mais realizada em todo o mundo. A recuperação é rápida e os resultados são imediatamente visíveis.
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DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Oncologia
Dermatologia
Unidade da Mama, Cabeça e Pescoço
O Sol e os tumores cutâneos
João Ganho, médico responsável pela criação da unidade de cabeça e pescoço do IPO de Coimbra e mentor de vários serviços oncológicos assume a direcção clínica, que congrega uma vasta equipa de profissioJoão Ganho nais, igualmente cirurClínica Particular giões com reconhecida de Coimbra experiência, respectivamente nas áreas de tecidos moles e da mama. Trata-se de uma equipa com vários profissionais de saúde dedicados ao diagnóstico e tratamento do cancro da tiróide, digestivo, ginecológico ou urológico, o que dá á Clinica Particular de Coimbra condições extraordinárias para abordar as patologias oncológicas, que têm um crescente impacto na nossa sociedade. Nas situações de doenças oncológicas, a celeridade da resposta e os cuidados personalizados e integrais ganham mais importância. O objectivo é reunir no próprio dia, todos os exames necessários para um diagnóstico seguro e a definição de uma terapêutica adequada á patologia do doente, que poderá ser realizada em poucos dias. Estas unidades diferenciadoras da Clínica Particular de Coimbra, reúnem especialistas da área da cirurgia e oncologia médica, contando sempre com o apoio permanente da imagiologia, radiologia de intervenção e anatomia patológica, podendo ser uma mais-valia para a resolução de problemas, com que os doentes são confrontados. O caso é sempre explicado e discutido com o doente, que tem um papel importante na definição e na programação do tratamento a realizar.
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Pedro Masson Sanfil Como é do conhecimento geral, o revestimento cutâneo, a pele, além das funções da aparência, tem importantes funções de proteção (plasticidade, permeabilidade seletiva, informação sensorial e imunológica, renovação e reparação, termoregulação e regulação hemodinâmica). De entre os seus principais agressores estão as radiações solares ultravioletas que consoante o cumprimento de onda penetram mais ou menos profundamente na superfície cutânea: quanto menor o cumprimento de onda menor a profundidade atingida. Contudo ela depende também da menor ou maior pigmentação da pele, pigmentação que é devida essencialmente à menor ou maior quantidade do pigmento melânico existente na epiderme e que tem caracter genético. Assim, o tipo de pele, em relação à sua cor, é classificada em 6 fotótipos, sendo o fototipo 1 a mais clara ( os vulgarmente ditos “louros”) e o fototipo 6 a mais escura. As peles do fototipo 1, 2 e 3 são as que mais rapidamente e mais intensamente sofrem as consequências da exposição ao sol. Sabe-se que a radiação luminosa tem efeitos benéficos naturais (suporte da vida, ritmos biológicos, ação antirraquítica, equilíbrio orgânico e psíquico) e efeitos nocivos diretos, quer de caracter agudo (queimadura solar) quer crónicos (fotoenvelhecimento, cancerização cutânea). Os efeitos crónicos são mais frequentes nas peles mais claras e nas regiões mais expostas (face, dorso das mãos, pescoço), assim como nas profissões ao ar livre. O uso e abuso das exposições aos raios UV para efeitos “estéticos”, tem sido um dos fatores que tem contribuído para lesões crónicas; longas e repetidas exposições ao sol, particularmente nas praias onde a reflexão das radiações ultravioletas na areia aumenta o seu efeito, são também um dos fatores responsáveis pelo aumento dos tumores cutâneos malignos. Os cuidados com as crianças devem ser também rigorosos, pois nestas idades o revestimento cutâneo não possui ainda os mecanismos fisiológicos de defesa. Nos adultos os cuidados dependem de diversas condições, nomeadamente da profissão. O envelhecimento cutâneo é irreversível, embora possa ser parcialmente “disfarçado” com as atuais técnicas da medicina estética, em regiões limitadas e quando pouco acentuadas. Há que chamar a atenção para um certo número de lesões cutâneas de evolução
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crónica, em regra de pequenas dimensões, de superfície áspera, de cor escura, dispersas sobretudo nas zonas expostas no quotidiano (dorso das mãos, face, área de calvície). Tais lesões podem ser benignas (queratoses seborreicas), ou pré-malignas (queratoses actínicas) isto é, podem evoluir, embora lentamente, para tumores malignos cutâneos (carcinomas basocelulares e espinhocelulares). A suspeita da evolução carcinomatosa baseia-se nas alterações da superficie, da cor e das dimensões, pelo que devem ser precocemente diagnosticadas e tratadas. Outra lesão que pode surgir na face, sobretudo nas pessoas com a pele envelhecida, é o lentigo solar, que deve ser diferenciado do maligno. Situação particular é a existência de numerosas lesões - os vulgo“sinais”essencialmente dispersas no tronco em indivíduos de pele e olhos claros, que tiveram grande número de “escaldões” ao longo da vida, e que têm numerosas sardas. No pior dos casos, estes “sinais” podem evoluir em tempo variável, para melanoma: o “sinal” aumenta de superfície, os bordos tornamse irregulares, a cor deixa de ser uniforme e a espessura é mais evidente, os sinais de alerta dos “sinais”: A (assimetria), B (bordos irregulares),C (cor irregular), D (dimensões superior a 6 mm) e E (evolução e espessura). Assim, interessa analisar os “sinais” no seu carácter evolutivo, sendo hoje muito simples, bastando tirar uma foto de perto com o telemóvel e fazer uma comparação semestralmente. Se houver qualquer modificação, deverá recorrer a um dermatologista, que fará um controlo dermatoscópico e/ou excisão. Os melanomas malignos, quando diagnosticados e tratados precocemente, têm uma mortalidade muito baixa.
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Cirurgia da obesidade
Perigos do excesso de peso e obesidade
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xcesso de peso é definido como um IMC (índice de massa corporal) de 25,0 a 29,9Kg/m2 e obesidade é definida como um IMC superior a 30Kg/m2. A obesidade mundial aumentou mais duas vezes desde 1980. Em 2014 mais de 1,9 milhares de milhão de adultos tinham excesso de peso. Destes mais de 600 milhões eram obesos. Em Portugal o panorama da obesidade não é animador: em 2008 cerca de 59,1% dos adultos João Rebelo Almeida (>20 anos) tinham excesso de peso e 24,0% Sanfil tinham obesidade. O excesso de peso favorecia o sexo masculino mas a obesidade era maior no sexo feminino. Prevê-se que em 2020, 21% dos homens e 22% das mulheres serão obesos. O mesmo modelo prevê que em 2030, 27% dos homens e 26% das mulheres serão obesos. Causas de obesidade e excesso de peso: A causa fundamental resulta de um desequilíbrio entre o número de calorias ingeridas e número de calorias gastas. Globalmente tem-se assistido a um aumento do consumo de comidas com elevada densidade energética e alto teor de gordura associadas a uma inatividade física própria da natureza sedentária de muitas atividades profissionais, fácil acesso aos meios de transporte e urbanização crescente. Um aumento do IMC é um risco major para doenças do tipo: - Cardiovasculares (AVC, Enfarte Agudo Miocárdio) – causa líder de mortalidade em 2012; - Diabetes; - Doenças musculoesqueléticas (osteoartites); - Algumas formas de cancro (endométrio, mama, ovário, próstata, fígado, vesícula biliar, rim e cólon). Para prevenir a obesidade e o excesso de peso as pessoas podem:
- Diminuir a ingestão de gorduras e açúcar; - Aumentar o consumo de frutas frescas, vegetais; - Praticar uma atividade física regular ( 150 minutos por semana); A indústria da comida pode praticar um papel importante: - Reduzir o conteúdo em gordura, açúcar e sal nas comidas processadas; - Assegurar o acesso de escolhas saudáveis de nutrição a preços adequados a todos os consumidores; - Aplicar restrições a alimentos com excesso de açúcar, sal, gordura, especialmente nos alimentos cujo alvo são as crianças; - Assegurar a disponibilidade de escolhas alimentares saudáveis e de incentivos à atividade física regular no espaço dos empregos; Recomendações internacionais para o excesso de peso e obesidade são: - Os adultos com excesso de peso ou com obesidade devem saber que o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 aumenta à medida que aumenta o IMC. - Perdas de peso ligeiras como 3-5% produzem grandes benefícios para a saúde, desde que mantidas, e quanto maiores, mais serão os benefícios. - Adultos com obesidade devem ser aconselhados a integrar programas de ingestão de dietas de baixo teor calórico e aumento da atividade física durante períodos superiores a 6 meses. Caso já tenham perdido peso com grande significado devem aderir a programas de manutenção de peso em período superior a um ano. - Adultos com IMC>40Kg/m2 ou IMC>35Kg/m2 associado a doenças da obesidade (patologia osteoarticular, diabetes 2, doença cardiovascular,etc), que estão motivados para perderam peso, mas que não tiveram êxito com os programas descritos, devem ser informados sobre a cirurgia bariátrica (By pass gástrico, Sleeve gástrico), sendo referenciados para um centro de tratamento cirúrgico de obesidade para avaliação e decisão.
Prevenção de quedas
Mais vale prevenir…
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s quedas representam um sério problema de saúde pública; 50% das quedas resultam numa lesão e 30% requerem algum tipo de intervenção clínica, podendo mesmo ser necessária a hospitalização. Há quedas que não provocam lesões físicas, mas provocam ansiedade pós-queda e medo, tornando as pessoas mais dependentes de familiares ou mesmo levar à sua institucionalização. Em termos socioeconómicos as quedas e as suas consequências acarretam Anabela custos elevadíssimos. A União Europeia estima Correia Martins um custo de 281€ por habitante, o que significa ESTeSC um custo anual de 25 biliões de euros em cuidados de saúde. Não menos importante, as quedas podem ainda diminuir a capacidade de uma vida ativa e independente, afetando a participação social e a qualidade de vida. Quais as principais causas? Os fatores associados a maior risco são os problemas de equilíbrio, falta de força dos membros inferiores, alterações na marcha, tomar mais de 4 medicamentos diferentes ou medicação psicotrópica, problemas de visão, história de queda anterior, entre outros. À semelhança de muitos países, surgiu, em Portugal, um projeto dedicado ao estudo e prevenção das quedas. O FallSensing é um projeto pioneiro de base tecnológica, testado e validado por fisioterapeutas em contexto clínico e comunitário baseado no rastreio de risco e em programas inova-
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dores de prevenção de quedas que associam o biofeedback - estímulos sonoros e visuais - aos exercícios, com crescente procura, quer por parte de quem já caiu, quer por parte de quem deseja prevenir quedas. Os fisioterapeutas são profissionais que ajudam a tomar consciência dos riscos, realizando rastreios rápidos que incluem testes de força, equilíbrio e velocidade de marcha, assim como outros testes de despiste, nomeadamente riscos ambientais, utilização incorreta de auxiliares de marcha e estilo de vida sedentário. Trabalhando com outros profissionais e serviços na comunidade, o fisioterapeuta pode aconselhar a procura de um médico para verificação da medicação ou a realização de um exame à visão, sempre que estes fatores estejam presentes. São, ainda, especialistas no desenho de programas personalizados para treino de força e equilíbrio, que podem ser realizados em grupo ou individualmente. Integrar esses exercícios no dia a dia das pessoas, sem impor alterações significativas nas rotinas, são também um dos seus desafios com resultados comprovados. O ensino de estratégias para manter as casas o mais seguras possível ajuda a reduzir o medo de cair, logo, promove a mobilidade, contrariando a tendência de passar mais tempo sentado, muitas vezes usada como forma de “defesa”. Ajudar a estabelecer metas para aumentar a mobilidade, treinando atividades simples como levantar de uma cadeira, mudar de direção durante a marcha ou o levantar do chão após a queda são outras formas de dar confiança, particularmente às pessoas com história anterior de quedas, muitas vezes acompanhadas de fraturas e períodos de hospitalização.
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Nutrição
Alimentação saudável para um envelhecimento saudável
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sua ingestão e absorção e aumento do seu consumo nos diferentes metabolismos. É preciso estar atento às eventuais deficiências em vitaminas (A,E,C,D e do complexo B) e minerais (cálcio, magnésio, potássio, zinco e selénio). Os alimentos ricos nestes nutrientes são essenciais. O idoso deve fazer avaliações periódicas do seu estado de nutrição e composição corporal, com o objectivo de diagnosticar riscos de desnutrição e fazer as intervenções precoces adequadas. A alimentação do idoso baseia-se nas recomendações demonstradas na Roda dos Alimentos. Há aspetos importantes a cumprir: pequenoalmoço completo e equilibrado, distribuição repartida dos alimentos por várias refeições, hortaliças, legumes e frutos: 43%, pão e cereais: 30%, leite meio gordo (pelo menos ½ litro) se tolerado, preferir o consumo de peixe, restringir óleos e gorduras, eliminar o sal, reduzir / eliminar o açúcar e ingerir água. Os cuidados alimentares serão: manter intervalos entre as refeições inferiores a 3.30 a 4h, evitar jejuns noturnos superiores a 10h, evitar refeições muito volumosas e temperaturas extremas, de acordo com os gostos individuais, sem perderem o equilíbrio e com alimentos de fácil digestão, dar preferência ao azeite, para as hortaliças e legumes ter cuidado com a confeção pois pode haver má tolerância a saladas cruas e hortícolas mal cozidos. É fundamental ter em atenção eventuais problemas de mastigação. A sopa é boa fonte de vegetais e as tisanas ou infusões de ervas ajudam na hidratação. Concluindo, a prevenção dos desequilíbrios nutricionais é imprescindível para um “bom” envelhecimento. É fundamental a alimentação saudável desde cedo, evitar dietas restritivas em idosos, tomar em conta os aspetos sociais, estimular o exercício físico e ter em atenção carências em vitaminas e minerais.
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processo de envelhecimento condiciona alterações no estado de nutrição com, no geral, tendência para a desnutrição que está parcialmente ligada a Síndrome da Fragilidade do idoso. Por outro lado, o processo de envelhecimento tem evoluções variadas, dependendo da predisposição genética, das doenças crónicas presentes, ou de intercorrências agudas e de diversos fatores ambientais, nomeadamente, nutricionais Lélita Santos e de atividade física. FMUC No referente a alimentação, é muito importante a prevenção. A boa alimentação desde cedo (infância e vida adulta) é fundamental para a prevenção de várias doenças e condiciona o envelhecimento saudável. O declínio na função dos vários órgãos pode ser influenciado pela alimentação. O envelhecimento tem efeitos na composição corporal e estado de nutrição, condicionando a diminuição da massa magra, redução da água corporal, da massa óssea, da massa muscular, com diminuição da capacidade funcional e da autonomia e perda de massa visceral com diminuição das reservas funcionais A massa muscular é a mais sensível e a sua diminuição pode originar a terrível sarcopenia do idoso. A tendência para a desnutrição do idoso tem como base vários fatores: sociais, físicos e psicológicos. Como consequência o idoso está mais sujeito a carências de vitaminas, de minerais e de antioxidantes. As necessidades energéticas diminuem com o envelhecimento. No entanto, o problema está no equilíbrio entre os nutrientes que pode ser difícil neste grupo. A redução da água corporal é de cerca de 300 ml por década a partir da idade adulta, agravada pela diminuição da sensação de sede. Este problema pode levar a desidratação que, muitas vezes, obriga mesmo a internamentos perfeitamente evitáveis. A partir dos 65 anos as necessidades hídricas são em média de 30 ml/Kg peso/dia. Para a fibra alimentar a ingestão aconselhada é de 25g/dia, o que evita também a obstipação crónica, queixa muito frequente neste grupo etário. É preciso estimular a síntese proteica muscular para prevenir a sarcopenia. Devem, no entanto, ser respeitados alguns cuidados pois o excesso de alimentos proteicos pode condicionar aumento da calciúria e doença renal. De igual importância é a prevenção da sarcopenia através da atividade física aeróbica e de exercícios de resistência. O idoso tem risco de carência em vitaminas e minerais. Há redução da
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Medicina Dentária
Cuide dos seus dentes, para umas férias sem sobressaltos
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de calor. Dentro das causas internas, associa-se a algumas patologias tais como o refluxo gastroesofágico, bulimia, alcoolismo. O seu Médico Dentista é a melhor pessoa para lhe dizer se sofre desta patologia e qual a melhor forma de a prevenir. Se vai viajar de avião ou fazer mergulho também pode ter o azar de sofrer de barodontalgia. É uma condição rara que se caracteriza por uma dor aguda num dente causada pela variação de pressão atmosférica. Não é uma doença, mas sim um sintoma de uma patologia oral já existente, que se agrava com a alteração de pressão. Pode estar associada a cáries, restaurações defeituosas, fracturas dentárias, dentes que necessitam de ser desvitalizados, dentes inclusos ou patologia periodontal. Dependendo da causa, pode ser reversível ou continuar a incomodá-lo durante os dias supostamente tranquilos que tinha planeado. Para que possa gozar de um descanso merecido e relaxar da melhor forma, faça um checkup dentário antes de ir de férias. Por melhor higiene oral que tenha, é recomendada uma destartarização semestral na qual o seu médico pode verificar a saúde de cada um dos seus dentes, gengivas e de toda a sua boca, fazer radiografias e outros exames complementares e responder a todas as suas dúvidas. Recomendamos que marque uma consulta para si e para os seus filhos, pelo menos um mês antes de ir de férias. Mesmo que não tenha qualquer queixa, pode ter vários tratamentos para fazer e, assim, pode completálos com calma.
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om a chegada do Verão, das férias e do calor chega, também, a época em que mais disparates fazemos a nível alimentar. Todos sonhamos com bolas de Berlim na praia, gelados, refrigerantes, doces e uma cerveja bem fresca numa esplanada qualquer. É a época em que queremos relaxar e que nada nos incomode. A última coisa que desejamos é ter (ou que algum dos nossos tenha) uma forte dor de dentes, que não deixe ninguém dormir Maria João Oliva e que nos obrigue a andar à procura de uma Sanfil farmácia ou de um consultório dentário às tantas da madrugada. O excesso de alimentos calóricos e um maior relaxamento a nível de higiene oral pode levar ao aparecimento ou progressão de cáries. Para o evitar, beba muita água, para evitar a desidratação que leva a uma menor quantidade de saliva. Entre as refeições, se não for possível escovar os dentes, consuma alimentos fibrosos (como a maçã, pêra, cenoura) e pastilhas elásticas sem açúcar. No Verão, pode haver, também, um agravamento da erosão dentária. Esta última caracteriza-se por uma perda irreversível de estrutura dentária causada por efeito direito de ácidos sobre as superfícies dos dentes. Pode ter causas externas ou internas. Dentro das causas externas, destacase o consumo de alimentos e bebidas ácidas (tais como: refrigerantes, vinho, citrinos, vinagre e molhos de saladas) que sabem tão bem na altura
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