Turismos 16 maio 2015

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sm s o i r tu de futuro edição de 16/05/15

apoio

Cerdeira Village

e o paraíso aqui tão perto


2 | especial | villa pedra turismos de futuro

diário as beiras | 16-05-2015

turismos de futuro coordenação António Alves // fotografia Luís Carregã

Natureza no estado puro A solidão, a beleza natural envolvente, os trilhos para caminhadas, os riachos e a represa no ribeiro, permitem momentos de reflexão e relaxamento

111 A Cerdeira é um local mágico onde o tempo não voa. Em plena Serra da Lousã, a aldeia permite aos visitantes ter acesso à natureza “no seu estado mais puro”. Para manter este estatuto, todo o projeto de recuperação foi pensado de forma a que a traça antiga fosse respeitada. E o trabalho não foi fácil, porque o estado em que se encontravam as casas não ajudou em nada à sua reabilitação. Mas o sonho do casal alemão Kerstin e Bernard não esmoreceu, pois aos poucos a aldeia foi ganhando forma. Neste momento, grande parte das antigas habitações já está recuperada e a aldeia voltou a ter “vida”. Se o projeto Cerdeira Village, iniciado em 2012, permite acolher oito famílias em igual número de casas, há espaços próprios para trabalho criativo, individual ou num ambiente de cooperação

com outros artistas. As residências artísticas são já habituais naquela aldeia, de tal forma que existe uma Casa das Artes que, até ao verão, irá ganhar uma maior dimensão. As obras, feitas com todos os cuidados ambientais, vão permitir a criação de um ateliê com quatro áreas de trabalho: cerâmica, madeira, papel e fotografia e desenho e pintura. O primeiro edifício enquadrouse no projeto internacional ECOARQ , do qual obteve um apoio financeiro, de forma a que na sua construção fosse possível revitalizar “técnicas de construção adormecidas que usam materiais locais dormentes, reduzindo a importação de materiais e preocupando-se com o desempenho energético do imóvel”. A sua recuperação contou com pedra de xisto, barro, castanho, pinho e cortiça. Para a vivência desta aldeia muito têm contribuído as residências

artísticas e eventos como “Elementos à Solta” que em 2015 entra na 10.ª edição. Uma semana onde a criação artística e as exposições estarão de mãos dadas. A abertura de um novo espaço vai permitir a realização de mais workshops. Para agosto próximo, irá ter lugar um curso para a construção de um forno de cerâmica mas sem fumo. A Eira do Vale – espaço amplo de utilização comum para a realização de atividades diversas,

como por exemplo a yoga –, e uma Casa Abrigo – alojamento coletivo para acolher grupos – são outra das apostas de um projeto mereceu, recentemente, inúmeros elogios numa feira da especialidade na Alemanha.


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Cheiros Casas

com o dedo dos “artistas” 111 Casa da Escada, Casa do Forno, Casa das Estórias, Casa das Vizinhas, Casa do Sol, Casa das Árvores e Casa do Vale. São estas as habitações que os “amantes” da natureza podem usufruir na aldeia. As casas têm capacidade para acolher entre quatro e seis pessoas. Todas as casas são independentes e os materiais usados são todos feitos na região. Por exemplo, o candeeiro exterior é uma criação de um artista local. Por outro lado, cada uma delas tem “o dedo” de artistas nacionais. A Casa da Árvore é um desses exemplos. António Fernandes executou as escadas em madeira de carvalho. Nas paredes, é possível ainda encontrar quadros de Vanda Vilela, feitos de papel e que retratam a fauna e a flora do lugar. Em todas as casas, o aquecimento é natural – através da queima de lenha recolhida nas encostas da Cerdeira. Como chegar A aldeia da Cerdeira está situada na Serra da Lousã, no distrito de Coimbra. Para chegar à aldeia, terá que percorrer uma estrada de montanha que liga a Lousã a Castanheira de Pera. Ao quilómetro nove encontrará uma indicação para virar à esquerda. Percorrendo mais 1.500 metros chegará à aldeia. Tem que estacionar a viatura junto à Capela e entrar na Cerdeira a pé, pois ali não circulam automóveis.

111 Um dos projetos que dá nome a Cerdeira é a “Planta do Xisto”. António Carlos Andrade decidiu dedicar-se, em março de 2006, à produção e comercialização das plantas aromáticas, medicinais e condimentares. Alecrim, orégão, serguelha, tomilho limão, sal aromático ou os chás de ervacidreira, erva-príncipe, hissopo, hortelã-pimenta ou de lúcia-lima são alguns dos produtos que já deixaram as fronteiras locais e levam o nome desta aldeia a vários continentes. Sal aromáticos e doces caseiros são outros dos produtos que já têm a chancela da “Planta do Xisto”. Na sua página da internet, o jovem agricultor refere que ao adquirir produtos da “Planta do Xisto” está a contribuir para “uma alimentação mais saudável e segura; preservação do ambiente, do solo e da água; reabilitação de terras degradadas e a luta contra a erosão; promoção do desenvolvimento local e um turismo de natureza responsável e de qualidade”.

pessoas

misturam-se com a terra

RKerstin Thomas tem 51 anos, nasceu na Alemanha e há cerca de três décadas veio estudar para Coimbra. Numa das viagens que efetuou até à Lousã, “por comboio”, conheceu a Cerdeira e “foi amor à primeira vista”. Formada e m L í n g u a e Cu l t u ra Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tinha o sonho de ter um ateliê onde p u d e ss e fa ze r o q u e gostava: executar a talha/ escultura em madeira. Ali se radicou em 1990, sendo atualmente uma das impulsionadoras da associação Cerdeira Art and Craft.

Coordenadas GPS N 40 05.645 W 8 11.726 Informações reservas@cerdeiravillage.com www.cerdeiravillage.com facebook.com/cerdeiravillage


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Turismo do Centro está na Feira das Viagens

Rede de Castelos na National Geographic 111 A revista National Geographic vai dedicar, no final do mês de junho, um suplemento de 30 páginas à Rede de Castelos e Muralhas do Mondego. O autor dos textos será o antigo editor da revista “Evasões”, Paulo Rolão, que ainda se encontra a fazer o trabalho para esta publicação. O enfoque do trabalho serão a história da antiga linha defensiva do Mondego e fazer uma visita turística aos vários monumentos da rede e que engloba os municí-

Programa Turismo para todos 111 A União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas vai desenvolver este Verão, e pelo primeiro ano, o programa “Turismo para Todos”. A iniciativa coloca ao dispor dos habitantes da freguesia um conjunto de passeios às praias oceânicas e fluviais da região, incluindo sempre a visita a pontos de interesse cultural. Os percursos contarão com a interpretação geográfica da paisagem feita pelo geógrafo Hugo Duarte e alguns convidados que

pios de Coimbra, Figueira da Foz, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Penela, Pombal e Soure. O objetivo da rede é recuperar uma linha militar criada há vários séculos atrás, ainda em tempos anteriores à fundação da nacionalidade, e que formaram a Linha Defensiva do Mondego. Aos Castelos de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Penela, Soure e atalaia de Buarcos, juntaram-se estruturas como o Castelo de Pombal e o do Germanelo, que “consolidaram esta fronteira, palco de conflitos armados, de instabilidade e perigo, mas também de convivências e trocas intensas”. “Conceber e desenvolver produtos turísticos”é o principal atributo da agência criada para o efeito. irão animar os passeios com “as suas artes, histórias e saberes”. Figueira da Foz, Cantanhede, Miranda do Corvo, Coimbra, Montemor-o-Velho, Penacova e Mira são alguns dos concelhos onde a iniciativa irá marcar presença durante aquele mês. Este programa decorre rá entre 15 de julho e 15 de agosto de segunda a sexta-feira entre as 9H00 e as 18H00. Cada lugar custará aos interessados dois euros por lugar, com a saída e a chegada a ter lugar na Junta de Freguesia de Santa Clara. A lista de passeios e respetivas datas já se encontra disponível na sede da junta de freguesia, na página da internet e no facebook criado para o efeito (facebook. com/turismoparatodosufsantaclaracasteloviegas).

Conversas no Convento 111 Depois de Lisboa, a Feira das Viagens realizase este fim de semana na cidade do Porto. O Palácio da Bolsa acolhe a iniciativa que, na capital portuguesa, contou com mais de 25 mil visitantes. A Turismo Centro de Portugal irá estar presente com um stand onde irá divulgar as potencialidades da região que se assume como o

destino ideal para as férias dos portugueses. Em 2014, por exemplo, a hotelaria instalada na região Centro registou cerca de 2,5 milhões de dormidas do mercado interno. O objetivo é, através deste certame, contactar diretamente com o consumidor, dar a conhecer o destino e influenciar a organização das próximas férias, ou fins de semana, no

território regional. Por outro lado, a presença na Feira das Viagens enquadra-se na estratégia de ativação da marca Centro de Portugal (iniciada em fevereiro na BTL). O certame tem entrada gratuita e pode ser visitado hoje (sábado) entre as 10H00 e as 22H00. Amanhã (domingo), o horário é das 10H00 às 20H00.

Regime Jurídico do Alojamento Local entra em vigor a 22 de junho 111 As novas exigências do Regime do Alojamento Local entram em vigor no dia 22 de junho. Uma das principais alterações prende-se com o artigo 11.º que agora estipula que “é vedada a exploração, pelo mesmo proprietário ou titular de exploração, de mais de nove estabelecimentos de alojamento local na modalidade de apartamento, por edif ício, se aquele número de estabelecimentos for superior a 75% do número de fracções existentes no edifício”, podendo o proprietário, caso isto não se verifique, explorar mais de mais nove estabelecimentos. No que diz respeito aos hostels, o documento aponta para uma “densificação do regime dos hostels”. Segundo o documento, “só podem utilizar a denominação hostel, os estabelecimentos de alojamento local, cuja unidade de alojamento predominante seja o dormitório, considerando-se predominante sempre que o número de utentes em dormitório seja superior ao número de utentes em quarto”. O novo decreto-lei

dá conta ainda de algumas caraterísticas que os dormitórios devem ter, tais como: ventilação e iluminação directa com o exterior através de janela, compartimento individual por cada cama, com sistema de fecho, espaços sociais comuns, cozinha e área de refeição de utilização e acesso livre pelos hóspedes e instalações.

1 1 1 A “Cultura e Tu r i s m o C u l t u r a l ” e “Economia e Turismo de Negócios” são alguns dos temas que irão estar em destaque no próximo dia 22 de maio no futuro Centro de Convenções e Espaço Cultural do Convento de S. Francisco. A iniciativa pertence à Câmara Municipal de Coimbra e serve para apresentar publicamente o Plano Estratégico para o centro. O Centro de Convenções e Espaço Cultural do Convento de S. Francisco constitui um investimento central para o Município de Coimbra, com impactos regionais e nacionais, no que respeita à dinamização económica do território, por via da capacitação da região para o turismo de negócios e, por outro lado, pelo reforço patrimonial que se reflete ao nível do turismo cultural. A conferência cruza contributos académicos e contributos institucionais e será pontuada também por exemplos concretos, considerados de boas práticas, no âmbito da cultura e do turismo como fatores de desenvolvimento local e regional. O evento conta ainda com a presença de representantes da administração central e regional.


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