Fábio Nasser - A História Será Para Sempre

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Diário da Manhã

CIDADES

GOIÂNIA, QUARTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2011

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FÁBIO NASSER

A HISTÓRIA SERÁ PARA SEMPRE Em nova mensagem psicografada, Fábio Nasser diz ao pai que é preciso ‘compreender o incompreensível’ e não ter receio do peso de sua luta por um jornalismo independente e livre. Fábio fala ao pai que os espíritos daqueles que forjaram o ‘Diário Francês’ estão com Batista Custódio na luta pela história e que seus olhos jamais vão ver o ocaso, já que é belo e especial para Deus, o Grande Deus Ulisses Aesse Editor de Reportagem do

Diário da Manhã

Se vivo, entre nós, Fábio Nasser estaria hoje, nessa ensolarada e fria quarta-feira de junho, completando 49 anos. Com um pé no quase início do meio século da vida, onde buscamos a cada momento satisfazer a nós mesmo e àqueles que nos cercam num círculo espirituoso de existência e de profundo respeito aos ensinamentos de Deus. Não há no limite da vida o limite do amor àquilo que devotamos como o verdadeiro brilho da luz no céu que caminha a cada dia do ano como se deslizasse suavemente nas horas à procura de cada segundo até sumir num breve firmamento do tempo. Não somos nada, senão o pouco do tudo do que nos resta dos anos em que plantamos e que colhemos a semente do bem; um dia, hoje apenas, um dia, armazenado em nossa consciência imemorial. Somos, portanto, o que queremos ser para nós, no espaço infinito de nossos desejos, mesmo que temporários, desejos. E seremos sempre o que o sempre será: o sempre grávido desse intenso desejo de viver para sempre. Em sua última carta psicografada ao pai, o jornalista e editor-geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, Fábio Nasser, como já de costume, pede ao pai que o abençoe e responde a algumas perguntas feita por Batista, na noite do último dia 2, data em que a mensagem psicografada foi recebida no Centro Espírita Obras Sociais Mãos Unidas, pela médium Mary Alves. Eis o que Fábio diz: — O seu coração clamou a Deus que eu não fosse tão sintético, pois a sua saudade é do filho poeta e sensível, que carrega suas dores em seu próprio ombro...

E prossegue na sua mensagem celestial: — E hoje venho afirmar que sei e compreendo muito bem o que é olhar para trás, na lembrança de toda uma vida de trabalho, de luta, de sacrifício, de exaustão e não se sentir apoiado... Aqui, Fábio se refere à luta incansável do pai na busca de um jornalismo independente, imparcial, que garanta a todos o livre direito e exercício de manifestação e de opinião. Uma luta travada pelo jornalista Batista Custódio há anos, há uma eternidade, que começou nas páginas do lendário jornal Cinco de Março e prossegue até hoje, com todas as dificuldades do mundo capitalista, nas páginas do Diário da Manhã, um libelo contra o autoritarismo das ideias e do pensamento e sempre pronto, ‘arriado’ para as opiniões alheias, de quem pensa cosmologicamente o mundo. Fábio se refere ao sacrifício enfrentado por Batista, das dificuldades financeiras, da brutal e desigual dependência econômica, do pífio capital mercantilista, que coloca seu jornal em dificuldades, às vezes, até de sua circulação, já que o papel, para imprimi-lo, de vez em quando mingua, tornando um ‘Deus nos acuda’, uma exaustão a ser combatida, sempre e sempre. Fábio fala ao pai sobre a sua luta, histórica, de anos, anos após anos, avivando o conceito de jornalismo participativo, coloquial, popular, democrático, mas sempre, sempre colecionando ‘apunhaladas’ daqueles que se dizem amigos, mas se mudam de acordo com o vento, no mais breve piscar da luz para as trevas num solitário gesto de traição. — Ser um só na multidão. É saber que o legado de uma História ficará para sempre, com ou sem aceitação. E completa ao pai: — É olhar todos os que trilharam esse percurso e partiram: uns voltaram, outros

Fábio Nasser

simplesmente se foram. Fábio, aqui, evidencia, em sua mensagem, a insatisfação com aqueles que agem como se a amizade áurea dos tempos fosse nada mais que um escrito na areia e não o contrário, como fosse duradoura, escrita como se fosse feita com a grafia do cinzel nas pedras do mundo. Para Fábio, é compreender o ‘incompreensível’ e, mais: perguntar ‘onde e por quê’. — É buscar os apertos de mão, os olhares, os tapas nas costas, as promessas vazias,

que hoje se transformaram em palavras ao vento... E por mais lembranças que a retina de sua memória desfile ante seus olhos, que não têm mais lágrimas, o senhor ainda crê no homem, na humanidade, no amanhã. Aqui, Fábio mostra que o pai ainda, mesmo com todas as apunhaladas, não ‘desanimou’ do ser humano e, abnegado, continua e continuará na sua luta pelo jornalismosacerdócio, este que motiva a história e a empurra para seu

leito natural. Não há como negar a sua, de Batista, abnegação e obsessão por um jornalismo participativo, onde todos possam desempenhar suas funções de ‘construtores sociais’ de um tempo novo e que virá com o despertar de novas consciências. E Fábio conforta o pai com uma observação que vem do céu: — E é isso que o torna belo e tão especial para Deus, meu pai. Não tenha receio algum. Desencarnado no dia 17 de janeiro de 1999, Fábio lembra ao pai, Batista Custódio, que seus amigos, do Diário Francês, estão com ele. Faz uma referência ao grande escritor francês Victor Hugo, que ensaiou, em sua época, uma publicação coletiva, que seria chamada de ‘Diário Francês’, com vistas a dar vazão às mais diversas opiniões da época no mundo europeu. Uma espécie hoje do caderno OpiniãoPública, criado e publicado pelo editor-geral do DM, como forma de democratizar o espaço da imprensa em Goiás, no Brasil e no mundo. E Fábio completa como num bálsamo a Batista: — A causa é antiga. Deixem que duvidem. A história fica. E reforça que todos, espiritualmente, estão ao seu lado e lembra ao pai para nunca, nunca olhar para o fim como se o fim fosse o simples fechar de um ciclo tão humano. — Estamos ao seu lado. Os seus olhos jamais contemplarão o ocaso. A advertência tem uma sentença definitiva para que Batista não desista de sua luta e que continue a plantar as sementes de um novo dia, que virá ensolarado e prenhe de notícias positivas para uma sociedade tão carente de bons exemplos e de bons fluídos. E se despede do pai: — Com todo amor do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos.

A MENSAGEM Psicografada no dia 02/06/2015, pela médium Mary Alves, nas Obras Sociais do Grupo Espírita Mãos Unidas, na Rua JDA-04 lt. 19 qd. 04, Jardim das Aroeiras, Goiânia-GO (62) 3208-5695

Meu pai,abençoe-me. Venho ao seu encontro em um momento de grande emoção para nossos espíritos. O seu coração clamou a Deus que eu não fosse tão sintético,pois a sua saudade é do filho poeta e sensível,que carrega suas dores em seu próprio ombro... E hoje venho afirmar que sei e compreendo muito bem o que é olhar para trás, na lembrança de toda uma vida de trabalho, de luta, de sacrifício, de exaustão e não se sentir apoiado... É compreender o incompreensível. Ser um só na multidão. É perguntar-se onde e por quê? É saber que o legado de uma História fiÉ buscar os apertos de mão, os olhares, cará para sempre,com ou sem aceitação. É olhar todos os que trilharam esse per- os tapas nas costas, as promessas vazias, curso e partiram; uns voltaram, outros que hoje se transformaram em palavras ao vento... E por mais lembranças que a simplesmente se foram.

retina de sua memória desfile ante seus olhos, que não têm mais lágrimas, o senhor ainda crê no homem, na humanidade, no amanhã. E é isso que o torna belo e tão especial para Deus,meu pai. Não tenha receio algum. Os seus amigos do Diário Francês,nesse momento,vestem a luta contigo. A causa é antiga. Deixem que duvidem. A história fica. Estamos ao seu lado. Os seus olhos jamais contemplarão o ocaso. Com todo amor do seu,sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos


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